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ou a distimia no seguimento de um ano. (Crum et al.,1994). Em nosso trabalho
64% dos entrevistados apresentavam pelo menos um sintoma depressivo.
Pacientes com múltiplos sintomas depressivos, que não preenchem
critérios para depressão maior, apresentam prejuízo do funcionamento social de
forma equivalente aqueles deprimidos. (Maier W et al.,1997)Sendo assim, a alta
taxa de deprimidos nesta população aponta para uma diminuição da qualidade de
vida.
Nossa pesquisa verificou que 33% das mulheres estavam deprimidas em
comparação com 10% dos homens, obtendo-se uma taxa aproximada de 3:1.
Esta taxa está de acordo com a maioria dos estudos epidemiológicos que têm
documentado prevalência de 1,5 -3,1 mulheres para cada homem em 100
habitantes. (Bland et al.,1997)
A associação entre infecção viral e depressão foi descrita em vários
trabalhos
(Amsterdam, 1985; Fu ZF,1993 Meijer A,1988; Sinanan K, 1981;DeLisi
LE, 1986; Amsterdam JD, 1986;Lycke E,1974; Cappell R,1978; Pokorny AD,
1973; Halonen, 1974; King DJ, 1985; White PD, 1998; Cadie,1976; Katon, 1999;
Bennet BK, 1998). Entretanto as metodologias são diferentes, dificultando um
consenso sobre o assunto. Os estudos descritivos relatam depressão maior em
pessoas que referiram alguma infecção viral conhecida no passado. Os de caso-
controle documentam, através da pesquisa de anticorpos no sangue, infecções
virais passadas em participantes com depressão maior conhecida, em
comparação a um grupo controle sem história deste transtorno (Amsterdam,
1985; Fu ZF,1993 Meijer A,1988; Sinanan K, 1981;DeLisi LE, 1986; Amsterdam
JD, 1986;Lycke E,1974; Cappell R,1978; Pokorny AD, 1973; Halonen, 1974; King
DJ, 1985). A terceira estratégia segue um desenho longitudinal do tipo coorte