Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
PRISCILA PAGANINI COSTA
Biomarcadores Salivares de Pacientes Periodontais com Diabetes
Mellitus Tipo 2
Ribeirão Preto
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
PRISCILA PAGANINI COSTA
Biomarcadores Salivares de Pacientes Periodontais com Diabetes
Mellitus Tipo 2
Dissertação apresentada à Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, como
parte dos requisitos para obtenção do
título de Mestre em Periodontia.
Orientador: Prof. Dr. Mário Taba Júnior
Ribeirão Preto
2008
ads:
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer
meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que
citada a fonte.
FICHA CATALOGRÁFICA
Costa, Priscila Paganini
Biomarcadores salivares de pacientes periodontais com diabetes
mellitus tipo 2/ Priscila Paganini Costa; orientador Mário Taba Júnior.
Ribeirão Preto, 2008.
99p.: i.; 30 cm
Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-graduação em
Periodontia. Área de concentração: Periodontia) – Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
1.Periodontite. 2.Diabetes mellitus. 3. Saliva. 4. Biomarcadores.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Priscila Paganini Costa
Biomarcadores salivares de pacientes periodontais com diabetes mellitus tipo 2
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para
obtenção do título de Mestre.
Área de Concentração: Periodontia
Aprovado em: ____ / ____ / 2008
Banca Examinadora
Prof.Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________________ Assinatura: _______________________
Prof.Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________________ Assinatura: _______________________
Prof.Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________________ Assinatura: _______________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho
Aos meus pais
João e Ana Maria,
Exemplos de perseverança, coragem e disciplina,
Companheiros por toda vida,
Que sempre me guiaram e me apoiaram,
Com amor incondicional, dedicação e confiança.
A vocês, minha eterna gratidão e todo o meu amor.
Às minhas irmãs
Alessandra, Andréa e Cintia,
Pelo estímulo e carinho.
Agradeço ao ombro amigo.
Pela força que vocês me oferecem
me fazendo erguer os olhos em todos os momentos.
Ao meu orientador
Prof. Dr. Mario Taba Jr,
Cuja sabedoria me proporcionou um grande aprendizado,
me oferecendo tranqüilidade para realizar este estudo.
Sempre atencioso, com sua dedicação,
me ajudou a abrir um leque de conhecimentos.
A você, que de forma brilhante se dedica à pesquisa científica,
meus sinceros agradecimentos por despertar em mim a ânsia pelo saber.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo o dom da vida.
À minha família, especialmente aos meus cunhados pelo apoio e carinho, e aos
meus sobrinhos, alegrias do meu viver.
Ao Rodrigo, meu amor, pelo companheirismo, sabedoria e equilíbrio, tornando meus
dias mais alegres e serenos.
À amiga e Prof. Maria Letícia Bucchianeri Pinheiro, pelo incentivo, dedicação e
confiança na minha formação profissional.
A todas as minhas amigas, principalmente à Tetê e à Fernanda, por partilharmos
juntas momentos tão especiais e pela verdadeira amizade.
Aos professores do curso de Periodontia Arthur Belém Novaes Jr, Márcio Fernando
de Moraes Grisi, Sérgio Luís Scombatti de Souza e Daniela Bazan Palioto, pelo
profissionalismo, que conduziram o curso, e pelo apoio.
Aos amigos de mestrado e doutorado por compatilharem comigo os momentos e as
emoções desta trajetória.
A todos os funcionários desta instituição, de forma especial à Tati, Dulce, Fabíola,
Zilda, Sueli e Sandra pelo auxílio e atenção desprendidos.
À Prof. Maria Cristina Foss e às funcionárias Ivanilda e Marivone, pela colaboração e
atenção durante o período em que estive no Hospital das Clínicas e no Centro de
Saúde Escola.
Aos meus pacientes, pela cooperação e esforço, sem os quais este trabalho não
seria possível.
JUSTIFICATIVA
JUSTIFICATIVA
O diagnóstico periodontal tradicional inclui parâmetros clínicos como
profundidade de sondagem, sangramento à sondagem, nível clínico de inserção,
índice de placa e perda óssea alveolar verificada por método radiográfico. Estas
medidas fornecem informações primárias sobre a severidade da periodontite, mas
não mensuram a atividade da doença
1,2
. O diagnóstico da fase ativa da periodontite
e a identificação de pacientes com risco para a doença representam uma mudança
para as investigações clínicas
3
. Avanços nas pesquisas em Periodontia estão
direcionando os métodos de diagnóstico para que a atividade da doença possa ser
identificada por mensurações de biomarcadores encontrados em amostras de fluido
crevicular gengival, soro e saliva
4,5
.
A saliva é um fluido fisiológico, elaborado a partir das secreções de glândulas
salivares e que contém proteínas produzidas localmente, bem como outras
moléculas da circulação sistêmica
6
. Isso a torna uma potencial candidata para
identificar biomarcadores que reflitam as alterações da periodontite e de outras
doenças bucais e sistêmicas. Além disso, a saliva apresenta vantagens como fácil
manipulação, característica não-invasiva, coleta simples e, geralmente, maiores
quantidades
7,8
. Os testes salivares já têm sido utilizados no diagnóstico e na
identificação do risco ao desenvolvimento de determinadas doenças sistêmicas
como Aids e hepatite, bem como na avaliação da atividade de cárie
5
.
A periodontite é uma doença inflamatória que afeta o tecido conjuntivo de
inserção e osso de suporte ao redor do dente
9
. O desencadeamento da doença
deve-se ao desequilíbrio entre as bactérias e a resposta do hospedeiro, que gera
uma descarga de componentes pró-inflamatórios e de outras moléculas,
promovendo destruição do tecido conjuntivo e ósseo
10
. Dessa forma, parece ser
plausível a hipótese de que a saliva contém biomarcadores para periodontite como
tem sido observado no fluido crevicular gengival
11
.
Os biomarcadores podem ter diversas aplicações na biologia moderna e na
medicina: desde o monitoramento de doenças como câncer (antígeno
carciembriônico), diabetes mellitus (Hemoglobina A1c) e doenças auto-imunes (Fator
reumatóide), como o diagnóstico destas
12
. A análise da saliva pode ser
especialmente benéfica na determinação do status periodontal atual, por meio da
busca de biomarcadores que possam melhor caracterizar a periodontite
5
. Estudos
têm indicado que a determinação dos níveis de mediadores inflamatórios em fluidos
biológicos são bons indicadores da atividade inflamatória; além de examinarem se
marcadores bioquímicos e imunológicos na saliva e/ou no fluido crevicular gengival
podem refletir a extensão da destruição periodontal e também se são capazes de
indicar a direção futura da progressão da doença
13,5
.
Algumas pesquisas demonstraram resultados satisfatórios na utilização da
saliva para monitoramento de biomarcadores em pacientes periodontais
6,10
. O
estudo realizado por Miller et al.
6
analisou as concentrações de interleucina-1β (IL-
1β), metaloproteinase da matriz-8 (MMP-8) e osteoprotegerina (OPG) em 28
pacientes com periodontite crônica e 29 indivíduos saudáveis, que foram utilizados
como controle, e verificaram que as concentrações de IL-1β e MMP-8 foram
significativamente mais altas nos pacientes periodontais quando comparados ao
grupo controle.
Ng et al.
10
avaliaram a associação entre a evidência radiográfica de perda
óssea e a concentração de fatores de reabsorção óssea do hospedeiro como
interleucina-1β (IL-1β), fator de necrose tumoral-α (TNF-α), interleucina-6 (IL-6) e
prostaglandina E
2
(PGE
2
) e marcadores de remodelação óssea (piridinolina
interligada ao telopeptídeo carboxiterminal de colágeno tipo I – ICTP, osteocalcina e
osteonectina) em saliva de 110 pacientes periodontais. Dentro dos resultados
obtidos, pode-se verificar que as concentrações de IL-1β, IL-6, PGE
2
, osteocalcina e
osteonectina estão relacionadas significativamente com perda óssea. A partir disso,
os autores concluíram que a quantificação desses biomarcadores na saliva pode
servir como um importante método para monitorar e prever a susceptibilidade à
periodontite.
Estes estudos
6,10
, no entanto, não consideraram as possíveis associações da
periodontite com outras doenças sistêmicas, como o diabetes mellitus. A literatura
mostra que há uma relação bidirecional entre essas doenças, ou seja, o diabetes
pode ser considerado como um fator de risco para a periodontite e esta, uma
complicação do diabetes
14
.
Dentro desse contexto, o presente estudo propõe-se a analisar as
concentrações salivares de IL-6, MMP-8 e OPG em pacientes com periodontite
crônica associada ou não ao diabetes mellitus tipo 2.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Griffiths GS, Wilton JM, Curtis MA, et al. Detection of high-risk groups and
individuals for periodontal diseases. Clinical assessment of the periodontium. J
Clin Periodontol 1988;15:403-410.
2. Greenstein G, Caton J. Periodontal disease activity: A critical assessment. J
Periodontol 1990;61:543-552.
3. Kaufman E, Lamster IB. Analysis of saliva for periodontal diagnosis. A review. J
Clin Periodontol 2000;27:453-465.
4. Ebersole JL, Machen RL, Steffen MJ, Willmann DE. Systemic acutephase
reactants, C-reactive protein and haptoglobin, in adult periodontitis. Clin Exp
Immunol 1997;107:347-352.
5. Taba Jr. M, Kinney J, Kim AS, Giannobile WV. Diagnostic biomarkers for oral and
periodontal diseases. Dent Clin North Am 2005;49(3):551-571.
6. Miller CS, King Jr. CP, Langub C, Kryscio RJ, Thomas MV. Salivary biomarkers of
existing periodontal disease. A cross-sectional study. JADA 2006;137(5):7-16.
7. Lawrence, HP. Salivary markers of systemic disease: noninvasive diagnosis of
disease and monitoring of general health. J Can Dent Assoc 2002;68(3):170-174.
8. Ito T, Komiya-Ito A, Arataki T, et al. Relationship between antimicrobial protein
levels in whole saliva and periodontitis. J Periodontol 2008;79:316-322.
9. Socransky SS, Haffajee AD. The bacterial etiology of destructive periodontal
disease: Current concepts. J Periodontol 1992;63:322-331.
10. Ng PYB, Donley M, Hausmann E, Hutson AD, Rossomando E, Scannapieco FA.
Candidate salivary biomarkers associated with alveolar bone loss: cross-sectional
and in vitro studies. FEMS Immunol Med Microbiol 2007;49:252-260.
11. Loos BG, Tjoa S. Host-derived diagnostic markers for periodontitis: do they exist
in gingival crevice fluid? Periodontol 2000 2005;39:53-72.
12. LaBaer J. So, you want to look for biomarkers (Introduction to the Special
Biomarkers Issue). J Proteome Res 2005;4:1053-1059.
13. Ozmeric N. Advances in periodontal disease markers. Clin Chim Acta
2004;343:1-16.
14. Papapanou PN. World Workshop in Clinical Periodontics. Periodontal diseases:
epidemiology. Ann Periodontol 1996;1:1-36.
RESUMO
COSTA, P. P. Biomarcadores salivares de pacientes periodontais com diabetes
mellitus tipo 2. 2008. 99 p. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.
A associação entre o diabetes e a periodontite produz uma descarga de proteínas
inflamatórias que pode ser refletida na saliva. Com base nisso, o objetivo desse
estudo foi mensurar as concentrações salivares de interleucina-6 (IL-6),
metaloproteinase da matriz-8 (MMP-8) e osteoprotegerina (OPG) em pacientes com
periodontite crônica associada ou não ao diabetes mellitus tipo 2. Um total de 90
indivíduos foi dividido em quatro grupos: saudáveis (Controle, n=22), pacientes com
doença periodontal (DP, n=24), apenas com diabetes mellitus (DM, n=20) e com
doença periodontal e diabetes mellitus (DP+DM, n=24). Dados clínicos e
metabólicos foram registrados. Amostras de saliva não-estimulada foram analisadas
pelo ensaio imunoenzimático (ELISA). Diferenças estatisticamente significantes
foram detectadas entre os grupos para todos marcadores (p<0,05). Em relação à IL-
6, diferenças estatisticamente significantes foram encontradas comparando os
grupos Controle com DP e com DP+DM, e entre os grupos DP+DM com DM
(p<0,005). Para MMP-8, a média das concentrações do grupo Controle foi
significativamente menor que em todos os grupos doentes (p<0,01) e nenhuma
diferença entre os grupos doentes foi detectada. Para OPG, diferenças
estatisticamente significantes foram encontradas entre os grupos Controle com DP e
entre Controle com DM (p<0,05). Todos os parâmetros clínicos foram
estatisticamente significantes entre os grupos (p<0,001), exceto supuração. No
grupo DP, SS (sangramento à sondagem) mostrou uma correlação positiva com as
concentrações de IL-6 (r=0,48; p<0,05), PS7 (profundidade de sondagem7mm)
correlacionou-se positivamente com as concentrações de MMP-8 (r=0,46; p<0,05), e
os níveis de HbA1c também correlacionaram-se positivamente com as
concentrações de IL-6 (r=0,54; p<0,000). Concluindo, a saliva é um adequado
substrato para identificação de biomarcadores inflamatórios em pacientes
periodontais com ou sem diabetes. A IL-6 é um biomarcador candidato para
periodontite e periodontite associada ao diabetes na saliva. Além disso, conclui-se
que a super-expressão de MMP-8 e OPG pode acionar o aumento do colapso
periodontal observado em indivíduos com diabetes tipo 2.
