Download PDF
ads:
FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE
PORTO ALEGRE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA
ADEMAR JOSÉ BEDIN JÚNIOR
FENÓTIPOS MOLECULARES EM TUMORES DE MAMA FEMININA –
PREVALÊNCIA EM GRUPOS EXTREMOS DE IDADE
Porto Alegre, 2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ADEMAR JOSÉ BEDIN JÚNIOR
FENÓTIPOS MOLECULARES EM TUMORES DE MAMA FEMININA –
PREVALÊNCIA EM GRUPOS EXTREMOS DE IDADE
Orientadora: Prof. Dra. Márcia Silveira Graudenz
Co-Orientadora: Dra. Maira Caleffi
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Patologia
da Fundação Faculdade Federal de
Ciências Médicas de Porto Alegre
Porto Alegre, 2007
ads:
B412f Bedin Júnior, Ademar José
Fenótipos moleculares em tumores de mama feminina
prevalecência em grupos extremos de idade / Ademar José Bedin
Júnior; orient. Márcia Silveira Graudenz; co-orient. Maira Caleffi.
Porto Alegre: FFFCMPA, 2007.
100 fls.; il.; graf.; tab.
Dissertação (Mestrado) - Fundação Faculdade Federal de
Ciências Médicas de Porto Alegre. Programa de Pós-Graduação
em Patologia.
1. Câncer de mama. 2. Classificação molecular. 3.
Imunoistoquímica. 4. Receptor de estrogênio. 5. cerbB-2 . 6.
EGFR. 7. Citoqueratina. 5/6. 8. Grupos etários. I. Graudenz,
Márcia Silveira. II. Caleffi, Maira. III. Título.
CDD 6l6.994 49
CDU 6l8.19-006
Ruth B.F. Oliveira/Bibliotecária
CRB10/501
AGRADECIMENTOS
À Dra. Maira Caleffi, pela confiança sempre depositada, por ser meu
principal estímulo para ingressar na Pós-Graduação e pelo ensino da Mastologia.
À Dra. Márcia Silveira Graudenz, pela dedicação na orientação, sendo
fundamental em todas etapas deste trabalho. Agradeço a confiança em mim
depositada.
À Dra. Eleonora Bedin Pasqualotto e ao Dr. bio F. Pasqualotto, minha
irmã e meu cunhado, pelo carinho e pelo modelo que têm sido ao longo de minha
vida acadêmica.
À Rosalva T. Meurer, pela sua disponibilidade e fundamental participação
no auxílio do preparo das lâminas para análise imunoistoquímica.
À professora Dra. Marilda Cruz Fernandes, pelo ensino da imunopatologia e
pelo importante auxílio na captação das imagens apresentadas neste trabalho.
Aos funcionários do Instituto de Patologia, em especial à Marta, que com
muita agilidade e boa vontade me auxiliaram na seleção dos blocos de parafina.
Aos funcionários da biblioteca da FFFCMPA, em especial á Eleonora
Petzhold, pela ajuda na localização e busca dos vários artigos de minha revisão.
Aos colegas de mestrado, muitos novos amigos, que tornaram essa
caminhada menos árdua.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Patologia da
FFFCMPA pelo ensino e dedicação.
4
Aos colegas de equipe do Hospital Moinhos de Vento, Luciane Poletto
Antunes, Juliana Zignani, Luciano Ártico, Julia Maria e FávioTelis, pela amizade e
companheirismo sempre demonstrados.
À toda equipe do Núcleo Mama Poa, em especial a Enf. Giovana, pela
amizade e pela cobertura nos vários momentos em que estive ausente.
Aos meus irmãos João Paulo, Dulce e Lívia, pelo amor e amizade sempre
compartilhados.
À Nice, pela presteza no auxílio aos alunos nas mais variadas situações.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 9
1.REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 12
1.1. Câncer de Mama ....................................................................................... 12
1.1.1. Epidemiologia....................................................................................... 12
1.1.2. Fatores Prognósticos e Preditivos........................................................ 13
1.2. Câncer de Mama e Idade ao Diagnóstico.................................................. 22
1.2.1. Mulheres com idade menor ou igual a 40 anos.................................... 24
1.2.2. Mulheres com idade maior ou igual a 65 anos..................................... 24
1.3. Classificação Molecular do Câncer de Mama............................................ 26
1.3.1. Microarranjo de DNA............................................................................ 26
1.3.2. Fenótipos Moleculares ......................................................................... 28
1.3.2.1. Luminal ........................................................................................... 30
1.3.2.2. Basal............................................................................................... 30
1.3.2.3. HER2-positivo................................................................................. 31
1.4. Classificação Molecular em Relação às Idades Extremas......................... 31
2. OBJETIVOS....................................................................................................... 33
2.1. Principal ..................................................................................................... 33
2.2. Secundários ............................................................................................... 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 34
ARTIGOS
Versão em Português............................................................................................. 42
Versão em Inglês ................................................................................................... 60
ANEXOS
Anexo 1 – Revisão da Literatura ............................................................................ 76
Anexo 2 – Artigo em Português.............................................................................. 81
Anexo 3 – Artigo em Inglês .................................................................................... 90
LISTA FIGURAS E TABELAS
FIGURAS E TABELAS (REVISÃO DA LITERATURA)
Figura 1: Marcadores preditivos IHQ..................................................................... 77
Figura 2: Hibridização com fluorescência de duas cores para análise da expressão
gênica .................................................................................................................... 77
Figura 3: Identificação IHQ dos subtipos intrínsecos de tumores de mama ......... 78
Tabela 1: Prognóstico – Linfonodos Axilares ........................................................ 79
Tabela 2: Concordância na determinação do estado do receptor de estrogênio pelo
ensaio de ligação do ligante e por análises imunoistoquímicas ............................. 79
Tabela 3: Correlação entre a classificação molecular e resposta patológica completa
.......................................................................................................................... 80
FIGURAS E TABELAS (ARTIGO EM PORTUGUÊS)
Figura 1 – Instrumento de Pesquisa...................................................................... 82
Figura 2 Distribuição da amostra entre os fenótipos por grupos de idade.......... 83
Figura 3 Carcinoma ductal infiltrante de mama Receptor de Estrogênio positivo
(20x) ....................................................................................................................... 84
Figura 4 – Carcinoma ductal infiltrante de mama – HER2-positivo (40x) ............. 84
Figura 5 – Carcinoma ductal infiltrante de mama – EGFR positivo (40x) .............. 85
7
Figura 6 Carcinoma ductal infiltrante de mama Citoqueratina 5/6 positivo (40x)
............................................................................................................................... 85
Tabela 1 – Anticorpos utilizados na análise IHQ.................................................... 86
Tabela 2 – Sistema de avaliação da imunoreatividade.......................................... 86
Tabela 3 – Avaliação das variáveis em estudo no total e por faixa etária.............. 87
Tabela 4 – Avaliação das variáveis em estudo conforme o fenótipo ..................... 89
FIGURAS E TABELAS (ARTIGO EM INGLÊS)
Figure 1 – Survey Instrument ................................................................................ 91
Figure 2 – Distribution of sample across the phenotypes by age group ............... 92
Figure 3 Ductal infiltrating breast carcinoma Estrogen Receptor (ER) positive
(20x) ....................................................................................................................... 93
Figure 4 – Ductal infiltrating breast carcinoma – HER2-positive (40x)................... 93
Figure 5 – Ductal infiltrating breast carcinoma – EGFR positive (40x) .................. 94
Figure 6 – Ductal infiltrating breast carcinoma – Cytoqueratin 5/6 positive (40x) .. 94
Table 1 – Antibodies used in the immunohistochemical analysis........................... 95
Table 2 – System of immunostaining interpretation ............................................... 95
Table 3 – Evaluation of studied variables .............................................................. 96
Table 4 – Evaluation of studied variables by phenotype ........................................ 98
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Abreviaturas e Siglas (Revisão da Literatura)
CK: citoqueratina
cDNA: DNA complementar
DNA ou ADN: ácido desoxirribonucléico
EGFR: epidermal growth factor receptor (receptor do fator de crescimento
epidérmico)
HER2/neu (c-erb-B2): human epidermal growth factor receptor 2 (receptor do fator
de crescimento epidérmico 2)
INCA: Instituto Nacional do Câncer
LN: linfonodo
NIH: National Institute of Health
RE: receptor de estrogênio
SEER: Surveillance, Epidemiology, and End Results
INTRODUÇÃO
O câncer de mama na população mundial é uma doença altamente prevalente
e de importante morbimortalidade. Desde a década de 50 vem ocorrendo um
aumento nas taxas de incidência e mortalidade muitos países; sendo observado
tanto em países como China, Índia e Coréia, considerados de baixo risco para a
doença, quanto em países ocidentais de alto risco (WILLETT et al., 2002). No Brasil,
segundo dados do Instituto Nacional do ncer (INCA, 2006), a taxa de mortalidade
apresentou um aumento considerável de 1979 a 2000, de 5,77 para 9,74/100000
mulheres. O número de casos novos estimados para 2006 foi de 48930 (taxa bruta
de incidência 51,66/100000) sendo 4960 casos somente no Rio Grande do Sul
(88,81/100000). Esforços têm sido feitos para a implementação de programas de
diagnóstico precoce e melhoria do acesso a tratamentos mais efetivos.
Inúmeros fatores prognósticos e preditivos m sendo estudados em relação
ao câncer de mama. Os tratamentos utilizados baseiam-se atualmente em
características clínicas das pacientes e anátomo-patológicas dos tumores, assim
como marcadores imunoistoquímicos receptores esteróides e HER2 (BARROS et
al., 2001).
O papel da idade de apresentação do carcinoma mamário como fator
prognóstico independente ainda é controverso,
porém a maior parte dos estudos
sobre o assunto mostra que as mulheres com menos de 40 anos tendem a ter uma
pior evolução clínica com tumores mais agressivos (CHEVALLIER et al., 1990;
GRAY, 1992; HAN et al., 2004; JAYASINGHE et al., 2005; LEE et al., 1992; LEONG
et al., 2004; NIXON et al., 1994; SORLIE et al., 2003; WINCHESTER et al., 1996).
Mais recentemente, Perou et al. (2000) sugeriram que a diversidade
fenotípica dos tumores de mama deveria ser acompanhada por uma correspondente
diversidade nos seus padrões de expressão gênica, o que foi confirmado através da
técnica de cDNA Microarray (microarranjos com DNA complementar). Este estudo
10
apontou uma nova taxonomia molecular dos tumores mamários baseada na
investigação sistemática desses padrões de expressão gênica.
No estudo de Perou et al.. (2000), pela primeira vez, o câncer de mama foi
classificado baseado nas características da biologia molecular em quatro grupos:
RE+/luminal, basal, HER2-positivo e mama normal. Uma importante implicação
desse estudo é que os tumores clinicamente designados como receptor de
estrogênio negativos abrangem pelo menos dois subtipos de tumores
biologicamente distintos (basal e HER2-positivo) que devem ser tratados de forma
diferente um do outro.
No entanto, essa nova tecnologia ainda se encontra inacessível na maior
parte dos centros que tratam pacientes com câncer de mama. A possibilidade de
identificar os subtipos moleculares descritos nos estudos de análise da assinatura
genética através de metodologias mais acessíveis e de menor custo, como com o
uso de técnicas de imunoistoquímica, é de fundamental importância, principalmente
se levarmos em consideração as limitações econômicas encontradas em países
como o Brasil. Além de potencialmente melhorar a determinação do prognóstico de
pacientes com câncer de mama, o conhecimento mais detalhado desses subtipos
pode levar ao desenvolvimento de novas classes de drogas com atividade subtipo-
específica.
A tendência atual no tratamento do câncer de mama é que este seja feito
cada vez mais individualizado, levando-se em conta as características do tumor.
Desta forma se torna fundamental avaliarmos se grupos etários específicos, que
pela idade seriam considerados de melhor ou pior prognóstico realmente o são, para
que terapêuticas mais adequadas sejam oferecidas a estas pacientes.
O uso desta nova classificação dos tumores de mama pode auxiliar de forma
significativa na seleção das pacientes que teriam melhor indicação de uso de
determinados tratamentos adjuvantes após a cirurgia. Torna-se importante, então, a
determinação da distribuição dos diferentes fenótipos moleculares entre as mulheres
jovens e nas mais idosas, visto que muitas pacientes tendem a receber tratamentos
mais ou menos agressivos apenas devido a sua faixa etária. Esta análise ainda não
encontra-se disponível na literatura.
11
Neste estudo buscamos caracterizar, de forma indireta através de um painel
imunoistoquímico validado na literatura, os fenótipos moleculares dos tumores de
mama de pacientes de grupos extremos de idade em uma cidade de alta prevalência
desta doença na região sul do Brasil.
1. REVISÃO DA LITERATURA
1.1. Câncer de Mama
1.1.1. Epidemiologia
O câncer de mama na população mundial é uma doença de alta prevalência e
de importante morbimortalidade. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do
Câncer (INCA), a taxa de mortalidade por esta enfermidade apresentou um aumento
considerável entre os anos de 1979 e 2000, passando de 5,77 para 9,74/100mil
mulheres (INCA, 2006).
A Sociedade Americana de Câncer estima que, nos Estados Unidos, 212.920
mulheres serão diagnosticadas e 40.970 irão morrer de câncer de mama em 2006.
Entre 2000 e 2003, a média de idade ao diagnóstico foi de 61 anos e a média de
idade das mulheres que morreram por câncer de mama foi de 69 anos. A
prevalência de câncer de mama nos Estados Unidos em 1
o
de janeiro de 2003 era
de 2.356.795 (RIES et al., 2006).
Para o Brasil não dispomos de tantos dados estatísticos como nos EUA, mas
o número de casos novos esperados em 2006 para esta doença foi de 48.930
(51/100mil), no estado do Rio Grande do Sul 4.960 (88,8/100mil) e na capital Porto
Alegre 1.140 (146,8/100mil) (INCA, 2006).
13
1.1.2. Fatores Prognósticos e Preditivos
Os fatores prognósticos o características dos tumores que, na ausência de
terapias adjuvantes, se relacionam com taxas de recidiva, sobrevida global ou outras
evoluções clínicas e os fatores preditivos são as características dos tumores que se
relacionam com a probabilidade de respostas a terapêuticas. Podem ser divididos
em características do paciente (ex. idade), características da doença (ex. tamanho
tumoral e tipo histológico) e biomarcadores (ex. RE, HER2, EGFR) que são
parâmetros medidos em tecidos, células ou fluidos.
Os fatores prognósticos e preditivos considerados como mais importantes na
indicação de terapias adjuvantes, definidos no último consenso do National Institute
of Health, em 2000, para o câncer de mama incluem tamanho tumoral, status do
linfonodos axilares, tipo histológico, grau patológico e status dos receptores
hormonais e idade.
Em 2005 na conferência internacional de St Gallen foram definidos grupos de
risco considerando também na classificação, além dos fatores estabelecidos pelo
NIH, a presença de superexpressão ou amplificação do HER2/neu e a presença de
invasão vascular.
Status dos linfonodos (LN) axilares
A axila é a principal área de drenagem da mama. O número de linfonodos
axilares comprometidos por células neoplásicas ainda é o fator prognóstico mais
significativo no câncer de mama invasivo na ausência de metástases à distância.
Inúmeros estudos demonstram que a sobrevida das pacientes está diretamente
relacionada ao número de linfonodos comprometidos (CARTER et al.,1989; FISHER
et al.,1969).
O risco dos linfonodos axilares estarem comprometidos é diretamente
proporcional ao tamanho do tumor. Os tumores com até 1 cm de diâmetro
apresentam a probabilidade média de 20% a 30% de apresentar linfonodos
envolvidos pela doença (CARTER et al.,1989; FENTIMAN et al., 1996).
14
Pacientes sem comprometimento metastático para linfonodos axilares
apresentam um melhor prognóstico tanto para sobrevida global quanto para
sobrevida livre de doença, e acima de 80% em 10 anos de sobrevida global
(VALAGUSSA et al., 1978) (Tabela 1).
A maioria dos cânceres de mama drena para um ou dois linfonodos-sentinela
que podem ser identificados por radiotraçadores ou por corantes. O linfonodo
sentinela é altamente preditivo da condição dos linfonodos remanescentes,
poupando muitas mulheres da morbidade aumentada de uma dissecção axilar
completa (LASTER, 2005).
As macrometástases (>0,2cm) são de importância prognóstica comprovada.
Como os linfonodos sentinelas são submetidos a um exame mais detalhado com
secções adicionais e imunoistoquímica, pequenas quantidades de células tumorais
podem ser detectadas. A significância clínica destas micrometástases é incerta e
está sendo pesquisada por estudos clínicos em andamento. Carter et al. (2000)
descreveram a ocorrência de células epiteliais nos seios subcapsulares e linfáticos
da cápsula de linfonodos axilares de pacientes submetidas a procedimento prévio
por agulha na mama, especialmente biópsia por agulha grossa (core biopsy ou
mamotomia). Os autores consideraram este achado um processo passivo de
drenagem linfática das lulas epiteliais deslocadas pela passagem da agulha e o
denominaram transporte benigno (CARTER et al., 2000).
Da mesma forma, Rosser
(2000) considera que o comportamento biológico das micrometástases linfonodais
com menos de 0,2 cm talvez possa ser explicado devido às mesmas não
representarem um passo na história natural do câncer mamário. Decorreriam,
possivelmente, de traumas ocasionados na mama pelos procedimentos empregados
na identificação e na remoção do linfonodo sentinela, especialmente as massagens
que se efetuam após a injeção do radiofármaco. Nasser et al. (1993) realizaram um
ensaio prospectivo de 50 pacientes com metástases em linfonodos axilares menores
que 0,2 cm ou ainda aquelas detectadas apenas por imuno-histoquímica, estes
autores verificaram que a taxa de sobrevida das mesmas foi semelhante à de
pacientes com linfonodos negativos.
O estadiamento dos linfonodos do novo sistema TNM, do American Joint
Committee Against Cancer (AJCC) (2002), inclui categorias que descrevem o
15
encontro de células tumorais isoladas ou de pequenos depósitos celulares
metastáticos inferiores a 0,2mm detectados através dos métodos imunoistoquímico
(i) e molecular (m) por reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa
(RT-PCR). Essas categorias são: pN0(i-) e pN0(i+) com histologia convencional
(hematoxilina e eosina) negativa, sendo a pesquisa de células neoplásicas
respectivamente, negativa e positiva pela imunoistoquímica. Foi incluída, também, a
categoria pN0(mol-) e pN0(mol+), sendo a pesquisa de células neoplásicas,
respectivamente, negativa e positiva por RT-PCR, mas com histologia convencional
negativa.
No entanto, na prática oncológica, o encontro de células neoplásicas
isoladas ou em pequenos agrupamentos nos linfonodos pode ter implicações
terapêuticas, como a quimioterapia adjuvante, cuja indicação ainda é controversa.
Tamanho tumoral
O tamanho tumoral se constitui no segundo fator prognóstico mais importante,
após a condição dos linfonodos axilares. Tanto que ambos se constituem na base do
estadiamento TNM estabelecido pela União Internacional Contra o Câncer (CARTER
et al., 1989). O risco de recidiva está diretamente relacionado ao tamanho do tumor
e nos casos de ausência de comprometimento metastático dos linfonodos, o
tamanho do tumor torna-se o melhor preditor desta recidiva. Também quanto maior o
seu tamanho, maiores são as chances da existência de comprometimento
metastático dos linfonodos axilares (FISHER et al., 1969; PALMER et al., 1982;
VALAGUSSA et al., 1978)
O estudo de Rosen et al. (1989), indica uma sobrevida em 20 anos de 88%,
para os pacientes com tumores menores que 2 cm por ocasião do diagnóstico.
Os
tumores de menor tamanho estão invariavelmente relacionados a um melhor
prognóstico tanto para sobrevida global quanto para sobrevida livre de doença,
independente do autor, período ou tipo de tratamento aplicado (ABREU &
KOIFMAN., 2002).
16
Grau tumoral
Entre os fatores mundialmente aceitos como indicadores de prognóstico, a
determinação do grau histológico é um dos principais e mais usados na rotina
diagnóstica. O sistema de classificação mais comumente utilizado para avaliar o
grau de diferenciação tumoral Scarrff Bloom Richardson (SBR) que combina
grau nuclear, formação tubular e freqüência mitótica, foi adotado oficialmente pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1968 (SCARFF & TORLONI, 1968). Esta
classificação foi posteriormente modificada em 1991 pelo grupo de Nottingham que
introduziu algumas alterações no método de SBR, na tentativa de tornar ainda mais
objetivos os padrões de avaliação histológica. Três graus de diferenciação foram
usados. Com essa classificação – SBR modificada – os autores, Elston e Ellis
(1991), demonstraram uma forte correlação do grau histológico com o prognóstico
do câncer de mama. As pacientes com tumores grau 1 tiveram significativamente
melhor sobrevida que aquelas com graus 2 e 3.
Metástases à distância
Uma vez que metástases distantes estejam presentes, a taxa de sobrevida
em 5 anos diminui para 10 a 20%. Os órgãos mais freqüentemente acometidos por
metástases são pulmões, ossos, fígado e cérebro, nesta ordem (LEE, 1984).
Receptor de estrogênio
Os receptores de estrogênio (RE) pertencem a uma superfamília de
receptores nucleares de hormônios, que além de inúmeros outros receptores
esteróides, inclui os receptores do hormônio tireoidiano, da vitamina D e do ácido
retinóico. Essas proteínas receptoras funcionam como fatores de transcrição quando
se ligam aos seus respectivos ligantes. Os domínios funcionais do RE foram
designados de A a F. O clássico receptor de estrogênio (agora intitulado REα)
contém 595 aminoácidos com um domínio central de ligação de moléculas de DNA,
juntamente com um domínio de ligação carboxi-terminal de hormônios. Ao se ligar
ao estrogênio, o RE forma homodímeros e liga-se pelo domínio de ligação do DNA
17
com alta afinidade em locais específicos, denominados elementos responsivos ao
estrogênio (ELLEDGE & FUQUA, 2002).
Os métodos utilizados para determinação dos RE são baseados em duas
estratégias distintas. A primeira envolve a ligação competitiva de um ligante
esteróide radioativamente marcado para detectar o receptor, enquanto a segunda
faz o reconhecimento da proteína receptora por meio de anticorpos específicos.
Muitos estudos compararam os dois métodos (ensaio de ligação do ligante x IHQ)
mostrando que a relação entre eles é elevada entre 80 e 90% (ALLRED et al., 1990;
CHARPIN et al., 1988; ELLEDGE et al., 1999; HANNA & MOBBS, 1989; MOLINO et
al., 1997; REINER et al., 1986; REMMELE et al., 1986; STIERER et al., 1993)
(Tabela 2).
Devido a sua relativa simplicidade, não exigindo o uso de equipamentos
especializados, a IHQ tem se tornado o método predominante para a medida de RE
na prática clínica (ELLEDGE & FUQUA, 2002) (Figura 1). Além disso, o estudo de
Harvey et al., em 1999, mostrou que a IHQ foi superior ao radioimunoensaio para a
detecção de RE.
Evidências sugerem que pontos de corte para negatividade do RE
estabelecidos em cerca de 3fmol, ou menos, de proteínas RE por miligrama de
proteína do citosol pelo método com ligante (KNIGHT et al., 1980) e 1% de lulas
positivas pela IHQ (HARVEY et al., 1999)
separam adequadamente as pacientes
que teriam benefícios de um tratamento endócrino daquelas que não o teriam.
Sabe-se que 50 a 85% dos carcinomas de mama expressam receptores de
estrogênio, e tais tumores o mais comuns nas mulheres na pós-menopausa. O
prognóstico nas mulheres com cânceres positivos para receptores hormonais tende
a ser melhor do que naquelas com receptores negativos. Até 80% dos tumores com
receptores hormonais positivos respondem à manipulação hormonal, enquanto que
tumores sem receptores para estrogênio ou progesterona têm uma probabilidade
menor que 10% de resposta (LASTER, 2005).
O primeiro trabalho sobre o significado prognóstico do RE foi publicado em
1977 (KNIGHT et al., 1977).
Pacientes com tumores RE positivos apresentam
intervalos livres de doença mais longos. Dados do NSABP indicam que a vantagem
18
da sobrevida livre de doença é de cerca de 10% em 5 anos (CLARK & McGUIRE,
1988).
Além disso, as concentrações de RE aumentam quase linearmente com o
aumento da idade (THOMAS et al., 1993).
HER2/neu (c-erb-B2)
O HER2 human epidermal growth factor receptor 2 (receptor 2 do fator de
crescimento epidérmico humano ou c-erb B2 ou neu) é uma glicoproteína
transmembrana envolvida no controle do crescimento celular (HAYES & THOR,
2002; SHAWVER et al., 2002).
O gene HER2/neu está localizado no 17q21 e é transcrito em um RNAm de
4,5kb, que é traduzido em uma glicoproteína de 185kd (CLARK, 2002). Atua como
co-receptor dos fatores de crescimento múltiplos e não parece ter um ligante
específico. O HER2/neu é superexpresso em 20 a 30% dos carcinomas de mama e
sua determinação pode ser feita pela avaliação do conteúdo protéico, utilizando
imunoistoquímica, ou pela determinação do número de cópias gênicas, utilizando
FISH (LASTER, 2005) (Figura 1).
A maioria dos estudos associa a superexpressão desse gene a um pior
prognóstico. Muitos também sugerem a possibilidade de que os tumores com o
HER2/neu superexpresso respondam diferentemente aos regimes hormonais ou
quimioterápicos com antraciclinas. Todavia, a avaliação do HER2/neu é mais
importante em determinar a resposta à terapia objetivada a esta proteína. O
Trastuzumab é um anticorpo monoclonal humanizado direcionado ao HER2/neu,
desenvolvido especificamente contra as células-alvo tumorais, e é esperado que
poupe as células normais. Este é o primeiro agente terapêutico específico ao gene-
alvo de um tumor sólido e os resultados têm sido muito promissores (LASTER,
2005).
Um grande estudo multicêntrico, o Herceptin Adjuvante (HERA), mostrou que
as pacientes que usaram o anticorpo monoclonal humanizado contra o HER2, após
o tratamento inicial com cirurgia e quimioterapia, apresentaram uma melhora
significativa na sobrevida livre de doença após um ano de seguimento (PICCART-
19
GEBHART et al., 2005).
Em 2007 o mesmo grupo publicou os resultados de dois
anos de seguimento mostrando que além da melhor sobrevida livre de doença
também houve benefício significativo na sobrevida global (SMITH et al., 2007).
EGFR (Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico)
O EGFR, também chamado de HER1, é uma glicoproteína de 170kd
transmembrana, traduzida do RNAm de 6 e 10 kb codificados por um gene no 7q21.
O EGFR pode ser identificado por vários métodos, incluindo ensaios com
radioligantes, análises imunoistoquímicas, ensaios imuno-enzimáticos e medida de
transcritos do EGFR. Está presente em pequenos níveis nas lulas epiteliais da
mama normal e em outros tecidos, incluindo o fígado. Entre 35 a 60% dos tumores
de mama primários superexpressam o EGFR, porém a positividade tende a ser
menor quando medida por métodos imunológicos (CLARK, 2002).
Hicks DG et al., em 2006, demonstraram que pacientes com metástases
cerebrais de câncer de mama apresentavam significativamente mais positividade
para EGFR no tumor primário que as pacientes sem metástases de sistema nervoso
central.
Aproximadamente 70 a 80% dos carcinomas metaplásicos de mama
superexpressam o EGFR. Reis-Filho et al. (2005) encontraram 76% de
superexpressão de EGFR, mas não de HER2, em carcinomas metaplásicos de
mama, sugerindo que muitos pacientes com este tipo histológico de carcinoma
podem se beneficiar de novas terapias direcionadas ao EGFR.
Muitos estudos mostraram uma relação negativa entre o EGFR e o estado do
receptor de esteróides, observando-se positividade do EGFR duas vezes mais alta
na negatividade do RE ou do RP. A maioria dos relatos publicados tem achado
associações estatisticamente significantes ou tendências para a relação direta com
pior grau tumoral e índices de proliferação aumentados. Apenas alguns estudos,
porém, mostraram associações com a idade, o estado menopausal, o tipo
histológico, o tamanho tumoral ou com o estado dos linfonodos axilares (CLARK,
2002).
20
O EGFR é provavelmente um fator prognóstico important
21
chamadas por também serem encontradas em situações patológicas onde ocorre
hiperproliferação celular, como na epiderme da psoríase e em tumores epiteliais.
foi demonstrada a indução experimental da CK 6, quando estimulada na epiderme
por citoquinas, como interferon gama, fator de crescimento epitelial (EGF) e fator de
necrose tumoral (TNF), bem como pela radiação ultravioleta, sendo que esta última
induz também a CK 19, mostrando aspectos dinâmicos na expressão das CK
(BERNERD et al., 2001; HATTORI et al., 2002).
A glândula mamária humana apresenta dois tipos distintos de células
epiteliais: basal (e/ou mioepitelial) e luminal. Ambas podem ser distinguidas pela
imunoistoquímica onde as células basais reagem com anticorpos para citoqueratinas
5/6, enquanto as luminais coram-se com anticorpos contra citoqueratinas 8/18
(RONNOV-JANSEN et al., 1996; TAYLOR-PAPADIMITRIOU, 1989).
Muitos estudos têm sido feitos investigando o papel das citoqueratinas na
caracterização dos tumores de mama e seu possível valor prognóstico (KORCHING
et al., 2002; LIVASY et al., 2006; PIEKARSKI & BIERNAT, 2006; POTEMSKI et al.,
2005). A expressão das citoqueratinas 5/6 e/ou a 17 em tumores de mama foi
associada a uma pior evolução cl42 uçrqua2(E)-3(R98(q)6(u)-4(a)-4(2(E)-3(d)6(a)-4((O)-2(R)2(d)6(a)-4((2(m)-7( )o24(l)2(i)12(f)-1(st)-2Td[(( 96)6(i)2(ca)-998]TJ4( )-52(()3)-4(e)-4(u)-4(z)10( )-el)2( )-212(d)( )-312()2.99805(a)- )-452(d)12.002-2(u)6(m)-( )277.998]TJ-307.08 -20.76 ( 96))-4(0)-4(0)67(b)6(é)6(m)36(o)-4( )-2h8(q)6(u)-4(112(i)2((r)3(a)-4(l)2( )-72(()13(T)-91(r)2.9983.99658 )-112(Ce6(u)-4(112((st) )-72(())-4( )-21(r)h4( )-72(cl4(q)6(u)-4(í)8(13(Tóf)-1(st)52(()3(K)-3(1/)8(o)-4S99707(8(I)-)12.002(A)-3(S291.48 )-21(r)72(a)-4(l)2(.10-2(,)-2( )-72Td[(e)-4(q)6(u)-4,4(l)2(.10-2(5)-4())3(.)-32(P)7(8)-3(1/)83(Y)7( 74(t)8( )(m)3(o)-4(n)-4( )(m)3(U)2(,)-2JN.998]TJ-3)(m)2.00195( )-6.998]TJ-2)(m)2.0015(.)-2.00195(,)7.99805( )2771.998]1-309.48 -20.64 T)-4(q)-4(0)-4(0)6(5)-4())3(.)-2( )-252(A)-3( )-Td[(5.(ca32(sso)-4(c)-4(xb(z)10( )-)]TJ361.48 l-3(P)-3(U)2e )-2h8r)3( )-7)-4( )-314r)72(a)-4(l)2(.(t)-2(i)2 )-2(2)-)-314r)72(a))-4( )-314r)2-3.4( )-porressão da-112(Ce6(u)-4(2311.998(48 )-212(m)36(o)-4-4(oc(a)6(çã)-4(l)2( )-72(())-4(e)-42-( )277.998]TJ-3(2314.00147(l)2(a)-2(b)-4(a)--4(e)-42-)-4(i)2(s )-o)-4(r)ssí)8(v)oro48 ,(e)-4(/)-2(28]TJ-3(2310 Td[(-4(o)-)6(u)-44( )-252(A (o)6(n)-4.-3(231i)2(n)6(a)-4(l)2(.)-)-342(co)-4(r)32)8(o)-41.998(48( )29(A (o)6( )277u)-4( )-)-4(s ).)27,62.002(a)-4(l2-( )271)198]TJ-360.12 -20.64 -4(o)-t a e9( )-252(A (o2)-52(t)-2(u)-4( )-252(e9( )-42(e42(a)-4( )-24(ct)-2(e)c2(e)-4(r)1( )-42(i)5)6(/)8(6)4o)-4( )-212(f)-7.00195(a)6(m)95(a)-4i)5/ eNts 72(a)-4( )-2e
22
1.2. Câncer de Mama e Idade ao Diagnóstico
Os resultados dos estudos investigando os efeitos da idade como um fator
prognóstico independente de sobrevida após o diagnóstico de câncer de mama têm
mostrado, em sua maioria, que mulheres jovens apresentam pior prognóstico
quando comparadas com mulheres de mais idade com diagnóstico de câncer
(CHEVALLIER et al., 1990; GRAY, 1992; HAN et al., 2004; LEE et al., 1992; LEONG
et al., 2004; NIXON et al., 1994; SORLIE et al., 2003; WINCHESTER et al., 1996).
Porém outros estudos concluíram não haver impacto da idade no prognóstico
(BONETT et al., 1990; EPSTEIN et al., 1989; SUTHERLAND & MATHER, 1985), ou
ainda, que as mulheres mais jovens têm melhor prognóstico (FREEDMAN et al.,
1979; MUELLER et al., 1978; RUTQUIST & WALLGREN, 1983).
Tai et al. (2005) analisando dados do Surveillance, Epidemiology, and End
Results (SEER) do NCI Instituto Nacional do Câncer dos EUA observaram que a
relação entre idade e mortalidade por câncer de mama era bifásica. Da mesma
forma Adami et al. (1986), analisaram 57068 mulheres diagnosticadas na Suécia
entre 1960 e 1978 e observou que as pacientes entre 45 e 49 anos tiveram o melhor
prognóstico, com sobrevida relativa maior que as mais jovens (< de 30 anos) e após
a idade de 49 anos a sobrevida apresentou um novo declínio importante.
Uma limitação de muitos estudos sobre idade como fator prognóstico de
sobrevida é a falta de ajuste para outros importantes fatores importantes como, por
exemplo, comprometimento linfonodal, tamanho do tumor e grau histológico. Estes
estudos também utilizaram categorias de idade inconsistentes e heterogêneas
(JAYASINGUE et al., 2005). Han et al. (2004), em seu estudo, por exemplo,
dividiram os grupos em maiores ou menores de 35 anos, envolvendo num mesmo
grupo as pacientes pré e pós-menopáusicas.
Na tomada de decisão sobre os tratamentos adjuvantes também se deve
levar em consideração o grupo etário da paciente. Greenfield et al. (1987)
concluíram que os médicos tendem a manejar o tratamento das pacientes com
câncer de mama de acordo com suas idades cronológicas sem considerar suas reais
condições fisiológicas e que talvez por isso pacientes idosas poderiam muitas vezes
deixar de receber determinadas terapias (p.ex.: quimioterapia, radioterapia) tendo
23
assim uma evolução menos favorável do que se fossem submetidas a tratamentos
mais adequados.
Um programa de computador foi desenvolvido por Ravdin et al. (2001), o
Adjuvant!, que auxilia na escolha do tratamento adjuvante utilizando o tamanho do
tumor, o mero de linfonodos positivos, o grau histológico e a idade, com outros
fatores (comorbidades, estado menopausal, receptores hormonais), para estimar as
sobrevidas global e livre de doença. Este programa foi validado posteriormente em
2005 por Olivotto et al.
De acordo com o consenso do National Institute of Health (NIH) de 2000, os
fatores prognósticos e preditivos a serem considerados seriam: idade,
comprometimento de linfonodos axilares, tamanho do tumor, presença de receptores
hormonais, tipo e grau histológicos, sendo o mais relevante para a estimativa de
recidiva o envolvimento de linfonodos axilares.
Entretanto na conferência
internacional de St Gallen, em 2005, especialistas definiram como principal fator a
ser considerado na decisão do tratamento adjuvante a positividade ou não dos
receptores hormonais. Propuseram também, critérios dividindo os tumores de mama
em subgrupos de risco baixo, intermediário e alto, baseados nos fatores clínicos
(incluindo a idade) e histológicos, que em conjunto à presença ou ausência de
receptores hormonais devem orientar a decisão sobre o tratamento a ser proposto
às pacientes.
Nenhum dos consensos, no entanto, concorda em como tratar as pacientes
jovens com câncer de mama com axila negativa. Segundo esses critérios atualmente
utilizados, cerca de 95% destas mulheres nos Estados Unidos e 85% na Europa
seriam elegíveis para receberem quimioterapia adjuvante (TUMA, 2004). Desta
forma muitas pacientes, que poderiam já estar adequadamente tratadas apenas com
a cirurgia, recebem tratamentos desnecessários com potenciais efeitos adversos,
trazendo mais malefícios que benefícios. Além disso, cerca de 25% de todas as
mulheres diagnosticadas de câncer de mama morrem de suas doenças apesar de
serem tratadas de acordo com os tratamentos padrões recomendados (PAWITAN et
al., 2005).
24
1.2.1. Mulheres com idade menor ou igual a 40 anos
A prevalência do câncer de mama antes dos 40 anos na população feminina
dos EUA em janeiro de 2003 era de apenas 1,6% do total de casos (RIES et al.,
2006).
Por outro lado, em países asiáticos onde a prevalência dessa doença é muito
menor como na Coréia aproximadamente 25% dos tumores invasivos de mama
ocorrem em mulheres abaixo dos 40 anos de idade (CHOI et al., 2004).
Dados da
cidade de Porto Alegre indicam uma incidência de 9% nas mulheres jovens com
menos de 40 anos entre os anos de 1993 e 1997 (INCA, 2006).
Devido à baixa prevalência abaixo dos 40 anos de idade o diagnóstico do
carcinoma mamário nesta faixa etária freqüentemente é uma surpresa para a mulher
e seu médico. A literatura sugere que a adaptação e a qualidade de vida após o
diagnóstico da doença é mais difícil para pacientes nesta faixa etária (WENZEL et
al., 1999).
Quanto aos achados histopatológicos, as mulheres jovens (particularmente
abaixo de 35 anos) apresentam cânceres mais agressivos, caracterizados por
tumores grandes de alto grau e com invasão vascular (NATIONAL INSTITUTE OF
HEALTH, 2000).
Colleoni et al. (2002) demonstraram que as mulheres muito jovens
têm maior probabilidade de apresentarem tumores não responsivos aos hormônios,
com alto grau e com maiores taxas de proliferação e invasão vascular. Em outro
estudo Abd El-Rehim et al. (2004) relacionaram a expressão das CK basais com a
idade mais jovem das pacientes, pior prognóstico e negatividade de receptores de
estrogênio.
Desde a década de 80 a mortalidade por câncer de mama tem decrescido nos
EUA, com o maior ganho observado entre as pacientes jovens, sendo muito disso
resultado da aplicação mais difundida de quimioterapias adjuvantes (CHU et al.,
1996).
1.2.2. Mulheres com idade maior ou igual a 65 anos
25
Dados norte-americanos indicam que mais de um milhão e meio de mulheres
acima de 65 anos apresentam atualmente câncer de mama, o que representa mais
de 70% dos casos. A incidência desta doença nesta faixa etária é de 42,6% e a
mortalidade, 58,3% (RIES et al., 2006). Na cidade de Porto Alegre a incidência do
câncer de mama entre as mulheres com idade maior ou igual a 65 anos foi de 35,9%
entre 1993 e 1997 (INCA, 2006).
Em 1985 o número de mulheres com mais de 65 anos era de 17,2 milhões,
entretanto este subgrupo etário vem aumentando muito e a estimativa é que a
2030 este número chegue a 37,6 milhões (US BUREAU OF THE CENSUS, 1984).
Estas mulheres idosas, com maior probabilidade, vivem sozinhas, têm atividades
limitadas, e apresentam uma ou mais comorbidades, tais como osteoporose, artrite,
diabetes, demência senil, e outros problemas sintomáticos como incontinência,
catarata, entre outros (YANCIK et al., 1989).
Yancik et al. (1989), em um estudo de base populacional com dados do
SEER, demonstraram que o tempo de sobrevida é semelhante às jovens para os
casos de câncer de mama em estágios de doença localizada e regional, porém para
doença metastática as idosas apresentam pior evolução. Também neste estudo as
mulheres com mais idade mais comumente apresentavam metástases à distância no
momento do diagnóstico. Quanto à histologia, os carcinomas de tipos especiais
lobular, mucinoso e papilar, apesar de representarem apenas uma pequena
porcentagem dos tumores, foram encontrados com mais freqüência nos grupos das
mulheres com idades mais avançadas.
Outros estudos, baseados em pacientes cirúrgicas, relataram tendências
lineares entre o estágio ao diagnóstico e o avanço da idade (DONEGAN, 1983;
HAAGENSEN, 1971; KESSLER, 1978).
Nestes estudos, porém a seleção de
pacientes pode ter influenciado os resultados, visto que as pacientes idosas com
estágios avançados da doença podem ser menos encaminhadas que as jovens para
tratamento cirúrgico (GOODWIN et al., 1986).
Por outro lado, Lyman et al. (1996) avaliaram 1267 mulheres com 65 anos ou
mais quanto ao risco de recorrência da doença. As pacientes com mais de 65 anos
tiveram o intervalo livre de recorrência e a sobrevida global mais longos que as
26
mulheres mais jovens. Ainda, comparado às mulheres mais jovens este grupo
apresentou mais estágios iniciais ao diagnóstico, graus histológicos menores, níveis
mais elevados de receptores hormonais e menores frações de fase S. Esta diferença
pode se dever ao fato de que no estudo de Lyman et al. as pacientes receberam
tamoxifeno adjuvante com maior freqüência e foram tratadas com cirurgias
conservadoras, radioterapia e quimioterapia adjuvante tanto quanto as mais jovens.
Estes dados, em contraste com os outros, sugerem que o tratamento definitivo é
menos comumente oferecido às pacientes mais idosas, mesmo àquelas com
estágios iniciais. Conclui-se que o prognóstico e o tratamento devem ser baseados
no estágio da doença e em parâmetros histológicos e biológicos mais do que na
idade da paciente.
1.3. Classificação Molecular do Câncer de Mama
1.3.1. Microarranjo de DNA
Os estudos da expressão gênica dos tumores, que até recentemente eram
feitos através da análise de genes individuais, foram revolucionados com a
introdução de métodos capazes de medir simultaneamente a expressão de milhares
de genes (LAKHANI & ASHWORTH, 2001; RIGGINS & MORIN, 2002).
O método
mais utilizado atualmente para estes tipos de estudos se baseia na tecnologia do
microarranjo de DNA. Neste método fragmentos de DNA são marcados em uma
lâmina de vidro ou algum suporte sólido. Como as técnicas usadas para a marcação
são semelhantes às empregadas na fabricação de chips semicondutores para
produtos eletrônicos, os arranjos são conhecidos como “gene chips”. Estes chips
podem conter mais de 20 mil fragmentos de genes. Os fragmentos são normalmente
obtidos a partir de grupos de nucleotídeos do DNA complementar (cDNA) de genes
conhecidos e não caracterizados. O gene chip é então hibridizado em “sondas”
preparadas a partir do tumor e de amostras-controle (as sondas são geralmente
cópias do cDNA de RNA extraído do tumor e de tecidos não envolvidos). Antes da
hibridização no chip, as sondas são marcadas com fluorocromos que emitem cores
diferentes (p. ex., cor vermelha para o RNA do tumor e verde para o RNA controle).
Depois da hibridização, o chip é lido por meio de um scanner a laser; cada marcação
27
no arranjo vai ser vermelha (aumento da expressão no tumor), verde (diminuição da
expressão no tumor) ou, se não houver diferença na expressão gênica entre o tumor
e a amostra controle, as marcações vão ser pretas ou amarelas (dependendo do tipo
de fluorescência) (Figura 2).
Um problema importante na análise da expressão dos genes nos tumores é
heterogeneidade do tecido. Além da heterogeneidade entre as células tumorais, as
amostras podem conter quantidades variáveis de estroma de tecido conjuntivo,
infiltrados inflamatórios e células de tecidos normais. O uso da técnica de
microdissecção com captura a laser reduz esse problema. Nessa cnica a
dissecção do tumor ou das células é feita num microscópio com um laser
centralizado. Obtêm-se assim células quase puras, livres de tecidos associados e o
material dissecado é capturado em uma pequena cápsula onde é processado para o
isolamento do RNA e do DNA.
Atualmente, este método pode medir a expressão do RNA de praticamente
todos os genes conhecidos. A expressão obtida através das análises dos
microarranjos de DNA é conhecida como expressão da assinatura do gene ou perfil
molecular. A aplicação desta técnica no estudo do câncer de mama e das leucemias
tem sido especialmente útil. Descobriu-se recentemente que existem subtipos de
câncer de mama que podem ser identificados por seus perfis moleculares e suas
assinaturas genéticas podem predizer a evolução da doença (SORLIE et al., 2003).
Na leucemia linfoblástica aguda estabeleceram-se as assinaturas moleculares dos
subtipos prognósticos e descobriram-se novos marcadores associados com estes
subtipos (ROSS et al., 2003). Neoplasias de um mesmo tecido comportam-se de
maneira biologicamente distinta porque expressam genes distintos. Dessa forma
pode-se associar uma dada “assinaturaa maior ou menor risco de metástases, à
resposta distinta a um determinado quimioterápico, etc. (BRASILEIRO et al., 2004).
Os estudos de microarranjos têm identificado subtipos de cânceres de mama
pela morfologia (p. ex., carcinomas lobulares), pela expressão protéica (p.ex.,
carcinomas RE-positivos e HER2/neu positivo) e pelas mutações da linhagem
germinativa (p. ex. carcinomas BRCA1 e BRCA2). Além disso, novos subtipos têm
sido identificados (p. ex., carcinomas do tipo basal) (LASTER, 2005).
28
É difícil negar a grande expectativa gerada pelo surgimento de novos e
potentes métodos de análise molecular, contudo o que deve ocorrer o é uma
substituição de cnicas, mas sim uma combinação dos métodos morfológicos e
moleculares obtendo-se assim diagnósticos, prognósticos e até mesmo tratamentos
mais exatos para o câncer (LAKHANI & ASHWORTH, 2001).
1.3.2. Fenótipos Moleculares
Nesta última cada os estudos utilizando as técnicas de biologia molecular
vem se tornando cada vez mais freqüentes na literatura médica e têm se mostrado
de grande valor na área da oncologia. Perou et al., em 2000, utilizando a técnica do
microarranjo de DNA, classificaram os tumores de mama em quatro grupos distintos
(RE+/luminal, basal, HER2-positivo e mama normal) sugerindo em seu estudo que
os tumores que não apresentavam receptores hormonais em suas células se
dividem em pelo menos dois subtipos (basal e HER2-positivo) de comportamento
biológico diverso um do outro.
A seguir outras pesquisas correlacionaram os diferentes fenótipos com
desfechos clínicos (LONNING et al., 2001; NIELSEN et al., 2004; SORLIE et al.,
2001; SORLIE et al., 2003; VAN’T VEER et al., 2002).
Sorlie et al., em 2001
analisaram a sobrevida global e livre de doença entre os subtipos tumorais
mostrando diferença estatisticamente significativa (p<0,01) nos dois subtipos basal e
HER2-positivo, que foram associados a mais curtos intervalos de sobrevida.
Os estudos utilizando os microarranjos têm identificado muitos subtipos de
cânceres de mama (PEROU et al., 2000).
Estes subgrupos diferem marcadamente
em prognóstico (SORLIE et al., 2001; SORLIE et al., 2003; SORTIROU et al., 2003)
e expressam também alvos terapêuticos distintos (NIELSEN et al., 2004).
Incluem
dois principais subtipos de tumores RE negativos (basal e HER2-positivo), o subtipo
denominado mama normal e o subtipo dos tumores RE positivos, que pode ser
dividido em luminal A, B e C (SORLIE et al., 2001; SORLIE et al., 2003). Como
métodos clínicos que identificam os tumores RE+/luminais e os HER2-positivo
eram disponíveis, Nilsen et al. (2004) buscaram desenvolver um painel de quatro
anticorpos que identificasse com acurácia os tumores do subtipo basal. Os
29
pesquisadores utilizaram tanto a avaliação do microarranjo quanto a IHQ para RE,
HER2/neu, EGFR e citoqueratina 5/6, validando assim um painel imunoistoquímico
que identificou os tumores do subtipo basal com sensibilidade de 76% e
especificidade de 100%. Adicionalmente os autores avaliaram os mesmos
marcadores em 663 casos estudados previamente por microarranjo classificando-
os em quatro categorias de acordo com os resultados do microarranjo de DNA:
grupo H (HER2 positivo, 3+ por IHQ); grupo E (HER2 negativo ou baixo e RE
positivo); grupo B (HER2 e RE negativos e CQ5/6 e/ou EGFR positivo) e grupo N
(negativo para os 4 marcadores); com as respectivas freqüências: H (HER2+)
23%, E (Luminal) 40%, B (Basal) 15% e N (Nulo) 22%. As pacientes tiveram
um seguimento médio de 17,4 anos e o grupo B apresentou prognóstico
significativamente pior que o grupo E e evolução similar ao H.
Embora os subtipos de carcinomas mamários tenham sido originalmente
identificados pela análise da expressão gênica usando os microarranjos de DNA,
esta subtipagem pelo perfil genético em amostras fixadas em formalina não é
utilizada habitualmente. Por isso, Carey et al. (2006) utilizaram marcadores
imunoistoquímicos para estimar a prevalência dos subtipos intrínsecos em um
grande estudo epidemiológico de base populacional realizado no estado norte-
americano da Carolina do Norte (Figura 3). Neste estudo os pesquisadores
utilizaram um painel imunoistoquímico modificado baseado no previamente validado
por Nilsen et al., apenas incluindo a avaliação de receptores de progesterona e
subdividindo o tipo luminal em luminal A (receptores hormonais positivos e HER2
negativo) e luminal B (receptores hormonais e HER2 positivos), concluindo que as
pacientes com tumores basais ou HER2 positivos apresentaram significativamente
menor sobrevida. Outro achado deste estudo foi uma mais alta prevalência do
subtipo basal entre as mulheres afro-americanas pré-menopáusicas comparadas às
pós-menopáusicas afro-americanas e não afro-americanas (Carey et al., 2006).
Rouzier et al. (2005) compararam a resposta à quimioterapia neoadjuvante
entre os diferentes subtipos de tumores e concluíram que os tumores do tipo basal e
HER2/neu + foram mais sensíveis ao tratamento que os tumores do tipo luminal
(Tabela 3).
30
1.3.2.1. Luminal
Os tumores de mama receptores de estrogênio positivos pertencem ao
subtipo luminal. Este pode ser subdividido em pelo menos dois tipos (luminal A e
luminal B). Comparados ao luminal B, os tumores luminal A expressam níveis mais
altos de RE e apresentam prognóstico mais favorável, enquanto os tumores do
subtipo luminal B mais freqüentemente expressam EGFR (HER1), HER2 e/ou ciclina
E1 (SORLIE et al., 2001; SORLIE et al., 2003).
Por serem RE +, respondem bem ao tratamento hormonal.
1.3.2.2. Basal
Este grupo de carcinomas é caracterizado pela expressão de queratinas que
são mais típicas de células mioepiteliais (PEROU et al., 2000). Devido à célula
mioepitelial estar localizada na área basal dos bulos e ductos, por não ser
conhecida a origem da lula específica, esse grupo de tumores foi denominado de
basal ou tipo basal. Além da expressão de queratinas específicas, eles mostram a
expressão de outros genes em comum com as células mioepiteliais (p.ex., p-
caderina), bem como numerosos genes de proliferação celular. Esse subtipo de
tumor de mama não expressa genes relacionados ao RE ou HER2/neu.
Os carcinomas relacionados a mutações do gene BRCA1 também se colocam
nesse grupo (FOULKES et al., 2003; OLOPADE & GRUSHKO, 2001; SORLIE et al.,
2003). O estudo de Van’t Veer et al. (2002) demonstrou que mutações em BRCA 1
estão associadas ao fenótipo basal nos cânceres de mama indicando um
prognóstico particularmente pior nesses casos.
A freqüência do subtipo basal nos tumores de mama varia entre 15 e 19%,
estando associados com um curto intervalo livre de doença sendo o grupo de
tumores mais agressivos (LONNING et al., 2001; NIELSEN et al., 2004; SORLIE et
al., 2001; SORLIE et al., 2003; VAN’T VEER et al., 2002).
31
Por serem negativos para RE, RP e HER2, são também conhecidos como
tumores triplo-negativos trazendo a maior dificuldade aos oncologistas, visto que não
apresentam um alvo terapêutico específico.
1.3.2.3. HER2-positivo
Este grupo de carcinomas foi previamente identificado pela superexpressão
da proteína HER2/neu. O mecanismo da superexpressão é a amplificação do gene
resultando em transcrição aumentada no mRNA e translação protéica. Esses
tumores não superexpressam os genes que são típicos de outros subtipos (p.ex., RE
e queratinas basais), porém expressam a e-caderina (LASTER, 2005).
Os tumores desse subtipo tendem a ser pouco diferenciados e a sua
identificação é importante na previsão das respostas clínicas aos tratamentos com
anticorpos dirigidos à proteína (LASTER, 2005).
1.4. Classificação Molecular em Relação às Idades Extremas
A grande maioria dos estudos conduzidos para o estudo dos subtipos
moleculares do câncer de mama teve seu enfoque mais centrado nas questões
prognósticas e preditivas do que em questões epidemiológicas. Porém alguns
poucos estudos descreveram a relação destes subtipos com a idade (Carey et al.,
2006; KIM et al., 2006; SORTIROU et al., 2003).
Carey et al. (2006) encontraram
uma mais alta prevalência do subtipo basal entre as mulheres afro-americanas pré-
menopáusicas comparadas às s-menopáusicas afro-americanas e não afro-
americanas. Por outro lado, no estudo de Kim et al. (2006) a média de idade das
pacientes entre os diferentes fenótipos não teve diferença estatística significativa.
Da
mesma forma Sortirou et al. (2003) não encontraram evidências de associação entre
a idade das pacientes (<50 anos vs >50 anos) e os perfis de expressão genética dos
tumores. Considerando que o uso desta nova classificação dos tumores de
mama pode auxiliar de forma significativa na identificação das pacientes que teriam
melhor indicação de determinados tratamentos adjuvantes após a cirurgia,
principalmente naqueles casos de carcinomas em estádios iniciais, e que grupos
32
etários específicos tendem a receber tratamentos mais ou menos agressivos
apenas, muitas vezes devido à idade, torna-se importante a determinação da
distribuição dos fenótipos moleculares (basal, HER2-positivo e luminal) entre
mulheres jovens e nas mais idosas, dado este ainda não descrito desta forma na
literatura.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO PRINCIPAL
Verificar a prevalência dos diferentes fenótipos em carcinomas de mama,
através de um painel imunoistoquímico, em mulheres de dois grupos etários
diferentes: idade menor ou igual a 40 anos e maior ou igual a 65 anos.
2.2. OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
Associar os achados anátomo-patológicos clássicos (tamanho tumoral,
número de linfonodos axilares comprometidos, presença de metástases à distância,
invasão linfovascular e grau histológico) e o histórico familiar de ncer de mama
com os diferentes fenótipos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abd El-Rehim DM, Pinder SE, Paish CE, et al.. Expression of luminal and basal
cytokeratins in human breast carcinoma. J Pathol. 2004;203(2):661-71.
Abreu E, Koifman S. Fatores prognósticos no câncer da mama feminina. Rev Bras
Canc 2002; 48(1): 113-31
Adami HO, Malker B, Holmberg L, et al.. The relation between survival and age at
diagnosis in breast cancer. N Engl J Med. 1986;315(9):559-63.
Adjuvant Therapy for Breast Cancer. NIH Consensus Statement Online 2000
November 1-3; 17(4): 1-23. Acesso em: 15 jan 2006.
Allred DC, Bustamante MA, Daniel CO, et al.. Immunocytochemical analysis of
estrogen receptors in human breast carcinomas. Arch Surg 1990; 125:107.
AMERICAN JOINT COMMITTEE ON CANCER. Breast. In: AJCC cancer staging
manual. 6. ed. New York: Springer, 2002. 421p., cap. 25, p. 223-40
Barros ACSD, Barbosa EM, Gebrim LH. Diagnóstico e tratamento do câncer de
mama. In: Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de
Medicina. 2001.
Baselga J, Mendelsohn J. The epidermal grow factor receptor as a target for therapy
in breast carcinoma. Breast Cancer Res Treat 1994; 29:127.
Bernerd F, Del Bino S, Asselineau. Regulation of keratin expression by ultraviolet
radiation: differential and specific effects of ultraviolet B and ultraviolet A exposure. J
Invest Dermatol 2001; 117: 1421-9.
Bonett A, Dorsch M, Roder D, Esterman A. Infiltrating ductal carcinoma of the breast
in South Australia. Implications of trends in tumour diameter, nodal status and case-
survival rates for cancer control. Med J Aust 1990; 152: 19–23.
Brasileiro G, Reis LFL, Barbosa AJA, Miranda D: Métodos de Estudo em Patologia.
In Brasileiro G: Bogliolo Patologia Geral, 3
a
ed. Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan, 2004, p. 6-21.
Carey LA, Perou CM, Livasy CA, et al.. Race, breast cancer subtypes, and survival in
the Carolina Breast Cancer Study. JAMA 2006; 295:2492-2502.
Carter BA et al.. Benign transport of breast epithelium into axillary lymph nodes after
biopsy. Am J Clin Pathol 2000; 113, p. 259-65.
Carter CL, Allen C, Henson DE. Relation of tumor size, lymph node status and
survival in 24740 breast cancer cases. Cancer 1989;63:181-7.
35
Charpin C, Martin P, De Victor B, et al.. Multiparametric study (SAMBA 200) of
estrogen receptor immunocytochemical assay in 400 human breast carcinomas:
analysis of estrogen receptor distribution heterogeneity in tissues and correlations
with dextran coated charcoal assays and morphological data. Cancer Res 1988;
48:1578.
Chevallier B, Mosseri V, Dauce JP, et al.. A prognostic score in histological node
negative breast cancer. Br J Cancer 1990; 61: 436–40.
Choi DH, Lee MH, Bale AE, et al.. Incidence of BRCA1 and BRCA2 mutations in
young Korean breast cancer patients. J Clin Oncol 2004; 22(9):1638-45.
Chu KC, Tarone RE, Kessler LG, et al.. Recent trends in U.S. breast cancer
incidence, survival, and mortality rates. J Natl Cancer Inst. 88:1571-79, 1996
Clark GM, McGuire WL. Steroid receptors and other prognostic factors in primary
breast cancer. Semin Oncol 1988; 15:20.
Clark GM. Fatores prognósticos e preditivos. In: Harris JR et al.: Doenças da Mama,
2
a
ed. Rio de Janeiro, Ed MEDSI, 2002, pág. 587-620.
Colleoni M, Rotmensz N, Robertson C, et al.. Very young women (<35 years) with
operable breast cancer: features of disease at presentation. Annals of Oncology 13:
273-79, 2002.
Donegan WL. Treatment of breast cancer in the elderly. In Yancik R (ed):
Perspectives on Prevention and Treatment of Cancer in the Elderly. New York,
Raven Press. 1983, p 83.
Elledge RM, Fuqua SAW. Receptores de Estrogênio e Progesterona. In: Harris JR et
al.: Doenças da Mama, 2
a
ed. Rio de Janeiro, Ed MEDSI, 2002, pág. 565-86.
Elledge RM, Green S, Pugh R, et al.. ER and PgR by ligand binding assay compared
with ER, PgR, and pS2 by immunohistichemistry in predicting response to tamoxifen
in metastatic breast cancer: a Southwest Oncology Group study. Int J Cancer 1999.
Elston CW, Ellis IO. Pathological prognostic factors in breast cancer. I. The value of
histological grade in breast cancer: experience from a large study with long-term
follow-up. Histopathology 1991;19:403-10.
Epstein AH, Connolly JL, Gelman R et al.. The predictors of distant relapse following
conservative surgery and radiotherapy for early breast cancer are similar to those
following mastectomy. Int J Radiat Oncol Biol Phys 1989; 17: 755–60.
Fentiman IS, Hyland D, Chaudary MA, Gregory WM. Prognosis of pacients with
breast cancer up to 1 cm in diameter. Eur J Câncer 1996;32A:417-20.
Fischer B, Slack NH, Bross IDJ. Cancer of the breast: size of neoplasm and
prognosis. Cancer 1969;24:1071-80.
36
Foulkes WD, Stefansson IM, Chappuis PO, et al.. Germline BRCA1 mutations and a
basal epithelial phenotype in breast cancer. J Natl Cancer Inst 2003; 95:1482-1485.
Freedman LS, Edwards DN, McConnell EM, Downham DY. Histological grade and
other prognostic factors in relation to survival of patients with breast cancer. Br J
Cancer 1979; 40: 44–55.
Goldhirsch A, Glick JH, Gelber RD, et al.. Meeting Highlights: international expert
consensus on the primary therapy of early breast cancer 2005. Ann Oncol 2006;
17(5): 878-9.
Goodwin JS, Samet JM, Key CR, Humble C, Kutvirt D, Hunt C. Stage at diagnosis of
cancer varies with the age of the patient. J Am Geriatr Soc 1986; 34(1):20-6.
Gray RJ. Flexible methods for analyzing survival data using splines, with applications
to breast cancer prognosis. J Am Stat Assoc 1992; 87: 942–51.
Greenfield S, Blanco DM, Elashoff RM, Ganz PA. Patterns of care related to age of
breast cancer patients. JAMA 1987;257(20):2766-70.
Haagensen CD: The clinical classification of carcinoma of the breast and the choice
of treatment, in Haagensen CS (ed): Diseases of the Breast. Philadelphia, WB
Saunders. 1971, p 658.
Han W, Kim SW, Park IA, et al.. Young age: an independent risk factor for disease
free survival in women with operable breast cancer. BMC Cancer 2004; 4:82.
Hanna W, Mobbs B. Comparative evaluation of ER-ICA and enzyme immunoassay
for the quantitation of estrogen receptors in breast cancer. Am J Clin Pathol 1989;
91:182.
Harvey JM, Clark GM, Osborne CK, Allred DC. Estrogen receptor status by
immunohistochemistry is superior to the ligand-binding assay for predicting response
to adjuvant endocrine therapy in breast cancer. J Clin Oncol 1999; 17:1474.
Hattori N, Komine M, Yano et al.. Interferon-?, a strong suppressor of cell
proliferation, induces upregulation of K6, one of the inflammatory- and proliferation-
associated keratins. J Invest Dermatol 2002; 119: 403-10.
Hayes DF, Thor AD. c-erbB-2 in breast cancer: development of a clinically useful
marker. Semin Oncol 2002; 29:231.
Hicks DG, Short SM, Prescott NL, et al.. Breast cancers with brain metastases are
more likely to be estrogen receptor negative, express the basal cytokeratin CK5/6,
and overexpress HER2 or EGFR. Am J Surg Pathol 2006;30(9):1097-104.
Instituto Nacional do Cancer (INCA). Estimativas da incidência e mortalidade por
câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde 2006.
Ishida-Yamamoto A, Takahashi H, Lizuka H. Lessons from disorders of epidermal
differentiation-associated keratins. Histol Histopathol 2002; 17: 331-8.
37
Jayasinghe UW, Taylor R, Boyages J. Is age at diagnosis an independent prognostic
factor for survival following breast cancer? ANZ J Surg 2005; 75(9): 762-7.
Kessler H, Seton J. The treatment of operable breast cancer in elderly female. Am J
Surg 1978; 135:664.
Kim M-J, Ro JY, Ahn S-H, et al.. Clinicopathologic significance of the basal-like
subtype of breast cancer: a comparison with hormone receptor and Her2/neu-
overexpressing phenotypes. Human Pathology 2006; 37, 1217-26.
Knight W, Osborne C, McGuire W. Hormone receptors in primary and advanced
breast cancer. Clin Endocrinol Metab 1980; 9:361.
Knight WAL, Livingston RB, Gregory EJ, et al.. Estrogen receptor as an independent
prognostic factor for early recurrence in breast cancer. Cancer Res 1977; 37:4669.
Korsching E, Packeisen J, Agelopoulos K, et al.. Cytogenetic alterations and
cytokeratin expression patterns in breast cancer: integrating a new model of breast
differentiation into cytogenetic pathways of breast carcinogenesis. Lab Invest
2002;82(11):1525-33.
Lakhani SR, Ashworth A. Microarray and histopathological analysisof tumours: the
future and the past? Nat Rev Cancer 2001; 1:151.
Laster CS. A Mama. In: Kumar V, Abbas AK, Fausto N. Robbins e Cotran,
Patologia Bases Patológicas das Doenças. 7
a
ed. Rio de Janeiro, Ed. Elsevier,
2005; p1169-1205.
Lee CG, McCormick B, Mazumdar M, et al.. Infiltrating breast carcinoma in patients
age 30 years and younger: long term outcome for life, relapse, and second primary
tumors. Int J Radiat Oncol Biol Phys 1992; 23: 969–75.
Lee Y-T. Breast carcinoma: pattern of recurrence and metastasis after mastectomy.
Am J Clin Oncol 1984; 7(5):443-49,
Leong C, Boyages J, Jayasinghe UW et al..Effects of margins on ipsilateral breast
tumour recurrence after breast conservation therapy for lymph node-negative breast
carcinoma. Cancer 2004; 100: 1823–32.
Livasy CA, Karaca G, Nanda R, et al.. Phenotypic evaluation of the basal-like
subtype of invasive breast carcinoma. Mod Pathol 2006;19(2):264-71.
Lonning PE, Sorlie T, Perou CM et al.. Microarrays in primary breast cancer - lessons
from chemotherapy studies. Endocrine-Related Cancer 2001; 8:259-263.
Lyman GH, Lyman S, Balducci L, et al.. Age and the risk os breast cancer
recurrence. Cancer Control J 1996; 3(5):421-27.
Molino A, Miceiolo R, Turassa M, et al.. Prognostic significance of estrogen receptors
in 405 primary breast cancers: a comparison of immunohistochemical and
biochemical methods. Breast Cancer Res Treat 1997; 45:241.
38
Mueller CB, Ames F, Anderson GD. Breast cancer in 3558 women: age as a
significant determinant in the rate of dying and causes of death. Surgery 1978; 83:
123–32.
Nasser IA, Lee AK, Bosari S, et al.. Occult axillary lymph node metastases in "node-
negative" breast carcinoma. Hum Pathol 1993; 24:950-7
Nicholson RI, McClelland RA, Gee JMW. Epidermal grow factor receptor expression
in breast cancer: association with response to endocrine therapy. Breast Cancer
Res Treat 1994; 29:117.
Nielsen TO, Hsu FD, Jensen K, et al.. Immunohistochemical and clinical
characterization of the basallike subtype of invasive breast carcinoma. Clin Cancer
Res 2004; 10:5367-5374.
Nixon AJ, Neuberg D, Hayes DF et al.. Relationship of patient age to pathologic
features of the tumor and prognosis for patients with stage I or II breast cancer. J
Clin Oncol 1994; 12: 888–94.
Olivotto IA, Bajdik CD, Ravdin PM, et al.. Population-based validation of the
prognostic model ADJUVANT! for early breast cancer. J Clin Oncol. 2005 Apr
20;23(12):2716-25.
Olopade OI, Grushko T. Gene-expression profiles in hereditary breast cancer. N
Engl J Med 2001; 344: 028-2029.
Palmer MK, Lythgoe JP, Smith A. Prognostic factors in breast cancer. Br J Surg
1982;69:697-8
Pawitan Y, Bjöhle J, Amler L et al.. Gene expression profiling spares early breast
cancer patientsfrom adjuvant therapy: derived and validated in two population-based
cohorts. Breast Cancer Research 2005; 7:R953-R964.
Perou CM, Sorlie T, Eisen MB, et al.. Molecular portraits of human breast tumours.
Nature 2000;406:747-752.
Piccart-Gebhart MJ, Procter M, Leyland-Jones B. Trastuzumab after adjuvant
chemotherapy in HER2-positive breast cancer. N Engl J Med 2005; 353(16):1659-
72.
Piekarski JH, Biernat W. Clinical significance of CK5/6 and PTEN protein expression
in patients with bilateral breast carcinoma. Histopathology 2006;49(3):248-55.
Potemski P, Watala C, Pluciennik E, et al.. Prognostic relevance of basal cytokeratin
expression in operable breast cancer. Oncology 2005;69(6):478-85.
Ravdin PM, Siminoff LA, Davis GJ, et al.. Computer program to assist in making
decisions about adjuvant therapy for women with early breast cancer. J Clin Oncol
2001; 19(4): 980-91.
Reiner A, Sponza J, Reiner G. Estrogen receptor analysis on biopsies and fine-
needle aspirates from breast carcinoma. Am J Pathol 1986; 125:443.
39
Reis-Filho JS, Milanezi F, Carvalho S et al.. Metaplastic breast carcinomas exhibit
EGFR, but not HER2, gene amplification and overexpression: immunohistochemical
and chromogenic in situ hybridizationanalysis. Breast Cancer Res. 2005; 7(6): 1028-
35.
Remmele W, Hildebrand U, Hienz H, et al.. Comparative histological, histochemical
and biochemical studies on oestrogen receptors, lecitin receptors, and Barr bodies in
human breast cancer. Virchows Arch 1986; 409:127.
Ries LAG, Harkins D, Krapcho M, et al. (eds). SEER Cancer Statistics Review, 1975-
2003, National Cancer Institute. Bethesda, MD,
http://seer.cancer.gov/csr/1975_2003/, based on November 2005 SEER data
submission, posted to the SEER web site, 2006.
Riggins GJ, Morin PJ. Gene expression profiling in cancer. In Vogelstein B, Kinzler
KW (eds): The Genetic Basis of Human Cancers, 2
nd
ed. New York, McGraw-Hill,
2002, p.131-141.
Ronnov-Jansen L, Petersen OW, Bissell MJ. Cellular changes involved in conversion
of normal to malignant breast: importance of stromal reaction. Physiol Rev 1996; 76
(1):69-125.
Rosen PP, Groshen S, Saigo PE, Kinne DW, Hellman S. Pathological prognostic
factors in stage I (T1N5-4(st)-2.42(R)2(-064(r)3(o)6(f)-2(i))-2.42(R)24489 6429o P4(K)-3(i9ch)-4(5.9)3(o)-i7 c(l)2(i)210(o)-i7 RevJ. eaoffstm(d)-4( y2(b)-4. )-42(14(n)-4( ))-4(e)6. 16(,)-2( )4-4(9)-4(6)6(;)-2.( )-42.00195(i)2.pio
40
Slamon DJ, Clark GM, Wong SG, et al.. Human breast cancer: correlation of relapse
and survival with amplification of the HER-2/neu oncogene. Science 1987; 235:177.
Smith FJD. The molecular genetics of keratin disorders. Am J Clin Dermatol 2003;
4: 347-364.
Smith I, Procter M, Gelber RD. 2-year follow-up of trastuzumab after adjuvant
chemotherapy in HER2-positive breast cancer: a randomised controlled trial. Lancet
2007;369(9555):29-36.
Sorlie T, Perou CM, Tibshirani R, et al.. Gene expression patterns of breast
carcinomas distinguish tumor subclasses with clinical implications. Proc Natl Acad
Sci USA 2001; 98:10869-10874.
Sorlie T, Tibshirani R, Parker J, et al.. Repeated observation of breast tumor
subtypes in independent gene expression data sets. Proc Natl Acad Sci USA 2003;
100:8418.
Sotiriou C, Neo SY, McShane LM, et al.. Breast cancer classification and prognosis
based on gene expression profiles from a population-based study. Proc Natl Acad
Sci USA 2003; 100:10393-10398.
Stierer M, Rosen H, Weber R, et al.. Immunohistochemical and biochemical
measurement of estrogen and progesterone receptors in primary breast cancer. Ann
Surg 1993; 218:13.
Sutherland CM, Mather FJ. Long-term survival and prognostic factors in patients with
regional breast cancer (skin, muscle, and/or chest wall attachment). Cancer 1985;
55: 1389–97.
Tai P, Cserni G, Van De Steene J, et al.. Modeling the effect of age in T1-2 breast
cancer using the SEER database. BMC Cancer 2005; 5(1):130.
Taylor-Papadimitriou J et al.. Keratin expression in human mammary epithelial cells
cultured from normal and malignant tissue: relation to in vivo phenotypes and
influence of medium. Journal of Cell Science 1989; 94(3): 403-413.
Thomas M, Noguchi M, Kitagawa H, et al.. Poor prognostic value of proliferating cell
nuclear antigen labelling index in breast carcinoma. J Clin Pathol 1993; 46:525.
TNM: classificação de tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral
Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 254p. Tradução de: TNM:
classification of malignant tumors. (6th ed.). ISBN 85-7318-099-4
Tuma RS. A big Trial for a new technology: TransBIG Project takes microarrays into
clinical trials. Journal of the National Cancer Institute 2004; 96(9): 648-649.
US Bureau of the Census. Current populations reports, series P-25, no. 952. In:
Projections of the Population of the United States, by Age, Sex, and Race:
1983-2080. Washington DC: US Government Printing Office, 1984.
41
Valagussa P, Bonadonna G, Veronesi U. Patterns of relapse and survival following
radical mastectomy. Analysis of 716 consecutive patients. Cancer 1978; 41(3):1170.
Van de Rijn M, Perou CM, Tibshirani R, et al.. Expression of cytokeratins 17 and 5
identifies a group of breast carcinomas with poor clinical outcome. Am J Pathol
2002;161(6):1991-96.
Van't Veer LJ, Dai H, Vijver MJ et al.. Gene expression profile predicts clinical
outcome of breast cancer. Nature 2002; 415: 530-6.
Wenzel LB, Fairclough DL, Brady MJ, et al.. Age-related differences in the quality of
life of breast carcinoma patients after treatment. Cancer 86:1768-74, 1999.
Willett WC et al.. Epidemiologia e causas não genéticas do câncer de mama. In:
Harris JR et al.. Doenças da Mama, 2a ed. Rio de Janeiro, Ed MEDSI, 2002; 205-
259.
Winchester DP, Osteen RT, Menck HR. The national cancer database report on
breast carcinoma characteristics and outcome in relation to age. Cancer 1996; 78:
1838–43.
Yancik R, Ries LG, Yates JW. Breast cancer in aging women. A population-based
study of contrasts in stage, surgery, and survival. Cancer. 1989; 63(5):976-81.
Artigo em Português
FENÓTIPOS MOLECULARES EM TUMORES DE MAMA FEMININA –
PREVALÊNCIA EM GRUPOS EXTREMOS DE IDADE
Ademar José Bedin Júnior* , Márcia Silveira Graudenz**, Maira Caleffi***
* Mastologista, Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, MD
** Patologista, Instituto de Patologia, Porto Alegre-RS, Professora Associada
1 da FFFCMPA, Departamento de Patologia, MD, PhD
*** Mastologista, Coordenadora do Serviço de Mastologia do Hospital
Moinhos de Vento de Porto Alegre, Professora colaboradora do PPG em Patologia
da FFFCMPA, MD, PhD
Endereço para correspondência:
Ademar José Bedin Júnior
Ramiro Barcelos, 910/11ºandar
CEP: 90035001
Porto Alegre – RS
Fone: (55) 51-33143696
E-mail:
43
RESUMO
INTRODUÇÃO: O prognóstico do câncer de mama difere muito entre os
diferentes subtipos moleculares. No intuito de melhor correlacionar a classificação
dos tumores de mama baseada na biologia molecular com a prática clínica diária,
faz-se necessário estudos de prevalência destes subtipos em grupos extremos de
faixa etária. OBJETIVO: Avaliar nos grupos extremos de idade, mulheres com
câncer de mama de 40 anos ou menos e 65 anos ou mais, a prevalência dos
diferentes fenótipos moleculares. Ainda, correlacionar os fenótipos com dados
clínicos das pacientes e com os fatores prognósticos e preditivos clássicos.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram avaliados 44 pacientes de 40 anos ou menos
(n=17) e 65 anos ou mais (n=27) com carcinoma de mama diagnosticado entre 1996
e 2000 e tratados no Hospital Moinhos de Vento na cidade de Porto Alegre. Foi
utilizado um painel imunoistoquímico, validado previamente, para a classificação dos
tumores. A definição dos subtipos se deu da seguinte forma: luminal (RE+); HER2-
positivo (RE–, HER2+); basal (RE–, HER2–, CK5/6+ e/ou EGFR+) e nulo (negativo
para todos os 4 marcadores). RESULTADOS: A prevalência dos fenótipos no grupo
das 40 anos foi a seguinte: basal:17,6%; luminal: 35,3%; HER2-positivo: 41,2% e
nulo: 5,9%. Em contraste entre as 65 anos a distribuição foi: basal: 0%; luminal:
81,5%; HER2-positivo: 7,4% e nulo: 11,1% (p=0,002). Observamos diferença
significativa no tamanho clínico dos tumores entre os subtipos, sendo que os
tumores maiores de 5 centímetros foram mais freqüentes entre os subtipos HER2-
positivo e basal em comparação ao luminal. Da mesma forma os casos com
fenótipos HER2-positivo e basal apresentaram quatro ou mais linfonodos
comprometidos com maior freqüência. O tamanho do tumor, envolvimento
ganglionar e grau histológico não atingiram significância estatística quando os dois
grupos etários foram comparados. CONCLUSÃO: Em nosso estudo foi demonstrado
que o fenótipo luminal é mais comum entre as pacientes no extremo de maior idade
e que o mesmo associa-se a outros fatores de melhor prognóstico. Os fenótipos
basal e HER2-positivo, com características de pior prognóstico, são mais
encontrados no grupo de pacientes com idade mais jovem, embora o envolvimento
linfonodal e grau histológico não sejam diferentes. A análise sistemática dos subtipos
moleculares pode melhor discriminar os tumores, acrescentando informação ao
estadiamento e a análise patológica convencional.
44
Descritores: Câncer de mama, classificação molecular, imunoistoquímica,
receptor de estrogênio, cerbB-2, EGFR, citoqueratina 5/6, grupos etários.
45
INTRODUÇÃO
O câncer de mama na população mundial é uma doença altamente prevalente
e de importante morbimortalidade. Desde a década de 50 suas taxas de incidência e
mortalidade têm aumentado em muitos países. No Brasil, segundo dados do Instituto
Nacional do Câncer (INCA), a taxa de mortalidade por esta patologia apresentou um
aumento considerável de 1979 a 2000, de 5,77 para 9,74/100000 mulheres
1
.
Inúmeros fatores prognósticos e preditivos m sendo estudados em relação
ao câncer de mama. Os tratamentos utilizados baseiam-se atualmente em
características clínicas das pacientes e anátomo-patológicas dos tumores, assim
como marcadores imunoistoquímicos (receptores esteróides e HER2)
2
.
O papel da
idade de apresentação do carcinoma mamário como fator prognóstico independente
ainda é controverso,
porém a maior parte dos estudos sobre o assunto mostra que
as mulheres com menos de 40 anos tendem a ter uma pior evolução clínica com
tumores mais agressivos
3-11
.
Mais recentemente, Perou CM et al. (2000) sugeriram que a diversidade
fenotípica dos tumores de mama deveria ser acompanhada por uma correspondente
diversidade nos seus padrões de expressão gênica, o que foi confirmado através da
técnica de cDNA Microarray (microarranjos com DNA complementar). Este estudo
apontou uma nova taxonomia molecular dos tumores mamários baseada na
investigação sistemática desses padrões de expressão gênica
12
.
No estudo de
Perou et al., pela primeira vez, o câncer de mama foi classificado baseado nas
características da biologia molecular em quatro grupos: RE+/luminal, basal, HER2-
positivo e mama normal. Uma importante implicação desse estudo é que os tumores
clinicamente designados como receptor de estrogênio negativos abrangem pelo
menos dois subtipos de tumores biologicamente distintos (basal e HER2-positivo)
que devem ser tratados de forma diferente um do outro
12
.
No entanto, essa nova tecnologia ainda se encontra inacessível na maior
parte dos centros que tratam pacientes com câncer de mama. A possibilidade de
identificar os subtipos moleculares descritos nos estudos de análise de assinatura
genética através de metodologias mais acessíveis e de menor custo, como com o
46
uso de técnicas de imunoistoquímica, é de fundamental importância, principalmente
se levarmos em consideração as limitações econômicas encontradas em países
como o Brasil. Além de potencialmente melhorar a determinação do prognóstico de
pacientes com câncer de mama, o conhecimento mais detalhado desses subtipos
pode levar ao desenvolvimento de novas classes de drogas com atividade subtipo-
específica.
A tendência atual no tratamento do câncer de mama é que este seja feito
cada vez mais individualizado, levando-se em conta as características do tumor.
Desta forma se torna fundamental avaliarmos se grupos etários específicos, que
pela idade seriam considerados de melhor ou pior prognóstico realmente o são, para
que terapêuticas mais adequadas sejam oferecidas a estas pacientes.
O uso desta nova classificação dos tumores de mama pode auxiliar de forma
significativa na seleção das pacientes que teriam melhor indicação de uso de
determinados tratamentos adjuvantes após a cirurgia. Torna-se importante, então, a
determinação da distribuição dos diferentes fenótipos moleculares entre as mulheres
jovens e nas mais idosas, visto que muitas pacientes tendem a receber tratamentos
mais ou menos agressivos apenas devido à faixa etária a qual fazem parte. Esta
análise ainda não está descrita desta forma na literatura.
Neste estudo buscamos caracterizar, de forma indireta através de um painel
imunoistoquímico validado na literatura, os fenótipos moleculares dos tumores de
mama de pacientes de grupos extremos de idade em uma cidade de alta prevalência
desta doença na região sul do Brasil.
MATERIAL E MÉTODOS
Seleção dos Casos e Análise dos Parâmetros Clinicopatológicos
Os casos foram selecionados a partir de laudos anatomopatológicos com
diagnóstico de carcinoma mamário invasor de pacientes com idade menor ou igual a
40 anos (Grupo 1) e maior ou igual a 65 anos (Grupo 2) do Serviço de Mastologia do
47
Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, no período de janeiro de 1996 a
novembro de 2000.
Do total de 88 laudos identificados inicialmente, 44 casos foram incluídos no
estudo. Dos casos excluídos: em 36 os blocos de parafina não foram localizados, em
dois o material armazenado foi insuficiente para análise, dois casos só tinham
biópsia após tratamento neoadjuvante, um caso se tratava de recidiva e três casos
de carcinoma in situ. Os casos tratados previamente com quimioterapia ou
hormonioterapia, bem como o caso de recidiva, foram excluídos da pesquisa visto
que estes tratamentos podem muitas vezes alterar as características das lulas do
tumor inicial.
As idades de corte (65 e 40a) foram escolhidas com base na literatura onde a
maioria dos autores considera “idosa” a mulher acima de 65 anos
13
e “jovem” aquela
abaixo de 40
14,6
.
Além disso, não é esperado que pacientes pós-menopáusicas se
encontrem entre as menores de 40 anos e ainda menos provável que mulheres com
mais de 65 anos ainda apresentem ovários funcionantes, o que poderia ser um fator
de confusão sobre os resultados.
Dados clínicos e anátomo-patológicos das pacientes foram levantados a partir
dos prontuários ambulatoriais, no Hospital Moinhos de Vento, e dos laudos anátomo-
patológicos, no Instituto de Patologia, Porto Alegre. Idade ao diagnóstico, histórico
familiar de risco para câncer de mama, presença de metástase à distância no
momento do diagnóstico, tamanho tumoral, comprometimento de linfonodos axilares,
invasão linfovascular e grau histológico foram os dados pesquisados desta forma e
anotados no instrumento de pesquisa (Figura1). Para análise estatística os dados
(tamanho tumoral e comprometimento de linfonodos) foram agrupados conforme a
classificação TMN
15
.
As amostras de tecidos tumorais foram obtidas de blocos de parafina
arquivados no Instituto de Patologia e submetidas a um painel imunoistoquímico.
Estes blocos de parafina continham material proveniente de biópsias e/ou de
ressecções cirúrgicas com diagnóstico de carcinoma de mama.
48
Imunoistoquímica
Cortes de 3µm foram realizados nos blocos de parafina previamente
selecionados. Os cortes foram fixados nas lâminas utilizando a 3’3’-
aminopropiletoxisilano (Sigma-Aldrich) como aderente. Após, em banho maria com a
solução de tris-EdTA pH 9,0, se realizou a recuperação antigênica.
A seguir, foi realizado o bloqueio da peroxidase endógena (com metanol 95ml
e 5ml de H2O2 vol 30). O próximo passo foi o bloqueio de proteínas específicas com
soro normal de cavalo. Depois, aplicou-se o anticorpo primário overnight na
geladeira a 4ºC.
Para o estudo imunoistoquímico foi utilizada a técnica estreptovidina-biotina
peroxidase. Os cortes foram incubados com os seguintes anticorpos primários
monoclonais de camundongo: receptor de estrogênio (RE) (clone 6F11, Novocastra,
UK, diluição 1:200), receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) (clone H11,
Dakocytomation, USA, diluição 1:80), citoqueratina (CK) 5/6 (clone D5/16B4,
Dakocytomation, USA, diluição 1:400). Para o HER2 foi utilizado anticorpo policlonal
de coelho (Dakocytomation, USA, diluição 1:500). Posteriormente as lâminas foram
incubadas com o anticorpo secundário biotinilado universal e a seguir utilizado o Kit
estreptoavidina-HRP (Kit LSAB+ system HRP, Dakocytomation, USA) (Tabela 1).
Para revelação utilizamos o cromógeno diaminobenzidina, contracorado com
hematoxilina. Os controles positivos consistiram em tecido de mama de um caso
sabidamente positivo. Os controles negativos foram os mesmos controles positivos,
omitindo o anticorpo primário.
Interpretação da Imunoistoquímica
As lâminas obtidas pela técnica de imunoistoquímica foram analisadas por um
patologista e um mastologista, autores do trabalho. Os resultados discordantes
foram reavaliados em conjunto para obtenção de um resultado final de consenso.
49
Os resultados da imunoreatividade foram obtidos pelos investigadores através
de um sistema, no qual usa-se um escore de três pontos
16
(Tabela 2):
-0 (zero) = presença de células tumorais invasivas na amostra, porém
nenhuma coloração é vista;
-1 (um) = presença de células tumorais invasivas na amostra apresentando
coloração de fraca intensidade e/ou < 20% das células tumorais coradas;
-2 (dois) = presença de células tumorais invasivas com coloração forte em >
20% das células.
Observações:
- Para que o receptor de estrogênio fosse considerado positivo era
necessário que houvesse coloração nuclear das células invasoras do carcinoma
(aceitou-se escore 1 ou 2) (Figura 3);
- Para que o HER2 fosse considerado positivo era necessário que
houvesse coloração forte na membrana das lulas invasoras do carcinoma
(aceitou-se somente escore 2) (Figura 4);
- Para que a citoqueratina 5/6 e o EGFR fossem considerados positivos
qualquer coloração citoplasmática e/ou de membrana (fossem estas fracas ou fortes)
observadas foram aceitas (aceitou-se escore 1 ou 2) (Figuras 5 e 6).
Imunofenotipagem
Os tumores foram classificados conforme os resultados da imunoistoquímica,
de acordo com o sugerido por Nilsen et al (2004)
16
, entre os diferentes fenótipos
moleculares da seguinte forma:
Luminal (L) RE positivo e HER2 negativo, independente das CK e do
EGFR;
HER2-positivo (H) RE negativo e HER2 positivo, independente das
CK e EGFR;
50
Basal (B)RE e HER2 negativos e CK 5/6 e/ou EGFR positivos;
Nulo (N)RE, HER2, CK e EGFR negativos.
Análise Estatística
As variáveis quantitativas com distribuição simétrica foram avaliadas através
de média e desvio padrão e as com assimetria através de mediana e percentis 25-
75. As variáveis qualitativas foram descritas através de freqüências absolutas e
relativas. A associação entre as variáveis qualitativas foi realizada através do Teste
Qui-Quadrado de Pearson. Para complementar essa análise, o teste dos resíduos
ajustados foi aplicado. Para avaliar as variáveis quantitativas em relação às variáveis
dicotômicas, o teste de Mann-Whitney foi aplicado. Com relação às variáveis
politômicas, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis. O nível de significância adotado
foi de 5% e as análises foram realizadas no programa SPSS (Statistical Package for
the Social Sciences) versão 12.0.
Considerações Éticas
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação
Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e do Hospital Moinhos de
Vento, sendo aprovado e protocolado por ambos sob os números 096/06 e
2006/025, respectivamente.
RESULTADOS
Inicialmente a análise dos resultados foi feita dividindo-se os dois grupos de
faixa etária, 40 anos (Grupo 1) e 65 anos (Grupo 2) (Tabela 3). A seguir foram
analisados os diferentes fenótipos em relação às demais variáveis (Tabela 4).
51
O tamanho final da amostra estudada foi de 44 casos de pacientes com
câncer de mama invasor, destes 17 (38,6%) eram do grupo de pacientes com idade
menor ou igual a 40 anos e 27 (61,4%) do grupo de idade maior ou igual a 65 anos.
A média de idade das pacientes do grupo 1 foi de 37,2 anos (26 a 40) e das
do grupo 2 foi de 73,6 anos (65 a 91) com desvio padrão de 3,9 e 6,6,
respectivamente.
A distribuição dos diferentes fenótipos entre os dois grupos foi distinta, sendo
estatisticamente significativa a maior prevalência do fenótipo luminal entre as
pacientes do grupo 2, enquanto os subtipos basal e HER2-positivo foram mais
prevalentes entre as do grupo 1 (p=0,002). O fenótipo nulo não apresentou diferença
estatística entre os grupos. A prevalência dos fenótipos moleculares classificados
pela IHQ no grupo das 40 anos se deu da seguinte forma: N: 5,9%; L: 35,3%; H:
41,2% e B:17,6%. Em contraste entre as 65 anos a distribuição foi: N: 11,1%; L:
81,5%; H: 7,4% e B: 0%. Nenhum dos 27 tumores das pacientes 65 anos foi
classificado como fenótipo basal (Figura 2).
A positividade para RE foi maior entre as mulheres 65 anos, representando
88,9% dos casos. no grupo das 40 anos, 52,9% das pacientes apresentavam
tumores negativos para RE (p=0,005).
A análise do HER2 também mostrou diferença estatística entre os grupos,
sendo o maior número de casos positivos encontrado entre as pacientes do grupo 1.
O EGFR e a CK 5/6 tiveram distribuição semelhante nos dois os grupos.
Apenas duas, ou seja, 4,5% do total das pacientes, foram submetidas a
quimioterapia neoadjuvante, sendo que ambas pertenciam ao grupo das 40 anos.
Quanto aos subtipos histológicos não se observou diferença significativa entre
os grupos. O carcinoma ductal infiltrante do tipo não especial foi o mais freqüente em
ambos os grupos (81,3% - grupo 1 e 88,5% - grupo 2) seguido do carcinoma lobular
infiltrante (12,5% - grupo 1 e 11,5% - grupo 2). Um único caso de carcinoma
infiltrante de tipo especial foi encontrado – um carcinoma metaplásico em uma
paciente de 38 anos com IHQ correspondente ao fenótipo basal.
52
A mediana do tamanho tumoral clínico encontrada foi de 2,4 cm e 2,5 cm para
as pacientes dos grupos 1 e 2, respectivamente. Da mesma forma, as demais
variáveis estudadas história familiar de câncer, tamanho patológico, número de
linfonodos comprometidos (clínico e patológico), grau histológico e presença de
invasão linfovascular também não apresentaram diferenças estatisticamente
significativas.
A avaliação das variáveis conforme os fenótipos está apresentada na Tabela
4. Devido à baixa prevalência do subtipo basal encontrada em nossa amostra
estudada (6,8%) e como sabemos que os fenótipos basal e HER2 representam os
subtipos de pior prognóstico, agrupamos estes dois subtipos (H/B) para comparação
com os tumores classificados como luminal (L) e nulo (N) em relação às demais
variáveis estudadas (Tabela 4).
Nesta análise observamos diferença significativa entre tamanho clínico dos
tumores, sendo que os tumores maiores de cinco centímetros foram mais freqüentes
entre o subtipo H/B. Da mesma forma os casos do grupo H/B apresentaram mais
comumente quatro ou mais linfonodos axilares comprometidos.
Os dois casos de pacientes submetidas à quimioterapia neoadjuvante foram
classificadas como HER2-positivo.
Dentre as demais variáveis estudadas como história familiar, diagnóstico
histológico, presença de metástases à distância, tamanho patológico, grau
histológico, número de linfonodos clinicamente detectados e invasão linfovascular,
não houve diferença entre os fenótipos.
DISCUSSÃO
O câncer de mama é uma doença de alta prevalência mundial sendo que sua
incidência aumenta com a idade
1,17,18
.
Mesmo em países como a Coréia, onde
encontramos um número grande de jovens acometidas, a incidência do câncer de
53
mama é maior nas pacientes de mais idade
19
. Da mesma forma, em nosso estudo o
carcinoma mamário foi mais freqüente nas pacientes de maior idade.
Em relação a prevalência dos fenótipos nas diferentes faixas etárias, assim
como no estudo de Carey et al. que demonstrou uma maior prevalência do subtipo
basal entre as pré-menopáusicas, em nossos resultados também verificamos uma
maior prevalência deste subtipo nas pacientes com idade igual ou menor a 40 anos
20
. Ainda, os tumores positivos para receptores de estrogênio, característicos do
subtipo luminal, foram mais encontrados em nosso estudo entre as pacientes com
idade maior ou igual a 65 anos. Da mesma forma, Lyman et al. demonstraram que
mulheres nesta faixa etária apresentam níveis mais elevados de receptores
hormonais
21
. Apesar dessa correlação não ter sido encontrada em alguns estudos,
nenhum deles foi desenhado com esse objetivo
20,22
. Além disso, a análise da idade
se fez de forma menos específica, sem a avaliação de grupos extremos de idade
como apresentamos neste estudo. Sortirou et al.
20
, por exemplo, dividiu os grupos
entre pacientes com mais ou menos de 50 anos de idade, assim provavelmente
muitas pacientes pós-menopáusicas podem ter sido incluídas no grupo das menores
de 50 anos.
Os tumores basais e HER2-positivo m sido apontados na literatura como
aqueles de pior evolução
10,20,23
. Em nosso estudo estes fenótipos foram fortemente
associados a idade menor ou igual a 40 anos, indicando que este grupo de
pacientes apresenta doença mais agressiva e com pior prognóstico que as mulheres
com mais de 65 anos. Estas, por sua vez, apresentaram predominantemente
tumores do subtipo luminal, que respondem bem ao tratamento hormonal e
apresentam prognóstico mais favorável.
Quatro casos (9,1%) não apresentaram coloração positiva para nenhum dos
marcadores testados na IHQ. Neste grupo provavelmente se incluem tumores dos
outros subtipos como, por exemplo, casos de tumores basais não detectados pela
CK5/6 ou pelo EGFR devido ao seu padrão de expressão focal ou sua sensibilidade
imperfeita, ou casos de tumores luminais com expressão muito fraca de RE, bem
como tumores do subtipo mama normal e outros casos incluídos nesta categoria
devido a falhas na técnica de IHQ.
54
Duas pacientes, 4,5% do total, foram submetidas à quimioterapia
neoadjuvante, sendo que ambas pertenciam ao grupo 1 e
55
considerados os dois mais importantes entre os fatores prognósticos clássicos
30-34
.
Tanto que estes dois, adicionados a presença de metástases à distância, se
constituem na base do estadiamento TMN estabelecido pela União Internacional
Contra o Câncer
15,32
. Porém quando analisamos pela faixa etária, o tamanho do
tumor, envolvimento ganglionar e grau histológico não atingiram significância
estatística, em contraste com a literatura
35
.
Em nosso estudo foi demonstrado que o fenótipo luminal é mais comum entre
as pacientes no extremo de maior idade e que este associa-se a outros fatores de
melhor prognóstico. Os fenótipos basal e HER2-positivo, com características de pior
prognóstico, são mais encontrados no grupo de pacientes com idade mais jovem,
embora o envolvimento linfonodal e grau histológico não sejam diferentes. A análise
sistemática dos subtipos moleculares pode melhor discriminar os tumores,
acrescentando informação ao estadiamento e a análise patológica convencional.
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Instituto Nacional do Cancer (INCA). Estimativas da incidência e mortalidade por
câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde 2006. Disponível em:
http://www.inca.gov.br. Acesso em: 10 abril de 2007.
2- Barros ACSD, Barbosa EM, Gebrim LH. Diagnóstico e tratamento do câncer de
mama. In: Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de
Medicina. 2001.
3- Chevallier B, Mosseri V, Dauce JP, Bastit P, Julien JP, Asselain B. A prognostic
score in histological node negative breast cancer. Br J Cancer, 61: 436-40, 1990.
4- Gray RJ. Flexible methods for analyzing survival data using splines, with
applications to breast cancer prognosis. J Am Stat Assoc, 87: 942–51, 1992.
5- Han W, Kim SW, Park IA, et al. Young age: an independent risk factor for disease
free survival in women with operable breast cancer. BMC Cancer, 4:82, 2004.
6- Jayasinghe UW, Taylor R, Boyages J. Is age at diagnosis an independent
prognostic factor for survival following breast cancer? ANZ J Surg, 75(9): 762-7,
2005.
7- Lee CG, McCormick B, Mazumdar M, Vetto J, Borgen PI. Infiltrating breast
carcinoma in patients age 30 years and younger: long term outcome for life, relapse,
and second primary tumors. Int J Radiat Oncol Biol Phys, 23: 969-75, 1992.
8- Leong C, Boyages J, Jayasinghe UW et al.Effects of margins on ipsilateral breast
tumour recurrence after breast conservation therapy for lymph node-negative breast
carcinoma. Cancer; 100: 1823-32, 2004.
9- Nixon AJ, Neuberg D, Hayes DF et al. Relationship of patient age to pathologic
features of the tumor and prognosis for patients with stage I or II breast cancer. J Clin
Oncol, 12: 888-94, 1994.
10- Sorlie T, Tibshirani R, Parker J, et al. Repeated observation of breast tumor
subtypes in independent gene expression data sets. Proc Natl Acad Sci USA,
100:8418, 2003.
57
11- Winchester DP, Osteen RT, Menck HR. The national cancer database report on
breast carcinoma characteristics and outcome in relation to age. Câncer, 78: 1838-
43, 1996.
12- Perou CM, Sorlie T, Eisen MB, et al. Molecular portraits of human breast
tumours. Nature, 406:747-752, 2000.
13- Boff RA. Mastologia Aplicada. EDUCS, pg334-8, 2001.
14- Aebi S. Special issues related to the adjuvant therapy in very young women.
Breast. Sep 23, 2005.
15- TNM: classificação de tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral
Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 254p. Tradução de: TNM:
classification of malignant tumors. (6th ed.). ISBN 85-7318-099-4
16- Nielsen TO, Hsu FD, Jensen K, et al. Immunohistochemical and clinical
characterization of the basallike subtype of invasive breast carcinoma. Clin Cancer
Res, 10:5367-5374, 2004.
17- Ries LAG, Harkins D, Krapcho M, et al (eds). SEER Cancer Statistics Review,
1975-2003, National Cancer Institute. Bethesda, MD,
http://seer.cancer.gov/csr/1975_2003/, based on November 2005 SEER data
submission, posted to the SEER web site, 2006.
18- US Bureau of the Census. Current populations reports, series P-25, no. 952. In:
Projections of the Population of the United States, by Age, Sex, and Race: 1983-
2080. Washington DC: US Government Printing Office, 1984.
19- Choi DH, Lee MH, Bale AE, Carter D, Haffty BG. Incidence of BRCA1 and
BRCA2 mutations in young Korean breast cancer patients. J Clin Oncol, 22(9):1638-
45, 2004.
20- Sotiriou C, Neo SY, McShane LM, et al. Breast cancer classification and
prognosis based on gene expression profiles from a population-based study. Proc
Natl Acad Sci USA, 100:10393-10398, 2003.
58
21- Lyman GH, Lyman S, Balducci L, et al. Age and the risk os breast cancer
recurrence. Cancer Control J, 3(5):421-27, 1996.
22- Kim M-J, Ro JY, Ahn S-H, et al. Clinicopathologic significance of the basal-like
subtype of breast cancer: a comparison with hormone receptor and Her2/neu-
overexpressing phenotypes. Human Pathology, 37, 1217-26, 2006.
23- Sorlie T, Perou CM, Tibshirani R, et al. Gene expression patterns of breast
carcinomas distinguish tumor subclasses with clinical implications. Proc Natl Acad
Sci USA, 98:10869-10874, 2001.
24- Adjuvant Therapy for Breast Cancer. NIH Consensus Statement Online 2000
November, 1-3; 17(4): 1-23. Acesso em: 15 jan 2006.
25- Greenfield S, Blanco DM, Elashoff RM, Ganz PA. Patterns of care related to age
of breast cancer patients. JAMA, 257(20):2766-70, 1987.
26- Rouzier R, Perou CM, Symmans WF. Breast cancer molecular subtypes respond
differently to preoperative chemotherapy. Clin Cancer Res, 11(16): 5678-85, 2005.
27- Reis-Filho JS, Milanezi F, Carvalho S et al. Metaplastic breast carcinomas exhibit
EGFR, but not HER2, gene amplification and overexpression: immunohistochemical
and chromogenic in situ hybridizationanalysis. Breast Cancer Res, 7(6): 1028-35,
2005.
28- Foulkes WD, Stefansson IM, Chappuis PO, et al. Germline BRCA1 mutations
and a basal epithelial phenotype in breast cancer. J Natl Cancer Inst, 95:1482-1485,
2003.
29- Olopade OI, Grushko T. Gene-expression profiles in hereditary breast cancer. N
Engl J Méd, 344: 028-2029, 2001.
30- Van't Veer LJ, Dai H, Vijver MJ et al. Gene expression profile predicts clinical
outcome of breast cancer. Nature, 415: 530-6, 2002.
31- Abreu E, Koifman S. Fatores prognósticos no câncer da mama feminina. Rev
Bras Canc, 48(1): 113-31, 2002.
59
32- Carter CL, Allen C, Henson DE. Relation of tumor size, lymph node status and
survival in 24740 breast cancer cases. Cancer, 63:181-7, 1989.
33- Fischer B, Slack NH, Bross IDJ. Cancer of the breast: size of neoplasm and
prognosis. Cancer, 24:1071-80, 1969.
34- Palmer MK, Lythgoe JP, Smith A. Prognostic factors in breast cancer. Br J Surg,
69:697-8, 1982.
35- Carey LA, Perou CM, Livasy CA, et al. Race, breast cancer subtypes, and
survival in the Carolina Breast Cancer Study. JAMA, 295:2492
60
Artigo em Inglês
MOLECULAR PHENOTYPES IN FEMALE BREAST TUMORS –
PREVALENCE IN EXTREME AGE GROUPS
Ademar José Bedin Júnior* , Márcia Silveira Graudenz**, Maira Caleffi***
* Mastologist, Associação Hospitalar Moinhos de Vento de Porto Alegre
** Pathologist, Ph.D., Instituto de Patologia, Associate Professor 1 at the
FFFCMPA, Department of Pathology, MD, PhD
***Mastologist, Ph.D., Coordinator of the Núcleo Mama Moinhos, Associação
Hospitalar Moinhos de Vento, Professor colaborating at the Postgraduate Program in
Pathology of the FFFCMPA, MD, PhD
Mailing address:
Ademar José Bedin Júnior, MD
Associação Hospitalar Moinhos de Vento
Ramiro Barcelos, 910/11º floor
CEP: 90035-001
Porto Alegre – RS – Brazil
Phone: +55 (51) 3314.3696
Fax: +55 (51) 3314.3697
E-mail:
61
ABSTRACT
INTRODUCTION: The prognosis of breast cancer varies widely across the
different molecular subtypes. In order to better correlate breast tumor classification
based on molecular biology with daily clinical practice, studies of the prevalence of
these subtypes must be done in individuals at extreme age groups. OBJECTIVE: To
determine the prevalence of the different molecular phenotypes in women with breast
cancer aged 40 years and 65 years. Also, to correlate the phenotypes with
patient clinical features and with the classic predictive and prognostic clinical factors.
MATERIALS AND METHODS: Forty-four patients aged 40 (n=17) and 65 (n=27)
years with breast carcinoma diagnosed between 1996 and 2000 and treated at the
Hospital Moinhos de Vento in Porto Alegre were evaluated. A previously validated
immunohistochemical panel was used in tumor classification. Subtypes definition was
as follow: luminal (RE+); HER2-positive (ER–, HER2+); basal (ER–, HER2–, CK5/6+
and/or EGFR+) and null (negative for all 4 markers). RESULTS: The prevalence of
phenotypes in the 40-year group was as follows: basal: 17.6%; luminal: 35.3%;
HER2-positive: 41.2%, and null: 5.9%. Among those at the 65 years age group,
however, the distribution was: basal: 0%; luminal: 81.5%; HER2-positive: 7.4%, and
null 11.1% (p=0.002). Significant differences in the clinical size of tumors were
observed across the subtypes, with tumors > 5 cm being more frequent in HER2-
positive and basal subtypes than in the luminal ones. Similarly, the cases of HER2-
positive and basal phenotypes usually presented four or more compromised lymph
nodes. Tumor size, ganglion involvement and histological grade did not attain
statistical significance when the two groups were compared. CONCLUSION: Here we
have demonstrated that the luminal phenotype is the most common one among
patients at the extreme age groups and that it is associated with other factors of
better prognosis. HER2-positive and basal phenotypes, with features of worse
prognosis, are more frequently found in patients of the younger age group, although
lymph node involvement and histological grade are not different. A systematic
analysis of the molecular subtypes can improve tumor discrimination, contributing
information to staging and traditional pathological analysis.
Key-words: breast cancer, molecular classification, estrogen receptor, erbB-
2, EGFR, cytokeratin 5/6, immunohistochemistry, age groups.
62
INTRODUCTION
Breast cancer is a highly prevalent disease in the world population, with
significant morbidity and mortality rates. Since the 1950s, the incidence and mortality
rates of breast cancer have increased in many countries. In Brazil, according to data
of the National Institute of Cancer (INCA), the mortality rate for this disease showed a
considerable increase in the 1979-2000 period, rising from 5.77 to 9.74/100,000
women
1
.
Numerous prognostic and predictive factors have been studied concerning
breast cancer. Currently used treatments are based on the clinical features of the
patients and on the anatomicopathological features of the tumor, as well as on
immunohistochemical markers (steroid receptors and HER2)
2
. Although the role of
age at the presentation of breast carcinoma as an independent prognostic factor is
still controversial, most studies on the subject show that women below 40 years of
age are likely to have worse clinical progress with more aggressive tumors
3-11
.
More recently, Perou CM et al (2000) suggested that the phenotypic diversity
of breast tumors must be accompanied by a corresponding diversity in its patterns of
genic expression, which was confirmed through the cDNA microarray technique. That
study has outlined a new molecular taxonomy of breast tumors based on the
systematic investigation of the patterns of genic expression
12
. In the study by Perou
et al, breast cancer was for the first time classified in four groups according to
molecular biology characteristics: ER+/luminal, basal, HER2-positive and normal
breast. An important implication of this trial is that tumors clinically determined as
estrogen receptor-negative include at least two subtypes of biologically distinct
tumors (basal and HER2-positive), which must be treated differently from each other
12
.
Nevertheless, this technology is still unavailable in most breast cancer
treatment centers. The possibility of identifying the molecular subtypes described in
the studies of genetic signature analysis through more accessible, less expensive
methodologies, such as those using immunohistochemical techniques, is of
paramount importance, particularly if we consider the economic limitations seen in
countries like Brazil. Besides potentially improving the determination of the prognosis
63
of breast cancer patients, a more detailed knowledge of these subtypes can lead to
the development of new classes of drugs with subtype-specific activity.
The current trend in the treatment of breast cancer is towards ever more
individualized care, taking into account the specific features of the tumor. It is thus
essential to evaluate if specific age groups, which because of age would be
considered as with better or worse prognosis, are actually so, and more appropriate
therapies can be provided to such patients.
The use of this new breast tumor classification can significantly aid in the
selection of patients, who would have better indication for use of certain adjunctive
therapies after surgery. It becomes important, then, to determine the distribution of
the different molecular phenotypes among younger and older women, as many of
these patients are likely to receive more or less aggressive treatments solely due to
the age group they belong to. To date, such analysis has not yet been described in
the literature.
This study is an attempt to outline, by indirect means through a previously
validated immunohistochemical panel, the molecular phenotypes of breast cancer
patients in extreme age groups in a city with a high prevalence of this disease in
south Brazil.
MATERIAL AND METHODS
Case Selection and Analysis of Clinical and Pathological Measures
The cases were selected from the anatomicopathological reports with a
diagnosis of invasive breast cancer in patients aged 40 years or younger (Group 1)
and 65 or older (Group 2) at the Service of Mastology of the Hospital Moinhos de
Vento of Porto Alegre from January 1996 to November 2000.
Of the total of 88 medical records initially identified, 44 cases were included in
the study. Of the excluded cases, in 36 cases the paraffin blocks could not be
64
located, in 2 the stored material was insufficient for effective analysis, 2 cases had
biopsy only after neo-adjunctive therapy, one case was actually a relapse, and 3
cases were carcinomas in situ. The cases treated previously with chemotherapy or
hormone therapy, as well as the case of relapse, were excluded because these
treatments can often change the characteristics of the cells of the initial tumor.
The cutoff ages (65 and 40 yr) were based on the literature, where most
authors consider as “aged” women above 65 years of age
13
and as “young” those
below 40
6,14
. Moreover, post-menopausal patients are not likely to be found among
females under 40, and it is even less likely that females above 65 will still have
functioning ovaries, which could be a confounder on the results.
Clinical and anatomicopathological data of the patients were collected from
outpatient medical records at the Moinhos de Vento Hospital, and from
anatomicopathological records at the Pathology Institute. Age at diagnosis, family
history of risk for breast cancer, presence of distance metastasis at the time of
diagnosis, tumor size, axillary lymph nodes compromise, lymph vascular invasion,
and histological grade were the data examined this way and recorded in the research
tool (Figure 1). For the statistical analysis, the data (tumor size and lymph node
compromise) were grouped according to the TMN classification
15
.
The samples of tumor tissues were obtained from paraffin blocks stored at the
Pathology Institute and submitted to an immunohistochemical evaluation. These
paraffin blocks contained material from biopsies and/or surgical resections with a
diagnosis of breast carcinoma.
Immunohistochemistry
3-µm sections were obtained from the previously selected paraffin blocks. The
sections were fixed in slides using 3’3’-aminopropiletoxisilane (Sigma-Aldrich) as
adhesive. Genic recovery was subsequently accomplished by rinsing with tris-EdTA
(pH 9.0).
65
Peroxidase was then blocked with methanol 95ml and 5ml H
2
O
2
vol 30). The
next step was blocking specific proteins with normal horse serum, followed by
overnight primary antibody application in refrigerator at 4 ºC.
The streptoavidin-biotin peroxidase technique was used for the
immunohistochemical investigation. The sections were incubated with the following
primary monoclonal mouse antibodies: estrogen receptor (ER) (clone 6F11,
Novocastra, UK, dilution 1:200), epidermal growth factor receptor (EGFR) (clone
H11, Dakocytomation, USA, diluition 1:80), and cytokeratin (CK) 5/6 (clone D5/16B4,
Dakocytomation, USA, diluition 1:400). For HER2, polyclonal rabbit antibody was
used (Dakocytomation, USA, diluition 1:500). The slides were then incubated with the
universal biotinylated secondary antibody and subsequently incubated with
streptoavidin HRP (Kit LSAB+ system HRP, Dakocytomation, USA) (Table 1).
For revelation we used the diaminobenzidin chromogen counterstained with
hematoxylin. The positive controls consisted of breast tissue of a case known to be
positive. The negative controls were the same as the positive ones but omitting the
primary antibody.
Interpretation of Immunohistochemistry
The slides obtained by the immunohistochemical technique were examined by
a pathologist and a breast specialist, authors of this work. The discordant results
were reevaluated collectively in order to reach a final consensus.
The immunostaining results were obtained by the investigators through a
system which uses a 3-point score
16
(Table 2):
-0 (zero) = presence of invasive tumor cells in the sample, but no staining;
-1 (one) = presence of invasive tumor cells in the sample displaying weak
staining and/or <20% of stained tumor cells;
-2 (two) = presence of invasive tumor cells with strong staining in > 20% of
cells
66
Observations:
- For the estrogen receptor to be positive there must be nuclear staining
of the invading cancer cells (score 1 or 2 is accepted) (Figure 3);
- For HER2 to be positive, there must be strong staining on the
membrane of the invading cancer cells (only score 2 is accepted) (Figure 4);
- For citokeratin 5/6 and EGFR to be positive any cytoplasmic and/or
membrane staining (whether weak or strong) noted were accepted (score 1 or 2
accepted) (Figures 5 and 6).
Immunophenotyping
The tumors were classified according to the immunohistochemistry results, as
suggested by Nilsen et al. (2004)
16
, into the different molecular phenotypes as
follows:
Luminal (L) ER positive and HER2 negative, independent of CK
and EGFR;
HER2-positive (H)ER negative and HER2 positive, independent of
CK and EGFR;
Basal (B) ER and HER2 negative and CK 5/6 and/or EGFR
positive;
Null (N)ER, HER2, CK and EGFR negative.
Statistical Analysis
The quantitative variables with symmetric distribution were evaluated through
mean and standard deviation and the asymmetric ones through median and the 25th-
67
75th percentiles. The qualitative variables were described through absolute and
relative frequencies. The association between qualitative variables was performed by
means of the Pearson Chi-square Test. The test of adjusted residues was used as a
complement of this analysis. In order to evaluate quantitative variables as compared
to dichotomic ones the Mann-Whitney test was used. Concerning politomic variables,
the Kruskal-Wallis test was applied. The level of significance used was 5%, and the
analyses were performed with the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS,
12.0).
Ethical considerations
The study was submitted to the Research Ethics Committees of the Fundação
Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre and of the Hospital Moinhos
de Vento, and was approved under protocols 096/06 and 2006/025, respectively.
RESULTS
Initially, the results were analyzed by dividing the cases in 2 age groups: 40
years (Group 1) and 65 years (Group 2) (Table 3).Subsequently, the different
phenotypes were analyzed relative to the other variables (Table 4).
The final size of the studied sample was 44 cases of patients with invasive
breast cancer, of which 17 (38.6%) were in Group 1 and 27 (61.4%) were in Group 2.
The mean age of patients in Group 1 was 37.2 years (26-40) and in Group 2
73.6 years (65-91), with standard deviations of 3.9 and 9.6, respectively.
The distribution of the different phenotypes in the two groups was different,
with a statistically significant greater prevalence of the luminal phenotype among
patients in Group 2, while basal and HER2-positive subtypes were more prevalent in
Group 1 (p=0.002). The prevalence of null phenotype was not statistically different
across the groups. The prevalences of molecular phenotypes classified by
68
immunohistochemistry in the 40-year group was: N: 5.9%; L: 35.3%; H: 41.2% and
B: 17.6%. In the 65-year group the distribution was: N: 11.1%; L: 81.5%; H: 7.4%
and B: 0%. None of the 27 tumors of patients 65 years of age was classified as the
basal phenotype (Figure 2).
ER positivity was higher among females aged 65 years, representing 88.9%
of the cases, while in the 40-year group 52.9% of the patients presented ER-
negative tumors (p=0.005).
The analysis of HER2 also showed statistical difference between the groups,
with a greater number of positive cases in Group 1 patients. EGFR and CK 5/6 were
similarly distributed in the two groups.
Only 2 patients, 4.5% of the total, were submitted to neoadjuvant
chemotherapy, both of whom from the 40-year group.
As for the histological subtypes, no significant difference was observed
between the groups. The infiltrating ductal carcinoma of the non-special type was the
most frequent in both groups (81.3% - Group 1 and 88.5% - Group 2), followed by
infiltrating lobular carcinoma (12.5% - Group 1 and 11.5% - Group 2). Only one case
of infiltrating carcinoma of the special type was found, a metaplastic carcinoma in a
38-year-old patient with immunohistochemical profile corresponding to the basal
phenotype (Figure 2).
The median for clinical tumor size was 2.4 cm and 2.5 cm for patients in
groups 1 and 2, respectively. Likewise, the other variables considered – family
cancer history, pathological size, number of compromised lymph nodes (clinical and
pathologic), histological grade and presence of lymph vascular invasion did not
present statistically significant differences.
Table 4 shows the evaluation of variables according to phenotype. Because of
the low prevalence of the basal subtype found in our series (6.8%), and as we know
that the basal and HER2 phenotypes represent the subtypes of worse prognosis, we
grouped these two subtypes (H/B) for comparison with tumors classified as luminal
(L) and null (N) as regards the other variables studied (see Table 4).
69
In this analysis, a significant difference was noted between the clinical size of
tumors, with tumors > 5 cm being more frequent among the H/B subtype. Similarly,
the cases of the H/B group usually presented 4 or more compromised axillary lymph
nodes.
The two cases of patients submitted to neoadjuvant chemotherapy were
classified as HER2-positive.
Concerning the other variables studied, such as family history, histological
diagnosis, presence of distance metastases, pathological size, histological grade,
number of clinically detected lymph nodes and lymph vascular invasion, they were
not different across the phenotypes.
DISCUSSION
Breast cancer is a highly prevalent disease in the world, and its incidence
increases with age
1,17,18
. Even in countries like Korea, where a greater number of
females are affected, the incidence of breast cancer is higher among older patients
19
. In our study, too, mammary carcinoma was more frequent in patients of older age.
Concerning the prevalence of phenotypes in the different age groups, as in the
study by Carey et al., which showed a greater prevalence of the basal subtype
among pre-menopausal patients, we found, too, a greater prevalence of this subtype
in patients aged 40 years
20
. Also, the ER-positive tumors, typical of the luminal
subtype, were more likely found in patients aged 65 years. Similarly, Lyman et al.
showed that women in this age group presented higher levels of hormonal receptors
21
. Although such correlation was not found in some studies, none of these was
designed for this goal
20,22
. Moreover, their analysis of age was less specific and did
not assess age extremes groups as we did. Sortirou et al
20
, for example, divided the
groups between patients under or over 50 years of age, and many postmenopausal
patients were likely included in the group under 50 years.
70
The basal and HER2-positive tumors have been described in the literature as
having the worst prognosis
10,20,23
. In our study these phenotypes were strongly
associated with age under 40, indicating that this group of patients present more
aggressive disease and worse prognosis than women over 65. These, in their turn,
presented mostly tumors of the luminal subtype, which respond well to hormonal
treatment and present a more favorable prognosis.
Four cases (9.1%) did not present positive staining for any of the markers
tested in immunohistochemistry. This group likely includes tumors of other subtypes,
such as cases of basal tumors undetected by CK5/6 or EGFR due to their pattern of
focal expression or their limited sensitivity, or cases of luminal tumors with too weak
ER expression, as well as tumors of normal breast subtype and other cases included
in this category due to failures in the immunohistochemical technique.
Two patients (4.5% of the total) were submitted to neoadjuvant chemotherapy,
both from Group 1 and classified as HER2-positive phenotype. Two reasons must
have contributed to this finding. The first is that patients under 40 are likely to have
larger, more aggressive tumors
24
, and the other is that patients over 65 are likely
spared from chemotherapy on account of their advanced age
25
. It is noteworthy too
that the luminal tumors respond less to neoadjuvant chemotherapy than the HER2-
positive and basal ones
26
. This proportion was not greater because some cases
were excluded from the study for not having material from a previous biopsy available
for analysis.
One case of carcinoma of the metaplastic type was found and classified as
basal phenotype, as it was positive for EGFR and negative for HER2 and ER. This is
in agreement with the literature, which shows that 70%-80% of the metaplastic breast
carcinomas have EGFR overexpression. Reis-Filho et al. found 76% of EGFR, but
not of HER2, overexpression in metaplastic breast carcinomas, suggesting that many
patients with this histological type of carcinoma can benefit from new therapies aimed
at EGFR
27
.
We have not found any correlation between family history of breast cancer and
the phenotypes, although some studies such as the one by Foulkes WD et al. (2003)
have suggested that hereditary tumors are often basal
10,28,29
. Van’t Veer et al. (2002)
71
have shown that mutations in BRCA 1 are associated with the basal phenotype in
breast cancers, indicating a particularly worse prognosis in these cases
30
. In our
analysis of age groups we did not find any difference in the frequency of family
history, though studies in the literature indicate a greater prevalence of mutations in
BRCA1 and BRCA2 in women with breast cancer under 40 years of age
19
.
The lack
of correlation observed in our study is perhaps a result of the short size of the
sample, since the incidence of BRCA 1 and 2 mutations reported in the literature is
low.
In this study the H/B phenotypes were associated with tumors > 5 cm at the
clinical examination and a greater number of compromised lymph nodes. The
condition of the axillary lymph nodes and the tumor size have been considered as the
most important among the classic prognostic factors
30-34
.
So much so that, together
with the presence of distance metastases, these two constitute the basis for the TMN
staging established by the International Union Against Cancer
15,32
.
However, as we
analyzed by age group, tumor size, ganglion involvement and histological grade did
not attain statistical significance, in contrast to the literature
35
.
Here it was demonstrated that the luminal phenotype is more common among
the older patients and that it is associated with other factors of better prognosis. The
basal and HER2-positive phenotypes, with features of worse prognosis, are more
likely found in the younger patients, though lymph node compromising and
histological grade are not different. The systematic analysis of molecular subtypes
can better discriminate the tumors, contributing information to staging and
conventional pathological analysis.
72
REFERENCES
1- Instituto Nacional do Cancer (INCA). Estimativas da incidência e mortalidade por
câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde 2006. Available in:
http://www.inca.gov.br. Accessed on: 2007-April-10
th
.
2- Barros ACSD, Barbosa EM, Gebrim LH. Diagnóstico e tratamento do câncer de
mama. In: Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de
Medicina. 2001.
3- Chevallier B, Mosseri V, Dauce JP, Bastit P, Julien JP, Asselain B. A prognostic
score in histological node negative breast cancer. Br J Cancer, 61: 436-40, 1990.
4- Gray RJ. Flexible methods for analyzing survival data using splines, with
applications to breast cancer prognosis. J Am Stat Assoc, 87: 942–51, 1992.
5- Han W, Kim SW, Park IA, et al. Young age: an independent risk factor for disease
free survival in women with operable breast cancer. BMC Cancer, 4:82, 2004.
6- Jayasinghe UW, Taylor R, Boyages J. Is age at diagnosis an independent
prognostic factor for survival following breast cancer? ANZ J Surg, 75(9): 762-7,
2005.
7- Lee CG, McCormick B, Mazumdar M, Vetto J, Borgen PI. Infiltrating breast
carcinoma in patients age 30 years and younger: long term outcome for life, relapse,
and second primary tumors. Int J Radiat Oncol Biol Phys, 23: 969-75, 1992.
8- Leong C, Boyages J, Jayasinghe UW et al.Effects of margins on ipsilateral breast
tumour recurrence after breast conservation therapy for lymph node-negative breast
carcinoma. Cancer; 100: 1823-32, 2004.
9- Nixon AJ, Neuberg D, Hayes DF et al. Relationship of patient age to pathologic
features of the tumor and prognosis for patients with stage I or II breast cancer. J Clin
Oncol, 12: 888-94, 1994.
10- Sorlie T, Tibshirani R, Parker J, et al. Repeated observation of breast tumor
subtypes in independent gene expression data sets. Proc Natl Acad Sci USA,
100:8418, 2003.
73
11- Winchester DP, Osteen RT, Menck HR. The national cancer database report on
breast carcinoma characteristics and outcome in relation to age. Câncer, 78: 1838-
43, 1996.
12- Perou CM, Sorlie T, Eisen MB, et al. Molecular portraits of human breast
tumours. Nature, 406:747-752, 2000.
13- Boff RA. Mastologia Aplicada. EDUCS, pg334-8, 2001.
14- Aebi S. Special issues related to the adjuvant therapy in very young women.
Breast. Sep 23, 2005.
15- TNM: classificação de tumores malignos / traduzido por Ana Lúcia Amaral
Eisenberg. 6. ed. - Rio de Janeiro: INCA, 2004. 254p. Tradução de: TNM:
classification of malignant tumors. (6th ed.). ISBN 85-7318-099-4
16- Nielsen TO, Hsu FD, Jensen K, et al. Immunohistochemical and clinical
characterization of the basallike subtype of invasive breast carcinoma. Clin Cancer
Res, 10:5367-5374, 2004.
17- Ries LAG, Harkins D, Krapcho M, et al (eds). SEER Cancer Statistics Review,
1975-2003, National Cancer Institute. Bethesda, MD,
http://seer.cancer.gov/csr/1975_2003/, based on November 2005 SEER data
submission, posted to the SEER web site, 2006.
18- US Bureau of the Census. Current populations reports, series P-25, no. 952. In:
Projections of the Population of the United States, by Age, Sex, and Race: 1983-
2080. Washington DC: US Government Printing Office, 1984.
19- Choi DH, Lee MH, Bale AE, Carter D, Haffty BG. Incidence of BRCA1 and
BRCA2 mutations in young Korean breast cancer patients. J Clin Oncol, 22(9):1638-
45, 2004.
20- Sotiriou C, Neo SY, McShane LM, et al. Breast cancer classification and
prognosis based on gene expression profiles from a population-based study. Proc
Natl Acad Sci USA, 100:10393-10398, 2003.
74
21- Lyman GH, Lyman S, Balducci L, et al. Age and the risk os breast cancer
recurrence. Cancer Control J, 3(5):421-27, 1996.
22- Kim M-J, Ro JY, Ahn S-H, et al. Clinicopathologic significance of the basal-like
subtype of breast cancer: a comparison with hormone receptor and Her2/neu-
overexpressing phenotypes. Human Pathology, 37, 1217-26, 2006.
23- Sorlie T, Perou CM, Tibshirani R, et al. Gene expression patterns of breast
carcinomas distinguish tumor subclasses with clinical implications. Proc Natl Acad
Sci USA, 98:10869-10874, 2001.
24- Adjuvant Therapy for Breast Cancer. NIH Consensus Statement Online 2000
November, 1-3; 17(4): 1-23. Acesso em: 15 jan 2006.
25- Greenfield S, Blanco DM, Elashoff RM, Ganz PA. Patterns of care related to age
of breast cancer patients. JAMA, 257(20):2766-70, 1987.
26- Rouzier R, Perou CM, Symmans WF. Breast cancer molecular subtypes respond
differently to preoperative chemotherapy. Clin Cancer Res, 11(16): 5678-85, 2005.
27- Reis-Filho JS, Milanezi F, Carvalho S et al. Metaplastic breast carcinomas exhibit
EGFR, but not HER2, gene amplification and overexpression: immunohistochemical
and chromogenic in situ hybridizationanalysis. Breast Cancer Res, 7(6): 1028-35,
2005.
28- Foulkes WD, Stefansson IM, Chappuis PO, et al. Germline BRCA1 mutations
and a basal epithelial phenotype in breast cancer. J Natl Cancer Inst, 95:1482-1485,
2003.
29- Olopade OI, Grushko T. Gene-expression profiles in hereditary breast cancer. N
Engl J Méd, 344: 028-2029, 2001.
30- Van't Veer LJ, Dai H, Vijver MJ et al. Gene expression profile predicts clinical
outcome of breast cancer. Nature, 415: 530-6, 2002.
31- Abreu E, Koifman S. Fatores prognósticos no câncer da mama feminina. Rev
Bras Canc, 48(1): 113-31, 2002.
75
32- Carter CL, Allen C, Henson DE. Relation of tumor size, lymph node status and
survival in 24740 breast cancer cases. Cancer, 63:181-7, 1989.
33- Fischer B, Slack NH, Bross IDJ. Cancer of the breast: size of neoplasm and
prognosis. Cancer, 24:1071-80, 1969.
34- Palmer MK, Lythgoe JP, Smith A. Prognostic factors in breast cancer. Br J Surg,
69:697-8, 1982.
35- Carey LA, Perou CM, Livasy CA, et al. Race, breast cancer subtypes, and
survival in the Carolina Breast Cancer Study. JAMA, 295:2492, 2006.
76
ANEXO 1
REVISÃO DA LITERATURA
Figura 1 – Marcadores preditivos IHQ (LASTER, 2005)
A, Receptor de estrogênio é detectado no núcleo por IHQ. B, Superexpressão do
gene HER2/neu pode ser detectada na membrana celular por IHQ. C, Amplificação
do HER2/neu pode ser detectada por FISH com uma sonda fluorescente ao gene.
Uma célula normal tem duas cópias do gene.
Figura 2 hibridização com fluorescência de duas cores para análise da
expressão gênica (Lonning et al., 2001)
78
Figura 3 Identificação IHQ dos subtipos intrínsecos de tumores de mama (Carey et al., 2006)
79
Tabela 1: Prognóstico – Linfonodos Axilares (VALAGUSSA et al., 1978)
Número de LN positivos Recorrência em 10
anos (%)
Sobrevida em 10 anos (%)
0 27,9 81,9
1-3 66,5 53,7
>3 83,6 25,6
Tabela 2* Concordância na determinação do estado do receptor de estrogênio
pelo ensaio de ligação do ligante e por análises imunoistoquímicas
Estudo N Concordância (%)
Elledge et al.
205 90
Stierer et al.
299 87
Allred et al. 130 91
Molino et al.
405 82
Remmelle et al.
156 93
Reiner et al.
192 80
Charpin et al.
425 93
Hanna & Mobbs 225 77
*Tabela extraída e adaptada de Elledge RM, Fuqua SAW. In: Harris JR et al.:
Doenças da Mama, 2a ed. Rio de Janeiro, Ed MEDSI, 2002, pág. 575.
80
Tabela 3 Correlação entre a classificação molecular e resposta
patológica completa (Rouzier et al., 2005)
Resposta patológica completa
Não Sim
Classificação
molecular
n [% (95% IC)]
n [% (95% IC)]
Luminal A/B
Mama-Normal
HER2
Basal
28 [93% (78-99)]
10 [100% (29-100)]
11 [55% (32-77)]
12 [55% (32-77)]
2 [7% (1-22)]
0 [0% (0-31)]
9 [45% (23-68)]
10 [45% (24-68)]
81
ANEXO 2
ARTIGO (PORTUGUÊS)
82
Figura 1 – Instrumento de Pesquisa
A) Nome: ______________________________________________
B) Exame AP: ______________________
C) Data de nascimento: __ / __ / ____
D) Idade ao diagnóstico: ___ anos
E) História familiar: (1) sim (2) não (9)IGN
F) Peça submetida à IHQ: (1) core (2) biópsia cirúrgica
G) Subtipo histológico: (1) CDI NE (2) CLI (3) CDI E
H) Quimioterapia neoadjuvante: (1) sim (2) não
I) Tamanho clínico tumor: ___ cm
J) Tamanho clínico tumor (cm): (1) 0,5 (2) 0,6 – 1 (3) 1,1 –
2
(4) 2,1 – 5 (5) > 5 (9) IGN
K) Comprometimento clínico da axila: (1) N0 (2) N1 (3) N2 (9)IGN
L) Tamanho patológico tumor: ___ cm
M) Tamanho patológico tumor (cm): (1) 0,5 (2) 0,6 – 1 (3) 1,1 –
2
(4) 2,1 – 5 (5) > 5 (9) IGN
N) Nº de linfonodos comprometidos: (1) 0 (2) 1-4 (3) 5-
10 (4) >10
(9) IGN
O) Metástases à distância: (1) sim (2) não (9) IGN
P) Grau histológico: (1) I (2) II (3) III (9) IGN
Q) Invasão linfovascular: (1) sim (2) não (9) IGN
R) Receptor de estrogênio: (1) positivo (2) negativo
S) HER2: (1) positivo (2) negativo
T) EGFR: (1) positivo (2) negativo
U) CQ 5/6: (1) positivo (2) negativo
V) Fenótipo: (1) nulo (2) luminal (3) HER2-positivo (4) basal
83
Figura 2 – distribuição da amostra entre os fenótipos por grupos de idade
41,2
17,6
11,1
81,5
7,4
5,9
35,3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
N L H B
Fenótipo
% de mulheres
< 40
>=65
Idade
p=0,002
*
*
*
* associação estatisticamente significativa pelo teste dos resíduos ajustados
(p<0,05)
40
65
84
Figura 3 Carcinoma ductal infiltrante de mama Receptor de Estrogênio (RE)
positivo (20x)
Figura 4 – Carcinoma ductal infiltrante de mama – HER2-positivo (40x)
85
Figura 5 – Carcinoma ductal infiltrante de mama – EGFR positivo (40x)
Figura 6 – Carcinoma ductal infiltrante de mama – Citoqueratina 5/6 positivo (40x)
86
Tabela 1 – Anticorpos utilizados na análise IHQ
Marcador Diluição Clone Catálogo
RE 1:200 6F11 Novocastra- UK
EGFR 1:80 H11 Dako- USA
HER2 1:500 Policlonal Dako- USA
CK 5/6 1:400 D5/16B4 Dako- USA
Tabela 2 – sistema de interpretação da imunoreatividade
Escore Significado
0 (zero) presença de lulas tumorais invasivas na
amostra, porém nenhuma coloração é vista
1 (um) presença de células tumorais invasivas na
amostra apresentando coloração de fraca
intensidade e/ou < 20% das células tumorais
coradas
2 (dois) presença de células tumorais invasivas com
coloração forte em > 20% das células
87
Tabela 3 – Avaliação das variáveis em estudo no total e por faixa etária
Idade (anos)
Variáveis
Total
(n=44)
Grupo 1
40
(n=17)
Grupo 2
65
(n=27)
P
Idade (anos) **
59,5 ± 18,8 37,2 ± 3,9 73,6 ± 6,6
-
Fenótipo ***
N 4 (9,1) 1 (5,9) 3 (11,1) 0,002
a
L 28 (63,6) 6 (35,3) 22 (81,5)*
H 9 (20,5) 7 (41,2)* 2 (7,4)
B 3 (6,8) 3 (17,6)* 0 (0,0)
EGFR ***
Negativo 36 (81,8) 14 (82,4) 22 (81,5) 1,000
a
Positivo 8 (18,2) 3 (17,6) 5 (18,5)
CK 5/6 ***
Negativo 31 (70,5) 11 (64,7) 20 (74,1) 0,746
a
Positivo 13 (29,5) 6 (35,3) 7 (25,9)
RE ***
Negativo 12 (27,3) 9 (52,9)* 3 (11,1) 0,005
a
Positivo 32 (72,7) 8 (47,1) 24 (88,9)*
HER2 ***
Negativo 33 (75,0) 9 (52,9) 24 (88,9)* 0,027
a
Positivo 11 (25,0) 8 (47,1)* 3 (11,1)
História familiar (n=43) ***
Sim 13 (30,2) 3 (18,7) 10 (37,0) 0,202
a
Não 30 (69,8) 13 (81,3) 17 (63,0)
Peça submetida à IHQ
(n=43) ***
CORE 5 (11,6) 1 (6,3) 4 (14,8) 0,312
a
Biópsia Cirúrgica 38 (86,4) 15 (93,7) 23 (85,2)
Subtipo histológico (n=42)
***
CDINE 36 (85,7) 13 (81,3) 23 (88,5) 0,615
a
CLI 5 (11,9) 2 (12,5) 3 (11,5)
CDIE 1 (2,9) 1 (6,3) 0 (0,0)
Quimioterapia
neoadjuvante (n=43) ***
Sim 2 (4,7) 2 (12,5) 0 (0,0) 0,133
a
88
Tabela 3 – Avaliação das variáveis em estudo no total e por faixa etária
(continuação)
Idade (anos)
Variáveis
Total
(n=44)
Grupo 1
40
(n=17)
Grupo 2
65
(n=27)
P
N Patologia (n=43) ***
0 26 (60,5) 9 (52,9) 17 (63,0) 0,556
a
1-4 12 (27,9) 4 (23,5) 8 (29,6)
4-10 3 (6,9) 2 (11,8) 1 (3,7)
>10 2 (4,7) 1 (5,9) 1 (3,7)
Grau Histológico (n=40)
***
1 3 (7,5) 2 (14,3) 1 (3,8) 0,061
a
2 31 (77,5) 8 (57,1) 23 (88,5)
3 6 (15,0) 4 (28,6) 2 (7,7)
N clínico (n=43)***
0 34 (79,1) 13 (81,3) 21 (77,8) 1,000
a
1 9 (20,9) 3 (18,8) 6 (22,2)
Metástase à distância
(n=43)***
Sim 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1,000
a
Não 43 (100,0) 16 (100,0) 27 (100,0)
Invasão LV (n=43) ***
Sim 16 (37,2) 8 (50,0) 8 (29,6) 0,184
a
Não 27 (62,8) 8 (50,0) 19 (70,4)
* associação estatisticamente significativa pelo teste dos resíduos ajustados (p<0,05)
** média ± desvio padrão
*** n(%)
**** mediana (p25-p75)
a
Valor obtido pelo teste Qui-Quadrado de Pearson
b
Valor obtido pelo teste de Mann-Whitney
89
Tabela 4 – Avaliação das variáveis em estudo conforme o fenótipo
Fenótipo
Variáveis
N
(n=4)
L
(n=28)
H/B
(n=12)
P
História familiar (n=43)
**
Sim 1 (25,0) 9 (32,1) 3 (27,3) 0,579
a
Não 3 (75,0) 19 (67,9) 8 (72,7)
Peça de onde se fará a
IHQ (n=43) **
CORE 0 (0,0) 4 (14,3) 1 (9,1) 0,474
a
Biópsia Cirúrgica 4 (100,0) 24 (85,7) 10 (90,9)
Subtipo histológico
(n=42) **
CDINE 4 (100,0) 22 (81,5) 10 (90,9) 0,386
a
CLI 0 (0,0) 5 (18,5) (0,0)
CDIE 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (9,1)
Utilizou QT neo (n=43)
**
Sim 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (18,2) 0,047
a
Não 4 (100,0) 28 (100,0) 9 (81,8)
Tamanho clínico (cm)
(n=35) ***
2 (1,6-2,8) 2,6 (1,5-4,0) 3 (1,3-6) 0,407
b
0,6-1 ** 0 (0,0) 3 (12,5) 0 (0,0) 0,047
a
1,1-2 ** 3 (75,0)* 8 (33,3) 2 (28,6)
2,1-5 ** 1 (25,0) 13 (54,2) 3 (42,9)
>5 ** 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (28,6)*
Tamanho patológico
(cm)
(n=37) ***
2,1 (1,4-2,5) 2,2 (1,7-3,4) 1,8 (0,9-3,0) 0,175
b
< 0,5 ** 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (20,0) 0,482
a
1,1-2 ** 2 (50,0) 11 (47,8) 3 (30,0)
2,1-5 ** 2 (50,0) 9 (39,1) 4 (40,0)
>5 ** 0 (0,0) 3 (13,0) 1 (10,0)
N Patologia (n=43) **
0 4 (100,0) 16 (57,1) 6 (54,5) 0,033
a
1-4 0 (0,0) 11 (39,3)* 1 (9,1)
4-10 0 (0,0) 0 (0,0) 3 (27,3)*
>10 0 (0,0) 1 (3,6) 1 (9,1)
Grau Histológico (n=40)
**
1 0 (0,0) 3 (11,1) 0 (0,0) 0,147
a
2 4 (100,0) 21 (77,8) 6 (66,7)
3 0 (0,0) 3 (11,1) 3 (33,3)
N clínico (n=43)**
0 2 (50,0) 24 (85,7) 8 (72,7) 0,217
a
1 2 (50,0) 4 (14,3) 3 (27,3)
Metástase à distância
(n=43)***
Sim 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1,000
a
Não 4 (100,0) 28 (100,0) 12 (100,0)
Invasão LV (n=43) **
Sim 0 (0,0) 12 (42,9) 4 (36,4) 0,235
a
Não 4 (100,0) 16 (57,1) 7 (63,6)
* associação estatisticamente significativa pelo teste dos resíduos ajustados (p<0,05)
** n(%)
*** mediana (p25-p75)
a
Valor obtido pelo teste Qui-Quadrado de Pearson
b
Valor obtido pelo teste de Kruskal-Wallis
90
ANEXO 3
ARTIGO (INGLÊS)
91
Figure 1 – Survey instrument
A) Name: ______________________________________________
B) AP examination: ______________________
C) Date of birth: __ / __ / ____
D) Age at diagnosis: ___ years
E) Family history: (1) yes (2) no (9)IGN
F) Piece submitted to IHC: (1) core (2) Surgical biopsy
G) Histological subtype: (1) CDI NE (2) CLI (3) CDI E
H) Neoadjuvant chemotherapy: (1) yes (2) no
I) Clinical tumor size: ___ cm
J) Clinical tumor size (cm): (1) 0.5 (2) 0.6 – 1 (3) 1.1 –
2
(4) 2.1 – 5 (5) > 5 (9) IGN
K) Axillary compromise: (1) N0 (2) N1 (3) N2 (9)IGN
L) Pathological tumor size: ___ cm
M) Pathological tumor size (cm): (1) 0.5 (2) 0.6 – 1 (3) 1.1 –
2
(4) 2.1 – 5 (5) > 5 (9) IGN
N) No. compromised lymph nodes: (1) 0 (2) 1-4 (3) 5-10 (4) >10
(9) IGN
O) Distance metastasis : (1) yes (2) no (9) IGN
P) Histological grade: (1) I (2) II (3) III (9) IGN
Q) Lymph vascular invasion: (1) yes (2) no (9) IGN
R) Estrogen receptor: (1) positive (2) negative
S) HER2: (1) positive (2) negative
T) EGFR: (1) positive (2) negative
U) CK 5/6: (1) positive (2) negative
V) Phenotype: (1) null (2) luminal (3) HER2-positive (4) basal
92
Figure 2 – Distribution of sample across the phenotypes by age group
41.2
17.6
11.1
81.5
7.4
5.9
35.3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
N L H B
Phenotype
% of
women
< 40
>=65
Age
p=0.002
*
*
*
* statistically significant association through the adjusted residues test
(p<0.05)
40
65
93
Figure 3 Ductal infiltrating breast carcinoma Estrogen Receptor (ER) positive
(20x)
Figure 4 – Ductal infiltrating breast carcinoma – HER2-positive (40x)
94
Figure 5 – Ductal infiltrating breast carcinoma – EGFR positive (40x)
Figure 6 – Ductal infiltrating breast carcinoma – Cytoqueratin 5/6 positive (40x)
95
Table 1 – Antibodies used in the immunohistochemical analysis
Marker Dilution Clone Catalogue
ER 1:200 6F11 Novocastra- UK
EGFR 1:80 H11 Dako- USA
HER2 1:500 Polyclonal Dako- USA
CK 5/6 1:400 D5/16B4 Dako- USA
Table 2 – System of immunostaining interpretation
Score Interpretation
0 (zero) presence of invasive tumor cells in the sample,
but no staining
1 (one) presence of invasive tumor cells in the sample
displaying weak staining and/or <20% of stained
tumor cells
2 (two) presença de células tumorais invasivas com
coloração forte em > 20% das células
96
Table 3 – Evaluation of studied variables
Age (years)
Variables
Total
(n=44)
Group 1
40
(n=17)
Group 2
65
(n=27)
P
Age (years) **
59.5 ± 18.8 37.2 ± 3.9 73.6 ± 6.6
-
Phenotype ***
N 4 (9.1) 1 (5.9) 3 (11.1) 0.002
a
L 28 (63.6) 6 (35.3) 22 (81.5)*
H 9 (20.5) 7 (41.2)* 2 (7.4)
B 3 (6.8) 3 (17.6)* 0 (0.0)
EGFR ***
Negative 36 (81.8) 14 (82.4) 22 (81.5) 1.000
a
Positive 8 (18.2) 3 (17.6) 5 (18.5)
CK 5/6 ***
Negative 31 (70.5) 11 (64.7) 20 (74.1) 0.746
a
Positive 13 (29.5) 6 (35.3) 7 (25.9)
ER ***
Negative 12 (27.3) 9 (52.9)* 3 (11.1) 0.005
a
Positive 32 (72.7) 8 (47.1) 24 (88.9)*
HER2 ***
Negative 33 (75.0) 9 (52.9) 24 (88.9)* 0.027
a
Positive 11 (25.0) 8 (47.1)* 3 (11.1)
Family history (n=43) ***
Yes 13 (30.2) 3 (18.7) 10 (37.0) 0.202
a
No 30 (69.8) 13 (81.3) 17 (63.0)
Piece submitted to IHC
(n=43) ***
CORE 5 (11.6) 1 (6.3) 4 (14.8) 0.312
a
Surgical Biopsy 38 (86.4) 15 (93.7) 23 (85.2)
Histological subtype (n=42)
***
CDINE 36 (85.7) 13 (81.3) 23 (88.5) 0.615
a
CLI 5 (11.9) 2 (12.5) 3 (11.5)
CDIE 1 (2.9) 1 (6.3) 0 (0.0)
Neoadjuvant
chemotherapy (n=43) ***
Yes 2 (4.7) 2 (12.5) 0 (0.0) 0.133
a
No 41 (95.3) 14 (87.5) 27 (100.0)
Clinical size (cm)
(n=35) ****
2.5 (1.5-4.0)
2.4 (1.3-4.5) 2.5 (1.5-4.0) 0.959
b
0.6-1 *** 3 (8.6) 1 (8.3) 2 (8.7) 0.263
a
1.1-2 *** 13 (37.1) 4 (33.3) 9 (39.1)
2.1-5 *** 17 (48.6) 5 (41.7) 12 (52.2)
> 5 *** 2 (5.7) 2 (16.7) 0 (0.0)
Pathological size (cm)
(n=37) ****
2.2 (1.5-3.0)
2.4 (1.3-3.4) 2.0 (1.7-3.0) 0.940
b
< 0.5 *** 2 (5.4) 2 (12.5) 0 (0.0) 0.110
a
1.1-2 *** 16 (43.2) 5 (31.3) 11 (52.4)
2.1-5 *** 15 (40.5) 6 (37.5) 9 (42.9)
> 5 *** 4 (10.8) 3 (18.8) 1 (4.8)
* statistically significant association through the test adjusted residues (p<0.05)
** mean ± standard deviation
*** n(%)
**** median (p25-p75)
a
Value obtained by the Pearson
Chi-square test
b
Value obtained by the Mann-Whitney test
97
Table 3 – Evaluation of studied variables (continued)
Age (years)
Variables
Total
(n=44)
Group 1
40
(n=17)
Group 2
65
(n=27)
P
N Pathology (n=43) ***
0 26 (60.5) 9 (52.9) 17 (63.0) 0.556
a
1-4 12 (27.9) 4 (23.5) 8 (29.6)
4-10 3 (6.9) 2 (11.8) 1 (3.7)
>10 2 (4.7) 1 (5.9) 1 (3.7)
Histological grade (n=40)
***
1 3 (7.5) 2 (14.3) 1 (3.8) 0.061
a
2 31 (77.5) 8 (57.1) 23 (88.5)
3 6 (15.0) 4 (28.6) 2 (7.7)
N clinical (n=43)***
0 34 (79.1) 13 (81.3) 21 (77.8) 1.000
a
1 9 (20.9) 3 (18.8) 6 (22.2)
Distance metastasis
(n=43)***
Yes 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 1.000
a
No 43 (100.0) 16 (100.0) 27 (100.0)
LV Invasion (n=43) ***
Yes 16 (37.2) 8 (50.0) 8 (29.6) 0.184
a
No 27 (62.8) 8 (50.0) 19 (70.4)
* statistically significant association through the adjusted residues test (p<0.05)
** mean ± standard deviation
*** n (%)
**** median (p25-p75)
a
Value obtained by the Pearson
Chi-square test
b
Value obtained by the Mann-Whitney test
98
Table 4 – Evaluation of studied variables by phenotype
Phenotype
Variables
N
(n=4)
L
(n=28)
H/B
(n=12)
P
Family history (n=43)**
Yes 1 (25.0) 9 (32.1) 3 (27.3) 0.579
a
No 3 (75.0) 19 (67.9) 8 (72.7)
Piece submitted to IHC
(n=43) **
CORE 0 (0.0) 4 (14.3) 1 (9.1) 0.474
a
Surgical biopsy 4 (100.0) 24 (85.7) 10 (90.9)
Histological subtype
(n=42) **
CDINE 4 (100.0) 22 (81.5) 10 (90.9) 0.386
a
CLI 0 (0.0) 5 (18.5) (0.0)
CDIE 0 (0.0) 0 (0.0) 1 (9.1)
Neoadjuvant
chemotherapy (n=43) **
Yes 0 (0.0) 0 (0.0) 2 (18.2) 0.047
a
No 4 (100.0) 28 (100.0) 9 (81.8)
Clinical size (cm)
(n=35) ***
2 (1.6-2.8) 2.6 (1.5-4.0) 3 (1.3-6) 0.407
b
0.6-1 ** 0 (0.0) 3 (12.5) 0 (0.0) 0.047
a
1.1-2 ** 3 (75.0)* 8 (33.3) 2 (28.6)
2.1-5 ** 1 (25.0) 13 (54.2) 3 (42.9)
> 5 ** 0 (0.0) 0 (0.0) 2 (28.6)*
Pathological size (cm)
(n=37) ***
2.1 (1.4-2.5) 2.2 (1.7-3.4) 1.8 (0.9-3.0) 0.175
b
< 0.5 ** 0 (0.0) 0 (0.0) 2 (20.0) 0.482
a
1.1-2 ** 2 (50.0) 11 (47.8) 3 (30.0)
2.1-5 ** 2 (50.0) 9 (39.1) 4 (40.0)
> 5 ** 0 (0.0) 3 (13.0) 1 (10.0)
N Pathology (n=43) **
0 4 (100.0) 16 (57.1) 6 (54.5) 0.033
a
1-4 0 (0.0) 11 (39.3)* 1 (9.1)
4-10 0 (0.0) 0 (0.0) 3 (27.3)*
>10 0 (0.0) 1 (3.6) 1 (9.1)
Histological grade (n=40)
**
1 0 (0.0) 3 (11.1) 0 (0.0) 0.147
a
2 4 (100.0) 21 (77.8) 6 (66.7)
3 0 (0.0) 3 (11.1) 3 (33.3)
N clinical (n=43)**
0 2 (50.0) 24 (85.7) 8 (72.7) 0.217
a
1 2 (50.0) 4 (14.3) 3 (27.3)
Distance metastasis
(n=43)***
Yes 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 1.000
a
No 4 (100.0) 28 (100.0) 12 (100.0)
LV Invasion (n=43) **
Yes 0 (0.0) 12 (42.9) 4 (36.4) 0.235
a
No 4 (100.0) 16 (57.1) 7 (63.6)
* statistically significant association through the adjusted residues test (p<0.05)
** n (%)
*** median (p25-p75)
a
Value obtained by the Pearson
Chi-square test
b
Value obtained by the Kruskal-Wallis test
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo