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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
(UFPI)
Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste
(TROPEN)
Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
(PRODEMA)
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente
RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS DA CIDADE DE
TERESINA
ANNA KELLY MOREIRA DA SILVA
Teresina-Piauí
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste
Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente
ANNA KELLY MOREIRA DA SILVA
RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS DA CIDADE DE TERESINA
Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pós-
graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da
Universidade Federal do Piauí
(PRODEMA/UFPI/TROPEN), como requisito para
obtenção do título de mestre em Desenvolvimento e
Meio Ambiente. Área de concentração:
Desenvolvimento do Trópico Ecotonal do Nordeste.
Orientador: Prof. Dr. José Machado Moita Neto
Teresina-Piauí
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S586r Silva, Anna Kelly Moreira da
Resíduos Sólidos Industriais da cidade de Teresina. /
Anna Kelly Moreira da Silva. Teresina: 2008.
140. fls.
Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio
Ambiente) Universidade Federal do Piauí.
1. Resíduos Industriais. 2. Resíduos Sólidos. I. Título
C.D.D- 628.54
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ANNA KELLY MOREIRA DA SILVA
RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS DA CIDADE DE TERESINA
BANCA JULGADORA:
___________________________________________________
Prof. Dr. José Machado Moita Neto
(PRODEMA/UFPI) Orientador
____________________________________________________
Prof. Dr. André Bezerra dos Santos
(UFC)
____________________________________________________
Prof. Dr. José Luis Lopes Araújo
(PRODEMA/UFPI)
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pelas oportunidades de conquistas em todos os momentos da minha vida;
A minha mãe, pelo apoio que me deu em todos os momentos da minha vida;
Aos meus amigos e algumas pessoas especiais, pela amizade, ajuda e incentivo
durante o curso;
Aos meus colegas da turma de Mestrado, que direita ou indireta ajudaram na
realização deste trabalho;
Ao apoio financeiro do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD),
fundamental para a realização da dissertação;
Ao professor Moita, pela sua disponibilidade, clareza nas respostas, e pela autonomia
dada no desenvolvimento deste trabalho;
Aos proprietários das empresas onde se realizaram a pesquisa, por permitirem a visita;
Aos funcionários das empresas, por colaborarem com o fornecimento dos dados, que
foram de fundamental importância para a realização desta pesquisa;
E a todas as pessoas que não foram citadas aqui, por terem me ajudado e colaborado
na execução deste trabalho.
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RESUMO
Resíduos sólidos é um dos temas centrais para aqueles que se preocupam com o meio
ambiente. A atividade industrial, ao transformar cada vez mais a matéria-prima em produtos
acabados, é uma das fontes mais representativas do impacto ambiental causado por resíduos
sólidos. Com relação ao panorama da situação dos resíduos sólidos industriais no país,
observa-se grande carência de informações sobre os aspectos quantitativos e qualitativos dos
resíduos gerados, dificultando a elaboração de Programas Estaduais e do Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a
situação dos Resíduos Sólidos Industriais da Cidade de Teresina, a fim de subsidiar uma
política de gestão voltada para minimização da geraç
ão, reutilização, reciclagem, tratamento e adequada destinação final desses resíduos. O
presente estudo traz um panorama qualitativo e quantitativo dos resíduos sólidos industriais.
As indústrias foram selecionadas por ramo de atividade industrial utilizando como base a
Resolução CONAMA 313/02, que estabelece as tipologias industriais que deverão
apresentar informações sobre seus resíduos sólidos. Foi realizado um levantamento prévio e
identificou-se um total de 246 indústrias em Teresina, referentes aos ramos determinados pela
resolução. O trabalho abrangeu 72 indústrias, compreendendo todos os ramos de atividade,
incluindo indústrias de grande, médio e pequeno porte, permitindo assim traçar um perfil dos
resíduos sólidos industriais de Teresina. Estas indústrias foram visitadas e os dados foram
colhidos através de formulários específicos elaborados com base na resolução do CONAMA
sobre resíduos sólidos. As indústrias inventariadas são responsáveis pela geração de
aproximadamente 33.883 toneladas de resíduos por ano, sendo que 32.327 t/ano de resíduos
são reutilizadas/reaproveitados, e 1.556 t/ano são descartados como “lixo” encaminhados ao
aterro municipal. Dos resíduos inventariados, observou-se que houve uma maior geração nos
resíduos de classe II A. As indústrias de grande porte, em geral, conseguem tratar de modo
adequado seus resíduos. O mesmo não acontece com as indústrias de pequeno porte, pois não
vantagens econômicas e a pressão do poder público é pequena ou inexistente. Assim,
políticas públicas devem ser dirigidas às indústrias de pequeno porte, para tornar atrativo o
aproveitamento dos resíduos sólidos industriais.
Palavras-chave: Inventário, Resíduos Sólidos, Resíduos Industriais.
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ABSTRACT
Solid waste is one of the central issues for those who care about the environment. The
industrial activity, increasing the conversion of raw materials into finished products, is one of
the most representative sources of the environmental impact caused by solid waste. Regarding
the picture of the situation of industrial solid waste in the country, there is great lack of
information on the quantitative and qualitative aspects of the waste produced, obstructing the
development of State programs and the National Plan for Industrial Solid Waste Management.
This study aims to assess the situation of the Solid Waste Industrial of Teresina, in order to
subsidize a management policy focused on minimizing the generation, reuse, recycling,
treatment and proper final destination of such waste. This study provides a qualitative and
quantitative overview of the solid waste industry. The industries were selected by sections of
industrial activity based on the resolution CONAMA 313/02 establishing the industrial
types who must submit information on their solid waste. A prior survey was conducted that
identified a total of 246 industries in Teresina, referring to the branches determined by the
resolution. The study covered 72 industries, including all branches of activity, including large,
medium and small industries, drawing a profile of industrial solid waste from Teresina. These
industries have been visited and the data were collected through special forms based on the
resolution of CONAMA on solid waste. The industries surveyed are responsible for the
generation of approximately 33,883 tons of waste per year, of which 32,327 tons / year of
waste is reused / reprocessed and 1,556 t / year are discarded as "garbage" at the municipal
landfill. It was observed on the waste inventory that there was a greater production of class II
A waste type. Large industries, in general, can adequately deal with their waste. This is not
the case of small industries, since there are no economic advantages and the pressure of public
power is small or nonexistent. Thus, public policies must be directed to small industries, to
become attractive the reprocessing of industrial solid waste.
Keywords: Inventory, Solid waste, Industrial wastes.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 08
1.1 Considerações Iniciais ...................................................................................................... 08
1.2 Impactos do Crescimento Econômico............................................................................. 11
1.3 Resíduos Sólidos e Meio Ambiente ................................................................................. 15
1.4 Gestão e Gerenciamento dos resíduos sólidos Industriais ............................................ 21
1.4.1 Desenvolvimento Histórico .................................................................................... 21
1.4.2 Sistema de Gestão Ambiental................................................................................. 23
1.4.3 Gestão de Resíduos................................................................................................. 28
1.4.4 Agenda 21............................................................................................................... 30
1.4.5 Compromisso das Indústrias................................................................................... 32
1.5 Geoprocessamento para controle de campo................................................................... 35
1.6 Indústrias no Piauí ........................................................................................................... 37
2. METODOLOGIA............................................................................................................... 41
2.1 Área de Estudo.................................................................................................................. 41
2.2 Amostragem ...................................................................................................................... 42
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 45
3.1 Localização das Indústrias............................................................................................... 46
3.2 Caracterização dos Resíduos por Ramos Industriais.................................................... 47
3.3 Discussão Geral das Indústrias Inventariadas............................................................. 106
3.4 Avaliação do Sistema de Gestão Ambiental................................................................. 114
3.5 Visualização e Espacialização das Indústrias .............................................................. 118
4. CONCLUSÃO................................................................................................................... 121
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 123
6. APÊNDICE ....................................................................................................................... 130
6.1 Apêndice 1 - Questionário – Inventário........................................................................ 131
6.2 Apêndice 2 - Questionário – Sistema de Gestão Ambiental........................................ 134
7. ANEXO.............................................................................................................................. 137
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Iniciais
Os problemas resultantes da agressão ao Meio Ambiente vêm se agravando nos
últimos anos. A questão ambiental vem sendo cada vez mais considerada de fundamental
importância com relação ao bem-estar das atuais e futuras gerações, e está inserida nos
compromissos dos partidos políticos, nos programas de governo, nos interesses das
organizações populares e no planejamento empresarial.
A luta por um meio ambiente saudável exige maior atenção por parte dos países,
os quais são responsáveis por concentração de indústrias, onde novas regras ambientais estão
sendo estabelecidas no mercado internacional, forçando uma mudança no comportamento de
produtores e consumidores.
Aos poucos, percebeu-se um crescente interesse interdisciplinar, na busca de um
melhor entendimento dos problemas e na elaboração integrada de novos projetos ambientais
para a melhoria da qualidade ambiental.
O Meio Ambiente é constantemente agredido pela disposição inadequada de
resíduos sólidos (lixo), numa conduta que se repete sem que medidas eficazes sejam tomadas
para impedir este comportamento (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2004). A
melhoria da qualidade ambiental requer substancial redução da quantidade de resíduos
gerados.
Até recentemente, a população não havia percebido o volume de resíduos que
produzia, nem os problemas que eles causavam, pois a produção de resíduos é um fenômeno
inevitável que ocorre diariamente, e a sua disposição inadequada é prejudicial, trazendo
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malefícios à saúde, ao bem-estar público e ao meio ambiente. O aumento da produção desses
resíduos se deve ao crescimento populacional, aos processos desordenados de urbanização e à
industrialização acelerada. O gerenciamento correto destes poderá trazer proteção à saúde
pública, ao meio ambiente e economia dos recursos naturais.
No Brasil, a grande maioria dos resíduos sólidos produzidos são dispostos em
lixões, aterros ou amontanhados a céu aberto. Isto tem como conseqüência a poluição do solo,
do ar, da água, do lençol freático, além de favorecer a proliferação de micro e macrovetores
que transmitem doenças (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2004).
Além dos resíduos sólidos urbanos de origem doméstica, são descarregados
também os resíduos sólidos hospitalares e industriais, o que agrava mais ainda a situação e
causa impacto ambiental considerável.
A atividade industrial, ao transformar cada vez mais a matéria-prima em
produtos acabados, é uma das fontes mais representativas como causadora de impacto
ambiental, devido a geração de quantidades cada vez mais significativas de resíduos e carga
poluidoras. Entretanto, este cenário vem mudando, impulsionado pela pressão da globalização
do mercado cada vez mais competitivo e exigente na questão da preservação ambiental.
Com relação ao panorama da situação dos resíduos sólidos industriais (RSI) no
Brasil, observa-se grande carência de informações sobre os aspectos quantitativos e
qualitativos dos resíduos gerados, o tipo de armazenamento utilizado, coleta e transporte, as
formas de reutilização e reciclagem, e os tipos de tratamento e destinação final (FUNDAÇÃO
NACIONAL DE SAÚDE, 2004).
O crescimento das atividades industriais traz, sem dúvida, benefícios
econômicos para o país, estados e municípios. No entanto, estas atividades, geram resíduos
que necessitam ser gerenciados adequadamente, a fim de garantir a preservação do meio
ambiente e a promoção da saúde pública. A melhor alternativa para a atenuação dos
problemas advindos dos RSI é a implantação de uma política e/ou programa de gestão voltada
para minimização da geração, reutilização, reciclagem, tratamento e adequada destinação final
(FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2004).
Os RSI, quando não são tratados adequadamente, além de constituírem uma
permanente ameaça à saúde pública e ao meio ambiente, limitam ainda as potencialidades
econômicas locais, podendo concorrer para a perda de atratividade nos investimentos
privados.
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Portanto, os projetos de gerenciamento de resíduos são adotados com o objetivo
de minimizar seus efeitos negativos no que tange não só ao ambiental e social, como também,
ao econômico.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a situação dos Resíduos Sólidos Industriais
da Cidade de Teresina, e conhecer as cnicas de gestão e gerenciamento que estão sendo
aplicadas.
A identificação da situação permitiu o aprofundamento sobre a gestão e
gerenciamento de duas indústrias, de modo a avaliar o impacto ambiental positivo associado
às boas práticas de gestão, utilizadas em Teresina.
A ausência de informação precisa sobre a quantidade, os tipos e os destinos dos
resíduos sólidos gerados no parque industrial de Teresina, justificam a proposta deste trabalho
principalmente porque esses resíduos podem apresentar características prejudiciais à saúde
humana e ao meio ambiente. Além disso, uma necessidade da elaboração de Programas
Estaduais e do Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais, de modo
que o Inventário de RSI de Teresina pode subsidiar uma política de gestão voltada para
minimização da geração, reutilização, reciclagem, tratamento e adequada destinação final dos
resíduos.
O presente estudo traz um panorama da questão ambiental relacionada aos
resíduos sólidos industriais e possibilita de maneira institucional e organizada, articular
estratégias de captação de recursos financeiros, materiais e humanos, para combater de forma
sistemática e continuada os graves problemas ambientais, sociais, econômicos e de saúde
pública provocados pelos resíduos sólidos industriais.
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1.2 Impactos do Crescimento Econômico
O tempo de existência da espécie humana sobre a face da Terra é ínfimo em
relação à idade do planeta. Porém, a espécie humana constitui um fator de impacto ambiental
de grandes dimensões. Em seu desejo de dominar a natureza e satisfazer suas necessidades, o
homem perdeu o controle sobre seu próprio poder de alterar o equilíbrio dos ecossistemas,
passando a explorar os recursos naturais de forma destrutiva, para tirar o seu consumo, ao
invés de se beneficiar, visando, antes de tudo, a minimização dos impactos negativos no
processo interativo com o meio ambiente (MOREIRA, 2001).
Ao longo da história, a economia esteve sempre inserida no contexto da
sobrevivência do homem, sob os mais diversos aspectos de seu cotidiano, essencialmente
direcionada para transformação de recursos naturais em bens de valor. Inicialmente essa
forma de exploração dava-se devido à compreensão das sociedades em relação aos recursos
naturais como fontes inesgotáveis.
Até o final do século XVIII, as conseqüências provenientes da utilização da
natureza eram entendidas como um “mal necessário”, pois o crescimento econômico dependia
da exploração e preservá-la era negar esse crescimento.
Somente no final do século XIX, quando os males provocados pela deterioração
da natureza ocasionada pelo crescimento econômico desordenado, passaram a afetar a
população dos países mais desenvolvidos, estes começaram a se mobilizar contra as agressões
na natureza (SISINNO; OLIVEIRA, 2000).
A história da economia se iniciou na agricultura, assegurando a sobrevivência
humana. Com o desencadeamento da agricultura, favoreceu o desenvolvimento do comércio,
que teve início com a produção e exportação de mercadorias, originando as feiras que
contribuíram para a formação de cidades comercias.
Com o crescimento do comércio, ocorreu a transformação da indústria artesanal
na indústria capitalista. Observou-se o crescimento da procura de bens materiais,
conseqüentemente da exploração dos recursos naturais, que através do processo de
transformação em matéria-prima e bens de consumo, abasteciam o comércio. A partir da
Revolução Industrial ocorreu um aceleramento do processo de industrialização,
transformando cada vez mais a matéria-prima em produtos acabados e gerando quantidades
cada vez mais significativas de resíduos e cargas poluidoras.
Com a Revolução Industrial, houve um grande fluxo de população rural para as
cidades, aumentando o contingente populacional urbano sem infra-estrutura urbana adequada
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e necessária, ocorrendo inúmeras epidemias. A partir desta época, um crescimento
progressivo nos centros urbanos e uma produção cada vez maior de rejeitos, o que provocou
níveis de poluição insuportáveis.
Segundo Sisinno e Oliveira (2000), com o advento da industrialização, as
sociedades passaram a enfrentar graves riscos sócio-ambientais provocadas também, pelo
acelerado processo de urbanização e pelo crescimento demográfico nos pólos industriais.
Esse panorama explica o agravamento dos problemas ambientais decorrentes das
atividades humanas. Em virtude da produção em grande escala, o homem começou a produzir
freneticamente e, como conseqüência, a poluir na mesma intensidade (MOREIRA, 2001).
No Brasil na década de 1950, o modelo econômico dos governantes embasava-se
no desenvolvimento a qualquer custo, com a implantação de indústrias, principalmente no
setor da química e derivados, o que teve continuidade no governo militar, na década de 1960.
A industrialização do País foi extremamente rápida em virtude dos vários atrativos oferecidos
pelos governantes às indústrias estrangeiras (SISINNO; OLIVEIRA, 2000).
Segundo Fonseca (2001), desde a década de 1950, a população vem se
concentrando nas áreas urbanas (cidades), devido aos mais variados fatores, tais como
migração interna, mecanização da agricultura, processo de industrialização, busca de
melhores oportunidades de emprego e qualidade de vida.
As cidades acumulam riquezas, sendo os principais centros de educação, assim
como de geração de novos empregos, idéias, culturas e oportunidades econômicas. Entretanto,
são também imensas consumidoras de recursos naturais.
As grandes aglomerações urbanas consomem grande quantidade de água, de
energia, de alimentos e de matérias-primas, o que causa um aumento da quantidades de lixo
que precisa ser disposto de maneira segura e sustentável (FONSECA, 2001).
Para Sisinno e Oliveira (2000), com o crescimento industrial institucionalizado,
toneladas e mais toneladas de resíduos eram geradas e descartadas sem nenhum controle.
Inicialmente áreas vizinhas às próprias fábricas serviam de depósitos e aterros. Quando
esgotadas, os resíduos eram transportados para outras regiões aleatoriamente.
A falta de estrutura econômica da época, o emprego de tecnologia ainda em fase
de implantação, acidentes e, ainda, a desinformação dos próprios técnicos a respeito das
toxidades dos produtos manipulados, causam um aumento nos danos ambientais, tanto pela
diversificação dos compostos químicos presentes nos resíduos, como pela disseminação dos
depósitos clandestinos.
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Contudo, muitos órgãos ambientais estaduais não dispõem de um mapeamento
confiável dos depósitos e aterros clandestinos de lixo urbano e industrial locais, um quadro
extremamente preocupante, pois as áreas urbanas destinadas a receber toneladas de resíduos
sem terem uma infra-estrutura capaz de evitar os problemas oriundos desta atividade, terão o
uso futuro comprometido.
Conforme Fonseca (2001), o acelerado processo de urbanização, aliado ao
consumo crescente de produtos menos duráveis, e/ou descartáveis, provocou sensível
aumento de volume e diversificação de lixo gerado em sua concentração espacial.
Barros (1995) relata que, na atualidade, o volume de lixo com que a humanidade
convive é resultado dos padrões culturais impostos pela sociedade industrial. A produção de
bens e serviços, e a forte indução para a elevação no padrão de consumo, intensificam a
geração de resíduos, ao mesmo tempo em que as mudanças no estilo de vida são orientadas
pela criação de novas necessidades, que por sua vez estimulam ainda mais o consumo.
Assim, cada vez mais são produzidas maiores quantidades de resíduos, assim
como a complexidade de sua composição, com o conseqüente aumento dos impactos da sua
destinação final.
O equacionamento desses problemas, bem como o melhor aproveitamento das
áreas destinadas à disposição e ao tratamento do lixo, a busca de novas tecnologias para a
minimização, a reutilização e o reaproveitamento dos resíduos tornaram-se, diante da nova
realidade urbana-industrial, em nível global, um fator vital para o desenvolvimento
sustentável em qualquer aglomerado humano.
A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605, de
12 de fevereiro de 1998, dispõem de capítulos sobre o gerenciamento de resíduos industriais.
O Artigo vinte e três da Constituição Federal, por exemplo, relata a competência dos
municípios no tocante ao combate a poluição em suas diversas formas. O inciso três do
capítulo 225 menciona que condutas lesivas ao meio ambiente estarão sujeitas às sanções
penais.
Quanto a Lei de Crimes Ambientais, o artigo cinqüenta e quatro, diz que:
Causar poluição de qualquer natureza em níveis de tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora ocorre Pena -
reclusão de um a quatro anos e multa, (BRASIL, 1998).
Ainda no artigo cinqüenta e quatro, no inciso cinco do segundo parágrafo, diz
que:
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Ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos
de óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou regulamento, Pena - reclusão de um a cinco anos,
(BRASIL, 1998).
Além da Constituição Federal Brasileira e a Lei de Crimes Ambientais, o País
está regulamentado com Leis Estaduais, decretos e normas técnicas no tema.
Paralelamente as leis observam a resolução CONAMA número nº. 313, de 29 de
outubro de 2002, onde declara que considera necessário a elaboração de Programas Estaduais
e de Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais, estabelecendo em
seu Artigo as tipologias de indústrias que devem apresentar informações sobre seus
resíduos sólidos, pois são os ramos que mais poderão impactar negativamente o meio
ambiente, tais como, indústrias metalúrgicas, confecções, gráficas, móveis, dentre outras.
A classificação dos resíduos no Brasil obedece à norma NBR 10.004
denominada “Resíduos Sólidos”, publicada em 1987 e revisada em 2004, em que sistematiza
os resíduos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, e incluí
além dos resíduos sólidos, os semi-sólidos, lodo, borra e determinados líquidos.
A segregação dos resíduos na origem, ou seja, na fonte geradora, constitui
aspecto extremamente importante, junto com o desenvolvimento dos procedimentos corretos
no processo de classificação, elevando a potencialidade de reaproveitamento e reciclagem de
um determinado resíduo.
A questão da coleta, tratamento e destino final adequado do lixo, desta forma, é
um importante aspecto relacionado à saúde pública e que merece a devida importância não
das autoridades competentes, como do meio científico acadêmico e da população em geral.
Desse modo, o encargo de gerenciar o lixo tornou-se uma tarefa que demanda
ações diferenciadas e articuladas, as quais devem ser incluídas entre as prioridades de todas as
municipalidades (FONSECA, 2001).
Teresina, capital do Estado do Piauí, com uma população de 779.939 habitantes,
é uma cidade que está em desenvolvimento e não dispõe de infra-estrutura para suprir as
necessidades dessa população.
A população favelada aumenta a cada dia, provocando assim uma demanda
ampliada por serviços na área da assistência do Estado, além de problemas característicos de
áreas urbanas “inchadas” como a falta de saneamento básico, acarretando na falta de
disposição adequada do lixo, problemas de saúde, miséria, etc..
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Embora os avanços do setor econômico deixem a desejar, sobretudo o setor
industrial, é importante ressaltar que esta atividade provoca em Teresina impactos sobre o
meio ambiente e sobre a sociedade, principalmente na geração de resíduos.
O poder público deve estar atento a esses riscos, para que, além de se buscar
medidas mais eficazes aos problemas existentes, seja capaz de propor medidas preventivas
a esses danos, para que os interesses particulares não se sobreponha aos da sociedade como
um todo, gerando um enorme abismo entre ricos e pobres.
O impacto das exigências ambientais nas atividades produtivas tem aumentado
nas últimas décadas em função de acordos internacionais, de legislações locais e da crescente
preocupação da sociedade em assegurar a qualidade de vida das gerações presentes e futuras
(CNI, 2002).
1.3 Resíduos Sólidos e Meio Ambiente
Segundo a Fundação Nacional de Saúde (2004), os resíduos sólidos são
materiais heterogêneos (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da
natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção
à saúde pública e economia de recursos naturais. Quando não tratados adequadamente
constituem problemas sanitário, econômico e estético.
Sua composição varia de comunidade para comunidade, de acordo com os
hábitos e costumes da população, número de habitantes do local, poder aquisitivo, variações
sazonais, clima, desenvolvimento, nível educacional, variando para a mesma comunidade
com as estações do ano.