Palavras-chave: Periodontite; Diabetes mellitus; Saliva; Biomarcadores
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IL-1β: interleucina-1β
MMP-8: metaloproteinase da matriz-8
OPG: osteoprotegerina
TNF-α: fator de necrose tumoral-α
IL-6: interleucina-6
PGE
2
: prostaglandina E
2
ICTP: piridinolina interligada ao telopeptídeo carboxiterminal de colágeno tipo I
DP: pacientes com doença periodontal
DM: pacientes com diabetes mellitus
DP+DM: pacientes com doença periodontal e diabetes mellitus
ELISA: ensaio imunoenzimático
HbA1c: hemglobina glicada A1c
AGEs: produtos finais da glicação avançada
RAGEs: receptores para produtos finais da glicação avançada
MMP: metaloproteinase da matriz
RANK: receptor ativador do fator kappa B nuclear
RANKL: ligante do receptor ativador do fator kappa B nuclear
PS: profundidade de sondagem
PS3: profundidade de sondagem 3mm
PS4-6: profundidade de sondagem entre 4 e 6mm
PS7: profundidade de sondagem 7mm
NIC: nível clínico de inserção relativo
SS: sangramento à sondagem
SUP: supuração
n. dentes: número de dentes
mm: milímetro
o
C: graus Celsius
BSA: albumina sérica bovina
HPLC: cromatografia líquida de alta pressão
pg/ml: picograma por mililitro
ng/ml: nanograma por mililitro
r: valor da correlação
RT-PCR: reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa
SUMÁRIO
JUSTIFICATIVA
RESUMO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................23
2 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................27
2.1 População do Estudo.....................................................................................27
2.2 Parâmetros clínicos........................................................................................28
2.3 Coleta das Amostras de Saliva ......................................................................28
2.4 Análise das Proteínas Salivares ....................................................................29
2.5 Mensuração da Hemoglobina Glicada (HbA1c) .............................................30
2.6 Análise Estatística..........................................................................................31
3 RESULTADOS .......................................................................................................33
3.1 Características Demográficas e Clínicas .......................................................33
3.2 Concentração das Proteínas Salivares..........................................................34
3.3 Parâmetro Metabólico....................................................................................35
3.4 Correlação entre Parâmetros Clínicos e Proteínas Salivares ........................35
3.5 Correlação entre Parâmetro Metabólico e Parâmetros Clínicos e Proteínas
Salivares ...................................................................................................................36
4 DISCUSSÃO ..........................................................................................................48
5 CONCLUSÕES ......................................................................................................55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................57
ARTIGO EM INGLÊS ................................................................................................64
ANEXOS ...................................................................................................................96
1 INTRODUÇÃO
23
1 INTRODUÇÃO
A periodontite é uma doença inflamatória que resulta de um desequilíbrio na
interação entre a microflora periodontal e a resposta multifacetada do sistema imune
do hospedeiro
1
. Este desequilíbrio desencadeia uma super-expressão de citocinas
pró-inflamatórias e a subseqüente destruição do tecido conjuntivo de inserção e do
osso alveolar
2
.
Evidências demonstram que o diabetes é um fator de risco para a
periodontite
3
. Diabetes mellitus é uma desordem metabólica, caracterizada pela
hiperglicemia resultante de defeitos na secreção ou ação da insulina
4
. Tem-se
demonstrado que a hiperglicemia pode promover a glicação não-enzimática de
proteínas do corpo, formando produtos finais da glicação avançada (AGEs). Os
AGEs, no periodonto, estimulam o recrutamento de monócitos para o sítio e
interagem com seus receptores (RAGEs) na superfície destas células. A interação
AGE–RAGE induz uma mudança no fenótipo do monócito, sobre-regulando a célula
e aumentando, significativamente, a produção de citocinas pró-inflamatórias
5
. Além
disso, o diabetes pode modular a destruição do tecido periodontal pela redução da
função de leucócitos polimorfonucleares, incluindo quimiotaxia, aderência e
fagocitose
6
.
Diabetes e periodontite são doenças crônicas comuns em adultos. Ambas as
doenças são altamente prevalentes na população mundial, e estima-se que 1 – 6%
da população sofre de diabetes
7
. Por outro, a doença periodontal afeta mais de 50%
da população adulta nos Estados Unidos
8
.
O diagnóstico periodontal tradicional inclui parâmetros clínicos e radiografias
avaliando o nível do osso alveolar
9
. Entretanto, avanços em pesquisa de diagnóstico
24
oral e da doença periodontal estão direcionando os métodos para que o risco e
atividade periodontal possam ser identificados e quantificados por mensurações
objetivas tais como biomarcadores, que são encontrados em amostras de fluido
crevicular gengival, soro e saliva e que podem potencialmente ser usados como
marcador de diagnóstico
10
.
Interleucina-6 (IL-6) ordena a transição de inflamação aguda para crônica pela
modificação do infiltrado leucocitário inato (de neutrófilos polimorfonucleares para
monócitos/ macrófagos) e exerce efeito estimulador nas células T e B, favorecendo
a resposta crônica inflamatória
11
. Além disso, estimula a diferenciação celular de
células progenitoras mesenquimais para a linhagem osteoblástica, é um potente
agente anti-apoptótico nas células osteoblásticas, podendo favorecer a reabsorção
óssea e induz a produção de metaloproteinases
12
. Dessa forma, IL-6 parece ser um
indicador útil ou um marcador de diagnóstico para periodontite
13
.
Metaloproteinase da matriz-8 (MMP-8) é a principal metaloproteinase (MMP)
destrutiva, envolvida na patogênese da periodontite, sendo encontrada em grandes
quantidades em biópsias gengivais e em fluidos orais
14
. O neutrófilo
polimorfonuclear é uma das células que produzem MMP-8, embora os fibroblastos
também possam expressá-la
15
. Então, a literatura sugere que a MMP-8 tem um
importante papel no monitoramento da periodontite
16
.
A osteoprotegerina (OPG) é um membro da família de receptor do fator de
necrose tumoral (TNF), que é expresso por osteoblastos. A função da OPG é reduzir
a interação entre o ligante do receptor ativador do fator kappa B nuclear (RANKL) e
o receptor ativador do fator kappa B nuclear (RANK) da superfície celular, devido ao
RANKL potencialmente estimular osteoclastos a aumentarem a reabsorção óssea.
Então, quando a OPG liga-se ao RANKL, sua ação é bloqueada, reduzindo a
25
quantidade de reabsorção óssea
17
. Uma hipótese razoável é que a destruição óssea
na periodontite está associada com a perturbação do equilíbrio entre RANKL e OPG.
Por exemplo, elevados níveis de RANKL e/ou baixos níveis de OPG nos fluidos e
tecidos resultam em um excesso de quantidade de RANKL livre capaz de estimular
RANK, dessa forma, aumentando a reabsorção óssea por osteoclastos. Algumas
citocinas, tais como Interleucina-1 (IL-1) e IL-6, são conhecidas por modular as
concentrações de RANKL e OPG
18
.
A saliva tem o potencial para ser usada como um fluido diagnóstico para
doença oral bem como o fluido crevicular gengival e o soro
19,20
. Além disso, pode ser
facilmente coletado, contém marcadores derivados localmente e sistemicamente,
que consequentemente, podem oferecer base para um teste de diagnóstico
específico para a periodontite
21
. De acordo com Pellegrini et al.
22
e Ito et al.
23
, a
mensuração de biomarcadores na saliva pode servir como hábil instrumento para
monitorar e predizer a susceptibilidade à periodontite, fornecer informação para a
severidade da doença e monitorar a efetividade da terapia periodontal.
Considerando o acúmulo de evidências e a necessidade de investigar ainda
mais os biomarcadores inflamatórios na periodontite associada ao diabetes, o
objetivo deste estudo foi mensurar as concentrações salivares de IL-6, MMP-8 e
OPG em pacientes com periodontite associada ou não ao diabetes mellitus tipo 2.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
27
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 População do Estudo
Esse estudo foi conduzido em conjunto com o Departamento de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e Periodontia e o Departamento de Medicina
Interna – Divisão de Doenças Metabólicas e Endocrinológicas da Universidade de
São Paulo. E foi revisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, n
o
2007.1.104.58.0 (Anexo A). Todos
os indivíduos foram, individualmente, informados sobre a natureza do estudo
proposto e assinaram o termo de consentimento (Anexo B).
Os indivíduos foram submetidos à anamnese, exame clínico e radiográfico.
Os pacientes diabéticos tiveram os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c)
verificados pelo Setor Ambulatorial da Clínica de Endocrinologia – Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
De acordo com a condição periodontal e o padrão geral de saúde, os indivíduos
foram incluídos no estudo.
Os critérios de inclusão foram: (i) presença de pelo menos 15 dentes; (ii) no
mínimo, um sítio com profundidade de sondagem 5mm e dois dentes com perda
de inserção 6mm
24
; (iii) idade acima de 35 anos. Os critérios de exclusão incluíam:
(i) uso de antibióticos ou tratamento periodontal nos últimos 6 meses; (ii) história
positiva de tabagismo no prazo de cinco anos; (iii) grávidas ou lactentes; (iv) terapia
medicamentosa, exceto para condição diabética; (v) presença de condições
inflamatórias; (vi) complicações graves do diabetes.
Um total de 90 indivíduos foi dividido em quatro grupos: 22 indivíduos
saudáveis (Controle), 24 pacientes com doença periodontal (DP), 20 pacientes
28
apenas com diabetes mellitus (DM), 24 pacientes com doença periodontal e diabetes
mellitus (DP+DM).
2.2 Parâmetros Clínicos
O exame clínico foi realizado por único examinador experiente e registrado
em seis sítios por dente, com auxílio de uma sonda periodontal computadorizada
δ
(Figura 1). Os parâmetros verificados foram: profundidade de sondagem (PS), nível
clínico de inserção relativo (NIC), sangramento à sondagem (SS), supuração (SUP)
e número de dentes (n. dentes).
Figura 1. Sonda periodontal computadorizada
2.3 Coleta das Amostras de Saliva
Saliva total não-estimulada foi coletada (~3ml) de cada indivíduo em tubos
estéreis, de acordo com o método descrito por Navazesh
25
. Os indivíduos estavam
impedidos de comer, beber e higienizar a boca durante 2 horas antes da coleta de
saliva. As amostras de saliva foram colocadas imediatamente no gelo e aliquotadas
antes do congelamento a -80
o
C (Figura 2).
δ
Florida Probe®, Florida Probe Corporation, Gainsville, FL
29
Figura 2. Saliva não-estimulada em tubo estéril e aliquotada
2.4 Análise das Proteínas Salivares
As concentrações salivares de IL-6, MMP-8, OPG e Proteína Total foram
determinadas em duplicatas para cada indivíduo, utilizando ensaio imunoenzimático
(ELISA). Cada kit
γ
para o ensaio da IL-6, MMP-8, OPG e Proteína Total foi realizado
com um anticorpo monoclonal específico para cada molécula em questão e
quantificado em placas para teste ELISA de 96 poços (Figura 3), de acordo com as
instruções do fabricante.
Figura 3. Placa de 96 poços para ELISA
Brevemente, todos os reagentes foram levados para uma temperatura
ambiente, e o diluente foi adicionado em cada poço. Os modelos padrões ou
γ
Human Quantikine IL-6 ELISA kit, R&D Systems, Minneapolis, USA
γ
Human MMP-8/OPG DuoSet kit, R&D Systems, Minneapolis, USA
γ
Bio-Rad Bradford Total Protein Assay Kit, Bio-Rad, California, USA
30
amostras desconhecidas foram então adicionados aos poços em duplicata. Após um
período de incubação, os poços foram lavados quatro vezes com solução tampão
seguidas da adição de um segundo anticorpo específico de citocina-conjugada. A
placa foi novamente incubada em temperatura ambiente e lavada em seguida. Um
substrato foi adicionado em todos os poços e incubado (Figura 4), seguido de uma
solução de parada. O desenvolvimento e a intensidade da cor foram quantificados
utilizando um leitor
β
de placas para ELISA (Figura 5). Uma curva padrão foi feita
usando os padrões fornecidos no kit, e as concentrações das proteínas foram
calculadas com base na curva padrão. Para o ensaio da Proteína Total, albumina
sérica bovina (BSA) foi usada como padrão.
Figura 4. Reação do ELISA
Figura 5. Leitor de placas para ELISA
2.5 Mensuração da Hemoglobina Glicada (HbA1c)
Os níveis de HbA1c foram utilizados para a avaliação metabólica nos
pacientes diabéticos. Os dados para HbA1c foram mensurados por cromatografia de
β
µQuant, Biotek Instruments,Vemont, USA
31
troca iônica HPLC (cromatografia líquida de alta pressão) e os valores obtidos foram
expressos em porcentagem.
