efeito biológico (Margaleff & Vives, 1972), sendo muito útil como indicadores
biológicos de massas d’água.
Devido à sua abundância em regiões da plataforma continental, os
dinoflagelados formam parte da alimentação de vários organismos planctônicos
e, conseqüentemente, são muito importantes na transferência de energia na
rede trófica, entretanto, existem várias espécies tóxicas que, em condições
favoráveis, podem provocar as chamadas marés vermelhas, altamente
prejudiciais, porquanto causam enormes mortandades de peixes, podendo
também afetar diretamente a saúde do homem (Passavante, et al, 1982).
As Phyrrophyta apresentaram uma distribuição restrita a algumas
estações e períodos, não sendo encontradas em formas de colônias ou
florações específicas que permitam avaliar toxicidade ou ocorrência de “maré
vermelha” nos estuários estudados.
Queiroz, et al., (1984) demonstraram que níveis de toxicidade e “maré
vermelha” variam sazonalmente e de acordo com as condições ambientais e
combinações de fatores físico-químicos e biológicos, tais como regiões de
ressurgência, correntes, ventos, salinidade, temperatura, nutrientes, etc.
As Cyanobacteria se destacam, principalmente, em águas continentais,
ora por sua dominância no ambiente, provocando problemas de saúde pública
e de abastecimento, ora por sua importância inequívoca junto a estudos de
saprobidade, de toxidade, de fixação de nitrogênio e de sua utilização em geral
(Werner, 1988). A mesma autora, realizando estudo taxonômico na Lagoa de
Tramandaí – RS, identificou 20 táxons considerando a proporção de células em
relação aos demais grupos, constatou-se uma grande variedade, exceto sobre
as diatomáceas.
As Cyanobacteria identificadas nos estuários em estudo foram o
segundo maior grupo descrito, apenas superando as diatomáceas em
setembro/2003, no Botafogo e em maio/2003 no Siriji. Este fato pode ter
ocorrido por causa de uma queda do oxigênio dissolvido no mês de
agosto/2003, onde prevaleceu o maior florescimento destas microalgas no mês
subseqüente, e das diferenças nos níveis de nutrientes. O fósforo total teve um
maior aumento em maio/2003 nos dois estuários após um declínio em
agosto/2003, e o fosfato total que apresentou todos os níveis muito acima dos