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Karini Portela Hilcko
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES GRAUS DE MOAGEM EM DIETAS
PARA CÃES
Dissertação apresentada como requisito
parcial à obtenção do grau de Mestre em
Ciências Veterinárias, Curso de Pós-
Graduação em Ciências Agrárias, Setor de
Ciências Agrárias, Universidade Federal do
Paraná.
Orientador: Prof. Dr. Alex Maiorka
Co-orientador: Simone Gisele de Oliveira
CURITIBA
2008
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ii
DEDICATÓRIA
Dedico em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida, por todo o seu amor, que tem
guiado meu coração, por iluminar meu caminho e segurar minha mão nas horas de
dificuldade.
Aos meus pais, Luiz e Sandra!
Pelos conselhos, incentivo e empenho na minha formação pessoal e profissional.
Aos meus irmãos, Leandro e Danieli !
Pelos conselhos, incentivo e amparo.
Ao meu marido, Flávio!
Pela participação constante em minha vida
e incentivo contínuo em meu trabalho.
Estando sempre disposto ajudar, batalhar
e agir sem limite de tempo e horário. Atuando como amigo,
companheiro e grande entusiasta.
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iii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Alex Maiorka, pela orientação amizade e paciência que me auxiliaram no
crescimento profissional.
Ao Prof. Sebastião Aparecido Borges, pela amizade, ensinamento e oportunidades.
Ao Prof. Fabino Dalke, pela convivência, auxilio e profissionalismo.
A Profa. Simone Oliveira, pela amizade e ensinamentos que foram de grande
importância para que este trabalho fosse realizado.
A profa. Ana Vitória Fisher, pela amizade, ensinamento e oportunidades.
Às amigas estagiárias com as quais pude contar: Pámela, Mônica, Karin, Ananda e
todos os alunos da graduação de Zootecnia e medicina Veterinária, que contribuíram
para realização de todos os experimentos.
A equipe do laboratório de Nutrição Animal da Universidade do Paraná agradeço
pelo apoio, paciência e amizade.
E como não poderia esquecer... agradeço...principalmente as senhoritas e
senhores:Crica, Florzinha, Fofinha, Gracinha, Hanna, Invocada, Lindinha, Mel, Tati,
Vampira, Belo, Bob, Rufião, Romeu, Tadeu e Zé. Com os quais tive uma grande
oportunidade, não apenas realizar o experimento, mas de continuar aprendendo,
vendo-os crescer, através da convivência, e que convivência... fugindo do canil da
gaiola metabólica, comendo pratos, problema no parto,...sendo, com certeza, uma
experiência
inesquecível !!
iv
SUMÁRIO
RELAÇÃO DAS TABELAS................................................................................. vi
RELAÇÃO DE SIGLAS, SIMBOLOS E ABREVIATURAS ................................ vii
RESUMO............................................................................................................. viii
ABSTRACT.......................................................................................................... ix
CAPITULO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................................ 1
1.1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 1
1.2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 2
v
2.2.4 Delineamento experimental.................................................................. 29
2.2.5 Protocolo experimental......................................................................... 29
2.2.6 Análise laboratoriais.............................................................................. 30
2.2.7 Análise estatística................................................................................. 31
2.3 RESULTADOS E DISCUSÃO....................................................................... 31
2.4 CONCLUSÕES............................................................................................. 36
LITERATURA CITADAS..................................................................................... 36
vi
RELAÇÃO AS TABELAS
Página
1. Ingredientes e composição química das dietas experimentais ........................26
2. Sistema de avaliação da consistência das fezes atravês de escores................28
3. Correlação entre DGM, CMS e digestibilidade dos nutrientes e energia
metabolizável ......................................................................................................30
4. Coeficiente de digetsibilidade aparente e energia metabolizável das dietas
experimentais .......................................................................................................30
5. Ánalise de regresão polinomial do consumo de matéria seca e dos coeficientes
de digestibilidade aparente da dietas experimentais............................................. 32
6. Escore das fezes dos animais recebendo as dietas com diferentes DGM ......33
vii
RELAÇÃO DE SIGLAS, SIMBOLOS E ABREVIATURAS
CDA - Coeficiente de Digestibilidade Aparente
CMS - Consumo de Matéria Seca
cv - Cavalo-motor
DGM - Diâmetro Geométrico Médio
DPG - Desvio Padrão Geométrico
EB - Energia Bruta
EEA - Extrato Etéreo Ácido
EM - Energia Metabolizável
ENN - Extrativos não Nitrogenados
FB - Fibra Bruta
IU - Índice de Uniformidade
KWH - Quilowatts-hora
MS - Matéria Seca
mm - Milímetro
MM - Matéria Mineral
MO - Matéria Orgânica
MF - Módulo de Finura
PB - Proteína Bruta
PE - Parsoesophagea
UM - Umidade
µm - Micrometros
viii
GRANULOMETRIA NA RAÇÃO DE CÃES
Autor: Karini Portela Hilcko
Orientador: Alex Maiorka
Co-orientador: Simone Gisele de Oliveira
RESUMO A granulometria representa o tamanho dos grânulos moídos e é expressa
pelo Diâmetro geométrico médio (DGM). A moagem tem como objetivo reduzir as
partículas dos ingredientes, melhorando sua mistura, o processo de extrusão, a
gelatinização do amido, a qualidade do extrusado e a digestibilidade da ração. Apesar da
importância do tamanho das partículas dos ingredientes da ração, escassez de
informações na literatura sobre os graus de moagem que permitam o melhor
aproveitamento dos nutrientes pelos cães. Sendo assim, este estudo teve como objetivo
avaliar os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes,
metabolizabilidade da energia e qualidade das fezes de cães alimentados com rações
secas extrusadas com diferentes granulometrias. Oito cães foram distribuídos em
delineamento quadrado latino duplo (4 x 4). Os ingredientes das dietas foram moídos em
peneiras de: 0,8; 1,0; 1,2 e 1,5mm, sendo as granulometrias das rações expressas em
DGM, originando os tratamentos: 468, 476, 499 e 588µm, respectivamente. Os resultados
dos CDA, energia metabolizável e consumo de matéria seca (CMS) foram comparados
pelo teste Tukey e por análises de correlação e regressão. Os dados de escore fecal
foram avaliados pelo teste Qui-quadrado. As análises de correlação e de regressão linear
demonstraram haver relação negativa entre DGM e os CDA da proteína bruta, extrato
etéreo ácido, extrativos não nitrogenados e energia metabolizável. o foi observado
efeito do DGM sobre o CMS e o CDA da matéria seca. Houve piora na qualidade das
fezes à medida que aumentou o DGM das rações. Portanto, pode-se concluir que a
menor granulometria da ração está relacionada ao melhor aproveitamento dos nutrientes
e energia da dieta e produção de fezes de melhor qualidade.
Palavras-chave: Diâmetro Geométrico Médio (DGM), tamanho de partículas, moagem,
digestibilidade
ix
PARTICLE SIZE IN DOG FOODS
Author: Karini Portela Hilcko
Adviser: Alex Maiorka
Co-Adviser: Simone Gisele de Oliveira
ABSTRACT Particle size represents the size of milling grains and it is expressed
by Geometric Mean Diameter (GMD). Milling has the objective to reduce particles of
the ingredients to improve mixture, extrusion process, starch gelatinization, extruded
quality and food digestibility. Even thought the importancy of particles size of food
ingredients there are a lack of information on literature about degrees of milling that
improve the use of nutrients by dogs. This study aimed at evaluating the coefficients
of apparent digestibility (CAD) of nutrients, energy metabolizability and fecal quality
of dogs fed extruded dry foods with differents particles size. Eight dogs were
distributed in a double latin square desing (4 x 4). The ingredients of diets were
ground in sleves of: 0,8; 1,0; 1,2 and 1,5mm, being the particle size of diets
expressed in GMD, with treatments: 468, 476, 499 and 588µm, respectively. The
results of CAD, metabolizable energy and dry matter intake (DMI) were compared by
Tukey’s test and correlativeness and regression assay. The results of fecal score
were evaluated by Chi-square test. The correlativeness and regression assay
showed to have a negative relationship betwen GMD and CAD of crude protein, acid
ether extract, nitrogen free extract and metabolizable energy. It was not observed
effect of GMD on IDM and CAD of dry matter. There was lower fecal score with
increasing GMD of foods. Therefore, it can be conclude that the lowest particle size
of food resultes in better use of nutrients and energy of diet and production of drier
feces.
Key words: Geometric Mean Diameter (GMD), particle size, milling, digestibility
1
CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1 INTRODUÇÃO
O segmento brasileiro de alimentos para cães e gatos tem apresentado
expressivo crescimento nos últimos anos, contando com uma ampla variedade de
alimentos comerciais para estes animais. Esta recente evolução tem exigido cada
vez mais pesquisas na área de nutrição e dietética dos animais de companhia, a fim
de se obter informações mais precisas sobre suas necessidades nutricionais,
biodisponibilidade dos nutrientes nos ingredientes e processamento de rações,
garantindo alimentos de qualidade, que além de suprir as exigências, promovam a
saúde e o bem estar animal.
A produção de rações segue as regras de um mercado competitivo que exige
redução nos custos sem comprometer a qualidade do produto final. Sendo assim é
necessário que as empresas produtoras de rações possuam total controle da
qualidade dos ingredientes recebidos e de todo o processo produtivo, a fim de
garantir a qualidade dos alimentos produzidos (BELLAVER & NOMES, 2000).
O processamento dos alimentos visa mudar a estrutura física e/ou química
dos ingredientes, a fim de melhorar o processo digestivo e o aproveitamento dos
nutrientes pelo animal. As diferentes formas de processamento são: redução do
tamanho de partículas misturas, aglomeração e tratamento por calor e pressão
(ESMINGER, 1985).
A eficiência do processo produtivo de alimentos para cães está diretamente
relacionada com o grau de moagem dos ingredientes, que o moinho, depois da
2
aumento na taxa de passagem do alimento pelo trato digestório, reduzindo o tempo
de ação das enzimas digestivas sobre os nutrientes e sua absorção, o que também
compromete o aproveitamento dos nutrientes pelo organismo.
Embora ainda apresentem resultados contraditórios, vários trabalhos com
aves e suínos têm sido enfáticos no que diz respeito a benefícios concedidos por
determinados níveis granulométricos. Entretanto, há escassez de informação na
literatura sobre o melhor grau de moagem para cães.
Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de
diferentes graus de moagem dos ingredientes de uma ração seca extrusada sobre a
digestibilidade, energia e qualidade das fezes em cães adultos.
1.2 REVISÃO DE LITERATURA
1.2.1 Características do setor de alimentos para cães
Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para
Animais de Estimação ANFAL PET (2007), estima-se que haja atualmente no
Brasil 29,7 milhões de es e 14 milhões de gatos, com uma projeção de produção
estimada de 1,916 milhões de toneladas de alimentos para esses animais e um
faturamento de US$ 3,3 bilhões em 2007. O Brasil é o primeiro mercado produtor de
alimentos balanceados para animais de estimação na América Latina e o terceiro no
mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e China.
A alimentação dos animais de companhia passou por uma evolução visível
nas últimas décadas. Na década de oitenta a maioria deles ainda era alimentada
com os restos de comida de seus proprietários, e poucas industrias de rações
existiam e investiam no Brasil. Neste ponto, dois fatores contribuíram para a
expansão do segmento, o aumento do poder aquisitivo das populações dos grandes
centros e a sofisticação dos padrões de consumo. Por outro lado, a evolução dos
hábitos em favor dos alimentos industriais está associada a um conjunto de fatores
cada vez mais difundidos, como: alimentação saudável, equilibrada e com grande
variedade de produtos disponíveis no mercado e, principalmente, a praticidade
(PETBR, 2003).
3
A qualidade do processo de fabricação de alimentos balanceados para cães é
tão exigente quanto à fabricação de alimentos para o consumo humano. Todo o
processamento deve passar por um controle rigoroso, desde o recebimento das
matérias-primas até a comercialização do produto final. As linhas de produção
devem ser totalmente automatizadas e assegurarem a precisão na dosagem dos
ingredientes, eliminando o risco de erro humano e evitando o contato físico com os
alimentos (PETBR, 2003).
Como os cães são cada vez mais considerados como membros da família é
natural que a evolução do setor de alimentos para estes animais venha caminhando
paralelamente aos avanços nutricionais em humanos, seguindo a tendência por
alimentos balanceados, que além de nutrir, incrementem a saúde e o bem estar
animal.
1.3 PROCESSO DE MOAGEM NA FABRICAÇÃO DE RAÇÃO
1.3.1 Moagem
O processo de moagem dos ingredientes pode ser considerado como o
“coração” de uma fábrica de rações, sendo que a consistência desse ponto produz
um forte impacto na qualidade final dos produtos. A redução do tamanho das
partículas por moagem, prensagem ou amassamento em geral melhora o
aproveitamento dos nutrientes pelo animal. Portanto, o controle deste processo é
muito importante na qualidade final do produto (BELLAVER & NOMES, 2000).
As vantagens da redução de tamanho das matérias-primas no processamento
são: aumento da relação superfície/volume, aumentando com isso a eficiência de
operações posteriores, como extração, aquecimento, resfriamento, desidratação e a
uniformidade do tamanho das partículas, auxiliando na homogeneização de produtos
em pó ou na solubilização dos mesmos (NITZKE, 2000).
A redução do tamanho dos grãos se inicia com a retirada das camadas
externas para exteriorização do endosperma. Esta redução modifica as
características físicas podendo melhorar os processos de homogeneização dos
4
ingredientes e facilitar o processo de extrusão. Ela é também responsável por uma
grande parcela do custo de produção das rações (BIAGI, 1998).
Basicamente todos os elementos utilizados na formulação de uma ração
animal sofrem ou sofreram algum processo de redução de partículas. Ao longo dos
anos vários tipos de moinhos foram utilizados, como os moinhos de pedra, de rolo,
de bolas ou de serras. Atualmente, o equipamento mais utilizado dentro da indústria
de ração animal para moagem é o moinho de martelos. Ele consiste de um rotor de
alta velocidade que gira no interior de uma capa cilíndrica sendo que, no exterior do
rotor é acoplada uma série de martelos nos pontos de articulação. O processo inicia-
se com a entrada do grão na câmara do rotor onde acontece o primeiro contato com
os martelos. Ao receber o impacto, o grão é lançado contra a peneira e essa
seqüência continua até que as partículas estejam reduzidas a um tamanho que
permita a sua passagem através dos furos da peneira. A tela ou peneira tem o
diâmetro de seus furos determinados de acordo com a necessidade da
granulometria do produto moído (NITZKE, 2000).
Os moinhos de martelos possibilitam o processamento de uma maior
variedade de ingredientes, principalmente alimentos fibrosos, permitindo ainda a
produção de moagem mais fina (<0,6 mm) em relação ao moinho de rolos, no
entanto, as variações existentes entre os moinhos podem influenciar na
granulometria (MARTIN, 1988).
Nos moinhos de rolos a redução de tamanho é obtida pela combinação de
forças, principalmente compressão e esmagamento. As partículas produzidas
tendem a ser uniformes em tamanho, porém de formas irregulares (mais cúbicas e
retangulares do que esféricas), o que pode causar a redução da massa específica
do produto moído, geralmente de 5 a 10% menor do que o mesmo material moído
com moinhos de martelos (KOCH, 1996).
O grau de moagem das matérias-primas tem influenciado alguns aspectos de
importância técnica e/ou econômica na produção de suínos e aves, tais como: custo
de produção da ração, digestibilidade dos nutrientes, desempenho animal e lesões
esôfago-gástrico. Desta forma é importante identificar, tão economicamente quanto
possível, a granulometria dos ingredientes para estes animais que proporcione uma
boa aceitação das dietas, apresentando a mais alta digestibilidade dos nutrientes,
produzindo o máximo desempenho e preservando a saúde dos mesmos (ZANOTTO
& MOTECELLI, 1998).
5
O tamanho ideal das partículas varia de acordo com a espécie animal, estado
fisiológico, finalidade da ração, estrutura da fábrica e relação custo/benefício.
Quanto maior o tamanho das partículas dos ingredientes, maior a economia com
energia elétrica e maior a eficiência (toneladas/horas) de moagem. ZANOTTO &
BELLAVER (1996) avaliaram o consumo de energia elétrica e rendimento de
moagem usando peneiras de diâmetro de furos de: 2,5; 3,5; 4,5 e 10mm. Foi
verificado que o consumo de energia elétrica foi reduzido em 61% e o rendimento de
moagem aumentou em 143% com o uso da peneira de 10mm (1,060µm) em relação
à peneira de furos de 2,5mm (0,5µm).
A eficiência do processo de moagem pode variar dependendo do ingrediente
utilizado, área útil da.71093(a)-4.33056(d)-4.33056(117(r)2.80561(e)-022.88 Tm[(m)-7.49466())2.80439( )-229439( )-229439( )-3117(g)5.67474(e1998(m)-7.49466(o)5 )278]TJ-32.67718( )273117)2.804339(e)-4.3324(4)-4.3g dé.3324(4)-4.3gétri fu aie o8 0 Td[(t)-2..4.33117(i117(r)474(-2..4.33117)-4.33117(3)-4.33117(n149.128 -20.76 Td017(g)5.67229gl)1.87122ud)5.67474(e)-4.33117(d)5.67474(ç)-7.49954(iãl)1.87122(l)1.87122(a)-4.3287259.353-.80439(.)-2.(i)1.87(l)1.87(i)1(l)1]TJ-320.109ea .71093(e)-4.33117(e)-4.33117()2.4.33117( )-214032(f)-2.16558(u)-43577185(p)5.67474(é)-4.42.3665(u)-4.33117(r)2.80439(a)5.577185(88 Tm[(m)-7.4947474(l)-4.33117( )-172.7(c)-0.295585(i)1.8(i)1.87(n)5.67474(a)-4.33117(l)1.8)2.80439(a)5.577181(n)-4.33117(d)5.67474(o)-.577181())2.80561( )-3627229 au.84154( )-32.1821(e)-4.32474(e)-4.33117(m(a)-4.32873(r.577181((5)5.67596(8(&)-3.395516436( )-2.ZA)-3.39556(N-2123117L-4.33117(mL)-4.3311.91-4.33117Iu.84154( -4.33117(ç)-0.2577181(2)-22.1762(d)5.67474((d)5.67474(7)-4.330.726 0 Td[(r.4.33117(ç)-0.2577181(147792( )]TJ/R577181()-4.33117(o)5.67474(s)-0.297122( )-72.2057(i)11.8771(n)-4.33117(g)5.67229(r)2.80439(e)-4.32873(d).84154( )-2.16436(o)-4.32873311.91-.32873(t)-2.16436(e)5.67719( )]TJ-332.716 -20.64 Td[(u)-4.33056(t)-2.16558(i)1.87(l)1.87(i)1.87()-424 Tm25(e)-4.33117(e)5.67535(m)-7.49588()-424 Tm25(o)-4.33117(,)-2.120.76 Td[(6 -20.6e)-4.33117f)-12.1727(i)1.87122(c)-0.295585(i)1.8712517(d)5.67 )]TJ/24 Tm25( )-282.331(d)-4.3o)-4.33117(,)-2.16558(35.4209 729.24 Td[(J/24 Tm26(i)1.87122(c(r)2.80439(a)59 Tm175( )-72.2069(d)-4.3474( )-282.327(n)-4.33117(e)-4.33117(s)9.71032((g)5.67229v)]TJ270.159 0 Td[(d)-4.33117m)-7.49466(o)5 )233117(m)2.51125(o)524 Tm217(m)2.51474(-2-72.268.9(i)1.87122)-4.33117(3)-4.33117(n1229439( ))2.80561(o0.295585(o)-4.33117(n)-)2.51125(o)524 Tm217.33117(l)1.8)2.80439(a)524 Tm217(m)2.51715(a)-4.33117e)5.67535( )-12.1715(e)5.67474(n)-4.33117(e)-4.33117(r)4 Tm217.34.32474(e)-4.33117(mf)-2.16558(u)-424 Tm217(o)-4.33117(n)-4.9466(.)-2.16436e)-4.32873(h)-4.32873((n)-4.9466(sr)2.80439(a)-4.3287268.9(i).80439(.)-2.(i)1.87(l)1 )-2.16558()-42.67465(a)-4.33117( )-2128]TJ-319.993(e)0.295585.805(g)5.67535(i)1)-4.33117(mf)-2.16558(ud)-4.33056(.67465)-4.33117( )-25.67535(m)-7.49588()-)2.51125(o)52.67465)-4.33117(,)-2.16558(l78(a)-4.33117 )]Tr ondoem(m)2.51125(a)-.674517H-2.16436(E(&)-3.395516436( )-2.L-4.33117(mY)6.656155(a)-.674517(d)-4.33117(i)1.87122((a)-.674517)-32.1821(e )-3627229.i)1.87122((a)-.674517(m)]TJ322.15)-4.3311795e26 0 Td[(r,)-72.205.854amfud,umb-4.33117(mf)-2.16558(u4.3324(4)-4.3)1.87122(a)-4.33117(s)-0.2955854.33117(l)1.87(i)1952u(r)2.80439((a)-.674517)-atm
6
O alimentador desempenha papel crucial na produtividade. Ele deve
proporcionar a entrada constante e uniforme dos ingredientes na câmara do moinho
e também a correta distribuição dos ingredientes em toda a área da peneira (ALLES,
2003).
1.3.2 Diâmetro Geométrico Médio (DGM) e Desvio Padrão Geométrico
(DPG)
O termo granulometria é empregado para caracterizar o tamanho dos
grânulos de um produto moído, dado pelo o DGM em milímetros (mm) ou
micrometros (µm) ZANOTTO et al (1999c).
As determinações que caracterizam a granulometria são: Módulo de Finura
(MF), Índice de Uniformidade (IU) e DGM das partículas, os quais são definidos por:
MF que é representado por um índice que pode assumir qualquer valor
compreendido entre zero e seis e correlaciona-se com o aumento do tamanho das
partículas dos ingredientes; IU que indica a proporção relativa entre partículas
grossas, dias e finas, que são definidas segundo os diâmetros maior que 2mm,
entre 2 e 0,60mm, e menor que 0,60mm, respectivamente; DGM que representa o
diâmetro geométrico médio das partículas dos ingredientes moídos e possibilita
correlacionar a granulometria do ingrediente à digestibilidade dos nutrientes, à
resposta animal e ao rendimento de moagem (ZANOTTO & BELLAVER, 1996).
Até pouco tempo, o diâmetro dos furos das peneiras dos moinhos era
utilizado como parâmetro para caracterizar a matéria-prima moída, entretanto,
atualmente este critério tem sido apontado como falho. Como exemplo, REECE et
al. (1986a) estudando a granulometria do milho moído com peneiras de moinho de
martelos com diâmetro de abertura de 4,76mm e 6,35mm, não encontraram
diferença na conversão alimentar e peso corporal em aves. Entretanto, REECE et al.
(1986b) observaram que o milho moído com peneiras de 3,18mm ou 9,59mm,
quando comparadas com peneira de 6,35mm, proporcionou às aves melhor taxa de
crescimento e pior conversão alimentar. Isto mostra que a utilização do tipo de
peneira como referência na caracterização da granulometria de ingredientes pode
ser um método equivocado.
7
A granulometria de um ingrediente moído em moinho de martelos é
influenciada, além do diâmetro dos furos da peneira, pela área de abertura da
mesma, potência do motor, número de martelos, distância entre os martelos e a
peneira, vazão de moagem, teor de umidade dos grãos e desgaste do moinho
(ZANOTTO & MONTICELLI, 1998). Desta forma, a granulometria deve ser
caracterizada não de acordo com o tamanho da peneira, mas também com o
tamanho final e a uniformidade das partículas, os quais são expressos pelo
Diâmetro Geométrico Médio (DGM) e pelo Desvio Padrão Geométrico (DPG),
respectivamente. Entretanto, não é somente o tamanho das partículas dos
alimentos, normalmente expresso pelo DGM, que deve ser considerado. Também
é importante para caracterizar a granulometria da dieta a amplitude de dispersão
do tamanho das partículas representada pelo DPG (PENZ Jr. et al., 1998).
Assim, o DGM das partículas da matéria-prima constitui um parâmetro mais
adequado para expressar as relações entre o grau de moagem da mesma e a
outros índices de importância técnica e econômica na produção (ZANOTTO &
MONTICELLI, 1998).
Não apenas o tamanho de partículas, como também sua uniformidade é de
grande importância na avaliação da influência da granulometria no
aproveitamento dos nutrientes pelos animais (AMERAH et al., 2007). Um exemplo
da importância da uniformidade do tamanho das partículas foi mostrado por NIR
et al. (1994a), os quais moeram o milho em moinho de martelos (peneira de 8mm)
e peneiraram para a obtenção de frações de partículas “finas” (DGM<0,64mm),
“médias” (0,64mm< DGM<1,41mm) e “grossas” (DGM >1,41mm). Foram
formuladas cinco dietas a partir das frações citadas. O melhor desempenho foi
obtido pelas aves alimentadas com as dietas preparadas com as partículas de
tamanho dio (DGM=0,76mm), sendo que, apesar desta dieta possuir moagem
muito próxima às dietas de 0,79 e 0,70mm, este benefício em desempenho foi
atribuído à uniformidade das partículas, descrita pelo DGM, que foi de 1,67mm
contra 2,0mm.
A determinação do DGM pode ser realizada por meio do fracionamento da
amostra (moída e seca em estufa à 105°C por 24 hora s) em um conjunto de
peneiras de 1,4 mm; 1,2 mm; 1,0 mm; 0,7 mm; 0,5 mm; 0,35 mm; 0,125 mm e
fundo, sendo acionado por um equipamento vibrador de peneiras. As frações
retidas em cada peneira são quantificadas por meio de pesagem, sendo o DGM
8
calculado de acordo com as equações definidas por HANDERSON & PERRY
(1955) ou HEADLEY & PFOST (1970). Alternativamente, a fase de cálculo do
DGM poderá ser facilitada pelo uso de um software, desenvolvido na Embrapa
Suínos e Aves.
Outro método de medir o DGM é através do granulômetro, que é um
instrumento mecânico construído pela Embrapa Suínos e Aves (Concórdia - SC) e
Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos – SP). Este tem por finalidade
medir o tamanho das parf3(e)-2.16558(1.87122(n)5.7122(d)-4.33117(o)-4d)-4.32873(a)5.67718((u)5.674)-4.33117(s7(e)-4.33117(c)-0.29553(n)a)-4.331436(e)-4.32e33117(o)-417(s7(e)-4.33117(c)-06(e)5.67474(n)-0.29553-20.64 Td[(E)-3.3955ó(f3(e)-2.165u)-4.00.537)-4.33117()-0.29553(e)-4.33117(c)-0.29553p(t)7.84154(e)-4.3311(e)-4.33117c,
9
favorecendo a digestão e a absorção. Entretanto, NIR et al. (1994a) avaliando o
efeito de três granulometrías: fina (DGM = 0,57 a 0,67mm), média (DGM = 1,13 a
1,23mm) e grossa (DGM = 2,01
a 2,10mm) de milho, trigo e sorgo no desempenho
de pintos de corte de 1 a 7 e 7 a 21 dias de idade, não encontraram diferença
quanto ao desempenho até os sete dias de idade. Sendo que, para o período de 7 a
21 dias, os resultados foram significativamente melhores com as partículas médias.
A fração fina apresentou os piores resultados e a fração grossa apresentou
resultados intermediários. Segundo os autores, dietas produzidas com partículas
finas fluem mais rapidamente do estômago para o duodeno e para as demais partes
do intestino delgado, e essa passagem rápida é acompanhada por acentuada atrofia
da moela e por discreta hipertrofia do intestino. Já, as partículas maiores têm uma
passagem pelo trato digestório mais lenta, permitindo uma ação enzimática mais
efetiva dos sucos digestivos, aumentando o anti-peristaltismo e melhorando a
disponibilidade dos nutrientes.
Em outro estudo com frangos de corte de 1 a 7 e 7 a 21 dias de idade, NIR et
al. (1994b) encontraram que independente do período analisado, os melhores
resultados de desempenho foram obtidos com diâmetro geométrico médio de
0,769mm da dieta, e em rações com menor desvio padrão geométrico. Já, estudo
realizado por ZUMBADO (2001), mostrou que o diâmetro do grão do milho ou sorgo
para a fase inicial deve ser de 800 a 900µm e para o crescimento e final ente 1000 a
1300µm.
Avaliando o efeito da granulometria na digestibilidade das dietas, KRABBE
(2000) relatou que a dieta finamente moída (561 micra) comprometeu o metabolismo
dos nutrientes e que a granulometria afetou a energia metabolizável, a retenção de
nitrogênio e a retenção de matéria seca.
DAHLKE et al. (2001) constataram que o consumo da ração farelada teve um
decréscimo progressivo à medida que diminuía a granulometria, com uma queda
bastante acentuada para rações produzidas com milho de DGM de 0,366mm.
RIBEIRO et al. (2002) também observaram que a menor granulometria (0,337mm)
determinou menor consumo de ração, menor ganho de peso e pior conversão
alimentar das aves quando comparada com a granulometria acima de 0,778mm.
Por outro lado, BRUM (1998) relatou que a granulometria excessivamente
grosseira pode prejudicar o desempenho das aves, devido à preferência e seleção
de partículas maiores, podendo causar desequilíbrio nutricional na dieta. Sendo
10
assim, se a granulometria dos ingredientes for excessivamente fina ou grossa, os
nutrientes podem não ser bem aproveitados pelas aves.
As aves m o paladar e o olfato menos desenvolvidos do que os dos
mamíferos, em função de um reduzido número de receptores químicos específicos.
Esta deficiência, todavia, é compensada por mecanoreceptores (BERKHOUND,
1984), que são órgãos sensoriais e terminações livres no palato superior, localizados
principalmente no bico. Essas células receptoras respondem ao estímulo do contato
do alimento da mesma forma que acontece com os estímulos olfativos e do paladar
em mamíferos. Muitos trabalhos têm relacionado debicagem com redução do
consumo e desempenho, mostrando a importância destes mecanoreceptores
(ANDRADE, 1975; ANDREWS, 1977; LEE 1980).
Segundo MORAN (1982), do ponto de vista anatomo-fisiológico, observa-se
que as aves têm dificuldade de consumir partículas maiores ou menores que a
dimensão anatômica do bico, sendo este fator importante na preferência pelo
tamanho das partículas. Também justifica uma redução do consumo de partículas
muito finas o fato das aves terem uma produção pequena de saliva, e esta ser
bastante viscosa. Com isto existe a formação de um composto pastoso que adere ao
canto do bico, onde estão localizados os dutos salivares, prejudicando a secreção
de saliva, o consumo, bem como a deglutição do alimento (TURK, 1982).
Em relação ao processo de peletização, alguns estudos foram feitos avaliando
a influência do tamanho das partículas na qualidade dos péletes. Segundo
NILIPOUR (1994) as partículas finas e uniformes favorecem a absorção de água,
indispensável para a pré-digestão dos ingredientes e para a formação de péletes
mais rígidos Entretanto, REECE et al. (1986) estudando o efeito do tamanho das
partículas do milho na durabilidade dos péletes, observaram que as partículas pouco
afetam a resistência dos péletes e os melhores péletes foram obtidos com o milho
com partículas maiores.
AMERAH et al. (2007), em trabalho de revisão sobre granulometria de dietas
para aves, concluíram que o DGM ótimo para as diferentes fases varia entre 600 a
900µm, considerando dietas baseadas em milho e sorgo.
1.3.4 Granulometria na alimentação de suínos
O grau de moagem dos ingredientes tem influenciado alguns aspectos de
importância técnica e/ou econômica na produção de suínos, tais como: custo de
11
produção da ração, digestibilidade dos nutrientes, desempenho animal e lesões
esôfago-gástricas.
Em suínos, reconhecem-se dois tipos de úlcera estomacal: a úlcera péptica,
que afeta a região glandular (principalmente a região fúndica e raramente as regiões
cárdica e pilórica) e a úlcera esôfago-gástrica, que ocorre na região não-glandular ou
Parsoesophagea (PE) do estômago (O`BRIEN, 1992).
É provável que as lesões estomacais dos suínos predominem na região não-
glandular do estômago, devido principalmente, à ausência de muco nesta região e
ao tipo de epitélio, o que o torna relativamente desprotegido contra as ações
digestivas do ácido clorídrico e da enzima pepsina. Estudos relataram que suínos
alimentados com dietas com granulometría de 2,5mm desenvolveram mais
alterações epiteliais na região não-glandular do estômago e apresentaram maior
incidência de úlcera, em relação aos animais alimentados com ração com
granulometria de 10,0mm. (POTKINS & LAWRENCW, 1989; STRAW et al., 1994;
MONTICELLI, 1996).
As lesões gástricas foram causadas por uma alteração na atividade da
pepsina, fluidez dos conteúdos estomacais, ou ambos, e não por diminuição na
secreção de muco ou aumento na secreção ácida. A maior fluidez do conteúdo
estomacal poderia estar associada ao maior consumo de água pelos animais que
receberam alimentos com granulometrias mais finas, uma vez que o alimento
permaneceria mais seco, ocorrendo, portanto, maior fluidez do conteúdo estomacal.
Esta maior fluidez proporcionaria contato mais freqüente das secreções digestivas
com a região o-glandular do estômago, determinando maior incidência de lesão
neste local, uma vez que o mesmo é relativamente desprotegido, por não apresentar
glândulas de muco e pelas próprias características de ser um epitélio escamoso
estratificado (REIMANN et al., 1968).
Esta fluidez reduz a taxa de esvaziamento gástrico e permite um maior tempo
de contato do bolo alimentar com o epitélio da região esofágica do estômago dos
suínos. Sob tais condições, a secreção ácida gástrica é estimulada e,
conseqüentemente, desenvolvimento de paraqueratose, erosões e úlcera
(HEDDE et al., 1985).
Por outro lado, a granulometria mais fina resultou em melhores valores de
digestibilidade, em virtude do aumento da superfície de contato entre o alimento e o
suco digestivo (ZANOTTO et al, 1995) com isso, ocorreu maior produção de ácido
clorídrico e maior atividade da pepsina, aumentando a quantidade destas secreções
12
digestivas no estômago, tornando-o mais ácido (MAXWELL et al., 1970). OWSLEY
et al. (1981) também encontraram uma relação inversa entre o tamanho da partícula
e a digestibilidade da matéria seca, amido, energia bruta, proteína e aminoácidos em
suínos.
Segundo ZANOTTO et al. (1995) a digestibilidade das rações pode ser
melhorada em cerca de 6% com a redução do tamanho das partículas, sendo os
melhores resultados obtidos quando os valores de módulos de finura variaram de
2,29mm a 2,63mm e o DGM entre 0,509mm a 0,645mm para suínos em crescimento
e terminação, respectivamente. Não houve efeito do tempo de passagem do
alimento pelo trato digestório, o que também foi verificado por IVAN et al. (1974). Já,
em leitões na fase de creche, o melhor resultado obtido foi com o DGM de 0,594mm
(TSE et al., 2006).
Tem-se evidenciado que a redução no DGM das partículas do milho aumenta
o seu valor nutricional. Milhos moídos com DGM de 1,054mm, 0,746mm e 0,502mm,
apresentaram valores de energia metabolizável de 3.322 kcal/kg, 3.392 kcal/kg e
3.491 kcal/kg, respectivamente, correspondendo a aumentos de 2,1% e 5,1 %, para
os DGM de 0,746mm e 0,502 mm, respectivamente, comparados ao DGM de
1,05mm. Isto indica que o valor energético do milho pode ser aumentado até 169
kcal/kg em função da redução do DGM até 0,502mm (ZANOTTO et al, 1999b).
indicações de que a granulometria indicada para suínos seja na faixa de 0,500 a
0,650mm para suínos em crescimento (BELLAVER et al, 1998).
HEALY et al. (1994) obtiveram maiores ganhos de peso de suínos
alimentados com a granulometria do milho moído a 0,700mm e do sorgo a 0,500mm.
Desta maneira, as diferenças nas respostas entre eles podem ser devido à estrutura
morfológica dos grãos e à distribuição do tipo de proteína da matriz protéica que
recobre seus grânulos de amido.
1.3.5 Granulometria na alimentação de cães e gatos
Tradicionalmente rações preparadas para cães e gatos têm seus ingredientes
moídos praticamente na mesma textura. Em outros países, as indústrias de
alimentos para cães utilizam, normalmente a peneira de 1,6mm para moer os
ingredientes (ROKEY & HUBER, 1994) e as empresas brasileiras, utilizam peneiras
13
de 0,8mm a 1,7mm, dependendo da qualidade da matéria prima e da segmentação
de mercado da ração, que alimentos de maior valor agregado como os prêmio e
super-prêmio, normalmente apresentam processamento diferenciado, com moagem
mais fina dos seus ingredientes para garantir um extrusado de melhor estrutura, com
aspecto visual mais homogêneo e melhor disponibilidade dos nutrientes da ração.
Segundo CASE et al. (1998) a digestibilidade do amido dietético para cães é
afetada principalmente pelo tratamento térmico e pelo tamanho dos grânulos de
amido, sendo que o amido finamente moído é mais digestível do que em grânulos
grosseiros, uma vez que este fica mais susceptível à ão da temperatura,
proporcionando maior solubilização das moléculas de amilose e amilopectina, o que
melhora a digestibilidade.
BAZOLLI (2007) em estudo sobre o efeito da moagem na digestibilidade de
dietas formuladas com arroz, milho ou sorgo para cães, relatou que o grau de
moagem não teve influencia sobre a digestibilidade dos nutrientes da dieta com
arroz, porém para a dieta com milho houve melhora na digestibilidade da matéria
seca (MS) e matéria orgânica (MO) com a redução do DGM para 0,475mm e
0,400mm, respectivamente, melhor digestibilidade dos extrativos o nitrogenados
(ENN) com DGM de 0,350mm e do extrato etéreo ácido (EEA) e proteína bruta (PB)
com os DGM de 0,444mm e 0,525mm, respectivamente. Entretanto o grau de
moagem não afetou a digestibilidade da fibra bruta (FB), amido e energia bruta (EB).
Segundo SVIHUS et al. (2005) a possível causa da maior digestibilidade do
amido do arroz é devido ao menor tamanho do seu grânulo de amido em relação
aos grânulos do milho e sorgo, o que proporciona uma maior área para a ação das
enzimas digestivas. Esses resultados se deram devido ao processo de extrusão,
provavelmente proporcionando a gelatinização do amido tornando-o mais digestível.
KIENZLE (1993) observou que o coeficiente de digestibilidade aparente
(CDA) do amido de uma dieta contendo milho cru moído grosseiramente foi de 72%.
Quando o milho foi cozido ou finamente moído, o CDA do amido passou a ser 100%.
Deste modo, tanto a granulometria como a gelatinização, influenciam a
suscetibilidade do grânulo de amido à ação enzimática intestinal. Entretanto, apesar
da gelatinização promover aumento nos CDA dos nutrientes, esta resposta também
depende dos ingredientes.
Para dieta com sorgo, foi constatado melhora dos CDA da MS e MO com a
redução do DGM e uma significativa melhora do CDA da FB com o DGM de
14
0,500mm. Entretanto, a diminuição do DGM apresentou uma piora dos CDA do
amido, ENN, PB e EEA (BAZOLLI, 2007).
Em relação à qualidade das fezes, o autor supracitado concluiu que quanto
maior a granulometria, pior o escore fecal para os três exemplos de dieta, sendo que
o pior escore obtido foi com o arroz moído em um DGM de 0,388mm.
1.3.5.1 Efeito da granulometria na curva glicêmica pós-prandial
O controle glicêmico pode estar prejudicado em alguns estágios fisiológicos e
condições de saúde, tais como diabetes melitus, obesidade, gestação, estresse,
infecção, câncer e idade avançada (KAHN et al., 2001). A utilização de dietas que
minimizem e estendam a glicemia pós-prandial proporciona, para animais nestas
condições, um restabelecimento mais rápido e fácil da glicemia (BOUCHARD &
SUNVOLD, 1999).
O amido é o principal responsável pela alteração da onda pós-prandial de
glicose sanguínea e a resposta insulínica do animal (SUNVOLD et al., 1995). Dessa
forma, quanto mais rápida e completa sua digestão, mais rápida e intensa será a
curva desencadeada (JENKINS et al., 1981). Dentre os fatores que influenciam a
velocidade e o grau de digestibilidade do amido e a conseguinte curva glicêmica,
está o grau de moagem dos ingredientes. HEATON et al. (1988) estudaram a
influência do trigo e milho, nas formas integrais, quebrado, moído grosseiramente e
moído finamente e da aveia nas formas integrais, moídas grosseiramente e moída
finamente, sobre a glicemia pós-prandial em seres humanos. Eles perceberam que
quanto menor o tamanho da partícula do milho e do trigo, maior o pico glicêmico e a
resposta insulínica. Esse comportamento não foi observado para a aveia,
provavelmente devido às diferenças nas propriedades físicas de suas fibras.
Resultados semelhantes foram encontrados por HOLT & MILLER (1994), que
demonstraram maiores respostas glicêmicas para dietas à base de trigo mais
finamente moído.
15
1.3.6 Efeito da granulometria no processo de extrusão
Antes das matérias-primas serem extrusadas, elas passam pela remoagem.
O processo de remoagem é independente do setor de moagem e acontece após os
ingredientes serem misturados. É uma etapa muito comum, especialmente em
unidades que processam rações destinadas à cultura de camarões e à alimentação
inicial de suínos e de cães e gatos.
O objetivo da remoagem é reduzir ainda mais a granulometria, ou o tamanho
médio das partículas, visando um produto final de maior qualidade com pequena ou
nenhuma segregação de ingredientes. A remoagem busca atender a alguns
processos, como a peletização e a extrusão, que são excepcionalmente exigentes
quanto à qualidade da moagem.
Na fabricação de alimentos para cães e gatos, os ingredientes mais utilizados
são os grãos, que possuem em sua composição cerca de 50% a 90% de amido.
Eles têm função essencial na extrusão, processo de produção dos alimentos secos
(CRANE et al., 2000). A tecnologia da extrusão tem como objetivo principal melhorar
a qualidade dos extrusados. A expansão inclui o condicionamento com vapor, que
hidrata, aquece o alimento e o expande. A intensidade do tratamento térmico
determina o grau de modificação do amido (gelatinização), a disponibilidade do
conteúdo celular para digestão e absorção e a pasteurização da mistura alimentar
(LUCHT, 2002). A redução do diâmetro geométrico das partículas dos ingredientes
favorece a gelatinização do amido durante a extrusão e, por conseguinte, a melhor
gelatinização do amido contribuirá para maior digestibilidade da ração (BAZOLLI,
2007) e melhor estrutura dos extrusados.
A homogeneidade no tamanho da partícula dos ingredientes promove a
uniformidade do teor de umidade da mistura. Desta forma, se o tamanho das
partículas for heterogêneo, a textura e a uniformidade do produto final serão
afetadas, por outro lado se o tamanho final das partículas dos ingredientes for muito
grande, o produto final apresenta ingredientes cozidos insuficientemente,
prejudicando as características nutricionais da ração extrusada.
Na produção de ração extrusada a redução do diâmetro geométrico dos
ingredientes favorecem a melhor gelatinização do amido durante a extrusão. Ao
contrário do que acontece às partículas grandes, isto porque as partículas com
menor diâmetro geométrico são penetradas pelo vapor até o centro do núcleo,
16
agregando-lhes umidade e essa umidade, aliada ao tempo, irá envolver as partículas
com uma espécie de “cola” originada dos amidos contidos no produto, dando-lhes
condições para que elas se agreguem entre si, resultando em melhoria na qualidade
e apresentação final dos extrusados (BAZZOLI, 2007).
Partículas pequenas, como as farinhas, são hidratadas mais facilmente e
cozidas mais rapidamente que partículas maiores, alterando também a qualidade do
produto. A gelatinização do amido normalmente causa aumento na viscosidade, mas
na extrusão, o intenso cisalhamento também pode quebrar as macromoléculas em
umidades menores, resultando na redução da viscosidade.
A composição da matéria-prima, seu teor de umidade e tamanho de suas
partículas, influenciam a viscosidade do produto na extrusora. A viscosidade é fator
crucial, que determina as condições de operação da extrusora e, portanto, a
qualidade do produto final. (FELLOWS, 2002).
BALAGOPALAN (2002) em um trabalho com raspa de mandioca, concluiu
que o grau de moagem da matéria-prima interfere diretamente nos parâmetros de
extrusão, e que, quanto menor o tamanho das partículas da matéria-prima, melhor a
qualidade do produto extrusado.
Segundo ASCHERI et al. (1995) o processo de extrusão permite a utilização
de uma gama de ingredientes e tamanhos de partículas dos mesmos. Porém, as
partículas pequenas são mais rapidamente fundidas e a massa resultante, de
viscosidade baixa, pode não ser transportada apropriadamente.
Segundo FERNANDES et al. (2003) a distribuição do tamanho de partículas
das farinhas de milho/soja extrusadas não foi afetada pelas diferentes temperaturas
usadas na extrusora, indicando que houve homogeneidade no tamanho de
partículas destas farinhas.
17
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22
CAPÍTULO 2
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES GRAUS DE MOAGEM EM DIETAS PARA CÃES
RESUMO - Com o objetivo de avaliar o efeito da forma física da dieta sobre a
digestibilidade dos nutrientes e a metabolizabilidade da energia em cães, foram
utilizadas rações secas extrusadas com diferentes granulometrias. Oito cães adultos
da raça beagle foram distribuídos em delineamento quadrado latino duplo (4 x 4). Os
ingredientes das dietas foram moídos em peneiras de 0,8; 1,0; 1,2 e 1,5mm, sendo
as granulometrias das rações expressas em diâmetro geométrico médio (DGM),
originando: 468, 476, 499 e 588µm, respectivamente. Os parâmetros avaliados
foram: consumo de matéria seca (CMS), coeficientes de digestibilidade aparente
(CDA) da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo ácido (EEA), fibra
bruta (FB), extrativos não nitrogenados (ENN), energia metabolizável (EM) e escore
das fezes (um indicando fezes pastosas e cinco indicando fezes duras). Os
resultados dos CDA, EM e CMS foram comparados pelo teste Tukey e por análises
de correlação e regressão. Os dados de escore fecal foram avaliados pelo teste Qui-
quadrado. As análises de correlação e de regressão linear demonstraram haver
relação negativa entre DGM e os CDA da PB, EEA, ENN e EM. Não foi observado
efeito do DGM sobre o CMS e o CDA da MS. Houve piora na qualidade das fezes à
medida que aumentou o DGM das rações. Portanto, conclui-se que a menor
granulometria da ração está relacionada ao melhor aproveitamento dos nutrientes e
energia da dieta e produção de fezes de melhor qualidade pelos cães.
Palavras- chave: digestibilidade, granulometria, nutrição de cães.
23
EVALUATION OF DIFFERENT MILLING IN DIETS FOR DOGS
ABSTRACT - In order to evaluate the effect of physical form of diet on nutrients
digestibility and metabolizability of energy in dogs, there were utilized dry extruded
foods with differents particle sizes. Eight adult beagle dogs were distributed in a
double latin square desing 4 x 4 (periods x treatments). The ingredients of diets
were ground in sleves of: 0,8; 1,0; 1,2 and 1,5mm, being the particle size of diets
expressed in geometric mean diameter (GMD), being: 468, 476, 499 and 588µm,
respectively. The parameters evaluated were: dry matter intake (DMI), coefficients of
apparent digestibility (CAD) of dry matter (DM), crude protein (CP), acid ether extract
(AEE), crude fiber (CF), nitrogen free extract (NFE), metabolizable energy (ME) and
fecal score (one indicating wetter stools, five indicating hard feces). The results of
CAD, ME and DMI were compared by Tukey’s test and correlativeness and
regression assay. The results of fecal score were evaluated by Qui-quadrado test.
The correlativeness and regression assay showed to have a negative relationship
betwen GMD and CAD of CP, AEE, NFE and ME. It was not observed effect of GMD
on IDM and CAD of DM. There was lower fecal score with increasing GMD of foods.
Therefore, it can be conclude that the lowest particle size of food resultes in better
use of nutrients and energy of diet and production of drier feces by dogs.
Key words: digestibility, particle size, dogs nutrition
24
2.1 INTRODUÇÃO
A literatura atual apresenta um número relativamente grande de artigos
acerca da avaliação da composição nutricional de alimentos para cães, entretanto,
ainda escassez de informações a respeito do efeito das características físicas da
dieta sobre o aproveitamento dos nutrientes.
O tamanho de partículas dos ingredientes que compõem a dieta pode ter
reflexos bastante significativos no aproveitamento dos alimentos pelos animais.
Menores granulometrias permitem maior gelatinização do amido e maior ação das
enzimas digestivas nos nutrientes, melhorando a digestibilidade. Por outro lado,
pode resultar em aumento na taxa de passagem do alimento pelo trato digestório,
reduzindo o tempo de ação das enzimas digestivas sobre os nutrientes e sua
absorção, o que também compromete o aproveitamento dos nutrientes pelo
organismo.
A indústria adota a prática da moagem fina, principalmente para alimentos
25
Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito de
diferentes graus de moagem dos ingredientes de rações secas extrusadas para cães
sobre a digestibilidade dos nutrientes, energia e qualidade das fezes.
2.2 MATERIAL E MÉTODOS
2.2.1 Local do experimento
O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Estudos de Nutrição
Canina - LENUCAN do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do
Paraná - UFPR.
2.2.2 Dietas experimentais
Foram formuladas rações com os mesmos ingredientes, diferindo apenas
quanto à sua granulometria (Tabela 1). A composição nutricional das dietas
experimentais superou as recomendações da AAFCO (2004) para es adultos em
manutenção (Tabela 1).
Para a confecção das rações os ingredientes foram moídos separadamente
em moinho de martelos com peneiras de 0,8; 1,0; 1,2 e 1,5 mm, sendo as dietas
expressas como diâmetro geométrico médio (DGM): 468, 476, 499 e 588 µm,
respectivamente.
Uma amostra foi retida de cada dieta antes da extrusão para determinação do
DGM, o qual foi obtido por meio de conjunto de peneiras de 1,4 mm; 1,2 mm;1,0
mm; 0,7 mm; 0,5 mm; 0,35 mm; 0,125 mm e fundo, sendo os valores calculados pelo
programa Gransuave, segundo os procedimentos descritos por ZANOTTO &
BELLAVER (1996). Após moagem, os ingredientes foram misturados e extrusados.
26
Tabela 1 – Ingredientes e composição química das dietas experimentais.
Ingredientes %
Milho 35,00
Farinha de Víscera de Frango 16,00
Quirera de Arroz 13,43
Farinha de Carne 45 10,52
Farinha de Trigo 10,00
Glúten Milho 60 5,00
Farinha de Aveia 3,00
Sebo bovino 5,00
Sal Comum 0,50
Premix vitamínico e mineral
1
0,05
Palatabilizante
2
1,50
Composição química analisada (% na matéria seca)
DGM (µm) 468 476 499 588
Proteína bruta 25,0 25,9 26,8 27,1
Extrato etéreo hidrólise ácida 6,8 7,1 6,9 7,4
Fibra bruta 2,1 2,3 2,1 2,9
Extrativos não nitrogenados 53,0 54,8 54,7 53,7
Energia bruta (kcal/kg) 3950 3930 3940 3950
1
Adição por quilograma de produto: Vitamina A - 22000UI, Vitamina D - 2200UI, Vitamina E - 90UI,
Vitamina B1- 1ppm, Vitamina B2 - 7 ppm, Ac pantotenico 12 ppm, Niacina - 14 ppm, Vitamina B6 - 1
ppm, Ácido fólico - 0,2 ppm, Vitamina - B12 22 mcg, Colina - 1200 ppm, Zinco - 140 ppm, Ferro - 80
ppm, Cobre - 7,5 ppm, Iodo - 1,5 ppm, Selênio - 0,2 ppm.
2
Fígado de aves hidrolisado.
DGM = diâmetro geométrico médio
2.2.3 Animais
Foram utilizados oito cães adultos da raça Beagle, machos e fêmeas, não
castrados, sadios e vermifugados, com peso médio de 10kg e idade média de dois
anos. Os animais foram alojados individualmente em gaiolas metabólicas medindo
1m
3
, com fundo vazado, visando separar as fezes da urina.
27
2.2.4 Delineamento experimental
Os cães foram distribuídos em delineamento quadrado latino duplo (4 x 4)
(períodos x tratamentos), totalizando oito repetições por tratamento. Cada
tratamento foi fornecido para dois cães em cada período, de forma que ao término
das repetições todos os cães tivessem consumido todos os tratamentos.
2.2.5 Protocolo experimental
Cada período experimental constou de 10 dias, sendo cinco dias para
adaptação às condições experimentais e dietas, e cinco para coleta de dados. O
ensaio de digestibilidade foi conduzido pelo método da colheita total de fezes. A
urina não foi colhida, sendo utilizado um fator de correção para estimativa da perda
energética pela urina conforme a AAFCO (2004).
A água foi fornecida ad libitum, enquanto que a alimentação foi oferecida duas
vezes ao dia, às 10 e 18 horas, de acordo com o peso metabólico do animal, não
havendo ocorrência de sobras. A quantidade fornecida por animal foi calculada com
base nas necessidades de energia metabolizável diária de mantença, segundo a
equação: 132 x peso corporal
0,75
(NRC, 1985).
As amostragens das dietas foram realizadas diariamente nas fases de
adaptação e de colheita. As fezes de cada animal foram colhidas duas vezes ao dia
durante o período de colheita, pesadas individualmente e congeladas em freezer (-
15ºC), originando ao final do período uma amostra composta de cada animal. As
fezes produzidas pelos es durante o experimento foram avaliadas sempre pelo
mesmo pesquisador segundo escore apresentado na Tabela 2.
28
Tabela 2 - Sistema de avaliação da consistência das fezes através de escores.
Escore Aspecto das fezes
1 Fezes líquidas
2 Fezes pastosas
3 Fezes pouco pastosas
4 Fezes normais
5 Fezes ressecadas
Adptado de Case et al. (1998).
2.2.6 Análises laboratoriais
Ao término do experimento, as amostras compostas de fezes de cada cão
foram descongeladas, homogeneizadas e secas a 55ºC em estufa de ventilação
forçada durante 72 horas. As amostras das rações e fezes foram analisadas para
determinação dos teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra bruta (FB)
e matéria mineral (MM) de acordo com SILVA & QUEIROZ (2002). A análise de
extrato etéreo ácido (EEA) foi realizada segundo metodologia descrita pela AOAC
(1995). A fração correspondente aos extrativos não nitrogenados (ENN) foi
determinada pela fórmula: ENN% = 100 - (%UM + %PB + %FB + %EEA + %MM),
sendo UM o teor de umidade da amostra (100-%MS). A energia bruta (EB) das
rações e fezes foi determinada em bomba calorimétrica. A energia metabolizável
(EM) foi estimada segundo a AAFCO (2004):
EM (kcal/g) = {kcal/g EB ingerida – kcal/g EB das fezes - [(g PB ingerida – g
PB das fezes) x 1,25 kcal/ g] }/g ração ingerida.
Com base nos resultados laboratoriais obtidos foram determinados os
coeficientes de digestibilidade aparente (CDA), utilizando a equação proposta por
MATTERSON et al. (1965):
CDA% = [(nutriente ingerido – nutriente excretado)/ nutriente ingerido] x 100
29
2.2.7 Análise estatística
Os resultados dos coeficientes de digestibilidade aparente foram submetidos
à análise de variância utilizando o procedimento GLM do programa computacional
SAS (1996) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Foram realizadas análise de correlação e regressão para descrever a relação dos
coeficientes de digestibilidade aparente em função do diâmetro geométrico médio.
Os resultados do escore fecal foram analisados pelo teste Qui-quadrado a 5% de
probabilidade.
2.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As características físicas da dieta, dentre elas a granulometria exercem um
importante papel no aproveitamento da ração pelos animais. Embora a literatura seja
ainda muito escassa em relação às informações que possam subsidiar tal afirmação,
os resultados obtidos neste trabalho demonstram que realmente relação entre
granulometria e digestibilidade da dieta.
A análise de correlação (Tabela 3) demonstrou que houve uma relação
negativa significativa entre diâmetro geométrico médio (DGM) e os coeficientes de
digestibilidade aparente (CDA) da proteína bruta (PB) (P<0,01), CDA do extrato
etéreo ácido (EEA) (P<0,05), CDA dos extrativos não nitrogenados (ENN) (P<0,001)
e energia metabolizável (EM) (P<0,001). Estes resultados demonstram que, com o
aumento na granulometria da dieta houve redução na digestibilidade dos nutrientes
e na energia metabolizável, sendo os maiores valores de correlação observados
entre o DGM e as variáveis CDA dos ENN (-0,6039) e EM (-0,6048). Não foi
observada relação entre o CMS e os coeficientes de digestibilidade aparente dos
nutrientes e EM.
30
Tabela 3 - Correlação entre o DGM, CMS, digestibilidade e energia metabolizável
CMS CDA MS CDA PB CDA EEA CDA ENN EM
DGM - 0,0756 - 0,2058 - 0,4783** - 0,3498* - 0,6039*** - 0,6048***
CMS 0,0336 - 0,2342 - 0,2102 - 0,2314 - 0,2684
DGM Diâmetro geométrico médio, CMS - Consumo de matéria seca, CDA MS - Coeficiente de
digestibilidade aparente da matéria seca, CDA PB - Coeficiente de digestibilidade aparente da
proteína bruta, CDA EEA - Coeficiente de digestibilidade aparente do extrato etéreo ácido, CDA ENN
- Coeficiente de digestibilidade aparente dos extrativos não nitrogenados, EM - Energia
metabolizável.
*P<0,05, **P<0,01; ***P<0,001
Os valores de CMS, CDA da MS, CDA dos nutrientes e EM são apresentados
na Tabela 4. Apesar de serem valores considerados satisfatórios, os coeficientes
observados encontram-se abaixo dos relatados na literatura (BAZOLLI, 2007;
RIVERA et al., 2007). Vários o os fatores que podem ter influenciado os valores
obtidos, dentre eles a idade dos animais utilizados, a composição química da dieta,
ingredientes e processamento dos alimentos (TESHIMA et al., 2007).
Em relação aos valores obtidos para o CDA da FB, estes apresentaram alto
coeficiente de variação (tabela 4), provavelmente devido à baixa acurácia da sua
técnica de determinação, o que pode ser atribuído aos baixos teores de fibra das
dietas.
Tabela 4 - Coeficientes de digestibilidade aparente e energia metabolizável das
dietas experimentais.
DGM (µm)
Parâmetros
468 476 499 588
CV (%)
Consumo de matéria seca 1461 1436 1462 1473 3,69
Coeficientes de digestibilidade aparente (%)
Matéria seca 88,27 87,55 86,24 86,51 2,83
Proteína bruta 76,63 73,57 73,38 70,29 4,20
Extrato etéreo ácido 72,41 70,00 65,96 66,78 5,19
Fibra bruta 56,11 67,55 62,56 81,98 13,11
Extrativos não nitrogenados 80,29 79,28 77,89 74,14 4,23
Energia metabolizável (kcal/kg) 2840,08 2769,03 2727,36 2607,15 3,75
DGM - Diâmetro geométrico médio, CV - Coeficiente de variação.
Não foi observado efeito do DGM sobre o CMS e CDA da MS (Tabela 5). Os
coeficientes de digestibilidade aparente da PB, EEA, ENN apresentaram
comportamento linear com o aumento do DGM, de modo que, pela equação de
31
regressão, verificaram-se menores coeficientes de digestibilidade à medida que
aumentou o DGM das rações.
Resultados semelhantes foram obtidos por BAZOLLI (2007), o qual estudando
o efeito da moagem em dietas para es, relatou maiores coeficientes de
digestibilidade aparente dos nutrientes de rações à base de milho moído em
menores granulometrias, sendo os melhores resultados obtidos, pelas equações de
regressão, com os DGM 475µm para MS; 400µm para MO; 350µm para os ENN;
525µm para PB e 444µm para o EEA.
Como o grau de gelatinização do amido é inversamente proporcional ao
tamanho do grânulo, que partículas menores apresentam maior superfície de
exposição à temperatura, isto provavelmente explica o fato do aumento da
digestibilidade com menores granulometrias. Por outro lado, o menor tamanho de
partículas resulta em aumento na taxa de passagem do alimento pelo trato
digestório, reduzindo o tempo de ação das enzimas digestivas sobre os nutrientes e
sua absorção, o que também compromete o aproveitamento dos nutrientes pelo
organismo.
O milho foi a principal fonte de 4.33117(o)-4.33117(r)2.8842(o)-4.33117(m)-7.49561(i)1.87(n)-4.3349561(i)1.87(n)-(n)-4.33317(i)1.87(l)1.87(i)1.8.1715(o)-4.33117(i)1117(t)-2.16436(a)-4.38.89ic(p)5.67474(a)-4.32995(l)1.86873(n)-4.33139( )-162.9(t)-2.16436(í)7.84154(c)-0.2955117(i)1.87122(z)9.71032(a)-4.33117(ç)--4.33117(t)-2.1657(e)-4.33173(n)-4.32873(t(p)5.67473(t)7.841517(u)-4.33117(t)-2.1617(o)-4.33117(r).67474(n)-4.33361(a)-4.328732873(l)11.8771(o)7718( )278]TJ-306.181 -20.76 Td7718( )278]TJ-324.0561(i)(s)-0.295585(e)-4.33117(7(r)2.80439(o)5.295585(t)-2.1605(g)5.67535(a)-4.373(n85.67217(L)-4..331T)-9.365.1904(d)-4.331b88(d)]TJ289.491 0 T8(í)7.840(m)-7.49466n85.6710 0 .491 0 T[(0)-4..331(s)-0.295585(ã)85.67217(d)-4.33117(a)85.67217(d)-4.3311d[(i)1.87122(g)5.674747(d)-4.33117(a)85.6714(o)-4.33117(s)-0.29558)1.87(i)1.87(d)-4.33117(a)85.6714(s)-0.295585(,)-2.165585(e)-4.33117(n)5.665[( )-472.442(o)-4422.412(t)-2.16436d)-4.33117(a)85.6714(s)-0.295585(,)-2.16436( )-482.e(a)-4.36.969ist f117(n)-4.33117(67474(d)85.6714(o)-4.33117(s)-0.2955817(u)-4.3367535(a)-4.373(n85.6714(s)-0.295585(,)-2.16558g( )-222.295(o)-4.331.33117(u)-4.33117(z)9.71032(i)1.87(nn85.6714B4(o)-4.33117( )-2.164Z)111.859 )-2.1662955L(o)-4422.4L(e)-4.3286(O)-2.45995((s)-0.29316.969il)11.8771(o)7(L)-4..]TJ-363.3340J-363.3340J-363.3347J-363.334[(0)-4..d[(n)4.3.188(a)-4.33117(ç37.8433(( )-482.448(c( )-42.1892(o)5.67449(e)5.67535(f)-2.16558(e)-4.330n)4.3.18)1.87(i)1.8.1715(o)-4.33137.8433(4( )-292.337(o)-4.3311(a)-4.33117(u)5.674u3117(c)-0.295584.33117(n)-4.33117(u)-4.33117(l)1.87(o)5.67474(m)-7.51125(e)-4.33117(t)-2.1633137.84216436(r)2.80(s)-0.295585( )-42.188(s)-0.295585(,)-2.164330n)4.3633117(t)-2.1633137.8421649(e)5.67474(m)-7.495g(o)-4.07122(e)-4.33117(n)5..32872(g)5.67474(e)-4.33117(s)-0.295585(t)-2.1643a)-4.66.797s)-0.295585( )-42.87(b)-4.33117(i)1.87(l)1se 7.84216ébae te siciezin éis,tulmes J-289.491 7(g)5.67535(e)-4.012ti sãm papra 1(r)27585(o)-4.33117(ba)5.6664 -20.64963117( )-162.26(c)5.6664(s)-0.295585(,)-2.16558337(g)5.67474nlo d
32
em estudo realizado com suínos, e por OPALISNI (2006), trabalhando com aves, os
quais relatam aumento nos valores de EM em animais recebendo dietas com menor
tamanho de partículas.
Tabela 5 Análise de regressão polinomial do consumo de matéria seca e dos
coeficientes de digestibilidade aparente das dietas experimentais.
P
Parâmetro
L Q
r
2
Equação
Consumo de matéria seca NS NS 0,01 -
Matéria seca NS NS 0,04 -
Proteína bruta <0,01 NS 0,22 y = 94,82 – 42,05x
Extrato etéreo ácido <0,01 NS 0,12 y = 86,57 – 35,02x
Fibra bruta <0,01 NS 0,51 y = - 25,30 + 181,88x
Extrativos não nitrogenados <0,01 NS 0,36 y = 102,48 – 48,42x
Energia metabolizável (kcal/kg) <0,01 NS 0,37 y = 3597,56 – 1697,00x
P - Probabilidade para efeitos linear (L) e quadrático (Q), NS - Não significativo, r
2
- Coeficiente de
determinação.
Outro importante aspecto na nutrição de cães é a avaliação da qualidade das
fezes produzidas, uma vez que os proprietários dos animais priorizam rações que
possibilitam fezes de consistência adequada, de forma a facilitar a higienização do
ambiente nos quais os animais são criados. A avaliação do escore das fezes revelou
que o aumento da granulometria para DGM 588µm resultou em menor escore fecal,
tornando as fezes mais líquidas (Tabela 6). No entanto, os escores de fezes de cães
alimentados com as rações com DGMs de 468, 476 e 499µm não diferiram entre si.
Avaliando dietas com ingredientes amiláceos, BAZOLLI (2007), obteve resultados
semelhantes, encontrando menor escore fecal em cães alimentados com dietas com
maior DGM das partículas.
33
Tabela 6 – Escore das fezes dos animais recebendo as dietas com diferentes DGM.
DGM (µm)
Parâmetro
468 476 499 588
CV (%)
Escore de fezes 3,97 a 3,92 a 3,80 a 3,28 b 5,20
DGM – Diâmetro geométrico médio. CV - Coeficiente de variação.
a ,b
Médias seguidas de diferentes letras diferem entre si segundo o teste Tukey a 5%
A discussão acerca dos resultados obtidos pode apresentar impacto direto
sobre as indústrias de produção de ração, uma vez que indicam o melhor
processamento dos ingredientes utilizados e seu real reflexo sobre a nutrição de
cães.
2.4 CONCLUSÕES
As moagens mais finas dos ingredientes das rações extrusadas resultaram
em melhor aproveitamento dos nutrientes, maior eficiência da utilização de energia e
melhor qualidade das fezes nos cães. O grau de moagem dos ingredientes é uma
variável importante a ser considerada no processo industrial, visto que apesar da
menor granulometria da ração melhorar a digestibilidade dos nutrientes, há um maior
gasto de energia e menor eficiência do processo produtivo na fábrica. Sendo assim,
são necessários mais estudos sobre dietas com diferentes granulometrias para
cães, principalmente quanto à avaliação de diferentes ingredientes, taxa de
passagem, qualidade do extrusado e ao “ponto ótimo” entre digestibilidade e
eficiência produtiva na fábrica de ração.
LITERATURA CITADA
AAFCO Association of American Feed Control Officials. Official Publication,
2004.
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methods of analysis. 16. ed. Arlington, AOAC International, 1995.
34
BAZOLLI, R.S. Influência do grau de moagem de ingredientes amiláceos
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35
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