2.6 Análise Estatística
Os dados foram registrados como média ± desvio padrão e a unidade
experimental foi o indivíduo. A análise Kruskal-Wallis One Way e o teste Mann-
Whitney foram aplicados tanto para comparar os parâmetros clínicos entre os grupos
como as concentrações das proteínas salivares dos grupos. As correlações entre as
concentrações das proteínas salivares, os parâmetros clínicos e os níveis de HbA1c
foram calculadas pelo teste de correlação não-paramétrico de Spearman. Os dados
foram testados para normalidade antes de aplicar os testes adequados,
paramétricos ou não-paramétricos. Para todas as análises estatísticas, adotou-se o
nível de significância de 5% (p<0,05).
3 RESULTADOS
33
3 RESULTADOS
3.1 Características Demográficas e Clínicas
Os parâmetros clínicos, a idade, o sexo e as concentrações das proteínas
salivares foram mensurados nas amostras de saliva de 90 indivíduos: 22 saudáveis,
24 pacientes com doença periodontal, 20 pacientes apenas com diabetes mellitus
tipo 2, 24 pacientes com doença periodontal e diabetes mellitus tipo 2. Sessenta
eram mulheres e trinta, homens.
A idade e os parâmetros clínicos dos participantes recrutados para este
estudo estão resumidos na Tabela 1. As médias de idade dos grupos Controle, DP e
DP+DM foram semelhantes, 43,7 ± 1,6; 45,4 ± 1,2 e 47,8 ± 1,4 respectivamente.
Somente a média de idade do grupo DM (53,3 ± 2,0) foi mais alta que nos outros
grupos. A maioria dos indivíduos participantes tinha mais que 20 dentes, com média
de 26,4 para o grupo Controle, 23,7 para o grupo DP, 23,4 para o grupo DM e 21,5
para o grupo DP+DM.
Em relação aos parâmetros clínicos, somente SUP não foi estatisticamente
significante entre os grupos (p=0,078). Dessa forma, os dados mostraram que os
outros parâmetros clínicos avaliados, PS, PS3, PS4-6, PS7, NIC e SS, foram
estatisticamente significantes (p<0,05). Os grupos sem periodontite, Controle e DM,
apresentaram médias semelhantes para os parâmetros clínicos, enquanto que os
grupos DP e DP+DM não tiveram diferenças estatisticamente significantes entre eles
(p>0,05). Diferenças estatisticamente significantes foram encontradas somente
quando os grupos DP e DP+DM foram comparados ao grupo Controle ou ao grupo
DM.
34
Os grupos Controle e DM mostraram ausência ou poucos sinais de
inflamação (SS=0,1 ± 0,1 e 1,2 ± 0,4 respectivamente) e ausência de bolsas
periodontais; visto que para os grupos DP e DP+DM, inflamação e bolsas
periodontais sempre estavam presentes. Altas médias de NIC nos grupos DP e
DP+DM podem ser interpretadas como um indicador de periodontite. Embora as
médias de PS não tenham sido altas nos grupos DP e DP+DM (3,06 ± 0,13 e 2,83 ±
0,17 respectivamente), estes grupos mostraram vários sítios com bolsas
periodontais de 4 a 6mm (PS4-6), caracterizando doença periodontal estabelecida
(DP=32,9 ± 4,2; DP+DM=28,5 ± 3,4). Além disso, os grupos DP e DP+DM
apresentaram periodontite crônica moderada, portanto, os pacientes apresentaram
poucas bolsas periodontais 7 mm (PS7), PD=4,7 ± 1,1; DP+DM=5,5 ± 2,2.
3.2 Concentração das Proteínas Salivares
As concentrações de IL-6 e OPG estão apresentadas em picograma por
mililitro (pg/ml) de saliva, e as concentrações de MMP-8 em nanograma por mililitro
(ng/ml) de saliva no Gráfico 1. O limite de detecção foi 3.13 - 300 pg/ml para IL-6,
62.5 - 4000 pg/ml para MMP-8 e OPG.
Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre todos os
grupos para as três proteínas salivares, com IL-6 (p=0,006); MMP-8 (p=0,004) e
OPG (p=0,032). Em relação a IL-6, o grupo Controle mostrou a média da
concentração significativamente menor que as médias dos grupos DP e DP+DM,
enquanto que a média do grupo DM foi significativamente menor só quando
comparada ao grupo DP+DM. Para MMP-8, a concentração do grupo Controle foi
significativamente menor que a dos outros grupos e nenhuma diferença entre os
grupos doentes (DP, DM e DP+DM) foi detectada. A média da concentração de OPG
35
foi estatisticamente diferente entre os grupos Controle e DM, e DP e DM (Tabela 2).
Somente as amostras que ficaram dentro do limite de detecção para o ensaio foram
consideradas nas análises estatísticas.
As concentrações de Proteína Total estão apresentadas em miligrama por
mililitro (mg/ml) de saliva no Gráfico 2. Somente os grupos Controle e DP+DM
apresentaram diferenças estatisticamente significantes, p=0.003.
3.3 Parâmetro Metabólico
A variação normal para saúde dos níveis de HbA1c é de 4,5 – 6%. No
presente estudo, os níveis de HbA1c foram 7,8% para o grupo DM e 8,5% para o
grupo DP+DM, sem diferença estatisticamente significante entre eles (p=0,052).
Estes dados também mostraram que o grupo DP+DM apresentou inadequado
controle glicêmico.
3.4 Correlação entre Parâmetros Clínicos e Proteínas Salivares
Para o grupo Controle, os dados mostraram uma correlação negativa entre as
concentrações de MMP-8 com PS3 (r= -0,62; p=0,054) e com n. dentes (r= -0,64;
p=0,047) (Tabela 3). No grupo DP, os parâmetros clínicos n. dentes e SS foram
correlacionados com as concentrações salivares de IL-6 (r= -0,44; p=0,036 e r=0,48;
p=0,020 respectivamente). No mesmo grupo, PS7 correlacionou-se com elevadas
concentrações de MMP-8 (r=0,46; p=0,030) e o parâmetro SUP, com OPG salivar
(r= -0,55; p=0,018) (Tabela 4). Para os grupos DM e DP+DM, nenhuma correlação
estatisticamente significante foi encontrada com os parâmetros clínicos (Tabelas 5 e
6 respectivamente).
36
3.5 Correlação entre Parâmetro metabólico e Parâmetros Clínicos e Proteínas
Salivares
Os dados mostraram que HbA1c teve correlação estatisticamente significante
com alguns parâmetros clínicos como PS (r=0,31; p=0,049), PS3 (r= -0,39;
p=0,013), NIC (r=0,36; p=0,022) e n. dentes (r= -0,40; p=0,011) nos grupos DM e
DP+DM (Tabela 7). Em relação às proteínas salivares, somente a IL-6 foi
correlacionada positivamente com HbA1c (r=0,54; p<0,000) (Tabela 8).
37
Tabela 1. Parâmetros clínicos e idade (média ± erro padrão) dos grupos
Parâmetros
Clínicos
grupo Controle grupo DP grupo DM grupo DP+DM p
Idade (anos)
43,7 ± 1,6
a
45,4 ± 1,2
b
53,3 ± 2,0
a,b,c
47,8 ± 1,4
c
0,002*
PS (mm)
2,05 ± 0,06
a,b
3,06 ± 0,13
a,c
2,11 ± 0,03
c,d
2,83 ± 0,17
b,d
<0,000*
PS3 (sítios)
158,3 ± 4,1
a,b
103,6 ± 5,5
a,c
140,4 ± 5,9
c,d
95,1 ± 6,2
b,d
<0,000*
PS4-6 (sítios)
0
a,b
32,9 ± 4,2
a,c
0
c,d
28,5 ± 3,4
b,d
<0,000*
PS7 (sítios)
0
a,b
4,7 ± 1,1
a,c
0
c,d
5,46 ± 2,2
b,d
<0,000*
NIC (mm)
2,09 ± 0,06
a,b
3,82 ± 0,22
a,c
2,21 ± 0,03
c,d
3,81 ± 0,25
b,d
<0,000*
n. dentes
26,4 ± 0,7
a
23,7 ± 0,5 23,4 ± 1,0 21,5 ± 0,9
a
<0,000*
SS (%)
0,1 ± 0,1
a,b
19,0 ± 4,2
a,c
1,2 ± 0,4
c
15,0 ± 5,4
b
<0,000*
SUP (%)
0 1 ± 0,0 0 0,3 ± 0,2 NS
*p é estatisticamente significante para análise Kruskal-Wallis One Way.
NS: diferença estatisticamente não significante para análise Kruskal-Wallis One Way.
Para o teste Mann-Whitney, níveis conectados pela mesma letra são significativamente diferentes (p<0,05).
38
Gráfico 1. Concentrações das proteínas salivares dos grupos determinadas pelo ELISA
(A)
IL-6
0
10
20
30
40
50
Controle DP DM DP+DM
grupos
concentração (pg/ml)
c
*
*
*
(B)
MMP-8
0
100
200
300
400
500
600
Contr ole DP DM DP+DM
grupos
concentração (ng/ml)
*
*
*
(C)
OPG
0
400
800
1200
1600
Contr ole DP DM DP+DM
grupos
concentração (pg/ml)
*
*
(A) Comparação da concentração (pg/ml) de Interleucina-6 (IL-6) na saliva determinada pelo
ELISA; para análise Kruskal-Wallis One Way, p=0,006. (B) Comparação da concentração (ng/ml) de
Metaloproteinase da matriz-8 (MMP-8) na saliva determinada pelo ELISA; análise Kruskal-Wallis One
Way, p=0,004. (C) Comparação da concentração (pg/ml) de Osteoprotegerina (OPG) na saliva
determinada pelo ELISA; análise Kruskal-Wallis One Way, p=0,032.
* Para o teste Mann-Whitney, groups connected are significantly differents (p<0,05).
39
Tabela 2. Concentrações das proteínas salivares (média ± erro padrão) dos grupos
determinadas pelo ELISA
Proteínas
Salivares
grupo Controle grupo DP grupo DM grupo DP+DM p
IL-6 (pg/ml)
9,81±2,70
a,b
20,22±4,00
a
10,50±1,91
c
31,14 ± 7,99
b,c
0,006*
MMP-8 (ng/ml)
104,17±64,30
a,b,c
296,35±43,22
a
395,88±75,22
b
406,961±75,79
c
0,004*
OPG (pg/ml)
740,22±177,09
a
982,02±274,15
b
1552,58±254,84
a,b
1284,83±240,14 0,032*
*p é estatisticamente significante para análise Kruskal-Wallis One Way.
Para o teste Mann-Whitney, níveis conectados pela mesma letra são significativamente diferentes (p<0,05).
40
Gráfico 2. Comparação das concentrações salivares da Proteína Total (mg/ml) entre
os grupos, determinadas por ELISA
Proteína Total
0
1
2
3
4
5
6
Controle DP DM DP+DM
grupos
concentração (mg/ml)
*
Para análise Kruskal-Wallis One Way, p=0,042.
* Para o teste Mann-Whitney, níveis conectados pela mesma letra são significativamente diferentes
(p<0,05).
41
Tabela 3. Correlações entre parâmetros clínicos e proteínas salivares do grupo
Controle
Proteínas Salivares
IL-6 MMP-8 OPG
Parâmetros
Clínicos
r p r p r p
PS
0,07 NS 0,11 NS 0,18 NS
PS3
-0,39 NS -0,62 0,050* 0,01 NS
PS4-6
** ** **
PS7
** ** **
NIC
0,04 NS 0,10 NS 0,20 NS
n. dentes
-0,39 NS -0,64 0,047* 0,01 NS
SS
0,22 NS 0,34 NS -0,11 NS
SUP
** ** **
*p é estatisticamente significante para correlação não-paramétrica de Spearman (p<0,05).
r: valor da correlação.
NS: diferença estatisticamente não significante para correlação não-paramétrica de
Spearman.
**Variáveis não testadas devido à ausência dos parâmetros clínicos.
42
Tabela 4. Correlações entre parâmetros clínicos e proteínas salivares do grupo DP
Proteínas Salivares
IL-6 MMP-8 OPG
Parâmetros
Clínicos
r p r p r p
PS
0,00 NS 0,32 NS -0,05 NS
PS3
-0,13 NS -0,38 NS -0,11 NS
PS4-6
-0,06 NS 0,32 NS 0,04 NS
PS7
0,11 NS 0,46 0,030* 0,00 NS
NIC
0,11 NS 0,36 NS 0,06 NS
n. dentes
-0,44 0,036* -0,25 NS -0,20 NS
SS
0,48 0,020* -0,17 NS -0,00 NS
SUP
-0,32 NS -0,01 NS -0,55 0,018*
*p é estatisticamente significante para correlação não-paramétrica de Spearman (p<0,05).
r: valor da correlação.
NS: diferença estatisticamente não significante para correlação não-paramétrica de
Spearman.
43
Tabela 5. Correlações entre parâmetros clínicos e proteínas salivares do grupo DM
Proteínas Salivares
IL-6 MMP-8 OPG
Parâmetros
Clínicos
r p r p r p
PS
0,36 NS 0,15 NS 0,25 NS
PS3
-0,18 NS -0,05 NS 0,21 NS
PS4-6
** ** **
PS7
** ** **
NIC
0,39 NS 0,15 NS 0,17 NS
n. dentes
-0,18 NS -0,05 NS 0,21 NS
SS
0,06 NS 0,31 NS 0,07 NS
SUP
** ** **
r: valor da correlação.
NS: diferença estatisticamente não significante para correlação não-paramétrica de Spearman.