Segundo Grippi (2001), sob uma forma específica e usual de gerenciamento de
lixo, é mais prático e didático classificá-los como:
Lixo Domiciliar: Aquele originado na vida diária das residências,
constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais e
revistas, garrafas e embalagens, papel higiênico e fraldas descartáveis, ou
ainda uma infinidade de itens domésticos;
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Lixo Comercial: É aquele originado nos estabelecimentos comerciais e de
serviços, como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes, etc. O lixo
destes estabelecimentos tem um forte componente de papel, plástico,
embalagens diversas e materiais de asseio, como papel toalha, papel
higiênico e etc;
Lixo Público: São aqueles originados de serviços de limpeza urbana,
incluídos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, de
galerias, córregos e terrenos baldios, podas de árvores e etc. Faz parte ainda
desta classificação a limpeza de locais de feiras livres ou eventos públicos;
Lixo Hospitalar: Constituído de resíduos sépticos que contêm ou
potencialmente podem conter germes patogênicos. São produzidos em
serviços de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas
veterinárias, postos de saúde, etc. Este lixo é constituído de agulhas,
seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de
cultura, animais usados em teste, sangue coagulado, remédios, luvas
descartáveis, filmes radiológicos, etc;
Lixo Especial: É o lixo encontrado em portos, aeroportos, terminais
rodoviários ou ferroviários. Constituído de resíduos sépticos, pode conter
agentes patogênicos oriundos de um quadro de endemia de outro lugar,
cidade, estado ou país. Estes resíduos são formados por material de higiene
e asseio pessoal, resto de alimentação, etc;
Lixo Agrícola: Resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária,
como, por exemplo, embalagens de adubo e agrotóxicos, defensivos
agrícolas, ração, restos de colheita, etc. Em varias regiões do mundo, este
tipo de lixo vem causando preocupação crescente, destacando-se as
enormes quantidades de esterco animal gerados nas fazendas de pecuária
intensiva. Também as embalagens de agroquímicos diversos, em geral
tóxicos, têm sido alvo de legislações específicas;
Lixo Industrial: É aquele originado nas atividades industriais, dentro dos
diversos ramos produtivos existentes. O lixo industrial é bastante variado e
pode estar relacionado ou não com o tipo de produto final da atividade
industrial. É constituído por resíduos de cinzas, óleos, lodo, substâncias
alcalinas ou ácidas, escórias, corrosivos, etc.
No entanto segundo a norma Brasileira NBR 10004/04, os resíduos lidos são
definidos como:
Resíduos Sólidos são resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que
resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta
definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para
isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor
tecnologia disponível.
Na mesma norma a periculosidade de um resíduo é definida como a
característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas,
químicas ou infecto-contagiosa, pode apresentar: riscos à saúde pública, provocando ou
acentuando, de forma significativa, um aumento de mortalidade ou incidência de doenças
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e/ou; riscos ao meio ambiente, quando o resíduo é manuseado ou destinado de forma
inadequada.
Os resíduos sólidos são classificados em:
Classe I Perigosos: resíduos que, em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade,
podem apresentar risco à saúde pública e/ou apresentar efeitos adversos ao
meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma inadequada;
Classe II A Não Perigosos Não-inertes: resíduos que não se enquadram
na Classe I ou na Classe II B. Podem ter propriedades tais como
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água;
Classe II B Não Perigosos Inertes: resíduos sólidos que, submetidos a
teste de solubilização, não tenham nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água, exceto: cor, turbidez, dureza e sabor (ABNT, 2004).
São exemplos desses resíduos: Classe I resíduos de tinta da pintura industrial,
lodo de sistema de tratamento de águas residuárias da pintura industrial, produtos químicos;
Classe II A sobra de mármore, fibra de vidro, cinzas, resíduos de grãos (casca, farelo de
arroz, milho); Classe II B – vidro, alumínio, materiais cerâmicos (tijolos e telhas).
O resíduo industrial é um dos maiores responsáveis pelas agressões fatais ao
ambiente, face ao seu efetivo potencial poluidor e contaminador. Nele estão incluídos como
exemplos, produtos químicos (cianureto, pesticidas, solventes); metais (mercúrio, cádmio,
chumbo) e solventes químicos que ameaçam os ciclos naturais onde são despejados.
A Resolução 313, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de
29 de outubro de 2002, define resíduo sólido industrial:
É todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos
estados sólido, semi-sólido, gasoso – quando contido, e líquido – cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto
ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento
de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição (BRASIL, 2002).
Na gestão dos resíduos sólidos industriais, cabe ao gerador desse tipo de resíduo
seu armazenamento, tratamento, e disposição final adequada, sendo a pessoa física ou
jurídica, responsabilizada civil, criminal e administrativa, desde a geração, transporte e
disposição final por qualquer dano que venha a causar ao meio ambiente ou a terceiros, sendo
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ainda independentemente da existência de culpa, obrigado a reparar as lesões causadas ao
meio ambiente, com base na lei 6.938/81 - Política Nacional de Meio Ambiente.
Além disso, a terceirização destes tipos de serviços (transporte e disposição
final), não isentam de responsabilidade o gerador, pelos danos que vierem a ser causados, bem
como os responsáveis pelo serviço terceirizado, mesmo existindo algum contrato assinado
para este fim. O gerador sempre será o responsável pelo seu resíduo até a sua destinação final
(ARAÚJO, 2001; CASTRO, 2003).
Durante o processamento industrial podem ser gerados Resíduos Sólidos
Perigosos, Não-Inertes ou Inertes, o que recomenda atenção nos setores operacional e de meio
ambiente da indústria, a fim de evitar a mistura desses resíduos durante as atividades de
acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destino final.
Os resíduos sólidos industriais devido as suas características, necessitam de uma
atenção especial, onde devem ser dispostos em aterros industriais, diferentemente dos
resíduos sólidos urbanos, que são em aterro sanitários.
Aterro Industrial é uma alternativa de destinação de resíduos industriais, que se
utiliza de técnicas que permitem a disposição controlada destes resíduos no solo, sem causar
danos ou riscos à saúde pública, e minimizando os impactos ambientais (CETESB, 1993).
Essa técnica consiste em confinar os resíduos industriais na menor área e volume
possíveis, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de
trabalho ou intervalos menores, caso necessário.
Os aterros industriais são classificados nas classes I, II A ou II B, conforme a
periculosidade dos resíduos a serem dispostos. Os aterros Classe I podem receber resíduos
industriais perigosos; os Classe II A, resíduos não-inertes; e os Classe II B, somente resíduos
inertes (CETESB, 1993).
Contudo a disposição em aterros industriais, apesar de permitido pela legislação,
é uma prática que não isenta as empresas da responsabilidade pelo resíduo, que quando
atingida a vida útil desse aterros, todas as empresas que enviaram resíduos para o local, são
responsáveis pela remediação do terreno.
Portanto vale ressaltar que a recuperação de áreas degradadas pela ação da
disposição de resíduos também é de inteira competência técnica e financeira da fonte
geradora. No entanto, caso haja a impossibilidade de identificação deste gerador, por ele ter
mudado do local ou ter cessado as suas atividades, o ex-proprietário da terra (ou o atual
proprietário que a alugou) será responsabilizado pela degradação causada.
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Aterro sanitário é o processo técnico utilizado para a disposição de resíduos
sólidos domiciliares no solo, no menor espaço possível, seguindo critérios de engenharia e
normas operacionais específicas, desde a seleção e preparo da área até sua operação e
monitoramento (BARROS, 1995).
Esta técnica consiste no aterramento e compactação dos resíduos na forma de
camadas sobrepostas, formando células. Essas camadas recebem diariamente cobertura com
solo de modo a evitar riscos à saúde pública e minimizar os impactos ambientais (BARROS,
1995).
Na implantação e operação de um aterro sanitário, tem-se o sistema de drenagem
de líquidos percolados e de gases, proveniente do confinamento dos resíduos, como também,
tratamento do chorume gerado na decomposição biológica do lixo orgânico. O projeto de
aterro sanitário contempla a existência de proteção ambiental.
Existem ainda outras formas de disposição de resíduos tais como o aterro
controlado e o lixão.
Aterro controlado é a forma de disposição dos resíduos sólidos domiciliares
semelhantes ao aterro sanitário, porém sem a existência de um sistema de drenagem para
coleta do chorume produzido pela decomposição do lixo orgânico, como também de
drenagem de águas pluviais e tratamento do gás gerado pelo confinamento dos resíduos
(BARROS, 1995).
Por não possuir sistema de coleta de chorume, esse líquido percola e alcança a
água subterrânea causando com isso a poluição do corpo d’água.
O “lixão” é uma forma inadequada de dispor os resíduos sólidos urbanos porque
provoca uma série de impactos ambientais negativos e proliferação de vetores para inúmeras
doenças. Nesses locais, o lixo coletado é disposto diretamente sobre o solo sem nenhum
controle da origem dos resíduos, dos cuidados ambientais e de saúde pública. Constituem
também, um grave problema social devido à presença de pessoas que sobrevivem da catação
de materiais encontrados nos rejeitos (BARROS, 1995).
Os resíduos são produtos inevitáveis dos processos econômico-sociais de que
dependemos. Assim como no metabolismo dos seres vivos, nossas sociedades transformam
insumos em bens, em serviços e em alguns subprodutos que precisamos eliminar. Quando não
são tratados adequadamente, constituem uma permanente ameaça à saúde pública e ao meio
ambiente.
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De acordo com Sisinno e Oliveira (2000), dentre os problemas oriundos da
disposição inadequada de grandes quantidades de resíduos sólidos urbanos e industriais,
podem-se destacar:
poluição do ar levando a distúrbios respiratórios, não pela poeira
como pelo mau cheiro desagradável causando cefaléia e náusea;
poluição das águas superficiais e subterrâneas envolvendo a saúde
pública, criação de micro e macro vetores que transmitem doenças;
poluição do solo;
poluição visual que afeta o bem-estar das populações, gerando um
impacto visual e emotivo causando sensações de medo e nojo;
presença de urubus e
desequilíbrio ecológico.
Acontece também a descaracterização paisagística e a desvalorização imobiliária
das residências situadas nas vizinhanças das áreas de disposição do lixo. A desvalorização do
terreno no entorno destas áreas, tanto para moradia como para comércio, provoca o
deslocamento dos catadores de lixo e de pessoas que, apesar de não sobreviverem do lixo, se
sujeitam a morar no local por falta de melhores condições econômicas.
Todas essas formas de alterações ambientais podem interferir na saúde do
homem, seja através da veiculação de agentes patogênicos ou substâncias químicas, seja
influindo no seu bem-estar, e isso interfere na percepção da cidade. As pessoas vêem a cidade
de uma maneira negativa, desvalorizando a escolha de morar no local (SISINNO;
OLIVEIRA, 2000).
Tudo que se consome deveria voltar para os ciclos da natureza. Porém, o homem
passa a criar determinados bens de consumo que a natureza tem dificuldade para reciclar, o
que compromete a conservação do meio ambiente.
Barros (1995) relata que, do lado econômico, a produção exagerada de lixo e a
disposição final sem critérios, representam um desperdício de materiais e de energia. Em
condições adequadas, estes materiais poderiam ser reaproveitado e reutilizados, diminuindo
assim:
- o consumo dos recursos naturais;
- a necessidade de tratar, armazenar e eliminar os dejetos;
- os riscos para a saúde e para o meio ambiente.
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A melhor forma para esse reaproveitamento e reintrodução no ciclo produtivo é a
implantação de um sistema de gestão de resíduos (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE,
2004).
1.4 Gestão e Gerenciamento dos resíduos sólidos Industriais
1.4.1 Desenvolvimento Histórico
Qualquer atividade humana é geradora de resíduos. As atividades industriais são
grandes geradoras de resíduos, sejam sólidos, líquidos ou gasosos, os quais devem ser
gerenciados corretamente visando à minimização de custos e redução do potencial de geração
de impactos ambientais.
A geração de resíduos sólidos na atualidade tem sido indiscutivelmente, um dos
grandes desafios da humanidade. A solução para a crise provocada pela geração de resíduos
sólidos passa pela consciência ambiental, onde se prioriza a questão ambiental como
necessidade primordial (DALTRO FILHO, 1997).
No passado, a indústria enquanto um ramo da atividade econômica, sempre
considerou que todos os recursos naturais eram inesgotáveis, assim, a produção industrial
encontrava-se totalmente desvinculada de uma preocupação ecológica, buscando apenas a
geração de lucros, causando prejuízos ambientais.
No entanto presencia-se, a partir da década de 1970, uma tendência de mudança
dessa realidade, surgindo um novo paradigma, no qual coloca a gestão da sustentabilidade
como objetivo a alcançar, procurando ações que aliem crescimento econômico, inclusão
social e preservação ambiental (DALTRO FILHO, 1997).
Após a conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, realizada em
Estocolmo em 1972, as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e estabelecer
suas legislações visando o controle da poluição ambiental. Poluir passou a ser crime em
diversos países. Como decorrência dessa conferência foi criado o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e instituído o dia 5 de junho como Dia Internacional
do Meio Ambiente.
No Brasil instituiu-se em 31 de agosto de 1981 a “Política Nacional de Meio
Ambiente”, através de Lei 6.938, visando a busca de adequada gestão do imenso patrimônio
ambiental brasileiro, e tendo como objetivos a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia a vida, visando a assegurar, no País, condições ao
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desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana.
Através da Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981 que foi instituído o conceito de
“poluidor-pagador”, ou seja, ao poluidor ficam atribuídos os custos sociais da poluição por ele
causada: as despesas necessárias à reparação do dano, e as despesas indispensáveis à
prevenção da poluição.
Porém somente em 12 de fevereiro de 1998, poluição tornou-se um crime de
fato, através da Lei de Crimes Ambientais, Lei 9.605. Através desta lei, o direito penal
incrimina não apenas aquele que colocar em risco a vida e a saúde da espécie humana, mas
também aquele que atentar contra o meio ambiente.
O fato de o meio ambiente sempre ter sido considerado um recurso abundante e
classificado na categoria de bens livres, ou seja, daqueles bens para os quais não
necessidade de trabalho para sua obtenção, dificultou a possibilidade do estabelecimento de
critérios para a sua utilização e tornou disseminada a poluição ambiental, passando a afetar a
totalidade da população.
No princípio, as organizações preocupavam-se apenas com a eficiência dos
sistemas produtivos refletindo a noção de mercados e recursos ilimitados. Em curto espaço de
tempo, essa noção revelou-se equivocada, porque ficou evidente que o contexto de atuação
das empresas tornava-se cada dia mais complexo e que o processo decisório sofreria restrições
cada vez mais severas.
Entretanto na década de 1980, uma nova realidade sócioambiental foi se
consolidando e implicando na mudança de postura das empresas que acabam descartando
velhas perspectivas e práticas reativas ao meio ambiente. A responsabilidade ambiental passa,
gradativamente, a ser encarada como uma necessidade de sobrevivência econômica
(MAIMON, 1993).
De acordo com Donaire (2003), a repercussão da questão ambiental dentro das
organizações e o crescimento de sua importância ocorrem no momento em que a empresa dá-
se conta de que essa atividade, em lugar de ser uma área que lhe propicia despesas, pode
transformar-se em oportunidades de redução dos custos. Isto pode ser viabilizado, seja através
do reaproveitamento e venda de resíduos e aumento das possibilidades de reciclagem, seja por
meio da descoberta de novos componentes ou novas matérias-primas que resultem em
produtos mais confiáveis e tecnologicamente mais limpos.
Conforme Kinlaw (1997), uma análise de 500 estudos de casos apresentados em
um trabalho conjunto de três grandes entidades ambientalistas internacionais revelou que as
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empresas que reduzem seus resíduos e contam com mecanismos de prevenção da poluição
registram os seguintes benefícios financeiros:
menores gastos com matérias-primas, energia e disposição final de resíduos
com uma menor dependência de instalações de tratamento e despejo de resíduos;
redução ou eliminação de custos futuros decorrentes de processos de
despoluição de resíduos enterrados ou de contaminação por tais resíduos;
menores complicações legais; menores custos operacionais e de manutenção;
menores riscos, presentes e futuros, a funcionários, público e meio ambiente e,
portanto, menores despesas.
Nessa perspectiva, os industriais que não valorizam o meio ambiente podem ter
sua imagem distorcida pela opinião pública, criando, por conseguinte, uma certa antipatia dos
consumidores pelos seus produtos, cujas conseqüências vão desde a queda dos seus
rendimentos até mesmo na participação no mercado.
Dessa forma, inserir a produção industrial num paradigma de sustentabilidade
passou a ser mais que uma atitude condizente com a preocupação ambiental, tornou-se uma
vantagem competitiva no mercado mundial.
Para Cavalcanti (2003), tal avanço tem sido alcançada pelas organizações que
adotam modelos de gestão empresarial ambientalmente corretos, como as ações baseadas na
ISO 14000 que, segundo a International Standards Organization (ISO), significa uma série de
normas necessárias a implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) ou à melhoria
de um SGA já existente dentro da organização.
1.4.2 Sistema de Gestão Ambiental
Gestão Ambiental é o conjunto de ações preventivas e paliativas para minimizar
os efeitos ambientais da atividade humana (ANDRADE, 2004).
Já Valle (1995), reconhece a gestão ambiental em uma empresa como uma
função organizacional independente e necessária, sendo que seu objetivo é proteger o meio
ambiente, distinguindo das funções de segurança, processos industriais, relações públicas,
setor de finanças etc.
A UNEP (2001a) considera a gestão ambiental como o processo que minimiza
qualquer impacto ambiental adverso associado com seu processo de produção, por meio de
medidas como mudanças em materiais, equipamentos e práticas.
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o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é aquela parte do sistema geral de
gestão da organização que compreende a estrutura organizativa, as responsabilidades, as
práticas, os procedimentos, os processos e os recursos para determinar e executar sua política
ambiental (DONAIRE, 2003).
O Sistema de Gestão Ambiental é uma estrutura padronizada, utilizada pelas
empresas, para sistematicamente gerenciar as atividades que afetam o meio ambiente natural,
pela integração de procedimentos e processos, envolvendo treinamento, monitoramento e
registros. Estas atividades englobam pessoas, instrumentos e ações com o propósito de coletar
e processar dados que possibilitem informações ambientais para gerenciamento e tomada de
decisão.
Um Sistema de Gestão Ambiental é essencial para melhorar o desempenho e
auxiliar na identificação e gerenciamento de obrigações e riscos ambientais, e pode ser uma
ferramenta para compensar custos de melhoria de impactos ambientais.
O padrão internacional que permite a uma organização a obtenção de tal sistema
de gestão é a norma ISO 14001.
A ISO 14001 faz parte de um conjunto de normas voltadas para sistemas de
gestão ambiental chamado de Normas ISO Série 14000 sendo, neste conjunto de normas, a
única na qual uma empresa pode obter certificação por organismos independentes
(DYLLICK, 2000).
A série de normas ISO 14000 se dedica a gestão ambiental de processos e
produtos e a norma 14001 orienta os sistemas de gestão ambiental de empresas.
A série ISO 14000 pode ser dividida em dois grupos de normas: um direcionado
para a organização Sistema de Gestão Ambiental, Avaliação de desempenho ambiental e
Auditoria Ambiental; outro direcionado para o produto Rotulagem Ambiental, Análise do
Ciclo de vida do produto e Aspectos Ambientais nas normas de produtos (MOREIRA, 2001).
A série ISO 14000 inclui as normas:
14001 - de especificações para sistemas de gestão ambiental
14004 – de princípios para sistema de gestão ambiental
14010 – de princípios gerais para auditoria ambiental
14011 – de procedimentos para auditoria de sistemas de gestão ambiental
14012 – de qualificação de auditorias ambientais
A ISO 14001 provê um guia para os requisitos do sistema de gestão tendo como
base um modelo de melhoria contínua do tipo planejar-executar-verificar-agir (Plan-Do-
Check-Act) (DYLLICK, 2000).
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Este modelo, também conhecido como ciclo PDCA (CAMPOS, 1992), é focado
em cinco elementos chave: política ambiental, planejamento, implementação e operação,
verificação e tomada de ação corretiva e análise crítica do sistema de gestão, e provê
orientações no sentido da construção de um sistema voltado ao alcance de objetivos
ambientais.
Em conformidade com a NBR ISO 14001, o modelo de SGA segue a visão
básica de uma organização que subscreve os seguintes elementos:
Comprometimento e política: compreende a política ambiental definida pela
alta administração, declarando as intenções da empresa na área do desempenho ambiental;
Planejamento: consiste no planejamento referente aos aspectos ambientais,
requisitos legais, objetivos e metas, e programas de gestão ambiental;
Implantação: a implantação e operação definem as estruturas e
responsabilidades, treinamento, conscientização e competência, comunicação, documentação,
controle de documentos, controle operacional, e preparação e atendimento a emergências;
Medição e avaliação: consiste na verificação e ação corretivas, estabelecem
procedimentos de monitoramento e medição, não-conformidades e ações corretivas e
preventivas, registros e auditorias do sistema de gestão ambiental, e
Análise crítica e melhoria: verificação periódica pela administração, para
assegurar sua conveniência, adequação e eficácia contínuas.
Ao implantar um SGA a empresa adquire uma visão estratégica em relação ao
meio ambiente, passando a percebê-lo como oportunidade de desenvolvimento com
sustentabilidade. Ao mesmo tempo, ressalta-se que estratégias sustentáveis asseguram a
proteção ambiental, tanto do local de trabalho quanto dos operadores, além de contribuir para
a eliminação ou minimização de impactos ambientais (DYLLICK, 2000).
Os Sistemas de Gestão Ambiental quando seguem a norma ISO 14001, fornecem
às organizações condições para estabelecer uma política ambiental apropriada; determinar os
requisitos da legislação associadas às atividades, produtos e serviços da organização;
desenvolver o compromisso dos funcionários com a proteção ambiental; estabelecer um
processo de gestão apropriado; e fornecer recursos para as atividades de proteção ambiental
(DYLLICK, 2000).
Uma vez comprovada a eficácia do sistema e o cumprimento dos requisitos
estabelecidos na norma, procede-se a solicitação de uma certificação do sistema.
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A certificação de uma empresa pela norma ISO 14001 visa garantir o seguimento
da norma e assim é indicativa de preocupação com o meio ambiente e atuação consciente no
espaço coletivo (DYLLICK, 2000).
Donaire (2003) relata que, o principal obstáculo para a adoção de um SGA está
nas próprias organizações, face da suas resistências às mudanças internas e às mudanças em
suas relações com a comunidade e parceiros externos.
Alguns autores criticam a ISO 14001 por esta norma privilegiar o modelo
curativo de end-of-pipe (trata os danos em seu final), e a conformidade nos limites da lei
ambiental vigente onde a empresa está instalada.
Furtado et al. (2000) criticam os sistemas de gestão ambiental que se apóiam
somente na norma ISO 14001 como sendo somente sistemas administrativos, sem maiores
compromissos com as questões ambientais.
Estes autores defendem o emprego de princípios de Produção Limpa (PL), ou de
Produção Mais Limpa (P+L), além da requalificação dos funcionários e colocam a geração de
resíduos como problema central dos impactos ambientais.
A Produção Limpa defende a prevenção de resíduos na fonte, a exploração
sustentável de fontes de matérias-primas, a economia de água e energia e o uso de outros
indicadores ambientais para a indústria (FURTADO, 2000).
A produção limpa tem enfoque preventivo, pois é mais barato e eficiente
prevenir danos ambientais do que controlá-los ou remediá-los. A prevenção da poluição
substitui seu controle e assim requer que se parta do início do processo de produção para
evitar a fonte do problema, ao invés de tentar controlar os danos em seu final (end-of-pipe).
Portanto, a produção limpa questiona e propõe a eliminação ou a substituição do
modelo industrial linear clássico baseado no end-of-pipe, pelo modelo não-linear circular, de
maior eco-eficiência e eficácia, ao defender a prevenção da geração de resíduos e promover
maior economia de água e energia.
Nesta perspectiva, a eco-eficiência é uma filosofia de gestão empresarial que
incorpora a gestão ambiental. Pode ser considerada uma forma de responsabilidade ambiental
corporativa. Encoraja as empresa de qualquer setor, porte e localização geográfica a se
tornarem mais competitivas, inovadoras e ambientalmente responsáveis. O principal objetivo
da ecoeficiência é fazer a economia crescer qualitativamente, não quantitativamente
(ALMEIDA, 2002).
O alcance da ecoeficiência traz inicialmente dois tipos de ganho para a empresa:
econômico, considerando que as ações objetivam o uso mais racional da matéria-prima e
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energia da empresa, levando em conta desde a forma como o produto foi concebido até o uso
de um processo produtivo que minimize os resíduos gerados. Pelo mesmo princípio, obtém-se
o benefício ambiental, decorrente da diminuição do volume de resíduos que são jogados no
meio ambiente e de um consumo menor de água e energia, recursos naturais não renováveis
(UFC, 2002).
Há ainda um terceiro benefício do ponto de vista mercadológico, que diz respeito
ao marketing ambiental da empresa. A responsabilidade ambiental tem sido um importante
critério competitivo para as empresas do mundo todo, uma vez que os consumidores estão
cada vez mais conscientes da importância da preservação do planeta. "Basta dizer que as
ações de uma empresa caem quando ela provoca um acidente ambiental", salienta o professor
Sérgio José Barbosa Elias, coordenador do Núcleo de Tecnologias Limpas do Ceará, da
Universidade Federal do Ceará (UFC, 2002).
Almeida (2002), considera ainda que ser ecoeficiente significa combinar
desempenho econômico e desempenho ambiental para criar e promover valores com menor
impacto sobre o meio ambiente.
