40
Tabela 3. Abundância relativa (%) e freqüência de ocorrência (%) de zooplâncton nas
estações estudadas.
Pontos de coleta
Divisões
E1 % E2 % E3 % E4 % E5 %
Protoctista 8,3/50,0 15,7/71,3 27,1/100,0 20,7/94,5 22,1/96,9
Cnidária 0,0/12,5 1,7/2,5 0,7/15,8 12,3/29,3 0,6/19,4
Plathyelminthes 2,9/25,0 6,1/45,0 2,4/51,3 2,5/35,8 2,9/35,6
Rotifera 29,5/100,0 39,9/87,5 28,3/90,4 12,5/100,0 19,8/85,6
Nematoda 10,5/50,0 3,5/32,5 6,8/60,8 13,3/49,5 3,3/55,0
Anellida - 10,2/50,0 11,5/80,4 4,5/66,2 4,4/68,1
Cladocera 20,2/100,0 3,9/36,3 2,7/45,0 5,4/55,1 11,9/90,6
Copepoda 21,3/75,0 12,0/60,0 12,0/77,5 18,0/100,0 27,0/93,8
Ostracoda - 0,7/7,5 1,0/28,8 - 50,0/60,0
Insecta 7,4/50,0 6,2/60,0 6,7/73,8 2,6/55,1 2,5/43,1
Segundo MATSUMURA-TUNDISI (1999), espécies de Rotifera como Brachionus
calyciflorus (PALLAS, 1776) e Asplanchna sieboldii (LEYDIG, 1854) e o Cladocera, Bosmina
longitrostris (O.F.M., 1785) são encontrados em reservatórios eutróficos constituindo
organismos indicadores de estado de trofia, sendo estas espécies identificadas neste estudo.
NOGRADY et al. (1993) afirmam que espécies como Aelosomatidae (Platyhelminthes)
e Cephalodella sp. (Rotifera) (RODEWALD, 1935), presentes em todas as estações de coleta,
indicam alterações na qualidade da água caracterizando este ambiente como eutrofizados.
Este platelminto foi encontrado em todas as estações de coleta apresentando uma densidade
de 18 a 54 org./L, o Cephalodella sp. é comum em corpos d’água ricos em matéria orgânica em
decomposição (NOGRADY et al., 1993).
Dos pontos estudados, P5 foi o que apresentou maior número de organismos (845)
correspondendo a 34,36% do total identificado. Estudos realizados por AGOSTINHO e
GOMES (1997), no reservatório de Segredo, no Estado do Paraná encontraram uma
comunidade zooplânctônica com 99 táxons: 60% táxons de rotíferos, 23% de cladóceros e
16% táxons de copépodos. Neste estudo, o maior número de táxons constituiu rotíferos, de
acordo com os resultados encontrados em outros reservatórios brasileiros por
(MATSUMURA-TUNDISI e TUNDISI, 1976; SENDACZ, 1984; ARCIFA, ESTEVES e
SENDACZ, 1988; BRANCO, 1991; ARCIFA et al., 1992; NOGUEIRA e MATSUMURA-
TUNDISI 1996; AGOSTINHO e GOMES, 1997).