**Variáveis não testadas devido à ausência dos parâmetros clínicos.
44
Tabela 6. Correlações entre parâmetros clínicos e proteínas salivares do grupo
DP+DM
Proteínas Salivares
IL-6 MMP-8 OPG
Parâmetros
Clínicos
r p r p r p
PS
0,02 NS -0,22 NS -0,20 NS
PS3
0,12 NS -0,06 NS 0,33 NS
PS4-6
0,01 NS -0,06 NS 0,02 NS
PS7
0,08 NS -0,06 NS -0,02 NS
NIC
0,07 NS 0,09 NS -0,13 NS
n. dentes
-0,10 NS -0,31 NS 0,21 NS
SS
-0,04 NS -0,17 NS 0,15 NS
SUP
0,21 NS -0,17 NS 0,32 NS
r: valor da correlação.
NS: diferença estatisticamente não significante para correlação não-paramétrica de Spearman.
45
Tabela 7. Correlações entre níveis de HbA1c e parâmetros clínicos dos grupos DM e
DP+DM
HbA1c
Parâmetros
clínicos
r p
PS
0,31 0,049*
PS3
-0,39 0,013*
PPD 4-6
0,24 NS
PPD7
0,28 NS
NIC
0,36 0,022*
SUP
0,25 NS
SS
0,10 NS
n. dentes
-0,40 0,011*
*p é estatisticamente significante para correlação não-
paramétrica de Spearman (p<0,05).
r: valor da correlação.
NS: diferença estatisticamente não significante para
correlação não-paramétrica de Spearman.
46
Tabela 8. Correlações entre níveis de HbA1c e proteínas salivares dos grupos DM e
DP+DM
HbA1c
Proteínas
salivares
r p
IL-6
0,54 <0,000*
MMP-8
0,22 NS
OPG
-0,13 NS
*p é estatisticamente significante para correlação não-
paramétrica de Spearman (p<0,05).
r: valor da correlação.
NS: diferença estatisticamente não significante para
correlação não-paramétrica de Spearman.
4 DISCUSSÃO
48
4 DISCUSSÃO
Estudos anteriores verificaram a relação entre o diabetes e a periodontite
como sendo bidirecional, sugerindo que o diabetes é um fator de risco à
periodontite
3
assim como o tratamento periodontal pode ter influência sobre o
controle glicêmico
26
.
Os dados desse estudo demonstraram que as concentrações de IL-6 são
mais altas em locais que apresentam inflamação periodontal (pacientes dos grupos
DP e DP+DM) em comparação a locais sem inflamação (grupos Controle e DM).
Além disso, os dados mostraram elevada concentração de MMP-8 e OPG em
amostras de saliva de pacientes diabéticos (grupos DM e DP+DM).
No presente estudo, a análise dos dados sugeriu que altas concentrações de
IL-6 na saliva de pacientes periodontais (grupos DP e DP+DM) podem ser
relevantes para a modulação da periodontite, como indicado pelos parâmetros
clínicos destes grupos. A detecção de elevadas concentrações de IL-6 na saliva de
pacientes com periodontite foi consistente com as concentrações observadas por
Kurtis et al.
27
e Mengel et al.
28
. As concentrações de IL-6 foram positivamente
correlacionadas com SS e negativamente com o n. dentes no grupo DP,
concordando com o fato de que esta citocina está associada às respostas
inflamatórias crônicas
11
e ao aumento da reabsorção óssea, o que pode provocar a
perda dentária
12
. Em contraste, as concentrações salivares de IL-6 não estavam
associadas aos parâmetros clínicos do grupo Controle.
A formação de AGEs tem sido relatada como tendo um importante papel na
modulação da expressão de citocinas, como IL-6, em pacientes diabéticos
29
.
Contudo, nossos resultados apresentaram menores concentrações de IL-6 em
49
amostras do grupo DM, e nenhuma significância estatística entre os grupos DP e
DP+DM foi encontrada. Uma razoável explicação para esses resultados pode ser em
relação ao tratamento do diabetes tipo 2 com insulina, que reduz os efeitos da IL-1 e
da IL-6
30
. Outra possível explicação seria que as concentrações reduzidas de IL-6 no
grupo DM podem ser um mecanismo compensatório pelas concentrações de outras
citocinas estarem aumentadas devido à ação dos AGEs. Dessa forma, o
monitoramento de um amplo grupo de citocinas poderia explicar esse fenômeno.
Adicionalmente, segundo O’Connell et al.
31
, os níveis de HbA1c estão relacionados
com a concentração de alguns biomarcadores. Em acordo com esse estudo, nossos
resultados mostraram uma correlação positiva entre a concentração de IL-6 e os
níveis de HbA1c. Desse modo, nossos achados sugerem que a IL-6 salivar pode ser
testada como um sensível marcador para a inflamação periodontal.
Em relação à MMP-8, esta proteína é um dos principais participantes no
colapso do colágeno durante a destruição periodontal e pode estar presente no
fluido crevicular gengival e na saliva
32
. Assim como nos estudos de Miller et al.
19
e
Christodoulides et al.
33
, a concentração de MMP-8 foi maior em amostras de saliva
de pacientes com periodontite (DP e DP+DM) quando ao grupo Controle. Também
de acordo com estes autores
19,33
, a média de MMP-8 teve correlação inversa com
PS3 e o n. dentes no grupo controle, indicando que quanto mais sítios sadios e
dentes o paciente possuir, menor será a concentração da MMP-8. Por outro lado, a
média da MMP-8 teve uma correlação positiva com PS7 no grupo DP. A detecção
de MMP-8 salivar e as correlações entre suas concentrações e alguns parâmetros
clínicos estão de acordo com Chen et al.
16
, que sugere que a MMP-8 tem um
importante papel no monitoramento da periodontite.
50
Entretanto, nossos dados também mostraram concentrações elevadas de
MMP-8 nas amostras de saliva de pacientes diabéticos com ou sem periodontite
(grupos DM e DP+DM). De acordo com a literatura
34,35
, o diabetes tem sido
associado ao metabolismo alterado do colágeno. O estudo de Collin et al.
34
mostrou
que a maioria das MMPs na saliva de pacientes diabéticos do tipo 2 são MMP-8 e
MMP-9. Além disso, Sorsa et al.
36
relataram que a concentração aumentada de
MMP-8 nos pacientes diabéticos era independente dos fatores bacterianos,
indicando que a concentração de MMP-8 nestes pacientes pode não estar
relacionada somente à periodontite. Dessa forma, embora a literatura relate que a
MMP-8 possa ser um marcador para a periodontite, o diabetes pode superestimar os
valores desta MMP.
Altas concentrações de OPG foram detectadas em amostras de saliva de
pacientes diabéticos (grupos DM e DP+DM). Uma possibilidade é que os níveis
séricos de glicose ou proteínas glicadas afetem o ensaio para a OPG
37
, mas não
encontramos correlação entre as concentrações de OPG e níveis de HbA1c nos
pacientes diabéticos, sugerindo que esta pode não ser uma explicação razoável.
Outra hipótese é que as concentrações de OPG refletem a presença de doenças
vasculares em curso, o que é uma complicação comum no diabetes
37
.
Recentemente, concentrações plasmáticas elevadas de OPG foram relatadas em
pacientes diabéticos tipo 2 e foram associadas a complicações microvasculares e a
doença assintomática das artérias coronais assim como a função endotelial
prejudicada
38
. Alguns estudos
39,40
sugeriram que concentrações elevadas de OPG
representam um incompleto mecanismo de defesa contra outros fatores que
promovam a calcificação arterial, aterosclerose e outras formas de dano vascular;
atuando como uma importante molécula reguladora na vasculatura. Os resultados
51
do presente estudo são similares aos dados de pacientes com diabetes tipo 2 como
previamente relatado por Browner et al.
37
e Xiang et al.
38
, sugerindo que a OPG
pode afetar os estágios iniciais da aterosclerose em pacientes diabéticos.
Além disso, os resultados não apresentaram diferença estatisticamente
significante entre a concentração de OPG no grupo DP e no grupo Controle,
confirmando os resultados de OPG encontrados por Miller et al.
19
. Parece que a
concentração de OPG na saliva não está bem definida na saúde ou doença. O papel
da OPG no metabolismo ósseo leva à hipótese de que suas concentrações estariam
aumentadas em circunstâncias que requeiram a inibição da osteoclastogênese. Um
dos possíveis mecanismos biológicos atuantes é que um aumento nos precursores
dos osteoclastos possa levar a uma regulação aumentada da OPG. Por sua vez, a
OPG inibiria um aumento no número dos precursores de osteoclastos. Contudo,
durante a destruição periodontal, pode haver um limiar onde a OPG está operando
em sua capacidade máxima, mas não consegue superar o número excessivo de
precursores de osteoclastos, o que resultaria em remodelação óssea
19
. Uma vez
que a periodontite tem períodos de remissão, a remodelação óssea talvez não
estivesse em curso durante a amostragem deste estudo. Isto pode explicar a menor
concentração média de OPG no grupo DP quando comparado ao grupo Controle.
Assim sendo, a OPG pode não ser o marcador mais apropriado para avaliar a
reabsorção óssea ativa na periodontite.
O teste da hemoglobina glicada (HbA1c) mede a quantidade de glicose
irreversivelmente ligada à molécula da hemoglobina, sendo também utilizado como
um instrumento de monitoração do controle glicêmico no diabetes
41
. Os pacientes
DM apresentaram níveis glicêmicos pouco acima do limite do controle adequado do
diabetes, mas no grupo DP+DM, a média da HbA1c indicou um controle glicêmico
52
inadequado. Os estudos de Novaes et al.
42
,
43
mostraram que o diabetes não-
controlado ou mal controlado está associado com uma maior susceptibilidade a
infecções orais, incluindo a periodontite. Por outro lado, a presença de periodontite
pode agravar o controle glicêmico
44
. Em um estudo longitudinal
44
, pacientes com
diabetes tipo 2 e com periodontite severa demonstraram um controle glicêmico
inadequado quando comparados aos pacientes diabéticos com destruição
periodontal mínima. No presente estudo, os dados mostraram correlação positiva
entre os níveis de HbA1c e alguns parâmetros clínicos (PS, NIC) e correlação
inversa com PS3 e com o n. dentes nos grupos DM e DP+DM. Contudo, não há
como saber se os níveis altos de HbA1c interferiram na periodontite ou vice-versa.
O teste ELISA para RAGE foi realizado, mas não foi possível detectar a
concentração da RAGE na saliva usando o kit Human Quantikine RAGE ELISA
γ
.
Yoon et al.
45
caracterizaram os AGEs na saliva de pacientes diabéticos com
espectroscopia de ressonância magnética nuclear, mas não os RAGEs. Katz et al.
46
analisaram os AGEs na periodontite usando imunohistoquímica e reação em cadeia
da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR) em biópsias gengivais.
A concentração total de proteínas salivares apresenta-se similar nos
pacientes diabéticos
47
, periodontais
48
e nos indivíduos controle. No presente estudo,
a concentração total de proteínas salivares foi dosada a fim de checar se havia
discrepâncias entre os grupos que pudessem comprometer os resultados dos
biomarcadores específicos; contudo, esse comprometimento não foi verificado. Foi
possível observar que as maiores concentrações no grupo DP+DM, quando
comparado ao grupo Controle, podem ser explicadas por elevado conteúdo de
γ
Human Quantikine RAGE ELISA kit, R&D Systems, Minneapolis, USA
53
proteínas que se originam a partir da ativação do mecanismo de defesa do
hospedeiro contra o processo inflamatório
48
.
A pequena diferença na concentração total de proteína salivar entre os grupos
pode também estar relacionada ao fluxo salivar que varia entre os pacientes e nos
próprios pacientes. Algumas medicações afetam o fluxo salivar assim como doenças
sistêmicas
19
. Mudanças no fluxo salivar podem apresentar um impacto significante
na concentração de proteínas na saliva. Ainda, a composição de saliva estimulada e
não-estimulada difere, o que pode afetar as proteínas de interesse
49
. No presente
estudo, a saliva total foi coletada de forma não-estimulada como realizado em outros
estudos semelhantes
19,23,50
. Dodds et al.
47
mostraram que o fluxo salivar total
estimulado e não-estimulado não foi afetado pelo estado do diabetes ou pelo
controle do nível glicêmico.
5 CONCLUSÕES
55
5 CONCLUSÕES
Dentro dos limites do presente estudo, os dados indicam que a saliva é um
identificador adequado dos biomarcadores inflamatórios da periodontite com
ou sem diabetes.
Os dados suportam que a IL-6 é um biomarcador candidato da periodontite
associada ou não ao diabetes na saliva.
A análise dos resultados sugere que OPG e MMP-8 não são marcadores mais
indicados para determinar o colapso periodontal, pois não foi possível
diferenciar, por estes marcadores, os quadros de periodontite e de
periodontite associada ao diabetes.
Alternativamente, outros biomarcadores inflamatórios devem ser avaliados
para a susceptibilidade individual à periodontite bem como para o diagnóstico
da periodontite associada ou não ao diabetes.
Baseado nestes achados, sugere-se que o papel do diabetes na modulação
da periodontite pode envolver a super-expressão da MMP-8 e da OPG.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Ebersole JL, Machen RL, Steffen MJ, Willmann DE. Systemic acutephase
reactants, C-reactive protein and haptoglobin, in adult periodontitis. Clin Exp
Immunol 1997;107:347-352.
