Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Análises Clí nicas
Programa de Pós-Graduação em Análises Clínicas
ROSE ANNE KULIK
B
LASTOCYSTIS SP
.
E OUTROS PARASITOS INTESTINAIS
EM PACIENTES HEMODIALISADOS DO
P
ARANÁ
,
B
RASIL
Maringá – PR
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ROSE ANNE KULIK
B
LASTOCYSTIS SP
.
E OUTROS PARASITOS INTESTINAIS
EM PACIENTES HEMODIALISADOS DO
P
ARANÁ
,
B
RASIL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Análises Clínicas da
Universidade Estadual de Maringá, como
requisito parcial para obtenção do título de
mestre em Análises Clínicas .
Orientadora
Profa. Dra. Silvana Marques de Araújo
Co-Orientação Profª Drª Dina Lúcia Morais
Falavigna,
Maringá – PR
2008
ads:
Dedico ess
e trabalho à Profª Drª
Dina Lúcia Morais Falavigna, sem ela
nada seria possível.”
um tempo em que é preciso
abandonar as roupas usadas, que
têm a forma do nosso corpo, e esquecer
os nossos caminhos, que nos levam
sempre aos mesmos lugares. É o tempo
da travessia: e, se não ousarmos fazê-
la, teremos ficado, para sempre, à
margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa.
AGRADECIMENTOS
À professora Drª Silvana Marques de Araújo ,
orientadora desta
dissertação, por todo empenho, sabedoria, compreensão, pelo maravilhoso
auxílio. Obrigada.
Aos pacientes que participaram desta pesquisa, pois sem eles nenhuma
dessas páginas estaria completa.
Agradeço a todos meus amigos que participaram dessa caminhada. Citar
nomes, tarefa impossível. De coração, obrigada.
A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a
execução dessa dissertação de Mestrado. Em especial Letícia Nishi.
Ao meu marido e amada filha, obrigado por compreenderem a ausência
vivida.
Aos meus Pais por tudo que me ensinaram e me deram .
A Deus pela vida e por todas as oportunidades.
CAPITULO I
Blastocystis sp. e outros parasitos intestinais em pacientes
hemodialisados do Paraná, Brasil
INTRODUÇÃO
O crescimento da expectativa de vida e o conseqüente envelhecimento da
população têm aumentado a incidência das doenças crônico-degenerativas, como
a insuficiência renal crônica (IRC) (Lessa, 1999). Denomina-se de IRC à perda
progressiva e irreversível da função renal, na qual o organismo não mantém o
equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico (NKF/NDOQI, 2002).
Pacientes portadores de IRC em fase terminal apresentam uma série de
sinais e sintomas que configuram o quadro clínico de uremia. A fisiopatologia
desse processo mórbido envolve a perda da capacidade de excreção de solutos
tóxicos pelo rim, a incapacidade de manter o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-
básico do organismo e alterações hormonais sistêmicas (Barbosa et al., 2006). A
uremia induz a um estado de imunodepressão natural (Marques et al., 2005).
Entre as manifestações mais conhecidas da imunodepressão, podemos citar
alergia às provas de hipersensibilidade cutânea retardada e aumento da incidência
de infecções (Kauffman et al., 1975; D’Ávila et al, 1999), que respondem por 48%
dos óbitos em pacientes com IRC (Marques et al., 2005; Barbosa et al., 2006).
Quando diagnosticada a IRC terminal, deve ser instituído um tratamento
conservador ou dialítico o mais precocemente possível, caso contrário, a
ocorrência de complicações pode levar o paciente à morte. A diálise é um
processo de terapia renal substitutiva utilizada para remover líquidos e produtos
do metabolismo corporal final (Draibe, 2005).
Segundo censo realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia em
janeiro de 2005, com 498 centros de diálise, estima-se que haja 54.311 pacientes
em diálise, sendo 89% em hemodiálise, 6,7% em diálise peritoneal ambulatorial
contínua, 3,8% em diálise peritoneal automatizada e 0,4% em diálise peritoneal
intermitente (Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2007).