Conforme ainda o mesmo autor, as medidas de proteção ambiental executadas
nos setores produtivos visam à redução e a melhor forma de utilização de insumos, como
água, energia, matéria-prima, bem como a minimização de resíduos lançados ao ecossistema.
Tais medidas possibilitam à empresa diminuição nos custos, eficiência nos processos
produtivos, menos poluição e melhoria na imagem da empresa, ampliando a fidelidade de
clientes conscientizados com a questão ambiental.
Portanto, o importante é salientar que, é essencial que se tome medidas de
proteção ambiental dentro da empresa, sejam elas baseadas na ISO 14001, sejam nos
princípios de Produção Limpa, ou no conjunto das duas, ou simplesmente em ações básicas
para gerenciar os processos de produção.
Assim a gestão das questões ambientais em uma empresa começa a ser
reconhecida como uma função organizacional independente e necessária, com características
próprias que a distingue das funções de segurança, relações industriais, relações públicas e
outras mais com as quais interage (VALLE, 1995).
A gestão de resíduos é parte, e uma das mais importantes da gestão ambiental e
consiste na atividade de elaborar políticas e planos integrados com o objetivo de prevenir a
geração, obter o máximo aproveitamento e reciclagem de materiais, reduzir ao máximo o
volume e/ou periculosidade dos resíduos gerados e definir as melhores soluções para
tratamento e disposição.
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Na gestão de resíduos, geralmente não existe uma única e melhor solução para
um dado problema. As soluções devem ser integradas e, na maioria das vezes, exige a ação
não somente no interior da empresa, mas na cadeia produtiva. Além disso, não se restringe
apenas ao setor ambiental daquele empreendimento, mas deve envolver todos os outros
setores (administração, pesquisa e desenvolvimento, comercial, produção, etc.).
1.4.3 Gestão de Resíduos
Um adequado Sistema de Gestão de Resíduos (SGR), para atender plenamente
às diretrizes atuais de proteção ambiental e responsabilidade social, deve ter por objetivo, em
ordem decrescente de prioridade, a eliminação, minimização, reuso ou reciclagem dos
resíduos.
Esse nível de qualidade, embora possa parecer utópico para muitos, é
perfeitamente possível de ser alcançado desde que um SGR seja elaborado e implementado,
principalmente quando efetuado desde o início, junto com o projeto do empreendimento. Essa
é uma fase que deve ser perseguida prioritariamente porque, além de propiciar um tratamento
ambiental e socialmente correto aos resíduos, na maioria das situações, acarreta num retorno
competitivo para a organização, inclusive financeiro.
O conceito de gestão de resíduos sólidos abrange atividades referentes à tomada
de decisões estratégicas e à organização do setor para esse fim, envolvendo instituições,
políticas, instrumentos e meios (SCHALCH,1999).
Já o termo gerenciamento de resíduos sólidos refere-se aos aspectos tecnológicos
e operacionais da questão, envolvendo fatores administrativos, gerenciais, econômicos,
ambientais e de desempenho: produtividade e qualidade, por exemplo, e relaciona-se à
prevenção, redução, segregação, reutilização, acondicionamento, coleta, transporte,
tratamento, recuperação de energia e destinação final de resíduos sólidos (SCHALCH,1999).
Segundo ainda Schalch (1999), são elementos indispensáveis na composição de
um modelo de gestão:
reconhecimento dos diversos agentes sociais envolvidos, identificando
os papéis por eles desempenhados e promovendo a sua articulação;
consolidação da base legal necessária e dos mecanismos que viabilizem
a implantação das leis;
mecanismos de financiamento para a auto-sustentabilidade das
estruturas de gestão e do gerenciamento;
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informação à sociedade, empreendida tanto pelo poder público, quanto
pelos setores produtivos envolvidos, para que haja um controle social;
sistema de planejamento integrado, orientando a implementação das
políticas públicas para o setor.
A Gestão Integrada visa integrar as políticas, programas e práticas ambientais,
intensamente, em todos os negócios, como elementos indispensáveis de administração, em
todas as suas funções.
Uma vez definido um modelo básico de gestão de resíduos sólidos,
contemplando diretrizes, arranjos institucionais, instrumentos legais, mecanismos de
financiamento, entre outras questões, deve-se criar uma estrutura para o gerenciamento dos
resíduos, de acordo com o modelo de gestão.
Buarque (2002) amplia o conceito de gestão ao considerar todo o processo de
planejamento incorporado à dimensão política e técnica. Segundo o autor, a dimensão técnica
compreende o processo ordenado e sistemático das decisões, a hierarquização da realidade e
das variáveis de forma estruturada e organizada na seleção de alternativas.
O processo político resulta da disputa entre os vários atores sociais que procuram
influenciar e articular os seus interesses no processo coletivo. Essa concepção pressupõe a
necessidade de uma estrutura de participação da sociedade que permita aos atores sociais e
aos agentes públicos um comprometimento com o desenvolvimento local sustentável.
Para Sisinno e Oliveira (2000), a principal característica de um sistema de gestão
de resíduo deve ser a sua adequação à realidade local, procurando, dentro de critérios
técnicos, potencializar a capacidade dos recursos disponíveis. Isto vale tanto em escala macro,
por exemplo, para uma cidade, como em escala mais reduzida, em instituições e empresas. O
primeiro item no estabelecimento de um sistema de gestão de resíduos é a correta
identificação dos resíduos gerados e seus efeitos potencias no ambiente. De modo geral, um
sistema de gerenciamento de resíduos deve se estruturar da seguinte forma:
identificação dos resíduos produzidos e seus efeitos na saúde e no
ambiente;
conhecimento do sistema de disposição final para resíduos sólidos e
líquidos;
estabelecimento de uma classificação dos resíduos segundo uma
tipologia clara, compreendida e aceita por todos;
estabelecimento de normas e responsabilidade na gestão e eliminação
dos resíduos;
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previsão de formas de redução dos resíduos produzidos;
utilização efetiva dos meios de tratamento disponíveis.
Entretanto, sabe-se muito bem, nem sempre é possível atingir esse padrão de
gestão com todos os resíduos de um processo industrial. Nesse caso, a alternativa considerada
aceitável é a disposição do resíduo em conformidade com os requisitos legais e normativos
para a proteção ambiental.
Porém, na esfera empresarial, depara-se ainda com algumas empresas que não
empregam medidas que conduzam à proteção ambiental, ou seja, que se encontram afastadas
de processos produtivos comprometidos com a preservação ecológica, enquanto utilizam
maior quantidade de recursos naturais, emitindo mais poluição e produtos de pior qualidade
(LEFF, 2001).
Assegurar que todos os resíduos sejam gerenciados de forma apropriada e
segura, desde a geração até a disposição final (do berço ao túmulo), envolvendo as etapas de
geração, caracterização, manuseio, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,
reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, é um dos grandes desafios das
empresas.
Não obstante essa situação, o empresariado brasileiro tem despertado para essa
tendência mundial alicerçada em ações mais sustentáveis nos processos produtivos. Contudo,
tal adequação nem sempre é espontânea, ou por consciência ambiental, pois os mesmos têm
que atender a padrões de qualidade ambiental para manter suas transações comerciais com
organizações empresariais de outros países.
1.4.4 Agenda 21
Foi realizado no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, a Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO-92, onde a partir de
discussões conduzidas durante a Conferência, foi elaborado um documento que se subdivide
em 40 capítulos chamada Agenda 21.
A Agenda 21 é um programa de ação abrangente, a ser implementado pelos
governos, agências de desenvolvimento, Organização das Nações Unidas e grupos setoriais
independentes em cada área onde a atividade humana afeta o meio ambiente, visando atingir o
desenvolvimento sustentável.
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Segundo a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, O
desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades”.
A Agenda 21 Brasileira, no tocante aos resíduos sólidos, propõe: promover a
redução da poluição nos corpos d’água provocada pela disposição inadequada de resíduos
sólidos urbanos a partir do planejamento integrado de intervenções; adotar instrumentos
econômicos para incentivo às boas práticas de gestão; possibilitar reutilização, reciclagem e
redução dos resíduos sólidos; punir as práticas inadequadas de gestão dos resíduos sólidos;
desenvolver critérios para a seleção de áreas de disposição de resíduos; e criar procedimentos
específicos para resíduos especiais e perigosos.
Em seu capítulo 21, do ‘Manejo Ambientalmente Saudável dos Resíduos Sólidos
e questões relacionadas com os Esgotos’, propõe no item 21.4, a utilização de um manejo
integrado nas questões relacionadas aos resíduos, conforme segue:
O manejo ambientalmente saudável dos resíduos deve ir além do simples
depósito ou aproveitamento por métodos seguros dos resíduos gerados,
buscando resolver a causa fundamental do problema e procurando mudar os
padrões não sustentáveis de produção e consumo
.
Isso implica na utilização do conceito de manejo integrado do ciclo vital, o qual
apresenta oportunidade única de conciliar o desenvolvimento com a proteção do meio
ambiente.
Em seu item 21.5, aponta a necessidade de ações e formulação de objetivos
centrando-se em quatro principais áreas de programas relacionados com os resíduos. São elas:
a) redução ao mínimo dos resíduos;
b) aumento ao máximo da reutilização e reciclagem ambientalmente saudáveis
dos resíduos;
c) promoção do depósito e tratamento ambientalmente saudáveis dos resíduos;
d) ampliação do alcance dos serviços que se ocupam dos resíduos.
A indústria brasileira tem se compromido com os princípios do desenvolvimento
sustentável e realizado iniciativas voltadas para a ecoeficiência de processos e produtos para o
desenvolvimento de tecnologias limpas (CNI, 2002).
Enquanto alguns empreendedores não querem arcar com os custos de implantar
um SGA, outros chegam à conclusão de que mais caro lhes custará não internalizar o Sistema,
face aos diversos riscos a que estão sujeitos, como acidentes ambientais, multas, processos na
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justiça, danos à imagem, barreiras à comercialização de seus produtos e perda de
competitividade (BAER, 2002).
1.4.5 Compromisso das Indústrias
O principal desafio para a política de meio ambiente no Brasil é o de garantir,
simultaneamente, padrões crescentes de qualidade e de conservação ambiental e um sistema
eficiente de regulação que não implique incertezas, elevação do risco empresarial e bloqueio
de decisões de investimentos (CNI, 2002).
A diversidade de legislações, regulamentos e normas técnicas agrava este
quadro. O relacionamento das empresas com os órgãos ambientais de governo se estabelece,
principalmente, nos momentos de fiscalização e licenciamentos ambientais, baseado em
paradigmas clássicos de políticas de comando e controle. São incipientes os acordos de
cooperação entre as partes e as atividades de orientação e prevenção (CNI, 2002).
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria - CNI (2002), a indústria
brasileira está comprometida com a agenda do desenvolvimento sustentável. O
aperfeiçoamento das leis, regulamentos e padrões ambientais e a construção de políticas que
estimulem os investimentos em preservação ambiental deve ser objeto de um diálogo
permanente com o governo e instituições da sociedade civil.
Contudo para que o meio ambiente possa ser melhor gerenciado, considera-se
importante a disponibilização de instrumentos de informação que sejam adequados a decisões
dessa natureza (FERREIRA, 2001).
Conforme Santos (2004), um diagnóstico ambiental constrói cenários que
identificam as potencialidades, fragilidades, acertos e conflitos. Essas observações permitem
desenvolver para a região de estudo, um conjunto de alternativas que trata da solução dos
impactos, das fragilidades, da reabilitação da paisagem, do desenvolvimento das
potencialidades, do atendimento aos anseios sociais e da sustentação dos aspectos acertados.
A realização sistemática de inventário de resíduos industriais pode fornecer
informações importantes que ampliam o entendimento dos problemas relacionados com a
geração de resíduos, auxiliando na identificação de ações prioritárias para seu gerenciamento
e de oportunidades para sua minimização ou não geração e, ainda, para a adoção de
tecnologias mais limpas de produção, com vistas à eficiência das operações e ao melhor
desempenho ambiental das empresas (ZIGLIO, 2005).
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Para a mesma autora, as mudanças ainda são lentas na diminuição do potencial
poluidor do parque industrial brasileiro, principalmente no tocante as indústrias mais antigas,
que continuam contribuindo com a maior parcela da carga poluidora gerada e elevados riscos
de acidentes ambientais sendo, portanto, necessário altos investimentos de controle ambiental
e custos de despoluição.
Em diversos setores industriais a introdução de práticas de prevenção à poluição
e a busca de tecnologias limpas têm demonstrado que a filosofia da prevenção à poluição não
somente é uma ferramenta efetiva para um gerenciamento ambiental mais eficiente, como
também traz benefícios econômicos (ZIGLIO, 2005).
Pensar no gerenciamento dos resíduos industrias e no processo industrial que
envolvam a redução de resíduos é a nova fase de um sistema de busca de divisas
contabilizando os custos ambientais.
Em junho de 2006 a Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizou o
Encontro Nacional das Indústrias, onde participaram os Presidentes das Federações das
Indústrias, Presidentes das Associações Nacionais Setoriais e os Presidentes dos Sindicatos
Industriais, no qual foram examinados os desafios dos sindicatos industriais e as boas práticas
sindicais, e foi questionada a questão de como fazer o Brasil crescer levando em conta Gastos,
Tributação, Financiamento, Infra-Estrutura, Meio Ambiente, dentre outros.
Neste encontro as indústrias se comprometeram a fornecer informações sobre as
suas atividades contribuindo assim para um desenvolvimento industrial sustentado, pois a
carência de informações é o que dificulta o crescimento sustentável no País, e através dessas
informações é que se poderá ajudar na construção de soluções.
O encontro nacional teve como produto o Mapa Estratégico da Indústria – 2007-
2015. O mapa define objetivos, metas e programas, capazes de consolidar o Brasil como uma
economia competitiva, inserida na sociedade do conhecimento e base de uma das principais
plataformas da indústria mundial: inovadora, com capacidade de crescer de forma sustentável,
com mais e melhores empregos.
Tem-se a firme convicção de que o futuro da indústria brasileira está
intimamente ligado à melhoria na educação e aos avanços na aquisição do conhecimento.
A indústria pretende atuar de forma proativa com a sociedade na mobilização
dos recursos necessários, para implementar os programas estratégicos que afetarão o
crescimento industrial brasileiro e, em última instância, garantir o desenvolvimento
sustentável desta e das futuras gerações (CNI, 2002).
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O uso racional dos recursos naturais é parte essencial da estratégia da indústria
voltada para o desenvolvimento sustentável. A adoção de práticas que conduzam ao uso
racional dos recursos naturais é um importante vetor de diversificação de negócios,
aumentando a competitividade e permitindo uma maior aderência das práticas industriais aos
objetivos da responsabilidade social corporativa.
A visão da indústria sobre o seu futuro contempla o incentivo a uma cultura de
responsabilidade social corporativa e a utilização crescente de instrumentos de gestão
ambiental (CNI, 2002).
As ações de gestão ambiental, em instrumentos como auditoria, rotulagem e
certificações, não devem ser objeto de normas legais, mas sim de adesão voluntária e devem
agregar vantagem competitiva para as indústrias brasileiras. A gestão ambiental é uma
importante ferramenta de modernização e competitividade das indústrias (CNI, 2002).
Procedimentos de gestão ambiental, crescentemente adotados pelas empresas,
são indicativos de comprometimento com a preservação do meio ambiente e suplementam
mecanismos de regulação impositivos.
Portanto de acordo com Confederação Nacional da Indústria (2002), o objetivo
da indústria é desenvolver uma atitude proativa na gestão ambiental, envolvendo
fornecedores, comunidades, órgãos competentes e demais partes interessadas, de modo a
assegurar a sustentabilidade de projetos, empreendimentos e produtos ao longo do seu ciclo
de vida.
No mapa estratégico, a visão da indústria quanto ao meio ambiente tem como
interesse participar da construção do desenvolvimento sustentável. Um ambiente regulatório
mais favorável ao investimento estimulará o crescimento econômico e contribuirá para a
conservação do meio ambiente.
O mapa estratégico apresenta como desafio, em relação aos resíduos sólidos,
definir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criar programas nacionais de estímulo aos
conceitos mais avançados na gestão ambiental com uma forte interface com o tema de
resíduos sólidos como a Análise do Ciclo de Vida, criar instrumentos econômicos de
incentivo à reciclagem, reutilização e reaproveitamento dos resíduos e criar programas de
estímulo às cooperativas de catadores.
No Piauí, além da pressão de um mercado potencial mais consciente sobre a
questão ambiental, as empresas se tornaram mais empenhadas a adotarem práticas menos
agressivas ao meio ambiente a partir da criação da Lei 4.854, de 10 de junho de 1996, que
instituiu a Política Estadual do Meio Ambiente – PEMA.
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Daí a importância do conhecimento do processo de produção dessas empresas e
dos resíduos gerados, o ponto de geração e da sua forma de separação ou acondicionamento
na origem, tratamento e destinação, pois é necessária na implantação de um sistema de gestão
(DALTRO FILHO, 1997).
Os resíduos de uns podem ser matéria-prima para outros, tendo por um lado o
produtor um menor custo no armazenamento, tratamento e destinação adequada dos seus
resíduos, e por outro lado, o receptor tendo matéria-prima mais barata.
Todavia para que se tenham esses dados sistematizados numa base de dados,
como também, uma melhor definição da área, tendo um melhor controle e análise de campo,
permitindo uma melhor visualização e espacialização, é de fundamental importância à
utilização de técnicas de Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto, Imagens de Satélites e
Sistemas de Informações Geográficas, sendo importante para tomada de decisão.
1.5 Geoprocessamento para controle de campo
Geoprocessamento refere-se ao conjunto de tecnologias de coleta e tratamento de
informações espaciais e de desenvolvimento e utilização de sistemas, tendo especial interesse
sua localização e distribuição de seus atributos (CAVALCANT, 2000).
Segundo Moreira (2001), geoprocessamento refere-se ao conjunto de
ferramentas usadas para coleta e tratamento de informações espaciais, geração de saídas na
forma de mapas, relatórios, arquivos digitais, etc.
As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas
de Informação Geográfica (SIG), permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de
diversas fontes e ao criar banco de dados geo-referenciados, e tornam ainda possível
automatizar a produção de documentos cartográficos (CÂMARA; MEDEIROS, 1996).
Conforme Cox (1991), SIG é um conjunto manual ou computacional de
procedimentos utilizados para armazenar e manipular dados georreferenciados.
Para Formaggio et al. (1992), o conjunto computacional, informações espaciais,
tem vantagens em relação aos métodos manuais, principalmente na dinâmica e na
maleabilidade que os SIGs acrescentam à manipulação de informações multitemáticas
georreferenciadas, dada à versatilidade propiciada pela informática.
Rezende (1992), escreve que SIG é um sistema de suporte à decisão que
integra dados referenciados espacialmente num ambiente de respostas a problemas.
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A obtenção de informações para serem utilizadas por um SIG pode ser feita por
diferentes técnicas: levantamento de campo, interpretação de imagens de sensoriamento
remoto e reclassificação de informações existentes num banco de dados geográficos
(CÂMARA; MEDEIROS, 1996).
O sensoriamento remoto pode ser entendido como um conjunto de atividades
que permite a obtenção de informações dos objetos que compõem a superfície terrestre sem a
necessidade de contato direto com os mesmos (CAVALCANT, 2000).
Moreira (2001) escreve que, sensoriamento remoto é o conjunto de atividades
relacionadas com a aquisição e análise dos dados de sensores remotos. Com o
desenvolvimento das modernas tecnologias espaciais, dentre as quais se incluem os satélites
artificiais, tornou-se possível “(re)conhecer” a Terra, através da coleta de diferentes dados e
da aquisição de imagens da sua superfície, por meio de sensores remotos.
O processamento digital de informações espaciais, por meio do Sensoriamento
Remoto e Sistemas de Informação Geográfica, quando comparado à metodologia tradicional,
possibilita a caracterização do meio físico de uma região com maior rapidez e a um custo
menor, uma vez que demanda uma quantidade menor de levantamentos de campo e análises
laboratoriais (MACHADO, 2002).
Num país de dimensão continental como o Brasil, com uma grande carência de
informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e
ambientais, o geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado
em tecnologia de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido
localmente (CÂMARA; MEDEIROS, 1996).
Carmen Saiz e Valério Filho (1997), dizem que o geoprocessamento tem sido
proposto como forma de atender as necessidades referentes ao monitoramento, caracterização,
planejamento e tomada de decisão relativas ao espaço geográfico, abrindo perspectivas
diferenciadas aos profissionais que atuam com o meio ambiente.
Portanto, a elaboração de mapas digitais servi de base para importantes
tomadas de decisões e/ou planejamentos estratégicos na busca de sempre obter melhores
resultados.
Atualmente é imprescindível a existência de documentos cartográficos
atualizados e que indiquem um elevado grau de confiabilidade. Isto se deve principalmente à
rapidez, precisão e periodicidade com que as informações podem ser obtidas.
Administrações municipais, regionais e nacionais, têm cada vez mais utilizado o
geoprocessamento como uma ferramenta de auxílio à tomada de decisões, tanto para a
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definição de novas políticas de gestão, quanto para a avaliação de decisões tomadas. No
âmbito dos resíduos sólidos, tem sido muito utilizado para definir local de tratamento e
disposição final adequados.
Contudo, neste trabalho utilizou-se apenas para evidenciar as coordenadas das
indústrias em Teresina.
1.6 Indústrias no Piauí
O Estado do Piauí localiza-se na parte oeste do Nordeste brasileiro, situado entre
2°44’ e 10°53de latitude sul e entre 40°29’ e 46°00’ de longitude oeste, com uma área de
251.529,186 km², representando 16,18% do Nordeste e 2,95% do total do território Nacional,
sendo o terceiro maior Estado nordestino (IBGE, 2007).
A localização do Estado é representada como mostra a Figura 1:
Figura 1: Localização do Estado do Piauí.
Fonte: IBGE.
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O Estado tem como fronteira oeste, Estado do Maranhão, ao leste os Estados do
Ceará, Pernambuco, ao sul e sudeste o Estado da Bahia e ao extremo Sul Tocantins.
Possui uma população estimada em 3.032.421 habitantes, correspondendo a
aproximadamente 6% da população do Nordeste e a 1,7% da população residente do Brasil
(IBGE, 2007).
Os municípios mais populosos são Teresina (779.939 hab), Parnaíba (140.839
hab), Picos (70.450 hab), Piripiri (60.249 hab) e Floriano (56.090 hab) (IBGE, 2007). A
densidade demográfica do Estado fica em torno de 11,31 habitantes por quilômetro quadrado,
sendo a menor do Nordeste.
O Piauí conta com o rio Parnaíba e alguns de seus afluentes, que são perenes,
entre eles o Poti, Uruçuí Preto e o Gurguéia que, somando-se seus cursos permanentes,
ultrapassam 2.600 km de extensão dentro do Piauí. O Estado conta ainda com lagoas de
notável expressão, tais como a de Parnaguá, Buriti e Cajueiro.
Para Mendes (2003), a ocupação do Piauí intensificou-se a partir da expansão
econômica da pecuária no século XVII, definindo, praticamente, todos os limites geográficos.
As atividades econômicas predominantes dessa época, a pecuária e a agricultura
de subsistência eram baseadas no uso abundante de recursos naturais que não causavam
grandes degradações ambientais. As atividades comerciais e industriais se desenvolviam com
dificuldade, predominando o artesanato doméstico, que atendia a maior parte das necessidades
da população (PIAUÍ, 1995).
Contudo a industrialização no Piauí começou em Parnaíba com as charqueadas
no final do século XVIII, e tomou impulso na segunda metade do século XIX em diante, com
a exploração do extrativismo vegetal para a exportação de produtos à base de carnaúba,
babaçu, couros, tucum e borracha de maniçoba. A mudança da capital para Teresina
contribuiu para um eixo de transporte de mercadorias, pois localiza-se à margem do rio
Parnaíba, incentivando o comércio entre as cidades ribeirinhas, as atividades extrativas e, em
menor grau, a agricultura (MENDES, 2003).
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Piauí (2000), o Estado
possui aproximadamente 1.450 indústrias instaladas, distribuídas em todas as regiões do
Estado, sendo que 849 indústrias (59%) das indústrias são referentes aos ramos industriais que
mais poderão impactar negativamente o meio ambiente e deverão apresentar informações
sobre seus resíduos sólidos, tais como, indústrias metalúrgicas, confecções, gráficas, móveis,
dentre outras, de acordo com a Resolução CONAMA 313, de 29 de outubro de 2002. Dados
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recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2005), aponta que o Estado do
Piauí possui 1.669 indústrias instaladas.
A partir de 2002, o parque industrial apresentou uma tendência de diversificação,
existindo no Estado 16 dos 21 gêneros de classificação industrial, entre os quais alimentícios
e bebidas, produtos têxteis, confecção, produtos de madeira, químicos, material não metálico
e de metal, artigos de borracha e material plástico, metalurgia básica, móveis, etc. (PIAUÍ,
2003),
A infra-estrutura industrial está constituída por cinco distritos industriais nas
cidades de Teresina (2), Parnaíba, Picos e Floriano.
Teresina, Capital do Estado do Piauí, é banhada pelos rios Parnaíba e Poti que
são de fundamental importância no processo de desenvolvimento social, econômico, político e
ecológico da região.
Teresina está localizado no centro-norte do Piauí e se constitui no centro
decisório político, econômico e social. Possui a melhor infra-estrutura e é o maior pólo de
geração de produtos, serviços, emprego, renda e impostos do Estado. Por sua localização
geográfica estratégica, no grande entroncamento rodoviário que interliga os Estados do Norte
aos demais Estados do Nordeste, também se configura como um razoável mercado
consumidor regional (PIAUÍ, 2000).
A cidade caracteriza-se pelo clima úmido e frio no inverno e clima tropical semi-
úmido quente no segundo semestre do ano, com temperatura média anual que alcança 28 ºC,
cujas mínimas e máximas atingem 22 ºC e 40 ºC, respectivamente (LIMA, 2002).
De acordo com IBGE, a cidade encontra-se situada numa faixa de contato das
formações vegetais do tipo floresta sub-caducifólia, cerrados e caatinga. Sua hidrografia é
composta por rios, riachos e várias lagoas de pequeno e médio porte.
O sistema de abastecimento de água tem como manancial o rio Parnaíba, com
captação em frente à área do Distrito Industrial, caracterizada por um crescente aumento do
número de habitações, sem o adequado sistema de saneamento, levando ao despejo de grandes
quantidades de esgotos no rio. Ademais, outros fatores contribuem para poluição do
manancial, como o aumento de escoamento de resíduos industriais a montante da captação, na
medida em que se encontram instaladas várias indústrias nas proximidades (a menos de 3
km), sem o devido controle dos lançamentos (TERESINA AGENDA 2015, 2002).
Segundo Pereira Filho (2003), a atividade industrial teresinense representou
39,8% do Valor Adicionado (VA) do município, valor que as empresas representam na
economia, com destaque para indústria de bebidas (cervejas e refrigerantes), mas contou
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também com empresas de vestuário (confecções de roupas), artigos de colchoaria (colchões),
metalúrgica (estruturas e artefatos de ferro e aço), indústria química, produtos alimentícios,
indústria gráfica, etc.
A partir de 2003, a capital projetou um crescimento industrial mais intenso,
devido à implantação do Pólo Industrial Sul em 2002, que abriga diversos ramos industriais,
como fábricas de sabão em pó, palha de aço, montagem de bicicleta, tecelagem, metalúrgica,
dentre outros (PEREIRA FILHO, 2003).
Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Piauí FIEPI (2000), Teresina
concentra grande número de estabelecimentos industriais de pequeno porte (alimentícios,
metalúrgica, móveis etc). Embora em pouco número, as médias e grandes empresas
participam no mercado global e nacional.
Conforme a Secretaria Estadual de Fazenda do Piauí (2005), entre 2000 a 2004,
256 indústrias entre pequenas, média e grandes se instalaram no Estado, das quais 59% na
capital, gerando um PIB em torno de R$ 7,325 bilhões. Tais empreendimentos, embora
contribuam para geração de emprego e renda, poderão provocar impactos negativos ao meio
ambiente, por possuírem características de empresas poluidoras.
Infere-se que o processo de industrialização em implantação no Piauí e,
particularmente, em Teresina, ocasiona variados problemas ambientais, como os verificados
em centros econômicos mais desenvolvidos, considerando-se que a produção de mercadorias
cresce juntamente com o lixo industrial. Esses problemas ensejam o debate a cerca da
conciliação do crescimento econômico e preservação do meio ambiente.
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2. METODOLOGIA
2.1 Área de Estudo
A cidade de Teresina, área dessa pesquisa, localizada sob as coordenadas
geográficas latitude 05º05’2” S e longitude 42º48’07” W, a uma altitude de 72 m, possui uma
área de 1.756 km², com uma densidade demográfica de 441,7 hab./ km², e uma população de
aproximadamente 779.939 habitantes, nesta cidade, se concentram a maioria das indústrias do
estado (IBGE, 2007).
Na figura 2 é apresentada a localização da área de estudo:
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Figura 2: Localização da área de estudo. Teresina por regiões.
Fonte: SEMPLAN.
No presente trabalho foram desenvolvidas as seguintes etapas:
Levantamento bibliográfico e documental através de consulta a livros,
periódicos, textos, meio eletrônicos, legislação vigente e documentos institucionais;
Visita técnica (in loco) nas indústrias para aplicação de formulários
específicos;
Localização das indústrias no mapa de Teresina.
2.2 Amostragem
A composição da amostra para aplicação do formulário nas indústrias foi
dimensionado utilizando-se como base a Resolução CONAMA 313, de 29 de outubro de
2002, que estabelece as tipologias industriais que deverão apresentar informações sobre seus
Legenda
Região Sudeste
Região Centro
Região Leste
Região sul
Região Norte
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resíduos sólidos, tais como, indústrias metalúrgicas, confecções, gráficas, móveis, dentre
outras.
Um levantamento preliminar comprovou a inexistência de um catálogo industrial
atualizado do Estado do Piauí e da cidade de Teresina. O último levantamento das unidades
industriais ocorreu em 2000, através da Federação das Indústrias do Estado do Piauí FIEPI,
estando, portanto, bastante desatualizado para as finalidades desta pesquisa.
Após o levantamento em outros órgãos como Associação Industrial do Piauí,
Junta Comercial do Estado do Piauí, Secretaria de Indústria e Comércio do Piauí, Prefeitura
Municipal de Teresina, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Conselho
Regional de Química, foi constatado, em Teresina, um total de 369 indústrias na cidade,
sendo que 246 são referentes aos ramos citados pela resolução CONAMA 313/02.
Organizou-se então uma listagem de indústrias para o trabalho de levantamento
dos dados. A relação proporcionou a consolidação do quadro de empresas de “pequeno”,
“médio” e “grande” porte, embasado no critério do número de empregados de acordo com a
classificação do IBGE: pequeno porte - 0 a 100 empregados; médio porte - 101 a 500
empregados; grande porte - acima de 500 empregados.
No universo catalogado, as 246 indústrias, foram estratificadas em doze tipos
conforme apresentado na Tabela 1.
Tabela 1: Número de Indústrias de Teresina por tipologia industrial em Teresina.
Tipologia Número de Indústrias
1 Química 26
2 Cerâmica 10
3 Marmoraria 13
4 Metalúrgica 49
5 Gráfica 73
6 Confecções 25
7 Móveis 17
8 Alimentícia 16
9 Bebidas 05
10 Calçados 06
11 Recauchutagem 05
12 Bicicletas 01
Total 246
De posse da listagem, as indústrias foram visitadas e nelas aplicados formulários
de perguntas abertas e fechadas (apêndice 1), visando identificar os objetivos da pesquisa. O
formulário utilizado foi também baseado na Resolução CONAMA 313/02, sendo adaptado à
realidade local, através da aplicação de pré-formulários.
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44
A aplicação dos formulários foi precedida de um pré-teste, a fim de se verificar
aspectos como precisão do modelo de formulário e interesse dos informantes em respondê-
los. Após os ajustes necessários advindos da pesquisa piloto, os formulários foram aplicados
através de entrevista direta.
As perguntas contidas no formulário foram basicamente: a razão social da
indústria; o seu endereço; a atividade principal da indústria e o seu período de produção; bem
como informações sobre o processo de produção da indústria; das matérias-primas e insumos
utilizados e sua quantidade atual por ano e capacidade máxima também por ano; os produtos
fabricados e quantidade atual e capacidade máxima por ano; as etapas do processo de
produção da indústria e os resíduos gerados; a descrição e destino desses resíduos; o tipo de
armazenamento e tratamento; a quantidade tonelada/ano e dados pertinentes sobre a
indústria e aos recursos ambientais utilizados pelo empreendimento.
Após visita com o responsável técnico das indústrias, os formulários eram
preenchidos construindo assim o perfil das indústrias visitadas por ramo de atividades
industriais.
Para a localização das indústrias no mapa de Teresina, foram determinadas as
coordenadas das indústrias através do equipamento GPS – Sistema de Posicionamento Global,
Garmim Etrex. Com os pontos gerados pelo GPS, fez-se o descarregamento dos pontos no
programa TrackMaker e fez-se também o processamento dos pontos com o aplicativo CAD,
obtendo-se as coordenadas definidoras de cada ponto expressa em forma plana UTM
Universal Transversa de Mercator (E, N), elemento necessário para a confecção da planta
topográfica.
Para tanto, foram utilizadas técnicas de Sensoriamento Remoto e
Geoprocessamento, utilizando a imagem de Satélite do programa Google Earth e Sistemas de
Informações Geográficas, como também foi utilizado o mapa de Teresina cedido pela
Secretaria Municipal de Planejamento da Prefeitura de Teresina, para análise, interpretação e
apresentação gráfica dos resultados.
Portanto, de posse da planta topográfica, imagens de satélite e mapa de Teresina,
foi feito o processamento dos pontos na imagem de satélite utilizando o software Track
Maker, e no mapa de Teresina, utilizando o software ArcView GIS, obtendo-se a localização
das indústrias, para uma melhor visualização da área de estudo.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com a pesquisa bibliográfica e as informações obtidas com os
formulários, foram diagnosticadas as atividades industriais da cidade, observando a atividade
industrial desde a entrada de matéria-prima até a expedição do produto final.
Determinou-se todas as entradas para a operação e suas respectivas saídas, que
no caso são os resíduos sólidos gerados. Os resíduos sólidos foram analisados quanto à sua
origem (operação geradora) e quanto ao fator gerador (ação ou característica da matéria-
prima, do equipamento e/ou ferramenta que contribuam para sua geração).
Através disso, utilizando-se da entrada e saída de cada processo e da informação
dos volumes gerados, conseguiu-se identificar as áreas que eram geradoras de resíduos e se
estas possuíam ou não controle sobre os mesmos.
Ressalta-se algumas limitações da pesquisa como a escassez de bibliografia
específica relacionada à indústria da cidade de Teresina, a inexistência de cadastro industrial
atualizado, como também resistência por parte do empresariado para atender e fornecer dados
e informações. Isto se deve provavelmente por temer algo e desconfiar de fiscalização
governamental.
Os empresários de um modo geral demoraram em definir datas para o
recebimento da pesquisadora, dificultando a condição da pesquisa.
Neste trabalho procurou-se, traçar um perfil dos resíduos sólidos industriais de
Teresina, compreendendo todos os ramos estabelecido na resolução CONAMA 313/02, sendo
inventariadas indústrias de cada ramo, desde grande a pequeno porte.
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3.1 Localização das Indústrias
As indústrias visitadas compreendem tanto a zona urbana como a zona rural de
Teresina. Visualiza-se na Figura 3 a localização das indústrias representadas por pontos.
Figura 3: Distribuição espacial das Indústrias visitadas em Teresina, (A: Aterro Municipal).
MARANHÃO PIAUÍ
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3.2 Caracterização dos resíduos por ramos industriais
Os resultados referentes à produção de resíduos sólidos são apresentados em
termos médios de tonelada/ano por atividade produtiva.
As indústrias foram inventariadas em doze categorias, compreendendo os ramos
estabelecidos na Resolução CONAMA 313/02.
Sendo assim, apresentam-se na Tabela 2, os dados obtidos na categoria da
pesquisa realizada.
As indústrias inventariadas nessa categoria compreendem a atividade
industrial Química (Fabricação de Embalagens Plásticas, Tubos e Mangueiras para irrigação,
Fabricação de Borracha, Piscinas e Toboáguas, e Pias e Tanques).
Conforme a Tabela 2, essas indústrias são responsáveis pela geração de cerca de
aproximadamente 524,336 toneladas de resíduos por ano.
Constatou-se que as etapas do processo de produção das atividades industriais
nessa categoria foram basicamente às mesmas, não se distinguindo quanto ao porte do
empreendimento, sendo a amostra subdividida em dois subgrupos:
subgrupo Fabricação de Embalagens Plásticas e Tubos e Mangueiras para
irrigação;
subgrupo Fabricação de Borracha, Pias e Tanques de Mármore, e Piscinas
e Toboáguas.
Com vistas ao entendimento das etapas do processo de produção desenvolvido
nas indústrias inventariadas nessa 1ª categoria, descrevem-se as diferentes etapas.
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Tabela 2: Indústrias Inventariadas do ramo químico (1ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem/Disposição Final
Indústria A
Produção de
Embalagens
Plásticas
Aparas - Filmes e
pequenas
embalagens de
plástico
316,8 II B Na própria indústria
Sacos de rafia em piso
impermeável, área
coberta.
Reutilização para fabricação
de outro produto
Indústria B
Fabricação de
Embalagens
Plásticas
Aparas - Filmes e
pequenas
embalagens de
plástico
55,0 II B Fora da indústria
Sacos de rafia em piso
impermeável, área
coberta.
Repassa o resíduo para a
indústria de borracha, onde
reutiliza na fabricação do seu
produto
Indústria C
Fabricação de
Tubos e
Mangueiras para
irrigação
Borras - pequenas
embalagens de
plástico
90,0 II B Na própria indústria
Não armazena -
Utilização imediata
Reutilização para fabricação
do próprio produto
Resíduo de
borracha
54,0 II B Na própria indústria
Não armazena -
Utilização imediata
Reutilização para fabricação
do próprio produto
Indústria D
Fabricação de
Borracha
da lixa - da
Borracha
8,40 II B Na própria indústria
Não armazena -
Utilização imediata
Reutilização para fabricação
do próprio produto
de fibras de
vidro
- II A Na própria indústria
Não armazena -
Utilização imediata
Reutilização para fabricação
de outro produto Indústria E
Fabricação de
Piscinas e
Toboáguas
Artefatos de
Metal - sucatas
- II B Sem destino definido
A granel - solo
descoberto
Indústria F
Fabricação de Pias
e Tanques
Sobra de
Mármore
0,136 II A Fora da indústria
A granel - solo
descoberto
Aterro Municipal
Legenda: Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
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a.1) Subgrupo Fabricação de Embalagens Plásticas e Tubos e Mangueiras para
irrigação:
Figura 4: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação de Embalagens Plásticas e
Tubos e Mangueiras para irrigação, com identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos
gerados (saída).
A etapa caracteriza-se pela preparação do material e mistura da matéria-prima
(polietileno, polipropileno) para a etapa seguinte. Na etapa 2 ocorre o processo de extrusão,
que é a transformação da matéria-prima em filme para fabricar o produto. Nesta etapa
ocorre à geração de resíduos (borras / aparas de plástico), pois durante o processo de
fabricação do filme gera sobras.
No caso das borras, esses resíduos são reutilizados na fabricação do próprio
produto, sendo misturados a matéria-prima, tendo sua utilização imediata, e as aparas são
realizadas um processo de beneficiamento em grânulos (Figura 5), onde são armazenados em
sacos de rafia, em piso impermeável, área coberta, sendo que uma indústria (grande porte)
reutiliza na fabricação de sacos de lixo e outra indústria (médio porte) destina o resíduo para
uma indústria de borracha, onde reutiliza na fabricação de seu produto.
polietileno, polipropileno
Mistura
Extrusão
borras
aparas de plástico
Acabamento
borras
aparas de plástico
Rotulagem
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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Figura 5 Processo de beneficiamento do resíduo da atividade química
(Fabricação de embalagens plásticas)
Na etapa 3 tem-se o acabamento, onde transforma o filme no produto. Esta fase
também gera resíduo (borras / aparas de plástico), no processo de corte do filme no produto e
também quando o produto é fabricado defeituosamente, pois o mesmo é descartado. Nesta
etapa os resíduos gerados são tratados da mesma forma que os resíduos gerados na etapa 2. A
quarta etapa é o processo de impressão e rotulagem do produto.
a.2) subgrupo Fabricação de Borracha, Piscinas e Toboáguas, e Pias e Tanques de
Mármore
Figura 6: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação de Borracha, Piscinas e
Toboáguas e Pias e Tanques de Mármore, com identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos
gerados (saída)
50
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
borracha natural, pó de
pneu / fibra de vidro,
resina / mármore
sintético, calcita
Mistura
Moldagem
resíduo de borracha
de fibra de vidro
sobra de mármore
Desmoldagem
pó de borracha
de fibra de vidro
artefatos de metal
sobra de mármore
Acabamento
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A etapa refere-se também a preparação e mistura da matéria-prima (borracha
natural, pó de pneu / fibra de vidro, resina / mármore sintético, calcita) para a etapa seguinte.
A 2ª etapa é a moldagem onde se coloca a matéria-prima na forma, modelando o
produto. Nesta etapa ocorre a geração de resíduo, pois no processo de moldagem é tirado o
excesso da matéria-prima.
Na 3ª etapa tem-se a desmoldagem que na qual o produto é tirado da forma e a
etapa é o acabamento, onde o produto é lixado, ocorrendo a geração de resíduo.
Os resíduos gerados (pó de borracha / de fibra de vidro / sobra de mármore /
artefatos de metal) tanto na etapa 2 quanto na etapa 4, foi observado que no caso do de
borracha, esses resíduos são reutilizados imediatamente na fabricação do próprio produto,
sendo misturado a matéria-prima.
Com relação ao de fibras de vidro, uma indústria de pequeno porte, reutiliza
seu resíduo na fabricação de filtros residenciais e uma indústria também de pequeno porte
destina seu resíduo (sobras de mármore) para o aterro de Teresina - aterro controlado, sendo
armazenado a granel em solo descoberto.
São descartado cerca de 136 kg/ano de fibras de mármore no aterro municipal,
sendo que esse resíduo poderia ser reaproveitado conjuntamente com outras matérias-primas,
em produção de peças artesanais, na fabricação de pisos e paredes, como também em fibras de
tecido, deixando o produto até mais resistente e com mais qualidade (MAIMON, 1993).
Através desta atitude, reaproveitando, não estaria poluindo o meio ambiente,
colocando em risco a vida da população, e ainda geraria um “lucro” para a empresa produtora
com a venda desse material, e para a empresa receptora tendo matéria-prima mais barata.
Na indústria de fabricação de Piscina e Toboágua (pequeno porte) na etapa 4,
ocorre ainda a pintura do produto, e a realização do processo de sustentação das peças com
artefatos de metal, gerando resíduos de artefatos de metal, sendo armazenados em área
descoberta, sem destino definido.
Considerando esta amostra, o tipo de energia utilizada nessas indústrias para
fabricação de seus produtos é a elétrica, tendo como gasto de energia uma média de
aproximadamente 35.000 kW por ano e somente uma indústria que utiliza não a elétrica
como também a lenha em algumas máquinas.
Foi constatado que a maioria das indústrias inventariadas não desenvolve
nenhum programa de responsabilidade sócioambiental e nem certificação ambiental, tendo
apenas uma (grande porte), que possui a certificação de reciclagem, onde a mesma recicla os
resíduos que compra de outras indústrias para a fabricação de seu produto.
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Essas indústrias localizam-se no distrito industrial de Teresina, estando, contudo
uma, de pequeno porte, localizada em área residencial.
b) Ramo dos minerais não-metálicos
A categoria dos minerais não-metálicos é dividida em dois grupos: Cerâmica e
Marmoraria.
b.1) Cerâmica
Com relação ao ramo da cerâmica, apresentam-se na Tabela 3 a seguir, os
resultados obtidos na 2ª categoria.
De acordo com a tabela 3 essas indústrias são responsáveis pela geração de cerca
de 2.617,8 ton/ano de resíduos.
As etapas do processo de produção das atividades industriais nessa categoria
também foram as mesmas, não se distinguindo quanto ao porte do empreendimento,
utilizando a mesma matéria-prima (argila), já que compreende a fabricação do mesmo produto
(Tijolos e Telhas). A Figura 7 apresenta as etapas do processo de produção. As etapas são:
A 1ª etapa consiste no armazenamento da matéria-prima (argila) no caixão
alimentador. A etapa é o processo onde a matéria-prima é levada por uma esteira ao
desintegrador, uma máquina que tritura os torrões da argila para a etapa seguinte.
Na etapa têm-se o laminador, na qual lamina a argila deixando-a fina. Na
etapa, através de uma esteira a matéria-prima é levada para o misturador, onde ocorre a
mistura da argila com água.
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Tabela 3: Indústrias Inventariadas da atividade cerâmica (2ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Resíduo de argila
(Tijolos “verdes”)
396,0 II A Na própria indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização para
fabricação do próprio
produto
Tijolos quebrados 144,0 II B
Na própria e Fora da
indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização como
entulho; Doação para a
população onde reutiliza
como entulho
Indústria A
Fabricação de
Tijolos
Cinzas 35,0 II A Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Doação para a população
onde reutiliza nas
plantações
Resíduo de argila
(Tijolos “verdes”)
- II A Na própria indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização para
fabricação do próprio
produto
Tijolos quebrados 672,0 II B
Na própria e Fora da
indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização como
entulho; Doação para a
população onde reutiliza
como entulho
Indústria B
Fabricação de
Tijolos
Cinzas 70,0 II A Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Doação para a população
onde reutiliza nas
plantações
Indústria C
Fabricação de
Tijolos e Telhas
Resíduo de argila
(Tijolos e Telhas
“verdes”)
111,0 II A Na própria indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização para
fabricação do próprio
produto
continua
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K
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Tijolos e Telhas
quebradas 34,4 II B
Na própria e fora da
indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização como
entulho; Doação para a
população onde reutiliza
como entulho
Cinzas 30,0 II A Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Doação para a população
onde reutiliza nas
plantações
Resíduo de argila
(Tijolos e Telhas
“verdes”)
- II A Na própria indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização para
fabricação do próprio
produto
Tijolos e Telhas
quebradas
353,6 II B
Na própria e fora da
indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização como
entulho; Doação para a
população onde reutiliza
como entulho
Indústria D
Fabricação de
Tijolos e Telhas
Cinzas 45,0 II A
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Doação para a população
onde reutiliza nas
plantações
Resíduo de argila
(Tijolos e Telhas
“verdes”)
446,4 II A
Na própria indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização para
fabricação do próprio
produto
Tijolos e Telhas
quebradas
230,4 II B
Na própria e fora da
indústria
A granel em solo
descoberto
Reutilização como
entulho; Doação para a
população onde reutiliza
como entulho
Indústria E
Fabricação de
Tijolos e Telhas
Cinzas 50,0 II A
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Doação para a população
onde reutiliza nas
plantações
Legenda: Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
continuação
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A
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44
Matérias-Primas Processos
Secagem
cinza
Queima
Estocagem
combustível – lenha
resíduos de tijolos e telhas
quebradas
Expedição
Armazenamento no caixão alimentador
Desintegração
Laminação
Mistura
argila
Moldagem
água
Corte
resíduo de argila
Resíduos Gerados
Figura 7: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Cerâmica, com identificação das
matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa refere-se ao processo de moldagem do produto no formato desejado.
Nesta fase ocorre à geração de resíduos de argila, quando o produto é moldado
defeituosamente (ver Figura 8 e Figura 9).
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Figura 8 – Maromba: fabricação do tijolo da atividade cerâmica
Figura 9 – Maromba: fabricação da telha da atividade cerâmica
Esses resíduos são reutilizados na fabricação do próprio produto, pois ainda não
ocorreu o processo de queima e são considerados “verdes”, sendo, portanto misturado com a
matéria-prima, sendo depositado a granel em solo descoberto, conforme mostra a Figura 10.
Figura 10 – Resíduo reaproveitado e misturado com a matéria-prima da atividade cerâmica
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De acordo com a Tabela 3, essas indústrias geram cerca de 953,4 t/ano de
resíduos que podem ser reaproveitados na fabricação do próprio produto.
Na etapa têm-se a cortadeira, onde ocorre o corte do molde para a fabricação
do produto.
Após a moldagem e corte do produto, realiza-se a secagem do produto. Nas
indústrias de médio e pequeno porte, seca-se de modo natural, em galpão coberto, levando de
três a seis dias para secar dependendo do período do ano, período de estiagem e período
chuvoso respectivamente, e as de grande porte, secam seus produtos em galpões com
exaustores, levando aproximadamente 15 horas para a sua secagem.
A etapa consiste na queima do produto para posterior comercialização
ocorrendo a geração de resíduo durante o processo de queima, pois o produto é queimado em
fornos a lenha, gerando cinzas.
Foi observado na pesquisa uma geração de 230 toneladas de cinzas por ano. As
cinzas são doadas para a população próxima ao local, onde as mesmas utilizam como adubo
para suas plantações. As cinzas apresentam em sua composição química, nutrientes, além de
bases capazes de neutralizar a acidez do solo, tendo um efeito fertilizante e/ou corretivo do
solo.
Porém essa prática deve ser monitorada, pois o excesso de nutrientes ou uma
correção do solo sem necessidade prejudica o solo e o desenvolvimento da cultura. O excesso
das cinzas no solo também facilita o carreamento através da irrigação ou das chuvas, ao curso
d’água, comprometendo a qualidade da mesma (FONTES, 1995).
Portanto, é importante considerar a quantidade de nutrientes, a qualidade da
fonte, o tempo e a necessidade de sua realização.
Contudo para que essa prática seja 100% viável deve-se analisar a área, as
características químicas do solo, como também as características da própria cinza.
Depois do processo de queima têm-se a etapa 9, que se refere ao depósito do
produto no pátio para a sua comercialização. Nesta fase também ocorre à geração de resíduos,
pois durante o processo de manuseio, alguns produtos são quebrados (Figura 11).
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Figura 11 – Forma que o produto é depositado para comercialização
Contudo os resíduos gerados nesta etapa não podem ser mais reutilizados na
fabricação do próprio produto, pois ocorreu o processo de queima, sendo reutilizados como
entulho tanto na própria fábrica, como também são doados para a população vizinha local,
sendo depositado (o resíduo) em área exposta / descoberta (ver Figuras 12 e 13). São gerados
cerca de 1.434,4 t/ano de tijolos e telhas quebradas.
Constatou-se nessa amostra que o tipo de energia utilizada é a lenha, sendo usada
cerca de aproximadamente 123.840 / ano por forno. As indústrias possuem em média 12
fornos e a lenha é comprada nos Estado de Piauí e Maranhão.
Figu
ra 1
2
– Resíduo sendo reutilizado
como entulho dentro da própria fábrica
Figura 1
3
– Resíduo depositado a céu
aberto, para doação
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A matéria-prima argila, na maioria das indústrias é comprada na cidade de
Teresina, nos bairros Poti Velho e Santa Maria da Codipi, sendo que apenas uma empresa,
extrai essa matéria-prima no terreno da própria fábrica.
Foi observado que todas as indústrias inventariadas nessa amostra não
desenvolvem nenhum programa de responsabilidade sócioambiental e nem certificação
ambiental. As indústrias dessa categoria localizam-se na zona rural de Teresina,
abrangendo tanto a zona norte, como a zona sul da cidade.
b.2) Marmoraria
Quanto a atividade de Marmoraria a Tabela 4 apresenta os resultados obtidos.
Essas indústrias são responsáveis pela geração de 103,2 t/ano de resíduos. Nesta atividade
também não distinção das etapas do processo de produção quanto ao porte do
empreendimento. São apenas três etapas no processo de produção de acordo com a figura 14
abaixo.
Figura 14: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias da atividade de Marmoraria, com
identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa é o corte da matéria-prima (mármore e/ou granito), no tamanho e
formato desejado para a fabricação do produto. A etapa é o lixamento das peças deixando-
as com o formato suave. A 3ª etapa é a colagem das peças para fabricação do produto final.
Nas duas primeiras etapas geram resíduos como “sobras” de pedras no corte da
matéria-prima (Figura 15) e o pó de mármore, que é gerado no processo de lixamento.
59
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
retalhos de pedras
Corte
Lixamento
mármore, granito
pó de mármore
Colagem
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Tabela 4: Indústrias Inventariadas do ramo Marmoraria (3ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Retalhos de Pedra 3,6 II B
Fora da indústria A granel em solo
descoberto
Vende o resíduo para outra
indústria, onde reutiliza na
construção de calçadas
Indústria A
Beneficiamento de
Mármore e Granito
Pó de mármore 12,0 II A
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Aterro Municipal
Retalhos de Pedra 3,6 II B
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Vende o resíduo para outra
indústria, onde reutiliza na
construção de calçadas
Indústria B
Beneficiamento de
Mármore e Granito
Pó de mármore 12,0 II A
Fora da indústria A granel em solo
descoberto
Aterro Municipal
Retalhos de Pedra 12,0 II B
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Vende o resíduo para outra
indústria, onde reutiliza na
construção de calçadas
Indústria C
Beneficiamento de
Mármore e Granito
Pó de mármore 21,6 II A
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Vende o resíduo para outra
indústria, onde reutiliza na
construção de cimento
Retalhos de Pedra 14,4 II B
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Vende o resíduo para outra
indústria, onde reutiliza na
construção de calçada
Indústria D
Beneficiamento de
Mármore e Granito
Pó de mármore 24,0 II A
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Aterro Municipal
Legenda: Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
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Figura 15 – Resíduo (retalho de pedra) da atividade marmoraria
São geradas cerca de 33,6 t/ano de resíduo de pedras, sendo armazenados a
granel em solo descoberto. Todas as indústrias vendem esse resíduo, sendo o mesmo
reaproveitado por outras indústrias na construção de calçadas. Com relação ao de mármore
são gerados cerca de 69,6 t/ano, sendo que somente uma indústria (médio porte) vende esse
resíduo, que é reaproveitado na fabricação de cimento, e as demais indústrias descartam o
resíduo como lixo domiciliar, com destino ao aterro municipal, destinação esta inapropriada,
causando com isso poluição no meio ambiente, e consequentemente a saúde da população.
Este pode ser inalado pela população causando problemas respiratórios tais como
tuberculose pulmonar e silicose. A silicose é a mais importante das pneumoconioses
entendidas como:
O acúmulo de poeira nos pulmões e as reações teciduais provocadas pela
sua presença. É uma doença crônica, e que devido à componente
fisiopatogênico auto-imune evolui irreversivelmente, não existindo
tratamento específico. O resultado final é uma persistente falta de ar, riscos
de infecção e complicações cardiovasculares (BRASIL, 1980).
O tipo de energia utilizada nessas indústrias é a elétrica, tendo como gasto de
energia uma média de aproximadamente 8.400 kW por ano. Observou-se que essas indústrias
não desenvolvem nenhum programa de responsabilidade sócioambiental e nem certificação
ambiental e localizam-se na zona residencial de Teresina, estando uma (médio porte),
localizada no distrito industrial.
c) Atividade metalúrgica
Na atividade metalúrgica, apresentam-se, na Tabela 5, os resultados obtidos.
61
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Tabela 5: Indústrias Inventariadas da atividade metalúrgica (4ª categoria)
Legenda: Classe II B – Não Perigosos Inertes.
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Indústria A
Fabricação de
Artefatos
Metalúrgicos
Retalhos de chapa
e Flandres
- II B
Na própria e fora da
indústria
A granel em solo
coberto
Reaproveita na fabricação
de peças menores; Vende o
resíduo para sucatas
Indústria B
Fabricação de
Portas e Janelas
Retalhos de chapa
e Flandres
- II B
Na própria e fora da
indústria
A granel em solo
coberto
Reaproveita na fabricação
de peças menores; Vende o
resíduo para sucatas
Indústria C
Fabricação de
Galpão e Esquadria
de Ferro
Retalhos de chapa
e Flandres
- II B
Na própria e fora da
indústria
A granel em solo
coberto
Reaproveita na fabricação
de peças menores; Vende o
resíduo para sucatas
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A
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44
Nesta atividade não foi possível obter informações sobre a quantidade de
resíduos gerados, que a produção se faz de acordo com pedidos. Com isso não se tem o
controle dos resíduos gerados, por não ser uma produção contínua.
Além disso, os responsáveis técnicos não quiseram dar informações das suas
produções anteriores, afirmando que não é possível falar em quantidade de produção, pois tem
meses que produzem muito, e meses de baixa produção, ficando a análise quantitativa a
desejar.
As etapas do processo de produção da atividade metalúrgica são apresentadas, e
se distinguem de acordo com o porte do empreendimento. As etapas são (Figura 16):
Figura 16: Fluxograma do Processo Produtivo da atividade Metalúrgica, com identificação das
matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A Etapa 1, ocorre o corte da matéria-prima (ferro e/ou alumínio), para produção
de peças. Nesta fase ocorre a geração de resíduos, pois no processo de corte são gerados
retalhos de chapa e flandre. Alguns são reaproveitados na fabricação de peças menores, e
outros são descartados, sendo armazenados a granel em solo coberto, para serem vendidos
para sucatas (Figuras 17 e 18).
ferro, alumínio
retalhos de chapas e flandre
Corte
Dobragem
Soldagem
solda
Pintura
tintas / solvente
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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A 2ª etapa consiste no processo de dobra das peças para fabricação do produto. É
nesta etapa que a indústria de pequeno porte se diferencia, pois a mesma não a realiza,
comprando as peças já dobradas. A máquina que realiza este processo é considerada de
elevado custo, sendo inviável para uma empresa de pequeno porte. Na etapa ocorre a
soldagem das peças, juntando as partes desejadas para fabricar o produto final. A última etapa
é o processo de pintura do produto.
Foi constatado que nessa categoria, o tipo de energia utilizada é a elétrica. Essas
indústrias não desenvolvem nenhum programa de responsabilidade sócioambiental e nem
certificação ambiental, e localizam-se no distrito industrial de Teresina, estando somente uma,
de pequeno porte, localizada em zona residencial.
d) Ramo gráfico
No tocante à atividade gráfica a Tabela 6 mostra as indústrias inventariadas na
categoria. As dificuldades sobre a quantidade de resíduos gerados nesta categoria foram
semelhantes à atividade metalúrgica, não sendo possível obter informações referentes aos
resíduos gerados, pois não se tem o controle dos mesmos.
Essa atividade também produz por encomenda, de acordo com pedidos. As
etapas do processo de produção também variam de acordo com o porte do empreendimento.
Figura 18
– Resíduo que é descartado
para venda à sucatas
Figura
17
– Resíduo que é reutilizado
na fabricação de peças menores
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Tabela 6: Indústrias Inventariadas do ramo gráfico (5ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Papel impresso
errado
- II A Fora da indústria
Sacos plásticos em
piso impermeável,
área coberta.
Doação para Associação
dos Cegos do Piauí
Produtos químicos
(Revelador, Fixador,
Restauralito)
- I
Fora da indústria
Tambores de
plástico em piso
impermeável, área
coberta
Lançamento na sarjeta
Chapa de Alumínio - I
Fora da indústria
A granel em solo
coberto
Aterro Municipal
Indústria A
Arte gráfica em
geral
Aparas - II A
Fora da indústria
Sacos plásticos em
piso impermeável,
área coberta
Doação para Associação
dos Cegos do Piauí
Filme impresso
errado
- I
Fora da indústria
Tambor aberto em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Produtos químicos
(Revelador, Fixador,
Restauralito)
- I
Fora da indústria
Tambor de plástico
em piso
impermeável, área
coberta
Lançamento na sarjeta
Indústria B
Arte gráfica em
geral
Chapa de Alumínio - I
Fora da indústria
A granel em solo
coberto
Vende o resíduo para
sucatas
continua
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Aparas
- II A
Fora da indústria
Sacos plásticos em
piso impermeável,
área coberta
Doação para Associação
dos Cegos do Piauí
Produtos químicos
(Revelador, Fixador,
Restauralito)
- I
Fora da indústria
Tambor de plástico
em piso
impermeável, área
coberta
Lançamento na sarjeta
Chapa de Alumínio - I
Fora da indústria A granel em solo
coberto
Vende o resíduo para
sucatas
Indústria C
Arte gráfica em
geral
Arte gráfica em
geral
Aparas - II A
Fora da indústria Sacos plásticos em
piso impermeável,
área coberta
Doação para Associação
dos Cegos do Piauí
Legenda: Classe I – Perigosos, Classe II A – Não Perigosos não-inertes.
continuação
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A Figura 19 apresenta as etapas do processo de produção.
Figura 19: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias da atividade Gráfica, com identificação
das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
Na gráfica de pequeno porte a 1ª etapa é o processo de montagem, onde se monta
a arte desejada com papel vegetal, sendo um processo artesanal. Nessa fase gera resíduo
quando o papel é impresso errado. Após a montagem ocorre a gravação da arte na chapa de
alumínio (2ª etapa). Já na gráfica de médio porte a etapa é o processo de fotolito, a qual
consiste na impressão da arte no filme. Deixa de ser processo artesanal. Ocorre também a
geração de resíduo quando o filme é impresso errado. Em seguida, grava-se a arte do filme na
chapa de alumínio (2ª etapa). Na gráfica de grande porte não se realiza mais essa primeira
etapa, tanto da pequena como da empresa de médio porte, pois a produção da gráfica de
grande porte já se inicia a partir da segunda etapa, que é a gravação da arte direto na chapa de
alumínio, em um processo computadorizado.
Na etapa gera-se um resíduo químico, pois para se gravar na chapa de
alumínio, são utilizados produtos químicos como revelador, fixador e restauralito, como
também gera-se a própria chapa de alumínio, que são arquivadas por um período de seis
meses, e depois descartadas. Em seguida da gravação da chapa ocorre à reprodução da arte no
papel. A última fase do processo é o acabamento, onde ocorre o corte do papel, do tamanho
desejado gerando o resíduo de aparas de papel.
Foi observado nessa amostra que as aparas geradas são em todas as gráficas
armazenadas em sacos plásticos fechados (Figura 20), para serem doados à Associação dos
Cegos do Piauí (ACEP). Na ACEP o papel é vendido para depósitos de reciclagem.
Montagem e Impressão
Gravação
papel, filme impresso errado
Reprodução
aparas de papel
Acabamento
papel, filme
chapa de alumínio,
produtos químicos
(restaurador / fixador /
restauralito)
chapa de alumínio,
produtos químicos
(restaurador / fixador /
restauralito)
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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Figura 20 – Resíduo (aparas de papel) armazenado para posterior doação
A ACEP desenvolve trabalho de inclusão social de pessoas deficientes visuais do
Estado, principalmente através da educação, em prol da solidariedade e perseverança. A
ACEP conta com concessão de professores da rede municipal de ensino, além de material de
apoio e recursos para a área de assistência social. O Decreto 5.940 de 25 de outubro de 2006,
estabelece que os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta deverão
separar os resíduos recicláveis na fonte geradora e destiná-los as associações e cooperativas
dos catadores de materiais recicláveis.
O resíduo “filme” que foi constatado na indústria de médio porte, fica
armazenado em tambor aberto, para posterior descarte no coletor de lixo domiciliar, com
destino ao aterro municipal. Este filme é composto de substâncias de prata, um resíduo
químico que necessita ser disposto adequadamente. Foi observado que a chapa de alumínio,
na maioria das indústrias, após um período arquivada, é vendida para sucatas. Contudo,
observou-se que uma indústria (pequeno porte) descarta essa chapa num coletor de lixo
domiciliar. Tanto a prata quanto alumínio usado na indústria gráfica, quando dispostos
inadequadamente e lançados à água em valores superior ao permitido, provocam impacto no
solo e nos recursos hídricos e são absorvidos pelos tecidos animais e vegetais, podendo causar
problemas à saúde (VON SPERLING, 1996). Essas substâncias não podem ser descartadas
como resíduo domiciliar, pois é proibido por lei. Poderiam ser reaproveitadas e vendidas, já
que são 100% recicláveis.
Com relação aos produtos químicos (revelador, fixador, restauralito), observa-se
na Tabela 6, que as indústrias armazenam em tambores de plástico e descartam esse resíduo
líquido na sarjeta, uma canalização de águas pluviais com destino aos cursos d’água. Essas
substâncias lançadas na água alteram os parâmetros físicos e químicos, comprometendo a sua
qualidade. Essa destinação é totalmente inapropriada, pois esses produtos são altamente
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tóxicos e corrosivos, causando problemas à saúde humana tais como: problemas nos olhos,
irritação e reações alérgicas na pele, problemas respiratórios, entre outros. Apenas uma
indústria (grande porte), vende o fixador para uma empresa de reciclagem do produto.
Considerando esta amostra não foi possível analisar quantitativamente os
resíduos gerados, porém foi possível identificar os tipos de resíduos, e avaliar a sua
destinação, na qual são consideradas inadequadas, podendo causar impactos negativos ao
meio ambiente e à população. Essas indústrias não desenvolvem nenhum programa de
responsabilidade sócioambiental e nem certificação ambiental, e localizam-se em zona
residencial.
e) Ramo confecções
Quanto ao ramo de confecções, mostra-se na Tabela 7, as informações obtidas na
categoria. Essas indústrias são responsáveis pela geração de 274,2 toneladas/ano de
resíduos. Observa-se que as etapas do processo de produção se distinguem de acordo com o
porte do empreendimento. As etapas compreendem (Figura 21):
Figura 21: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação de roupas, com
identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
Criação
Corte
papel
Costura
efluentes (resíduo químico)
Lavagem
papel
tecido
retalho, fiapos de tecidos
produtos químicos
Acabamento
Expedição
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Primas
Processos
Resíduos Gerados
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Tabela 7: Indústrias Inventariadas do ramo de confecções (6ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Retalho/fiapos de
tecido
24 II B
Fora da indústria
Tambor de plástico em
piso impermeável, área
coberta
Aterro Municipal
Indústria A
Fabricação de
roupa
Papel 3 II B
Fora da indústria
Tambor de metal em
piso impermeável, área
coberta
Aterro Municipal
Retalho/fiapos de
tecido
60 II B Fora da indústria
Tambor de plástico em
piso impermeável, área
coberta
Repassa para associações e
penitenciária
Papel 8 II B Fora da indústria
Tambor de metal em
piso impermeável, área
coberta
Repassa para associações e
penitenciária
Indústria B
Fabricação de
roupa
Resíduo químico - I Fora da indústria
Lagoa sem
impermeabilização
Lançamento na sarjeta
Retalho/fiapos de
tecido
- II B Fora da indústria
Tambor de plástico em
piso impermeável, área
coberta
Doação para a população
vizinha
Papel - II B Fora da indústria Tambor de metal
Doação para a população
vizinha
Indústria C
Fabricação de
roupa
Resíduos químico - I
Na própria
indústria
Lagoa com
impermeabilização
Tratamento químico
continua
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Lodo
40 I Fora da indústria
A granel em solo
coberto
Aterro Municipal
Retalho/fiapos de
tecido
120 II B Fora da indústria
Caixote de madeira em
piso impermeável, área
coberta
Repassa para outra
indústria onde reutiliza na
fabricação do seu produto
Papel 19,2 II B Fora da indústria
Caixote de madeira em
piso impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Indústria D
Fabricação de
roupa
Resíduo químico - I Fora da indústria
Lagoa sem
impermeabilização
Lançamento na sarjeta
Legenda: Classe I – Perigosos, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
continuação
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A etapa caracteriza-se pela criação da peça, onde a mesma é desenhada num
papel. Após a confecção dos moldes, monta-se o protótipo, e depois de aprovado, encaminha-
se para posterior corte da peça. Nesta etapa já ocorre à geração de resíduo, representado pelo
papel que é descartado após o processo de corte da peça. Os resíduos de papel são
armazenados em caixotes de madeira, e tambores metálicos (Figura 22), sendo que, duas
indústrias doão para instituições, penitenciária e população vizinha, uma indústria de grande
porte vende o papel para reciclagem e uma indústria de pequeno porte descarta como lixo
domiciliar, com destino ao aterro municipal.
Figura 22 – Resíduos de papel da atividade confecções
A 2ª etapa consiste no processo de corte da peça sendo retalho e fiapos de tecido
os resíduos gerados (Figura 23). Esses resíduos são reaproveitados, sendo também
armazenados em caixotes de madeira e tambores de plástico, sendo que uma indústria (grande
porte) encaminha os mesmos para outra indústria (fabricação de Móveis), onde reutiliza na
fabricação de seus produtos. Uma indústria de médio porte repassa os resíduos para
associações e penitenciárias, onde reutilizam na fabricação de tapetes e produtos artesanais.
Por fim uma indústria grande porte doa para a população vizinha e uma indústria, de pequeno
porte, descarta o resíduo no coletor de lixo domiciliar.
Figura 23 – Resíduos (fiapos e retalhos de tecido) da atividade confecções
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A etapa 3 consiste no processo de costura e montagem da peça. A etapa seguinte
refere-se a lavagem das peças com produtos químicos, para atingir a maciez e diferenciação
de cor desejada. É nesta etapa que a indústria de pequeno porte se diferencia das demais, pois
a mesma não a realiza, terceirizando o serviço. Pode se constatar que no processo de lavagem
apenas uma indústria de grande porte possui sistema de tratamento próprio (Figura 24), onde é
realizado o tratamento da água antes de ser lançado no curso d’água mais próximo, que é uma
lagoa próxima ao local. O lodo (40 t) proveniente da lagoa de tratamento é destinado ao aterro
municipal. Duas indústrias (uma grande e uma média), após o processo de lavagem, lançam
essas águas residuárias, sem tratamento algum, diretamente na sarjeta, com destino ao curso
d’água mais próximo.
Figura 24 – Sistema de tratamento da água residuária da atividade confecções
O processo de lavagem utiliza-se produtos químicos tais como cloro, amaciante,
detergente, neutralizante, permanganato de sódio, dentre outros, que são xicos e corrosivos.
O seu descarte no curso d’água sem tratamento altera a qualidade da água, comprometendo-a,
podendo causar sérios problemas de saúde na população e modificando a biota aquática. A
última etapa do processo é o acabamento, onde as peças são passadas para posterior
comercialização.
As indústrias de confecções se preocupam somente com os resíduos sólidos,
deixando a desejar, um tratamento mais correto dos resíduos líquidos. Essas indústrias não
desenvolvem nenhum programa de responsabilidade sócioambiental e nem certificação
ambiental e localizam-se em zona residencial, estando uma (médio porte), localizada no
distrito industrial. Foi observado que o tipo de energia utilizada nessas indústrias é a elétrica,
tendo como gasto de energia uma média de aproximadamente 96.000 kW por ano.
f) Ramo Móveis
No que se refere ao ramo de móveis a Tabela 8, apresenta as indústrias
inventariadas nesta categoria.
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Tabela 8: Indústrias Inventariadas do ramo móveis (7ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem
Pó da madeira - II A Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Repassa para as granjas
Indústria A
Fabricação de
móveis
Artefatos de madeira - II A
Na própria
indústria
A granel em solo
descoberto
Queima
Pó da madeira 0,09 II A
Na própria
indústria
A granel em solo
descoberto
Queima
Indústria B
Fabricação de
móveis
Artefatos de madeira - II A
Na própria
indústria
A granel em solo
descoberto
Queima
Pó da madeira 0,129 II A Fora da indústria
Caixotes de madeira
em piso impermeável,
área coberta
Vende o resíduo para as
indústrias de cerâmica,
onde reutilizam como
lenha.
Artefatos de madeira - II A Fora da indústria
Caixotes de madeira
em piso impermeável,
área coberta
Vende o resíduo para as
indústrias de cerâmica,
onde reutilizam como
lenha
Borra Tóxica
- I Fora da indústria Solo descoberto
Aterro Municipal
Indústria C
Fabricação de
móveis e estofados
de sofá
Flocos 0,36 II A Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para uma
indústria que reutiliza na
fabricação de seu produto
continua
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Tecido - II A
Na própria
indústria
Caixotes de madeira
em piso impermeável,
área coberta
Reutilização para
revestimento
Pó da madeira - II A
Na própria
indústria
Galpão fechado
Reutilização para
fabricação de outro
produto- lenha
Artefatos de madeira - II A
Na própria
indústria
Caixotes metálico em
piso impermeável, área
coberta
Reutilização para
fabricação de outro
produto- lenha
Borra Tóxica - I Fora da indústria
Solo descoberto
Queima
Flocos 10 II A
Na própria
indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Reutilização para
fabricação do próprio
produto
Tecido 9,6 II A
Na própria
indústria
Caixotes de madeira
em piso impermeável,
área coberta
Reutilização para
revestimento
Indústria D
Fabricação de
móveis e colchões
Plástico 7,2 II B Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Legenda: Classe I – Perigosos, Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
continuação
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Observando a Tabela 8, as indústrias inventariadas na categoria compreende a
atividade industrial de móveis. Essas indústrias são responsáveis pela geração de
aproximadamente 27,4 toneladas de resíduos por ano.
Observou-se que nessa amostra não há distinção nas etapas do processo de
produção, não se distinguindo quanto ao porte do empreendimento, sendo a amostra
subdividida em dois subgrupo:
1° subgrupo – Fabricação de Móveis;
2° subgrupo – Fabricação de Colchões e Estofados).