2. Lu HK, Chen YL, Li CL, Kuo MYP. Identification of the osteoprotegerin/receptor
activator of nuclear factor kappa B ligand system in gingival crevicular fluid and
tissue of patients with chronic periodontitis. J Periodont Res 2006;41:354-360.
3. Papapanou PN. World Workshop in Clinical Periodontics. Periodontal diseases:
epidemiology. Ann Periodontol 1996;1:1-36.
4. Taylor GW, Burt BA, Becker MP, Genco RJ, Shlossman M. Glycemic control and
alveolar bone loss progression in type 2 diabetes. Ann Periodontol 1998;3:30-39.
5. Duarte PM, Neto JBC, Casati MZ, Sallum EA, Nociti FH Jr. Diabetes modulates
gene expression in the gingival tissues of patients with chronic periodontitis. Oral
Dis 2007;13:594-599.
6. Manouchehr-Pour M, Spagnuolo PJ, Rodman HM, Bissada NF. Impaired
neutrophil chemotaxis in diabetic patients with severe periodontitis. J Dent Res
1981;60:729-730.
7. Gomes MAB, Rodrigues FH, Afonso-Cardoso SR, et al. Levels of immunoglobulin
A1 and Messenger RNA for interferon γ and tumor necrosis factor α in total saliva
from patients with diabetes mellitus type 2 with chronic periodontal disease. J
Periodont Res 2006;41:177-183.
8. Albandar JM. Periodontal diseases in North America. Periodontol 2000
2002;29:31-69.
58
9. Armitage GC. The complete periodontal examination. Periodontol 2000
2004;34:22-33.
10. Taba M Jr, Kinney J, Kim AS, Giannobile WV. Diagnostic biomarkers for oral and
periodontal diseases. Dent Clin North Am 2005; 49(3):551-571.
11. Gabay C. Interleukin-6 and chronic inflammation. Arthritis Res & Ther
2006;8(2):S3.
12. Cronstein BN. Interleukin-6: A key mediator of systemic and local symptoms in
rheumatoid arthritis. Bulletin of the NYU Hospital for Joint Dis 2007;65(1):S11-15.
13. Mogi M, Otogoto J, Ota N, Inagaki H, Minami M, Kojima K. Interleukin 1β,
interleukin 6, b2-microglobulin, and transforming growth factor-α in gingival
crevicular fluid from human periodontal disease. Arch Oral Biol 1999;44:535-539.
14. Buduneli E, Vardar-Sengul S, Buduneli N, Atilla G, Wahlgren J, Sorsa T. Matrix
metalloproteinases, tissue inhibitor of matrix metalloproteinase-1, and laminin-5
γ2 chain immunolocalization in gingival tissue of endotoxin-induced periodontitis
in rats: effects of low-dose doxycycline and alendronate. J Periodontol
2007;78:127-134.
15. Hanemaaijer R, Sorsa T, Konttinen YT, et al. Matrix metalloproteinase-8 is
expressed in rheumatoid synovial fibroblasts and endothelial cells. Regulation by
tumor necrosis factor-α and doxycycline. J Biolog Chem 1997;272:31504-31509.
16. Chen HY, Cox SW, Eley BM, Mantyla P, Ronka H. Matrix metalloproteinases-8
levels and elastase activities in gingival crevicular fluid from chronic adult
periodontitis patients. J Clin Periodontol 2000;27:366-369.
17. Lacey DL, Timms E, Tan HL, et al. Osteoprotegerin ligand is a cytokine that
regulates osteoclast differentiation and activation. Cell 1998;93:165-176.
59
18. Lappin DF, Sherrabeh S, Jenkins WMM, Macpherson LMD. Effect of smoking on
serum RANKL and OPG in sex, age and clinically matched supportive-therapy
periodontitis patients. J Clin Periodontol 2007;34:271-277.
19. Miller CS, King CP Jr, Langub C, Kryscio RJ, Thomas MV. Salivary biomarkers of
existing periodontal disease. A cross-sectional study. JADA 2006;137(5):7-16.
20. Ng PYB, Donley M, Hausmann E, Hutson AD, Rossomando E, Scannapieco FA.
Candidate salivary biomarkers associated with alveolar bone loss: cross-sectional
and in vitro studies. FEMS Immunol Med Microbiol 2007;49:252-260.
21. Kaufman E, Lamster IB. Analysis of saliva for periodontal diagnosis – a review. J
Clin Periodontol 2000;27:453-465.
22. Pellegrini GG, Gonzales CM, Somoza JC, Friedman SM, Zeni SN. Correlation
between salivary and serum markers of bone turnover in osteopenic rats. J
Periodontol 2008;79:158-165.
23. Ito T, Komiya-Ito A, Arataki T, et al. Relationship between antimicrobial protein
levels in whole saliva and periodontitis. J Periodontol 2008;79:316-322.
24. Machtei EE, Christersson LA, Grossi SG, Dunford R, Zambon JJ, Genco RJ.
Clinical criteria for the definition of "established periodontitis". J Periodontol
1992;63(3):206-214.
25. Navazesh M. Methods for collecting saliva. Ann NY Acad Sci 1993;694:72-77.
26. Rodrigues DC, Taba M Jr, Novaes AB Jr, Souza SL, Grisi MF. Effect of non-
surgical periodontal therapy on glycemic control in patients with type 2 diabetes
mellitus. J Periodontol 2003;74:1361-1367.
27. Kurtis B, Develioglu H, Taner IL, Balos K, Tekin IO. IL-6 levels in gingival
crevicular fluid (GCF) from patients with non-insulin dependent diabetes mellitus
(NIDDM), adult periodontitis and healthy subjects. J Oral Sci 1999;41:163-167.
60
28. Mengel R, Bacher M, Flores-de-Jacoby L. Interactions between stress,
interleukin-1β, interleukin-6 and cortisol in periodontally diseased patients. J Clin
Periodontol 2002;29:1012-1022.
29. Lalla E, Lamster IB, Feit M, et al. Blockade of RAGE suppresses periodontitis-
associated bone loss in diabetic mice. J Clin Invest 2000;105(8):1117-1124.
30. Baumann H, Gauldie J. The acute phase response. Immunol Today 1994;15:74-
80.
31. O'Connell PA, Nomizo A, Foss MC, et al. Effects of periodontal therapy on
glycemic control and inflammatory markers. J Periodontol 2008. In press.
32. Ingman T, Tervahartiala T, Ding Y, et al. Matrix metalloproteinases and their
inhibitors in gingival crevicular fluid and saliva of periodontitis patients. J Clin
Periodontol 1996;23(12):1127-1132.
33. Christodoulies N, Floriano PN, Miller CS, et al. Lab-on-a-chip methods for point-
of-care measurements of salivary biomarkers of periodontitis. Ann N Y Acad Sci
2007;1098:411-428.
34. Colin HL, Sorsa T, Meurman JH, et al. Salivary matrix metalloproteinase (MMP-8)
levels and gelatinase (MMP-9) activies in patients with type 2 diabetes mellitus. J
Periodontal Res 2000;35(5):259-265.
35. Kumar MS, Vamsi G, Sripriya R, Sehgal PK. Expression of matrix
metalloproteinases (MMP-8 and -9) in chronic periodontitis patients with and
without diabetes mellitus. J Periodontol 2006;77(11):1803-1808.
36. Sorsa T, Ingman T, Suomalainen K, et al. Cellular source and tetracycline
inhibition of gingival crevicular fluid collagenase of patients with labile diabetes
mellitus. J Clin Periodontol 1992;19:146-149.
61
37. Browner WS, Lui LY, Cummings SR. Associations of Serum Osteoprotegerin
Levels with Diabetes, Stroke, Bone Density, Fractures, and Mortality in Elderly
Women. J Clin Endocrinol Metab 2001;86(2):631-637.
38. Xiang GD, Xu L, Zhao LS, Yue L, Hou J. The relationship between plasma
osteoprotegerin and endothelium-dependent arterial dilation in type 2 diabetes.
Diabetes 2006;55:2126-2131.
39. Hofbauer LC, Schoppet M. Osteoprotegerin: a link between osteoporosis and
arterial calcification? Lancet 2001;358:257-259.
40. Jono S, Ikari Y, Shioi A, et al. Serum osteoprotegerin levels are associated with
the presence and severity of coronary artery disease. Circulation
2002;106(10):1192-1194.
41. Scannapieco FA. Periodontal disease as a potencial risk factor for systemic
diseases. J Periodontol 1998;69:841-850.
42. Novaes AB Jr, Pereira ALA, Moraes N, Novaes AB. Manifestations of insulin-
dependent diabetes mellitus in the periodontium of young brazilian patients. J
Periodontol 1991;62:116-122.
43. Novaes AB Jr, Gutierrez FG, Novaes AB. Periodontal disease progression in type
II non-insulin-dependent diabetes mellitus patients (NIDDM). Part I – Probing
pocket depth and clinical attachment. Braz Dent J 1996;7(2):65-73.
44. Taylor GW, Burt BA, Becker MP, et al. Severe periodontitis and risk for poor
glycemic control in patients with non-insulin-dependent diabetes mellitus. J
Periodontol 1996;67(10 Suppl):1085-1093.
45. Yoon M-S, Jankowski V, Montag S, et al. Characterisation of advanced glycation
endproducts in saliva from patients with diabetes mellitus. Biochem Biophys Res
Commun 2004;323(2):377-381.
62
46. Katz J, Bhattacharyya I, Farkhondeh-Kish F, Perez FM, Caudle RM, Heft MW.
Expression of the receptor of advanced glycation end products in gingival tissues
of type 2 diabetes patients with chronic periodontal disease: a study utilizing
immunohistochemistry and RT-PCR. J Clin Periodontol 2005;32:40-44.
47. Dodds MWJ, Yeh CK, Jonhson DA. Salivary alterations in type 2 (non-insulin-
dependent) diabetes mellitus and hypertension. Community Dent Oral Epidemiol
2000;28:371-381.
48. Ozmeric N, Elgun S, Uraz A. Salivary arginase in patients with adult periodontitis.
Clin Oral Invest 2000; 4:21-24.
49. Polland KE, Higgins F, Orchardson R. Salivary flow role and pH during prolonged
gum chewing in humans. J Oral Rehabil 2003; 30:861-865.
50. Ulker EA, Tulunoglu O, Ozmeric N, Can M, Demirtas S. The evaluation of cystatin
C, IL-1β, and TNF-α levels in total saliva and gingival crevicular fluid fom 11- to
16-year-old children. J Periodontol 2008; 79: online early.
ARTIGO EM INGLÊS
Salivary Biomarkers of Periodontal Patients with Type 2 Diabetes Mellitus
Priscila P Costa*
Mario Taba Jr.*
Glauce L Trevisan*
Viviane K S Kawata*
Guilherme O Macedo*
Arthur B Novaes Jr.*
Sergio L S Souza*
Marcio F M Grisi*
Daniela B Palioto*
*Department of Oral Surgery and Periodontology, University of São Paulo, Ribeirão
Preto School of Dentistry.
Number of figures and tables: 02 figures and 03 tables
Running title: Salivary Biomarkers in Periodontal Patients
Correspondence: Mario Taba Jr. Department of Oral Surgery and Periodontology,
University of São Paulo, Ribeirão Preto School of Dentistry, Avenida do Café - s/n,
post code: 14040-904, Ribeirão Preto, SP, Brazil; e-mail: [email protected]; fax
number: 55 16 36024788.
65
One-Sentence Summary
This study found that saliva is an adequate identifier of biomarkers for periodontitis.
Also, the IL-6 concentration was higher in periodontal patients with or without
diabetes supporting that IL-6 may be a candidate periodontal biomarker in saliva.
The MMP-8 and OPG concentrations were higher in diabetic patients and it is not
possible to distinguish the condition of periodontitis and periodontitis associated to
diabetes by both markers. Therefore, OPG and MMP-8 may be not the most
appropriate markers for periodontitis.
66
ABSTRACT
Background: Association of diabetes and periodontitis produces an inflammatory
proteins discharge that can be reflected in saliva. The aim of this study was to
measure salivary concentrations of interleukin-6 (IL-6), matrix metalloproteinase-8
(MMP-8) and osteoprotegerin (OPG) in patients with chronic periodontitis associated
or not to type 2 diabetes mellitus.
Methods: A total of 90 subjects was divided in four groups: healthy (Control, n=22),
patients with Periodontal Disease (PD, n=24), Diabetes Mellitus only (DM, n=20),
Periodontal Disease and Diabetes Mellitus (PD+DM, n=24). Clinical and metabolic
data were recorded. Non-stimulated saliva samples were analyzed by enzyme-linked
immunosorbent assay (ELISA).
Results: Significant differences were detected between groups for the biomarkers
(p<0.05). Regarding IL-6, significant differences were found comparing Control with
PD and with PD+DM, and comparing PD+DM with DM groups (p<0.005). For MMP-
8, the concentrations mean of the Control group was significantly lower than all the
diseased groups (p<0.01), and no differences between diseased groups were
detected. For OPG, significant differences were found between Control and PD, and
between Control and DM groups (p<0.05). All clinical parameters were significant
between groups (p<0.001), except suppuration. In PD group, BOP (bleeding on
probing) showed positive correlation with IL-6 concentrations (r=0.48; p<0.05),
PPD7 (pocket depth7mm) correlated positively with MMP-8 concentrations
(r=0.46; p<0.05), also HbA1c levels correlated positively with IL-6 concentrations
(r=0.54; p<0.000).