Durante o tratamento dialítico, as co-morbidades são observadas com
prevalência elevada e estão relacionadas a doenças cardiovasculares,
hipertensão arterial sistêmica, anemia, suscetibilidade à infecção, elevada
prevalência de infecção pelo vírus da hepatite tipo B e C, doenças ósseas,
desnutrição e outras causas menos definidas. A mortalidade por IRC é 10 a 20
vezes maior que a da população geral, mesmo quando ajustada para idade, sexo,
raça e presença de diabetes (Teixeira et al., 2005).
Embora a instalação do cateter venoso central seja uma técnica bastante
utilizada para o estabelecimento rápido e temporário de via de acesso, é um
procedimento invasivo, conhecido como importante fator de risco para
desenvolvimento de infecção (Cendoroglo & Draibe, 2005). Nos Estados Unidos
da América, entre 1993 e 1995, ao final do primeiro ano de tratamento dialítico, a
taxa de mortalidade global em pacientes em diálise foi de 235/1000 pacientes por
ano, e destes óbitos, 33% ocorrerem por infecção (Vanholder et al., 2005). Desta
forma, a infecção é a maior causa de co-morbidade e a segunda causa mais
freqüente de mortalidade em pacientes com infecção renal crônica terminal
(Barbosa et al., 2006).
A hipertensão arterial e as infecções foram relacionadas por Barbosa et al.
(2006) como as principais causas de co-morbidade em 58,8% dos pacientes em
início de diálise da cidade de Sorocaba, estado de São Paulo. Ainda segundo
estes autores, o uso do cateter venoso central, o sexo masculino, a raça branca, a
uremia foram os fatores que mais contribuíram para o aumento do risco de
mortalidade nestes pacientes.
Embora as manifestações da doença não poupem nenhum sistema
orgânico, a diarréia está entre os sinais clínicos mais importantes da IRC (NKF-
KDOQI, 2002). Em indivíduos imunocomprometidos, infecções parasitárias são
causa de diarréia profusa e, na maioria das vezes, acompanhada por perda de
peso, anorexia, síndrome de absorção e, em alguns casos, de febre e dor
abdominal (D’Avila et al. 1999). As espécies Blastocystis sp. (Noël et al., 2005;
Stensvold et al., 2007), Cryptosporidium sp., Entamoeba histolytica e Giardia
duodenalis são protozoários parasitos incriminados como principais agentes
causadores de diarréia em humanos (Chieffi et al., 1996; Jabur et al, 1998; Botero
et al., 2003).
Nos últimos anos, análises genéticas demonstraram que o gênero
Blastocystis é composto de nove subtipos e mais de uma espécie, sendo a
denominação Blastocystis hominis, substituída por Blastocystis sp. (Nöel et al.,
2005; Stensvold, 2007; Salinas & Gonzales, 2007). Embora ainda haja
controvérsias sobre a patogenicidade de Blastocystis em indivíduos
imunocompetentes (Salinas & Gonzales, 2007), ele é apontado como agente
definitivamente patogênico em indivíduos imunodeprimidos ou imunossuprimidos,
provocando infecções sintomáticas ou assintomáticas (Rao et al., 2003; Hayashi et
al., 2006).
Os sintomas atribuídos à infecção gastrointestinal por Blastocystis sp. em
humanos são geralmente pouco específicos e incluem diarréia, dor abdominal,
náuseas e flatulência, usualmente sem febre (Stenzel & Boreham 1996; Tan et al.,
2002; Kaya et al., 2007). Outras manifestações associadas à infecção
gastrointestinal por Blastocystis sp. incluem hemorragia retal, leucócitos nas fezes,
eosinofilia, hepatomegalia, esplenomegalia, dermatite cutânea, angioedema e
prurido (Stenzel & Boreham 1996; Kaya et al., 2007; Salinas e Gonzales, 2007).
Alguns trabalhos sugerem uma correlação entre Blastocystis e a síndrome do
cólon irritável, embora não haja comprovação de uma correlação causal (Stark et
al., 2007; Tungtrongchitr et al., 2004).
A infecção por Blastocystis sp. é frequentemente diagnosticada pelo achado
da forma vacuolar que é reconhecida pela sua aparência característica e diâmetro
variando entre 4 e 15 µm (Amato Neto et al., 2003; Nascimento & Moitinho, 2005).
Além desta, outras três formas a granular, a amebóide e a cística que
combinando o pequeno tamanho com uma morfologia diferenciada, tornam sua
identificação complexa mesmo para cnicos laboratoriais experientes (Stenzel &
Boreham, 1996; Salinas & Gonzales, 2007). Os métodos rotineiramente utilizados
no exame parasitológico de fezes, como centrífugo-flutuação em sulfato de zinco e
sedimentação em água, são desaconselhados para a pesquisa de Blastocystis
sp., pois a adição de água lisa as formas vacuolares deste parasito (Amato Neto et
al., 2003; Nascimento & Moitinho, 2005). Deste modo, costuma-se identificar
amostras positivas para Blastocystis sp. pelas técnicas de exame direto,
centrífugo-sedimentação em formol-éter ou coloração pela hematoxilina férrica
(Amato Neto et al., 2003; Nascimento & Moitinho, 2005).
No momento, o agente quimioterapêutico de escolha para tratamento de
casos de blastocistose é o metronidazol, embora a associação trimetoprina-
sulfametoxazol também seja utilizada (Moghaddam et al., 2005; Kaya et al., 2007).
A água não tratada ou tratada inadequadamente, animais de estimação,
ingestão e manuseio de hortaliças, e viagens a países tropicais são considerados
como fatores de risco para aquisição de blastocistose (Sohail & Fischer, 2005;
Salinas e Gonzales, 2007; Hokelek, 2007). A prevalência deste parasito varia de
1,5-15% em países desenvolvidos a 30-50%, em paises em desenvolvimento
(Barahona et al., 2002; Nascimento & Moitinho, 2005; Salinas & Gonzales, 2007).
Observa-se que o Blastocystis sp. associa-se frequentemente a G.
duodenalis, Entamoeba coli e Endolimax nana, provocando sintomas em crianças
e pacientes imunodeprimidos ou imunossuprimidos (Graczyk, 2005; Kaya et al.
2005; Silva, 2006).
A erradicação de protozoários intestinais é relativamente fácil, provocando a
melhora da condição clínica e da qualidade de vida de indivíduos com IRC (Rao et
al., 2003; Hayashi et al., 2006).
JUSTIFICATIVA
Existem na literatura vários relatos apresentando a relação de parasitos em
populações de indivíduos imunodeprimidos e/ou imunossuprimidos, principalmente
portadores de HIV, (Dionísio, 2002; Flórez et al., 2003; Cardoso et al., 2004;
Büyükbaba et al., 2004; Ribeiro et al., 2004; Lewthwaite et al., 2005; Wumba et al.,
2007). Dados referentes a pacientes renais são escassos (Jabur et al., 1996;
Chieffi et al.,1998; Turkcapar et al., 2002; Seyrafian et al., 2006). o há na
literatura nacional nenhuma referência a parasitismo em IRC dialisados,
especialmente com referência à incidência de blastocitstose e presença de
diarréia.
Como Blastocystis sp. parece ser capaz de provocar vários sintomas
intestinais quer seja a única espécie observada ou esteja presente associado a
outros protozoários considerados não patogênicos como E. coli ou E.nana (Kaya
et al. 2005) é interessante investigar sua prevalência em pacientes submetidos à
hemodiálise e se está provocando sintomatologia nestes pacientes com infecções
únicas ou múltiplas envolvendo várias espécies de protozoários.
OBJETIVOS
Geral:
Verificar a prevalência de Blastocystis sp. e outros parasitos
intestinais em pacientes com insuficiência renal crônica (IRC)
submetidos à terapia renal substitutiva (hemodiálise) em Campo
Mourão - Paraná e investigar a correlação destas infecções com
diarréia.
Específicos:
Avaliar a prevalência de
Blastocystis
sp. em pacientes com IRC
submetidos hemodiálise em Campo Mourão Paraná, no período de
abril de 2006 a setembro de 2007;
Verificar a prevalência de outros parasitos intestinais em pacientes
com IRC submetidos hemodiálise em Campo Mourão Paraná, no
período já mencionado;
Averiguar a presença de mono e poliparasitismo nestes pacientes;
Pesquisar se estes pacientes apresentavam ou não diarréia;
Investigar se havia desvio no número de leucócitos e/ou neutrófilos
nestes pacientes.
REFERENCIAS
Amato Neto V., Alarcón R.S.R., Gakiya E., Bezerra R.C., Ferreira C.S., Braz
L.M.A. Blastocistose: controvérsias e indefinições. Rev Soc Bras Med Trop
2003;36:515-7.
Barahona L., Maguiña C., Naquira C., Terashima A., Tello R. Sintomatología y
factores epidemiologicos asociados al parasitismo por Blastocystis hominis.
Parasitol Latinoam 2002;57:96-102.
Barbosa D.A., Gunji C.K., Bittencourt A.R.C., et al. Co-morbidade e mortalidade de
pacientes em início de diálise. Acta Paul Enferm 2006;19(3):304-9.
Botero J.H., Castaño A., Montoya M.N., et al. A preliminary study of the prevalence
of intestinal parasites in immunocompromised patients with and without
gastrointestinal manifestations. Rev Inst Med trop S. Paulo 2003;45(4):197-200.
Büyükbaba Boral O., Uysal H., Alan S., Nazlican O. Investigation of intestinal
parasites in AIDS patients. Mikrobiyol Bul 2004;38(1-2):121-8.
Cardoso
L.V., Marques
F.R., Cavasini
CE., et al. Correlation of intestinal parasitic
pathogens in HIV-seropositive adult with and without diarrhea in Northeast
region of São Paulo State, Brazil. Rev Panam Infectol 2004;6(2):8-11.
Cendoroglo M Neto, Draibe SA. Intercorrências infecciosas no paciente urêmico.
In: Prado FC, Ramos JA, Valle JR. Atualização terapêutica: manual prático de
diagnóstico e tratamento. 22a ed. São Paulo: Artes Médicas; 2005. p. 935-8.
Chieffi P.P., Sens Y.A.S.; Paschoalotti M.A., et al. Infection by Cryptosporidium
parvum in renal patients submitted to renal transplant or hemodialysis. Rev Soc
Bras Med Trop1998;31(4):333-7.
D'Avila R., Guerra E.M.M., Rodrigues C.I.S., et al. Sobrevida de pacientes renais
crônicos em diálise peritoneal e hemodiálise. J Bras Nefrol 1999;21(1):13-21.
Dionisio D. Cryptosporidiosis in HIV-infected patients J Postgrad Med
2002;48:215-6.
Draibe SA. Diálise crônica. In: Prado FC, Ramos JA, Valle JR. Atualização
terapêutica: manual prático de diagnóstico e tratamento. 22a ed. São Paulo:
Artes Médicas; 2005. p.929-32.
Flórez A.C., García D.A., Moncada L., Beltrán M. Prevalence of microsporidia and
other intestinal parasites in patients with HIV infection, Biomedica
2003;23(3):274-82.
Graczyk, T.K., Shiff C.J., Tamang L., et al. The association of Blastocystis hominis
and Endolimax nana with diarrheal stools in Zambian school-age children.
Parasitol Res 2005;98(1):38-43.
Hayashi M., Inamori M., Goto K., et al. Blastocystis hominis infection in patient with
regular dialysis. J Gastroenterol 2006;41(6):605-6.
Hokelek M. Al F.D. Is Blastocystis hominis an opportunist agent? Turkiye Parazitol
Derg. 2007;31(1):28-36.
Jabur P., Miorin L.A., Silva H.G.C., et al. Criptosporidiose e outras
enteroparasitoses em pacientes submetidos a transplante renal ou
hemodiálise. J Bras Nefrol 1996;18(3):239-42.
Kauffman C.A., Manzler A.D, Phair J. P. Cell-mediated immunity in patients on
long-term haemodialysis. Clin exp Immunol 1975;22:54-61.
Kaya S., Cetın E., Akçam Z., et al. Clinical symptoms in cases caused by
Entamoeba coli and Blastocystis hominis. Turkiye Parazitol Derg
2005;29(4):229-31.
Kaya S., Cetin E.S., Aridogan B.C., Arikan S., DEMĐRCĐ M. Pathogenicity of
Blastocystis hominis, A Clinical Reevaluation. Türkiye Parazitol Derg
2007;31(3):184-7.
Lessa I. Doenças crônicas degenerativas. Em: Rouquayrol MZ. Epidemiologia &
saúde. Editor Medsi. 5a ed. Rio de Janeiro; 1999. p. 411-5.
Lewthwaite P., Gill G.V., Hart C.A., Beeching N.J. Gastrointestinal parasites in the
immunocompromised. Curr Opin Infect Dis 2005;18:427–35.
Marques A.B., Pereira D.C., Ribeiro R.C.H.M. Motivos e freqüência de internação
dos pacientes com IRC em tratamento hemodialítico Arq Ciênc Saúde
2005;12(2):67-72.
Moghaddam DD, Ghadirian E and Azami M, Blastocystis hominis and the
evaluation of efficacy of metronidazole and trimethoprim/sulfamethoxazole.
Parasitol Res 2005;96(4): 273-275.
Nascimento A.S., Moitinho M.L.R. Blastocystis hominis and other intestinal
parasites in a community of Pitanga City, Paraná State, Brazil. Rev Inst Med
Trop São Paulo 2005;47:312-217.
NKF-KDOQI. Clinical practice guidelines for chronic kidney disease: evaluation,
classification, and stratification. Am J Kidney Dis 2002;39:S1-266.
Noël C., Dufernez F., Gerbod D., et al. Molecular phylogenies of Blastocystis
isolates from different hosts: implications for genetic diversity, identification of
species, and zoonosis. J Clin Microbiol 2005;43 348-55.
Rao K., Sekar U., Iraivan K.T., Abraham G., Soundararajan P. Blastocystis hominis
- an emerging cause of diarrhoea in renal transplant recipients. J Assoc
Physicians India 2003;51:719-21.
Ribeiro P.C., Pile E., Queiroz M.M.C., et al. Ocorrência de criptosporidiose em
pacientes HIV+ atendidos em um hospital, Brasil. Rev Saúde Pública
2004;38(3):469-70.
Salinas JL, Gonzales H.V. Infection by blastocystis: a review. Rev Gastroenterol
Peru 2007;27(3):264-74.
Seyrafian S., Pestehchian N., Kerdegari M., et al.). Prevalence rate of
Cryptosporidium infection in hemodialysis patients in Iran. Hemod Intern
2006;10 (4):375–9.
Silva AA. Incidência de Blastocystis hominis na população da cidade do Rio de
Janeiro, RJ. Rev NewsLab 2006;76:86-96.
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Censo 2005/2006[texto na Internet]. São
Paulo:SBN; c2007. [citado 2007 jun 29]. Disponível em:
URL:<http://www.sbn.org.br/
.
Sohail MR, Fischer PR. Blastocystis hominis and travelers.Travel Med Infect Dis.
2005;3(1):33-8.
Stark D, van Hal S, Marriott D, Ellis J, Harkness J. Irritable bowel syndrome: a
review on the role of intestinal protozoa and the importance of their detection
and diagnosis. Int J Parasitol. 2007 Jan;37(1):11-20.
Stensvold C.R., Suresh G.K., Tan K.S., et al. Terminology for Blastocystis
subtypes -a consensus. Trends Parasitol 2007;23(3):93-6.
Stenzel D.J., Boreham P.F. Blastocystis hominis revisited. Clin Microbiol Rev 1996;
9:563.
Tan K.S.W., Singh M., Yap E.H. Recent advances in Blastocystis hominis
research: hot spots in terra incognita. Int J Parasit 2002;32:789-804.
Teixeira VPC, Abreu PF, Deus RB, Kirsztajn GM. Progressão de doença renal e
sua prevenção. In: Prado FC, Ramos JA, Valle JR. Atualização terapêutica:
manual prático de diagnóstico e tratamento. 22a ed. São Paulo: Artes Médicas;
2005. p.904-05.
Tungtrongchitr A, Manatsathit S, Kositchaiwat C, Ongrotchanakun J, Munkong N,
Chinabutr P, Leelakusolvong S, Chaicumpa W. Blastocystis hominis infection in
irritable bowel syndrome patients. Southeast Asian J Trop Med Public Health.
2004;35(3):705-10.
Turkcapar N., Kutlay S., Nergizoglu G., et al. Prevalence of Cryptosporidium
Infection in Hemodialysis Patients. Nephron 2002;90:344-6.
Vanholder R, Massy Z, Argiles A, Spasovski G, Verbeke F, Lameire N; European
Uremic Toxin Work Group. Chronic kidney disease as cause of cardiovascular
morbidity and mortality. Nephrol Dial Transplant. 2005; 20(6):1048-56. Epub
2005 Apr 6.
Wumba R., Enache-Angoulvant A., Develoux M., et al. Prevalence of opportunistic
digestive parasitic infections in Kinshasa, Democratic Republic of Congo.
Results of a preliminary study in 50 AIDS patients. Med Trop 2007;67(2):145-8.
CAPITULO II
Artigo “Blastocystis sp. e outros parasitos intestinais em
pacientes hemodialisados do estado do Paraná, Brasil”
pág. 20-42, submetido para publicação, aguardando resultado.
Rose Anne Kulik1, Dina Lúcia Morais Falavigna2, Silvana Marques de Araújo2
Address correspondence:
Dra. Silvana Marques de Araújo
Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Análises Clínicas
Av. Colombo, 5790; Maringá – PR – Brasil; 87020-900
Telefone (+55 44) 3261-4864 / FAX: (+55 44) 3261-4931
E-mail: smaraujo@uem.br
CAPÍTULO III
Blastocystis sp. e outros parasitos intestinais em pacientes
hemodialisados do Paraná, Brasil
CONCLUSÕES
Com o presente trabalho concluímos que:
1. Pacientes renais crônicos submetidos à diálise em Campo Mourão
apresentam maior prevalência de parasitos intestinais que indivíduos da
mesma região que não referiam problemas renais, pareados por idade e
gênero, tanto em infecções simples como múltiplas.
2. Blastocystis sp. (18 - 20,1%), Endolimax nana (14 - 16,3%),
Cryptosporidium sp. (04 - 4,7%) e Entamoeba coli (04 - 4,7%) são os
protozoários mais freqüentes nestes pacientes.
3. A associação entre Blastocystis sp. e Endolimax nana e entre Endolimax
nana e Entamoeba coli não é causa de diarréia.
4. O parasitismo de pacientes renais crônicos submetidos à diálise em Campo
Mourão não se relaciona ao desvio no número de leucócitos e nem à
diarréia.
PERSPECTIVAS
As reflexões derivadas da análise dos dados produzidos durante este estudo
geraram as seguintes perspectivas:
Avaliar as infecções parasitárias como um importante fator de co-morbidade
em pacientes renais crônicos.
Incluir o exame parasitológico de fezes com ênfase na pesquisa de
Blastocystis sp. e Cryptosporidium sp. no chekup rotineiro a que pacientes
hemodialisados são submetidos.
Repetir por três vezes em um período de 15 dias o exame parasitológico de
fezes, quando negativo, para estabelecer a etiologia de crises diarréicas ou
detectar possíveis portadores assintomáticos, principalmente em pacientes
hemodialisados.
Refletir sobre como chamar a atenção dos profissionais de saúde para a
alteração da epidemiologia de agentes infecciosos que não eram tidos
como patogênicos, como Blastocystis sp., sendo ignorados por estes
profissionais por várias décadas.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo