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BRUNO
REBOUÇAS
DE
MOURA
AVALIAÇÃO DO USO DA ÁGUA EM FRUTEIRAS IRRIGADAS
NO PROJETO JAÍBA
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Viçosa, como parte das
exigências do Programa de Pós
Graduação
em Meteorologia Agrícola, para obten
ção
do título de
Magister Scientiae
.
VIÇOSA
MINAS GERAIS
BRASIL
2
007
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BRUNO
REBOUÇAS
DE
MOURA
AVALIAÇÃO DO USO DA ÁGUA EM FRUTEIRAS IRRIGADAS
NO PROJETO JAÍBA
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Viçosa, como parte das
exi
gências do Programa de Pós
Graduação
em Meteorologia Agrícola, para obtenção
do título de
Magister Scientiae
.
APROVADA: 15 de agosto
de 2007.
_________________________________ _________________________________
Prof. Paulo Afonso Ferrei
ra
Prof. Márcio Motta Ramos
(Co
Orientador)
_________________________________ _________________________________
Prof. Maurício Bernardes Coelho
Prof. Elias
Fernandes de Sousa
_________________________________
Prof. Everardo Chartuni Mantovani
(Orientador)
ads:
ii
Aos meus pais,
Plínio e Ana,
meus maiores mestres
.
..
dedico.
iii
AGRADECIMENTOS
À minha família, por sempre me apoiar em todas as minhas decisões, e em
todos os momentos que precisei.
Ao P
rofessor Everardo Mantovani, pelos ensinamentos, pela orientação e
paciência nestes seis anos de convivência, o que me fez enriquecer como pessoa e
como profissional.
Aos Professores Paulo Afonso Ferreira e Gilberto Sediyama, meus
conselheiros no mestrado
, pela sua atenção e a contribuição inestimável.
Aos Professores da banca examinadora Maurício Bernardes Coelho, Márcio
Motta Ramos, Elias Fernandes de Sousa e Paulo Afonso Ferreira, pelas valiosas
sugestões na conclusão deste trabalho.
Aos demais profess
ores, por terem
me enriquecido na minha formação
acadêmica.
À turma da Pós
Graduação em Meteorologia Agrícola, pelo companheirismo
e apoio em todas as etapas vividas durante o curso.
Aos companheiros do GESAI (Grupo de Estudos e Soluções para a
Agricultu
ra Irrigada), pela colaboração e amizade.
Aos colegas David Muñoz, Aluísio S. C. Dias e Débora Toledo, que me
auxiliaram na pesquisa.
À empresa Fahma Planejamento e Engenharia Agrícola Ltda, que cedeu a
fazenda para realização dos experimentos, dando todo
suporte necessário, e em
especial aos funcionários Claiton e Antônio Humberto.
iv
À empresa Irriger e seus funcionários, pela valiosa colaboração.
Ao Banco do Nordeste do Brasil, onde atualmente trabalho, pela
receptividade e o incentivo nesta etapa final do
mestrado.
v
BIOGRAFIA
BRUNO REBOUÇAS DE MOURA, filho de Plínio Laranjeira de
Moura e
Ana Lúcia Haje Rebouças de Moura, nasceu em 19 de dezembro de 1981, na cidade
de Salvador, BA.
Em 2000, iniciou o Curso de Agronomia na Universidade Federal de Viçosa
(UFV), em Viçosa, MG, graduando
se em dezembro de 2004.
Em fevereiro de 2005,
ingressou no Programa de Pós
Graduação em
Meteorologia Agrícola da UFV, em nível de Mestrado, submetendo
se à defesa da
dissertação em agosto de 2007.
vi
SUMÁRIO
Página
LISTA DE QUADROS
................................
................................
...................
vii
i
LISTA DE FIGURAS
................................
................................
.....................
xi
i
RESUMO
................................
................................
................................
........
xiv
ABSTRACT
................................
................................
................................
....
xv
i
1. INTRODUÇÃO
................................
................................
..........................
1
2. REVISÃO DE LITERATURA
................................
................................
...
4
2.1. Agricultura irrigada
................................
................................
..............
4
2.2. Fruticultura irrigada
................................
................................
.............
5
2.2.1. A cultura da goiaba
................................
................................
........
7
2.2.2. A cultura da atemóia
................................
................................
......
8
2.3. Movimento de sais no solo
................................
................................
...
10
2.4. Característi
cas dos nutrientes e sua importância para as plantas
.........
11
2.4.1. O fósforo (P)
................................
................................
..................
11
2.4.2. O potássio (K)
................................
................................
................
13
2.4.3. O cálcio (Ca)
................................
................................
..................
13
2.4.4. O magnésio (Mg)
................................
................................
...........
14
2.5. O Projeto Jaíba
................................
................................
.....................
15
2.6. Manejo da irrigação no P
rojeto Jaíba
................................
...................
18
2.7. Evapotranspiração de referência (ETo)
................................
................
18
vii
Página
2.8. Redução da evapotranspiração para irrigação localizada
.....................
19
2.9. A influência da umidade do solo na ET
................................
...............
21
3. MATERIAL E MÉTODOS
................................
................................
........
22
3.1. Localização da pesqu
isa
................................
................................
.......
22
3.2. Caracterização da área experimental
................................
....................
23
3.3.
Histórico de exploração do solo e adubações na área experimental
....
26
3.4. Delineamento experimental
................................
................................
.
27
3.
5
.
Os tratamentos
................................
................................
......................
28
3.
6
.
Manejo da irrigação
................................
................................
..............
29
3.7
.
Avalia
ção do sistema de irrigação
................................
........................
31
3.8
.
Coleta e avaliação dos frutos
................................
................................
32
3.9
.
Análise estatística dos resultados de produtividade
.............................
33
3.1
0. Análise do custo da irrigação
................................
.............................
33
3.
11. Amostragens de solo e avaliação da concentração de nutrien
tes
.......
33
3.
12. Análise estatística dos resultados das análises de solo
.......................
34
3.13. Os lotes avaliados na Gleba C2
................................
..........................
35
3.1
4. Avaliação do uso da água nas áreas irrigadas
................................
....
36
3.
15
.
Consumo de água simulado nos lotes
................................
................
36
3
.
16. Consumo re
al de água nos lotes
................................
.........................
37
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
................................
..............................
38
4.1. Produtividades dos tratamentos e custos com irrigação
.......................
38
4.2. Lixiviação de nutrientes no solo
................................
..........................
41
4.3.
Diagnóstico do uso da água na Gleba C2
................................
.............
58
5.
CONCLUSÕES
................................
................................
..........................
63
6. REFERÊNC
IAS
................................
................................
..........................
65
APÊNDICES
................................
................................
................................
...
68
APÊNDICE A
................................
................................
................................
.
69
APÊNDICE B
................................
................................
................................
.
71
APÊNDICE C
................................
................................
................................
.
73
APÊNDICE D
................................
................................
................................
.
74
APÊNDICE E
................................
................................
................................
.
95
viii
LISTA DE QUADROS
Página
1.
Dados de área e produção das principais culturas exploradas no Projeto
Jaíba no ano de 2005............
....................................................................
17
2.
Resultados da análise granulométrica do solo do Lote 29M
.....................
25
3.
Resultados da análise físico
hídrica do solo do Lote 29M
.......................
25
4.
Vazão e intensidade de aplicação d
e água (Ia) dos emissores instalados
em cada tratamento e a cor dos seus respectivos bocais, nas culturas da
atemóia, da goiaba e da pinha
................................
................................
...
28
5.
Dados das culturas da atemóia, pinha e goiaba: duração das fases e os
respectivos valores médios de Kc
, Kl e Ks
................................
...............
30
6.
Valores médios de vazões (Q), coeficientes de uniformidade (CUC) e
pressões de serviço (P) por tratamento e cultura
................................
.......
31
7.
Esquema geral do experimento, com os fatores estudados e a sua
descrição e quantidade
................................
................................
..............
34
8.
Ca
racterização dos lotes utilizados na pesquisa e suas respectivas
parcelas
................................
................................
................................
......
35
9.
Evapotranspiração de referência (ETo), Evapotranspiração das culturas
(ETc), Lâminas recebidas em cada tratamento (Lâmina), e Proporção,
em %, entre a Lâmina recebida e
a ETc (Lâmina/ETc), nos períodos de
217 e 227 dias, para atemóia e goiaba, respectivamente
..........................
38
ix
Página
10.
Resultados das análises estatísticas com os dados de produtividade
(PROD) e peso médio dos frutos (PMED) nas parcelas da Atemóia e
Goiab
a
................................
................................
................................
.......
39
11.
Volume de água consumido em cada tratamento, em 217 e 227 dias,
para atemóia e goiaba, respectivamente
................................
....................
40
12.
Custo com irrigação durant
e o período do experimento nos t
ratamentos
avaliados
................................
................................
................................
....
41
13.
Resumo das análises de variância
das variáveis Mg, Ca, K e P, no
esquema de parcelas subsubdivididas, em função de Tratamento x
Distância x Profundidade
................................
................................
..........
42
14.
Valores médios das concentrações de fósforo
(P)
, em mg.
dm³
-
1
, para a
interação tratamento x distância x profundidade
................................
......
44
15.
Valores médios das concentrações de potássio
(K)
, em
mg.
dm³
-
1
, para
a interação tratamento x distância x profundidade
................................
....
45
16.
Valores médios das concentrações de cálcio
(Ca)
, em cmol
c
.dm³
-
1
, para
a interação tratamento x distância x profundid
ade
................................
...
46
17.
Valores médios das concentrações de magnésio
(Mg)
, em cmol
c
.dm³
-
,
para a interação tratamento x distância x profundidade
...........................
47
18. Equações de regressão ajustadas para as variáveis P, K, Ca e Mg em
função da distância (D) e da profundi
dade (Z), em cada tratamento (T)
.
48
19.
Lâminas de água totais (Irrigação + Precipitação efetiva), em mm,
ocorridas no período avaliado em cada ponto amostrado, função do
tratamento e distância do microaspersor
................................
..................
54
20.
Resumo das análises de va
riância das variáveis P, K, Ca e Mg, no
esquema de parcelas subdivididas, em função de L x P
...........................
54
21.
Equações de regressão ajustadas para as variáveis P, K, Ca e MG em
função da lâmina de água (L) e da profundidade (Z)
................................
55
22.
Comparação entre o
volume de água (m³) utilizado nas irrigações em
cada Lote (REAL) e o volume necessário (SIMULADO) para o mesmo
período
................................
................................
................................
......
59
23.
Diferenças entre as lâminas mensais de irrigação aplicadas e as
simuladas, em mm, em cada lote
................................
..............................
60
x
Página
24.
E
xcesso de água aplicado nas áreas irrigadas dos lotes avaliados,
indicado pelas diferenças entre v
olume Real e Simulado (Excesso
Total), e as diferenças médias por
área (Excesso
Média) e por mês
(Excesso
Média Mensal
................................
................................
.........
61
25.
Custos referentes
aos excessos de água e energia consumidos nas
irrigações em cada lote
................................
................................
..............
62
1A.
Dados utilizados no programa Irriplus para o balanço hídrico da
cultura da
atemóia
no experimento de campo na fazenda Fahma (Lote
29M), utilizando o exemplo do T1
................................
...........................
69
2A.
Dados utilizados no programa Irriplus para o balanço hídrico da
cultura da
goiaba
no experimento de campo na fazenda Fahma (Lote
29M), utilizando o exemplo do T1
................................
...........................
70
1B. Resultados das análises de variância para os parâmetros produtividade
(PROD
) e peso médio dos frutos (PMED) do experimento com
lâminas de irrigação na cultura da
atemóia
................................
.............
71
2B.
Resultados das análises de variância para os parâmetros produtividade
(PROD) e peso médio dos frutos (PMED) do experimento com
lâminas de irrigação
na cultura da
goiaba
................................
................
72
1C.
Resultados das análises dos dois Solos predominantes na Gleba C2 do
Projeto Jaíba
................................
................................
..............................
73
2C.
Resultados da análise da água utilizada nas irrigações, captada nos
canais do Rio São Francisco
................................
................................
.....
73
1D.
Dados utilizados
na simulação das irrigações na parcela
29M Limão
....
74
2D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Manga
...
75
3D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Atemóia
76
4D.
Dados utilizados na simulação das ir
rigações na parcela
29M Goiaba
..
77
5D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Pinha
.....
78
6D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
30M Limão
Gotejo
................................
................................
................................
......
79
7D. Dados utilizados na simulação das irrigações na p
arcela
30M Limão
Micro
................................
................................
................................
.......
80
8D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
30M Manga
...
81
xi
Página
9D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
414A Limão
...
82
10D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parc
ela
42M Manga
.
83
11D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
42M Limão
..
84
12D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
46P Banana
.
85
13D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
414A
Atemóia
................................
................................
................................
...
86
14D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
56P Banana
.
87
15D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
278P Manga
88
16D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
278P
Pimenta
................................
................................
................................
..
89
17D. D
ados utilizados na simulação das irrigações na parcela
32P Pinha
....
90
18D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
32P Limão
...
91
19D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
414A
Manga
................................
................................
................................
....
92
20D.
Dados utilizados n
a simulação das irrigações na parcela
42M
Banana
................................
................................
................................
...
93
21D.
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
32P Manga
..
94
xii
LISTA DE FIGURAS
Página
1.
Imagem da Estação de Bombeamento (EB1) do Projeto Jaíba,
localizada
no R
io São Francisco, com vista
do Canal Principal
..............
16
2.
Gleba C2 do Projeto Jaíba: Ficha Técnica, Mapa do Perímetro e Mapa
da Gleba
................................
................................
................................
....
23
3.
Área plantada do Lote 29M, indicando a distribuição das glebas com as
fruteiras, as linhas d
e irrigação e estação de bombeamento (rosa), e a
localização das parcelas experimentais (retângulo preto)
.........................
24
4.
Parcelas experimentais da pinha, atemóia e goiaba, com a distribuição
dos tratamentos dentro das linhas (blocos)
................................
...............
28
5.
Intensid
ade de aplicação de água (Ia) em função da distância em
relação ao microaspersor em cada tratamento
................................
..........
32
6.
Variação na concentração de
P
no solo, em mg.dm³
-
1
, em
função da
distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em cada
tratamento
................................
................................
................................
..
50
7.
Variação na concentração de
K
no solo, em mg.dm³
-
1
, em
função da
distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em cada
tratamento
................................
................................
................................
..
51
8. Variação na concentração de
Ca
no solo, em cmol
c
.dm³
-
1
, em
função
da distância
(DIST
), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em
cada tratamento
................................
................................
.........................
52
xiii
Página
9.
Variação na concentração de
Mg
no solo, em cmol
c
.dm³
-
1
, em
função
da distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em
cada tratamento
................................
................................
.........................
53
10.
Variaçã
o na concentração de
K
no solo, em mg.
dm³
-
1
,
em função da
lâmina de água (LAM)
, em mm,
e da profundidade (PROF)
, em cm
......
56
11.
Variação na concentração de
Ca
no solo,
em cmol
c
.dm³
-
1
,
em função
da lâmina de água (LAM)
, em mm,
e da profundidade (PROF)
,
em cm
..
57
12.
Variação na concentração de
Mg
no solo, em cmol
c
.dm³
-
1
, em função
da lâmina de água (LAM), em mm, e da profundidade (PROF), em cm
..
57
13.
Lâmina de água total aplicada em cada parcela no período de 01/04 a
30/09/2006 de acordo co
m as simulações realizadas
à frente de cada
barra estão indicados: espécie de fruteira, n
do lote e lâmina de
irrigação (mm)
................................
................................
...........................
58
1E.
Dados de Temperatura medidos na estação meteorológica automática
localizada no lote 29M durante o período de 01/
04 a 30/09/2006
..........
95
2E.
Dados de Umidade Relativa do ar medidos na estação meteorológica
automática localizada no lote 29M durante o período de 01/04 a
30/09/2006
................................
................................
................................
95
3E.
Dados de Velocidade do Vento medidos na estação meteorológica
automática
localizada no lote 29M durante o período de 01/04 a
30/09/2006
................................
................................
................................
96
4E.
Dados de Radiação Solar medidos na estação meteorológica
automática localizada no lote 29M durante o período de 01/04 a
30/09/2006
................................
................................
................................
96
xiv
RESUMO
MOURA
,
Bruno Rebou
ças
, M. Sc., Universid
ade Federal de Viçosa, agosto
de 2007.
Avaliação do uso da água em fruteiras irrigadas
no Projeto J
aíba.
Orientador:
Everardo Chartuni Mantovani
. Co
Orientadores:
Paulo Afonso
Ferreira e
Gilberto Chohaku Sediyama
.
A pesquisa foi rea
lizada no Projeto Jaíba, situado nos municípios de Jaíba e
Matias Cardoso, no norte de Minas Gerais. Objetivando avaliar a eficiência no uso da
água pelos produtores irrigantes, e os impactos econômicos e ambientais do excesso
de água n
a irrigação de frute
iras, foram realizados experimentos com as culturas da
goiaba, pinha e atemóia, e um estudo de caso
sobre o consumo de água em
lotes
empresariais
d
a Gleba C2 do Projeto Jaíba.
No
experimento com as cultu
ras da
xv
varian
do de acordo com o elemento
.
No
estudo sobre o uso da água nos lotes
empresariais do projeto Jaíba c
omparou
se o volume de água consumido no perí
odo
de abril a setembro de 2006
com o consumo de água estimado através de simulação
do balan
ço hídrico com o us
o do programa Irriplus
. Foram selecionados 10 lotes
onde foram coletados dados de solo, água, culturas, equipamentos de irrigação entre
outras informações necessárias para as simulações. Os dados meteorológicos foram
obtidos
n
a estação automática localizad
a em um dos lotes.
Todos os lotes
apresentaram excesso de água nas irrigações em determinados períodos e déficit em
outros.
A média geral foi
de 139
.
ha
-
1
mês
-
1
de água em excesso utilizada nas
irrigações.
xvi
ABSTRACT
MOUR
A, Bruno Rebouças
, M. Sc., Universi
dade Federal de Viçosa, August
of
2007.
Evaluation of the use of water in
fruit trees
irrigated in the
Project
Jaíba
.
Adviser:
Everardo Chartuni Mantovani
. Co
Advisers:
Paulo Afonso
Ferreira
and
Gilberto Chohaku Sediyama
.
The research was made in the
P
roject Jaíba
, located in the municipal districts
of Jaíba and Matias Cardoso, in the north of Minas Gerais
, Brazil
. Aiming at to
evaluate the efficiency in the use of the water for the farmers, and the economical
and enviro
nmental impacts of the excess of water
in the irrigation of fruit trees
,
experiments were accomplished with the cultures of the guava (Psidium guajava L.),
sugar
appl
e
(Annona squamosa L.) and
atemoya
(Annona atemoya Mabb), and a
diagnosis of the consumpti
on of water in managerial lots of the
Gleba
C2 of
the
P
roject
Jaíba. In the experiment with the cultures of the guava and of the
atemoy
a
were evaluated productivity, medium weight of the fruits, and production cost data in
function of
irrigation depths
app
lied
in different proportions in relation to the crop
evapotranspiration during the productive cycle. It was observed that the effect of the
applied water depth
was not significant for the production parameters, in other
words, there were not productivity
and weight of the fruits difference among the
treatments, although it has had great difference in the costs to the irrigation.
It was
also evaluated the effect of the
irrigation depth
in the nutrients
leaching
in the soil, in
the experimental portion of th
e
sugar apple trees
.
The studied elements were P, K, Ca
xvii
and Mg.
The results showed a general tendency of larger displacement of salts of the
superficial layers for the deepest where there was larger application of water, varying
in agreement with the eleme
nt.
In the study on the use of the water in the lots
of the
Gleba
C2 of
the project
Jaíba the volume of water consumed in the period of April to
September of 2006 was compared with the consumption of water dear through
simulation of the
water balance
with
the use of the program Irriplus.
Ten
lots were
selected
in which
soil
, water, cultures and
irrigation equipments
data
among
other
necessary information for the simulations
were collected
. The meteorological data
were obtained in the located automatic stati
on in one of the lots. All the lots
presented excess of water in the irrigations in certain periods and deficit in ot
her. The
general average was
139
m³.ha
-
1
month
-
1
of water
in excess used in the irrigations.
1
1. INTRODUÇÃO
Diante da preocup
ação cada vez maior com a escassez de água doce no
planeta, é inconcebível admitir que o seu uso na agricultura irrigada ainda seja feito
de maneira empírica, principalmente sabendo que esta atividade é a principal
consumidora de água.
A irrigação, em si,
não é a principal causa do problema. A produção vegetal
demanda uma quantidade muito grande de água, seja ela de chuva ou irrigação. Por
exemplo, para produzir 1 kg de batata ou 1 kg de banana são necessários
aproximadamente 5.000 litros de água.
A agricu
ltura irrigada, em geral, apresenta ganhos consideráveis de
produtividade em relação à de sequeiro, o que é um fato importante, porque na
medida em que a população mundial tem aumentado, é igualmente crescente a
demanda por alimento. Estimativas mundiais i
ndicam que a agricultura irrigada
ocupa 17% da área plantada e é responsável por 40% do total produzido
(M
ANTOVANI
et al.
, 2006).
Por outro lado, a eficiência no uso da água na irrigação ainda é baixa, mesmo
com os recursos tecnológicos atualmente disponí
veis, como sistemas mais
econômicos e equipamentos mais modernos, além das constantes pesquisas na área.
A lei 9433, de 1997, que rege a política nacional de recursos dricos, define
que a água é um bem de domínio público, um recurso natural limitado e do
tado de
valor econômico, sendo o seu uso prioritário, em condições de escassez, para o
consumo humano e dessedentação de animais.
2
Neste sentido, discute
se a cobrança pelo uso da água, que é uma realidade
em algumas bacias, estando incluso a água par
a irrigação, como forma de
incentivar práticas de uso eficiente. Acredita
se que enquanto a água for explorada
gratuitamente no meio rural, o seu uso jamais será feito de forma racional, embora o
custo energético para o bombeamento também exerça um importa
nte papel neste
contexto.
Pode não ser essa apenas uma questão de conscientização, pois muitas
soluções teóricas não são facilmente aplicadas na prática. É preciso criar políticas e
tecnologias acessíveis. Deve
se lembrar que o produtor irrigante é o maior
beneficiado do manejo eficiente da água.
Existem vários métodos de manejo da irrigação disponíveis, que podem ser
baseados em avaliação do teor de água no solo, de forma direta ou indireta (tensão,
corrente elétrica), por meio de evaporímetros, equações q
ue descrevem a
evapotranspiração da cultura, entre outros.
Segundo Mantovani
et al.
(2006), o gerenciamento correto da irrigação está
associado à u
tilização de técnicas adequadas de operação e manutenção do sistema
de irrigação, acompanhamento da eficiênci
a de uso da água, avaliação periódica,
definição diária das necessidades da lavoura, e monitoramento.
Sistemas mal dimensionados, desuniformidade na aplicação e o não
conhecimento da demanda de água das lavouras, além das características da água e
do solo,
são possíveis causas de insucessos na agricultura irrigada, seja a curto ou
longo prazo. Além do risco de salinização, podem levar a uma situação de déficit ou
excesso de água para a cultura. A primeira situação pode ocasionar redução de
produtividade e,
ou, qualidade do produto. a aplicação de água em excesso, além
do desperdício de água e energia, reduz a aeração do sistema radicular das plantas,
afeta a estrutura do solo, aumenta o transporte de nutrientes para as camadas mais
profundas do solo (pod
endo inclusive atingir os mananciais de água), entre outros
efeitos negativos.
Doorenbos e Kassam (2000) desenvolveram um método para análise da
relação entre o rendimento das culturas e a água disponível, expressa através da
razão entre a evapotranspiraçã
o real e a máxima, mediante um fator de resposta da
cultura que permite a integração de grande número de processos complexos. Porém,
este fator é variável em função da localidade em que a cultura desenvolve. Além
disso, a aplicação do método exige uma séri
e de dados nem sempre disponíveis,
3
relativos ao rendimento e ao uso da água. Portanto, a realização de pesquisa local
aplicada se faz necessário.
Conhecer essa relação é fundamental para se estabelecer um programa
adequado de manejo. Porém, é importante o
bservar que nem sempre a máxima
produção corresponde ao máximo lucro.
Fazer uso eficiente da água é conhecer o seu custo e benefício, bem como os
seus impactos ambientais. Como toda tecnologia, o emprego da irrigação tem que ser
economicamente e tecnicamen
te viável, e ecologicamente correto.
A pesquisa teve como principais objetivos: avaliar o efeito do excesso de
água sobre a produtividade, peso médio dos frutos, e custo de produção nas culturas
da goiaba (
Psidium guajava
L.) e atemóia (
Annona atemoya
Mabb
), irrigadas por
microaspersão; avaliar a lixiviação dos elementos P, K, Ca e Mg no perfil do solo,
cultivado com pinha irrigada por microaspersão, em função das lâminas de água
aplicadas; e comparar o consumo de ág
ua nas áreas irrigadas em l
otes empresari
ais
do Projeto Jaíba com
o consumo simulado através do programa Irriplus
.
4
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1
.
Agricultura irrigada
O consumo de água na agricultura irrigada é um importante aspecto a se
considerar.
Apesar do aumento na demanda por
água em outros setores, a irrigação
continua a ser o seu principal meio de consumo em uma escala global. Há, portanto,
uma pressão crescente para que a água seja usada mais eficientemente na agricultura
irrigada. Por outro lado, a irrigação é considerada c
omo uma das principais maneiras
de aumentar a produção de alimento e a renda no meio rural. É, conseqüentemente,
imperativo melhorar a gerência dos recursos hídricos a fim de conseguir maior
produtividade e renda com o menor consumo de água (FAO, 2006).
A
irrigação é uma técnica milenar que, nos últimos anos, desenvolveu
se de
forma acentuada, possibilitando a sua utilização nas mais diversas condições de solo,
cultura e clima. Existe uma ampla disponibilidade de equipamentos para atender aos
mais distintos
sistemas de produção. Estes avanços, porém, não foram acompanhados
por igual avanço na utilização de técnicas de manejo da irrigação (MANTOVANI et
a
l., 2003
).
A necessidade do uso mais eficiente da água para irrigação está relacionada
com a crescente comp
etição pelos recursos hídricos e à exigência para que esta
prática seja menos ambientalmente agressiva (
CLOTHIER e GREEN, 1994).
São
necessárias medidas para aumentar a eficiência física e econômica no manejo da
água em sistemas de irrigação. Melhoria na e
ficiência física está relacionada ao
5
melhor aproveitamento da fração de água aplicada, enquanto o aumento da eficiência
econômica é um conceito mais amplo, uma vez que busca o maior retorno
econômico no uso da água por medidas físicas e administrativas (CA
I et al., 2003).
Para aplicação no planejamento, projeto e operação de sistemas de irrigação é
necessário analisar o efeito do suprimento de água sobre os rendimentos da cultura.
A produção das culturas e o uso ótimo de água são determinados pelo ambiente
como um todo e, por conseqüência, são específicos da localidade (
DOORENBOS
e
KASSAM
, 2000).
Para se determinar a máxima eficiência econômica da irrigação é necessário
conhecer a curva de resposta da cultura, em termos de desenvolvimento e
produtividade, em
função da quantidade de água fornecida, mantendo
se constantes
os outros fatores de produção.
Alvarez
et al. (2004) aplicaram o modelo MOPECO, ferramenta para
identificar a ótima produção e lucro em função da irrigação e estratégias de
administração, em u
ma área irrigada na região semi
árida da Espanha. Os resultados
mostraram que, na maioria das vezes, as lâminas de irrigação que corresponderam ao
máximo retorno econômico foram menores que aquelas necessárias para obter o
máximo em produção.
Sem dúvida, o
crescimento sustentável da irrigação necessita de um programa
muito bem elaborado de pesquisa e desenvolvimento para o seu estabelecimento e
consolidação. Assim, o futuro da irrigação envolve produtividade e rentabilidade
com eficiência no uso da água, da
energia e de insumos, com respeito ao meio
ambiente. De forma geral, a busca desses objetivos tem sido importante, mas
limitada, pois tem sido focada no ponto de vista da engenharia, negligenciando o
manejo. Mesmo considerando a melhoria dos sistemas de i
rrigação, com a maior
eficiência de distribuição da água nas mais diversas situações, a falta de um
programa de manejo pode levar tudo a perder, seja pela aplicação de água em
excesso, seja pela falta, antes ou depois do momento adequado para cada fase da
cultura e situações vigentes (BERNARDO et al., 2006).
2.2
.
Fruticultura irrigada
Têm
se verificado recentemente uma mudança no hábito alimentar da
população mundial, marcada pelo crescimento do consumo de frutas e hortaliças,
6
alimentos considerados indis
pensáveis para uma melhor qualidade de vida
(FREITAS, 2003).
Nesse contexto, a fruticultura brasileira ocupa importante posição; além de
ser o maior produtor mundial de frutas cítricas, o Brasil ocupa posição destacada
como produtor de frutas tropicais, c
omo banana, manga, mamão, abacaxi, caju,
goiaba e maracujá e, nos últimos anos, vem apresentando grande crescimento na
produção de uva, maçã e pêssego. Além disso, o processamento de frutas tem
aumentado sua participação no complexo agroindustrial, pela el
evação do consumo
interno e das exportações, o que reflete na sua importância social, por gerar um
grande número de empregos e proporcionar rentabilidade aos pequenos e médios
agricultores (SIMÃO, 2004).
O uso da irrigação em fruteiras ocorre nas mais dist
intas condições de
produção. As fruteiras em geral se destacam como excelentes opções para as áreas
irrigadas, especialmente em regiões com temperatura e veis de radiação
fotossinteticamente ativa elevados durante todo o ano.
O Brasil, por sua grande di
versidade edafoclimática, apresenta condições
ideais para a agricultura e, em particular, para a fruticultura, com potencial para
atender aos mercados interno e externo. Existem no Brasil cerca de 2,5 milhões de
hectares ocupados com o cultivo de fruteiras
, com uma produção acima de 30
milhões de toneladas por ano. Nos últimos anos, tem havido considerável expansão
da fruticultura tropical irrigada, em pólos regionais como Juazeiro, Petrolina,
Janaúba e Jaíba. Estima
se que 91% da área ocupada pela fruticu
ltura no vale do rio
São Francisco seja i
rrigada (MANTOVANI e SOARES, 2003
).
O Norte de Minas Gerais apresenta um grande potencial par
a a produção de
frutas devido a algumas
condições climáticas favoráveis. Porém, as precipitações são
irregulares, implican
do na necessidade de irrigação das culturas como forma de
permitir uma agricultura competitiva, com produtividades elevadas e rentabilidade
adequada (
QUARESMA FILHO
, 2000).
Várias espécies de fruteiras são cultivadas no perímetro irrigado do Jaíba,
entre e
las a atemoieira e a goiabeira. A atemóia é uma Anonácea de elevado valor
econômico, ainda pouco conhecida na maior parte do país. Nos grandes
centros
chega a custar R$ 15,00 por
kg
, ou R$ 5,00 por unidade
. Apesar do mercado
favorável, a área plantada no p
erímetro irrigado ainda é pequena, e são poucos os
resultados de pesquisas com a cultura nas condições edafoclimáticas locais.
7
A goiaba vem tendo uma crescente expansão na sua área cultivada no Projeto
Jaíba, motivada pela instalação de indústrias de proc
essamento da fruta (doces,
sucos).
2.2.1
.
A Cultura da Goiaba
A goiabeira (
Psidium guajava
L.) é uma espécie pertencente à família
Myrtaceae
. Com a utilização de podas e irrigações, além de apresentar níveis de
produtividade elevados
(40 a
50 t.
ha
-
1
ano
-
1
), produz durante todo o ano. A colheita
contínua de frutas contribui para conquista de grandes mercados, tanto interna quanto
externamente, além de propiciar, durante todo o ano, renda aos produtores. Para a
exportação, assim como para o mercado interno,
cada vez mais exigente, é necessário
um padrão de qualidade de fruto bastante elevado, alcançado em culturas bem
conduzidas e formadas com variedades selecionadas, de acordo com o mercado que
se deseja atingir (Gonzaga Neto, 1990, citado por
SIMÃO
, 2004
).
Segundo Medina (1991), em relação à precipitação, a goiabeira mostra ser
relativamente resistente às secas, e cita exemplos de cultivos de sequeiro em que são
obtidas uma ou duas safras anuais em decorrência da distribuição das chuvas. Nesse
caso, as co
lheitas concentram
se nos períodos de maior disponibilidade hídrica. Em
regiões onde a precipitação total anual varia entre 800 e 1.000 mm e as chuvas são
bem distribuídas, não necessidade de irrigações complementares para obter safras
compensadoras.
Pa
ra a produção de goiabas a longo de todo o ano, a irrigação torna
se uma
prática indispensável, mesmo em regiões onde a precipitação anual ultrapassa 1.000
mm. Nesse caso, as plantas são podadas de tempos em tempos para forçar o
surgimento de novas brotaçõ
es que, dependendo do manejo da cultura, propiciam
produções ao longo de todo o ano. Uma vez podada, a goiabeira necessita de um
fornecimento adequado de água e nutrientes e condições satisfatórias de temperatura
para obtenção de altas produtividades e fru
tas de qualidade. Além disso, um
adequado controle fitossanitário e das ervas daninhas torna
se indispensável
SIMÃO
, 2004).
Segundo Gonzaga Neto (2001), esta cultura pode ser irrigada por sistemas de
gotejamento, microaspersão, aspersão e por sulcos. Os s
istemas de irrigação por
gotejamento e por sulcos são indicados para solos argilosos e argilo
arenosos,
8
enquanto os sistemas por aspersão e por microaspersão são mais adequados para
solos arenosos e areno
-
argilosos.
Lima et al. (2002), em estudo sobre a ca
racterização de frutos de goiabeira e
seleção de frutos na região do submédio São Francisco, observaram, entre outras, as
seguintes características médias para a variedade Paluma: massa de 104,8 g, diâmetro
longitudinal de 6,29 cm, diâmetro transversal de
5,57 cm, sólidos solúveis totais de
10,4°BRIX e 89,78 mg
de ácido ascórbico (vitamina C) por porção de
100
ml.
2.2.2
.
A Cultura da Atemóia
A atemóia (
Annona atemoya
Mabb) é uma planta da família das Anonáceas, a
mesma da graviola e a pinha ou fruta
do
co
nde. É um híbrido da pinha com a
cherimóia, outra planta pertencente à família, considerada por muitos como a melhor
fruta do mundo.
A maioria das espécies de anonáceas constituem árvores de pequeno porte,
com altura variando de 5 a 7,5 m, com troncos marr
om
acinzentados, eretos ou
fasciculados. Com raras exceções, as anonáceas são caducifólias, inclusive as
espécies tropicais, especialmente quando cultivadas em áreas com uma estação seca
prolongada e sem irrigação (
PINTO
et al., 2002).
O primeiro cruzament
o artificial da atemoieira ocorreu na Flórida (Estados
Unidos), no ano de 1908. No Brasil, relatos de que em 1950 o Instituto
agronômico de Campinas (IAC) tenha realizado a introdução da atemoieira, no
estado de São Paulo, visando avaliar o seu comporta
mento, tendo, inclusive, efetuado
o plantio em São bento do Sapucaí.
Considera
se que a Austrália é a terra mãe da atemóia, seguida pela Flórida e,
depois, Israel. No sul dos Estados Unidos, as culturas de atemóia se localizam na
Flórida, e as de cherimóia
, na Califórnia.
No Brasil, a atemóia tem importância econômica nos estados da Bahia, São
Paulo, Paraná e Minas Gerais (
MANICA
et al., 2003).
Com a polinização artificial e a irrigação em culturas intensivas e semi
intensivas bem administradas e bem sucedi
das, a produção da atemóia será um pouco
menor do que nas outras culturas frutíferas, entre 14 a
18 ton.
ha
-
1
no quinto ano ou
no sexto ano da implantação, o que é considerado normal com 80% de frutos de
9
qualidade, isso se houver flores que puderem ser fecu
ndadas artificialmente em
cultura intensiva com produção superior.
O fruto de qualidade da atemóia deve ser simétrico, de polpa branca, cremosa,
no meio da qual estão as sementes pretas. Dependendo da variedade e do estado de
maturação, o teor de açúcar va
ria de 18 até 25°BRIX, e em certas variedades até
29°BRIX, para frutos cultivados no Brasil (
BONAVENTURE
, 1999).
Os frutos com mais de 300
g, que alcançam bom preço, podem ser embalados
em caixa de papelão resistente. Apesar dos altos preços alcançados pel
as anonáceas
nos principais mercados do País, a embalagem representa em média 8 a 10% do valor
bruto da mercadoria.
A atemoieira, apesar de adaptar
se muito bem às diversas condições
climáticas, apresenta um melhor desenvolvimento e produção de frutos em q
ualidade
e quantidade nas áreas livres de geadas, onde ocorre um inverno seco e precipitação
mais uniforme e bem distribuída ao longo do período de vegetação que, em grande
parte do Brasil, aparecem no período de setembro a março. As plantas desenvolvem
se
melhor e frutificam mais quando a temperatura máxima varia de 22 a 28ºC, e a
média da mínima está entre 10 e 20°C; tem sido indicada como temperatura ótima
para a maturação dos frutos uma média de temperatura máxima entre 20 e 26°C
(Kavati, 1992, citado p
or
MANICA
et al., 2003).
Segundo Bonaventure (1999), a atemoieira é uma planta sensível em relação
à água. Qualquer deficiência de água e umidade atmosférica durante o período de
floração e frutificação afeta drasticamente a produção. Por outro lado, a fal
ta ou o
excesso de água podem ser uma das causas da rachadura do fruto. É importante que
durante o ciclo vegetativo a planta tenha regularmente a quantidade de água
necessária, mas não em excesso.
George et al. (2002), estudando as alterações diurnas na ta
xa de assimilação
de carbono (A), condutância estomática (g
s
) e potencial de água na folha (
L
) em
plantas de atemóia, cultivar African Pride, na Austrália, verificaram que a maior
parte das variações em A e g
s
podem ser atribuídas às mudanças na umidade r
elativa
do ar (UR). O potencial de água na folha (
L
) foi fortemente influenciado pela
temperatura do ar (T). A grande sensibilidade dos estômatos da atemóia à baixa
umidade relativa pode ser uma das razões da deficiência em tamanho e teor
nutricional dos
frutos sob condições subtropicais, devido às limitações na formação
de carboidratos.
10
2.3
.
Movimento de sais no solo
Os sais estão presentes no solo em sua fase líquida (solução do solo),
adsorvidos às partículas minerais e orgânicas, ou na forma de precip
itados. Essa
quantidade e, ou, proporção varia em tempo, localização, espaço e, principalmente,
com o teor de água do solo (
MANTOVANI
et al, 2006).
Os íons e partículas livres na solução do sol
o estão sujeitas ao processo de
lixiviação, que corresponde ao
movimento descendente da água livre em um perfil.
As propriedades do solo influenciam diretamente a perda de nutrientes devido a esse
processo. De modo geral, solos arenosos possibilitam maiores perdas de nutrientes
do que os argilosos, pela sua menor cap
acidade de retenção de água e adsorção dos
cátions. Também, os solos mais intemperizados são mais susceptíveis ao processo de
lixiviação do que os mais jovens, pois com o tempo as argilas perdem uma das
camadas de Silício e conseqüentemente a CTC é reduzid
a.
Em solos com elevada macroporosidade e baixa capacidade de troca
catiônica, como os arenosos, o efeito do escoamento de água sobre a redução na
concentração de sais na superfície do solo é ainda maior. Os solos do Projeto Jaíba
possuem essas característ
icas físicas.
Figueiredo (2006), estudando a movimentação de cálcio em dois latossolos,
observou que a magnitude da mobilidade do Ca depende da composição textural do
solo, sendo maior no Latossolo Amarelo (textura média) comparativamente ao
Latossolo Verm
elho (muito argiloso).
Em regiões onde é elevada a percolação da água, a ocorrência de lixiviação é
igualmente elevada. Segundo Blanco e Folegatti (1999), a lixiviação pode ser
proporcionada pela precipitação pluvial ou pela aplicação de uma lâmina de água
de
irrigação superior àquela capaz de ser retida no perfil, fazendo com que uma fração
da água aplicada percole abaixo da zona radicular, lixiviando parte dos sais
acumulados.
O uso da irrigação pode ocasionar diversos efeitos negativos sobre as
caracterí
sticas químicas dos solos, principalmente devido ao manejo inadequado.
Em áreas com problemas de salinidade, é necessário aplicar um excesso de
água na irrigação, previamente calculado, para promover a diluição e lixiviação dos
sais da superfície do solo.
Em alguns casos, a irrigação deve estar acompanhada de
11
um sistema de drenagem artificial
, para evitar a elevação do lençol freático trazendo
os sais profundos à superfície do solo (
MANTOVANI
et al., 2006).
Nas áreas onde não esse risco de salinização,
devido às características do
solo e da água, a irrigação deve suprir apenas as necessidades da planta. Nestes
casos, a lixiviação de sais devido ao excesso de água aplicada torna
se indesejável.
Uma das conseqüências da lixiviação de sais é a eutrofisação
dos mananciais
de água. Os nutrientes são transportados pela água até atingirem os lençóis
subterrâneos, rios e lagos, provocando a proliferação descontrolada do fitoplâncton e
zooplâncton nesses ambientes aquáticos.
A percolação de elementos químicos atr
avés do perfil do solo e o transporte
via escoamento superficial são os principais processos de transferências de elementos
para o meio aquático. Os elementos chaves para o desenvolvimento dos organismos
aquáticos são o nitrogênio e o fósforo. A percolação
de nitrato é um dos principais
caminhos de transferência para águas subsuperficiais, sendo o fósforo transferido por
escoamento superficial (
BERWANGER
, 2006).
Além disso, elementos químicos essenciais ao desenvolvimento das plantas
são transportados para
camadas abaixo da rizosfera, impossibilitando o seu
aproveitamento pelas plantas. A lixiviação de sais é função do escoamento de água
no perfil do solo, assim, na zona radicular, a quantidade de sais é influenciada pela
quantidade de água que entra e sai.
Na irrigação por microaspersão a distribuição de água é desuniforme ao longo
do raio molhado. Na maioria dos casos, a lâmina aplicada é concentrada nas regiões
mais próximas ao emissor, onde o arraste de nutrientes é potencialmente maior.
Quando o emissor
está localizado sob a copa das plantas, este processo de arraste
ocorre justamente onde é maior a concentração de radicelas, responsáveis pela
absorção de nutrientes para as plantas.
2.4
.
Características dos nutrientes e sua importância para as plantas
2.4.1
.
O Fósforo (P)
Segundo Malavolta (1996), o P é um dos 16 nutrientes essenciais às plantas
para o seu crescimento e produção. Ele é considerado um dos três macronutrientes,
juntamente com o nitrogênio (N) e o potássio (K). Eles são considerados
12
macro
nutrientes devido à quantidade relativamente alta com que são utilizados pelas
plantas e à freqüência com que suas deficiências limitam o crescimento delas.
O P é um componente vital no processo de conversão da energia solar em
alimento, fibra e óleo pelas
plantas. O P desempenha função chave na fotossíntese,
no metabolismo de açúcares, no armazenamento e transferência de energia, na
divisão celular, no alargamento das células e na transferência de informação
genética.
O P promove a formação inicial e desen
volvimento da raiz, o crescimento da
planta; afeta a qualidade das frutas, dos vegetais e dos grãos, e é vital para a
formação da semente. O uso adequado de P aumenta a eficiência da utilização de
água pela planta, bem como a absorção e a utilização de tod
os os outros nutrientes
presentes no solo. Contribui para aumentar a resistência da planta a algumas doenças,
e ajuda a cultura a suportar baixas temperaturas e a falta de umidade.
As plantas absorvem o P do solo, especificamente da solução do solo.
Soment
e pequenas quantidades de P estão presentes na solução do solo, porém, o
suprimento deve ser continuamente reabastecido pela liberação de P dos minerais e
da matéria orgânica. O pH do solo, ou a acidez, tem grande influência na
disponibilidade de P para as
plantas e determina as formas que elas podem utilizá
lo.
Todo o P é absorvido pelas raízes como íon ortofosfato, H
2
PO
4
-
.
Quando uma fonte solúvel de fósforo é adicionada ao solo, na forma de
solução, particularmente para solos de regiões tropicais, mais d
e 90 % do aplicado é
adsorvido ou precipitado na primeira hora de contato com o solo. Sendo que, com o
passar do tempo, a continuidade da reação leva à fixação do fósforo, ou seja, à
passagem da forma lábil para não
lábil. Considera
se o fósforo fixado “in
disponível”
para as plantas (MENDONÇA e MENDONÇA
, 2003).
O conhecimento da dinâmica do P, sua distribuição e seu aproveitamento
encerram uma complexidade de fatores inerentes a cada local de amostragem, o que
leva a dificuldade de sua avaliação (
LEÃO
et al
., 2007).
Os fatores que afetam a disponibilidade de P para as plantas incluem: tipo e
quantidade de minerais de argila, níveis de P no solo, aeração, compactação, teor de
água, temperatura, pH, disponibilidade de outros nutrientes essenciais às plantas e
o
tipo de cultura (
MALAVOLTA
, 1996).
13
2.4.2
.
O Potássio (K)
As plantas exigem mais K do que qualquer outro nutriente, exceto o
nitrogênio (N). As culturas de importância econômica contêm aproximadamente as
mesmas quantidades de N e K, mas o conteúdo de K
de algumas altamente
produtivas pode ser maior que o de N.
Ao contrário de outros nutrientes o K não forma compostos nas plantas, ele
permanece livre para “regular” muitos processos essenciais, incluindo ativação
enzimática, fotossíntese, uso eficiente da
água, formação de amido e síntese de
proteína.
O K é normalmente um elemento abundante na maioria dos solos. Porém,
somente uma pequena quantidade está disponível para as plantas em todo o período
de desenvolvimento, provavelmente menos que 2%. O K no sol
o existe em três
formas: K indisponível
é encontrado nos minerais do solo. Ele é liberado muito
vagarosamente para estar disponível para a cultura em desenvolvimento no ano; K
pouco disponível
é fixado ou aprisionado entre as camadas de certas argilas
do
solo. Solos altamente intemperizados (regiões tropicais) não contém muito dessa
argila; K disponível
é encontrado na solução do solo e retido na forma trocável pela
matéria orgânica e pelas argilas.
O K movimenta
se no solo, principalmente, por difusã
o, que é um processo
vagaroso. As raízes das culturas geralmente contactam menos que 3% do solo no
qual elas crescem. Isso significa que os solos devem ser bem supridos com K para
garantir a disponibilidade adequada para cada estádio de desenvolvimento, at
é a
colheita (
MALAVOLTA
, 1996).
Rosolem et al. (2006) avaliaram a lixiviação de K no solo em conseqüência
da aplicação de chuva simulada e adubação, e concluíram que a lixiviação de K, em
profundidade no solo, é proporcional à chuva aplicada.
2.4.3
.
O Cál
cio (Ca)
O Ca é um elemento essencial. Classificado como macronutriente secundário
na legislação brasileira de adubos, desempenha um importante papel no processo
produtivo.
14
O Ca contribui para a formação da fertilidade do solo: desloca o hidrogênio
(H) da
superfície das partículas do solo, reduzindo a acidez; é essencial para os
microorganismos que transformam os restos de cultura em matéria orgânica, liberam
os nutrientes e melhoram a estrutura e a capacidade de retenção de água dos solos;
ajuda a bactéri
a
Rhizobium
a fixar melhor o N atmosférico em formas que as plantas
leguminosas podem utilizar; e aumenta a absorção e todos os outros nutrientes pelas
raízes e o seu transporte para os outros órgãos da planta (caule, ramos, folhas frutos)
MALAVOLTA
, 1996
).
O cálcio contido no solo está intercalado entre as camadas de silicatos das
argilas. As argilas apresentam uma propriedade química chamada "troca iônica".
Neste processo, os ácidos carregam os íons de hidrogênio às argilas, que acabam
liberando os íons
de cálcio que existem naturalmente no solo. Quando combinado
desta nova forma, o cálcio se torna pouco útil para a planta, que passa a ter muita
dificuldade de absorvê
lo. Quando o ácido presente é o ácido sulfúrico, isto se torna
ainda mais grave, pois
a formação de sulfato de cálcio (CaSO
4
), um sal que não se
dissolve na água, e que, portanto, as plantas não conseguem absorver (
FRANCISCO
,
2003).
O Ca é vital para várias funções na planta: ajuda a converter o N
nitrato (N
NO
3
) em formas necessárias para
a formação de proteínas; ativa um grande número
de sistemas enzimáticos que regulam o crescimento da planta; é necessário para a
formação da parede celular e para a divisão normal da célula; ajuda a neutralizar os
ácidos orgânicos na planta, junto com o M
g e o K; contribui para aumentar a
resistência a doenças.
A disponibilidade de Ca é adequada quando os solo possuem pH entre 6,0 e
6,5, ou quando a acidez é corrigida pela aplicação de calcário. Quando o solo se
torna ácido em conseqüência da lixiviação (p
or água pura) ou perda de bases, da
adubação e da própria cultura (que “troca” K, Ca e Mg por H) o desenvolvimento das
plantas é freqüentemente prejudicado pelas concentrações tóxicas de alumínio (Al),
manganês (Mn) e ferro (Fe), além da falta de Ca (
MALAV
OLTA
, 1996).
2.4.4
.
O Magnésio (Mg)
Segundo Malavolta (1996), o Mg é necessário para as culturas captarem a
energia do sol utilizada no crescimento e na produção. É classificado como um
15
nutriente secundário, mas tem um efeito primário na produção vegetal
. As
quantidades de Mg exigidas pelas culturas geralmente são menores que as de K ou
Ca, mas praticamente iguais às de P ou enxofre (S).
Embora o solo forneça naturalmente variadas quantidades de Mg, esse
suprimento tem sido esgotado em muitas áreas devido
a cultivos sucessivos sem
adubação com Mg. Além disso, calcula
se que a erosão leva embora das terras
agrícolas uma quantidade de Mg equivalente à contida em todo o calcário aplicado
no Brasil.
A crosta terrestre contém cerca de 1,9% de Mg, grande parte n
a forma de
minerais. Parte do Mg se torna disponível à medida que os minerais são
intemperizados.
A disponibilidade de Mg é freqüentemente relacionada ao pH. Pesquisas têm
mostrado que a disponibilidade de Mg para as plantas diminui a baixos pHs e a altos
pHs. Em solos ácidos (pH abaixo de 5,8), o excesso de H e de Al influencia a
disponibilidade de Mg e sua absorção pelas plantas. A altos pHs (acima de 7,4), o
excesso de Ca impede a absorção de Mg pelas plantas.
Condições que aumentam a necessidade de Mg s
uplementar: solos arenosos
com baixa capacidade de troca de cátions, baixo teor de Mg e alto potencial de
lixiviação; aplicação de calcário calcítico em solos com baixo teor de Mg; culturas
exigentes em Mg como o algodoeiro, os citros e o tomateiro; altas
doses de N
amoniacal e de K
2
O na adubação; teores baixos de Mg trocável no so
lo, geralmente
menos de 0,5 mmol
c
.
100 cm³
-
1
(120 ppm); períodos de seca ou veranico.
2.5
.
O Projeto Jaíba
A implantação de áreas irrigadas na região semi
árida é uma excelente
a
lternativa de investimento e pode trazer grande desenvolvimento para a região.
Todavia, os impactos ambientais e econômicos podem ser negativos se não houver
um manejo adequado dos recursos disponíveis.
Na região norte de Minas Gerais estão localizados alg
uns importantes
perímetros de irrigação, implantados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), destacando
se o Projeto Jaíba.
16
Figura 1
Imagem da Estação de Bombeamento (EB1) do Projeto Jaíba, localizada
no
Rio São Francisco, com vista
do Canal Principal.
Esse perímetro está localizado nos municípios de Jaíba e Matias Cardoso,
com uma área total irrigável de cerca de 57 mil ha, sendo 26.790 ha na primeira
etapa e 30.800 ha na segunda etapa, recém concluída.
Em plena expansão, com
potencial para irrigar em torno de 100 mil ha, o Jaíba já é o maior projeto de
irrigação da América Latina e um dos maiores do mundo. Destacam
se a produção
de frutas, olerícolas e sementes.
O Quadro 1 apresenta as principais cultur
as exploradas no perímetro no ano
de 2005, segundo relatório anual da Codevasf. Atualmente, este cenário se
encontra bastante modificado, destacando
se a expansão na área de cana
-
de
açúcar,
pinhão manso e goiaba destinada à indústria de processamento.
N
ão obstante tenha se tornado o mais importante produtor nacional de
bananas
prata, a variedade mais popular no mercado doméstico, e apesar do recente
ingresso de produtores empresariais ter conferido dinamismo e diversificação de
culturas ao pólo Norte de
Minas, seu desenvolvimento ainda é considerado altamente
problemático. O Projeto Jaíba que, quinze anos após seu início, atingiu apenas 10%
da meta prevista, incorpora bem as dificuldades de desenvolvimento dessa região.
Uma das principais causas dos insuc
essos obtidos é o gerenciamento inadequado da
17
irrigação pelos proprietários dos lotes. O uso inadequado da água, além de onerar os
custos de produção, acarreta sérios prejuízos relacionados ao abortamento de frutos,
baixas produtividades, problemas fitossa
nitários e injúrias causadas por déficit ou
excesso de umidade no solo, além da lixiviação excessiva de nutrientes.
Quadro 1
Dados de área e produção das principais culturas exploradas no Projeto
Jaíba no ano de 2005
PERÍMETRO DE IRRIGAÇÃO JAÍBA
Área Plantada, Colhida, Produção e Valor Comercializado em 2005.
ÁREA EMPRESARIAL
Culturas exploradas
Área Plantada
(ha)
Área em
produção (ha)
Produção
obtida (t
)
Valor
comercializado (R$)
FRUTICULTURA:
2.070
1.673
26.644
11.404.710,00
atemóia
31
17
104
131.430,00
banana
1.114
1.369
22.723
10.324.170,00
côco
46
22
15
3.680,00
goiaba
6
6
60
10.230,00
lichia
1
limão
257
143
2.230
524.610,00
mamão
38
20
502
99.590,00
manga
528
77
892
199.110,00
maracujá
9
4
2.310,00
pinha
30
11
44
109.580,00
tâmara
15
tangerina
5
GRÃOS/CEREAIS/HORTALIÇAS:
1.174
1.066
5.530
4.557.255,00
abóbora
246
227
2.592
1.055.560,00
abóbora (sem)
78
45
7
105.300,00
cebola (bulbo)
69
63
1.138
1.376.170,00
ervilha (sem)
5
5
2
12.602,00
feijão
470
461
838
981.340,00
melancia
32
28
343
113.060,00
melancia (sem)
95
95
11
124.794,00
milho
30
pepino industrial
20
20
280
168.000,00
pepino (sem)
24
21
3
31.119,00
pimentão (sem)
20
20
15
450.000,00
quiabo
10
10
98
48.070,00
sorgo (sem)
72
69
15
5
79.240,00
tomate industrial
5
3
48
12.000,00
OUTROS:
121
0
0
0,00
cedro
7
mandioca
20
mandioca industrial
79
pastagem
2
pinhão manso
13
TOTAL:
3.365
2.739
32.173
15.961.965,00
18
Apesar dos insucessos na implantação da primeira etapa
, o Projeto Jaíba vem
passando por um processo de recuperação, com grandes investimentos no setor
bioenergético e de processamento de frutas e hortaliças. Os lotes que conseguiram se
manter em atividade, hoje, se encontram mais organizados e bem estruturad
os quanto
ao mercado e as técnicas de produção.
Uma grande variedade de frutas é produzida no oduzi defoduç gna idaprveapamcd
19
O método
padrão para cálculo da evapotranspiração de referência é pela
equação de Penman
Monteith parametrizada pela FAO (
ALLEN
et al., 2006).
Porém, também pode ser determinada pelo uso de outras equações, como FAO
-
Blaney
Criddle e Hargreav
es & Samani, ou evaporímetros. Todos esses métodos
apresentam limitações em relação ao método
padrão (
SIMÃ
O
, 2004).
Simão et al. (2003), comparando a ETo obtida pelo tanque “Classe A” com a
calculada pela equação de Penman
Monteith, nas condições da região
Norte de
Minas Gerais, concluíram que o tanque não deve ser utilizado para controle de
irrigações com turno de rega diário devido ao grande erro
padrão de estimativa
encon
trado nessa situação de 2,54 mm.
dia
-
1
.
A determinação da evapotranspiração da cultur
a depende da
evapotranspiração de referência e de coeficientes de ajustes determinados
experimentalmente. Dessa forma, a determinação da ETo é passo necessário para o
cálculo da evapotranspiração da cultura.
2.8
.
Redução da Evapotranspiração para Irrigaçã
o Localizada
Em irrigação localizada, é necessário fazer uma correção na
evapotranspiração da cultura determinada para os sistemas que irrigam em área total.
Existem várias metodologias para calcular o coeficiente de redução da
evapotranspiração para irri
gação localizada, como a de Keller (1978) e a de Fereres
(1981), citados por Abreu et al., (1987).
Segundo Keller (1978), o coeficiente de redução da evapotranspiração de
referência para irrigação loca
lizada pode ser calculado pela equação 1
:
Kl =
P
+ 0,1
5(1
P
)
(1)
em que:
P
=
fração da área molhada ou sombreada (maior valor); decimal.
Fereres (1981) propôs o seguinte sistema de equações para o cálculo do
mesmo parâm
etro:
20
Se,
P
≥ 0,65 → Kl = 1
(2)
Se, 0,20 <
P
< 0,65
→ Kl = 1,09
P
+ 0,30
(3)
Se,
P
≤ 0,20 → Kl = 1,94
P
+ 0,1
(4)
Outros autores citaram outras metodologias para o cálculo do Kl.
Entre essas,
pode
se destacar:
Keller e Bliesner (1990), citados por Mantovani (2006):
Kl =
P
(5)
Keller e Karmeli (1975), citados por Simão (2004):
Kl =
P ÷
0,85
(6)
Aljibury et al.
(1974), citados por Abreu et al., (1987):
Kl = 1,34
P
(7)
Decroix, citado por Simão (2004):
Kl = 0,1 +
P
(8)
Hoare et al.
(1974), citados por Abreu et al. (1987):
Kl =
P
+ 0,5(1
P
)
(9)
Bernardo (199
6), citado por Bernardo et al. (2006):
Kl =
P
(10)
21
2.9
.
A Influência da Umidade do Solo na ET
Segundo Allen et al. (2006), as forças que atuam
na água do solo decrescem
seu potencial matricial e a tornam menos disponível para a extração pelo sistema
radicular das plantas. Quando o solo está úmido, a água tem alto potencial e é
facilmente absorvida pelas raízes das plantas. Em solos com baixos teo
res de água,
esta é fortemente retida por capilaridade e forças de adsorção pela matriz do solo,
sendo menos extraída pela cultura.
Se os fatores relacionados com a planta são constantes, o decréscimo no valor
da ETc com o da umidade do solo pode ser o re
sultado do acréscimo da tensão com
que a água está nele retida ou do baixo valor de condutividade hidráulica do solo e
dos tecidos das raízes, comparados com a maior demanda evaporativa da atmosfera
BERNARDO
et al., 2006).
Bernardo
et al. (2006) estabelec
eram
um coeficiente de umidade do solo
(Ks),
para fins de redução da ETc em função da disponibilidade de água no solo:
(11)
em que:
LAA =
lâmina atual de água no solo, em mm;
CTA =
capacidade total de armazenamento de água no solo, em mm.
1,0)
+
(CTA
Ln
1,0)
+
(LAA
Ln
Ks
22
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização da
Pesquisa
A pesquisa foi realizada na Gleba C2 do Projeto Jaíba, localizado no vale do
Rio São Francisco, nos municípios de Jaíba e Matias Cardoso, região Norte de Minas
Gerais.
A Gleba C2 (Figura 2), inaugurada na primeira etapa do Projeto, possui uma
ár
ea irrigável total de 8 mil ha, e é dividida em lotes de 20 e 50 ha (área útil).
O
s
Lotes de verde na Figura abaixo
são os que se encontram atualmente ocupa
dos (ou
em produção).
O experimento de campo foi realizado no Lote 29M, de propriedade da
empresa Fa
hma, cujas coordenadas geográficas o: 14° 50’ de latitude Sul, 43° 55’
de longitude Oeste e altitude de 472 m.
23
Figura 2
Gleba C2 do Projeto Jaíba: Ficha Técnica, Mapa do Perímetro e Mapa da
Gleba.
3.2
.
Caracterização da área experimental
O Lote 2
9M, onde foram realizados os experimentos com lâminas de
irrigação, tem uma área total irrigável de 50 ha, sendo atualmente cultivados 12,0 ha
com a cultura da lima ácida tahiti, 6,0 ha com mangueiras, 6,0 ha com goiabeiras, 6,0
ha com atemoieiras, 6,0 ha
com pinheiras, e 12,0 ha explorados com culturas anuais
(Figura 3).
O solo da propriedade é franco
arenoso, classificado como um Neossolo
Quartzarênico. Apresenta elevada taxa de infiltração e baixa capacidade de retenção
de água, além de reduzida capacida
de de troca catiônica (CTC). O clima é semi
-
árido, com baixa umidade relativa e altas temperaturas na maior parte do ano.
24
25
para fins de manejo da irrigação. Por se tratar de um solo arenoso, utilizou
se a
tensão de 10 kPa para a
determinação do teor de água correspondente à capacidade
de campo e 1.500 kPa para a umidade do ponto de murcha.
Quadro 2
Resultados da análise granulométrica do solo do Lote 29M
Profundidade (cm)
Areia (dag.
kg
-
1
26
Os tratos culturais, com exceção das irrigações, foram iguais em todos os
tratamentos, sendo realizados d
e acordo com as técnicas adotadas na propriedade,
que utiliza sistema convencional de cultivo, com emprego de alta tecnologia.
No manejo de plantas invasoras foi realizado controle químico sob a copa das
plantas (coroamento) e roçada mecânica nas entrelin
has. Utilizou
se também
controle químico de pragas e doenças nas fruteiras, baseado no nível de dano
econômico. Na atemoieira os frutos foram ensacados, para conter, principalmente, o
ataque da broca das anonáceas.
Todas as plantas, após a poda, tiveram o
s ramos cobertos por uma calda à
base de cal (óxido de cálcio), para proteger de injúrias causadas pela incidência
direta da radiação solar.
Nas pinheiras e atemoieiras foi realizada polinização artificial, para promover
melhor pegamento das floradas. Esta
s espécies apresentam um fenômeno conhecido
como dicogamia protogínica, que faz necessário a presença de um agente polinizador
(neste caso o próprio ser humano). Na atemoieira foi utilizado pólem da pinha, pois
foi observado anteriormente que estes promovi
am melhor pegamento que os da
própria atemóia.
3.3
.
Histórico de exploração do solo e adubações na área experimental
As lavouras de goiaba, pinha e atemóia utilizadas na pesquisa foram
implantadas em 2001, em uma área então coberta por vegetação nativa d
e Caatinga.
Após a retirada da vegetação a área foi preparada e plantada com as fruteiras,
que receberam irrigação desde o início.
A partir do primeiro ano em produção
terceiro ano após o plantio
), as
frutei
ras
têm sido
submetidas a um
cronograma
de adu
bações semelhante
a cada
ciclo.
No inic
io do período das podas procede
se à avaliação das análises d
e solo, e
depois os ajustes são
feitos com análises foliares, para determinar as recomendações
de aplicaç
ão de nutrientes. As etapas da fertilização
, as fon
tes de nutrientes,
o seu
parcelamento
e as doses médias aplicad
as durante o experimento foram:
Adubação de Fundação (15 dias antes da poda): Superfosfato Simples (450 a
550 g
.
planta
-
1
) + MAP (120
g
.
planta
-
1
) + FTE BR 12 (50
g
.
planta
-
1
) + Sulfato de
Zinco (
15
g
.
planta
-
1
).
27
Adubações de Cobertura (inicio das brotações): Sulfato de Amônio (250 a
350
g
.
planta
-
1
três aplicações durante a safra, com intervalo de 60 dias, alternando
com as aplicações de uréia) + Uréia (80 a 150
g
.
planta
-
1
duas aplicações, alter
nadas
com o Sulfato de Amônio) + Sufato de Magnésio (50 a 75
g
.
planta
-
1
três aplicações
durante a safra, intervalo de 30 dias) + Cloreto de Potássio (90 a 130
g
.
planta
-
1
-
aplicação mensal, quatro aplicações durante a safra) + Ácido Bórico (10 a 20
g
.
pla
nta
-
1
uma única aplicação antes do florescimento) + Sulfato de Zinco (20 a 30
g
.
planta
-
1
duas aplicações, aos 45 e 70 dias após inicio das brotações).
No inicio da floração foram feitas aplicações de CAB 2, fertilizante foliar.
A
correção da acidez do
solo foi feita através da aplicação de calcário dolomítico, 30
dias antes da poda, que funciona também como fonte de Ca e Mg.
Todas as adubaçõ
es são
feitas manualmente, pois o uso da fertirrigação não
foi bem sucedido na propriedade, em função das caracte
rísticas do solo.
3.4
.
Delineamento experimental
O delineamento utilizado
para
ambos os
experimentos
foi o de blocos ao
acaso, com 5 blocos representados por uma linha de plantas cada, onde os
tratamentos foram dispostos aleatoriamente. As unidades exper
imentais foram
representadas por uma planta, no caso da pinheira e da atemoieira, e duas plantas na
goiabeira.
Nos experimentos da pinha e da atemóia foram utilizadas duas plantas de
bordadura dentro da linha, que receberam o mesmo tratamento da parcela,
para
eliminar o efeito da sobreposição provocada pelo raio de alcance do microaspersor.
No experimento da goiaba, onde o espaçamento entre plantas é
maior
,
não foi
utilizada bordadura na linha
. As demais bordaduras foram representadas pelas
plantas do cult
ivo comercial.
28
29
Durante a condução do experimento o tratamento T1 recebeu lâmina líquida
de irrigação correspondente à evapotranspiração da cultura (ETc), em todas as
fruteiras. Baseado nele era calculado
o tempo de irrigação (veja item 3.6). Como os
demais tratamentos apresentavam intensidades de irrigação superiores ao T1, houve
excesso de água aplicada em todos, de forma crescente.
As proporções entre as lâminas de água aplicadas e a ETc nos tratamentos
T2,
T3 e T4, de acordo com as intensidades de aplicação, foram as seguintes: 131%,
172% e 241%, na atemoieira; 132%, 169% e 246% na goiabeira; e 150%, 196% e
281% na pinheira.
3.6
.
Manejo da irrigação
O manejo da irrigação foi realizado com o auxílio d
o programa Irriplus, onde
cada tratamento, de cada parcela experimental, foi cadastrado separadamente.
Durante a condução do experimento eram estimados os valores de ETo, ETc, teor de
água no solo, irrigação necessária (lâmina bruta), entre outros. Assim o
btinha
se o
tempo de irrigação diário necessário para cada cultura, baseado no tratamento padrão
(T1).
Diariamente eram inseridos no programa os dados de temperatura máxima,
média e mínima, radiação solar incidente, velocidade média do vento, umidade
rel
ativa média do ar, e precipitação total, coletados na estação meteorológica
automática localizada na propriedade.
A ETc foi estimada empregando
se a equação 12 (MANTOVANI et al.,
2006):
ETc = ETo x Kc x Ks x Kl
(12)
em que:
ETo =
Evapotranspiração de referência, obtida pela equação de Penman
-
Monteith, segundo as parametrizações propostas pelo boletim FAO
56 (ALLEN et
al., 2006);
Kc =
Coeficiente de cultura;
Ks
=
Coeficiente de
deple
ção de água no solo, calculado empregando a
equação proposta por Bernardo
et al. (200
6)
;
30
Kl =
Coeficiente de redução da evapotranspiração para irrigação localizada,
segundo metodologia proposta por Fereres (1981).
No Quadro 5, apresentam
se as fases das c
ulturas no decorrer do
experimento, desde a poda à colheita, com sua duração e os valores de Kc, Kl e Ks
médios correspondentes.
Quadro 5
-
Dados das culturas da atemóia, pinha e goiaba: duração das fases e os
respectivos valores médios de Kc, Kl e Ks
A
TEMÓIA
Fase
Duração (dias)
Kc
Kl
Ks
Poda
15
0.45
1.00
0.99
Início brotação
30
0.50
1.00
1.00
Florescimento
60
0.60
1.00
0.96
Desenv. frutos
70
0.80
1.00
0.86
Colheita
35
0.70
1.00
0.98
PINHA
Fase
Duração (dias)
Kc
Kl
Ks
Poda
15
0.40
1.00
0.
99
Início brotação
30
0.50
1.00
1.00
Florescimento
60
0.65
1.00
0.96
Desenv. frutos
70
0.70
1.00
0.86
Colheita
35
0.60
1.00
0.98
GOIABA
Fase
Duração (dias)
Kc
Kl
Ks
Poda
15
0.50
0.89
0.98
Desenvolvimento
45
0.70
0.89
0.99
Produção
100
0.80
0.89
0
.95
Colheita
60
0.80
0.89
0.95
Os parâmetros utilizados nos cálculos, e as principais informações relativas a
cultura, solo, água, equipamento de irrigação, e outros itens importa
ntes estão
detalhados no Apêndice A.
Foram utilizados os dados das anális
es da água e do solo (físico
hídrica e
granulométrica) feitas anteriormente na área (
SIMÃO
, 2004).
31
3.7
.
Avaliação do sistema de irrigação
Foram
32
média. A intens
idade de aplicação, em cada ponto, foi obtida dividindo
se o volume
coletado pela área do coletor e o tempo de avaliação.
T1-PerfildeDistribuição deÁgua
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
disncia (cm)
Ia (mm/h)
T2-Perfilde DistribuiçãodeÁgua
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
distância (cm)
Ia (mm/h)
T3-PerfildeDistribuiçãoeÁgua
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
distância (cm)
Ia (mm/h)
T4-Perfilde DistribuiçãodeÁgua
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
30
60
90
120
150
180
210
240
270
300
distância (cm)
Ia (mm/h)
Figura 5
Intensidade de aplicação de água (Ia) em função da distância em relação
ao microaspersor em cada tratamento.
3.8
.
Coleta e avaliação dos frutos
Foram avaliados os parâmetros produtividade, em kg de fruta produzido por
planta, e peso médio dos frutos nos tratamentos estudados. Estas duas características
correspondem às de maior importância econômica para a lavour
a. O peso médio está
relacionado à qualidade e, portanto, ao valor comercial da fruta.
Foram feitas 5 colheitas semanais na parcela da atemóia, entre 17/10/2006 e
10/11/2006, e 15 colheitas na goiaba, no período entre 22/09/2006 e 20/11/2006, com
um interv
alo médio de três dias. Na pinha não houve avaliação da produtividade.
Após cada colheita os frutos foram contados e pesados.
33
3.9
.
Análise estatística dos resultados de produtividade
Os valores de produtividade e peso médio de frutos foram submetidos à
an
álise de variância, pelo teste F, e posteriormente ao teste de médias (Tuckey).
Analisou
se o efeito do tratamento e do bloco. As análises foram realizadas com o
auxílio do programa Saeg.
3.10
.
Análise do custo da irrigação
Comparou
se também o custo rel
ativo ao consumo de água e energia entre os
tratamentos, considerando as irrigações realizadas ao longo do experimento.
O custo da água foi obtido através da multiplicação do consumo pela tarifa de
água (K2), que é R$
26,749874
por
1.000
, ou R$ 0,02675
.
-
1
.
Para se chegar ao custo energético das irrigações foi realizado um
levantamento do histórico dos consumos de água e energia no Lote 29M e outros
lotes do projeto Jaíba, e observou
se uma relação semelhante da demanda energética
em função do consumo
de água. O
valor médio obtido foi 1,49 kWh
.
-
1
, em
sistemas de irrigação localizada.
Este índice foi utilizado para calcular a energia consumida em cada
tratamento, e esta multiplicada pelo custo do kWh, considerando os horários das
irrigações, uma vez q
ue a tarifa de energia é diferenciada. No período noturno, onde
é utilizado 80% do tempo de irrigação, a tarifa é de R$ 0,068879
.
kWh
-
1
, e no período
diurno é R$ 0,316107
.
kWh
-
1
.
3.11
.
Amostragens de solo e avaliação da concentração d.2 331.04 .0(ão)oETQ9(a)4.0(m)-1.4 .0(ão)o(ot)-1.9da.
vancrou
34
semana depois
.
Foram retiradas 180 amostras de solo em cada uma (360 no total).
No Quadro 7 é apresentado um resumo do experi
mento, com o número de fatores
e a
sua descrição.
Quad
ro 7
Esquema geral do experimento, com os fatores estudados e a sua
descrição e quantidade
Fatores
Descrição
Quantidade
Tratamentos
T1
T2
T3
T4
4
Distâncias
50 cm
100 cm
150 cm
3
Profundidades
10 cm
30 cm
50 cm
70 cm
90 cm
5
Blocos
Linha1
Linha
3
Linha5
3
As amostras foram retiradas com trado Holandês, secas ao ar, identificadas e
encaminhadas para o Laboratório de Análise de Solo Viçosa. Foram determi
nadas as
concentrações de P (mg.
dm³
-
1
), K
(mg.
dm³
-
1
, Ca (cmol
c
.
dm³
-
1
) e Mg
(cmol
c
.
dm³
-
1
.
3.12
.
Análise estatística dos resultados das análises de solo
O experimento foi conduzido em parcelas subdivididas com um fatorial
dentro, que é um dos modelos de parcelas subsubdivididas. Em uma primeira análise,
comparou
se as médias das concentraçõe
s dos elementos P, K, Ca e Mg em função
dos seguintes fatores: 1 fator qualitativo
Tratamento (T)
correspondente à parcela;
e 2 fatores quantitativos
Distância (D) e Profundidade (Z)
correspondentes às
subparcelas.
Foi feita uma análise de variânci
a (ANOVA) seguindo este modelo
estatístico, e em seguida os testes de médias (Tuckey) comparando os tratamentos
dentro de cada distância e profundidade, e a análise de regressão com as
concentrações dos nutrientes em função da distância e profundidade em c
ada
tratamento.
Posteriormente, foi realizada uma nova análise de regressão, dessa vez com o
efeito da
l
âmina de água (L), obtida através da avaliação da distribuição de água dos
microaspersores, e da profundidade (Z) sobre os elementos estudados (P, K, Ca
e
Mg).
35
3.13
.
Os lotes avaliados na Gleba C2
Foram selecionados dez
l
otes representativos da Gleba C2 do Projeto Jaíba
para avaliar o consumo de água nas irrigações. A pesquisa abrangeu vários tipos de
culturas, sistemas de cultivo e
métodos de irrigação
. O Quadro 8
resume as principais
características dos lotes avaliados, divididos em parcelas de acordo com a cultura e
equipamento de irrigação utilizado.
Quadro 8
Caracterização dos l
otes utilizados na pesqu
isa e suas respectivas
parcelas
LOTE
CULTUR
A
ÁREA
(ha)
ESPAÇAMENTO
PLANTAS (m)
SISTEMA DE
IRRIGAÇÃO
TURNO
DE REGA
SOLO
Manga
18.0
6 x 8
Microaspersão
3 dias
1
278P
Pimenta
18.0
0,8 x 8
Microaspersão
3 dias
1
Atemóia
6.0
4 x 5
Microaspersão
1 dia
1
Goiaba
6.0
6 x 6
Microaspersão
1 dia
1
Limão
12.0
5 x 7
Microaspersão
1 dia
1
Manga
6.0
8 x 8
Microaspersão
1 dia
1
29M
Pinha
6.0
4 x 5
Microaspersão
1 dia
1
Limão
3.8
6 x 7
Gotejamento
1 dia
1
Limão
26.7
6 x 7
Microaspersão
1 dia
1
30M
Manga
18.0
8 x 8
Microaspersão
1 dia
1
Limão
5.0
5 x 7
Microaspersão
1 dia
2
Manga
7.5
4 x 8
Microaspersão
1 dia
2
32P
Pinha
5.0
4 x 5
Microaspersão
1 dia
2
Atemóia
5.0
4 x 6
Gotejamento
2 dias
2
Limão
10.0
5 x 7
Gotejamento
1 dia
2
414A
Manga
10.0
6 x 8
Microaspersão
2 dias
2
Banana
25.
0
2,5 x 2,5
Microaspersão
2 dias
2
Limão
110.0
5 x 7
Microaspersão
2 dias
2
42/44/46M
Manga
27.0
6 x 8
Microaspersão
1 dia
2
46P
Banana
40.0
2 x 3 x 4
Microaspersão
1 dia
2
54P
Banana
20.3
6 x 7,5
Microaspersão
1 dia
2
Os l
otes 42M, 44M e 46M são confrontant
es e pertencem à mesma empresa
e, como não foi possível identificar o limite de cada um, eles foram estudados
conjuntamente.
Dois tipos de solo predominam na região, dependendo da localização do lote,
denominados de Solo 1 e Solo 2. Os resultados das análi
ses deste
s solos estão
descritas no Apêndice C
.
36
3.14
.
Avaliação do uso da água nas áreas irrigadas
Nos lotes serrio25091gudNosioi2.0(m[(si2.20(im)4.0(iue)3)-1.)-4.0(dN2.0((a)-N2.0((a)-b)-4.0(e)3)-1.)-4.0(n-1.9(aN2.01(a)-hí)3)-1.dr1.0(sr)4.0(ic(aN2.0((a)-da-1.9(e).9(as)]TJETQ435.3148.56 79m[7 233.4 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 435.31488.8 718.76 251.-1.9(r)3341r)-5-1.)-4.0()2.0(os)-251.0(i)-3.9(r)3341251.m[(g)-4.0(d)-4.0(),2.01os)-nom[(36)]TJETQqn695.23 66.72.67 12 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 qn698.1 759.92 pe-1.9(r)3341ía em[(36)]TJETQq80695.23 35.7 233.4 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 q80698.1 759.92 br1.0(sr)4.0(il2.562.0(em[(36)]TJETQ215n695.23 43.4 233.4 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 215n698.1 759.9()2Tm(.)TjETQ22(a)8695.23 307.32.67 12 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 22(a)8698.1 759.92 e-1.9(-1.9(ot)--5-1.m)4.0(ibr1.0(sN2.56(a)-dr)-556.0(2006,2.56(a)-r)4.0(indr)4.0(ic(a)-4.0(ndN2.56(a)-a)-556.0(um.0(val)-1.9(id)-4.0(dr)-556.0(dr)4.0(i251.-1.9(r)3341)-1.9(i))-556.0(d5091guN2.56(a)-sol2.20(io,2.56(a)-a)1.9(e).9(as)]TJETQqn670 1 75.3167 12 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 qn677.3159.9(i Tm(.)TjETQq16.8 7670 1 741(a52.67 12 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 q6.8 7677.3159.9[i)-3.9(r)3341251.0(i)-(aç)49(aç)65)-1.9(e)44(os)-n)--5-1.c(ár)4.0(ss)4.0(i251.--5-1.r)3341)-1.9(i))1.9(e)44(os)-)--3960(sN2.4((a)-c(aNnsum.021guN2.4((a)-f)3341)-1.9(in)-4.0(e)34(m[(d)--3960(s251.-1.9(g)1(o)-25091gu)-4.0(.)-8((a)-Págu)-1.9(r)3341a--3960(st)3)-1.)-4.0(nt)3)-1.o,2.4((a)-f)3341or)3341a-4.0(m)34(m[(ut.0(val)-1.9(i2.0(val)-1.9(iz)-5-1.)-4.0(dN)2.4(os)-o)1(o)-e).9(as)]TJETQqn653.83 305.1167 12 13.68 reW nBT0 0 0 rg/F1 12 Tf1 qn656.72.59.9[iddNas io,2..9(a)-250.o,2..6(a)-c(aâ.0(val)-1.9(im)3)-1.,2..9(a)-c(aue)3valur quipa-4.0(m)3ra iras28 59.9[(m)3as
37
s
e r
a
=
resistências
da superfície e aerodinâmica (s.
m
-
1
), re
spectivamente;
Rn =
saldo de radiação (MJ
.
-
1
d
-
1
);
G =
densidad
e de fluxo de calor do solo (MJ.
-
1
d
-
1
).
As equações de resistência aerodinâmica (r
a
) e resistência total da superfície
(r
s
) foram combinadas com o método de Penman
Monteith, visando descrever uma
vegetação hip
otética de referência. Com o propósito de padronizar o cálculo dos
diferentes elementos climáticos, utilizou
se os algorítmicos apresentados por Allen et
al. (1998), tomando por base o fato da mesma ter sido testada, com resultados
satisfatórios, sob ri
as condições climáticas, assumindo para alguns elementos
valores fixos, a partir de sua validade global (MEDEIROS, 2002).
Os dados de entrada foram obtidos de uma estação meteorológica automática
da marca Metos, instalada em um lote próximo das áreas avali
adas. Foram utilizadas
as seguintes variáveis meteorológicas: temperatura máxima, média e mínima (°C);
umidade relativa do
ar (%); velocidade do vento (m.
s
-
1
); radiação solar (W
.
-
1
); e
precipitação (mm). Os dados observados no per
íodo estão apresentados
no Apêndice
E
.
Os coeficientes de cultura utilizados, assim como outras informações técnicas
como profundidade do sistema radicular, fator de disponibilidade hídrica (f) e
duração das fases, foram obtidos na literatura
(
BERNARDO
et al., 2006)
, e em
alguns
casos calibrados através de experiências com a expl
oração das fruteiras na
região.
O coeficiente de localização foi calculado pelo método de Fereres (1981),
citado por Bernardo
et al.
(2006) utilizando as equações 2, 3 e 4. O Ks foi calculado
pela equação
11
.
Todos os parâmetros utilizados e informações coletadas nas parcelas
estudad
as estão apresentados no Apêndice D
.
3.16
.
Consumo real de água nos lotes
O consumo de água dos lotes no período foi fornecido pelo DIJ (distrito de
irrigação do Jaíba), respo
nsável pela distribuição e cobrança da água utilizada pelos
produtores irrigantes do Perímetro, através da leitura efetuada mensalmente nos
hidrômetros instalados nos lotes.
38
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1
.
Produtividades dos Tratamentos e Custo
s com Irrigação
No Quadro 9
estão apresentadas as lâminas de água totais recebidas em cada
tratamento durante o período do experimento (Lâmina), considerando a irrigação e a
precipitação efetiva ocorrida no período, assim como a evapotranspiração de
refer
ência (ETo), a evapotranspiração das culturas (ETc) e a proporção entre a
lâmina recebida e a ETc (Lâmina/ETc), nas culturas da goiaba e atemóia.
Quadro 9
-
Evapotranspiração de referência (ETo), Evapotranspiração das culturas
(ETc), Lâminas recebidas em
cada tratamento (Lâmina), e Proporção,
em %, entre a Lâmina recebida e a ETc (Lâmina/ETc), nos períodos de
217 e 227 dias, para atemóia e goiaba, respectivamente
ETo
ETc
Lâmina
Lâmina/ETc
Tratamento
mm
mm
mm
(%)
Atemóia
T1
846
522
518
99
T2
846
522
6
61
127
T3
846
522
806
155
T4
846
522
1059
203
Goiaba
T1
881
576
564
98
T2
881
576
698
121
T3
881
576
846
147
T4
881
576
1136
197
39
A ETo foi maior na goiabeira do que na atemoieira devido à maior duração
do ciclo produtivo da primeira. Já a ETc é esp
ecífica para cada cultura, em função do
Kc e Kl, principalmente.
Nas duas fruteiras a lâmina recebida pelo tratamento T1 foi praticamente
igual à evapotranspiração da cultura (100% da ETc).
Os resultados das avaliações de produtividade (PROD) e peso médio
dos
frutos (PMED)
estão apresentados no Quadro 10
. Todas as médias estão
representadas pela mesma letra, indicando que não houve diferença significativa
entre os tratamentos, em nenhuma das duas fruteiras estudadas.
Quadro 10
Resultados das análises est
atísticas com os dados de produtividade
(PROD) e peso médio dos frutos (PMED) nas parcelas da Atemóia e
Goiaba
PROD
Resultado
PMED
Resultado
TRAT
t.
ha
-
1
Análise Estatística
g
Análise Estatística
ATEMÓIA
T1
8,1
a
348,5
a
T2
7,6
a
350,0
a
T3
7,0
a
36
1,6
a
T4
7,0
a
336,9
a
GOIABA
T1
27,2
a
89,8
a
T2
23,4
a
86,0
a
T3
26,1
a
87,4
a
T4
27,2
a
86,7
a
*médias seguidas de pelo menos
uma mesma letra nas colunas
, dentro de
cada cultura,
não diferem entre
si
pelo teste F a 5% de probabilidade
.
Os resultados mostram que neste caso o acréscimo na lâmina de água
aplicada não ocasionou aumento de produtividade e nem no peso dos frutos, pois o
T1, cuja lâmina de irrigação recebida foi praticamente equivalente à ETc nos dois
casos, não diferiu esta
tisticamente dos demais tratamentos, que receberam
quantidades maiores de água nas irrigações.
O excesso de água aplicado poderia ter ocasionado perdas de produtividade
devido à falta de oxigenação nas raízes das plantas, caso se tratassem de solos
argilo
sos, com maior dificuldade de drenagem. Por outro lado, em solos mais
40
arenosos, como o da área experimental, o potencial de lixiviação de nutrientes é
maior.
As produtividades médias alcançadas nas duas fruteiras são consideradas boas
em relação ao padrão
nacional (
SIMÃO
, 2004 e
BONAVENTURE
, 1999).
Na atemóia, classifica
se como um nível alto de produtividade quando são
obtidas 14 a
18 t
.
ha
-
1
ano
-
1
, considerando duas safras, o que daria de 7 a
9 t
.
ha
-
1
em
cada safra (
MANICA
et al., 2003). As médias dos trat
a
mentos ficaram entre 7 e 8,1
t.
ha
-
1
nesta safra. Também o p
eso médio dos frutos ficou na faixa
de 300
g, o que
confere um bom valor comercial ao produto.
Na cultura da goiaba, a produtividade de 23 a
27 t.ha
-
1
safra
-
1
obtida foi muito
boa em comparação com
o padrão para a cultura, que considera como ótima uma
produtividade entre 20 e 25
t.ha
-
1
safra
-
1
(
SIMÃO
, 2004).
O desejável, porém, é atingir estes altos valores de produtividade com o
menor consumo de água p
ossível. Observa
se no Quadro 11
o volume de águ
a
consumido por área em cada tratamento durante os 7 meses de duração do
experimento, considerando as irrigações e a precipitação efetiva.
Quadro 11
Volume de água consumido em cada tratamento, em 217 e 227 dias,
para atemóia e goiaba, respectivamente
ATEMÓIA
GOIABA
TRATAMENTO
m³.
ha
-
1
m³.
ha
-
1
T1
5.180
5.640
T2
6.610
6.980
T3
8.060
8.460
T4
10.590
11.360
Considerando que não houve diferença entre os tratamentos, estariam sendo
gastos em excesso no T2, T3 e T4, respectivamente, 1.430, 2.880 e 5
.410 por ha
na atemóia e 1.340, 2.820 e 5.720 m³ por ha na goiaba, sem que houvesse diferença
na produção e na qualidade dos frutos produzidos.
Além do desperdício de água e suas conseqüências ao meio ambiente, a
irrigação pode aumentar significativamen
te os custos de produção, podendo até
inviabilizar o negócio.
No Quadro 12
estão apresentados os custos diretamente relacionados à
irrigação nos tratamentos estudados nas parcelas da atemóia e da goiaba. Incluem
se
41
os gastos com energia no bombeamento,
e da própria água, que também é paga no
perímetro irrigado. Estes valores são equivalentes ao consumo ocorrido durante todo
o período de duração do experimento, que corresponde a um ciclo produtivo da
lavoura.
Quadro 12
Custo com irrigação durant
e o pe
ríodo do experimento nos t
ratamentos
avaliados
ATEMÓIA
Tratamento
Consumo água
Custo (A)
Energia
Custo (E)
A + E
(m³.
ha
-
1
(R$
.
ha
-
1
(kwh.
ha
-
1
(R$
.
ha
-
1
(R$
.
ha
-
1
T1
5.180
138,56
7.734,63
915,20
1.053,76
T2
6.610
176,82
9.869,86
1.167,85
1.344,66
T3
8.060
215,60
12.034,96
1.424,03
1.639,64
T4
10.590
283,28
15.812,68
1.871,03
2.154,31
GOIABA
Tratamento
Consumo água
Custo (A)
Energia
Custo (E)
A + E
(m³.
ha
-
1
(R$
.
ha
-
1
(kwh.
ha
-
1
(R$
.
ha
-
1
(R$
.
ha
-
1
T1
5.640
150,87
8.421,48
996,47
1.147
,34
T2
6.980
186,71
10.422,33
1.233,22
1.419,93
T3
8.460
226,30
12.632,23
1.494,70
1.721,01
T4
11.360
303,88
16.962,42
2.007,07
2.310,95
Observa
se uma diferença maior que 100% no custo com irrigação entre o
primeiro e o último tratamento nas duas fru
teiras. Os valores variaram de R$
1.053,76 a 2.154,31 na atemoieira e de R$ 1.147,34 a 2.310,95 na goiabeira.
A irrigação em excesso pode ocasionar ainda outros prejuízos à lavoura,
como adensamento do solo, lixiviação dos nutrientes
e aumento da incidênc
ia de
pragas, doenças e injúrias. No caso da atemóia, por exemplo, o excesso de água no
solo é uma das principais causas da rachadura dos frutos durante a maturação
BONAVENTURE
, 1999).
4.2
.
Lixiviação de Nutrientes no Solo
Apresenta
se no Quadro 13
o r
esumo das análises de variância das
concentrações de Mg, Ca, K e P, no esquema de parcelas subsubdivididas,
tendo na
parcela o efeito dos t
ratamentos
(T), na subparcela o efeito da d
istância em relação
ao microaspersor (D), e na subsubparcela o efeito da p
rofundidade amostrada (Z).
42
Para a variável Mg verificou
se que as fontes de variação Z e Z x D foram
significativas a 1% de probabilidade e a fonte de variação D foi significativa a 5% de
probabilidade, enquanto as demais fontes de variação foram não
signi
ficativas a 5%
de probabilidade. Os valores dos coeficientes de variação da parcela, subparcela e
subsubparcela foram de aproximadamente 100, 57 e 33%, respectivamente.
Na variável Ca, as fontes de variação T e Z x T foram significativas a 1% de
probabilid
ade e a fonte de variação T x D foi significativa a 5% de probabilidade,
enquanto as demais fontes de variação foram não
significativas a 5% de
probabilidade. Os coeficientes de variação da parcela, subparcela e subsubparcela
foram de 93, 55 e 24%, respect
ivamente.
Para a variável K constatou
se que as fontes de variação Z, Z x T e Z x T x D
foram significativas a 1% de probabilidade e a fonte de variação Z x D foi
significativa a 5% de probabilidade, enquanto as demais fontes de variação foram
não
signific
ativas a 5% de probabilidade. Os valores dos coeficientes de variação da
parcela, subparcela e subsubparcela foram de aproximadamente 114, 67 e 38%,
respectivamente.
Quadro 13
Resumo das análises de variância das variáveis Mg, Ca, K e P, no
esquema de p
arcelas subsubdivididas, em função de Tratamento x
Distância x Profundidade
Quadrado Médio
Fonte de Variação
Grau de
Liberdade
Mg
Ca
K
P
Tratamento (T)
3
0,051
ns
1,435**
348,695
ns
6,324
ns
Bloco
2
0,025
0,173
1221,216
2,748
Resíduo (a)
6
0,036
0,287
485,836
2,526
Distância (D)
2
0,037*
0,3424
ns
249,765
ns
8,970**
T x D
6
0,012
ns
0,090*
79,804
ns
1,605
ns
Resíduo (b)
16
0,012
0,103
168,192
1,719
Profundidade (Z
4
0,963**
8,101
ns
3127,194**
8,563**
P x T
12
0,004
ns
0,018**
100,245**
0,620**
P x
D
8
0,024**
0,032
ns
153,134*
1,087**
P x T x D
24
0,002
ns
0,024
ns
27,985**
0,316
ns
Resíduo (c)
96
0,004
0,019
54,509
0,237
CV (%) parcela
99,765
92,714
113,383
263,549
CV (%) subparcela
56,821
55,5513
66,712
179,367
CV (%) subsubparcela
32,671
23,
9800
37,979
50,830
** , * e
ns
= F significativo a 1 e 5% de probabilidade e não
significativo a 5% de
probabilidade, respectivamente. CV = coeficiente de variação.
43
Na variável P as fontes de variação D, Z, Z x T e Z x D foram significativas a
1% de prob
abilidade enquanto as demais fontes de variação foram não
significativas
a 5% de probabilidade. Os coeficientes de variação da parcela, subparcela e
subsubparcela foram de 263, 179 e 51%, respectivamente.
Como em todo experimento em parcelas subsubdividid
as considera
se
significativo o efeito da interação tripla, independente do resultado da análise de
variância, para que os fatores sejam analisados conjuntamente, considerou
se
significativo a interação T x Z x D. Procedeu
-
se então ao desdobramen
to dessa
i
nteração por meio de t
estes de médias (Quadros 14, 15, 16 e 17
) e
Análises de
regressão (Quadro 18
).
Nos testes de médias foram avaliados os efeitos da variável qualitativa
(tratamento) sobre a concentração de P, K, Ca e Mg no solo, dentro de cada
profundi
dade e distância, através do teste de Tuckey a 5% de probabilidade.
Nas análises de regressão foram relacionados os efeitos da distância e da
profundidade na concentração dos nutrientes em cada tratamento, através de uma
superfície de resposta onde foram
testados vários modelos e selecionados os que
melhor explicaram a variação das médias dos elementos em função das variáveis
estudadas, e em que os parâmetros foram significativos.
No Quadro 14
são
apresentados os resultados do t
este de médias entre os
trat
amentos para as concentrações de P no solo e
m cada distância e profundidade.
44
Quadro 14
Valores médios das concentrações de fósforo
(P)
, em mg.
dm³
-
1
, para a
interação tratamento x distância x profundidade
Distân
cia (cm)*
Profundidade
(cm)
Tratamento
50
100
150
1
1,95 b
0,98 b
1,55 a
2
3,13 a
1,15 b
1,07 a
3
3,32 a
2,35 a
1,43 a
10
4
2,03 b
0,95 b
0,75 a
1
1,03 b
0,72 a
0,88 a
2
3,82 a
1,35 a
0,68 a
3
1,37 b
1,07 a
0,75 a
30
4
1,00 b
0,53 a
0,45 a
1
0,78 b
0,53 b
0,48 a
2
1,87 a
1,88 a
0,57 a
3
0,83 b
0,73 b
0,55 a
50
4
0,65 b
0,42 b
0,30 a
1
0,60 a
0,43 b
0,45 a
2
1,23 a
1,57 a
0,40 a
3
0,70 a
0,50 b
0,35 a
70
4
0,43 a
0,43 b
0,23 a
1
0,45 b
0,38 ab
0,37 a
2
1,52 a
1,25 a
0,43 a
3
0,40 b
0,50 ab
0,23
a
90
4
0,33 b
0,20 b
0,20 a
* Médias seguidas de pelo menos uma mesma letra nas colunas, não diferem entre
si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey.
A 50 cm do emissor, o t
ratamento 2 apresentou as maiores concentrações de
P a 30, 50 e 90 cm de profundi
dade, enquanto a 10 cm
de profundidade as médias
dos t
ratamentos 2 e 3 foram maiores que as demais, e não diferiram entre si. A 70 cm
não houve diferença estatística entre os tratamentos.
A 100 cm de distância do emissor, o T3 apresentou a maior concentra
ção de P
na primeira camada de solo (10 cm). Nas profundidades de 50 e 70 cm o T2 foi
superior aos demais, e a 90 cm este foi estatisticamente maior que o T4 apenas. Na
profundidade de 30 cm não houve diferença significativa entre os tratamentos.
Também n
ão houve diferença entre os tratamentos a 150 cm de distância, em
nenhuma das profundidades amostradas.
Observa
se que o T2 foi melhor que os demais em relação ao teor de P no
solo, principalmente nas regiões onde se concentra o sistema radicular das frute
iras,
ou seja, a 50 cm de distância e nas profundidades de 10, 30 e 50 cm, seguido pelo
T3, que se destacou na primeira camada de solo (10 cm) nas distâncias de 50 e 100.
45
A partir destes resultados não é possível afirmar que houve percolação de
fósforo em
nenhum dos tratamentos, pois aqueles em que a concentração foi maior
nas camadas mais profundas foram os mesmos que apresentaram maior concentração
nas primeiras camadas. Também não se pode concluir que a lâmina de irrigação
influenciou o movimento deste
elemento no solo, pois o T1 não foi maior que os
demais nas camadas mais superficiais nem o T4 nas camadas mais profundas, como
era esperado.
Este fato pode ser explicado pela baixa mobilidade do P no solo. Apesar da
maior parte do P fornecido às plantas
ter sido aplicado antes da poda, através de uma
fonte pouco solúvel (superfosfato simples), foi feita uma aplicação de MAP 45 dias
após a poda, aproximadamente 20 dias antes da retirada das amostras. Mesmo assim
não ficou evidencia
da a lixiviação do elemen
to,
possivelmente
devido à alta energia
de adsorção do elemento pelas
partículas do solo.
No Quadro 15
estão
apresentados os resultados do t
este de médias entre os
tratamentos para as concentrações de K no solo em cada distância e profundidade:
Quadro 15
Valores médios das concentrações de potássio
(K)
, em
mg.
dm³
-
1
, para a
interação tratamento x distância x profundidade
Distância (cm)*
Profundidade
(cm)
Tratamento
50
100
150
1
38,08 a
47,00 a
48,50 a
2
25,83 a
42,67 a
36,17 ab
3
30,83 a
3
3,50 ab
45,00 a
10
4
26,17 a
22,33 b
28,00 b
1
21,37 a
18,00 a
24,83 a
2
28,33 a
18,00 a
17,17 a
3
24,33 a
18,83 a
22,50 a
30
4
20,00 a
11,83 a
13,00 a
1
17,07 a
17,00 a
15,50 a
2
24,00 a
12,17 a
14,50 a
3
20,50 a
12,83 a
18,33 a
50
4
18,00 a
9,83 a
10,67 a
1
11,30 a
12,50 a
11,50 a
2
22,00 a
11,17 a
13,00 a
3
22,67 a
11,00 a
12,50 a
70
4
15,67 a
10,33 a
9,67 a
1
10,73 a
10,67 a
11,50 a
2
17,17 a
10,83 a
10,50 a
3
23,00 a
10,17 a
11,67 a
90
4
14,67 a
9,83 a
9,67 a
* Méd
ias seguidas de pelo menos uma mesma letra nas colunas, não diferem entre
si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey.
46
A concentração de K no solo não variou significativamente entre os
tratamentos, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, com exceção do T
4, que foi
menor que o T1 e o T2 a 100 cm de distância e 10 cm de profundidade e que o T1 e
T3, a 150 cm de distância e 10 cm de profundidade.
Dessa forma pode
se concluir que houve lixiviação de K no T4, e ainda que a
percolação do elemento para as camad
as inferiores do solo foi influenciada pela
maior lâmina recebida por este tratamento.
O K é um elemento de maior mobilidade que o P, e foi fornecido às plantas
através de uma fonte de rápida liberação, em aplicações mensais.
Em relação ao Cálcio
(Quadro
16
)
é possível observar a superioridade dos
tratamentos com menor lâmina de irrigação em quase todas as distâncias e
profundidades. Principalmente nas camadas mais superficiais e nas menores
distâncias, a concentração deste cátion foi decrescente do T1 ao
T4, sendo
significativamente maior para o T1 e T2 na maioria dos casos.
Quadro 16
Valores médios das concentrações de cálcio
(Ca)
, em cmol
c
.
dm³
-
1
, para
a interação tratamento x distância x profundidade
Distância (cm)*
Profundidade
(cm)
Tratamento
5
0
100
150
1
1,48 a
1,75 a
1,52 a
2
1,70 a
1,53 a
1,40 a
3
1,12 b
1,53 a
1,00 b
10
4
1,05 b
1,23 b
1,28 b
1
0,92 a
0,78 a
0,78 a
2
0,93 a
0,77 a
0,47 b
3
0,53 b
0,47 b
0,23 b
30
4
0,40 b
0,63 ab
0,52 b
1
0,82 a
0,55 a
0,45 a
2
0,55 a
0
,48 a
0,30 ab
3
0,25 b
0,18 b
0,13 b
50
4
0,22 b
0,32 ab
0,32 ab
1
0,60 a
0,42 a
0,27 a
2
0,38 ab
0,42 a
0,30 a
3
0,15 b
0,17 a
0,05 a
70
4
0,13 b
0,13 a
0,13 a
1
0,55 a
0,43 a
0,23 a
2
0,37 ab
0,37 ab
0,32 a
3
0,17 b
0,17 ab
0,05 a
90
4
0,10 b
0,12 b
0,07 a
* Médias seguidas de pelo menos uma mesma letra nas colunas, não diferem entre
si a 5% de probabilidade pelo teste Tukey.
47
Observa
se, portanto, que o Ca é um elemento cuja concentração é
influenciada
pela lâmina de água ap
licada no solo, ou seja, muito susceptível à
lixiviação. Este fato é de grande importância para os produtores do Jaíba, pois a
deficiência de Ca é um dos pontos críticos no cultivo de fruteiras irrigadas na região.
No Lote 29M, o Ca é fornecido
duas vezes
ao ano,
através da aplicação
de
calcário dolomítico, 30 dias antes da poda das plantas
. Por esse motivo ainda se
observa um teor relativamente elevado do elemento nas camadas superficiais. Em
alguns casos é fornecido
nitrato de cálcio
para suprir a deficiê
ncia imediata do
nutriente, quando a lixiviação é muito grande
.
Porém o seu custo é muito elevado.
A avaliação
do teor de Mg no solo (Quadro 17
) apresentou os seguintes
resultados: a 50 cm de distância, nas profundidades de 10 e 30 cm, o T1 foi
significati
vamente melhor que o T4; a 100 cm de distância, na profundidade de 10
cm, o T1 foi maior que o T3. Os demais valores não variaram significativamente
pelo teste de Tuckey a 5% de probabilidade.
Quadro 17
Valores médios das concentrações de magnésio
(Mg
, em
cmol
c
.
dm³
-
,
para a interação tratamento x distância x profundidade
Distância (cm)*
Profundidade
(cm)
Tratamento
50
100
150
1
0,45 a
0,60 a
0,58 a
2
0,38 ab
0,52 ab
0,52 a
3
0,35 ab
0,42 b
0,47 a
10
4
0,25 b
0,53 ab
0,50 a
1
0,
32 a
0,27 a
0,25 a
2
0,22 ab
0,23 a
0,15 a
3
0,22 ab
0,17 a
0,15 a
30
4
0,15 b
0,28 a
0,20 a
1
0,23 a
0,15 a
0,12 a
2
0,10 a
0,17 a
0,08 a
3
0,12 a
0,10 a
0,10 a
50
4
0,10 a
0,20 a
0,12 a
1
0,13 a
0,10 a
0,08 a
2
0,07 a
0,12 a
0,05 a
3
0,07 a
0,09 a
0,02 a
70
4
0,08 a
0,10 a
0,08 a
1
0,12 a
0,13 a
0,04 a
2
0,07 a
0,10 a
0,07 a
3
0,05 a
0,07 a
0,01 a
90
4
0,04 a
0,07 a
0,02 a
* Médias seguidas de pelo menos uma mesma letra nas colunas, não diferem entre
si a 5% de probabilidade p
elo teste Tuckey.
48
Analisando o qua
dro acima se observa também a influência da lâmina de
água
n
a lix
iviação do Mg
, pois o T1, que recebeu as menores lâminas, foi também o
que apresentou maiores concentrações do nutriente nas camadas superficiais,
sobretudo
na região mais próxima ao microaspersor, onde se concentram as
irrigações, indicando que a lixiviação foi menor neste tratamento.
Este resultado pode ser explicado pela fonte de Mg utilizada (sulfato de
magnésio) e a forma de aplicação (três aplicações men
sais no início do ciclo).
No Quadro 1
8
é apresentado o resultado da
análise de regressão d
o efeito da
distância e da p
rofun
didade
, e a sua interação, sobre a concentração de nutrien
tes.
Quadro 18
Equações de regressão ajustadas para as variáveis P, K,
Ca e Mg em
função da distânci
a (D) e da profundidade (Z), em
cada tratamento (T)
T
Equações de R
egressão
R
2
_
P = 2,819
0,0218**D + 0,0000980*D²
-
0,0346**Z + 0,000217**Z²
0,89
_
K = 53,819
1,183**Z + 0,00794**Z²
0,93
_
Ca = 2,141
0,00223**D
0,0408**Z + 0,000269**Z²
0,94
1
_
Mg = 0,676
0,0154**Z + 0,000100**Z²
0,92
_
P = 3,724
0,0168**D
0,0116*Z
0,69
_
K = 45,529
0,0520
0
D
0,698**Z + 0,00448*Z²
0,72
_
Ca = 2,151
0,00230**D
0,0461**Z + 0,000323**Z²
0,96
2
_
Mg = 0,400 + 0,
00460*D
0,0000227*D²
-
0,0151**Z + 0,000105**Z²
0,94
_
P = 3,555
0,00660**D
0,0672**Z + 0,000446**Z²
0,87
_
K = 64,803
0,492*D + 0,00235*D²
0,802**Z +0,00554**Z²
0,82
_
Ca = 1,589
0,00150*D
0,0395**Z + 0,000282**Z²
0,95
3
_
Mg = 0,513
0,0124**Z + 0,0000813**Z²
0,93
_
P = 1,987
0,00503**D
0,0300**Z + 0,000185*Z²
0,79
_
K = 46,679
0,344**D + 0,00149**D²
-
0,536**Z + 0,00380**Z²
0,90
_
Ca = 1,127 + 0,0108*D
0,000500*D²
-
0,0415**Z + 0,000277**Z²
0,95
4
_
Mg = 0,176 + 0,007
27*D
0,0000333*D²
-
0,0108**Z + 0,0000635*Z²
0,89
**, *,
0
= significativos a 1, 5 e 10% de probabilidade, respectivamente, pelo teste t.
49
São apresentados, em cada tratamento,
as
e
quações que melhor se ajustaram a
cada um dos elementos (P, K, Ca e Mg);
os coeficientes de regressão (R²); e a
significância dos betas da equação. A seleção das equações foi feita através de uma
superfície de resposta, onde foram testados vários modelos para cada caso.
As análises de regressão do K e do Mg no T1 e do Mg no T3
não foram
significativas para o parâmetro distância (D), aparecendo apenas o efeito da
profundidade (Z). Apenas um modelo Linear foi significativo: a análise do P no T2.
As demais regressões tiveram pelo menos um parâmetro quadrático. Os valores de R²
var
iaram de 69 a 95%.
As Figuras 6, 7, 8 e 9 apresentam os gráficos das equações da análise de
regressão, divididos por elemento químico. A partir dos gráficos é possível observar,
com maior clareza, os efeitos da distância e da profundidade sobre as concentr
ações
de P, K, Ca e Mg, em cada Tratamento.
Observa
se uma tendência geral de redução no teor dos nutrientes à medida
que aumenta a Profundidade, em uma função quadrática, até um valor mínimo,
normalmente por volta dos 80 cm de profundidade, a partir do qu
al a curva passa a
ser crescente ou estabiliza, com exceção do P no T2, que reduz linearmente com o
aumento da profundidade.
Este comportamento não se altera com a distância. Em todos os gráficos a
relação entre a concentração do íon e a profundidade é pr
aticamente a mesma a 50,
100 e 150 cm de distância.
Na análise do K observa
-
se que nos tratamentos com maiores lâminas de água
a sua redução é menos drástica à medida que a profundidade aumenta. Este fato é
devido ao transporte de nutrientes das camadas su
perficiais do solo para as inferiores.
Nos outros elementos este processo não é claramente observado.
No caso da Distância a tendência geral também é de uma relação inversa, ou
seja, redução no teor de nutrientes com o aumento da distância. Na maior parte
das
situações essa relação é linear. Em três regressões o efeito da distância foi nulo
o K
no T1, e o Mg no T1 e no T3
em outras três foi semelhante ao descrito no
parágrafo anterior para a Profundidade (quadrático positivo)
P no T1 e K no T3 e
T4
e em três ocasiões foi quadrático negativo
Mg no T2 e T4, e Ca no T4
nesse
caso apresentando uma curva ascendente até um ponto máximo, normalmente por
volta de 100 cm de distância, a partir do qual a trajetória se torna descendente.
50
Distribuição do P
no Solo
T1
Distribuição do P no Solo
T2
Distribuição do P no Solo
T3
Distribuição do P no Solo
T4
Figura 6
Variação na
concentração de
P
no solo, em mg.
dm³
-
1
, em
função da
distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em cada
tratamento.
51
Distribuição do K no Solo
T1
Distribuição do K no Solo
T2
Distribuição do K no Solo
T3
Distribuição do K no Solo
T4
Figura 7
Variação na concentração de
K
no solo, em
mg.dm³
-
1
, em
função da
distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em cada
tratamento.
52
Distribuição do Ca no Solo
T1
Distribuição do Ca no Solo
T2
Distribuição do Ca no Solo
T3
Distribuição do Ca no Solo
T4
Figura 8
Variação na concentração de
Ca
no solo, em cmol
c
.
dm³
-
1
, em
função da
distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em cada
tratamento.
53
Distribuição do Mg no Solo
T1
Distribuição do Mg
no Solo
T2
Distribuição do Mg no Solo
T3
Distribuição do Mg no Solo
T4
Figura 9
Variação na concentração de
Mg
no solo, em
cmol
c
.
dm³
-
1
, em
função da
distância
(DIST), em cm,
e da profundidade
(PROF), em cm,
em cada
tratamento.
54
Uma outra análise foi feita com o objetivo de avaliar a relação entre a lâmina
de água e o perfil de distribuição dos nutrientes no solo.
A par
tir da avaliação dos microaspersores e determinação da taxa média de
aplicação de água ao longo do raio molhado, através do tempo de irrigação total
ocorrido, e somando
se a precipitação efetiva no período, chegou
se aos valores de
Lâminas totais recebidas
em cada Tratamento e Distâ
ncia do microaspersor (Quadro
19
).
Quadro 19
Lâminas de água totais (Irrigação + Precipitação efetiva), em mm,
ocorridas no período avaliado em cada ponto amostrado, função do
tratamen
to e distância do microaspersor
Distânc
ia (cm)
Tratamento
50
100
150
T1
701
401
257
T2
863
551
433
T3
876
538
414
T4
1413
913
753
Apresenta
se no Quadro 20
o resumo das análises de variância das variáveis
Mg, Ca, K e P, no esquema de parcelas subdivididas no espaço, tendo na parcela o
ef
eito da Lâmina de irrigação (L) e na subparcela o efeito da Profundidade do solo
(Z).
Quadro 20
Resumo das análises de variância das variáveis P, K, Ca e Mg, no
esquema de parcelas subdivididas, em função de L x P
Qu
adrado Médio
Fonte de Variação
Grau de
Liberdade
P
K
Ca
Mg
Lâmina de irrigação (L)
11
4,231*
184,040
ns
0,503**
0,027
ns
Bloco
2
2,748
1221,216
55
O efeito isolado da lâmina de irrigação foi significativo para as variáveis P e
Ca, pelo teste F a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente. A profundidade foi
significativa a 1% de probabilidade em todas as análises, i
nclusive para o Ca, o que
não havia ocorrido na análise anterior, devido a diferenças no quadrado médio do
resíduo. E a interação entre os dois fatores foi significativa para o P (1%) e Mg (5%).
Como os dois fatores são quantitativos (quantidade de água e
profundidade),
procedeu
se à análise de regressão para determinar a relação de cada um com a
concentração de nutrientes no solo e a interação entre eles. Novamente foi testada
uma superfície de resposta para cada elemento (P, K, Ca e Mg) e selecionado o
me
lhor modelo.
O resulta
do está apresentado no Quadro 21
, com as equações de regressão,
para as quatro variáveis, a significância dos betas e o valor (decimal) do coeficiente
de ajuste da regressão (R²), que significa quanto da variação da concentração de
n
utrientes é explicado pela equação.
Quadro 21
Equações de regressão ajustadas para as variáveis P, K, Ca e MG em
função da lâmina de água (L) e da profundidade (Z)
Equação de regressão
R
2
_
P = 0,959
_
K = 49,231
0,0211**L
0,472**Z + 0,000315**
0,63
_
Ca = 2,267
0,000136
0
L
0,0477**Z + 0,000288Z²
0,82
_
Mg = 0,755
0,0000545*L
0,0152**Z + 0,0000875**Z²
0,86
**, * e
0
= significativos a 1, 5 e 10% de probabilidade, respectivamente, pelo teste t.
Na análise do P nenhum modelo foi si
gnificativo. Os valores de ficaram
todos abaixo de 0,50 e, portanto, ele foi considerado igual à média. Nas demais
variáveis, o efeito da Lâmina foi linear e o da Profundidade quadrático. As Figuras
10, 11 e 12 representam os gráficos das equações de re
gressão apr
esentadas no
Quadro 21
.
Novamente observa
se que a concentração dos elementos diminui com o
aumento da profundidade.
O K teve a sua concentração reduzida nas camadas superficiais e aumentada
nas camadas inferiores quando aumentada a lâmina de i
rrigação, o que demonstra
56
mais uma vez a maior lixiviação do nutriente em função das maiores quantidades de
água aplicadas. A diferença de concentração entre as profundidades de 10 e 90 cm
na
menor lâmina é de 36 mg.
dm³
-
1
, enquanto na maior lâmina é de 4
m
g.
dm³
-
1
,
indicando que parte do adubo contido nas primeiras camadas foi percolado para as
mais profundas.
Figura 10
Variação na concentração de
K
no solo, em
mg.
dm³
-
1
,
em função da
lâmina de água (LAM)
, em mm,
e da profundi
dade (PROF)
, em cm
.
O aumento da lâmina de irrigação provocou a redução nos teores de Ca e Mg
no solo, praticamente na mesma proporção em todas as profundidades. Como os
solos da área são naturalmente deficientes em relação a esses elementos, o que
repr
esenta um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores, os seus valores
chegaram próximo de zero nas maiores lâminas.
57
Figura 11
Variação na concentração de
Ca
no solo,
em cmol
c
.
dm³
-
1
,
em função da
lâmina de água (LAM)
, em mm,
e da profundidade (PROF)
, em cm
.
Figura 12
Variação na concentração de
Mg
no solo, em
cmol
c
.dm³
-
1
,
em função da
lâmina de água (LAM), em mm, e da profundidade (PROF), em cm.
58
4.3
.
Diagnóstico do Uso da Água na Gl
eba C2
As somas das lâminas de irrigação simuladas no período de abril a setembro
de 2006 em cada parcela estão apresentadas na Figura 13. As parcelas estão
identificadas pela cultura, o nº do lote e a lâmina de água total recebida, em mm.
As diferenças d
e valores de lâminas simuladas entre culturas semelhantes são
devidas a fatores como: espaçamento de plantio, idade e, ou, fase da cultura, e
características do equipamento de irrigação utilizado.
Figura 13
Lâmina de água t
otal aplicada em cada parcela no período de 01/04 a
30/09/2006 de acordo com as simulações realizadas
à frente de cada
barra estão indicados: espécie de fruteira, n
o
do lote e lâmina de
irrigação (mm).
Os valores de lâminas foram convertidos para volume
de água de acordo com
a área irrigada de cada parcela. Somadas as parcelas de cada lote, chegou
se ao
volume de água consumido na propriedade. Este volume estimado foi então
comparado com o volume real consumido na propriedade (item 3.16), considerando
Atemóia 29M; 754.4
Atemóia 414A; 315.0
Banana 42M; 965.4
Banana 46P; 972.4
Banana 54P; 725.4
Goiaba 29M; 775.2
Limão 29M; 527.5
Limão/got 30M; 556.5
Limão/mic 30M; 555.9
Limão 32P; 821.5
Limão 42M; 596.8
Limão 414A; 398.7
Manga 29M; 351.4
Manga 30M; 330.4
Manga 32P; 509.7
Manga 42M; 436.7
Manga 278P; 362.
9
Manga 414A; 334.4
Pinha 29M; 655.3
Pinh
a 32P; 729.3
Pimenta 278P; 345.8
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1100
1200
Pacela
Lâmina de Irrigação (mm)
59
o
mesmo período. Os valores mensais e totais dos consumos de água real e simulado,
e a
diferença entre ambos, em cada l
ote,
estão apresentados no Quadro 22
.
Quadro 22
Comparação entre o volume de água (m³) utilizado nas irrigações em
cada Lote (REAL) e o
volume necessário (SIMULADO) para o
mesmo período
VOLUME (m³)
LOTE 46P
LOTE 54P
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
abr/06
38.727,00
46.520,00
7.793,00
abr/06
10.695,00
17.626,49
6.931,49
mai/06
72.615,00
44.888,00
27.727,00
mai/06
29.574,00
17.041,85
12.532,15
jun/06
64.671,00
41.784,00
22.887,00
jun/06
28.191,00
15.866,48
12.324,52
jul/06
55.692,00
48.788,00
6.904,00
jul/06
14.948,00
18.507,51
3.559,51
ago/06
71.973,00
60.024,00
11.949,00
ago/06
18.363,00
22.703,52
4
.340,52
set/06
66.915,00
58.364,00
8.551,00
set/06
24.351,00
22.066,10
2.284,90
TOTAL
370.593,00
300.368,00
70.225,00
TOTAL
126.122,00
113.811,95
12.310,05
LOTES 42/44/46M
LOTE 278P
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
abr/06
152.699,00
117.411,10
35.287,90
abr/06
3.898,00
1.483,20
2.414,80
mai/06
198.299,00
125.549,10
72.749,90
mai/06
25.458,00
13.838,40
11.619,60
jun/06
140.486,00
112.929,80
27.556,20
jun/06
23.052,00
16.916,40
6.135,60
jul/06
110.067,00
125.403
,20
15.336,20
jul/06
24.818,00
21.128,40
3.689,60
ago/06
152.131,00
165.329,00
13.198,00
ago/06
23.758,00
22.437,00
1.321,00
set/06
159.369,00
153.282,80
6.086,20
set/06
19.282,00
22.141,80
2.859,80
TOTAL
913.051,00
799.905,00
113.146,00
TOTAL
12
0.266,00
97.945,20
22.320,80
LOTE 32P
LOTE 414A
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
abr/06
6.891,00
9.261,00
2.370,00
abr/06
1.287,00
6.523,00
5.236,00
mai/06
8.388,00
13.265,50
4.877,50
mai/06
8.517,00
10.618,00
2
.101,00
jun/06
7.608,00
13.635,25
6.027,25
jun/06
17.034,00
11.105,00
5.929,00
jul/06
32.076,00
15.847,25
16.228,75
jul/06
14.670,00
12.346,50
2.323,50
ago/06
25.239,00
19.637,75
5.601,25
ago/06
20.886,00
15.695,50
5.190,50
set/06
18.696,00
18.281,
00
415,00
set/06
21.711,00
14.053,00
7.658,00
TOTAL
98.898,00
89.927,75
8.970,25
TOTAL
84.105,00
70.341,00
13.764,00
LOTE 30M
LOTE 29M
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
MÊS
REAL
SIMULADO
DIFERENÇA
abr/06
16.390,00
20.302,21
3.912,21
abr/06
24
.957,60
22.386,60
2.571,00
mai/06
40.680,00
26.434,52
14.245,48
mai/06
34.482,30
24.267,60
10.214,70
jun/06
43.710,00
26.639,34
17.070,66
jun/06
33.156,30
23.659,80
9.496,50
jul/06
42.200,00
30.906,46
11.293,54
jul/06
37.560,30
27.687,60
9.872,70
ag
o/06
33.760,00
37.975,10
4.215,10
ago/06
31.588,50
34.594,20
3.005,70
set/06
41.710,00
35.590,35
6.119,65
set/06
28.100,10
32.680,80
4.580,70
TOTAL
218.450,00
177.847,98
40.602,02
TOTAL
189.845,10
165.276,60
24.568,50
60
A coluna da direita correspon
de à diferença entre a lâmina real aplicada e a
simulada.
Estes valores estão
expressos
em mm no Quadro 23
.
Os valores negativos,
destacados em vermelho, indicam que irrigou
se menos que o recomendado naquele
período, ou seja, houve déficit na aplicação de
água. Os valores positivos (azul)
indicam que irrigou
se mais que o necessário, ou seja, aplicou
se água em excesso.
Quadro 23
Diferenças entre as lâminas mensais de irrigação aplicadas e as
simuladas, em mm, em cada lote
DIFERENÇA (mm)
Mês
Lotes
46 P
54 P
42/44/46 M
278 P
32 P
414 A
30 M
29 M
abr/06
19,48
34,15
21,78
13,42
13,54
20,94
8,07
7,14
mai/06
69,32
61,73
44,91
64,55
27,87
8,40
29,37
28,37
jun/06
57,22
60,71
17,01
34,09
34,44
23,72
35,20
26,38
jul/06
17,26
17,53
9,47
20,50
92
,74
9,29
23,29
27,42
ago/06
29,87
21,38
8,15
7,34
32,01
20,76
8,69
8,35
set/06
21,38
11,26
3,76
15,89
2,37
30,63
12,62
12,72
Em todos os lotes ocorrem as duas situações
déficit e excesso de água nas
irrigações. Em alguns casos houve grande dif
erença, atingindo mais de 3 mm
(excesso) por dia, que é superior à
ETc média
em muitas parcelas no período.
Observa
se também uma elevada amplitude nesses resultados, como no lote 32 P,
que apresentou déficit de 34,44 mm em um mês e 92,74 mm de excesso no
outro.
Este resultado revela a falta de controle no gerenciamento das irrigações nas
propriedades estudadas. Muitas delas não utilizam nenhum método de manejo da
irrigação.
Tanto o déficit quanto o excesso de água acarretam prejuízos econômicos
para a lavo
ura, sendo que o segundo também implica em prejuízo ambiental.
A diferença total ao longo dos seis meses avaliados foi positiva
em todos os
lotes. No Quadro 24
são apresentados estes valores finais excedentes por lote, a soma
de todos eles, a diferença por
área e por mês, e as médias gerais.
61
Quadro 24
Excesso de água aplicado nas áreas irrigadas dos lotes avaliados,
indicado pelas diferenças entre v
olume Real e Simulado (Excesso
-
Total), e as diferenças médias por
área (Excesso
Média) e por mês
(Ex
cesso
Média Mensal
LOTE
Excesso
Total (m³)
ÁREA
(ha)
Excesso
Média (m³
.
ha
-
1
Excesso
Média
Mensal
(m³.ha
-
1
mês
-
1
46 P
70.225,00
40,0
1.755,63
219,45
54 P
12.310,05
20,3
606,41
75,80
42/44/46 M
113.146,00
162,0
698,43
87,30
278 P
22.320,80
18,0
1.240,04
155,01
32 P
8.970,25
17,5
512,59
64,07
414 A
13.764,00
25,0
550,56
68,82
30 M
40.602,02
48,5
837,16
104,64
29 M
24.568,50
36,0
682,46
85,31
Geral
305.906,62
367,3
832,85
138,81
O resultado final destas avaliações revela um excesso de á
gu
a aplicado de
139 mil litros.ha
-
1
mês
-
1
, em média. É um valor bastante significativo pela dimensão
do perímetro irrigado, e considerando que foram avaliados apenas lotes de porte
empresarial e que portanto utilizam tecnologia avançada e dispõem de mão
de
obra
especializada.
Uma das conseqüências negativas para o produtor da aplicação de água em
excesso é a elevação dos custos de produção.
Apresenta
se no Quadro 25
o custo diretamente relacionado com o excesso de
água aplicado nas áreas irrigadas avaliada
s, considerando apenas o valor da água e da
energia demandada. Os cálculos basearam
se na soma dos meses que apresentaram
excesso na irrigação.
62
Quadro 25
Custos referentes aos excessos de água e energia consumidos nas
irrigações em cada lote
Lot
e
Excesso de
Custo (A)
Energia
Custo (E)
A + E
água (m³)
(R$)
(kWh)
(R$)
(R$)
(R$
.
ha
-
1
46 P
78.018,00
2.086,97
116.494,21
13.784,13
15.871,10
396,78
54 P
27.141,57
726,03
40.527,00
4.795,34
5.521,38
271,99
42/44/46 M
141.680,20
3.789,93
211.552,76
2
5.031,90
28.821,82
177,91
278 P
25.180,60
673,58
37.598,94
4.448,88
5.122,46
284,58
32 P
22.245,00
595,05
33.215,59
3.930,22
4.525,27
258,59
414 A
21.101,00
564,45
31.507,40
3.728,10
4.292,55
171,70
30 M
48.729,33
1.303,50
72.761,22
8.609,44
9.912,95
2
04,39
29 M
32.154,90
860,14
48.012,76
5.681,09
6.541,23
181,70
Em alguns lotes o custo devido às irrigações em excesso corresponde a mais
de 10% do custo total de manutenção das culturas.
Além destes custos ainda aqueles relacionados à menor eficiênc
ia no uso
dos insumos agrícolas, além de conseqüências que impactam, entre outros, na
redução da produtividade.
63
5.
CONCLUSÕES
Diante dos resultados, conclui
se que:
Não houve diferença significativa
de produtividade e peso médio dos frutos
entre os tratamentos nas duas fruteiras, apesar dos acréscimos na
lâmina aplicada de
irrigação
de 27%, 50% e 103%
em relação à ETc na atemoieira,
e 21%, 47%
e 97%
na goiabeira
;
Os solos arenosos da área experimental, com elevada taxa de infiltração de
ág
ua, favorecem a drenagem da lâmina excedente aplicada, evitando maiores perdas
devido à redução na aeração do solo, porém favorece a maior lixiviação de
nutrientes;
O
s volumes de água
aplicados
variaram de 5.180 a 10.590
m³.
ha
-
1
entre os
tratamentos,
em
217 dias de acompanhamento
, para a cultura da a
temóia e de 5.640 a
11.360
m³.
ha
-
1
na g
oiaba em 227 dias, indicando
a magnitude do desperdício de água
devido
a excessos nas irrigações;
Os custos diretos da irrigação (água + energ
ia) variaram
entre os
trat
amentos de maior e menor lâmina
em
R$ 1.100,55
na atemóia e R$ 1.163,61 na
goiaba
;
N
os tratamentos em que foram aplicadas
men
ores lâminas de irrigação
observou
se maior concentração de nutrientes
no solo
,
em geral,
principalment
e nas
camadas mais superfi
ciais
;
As maiores lâminas aplicadas resultaram em menores teores de Ca e Mg no
solo, em todas as profundidades, o que é uma constatação importante uma vez que
64
um dos maiores problemas dos solos arenosos do Perímetro é a dificuldade em
manter elevada
a co
ncentração destes dois elementos;
As concentrações de fósforo não foram afetadas pela quantidade de água
aplicada, devido à sua baixa mobilidade no solo;
Na análise do K observou
se o efeito bastante característico da lixiviação do
nutriente pelo exces
so de água aplicada, pois a sua concentração nas camadas
superficiais reduziu consideravelmente com o aumento da lâmina, e nas camadas
inferiores a relação foi inversa, em conseqüência do acúmulo dos íons arrastados
pelo fluxo de água no perfil do solo.
Houve excesso e déficit de água nas irrigações realizadas
,
no período de
01/04/06 a 30/09/06
,
em todos os lotes
avaliados
,
indicando um manejo inadequado
da irrigação;
Em todas as simulações foi apontado um volume final excedente
na soma
das
lâmina
s
de á
gua aplicada
s
;
Observou
se um valor m
édio de 139 m³.ha
-
1
mês
-
1
aplicado em exces
so na
Gleba C2 do projeto Jaíba;
O custo médio do desperdício de água nas irrigações entre os lotes foi de R$
243,45
.
ha
-
1
no período, considerando apenas o valor da
água e d
a energia excedentes
.
65
6. REFERÊNCIAS
ABREU, J. M. H., REGALADO, A. P., LOPEZ, J. R., HERNANDEZ, J. F. G. El
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Monteith nas condições da
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2003, Juazeiro. Resumos... Juazeiro, BA: CONIRDO, 2003.
9 P.
68
APÊNDICES
69
APÊNDICE A
Quadro
1
A
Dados utilizados no programa Irriplus para o balanço hídrico da cultura
da
atemóia
no experimento de campo na fazenda Fahma (Lote 29M),
utilizando o exemplo do T1
INFORMAÇÕES GERAIS
ÁREA (ha):
6
ÁREA MOLHADA (%):
100.00
FAS
E INICIAL:
8
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
18/7/2005
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
4 x 5
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
4 x 5
TURNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Atemóia/G
e
fner
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (dS
.
m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.10
1
2 (4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.20
3
3 (7
-
12 meses)
180
0.40
não
0.35
7
4 (13
-
18 meses)
180
0.45
não
0.45
15
5 (19
-
24 meses)
180
0.50
não
0.50
25
6 (25
-
36 meses)
360
0.60
não
0.55
40
7 (Poda)
15
0.45
não
0.55
10
8 (Início Brotação)
30
0.50
não
0.55
20
9 (Floresimento)
60
0.60
não
0.60
30
10 (Desenv. Frutos)
70
0.80
sim
0.60
50
11 (Colheita)
35
0.70
não
0.60
55
12 (Repouso)
15
0.40
sim
0.60
60
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
16
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1.2
FÁBRICA:
Mondragon
CUC (%):
89,6
Q EMISSOR (L.
h
-
1
):
32
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
5
de montagem/manutensão
SOLO
CAMADA
ESPESSURA
(m)
CC
(U%)
PM
(U%)
Da
(g.
cm³
-
1
)
ARGILA
(%)
AREIA
(%)
SILTE
(%)
1
0,2
9,5
4,1
1,47
8
85
7
2
0,8
12,2
5,9
1,44
8
84
8
ÁGUA
FONTE:
Rio S. Francisco
HCO3 (
mmol
c
.L
-
1
):
1.2
CE:
0.079
Cl (
mmol
c
.L
-
1
):
0.4
Ph:
6.7
Mg (
mmol
c
.L
-
1
):
0.16
RAS:
0.24
CO3 (
mmol
c
.L
-
1
):
0
Ca (mmol
c
.
L
-
1
):
0.65
SO4 (
mmol
c
.L
-
1
):
-
Na (
mmol
c
.L
-
1
):
0.15
F total (
mmol
c
.L
-
1
):
-
70
Qu
adro 2
A
Dados utilizados no programa Irriplus para o balanço hídrico da cultura
da
goiaba
no experimento de campo na fazenda Fahma (Lote 29M),
utilizando o exemplo do T1
INFORMAÇÕES GERAIS
ÁREA (ha):
6
ÁREA MOLHADA (%):
66.00
FASE INICIAL:
14
DURAÇÃO
DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
18/3/2006
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
6 x 6
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
6 x 6
TURNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDA
DE:
Goiaba/Paluma
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO
(dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.10
1
2 (4
-
6 meses)
90
0.3
0
não
0.20
5
3 (7
-
12 meses)
180
0.45
não
0.30
10
4 (13
-
18 meses)
180
0.50
não
0.35
15
5 (19
-
24 meses)
180
0.60
não
0.40
20
6 (25
-
36 meses)
360
0.70
não
0.45
30
7 (37
-
39.5 meses)
105
0.75
sim
0.55
40
8 (39.5
-
40 meses)
15
0.75
não
0.55
40
9 (Poda)
15
0.50
não
0.60
10
10 (Desev.)
45
0.70
não
0.60
30
11 (Produção)
100
0.80
sim
0.65
50
12 (Colheita)
60
0.80
não
0.65
50
13 (Poda)
15
0.50
não
0.65
10
14 (Desenv.)
45
0.70
não
0.65
30
15 (Prod)
100
0.80
sim
0.70
50
16 (Colheita)
60
0.80
não
0.70
50
EQ
UIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
16
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1
FÁBRICA:
Mondragon
CUC (%):
9
1,5
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
35
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
5
de montagem/manutensão
SOLO
CAMADA
ESPES
SURA (m)
CC
(U%)
PM
(U%)
Da
(
g.cm³
-
1
)
ARGILA
(%)
AREIA
(%)
SILTE (%)
1
0,2
9,5
4,1
1,47
8
85
7
2
0,8
12,2
5,9
1,44
8
84
8
ÁGUA
FONTE:
Rio S. Francisco
HCO3 (
mmol
c
.L
-
1
):
1.2
CE:
0.079
Cl (
mmol
c
.L
-
1
):
0.4
Ph:
6.7
Mg (
mmol
c
.L
-
1
):
0.16
RAS:
0.24
CO3 (
mm
ol
c
.L
-
1
):
0
Ca (
mmol
c
.L
-
1
):
0.65
SO4 (
mmol
c
.L
-
1
):
-
Na (
mmol
c
.L
-
1
):
0.15
F total (
mmol
c
.L
-
1
):
-
7
1
APÊNDICE B
Quadro
1B
Resultados das análises de variância para os parâmetros produtividade
(PROD) e peso médio dos frutos (PMED) do experimento com lâ
minas
de irrigação na cultura da
atemóia
P
R
O
D
Fontes de Variação G.L. Soma de Quadra
do Quadrado Médio F Signif.
TRAT 3 15.61000
5.203333 0.312 *******
REP 4
70.77200
17.69300 1.059 0.41798
Resíduo
12
200.4000
16.70000
Coeficiente de Variação =
27.556
PMED
Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Signif.
TRAT 3
1525.902 508.6340
0.266 ****
***
REP 4
3315.088 828.7720
0.434 *******
Resíduo 12
22921.66 1910.138
Coeficiente de Variação =
12.514
Dependentes = PRD PMED
Independentes = TRAT REP
(bloco)
Nome Média Desvio
PRD 14.83000 3.88507
PMED 349.25098 38.22554
72
Quadro 2B
Res
ultados das análises de variância para os parâmetros produtividade
(PROD) e peso médio dos frutos (PMED) do experimento com lâminas
de irrigação na cultura da
goiaba
PR
O
D
Fontes de Vari
ação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Signif.
TRAT 3 620.5193
206.8398 1.457 0.27546
REP 4 7590.158
1897.540
13.367 0.00
022
Resíduo 12
1703.511
141.9592
Coeficiente de Variação =
12.744
PME
D
Fontes de Variação G.L. Soma de Quadrado Quadrado Médio F Signif.
TRAT 3 41.46197
13.82066 0.765 *******
REP 4 162.2593
40.56483 2.245 0.12494
Resíduo
12 216.8272
18.06894
Coeficiente de Variação =
4.860
Dependente
s = PRD PMED
Independentes
= TRAT REP
(bloco)
Nom
e Média Desvio
PRD 93.49187 22.84293
PMED 87.47176 4.70469
73
APÊNDICE C
Quaro
1C
Resultados das análises dos dois Solos predominantes na Gleba C2 do
Projeto Jaíba
SOLO 1
:
VIB (mm.
h
-
1
):
30
CAMAD
A
ESPESSURA (m)
CC (U%)
PM (U%)
Da (
g.cm³
-
1
)
1
0,2
9,5
4,1
1,47
2
0,8
12,2
5,9
1,44
CAMADA
ARGILA
(%)
AREIA
(%)
SILTE
(%)
Na
(cmol
c
.
dm³
-
1
)
Al
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
SB
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
CTC Total
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
1
8
85
7
0
0,1
1,6
1,7
2
8
84
8
0
0,3
0,5
0,8
SOLO
2
:
VIB (
mm.
h
-
1
):
30
CAMADA
ESPESSURA (m)
CC (U%)
PM (U%)
Da (
g.cm³
-
1
)
1
0,2
17
7
1,44
2
0,4
19
8
1,36
CAMADA
ARGILA
(%)
AREIA
(%)
SILTE
(%)
Na
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
Al
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
SB
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
CTC Total
(
cmol
c
.
dm³
-
1
)
1
8
85
7
0
0,1
1,6
1,7
2
8
84
8
0
0,3
0,5
0,8
Quadro
2
C
Resultados da
análise
da água utilizada nas irrigações, captada nos
canais do Rio São Francisco
ÁGUA
FONTE:
Rio S. Francisco
HCO3 (
mmol
c
.L
-
1
):
1.2
CE:
0.079
Cl (
mmol
c
.L
-
1
):
0.4
Ph:
6.7
Mg (
mmol
c
.L
-
1
):
0.16
RAS:
0.24
CO3
(
mmol
c
.L
-
1
):
0
Ca (
mmol
c
.L
-
1
):
0.65
SO4 (
mmol
c
.L
-
1
):
-
Na (
mmol
c
.L
-
1
):
0.15
F total (
mmol
c
.L
-
1
):
-
74
APÊNDICE D
Quadro
1D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Limão
SIMULAÇÃO: 29M LIMÃO
ÁREA (ha):
12
ÁREA MOLHADA (%):
35
.90
FASE INICIAL:
7
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
75
Quadro
2
D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Manga
SIMULAÇÃO: 29M MANGA
ÁREA (ha):
6
ÁREA MOLHADA (%):
30.68
FASE INICIA
L:
16
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
1/12/2005
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
8 X 8
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
8 X 8
TURNO DE REGA:
1 dia
C
ULURA
NOME/VARIEDADE:
Manga/Hadden
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.20
1
2
(4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.35
2
3 (7
-
12 meses)
180
0.35
não
0.45
3
4 (13
-
18 meses)
180
0.40
não
0.55
4
5 (19
-
24 meses)
180
0.45
não
0.70
5
6 (25
-
36 meses)
360
0.55
não
0.85
6
7 (37
-
38 meses)
60
0.65
não
0.95
8
8 (Indução
-
PBZ)
120
0.70
não
1.00
12
9 (Indução
-
NO3)
15
0.00
sim
1.00
14
10 (Indução
-
NO3)
15
0.00
não
1.00
14
11 (Início de Floração)
15
0.00
não
1.00
16
12 (Floração + Frutificação)
105
0.75
sim
1.00
18
13 (Maturação frutos)
60
0.75
não
1.00
22
14 (Colheita + Preparo)
30
0.50
não
1.
00
20
15 (Desenv. Ramos)
50
0.60
não
1.00
22
16 (Indução
-
PBZ)
100
0.75
não
1.00
24
17 (Indução
-
PBZ)
15
0.00
sim
1.00
26
18 (Indução
-
PBZ)
15
0.00
não
1.00
26
19 (Início da Floração)
15
0.00
não
1.00
28
20 (Floração + Frutificação)
105
0.8
sim
1.
00
30
21 (Maturação de Frutos)
15
0.8
não
1.00
32
22 (Colheita + Preparo)
30
0.55
não
1.00
28
23 (Desenv. Ramos)
60
0.65
não
1.00
30
24 (indução
-
PBZ)
100
0.8
não
1.00
32
25 (Indução NO3)
15
0.25
sim
1.00
34
26 (Indução NO3)
15
0.25
não
1.00
34
SO
LO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
14.5
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1
FÁBRICA:
Mondragon
CUC (%):
95.5
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
86
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m)
:
5
de montagem/manutensão
76
Quadro
3D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Atemóia
SIMULAÇÃO: 29M ATEMÓIA
ÁREA (ha):
6
ÁREA MOLHADA (%):
100.00
FASE INICIAL:
8
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
18/7/2005
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
4 x 5
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
4 x 5
TURNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Atemóia/G
e
fner
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE
MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.10
1
2 (4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.20
3
3 (7
-
12 meses)
180
0.40
não
0.35
7
4
(13
-
18 meses)
180
0.45
não
0.45
15
5 (19
-
24 meses)
180
0.50
não
0.50
25
6 (25
-
36 meses)
360
0.60
não
0.55
40
7 (Poda)
15
0.45
não
0.55
10
8 (Início Brotação)
30
0.50
não
0.55
20
9 (Floresimento)
60
0.60
não
0.60
30
10 (Desenv. Frutos)
70
0.80
sim
0.
60
50
11 (Colheita)
35
0.70
não
0.60
55
12 (Repouso)
15
0.40
sim
0.60
60
SOLO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
16
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1.2
FÁBRICA:
Mondragon
CUC
(%):
97.2
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
55
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
6
de montagem/manutensão
77
Quadro
4D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Goiaba
SIMULAÇÃO: 29M GOIABA
ÁREA (ha):
6
ÁREA MOLHADA (%)
:
66.00
FASE INICIAL:
14
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
18/3/2006
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
6 x 6
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
6 x 6
TURNO DE
REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Goiaba/Paluma
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.10
1
2 (4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.20
5
3 (7
-
12 meses)
180
0.45
não
0.30
10
4 (13
-
18 meses)
180
0.50
não
0.35
15
5 (19
-
24 meses)
180
0.60
não
0.40
20
6 (25
-
36 meses)
360
0.70
não
0.45
30
7 (37
-
39.5 meses)
105
0.75
sim
0.55
40
8 (39.5
-
40
meses)
15
0.75
não
0.55
40
9 (Poda)
15
0.50
não
0.60
10
10 (Desev.)
45
0.70
não
0.60
30
11 (Produção)
100
0.80
sim
0.65
50
12 (Colheita)
60
0.80
não
0.65
50
13 (Poda)
15
0.50
não
0.65
10
14 (Desenv.)
45
0.70
não
0.65
30
15 (Prod)
100
0.80
sim
0.70
5
0
16 (Colheita)
60
0.80
não
0.70
50
SOLO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
16
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1
FÁBRICA:
Mondragon
CUC (%):
94.7
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
46
PERDAS
CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
5.5
de montagem/manutensão
78
Quadro
5D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
29M Pinha
SIMULAÇÃO: 29M PINHA
ÁREA (ha):
6
ÁREA MOLHADA (%):
100.00
FASE INICIAL:
8
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
18/7/2005
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
4 x 5
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
4 x 5
TURNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
P
inha/Comum
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.10
1
2 (4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.15
3
3 (7
-
12 meses)
180
0.35
não
0.35
7
4 (13
-
18 meses)
180
0.40
não
0.45
15
5 (19
-
24 meses)
180
0.40
não
0.50
25
6 (25
-
36 meses)
360
0.45
não
0.55
35
7 (Poda)
15
0.40
não
0.55
10
8 (Início Brotação)
30
0.50
não
0.60
20
9 (Floresimento)
60
0.65
o
0.60
30
10 (Desenv. Frutos)
70
0.70
sim
0.60
40
11 (Colheita)
35
0.60
não
0.60
50
12 (Repouso)
15
0.40
sim
0.60
55
SOLO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
12
TIPO:
Girató
rio
d BOCAL (mm):
1.2
FÁBRICA:
Mondragon
CUC (%):
94.1
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
51
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
5.5
de montagem/manutensão
79
Quadro
6D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
30M Limão
Gotejo
80
Quadro
7D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
30M Limã
o
Micro
SIMULAÇÃO: 30M LIMÃO MICRO
ÁREA (ha):
26.7
ÁREA MOLHADA (%):
30.00
FASE INICIAL:
9
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
1/1/2006
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
3/1/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
335
Ks:
Logarítmico
ESP
. PLANTIO (m):
6 x 7
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
6 x 7
TURNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Limão/Tahiti
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
25
FASE (nom
e)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.10
0.42
2 (4
-
6 meses)
90
0.35
não
0.15
0.83
3 (7
-
12 meses)
180
0.40
não
0.25
2.5
4 (13
-
18 meses)
180
0.50
não
0.35
4.17
5 (19
-
24 meses)
180
0.60
não
0.45
8.33
6 (25
-
36 me
ses)
360
0.70
não
0.60
12.5
7 (37
-
48 meses)
360
0.80
não
0.80
16.67
8 (49
-
60 meses)
360
0.90
não
0.80
25
9 (60 em diante)
5000
1.00
sim
0.80
29.17
SOLO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P S
ERVIÇO (mca):
16.5
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1
FÁBRICA:
Mondragon
CUC (%):
95.5
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
43
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
4
de montagem/manutensão
81
Quadro
8D
Dados utilizados na simulação das irrigações
na parcela
30M Manga
SIMULAÇÃO: 30M MANGA
ÁREA (ha):
18
ÁREA MOLHADA (%):
30.00
FASE INICIAL:
8
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
1/12/2005
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
3/1/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
335
Ks:
Logarítmi
co
ESP. PLANTIO (m):
8 X 8
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
8 X 8
TURNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Manga/Hadden
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FA
SE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.20
1
2 (4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.35
2
3 (7
-
12 meses)
180
0.35
não
0.45
3
4 (13
-
18 meses)
180
0.40
não
0.55
4
5 (19
-
24 meses)
180
0.45
não
0.70
5
6 (25
-
36 meses)
36
0
0.55
não
0.85
6
7 (37
-
38 meses)
60
0.65
não
0.95
8
8 (Indução
-
PBZ)
120
0.70
não
1.00
12
9 (Indução
-
NO3)
15
0.00
sim
1.00
14
10 (Indução
-
NO3)
15
0.00
não
1.00
14
11 (Início de Floração)
15
0.00
não
1.00
16
12 (Floração + Frutificação)
105
0.75
sim
1.00
18
13 (Maturação frutos)
60
0.75
não
1.00
22
14 (Colheita + Preparo)
30
0.50
não
1.00
20
15 (Desenv. Ramos)
50
0.60
não
1.00
22
16 (Indução
-
PBZ)
100
0.75
não
1.00
24
17 (Indução
-
PBZ)
15
0.00
sim
1.00
26
18 (Indução
-
PBZ)
15
0.00
não
1.
00
26
19 (Início da Floração)
15
0.00
não
1.00
28
20 (Floração + Frutificação)
105
0.8
sim
1.00
30
21 (Maturação de Frutos)
15
0.8
não
1.00
32
22 (Colheita + Preparo)
30
0.55
não
1.00
28
23 (Desenv. Ramos)
60
0.65
não
1.00
30
24 (indução
-
PBZ)
100
0
.8
não
1.00
32
25 (Indução NO3)
15
0.25
sim
1.00
34
26 (Indução NO3)
15
0.25
não
1.00
34
SOLO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
14.5
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1
FÁBRI
CA:
Mondragon
CUC (%):
95.5
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
86
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
5
de montagem/manutensão
82
Quadro
9D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
414A Limão
SIMULAÇÃO: 414A LIMÃO
ÁREA (ha):
10
ÁREA MOL
HADA (%):
5.00
FASE INICIAL:
8
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
1/1/2006
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
3/1/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
335
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
5 x 7
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
0.3 x 7
T
URNO DE REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Limão/Tahiti
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
25
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 m
eses)
90
0.30
sim
0.10
0.55
2 (4
-
6 meses)
90
0.35
não
0.15
1.00
3 (7
-
12 meses)
180
0.40
não
0.25
3.00
4 (13
-
18 meses)
180
0.50
não
0.35
5.00
5 (19
-
24 meses)
180
0.60
não
0.45
10
6 (25
-
36 meses)
360
0.70
não
0.60
15
7 (37
-
48 meses)
360
0.80
não
0.80
2
0
8 (49
-
60 meses)
360
0.90
não
0.80
30
9 (60 em diante)
5000
1.00
sim
0.80
35
SOLO
NOME:
Solo 1
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Gotejador
P SERVIÇO (mca):
10
TIPO:
Autocompensantes
d BOCAL (mm):
0.8
FÁBRICA:
Netaf
im
CUC (%):
90
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
GESAI
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
NEE:
2
de montagem/manutensão
83
Quadro
10D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
42M Manga
SIMULAÇÃO: 42M MANGA
ÁREA (ha):
27
ÁREA MOLHADA (%)
:
41.00
FASE INICIAL:
11
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
1/4/2006
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
250
Ks:
Logarítmico
ESP. PLANTIO (m):
6 x 8
Kl:
Fereres
ESP. EMISSORES (m):
6 x 8
TURNO DE
REGA:
1 dia
CULURA
NOME/VARIEDADE:
Manga/Hadden
FATOR DISP. HÍDRICA:
0.5
VALOR DE MERCADO:
Alto
SALINIDADE MÁX. (
dS.m
-
1
):
10
TEMP. BASAL (°C):
15
TEMP. ÓTIMA (°C):
26
FASE (nome)
DURAÇÃO (dias)
Kc
Kc CONST.
Z (m)
ÁREA SOMB. (%)
1 (0
-
3 meses)
90
0.30
sim
0.20
1.33
2 (4
-
6 meses)
90
0.30
não
0.35
2.66
3 (7
-
12 meses)
180
0.35
não
0.45
3.99
4 (13
-
18 meses)
180
0.40
não
0.55
5.32
5 (19
-
24 meses)
180
0.45
não
0.70
6.65
6 (25
-
36 meses)
360
0.55
não
0.85
7.98
7 (37
-
38 meses)
60
0.65
não
0.95
10.67
8 (Indução
-
PBZ)
120
0.70
não
1.00
16
9 (Indução
-
NO3)
15
0.00
sim
1.00
18.67
10 (Indução
-
NO3)
15
0.00
não
1.00
18.67
11 (Início de Floração)
15
0.00
não
1.00
21.33
12 (Floração + Frutificação)
105
0.75
sim
1.00
24
13 (Maturação frutos)
60
0.75
n
ão
1.00
29.33
14 (Colheita + Preparo)
30
0.50
não
1.00
26.67
15 (Desenv. Ramos)
50
0.60
não
1.00
29.33
16 (Indução
-
PBZ)
100
0.75
não
1.00
32
17 (Indução
-
NO3)
15
0.20
sim
1.00
34.67
18 (Indução
-
NO3)
15
0.20
não
1.00
34.67
19 (Início da Floração)
15
0.55
não
1.00
37.33
20 (Floração + Frutificação)
105
0.8
sim
1.00
40
21 (Maturação de Frutos)
15
0.8
não
1.00
42.67
22 (Colheita + Preparo)
30
0.55
não
1.00
37.33
23 (Desenv. Ramos)
60
0.65
não
1.00
40
24 (indução
-
PBZ)
100
0.8
não
1.00
37.33
25
(Indução NO3)
15
0.25
sim
1.00
45.33
26 (Indução NO3)
15
0.25
não
1.00
45.33
SOLO
NOME:
Solo 2
CLASSE:
Franco Arenoso
EQUIPAMENTO DE IRRIGAÇÃO
EQUIPAMENTO:
Microaspersor
P SERVIÇO (mca):
18
TIPO:
Giratório
d BOCAL (mm):
1
FÁBRICA:
Netafim
CUC
(%):
95.5
Q EMISSOR (
L.h
-
1
):
75
PERDAS CONDUÇÃO:
condições normais
d MOLHADO (m):
5
de montagem/manutensão
84
Quadro
11D
Dados utilizados na simulação das irrigações na parcela
42M Limão
SIMULAÇÃO: 42M LIMÃO
ÁREA (ha):
110
ÁREA MOLHADA (%):
36.00
FASE INICIAL:
9
DURAÇÃO DAS FASES:
Dias
INÍCIO FASE:
1/1/2005
DADOS CLIMÁTICOS:
Local
INÍCIO SIMULAÇÃO:
1/4/2006
ETo:
Penman
-
Monteith
NÚMERO DE DIAS:
Livros Grátis
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