67
Conclusion: Saliva is an adequate substrate for inflammatory biomarkers
identification in periodontal patients. IL-6 is a candidate biomarker for periodontitis
and periodontitis associated to diabetes in the saliva.
Key words: Periodontitis, Diabetes mellitus; Saliva; Biomarkers
68
INTRODUCTION
Periodontitis is an inflammatory disease which results from an imbalance in
the interactions between the periodontal microflora and the multifaceted response of
the host’s immune system
1
. This imbalance causes the overexpression of
proinflammatory cytokines and the subsequent destruction of connective tissue
attachment and alveolar bone
2
.
Evidences demonstrate that diabetes is a risk factor for periodontitis
3
.
Diabetes mellitus is a metabolic disorder, characterized by hyperglycemia resulting
from defects in insulin secretion or insulin action
4
. It has been shown that
hyperglycemia may glycate body proteins, forming advanced glycation end products
(AGEs). The AGEs in the periodontium stimulates monocytes recruitment to the site
and interact with their receptors (RAGEs) on the cell surface of these monocytes.
The AGE–RAGE interaction induces a change in monocyte phenotype, upregulating
the cell and significantly increasing the production of proinflammatory cytokines
5
. In
addition, diabetes may modulate periodontal tissue destruction by reducing the
polymorphonuclear leukocyte function, including chemotaxis, adherence, and
phagocytosis
6
.
Diabetes and periodontitis are common chronic diseases in adults. Both
diseases are high prevalent in world’s population, and it is estimated that 1 – 6% of
the general population suffer from diabetes
7
. On the other hand, periodontal disease
afflicts over 50% of the adult population in the United States
8
.
Traditional periodontal diagnosis includes clinical parameters and radiographs
to assess alveolar bone level
9
. However, advances in the diagnosis of oral and
periodontal diseases are moving toward methods whereby periodontal activity can be
identified and quantified by objective measures such as biomarkers found in gingival
69
crevicular fluid, serum and saliva and can potentially be used as diagnostic
markers
10
.
Interleukin-6 (IL-6) dictates the transition from acute to chronic inflammation by
changing the nature of leucocyte infiltrate (from polymorphonuclear neutrophils to
monocyte/macrophages), and it exerts stimulatory effects on T- and B-cells, favoring
chronic inflammatory response
11
. In addition, it stimulates mesenchymal progenitor
cell differentiation toward the osteoblastic lineage, is a potent anti-apoptotic agent on
osteoblastic cells, increasing bone resorption and induces production of matrix
metalloproteinases
12
. Thus, IL-6 may be a useful indicator or a diagnostic marker for
periodontitis
13
.
Matrix metalloproteinase-8 (MMP-8) is the major destructive metalloproteinase
(MMP), implicated in the pathogenesis of periodontitis and is found in large amounts
in gingival biopsies and oral fluids
14
. Polymorphonuclear neutrophil is one of the cells
that produce MMP-8, although gingival fibroblasts can also express it
15
. Thus,
literature suggests that MMP-8 plays an important role in monitoring periodontitis
16
.
Osteoprotegerin (OPG) is a member of the tumor necrosis factor (TNF)
receptor family that is expressed by osteoblasts. The function of the OPG, a decoy
receptor, is to reduce interaction between receptor activator of nuclear factor-kappa
B ligand (RANKL) and the receptor activator of nuclear factor-kappa B (RANK) since
RANKL can potentially stimulate osteoclasts to induce bone resorption, and when
blocked by OPG, the amount of bone resorption may be reduced
17
. A reasonable
hypothesis is that the bone destruction seen in periodontitis is associated to a
disturbance in the balance of RANKL and OPG, for example, elevated RANKL
concentrations and/or lower OPG concentrations in fluids and tissues result in an
excess amount of free RANKL capable of stimulating RANK, thereby increasing bone
70
resorption by osteoclasts. Some cytokines, such as interleukin (IL)-1 and IL-6, are
known to modulate RANKL and OPG concentration
18
.
Saliva has the potential to be used as a diagnostic fluid for oral disease
19,20
. It
can also be easily collected, contains locally-derived and systemically-derived
markers, and hence may offer the basis for a specific diagnostic test for
periodontitis
21
. According to Pellegrini et al.
22
and Ito et al.
23
, quantifying biomarkers
in saliva may serve as a useful tool to predict susceptibility to periodontitis, to provide
information for disease severity and to monitor the effectiveness of periodontal
therapy.
Considering the accumulated evidences and the necessity to further
investigate the inflammatory biomarkers in periodontitis associated to diabetes, the
aim of this study was to measure salivary concentration of IL-6, MMP-8 and OPG in
patients with periodontitis associated or not to type 2 diabetes mellitus.
71
MATERIALS AND METHODS
Study Population
This study was carried out as a joint collaboration of the Department of Oral
Surgery and Periodontology and the Department of Internal Medicine – Division of
Endocrinology and Metabolism of the University of São Paulo. It was reviewed and
approved by the Institutional Human Research Committee. All subjects were, on an
individual basis, informed about the nature of the proposed study and informed
consent forms were signed.
Subjects underwent anamnesis, clinical and radiographic examination.
Diabetic patients had the glycosylated hemoglobin (HbA1c) levels verified in the
Endocrinology Clinical of University of São Paulo, Ribeirão Preto School of Medicine.
According to their periodontal condition and general health status, they were invited
to participate in the study. Inclusion criteria were: (i) presence of at least 15 teeth; (ii)
at least one site with probing depth 5mm and two teeth with attachment loss
6mm
24
; (iii) to be 35 years or older. Exclusion criteria included: (i) use of antibiotics or
periodontal treatment in the previous 6 months; (ii) smoking within the past 5 years;
(iii) pregnancy or lactancy; (iv) concomitant medical therapy, except for diabetic
condition; (v) presence of other inflammatory conditions; (vi) major diabetic
complications.
A total of 90 subjects were divided in four groups: 22 Healthy subjects
(Control), 24 patients with periodontal disease (PD), 20 patients with diabetes
mellitus only (DM), 24 patients with periodontal disease and diabetes mellitus
(PD+DM).
72
Clinical Parameters
Clinical examination was performed by a single experienced examiner and
recorded at six sites per tooth with the aid of a computerized periodontal probe
δ
. The
parameters recorded were: probing pocket depth (PPD), relative clinical attachment
level (CAL), bleeding on probing (BOP), suppuration (SUP) and number of teeth (n.
teeth).
Saliva Sample Collection
Non-stimulated whole expectorated saliva was collected (~3ml) from each
subject’s saliva into sterile tubes according to the method described by Navazesh
25
.
Subjects refrained from eating, drinking, and oral hygiene for 2 hours prior to saliva
collection. Saliva samples were placed on ice immediately and aliquoted before
freezing at -80
o
C.
Salivary Proteins Analysis
The salivary concentrations of IL-6, MMP-8, OPG and Total Protein were
determined in duplicate for each subject using enzyme-linked immunosorbent assay
(ELISA). Human IL-6, MMP-8, OPG and Total Protein assay kits
γ
were used
according to each manufacturer’s instructions. A standard curve was constructed by
using standards provided by the kits, and protein concentrations were calculated
from the standard curve. For the Total Protein assay, bovine serum albumin was
used as standard.
δ
Florida Probe®, Florida Probe Corporation, Gainsville, FL, USA
γ
Human Quantikine IL-6 ELISA kit, R&D Systems, Minneapolis, USA
γ
Human MMP-8/OPG DuoSet kit, R&D Systems, Minneapolis, USA
γ
Bio-Rad Bradford Total Protein Assay Kit, Bio-Rad, California, USA
73
Glycosylated Hemoglobin (HbA1c) Measurement
The HbA1c levels were analyzed for the metabolic assessment in diabetic
patients (DM and PD+DM groups). The HbA1c data were measured by ion exchange
chromatography HPLC (high-pressure liquid chromatography) and is expressed in
percentage.
Statistical Analysis
Data were recorded as mean ± standard deviation and the experimental unit
was the subject. Kruskal-Wallis One Way Analysis and Mann-Whitney’s test were
applied to compare clinical parameters and concentration of salivary proteins
between groups. Correlations between concentrations of salivary proteins, clinical
parameters and HbA1c levels were measured by Spearman Nonparametric
Correlation. Data were tested for normality before applying the adequate parametric
or non-parametric tests. Statistical significance was considered at significance level
of 5% (p<0.05).
74
RESULT
Demographics and clinical characteristics
The clinical parameters, age, sex and salivary proteins concentrations were
measured in saliva samples of 90 subjects: 22 Healthy, 24 patients with periodontal
disease, 20 patients with diabetes mellitus only, 24 patients with periodontal disease
and type 2 diabetes mellitus. Sixty were women and thirty were men.
Age and clinical parameters of the participants recruited for this study are
summarized in Table 1. The mean age of the Control, PD and PD+DM groups were
similar, 43.7 ± 1.6, 45.4 ± 1.2 and 47.8 ± 1.4, respectively. Only the mean age of the
DM group was higher than the others groups, 53.3 ± 2.0. Most of the subjects in this
population had more than 20 teeth, with mean of 26.4 teeth for the Control group,
23.7 for the PD group, 23.4 for the DM group and 21.5 for the PD+DM group.
Regarding clinical parameters, only SUP was not different among all groups
(p=0.078). Therefore, data showed that all other evaluated clinical parameters, PPD,
PPD3, PPD4-6, PPD7, CAL and BOP, were different among groups (p<0.05). The
groups without periodontitis, Control and DM, presented similar mean values for the
clinical parameters while the PD and PD+DM groups had no significant differences
between themselves (p>0.05). Significant differences were found only when PD and
PD+DM groups were compared to the Control group or to the DM group.
The Control and DM group showed no or few signs of inflammation (mean
BOP=0.1 ± 0.1 and 1.2 ± 0.4 respectively) and absence of periodontal pockets,
whereas for both PD and PD+DM groups, inflammation and periodontal pockets were
always present. Elevated means of CAL in the PD and PD+DM groups may be an
indicator of periodontitis. Though the PPD mean value from the PD and PD+DM
groups were not higher, 3.06 ± 0.13 and 2.83 ± 0.17 respectively, these groups
75
showed several sites with periodontal pockets from 4 to 6mm (PPD4-6),
characterizing established periodontal disease (PD=32.9 ± 4.2; PD+DM=28.5 ± 3.4).
Concentration of salivary proteins
The mean concentrations of IL-6 and OPG are presented in picogram per
milliliter (pg/ml) of saliva, and the mean concentrations of MMP-8 presented in
nanogram per milliliter (ng/ml) of saliva (Figure 1). The detection limit was 3.13 - 300
pg/ml for IL-6 and 62.5 - 4000 pg/ml for MMP-8 and OPG.
Significant differences were found among all groups for the three screened
salivary proteins, with IL-6 (p=0.006), MMP-8 (p=0.004) and OPG (p=0.032).
Regarding IL-6, the Control group showed significantly lower mean concentration
than PD and PD+DM groups, while for the DM group mean concentration was
significantly lower only when compared to the PD+DM group. For MMP-8, the Control
group concentration was significantly lower than the other diseased groups and no
differences between diseased groups (PD, DM e PD+DM) were detected. The mean
concentration of OPG was significantly different between Control and DM groups,
and PD and DM groups. Only samples which stayed within the detection limit for the
assay were considered for statistical analysis.
Mean concentrations of Total Protein are presented in miligram per milliliter
(mg/ml) of saliva in Figure 2. Only Control and PD+DM groups presented statistically
significant differences (p=0.003).
Metabolic parameter
The normal healthy range for the HbA1c levels is 4.5 – 6%. In the present
study, the HbA1c mean values were 7.8% for the DM group and 8.5% for the PD+DM
76
group, without significant differences between diabetic groups (p=0.052). Also, these
data show that principally PD+DM group presented inadequate glycemic control.
Correlation between clinical parameters and salivary proteins
For the Control group, data showed a negative correlation among MMP-8
concentrations with PPD3 (r= -0.62, p=0.054) and with n. teeth (r= -0.64, p=0.047).
In PD group, the n. teeth and BOP clinical parameters were correlated with IL-6
concentrations (r= -0.44, p=0.036 and r=0.48, p=0.020 respectively). In the same
group, PPD7 were correlated with elevated MMP-8 concentrations (correlation
value= 0.46; p=0.030) and SUP parameter with OPG concentrations (r= -0.55; p=
0.018). For the DM and PD+DM groups, no significant correlation to clinical
parameters was found.
Correlation between metabolic parameter and clinical parameters and salivary
proteins
Data showed that HbA1c had significant correlation to some clinical
parameters such as PPD (r=0.31, p=0.049), PPD3 (r= -0.39, p=0.013), CAL (r=0.36,
p=0.022) and n. teeth (r= -0.40, p=0.011) in DM and PD+DM groups (Table 2).
Regarding salivary proteins, only IL-6 was positively correlated to HbA1c (r=0.54;
p<0.000) (Table 3).
77
DISCUSSION
Previous studies support a bidirectional relationship between diabetes and
periodontitis, suggesting that diabetes is a risk factor for periodontitis
3
as well as the
periodontal treatment may influence glycemic control
26
.
Data from the current study demonstrated that salivary concentrations of IL-6
are higher in patients with periodontal inflammation (PD and PD+DM groups) in
comparison to Control and DM group and elevated salivary concentrations of MMP-8
and OPG in saliva samples from diabetic patients (DM and PD+DM groups).
In the current study, results suggested that elevated IL-6 concentrations in the
saliva of periodontal patients (PD and DM+PD groups) may be related to the modulation
of periodontitis, indicated by the clinical parameters in these groups. This result was
consistent to IL-6 concentrations reported by Kurtis et al.
27
and Mengel et al.
28
. IL-6
concentrations were positively correlated to BOP and negatively to n. of teeth in PD
group, corroborating that this proinflammatory cytokine is associated to chronic
inflammatory responses
11
and to the increase in bone resorption
12
. In contrast, IL-6
concentrations were not associated to clinical parameters in the Control group.
The formation of AGEs has been reported to play an important role in modulating
cytokine expression as IL-6 in diabetic patients
29
. However, results presented lower IL-6
concentrations in samples from the DM group, and no statistically significant differences
between PD and PD+DM groups were found. A reasonable explanation for these results
may be related to type 2 diabetes treatment with insulin which decreases IL-1 and IL-6
effects
30
.
Another explanation would be that lower IL-6 concentrations in the DM group
may be a compensatory mechanism to increase others cytokines concentrations due
AGEs action. Therefore, monitoring the large cytokines group may explain this
phenomenon. In addition, O’Connell et al.
31
study presented that HbA1c levels were
78
related to some biomarkers concentrations. In accordance to O’Connell et al.
31
, our
results showed a positive correlation between IL-6 concentration and HbA1c levels.
Thus our findings suggest that salivary IL-6 may potentially be used as a sensitive
marker for periodontal inflammation.
Regarding MMP-8, it is one of the major players in collagen breakdown during
periodontal destruction and may be present in gingival crevicular fluid and in saliva
32
.
In line with Miller et al.
19
and Christodoulides et al.
33
, MMP-8 concentrations were
higher in patients’ saliva samples with periodontitis (PD and PD+DM) when
compared to the Control group. Also, in accordance to these authors
19,33
, MMP-8
mean had negative correlation with PPD3 and n. teeth in the Control group,
indicating that the more teeth and healthy sites the patient has, the lower will be the
MMP-8 concentration. On the other hand, MMP-8 mean had positive correlation to
PPD7 in the PD group. Detection of salivary MMP-8 and the correlation between
MMP-8 concentrations and some clinical parameters are in accordance with Chen et
al.
16
who suggests that MMP-8 has an important role in monitoring periodontitis.
However, data showed the highest concentrations of MMP-8 in saliva samples
from diabetic patients (DM and PD+DM groups). According to literature
34,35
, diabetes
has been associated to altered collagen metabolism. The Collin et al. study
34
showed
that the major MMPs in type 2 diabetic patients' saliva are MMP-8 and MMP-9.
Besides, Sorsa et al.
36
reported that increased MMP-8 was independent of bacterial
factors, indicating that its concentration in diabetic patients may be not related only to
periodontitis. Though the literature reported that MMP-8 is a periodontitis marker,
diabetes may overestimate this metalloproteinase values.
Elevated OPG concentrations were detected in saliva samples of diabetic
patients (DM and PD+DM groups). One possibility is that serum
glucose levels or
79
glycosylated proteins affect the assay for OPG
37
, but
we found no correlation between
OPG concentrations and HbA1c levels in diabetic patients, suggesting that this may be
an unlikely
explanation. Another hypothesis is that concentrations of OPG reflect
ongoing
vascular disease, which is a common complication in patients with
diabetes
37
. Recently,
increased OPG concentrations have been reported in type 2 diabetic patients and they
were associated to microvascular complications and to asymptomatic coronary artery
disease as well as with impaired endothelial function
38
. Some studies
39,40
suggested that
increased OPG concentrations represent an incomplete defense mechanism against
other factors that promote arterial calcification, atherosclerosis and other forms of
vascular damage, acting as an important regulatory molecule in the vasculature. The
results of the present study are similar to data from type 2 diabetic patients, as
previously reported by Browner et al.
37
and Xiang et al.
38
, suggesting that OPG might
affect early stage atherosclerosis in diabetic patients.
Besides, the results did not show significant differences between OPG
concentrations in the PD and Control groups corroborating to the results of Miller et
al.
19
. It seems that OPG concentrations in saliva are not well-defined in health or
disease. OPG’s role in bone metabolism leads one to hypothesize that its
concentration would be increased under circumstances which require inhibition of
osteoclastogenesis. One of the possible biological mechanisms at work is that an
increase in osteoclast precursors might lead to the upregulation of OPG. In turn,
OPG would inhibit an increased number of osteoclast precursors. However, during
periodontal destruction, there may be a threshold whereby OPG is operating at full
capacity and yet cannot overcome the overwhelming number of osteoclast
precursors; this would result in bone turnover
19
. Since periodontitis is episodic, bone
turnover may not have been occurring in each patient at the time of sampling in this
80
study; this might explain why the mean concentration of OPG was slightly elevated in
the PD group compared to the Control group. Alternatively, OPG may not be the
most appropriate marker for assessment of active bone resorption in periodontitis.
Glycosylated hemoglobin (HbA1c) test measures the amount of glucose
irreversibly bound to the hemoglobin molecule. It has been used as a monitoring
tool
41
. The DM patients were slightly above diabetic control’s boundary, but in the
PD+DM group, the HbA1c mean indicated an inadequate metabolic control of
diabetes. Studies by Novaes et al.
42,43
showed that uncontrolled or poorly controlled
diabetes is associated with increased susceptibility to oral infections, including
periodontitis. On the other hand, the presence of periodontitis may aggravate
glycemic control
44
. In a longitudinal study
44
, diabetic subjects with severe
periodontitis demonstrated significantly inadequate glycemic control than diabetic
subjects with minimal periodontal destruction. In the current study, data showed
positive correlation between the HbA1c levels and some clinical parameters (PPD,
CAL) and negative correlation to PPD3 and n. teeth in DM and PD+DM groups.
The ELISA for RAGE was run, but it was not possible to detect it in the saliva
samples using the Human Quantikine RAGE ELISA kit
γ
. Yoon et al.
45
characterized
AGEs in saliva from patients with diabetes mellitus with Nuclear magnetic resonance
spectroscopy, but not RAGEs. Katz et al.
46
analyzed this biomarker in periodontitis
with immunohistochemistry and reverse transcription polymerase chain reaction (RT-
PCR) in gingival biopsies.
Total salivary protein concentration has been found to be similar in diabetic
47
,
periodontal
48
and control subjects. In the present study, total salivary protein
concentration was measured to verify if possible differences between groups would
γ
Human Quantikine IL-6/RAGE ELISA kit, R&D Systems, Minneapolis, USA
81
compromise results of specific biomarkers; however, compromising was not verified.
In this study, the higher total protein concentration in PD+DM when compared to the
Control group may be explained by the elevated protein content produced due to the
activation of the host’s defence mechanism against the inflammatory process
48
.
Also, slight differences in total protein concentrations among groups may be
related to the flow rate of saliva that varies within and between subjects. Some
medications affect salivary flow rate as well as systemic diseases
19
. Changes in flow rate
could have a significant impact on proteins concentration in saliva. Besides, the
composition of stimulated and non-stimulated saliva differs, and this could affect the
proteins of interest
49
. In the present study, non-stimulated whole saliva was collected
according to other studies
19,23,50
. Dodds et al.
47
showed that unstimulated whole saliva
flow rates were unaffected by diabetes status, or by the level of glycemic control.
Within the limits of the present study, data indicated that saliva is an adequate
identifier of inflammatory biomarkers for periodontitis with or without diabetes mellitus
diagnosis. These data support that IL-6 is a candidate biomarker of periodontal
disease in saliva, and OPG and MMP-8 are not the most appropriate markers for
assessment of active periodontal breakdown, since it is not possible to distinguish
the condition of periodontitis and periodontitis associated to diabetes by OPG and
MMP-8 markers. Alternatively, other inflammatory biomarkers should be evaluated
for the diagnosis of periodontitis and periodontitis associated to diabetes as well as
the individual susceptibility to this disease. Based on these findings, it can be
speculated that the role of diabetes in modulating periodontitis may involve the
overexpression of MMP-8 and OPG.
82
ACKNOWLEDGMENTS
We applied the sequence-determines-credit approach for the sequence of authors.
The study had the financial support of the National Council for Scientific and
Technological Development (CNPq) grant 477428/2006-1 ABNJ & MTJ. Authors
thank the kind assistance of Fabíola Singaretti de Oliveira from the Molecular Biology
Laboratory of the University of São Paulo, Ribeirão Preto School of Dentistry,
Department of Oral Surgery and Periodontology, and of Maria Cristina Foss Freitas
from the Department of Internal Medicine, Division of Endocrinology and Metabolism
of the University of São Paulo, Ribeirão Preto School of Medicine and the pos
gradutes Priscila Brasil da Nóbrega, Ingrid Webb Josephson Ribeiro and Karina
Kimiko Yamashina Pereira from Department of Oral Surgery and Periodontology of
the University of São Paulo, Ribeirão Preto School of Dentistry.
83
REFERENCES
1. Ebersole JL, Machen RL, Steffen MJ, Willmann DE. Systemic acutephase
reactants, C-reactive protein and haptoglobin, in adult periodontitis. Clin Exp
Immunol 1997;107:347-352.
2. Lu HK, Chen YL, Li CL, Kuo MYP. Identification of the osteoprotegerin/receptor
activator of nuclear factor kappa B ligand system in gingival crevicular fluid and
tissue of patients with chronic periodontitis. J Periodont Res 2006;41:354-360.
3. Papapanou PN. World Workshop in Clinical Periodontics. Periodontal diseases:
epidemiology. Ann Periodontol 1996;1:1-36.
4. Taylor GW, Burt BA, Becker MP, Genco RJ, Shlossman M. Glycemic control and
alveolar bone loss progression in type 2 diabetes. Ann Periodontol 1998;3:30-39.
5. Duarte PM, Neto JBC, Casati MZ, Sallum EA, Nociti FH Jr. Diabetes modulates
gene expression in the gingival tissues of patients with chronic periodontitis. Oral
Dis 2007;13:594-599.
6. Manouchehr-Pour M, Spagnuolo PJ, Rodman HM, Bissada NF. Impaired
neutrophil chemotaxis in diabetic patients with severe periodontitis. J Dent Res
1981;60:729-730.
7. Gomes MAB, Rodrigues FH, Afonso-Cardoso SR, et al. Levels of immunoglobulin
A1 and Messenger RNA for interferon γ and tumor necrosis factor α in total saliva
from patients with diabetes mellitus type 2 with chronic periodontal disease. J
Periodont Res 2006;41:177-183.
8. Albandar JM. Periodontal diseases in North America. Periodontol 2000
2002;29:31-69.
9. Armitage GC. The complete periodontal examination. Periodontol 2000
2004;34:22-33.
84
10. Taba M Jr, Kinney J, Kim AS, Giannobile WV. Diagnostic biomarkers for oral and
periodontal diseases. Dent Clin North Am 2005; 49(3):551-571.
11. Gabay C. Interleukin-6 and chronic inflammation. Arthritis Res & Ther
2006;8(2):S3.
12. Cronstein BN. Interleukin-6: A key mediator of systemic and local symptoms in
rheumatoid arthritis. Bulletin of the NYU Hospital for Joint Dis 2007;65(1):S11-15.
13. Mogi M, Otogoto J, Ota N, Inagaki H, Minami M, Kojima K. Interleukin 1β,
interleukin 6, b2-microglobulin, and transforming growth factor-α in gingival
crevicular fluid from human periodontal disease. Arch Oral Biol 1999;44:535-539.
14. Buduneli E, Vardar-Sengul S, Buduneli N, Atilla G, Wahlgren J, Sorsa T. Matrix
metalloproteinases, tissue inhibitor of matrix metalloproteinase-1, and laminin-5
γ2 chain immunolocalization in gingival tissue of endotoxin-induced periodontitis
in rats: effects of low-dose doxycycline and alendronate. J Periodontol
2007;78:127-134.
15. Hanemaaijer R, Sorsa T, Konttinen YT, et al. Matrix metalloproteinase-8 is
expressed in rheumatoid synovial fibroblasts and endothelial cells. Regulation by
tumor necrosis factor-α and doxycycline. J Biolog Chem 1997;272:31504-31509.
16. Chen HY, Cox SW, Eley BM, Mantyla P, Ronka H. Matrix metalloproteinases-8
levels and elastase activities in gingival crevicular fluid from chronic adult
periodontitis patients. J Clin Periodontol 2000;27:366-369.
17. Lacey DL, Timms E, Tan HL, et al. Osteoprotegerin ligand is a cytokine that
regulates osteoclast differentiation and activation. Cell 1998;93:165-176.
18. Lappin DF, Sherrabeh S, Jenkins WMM, Macpherson LMD. Effect of smoking on
serum RANKL and OPG in sex, age and clinically matched supportive-therapy
periodontitis patients. J Clin Periodontol 2007;34:271-277.
