Mas, assim, pra dizer que eu tenha, que eu me guie por algum, isso não.
Influenciam o trabalho da gente, claro, possibilitam a gente conhecer mais sobre a
criança, sobre a forma de trabalhar, o que fazer em determinadas situações. Mas, eu
acho assim, que norteiam meu trabalho, assim, que eu possa dizer “eu sigo tal
coisa”, isso eu acho que não.
Agora, com o trabalho da Esther fica visível, é incrível, tu ver os níveis e não
só nas crianças. O ano passado eu tive a oportunidade de ver que não é só com as
crianças. Tem a profª Elaine do pré, ela trabalha com EJA de noite e esses dias, nós
conversando, ela me trouxe o material dos alunos, que são adultos, né?, 40, 50, 60
anos e é incrível, sabe?, parece que o processo é o mesmo. Achei muito
interessante. E eu faço com freqüência na sala de aula uma..., não é bem uma
sondagem, é..., eu distribuo pra eles colocarem, pra eles escreverem como eles
acham que é. Desde o início do ano. Recorto coisas de, desses encarte de
supermercado, vou recortando, sem procurar nada especial, suprimentos,
mantimentos, o que tiver ali, daí coloco três, quatro, em cada papelzinho e entrego.
Até pra eles se sentirem assim, mais desinibidos, porque a primeira vez que eu do,
muitos choram, não querem faze, acham que não sabem faze: “Eu não sei!” Mas, a
partir do momento em que tu diz: “Faz como tu sabe!”; “Faz como tu quê”, daí tem
uns que botam qualquer letra. Como eu recolho e não digo nada, daí eles se sentem
mais seguros. Com uma freqüência de quinze em quinze dias eu faço isso, pra vê
como é que ta, se ta ..., se já ta escrevendo, se já ta colocando as letra certinha. Não
é bem pra uma sondagem, é pra vê o que faltando da gente trabalhar em sala de
aula.
Às vezes eu percebo que a questão da separação da sílaba, não que eu
cobre separação de sílaba, mas eu acho que a separação é muito importante,
porque a sílaba, depois eles ficam perguntando: “Como é que se faz BIM; o ‘im’?”
Daí eu digo: “Lembra lá, da tal palavra!” Daí eles vão lá e copiam, daí copiam o
pedaço errado, entendeu? Por isso que eu gosto de trabalhar bem, assim oh!, a
sílaba. Mas, eu não cobro a separação de sílaba.
Eu não trabalho o bá, bé, bi, bó, bu, mas trabalho os pedaços que formam as
palavras. Eu dou muito assim, no início do ano, agora até parei um pouco, o
desenho e as sílabas lá embaixo pra eles recortarem, juntarem e montarem a
palavra, ta? Isso pra eles ver que o “lha” tem três letras e não duas, entendeu? Mas,
não que seja pra ensinar a separar as sílabas. Tem muita gente que dá uma lista de