As etapas da fabricação de móveis consistem (Figura 25):
f.1) Fabricação de Móveis
Figura 25: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação de Móveis, com
identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída
A Etapa 1 caracteriza-se pela serragem da matéria-prima (madeira e
compensado), para a fabricação do produto. Essa etapa gera resíduos como o pó e os artefatos
de madeira. Na etapa 2 ocorre o processo de lixamento das peças deixando-as suave, gerando
o da madeira como resíduo. A etapa seguinte consiste na pintura das peças. Na etapa
ocorre o processo de montagem das peças para fabricação do produto final.
Com relação aos resíduos gerados, a empresa de grande porte armazena o da
madeira em galpão fechado (Figura 26), onde através do processo de prensagem é formado o
“Briquete” (Figura 27), que é usado como lenha na própria indústria e os artefatos de madeira
também são reaproveitados como lenha. Já a indústria de médio porte armazena os resíduos
Serragem
Lixamento
pó, artefatos de madeira
Pintura
Montagem
madeira, compensado
pó da madeira
cola
solvente, tinta
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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em caixotes de madeira, e vende para as indústrias de cerâmicas, que utilizam como lenha
(Figura 28).
Figura 26 – Resíduo pó de madeira da atividade móveis
Figura 27 – Briquete: Produto reaproveitado como lenha
Figura 28 – Resíduo (pó e retalhos de madeira) da atividade móveis
as indústrias de pequeno porte, uma descarta o resíduo a céu aberto,
queimando-o posteriormente, causando consequentemente poluição atmosférica, e outra
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indústria de pequeno porte deposita o resíduo também a céu aberto, porém repassa para as
granjas (Figura 29).
Figura 29 Resíduo (pó e retalhos de madeira) da atividade de fabricação de
móveis depositado a céu aberto
f.2) Fabricação de colchões e estofados
No tocante à fabricação de colchões e estofados de sofá as etapas são (Figura
30):
Figura 30: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação de colchões e estofados,
com identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
Fabricação da espuma
Modelagem
Desmodelagem
produtos químicos
resíduo químico (borra tóxica)
tecido
Corte
Revestimento
pedaços de espuma (flocos)
retalhos de tecido
aparas de plástico
Embalagem
plástico
Matérias-Primas Processos Resíduos Gerados
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A etapa consiste na fabricação da espuma. A segunda etapa refere-se à
modelagem da espuma, onde a mesma é colocada numa forma para a fabricação do produto
no formato desejado.
A etapa 3 é o processo de desmoldagem, onde o produto é tirado da forma. Nesta
fase ocorre a geração de resíduo chamado “borra tóxica”, produto este usado como
desmoldante. Uma indústria (grande porte) queima a borra, e outra (médio porte) descarta
como resíduo domiciliar, com destino ao aterro municipal. Essas práticas são proibidas por
lei, pois tal resíduo deve ser tratado adequadamente.
A etapa é o corte da espuma para fabricação do produto. Nesta fase também
ocorre a geração de resíduos, os chamados “flocos”, que são pedaços de espuma. A indústria
de fabricação de colchão reaproveita os flocos no processo; a de estofado de sofá vende o
floco para a indústria de fabricação de colchão, sendo armazenado em sacos plásticos
fechados, em piso impermeável (Figura 31).
Figura 31 – Forma como o resíduo (floco) é armazenado
Com o produto fabricado faz-se o revestimento final, utilizando-se tecidos. a
geração do resíduo constituído da sobra de tecidos durante o corte, onde as duas indústrias
reaproveitam na fabricação de seus produtos (Figura 32).
No caso da indústria de colchão ocorre ainda a embalagem do produto. Nesta
fase ocorre a geração de resíduo, pois durante o processo de embalagem, geram sobras de
plásticos, sendo armazenadas em sacos plásticos fechados, em piso impermeável, área
coberta, para serem vendidos para reciclagem.
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A
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A indústria de fabricação de colchão também gera o resíduo de mola, quando é
fabricado o colchão com esta matéria-prima (mola), ao invés da espuma, sendo esta mola
vendida para sucatas.
Figura 32 – Resíduo (retalho de tecido) que é reaproveitado
As supracitdas indústrias não desenvolvem nenhum programa de
responsabilidade sócioambiental e nem certificação ambiental e localizam-se no distrito
industrial de Teresina.
g) Ramo alimentação
Com relação ao ramo de alimentação na Tabela 9, as indústrias inventariadas
nessa categoria são apresentadas.
Essas indústrias geram cerca de 950,22 t/ano de resíduo. Quanto as atividade do
processo de produção se distinguem de acordo com o empreendimento, sendo a categoria
subdividida em três subgrupos:
1° subgrupo – Beneficiamento de mel;
2° subgrupo – Beneficiamento de arroz;
3° subgrupo – Fabricação de biscoitos, salgados e massas de milho.
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Tabela 9: Indústrias Inventariadas do ramo alimentação (8ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição
dos Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Indústria A
Beneficiamento de
mel
Resíduo de
mel
12 II A Na própria indústria
Tambores metálicos
em piso
impermeável, área
coberta
Reutilização como
alimento
Casca /
bagaço
252 II A Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
serem reutilizados pelas
granjas
Pó - cuim 43,2 II A
Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
serem reutilizados para
fabricação de ração animal
Indústria B
Beneficiamento de
arroz
Xerém - arroz
quebrado
0,72 II A
Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
serem reutilizados para
fabricação de corantes
Casca /
bagaço
525 II A Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
serem reutilizados pelas
granjas
Indústria C
Beneficiamento de
arroz
Pó - cuim 90 II A
Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
serem reutilizado para
fabricação de ração animal
continua
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Xerém - arroz
quebrado
1,5 II A
Fora da indústria
Sacos plásticos
fechados em piso
impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
serem reutilizados para
fabricação de corantes
Pó de milho 10,8 II A Na própria indústria
Sacos de ráfia em
piso impermeável,
área coberta
Reutilização para
fabricação de ração animal
Fermento - II A Na própria indústria
Sacos de ráfia em
piso impermeável,
área coberta
Reutilização para
fabricação de ração animal
Indústria D
Fabricação de
biscoitos, salgados
e massas de milho
Aparas de
plástico
15,0 II B
Fora da indústria
Sacos de ráfia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Legenda: Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
continuação
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g.1) Beneficiamento de mel
Com relação à atividade de Beneficiamento de mel, o processo de produção
consiste em 5 etapas conforme Figura 33.
Figura 33: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de beneficamento de mel, com
identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa é o processamento da matéria-prima, onde ocorre a mistura do mel,
com outros extratos vegetais como romã, eucalipto e própolis. Na etapa ocorre o
confeccionamento e análise do lote, através do processo de filtragem. Nesta etapa gera-se
resíduo de mel, onde o mesmo é armazenado em tambores metálicos, piso impermeável, área
coberta, e reaproveitado como alimento para as abelhas que fabricam o próprio mel (matéria-
prima) da fábrica.
Na etapa seguinte, ocorre o processo de homogeneização do lote. Após a
confecção do lote faz-se o envasamento, empacotamento e rotulagem do produto.
g.2) Beneficiamento de arroz
As atividades de beneficiamento de arroz consistem basicamente em cinco
etapas (Figura 34).
Mistura
Filtragem
Homogeneização
Envasamento, Empacotamento
mel, eucalipto, romã,
própolis
mel
Rotulagem
Matérias-Primas Processos Resíduos Gerados
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Figura 34: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de beneficamento de arroz, com
identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa 1 consiste no processo de recebimento da matéria-prima (arroz) para a
etapa seguinte. A etapa é o processo de descascagem do arroz, gerando o resíduo
casca/bagaço.
Após o processo de descascagem, ocorre o processo de brunição, onde é retirado
a camada de farelo, tornando os grãos mais brancos e levemente opacos. Nesta etapa ocorre a
geração de resíduos, gerando o cuim (farelo de arroz) e o xerém (quirera de arroz).
A etapa seguinte é o processo de seleção e separação do arroz para posterior
armazenamento e comercialização.
Foi observado que todos os resíduos gerados são armazenados em sacos
plásticos, piso impermeável, área coberta, e são todos reaproveitados, sendo que o resíduo
casca é vendido para as granjas, que reutilizam como cama de galinha. O resíduo cuim é
vendido para fabricação de ração animal, e o xerém vendido para a fabricação de corante.
Com relação à reutilização do resíduo casca, foi observado em uma granja, que
após 42 dias, que é o ciclo de vida do frango, essa cama de galinha, é vendida como ração pra
fazenda de gado.
Recebimento
Descascamento
Brunição
Separação
arroz
casca/bagaço
Armazenamento
cuim, xerém
Matérias-Primas Processos Resíduos Gerados
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46
g.3) Fabricação de biscoitos, salgados e massas de milho
Na atividade de Fabricação de biscoitos, salgados e massas de milho as etapas
são (Figura 35).
Figura 35: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação de biscoitos, salgados e
massas de milho, com identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa consiste no processamento da matéria-prima, onde ocorre a mistura
desta (milho/trigo) com gordura e sal. A etapa seguinte consiste no processo de fermentação.
Após esta fase ocorre o processo de laminação, gerando-se resíduo de fermento.
Esse resíduo é armazenado em sacos de ráfia, piso impermeável, área coberta e é
reaproveitados na fabricação de ração animal.
A 4ª etapa consiste no processo de modelagem, onde se faz o formato do
produto. Nesta etapa ocorre a geração do resíduo do milho / trigo, os quais são
Mistura, Amassamento
Fermentação
Laminação
Modelagem
milho, trigo, gordura, sal
resíduo de fermento
Forneamento
fermento
pó de milho
Resfriamento
aparas de plástico
Embalamento
plástico
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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47
reaproveitados na fabricação de ração animal e vendidos. São armazenados em sacos de rafia,
com piso impermeável e área coberta.
Nas etapas seguintes ocorrem os processos de forneamento e resfriamento para
posterior empacotamento do produto, gerando-se sobras de plásticos que são armazenados em
sacos de rafia e encaminhados ao aterro municipal.
São descartados 15 t/ano de aparas de plástico no aterro, resíduo este que poderia
ser reaproveitados por outra empresa, diminuindo assim os custos de transporte para o aterro
municipal.
Foi constatado que as indústrias não desenvolvem nenhum programa de
responsabilidade sócioambiental e nem certificação ambiental e localizam-se no Pólo
Industrial Sul e Distrito Industrial de Teresina.
O tipo de energia utilizada nessas indústrias é a elétrica, tendo como gasto de
energia uma média de aproximadamente 90.000 kW por ano.
h) Atividade bebidas
Na atividade bebidas, apresentam-se na Tabela 10, os resultados obtidos nessa
categoria.
Essas indústrias são responsáveis pela geração de 29.251 toneladas de resíduos
por ano. As atividades do processo de produção também se distinguem de acordo com o
empreendimento, sendo subdivididas em dois subgrupos:
1° subgrupo – Beneficiamento de Leite;
2° subgrupo – Fabricação e envase de bebidas – refrigerantes e cervejas.
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Tabela 10: Indústrias Inventariadas da atividade bebidas (9ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Indústria A
Beneficiamento de
leite
Resíduo de leite 14,4 II A Na própria indústria Caixa de gordura Reutilização como adubo
Terra decantada - II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Terra Diatomácea 70,00 II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Carvão ativo 30,00 II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Vidro 1.100 II B Fora da indústria Caçamba
Vende o resíduo para
reciclagem
Alumínio 2,00 II B
Fora da indústria
A granel em área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Plástico 80,0 II B
Fora da indústria
A granel em área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Papelão 70,00 II A
Fora da indústria
A granel em área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Indústria B
Fabricação e
Envase de bebidas
- refrigerante
Cinza 300 II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Terra decantada - II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Indústria C
Fabricação e
Envase de bebidas
- cerveja
Casca / bagaço do
malte
21.000 II A Fora da indústria Silos fechados
Vende o resíduo para serem
reutilizados fabricação de
ração animal
continua
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Resíduo fermento
3.060 II A
Fora da indústria
Silos fechados
Vende o resíduo para serem
reutilizados fabricação de
ração animal
Terra diatomácea 150 II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Carvão ativo 70 II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Vidro 2.250 II B
Fora da indústria
Caçamba
Vende o resíduo para
reciclagem
Alumínio 4,92 II B
Fora da indústria
A granel em área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Plástico 151,17 II B
Fora da indústria
A granel em área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Papelão 148,6 II A
Fora da indústria
A granel em área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Lodo 150 II A
Fora da indústria Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Cinza 600 II A
Fora da indústria
Silos de
estocagem
Aterro Municipal
Legenda: Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
continuação
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h.1) Beneficiamento de leite
Na indústria de beneficiamento de leite as etapas compreendem (Figura 36).
Figura 36: Fluxograma do Processo Produtivo de Beneficiamento de Leite, com identificação das
matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa consiste na realização da análise físico-química da matéria-prima
(leite) para posterior resfriamento (2ª etapa) e armazenagem (3ª etapa).
A etapa é a pasteurização e desnate, onde ocorre o aquecimento do leite,
padronização da gordura e açúcar, clarificação do leite para a pasteurização e resfriamento. A
5ª etapa consiste no envasamento do produto.
Tanto na etapa como na etapa ocorre a geração de resíduo, quando o leite
não está de acordo com os padrões. São gerados cerca de 14,4 tonelada/ano de resíduo.
O tratamento consiste apenas de uma caixa de gordura (Figura 37), responsável
pelo processo de separação da água da gordura. O efluente do sistema destina-se para o rio, e
a gordura é reaproveitada como adubo nas plantações da própria fábrica.
Análise
Resfriamento
Armazenagem
Pasteurização / desmalte
leite
Envasamento
leite
leite
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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Figura 37 – Caixa de gordura da atividade produção de leite.
h.2) Fabricação e envase de bebidas
Com relação às indústrias de fabricação e envase de bebidas as etapas do
processo de produção compreendem a fabricação de refrigerantes e cervejas. As etapas do
processo de produção são (Figura 38 e 39):
A etapa é a captação e tratamento da água utilizada no processo. A indústria
de grande porte realiza a captação da água no rio Parnaíba, pois a mesma possui outorga da
Agencia Nacional da Água – ANA. Na indústria de médio porte a captação é realizada através
de poços artesianos.
A água captada deve ser isenta de cloro para não influenciar na produção.
Motivo pelo qual as próprias indústrias fazem o tratamento da água através do processo de
coagulação com sulfato de alumínio e carbonato de sódio, decantação, e filtração com filtro.
Esta etapa gera o resíduo “terra decantada”.
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Fabricação de Refrigerantes
Figura 38: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação e envase de bebidas -
refrigerante, com identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
No caso da fabricação de refrigerantes, após a captação e tratamento da água,
realiza-se a fabricação do xarope simples, onde ocorre adição do açúcar em água quente. A
etapa seguinte é o processo de clarificação do xarope simples. Após o processo de clarificação
do xarope simples, ocorre o processo de filtragem. Nesta etapa ocorre a geração dos resíduos,
terra diatomácea e carvão ativo.
A etapa é o processo de condensação do xarope simples para a produção do
xarope composto. No processo de produção do xarope composto ocorre a adição do sabor
concentrado (polpa de frutas, ácidos e sais), para a fabricação do produto. A etapa final é o
envasamento do produto.
91
Xarope simples
Clarificação
água quente, acúcar
Condensação
Filtração
Xarope composto
Envasamento
terra diatomácea,
carvão ativo
polpa de fruta, ácidos,
sais
alumínio, plástico,
vidro, papelão
alumínio, plástico,
vidro, papelão
Matérias-Primas Processos Resíduos Gerados
Captação e tratamento
água
terra decantada
bagaço/casca do
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Fabricação de Cervejas
Figura 39: Fluxograma do Processo Produtivo nas indústrias de Fabricação e envase de bebidas -
cerveja, com identificação das matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
No caso da fabricação de cerveja, após o tratamento da água, a etapa é o
processo de brassagem, onde ocorre a preparação do “mosto” (mistura das matérias-primas
como cevada, lúpulo, levedura e água) para as etapas seguintes. Esta etapa é a preparação da
cerveja. Como resíduo gera-se o bagaço/casca do malte/cevada com uma média de 21.000
t/ano de resíduo. O mesmo é armazenado em silos fechados e reaproveitado, sendo vendido
para fabricação de ração animal.
Fermentação
Filtração
fermento
fermento
Maturação
alumínio, vidro,
plástico, papelão
Pasteurização
Envasamento
alumínio, vidro, plástico,
papelão
Captação e tratamento
Brassagem
água
terra decantada
bagaço/casca do
bagaço/casca do
malte/cevada
cevada, lúpulo, açúcar,
caramelo e água
Fervura
Resfriamento
Matérias-Primas
Processos
Resíduos Gerados
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Nas etapas seguintes ocorrem a fervura e o resfriamento para posterior
fermentação. Na etapa 5 tem-se o processo de fermentação, onde se mistura o fermento ao
mosto para a produção do álcool. A etapa caracteriza-se pela maturação da cerveja para a
sua clarificação.
A 7ª etapa é o processo de filtração, tirando o excesso de fermento (resíduo). São
gerados 3.060 ton/ano de fermento que também são armazenados em silos fechados e
posteriormente vendidos como ração animal. A etapa 8 é a pasteurização da cerveja e
engarrafamento do produto.
Na fase de envasamento dos produtos geram-se resíduos sólidos e líquidos
quando ocorrem problemas no engarrafamento, gerando alumínio, plástico, vidro e papelão, e
líquido no processo de esterilização das garrafas.
São gerados cerca de aproximadamente 3.807 ton/ano de resíduos de embalagens
os quais são armazenados a granel em área coberta, sendo que o vidro é armazenado em
caçamba, para serem reaproveitados, sendo vendidos para reciclagem.
No processo de produção dessa categoria ocorre ainda a geração de efluentes no
processo de lavagem dos equipamentos.
Os efluentes gerados na indústria de grande porte são tratados na lagoa de
tratamento, onde após o processo de tratamento, água destina-se para o rio Parnaíba. Neste
processo gera o resíduo de lodo. A empresa de médio porte não realiza o tratamento do
efluente, lançando o mesmo diretamente na sarjeta.
A terra decantada gerada no processo de tratamento da água, a terra diatomácea
(220 t/ano) e o carvão ativo (100 t/ano) gerados no processo de fabricação do xarope, o lodo
gerado (150 t/ano) no processo de tratamento de efluentes, são armazenados em silos de
estocagem e transportados para o aterro municipal, conforme mostra a Tabela 10.
O tipo de energia utilizada nessas indústrias é tanto a elétrica, tendo gasto médio
de aproximadamente 115.000 kW por ano, como também proveniente de caldeira, a qual
fornece o vapor para as máquinas. São geradas cerca de 900 t/ano de resíduo de cinza que são
armazenadas a granel em solo coberto e transportadas para o aterro de Teresina.
Foi observado que a maioria das indústrias não desenvolve nenhum programa de
responsabilidade sócioambiental e nem certificação ambiental, estando somente uma empresa,
com um programa de reciclagem.
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i) Ramo calçados
No tocante ao ramo de calçados, as indústrias inventariadas são mostradas na
Tabela 11, os quais são responsáveis pela geração de aproximadamente 3,96 t/ano de
resíduos. As etapas do processo de produção do ramo de calçados são as mesmas quanto ao
porte do empreendimento (Figura 40):
Figura 40: Fluxograma do Processo Produtivo da atividade de calçados, com identificação das
matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa caracteriza-se pela criação da peça, onde a mesma é desenhada num
papelão e fazem-se os moldes para posterior corte da peça. Nesta etapa ocorre geração do
resíduo papelão após o processo de corte da peça.
A etapa se refere ao corte do couro sintético uma das matérias-primas de
acordo com o molde, para a fabricação do produto. Nesta etapa também ocorre à geração das
sobras de couro.
A etapa seguinte consiste no processo de montagem, costura e colagem das
peças de couro sintético com as outras matérias-primas, como borracha, a qual fornece base à
peça, assim como solas de PVC.
Essa fase gera resíduos de borracha e solas de PVC, pois essas matérias-primas
também são cortadas de acordo com o molde, gerando “sobras” (Figura 41).
Criação
Corte
papelão
papelão
couro sintético
retalho de couro sintético
Montagem, costura e colagem
borracha, solas pvc
resíduo de borracha,
retalhos de sola de pvc
Matérias
-
Primas
Processos
Resíduos Gerados
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44
Tabela 11: Indústrias Inventariadas do ramo de calçados (10ª categoria)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição
dos Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Retalho de
couro
sintético
0,12 II B Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Retalho de
borracha
0,12 II B
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Retalho de
sola da PVC
0,12 II B
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Indústria A
Fabricação de
sandálias
Papelão - II A
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Retalho de
couro
sintético
0,24 II B
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Retalho de
borracha
0,24 II B
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Retalho de
sola da PVC
0,24 II B
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
Indústria B
Fabricação de
calçados
ortopédicos
Papelão - II A
Fora da Indústria
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municipal
continua
95
A
A
n
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n
n
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a
K
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a
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Retalho de
couro
sintético
0,96 II B
Aterro Municipal
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Descarta como lixo
domiciliar
Retalho de
borracha
0,96 II B
Aterro Municipal
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Descarta como lixo
domiciliar
Retalho de
sola da PVC
0,96 II B
Aterro Municipal
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Descarta como lixo
domiciliar
Indústria C
Fabricação de
sandálias
Papelão - II A
Aterro Municipal
Sacos de rafia em
piso impermeável,
área coberta
Descarta como lixo
domiciliar
Legenda: Classe II A – Não Perigosos não-inertes, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
continuação
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44
Figura 41 Resíduos lidos (couro sintético, borracha e solado PVC) do ramo
calçado, descartado como lixo domiciliar.
Observa-se na Tabela 11, que todas as indústrias descartam os resíduos como
lixo domiciliar, com destino ao aterro municipal, armazenando em sacos de rafia, em piso
impermeável, área coberta, prática essa considerada inadequada, pois esses resíduos são de
difícil decomposição, não sendo, portanto, reincorporados ao ciclo da natureza.
Esses resíduos embora não sejam considerados tóxicos, assustam pelo seu
volume crescente e requerem medidas imediatas. O problema de escassez de áreas adequadas
para a sua disposição que, com o crescimento desordenado, vem se tornando cada vez mais
remotas, poderia ser atenuado visto que o resíduo poderia ser reaproveitado como elemento
construtivo (MDIC, 2001).
Algumas pesquisas mostram o reaproveitamento desses resíduos calçadistas na
construção civil, na utilização, através da mistura do resíduo, em divisórias e forros com
resistência ao impacto e capacidade de suporte de cargas suspensas, com vedação interna de
edificações em matriz de gesso (MDIC, 2001). Confere ao novo material, propriedades
superiores ao gesso, como alta resistência mecânica ao impacto, à tração na flexão e alta
capacidade de suporte de cargas suspensas.
Essas indústrias não desenvolvem nenhum programa de responsabilidade
sócioambiental e nem certificação ambiental e localizam-se em zona residencial, estando uma
(médio porte), localizada em zona comercial.
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j) Atividade recauchutagem
Com relação à atividade de recauchutagem, apresentam-se na Tabela 12 os
resultados obtidos. Essas indústrias são responsáveis pela geração de 27,36 toneladas de
resíduos por ano. Observa-se que não distinção nas etapas do processo de produção quanto
ao porte do empreendimento. As etapas do processo de produção são (Figura 42):
Figura 42: Fluxograma do Processo Produtivo da atividade de recauchutagem, com identificação das
matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
Armazenamento
Inspeção
pneu
pó de borracha
Limpeza
Raspagem
pneu rejeitado
borracha pré-curada
embalagem de plástico
solvente, cola
Escariação
Reparo
Colagem
pneus rejeitados
combustível / lenha
produção de vapor
Vulcanização
cinza
Acabamento
Expedição
Matérias-Primas Processos Resíduos Gerados
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Tabela 12: Indústrias Inventariadas da atividade de recauchutagem (11ª categoria)
Legenda Classe II B – Não Perigosos Inertes.
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição dos
Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Pó da borracha 15
II B
Fora da indústria
A granel em solo
coberto
Doação para outra indústria,
onde reutiliza na fabricação
de seu produto
Indústria A
Recauchutagem de
Pneus
Plástico 2,4
II B
Fora da indústria
Tambores de ferro em
piso impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Pó da borracha 4,8
II B
Fora da indústria
A granel em solo
coberto
Doação para outra indústria
onde reutiliza na fabricação
de seu produto
Indústria B
Recauchutagem de
Pneus
Plástico 1,2
II B
Fora da indústria
Tambores de ferro em
piso impermeável, área
coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
Pó da borracha 3,6
II B
Fora da indústria
A granel em solo
coberto
Doação para outra indústria
onde reutiliza na fabricação
de seu produto
Indústria C
Recauchutagem de
Pneus
Plástico 0,36
II B
Fora da indústria
Tambores de plástico
em piso impermeável,
área coberta
Vende o resíduo para
reciclagem
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A
A
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A etapa 1 consiste no armazenamento da matéria-prima (pneu). A etapa 2 refere-
se ao exame inicial, que é a verificação da viabilidade da carcaça do pneu para a reforma.
Quando o pneu não tem mais possibilidade de reforma, o mesmo é devolvido para o
proprietário. A etapa 3 é a limpeza do pneu, onde ocorre a escovação do mesmo. Na etapa 4
ocorre a raspagem do pneu, removendo-se a banda remanescente da carcaça, cujo pó se
constitui como resíduo (pó de borracha) (Figura 43).
Figura 43 – Resíduo (pó da borracha) gerado da atividade de recauchutagem.
A etapa 5 consiste no processo de escariação, onde se faz a limpeza da banda de
rodagem. Na etapa 6 ocorre o reparo, realizando o reforço interno no pneu, se houver
necessidade, com a matéria-prima borracha pré-curada.
A etapa 7 consiste na colagem da carcaça nova, gerando-se resíduo de plástico,
material este que recobre as carcaças novas, para as mesmas não grudarem. Com o uso das
carcaças novas, os plásticos são descartados (Figura 44).
Figura 44 – Resíduo de plástico gerado no processo de colagem da carcaça nova
na atividade de recauchutagem.
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Após a colagem da carcaça nova, tem-se a etapa 8, que é o processo de
vulcanização, onde é um processo de aquecimento do pneu a uma temperatura de 110 ºC, num
período de 3 horas. A etapa 9 é o acabamento, onde a condição de uso do pneu é analisada.
Caso não possibilite condição de uso o pneu é rejeitado.
Foi observado que o resíduo gerado (pó da borracha) no processo de raspagem
etapa 4, é reaproveitado em todas as indústrias, sendo o mesmo doado para uma empresa de
fabricação de borracha, que reaproveita o resíduo como matéria-prima, na fabricação de seu
produto. No processo de raspagem, o pó gerado é enviado através de um processo de exaustão
(Figura 45) para um galpão coberto, localizado na própria empresa (Figura 46).
Figura 45 – Exaustão: processo que reaproveita o resíduo (pó da borracha).
Figura 46 – Forma de armazenamento do resíduo (pó da borracha) da atividade
recauchutagem.
São gerados cerca de 23,4 ton/ano de resíduo de pó, o qual é doado
semanalmente. A empresa receptora realiza a coleta e transporte do resíduo. De acordo com
os proprietários, o custo de realizar o processo de exaustão e armazenar em galpões, para
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46
repassar o resíduo para outra empresa, é menor do que transportar esse resíduo para o aterro
municipal.
Foi observado também nessa categoria, de acordo com a Tabela 12, que o
resíduo de plástico que é gerado, é reaproveitado, sendo armazenado em tambores de ferro ou
plástico, em piso impermeável, área coberta, e vendido por todas as indústrias para reciclagem
(Figura 47). São geradas aproximadamente 3,96 toneladas de resíduos por ano.
Figura 47 – Forma como o resíduo de plástico é armazenado.
Essas indústrias não desenvolvem nenhum programa de responsabilidade
sócioambiental e nem certificação ambiental e localizam-se em zona residencial de Teresina.
O tipo de energia utilizada nessas indústrias é a elétrica, tendo um gasto médio
de aproximadamente 40.848 kW por ano, como também provém de uma caldeira, onde esta
fornece o vapor para as máquinas.
k) Atividade bicicleta
Os dados levantados na atividade bicicleta são mostrados na Tabela 13. Essa
atividade é responsável pela geração de cerca de 103,12 ton/ano de resíduo. A Figura 48 a
seguir apresenta as etapas do processo de produção.
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Figura 48: Fluxograma do Processo Produtivo da atividade de bicicleta, com identificação das
matérias-primas (entrada) e resíduos gerados (saída)
A etapa 1 é o corte da matéria-prima (ferro, alumínio e aço) para a fabricação da
peça. Nesta etapa já ocorre a geração de resíduo, pois sobram retalhos de ferro, alumínio e aço
durante o processo de corte.
A etapa 2 caracteriza-se do pontiamento ou união das peças. A etapa 3 consiste
no processo de soldagem das peças. A etapa é descrita como calibração, onde
verificação da forma padrão das peças sendo descartadas as que não possuem a forma
desejada. Na etapa 5 tem-se a montagem de todas as peças.
Corte
Pontiamento / moldagem
ferro, aço, alumínio
retalhos de ferro, aço, alumínio
efluentes, produtos químicos
Soldagem
produtos químicos
tinta / solvente
Calibragem
Montagem
Lavagem
Pintura
Expedição
peças rejeitadas
solvente / tinta
solda
Matérias-Primas Processos Resíduos Gerados
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Tabela 13: Indústrias Inventariadas da atividade bicicleta (12ª amostra)
Indústria
Atividade
Principal da
Indústria
Descrição
dos Resíduos
QTDE
(t/ano)
Classe Destinação Armazenamento
Tratamento/Reutilização/
Reciclagem//Disposição
Final
Retalhos de
ferro
35,28 II B
Fora da indústria
Caixões de ferro em
piso impermeável,
área coberta
Vende o resíduo para
sucatas
Retalhos de
alumínio
14,4 II B
Fora da indústria
Caixões de ferro em
piso impermeável,
área coberta
Vende o resíduo para
sucatas
Retalhos de
aço
1,44 II B
Fora da indústria
Caixões de ferro em
piso impermeável,
área coberta
Vende o resíduo para
sucatas
Produto
químicos
- I
Curso d’água
Lagoa com
impermeabilização
Tratamento químico
Tinta
2,0 I
Fora da indústria
Tambores de ferro em
piso impermeável,
área coberta
Aterro Municpal
Indústria A
Fabricação de
Bicicletas e
Triciclos não
motorizados
Lodo 50 I
Fora da indústria
A granel em solo
descoberto
Aterro Municipal
Legenda: Classe I – Perigosos, Classe II B – Não Perigosos Inertes.
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44
A etapa 6 consiste na lavagem e secagem do produto, em estufa para a etapa
seguinte. A etapa seguinte é o processo de pintura do produto. Nestas duas últimas etapas
ocorre geração de resíduo, como a sobra de tinta do processo de pintura, efluentes e outros
produtos químicos que são usados no processo de lavagem.
A água residuária do processo de lavagem destina-se à estação de tratamento de
efluentes localizada na própria fábrica (Figura 49), onde a mesma é tratada e, em seguida,
lançada em uma lagoa próxima ao local. O lodo (50 t/ano) proveniente da lagoa de
tratamento, bem como os resíduos de tintas (20 t/ano) são armazenado em tambores de ferro,
em piso impermeável, área coberta, e destinado mensalmente ao aterro municipal, conforme
Tabela 13.
Figura 49 – Sistema de tratamento de água residuária da atividade de bicicleta.
Quanto aos resíduos de retalhos de ferro, alumínio e aço gerados na etapa, e
peças rejeitadas geradas na etapa, são todos reaproveitados, sendo armazenados em caixões
de ferro e posteriormente vendidos para sucatas (Figura 50, 51 e 52).
Figura 50 – Resíduo (ferro) gerado da atividade bicicleta.
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Figura 51 – Resíduo (alumínio) gerado da atividade bicicleta.
Figura 52 – Resíduo (aço) gerado da atividade bicicleta.
A indústria não desenvolve nenhum programa de responsabilidade
sócioambiental e nem certificação ambiental e localiza-se em zona residencial de Teresina.
O tipo de energia utilizada nessa indústria é a elétrica, tendo como gasto médio
de energia 650.000 kW por ano.
3.3 Discussão geral das indústrias Inventariadas
O trabalho abrangeu 72 indústrias. Destas, 15 indústrias estavam desativadas e
14 não receberam. Portanto foram inventariadas 43, sendo 14 grande porte, 11 médio e 18
pequeno. Contudo, foi possível obter a caracterização das indústrias (matéria-prima utilizada,
identificação do produto e produção industrial), informações sobre geração, manejo e
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destinação dos resíduos sólidos industriais, e a localização das fontes geradoras de resíduos
industriais que apresentam risco à população e ao meio ambiente.
Com base nos dados coletados observou-se que as indústrias inventariadas são
responsáveis pela geração de aproximadamente 33.883 toneladas de resíduos por ano, sendo
que 32.327 t/ano de resíduos são reutilizadas/reaproveitados, e 1.556 t/ano descartadas como
“lixo” e encaminhados ao aterro municipal.
Dividindo o total de resíduos gerados pelo número de indústrias pesquisadas
tem-se 916 t/ano/indústria. Esta geração pode ser considerada alta, se comparada às outras
cidades já inventariadas, tais como Fortaleza com 811 t/ano/indústria (SEMACE, 2004),
Recife com 900 t/ano/ indústria (CPRH/GTZ, 2000), Campina Grande com 138 t/ano/
indústria (SUDEMA, 2004). Contudo dividindo somente a quantidade de resíduos que são
descartados como lixo, pelo número de indústrias pesquisadas tem-se 42,05 t/ano/indústria.
Esta quantidade é considerada baixa comparada às cidades supracitadas.
Porém estima-se que a quantidade de resíduo descartado como “lixo” é bem
maior, pois muitas indústrias que não reaproveitam seus resíduos, não informaram a
quantidade de resíduos que produzem e descartam, poro terem o controle, ou por se
recusarem a dar essas informações.
Pôde-se obter melhor informação sobre os resíduos que são
reaproveitados/reutilizados, pois como são reaproveitados, as indústrias tem um melhor
controle sobre os mesmos.
Dos resíduos inventariados observou-se que houve uma maior geração nos
resíduos de classe II A conforme apresentado na Tabela 14.
Tabela 14: Geração total dos resíduos em Teresina por classe.
CLASSE QUANTIDADE (t/ano)
Classe I 92,0
Classe II A 27.902,0
Classe II B 5.889,0
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Gráfico 1: Distribuição da geração total dos resíduos por classe
Quanto aos resíduos de classe II A, a Indústria de Bebidas foi à maior geradora
de resíduos conforme apresentado na Tabela 15. Do mesmo modo esta atividade também foi a
mais representativa na geração de resíduo de classe II B. Com base nas tipologias levantadas a
indústria de Bicicleta foi a mais representativa quantitativamente em resíduo de classe I.
Tabela 15: Geração total dos resíduos por classe e tipologia industrial.
CLASSE TIPOLOGIA QUANTIDADE
(t/ano)
I Indústria de Confecções 40,0
I Indústria de Bicicleta
52,0
I Indústria Gráfica -
I Indústria de Móveis -
TOTAL
92,0
II A Indústria Química
0,136
II A Indústria Cerâmica 1.183,4
II A Indústria de Marmoraria 69,6
II A
Indústria de Confecções
30,2
II A Indústria de Móveis 20,2
II A Indústria Alimentícia 935,2
II A
Indústria de Bebidas
25.663,0
TOTAL
27.902
II B Indústria Química 524,2
II B Indústria Cerâmica 1.434,4
II B Indústria de Marmoraria
33,6
II B
Indústria de Confecções
204,0
II B Indústria de Móveis 7,2
II B Indústria Alimentícia 15,0
II B Indústria de Bebidas
3.588,0
II B Indústria de Calçados 3,96
II B Indústria de Recauchutagem 27,36
II B Indústria de Bicicletas
51,12
II B Indústria Metalúrgica -
II B Indústria Gráfica -
TOTAL
5.889,0
CLASSE I
CLASSE II A
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Os resíduos perigosos, classe I, têm também uma geração concentrada na
atividade gráfica, onde não foi possível obter informações referentes à quantidade de resíduos
gerados, porém foi possível identificar os tipos de resíduos e avaliar o seu armazenamento e
destinação final. Na atividade metalúrgica também não foi possível avaliar quantitativamente
os resíduos gerados, porém foi possível também identificar os tipos de resíduos e avaliar a sua
destinação final.
Quanto à destinação final dos resíduos, os dados demonstraram que para os
resíduos de classe I, a principal forma de destinação final foi o lançamento na sarjeta sem
tratamento, com destino ao curso d’água, causando conseqüentemente poluição da água.
Dentre as demais atividades adotadas pelas indústrias foi observada a queima do resíduo a céu
aberto causando poluição atmosférica e disposição em aterro municipal. Contudo foi
observado em uma pequena parte dos resíduos o tratamento dos mesmos em lagoas de
tratamento.
Em relação aos resíduos de classe II A, observou-se que a mais freqüente
destinação final foi o reaproveitamento na fabricação de outros produtos, representado em sua
maioria, pelos resíduos da atividade de bebidas e alimentação, reaproveitando os resíduos
para fabricação de ração animal, como também a indústria de moveis, que reaproveita os seus
resíduos como lenha. Foi observado também o reaproveitamento dos resíduos por outras
atividades na própria matéria-prima para fabricação do próprio produto, como verificado nas
indústrias de cerâmicas. Considerando os demais setores das atividades mencionadas e as
demais atividades, as outras formas de destinação final foi a doação dos resíduos para serem
reaproveitados por associações e população, bem como a venda do material para reciclagem e
disposição em aterro municipal, conforme Tabela 16.
Tabela 16: Destinação final do resíduo Classe II A
Destinação final do resíduo QTD (t/ano)
Reaproveitamento em outro produto 24.852,0
Reaproveitamento no próprio produto 1.183,4
Doação para associação e população 230,0
Vendido para reciclagem 218,6
Aterro Municipal 1.418,0
Quanto aos resíduos de classe II B, a principal destinação foi a venda dos
resíduos para indústrias de reciclagem, representado em sua maioria pelos resíduos da
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atividade de bebidas, como também a venda dos resíduos para sucatas. Outras formas de
reaproveitamento eram na fabricação do próprio produto e de outros produtos, e doação para
associações e população. Uma última fração destinada ao aterro municipal de acordo com a
Tabela 17.
Tabela 17: Destinação final do resíduo Classe II B
Destinação final do resíduo QTD (t/ano)
Vendido para reciclagem 3.596,0
Vendido para sucatas 52,12
Reaproveitamento no próprio produto 152,4
Reaproveitamento em outro produto 1.983,2
Doação para associações e população 60,0
Aterro Municipal 45,96
Fazendo uma análise da destinação final por tipologia, pôde-se observar que a
indústria de bebidas é a atividade que mais se apresenta por reaproveitar os seus resíduos na
fabricação de outros produtos, bem como a venda do material para reciclagem e destinação ao
aterro municipal. A indústria cerâmica é a que mais reaproveita os seus resíduos na fabricação
do próprio produto, bem como a doação dos seus resíduos para serem reaproveitados pela
população, conforme apresenta a tabela 18, assim como mostra o tipo de armazenamento
utilizado pelas indústrias.
Tabela 18: Formas de destinação final e armazenamento do resíduo por tipologia industrial
Tipologia Armazenamento do resíduo Destinação final do resíduo QTD
(t/ano)
Utilização imediata
Reaproveitamento no próprio
produto
152,4
Sacos de rafia em piso
impermeável, área coberta
Reaproveitamento em outro
produto
371,8
Química
A granel em solo descoberto
Aterro Municipal
0,136
A granel em solo descoberto
Reaproveitamento no próprio
produto
1.183,4
A granel em solo descoberto
Reaproveitamento em outro
produto
1.434,4
Cerâmica
A granel em solo descoberto
Doação para população
230,0
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A granel em solo descoberto
Reaproveitamento em outro
produto
55,2
Marmoraria
A granel em solo descoberto
Aterro Municipal
48,0
Caixotes de madeira, de
plástico e tambores metálicos
em piso impermeável, área
coberta
Doação para associação e
população
68
Caixotes de madeira em piso
impermeável, área coberta
Vendido para reciclagem
19,2
Tambores de plástico em piso
impermeável, área coberta; A
granel em solo descoberto
Aterro Municipal
67
Confecções
Lagoa sem impermeabilização
Lançamento na sarjeta
-
Sacos plásticos; caixotes de
madeira em piso impermeável,
área coberta
Reaproveitamento em outro
produto
20,0
Sacos plásticos em piso
impermeável, área coberta
Vendido para reciclagem
7,2
Móveis
A granel em solo descoberto
Queima a céu aberto
0,09
Tambores metálicos em piso
impermeável, área coberta
Reaproveitamento em outro
produto
935,22
Alimentícia
Sacos plásticos em piso
impermeável, área coberta
Aterro Municipal
15,0
Silos fechados
Reaproveitamento em outro
produto
24.074
A granel em área coberta,
caçamba
Vendido para reciclagem
3.807,0
Bebidas
Silos de estocagem
Aterro Municipal
1.370
Calçados
Sacos de ráfia em piso
impermeável, área coberta
Aterro Municipal
3,96
A granel em solo coberto
Reaproveitamento em outro
produto
23,4
Recauchutagem
Tambores metálicos em piso
impermeável, área coberta
Vendido para reciclagem
0,36
Caixões de ferro em piso
impermeável, área coberta
Vendido para reciclagem
51,12
A granel em solo descoberto
Aterro Municipal
52
Bicicleta
Lagoa com impermeabilização
Tratamento
-
Metalúrgica
A granel em solo coberto
Vendido para sucatas
-
Gráfica
Sacos plásticos em piso
impermeável, área coberta
Doação para população
-
continua
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A granel em solo coberto
Aterro Municipal
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Tambores de plástico em piso
impermeável, área coberta
Lançamento na sarjeta
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O armazenamento de resíduos sólidos industriais deve atender às legislações:
Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 12.235/92
Armazenamento de resíduos sólidos perigosos Procedimento e NBR 1.1174/90
Armazenamento de resíduos classes II A – não inertes e II B inertes Procedimento;
Portaria 124, do Ministério do Interior (MINTER), de 20 de agosto de 1980, que dispõe
sobre o acondicionamento, armazenamento temporário, tratamento, transporte e destino final
para resíduos perigosos e industriais.
Num projeto de armazenamento de resíduos sólidos, devem ser observados
critérios mínimos para a escolha da sua localização, bem como as seguintes condições de
segurança: isolamento, sinalização, controle e operação. Além disso, devem ser consideradas
as formas de acondicionamento e segregação dos resíduos dentro da área de armazenamento.
Os resíduos devem ser armazenados de maneira a não possibilitar a alteração de
sua classificação e de forma que sejam minimizados os riscos de danos ambientais.
Com relação à proteção ambiental, deve ser verificada a necessidade de adoção
de medidas como: impermeabilização inferior da área; colocação de cobertura; instalação de
sistema de drenagem de águas pluviais, de líquidos percolados e derramamentos acidentais;
construção de bacias de contenção e de poços de monitoramento da qualidade das águas
subterrâneas, etc.
Nenhum tipo de resíduo pode ser armazenado (nem de forma temporária)
diretamente no solo. O Resíduo tem de ser colocado em embalagem impermeável (para os
sólidos), com tampa, em pallet´s (para ficar elevado do piso), com identificação externa, e em
tanques de contenção (para os líquidos), devidamente protegidos da chuva para não prejudicar
as características do resíduo. Foi observado na pesquisa que parte das indústrias visitadas
armazenam de forma inadequada os seus resíduos.
Constatou-se que as indústrias que mais impactam o meio ambiente estão dentro
do setor de confecções e a atividade gráfica, pois lançam seus resíduos químicos sem
tratamento ao curso d’ água. O setor de bebidas pode ser caracterizado como impacto
ambiental intermediário, e sendo o setor de bicicleta de menor impacto ambiental.
As empresas que mais “poluem” de uma forma geral são as de pequeno porte,
pois não reaproveitam os seus resíduos, não tendo o controle dos mesmos, sendo descartados
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como lixo. Tal fato se deve pela falta de fiscalização ambiental e por “pensar” que
reaproveitar o resíduo aumenta os custos.
Porém, foi observado na pesquisa que reaproveitar o resíduo, o custo é ainda
menor que armazenar e/ou transportar ao aterro de Teresina. Portanto, constatou-se que os
pequenos empresários não revelaram conscientização quanto ao reaproveitamento de seus
resíduos, que acarreta em vantagens sociais, econômicas e ambientais.
As estratégias de proteção ambiental executadas nas indústrias de pequeno porte
ainda são ineficientes, sobrepondo o aspecto econômico às questões ambientais.
A gestão ambiental no Brasil hoje está fortalecida quanto ao aspecto legal,
porém ainda resta muito a fazer em termos de apoio financeiro, em termos de ampliação de
ofertas de programas de financiamento de longo prazo e baixo custo, aos pequenos e médios
empresários para que possam efetivamente viabilizar economicamente a implementação de
tão importante sistema de gestão em suas indústrias, e um pouco mais a fazer quanto a
divulgação e desburocratização do licenciamento, um verdadeiro emaranhado de documentos,
leis, decretos e normas, que requer um assessoramento bastante custoso para empresa. Os
empresários por sua vez devem conscientizar-se da importância estratégica do SGA,
incorporando-o ao seu Plano Estratégico.
Ações governamentais de apoio se fazem necessárias para que a implementação
do SGA nas pequenas e médias indústrias, que certamente se responsável não só pelo
desenvolvimento sustentável brasileiro, mas também pela própria sobrevivência de suas
indústrias e conseqüentemente da sobrevivência dos trabalhadores brasileiros, se torne uma
realidade nacional, o que pode ser conseguido através do gerenciamento dos resíduos sólidos
gerados na cadeia produtiva.
as indústrias de grande porte demonstraram uma preocupação maior em
reaproveitar os resíduos. Fato que se deve provavelmente por terem uma fiscalização
ambiental maior e por terem consciência que os custo são menores.
Porém as indústrias de grande porte se preocupam somente com os resíduos
sólidos, deixando a desejar, um tratamento mais correto dos resíduos líquidos.
Observou-se que a maioria das indústrias não desenvolve nenhum programa de
responsabilidade sócioambiental e nem certificação ambiental e localizam-se em zona
residencial de Teresina, o que agrava mais ainda a situação de suas práticas inadequadas.
Os resíduos sólidos industriais causam grande impacto ambiental, necessitando
assim de uma política de gestão voltada para minimização desses impactos. Os resíduos de
uns podem ser matéria-prima para outros, tendo por um lado o produtor um menor custo no
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armazenamento, tratamento e destinação adequada dos seus resíduos, e por outro lado, o
receptor tendo matéria-prima mais barata.
Foi possível identificar que existem indústrias que se complementam e que
podem desenvolver parcerias e cooperações no sentido de troca de subprodutos e resíduos
industriais para serem utilizados nos seus processos produtivos.
Foi criada no Brasil, em setembro de 1982, a Bolsa de Resíduos, programa que
tem por objetivo fundamental a oferta de resíduos pelas empresas, tanto a compra como a
venda, introduzida pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) do
Rio de Janeiro.
A bolsa de resíduos estimula a reciclagem, a qual reduz custos, diminui os
desperdícios e, muitas vezes, cria receitas, pois o gerador do resíduo deixa de gastar com a
coleta, transporte, tratamento e a disposição, para ganhar com a venda.
As federações das indústrias dos estados brasileiros estão gerenciando as bolsas
de resíduos, atualmente chamadas de Bolsa de Negócios ou Bolsa de Reciclagem, nome dado
por algumas federações, as quais funcionam sem fins lucrativos, servindo apenas como fonte
de informação objetivando possibilitar o intercâmbio ou a negociação livre dos resíduos entre
as empresas.
Portanto, inserir a produção industrial num paradigma de sustentabilidade passou
a ser mais que uma atitude condizente com a preocupação ambiental, tornou-se uma vantagem
competitiva no mercado mundial.
3.4 Avaliação do Sistema de Gestão Ambiental
Para avaliação do Sistema de Gestão Ambiental foram visitadas duas empresas,
uma de pequeno porte (indústria química) e uma de grande porte (indústria de móveis), para a
identificação dos impactos ambientais positivos associados à gestão ambiental, sendo
aplicados formulários baseados na Norma ISO 14.001 (apêndice 2).
Essas indústrias foram selecionadas por apresentarem iniciativas de implantação
de um Sistema de Gestão Ambiental. Também foi feita uma comparação entre a indústria de
pequeno porte e grande porte, para avaliar se é possível economicamente, independentemente
do porte, as empresas implantarem um sistema de gestão ambiental.
As empresas visitadas possuem diversas ações e procedimentos específicos para
gerenciar o processo de produção e os resíduos gerados em suas atividades. Contudo estas
empresas não possuem Sistema de Gestão Ambiental bem definido, não existindo um
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programa formalizado que indique forma estruturada, como devem ser gerenciados as
atividades do processo de produção e os resíduos gerados.
Para melhor compreensão e comparação, este conjunto de ações será apresentado
seguindo-se as categorias sugeridas na ISO 14001:
Política ambiental
Foi verificado nas duas empresas que não existe compromissos formais em uma
política ambiental. Porém, as empresas têm compromisso em proteger e não degradar o meio
ambiente, através do reaproveitamento dos resíduos gerados, coleta seletiva, e utilização de
material reciclado, como no caso da indústria de pequeno porte.
A indústria de pequeno porte (química) realiza o aproveitamento de embalagens
de água mineral, de água sanitária, de iogurte e desinfetantes, para a fabricação de tubos de
coleta de esgotos e água sem pressão, e de mangueiras para irrigação.
A reciclagem de garrafas vazias de água sanitária, iogurte e desinfetantes para a
produção de polietileno, assim como de garrafas de água mineral descartadas utilizadas na
produção de polipropileno para fabricação de tubos e mangueiras, não é apenas
ecologicamente correta, é também fonte de lucros e de oferta de empregos (Jornal Meio
Norte, 14/06/2007).
A gente recebe os plásticos dos depósitos que compram dos catadores. Em
seguida, nós moemos, os transformando em pequenos pedaços, lavamos,
secamos e colocamos em uma máquina, uma extrusora, onde é derretido.
Depois de derretido, o material toma a forma de tubo reciclado. Esse tubo
reciclado é usado no escoamento sem pressão, como o de esgoto, das águas
das chuvas. Geralmente o uso se nas casas populares para o escoamento
dos esgotos, afirma Gustavo Pallis, Diretor da Empresa (Jornal Meio Norte,
Caderno Cidades, 14/06/2007).
A empresa possui cinco empregados em sua fábrica, e cerca de 30 pessoas
envolvidas na catação das embalagens de plásticos, limpeza e transporte do material. A
empresa produz as suas embalagens através de embalagens plásticas já utilizadas e jogadas no
lixo. Em vez destas continuarem poluindo o meio ambiente durante sua existência, terminam
transformadas em tubos de escoamento de esgotos (Jornal Meio Norte, Caderno Cidades,
14/06/2007).
A nossa empresa tem, principalmente, importância social porque você está
gerando renda do lixo. O que seria jogado fora, descartado, você pode gerar
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renda porque tem as pessoas que coletam, as que limpam, transportam e
fabricam novos produtos. É um trabalho que tem o cunho social, mas
também o econômico porque é um material que foi processado, diz Gustavo
Pallis, Diretor da Empresa (Jornal Meio Norte, Caderno Cidades,
14/06/2007).
Os tubos reciclados, fabricados no Piauí, são 50% mais baratos do que os da
indústria tradicional. Porém, ainda não são todos os consumidores que m essa consciência
ambiental e a maioria dos clientes dos tubos reciclados é conquistada pelo bolso.
Planejamento
Foi observado que nas duas indústrias não existe uma gerência/departamento
ambiental na estrutura organizacional com as atribuições definidas, porém as mesmas têm
conhecimento de todos os seus resíduos gerados e possuem o controle dos mesmos. No caso
da indústria de grande porte, a mesma tem conhecimento de todos os resíduos gerados, mas
não controla todos, pois não tem estrutura para tratar e/ou reaproveitar alguns dos seus
resíduos.
As duas empresas não têm conhecimento e nem obedecem a uma legislação
ambiental, e não possui instrumentos para acompanhá-lo. A importância da questão ambiental
é feita por consciência ambiental e preocupação com o desperdício, reaproveitando os
resíduos gerados.
A empresa de grande porte além de gerar lucro e emprego, realizam outras ações
em benefício da sociedade como palestras educativas em escolas, igrejas, hospitais; doação de
coletores para coleta seletiva; distribuição de folderes e cartazes em parceria com Estado e
Prefeitura sobre educação ambiental, lixo, dengue, etc.
Não existe um programa de gestão ambiental. Para a empresa de grande porte;
houve uma fase inicial de implantação do programa, mas parou. Está em fase de implantação
a ISO 9000 Sistema de Gestão de Qualidade. Contudo as duas empresas possuem programa
voltado para ações básicas como a coleta seletiva e desenvolvimento informal dos
funcionários através de reuniões e palestras. As duas empresas fazem avaliação de impactos
ambientais de suas atividades e tomam as medidas corretivas e mudanças quando necessário,
sendo responsável a direção pelas questões ambientais em caso de acidentes.
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Implantação e operação
Com relação à fase de implantação e operação, foi observado que nas duas
empresas os funcionários contribuem para melhorar o funcionamento da mesma, através de
consciência de desperdício, separação do material para coleta seletiva, e consciência de
limpeza.
As duas empresas não possuem uma sistemática bem definida de informação
entre os seus vários setores, sendo feita somente através de reuniões e comunicação interna,
como também não possuem uma sistemática para tratar de reclamações e/ou sugestões
ambientais da comunidade do entorno.
Foi observado que as empresas não possuem um Sistema de Gestão Ambiental
formal, portanto, não possuem um manual que contenha as exigências ambientais da empresa,
e nem sistema de controle de documentos e registros. Assim não realizam auditorias
ambientais, treinamento com os funcionários, e não tem um plano de emergência.
Por outro lado, as duas empresas realizam inspeções e controle dos aspectos
ambientais, resíduos gerados, manutenção e calibração dos equipamentos, avaliando o seu
desempenho ambiental e tomando as devidas ações corretivas e preventivas das não-
conformidades.
Portanto, apesar de serem apenas algumas ações para implantação de um SGA,
as duas empresas reportaram melhorias no processo a partir da aplicação de cnicas de
reaproveitamento dos resíduos, redução de emissões e economia de energia, assim como do
uso eficiente de matérias-primas e insumos. As melhorias envolveram as etapas da cadeia de
fornecimento e foram direcionadas para economia de água, energia e matéria-prima,
diminuindo assim os custos e protegendo o meio ambiente.
A redução do custo de disposição é diretamente relacionada à mudança na forma
de tratamento do resíduo, ou seja, o resíduo que antes era disposto no solo passou a ser co-
processado, como também a diminuição do custo de transporte, onde deve-se à otimização
dos volumes transportados e das viagens realizadas para os aterros.
É importante salientar que não foram reportados aspectos negativos a respeito
das ações existentes em nenhuma das empresas. As duas empresas externaram somente senti-
mentos positivos sobre essas ações.
Portanto, com relação ao projeto de gestão ambiental o que se conclui é que a
afirmação de que a gestão ambiental é um custo alto, principalmente, para as empresas de
pequeno e médio porte “cai por terra”. No processo realizado pelas duas empresas avaliadas
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fica evidente que a adoção da variável ambiental será um custo ou um benefício dependendo
da postura que a empresa adotar na incorporação da variável ambiental.
Outro ponto que merece atenção é o impacto positivo que as ações ambientais
ocasionaram dentro das empresas, indo desde a diminuição dos impactos ambientais,
passando pela segurança do trabalhador e atingindo satisfação do funcionário, o que mostra
que, a variável ambiental, veio para unir todas as outras variáveis dentro da empresa.
A execução de tais medidas resulta conseqüentemente em uma gestão
sustentável, embasada na minimização dos custos, advindos da racionalização na utilização de
materiais durante o processo produtivo e, na provável diminuição de impactos negativos.
Desta forma, infere-se, que não obstante a busca da sustentabilidade ser uma responsabilidade
coletiva, as pequenas ações individuais contribuem, sobremaneira, para um meio ambiente
menos degradado. Logo, reconhece-se que um SGA e P+L são práticas que as organizações
empresariais podem adotar com a finalidade de possibilitar uma produção sustentável.
3.5 Visualização e espacialização das Indústrias
Para obtenção dos dados, foram coletadas as coordenadas das indústrias através
do Global Position System (GPS), por meio de um equipamento Garmim Etrex, configurado
para coletar pontos em coordenadas Universal Transverse Mercator (UTM), datum SAD 69.
Os pontos foram tirados na entrada da indústria.
A base para a confecção dos mapas foi da Secretaria Municipal de Planejamento
da Prefeitura de Teresina (SEMPLAN), e a divisão em regiões esta de acordo com os limites
das Superintendência de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente - SDU’s (SDU
CENTRO/NORTE, SDU LESTE, SDU SUL e SDU SUDESTE).
Após a organização das bases, foram inseridas as informações que foram geradas
por meio do banco de dados, com suas respectivas coordenadas em UTM e as informações
necessárias a cada mapa. Apresenta-se na figura 53 abaixo a distribuição espacial das
indústrias.
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Figura 53: Distribuição dos pontos coletados. Localização das Indústrias por zonas.
Evidencia na Figura 53 que Teresina divide-se administrativamente em quatro
regiões, banhada praticamente em toda sua extensão pelos dois rios (Parnaíba e Poti), cuja
LEGENDA
Quantidade de Indústrias Visitadas
em Teresina / zonas
Zona Centro / Norte – 11
Zona Sudeste
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Distrito Industrial
Zona Leste - 7
Zona Sul - 49
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confluência se na zona centro/norte. Observa-se na figura que as maiorias das indústrias
estão localizadas próximas ao rio Parnaíba, no distrito industrial, zona sul, onde se encontra o
manancial que a Prestadora de Serviços Água e Esgotos do Piauí S/A (AGESPISA), abastece
a cidade.
O sistema de abastecimento de água tem captação em frente à área do distrito
industrial, caracterizada por um crescente aumento do número de habitações, sem o adequado
sistema de saneamento, possibilitando o despejo de grandes quantidades de esgotos no rio,
além do aumento de escoamento de resíduos industriais a montante da captação, na medida
em que se encontram instaladas essas várias indústrias nas proximidades, sem o devido
controle dos lançamentos.
A Fundação Rio Parnaíba FURPA (2006), em parceria com a Prefeitura de
Teresina, identificou mais de trinta pontos de poluição no rio Parnaíba e, dentre estes, estão as
indústrias de confecções que lançam grandes quantidades de produtos químicos. Outros
produtos químicos também são lançados no rio Paranaíba por outras atividades industriais tais
como cloretos de alumínio, ferro, carbono e chumbo que são metais pesados, além de
materiais sólidos como resto de tecidos, plásticos, e borracha.
O crescimento da atividade industrial e da ocupação humana pode inviabilizar a
captação de água da concessionária deste serviço.
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4. CONCLUSÃO
A quantidade total de resíduos gerados pelas indústrias de Teresina é
considerada alta, havendo a necessidade da gestão e do gerenciamento efetivo, por parte das
empresas, principalmente as de pequeno porte. Mesmo as empresas que se destacam em
relação à preocupação ambiental, desconhecem Sistemas de Gestão Ambiental e as normas
baseadas neste sistema.
Dos resíduos inventariados observou-se que houve uma maior geração nos
resíduos de classe II A, sendo a indústria de Bebidas a maior geradora. Do mesmo modo esta
atividade também foi a mais representativa na geração de resíduo de classe II B, e a indústria
de Bicicleta a mais representativa quantitativamente em resíduo de classe I, tendo sua
representação também na atividade gráfica.
Constatou-se que as indústrias que mais impactam o meio ambiente estão
contidas no setor de confecções e atividade gráfica, pois lançam seus resíduos químicos sem
tratamento no curso d’ água. O setor de bebidas pode ser caractarizado como causador de
impacto ambiental intermediário e o de bicicleta como de baixo impacto ambiental, tratando
de forma adequada os seus resíduos.
As empresas que mais poluem”, de uma forma geral, são as de pequeno porte,
pois não reaproveitam os seus resíduos, não tendo o controle dos mesmos, sendo descartados
como lixo. As estratégias de proteção ambiental executadas nas indústrias de pequeno porte
ainda são ineficientes, sobrepondo o aspecto econômico às questões ambientais.
Para as grandes indústrias a legislação vigente e as leis do mercado parecem ser
suficientes para garantir a sustentabilidade em relação aos resíduos sólidos gerados, contudo,
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para as pequenas indústrias são necessárias políticas públicas, para tornar atrativo o
aproveitamento dos resíduos sólidos industriais
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Apêndice 1 - Questionário – Inventário
Informações Gerais da Indústria
I – Razão Social da Indústria
Nome Fantasia
II – Endereço
Logradouro/n.°
Bairro/Distrito
Município
Estado CEP
CNPJ
III – Contato Técnico
Nome
Cargo
E-mail
Telefone
IV– Características da atividade industrial
1. Atividade principal
da indústria
2. Período de produção
Horas por dia
Dias por semana Meses por ano
3. Área útil total (m²)
4. Coordenadas Geográficas da unidade industrial
Latitude Graus Minutos Segundos
Longitude Graus Minutos Segundos
Informações sobre o Processo de Produção da indústria
V – Matérias-primas e insumos utilizados
Matérias-primas e Insumos
Quantidade Atual
(por ano)
Capacidade Máxima
(por ano)
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VI – Produtos fabricados
Produtos
Quantidade Atual
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Etapas do Processo de Produção da Indústria
Processo de Produção e os resíduos gerados
Nome da Etapa Descrição Resíduos Gerados Destino do resíduo
1- Sem destino definido ( )
2- Com destino para a
própria Indústria ( )
3- Com destino para fora da
Indústria ( )
1- Informações sobre os resíduos sólidos SEM DESTINO DEFINIDO
Resíduo:
Descrição do Resíduo Classe Estado Físico
Tipo de Armazenamento:
Quantidade (tonelada/ano)
Descrição do Tipo de Armazenamento:
2- Informações sobre os resíduos sólidos COM DESTINO PARA A PRÓPRIA INDÚSTRIA
Resíduo:
Descrição do Resíduo Classe Estado Físico
Tipo de Armazenamento:
Quantidade (ton/ano)
Descrição Armazenamento:
Tratamento, Reutilização, Reciclagem:
Descrição: Quantidade (ton/ano)
3- Informações sobre os resíduos sólidos COM DESTINO PARA FORA DA INDÚSTRIA
Resíduo:
Descrição do Resíduo Classe Estado Físico
Tipo de Armazenamento:
Quantidade (ton/ano):
Descrição Armazenamento:
Destino:
Razão Social do Destino:
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Endereço do Destino:
Bairro:
Município: Estado:
Tratamento, Reutilização, Reciclagem:
Descrição: Quantidade (ton/ano):
Dados pertinentes sobre a Indústria
Porte da Atividade (Nº de Funcionários)
Grande Médio Pequeno
Programa - Responsabilidade Sócio-Ambiental (certificação)
( ) Sim - Especificar: ( ) Não
Certificação ( ) Sim – Especificar ( ) Não
Que tipo de energia é utilizada na empresa?
Elétrica Lenha Caldeira
Óleo: Gasto de Energia em termos de KW:
Caracterização do ecossistema no entorno da atividade
Especificar:
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Apêndice 2 - Questionário – Sistema de Gestão Ambiental
POLÍTICA AMBIENTAL
1- A empresa tem compromisso em proteger e não degradar o meio ambiente? De que modo?
2- O empresário tem consciência de que a empresa tem que ter uma responsabilidade
ambiental?
PLANEJAMENTO
Aspectos Ambientais
3- A empresa tem conhecimento do todos os resíduos gerados?
4- Possui o controle e/ou administra os mesmos?
Exigências legais
5- Existe uma legislação ambiental que a empresa tem que obedecer, ou uma legislação
ambiental para tipo de resíduo gerado pela empresa?
6- O proprietário e os funcionários tem conhecimento da legislação ambiental?
Objetivos e Metas
7- Além de gerar lucro e empregos, alguma outra ação desta empresa em benefício da
sociedade?
8- O que a empresa faz para controlar e dar uma destinação correta dos resíduos?
9- O que a empresa faz quando impacta o meio ambiente?
Programa de Gestão Ambiental
10- A empresa possui um programa de gestão ambiental para melhorar o funcionamento da
mesma?
11- Quais as ações que são implementadas no programa?
12- Possui um responsável específico?
IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
Estrutura organizacional e responsabilidade
13- Qual a função dos funcionários em melhorar o funcionamento da empresa?
14- A empresa possui um organograma e foi apresentado a toda a empresa?
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15- Já houve uma questão ambiental? Quando houver que setor responde, jurídico, recursos
humanos, administração?
Conscientização e treinamento
16- A empresa realiza treinamento com os funcionários relacionado a área ambiental,
aproveitamento dos resíduos, e como agir com relação aos impactos ambientais reais ou
potenciais?
Comunicação
17- Como flui a informação entre os vários setores da empresa?
18- A empresa possui um sistema que receba informações da comunidade do entorno
(ouvidoria)?
Documentação do sistema de gestão ambiental
19- A empresa possui um manual que contenha as exigências ambientais da empresa?
Controle de documentos
20- A empresa possui um sistema de controle de documentos?
21- Mantêm atualizados?
22- Os documentos da empresa são de acesso ao público (transparência)?
Controle operacional
23- A empresa realiza inspeções sobre o controle dos aspectos ambientais?
24- A empresa realiza a manutenção e calibração dos equipamentos?
Situações de emergência
25- A empresa possui algum plano de emergência em relação a algum acidente ambiental?
26- Realiza treinamento com os funcionários?
VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA
Monitoramento e avaliação
27- A empresa avalia o desempenho ambiental de acordo com os objetivos e metas
estabelecidos?
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Não conformidade, ações corretivas e ações preventivas
28- A empresa possui um responsável específico para investigar as não-conformidades?
29- Toma as devidas ações corretivas e preventivas das não-conformidades?
Registros
30- A empresa registra todos os resultados?
Auditorias
31- A empresa realiza auditorias a fim de constatar se as pretensões autodirigidas estão sendo
mantidas?
32- A empresa documenta os resultados da auditoria e apresenta a alta direção?
AVALIAÇÃO PELA ALTA DIREÇÃO
33- O empresário faz uma análise crítica do sistema de gestão ambiental e determina as
devidas alterações?
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ANEXO
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Principais Indústrias de Teresina
Plast Nor – Plásticos do Nordeste LTDA
Rua B, lote 05/06, Distrito Industrial.
CIPLAST – Ind. e Com de Plásticos
Rua C, lote 150, nº 640, Distrito Industrial.
Indústria e comércio Xingu LTDA
Rua C, lote 146 / A, Distrito Industrial.
Óleos e Pigmentos LTDA – Olepil
Rua C, lote 147 / A, Distrito Industrial.
Pluriquímica Ind. e Com. LTDA
Rua D, nº 355, Distrito Industrial.
Versátil Indústria
Rua D, Distrito Industrial.
Inbopil- Ind. de Borracha
Rua E, lote 142, Distrito Industrial.
Polifibra Comércio e Indústria LTDA
Distrito Industrial.
C.T.C. Centro de Tecnologia de
cerâmica
Rua D, lote 122/123 840, Distrito
Industrial.
Tubos Corisco
Av. Airton Sena 3333 Porto Alegre, Rua
Goitacás, Porto Alegre. Tel. 3219-7373
Dureino S.A - Derivados de óleos
vegetais
Rua Livramento, 206, Terminal de
Petróleo. Tel. 234-1112
Cerâmica Poty Ltda
Rua Artur Vasconcelos Norte, 5200.
Tel. 3235-1196
Cecal-cerâmica Carajás Ltda
Estr Teresina - David Caldas, S/n Km 7
David Caldas. Tel. 3211-7000
Cerâmica Santana
Pov Santana, 1 Km 4 Santa Maria da
Codipi. Tel. 3211-1157
Cil-Cerâmica Industrial Ltda
Rod Pi 130, S/n Km 17 – Rodovia.
Tel. 3219-4922
Cerâmica Alvorada
Pov Alegria, S/n Povoado Alegria.
Tel. 3227-7201
Cerâmica Mafrense Ltda
Pov Cerâmica Mafrense, S/n Km 21 Zona
Rural. Tel. 3216-4200
Cerâmica Vitória
Via Tec Rua Oeiras, 3340, Bairro São
Pedro. Tel. 218-6032
Granpiso
Av. Universitária, Ininga. Tel. 3233-1939
Polipedras
Av. Universitária, 60 Ininga.
Tel. (86) 3232-5901
Margran
Av. Universitária, 177 Ininga. Tel. 3233-
1399
Construpedra
Av. Universitária, 251 Ininga. Tel. 3233-
3292
Servgran
Av. Universitária, 271 Ininga. Tel. 3233-
2990
Grampol
Rua C Lt 148 - Distrito Industrial
Tel. 3219-3639
Marmopil
Avenida Industrial Gil Martins, 783
Taboleta. Tel. 3218-2733
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Marmoraria São Jose
Rodovia Br 316, 12661 Km 7 - St Antonio
Tel. 3211-1838
Marmoreal Granitos
Rodovia BR 343, 1852 Comprida. Tel.
3236-3073
Degrau Granito
Rodovia BR 343, 1862 Comprida. Tel.
3236-1455
Metalúrgica Keise
Av. Miguel Rosa 6494. Tel. 8808-3682
Aco Flex
Rua E Lt 70 - Distrito Industrial.
Tel. 3227-4742
Afal S/A Ind e Com Produtos
Metalurgicos
Avenida Henry Wall De Carvalho, 7245
Triunfo. Tel. 3227-1090
Gráfica do Povo
Avenida Centenario, 2110 Aeroporto.
Telefone: (86) 2107-5000
Gráfica Invista
Rua Dr. Arêa Leão, 735 Centro/Norte.
Tel. 221-0215 / 9974-4821
Gráfica UFPI
Campus Universitário Ministro Petrônio
Portella - Bairro Ininga.
Unifardas
Rua João Cabral, 2328, Bairro Pirajá.
Tel. 213-7113
Gota D'água presentes ind. Com. Ltda
Rua D, SIN, Distrito Industrial.
Tel. 220-1515/227-1725
Guadalajara
Av. Getúlio Vargas, 1200 Tabuleta.
Tel. 218-3555
Zuffor
Parque Piauí
Lazule Jeans
Rod. BR-343, 1893. Tel. 236-2337
Marcenaria São Francisco
Rua A, S/n Lt 1c Distrito Industrial. Tel.
3227-3765
Stilos Móveis
Rua E, S/n, Distrito Industrial.
Magazine Samira Ltda
Rua D, lote 130, Distrito Industrial.
F.C Matos
Rua E. 1105, Distrito Industrial.
Socimol
Av. Pedro Freitas, 4000 Tabuleta. Tel.
3131-6300
Icapi
Rua C lote 147, Distrito Industrial.
Ind Alim Carolina
Rua C lote 138, Distrito Industrial.
Ind. de alimentos
Rua E, s/n, lote 82, Distrito Industrial.
Cevap Cerealista Ind. Vale do
Parnaíba
Rua E, lote 73, Distrito Industrial. Tel.
3227-1471
Guarani Ind. e Com Ltda
Rua E, lote 74, Distrito Industrial. Tel.
3220-6999
Cerealista Tucano
Rua E , lote 74, Distrito Industrial. Tel.
3227-3133
Piauí Milho
Rod. BR-316, SIN, km 20, Pólo Industrial
Sul. Tel. 219-1515 e 233-7737
Flora Mel
Via Estrutural Arterial 1, 6266 Pólo
Industrial Sul. Tel. 219-4000
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Frut Polpa (Polpas de frutas)
Rua A, 1090, Conj. Angelim III. Tel. 211-
7473
Mapil - Indústria de Produtos
Alimentícios
Av. Henry Wall de Carvalho - Bairro
Tabuleta. Tel. 227-1643 e 9482-7078
Coca-Cola
Av. União, 3020, Bairro Água Mineral.
Tel. 216-6800
Agroindustrial Cajueiro
Av. Boa Esperança, 3401 – Matadouro.
Leite Junco
Rod. PI-130, SIN, Km I Rodovia. Tel.
227-2287
Ambev
Av. Henry Wall de Carvalho 7220.
Relva Refrigerantes
M Socorro, 3175 km 7. Tel. (86) 3220-
2600
Ind. de calçados Lara Gabriele LTDA
R. Fiscal José de Castro, 3284, Matadouro.
Tel. 3213-1765
Fábrica de Calçados São Raimundo
R. Barroso, 416, Norte-centro. Tel. 3221-
6728
Ortocon
Av. Miguel Rosa, 2988. Norte-centro. Tel.
3221-1859
Tentação
Av. Universitária, 358 Fátima. Tel. 3232-
7888
Calçados Klige
Av. Pedro Freitas, 3284. São Pedro. Tel.
3218-2841
Cacique Pneus
Rua Prudente de Morais, 4365, B.Lourival
Parente. Tel. 220-2143
Royal Pneus
Av. Wall Ferraz, 4670, B. Lourival
Parente. Tel. 32206665
São Francisco Pneus
BR-316, Km-01, n 4290. Tel. 2106-7000
Itaim Veículo
BR 316, Km 03, 4785 Z. Rural. Tel. 3220-
6700 / 3220-6717
Total Truck
Rod. BR-343, 1893.
Bike do Nordeste S/A
Av. Gil Martins 800, Tabuleta. Tel. 3218-
6060
Essas Indústrias compreendem os ramos estabelecidos na Resolução CONAMA n° 313/02.
140
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
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Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
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