85
19. Miller CS, King CP Jr, Langub C, Kryscio RJ, Thomas MV. Salivary biomarkers of
existing periodontal disease. A cross-sectional study. JADA 2006;137(5):7-16.
20. Ng PYB, Donley M, Hausmann E, Hutson AD, Rossomando E, Scannapieco FA.
Candidate salivary biomarkers associated with alveolar bone loss: cross-sectional
and in vitro studies. FEMS Immunol Med Microbiol 2007;49:252-260.
21. Kaufman E, Lamster IB. Analysis of saliva for periodontal diagnosis – a review. J
Clin Periodontol 2000;27:453-465.
22. Pellegrini GG, Gonzales CM, Somoza JC, Friedman SM, Zeni SN. Correlation
between salivary and serum markers of bone turnover in osteopenic rats. J
Periodontol 2008;79:158-165.
23. Ito T, Komiya-Ito A, Arataki T, et al. Relationship between antimicrobial protein
levels in whole saliva and periodontitis. J Periodontol 2008;79:316-322.
24. Machtei EE, Christersson LA, Grossi SG, Dunford R, Zambon JJ, Genco RJ.
Clinical criteria for the definition of "established periodontitis". J Periodontol
1992;63(3):206-214.
25. Navazesh M. Methods for collecting saliva. Ann NY Acad Sci 1993;694:72-77.
26. Rodrigues DC, Taba M Jr, Novaes AB Jr, Souza SL, Grisi MF. Effect of non-
surgical periodontal therapy on glycemic control in patients with type 2 diabetes
mellitus. J Periodontol 2003;74:1361-1367.
27. Kurtis B, Develioglu H, Taner IL, Balos K, Tekin IO. IL-6 levels in gingival
crevicular fluid (GCF) from patients with non-insulin dependent diabetes mellitus
(NIDDM), adult periodontitis and healthy subjects. J Oral Sci 1999;41:163-167.
28. Mengel R, Bacher M, Flores-de-Jacoby L. Interactions between stress,
interleukin-1β, interleukin-6 and cortisol in periodontally diseased patients. J Clin
Periodontol 2002;29:1012-1022.
86
29. Lalla E, Lamster IB, Feit M, et al. Blockade of RAGE suppresses periodontitis-
associated bone loss in diabetic mice. J Clin Invest 2000;105(8):1117-1124.
30. Baumann H, Gauldie J. The acute phase response. Immunol Today 1994;15:74-
80.
31. O'Connell PA, Nomizo A, Foss MC, et al. Effects of periodontal therapy on
glycemic control and inflammatory markers. J Periodontol 2008. In press.
32. Ingman T, Tervahartiala T, Ding Y, et al. Matrix metalloproteinases and their
inhibitors in gingival crevicular fluid and saliva of periodontitis patients. J Clin
Periodontol 1996;23(12):1127-1132.
33. Christodoulies N, Floriano PN, Miller CS, et al. Lab-on-a-chip methods for point-
of-care measurements of salivary biomarkers of periodontitis. Ann N Y Acad Sci
2007;1098:411-428.
34. Colin HL, Sorsa T, Meurman JH, et al. Salivary matrix metalloproteinase (MMP-8)
levels and gelatinase (MMP-9) activies in patients with type 2 diabetes mellitus. J
Periodontal Res 2000;35(5):259-265.
35. Kumar MS, Vamsi G, Sripriya R, Sehgal PK. Expression of matrix
metalloproteinases (MMP-8 and -9) in chronic periodontitis patients with and
without diabetes mellitus. J Periodontol 2006;77(11):1803-1808.
36. Sorsa T, Ingman T, Suomalainen K, et al. Cellular source and tetracycline
inhibition of gingival crevicular fluid collagenase of patients with labile diabetes
mellitus. J Clin Periodontol 1992;19:146-149.
37. Browner WS, Lui LY, Cummings SR. Associations of Serum Osteoprotegerin
Levels with Diabetes, Stroke, Bone Density, Fractures, and Mortality in Elderly
Women. J Clin Endocrinol Metab 2001;86(2):631-637.
87
38. Xiang GD, Xu L, Zhao LS, Yue L, Hou J. The relationship between plasma
osteoprotegerin and endothelium-dependent arterial dilation in type 2 diabetes.
Diabetes 2006;55:2126-2131.
39. Hofbauer LC, Schoppet M. Osteoprotegerin: a link between osteoporosis and
arterial calcification? Lancet 2001;358:257-259.
40. Jono S, Ikari Y, Shioi A, et al. Serum osteoprotegerin levels are associated with
the presence and severity of coronary artery disease. Circulation
2002;106(10):1192-1194.
41. Scannapieco FA. Periodontal disease as a potencial risk factor for systemic
diseases. J Periodontol 1998;69:841-850.
42. Novaes AB Jr, Pereira ALA, Moraes N, Novaes AB. Manifestations of insulin-
dependent diabetes mellitus in the periodontium of young brazilian patients. J
Periodontol 1991;62:116-122.
43. Novaes AB Jr, Gutierrez FG, Novaes AB. Periodontal disease progression in type
II non-insulin-dependent diabetes mellitus patients (NIDDM). Part I – Probing
pocket depth and clinical attachment. Braz Dent J 1996;7(2):65-73.
44. Taylor GW, Burt BA, Becker MP, et al. Severe periodontitis and risk for poor
glycemic control in patients with non-insulin-dependent diabetes mellitus. J
Periodontol 1996;67(10 Suppl):1085-1093.
45. Yoon M-S, Jankowski V, Montag S, et al. Characterisation of advanced glycation
endproducts in saliva from patients with diabetes mellitus. Biochem Biophys Res
Commun 2004;323(2):377-381.
46. Katz J, Bhattacharyya I, Farkhondeh-Kish F, Perez FM, Caudle RM, Heft MW.
Expression of the receptor of advanced glycation end products in gingival tissues
88
of type 2 diabetes patients with chronic periodontal disease: a study utilizing
immunohistochemistry and RT-PCR. J Clin Periodontol 2005;32:40-44.
47. Dodds MWJ, Yeh CK, Jonhson DA. Salivary alterations in type 2 (non-insulin-
dependent) diabetes mellitus and hypertension. Community Dent Oral Epidemiol
2000;28:371-381.
48. Ozmeric N, Elgun S, Uraz A. Salivary arginase in patients with adult periodontitis.
Clin Oral Invest 2000; 4:21-24.
49. Polland KE, Higgins F, Orchardson R. Salivary flow role and pH during prolonged
gum chewing in humans. J Oral Rehabil 2003; 30:861-865.
50. Ulker EA, Tulunoglu O, Ozmeric N, Can M, Demirtas S. The evaluation of cystatin
C, IL-1β, and TNF-α levels in total saliva and gingival crevicular fluid fom 11- to
16-year-old children. J Periodontol 2008; 79: online early.
89
TABLES
Table 1. Clinical and demographics parameters of the groups
Clinical
Parameters
Control group PD group DM group PD+DM group p
Age 43.7 ± 1.6
a
45.4 ± 1.2
b
53.3 ± 2.0
a,b,c
47.8 ± 1.4
c
0.002*
PPD (mm) 2.05 ± 0.06
a,b
3.06 ± 0.13
a,c
2.11 ± 0.03
c,d
2.83 ± 0.17
b,d
<0.000*
PPD3 (sites) 158.3 ± 4.1
a,b
103.6 ± 5.5
a,c
140.4 ± 5.9
c,d
95.1 ± 6.2
b,d
<0.000*
PPD4-6 (sites) 0
a,b
32.9 ± 4.2
a,c
0
c,d
28.5 ± 3.4
b,d
<0.000*
PPD7 (sites) 0
a,b
4.7 ± 1,1
a,c
0
c,d
5.5 ± 2.2
b,d
<0.000*
CAL (mm) 2.09 ± 0.06
a,b
3.82 ± 0.22
a,c
2.21 ± 0.03
c,d
3.81 ± 0.25
b,d
<0.000*
n. teeth 26.4 ± 0.7
a
23.7 ± 0.5 23.4 ± 1.0 21.5 ± 0.9
a
<0.000*
BOP (%) 0.1 ± 0.1
a,b
19.0 ± 4.2
a,c
1.2 ± 0.4
c
15.0 ± 5.4
b
<0.000*
SUP (%) 0 1 ± 0.0 0 0.3 ± 0.2 0.078
Values are shown as mean ± standard error.
*p are statistically significant for Kruskal-Wallis One Way Analysis.
For the Mann-Whitney test, levels connected by same letter are significantly different.
90
Table 2. Correlations between the HbA1c levels and clinical parameters in DM and
PD+DM groups
HbA1c
Clinical
Parameters
r p
PPD 0.31 0.049*
PPD3 -0.39 0.013*
PPD 4-6 0.24 NS
PPD7 0.28 NS
CAL 0.36 0.022*
SUP 0.25 NS
BOP 0.10 NS
n. teeth -0.40 0.011*
*p is significant for Spearman Nonparametric Correlation
(p<0.05).
NS: no significant differences for Spearman
Nonparametric Correlation.
91
Table 3. Correlations between the HbA1c levels and salivary proteins in DM and
PD+DM groups
HbA1c
Salivary
Proteins
r p
IL-6
0.54 <0.000*
MMP-8
0.22 NS
OPG
-0.13 NS
*p is significant for Spearman Nonparametric Correlation
(p<0.05).
NS: no significant differences for Spearman
Nonparametric Correlation.
92
FIGURE LEGENDS
Figure 1. (A) Comparison of Interleukin-6 (IL-6) concentrations (pg/ml) in saliva
determined by ELISA; Kruskal-Wallis One Way Analysis, p=0.006. (B) Comparison of
Metalloproteinase-8 (MMP-8) concentrations (ng/ml) in saliva determined by ELISA;
Kruskal-Wallis One Way Analysis, p=0.004. (C) Comparison of Osteoprotegerin
(OPG) concentrations (pg/ml) in saliva determined by ELISA; Kruskal-Wallis One
Way Analysis, p=0.032.
* For the Mann-Whitney test, groups connected are significantly differents (p<0.05).
Figure 2. Kruskal-Wallis One Way Analysis, p=0.042.
* For the Mann-Whitney test, groups connected are significantly differents (p<0.05).
93
FIGURES
Figure 1. Salivary proteins concentrations determined by ELISA in the groups
(A)
IL-6
0
10
20
30
40
50
Control PD DM PD+DM
groups
concentration (pg/ml)
c
*
*
*
(B)
MMP-8
0
100
200
300
400
500
600
Control PD DM PD+DM
groups
concentration (ng/ml)
*
*
*
(C)
OPG
0
400
800
1200
1600
Control PD DM PD+DM
groups
concentration (pg/ml)
*
*
94
Figure 2. Salivary Total Protein concentrations (mg/ml) determined by ELISA in the
groups
Total Protein
0
1
2
3
4
5
6
Control PD DM PD+DM
groups
concentration (mg/ml)
*
ANEXOS
96
ANEXO A. Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto
97
ANEXO B. Termo de Consentimento
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Capítulo IV, itens 1 a 3 da Resolução 196/96 – Conselho Nacional de Saúde)
Termo de consentimento
Eu,____________________________________________________________
_____________________ RG_______________, CPF________________, fui
convidado a participar da pesquisa “Análise de biomarcadores na saliva como meio
de diagnóstico e avaliação do risco sistêmico, sob a responsabilidade do Prof. Dr.
Mário Taba Júnior e da mestranda Priscila Paganini Costa e afirmo que todas as
implicações abaixo relacionadas me foram devidamente esclarecidas, inclusive
verbalmente, através de questões levantadas junto aos pesquisadores, não restando
qualquer dúvida que possa sugerir que tal consentimento não tenha sido feito de
livre e espontânea vontade. Estou ainda ciente de que:
1) O objetivo desta pesquisa é realizar uma avaliação clínica de dados
periodontais e análise da saliva em pacientes portadores de periodontite
crônica (um tipo de doença que destrói rapidamente o osso em volta dos
dentes) e/ ou com doença do coração e diabetes.
2) O paciente será submetido a um exame clínico computadorizado para a
obtenção dos dados clínicos e coleta de saliva.
3) O paciente receberá o tratamento periodontal básico composto por
raspagem do tártaro e placa em uma única sessão.
4) Os procedimentos que poderão causar desconforto para o paciente são os
do exame clínico e coleta da saliva.
5) Sei que tenho liberdade de me recusar a participar ou de me retirar da
pesquisa a qualquer momento, sem nenhuma represália ou negligência em
meu tratamento.
6) Sei também que todos os dados que forem relatados ao pesquisador em
confidência serão mantidos sigilosos, garantindo minha privacidade.
7) Tenho consciência de que qualquer dano à minha saúde que seja
decorrente da minha participação nesta pesquisa será reparado sem que
eu necessite fazer qualquer despesa.
Ribeirão Preto, ___ de ___________ de 200___.
______________________________________________
Paciente ou responsável
_______________________________________________
Prof. Dr. Mario Taba Júnior
_______________________________________________
Mestranda Priscila Paganini Costa (8114.2620)
98
ANEXO C. Carta de Submissão do artigo ao Journal of Periodontology
99
ANEXO D. Confirmação de submissão
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo