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GRACINEIDE SELMA SANTOS DE ALMEIDA
ASTERACEAE DUMO
R
T. NOS CAMPOS RUPESTRES DO
PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI, MINAS GERAIS, BRASIL
Tese apresentada à Universidade Federal de
Viçosa, como parte das exigências do
Programa de Pós-G
radua
ção em Botânica,
para obtenção do título de Doctor Scientiae.
VIÇOSA
MINAS GERAIS
BRASIL
2008
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Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
i
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e
Classificação da Biblioteca Central da UFV
T
Almeida, Gracineide Selma Santos de, 1971
-
A447a
Asteraceae Dumort. nos campos rupestres do Parque
2008
Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil / Gracineide
Selma Santos de Almeida.
Viçosa, MG, 2008.
xxi, 365f.
: il. (algumas col.)
; 29cm.
Inclui anexos.
Orientador: Rita Maria de Carvalho-
Okano.
Tese (doutorado)
-
Universidade Federal de Viçosa.
Inclui bibliografia.
1. Asteraceae
-
Classificação
-
Parque Estadual do
It
acolomi (MG). 2. Comunidades vegetais. 3. Biogeografia.
4. Vegetação. 5. Botânica. I. Universidade Federal de
Viçosa. II.Título.
CDD 22.ed. 583.99012
ads:
ii
Dedicatória
:
A m inha fam ília por com par tilhar com igo cada m om ent o, de
ale
gria
e super aç
ão,
pelo incentiv o, r espeit o e car inho que fo
ram
fundam ent ais nesta et apa tão im por t ant e. A m eu pai Car los e
m inha m ãe N eide por m e ensinar em a cada dia os v alor es
essenciais do am or , da honest idade e do r espeit o ao pr óx im o, aos
m eus ir m ãos Gr aciene e Jucim ar io por toda com pr eensão e
adm ir ação que tant o m e for t alecem e as m inhas sobr inhas
Gr azielle, Gabr ielle e Júlia por
m e fazer em nunca esquecer a
responsabilidade q
ue tenho.
iii
AGRADECIMENTOS
Á Universidade Federal de Viçosa pela oportunidade de fazer parte deste grupo
de excelência que movimenta a ciência no Brasil.
À Universidade do Estado da Bahia por ter tornado possível a obtenção dos
requisitos necessários p
ara o desenvolvimento deste sonho.
Ao Instituto Estadual de Floresta pela liberação da licença de coleta e pelo apoio
logístico fornecido
,
essencial para realização deste trabalho.
Ao Gerente do Parque Estadual do Itacolomi Sr. Alberto Matos e funcionári
os
pel
o
apoio incondicional nos trabalhos de campo
.
Ao Departamento de Biologia Vegetal na figura do Coordenador Profº Wagner
Campos Otoni e dos funcionários Ângelo, Francine e Ilza pela solicitude e respeito com
que sempre me atenderam, e pela competência e compromisso que sempre
demonstraram.
Aos funcionários do Herbário VIC, Gilmar, Luís e Maurício e do Horto
Botânico, Celso, do Carmo, Dorvalino, Milton e Allan pelo
profissionalismo,
compromisso e disponibilidade no processamento e herborização do material botânico e
principalmente pelo
carinho e respeito
.
Aos curadores dos Herbários do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB), da
Universidade Federal de Ouro Preto (OUPR) e da Universidade Federal de Minas
Gerais (BHCB), pela recepção e disponibilidad
e na consulta do material.
Aos professores do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da UNEB pelos
ensinamentos essenciais para o bom desempenho acadêmico e profissional e pelo apoio
fundamental para o afastamento do Departamento, em especial Marcelo Ramos, Nilson
Gonçalves de Jesus
e
Luciene Cristina que
despertaram em mim a paixão pela
B
otânica.
Á Diretora do Departamento de Ciências Exatas e da Terra /Campus II/UNEB,
Maira Portofé pelo apoio logístico e administrativo e incentivo ao Doutorado.
À
Profª Rita Maria de Carvalho
-
Okano pela orientação em todos os sentidos, não
apenas acadêmico, pelo respeito, carinho, compreensão e companheirismo e
principalmente pela amizade incondicional. Você me mostrou a cada dia que sempre
podemos mais.
iv
À Profª Flavia Cristina Pinto Garcia pela co-orientação, com suas sugestões
sempre tão valiosas e profissionais, além do carinho e amizade tão importante nesta
minha jornada.
Ao Profº Jimi Naoki Nakajima pela co-orientação e por apresentar-se sempre
pronto para aju
dar todas as vezes que
o
so
licitei
, além das sempre t
ão valiosas sugestões
e questionamentos.
À Profª Milene
Faria
Vieira pelo carinho e respeito e principalmente por seu
positivismo contagiante e profissionalismo respeitável.
Ao Profº Cláudio Coelho por
todo respeito demonstrado pelo meu trabalho.
A todos os professores do Departamento de Biologia Vegetal pelos
ensinamentos e formação profissional.
Às Sinanterólogas Nádia Roque e Mara Ritter pela confirmação das
identificações de algumas espécies e Silvana Ferreira pelas valiosas discussões e trocas
de bibliografias
.
À José Custódio Duele, funcionário do PEI, companheiro de campo, por toda
dedicação e consideração
,
essenciais para a realização desta tese.
À amiga Adriana Magalhães e família, que foi muito mais que uma amiga, mas
uma verdadeira irmã, est
ando
comigo sempre e me fazendo várias vezes perceber que
tinha uma família viçosense
.
Ao amigo José Martins, também irmão que gan230 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 s920 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 6096 7920 Tm(i)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0976566182 7920 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 0 0 s920 Tm(m)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09766990 0 s920 Tm(V)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3136 7920 Tm(i)Tj0.09765 0 0 -0.09767190 0 s920 Tmç( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 7917 7920 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.0976737917 7920 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.0976545782 7920 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09767 4542 7920 Tm(,)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0976 47182 7920 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.09765 7117 7920 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.0976785118 7920 Tm(m)Tj0.09765 0 0 -0.09768 5008 7920 Tmp(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8582 7920 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09768 4194 7920 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.09768 4294 7920 Tmh(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4294 7920 Tme( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 8486 7920 Tm(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8532 7920 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0.0976860661 7920 Tm(o)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09768 0 0 s920 Tmd( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 0 0 s920 Tma( )Tj/F1 2048 Tf( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 187826511 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.09765 195826511 Tma(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 204826511 Tmu(m)Tj0.09765 0 0 -0.09765 204826511 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.097652204826511 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 233826511 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.097654233826511 Tm(e)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 833826511 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.097656833826511 Tm(e)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.097658 43826511 Tmc(m)Tj0.09765 0 0 -0.09765 284826511 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.09763 600826511 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.097630854826511 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.097631187826511 Tm,(º)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 353826511 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.097633353826511 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 353826511 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.097656287826511 Tm(p)Tj0.09765 0 0 -0.097657287826511 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 195826511 Tmi(p)Tj0.09765 0 0 -0.09765 380826511 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.097639454826511 Tm,(º)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.097640573826511 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.097641573826511 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.097652573826511 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09764 639826511 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.097644187826511 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 187826511 Tm(b)Tj0.09765 0 0 -0.097656187826511 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0.09765 405826511 Tmi(p)Tj0.09765 0 0 -0.09764 879826511 Tmn( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 479826511 Tmh(R)Tj0.09765 0 0 -0.09765 453826511 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.097650953826511 Tm(s)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 317826511 Tm;(e)Tj/F1 2048 Tf( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 729826511 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.097653380826511 Tm(u)Tj0.09765 0 0 -0.097654684826511 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.097655573826511 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.097656639826511 Tm(p)Tj0.09765 0 0 -0.09765 954826511 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 888826511 Tm(l)Tj0.09765 0 0 -0.09765 405826511 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 43826511 Tmv(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 697826511 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0.09762 619826511 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.097652843826511 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09766 442826511 Tmv(e)Tj0.09765 0 0 -0.097655442826511 Tmá(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 627826511 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0.09762 367826511 Tmi(p)Tj0.09765 0 0 -0.09766 773826511 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 382826511 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.097669612826511 Tmv(e)Tj0.09765 0 0 -0.097670612826511 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 515826511 Tmz(r)Tj0.09765 0 0 -0.09765 792826511 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.097655 32826511 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.097675612826511 Tm(m)Tj0.09765 0 0 -0.097656213826511 Tm(e)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09767 0 826511 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09767 486826511 Tmj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 760826511 Tm(u)Tj0.09765 0 0 -0.097680760826511 Tmd(n)Tj0.09765 0 0 -0.09765 86 826511 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.097682057826511 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0.0976 5895826511 Tma(e)Tj0.09765 0 0 -0.097683612826511 Tmm(l)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 76 826511 Tm(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09768 239826511 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.097688042826511 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.097688937826511 Tm(r)Tf( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 1878 7610 Tm99700 Tzforante o coinuaras sempse.
v
Aos amigos da Ecologia Vegetal, Virgínia, Andresa, Michelia, Priscila, Sapo
,
Walnir, Gilmarzinho, Temilze, Jaquelina e Profº João Meira pelo respeito e carinho, a
energia e união de vocês são contagiantes, continuem sempre assim.
Ao saudoso Profº Alexandre da Silva (in memorian), pelo respeito por meu
trabalho e por ter me apresentado de forma brilhante a beleza e os mistérios
dos Campos
Rupestres. Apesar de ter partido tão cedo, você deixou grandes ensinamentos.
Às professores Aristéa Azevedo, Marília Contim; Luzimar Campos e Renata
Meira
e colegas da Anatomia Vegetal,
Jaqueline,
Karina, Bruno, Marcela, Lourdes e
Cleber, por todo respeito e pela receptividade no Laboratório, o profissionalismos de
vocês é
respeitável.
Ao ilustrador Reinaldo Pinto pela dedicação, compromisso,
excelência
e arte
com que ilustrou este trabalho.
À Eliana Souza do Departamento de Solos pelo auxílio na digitalização dos
mapas do PEI e de distribuição geográfica.
Ao Profº Tarciso Filgueiras pela revisão do latim das diagnoses dos novos
táxons.
E finalmente a todos que direta ou indiretamente contribuíram de alguma forma
para realização deste sonho. Palavra é muito pouco para expressar toda gratidão que
sinto. Mas tenham certeza que a Força Maior que nos rege, a quem eu chamo de Deus,
saberá retribuir a cada um de vocês todo carinho e respeito com muita Saúde, Sabedoria
e Sorte. Conhecer vocês me fazem acreditar cada vez mais que ainda existem pessoas
boas espalhadas entre nós.
vi
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TÁXONS
...............................................................................................
ix
RESUMO....................................................................................................................
xvii
ABSTRACT...............................................................................................................
xix
INTRODUÇÃO GERAL...........................................................................................
1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................
10
ARTIGO 1
:
ASTERACEAE DUMORT. NOS CAMPOS RUPESTRES DO
PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI, MG -
BRASIL
:
BARNADESIEAE E MUTISEAE
1.1. Resumo................................................................................................................ 14
1.2. Introdução............................................................................................................
15
1.3. Material e Métodos..............................................................................................
16
1.4. Resultados e Discussão........................................................................................
18
1.5. Referências Bibliográficas...................................................................................
41
ARTIGO 2: ASTERACEAE DUMORT. NOS CAMPOS RUPESTRES DO
PARQUE ESTADUAL DO PARQUE ESTADUAL DO
ITACOLOMI, MG
BRASIL:
VERNONIEAE
2.1. Resumo................................................................................................................ 44
2.2. Introdução............................................................................................................
45
2.3. Material e Métodos..............................................................................................
46
2.4. Resultados e Discussão........................................................................................
47
2.4.1. Chave de identificação das espécies de Vernonieae do Parque estadual do
Itacolomi.....................................................................................................
. 47
2.5. Referências Bibliográficas...................................................................................
79
ARTIGO 3: ASTERACEAE DUMORT. NOS CAMPOS RUPESTRES DO
PARQUE ESTADUAL DO PARQUE ESTADUAL DO
ITACOLOMI, MG
BRASIL: ASTEREAE
3.1. Resumo................................................................................................................
82
3.2. Introdução............................................................................................................ 83
3.3. Material e Métodos..............................................................................................
84
3.3.1. Área de estudo................................................................................................ 84
3.3.2. Coleta e tratamento taxonômico.....................................................................
85
3.4. Resultado e Discussão......................................................................................... 85
vii
3.4.1. Chave de identificação dos gêneros de Astereae do Parque Estadual do
Itacolomi.........................................................................................................
86
3.5. Referências Bibliográficas...................................................................................
125
ARTIGO 4: ASTERACEAE DUMORT. NOS CAMPOS RUPESTRES DO
PARQUE ESTADUAL DO PARQUE ESTADUAL DO
ITACOLOMI, MG BRASIL: LACTUCEAE, PLUCHEEAE,
GNAPHALIEAE, SENECIONEAE, TAGETEAE E
HELIANTHEAE
4.1. Resumo................................................................................................................ 128
4.2. Introdução............................................................................................................ 129
4.3. Material e Métodos..............................................................................................
130
4.4. Resultados e Discussão........................................................................................
131
4.4.1. Lactuceae Cass...............................................................................................
131
4.4.2. Plucheeae (Benta.) Anderb.............................................................................
136
...............
141
4.4.4. Senecioneae Cass...........................................................................................
150
4.4.5. Helenieae Benth.............................................................................................
161
4.4.6. Heliantheae Cass............................................................................................
163
4.5. Referências Bibliográficas...................................................................................
179
ARTIGO 5: ASTERACEAE DUMORT. NOS CAMPOS RUPESTRES DO
PARQUE ESTADUAL DO PARQUE ESTADUAL DO
ITACOLOMI, MG
BRASIL:
EUPATORIEAE
5.1. Resumo................................................................................................................ 183
5.2. Introdução............................................................................................................
184
5.3. Material e Métodos..............................................................................................
186
5.4. Resultado e Discus
são.........................................................................................
188
5.5. Referências Bibliográficas..................................................................................
269
ARTIGO 6: ASTERACEAE DUMORT. DO PARQUE ESTADUAL DO
PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI, MG BRASIL:
PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E
SIMILARIDADE FLORÍSTICA COM OS CAMPOS
RUPESTRES DA CADEIA DO ESPINHAÇO
6.1. Resumo................................................................................................................ 273
viii
6.2. Introdução............................................................................................................
274
6.3. Material e Métodos..............................................................................................
276
6.3.1. Área de estudo................................................................................................ 276
6.3.2. Coleta de dados...............................................................................................
277
6.4. Resultados e Discussão........................................................................................
278
6.4.1. Padrões de Distribuição Geográfica...............................................................
278
6.4.2. Similaridades florísticas.................................................................................
293
6.5. Referências Bibliográficas..................................................................................
301
ARTIGO 7:
T
RÊS ESPÉCIES NOVAS DE EUPATORIEAE
(ASTERACEAE) PARA OS CAMPOS RUPESTRES DA
CADEIA DO ESPINHAÇO, MG
-
BRASIL
7.1. Sumário................................................................................................................
310
7.2. Introdução............................................................................................................
310
7.3. Descrições............................................................................................................
312
7.3.1.
Eupatorium
semiamplexifolium
G.S.S. Almeida & Carvalho
-
Okano............
312
7.3.2.
Mikania
badiniana
G.S.S. Almeida & Carvalho
-
Okano................................
313
7.3.3.
Stevia
alexii
G.S.S. Almeida & Carvalho
-
Okano...........................................
315
7.4. Pranchas............................................................................................................... 317
7.4. Referências Bibliográficas...................................................................................
320
8. CONCLUSÕES GERAIS.......................................................................................
322
9. ANEXOS................................................................................................................ 324
9.1.
Tabela I: Listagem dos materiais adicionais consultados: Herbário da
Universidade Federal de Minas Gerais (BHCB); Herbário do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro (RB); Herbário Universidade Federal de Ouro
Preto (OUPR) e Herbário da Universidade Federal de
Vilosa (VIC)...............
325
9.2
. Tabela II: Distribuição geográfica dos táxons amostrados no Parque Estadual
do Itacolomi.......................................................................................................
336
9.3
. Tabela I
II: Matriz de presença (1) e ausência (0) dos táxons específicos e
subespecíficos de sete áreas de campos rupestres da Cadeia do Espinhaço,
nos estados de Minas Gerais e Bahia
– Brasil................................................... 344
9.4
. Tabela
IV: Correspondência das espécies de
Eupatorium
L. nos diferentes
sistemas de classificação...................................................................................
364
ix
ÍNDICE DOS TÁXONS
BARNADESIOIDEAE
Barnadesieae
Dasyphyllum
candoll
eanum
(Gardner) Cabrera
....................................................
19
D
asyphyllum
flagellare
(Casar.) Cabrera
...............................................................
19
D
asyphyllum
fodinarum
(Gardner) Cabrera
..........................................................
20
D
asyphyllum
sprengelianum
var
. sprengelianum
(Gardner) Cabrera
...................
21
Dasyphyllum
sprengelianum
var
. inerme
(Gardner) Cabrera
................................
21
CICHORIOIDEAE
Mutiseae
Chaptalia graminif
olia
(Dusen.) Cabrera
..............................................................
23
C
haptalia
integerrima
(Vell.) Burk.
......................................................................
24
C
haptalia
martii
(Baker) Zardini
...........................................................................
25
C
haptalia
nutans
(L.) Polak.
..................................................................................
26
Gochnatia densicephala
(Cabrera) Sancho............................................................
27
G
ochnatia
polymorpha
(Less.) Cabrera
.................................................................
28
G
ochnatia
pulchra
Cabrera
....................................................................................
30
Mutisia speciosa Ai
t.
..............................................................................................
21
Richterago amplexifolia
(Gardn.) Kuntze
..............................................................
32
R
ichterago
campestris
Roque & J.N.Nakajima
.....................................................
33
R
ichterago
discoidea
(Less.) Kuntze.....................................................................
34
R
ichterago
petiolata
Roque & Nakajima
...............................................................
34
R
ichterago
polymorpha
(Less.) Roque.................................................................. 36
R
ichterago
radiata
(Vell.) Roque..........................................................................
38
Trixis glaziovii
Baker
.............................................................................................
39
T
rixis
lessingii
DC.................................................................................................
39
T
rixis
nobilis
(Vell.) Katinas
..................................................................................
40
Lactuceae
Hypochaeris brasiliensis
(Less.) Benth.
et Hook. ex. Griseb
……………………
132
H
ypochaeris
gardneri
Baker
……………………………………………………..
133
Sonchus asper
(L.) Hill…………………………………………………………..
133
S
onchus
oleraceus
L
……………………………………………………………..
134
x
Vernonieae
Elephantopus mollis
Kunth………………………………………………………
51
Eremanthus erythropappus
(DC.) MacLeish
…………………………………….
51
E
remanthus
glomerulatus
Less
…………………………………………………..
52
E
remanthus
incanus
(L
ess.) Less
………………………………………………...
52
Hololepis pedunculata
(DC. ex Pers.) DC.............................................................
54
Lychnophora ericoides
Mart
…………………………………………………….
55
Lychnophora pinaster
Mart.
..................................................................................
55
Lychnophora reticulata
Gardn..............................................................................
57
Orthopappus angustifolius
(Sw.) Gleason……………………………………….
58
Piptocarpha axillaris
(Less.) Baker……………………………………………...
58
Piptocarpha macropoda
(DC.) Baker……………………………………………
60
Piptolepis ericoides
Sch. Bip…………………………………………………….
Vernonia argyrotrichia
Sch. Bip. ex Baker……………………………………...
60
61
Vernonia brevipetiolata
Sch. Bip. ex Baker……………………………………..
62
Vernonia cognata
Less…………………………………………………………...
62
Vernonia cotoneaster
Less……………………………………………………….
63
Vernonia crotonoides
Sch. Bip…………………………………………………..
64
Vernonia discolor
(Spreng.) Less..........................................................................
65
Vernonia fruticulosa
Mart. ex DC.........................................................................
66
Vernonia geminata
H.B.K.....................................................................................
66
Vernonia helophi
la
Mart. ex DC.
...........................................................................
67
Vernonia herbacea
(Vell.) Rusby..........................................................................
67
Vernonia
holosericea
Mart. ex DC........................................................................
68
Vernonia
lilacina
Mart.
ex DC.
.............................................................................
70
Vernonia
megapotamica
var.
megapotamica
Spreng.
...........................................
70
Vernonia
megapotamica
var.
melanotrichium
DC................................................
71
Vernonia mucronulata
Less...................................................................................
71
Vernonia
muricata
DC...........................................................................................
72
Vernonia persericea
H. Rob..................................................................................
72
Vernonia polyanthes
Less......................................................................................
74
Vernonia psylophylla
DC.......................................................................................
74
Vernonia pungens
Gardn.......................................................................................
75
xi
Vernonia remotiflora
Rich.....................................................................................
75
Vernonia scorpioides
(Lam.) Pers.........................................................................
76
Vernoni
a schwenkiaefolia
Mart. ex DC................................................................
76
Vernonia tomentella
Mart. ex DC..........................................................................
77
Vernonia
vauthierian
a
DC.
....................................................................................
77
Vernonia
vepretorum
Mart.
ex DC........................................................................
78
Vernonia westiniana
Less………………………………………………………..
78
ASTEROIDEAE
Plucheeae
Pluc
hea oblongifolia
DC………………………………………………………...
137
Pterocaulon alopecuroides
(Lam) DC…………………………………………...
137
P
terocaulon
balansae
Chodat
……………………………………………………
138
P
terocaulon
rugosum
(Vahl.) Malme……………………………………………
140
Gnaphalieae
Achyrocline alata
(Kunth)
DC…………………………………………………...
142
Achyrocline satureioides
(Lam.) DC.....................................................................
143
Chevreulia acuminata
Less.
...................................................................................
144
G
amochaeta americana
(Mill.)
Weed...................................................................
145
G
amochaeta
purpurea
(L.) Cabrera
.......................................................................
145
Gnaphalium cheiranthifolium
Lam.
.......................................................................
147
Lucilia linearifolia
Baker.......................................................................................
148
L
ucilia
lycopodioides
(Less.) Freire……………………………………………...
148
Stenocli
ne chionaea
DC………………………………………………………….
149
Stenocline gardnerii
Baker
………………………………………………………
150
Astereae
Baccharidastrum triplinervium
(Less.) Cabrera
...................................................
86
Baccharis aphylla
(Vell.) DC…………………………………………………
90
Baccharis
brachylaenoides
DC………………………………………………….
91
Baccharis
brevifolia
DC…………………………………………………………
92
Baccharis
calvescens
DC………………………………………………………..
93
Baccharis
dracunculifolia
DC…………………………………………………...
94
Baccharis
gaudichaudiana
DC
…………………………………………………..
96
Baccharis
helichrysoides
DC
…………………………………………………….
96
xii
Baccharis
hirta
DC………………………………………………………………
96
Baccharis
illinita
DC…………………………………………………………….
97
Baccharis
medullosa
DC………………………………………………………...
98
Baccharis
myriocephala
DC
…………………………………………………….
99
Baccharis
platypoda
DC…………………………………………………………
99
Baccharis
pentziifolia
Sch. Bip. ex Baker……………………………………….
100
Baccharis
pseudomyriocephala
Teodoro...............................................................
101
Baccharis
punctulata
DC.......................................................................................
103
Baccharis
ramosissima
Gardn...............................................................................
104
Baccharis
reticularia
DC.......................................................................................
105
Baccharis
retusa
DC……………………………………………………………..
106
Baccharis
sagitallis
(Less.)
DC………………………………………………….
106
Baccharis
schultzii
Baker
………………………………………………………...
109
Baccharis
semiserrata
var.
elaegnoid
es
(Steud. ex Baker) Govaerts
……………
109
Baccharis
serrulata
(Lam.) Persoon......................................................................
110
Baccharis
subdentata
DC................................................................................... ...
112
Baccharis
tarchonanthoides
DC…………………………………………………
113
Baccharis
tridentata
Vahl………………………………………………………..
114
Baccharis
trimera
(Less.) DC……………………………………………………
114
Baccharis
trinervis
(Lam.)
P
ers………………………………………………….
115
Baccharis
varians
Gardn………………………………………………………...
116
Baccharis
vernon
i
oides
DC
……………………………………………………...
117
Conyza bonariensis
(L.)
Cronquist
........................................................................
118
C
onyza
canadensis
(L.) Cronquist
.........................................................................
119
C
onyza
primulaefolia
(Lam.) Cuatrec.
& Lourteig,...............................................
119
C
onyza
sumatrensis
(
R
etz.) E. Walker
…………………………………………..
120
Erigeron maximus
(D. Don) Otto ex DC
………………………………………...
122
Inulopsis scaposa
(Remy) O. Hoffm…………………………………………….
123
Symphyotrichum regnelli
(Baker) Nesom
………………………………………..
124
Symphyotrichum squamatum
(Spreng.) Nesom
………………………………….
124
Senecioneae
Dendrophorbium pellucidinerve
(Sch. Bip. ex Baker) C. J
effrey……………….
152
Emilia fosbergii
Nicolson......................................................................................
153
xiii
Erechtites hieracifolia
(L.) Raf. ex DC..................................................................
153
Erechtite
s valerianifolia
(Wolf) DC.
.....................................................................
154
Hoehnephytum trixoid
es
(Gardn.) Cabrera
...........................................................
155
Pentacalia desiderabilis
(Vell.) Cuatrec...............................................................
.
156
Senecio adamantinus
Bong....................................................................................
158
S
enecio
brasiliensis
(Spreng.)
Less……………………………………………...
159
S
enecio
colpodes
Bon
g………………………………………………………….. 159
S
enecio
pohlii Sch.
Bip. ex Baker
……………………………………………….
160
Helenieae
Porophyllum ruderale
(Jacq.) Cass.
.......................................................................
162
Tagetes minuta
L....................................................................................................
162
Heliantheae
Acanthospermum australe
(Loefl.) Kuntze
............................................................
165
Aspilia caudata
Santos
...........................................................................................
166
Bidens pilosa
L.......................................................................................................
167
Bidens segetum
Mart. ex Colla
..............................................................................
168
Calea clausseniana Baker......................................................................................
169
Calea rotundifolia
(Less.) Baker
...........................................................................
171
Clibadium
armanii
(Balb.) Sch. Bip. ex Schulz
...................................................
172
Eclipta
prostata
(L.) L...........................................................................................
172
Galinsoga parviflora
Cav......................................................................................
173
Jaegeria hirta
(Lag.) Less......................................................................................
174
Melampodium divaricatum
DC.
.............................................................................
175
Sphagneticola
trilobata
(L.) Pruski
.......................................................................
175
Verbesina
glabrata
Hook & Arn...........................................................................
176
V
erbesina
luetzelburgii
Mattf.
..............................................................................
178
Eupatorieae
Ageratum conyzoides
L..........................................................................................
188
Ageratum fastigiatum
L.........................................................................................
189
Eupatorium adamantium Gardn...........................................................................
193
Eupatorium ad
e
nolepis
Sch.
Bip. ex Baker…………………………………….
194
Eupatorium amygdalinum
Lam.
............................................................................
195
Eupatorium amphid
y
ct
i
um
DC.
.............................................................................
196
xiv
Eupatorium angulicaule
Sch. Bip………………………………………………..
197
Eupatorium angusticeps
Malme…………………………………………………
197
Eupatorium barbacensis
Hieron
…………………………………………………
199
Eupatorium bupleurifolium
D
C
………………………………………………….
200
Eupatorium chasea
B.
Robinson
………………………………………………...
202
Eupatorium congestum
Hook & Arn…………………………………………….
203
Eupatorium cylindrocephalum
Sch. Bip. ex Baker
………………………………
204
Eupatorium decumbens
(Gardner) Baker
xv
Eupatorium
sp. nov................................................................................................
312
Mi
kania argyreae
DC............................................................................................
230
Mikania candolleana
Gardn...................................................................................
230
Mikania clematidifolia
Dusé
n................................................................................ 231
Mikania glauca
Mart. ex Baker………………………………………………….
232
Mikania hirsutissima
DC.......................................................................................
233
Mikania lindbergii
Baker
.......................................................................................
233
Mikania microcephala
DC.....................................................................................
234
Mikania microdonta
DC.
....................................................................................... 235
Mikania microphylla
Sch. Bip. ex Baker
………………………………………...
237
Mikania nummularia
DC.......................................................................................
239
Mikania obtusata
DC.............................................................................................
240
Mikania officinalis
Mart........................................................................................
241
Mikania
parvifolia
Baker.......................................................................................
242
Mikania ph
a
eoclados
Mart. ex Baker....................................................................
242
Mikania ramosissima
Gardn..................................................................................
243
Mikania schenkii
Hieron........................................................................................
244
Mikania sericea
Hook.
et Arn……………………………………………………
246
Mikania ses
silifolia
DC..........................................................................................
248
Mikania testudinaria
DC.......................................................................................
249
Mikania vismiaefolia
DC………………………………………………………..
249
Mikania warmingii
Sch. Bip. ex Baker
………………………………………….
250
Mikania sp.
n
ov
………………………………………………………………. 313
Ophryosporus freyreysii
(Thumb. & Dallm.) Baker
…………………………….
251
Stevia camporum
Baker.........................................................................................
252
Stevia clausseni
Sch. Bip. ex Baker.......................................................................
253
Stevia hilarii
B. Robinson......................................................................................
254
Stevia myriadenia
Sch. Bip. ex Baker....................................................................
255
Stevia urticaefolia
Billb.
........................................................................................
255
S
tevia sp. nov
…………………………………………………………………. 315
Symphyopappus angustifolius
Cabrera…………………………………………..
257
Symphyopappus compressus (Gardn.)
B. Robinson…………………………….
258
Symphyopapppus cuneatus
(DC.) Sch. Bip. ex Baker
…………………………..
260
xvi
Symphyopappus itatiaye
nsis
(Hieron.) King & Rob……………………………..
261
Symphyopappus reticulatus
Baker var.
reticulates
……………………………...
262
Symphyopappus reticulatus
Baker var.
itacolumiensis
Sch. Bip………………...
263
Symphyopappus reticula
tu
s
var.
vernicosa
Baker
.................................................
263
Trichogonia crenulata
(Gardn.)
D.J.N. Hind.........................................................
264
Trichogonia salviaefolia
Gardn.............................................................................
265
Trich
ogonia
villosa
(Spreng.) Sch. Bip. ex Baker var.
villosa
..............................
268
Trichogonia villosa
(Spreng.) Sch. Bip. ex Baker var.
multiflora
(Gardn.)Baker
268
xvii
RESUMO
ALMEIDA, Gracineide S
elma
. Santos de, D. Sc., Universidade Federal de Viçosa,
m
arço
de 2008. Asteraceae Dumort. nos c
ampos
rupestres do Parque Estadual
do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil. Orientadora: Rita Maria de Carvalho-
Okano.
Co-O
rientadores
: Jimi Naoki Nakajima e Flavia Cristina Pin
to Garcia
Este trabalho consiste do levantamento florístico e taxonômico de Asteraceae
nos campos rupestres do Parque Estadual do Itacolomi (PEI), localizado nos municípios
de Ouro Preto e Mariana em Minas Gerais, bem como da análise dos padrões de
dist
ribuição geográfica e similaridade florística com outras áreas de campo rupestre da
Cadeia do Espinhaço. O levantamento realizou-se no período de agosto de 2005 a
dezembro de 2007, em expedições mensais, realizadas em 10 trilhas preestabelecidas,
cobrindo
todos os tipos fitofisionômicos dos campos rupestres da área. Os exemplares
coletados encontram-se depositados no Herbário da Universidade Federal de Viçosa
(VIC). A família Asteraceae encontra
-
se representada na área em estudo por 224 táxons,
sendo 219 espécies e 5 variedades, subordinadas a 56 gêneros e 11 tribos. As três
subfamílias, Barnadesioideae (1 gênero), Cichorioideae (15) e Asterioideae (40), estão
representadas. As tribos mais diversas são Eupatorieae (78 spp.), Vernonieae (38 spp.) e
Astereae (38 spp.). Os gêneros mais representativos são
Eupatorium
(38 spp.),
B
accharis
(29 spp.) e Vernonia (27 spp.). Três novas espécies foram descobertas,
Eupatorium sp.
nov., Mikania
sp. nov. e
Stevia
sp.nov.
, pertencentes a tribo Eupatorieae.
Estes resultados fazem do Parque Estadual do Itacolomi a área de campo rupestre no
Brasil, com o maior número de espécies de Asteraceae. A análise de distribuição
geográfica mostra que 69,2% dos táxons são restritos ao território brasileiro,
predominando nos padrões Brasil atlântico sudeste-sul e Brasil atlântico sudeste. A
composição florística do Parque Estadual do Itacolomi mostrou uma correlação com as
demais áreas de campo rupestre da Cadeia do Espinhaço, com influência de elementos
florísticos do Cerrado e da Mata Atlântica, representados por 72, 8% de elementos
generalistas. Os elementos especialistas correspondem a 61 táxons, restritos aos campos
rupestres da Cadeia do Espinhaço e/ou áreas adjacentes de Goiás, Mato Grosso e Pará.
O endemismo regional está representado por 40,6% dos táxons restritos ao Brasil,
destes 20,6% são restritos a Minas Gerais, e 1,9% são endêmicas do PEI. Na análise de
similaridade o PEI agrupou-se a Serra do Cipó ao nível de 0,35 da escala de Sorensen,
agrupamento justificado pela posição geográfica e similar influência do Domínio
xviii
Atlântico na composição florística de ambas as áreas. São apresentados em forma de
artigos científicos o tratamento sistemático das tribos amostradas, a distribuição
geográfica e similaridade florística do PEI com as demais áreas de campo rupestre da
Cadeia do Espinhaço
e a descrição taxonômica dos três novos táxons para ciência
.
xix
ABSTRACT
ALMEIDA, Gracineide S
elma
Santos de, D. Sc., Universidade Federal de Viçosa,
March 20
08.
Asteraceae Dumort. in the rocky fields of Itacolomi State Park,
Minas Gerais, Brazil.
Advise
r: Rita Maria de Carvalho-
Okano.
Co-Advisers: Jimi
Naoki Nakajima and Flavia Cristina Pinto Garcia
This work consisted of the floristic and taxonomic survey of Asteraceae in the
rocky fields (Campos rupestres) of the Itacolomi State Park (ISP), located in the
municipal districts of Ouro Preto and Mariana in Minas Gerais, as well as the analysis
of geographical distribution patterns of and floristic similarity with other areas of rocky
fields in the Espinhaço Range. The survey was carried out from August/2005 to
December/2007, by monthly visits to 10 preset trails, covering all the
phytophysiognomy of rocky fields in the region. The collected samples were de
posited
in the Herbarium of Federal University of Viçosa (VIC). The Asteraceae family was
represented in the study area by 224 taxons comprising 219 species and 5 varieties,
belonging to 56 genera and 11 tribes. The three subfamilies Barnadesioideae (1 gen
us),
Cichorioideae (15) and Asterioideae (40) were also represented. The most diverse tribes
were Eupatorieae (78 spp.), Vernonieae (38 spp.) and Astereae (38 spp.). The most
representative genera were
Eupatorium
(38 spp.),
Baccharis
(29 spp.) and
Vernonia
(27
spp.). Three new species were discovered,
Eupatorium
sp.nov.,
Mikania
sp. nov. and
Stevia
sp.nov., belonging to the tribe Eupatorieae. These results make the Itacolomi
State Park the area of rocky field in Brazil with the largest number of Asteraceae
species. The analysis of geographical distribution showed that 69.2% of taxons are
restricted to the Brazilian territory, predominant in the pattern Atlantic southeast-
south
Brazil and Atlantic southeast Brazil. The floristic composition of the Itacolomi S
tate
Park showed correlation with the other rocky field areas of the Espinhaço Range, with
influence of floristic elements from the Cerrado and the Atlantic Forest, represented by
72.8% of generalist elements. The specialist elements correspond to 61 taxons that are
restricted to the rocky fields of the Espinhaço Range and/or the adjacent areas of Goiás,
Mato Grosso and Pará. Regional endemism is represented by 40.6% of taxons restricted
to Brazil, of these 20.6% are restricted to Minas Gerais, and 1.9% are endemic to ISP.
The similarity analysis grouped ISP with Cipó Range at the level 0.35 of the Sorensen
scale, which was justified by the geographical position and similar influence of the
Atlantic Domain on the floristic composition of both areas. The systematic treatment of
xx
the sampled tribes, the geographical distribution and the ISP floristic similarity with the
other areas of rocky field in the Espinhaço Range and the taxonomic description of the
three new taxons for science are presented in form of sc
ientific articles.
1
INTRODUÇÃO
GERAL
Asteracea
e
compreende 1.535 gêneros e aproximadamente 23.000 32.000
espécies amplamente distribuídas (Pruski & Sancho 2004), exceto na Antártida (Katinas
et
al.
2007)
.
A família encontra-se bem representada em regiões tropicais, subtropicais e
temperada, sendo mais abundante em formações campestres e montanhosas e menos
freqüente em formações florestais (Cronquist 1981). Nos neotrópicos estima-se que
existam aproximadamente 580 gêneros e 8.040 espécies (Pruski & Sancho 2004). No
Brasil a família encontra-se representada por aproximadamente 196 gêneros e 1.900
espécies (
Barroso
et al. 1991), sendo este número subestimado, considerando os 17 anos
recentes de trabalhos ainda não contabilizados. Segundo Hind (1993), cerca da metade das
espécies ocorrem no Novo Mundo, sendo estimada para flora brasileira aproximadamente
3.000 espécies,
principalmente
distribuídas, nas regiões de vegetação árida, semi-árida e
montanhosas (Hind 1
993).
A história fóssil de Asteraceae tem revelado uma possível origem no Mioceno
inferior e médio. Entre os registros fósseis mais antigos, está o fóssil polínico de
Echitricolporites
, identificado como pertencente ao complexo AHH=Astereae-
Heliantheae
-Helenieae, tipo datado do Eoceno encontrado no Estado do Rio de Janeiro,
Brasil (Graham 1996). Segundo Salgado-Labouriau (1994), as Asteraceae que no início
eram pouco freqüentes, vão constituir no Quartenário uma das grandes famílias de plantas.
Entretant
o, o não estabelecimento de registro fóssil de Barnadesieae tem dificultado o
entendimento da história geológica da família (Graham 1996), uma vez que estudos
filogenéticos moleculares têm demonstrado ser esta subfamília a mais primitiva dentre as
três sub
famílias de Asteraceae (Bremer & Jansen 1992).
Tanto a análise dos registros fósseis como os estudos de biogeografia têm sugerido
que o centro de origem da família tenha sido provavelmente o sudeste da América do Sul,
sendo o Brasil o centro de origem dos gêneros mais primitivos. Bremer (1994), através do
método de estimativa de área ancestral, cita o Brasil como centro de origem de
Wunderlichia
e salienta que os resultados encontrados na aplicação do referido método,
reafirmam a América do Sul como centro
de origem da família.
Dentre as angiospermas, a família é altamente eficiente e talvez uma das mais
natura
is
dentro das dicotiledôneas. A chave para este sucesso é baseada na ecologia da
polinização associada com uma inflorescência bem especializada e o
rganizada
, de grande
significância ecológica (
Nani & Saravanan
1999).
2
Os capítulos pseudânticos e o mecanismo especializado de apresentação de pólen,
juntamente com um distinto grupo de repelentes químicos, distinguem Asteraceae de todas
as outras. Leppik (1977), estudando a forma e função dos diversos tipos de capítulos de
Asteraceae, relacionando-os à reação sensitiva e freqüência de visita dos polinizadores,
observou que todos os tipos de capítulo estudados imitavam algum tipo de padrão floral
existent
e em flores solitárias; e ainda, que os diferentes capítulos parecem ser uma
repetição sumária da seqüência evolutiva das flores solitárias. Conclui que o
desenvolvimento pseudântico do capítulo pode ser explicado pela pressão seletiva dos
polinizadores.
Estudos filogenéticos têm evidenciado a monofilia da família, com limites bem
estabelecidos e conspicuamente distintos, apresentando uma certa uniformidade nos
caracteres reprodutivos, tais como a ordenação das flores em capítulos, conação das
anteras, com deiscência introrsa, exposição secundária de pólen, estilete colunar com
função de embolo e uniformidade geral da cipsela (Bentham 1873a; Cronquist 1977,
1988).
Os resultados oriundos de análises cladísticas baseadas em evidências morfológicas
e moleculares têm contribuído para desvendar alguns padrões evolutivos na família (Jansen
et al. 1990; Bremer & Jansen 1992; Karis 1993; Jansen & Kim 1994; Judd et al., 1999;
Panero & Funk 2002). Vários clados maiores de grupos monofiléticos com mais de uma
tribo estão agora bem estabelecidos. Entretanto, ainda um grande número de clados
pouco conhecidos para serem resolvidos (Bremer 1994).
O critério de classificação ainda mais aceito para a família é o desenvolvido por
Bremer (1994), dada principalmente ao seu cunho didático e fundamento morfológico.
Baseado em análises cladísticas, utilizando dados morfológicos e moleculares, divide a
família em três subfamílias, Barnadesioideae, Cichorioideae, Asterioideae e 17 tribos.
Apesar de existirem classificações mais recentes como Pruski & Sancho (2004), Panero &
Funk (2002) e
Kadereit
et al. (2007), ambas baseados em dados moleculares, estas trazem
inflações tribais e genéricas e limites taxonômicos ainda incertos, necessitando de estudos
com um maior número de espécies, para que possam ser consideradas.
Dentre os estudos das espécies brasileiras de Asteraceae constam os trabalhos os de
Gardner (1845; 1846) e Baker (1873; 1876; 1882; 1884) este último, o único que trata da
família como um todo, onde são descritos 150 gêneros e 1290 espécies. Depois da década
de 70, os estudos da família no Brasil se intensificaram e trabalhos como os de Esteves
(2001),
Handro
et al. (1970), Hind (1992; 1993; 1995; 2003)
;
Leitão
-Filho & Semir
(1987),
Mondim (1996), Morais (1997), Pereira (1989; 2001), Semir (1991), Roque &
3
Pirani
(1997
),
Roque & Nakajima (2000), Magenta (1998), Nakajima (2000; 2001) e
Ritter (1990; 2002) entre outros, têm revelado a grande diversidade da família no Brasil.
Em Minas Gerais, apesar da reconhecida importância da família Asteraceae na
composição florística das diversas formações vegetacionais e especificamente nos campos
rupestres, existem apenas os levantamentos de Leitão Filho & Semir (1987), na Serra do
Cipó, onde a família predominou com 169 espécies; Nakajima (2001), na Serra da
Canastra sendo levantadas 215 espécies. Hind (2003), em Grão-Mogol, onde novamente a
família é uma das mais numerosas com 81 espécies; Nakajima (com. pess.), na Serra de
Ouro Branco, estando à família representada por 78 espécies. Muitas das áreas de campo
rupestre no estado ainda não apresentam estudos florísticos de Asteraceae. Fato este de
grande importância, principalmente se considerarmos que segundo Mendonça & Lins
(2000)
das 538 espécies de plantas ameaçadas em Minas Gerais, 67%, cerca de 351
espécies,
ocorrem nos campos rupestres. Desta forma, estando a família Asteraceae como
uma das mais representativas nesta formação vegetacional, muitas são as espécies
endêmicas destes campos rupestres, com risco de extinção.
O campo rupestre é um ecossistema de inestimável interesse científico e
paisagístico, com uma formação vegetal bastante diversificada. Ocorre em altitudes
superiores a 900 m e está associado com a cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, Chapada
Diamantina na Bahia e em suas disjunções em Goiás, na chapada dos Veadeiros e Serra
dos Pirineus (Giulietti et al. 1987). Nestas coberturas metassedimentares, encontram-se os
complexos rupestres de quartzito e arenito, considerados, por muitos, como refúgios
ecológicos, dado o alto índice de endemismo (Giulietti 1986; 1988; 1994; 2000).
Segundo Benites et al. (2003), os campos rupestres estão normalmente associados
ao cerrado, como é o caso da Serra do Cipó (MG), mas também pode ocorrer associado à
Caatinga como na Chapada Diamantina (BA) ou até mesmo com a floresta estacional
semidecidual, como no Ibitipoca (MG). A vegetação dos campos rupestres consiste
basicamente em dois grandes grupos: os campos, onde são observadas espécies herbáceas
crescendo sobre solo areno-pedregoso, com elevado número de indivíduos e os
afloramentos rochosos, onde predominam os arbustos e subarbustos, que fixam suas raízes
nas fendas das rochas ou aglomeram-se em pequenas depressões dentro do próprio
afloramento, onde pode haver maior deposição de areia, resultante da decomposição das
rochas e matéria orgânica. Segundo Guedes & Orges (1998), o campo rupestre difere do
cerrado por ocorrerem em solos com afloramentos rochosos,
por
estarem em elevadas
altitudes e por possuírem uma flora predominantemente de pequenos arbustos em
decorrência do déficit hídrico no substrato, mesmo na estação chuvosa. Ainda segundo os
4
mesmos autores, a vegetação é pouco conhecida e rica em espécies endêmicas, sendo
fortemente adaptada às flutuações diárias extremas de temperatura e umidade. Para Harley
(1995), as áreas de campos rupestres são isoladas pela altitude dos outros tipos de
vegetação, o que funciona como barreira para migração das espécies.
O Parque Estadual do Itacolomi (PEI), unidade conservação criada pela Lei 4465
de 14 de Junho de 1967, ocupa uma área de 7.000 ha, em Minas Gerais, nos municípios de
Ouro Preto e Mariana, entre os paralelos 20º 22’ 30” e 20º 30’ 00” de Latitude Sul e os
meredianos 43º 32’ 30” e 43º 22’ 30” de Longitude Oeste, abrangendo toda a Serra do
Itacolomi. A altitude varia de 1.100 a 1.772 m sendo o ponto mais alto o Pico do Itacolomi
(Figuras 1, 2, 3). Situado no extremo oeste dos domínios da M
ata
Atlântica, na zona de
transição com o Cerrado, compondo o limite sul da cadeia do Espinhaço. Sua vegetação é
composta por floresta estacional semidecidual, capões
de galeria e campo
s
rupestre
s.
Os campos rupestres do PEI abrangem as áreas acima de 1.200 m.s.m, apresentando
seis
tipos de formações vegetacionais (Figura 3): capões de mata de
galeri
a, capões de
mata de encosta seca, campos graminosos secos, campos graminosos úmidos, campos de
afloramentos rochosos quatzíticos ou filíticos e manchas de campos ferruginosos (adaptado
de Peron 1989; Messias et al. 1997; Dutra 2005). As trilhas preestabelecidas para
amostragem abrangem todas estas fitofisionomias, inclusas no campo rupestres como pode
ser vista na figura 2.
O clima da região é caracterizado como de altitude, relativamente úmido, com
nevoeiros freqüentes e ventos dominantes na direção sudeste. Para a região da Cadeia do
Espinhaço, Giulietti (19
87)
descreve o clima como sendo mesotérmico (Cwb de Köppen),
com verão suave, chovendo na estação quente e com média anual de 17,4º - 19,8ºC; a média
nos meses quentes é abaixo de 22ºC. A estação chuvosa dura entre 7-8 meses, enquanto o
período seco dura em média de 3-
4 meses e coincidem com o inverno. A pluviosidade média
anual na região sul da Cadeia do Espinhaço é de 1.500
mm.
5
10
9
Figura 1
. Mapa de localização, altimetria e trilhas do Parque Estadual do Itacolomi: 1.Estrada de Cima; 2.Estrada de
Baixo; 3. Morro do
Cachorro; 4.Lagoa Seca; 5. Trilha do Pico; 6. Tesoureiro; 7. Serrinha; 8. Sertão; 9. Casa do Bruno; 10. Calais.
6
1 2
3 4
5 6
Figura
2
. Imagens de satélite das trilhas: 1. Estradas, Calais, Morro do Cachorro; 2. Morro do
Cachorro (campos de afloramen
tos), Lagoa Seca; 3. Serrinha e Sertão; 4. Tesoureiro (Campo
ferruginoso); 5. Lagoa Seca (Campos de afloramentos e capões); 6. Trilha do Pico do Itacolom
i.
Fonte: Google Earth versão 4.2 (http:// earth.google.com)
7
Figura 3
. Fitofisionomias do
s campos rupestres do
Parque Estadual do Itacolomi:1. Capão
de
mata
de encosta seca; 2. Capão de
mata de galeria
; 3. Campo de afloramento
s
rochoso
s
; 4.
Campo ferruginoso; 5. Campo graminoso úmido; 6. Campo graminoso seco
.
1 2
3 4
5 6
8
Trabalh
os relacionados mais diretamente com a flora do Parque Estadual do
Itacolomi são os de Badini (1940a, 1940b); Lisboa (1956, 1971), uma descrição dos
aspectos gerais da flora da região de Ouro Preto; Peron (1989) com uma listagem da
flora fanerogâmica dos campos rupestres do Parque, listando 75 espécies da família
Asterac
eae; Messias et al. (1997), um levantamento florístico das matas e distribuição
de espécies endêmicas do Parque, onde foram listadas 74 espécies da família e Brandão
et al. (1994), que compa
ra
ra
m os aspectos físicos e florísticos de algumas áreas de
campos rupestres do estado de Minas Gerais, incluindo o Itacolomi, para onde foram
amostradas 50 espécies de Asteraceae. Os referidos trabalhos
salientam
a grande
representatividade da família Asteraceae nesta área. No entanto, é clara a
subamostragem da família nos levantamentos, principalmente se comparados com
outras áreas de c
ampo
rupestre de Minas Gerais, evidenciada pelo pequeno número de
gêneros em algumas tribos e de espécies características de campo rupestre, justificando
a realização deste trabalho.
O avanço para uma melhor compreensão da sistemática de Asteraceae no Brasil
depende de análises taxonômicas amplas, criteriosas e cuidadosas dos s
eus
diversos
táxons. Além disso, o conhecimento mais profundo de nossa diversidade obtido com os
levantamentos florísticos intensivos realizados principalmente em regiões pouco
conhecidas, podem revelar não somente a riqueza florística e as espécies novas, mas
também as variações morfológicas não descritas anteriormente. Essas variações podem
se mostrar úteis em qualquer nível taxonômico superior dependendo da sua constância
dentro e entre os táxons (Nakajima 200
0
).
Diante da grande representatividade da família Asteraceae nos campos rupestres
da Cadeia do Espinhaço e da necessidade de estudos desse grupo taxonômico,
especialmente nos campos rupestres da porção sul, como exposto anteriormente. São
apresentados neste trabalho os sete artigos resultantes do Projeto de tese intitulado
“Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do Itacolomi, Ouro
Preto
Mariana, Minas Gerais, Brasil.”
9
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14
Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Barnadesieae e Mutisieae
1
Gracineide Selma Santos de Almeida
2,3,5
, Rita Maria de Carvalho Okano
2
, Jimi Noaki
Kakajima
4
e Flavia Cristina Pinto Gar
cia
2
RESUMO
(Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Barnadesieae e Mutisieae). O estudo das tribos
Barnadesieae e Mutisieae é parte do levantamento florístico das espécies de Asteraceae
nos campos rupestres do Parque Estadual do Itacolomi (PEI) em Minas Gerais,
realizado através de coletas mensais no período de agosto de 2005 a agosto de 2007.
Para as duas tribos foram identificadas 21 espécies pertencentes a seis gêneros:
Dasyphyllum
Kunth com quatro espécies e uma variedade;
Chaptalia
Vent.(quatro),
Gochnatia
Kunth. (três),
Mutisia
L.f. (uma),
Richterago
Kuntze (seis) e
Trixis
P. Br.
(três). Destas espécies, a maioria é restrita aos Campos Rupestres da Cadeia do
Espinhaço ou áreas disjuntas, sendo quatro endêmicas de Minas Gerais. São
apresentadas chaves de gêneros e espécies, diagnoses, discussões taxonômicas,
distribuições geográficas e ilustrações.
Palavras
-
chave:
Asteraceae, Barnadesieae, Mutisieae, Campos Rupestres, Parque
Estadual do Itacol
omi.
ABSTRACT - (Asteraceae Dumort. in “Campos Rupestres” of the Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brazil: Barnadesieae and Mutisieae). The study of the tribes
Barnadesieae and Mutisieae is part of the floristic
inventory
Asteraceae species in t
he
“c
ampos
rupestres” of the Parque Estadual do Itacolomi (PEI) in Minas Gerais. The
collections was carried out beteween in the period from August 2005 to August 2007.
For the two tribes there were identified 21 species belonging to six generas:
1
Parte da tese de Doutorado da primeira autora
2
Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Vegetal, Campus Universitário, 36570
-000,
Viçosa, MG, Brasil.
3
Universidade do Estado da Bahia, Departamen
to de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, BR 101, Km
2, 48100
-
000, Alagoinhas, Bahia, Brasil.
4
Universidade Federal de Uberlândia, Departamento de Biociências, Uberlândia, MG, Brasil.
5
Autora para correspondência: [email protected]
15
Dasyphy
llum
Kunth with four species and one variety;
Chaptalia
Vent. (four species
),
Gochnatia
Kunth. (three species
),
Mutisia
L.f. (one species
),
Richterago
Kuntze (six
species
) and
Trixis
P. Br. (three species). Of these species, most is restricted to
“C
ampos
R
upestres
16
no Novo Mundo (Breme
r 1994). Estudos filogenéticos têm demonstrado que Mutiseae é
polifilética, sendo que as subtribos Gochnatiinae e Mutisiinae não são monofiléticas,
enquanto que Nassauviinae é monofilética confirmando o posicionamento basal da
maioria dos gêneros sul-
ameri
canos (Kim et al. 2002). A tribo é caracterizada pela
presença de corola bilabiada com limbo anterior 3-lobado e posterior 2-lobado, anteras
caudadas e estiletes com ramos glabros ou papilosos (Bremer 1994).
Trabalhos realizados vêm demonstrando a elevada diversidade florística nos
campos rupestres da Cadeia do Espinhaço (Giulietti et al. 1987; Hind 1995, 2003;
Roque & Pirani 1997). Segundo Zappi et al. (2002), por apresentarem uma expressiva
diversidade de microambientes, estas áreas apresentam uma alto grau de endemismo e
um grande número de plantas ainda não conhecidas, de acordo com Costa et al. (1998),
configurando como áreas de importância ecológica e de valor extremo.
Os levantamentos florísticos do Parque Estadual do Itacolomi (
Badine
1939;
Lisboa
1971; Peron 1989
;
Brandão
et al. 1994 e Messias et al. 1997
),
revelam a
representatividade
da família Asteraceae nesta área. No entanto,
percebe
-se nitidamente
a subamostragem da família nestes levantamentos, principalmente, se comparad
os
com
outras áreas
de
c
amp
o rupestre da Cadeia do Espinhaço; evidenciada pelo pequeno
número de espécies em algumas tribos, dentre elas Barnadesieae e Mutisieae,
muitas
delas
endêmicas
de campo
s
rupestre
s.
Neste trabalho são apresentados o levantamento florístico das espécies de
Barnadesieae e Mutiseae nos campos rupestres do Parque Estadual do Itacolomi; chave
analítica de identificação dos táxons, descrição, distribuição geográfica e ilustrações dos
mesmos.
Material e métodos
O Parque Estadual do Itacolomi (PEI), unidade conservação criada pela
Lei
4465 de 14 de Junho de 1967, ocupa uma área de 7.000 ha, nos municípios de Ouro
Preto e Mariana em Minas Gerais, entre os paralelos 20º 22’ 30” e 20º 30’ 00” de
Latitude Sul e os meridianos 43º 32’ 30” e 43º 22’ 30” de Longitude Oeste, abrangendo
toda a Serra do Itacolomi (Peron 1989 ; Messias et al. 1997), compondo o limite sul da
Cadeia do Espinhaço. A altitude varia de 1.100 a 1.772 m
.s.m
sendo o pon
to mais alto o
Pico do Itacolomi.
17
Os campos rupestres do PEI abrangem as áreas acima de 1.200 m.s.m,
apresentando cinco tipos de formações vegetacionais: capões de mata que acompanham
os cursos d’água, capões de mata das encostas secas, campos graminosos secos, campos
graminosos úmidos e os campos de afloramentos rochosos quartzíticos (Peron 1989).
O
clima da região é caracterizado como de altitude, relativamente úmido, com nevoeiros
freqüentes e ventos dominantes na direção sudeste. Para a região da Cadeia do
Espinhaço, Giulietti (19
8
7) descreve o clima como mesotérmico (Cwb d
e Köppen), com
verão suave, chovendo na estação quente e com média anual de 17,4º - 19,8ºC; a média
nos meses quentes é abaixo de 22ºC. A estação chuvosa dura entre 7-8 meses, enquanto
o período seco dura em média de 3
-
4 meses e coincide com o inverno.
Os
solos são do tipo arenoso claro associado ao quartzito e argiloso com
predomínio de latossolos vermelho-amarelos, podendo ser encontrados latossolos
predominantemente em relevos ondulados e glainados e os litossolos em relevos mais
escarpados. Na maioria das áreas o solo é raso, com pouca matéria orgânica sobre a
rocha, rico em ferro e alumínio trocáveis, podendo haver áreas de solo inexistente
(Benites 200
3
).
As coletas do material botânico foram realizadas mensalmente com duração de
três dias cada, no período de agosto de 2005 a
agosto
de 2007. O material coletado foi
herborizado conforme as técnicas de Fidalgo & Bononi (1984) e incorporado ao
Herbário VIC, do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de
Viçosa. A identificação das espécies foi realizada por meio da literatura específica,
comparaç
ões
com coleções, através de
consulta
aos Herbários da
OUPR
, BHCB, SPF e
R
B
e consulta a especialistas
, quando
necessário.
A classificação adotada para subfamílias, tribos e gêneros foram baseados em
Bremer (1994). A terminologia utilizada para as descrições morfológicas está de acordo
com Radford et al. (1974) e com a literatura taxonômica pertinente à família. As
estruturas vegetativas e reprodutivas foram analisadas em estereomicroscópio e os
detalhes florais foram analisados em capítulos conservados em solução de álcool 70% .
As chaves de identificação e as diagnoses das espécies foram feitas de acordo com a
variação morfológica dos exemplares examinados. As ilustrações
foram
confeccionadas
co
m auxílio de uma câmara-clara acoplada a estereomicroscópio Zeiss, inclui
ndo
aspecto geral do ramo, bem como, as partes reprodutivas importantes na identificação
das espécies
.
18
Os dados sobre a distribuição geográfica das espécies
foram
obtidos na literatu
ra
e nas etiquetas dos materiais herborizados dos acervos consultados.
Resultados e discussão
No PEI, para as duas tribos foram identificadas 21 espécies e uma variedade
pertencentes a seis gêneros, estando Barnadesieae representada por
Dasyphyllum
Ku
nth
com quatro espécies e uma variedade e Mutisieae representada por cinco gêneros:
Richterago
Kuntze com seis espécies,
Chaptalia
Vent. (quatro),
Gochnatia
Kunth.
(três),
Trixis
P. Br. (três) e
Mutisia
L.f. com uma espécie.
Barnadesieae
1. Dasyphyllum
K
unth, Nov. gen.
s
p. 4:13. 1820
Arbustos
eretos ou escandentes, com espinhos axilares, geminados, retos ou
recurvados.
Folhas alternas, pecioladas. Capítulos solitários ou racemo-
corimbosos,
terminais, homógamos. Invólucro campanulado, brácteas involucrais multisseriadas,
imbricadas. Receptáculo plano, cerdoso ou cerdoso com páleas membranáceas. Flores
numerosas hermafroditas, corola actinomorfa, pentalobada ou zigomorfa
(pseudobilabiada); anteras oblongas com base sagitada e apêndice bilobado; ramos do
es
tilete curtos, agudos, ápice papiloso. Cipsela obovóide denso velutínea. Papilho
plumoso.
Chave para identificação das espécies de
Dasyphyllum
do Parque Estadual do Itacolomi
1. Invólucro até 15 mm compr.; receptáculo com 8-12 páleas
lineares......................................................................................1.2.
D. flagellare
1. Invólucro de 25
35 mm compr.; receptáculo sem páleas.
2. Ramos com espinhos curtos (2
-
4 mm)
3. Capítulos pedunculados; flores com tubo externament
e viloso..........................
..............................................................................................1.3.
D. fodinarum
3. Capítulos sésseis; flores com tubo externamente glabro.....................................
...................................................................1.5.
D. sprengelianum var. inerme
2. Ramos com espinhos longos (6
-
18 mm)
19
4. Espinhos retos; folhas com face abaxial glabra.................................................
......................................................1.4. D. sprengelianum
var.
sprengelianum
4. Espinhos recurvados; folhas com face abaxial incano
-
velutíneas.....................
........................................................................................1.1.
D. candolleanum
1.1. Dasyphyllum candolleanum (Gardner) Cabrera, Revista Mus. La Plata, Secc. Bot.
9: 86. 1959.
Fig. 1
Arbusto 1,5 m alt., ereto; ramos lenticelados, puberulentos, espinhos recurvados,
longos, 10-18 mm compr. Folhas elípticas, 3-
4,5x1,5
-2 cm, ápice apiculado, margem
inteira, base atenuada, faces adaxial velutínea, abaxial incano-velutínea. Capítulos
isolados, sésseis; invólucro 30-35 mm compr., brácteas involucrais 7-8 séries, externas
obovadas, glabras, margem ciliada, internas lanceola
das com dorso seríceo. Receptáculo
com cerdas douradas. Flores 25-30, creme, corola tubulosa, 16-18 mm, profundamente
pentalobada, tubo glabro, lobos vilosos. Cipsela 7-9 mm compr., densamente albo-
velutínea. Papilho 10
-
15 mm compr., plumoso, castanho.
Ma
terial examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha do Sertão,
27/I/2006
, fl. fr.,
Almeida
et al. 270
(VIC).
No Brasil esta espécie é encontrada nos estados de Pernambuco, Bahia, Distrito
Federal, Goiás e Minas Gerais (Hind 2003). No PEI encontra-se restrita a pequenas
populações em campo graminoso seco. Distingue-se de D. sprengelianum (Gardner)
Cabrera pelos espinhos recurvados e folhas com face abaxial incano-velutíneas e de
D.
velutinum
(Baker) Cabrera, a espécie mais próxima, pelo número menor de flores, e
pelo indumento incano-velutíneo mais esparso em ambas as faces ou glabrescente na
face adaxial das folhas. Segundo Hind (2003), a presença de corola com tubo longo-
pubescente é a característica mais forte que separa D. velutinum de D. cand
olleanum
,
sendo este caráter mais consistente que aqueles propostos por Cabrera (1959).
1.2. Dasyphyllum flagellare
(Casar.)
Cabrera, Revista Mus. La Plata, Secc. Bot. 9: 60.
1959.
Fig. 2
-5
Arbusto 2 m alt., escandente; caule puberulento, ramos jovens
spidos,
armados, espinhos recurvados, curtos 1,5-2 mm compr. Folhas oval-lanceoladas, 2-
3,5x1-1,5 cm, ápice mucronado-espinhoso, margem inteira, base obtusa, face adaxial
20
glabrescente, face abaxial esparso-tomentosa com tricomas dourados. Capítulos 2-5
so
litários, axilares, pedunculados; invólucro 13-15 mm compr., brácteas involucrais 8-
9
séries, ápice mucronado, margem ciliada, externas obovadas, albo-tomentosas na
metade superior, internas lanceoladas, dourado-tomentosas. Receptáculo com cerdas
douradas,
8-12 páleas lineares. Flores 20-25, creme, tubulosas, 8-10 mm, tubo glabro e
lobos albo-tomentosos. Cipsela 2-2,5 mm compr., densamente albo-velutínea. Papilho
7-
9 mm comp., plumosos, plumas com eixo dourado e glanduloso.
Material examinado:
BRASIL
.
Mina
s Gerais
:
Ouro Preto, PEI
,
Trilha da Lagoa
Seca
,
27/VII/2006, fl. fr.,
Almeida et al.
504 (VIC)
.
No Brasil
D.
fl
agellare
é encontrada amplamente distribuída pela região sudeste
(Hind 2003). No PEI foi encontrada em populações pequenas, restritas a trilha da
Lagoa Seca e a trilha da Casa do Bruno, ambas, em capão de mata de encosta seca. Esta
espécie se diferencia das demais do gênero encontradas no PEI, pelo hábito arbustivo
escandente e por apresentar invólucro bem menor (13
-
15 mm).
1.3. Dasyphyllum fo
dinarum
(Gardner) Cabrera, Revista Mus. La Plata, Secc. Bot. 9:
84. 1859.
Fig. 6
-10
Arbusto 1,2 m alt., ereto; caule puberulento, ramos jovens híspidos, armados,
espinhos recurvados, curtos de 2-4 mm compr. Folhas oval-lanceoladas, 3-6x1-1,5 cm,
ápice apiculado, margem inteira, base obtusa, quando jovem serícea em ambas as faces,
quando adultas glabrescentes a glabras. Capítulos solitários ou 2-3 em racemos,
pedu
nculados, envolvidos por um conjunto de folhas basais; invólucro 25-32 mm
compr.,
brácteas involucrais 8-9 séries, externas obovadas, ápice apiculado, margem
ciliada, glabrescentes, internas lanceoladas, densamente seríceas. Receptáculo com
cerdas douradas. Flores 25-30, creme, pseudobilabiadas, 18-22 mm, tubo e lobos
vilosos. Cipsela 15-16 mm densamente albo-velutínea. Papilho plumoso, plumas com
eixo castanho
-
avermelhado.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da
Estrada de Baixo, 23/VIII/2005, fl. fr.,
Almeida
et al. 66 (VIC); Trilha da Estrada de
Cima, 19/IV/2006, fl.
fr., Almeida et al
. 386 (VIC)
.
No Brasil D. fodinarum é encontrada apenas em Minas Gerais (Cabrera 1959).
No PEI foi encontrada em capão de mata de encosta, acima de 1300 m. Distingue-se de
21
D. sprengelianum (Gardner) Cabr., espécie mais próxima, pelos espinhos curtos (2-4
mm compr.), capítulos pedunculados e tubo da corola viloso.
1.4. Dasyphyllum sprengelianum
var.
sprengelianum (Gardner) Cabrera, Revista Mus.
La Plata, Secc. Bot. 9: 92. 1959.
Fig. 16
Arbusto 1,5 m alt., ereto, ramos glabros, lenticelados, armados, espinhos retos,
longos, 6- 10 mm compr. Folhas elíptico-lanceoladas, 4-
7x1,5
-3 cm, ápice acuminado,
margem inteira, base atenuada, quando adultas glabrescentes a glabras. Capítulos
solitários, sésseis; invólucro 30-35 mm compr., brácteas involucrais 10-12 séries,
margem ciliada, externas ovadas, internas lanceoladas, glabras. Receptáculo com cerdas
douradas. Flores 45
-
50, amarelo
-
claras, tubulosas, 18
-
20 mm, tubo glabro, lobos longo
-
setosos. Cipsela 8-10 mm compr., densamente griseo-
tomentosa
. Papilho 15-18 mm
compr., plumoso, creme.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha do Sertão,
02/
XII
/2005
, fl. fr.,
Almeida et al
. 199
(VIC)
.
1.5. Dasyphyllum sprengelianum
var.
inerme (Gardner) Cabrera, Revista Mus. La
Plata, Secc
. Bot. 9(38): 92. 1959.
Fig. 11
-15
Arbusto 1,8 m alt., ereto, ramos glabros, lenticelados, inermes ou com espinhos
curtos (2
-
4 mm) e caducos
.
Folhas elíptico
-lanceoladas,
4
-
5,5x1
-
1,5 cm,
ápice
agudo às
vezes obtuso, margem inteira, base atenuada,
glabras
. Capítulos solitários, sésseis;
invólucro 25-30 mm compr., brácteas involucrais 8-10 séries, margem ciliada, externas
ovadas, internas lanceoladas, glabras, lustrosas. Receptáculo com cerdas douradas.
Flores 48-50, amarelo-claras, tubulosas, 18-20 mm, tubo glabro, lobos
longo
-
setosos.
Cipsela
6-8 mm compr., densamente
griseo
-
tomentosa
. Papilho 15-18 mm compr.,
plumoso, creme.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Mariana, PEI,
Trilha d
a
S
errinha
,
30/V/200
6, fl. fr.,
Almeida
et al.
410 (VIC)
.
No Brasil esta espécie é encontrada nos estados de Minas Gerais, São Paulo,
Mato Grosso e Goiás (Cabrera 1959). No PEI foram encontradas as duas variedades,
sendo a var.
sprengelianum
encontrada em campo graminoso seco e a var. inerme na
borda de capão de mata em vertentes no campo rupestre. Foi observado também, que os
22
indivíduos perdem completamente as folhas na estação seca, como mencionado por
Roque & Pirani (1997).
Segundo Cabrera (1959), a var.
sprengelianum
é determinada pela presença dos
espinhos longos e persistentes e das folhas com ápice acuminado, contrastante com a
var.
inerme
com espinhos curtos, caducos e folhas de ápice obtuso. D. latifolium
(Gardner) Cabrera é a espécie mais próxima, diferenciando-se principalmente pelas
folhas mais largas, de ápice obtuso e base arredondada. Roque & Pirani (1997)
considera o tamanho do invólucro, o mero de flores e a distribuição geográfica para
distinguir as duas espécies.
Mutisieae
Chave para identificação dos gêneros de Mutisieae do Parque Estadual do It
acolomi
1. Planta ginodióica com tricomas do tipo “T”...............................................3.
Gochnatia
1. Planta ginomonóica com tricomas de outros tipos
2. Cipsela não
-
rostrada
3. Planta volúvel; folhas pinaticompostas com gavinha terminal; papilho
plumoso................................................................................................4.
Mutisia
3. Planta não volúvel; folhas inteiras sem gavinha; papilho cerdoso.
4. Papilho basalmente conado em anel, persistente; flores alvas ou lilás
......................................................................................................5.
Richterago
4. Papilho livre, persistente ou caduco; flores amarelas..............................6.
Trixis
2. Cipsela rostrada, raro atenuada no ápice..................................................2.
Chaptalia
2.
Chaptalia
Vent., Descr. Pl. Nouv. Jard. Cels: tab. 61. 1802.
Ervas perenes, ginomonóicas.
Folha
s rosulado-basais. Capítulos solitários.
Invó
lucro campanulado, brácteas involucrais de 4-8 séries, imbricadas. Receptáculo
plano, alveolado, glabro. Flores trimorfas ou dimorfas: radiais femininas,
bilabiadas
;
intermediárias femininas, liguladas ou curto-filiformes; centrais hermafroditas,
tubulosa
s ou bilabiadas; anteras sagitadas na base, ápice agudo; ramos do estilete curtos,
obtusos, papilosos. Cipsela fusiforme, 4
-
8 costada, rostrada. Papilho cerdoso.
23
Chave para as espécies de
Chaptalia
do Parque Estadual do Itacolomi
1. Folhas com face abaxi
al amarronzada; flores dimorfas.......................2.3.
C. martii
1. Folhas com face abaxial alba; flores trimorfas
2. Folhas linear
-lanceoladas; flores 35-
40.................................2.1.
C. graminifolia
2. Folhas obovado
-espatuladas ou
lirado
-
pinatífidas; flores 100
-220
3. Folhas obovado-espatuladas; brácteas involucrais completamente verdes;
flores 200
-
220, brancas.......................................................2.2. C. integerrima
3. Folhas lirado-pinatifidas; brácteas involucrais com ápice e margem vináceos;
flores 100
-
150, róseas.................................................................2.4.
C. nutans
2.1. Chaptalia graminifolia (Dusen) Cabr., in Ilustr Fl. Catar.,1 (Compositae tribe
Mutiseae): 60. 1973
Fig. 17
-21
Erva
diminuta, até 0,1 m alt. Folhas rosuladas, linear-lanceoladas, 4-
6x0,2
-
0,5
cm, ápice agudo, margem inteira, revoluta, base atenuada; face adaxial glabra, abaxial
albo
- tomentosa. Capítulo em escapo delgado, densamente albo-velutíneo; invólucro
10-15 mm compr., brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas, as externas vilosas, as
internas glabras. Flores 35-40, brancas, trimorfas: radiais liguladas, 8-10 mm,
intermediárias curto-liguladas, 4-5 mm, centrais bilabiadas, 5-6mm. Cipsela 1,5-2 mm
compr., 4
-
6 co
stada, glabra, glandulosa. Papilho 5
-6 mm compr., cerdas alvas.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI
,
Trilha da Lagoa
Seca
,
23/
VIII
/ 2005
, fl. fr.,
Almeida
et al. 86
(VIC)
.
No Brasil, esta espécie é referida para os estados de Paraná e Santa Catarina
(Cabrera & Klein 1973). Esta é a primeira citação de ocorrência de
C. graminifolia
para
o estado de Minas Gerais.
No PEI, a espécie foi coletada em campo graminoso, próximo
a afloramentos rochosos, em uma única trilha. Distingue-se de
C.
runcinata H.B.K.,
espécie mais próxima, pelas folhas maiores em comprimento, sempre inteiras e de
consistência mais dura, além da cipsela curto-
rostrada (Cabrera & Klein 1973).
2.2.
Chaptalia integerrima
(Vell.) Burk., Darwiniana 6: 576. 1944.
24
Figuras 1
-
16. 1.
D
asyphyllum c
andolleanum
(Gardner) Cabrera. 1. Ramo (
Almeida et al. 270
). 2
-5.
Dasyphyllum
flagellare
(Casar.) Cabrera. 2. Ramo. 3. Detalhe dos espinhos. 4. Flor. 5. Corola em abertura longitudinal.
(Almeida et al.
504
). 6-
10.
Dasyphyllum fodinarum (Gardner) Cabrera. 6. Ramo. 7. Detalhe da folha. 8. Flor. 9.
Corola em abertura longitudinal. 10. Detalhe de cerda do papilho (Almeida et al.
386
). 11-
15.
Dasyphyllum
sprengelianum
var.
inerme
(Gardner) Cabrera). 11. Ramo. 12. Detalhe de bráctea involucral
. 13. Flor. 14. Corola
em abertura longitudinal. 15. Anteras (Almeida et al.
410
). 16. D. sprengelianum var.
sprengelianum
(Gardner)
Cabrera. 16. Ramo (
Almeida et al.
199
).
25
Erva a
té 0,5 m alt.. Folhas rosuladas, obovado
-
espatuladas, 9
-
13x1,5
-
3 cm, ápice
mucronulado, margem inteira, base longamente atenuada; face adaxial glabrescente,
abaxial densamente albo-tomentosa. Capítulo em escapo longo, avermelhado, albo-
tomentoso; invólucro 18-20 mm, brácteas involucrais 6-8 séries, lineares, verdes,
densamente tomentosas na face adaxial. Flores 200-220, brancas, trimorfas: radiais
liguladas, 12
-
13,5 mm; intermediárias curto
-
liguladas, 3,5
-
4 mm; centrais tubulosas, 11
-
15 mm. Cipsela 10-12 mm compr., 5-costada, glabra, glandulosa. Papilho 10-12 mm
compr., cerdas alvas.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da
Estrada de Cima,
29/I/ 2006, fl. fr.,
Almeida et al. 285
(VIC)
.
No Brasil, C. integerrima apresenta ampla distribuição. No PEI foi coletado em
área de grande influência antrópica. Esta espécie é considerada invasora (Leitão Filho
1975).
Chaptalia sinuata (Less.) Baker é a espécie mais próxima e diferencia-se por
apresentar folhas com ápice obtuso com margem crenada ou denteada, flores femininas
marginais liguladas com lábio interno bífido (Burkart 1944).
2.3.
Chaptalia martii
(Baker) Zardini, Darwiniana 19: 728. 1975.
Fig. 22
-26
Erva até 0,3 m alt. Folhas rosuladas, elípticas, 2-5,5x1-2,5 cm, ápice obtuso,
margem inteira ou esparsamente denticulada, base estreitamente atenuada, face adaxial
albo
-tomentosa, posteriormente glabra, abaxial densamente amarronzado-
tomentosa.
Capítulo ereto, algumas vezes pêndulo, escapo longo, albo-tomentoso; invólucro 10-15
mm, brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, ápice acuminado, albo-tomentosas.
Flores 35-40, róseas a brancas, dimorfas: radiais bilabiadas-liguliformes, 8-10 mm;
centrais bilabiadas, 7-8 mm, lábio interno bífido, revoluto. Cipsela 4-5 mm compr., 8-
costada
, esparsamente estrigosa. Papilho 5
-
6 mm compr., cerdas creme.
Material examinado:
BRASIL,
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI,
Trilha da Lagoa
Seca
,
29/I/ 2007, fl., fr.,
Almeida et al. 570
(VIC)
.
Espécie restrita à Minas Gerais (Roque 2005). No PEI a espécie foi encontrada
em campo graminoso úmido em uma única trilha, em pequenqa população, o que a
torna seriamente ameaçada de extinção no PEI.
Distingue
-se de C. denticulata (Baker)
Zardini pelas folhas elípticas, margem inteira ou quando denticuladas, sem den
tes
retrorsos. Segundo Roque & Pirani (1997) na análise de vários materiais, observa-
se
que
C. martii, pode apresentar a margem da folha denticulada, podendo dificultar na
26
identificação da espécie. No material coletado no PEI, foram encontradas tanto
indiv
íduos com folhas de margem inteira, como indivíduos com margem denticulada
(Fig. 22
-
24).
2.4.
Chaptalia nutans
(L.) Polak. Linnaea, 41: 582. 1877.
Erva até 0,6 m alt. Folhas rosuladas, 9,5-20x3-4 cm, lirado-pinatífidas, ápice
agudo, margem espinhosa, base atenuada, faces adaxial glabra, abaxial densamente
albo
-tomentosa. Capítulo pêndulo, em escapo longo, aracnóide-lanoso a glabrescente;
invólucro 20-25 mm, brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas, margem e ápice
vináceos, face adaxial albo-
tomentosa
. Flores 100-150, róseas, trimorfas: radiais
liguladas,10
-12 mm; intermediárias curto-filiformes, 5-6 mm; do disco tubulosas, 10-11
mm. Cipsela 12-14 mm comp., 5-costada, esparsamente estrigosa. Papilho 10-13 mm
compr., cerdas alvas.
Material examinado: B
RASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da
Estrada de Baixo,
24/
VIII
/2005
, fl., fr.,
Almeida
et al. 61
(VIC).
No Brasil, esta é uma espécie de ampla distribuição, sendo encontrada nos
estados de Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul (Cabrera & Klein 1973); Bahia (Hind 1995); Minas Gerais, Pará, Goiás
(Baker 1884). No PEI a espécie foi coletada em área com grande influência antrópica na
borda da trilha. Esta espécie é considerada invasora (Leitão Filho 1975). Distingue-
se
da espécie mais próxima,
C. integerrima
(Vell.) Burk. ,pelas folhas lirado-
pinatífidas.
3.
Gochnatia Kunth, Nov. gen. Sp. 4:18.1820.
Arbustos, ginodióicos; caule tomentoso com tricomas do tipo “T”. Folhas
alternas, pecioladas. Capítulo
s homógamos com flores hermafroditas ou funcionalmente
femininas, sésseis a pedunculados, dispostos em panículas laxas ou densas. Invólucro
campanulado; brácteas involucrais gradualmente maiores, imbricadas, lanceoladas,
multisseriadas, tomentosas ou seríc
eas. Receptáculo alveolado. Flores creme, isomorfas,
tubulosas, lobos lineares, longos, agudos, revolutos ou eretos; anteras caudadas,
apêndice apical lanceolado, apiculado, base caudada, lisa ou laciniada; ramos do estilete
obtusos. Cipsela cilíndrica. Papilho bisseriado com cerdas desiguais estrigosas, as
maiores com ápice plumoso, creme.
27
Chave para as espécies de
Gochnatia
do Parque Estadual do Itacolomi
1.
Capítulos
sés
s
eis
a subsésseis, ordenados em panícula densa; brácteas involucrais
glandulosas.............................................................................3.1.
G. densicephala
1. Capítulos pedunculados, ordenados em panícula laxa; brácteas involucrais não
glandulosas
2. Face adaxial com tricomas birramosos e glandulares nas nervuras; pedúnculo
bracteado......................................................................................3.3. G. pulchra
2. Face adaxial
glabra, brilhante; pedúnculo não bracteado......3.2.
G. polymorpha
3.1.
Gochnatia
densicephala
(Cabrera
) Sanc
ho, Novon 9(4): 559. 1999.
Fig. 27
-32
Subarbusto 1,5 m alt.; ramos cinéreo-velutíneos. Folhas elípticas, 8,5-
13,5x3
-5,5
cm, ápice agudo, às vezes apiculado, margem inteira, às vezes inconspicuamente
denteada na metade superior, base atenuada, faces adaxial glabra, brilhante, abaxial
densamente albo-vilosa. Capítulos sésseis ou subsséseis em panícula densa. Invólucro
8-10 mm, brácteas involucrais 4-5 séries, ápice agudo, margem ciliada, seríceas,
glandulosas. Flores 12-14, hermafroditas, tubulosas, 7-8 mm lobos longos revolutos;
anteras com apêndice basal longo-sagitado; ramos do estilete curtos, arredondados,
lisos. Flores funcionalmente femininas 10-12, tubulosas, 5-6 mm, estaminóides
presentes, hialinos; estilete longo exserto, ramos curtos, triangulares, patentes. Cipsela
2,5-
3 mm compr., vilosa. Papilho 4
-
6 mm compr.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI,
Trilha da
Lagoa
Seca
, 24/
VIII
/ 2005, fl., fr.,
Almeida
et al. 88 (VIC); Trilha do Calais, 17/IV/2006, fl.,
fr., Almeida et al. 372 (VIC); Trilha da Casa do Bruno, 18/IV/2006, fl., fr., Almeida
et
al
. 383 (VIC); Mariana, PEI, Trilha da Serrinha, 29/VIII/2006, fl., fr., Almeida et al.
513 (VIC).
No Brasil, esta espécie encontra-se distribuída pelos estados de Minas Gerais,
Rio de Janeiro e São Paulo; sendo freqüentes em campos de cerrado, em morros ou
serras com altitude superior a 1100 m. (Sancho 2000). No PEI a espécie foi encontrada
em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de Gochnatia paniculata (Less.)
Cabrera, espécie mais próxima, pelas folhas glabras na face adaxial e capítulos sésseis.
28
G. floribunda Cabrera é outra espécie semelhante, mas se diferencia por apresentar
capítulos pedunculados, além de brácteas involucrais glabras ou apenas ciliadas.
3.2.
Gochnatia polym
orpha
(Less.) Cabrera, Not. Mus.
La Plata 15: 43. 1950.
Arbusto 2,0 m alt., ramos cinéreo-tomentosos. Folhas oblongo-
lanceoladas,
11,5
-15x2,5-5 cm, ápice acuminado, margem inteira, às vezes denteada, base
arredondada a subcordada, faces adaxial glabra, brilhante, abaxial densamente flocosa.
Capítulos com pedúnculos não bracteados, dispostos em panícula folhosa laxa;
invólucro 8-10 mm, brácteas involucrais 4-5 séries, ápice agudo, margem ciliada,
dorsalmente tomentosas. Flores 8-15, hermafroditas, tubulosas, 7-9 mm, lobos
levemente revolutos no ápice; anteras com base caudada, laciniada; ramos do estilete
curtos, glabros. Flores funcionalmente femininas não vistas. Cipsela 2,5-3 mm compr.,
densamente setosa. Papilho 5
-
7 mm compr.
Material examinado:
BRA
SIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da
Estrada de Cima, 2
8/
IX/2005, fl., fr.,
Almeida
et al. 132 (VIC); Trilha do Calais,
31/IV/2006, fl., fr., Almeida et al. 424 (VIC); Trilha da Lagoa Seca, 26/VI/2006, fl., fr.,
Almeida et al
. 442 (VIC).
No Brasil, esta espécie ocorre nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, São
Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (Cabrera & Klein 1973); Bahia, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro (Sancho 2000). No PEI a espécie foi
coletada em áreas de transição entre campo rupestre e mata estacionais e em campos de
afloramentos rochosos. Gochnatia paniculata (Less.) Cabrera, é a espécie
mais
próxima
de
G. polymorpha,
diferenciando
-se basicamente pelo hábito arbóreo e folhas ovado-
lanceoladas, característico da última (Roque & Pirani 1997). No PEI esta espécie
apresenta o bito arbustivo, entretanto a variação no hábito das
espécies
de campos
rupestres é comum, em decorrências do estresse constante. Algumas espécies que em
outros ambientes atingem o hábito arbóreo, no campo rupestre adquirem o háb
ito
arbustivo. Sancho (2000) cita onze espécies da sect.
Moquiniastrum
, dentre elas
G.
polymorpha
, como heliófitas que habitam os campos de cerrado e salienta que fatores
limitantes próprios deste ambiente, poderiam
conduzir a modificações morfoestruturais.
Como caráter mais distintivo a presença de capítulos pedunculados em
G.
polymorpha
a diferencia melhor de
G. paniculata
,
que apresenta capítulos sésseis.
29
Figuras 17-
32.
Chaptalia graminifolia (Dusen) Cabrera. 17. Hábito. 18. Capítulo. 19. Flor radial. 20.
Flor intermediária. 21. Flor do disco (Almeida et al. 86). 22-
26.
Chaptalia martii (Baker) Zardine. 22-
23. Hábito evidenciando a variação do escapo. 24. Detalhe da margem foliar. 25. Flor radial. 26. Flor do
disco (Almeida et al.
570
). 27-
32.
Gochnatia densicephala (Cabrera) Sancho. 27. Ramo. 28. Detalhe da
margem e face abaxial da folha. 29. Capítulo. 30. Flor hermafrodita. 31. Flor feminina. 32. Detalhe dos
ramos do estilete da flor feminina (
Almeida et al.
372
).
30
3.3.
Gochnatia
pulchra
Cabrera
, Revista Mus. La Plata, Secc. Bot. 12(66): 106-
108,
tab. 25. 1971.
Arbusto 1,8 m alt.; ramos cinéreo-tomentosos, quando jovens albo-
tomentosos.
Folhas elípticas, 7,5-
9x2,5
-4,5 cm, ápice agudo, às vezes obtuso, margem inteira, às
vezes denteada na metade superior, base cuneada, faces adaxial glabrescente com
tricomas birramosos, glandulares, concentrados nas nervuras, abaxial densamente albo-
tomentosa, com nervuras proeminentes, cinéreas. Capítulos pedunculados com
pedúnculo bracteado, em panícula folhosa laxa; invólucro 7-10 mm, brácteas
involucrais 4-5 ries, ápice agudo, densamente lanosas. Flores 10-12, hermafroditas,
tubulosas, 8-10 mm, lobos longos, revolutos; anteras com apêndice basal levemente
laciniado; ramos do estilete curtos, arredondados, lisos. Flores funcio
nalmente
femininas não vistas. Cipsela 2,5-3 mm compr., densamente cinéreo-serícea. Papilho 5-
7 mm comprimento.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Casa
do Bruno, 18/IV/2006, fl., fr., Almeida
et al
. 379 (VIC).
No Brasil, esta espécie encontra-se distribuída pelos estados de Minas Gerais,
Goiás e São Paulo; sendo freqüentes em zonas altas de campos de cerrado, em
vegetação aberta com solos de areia fina com pouca argila em alturas superiores a 1100
m (Sancho 2000). No PEI a espécie foi coletada em campos de afloramento rochosos.
Distingue
-se da espécie mais próxima G. floribunda Cabrera, pelos capítulos mais
laxos, pedúnculos bracteados e brácteas densamente lanosas.
4.
Mutisia
L.f., Suppl.
Plant.: 57.1781.
Arbusto ereto ou volúvel, monóicos; caule tomentoso. Folhas alternas,
pecioladas, inteiras ou pinaticompostas com gavinhas terminais. Capítulos heterógamos,
radiados, raramente homógamos, discoides pedunculados ou sésseis solitários terminais.
Invólucro campanulado; brácteas involucrais imbricadas, lanceoladas, multisseriadas,
tomentosas ou glabras, às vezes esquarrosas. Receptáculo plano, glabro. Flores centrais
longas, bilabiadas ou raramente lígulada, amarelas, flores radiais com limbo expandido,
amarelas, laranjas, vermelhas, magentas ou brancas; anteras longo-exsertas, apêndice
apical obtuso, caudadas, lisa ou laciniada; ramos do estilete curtos, obtusos, dorsalmente
31
papilosos. Cipsela cilíndrica ou oblonga, glabras. Papilho unisseriado com cerdas
plumosas, creme
ou alvo.
4.1.
Mutisia speciosa
Ait., Bot. Mag. 54: 2705. 1827.
Arbusto volúvel; ramos angulosos, albo-tomentosos. Folhas alternas,
pinatissectas, raque 3,0-4,5 cm, vilosa, terminada em gavinha trífida, folíolos de 4-6
pares alternos, 2-4x0,8-1 cm, ápice agudo, margem inteira, base cuneiforme, faces
adaxial glabra, abaxial albo-lanuginosa. Capítulos radiados, pedunculados; invólucro
40-45 mm, brácteas involucrais 5-7 séries, gradualmente maiores, glabras ou apenas
com ápice albo-lanoso, levemente esquarrosas. Flores 60-70, dimorfas: radiais
pistiladas, bilabiadas, 45-50 mm, limbo externo expandido, magentas; flores centrais
hermafroditas, bilabiadas, 25
-
30 mm, limbo externo revoluto, amarelas. Cipsela 4
-
5 mm
compr., oblonga, levemente costada. Papilho 30
-3
5 mm compr., alvo.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da
Estrada de Cima, 2
8/IX/2005
, fl., fr.,
Almeida
et al. 129 (VIC); Mariana, PEI, Trilha da
Serrinha, 11/XII/2006, fl., fr., Almeida
et al.
605 (VIC).
No Brasil, esta espécie é amplamente distribuída nos estados de Minas Gerais,
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
(Cabrera e Klein 1973). No PEI a espécie foi coletada na borda da trilha em capão de
mata de encosta seca em altitude superior a 1.300 m. Distingue-se de M. coccinea St.
Hil., espécie mais próxima, pelas folhas com face adaxial glabra e abaxial apenas
lanuginosa e flores radiais magentas.
5.
Richterago
Kuntze, Rev. Gen. Pl. 1: 360. 1891.
Subarbustos ou ervas, monóicos. Folhas rosulado-basais ou alternas, sésseis a
curto
-pecioladas, face abaxial glanduloso-pontuada. Capítulos solitários ou dispostos
em cimeiras paucicéfalas, raro multicéfalas, radiados ou discóides. Invólucro
campanulado, brácteas involucrais 5-9 séries, imbricadas. Receptáculo alveolado,
glabro. Flores alvas ou lilases, do raio quando presentes, unisseriadas, bilabiadas (3+2,
3+1 ou 4+1), abaxialmente glandulosa; flores do disco tubulosas, pentalobadas com
lobos revolutos, abaxialmente glandulosa; anteras oblongas, apêndice apical apiculado,
basal laciniado; estilete obtuso, glabro. Cipsela cilíndrica, tomentosa ou velutínea.
Papilho cerdoso, unisseriado, basalmente conado em anel, alvo ou creme.
32
Chave para as espécies de
Richterago
do Parque Est
adual do Itacolomi
1. Subarbustos; folhas alternas; capítulos discóides
2. Cimeiras multicéfalas; brácteas involucrais 6
-
8 séries; flores lilase.........................
................................................................................................5.1.
R. amplexif
o
lia
2. Cimeiras paucicéfalas; brácteas involucrais 4
-
5 séries; flores alvas.........................
........................................................................................................5.3.
R. discoidea
1.
Ervas; folhas rosulado
-
basais; capítulos radiados
3. Inflorescência monocéfala;
4. Folhas eretas, face adaxial ferrugíneo-tomentosa a glabrescente, margem
denteada apenas na metade superior.....................................5.5.
R. polymorpha
4. Folhas
patentes, face adaxial cinéreo
-
estrigosa, margem denteada .......................
.......................................................................................................5.6.
R. radiata
3. Inflorescência paucicéfala
5. Folhas longo-
pecio
ladas (10
-
50 mm); flores do raio caducas.... 5.4.
R. petiolata
5. Folhas sésseis a curto-pecioladas (2-5 mm); flores do raio persistentes.............
.................................................................................................5.2.
R. campestris
5.1.
Richterago amplexifolia
(Gardner) Kuntze, Rev. Gen. Pl. 1:360. 1891.
Fig. 33
-38
Subar
busto 0,8 m alt., ramo folhoso na porção inferior. Folhas alternas,
superiores sésseis, inferiores pecioladas, pecíolo expandido lateralmente, const
ituindo
bainha, ambas oblongo-lanceoladas, 1,5-10x1-5 cm, ápice mucronulado, margem
denteada,
base
amplexicaule, cordada ou obtusa, face adaxial glabra, nervuras
tomentosas, face abaxial velutineo-tomentosa a glabrescente, glandulosa. Capítulos
subsséseis,
em cimeira multicéfala, discóides. Invólucro 12-15 mm compr., brácteas
involucrais 6-8 séries, lanceoladas, ápice acuminado, velutíneas a glabrescentes,
glandulosas. Flores 40-50, hermafroditas, tubulosas, 10-11 mm, lilases a róseas,
glandulosas. Cipsela
1,5
-2 mm compr., albo-serícea, glandulosa. Papilho 7,5-8 mm
compr., creme.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI,
Trilha da
Lagoa
Seca
, 14/XI/2005, fl., fr.,
Almeida
et al. 140 (VIC); Trilha do Pico, 17/IV/2006, fl., fr.,
33
Almeida et al.
367 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro, 27/VI/ 2006, fl., fr., Almeida
et
al
. 458 (VIC);
No Brasil R. amplexifolia encontra-se distribuída nos estados de Mato Grosso e
Minas Gerais e Distrito Federal (Roque & Pirani 2001). No PEI esta espécie foi
coleta
da em afloramentos rochosos e em campos graminosos secos.
Roque & Pirani (2001) na descrição do gênero
Richterago,
cita a presença de
pecíolo com base expandida lateralmente. Este tipo de pecíolo é bem evidente nas
folhas inferiores de R. amplexifolia, na qual o pecíolo apresenta-se completamente
expandido lateralmente, envolvendo o caule, constituindo
uma
bainha (fig. 34)
.
Algumas vezes, esta bainha é confundida com a base da folha, que incorretamente é
descrita como decorrente. A denominação, bainha é pela primeira vez usada para esta
estrutura, no entanto morfologicamente é a mais correta e elucidativa.
Distingue
-se de R. discoidea (Less) Cabrera, espécie mais próxima, pelos
capítulos subsésseis e pelas brácteas involucrais densamente lanosas.
5.2.
Richterago
campestris
Roque & J.N. Nakajima, Kew Bull. 5(3).
698. 2001.
Fig. 39
-42
Erva
0,5m alt.; ramos densamente lanosos. Folhas rosulado-basais, sésseis a
curto
-pecioladas, pecíolo lateralmente expandido, lanoso, oblongo-lanceoladas, 11-
13x2,8-3,5 cm, ápice apiculado, margem esparsamente denticulada, base atenuada, face
adaxial glabra, abaxial setosa a glabrescente, glandulosa. Capítulos em inflorescência
paucicéfala (2
-
3), radiados. Invólucro 12
-
20 mm compr., brácteas involucrais 7
-
9 séries,
linear
-
la
nceoladas, ápice acuminado, estrigosas, glandulosas. Flores 70-80, alvas:
radiais pistiladas, bilabiadas (3+2), 12-13 mm, esparsamente glandulosas; flores do
disco hermafroditas, tubulosas, 10-12 mm, glandulosas, lobos revolutos com ápice
papiloso, glanduloso. Cipsela 3,5-4 mm compr., densamente albo-tomentosa. Papilho 8-
9 mm compr., creme.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha do Sertão,
02/XII/2005
, fl., fr.,
Almeida et al.
197 (VIC).
Esta espécie ocorre em campos rupestres na Serra da Canastra e outras
localidades disjuntas do sudeste de Minas Gerais (Roque & Nakajima 2001). No PEI foi
coletada em campos graminosos úmidos. Tem como espécies mais próximas
R.
angustifolia
(Gardn.) Roque, da qual se diferencia pelas folhas planas, não involutas e
R. riparia
Roque, da qual se diferencia por apresentar folhas oblongo
-
lanceoladas.
34
5.3.
Richterago discoidea
(Less.) Kuntze, Revis. gen. pl. 1:360. 1891.
Fig. 43
-46
Subarbusto 0,8 m alt.; ramos tomentosos. Folhas alternas, poucas: inferi
ores
curto pecioladas, elípticas, 7-
12,5x2,5
-3,5 cm, ápice obtuso, às vezes agudo, margem
denticulada, base obtusa, face adaxial glabra, abaxial setosa a glabrescente, densamente
glandulosa; superiores semi-amplexicaule, elípticas ou ovadas, 6-12x2,5-4 cm,
densamente tomentosas em ambas as faces. Capítulos em cimeira paucicéfala,
discóides. Invólucro 10-12 mm compr., brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas,
tomentosas, glandulosas. Flores 35-40, hermafroditas, tubulosas, 8-10 mm, lobos
glandulosos, ápice penicelado, alvas. Cipsela 2,5- 3 mm compr., albo-setosa. Papilho 7-
8 mm compr., creme.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais,
27/IX/2005
, fl., fr.,
Almeida
et al. 110 (VIC); Trilha da Lagoa Seca, 27/XI/2006, fl., f
r.,
Almeida et al. 566 (VIC);
No Brasil
R.
discoidea
ocorre nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia
(Hind 2003). No PEI foi coletada em afloramentos rochosos e em campos graminosos
úmidos. Distingue-se da espécie mais próxima
R.
amplexifolia
, pelos capítulos com
menor número de brácteas involucrais e pelas flores alvas.
5.4.
Richterago petiolata
Roque & J. N
. Nakajima,
Kew Bull. 5(3). 698. 2001.
Fig. 47
-52
Erva 0,9 m alt. Folhas rosulado-basais, longo-pecioladas, pecíolo 10-50 mm,
lateralmente
expandido, dourado-lanoso na base, elíptica, 8-14x2,5-3,7 cm, ápice
apiculado, margem denticulada, base atenuada, face adaxial estrigosa a glabrescente,
lustrosa, abaxial glanduloso-pontuada, nervuras vilosas. Capítulos em inflorescência
paucicéfala (2-
5),
radiado. Invólucro 13-15 mm compr., brácteas involucrais 8-
10
séries, lanceoladas, ápice acuminado, margem ciliada, dorso griseo-
tomentoso,
glanduloso
- pontuadas. Flores 70-80, alvas, tubulosas, 10-12 mm, gibosas, lobos
revolutos, ápice espessado, glanduloso. Flores do raio caducas, com limbo irregular.
Cipsela 2
-
3 mm comp., gríseo
-setosa. Papilho 8-
9 mm compr., creme.
35
Figuras 33-
52.
Richter
ago amplexifolia (Gardner) Kuntze. 33. Hábito. 34. Detalhe da bainha. 35. Capítulo. 36.
Flor. 37. Detalhe da corola. 38. Detalhe do lobo da corola (Almeida et al.
367
). 39-
42.
Richterago campestris
Roque & Nakajima. 39. Hábito. 40. Capítulo. 41. Flor do raio. 42. Flor do disco (Almeida et al.
197
). 43-
46.
Richterago discoidea (Less.) Kuntze. 43. Hábito. 44. Capítulo. 45. Flor. 46. Detalhe do lobo da corola (
Almeida
et al.
110
). 47-
52.
Richterago petiolata Roque & Nakajima. 47. Hábito. 48. Detalhe da base do pecíolo. 49.
Capítulo. 50. Bráctea involucral. 51. Flor do raio com limbo irregular. 52. Flor do disco (
Almeida et al.
213
).
36
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Pico,
03/XII/2005
, fl., fr.,
Almeida et al.
213 (VIC).
Segundo Roque & Nakajima (2001), esta espécie tem distribuição disjunta e era
conhecida apenas para Serra da Canastra e Chapada dos Veadeiros. A ocorrência de
R.
petiolata
no PEI amplia sua área de distribuição geográfica, também para o Sul da
Cadeia do Espinhaço.
Distingue
-se da espécie mais próxima
R.
polymorpha
(Less.)
Roque, pelas folhas longo-pecioladas e flores do raio persistentes e maiores que as
flores do disco. Os exemplares de R. petiolata coletados no PEI, apresentaram 2-
5
capítulos ordenados em cimeira
s , sendo que Roque & Nakajima (2001), citam para esta
espécie 1-2 capítulos. Entretanto tal variação é comum nas espécies do gênero em
diferentes populações. Os materiais examinados
apresentam capítulos com poucas flores
do raio ou flores do raio ausentes, sendo característico de R. petiolata a presença de
capítulo radiado com flores do raio caducas, pistiladas, bilabiadas ou com limbo de
forma irregular e do mesmo tamanho das flores do disco.
5.5.
Richterago polymorpha
(Less.) Roque, Taxon 502 (4): 1159. 2001.
Fig. 53
-57
Erva 0,8 m alt. Folhas rosulado-basais, subsésseis, obovadas, 8-14x2-2,5 cm,
ápice apiculado, margem levemente denteada na metade superior, base atenuada, face
adaxial glabrescentes, ferrugíneo-tomentosa, face abaxial estrigosa, tricoma
s
glandulares sésseis, amarelos. Capítulos em inflorescência monocéfala, radiados.
Invólucro 10-15 mm compr., brácteas involucrais 5-7 séries, lanceoladas, ápice
apiculado nas externas, agudo nas internas, seríceo-tomentosas a glabrescentes. Flores
120-150, alvas: radiais pistiladas, bilabiadas (3+1; 3+2), 13-14 mm, glandulosas; flores
do disco hermafroditas, tubulosas, 8-10 mm, lobos revolutos, ápice espessado, papiloso.
Cipsela 2,5-3 mm compr., albo-velutínea. Papilho 7,5-8 mm compr., cerdas estrigosas,
c
reme.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI,
Trilha da Lagoa
Seca
,
22/VIII/2005
, fl., fr.,
Almeida
et al.
50 (VIC).
No Brasil esta espécie é endêmica do estado de Minas Gerais (Roque 1997). No
PEI foi coleta em campo graminoso aberto em solo areno-pederegoso. Distingue-se de
R. radiata (Vell.) Roque, espécie mais próxima, pelas folhas eretas com indumento
ferrugíneo
-
tomentoso, quando jovens e com tricomas glandulares sésseis, amarelos.
37
Figuras 53-
71.
Richterago polymorpha (Less.) Roque. 53. Hábito. 54. Detalhe da margem foliar. 55. Capitulo.
56. Flor do raio. 57. Flor do disco (Almeida et al.
50
). 58-
62.
Richterago radiata (Vell.) Roque. 58. Hábito. 59.
Detalhe da margem foliar. 60. Capítulo. 61. Flor do raio. 62. Flor do disco (Almeida et al.
283
). 63-
67.
Trixis
nobilis
(Vell.) Katinas. 63. Região basal do ramo. 64. Região apical do ramo. 65. Detalhe da base da folha. 66.
Capítulo. 67. Flor (
Almeida et al.
369
). 68
-
71.
Trixis lessingii
DC. 68. Hábito. 69. Capítulo. 70. Flor. 71. Detalhe
do tubo da corola (
Almeida et al.
642
).
38
5.6.
Richterago radiata
(Vell.) Roque, Táxon 5
0(4): 1159. 2001.
Fig. 58
-62
Erva 0,6 m alt. Folhas rosulado-basais, patentes, obovadas, 4-7,5x3-5 cm, ápice
obtuso, margem denteada, base levemente atenuada, lateralmente expandida, faces
adaxial estrigosa, abaxial tomentosa a glabrescentes. Capítulos em inflorescência
monocéfala, radiados, pedúnculo lanoso. Invólucro 12-15 mm compr., brácteas
involucrais 6-8 séries, lanceoladas, ápice apiculado, margem ciliada, tomentosas. Flores
200-220, alvas: radiais pistiladas, bilabiadas (3+2), 13-16 mm, lobos internos eretos,
glandulosas; flores do disco tubulosas, 10-12 mm, lobos revolutos, ápice espessado,
papiloso. Cipsela 4,5-5 mm compr., albo-velutínea. Papilho 9-10 mm compr., cerdas
estrigosas, creme.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI,
Trilha da Lagoa
Seca, 14/XI/2005, fl., fr.,
Almeida
et al. 145 (VIC); Trilha do Pico, 28/I/2006, fl., fr.,
Almeida et al
. 283 (VIC); Trilha do Calais, 29/I/2007, fl., fr., Almeida et al
. 639 (VIC).
No Brasil esta espécie apresenta uma distribuição geográfica ampla em relação
às outras espécies do gênero, ocorrendo em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Goiás
(Roque 1997). No PEI foi coletada em campo graminoso em solo areno
-pedregoso.
6.
Trixis
P. Br., Hist. of Jamaica: 312. 1756.
Erva
s ou arbustos, mo
nóicos.
Folhas alternas, às vezes, as inferiores adensadas
em roseta basal, as superiores decorrentes, densamente pubescentes. Capítulos terminais
dispostos em pseudo-espigas ou pseudocorimbos; discóides. Invólucro campanulado ou
hemisférico; brácteas involucrais 2-3 séries. Receptáculo plano, alveolado, piloso.
Flores hermafroditas, bilabiadas (3+2), amarelas ou alaranjadas, glandulosas, tubo
internamente viloso; anteras alongadas, apêndice do conectivo oblongo, base longo-
caudada ramos do estilete truncad
os, penicelados no ápice, papilosos. Cipsela cilíndrica,
5-costada, atenuada em direção ao ápice, híspido-glandulosa. Papilho cerdoso, livre,
persistente ou caduco, creme.
Chave para as espécies de
Trixis
do Parque Estadual do Itacolomi
1. Folhas rosulado-basais e distribuídas esparsamente nos ramos, espatuladas;
papilho persistente.
39
2. Folhas semi
-
amplexicaules; flores 35
-
50, alaranjadas................. 6.2.
T. lessingii
2. Folhas basais longo
-
atenuadas formando pseudopecíolos, flores 28
-
30, amarelo
-
cl
aras............................................................................................6.1.
T.
glaziovii
1.
Folhas alternas, não rosuladas, elíptico
-lanceoladas; papilho caduco.....................
..........................................................................................................6.3.
T. nobilis
6.1.
Trixis
glaziovii
Baker, Fl. Bras., 6 (3): 391. 1884.
Erva 0,4 m alt.; ramos alados, alas 1-3 mm, ferrugíneo-tomentosas. Folhas
inferiores, rosulado-basais, espatuladas, 19-
25x2
-4 cm, ápice obtuso, margem
denticulada, base longo-atenuada formando pseudopecíolo, estrigosas; superiores
esparsas, entrenós 10-15 cm, espatuladas, 10-
15x2
-3,5 cm, ápice mucronulado, margem
levemente denticulada, base longo-decorrente, faces adaxial glandul
oso
-
tomentosa,
abaxial híspida. Capítulos em pseudocorimbos paucicéfalos. Invólucro 9-10 mm
compr., hemisférico, brácteas involucrais 2 séries, lanceoladas, ápice agudo, margem
ciliada, seríceo-ferrugíneas. Flores 28-30, amarelo-claras, 8-10 mm, lábio exte
rno
tridentado, ápice setoso, papiloso, lábio interno revoluto, tubo da corola glanduloso.
Cipsela 4,5-5 mm compr.. Papilho 8-9 mm compr., com cerdas unisseriadas,
amarronzadas, persistentes.
Material examinado:
BRASIL
.
Minas Gerais
: Ouro Preto, PEI, Tril
ha d
a Lagoa
Seca
,
29/I/
200
6, fl., fr.,
Almeida et al.
249 (VIC).
No Brasil esta espécie ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e Paraná; crescendo em planícies elevadas desde 600 a 3000m de altitude em
lugares abertos e úmidos (Katinas 1996). No PEI foi coletada em campo graminoso
úmido a ca. 1500 m de altitude. Distingue-se da espécie mais próxima T. lessingii DC.,
pelas folhas longo
-
atenuadas formando pseudopecíolo e pelas flores amarelo
-
claras.
6.2. Trixis lessingii
DC., Prodr.
7: 70. 1838.
Fig. 68
-71
Erva a1,5 m de alt.; ramos alados, alas de 1-3 mm, vilosos. Folhas inferiores,
rosulado
-basais, espatuladas, 25-32x3-4,5 cm, superiores, semi-
amplexicaules,
oblongas, 5-8x1,5-3 cm, ápice acuminado, margem sinuosa, base auriculada, ambas as
faces estrigosas. Capítulos em pseudocorimbos terminais. Invólucro 10-15 mm compr.,
hemisférico, brácteas involucrais 2 séries, lanceoladas, ápice agudo, velutíneas. Flores
35-50, alaranjadas, 12-13 mm, lábio exterior tridentado, lábio interior revoluto, tubo da
40
corola com tricomas glandulares marrons e tricomas setosos alvos. Cipsela 6-7 mm
compr. Papilho 7
-
8 mm compr., cerdas uniseriadas, persistentes.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do
Tesoureiro
, 28/IX/2005, fl., fr.,
Almeida
et al. 126 (VIC); Trilha do Tesoureiro,
18/I/2007, fl., fr., Almeida
et al
. 642 (VIC).
No Brasil, esta espécie é encontrada nos estados de Minas Gerais, São Paulo,
Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Katinas 1996). No PEI a
espécie foi coletada em campos úmidos, próximo a cursos d’água.
6.3.
Trixis nobilis
(Vell.) Katinas, Darwiniana, 34(1
-
4): 74. 1996.
Fig. 63
-67
Subarbusto 0,8 m alt.; caule estriado, alado, alas 2-4 mm, densamente viloso-
ferrugíneas. Folhas alternas, sseis, elíptico-lanceoladas, 7,5-15x0,8-1,8 cm, ápice
agudo, margem crenada, base decorrente, faces adaxial estrigosa, abaxial albo ou
ferrugíneo
-tomentosa. Capítulos em pseudoespigas densas. Invólucro 8-10 mm compr.,
campanulado, brácteas involucrais 2 séries, lanceoladas, tomentosas, glanduloso-
pontuadas. Flores 8-15, amarelas, 8-9 mm, lábio exterior e interior revoluto, tubo da
corola glabro. Cipsela 2,5-5 mm compr. Papilho 5-9 mm compr., bisseriado, cerdas
palhetes, algumas com ápice vinác
eo, caducas.
Material examinado:
BRASIL
. Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha d
a
Estrada de Cima, 28/IX/2005, fl., fr.,
Almeida
et al. 136 (VIC); Trilha do Tesoureiro,
15/III/2006, fl., fr., Almeida et al. 340 (VIC); Trilha do Pico, 17/IV/2006, fl., fr.,
Almeida et al. 369.
No Brasil esta espécie é encontrada nos estados de Minas Gerais, Goiás,
Brasília, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul; habitando solos secos, em lugares abertos, pedregosos e em áreas
modificadas
(Katinas 1996) No PEI foi coletada em áreas de grande influência antrópica. Distingue-
se da espécie mais próxima T. verbascifolia (Gardn.) Blanke, pelos capítulos ordenados
em pseudoespigas; invólucro campanulado; brácteas involucrais em apenas 2 séries e
papilho com cerdas bisseriadas.
Das espécies amostradas no PEI, apenas três são de ampla distribuição,
ocorrendo nas áreas de maior antropização, as demais são típicas do tipo vegetacional
estudado.
Dasyphyllum
e
Richterago
apresentam a maio
ria das suas espécies endêmicas
das áreas de Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço ou áreas disjuntas. Quatro
41
espécies são endêmicas de Minas Gerais, sendo que destas, Chaptalia martii e
Dasyphyllum fodinarum correm sério risco de extinção no PEI, uma vez que foram
encontradas em populações pequenas e restritas a apenas uma e duas trilhas
respectivamente. Destas espécies,
38,1%
encontram-se na Lista de espécies ameaçadas
de extinção de Minas Gerais. Estes dados reforçam a necessidade de conservação da
áre
a estudada e a identidade florística peculiar dos campos rupestres da Cadeia do
Espinhaço.
Agradecimentos
À Universidade do Estado da Bahia (UNEB), pela bolsa concedida à primeira
autora; ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), pela estrutura física concedida; aos
funcionários do PEI pelo valioso auxílio; ao Reinaldo A. Pinto, pelas ilustrações; aos
companheiros de campo, pela atenção; aos funcionários do VIC, pelo auxílio e presteza;
aos curadores dos herbários visitados; aos revisores pelas valiosas
sugestões.
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Lista
das plantas vas,
u
44
Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Vernonieae
1
Gracineide Selma Santos de Almeida
2,3,5
, Rita Maria de Carvalho-
Okano
2
, Jimi Naoki
Nakajima
4
& Flavia Cristina Pinto Garcia
2
RESUMO
- (Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Vernonieae). O estudo de Vernonieae é parte do
levantamento florístico das espécies de Asteraceae nos Campos Rupestres do Parque
Estadual do Itacolomi (PEI) em Minas Gerais, realizado através de coletas mensais no
período de agosto de 2005 a dezembo de 2007. Para a tribo foram identificadas 38
espécies, pertencentes a oito g
êneros:
Vernonia
(27),
Eremanthus
(3),
Lychnophora
(3),
Piptocarpha
(2), Elephantopus,
Hololepis,
Orthopappus
e
Piptolepis
com uma espécie
cada. Destas espécies 88,4%, são restritas ao centro-sul do Brasil, sendo a maioria
endêmica dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço e áreas adjacentes. São
apresentadas chaves de gêneros e espécies, diagnoses, discussões taxonômicas,
distribuição geográfica e ilustrações.
Palavras
-
chaves
: Campos Rupestres, Asteraceae, florística, Parque Estadual do
Itacolomi, Minas
Gerais.
ABSTRACT – (Asteraceae Dumort. in the “Campos Rupestres” of the Parque Estadual
do Itacolomi, Minas Gerais, Brazil: Vernonieae). The study of Vernonieae is part of the
floristic
inventory of Asteraceae in the “campos rupestres” of the Parque Estadual do
Itacolomi (PEI),
The
collections was made monthly in the period of August 2005 to
December
of 2007. For the tribe were identified 38 species, belonging to seven genera:
Vernonia
(27
),
Eremanthus
(3),
Lychnophora
(3),
Piptocarpha
(2),
Elephantopu
s
,
Hololepis
,
Orthopappus
and
Piptolepis
with
one
species each. Of these species 88.4%,
they are restricted to the center-south of Brazil, being most endemic of the “campos
rupestres” of the Cadeia do Espinhaço and adjacent area. Keys of genera and species,
1
Parte da tese de Doutorado da primeira autora
2
Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Vegetal, Campus Universitário, 36570
-000,
Viçosa, MG, Brasil.
3
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II
, Rodovia
Alagoinhas Salvador, Km 2, 48100
-
000, Alagoinhas, Bahia, Brasil.
4
Universidade Federal de Uberlândia, Departamento de Biociências, Uberlândia, MG, Brasil.
5
Autora para correspondência: [email protected]
45
diagnoses,
taxonomic
discussion
s, geographical distributions and illustrations are
presented.
Key words:
“Campos
R
upestres
”, Asteraceae, flori
stic,
Parque Estadual do Itacolomi,
Minas Gerais.
Introdução
O Parque Estadual do Itacolomi (PEI),
localiza
-se nos municípios de Ouro Preto
e Mariana em Minas Gerais,
entre os paralelos 20º 22’ 30” e 20º 30’ 00” de Latitude Sul
e os meridianos 43º 32’ 30” e 43º 22’ 30” de Longitude Oeste, com uma área de 7.000
ha
abrange toda a Serra do Itacolomi (Peron 1989 ; Me
ssias
et al. 1997), compondo o
limite
sul da Cadeia do Espinhaço. A altitude varia de 1.100 a 1.772 m, sendo o pon
to
mais alto o Pico do Itacolomi. Segundo a classificação de Köppen, situa-se em uma
região de clima do tipo Cwb (mesotérmico), com chuvas na estação quente, e período
seco coincidindo com o inverno. A vegetação é composta de Floresta Estacional
Semidecidual e Campos Rupestres, ocupando este último, cerca de 60% da área do
Parque.
Os campos rupestres do PEI abrangem as áreas acima de 1.200 m.s.
m,
apresentando como formações vegetacionais:
capões de mata de galeria, capões de mata
de encosta seca, campos graminosos secos, campos graminosos úmidos, campos de
afloramentos rochosos quatzíticos ou filíticos e manchas de campos ferruginosos
(adaptado
de Peron 1989
; Messias et al
. 1997 & Dutra 2005).
A família Asteraceae (Compositae) compreende 1.535 gêneros e
aproximadamente 23.000 32.000 espécies amplamente distribuídas (Pruski & Sancho
2004). Cerca da metade das espécies ocorre no Novo Mundo, sendo estimada para flora
brasileira cerca de 3.000 espécies, especialmente distribuídas nas regiões de vegetação
árida, semi-árida e montanhosas (Hind 1993). A família é uma das mais freqüentes no
que se refere às espécies do estrato herbáceo e subarbustivo do Cerrado, incluindo os
campos rupestres (Giulietti
et al
. 1987 &
Almeida
et al
. 2005).
Vernonieae, tribo de Cichorioideae, têm distribuição principalmente tropical,
sendo Brasil e África tropical os principais centros de dispersão; encontra-
se
repres
entada por cerca de 70 gêneros e 1.400 espécies sendo
Vernonia
o maior gênero
com
cerca de 1.000 espécies (Hind 2003). Não existe estimativa recente do número de
46
espécies para o Brasil, prevalecendo ainda as 500 espécies, propostas por Barroso et al
.
(1991
).
Apesar da grande diversidade, a tribo ainda é pouco estudada, restringindo-se a
alguns levantamentos florísticos (Leitão Filho 1972; Cabrera & Klein 1980; Hind 1995)
e algumas revisões taxonômicas (MacLeish 1985a, b, 1987; Semir 1991; Hind 1996,
1999;
Esteves 1993). São escassos os estudos em campos rupestres, ambiente que
segundo Giulietti
et al
. (1987), pode se apresentar como centro de diversidade de alguns
grupos, com uma estimativa de que 30% dos taxa encontrados são exclusivos deste tipo
vegetaci
onal.
O estudo da tribo Vernonieae no PEI, objetivou trazer informações sobre a
ocorrência, morfologia, taxonomia e distribuição geográfica das espécies, contribuindo
para o conhecimento da tribo na flora dos Campos Rupestres de Minas Gerais. São
apresent
adas neste estudo chaves de identificações das espécies, diagnoses
morfológicas, comentários taxonômicos, distribuição geográfica e ilustrações.
Material e métodos
As coletas do material botânico foram realizadas mensalmente com duração de
três dias cada, em 10 trilhas preestabelecidas, no período de agosto de 2005 a
dezembro
de 2007.
O material coletado foi herborizado conforme as técnicas de Fidalgo & Bononi
(1984) e incorporado ao Herbário VIC, do Departamento de Biologia Vegetal da
Universidade F
ederal de Viçosa.
A
s identificaç
ões
foram
realizadas por meio da literatura específica e
comparaç
ões
com coleções dos Herbários VIC,
OUPR
, BHCB, SPF e R
B.
A
classificação adotada para subfamília, tribo e gêneros foi baseada em Bremer (1994).
Entretanto para V
ernonia
Schreb.
foi adotado o conceito senso lato, segundo Baker
(1873), com algumas modificações, como a aceitação do reestabelecimento do gênero
Hololepis
DC
. Por ainda não haver evidências claras para aceitação da nova
classificação para o gênero, corroborando com Hind (1994d; 2003). Salientando ainda,
que o grande número de gêneros monotípicos propostos por Robinson (1996), deixa
dúvidas quanto as delimitações genéricas, fundamentadas na maioria das vezes, na
análise de material herborizado que podem ter induzido a erros na interpretação dos
caracteres.
47
A terminologia utilizada para as descrições morfológicas está de acordo com
Radford
et al. (1974) e com a literatura específica da família. Para a
s
análises
florais
foram
utilizados
capítulos conservados em solução de álcool 70% . As chaves de
identificação e as diagnoses das espécies foram feitas de acordo com a variação
morfol
ógica dos materiais
examinados.
Para as espécies de V
ernonia
embora tenham
sido analisadas, as características do receptá
culo, anteras e ramos de estilete, não foram
incluídas nas descrições, dada sua pouca variação morfológica nas espécies analisadas e
sua não utilização para separação das espécies. As ilustrações
foram
confeccionadas
com auxílio de estereomicroscópio. Os dados sobre distribuição geográfica
foram
obtidos na literatura e nas etiquetas d
as exsicatas
dos acervos consultados.
Resultado e Discussão
No PEI foram encontradas 38 espécies distribuídas em oito gêneros. O gênero
mais representativo foi
Vernonia
com 27 espécies, seguido de
Eremanthus
e
Lychnophora
com três espécies cada, Piptocarpha com duas espécies, e os demais,
Elephantopus,
Hololepis
,
Orthopappus
e
Piptolepis
com uma espécie cada.
Destas espécies, 88,4% são restritas ao eixo centro-
sudeste
-
su
l do Brasil, com
21,6% endêmicas dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço e áreas adjacentes
como Serra da Canastra e Chapada dos Veadeiros; 27% são restritas ao estado de Minas
Gerais e apenas 8,1% são espécies consideradas de ampla distribuição. Além
disso,
10,8% estão na lista de espécies ameaçadas de extinção de Minas Gerais e 32,4% na
categoria de presumivelmente ameaçadas, baseado na deliberação do COPAM 085/97
(Mendonça & Lins 2000).
Chave para
identificação
d
o
s
táxons de Vernonieae
do Parque Est
adual do
Itacolomi
1. Capítulos simples isolados ou em inflorescências diversas, exceto glomérulo
2. Brácteas involucrais persistentes ou apenas as da série interna caducas
3. Capítulo com 4
-
5 brácteas subinvolucrais foliáceas..................................
.........................................................................................5.
Hololepis
pedunculata
3’. Capítulo sem brácteas subinvolucrais
4. Papilho unisseriado, caduco............................................12.
Piptolepis
ericoides
4’. Papilho bisseriado, quando caduco só uma das séries
48
5. Capítulos pedunculados ou curto
-
pedunculados (1
-
3mm)
6. Folhas com face abaxial ferrugínea
7. Flores 4
-
12, vináceas ou purpúreas; papilho vináceo
8. Cap
ítulos em corimbos paniculiformes, flores 4
-
5.........................................
...............................................................................17. V
ernonia
crot
a
noides
8’ Capítulos em cimeira paniculiforme, flores 10
-12........................................
.................................................................................38. V
ernonia
westiniana
7’ Flores 20
-
25, alvas; papilho creme...........................29.
V
ernonia
polyanthes
6’. Folhas com face abaxial alva
, cinérea ou verde
9. Brácteas involucrais linear-lanceoladas, esquarosas; papilho alaranjado
10. Flores 35-
40, corola lilás com lobos glandulosos, esparso setosos
11. Folhas uninérveas; cipsela dourado
-
velutínea..........................................
...............................................................................31. V
ernonia
pungens
11’. Folhas peninérveas; cipsela albo
-
velutínea.....23.
V
ernonia
holosericea
10’. Flores 45
-50, corola rósea com lobos não glandulosos, glabros..............
......................................................................34. V
ernonia
schwenkiaefolia
9’. Brácteas involucrais lanceoladas ou oblanceoladas, ascendentes; papilho
creme ou alvo
12. Folhas lineares, face abaxial
glabra........................30.
V
ernonia
psilophylla
12’. Folhas lanceoladas, elípticas ou ovais, face abaxial tomentosa ou serícea
13. Árvore 2
-
8 m alt.; brácteas involucrais com série interna caduca................
.....................................................................................18. V
ernonia
discolor
13’. Arbusto ou subarbusto 1
-
2 m alt.; brácteas involucrais persistentes
14. Folhas lanceoladas, face abaxial serícea; capítulos solitários ou em
glomérulos de 2
-
4 capítulos dispostos ao longo do eixo.........................
..........................................................................32. V
ernonia
remotiflora
14’. Folhas elípticas a ovais. face abaxial tomentosa; capítulos
racemiformes
ou corimbiformes, adensados no ápice da inflorescência
15. Face abaxial das folhas albo-tomentosa; capítulos racemiformes;
flores vináceas.................................................35.
V
ernonia
tomentell
a
15’. Face abaxial das folhas incano-tomentosa; capítulos corimbiformes;
flores lilases...............................................37.
Vernonia
vepretorum
5’. Capítulos sésseis
16. Folhas pecioladas ou curto
-
pecioladas (1
-
3 mm)
49
17. Arbusto 2m alt.; face abaxial das folhas ferrugíneas; capítulos em glomérulos de
2-
5, às vezes solitários.................................................14.
V
ernonia
brevipetiolata
17’. Subarbusto ou ervas 0,4-1,5 m alt.; face abaxial das folhas alva ou cinérea;
capítulos solitários, rar
o geminados
18. Capítulos em cincínios
19. Cincínios folhosos
20. Flores 20
-
25; papilho com ambas as séries cerdosas..................................
.................................................................................27. V
ernonia
muricata
20’. Flores 8
-
18; papilho com série externa plana e interna cerdosa
21.Capítulos com15
-
18 flores lilas........................... 24.
V
ernonia lilacina
21’Capítulos com 8
-
10 flores alvas...................36.
Vernonia vauthieriana
19’. Cincínios não folhosos
22. Brácteas involucrais glandulosas; papilho com cerdas internas caducas
23. Folhas com ápice acuminado, face adaxial bulada.................................
...........................................................................28. V
ernonia
persericea
23’ Folhas com ápice caudado, face adaxial lisa........................................
........................................................................13.V
ernonia
argyrotrichia
22’. Brácteas involucrais não glandulosas; papilho com cerdas internas
persistentes
24. Corola com lobos glabros, alva............................20.
V
er
nonia
geminata
24’. Corola com lobos setosos, lilás.......................33. V
ernonia
scorpioides
18’. Capítulos paniculiformes
25. Flores 14
-
16; papilho com série interna filiforme, cerdosa..............................
...................................................................................21. V
ernonia
helophila
25’. Flores 8
-
10; papilho com série interna plano
-cerdosa....................................
................................................................................19. V
ernonia
fruticulosa
16’. Folhas sésseis
26
. Folhas basais rosuladas; brácteas involucrais glandulosas.
...................................
............................................................................................22.
Vernonia herbacea
26’. Folhas basais alternas; brácteas involucrais não glandulosas
27
. Capítulos em cimeiras glomeriformes de 3
-
5 capítulos, às vezes solitários
28. Ramos com tricomas enegrecidos, dando ao ramo um aspecto carbonizado;
papilho
cinéreo.................25.1.
V
ernonia
megapotamica
var
. melanotrichium
28’. Ramos com tricomas alvos; papilho alvo............25. V
ernonia
megapotamica
50
27’. Capítulos em cincíni
os ou panícula de glomérulos
29. Folhas com ápice agudo; capítulos em cincínios folhosos
30. Brácteas do cincínio curtas (0,5-1 cm); invólucro 4-5 mm; flores 12-
15;
papilho com série interna 7
-
8 mm, exserta do invólucro...............................
.....................................................................................15. V
ernonia
cognata
30’ Brácteas do cincínio longas (2-5,5 cm); invólucro 6-7 mm; flores 20-
25;
papilho com série interna 5
-
6 mm, inclu
sa no invólucro...............................
................................................................................16. V
ernonia
cotoneaster
29’. Folhas com ápice mucronulado; capítulos em panícula de
glomérulos............................................................26. V
ernonia
mucronulata
2’. Bráctea involucrais todas caducas
31. Folhas com margem denteada; invólucro 6-7 séries, 8-9 flores
...................................................................................10. P
iptocarpha axillaris
31’. Folhas com margem inteira; invólucro 8
-
9 séries, 12
-
15 flores..........................
.................................................................................11. P
iptocarpha
macropoda
1’. Capítulos compostos e
m glomérulos
32. Ervas; folhas rosulado
-
basais
33. Anteras com apêndice apical obtuso; papilho com 5 cerdas alargadas na
base..................................................................................1. Elephantopus
mollis
33’. Anteras com apêndice apical emarginado; papilho com numerosas cerdas
filiformes................................................................9.
Orthopappus angustifolius
32’. Árvores ou arbustos; folhas alternas
34. Papilho com cerdas internas espiraladas
35.
Folhas lineares, margem fortemente revoluta
36. Ápice dos ramos com tufos de tricomas alvos de aspecto alvo
-
lanoso; lobos
da corola glandulosos............................................6
.
Lychnophora ericoides
36’. Ápice dos ramos sem formar tufos de tricomas; lobos da corola não
glandulosos..............................................................7.
Lychnophora pinaster
35’. Folhas lanceoladas, margem não revoluta.................8. Ly
c
hnophora reticulata
34’. Papilho com cerdas internas retas
37. Capítulos com 3 flores; cipsela glabra; papilho lilás.............................................
...............................................................................2. E
remanthus
erythropappus
37’. Capítulos com 1 flor; cipsela albo
-
ser
ícea; papilho alvo ou creme
38. Flor lilás; cipsela 10-
costada; papilho alvo...........3.
E
remanthus
glomerulatus
51
38’. Flor alva; cipsela 15
-
18 costada; papilho creme...........4.
Eremanthus incanus
1.
Elephantopus
mollis
Kunth, Nov. Gen. Sp.
Pl
. 4:26. 1818.
Fig. 1 a; 3 a
-c
Erva
ca. 0,5
m alt.;
caule hirsuto. Folhas inferiores rosuladas, superiores alternas,
sésseis, 2,5-12x0,6-5cm, oblanceoladas, ápice agudo, margem crenada, ciliada,
levemente revoluta, base atenuada, face adaxial glabrescente, abaxial albo-
serícea.
Capítulos em glomérulos terminais envolvidos por 3 brácteas foliáceas, cordiformes;
invólucro 7-9 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 3-séries, glabrescentes;
receptáculo convexo, epaleáceo, glabro e faveolado; flores 3
-
4, co
rola 4
-
5 mm, tubulosa
com uma das fendas mais profunda que os demais, lilás, glabra; anteras com apêndice
apical obtuso e basal levemente sagitado;
estilete com ramos
cilindicos, pilosos. Cipsela
1,5-2 mm compr., obcônica, 10-costada, glandulosa, nervuras setosas. Papilho 3-4 mm
compr., 5 cerdas , alargadas na base, persistentes, alvas.
Material examinado
:
Trilha do Tesoureiro, 28.IX.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida 124
(VIC).
No Brasil esta espécie é amplamente distribuída, sobretudo em solos arenosos e
ác
idos
(Leitão
-Filho 1972)
. No PEI, foi coletada em área com forte influência antrópica.
2.
Eremanthus erythropappus
(DC.) McLeish, Ann. Mo.
Bot.
Gardn. 74: 284. 1987.
Fig. 1c; 3 d
-e
Árvore ca. 2 m alt., ramos lanoso-tomentosos. Folhas alternas, pecioladas, 2-
12,5x0,8-4 cm, elípticas, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, discolores, face
adaxial glabra, glanduloso
-
pontuada, face abaxial incano
-
puberulenta. Capítulos sésseis,
70
-80 por glomérulos; invólucro 3,5-4 mm compr., obcônico, brácteas involucrais 4-5
séries, lanceoladas, tomentosas apenas no ápice;
receptáculo
plano, alveolado, glabro;
flores 3, corola 5-6 mm, tubulosa, lilás, lobos glandulosos; anteras com apêndice apical
acuminado, base aguda; ramos do estilete filiforme, densamente pubescente
s. Cipsela 1
-
1,5 mm compr., prismática, 10-costada, glabra, glandulosa. Papilho trisseriado cerdoso,
série externa 1,5-2 mm compr., séries internas 4-5 mm compr., ambas filiformes,
barbeladas, lilases, persistentes.
Materiais examinados
:
Lagoa Seca, 22.VIII.2005, fl. e fr., G. S. S. Almeida et al. 47
(VIC); Trilha do Morro do Cachorro, 26.VII.2006, fl. e fr., G.S.S.Almeida et al. 500
(VIC)
52
Segundo MacLeish (1987), esta espécie encontra-se distribuída por toda porção
sudeste do Planalto Central, nas altitudes de 700 a 2.400 m. No PEI foi encontrada em
capão de mata de encosta e em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de
E.
incanus
(Less.) Less., espécie mais próxima, basicamente pelo número de flores.
3. Eremanthus glomerulatus
Less., Linnaea 4:317. 1829.
Fig.2 a
-
a’
Árvore ca. 2,5 m alt., ramos lepidotos. Folhas alternas, pecioladas, 1,5-9x 0,8-4
cm, elípticas, ápice obtuso, margem inteira, base aguda, face adaxial glabra com
nervuras
albo
-tomentosas, lustrosa, face abaxial incano-lepidota. Capítulos sésseis, 80-
110 por glomérulos; invólucro 4-4,5 mm compr.
53
Figura 1 - a-j: morfologia dos capítulos: a. Elephanthopus mollis (Almeida 333); b. Eremanthus incanus
(Almeida 501); c. Eremanthus erythropappus (Almeida 500); d. Hololepis pedunculata (Almeida 360); e.
Lychnophora pinaster (Almeida 252); f. Orthopappus angustifolius (Almeida 154); g.
Piptocarpha
axillaris
(Almeida 470); h. Piptolepis ericoides (Almeida 511); i. Vernonia geminata (Almeida 715); j.
V.
schwenkiaefolia
(
Almeida 400
)
54
glabras, ápice e margens vináceos; receptáculo
plano, alveolado,
glabro
; flor 1, corola 6
-
8 mm, tubulosa, alva, glabra; anteras com apêndice apical acuminado, base aguda;
ramos do estilete filiformes, densamente pubescentes. Cipsela 3-3,5 mm compr.,
cilíndrica, 15-18 costada, glandulosa, esparso albo-serícea. Papilho 3-4 seriado com
série externa 2,5-3 mm compr., plana, coroniforme, séries internas 5-7 mm compr.,
barbeladas, tardiamente caducas, creme.
Material examinado: Morro do Cachorro, 26.VII.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida 501
(VIC).
Espécie endêmica da Cadeia do Espinhaço, muito comum nas áreas de campo
rupestre em altitude que variam de 800-1850 m, sendo encontrada também em áreas de
transição do campo com a floresta
secundária, cerrado ou caatinga (MacLeish 1987). No
PEI foi coletada em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de E. glomerulatus
pelo tomento lepidoto, glomérulos relativamente menores e papilho tardiamente caduco.
5. Hololepis pedunculata (DC. ex Pers.) DC., Ann. Mus. Natl. Hist. Nat. 16: 155 189.
1810.
Fig. 1 d; 2 b; 3 f
-g
Árvore
ca. 6 m alt., ramos sulcados, incano-tomentosos, glandulosos. Folhas
alternas,
pecioladas, 9-14,5x2,5-4,5 cm, elípticas a oblanceoladas, ápice cuspidado,
margem
inteira, esparsamente denticulada, base atenuada, face adaxial glabra, face
abaxial incano-puberulenta, ambas glanduloso-pontuadas. Capítulos longo-
pedunculados (1-7 cm), solitários, axilares, envolvidos por 4-5 brácteas subinvolucrais,
foliáceas, elípticas; invólucro 2,5-2,8 cm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais 5-
6 séries, lanceoladas, ápice agudo ou obtuso, arroxeado, glabras; receptáculo levemente
convexo, epaleáceo, fimbriado, glabro; f
lores
60-80, corola 15-18 mm, tubuloso-
filiforme, vinácea, lobos l
inear
-lanceolados, ápice discretamente piloso; anteras com
apêndice apical lanceolado, base obtusa; ramos do estilete filiformes, pubescentes.
Cipsela
5-7 mm compr., cilíndrica, 10-costada, glabra. Papilho bisseriado série externa
2-3 mm compr., série interna 10-12 mm compr., ambas com cerdas filiformes de base
levemente alargadas.
Material examinado
:
Trilha da Lagoa Seca, 17.IV.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida 360
(VIC).
55
Espécie endêmica de Minas Gerais (Robinson 1995). No PEI foi coletado em
capão de mata de encosta, sendo encontrado apenas dois indivíduos, próximos, em uma
única trilha, apresentando desta forma, um sério risco de extinção nesta área.
6.
Lychnophora ericoides Mart.,
Denkschn. Bot. Ges.
Regensb., 2 : 151. 1822.
Fig. 2 c
Arbusto 1,6 m al
t.,
candelabriforme
, ramos cinéreo-lanoso, cicatrizes foliares
triangulares, formando tufos de tricomas com aspecto alvo-lanoso no ápice dos ramos.
Folhas alternas, espiraladas, congestas, sésseis, caducas, 2,5-3,3x 0,2-0,4 cm, lineares,
ápic
56
Figura 2 - a-g: ramo fértil a a’. Eremanthus glomerulatus (Almeida 155); b.
Hololepis
pedunculata
(Almeida 360); c.
Lychnophora
ericoides
(Almeida 252); d.
L.
reticulata
(Almeida 414); e.
Piptocarpha
axillaris
(
Almeida 470
); f.
P.
macropoda
(
Almeida 526
); g.
Vernonia
crotanoides
(
Almeida 368
)
57
glomérulos terminais congestos; invólucro 7,5-8 mm compr., campanulado, brácteas
involucrais 4-5 séries, ápice glanduloso, margem levemente hialina, glabrescente;
receptác
ulo plano, epaleáceo, glabro, alveolado; flores 4, corola 10-12 mm, tubulosa,
glabra, purpúrea, lobos glabros, não galndulosos; anteras com apêndice apical
acuminado, base sagitada; estilete com ramos subulados. Cipsela 1,2-2 mm compr.,
cilíndrica, 10-
cost
ada, glabra. Papilho bisseriado série externa 0,3-0,5 mm compr.,
escamiforme, interna 6,
-
6,7mm compr, achatadas, espiraladas, caducas, alvas.
Material examinado
:
Trilha
Lagoa Seca, 26.I.
2006
, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 252
(VIC)
.
Espécie comum nos campos rupestres e cerrados de Minas Gerais (Hind 2003).
No PEI foi coletada em campos de afloramentos rochosos. Espécie próxima
L.
ericoides
, ver comentário desta espécie.
8.
Lychnophora reticulata
Gardn., London J. Bot. 5: 233. 1846.
Fig. 2 d; 3 h
-i
Arbusto ca. 1,3 m alt.; caule griseo-tomentoso. Folhas alternas, sésseis, 1,5-
3,5x0,3-1 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, não revoluta, base atenuada,
face adaxial griseo-tomentosa, glanduloso-pontuada, face abaxial albo-
tomentosa.
Capítulos em glomérulos terminais; invólucro 6-7 mm compr., cilíndrico, brácteas
involucrais 4-5 séries, ápice vináceo, margem ciliada, densamente tomentosas; flores 5-
7, corola 8-9 mm, tubulosa, lilás, glanduloso-pontuada, lobos glandulosos; anteras com
apêndice apical acuminado, base sagitada; ramos do estilete subulados. Cipsela 1,5-2
mm compr., 12-costada, glanduloso-
pontuada.
Papilho
bisseriado com série externa,
0,5-3
mm compr., cerdos
a-
filiforme,
série
interna
5-6 mm compr., levemente espiralada,
caduca,
vinácea,
à
s vezes palhete.
Material examinado: Trilha do Sertão, 02.XII.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 198
(VIC).
Espécie endêmica dos campos rupestres de Minas Gerais (Semir 1991). No PEI
coletada em campos graminosos secos e campos de afloramento rochosos, em uma
única trilha, em populações pequenas, muito distante uma da outra. Distingue-se de
L.
syncephala
(Schultz-Bip.) Schultz-Bip, espécie mais próxima, comum também nos
campos rupestres de MG, pelo indumento canescente, folhas espatuladas e corola
glan
dulosa.
58
9. Orthopappus angustifolius
(Sw.)
Gleason, Bull. New York Bot. Gard. 4 (13): 238.
1906.
Fig. 1 f; 3 j
-l
Erva perene, 1 m
alt.
Folhas inferiores rosuladas, superiores opostas, sésseis,
8,5-29x1,5-3,5 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inconspicuamente denteada, base
decorrente, ambas as faces setosas, glanduloso-pontuadas. Capítulos sésseis em espiga
de glomérulos; invólucro 9-11 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais lanceoladas,
2-3 séries, tomentosas, ápice acuminado, margem integra; receptáculo plano, epaleaceo,
glabro; flores 4, corola 8
-
9 mm, alva, tubulosa, com um dos lobos mais profundo que os
demais, lobos com ápice glandulosos; anteras com apêndice apical emarginado, base
sagitada; ramos do estilete subulados. Cipsela 2-3 mm compr., obcônica, 10-
costada,
serícea. Papilho unisseriado, cerdas 6
-
7 mm compr., numerosas, filiformes.
Material examinado
:
Trilha do Calais, 15.XI.
2005
, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 154
(VIC).
Orthopappus angustifolius encontra-se amplamente distribuída por todo o Brasil
(Leitão Filho 1972). No PEI foi coletada em campos de afloramentos rochosos. Esta
espécie costuma ser confundida com várias espécies de Elephantopus, das quais se
diferencia pelo papilho com mais de 5 cerdas, não achatadas na base e pelas
anteras com
ápice emarginado.
10.
Piptocarpha axillaris
(Less.) Baker in Mart., Fl.
Bras. 6(2): 121. 1873.
Fig. 1 g; 2 e
Árvore ca. 6 m alt.; ramos densamente hirsuto-vilosos, ferrugíneos.
Folhas
alternas, pecioladas,
8,3
-14,5x3,5-5,8 cm,
elípticas
a obovadas, ápice acuminado,
margem denteada, base obtusa ou oblíqua, face adaxial glabra, face abaxial densamente
alva, estrelado-tomentosa, ferrugínea nas folhas jovens. Capítulos sésseis, axilares ou
em grupos de 5-
8;
invólucro 7-8 mm compr., brácteas involucrais, caducas, 6-7 séries,
externas obovadas, internas lanceoladas, ambas com ápice e margem ciliados,
glabrescentes; receptáculo convexo, epaleáceo, glabro, faveolado; flores 8-9, corola 8-
9
mm, tubulosa, lobos revolutos, papilosos no ápice, lilases; anteras com apêndice apical
59
Figura 3 - a-
c.
Elephantopus mollis a. flor, b. ápice das anteras, c. cipsela (Almeida 333); d-
e.
Eremanthus erythropappus – d. flor, e. cipsela e detalhe do papilho (Almeida 360); f-g.
Hololepis
pedunc
ulata
f. flor, g. cipsela e detalhe do papilho (Almeida 360); h-
i.
Lychnophora reticulatah. flor,
i. cipsela e detalhe do papilho (
Almeida 414
); j
-
l.
Orthopappus angustifolius
j. flor, k. ápice das anteras,
l. cipsela (Almeida 154); m-
n.
Piptocarpha
macropoda- m. flor, n. cipsela (Almeida 526); o-
p.
Piptolepis
ericoides
o. flor, p. cipsela e detalhe do papilho (Almeida 511). q-v: arranjo dos capítulos em
Vernonia
q.
V. scorpioidescincínios não folhosos (
Almeida 40
); r.
V.
cotoneaster
cincínios folhosos (
Almeida
334
); s. V. westiniana panícula de cimas escorpióides (Almeida 208); t. V. mucronulata panícula de
glomérulos (
Almeida 75
); u.
V.
tomentella
racemo (
Almeida 495
); v.
V. vepretorum
corimbo (
Almeida
180
).
60
lanceolado e base caudad
a, purpúreas; ramos do estilete filiformes, pubescentes. Cipsela
2,5
-3 mm compr., prismática , 4 costada, glabra. Papilho bisseriado, série externa 1-
1,5
mm compr., paleácea, escabra, série interna 5-6 mm compr., cerdosa, barbelada,
creme.
Material exami
nado
: Estrada de Baixo, 28.VI.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al., 470
(VIC)
Espécie distribuída pelo sudeste e sul do Brasil, muito comum em capões de
matas secundárias do planalto central (Cabrera & Klein 1980). No PEI foi coletada em
capão de mata de encosta, em área de forte influência antrópica. P. macropoda
(DC.)
Baker, é a espécie mais próxima que se distingue pelo indumento cinéreo e maior
número de flores.
11.
Piptocarpha macropoda
(DC.) Baker, Fl. Bras. 6(2): 123. 1873.
Fig. 2 f; 3 m
-n
Árvor
e ca. 7 m alt.; ramos estrelado-
tomentosos.
Folhas
alternas, pecioladas,
5,5-15x 3-6,5 cm,
elípticas
a obovadas, ápice agudo, margem inteira, base obtusa ou
obliqua, face adaxial glabra, face abaxial densamente cinéreo estrelado-
tomentosa,
ferrugínea nas folhas jovens. Capítulos sésseis, axilares, 5-12 por glomérulos;
invólucro
10
-12 mm compr., brácteas involucrais caducas, 8-9 séries, externas obovadas, internas
lanceoladas, ambas com ápice agudo, margem ciliada, tomentosas no ápice; receptáculo
convexo,
epaleaceo, ciliado, faveolado; flores 12-15, corola 7-8 mm, tubulosa, lilás,
glandulosa, lobos setosos; anteras com apêndice apical lanceolado, base caudada,
purpúreas; ramos do estilete filiformes, pubescentes. Cipsela 4-5 mm compr.,
prismática, 4-5 costada, glabra. Papilho bisseriado, série externa 1-1,2 mm compr.,
paleácea, escabra, série interna 5
-6 mm compr., filiforme, barbelada, alva.
Material examinado
:
Trilha do Calais, 27.IX.
2005
, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 109
(VIC).
Espécie distribuída nas regiões sudeste e sul, freqüente em matas ciliares e
cerrados (Hind 2003). No PEI está representada por um único indivíduo, ocorrendo em
capão de mata de galeria, numa altitude de ca. 1400 m. Espécie próxima P. axillaris,
caracteres distintivos referido
s na espécie anterior.
12.
Piptolepis ericoides
Sch. Bip., Jahresber.
Pollichia 20/21: 383. 1863
Fig. 1 h; 3 o
-p
61
Subarbusto ca. 1 m
alt.
. Folhas alternas, sésseis, 0,8-
1x0,2
-0,3 cm, lineares,
ápice obtuso, margem inteira, revoluta, base levemente atenu
ada, uninérvia, face adaxial
glabrescente, face abaxial albo-tomentosa, ambas as faces glanduloso-pontuadas.
Capítulos sésseis, solitários no ápice dos ramos, oculto pelas folhas; invólucro 7-8 mm
compr., campanulado, brácteas involucrais 4-séries, imbricadas, lanceoladas, ápice
apiculado, margem ciliada, tomentosas, glandulosas; receptáculo côncavo, epaleáceo,
glabro, faveolado; flores 8-10, corola 7-8 mm, tubulosa, lilás, glanduloso-
pontuadas;
anteras com apêndice apical agudo, base sagitada; ramos do estilete longos, agudos,
pilosos. Cipsela 2-2,5 mm compr., cilindrica, 10-costada, glabra. Papilho unisseriado,
série externas 4-5 mm compr., série interna 5-6 mm compr., ambas cerdosas, plana
arroxeadas, caducas.
Materiais examinados
:
Trilha do Sertão,
30.V
.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida 413
(VIC).
Espécie restrita aos campos ruprestres de Minas Gerais (Hind 2003). No PEI
coletada em campo graminoso seco. P. buxoides Sch. Bip. é a espécie mais próxima,
também endêmica dos campos rupestres de MG, da qual se distingue pelas folhas
lineares.
13. Vernonia argyrotrichia
Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras. 6(2): 96. 1873.
Fig.4 a
-
f
Subarbusto 1 m alt., ramos dourado-velutíneos. Folhas alternas, curto-
pecioladas
(1
-
3 mm), 2
-9,5x1,2-
4 cm, elípticas, ápice caudado, ma
rgem inteira, levemente revoluta,
base cuneada ou atenuada, face adaxial lisa, glabrescente, glandulosa, face abaxial
cinéreo
-velutínea, com nervuras proeminentes vináceas, tomentosas. Capítulos sésseis,
em panícula de cincínios não folhosos; invólucro 5-6 mm compr., campanulado,
brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas, ápice apiculado, seríceas, glandulosas;
flores 12-15, corola 5-6 mm, tubulosa, vinácea, lobos com ápice setosos, glanduloso-
pontuados. Cipsela 1-1,2 mm compr., turbinada, 5-costada, albo-serícea. Papilho com
série externa 0,5-1 mm compr., plana, série interna 4-5 mm compr., cerdosa, barbelada,
caduca, alva.
Materiais examinados
:
Trilha do Morro do Cachorro, 14.III.2006, fl. e fr.,
G.S.S.
Almeida et al. 318 (VIC); Trilha do Sertão, 18.IV.2007, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al.
654
(VIC).
62
Espécie distribuída pelas serras de Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo (Baker
1873); Rio de Janeiro e São Paulo (Leitão Filho 1972). No PEI foi coletada em campos
de afloramentos rochosos. Distingue-se d
e
V. geminata Less., espécie mais próxima,
pelos folhas de ápice caudado, lobos da corola seríceos e brácteas involucrais
glandulosas.
14.
Vernonia brevipetiolata Sch. Bip. ex Baker, Fl. Bras. 6(2): 85. 1873.
Fig. 4 g
-j
Arbusto 2 m alt., ramos ferrugíneo-vilosos, glandulosos. Folhas alternas, curto-
pecioladas (1-3 mm), 3-
12,5x1
-4,2 cm, lanceolada, ápice agudo, margem
inconspicuamente denteada, revoluta, base aguda, faces adaxial estrigosa, face abaxial
ferrugíneo
-vilosa, glandulosa, nervuras reticuladas proeminentes. Capítulos sésseis,
solitários ou em glomérulos de 2-5 capítulos, em panícula de cincínios folhosos,
brácteas 2-5,5 cm compr., invólucro 8-10 mm compr., campanulado, brácteas
involucrais 6-7 séries, externas ovadas, ápice agudo, ciliado, tomentosos, internas
lanceoladas, ápice agudo, fimbriado, glabrescentes; flores 20-25, corola 7-8 mm,
tubulosa, alva, lobos glanduloso-pontuados. Cipsela 1,8-2 mm compr., cônica, 8-
costada, albo-serícea. Papilho com série externa 0,8-1 mm compr., plana, série in
terna
5-
6 mm compr., cerdosa, barbelada, caduca, creme.
Material examinado: Trilha do Sertão, 18.IV.2007, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 648
(VIC); Trilha do Calais, 18.VII.2007., fl. e fr.,
G.S.S. Almeida et al. 759
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato
Grosso (Leitão Filho 1972). No PEI coletada em capão de mata de encosta seca e em
campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de V. varroniaefolia DC., espécie
também ocorrente nos campos rupestres de Minas Gerais, pela corola alva e cipsela
albo
-
serícea.
15.
Vernonia cognata
Less., Linnaea 6: 670. 1831.
Fig. 4 k
-n
Subarbusto 1,0 m alt., ramos tomentosos. Folhas alternas, sésseis, 2-
9,5x0,7
-3
cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, base atenuada, face adaxial glanduloso-
setosa, face abaxial albo-estrigosa, glandulosa. Capítulos sésseis a subsésseis em
cincínios folhosos, escorpióides, brácteas 0,5-1 cm compr.; invólucro 5-6 mm compr.,
campanulado, brácteas involucrais 4-5 séries, oblanceoladas, ápice apiculado, vináceo,
63
seríceas; flores 12-15, corola 7-8 mm, tubulosa, lilás, lobos glandulosos no ápice.
Cipsela 1-1,2 mm compr., cilíndrica, 5-costada, albo-serícea, glandulosa. Papilho com
série externa 1-1,5 mm compr., plana, série interna 7-8 mm compr., cerdosa, filiforme,
alva.
Materiais examinados
:
Trilha da Lagoa Seca, 14.XI.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida et
al. 137
(VIC);
Trilha do Pico
,
03.XII.2005
, fl. e fr.,
G.S.S. Almeida et al. 203
(VIC)
.
Espécie distribuída pelo sul e sudeste, desde Minas Gerais até o Rio Grande do
Sul, ocorrendo também no Mato Grosso (Cabrera & Klein 1980). No PEI coletada em
campos de afloramentos rochosos.
V.
helophila
Mart. ex DC., é a espécie mais próxima,
da qual difere pelas folhas sésseis, face adaxial glanduloso-setosa e flores com lobos de
ápice glandulosos.
16.
Vernonia cotoneaster
Less., Linnaea 4: 298. 1829.
Fig. 3 r
Subarbusto 1 m alt., ramos lanuginosos a glabrescentes. Folhas alternas, sésseis,
2,5-8x0,5-1,5 cm, oblanceoladas, ápice agudo, margem inteira, base aguda, face adaxial
estrigosa, face abaxial albo-tomentosa, ambas glanduloso-pontuadas. Capítulos sésseis,
solitários ou geminados, em cincínios folhosos, brácteas 2
-
5,5 cm compr.; invólucro 6
-
7
mm compr., campanulado, brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas, ápice
acuminado, vináceo, tomentosas; flores 20-25, corola 5-6 mm, tubulosa, lilás, lobos
com ápice setosos. Cipsela 1-1,2 mm compr., turbinada, 5-costada, serícea, glandulosa.
Papilho com série externa 0,4-0,5 mm compr., série interna 5-6 mm compr., caduca,
ambas cerdosas, filiformes, alvas.
Material examinado
:
Trilha do Calais, 28.I.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 276
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Espírito
Santo (Leitão-Filho 1972), comum em cerrado de altitude (Hind 1995). No PEI foi
coletada em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de V. muricata DC. pelas
folhas sésseis com face adaxial glandulosa.
17.
Vernonia crotonoides
Sch. Bip., Pollichia 18
-19. 166. 1861.
Fig: 2 g
Árvore 2
m alt.; caule cinéreo
-
lepidoto a ferrugíneo
-lepidotos. Folhas alternas,
64
Figura 4 a-
f.
Vernonia argyrotrichia a. ramo, b. face adaxial da folha, c. face abaxial da folha, d.
capítulo, e. flor, f. cipsela (Almeida 654). g-
j.
V. brevipetiolata g. ramo, h. capítulo, i. flor, j. cipsela
(Almeida 648). k-
n.
V. cognatak. ramo, l. capítulo, m. flor, n. cipsela (Almeida 150). o-
t.
V. fruticulosa
o. ramo, p. face abaxial da folha, q. capítulo, r. flor, s. cipsela, t. cerda interna do papilho (
Almeida 373
).
65
pecioladas, 3,5-20x1,5-14 cm, oblongas, ápice obtuso, margem inteira, base cordada,
face adaxial vilosa, face abaxial ferrugíneo-vilosa, raro albo-vilosa, tricomas estrelados.
Capítulos
pedunculados a curto-pedunculados (1-3 mm), em corimbos congesto
s,
paniculiformes; invólucro 6-7 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 5-6 séries,
lanceoladas, tomentosas, ápice e margens vináceas; flores 4-5, corola 8-9 mm, tubulosa,
purpúrea, lobos setosos. Cipsela 2-3 mm compr., cilindrica, 10-costada, esparso setosa.
Papilho cerdas externas 2-3 mm compr., planas, internas 5-6mm compr., barbeladas,
caducas, vináceas.
Material examinado
:
Trilha do Pico, 17.IV.2006, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 368
(VIC)
Espécie restrita aos campos rupestres de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No PEI
coletada em campos de afloramentoas rochosos. Espécie distinta das demais do PEI,
pelas folhas grandes, densamente ferrugíneo-vilosas com tricomas estrelados e papilho
vináceo.
V. crotonoides foi sinonimizada por Robinson (1999) em
Eremanthus
crotonoide
s
(DC.) Sch. Bip. Entretanto, este trabalho concorda com MacLeish (1987) e
reconhece a espécie como pertencente ao gênero
Vernonia
, devido principalmente, ao
arranjo dos capítulos e ao papilho bisseriado, com série externa plana.
18.
Vernonia discolor
(Spreng.) Less., Linnaea
4:
274. 1829.
Árvore 2
-
8 m
alt., ramos
tomentosos. Folhas
alternas,
pecioladas, 6,8
-
20x2,5
-9,8
cm, elíptico-lanceoladas, ápice obtuso ou cuspidado, margem levemente crenada, base
atenuada
, face adaxial glabra, face abaxial albo-tomentosa. Capítulos pedunculados em
cincínios não folhosos, paniculiformes; invólucro 5,5-6 mm compr., campanulado,
brácteas involucrais
4-5
séries,
externas ovais ápice agudo, ciliado, internas lanceoladas,
apiculadas, caducas, ambas a
lbo
-tomentosas; f
lores
8-12, corola 4-6 mm, tubulosa, lilás
a alva, discretamente tomentoso-
glandulosa.
Cipsela 2,5-3,5 mm compr., turbinada, 5-
costada, serícea. Papilho com série externa 0,8-1 mm compr., plana, série interna 6-7
mm compr.,
cerdos
a, ambas
alvas.
Material examinado
:
Trilha da Casa do Bruno, 26.IX.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida et
al. 100 (VIC); Trilha da Lagoa Seca, 30.VIII.2006, fl.e fr., G.S.S. Almeida et al. 522
(VIC).
Espécie distribuída de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. No PEI foi
coletada em área de transição com mata de altitude e no campo rupestre.
Observou
-
se
66
que os indivíduos do campo rupestre atingem no máximo a 2 m alt., redução de porte
esperado, dado ao estresse hídrico e nutricional; na área de transição a espécie atingiu
ca. 8 m de alt., sendo que segundo Cabrera & Klein (1980), esta espécie em matas
pluviais chega a ca. 20 m alt. Esta espécie junto com V. crotonoides são as únicas
espécies do gênero com hábito arbóreo no PEI, sendo V. discolor diferenciada pelos
capítulos em cincínios não folhosos paniculiformes.
19.
Vernonia fruticulosa Mart. ex DC., Prodr. 5: 53. 1836.
Fig. 4 o
-t
Subarbusto 1,2 m alt., ramos cinéreo-pubérulo. Folhas conduplicadas, raro
planas, alternas, pecioladas, 1,2-7,5x 0,6-2,8 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem
inteira, base aguda, face adaxial glabrescente, glanduloso-
pont
uada, face abaxial curto-
serícea,
cinérea, glanduloso-pontoadas. Capítulos sésseis, em cimas escorpóides, curtas,
paniculiformes;
invólucro 8-10 mm compr.,
campanulad
o, brácteas involucrais 4-5
séries,
lanceoladas, ápice acuminado, seríceas; f
lores
8-10, corola 8-9 mm, tubulosa,
lilás, glandulosa, lobos setosos, ápice vináceo, glanduloso. Cipsela 1,5-2 mm compr.,
turbinada, 5-costada, glanduloso-pontuada, setosa. Papilho com rie externa 1,5-2 mm
compr., plana,
série interna 6-
7 mm compr., plano
-
cerdosa, creme.
Material examinado: Trilha da Casa do Bruno, 26.IX.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et
al. 104
(VIC)
Trilha do Calais
,
17.IV.2006, fl. e fr.,
G.S.S. Almeida et
al. 373
(VIC).
Espécie
comum nos campos rupestres ou campos de cerrado em solos arenosos
nos estados da Bahia, Goiás e Minas Gerais (Hind 2003), Espírito Santo e Rio de
Janeiro (Barroso 1959b). No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
Segundo Robinson (1990b), esta espécie junto com V. tricephala Gardn., V. saxicola
Schultz
-Bip. ex Baker, V. eremophila Mart. ex DC. e V. resinosa Gardn. são sinonímias
de
Lepidaploa rufogrisea H. Rob. Este complexo é motivo de muitas dúvidas
taxonômicas e torna-
se
, portanto necessários, estudos mais detalhados para uma melhor
delimitação das espécies. Distingue-se de V. remotiflora Rich., pelas folhas
conduplicadas e pelos capítulos em cimas escopióides curtas.
20.
Vernonia geminata
H.B.K., Nov. Gen. Sp., ed. Fol.
4: 28. 1818.
Fig. 1 i
Subarbusto 0,7 m alt., ramos dourado-velutíneos. Folhas alternas, cur
to
-
pecioladas, 3,6-10,5x1,2-4,8 cm, elípticas, ápice acuminado, margem inteira, base
67
obtusa, face adaxial escabra, setosa, face abaxial cinéreo-velutínea, nervuras
proeminentes. Capítulos sésseis em cincínios não folhosos, escorpioides; invólucro 7-8
mm compr., campanulado, brácteas involucrais 5-6 séries, externas lanceoladas ápice
apiculado, vináceo, dorso hirsuto, internas lanceoladas, ápice agudo, ciliado, dorso
seríceo, não-glandulosas; f
lores 15
-20, corola 6-7 mm, tubulosa, alva glabra. Cipsela
1,5-2 mm compr., turbinado, 5-costado, densamente serícea. Papilho com série externa
0,8-
1mm compr., plana,
série interna 5-
6 mm compr.,
cerdos
a, barbelada, alva.
Materi
al examinado
:
Estrada de Baixo
,
27.VI.2007, fl.e fr.,
G.S.S. Almeida 715
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro
(Leitão Filho 1972). No PEI foi coletada em borda de capão de mata de encosta seca.
Distingue
-se de V. persericea H. Rob., espécie próxima, pelas flores alvas e brácteas
não
-
glandulosas.
21.
Vernonia helophila
Mart
. ex DC., Prodr. 5:50. 1836.
Fig. 5 a
-f
Subarbusto 1,5 m alt., ramos velutíneo a glabrescente. Folhas alternas, curto-
pecioladas, 1,2-5x0,6-2 cm, oblanceoladas, ápice acuminado, margem inteira, revoluta,
base obtusa, face adaxial escabra, face abaxial
albo
-
ser
ícea, nervuras proeminentes,
setosas
, ambas as faces
glanduloso
-
pont
u
ada
s.
Capítulos
sésseis em panículas de cimas
escorpióides
; invól
ucro
6-8 mm compr., campanulado, brácteas involucrais 4 séries,
lanceoladas, ápice apiculado, glanduloso-pontuados, dorso albo-
tomentoso
; flores 14-
16, corola 6-7 mm, tubulosa, lilás com tricomas glandulares capitados,
lobos
com ápice
glanduloso
-
setosos
. C
ipsela 0,8
-1 mm compr., turbinada, 5-
costada,
albo
-
serícea.
Papilho com série externa 0,6-0,8 mm compr., plana, série interna 4-5 mm compr.,
filiforme, cerdosa, ambas alvas.
Material examinado
:
Trilha do Calais, 28.I.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 276
(VIC).
Espécie distribuída por Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais (Baker 1873).
No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. Difere de
V.cognata
espécie
próxima, por apresentar folhas curto-pecioladas, face abaxial albo-serícea com nervur
as
proeminentes setosas e flores com lobos da corola de ápice glanduloso
-
setoso.
22.
Vernonia herbacea
(Vell.) Rusby, Mem, Torrey Bot. Club 4: 209. 1895.
Fig. 5 g
-l
68
Erva 0,5 m alt.,, ramos albo ou dourado- seríceo. Folhas basais rosuladas,
superiores alternas, sésseis, 3,5-
10,5x1,2
-4,8 cm, obovadas, ápice
obtuso
, margem
inteira,
levemente sinuada, base
atenuada
, face adaxial albo ou dourado-
estrigosa,
glutinosa
, face abaxial denso albo ou dourado-vilosa, nervuras proeminentes seríceas.
Capítulos sésseis em cincínios escorpióides não folhosos; invólucro 7-8 mm compr.,
campanulado, brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, ápice apiculado, ciliado,
vináceo, albo-seríceas, esparso glanduloso-pontuadas; flores 20, corola 6-
7mm
,
tubulosa, purpúrea,
lobos
co
m ápice papiloso. Cipsela 2-2,5 mm compr.,
turbinada,
levemente 5-
costada,
albo
-
serícea
. Papilho com série externa 1-1,5 mm compr. plana,
série interna 6-
7 mm compr., cerdosa, barbelada, caduca, alva.
Material examinado: Morro do Cachorro, 25.X.2007, fl. e fr., G.S.S. Almeida
772
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados do Amazonas, Mato Grosso, Goiás, Minas
Gerais e sudeste do Paraná, crescendo em campo aberto (Jones 1981). No PEI coletada
em campo graminoso seco, após queimada. Distingue-se de V. cognata, a mais próxima
dentre as espécies coletadas, pelas folhas rosulado-basais, obovadas com face abaxial
dourado
-
vilosa.
23.
Vernonia holosericea
Mart. ex DC., Prodr. 5:43. 1836.
Fig. 5 m
-r
Subarbusto 0,4 m alt., ramos cinéreo-tomentosos. Folhas
alternas,
sésseis, 3,8-
5,5x 0,5-2 cm, lanceoladas ou lineares, ápice agudo, margem inteira, base aguda, face
adaxial
estrigoso-glabrescente, face abaxial cinéreo-serícea a glabrescente. Capítulos
pedunculados, em cimeiras curtas;
invólucro
9-10 mm compr., campanul
ado
, brácteas
involucrais
4-5 ries, linear-lanceoladas, acuminadas, esquarrosas, arroxeadas,
glabrescentes; f
lores 35
-40, corola 6-8mm, tubulosa, lilás, lobos com ápice glanduloso,
esparso
-setoso. Cipsela 1,5-2 mm compr., turbinada, 5-costada, albo-
velut
ínea
. Papilho
com
série externa 1,0-
1,2
mm compr., plana, série interna 5-7 mm compr., cerdos
a,
barbelada, caduca, alaranjada.
Material examinado
:
Trilha da Estrada de Cima, 24.VIII.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida
et al. 77 (VIC); Morro do Cachorro, 27.VI.2006., fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 459
(VIC).
69
Figura 5
a
-
f.
Vernonia helophila
a. ramo, b. face adaxial da folha, c. face abaxial da folha, d. capítulo,
e. flor, f. cipsela (Almeida 276). g-k. V. herbacea g. ramo, h. face abaxial da folha, i. capítulo, j. ápice
da bráctea involucral, k. flor, l. cipsela (Almeida 772). m-
r.
V. holosericea m. ramo, n. face abaxial da
folha, o. capítulo, p. ápice da bráctea involucral, q. flor, r. cipsela (Almeida 77). s-x.
V.
megapotamica
var.
megapotamica
s. ramo, t. face abaxial das folhas, u. capítulo, v. flor, x. cipsela (
Almeida 251
).
70
Espécie distribuída pelos estados de Goiás, Bahia, São Paulo e Minas Gerais,
comum no cerrado (Leitão Filho 1972). No PEI foi coletada em campo graminoso seco
e em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de
V.
schwenkiaefolia
Mart
., pelas
folhas lanceoladas ou lineares e de V. pungens Gardn. pelas folhas peninérveas. Estas
três espécies, junto com V. stricta Gardn., são comumente confundidas nos herbários,
por apre
sentarem todas hábito subarbustivo e papilho alaranjado, variando na forma das
folhas e o número de flores.
24.
Vernonia lilacina
Mart. ex DC., Prodr. 5: 48. 1836.
Subarbusto 0,8 m alt., ramos bruneo-tomentosos. Folhas
alternas,
pecioladas,
1,5
-3,2x0,6-1,7 cm, elipticas, ápice agudo, margem inteira, base atenuada, face
adaxial
glanduloso
-estrigosa, face abaxial argento-serícea, glanduloso-pontuada, nervuras
proeminentes albo-setosas. Capítulos sésseis, em cincínios folhosos, escorpióides,
brácteas 0,3-1,2 cm compr.; invólucro 6-7mm compr.,
campanulado
, brácteas
involucrais
3-4 séries, lanceoladas, ápice apiculado, vináceo, tomentosas; f
lores 15
-
18,
corola 6-7 mm, tubulosa, lilás a alva, lobos com ápice glanduloso. Cipsela 1,5-2 mm
compr.,turbinada, 5
-
cos
tada, glandulosa, albo
-
velutínea
. Papilho com s
érie externa 1,5
-
2
mm compr., plana, série interna 4-5 mm compr., cerdosa, barbelada, caduca, ambas
alvas.
Material examinado
:
Trilha da Serrinha, 16.III.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida 352
(VIC).
Espécie distribuída no Espírito Santo e Minas Gerais, relativamente comum no
Cerrado (Hind 2003) e Bahia (Zappi 2003). No PEI coletada em campo de afloramentos
rochosos. Distingue-se de V. cotoneaster pelas folhas pecioladas e capítulos com menor
número de flores.
25.
Vernonia megapotamica
Spreng., Syst. Veg. 3: 437. 1826.
Fig. 5 s
-x
Erva 0,5 m alt., ramos
albo
-tomentosos, glandulosos. Folhas alternas, sésseis, 1-
3,5-0,4-1 cm, oblanceoladas, ápice agudo, margem inteira, revoluta, base obtusa, face
adaxial setosa, g
landulos
o-
pontuada
, face abaxial albo-
tomentosa
, nervuras
proeminentes tomentosas. Capítulos sésseis, 3-5 em cimeiras apicais, às vezes,
solitários, axilares;
invólucro
6-8 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 3-4 séries,
lanceoladas, ápice
apiculad
o, vináceo,
albo
-tomentosas; flores 5-6, corola 6-8 mm,
71
tubulosa, vinácea, lobos com ápice setosos. Cipsela 1-1,5mm compr., cilíndrico-
turbinada, 8-costada, cinéreo-serícea,. Papilho com série externa 1-1,2mm compr.,
plana, série interna 4
-
5mm compr.,
cer
dos
a,
barbelada alvo.
Material examinado
:
Morro do Cachorro, 15.II.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida 295
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados de Minas Gerais e São Paulo (Leitão Filho
1972) e sul do Brasil (Cabrera e Klein 1980). No PEI coletada em áreas de campo
graminoso seco. Distingue-se de V. tragiaefolia DC, espécie também ocorrente nos
campos rupestres de Minas Gerais, pelas folhas com margem inteira e menor número de
flores por capítulo.
25.1.
Vernonia megapotamica
var.
melanotrichium
DC., Prodr
. 5: 51. 1836.
Difere de Vernonia megapotamica var.
megapotamica
,
pela presença de
tricomas enegrecidos, conferindo um aspecto carbonizado aos ramos, ápice das folhas
acuminado, face abaxial cinéreo
-t
omentosa
. Invólucro com brácteas involucrais cinéreo
-
to
mentosas e pa
pilho
com cerdas cinéreas. Material examinado:Trilha da Lagoa Seca,
26.I.2006, fl. e fr.,
G.S.S. Almeida 251
(VIC).
26.
Vernonia mucronulata
Less., Linnaea 4:266. 1829.
Fig. 3 t
Subarbusto 0,6 m alt., ramos
cinéreo
-tomentosos. Folhas alternas, sésseis, 1,2-
6x0,8-1,6 cm, oblanceoladas, ápice mucronulado, margem inteira ou inconspicuamente
denteada,
base
obtusa
, face adaxial glabrescente, glanduloso-
pontuada,
face abaxial
cinéro
-tomentosa. Capítulos subsséseis, axilares em panícula de glomérulos formados
por 3-5 capítulos; invólucro 5,5-6 mm compr., c
ilíndrico
, brácteas involucrais 4-5
séries,
lanceoladas, ápice tomentoso, ciliado, agudo nas externas, obtusos nas internas,
glabrescentes, não glandulosas; flores 8-10, corola 7-8mm, tubulosa, lil
ás,
lobos com
ápice
glanduloso
. Cipsela 1-1,5mm compr., turbinada, 8-costada, cinéreo-
setosa,
glanduloso
-
pontuada
. Papilho com série externa 0,5-0,7mm compr., plana, série interna
5-
6mm compr.,
cerdoso,
barbelado,
alvo.
Material examinado
:
Estrada de Cima
,
24.VIII.2005
, fl. e fr.,
G.S.S. Almeida 75
(VIC)
.
Espécie ocorrente em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Paraná e
Santa Catarina. No PEI coletada em campo de afloramentos rochosos. Espécie distinta
das demais coletadas no PEI , pelos capítulos ordenados em panícula de glomérulos.
72
Esta espécie costuma ser muito confundida nos herbários com V. cuneifolia Gardn. da
qual distingue
-
se pelas folhas com ápice mucronulado e menor número de flores.
27.
Vernonia muricata
DC., Prodr. 5:55. 1836.
Subarb
usto
1 m alt., ramos albo-tomentosos, com tons vináceos. Folhas alternas,
pecioladas, 2-9,8x0,5-2 cm, l
anceoladas,
ápice acuminado, margem
denticulada
, base
atenuada
, face adaxial escabro-
setosa
, face abaxial gríseo-tomentosa, glanduloso-
pontuada, nervuras proeminentes, hirsutas. Capítulos sésseis, em cincínios folhosos,
brácteas 1,5-3 cm compr.; invólucro 5-6mm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais
4-5 séries, lanceoladas, ápice acuminado, ciliado, vináceo, tomentosas, externas
esquarrosas
; flores 20-25, corola 6-7 mm, tubulosa, lilás, lobos esparso-
glandulosos.
Cipsela
2-2,5 mm compr., cilíndrico, 10-12 costado, albo-
tomentosa,
glanduloso
-
pontuada
. Papilho com série externa 0,8-1 mm compr., série interna 4-5 mm compr.,
caduca, ambas
cerdos
as
,
barbelada
s, alvas.
Material examinado
:
Morro do Cachorro, 17.I.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 177
(VIC)
Espécie distribuída pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa
Catarina. No PEI coletada em capão de mata de encosta seca. Distingue-se de V.
cotoneaster
, espécie próxima, pelas folhas pecioladas com face adaxial escabro
-
setosa
.
28.
Vernonia persericea
H. Rob., Phytologia 44:292. 1979.
Fig. 6 a
-f
Subarbusto 1 m alt., ramos jovens dourado-
velutíneos
. Folhas alternas,
pecioladas
,
3,5
-10,
5X1,8
-
3,2 cm,
ob
lanceoladas,
ápice
acuminado
, margem
inteira
,
base
obtusa
, face adaxial bulada, estrigosa, glanduloso-pontuada, face abaxial cináreo-
velutínea, nervuras proeminentes, dourado-velutíneas. Capítulos sésseis em cimeiras
escorpióides;
invólucro 6-6,5 mm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais 4-5 sér
5i
73
Figura 6 a-
f.
Vernonia persericea a. ramo, b. face adaxial da folha, c. face abaxial da folha, d.
capítulo, e. flor, f. cipsela (Almeida 332). g-
j.
V. psilophyla g. ramo, h. capítulo, i. flor, j. cipsela
(
Almeida 678
). k
-o.
V. pungens
k. ramo, l. face abaxial da folha, m. capítulo, n. flor, o
. cipsela (
Almeida
338
). p
-
s.
V. remotiflora
p. ramo, q. capítulo, r. flor, s. cipsela (
Almeida 200
).
74
Espécie até então restrita da Bahia (Robinson 1979), esta é a primeira citação da
espécie para Minas Gerais. Distingue-se de V. geminata espécie próxima, pelas folhas
com face adaxial bulada, estrigosa, glanduloso-pontuada e flores lilases com lobos de
ápice setosos.
29. Vernonia polyanthes
Less., Linnaea 6: 631. 1831.
Arbusto
2 m alt., ramos bruneo-estrigosos a glabros. Folhas alternas,
pecioladas
,
1,5-17x0,8-3,5 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, base aguda, face adaxial
estrigosa, face abaxial ferrugínea-estrigosa, glanduloso-pontuadas. Capítulos
pedunculados a subsésseis, em cimeiras paniculiformes densas; invólucro 5-7 mm
compr.,
campan
ulado
, brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas, ápice apiculado,
ciliado, esparsamente tomentosas; f
lores
20-25, corola 6-7 mm compr., tubulosa,
glabra, alva. Cipsela 1,5-2 mm compr., densamente glanduloso-pontuada, esparso
setosa
. Papilho com série externa 1-1,5 mm compr., levemente plana, caduca, série
interna 4,5
-
5 mm compr.,
cerdosa, persistente, ambas cremes.
Material examinado: Trilha do Tesoureiro, 23.VIII.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida 80
(VIC)
.
Espécie distribuída nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Paraná,
Bahia e Minas Gerais. Comum no cerrado (Hind 1995). No PEI coletada em capão de
mata de galeria. Esta espécie apresenta anteras glanduloso
-
pontuadas, uma característica
pouco comum no gênero. V. mariana Mart. ex Baker é a espécie mais próxima, citada
por Baker (1873), como ocorrente na cidade de Mariana, área inclusa nos limites do
PEI. Entretanto, apesar do esforço amostral sistemático nesta área, a espécie não foi
recoletada. Distingue-se de V. polyanthes pelas folhas obovadas e capítulos com menor
número de flores.
30.
Vernonia psilophylla
DC., Prodr. 5:28. 1836.
Fig. 6 g
-j
Erva
0,8m
alt., ramos glabros, afilos na base. Folhas alternas,
sésseis
, 1,1-5x0,1-
0,2 cm
lineares
, ápice agudo, margem inteira revoluta, base atenuada, face adaxial
glabra, glutinosa, face abaxial glabra, glanduloso-pontuada. Capítulos pedunculados
solitários ou raro em panículas corimbosas; invólucro 7-9 mm compr.,
campanulado
,
brácteas involucrais
5
séries,
oblanceoladas, ascendentes, ápice agudo, espa
rso
tomentosas com tons vináceos; f
lores
27-35, corola 8-10 mm, tubulosa, glabra, vinácea,
lobos esparso-
glanduloso.
Cipsela
2-3 mm compr., cilíndrica, 5-8 costada, albo-
75
tomentoso.
Papilho com série externa 0,5-1 mm compr., planas, internas 6-6,5 mm
compr.
, cerdosa, escabra, ambas alvas.
Material examinado: Trilha da Lagoa Seca, 26.VI.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida 427
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul (Baker 1873)
Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás (Hind 2003). No PEI coletada em campo
graminoso seco. Distingue-se de V. pungens
Gardn
., pelas folhas com face abaxial
glabra e brácteas involucrais oblanceoladas, ascendentes .
31.
Vernonia pungens
Gardn., London J. Bot. 6: 418. 1847.
Fig. 6 k
-o
Subarbusto 1,1 m alt., ramos tomentosos. Folhas alternas, sésseis, 1-
5,2x0,3
-0,6
cm, linear
-lanceoladas ou lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, le
vemente revoluta,
base cuneada, uninérveas, face adaxial glabrescente, glandulosa, face abaxial
cinéreo
-
serícea. Capítulos pedunculados em panículas corimbosas; invólucro 7-9 mm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais 6-7 séries, linear-lanceoladas, esquarosas, ápice
acuminado, glabrescentes, com tons vináceos; f
lores
35-40, corola 6-8 mm, tubulosa,
lilás, lobos com ápice gl
anduloso
-
setosos.
Cipsela 1,5-2 mm compr., turbinada, 5-
costada, dourado-
velutínea.
Papilho com série externa 1-1,2 mm compr., levemente
plana, série interna, 5
-
6 mm compr., cerdosa, alaranjada.
Material examinado
:
Trilha da Lagoa Seca, 26.VI.
76
paniculiformes,
brácteas 1,5-6,5 cm compr.; invólucro 7-8 mm compr., campanulado,
brácteas involucrais 4-5 ries, lanceoladas, ápice agudo, glabrescentes; flores 8-
12,
corola 4-6 mm, tubulosa, lilás, lobos setosos. Cipsela 0,8-1,0mm compr., turbinada, 5-
costada,
albo
-velutínea, glanduloso-
pontuada
. Papilho com série externa 0,5-0,8 mm
compr., plana, série interna cerdosa, 4
-
5 mm compr., creme.
Material exami
nado
:
Trilha do Sertão, 05.12.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al.
200
(VIC)
.
Espécie distribuída nos estados do Amazonas, Pará, Goiás, Mato Grosso, Bahia,
Piauí, e Minas Gerais (Beker 1873). No PEI coletada em capões de mata de encosta
seca e campo de afloramentos rochosos. Distingue-se de V. fruticulosa pelas folhas
planas e capítulos solitários ou em glomérulos ordenados em cincínios folhosos
paniculiformes.
33.
Vernonia scorpioides
(Lam.) Pers., Syn. Pl.
2: 404. 1807.
Fig. 3 q
Subarbusto 1,5m alt.,
ramos
estrigoso-
ferrugíneos
. Folhas alternas,
pecioladas
,
2,5-10x0,8-4 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inteira ou levemente serreada, base
aguda
, faces adaxial esparso tomentosa, face abaxial tomentosa. Capítulos sésseis em
cincínios não
-
folhosos, es
corpióides terminais;
invólucro
4
-
5 mm compr.,
campanulado,
brácteas involucrais 4-5 séries, oblanceoladas, ápice agudo, vináceo, tomentosas; f
lores
20-25, corola 5-6 mm, tubulosa, lilás, lobos setosos. Cipsela 0,8-1,0mm compr.,
turbinada, 5-costada, setosa. Papilho com série externa 0,3-0,5 mm compr., cerdosa
alargada na base, série interna 4,0
-
5,0mm compr., cerdosa, filiforme, alvas.
Material examinado: Trilha da Lagoa Seca, 22.VIII.2005, fl. e fr., G.S.S. Almeida 40
(VIC)
Espécie amplamente distribuída
por todo o país (Leitão Filho 1972).
34.
Vernonia schwenkiaefolia
Mart. ex DC., Prodr. 5:
44. 1836
.
Fig. 1 j
Subarbusto
0,8 m alt., ramos cinéreo-tomentosos, glandulosos. Folhas alternas,
sésseis, 1,7
-4x0,8-
1,6 cm, oblanceoladas
, ápice
agudo
, margem
de
nticulada, base obtusa
a subcordada, face adaxial tomentosa, face abaxial cinéreo-tomentosa, ambas
glanduloso
-pontuadas. Capítulos pedunculados em corimbos paniculiformes; invólucro
10-11 mm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais 8-
9
séries,
lanceolad
as,
77
esquarrosas, ápice acuminado, vináceo, pubérulas; f
lores
45-50, corola 7-8 mm,
tubulosa, lilás-claro, glabra, lobos não-
glandulosos.
Cipsela 2-2,5 mm compr.,
turbinada, 5-costada, albo-
serícea
. Papilho com série externa 1-1,5 mm compr., plana,
série in
terna 5
-
8 mm compr., cerdosa, barbelada, avermelhada.
Material examinado: Trilha do Calais, 27.VI.2006, fl. e fr., G.S.S. Almeida et al. 467
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. No PEI
coletada em campos de afloramentos rochosos. Espécies próximas V. holosericea, da
qual se distingue pelas folhas oblanceoladas com base obtusa ou cordada e maior
número de flores.
35.
Vernonia tomentella
Mart. ex DC., Prodr.5: 59. 1836.
Fig. 3 u
Subarbusto
1,0 m alt., ramos incano-
toment
osos. Folhas alternas, espiraladas,
subsésseis, 1,3-5x0,8-2,6 cm, ovais a elípticas, ápice agudo, margem inteira, base
obtusa
, face
s
adaxial
glabrescente, face abaxial albo
-
tomentosa. Capítulos pedunculados
em racemo terminais;
invólucro
9
-
10 mm compr.,
ca
mpanulado
, brácteas
involucrais 4
-
5
séries,
ovadas, ápice agudo, longo-tomentosas na metade superior; f
lores
18-20,
corola 7,5-8 mm, tubulosa, vinácea, lobos com ápice setosos. Cipsela 1-1,3 mm compr.,
turbinada, 5-costada, albo-
serícea
. Papilho com
série
externa 1-1,2 mm compr., plana,
série interna 6,3-
7 mm compr., filiforme, alva.
Material examinado
:
Trilha da Estrada de Cima
,
25.VII.2006, fr.,
G.S.S. Almeida et al.
481
(VIC)
; Trilha do Calais, 18.VII.2007, fl. e fr.,
G.S.S. Almeida et al. 754
(VIC).
Es
pécie
com ocorrência relativamente comum em regiões altas e frias,
distribuída nos estados de Minas Gerais e São Paulo e Paraná (Leitão Filho 1972
).
No
PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de V. vepretorum
Mart. ex. DC., pelos capítulos em racemo terminais, menor mero de flores e papilho
alvo.
36.
Vernonia
vauthieriana
DC., Prodr. 5:56. 1836.
Subarbusto 1,2 alt., ramos albo-
tomentosos
. Folhas alternas,
pecioladas
, 1,5-
8x0,5-
3 cm,
elípticas a obovadas
, ápice
acuminado
, margem
i
nteira, base atenuada
, face
adaxial
puberulenta, glanduloso-pontuadas, nervuras tomentosas, face abaxial cinéreo-
canescente, glanduloso-pontuada. Capítulos sésseis,axilares, solitários, raro geminados;
78
invólucro
6-7 mm compr.,
campanulado
, brácteas involuc
rais
5-6 séries, oblanceoladas,
ápice agudo, seríceas apenas no ápice; f
lores
8
-
10, corola 6
-
7 mm, campanuladas, alvas,
lobos setosos, glanduloso-
pontuados.
Cipsela 1-1,5 mm compr., piramidal, 4-
costada,
densamente albo-
serícea
. Papilho com série externa 1-1,2 mm compr., cerdosa plana,
série interna 5-
6 mm compr., cerdosa, filiformes, ambas as seres cremes.
Material examinado
:
Morro do Cachorro, 17.XI.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida 180
(VIC)
.
Espécie restrita Minas Gerais (Baker 1873). No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos. Espécie próxima
V.
fruticulosa
da qual se distingue pela forma
das folhas, e arranjo dos capítulos.
37.
Vernonia vepretorum
Mart. ex DC., Prodr. 5: 59. 1836.
Fig. 3 v
Subarbusto 1,1
m alt., ramos
incano
-
seríceo
. Folhas al
ternas,
sésseis
, 1,5-5,2x0,4-
2 cm,
oblongas
,
ápice
agudo, margem inj0.09765 0 0 -0.09765 5553 l138 Tm(g)Tj0.09765 0 0 -0.Tm(nj0.095490.09765 8554 1366 Tm(a)T780.09765 8554 1366 Tm(a)T780.09765 8q9765 5230 6138 Tm(i)Tj0.0972309765 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.57435 0 0 -0.09765 4362 6138 Tm(,)Tj( )Tj0.59765 0 0 -0.09765 5231 1366 Tm(b)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.69765 0 0 -0.0s65 6054 3780 Tm())Tj0.09410 0 -0.Tm(nj0/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj0.09125 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.60 0 0 0 -0.09765 4805 6138 Tm(g)Tj0.97615 0 0 -0.09765 4062 6138 Tm(u)Tj0.66615 0 0 -0.0d765 6593 3780 Tm(P)Tj0.09715 0 0 -0.09765 Tz(. Folhas al)Tj/F1 2048 Tf0.09895 0 0 -0.09765 4362 6138 Tm(,)Tj( )Tj0.69215 0 0 -0.0f26 3780 Tm(I)Tj( )Tj0.09775 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.70765 0 0 -0.09765 2056 6138 Tm(c)Tj0.97650 0 -0.Tm(nj0/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.74255 0 0 -0.0d765 6593 3780 Tm(P)Tj0.09755 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.76765 0 0 -0.09765 4761 4125 Tm(x)Tj0.09765(a)T780.09765 8554 1366 Tm(a)T78077765 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.78565 0 0 -0.0l765 7670 1366 Tm(,)Tj/F1 2048 Tf( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 4805 6138 Tm(g)Tj0.80765 0 0 -0.0l765 8070 3780 Tm(c)Tj0.09725 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.82410 0 -0.Tmb765 8275 4125 Tm(l)Tj0.094065 8q9765 5230 6138 Tm(i)Tj0.0972389765 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.84765 0 0 -0.09765 8015 2056 Tm(,)Tj( )Tj0.06285 0 0 -0.0f26 3780 Tm(I)Tj( )Tj0.86965 0 0 -0.09765 4648 6138 Tm(a)Tj0.87835 0 0 -0.09765 2056 6138 Tm(c)Tj0.89765 0 -0.Tm(nj0/F1 208895 5793 Tm(-)Tj/F1 2048 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Tm(o)Tj/F1 2048 Tf( )Tj0.0672599765-0.0d765 2586 3780 Tm(s)Tj0.4972599765-0.09765 5071 4780 Tm(I)Tj( )Tj0.4921599765-0.0q54 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.0976599765-0.0u765 4991 2056 Tm(C)Tj0.0976599765-0.09765 3050 4125 Tm(o)Tj0.5217699765-0.0l765 5498 3780 Tm(r)Tj( )Tj0.0376599765-0.09765 2586 3780 Tm(s)Tj0.5454599765-0.09765 4362 6138 Tm(,)Tj( )Tj0.0976599765-0.0d765 2586 3780 Tm(s)Tj0.5753599765-0.09765 2407 3091 Tm(i)Tj0.0976599765-0.09765 2586 3780 Tm(s)Tj0.5886599765-0.0t765 3695 2056 Tm(o)Tj0.5976599765-0.09765 2407 3091 Tm(i)Tj0.0976599765-0.09765 4054 3780 Tm(n)Tj0.6076599765-0.09765 4805 6138 Tm(g)Tj0.9176599765-0.09765 4062 6138 Tm(u)Tj0.6296599765-0.09765 4362 6138 Tm(,)Tj( )Tj0.6497599765-0.09765 2664 3780 Tm(p)Tj0.6597599765-0.0e765 6486 2401 Tm(,)Tj0.0686699765-0.0l765 3195 2056 Tm(l)Tj0.6741599765-0.0o42 36404 3780 Tm(o)Tj( )Tj0.0952599765-0.09765 6982 3780 Tm(c)Tj0.0946599765-0.09765 3050 4125 Tm(o)Tj0.7976599765-0.09765 2664 3780 Tm(p)Tj0.7976599765-0.0í35 4125 Tm(e)Tj( )Tj0.0975599765-0.0t765 3695 2056 Tm(o)Tj0.7346599765-0.0u765 4991 2056 Tm(C)Tj0.7446599765-0.0l765 3464 3780 Tm(r)Tj0.7477599765-0.0o42 3780 Tm(a)Tj( )Tj0.7597599765-0.09765 5498 3780 Tm(r)Tj( )Tj0.7785599765-0.0o42 3780 Tm(a)Tj( )Tj0.7885599765-0.09765 3464 3780 Tm(r)Tj0.7952599765-0.0d765 2708 3091 Tm(e)Tj0.8052599765-0.0e63 3091 Tm(l)Tj( )Tj0.8141599765-0.09765 4054 3780 Tm(n)Tj0.8241099765-0.09765 3050 4125 Tm(o)Tj0.0976599765-0.0d765 2708 3091 Tm(e)Tj0.8476599765-0.0o765 4494 6138 Tm(m)Tj0.8529599765-0.09765 5498 3780 Tm(r)Tj( )Tj0.9717599765-0.0e765 6486 2401 Tm(,)Tj0.8806599765-0.09765 6730 32 Tz(costada, )Tj/F1 2048 Tf0.09765102765-0.097641874 corimb.9 terminairranjo dos capítulos.)Tj/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj/F1 2048 Tf( )Tj/F0 2048 Tf0.09765109 05-0.03100.101 2048 Tf( )Tj/F1 2048 Tf0.09765109 05-0.0865 1874 5103 Tm(37)Tj/F0 2048 Tf0.09765109 05-0.09765 2074 5103 Tm(. )Tj/F5 2048 Tf0.09765109 05-0.09765 39475103 Tm1westiTmn9765 /F1 2048 Tf( )Tj/F1 2048 Tf0.089 5109 05-0.0 Less., Linnaea 6:.650x DC.1 Prodr. 5: 59. 1836.)Tj/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj/F1 2048 Tf0.0966511250 -0.0976068344 5448 Tms100.03 Tz(Fig. 3 v)Tj/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj/F1 2048 Tf( )Tj/F1 2048 Tf0.0976511600 -0.0976595069 A 2464 Prodr. 5: 59. 1836.)Tj/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj/F1 2048 Tf0.326.)11600 -0.09765 3564 5793 Tm(1)Tj/F1 2048 Tf0.036.)11600 -0.09765 3514 5793 Tm(,)Tj/F1 2048 Tf0.0090)11600 -0.03100.10 Tz(seríceo)Tj/F1 2048 Tf0.3490)11600 -0.09765 01 Tm100 Tz(.)Tj( )Tj0.0696)11600 -0.09765 2063 3091 Tm(a)Tj0.0785511600 -0.09765 2029 4125 Tm(l)Tj0.3841011600 -0.0t765 3695 2056 Tm(o)Tj0.0976511600 -0.0.765 2996 3091 Tm(m)Tj0.0947)11600 -0.09765 5071 4780 Tm(I)Tj( )Tj0.4978511600 -0.0r765 4054 3780 Tm(n)Tj0.0975511600 -0.09765 2063 3091 Tm(a)Tj0.4976511600 -0.09765 3195 2056 Tm(l)Tj0.4399511600 -0.0o43 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.0999511600 -0.0s765 4500 2401 Tm(o)Tj/F1 2048 Tf( )Tj0.0668511600 -0.09765 4897 3091 Tm(c)Tj0.0757)11600 -0.0i42 3780 Tm(a)Tj( )Tj0.4813511600 -0.09765 2029 4125 Tm(l)Tj0.4976511600 -0.0í71 4780 Tm(I)Tj( )Tj0.4925511600 -0.0n54 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.0975511600 -0.0d765 4991 2056 Tm(C)Tj0.0974511600 -0.0r765 4054 3780 Tm(n)Tj0.5191)11600 -0.0i42 3780 Tm(a)Tj( )Tj0.5247)11600 -0.0c765 5264 2401 Tm(r)Tj0.0975511600 -0.0o43 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.5475511600 -0.0s765 3239 4125 Tm(h)Tj0.5513511600 -0.0,765 4362 6138 Tm(,)Tj( )Tj0.0976511600 -0.0d765 4991 2056 Tm(C)Tj0.0776511600 -0.09765 2319 3091 Tm(r)Tj0.0843511600 -0.0n54 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.0943511600 -0.0s65 6054 3780 Tm())Tj0.0976511600 -0.09765 2063 3091 Tm(a)Tj0.6110511600 -0.09765 3195 2056 Tm(l)Tj0.6266511600 -0.09765 2319 3091 Tm(r)Tj0.6376511600 -0.09765 4054 3780 Tm(n)Tj0.6476511600 -0.0t765 6369 3091 Tm(5)Tj0.0510511600 -0.09765 4362 6138 Tm(,)Tj( )Tj0.6690511600 -0.0t765 6369 3091 Tm(5)Tj0.0746511600 -0.0o43 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.6846511600 -0.0(Vernonia vepretorum)Tj/F1 2048 Tf0.706.)11600 -0.097.1 1874entos9765 3541 3091 Tm(o)Tj/F1 2048 Tf0.7523)11600 -0.09765 2352 345498 3780 Tm(r)Tj( )Tj0.7666511600 -0.0F765 2319 3091 Tm(r)Tj0.7775511600 -0.0o43 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.7875511600 -0.09765 2029 4125 Tm(l)Tj0.7936511600 -0.0h Tm100 Tz(.)Tj( )Tj0.8036511600 -0.09765 2063 3091 Tm(a)Tj0.8120511600 -0.0s65 65498 3780 Tm(r)Tj( )Tj0.9289511600 -0.09765 2063 3091 Tm(a)Tj0.8378511600 -0.09765 2029 4125 Tm(l)Tj0.8634511600 -0.0t765 6369 3091 Tm(5)Tj0.8490511600 -0.09765 2319 3091 Tm(r)Tj0.8578511600 -0.0r765 4054 3780 Tm(n)Tj0.8975511600 -0.09765 4054 3780 Tm(n)Tj0.8745511600 -0.09765 2063 3091 Tm(a)Tj0.8834511600 -0.0s765 4798 3780 Tm(i)Tj0.89 2511600 -0.0,765 4362 62 Tz(costada, )Tj/F1 2048 Tf0.0976511945 -0.0976595069 pecio9 Tz )Tj/F1 2048 Tf( )Tj/F1 2048 Tf0.0719511945 -0.09765 3237 6138 Tm100 Tz(,)Tj1874 4125 Tm(a)Tj0.2916511945 -0.09765 6069 3091 Tm(2)Tj0.3016511945 -0.0,tada, )Tj/F1 2048 Tf0.0976510976590976-0.09765 2464 37821.Tj/F1 2048 T-.09765 2514 6138 Tm100.11 Tz(oblongas)1/F1 2048 8 Tf.706.)11,5x0,7 5103 Tm100.03 Tz(Vernonia vepretorum30j/F1 2048 Tf0.07-.09765 2514 6138 Tm100.11 Tz(oblonga95 2051 2048 T3Tj0.0977590976-0.09765 206373091 Tm(2)Tj0.3016511945 -0.0,tada,41474125 Tm(a)Tj0..0976589765-0.09765 4197 3091934125 Tm(a)c972599765-0.09765 /F1 2048 T24125 Tm(a))Tj0.09765 0 0 -0.09765 449363091 Tm(2)Tj0..0976589765-0.09765 4197 30986 2091 Tm(2))Tj0.489957098 -0.0o765 4906 2091 Tm(2)bTj0.0977590976-0.0t3 5793 Tm100 Tz(06 2091 Tm(2)173 -0.097653 Tz(Fig. 3 v)Tj/F1 2048 Tf100 Tz( )Tj/F1 2048 Tf663 3091 Tm(2)5 0 0 -0.09765 3369 6.6606590976-0.0s765 3694 41252Tj/F1 2048)Tj0.0976511600 -0.09765 20818j/F1 2048)gTj0.676457863 -0.09765 23418j/F1 2048)uTj0.691957863 -0.09765 37338j/F1 2048)dTj0.0976589765-0.09765 660882091 Tm(2))Tj097.1 1874entos9765 3541 3091 Tm(2882091 Tm(2))Tj0.713657863 -0.0,765 2563 30949 3091 Tm(2)mTj0.0976589765-0.09765 5759Tj/F1 2048)Tj0.0976511600 -0.09765 265 82091 Tm(2))Tj0.7885599765-0.09765 347 Tm(F1 2048)gTj0.676457863 -0.09765 278 Tm(F1 2048))Tj0.7681590976-0.09765 2399 3091 Tm(2)mTj0.01765 628 -0.(9765 7056 1366 Tm(6)Tj/29 3091 Tm(2)iTj0.09765 0 0 -0.09765 81860j/F1 2048)Tj0.8975511600 -0.09765 40360j/F1 2048)Tj0.8634511600 -0.0t765 63626m(F1 2048))Tj0.7681590976-0.09765 281 Tm091 Tm(2)iTj0.09765 0 0 -0.09765 81560j/F1 2048)Tj0.8578511600 -0.0r765 40537j/F1 20489765 7056 1366 Tm(6)Tj/56 6/F1 20489761600 -0.0,765 4362 62 Tz(costada, )Tj229Tm(a)Tj0.8378511600 -0.09765 21m30j229Tm(a)
79
Capítulos pedunculados, em cimeiras paniculiformes; invólucro 4-5 mm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais 4 séries, vináceas, lanceoladas, ápice mucronado,
tomentosas; f
lores
10-12, corola 9-10 mm, glabra, vinácea. Cipsela 1,0-1,5mm c
ompr.,
densamente setosa. Papilho série externa 0,3-0,5mm compr., plana, série interna 5-
5,5
mm compr., cerdoso
-
filiforme, vináceo.
Material examinado
:
Pico do Itacolomi, 03.XII.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida 208
(VIC).
Espécie considerada invasora, distribuída em toda a região sul e no sudeste nos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro (Cabrera & Klein 1980). No PEI amplamente
distribuída.
Referências bibliográficas
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82
Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Astereae
1
Gracineide Selma Santos
d
e Almeida
2,3,5
, Rita Maria de Carvalho-
Okano
2
, Jimi Naoki
Nakajima
4
& Flavia Cristina Pinto Garcia
2
ABSTRACT (Asteraceae Dumort. in “Campos Rupestres” of the Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brazil: Astereae). T
he
study of the tribe Astereae is part of the
floristic inventory of Asteraceae in the “campos rupestres” of the Parque Estadual do
Itacolomi (PEI) in Minas Gerais. The collections werw made monthly in the period of
August 2005 to
December
of 2007. For the tribe they were identified 38 species
belonging to six
genera
:
Baccharis
L. with 29 species, Conyza Less. (4),
Symphyotrichum
Ness. (2),
Bacc
haridastrum
Cabrera,
Erigeron
L. and
Inulopsis
Hoffm. with
one
species each. The
in
Brazil
, of species 79% present restricted
distribution to the axis southeast-south; 15,7% also happen at the center-west, but
specifically in the states of Goiás and Mato G
rosso,
and 18,4% move forward until the
northeast, in the states of Bahia, Pernambuco and Paraíba. Keys of
genera
and species,
diagnoses, discussions taxonomics, geographical distributions and illustrations are
presented.
Key
-word: Asteraceae, “campos rupestres”, floristic, Parque Estadual do Itacolomi,
Minas Gerias.
RESUMO
(Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Astereae). O estudo da tribo Astereae é parte do
levantamento florístico das espécies de Asteraceae nos campos rupestres do Parque
Estadual do Itacolomi (PEI) em Minas Gerais, realizado através de coletas mensais no
período de agosto de 2005 a dezembro de 2007. Para a tribo foram identificadas 38
1
Parte da tese de Doutor
ado da primeira autora
2
Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Vegetal, Campus Universitário, 36570
-000,
Viçosa, MG, Brasil.
3
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Exatas e da Terra, Campus II, BR 101, Km
2, 48100
-0
00, Alagoinhas, Bahia, Brasil.
4
Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia, Uberlândia, MG, Brasil.
5
Autora para correspondência: [email protected]
83
espécies pertencentes a seis gêneros: Ba
ccharis
L. com 29 espécies, Conyza Less. (4),
Symphyotrichum
Ness. (2),
Baccharidastrum
Cabrera,
Erigeron
L. e
Inulopsis
Hoffm.
com uma espécie cada. No Brasil, destas espécies, 79% apresentam distribuição restrita
ao eixo sudeste-sul; 15,7% ocorrem também no centro-oeste, mas especificamente nos
estados de Goiás e Mato Grosso, 18,4% avançam até o nordeste, nos estados da Bahia,
Pernambuco e Paraíba. São apresentadas chaves de gêneros e espécies, diagnoses,
discussões taxonômicas, distribuições geográficas
e ilustrações.
Palavras
-
chave:
Asteraceae, campos rupestres, florística, Parque Estadual do Itacolomi,
Minas Gerais.
Introdução
Asteraceae compreende 1.535 neros e aproximadamente 23.000 32.000
espécies
amplamente distribuídas (Pruski & Sancho 2004). Apresenta-se organizada em
três subfamílias: Barnadesioideae, Cichorioideae e Astereoideae e 17 tribos (Bremer
1994).
Na América tropical estima-se que existam aproximadamente 580 gêneros e
8.040 espécies (
Smith
et al. 2004). No Brasil a família encontra-se representada, por
aproximadamente 196 gêneros e 1.900 espécies (Barroso et al. 1991), sendo este
número subestimado, considerando os
últimos
16 anos de trabalhos ainda não
contabilizados
.
A tribo Astereae é cosmopolita, representada por 192 gêneros e ca. 3.020
espécies (Nesom 2000), sendo
Baccharis
L. o gênero mais representativo estimando-
se
entre 400-500 espécies com distribuição exclusivamente americana (Nesom 1990,
Bremer 1994, Giulia
84
destacando
-se apenas alguns poucos trabalhos como Gi
ulietti
et al. (1987); Pirani et al
.
(2003), Stannard (1995) e Nakajima (2000). Segundo Zappi et al. (2003), a partir de
dados levantados do International Plant Names Index (IPNI), cerca de 25% das
descrições de novas espécies brasileiras, o plantas de campos rupestres. Apesar da
pequena área que ocupam, os campos rupestres apresentam um mosaico vegetacional e
de microclimas que permitem uma diversificação surpreendente e ainda pouco
conhecida.
Este trabalho é parte do Estudo Florístico e Taxonômico de Asteraceae nos
Campos Rupestres do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil, e contribui
com o conhecimento das espécies de Astereae dos campos rupestres da Cadeia do
Espinhaço, bem como, com sua distribuição geográfica, fornecendo desta forma, da
dos
relevantes, para as estratégias de conservação e manutenção da extraordinária riqueza
florística.
Material e métodos
Área de estudo
O Parque Estadual do Itacolomi (PEI) ocupa uma área de 7.000 ha, nos
municípios de Ouro Preto e Mariana em Minas Gerais, entre os paralelos
85
matéria orgânica sobre a rocha, rico em ferro e alumínio trocáveis, podendo haver áreas
de solo inexistente
.
Coleta e tratamento taxonômico
As coletas do material botânico foram realizadas mensalmente com duração de
três dias cada, no período de agosto de 2005 a
dezembro
de 2007, ao longo de dez
trilhas predeterminadas, localizadas em altitudes que variam de 1.200 a 1.700 m.s.m. O
material coletado foi herborizado conforme as técnicas de Fidalgo & Bononi (1984) e
incorporado ao
Herbário
do Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal
de Viçosa (VIC). A identificação das espécies foi realizada por meio da literatura
especí
fica e comparações com coleções d
os Herb
ários da OUPR, BHCB e RB
.
A classificação adotada para subfamília, tribo e gêneros foi baseada em Bremer
(1994).
Entretanto, neste trabalho não foi aceita a sinonímia proposta por Nesom
(1988), para
Baccharidastrum
Cabrera, sendo considerado como gênero independente.
A terminologia utilizada para as descrições morfológicas está de acordo com Radford
et
al.
(1974) e com a literatura taxonômica pertinente à família e a tribo (Baker 1882;
Barroso 1975; Bremer 1994; Giuliano 2001; Nesom 1990, 1994a,d). As estruturas
vegetativas e reprodutivas foram analisadas em estereomicroscópio e os detalhes florais
foram analisados em capítulos conservados em solução de álcool 70% . As chaves de
identificação e as diagnoses das espécies foram feitas de acordo com a variação
morfológica dos exemplares examinados. As ilustrações foram confeccionadas com
auxílio de estereomicroscópio Zeiss. Os dados sobre a distribuição geográfica das
espécies foram obtido, principalmente, n
as
etiquetas dos materiais herborizados dos
acervos consultados
, complementados com consulta a literatura.
R
esultados e discussão
No Parque Estadual do Itacolomi foram
identificadas
38 espécies pertencentes a
seis gêneros: B
accharis
L. (29), Conyza Less. (4),
Symphyothrichium
Ness. (2),
Baccharidastrum
Cabrera (1),
Erigeron
L (1). e
Inulopsis
Hoffm. (1).
Dest
as espécies,
79% apresentam distribuição restrita ao eixo sudeste-sul; 15,7% ocorrem também no
centro
-oeste, especificamente nos estados de Goiás e Mato Grosso, 18,4% avançam até
o nordeste, nos estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba. B. reticularia DC., B.
ramosissima
Gardner, B. schultzii Baker e S. regnellii (Baker) Nesom apresentam-
se
86
como espécies endêmicas dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço e áreas
disjuntas.
Chave para identificação dos gêneros de Astereae do Parque Estadual do Itacolomi
1
. Capítulo discóide ou disciforme
2. Plantas dióicas; capítulos discóides..........................................................1.
Baccharis
2’. Plantas monóicas ou ginomonóica; capítulos disciformes
3. Ervas 0,6
-
1 m alt; ramos pubescentes..........
..........................................3.
C
onyza
3’ Arbusto 2 m alt., ramos glabros..............................................2.
Baccharidastrum
1’. Capítulo radiado
4. Caule não fistuloso; flores marginais unisseriadas
5. Erva escaposa; capítul
o solitário............................................................5.
Inulopsis
5’. Subarbusto; capítulos em panícula laxa....................................6.
Symphyotrichum
4’. Caule fistuloso, flores marginais bisseriadas............................................4.
Erigeron
1.
Baccharidastrum
Cabrera, Not. Mus. La Plata 2: 177. 1937.
1.1.
Baccharidastr
u
m
triplinervium
(Less.) Cabrera, Notas Mus. La Plata 2 (16): 177.
1937.
Fig. 1. E
-H
Arbusto ca. 2,0m alt., monóico, ramos glabros. Folhas alternas, sésseis, 3-
7,5x0,5-2,5 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem serreada, base longo-
atenuada,
glutinosas em ambas as faces, trinérveas. Capítulos disciformes, pedunculados, em
corimbos densos, terminais, paniculiformes; invólucro campanulado, 0,5-
0,8mm
compr., brácteas involucrais lanceoladas, 3 séries, esparsamente tomentosas;
receptáculo cônico, epaleáceo, alveolado, laciniado, glabro. Flores marginais femininas,
dispostas em várias séries, filiformes, corola 1,5-2 mm, alva, ápice denteado,
esparsamente
setosa; estilete longo-exserto, ramos curtamente partidos, ápice subulado.
Cipsela 0,8 mm compr.,
encurvada,
papilosa
. Papilho 0,5-0,6mm compr., cerdas finas,
creme. Flores centrais funcionalmente masculinas, 1-3, tubulosas, corola 3-3,5 mm,
alva, tubo es
parso
-setoso, lobos triangulares levemente revolutos; estilete curto-
exserto,
ramos lanceolados, densamente pilosos; anteras com ápice agudo, base sagitada.
Cipsela obcônica, papilosa. Papilho 0,4-
0,5 mm compr., cerdoso creme.
87
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Tesoureiro, 04.XII.2005, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 228 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. No PEI foi encontrado um único indivíduo em capão de mata de galeria, em área
muito antropizada. Indivíduo com capítulo fortemente parasitado por insetos
glahadores.
Não foi adotada a sinonímia em
Baccharis
proposta por Nesom (1988), por se
considerar que a sexualidade e a morfologia do capítulo neste gênero, o caracteres
constan
tes, e permitem o estabelecimento do gênero, dado especialmente, às diferenças
de estratégias reprodutivas ao se considerar espécies monóicas e dióicas. Estudos o
necessários para averiguar uma provável monoicia secundária, como proposto por
Hellwing (19
96), que se comprovada, reforçaria a inclusão do gênero em
Ba
c
charis
.
2.
Baccharis
L., Sp. Pl. 860. 1753.
S
ubarbustos
ou arbustos, raro ervas, dióicos, ramos cilíndricos ou 3-
alados,
áfilos ou folhosos
. Folhas alternas,
s
ésseis
ou pecioladas
. Capítulos
discóides
, sésseis
ou
pedunculados
em inflorescências racemiformes, corimbiformes ou paniculiformes;
invólucro cilíndrico ou campanulado, brácteas involucrais 2-6 séries, escariosas;
receptáculo plano a cônico, alveolado. Flores funcionalmente masculinas,
tubulosas,
pentalobadas, lobos triangulares, revolutos ou planos, glabros, pilosos ou papilosos;
ovário rudimentar, estilete curto-exserto, com ramos triangular-lanceolados, obcônicos
ou agudos, pilosos ou papilosos, unidos ou separados; anteras exsertas,
apêndice
lanceolado ou agudo, base sagitada a obtusa. C
ipsela
abortiva. P
apilho
cerdoso, cerdas
lisas ou barbeladas, flexuosas na base, ápice às vezes espessado. F
lores
femininas
filiformes, ápice truncado ou dividido em dentes ou lacínios iguais ou desigu
ais,
glabros, papilosos ou pilosos; estilete longo-exserto, dividido em ramos papilosos ou
glabros. Cipsela comprimida, angulosa ou cilíndrica, glabra, pilosa ou glandulosa.
Papilho unisseriado, cerdoso.
Chave para as espécies de
Baccharis
do Parque Esta
dual do Itacolomi
1. Ramos 3
-
alados,
articulados
2. Capítulos
em inflorescência
com ramificação
apenas
de 1
ª
ordem
88
3. Folhas desenvolvidas; flores femininas com ramos do estilete
papilosos.
...................................................................................2.19..
B. sagittalis
3’ Folhas atrofiadas; flores femininas com ramos do es
tilete não papilosos..................
..........................................................................................................2.26..
B. trimera
2’. Capítulos
em inflorescência com ramificação de 1
ª
e 2
ª
ordem
4. Alas
vernicosas
; receptácul
o alveolado, laciniado, aristado.......................................
...............................................................................................2.11. .
B. myriocephala
4’Alas não vernicosas; receptáculo profundo alveolado, sem lacínias e
aristas......
...........................................................................2.6.
B. gaudichaudiana
1’
Ramos não ala
dos, não articulados
5. Ramos
á
filos, às vezes, com folhas rudimentares................................
.2.1.
B. aphylla
5’ Ramos
folhosos
6. Folhas discolores
7. Folhas com margem denteada na metade superior; receptáculo
plano
............................................................................2.24.
B. tarc
h
onanthoides
7’
Folhas com
margem inconspicuamente serreada ou
inteira
; receptáculo cônico
8. Base foliar truncada; cipsela 5-costada; papilho da flor feminina com
duas
vezes
o compri
mento da corola (8
-
10mm
), creme.............2.7.
B. helichrysoides
8’
Base foliar atenuada; cipsela 10-costada; papilho da flor feminina com menos
de duas vezes o
comp
rimento
da corola (4
-5
mm), alvo
9. Face abaxial vilosa com dois tipos de tricomas, longo-
setoso
s e vilosos em
tufos arredondados................................................................2.4.
B. calvescens
9’
F
ace abaxial albo
-
tomentosa ................2.21.
.
B. semiser
r
ata var. elaegnoides
6’ Folhas concolores
10. Margem foliar i
nteira
11.
Folhas
verdes, glabras
12. Arbusto 1,5 m alt., escandente; folhas elípticas, tr
inérveas ...........................
...................................................................................2.27.
B. trinervis
12’ Arbusto 3 m alt., eret
o;
folhas line
ar
-
lanceoladas, uninérveas.......................
...........................................................................2.2.
B. brachylaenoides
11’ Folhas ferrugíneo
-
velutíneas......................................2.29.
B. vernon
i
oides
10’ Margem foliar denteada ou serrilhada
13. Capítulos em glomérulos globosos
,
densos, terminais, resinosos..................
....
...................................................................................2.12. .
B. platypoda
89
13’ Capítulos
ordenados em
i
nflorescências diversas
, exceto glomérulos
14. Folhas com margem serrilhada
15. Folhas ovadas, ápice acuminado; flores fe
mininas 50
-60..................2.15.
B.
punctulata
15’ Folhas lanceoladas, ápice agud
o; flores femininas 35
-
40...
..........................
...........................................................................................2.22.
B. serrulata
14’ Folhas com margem denteada
16. Capítulos em
panícula de
glomérulos
17.
Folhas pecioladas, elíp
ticas; c
apítulos agrupados 3
-5 .....2.20.
B. schultzii
17’ Folhas sésseis, espatulado
-
oblongas a ovais; capítulos agrupados 6
-
10
18. Capítulos em panícula de glomérulos racemiformes, capítulos
masculinos 10-
12 flores
19. Flor pistilada com papilho
cerdoso
, cerdas unidas na base em anel,
decíduas em conjunto..............................................2.3.
B
.brevifolia
19’ Flor pistilada com p
apilho cerdoso,
cerdas livres,
persistentes..........
.............................................................................2.13.
B. pentziifolia
18’ Capítulos em panícula de glomérulos terminais; capítulos masculinos
4-
8 flores
20. Flores femininas com ápic
e da corola truncado, piloso..........................
....................................................................................2.25.
B. tridentata
20’ Flores femininas com ápice
da corola 5
-denteado
, glabro
21. Folhas espatulado
-
oblongas; ....................................2.28.
B. varians
21’
Folhas obovadas..................................................2.23.
.
B. subdentata
16’ Capítulos em racemos ou corimbos paniculiformes
22. Papilho das flores feminin
as
com cerdas duas vezes ou mais o
comprimento
do invólucro
23. Ervas,
ramo
meduloso,
sulcado; capítulos em panículas
amplas,
terminais; flores masculinas com
apêndice c
orolínico piloso...............
........................................................................2.10.
B. medullosa
23’ Arbustos,
ramo
estriado, capítulos em racemos terminais; flores
masculinas se
m apêndice corolínico...................2.5.
.
B. dracunculifolia
22’ Papilho das flores feminin
as
com cerdas do mesmo
comprimento
ou um
pouco
mais longa
, mas
nunca
o dobro do invólucro
24. Subarbusto 0,7 m alt.,
ramo híspido; capítulos em co
rimbos .............
90
.......................................................................................2.8.
B. hirta
24’ Arbusto 1,5-1,8 m alt.,
ramo
glabro ou pubérulo; capítulos em racemos
paniculiformes laxos ou densos
25
. Folhas com margem
8-
14 denteadas
2
6. Marg
em foliar com dentes profundos..........................2.9.
B. illinita
26’ Margem foliar com dentes rasos
27. Capítulos em racemos terminais laxos; flores femininas 10-
12,
corola com ápice 5
-dentea
do, não
-
glanduloso..
.......2.18.
B. retusa
27’ Capítulos em racemos terminais densos; flores femininas 4-
5,
ápice da corola
laciniado,
glanduloso..............................................
....................................................2.14. .
B. pseudomyriocephala
25’ Folhas
com
margem
de
1-
6 den
teadas
;
28. Capítulos femininos pedunculados, campanulados, flores 6-
8.....................................................................2.16.
B. ramosissima
28’ Capítulos femininos sésseis, oblongos, flo
res 3
-4............................
............................................................................2.17. .
B. reticularia
2.1.
Baccharis aphylla
(Vell.) DC., Prodr.
5: 424. 1836.
Fig. 1. A
-D
Subarbusto 0,5-0,7 m alt., ramos clorofilados, áfilos, às vezes, com folhas
rudimentares
4-5 x 1-1,5 mm. Capítulos sésseis, espiciformes, terminais. Capítulo
masculino campanulado, invólucro 10-12 mm compr., brácteas involucrais 4-5 séries,
externas ovais, internas lanceoladas, glandulosas; receptáculo plano, epaleáceo,
glabro.
Flores 12-
15,
campanuladas, corola 10-11 mm, alva, glabra, lobos revolutos; anteras
com ápice lanceolado, base obtusa; estilete com ramos triangulares, espessados, unidos.
Papilho 4-5 mm compr., cerdas crespas, alvas. Capítulo feminino cilíndrico, invólucro
8-10 mm compr., brácteas involucrais 7-8 séries, externas ovadas, internas lanceoladas,
palhetes, glabras;
receptáculo
plano, epaleáceo, laciniado, ciliado. Flores 15-20,
corola
7-8 mm, alva, ápice ligulado, tridentado; estilete com ramos longos, acuminados,
densament
e papilosos. Cipsela cilíndrica, 1,5-2 mm compr., 10-12 costada, glabra.
Papilho 8
-
10 mm compr., cerdas capilares, alvas.
91
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
16.X.2006, fl., fr., G.S.S Almeida et al 542 -
(VIC); Idem G.S.S. Almeida et al. 543 -
(VIC); Morro do Cachorro, 27.IX.2005, fl.,
G.S.S. Almeida 118
-
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Comum
em campos de altitude e cerrado (Nakajima 2000). No PEI ocorrendo em campo
graminoso seco e campos de afloramentos rochosos. Espécie de identificação simples
por ser a única espécie afila com caules clorofilados, ocorrente nesta área. B. aphylla é
comumente confundida nos herbários com B. gracilis DC., mas distingue-se pelos
capítulos espiciformes e cipsela glabra.
2.2. Baccharis brachylaenoides
DC., Prodr. 5: 421. 1836.
Fig. 3. A; 4.
A-B
Arbusto 3 m alt.; ramos glabros a tomentosos. Folhas sseis, 5-8x0,5-0,7 cm,
linear
-lanceoladas, ápice apiculado, margem inteira, às vezes denteada na metade
superior
, base atenuada, ambas as faces glabras, uninérveas. Capítulos pedunculados,
bracteados em panículas terminais; brácteas linear-lanceoladas, glabras. Capítulo
masculino campanulado, invólucro 3-3,5 mm compr., brácteas involucrais 3-4
ries,
lanceoladas, glandulosas; receptáculo convexo, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores
30-
35, campanuladas, corola 3-4 mm, alva, tubo com tricomas na porção superior, lobos
planos, papilosos, setosos; anteras com ápice
lanceolado
, base obtusa; estilete com
ramos obcônicos, unidos, recobertos de tricomas. Papilho 2-2,5 mm compr., cerdoso,
sem espessamento apical, alvo. Capítulo feminino campanulado, invólucro 3-4 mm
compr.,
brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas,
glabras
;
receptác
ulo cônico,
paleáceo, páleas lineares, hialinas, glabro. F
lores 20
-30, corola 3-4 mm, alva,
setosa
com tricomas na metade superior, ápice 5-
denteado,
glabro;
estilete com ramos
agudos,
glabros. Cipsela 0,8-1 mm compr.,
cilíndrica,
5-
costada,
esparsamente s
etosa
. Papilho
4-5
mm compr., cerdas filiformes, escabras, alvas.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do Cachorro,
30.VIII.2006, fl., fr00 9420 Tm(l)Tj0.09765 0 0.0.090.09765 0 03d
92
rupestres da Cadeia do Espinhaço, da qual difere pelas folhas com ápice apiculado e
flores masculinas com lobos papilosos.
2.3.
Baccharis brevifolia
DC..Prodr. 5: 409. 1836.
Fig. 4. C
-D
Arbusto ca. 1,8 m alt.; ramos, glandulosos, resinosos. Folhas
sésseis, 0,3
-
1,4x0,1-0,7 cm,
obovadas
, ápice
obtuso,
margem
1-5 denteada na metade superior, base
cuneada,
ambas as faces glabras, glutinosas, resinosas.
Capítulos
sésseis
, bracteados
,
aglomerados 5-10 em panícula de cimas racemiformes de glomérulos; brácteas
obovadas,
glutinosas
. Capítulo masculino
cilíndrico
, invólucro 4-5 mm compr., brácteas
involucrais
4-5 séries, oval-lanceoladas, púberulo-
glandulosas
;
receptáculo
cônico,
epaleáceo, laciniado, glabro. Flores 10-12,
hipocrateriformes,
corola 4-5 mm,
creme
,
tubo com tricomas espessos de ápice obtuso, concentrados na porção distal, l
obos
revolutos, glabros; anteras com ápice longo-
lanceolado
, base
truncada
;
estilete com
ramos obcônicos, recobertos de tricomas. Papilho 3,5-4 mm compr., cerdas espessadas
abaixo do ápice, alvas
. Capítulo feminino
cilíndrico
, invólucro 4
-
5 mm compr., brác
teas
involucrais 4-5 séries,
oval
-lanceoladas, pubérulo-glandulosas; receptáculo cônico,
epaleáceo, laciniado, glabro.
Flores 10
-14, corola 3-3,5 mm, creme, com tricomas
esparsos
, ápice fimbriado; estilete com ramos agudos, glabros. Cipsela 1-1,5 mm
compr.
, cilíndrica, 10-costada, glabra. Papilho 3,5-4 mm compr., cerdas filiformes, não
espessadas, unidas na base em anel, decíduas em conjunto,
alvas.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Estrada de Cima, 27.VI.2007, fl.,
fr.,
G.S.S Almeida et al. 725 -
(VIC); idem, 27.VI.2007, fl., fr., G.S.S Almeida et al.
726 - (VIC).
Espécie distribuída pelos estados Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo e Paraná. No PEI coletada em capões de encosta seca, em área de
forte influência antrópica. B. pentziifolia DC. é a espécie mais próxima, diferenciando-
se pelos ramos fastigiados e folhas com margem denteada.
2.4.
Baccharis calvescens
DC..Prodr. 5: 413. 1836.
Fig. 3. B
Arbusto ca. 2,5 m alt.; ramos, tomentosos. Folhas pecioladas, 2,5-6x0,8-1,3 cm,
lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, levemente revoluta, às vezes, denteada na
metade superior, base atenuada, discolores, face adaxial glabrescente, face abaxial
93
vilosa com dois tipos de tricomas alvos: setosos e vilosos em tufos arr
edondados
.
Capítulos pedunculados, axilares, bracteados em panícula laxas; brácteas oblongas,
tomentosas. Capítulo masculino campanulado, invólucro 3-4 mm compr., brácteas
involucrais 3-4 séries, lanceoladas, glandulosas; receptáculo cônico, epaleáceo,
la
ciniado, glabro. Flores 20-25,
hipocrateriformes
, corola 2-2,5 mm, alva, tubo com
tricomas espessos de ápice obtuso, lobos revolutos, glabros; anteras com ápice
lanceolado, base obtusa; estilete com ramos obtusos, espessados, unidos, recobertos de
tricomas
. Papilho 2,5-3 mm compr., cerdas barbeladas, alvas. Capítulo feminino
campanulado, invólucro 4-5 mm compr., brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas,
levemente tomentosas;
receptáculo
plano, epaleáceo, l
aciniado
, glabro. F
lores 30
-35
,
corola 2,5
-
3 mm,
alva, esparsamente setosa, ápice fimbriado; estilete com ramos longos,
agudos, glabros. Cipsela 1-1,5 mm compr., cilíndrica, 12-costada, glabra. Papilho 4-
5
mm compr., cerdas filiformes, escabras, alvas.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
26.VI.2006, fl., fr., G.S.S Almeida et al. 444 - (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
26.VI.2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 451 -
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de
Janei
ro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande Sul. No PEI coletada em
capões de encostas secas e campos de afloramentos rochosos. B. calvescens é
diferenciada das demais espécies do gênero no PEI, pelos tricomas alvos, vilosos,
formando tufos arredon
dados na face abaxial das folhas.
2.5.
Baccharis dracunculifolia
DC., Prodr. 5: 421. 1836.
Fig. 4. E
-F
Arbusto ca. 2,5 m alt.; ramos estriados, puberulentos. Folhas sésseis, 1-
3,5x0,3
-
0,6 cm, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, às vezes, 1-3 denteadas, base
truncada, ambas as faces glabras, glanduloso-pontuadas. Capítulos curto-
pedunculados,
axilares, bracteados, em racemos terminias, paniculiformes; brácteas lanceoladas,
glutinosas. Capítulo masculino campanulado, invólucro 3-4 mm compr., br
ácteas
involucrais 3
-
4 séries, lanceoladas, glandulosas; receptáculo plano, epaleáceo, laciniado,
glabro. Flores 25-30, campanuladas, corola 3-3,5 mm, creme, tubo com tricomas
esparsos, lobos revolutos, glabros; anteras com ápice agudo, base obtusa; estilete com
ramos obcônicos, unidos, recobertos de tricomas. Papilho 5-6 mm compr.,
flexuoso,
cerdas com ápice espessado, alvas. Capítulo feminino campanulado, invólucro 4-5 mm
94
compr., brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, pubérulas;
receptáculo
plano,
epaleáceo, fimbriado, glabro. F
lores 35
-45, corola 3-4 mm, creme, alargada na base,
esparsamente setosa, ápice 5-denteado, dentes de tamanhos diferentes; estilete com
ramos agudos, glabros. Cipsela 0,8-1 mm compr., cilíndrica, 10-costada, glabra,
glandulos
a entre as nervuras. Papilho 6
-
7 mm compr., cerdas escabras, alvas.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do Cachorro,
17.IV.2006, fl., fr., G.S.S Almeida et al. 356 -
(VIC); idem, 18.IV.2006, fl., fr.,
G.S.S
95
Fig. 1. A-
D.
Baccharis aphylla A. Capítulo feminino. B. Flor feminina. (Almeida 542). C. Capítulo
masculino.
D. Flor masculina com detalhe das anteras e ramos do estilete. (Almeida 543). E-H
.
Baccharidastrum triplinervi
um
. E
. Capítulo
.
F
. Corte longitu
dinal do capítulo parasitado (galha).
G
. Flor
funcionalmente masculina.
H
. Flor feminina. (Almeida 228).
I-
K.
Conyza canadensis
. I.
Capítulo
.
J
. Flor
hermafrodita com detalhe das anteras e ramos do estilete. K. Flor feminina. (Almeida 616). L-
O.
Erigero
n m
aximus
L. Capítulo
.
M. Corte longitudinal do capítulo. N. Flor hermafrodita com detalhe dos
ramos do estilete. O. Flor feminina. (Almeida 163). P-
S.
Inulopsis scaposa P. Capítulo
.
Q. Corte
longitudinal do capítulo. R. Flor funcionalmente masculina. S. Flor feminina. (Almeida 292). T-
X.
Symphyotrichum squamatum. T. Capítulo
.
U. Corte longitudinal do capítulo. V. Flor funcionalmente
masculina.
X
. Flor feminina. (Almeida 248)
.
96
2.7.
Baccharis helichrysoides
DC., Prodr. 5: 415. 1836.
Fig. 3.
C, Q; 4. P
Suba
rbusto 1,8 m alt.; ramos albo
-tomentosos. Folhas sésseis, 2,8-8x0,8-
1,5 cm,
oval
-lanceoladas, ápice mucronado, margem inteira, levemente revoluta, base truncada,
discolores, face adaxial longo-serícea, face abaxial densamente albo-tomentosa, nervura
primá
ria longo-setosa. Capítulos pedunculados, bracteados, em panícula ampla,
terminal; brácteas lanceoladas, tomentosas. Capítulo masculino campanulado, invólucro
5-7 mm compr.; brácteas involucrais 2-3 séries, lanceoladas, densamente tomentosas;
receptáculo
cônico, epaleaceo, laciniado, glabro. Flores 35-40, campanuladas, corola 3-
4 mm, creme, glabra, lobos triangulares, planos, glabros; anteras com ápice lanceolado,
base obtusa; estilete com ramos agudos, unidos, papilosos. Papilho 2,5-3 mm compr.,
cerdas crespas, não espessadas no ápice, creme. Capítulo feminino campanulado,
invólucro 8-9 mm compr., brácteas involucrais 2-3 séries, lanceoladas, densamente
albo
-
tomentosas;
receptáculo cônico, epaleáceo, ciliado. F
lores 30
-35, corola 5-6 mm,
creme, esparsamente setosa, ápice 5-denteado, ciliado; ramos do estilete lanceolados,
glabros. Cipsela 1-1,5m compr., cilíndrica, 5-
costada
, setosa. Papilho 8-9 mm compr.,
duas vezes maior que a corola, cerdas filiformes,
creme
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais, 28.I.2006, fl.,
fr.,
G.S.S Almeida et al. 281 - (VIC); idem, 28.I.2006, fl., fr., G.S.S Almeida et al.
280 -
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina,
Paraná
, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Segundo Barroso (1975) em altitudes que
oscilam de 300-2000 m. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos em
altitude entre 1300-1400 m. Espécie facilmente reconhecida, devido as suas folhas com
face abaxial densamente albo-tomentosa com base truncada e capítulos em panículas
amplas com papilhos longos (8-
9 mm), nas flores femininas.
2.8.
Baccharis hirta
DC., Prodr. 5: 405. 1836.
Fig. 3. D
Subarbusto 0,7 m alt.; ramos spidos. Folhas sésseis, 3-
8,5x0,5
-3 cm,
lanceoladas, ápice agudo, margem profundamente denteada, base atenuada, ambas as
faces híspidas, t
ricomas
com pigmentação vinácea. Capítulos bracteados em corimbos
97
terminais,
brácteas
lineares, tomentoso-
glandulosas.
Capítulo masculino não visto
.
Capítulo feminino campanulado, invólucro 6-7 mm compr., brácteas involucrais 2-3
séries, lanceoladas, esparso-setosas, glandulosas;
receptáculo
plano, epaleáceo, glabro.
F
lores 24
-30,
corola 2
-
2,5 mm, creme,
com o terço superior revestido de tricomas, ápice
5-denteado; ramos do estilete
i
98
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina,
Paraná e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
Distingue
-se de B. retusa DC. pelas folhas com dentes numerosos, triangulares,
profundos.
2.10.
Baccharis medullosa
DC., Prodr. 5: 405. 1836.
Fig. 2. F; 4.
H-I
Erva 1,5 m alt.; ramos medulosos, sulcados, vilosos. Folhas alternas, sésseis,
1,5-7,5x0,7-2,5 cm, oblongas, esparsas (entrenós 1,5-5 cm), ápice apiculado, margem
ciliada, profundo denteada, base atenuada, faces adaxial estrigosa, abaxial esparsamente
setosa, glanduloso-pontuadas. Capítulos pedunculados, bracteados, em panícula laxa;
brácteas lineares, glandulosas. Capítulo masculino campanulado, invólucro 5-7 mm
compr.; brácteas involucrais 3 séries, lanceoladas, glandulosas, puberulentas;
receptáculo, plano, epaleáceo, glabro. Flores 10-15, campanuladas, corola 5,5-7 mm,
alva, tubo esparsamente setoso, ápice
com
apêndice corolínico piloso, lob
os
triangulares, planos, ápice piloso; anteras com ápice lanceolado, base truncada; estilete
com ramos obcônicos, densamente recobertos de tricomas coletores. Papilho 4-5 mm
compr., cerdas escabras, com ápice espessado, cremes. Capítulo feminino campanulad
o,
invólucro 5-6 0.09765 2905 7518 Tm(6)Tjp28 Tm(m)Tj0.09765 0 0 -0.09 0 0 -0.09 0 0 -0.09 0 0 -0.09 0 0 -0.09 00.09i;
99
capítulos masculinos, observados, é provável que a função desses apêndices corolínicos
esteja relacionada aos mecanismos reprodutivos da espécie. Entretanto, estudos
posteriores devem ser realizados.
2.11.
Baccharis myriocephala
DC., Prodr. 5: 426. 1836.
Fig.
3. P; 4. J
-K
Subarbusto 0,8 m alt.; ramos afilos, 3-alados, articulados, alas 1-6x0,3-0,7 cm,
vernicosas. Capítulos sésseis, agrupados ou isolados em espigas terminais,
paniculiformes com ramificações de primeira e segunda ordem. Capítulo masculino
campanulado, invólucro 3,5-4 mm compr., brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas,
glandulosas; receptáculo plano, epaleáceo, laciniado, aristado. Flores 15-18, tubulosas,
corola 4-5 mm, creme, tubo com coroa de tricomas, lobos triangulares,
revolutos,
ápice
papiloso;
anteras com ápice
lanceolado
, base
truncada
; estilete
obcônico
, ramos curtos,
recobertos de tricomas coletores. Papilho 3 mm compr., cerdas crespas, alvas. Capítulo
feminino cilíndrico, invólucro 4-5 mm compr., brácteas involucrais 5-6 séries,
lanceoladas, glandulosas; receptáculo plano, epaleáceo laciniado, glabro. Flores 35-
40,
filiformes, corola 2,5-3 mm, creme, glabra, ápice ligulado 3-
dentado
; ramos do estilete
agudos, papilosos. Cipsela 0,4-0,6 mm compr., 10-costada, pubérula. Papilho 3-3,5 mm
compr., barbela
do, creme.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Cima,
25.VII.2006, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 478 -
(VIC); idem, 25.VII.2006, fl., fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 479
-
(VIC)
.
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia
.
Espécie próxima
B. gaudichaudian
a
da qual se disti
100
densamente glanduloso-pontuadas, vernicosas, fortemente reticuladas. Capítulos
sésseis, agrupados em glomérulos globosos densos, bracteados, terminais, resinosos;
brácteas
oblanceoladas,
vernicosas
. Capítulo masculino campanulado, invólucro 6-
7
mm compr., brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, glandulosas, densamente
resinosas
; receptáculo pl
101
Capítulo masculino campanulado, invólucro 4-5 mm compr., brácteas involucrais 4-5
séries, lanceoladas, glandulosas no ápice, vernicosas; receptáculo plano, epaleáceo,
glabro.
F
lores 10
-12, tubulosas, corola 3-3,5 mm, creme, tubo glanduloso na porção
distal, lobos revolutos, ápice papiloso; anteras com ápice
acuminado,
base truncada
;
estilete
com ramos obcônicos
curtos,
papilosos
. Papilho 3,5-4 mm compr.,
cerdas
escabras com ápice espessado,
alv
as.
Capítulo feminino cilíndrico, invólucro 5 mm
compr.,
brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas, glandulosas na metade superior;
r
eceptáculo
levemente convexo, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores 10
-15, filiformes,
corola 2,5
-
3 mm, creme, glabra, base alargada,
ápice laciniado
; r
amos
do estilete agudos
papilosos
. Cipsela 0,8-1 mm compr., cilíndrica, 10-
costada,
glabra
. Papilho 4-4,5
mm
compr., cerdoso,
cerdas livres, escabras,
persistentes,
alv
as
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do Cachorro,
29.V.2006, fl. e fr., G.S.S Almeida et al 395 -
(VIC); idem, 29.V.2006, fl., fr.,
G.S.S
Almeida
et al 397 -
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina. No PEI coletada em campos de afloramento rochosos. Esta espécie se
caracteriza principalmente pela presença de ramos fastigiados e capítulos ordenados em
panícula de glomérulos racemiformes. Distingue-se de B. brevifolia, espécie mais
próxima, das coletadas no PEI, pelo papilho com cerdas livres e persistentes.
2.14.
Baccharis pseudomyriocephala
Teodoro, Contrib. Geobil. Canoas 8: 31. 1957.
Fig. 4. Q
Arbusto
1,8 m alt.; ramos glabros, vernicosos. Folhas alternas, pecioladas, 1-
2,5x0,4-1,5 cm,
obovadas
, ápice obtuso a tridentado, margem
denteada
, base atenuada,
ambas as faces glabras, face abaxial densamente glanduloso-pontuada, vernicosa.
Capítulos
pedunculados
, axilares, bracteados em racemos terminais densos,
paniculiformes
; brácteas obovais, glanduoloso-pontuadas, vernicosas.
Capítulo
masculino
campanulado, invólucro 4,5
-
5 mm; brácteas involucrais 4
-
5 séries, obovadas,
glandulosa no ápice, puberulentas, resinosas; receptáculo plano, epaleáceo, glabro;
flores 14-15, campanuladas, corola 4-4,5 mm, alva, glandulosa, lobos revolutos, ápice
papiloso; anteras com ápice lanceolado, base aguda, ramos do estilete curtos, agudos
denso
-tomentosos. Papilho 4-4,5 mm, cerdas escabras com ápice espessado. Capítulo
feminino
cilíndrico, invólucro 8
-
10 mm compr.
; brácteas involucrais
5-6
série
s,
102
Fig. 2. A-H. Arranjo dos capítulos. A. Baccharis sagit
talis
: panícula com ramificações de ordem.
(Almeida 489).
B.
B. gaudichaudiana: Panícula com ramificações de 1º e ordem. (Almeida 78).
C.
B.
platypoda
: glomérulos densos. (Almeida 682).
D.
B. subdentata: panícula de glomérulos. (Almeida 727).
E.
B. pentziifolia: panícula de glomérulos racemiformes. (Almeida 396).
F.
B. medullosa: panícula laxa.
(Almeida 266).
G.
B. retusa: racemos paniculiformes. (Almeida 712).
H.
B. schultzii: capítulos isolados
ou em corimbos. (Almeida 241).
103
lanceoladas, glandulosa no ápice,
verni
cosas
; receptáculo plano, laciniado, glabro.
F
lores
4-5, filiformes, alvas, 5-6 mm, base levemente alargada, ápice laciniado,
glandulosas
;
estilete ramos agudos, papilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., cilíndrica, 10-
12 costada,
glabra
. Papilho
6-
7 mm compr.,
barbelado,
alvo
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro ou
104
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Pico, 03.XII.2005, fl.,
fr.,
G.S.S Almeida et al. 215 -
(VIC); idem, Mariana, PEI, Trilha da Serrinha,
11.XII.2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 595
-
(VIC).
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Santa Catarina e Paraná e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em campo graminoso
seco e em campos de afloramentos rochosos. Esta espécie caracteriza-se pelas folhas
glanduloso
-pontuadas, margem serrilhada, e flores femininas numerosas. B. serrulata
(Lam.) Persoom é a espécie mais próxima, da qual se distingue pelas folhas oblongas e
flores masculinas em maior número. Barroso (1975) considera B. oxyodonta
var.
punctulata
como sinonímia desta espécie, apesar da variação no número de flores. A
espécie coletada no PEI apr
esenta o número de flores condizentes com aqueles descritos
para esta variedade.
2.16.
Baccharis ramosissima
Gardn., London J. Bot. 7: 84.
1848.
Fig. 4. L
Arbusto
1,5 m alt.; ramos glandulosos, vernicosos. Folhas alternas, pecioladas,
0,7-2,0x0,4-1,3 cm, obovadas, ápice obtuso, raro 3-denteado, margem 1-6 denteada,
base
atenuada
, ambas as faces glabras, vernicosas, face abaxial densamente glanduloso-
pontuada
. Capítulos pedunculados, axilares, bracteados, em corimbos paniculiformes
;
brácteas
lanceoladas,
glanduloso
-
pontuadas
. Capítulo masculino campanulado,
invólucro 5-6 mm compr.; brácteas involucrais 4-5 séries, oblongas, ápice glanduloso-
pontuado; receptáculo levemente convexo, epaleáceo, glabro; flores 20-
25,
hipocrateriformes, corola 5-6 mm, creme, tubo longo (3,5-4 mm), com tricomas
esparsos
, lobos triangulares, revolutos, ápice papiloso; anteras com ápice
agudo,
base
truncada
;
ramos do estilete
agudos,
densamente recobertos de tricomas coletores.
Papilho 2,5
-3 mm compr., cerdoso, com ápice plumoso, a
lvo
. Capítulo feminino
oblongo, invólucro 6-8 mm; brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas, glabras, ápice
glanduloso
-
pontuado
; receptáculo levemente convexo, epaleáceo, laciniado, glabro.
F
lores
6-8, corola 3-3,5 mm, creme, base alargada,
esparso
-
seto
sa, ápice 5-
denteado,
dentes de tamanhos diferentes
;
ramos do estilete agudos,
papilosos.
Cipsela 2,5-3 m
m
compr., cilíndrica, 10
-12
costada,
glabra
. Papilho 3,5
-4
mm compr.,
crespo,
alvo
.
Material examinado
: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais
, 18.VII.2007, fl.,
fr.,
G.S.S. Almeida et al. 751
(VIC); idem, 18.VII.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
752
(VIC).
105
Espécie
restrita até o momento, a
os
estados de Minas Gerais e Goiás. No PEI
coletada em campos de afloramentos rochosos. B. ramosis
sima
caracteriza-se pelas
folhas obovadas, com ápice obtuso, raro 3-dentado e capítulos axilares em corimbos
paniculiformes.
B. reticularia DC. é a espécie mais semelhante, dentre as coletadas, das
quais se distingue pelos capítulos femininos pedunculados
com 6
-
8 flores.
2.17.
Ba
ccha
ris reticularia
DC., Prodr. 5: 409.
1836.
Fig. 3. I
Arbusto
1,5 m alt.; ramos puberulentos. Folhas alternas, sésseis, 1-
2,5x0,4
-
0,8
cm, obovadas, ápice 3-5 denteado, obtuso nas folhas jovens, margem 3-6 denteada na
metade sup
erior
, base
cuneada
, ambas as faces
gla
nduloso
-
pontuada
s, viscosas,
reticuladas
. Capítulos masculinos pedunculados e femininos sésseis, axilares,
bracteados, na extremidade de ramos folhosos, paniculiformes; brácteas oblongas,
glanduloso
-pontuadas, viscos
as
. Capítulo masculino campanulado, invólucro 3-4 mm
compr.
; brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, glandulosas; receptáculo plano,
epaleáceo, glabro. Flores 15-20, campanuladas, corola 2,5-3 mm, alva, tubo glanduloso,
lobos triangulares, revolutos, ápice e bordos papilosos; anteras com ápice
agudo,
base
truncada
; ramos do estilete obtusos, recobertos de tricomas coletores. Papilho 2,5-3
mm
compr., cerdas escabras, com ápice penicelado,
alvo
. Capítulo feminino
cilíndrico,
invólucro 6-7 mm; brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas a oval-lanceoladas
,
glandulosas
; receptáculo levemente convexo, epaleáceo, glabro. F
lores
3-4, corola 3-3,5
mm, alva, base alargada,
esparso
-setosa, ápice 5-denteado, dentes de tamanhos
diferentes; ramos do estilete agudo
s,
papilosos.
Cipsela 1,8-2 m compr., cilíndrica, 10-
costada,
glabra
. Papilho 4,5
-5
mm compr.,
barbelado,
alvo
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
26.VI.2006, fl., fr., G.S.S Almeida et al 436 - (VIC); idem, 26.VI.2006, fl., fr.,
G.S.S
Almeida
et al 437 -
(VIC).
Espécie distribuída pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Distrito Federal e Bahia. Em Minas Gerais, B. reticularia é muito comum nos
campos rupestres da região de Ouro Preto, Mariana, Ouro Branco, Serra do Rola Moca
(freqüente nos campos ferruginosos), Serra do Curral e Diamantina (Barroso 1975). No
PEI foi coletada em campos de afloramentos rochosos. Esta espécie pode ser
reconhecida por suas folhas fortemente reticuladas, capítulos masculinos pedunculados
e femininos sésseis, ambos axilares.
106
2.18.
Baccharis retusa
DC., Prodr. 5: 412. 1836.
Fig. 2. G; 3. J
Arbusto 1,5 m alt.; ramos glabros, glandulosos, vernicosos. Folhas alternas,
pecioladas
, 1,2-5,5x0,5-2,5 cm,
obovadas,
ápice
obtuso,
margem 8-12 denteada na
metade superior, com dentes rasos, obtusos, raro agudo, base
cuneada
, face adaxial
glabra, face abaxial glabrescente, gla
nduloso
-
pontuada
, ambas vernicosas. Capítulos
pedunculados, axilares, bracteados, em racemos terminais laxos, paniculiformes
;
brácteas
foliáceas, maiores que os capítulos. Capítulo masculino campanulado
,
invólucro 5-6 mm compr.; brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas, glandulosas;
receptáculo plano, epaleáceo, glabro. F
lores 25
-30,
hipocrateriforme
s, corola 3,5-4 mm,
creme, tubo longo (2,5-3 mm), glabra, lobos triangulares,
revolutos
, ápice papiloso
;
anteras com ápice
agudo,
base truncada; ramos do estilete obtusos, recobertos de
tricomas coletores.
Papilho 3,5
-4 mm compr., cerdas crespas, com ápice es
pessado,
alvo. Capítulo feminino oblongo, invólucro 8-10 mm compr.; brácteas involucrais 4-5
séries, lanceoladas, glandulosas no ápice, glabras; receptáculo
plano
, epaleáceo, glabro.
F
lores 10
-12,
corola 3,5
-
4 mm, creme, glabra, ápice 5
-
denteado, três dent
es maiores que
os demais
;
estilete
com ramos agudos,
papilosos.
Cipsela 2-2,5 mm compr., cilíndrica,
10-
costada,
glabra
. Papilho 4
mm compr.,
barbelado,
alvo
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Cima,
25.VII.2006, fl. e
fr.,
G.S.S Almeida et al. 488 -
(VIC); idem, 25.VII.2006, fl., fr.,
G.S.S Almeida
et al.
487
-
(VIC).
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.
No
PEI coletada na margem de capão de encosta seca. Espécie encontrada com freqüência
em áreas de canga couraçada, nos campos ferruginosos do quadrilátero ferrífero de
Minas Gerais (Garcia et al. 2006). B. pseudomyriocephala é a espécie mais próxima, da
qual se distingue pelas folhas com dentes rasos, obtusos, flores femininas 10-12 com
ápice 5-denteado, o gl
anduloso.
B. retusa costuma ser confundida nos herbários com
B. salzmannii DC., devido ao aspecto vernicoso dos ramos e das folhas, mas pode ser
diferenciada pela margem foliar com dentes rasos na primeira e dentes profundos na
segunda.
2.19.
Baccharis sa
gittalis
(Less.) DC., Prodr.
5: 425. 1836.
Fig. 2. A
107
Subarbusto 0,6 m alt.; ramos 3-alados, articulados, alas 20-50x 5-8
mm,
interrompidas no ponto de inserção das folhas,
glabras,
glanduloso
-pontuadas. Folhas
alternas, pecioladas, 0,7-3,5x0,4-2 cm, oblongo-lanceoladas, ápice agudo, margem
inteira, base sagitada, ambas as faces glabras, lustrosas, face abaxial glanduloso-
pontuada.
Capítulos sésseis, em espigas contínuas ou interrompidas, paniculiformes
com ramificação de primeira ordem. Capítulo masculino
campanulado,
invólucro 4-
5
mm compr., brácteas involucrais 5-6 séries, externas obovadas, internas lanceoladas,
puberulentas, lustrosas
;
receptáculo plano, epaleáceo, glabro. F
lores
25-30,
hipocrateriformes
, corola 5-6 mm, alva, tubo longo, 3,5-4 mm, glabro, lobos
lanceolados, planos, ápice papiloso
; anteras com ápice lanceolado, base truncada;
ramos
do estilete obcônicos, recobertos de tricomas coletores. Papilho 4-5 mm compr., cerdas
crespas
, alvas. Capítulo feminino
oblongo
, invólucro 5 mm compr., brácteas involucrais
4-5 séries, externas obovadas, internas lanceoladas, pubérulas, lustrosas; receptáculo
levemente convexo, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores 70
-
80,
corola 2,5-3 mm, alva,
glabra,
ápice discretamente lobados; r
amos
do estilete agudos, papilosos. Cips
ela
1- 1,5
mm compr.,
cilíndrica
,
ápice constrito, 10-
costada
. Papilho 2,5-
3
mm compr.,
barbelado, alvo.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Capela, próximo a
lagoa, 26.VII.2006, fl. e fr., G.S.S Almeida et al 490 - (VIC); idem, 26.VII.2006, fl.,
fr.,
G.S.S Almeida
et al
489
-
(VIC)
.
Espécie distribuída nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
É o primeiro registro de ocorrência da espécie para Minas Gerais, ampliando sua
distribuição no Brasil. Segun (r)Tj0.09765 0 0 -0.09765 7l 8955 -0 -05(r)
108
Fig. 3. A-M. Tipos de folhas com detalhe da face abaxial. A
.
Baccharis brachylaenoides
(Almeida
519).
B.
B. calvescens
(Almeida 444).
C.
B. helichrysoides
(Almeida 28
1).
D.
B. hirta
(Almeida 591).
E.
B. illinita (Almeida 757). F-
G.
B. pentziifolia (Almeida 396).
H.
B. punctulata (Almeida 625). I.
B.
reticularia
(Almeida 434).
J.
B. retusa (Almeida 712).
K.
B. semiserrata
var.
elaegnoides
(Almeida
101).
L.
B. tarchonant
hoides
(Almeida 165).
M.
B. trinervis (Almeida 330). N-R. Tipos de
receptáculos. N. B. gaudichaudiana: profundo alveolado (Almeida 78).
O.
B. semiser
rata
var.
elaegnoides
:
laciniado (Almeida 496).
P.
B. myriocephala: laciniado-aristado (Almeida 478).
Q.
B.
helichrysoides
: ciliado (Almeida 280). R-
S.
B. vernoni
oides
. R. paleáceo. S. Pálea do receptáculo
(Almeida 96).
109
2.20.
Baccharis schultzii
Baker in Mart., Fl. bras.
6(3): 78. 1882.
Fig. 2. H; 4. M
Arbusto 1,
3
m alt.; ramos pubérulos. Folhas alternas, pecioladas, 1,8-4x0,8-2
cm,
elípticas
, ápice
agudo
, margem
denteada
na metade superior, base
atenuada
, ambas
as faces glabrescentes, face abaxial gla
nduloso
-pontuada. Capítulos sésseis, axilares,
bracteados, agrupados 3-5, constituindo panículas corimbiformes; brácteas lanceoladas,
glandulosas
. Capítulo masculino oblongo, invólucro 5-6 mm compr., brácteas
involucrais
5-6 séries, lanceoladas, glandulosas, vernicosas; receptáculo plano,
epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores 10
-12, campanuladas, corola 3-3,5 mm, a
lva,
tubo
setoso, glanduloso, lobos triangulares, revolutos, ápice setoso; anteras com ápice
agudo,
base levemente sagitada
;
ramos do
estilete
obtusos, pilosos.
Papilho 3,5
-4 mm compr.,
cerdas
crespas
, com ápice espessado
,
cremes
. Capítulo feminino
cilíndr
ico, invólucro 8-
10 mm compr., brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas, glandulosas,
vernicosas
;
receptáculo
convexo
, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores
5-8, corola 4-5 mm, alva,
glabra, base alargada, ápice 5-
denteado,
estilete
com ramos agudos,
pa
pilosos.
Cipsela
2-2,5-3 mm compr., cilíndrica, 10-
costada,
glabra
. Papilho 5-6 mm compr.,
cerdas
escabras, cremes
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada da Capela,
04.XII.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 227 - (VIC)
;
idem, Trilha da Lagoa Seca
26.I.2006
G.S.S Almeida
et al. 241
-
(VIC).
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
No
PEI coletada em capão de encosta seca e em campos de afloramentos rochosos. Esta
espécie é distinta das demais do gênero, pelos capítulos ordenados de 3-5 em corimbos
no ápice de ramos curtos, na axila de brácteas foliáceas longas, constituindo panícula.
2.21. Baccharis semi
ser
rata var.elaeagnoides (Steud. ex Baker) Govaerts, World
Checkl. Seed Pl. 2(1):
9. 1996.
Fig. 3. K, O; 4. R
Arbusto
2 m alt.; ramos jovens albo-
tomentosos
. Folhas alternas, sésseis, 1,2-
6x0,3-1 cm,
lanceoladas
, ápice
agudo
, margem inconspicuamente serreada na metade
superior
, às vezes inteiras,
base
atenuada
, discolores, face adaxia
l
glabra
, face abaxial
albo
-tomentosa. Capítulos subsésseis, bracteados, ordenados ao longo de ramos curtos,
paniculiformes;
brácteas
lanceoladas, tomentosas. Capítulo masculino campanulado,
invólucro 4-5 mm compr., brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, puberulentas
;
110
receptáculo
cônico
, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores 20
-25, campanuladas, corola
2,5-3 mm, alva, tubo glanduloso na porção apical, lobos lanceolados, revolutos, ápice
papiloso;
anteras com ápice
agudo
,
base truncada; estilete com ra
mos
triangulares,
recobertos de tricomas. Papilho 2,5-3 mm compr., crespo, ápice espessado, alvo com
tons avermelhados no ápice. Capítulo feminino campanulado, invólucro 5-6 mm
compr.,
brácteas involucrais 4 séries, lanceoladas, esparsamente tomentosas
;
re
ceptáculo
cônico, epaleáceo, longo-laciniado, glabro; f
lores 30
-35, corola 3-3,5 mm,
alva
, ápice truncado cor
o
ado de tricomas
; estilete com
ramos agudos, pilosos. Cipsela 1
-
1,5 mm compr., cilíndrica, 10-
costada,
glutinosa
. Papilho 6-6,5 mm compr., alvo com
ápice levemente avermelhado
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Casa do Bruno
26.IX.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 101 -
(VIC)
; idem, Trilha do Morro do
Cachorro 27.IX.2005, fl. e fr.,
G.S.S.Almeida et al. 119 -
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em capões de encostas
secas.
B. semiserrata var. e
laegnoides
distingue-se da variedade típica, pelo indumento
albo
-tomentoso da face abaxial das folhas. B. calvescens é a espécie mais próxima,
dentre as coletadas, da qual se distingue pelas folhas com margem curto-denteada na
metade superior e face abaxial das folhas com tricomas tomentosos não formando tufos,
arredonda
dos.
2.22. Baccharis serrulata
(Lam.) Persoon, Syn. Plant.
2: 423.1807.
Fig. 5. A
Arbusto
1,5m alt.; ramos
híspidos
. Folhas alternas, pecioladas, 1,7-6,5x0,6-2,0
cm,
lanceoladas,
ápice
agudo
, margem
serrilhada
, ciliada, base atenuada, face adaxial
estrig
osa, face abaxial estrigosa apenas nas nervuras, glanduloso-pontuada. Capítulos
pedunculados ou curto-pedunculados, bracteados, em panícula de corimbos curtos
;
brácteas
lineares, glandulosas. Capítulo masculino campanulado, invólucro 3-3,5 mm
compr.
; brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, glutinosas; receptáculo plano,
epaleáceo,
laciniado, glabro; flores 12-20,
campanuladas
, corola 2,5-3 mm, creme, tubo
espars
o-
glanduloso
, lobos triangulares, planos,
ápice papiloso
; anteras com ápice
agudo
,
base
sag
itada
;
ramos
do estilete obcônicos, unidos, recobertos de tricomas coletores.
Papilho 1,5
-2
mm compr., cerdas escabras, com ápice espessado,
alvas
. Capítulo
111
Fig. 4. A-T. Tipos de flores. A-B. Baccharis brach
ylaenoides
:
A. Flor masculina com detalhe no lobo
da corola. (Almeida 520).
B.
Flor feminina (Almeida 519
).
C-D
.
B. br
evifolia
:
C. Flor masculina com
detalhe das anteras. (Almeida 726). D. Flor feminina com detalhe do papilho (Almeida 725). E-F
.
B.
dracunc
ulifolia
:
E.
Flor masculina com detalhe do estilete (Almeida 375). F. Flor feminina (Almeida
376).
G
.
B. illinita: flor masculina com detalhe no lobo da corola (Almeida 757). H-I
.
B. medullosa: H.
F
lor
masculina com apêndice corolínico e detalhe nos ramos do estilete (Almeida 267). I. Flor feminina
(Almeida 266). J-
K.
B. myriocephala
: J.
Flor masculina com
detalhe
do lobo da corola (Almeida 478).
K.
Flor feminina (Almeida 479). L
.
B. ramosissima: flor masculina (Almeida 752). M
.
B. schultzii
:
flor
masculina
com detalhe no lobo da corola (Almeida 599). N
.
B. trinervis
:
flor masculina com detalhe nos
ramos do estilete (Almeida 330).
O.
B. varians: flor masculina (Almeida 456). P. B. helichrysoides: flor
feminina
(Almeida 280). Q
.
B. pseudomyriocephala
:
flor feminina com detalhe dos tricomas (Almeida
87).
R
.
B. semiserrata var. elaegnoides: flor feminina (Almeida 101). S
.
B. trimera: flor feminina
(Almeida 232).
T
.
B. vernon
i
oides
:
Flor feminina com
detalhe dos tricomas (Almeida 449).
112
feminino campanulado, invólucro 2,5-3 mm; brácteas involucrais 3-4 séries,
lanceoladas, glandulosas; receptáculo plano, epaleáceo, laciniado, glabro; f
lores 35
-
45
,
corola 1-1,5 mm,
creme,
espars
o-setosa, ápice 5-denteado, dentes desiguais; estilete
com
ramos agudos, glabros. Cipsela 0,8-1 mm compr., cilíndrica, 8-
costada,
espars
o-
tomentosa. Papilho
2-
2,5 mm compr., alvo
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca, 26.I.2006,
fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 234 - (VIC); idem, 26.I.2006, fl., fr.,
G.S.S
Almeida
et
al. 235
-
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. No PEI coletada em campos graminosos secos.
Espécie freqüente nas áreas de distúrbios do cerrado e em campos rupestres (Hind
2003).
B. serrulata é muito confundida nos herbários com B. punctulata, dada à
semelhança nas folhas e arranjo dos capítulos. B. serrulata distingue-se pelas folhas
lanceoladas e capítulos femininos com menor número de flores.
2.23.
Baccharis
subdentata
DC., Prodr. 5: 408. 1836.
Fig. 2. D
Subarbusto 0,5 m alt.; ramos
pubérulo
-
glandulosos
. Folhas alternas, sésseis, 1-
3,2x0,4-1,2 cm,
obovadas
, ápice
obtuso
, às vezes 3-
dentado,
margem inteira, ás vezes
levemente denteada,
base
cuneada, ambas as faces glabras, glanduloso-pontuadas.
Capítulos
sésseis
, bracteados, agrupados no ápice dos ramos em panícula de
glomérulos; brácteas oblongas, glandulosas. Capítulo masculino campanulado
,
invólucro 4-5 mm compr.; brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas, glanduloso-
puberulentas
; receptáculo
cônico
, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores
4-8,
campanuladas, corola 3,5-4 mm, alva, tubo glanduloso na porção distal, lobos
lanceolados
,
revolutos
, glabros; anteras com ápice
agudo
, base obtusa; estilete com
ramos
obcônicos, unidos, recobertos de tricomas. Papilho 3,5-4 mm compr.,
cerdas
espessadas logo abaixo do ápice, crespas, alvas. Capítulo feminino cilíndrico, invólucro
4-5 mm compr.; brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas,
glanduloso
-puberulentas
;
recept
áculo
cônico
, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores 12
-15, corola 3-4 mm, alva,
esparso
-
setosa,
ápice 5-denteado,
piloso
; r
amos
do estilete agudos,
glabros
. Cipsela 0,8-
1m
m compr.,
fusiforme, 10
-
costada,
glabra
. Papilho
5-
6 mm compr., escabro, alvo
.
Materia
l examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Cima,
24.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 76 -
(VIC); idem, 25.VII.2006, fl., fr.,
113
G.S.S. Almeida et al. 486 -
(VIC); idem, 25.VII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
485 - (
VIC).
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato
Grosso e Goiás. Segundo Hind (2003), comum em cerrado, campo aberto e margens de
capões de matas. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos e capão de
encosta seca.
B.
subdentata pode ser reconhecida pelas folhas obovadas e capítulos
ordenados em panícula de glomérulos.
B. varians
DC. é a espécie mais próxima, da qual
distingue
-
se pela forma da folha e pelo receptáculo do capítulo feminino laciniado.
2.24
. Baccharis t
archonanthoides
DC., Prodr. 5:414. 1836.
Fig. 3.
L
Arbusto 2 m alt.; ramos cinéreo-
lepidotos
. Folhas alternas, pecioladas, 2,6-
6x0,8-1,5 cm, oblanceoladas, ápice
obtuso
,
margem
denteada na metade superior,
base
atenuada, discolores, face adaxial glabra, lustrosa, face abaxial densamente albo-
vilosa,
glanduloso
-pontuada. Capítulos subsésseis ou pedunculados, bracteados, em panículas
terminais densas; brácteas lineares, tomentosas. Capítulo masculino campanulado,
invólucro 4-4,3 mm compr., brácteas involucra
is
3-4 séries, lanceoladas, tomentosas,
glandulosas
; receptáculo
plano
, epaleáceo, glabro. F
lores 25
-30, campanuladas, corola
3-3,5 mm, creme,
espars
o-setosas, lobos lanceolados, revolutos, ápice glanduloso
;
anteras com ápice
lanceolado
, base sagitada;
ram
os do estilete triangulares, papilosos.
Papilho 3-3,5 mm compr., escabro, ápice
plumoso
, alvo. Capítulo feminino
campanulado, invólucro 5-6 mm compr., brácteas involucrais 2-3 séries, lanceoladas,
glanduloso
-tomentosas; receptáculo
plano
, epaleáceo, glabro. F
lores 30
-35, corola 2,5-
3
mm, creme,
esparso
-setosa, ápice laciniado, tomentoso
;
r
amos
do estilete agudos,
glabros
. Cipsela 1-
1,3m
m compr.,
fusiforme,
5-costada, glabra, glandulosa. Papilho 3-
3,5
mm compr.,
barbelado, alvo.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do Cachorro,
24.VIII.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida 95 - (VIC); Mariana, PEI, Trilha da Serrinha,
15.XI.2005, fl. e fr.,
G.S.S Almeida
161
-
(VIC)
.
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná
. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. Esta espécie é distinta
das demais coletadas, podendo ser reconhecida pelas folhas discolores com margem
denteada apenas na metade superior e com face abaxial denso albo-vilosa, glanduloso-
pontuada.
114
2.25.
Baccharis tridentata
Vahl., Symb. Bot. 3: 98. 1794
.
Fig. 5. B
Subarbusto
0,8 m alt.; ramos glabros, glandulosos. Folhas alternas, sésseis a
curto
-pecioladas, 0,8-
1,5x0,4
-
1cm,
obovais,
ápice
obtuso
, margem 3-5-denteada na
metade superior,
base
atenuada, ambas as faces glabras, glanduloso-pontuadas.
Capítulos
sésseis, a curto-
pe
dunculados,
bracteados,
agrupados 6-10, em corimbos
paniculiformes
; brácteas oblongas, glandulosas. Capítulo masculino campanulado
,
invólucro 3-4 mm compr., brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas,
glandulosas
apenas no ápice, vernicosas; receptáculo levemente convexo, epaleáceo, laciniado,
glabro.
F
lores
6-8, campanuladas, corola 4 mm, alva,
esparso
-
tomentosa
, lobos
lanceolados
,
revolutos
, ápice papiloso; anteras com ápice
lanceolado
, base obtusa
;
estilete
com ramos obcônicos, unidos, recobertos de tr
icomas
. Papilho 4-
4,5
mm
compr.,
cerdas espessadas logo abaixo do ápice, crespas, alvas. Capítulo feminino
cilíndrico, invólucro 5-6 mm compr., brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas,
glandulosas apenas no ápice, vernicosas; receptáculo
plano
, epaleá
ceo,
laciniado,
glabro.
F
lores
8-12
,
corola 3-3,5 mm, alva, ápice truncado, ciliado, com tricomas
hialinos,
ramos
do estilete agudos,
pilosos
. Cipsela 0,8-1 mm compr.,
cilíndrica, 10
-
costada,
glabra
. Papilho
4-4,5
mm compr.,
barbelado
,
alvo
.
Material exami
nado
: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Cima,
16.XI.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 160 - (VIC); idem, 16.XI.2005, fl., fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 161
-
(VIC)
.
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. No PEI coletada nas margens de capão de encosta seca.
B. tridentata é caracterizada pelas folhas obovais de ápice obtuso ou 3-5 denteado e flor
feminina com ápice da corola truncado, piloso. Esta espécie junto com B. il
linita
e
B.
punctulata
, apesar de muito distintas, fazem parte do grupo
Punctulata
, caracterizado
pelos
p
115
espigas interrompidas, paniculiformes com ramificação de primeira ordem.
Capítulo
masculino campanulado, invólucro 4 mm compr., brácteas involucrais 5-6 séries,
externas obovadas, internas lanceoladas,
glanduloso
-puberulentas, viscosas
;
receptáculo
plano, epaleáceo, profundo alveolado, glabro. F
lores
35-40, campanuladas, corola 4-
4,3
mm, creme, esparso-
glandulosa
, lobos
lanceolados
, revolutos, ápice papiloso; anteras
com ápice lanceolado, base
obtusa
; estilete
cilíndrico
, ramos obcônicos,
unidos,
recobertos de tricomas. Papilho 4-4,5 mm compr., cerdas crespas, alvas. Capítulo
feminino
campanulado
, invólucro 4-5 mm compr., brácteas involucrais 3-4 séries,
externas obovadas, internas lanceoladas,
glanduloso
-puberulentas, lustrosas;
receptáculo
plano, epaleáceo, laciniado, glabro.
Flores 100
-
110
,
corola 3
-
3,5 mm, alva, glabra,
ápice
curto
-ligulado, glabro;
ramos
do estilete agudos, glabros, vináceos. Cips
ela 0,5
-0,8
mm
compr.,
fusiforme, 10
-
costada, glabra.
P
apilho 3
-
3,5 mm compr., cerdas escabras, alvas
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca, 26.I.2006,
fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 232 -
(VIC); idem, 26.I.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et
al. 233
-
(VIC)
.
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos e nas ma
116
brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, glandulosa no ápice,
pubérulas
;
receptáculo
plano, paleáceo, glabro. F
lores 150
-160, corola 2,5-3 mm, alva, setosa, ápice truncado
coroado com tricomas hialinos;
ramos
do estilete agudos,
papilosos
. Cipsela 1-1,5 m
m
compr.,
cilíndrica,
8-
costada,
tomentosa. Papilho
5-6
mm compr.,
escabro, alvo
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Baixo,
14.III.2006, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 329 - (VIC); idem, 14.III.2006, fl., fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 330
-
(VIC)
.
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre e Bahia. No PEI
coletada na margem de capão de encosta seca, em área com forte influência antrópica.
B. trinervis é facilmente diferenciada das demais espécies do PEI, por ser a única que
apresenta o hábito arbustivo escandente e pelas folhas com margem inteira, trinervadas
e glabras em ambas as faces. Nos herbários esta espécie é comumente confundida com
B. punctulata, entretanto, esta espécie apresenta folhas com margem serrilhada
enquanto de
B. trinervis
apresenta margem inteira.
2.28.
Baccharis varians
Gardn.
emend
.
G.M. Barroso, Rodriguesia 28 (40): 142. 1975.
Fig. 4. O
Arbusto 2 m alt.; ramos
glandulosos
. Folhas alternas, sésseis, 0,8-1,5x0,3,-
0,6cm,
espatulado
-
oblongas
, ápice
obtuso
, às vezes 3-5 de
nteados,
margem
inteira,
levemente revoluta,
base
atenuada
, ambas as faces pubérulo-
galndulosas.
Capítulos
sésseis, bracteados, em panícula de glomérulos terminais, congesta; brácteas oblongas,
glanduloso
-
pontuadas.
Capítulo masculino campanulado, invólucro 4 mm compr.,
brácteas involucrais 3-4 séries, externas obovadas, internas lanceoladas, glutinosas
;
receptáculo
convexo
, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores
8, campanuladas, corola 3-
4
mm,
alva,
tubo
glanduloso,
lobos
lanceolados
,
revolutos, ápice glabro; anteras com
ápice
agudo
, base obtusa
;
estilete obcônico, ramos unidos, pilosos. Papilho 3,5-4
mm
compr.,
crespo,
espessado abaixo do ápice,
alvo
. Capítulo feminino oblongo, invólucro
5 mm compr., brácteas involucrais 4-5 séries, lanceoladas,
pubérulo
-
gla
ndulosas
;
receptáculo plano, epaleáceo, laciniado, glabro. F
lores 10
-15, corola 3,5-4 mm, alva,
esparso
-setosas, ápice 5-denteado, dentes desiguais, pilosos; ramos do estilete agudos,
pilosos
. Cipsela 1-1,5 mm compr.,
cilíndrica
, 10
-
costada,
glabra
. Papilho 4-5
mm
compr.,
barbelado, alvo
.
117
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do Cachorro,
27.VI.2006, fl. e fr.,
G.S.S Almeida
et al. 456
- (VIC)
; idem, 27.VI.2006, fl., fr.,
G.S.S
Almeida
et al. 457 -
(VIC)
.
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Mato Grosso e Bahia e
Pernambuco.
No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. Esta espécie pode
ser reconhecida pelas folhas espatulado-oblongas de margem denteada, levemente
revoluta, com ambas as faces glanduloso-pontuadas. B. subdentata é a espécie mais
próxima dentre as coletadas, da
qual se distingue pelas folhas espatulado
-
oblongas.
2.29.
Baccharis vernonioides
DC., Prodr. 5: 422. 1836.
Fig. 3.
R-
S; 4. T
Arbusto 2,5 m alt.; ramos ferrugíneo-
tomentosos.
Folhas alternas, pecioladas,
0,8-7,5x0,3-2 cm,
lanceoladas
, ápice
acuminado
,
mar
gem
inteira, ciliada, revoluta,
base
atenuada
, ambas as faces ferrugíneo-
velutíneas.
Capítulos pedunculados, bracteados em
panícula terminal laxa
; brácteas
diminutas, lanceoladas, tomentosas
. Capítulo masculino
campanulado
, invólucro 3 mm compr., brácteas
involucrais
2-3 séries, externas
obovadas, internas lanceoladas, glanduloso-tomentosas; receptáculo
cônico
, epaleáceo,
laciniado, glabro. F
lores 30
-35, campanuladas, corola 2,5-3 mm, alva, tubo glabro,
fauce glanduloso-
tomentosa
, lobos triangulares planos, papilosos no ápice; anteras com
ápice
agudo
, base sagitada; ramos do estilete curtos, triangulares, pilosos.
Papilho
2,5
-
3
mm compr.,
crespo
,
sem espessamento no ápice,
alvo
. Capítulo feminino
campanulado,
invólucro 4-5 mm compr., brácteas involucrais 2-3 séries, lanceoladas, pubérulas
;
receptáculo cônico, paleáceo, páleas planas, margem e ápice fimbriados, laciniado,
glabro.
F
lores 15
-20, corola 2-2,5 mm, alva, setosa com tricomas em anel, ápice
denteado, dentes diminutos; estilete
com
ramos agudos,
glabr
os
. Cipsela 1,5-2 m
m
compr.,
cilíndrica,
5-
costada,
esparsamente
tomentosa
. Papilho 3,5-4 mm compr.,
escabro, alvo
.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada da Torre,
26.VI.2006, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 450 - (VIC); idem, 26.VI.2006, fl., fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 449
-
(VIC)
.
Espécie distribuída
n
os estados d
e Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
No PEI coletada em borda de capão de encosta seca. Esta espécie é facilmente
reconhecida pelas folhas com margem inteira, ciliada, e ambas as faces ferrugíneo-
118
velutíneas, além dos capítulos ordenados em panícula laxa semelhante às espécies de
V
ernonia
, origem do epíteto específico, e receptáculo do capítulo feminino, paleáceo.
3.
Conyza
Less., Syn. Gen. Compos. 203. 1832.
Ervas monóicas ou ginomonóicas. Folhas alternas,
sésseis
, inteiras a
pinatissectas
. Capítulos
disciformes,
pedunculados
em corimbos ou panículas
; invólucro
hemisférico
ou campanulado, brácteas involucrais 2-3 séries; receptáculo plano ou
conve
xo, laciniado, glabro. F
lores
marginais femininas, em várias séries, filiformes,
às
vezes pseudoligulada, com lígula mais curta que o tubo, róseo-arroxeadas ou brancas;
flores centrais funcionalmente masculinas ou hermafroditas, em menor número,
tubulosas,
pentalobadas, amareladas ou brancas. Cipsela 2-3 costada, comprimida
.
Papilho
unisseriado, cerdoso, barbelado.
Chave para as espécies de Conyza
do Parque Estadual do Itacolomi
1. Flores marginais filiformes
2. Brácteas involucrais seríceas ou setosas
3. Flores centrais 8-10, funcionalmente masculinas, flores marginais 90-100,
brancas............................................................................................3.1.
C. bonariensis
3’ Flores centrais 20-30, hermafroditas, flores marginais 250-300, ápice da corola
róseo
-
arroxeados.......................................................................3.3.
C. primulaefolia
2’ Brácteas involucrais glabras..........................................................3.4.
C. sumatrensis
1’ Flores margin
ais pseudoliguladas.....................................................3.2.
C. canadensis
3.1.
Conyza bonariensis
(L.)
Cronquist, Bull. Torrey Bot. Club 70: 632. 1943.
Iconografia:
Cabrera, A.L. 1974. p.223. Fig.116
Erva
monóica, 1m alt. Caule cilíndrico, híspido. Folhas 1-7,8x0,2-
0,6cm,
lanceoladas, ápice acuminado, margem levemente denteada, base atenuada, ambas as
faces esparsamente estrigosas, face abaxial glanduloso-pontuada. Capítulos em panícula
laxa, terminal; invólucro 5-6 mm compr., campanulado, brácteas involucrais 2 séries,
lanceoladas, ápice agudo, margem hialina, fimbriada, setoso-glandulosas; receptáculo
plano. Flores marginais, 90-100, filiformes, corola 4-5 mm, ápice 2-3 denteado,
esparsamente setosa, branca; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 8-
10,
119
masculinas, corola 4,5-5 mm, amarela, lobos triangulares, setosos; anteras com ápice
agudo, base obtusa, ramos do estilete lanceolados, revestido de tricomas coletores.
Cipsela 1-1,3 mm compr., 2-costada, esparso-setosa; carpopódio glabro. Papilho 3-
3,3
mm compr., creme.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Cima,
24.VIII. 2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 72 (VIC); Trilha do Calais 29.I.2007, fl. fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 626 (VIC).
Espéc
ie cosmopolita, considerada daninha em regiões tropicais e temperadas
(Hind 1995). No PEI amplamente distribuída nas áreas com forte influência antrópica.
Espécie próxima
C. canadensis
da qual se distingue pelas flores marginais filiformes.
3.2. Conyza ca
nadensis
(L.) Cronquist, Bull.
Torrey Bot. Club 70: 632. 1943.
Fig. 1. I
-K
Erva
ginomonóica, 0,6m alt., caule cilíndrico, esparsamente setoso. Folhas 1,7-
5,8x0,3-
1cm,
lanceoladas, ápice agudo, margem denteada, às vezes inteira, ciliada, base
atenuada, ambas as faces glabrescentes, glanduloso-pontuadas. Capítulos em panícula
laxa, difusa; invólucro 5-6 mm compr., campanulado, brácteas involucrais 3-4 séries,
lanceoladas, ápice agudo, margem hialina, fimbriada, glabras; receptáculo plano. Flores
marginais, 75-80,
pseudoliguladas
, corola 4-5 mm, ápice 2-3 denteada, esparsamente
setosa, branca; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 20-
25,
hermafroditas, corola 4-5 mm, amarela, setosa, lobos triangulares, setosos, papilosos;
anteras com ápice agudo, base obtusa; ramos do estilete lanceolados, penicelados.
Cipsela 0,8-1mm compr., 2-3 costada, esparsamente setosa; carpopódio glabro. Papilho
3,5-
4 mm compr., creme.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Pico do Itacolomi,
03.XII.
2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 205 (VIC); idem, Trilha da Lagoa Seca,
26.I.2006, fl. e fr.,
G.S.S Almeida et al
. 239 (VIC);
Espécie cosmopolita, considerada daninha em regiões tropicais e temperadas
(Hind 1995). No PEI amplamente distribuída nas áreas de forte influência antrópica.
Espécie próxima C. bonariensis da qual se distingue pelas flores marginais
pseudoliguladas.
3.3. Conyza primulaefolia (Lam.) Cuatrec. & Lourteig, Phytologia 58(7): 475-476.
1985.
120
Fig. 5. D
Erva
, ginomonóica 0,8m alt.
,
caule estriado, tomentoso. Folhas basais em roseta,
2-11,8x0,4-2,5cm, oblanceoladas, ápice obtuso, margem crenado-denticulada, base
longo
-atenuada; superiores, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, base
decorrente, ambas as faces estrigosas. Capítulos em corimbos, terminais, densos;
invólucro 6-8mm compr., hemisférico, brácteas involucrais 2 séries, linear-
lanceoladas,
ápice agudo, margem inteira, densamente seríceas; receptáculo convexo, glabro. Flores
marginais, 250-300,
pseudoliguladas
, corola 4-5 mm, ápice 2-3 denteada, glabra, ápice
róseo
-arroxeado; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 20-
30,
hermafroditas, tubulosas, corola 4-5 mm, glandulosa, amarela, lobos triangulares
setosos; anteras com ápice agudo, base obtusa; ramos do estilete triangulares, papilosos.
Cipsela 1-1,2 mm compr., 3-costada, esparsamente setosa; carpopódio coroado de
tricomas, setosos, alvos
. Papilho 3,5
-
4 mm compr., barbelado, creme.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do Cac
horro,
17.XI. 2005, G.S.S Almeida et al. 183 (VIC); Trilha da Estrada de Cima, 15.III.2006,
G.S.S Almeida et al. 339 (VIC).
Espécie de ampla distribuição no Brasil, especialmente em solos férteis (Cabrera
1974). No PEI coletada na margem de capão de encosta seca. Espécie facilmente
distinta das demais coletadas, pelas folhas em roseta basal; capítulos em corimbos
terminais, com flores todas do mesmo tamanho dando um aspecto truncado ao capítulo.
3.4.
Conyza sumatrensis
(Retz.) E. Walker, J. Jap. Bot. 46:
72. 1971.
Iconografia: Cabrera, A.L. 1974. p. 224. Fig 117.
Erva
ginomonóica, 1m alt., caule cilíndrico, esparso-setoso. Folhas alternas,
congestas, sésseis, 1,5
-
10,5x0,2
-
0,8cm, linear
-
lanceoladas, ápice agudo, margem inteira,
às vezes denteada, ciliada, base longo-atenuada, ambas as faces híspidas. Capítulos em
panícula ampla, densa; invólucro 3-5 mm compr., campanulado, brácteas involucrais 3
séries, lanceoladas, ápice agudo, margem hialina, discretamente fimbriada, glabras;
receptáculo plano, laciniado. Flores marginais, 50-60,
filiformes
, corola 4-4,5 mm,
ápice 2-3 denteado, glabras, brancas; ramos do estilete lanceolados, papilosos. Flores
centrais 5-8, hermafroditas, corola 4 mm, glabra, amarela, lobos triangulares papilosos;
anteras com ápice agudo, base obtusa; ramos do estilete lanceolados, papilosos. Cipsela
1-1,3 mm compr., 2-costada, esparsamente setosa; carpopódio coroado de tricomas
alvos. Papilho 3mm compr., barbelado, creme.
121
Fig. 5. A- H. Indivíduos ou ramos férteis
.
A.
Baccharis serrulata (Almeida 219).
B.
B. tridentata
(Almeida 161). C-
D.
Conyza primulaefolia. C. Indivíduo.
D.
Capítulo (Almeida 218).
E.
Inulopsis
scaposa
(Almeida 210).
F
Symphyotrichum regne
l
lii
(Almeida 175).
G.
S. squamatum
(Almeida 341).
122
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Cima,
23.VIII.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 74 (VIC); idem, Trilha do Morro do
Cachorro, 17.XI.2005, fl. e fr.,
G.S.S. Almeida et al.
182(VIC).
Espécie cosmopolita, considerada daninha em regiões tropicais e temperadas
(Hind 1995). No PEI amplamente distribuída nas áreas de forte influência antrópica.
Espécie próxima C. bonariensis da qual se distingue pelas folhas com ambas as faces
híspidas e capítulos com menor número de flores.
4.
Erigeron
L., Sp.
Pl. 863. 1753.
4.1.
Erigeron
maximus
(D. Don) Otto ex DC., Prodr. 5: 284. 1836.
Fig. 1. L
-O
Erva 1,4-
2,5
m alt.; caule fistuloso, sulcado, cilíndrico, estrigoso. Folhas
inferiores
rosulado-
basais,
pecioladas, 20-
67x4
-10cm, lanceoladas, base longo-
atenuada
; superiores alternas, sésseis, 4-
15,6x1,5
-4cm, lanceoladas, base auriculada,
todas com ápice acuminado, margem irregularmente denteado-apiculada, ambas as
faces estrigosas, glanduloso-pontuadas. Capítulos radiados, solitários ou em corimbos;
invólucro 10-13 mm compr., campanulado, brácteas involucrais 2-3 séries, internas
linear
-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, hialinas, estrigosas no terço superior,
externas lanceoladas, margem não hialina, densamente glanduloso-
estrigosas;
receptáculo plano alv
eolado
-fimbriado. Flores marginais femininas, numerosas em 2-
séries, liguladas, corola 20-25 mm, ápice 2-3 partido, branca; ramos do estilete
lanceol
ados, curtos, margens papilosas. Flores centrais numerosas, hermafroditas,
tubulosas, corola 5-6 mm, lobos agudos, papilosos, amarelas; anteras com ápice agudo,
base obtusa; ramos do estilete triangulares, ápice penicelado e margens papilosas.
Cipsela 1,0-1,5 mm compr., comprimida, 2-costada, glabra. Papilho cerdoso, barbelado,
4-
5 mm compr., alvo.
Material exa
minado
: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de Baixo
23.VIII.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 63 (VIC); Trilha da Estrada de Cima,
16.XI.2005, fl. e fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 163 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, na Zona da Mata e ao longo da
Serra do Mar até o Rio Grande do Sul (Solbrig 1962). No PEI coletado em campos
graminosos úmidos e na borda de capão de encosta seca. E. maximus é facilmente
distinguível pelo capítulo radiado grande, com flores marginais com lígulas alvas,
longas e flores do disco amarelas.
123
5.
Inulopsis
(DC) O. Hoffm., in Engler & Prantl., Nat.
Pflanzenfam. 4(5): 149. 1890.
5.1.
Inulopsis scaposa
(Remy) O. Hoffm., Nat. Pflanzenfam. 4 (5): 149. 1890.
Fig. 1. P-
S; 5. E
Erva
escaposa,
ca. 0,4 m alt. Folhas rosulado-basais, sseis, 1,5-
9x0,7
-
2cm,
oblanceoladas, ápice obtuso, margem serreada, ciliada, base atenuada, ambas as faces
estrigosas, glanduloso-pontuadas. Capítulos radiados, solitários no ápice de escapo
longo (5-15 cm), vináceo; invólucro 5-7 mm compr., campanulado, brácteas involucrais
3-4 séries, lanceoladas, glandulosas; receptáculo plano, epaleáceo, glabro. Flores
marginais 10-20, femininas, 1-seriada, liguladas, corola 6-7 mm, branca, setosa,
glandulosa. Flores centrais 25-30, funcionalmente masculinas, tubulosas, corola 4-4,5
mm, amarela, pentalobadas, esparso-setosa, lobos glandulosos; anteras com ápice
lanceolado, base obtusa; ramos do estilete conatos, externamente piloso. Cipsela 1,5-2
mm compr., oblongo-obovais, albo-serícea. Papilho bisseriado, barbelado, 4 mm
compr., creme, alaranjado na base.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
14.XI.2005, fl. e fr., G.S.S Almeida et al 147 (VIC); idem, Trilha do Pico, 03.XII.2005,
fl. e fr.,
G.S.S Almeid
a et al.
210 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro
(Barroso 1957). No PEI coleta em campo graminoso seco e úmido; muito comum
depois do fogo. Espécie facilmente reconhecida por suas poucas folhas basais
oblan
ceoladas e capítulo radiado, solitário, terminal, no ápice de escapo longo, com
flores do raio liguladas, brancas.
6.
Symphyotrichum
Nees., Gen. Sp.
Aster.
135. 1832.
Subarbustos; ramos cilíndricos glandulosos, vináceos. Folhas verticiladas ou
alternas,
sésseis. Capítulos
radiados,
pedunculados
em panículas laxas; invólucro
campanulado, brácteas involucrais 3-4 séries; receptáculo plano, epaleáceo, glabro ou
levemente ciliado. F
lores
marginais femininas, 1-
seriada,
liguliformes, brancas ou
lilases; flores centrais hermafroditas, tubulosas, brancas ou amarelas; anteras com ápice
lanceolado, base obtusa; ramos do estilete com ápice lanceolado.
Cipsela
cilíndrica ou
obcônica
. Papilho
cerdoso, unisseriado, persistente.
Chave para as espécies de
Symphyotrichu
m
do Parque Estadual do Itacolomi
124
1. Flores marginais lilases, centrais brancas...............................................6.1.
S. regnellii
1’ Flores marginais brancas,
centrais amarelas…..................................6.2.
S. squamatum
6.1.
Symphyotrichum regnellii
(Baker) Nesom, Phytologia 77(3): 291.
1994.
Fig. 5. F
Subarbusto robusto, ca. 0,6m alt.; ramos inferiores com folhas adensadas na
base. Folhas alternas, sésseis, 1-
3,5
-0,2-0,6 cm, lanceoladas, ápice mucronulado,
margem inconspicuamente serrilhada, base atenuada, ambas as faces glabras,
glanduloso
-pontuadas. Capítulos radiados; invólucro 4-5 mm compr., brácteas
involucrias 3-seriadas, lanceoladas, uninérveas, ápice apiculado vináceo, margem
vinácea, glanduloso-pontuadas; receptáculo levemente ciliado. Flores marginais, 30-35,
lígulada, corola 4-5 mm, lilás-clara, tubo esparsamente setoso; lígula, ás vezes com
ápice bilobado; ramos do estilete lanceolados, esp
arso
-piloso. Flores centrais, 5-
6,
tubulosas, corola 3-4 mm, esparso-setosa, branca com lobos posteriormente lilases;
anteras com ápice lanceolado, base obtusa; ramos do estilete agudos, glabros. Cipsela
1,5-2 mm compr., obcônica, 5-costada, glanduloso-pontuada, tomentosa. Papilho 4-5
mm compr., cerdas escabras, alvas.
Material examinado: Minas Gerais, Mariana, PEI, Trilha Serrinha, 15.XI.2005, fl. e
fr.,
G.S.S Almeida
et al.
175 (VIC).
Esta espécie até o momento é endêmica de Minas Gerais. No PEI foi cole
tada
em campos de afloramentos rochosos. Distingue-se de S. squamatum (Spreng.) G.L.
Nesom, espécie próxima, pelo hábito subarbustivo, robusto e flores marginais lilases e
centrais brancas, posteriormente lilases.
6.2.
Symphyotrichum squamatum
(Spreng.)
G.L. Nesom, Phytologia 77(3)
: 292.
1994.
Fig.1. T
-
X; 5. G
Erva 1 m alt., muito ramificada. Folhas alternas, entrenós ca. 3 cm, sésseis, 1-
6,5-0,2-0,5 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inconspicuamente serrilhada, base
truncada, ambas as faces glabras, glanduloso-pontuadas. Capítulos radiados; invólucro
5-6 mm compr., brácteas involucrias 3-4 series, lanceoladas, uninérveas, ápice
apiculado vináceo, margem vinácea, glanduloso-pontuadas; receptáculo glabro. Flores
marginais, 25-35, ligulada, corola 4-5 mm, brancas, esparsamente setosa; lígula com
ápice obtuso, raro bilobado, ramos do estilete lanceolados, esparso-pilosos. Flores
125
centrais, 4-8, campanuladas, corola 3-4 mm, esparso-setosa, amarelas; lobos vináceos,
setosos; anteras com ápice lanceolado, base obtusa; ramos do estilete agudos, glabros.
Cipsela 2-2,5 mm compr., cilíndrica, 5-costada, nervuras discretas, glanduloso-
pontuada, levemente serícea. Papilho 4
-
5 mm compr., cerdas escabras, alvas.
Material examinado: Minas Gerais, Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca, 26.I.2006,
fl. e fr., G.S.S Almeida et al. 248 (VIC); Mariana, PEI, Trilha da Serrinha, 16.III.2006,
fl. e fr.,
G.S.S Almeida
et al
. 341 (VIC).
Espécie
nativa e amplamente distribuída na América do Sul (Nesom 2005). No
PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. Espécie próxima S. regnellii, da
qual se distingue pelo hábito herbáceo e flores marginais brancas e centrais amarelas.
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São Paulo 21
(2): 345
-
398.
128
Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Lactuceae, Plucheeae, Gnaphalieae,
Senecioneae, Tageteae e Heliantheae
1
Gracineide Selma Santos de Almeida
2,3,5
, Rita Maria de Carvalho-
Okano
2
, Jimi Naoki
N
akajima
4
& Flavia Cristina Pinto Garcia
2
RESUMO
- (Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Lactuceae, Plucheae, Gnaphalieae, Senecioneae,
Helenieae e Heliantheae). O estudo das
seis
tribos
faz
parte do levantamento florístico
das espécies de Asteraceae nos Campos Rupestres do Parque Estadual do Itacolomi
(PEI) em Minas Gerais, realizado através de coletas mensais no período de agosto de
2005 a dezembro de 2007.
Foram
determinadas
44 espécies d
e 29
gêneros, sendo
Heliantheae a tribo com maior número de espécies (14), seguida de
Senecioneae
(10
),
Gnaphalieae (10), Plucheae (4), La
a
129
with larger number of species (14), following by Senecioneae (10), Gnaphalieae (10),
Plucheae (4), Lactuceae (4) and Helenieae (2). Of these species 11,4%, are endemic of
Minas Gerais, being most typical of the
“ campos
rupestres
of the
Cadeia do Espinhaço
and adjacent areas; 34,1% are concentrated
in
Southeast-
south
region and 38, 6%
have
wide
spread
distribution. Keys of
genera
and species, descriptions,
taxonomic
di
scussions
, geographical distribution and illustrations are presented.
Key words: “Campos rupestres”, Asteraceae, flori
stic,
taxonomic, Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais.
Introdução
Os campos rupestres do Parque Estadual do Itacolomi ocupam a maior área do
parque, abrangem as áreas acima de 1.100 m.s.m. O conjunto relevo, vegetação e
hidrografia formam um cenário natural de grande diversidade biológica, o que atraiu a
atenção de
botânicos
como Spix, Martius, Saint Hilaire, Rugendas e Gardner, den
tre
outros,
cujos
estudos pioneiros até hoje subsidiam importantes pesquisas
fitogeográfica
s, taxonômicas e filogenéticas (Messias et al. 1997). Segundo Magalhães
(1986
), a beleza do bloco Itacolomi decorre de sua formação tectônica, constituída de
xisto
do grupo Piracicaba e de quartzito do grupo Itacolomi; além das deformações mais
antigas de dobramentos, a área do maciço sofreu como último episódio tectônico, uma
série de falhamentos de rasgamento e empurrão com forças agindo do lado oriental
compondo,
finalmente, os peculiares blocos justapostos ou superpostos característicos
do PEI. Para Lisboa (19
71
),
a exuberância da flora de Ouro Preto, quanto a sua variação
e caracteres fitossociólogicos, está relacionada com esta geologia, que além de muito
movime
ntada, é caracterizada pelos efeitos do metamorfismo das suas formações
proterozóicas com uma mineralização intensa.
Como característica dos campos rupestres, a vegetação aberta é dominante
e
segundo
Re
dford
(1992) e Saint-
Hilaire
(1974), este tipo de vege
tação
vem
desaparecendo rapidamente ou sofrendo completa descaracterização sem que se
conheça sua biodiversidade. Como agravante, são escassos os estudos em campos
rupestres, ambiente que segundo Giulietti et al. (1987), pode se apresentar como centro
de diversidade de alguns grupos, com uma estimativa de 30% dos táx
ons
, exclusivos
de
ste tipo vegetacional. Além das características usuais encontradas nos campos
rupestres (solos litólicos, afloramentos rochosos, altitudes elevadas, precipitação
130
orográfica significativa e temperaturas), aspectos como latitude e composição dos
substratos tem papel fundamental na distribuição específica desta áreas (
Brandão
et al.
1994)
.
A família Asteraceae (Compositae) compreende 1.535 gêneros e
aproximadamente 23.000 32.000 espécies amplamente distribuídas (Pruski & Sancho
2004). É uma das mais freqüentes no que se refere às espécies do estrato herbáceo e
subarbustivo do Cerrado, incluindo os campos rupestres (Giulietti et al. 1987; Brandão
et al. 1994; Stannard 1995; Zappi et al. 2003;
Almeida
et al. 2005). Apesar da
expressiva representatividade são poucos os estudos da família e conseqüentemente das
referidas tribos, nos campos rupestres, destacando-se os trabalhos de Hind (1992; 1995;
2003) e Nakajima (2000).
O o4470 Tm(9)Tj0.09765 0 0 -0.065 0 0 -0.09765 3941 4815 Tm0 0 -0.09765 7091 4470 Tm(s)Tj( )Tj0.65 0.09765 7091 4470 Tm(s)Tj( )Tj0.65 009765 8194 4470 Tm(9)Tj0.097(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.097003 4470 Tm(9)Tj0.097(s)Tj( )Tj0.30953 4470 Tm
2
131
2007. O material coletado foi herborizado conforme as técnicas de Fidalgo & Bononi
(1984) e incorporado ao Herbário do Departamento de Biologia Vegetal da
Universidade Federal de Viçosa
(VIC)
.
As
identificações foram realizadas por meio da literatura específica e
comparações com coleções dos Herbários VIC, OUPR, BHCB, SPF e RB. A
classificação adotada para subfamílias, tribos e gêneros foi baseada em Bremer (1994).
A terminologia utilizada para as descrições morfológicas está de acordo com Radford
et
al.
(1974) e com a literatura específica da família. Para as análises florais foram
utilizados capítulos conservados em solução de álcool 70%. As chaves de identificação
e as diagnoses das espécies foram feitas de acordo com a variação morfológica dos
exemplares coletados e examinados. As ilustrações foram confeccionadas com auxílio
de estereomicroscópio. Os dados sobre distribuição geográfica foram obtidos na
literatura e nas etiquetas das exsicatas dos acervos consultados.
Resultados e Discussão
No total f
oram
determinadas para as seis tribos analisadas 44 espécies
distribuídas em 29 gêneros, sendo Heliantheae a tribo com maior número de espécies
(14), seguida de
Senecioneae
(10), Gnaphalieae (10), Plucheae (4), Lactuceae(4) e
Helenieae (2). Destas espécies 11,4%, são endêmicas de Minas Gerais, sendo a maioria
típica dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço e áreas adjacentes; 34,1%
concentram
-
se no eixo Sudeste
-
sul e 38, 6% são plantas de ampla
distribuição.
Lactuceae
Cass., J. Phys. Chim.
Hist. Nat. Arts. 88: 151. 1819.
A presença de látex leitoso e de capítulo sempre ligulado tornam esta tribo a
mais facilmente reconhecida em termos de determinação (Bremer 1994), além das f
lores
todas andróginas com corola ligulada 5-dentada (Barroso et al. 1991). Pertencente a
subfamília Chicorioideae, a
presenta
-se como uma das tribos melhor conhecida e muito
bem suportada como um grupo monofilético (Bremer 1994). Originalmente conhecida
como Cichorieae era su
bdividida em três subtribos com base no tipo de receptáculo e do
papilho (Hoffmann 1890). Recentemente foi proposta a divisão da tribo em 11
subtribos, com base nos tipos de tricoma da corola, estilete, ramos do estilete, pólen e
cromossomos (Jeffrey 1966;
Bremer 1994).
A tribo compreende 98 neros e aproximadamente 1.550 espécies, distribuídas
predominantemente no Hemisfério Norte, Mediterrâneo, Ásia Central e sudoeste da
132
América do Norte. No Brasil está representada por dois gêneros com poucas espécies
nativas e alguns gêneros subespontâneos ou cultivados (Barroso et al. 1991). No Parque
Estadual do Itacolomi foram coletado
s
dois gêneros e quatro espécies. Destas espécies
duas são restritas ao eixo sudeste
-
sul e duas são de ampla distribuição.
Chave para determinação das espécies de Lactuceae do Parque Estadual do
Itacolomi
1. Folhas com tricomas hirsutos nas nervuras; receptáculo paleáceo
2. Folhas oblanceoladas, base semi-amplexicaule; flores glabras; cipsela longo-
rostrada (6
-8
mm compr.)...........................................1.1.
Hypochaeris brasiliensis
2’
Folhas linear-lanceoladas, base longo atenuada formando pseudopecíolo; flores
setosas; cipsela curto
-
rostrada (0
,5mm compr.).............1.2.
.
Hypochaeris gardneri
1. Folhas glabras; re
ceptáculo epaleáceo
3. Brácteas involucrais externas com 1-3 tricomas glandulares capitados; cipsela 10
costada, transversalmente rugosa...........................................2.1.
S
onchus oleraceus
3’ Brácteas involucrais externas glabras; cipsela 8
-
co
stada, lisa........2.2.
Sonchus asper
1.
Hypochaeris
L. Sp. Pl. 810. 1753.
1.1 Hypochaeris brasiliensis (Less.) Benth. et Hook. ex Giseb., Symb. Fl. Argent. 217.
1879.
Figuras 3 a
-
b; 6 a
Erva 0,5 m alt.; caule sulcado, glabro. Folhas alternas, sésseis, 3,5-15x1-2,8 cm,
oblanceoladas, ápice agudo, margem denteada ou lobada, ciliada, base semi-
amplexicaule, ambas as faces glabras, nervuras híspidas. Capítulos
ligulados,
pedunculados, ordenados em cimas corimbiformes. Invólucro 8-15 mm compr.,
campanulado; brácteas involucrais 2-3 ries, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem
membranácea, hialina, inteira, dorso esparsamente lanoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, paleáceo, páleas lanceoladas, hialinas, ápice aristado. Flores 80
-100,
liguladas, corola 7-9 mm, amarela, glabra, lígula com ápice 5-denteado; anteras com
ápice agudo, base sagitada; ramos do estilete delgados, agudos, pilosos. Cipsela 2
-
3 mm
compr., fusiforme, 5-costada, transversalmente rugosa, longo-rostrada, rostro 6-8 mm
compr.
, nervuras esparso-
pilosa.
Papilho 6-8 mm compr., cerdoso, cerdas plumosas,
alvas.
133
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de
Cima
,
16. XI. 2005
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al
. 162 (VIC).
Espécie distribuída nos estados do Sul e Sudeste, comum em áreas de campo
aberto (Barroso 1959b). No PEI coletada na margem de capão de encosta seca, próximo
a campo de afloramentos rochosos. H. brasiliensis é reconhecida por suas cipselas
longo
-rostradas, com papilho de cerdas plumosas. Dist
ingue
-se de H. gardneri Baker,
espécie próxima, também coletada no PEI, pelas folhas oblanceoladas com base semi-
amplexicaule e cipsela longo
-
rostrada.
1.2.
Hypochaeris gardneri
Baker,
in
Mart.,
Fl.
Bras. 6(3): 331. 1884.
Figura 1 a
-c
Erva 0,8 m alt.; caule sulcado, glabro. Folhas rosulado-basais, 3,5-
15x0,4
-1 cm,
linear
-lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, às vezes denteada, base atenuada,
formando pseudopecíolo, ambas as faces glabrescentes, glanduloso-pontuadas, nervuras
hhirsutas
. Capítulos ligulados, pedunculados, solitários, terminais. Invólucro 14-15 mm
compr.
, campanulado; brácteas involucrais 2-3 séries,
linear
-
lanceoladas
, ápice obtuso,
ciliado, margem membranácea, ciliada, dorso esparso lanoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, paleáceo, páleas lineares, hialinas, ápice aristado. Flores 90-100,
liguladas,
corola
12
-
14 mm,
amarela, esparso
-
setosa, tubo glanduloso,
ápice da lígula
5-
denteado, papiloso; anteras com
ápice
agudo, base sagitada; ramos do estilete delgados,
agudos, pilosos. Cipsela 2-3 mm compr.,
fusiforme,
5-costada, lisa,
curto
-
rostrada,
rostro 0,5 mm compr
.
, glabra
Papilho 7
-
9 mm compr.
, cerdoso, cerdas plumosas, alvas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca
,
27
. XI. 2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al.
569 (VIC)
.
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. No
PEI foi coletada em campo graminoso seco. Espécie reconhecida por suas folhas
lineares, longas, capítulos ligulados com flores amarelas e cipsela curto-rostrada com
superfície lisa. Distingue-se de H. brasiliensis pelas folhas lineares com base atenuada
formando pseudo
-
peciolo e cipsela curto rostrada.
2.
Sonchus
L., Sp. Pl. 2: 793. 1753.
2.1.
Sonchus asper
(L.)
Hill., Herb.
Brit. 1: 47. 1769.
Erva 0,6 m alt.; ramos cilíndricos, costados, glabros. Folhas sseis, inferiores
rosuladas,
6,5-15x2,5-5 cm, lirado-
pinatífidas,
superiores alternas, 2-
3,5x1
-2,
134
o
bl
anceoladas,
ambas com ápice agudo, margem denteado-
espin
escente, base
amplexicaule, ambas as faces glabras, face adaxial glanduloso-
pontuada
. Capítulos
ligulados, pedunculados em cimas umbeliformes. Invólucro 10-12 mm compr.,
campanulado; brácteas involucrais 4-5 séries, linear-
lanceoladas,
ápice acuminado,
margem membranácea, puberulenta, dorso glabro. Receptáculo plano, epaleáceo,
alveolado, fimbriado. Flores 100-130, hermafroditas, corola 7-10 mm, ligula
135
Figura 1. a-
c.
Hypochaeris gardneri. a. Capítulo. b. Corte longitudinal do receptáculo. c. Pálea (Almeida
569). d-
e.
Pluchea oblongifolia. d. Capítulo. e. Corte longitudinal do receptáculo (Almeida 257). f.
Pterocaulon alopecuroides. Capítulo (Almeida 299). g-h. Gnaphalium cheiranthifolium. g. Capítulo. h.
Corte longitudinal do receptáculo (Almeida 223). i. Stenocline chionaea. C
136
Espécie de ampla distribuição, considerada invasora (Leitão- Filho 1975);
frequente em muitas regiões agrícolas do país, onde infesta tanto lavouras anuais como
perenes (Lorenzi 2000). No PEI coletada na margem de capão de encosta, em área de
forte influência antrópica. S. oleraceus é reconhecida pelas folhas basais runcinadas e
cipselas com superfície rugosa, caracteres estes, que a d
istingue de
S. asper
.
Plucheeae
(Benth.)
Anderb., Can. J. Bot. 67: 2293. 1989.
Os
capítulos disciformes com flores marginais femininas filiformes em várias
séries e flores centrais hermafroditas ou funcionalmente masculinas, tubulosas; ramos
do estilete com ápice obtuso e pilosidade se estendendo abaixo do ponto de bifurcação
do estilete caracterizam esta tribo. Pertencente a subfamília Asteroideae, a tribo
Plucheeae se estabeleceu após as análises cladísticas de Bremer (1987) e Anderberg
(1989), análises estas, que revelaram a tribo Inuleae como parafilética na base da
subfamília, não possuindo nenhuma apomorfia que a delimitasse taxonomicamente;
sendo proposto o desmembramento da tribo Inuleae em três subtribos monofiléticas,
uma delas a subtribo Plucheinae Benth., que Anderberg (1989) eleva a categoria de
tribo, denominada Plucheeae.
A tribo tem distribuição principalmente na América Central e do Sul, mas
algumas espécies também se estabeleceram na África, Ásia tropical e Austrália (Bremer
1994). No Brasil ocorrem somente cinco gêneros, principalmente nas regiões sudeste e
sul (Nakajima 2000). No Parque Estadual do Itacolomi foram
determinados
dois
gêneros e três espécies. Destas espécies três são restritas ao eixo sudeste-sul, uma é
restrita ao sudeste
e uma apresenta ampla distribuição.
Chave para determinação das espécies de Plucheeae do Parque Estadual do
Itacolomi
1. Erva, ramos alados, lanuginosos
; invólucro cilíndrico ou campanulado
2.
Capítulos em
glomérulos densos,
globosos, terminais..........2.3.
Pterocaulon rugosum
2’
Cap
ítulos em espiga de glomérulos, terminais
3. Capítulos em espigas de glomérulos densas; flores marginais 38-
40...................................................................................2.1.
Pterocaulon alopecuroide
s
137
3’
Capítulos em espigas de glomérulos laxas; flores marginais 120-
130...........................................................................................2.2.
Pterocaulon balansae
1. Subarbusto, ramos não
-
alados, estrigosos; invó
lucro hemisférico.
.................................
................................................................................................1.1
Pluche
a oblongifolia
1.
Pluchea
Cass., Bull. Sci. Soc.
Philom. Paris 31. 1817.
1.1.
Pluchea obl
o
ngifolia
DC., Prodr. 5:
451. 1836.
Figura 1 d
-e
Subarbusto ca. 0,8m alt., ramos sulcados, estrigosos, não alados. Folhas a
lternas,
sésseis, 3,5-8-1,0-2,5 cm, oblongas, ápice agudo, margem denteada na metade superior,
base cuneada, ambas as faces estrigosas, glanduloso-pontuadas, nervuras tomentoso-
ferrugíneas. Capítulos disciformes, pedunculados em corimbos terminais; invólucro 5-8
mm compr., hemisférico, brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, ápice acuminado,
margem
membranácea, escariosa, externas com margem
ciliada,
dor
so glanduloso-
tomentos
o. Receptáculo levemente convexo, epaleáceo, alveolado,
curto
-
laciniado.
Flores marginais 330
-
350,
femininas,
em varas séries,
filiformes,
lilases,
corola
5-
6 mm,
glabra, lobos glanduloso-pontuados; ramos do estilete agudos, pilosos. Flores
centrais
35
-50, funcionalmente masculinas, tubulosas, lilases, corola 4-6 mm, glabra,
lobos
densamente glanduloso-pontuados; anteras ecalcaradas, ápice agudo,
base
caudada
;
ramos do estilete agudos, curtos, pilosos. Cipsela 0,8-1 mm compr., cilíndrica, 5-
costada, glabras, glanduloso-pontuadas. Papilho 4-5 mm compr., cerdoso, cerdas
capilares,
creme
s.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha da Serrinha, 27. I.
2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 257 (VIC); Ouro Preto, PEI,
Tri
lha da Lagoa Seca,
12.II.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 359 (VIC); idem, 12.II.2007, fl., fr., G.S.S.
Almeida et al. 766 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais,
Rio de Janeiro, São Paulo e Rio
Grande do Sul. No PEI coletada em campos graminosos úmidos. P. oblongifolia pode
ser reconhecida pelos ramos não alados, folhas oblongas com base cuneada e capítulos
com invólucro hemisférico com flores lilases, inclusas no invólucro.
2.
Pterocaulon
Elliot, Sketch. II: 324. 1823.
2.1.
Pterocau
lon alopecuroides
(Lam.) DC., Prodr.
5: 454. 1901.
Figuras 1 f; 2 a
138
Erva 1,5
m alt., ramos alados, alas glanduloso-
lanuginosas.
Folhas alternas,
sésseis, 2-
8,3x0,4
-1,5 cm, lanceoladas, ápice mucronado, margem denticulada, base
decorrente, face adaxial
bul
ada,
glabrescente,
face abaxial densamente cinéreo-
vilosa
,
nervuras proeminentes, ambas as faces glanduloso-
pontuada
s. Capítulos
disciformes,
sésseis em espigas de glomérulos, densas, inferiormente interrompidas, paniculiformes
;
invólucro 4-5 mm compr., ca
mp
anulado;
brácteas involucrais 3-4 ries, ápice longo-
acuminado, margem ciliada, externas lanceoladas,
tomentosas
, internas linear-
lanceoladas
,
glabras
, caducas. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores
marginais
38
-40, femininas, filiform
es,
corola 6-7 mm, alva, glabra, lobo glandulosos;
ramos do estilete agudos, pilosos. Flores centrais 1-3, funcionalmente masculinas,
tubulosas,
corola
4-
5 mm,
alva,
lobos glandulosos; anteras calcaradas, ápice agudo, base
caudada
; ramos do estilete curtos, lanceolados, pilosos. Cipsela cilíndrica, 0,8-1
mm
compr., 4-costada, densamente albo-
tomentosa
, glanduloso-
pontuada
. Papilho 5-8
mm
compr.
, cerdoso, cerdas capilares, cremes.
Material Examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais
,
2
8.I.2006
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 278 (VIC)
;
Trilha do Morro do Cachorro,
15.II.
2006
, fl., fr., G.S.
S. Almeida et al
. 299
(VIC).
Espécie distribuída nos estados do Amapá, Bahia, Paraíba, Goiás, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais (Cabrera
& Raganese 1978); considerada ruderal por Leitão Filho et al. (1975). No PEI coletada
em campos graminosos e em campo de afloramentos rochosos.
P.
alopecuroides
pode
ser reconhecida pelos ramos alados, folhas com face adaxial rugosa, glabrescente e
abaxial denso-vilosa, além dos capítulos espiciformes, densos, interrompidos;
característica esta que a distingue de P. balansae Chodat., com capítulos ordenados em
ramos espiciformes, laxos e P. rugosum (Vahl) Malme, com capítulos ordenados em
glomérulos globosos, densos.
2.2.
Pterocaulon balansae
Chodat, Bull. Herb.
Boisser. 2: 388. 1902.
Figuras 2 b; 6 b
Erva 1,6 m alt., ramos alados, alas glanduloso-
flocosas
Folhas alternas, sésseis,
3,5-10x0,7-3,5 cm,
ob
lanceoladas, ápice
mucronado
, margem inconspicuamente
denticulada, base
atenuada,
decorrente, face adaxial bulada, glabrescente, nervuras
densamente vilosas, face abaxial densamente
cinéreo
-vilosa, glanduloso-
pontuada,
nervuras proeminentes
. Capítulos
disciformes,
sés
seis,
em
espigas laxas,
139
Figura 2. a-b. Pterocaulon alopecuroides. a. Ramo e detalhe do tomento (Almeida 299). b.
Pterocaulon
balansae
. Ápice do ramo (Almeida 768). c.
Pterocaulon
rugosum
. Ramo (Almeida 114). d-
e.
Chevreulia
acuminata
. d. Hábito. e. Capí
tulo (Almeida 85). f.
Gnaphalium
cheiranthifolium
. Ramo (Almeida 610). g.
Lucilia
linearifolia
. Indivíduo com xilopódio e detalhe do retículo de tricomas (Almeida 785). h
-
i.
Lucilia
lycopodioides
. h. Ramo. i. Capítulo (Almeida 462). j.
Stenocline
gardnerii
. Ramo (Almeida 123).
140
paniculiformes
; invólucro 5-6 mm compr.,
campanulado
, brácteas involucrais 3-4
séries,
ápice acuminado, margem esparso
-
ciliada,
externa
s lanceoladas, tomentosas,
internas linear-lanceoladas, glabrescentes, caducas, ambas glanduloso-pontuadas
;
receptáculo levemente côncavo, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores
marginais
120-
130, femininas, filiformes, alvas, corola 2,5-
3
mm,
glabra, lobos glabros; ramos do
estilete agudos, pilosos. Fl
ores
centrais 3-4, funcionalmente masculinas, tubulo
sa
s,
alvas,
corola
6-7 mm, tubo e lobos glanduloso
s;
anteras calcaradas, ápice agudo, base
caudada; ramos do estilete, lanceolados, curtos, pilosos. Cipsela cilíndrica, 0,9-1 mm
compr., 3-4 costada, albo-
serícea
, glanduloso-pontuada. Papilho 3-
3,5
mm compr.
,
cerdoso, cerdas capilares, cremes.
Material Examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro
,
27. VI. 2007, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al.
768 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Pa
ulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Cabrera & Raganese 1978). No PEI
coletada em campos de afloramentos rochosos. Espécie caracterizada principalmente
por seus capítulos ordenados em espigas laxas paniculiformes.
2.3. Pterocaulon rugosum (Vahl) Malme, Bih. Kongl. Senska. Vetensk.-Akad. Handl.
27: 16. 1901.
Figuras 2 c; 3 c
-e
Erva 1,5m alt., ramos alados, alas glanduloso-
flocosas
Folhas alternas, sésseis,
2-3,5x0,7-1 cm, lanceoladas, ápice
mucronado
, margem inconspicuamente denticulada,
base decorrente, face adaxial bulada, esparso-vilosa, nervuras densamente vilosas, face
abaxial densamente
bruneo
-flocosas, glanduloso-pontuada, nervuras proeminentes.
Capítulos
disciformes, sésseis em
glomérulos,
globos
os
, densos
paniculiformes,
terminais; invólucro 8-10 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 3-4 séries, ápice
acuminado, vináceo, margem esparso
-
ciliada,
externas lanceoladas, tomentosas, internas
linear
-
lanceoladas
, glabrescentes, caducas
;
receptáculo levemente convexo, epaleáceo,
alveolado,
glabro. Flores
marginais
28-32, femininas, filiformes, alvas,
corola
8-9 mm,
enrugada
, lobos glandulosos; ramos do estilete agudos, pilosos. Flor central 1,
funcionalmente masculina, tubulosa,
corola
6-7 mm, esparso-
setosa,
lobos densamente
glanduloso
s;
141
anteras calcaradas, ápice obtuso, base caudada; ramos do estilete, lanceolados, curtos,
pilosos
. Cipsela cilíndrica, 0,9-1 mm compr., 3-4 costada, albo-
serícea
, glanduloso-
pontuadas
. Papilho 7
-
9 mm compr.
, cerdoso, cerdas capilares, cremes.
Material Examin
ado
: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do
Cachorro,
28. IX. 2005, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al.
114 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal (Cabrera & Raganese 1978). No PEI coletada
em campos de afloramentos rochosos. Espécie reconhecida pelos capítulos ordenados
em glomérulos, densos, globosos, terminais e pelas flores femininas com corola rugosa.
GNAPHALIEAE
Benth
emend
. Anderberg
As características mais distintivas da tribo são brácteas involucrais papiráceas,
branca
s
a amareladas; capítulos disciformes com flores marginais femininas filiformes e
ramos do estilete
com
ápice truncado, tricomas de aspecto penicelado, pilosidade nunca
se estendendo abaixo da bifurcação do estilete e pólen com exina composta de duas
paredes, a externa baculada e a interna perforada (Anderberg 1991c). Análises
cladísticas realizadas por Bremer (1987) e Anderberg (1989) revelaram Inuleae
sensu
lato
como um agrupamento parafilético, justificando a elevação dos complexos Inuleae-
Gnaphaliinae e Inuleae-Anthrixiinae a categoria de tribo Gnaphalieae, que agora
apresenta
-se como monofilética.
A tribo é cosmopolita, embora abundante no sul da África e Austrália, sendo
composta
por 162 gêneros e mais de 2.000 espécies (Anderberg 1991c). No Brasil
ocorrem somente 13 gêneros, alguns com espécies amplamente distribuídas e outros
com muitas espécies endêmicas (Nakajima 2000). No Parque Estadual do Itacolomi
foram encontrados seis gên
eros e oito espécies.
Chave para determinação das espécies de Gnaphalieae do Parque Estadual do
Itacolomi
1. Papilho com cerdas livres
2. Flores femininas 2
-
5; papilho alvo
3. Cerdas do papilho com base ciliada
142
4. Folhas lanceoladas; brácteas involucrais
branco
-leitosas, 1 flor
marginal.......................................................................6.1 S
tenocline
chionaea
4’
Folhas lineares; brácteas involucrais cremes; 2-3 f
lor
es
margina
is..................................................................6.2
S
tenocline
gardnerii
3. C
erdas
do papilho de base não ciliada
5.
Ramos 3
-
alados; folhas com base
decorrente.......................1.1
A
chyrocline
alata
5’
Ramos não alados; folhas com base
cuneada..
............1.2
Achyrocline
satureoides
2. Flore
s femininas ca. 100; papilho amarelado..........4.1
Gnaphalium
cheiranthifolium
1. Papilho com cerdas concrescidas na base em anel
6. Cipsela rostrada...................................................................2.1
Chevreulia
acuminata
6’ C
ipsela n
ão rostrada
7.
Cips
ela densamente albo
-
serícea, não glandulosa
8. Folhas 0,6-0.9 cm compr., adpressas, lanceoladas; invólucro 7-8 mm compr.;
flores centrais 3
-
4...........................................................5.2
Lucilia lycopodioides
8’ Folhas 1
-
3 cm compr., não
-
adpressas, oblanceolada; invólucro 14
-
15 mm comp.;
flores centrais 8
-
10...........................................................5.1
Lucilia linearifolia
7’ Cipsela glabra, glandulosa
9. Folhas
com
face adaxial estrigoso-glabrescente; capítulos em glomérulos
terminais, espiciformes
,
não folhosos.........................3.1
G
amochaeta
amaricana
9’
Folhas
com
face adaxial lanuginosa; capítulos em glomérulos axilares, formando
uma espiga folhosa.......................................................3.2
G
amochaeta
purpurea
1. Achyrocline
(Less.) DC., Prodr.
6: 219. 1838.
1.1.
Achyrocline alata
(Kunth) DC., Prodr.
6: 221. 1838.
Figuras 3 f
-
h; 6 c
Erva ca. 0,6m alt., ramos decumbentes, cilíndricos, estriados, 3-
alados,
albo
-
lanuginoso
s. Folhas sseis, alternas, 1,5-12x0,3-0,8 cm, lineares ou lanceoladas, ápice
ag
udo, margem inteira, revoluta, base longo-decorrente, face adaxial lanuginosa, face
abaxial densamente albo-lanuginosa com tricomas glandulares, estipitados. Capítulos
disciformes
, sés
seis
em
corimbos
panicul
iformes
; invólucro 4-5 mm compr., cilíndrico;
brácteas involucrais lanceoladas, hialinas, amareladas, ápice agudo, margem inteira,
base glanduloso-pontuada, glabras, externas com base densamente albo-lanosa;
receptáculo plano, alveolado, laciniado, glabro. Flores marginais 4-5, femininas,
filiformes, alargadas na base, corola 4-5 mm, glandulosa, amarelada, lobos diminutos;
143
estilete com estilopódio cupuliforme, ramos agudos, glabros. Flores centrais 1-2,
hermafroditas, tubulosas,
alar
gadas na base, corola 4-5 mm, glandulosa, amarelada,
lobos
lanceolados; anteras com ápice lanceolado, base caudada; estilete com estilopódio
cupuliforme, ramos truncados, ápice penicelado. Cipsela 3-5 mm compr., obovóides, 3-
4 costada, estriada, papilosa,
glabra.
Papilho 3-4 mm compr., cerdoso, cerdas capilares,
alvas, caducas.
Material Examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Tesoureiro
,
24 VIII. 2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 83 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
31.VIII. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 528 (VIC); Mariana, PEI: Trilha do Sertão,
18.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 646.
Espécie distribuída em toda a América do Sul, em brejos ou em áreas úmidas
dos campos rupestres (Hind 2003). No PEI coletada campos graminosos úmidos e na
margem de capão de galeria. Espécie reconhecida pelos capítulos com brácteas
involucrais hialinas amareladas e principalmente pelos ramos alados; característica esta
que a separa de A. satureoides (Lam.) DC., espécie mais próxima, com a qual costuma
ser muito confundida nos herbários.
1.2.
Achyrocline satureoides
(Lam.) DC., Prodr.
6: 220. 1838.
Erva
0,6m alt., ramos decumbentes, cilíndricos, estriados, não-
alados,
densamente albo-
lanuginoso
s. Folhas alternas, sésseis, 2-12x0,3-0,8 cm, linear-
lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, revoluta, base
cuneada
, face adaxial
lanuginosa a glabrescente, face abaxial densamente
albo
-
tomentosa,
ambas as faces
glandulos
o-
pontuadas
. Capítulos disciformes, sésseis ou curto-
pedunculados
em
corim
bos
paniculiformes; invólucro 4-5 mm compr., cilíndrico; brácteas involucrais
lanceoladas,
hialinas, amarelas, ápice agudo, margem inteira, base glanduloso
-
pontuada,
glabras, externas com base densamente albo-
lanosa
; receptáculo plano,
alveolado,
laciniado
, glabro. Flores marginais 3-4, femininas, filiformes, alargadas na base,
corola
3,5
-4 mm, glandulosa, creme, lobos diminutos com tricomas glandulares capitados no
ápice; estilete com estilopódio cupuliforme, ramos agudos, glabros. Flores centrais 1-
2,
her
mafroditas, tubulosas, alargadas na base, corola 4-5 mm, amarelada,
lobos
lanceolados glanduloso-pontuados; anteras com ápice lanceolado, base caudada; estilete
com estilopódio cupuliforme, ramos truncados, ápice penicelado. Cipsela 3-5 mm
compr.
, obovóide, 3-4 costada, estriada, papilosa, glabra. Papilho 3-4 mm compr.,
cerdoso, cerdas capilares alvas, caducas.
144
Material Examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
24. VIII. 2005
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 48
(VIC)
;
Trilha do
Morro do Cachorro
,
18.
IV.2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 378
(VIC)
.
Espécie
amplamente
distribuída na América do Sul (Hind 1995
).
A. satureoides
pode ser reconhecida por seu hábito, muito ramificado e capítulos com brácteas
involucrais amarelas. Di
stingue
-se de
Achyrocline
alata
espécie mais próxima, pelos
ramos cilíndricos, estriados não-
alados.
2.
Chevreulia
Cass., Bull. Soc. Philom.
Paris 69. 1817.
2.1.
Chevreulia acuminata
Less., Linnaea. 5: 261. 1830.
Figuras 2 d
-
e; 6 d
Erva diminuta ca. 0,1m alt., ramos filiformes,
prostados
, ramificados,
esparsamente lanuginosos. Folh095500505 Tm(F)Tj8p.09765 4853 5160 Tm(a)Tj0.95500505 Tm(F)Tj50.09765 0 0 -0.09765 2230 5505 Tm(r)Tj51.09765 0 0 -0.09765 4942 5160 Tm(l)Tj2309765 0 0 -0.09765 2041 5505 Tm(p)Tj65 09765 0 0 -0.09765 2230 5505 Tm(r)Tj50.09765 0 0 -0.09765 5054 5160 Tm(.)Tj0.09760.09765 0 0 -0.09765 2230 5505 Tm(r)Tj56.09765 0 0 -0.09765 5501 2401 Tm(m)Tj0109765 0 0 -0.09765 2230 5505 Tm(r)Tj50.09765 0 0 -0.09765 2230 5505 Tm(r)Tj58729765 0 0 -0.09765 2464 5505 Tm(m)Tj59 0 0 -0.09760.09765 5976 5160 Tm(f)Tj0109765 0 0 -0.09765 2230 5505 Tm(r)Tj0.59765 0 0 -0.09765 5054 5160 Tm(.)Tj0.09765 0 765 0 0 -0.09765 6210 5160 Tm(f)Tj0 0 765 0 0 -,.09765 6253 2746 Tm(i)Tj0.0 765 0 0 -0.09765 7426 2401 Tm(9)Tj0.09765 0 064.0 765 0 0 - 2 d
145
3.1.
Gamochaeta americana
(Mill.)
Weed., Chlor. And. 1: 151. 1856.
Erva ca. 0,5m alt., ramos densamente albo-
lanuginoso
s. Folhas inferiores
rosulado
-basais, superiores alternas, 2-12x0,4-0,8 cm, ápice mucronulado, margem
crenada, base atenuada, decorrente, face adaxial esparsamente estrigoso-
glabrescente,
face abaxial densamente albo
-
lanuginosa.
Capítulos
disciformes, sésseis,
em glomérulos
espiciformes, terminais, não folhosos; invólucro 3-4 mm compr.,cilíndrico, brácteas
involucrais 3
ri
e
s, externas ovais,
internas lanceoladas, palhetes, hialinas,
ápice agudo,
margem membranácea, inteira, glabras. Receptáculo plano, epaleáceo, glabro.
Flores
marginais
38-40, femininas, filiformes, amarelo-esverdeadas, corola 2-2,5 mm, glabras,
lobos diminutos; ramos do estilete delgados, agudos, glabros. Flores centrais 4-5,
hermafroditas, tubulosas, amarelo-
esverdeadas,
corola 2,5-3 mm, glabras, lobos
discretamente glandulosos; anteras com ápice agudo, base caudada; ramos do estilete
truncados, penicelados. Cipsela 0,4-
0,6mm
compr.,
obovóide
, levemente achatada, 2-4
costada, glanduloso-
pontuada
. Papilho 0,9-1,2mm compr., cerdoso, cerdas alvas,
barbeladas, ciliadas na base, fusionadas em anel basal, alvas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do
Cachorro
, 28. IX. 2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 117 (VIC)
;
Trilha do Tesoureiro,
04.XII. 2005, fl., fr.,
G.S.S Almeida
et al.
229 (VIC).
Espécie
ruderal amplamente distribuída nos trópicos (Hind 1995). No
PEI
coletada em área brejosa próximo a capão de galeria e campos graminosos úmidos, em
áreas de forte influência antrópica. G. americana costuma ser muito confundida com
G.
spicata
(Lam.) Cabrera, mas diferencia-se pelo ápice das brácteas involucrais internas,
que se apresenta agudo a curto
acuminado em
G. americana
e obtuso em
G. spicata
.
3.2.
Gamochaeta purpurea
(L.) Cabr., Bol. Soc. Argent. Bot. 9: 376. 1961.
Erva ca. 0,8m alt., ramos densamente albo-
lanuginoso
s. Folhas alternas, sésseis,
2-7x0,2-1 cm, espatuladas, ápice agudo, margem inteira, levemente revoluta, base,
decorrente, face adaxial lanuginosa, tricomas unidos formando um filme alvo, sobre a
lâmina
, face abaxial densamente albo-tomentosa. Capítulos disciformes, sésseis em
glomérulos espiciformes interrompidos, folhosos; invólucro 4-5 mm compr.,
campanulado, brácteas involucrais 3-4 séries, externas oblongas, internas lanceoladas,
ápice agudo, ás vezes apiculado, margem membranácea, inteira, dorso glabro.
146
Receptáculo plano, epaleáceo, glabro. Flores marginais 35-40, femininas, f
iliformes,
amarelo
-
claras,
corola 2,5
-
3 mm,
glabra;
Figura 3. a-
b.
Hypochaeris brasiliensis. a. Anteras. b. Estilete (Almeida 162). c-
e.
Pterocaulon rugosum
.
c. Anteras. d. Estilete da flor masculina. e. Estilete da flor feminina (Almeida 114). f-
h.
Ac
hyrocline
alata
. f. Anteras. g. Estilete da flor hermafrodita. h. Estilete das flores femininas e detalhe do estilopódio
(Almeida 528). i-
k.
Gnaphalium cheiranthifolium. i. Anteras. j. Estilete da flor hermafrodita. k. Estilete
da flor feminina e detalhe do estilopódio (Almeida 610). l-
n.
Dendrophorbium pellucidinerve. l. Anteras.
m. Estilete da flor feminina. n. Estilete da flor hermafrodita (Almeida 506). o-p. Hoehnephytum trixoides
.
o. Anteras. p. Estilete (Almeida 141). q
-
s.
Senecio brasiliensis
. q. Ant
eras. r. Estilete da flor hermafrodita.
s. Estilete flor feminina (Almeida 524). t-
v.
Clibadium armanii. t. Anteras. u. Estilete da flor masculina.
v. Estilete da flor feminina (Almeida 279).
ramos do estilete delgados, agudos, glabros. Flores centrais 4-6, hermafroditas,
tubuloso
-filiformes, amarelo-claras, corola 2,5-3 mm, lobos triangulares, glabros;
anteras com ápice agudo, base caudada; ramos do estilete truncados, penicelados.
Cipsela 0,7-1 mm compr., elipsóide, levemente achatada, 2-
costada,
glandu
los
o-
pontuada
. Papilho 4-5 mm compr., cedoso, cerdas alvas, barbeladas, ciliadas na base,
fusionadas em anel basal, alvas.
147
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Tesoureiro
,
04.XII. 2005, fl., fr., G.S.S Almeida et al. 230 (VIC); Trilha do Calais, 29.I.2007, fl.,
G.S.S. Almeida 613 (VIC).
Esta espécie apresenta ampla distribuição, sendo considerada invasora por
Leitão
-
Filho (1975). No PEI coletada na margem de campos de afloramentos rochosos e
em área brejosa próximo a capão de galeria, em área com forte influência antrópica.
Distingue
-se de G. ame
ricana
pelas folhas espatuladas e capítulos dispostos em
glomérulos espiciformes constituindo panícula folhosa.
4.
Gnaphalium
L., Sp. Pl. 850. 1753.
4.1.
Gnaphalium cheiranthifolium Lam., Encyl. Method.
2: 752. 1786.
Figuras 1 g
-
h; 2 f; 3 i
-
k; 6 e
Erva ca. 0,5-0,8m alt., ramos cilíndricos, estriados, i35 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.0 ln samlnte albo-
lanuginoso
s. Folhas alternas, sésseis, espatul
a
das, 2,5-7x0,4-0,8 cm,
á
pice acuminado,
margem inteira, base decorrent
e,
lanuginosa, face adaxial densamente incano-
lanuginosa, glanduloso-pontuada, face abaxial densamente albo-lanugi nosa. Capítulos
disciforme s, sseis em cimas corimbiformes; invólucro 6-8 mm compr., hemisférico,
brácteas involucrais 4-5 séries, lanceolada
s,
ápice agudo, marge m membranácea,
amarelas, hialina, glabras, externas com base densamente albo-
lanuginosa.
R
eceptáculo
levemente convexo, alveolado, glabro. Flores marginais 100-110, femininas, corola 3-
4
mm,
filiforme, alargad a na base, estreitando-
se
em direção ao ápice, amarela, glabra,
papilosa ápice 3-4 lobado, glanduloso; estilete com estilopódio cupuliforme, r
a
mos
agudos, glabros. Flores centrais 6-10, hermafroditas, corola 3-3,5 mm, tubulosa,
amarela, levemente papilosa, lobos glandulosos; anteras com ápice
lanceolado
, base
caudada
;
estilete com estilopódio cupuliforme, ramos de ápice truncado,
penicelados
.
Cipsela 0,5-0,6 mm compr., oblonga, inconspicuamente estriada, densamente
glandulosa
. Papi
lho 3
-
4 mm compr., cerdas livres
,
capilares,
caducas,
amarelas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Capela, 04
.
X
II
. 2005
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al.
223 (VIC)
;
Trilha do Morro do Cachorro
,
18.IV
.
200
6, fl., fr.,
G.S.S Almeida et al.
377 (VIC)
.
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo Baker (1882) fortemente disseminada nas áreas montanhosas de Minas G
e
rai
s
.
G. cheiranthifolium pode ser reconheci
d
a por seus ramos e folhas densamente
lanuginosos e capítulos com brácteas involuc
rais amarelas.
148
5.
Lucilia
Cass.,
Bull. Soc. Philom. Paris 32. 1817.
5.1.
Lucilia linearifolia
Bake
r,
in
Mart., Fl.
Bras.
6(3): 114. 1882.
Figuras 2 g; 6 f
Erva
ereta
0,2 m alt., cespitosa, ramos
albo
-
tomentosos
. Folhas alternas, sésseis,
ascendentes, não adpressas, 1-3x0,2-0,4
cm,
oblanceoladas
, ápice
mucronado
, vináceo,
margem inconspicuamente denteada, revoluta, base decorrente,
lanuginosa
, face adaxial
revestida por reticulo de tricomas albo-lanosos, face abaxial denso albo-
vilosa,
glutinosa. Capítulos sésseis, solitários ou em racemos terminais; invólucro 14-15 mm
compr.,
cilíndrico, brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas, hialinas, ápice agudo,
margem inteira, dorso púberulo-glandulosas, douradas. Flores marginais 25-
30,
femininas
, corola 14-
15
mm, alva, filiforme, tubo longo (10-12 mm), glanduloso-
pontuado, lobos filiformes, glabros; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais
8-10, hermafroditas, corola 13-15 mm, tubo longo (10-12 mm), glanduloso-
pontuado,
lobos triangulares, glandulosos; anteras com ápice lanceolado, base caudada; ramos do
estilete truncados,
pilosos.
Cipsela 1,5-2 mm compr.,
obcônica
, densamente albo-
sericea. Papilho 12
-
14 mm compr.,cerdoso
, cerdas barbeladas, unidas pela base, alvas.
Material examinado
:
BRASIL,
Min
as Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca
,
05.XII. 2007
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 785
(VIC)
Espécie distribuída
nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande
do Sul e Rio de Janeiro. Habita solos pedregosos de 100 a 2200 m de altitude (Freire
1986). Distingue-se de L. lycopodioides pelas folhas ascendentes, não adpressas e
capítulos maiores com maior número de flores.
5.2. Lucilia lycopodioides (Less.) Freire, Taxon 38: 298-
299. 1989.
Figura 2 h
-i
Erva
0,3m alt., cespitosa, ram
os eretos ou virgados, cilíndricos, albo
-
tomentosos.
Folhas
adpressas, 0,
6-0,9x0,2-0,3 c
m,
lanceoladas, ápice
acuminado
, margem inteira,
base
decorrente, albo-lanuginosa, ambas as faces densamente albo-
serícea
s, glanduloso-
pontuadas
. Capítulos sésseis, 2-8 no ápice dos ramos, constituindo glomérulos;
invólucro 7-8 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 5-6 séries, lanceoladas,
hialinas,
ápice agudo ou obtuso, margem inteira, alvas. Receptáculo plano, epaleáceo,
alveolado, glabro. Flores marginais 16-18,
femininas,
corola 5-6 mm, filiforme, alva,
ápice lilás, glabra, lobos denteados; ramos do estilete agudos, glabros. Flores centrais 3-
149
4, hermafroditas, corola 5 mm, tubuloso-campanulada, alva, glabras, lobos triangulares;
anteras com ápice lanceolado, base caudada, ramos do estilete truncados com tricomas
curtos no ápice. Cipsela 0,5- 0,8 mm compr., obcônica, densamente albo-
ser
í
cea.
Papilho 5-6 mm compr., cerdoso, cerdas
filiformes
, barbeladas no ápice, unidas na
base, caducas, alvas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do
Cachorro
,
26. IX. 2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 97 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina,
Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. Segundo Hind (1995), comum em cerrado de
altitude, amplamente distribuída no sul e sudeste do Brasil. No PEI coletada em campos
de afloramentos rochosos. L. lycopodioides pode ser reconhecida por suas folhas
adpressas, imbricadas, característica que originou o epíteto específico, pois torna a
planta semelhante a um
Lycopodium
.
6.
Stenocline
DC., Prodr. 6: 218. 1837.
6.1.
Stenocline chionaea
DC., Prodr. 6: 219. 1838.
Figura 1 i
Subarbusto 0,8 m alt., muito ramificado, ramos cilíndricos, densamente albo-
lanuginoso
s. Folhas alternas, sésseis, 1,5-6x 0,5-1,5 cm, lanceoladas, ápice agudo,
margem levemente crenada, revoluta, base obtusa, discolores, face adaxial esparso-
lanosa, glanduloso-pontuada, face abaxial densamente incano-lanosa. Capítulos
disciformes,
sésseis em
gloméru
los,
panicul
iformes
; invólucro 4-5 mm compr.,
cilíndrico, brácteas involucrais 2-3 séries, lanceoladas, ápice agudo, margem escariosa,
base denso-lanosa, branco-leitosas. Receptáculo plano, epaleáceo, laciniado, glabro.
Flor marginal 1, feminina, corola 3-3,5 mm, filiforme, alva, glabra; ramos do estilete
agudos, ápice truncado, penicelado. F
lores centrais 3
-4,
hermafroditas,
corola 3,5
-
4 mm,
tubulosa, alva, glabra, lobos triangulares, glanduloso-pontuados; anteras com
ápice
longo
-lanceolado, base caudada; ramos do estilete truncados, penicelados. Cipsela 0,4-
0,5 mm compr., oblonga, levemente achatada, 2-
costada,
glabra. Papilho 3-4 mm
compr.,
cerdoso, cerdas barbeladas, livres, base ciliada, caducas, alvas.
Material Examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca
,
22. VIII. 2005
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 53
(VIC)
;
Trilha do Morro do Cachorro,
04.
XII. 2005, fl., fr.,
G.S.S Alm
eida et al
. 217 (VIC).
150
Espécie endêmica dos campos rupestres de Minas Gerais.
No
PEI coletada em
campos
de afloramentos rochosos. S. chionaea pode ser reconhecida por suas folhas
discolores com face abaxial densamente lanosa e capítulos com brácteas involucrais
brancas.
6.2.
Stenocline gardnerii
Baker,
in
Mart. Fl.
Bras. 6(3): 127. 1882.
Figura
2 j
Subarb
usto 0,5 m alt., muito ramificado, ramos
cilíndricos,
densamente
albo-
lanuginosos. Folhas alternas, sésseis
, 2,5
-7,5x0,2-0,5
cm, lineares,
ápice agudo, margem
inteira, base atenuada, face adaxial incano-tomentosa, face abaxial densamente vilosa,
glandulos
o-
pontuada
. Capítulos disciformes, sésseis, em corimbos paniculados;
invólucro 4-5 mm compr., cilíndrico; brácteas involucrais 2-3 séries, externas obovais,
internas
lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, base lanosa, dorso glabro,
alvas.
Flores
marginais 2, femininas, corola 3-4 mm, filiforme, glabra, alva; ramos do estilete
truncados, penicelados. Flores centrais 2-3, hermafroditas, corola 3-4 mm,
tubulosa,
alva, tubo glabro, lobos triangulares, glandulosos; anteras com ápice lanceolado, base
caudada; r
amos do estilete truncados, penicelados.
Cipsela 0,
5
mm compr.,
cilíndrica, 3
-
4 costada, papilosa. Papilho 3-4 mm compr. cerdoso, cerdas capilares, livres, base
ciliada, caducas, alvas.
Material examinado: BR
ASIL,
Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do
Cachorro,
28.IX..2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 123 (VIC).
Espécie até o momento endêmica de Minas Gerais. No PEI coletada em campos
de afloramentos rochosos. Esta espécie costuma ser muito confundida nos herbários
com
Achyrocline satureoi
des
, da qual se distingue pelas brácteas involucrais alvas e
papilho com base ciliada. S. gardneri distingue-se de S. chionaea, espécie próxima,
pelas folhas lineares com margem revoluta.
SENECIONEAE
Cass.
, Journ. Phys. 88: 196. 1819.
A tribo se caracteriza pela presença de invólucro unisseriado, raramente
bisseriado,
com brácteas involucrais nunca imbricadas e desiguais, frequentemente
apresenta
-se com invólucro simples com presença de calículo na base do capítulo
(Bremer 1994). A presença de compostos secundários do tipo alcalóides pirrolizidinicos
é outro caráter distintivo da tribo. Segundo Cronquist (1955), a presença destes
compostos, pode ter levado ao sucesso da tribo, permitindo sua ampla especiação e
151
ocupação dos mais diversos tipos de ambientes, uma vez que este tipo de alcalóide está
provavelmente relacionado com mecanismos de defesa. Segundo Bremer (1994), a
classificação genérica de Senecioneae é insatisfatória, devido principalmente a polifilia
de
Senecio
; uma possível solução para este probl
ema seria excluir do gênero as espécies
que o tornam polifilético, criando novos gêneros e possibilitando a monofilia de
Senecio, o que ajudaria, mas não resolveria os problemas filogenéticos da tribo, que
ainda necessita de muitos estudos. Atualmente esta
prática tem sido adotada na tentativa
de resolver os problemas filogenéticos da família, deixando em segundo plano, dados
morfológicos importantes nas delimitações taxonômicas, enfatizando os dados
moleculares.
Senecioneae é a maior tribo dentre as Aster
aceae com 3400 espécies distribuídas
em 120 gêneros (Hind 1992).
Considerada
cosmopolita, se encontra especialmente
abundante na América Central e do Sul e na África do Sul (Bremer 1994). Para o Brasil,
segundo (Hind 1992) são contabilizadas 97 espécies em oito gêneros, sendo
Senecio
o
gênero mais representativo com 67 espécies. No PEI foram determinados seis gêneros e
11 espécies.
Destas espécies, uma é endêmica de Minas Gerais, uma é considerada até o
momento, endêmica dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, ocorrendo apenas
em Minas Gerais e Bahia, uma ocorre apenas no sudeste, quatro ocorrem apenas no eixo
sudeste
-
sul, e três são de ampla distribuição.
Chave para identificação das espécies de Senecioneae do Parque Estadual do
Itacolomi
1. Invólucro campanulado com mais de cinco brácteas involucrais; flores amarelas,
lilases ou avermelhadas
2. Calículo ausente; flores avermelhadas...........................................2.1
Emilia fosbergii
2’ Calículo presente, flores lilases ou amarelas
3. Flores marginais quase ou do mesmo tamanho das flores centrais
4. Folhas pinatissectas; flores lilases; papilho com cerdas de ápice
lilás...........................................................................3.2
Erechtites valerianifolia
4’
Fo
lhas espatuladas, runcinadas; flores amarelo-claras; papilho com cerdas
alvas...............................................................................3.1
Erechtites hieracifolia
3’ Flores marginais sempre maiores que as flores centrais
5. Capítulo r
adiado, flores amarelas; papilho com cerdas alvas
6. Folhas glabras
152
7. Liana; folhas com margem inteira
....
...................................................................
.................................................................................5.1
Pentacalia desiderabilis
7’ Subarbusto; folhas com margem denticul
ado
-
serreada
.......................................
..................................................................1.1 Dendrophorbium pellucidinerve
6’ Folhas tomentosas, flocosas ou estrigosas
8. Flores marginais 7
-
8; cipsela 10
-
costada
9. Folhas pinatissectas; flores centrais 30
-32
.................6.2.
Senecio brasiliensis
9’ Folhas espatuladas, crenado
-
lobu
lada; flores centrais 20
-
25............................
......................................................................................6.3. Senecio colpodes
8’ Flores marginais 2
-
3; cipsela 8
-
costada
......................6.1.
Senecio adamantium
5’ Capítulos discóides; flores lilases; papilho com
cerdas lilases..6.4.
Senecio
pohlii
1’ Invólu
cro cilíndrico com
cinco brácteas involucrais; flores
cremes......................
..........................................................................................4.1
Hoehnephytum trixoides
1.
Dendrophorbium
(Cuatrec.) Jeff
rey
, Kew.
Bull. 47(1): 65. 1992.
1.1.
Dendrophorbium pellucidinerve
(Sch. Bip. ex Baker) C. Jeffrey, Kew Bull. 47: 68.
1992.
Figuras 3 l
-
n; 4 a
-d
Subarbusto 2 m alt., ramos cilindricos, costados, glabros, castanho-
escuro
s
.
Folhas alternas, pecioladas, 7,5-12x2-3,8 cm, elípticas, ápice acuminado,
margem
denticul
ado
-serreada com dentes agudos bem pronunciados, base aguda, face adaxial
glabra, face abaxial glanduloso-puberulenta, ambas as faces finamente reticulado-
venulosa
s, nervuras curto-tomentosas. Capítulos radiados, pedunculados, brácteados,
em panícula laxa; brácteas lineares, esparso-
tomen
tosas, constituindo calículo;
invóluc
ro 8-9 mm compr., campanulado; brácteas involucrais, 8, unisseriadas,
lanceoladas, ápice agudo, discretamente ciliado, margem hialina, expandida, glabras.
Receptáculo plano, alveolado, papiloso. Flores marginais 5-8, femininas, corola 14-
15
mm, ligulada, amarela, glabra, ápice 3-lobado; ramos do estilete agudos, papilosos.
Flores centrais 14-15, hermafroditas, corola 8-9 mm, tubulosa, amarela, lobos glabros,
ápice papiloso; anteras com ápice lanceolado, base sagitada, colar de anteras trapezóide;
ramos do estilete triangulares com tufo de tricomas no ápice. Cipsela 2,5-3 mm compr.,
cilíndrica, 10
-12-
costada, glabra. Papilho 7
-
8 mm co
mpr., cerdas barbeladas, alvas.
153
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
26.VI. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 428 (VIC); Trilha da Estrada de Baixo,
25.VII.2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 494
(VIC).
Espécie até o momento, endêmica do leste brasileiro, distribuída nos estados de
Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. No PEI coletada em campos de afloramentos
rochosos.
Dendrophorbium pellucidinerve teve sua s
egregação
de
Senecio
, justificada
pela
presença de ramos do estilete com ápice cônico (triangular) com linhas
estigmáticas contínuas (Hind 1992).
D. pellucidinerve
é facilmente reconhecida por suas
folhas elípticas com margem denticulado-serreada, glabras e capítulos numerosos em
panícula laxa.
2.
Emilia
Cass., Bull. Sci. Soc.
Philom. Paris 68. 1817.
2.1.
Emilia fosbergii
Nicolson, Phytologia 32: 34 1975.
Erva 0,6m alt., ramos cilíndricos, setosos, com tricomas septados. Folhas
alternas, sésseis, 5-
9,5x2
-3,5 cm, oblanceoladas ou lirado-
pinatífi
da
s, ápice agudo,
margem serreada, base auriculada, ambas as faces glabras, nervuras setosas com
tricomas
multicelulares
. Capítulos discóides, pedunculados, corimbiformes; invólucro
9-10 mm compr., campanulado, calículo ausente, brácteas involucrais unisse
riadas,
lanceoladas
, margem levemente escariosa, ápice esparso-tomentoso. Receptáculo plano,
alveolado, glabro. Flores 50-55, hermafroditas, corola tubulosa, 8-9 mm, avermelhada,
glabra, lobos com ápice papiloso; anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de
anteras cilíndrico; ramos do estilete triangulares, coroado por tricomas coletores.
Cipsela 1,5-3 mm compr., oblonga, 5-6 costada, nervuras híspidas. Papilho 4-5 mm
compr., unisseriado, cerdoso-
filiforme, alvo.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Ge
rais:
Mariana, PEI, Trilha da Serrinha, 16.
III. 2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 345
(VIC).
Espéc
ie considerada invasora (Leitão-Filho 1972), muito freqüente em áreas
com forte influência antrópica, originária da Ásia e naturalizada em todo o Brasil
(Lorenzi 2000). No PEI coletada
em
capão de encosta seca.
3.
Erechtites
Raf.
, Fl. Ludov. 65. 1817.
3.1. Erechtites hieracifolia
(L.) Raf. ex DC., Fl. Ludovic. 65. 1817.
Erva 0,9 m alt., ramos cilíndricos, costados, com tricomas
multicelulares
,
híspidos.
Folhas alternas, sésseis, 5-7,5x0,8-1,5 cm, espatuladas, ápice agudo, margem
154
denteada, às vezes runcinada, base auriculada, face adaxial estrigosa, glutinosa, verde
com nervuras vináceas, face abaxial estrigosa, vinácea. Capítulos disciformes
,
pedunculad
os, corimbiformes; invólucro 8-9 mm compr., oblongo, alargado na base,
com calículo de brácteas lineares, margem longo-ciliada, ápice vináceo; b
rácteas
involucrais unisseriadas, lanceoladas, margem hialina, esparsamente glanduloso-
estipitadas. Receptáculo côncavo, alveolado, glabro. Flores marginais 28-30, femininas,
multisseriadas, corola filiforme, 7-8 mm, amarelo-clara, glabra, lobos com ápice
papiloso; ramos do estilete triangulares, coroado de tricomas coletores. Flores centrais
12-15, hermafroditas, corola tubuloso-filiforme, 8-9 mm, amarelo-clara, glabra. Lobos
com ápice papiloso; anteras com ápice lanceolado, base truncada, colar de anteras
cilíndrico; estilete com ramos triangulares, coroado por tricomas coletores. Cipsela 1,5-
2 mm compr., cilíndrica, 8-10 costada, nervuras tomentosas. Papilho 8-10 mm compr.,
multisseriado, cerdoso
-
filiforme, alvo.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha da Serrinha
,
27.I.2006
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 258 (VIC)
;
Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais,
29.I.2007
, fl., fr.,
G.S.S.
Almeida et al. 614
(VIC).
Espéc
ie considerada invasora (Leitão-Filho 1972), ocorrendo em brejos, campos
de afloramentos rochosos e em solos úmidos (Hind 1995). Segundo Barkley (1975),
comum especialmente em terras cultivadas, geralmente em altitudes abaixo de 800 m.
No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos em altitudes superiores a 1200
m. Espécie próxima E. valerianifolia (Wolf) DC. da qual se distingue pelas folhas
espatuladas de base auriculada; flores am
arelas e papilho alvo.
3.2.
Erechtites valerianifolia
(Wolf) DC., Prodr. 6: 295. 1837.
Erva 1 m alt., ramos cilíndricos, costados, glabros, às vezes esparso-
hirsuto
s
.
Folhas alternas, sésseis, 7,5-16x2,5-6 cm, pinatissectas, ápice agudo, margem denteado-
ciliada, base levemente decorrente, face adaxial, glutinosa, glabrescente verde, face
abaxial estrigosa, nervuras tomentosas, verde. Capítulos disciformes, pedunculados,
corimbiformes, axilares; invólucro 9-10 mm compr., oblongo, alargado na base, com
calí
culo de brácteas lineares, crassas, glandulosas, margem inteira; brácteas involucrais
unisseriadas, lanceoladas, margem hialina, glabras com tons vináceos, ápice papiloso.
Receptáculo côncavo, alveolado, discretamente laciniado, glabro. Flores marginais 28-
30, femininas, multisseriadas, corola filiforme, 9-10 mm, lilás, glabra, lobos com ápice
papiloso; ramos do estilete triangulares, coroado de tricomas coletores. Flores centrais
155
10-
15, hermafroditas, corola tubuloso
-filiforme, 9-
10 mm, lilás, glabra, lobo
s com ápice
papiloso; anteras com ápice lanceolado, base sagitada, colar de anteras cilíndrico;
estilete com ramos triangulares, coroado por tricomas coletores. Cipsela 3-4 mm
compr., cilíndrica, 10-
costada,
tomentosa entre as nervuras. Papilho 10-12 mm co
mpr.,
multisseriado, cerdoso
-
filiforme, róseo.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de
Cima
, 28.IX.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 128 (VIC); Mariana, PEI, Trilha da
Serrinha,
16.III.2006
, fl., fr.,
G.S.S.
Alm
eida
et al. 346
(VIC).
Espéc
ie considerada invasora (Leitão
-
Filho 197
5
), amplamente distribuída desde
América Central até a Argentina, comum nas margens de matas de galeria (Hind 1995).
No PEI coletada nas margens de capão de encosta seca em áreas de forte influência
antrópica. Espécie próxima E. hieracifolius, da qual se distingue pelas folhas
pinatissectas, flores lilás e papilho róseo.
4.
Hoehnephytum
Cabrera
, Brittonia 7: 53. 1950.
4.1.
Hoehnephytum trixoides
(Gardn.) Cabrera, Brittonia, 7: 53. 1950
.
Figuras 1 j; 3 o
-p
Subarbusto 1 m alt., ramos cilíndricos, glabros com tons vináceos. Folhas
alternas, pecioladas, 1,8-5x0,4-1cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inteira, base
atenuada, ambas as faces glabras, face abaxial com pontuações brancas. Capít
ulos
discóides, pedunculados, bracteados, em panícula corimbiformes; br
156
afloramentos rochosos. Esta espécie é reconhecida por apresentar cinco brácteas
involucrais e cinco flores; brácteas envolvendo completamente as flores antes da antese
e estilete com ramos obtusos, com tricomas curtos na face dorsal. Nos herbários, esta
espécie costuma ser muito confundida com Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass., dada a
semelhança vegetativa e do invólucro, mas podem ser diferenciadas pelo mero de
flores;
Hoenephytum trixoides sempre com cinco flores e Porophyllum ruderale com
40-
60 flor
es.
5.
Pentacalia
Cass.
, Dict. Sci. Nat. (ed.2) 48:461. 1827.
5.1.
Pentacalia desiderabilis
(Vell.) Cuatrec., Phytologia 52: 164. 1982.
Figuras 4 e
-
h; 6 g
Liana ca. 3 m alt., ramos angulosos, glabros, esbranquiçados. Folhas alternas,
pecioladas, 4,2-9,5x1,5-4 cm, elípticas, ápice mucronado, margem inteira, base
atenuada, ambas as faces glabras, reticulado-
venulosa
s. Capítulos radiados,
pedunculados, brácteados, em panícula de cimas corimbiformes; brácteas lineares,
glabras, constituíndo calículo; invólucro 6-7 mm compr., campanulado; brácteas
involucrais
8, unisseriadas, lanceoladas, ápice agudo, glanduloso, esparso-
ciliado,
margem hialina, expandida, glabras. Receptáculo plano, alveolado, longo-
laciniado.
Flores marginais 5, femininas, corola 9-10 mm, ligulada, amarela, com tricomas
glandulares na face dorsal da lígula, ápice 3-lobado; ramos do estilete truncados,
papilosos. Flores centrais 14-15, hermafroditas, corola 6-7 mm, tubulosa, amarela,
glandulosa, lobos glabros, ápice papiloso; anteras com ápice agudo, base curto caudada,
vináceas, colar de anteras trapezóide; ramos do estilete obtuso com tufo de tricomas no
ápice. Cipsela 2,5-3 mm compr., cilíndrica, 5-8-
costada,
glabra. Papilho 4-5 mm
compr., cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca
em direção ao Pico,
30.VIII.2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al
. 523 (VIC).
Espécie distribuída em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Espécie caracte
rística
das matas do Brasil oriental e
austral (Cabrera 1957). No PEI coletada em capão de encosta,
crescendo
em vala entre
afloramentos. Robinsom & Cuatrecasas (1978) transferiram as espécies de
Senecio
sect.
Streptothamni Greenm. para
Pentacalia,
restabe
lecendo
o gênero proposto por
Cassini,
157
Figura 4. a-d. Dendrophorbium pellucidinerve. a. Ramo. b. Capítulo. c. Flor hermafrodita. d. Flor
feminina (Almeida 506). e-
h.
Pentacalia desiderabilis. e. Ramo. f. Capítulo. g. Flor hermafrodita. h. Flor
feminina (
Almeida 523). i
-
m.
Senecio adamantinus
. i. Hábito. j. Face abaxial da folha. k. Capítulo. l. Flor
hermafrodita. m. Flor feminina (Almeida 250). n-
o.
Senecio colpodes. n. Hábito. o. Face abaxial da folha
(Almeida 769). p
-q.
Aspilia caudata
. p. Ramo. q. Face
abaxial da folha (Almeida 660).
158
baseados nos ramos do estilete com ápice arrdondado e linhas estigmáticas separa
da
s e
anteras com base caudada. P. desiderabilis é caracterizada pelo hábito escandente,
folhas elípticas, glabras com margem inteira e capítulo com cinco flores marginais
amarelas. Distingui-se de Dendrophorbium pellucidinerve, espécie mais próxima pelas
folhas com margem inteira.
6.
Senecio
L., Sp. Pl. 2: 866
-872. 1753.
6.1.
Senecio adamantinus
Bong., Mém. Acad. Peterzb. VI. 2: 31. 1838.
Figu
ra 4 i
-m
Erva 1,3 m alt., ramos cilíndricos, costados, esparso-tomentosos, vináceos.
Folhas alternas, sésseis, 7,5-
14,5x0,7
-1,3 cm, oblanceoladas, ápice agudo, margem
sinuado
-dentada, base amplexicaule, face adaxial esparso-lanuginosa a glabrescente,
face abaxial densamente albo-flocosa, nervura principal proeminente. Capítulos
radiados, pedunculados, brácteados, em panícula corimbiformes; brácteas linear-
lanceoladas, tomentosas, constituindo calículo; invólucro 6-7 mm compr.,
campanulado; brácteas involucrais 8, unisseriadas, lanceoladas, ápice agudo, ciliado,
margem hialina, expandida, glanduloso-tomentosas. Receptáculo plano, alveolado,
glabro. Flores marginais 2-3, femininas, corola 8-9 mm, ligulada, amarela, glabra, ápice
3-
4 lobado; ramos do estilete
truncado, glabro. Flores centrais 5
-
6, hermafroditas, corola
6-7 mm, tubulosa, glabra, amarela, lobos com ápice papiloso; anteras com ápice agudo,
base sagitada, colar de anteras trapezóide; ramos do estilete truncados com tricomas no
ápice.
Cipsela 3-3,5
mm
compr., cilíndrica, 8-
costada,
glabra. Papilho 5 mm compr.,
cerdas escabras, alvas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
14.XI.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 141 (VIC); idem, 26.01.2006, fl.fr. G.S.S.
A
lmeida et al
. 250(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná, moderadamente comum nos solos arenosos dos campos rupestres (Hind 2003).
No PEI coletada em campo graminoso seco e campos de afloramento rochosos. S.
adamantinus
difere das demais espécies de
Senecio
coletadas, pelo número reduzido das
flores marginais e centrais; junto com S. colpodes Bong. compõe a seção
Adamantina
Cabrera, caracterizada pelas folhas sésseis, inteiras, lobadas ou pinatissectas, ca
pítulo
s
radiado
s
e cipsela
s
glabra
s.
159
6.2.
Senecio brasiliensis
(Spreng.) Less., Linnaea 6:246.
1831.
Figura 3 q
-s
Subarbusto 1,6 m alt., ramos estriados, glabrescentes, vináceos na base. Folhas
alternas, sésseis, pinatissectas, 7,8-12 cm compr., segmentos 2-4-jugos, linear-
lanceolados, 1,5-8x0,1-0,5 cm, ápice agudo, margem inteira, revoluta, base atenuada,
face adaxial glabra, face abaxial
albo
-
flocosa
, glanduloso-pontuada. Capítulos radiados,
pedunculados, brácteados, em panícula corimbiformes; brácteas lineares, ciliadas,
constituindo calículo; invólucro 8-10 mm compr., campanulado; brácteas involucrais
12-14, unisseriadas, lanceoladas, ápice agudo, ciliado, margem hialina, expandida,
glabras, estriadas. Receptáculo plano, alveolado, discretamente laciniado, glabro.
Flores
marginais
8, femininas, corola 14-15 mm, ligulada, amarela, tubo com tricomas
glandulares esparsos, lígula glabra, ápice 3-lobado; ramos do estilete agudo, glabro.
Flores centrais 30-32, hermafroditas, corola 9-10 mm, tubuloso-
campanul
ada, amarela,
lobos glabros, ápice papiloso; anteras com ápice agudo, base
obtusa
, colar de anteras
trapezóide; ramos do estilete truncados com tricomas no ápice. Cipsela 2-3 mm compr.,
cilíndrica, 10-costada, nervuras albo-tomentosas. Papilho 8-9 mm compr., cerdas
capilares, alvas, caducas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Morro do
Cachorro,
22.VIII.2005
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 57 (VIC); idem, 17.XI.2005, fl.,
fr.,
G.S.S. Almeida et al. 184 (VIC); Trilha do Cala
is,
30.VIII.2006
, fl., fr., G.S.S
Almeida et al. 524
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo Cabrera (1957), espécie
higrófila, freqüente em campos úmidos, do sul do Brasil, Paraguai e nordeste da
Argentina. No PEI coletada na margem de capão de encosta úmida. S. brasiliensis é
facilmente distinta das demais espécies coletadas por suas folhas pinatissectas com
segmentos linear
-
lanceolados.
6.3.
Senecio colpod
es
Bong., Mém. Acad. Peterzb. VI. 2: 34. 1838.
Figuras 1 k; 4 n
-
o; 6 h
Ervas 1,0 m alt., ramos cilíndricos, estriados, densamente
hirsuto
-
glandulosos.
Folhas alternas, sésseis, 7,5-15x2,3-4 cm, es
aa
160
tricomas
multicelulares
. Capítulos radiados, pedunculados, bracteados, em cimas
corimbiformes densas; brácteas lineares tomentoso-glandulosas, constituindo calículo;
invóluc
ro 5-6 mm compr., campanulado; brácteas invol
ucrais 10
-12, unisseriadas,
lanceoladas, ápice agudo, penicelado, margem hialina, expandida, glandulosas com tons
vináceos, glabras. Receptáculo plano, alveolado, glabro. Flores marginais 8, femininas,
corola 10-11 mm, ligulada, amarela, com tricomas glandulares na face dorsal da lígula,
ápice 3-lobado; ramos do estilete agudos, glabros. Flores centrais 20-25, hermafroditas,
corola 6-7 mm, tubulosa, amarela, lobos glabros, ápice papiloso; anteras com ápice
lanceolado, base obtusa, colar de anteras trapezóide; ramos do estilete truncados com
tricomas no ápice, revolutos. Cipsela 3 mm compr., cilíndrica, 10-costada, glabra, com
nervuras proeminente
s. Papilho 5
-
6 mm compr., cerdas barbeladas, alvas, caducas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
22.VIII.2005
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 41 (VIC); idem, 26.VI.2006, fl., fr.,
G.S.S.
Almeida
et al. 429 (VIC)
;
Trilha do Pico do Itacolomi,
15.VIII.2007
, fl., fr., G.S.
S.
Almeida et al.
769 (VIC).
Espécie até o momento, endêmica dos campos rupestres de Minas Gerais. No
PEI coletada em campo graminoso úmido e em campos de afloramentos rochosos.
Distingue
-se de S. adamantinus espécie próxima, por apresentar maior número de flores
marginais e de brácteas involucrais.
6.4.
Senecio pohlii
Sch. Bip. ex Baker
in
Mart., Fl.
Bras. 6(3): 303. 1884.
Figura 1 l
Erva 1,0 m alt., ramos cilíndricos, costados, esparso-hispidos, vináceos. Folhas
adensadas na base, alternas, sésseis, 4-
19,5x0,3
-2 cm, lanceoladas, ápice agudo,
margem inciso-dentada, base longo-atenuada, face adaxial glabra, face
abaxial
glutinosa, nervura principal tomentosa. Capítulos discóides, pedunculados, brá
cteados,
em cimas corimbiformes laxas; brácteas lineares, crassas, glabras, constituindo calículo;
invólucro 8,5-10 mm compr., campanulado; brácteas involucrais 10-12, unisseriadas,
lanceoladas, ápice agudo, ciliado, vináceo, margem hialina, expandida, esparso-
glandulosas. Receptáculo plano, alveolado, laciniado, glabro. Flores 50-
60,
hermafroditas, corola 5-7 mm, tubuloso-filiforme, lilás, glabra, lobos com ápice e
margem papilosos; anteras com ápice lanceolado, base curto-sagitada, colar de
anteras
tr
apezóide, espesso; ramos do estilete truncados com tricomas no ápice. Cipsela 2,5-3
161
mm compr., cilíndrica, 10-
costada,
tomentosa entre as nervuras. Papilho 6-8 mm
compr., cerdas capilares, lilás a alvas, caducas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
26.I.2006
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 238 (VIC); Trilha do Calais,
29.I.2007
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al.
617
(VIC);
Mariana, PEI: Trilha da Serrinha, 11.XII.2006,
G.S.S.
Almeida et al
. 588 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo,
comum nos solos arenosos dos campos rupestres (Hind 2003). No PEI coletada em
campo graminoso seco e campos de afloramentos rochosos. S. pohlii é facilmente
distinta das demais espécies col
etadas
por ser a única espécie de
Senecio
do PEI com
capítulo discóide,
flores lilases e papilho lilás a alvo.
Helenieae
Benth.
, Gen. Pl. 2: 163
-
533. 1873.
A tribo se caracteriza pela presença de invólucro de 1-3 seriado, raro 4-
seriado,
brácteas involucrais geralmente herbáceas, ocasionalmente escariosas, às vezes com
calículo (Pectidinae), parcialmente ou totalmente conadas; receptáculo epaleáceo, raro
paleáceo; cipselas geralmente carbonizadas, anteras palhetes. A presença de canais
secretores nas folhas e brácteas é outro caráter distintivo da subtribo Pectidiinae (Karis
& Ryding 1994a). Pertencente a subfamília Asterioideae, atualmente Helenieae
representa um grupo monofilético,
originado
da
subtribo Pectidiinae
que
tem sido
tratada por alguns autores (Keil 1975; Strother 1977; Barroso et al. 1991; Nakajima
2000)
como tribo Tageteae. Entretanto outros a consideram como subtribo de
Heliantheae
sensu lato (Robinson 1981; Hind 1995, 2003). Neste trabalho adotou-
se
consider
ar a tribo
Helenieae, de acordo c
om a
classificação de Bremer (1994)
.
Em mero de espécies Helenieae compreende aproximadamente 830 espécies
distribuídas em 110 gêneros (Bremer 1994). Com distribuição principalmente nas
Américas com alguns representantes na África, Eurásia e Havaí (Karis & Ryding
1994a). Para o Brasil, segundo Barroso et al. (1991), a tribo encontra-se representada
por três gêneros de Tageteae (Pectidiineae),
Pectis,
Porophyllum
e
Tagetes
. No PEI
foram
amostrados
dois gêneros com uma espécie cada. Destas espécies uma apr
esenta
uma distribuição concentrada no esixo sudeste
-sul e a outra é de ampla distribuição
Chave para identificação das espécies de Helenieae do Parque Estadual do
Itacolomi
162
1. Folhas pecioladas, elípticas
, crenadas
; capítulos discóides; papilho cerd
oso...............
..........................................................................................1.1.
Porophyllum ruderale
1’ Folhas sésseis, pinatissectas; capítulos radiados; papilho paleáceo
-
aristado................
........................................................................................................2.1.
Tagetes minuta
1. Porophyllum
Guett., Hist. Acad. Roy.
Sci. Mem. Math. Phys. 1750:377
-378. 1754.
1.1. Porophyllum ruderale
(Jacq.) Cass., Dic. Sci. Nat. 43: 56. 1826.
Figura 1
m
Subarbusto 1,0 m alt., ramos cilíndricos, costados, com tons vináceos. Folhas
alternas, pecioladas, 2,5-10x0,5-3 cm, elípticas, ápice mucronado, margem crenada,
com glândulas translúcidas oblongas, base cuneada, ambas as faces glabras. Capítulos
discoid
es, pedunculados, pedúnculo dilatado na porção superior, ordenados em panícula
laxa; invólucro 20-22 mm compr., cilíndrico; brácteas involucrais 5, unisseriadas,
linear
-lanceoladas, conadas na base, ápice acuminado, ciliado, margem hialina,
expandida, glabras com glândulas oblongas, translúcidas em fileiras longitudinais.
Receptáculo plano, alveolado, glabro. Flores 40-45, hermafroditas, corola 15-18 mm,
tubuloso
-filiforme, esverdeadas, pilosa, tricomas hialinos, lobos espaso-
papilosos
;
anteras com ápice lanceolado, base truncada, colar de cilíndrico; ramos do estilete
alongados, agudos, pilosos, revolutos. Cipsela 8-9 mm compr., fusiforme, estriada,
esparso
-
estrigosa. Papilho 12
-
15 mm compr., unisseriado, cerdas capilares, amareladas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha da Serrinha,
16.III.2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 342 (VIC).
Espécie amplamente distribuída, considerada ruderal por Leitão-Filho et al.
(1975) e Lorenzi (2000
). No PEI coletada na margem de capão de enco
sta seca, em área
de forte influência antrópica. P. ruderale é facilmente reconhecida pelas brácteas
involucrais unidas antes da antese, abrindo-se posteriormente em um poro apical,
exibindo as flores, podendo o invólucro
romper
-se completamente no momento da
dispersão da cipsela.
2.
Tagetes
L.
, Sp. Pl. 2:887. 1753.
2.1. T
agetes
minuta
L., Sp. Pl. 1250: 374. 1753.
Erva 0,6 m alt., ramos cilíndricos, glabros com tons vináceos. Folhas alternas,
sésseis, 2,5-11 cm compr., pinatissectas, segmentos 6-8,
lin
e
ar
-lanceolados, 1,5-
3x0,2
-
0,4 cm, ápice agudo, margem serreada com glândulas translúcidas oblongas, base
163
decorrente, alargada nas folhas basais, ambas as faces glabras. Capítulos radiados,
curto
-pedunculados, brácteados, ordenados em panícula com eixos corim
biformes;
brácteas lineares, glabras; invólucro 10-13 mm compr., cilíndrico; brácteas involucrais,
5, unisseriadas, linear-lanceoladas, unidas, ápice agudo, ciliado, margem hialina,
expandida, puberulentas, com cavidades secretoras oblongas
castanho
-
escura
s.
Receptáculo plano, alveolado, glabro. Flores marginais 2-3, femininas, liguladas, corola
3,5-4 mm, amarela, tubo viloso,
limbo
3-
lobad
o, glabra; ramos do estilete agudos
,
glabros. Flores centrais 3-5, hermafroditas, tubulosas, corola 2,5-3 mm, esverdead
a,
tubo viloso, lobos glabros; anteras com ápice agudo, base truncada, colar de anteras
cilíndrico; ramos do estilete, oblongo
-
lineares, pilosos. Cipsela 8
-9 mm compr., e
streito
-
cilíndrica, 3-
costada,
esparso
-setosa. Papilho 2-3 mm compr., paleáceo-
aristad
o, páleas
de 3
-8 de tamanhos diferentes.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PE
I,
Trilha do Calais,
27.IX.2005
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 113 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paran
á, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo Nakajima (2000), esta espécie é
nativa dos campos e regiões de altitude. No PEI coletada na margem de capão de
encosta seca, em área de forte influência antrópica. T. minuta pode ser reconhecida
pelos capítulos radiados com poucas flores marginais, liguladas, amareladas, com
limbo
curta, ordenados em panícula ampla, flores e folhas muito odoríferas.
Heliantheae
Cass., In Dist. Sc.
Nat. 20: 354
-385. 1821.
A tribo c
aracteriza
-se pela presença de folhas opostas, pelo menos as
inferiores
,
algumas vezes alternas ou rosuladas; receptáculo paleáceo, páleas planas ou
frequentemente conduplicadas; anteras geralmente calcaradas, ecaudadas, com tecas
negras, ápice ovado a truncado, penicelado e cipselas carbonizadas, co
mumente
heteromorfas (Robinson 1981; Bremer 1994; Hind 1995).
Pertencente a subfamília Asterioideae, Helinatheae apresenta delimitações
genéricas
consideradas não
problemáticas
em comparação com as outras tribos com
gêneros amplos, mas por outro lado Heliantheae contêm complexos com grandes
problemas de delimitações (Karis & Ryding 1994b). Robinson (1981) propõe a
subdivisão da tribo em 35 subtribos, incluindo alguns gêneros de Senecioneae e toda a
tribo Helenieae. Uma vez que muitos estudos moleculares vêm sendo realizados nos
164
principais complexos genéricos da tribo, tentando justificar novas delimitações, o
presente trabalho adota a proposta de classificação de Bremer (1994).
Heliantheae compreende aproximadamente 2.500 espécies distribuídas em 189
gêne
ros e 10 subtribos (Bremer 1994). A tribo encontra-se bem estabelecida nas
Américas do Sul e do Norte e particularmente no México, vários gêneros ocorrem
também no Velho Mundo, sendo poucos gêneros restritos da África, Austrália ou Ásia
(Bremer 1994). Para o Brasil, segundo Barroso et al. (1991), a tribo está representada
por 53 gêneros, sendo poucos endêmicos. Muitas espécies são introduzidas e cultivadas
como ornamentais. No PEI foram coletas 14 espécies. Destas espécies, seis são de
ampla distribuição, sendo esta tribo a que apresenta o maior mero de espécies
invasoras, o que era esperado, uma vez que as algumas espécies desta tribo,
apresentam grande capacidade de adaptação aos mais diversos tipos de ambiente, sendo
alguns gêneros tipicamente pioneiros ou invasores de culturas em áreas com influência
antrópica.
Chave para identificação das espécies de Heliantheae do Parque Estadual do
Itacolomi
1. Folhas pinatissectas; papilho com tricomas retorsos
2. Erva; flores marginais 6
-
7 mm compr., glandulo
sa........
.................3.1.
Bidens pilosa
2’ Suba
rbusto escandente; flores marginais 23
-
25 mm
compr., setosa...........................
.....................................................................................................3.2. Bidens seg
etum
1’ Folhas inteiras ou
trilobadas
; papilho sem
tricomas
retorsos
3. Capítulos com ambas as flores alvas
4. Erva prostada, folhas sésseis, lanceoladas; flores marginais 40-50; cips
165
8. Flores centrais 12-15; cipsela obovóide, rugosa com 3-5 projeções cônicas;
papilho ausente.............
.................................9.1.
Melampodium divaricatum
8’ Flores centrais 20-42; cipsela obcônica ou tetragonal, costada, lisa; papilho
paleáceo ou aristado
9.
Flores marginais alvas, centrais amare
las; papilho paleáceo..........................
..............................................................................7.1.
Galisonga parviflora
9’ Flores marginais e centrais amarelas; papilho 2
-
aristado...8.1. Jaegria hirta
7’ Invólucro 9
-
15 mm co
mpr.; flores marginais 7-
48 mm compr.
10. Erva prostada; folhas trilobadas,
flores alaranjadas............................................
..............................................................................10.1
Sphagneticola trilobata
10’ Erva e
reta, folhas obl
ongas
, flores
amarelas.................4.1.
Calea clausseniana
5’ Arbusto ou subarbusto
11. Folhas pecioladas, brácteas involucrais com ápice agudo ou mucronulado; flores
marginais femininas
12. Invólucro cilíndrico, brácteas in
volucrais am
areladas....4.2.
Calea rotundifolia
12’ Invólucro hemisférico, brácteas involucrais esverdeadas
13. Ramos densamente ferrugíneo-tomentosos; folhas com ápice agudo, às
vezes cuspidado, tomentosas............................11.2
Verbesina
luetzelburgii
13’
Ramos
bruneo
-tomentosos; folhas com ápice longo-
acuminado,
glabrescentes
..........................................................11.1
Verbesina glabrata
11’ Folhas sésseis, brácteas involucrais com ápice caudado; flores marginais estéreis.
...............................................................................................2.1.
Aspilia caudata
1.
Acanthospermum
Schrank, Pl. Rar. Hort. Monac.
2(6):53. 1819.
1.1.
Acanthospermum australe
(Loefl.) Kuntze, Revis. Gen. Pl. 1: 303.
1891.
Figura 6 i
Er
va prostrada, ramificada dicotomicamente, ramos cilíndricos, tomentosos com
tons vináceos. Folhas opostas, curto-pecioladas, 2-3,5x1-
2,5x0,2
-0,4 cm, deltóide, ápice
obtuso, margem esparso-denteada, base cuneada, ambas as faces curto-
estrigosas,
glanduloso
-pontuadas. Capítulos radiados, pedunculados, axilares, solitários; invólucro
3-4 mm compr., campanulado; brácteas involucrais, 2
ri
es
, externas ovadas, ápice
mucronado, margem ciliada, glanduloso-tomentosas, internas conduplicadas, fundidas
com as cipselas, dorso muricado. Receptáculo convexo, paleáceo, glabro, páleas
oblanceoladas, fimbriadas no ápice. Flores marginais 5-8, femininas, liguladas, corola
166
2-2,5 mm, amarela, tubo glanduloso, lígula 3-lobada, ápice glanduloso; ramos do
estilete agudos, papilosos. Cipsela 5-7 mm compr., obpiramidais, levemente
comprimidas, estriadas com tricomas uncinados rijos, glanduloso-pontuadas. Papilho
ausente. Flores centrais 12-15, funcionalmente masculinas, tubulosas, corola 2,5-3 mm,
amarela, glandulosa; anteras com ápice agudo, base sagitada; estilete indiviso, híspido.
Cipsela abortiva. Papilho ausente.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PE
I,
Trilha do Tesoureiro,
17.XI.2005
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 185 (VIC); Trilha do Pico do Itacolomi,
03.XII.2005
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 204 (VIC); Mariana, PEI, Trilha da Serrinha,
27.I.2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 256
(VIC).
Espécie amplamente distribuída, considerada ruderal por Leitão-
Filho
et al.
(1975). No PEI coletada na margem
de capão de encosta seca e campos de afloramentos
rochosos, em áreas de forte influência antrópica. A. australe pode ser reconhecida pelas
cipselas marginais, obpiramidais com tricomas uncinados rijos.
2.
Aspilia
Thou. Gen. nov. madag: 12. 1806.
2.1. A
spi
lia
caudata
Santos, Revta
Brasil. Bot., São Paulo, 19(1): 93-
96. 1976.
Figuras 1 n
-
p; 4 p
-q
Subarbusto 0,8 m alt., ramos cilíndricos, tomentosos. Folhas opostas, sésseis,
2,5-8x 0,8-2 cm, lanceoladas, ápice mucronado, margem levemente denteada, revoluta,
base atenuada, ambas as faces estrigosas, face abaxial com nervuras longo-
estrigosas.
Capítulos radiados, pedunculados solitários ou corimbiformes, terminais; invólucro 8-
9
mm compr.,
subcilíndrico
; brácteas involucrais, 3-4 séries, lanceoladas, ápice caud
ado
,
vináceo, margem ciliada na metade superior, dorso glanduloso-tomentosas, nas internas
apenas no ápice, nas externas na metade superior. Receptáculo plano, paleáceo, glabro,
páleas oblanceoladas, conduplicada, hialinas, ápice mucronado. Flores marginais 8,
estér
eis
, liguladas, corola 8-9 mm, amarela, glabra,
límbo
2-3-denteadas. Flores centrais
17-20, hermafroditas, tubulosas, corola 5-6 mm, amarela, glabra, lobos papilosos;
anteras com ápice
côncavo
-
triangular
, base sagitada; ramos do estilete triangul
ares,
ápice papiloso com tricomas coletores longos. Cipsela 3-5 mm compr., oblonga, 3-
costada, glanduloso
-
tomentosa. Papilho inconspícuo, coroniforme.
Material examinado: BR
ASIL,
Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha do Sertão,
02.XII.2005
, fl., fr., G.S.S. A
lmeida
et al. 195 (VIC); idem, 30.V.2006, fl., fr.,
G.S.S.
Almeida et al. 416
(VIC)
; idem, 18.IV.2007
, fl. fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 660
(VIC).
167
Material adicional: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Branco, Serra de Ouro Branco, Base
da Serra, 05.III.2007, fl.,
fr.,
G.S.S. Almeida & Turma de Sistemática de
Monocotiledôneas, 787
(VIC 21403)
.
Espécie conhecida apenas pelo exemplar tipo, Badini s.n., 21.IV.1973, Serrinha
(OUPR 20818),
co
letada em Minas Gerais, em ambiente rupestre (Santos 2001). Até
então
, considerada endêmica do Parque Estadual do Itacolomi. Entretanto, em excursão
de coleta realizada em março de 2007, a Serra de Ouro Branco, observou-se a
ocorrência desta espécie, também em campos de afloramentos rochosos, ampliando sua
distribuição para esta área, mas mantendo o seu status de endêmica da porção do sul da
Cadeia do Espinhaço.
Por outro lado, esta espécie merece uma atenção especial, por sofrer sério risco
de extinção, uma vez que se encontra restrita apenas essas duas serras e em populações
pequ
enas. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos, em apenas uma das
trilhas. Espécie caracterizada pelo invólucro cilíndrico e brácteas involucrais de ápice
caudado, caracter este que deu origem ao epíteto específico.
3.
Bidens
L., Sp. Pl. 2:831
-834. 1753.
3.1.
Bidens pilosa
L., Sp. Pl. 2: 832. 1753.
Erva ereta, 0,9 m alt., ramos angulosos, esparsamente híspidos, com tons
vináceos. Folhas opostas, pecioladas, 4,5-10 cm compr., pinatissectas com 3-
5
segmentos 1,5-5x0,8-2,5 cm, às vezes inteiras, ápice agudo, margem serreada, ciliada,
base aguda, ambas as faces esparso
-
tomentosa
s
, face abaxial com tricomas concentrados
nas nervuras. Capítulos radiados, pedunculados em panícula laxa; invólucro 5-6 mm
compr., cilíndrico; brácteas involucrais 3-4 séries, lanceoladas, ápice agudo, ciliado,
externas com margem ciliada e dorso glabro, internas com margem expandidas,
hialinas, dorso esparso-tomentoso. Receptáculo plano, paleáceo, glabro, páleas linear-
lanceoladas, margem expandida, glandulosa. Flores marginais 4-5, às vezes ausentes,
femininas, liguladas, corola 6-7 mm, amarela, glandulosa,
limbo
3-4 nervado, ápice
irregularmente denteado; ramos do estilete agudos, glabros. Flores centrais 20-25,
hermafroditas, tubulosas, corola 3,5-4 mm, amarela, tubo glanduloso, lobos
internamente papilosos; anteras com ápice ovado, base sagitada; ramos do estilete
triangulares com tricomas coletores no ápice. Cipsela 6-8 mm compr., anguloso, 4-5
costada, tomentosa apenas na porção apical. Papilho 3-5 mm compr., 3-
aristado,
aristas
com tricomas retrorsos.
168
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de
Cima,
14.XI.2005, fl.,
169
4.
Calea
L., Sp. Pl. 2:1179. 1763.
4.1.
Calea clausseniana
Baker
, in
Mart., Fl. Br. 6(3): 256.
1884.
Figuras 1 r; 5 d
-e
Erva ereta, 0,3 m alt., com xilopódio, caule simples, cilíndrico, estriado, híspido,
glanduloso
-pontuado. Folhas opostas, geralmente em pequeno número 6-8, sésseis,
adensadas na base, 3,5
-
6,5x1,5
-
2,5 c
m, oblongas, ápice obtuso, às vezes agudo, margem
crenado
-denteada, base longo-atenuada, ambas as faces albo-tomentosas, glanduloso-
pontuadas. Capítulos radiados, pedunculados, solitários; invólucro 12-15 mm compr.,
ca
mpanulado; brácteas involucrais 2-3 séries, externas obovais, foliáceas, ápice obtuso,
margem esparso-ciliada, hirsuto-glandulosas, internas oblanceoladas, escariosas, ápice
agudo, margem inteira, púberulo-glandulosas, multinervadas. Receptáculo plano,
paleáceo, glabro, páleas lanceoladas, ápice acuminado, margem hialina. Flores
marginais 18-20, femininas, liguladas, corola 45-48 mm, amarela,
limbo
5-
nervad
o
,
ápice 4-5 denteado, glanduloso-pontuada; ramos do estilete agudo, puberulentos. Flores
centrais 45-50, hermafroditas, tubulosas, corola 8-10 mm, amarela, glabra, lobos com
ápice e margem papilosos; anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do estilete
truncados, ápice com tricomas coletores. Cipsela 2,5-3 mm compr., prismática, 4-
costada, albo-tomentosa. Papilho 5-8 mm compr., paleáceo, leas linear-
lanceoladas,
douradas.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca
,
03
.X
II.2007
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida
et al. 78
6 (VIC).
Espécie até o momento, endêmica de Minas Gerais. No PEI coletada em campo
gramin
oso seco, surgindo após queimada. C. clausseniana caracteriza-se pelo hábito
herbáceo, com poucas folhas, inferiormente rosuladas, ambas as faces tomentosas,
capítulo solitário escaposo. Esta espécie costuma ser confundida nos herbários com
C.
uniflora
Les
s., mas distingu
e-
se desta, pelas folhas com ambas as faces tomentosas.
170
Figura 5. a-
c.
Bidens segetum. a. Ramo. b. Face adaxial da folha. c. Face abaxial da folha (Almeida 374).
d-
e.
Calea clausseniana. d. Hábito. e. Face abaxial da folha (Almeida 786). f-
g.
Calea rotundifolia. f.
Ramo. g. Face abaxial da folha (Almeida 284). h. Verbesina glabrata. Ramo (Almeida 387). i-
j.
Verbesina luetzelburgii
. i. Ramo. j. Face abaxial da folha (Almeida 700).
171
4.2.
Calea rotundifolia
(Less.) Baker
in
Martius, Fl.
Bras. 6(3): 253. 1884.
Figuras 1 s
-
u; 5 f
-
g; 6 k
Arbusto 2 m alt., ramos angulosos, tomentosos, quando jovens dourado-
híspidos. Folhas opostas, pecioladas, 3,5-9,5x1,5-4,6 cm, oval a suborbiculares, ápice
obtuso, às vezes agudo, margem denteada, base cuneada, face adaxial, estrigosa, face
abaxial cinéreo-tomentosa, glanduloso-pontuada, ambas as faces escabras. Capítulos
radiados, subsséseis, bracteado em corimbos densos paniculiformes; brácteas oblongas,
denso
-tomentosas, glanduloso-pontuadas; invólucro 9-10 mm compr., cilíndrico;
brácteas involuc
rais
3-4 séries, amareladas, externas lanceoladas, ápice agudo, margem
ciliada, denso-tomentosas, glanduloso-
pontuada
s, internas oblanceoladas, ápice agudo,
margem fimbriada, ciliada, glabas, multinervadas. Recep
táculo
plano
, paleáceo, glabro,
páleas lanceoladas, fimbriadas, conduplicadas. Flores marginais 2-3, femininas,
liguladas, corola 7-8 mm, amarela, tubo piloso, glanduloso-
pontuado,
limbo
2-3-
nervada, ápice 2-3 denteado, lobos papilosos, ápice glanduloso; ramos do estilete
agudo
s, papilosos. Flores centrais 4-5, hermafroditas, tubuloso-campanulada, corola 7-8
mm, amarela, tubo esparsamente
piloso
-glanduloso, lobos com ápice e margem
papilosos; anteras com ápice agudo, base sagitada; ramos do estilete triangulares, ápice
papiloso com tricomas coletores. Cipsela 4-5 mm compr., prismática, 3-
costada,
tomentosa
. Papilho 2-2,5 mm compr., paleáceo, páleas lanceoladas, fimbriadas,
douradas.
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Pico do
Itacolomi, 03.XII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 206 (VIC); Trilha do Calais,
29.I.2007
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 632 (VIC); Trilha da Estrada de Baixo,
12.XII.2007
, fl.,
G.S.S. Almeida et al
. 767 (VIC).
Espécie conhecida apenas para Minas Gerais, crescendo entre rochas em
vegetação do tipo savana arbustiva ente 850 a 1450 m (Urbatsch et al. 1986). No PEI
coletada em campos de afloramento rochosos. Segundo Urbatsch et al. (1986), esta
espécie está fortemente relacionada com C. fruticosa (Gardn.) Urbatsch, Zlotsky &
Pruski. As duas espécies se diferenciam basicamente pelo tipo de capítulo e papilho;
C.
rotundifolia
apresenta capítulo radiado e papilho paleáceo, basal ou completamente
conado, enquanto
C. fruticosa
apresenta capítulo discóide e
papilho paleáceo com 10
-
14
páleas, livres. Todos os exemplares coletados no PEI apresentam capítulo radiado, no
172
entanto as cerdas do papilho são livres. Ou seja, os indivíduos coletados apresentam
caracteres intermediários, fato este, que reforça a necessidade de estudos taxonômicos
adicionais
com as duas espécies.
5. Clibadium
F. Allam. ex L., Mant. Pl. 2:161. 1771.
5.1.
Clibadium armanii
(Balb.) Sch. Bip. ex O. E. Schulz, Linnaea 30: 180. 1859.
Figura 3 t
-v
Subarbusto 1,5 m alt., ramos angulosos, estriados, densamente bruneo-hípidos.
Folhas opostas, pecioladas, 3-
7,5x2
-4,6 cm, ovais, ápice agudo, às vezes obtuso,
margem denteada, base obtusa, às vezes aguda, ambas as faces glanduloso-
estrigosas,
escabras, nervuras híspidas. Capítulos disciformes, sésseis a curto-pedunculados em
corimbos paniculiformes; invólucro 4,5-5 mm compr., hemisférico; brácteas involucrais
2 séries, escariosas, ovais, ápice agudo, margem ciliada, glanduloso-tomentosas na
metade superior, multinervadas. Receptáculo levemente convexo, epaleáceo, alveolado.
Flores marginais 3-4, femininas, tubuloso-campanuladas, corola 3-3,5 mm, branca,
glabra,
lobos 3-4, papiloso-setosos no ápice; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores
centrais 10-12, funcionalmente masculinas, tubulosa, corola 4-5 mm, branca, tubo
glabro, fauce esparso-
setosa
, lobos com ápice papiloso-setosos; anteras com ápice oval,
base sagitada; estilete agudo, indiviso, ápice denso-
piloso.
Cipselas biformes, marginais
3-3,5 mm compr., obovóide, levemente comprimida,
glandulo
so
-tomentosa no ápice,
centrais 3
-
4 mm, lineares, 2
-
3 costada, abortiva. Papilho ausente.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais,
28.I.2006,
G.S.S. Almeida
et al. 279
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Goiás São Paulo e Rio de
Janeiro. Segundo Arriagada (2003), ocorrendo em matas de galeria, áreas antropizadas e
solos arenosos em altitudes que variam de 500-1600 m. No PEI coletada na margem de
capão de encosta úmida, em área fortemente antropizada. C. armanii é reconhecida por
suas folhas fortemente escá
br
idas
, capítulos disciformes com flores brancas, anteras de
tecas negras e cipsela sem papilho.
6.
Eclipta
L.
, Mant. Pl. 2:157. 1771.
6.1. E
clipta
prostata
(L.) L., Mant. Pl. 2: 286. 1771.
Figura 6
l
173
Erva 0,5 m alt., ramos prostados, angulosos, estriados, estrigosos. Folhas
opostas, sésseis, 3-
7,8x0,6
-1,5 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem discretamente
denteada, base cuneada, ambas as faces glanduloso-estrigosas. Capítulos radiados,
pedunculad
os, solitários, terminais; invólucro 4-6 mm compr., hemisférico; brácteas
involucrais
2 séries, elípticas a lanceoladas, ápice agudo, margem ciliada, tomentosas,
nervuras inconspícuas. Receptáculo levemente convexo, paleáceo, páleas linear-
lanceoladas, ciliadas. Flores marginais 40-50, femininas, liguladas, corola 2-3 mm,
branca, tubo glabro, lígula com ápice inteiro ou 2-3 lobado, interiormente esparso-
piloso; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 20-30, hermafroditas,
tubulosa
s, corola 1,5-2 mm, branca, esparso-setosa, lobos internamente papilosos;
anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do estilete triangulares, papilosos. Cipsela
2-3 mm compr., obcônica, 4-costada, distintamente verrucosa, com tricomas esparsos
no ápice. Papilho ausen
te ou coroniforme, ciliado, inconspícuo.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Mariana, PEI, Trilha da Serrinha,
16.III.2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 344
(VIC).
Espécie amplamente distribuída, considerada invasora, freqüente em solos
úmidos, mas adaptando-se aos mais diferentes tipos de solo (Lorenzi 2000). No PEI
coletada na margem de capão de encosta úmida, em área fortemente antropizada.
E.
prostata
é facilmente reconhecida pelo seu hábito prost
r
ado, capítulo radiado, diminutos
com flores
brancas e cipsela rugosa.
7.
Gali
n
soga
Ruiz & Pav.
, Fl. Peruv. Prodr. 110:24. 1794.
7.1.
Galinsoga
parviflora
Cav., Ícones 3: 281. 1796.
Erva ereta 0,7 m alt., ramos cilíndricos, estriados, quando jovens híspido-
glandulosos. Folhas opostas, pecioladas, 1-
3,2x0,5
-1,5 cm, oblanceoladas, ápice agudo,
margem denteada, ciliada, base atenuada, ambas as faces estrigosas. Capítulos radiados,
pedunculados, solitários terminais ou corimbiformes; invólucro 3-4 mm compr.,
he
misférico; brácteas involucrais 2 séries, lanceoladas, ápice agudo, margem
fimbriada,
glanduloso
-tomentosas. Receptáculo convexo, paleáceo, páleas hialinas, linear-
lanceoladas, ciliadas, ápice 3-partido. Flores marginais 5-6, femininas, liguladas, corola
2-3 mm, branca, tubo hípido,
limbo
com ápice 2-3 dentados, interiormente papilosa;
ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 20-22, hermafroditas, tubulosas
,
corola 1,5-2 mm, amarela, hípida, lobos internamente papilosos, externamente híspido-
papiloso
s; anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do estilete agudos, papiloso-
174
tomentosos
. Cipsela 1-1,5 mm compr., tetragonal, 4-costada, tomentosa. Papilho 0,5-1
mm, paleáceo, páleas lanceoladas, fimbriadas, cremes.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais,
15.XI.2005
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 153 (VIC); Mariana, PEI, Trilha da Serrinha,
16.III.2006
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 343 (VIC)
.
Espécie nativa da costa oeste da América do Sul, considerada invasora de solos
cultivados em quase todo o território brasileiro (Lorenzi 2000). No PEI coletada na
margem de capão de encosta úmida, em área fortemente antropizada. G. parviflora é
reconhecida pelo seus capítulos radiados, diminutos, com poucas flores radiais
(5
-
6),
brancas e centrais amarelas.
8. J
aegeria
Kunth., Nov. Gen. Sp. 4:218. 1820.
8.1.
Jaegeria hirta
(Lag.) Less., Syn. Gen. Compos. 223. 1832.
Erva ereta 0,4 m alt., ramos cilíndricos, estriados, com tons vináceos, híspidos,
quando jovens denso-tomentosos. Folhas opostas, sésseis, 2-3,5x0,4-1,3 cm, elípticas,,
ápice agudo, margem inteira a serreada, base atenuada, ambas as faces híspidas.
Capítulos radiados, pedunculados, axilares ou terminais; invólucro 3-4 mm compr.,
hemisférico; brácteas involucrais unisseriadas, lanceoladas, ápice agudo,
margem
expandida envolvendo as flores do raio, glanduloso-
tomentosas
. Receptáculo cônico,
paleáceo, páleas hialinas, lanceoladas, conduplicadas, margem fimbriada. Flores
marginais 6, femininas, liguladas, corola 3,5-4 mm, amarela, glabra,
limbo
com ápice
2
dentado, interiormente papilosa; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 40-
42, hermafroditas, tubulosas, corola 1,5-2 mm, amarela, glanduloso-tomentosa lobos
papilosos; anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do estilete agudos, piloso
s.
Cipsela 1-1,5 mm compr., obcônica, achatada lateralmente, 3-4 costada, glandulosa,
glabra. Papilho 0,5-
1,5mm, 2
-
aristado, aristas desiguais,
acuminadas
.
Material examinado: BR
ASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Estrada de
B
aixo,
28.IX.2005
, f
l., fr.,
G.S.S. Almeida
et al
. 130
(VIC)
.
Espécie nativa da América do Sul, encontrada no Brasil, principalmente na
região sudeste, considerada invasora de solos úmidos e locais sombreados (Lorenzi
2000). No PEI coletada na margem de capão de encosta úmida, em área fortemente
antropizada. J. hirta é reconhecida pelos ramos híspidos com tons vináceos, capítulos
radiados, diminutos, com apenas uma série de bácteas involucrais e com todas as flores
amarelas.
175
9.
Melampodium
L.
, Sp. Pl. 2: 921. 1753.
9.1. M
el
ampodium
divaricatum
DC. Prodr. 5: 520. 1836.
Figura 6 m
Erva 0,3 m alt., ramos cilíndricos, estriados, às vezes prostados, quando jovens
híspidos. Folhas opostas, sésseis, 1,5-2,5x0,5-1,2 cm, oblanceoladas, ápice agudo,
margem irregularmente crenada, discretamente aculeada, base cuneada, ambas as faces
estrigosas, glanduloso-pontuadas. Capítulos radiados, pedunculados, solitários,
terminais; invólucro 5-6 mm compr., hemisférico; brácteas involucrais unisseriadas,
ovadas, ápice agudo, margem ciliada, gla
nduloso
-estrigosas. Receptáculo cônico,
paleáceo, páleas escariosas, oblanceoladas, hialinas, margem fimbriada. Flores
marginais 5, femininas, liguladas, corola 2-3 mm, amarela, glanduloso-
tomentosa,
limbo
com ápice inteiro ou 2-3 dentados, papilosa; ramos do estilete agudo, papilosos.
Flores centrais 12-15, hermafroditas, tubulosas, corola 1,5-2 mm, amarela, glanduloso-
tomentosa, lobos denso-papilosos; anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do
estilete indiviso, lanceolado, pilosos. Cipsela 2-2,5 mm compr., obovóide, levemente
tetragonal, 4-costada, pubérulo-glandulosa, superfície rugosa, com 3-5 projeções
cônicas, portando tricoma uncinado no ápice. Papilho ausente.
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais,
15.XI.20
05, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 151 (VIC).
Espécie nativa da América do Sul, considerada invasora de lavouras anuais,
pomares, cafezais e beira de estradas, freqüente em quase todo o país (Lorenzi 2000).
Esta espécie é a mais amplamente distribuída do gênero; embora apresente grande
varação de folhas, a morfologia das brácteas e arranjo e forma das flores no capítulo são
constantes (Stuessy 1973). No PEI coletada na margem de campos de afloramentos
rochosos, em área fortemente antropizada. M. divaricat
um
distingue-se de J. hirta,
espécie com a qual costuma ser muito confundida, pela cipsela obovóide, levemente
tetragonal, superfície rugosa com 3
-
5 projeções cônicas e papilho ausente.
10. Sphagneticola
Hoffmann, Notizbl. Konigl. Bot. Gard.
Berlin 3(22):
36. 1900.
10.1.
Sphagneticola trilobata (L.) Pruski, Mem. New York Bot. Gard. 78: 114. 1996.
Erva prostada, ramos cilíndricos, estriados, 1m compr., híspidos a glabrescentes
com tons vináceos. Folhas opostas, sésseis, 2,5-6x1-2,5 cm, trilobadas, ápice agudo,
margem profundo dentada, base cuneada, ambas as faces estrigosas, glanduloso-
176
pontuadas, face abaxial com nervuras vináceas. Capítulos radiados, pedunculados,
solitários terminais; invólucro 10-12 mm compr., campanulado; brácteas involucrais 2
séries,
foliáceas, oblanceoladas, ápice agudo, margem ciliada, externas glanduloso-
tomentosas, internas glabras. Receptáculo convexo, paleáceo, páleas lanceoladas,
hialinas, margem fimbriada. Flores marginais 10-15, femininas, liguladas, corola 10-13
mm, alaranjada, tubo glabro,
limbo
com ápice 2-4 dentado, dorsalmente glanduloso-
pontuada; ramos do estilete agudos, papilosos. Flores centrais 40-50, hermafroditas,
tubulosas, corola 5-6 mm, alaranjada, tubo glabro, lobos densamente pilosos com
tricomas amarelos na face interna; anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do
estilete agudos, pilosos. Cipsela 3-3,5 mm compr., piriforme, 4-5 costada, turbeculadas,
glabra. Papilho 1-1,5 mm compr., coroniforme, páleas fimbriadas ou papilho ausente.
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Calais,
27.IX.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 112 (VIC).
Espécie nativa do Brasil, comum em áreas antropizadas. No PEI coletada na
margem de campos de afloramentos rochosos, em área fortemente antropizad
a.
S.
trilobata
é reconhecida por seu hábito prostrado, folhas freqüentemente tripartidas,
brácteas involucrais foliáceas e capítulos com flores amarelas, as do disco com lobos
pilosos, com tricomas amarelos.
11.
Verbesina
L., Sp. Pl. 2:901
-
903. 1753.
11.1.
Verbesina glabrata
Hook.
& Arn., in Hook., Journ. Bot. 3: 315. 1841.
Figuras 1 v
-
z; 5 h; 6 n
Arbusto 2 m alt., ramos cilíndricos, estriados, bruneo-tomentosos a
glabrescentes. Folhas alternas, pecioladas, 5,2-26x1,8-5 cm, lanceoladas a elípticas,
ápi
ce acuminado, margem serreada, base atenuada, face adaxial estrigosa a
glabrescente, face abaxial tomentosa, glanduloso-pontuada, principalmente nas
nervuras. Capítulos radiados, pedunculados ordenados em panículas; invólucro 7-8 mm
compr., hemisférico; brácteas involucrais 2 séries, lanceoladas, verdes, ápice
mucronulado, margem ciliada, glanduloso-tomentosas. Receptáculo convexo, paleáceo,
páleas oblanceoladas, conduplicadas, hialinas, margem fimbriada nervura dorsal e ápice
tomentosos. Flores marginais 10-12, femininas, liguladas, corola 8-8,5 mm, amarela,
tomentosa,
limbo
com ápice discretamente, 2-dentado, 2-3 nervada; ramos do estilete
agudos, papilosos. Flores centrais 60-65, hermafroditas, tubulosas, corola 5-6 mm,
amarela, esparsamente tomentosa, lobos esparso-pilosos, glanduloso-pontuados; anteras
177
com ápice oval, base sagitada; ramos do estilete agudos, pilosos. Cipsela 4-5 mm
compr., obovóide, comprimida, 2-costada, alada, glabra, alas hialinas, margem
tomentosa. Papilho 1,5
-
3 mm compr., 2
-
aristado
, aristas escabras, frágeis.
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha do Pico do
Itacolomi, 17.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 370 (VIC); Trilha da Estrada de
Cima, 19.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 387 (VIC); idem, 27.VI.2007, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 734 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina
e Bahia. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos, capão de encosta seca.
V. glabrata distingue-se de V. l
uetzelburgii
, espécie próxima pelos ramos e folhas
glabrecentes, enquanto que na segunda são densamente ferrugíneo
-
tomentosos.
Figura 6. a-n. Cipselas. a.
Hypochaeris
brasiliensis
(Almeida 162). b.
Pterocaulon
balansae
(Almeida
114). c.
Achyrocline
al
ata
(Almeida 528). d.
Chevreulia
acuminata
(Almeida 85). e.
Gnaphalium
cheiranthifolium
(Almeida 610). f.
Lucilia
linearifolia
(Almeida 785). g.
Pentacalia
desiderabilis
(Almeida 523). h.
Senecio
colpodes
(Almeida 769). i.
Acanthospermum
australe
(Almeida
250). j.
Bidens
segetum
(Almeida 358). k. Calea
rotundifolia
(Almeida 284). l.
Eclipta
prostata
(Almeida 34
178
11.2.
Verbesina luetzelburgii
Mattf. In Pilger, Notizbl. Bot. G
art. Berlin
-
Dahlem 9:389.
1925.
Figura 5 i
-j
Arbusto 2 m alt., ramos cilíndricos, estriados, densamente ferrugíneo-
tomentosos, com cicatrizes foliares triangulares evidentes. Folhas alternas, curto-
pecioladas, 4,5
-16x1,5-6 cm, elípticas, ápice
agudo, às v
ezes
cuspidado, margem inteira,
às vezes inconspicuamente denteada, base atenuada, face adaxial glanduloso-
estrigosa,
face abaxial densamente ferrugíneo-tomentosa, glanduloso-pontuada. Capítulos
radiados, pedunculados, paniculiformes; invólucro 8-10 mm compr., hemisférico;
brácteas involucrais 2-3 séries, oblanceoladas, verdes, ápice agudo, margem ciliada,
glanduloso
-tomentosas. Receptáculo convexo, paleáceo, páleas oblanceoladas,
conduplicadas, hialinas, margem fimbriada nervura dorsal e ápice tomentosos. Flores
marginais 8-10, femininas, liguladas, corola 8-10 mm, amarela, tubo tomentoso,
limbo
com ápice 2-3 lobado, 3-5 nervada, nervuras dorsalmente tomentosas, glanduloso-
pontuadas; ramos do estilete agudos, revolutos, papilosos. Flores centrais 70-
80,
her
mafroditas, tubulosas, corola 5-6 mm, amarela, tubo tomentoso, lobos papiloso-
tomentosos; anteras com ápice oval, base sagitada; ramos do estilete agudos, pilosos.
Cipsela 4,5-6 mm compr., obovóide, achatada lateralmente, alada, alas marginais
hialinas, margem tomentosa. Papilho 1,5-3 mm compr., 2-aristado, aristas pontiagudas,
escabras.
Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Ouro Preto, PEI, Trilha da Lagoa Seca,
17.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 361(VIC); idem, 06.I.2007, fl., fr., G.S.S.
Alm
eida et al
. 700 (VIC).
Espécie considerada endêmica dos campos rupestres da Bahia por Hind (1995).
Este autor salienta que esta espécie faz parte de um notável complexo de espécies
ocorrentes em tipos vegetacionais similares encontradas no Brasil. A coleta desta
espécie no PEI, amplia sua distribuição geográfica também para os campos rupestres da
porção Minas da Cadeia do Espinhaço, V. luetzelburgii foi coleta em campos de
afloramentos rochosos. Distingue-se de V. glabrata, espécie também coletada no PEI,
pelos ramos e face abaxial das folhas denso ferrugíneo
-
tomentosas, além das folhas com
ápice agudo, às vezes cuspidado. Esta espécie costuma ser confundida com
V.
floribunda
Gardn. com a qual se assemellha muito, vegetativamente, entretanto,
distingue
-
se
desta, por apresentar capítulos radiados.
179
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Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Eupatorieae
1
Gracineide Selma Santos
de Almeida
2,3,5
, Rita Maria de Carvalho-
Okano
2
, Jimi Naoki
Nakajima
4
& Flavia Cristina Pinto Garcia
2
RESUMO
- (Asteraceae Dumort. nos Campos Rupestres do Parque Estadual do
Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Eupatorieae). O estudo de Eupatorieae faz parte do
levantamento florístico das espécies de Asteraceae nos Campos Rupestres do Parque
Estadual do Itacolomi em Minas Gerais, realizado através de coletas mensais no período
d 1874 3895 Tm(l)Tj0.0976570e 20.m100 Tz(v)Tj0.09765 0 0 -0.09765 214Tm100 Tz(g)Tj0.09765 0 0 -0.09765 234Tm100 Tz(l)Tj0.09765 0 0 -0.09765 234Tm100 Tz(s)Tj0.09765 0 0 -0.09765 24f0100 Tz(n)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2522 100 Tz(l)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2640 35569 100 Tz(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2768m100 Tz(d 1874 3895 Tm(l)Tj0.0976570e 3960 100 Tz(2)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3060 100 Tz(0)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3160 100 Tz(0)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3360 100 Tz(5 1874 3895 Tm(l)Tj0.0976570e 3541m100 Tz(v)Tj4 3895 Tm(l)Tj0.0976570e 3721 100 Tz(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3820m100 Tz(d 1870.09765 0 0 -0.09765 3810 100 Tz(z 1870.09765 0 0 -0.09765 3898m100 Tz(d 1870.09765 0 0 -0.09765 4087m100 Tz(u)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4241m100 Tz(b)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4241m100 Tz(B)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4408 100 Tz(l)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2640 34600 100 Tz(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4700m100 Tz(d 1874 3895 Tm(l)Tj0.0976570e 4881 100 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Tz(r3896310 0 -00 0 -0.09765 5571Tj95 T 20(m)Tj0.0976310 0 -00 0 -0.09765 5241m5620 Tz(80976310 0 -00 0 -0.09765 6346 3550 Tm(d)Tj0l)Tj6310 0 -00 0 -5 3199 34785 5620 Tz0.0976310 0 -0iia0 -0.09765 1874 3206 Tm6 6766310 0 -0x48 Tf100 Tzdo )T5876 Tz(n)476310 0 -00 0 -0.09765 6346 3550 Tm(d)Tj04Tz( )0 0 -0S09765 5989 38288m5620 Tz(M)Tj6310 0 -0u09765 3110 3550 Tm(a)Tj66)Tj6310 0 -0lichogonia0 -0.09765 1874 99.90 Tz(RE73896310 0 -0-ichogonia0 -0.09765 1874 99.90 Tz(RE79976310 0 -2048 Tf10sudeste.52051 2048 Tf0.097Ageratum0 -0.09765 1874 3206 Tm538( )0 0 -0S09765 5989 38288m5620 Tz999j6310 0 -0ã 0 -0.09765 3602m95 T 20i)3776310 0 -00 0 -0.09765 6346 3550 Tm(d)Tj7938( )0 0 -0a 0 -0.09765 7827 5620 Tz(8)Tj6310 0 -0p 0 -0.09765 2403T5620 Tz8127j6310 0 -0r 0 -0.09765 4627 3895 Tm8194j6310 0 -00 0 -5 3199 34785 5620 Tz828366310 0 -00 0 -0.09765 234Tm100 Tz8361j6310 0 -00 0 -5 3199 34785 5620 Tz8a5976310 0 -00 0 -0.09765 5241m5620 Tzd57976310 0 -0t09765 2768m100 Tz(d 187(P)Tj( )0 0 -0a 0 -0.09765 7827 5620 Tz(69Tj6310 0 -0.09765 2640 35569 100 Tz(793j( )0 0 -0a 0 -0.09765 7827 5620 Tz(88266310 0 -00 0 -0.09765 8750 5620 Tz(u)Tj99.90 Tz(RESUMO6i)Tj(l)Tc9765 75015270 Tz(e)Tj0(a)Tj6i)Tj(l)Th 0 -0.09765 1963T5876 Tz(p)Tj6i)Tj(l)Ta 0 -0.09765 1963T5876 Tz(e3896i)Tj(l)Tv0.0976570e 202T5876 Tz(e)Tj6i)Tj(l)Te 0 -0.09765 2202T5876 Tz(a)Tj6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 2341T5876 Tz(o)Tj0.95j6i)Tj(l)Td09765 2463Tj95 T 20(o)Tj0.05j6i)Tj(l)Te 0 -(ajima)Tj/F1 2048 Tf0.06494 0 0 -0.064949j6i)Tj(l)Tiia0 -0.09765 1874 3206 Tm814j6i)Tj(l)Td09765 2463Tj95 T 20(o)Tj0914j6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 3395 5876 Tz(00Tj6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 3093 5620 Tz(i0Tj6i)Tj(l)Tt 0 -0.09765 3032 3895 Tm(f)9j6i)Tj(l)Tiia0 -0.09765 1874 3206 Tm3(e3j6i)Tj(l)Tf 0 -0.09765 3112m95 T 20(r)Tj6i)Tj(l)Tiia0 -0.09765 1874 3206 Tm333776i)Tj(l)Tc9765 75015270 Tz(e)Tj03s)Tj6i)Tj(l)Ta 0 -0.09765 1963T5876 Tz(s)4j6i)Tj(l)Tç 0 -0.09765 3377 3895 Tm(60Tj6i)Tj(l)Tã 0 -0.09765 3602m95 T 20(69Tj6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 3566 3895 Tm(c)Tj0.67j6i)Tj(l)Td09765 2463Tj95 T 20(o)Tj3967j6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 3835 3895 Tm(d56j6i)Tj(l)T0 0 -f100 Tz( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 4380j6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 3395 5876 Tz4B)Tj6i)Tj(l)T0 0 -e 4160m5876 Tz(m)Tj0.07j6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 4272 3895 Tm(s76j6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 4350 3895 Tm(p6576i)Tj(l)Tc9765 75015270 Tz(e)Tj04Tz4j6i)Tj(l)Tiia0 -0.09765 1874 3206 Tm4709j6i)Tj(l)T0 0 -0.09765 3395 5876 Tz4797j6i)Tj(l)T0 0 -e 4160m5876 Tz(m)Tj087596i
mo
184
another state; only 5,1% are considered species of wide distribution and 74,3%
occurrs
in
South
-
southeast
Brazil. I
dentification
keys
, descriptions, taxonomic discussions,
geographical distribution and illustrations are presented.
Key words
: “Campos rupestres”, Ast
eraceae, floristic, Eupatorieae, Minas Gerais.
Introdução
Formações vegetacionais que se desenvolvem sobre solos litólicos e
afloramentos rochosos, os campos rupestres localizam-se em grandes altitudes, entre
900-2000 m.s.m, apresentando vegetação constituída basicamente de um estrato
herbáceo, mais ou menos contínuo, entremeado por pequenos arbustos perenifólios e
esclerofilos (Magalhães 1956; Giulietti et al. 1987). No Brasil encontram-
se
concentrados em sua maioria na Cadeia do Espinhaço, estendendo-se por
aproximadamente 1100 km na direção N
-
S e 50
-
100 km na direção E
-
W, abrangendo os
estados da Bahia e Minas Gerais, representando uma formação antiga, com
embasamento geológico datado do Pré
-
Cambriano (Giulietti et al.
1997).
Em Minas Gerais, os campos rupestres estão, quase sempre, associados às
grandes jazidas minerais e garimpo, ou são utilizadas como pastagens, sendo
continuamente atingidos por incêndios (Brandão et al. 1994). Apesar da vegetação ser
pouco conhecida é rica em espécies endêmicas, fortemente adaptadas às flutuações
diárias extremas, em termos de temperatura, insolação e disponibilidade hídrica (Guedes
& Orge 1998; Zappi et al. 2003). Das 6.062 espécies registradas para o bioma Cerrado
(Mendonça
et al. 1998), cerca de 4.000 espécies são de ocorrência exclusiva dos
Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço (Alves et al. 2007). Em numerosos casos,
estas espécies ocorrem em uma única serra ou em mais de uma serra, refletindo o
complexo padrão de distribuição das plantas da Cadeia do Espinhaço, onde espécies
recentemente formadas crescem em associação com outras de idades diferentes,
inclusive espécies relictuais antigas, padrão este derivado das oscilações climáticas com
intensidade diferentes (Giulietti et al
. 2000).
Asteracea
e
compreende
1.535 gêneros e aproximadamente 23.000 32.000
espécies amplamente distribuídas (Pruski & Sancho 2004)
, exceto na Antártida (Katinas
et al. 2007). Cerca da metade das espécies ocorrem no Novo Mundo, sendo estimada
para flora brasileira
aproximadamente
3.000 espécies, especialmente distribuídas, nas
185
regiões de vegetação árida, semi-árida e montanhosas (Hind 1993). A família é uma das
mais
diversas,
no que se refere às espécies do estrato herbáceo e subarbustivo do
Cerrado, incluindo os campos rupestres (Giu
lietti
et al. 1987; Guedes & Orge 1998;
Nakajima & Semir 2001, Romero 2002; Zappi
et al
. 2003;
Almeida
et al
. 2005).
Eupatorieae compreende aproximadamente 2.400 espécies, essencialmente
neotropicais, concentradas no México e nas Américas Central e do Sul, com poucas
espécies pantropicais ou no Velho Mundo (Bremer 1994). No Brasil é uma das tribos
mais ricas em número de espécies, com muitos gêneros e espécies endêmicas, ocorrendo
principalmente nas regiões, sul, sudeste e centro-oeste (Nakajima 2000).
Especificamente nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, a tribo vem sempre
ocupando o primeiro ou segundo lugar em número de espécies e junto com Vernonieae,
chegam a representar mais de 50% das espécies de Asteraceae destas áreas (Leitão-
Filho & Semir 1987; Hind 1995; 2003; Nakajima 2000; Zappi et al. 2003; Almeida
et
al
. 2004).
Apesar de despertarem a atenção, por sua beleza e diversidade florística, desde
do século XIX com as expedições de Martius, Franz, Olfers e Saint-Hilaire em 1818;
Sellow em 1819; Riedel e Langsdorf em 1824; Lund em 1833; Gardner em 1840;
Warming em 1866 e Glaziou em 1887; os campos rupestres passaram a ser foco de
pesquisas depois da década de 70, com os trabalhos desenvolvidos na Serra do Cipó e
Chapada Diamantina (Giuliet
ti
et al. 1987; Harley & Simmons 1986). Atualmente os
estudos nestas áreas estão se intensificado, mas ainda é escasso o conhecimento da flora
dos campos rupestres, e levando-se em consideração que da lista de espécies ameaçadas
do estado de Minas Gerais (Mendonça & Lins 2000), 351 são espécies ocorrentes em
áreas de campo rupestre (Menezes & Giulietti 2000), torna-se urgente e fundamental o
estudo florístico destas áreas. Por outro lado, a antropização desordenada e a atividade
mineradora tem reduzido drasticamente, as áreas ocupadas pelos campos rupestres da
porção mineira da Cadeia do Espinhaço, aumentando a responsabilidade em se conhecer
da forma mais ágil possível, a flora destas áreas, com a finalidade de propor de forma
consciente a sua conservação ou uso sustentável. Desta forma, este trabalho objetiva
contribuir para o conhecimento da flora dos campos rupestres, através do
levantamento
florístico das espécies de
Eupatorieae
do Parque Estadual do Itacolomi, fornecendo
chave
s analíticas de identificação dos t
áxons
, descrição, distribuição e ilustrações dos
mesmos
.
186
Material e métodos
Localizado na porção sul da Cadeia do Espinhaço, o Parque Estadual do
Itacolomi (PEI), ocupa uma área de 7.000 ha, nos municípios de Ouro Preto e Mariana
em Minas Gerais, entre os paralelos 20º 2230” e 20º 30’ 00” de Latitude Sul e os
meridianos 43º 32’ 30” e 43º 22’ 30” de Longitude Oeste, abrangendo toda a Serra do
Itacolomi
, com altitude variando entre 1.100 e 1.772 m.s.m, sendo o ponto mais alto o
Pico do Itacolomi. (P
187
aceitam a classificação proposta por King & Robinson, fazem observações quanto à
criação de grande número de gêneros monotípicos e quanto aos limites taxonômicos de
alguns gêneros. Segundo Bremer (1994), os diversos gêneros monotípicos estabelecidos
por King & Robinson, são segregados especializados, com grupos irmãos em gêneros
maiores. O mesmo autor salienta ainda, que a utilização parcial do sistema de
classificação
no seu livro “Asteraceae Cladistics e Classification”, não significa a
aceitação deste sistema com todos os detalhes, uma vez que a discussão entre os rios
gêneros incertos de King & Robinson, pode levar a manutenção ou a divisão destes
gêneros.
Por outro lado, os autores que não concordam com esta classificação,
argumentam que a inflação genérica propostas por King & Robinson em tão pouco
tempo, não tem precedentes na história da família. Segundo Stuessy (1990), a maioria
dos taxonomistas não reconhece a eficiência dos microcaracteres florais propostos na
delimitação genérica de Eupatorieae, por estes não permitirem uma síntese
compreensiva das relações subtribais e por produzirem grupos divergentes, sem valor
prognóstico. Da mesma forma que é evidente que
Eupatorium
necessita de uma melhor
delimitação, também é evidente que o grupo não apresenta a diversidade genérica
proposta por King & Robinson; alguns grupos se formam claramente dentro do gênero e
podem ser diferenciados mesmo in vivo, sem a necessidade de nenhum recurso óptico.
Segundo Esteves (2001), os gêneros segregados de
Eupatorium
s.l
., ocorrentes no
estado de São Paulo, podem ser identificados utilizando atributos macromorfológicos
ligados à flor e ao fruto, sem que seja necessária a investigação das microcaracteres,
fundamentos básicos da classificação de King & Robinson.
Fundamentado nesta discussão, essencial para a taxonomia, este trabalho adota a
classificação de Baker (1876) e alerta para a necessidade urgente de se analisar
criteriosam
ente os microcaracteres utilizados para as novas delimitações propostas por
King & Robinson. Tais análises devem utilizar as diversas ferramentas de compreensão
taxonômica, como os estudos anatômicos, fisiológicos, filogenéticos, citológicos dentre
outros,
objetivando-se testar a influência do ambiente nestes caracteres, com a análise
das espécies in vivo e nos diferentes tipos de ambiente. a partir desses resultados,
aliados as análises morfológicas das espécies que compõe os gêneros criados, é que se
p
ode definir a validade ou não da classificação proposta por King & Robinson; aceitá
-
la
mesmo com ressalvas, parece arbitrário. Portanto, até que se tenha dados confiáveis da
188
validade ou não das novas delimitações genéricas propostas, aceita-se o conceito
g
enérico de
Eupatorium s.l.
A terminologia utilizada para as descrições morfológicas está de acordo com
Radford
et al. (1974) e com a literatura específica da família. Para as análises florais
foram utilizados capítulos conservados em solução de álcool 7
0%
. As chaves de
identificação e as diagnoses das espécies foram feitas de acordo com a variação
morfológica dos exemplares coletados e examinados. As ilustrações foram
confeccionadas com auxílio de estereomicroscópio. Os dados sobre distribuição
geográfic
a foram obtidos na literatura e nas etiquetas das exsicatas dos acervos
consultados.
Resultado e Discussão
Neste levantametno florístico foram determinados 78 tax
ons,
sendo 75 espécies
e três variedades, distribuídas em sete gêneros.
Eupatorium
L. como era esperado,
apresentou
-se como o gênero mais representativo da tribo com 37 espécies, seguido de
Mikania
Willd. com 21,
Stevia
Cav. e
Symphyopappus
Turcz. com cinco espécies cada
;
Trichogonia
(DC.) Gardner com quatro,
Ageratum
L.
com duas
e
Ophryospo
rus
Meyen.
com apenas uma espécie. Dos táxons amostrados, 27% são endêmicos, do estado de
Minas Gerais; 21,8% ocorrem em Minas Gerais e em um outro estado; apenas 5,1% são
espécies consideradas de ampla distribuição e 74,3% apresentaram uma distribuição
re
strita ao eixo Sul
-
sudeste.
1.
Ageratum
L., Sp. pl. 2: 839. 1753.
Chave de identificação para as espécies de
Ageratum
do Parque Estadual do
Itacolomi
1. Folhas opostas; flores 45-50; papilho presente, paleáceo com páleas escabras
alargadas na base e aris
tadas no ápice...................................1.1.
Ageratum conyzoides
1’ Folhas alternas, fasciculadas; flores 15-20; papilho ausente ou inconspicuamente
coroniforme..........................................................................1.2.
Ageratum
fastigiatum
1.1.
Ageratum conyzoides
L., Sp. pl. 2: 839. 1753.
189
Ervas 0,3 m alt.; ramos cilíndricos, spidos, glanduloso-pontuados, com tons
vináceos. Folhas opostas, pecioladas, 1-
1,5x0,5
-2,5 cm, lanceoladas, ápice agudo,
margem crenado-denteada, ciliada, base obtusa ás vezes, truncada, face adaxial
esparsamente setosa, face abaxial diminutamente glanduloso-pontuada, setosa.
Capítulos pedunculados, em corimbos terminais densos, paniculiformes. Invólucro 3-4
mm compr., hemisférico, brácteas involucrais 2-seriadas, externas linear-lanceoladas,
internas lanceoladas, ambas com ápice acuminado, vináceo, margem hialina fimbriada,
dorso esparso-tomentosas, glanduloso-pontuadas. Receptáculo cônico, epaleáceo,
foveolado, glabro. Flores 45-50, hermafroditas, lilases a brancas, corola 1,5-2 mm,
infundibuliforme, tubo glanduloso, lobos setosos; anteras com ápice lanceolado, base
aguda, colar de anteras inconspícuo, cilíndrico; ramos do estilete agudos, papilosos.
Cipsela
1,5-2 mm compr., cilíndrico, 5-costada, esparsamente estrigoso; carpopódio
aneliforme, glabro.
Papilho
2-3 mm compr., paleáceo, páleas escabras, alargadas na
base e aristada no ápice.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Tesoureiro,
23.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeid
a
et al
. 84 (VIC).
Espécie com distribuição pantropical, comum em áreas cultivadas e com
distúrbios (Hind 2003). No PEI coletada em mancha de campo ferruginoso.
A.
conyzoides
distingue-se de A. fastigiatum L., espécie próxima, pelas folhas opostas e
papil
ho paleáceo com páleas aristadas de base alargada.
1.2.
Ageratum fastigia
tum
L., Sp. pl. 2: 839. 1753.
Ervas 0,8 m alt.; ramos cilíndricos, pubérulos a glabrescentes, glanduloso-
pontuados, com tons vináceos. Folhas alternas, geralmente fasciculadas, sésseis a
subsésseis, 2,1-6x0,4-2 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem crenado-denteada na
metade superior, base atenuada, face adaxial glabrescente, face abaxial tomentosa,
ambas as faces glanduloso-pontuadas. Capítulos pedunculados a subsésseis, em
corimbos
terminais densos, paniculiformes. Invólucro 4-5 mm compr., hemisférico,
brácteas involucrais 2-seriadas, lanceoladas, ápice agudo, vináceo, margem hialina
fimbriada, dorso esparso-tomentoso, glanduloso-pontuadas. Receptáculo cônico,
paleáceo, páleas hialinas, linear-lanceoladas, glanduloso-pontuadas, glabro. Flores 15-
20, hermafroditas, lilases a brancas, corola 2,5-3 mm, infundibuliforme, glandulosa,
lobos papilosos; anteras com ápice obtuso, base truncada, colar de anteras inconspícuo,
cilíndrico; estilete com estilopódio cilíndrico, ramos claviformes, papilosos. Cipsela
190
1,5-2 mm compr., cilíndrico, 5-costada, glabra; carpopódio assimétrico, aneliforme,
glabro. Papilho ausente ou inconspicuamente coroniforme.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Tesoureiro,
24.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 94 (VIC); Mariana, PEI: Trilha do Sertão,
18.IV.2007, fl.,fr., G.S.S. Almeida et al
. 649 (VIC);
Espécie distribuída no Brasil, especialmente nos solos arenosos dos campos
ru
pestres da Bahia e Minas Gerais (Hind 2003). No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos e em borda de capão de galeria. A. fastigiatum pode ser
reconhecida pelas folhas alternas, geralmente fasciculadas, sésseis a subsésseis e
capítulos com poucas
flores (15
-
20).
2.
Eupatorium
L., Sp. Pl. 2: 836
-
839. 1753.
Chave de identificação das espécies de
Eupatorium
do Parque Estadual do
Itacolomi
1.
Folhas sésseis a subsésseis
2. Ervas
,
decumbentes ou eretas
3.
Folhas ovais a elíptica
s, margem crenado
-
den
teada; cipsela 5
-
costada...................
....................................................................................................2.12.
E. decumbens
3’ Folhas linear
-
lanceoladas, margem denteada; cipsela 4
-costada..............................
...................................................................................................2.19.
E. kleinioides
2’ Arbustos ou subarbustos com ramos eretos
4. Folhas lanceoladas, oblanceoladas, panduriformes, elípticas ou ovais; 8
-
90 flores
5. In
vólucro campanulado, subimbricado
6. Planta folhosa na base; folhas oblanceoladas, panduriformes ou lanceoladas
escabras ou híspidas
7. Invólucro 5-6 mm compr., brácteas involucrais vináceas; corola glandulosa;
estilopódio glabro.............................................................2.3. E.
amygdalinum
7’ Invólucro 8-15 mm compr.; brácteas involucrais apenas com ápice vináceo;
corola eglandulosa; estilopódio piloso ou papiloso
8. Folhas lanceoladas; 50-
90 flores; estilopódio piloso........2.27.
E.
pumilum
8’ Folhas oblanceoladas ou panduriformes; 35-42 flores; estilopódio
papiloso........................................................................2.4.
E. amphyd
i
ctium
191
6’ Planta
afila na base; folhas elípticas a ovais com ambas as faces
estrigosa
s......................................................................................2.18.
E. jaraguensis
5’ Invólucro cilíndrico, imbricado
9. Capítulos sésseis a subsésseis
10. Capítulos ordenados em corimbos densos; brácteas involucrais 4-5 seriada
s,
tomentosas no ápice; 8
-
10 flores........................................2.10.
E. congestum
10’ Capítulos ordenados em corimbos laxos, paniculiformes; brácteas
involucrais 6
-
7 seriadas, glabrescentes, 28
-
30 flores.....2.32.
E. subvelutinum
9’ Capítulos p
edunculados
11. Folhas com ápice acuminado, margem inteira; brácteas involucrais 8-9
seriadas, ápice obtuso, 32
-
35 flores...................................2.15. E. hispidulum
11’ Folhas com ápice agudo, margem denteada, brácteas involucrais 5-6
seriadas,
ápice agudo; 22
-
25 flores...................................2.6.
E. angusticeps
4’ Folhas linear
-
lanceoladas ou espatuladas; 5 flores
12. Folhas espatuladas, ápice mucronulado, ambas as faces cinéreo-
tomentosas;
brácteas involucrais 2
-
seriadas............................................2.14.
E. halimifoli
um
12’ Folhas linear-lanceoladas, ápice agudo, face adaxial glabra, face abaxial
pubérula; brácteas involucrais 4
-
5 seriadas........................2.8.
E. bupl
e
urifolium
1’ Folhas pecioladas ou curto
-
pecio
ladas
13. Flores alvas ou róseas
14. Invólucro eximbricado................................................................2.1.
E. adamantium
14’ Invólucro subimbricado ou imbricado
15. Folhas com ambas as faces glabras
16. Capítulos ordenados em racemos; invólucro 4-
5 mm; 5 flores..........................
............................................................................................2.13. E. dendroides
16’ Capítulos ordenados em corimbos; invólucro 12-14 mm; 12-14
flores...................................................................................2.5.
E. angulicaule
15’ Folhas escabras, estrigosas ou tomentosas
17. Invólucro subimbricado; brácteas involucrais 3-5 seriadas; receptáculo
epaleáceo
18. Arvoreta 3,5 m alt.; folhas largo
-
elíptic
as; flores róseas...2.35.
E. velutinum
18’ Arbustos 1-2,5 m alt.; folhas ovais, oval-lanceoladas a rombóides; flores
alvas
19. Capítulos com até 8 flores
192
20. Flores 6; cipsela esparso-pilosa com tricomas glandulares
pedunculados, concentrados no ápice, carpopódio levemente
decorrente............................................................2.29.
E. silphiifolium
20’ Flores 7
-
8; cipsela glabra, carpopódio não
-
decorrente........................
.............................................................................2.17.
E. inulaefolium
19’ Capítulos com 50
-
90 flores.......................................2.33.
E. thysanolepis
17’ Invólucro imbricado, brácteas involucrais 8-10 seriadas; receptáculo
paleáceo............................................................2.11.
E. cylindrocephalum
13’ Flores lilases, purpúreas ou vináceas
21. Invólucro subimbricado
22. Capítulos ordenados em corimbos densos paniculiformes terminais
23. Folhas longo-pecioladas (pecíolo 1,2-2,5 cm) com ápice acuminado, amba
s
as faces glabras....................................................................2.23.
E. organense
23’ Folhas curto-pedioladas (pecíolo 0,4-0,8 cm), ápice agudo; face adaxial
glabrescente, face abaxial estrigosa
24. Receptáculo plano; 5 flores.......
...................................2.16.
E. intermedium
24’ Receptáculo cônico; 25-
30 flores..................................2.24.
E. pauciflorum
22’ Capítulos ordenados em panícula laxa
25. Invólucro 7-8 mm; receptáculo cônico com projeções cônicas; 35-40 flores,
purpúreas........................................................................2.28.
E. purpur
a
scens
25’ Invólucro 10-12 mm; receptáculo plano a levemente côncavo, alveolado; 20-
25 flores, lilases............................................................2.34.
E. vauthierianum
21’ Invólucro imbricado
26. Receptáculo paleáceo
27. Folhas
linear
-
lanceolada
s a oval-
lanceolada
s com margem inteira; invólucro
9-
10 mm, todas as brácteas involucrais com ápice reflexo.........................
............................................................................................2.26.
E. perforatum
27’ Folhas deltóides com margem crenado-
denteada
; invólucro 5 mm, apenas as
brácteas involucrais externas com ápice reflexo...........................................
................................................................................2.21. E. latisquamulosum
26’ Receptáculo epaleáceo
28. Capítulos com até 15 flores
29. Cipsela 5-
costada
193
30. Folhas alternas ou subopostas, face abaxial glabra, ambas as faces
densamente glanduloso
-pontuadas....................................2.25.
E. pedale
30’ Folhas opostas, face abaxial estrigoso-tomentosa, apenas a face abaxial
glanduloso
-pontuadas.................................................2.37.
E. xylorhi
zum
29’ Cipsela 8
-
costada....................................................2.31.
E. stachyophyllum
28’ Capítulos com mais de 15 flores
31. Folhas com margem serreada, glabras...........................2.20.
E. laevigatum
31’ Folhas com margem crenado-
de
nteada, denteada ou inteira, pelo monos
face abaxial tomentosa, estrigosa ou híspida
32. Folhas com ambas as faces glanduloso
-pontuadas
33. Folhas com face adaxial glabrescente; receptáculo ciliado; flores 28
-
30, vináceas...........................................................2.2.
E. adenolepis
33’ Folhas com face adaxial estrigosa; receptáculo glabro; flores 20-
22;
lilases..........................................................................2.36.
E. vindex
32’ Folhas com apenas a face abaxial glandu
loso
-
pontuada
34. Capítulos até 28 flores
35. Brácteas involucrais glabras; corola glanduloso
-
pontuada................
.............................................................................2.7. E. barbac
en
s
is
35’ Brácteas involucrais pubérulas; corola com tricomas glandulares
pedunculados......................................................2.30.
E. squalidum
34’ Capítulos com mais de 35 flores
36. Receptáculo convexo; flores com corola 6,5-7 mm; cerdas do
papilho com ápice levemente espessado, alvas
............................
................................................................2.22. E. multiflosculosum
36’ Receptáculo plano; flores com corola 4-5 mm; cerdas do papilho
sem espessamento apical, creme..............................2.9.
E. ch
aseae
2.1.
Eupatorium adamantium
Gardner, London J. Bot. 5: 477. 1846.
Figura 1a
Arbusto 2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente híspido-
glandulosos,
ferrugíneos. Folhas opostas, pecioladas, 1,5-
8,5x0,8
-4 cm, ovais, ápice obtuso, às vezes
agudo
, margem inteira ou denteada, ciliada, base aguda, face adaxial esparso-
velutínea,
face abaxial velutínea, nervuras proeminentes, albo-velutíneas, ambas as faces
glanduloso
-
pontuadas
. Capítulos pedunculados em panícula ampla. Invólucro 7-8 mm
194
compr., campanulado, eximbricado, brácteas involucrais 2-seriadas, membranáceas,
linear
-lanceoladas, ápice acuminado, margem ciliada, densamente híspido-
tomentosas,
verdes, glanduloso-pontuadas. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores
12-22, hermafroditas, alvas, corola 5-6 mm,
infundibuliforme,
glandulosa,
lobos
glanduloso
-
pontuados
, internamente papilosos; anteras com ápice oval, base sagitada,
colar de anteras cilíndrico; estilete sem estilopódio, cilíndrico, ramos claviformes,
papilosos.
Cipsela 3,5-4 mm compr., cilíndrica, 5-
costada,
glanduloso-pontuada, setosa
nas nervuras; carpopódio simétrico, aneliforme, glabro. Papilho 5-6 mm compr.,
unisseriado, cerdoso, cerdas escabras, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
27.VI.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 446 (VIC); idem, 09.05.2007, fl, fr, G.S.S.
Almeida et al
. 684 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul
e Bahia. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. E. adamantium pode
ser reconhecida pelas folhas pecioladas, com ambas as faces glanduloso
-
pontuadas, face
abaxial densamente velutínea; invólucro com apenas duas séries de brácteas e flores
brancas. Esta espécie apresenta-se muito polimórfica no que se refere ao aspecto
vegetativo, apresentando desde folhas membranáceas, densamente velutíneas com
margem inteira a folhas coriáceas, esparso-velutíneas, com tricomas concentrados nas
nervuras e margem profundo
-
denteada.
2.2.
Eupatorium ad
enolepis
Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras. 6(2):291. 1876.
Figura 1d
Subarbusto
1 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspido-ferrugíneos. Folhas
opostas, pecioladas, 0,8-3,5x0,5-2,5 cm, ovais a deltóides, ápice agudo,
margem
denteada, base obtusa, às vezes cordada,
face
adaxial glabrescente, esparsamente
glanduloso
-
pontuada,
face abaxial densamente
híspido
-
tomentosa,
glanduloso
-
pontuada.
Capítulos pedunculados a subsésseis em corimbos terminais, laxos,
paniculiformes. Invólucro 6-8 mm compr., cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais 6-
7-seriadas, escariosas, externas ovadas, ápice obtuso, internas lanceoladas, ápice agudo,
ambas com ápice vináceo, margem ciliada, levemente pubérulas na metade superior.
Receptáculo levemente convexo, epaleáceo, faveolado, ciliado. Flores 28-30,
hermafroditas, vináceas, corola 5-6 mm, tubulosa,
glandulosa,
lobos glanduloso-
pontuados,
papilosos; anteras com ápice oblongo, base sagitada, colar de anteras
195
cilíndrico; estilete sem estilopódio, ramos cilíndricos, papilosos. Cipsela 3-3,5
mm
compr., cilíndrica, 5-costada, nervuras setosas; carpopódio simétrico, aneliforme,
glabro. Papilho 4,5
-
5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Baixo, 17.XI.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 189 (VIC); Trilha do Morro do
Cachorro, 14.III.2006, fl.,fr., G.S.S. Almeida et al
. 305 (VIC).
Espécie, até o momento, endêmica de Minas Gerais. No PEI coletada em capão
de encosta seca. E. ade
nolepis
costuma ser muito confundida nos herbários, com
E.
xylorhizum
Sch. Bip. ex Baker do qual distingue-se pelos capítulos pedunculados,
enquanto que na última são completamente sésseis.
2.3. Eupatorium amygdalinum
Lam., Encycl. 2: 408. 1788.
Figura 1e
Subarbusto
0,6 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspido-glandulosos a
glabrescentes, quando jovens vináceos. Folhas opostas, sésseis a subsésseis, 1,2
-
11x0,8
-
4,5 cm, oblanceoladas, ápice obtuso, ás vezes agudo, margem inteira a denteada,
levemente revoluta, base cuneada, ambas as faces escabras, estrigosas a glabrescentes,
face adaxial glutinosa, face abaxial
glanduloso
-
pontuada
, nervação densamente
reticulada
. Capítulos pedunculados em corimbos paniculiformes terminais. Invólucro 5-
6 mm compr., campanulado, subimbricados, brácteas involucrais 3-seriadas, escariosas,
ambas com ápice acuminado, margem ciliada, vináceas, externas lanceoladas,
densamente hirsuto-glandulosas, internas linear-lanceoladas, pubérulas, glanduloso-
pontuadas apenas no ápice. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 40-
55, hermafroditas, vináceas, corola 6-7 mm, tubulosa, glandulosa, lobos glanduloso-
pontuados, papilosos; anteras com ápice oblongo, base sagitada, colar de anteras
cilíndrico; estilete com estilopódio bulbiforme, glabro, ramos cilíndricos, pilosos.
Cipsela 2-2,5 mm compr., cilíndrica, 5-costada, setosa; carpopódio levemente
assimétrico, aneliforme, glabro. Papilho 4-5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas
barbeladas, alvas, frágeis.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Calais,
27.IX.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 111 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
26.VII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 497 (VIC); Trilha do Pico do Itacolomi,
16.VIII. 2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al.
770.
196
Espécie amplamente distribuída, ocorrendo no Brasil em quase todas as regiões,
exceto na região sul (Esteves 2001). No PEI coletado em campos de afloramentos
rochosos. E. amygdalinum se caracteriza pelas folhas escabras, invólucro subimbricado
e flores vináceas. Baker (1876) propõe cinco variedades, dentre elas a var. glandulosa
,
coletada no PEI. Entretanto, como a única variação morfológica, se refere a densidade
de tricomas e glândulas nas folhas, optou-se neste trabalho, por não aceitar esta
varied
ade, corroborando com Nakajima (2000), uma vez que a variação na densidade de
tricomas e glândulas é fortemente influênciada pelo ambiente.
2.4.
Eupatorium amphidyctium
DC., Prodr. 5: 163. 1836.
Figura 2a
-c
Subarbusto 0,6 m alt.; ramos eretos, cilíndricos, sulcados, densamente hípido-
glandulosos. Folhas opostas, às vezes sub-opostas, sésseis a subsséseis, comumente
adensadas na base, 5-
11,5x1,2
-3 cm, panduriformes ou oblanceoladas, ápice agudo,
margem denteada, ciliada, base
obtusa,
às vezes cordada, ambas as faces escabras,
esparso
-estrigosa, nervuras reticuladas. Capítulos pedunculados em corimbos terminais,
laxos, paniculiformes. Invólucro 10-15 mm compr.,
campanulado,
subimbricado,
brácteas involucrai
s
2-3 seriadas, lanceoladas, ápice agudo, vináceo, margem ciliada,
dorso pubé
rulo
-
glanduloso
. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 35-
42, hermafroditas,
vináceas
, corola 8-9 mm,
infundibuliforme,
eglandulosa,
lobos
denso
-
papilosos
internamente; anteras com ápice
oval
, base sagitada, colar de anteras
cilíndrico;
estilete
com estilopódio
bulbiforme,
papiloso,
ramos
claviformes
, papilosos.
Cipsela 3,5
-4,5 mm compr., cilíndrica, 5-
costada,
esparso
-tomentosa, glanduloso-
pontuada
;
carpopódio assimétrico, cônico. Papilho 5-6 mm compr., unisseriado
,
cerdoso, cerdas barbeladas, às vezes com ápice vináceo,
cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro,
29
.I.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 607
(VIC).
Espécie, até o momento, considerada endêmica de Minas Gerais. No PEI coleta
em pequena população em campo de afloramentos rochosos, com sério risco de
extinção na área. E. amphidictyum pode ser reconhecida pelas folhas panduriformes ou
oblanceoladas e ramos, folhas e brácteas glandulosas. E. pumilum Gardner é a espécie
mais próxima, da qual se distingue pela forma da folha, margens irregularmente
serreadas e nervuras proeminentes.
197
2.5.
Eupatorium angulicaule
Sch. Bip. e
x Baker, Fl.
Bras. 6(2):287. 1876.
Arbusto
2 m alt.; ramos
angulosos,
sulcados, pubérulos. Folhas opostas,
pecioladas, 11-18,5x2,8-3,6 cm, lanceoladas, ápice agudo, margem inconspicuamente
denteada, base atenuada, ambas as faces glabras, face adaxial com nervuras pubérulas,
face abaxial
glanduloso
-pontuada, nervura principal proeminente. Capítulos sésseis a
subsésseis em corimbos densos, terminais, paniculiformes.
Invólucro 12
-14
mm compr.,
campanulado, subimbricado, brácteas involucrais 4-5-seriadas, escariosas, ambas
lanceoladas, ápice agudo, margem ciliada, dorso glabro, pubérulo-
glandu
loso apenas no
ápice, estriadas. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 12-14,
hermafroditas, alvas, corola 7-8 mm, tubulosa
,
eglandulosa,
lobos papilosos; anteras
com ápice oblongo, base sagitada, colar de anteras cilíndrico; estilete sem estilopódio,
ramos claviformes, papilosos. Cipsela 4-6 mm compr., cilíndrica, 5-costada, glabra,
lustrosa
;
carpopódio levemente assimétrico, aneliforme,
costado,
glabro. Papilho 6-7
mm compr., bisseriado, cerdoso, cerdas escabras, cremes.
Material examin
ado
: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 13.I.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 698 (VIC).
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais e São Paulo. No PEI
coletada em capão de encosta seca. Espécie reconhecida pelos ramos angulosos,
sulcados, capítulos com invólucro subimbricado, longo (12-14 mm) com 4-5 séries de
brácteas e flores alvas.
2.6.
Eupatorium angusticeps Malme, Ark. Bot. 24a (6):25. 1932.
Arbusto 1,2
m alt.; ramos
cilíndricos,
costados
,
densament
e híspido
-
glandulosos.
Folhas opostas, sésseis a subsséseis, 1-4,5x0,4-2 cm,
elípticas
, ápice agudo, margem
denteada, base
aguda
, ambas as faces escabras, esparso-estrigosas, glanduloso-
pontuadas, face abaxial com nervuras proeminentes, reticuladas. Capítu
los
pedunculados
, em corimbos densos,
terminais,
paniculiformes.
Invólucro 10-12
mm
compr.,
cilíndrico
, imbricado, brácteas involucrais 5-6 seriadas, escariosas,
externas
oblanceoladas,
internas linear
-lanceoladas,
ápice agudo,
ciliado, vináceo, margem
198
Figura 1a-c. Tipos de invólucros. a. Eupatorium adamantium. Invólucro eximbricado (Almeida 684). b.
Eupatorium cylindrocephalum. Invólucro imbricado (Almeida 720). c. Eupatorium pumilum. Invólucro
subimbricado
(Almeida 322). d-h. Variações do estilete. d. Eupatorium adenolepis (Almeida 305). e.
Eupatorium amygdalinum (Almeida 497). f. Eupatorium inulaefolium (Almeida 656) g.
Eupatorium
jaraguensis
(Almeida 740). h. Eupatorium vauthierianum (Almeida 69). i-l. Tipos de invólucro. i.
Eup
atorium congestum
.
Invólucro epaleaceo, plano, ciliado (Almeida 405). j-k
.
Eupatorium
latisquamulosum
.
j. Invólucro paleáceo, levemente convexo,
piloso
. k. Pálea (Almeida 349). l.
Eupatorium purpur
a
scens
.
Invólucro
paleáceo, cônico, com projeções cônicas (
Almeida 693)
.
199
ciliada, dorso pubé
rulo
-glanduloso apenas no ápice. Receptáculo plano, epaleáceo,
alveolado, glabro. Flores 22-25, hermafroditas, lilases, corola 5-6 mm, tubulosa
,
eglandulosa,
lobos
denso
-
papilosos
; anteras com ápice oblongo, base sagitada, colar de
anteras cilíndrico, levemente alargado na base; estilete sem estilopódio, ramos
claviformes, papilosos. Cipsela 4-5 mm compr., cilíndrica, 5-
costada,
nervuras híspidas,
com tricomas curtos; carpopódio levemente assimétrico, aneliforme. Papilho 5-6 mm
compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 15.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 335 (VIC); Trilha do Morro do
Cachorro, 17.IV.2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 355 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. No PEI
coletada em campos de afloramentos rochosos e em capão de encosta seca.
E.
angusticeps
pode ser reconhecida pelos ramos híspido-glandulosos, folhas sésseis a
subsésseis, escabras com ambas as faces glanduloso
-
pontuadas; flores 22
-
25 com corola
eglandulosa com lobos denso
-
papilosos. Distingue
-
se de
E. squalidum
, espécie próxima,
com a qual costuma ser muito confundida nos herbários, pelas folhas sésseis e flores
com corola glandulosa.
2.7.
Eupatorium
barbacensis
Hieron., Bot. Jahrb.
Syst. 22:750. 1897.
Figura 2d
-f
Subarbusto 1,2
m alt.; ramos cilíndricos, estriados, cinéreos, hípido-
tomentos
os
,
glanduloso
-
pontuados
. Folhas opostas,
pecioladas, 0,
5-2,
2x0,3
-1,4 cm, ova0.0935860im.
200
setosas;
carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 5-6 mm compr., unisseriado,
cerdoso, cerdas barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca
,
22
.
VII
I.200
5, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 43 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
29.V.2006, fl., fr., G,.S.S. Almeida et al. 392 (VIC); Trilha do Calais, 18.VII.2007, fl.,
fr., G.S.S. Almeida
et al
.
756 (VIC).
Espécie provavelmente endêmica de Minas Gerais, em áreas de campo e cerrado
(Hind 2003). No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
Distingue
-se de
E.
cylindrocephalum
, espécie próxima, dentre as coletadas no PEI, pelo invólucro menor e
receptáculo
epaleáceo.
2.8.
Eupatorium bupleurifolium
DC., Prodr. 5:149. 1836.
Arbusto
2,3
m alt.; ramos cilíndricos,
estriados, pubérulo,
glanduloso
-
pontuados,
avermelhados.
Folhas
opostas,
subsésseis
, congestas 8,5-15,2x1-1,4 cm,
linear
-
lanceoladas
, ápice agudo, ma
rgem
inconspicuamente serreada,
base
cuneada,
face
adaxial glabra, face abaxial pubérula, ambas as faces glanduloso-pontuadas, nervura
principal proeminente, às vezes conduplicadas. Capítulos pedunculados a subsséseis
em
corimbos densos, terminais, panicu
liformes
. Invólucro 8-9 mm compr.,
cilíndrico
,
subimbricado, brácteas involucrai
s
4-5
seriadas,
externas ovais, internas oblongas,
ambas com ápice
obtuso
, ciliado, margem ciliada, dorso glabro, vináceas, internas
caducas.
Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 5, hermafroditas,
lilases
, corola 5-6 mm,
tubulosa
,
glandulosa
, lobos densamente glanduloso-
pontuados
;
anteras com ápice
oblongo
, base
obtusa
, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com
estilopódio cilíndrico, ramos
claviformes
, papilosos. Cipsela 3-3,5 mm
compr.,
prismática
, 5-
costada,
glabra;
carpopódio assimétrico, cilíndrico,
de
corrente
. Papilho 4-
5
mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas
escabras, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro,
15
.
II
.2006, fl., fr., G,.S.S. Almeida
et al
. 300
(VIC);
idem
, 1
4.I
II.200
6
, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al.
320
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do
Sul
, ocorrendo desde o
nível do mar até 1.500 m de altitude (Esteves 2001). No PEI coletada em campos de
201
Figura 2a-
c.
Eupatorium am
ph
idy
ctium
. a. Hábito. b. Capítulo. c. Flor (Almeida 607). d-
e.
Eupatorium
barbacensis
. d. Ramo. e. Capítulo. f. Flor (Almeida 756). g-
i
Eupatorium decumbens. g. Hábito. h.
Capítulo. i. Flor (Almeida 310). j
-
l.
Eupatorium dendroides
. j. Ramo. k. Capítulo. l. Flor (Almeida 659).
202
afloramentos rochosos, entre 1.500-1.600 m de altitude. E. bupleurifolium pode ser
reconheci
do por suas folhas linear-lanceoladas, glanduloso-pontuadas em ambas as
faces, às vezes conduplicadas; capítulos ordenados em corimbos paniculiformes densos
e invólucro com brácteas involucrais internas caducas. Esta espécie costuma ser muito
confundida co
m algumas espécies de
Symphyopappus
, devido à semelhança do hábito, a
presença de folhas glandulosas e cinco flores por capítulo. Entretanto,
E. bupleurifolium
se distingue pelas folhas não-resinosas, apenas glanduloso-pontuadas, corola tubulosa e
papilho
com cerdas livres.
2.9.
Eupatorium chaseae
B. Robinson, Contr. Gray Herb. 104: 14. 1934.
Subarbusto 0,8 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspidos, glanduloso-
pontuados
, quando jovens densamente híspido-
tomentosos,
castanho
-
escuros
. Folhas
opostas, pe
cioladas, 0,7
-2,2x0,4-
1,8 cm, ovais a deltoides, ápice agudo, às vezes obtuso,
margem crenado-denteada, base obtusa, face adaxial glabrescente, face abaxial esparso-
estrigosa, densamente glanduloso-pontuadas, nervação reticulada, nervuras híspidas,
proemin
entes. Capítulos pedunculados racemiformes, terminais. Invólucro 8-10 mm
compr., cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais 6-7 seriadas, externas obovais, ápice
obtuso, ciliado, internas oblongas, ápice agudo, ciliado, vináceo, ambas com margem
ciliada,
dorso pubérulo, glanduloso-pontuado apenas no ápice. Receptáculo plano,
epaleáceo, alveola
203
2.10.
Eupatorium
congestum
Hook & Arn., Companion Bot. Mag. 1: 239. 1835.
Figura 1i
Subarbusto 0,8 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente ferrugíneo-
tomentosos, glandulosos. Folhas opostas, subsésseis, 1-
3,5x0,4
-2 cm, ovadas, ápice
agudo, margem crenada, base cuneada, face adaxial esparso-estrigosa, face abaxial
estrigosa, densamente glanduloso-pontuadas, nervação reticulada, nervuras híspidas,
proeminentes. Capítulos sésseis a subsésseis em corimbos paniculiformes, den
sos.
Invólucro
7-8 mm compr., cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais 4-5 seriadas,
externas o
vadas
, internas oblanceoladas, ambas com ápice
obtuso,
ciliado, vináceo,
margem ciliada, dorso com ápice tomentoso,
glanduloso
-
pontuado
. Receptáculo plano,
ep
aleáceo, alveolado, levememte piloso. Flores 8-10, hermafroditas, lilases, corola 6-7
mm, tubulosa, glandulosa, lobos internamente denso-
papiloso
s, glanduloso-
pontuados
;
anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras inconspícuo, cilíndrico;
e
stilete
sem estilopódio, ramos clavados, papilosos. Cipsela 4-5 mm compr., cilíndrica,
5-costada, esparso-setosas, esparsamente glanduloso-
pontuadas;
carpopódio simétrico,
aneliforme
. Papilho 5
-
6 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Calais,
29.V.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 405 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
25.X.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 773 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos,
muito freqüente após queimada, provavelmente devido à presença de xilopódio.
Distingue
-se de E. stachyophyllum, espécie mais próxima, pelo invólucro cilíndr
ico,
brácteas involucrais 4
-
5 séries, maior número de flores e cipsela 5
-
costada.
2.11.
Eupatorium
cylindrocephalum Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras. 6(2): 283.1876.
Figura 1b
Subarbusto 1,2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente hirs
uto
-
tomentosos. Folhas opostas, pecioladas, 1-
3,5x0,4
-2 cm, oval a elípticas, ápice agudo,
margem crenado-serreada, revoluta, base aguda, face adaxial escabra, bulada, esparso-
estrigosa, face abaxial hirsuto-tomentosa, densamente glanduloso-pontuada, nerva
ção
reticulada, nevuras proeminentes. Capítulos pedunculados em tirsos, densos,
paniculiformes.
Invólucro 10
-13 mm compr., cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais
8-10 seriadas, externas o
vadas
, internas oblanceoladas, ambas com ápice obtuso ou
204
agudo,
ciliado,
margem ciliada, dorso glabrescente. Receptáculo plano, paleáceo,
alveolado, glabro, páleas 2-4, lanceoladas, ápice agudo, ciliado, glabras. Flores 23-
25,
hermafroditas, alvas, corola 5-6 mm, tubulosa, esparso-
glandulosa,
lobos interna e
externamen
te papilosos, glanduloso-pontuados; anteras com ápice oval, base obtusa,
colar de a
205
Material examinado: Brasil, Minas Gerais,
Mariana
, PEI: Trilha o Sertão, 27.I
.2006,
fl.,
fr., G.S.S. Almeida et al. 268 (VIC); idem,Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 15.II.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 294 (VIC); Trilha do Calais,
29.I.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 638 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais e São Paulo; ocorrendo no
cerrado e campo rupestre (Esteves 2001). No PEI coletada em campos de afloramentos
rochosos e em campos graminosos secos. Espécie distinta das demais do gênero
coletadas no PEI, pelo hábito herbáceo com ramos decumbentes, folhosos na base,
capítulos solitários, brácteas com ápice vináceo e flores numerosas vináceas.
2.13.
Eupatorium dendroides
Spreng., Syst. Veg., 16(3): 415. 1826.
Figura 2j
-l
Arbusto 1,2 m alt.; ramos cilíndricos, sulcados, glabros, glanduloso-
pontuados
com
tons avermelhados. Folhas opostas, pecioladas, 3-
9,3x0,6
-3,5 cm, elípticas a ovais,
ápice agudo, margem serreada, base cuneada, ambas as faces glabras, glanduoso-
pontuadas, trinérveas, nervuras avermelhadas, glandulosas, proeminentes. Capítulos
pedunculado
s a subsésseis em racemos longos, densos, paniculiformes.
Invólucro
4-5
mm compr., cilíndrico, subimbricado, brácteas involucrais 3-4 seriadas, externas ovais,
internas oblanceoladas, ambas com ápice obtuso ou agudo, ciliado, margem
discretamente ciliada, dorso glabro, vernicoso, glanduloso-pontuado apenas no ápice,
estriadas, caducas. Receptáculo convexo, epaleáceo, alveolado, esparsamente ciliado
.
Flores 5, hermafroditas, alvas, corola 3,5-4 mm, tubulosa, glandulosa, lobos com ápice
papiloso, glanduloso-p
ontuados
; anteras com ápice oblongo, base sagitada, colar de
anteras cilíndrico, inconspícuo;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos claviformes,
papilosos. Cipsela
1-2 mm compr., cilíndrica, 5-
costada
, glabra; carpopódio cilíndrico,
anular, conspícuo, papiloso. Papilho 3-3,5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas
barbeladas com ápice espessado, ferrugíneas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha do Sertão,
15.III.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 659
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí; ocorre
em cerrado, campos rupestres, restinga, mata secundária, mata de galeria; comum em
solos hidromóficos (Esteves 2001). No PEI coletada em campos de afloramentos
rochosos.
E. dendroides pode ser diferenciada das demais espécies coletada no PEI,
206
pelas folhas elípticas ou ovais com margem serreada, capítulos curto-pedunculados ou
subsésseis ordenados em racemos longos, densos, paniculiformes, invólucro com
brácteas caducas e apenas cinco flores alvas.
2.14.
Eupatorium halimifolium
DC., Prodr. 5: 150. 1836.
Subarbusto
0,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente incano-
tomentosos. Folhas alterno-espiraladas, sésseis, 1-
3,5x0,3
-1,2 cm, ascendentes,
espatuladas, ápice mucronulado, margem inteira, base atenuada, ambas as faces
densamente cinéreo-
tomentosas,
glanduloso-
pontuadas.
Capítulos pedunculados a
curto
-pedunculados em corimbos terminais densos, paniculiformes. Invólucro 8-9 mm
compr., cilíndrico, subimbricado, brácteas involucrais 2-seriadas, escariosas,
lanceoladas, ápice agudo, margem ciliada, dorso tomentoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 5, hermafroditas, viná
ceas,
corola 6-7 mm,
infundibuliforme,
tubo eglandular, lobos internamente papilosos,
externamente glanduloso-pontuados; anteras com ápice oblongo, às vezes, emarginado,
base sagitada, colar de anteras inconspícuo, cilíndrico; estilete sem estilopódio, ram
os
clavados, papilosos, puberulentos. Cipsela 2,5-3 mm compr., piramidal, 5-costada, com
tricomas glandulares no ápice;
carpopódio inconspícuo, glabro. Papilho 5
-
6 mm compr.,
cerdoso, bisseriado, cerdas barbeladas, ápice avermelhado, unidas na base em anel,
cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Calais,
17.IV.2006, fl.,fr., G.S.S. Almeida et al
. 371 (VIC);
Espécie distribuída nos estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. No PEI
coletado em campos de afloramentos ro
chosos. E
. halimifoli
um
pode se reconhecida por
suas folhas alterno-espiraladas, espatuladas, densamente cinéreo-tomentosas, dando a
planta um aspecto prateado, além dos capítulos com apenas cinco flores, vináceas.
2.15.
Eupatorium hispidulum
(DC.)
Malme,
Ark.
Bot. 24a (8): 20. 1932.
Arbusto
1,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, glabros, quando jovens spido-
glandulosos, vináceos. Folhas opostas, sésseis, 1,3-
8,5x0,6
-3 cm, ovais, ápice
acuminado, margem inteira, revoluta, base cuneada, ambas as faces estrigosas,
glutinosas, face abaxial com nervuras híspidas, proeminentes. Capítulos pedunculados
em corimbos paniculiformes, laxos, divaricados.
Invólucro 10
-11 mm compr.,
cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais 8-9 seriadas, externas o
vais
, internas
207
oblongas, ambas com ápice
obtuso,
ciliado, vináceo, margem ciliada, dorso pubérulo,
glanduloso
-
pontuado
apenas no ápice. Receptáculo convexo, epaleáceo, alveolado,
glabro. Flores 32
-
35, hermafroditas, lilases, corola 5
-
6 mm, tubulosa, eglandulosa,
lobos
interna e externamente papilosos; anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de
anteras inconspícuo, cilíndrico;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos clavados,
papilosos. Cipsela 5-6 mm compr., cilíndrica, 5-costada, esparso-
setosa;
carpopódio
a
ssimétrico,
aneliforme. Papilho 6-7 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas
barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 29.V.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
403
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e
Bahia. No PEI coletada em capão de encosta seca. E. hispidulum costuma ser muito
confundida nos herbários, com E. odoratum L., no entanto, as duas espécies são
facilmente diferenciadas uma vez que só esta última apresenta glândulas na face abaxial
das folhas.
2.16.
Eupatorium intermedium
DC., Prodr.
5: 148. 1836
.
Arbusto 2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspidos, glanduloso-
pontuados.
Folhas opostas, curto-pecioladas, pecíolo 0,4-0,7 cm, mina 1-8,5x0,5-2 cm,
lanceoladas a elípticas, ápice agudo, margem crenado-denteada, base cuneada, face
adaxial glabrescente, levemente vernicosa, face abaxial pubérula, esparso-
estrigosa,
glanduloso
-pontuada. Capítulos curto-pedunculados em corimbos terminais, densos,
paniculiformes.
Invólucro
4-5 mm compr., subcilíndrico, subimbricado, brácteas
involucrais 3-4 seriadas, externas o
vais
, internas oblongas, ambas com ápice
agudo,
ciliado,
margem ciliada, dorso pubérulo, glanduloso-tomentoso no ápice. Receptácu
lo
plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 5, hermafroditas, lilás-claras, corola 2,5-
3
mm, tubulosa, tubo eglandular, lobos esparsamente glanduloso-
pontuados
; anteras com
ápice oblongo, base obtusa, colar de anteras inconspícuo, cilíndrico;
estilete
c
om
estilopódio cilíndrico, ramos clavados, papilosos. Cipsela 2-3 mm compr., prismática,
5-costada, glabra; carpopódio inconspícuo. Papilho 2,5-3 mm compr., unisseriado,
cerdoso, cerdas escabras, espessadas
, cremes
.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 306 (VIC); Trilha da Casa do
208
Bruno, 18.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 382 (VIC); idem, Mariana, PEI: Trilha
do Sertão, 18.IV.2007, fl., fr., G.S.S. Almei
da et al. 667 (VIC).
Material adicional: Brasil, Minas Gerais, Viçosa, Mata do Paraíso: Trilha da
caminhada, margem esquerda do lago, 08.V.2007, fl., fr., P.P de Souza & R.S. Fonseca,
176 (VIC)
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio de
Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos. Espécie muito próxima a E. gaudichaudianum DC., sendo
ambas muito confundidas em herbário. Esteves (2001) separa as duas espécies apenas
por caracteres vegetativos, de pubescência ou nervação, assim como as demais
descrições consultadas. Analisando as duas espécies, utilizando material adicional de
E.
gaudichaudian
um
(P.P. de Souza, 176) pode-se observar que esta espécie apresenta
cipsela g
landuloso
-pontuada, enquanto E. intermedium apresenta cipsela não-
glandulosa, tornando a distinção das duas espécies mais precisa.
2.17.
Eupatorium inulaefolium
H.B.K., Nov. Gen. Sp. 4: 85.
Ed. Fol. 1818.
Figura 1f
Arbusto 2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, tomentosos, glanduloso-
pontuados, vináceos. Folhas opostas, pecioladas, 2-
11,5x0,6
-3,5 cm, oval-lanceoladas,
ápice acuminado, margem crenado-denteada, base decorrente, face adaxial escabra,
estrigosa, esparsamente glanduloso-pontuada, face abaxial híspida, densamente
glanduloso
-pontuada, nervuras denso-tomentosas. Capítulos curto-pedunculados em
panícula piramidal, ampla.
Invólucro
7-8 mm compr., campanulado, subimbricado,
brácteas involucrais 3-
seriadas
, externas o
vais
, internas lanceoladas, ambas com ápice
obtuso,
ciliado,
vináceo, margem ciliada, dorso esparso-tomentosas a glabras,
glanduloso
-
pontuad
as. Receptáculo convexo, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 7-8,
hermafroditas, alvas, corola 4,5-5 mm, tubulosas, tubo eglandular, lobos glanduloso-
pontuados, papilosos apenas no ápice; anteras com ápice oblongo, base obtusa, colar de
anteras inconspícuo, cilíndrico;
estilete
com estilopódio levemente bulbiforme, piloso,
ramos cilíndricos, papilosos. Cipsela 2-3 mm compr., prismática, 5-costada, gla
bra,
glanduloso
-
pontuada;
carpopódio assimétrico, não-decorrente, aneliforme. Papilho 4-
5
mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais,
Mariana
, PEI: Trilha o Sertão, 18.IV.2007,
fl.,
fr., G.S.S. Almei
da et al
. 656 (VIC).
209
Segundo Esteves (2001)(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0976
210
Figura 3a-
c.
Eupatorium jaraguensis. a. Hábito. b. capítulo. c. Flor (Almeida 740). d-
f.
Eupatorium
kleinioides
. d. Hábito. e. Capítulo. f. Flor (Almeida 348). g-
j.
Eupatorium multiflosculosum. g. Ramo. h.
Capítulo. i. Flor. j. Anteras (Almeida 705). k-
m.
Eupatorium organense. k. Ramo e detalhe do tomento
dos ramos. l. Capítulo. m. Flor (Almeida 289).
211
2.19.
Eupatorium kleinioides
H.B.K., Nov.
Gen. Sp. 4: 94. Ed. Fol. 1818.
Figura 3d
-f
Erva 0,5m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente híspidos. Fol
has
opostas, sésseis, 1,5-
4,5x0,2
-0,5 cm, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem denteada,
ciliada, base atenuada, ambas as faces estrigosas a glabrescentes, com tricomas longos
multicelulares
. Capítulos pedunculados, solitários, terminais.
Invólucro
7-8 mm compr.,
campanulado, subimbricado, brácteas involucrais 3-4 s
eriadas,
oblongas,
externas
com
ápice acuminado, internas com ápice obtuso em ambas, ciliado, vináceo,
margem
ciliada, dorso pubérulo, glanduloso-pontuado, caducas. Receptáculo cônico, epaleác
eo,
alveolado, glabro. Flores 30-50, hermafroditas, lilases, corola 5-5,5 mm, tubulosa,
eglandulosa,
lobos
interna e externamente
denso
-
papilosos
; anteras com ápice
lanceolado, base obtusa, colar de anteras piriforme;
estilete
com estilopódio cilíndrico,
r
amos clavados, papilosos. Cipsela 2
-
2,5 mm compr., cilíndrica, levemente comprimida,
4-
costada,
esparso-
setosa
; carpopódio assimétrico,
aneliforme
, distinto. Papilho 4-4,5
mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas, barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha da Serrinha,
16.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 348
(VIC).
Espécie distribuída em todas as regiões geográficas do Brasil, considerada
ruderal (Esteves 2001). No PEI coletada em campos de afloramentos rochos
os.
E.
kleinioides
caracteriza-se pelo invólucro campanulado com brácteas involucrais
fortemente caducas. Distingue-se de E. decumbens, espécie próxima, que também
apresenta brácteas caducas, pelas folhas linear-lanceoladas, por não apresentar-
se
decumbent
e e pelo tomento constituído de tricomas longos multicelulares.
2.20.
Eupatorium laevigatum
Lam., Encycl. 2: 408. 1788.
Arbusto 2 m alt.; ramos cilíndricos, sulcados, glabros, vináceos. Folhas opostas,
pecioladas, 2-11,5x0,5-4 cm, elípicas, ápice agudo, margem serreada, base cuneada,
ambas as faces glabras, resinosas, face abaxial densamente glanduloso-
pontuada,
trinévea, nervuras proeminentes. Capítulos pedunculados em corimbos densos,
terminais, paniculiformes.
Invólucro
8-11 mm compr., cilíndrico, imbricado, brácteas
involucrais 7-8 s
eriadas,
externas ovais, ápice obtuso, internas lanceoladas, ápice agudo
em ambas, ciliado, vináceo, margem escariosa, dorso pubérulo, glanduloso-pontuado na
metade superior. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 20,
hermafroditas, lilases, corola 5-6 mm, tubulosa, discretamente glanduloso-
pontuada,
212
lobos
papilosos
, às vezes glanduloso-pontuado; anteras com ápice lanceolado, base
truncada, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares,
papilosos. Cipsela 3-3,5 mm compr., prismática, 5-
costada,
nervuras com tricomas
diminutos;
carpopódio assimétrico,
aneliforme
, inconspícuo. Papilho 5-6 mm compr.,
unisseriado, cerdoso, cerdas, barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
22.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 5
8
(VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 307 (VIC); idem, Mariana, PEI: Trilha do
Sertão, 18.IV.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al.
658 (VIC).
Espécie amplamente distribuída no Brasil, dispersa por toda a América tropical
(Barroso 1950; Cabrera 1974). No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
E. laevigatum
caracteriza-se pelo hábito arbustivo, folhas glabras, resinosas com
nervuras bem marcadas; estas características fazem com que a espécie seja confundida
com espécies de
Symphyopappus
. Entretanto, o mero de flores, 20 por capítulo, a
distingue facilmente das espécies do último gênero que apresentam sempre cinco, raro
seis flores por capítulo.
2.21. Eupatorium latisquamulosum (Hieron.) Malme, Svensk. Vetenskapsakad. Handl.
Sér. 3, 12(2) 34. 1893.
Figura 1j
-k
Subarbusto 0,4 m alt.; ramos eretos, às vezes decumbentes, cilíndricos, estriados,
híspidos, com
tricomas multicelulares. Folhas opostas, adensadas na base, pecioladas, 1
-
2,8x0,8-2,2 cm, deltóides, ápice agudo, margem crenado-denteada, base cuneada, às
vezes levemente cordada, ambas as faces glabras, reticulado-venulosas, face abaxial
glanduloso
-
pontu
ada, nervuras proeminentes, híspidas. Capítulos sésseis em corimbos
terminais, densos.
Invólucro
5
mm compr., cilíndrico, imbricado,
brácteas involucrais 4
-
5 seriadas, externas ovais, ápice obtuso, internas oblanceoladas, ápice agudo, reflexo,
em ambas ciliado, vináceo, margem escariosa, esparso-ciliada, dorso pubérulo,
glanduloso
-pontuado. Receptáculo levemente convexo, paleáceo, alveolado,
piloso
,
páleas linear-
lanceoladas
. Flores 18-20, hermafroditas, vinácea, corola 4-5 mm,
tubulosa, glandulosa, lobos p
apilosos
, glanduloso-pontuados; anteras com ápice agudo,
base aguda, colar de anteras inconspícuo, cilíndrico;
estilete
com estilopódio cilíndrico,
ramos lineares, papilosos. Cipsela 2-2,5 mm compr., prismática, 5-
costada
, nervuras
213
setosas;
carpopódio assimétrico,
aneliforme
, conspícuo. Papilho 3,5-4 mm compr.,
unisseriado, cerdoso, cerdas, barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha da Serrinha,
16.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 349 (VIC); Ouro Preto, PEI: Trilha do Calais,
fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 637 (VIC).
Segundo Esteves (2001),
E. latisquamulosum
encontra
-
se distribuída nos estados
de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O registro desta espécie
para o PEI amplia sua distribuição geográfica também para o estado de Minas Gerais.
No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. Esta espécie pode ser
caracterizada pelas folhas adensadas na base, glabras, com nervuras proeminentes,
invólucro com brácteas internas reflexas e receptáculo paleáceo. Distingue-se de
E.
decumbens
, espécie mais próxima das coletadas no PEI, pelas folhas glabras e
receptáculo paleáceo.
2.22-
Eupatorium multiflosculosum
DC., Prodr. 5: 141. 1836.
Figura 3 g
-j
Subarbusto 0,8 m alt.; muito ramificado, ramos angulosos, pubérulos, quando
jovens griseo-tomentosos, inferiormente com folhas caducas. Folhas opostas,
pecioladas, 0,5-1,2x0,3-0,9 cm, ovais, ápice agudo, às vezes obtuso, margem inteira ou
crenado
-denteada, base obtusa, face adaxial glabra levemente bulada, face abaxial
estrigosa, principalmente nas nervuras, densamente glanduloso-pontuada, nervuras
proeminentes. Capítulos pedunculados, em corimbos de 3-5 capítulos, às vezes
solitários, terminais. Invólucro 10-12 mm compr., cilíndrico,
imbricado,
brácte
as
involucrais 7-8 seriadas, externas ovais, internas lanceoladas, ambas com ápice obtuso,
ciliado, vináceo, margem ciliada, dorso glabro, glanduloso-pontuado na metade
superior. Receptáculo convexo, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 40-50,
hermafroditas, lilases, corola 6,5-7 mm, tubulosa, discretamente glandulosa, lobos
interna e externamente papilosos, glanduloso-
pontuados;
anteras com ápice longo-
lanceolado, base obtusa, colar de anteras piriforme;
estilete
com estilopódio cilíndrico,
ramos lineares, papilosos. Cipsela 4-4,5 mm compr., prismática, 5-
costada
, glabra,
nervuras tomentosas; carpopódio simétrico,
aneliforme
, conspícuo. Papilho 5-6 mm
compr., unisseriado, cerdoso,
cerdas, barbeladas, ápice
levemente
espessado
, alvas.
214
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
09.V.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 676 (VIC); idem, Mariana, PEI: Trilha do
Sertão, 06.VI.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 705 (VIC).
Espécie com distribuição restrita a Minas Gerais.
No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos.
E.
multiflosculosum
caracteriza-se pelos ramos com folhas
pequenas, glandulosas na face abaxial, as inferiores caducas, invólucro grande, capítulos
com muitas flores, cipsela glabra e cerdas do papilho espessada no ápice. Esta espécie
costuma ser muito confundida com E. barbacensis, da qual se distingue pelos ramos
com folhas inferiormente caducas e capítulos com número maior de flores.
2.23.
Eupatorium organense
Gardn., Lond. J. Bot. 4: 117. 1845.
Figura 3k
-m
Arbusto 1,2 m alt.; ramos angulosos, costados, pubérulo, densamente
glanduloso
-pontuados. Folhas opostas, superiores subopostas, longo-
pecioladas
, pecíolo
1-2,5 cm, com base expandida, lâmina 3,5-12x0,5-2,5 cm, lanceoladas, ápice
acuminado, margem cr
enado
-denteada, base decorrente, ambas as faces glabras,
densamente glanduloso-pontuadas, nervuras na face abaxial com tons vináceos.
Capítulos pedunculados em corimbos densos, terminais, paniculiformes.
Invólucro
3-4
mm compr.,
hemisférico,
eximbricado
, brácteas involucrais 2-3 seriadas, externas
lineares, internas lanceoladas, ápice agudo, ciliado, vináceo, margem ciliadas, dorso
pubérulo, glanduloso-pontuados. Receptáculo convexo, epaleáceo, alveolado, glabro.
Flores 40-45, hermafroditas, lilases, corola 3-3,5 mm, tubulosa, tubo eglandular,
lobos
interna e externamente papilosos
, glanduloso
-
pontuados; anteras com ápice obtuso, base
truncada, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares,
discretamente papilosos. Cipsela
1,5
-2 mm compr., prismática, 5-
costada
, glabra,
glanduloso
-
pontuada;
carpopódio,
aneliforme
, decorrente, conspícuo. Papilho 2,5-3 mm
compr., unisseriado, cerdoso, cerdas, barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
29.I.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida, 289 (VIC).
Espécie até o momento restrita a Minas Gerais. No PEI coletada em capão de
galeria.
E.
organense
caracteriza-se pelo hábito arbustivo, folhas longo-
pecioladas,
glabras, densamente glanduloso-pontuadas; invólucro hemisférico com brácteas
externas lineares e internas lanceoladas, glandulosas e cipsela glabra, glandulosa com
215
carpopódio decorrente. As folhas longo-pecioladas, glabras a distingue facilmente das
demais espécies do gênero no PEI.
2.24.
Eupatorium pauciflorum
H.B.K.,
Nov. Gen. Sp. 4: 94
.
Ed. Fol. 1818.
Erva 0,5 m alt.; ramos cilíndricos, costados, híspidos, com tricomas longos.
Folhas opostas, curto-pecioladas, pecíolo 0,6-0,8, lâmina 1-
5,6,5x0,5
-2,5 cm,
lanceoladas, ápice agudo, margem serreada, ciliada, base cuneada, face adaxial
glabrescente, face abaxial densamente estrigosa, glanduloso-pontuada. Capítulos
pedunculados em cimas corimbiformes, terminais.
Invólucro
7-8 mm compr.,
campanulado, subimbricado, brácteas involucrais 2-3 s
er
iadas, lanceoladas, ápice
acuminado, vináceo, margem escariosa, dorso estriado, glabro a esparso-
tomentoso,
esparso
-glanduloso. Receptáculo cônico, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 25-
30,
hermafroditas, lilases a purpúreas, corola 5-5,5 mm, tubulosa, e
glandulosa,
lobos
papiloso
-setosos; anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras piriforme;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos clavados, papilosos. Cipsela 2-2,5 mm
compr., obcônica, achatada, 3-
costada
, esparso-
setosa;
carpopódio as
simétrico,
aneliforme
, conspícuo. Papilho 4-5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas,
barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Calais,
15.XI.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
.
149 (VIC); idem, Mariana, Trilha da Serrinha,
11.XII. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al.
594 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia; espécie de
cerrado, comum, também como invasora (Esteves 2001). No PEI coletada em campos
de afloramentos rochosos e em capão de encosta úmida.
E.
pauciflorum
caracteriza-
se
pelos ramos híspidos, folhas com margem crenado-denteada; invólucro campanulado
com brácteas involucrais lanceoladas, acuminadas e cipsela obcônica, 3-
costada,
esparso
-
setosa.
2. 25.
Eupatorium
pedale
Sch. Bip. ex Baker
, Fl.
Bras. 6(2): 295. 1876.
Figura 4a
-e
Subarbusto 0,4 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, tomentosos. Folhas alternas
ou subopostas, pecioladas, 0,6-
2,8x0,3
-2 cm, elípicas a ovais, ápice agudo ou obtuso,
margem serreada, base cuneada, face adaxial esparso-tomentosa, face abaxial
216
glabrescentes, nervação reticulada, proeminente, nervuras tomentosas, ambas as faces
densamente glanduloso-pontuadas. Capítulos pedunculados em cimas corimbiformes
densas, terminais.
Invólucro
6-8 mm compr., cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais
5-6 s
eriadas,
externas ovais, internas lanceoladas, ambas com ápice agudo, reflexo,
ciliado, densamente glanduloso-pontuado, margem ciliada, dorso glabro a pubérulo na
metade superior. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 10-13,
hermafroditas, lilases, corola 4,5-5 mm, tubulosa, glandulosa,
lobos
interna e
externamente
papilosos
, glanduloso-pontuados; anteras com ápice lanceolado, base
truncada, colar de anteras piriforme;
estilete
sem estilopódio, ramos lineares, papilosos.
Cipsela 2
-
2,5 mm compr., prismática, 5
-
costada
, setosa apenas nas nervuras;
carpopódio
assimétrico,
aneliforme
, conspícuo. Papilho 4-5 mm compr., unisseriado, cerdoso,
cerdas, barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Casa do Bruno,
28.I.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 271 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almei
da
et al. 309 (VIC); Trilha do Pico do Itacolomi,
29.I.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 640 (VIC); Mariana, PEI: Trilha do Sertão,
30.V.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
411 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e
Goiás; ocorrendo no cerrado, campos rupestres e campos de altitude (Esteves 2001). No
PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
E.
pedale
é caracterizada e
facilmente distinguível das demais espécies de
Eupatorium
do PEI, por apresentar-
se
como um subarbusto pequeno, com folhas pequenas, densamente glanduloso-
pontuadas
em ambas as faces, invólucro cilíndrico, brácteas involucrais de ápice reflexo,
densamente glanduloso
-
pontuadas.
2.26.
Eupatorium perforatum
Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras.
6(2): 289. 1876
Figura 4f
-h
Subarbusto 1,6 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspido-
tomentosos,
ferrugíneos. Folhas opostas, pecioladas, 4-
10,8x0,5
-2,5 cm, oval-lanceoladas ou linear-
lanceoladas, ápice agudo a cuspidado, margem inteira, escabra, base cuneada, face
adaxial bulada, escabra, face abaxial híspida, principalmente nas nervuras, glanduloso-
pontuada, nervação reticulada, proeminente. Capítulos pedunculados em corimbos,
laxos, terminais.
Invólucro
9-10 mm compr., cilíndrico, imbricado, brácteas involucrais
5-6 s
eriadas,
externas ovais, internas oblanceoladas, ambas com ápice agudo,
reflexo
,
217
fimbriado, margem fimbriada, dorso tomentoso. Receptáculo convexo, paleáceo
,
alveolado, glabro, páleas lanceoladas, glabras. Flores 15-20, hermafroditas, lil
ases,
corola 4,5-5 mm, tubulosa, esparso-
glandulosa,
lobos
interna e externamente
papilosos
;
anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras inconspícuo, cilíndrico;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares, papilosos. Cipsela 4-5 mm compr.,
cilíndrico, 5-
costada
, glabra, nervuras setosas; carpopódio assimétrico,
aneliforme
.
Papilho 5
-
6 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas escabras, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Baixo, 27.VI.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 472 (VIC); idem, 27.VI.2007, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al
. 719 (VIC).
Espécie até então, restrita aos campos rupestres de Minas Gerais. No PEI
coletada em campos de afloramentos rochosos.
E. perforatum
é caracterizada e
facilmente distinguível das demais espécies de
Eupatorium
do PEI, pelo invólucro
cilíndrico com brácteas involucrais externas de ápice reflexo, vináceo, tomentosas,
eglandulares e receptáculo paleáceo.
2.27.
Eupatorium pumilum
(Gardn.)B. Robinson,
Contr. Gray Herb. 68:30. 1923.
Figura 1c
Subarbusto 0,8 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspido-glandulosos. Folhas
inferiores adensadas na base, opostas, superiores alternas, sésseis, 1,2-10,5x0,5-2 cm,
lanceoladas, ápice agudo, margem denteada, ciliada, base atenuada, ambas as faces
híspidas
. Capítulos pedunculados, 2-3, corimbiformes ou solitários terminais.
Invólucro
8-12 mm compr., campanulado, subimbricado, brácteas involucrais 3-s
eriadas,
lanceoladas, ápice acuminado, vináceo,
margem
ciliada, dorso híspido-
glanduloso,
resinoso, estriado. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 50-90,
hermafroditas, purpúreas, corola 7-8 mm, tubulosa, eglandulosa,
lobos
papilosos
apenas
na margem; anteras com ápice oblongo, base truncada, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com
estilopódio
bulbiforme
, piloso, ramos clavados, papilosos. Cipsela 4-6 mm
compr., cilíndrica, 5-
costada
, setosa, glandulosa; carpopódio cônico,
aneliforme
,
conspícuo
. Papilho 8
-
9 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas, b
arbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
22.VIII.2005; fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 52 (VIC); Trilha da Casa do Bruno,
14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 322 (VIC); Trilha do Morro do C
achorro,
27.VI.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 741 (VIC).
218
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais e São Paulo; ocorrendo
no cerrado, campos rupestres, tendo sido coletada com mais freqüência acima de 1.200
m.s.m. (Esteves 2001). No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
E.
pumilum
é caracterizada pelo hábito subarbustivo com folhas adensadas na base,
lanceoladas com margem profundo-denteada, capítulos solitários ou agrupados de 2-3,
terminais, invólucro campanulado com muitas flores. Distingue-se de E. amphidictyum,
espécie com a qual costuma ser muito confundida nos herbários, pelas folhas
lanceoladas e capítulos com maior número de flores.
2.28. Eupatorium purpurascens
Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras., 6(2): 356. 1876.
Figura
1l
Arbusto 3 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, escabros, estrigosos, glanduloso
com estrias vináceas. Folhas opostas, pecioladas, 2,5-6x1-2,3 cm, lanceoladas, ápice
agudo, margem denteada, ciliada, base cuneada, face adaxial denso-
estrigosa,
esparsamente glanduoso-pontuada, face abaxial hirsuta, densamente glanduloso-
pontuada, trinérvea, nervuras tomentosas. Capítulos pedunculados em panícula laxa.
Invólucro
7-8 mm compr., campanulado, subimbricado, brácteas involucrais 4-s
eriadas,
lanceoladas, ápice agudo, ciliado, margem ciliada, externas tomentosas, internas
glabras, ambas densamente glanduloso-pontuadas, purpurescentes. Receptáculo cônico,
com projeções cônicas, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 35-40, hermafroditas,
purpúreas, corola 4-5 mm, tubulosa, esparso-
glandulosa,
lobos
com margem
papilos
a,
glanduloso
-pontuados; anteras com ápice oblongo, base truncada, colar de anteras
cilíndrico, inconspícuo;
estilete
com estilopódio bulbiforme, piloso, ramos lineares,
papilosos.
Cipsela 4-6 mm compr., cilíndrica, estipitada 5-
costada
, glanduloso-
pontuada, nervuras híspidas; carpopódio assimétrico,
aneliforme
, conspícuo. Papilho 3-
4 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, alvas, às vezes com ápice
vináceo.
Material examinado: Brasil, Minas Gera
is,
Ouro Preto, PEI: Trilha do Tesoureiro,
10.V.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 693
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina; ocorre em cerrado, campos rupestres e em áreas de vegetação alterada,
freqüente em solos hidromórficos e nas margens de estradas (Esteves 2001). No PEI
coletada em capão de galeria em área com forte influência antrópica.
E.
purpurascens
é
caracterizada pelos ramos com estrias vináceas, glanduloso, brácteas involucrais em
219
quatro
séries, glandulosas, receptáculo cônico com projeções cônicas e flores
numerosas, purpúreas. Distingue-se de
E.
adamantium
, espécie mais próxima dentre as
coletadas no PEI, pelos ramos com estrias vináceas e invólucro maior que as flores.
2.29.
Eupatoriu
m silphiifolium
Mart., Flora 20(2): 105. 1837.
Arbusto 2,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, tomentosos, glanduloso-
pontuados, vináceos. Folhas opostas, pecioladas, 1,5-13,5x0,6-4,2 cm, oval-lanceoladas
a rombóides, ápice agudo, margem crenado-
denteada
, escabra, base atenuada, face
adaxial bulada, estrigosa, resinosa, face abaxial tomentosa, densamente glanduloso-
pontuada, nervação reticulada, proeminente, nervuras híspidas. Capítulos curto-
pedunculados em corimbos densos, paniculiformes.
Invólucro
6-8 mm compr.,
campanulado, subimbricado, brácteas involucrais 3-seriadas, externas ovais, ápice
obtuso, ciliado, margem ciliada, glanduloso-tomentosas, vináceas, internas
oblanceoladas, ápice agudo, ciliado, margem não-ciliada, dorso púberulo-
glanduloso
apena
s no ápice.
Receptáculo
levemente convexo, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores
6, hermafroditas, alvas, corola 5-6 mm, tubulosa, eglandulosa,
lobos
papilos
os apenas
no ápice, esparsamente glanduloso-pontuados; anteras com ápice oblongo, base obtusa,
colar
de anteras cilíndrico, inconspícuo;
estilete
com estilopódio bulbiforme, piloso,
ramos lineares, papilosos. Cipsela 2-2,5 mm compr., cilíndrica, 5-
costada,
esparso
-
pilosa, com tricomas glandulares pedunculados concentrados no ápice, glanduloso-
pontuadas;
carpopódio
assimétrico, aneliforme, levemente decorrente, conspícuo
.
Papilho 4,5
-
5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Tesoureiro,
10.V.2007, fl., fr., G.S.S. Almei
da
et al. 692 (VIC); idem, 27.VI. 2007, fl., fr., G.S.S.
Almeida et al.
744 (VIC)
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e
Ceará, ocorrendo em cerrado, campos rupestres e em áreas de vegetação alterada
(Esteves 2001). No PEI coletada em capão de galeria em áreas com forte influência
antrópica.
E. silphiifolium caracteriza-se pelas folhas escabras com face adaxial
densamente glanduloso-
pontu
ada, capítulos em corimbos densos, paniculiformes, com
apenas seis flores alvas. Distingue-se de E. inulaefolium, espécie mais próxima, pela
lâmina foliar subcoriácea escabra, com dimensões menores. Segundo Esteves (2001)
provavelmente,
E. silphiifolium represente apenas uma forma campestre exposta ao sol
220
de
E. inulaefolium. As duas espécies merecem um estudo taxonômico mais detalhado
que possibilite a sinonimização.
2.30.
Eupatorium squalidum
DC., Prodr. 5:142. 1836.
Subarbusto 1,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, híspido-
tomentosos,
glandulosos, vináceos. Folhas opostas, pecioladas, 1,3-
6x0,4
-2,5 cm, elípticas, ápice
agudo, às vezes mucronado, margem crenado-denteada, base cuneada, face adaxial
escabra, esparso-estrigosa, face abaxial estrigosa, glan
duloso
-pontuada, nervuras
proeminentes glanduloso-tomentosas. Capítulos pedunculados a subsésseis, em cimas
corimbiformes, terminais, laxo-
paniculiformes.
Invólucro
9-10 mm compr.,
cilíndrico,
imbricado, brácteas involucrais 6-7-s
eriadas,
externas ovais, ápice obtuso, ciliado,
vináceo, internas oblanceoladas, ápice agudo, ciliado, ambas com margem fimbriada,
dorso pubérulo, lustroso.
Receptáculo
plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 20
-
28,
hermafroditas, lilases, corola 5-6,5 mm, tubulosa, esparso-
pil
osa, com tricomas
glandulares pedunculados,
lobos
interna e externamente
papilos
os, glanduloso-
pontuados; anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras piriforme;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares, papilosos. Cipsela 3-
3,5
mm compr.,
cilíndrica, 5
-
costada,
setosa apenas nas nervuras; carpopódio assimétrico, aneliforme
,
às
vezes cônico, conspícuo. Papilho 5-5,5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas
barbeladas, ferrugíneas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 17.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 355 (VIC); Trilha da Lagoa Seca,
26.VI.2006, fl., fr., G.S.S. A
221
lilases. Distingue
-
se de
E. chas
ae
, espécie mais próxima, dentre as coletas no PEI, pelas
flores glandulo
sas em menor número.
2.31.
Eupatorium stachyophyllum
Spreng., Syst. Veg.
ed.
(16) 3: 420. 1826.
Subarbusto 0,5 m alt.; ramos cilíndricos, sulcados, híspido-
tomentosos,
glanduloso
-pontuados. Folhas alternas, às vezes subopostas, curto-
pecioladas,
2-
4,5x1
-
2,4 cm, obovadas, ápice agudo ou obtuso, margem denteada, ciliada, revoluta, base
cuneada, face adaxial glabrescente, esparsamente glanduloso-pontuada, face abaxial
híspida, glanduloso-pontuada, nervação reticulada, proeminente. Capítulos sésseis a
subsésse
is em corimbos terminais densos.
Invólucro
6-7 mm compr.,
campanulado,
imbricado, brácteas involucrais 3-s
eriadas,
palhetes, estriadas com ápice vináceo,
externas ovais, ápice denteado, ciliado, levemente reflexo, margem ciliada, dorso
tomentoso no ápice,
glanduloso
-pontuado, internas lanceoladas, ápice agudo, ciliado,
margem fimbriada, dorso pubérulo, eglanduloso.
Receptáculo
plano,
epaleáceo,
alveolado, glabro. Flores 4-6, hermafroditas, purpúreas, corola 5-6 mm, tubulosa,
pilosa, glandulosa, com tricomas glandulares pedunculados,
lobos
interna e
externamente
papilos
os, glanduloso-pontuados; anteras com ápice lanceolado, base
truncada, colar de anteras cilíndrico, inconspícuo;
estilete
com estilopódio cilíndrico,
ramos lineares, papilosos. Cipsela 4-5 mm compr., cilíndrica, 8-
costada
, setosa com
tricomas concentrados no ápice e nas nervuras; carpopódio assimétrico, an
eliforme
,
conspícuo
. Papilho 5
-
6mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha do Sertão,
02.XII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 202 (VIC); Ouro 8955 Tm(,)Tj( )Tj0.09765776565 0 0 -0.09765 5196 8955 Tm655 Tm(C)Tj0.09765 0 0 -0.0978c9242 -0.09765 2741 6540 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 28 -0.09765 626i(Tj0.09765 0 0 -0.09765 28 -0.09765 62632u,Tj0.09765 0 0 -0.09765 7290Tj/F1 2048)Tj0.09765 0 0 -0.09765 694738955 Tm(V)Tj0.09765 0 0 -0.09765 57509765 62632u8955 Tm(,)Tj( )Tj0.09767
222
Subarbusto 1,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente híspido-
tomentosos, glanduloso-pontuados, folhosos. Folhas opostas, subsésseis, 1-2,3x0,5-1,5
cm, ovais, ápice agudo, margem denteada, às vezes inteira, base aguda, face adaxial
híspida a glabrescente, face abaxial híspido-tomentosa, densamente
glanduloso
-
pontuada,
triplinérvea com nervuras proeminentes, glanduloso-tomentosas. Capítulos
subsésseis
, em
cimas co
rimbiformes laxas, terminais, paniculiformes
. Invólucro 7
-9
mm
compr.,
cilíndrico
, imbricado, brácteas involucrias 6-7-
seriadas,
estriadas,
externas
ovais
, ápice obtuso, ciliado, internas oblongas, ápice agudo, ciliado, ambas com
margem ciliada, dorso glabrescente, lustroso. Receptáculo plano, epaleáceo, alveolado,
glabro. Flores 28-30, hermafroditas, lilases, corola 4-5 mm, tubulosa, pilosa com
tricomas pedunculados esparsos,
lobos
com ápice denso pa
pilos
os, glanduloso-
pontuados; anteras com ápice oblongo, base curto-sagitada, colar de anteras piriforme;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos claviformes, papilosos. Cipsela 4-4,5 mm
compr., cilíndrica, estipitada, 5-costada, tomentosa apenas nas nervuras;
carpopódio
assimétrico,
aneliforme
, conspícuo. Papilho 4-4,5 mm compr., unisseriado, cerdoso,
cerdas barbeladas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Casa do Bruno,
descendo pelo Morro do Cachorro, 14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 324
(VIC).
Espécie
distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato
Grosso do Sul. No PEI coletada em campos de afloramento rochosos. Esta espécie
caracteriza
-se pelo invólucro com brácteas involucrais internas de ápice agudo e
capítulos com maior número de flores; características estas que a distingue de
E.
squalidum
espécie com a qual costuma ser muito confundida. Baker (1876) trata esta
espécie como E. squalidum var. subvelutinum. Entretanto, neste trabalho considera-se o
critério de De Candole (1838), Gardner (1847) e Esteves (2001) que consideram
E.
subvelutinum
como espécie autônoma, fundamentados em uma combinação de
caracteres como: forma e textura da folha e número de brácteas involucrais e flores.
2.33.
Eupatorium thysanolepis
B. L. Robins., Contr. G
ray Herb. 75:13.
1925.
Figura 4 i
-k
223
Figura 4a-
e.
Eupatorium pedale. a. Hábito. b. Face adaxial da folha. c. Face abaxial da folha. d. Capítulo.
e. Flor (Almeida 308). f-
h.
Eupatorium perforatum. f. Ramo. g. Capítulo. h. Flor (Almeida 493). i-
k.
Eupatorium
thysanolepis. i. Ramo. j. Capítulo. k. Flor (Almeida 469). l-n. Eupatorium velutinum. l.
Ramo. m. Capítulo. n. Flor (Almeida 99).
224
Arbusto 1,3 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, escabros, glanduloso-
tomentosos, ferugíneos. Folhas opostas, pecioladas, 2,5-
5x1
-3,5 cm, ovais, ápice
obtuso, margem crenado-denteada, escabra, base cuneada, às vezes obtusa, face adaxial
esparso
-estrigosa, glanduoso-pontuada, face abaxial denso-estrigosa, densamente
glanduloso
-pontuada, nervuras proeminentes, ferrugíneo-
tomentos
as. Capítulos
pedunculados em cimas corimbiformes, terminais, paniculiformes.
Invólucro
8-9 mm
compr.,
campanulado, subimbricado, brácteas involucrias 3-seriadas, externas oblongas,
ápice obtuso, fimbriado, internas espatulada, ápice truncado ou obtuso, margem não-
ciliada, ambas tomentosas, glanduloso-pontuadas, vináceas.
Receptáculo
plano,
epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 50-90, hermafroditas, alvas, corola 5-5,5 mm,
tubulosa, algumas vezes gibosa, com tricomas híspidos e glandulares,
lobos
com ápice
p
apilos
o, glanduloso-
pontuados;
anteras com ápice oblongo, emarginado, base sagitada,
colar de anteras cilíndrico, inconspícuo;
estilete
sem espessamento basal, ramos
clavados, papilosos. Cipsela 3-4 mm compr.,
prismática,
5-
costada
, esparso pilosas,
com tricomas setosos e glandulares pedunculados concentrados no ápices;
carpopódio
simétrico, aneliforme. Papilho 4-5,5 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas
barbeladas, espessadas, ferrugíneas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 17.XI.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 181 (VIC); Trilha da Lagoa Seca,
26.I.2006; fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 237 (VIC); Trilha do Calais, 27.VI.2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 469 (VIC); .
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais, São Paulo; ocorre em
cerrado e campos rupestres (Esteves 2001). No PEI coletada em campos de afloramento
rochosos e em capão de encosta seca. E. thysanolepis pode ser reconhecida pelo
indumento denso nos ramos, folhas e brácteas, além do invólucro com brácteas
involucrais internas espatuladas com ápice truncado ou obtuso e capítulos grandes com
flores numerosas.
2.34.
Eupatorium vauthierianum
DC., Prodr. 5: 159. 1836.
Figura 1h
Arbusto 2 m alt.; ramos angulosos, estriados, densamente híspido-glanduloso a
glabrescente, com tons vináceos. Folhas opostas, pecioladas, 2-18x0,5-6,8 cm, oval-
lanceoladas, ápice acuminado, margem serreada, ciliada, base decorrente, face adaxial
estrigosa ou glanduloso-estrigosa, face abaxial esparso-estrigosa a densamente híspido-
225
glandulosa. Capítulos pedunculados em panícula laxa, com ramos divaricados.
Invólucro
10
-12 mm compr., campanulado, subimbricado, brácteas involucrias 3-
s
eriadas,
lanceoladas, ápice agudo, ciliado, com tons purpúreos, margem ciliada, dorso
tomentoso, glanduloso.
Receptáculo
plano a levemente côncavo, epaleáceo, alveolado,
glabro. Flores 20
-
25, hermafroditas, lilases, corola 7
-
8 mm, tubulosa, eglandulosa,
lobos
levemente
papilos
os nas margens; anteras com ápice oblongo, base truncada, colar de
anteras cilíndrico, inconspícuo;
estilete
com estilopódio bulbiforme, piloso, ramos
lineares, papilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., cilíndrica, levemente estipitada, 5-
costada
, glandulosa, com tricomas pedunculados, nervuras híspidas;
carpop
ódio
globoso,
conspícuo
. Papilho 7-8 mm compr., unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas,
alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 23.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 69 (VIC); Estrada de Baixo,
25.VII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 492 (VIC); Trilha da Casa do Bruno,
08.VII.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 771 (VIC).
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São
Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; comum nas
bordas de formações florestais, em cerrado, restinga e em áreas de vegetação alterada
como margens de estradas (Esteves 2001). No PEI coletada em capão de encosta seca
em área com forte influencia antrópica e em campo de aflorametos rochosos.
E.
vauthierianum
pode ser caracterizado pelas folhas oval-lanceoladas com base
decorrente no pecíolo, capítulos ordenados em panícula laxa, com ramos divaricatos,
invólucro campanulado com brácteas de ápice vináceo e cipselas com tricomas
glandulares pedunculados e nervuras híspidas. Esta espécie é muito variável quanto ao
tamanho das folhas grau e tipo de indumento.
2.35. Eupatorium velutinum
Gardner, London. J. Bot. 5:473. 1846.
Figura 4l
-n
Arboreta 3,5 m alt.; ramos cilíndricos, costados, densamente ferrugíneo-
tomentosos. Folhas opostas, pecioladas, 6,5-23x1,5-6 cm, largo-elíptica, ápice
acuminado, margem inteira, base atenuada, face adaxial esparso-serícea com nervuras
híspido
-tomentosas, face abaxial hirsuto-tomentosa, nervuras denso brúneo-
tomentosa,
ambas as faces glanduloso-pontuadas. Capítulos sésseis a subsésseis em cimas
corimbiformes congestas, paniculiformes.
Invólucro
7-8 mm compr.,
campanulado,
226
subimbricado, brácteas involucrias 3-4 s
eriadas,
externas ovais, tomentosas, internas
linear
-lanceoladas, pubérulas, glandulosas, ambas com ápice obtuso, ciliado, margem
longo
-ciliada, com tons vináceos.
Receptáculo
plano, epaleáceo, alveolado, glabro.
Flores 5, hermafroditas, róseas, corola 5-5,5 mm, tubulosa, tubo eglandular,
lobos
levemente
papilos
os, glanduloso-pontuados; anteras com ápice lanceolado, base
truncada, colar de anteras retangular;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares,
papilosos. Cipsela 3,5
-4 mm compr., obcônica, 5-
costada
, glabra, glanduloso-po
ntuada,
vernicosa;
carpopódio simétrico, levemente decorrente. Papilho 5-6 mm compr.,
unisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Casa do Bruno
pela trilha do baú, 26.XI.2005, fl., fr
., G.S.S. Almeida et al.
99
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e
Goiás; ocorre em borda de formações florestais, cerrado e campos rupestres (Esteves
2001). No PEI coletada em capão de encosta seca em área de transição de mata de
altitude e campo rupestre. E. velutinum pode ser caracterizado pelo hábito arbóreo, com
ramos densamente ferrugíneo-tomentosos, folhas grandes elípticas, tomentosas, com
ambas as faces glanduloso-pontuadas, capítulos com invólucro campanulado com
brácteas internas caducas e flores apenas cinco, alvas a róseas. Distingue-se de
E.
inulaefolium
, espécie mais próxima, dentre as espécies de
Eupatorium
coletadas no PEI,
pelas folhas com margem inteira e flores sempre cinco.
2.36.
Eupatorium
vindex
DC., Prodr. 5: 160. 1836.
Subarbusto 0,6 m alt.; ramificado na base, ramos cilíndricos, estriados,
densamente híspido-tomentosos, glanduloso-pontuados, ferrugíneos. Folhas opostas,
pecioladas, 1,5-3x0,6-1,7 cm, ovais, ápice agudo, margem crenado-
den
teada, levemente
revoluta, base obtusa, face adaxial estrigosa, face abaxial híspido-tomentosa, nervação
reticulada proeminente, ambas as faces glanduloso-pontuadas. Capítulos pedunculados
em corimbos, terminais, paniculiformes.
Invólucro
6-7 mm compr.,
ca
mpanulado,
imbricado, brácteas involucrias 4-5 s
eriadas,
externas ovais, ápice obtuso, ciliado,
margem ciliada, tomentosas, glanduloso-pontuada na porção apical, internas oblongas,
ápice acuminado, ciliado, margem inteira, glabrescentes, esparsamente gland
uloso
-
pontuadas.
Receptáculo
convexo, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 20-22,
hermafroditas, lilases, corola 4,5-5 mm, tubulosa, glandulosa com tricomas
pedunculados,
lobos
interna e externamente
papilos
os, glanduloso-pontuados; anteras
227
com ápice oblongo, base obtusa, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com estilopódio
cilíndrico, ramos lineares, papilosos. Cipsela
2,5
-3 mm compr., cilíndrica, 5-
costada,
esparso
-
setosa;
carpopódio assimétrico, aneliforme. Papilho 4-4,5 mm compr.,
unisseriado, cerdoso,
cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Baixo, 14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al. 328
(VIC).
Espécie distribuída até então, restrita a Minas Gerais. No PEI coletada em
campos de
afloramentos rochosos.
E. vindex
se caracteriza pelos capítulos pedunculados
ordenados em corimbos congestos de poucos capítulos, com 20-22 flores com corola
tubulosa glandulosa. E. xylorhizum Sch. Bip. ex Baker é a espécie mais próxima dentre
as coletadas no PEI, da qual se distingue pelos capítulos pedunculados com maior
número de flores.
2.37. Eupatorium xylorhizum
Sch. Bip. ex Baker,
Fl.
Bras. 6(2): 292. 1876.
Subarbusto 0,5 m alt., presença de xilopódio desenvolvido; ramos cilíndricos,
costados, densamente hirsuto-tomentoso, tricomas multicelulares, castanhos. Folhas
opostas, patentes, pecioladas, 1,5-
2,8x0,8
-2,6 cm, ovais, ápice agudo, margem crenado-
denteada, ciliada, base aguda, as vezes subcordada, face adaxial estrigosa, face abaxial
estrigoso
-
tom
entosa, nervuras reticuladas, proeminentes, glanduloso-
pontuadas.
Capítulos sésseis em corimbos densos, globosos, terminais, paniculiformes.
Invólucro
6-7 mm compr., campanulado, imbricado, brácteas involucrias 4-5 s
eriadas,
externas
ovais, internas espatuladas, ambas com ápice obtuso, ciliado, vináceo, reflexo nas
externas, margem ciliada, dorso tomentoso apenas na metade superior, glanduloso.
Receptáculo
levemente convexo, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 14-
15,
hermafroditas, lilases, corola 3,5-4 mm, tubulosa, glandulosa com tricomas
pedunculados,
lobos
papilos
os no ápice, esparso-setosos, glanduloso-pontuados; anteras
com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com estilopódio
cilíndrico, ramos lineares, papilosos.
Cipse
la
2,5
-3 mm compr.,
prismática
, 5-
costada
,
nervuras híspidas; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 3,5-4 mm compr.,
unisseriado, cerdoso, cerdas escabras, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
10.V.200
7, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 689
(VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa
Catarina; ocorre em cerrado, campos rupestres e nos campos do sul do país (Esteves
228
2001). No PEI coletada em campos de afloramentos ro
chosos.
E. xylorhizum pode ser
caracterizado pela presença de xilopódio desenvolvido, indumento hirsuto-
tomentoso,
capítulo ordenados em corimbos de poucos capítulos sésseis e invólucro campanulado
com brácteas de ápice vináceo reflexo. Distingue-se de
E.
congestum
, espécie com a
qual costuma ser muito confundida, pelo porte mais robusto, indumento mais denso e
número de flores.
3.
Mikania
Willd., Sp. pl., 3(3): 1742. 1803.
Chave para identificação das espécies de
Mikania
do Parque Estadual do Itacolomi
1. Subarbustos eretos ou decumbentes
2. Folhas glabras
3. Folhas sésseis, verticiladas.................................................................3.4.
M. glauca
3’ Folhas pecioladas ou curto pecioladas, opostas
4. Margem foliar denteada; lobos da corola glanduloso-
pontuados.......................
.....................................................................................................3.21.
M. warmingii
4’ Margem foliar inteira; lobos da corola eglandulosos...................3.11.
M. obtusa
ta
2’ Folhas estrigosas, tomentosas ou híspido
-tomentosas
5. Folhas hastadas ou ovais
6. Folhas com face abaxial, às vezes vinácea; corola com tubo vilosos........................
......................................................................................................3.9.
M. microphyla
6’ Folhas com face abaxial sempre verde; corola com tubo glabro...............................
...................................................................................................3.12.
M. officina
lis
5’ Folhas obovadas a cordiformes
7. Capítulos em corimbos terminais; corola alva com tubo vináceo..............................
...................................................................................................3.13.
M. parvifolia
7’ Ca
pítulos em racemos terminais; corola completamente alva
8. Folhas opostas a subopostas, decussadas, face abaxial alva; tubo da corola
esparso
-setoso............................................. ...............................3.10.
M. nummularia
8’ Folhas
alternas, face abaxial ferrugínea; tubo da corola glabro........................
..................................................................................................3.18.
M. sessilifolia
1’ Lianas lenhosas
9. Folhas glabras ou pubérulas
229
10. C
apítulos em corimbos paniculiformes
11. Ramos atropurpúreos. Folhas com lâmina tripartida com segmentos ovais,
pubérulos.............................................................................3.3.
M. clematidifolia
11. Ramos castanhos a avermelhados, folhas com lâmina inteira, elípticas,
glabras.......................................................................................3.6.
M. lindbergii
10’ Capítulos racemiformes ou espiciformes em panícula laxa
12. Folhas elípticas; capítulos sésseis, espi
ciformes, bráctea 0,8
-
1 mm......................
............................................................................................3.15.
M. ramosissima
12’ Folhas lanceoladas; capítulos pedunculados, racemiformes, bráctea 4,5-
5 mm...
.....................................................................................................3.16.
M. schenkii
9’ Folhas tomentosas, seríceas, estrigosas, híspidas ou flocosas
13. Cipselas glanduloso
-
pontuadas
14. Folhas cordiformes, ambas as faces glanduloso-pontuadas; invólucro 2-2,5 mm
comprimento.........................................................................3.7.
M. microcephala
14’ Folhas ovadas, apenas com a face abaxial diminutamente glanduloso-
pontuada;
invólucro 4
-
5 mm comprimen..................................................3.20.
M. vismifolia
13’ Cipselas eglandulosas
15. Ramos glabros; folhas hastadas; tubo da corola maior que o limbo.............
.............................................................................................3.19.
M. testudinaria
15’ Ramos tomentosos, seríceos, vilosos, híspidos ou hirsutos; folhas lanceoladas,
ovais ou elípticas; tubo da corola menor ou do mesmo tamanho do limbo
16. Papilho com cerdas alvas
17. Ramos densamente hirsuto-tomentosos com tricomas longos; folhas com
margem denteada.............................................................3.5.
M. hirsutissima
17’ Ramos seríceos ou hísoido-tomentosos com tricomas curtos; folhas com
margem inteira
18. Ramos vináceos ou castanhos, híspido-
tomentosos
, folhas com face
abaxial ferrugíneo-tomentosa; flores alvas com lobos vináceos...........3.8.
.............................................................................................
M.
microdonta
18’ Ramos albo-seríceos; folhas com face abaxial albo-flocosa; flores
alvas...................................................................................3.17.
M. sericea
16’ Papilho com cerdas creme
19. Folhas escabras, face adaxial bulada; colar de anteras cilíndrico..........
....................................................................................3.14.
M. phaeoclados
230
19’ Folhas não
-
escabras, face adaxial lisa; colar de anteras trapezóide
20. Folhas com face abaxial albo-tomentosa, ambas as faces glanduloso-
pontuada; tubo da corola piloso....
..................................3.1.
M. argyreae
20’ Folhas com face abaxial híspido-ferrugínea; apenas a face abaxial
diminutamente glanduloso
-
pontuada; tubo da corola glabro............
.................................................................................3.2.
M. candolleana
3.1.
Mikania argyreae
DC., Prodr.
5: 193. 1836.
Figura 5a
-c
Liana;
ramos angulosos, estriados, bruneo-
ser
íceos. Folhas opostas, pecioladas,
2-10,2x0,8-4,2 cm, ovais, ápice acuminado, margem inteira, base cordada, às ve
zes
truncada, face adaxial serícea, face abaxial albo-tomentosa, ambas as faces glanduloso-
pontuadas. Capítulos curto-pedunculados, bracteados, em corimbos terminais
paniculiformes; brácteas linear-lanceoladas, 1,5-3 mm compr., tomentosas, glanduloso-
pontu
adas. Invólucro 5-6 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas,
lanceoladas, ápice acuminado, piloso, margem hialina, inteira, dorso tomentoso,
glanduloso
-pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo, foveolado, glabro. Flores 4,
hermafroditas,
campanuladas, cremes, corola 4-4,5 mm, tubo 2 mm, piloso com
tricomas esparsos, lobos com ápice papilosos, glanduloso-pontuados; anteras com ápice
lanceolado, base truncada; colar de anteras trapezóide; estilete com estilopódio
cilíndrico, ramos lineares, papilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismática, 5-
costada,
esparsamente tomentosa a glabra, eglandulosa; carpopódio simétrico, cilíndrico. Papilho
4,5
-
5 mm compr., cerdoso, unisseriado, cerdas escabras, espessadas no ápice, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 19.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
384
(VIC).
Esta espécie encontra-se distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio do
Janeiro, São Paulo e Paraná. No PEI coletada em capão de encosta s
eca.
M. argyreae se
caracteriza pelas folhas pecioladas, ovais com base cordada a truncada, com face
abaxial albo-tomentosa, brácteas linear-lanceoladas com 1,5-3 mm, glanduloso-
tomentosas no ápice e papilho com cerdas espessadas no ápice. Distingue-se de
M.
sericea
, espécie próxima, dentre as coletadas no PEI, pelas folhas ovais com base
cordada ou truncada, tubo da corola glabro e lobos glanduloso
-
pontuados.
3.2.
Mikania candolleana
Gardner, London J. Bot. 5:484.
1846.
231
Figura 5d
-g
Liana;
ramos angulosos, estriados, densamente viloso-ferrugíneo. Folhas
opostas, pecioladas, 7-
16x1,5
-5 cm, lanceoladas a ovadas, ápice acuminado, margem
inteira a esparso-denteada, base cuneada, face adaxial esparso-estrigosa a glabrescente,
face abaxial diminutamente glanduloso-pontuada, híspido-ferrugínea, nervuras
proeminentes, denso-híspidas. Capítulos pedunculados, bracteados, em corimbos
terminais paniculiformes; brácteas, naviculares, 4-5 mm compr., denso-
tomentosas.
Invólucro 5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas, oblanceoladas,
ápice obtuso, ciliado, margem inteira, ciliada apenas na metade superior, dorso
tomentoso a glabrescente, glanduloso-pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo,
faveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas, campanuladas, alvas, corola 5-6 mm, tubo
2,5-3 mm, glabro, eglanduloso, lobos com ápice albo-setosos, eglanduloso, anteras com
ápice oblongo, base truncada; colar de anteras trapezóide; estilete com estilopódio
inconspícuo, bulbiforme, ramos clavados, papilosos. Cipsela 4-4,5 mm compr.,
prismática, 5-costada, glabra, às vezes com tricomas esparsos no ápice, eglandulosa;
carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 5-5,5 mm compr., cerdoso, unisseriado,
cerdas barbeladas, ápice levemente plumoso, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Baixo, 28.IX.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 131 (VIC); Trilha da Estrada de Cima,
31.VIII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al.
535 (VIC).
Espécie
distribuída nos estados de Minas Gerais (Barroso 1959a) e Rio Grande
do Sul (Rambo 1954). No PEI coletada em capão de encosta seca. M. candolleana pode
ser caracterizada pelas brácteas subinvolucrais de 4-5 mm compr.,
naviculares,
densamente tomentosas, flores com tubo da corola glabro e lobos com ápice
albo
-
setoso
e cipsela glabra. Estes caracteres a distingue de
M. vismiaefolia
, espécie próxima, dentre
as espécies de
Mikania
coletadas.
3.3.
Mikania clematidifolia
Dusén,
in Ark. Fur Botanik 9(15): 20. 1920.
Figura 5h
Liana; ramos angulosos, estriados, atropurpúreos, tricomas glandulares
pedunculados, esparsos. Folhas opostas, pecioladas, 1,5-
4x0,8
-2,5 cm, tripartidas
segmentos ovais, ápice agudo, margem esparso-denteada, levemente revoluta, ciliada,
base obtusa, às vezes subcordada, ambas as faces pubérulas, glanduloso-
pontuadas.
Capítulos pedunculados, bracteados, em corimbos terminais paniculiformes; brácteas,
232
lanceoladas, 3-5 mm compr., glandulosa, com tricomas glandulares, pedunculados e
sésseis. Invólucro 4-4,5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas,
oblanceoladas, ápice agudo, ciliado, margem hialina, inteira, dorso pubérulo,
glanduloso
-pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 4,
hermafrodita, tubuloso-campanuladas, cremes, corola 4-5 mm, completamente
g
landulosa
-pontuada, tubo 1 mm, alargado na base, lobos com margem longo-
papilosa;
anteras com ápice lanceolado, base truncada; colar de anteras cônico;
estilete
cilíndrico,
ramos lineares, papilosos, glanduloso-
pontuados
. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismátic
a,
5-costada, pubérulo-glandulosa com nervuras bem expressas; carpopódio simétrico,
cilíndrico. Papilho 4
-
4,5 mm compr., cerdoso, unisseriado, cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
10.V.2
007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 687
(VIC).
Espécie restrita ao Paraná (Barroso 1959a). A coleta no PEI amplia a
distribuição geográfica da espécie também para Minas Gerais. Coletada em capão de
mata se desenvolvendo em vala entre afloramentos rochoso
s.
M. clematidifolia se
distingue das demais espécies de
Mikania
do PEI, por ser a única com folhas longo-
pecioladas, tripartidas com segmentos ovais, característica marcante desta espécie.
3.4.
Mikania glauca
Mart. ex Baker
,
Fl.
Bras. 6(2): 224. 1876.
Fi
gura 5 i
-k
Subarbusto ereto 1,2 m alt.; ramos angulosos, costados, glabros, castanho-
escuros. Folhas verticiladas, sésseis, 2-6,5x1,2-3 cm, obovadas, ápice obtuso, margem
inteira, base aguda, ambas as faces glabras, glaucas. Capítulos pedunculados,
bractea
dos, em panícula laxa, longa, terminal; brácteas lineares, 2-2,5 mm compr.,
crassas, glabras. Invólucro 4-5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais
unisseriadas, oblongas, ápice obtuso, discretamente fimbriado, margem hialina, inteira,
dorso glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas, corola 3-4 mm,
tubo 1-1,5 mm, alargado na base, glanduloso-pontuado, lobos com ápice levemente
papiloso, glanduloso-pontuado; anteras com ápice obtuso, base truncada; colar de
anteras trapezóide; esti
lete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares, papilosos.
Cipsela 2,5-3 mm compr., prismática, 5-costada, esparso-tomentosa, glanduloso-
pontuada, nervuras híspidas; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 3,5-4 mm
compr., cerdoso, unisseriado, cerdas e
scabras, alvas.
233
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 27.VI. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 454 (VIC); Mariana, PEI: Trilha
do Sertão, 27.VI. 2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 702 (VIC);
Espéci
e restrita a Minas Gerais, provavelmente endêmica das áreas de campos
rupestres. No PEI coleta em campos de afloramentos rochosos. M. glauca é facilmente
reconhecida e distinta das demais espécies do gênero do PEI, por ser a única com folhas
verticiladas,
geralmente três por nó, glabras, pruinosas.
3.5. Mikania hir
sutissima
DC., Prodr. 5: 200. 1836.
Figura 5l
-o
Liana;
ramos cilíndricos, estriados, densamente hirsuto-
tomentosos,com
tricomas longos, ferrugíneos. Folhas opostas, pecioladas, 7-13x3-6,5 cm, ovais, ápice
acuminado, margem denteada, ciliada, base obtusa a subcordada, face adaxial hirsuto-
ferrugínea, face abaxial densamente hirsuto-tomentosa, glutinosa, ferrugínea. Capítulos
pedunculados, bracteados, em corimbos terminais, paniculiformes; brácteas ovadas, 4-6
mm compr., esparso tomentosa. Invólucro 5-6 mm compr., subcilíndrico, brácteas
involucrais unisseriadas, lanceoladas, ápice agudo, ciliado, tomentoso, margem
fimbriada, ciliada, dorso esparso-tomentoso. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado,
glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas, corola 4 mm, tubo 1-
1,5
mm, glabro, eglanduloso, lobos com ápice esparso-setosos, diminutamente papilosos
;
anteras com ápice obtuso, base truncada; colar de anteras
cilíndrico
; estilete com
es
tilopódio cilíndrico,
ramos
claviformes
, papilosos. Cipsela 2,5-3 mm compr.,
prismática, 5-costada, glabra, eglandulosa; carpopódio simétrico, cilíndrico. Papilho 4
mm compr., cerdoso, unisseriado, cerdas escabras, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 14.III. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 314 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. No PEI coletada em capão de
encosta seca. M. hirsutissima pode ser facilmente reconhecida e distinta das demais
espécies de
Mikania
do PEI, pelo indumento densamente hirsuto-tomentoso, com
tricomas longos, ferrugíneos, nos ramos e folhas.
3.6.
Mikania lindbergii
Baker, F
l. Bras. 6(2): 232. 1876.
Figura 6a
234
Li
ana; ramos cilíndricos, estriados, pubérulos, castanho-escuros às vezes,
avermelhados. Folhas opostas, pecioladas, 4-5,5x1,5-2,2 cm, elípticas, ápice agudo,
margem inteira, levemente revoluta, base aguda, ambas as faces glabras, glanduloso-
pontuadas, nervuras proeminentes, glabras. Capítulos pedunculados, bracteados, em
corimbos paniculiformes, terminais; brácteas, lanceoladas, 2-2,5 mm compr.,
glanduloso
-vilosas. Invólucro 3-4 mm compr., subcilíndrico, brácteas involuc
rais
oblongas, unisseriadas, ápice obtuso, ciliado, tomentoso, margem ciliada, dorso esparso
-
tomentoso, glanduloso-pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro.
Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas, corola 4-4,5 mm,
glandulosa
,
tubo 1-1,5 mm, setoso, glanduloso-pontuado, lobos com ápice e margem papilosas,
glanduloso
-
pontuados;
anteras com ápice emarginado, base truncada; colar de anteras
trapezóide
; estilete com estilopódio bulbiforme, ramos claviformes, papilosos,
glanduloso
-
pontuados
. Cipsela 3,5-4 mm compr., 5-costada, prismática, setosa,
glanduloso
-pontuada; carpopódio simétrico, cilíndrico. Papilho 4-5 mm compr.,
cerdoso, bisseriado, cerdas barbeladas, ferrugíneas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 29.V. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 391 (VIC); Trilha da Lagoa Seca,
31.V. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 421 (VIC);
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e
Bahia. No PEI coletada em capão de encosta seca. M. lindbergii se caracteriza pelos
ramos pubérulos, folhas glabras, glanduloso-pontuadas e brácteas subinvolucrais e
involucrais tomentosas, glanduloso-pontuadas, flores e cipsela setosas e glanduloso-
pontuadas e antera com apêndice apical emarginado. Distingue-se de M. ramosissima
,
espécie mais próxima, dentre as coletadas no PEI, pelos capítulos ordenados em tirsos
paniculiformes, enquanto na última encontram-se ordenados em racemos,
paniculiformes.
3.7.
Mikania microcep
hala
DC., Prodr. 5: 200. 1836.
Figura 6b
-e
Li
ana; ramos cilíndricos, estriados, hirsutos com tricomas multicelulares
vináceos, castanho-escuros. Folhas opostas, pecioladas, 3,8-8x2,2-3,6 cm, cordiformes,
ápice agudo, margem denteada, base cordada, face adaxial estrigosa, face abaxial
glabrescente , ambas as faces glanduloso-pontuadas, nervuras proeminentes, denso
glanduloso
-estrigosas. Capítulos pedunculados, bracteados, em tirsos paniculiformes
235
com ramos patentes; brácteas lanceoladas, 1-1,5 mm compr., tomentosas, glanduloso-
pontuadas. Invólucro 2-2,5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas,
oblongas, ápice agudo, ciliado, margem inteira, dorso pubérulo, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro.
Flores
4, hermafroditas, tubuloso-
campanuladas, amarelo-claras, corola 1,5-2 mm, glandulosa, tubo 1 mm, glabro,
glanduloso
-pontuado, lobos com ápice levemente papilosos, glanduloso-
pontuados
,
revolutos
; anteras com ápice oval, base truncada; colar de anteras trapezóide; estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares, papilosos, glanduloso-
pontuados
. Cipsela
1,5-2 mm compr., prismática, 5-costada, esparso-setosa, glanduloso-
pontuada;
carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 1,5-2 mm compr., cerdoso, unisseriado,
cer
das escabras, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 29.V. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 402 (VIC);
Trilha da Lagoa Seca, 09.V.
2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 679 (VIC);
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio de
Janeiro. No PEI coletada em capão de encosta seca.
M.
microcephala
se caracteriza
pelos capítulos diminutos, ordenados em tirsos paniculiformes com ramos patentes,
invólucro 2-2,5 mm, com flores de apenas 1,5-2 mm, glandulosa e cipselas 1,5-2 mm
compr.; características estas que a distingue das outras espécies do gênero no PEI.
3.8.
Mikania
microdonta
DC. 5: 200. 1836.
Figura 6f
-h
Liana; ramos cilíndricos, estriados, híspido-tomentosos, glanduloso-
pontuados,
vináceos ou castanhos. Folhas opostas, pecioladas, 3,5-
12x1,5
-3,8 cm, lanceoladas a
oval
-
lanceoladas, ápice acuminado ou agudo, margem inteira, base obtusa a subcordada,
face adaxial estrigosa, nervuras híspido-tomentosas, face abaxial ferrugín
eo
-
tomentosa,
nervuras proeminentes, denso-tomentosas, ambas as faces diminutamente glanduloso-
pontuadas. Capítulos pedunculados, bracteados, em tirsos paniculiformes, terminais;
brácteas linear-lanceoladas, 3,5-4,5 mm compr., tomentosas, glanduloso-
pontua
das.
Invólucro 4,5-5 mm compr.,subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas,
oblanceoladas, ápice obtuso, ciliado, margem esparsamente ciliada, dorso esparso-
tomentoso, com tons vináceos. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores
236
Figur
a 5a
-
c.
Mikania argyreae
. a. Ramo. b. Capítulo. c. Flor (Almeida 384). d
-
g.
Mikania candolleana
. d.
Ramo. e. Capítulo. f. Flor. g. Anteras (Almeida 131). h.
Mikania clematidifolia
. Folha (Almeida 687). i
-
k.
Mikania glauca. i. Hábito. j. Capítulo. k. Botão floral (Almeida 331). l-
o.
Mikania h
ir
sutissima
. l. Ramo
com detalhe do tomento. m. Capítulo. n. Flor. o. anteras (Almeida 314).
237
4, hermafroditas, infundibuliformes, alvas com lobos vináceos, corola 5-6 mm, tubo 1
mm, glabro, eglanduloso, lobos com ápice levemente papilosos, longo-
setosos;
anteras
com ápice oval, base truncada; colar de anteras trapezóide; estilete com estilopódio
bulbiforme,
ramos
clavados
, papilosos. Cipsela 3-4 mm compr., prismática, 5-
costada,
glabra, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 5-6 mm compr.,
cerdoso, bisseriado, cerdas barbeladas, ápice levemente plum
o
so,
alvas
.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, próximo a estrada da torre, 17.IV. 2006., fl., fr., G.S.S. A
lmeida
et al. 357
(VIC);
Trilha da Lagoa Seca, 26.VI. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 443 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e
Santa Catarina. No PEI coleta em capão de encosta seca.
M.
microdonta
carac
teriza
-
se
pelos ramos vináceos a castanhos, tomento híspido ou tomentoso, ferrugíneo, nos
ramos, folhas, brácteas subinvolucrais e brácteas involucrais, flores alvas com lobos
vináceos, glabras com exceção do ápice dos lobos, longo-setosos, cipsela glabra
e
papilho bisseriado. Distingue-se de M. vismifolia, espécie vegetativamente muito
próxima, pelos ramos vináceos, corola alva com lobos vináceos e cipsela glabra.
3.9.
Mikania microphylla
Sch. Bip. ex Baker,
Fl.
Bras. 6(2): 219. 1876.
Figura 6i
-k
Subarbus
to ca. 0,8 m alt., decumbente; ramos cilíndricos, estriados, esparso-
tomentosos, vináceos com tricomas multicelulares, vináceos. Folhas opostas, adensadas,
pecioladas, 0,4-2x0,2-1,2 cm, ovais a hastadas, ápice agudo, margem inteira, às vezes
esparso
-denteada, ciliada, base cuneada, face adaxial estrigosa, face abaxial tomentosa
apenas nas nervuras, ambas as faces glanduloso-pontuadas, às vezes com face abaxial
vinácea. Capítulos pedunculados, bracteados, em corimbos densos terminais isolados ou
paniculiform
es, terminais; brácteas lanceoladas, 2,5-3 mm compr., estrigosas,
glanduloso
-pontuadas. Invólucro 4,5-5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais
unisseriadas, oblongas, ápice agudo, ciliado, margem inteira, dorso viloso, glanduloso-
pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas,
tubuloso
-campanuladas, amarelo-claras, corola 5-5,5 mm, tubo 2,5 mm, alargado na
base, viloso, glanduloso-pontuado, lobos com ápice longo-papilosos, esparsamente,
glanduloso
-
pontuados;
anter
as com ápice
oval
, base truncada; colar de
anteras
238
Figura 6a. Mikania lindberbii. Folha (Almeida 483). b-
e.
Mikania microcephala. b. Ramo. c. face abaxial
da folha. d. Capítulo. e. Flor (Almeida 402). f-
h.
Mikania microdonta. f. Ramo. g. Capítulo. h. F
lor
(Almeida 357). i-
k.
Mikania microphylla. i. Hábito, j. Capítulo. k. Flor (Almeida432). l.
Mikania
nummularia
. Folha (Almeida,703). m. Mikania obtusata. Folha (Almeida 423). n. Mikania officinalis
.
Folha (Almeida 254).
239
cilíndrico, levemente alargado na
base
; estilete com estilopódio cilíndrico,
ramos
lineares, papilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismática, 6-costada, esparso-
setosa,
glanduloso
-pontuada; carpopódio simétrico, cilíndrico, piloso. Papilho 5-5,5 mm
compr., cerdoso, bisseriado, cerdas barbel
adas, cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da lagoa Seca,
26.VI. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 432 (VIC); idem, 09.V. 2007, fl., fr., G.S.S.
Almeida et al
. 679 (VIC).
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais e São Paulo. No PEI
coletada em campo graminoso úmido.
M.
microphylla
se caracteriza pelo hábito
decumbente, com ramos vináceos, delgados, folhas pequenas, glanduloso-
pontuadas,
adensadas, às vezes com face abaxial vinácea e papilho bisseriado. Distingue-se de
M.
officinalis
Mart., espécie mais próxima, dentre as coletadas no PEI, pelo hábito
completamente decumbente, folhas menores e adensadas, além
240
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha do Sertão,
06.VI.2007., fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 703 (VIC).
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São
Paulo e Paraná. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
M.
nummularia
se caracteriza pelas folhas decussadas, curto-pecioladas, estrigoso-tomentosas,
glanduloso
-pontuadas, brácteas subinvolucrais lanceoladas, tomentoso-glandulosas e
flores glandulosas. Distingue-se de
M.
parviflora
, espécie mais próxima, dentre as
coletadas no PEI, pelos capítulos ordenados em racemos paniculiformes, enquanto na
última encontram
-se ordenados em corimbos densos, paniculiformes, terminais.
3.11.
Mikani
a obtusata
DC., Prodr. 5:192. 1836.
Figura 6m
Subarbusto ereto 1 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, glabros, castanhos a
vináceos. Folhas opostas, curto-pecioladas, 3-
5,8x1,7
-2,8 cm, obovadas, ápice obtuso,
margem inteira, base aguda, ambas as faces glabras, às vezes levemente glaucas.
Capítulos pedunculados, bracteados, em tirsos paniculiformes, terminais; brácteas
lineares, 2-2,5 mm compr., crassas, glabras. Invólucro 3,5-4 mm compr., brácteas
involucrais unisseriadas, oblongas, ápice obtuso, esparso-ciliado, margem ciliada, dorso
glabro, crassas. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 4,
hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas, corola 3-3,5 mm, tubo 1,5-2 mm,
glanduloso
-pontuada, lobos com margem levemente papilosas, glabros, eglan
dulosos;
anteras com ápice oblongo, base obtusa; colar de anteras cilíndrico, alargado na base;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos lineares, papilosos. Cipsela 1,5-2 mm compr.,
prismática, 5
-
costada, glanduloso
-
pontuada com nervuras setosas; carpop
ódio simétrico,
aneliforme. Papilho 2,5
-
3 mm compr., cerdoso, unisseriado, cerdas barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
30.V. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 423 (VIC); Trilha do Morro do Cachorro,
09.V.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 685 (VIC); Mariana, PEI: Trilha da Serrinha
11.XII. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 598 (VIC).
Espécie restrita aos estados de Minas Gerais e São Paulo. No PEI coletada em
campos de aflorametos r
ochosos.
M.
obtusata
pode ser reconhecida pelos ramos, folhas
e brácteas completamente glabros, capítulos em panícula terminais e a cipsela
glandulosa com nervuras setosas. Distingue-se de M. warmingii, espécie mais próxima,
pelas folhas com margem inteira
e corola com lobos eglandulosos.
241
3.12.
Mikania officinalis
Mart., Reise Bras. 1: 283. 1820.
Figura 6n
Subarbusto 0,6 m alt.; ramos parcialmente decumbentes, cilíndricos, costados,
pubérulos, glanduloso
-
pontuados, castanhos a vináceos. Folhas opostas, pec
ioladas, 0,8
-
2x0,4-1,7 cm, hastadas, ápice agudo, margem inteira, ciliada, base hastada, ambas as
faces esparso-estrigosas, glanduloso-pontuadas, face abaxial com nervação reticulada
proeminente. Capítulos pedunculados, bracteados, em corimbos paniculiform
es,
terminais; brácteas linear-lanceoladas, 2,5-3 mm compr., esparso-
tomentosas,
glanduloso
-pontuadas. Invólucro 4,5-5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais
unisseriadas, oblongas, ápice acuminado, esparso-ciliado, margem inteira, dorso
esparso
-
es
trigoso, glanduloso-pontuado. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-
campanuladas, alvas, corola 3-3,5 mm, tubo 1,5-2 mm, glabro, glanduloso-
pontuado,
lobos com margem levemente papilosa, glanduloso, com tricomas sésseis e
pedunculados;
anteras com ápice
oblong
o, base truncada; colar de anteras
cilíndrico
;
estilete
sem espessamento basal, cilíndrico, ramos lineares, mamilosos. Cipsela 2-
2,5
mm compr., prismática, 5-costada, glanduloso-pontuada com nervuras escabras;
carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 3-3,5 mm compr., cerdoso, bisseriado, cerdas
barbeladas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha da Serrinha,
27.I.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 254 (VIC); idem, 30.V.2006, fr., G.S.S.
Almeida e
t al.
409 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina, Goiás, Mato Grosso e Bahia. No PEI coletada em campos graminosos,
úmidos. M. officinalis pode ser reconhecida pelas folhas pequenas, hastadas e capítulos
ordenados em corimbos paniculiformes. Esta espécie costuma ser muito confundida
com
M. cipoensis
G.M. Barroso, espécie comum dos campos rupestres de Minas Gerais,
com a qual, compartilha a maioria dos caracteres, diferenciando-se pelas folhas com
margem foliar denteada e corola e cipsela glanduloso-pontuadas. Entretanto, o material
coletado no PEI as folhas apresentam-se com margem inteira, como descrita, mas a
corola e a cipsela apresentam-se glandulosas, o que sugere ser este um indivíduo
intermediário entre as duas espécies. É notória a necessidade de estudos taxonômicos
adicionais que possam subsidiar uma provável sinonimização.
242
3.13.
Mikania parvifolia
Baker, Fl.
Bras. 6(2): 226. 1876.
Figura 7a
-c
Subarbusto ereto 0,8 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, densamente spido-
tome
ntosos, castanhos. Folhas opostas, a subopostas, curto-pecioladas, 3-5,8x1,7-2,8
cm, obovadas a cordiformes, ápice obtuso, margem crenada, base cordada, ambas as
faces estrigosas, glanduloso-pontuadas, face abaxial com nervação reticulada, nervuras
proemin
entes glanduloso-tomentosas. Capítulos pedunculados a curto-
pedunculados,
bracteados, em corimbos densos, terminais, paniculiformes; brácteas lineares, 2,5-3 mm
compr., tomentosas, gladuloso-pontuadas. Invólucro 4-5 mm compr., subcilíndrico,
brácteas involucrais unisseriadas, oblongas, ápice obtuso, fimbriado, margem ciliada,
dorso densamente tomentoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, epaleáceo,
faveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas com tubo
vináceo, corola 4 mm, tubo 1-1,5 mm, glabro, glanduloso-pontuado, lobos glanduloso-
pontuados, ápice papilosos, setosos, revolutos; anteras com ápice oblongo, base obtusa;
colar de anteras
cilíndrico
; estilete levemente espessado na base, cilíndrico,
ramos
lineares, papilosos. Cipsela 1,5-2 mm compr., prismática, 5-costada, densamente
glanduloso
-pontuada; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 3-3,5 mm compr.,
cerdoso, unisseriado, cerdas escabras, cremes, às vezes com tons vináceos na base.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
22.VIII. 2005., fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 46 (VIC); idem, 26.VI. 2006, fl., fr., G.S.S.
Almeida et al
. 433 (VIC); idem, 09.V.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 675 (VIC).
Espécie até então, restrita ao estado de Minas Gerais. No PEI coletada em
campos de afloramentos rochosos. M. parvifolia é muito confundida nos herbários com
M. nummularia, da qual se distingue pelos capítulos ordenados em corimbos
paniculiformes. Os demais caracteres são muito similares entre as duas espécies,
tratando
-se provavelmente de sinônimos, corroborando com a hipótese de Nakajima
(2000) que sugere estudos taxonômicos adicionais para uma provável sinonímia destas
espécies.
3.14.
Mikania phaeoclados
Mart. ex Baker, Fl.
Bras. 6
(2): 256. 1876.
Figura 7d
-e
Liana; ramos cilíndricos, estriados, densamente híspido-tomentosos, glanduloso-
pontuados, ferrugíneos. Folhas opostas, pecioladas, 3,2-
9x1,3
-4 cm, ovais a elípticas,
ápice agudo, margem denteada, ciliada, base aguda, às vezes cordadas, ambas as faces
243
escabras, estrigosas, face adaxial bulada, resinosa, face abaxial com nervuras
proeminentes, denso-tomentosas, diminutamente glanduloso-pontuada. Capítulos
pedunculados, bracteados, em panícula laxa, piramidal com ramos curtos
corimb
iformes, terminais; brácteas lineares, 3-4 mm compr., pubérulo-
glandulosas.
Invólucro 4-4,5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas, oblongas,
ápice agudo, ciliado, margem ciliada, dorso pubérulo, resinoso. Receptáculo plano,
epaleáceo,
faveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas,
corola 4
-
4,5 mm,
tubo 1,5 mm, glabro,
eglanduloso,
lobos com ápice e margem setos
os,
eglandulosos;
anteras com ápice oblongo, base obtusa; colar de anteras
cilíndrico,
levemente alargado na base; estilete com estilopódio bulbiforme, ramos claviformes,
papilosos.
Cipsela 2,5-3 mm compr., prismática, 5-costada, glabra a esparso-
tomentosa
no ápice, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 4-4,5 mm
compr.,
cerdoso, unisseri
ado, cerdas barbeladas,
com ápice levemente espessado,
cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Mariana, PEI: Trilha da Serrinha, 16.XI.
2005., fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 166 (VIC);
idem, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada
de Cima, 29.I. 2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 286 (VIC); Trilha da Lagoa Seca,
27.XI.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 573 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. No PEI
coletada em capão entre afloramentos rochosos. M. phaeoclados se distingue das
demais espécies de
Mikania
volúveis do PEI, por suas folhas escabras em ambas as
faces com nervuras bem marcadas, face adaxial levemente bulada, com margem
denteada e capítulos ordenados em panícula laxa piramidal.
3.15.
Mikania ramosis
sima
Gardn., London, J. Bot. 5: 483. 1846.
Figura 7f
-h
Liana
; ramos angulosos, costados, pubérulos a glabrescentes, castanho-
escuros.
Folhas opostas, pecioladas, 3,5-
7x1,3
-2,5 cm, elípticas,
ápice
estr
eito obtuso, às vezes
agudo,
margem inteira, base aguda, ambas as faces glabras, face adaxial rugosa, face
abaxial com nervuras proeminentes, esparso-estrigosa, glanduloso-
pontuada.
Capítulos
sésseis, bracteados, em ramos curtos, espiciformes constituindo panícula laxa, terminal
;
brácteas lanceolada, 0,8-1
mm,
tomentoso-estrigosa, pubérulo-
glandulosa
. Invólucro 4-
4,5 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas, oblongas, ápice obtuso,
ciliado, margem inteira, dorso esparso-tomentoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo
plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas,
244
cremes, corola 2,5-3 mm, tubo 1 mm, glabro, eglanduloso, lobos com ápice e margem
papilosos, glanduloso-
pontuados
;
anteras com ápice oval, base obtusa; colar de anteras
cilíndrico, levemente alargado na base; estilete com estilopódio cilíndrico,
ramos
claviformes, papilosos. Cipsela 3,5-4 mm, prismática, 5-
costada,
diminutamente
esparso
-setosa, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 3 mm, cerdoso,
unisseriado, cerdas barbeladas, cremes
.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 28.VI. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 475 (VIC).
Espécie até então, restrita a Minas Gerais. No PEI coletada em capão de encosta
seca.
M. ramosissima pode ser reconhecida pelos capítulos ordenados em ramos curtos
espiciformes constituindo panícula laxa, flores glabras e cipsela esparso-
setosa.
Distingue
-se de M. sche
nkii
Hieron, espécie próxima dentre as coletadas no PEI, pelas
folhas elípticas e pelos capítulos
sésseis em ramos espiciformes.
3.16.
Mikania schenkii
Hieron., Bot. Jahrb.
Syst. 22: 797. 1897.
Figura 7i
-k
Liana
; ramos
cilíndricos,
estriados, glabros, atropurpúreos. Folhas opostas,
pecioladas, 3,2-8,2x1-1,5 cm,
lanceoladas,
ápice
agudo, margem diminu
tamente
denteada às vezes inteiras, base obtusa, face adaxial glabra, lustrosa, face abaxial
pubérula, glanduloso-
pontuada.
Capítulos pedunculados, bracteados, racemiformes, em
panícula laxa, terminal; brácteas lanceolada,
4,5
-5 mm, glabra, glanduloso-
pont
uada.
Invólucro 5
-
6 mm compr., subcilíndrico, brácteas involucrais, unisseriadas, lanceoladas,
ápice acuminado, não-
ciliado,
margem com tricomas pedunculados, dorso pubérulo,
esparsamente glanduloso-pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro
.
Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, cremes, corola 3,5-4 mm, tubo 2-
2,5
mm, piloso, com tricomas glandulares pedunculados,
esparsos
, lobos com ápice e
margem
discretamente
papilosos,
glabros;
anteras com ápice oval, base obtusa; colar de
ante
ras
cilíndrico, levemente alargado na base; estilete com estilopódio bulbiforme,
ramos claviformes,
mamilosos
. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismática, 5-
costada,
esparso
-setosa, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 4-4,5 mm,
cerdoso,
unisser
iado, cerdas barbeladas, cremes.
245
Figura 7a-
c.
Mikania parvifolia. a. Ramo. b. Capítulo. c. Flor (Almeida 433). d-
e.
Mikania phaeoclados
.
d. Folha. e. Face abaxial da folha (Almeida 286). f-
h.
Mikania ramosissima. f. Ramo. g. Capítulo. h. Flor
(Almeida 475). i
-k.
Mikania schenkii
. i. Ramo. j. Capítulo. k. Flor (Almeida 277).
246
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 28.VI. 2006., fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 475 (VIC).
Espécie até então restrita a Minas Gerais. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos.
M.
schenkii
pode ser reconhecida pelas folhas lanceoladas de
ápice acuminado, capítulos pedunculados racemiformes, constituindo panícula laxa,
com brácteas involucrais com margem glandulosa e flores com tubo glanduloso.
Distingue
-se de
M.
ramosissima
, espécie próxima dentre as coletadas no PEI, pelas
folhas lanceoladas e pelos capítulos pedunculados racemiformes.
3.17.
Mikania sericea
Hook
.
et Arn.
,
in
Hook., Comp. Bot. Mag. 1:243.
1835.
Figura 8a
-b
Liana
; ramos
cilíndricos,
estriados,
densamente albo-
seríceos
. Folhas opostas,
pecioladas, 5,3
-11,5x2-4,5 cm, lanceoladas a oval-
lanceoladas
,
ápice
acuminado
,
margem inteira, levemente revoluta, base atenuada, face adaxial esparsamente
escabrosa, puberulenta com nervação reticulada, nervuras densamente albo-
flocosas,
face abaxial albo-
flocos
a, nervuras densamente estrigosas. Capítulos pedunculados a
curto
-pedunculados, bracteados,
em
tirsos
paniculiformes, densos, terminais;
bráctea
lan
ceolada,
2-2,5 mm, serícea, glanduloso-pontuada. Invólucro 5-6 mm compr.,
subcilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas, oblongas, ápice obtuso, ciliado,
margem
esparso
-ciliada, dorso pubérulo, glanduloso-pontuado. Receptáculo plano,
epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas,
corola 3,5-4 mm, tubo 1,5-2 mm, glabro,
eglanduloso,
lobos com ápice
esparsamente
albo
-setoso, margem papilosa; anteras com ápice oval, base obtusa; colar de anteras
cilíndrico, alargado na
base
; estilete com estilopódio bulbiforme,
ramos
lineares
,
papilosos
. Cipsela 2,7-3 mm compr., prismática, 5-costada, glabra ou
esparso
-
vilosa
apenas no ápice, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho 3,5-4 mm,
cerdoso,
unisseriado, cerdas ba
rbeladas,
espessadas no ápice,
alvas
.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 28.IX. 2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 135 (VIC); Trilha do Morro do
Cachorro, 30.VIII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al. 5
18 (VIC).
247
Figura 8a-b. Mikania sericea. a. Folha. b. Face abaxial da folha (Almeida 518). c-
e.
Mikania sessilifolia
.
c. Hábito. d. Capítulo. e. Flor (Almeida 365). f-h. Mikania testudinaria. f. Ramo. g. Capítulo. h. Flor
(Almeida 8
9). i
-
j.
Mikania warmingii
. i. Folha. j. Face abaxial da folha (Almeida 685).
248
Espécie distribuída nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná,
Rio de Janeiro (Barroso 1959a) e São Paulo (Cabrera & Klein 1989); a coleta do
material no PEI, amplia a distribuição geográfica também para Minas Gerais. No PEI
coletada em capão de encosta seca.
M.
sericea
pode ser reconhecida pelo indumento
albo
-seríceo dos ramos e folhas que a planta um tom cinerescente, característica esta
que a distingue de
M.
vismi
ae
folia
DC., espécie próxima, dentre as coletadas no PEI.
3.18. Mikania sessilifolia DC., Prodr., 5:188. 1836.
Figura 8c
-e
Subarbusto ereto 1m alt.; ramos
cilíndricos
, obscuramente
estriados
,
densamente
híspido
-tomentosos, ferrugíneos a castanho-
esc
uros
. Folhas
alternas,
sésseis a curto-
pecioladas, 1,8
-3,5x1,5-3 cm, obovadas a cordiformes,
ápice
agudo, margem crenada,
revoluta, base cordada, às vezes obtusa, face adaxial estrigosa, face abaxial ferrugínea,
híspido
-tomentosa, ambas as faces glanduloso-pontuadas, nervação reticulada
proeminente, nervuras tomentosas. Capítulos pedunculados a curto-
pedunculados
,
bracteados, em racemos paniculiformes, terminais;
brácteas
linear
-
la
nceoladas, 2,5-3
mm,
tomentoso
-glandulosas. Invólucro 4-4,5 mm compr., subcilíndrico, brácteas
involucrais unisseriadas, oblongas, ápice agudo, ciliado,
margem
ciliada, dorso
densamente tomentoso, glanduloso-pontuado. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado,
glabro. Flores 4, hermafroditas, tubuloso-campanuladas, alvas, corola 2,5-3 mm,
tubo
0,8
-1 mm, base espandida, glabro, glanduloso-
pontuado
, lobos com ápice e margem
papilosos,
ápice setoso,
glanduloso
-
pontuados;
anteras com ápice oval, base obtusa;
colar de anteras cilíndrico, levemente alargado na base; estilete com estilopódi
o
cilíndrico,
ramos claviformes,
papilosos
. Cipsela 1,5-2 mm compr., prismática, 5-
costada, glabra, densamente glanduloso-pontuada; ca
rpopódio
simétrico, aneliforme.
Papilho 2,5
-3
mm,
cerdoso,
unisseriado,
cerdas
levemente achatadas, escabras,
cremes.
Mat
erial examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Pico do
Itacolomi, 17.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 365 (VIC); Mariana, PEI: Trilha do
Sertão, 18.IV.2007; fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 665 (VIC); Ouro Preto, PEI: Trilha do
Mo
rro do Cachorro, 27.VI.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
737 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Bahia. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos.
M.
sessili
folia
pode ser reconhecida pelas folhas ovais a
249
cordiformes, sésseis a curto- pecioladas, capítulos pedunculados a subsésseis ordenados
em racemos paniculiformes. Distingue-se de
M.
nummularia
, espécie próxima dentre as
coletadas no PEI, pelas folhas alternas com ápice agudo e papilho com cerdas
achatadas.
3.19.
Mikania testudinaria
DC., Prodr. 5: 197. 1836.
Figura 8f
-h
Liana
; ramos
cilíndricos
, estriados, glabros, castanho-
escuros
. Folhas
opostas,
pecioladas, 2,2
-7,6x1-
3,2
cm,
hastadas,
ápice acuminado, margem denteada, base
cordada, face adaxial glabrescente, face abaxial esparso-estrigosa, nervação reticulada
proeminente, ambas as faces glanduloso-pontuadas. Capítulos pedunculados,
bracteados,
em corimbos paniculiformes, terminais;
brácteas ob
la
nceoladas
, 2-3 mm,
glabrescentes, glanduloso-pontuadas. Invólucro 5-6 mm compr., subcilíndrico, brácteas
involucrais unisseriadas, oblongas, ápice agudo, ciliado,
margem
inteira, dorso
pubérulo, glanduloso
-
pontuado.
Receptáculo plano, epaleáceo, foveolado, glabro.
Flores
4, hermafroditas, hipocrateriformes, alvas, corola 5-6 mm, tubo 4-4,5 mm, albo-setoso,
eglanduloso,
lobos com ápice papilosos, glabros; anteras com ápice oval, base obtusa;
colar de anteras cilíndrico, levemente alargado na base; estilete cilíndrico sem
espessamento basal,
ramos
lineares, papilosos e pilosos. Cipsela 3-4 mm compr.,
prismática, 5-costada, serícea, resinosa, eglandulosa; ca
rpopódio
simétrico, aneliforme
,
piloso
. Papilho
5-6
mm,
cerdoso,
unisseriado,
cerdas barbeladas, cremes.
Material
examinado
: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 24.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 89 (VIC); Trilha do Tesoureiro,
17.XI.2005; fl., fr., G.S.S. AG
5
f
250
Liana
; ramos
cilíndricos
, estriados,
híspido
-tomentosos, castanhos. Folhas
opostas,
pecioladas,
8-
11,6
x4-5,6 cm,
ovadas,
ápice
agudo, margem escabra, levemente
revoluta, base obtusa, face adaxial escabra, estrigosa, resinosa, face abaxial híspida com
trico
mas castanhos, nervação reticulada, nervuras proeminentes, tomentosas,
diminutamente glanduloso-pontuadas. Capítulos pedunculados, bracteados, em tirsos
paniculiformes, congestos, terminais; brácteas lanceoladas, 2-2,5 mm,
tomentosas,
glanduloso
-
pontuadas.
Invólucro 4-5 mm compr., semicilíndrico, brácteas involucrais
unisseriadas, oblongas, ápice agudo, ciliado,
margem
inteira, dorso híspido, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, epaleáceo, foveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas,
tubuloso
-campanuladas, cremes, corola 3-4 mm, tubo 1,5-2 mm, glabro, glanduloso-
pontuado, lobos com ápice e margem papilosos, glanduloso-
pontuados;
anteras com
ápice
oval, base obtusa; colar de anteras cilíndrico, levemente alargado na base; estilete
com estilopódio bulbiforme,
ramos
claviformes,
papilosos, glanduloso-
pontuados
.
Cipsela 3-3,5 mm compr., prismática, 5-costada, esparso-setosa, glanduloso-
pontuada;
ca
rpopódio
simétrico,
cilíndrico
. Papilho 3,5-4 mm,
cerdoso,
unisseriado,
cerdas
barbeladas,
cremes.
Material examina
do
: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 24.VIII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 71 (VIC).
Espécie até então, restrita a Minas Gerais. No PEI coletada em capão de encosta
seca.
M.
vismiaefolia
pode ser reconhecida pelas folhas ovadas, com margem inteira,
capítulos pedunculados ordenados em tirsos paniculiformes, congestos e corola com
tubo e lobos glandulosos. Distingue-se de M. sericea, espécie próxima dentre as
coletadas no PEI, pelo indumento castanho.
3.21.
Mikania w
armingii
Sch. Bip., ex Baker,
F
l.
Bras., 6(2): 242. 1876.
Figura 8i
-j
Subarbusto ereto 1 m alt., muito ramificado, ramos
cilíndricos
, estriados,
glabros, avermelhados. Folhas opostas,
pecioladas, 3,5
-
6,6x1,8
-3,5 cm,
ovadas,
ápice
obtuso, margem denteada na metade superior, base cuneada, ambas as faces glabras,
face adaxial rugosa, face abaxial glauca, nervação peninérvea, aparente.
Capítulos
pedunculados
, bracteados, em tirsos, paniculiformes, laxos, terminais;
brácteas
linear
-
la
nceoladas, 2,5-3
mm,
glabras
, resinosas. Invólucro 3,5-4 mm compr., subcilíndrico,
brácteas involucrais unisseriadas, oblongas, ápice obtuso, ciliado,
margem
ciliada, dorso
glabro.
Receptáculo plano, epaleáceo, foveolado, glabro. Flores 4, hermafroditas,
251
tubuloso
-campanuladas, alvas, corola 3-3,5 mm, tubo 1-1,5 mm, glabro, glanduloso-
pontuado, lobos com ápice e margem papilosos, glanduloso-
pontuados;
anteras com
ápice oval, base obtusa; colar de anteras
cilíndrico
; estilete com estilopódio bulbiforme,
ramos
claviformes,
papilosos
. Cipsela 2,5-3 mm compr., prismática, 5-
costada,
glanduloso
-pontuada, nervuras setosas; ca
rpopódio
simétrico,
aneliforme
. Papilho 4-4,5
mm,
cerdoso,
unisseriado,
cerdas escabras,
cremes.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Cala
is,
28.I.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 282 (VIC); Trilha do Pico do Itacolomi,
17.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 366 (VIC).
Espécie até então, restrita a Minas Gerais. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos.
M.
warmingii
pode
ser reconhecida pelos ramos avermelhados,
folhas ovadas, com margem denteada na metade superior, glabras, glaucas na face
abaxial, flores glanduloso-pontuadas e cipsela glandulosa com nervuras setosas.
Distingue
-se de
M.
obtusata
, espécie próxima dentre as coletadas no PEI, pelas folhas
com margem denteada e corola com lobos glanduloso
-
pontuados.
4.
Ophryosporus
Meyen
., Reise um die Erde 1:402. 1834.
4.1.
Ophryosporus freyreysii
(Thunb.
)
Baker, Fl.
Bras. 6(2):188. 1876.
Subarbusto ca.1,5 m alt.,
ramos
esc
andentes,
cilíndricos
, estriados,
glabros,
vináceos
. Folhas opostas,
pecioladas, 4,5
-
9,5x1
-1,8 cm,
lanceoladas
,
ápice
agudo,
margem serreada, base cuneada, ambas as faces esparso-estrigosas, face adaxial
minutamente glanduloso-pontuada, face abaxial com nervura principal proeminente,
ferrugíneo
-
tomentosa.
Capítulos
discóides, pedunculados, bracteados, em corimbos
paniculiformes terminais, com ramos patentes; bráctea lanceolada, 1,5-2
mm,
tomentosa. Invólucro eximbricado, campanulado, 2-2,5 mm compr., brácte
as
involucrais unisseriadas, oblongas, ápice obtuso, ciliado,
margem
ciliada, dorso
tomentoso. Receptáculo plano, epaleáceo, faveolado, glabro. Flores 5-6, hermafroditas,
tubuloso
-campanuladas, alvas, corola 2,5-3 mm, glandulosa, tubo 0,8-1 mm, alargado
na
base, com tricomas glandulares, pedunculados, lobos com ápice e margem papilosos,
glabros, não-
glandulosos;
anteras com apêndice apical ausente, base obtusa; colar de
anteras
cilíndrico
; estilete sem espessamento basal, cilíndrico, ramos clavados, capitad
o
no ápice,
papilosos
. Cipsela 1,5-2 mm compr., prismática, 5-costada, esparso-
setosa;
ca
rpopódio
cônico, piloso
. Papilho
2,5
-3
mm, unisseriado,
cerdas barbeladas, cremes.
252
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima
, 25.VII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 482 (VIC).
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
No PEI coletada em capão de encosta seca, próximo a campos de afloramentos
rochosos. Esta espécie costuma ser muito confundida com algumas espécies de
Mikania
, devido ao hábito escandente e ao número reduzido de flores, diferencia-
se
pelos capítulos com invólucro com maior número de brácteas involucrais e flores, além
do apêndice apical das anteras ausente.
5.
Stevia
Ca
v., Icon. Plant., 4: 32. 1797.
Chave para identificação
das espécies de
Stevia
do Parque Estadual do Itacolomi
1.
Papilho coroniforme
2. Folhas pecioladas a curto
-
pecioladas, patentes; corola com lobos eglandulares.......
..........................................................................................................5.1.
S. camporum
2’ Folhas sésseis a subsésseis, ascendentes; corola com lobos glanduloso
-
pontuados.....
........................................................................................................5.5.
S. urticaefolia
1’ Papilho paleáceo
-
aristado
3. Folhas rombóides; papilho com páleas unidas na base.......................5.2.
S. clausseni
3’ Folhas ovais a elípticas; papilho com páleas livres
4. Folhas com face adaxial es
parso
-estrigosa, face abaxial estrigosa; papilho com
aristas achatadas na base.....................................................................5.3.
S. hilarii
4’ Folhas com ambas as faces pubérulas; papilho com aristas cilíndricas..................
...................................................................................................5.4.
S. myriadenia
5.1.
Stevia camporum
Baker, Fl. Bras., 6(2): 202. 1876.
Figura 9a
-b
Subarbusto 0,4 m alt., ramos cilíndricos, levemente estriados, escabros,
tomentosos com tricomas multicelulares, longos, glanduloso-pontuados. Folhas opostas,
patentes, pecioladas a curto-pecioladas, 1,5-3,5x1-1,5, ovadas a amplo-elípticas, ápice
agudo, margem crenado-denteada, base cuneada, ambas as faces glabrescentes,
dimi
nutamente glanduloso-pontuadas, face abaxial com nervuras proeminentes
glanduloso
-tomentosas. Capítulos com pedúnculo híspido-glanduloso, ordenados em
corimbos paniculiformes, densos. Invólucro 6-7 mm compr., cilíndrico, brácteas
253
involucrais unisseriadas, oblongas, ápice agudo, margem inteira, dorso esparso-
setoso,
densamente glanduloso, com tricomas pedunculados. Receptáculo levemente convexo.
Flores 5, hermafroditas, face interna com tricomas setosos, corola 8-8,5 mm,
infundibuliforme, exserta, tubo vináceo, setoso, glanduloso, com tricomas
pedunculados, lobos róseos, denso setosos, ápice e margem diminutamente papilosos,
eglandulosos; anteras com ápice oblanceolado, base obtusa; estilete cilíndrico sem
espessamento basal, ramos lineares, papilosos. Cipsela 4-4,5 mm compr., prismática, 5-
costada, dourado-setosa, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme.
Papil
ho 0,4-
0,6 mm compr., paleáceo-
coroniforme,
creme,
ápice das páleas com dentes deltóides,
desiguais
.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Casa do Bruno,
14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 321 (VIC); Trilha da Lagoa Seca, 31.V.2006,
fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 419 (VIC).
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No PEI
col
etada em campos graminosos secos. S. camporum distingue-se de S. urticaefolia
Billb., espécie mais próxima, pelos capítulos pedunculados ordenados em corimbos
paniculiformes densos e pelas páleas do papilho com ápice denteado.
5.2.
Stevia clausseni
Sch. B
ip. ex Baker, Fl.Bras. 6(2): 203. 1876.
Figura 9c
-e
Erva 0,6 m alt., ramos cilíndricos, estriados, vilosos, glanduloso-pontuados, com
tons vináceos. Folhas opostas, decussadas, subsésseis, 2,5-7x0,8-3, rombóides, ápice
agudo, margem crenado-denteada, ciliada, base atenuada, ambas as faces estrigosas a
glabrescentes, glanduloso-pontuadas, face abaxial com nervuras proeminentes
glanduloso
-vilosas. Capítulos pedunculados, pedúnculo hirsuto-glanduloso, ordenados
em panícula, laxa. Invólucro 6-7 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais
unisseriadas, oblongas, ápice agudo, margem inteira, dorso glanduloso, com tricomas
pedunculados. Receptáculo levemente convexo. Flores 5, hermafroditas, face interna
com tricomas setosos, corola 7-7,5 mm, infundibuliforme, exserta, tubo lilás, esparso-
setoso, glanduloso-pontuado, lobos lilases, setosos, ápice e margem papilosos,
glanduloso
-pontuados; anteras com ápice lanceolado, base obtusa; estilete com
estilopódio levemente bulbiforme, ramos lineares, mamilosos, glanduloso-po
ntuados.
Cipsela 4,5-5 mm compr., prismática, 5-costada, nervuras híspidas, eglandulosa;
carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho paleáceo-aristado, 2-4 aristas, 2-4 mm
254
compr., páleas unidas na base, 0,5-1 mm compr.,
ovais
com ápice fimbriado, cremes,
aristas
cilíndricas,
com ápice vináceo.
Material examinado
255
PEI, pelos ramos axilares reduzidos, tornando as folhas basais, fasciculadas, brácteas
involucrais glandulosas, vináceas e flores glanduloso-
setosas.
5.4.
Stevia myriadenia
Sch. Bip. ex Baker, Fl. Bras., 6(2): 206. 1876.
Figura 9k
-l
Subarbusto 0,8 m alt., ramos cilíndricos, estriados, densamente glanduloso-
tomentosos na base, com tomento tornando-se esparso em direção ao ápice, castanho-
avermelhados. Folhas opostas, às vezes alternas, patentes, curto-pecioladas, as basais
fasciculadas, 1-4,3x0,5-1,5, ovais a oval-romboides, ápice agudo, margem crenado-
serreada, base atenuada, decorrente, ambas as faces pubérulas, face abaxial com
nervuras proeminentes glanduloso-tomentosas ambas as faces densamente glanduloso-
pontuadas. Capítulos pedunculados, pedúnculo purpurescente, tomentoso com tricomas
glandulares pedunculados e sésseis, ordenados em corimbos paniculiformes, laxos.
Invólucro 7-8 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas com tons
vináceos, oblongas, ápice agudo, margem inteira, dorso e
sparso
-setoso, densamente
glanduloso, com tricomas pedunculados. Receptáculo levemente convexo. Flores 5,
hermafroditas, face interna com tricomas setosos, corola 6-6,5 mm, infundibuliformes,
exserta, tubo vináceo, glanduloso, com tricomas pedunculados e sésseis, lobos róseos,
setosos, ápice e margem diminutamente papilosos, glanduloso-pontuados; anteras com
ápice lanceolado, base obtusa; estilete com estilopódio levemente bulbiforme, ramos
cilíndricos, papilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismática, 5-
cost
ada, nervuras
setosas, eglandulosa; carpopódio simétrico, aneliforme. Papilho paleáceo-
aristado,
creme,
3-4 páleas lanceoladas, 0,4-0,5 mm compr., fimbriadas no ápice, aristas 4-
6,
cilíndricas
, 4,5
-
5 mm compr., escabr
a
s.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 14.III.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 302 (VIC).
Espécie distribuída nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. No PEI coletada em campos de afloramentos
rochosos. S.
myriadenia
distingue-se de S. claussenii, espécie mais próxima, pelas folhas pubérulas,
densamente glanduloso
-
pontuadas e papilho com 4
-
6 aristas.
5.5.
Stevia urticaefolia
Billb., Thumb., Pl. Bras., 1:13. 1817.
Figura 9m
-n
256
Subarbusto 0,9 m alt., ramos cilíndricos, levemente estriados, tomentosos com
tricomas multicelulares, glanduloso-pontuados. Folhas opostas, sésseis a subsésseis 1-
5,5x0,5-2 cm, lanceoladas a ovado-rombóides, ascendentes, ápice agudo, margem
crenado
-denteada, base atenuada, face adaxial pubérula, resinosas, face abaxial esparso-
estrigosa com nervuras proeminentes glanduloso-estrigosas, ambas as faces glanduloso-
pontuadas. Capítulos pedunculados, pedúnculo esparso-setoso, glanduloso, com
tricomas glandulares pedunculados e sésseis, ordenados em racemos paniculiformes,
laxos. Invólucro 7-8 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais unisseriadas com tons
vináceos, oblongas, ápice acuminado, vináceo, glanduloso, margem inteira, dorso
híspido
-glanduloso, com tricomas pedunculados e sésseis. Receptáculo levemente
convexo. Flores 5, hermafroditas, face interna com tricomas setosos, corola 5,5-6 mm,
infundibuliforme, exserta, tubo vináceo, híspido-glanduloso, com tricomas
pedunculados, lobos róseos, setosos, glanduloso-pontuados, ápice e margem
diminutamente papilosos; anteras com ápice longo
-
lanceolado, base obtusa; estilete com
estilopódio levemente bulbiforme, ramos cilíndricos, papilosos. Cipsela 4-4,5 mm
compr., prismática, 5-costada, esparso-setosa; carpopódio simétrico, aneliforme.
Papilho paleáceo
-
coroniforme, páleas 0,4
-
1 mm obovais a lanceoladas, ápice fimbriado.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Casa do Bruno,
18.IV.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 381 (VIC); Trilha da Lagoa Seca, 26.V
I.2006.,
fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 445.
Espécie distribuída apenas nos estados de Minas Gerais e Goiás. No PEI
coletada em campos de afloramentos rochosos. S.
urticaefolia
distingue-se de
S.
camporum
, espécie mais próxima, pelos capítulos ordenados em corimbos
paniculiformes laxos, flores menores, corola com lobos glandulosos e papilho com
páleas de ápice fimbriado.
6.
Symphyopappus
Turcz.
, Bull. Soc. Imp.
Naturalistas Moscou 21(1): 583. 1848.
Chave de
identificação das espécies de
Symphyopappus
do Parque Estadual do
Itacolomi
1.
Folhas pecioladas a curto
-
pecioladas
2. Folhas lanceoladas a oval-lanceoladas ou linear-lanceoladas, ápice agudo, margem
serreada
257
3. Brácteas subinvolucrais ausentes
4. Folhas subcoriáceas, glabras, invólucro 8
-
10 mm .....
...............6.2.
S. compressus
4. Folhas membranáceas, pubérulas, invólucro 5
-
7 mm................6.4.
S. itatiayensis
3’ Brácteas subinvolucrais presentes, lineares 5
-
8 mm..................6.1.
S. angustifolius
2’ Folhas obovadas, ápice obtuso, margem
inciso
-
serreada com dentes profundos........
.............................................................................................................6.3.
S. cuneatus
1’ Folhas sésseis a subsésseis
5. Folhas concentradas no ápice dos ramos, opostas
6.
Folhas ovais a suborbiculares, adensadas, entrenós 0,4
-
1 cm..................................
.....................................................................6.5.1. S.
reticulatus
var.
itacolumiensis
6. Folhas oblanceoladas, esparsas, entrenós 1,5
-
2,5
cm.................................................
...........................................................................6.5.
S. reticulatus
var.
reticulatus
5’ Folhas distribuídas ao longo dos ramos, inferiores alternas, superiores
opostas...................................................................... 6.5.2.
S. reticulatus
var.
vernico
sa
6.1.
Symphyopappus angustifolius
Cabrera, Not. Mus.
La Plata, 19(92): 191. 1959
.
Figura 9o
Arbusto 1,0 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, estrias avermel
hadas,
puberulentos, vernicosos. Folhas alternas ou subopostas, curto-
pecioladas
, 2,8-7
x0,5
-1
cm,
coriáceas, linear-lanceoladas, ápice agudo, margem
duplo
-serreada, base cuneada,
amb
as as faces puberulentas, diminutamente glanduloso-pontuadas, vernicosas,
pentanérveas, nervuras, proeminentes. Capítulos pedunculados, ordenados em corimbos
densos, paniculiformes, brácteas subinvolucrais lineares, 5-8 mm, pubérulas, resinosas.
Invólucro 8-9 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 4-5 seriadas, externas ova
is,
internas oblongas, escariosas, ambas com ápice agudo,
róseo,
glanduloso
-
pontuado,
margem fimbriada, ciliada, internas caducas, glabras.
Receptáculo
plano
, epaleáceo,
glabro,
faveolado
. Flores 5, hermafroditas, lilases a alvas, corola 5-6 mm, tubulosas,
tubo glabro, eglanduloso,
lobos
glanduloso-pontuados, anteras com ápice ovais, base
levemente sagitada, colar de anteras cilíndrico levemente alargado na base;
estilete
com
estilopódio levemente bulbiforme, ramos claviformes, papilosos. Cipsela 2-2,5 mm
compr., prismática, 5-
costada
, esparso-setosa, eglandulosa; carpopódio assimétrico,
cilíndrico
. Papilho 6-6,5 mm compr., bisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, unidas na
base em anel crasso, cremes.
258
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 2
5.X.2007
, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
775 (VIC).
Material adicional: Brasil, Minas Gerais, Catas Altas, Parque Nacional do Caraça,
20.XI. 1997, A. Salino 3789 (BHCB 39620).
Espécie
restrita aos campos rupestres de
Min
as Gerais. No PEI coletada em
campos de afloramentos rochosos. S.
angustifolius
caracteriza-se pelos ramos folhas e
capítulos vernicosos, folhas linear-lanceoladas, base cuneada, margem duplo-
serreada,
pentanérveas, capítulos brácteas subinvolucrais 5-8 mm. Distingue-se de S. reticulatus
pelas folhas linear
-lanceoladas, alternas ou subopostas.
6.2. Symphyopappus compressus (Gardn.)B. Robinson, Contr. Gray Herb., n.s. 80:12.
1928.
Figura 9p
Arbusto 1,2 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, estrias avermelhadas, albo-
puberulentos, vernicosos. Folhas opostas, pecioladas, 2,5-10,5x0,5-2,5 cm,
subcoriáceas, lanceoladas, ápice agudo, margem serreada, base atenuada, ambas as
faces glabras, glanduloso-pontuadas, vernicosas, trinérveas, nervuras proeminentes.
Capí
tulos pedunculados, ordenados em corimbos densos, paniculiformes, brácteas
subinvolucrais ausentes.
Invólucro
8-10 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais 3-
4
s
eriadas,
externas ovais, internas oblongas, ambas com
ápice
obtuso
, fimbriado,
glanduloso
-pontuado, margem fimbriada, escariosas, róseas, trinérveas, internas
caducas.
Receptáculo levemente convexo, epaleáceo, pubérulo, piloso, fo
veolado.
Flores 5, hermafroditas, lilases a alvas, corola 5-5,5 mm, tubulosa, tubo glabro,
eglanduloso,
lobos
com margem e ápice densamente papilosos, glanduloso-
pontuados,
anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras cilíndrico levemente
alargado na base;
estilete
com estilopódio cilíndrico, ramos claviformes, papilosos.
Cipsela 2-2,5 mm compr., prismática, 5-
costada
, esparso-pilosa, com tricomas
geminados, eglandulosa; carpopódio assimétrico, aneliforme, levemente decorrente nas
nervuras
. Papilho 5-6 mm compr., bisseriado, cerdoso, cerdas barbeladas, unidas na
base em anel crasso, cremes.
259
Figura 9a-
b.
Stevia camporum. a. Flor com detalhe dos tricomas da corola. b. Cipsela (Almeida 419). c-
e.
Stevia
clausseni.
c. Capítulo. d. Corola. e. Cipsela (Almeida 103). f-
j.
Stevia hilarii. f. Ramo. g. Capítulo.
h. Corola. i. Corte longitudinal da corola. j. Cipsela (Almeida 677). k-
l.
Stevia myriadenia. k. Flor. l.
Cipsela (Almeida 302). m-
n.
Stevia urticaefolia. m. Corola. n. Cipsela (Almeida 381). o.
Symphyopappus
angustifolius
. Folha (Almeida 755). p. Symphyopappus compressus. Folha (Almeida 628). q.
Symphyopappus cuneatus
. Ramo (Almeida 686).
260
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 15.II.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 301 (VIC); Trilha da Estrada de
Cima, 27.VI.2006, fr., G.S.S. Almeida et al. 473 (VIC); idem, Mariana, PEI: Trilha do
Sertão, 18.IV.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al.
650 (VIC).
Espécie distribuída nos estados Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos. S. compressus caracteriza-se pelos ramos folhas e capítulos
vernicosos, folhas lanceoladas, base atenuada, margem serreada, trinérveas, capítulos
sem brácteas subinvolucrais e receptáculo piloso. Distingue-se de S. re
ticulatus
pelas
folhas lanceoladas, pecioladas, trinérveas.
6.3.
Symphyopappus cuneatus
(DC.) Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras. 6(2): 367. 1876.
Figura 9q
Subarbusto 1,2 m alt.; ramos cilíndricos, costados, vernicosos, avermelhados.
Folhas opostas a subopostas, decussadas, pecioladas, 2,5-
5,5x0,8
-2,5 cm, coriáceas,
obovadas, ápice obtuso, margem inciso-serreada, com dentes profundos, base cuneada,
ambas as faces glabras, glanduloso-pontuadas, vernicosas, com tons avermelhados,
nervação reticulada, proeminente. Capítulos sésseis a curto-pedunculados, ordenados
em racemos corimbinformes densos, brácteas subinvolucrais, lineares, longas 10-
13
mm, resinosas, glanduloso-pontuadas.
Invólucro
7-8 mm compr., cilíndrico, l493 7575 Tm(1)Tj0.09765 058 7920 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0.0976841874 7920 Tm(á)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8402 7920 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8652 7920 Tm(t)Tj0.09765 0 0 -0.0976576306 7920 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 9549 7920 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8883 7920 Tm(s)Tj( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 1878 7260 Tm(i)Tj0.09765 0 0 -0.09761 7938 7260 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.0976507938 7260 Tmv(r)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2138 7260 Tmo(v)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2238 7260 Tml(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2288 7260 Tmu(r)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2288 7260 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.09765 1878 7260 Tmr(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2178 7260 Tma(s)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2638 7260 Tm(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2688 7260 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 1878 7260 Tm3( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.0976591878 7260 Tm(-)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 3048 7260 Tm4(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 5388 7260 Tm(s)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.0976533048 7260 T99.2970 Tzerioladas(o)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 7858 7260 Tm100970 Tzexternas (o)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 4658 7260 Tm170 Tzo( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 4638 7260 Tmv(r)Tj0.09765 0 0 -0.0976504638 7260 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4128 7260 Tm(i)Tj0.09765 0 0 -0.0976518188 7260 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5988 7260 Tm(,)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 2638 7260 Tm(i)Tj0.09765 0 0 -0.0976 75638 7260 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.0976555638 7260 Tm(t)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5238 7260 Tme(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5728 7260 Tmr(e)Tj0.09765 0 0 -0.0976578638 7260 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.0976588638 7260 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4978 7260 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0976616538 7260 Tmo(v)Tj0.09765 0 0 -0.0976626538 7260 Tmb(t)Tj0.09765 0 0 -0.09765 6538 7260 Tml(i)Tj0.09765 0 0 -0.09766 8428 7260 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.0976 86938 7260 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.09766 8608 7260 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.0976669838 7260 Tme(d)Tj0.09765 0 0 -0.0976678638 7260 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8638 7260 Tml(r)Tj0.09765 0 0 -0.09765 6228 7260 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.0976703048 7260 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3428 7260 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.0976725728 7260 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.0976529838 7260 Tm(,)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0976545988 7260 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 7838 7260 Tm(m)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2708 7260 Tmb(t)Tj0.09765 0 0 -0.09767 2808 7260 Tma(i)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2898 7260 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09768 5088 7260 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.09768 6178 7260 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.0976826178 7260 Tmm(s)Tj( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.0976853758 7260 Tm106220 Tzápice( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 1878 5610 Tm100.03 Tzagudo,us r
261
Espécie distribuída nos estados Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. No
PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. S. cuneatus caracteriza-se pelos
ramos e folhas com tons avermelhados, vernicosos, folhas obovadas com base cuneada,
margem pronfundo-serreada, nervação reticulada, proeminente, capítulos com brácteas
subinvolucrais lineares, longas (10-13 mm) e brácteas involucrais vernicosas com ápice
vináceo piloso. Distingue-se de S. reticulatus pelas folhas obovadas, pecioladas, com
margem profundo
-
serreada.
6.4. Symphyopappus itatiayensis (Hieron.) King & Rob., Phytologia 22: 116.
1971.
Eupatorium itatiayense
Hieron., Bot. Jahrb. Syst. 22: 764. 1897.
Figura 10a
-b
Arbusto 1,4 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, estrias avermelhadas,
densamente vernicosos. Folhas opostas, pecioladas, 4,5-
9,5x1,3
-3 cm, membranáceas,
oval
-lanceoladas, ápice acuminado, margem serreada, base cuneada, ambas as faces
pubérulas, glanduloso-pontuadas, vernicosas, trinérveas, nervuras proeminentes,
avermelhadas na face abaxial. Capítulos pedunculados, ordenados em corimbos densos,
paniculiformes, brácteas subinvolucrais ausentes.
Invólucro
5-7 mm compr.,
cilíndrico,
brácteas involucrais 3-4 s
eriadas,
externas ovais, internas oblongas, escariosas, ambas
com
ápice
obtuso
, glanduloso-
pontuad
o, fimbriado, margem fimbriada, ciliada,
trinérveas, dorso pubérulo, róseas, internas caducas. Receptáculo levemente convexo,
epaleáceo, piloso, faveolado. Flores 5, hermafroditas, lilases a alvas, corola 5 mm,
tubulosa, tubo glabro, eglanduloso,
lobos
com ápice e margem densamente papilosos,
glanduloso
-pontuados, anteras com ápice lanceolado, base obtusa, colar de anteras
achatado, levemente alargado na base;
estilete
sem espessamento basal, ramos
claviformes, longo-papilosos. Cipsela 2-2,5 mm compr., prismática, 5-
costada
, esparso-
pilosa, com tricomas geminados, eglandulosa; carpopódio assimétrico,
aneliforme
.
Papilho 5-6 mm compr., bisseriado, cerdoso, cerdas levemente planas, barbeladas,
unidas na base em anel crasso, cremes às vezes com tons vináceos.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Lagoa Seca,
26.I.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 242
(VIC).
Espécie distribuída nos estados Minas Gerais, Rio de Janeiro. No PEI coletada
em campos de afloramentos rochosos. S.
itatiayensis
caracteriza-se pelos ramos, folhas
e capítulos vernicosos, folhas membranáceas, oval-lanceoladas, base atenuada, margem
serreada, trinérveas, capítulos sem brácteas subinvolucrais e receptáculo piloso.
262
Distingue
-
se de
S. compressus
pelas folhas m
embranáceas, oval
-
lanceoladas e invólucro
menor. Entretanto, estes caracteres são altamente variáveis com o ambiente, podendo se
tratar da mesma espécie, sendo assim, estudos taxonômicos complementares são
necessários, para confirmarem uma possível sinonim
ização.
6.5.
Symphyopappus reticulatus
Baker Fl.
Bras., 6(2): 367.
1876.
Figura10c
Arbusto 1,5 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, glabros, castanhos, vernicosos,
folhas esparsas, entrenós 1,5-2,5 cm, concentradas no ápice dos ramos. Folhas opostas,
sés
seis a subsésseis, 2,2-5,5x0,6-1,4 cm, coriáceas, oblanceoladas, ápice agudo,
margem serreada, base atenuada, às vezes cuneada, ambas as faces glabras, glanduloso-
pontuadas, vernicosas, nervação reticulada, proeminente. Capítulos subsésseis a
pedunculados
, ordenados em corimbos densos, paniculiformes, brácteas subinvolucrais,
lineares, curtas, 3,5-4 mm, glabras, resinosas, glanduloso-pontuadas.
Invólucro
8-9 mm
compr.,
cilíndrico, brácteas involucrais 4-5 s
eriadas,
externas ovais, internas
oblanceoladas, ambas com ápice agudo, ciliado, margem ciliada, dorso glanduloso-
pontuado, vernicosas, escariosas, internas caducas. Receptáculo levemente convexo,
epaleáceo,
pubérulo
, fo
veolado.
Flores 5, hermafroditas, lilás-claras, corola 3,5-4 mm,
tubulosa, tubo glabro, eglanduloso,
lobos
glanduloso-pontuados, anteras com ápice
obtuso, base obtusa, colar de anteras cilíndrico, levemente alargado na base; estilete
sem
espessamento basal, ramos cilíndricos, papilosos. Cipsela 2,5-3 mm compr., prismática,
5-
costada
, glabra, glanduloso-
pontuada; carpopódio
cilíndrico, decorrente nas nervuras.
Papilho 2,5-3,5 mm compr., bisseriado, cerdoso, cerdas planas, robustas, unidas na base
em anel crasso, estramíneas, persistente.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Baixo, 23.VIII.2005, fr., G.S.S. Almeida et al.
65
(VIC); Trilha do Calais, 18.VII.2007,
fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 749 (VIC).
Espécie distribuída nos estados Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. No
PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. S.
reticulatus
caracteriza-se pelos
ramos, folhas e capítulos vernicosos, folhas concentradas na porção terminal dos ramos,
sésseis a subsésseis, oblanceoladas, base atenuada, margem serreada, nervação
reticulada, proeminente, brácteas subinvolucrais, lineares, curtas (3,5-4 mm) e
receptáculo piloso. Distingue-se de S. cuneatus pelas folhas oblanceoladas, sésseis a
263
subsésseis, margem serreada, brácteas subinvolucrais curtas, menores que o invólucro e
cipsela glandulosa.
Segundo Baker (1876), esta espécie apresenta duas variedades; S. reticulatus
var.
itacolumiensis
Sch. Bip. e S. reticulatus var.
vernicosa
Baker, ambas até então,
restritas aos campos rupestres de Minas Gerais e coletadas no PEI em campos de
afloramentos rochosos
.
6.5.1. Symphyopappus reticulatus Baker var.
itacolumiensis
Sch. Bip., Fl. Bras. 6(2):
368. 1876.
Figura 10d
-f
Distingue
-se da var.
reticulatus
pelos ramos folhas e capítulos densamente
vernicosos, com aspecto enegrecido depois de desidratado, folhas concentradas no
ápice, entrenós curtos (0,4-1 cm), imbricadas, sésseis a subsésseis, ovadas, glabras,
nervação reticulada, proeminentes, brácteas subinvolucrais, lineares, curtas (4-5 mm),
flores vernicosas e colar de anteras conspícuo, cilíndrico, levemente
alargado na base.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Pico do
Itacolomi, 31.VIII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 541 (VIC); Trilha da Lagoa Seca
em direção ao Pico do Itacolomi, 27.XI.2006, fl., G.S.S. Almeida et al.
574 (VIC).
6.5.2
. Symphyopappus reticulatus
var. vernicosa
Baker, Fl.
Bras., 6(2): 368. 1876.
Figura 10g
-i
Distingue
-se da var.
reticulatus
, pelos ramos com folhas distribuídas por todo o
ramo, inferiores alternas, superiores opostas, sésseis, obovadas a elípticas, densamente
vernicosas, brácteas subinvolucrais lineares, curtas (3.5-4 mm), brácteas involucrais de
ápice obtuso, receptáculo pubérulo e flores alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Calais,
29.I.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 633
(VIC).
7.
Trichogonia
(DC.) Gardner, London J. Bot. 5: 459. 1846.
Chave para identificação das espécies de
Trichogonia
do Parque estadual do
Itacolomi
1.
Folhas alternas, sésseis ou curto
-
pecioladas; capítulos com mais de
30 flores
264
2. Folhas ovais a cordiformes
3. Folhas diminutas, 0,8
-
1,5 cm; capítulos com 57
-
60 flores..............7.1.
T. crenulata
3’ Folhas 1,8-
3,5 cm; capítulos com 35
-
40 flores...............................7.2.
T. hirtiflora
2’ folhas lineares a linear
-
lanceoladas
4. Folhas com margem inteira ou inconspicuamente denteada, revoluta.......................
.............................................................................................................7.4. T.
villosa
4. Folhas com margem conspicuamente denteada na metade superior, não
revoluta...................................................................7.4.1.
T. villosa
var.
multiflora
1’ Folhas opostas, longo pecioladas, pecíolo 1,5
-
4 cm; capítulos com até 30 flores....
...........................................................................................................7.3.
T. salviaefolia
7.1.
Trichogonia crenulata
(Gardn.)
D.J.N. Hind, Kew Bull. 48(2): 411. 1993.
Figura 10j
-k
Subarbusto 0,7 m alt.;
ramos
cilíndricos, estriados, h
irsuto
-
tomentosos,
castanhos. Folhas alternas, espiraladas, sésseis a curto-pecioladas, 0,8-
1,5x0,6
-0,8 cm,
cordiformes, ápice agudo, margem crenada, base cordada, ambas as faces híspidas,
glanduloso
-pontuadas, nervação reticulada, proeminente, denso-
tome
ntosa. Capítulos
pedunculados, ordenados em corimbos densos.
Invólucro
6-7 mm compr.,
campanulado, brácteas involucrais 2-s
eriadas,
externas lanceoladas, internas
espatuladas, ambas com
ápice
agudo
, denso albo-tomentoso, margem ciliada, dorso
tomentoso, gl
anduloso
-
pontuado.
Receptáculo
plano
, epaleáceo,
glabro
, fo
veolado.
Flores 57
-
60, hermafroditas, lilás
-
escuras, corola 4
-
4,5 mm, infundibuliforme, purpúrea,
tubo glabro, eglanduloso,
lobos
denso-tomentosos; anteras com ápice oblongo, base
truncada,
colar de anteras cilíndrico, levemente achatado
;
estilete
com estilopódio
cilíndrico, ramos claviformes, papilosos. Cipsela 2,5-3 mm compr., prismática, 5-
costada
, estipitada, nervuras setosa, eglandulosa;
carpopódio
aneliforme, simétrico.
Papilho 3
-
3,5 mm compr.
, unisseriado, cerdas plumosas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Estrada de
Cima, 27.XI.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al.
572(VIC).
Espécie, até então, endêmica de Minas Gerais. No PEI coletada em campos de
afloramentos rochosos. T. crenulata caracteriza-se pelas folhas cordiformes, alternas
espiraladas, pequenas, sésseis ou curto-pecioladas e capítulos com maior número de
flores (57-60), caracteres estes, que a distingue das demais espécies de
Trichogonia
do
PEI.
265
7.2. Trichogonia hirtiflora (DC.) Sch. Bip. ex Baker, Fl. Bras. 6(2): 214. 1876.
Kuhnia
hirtiflora
DC., Prodr. 5: 127. 1836.
Figura 10l
Subarbusto 0,8 m alt.;
ramos
cilíndricos, estriados, hirsuto-
tomentosos,
esparsamente glanduloso-pontuados, castanhos. Folhas alternas, espiraladas, curto-
pecioladas, 1,8-3,5x0,6-2,5 cm, ovais a cordiformes, ápice agudo, margem crenada,
base cordada, face adaxial esparso-tomentosa, face abaxial híspido-tomentosa, ambas as
faces glanduloso-pontuadas, nervação reticulada, proeminente, hirsuto-
glandulosa.
Capítulos pedunculados, ordenados em corimbos densos, paniculiformes.
Invólucro
6-
6,5 mm compr., campanulado, brácteas involucrais 2-s
eriadas,
externas lanceoladas,
internas espatuladas, ambas com ápice
obtuso
, tomentoso, com tricomas multicelulares
vináceos, margem ciliada, dorso tomentoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo
plano,
epaleáceo,
glabro
, faveolado. Flores 35-40, hermafroditas, corola 4,5-5 mm,
infundibuliforme, tubo esverdeado, glabro, eglanduloso,
lobos
vináceos, denso-
tomentosos, glanduloso-pontuados, anteras com ápice obtuso, levemente emarginado,
base truncada, colar de anteras cilíndrico
;
estilete
sem espessamento basal, ramos
claviformes, mamilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismática, 5-
costada
, estipi
tada,
hirsuto
-glandulosa, nervuras setosas;
carpopódio
aneliforme, decorrente nas nervuras.
Papilho 3
-
3,5 mm compr., unisseriado, cerdas plumosas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Morro do
Cachorro, 29.V.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 394 (VIC); Mariana, PEI: Trilha da
Serrinha, 27.I.2006, fl. fr., G.S.S. Almeida et al. 264 (VIC); idem, Trilha do Sertão,
31.V.2006. fl., fr., G.S.S. Almeida et al
. 415 (VIC).
Espécie aparentemente restrita a Minas Gerais, apesar de ter sido citada por
Baker (1876) como ocorrente na Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Entretanto, em
nenhuma das coleções consultadas foi encontrado coletas referentes a estes estados. No
PEI coletada em campos de afloramentos rochosos.
T.
hir
tiflora
caracteriza-se pelas
folhas ovais a cordiformes, denso-tomentosas, alternas espiraladas, curto-
pecioladas.
Distingue
-se de T. crenulata pelas folhas maiores, denso tomentosas além do menor
número de flores.
266
Figura 10a-b.
Symphy
opappus itatiayensis. a. Folha. b. Face abaxial da folha (Almeida 242).
c.
Symphyopappus
reticulatus
var.
reticulatus
. Ramo (Almeida 65). d-
f.
Symphyopappus reticulatus
var.
itacolumiensis
. d. Ramo. e. Capítulo. f. Flor (Almeida 574). g-
i.
Symphyopappus re
ticulatus
var.
vernicosa.
g. Ramo. h. Capítulo. i. Flor (Almeida 633). j-k. Trichogonia crenulata. j. Capítulo. k. Flor
(Almeida 572). l. Trichogonia hirtiflora. Folha (Almeida 394). m-
n.
Trichogonia salviaefolia. m. Folha
longa com margem crenada. n. Folha curta com margem serreada (Almeida 589 e 593). o.
Trichogonia
villosa
var.
villosa.
Folha (Almeida 327). p-
q.
Trichogonia villosa
var.
multiflora
. p. Folha. q. Ápice da
antera emarginado (Almeida 207).
267
7.3.
Trichogonia salviaefolia
Gardner, London, J. Bo
t. 6: 460. 1846.
Figura 10m
-n
Erva 0,7 m alt.;
ramos
cilíndricos, estriados, glabrescentes, esparsamente
glanduloso
-pontuados, castanhos; folhas adensadas na porção superior, inferiores
decíduas. Folhas opostas, longo-pecioladas, pecíolo com 1,5-4 cm compr., lâmina 2,5-
10,5x0,6-3 cm, lanceoladas a oval-lanceoladas, ápice agudo, margem crenada, base
truncada, às vezes levemente subcordada ou obtusa, ambas as faces estrigosas,
glanduloso
-pontuadas, trinérveas, nervuras proeminentes, vináceas. Capítulos
pedun
culados, ordenados em corimbos densos, paniculiformes.
Invólucro
4-5 mm
compr.,
hemisférico, brácteas involucrais 2-s
eriadas,
externas oblanceoladas, internas
espatuladas, ambas com
ápice
obtuso
,
tomentoso com tricomas multicelulares, vináceos,
margem ciliada, dorso tomentoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo
levemente
convexo
, epaleáceo, glabro, faveolado. Flores 25-30, hermafroditas, corola 3,5-4 mm,
infundibuliforme, tubo esverdeado, glabro, eglanduloso,
lobos
vináceos denso-
tomentosos, glanduloso-
pontua
dos, anteras com ápice obtuso, levemente emarginado,
base truncada, colar de anteras cilíndrico
;
estilete
sem espessamento basal, ramos
claviformes, mamilosos. Cipsela 3,5-4 mm compr., prismática, 5-
costada
, estipitada,
hirsuto
-glandulosa, nervuras setosas
;
carpopódio
aneliforme, decorrente nas nervuras.
Papilho 3
-
3,5 mm compr., unisseriado, cerdas plumosas, alvas.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha da Casa do Bruno,
26.IX.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 105(VIC); idem, Mariana, PEI: Trilha da
Serrinha, 16.III.2006, fl. fr., G.S.S. Almeida
et al
. 351 (VIC); idem, 11.XII.2006, fl., fr.,
G.S.S. Almeida et al. 589 (VIC); idem 11.XII.2006, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 593
(VIC).
Espécie com a distribuição mais ampla do gênero, ocorrendo nos estados de
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Pernambuco e
Ceara. No PEI coletada em campos de afloramentos rochosos. T. hirtiflora pode ser
reconhecida por suas folhas lanceoladas com base truncada a levemente subcordada e
pecíolo longo (1,5-4 cm), característica esta, que a distingue das demais espécies do
gênero, coletadas no PEI. Esta espécie costuma apresentar uma grande variação foliar
no que se refere ao tamanho e a margem, crenada em alguns indivíduos e serreada em
outros, mas o pecíolo é persistentemente longo em todos os índivíduos.
7.4.
Trichogonia villosa
Sch. Bip. ex Baker var.
villosa
, Fl.
Bras. 6(2): 213. 1876.
268
Figura 10o
Subarbusto 0,7 m alt.;
ramos
cilíndricos, estriados, hirsuto-
gla
nduloso, com
tricomas glandulares pedunculados, castanhos, densamente folhosos com entrenós 0,5-
0,8 cm. Folhas alternas, fasciculadas, sésseis, 0,5-5,5x0,1-0,3 cm, lineares, ápice agudo,
margem inteira ou inconspicuamente denteada, revoluta, base cuneada, face adaxial
hirsuto
-glandulosa, com tricomas glandulares pedunculados, face abaxial glanduloso-
pontuada, nervação reticulada, nervuras proeminentes, estrigosas. Capítulos
pedunculados, ordenados em corimbos paniculiformes.
Invólucro
8-9 mm compr.,
campanu
lado, brácteas involucrais 2-s
eriadas,
externas lanceoladas, internas lineares,
ambas com
ápice
agudo
, tomentoso, vináceo, margem ciliada, dorso pubérulo,
glanduloso
-
pontuado.
Receptáculo
plano
, epaleáceo,
glabro
, faveolado. Flores 40-
45,
hermafroditas, corola 5-6 mm, infundibuliforme, tubo alvo, glabro, eglanduloso,
lobos
vináceos, denso-tomentosos, glanduloso-pontuados, anteras com ápice obtuso, base
truncada,
colar de anteras cilíndrico
;
estilete
sem espessamento basal, ramos
claviformes, papilosos. Cipsela 4-4,5 mm compr., prismática, 5-
costada
, estipitada,
hirsuto
-glandulosa, nervuras setosas;
carpopódio
aneliforme, simétrico. Papilho 4-
4,5
mm compr., unisseriado, plumoso, creme.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, PEI: Trilha do Cala
is
27.IX.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 106(VIC); idem, 14.III.2006, fl. fr., G.S.S.
Almeida
et al. 327 (VIC); Trilha da Casa do Bruno, 18.IV.2006. fl., fr., G.S.S. Almeida
et al
. 380 (VIC).
Espécie restrita aos estados de Minas Gerais e Bahia, com duas variedades,
ocorrentes principalmente nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, sendo a var.
multiflora
, endêmica de Minas Gerais. No PEI foram coletadas ambas as variedades em
campos de afloramentos rochosos.
T.
villosa var. villosa pode ser reconhecida por suas
folhas lineares, fasciculadas com entrenós curtos, característica esta, que a distingue das
demais espécies do gênero, coletadas no PEI.
7.4.1.
Trichogonia villosa
Sch. Bip. ex Baker var.
multiflora
(Gardner) Baker, Fl. Bras.
6(2): 213.
1876.
Trichogonia multiflora
Gardn., London J. Bot. 5: 460. 1846.
Figura 10p
-q
Distingue
-se da var.
villosa
pelas folhas alternas, sésseis, linear-lanceoladas,
fasciculadas com entrenós curtos, margem denteada na metade superior, não revoluta,
inconspicuam
ente ciliada, capítulos com maior número de flores (40-45) e anteras com
269
apêndice apical levemente emarginado. A presença de anteras com apêndice apical
emarginado foi um dos caracteres utilizados por King & Robinson para a criação do
gênero
Trichogoniopsi
s, segregado de Trichogonia os indivíduos de T. villosa var.
multiflora
, coletados no PEI, todos apresentam apêndice apical levemente emarginado,
fato este que reforça a fragilidade dos limites taxonômicos de muitos dos gêneros
segregados de Eupatorieae.
Material examinado: Brasil, Minas Gerais,
Ouro Preto, PEI: Trilha do Pico do Itacolomi
03.XII.2005, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 207 (VIC); idem, Mariana, PEI: Trilha da
Serrinha, 11.XII.2006, fl. fr., G.S.S. Almeida et al
. 601 (VIC).
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273
ASTERACEAE DUMORT. D
O PARQUE ESTADUAL DO
ITACOLOMI, MINAS GERAIS, BRASIL: PADRÕES DE
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E SIMILARIDADE FLORÍSTICA
1
Gracineide S. Santos
d
e Almeida
2,3
, Rita M.
de Carvalho-
Okano
3
, Flavia Cristina P.
Garcia
3
& Jimi Naoki Nakajima
4
Resumo
. Almeida, G. S. S.;
Carvalho
-
Okano, R. M.; Garcia, F. C. P. & Nakajima, J. N.
2008. Asteraceae Dumort. do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil:
padrões de distribuição geogr
áfica e similaridade florística.
Este trabalho é fundamentado no levantamento florístico e taxonômico das
espécies de Asteraceae nos c
ampos
rupestres do Parque Estadual do Itacolomi (PEI) em
Minas Gerais, realizado através de coletas mensais no período de agosto de 2005 a
dezembro de 2007, que resultou na determinação de 224 táxons. Neste t
rabalho,
as
espécies são analisada
s
quanto aos limites de distribuição geográfica e avaliados como
indicadores das relações florísticas entre o PEI e outras áreas de Campos Rupestres da
Cadeia do Espinhaço. A amplitude de distribuição geográfica abrange ci
nco
macrorregiões: Pantropical (11 táxons), Americana (5), Neotropical (9) e Sul-
americana
(44) e Brasileira (155). Os táxons restritos ao Brasil apresentaram cinco padrões de
distribuição: Brasil centro-oriental (42 táxons), Brasil atlântico nordeste-
sude
ste
-sul (6),
Brasil atlântico nordeste-sudeste (12), Brasil atlântico sudeste-sul (32) e Brasil atlântico
sudeste (63). Os resultados das análises de similaridade reafirmaram a baixa
similaridade entre os Campos Rupestres. Estes resultados confirmam a magnitude e
especificidade da flora de Asteraceae dos Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço,
reforçando a necessidade de estudos e de conservação destas áreas.
Palavras
-
chaves
: Brasil, Campos Rupestres, padrões de distribuição, similaridade
florística, Minas
Gerais.
1
1
Parte da tese de doutorado da primeira autora; Programa de Pós-Graduação em Botânica da
Universidade Federal de Viçosa, MG, Brasil
2
Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Exatas e da Terra Campus II, BR 110,
Km 3, Alagoinhas
BA , Brasil CEP:48100
-
3
Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Vegetal, Campus universitário. Viç
osa
-
MG,
Brasil CEP:36570
-
000
4
Universidade Federal de Uberlândia,
Instituto
de
Biologia
, Uberlândia, MG, B
R
CEP:
38400
-
902
274
Abstract
. Almeida, G. S. S.; Carvalho-Okano, R. M.; Garcia, F. C. P. & Nakajima, J.
N. 2008. Asteraceae Dumort. of the State Park of Itacolomi, Minas Gerais, Brazil:
patterns of geographical distribution and similarity f
lorística.
This work is based in the floristic inventory of Asteraceae in “Campos
Rupestres” of the State Park of Itacolomi (PEI) in Minas Gerais, the collections were
made
monthly
between
August from 2005 to December of 2007, that it resulted in the
determination of 224 taxa.T
hese
taxa
are analyzed in terms of geographical distribution
limits
, and as indicators of the relationships floristic between PS5 0 0 -0.09765 6562 3780 Tm(8 5024 3435 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -20.09765 0)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5718t3309765 5025 3780 Tm(n)Tj0.09765 0 0763209765 3231 37804 3435 Tm(r)Tj0.09765 0 0 81209765 5737 3780 Tm(o)Tj0.09765 0 0791209765 5737 3091 Tm(t)Tj0.09765 0 0 96809765 5203 3780 Tm(h)Tj0.09765 0 0806.09765 6418 3780 Tm(e)Tj0.09765 0 0815.09765 5837 3780 Tm(l)Tj( )Tj0.09765 0 0 30.09765 5203 1366 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -9209765 4514 3780 Tm(r)Tj0.09765 0 0 -0909765 6418 3780 Tm(e)Tj0.09765 0 0854.09765 2828 3780 Tm(a)Tj0.09765 0 08 -009765 5458 3780 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 5737 3780 Tm(o)Tj0.09765 0 0880.09765 5737f3435 Tm(n)Tj( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.04-0.01874 303780 TC 2401 Tm(a)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0265 04-0.01870 3780 T 3435 Tm(m)Tj0.09765 0 0 25104-0.01877 2746 Tm(p)Tj0.09765 0 0 35104-0.01877 3435 Tm(o)Tj0.09765 0 0 45104-0.01877 2401 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 69204-0.01877R2048 Tf( )Tj0.09765 0 0 -0604-0.01877u2746 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0604-0.01877 2746 Tm(p)Tj0.09765 0 0-0.604-0.01877 1366 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -1504-0.01877 2401 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0304-0.01877 3780 Tm(t)Tj0.09765 0 0 -0.04-0.01877r1711 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.04-0.01877 1366 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -004-0.01877 2401nthly
.
275
Formações vegetacionais que se desenvolvem sobre solos litólicos e
afloramentos rochosos, os campos rupestres localizam-se em grandes altitudes, entre
900-2000 m.s.m, apresentando vegetação constituída basicamente de um estrato
herbáceo, mais ou menos contínuo, entremeado por pequenos arbustos perenifólios e
escler
ófilos (Magalhães 1956; Giulietti et al. 1987). No Brasil, encontra-se concentrado
em sua maioria na Cadeia do Espinhaço, estendendo-se por aproximadamente 1.100 km
na direção N-S e 50-100 km na direção E-
W.
Abrange os estados da Bahia e Minas
Gerais
, representando uma formação antiga, com embasamento geológico datado do
Pré
-Cambriano (Giulietti et al. 1997), podendo ser encontrados também de forma
isolada nos estados do Pará, Roraima, Mato Grosso, Goiás, Sergipe, Rio de Janeiro e
São Paulo
.
A vegetação é pouco conhecida e rica em espécies endêmicas, fortemente
adaptadas às flutuações diárias extremas, em termos de temperatura, insolação e
disponibilidade hídrica (Guedes & Orge 1998; Zappi et al. 2003
),
caracterizada como
um mosaico vegetacional, com comunidades relacionadas e controladas pela topografia
local, declividade, microclimas, tipo de substrato e por apresentar-se fortemente
influenciada pelos biomas circunvizinhos Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Das
6.062 espécies registradas para o bioma Cerrado (Sano & Almeida 1998), cerca de
4.000 espécies são de ocorrência exclusiva dos Campos Rupestres da Cadeia do
Espinhaço (Alves et al.
2007)
.
Em Minas Gerais, os campos rupestres estão, quase sempre, associados às
grandes jazidas minerais e garimpo, ou são utilizad
os
como pastagens, sendo
continuamente atingidos por incêndios (Brandão et al. 1994), os estudo nestas áreas são
de extrema importância para subsidiarem as estratégias de conservação.
Apesar da expressiva representatividade são poucos os estudos de Asteraceae
nos
C
ampos
R
upestres
, destacando-se os trabalhos realizados por Hind (1992; 1995;
2003)
; Leitão
-Filho & Semir (1987) e Nakajima & Semir (2001).
O presente trabalho tem como objetivo analisar a distribuição geográfica dos 224
táxons
de Asteraceae amostrados no Parque Estadual do Itacolomi e comparar a
similaridade na composição desta família entre outras áreas de Campo Rupestre.
Material
e
Métodos
1.
Área de estudo
276
O Parque Estadual do Itacolomi (PEI), localiza-se nos municípios de Ouro Preto
e Mariana, em Minas Gerais, entre os paralelos 20º 22’ 30” e 20º 30’ 00” de Latitude
Sul e os meridianos 43º 32’ 30” e 43º 22’ 30” de Longitude Oeste, com uma área de
7.000 ha abrange toda a Serra do Itacolomi (Peron 1989 ; Messias et al. 1997),
co
mpondo o limite sul da Cadeia do Espinhaço. A altitude varia de 1.100 a 1.772 m,
sendo o ponto mais alto o Pico do Itacolomi (Figura 1). Segundo a classificação de
Köppen, situa-se em uma região de clima do tipo Cwb (mesotérmico), com chuvas na
estação quente, e período seco coincidindo com o inverno. A vegetação é composta de
Floresta Estacional Semidecidual e Campos Rupestres, ocupando este último, cerca de
60% da área do Parque.
Figura 1
. Mapa de localização e altitude do Parque Estadual do Itacolomi,
MG, Brasil
Os campos rupestres do PEI abrangem as áreas acima de 1.200 m.s.m,
apresentando como formações vegetacionais: capões de mata de galeria, capões de mata
de encosta seca, campos graminosos secos, campos graminosos úmidos, campos de
afloramentos
rochosos quatzíticos ou filíticos e manchas de campos ferruginosos
(adaptado de Peron 1989; Messias et al. 1997 & Dutra 2005). Os solos são do tipo
arenoso claro associado ao quartzito e argiloso com predomínio de latossolos vermelho-
amarelos, podendo ser
encontrados latossolos predominantemente em relevos ondulados
277
e glainados e os litossolos em relevos mais escarpados. Na maioria das áreas o solo é
raso, com pouca matéria orgânica sobre a rocha, rico em ferro e alumínio trocáveis,
podendo haver áreas de
solo inexistente (Benites
et al 200
3).
2. Coleta de dados
Os dados de ocorrência dos 224 táxons de Asteraceae ocorrentes no PEI, foram
obtidos através do levantamento florístico e taxonômico da família, realizado por
Almeida (2008).
O conceito de Campo Rupestre adotado é o de m765 0 0 -0.09765 6084 4125 Tc0.09765 0 0 -0.09765 5771 4125 Tm(é)Tj(509765 0 0 -00.09765 0 0 -0.09765 6407 5695 Tm(m)Tj0.09765 0 0 -0.09765 403967235 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 550968125 Tm(o)Tjç0.09765 0 0 -0.09765 6928 309765 0 0 -0ã0.09765 0 0 -0.09765 6928 3905 Tm(o)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 608471525 Tm(o)Tjv0.09765 0 0 -0.09765 7282 3535 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 472473425 Tm(o)Tjg0.09765 0 0 -0.09765 7492 3425 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 472475315 Tm(t)Tj0.09765 0 0 -0.09765 542075875 Tm(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 550976725 Tm(m765l( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 608477125 Tm(t)Tjq0.09765 0 0 -0.09765 7852 3125 Tm(t)Tj0.09765 0 0 -0.09765 7641 9935 Tm(e)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 633581425 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 536482425 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 8500 1366 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 536484366 Tm(o)Tjr0.09765 0 0 -0.09765 8500 1711 Tm(o)Tjr0.09765 0 0 -0.09765 8500 1675 Tm(e)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 633587125 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 313782056 Tm(m)Tj0.09j/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.09765 1874 37804470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5509196304470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2188 34354470(a)Tjt0.09765 0 0 -0.09765 2074 34354470(a)Tji0.09765 0 0 -0.09765 2130 34354470(a)Tjt0.09765 0 0 -0.09765 2074 34354470(a)Tju0.09765 0 0 -0.09765 2286 34354470(a)Tjd0.09765 0 0 -0.09765 2386 34354470(a)Tje0.09765 0 0 -0.09765 2429 17554470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 2573 4125 470(a)Tj( )T765 0 0 -0.09765 2573 4875 470(a)Tju0.09765 0 0 -0.09765 2286 7875 470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2865 14354470(a)Tje0.09765 0 0 -0.09765 2429 97554470(a)Tjr0.09765 0 0 -0.09765 3048 41254470(a)Tji0.09765 0 0 -0.09765 2130313664470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3137 33664470(a)Tjr0.09765 0 0 -0.09765 3048 4125 470(a)Tje0.09765 0 0 -0.09765 2429412354470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 257334875 470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 3325 63254470(a)Tj90.09765 0 0 -0.09765 3795 43254470(a)Tj00.09765 0 0 -0.09765 3835 17154470(a)Tj00.09765 0 0 -0.09765 3835 93254470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4039 44354470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 7852434354470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 550942815 470(a)Tj( )T765 0 0 -0.09765 257341225 470(a)Tj( )T765 0 0 -0.09765 2573 41764470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 3137 41764470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 4606 12654470(a)Tji0.09765 0 0 -0.09765 2130468354470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5509477054470(a)Tjd0.09765 0 0 -0.09765 238648705 470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 332550955 470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 332551605 470(a)Tj( )T765 0 0 -0.09765 25735 345 470(a)Tju0.09765 0 0 -0.09765 228653345 470(a)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5053 4345 470(a)Tj( )T765 0 0 -0.09765 2573551654470(a)Tjt0.09765 0 0 -0.09765 2074557264470(a)Tjr0.09765 0 0 -0.09765 304856345 470(a)Tja0.09765 0 0 -0.09765 5722 30754470(a)Tjt0.09765 0 0 -0.09765 2074578354470(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 5771 9345 470(a)Tjd0.09765 0 0 -0.09765 6037 1785 470(a)Tje0.09j0.09765 0 0 -0.09765 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1366O
278
rupestres de Goiás, 4. Táxons endêmicos da Cadeia do Espinhaço, 5. Táxons restritos a
porção de Minas Gerais da Cadeia do Espinhaço.
A similaridade florística foi realizada entre o Parque Estadual do Itacolomi
cinco áreas de Campos Rupestres da Cadeia do Espinhaço e uma área disjunta de
campos rupestres, a Serra da Canastra. Foi usado como critérios de escolha das áreas, a
presença de pelo menos um especialista da família na equipe de trabalho, buscando
diminuir os possíveis erros na identificação das espécies e áreas em que a amostragem
tenha sido superior a um ano de coletas sistemáticas. As áreas selecionadas foram:
Catolés (BA), Grão
-
Mogol (MG),
Parque Nacional da Serra da Canastra (MG), Serra do
Cipó (MG), Serra de Ouro Branco (MG) e Pico das Almas (BA). Os dados de número
de táxons, vegetação, clima, altitude, substrato, extensão territorial e referências são
listados na Tabela 4.
A matriz simétrica com os índices de similaridade de Sorensen (Tabela 5) foi
calculada através dos dados florísticos de cada área, organizados em níveis específicos e
subespecíficos, em uma matriz de presença e ausência, totalizando 606 táxons
levantados nas áreas, a qual pode ser consultada em Almeida (2008). Para uma melhor
visualização dos agrupamentos formados na análise, foi construído um dendrograma
(Figura 6), a partir do método de algoritmo de médias não ponderadas (UPGgj0.09765 0 0 -0.09765 2208 765 0 a5721 7230 Tm(d)Tj0.09765 065 0 0 -0.09765 8559 6885 Tm(r)Tj0.065 6196 6195 9765 0 0 i( )Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.0976557595 4125 02 Tm1utilizando o programa estatos flo M(MG), 0
279
Rupestre, corroborando com Almeida et al. (2004), que encontrou resultados
semelhantes para
as Serras do Sul, Mantiqueira e Espinhaço.
A amplitude de distribuição geográfica dos táxons de Asteraceae do PEI abrange
cinco macrorregiões (Tabela 1 e 2): I. Pantropical; II. Americana; II. Neotropical; IV.
Sul
-
americana e V. Brasileira.
Apenas
11,2% (25 táxons) o de distribuição ampla, envolvendo as três
macrorregiões de maior domínio. Enquanto 88,8% (199 táxons) se restringem ao
domínio da América do Sul incluindo aqueles restritos ao Brasil. Este dado denota a
diversidade de Asteraceae na América do Sul. Incluídas nos táxons de distribuição
ampla estão espécies nativas das Américas como, Ageratum conyzoides,
Orthopappus
angustifolius,
Chaptalia integerrima, Elephantopus mollis, entre outras, e espécies
naturalizadas como Sonchus oleraceus, Sonchus asper
,
Emilia fosbergii
,
Eclipta
prostata
, entre outras, originarias da Europa ou Ásia (Tabela 2). Muitas destas espécies
de ampla distribuição são consideradas invasoras de culturas e costumam trazer grandes
prejuízos a agricultura no Brasil. Por outro lado, dada à facilidade com que colonizam
novos ambientes, costumam ser excelentes para utilização nos projetos de recuperação
de áreas degradadas.
Tabela
2.
Padrões de distribuição macrorregionais exceto o restrito ao Brasil e
listagem de táxons espe
cíficos e subespecíficos de Asteraceae do PEI
Padrões de distribuição Táxons
I. Pantropical
Ageratum conyzoides
L.
1, 9
Bidens pilosa
L.
1, 8, 9
Eclipta prostata
(L.) L.
1, 8, 9
Elephantopus mollis
Kunth.
1, 8, 9
Emi
lia fosbergii
Nicolson
9, 11
Erechtites hiericifolius
(L.) Raf. ex DC.
1, 8, 9
Tabela 1. Número e porcentagem de táxons de Asteraceae do PEI, por distribuição
em macrorregiões
Macrorregião
nº táxons
%
I. Pantropical
11 4,9
II. American
o 5 2,3
III. Neotropical
9 4,0
IV. Sul
-
american
o 44 19,6
V. Brasileir
o 155 69,2
Total
224 100
280
Padrões de distribuição Táxons
Erechtites valerianifolius
(Wolf.) DC.
1, 8, 9
Gamochaeta americana (Mill.)
Weed.
1, 6
Sonchus asper
(L.)
Hill.
1, 9
Sonchus oleraceus
L
.
1, 9
Tagetes minuta
L.
1, 2, 8, 9
II. Americano
Acanthospermum australe
(Loefl.) Kuntze
1, 8, 9
Conyza bonariensis
(L.) Cronquist
1, 3, 8, 9
Conyza canadensis
(L.) Cronquist
3, 8
Conyza sumatrensis
(Retz.) E. Walker
3, 9
Gamochaeta purpurea
(L.) Cabrera
6, 11
III. Neotropical
Bidens segetum
Mart. ex Colla
13
Chaptalia integerrima
(Vell.) Burk.
1, 9
Chaptalia nutans
(L.) Polak
1, 9
Eupatorium inulaefolium
H.B.K.
1, 8, 9
Eupatroium amygdalinum
12,
21
Eupatorium laevigatum
Lam.
1, 8, 9
Jaegeria hirta
(Lag.)
Less.
1, 8, 9
Orthopappus angustifolius
(Sw.) Gleason
1, 8, 9, 15
Vernonia
scorpioides
(Lam.) Pers.
1, 8, 9, 15
IV.
Sul -
americano
Achyrocline alata
(Kunth.)
DC.
1, 6, 8, 9
Achyrocline
satureoides
(Lam.) DC.
1, 6, 9
Baccharidastrum
triplinervium
(Less.) Cabrera
1
Baccharis
brachlaenoides
(Vell.) DC.
7, 9
Baccharis
dracunculifonia
DC.
1,7, 8, 9
Baccharis
gaudichaudiana
DC.
7, 9
Baccharis
helinchrysoides
DC.
7, 9, 13
Baccharis
medullosa
DC.
1, 13
Baccharis
puncutulata
DC.
1, 7, 9
Baccharis semisserata
var.
elaegnoides
(Steud.)
Gov.
7, 8
Baccharis tridentata
Vahl.
1, 7, 8
Baccharis trimera
(Less.) DC.
1, 8, 9
Baccharis trinervis
(Lam.)
Pers.
7, 8, 9
Chevreulia
acu
minata
Less.
1, 6, 9
Conyza primulaefolia
(Lam.)
Cuatrec. & Lourt.
3, 9
Erigeron maximus
(D. Don) Otto ex DC.
5, 8, 9
Eupatorium bupleurifolium
DC.
1, 9
Eupatorium dendroides
Spreng.
1
Eupatorium kleinioides
H.B.K.
9, 13
Eupatorium latisquamulosum
(Hieron) Mal
me
12
Eupatorium pauciflorum
H.B.K.
12
Eupatorium purpurescens Sch. Bip. ex Baker
8, 9
Eupatorium squalidum
DC.
12
Eupatorium stachyophyllum
Spreng.
12
Eupatorium subvelutinum
DC.
12
Galinsoga parviflora
Cav.
1, 8, 9
Gnaphalium cheiranthifolium
Lam.
1, 6
281
Padrões de distribuição Táxons
Gochnatia polymorpha
(Less.) Cabrera
17, 19
Hypochaeris brasiliensis
(Less.) Benth. & Hook ex
Griseb.
1,10
Mikania
hisurtissima
DC.
9, 11, 13
Mutisia spec
iosa Ait.
1, 2, 9
Porophyllum ruderale
(Jacq.)
Cass.
1, 8, 16
IV.
Sul–
americano
Pterocaulon alopecuroides
(Lam.) DC.
1, 8, 9, 16
Pterocaulon balansae
(Chodat.)
16
Pterocaulon rugosum
(Vahl.) Malme
1,
8, 9
Senecio brasiliensis
(Spreng.)
Less.
1, 9
Symphyotrichum regnelii
(Baker) Nesom
4, 9
Symphyotrichum squamantum
(Spreng.) Nesom
4, 9
Trixis nobilis
(Vell.) Katinas
9, 14
Vernonia cognata
Less.
1, 8, 9
Vernonia herbacea
(Vell.) Rusby
20
Vernonia megapotam
ica
var.
megapotamica
Spreng.
1,
8,9, 15, 18
Vernonia megapotamica
var.
melanotrichum
DC.
1, 18
Vernonia remotiflora
Rich.
9, 15
Referências de distribuição geográfica:
1
Cabrera (1974),
2
Keil (1975),
3
Neso
m (1990),
4
Nesom (2005),
5
Solbrig
(1962),
6
Anderberg (1991c
),
7
Giuliano (2001),
8
Rambo (1952),
9
Freire
et al
. (2006),
10
Azêvedo
-
Gonçalves &
Matzenbacher (2007),
11
Barroso (1959b);
12
Esteves (2001),
13
Barroso (1957),
14
Katinas (1996),
15
Cabrera (1944),
16
Ca
brera & Ragonese (1978),
17
Freire & Sancho (2002),
18
Leitão
-
Filho (1972),
19
Sancho (2000),
20
Jones (1981),
21
Nakajima (2000).
Para os táxons restritos ao Brasil foram observados cinco padrões: 1. Brasil
centro
-oriental; 2. Brasil atlântico nordeste-
sudes
te
-sul; 3. Brasil atlântico nodeste-
sudeste; 4. Brasil Atlântico sudeste
-Sul e 5. Brasil Atlântico sudeste (Tabela 3).
Os táxons restritos ao Brasil foram analisados quanto à faixa predominante de
ocorrência, na qual estes exibem distribuições contínuas ou não. Os padrões de
distribuição encontrados revelam táxons com núcleo de distribuição amplos ou mais
restritos, associados na maioria das vezes às exigências ecológicas das formações
vegetacionais onde se estabelecem.
Os padrões estabelecidos, os táxons analisados e a indicação dos elementos
florísticos estão reunidos na Tabela 3 e são discutidos a seguir.
1. Brasil centro-
oriental
(Tabela 3, Figura 2): esse padrão tem como faixa de
distribuição dos táxons as áreas do centro-oeste, nordeste, sudeste e sul, com limite
norte no estado do Amazonas, e sul no estado do Rio Grande do Sul. Padrão observado
em 27,1% (42 espécies) dos táxons restritos ao Brasil. Observou-se neste padrão o
predomínio de elementos florísticos generalistas, dentre eles,
Eupatorium
282
vau
thierianum,
Melampodium
divaricatum,
Trichogonia
salviaefolia
e
Vernonia
polyanthes
. Entretanto, apesar de poucos, alguns elementos especialistas também foram
encontrados como Eupatorium chasea, Lychnophora ericoides, Richterago
amplexifolia
, Richterago
di
scoidea
e Vernonia schwenkiaefolia cujo padrão pode ser
explicado pela ocorrência destas espécies nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço
e das áreas disjuntas em Goiás, Mato Grosso, Pará e Roraima.
Richterago
amplexifolia
e
Richterago
discoidea
, gênero que segundo Roque (2001) apresenta centro de
diversidade nos campos rupestres da porção sul da Cadeia do Espinhaço, no estado de
Minas Gerais, apresenta as duas espécies referidas, restritas a Cadeia do Espinhaço e
aos campos rupestres de Goiás e Mato Gr
osso.
Tabela
3
Padrões de distribuição de Asteraceae do PEI, restritas ao Brasil, relação dos
táxons e elementos florísticos, quanto às preferências por hábitat.
Padrões de
distribuição
Táxons
Elementos
florísticos
Brasil centro
-
oriental
Bacchari
s brevifolia
DC.
4,13
Generalista
Baccharis ramosissima
Gardn.
4
Especilaista
Baccharis reticularia
DC.
4, 53
E
specialista
Baccharis subdentata
DC.
4, 54, 57
Generalista
Baccharis varians
Gardn.
4, 57
Generalista
Clibadium armanii
(Balb.) Sch. Bi
p. ex Schlz.
1, 57
Generalista
Dasyphyllum candolleanum
(Gardn.) Cabr.
7, 42, 63
Generalista
Dasyphyllum sprengelianum var. sprengelianum
(Gardn.) Cabr.
7
Generalista
Eremanthus glomerulatus
Less.
25, 52, 53
Generalista
Eupatorium adamantium Gardn.
2, 12, 40
Generalista
Eupatorium chasea B. Robinson
2, 12, 57
E
specialista
Eupatorium halimifolium
DC.
2, 12, 57, 40, 55
E
specialista
Eupatorium hispidulum
(DC.) Malme
2, 12
Generalista
Eupatorium intermedium
DC.
2, 12, 40, 44, 49
Generalista
Eupa
torium pedale
Sch. Bip. ex Baker
2, 12, 40, 44
E
specialista
Eupatorium silphiifolium
Mart.
12, 40
Generalista
Eupatorium vauthierianum
DC.
2, 12, 40, 55
Generalista
Eupatorium velutinum
Gardn.
2, 12, 40, 44
Generalista
Gochnatia pulchra
Cabr.
9, 15, 34
Generalista
Lychnophora ericoides
Mart.
10, 39, 48
Especialista
283
Padrões de
distribuição
Táxons
Elementos
florísticos
Melampodium divaricatum
DC.
17, 24, 45
Generalista
Mikania microcephala
DC.
3, 40, 44, 57
Generalista
Mikania officinalis
Ma
rt.
3, 40, 52, 53, 55
E
specialista
Mikania sessilifolia
DC.
3, 40, 44, 55
Generalista
Richterago amplexifolia
(Gardn.) Kuntze
30, 63, 57
E
specialista
Richterago discoidea
(Less.) Kuntze
30, 63
E
specialista
Richterago radiata
(Vell.) Roque
30, 63
G
eneralista
Sphagneticola trilobata
(L.) Prunki
42, 46,
Generalista
Stevia urticaefolia
Billb.
40, 57
E
specialista
Symphyopappus compressus
(Gardn.) B. Robinson
44, 57
Generalista
Symphyopappus itatiayensis
(Hieron) King & Rob.
8, 44, 55
E
specia
lista
Trichogonia salviaefolia
Gardn.
40, 51, 53
Generalista
Vernonia argyrotricha Sch. Bip. ex Baker
22, 31, 39
Generalista
Vernonia brevipetiolata
Sch. Bip. ex Baker
22, 39
Generalista
Vernonia fruticulosa
Mart. ex DC.
22, 31, 39, 45, 54, 57
Gen
eralista
Vernonia helophila
Mart. ex DC.
39
Generalista
Vernonia holosericea
Mart. ex DC.
22, 32, 39, 53,
Generalista
Vernonia mucronulata
Less.
22, 39, 50
Generalista
Vernonia polyanthes
Less.
22, 39, 44, 50, 53
Generalista
Vernonia psylophyll
a
DC.
22, 39, 52, 57
Generalista
Vernonia pungens
Gardn.
22, 39
E
specialista
Vernonia schwenkiaefolia
Mart. ex DC.
22, 39
E
specialista
Brasil atlântico
nordeste
-
sudeste
-
sul
Ageratum fastigiatum
L.
40, 44, 53, 57
Generalista
Baccharis calvescens
D
C.
4, 44, 53, 57
Generalista
Baccharis myriocephala
DC.
4, 42, 52
Generalista
Lucilia lycopodioides
(Less.) Freire
14, 42
Generalista
Mikania lindbergii
Baker
3, 55, 57
Generalista
Verbesina glabrata
Hook. & Arn.
42, 44, 45
Generalista
Brasil a
tlântico
nordeste
-
sudeste
Baccharis platypoda
DC.
4, 42, 52, 53, 54
Generalista
Baccharis serrulata
(Lam.) Persoon
4, 53, 54, 65
Generalista
Eremanthus incanus
(Less.) Less.
22, 52, 53, 54, 65
Generalista
Eupatorium cylindrocephallum
Sch. Bip. ex Bak
er
2, 40, 57
E
specialista
Hoehnephytum trixoides
(Gardn.) Cabrera
52, 54, 57
E
specialista
Ophryosporus freyreysii
(Thumb. & Dallm.) Baker
40, 44, 53, 65
Generalista
284
Padrões de
distribuição
Táxons
Elementos
florísticos
Verbesina luetzelburgii
Maff
t.
53, 65
E
specialista
Vernonia cotoneaster Less.
22, 39, 53, 65
Generalista
Vernonia lilacina
Mart. ex DC.
22, 39, 53, 54
E
specialista
Vernonia vauthieriana
DC.
33, 39
Especialista
Vernonia vepretorum
Mart. ex DC.
22, 39, 52
E
specialista
Tricho
gonia villosa (Spreng.) Sch. Bip. ex Baker var.
villosa
51
E
specialista
Brasil atlântico
sudeste
-
sul
Baccharis aphylla
(Vell.) DC.
4, 41, 53, 57
Generalista
Baccharis hirta
DC.
4, 41
Generalista
Baccharis illinita
DC.
4, 41
Generalista
Baccharis pentziifolia
Sch. Bip. ex Baker
4, 41, 57
Generalista
Baccharis pseudomyriocephala
Teodoro
4
Generalista
Baccharis retusa
DC.
4, 41, 44
Generalista
Baccharis sagittalis
(Less.) DC.
4, 13, 41, 59
Generalista
Baccharis tarchonanthoides
DC
.
4, 41, 44, 57
Generalista
Chaptalia graminifolia
(Dusen.) Cabr.
5, 47
Generalista
Eupatorium angusticeps
Malme
2, 12, 56
Generalista
Eupatorium congestum
Hook & Arn.
2, 12, 40, 49, 55, 56
Generalista
Eupatorium xylorhizum Sch. Bip. ex Baker
2, 12, 57
Generalista
Lucilia linearifolia
Baker
14, 42
Generalista
Mikania argyreae
DC.
3, 40, 45
Generalista
Mikania candolleana
Gardn.
3, 40, 52
Generalista
Mikania clematidifolia
Dusen.
3, 36, 58
Generalista
Mikania microdonta
DC.
3, 40
General
ista
Mikania nummularia
DC
. 3, 40, 44, 57
Generalista
Mikania sericea
Hook. & Arn.
3, 40
Generalista
Pentacalia desiderabilis
(Vell.) Cuatrec.
8,16, 19, 29, 43, 52
Generalista
Piptocarpha axillaris
(Less.) Baker
22, 39, 44, 57
Generalista
Piptoca
rpha macropoda
(DC.) Baker
22, 39, 44, 45, 54
Generalista
Pluchea oblongifolia
DC.
42, 45, 53, 65
Generalista
Senecio adamantinus
Bong.
6, 16, 19, 53, 54, 57
Generalista
Stevia clausseni
Sch. Bip. ex Baker
40, 52, 55
Generalista
Stevia myriadenia
Sch. Bip. ex Baker
40, 52, 57
Generalista
Trixis glaziovii
Baker
21, 42, 44
Generalista
Trixis lessingii
DC.
21, 42
Generalista
Vernonia discolor
(Spreng.) Less.
20, 22, 39, 50
Generalista
285
Padrões de
distribuição
Táxons
Elementos
florísticos
V
ernonia muricata
DC.
22. r1j/F0 2048 Tf0.08154 0 0 -0.08154 3582 1362 Tm100.05 Tz(Táxons)Tj/F0 2048 Tf100 Tz( )Tj/F0 2048 Tf0.08112 1654 24 ref3518 11z( DC. )Tj81General5 TaTj/F0 2048 Tf0.08107 Tm99.88 Tz(ernonia muricata)Tj/F44 1C.
286
Padrões de
distribuição
Táxons
Elementos
florístico
s
Mikania badiniana
G. Almeida & Carvalho
-
Okano
38
Especialista
Mikania glauca
Mart. ex Baker
3, 40, 52, 60
Especialista
Mikania microphylla
Sch. Bip. ex Baker
3, 40
Especialista
Mikania obtusata
DC.
3, 40
,
Especialista
Mikania parvifolia
Baker
3, 40, 52
Especialista
Mikania phaeocaldos
Mart. ex Baker
3, 40, 52, 65
Generalista
Mikania ramosissima
Gardn.
3, 40, 54, 57, 65
Generalista
Mikania schenkii
Hieron
3, 52
Generalista
Brasil atlântico
sudeste
Mikania testudinaria
DC.
3, 40
Generalista
Mikania vismifolia
DC.
3, 40
Generalista
Mikania warmingii
Sch. Bip. ex Baker
3, 40, 57
Especialista
Piptolepis ericoides
Sch. Bip.
40, 54
Especialista
Richterago campestris
Roque & J.N. Nakajima
18, 57
Especialista
Richterago petiolata
Roque
& J.N. Nakajima
18, 57
Especialista
Richterago polymorpha
(Less) Roque
30, 52
Especialista
Senecio colpodes
Bong.
6, 16, 43, 44
Especialista
Senecio pohlii
Sch. Bip. ex Baker
6, 16, 43, 52, 54
Generalista
Stenocline chionae
DC.
42, 44, 52
Especiali
sta
Stenocline gardneri
Baker
42, 45
Especialista
Stevia alexia
G. Almeida & Carvalho
-
Okano
38
Especialista
Stevia camporum
Baker
40, 44
Especialista
Stevia hilarii B. Robinson
57
Especialista
Symphyopappus angustifolius
Cabrera
23, 64
Especialis
ta
Symphyopappus cuneatus
(DC.) Sch. Bip. ex Baker
23, 40, 44
Especialista
Symphyopappus reticulates
var
. itacolumiensis
Sch. Bip.
40
Especialista
Symphyopappus reticulates
Baker
var.
reticulates
40, 52, 54,57
Especialista
Symphyopappus reticulat
us
Baker var.
vernicosa
40, 55
Especialista
Trichogonia crenulata
(Gardn.) D.J.N. Hind
52, 54, 66
Especialista
Trichogonia hirtiflora
(DC.) Sch. Bip. ex Baker
40, 51, 54
Especialista
Trichogonia villosa
(Spreng.) Sch. Bip. var
. multiflora
Baker
51
Especialista
Vernonia crotanoides
Sch. Bip.
25, 39, 52, 62
Generalista
Vernonia geminata
H.B.K.
22, 39, 44
Generalista
Vernonia persericea
H. Rob.
33
Especialista
Referências das distribuições geográficas e ocorrência em formações vegetacionais
:
1
Arraiagada (2003),
2
Barroso
(1950),
3
Barroso (1959a),
4
Barroso (1975),
5
Burkart (1944),
6
Cabrera (1957),
7
Cabrera (1959),
8
Cabrera & Klein
287
(1975),
9
Cabrera (1971),
10
Coile & Jones (1981),
11
Roque (2005),
12
Esteves (2001),
13
Giuliano (2001),
14
Freire
(19
86),
15
Freire & Sancho (2002),
16
Hind (1992),
17
Stu
288
a diminuição brusca de suas populações, provavelmente em decorrência da extração
predatória para utilização como medicinal. No PEI encontrada em pequenas populações
restritas a apenas uma trilha. Outra espécie é Richterago amplexifolia com distribuição
restrita aos campos rupestres de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e cuja inclusão
nesta categoria é agravada pela distribuição pontual e fragilidade destes ambientes, quer
pelas queimadas freqüentes e/ou pela pressão antrópica. No PEI esta espécie encontra
-
se
restrita aos campos graminosos e campos de afloramentos rochosos quartizíticos em
altitudes superiores a 1400 m.
2. Brasil atlântico nor
deste
-
sudeste
-
sul
(Tabela 3, Figura 3): a faixa de distribuição
deste padrão é a área que abrange desde o nordeste, com limite norte na Bahia até o sul
com limite no Rio Grande do Sul. Padrão que é observado em 3,9% (6) dos táxons
restri
tos ao Brasil. Os elementos florísticos que compõem este padrão são generalistas,
ocorrendo no campo rupestre em áreas de cerrado e nas formações de mata atlântica. No
PEI estas espécies foram coletadas em capões de encosta, campos graminosos e campos
de afloramentos rochosos. Destacam-
se
Baccharis calvescens e Mikania lindbergii
(Figura 3). B. calvescens ocorrendo desde a Bahia até o Rio Grande do Sul,
interiorizando-se apenas em Minas Gerais (Nakajima 2000), espécie de hábito
arbustivo, no PEI, comumente encontrada em bordas de capão de encosta ou em capões
que se formam em valas ent
289
observado em 7,7% (12), dos táxons restritos ao Brasil. Os elementros florísticos
enco
ntrados neste padrão são generalistas, ocorrendo no campo rupestre, cerrado e em
formações da Mata Atlântica, com exceção de Eremanthus incanus,
Hoehnephytum
trixoides,
Verbesina luetzelburgii
,
Vernonia vepretorum e Vernonia lilacina que são
considerados e
lementos especialistas, uma vez que ocorrem nas diversas fitofisionomias
do campo rupestre, sempre associadas a altitudes superiores a 1000 m e em solos de
origem quartízitica ou filítica. No PEI os elementos florísticos deste padrão são
encontrados em capões de encostas e em campos de afloramentos rochosos. Neste
padrão são encontradas quatro táxons consideradas endêmicas dos campos rupestres da
Cadeia do Espinhaço: Eremanthus incanus
,
Verbesina luetzelburgii,
Vernonia
vepretorum
e
Trichogonia villosa
var.
villosa.
Eremanthus incanus é distribuído na seção sudeste e nordeste do Plado Brasil
Central em elevações de até 1850 m, particularmente comum em Minas Gerais
(Macleish 1987) (Figura 4). Distribuição
semelhante ocorre em Trichogonia villosa
var.
v
illosa
também endêmica dos campos
rupestres da Cadeia do Espinhaço.
Baccharis platypoda representante
generalista deste padrão, apresenta uma
faixa de distribuição que vai da Bahia até
São Paulo, passando pelos estados do
Espírito Santo e Rio de Janeiro
e
interiorizando-se em Minas Gerais
(Figura 4). Apesar de muito freqüente nas
áreas de campo rupestre, também ocorre com
relativa freqüência nos cerrados e matas
secundárias, como pode ser observados em dados de herbário e de literatura.
Verbesina luetzel
burgii
é citada pela primeira vez para os campos rupestres de
Minas Gerais, mas já teve sua provável ocorrência em outras áreas de campo rupestre da
Cadeia do Espinhaço salientada por Hind (1995). Por apresentar um porte arbóreo-
arbustivo, esta espécie é comum dos capões de galeria que cortam os campos rupestres.
No PEI esta espécie foi coletada em apenas uma trilha, sendo observados apenas dois
indivíduos. Dado o grau de endemismo restrito as serras da Cadeia do Espinhaço, esta
espécie deve ser incluída na
categoria de vulnerável de extinção.
Figura 4
.
Baccahis platypoda
e
Eremanthus
incanus
290
Vernonia lilacina e Vernonia vepretorum são espécies que estão inclusas na
categoria de espécies com dados deficientes para classificação de risco, na lista
vermelha de espécies ameaçadas de extinção de Minas Gerais (Biodiversitas 2007).
Vernonia lilacina segundo referências e dados de herbários, apresenta-se distribuída
pelos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, sendo um elemento generalista,
ocorrendo de forma relativamente comum no cerrado (Hind 2003) e no campo rupestre.
No PEI foi coletada em campos de afloramentos rochosos em populações pequenas e
em apenas uma das trilhas. Vernonia vepretorum apresenta distribuição geográfica
restrita a Cadeia do Espinhaço, como citado anteriormente. No PEI foi encontrada com
relativa freqüência nos campos de afloramentos rochosos. Devendo ser mantidas nesta
categoria dada a ocorrência restrita aos campos rupestres ou áreas disjuntas.
4. Brasil atlântico sudeste-
sul
(Tabela 3, Figura 5): este padrão é caracterizado
pela
faixa de distribuição nas regiões sudeste e sul, com limite norte no estado de Minas
Gerais e sul no Rio Grande do Sul. Padrão observado em 20,6% (32) dos táxons
analisados, restritos ao Brasil. Os elementos florísticos que constituem este padrão são
todos generalistas, ocorrendo além dos campos rupestres também no cerrado, nas
formações da Mata Atlântica e nos campos sulinos. No PEI estes elementos florísticos
se estabelecem nos capões, campos graminosos secos e úmidos e campos de
afloramentos rochosos. Dentre as
espécies listadas na tabela 2, destacam-
se
Pentacalia desiderabilis e
Mikania
nummularia
(Figura 5).
Pentacalia desiderabilis
apresenta
-se faixa de distribuição com
limite norte no estado do Rio de janeiro
interiorizando-se por Minas Gerais,
chegando a São Paulo e seguindo até o
Rio Grande do Sul. Espécie generalista,
dado ao hábito volúvel é encontrada nos
capões formados nas encostas ou encravados
nos campos rupestres, assim como nas
formações da Mata Atlântica. No PEI
Figura 5
Pentacalia desiderabilis e Mikania
nummularia
291
Figura 6
V
ernonia
crotanoides
e
T
ric
hogonia
villosa
var.
multiflora
coletado em capão que
se desenvolve em vala entre afloramentos rochosos.
Mikania nummularia encontra-se distribuída pelos estados de Minas Gerais, Rio
de Janeiro, São Paulo chegando até o Paraná. Elemento florístico generalista, esta
espécie do grupo das mikanias subarbustivas eretas, são preferencialmente campestres,
ocorrendo nos campos rupestres e campos de cerrado. No PEI ocorre preferencialmente
nos campos graminosos secos e campos de afloramentos rochosos quartizíticos.
M.
nummularia
encontra-se incluída na categoria de vulnerável na Lista de espécies
ameaçadas de extinção de Minas Gerais (Biodiversitas 2007). Devendo permanecer
nesta categoria.
5. Brasil atlântico s
udeste
(Tabela 3, Figura 6): a faixa de ocorrência predominante
neste padrão é restrita ao sudeste com predominância nas regiões de altitude elevada de
Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Para as espécies do PEI foram observadas neste
padrão 40,6% (63) dos táxons restritos ao Brasil. Os elementos florísticos encontrados
são na maioria das vezes especialis
tas, ocorrendo nos campos rupestres de Minas Gerais
e em Itatiaia no Rio de Janeiro, dentre os generalistas estão espécies com ocorrência nos
Campos Rupestres, Cerrado, Mata Atlântica e nas restingas do Rio de Janeiro ou
Espírito Santo. Dos 65 táxons que compõem este padrão, 38 são endêmicos de Minas
Gerias, sendo 32 especialistas e 6 generalistas.
Vernonia crotano
ides
e
Mikania
testudinaria
apresentam uma distribuição
disjunta entre os campos rupestres da
Cadeia do Espinhaço porção Minas Gerais
e as restingas do leste, neste caso do Rio
de Janeiro (Figura 6), padrão de
distribuição observado por Giulietti &
Pirani (1988). A ocorrência disjunta das
espécies pode ser explicada em parte, pela
semelhança do substrato, com solos
drenados e pobres em nutrientes
(Alves
et
al.
2007), fatores climáticos semelhantes
como intensa exposição luminosa e
freqüentes períodos de elevada umidade
atmosférica (Harley & Simmons 1986; Giulietti et al. 1997). Entretanto, são necessários
292
estudos relacionados aos fatores históricos, provavelmente determinantes desse padrão
de distribuição. Disjunção semelhante foi encontrada em Baccharis myriocephala
inclusa no padrão Brasil atlântico nordeste-
sudeste
-sul sendo que neste caso a espécie
ocorre nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço (MG e BA) e nas restingas do sul,
sudeste.
Trichogonia villosa
var.
multiflora
apresenta uma distribuição restrita aos
campos rupestres da Cadeia do Espinhaço porção Minas Gerais (figura 6). Ocorrendo
também nos campos rupestres da Serra do Cipó, Di
am
a
ntina
e Caraça (dados de
herbário). No PEI coletada apenas em campos de afloramentos rochosos em populações
pequenas, distantes uma das outras. A distribuição restrita a Cadeia do Espinhaço
porção Minas Gerais e a dependência de um único tipo de ambiente, torna esta
variedade vulnerável a extinção, portanto, deve ser incluída nesta categoria o mais
rápido possível, visando sua preservação.
Das 32 espécies restritas aos campos rupestres da porção mineira da Cadeia do
Espinhaço, 15 estão incluídas na Lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção do
estado de Minas Gerais (Biodiversitas 2007), são elas: Aspilia caudata,
Calea
clausseniana,
Chaptalia martii, Dasyphyllum fodinarum, Eupatorium perforatum,
Lychnophora pinaster
,
Mikania glauca, Mikania parvifo
lia,
Piptolepis ericoides
,
Richterago campestris, Richterago petiolata, Richterago polymorpha, Stevia hilarii
,
Trichogonia crenulata, Vernonia vauthieriana
.
Chaptalia martii que se encontra na categoria EN (perigo de extinção), no PEI
apresenta
-se distribuída em populações grandes, entretanto restrita aos campos
graminosos úmidos da Trilha da Lagoa Seca, não sendo encontrada em nenhuma outra
área do parque. Esta espécie é também citada para Serra do Cipó (Roque 2005).
Aspilia caudata espécie considerada endêmica do Parque Estadual do Itacolomi
(Santos 2001), tem neste trabalho sua área de distribuição ampliada para a Serra de
Ouro Branco (Almeida 2008), mas permanecendo como endêmica dos campos rupestres
da Cadeia do Espinhaço, porção sul de Minas Gerais. Tanto no PEI quanto ( )Tj0.09765 9j0.09765 0 0 -0.09765 7879 10
r
293
coleta. Os espécimes examinados na OUPR e identificados como E. itacolumiensis, na
verdade correspondem a Eupatorium amygdalinum, espécie semelhante. Entretanto os
materiais examinados nos Herbários do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB 324849)
e da Universidade Federal de Minas Gerais (BHCB 55662) correspondem a espécie em
questão, e foram coletados por Glaziou em 1890 e por Peron em 1987, respectivamente.
Desta forma acredita
-
se que a espécie está provavelmente extinta no PEI.
Incluídas neste padrão estão às espécies com registro, até o momento, apenas
para o PEI, e que correspondem às espécies novas para a ciência, são elas
Eupatorium
semiamplexifolium,
Mikania badiniana e Stevia alexii, estando as três em processo de
publicação. Salienta-se que estas espécies caracterizam endemismos pontuais pelo
menos até que novos estudos taxonômicos e inventários florísticos em áreas de campo
rupestres ou dos seus biomas associados sejam realizados, complementando os
respectivos dados.
2. Similaridades florísticas
Nas sete áreas analisadas (Tabela 4) obteve-se um total de 606 táxons
distribuídos em 105 gêneros, considerando
Vernonia
s.l. (92 spp. e 1 var.) e
Eupatorium
s.l. (70 spp.), gêneros
294
(1987), ocorrendo em Minas Gerais, Goiás e regiões adjacentes da Bahia e São Paulo
em altitudes que variam de 700 a 1500 m, estabelecendo-se em grandes colônias
dominantes no cerrado e campos rupestres. Ambas as espécies de
Mikania
compõe o
padrão Brasil centro-oriental, sendo M. officinalis elemento florístico especialista e M.
sessilifolia
, generalista, ocorrendo preferencialmente no cerrado e campos rupestres.
Trichogonia villosa
var.
villosa
é um elemento florístico especialista endêmico da
Cadeia do Espinhaço.
Tabela 5
-
Distribuição dos táxons por
categorias taxônomicas
Subfamília (Táxons)
Tribos
G
êneros*
E
spécies*
V
ariedades*
Barbadesioideae (10)
Barnadesieae
1 (1)
8 (4)
2 (1)
Cichorioideae
(208)
Mutiseae
8 (5)
34 (17)
0 (0)
Lactuceae
3 (2)
5 (4)
0 (0)
Vernonieae
21 (8)
168 (38)
1 (1)
Asteroideae (388)
Plucheae
3 (2)
5 (4)
0 (0)
Ganaphalieae
11 (6)
22 (10)
0 (0)
Astereae
8 (6)
71 (38)
0 (0)
Senecioneae
6 (6)
20 (10)
0 (0)
Helenie
ae
3 (2)
5(2)
0 (0)
Heliantheae 19 (11) 69 (14)
0 (0)
Eupatorieae
21 (7)
192 (78)
3 (3)
Anthemideae
1 (0)
1(0)
0 (0)
Total
12
105
(56)
600 (
219
)
6 (5)
* O número entre parênteses corresponde ao número das categorias no PEI.
Ocorren
do em cinco das áreas analisadas foram encontradas 22 espécies, sendo
seis de ampla distribuição estando incluídas no padrão Pantropical,
Ageratum
conyzoides
, Neotropical
Chaptalia
integerrima
, Americano
Acanthospermum
australe
,
Sul
-
americano
Achyrocline
a
lata,
Eupatorium
stachyophyllum
e
Mikania
hirsutissima
.
As outras 16 espécies são constituídas de elementos florísticos especialistas e
generalistas, restritos ao Brasil.
Finalmente 348 táxons, ocorrem em apenas uma área estando incluída nestes
táxons as espécies novas e as endêmicas para uma determinada serra, comprovando a
especificidade e heterogeneidade destes ambientes. Destes táxons 71 ocorrem apenas
no PEI, sendo 15 elementos florísticos especialistas. (Tabela 3). Segundo Conceição &
295
Pirani (2005), os isolamentos em escala regional e local constituem fatores importantes
aos padrões de distribuição detectados nas áreas de campos rupestres, demonstrando a
relevância destas espécies restritas a um tipo de habitat e/ou localidade para estratégias
de c
onservação.
Utilizando
-se como base comparativa da riqueza de espécie apenas as sete áreas
analisadas e relacionando-se o número de espécie amostrada com o tamanho da
respectiva área têm-se o PEI (224) e a Serra da Canastra (215) como as áreas de maior
riqueza (Tabela 4). Entretanto, vale salientar que apenas nestas duas áreas foram
realizados trabalhos florísticos exclusivos da família, fato que certamente influenciou na
riqueza, outras áreas como Serra do Cipó, por exemplo, certamente tem um mero
maio
r que o publicado até o momento, e tornam-se necessários esforços coletivos para
se determinar o mais rápido possível a verdadeira riqueza desta área.
Tabela
4.
Levantamentos florístico
-
taxonômicos utilizados na análise de similaridade.
AM: Tipo de amostr
agem realizada
- I. Levantamento florístico e taxonômico de
Asteraceae, II.Flora; Tam.: tamanho da área em hectares; Alt.: altitude em m.s.m.
Local
e nº de
táxons*
A
M
Clima
Veget
ação
Tam.
Alt.
Sub
ustrato
Autores
(
PEI
)
Parque
Estadual do
Itacolomi,
MG
(224
)
I
Cwb
Campo
Rupestre
7.000
1200-
1772
Quartz
i
to,
Filito,
Laterita
ferruginosa
Almeida,
2008
(presente
estudo)
(
CAT
)
Catolés, BA
(178)
II
Cwb,
Bsh
Cerrado e
Campo
Rupestre**
88.000
1.000
-
2.033
Quartz
i
to,
Argila
,
Conglomera
dos do grupo
Chapada
Diam
antina
Zappi
et
al
. 2003
(
GM
)
Grão
-
Mogol, BA
(80)
II
Cwb
Campo
Rupestre,
cerrado,
floresta
semicaducif
olia e
carrasco
33.324
900
-
1299
Quartzito
,
conglomerad
os de seixos
e
itacolomitos
Pirani et
al. 2003
(
CAN
)
Parque
Nacional da
Serra da
Canastra ,
MG
(215)
I C
wb,
Cwa
Floresta
Semidecidua
l e
Perenifolia,
Cerrado e
Campo
Rupestre
70.525
1.000
-
1496
Quartzito,
Filito, Xisto,
Grafita,
Gnaisses,
Biotitas
-
xistos,
Metarenitos
feldspáticos
Nakajima,
2000
(
CIP
)
Serra
do Cipó, MG
(160)
II
Cwb
Campos
Rupestres,
Matas de
altitude,
133.000
591
-
1704
Quartzito
Giulietti
et
al
.
1987
296
Cerrado
(
OBR
)
Serra
de Ouro
Branco, MG
(78)
II
Cwb
Campo
Rupestre,
Cerrado e
Mata
Atlântica
2.750
1.250
-
1.568
Quartzito,
Anfibolito,
Argila
Nakajima
& Hattori
(com.
pess.)
(
PA
)
Pico das
Almas,
BA
(133)
II
Cwb,
Bsh
Cerrado;
Matas de
altitude e
Campo
Rupestre
170 .000
1.000
-
1.856
Quartzito
Stannard
et al
. 1995
* Conceitos genéricos convertidos para as classificações adotadas neste trabalho
* Considerando
-
se apenas as
áreas amostrada.
Vale salientar ainda, que o esforço amostral, nos campos rupestres, é pequeno e
muitas áreas na Cadeia do Espinhaço ainda necessitam de trabalhos florísticos mais
detalhados para um melhor reconhecimento da diversidade de Asteraceae.
Em se considerando a área d
o PEI (7.000 ha), sendo que desta, 60% corresponde
as áreas de campo rupestre, área de estudo deste trabalho, podemos dizer que o PEI é
atualmente a área de campo rupestre com o maior número de táxons de Asteraceae do
Brasil, reforçando a grande diversidade e representatividade da família nos campos
rupestres da Cadeia do Espinhaço.
A análise de agrupamento das áreas de campo Rupestre da Cadeia do Espinhaço,
estudadas com base nos táxons de Asteraceae (Figura 7), revelou a formação de dois
blocos ao nível
de 0,18 da escala de Sorensen. O Bloco A
CAN, OBR, CIP e PEI. e o
Bloco B
GM, PA e CAT.
Tabela 5 – Matriz de simétrica de similaridade florística entre as áreas de campo
rupestre, calculada a partir do índice de Sorensen. As siglas correspondem às
localidades apresentadas na tabela 4.
Este primeiro agrupamento pode ser explicado por dois fatores principais:
climático e geomorfológico.
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
PEI
1
CAT
0,272
1
GM
0,209
0,238
1
CAN
0,34
0,142
0,182
1
CIP
0,352
0,206
0,248
0,276
1
OBR
0,336
0,178
0,175
0,237
0,283
1
PA
0,223
0,607
0,251
0,126
0,163
0,169
1
297
O clima da Cadeia do Espinhaço é classificado como mesotérmico do tipo Cwb
de Köopen, com verões brandos e estação chuvosa no verão com um período seco de 3-
4 meses, coincidindo com o inverno, e um período úmido de 7-8 meses (
Giulietti
et al.
1987)
. Por outro lado, o clima do nordeste é considerado um dos mais complexos dada
a extensão territorial desta região e a conjunção de dois sistemas climáticos formados
pelos alísios do nordeste e sudeste, criando grande diversidade e instabilidade em
termos de precipitação anual (Harley 1995). O mesmo autor salienta, que ao passo que a
média anual na Cadeia do Espinhaço (MG) está por volta de 1500 mm, os valor
es
encontrados na Chapada Diamantina são muito menores, como conseqüência do clima
mais árido das terras baixas adjacentes, confirmando a presença do tipo climático Bsh
de Köopen em anos de chuvas escassas. Para região de Grão-Mogol, o clima é
classificado
como Cwb, mas a região faz parte do Polígono das Secas Nordestino, e
sofre os rigores climáticos reinantes no Vale do Jequitinhonha, sofrendo veranicos que
duram de uma semana a trinta dias (Pirani et al. 2003). Como fica explícito, ambas as
áreas sofrem com a influência do clima árido das regiões circunvizinhas, o que
justificaria uma composição florística similar.
O fator geomorfológico pode ser explicado pelas bruscas quedas de altitude
encontrada entre a Chapada Diamantina e o norte da Cadeia do Espinhaço (MG) com
altitudes chegando a cerca de 500 m.s.m. Segundo Harley (1995), este vale chega a
medir 300 km na direção Norte-Sul, cortado pelos vales do Rio de Contas, Rio Pardo e
Rio Jequitinhonha, caracterizando uma barreira migratória parcial para a flora dos
campos rupestres. Entretanto, considerando o potencial de dispersão de Asteraceae, com
muitas espécies anemocóricas, pode-se justificar a minimização desta barreira
migratória, para algumas espécies, entre a Chapada Diamantina e Grão-
Mogol.
O Bloco A reuniu os campos rupestres da Cadeia do Espinhaço (MG),
representada nesta análise por Serra de Ouro Branco, Serra do Cipó e Parque Estadual
do Itacolomi, e de área disjunta de campo rupestre a Serra da Canastra ambos com
vegetação sofrendo a influên
cia da Mata Atlântica a leste e do Cerrado a Oeste.
O Bloco B reuniu os campos rupestres da porção norte da Cadeia do Espinhaço,
localizada na Bahia, denominada Chapada Diamantina, representada nesta análise por
Catolés e Pico das Almas e o primeiro campo
rupestre da porção norte de Minas Gerais,
representado por Grão-Mogol, ambos com vegetação sofrendo influência da Caatinga e
parte do Cerrado.
298
Catolés e Pico das Almas foram as áreas com maior similaridade florística, se
agrupando ao nível de 0,60 da índice de Sorensen (Tabela 5, Figura 7), ambas
localizadas na Chapada Diamantina, muito próximas uma da outra o que facilitaria o
fluxo de espécies, além da similaridade climática, geomorfológica e de influências
vegetacionais, justificando a similaridade encontrada para Asteraceae. Entretanto, Zappi
et al. (2003), comparando a flora geral, destas duas áreas, concluí que Catolés
apresenta
-se mais diverso que Pico das Almas, com 684 espécies/km
2
contra 509
espécies/km
2
de Pico das Almas, e salienta que ao compa
rar os dois campos rupestres os
valores encontrados são similares aos encontrados para as regiões de alta diversidade.
Figura 7. Dendrograma da similaridade florística entre sete áreas de campo rupestre
(MG e BA) para Asteraceae, utilizando como coeficiente o índice de Sorensen. As
siglas significam: GM Grão Mogol, PA Pico das Almas, CAT Catolés, CAN
Serra da Canastra, OBR Ouro Branco, CIP- Serra do Cipó, PEI Parque Estadual do
Itacolomi.
O Parque Estadual do Itacolomi se agrupou com a Serra do Cipó ao nível de
0,35 do índice de Sorensen (Tabela 4, Figura 7), ambos localizados em um mesmo
contínuo de serras na porção sul da Cadeia do Espinhaço. As duas áreas estão sobre
forte influência a leste do Domínio da Mata Atlântica e a oeste do Cerrado. Sendo
comum encontrar nas duas áreas, formações florestais, nas encostas voltadas para
porção leste, onde os solos são mais profundos, dado o processo de degradação do
299
quartzito, e ao acumulo de matéria orgânica, fatores facilitadores do estabelecimento de
espécies advindas da Mata Atlântica, além da elevada umidade. Nas áreas mais altas se
formam os campos de afloramentos rochosos onde se estabelecem os elementos
florísticos especialistas, que segundo Menezes & Giulietti (1986) e Menezes et al
.
(2000) foram se desenvolvendo e se adaptando às flutuações extremas em termos de
temperatura, insolação e disponibilidade hídrica e nutricional, características deste
ambiente. Nas encostas voltadas para o oeste se formam os campos de afloramentos
rochosos e os capões de mata seca, colonizados na maioria das vezes por elementos
florísticos generalistas, comuns ao cerrado.
Estas áreas apresentaram em comum 67 espécies constituídas de elementos
florísticos especialistas e generalistas, dentre eles:
Baccharis
myriocephala
,
B
.
platypoda,
Calea
rotundifolia,
Eremanthus
glomerulatus,
E.
incanus,
Gochnatia
polymorpha, Stevia
clausseni,
Vernonia
crotanoides,
V.
vauthieriana
, dentre outras,
como elementos generalistas e
Chaptalia
martii
,
Eupatorium
amphydyct
ium,
E.
pedale
,
E.
thysanolepis,
Lychnophora
reticulata,
Mikania
glauca,
M.
parvifolia,
Richterago
polymorpha,
Stenocline
chionae,
Stevia
urticaefolia,
Symphyopappus
reticulatus
var.
itacolumiensis
e
Vernonia
vepretorum
, dentre outros, elementos especialistas. Das
espécies comuns a este grupo, 17 ocorrem apenas nestas duas áreas.
A presença nas duas áreas de um número relativamente elevado de lianas,
compondo os capões, que muitas vezes se formam encravados no meio do campo
rupestre, denota a influência marcante de elementos da Mata Atlântica nestas áreas,
dentre elas
Mikania
candolleana
,
M.
hirsutissima,
M.
phaeocaldos,
M.
schenkii
e
Pentacalia
desiderabilis
.
Este grupo se juntou a Serra de Ouro Branco ao nível de 0,33 do índice de
Sorensen (Tabela 4, Figura 5), encontra-se localizado no mesmo contínuo de serras
que mais ao Sudoeste da Cadeia do Espinhaço, sofrendo portanto uma maior influência
do clima e da vegetação do Cerrado e uma menor influência da Mata Atlântica e do
Oceano Atlântico, o que torna o clima mais seco com um regime pluviométrico menor.
Entretanto dada a proximidade das serras e a semelhança de substrato estas áreas se
agruparam com um índice considerável de similaridade em se tratando de campos
rupestres, ambientes notoriamente com baixos índices de similaridade. Dentre as
espécies comuns a essas três áreas estão:
Baccharis
dracunculifoli
a
,
B.
platypoda
,
B.
trimera,
Chaptalia
integerrima,
Eremanthus
erytropappus,
E.
glomerulatus
,
Eupatorium
amygdalinum,
E.
vauthierianum,
Hypochaeris
gardneri,
Mikania
300
sessilifolia
,
Richterago
radiata,
Senecio
adamantinus,
S
.
pohlii
,
Vernonia
psilophylla
,
entre outras. Das espécies comuns, cinco ocorre apenas nestas três áreas, dentre as
analisadas, são elas:
Baccharis
vernonioides
,
Chaptalia
martii,
Inu
lopis
scaposa,
Mikania
glauca
e
Stenocline
chionae
.
O terceiro grupo reuni a Serra da Canastra , a única área de campo rupestre
analisada que não faz parte da Cadeia do Espinhaço, com o grupo dois, ao nível de 0,23
no índice de Sorensen (Tabela 4, Figura
7), apresentando em comum 17 espécies, sendo
que destas, nove ocorrem apenas nestas quatro áreas, dentre as analisadas, são elas:
Baccharis
dracunculifolia,
B.
subdentata,
B
.
trimera
,
Eremanthus
erythropappus,
Eupatorium
decumbens,
Hypochoeris
gardneri,
Ri
chterago radiata,
Vernonia
megapotamica
var.
megapotamica
e V.
psilophylla
. A baixa similaridade encontrada
entre a Canastra e as demais áreas do Bloco A, pode ser explicada pela forte influência
do cerrado nesta vegetação. Segundo Nakajima (2000), a análise da distribuição
geográfica das espécies de Asteraceae da Canastra, indica que esta área possui uma
relação florística mais próxima com os estados de Goiás e São Paulo do que com a
Cadeia do Espinhaço, provavelmente devido a uma forte correlação com a hi
stória
geomorfológica do Arco da Canastra e os maciços Goiano e do Sudeste.
Uma síntese geral do dendrograma nos revela uma separação nítida entre os
campos rupestres da Cadeia do Espinhaço (MG) e os da Chapada Diamantina (BA).
Grão
-Mogol agrupa-se no bloco dos campos rupestres da Bahia, certamente devido a
influência climática do Polígono da Seca. Mas, com um nível de similaridade baixo
(0,23) o que revela a manutenção de uma flora típica desta região, 23 espécies ocorrem
apenas nesta área e em nenhuma outra das analisadas, sendo que destas 9 são elementos
florísticos especialistas endêmicos apenas desta serra, são eles:
Acrytopappus
irwinii
,
Aspilia
decumbens,
Calea
hatschbachii,
C.
semirii,
Mikania
citriodora,
M.
reynodsii
,
Senecio
gertii,
Verbesina
pseu
doclaussenii
e
Vernonia
hatschbachii
.
A composição florística do PEI mostra uma correlação com as demais áreas de
campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, com a presença de elementos florísticos
especialistas, representados por 27,6% (61) do total de táxons amostrados. Por outro
lado fica evidente a forte influência da Mata Atlântica e do Cerrado na composição
florística desta área, caracterizada pelo grande número de elementos generalistas,
representados por 72,8% (163) do total de táxons amostrados. O endemismo pontual,
tão salientado nas referências de campos rupestres, no PEI encontra-se com índice
muito baixo em relação às outras áreas amostradas; nenhum endemismo pontual foi
301
encontrado, com exceção das três espécies novas em processo de publicação e q
ue
apenas com estudos florísticos posteriores poderão se confirmar ou não como
endêmicas desta área de estudo. o endemismo regional, este se mostra mais
expressivo com 40,6 % das espécies restritas ao Brasil, endêmicas do sudeste, enquanto
que o endemismo local apresenta-se representado por 20,6% das espécies brasileiras,
restritas a Minas Gerais.
Os padrões predominantes de distribuição geográfica dos táxons foram em
escala macrorregional, o Brasileiro com 69,2% dos 224 táxons analisados, estes
apre
sentam
-se distribuídos predominantemente no eixo sudeste e sul, uma vez que os
padrões Brasil atlântico sudeste-sul e Brasil atlântico sudeste, juntos apresentam 61,2%
do total de táxons restritos ao território brasileiro. Entretanto salienta-se que estes
dados
refletem a situação atual da família e que estão fortemente influenciados pelo maior
esforço de coleta centrado nestas duas regiões; torna-se evidente a necessidade de se
intensificar os estudos florísticos da família nas regiões nordeste, centro
-
oes
te e norte do
país, possibilitando uma avaliação mais completa destes padrões.
Tornam
-se necessários estudos florísticos e taxonômicos de outras famílias
representativas de campo rupestre, no PEI, bem como estudos dos padrões de
diversidade e riqueza das outras áreas de campo rupestres da Cadeia do Espinhaço.
Estes dados associados aos prováveis fatores ecológicos e históricos poderão explicar a
composição florística encontrada, bem como o baixo índice de endemismo pontual
desta área.
Os resultados indicam a grande diversidade de Asteraceae dos campos rupestres
do Parque Estadual do Itacolomi, constituída por elementos florísticos generalistas do
Domínio Atlântico e do Cerrado, e especialistas dos campos rupestres da Cadeia do
Espinhaço, configurando-se como um verdadeiro banco de espécies. Este fator deve ser
considerado em se tratando de conservação, uma vez que a preservação de áreas com
elevado grau de riqueza florística é de fundamental importância para manutenção da
biodiversidade.
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310
Três espécies novas de
Eupatorieae
(
Asteraceae
) para os Campos
Rupestres da Cadeia do Espinhaço, M
inas Gerais, Brasil
1
Gracineide Selma Santos de Almeida
2
&
Rita Maria de Carvalho Okano
3
Sumario. As três espécies novas de
Eupatorieae
(
Asteraceae
) para os Campos
Rupestres da Cadeia do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil, foram coletadas no Parque
Estadua
l do Itacolomi localizado entre as cidades de Ouro Preto e Mariana, Minas
Gerais, Brasil, durante o levantamento florístico de Asteraceae desta área.
Eupatorium
semiamplexifoli
um,
Mikania badiniana e Stevia alexii são descritas e ilustradas. As
espécies mais próximas, são respectivamente, Eupatorium itacolumiensis Sch. Bip. ex
Baker,
Mikania sessilifolia
DC. e
Stevia urticaefolia
Billb.
Palavras Chaves:
Asteraceae, Eupatorium,
Mikania,
Stevia
, Brasil.
INTRODUCÃO
Eupatorieae
compreende aproximadamente 2.400 espécies, essencialmente
neotropicais, concentradas no México e nas Américas Central e do Sul, com poucas
espécies pantropicais ou no Velho Mundo (Bremer 1994). No Brasil é uma das tribos
mais ricas em número de espécies, com muitos gêneros e espécie
s endêmicas, ocorrendo
principalmente nas regiões, sul, sudeste e
311
elevado número de espécie,
Eupatorium
tem sido alvo de intensa segregação (King &
Robinson 1987), culminando num total de 80 gêneros, muitos deles monotípicos.
Passadas mais de três décadas de publicações, a proposta de King & Robinson não foi
aceita na sua plenitude e ainda é motivo de polêmica entre os sinanterólogos. Sendo que
autores como Barroso et al. (1991); Matzenbacher (1979); Cabrera & Klein (1989);
Bremer (1987), Bremer (1994) (parcialmente); Stuessy (1990); (Turner 1987a, 1987b,
1987d ); Freire et al. (2006), Katinas et al. (2007) e Almeida (2008), mantém a
classificação de Baker (1876). Na prática, alguns gêneros se sustentam, mas a grande
maioria é de difícil reconhecimento, dada a fragilidade dos limites taxonôm
icos
considerados. Por considerar que estudos complementares são necessários para melhor
delimitação dos gêneros estabelecidos ou para redelimitação destes, neste trabalho
optou
-se por adotar Baker (1876), na delimitação taxonômica da nova espécie de
Eupatorium
.
Mikania
Willd. apresenta cerca de 450 espécies (Holmes 1995) com distribuição
pantropical,
312
forma das folhas, indumento, arranjo dos capítulos, cor e tamanho da corola e estruturas
do papilho (
Soejima
et al
. 2001).
As espécies novas foram descobertas durante o levantamento florístico das
Asteraceae dos Campos Rupestres do Parque Estadual do Itacolomi, localizado na
porção sul da Cadeia do Espinhaço, entre as coordenadas 20º 22’S e 43º 22’W, nos
municípios de Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais, Brasil (Almeida 2008).
DESCRIÇ
ÕES
Eupatorium semiamplexifolium G.S.S. Almeida & Carvalho-Okano sp. nov.
Ad
Eupatorium sect Heterolepis Baker pertineris; E. itacolumiensis Sch. Bip. ex Baker
affinis sed foliis membranaceis, supra hispido-glandulosis, subtus tomentosis, capitulis
brevipedunculatis, nutantis et estilopodium papilosum differt. Typus: Brasil, Minas
Gerais, Ouro Preto, G
.S.S. Almeida et al. 765 (Holotype:
VIC
, Isotype:
HUNEB
).
Subarbusto 1 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, vináceos, densamente híspido-
glandulosos com tricomas glandulares pedunculados, castanhos. Folhas opostas,
patentes, sésseis, 1,5-8 x 0,4-2,6 cm, oblanceoladas, ás vezes panduriformes, ápice
acuminado, margem serreada, base semiamplexicaule, face adaxial híspido-
glandulosa,
face abaxial tomentosa, glanduloso-pontuada, nervura principal, proeminente, vinácea.
Capítulos discóides, curto pedunculados, pedúnculo 0,2 - 0,6 mm, densamente
glanduloso, ordenados em corimbos densos de poucos capítulos no ápice de ramos
divaricados, amplo paniculiformes.
Invólucro 8
- 9 mm compr., campanulado, brácteas
involucrais 3-s
eriadas,
externas 2,5 - 3,5 X 1,5 2 mm, ovadas, densamente híspido-
glandulosas, vináceas, intermediárias 5- 6,5 x 1,5-2 mm, oblanceoladas, pubérulo-
glandulosas, internas 6,5 – 7,5 x 1,5 – 2 mm, lanceoladas, pubérulo-glandulosas a
glabrescentes com tons vináceos, ambas com ápice agudo, ciliado, margem ciliada, nas
internas fimbriadas.
Receptáculo
plano, epaleáceo, alveolado, glabro. Flores 25-30,
perfeitas, vináceas, corola 6-7 mm, tubulosa, glabra,
lobos
discretamente
papilos
os no
ápice; anteras com ápice oblongo, base obtusa, colar de anteras cilíndrico, levemente
achatado;
estilete
com estilopódio bulbiforme, papiloso, ramos cilíndricos, papilosos.
Cipsela
4-5 mm compr.,
prismática,
4-
costada
, densamente glandulosa com tricomas
pedunculados;
carpopódio
cônico, conspícuo. Papilho 5-7 mm compr., unisseriado,
cerdoso, cerdas escabras, alvas. (Figura 1)
313
DISTRIBUIÇÃO. Até o presente conhecida apenas para os campos rupestres do
Itacolomi, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
B
RASIL
, Minas Gerais: Ouro Preto, Parque Estadual do Itacolomi, Trilha da Casa do
Bruno, 20º 22’ S, 43º 22’ W, 18.Jul.2007, fl., fr., G.S.S. Almeida et al. 765 (Holotype:
VIC
, Isotype
:
HUNEB
).
HABITAT.
Campos rupestres, campos de afloramentos rochosos
; 1.400 m.s.m,
em
área
temporariamente alagada.
STATUS DE CONSERVAÇÃO. Esta espécie pode ser incluída na categoria de
vulnerável, em decorrência da sua ocorrência restrita a apenas uma serra da Cadeia do
Espinhaço, sendo coletada em apenas uma área do Parque Estadual do Itacolomi em
populações pequenas, restritas a ambientes paludosos.
NOME VERNACUL
AR
. O epíteto específico se refere a base foliar,
semiamplexicaule
.
DISCUSSÃO
E
upatorium
semiamplexifolium se caracteriza pelas folhas semiamplexicaules,
indumento densamente glanduloso, constituído de tricomas glandulares pedunculados,
nos ramos, folhas, brácteas e cipselas; capítulos curto-pedunculados ordenados em
cor
imbos, pêndulos, no ápice de ramos divaricados, invólucro 3-seriado com brácteas
gradativamente maiores e flores com estilopódio papiloso. E. itacolumiensis é a espécie
mais semelhante, distinguindo-se pelos ramos, folhas e brácteas glabras, capítulos
pedu
nculad Tma65 0 0 -0.09768765 4420 7920 Tm(-)Tj/F1 2048 Tf0.09765 0 0 -0.2Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09761l
t
314
nervuras tomentosas.
Capítulos
diminutos,
pedunculados
bracteados, em racemos
corimbiformes congestos, paniculados, terminais;
brácteas
linear
-
la
nceoladas, 1,5 - 2,5
mm compr., tomentosas, glanduloso-pontuadas. Invólucro 2 - 2,5 mm compr.,
subcilíndrico, brácteas involucrais 4, unisseriadas, oblongas, ápice agudo, ciliado,
margem
ciliada, dorso tomentoso, glanduloso-
pontuado.
Receptáculo plano, epaleáceo,
faveolado, glabro. Flores 4, tubuloso
-
campanuladas, alvas, corola 2
-
2,5 mm,
tubo 0,8
-
1 mm, glanduloso-pontuado, lobos glanduloso-
pontuados
com ápice e margem
papilosos;
anteras com ápice obtuso, base levemente sagitada; colar de anteras
cilíndrico
; estilete com estilopódio cônico,
ramos
claviformes,
papilosos, glandulo
so
-
pontuados
. Cipsela 1,5-1,8 mm compr., prismática, 4-costada, glanduloso-
pontuada,
nervuras setosa; ca
rpopódio
simétrico,
aneliforme
. Papilho 2-2,5 mm, cerdoso,
unisseriado,
cerdas barbeladas,
cremes.
(Figura 2)
DISTRIBUIÇÃO. Até o presente conhecida apenas para os campos rupestres do
Itacolomi, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
B
RASIL
, Minas Gerais
: Ouro Preto, Parque Estadual do Itacolomi, Trilha da Estrada de
Baixo, 20º 22’ S, 43º 22’ W, 27.
Jun.
2007, fl., fr., G.S.S. Almeida
et al.
709 (Holotype
:
VIC
, Isotype
:
HUNEB).
HABITAT.
Campos rupestres; 1.300 m.s.m, em mancha de canga ferruginosa
couraçada.
STATUS DE CONSERVAÇÃO. Esta espécie pode ser incluída na categoria de
vulnerável, em decorrência da sua ocorrência restrita a apenas uma serra da Cadeia do
Espinhaço, sendo coletada em apenas uma área do Parque Estadual do Itacolomi em
populações pequenas.
NOME VERNACUL
AR
. O epíteto é uma homenagem póstuma ao Professor Dr. José
Badini, professor titular da Universidade Federal de Ouro Preto, pelas relevantes
contribuições a Botânica no Brasil e, especialmente pelas intensas excursões de coleta
aos campos rupestres da então Serra do Itacolomi, que permitiram o reconhecimento
inicial da imensa diversidade florística da área.
DISCUSSÃO
Mikania
badiniana
irá compor a sect. Spicato-Racemosae Baker (1876), por
apresentar capítulos ordenados em racemos corimbiformes, congestos, paniculiformes.
Esta espécie se caracteriza pelas folhas oposto-decussadas ou verticiladas, invólucro,
corola, cipsela e papilho diminutos com menos de 3 mm de comprimento cada, corola
glanduloso
-pontuada, lobos glabros, glanduloso-pontuados, cipsela 4-
costada,
315
densamente glanduloso
-
pontuada. Estes caracteres a distingue de
M. sessilifolia, espécie
mais semelhante que apresenta folhas alternas ou opostas apenas as basais, capítulos
ordenados em racemos paniculiformes, invólucro, corola e papilho com mais de 3 mm
cada, corola com lobos eglandulares.
Stevia alexii G.S.S. Almeida & Carvalho-Okano sp.nov. Ad sect.
Paleaceoaristatae
DC.
pertineris
; E. urticaefolia Sch. Bip. affinis sed foliis
sessilis,
receptaculis longis-
laciniatibus (0,5 0,8 mm), pappo coroniformi-aristatis, paleis brevibus 0,3 0,7 mm,
aristis 1
-
3 elongatis, differt. Typus: Brasil, Minas Gerais, Ouro Preto, G
.S.S. Almeida
et
al. 290
(Holotype:
VIC
, Isotype:
HUNEB
).
Subarbusto 1 m alt.; ramos cilíndricos, estriados, vináceos, esparso-setosos com
tricomas longos, multicelulares. Folhas opostas, patentes, sésseis, 1 4,5 x 0,4-2 cm,
ovais a rombóides ápice agudo, margem crenado-denteada, levemente revoluta, base
atenuada, face adaxial pubérula, glanduloso-pontuada, face abaxial esparso-
tomentosa,
glanduloso
-pontuada, nervuras reticuladas, proeminentes, estrigosas. Capítulos
discóides, pedunculados, pedúnculos vilosos e glanduloso-pontuados, ordenados em
panícula ampla, laxa.
Invólucro 6
- 7 mm compr., cilíndrico, brácteas involucrais
oblongas, ápice acuminado, ciliado, margem inteira, dorso tomentoso, tricomas longos
multicelulares, glanduloso-pontuadas.
Receptáculo
plano, epaleáceo, longo-
laciniado,
lacínias 0,5 – 0,8 mm, paleáceas, hialinas. Flores perfeitas, hipocrateriformes, tubo
vináceo, lobos róseos, corola 6-6,5 mm, esparso-setosa, tubo 1-1,5 mm, glanduloso-
pontuado,
lobos
1-2 mm, setosos, glanduloso-pontuados, margem e ápice papilosos;
anteras com ápice oblongo, base obtusa, colar de anteras cilíndrico;
estilete
com
estilopódio bulbiforme, glabro, ramos cilíndricos, papilosos.
Cipsela
4-
4,5
mm compr.,
cilíndrica,
5-
costada
, esparso-
híspida;
carpopódio
aneliforme, simétrico. Papilho
paleáceo
-aristado, páleas lane.09765 3274 9990 Tm(,)Tj( s)Tj0.09765 0 0 -0.09765 6574 8610 Tm s
316
STATUS DE CONSERVAÇÃO. Esta espécie pode ser incluída na categoria de
vulnerável, em decorrência da sua ocorrência restrita a apenas uma serra da Cadeia do
Espinhaço, sendo coletada em apenas uma área do Parque Estadual do Itacolomi em
população com poucos indivíduos.
NOME VERNACUAR. O epíteto específico é uma homenagem póstuma ao Professor
Dr. Alexandre Francisco da Silva, professor associado da Universidade Federal de
Viçosa, pelas r
elevantes contribuições à Botânica no Brasil.
DISCUSSÃO
Stevia alexii
se caracteriza pelos ramos e pedúnculos com indumento constituído
de tricomas longos multicelulares; folhas sésseis, ovais a rombóides, pubérulas a
glabrescentes, glanduloso-pontuadas em ambas as faces; capítulos pedunculados,
ordenados em panícula laxa; brácteas involucrais tomentosas, glanduloso-
pontuadas;
receptáculo plano, longo-laciniado, caráter incomum no gênero que apresenta
receptáculo faveolado; papilho paleáceo-aristado, páleas lanceoladas, douradas,
lustrosas, aristas 1
-
3 cilíndricas, escabras, ápice vináceo.
S. urticaefolia
é a espécie mais
semelhante, mas distingue-se pelas folhas curto-pecioladas, estrigosas, brácteas
involucrais híspido
-
glandulosas, receptáculo faveolado e
papilho coroniforme.
Esta espécie irá compor a série
Paleaceoaristatae
DC., devido a presença de
papilho com páleas curtas e largas com 1
-3 aristas.
317
Fig. 1. Eupatorium semiamplexifolium. A. Ramo fértil; B. Face adaxial da folha; B.
Face abaxial da folha; D.Capítulo; E. Bráctea invólucral externa; F. Bráctea involucral
intermediária; G. Bráctea involucral interna; H. Flor; I. Estilete. J. Anteras; L. Cipsela
(Almeida, 765).
318
Fig. 2.
Mikania badini
ana
. A.Ramo. B. Face adaxial da folha; B. Face abaxial da folha,
D. Capítulo; E. Bráctea involucral interna; F. Bráctea involucral externa; G. Corola; H.
Estilete; I, Anteras; J. Cipsela. (Almeida 709).
319
Fig 3. Stevia alexii. A. Ramo fértil. B. Face adaxial da folha; C. Face abaxial da folha;
D. Capítulo; E. Bráctea involucral externa; F. Bráctea involucral interna; G. Flor; H.
Corola em corte longitudinal; I.Receptáculo laciniado; J.Estilete. K. Cipsela (Almeida
290)
320
REFERÊNCIAS
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Hofmeisteria (Eupatorieae, Asteraceae).
Phytologia 63
: 415
-416.
___________1987b. Redution of the genera Piqueriopsis and Iltisia to microspermum
(Asteraceae
-
Eupatorieae).
Phytologia 63
: 428
-
430.
___________1987d. Taxonomy of Carphochaete (Asteraceae Eupatorieae).
Phytologia 64
: 145
-162.
322
CONCLUSÕES
Os campos rupestres do Parque Estadual do Itacolomi apre
sentam
-se como os
mais ricos em espécies de Asteraceae dentre as áreas amostradas para a família no
Brasil, com um total de 224 táxons, sendo 219 espécies e 5 variedades, subordinadas a
56 gêneros e 11 tribos, representantes das três subfamílias.
As tribos mais representativas da flora dos campos rupestres do PEI são
Eupatorieae (78 spp.), Vernonieae (38 spp.) e Astereae (38 spp.), juntas representam
68,7% dos táxons amostrados.
Os gêneros mais representativos são
Eupatorium
(38 spp.),
Baccharis
(29 spp.),
Vernonia
(27 spp.) e
Mikania
(22 spp.).
Três novas espécies são descritas para o Parque Estadual do Itacolomi,
pertencentes a três gêneros da tribo Eupatorieae; Eupatorium semiamplexifolium
,
Mikania badiana
e
Stevia alexii
e encontram
-
se em processo de
publicação e indexação.
Foram ampliados para Minas Gerais, os limites de distribuição geográfica de
nove espécies: Richterago petiolata, Chaptalia graminifolia,
Vernonia
pungens
,
Baccharis gaudichaudiana, Baccharis sagittalis
,
Eupatorium jaraguensis,
Eupa
torium
latisquamulosum,
Mikania clemetidifolia
e
Mikania sericea
.
Dos táxons amostrados neste trabalho, 13% estão incluídos na Lista vermelha de
espécies ameaçadas de extinção do estado de Minas Gerais, sendo quatro espécies EN
(em perigo); Chaptalia mart
ii,
Richterago discoidea, Richterago poly
morpha
e
Baccharis vernonioides; 15 espécies VU (vulneráveis); dentre elas
Dasyphyllum
candolleanum
;
Dasyphyllum
fodinarum,
Richterago
campestris,
Richterago
petiolata,
Piptolepis
ericoides,
Calea
clausseniana
; nove espécies são deficientes de dados e uma
espécie está na categoria NT (quase ameaçada).
Os resultados de distribuição geográfica revelaram que 69,2% dos táxons
amostrados são restritos ao território brasileiro, predominando os padrões de
distribuição Brasil atlântico sudeste-sul e Brasil atlântico sudeste, sendo 20,6% restritos
a Minas Gerais.
A composição florística do PEI mostra uma correlação com as demais áreas de
campo rupestres da Cadeia do Espinhaço, com influência de elementos florísticos do
Cerra
do e da Mata Atlântica, representados por 72, 8% de elementos generalistas. Os
323
elementos especialistas cor6 Tm(e)Tj0.09765 0 0 -0.09765 2108 1366 Tj0.09765 0 0 -0.0976543719 1366 Tm(s)Tj0.09765 0 0 -0.0976543497 1366 Tm(p)Tj0.09765 0 0 -0.0976543497 1366 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5497 1366 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.0976546497 1366 Tmdn
324
ANEXOS
325
Tabela I : Listagem do
s
materi
ais adicionais consultados: Herbário da Universidade Federal de Belo Horizonte (BHCB);
Herbário da Universidade Federal de Ouro Preto (OUPR); Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (R
B); Herbário da
Universidade Federal de Viçosa (VIC).
Espéci
e
Herbário/ nº
Coletor
Data da col.
Determinador/
ano
Localidade
Achyrocline alata
OUPR: 1548
Gomes, M.
ago/1895
M. Gomes /1895
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Achyrocline alata
OUPR: 15
47
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Achyrocline alata
RB: 320.288
Alves, R.J.V.
mai
-
88
J.C. Siqueira / 1988
BR, MG, Valley: Serra de São Jose
Achyrocline alata
RB: 74993
Badini, J.
Mello-
Barreto
BR, MG, Ouro Preto
Achyrocline albicans
RB: 74995
Magalhães, M
set/40
Mello-
Barreto/1940
BR, MG, Nova Lima: Serra do Ibitipoca
Achyrocline gardneri
RB: 111076
Pedrosa, R.
ago/32
L.P. Deble / 2006
BR, BA, Bomfim: Serra de Santo Amaro
Achyrocline satureoides
OUPR: 3625
Badi
ni, J.
1940
J. Badini / 1940
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Achyrocline satureoides
RB: 40587
Badini, J.
mai/41
Mello-
Barreto
BR, MG, Ouro Preto: Campo
Achyrocline satureoides
RB: 74999
Magalhães, M
jan/42
Mello-
Barreto/1942
BR, MG, Ouro Preto: Serra do I
tatiaia
Achyrocline satureoides
RB:232179
Martinelli, G.
mai/85
G.M.Barroso/1969
BR, MG, Itamonte: PARNA
Achyrocline satureoides
BHCB: 314
Schwacke
1904
Schwacke/1904
BR, MG, Ouro Preto
Achyrocline satureoides
BHCB: 22898
Neto, E.
mai/90
H. Robinson/199
6
BR, MG, Belo Horizonte
Ageratum conyzoides
OUPR: 1578
Badini, J.
jul/74
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cachorro
Ageratum conyzoides
RB: 366536
-
jun/92
R.L. Esteves/ 2005
BR, MG, Udia: Panga
Ageratum conyzoides
BHCB: 33586
Mello-
Barreto
jan/54
Standley
BR, MG, Ouro Preto: Mariana
Ageratum fastigiatum
RB:366278
Teixeira, W.A.,
jun/94
R.L. Esteves/ 2005
BR, MG, Itabirito: Pico do Itabirito
Ageratum fastigiatum
BHCB: 4975
Grandi, T.S.M.
9/983
N. Roque/1997
BR, MG, Ouro Preto: Cach
. das andorinhas
Aspilia caudata
OUPR: 1651
Badini, J.
jan/72
J. Badini / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Aspilia caudata
RB: 163203
Badini, J.
abr/73
J.U. Santos / 1992
BR, MG, Mariana: Serrinha
Aster regnelli
RB: 169737
Quarin, C.
mar/73
A.L. Cabre
ra/1973
BR, 32 km de Cnia
-
Pellegrini a Mercedes
Aster squamatus
RB: 255035
Britez, R.M.
jan/86
G.M.Barroso/1986
BR, PR, São Mateus do Sul
-
Faz. Durgo
Baccharidastrum triplinervium
RB: 129099
Emmerich, M.
ago/65
G.M. Barroso / 1965
BR, MG, Poços de Cal
das: Morro do Ferro
Baccharis aphylla
OUPR: 16234
Rochelle, A.
jun/02
M.C.Mesias / 2002
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cruzeiro
Baccharis aphylla
OUPR: 1665
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cachorro
Baccharis aphylla
OUPR: 166
1
Lisboa, M.
mai/73
J. Badini / 1973
BR, MG, Ouro Preto: Baú
-
PEI
Baccharis aphylla
RB: 56961
Damazio, L.
jul/04
G.M.Barroso
BR, MG, Ouro Preto
Baccharis aphylla
RB: 96727
Willians, L.O.
jun/45
Bake, S.F.
BR, MG, Nova Lima: Serra do Curral
Baccharis aphylla
BHCB: 43210
Salino, A.
set/98
H. Robinson/1999
BR, MG, Ouro Branco
326
Baccharis aphylla
BHCB: 2118
J.M.P.S.
1960
G.M. Barroso
BR, MG, Barroso
Baccharis brachylaenoides
BHCB: 35415
Brina, A.E.
set/92
H. Robinson/1997
BR, MG, Mariana
Baccharis brevifolia
OUPR: 1677
Lisboa, M.
jun/74
M. Lisboa / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cruzeiro
Baccharis brevifolia
BHCB: 55884
Badini, J.
set/41
Melo
-
Barreto
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Baccharis calvescens
OUPR: 1709
Badini, J.
out/73
J. Badini / 11973
BR,
MG, Ouro Preto: Itacolomi (Manso)
Baccharis calvescens
OUPR: 1683
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Alto do Itacolomi
Baccharis calvescens
RB: 56933
Damazio, L.
Mello-
Barreto
BR, MG, Ouro Preto
Baccharis calvescens
RB: 100075
Pabst,
G.
jun/57
G.M. Barroso
BR, MG, Caxambú
Baccharis calvescens
BHCB: 27196
Grandi, T.S.M.
jun/82
B. Nordenston
BR, MG, Ouro Preto: Cach. das Andorinhas
Baccharis calvescens
BHCB: 48049
Lombardi, J. A.
jul/99
H. Robinson/2001
BR, MG, Fervedouro: Serra do Bri
gadeiro
Baccharis camporum
BHCB: 110622
Carmo, F.F.
abr/07
Teles, A.M./2007
BR, MG, Serra da Moeda
Baccharis cognata
RB: 129201
Becker, J.
dez/64
G.M. Barroso
BR, MG, Poços de Caldas: Alto de St. Cruz
Baccharis cognata
RB: 129.207
Leoncini, O.
nov/64
G.
M. Barroso
BR, MG, Poços de Caldas: Campo do Saco
Baccharis cognata
BHCB: 54187
Neto, E.
mai/00
H. Robinson/2001
BR, MG, Araponga
Baccharis dracunculifolia
OUPR: 1737
Lisboa, M.
abr/74
M. Lisboa / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Baccharis dracunculif
olia
RB: 155238
Irwin, H.S.
mar/70
G.M. Barroso
BR, MG, Diamantina
Baccharis dracunculifolia
RB: 106819
Bauner, G.L.
mar/58
G. M. Barroso
BR, RS. Pelotas: Beira de estrada
Baccharis dracunculifolia
RB: 76676
Lima, D de A.
jan/51
G.M. Barroso/ 1951
BR, MG
, Serra do Cipó
Baccharis dracunculifolia
BHCB: 57453
Stehmann, J.R.
fev/01
H. Robinson/2001
BR, MG, Diamantina
Baccharis elaegnoides
OUPR: 1767
Lisboa, M.
fev/74
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi, Faz. Manso
Baccharis elaegnoides
BHCB: 10/
1999
Lombardi, J. A.
out/99
H. Robinson/2000
BR, MG, Nova Lima
Baccharis elaegnoides
OUPR: 1744
Badini, J.
out/73
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Baccharis elliptica
BHCB: 8065
Grandi, T.S.M.
jan/87
H. Robinson/2000
BR, MG, Cons
elheiro Mata
Baccharis gaudichaudiana
BHCB: 90523
Stehmann, J.R.
nov/05
H. Robinson/2000
BR, PR, Campo Largo
Baccharis helichrysoides
OUPR: 4705
Lisboa, M.
abr/74
M. Lisboa / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Baccharis helichrysoides
RB: 1306
75
Rappa, O.
1966
G.M. Barroso/ 1966
BR, MG Poços de Caldas: Véu das Noivas
Baccharis helichrysoides
BHCB: 46793
Silveira, V.M.
jan/99
H. Robinson/2000
BR, MG, Brumadinho
Baccharis medullosa
RB: 77393
Heringer, P.
jan/52
G.M. Barroso
BR, MG, Coronel Pac
heco
Baccharis medullosa
RB: 151297
Kriger, L.
nov/69
G.M. Barroso
BR, MG, Juiz de Fora
Baccharis microcephala
OUPR: 4754
Lisboa, M.
set/73
J. Badini / 1973
BR, MG, Ouro Preto:Itacolomi, Manso
Baccharis microcephala
OUPR: 4753
Barroso, G.M.
out/93
J. Ba
dini / 1973
BR, MG, Ouro Preto:Itacolomi, Manso
Baccharis myriocephala
BHCB: 100360
Matos, E.C.
abr
-
06
Borges, R.A.X.
BR, MG, Serra da Moeda
Baccharis platypoda
OUPR: 2301
Souza, H.C.
nov/92
H.C.Souza/ 1992
BR, MG, Ouro Preto: Trilha do Pico
327
Baccharis
platypoda
OUPR: 4825
Badini, J.
1936
J. Badini / 1936
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Baccharis platypoda
RB: 56956
Teodoro
jun/56
G. M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Baccharis platypoda
RB: 98105
Pereira, E.
abr/57
G.M. Barroso
B
R, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Baccharis platypoda
RB: 275503
Peron, M.
abr/86
M. Peron / 1986
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Baccharis platypoda
BHCB: 38345
Stehmann, J.R.
set/98
H. Robinson/98
BR, MG, Santa Bárbara
Baccharis pseudomyriocephala
R
B: 190716
Mautone, L.
mai/79
G.M. Barroso/1990
BR, MG, Ouro Preto: Cach. das Andorinhas
Baccharis punctulata
RB: 62719
Barb., A.
set/05
R.L. Esteves / 2005
BR, MG, Passa Quatro:E.F.Mantiqueira
Baccharis punctulata
RB: 417459
Hoehne, W.
jul/68
A.M.Teles /
2005
BR, MG, Camanducaia
Baccharis ramosissima
BHCB: 100358
Matos, E.C.
jan/06
E. Matos/2006
BR, MG, Serra da Moeda
Baccharis reticularia
OUPR: 4668
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto:Itacolomi
Baccharis reticularia
BHCB: 45363
Stehma
nn, J.R.
dez/98
H. Robinson/2000
BR, MG, Brumadinho
Baccharis retusa
BHCB: 55515
Badini, J.
jul/45
Mello-
Barreto/1945
BR, MG, Ouro Preto: Falcão
Baccharis sagitalis
OUPR: 4928
Badini, J.
ago/80
J. Badini / 1980
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Ba
ccharis sagitallis
BHCB: 70611
Urbano
mai/70
BR, MG, Juíz de Fora
Baccharis schultzii
RB: 157380
Harley, R.M.
jan/71
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Pico do Itacolomi
Baccharis schultzii
BHCB: 53486
Lombardi, J. A.
ago/00
H. Robinson/2001
BR, MG, Maria
na
Baccharis schulzii
OUPR: 4935
Badini, J.
ago/83
J. Badini / 1983
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cachorro
Baccharis semisserata
RB: 162915
Irwin, H.S.
jan/71
G.M. Barroso /1978
BR, MG, Ouro Preto: Serra do caraça
Baccharis semisserata
RB: 184378
Carvalh
o, L.F.
set/78
G.M. Barroso/ 1979
BR, MG, Poços de Caldas
Baccharis serrulata
RB: 197752
Pruski, J.
1987
G.M. Barroso/1990
BR, MG, Ibitipoca
Baccharis serrulata
RB: 384474
Pifano, D.S.
dez/01
R.L. Esteves/2004
BR, MG, Descoberto
Baccharis serrulata
BHCB
: 45010
Lombardi, J. A.
fev/99
R.A.X. Borges/2007
BR, MG, Serra do Cipó
Baccharis subdentata
RB: 56934
Damazio, L.
jun/56
Teodoro/ 1956
BR, MG, Ouro Preto
Baccharis subdentata
RB: 75051
Mello-
Barreto
jul/40
Mello-
Barreto/1940
BR, MG, Belo Horizonte: Serr
a Mutuca
Baccharis subdentata
BHCB: 47269
Lombardi, J. A.
mai/99
H. Robinson/2000
BR, MG, Itabirito: Pico do Itabirito
Baccharis tridentata
OUPR: 4909
Badini, J.
jun/74
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Baccharis tridentata
RB: 211626
Salga
do, O.A.
ago/81
G. M. Barroso/1981
BR, MG, Sacramento
Baccharis trimera
OUPR: 2279
Badini, J.
set/73
J. Badini / 1973
BR, MG, Mariana: Base do Itacolomi
Baccharis trimera
RB: 253803
Irwin, H.S.
nov/71
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto Serra do Caraça
Bacc
haris trinervis
OUPR: 4915
Badini, J.
1974
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Baccharis trinervis
RB: 151306
Krieger, P.L.
set/70
G.M. Barroso
BR, MG, Entre Rios de Minas
Baccharis vernonoides
OUPR: 1875
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa /
1972
BR, MG, Ouro Preto: Meio do Itacolomi
Baccharis vernonoides
RB: 180870
Hatschbach, G
fev/73
G. Hatschbach/1973
BR, MG, Jaboticatuba: Serra do Cipó
328
Baccharis vernonoides
RB: 201210
Lima, H.C.
ago/80
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Fazenda do Manso
Bacharis punctulata
BHCB: 14494
Andrade, P.
out/86
A.M. Teles/2005
BR, MG, Ibitipoca
Bidens rubifolius
OUPR: 5077
Badini, J.
abr/73
J. Badini / 1973
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Bidens segetum
RB: 219425
Pinto, G.C.P.
mai/82
G.M. Barroso
BR, MG
, Conceição do Mato Dentro
Bidens segetum
BHCB: 99421
Salino, A.
abr/05
A.M. Teles/2006
BR, MG, Nova Lima
Calea clausseniana
BHCB: 44753
Pompeu, M.
out/98
J.Nakajima/2000
BR, MG, Nova Lima
Calea fruticulosa
RB: 90734
Pereira, E.
jun/55
J. Pruski/1987
BR
, MG, Diamantina
Calea rotundifolia
BHCB: 37569
Stehmann, J.R.
fev/94
BR, MG, Ouro Preto: Lavras Novas
Chaptalia graminifolia
RB: 122525
Reitz & Klein
out/60
N. Roque /1993
BR, SC, São Francisco do Sul
Chaptalia martii
BHCB: 55707
Ule, E.
fev/1892
A.M.
Teles / 2004
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Chaptalia nutans
RB: 197949
Soares Nunes
mar/79
Soares Nunes/1980
BR, MG, Passa Quatro
Chevreulia acuminata
OUPR: 16250
Messias, M.C.
nov/02
M.C. Messias/2002
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cruzeiro
Chevreulia ac
uminata
RB: 81151
Rizzini
nov/52
G.M. Barroso
BR, Serra dos Órgãos
Clibadium armanii
RB: 190643
Soares Nunes
jun/79
Soares Nunes/1980
BR, MG, Passa Quatro
Conyza bonariensis
RB: 77396
Heringer, E.
jan/52
J.B. Marshall/ 1984
BR, MG, Coronel Pacheco
Conyz
a canadensis
RB: 233944
Harley, R.M.
jan/77
C. Jeffrey/ 1978
BR, BA, Porto Seguro
Conyza primulaefolia
RB: 144857
Irwin, H.S.
fev/69
G.M. Barroso/1969
BR, MG, Montes Claro
Conyza primulaefolia
RB: 61706
Duarte, A.T.
jan/48
R.L.Esteves/2006
BR, MG, Hermin
io Alves
Conyza sumatrensis
RB: 160448
Anderson, W.
fev/72
J.B. Marshall/ 1986
BR, MG, Diamantina
Conyza sumatresis
RB: 57012
Damazio, L.
1986
J. B. Marshall/1986
BR, MG, Ouro Preto
Daasyphyllum flagelare
BHCB: 270
Schwacke
mar/05
N. Roque/94
BR, MG, Ou
ro Preto
Dasyphyllum candolleanum
RB:
201561
Lima, H.C.
ago/80
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Camarinhas
Dasyphyllum candolleanum
RB: 76677
Lima, D.A.
jan/49
A.L. Cabrera/1973
BR, CE, Serra do Araripe
Dasyphyllum candolleanum
BHCB: 110632
Teles, A. M.
jul/07
A.M. Teles/2007
BR, MG, Ouro Preto: Saramenha
Dasyphyllum fodinarum
OUPR: 5152
Badini, J.
mai/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Preto: Alto do Itacolomi
Dasyphyllum fodinarum
OUPR: 5137
Badini, J.
mai/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Preto: Itacol
omi
Dasyphyllum fodinarum
RB: 56997
Damazio, L.
A.L. Cabrera/1973
BR, MG, Ouro Preto
Dasyphyllum sprengelianum
OUPR: 2139
Badini, J.
ago/71
J. Badini / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Dasyphyllum sprengelianum
RB: 97296
Henriger, E.P.
ago/56
N. Roque/ 1994
BR, MG, Serra do Cipó
Dasyphyllum sprengelianum
RB: 190690
Mautone, L.
mai/79
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto
Dasyphyllum sprengelianum
BHCB:3994
Grandi, T.S.M.
jun/82
N. Roque/1995
BR, MG, Ouro Preto: Cach. das Andorinhas
Dasyphyllum to
mentosa
OUPR: 5151
Badini, J.
jun/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Preto: Alto do Itacolomi
Eclipta alba
OUPR: 14333
Badini, J.
mai/73
J. Badini / 1976
BR, MG, Ouro Preto:Base do Itacolomi
329
Elephanthopus mollis
OUPR: 14353
Badini, J.
1969
M.A. Zurlo / 19
69
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Elephantopus mollis
RB: 145361
Irwin, H.S.
dez/69
J. Clonts/1972
BR, MG, Montes Claro
Elephantopus mollis
RB: 157394
Irwin, H.S.
jan/71
J. Clonts/1972
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Erechtites hieracifolia
OUPR: 14372
Bad
ini, J.
fev/79
J. Badini / 1979
BR, mG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Erechtites hieracifolia
RB: 163901
Irwin, H.S.
jan/69
G.M. Barroso
BR, MG, Diamantina
Erechtites valerianifolia
OUPR: 14380
Badini, J.
jun/76
J. Badini / 1976
BR, MG, Ouro Preto: Base
do Itacolomi
Erechtites valerianifolia
RB: 70362
Krieger, P.L.
fev/49
G.M. Barroso
BR, MG, Juiz de Fora
Erechtites valerianifolia
BHCB: 105348
Mota, R.C.
fev/07
R.C. Mota/2007
BR. MG, Mariana: Minas de Alegria
Eremanthus erythropappus
RB: 70412
Brade
ju
l/50
N. Macleish
BR, MG, São Tomé das Letras
Eremanthus erythropappus
RB: 201638
Semir, J.
jul/77
N. Macleish/1982
BR, MG, Serra do Cipó
Eremanthus incanus
OUPR: 16945
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preteo: Alto do Itacolomi
Eremanthus in
canus
RB: 136317
Duarte, A.T.
ago/67
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto/Ponte Nova
Eremanthus incanus
RB: 343482
Ferreira, V.
out/80
N. MacLeish/1982
BR, MG, Diamantina
Erigeron maximus
OUPR: 16929
Peron, M.
abr/86
J. Badini / 1986
BR, MG, Ouro Preto: Itaco
lomi
Erigeron maximus
RB: 48071
Heringer, E.
jan/41
O.T. Solbrig/1962
BR, MG, Coronel Pacheco
Erigeron maximus
RB: 59694
Romariz, D.
fev/47
G.M. Barroso
BR, MG, Diamantina
Eupatorium adamantinum
OUPR: 14302
Badini, J.
jul/42
J. Badini / 1942
BR, MG, Our
o Preto: Itacolomi
Eupatorium adamantinum
OUPR: 14308
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Eupatorium adamantinum
RB: 275400
Peron, M.
mar/87
R.L. Esteves/2002
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Eupatorium amphydictyum
OU
PR: 14328
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Mariana: Itacolomi
Eupatorium amphydictyum
OUPR: 14339
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1941
BR, MG,Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Eupatorium amygdalinum
OUPR: 16892
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1972
BR, M
G, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Eupatorium amygdalinum
OUPR: 16897
Badini, J.
ago/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Preto: Fazenda do Manso
Eupatorium amygdalinum
OUPR: 16899
Badini, J.
set/82
J. Badini / 1982
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Eupatorium a
mygdalinum
RB: 129215
Leoncini, O.
fev/65
G.M. Barroso/ 1964
BR, MG,Poços de Caldas: Morro Ferro
Eupatorium amygdalinum
RB: 118022
Duarte, A.T.
out/63
G.M. Barroso/ 1964
BR, MG, Serra do Cipó: Chapeu do Sol
Eupatorium amygdalinum
RB: 56515
Damazio, L.
1987
G.M. Barroso
BR, MG, Paraopeba: Faz. Vagem Grande
Eupatorium amygdalinum
BHCB: 6916
Grandi, T.S.M.
out/85
A.M. Teles/2005
BR, MG, Serra da Moeda
Eupatorium angulicaule
BHCB:11942
Costa, L.V.
jan/98
H. Robinson/1999
BR, MG, Itamarati de Minas
Eupatori
um ascendens
OUPR: 18567
Badini, J.
abr/81
J. Badini / 1981
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Eupatorium barbacensis
RB: 98048
Pereira, E.
abr/57
G.M. Barroso/1957
BR, MG, Ouro Preto: Serra da Caraça
Eupatorium barbacensis
RB: 144068
Sucre, D.
mai/70
R.L. Es
teves/2002
BR, MG, Serra do Ibitipoca
Eupatorium betonicaeformis
RB: 254698
Irwin, H.S.
jan/71
R.L.Esteves/2006
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
330
Eupatorium candolleanum
RB: 362255
Zardini
nov/93
H.Robinson/1999
BR, MG, Belo Horizonte
Eupatorium cando
lleanum
BHCB: 75899
Oliveira, A.M.
dez/02
H. Robinson/2003
BR, MG, Barão de Cocais
Eupatorium chaseae
BHCB: 59978
Hatschbach, G
mai/00
H. Robinson/2000
BR, GO, Catalão
Eupatorium cylindrocephalum
BHCB: 55931
Mello-
Barreto
abr/40
H. Robinson/2000
BR, MG,
Belo Horizonte
Eupatorium decumbens
OUPR: 13863
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Eupatorium decumbens
RB: 168779
Sucre, D.
mai/70
G.M. Barroso
BR, MG, Serra do Ibitipoca
Eupatorium decumbens
RB: 206959
Fontella
jun/78
G.M.
Barroso/1978
BR, MG, Itabirito: Pico do Itabirito
Eupatorium decumbens
BHCB: 12654
Medeiros, J.C.
mai/88
A.M. Teles/2005
BR, MG, Ouro Branco
Eupatorium gaudichaudianum
RB: 163258
Irwin, H.S.
jan/71
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Barão de Cocais
Eupatorium ha
milifolium
RB: 253035
Kirkbride, J.
fev/82
H. Robinson/1983
BR, DF, Gama
Eupatorium hamilifolium
RB: 56303
Damazio, L.
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Ouro Preto
Eupatorium intermedium
RB: 93160
Roth, L.
abr/55
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Serra do Curral
Eupat
orium intermedium
RB: 145108
Zurlo, M.A.
1969
M. Zurlo
BR, MG, Ouro Preto: Falcão
Eupatorium inulaefolium
BHCB: 39343
Costa, L.V.
mai/97
H.Robinson/1998
BR, MG, Caeté
Eupatorium itacolumiensis
OUPR: 14515
Badini, J.
ago/75
M. Lisboa / 1975
BR, MG, Ouro P
reto: Morro do Cachorro
Eupatorium kleinioides
RB: 343581
Walker, R.
jul/89
J.N. Nakajima/2005
BR, MG, Tiradentes: Serra de São José
Eupatorium kleinioides
RB: 117833
Heringer, E.P.
mar/56
R. L. Esteves/2006
BR, MG, Paraopeba
Eupatorium kleinioides
RB:
340139
Teixeiras, W.
abr/94
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Itabirito: Pico do Itabirito
Eupatorium laevigatum
OUPR: 18318
Badini, J.
abr/73
J. Badini / 1973
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Eupatorium laevigatum
RB: 57022
Damazio, L.
out/47
G.M. Barroso
BR. MG, Ouro Preto
Eupatorium maximilianum
OUPR: 18517
Badini, J.
1969
G.M.Barroso/1969
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Eupatorium multiflosculosum
BHCB: 31915
Lombardi, J. A.
jun/96
H. Robinson/1996
BR, MG, Caetá: Serra da Piedade
Eupatorium pauciflorum
RB: 246010
Harley, R.M.
mar/77
C. Jeffrey/ 1978
BR, BA, Milagres: Mor. de N.S. dos Milagres
Eupatorium pedale
OUPR: 18430
Badini, J.
mai/75
M. Lisboa / 1975
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Eupatorium pedale
RB: 340118
Teixeiras, W.
mar/94
R.L. Est
eves/2006
BR, MG, Ibitipoca
Eupatorium pedale
RB:98120
Pereira, E.
mar/57
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Eupatorium pumilum
RB: 343579
Carvalho, A.
jul/89
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Serra de São José
Eupatorium pumilum
RB: 362358
C
arvalho, A.
jul/78
R.L.Esteves/2006
BR, MG, Ouro Preto: Pico do Itacolomi
Eupatorium squalidum
OUPR: 19518
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Eupatorium squalidum
BHCB: 55937
Badini, J.
jun/41
H. Robinson/2000
BR, MG,
Ouro Preto
Eupatorium stachyophyllum
RB: 39689
Mello-
Barreto
nov/38
R.L.Esteves/2006
BR, MG, Montes Claro
Eupatorium stachyophyllum
RB: 145109
R.L.Esteves
mar/69
R.L.Esteves/2006
BR, MG, Ouro Preto
Eupatorium vauthierianum
OUPR: 14560
Badini, J.
ago/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Planalto do Itacolomi
331
Eupatorium vauthierianum
RB: 93175
Roth, L.
ago/55
R.L.Esteves/2006
BR, MG, Belo Horizonte: Serra do Curral
Eupatorium vauthierianum
RB: 57041
Damazio, L.
mai/09
R.L. Esteves/2006
BR, MG, Ouro P
reto: Saramenha
Eupatorium velutinum
RB: 129260
Emmerich, M.
set/64
R.L. Esteves/ 2006
BR, MH, Poços de Caldas: Morro ferro
Eupatorium velutinum
RB: 71504
Magalhães, M
out/44
R.L. Esteves / 2006
BR, MG, Ouro Preto: Serra das Camarinhas
Eupatorium veluti
num
BHCB: 75073
Stehmann, J.R.
set/02
BR, MG, Camanducaia
Eupatorium xylorhizum
BHCB: 83953
Pirani, J.R.
mar/91
R.L. Esteves/2000
BR, MG, Santana do Riacho
Gamochaeta americana
RB: 188453
Soares Nunes
fev/79
Soares Nunes/1979
BR, MG, Passa Quatro
Gnaph
alium cheiranthifolium
OUPR:14961
Godoy, J.
fev/30
J. Godoy / 1930
BR, MG, Ouro Preto: Campos do Itacolomi
Gnaphalium cheiranthifolium
RB: 157399
Irwin, H.S.
fev/71
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Gnaphalium cheiranthifolium
RB: 102411
P
ires, J.M.
jan/51
G.M. Barroso/1958
BR, MG, Ouro Preto
Gochnatia paniculata
OUPR: 14900
Badini, J.
1941
N. Roque / 1997
BR, MG, Ouro Preto: Fazenda do Manso
Gochnatia paniculata
RB: 151010
Krieger, P.L.
ago/93
N. Roque/1993
BR, MG, Serra do Ibitipoca
Go
chnatia paniculata
RB: 194059
Ferreira, V.
mai/79
N. Roque/1994
BR, MG, Grão Mogol
Gochnatia polymorpha
RB: 131458
Castellanos, A.
set/63
G. M. Barroso
BR, MG, Montes Claros
Hoehnephyton trixoides
RB: 129304
Duarte, A.T.
set/65
G.M. Barroso/1965
BR, MG,
Diamantina
Hoehnephyton trixoides
RB: 145112
Zurlo, M.A.
1969
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Falcão
Hoehnephytum trixoides
OUPR: 14905
Badini, J.
out/72
J. Badini / 1976
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Hypochaeris brasiliensis
OUPR:14940
Badini
, J.
jun/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Preto: Alto do Itacolomi
Inulopsis scaposa
OUPR: 4644
Peron, M.
abr/86
J. Badini / 1986
BR, MG, Ouro Preto: Campos do Itacolomi
Inulopsis scaposa
RB: 414737
Ribas, O
fev/03
H. Robinson/1983
BR, PR. Ponta Grossa
Jaegria hirta
OUPR: 2298
Badini, J.
jun/76
J. Badini / 1976
BR. MG, Ouro Preto: Fazenda do Manso
Lychnophora ericoides
RB: 130594
Duarte, A.T.
mar/66
G.M. Barroso/1966
BR, MG, Diamantina
Lychnophora ericoides
RB: 184792
Braga, P.
abr/73
Soares Nunes/1979
BR, MG, Serra do Cipó
Lychnophora pinaster
RB: 394939
Cordeiro, I.
jan/86
J. Semir/1989
BR, MG, Lavras Novas
Melampodium divaricatum
RB: 335215
Silva, M.A.
ago/88
M. Magenta
BR, MG, Sabará
Mikania candolleana
OUPR: 14608
Badini, J.
set/72
J. Badini / 1
972
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Mikania candolleana
RB: 119682
Heringer, E.P.
G.M. Barroso
BR, MG, Paraopeba
Mikania glauca
RB: 98142
Pereira, E.
abr/57
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Branco
Mikania glauca
RB: 248020
Anderson, W.
abr/73
H. Robinso
n/1978
BR, MG, Diamantina
Mikania hirsutissima
RB: 190671
Mautone, L.
mar/79
M.R. Ritter/2000
BR, MG, Ouro Preto: Cach. das Andorinhas
Mikania hirsutissima
RB: 98143
Pereira, E.
mar/57
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Mikania lasiandrae
RB: 98
140
Pereira, E.
fev/57
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Caraça
Mikania microphylla
OUPR: 14652
Godoy, J.
1931
J. Godoy / 1931
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
332
Mikania nummularia
OUPR: 9038
Souza, H.C.
ago/00
R.E. Nogueira /2000
BR, MG, Ouro Preto: Campos do
Itacolomi
Mikania nummularia
RB: 201578
Lima, H.C.
ago/80
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Chapada
Mikania nummularia
RB: 129244
Leoncini, O.
ago/64
G.M. Barroso
BR, MG, Pocos de Caldas
Mikania obtusata
OUPR: 14576
Badini, J.
1941
J. Badini/ 1941
BR, M
G, Ouro Preto: Campo do Itacolomi
Mikania parvifolia
OUPR: 14784
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Meio do Itacolomi
Mikania phaeoclados
RB: 366365
Teixeiras, W.
jun/94
G.M. Barroso
BR, MG, Itabirito: Pico do Itabirito
Mikania seric
ea
RB: 303835
Marquete, R
jun/93
R.L. Esteves/2005
BR, RJ, Paraty
Mikania sessilifolia
OUPR: 14789
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Campos do Itacolomi
Mikania sessilifolia
RB: 119845
Kuhlmann, M.
jun/50
G.M. Barroso/1963
BR, MG, Delf
im: São Francisco do campo
Mikania vismifolia
OUPR: 15046
Badini, J.
mai/72
J. Badini / 1976
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cachorro
Mikania vismifolia
OUPR: 15042
Lisboa, M.
set/76
M. Lisboa / 1976
BR, MG, Ouro Preto: Morro do Cachorro
Mikania warmingii
RB: 98035
Pereira, E.
abr/57
G.M. Barroso
BR, MG, Serra da Moeda
Mutisia speciosa
RB: 187849
Soares Nunes
1979
Soares Nunes/1979
BR, MG, Passa Quatro: Pinheirinhos
Orthopappus angustifolius
OUPR: 14340
Badini, J.
abr/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Pret
o: Base do Itacolomi
Orthopappus angustifolius
RB: 229007
Shepherd, G.
dez/76
J. Pruski/1987
BR, MT, Rodovia Miranda a Campão
Piptocarpha axillares
RB: 45921
Brade, A.C.
set/41
G.M. Barroso
BR, MG, Serra do Caparaó
Piptocarpha axillares
RB: 129131
Becke
r, J.
jun/64
G.M.Barroso
BR, MG, Poços de Caldas: Morro Ferro
Piptocarpha axillaris
OUPR: 16044
Badini, J.
ago/75
M. Lisboa / 1975
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Piptolepis ericoides
OUPR: 16058
Badini, J.
jun/69
M.A. Zurlo / 1969
BR. MG, Ouro Pre
to: Campos do Itacolomi
Piptolepis ericoides
RB: 126363
Duarte, A.T.
jan/65
G.M. Barroso
BR. MG, Serra da Cipó
Piptolepis ericoides
RB: 57109
Damazio, L.
L. Damazio
BR, MG, Ouro Preto: Campos do Itacolomi
Pluchea oblogifolia
OUPR: 16065
Badini, J.
1971
J. Badini / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Pluchea oblogifolia
RB: 160481
Anderson, W.
fev/72
G.M. Barroso
BR, MG, Serra do Cipó
Pluchea oblogifolia
RB: 98059
Pereira, E.
abr/57
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Pluchea sagitallis
OUPR: 16061
Rassis, A.
abr/86
A. Kassis / 1986
BR, MG, Ouro Preto: Estrada do Itacolomi
Pluchea sagitallis
OUPR: 16064
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Base so Itacolomi
Pterocaulon alopecuroides
OUPR: 15097
Badini, J.
1941
J. Badin
i / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Pterocaulon alopecuroides
RB: 187850
Soares Nunes
jan/79
Soares Nunes
BR, MG, Passa Quatro: Parque das águas
Richterago amplexifolia
RB: 151165
Krieger, P.L.
set/70
N. Roque/1999
BR, MG, Serra do Ibitipoca
Richtera
go amplexifolia
RB:160464
Anderson, W.
fev/72
N. Roque/1999
BR, MG, Pico do Itambé
Richterago anplexifolia
OUPR: 15106
Badini, J.
1938
N. Roque / 1999
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Richterago discoidea
RB: 363265
Harley, R.M.
out/88
N. Roque/199
9
BR, MG, Diamantina
Richterago discoidea
RB: 39680
Markgraf
nov/38
N. Roque/1999
BR, MG, Serra de Grão Mogol
333
Richterago polymorpha
RB: 57135
Damazio, L.
N. Roque/1999
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Richterago polymorpha
RB: 275382
Peron, M.
jan/87
N. R
oque/1999
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Richterago radiata
OUPR: 12419
Badini, J.
jan/72
N. Roque / 1997
BR, MG, Lavras Novas
Richterago radiata
OUPR: 12414
Lisboa, M.
1957
N. Roque / 1997
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Richterago radiata
RB: 73
627
Macedo, A.
dez/50
N. Roque/1999
BR, MG, Ouro Preto: Lavras Novas
Richterago radiata
RB: 363301
Sano, P.T.
fev/98
R.L. Esteves/2005
BR, MG, Santana do Riacho
Richterago radiata
BHCB:8226
Grandi, T.S.M.
fev/87
N. Roque/1993
BR, MG, Ouro Preto: Itacolom
i
Senecio adamantinus
RB: 144886
Irwin, H.S.
jan/69
G.M. Barroso
BR, MG, Diamantina
Senecio adamantinus
RB: 145119
Zurlo, M.A.
nov/69
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Falcão
Senecio brasiliensis
RB: 78988 Macêdo
set/52
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: S
aramenha
Senecio brasiliensis
RB: 90706
Pereira, E.
jun/55
G.M. Barroso
BR, MG, Diamantina: Rio Prata
Senecio pellucidinervis
OUPR: 15109
Lisboa, M.
ago/72
J. Badini / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Senecio pohlii
OUPR: 16152
Lisboa, M.
fev/71
M. Li
sboa / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Senecio pohlii
RB: 98149
Pereira, E.
mar/57
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Sonchus asper
OUPR: 16211
Badini, J.
nov/73
M. Lisboa / 1973
BR, MG, Ouro Preto: Fazenda do Manso
Stenocline c
hionaea
OUPR: 16191
Badini, J.
out/71
J. Badini / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Stenocline chionaea
RB: 21960
Mello-
Barreto
ago/37
G. M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Ato do Caboclo
Stenocline chionaea
RB: 98150
Pereira, E.
mar/57
G.M. Barro
so
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Stevia clausseni
RB: 363278
Plowman, T
abr/80
M. O. Dillon
BR, RJ, Petropolis
Symphyopappus compressus
RB: 73624 Macêdo
jan/51
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Saramenha
Symphyopappus polystachyus
OUPR: 18393
Badin
i, J.
jan/72
J. Badini / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Symphyopappus reticulatus
OUPR: 18283
Badini, J.
1941
J. Badini / 1941
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
-
Baú
Symphyopappus reticulatus
RB: 162953
Irwin, H.S.
jan/71
G.M. Barroso
BR, MG, O
uro Preto: Serra da Caraça
Symphyopappus reticulatus
RB: 257349
Semir, J.
fev/72
H.F. Leitão
-
Filho
BR, MG, Diamantina
Symphyopappus reticulatus
RB: 145124
Zurlo, M.A.
1969
J.N. Nakajima/1998
BR, MG, Ouro Preto: Morro de São João
Trichogonia hirtiflora
O
UPR: 17207
Badini, J.
abr/74
M. Peron / 1988
BR, MG, Ouro Preto: Campo do Itacolomi
Trichogonia salviaefolia
RB: 58556
Duarte, A.T.
dez/46
G.M. Barroso
BR, MG, Ressaquinha
Trichogonia villosa
RB: 163858
Irwin, H.S.
jan/71
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto:
Pico do Itacolomi
Trichogonia villosa
RB: 207087
Martinelli, G.
abr/78
D.J. Hind/1992
BR, MG, Ouro Preto: Pico do Itacolomi
Trichogonia villosa var. multiflora
RB: 73631 Macêdo
dez/50
G. M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Lavras Novas
Trixis brasiliensis
R
B: 366271
Teixeiras, W.
set/93
G.M. Barroso
BR, MG, Itabirito: Pico do Itabirito
Trixis lessingi
RB: 145125
Zurlo, M.A.
1969
G. M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Falcão
Trixis lessingi
RB: 56537
Damazio, L.
dez/05
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
334
Trixis nobilis
RB: 362412
Azevedo, M
abr/88
R.L.Esteves/2005
BR, DF, Res. Ecológica do IBGE
Trixis verbaciformis
OUPR: 15255
Badini, J.
1941
J. Badini / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Itacolomi
Vernonia brevifolia
OUPR: 22783
Badini, J.
fev/76
J. Bad
ini / 1976
BR, MG, Mariana: Serrinha
Vernonia cognata
OUPR: 3107
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1972
Br, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia cognata
RB: 260242
Irwin, H.S.
jan/69
G.M. Barroso
BR, MG, Diamantina
Vernonia cotoneaster
OUPR: 20741
Lis
boa, M.
mar/73
M. Lisboa / 1973
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia cotoneaster
RB: 95850
Leitão
-
Filho, H
set/74
H. Leitão
-
Filho
BR, SP, Campinas
Vernonia crotonoides
OUPR: 10559
Neves, A.B.
1900
M.Lisboa / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Serra do It
acolomi
Vernonia cuneifolia
RB: 96539 Macêdo
jul/56
J.G. Stutts/1984
BR, MG, Uberlândia
Vernonia discolor
OUPR: 20148
Badini, J.
ago/72
J. Badini / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia discolor
OUPR: 21175
Badini, J.
set/73
J. Badini / 19
73
BR, MG, Ouro Preto: Fazenda do Manso
Vernonia discolor
RB: 45914
Brade, A.C.
set/41
G.M. Barroso/1947
BR, MG, Caparaó
Vernonia fruticulosa
RB: 268955
Smith, G.L.
dez/79
G.M. Barroso/1979
BR, MG, Diamantina
Vernonia fruticulosa
RB: 190703
Mautone, L.
mai/79
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Cach. Das andorinhas
Vernonia fruticulosa
VIC: 17841
Silva, A.F.
mar/97
R.L.Esteves
BR, ES, SETIBA
Vernonia herbacea
VIC: 17210
Silva, A.F.
ago/90
A.M.Teles / 2005
BR, MG, Congonhas
Vernonia herbacea
BHCB: 17337
M
wykrota, J.
nov/87
A.M. Teles/2005
BR, MG, Serra da Moeda
Vernonia holosericea
OUPR: 3109
Lisboa, M.
ago/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia holosericea
OUPR: 21757
Badini, J.
jul/74
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Mor
ro do Cachorro
Vernonia holosericea
RB: 56526
Damazio, L.
G. M. Barroro
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Vernonia holosericea
RB: 201237
Lima, H.C.
ago/80
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Três Moinhos
Vernonia holosericea
VIC: 30294
De Paula, C.C.
j
un/02
V.L. Rivera
BR, MG, Ouro Branco: Serra de Ouro Branco
Vernonia lilacina
OUPR: 3019
Lisboa, M.
abr/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia megapotamica
OUPR: 3919
Lisboa, M.
jun/74
J. Badini / 1974
BR, MG, Ouro Preto: Morr
o do Cachorro
Vernonia megapotamica
RB: 163222
Badini, J.
jan/73
J. Badini
BR, MG, Ouro Preto: Serra da Moeda
Vernonia megapotamica
RB: 118040
Duarte, A.T.
fev/63
G. M. Barroso
BR, MG, Serra do Cipó
Vernonia megapotamica
VIC: 30299
De Paula, C.C.
dez/02
V.L. Rivera
BR, MG, Ouro Branco: Serra de Ouro Branco
Vernonia mucronulata
VIC: 28968
Satori, M.A.
ago/03
M. Demateis/2007
BR, MG, Congonhas
Vernonia pedunculata
OUPR: 3189
Badini, J.
1972
J. Badini / 1975
BR, MG, Ouro Preto: Alto do Itacolomi
Vernonia
pedunculata
VIC: 14581
Valente, G.
jul/95
M. Demateis/2007
BR, MG, São Tomé das Letras
Vernonia polyanthes
RB: 77438
Heringer, E.P.
jan/52
G.M. Barroso
BR, MG, Coronel Pacheco
Vernonia polyanthes
RB: 97745
Roth, L.
jun/56
G.M. Barroso
BR, MG, Belo Horiz
onte: Serra do Curral
Vernonia polyanthes
VIC: 30298
De Paula, C.C.
jul/02
V.L. Rivera
BR, MG, Ouro Branco: Serra de Ouro Branco
335
Vernonia psilophylla
OUPR: 25126
Badini, J.
jun/79
J. Badini / 1979
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia psilophyl
la
VIC: 8299
Moura & Vieira
jul/83
J. Badini
BR, MG, Ouro Preto: Itacolomi
Vernonia remotiflora
RB: 93246
Roth, L.
abr/55
S.B. Jones/1979
BR, MR, Belo Horizonte: Serra do Curral
Vernonia scorpioides
OUPR: 2815
Lisboa, M.
abr/74
M. Lisboa / 1974
BR, MG, O
uro Preto: Estrada do Itacolomi
Vernonia scorpioides
RB: 275844
Leoni, L.S.
jun/88
G.M. Barroso
BR, MG, Carangola
Vernonia tomentella
OUPR: 2894
Lisboa, M.
jul/72
M. Lisboa / 1972
BR, MG, Ouro Preto: Base do Itacolomi
Vernonia vepretorum
RB: 185634
Cruz
, N.D.
nov/77
G.M. Barroso/1984
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Vernonia westiniana
OUPR: 2948
Lisboa, M.
mar/71
M. Lisboa / 1971
BR, MG, Ouro Preto: Estrada do Itacolomi
Vernonia westiniana
RB: 362339
Irwin, H.S.
jan/71
G.M. Barroso
BR, MG, Belo Hor
izonte:Antônio dos Santos
Vernonia westiniana
RB: 158210
Irwin, H.S.
jan/71
G.M. Barroso
BR, MG, Ouro Preto: Serra do Caraça
Vernonia wetiniana
VIC: 30715
De Paula, C.C.
dez/02
J.N. Nakajima/2005
BR, MG, Serra de Ouro Branco
336
Tabela
II: Distribuição geográfica dos táxons ocorrentes no Parque Estadual do Itacolomi, MG, Brasil
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
A. fastigiatum
x x x x x
A. satureoides
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
América do Sul
Acanthospermum australe
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
USA a AR
Achyrocline alata
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
América do Sul
Ageratum conyzoides
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Pantropical
Aspilia caudata
x
Baccharidastrum triplinerium
x x x
PA,UR,AR
Baccharis aphylla
x x x
B. b
rachylaenoides
x x x x x x x
AR
B. brevifolia
x x x x x x
B. calvescens
x x x x x x x x
B. dracunculifolia
x x x x x x
AR,B,PA, UR
B. gaudicha
udiana
x x x x
AR
B. helichrysoides
x x x x x
AR
B. hirta
x x x x
B. illinita
x x x x x
B. medullosa
x x x x x x x x x
PA, UR, AR
B. myriocephala
x x x x x x x x
B. pentziifolia
x x x x
B. platypoda
x x x x x
B. pseudomyriocephala
x x x x
B. punctulata
x x x x x x
AR, PA, UR
B. ramosissima
x x
B. reticularia
x x x x x
B. retusa
x x x
337
Su
deste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
B. sagittalis
x x x x
B. schultzii
x x x
B. semiserrata var. elaeagnoides
x x x x x x
AR
B. serrulata
x x x x x x
B. subdentata
x x x x x
B. tarchonanthoides
x x x x
B. tridentata
x x x x x
AR, PA
B. trimera
x x x x x x
AR, B, PA, UR
B. trinervis
x x x x x x x x
AC
AR
B. varians
x x x x x x x x x x
AC
B. vernonioides
x x
Bidens pilosa
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Pantropical
B. segetum
x x x
P,B, CR
Calea clausseniana
x
C. rotundifolia
x
Chaptalia graminifolia
x x x
C. integerrima
x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Neotrópicos
C. martii
x
C. nutans
x x x x x x x x x x x
PA
Neotrópicos
Chevr
eulia acuminata
x x x
América do Sul
Clibadium armanii
x x x x
Conyza bonariensis
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AM
C. canadensis
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AM
C
.primulaefolia
x x x x x
América do Sul
C. sumatrensis
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AM
Dasyphyllum candolleanum
x x x x
D. flagellare
x x x x
D. fodinarum
x
D. sprengelianum var. inerme
x x x
338
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
D. spre
ngelianum var.
sprengelianum
x x x x
Dendrophorbium pellucidinerve
x x x
Eclipta prostata
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Cosmopolita
Elephantopus mollis
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Pantropical
Emilia forbergii
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AS, Natural.
Erechtites hieracifoia
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AM, AS e IND
E. valerianifolia
x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AM, AS e AU
Erema
nthus erythropappus
x x x x
E. glomerulatus
x x x x
E. incanus
x x
Erigeron maximus
x x x x x
AR
Eupatorium adamanti
um
x x x x x
E. adenolepis
x
E. amphidictyum
x
E. amygdalinum
x x x x x x x x x x x x
E. angulicaule
x x
E. angusticeps
x x
E. barbacensis
x
E. bupleurifolium
x x x x x x
B,PA,UR
E. chasea
x x x x
RO
E. congestum
x x x x x
E. cylindrocephalum
x x
E. decumbens
x x
E. dendroides
x x x x x x x
UR, AR
E. halimifolium
x x x
E. hispidulum
x x x x
E. intermedium
x x x x x x x
E. inulaefolium
x x x x x x x x x x x x x
Neotrópicos
E. jaraguensis
x x
339
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
E. kleinioides
x
AR
E. laevigatum
x x x x x x x x x x x x x x
Neotrópicos
E. latisquamulosum
x x x x x
AR, UR
E. multiflosculosum
x
E. organense
x
E. pauciflorum
x x x x x x x x x
América do Sul
E. pedale
x x x x
E. perforatum
x
E. pumilum
x x
E. purpurecens
x x x x
PA, AR
E. semiamp
lexifolium
x
E. silphiifolium
x x x x x x x x x x x
E. squalidum DC.
x x x x x x x x x x
PA,RO
América do Sul
E. stachyophyllum
x x x x x x
América
do Sul
E. subvelutinum
x x x x
AR
E. thysanolepis
x x
E. valerianifolia
x x x x x x x x x x x x x x x x x x
não
AM, AS e AU
E. vauthierianum
x x x x x x x x x
E. velutinum
x x x x
E. vindex
x
E. xylorhizum
x x x x
Galinsoga parviflora
x x x x x x x x x x x
América do Sul
Gamochae
ta americana
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Pantropical
G. purpurea
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
AM
Gnaphalium cheiranthifolium
x x x
AR,UR, C
Gochnatia densicephala
x x x
G. polymorpha
x x x x x x x x x x
AR
G. pulchra
x x x
Hoehnephyton trixoides
x x
Hololepis pedunculata
x
340
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAX
ONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
Hypochaeris brasiliensis
x x x x x x x
AR,UR,PA
H. gardneri
x x x
Inulopsis
scaposa
x x x
Jaegeria hirta
x x x x x x x x x
neotrópicos
Lucilia linearifolia
x x x x x
L. lycopodioides
x x x x x x
Lychynophora
ericoides
x x
L. pinaster
x
L. reticulata
x
Melampodium divaricatum
x x x x x x x x x x x x x x
Mikania argyreae
x x x x
M. badiniana (sp.nov.)
x
M. candolleana
x x
M. clematidifolia
x x
M. glauca
x
M. hirsutirssima
x x x x x x
AR, PA
M. lindbergii
x x x x x
M. microcephala
x x x x
M. microdonta
x x x x
M. microphylla
x x
M. nummularia
x x x x
M. obtusata
x x
M. officinalis
x x x x x x x
M. parvifolia
x
M. phaeoclados
x x
M. ramosissima
x
M. schenkii
x
M. sericea
x x x x x x
M.
sessilifolia
x x x x x x x
M. testudinaria
x x
341
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
M. vismiaefolia
x
M. warmingii
x x x
Mutisia speciosa
x x x x x x x
AR
Ophryosporus freyreissii
x x x
Orthopappus angustifolius
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
Neotrópicos
Pentacalia desiderabilis
x x x x x x
Piptocarpha axilares
x x x x x x x
P. macropoda
x x x x x x x
Piptolepis ericoides
x
Pluchea oblongifolia
x x x x
Porophyllum ruderale
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
PA, U, AR.
Pterocaulon alopecuroides
x x x x x x x x x
Amapá
P,B,UR,
PA,AR
P. balansae
x x x x x x
AR
P. rugosum
x x x
xx
x x
AR,UR,PA
Richterago amplexifolia
x x x
R. campestris
x
R. disc
oidea
x x x
R. petiolata
x
R. polymorpha
x
R. radiata
x x x x
Senecio adamantinus
x x x x
S. brasiliensis
x x x x x x
PA, AR
S. colpodes
x
S. pohlii
x x x
Sonchus asper
x x x x x x x x
EU, nat
uraliz.
S. oleraceus
x x x x x x x x x x x x x x x
EU, naturaliz.
Sphagneticola trilobata
x x x x x x x x x x x x x x x
Stenocline chionaea
x
S. gardnerii
x
Stevia alexii
x
342
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
S. camporum
x x
S. claussenii
x x
S. hilarii
x
S. myriadenia
x x x x x
S. urticaefolia
x x
Symphyopappus angustifolius
x
Symphyopappus angustifolius
x x x x x x x
343
Sudeste
Centro
-
oeste
Sul
Nordeste
Outros
TAXONS
MG
SP
ES
RJ
MT
GO
MS
PR
SC
RS
BA
SE
AL
PE
PB
RN
CE
PI
MA
NORTE
V. discolor
x x x x x
V. fruticulosa
x x x x x
V. geminata
x x x
V. helophila
x x x
V. herbacea
x x x x
AM
B, P
V. holosericea
x x x x
V. lilacina
x x x
V. megapotamica var.
megapotamica
x x x x x
PA, UR, AR
V. megapotamica var.
melanotrichium
x x x x x
PA, UR, AR
V. mucronulata
x x x x x x
V. muricata
x x x x x
V. persericea
x x
V. polyanthes
x x x x x x
V. psylophylla
x x x x
V. pungens
x x
V. remotiflora
x x x x x
AM,PA
AR
V. schwenkiaefolia
x x x
V. scorpioides
x x x x x x x x x x x x x x x x x x x
PA
Neotrópicos
V. tomentella
x x x
V. vauthieriana
V. vepretorum
x x
344
Tabela I
I
I
-
Matriz de presença (1) e ausência (0) dos táxons específicos e subespecíficos de Asteraceae de sete áreas de Ca
mpo
Rupestre da Cadeia do Espinhaço dos estados de Minas Gerais e Bahia
Brasil. Legenda: as siglas das áreas correspondem, PEI
Parque Estadual do Itacolomi; CAT
Catolés; GM
Grão
-
Mogol; CIP
Serra do Cipó; CAN
Parque Nacional da Serra da
Canast
ra; OBR
Serra de Ouro Branco e PA
Pico das Almas
.
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Acanthospermum australe
(Loefl.) Kuntze
1 1 0 1 0 1 1
Acanthospermum hispidum DC.
0 1 0 0 0 0 0
Achrytopappus longifolius
(Gardn.) King & Rob.
0 0 0 0 1 0 0
Achyro
cline alata
(Kunth) DC.
1 0 1 1 1 0 1
Achyrocline satureoides
(Lam.) DC.
1 0 1 1 1 1 1
Acritopappus catolesensis
D.J.N.Hind & Bautista
0 1 0 0 0 0 0
Acritopappus confertus
(Gardn.) King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Acritopappus hagei
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Acritopappus irwinii
King & Rob.
0 0 1 0 0 0 0
Ageratum conyzoides
L.
1 1 1 0 0 1 1
Ageratum fastigiatum
L.
1 0 1 1 1 0 1
Ageratum melissaefolium DC.
0 0 0 0 0 0 1
Ageratum myriadenium
(Sch. Bip. ex Baker) King & Rob.
0 0 0 0 0 1 0
Agrianthus almensi
s
D.J.N. Hind
0 0 0 0 0 0 1
Agrianthus empetrifolius
Mart. ex DC.
0 1 0 0 0 0 1
Agrianthus giuliettiae
D.J.N.Hind
0 1 0 0 0 0 1
Agrianthus luetzelburgii
Mattf.
0 1 0 0 0 0 1
Agrianthus microlicioides
Mattf
0 1 0 0 0 0 1
Agrianthus myrtoides
Mattf.
0 1 0 0 0 0 1
Agrianthus pungens
Mattf.
0 1 0 0 0 0 1
Albertinia brasilensis
Spreng.
0 1 0 0 0 0 0
Ambrosia polystachya
DC.
0 1 0 0 0 0 0
Arrojadocharis praxeloides
(Mattf.) Mattf.
0 1 0 0 0 0 0
345
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Arrojadocharis santosii
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Aspilia almasensis
D.J.N.Hind
0 0 1 0 0 0 1
Aspilia caudata
Santos
1 0 0 0 0 0 0
Aspilia decumbens
D.J.N.Hind
0 0 1 1 0 0 0
Aspilia elliptica
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Aspilia foliacea
(Spreng.) Baker
0 0 0 1 0 0 0
Aspilia folios
a
(Gardn.) Baker
0 1 0 0 0 0 0
Aspilia hispidantha
Robinson
0 0 0 0 0 0 1
Aspilia johlyana
G.M. Barroso
0 0 0 0 1 0 0
Aspilia laevissima
Baker
0 0 0 1 1 0 0
Aspilia parvifolia
Mattf.
0 1 0 0 0 0 1
Aspilia procumbens
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Aspilia reflex
a
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Aspilia riedelii
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Aspilia subalpestris
Baker
0 0 0 0 0 0 1
Baccharidastrum triplinerveum
(Less.) Cabrera 1 0 0 0 1 0 0
Baccharis aphylla
(Vell.) DC.
1 0 0 1 0 0 1
Baccharis brachylaenoides
DC.
1 1 0 1 0 0 0
Baccharis brevifolia
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis calvescens
DC.
1 1 0 1 0 0 1
Baccharis camporum DC.
0 1 0 0 0 0 0
Baccharis concinna
G.M.Barroso
0 0 0 0 1 0 0
Baccharis cylindrica
DC.
0 0 0 0 0 1 0
Baccharis dracunculifolia
DC.
1 0 0 1 1 1 0
Baccharis
erigeroides
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Baccharis gaudichaudiana DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis gracilis
DC.
0 0 0 1 1 0 0
Baccharis helichrysoides
DC.
1 0 0 1 0 0 0
Baccharis hirta DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis humilis
Sch. Bip. ex Baker
0 0 0 1 0 0 0
Baccharis i
llinita DC.
1 0 0 0 0 0 0
346
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Baccharis intermixta
Gardn.
0 0 0 0 0 0 1
Baccharis leptocephala
DC.
0 1 0 0 0 0 1
Baccharis ligustrina
DC.
0 1 1 1 1 0 1
Baccharis linearifolia
(Lam.) Pers.
0 0 0 0 0 0 1
Baccharis lundian
a
DC.
0 0 0 0 1 0 0
Baccharis lundii DC.
0 0 0 0 0 1 0
Baccharis lychnophora
Gardn.
0 0 0 0 1 0 0
Baccharis macroptera D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 1
Baccharis medullosa
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis microcephala
(Less.) DC.
0 1 0 0 0 0 0
Baccharis minutifl
ora
mart.
0 0 0 0 1 0 0
Baccharis multisulcata
Baker
0 0 0 0 0 0 1
Baccharis myricaefolia
DC.
0 0 0 0 0 1 0
Baccharis myriocephala
DC.
1 0 0 0 1 0 0
Baccharis pentziifolia
Sch. Bip. ex Teodoro
1 0 0 1 0 0 0
Baccharis platypoda DC.
1 0 1 0 1 1 1
Bacch
aris polyphylla
Gardn.
0 1 0 0 0 0 1
Baccharis pseudobrevifolia
D.J.N. Hind
0 0 0 0 0 0 1
Baccharis pseudomyriocephala
Teodoro
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis pseudotenuifolia
Teodoro
0 0 0 0 0 1 0
Baccharis punctulata
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis ramosissima
Gardn.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis reticularia
DC.
1 0 0 0 0 1 1
Baccharis retusa
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis rufescens
Spreng.
0 0 0 1 0 0 0
Baccharis sagitallis
(Less.) DC.
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis salzmannii
DC.
0 1 0 0 0 0 1
Baccharis schultzii
Baker
1 0 0 1 0 0 0
Baccharis semiserrata
var.
elaegnoides
(Steud. ex Baker) Govaerts
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis serrula
Sch. Bip.
0 0 0 0 0 1 0
Baccharis serrulata
(Lam.) Persoon
1 1 1 0 0 0 1
347
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Baccharis subcapitata
Gardn.
0 0 0 0 1 0 0
Baccharis subdentada
DC.
1 0 1 1 1 1 0
Baccharis tarchonanthoides
DC.
1 0 0 1 0 0 0
Baccharis tridentata
Vahl
1 0 0 0 0 0 0
Baccharis trimera
(Less.) DC.
1 0 0 1 1 1 0
Baccharis trinervis
(Lam.) Pers.
1 1 0 0 0 0 0
Baccharis varians
Gardn
. 1 0 0 1 0 1 0
Baccharis vernonioides
DC.
1 0 0 0 1 1 0
Baccharis xyphophylla
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Bahianthus viscosus
(Spreng.) King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Bidens flagellaris
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Bidens gardneri
Baker
0 0 0 0 0 0 1
Bidens graveolens
Ma
rt.
0 0 0 1 0 0 0
Bidens patula
Gardn.
0 0 1 0 0 0 0
Bidens pilosa
L.
1 1 0 0 0 1 0
Bidens segetum
Mart. ex Colla
1 0 0 1 0 0 0
Bishopiella elegans
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Blainvillea acmella
(L.) Philipson
0 1 0 0 0 0 0
Blanchetia heterotricha
DC.
0 1 0 0 0 0 0
Brickellia difusa
A. Gray
0 1 0 0 1 0 1
Calea bahiensis
(Mattf.) H. Rob.
0 0 0 0 0 0 1
Calea brittoniana J. F. Pruski
0 0 0 1 0 0 0
Calea candolleana
(Gardn.) Baker
0 1 0 0 0 0 0
Calea cuneifolia
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Calea clausseniana
Ba
ker
1 0 0 1 0 0 0
Calea fruticulosa
Benta. & HooK.
0 0 0 1 0 0 0
Calea eitenii
Robinson
0 0 0 0 1 0 0
Calea graminifolia
Sch. Bip. ex Kraschen
0 0 0 1 0 0 0
Calea harleyi
H. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Calea hatschbachii
Pruski & Hind
0 0 1 0 0 0 0
Calea hisp
ida
Baker
0 0 0 0 1 0 0
348
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Calea morii
H. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Calea multiplinervia
Less.
0 0 1 1 0 0 0
Calea myrtifolia
Bent. & Hook
0 0 0 1 0 0 0
Calea pilosa
Baker
0 0 0 0 0 0 1
Calea pruskiana
J. N. Nakajima (sp. nov
.)
0 0 0 1 0 0 0
Calea ramosissima
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Calea uniflora
Less
0 0 0 1 0 0 0
Calea rotundifolia
(Less.) Baker
1 0 0 0 1 0 0
Calea semirii
Pruski & Haind
0 0 1 0 0 0 0
Calea teucrifolia
(Gardn.) Baker
0 0 1 0 0 0 0
Calea tridactila
Sch. B
ip. ex Kraschen
0 0 0 0 1 0 0
Calea villosa
Sch. Bip.
0 1 0 0 0 0 1
Campuloclinium purpureum
J.N.Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Catolesia mentiens
D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 0
Centratherum punctatum
Cass.
0 1 0 1 1 0 0
Chaptalia denticulata
(Baker) Za
rdini
0 1 0 0 0 0 1
Chaptalia graminifolia
(Dusen.) Cabrera
1 0 0 0 0 0 0
Chaptalia integerrima
(Vell.) Burkart
1 1 0 1 1 1 0
Chaptalia martii
(Baker) Zardini
1 0 0 0 1 1 0
Chaptalia nutans
(L.) Pol.
1 1 0 0 0 0 1
Chevreulia acuminata
Less.
1 0 0 0 0 0 0
Chevreulia stolonifera
Cass
. 0 0 0 0 1 0 0
Chionolaena arbuscula
DC.
0 0 0 0 0 1 0
Chionolaena jeffreyi
H. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Chonolaena canastrensis
J.N.Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Chresta plantaginifolia
(Less.) Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
Chres
ta romeroae
J.N. Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Chresta scapigera
(DC.) Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
Chresta souzae
H. Rob.
0 0 0 1 0 0 0
Chresta sphaerocephala
DC.
0 0 0 1 0 1 0
Chromolaena alvimii King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
349
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Chromolaena franciscoana
J.N. Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Chromolaena morii
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Chrysolaena glandulosa
J.N. Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Clibadium armanii
(Balb.) Sch. Bip. ex Schulz.
1 0 0 1 0 0 0
Conoc
linium prassifolium DC.
0 1 1 0 0 0 1
Conyza blanchetii
Baker
0 1 0 0 0 0 0
Conyza bonariensis
(L.) Cronquist
1 0 0 0 0 1 1
Conyza canadensis
(L.) Cronquist
1 0 0 0 0 0 0
Conyza primulaefolia
(Lam.) Cuatrec. & Lourteig.
1 1 0 1 0 0 0
Conyza sumatrensi
s
(Retz.)E. Walker
1 1 0 0 0 0 1
Dasyphyllum candolleanum
(Gardner) Cabrera
1 1 1 0 0 0 0
Dasyphyllum cryptocephalum
(Baker) Cabrera
0 0 0 0 1 0 0
Dasyphyllum flagellare
(Casar.) Cabrera
1 0 0 1 0 0 0
Dasyphyllum fodinarum
(Gardn.) Cabrera
1 0 0 0 0 0 0
Dasyphyllum latifolium
(Gardn.)
0 0 0 0 1 0 0
Dasyphyllum reticulatum
(DC.) Cabrera var.
reticulatum
0 0 0 0 1 0 0
Dasyphyllum reticulatum
var.
robustum
(Dornke) Cabrera
0 0 0 0 1 0 0
Dasyphyllum sprengelianum
(Gardn.) Cabrera var. s
prengelianum
1 1 1 1 1 0 0
Dasyphyllum sprengelianum var. inerme (Gardn.) Cabrera
1 1 0 0 0 0 1
Dasyphyllum velutinum
(Baker) Cabrera
0 0 0 1 0 1 0
Dendrophorbium pellucidinervis
(Sch. Bip. ex Baker) C. Jeffrey
1 0 0 0 0 1 0
Dimerostemma asperatum
Blake
0 0 0 1 0 0 0
Dimerostemma episcopale
(H. Rob) H. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Dimerostemma humboldtianum
(Gardn.) H. Rob.
0 0 0 1 0 0 0
Dimerostemma vestitum
(Baker) Blake
0 0 0 1 0 0 0
Eclipta prostata
(L.) L.
1 1 0 0 0 1 0
Egletes viscosa
(L.) Less.
0 0 0 0 0 0 1
Elephanr
opus elongatus
Gardn.
0 0 0 0 0 1 0
Elephantopus biflorus
(Less.) Sch. Bip.
0 0 0 1 0 0 0
Elephantopus micropappus
Less.
0 0 0 1 0 1 0
Elephantopus mollis
Kunth.
1 1 0 0 1 0 0
350
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Elephantopus riparius
Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
Emilia fosbergii
Nicolson
1 1 0 0 0 0 0
Emilia sonchifolia (L.) DC.
0 1 0 0 0 1 0
Epaltes brasiliensis
DC.
0 0 0 0 0 0 1
Erechtites hieracifolia
(L.) Raf. ex DC.
1 1 0 0 0 0 1
Erechtites valerianifolia
(Wolf) DC.
1 0 0 0 0 0 1
Eremanthus capitatus
(Spreng.) MacLeish
0 1 0 0 0 0 0
Eremanthus elaegnus
(Mart. ex DC.) Sch. Bip.
0 0 1 1 1 0 0
Eremanthus eriopus
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Eremanthus erythropappus
(DC.) MacLeish
1 0 0 1 1 1 0
Eremanthus glomerulatus
Less.
1 1 0 1 1 1 1
Eremanthus incanus
(L
ess.) Less.
1 1 1 0 1 0 1
Eremanthus plantaginifolius
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Eremanthus polycephalus
(DC.) MacLeish
0 0 1 0 1 0 0
Eremanthus seidellii
MacLeish & Schmacher
0 0 0 1 0 0 0
Erigeron catarinensis
Cabrera
0 0 0 0 1 0 0
Erigeron maximus
Otto ex
DC.
1 0 0 0 1 0 0
Erigeron tweediei
Hook. & Arn.
0 0 0 0 1 0 0
Eupatoium costatipes
B.Robinson
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium adamantium
Gardn. 1 1 1 1 0 0 1
Eupatorium adnolepis
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium amphidictyum DC.
1 0 0 1 1 0 0
Eupatorium amplexifolium
G. Almeida & Carvalho
-Okano 1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium amygdalinum
Lam.
1 1 1 1 1 1 1
Eupatorium angulicaule
Sch. Bip.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium angusticeps
Malme
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium angustissimum
Spreng. ex Baker
0 1 1 0 0 0 1
Eupatorium ascendens
Sch. Bip. ex Baker
0 0 0 0 1 1 0
Eupatorium barbacensis
Hieron.
1 0 1 1 1 0 0
Eupatorium betonicaeforme DC.
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium brasiliense
Spreng.
0 1 1 1 0 0 1
351
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Eupatorium bupleurifoliu
m DC. 1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium campestre
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium capillare Baker
0 0 0 0 1 0 0
Eupatorium capitatus
(Spreng.) MackLeish
0 1 0 0 0 0 0
Eupatorium chasea
B. Robinson
1 0 0 1 0 0 0
Eupatorium cinereo
-viride
Sch. Bip. ex Baker
0 1 0 1 0 0 0
Eupatorium clematideum
Griseb.
0 1 0 0 0 0 1
Eupatorium congestum Hook & Arn.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium conglobatum DC.
0 1 0 0 0 0 0
Eupatorium corumbense
B. Robinson
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium crenulatum
Gardn. 0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium cylindr
ocephalum
Svh. Bip. ex Baker
1 0 0 1 0 0 0
Eupatorium decipiens
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium decumbens
(Gardn.) Baker
1 0 0 1 1 1 0
Eupatorium dendroides
Spreng.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium dimorpholepis
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium dyctyophyllum
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium gaudichaudianum DC.
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium halimifolium
DC.
1 0 0 1 0 0 0
Eupatorium hirsutum
(Gardner) Baker
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium hispidulum
(DC.) Malme
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium horminoides
(DC) Baker
0 1 0 0 1 1 1
Eu
patorium intermedium DC.
1 0 0 1 0 0 0
Eupatorium inulaefolium
H.B.K.
1 1 0 0 0 0 0
Eupatorium jaraguensis
B. Robinson
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium kleinioides
H.B.K.
1 1 0 1 0 0 1
Eupatorium laevigatum
Lam.
1 1 0 0 1 0 0
Eupatorium latisquamulosum
(Hiero
n.) Malme
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium lineatum
Sch. Bip.
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium maximilianii
Schrad. ex DC.
0 1 0 0 0 0 0
Eupatorium megacephalum
Mart. ex Baker
0 0 0 1 0 0 0
352
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Eupatorium multiflosculosum DC.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium organense
Gardn.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium pauciflorum
H.B.K.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium pedale
Sch. Bip.ex Baker
1 0 0 0 0 1 0
Eupatorium perforatum
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium pinnatipartitum
Sch. Bip. ex Baker
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium polycephalum
Sch. Bip.
0 0 1 0 0 0 0
Eupatorium praefictum
B. Robinson
0 0 1 0 0 0 0
Eupatorium pumilum
(Gardn.) B. Robinson
1 0 0 0 0 1 0
Eupatorium purpurascens
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium sagittiferum
Robinson
0 0 0 0 1 0 0
Eupatorium semistriatum
Baker
0 1 1 0 0 0 0
Eupatorium silphiifolium
Mart.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium squalidum DC.
1 1 0 0 1 0 0
Eupatorium squarrulosum
Hook. & Arn.
0 0 0 0 1 0 0
Eupatorium stachyophyllum
Spreng.
1 1 0 1 1 0 1
Eupatorium subha
statum
Hook. & Arn.
0 0 0 0 1 0 0
Eupatorium subvelutinum DC.
1 0 0 0 0 0 0
Eupatorium thysanolepis
Robinson
1 0 0 0 1 0 0
Eupatorium tremulum
Hook. & Arn.
0 1 0 0 0 0 0
Eupatorium trixoides
Mart. ex Baker
0 0 1 0 0 0 1
Eupatorium variegatum
(DC.) Mal
me
0 0 0 1 0 0 0
Eupatorium vauthierianum DC.
1 1 0 1 1 1 0
Eupatorium velutinum
Gardn.
1 0 0 1 0 0 0
Eupatorium vindex
DC.
1 0 0 1 0 0 0
Eupatorium xylorhizum
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 1 0 0 0
Galinsoga parviflora
Cav.
1 1 0 0 0 1 1
Gamachaeta ameri
ca
na (Mill.) Weed.
1 1 0 0 0 0 1
Gamochaeta pensylvanica
(Willd.) Cabrera
0 0 1 0 0 0 0
Gamochaeta purpurea
(L.) Cabrera
1 0 0 0 0 1 0
Gnaphalium cheiranthifolium
Lam.
1 0 0 0 0 0 0
353
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Gochnatia blanchetiana (DC.) Cabre
ra
0 1 0 0 0 0 1
Gochnatia densicephala
(Cabrera) Sancho
1 0 0 0 0 0 0
Gochnatia floribunda
Cabrera
0 0 1 0 0 0 0
Gochnatia paniculata
(Less.) Cabrera
0 0 0 1 0 0 0
Gochnatia polymorpha
(Less.) Cabrera
1 1 0 0 1 0 1
Gochnatia pulchra
Cabrera
1 0 0 0 0 0 0
Gochnatia sordida
(Less.) Cabrera
0 0 0 0 1 0 0
Hieracium stan
nardii D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 1
Hoehnephytum almasense
D.J.N.Hind
0 1 0 0 0 0 1
Hoehnephytum imbricatum
(Gardn.) Cabrera
0 1 0 0 0 0 1
Hoehnephytum trixoides
(Gardn.) Cabrera
1 1 1 1 1 0 0
Holocheilus brasiliensis
(L.) Cabrera
0 0 0 1 0 0 0
Hololepis peduncalata
(DC. ex Pers.) DC.
1 0 0 1 1 0 0
Hololepis stellata J.N.Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Hololepis tomentosa
J.N.Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
H
ypochoeris brasiliensis
(Less.) Benth. et Hook.
Ex Griseb.
1 0 0 0 0 0 0
Hypochoeris gardneri
Baker
1 0 0 1 1 1 0
Ichthyothere integrifolia
(DC.) Baker
0 0 0 1 0 0 0
Ichthyothere mo
llis
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Ichthyothere prostrata
J.N. Nakajima (sp. nov.
) 0 0 0 1 0 0 0
Ichthyothere terminalis
(Spreng.) Malme
0 0 0 0 0 0 1
Inulopsis camporum
(Gardn.) Nesom
0 0 0 1 1 0 0
Inulopsis fimbriata
J.N. Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Inulopsis scaposa
(Remy) O. Hoffm.
1 0 0 0 1 1 0
Isoatigma megapotamicum
(
Spreng) Sherff
0 0 0 1 0 0 0
Isostigma peucedanifolium
Less.
0 0 0 0 1 0 0
Jaegeria hirta
(Lag.) Less.
1 0 0 0 0 0 0
Lasiolaena carvalhoi
D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 0
Lasiolaena morii
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Lasiolaena santosii
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Lessingianthus bellidioides
J.N. Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
354
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Lessingianthus hermogenesiana
J.N.Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Lessingianthus radiatus
J.N. Nakajima & J. Semir (sp. nov.
) 0 0 0 1 0 0 0
Lessingianthus rupestris
J.N. Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Lessingianthus sulcatus
J.N. Nakajima & J. Semir (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Lucilia linearifolia
Baker
1 0 0 0 0 0 0
Lucilia lycopodioides
(Less.) S.E. Freire
1 0 0 1 0 1 1
Lychnophora bahiensis
Mattf.
0 0 0 0 0 0 1
Lychnophora bishop
ii H.Rob.
0 1 0 0 0 0 0
Lychnophora bla
nchetii Sch. Bip.
0 1 0 0 0 0 0
Lychnophora candellabrum
Sch. Bip.
0 0 0 0 1 0 0
Lychnophora crispa
Mattf.
0 0 0 0 0 0 1
Lychnophora ericoid
es
Mart.
1 0 1 1 0 0 0
Lychnophora gramogolense
(Duarte) D.J.N.
0 0 1 0 0 0 0
Lychnophora mello
-
barretoi
G.M. Barroso
0 0 0 0 1 0 0
Lychnophora passerina
(Mart. ex DC.) Gardner
0 1 1 0 1 0 0
Lychnophora phylicifolia
DC.
0 1 0 0 0 0 1
Lychnophora pinas
ter
Mart.
1 0 1 0 0 1 0
Lychnophora reticulata
Gardn.
1 0 0 0 1 0 0
Lychnophora rosmarinifolia
Mart.
0 0 0 0 1 0 0
Lychnophora salicifolia
Mart.
0 1 1 0 1 0 1
Lychnophora santosii
Mart.
0 1 0 0 0 0 1
Lychnophora sellowii
Sch. Bip.
0 0 0 0 1 0 0
Lychn
ophora semiriana
J.N. Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Lychnophora syncephala
(Sch. Bip.) Sch. Bip.
0 0 0 1 0 0 0
Lychnophora tomentosa
(Mart. ex DC.) Sch. Bip.
0 0 0 0 1 0 0
Lychnophora trichocarpha
Less.
0 0 0 0 1 0 0
Lychnophora triflora
(Mattf.) H
. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Lychnophora uniflora
Sch. Bip.
0 1 1 0 0 0 0
Lycnophora markgravii
G.M. Barroso
0 0 1 0 0 0 0
Mattfeldanthus nobilis
(H. Rob.) H. Rob.
0 1 0 0 0 0 0
Melampodium divaricatum DC.
1 0 0 0 0 0 0
355
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Mik
ania alvimii
King & Rob.
0 1 1 0 0 0 1
Mikania argyreae
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Mikania arrojadoi
Mattf.
0 1 0 0 0 0 0
Mikania badiniana
G. Almeida & Carvalho
-
Okano
1 0 0 0 0 0 0
Mikania banisteriae
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania candolleana
Gardn.
1 0 0 0 1 0 0
Mikania cipoensis
G.M. Barroso
0 0 0 0 1 0 0
Mikania citriodora
W.C. Holmes
0 0 1 0 0 0 0
Mikania clematidifolia
Dusén
1 0 0 0 0 0 0
Mikania decumbens
Malme
0 0 0 1 0 0 0
Mikania dentata
Spreng.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania elliptica
DC.
0 1 0 0 0 0 0
Mik
ania glabra
D.J.N. Hind
0 0 1 0 0 0 0
Mikania glanduliflora
J.N.Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Mikania gland
ulosissima W. Holmes & D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 0
Mikania glauca
Mart. ex Baker
1 0 0 0 1 1 0
Mikania grazielae
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 0
Mik
ania hagei
King & Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Mikania hartbergii
W.C. Holmes
0 0 1 0 0 0 0
Mikania hemispherica
Baker
0 1 0 0 0 0 0
Mikania hirsutissima DC.
1 1 1 0 1 1 0
Mikania jeffreyi
D.J.N. Hind
0 0 0 0 0 0 1
Mikania laevigata
(Lam) King & Rob.
0 1 0 1 0 0 0
Mikania lasiandrae
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania leiolaena
DC.
0 0 0 0 0 1 0
Mikania lindbergii
Baker
1 1 0 1 0 0 0
Mikania luetzelburgii
Mattf.
0 1 0 0 1 0 1
Mikania malacolepis
Robinson
0 0 0 0 1 0 0
Mikania microcephala DC.
1 0 0 1 0 0 0
Mikania microdonta
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Mikania microphylla
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 0 0 0 0
356
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Mikania mosenii
Malme
0 0 0 1 0 0 0
Mikania nelsonii
D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 1
Mikania neurocaula
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania nummulari
a
DC.
1 0 0 1 0 0 0
Mikania oblongifolia
DC.
0 0 0 1 1 0 0
Mikania obovata DC.
0 1 0 0 0 0 0
Mikania obtusata
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Mikania officinalis
Mart.
1 1 1 1 1 0 1
Mikania parvifolia
Baker
1 0 0 0 1 0 0
Mikania phaeoclados
Mart. ex Baker
1 1 0 0 1 0 0
Mikania premnifolia Gardn.
0 0 0 0 1 0 0
Mikania purpurascens
(Baker) King & Rob.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania ramosissima
Gardn.
1 1 1 1 0 0 0
Mikania reticulata
Gardn.
0 1 0 0 0 0 1
Mikania reynoldsii
W.C. Holmes
0 0 1 0 0 0 0
Mikania rothii
G.M. Ba
rroso
0 0 0 0 1 0 0
Mikania schenkii
Hieron
1 0 0 0 1 0 0
Mikania sericea
Hook et Arn.
1 0 0 0 0 0 0
Mikania sessilifolia DC.
1 1 0 1 1 1 1
Mikania smilacina
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania subverticillata
Sch. Bip.
0 0 0 0 1 0 0
Mikania testudinaria
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Mikania thapsoides
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Mikania triphylla
Spreng. ex Baker
0 0 0 1 0 0 0
Mikania virgata
B. Robinson
0 0 0 1 0 0 0
Mikania vismiaefolia
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Mikania warmingii
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 1 0 0 0
Moquinia kingii
(H.
Rob.) Gamerro
0 1 0 0 0 0 1
Moquinia racemosa
(Spreng.) DC.
0 1 1 0 1 0 1
Mutisia speciosa
Ait
1 0 0 0 0 0 0
Ophryosporus freyreysii
(Thumb. & Dallm.) Baker
1 1 0 0 0 0 1
357
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Orthopappus angustifolius
(Sw.) Gleason
1 0 0 0 0 0 0
Paralychnophora bicolor
(Mart. ex DC.) MacLeish
0 0 1 0 0 0 1
Paralychnophora harleyi
(H. Rob.) D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 0
Paralychnophora patriciana
D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 0
Pectis brevipedunculata
(Gardn.) Sch. Bip.
0 0 0 0 0 0 1
Pentacali
a desiderabilis
(Vell.) Cuatrec.
1 0 0 0 1 0 0
Piptocarpha axillares
(Less.) Baker
1 0 0 1 0 0 0
Piptocarpha lucida
Bennett
0 0 0 0 1 0 0
Piptocarpha macropoda
(DC.) Baker
1 0 1 1 0 0 0
Piptocarpha oblonga
(Gardner) Baker var.
oblonga
0 0 1 1 0 0 0
Pi
ptolepis buxoides
Sch. Bip
0 0 0 0 1 0 0
Piptolepis ericoides
Sch. Bip.
1 0 1 0 0 0 0
Pluchea oblongifolia
DC.
1 1 0 0 0 0 1
Podocoma bellidioides
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Porophyllum angustissimum
Gardn. 0 0 0 1 0 0 0
Porophyllum obscurum
(Spreng.) DC.
0 1 1 0 0 1 1
Porophyllum ruderale
(Jacq.) Cass.
1 1 0 0 0 0 0
Proteopsis argentea
Mart. & Zucc. Ex DC
0 0 1 0 1 0 0
Pseudobrickellia rosanae
J.N. Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Pterocaulon alopecuroides
(Lam.) DC.
1 1 0 0 0 0 0
Pterocaulon balansae
Chodat.
1 0 0 0 0 0 0
Pterocaulon rugosum
(Vahl.) Malme
1 0 0 1 0 0 0
Pterocaulon virgatum DC.
0 1 0 0 0 0 0
Reincourtia tenuifolia
Gardner
0 1 0 0 0 0 0
Richterago amplexifolia
(Gardn.) Kuntze
1 0 0 1 0 1 0
Richterago angustifolia
(Gardn.) Cabrera
0 0 0 0 1 0 0
Richterago campestris
Roque & J.N.Nakajima
1 0 0 1 0 1 0
Richterago discoidea
(Less.) Kuntze
1 1 1 0 1 0 1
Richterago hatschbachii
(Zardini) Roque
0 0 0 0 1 0 0
Richterago petiolata
Roque & J.N.Nakajima
1 0 0 1 0 0 0
Richterago polymorph
a
(Less.) Kuntze
1 0 0 0 1 0 0
358
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Richterago polyphylla
(Baker) Ferreyra
0 0
359
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Stevia urticaefolia
Billb.
1 0 0 0 1 0 0
Stevia vertic
illata
Schl.
0 0 0 0 1 0 0
Stiffitia parviflora
D.Don
0 0 0 0 1 0 0
Stilpnopappus semirianus
R.L. Esteves
0 0 0 0 0 0 1
Stilpnopappus tomentosus
Mart. ex DC.
0 1 0 0 0 0 1
Stilpnopappus trichospiroides
Mart. ex DC.
0 0 0 0 0 0 1
Stomatanthes reticulat
us
J.N.Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Strophopappus speciosus (Less.) R. Esteves
0 0 0 1 0 0 0
Stylotrichium rotundifolium
Mattf.
0 1 0 0 0 0 1
Symphyopappus angustifolius
Cabrera
1 0 0 0 0 0 0
Symphyopappus compressus
(Gardn.) B. Robinson
1 1 0 1 1 0 1
Symphyopappus cuneatus
(DC.) Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 0 0 0 0
Symphyopappus decussatus
Turcz.
0 1 1 0 0 0 0
Symphyopappus itatiayensis
(Hieron.) King & Rob.
1 0 0 0 0 0 0
Symphyopappus reticulatus
Baker var.
reticulatus
1 1 1 0 1 1 0
Symphyopap
pus reticulatus
Baker var.
itacolumiensis
Sch. Bip.
1 0 0 0 1 0 0
Symphyopappus reticulatus
var.
vernicosa
Baker
1 0 0 0 0 0 0
Symphyopappus uncinatus
H. Rob.
0 0 1 0 0 0 0
Symphyotrichum regnelli
(Baker) Nesom
1 0 0 0 0 1 0
Symphyotrichum squamatum (S
preng.) Nesom
1 0 0 0 0 0 0
Tagetes minuta
L.
1 0 0 1 0 1 0
Tanacetum parthemium
(L.) Sch. Bip.
0 1 0 0 0 0 0
Tilesia baccata (L.) Pruski
0 1 0 0 0 0 0
Trichogonia crenulata
(Gardn.) D.J.N. Hind
1 0 1 0 1 0 0
Trichogonia gardneri
A. Gray
0 1 0 0 0 0 0
Trichogonia hirtiflora
(DC.) Sch. Bip. ex Baker
1 0 1 0 0 0 0
Trichogonia pseudoca
mpestris King & Rob.
0 1 0 0 0 0 0
Trichogonia salviaefolia Gardn.
1 1 0 1 0 0 1
Trichogonia spathulifolia
Mattf.
0 0 0 0 0 0 1
Trichogonia villosa
(Spreng.) Sch. Bip.
ex Baker var.
multiflora
Baker
1 0 0 0 1 0 0
Trichogonia villosa
(Spreng.) Sch. Bip. ex Baker var.
villosa
1 1 1 0 1 1 1
360
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Trixis glaziovii
Baker
1 0 0 0 0 0 0
Trixis glutinosa D.Don
0 0 0 1 1 0 0
Trixis lessingii DC.
1 0 0 0 0 0 0
Trixis nobilis
(Vell.) Katinas
1 0 0 1 0 0 0
Trixis ophiorhiza
Gardn.
0 0 1 0 0 0 0
Trixis pruskii
D.J.N.Hind
0 1 0 0 0 0 0
Trixis vauthieri DC.
0 1 1 1 1 0 1
Verbesina baccharrifolia
Mattf.
0 1 0 0 0 0 0
Verbesina glabrata
Hook & Arn.
1 0 0 0 0 0 0
Verbesina luetzelburgii
Mattf.
1 1 0 0 0 0 1
Verbesina pseudoclaussenii
D.J.N. Hind
0 0 1 0 0 0 0
Vernonia adamantium
Gardn. 0 1 0 0 1 0 0
Vernonia almasensis D.J.N. Hind
0 0 0 0 0 0 1
Vernonia alpestris
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia ap
iculata
Mart. ex DC.
0 1 0 0 0 0 0
Vernonia argyrophylla
Less.
0 0 0 1 0 1 0
Vernonia argyrotrichia
Sch. Bip. ex Baker
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia barbata
Less.
0 0 0 1 1 0 0
Vernonia bardanoides
Less.
0 0 0 1 0 1 0
Vernonia brevipetiolata
Sch. Bip. ex Bak
er
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia buddleiaefolia
Mart. ex DC.
0 0 0 1 1 1 0
Vernonia carvalhoi
H.Rob.
0 1 0 0 0 0 0
Vernonia cephalotes
DC.
0 0 0 1 0 1 0
Vernonia cog
nata Less.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia compactiflora
Mart. ex Baker
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia coriac
ea
Less.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia cotoneaster
Less.
1 1 0 0 0 0 1
Vernonia croto
noides Sch. Bip.
1 0 0 0 1 0 0
Vernonia damazoi
(Beauv.) Leitão Filho & Semir
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia desertorum
Mart. ex DC.
0 0 0 1 1 0 1
Vernonia discolor
(Spreng.) Less.
1 0 0 0 0 0 0
361
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Vernonia echitifolia
Mart. ex DC.
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia elegans
Gardn.
0 1 0 0 1 0 0
Vernonia exigua
Cabrera
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia fagifolia
Gardn.
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia farinosa Baker
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia ferruginea
Less.
0 1 0 0 0 0 0
Vernonia firmula
Mart.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia fruticulosa
Mart. ex DC.
1 0 1 1 1 0 0
Vernonia ganevii
D.J.N. Hind
0 1 0 0 0 0 0
Vernonia geminata
H.B.K.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia glabrata
Less.
0 0 0 1 0 0 0
Ver
nonia glanduloso
-
dentata
Hieron.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia grandiflora
Less.
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia hagei
H. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia hatschbachii
(H. Rob.) D.J.N. Hind
0 0 1 0 0 0 0
Vernonia helophila
Mart. ex DC.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia herbacea
(Vel
l.) Rusby
1 0 1 1 0 0 0
Vernonia holosericea
Mart. ex DC.
1 1 0 0 0 1 1
Vernonia hoveaefolia
Gardn.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia irw
inii G. M. Barroso
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia lacunosa
Mart. ex DC.
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia laxa
Gardn. 0 1 0 0 0 0 1
Vernonia le
ucodendron
(Mattf.) MacLeish
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia ligulifolia
Mart. ex DC.
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia lilacina
Mart. ex DC.
1 1 1 0 0 0 1
Vernonia linearifolia
Less.
0 0 0 1 1 0 0
Vernonia linearis
Spreng.
0 1 0 1 1 0 0
Vernonia mariana
Mart. ex Baker
0 0 0 0 1 1 0
Vernonia megapotamica
Spreng. var.
melanotrichum DC.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia megapotamica
var.
megapotamica
Spreng.
1 0 0 1 1 1 0
Vernonia membranacea
Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
362
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Vernonia morii
H. Rob.
0 1 0 0 0 0 0
Vernonia mucronulata
Less.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia muricata
DC.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia myrsinites
(H. Rob.) D.J. N. Hind
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia nitens
Gardn.
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia persericea
H. Rob.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia phosphorica
Vell.
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia polyanthes
Less.
1 0 0 0 0 1 1
Vernonia pseudaurea
D.J.N. Hind
0 0 0 0 0 0 1
Vernonia psilophylla
DC.
1 0 0 1 1 1 0
Vernonia psilostachya
DC
0 0 0 1 1 0 0
Vernonia pulverulenta
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia pumilla
(Vell.) Cabrera
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia pungens
Gardn.
1 0 0 0 0 0 0
Vernonia pycnostachya
DC.
0 0 1 0 0 0 0
Vernonia reflexa
Gardn.
0 1 0 0 0 0 0
Vernonia remotiflora
Rich.
1 1 0 0 0 0 0
Vernonia rigiophylla
Kuntze
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia rosea
Mart. ex DC.
0 0 0 1 1 0 0
Vernonia rosmariniifolia
Less.
0 1 0 0 0 1 0
Vernonia rubriramea
Mart.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia salzmannii DC.
0 1 1 0 0 1 0
Vernonia santosii
H. Rob.
0 1 0 0 0 0 1
Vernonia schwenkiaefolia
Mart. ex DC.
1 0 0 1 1 0 0
Vernonia scorpioides
(Lam.) Pers
. 1 1 0 0 1 1 0
Vernonia sessilifolia
Less.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia simplex
Less.
0 1 0 1 1 1 1
Vernonia sororia
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Vernonia spixiana
Mart. ex DC.
0 0 1 0 1 0 0
Vernonia stoechas
Mart. ex Baker
0 0 0 0 1 1 0
Vernonia stricta
Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
363
Espécies
PEI
CAT
GM
CAN
CIP
OBR
PA
Vernonia subulata
Baker
0 0 1 0 0 0 0
Vernonia subverticillata
Sch. Bip. ex Baker
0 1 1 0 0 0 1
Vernonia tomentella
Mart. ex DC.
1 0 0 1 1 0 0
Vernonia tragiaefolia
DC.
0 0 0 1 0 1 0
Vernonia vauthieriana
DC.
1 0 0 0 1 0 0
Vernonia velutina
Hieron.
0 0 0 0 1 0 0
Vernonia vepretorum
Mart. ex DC.
1 0 0 0 1 0 0
Vernonia virgulata
Mart. ex DC.
0 0 0 1 1 0 0
Vernonia viscidula
Less.
0 0 0 1 0 1 0
Vernonia warmingiana Baker
0 0 1 1 1 0 0
Vernonia westiniana
Less.
1 0 0 1 0 1 0
Viguiera discolor
Baker
0 0 0 1 0 0 0
Viguiera grandiflora
Gardner
0 0 0 1 0 0 0
Viguiera hilairei
Blake
0 0 0 1 0 0 0
Viguiera hispida
Baker
0 0 0 0 1 0 0
Viguiera macrocalyx
Blake
0 0 0 1 0 0 0
Viguiera robusta
Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
Viguiera tenuifolia
Gardn.
0 0 0 1 0 0 0
Xerxes robinsoniana
J.N. Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Wedelia claussenii
Sch. Bip. ex J.N.Nakajima (sp. nov.)
0 0 0 1 0 0 0
Wedelia macedoi
H. Rob.
0 0 0 1 0 0 0
Wedelia puberula
DC.
0 0 0 1 0 0 0
We
delia subvelutina
DC.
0 0 0 1 0 0 0
Wunderlichia crulsiana
Taub.
0 1 0 0 0 0 1
Wunderlichia mirabilis
Riedel ex Baker
0 0 1 1 0 0 0
Total
224
178
80
215
160
78
133
364
Tabela I
V
: Nomeclatura dos táxons nos diferestes sistemas de classificação para
Eu
patorium
L.
Baker (1876)
King & Robinson (1987)
Eupatorium adamantium
Gardner, London J. Bot. 5: 477.
1846.
Koanophyllon adamantium
(Gardner) King & Rob., Phytologia 32(3): 254.
1975.
Eupatorium adnolepis
Sch. Bip. ex Baker, Fl. Bras. 6(2):291.
1876.
Ch
romolaena adnolepis
(Sch. Bip. ex Baker), King & Rob., Phytologia 20:
198. 1970.
Eupatorium amygdalinum
Lam., Encycl. 2: 408. 1788.
Ayapana amygdalina
(Lam.) King & Rob., Phytologia 20: 211. 1970.
Eupatorium amphidictyum
DC.. Prodr. 5: 163. 1836.
Hetero
condylus amphidictyus
(DC) King & Rob. Phytologia 24(5): 390. 1972.
Eupatorium angulicaule
Sch. Bip. ex Baker, Fl. Bras.
6(2):287.1876
Austrocritonia angulicaulis (Sch.Bip.) King & Rob.Phytologia 31:116. 1975.
Eupatorium angusticeps Malme, Ark. Bot. 24a
(6):25. 1932.
Chromolaena angusticeps
(Malme) King & Rob., Phytologia 49: 4. 1981.
Eupatorium barbacensis
Hieron., Bot. Jahrb. Syst. 22:750.
1897.
Chromolaena barbacensis (Hieron) King & Rob. Phytologia 20: 199. 1970.
Eupatorium bupleurifolium
DC., Prodr
. 5:149. 1836.
Campovassouria bupleurifolia
(DC.) King & Rob. Phytologia 22: 122. 1971.
Eupatorium chaseae
B. Robinson, Contr. Gray Herb. 104: 14.
1934.
Chromolaena chaseae
(B. Robinson) King & Rob.
Phytologia 20(3): 200.
1970.
Eupatorium congestum
Hook
& Arn., Companion Bot. Mag.
1: 239. 1835.
Chromolaena congesta
(Hook & Arn.) King & Rob.
Phytologia 20(3): 200.
1970.
Eupatorium cylindrocephalum
Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras.
6(2): 283.1876.
Chromolaena cylindrocephala
(Sch. Bip. ex Baker) King & Rob., P
hytologia
47: 230. 1980.
Eupatorium decumbens
(Gardner) Baker in Mart., Fl. bras.
6(2): 344. 1878.
Praxelis decumbens
Gardner, London J. Bot. 5: 466. 1846.
Eupatorium dendroides
Spreng., Syst. Veg., 16(3): 415.
1826.
Ageratina dendroides
(Spreng.) King
& Rob., Phytologia 19:221. 1970.
Eupatorium halimifolium
DC., Prodr. 5: 150. 1836.
Disynaphia halimifolia
(DC.) R. M. King & H. Rob., Phytologia 37: 457. 1977.
Eupatorium hispidulum
(DC.)
Malme, Ark. Bot. 24a (8): 20.
1932.
Chromolaena maximilianii
(Schr
ader ex DC.) King & Rob., Phytologia 49: 4.
1981.
Eupatorium intermedium
DC., Prodr.
5: 148. 1836
.
Grazielia intermedia
(DC.) King & Rob., Phytologia 23(3): 306. 1972.
365
Eupatorium inulaefolium
H.B.K., Nov. Gen. Sp. 4: 85.
Ed.
Fol. 1818.
Austroeupatorium i
nulaefolium (H.B.K.) King & Rob., Phytologia 19(7): 434.
1970.
Eupatorium jaraguensis
B. Robinson, Contr. Gray Herb.
80:23. 1928.
Heterocondylus jaraguensis (B. Robinson) King & Rob., Phytologia 24(5):
390. 1972.
Eupatorium kleinioides
H.B.K., Nov. Gen.
Sp. 4: 94. Ed. Fol.
1818.
Praxelis klenioides
(H.B.K.) Sch. Bip. in Jahresber. Pollichia 22
-
24: 254. 1866.
Eupatorium laevigatum
Lam., Encycl. 2: 408. 1788.
Chromolaena laevigata
(Lam.) King & Rob., Phytologia 20(3): 202. 1970.
Baker (1876)
King & Robins
on (1987)
Eupatorium latisquamulosum
(Hieron.) Malme Svensk.
Vetenskapsakad. Handl. Sér. 3, 12(2) 34. 1893.
Chromolaena latisquamulosa
(Hieron.) King & Rob.
Phytologia 20(3): 202.
1970.
Eupatorium multiflosculosum
DC. Prodr. 5: 141. 1836.
Chromolaena mul
tiflosculosa
(DC.) King & Rob., Phytologia 20:203. 1970.
Eupatorium organense
Gardn., Lond. J. Bot. 4: 117. 1845.
Barrosoa organensis
(Gardn.) King & Rob., Phytologia 24:184. 1972.
Eupatorium pauciflorum
H.B.K., Nov.
Gen. Sp. 4: 94. Ed.
Fol. 1818.
Praxel
is pauciflora
(H.B.K.) King & Rob., Phytologia 20:195. 1970.
Eupatorium
pedale
Sch. Bip. ex Baker, Fl. bras. 6(2): 295.
1876.
Chromolaena pedalis
(Sch. Bip. ex Baker) King & Rob., Phytologia 20(3):
204. 1970.
Eupatorium perforatum
Sch. Bip. ex Baker, Fl.
Bras.. 6(2):
289. 1876.
Chromolaena perforata
(Sch. Bip. ex Baker) King & Rob. Phytologia 20:205.
1975.
Eupatorium pumilum
(Gardner) B. Robinson, Contr. Gray
Herb. 68:30. 1923.
Heterocondylus pumilus
(Gardner) King & Rob.
Phytologia 24:391. 1972.
Eupatorium purpurascens
Sch. Bip. ex Baker,
in
Mart., Fl.
Bras., 6(2): 356. 1876.
Campuloclinium purpurascens
(Sch. Bip. ex Baker) King & Rob., Phytologia
24(3):172. 1972.
Eupatorium silphiifolium
Mart., Flora 20(2): 105. 1837.
Austroeupatorium silphiifolium
(M
art) King & Rob., Phytologia 51(1): 179.
1982
Eupatorium squalidum
DC., Prodr. 5:142. 1836.
Chromolaena squalida
(DC.) King & Rob., Phytologia 20:206. 1970.
Eupatorium stachyophyllum
Spreng., Syst. Veg. ed.
16:1826
Chromolaena stachyophylla
(Spreng.) Kin
g & Rob., Phytologia 20(3):206.
1970.
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