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ALIAÇÃO
DE
CUSTOS
DE
ÁGUA
E
ENERGIA
ELÉTRICA
PARA
FRUTÍFERAS
IRRIGADAS
NO
NORDESTE
BRASILEIRO
SOAHD ARRUDA RACHED FARIAS
Campina Grande
-
Paraíba
Outubro
, 2006
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AVALIAÇÃO
DE
CUSTOS
DE
ÁGUA
E
ENERGIA
ELÉTRICA
PARA
FRUTÍFERAS
IRRIGADAS
NO
NORDESTE
BRASILEIRO
TESE
SOAHD ARRUDA RACHED FARIAS
Campina Grande
,
Paraíba
Outubro
, 2006
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Farias, Soahd Arruda Rached
2006
A
A
valiação de custos de água e energia el
étrica para frutíferas irrigadas no Nordeste
brasileiro/ Soahd Arruda Rached Farias.
- Campina Grande, 2006.
127f. : il.
Referências.
Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola)
Uni
versidade Federal de Campina
Orientadores: Prof º. Dr. José Dantas Neto e Prof º. Dr. Hamilton Medeiros de
Azevedo
.
1
- Planejamento agrícola 2- Demanda de
irrigação 3
- Projeto de irrigaç
ão
I
- Título
CDU
iv
AVALIAÇÃO
DE
CUSTOS
DE
ÁGUA
E
ENERGIA
ELÉTRICA
PARA
FRUTÍFERAS
IRRIGADAS
NO
NORDESTE
BRASILEIRO
SOAHD ARRUDA RACHED FARIAS
ENGENHEIRA
AGRÍCOLA
E
ADMINISTRADORA
DE
EMPRESAS
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Agrícola da
Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG, PB), em cumprimento “às exigências
para obtenção do título de Doutora em
Engenharia Agrícola
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
LINHA DE PESQUISA: ENGENHARIA DE IRRIGAÇÃO E
DRENAGEM
ORIENTADORES
DR. JOSÉ DANTAS NETO
DR. HAMILTON MEDEIROS DE AZEVEDO
CAMPINA GRANDE, PB
Outubro, 2006
v
PARECER DE JULGAMENTO DA TESE DA DOUTORANDA
SOAHD ARRUDA RACHED FARIAS
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:
A
Avaliação de custos de água e energia elétrica para frutíferas irrigadas no Nordeste
brasileiro
COMISÃO EXAMINADORA:
PARECER:
__________________________________________________ ____________________
P
rof
º.
Dr.
José Dantas Neto
Orientador
__________________________________________________ ____________________
Prof º
. Dr.
Hamilton Medeiros
de
Azevedo
-
Orientador
_________________________________________________ ____________________
Profª. Drª.
Vera Lúcia Antunes de Lima
Examinador
a
__________________________________________________ ____________________
Profº
. Dr.
Carlos Alberto
Vieira
Azevedo
-
Examinador
__________________________________________________ ____________________
Profº
. Dr.
Kennedy Flávio Meira
de Lucena
-
Examinador
__________________________________________________ ____________________
Prof
º Dr
. Hermes
Alves de
Almeida
Examinador
Campina Grande
,
PB,
Outubro
de 2006
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A
A
vi
DEDICATÓRIA
A um velho homem
árabe
que me mostrou os
primeiros conhecimentos e paixão pela
terra
e,
mesmo com todo zelo
, proteção
e carin
ho de P
AI,
permitiu
à filha a liberdade plena na opção da
busca de conhecimentos na Engenharia Agrícola,
até então considerada rústica e masculinizada por
muitos
(In memória de Luiz Abdala Rached -
Farid
)
vii
AGRADECIMENTOS:
Agradeço a esta energia maravilho
sa
chamada DEUS, que me confiou uma missão de
vida
;
agradeço
-
Lhe
por cada descoberta, cada inspiração, cada dia, e sobretudo, me
iluminar
eternamente,
dando
-
me
discernimento para toma
r
decis
ões
.
Ao Professor Dr. José Dantas Neto, pelo O
rientador
-P
ai
que fo
i,
que me
chamava
atenção
, me orientava
, me incentiva
va
e me confortava
nos momentos certos
.
Ao orientador e Professor de Projetos de Irrigação, Dr. Hamilton Medeiros de Azevedo,
que sempre foi o meu marco de referência na Engenharia de Irrigação e projetos irrigados,
a quem
sou grata
pelo aprendizado contínuo
,
ao ouvir suas
orientações
.
Ao Professor Dr. José Geraldo de Vasconcelos Baracuhy que me
incentivou
a volta à
Universidade, possibilit
ando
-
me
apoio logístico para
diversas
pesquisas
, projetos, além do
desenvolvimento da minha Tese, e pelo qual tenho grande estima fraternal
.
À UFCG e
a
todos
os professores do
UAE
Ag que, no meu retorno após 14 anos de
graduação, venho como filha, receber novos ensinamentos e respostas para as dúvidas
de
que padecia, em e
special
à Professora Vera Lúcia Antunes de Lima, além d
e
todos os
funcionários do
UAEA
g que sempre foram de grande presteza nas necessidades quando
tinha alguma necessidade de convocá-
los
, em especial a nossa querida e atenciosa
secretária Rivanilda
.
Aos professores da banca examinadora, Profº. Dr.Carlos Alberto
Vieira
Azevedo
,
Profº.
Dr. Kennedy Flávio Meira de Lucena e
Prof
o
Dr. Hermes Alves de Almeida, pela valiosa
contribuiç
ão
nas sugestões para est
e trabalho.
A CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,
pela
concessão da bolsa de doutorado, sem a qual tal objetivo não seria alcançado com tanta
dedicação.
A todos os colegas que passaram no mestrado e doutorado em 2002.1, em especial aos
que mudaram de nível, juntamente comigo: Eliezer, Genival, Mário, Ridelson, Severino e
Vanda que
se
engajaram num objetivo de elevação para doutorado, o que rendeu frutos
desta união
, além dos colegas
Magnólia, Sérvulo, Ivandelson,
Francisco Cordão,
Josinaldo,
Betânia, Fabiana, Amanda,
Maria
Leide
, Glauber, Carolino, Cleiton,
Valdir
, Rogério,
Madalena
, Jorge, Reginaldo, Paulo, Germana, ... e tantos outros que me agraciaram com
um pouco da viv
ê
ncia de cada um.
Ao
CEDAC
- Centro de Desenvolvimento, Difusão e Apoio Comunitário, onde me
foi
dado
apoio
logístico para realização dos trabalhos das disciplinas e pela descontração,
viii
especialmente,
pel
a
amizade
sincera de Maria Betânia Rodrigues Silva, W
ilma
Azevedo
,
Aline Ferreira da Costa, Dijaneide Gonçalves Ramos, Sidcley Castro Ferreira, Weyne
Almeida de
Melo,
Eronildes
Bezerra
e
Josilda Xavier
.
Ao
P
rofessor
Marcos Antonio Firmino Batista que por este e tantos outros projetos,
desenvolveu uma
grande
parceria de revisão de trabalho com esmero, de forma lustrosa e
de sucesso
.
Aos amigos e Engenheiros Agrícolas, Antonio Fernando de Holanda, José Everardo
Barbosa Silva e José Diniz das Neves, pelo acréscimo fabuloso de informações obtida
s
durante
minha vida profissional
.
A minha mãe, Lindalva Arruda Rached, presença marcante na minha vida, além d
o
apoio
à
criaç
ão de meus filhos
nos momentos
de minha
dedica
ção
à
pesquisa deste trabalho
e de tantos outros
momentos da
minha
vida
.
A meu esposo Flávio Alex Farias, pela capacidade de entender minhas necessidades
profissionais e por todos os momentos de dificuldades e da minha ausência, em
decorrência deste objetivo.
A meus filhos, Raid Ícaro Rached Farias e Girrad Nayef Rached Farias, que tiveram
suficiente
maturidade antes dos 10 anos, em me incentivar a terminar este trabalho,
compartilhar
e
cobrar
,
como
também
enten
der
a razão
da minha ausência.
Ao
programa de planilha eletrônica
“Excel”, que esteve
sempre
presente, me apoiando
e
apresentando
soluções para os meus questionamentos, sempre “atencioso, rápido e
preciso
, um verdadeiro
cúmplice
no trabalho da elaboraçã
o da Tese.
ix
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS......................................................................................................
xiv
LISTA DE QUADROS.....................................................................................................
xvii
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................
xviii
RESUM
O........................................................................................................................... xx
ABSTRACT......................................................................................................................
xxi
1.0. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 1
1.1. Objetivos...................................................................................................................... 3
1.2. Objetivos específicos...................................................................................................
3
2.0. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................... 4
2.1.
Agricultura Irrigada.....................................................................................................
4
2.2. Projeto agrícola irrigado..............................................................................................
5
2.3. Demanda de água e energia elétrica na irrigação........................................................ 6
2.4. Qualidade da água na irrigação...................................................................................
8
2.5. Consumo de água p
elas plantas ..................................................................................
9
2.6. Eficiência de irrigação ................................................................................................
10
2.7. Dados climáticos básic
os na irrigação.........................................................................
12
2.7.1. Evapotranspiração ....................................................................................................
13
2.7.2. Precipitação provável a ní
vel de 75% de probabilidade ...........................................
15
2.8. Culturas.........................................................................................................................
16
2.8.1. Cultura do coco..........................................................................................................
16
2.8.2. Cultura do mamão......................................................................................................
21
2.8.3. Cultura da banana .....................................................................................................
25
2.9.Tarifa de energia............................................................................................................
30
2.10. Cobrança do uso da
água na irrigação........................................................................
32
2.10.1. Valores cobrados .................................................................................................... 34
2.10.2. Impacto da cobrança pelo uso da água ..................................................................
36
2.11. Dimensionamento de sistema de irrigação ...............................................................
38
2.11.1. Sistema localizado por microaspersão....................................................................
39
2.11.2.Sistema de irrigação por aspersão............................................................................
40
3.0. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................
41
3.1. Dados Básicos para elaboração do projeto.................................................................
41
3.1.1. Localização e critério de escolha dos municí
pios da pesquisa..................................
41
3.1.1.1. Estado do Ceará.....................................................................................................
41
3.1.1.2. Estado do Rio Grande do Norte.............................................................................
42
3.1.1.3. Estado da Paraíba.................................................................................................. 43
3.1.1.4. Estado de Pernambuco..........................................................................................
43
3.1.1.5. Estado de Alagoas................................................................................................. 43
3.1.1.6. Estado de Sergipe..................................................................................................
44
3.1.2. Dados climáticos dos locais.....................................................................................
44
3.1.2.1. Classificação climática......................................................................................... 44
3.1.2.1.1. Localização dos Postos Pluviométricos............................................................
45
3.1.2.1.2. Dados de
Evapotranspiração e Precipitação......................................................
45
3.1.3. Dados das culturas ................................................................................................. 46
3.1.3.1. Coeficientes de correção par
a obtenção da lâmina de água por cultura..............
46
x
3.1.4. Critérios para o dimensionamento dos sistemas de irrigação .................................
49
3.1.5. Valores de tarifa de energia e á
gua............................................................................
51
3.1.5.1. Tarifas de energia rural..........................................................................................
51
3.1.5.2. Tarifas de água para irrigação...............................................................................
51
3.2. Desenvolvimento de Planilha eletrônica para obtenção dos dados para análise........
51
3.2.1. Desenvolvimento de resultados da concepção dos sistemas de irrigação.........
......
51
3.2.2. Área máxima a ser irrigada .......................................................................................
55
3.2.3. Desenvolvimento de resultados para obtenção das demandas de energia e água
57
3.3. Interpretaçã
o dos resultados........................................................................................
59
3.3.1. Área máxima a ser irrigada......................................................................................
59
3.3.2. Estatística desc
ritiva ...............................................................................................
59
3.3.3. Impacto da cobrança da água e da energia...............................................................
60
3.3.3.1 Simulação do impacto econô
mico na cobrança de energia.....................................
60
3.3.3.2. Simulação do impacto econômico na cobrança de água......................................
60
4.0.RESULTADOS E DISCUSSÃ
O................................................................................
61
4.1. Caracterização de evapotraspiração e precipitação dos municípios..........................
61
4.2. Concepção do Projeto................................................................................................
64
4.2.1. Irrigação por microaspersão................................................................................... 64
4.2.2. Irrigação por aspersão..............................................................................................
65
4.3. Avaliação do manejo de irrigação localizada (microaspersão) para as culturas.........
66
4.4. Vazões nominais de emissores para todos locais do estudo com JD 18 h d
-1
............ 69
4.4.1. Irrigaçã
o Localizada por microaspersão...................................................................
69
4.4.2. Irrigação por Aspersão..............................................................................................
70
4.5.Possíveis áreas a sere
m irrigadas através dos dois sistemas de irrigação.....................
70
4.6. Avaliação da demanda de irrigação...........................................................................
74
4.6.1. Irrigação localizada por microaspersão.......................... ........................................
74
4.6.2. Irrigação por aspersão..............................................................................................
78
4.6.3. Equação geral de demanda de irrigação bruta por aspersã
o para cada localidade..
81
4.7. Avaliação da demanda de energia...............................................................................
82
4.7.1. Irrigação localizada por microaspersão.......................... ........................................
83
4.7.2. Irrigação por aspersão..............................................................................................
86
4.8. Avaliação dos custos de energia.................................................................................
88
4.8.1. Irrigação por microaspersão.................................................................................... 88
4.8.2. Irrigação por aspersão..............................................................................................
92
4.9. Custos das culturas irrigadas com inclusão do custo de energia................................ 94
4.9.1. Irrigação localizada por microaspersão....................................................................
94
4.9.2. Irrigação por aspersão.....
...................................................................................
96
4.9.3. Impacto econômico da cobrança de energia na conta de manutenção das culturas.
97
4.9.4. Avaliação dos custos de manutenção das culturas em comparação com o uso
dos
dois sistemas....................................................................................................................
98
4.9.4.1. Custos totais de manutenção do Coco anão (II ano) para os dois sistemas de
irrigação...........................................................................................................................
99
4.9.4.2. Custos totais de manutenção do Mamão havaí (III ano) para os dois sistemas de
irrigaçã
o...........................................................................................................................
101
4.9.4.3. Custos totais de manutenção da banana pacovã (II e III ano) para os dois
sistemas de irrigação..........................................................................................................
102
4.10. Custos das culturas irrigadas com simulação de cobrança de água...........................
103
xi
4.10.1. Coco anão e os custos totais de manutenção do 2º ano da c
ultura........................
103
4.10.2. Mamão havaí e os custos totais de manutenção do 2º ano da cultura....................
106
4.10.3. Banana pacovã e os custos totais de manutenção dos 2º e 3º anos da cultura. ..... 109
4.11. Impacto econô
mico decorrente da cobrança de água...............................................
112
4.11.1. Avaliação dos valores da água com relação ao custo de energia ............................
114
4.11.2. Impacto econômico nos custos de manutenção da cultura...
...................................
116
4.11.3. Quanto o produto agrícola é comprometido pelo pagamento da água de irrigação
118
5.0. CONCLUSÃO..............................................................................................................
120
6.0. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................................
122
7.0. APENDICE.................................................................................................................. 127
7.1. Irrigação localizada...................................................................................................... **
7.1.1.Touros, RN................................................................................................................. **
7.1.1.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.1.1.2.Mamão.................................................................................................................... **
7.1.1.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.2.Açu, RN..................................................................................................................... **
7.1.1.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.1.1.2.Mamão.................................................................................................................... **
7.1.2.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.3.Natal, RN................................................................................................................... **
7.1.3.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.1.3.2.Mamão.................................................................................................................... **
7.1.3.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.4.Campina Grande, PB.................................................................................................
**
7.1.4.1.Coco anão..............................................................................................................
**
7.1.4.2.Mamão................................................................................................................... **
7.1.4.3
.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.5.Sousa, PB................................................................................................................... **
7.1.5.1.Coco anão.............................................................................................................. **
7.1.5.2.Mamão................................................................................................................... **
7.1.5.3.Banana pacovã.........................................................................................................
**
7.1.6.Mamanguape, PB.....................................................................................................
**
7.1.6.1.Coco anão.............................................................................................................. **
7.1.6.2.Mamão................................................................................................................... **
7.1.6.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.7.Maceió, AL................................................................................................................ **
7.1.7.1.Coco anão.............................................................................................................. **
7.1.7.2.Mamão................................................................................................................... **
7.1.7.3.Banana pacovã
.......................................................................................................
**
7.1.8. Aracaju, SE...............................................................................................................
**
7.1.8.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.1.8.2.Mamão.....................................................................................................................
**
7.
1.8.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.9.Pacatuba, SE..............................................................................................................
**
7.1.9.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.1.9.2.Mamão................................................................................................................... **
xii
7.1.9.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.1.10.Canindé do São Francisco, SE................................................................................ **
7.1.10.1.Coco anão............................................................................................................. **
7.1.10.2.M
amão..................................................................................................................
**
7.1.10.3.Banana pacovã.....................................................................................................
**
7.1.1
1.Aracati, CE...............................................................................................................
**
7.1.11.1.Coco anão............................................................................................................. **
7.1.11.2.Mamão...................................................................................................................
**
7.1.11.3.Banana pacovã......................................................................................................
**
7.1.12.Acaraú, CE............................................................................................................... **
7.1.12.1.Coco anão.............................................................................................................. **
7.1.12.2.Mamão...................................................................................................................
**
7.1.12.3.Banana pacovã......................................................................................................
**
7.1.13.Jaguaribe, CE............................................................................................................
**
7.1.13.1.Coco anão..............................................................................................................
**
7.1.13.2.Mamão.................................................................................................................. **
7.1.13.
3.Banana pacovã.....................................................................................................
**
7.1.14.Petrolina, PE............................................................................................................
**
7.1.14.1.Coco anão............................................................................................................. **
7.1.14.2.Mamão................................................................................................................. **
7.1.14.3.Banana pacovã.....................................................................................................
**
7.2. Irrigação por aspersão..............................................................................................
**
7.2.1.Touros, RN................................................................................................................. **
7.2.1.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.2.1.2.Mamão................................................................................................................... **
7.21.3.Banana pacovã.........................................................................................................
**
7.2.2.Açu, RN..................................................................................................................... **
7.2.1.1.Coco anão...............................................................................................................
**
7.2.1.2.Mamão................................................................................................................... **
7.2.2.
3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.2.3.Natal, RN.................................................................................................................. **
7.2.3.1.Coco anão.............................................................................................................. **
7.2.3.2.Mamão................................................................................................................... **
7.2.3.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.2.4.Campina Grande, PB.................................................................................................
**
7.2.4.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.2.4.2.Mamão................................................................................................................... **
7.2.4.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.2.5.Sousa, PB.................................................................................................................. **
7.2.5.1.Coco anão.............................................................................................................. **
7.2.5.2.Mamão................................................................................................................... **
7.2.5.3.Banana pacovã
......................................................................................................
**
7.2.6.Mamanguape, PB.....................................................................................................
**
7.2.6.1.Coco anão..............................................................................................................
**
7.2.6.2.Mamão.................................................................................................................. **
7.2.6.3.Banana
pacovã........................................................................................................
**
xiii
7.2.7.Maceió, AL................................................................................................................ **
7.2.7.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.2.7.2.Mamão.................................................................................................................... **
7.2.7.3.Banana pacovã........................................................................................................
**
7.2.8.Aracaju, SE.................................................................................................................
**
7.2.8.1.Coco anão................................................................................................................ **
7.2.8.2.Mamão.................................................................................................................... **
7.2.8.3.Banana pacovã........................................................................................................
**
7.2.9.Pacatuba, SE..............................................................................................................
**
7.2.9.1.Coco anão............................................................................................................... **
7.2.9.2.Mamão.....................................................................................................................
**
7.2.9.3.Banana pacovã.......................................................................................................
**
7.2.10.Canindé do São Francisco, SE................................................................................ **
7.2.10.1.Coco anão............................................................................................................. **
7.2.10.2.Mamão.................................................................................................................. **
7.2.10.3.Banana pacovã.....................................................................................................
**
7.2.11.Aracati, CE..............................................................................................................
**
7.2.11.1.Coco anão............................................................................................................. **
7.2.11.2.Mamão.................................................................................................................. **
7.2.11.3.Banana pacovã.....................................................................................................
**
7.2.12.Acaraú, CE.............................................................................................................. **
7.2.12.1.Coco anão............................................................................................................. **
7.2.12.2.Mamão.................................................................................................................. **
7.2.12.3.Banana pacovã
.....................................................................................................
**
7.2.13.Jaguaribe, CE..........................................................................................................
**
7.2.13.1.Coco anão............................................................................................................
**
7.2.13.2.Mamão................................................................................................................. **
7.2.13.3.Ban
ana pacovã..................................................................................................... **
7.2.14.Petrolina, PE...........................................................................................................
**
7.2.14.1.Coco anão........................................................................................................... **
7.2.14.2.Mamão................................................................................................................ **
7.2.14.3.Banana pacovã...................................................................................................
**
xiv
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1.Consumo de água e energia elétrica para diferentes culturas em um ano.....
8
Tabela 2.2. Eficiência de irrigação e consumo de energia de diferentes métodos de
irrigação............................................................................................................................
12
Tabela 2.3. Dados de produção, valores e área do plantio do coqueiro nos municípios
do estudo e seu entorno, para a produção agrícola de 2002 (IBGE, 2005)...................... 18
Tabela 2.4. Dados de custo de Implantação da cultura do coco anão irrigado, sem
valores de adubo químico, energia e preço da água.........................................................
19
Tabela 2.5: Dados de custo de manutenção do 2º ano da cultura do coco anão irrigado,
sem valores de adubo químico, energia e preço da água..................................................
20
Tabela 2.6. Coco Verde
-
Preços Recebidos pelos Produtores (R$/Unidade)..................
21
Tabela 2.7. Dados de produção, valores e área do plantio do mamoeiro nos municípios
em estudo e seu entorno, para a produção do mamão em 2002 (IBGE, 2005)................
22
Tabela 2.8. Dados de custo de implantação da cultura do mamão havaí irrigado, sem
valores de adubo químico, energia e preço da água.........................................................
23
Tabela 2.9. Dados de custo de manutenção dos 2º e anos da cultura do mamão
havaí irrigado, sem valores de adubo químico, energia e preço da água.........................
24
Tabela 2.10. Dados de produção, valores e área do plantio da bananeira nos
municípios em estudo e seu entorno, para a produç
ão de 2002........................................
27
Tabela 2.11. Dados de custo de implantação da cultura da banana pacovã irrigado,
sem valores de adubo químico, energia e preço da água..................................................
28
Tabela 2.12. Dados de custo de manutenção dos e anos da cultura da banana
pacovã irrigado, sem valores de adubo químico, energia e preço da água......................
29
Tabela 2.13. Valores de tarifa simples rural aplicados nos respectivos municípios no
2º sem
estre do ano de 2005, sem atribuições de impostos de CONFINS+PIS+ICMS....
32
Tabela 2.14. Custo unitário de Operação e manutenção (O&M) na bacia do Jaguaribe,
valores em R$ para 1000 m
3
............................................................................................ 35
Tabela 2.15. Preços da água para o Estado do Ceará, segundo Decreto Estadual
27.271/03, para o irrigante..............................................................................................
36
Tabela 3.1. Postos pluviométricos com suas respectivas coordenadas geográficas e
série de anos pluviais......................................................................................................
45
Tabela 3.2. Dados de precipitação pluvial média e provável a nível de 75% de
probabilidade de ocorrer nos meses do ano................................................................... 46
Tabela 3.3. Médias diárias de Evapotranspiração potencial em mm d
-1
, estimadas pelo
método de Hargreaves, para
diversas localidades............................................................
46
Tabela 3.4. Dados de coeficiente de cultivo (Kc)............................................................
47
Tabela 3.5. Dados de coeficientes de cobertura vegetal (Ks
)...........................................
47
Tabela 3.6. Recomendações de adubação e custo por ha
-1
ano
-1
para as culturas do
coco anão, mamão havaí e Banana pacova.......................................................................
48
xv
Tabela 3.7. Explicativo do Quadro 3.5, com seqüência de fórmulas necessárias para o
seu preenchimento...........................................................................................................
54
Tabela 3.8. Explicativo do Quadro 3.6, com seqüência de fórmulas necessárias para o
seu preenchimento...........................................................................................................
58
Tabela 3.9. Explicativo do Quadro 3.7, com seqüência de fórmulas necessárias para o
seu preenchimento...........................................................................................................
59
Tabela 4.1. Valores de Hargreaves (1974a) para a evapotranspiração de referência e
precipitação provável em nível de 75% de probabilidade de ocorrer (Hargreaves,
1973) nos municípios em análise.....................................................................................
61
Tabela 4.2. Parâmetros do projeto de irrigação localizado por microaspersão,
utilizando os dados de maior evapotranspiração diária, para o município de Petrolina,
PE, cidade que apresenta a maior demanda de irrigação entre as localidades
estudadas.......................................................................................................................... 64
Tabela 4.3. Parâmetros do projeto de irrigação por aspersão, utilizando-se os dados de
maior evapotranspiração diária, para o município de Petrolina, PE, cidade que
apresenta a maior demanda de irrigaçã
o entre as localidades estudadas..........................
65
Tabela 4.4. Resultados máximos de necessidade de irrigação diária líquida e bruta
para as culturas e respectivos municípios com base na maior evapotranspiração de
cada local do estudo, sem se c
onsiderar reduções decorrentes de precipitação..............
66
Tabela 4.5. Resultados máximos de tempo de funcionamento das unidades
operacionais e jornada máxima diária de irrigação das culturas com seus respectivos
municípios........................................................................................................................ 68
Tabela 4.6. Valores obtidos através de simulação de vazão do sistema e dos
microaspersores para um projeto de irrigação localizado por microaspersão, para tod
os
os municípios na condição de todos os projetos ficarem com o funcionamento diário
máximo de 18 horas, com base na maior evapotranspiração diária de cada local...........
69
Tabela 4.7. Valores obtidos através de simulação de vazão do sistema e dos aspe
rsores
para um projeto de irrigação por aspersão para todos os municípios na condição de
todos os projetos ficarem com o funcionamento diário máximo de 18 horas, com base
na maior evapotranspiração diária de cada local..............................................................
70
Tabela 4.8. Área máxima a ser irrigada (A) em ha nos sistemas de irrigação
pressurizada (aspersão e microaspersão) em função da evapotranspiração de referência
máxima do local (ETo), para as culturas, coco, mamão e banana em di
ferentes
jornadas diárias de irrigação (JD) ....................................................................................
71
Tabela 4.9. Demanda Bruta em irrigação localizada por microaspersão para as culturas
do coco anão, mamão e Banana pacovã, atribuindo-se uma eficiência de aplicação do
sistema de 90%............................................................................................................... 75
Tabela 4.10. Demanda Bruta anual em irrigação por aspersão para as culturas do
coco
anão, mamão e Banana pacovã, atribuindo-se uma eficiência de aplicação do sistema
de 75%..............................................................................................................................
79
Tabela 4.11. Equações lineares obtidas a partir dos valores de demanda das culturas
do coco anão (Kc=0,8), mamão (Kc=0,7) e Banana pacovã (Kc=1,0), atribuindo-
se
uma eficiência de aplicação do sistema de 75% nos municípios do estudo.....................
82
xvi
Tabela 4.12. Demanda de energia para irrigação localizada por microaspersão para as
culturas do coco anão, mamão e banana pacova.............................................................
84
Tabela 4.13. Demanda de energia para irrigação por aspersão para as culturas do coco
anão
, mamão e Banana pacova.........................................................................................
86
Tabela 4.14. Custo de energia para irrigação localizada por microaspersão para as
culturas do coco anão, mamã
o e banana pacova.............................................................. 89
Tabela 4.15. Custo de energia para irrigação por aspersão para as culturas do coco
anão, mamão e Banana pacovã........................................................................................
92
Tabela 4.16. Custo de manutenção das culturas nos e/ou anos, incluindo-se a
energia para irrigação por microaspersão para as culturas do coco anão, mamão e
banana pacova.................................................................................................................. 95
Tabela 4.17. Custo de manutenção das culturas nos e/ou anos, incluindo-se a
energia para irrigação por aspersão para as culturas do coco anão, mamão e banana
pacova..............................................................................................................................
97
Tabela 4.18. Incremento, em percentual, do custo da energia nos custos das culturas
nos e/ou anos, para os dois sistemas pressurizados, e respectivas
culturas.............................................................................................................................
98
Tabela 4.19. Diferença de Custo de energia (economia financeira) quando da opção de
se utilizar o sistema por microaspersão comparado com o custo de irrigação por
aspersão para as culturas do coco anão, mamão e banana pacova..................................
99
Tabela 4.20. Equação do custo total de manutenção da cultura do coco anão (CMT),
incluindo
-se a energia para irrigação e adubo químico no ano, em função da Tarifa
da água (x) para os locais do estudo................................................................................
104
Tabela 4.21. Equação do custo de manutenção da cultura do mamão havaí (CMT)
incluindo
-se a energia para irrigação e adubo químico, no ano, em função da tarifa
da água (x) para os locais do estudo................................................................................
107
Tabela 4.22. Equação do custo de manutenção da cultura da banana pacovã (CMT)
incluindo
-se a energia para irrigação e adubo químico, nos 2 e anos, em função do
custo de água (x) para os locais do estudo....................................................................... 110
Tabela 4.23. Custo da água em (R$ ha
-1
ano
-1
) para as culturas coco anão (C), mamão
(M) e Banana pacovã (B), para os locais do estudo e baseado em 5 preços diferentes
de tarifa de água em R$ por m
3
.........................................................................................
113
Tabela 4.24. Valores em percentual da relação do custo de água quanto ao custo de
energia, considerando-se 5 diferentes preços da água para cada um dos 14 municípios
estudados...........................................................................................................................
115
Tabela 4.25. Incremento, em percentual, do custo da água sobre os custos de
manutenção das culturas coco anão (C), mamão havaí (M) e banana pacovã (B), para
os locais do estudo bas
eado em 5 preços diferentes de tarifa de água em R$ por m
3
..... 117
Tabela 4.26. Produção comprometida pela cobrança de água, com base em 5 preços
diferentes de tarifa de água em R$ por m
3
considerando-se preço médio das culturas
coco anão (C) em unidade
do fruto, mamão havaí (M) em kg do fruto e banana pacovã
(B) em kg do Fruto, para os locais do estudo...................................................................
119
xvii
LISTA DE QUADROS
Quadro 3.1. Planilha EXCEL, contendo informações para gerar tabela de manejo do
projeto de irrigação localizado, gerados a partir de vazão do emissor estabelecida pela
concepção do projeto, além de outros valores inseridos (campo cinza) para o local e
cultura................................................................................................................................
52
Quadro 3.2. Planilha EXCEL, contendo informações para gerar tabela de manejo do
projeto de irrigação por aspersão, gerados a partir de vazão do emissor estabelecida p
ela
concepção do projeto, além de outros valores inseridos (campo cinza) para o local e
cultura................................................................................................................................
52
Quadro 3.3. Planilha EXCEL, contendo informações de concepção do projeto de
irrigação localizado, gerados a partir da lâmina máxima a ser aplicada (crítica) e outros
valores inseridos (campo cinza) para o local e cultura, em busca de se obter a vazão
esta
belecida pelo estudo......................................................................................................
53
Quadro 3.4. Planilha EXCEL contendo informações de concepção do projeto de irrigação
por aspersão, gerados a partir da lâmina máxima a ser aplicada (crítica) e outros valores
inseridos (campo cinza) para o local e cultura, em busca de obter a vazão estabelecida
pelo estudo......................................................................................................
53
Quadr
o 3.5. Informações da planilha EXCEL, contendo tabela de manejo do projeto de
irrigação localizado ou aspersão, após preenchido o Quadro 3.6 ou 3.7 para o local e
cultura, conforme seqüência apresentada na Tabela 3.7...................................................
54
Quadro 3.6. Informações da planilha EXCEL, contendo dados climáticos, considerando-
se lâmina de lixiviação de manutenção, caracterizando a necessidade de irrigação líquida,
independente do sistema de irrigação conforme metodologia de cálculo de Azevedo
(1997).................................................................................................................
57
Quadro 3.7. Quadro de análise técnico
-
econômica para o local e cultura, independente do
sistema de irrigação, preenchido de acordo com a seqüência de fórmulas apresentado na
Tabela 3.9......................................................................................................................
58
xviii
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1. Preço médio anual de 1995 a 2005 do mamão havaí, expresso em R$ kg
-1
,
para o Estado do Ceará, CE. Fonte SIGA/SEAGRI, 2006..............................................
25
Figura 2.2. Variações dos preços médios anuais de 1995 a 2005 da Banana pacovã,
expresso em
R$ kg
-1
, para o Estado do Ceará, CE. Fonte SIGA/SEAGRI, 2006............ 30
Figura 3.1. Localização dos 06 Estados e dos 14 municípios do estudo (pontos pretos)
41
Figura. 4.1. Evapotranspiração anual (Hargreaves, 1974b) e Precipitações prováveis a
vel de 75% de probabilidade anual (Hargreaves, 1973)................................................
63
Figura. 4.2. Média dos climas Seco-Úmido, Semi-Árido, Árido e Muito dos
parâmetros de evapotranspiração anual (Hargreaves, 1974b) e Somatório mensal
(a
nual) das precipitações prováveis a nível de 75% de probabilidade (Hargreaves,
1973)................................................................................................................................ 63
Figura 4.3. Histograma de Necessidade Líquida de Irrigação diária em litros por
planta, considerando
-
se um dia de descanso semanal para irrigação..............................
67
Figura 4.4. Histograma de Necessidade Bruta de Irrigação diária em litros por planta,
considerando
-se um dia de des
canso semanal para irrigação..........................................
67
Figura 4.5. Tempo por unidade Operacional (h.UO
-1
).....................................................
68
Figura 4.6. Tempo diário máximo de irrigação considerando-se o mês crítico de
evapotranspiração de cada local e se utilizando sistema de irrigação dimensionado
baseado no funcionamento máximo de 18 horas para o município de Petrolina (h.d
-1
) 68
Figura 4.7. Área passível de ser irrigada (A) em função da evapotranspiração de
referência (ETo) para vários volumes (VDS) disponíveis (m
3
d
-1
) para a cultura do
coco anão A) utilizando-se o sistema de irrigação por microaspersão; B) e o sistema
de irrigação por aspersão................................................................................................
72
Figura 4.8. Área passível de ser irrigada (A) em função da evapotranspiração de
referência (ETo) para vários volumes (VDS) disponíveis (m
3
d
-1
) para a cultura da
Banana pacovã A) utilizando-se o sistema de irrigação por microaspersão; B) e o
sistema de irrigação por aspersão.................................................................................... 73
Figura 4.9. Área passível de ser irrigada (A) em função da evapotranspiração de
referência (ETo) para vários volumes (VDS) disponíveis (m
3
d
-1
) para a cultura do
mamão A) utilizando-se o sistema de irrigação por microaspersão; B) e o sistema de
irrigação por aspersão......................................................................................................
73
Figura 4.10. Demanda bruta de irrigação localizada por microaspersão em m
3
ha
-1
ano
-
1
para culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para os 14 municípios
estudados......................................................................................................................... 77
Figura 4.11. Demanda bruta de irrigação localizada por microaspersão em m
3
ha
-1
ano
-
1
para as culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para 3 climas diferentes do
Nordeste brasileiro..........................................................................................................
77
Figura 4.12. Demanda bruta de irrigação por aspersão em m
3
ha
-1
ano
-1
para as
culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para os 14 municípios estudados........
81
xix
Figura 4.13. Demanda bruta de irrigação por aspersão em m
3
ha
-1
ano
-1
para as
culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para 03 climas diferentes....................
81
Figura 4.14. Demanda de energia para irrigação localizada em kW ha
-1
ano
-1
para as
culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para os 14 municípios estudados........
85
Figura 4.15. Média de demanda de energia para irrigação localizada em kW ha
-1
ano
-1
para o 03 locais com caracteristicas climáticas diferentes, para as culturas do coco
anão, mamão e banana pacova.........................................................................................
85
Figura 4.16. Demanda de energia para irrigação por aspersão em kW ha
-1
ano
-1
para as
culturas do coco anão, mamão e banana
pacovã, para os 14 municípios estudados.......
87
Figura 4.17. Média de demanda de energia para irrigação por aspersão para 03 climas
diferentes e para as culturas do coco anão, mamão e banana pacova.............................
87
Figura 4.18. Custo de energia para irrigação localizada por microaspersão em R$ ha
-1
ano
-1
para s culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para os 14 municípios
estudados...........................................................................................................................
91
Figura 4.19. Custo de energia para irrigação localizada por microaspersão em R$ ha
-1
ano
-1
considerando-se por região, para s culturas do coco anão, mamão e banana
pacova..............................................................................................................................
91
Figura 4.20. Custo de energia para irrigação por aspersão em R$ ha
-1
ano
-1
para as
culturas do coco anão, mamão e banana pacovã, para os 14 municípios estudados.......
94
Figura 4.21. Custo de energia para irrigação por aspersão em R$ ha
-1
ano
-1
por clima,
para as culturas do coco anão, mamão e banana pacova..................................................
94
Figura 4.22. Custos de manutenção da cultura do coco anão para o ano, incluindo-
se a energia, porém sem os custos de água.......................................................................
100
Figura 4.23. Custos de manutenção da cultura do mamão, para o 3º ano, incluindo
-
se a
energia, porém sem os cus
tos de água............................................................................. 101
Figura 4.24. Custos de manutenção da cultura da banana para os 2/3º anos, incluindo-
se a energia, porém sem os custos de água......................................................................
102
Figura 4.25. Custo de manutenção da cultura do coco anão irrigado (2º ano), com o
sistema de irrigação por microaspersão, com simulação para 5 preços de água bruta
em R$ m
-3
........................................................................................................................ 105
Figura 4.26. Custo de manutenção da cultura do coco anão irrigado (2º ano), com o
sistema de irrigação por aspersão, com simulação para 5 preços de água bruta em R$
m
-3
.................
106
Figura 4.27 Custo de manutenção da cultura do mamão havaí (3º ano) com o sistema
de irrigação por microaspersão, com simulação para 05 preços de água em R$ m
-3
......
108
Figura 4.28 Custo de manutenção da cultura do mamão havaí (3º ano) com o sistema
de irrigação por aspersão, com simulação para 5 preços de água em R$ m
-3
.................. 109
Figura 4.29 Custo de manutenção da cultura da banana pacovã (2/3º anos) com o
sistema de irrigação por microaspersão, com simulação para 05 preços de água em R$
m
-3
........... 111
Figura 4.30 Custo de manutenção da cultura da banana pacovã (2/3º anos) com o
sistema de irrigação por aspersão, com simulação para 5 preços de água em R$ m
-3
......
112
xx
RESUMO
Propõe
-se, no presente trabalho, uma avaliação de custos de energia e água, dentro do
planejamento agrícola irrigado
obtendo
-
se
, inicialmente, as demandas brutas de água e
energ
ia para as culturas do c
oco
anão
(Cocos nucifera L.), mamão (Carica papaya) e
b
anana
pacovã
(Musa spp) em14 municípios do Nordeste
Brasileiro
e se utilizando
dois
sistemas pressuridados, através de uma simulação de projeto agronômico de
irrigação
.
O
menor
consumo de água anual previsto para irrigação foi na localidade de Mamanguape
,
PB,
necessitando
-
se
apenas
de
37,4%; 35,5% e 41,4% respec
ti
vamente,
para as culturas de
coco anão, mamão e Banana
pacovã
, com relação ao consumo obtido na localidade de
maior consumo (
Petrolina,
PE
).
Obtiveram
-
se
áreas
potência
is para irrigação
empregando
-
se
o mesmo conjunto eletrobomba (7,5 CV e vazão de 22 m
3
h
-1
) para as culturas de coco
anão, mamão e b
anana
pacovã
, respectivamente, de 13,65 ha (localizada) e 4,54 ha
(aspersão
); 9,45 ha (localizada) e 5,18 ha (aspersão) e 6,25 ha (localizada) e 3,63
ha
(Aspersão).
A
crescente demanda de água e energia ocorreu praticamente combinada pela
escala de classificação climática de Hargreaves (1974b), onde percorreu a menor
necessidade
de complementação o
município
de Mamanguape, PB (Clima
Seco
-
Úmido),
seq
üenciado, Pacatuba, SE, Maceió, AL, Aracaju, SE, Natal, RN, Campina Grande, PB
,
posteriormente os município
s Acaraú
, CE
, Aracati
, CE
e Touros
, RN
de clima
Semi
-
Árido
,
Canindé de São Francisco, SE, Sousa, PB e Jaguaribe, CE com clima Árido e
Açu
, RN e
Petrolina
, PE classificados como de clima Muito Árido. A cultura do coco anão seria a
mais penalizada economicamente pela cobrança da água, em virtude do menor custo de
manutenção
com relação
às
outras duas culturas da análise. Os valores obtidos através
deste estudo poderão ser utilizados como parâmetros de planejamento agrícola irrigado,
com maior confiabilidade, quando as médias
obtidas,
for
em
agrupadas por
clima
e os
coeficientes de variação apresentar
em
valores baixos (menor que 10%), desde que tenham
características de dimensionamento semelhantes
às
deste trabalho. É importante observar
o comportamento de demanda de irrigação como forma de
se
avaliar
atribuições de tarifa
de água bruta, evitando possíveis distorções econômicas decorrentes de climas
diferenciados
em
uma mesma bacia hidrográfica.
xxi
ABSTRACT
It is considered, in the present work, an evaluation of costs of energy and water, inside of
the agricultural irrigated planning, getting at first the raw demands from water and energy
for the cultures of the dwarfed coconut (Cocos nucifera L.), papaya (Carica papaya) and
pacovã banana (Musa spp) in 14 cities from northeast Brazil and if used two pressured
systems, through a simulation of agronomic project of irrigation. The lesser foreseen
annual water consumption for irrigation was in the locality of Mamanguape, PB, needing
itself only 37.4%; 35.5% and 41.4% respectively, for the cultures of dwarfed coconut,
papaya and pacovã Banana, based on the consumption gotten in the locality of bigger
consumption (Petrolina, PE). Areas with good chance for irrigation had gotten the same
using electropumps (7.5 CV and 22 outflow of m
3
h
-1
) for the cultures of dwarfed coconut,
papaya and pacovã banana, respectively, of 13.65 ha (located) and 4.54 ha (aspersion);
9,45 ha (located) and 5,18 ha (aspersion) and 6.25 ha (located) and 3.63 ha (Aspersion).
The increasing demand of water and energy practically occurred combined by the scale of
climatic classifi
cation of Hargreaves (1974b), where the city of Mamanguape PB (Dry
-
Wet
climate), covered the lesser needs for complementation, following with Pacatuba, SE,
Maceió, AL, Aracaju, SE, Natal, RN, Campina Grande, PB, later the cities Acaraú, CE,
Aracati, CE and Touros, RN of Semi-Arid climate, Canindé do São Francisco, SE, Sousa,
PB and Jaguaribe, CE, with Arid climate and Açu, RN and Petrolina, PE classified as of
Very Arid climate. The culture of the dwarfed coconut would be punished economically by
the water taxes, because of the lesser cost of maintenance related to the others two cultures
in analysis. The values gotten through this study could be used as parameters for irrigated
agricultural planning, with bigger trustworthiness, when the gotten averages, will be
grouped by climate and the coefficients of variation will present low values (lesser than
10%), since they have similar sizing characteristics to the ones of this work. It is important
to observe the behavior of irrigation demand as a way of evaluating attributions of raw
water taxes, avoiding possible economic distortions due to differentiated climates in one
same hidrografic basin.
1
1.0
.
INTRODUÇÃO
Estima
-se que, no Brasil, existam aproximadamente 3,5 milhões de hectares irrigados,
dos quais pouco mais de 500 mil localizados no Semi Árido Brasileiro (em torno de 140
mil em áreas públicas de assentamento e cerca de 360 mil em propriedades privadas)
realizados, em sua maioria, menos de quinze anos e, portanto, em processo
de
consolidação ou implant
ação (
Banco Mundial, 2004).
A fruticultura irrigada se vem desenvolvendo consideravelmente nos últimos anos, em
todo o
P
aís, em especial na região Nordeste, onde se destacam diversas culturas
,
como uva,
manga, melão, banana, coco e mamão que contribu
em
sig
nificativamente
, tanto para o
mercado interno como para o saldo da balança comercial devido às suas exportações; p
arte
des
te avanço se deve à evolução de uma série de inovações tecnológicas dos sistemas de
irrigação que possibilitam aos equipamentos contro
lar
, de forma mais adequada e
automatizada
,
a aplicação da água.
A irrigação na produção agrícola tem sofrido sérias críticas nos últimos anos,
sobretudo
por aqueles que a consider
am
uma das responsáveis, em larga medida, pelo problema de
escassez de água e de energia no
Brasil;
entretanto
, a produção de alimentos é uma
atividade essencial para a existência humana que demanda efetivamente muita água. A
chuva é a sua principal fonte e, na falta desta, a
irrigação
complementa
essa necessidade,
de forma parci
al ou integral, dependendo d
e cada
região.
Em função das deficiências de chuva,
seja
em relação à quantidade ou à distribuição, a
irrigação é
uma
tecnologia indispensável
para
uma agricultura moderna
a
ser
implant
ada
na
região Nordeste
do Brasil
pois
, ref
erente
à
s outras regiões semi
-
áridas no mundo,
ela é
uma
das mais populosas e de menor proporção de área irrigada em relação à área total
(Godim,
2006).
Os principais fatores que influenciam na quantidade de água requerida pelas plantas, são
os climáticos, as características das plantas, as práticas culturais e o tipo de solo, ou seja,
compõem as técnicas
essenciais
para
se
estimar o requerimento de água pelas plantas,
baseadas em dados climáticos
(
Sediyama, 1996
).
Para planejamentos em projetos de agricultura irrigada, as variáveis de custo água e
energia
são, dentro do orçamento para a implantação e manutenção, de fundamental
importância
e possuem variação de acordo com a qualidade da água, solo, clima,
fisiologia
2
da
planta, jornada diária e semanal, tipo de sistemas de irrigação e sua eficiência na
aplicação e condução da água, além da topografia e fonte energética.
Para acompanhamento efetivo de um sistema de irrigação implantado, hoje vários
equipamentos permitem um monitoramento adequado e de precisã
o na economia da água
e
energia de uma área irrigada mas, na fase de planejamento agrícola, o cálculo de demanda
de água pode ser determinado utilizando-
se
dados de e
vapotranspiração
potencial
e
precipitação provável a nível de 75% de ocorrer, determinados por Hargreaves para o
Nordeste brasileiro
Através de um planejamento adequado da exploração de culturas irrigadas, é possível
controlar ou prevenir impactos ambientais por tal exploração, segundo Testezlaf et al.
(2004)
; a irrigação, constituindo um fator que contribui para o aumento da produção
agrícola, precisa ser operada de forma eficiente e adequada, sob o ponto de vista ambiental,
por todos os agentes que se relacionam à técnica, como irrigantes, projetistas, fabricantes e
pesquisadores, para não se tornar elemento gerador de problemas oriundos da produção
intensiva.
A crise de água alertada por autoridades e especialistas em todo o mundo, com maior
ênfase na década de 90, veio promover uma série de estudos multidisciplinar sobre a
valoração desse bem público e
os
impactos para seus usuários em todas as suas vertentes,
principalmente no âmbito social, ambiental e econômico.
Conforme
Garrido
(2000), a cobrança pelo uso dos recursos hídricos é um dos
instrumentos de gestão que, ao lado da outorga e de outros instrumentos determinados pela
Lei Federal de nº 9.433/97,
atua
m como um dos mais eficazes indutores do uso racional
desse recurso; nesta mesma Lei, artigo primeiro, inciso 5°, tem a preocupação de
identificar a bacia hidrográfica como sendo a unidade territorial para a implantação da
política nacional dos recursos hídricos.
A cobrança da água bruta na produção agrícola é uma questão a ser observada e que
poderá comprometer ou inviabilizar a atividade do irrigante
considerando
-
se
que a energia
é dos insumos importantes de custos mensais
cujos
pequenos produtores para promover
a competitividade, pass
aram
a
ter
, como forma de incentivo, a atividade
e
a tarifa do
irrigante
; imagina-
se
, então, que a cobrança da água passará a ser outro insumo
im
prescindível
dentro da composição dos custos dos produtos agrícolas o que será
merecedor de estudos para coibir o abuso excessivo de água não inviabilizando, porém, a
atividade de irrigação.
3
1.1.
Objetivos
Avaliar
o
consumo
de
água
e
de
energia elétrica
incor
porad
as
aos
custos
de manutenção
das
culturas do Coco
anão
(Cocos nucifera L.), Mamão
havaí
(Carica papaya) e Banana
pacovã
(Musa spp)
utilizando
-
se
dois
sistema
s de irrigação pressurizada (m
icroaspersão
e
aspersão convencional
/sub
-
copa),
em 14
localidades
do Nordeste b
rasileiro,
com
de
valores gerados através de simulações
de projetos
agrícolas irrigados.
1.2. Objetivos específicos
1. Comparação de dados climáticos para os 14 municípios estudados quant
o
à
evapotranspiração
e
à
precipitação provável
,
a ní
vel de 75%
.
2.
Estabelecer
uma área possível
máxima
de ser irrigada para cada cultura utilizando-
se
eficiência de aplicação do sistema de microaspersão (
90%
) e por aspersão (75%) e 18
horas de tempo máximo de irrigação diário, com 6 dias de irrigação por semana para o
local que apresent
e a maior evapotranspiração dos municípios estudados.
3. Obter os valores de demanda de irrigação bruta, demanda e custo de energia
e
simulação de custo
de
água
para as 03 culturas, 02 sistemas de irrigação para
14
município
s do Nordeste b
rasileiro
.
4. Impacto de custos da água através de simulação com 5 tarifas diferentes sobre os
custos de manuntenção da cultura, além de
relaciona
-
los
com a energia e o produto
agrícola.
4
2.0
.
REVISÃO
DA LITERATURA
2.1.
Agricultura Irrigad
a
Quando adequadamente utilizada, a irrigação permite a diversificação das atividades
ag
rícolas, gerando oportunidades de obtenção de maiores produções por meio da aplicação
de tecnologias inovadoras e de culturas alternativas para suprir as demandas de mercado
interno, externo e da a
groindústria regional
(Barreto, 2003).
A partir dos anos 80, a irrigação passou a ser uma tecnologia amplame
nte utilizada e
sua
adoção vem crescendo de forma acelerada. Objetivando, dentre outras metas, atender à
demanda de recursos e tecnologia para a agricultura irrigada, os governos federal e
estadual criaram diversos perímetros irrigados, além de vários programas que contemplam
a execução de obras de saneamento ambiental, controle de enchentes e recuperação de
vales e, ainda, o programa de desenvolvimento da agroindústria, que visa ao
aproveitamento de matérias-primas originadas de sistemas agrícolas irrigados, d
entre
outros
(
Carvalho
et al.
,
2000).
Segundo levantamento, Testezlaf et al. (2002), para uma vegeta
ção,
produzir
ocorre
uma necessidade elevada de consumo de agua até
se
obter o seu peso de maturação, oque
poderia ser alarmante
caso
não se conheçam as reais demandas de água pelas plantas.
Levando
-se em consideração dados do IBGE, que indicam que o consumo de alimento
s
“per capita” diário do brasileiro é, em média, de 930 gramas e que se tornam vital, em
média, 850 toneladas de água para produzir uma tonelada de alimentos, pode-se afirmar
que são necessários aproximadamente 790 litros de água para garantir a alimentação diária
de um habitante
.
Hoje em dia,
quase
67% da água global retirada e 87% da água de uso consultivo (água
retirada menos o fluxo que retorna) são destinados à irrigação (Shiklomanov, 1997). As
áreas irrigadas do planeta correspondem a menos de um quin
to de toda a área plantada mas
produz
em
40–45% dos alimentos do mundo. No futuro, para alimentar as populações
crescentes a área com agricultura irrigada terá que ser consideravelmente estendida porém
ainda não se sabe se haverá água disponível para
esta
extensão. Como é muito provável
que
a
exigência de água para consumo humano e setores industriais aumentará, até mesmo
regiões que hoje não
sofrem
escassez de água para a agricultura poderar tê-
la
,
5
comprometendo o desenvolvimento das áreas irrigadas e assim
,
possivelmente
,
a segurança
de alimentos das populações por falta de disponibilidade de água.
Apesar de
sua
superfície territorial de 851 milhões de hectares, o País explora cerca de
220 milhões de hectares, dos quais 42 milhões com lavouras e 178 milhões com pecuária.
Apesar de não se dispor de uma estatística atualizada sobre a área irrigada nacional, fontes
como a FAO (2000), Bernardes (1998) e Rodrigues (1990) estimavam que o Brasil teria
aproximadamente de 2,7 a 3 milhões de hectares irrigados em 1998
, o que corresponderia a
1,4 % da
área agrícola
intensa
explorada
(IBGE, 1995).
Lima et al. (2004) afirmam que os perímetros irrigados, por serem áreas de uso de uma
tecnologia avançada, são indutores de várias outras atividades industriais e comerciais,
promovendo dinamização da economia, circulando riquezas e gerando empregos. Estima-
se que a agricultura irrigada brasileira seja responsável por 1,4 milhões de empregos
diretos e 2,8 milhões de indiretos (Christofidis, 1999), implicando em que cada hectare
irrigado gera aproximadamente 1,5 emprego. Como o Brasil tem
potencial
para irrigar 16,1
milhões de hectares, mantendo-se esses índices a irrigação tem capacidade para empregar
cerca de 24 milhões de pessoas.
A irrigação é “um conjunto de técnicas e equipamentos, programados e operados para
suprir as necessidades hídricas das culturas no período de déficit hídrico, em quantidades
adequadas e nos momentos oportunos, quando as dotações pluviométricas ou qualquer
outra forma natural não são suficientes para garantir ao produtor uma produção segura da
sua colheita”
(AAGISA, 2005).
2.2. P
rojeto
agrícola irrigado
Azevedo
(
199
7) adota a seguinte seqüência para projetos executivos: estudos básicos
,
projeto
de engenharia e análise econômica e financeira. A seqüênci
a
requerida
em um
projeto de irrigação compreende,
essencialmente
, dados básicos, projeto agronômico,
projeto de engenharia e projeto agroeconômico; segundo o autor, o conteúdo que
se
deve
constar em cada arte do projeto,
é
:
Os dados básicos consistem de todas as informações necessárias à elaboração do
projeto executivo, como dados sobre água, solo, clima, topografia, fonte de energia e
informações gerais (sócio-econômicas, capacidade gerencial, experiência com irrigação,
mercado, assistência técnica etc.).
6
Projeto agronômico: aqui, é feita a seleção da cultura, calcula-se a capacidade de
armazenamento d’água pelo solo, a necessidade d’água e a demanda d’água de irrigação do
projeto.
Projeto de engenharia: concepção do sistema: seleção do método de irrigação
,
definição do sistema de distribuição e condução d’água, determinação das dimensões das
sub
unidades de
irrigação
, escolha do material dos componentes do sistema, definição do
grau de automatismo e estimação da eficiência do sistema.
Manejo do sistema: determinação do turno de
irrigação,
volumes e lâminas de
irrigação bruta, tempo de irrigação, número de unidades de
irrigação
, tempo de
funcionamento diário, horas de bombeamento mensal, volume mensal bombeado e vazão
unitária.
Dimensionamento do sistema: definição do layout e dimensionamento das
tubulações e canais de distribuição e condução d’água, do sistema de bombeamento, das
valetas, das obras e instalações (poço de sucção, casa de bomba, instalação do cabeçal de
controle e ancoragens).
Orçamento: relação de equipamentos, peças, acessórios, obras, instalações e
orçamento geral.
2.3.
Demanda de água e energia elétrica na
irrigação
Azevedo
(1997), relata que a necessidade d’água do projeto compreende toda a água
demanda
da
ao longo do ano e/ou do ciclo e no mês de maior demanda (mês de pique).
Calcula
-
se a necessidade d’água de cada cultura e em seguida a
sua carência no
projeto.
Carrera
-Fernandez & Raimundo-
José
(2002),
relatam que o desenvolvimento da vida
vegetal está condicionado, essencialmente, pela natureza do solo, pelo clima e pela
quantidade de umidade disponível para o crescimento das plantas. A umidade requerida
procede das chuvas ou, na
sua
falta
, das vazões extraídas de algum corpo d’água, através
do processo de irrigação. O volume de água a ser aplicado artificialmente depende,
portanto, das condições do tempo, das características do solo, do tipo de programa de
cultivos,
e da eficiência no uso da água. Por meio da irrigação se pode intensificar a
produção agrícola regularizando, ao longo do ano, as disponibilidades e os estoques de
cultivares, uma vez que esta prática permite uma produção na
entre
s
safra
; além disso, a
7
agricultura irrigada reduz as incertezas prevenindo o agente econômico (irrigante) contra a
irregularidade das chuvas, anual
e i
nteranual.
Em um projeto de irrigação diversas variáveis são importantes quando se deseja o uso
racional da água porém a estimativa de consumo hídrico da cultura assume grande
destaque, na medida em que se busca maximizar produção e minimizar custos. O con
sumo
de água pela cultura é denominado evapotranspiração da cultura (ETc), que é a ocorrência
simultânea de dois processos
significativos
no cultivo das plantas, a evaporação da água do
solo e a transpiração das plantas. Existem maneiras de se medir a evapotranspiração mas,
devido aos altos custos dos equipamentos, tais técnicas quase sempre se restringem à
pesquisa (
Pereira et al., 1997).
Gomes
(1999) diz que para se obter o máximo rendimento da cultura irrigada é
conveniente
que a quantidade de água realmente consumida pelas plantas (
ETo
) se
aproxime ao máximo da quantidade que consumiria a cultura considerada, em suas
condições mais favoráveis (ETc); portanto, a obtenção das necessidades hídricas das
culturas se baseia na determinação da evapotranspiração máxima da cultura (ETc) que,
habitualmente
, se denomina apenas evapotranspiração da cultura. A necessidade hídrica
de uma cultura, que pode ser considerada igual à evapotranspiração máxima (ETp),
depende basicamente do clima e do tipo de cultura.
Para planejamento de consumo de água em irrigação,
estabelecid
a por Gondim (2006
),
uma dotação média de 18.000 m
3
ha
-1
ano
-1
, ou seja, 1.800 mm ano
-1
. Nos estudos,
considerou
-
se
que cerca de 30% deste volume voltem à calha do rio, por drenagem dos
terrenos irrigad
os,
em que o mesmo autor cita que a
CODEVASF
(1989
),
admite uma
demanda unitária de 20.750 m
3
ha
-1
ano
-1
, a demanda total de água requerida, abrangendo
as áreas atualmente irrigadas e as projetadas do vale do São Francisco, no total de 803.221
ha, será de
16,7 bilhões de m
3
ano
-1
.
Almeida et al. (2004)
obt
i
ve
ram,
como mina ótima econômica (precipitação +
irrigação) para o mamoeiro, no norte fluminense, os valores de 2.818 e 2.832 mm durante
16 meses da pesquisa, ocorrendo precipitação de 1.188 mm durante o período;
essas
lâminas corresponderam
à
produção de frutos de mamão
,
entre 45,4
e 35,5
t
ha
-1
.
O milho cultivado na época em que normalmente chove (outubro a março) e com base
nas condições climáticas médias do município de Campinas (no Estado de São Pau
lo),
pode
-
se
chegar a consumir, durante todo o ciclo produtivo, um total aproximado de 500
mm ou 5.000 m
3
de água por hectare (
Testezlaf
et al., 200
2
).
8
Santos
(
2005
) em simulações
de
demanda de irrigação para a cultura do arroz obteve
uma média para Santa
Maria
,
RS,
de
necessidade de irrigação por inudação de 3.893,1 m
3
ha
-1
ciclo
-1
, onde as chuvas médias representavam 5.484,0 m
3
ha
-1
ciclo
-1
, ou seja, 548,4
mm durante o ciclo de 120 dias do arroz.
Segundo o Plano Diretor para o Desenvolvimento do Vale do São Francisco, tem-
se,
na
Tabela
2.1, consumos de água e energia p
ara diversas
cultura
s.
Tabela
2.
1.
Consumo de água e energia elétrica para diferentes culturas em um ano
Culturas
Consumo de Água (m
3
ha
-1
)
Consumo de Energia (
kWh
ha
-1
)
Algodão
5.208
681
A
lho
4.870
637
Arroz
19.862
2.599
Batata
6.176
808
Cebola
5.348
699
Feijão
4.573
598
Fruticultura
9.679
1.266
Hortaliças
10.288
1.346
Melancia
11.729
1.535
Melão
11.896
1.556
Milho
6.057
793
Soja
2.824
370
Tomate
5.900
772
Trigo
3.640
476
Uva
1
0.624
1.390
Fonte:
CODEVASF (1989)
-
PLANVASF
De acordo com a
CEMIG
(1993), o consumo médio de energia de uma área irrigada é
de 2.714 kWh/ha
a
no. Assumindo que toda a área irrigada brasileira utiliza energia elétrica,
o que não é uma realidade, pode
-
se
estimar o consumo de energia elétrica para irrigação no
Brasil em 7.789 GWh/ano, correspondendo a 1,40 % da capacidade instalada de geração
hidráulica do P
aís. Esses números mostram claramente que, como consumidora de energia,
a irrigação participa muito p
ouco da energia disponível
internamente.
A energia representa uma importante componente nos custos. Na aspersão
convencional e no pivô central pode chegar a 35% do custo da irrigação (ANA et. al.,
2004)
; sabe-
se
também, que em agricultura irrigada todos os fatores de produção devem
estar em níveis ótimos para maximizar a produção face aos investimentos no sistema de
irrigação e no custo operacional da irrigação (30
35% do custo de produção).
2.4.
Qualidade da água na irrigação
F
az
-se oportuno avaliar, em um projeto de irrigação, a qualidade da água a ser usada
para a cultura escolhida, combinada
com
as características do solo que será irrigado,
9
segundo
Ayers & Westcot (1991), a necessidade de lixiviação (NL) é a fração de água
aplicada com a irrigação que deve atravessar a zona radicular para manter os sais a um
nível determinado. Alguns autores expressa
m
também a terminologia de fração e, portanto,
ambos os termos (NL e FL) são considerados equivalentes. Para estimar a NL necessita-
se
conhecer tanto a salinidade da água de irrigação como a salinidade tolerada pela cultura. A
salinidade da água de irrigação pode ser medida diretamente, em termos de condutividade
elétrica (CEa) ou
se
obt
ê-
la
das análises de laboratório. A salinidade tolerada pela cultura
pode ser estimada utilizando-se as t
abela
s citadas em Ayers & Westcot
(1991
);
Bernardo
(1995
), a salinidade tolerada é a salinidade média da água contida na zona radicular,
representada pela salinidade do extrato de saturação resultante (CEes). Os valores de
CEes
representam o nível de salinidade que induziria a diminuição da produção aceitável igual
ou inferior a 10%.
Para culturas específicas e aproximações mais exatas de NL, pode-se utilizar a seguinte
equação
de
Rhoades
(
1974
) e Rhoades & Merrill
(1976)
apud
Ayers & Westcot
(1991
):
CEa
CEes
CEa
NL
.
5
2.1
Do
nde
:
NL=necessidade de lixiviação mínima
de
que se necessita para controlar os sais
dentro do limite de tolerância da cultura, empregando-se métodos comuns de irrigação por
superfície (décimos)
;
CEa=salinidade da água de irrigação, em dS
m
-1
;
CEes=salinidade do
extrato de saturação do solo, em dS m
-1
, que representa a salinidade tolerável por
determinada cultura.
A lâmina anual de irrigação que se deve aplicar para satisfazer não apenas a demanda
das culturas
mas, também, a
necessidade de lixiviação,
que
pode ser estimada pela seguinte
equação:
NL
ETc
LA
1
2.2
Do
nde:
LA=l
âmina anual de irrigação
(mm
ano
-1
)
;
ETc=evapotranspiração da cultura
(mm
ano
-1
)
;
NL=necessidade de lixiviação(décimos)
10
2.5.
Consumo de água pelas plantas
Carrera
-Fernandez & Raimundo-José (2002) definem o uso consuntivo da água
como
aquel
a
retira
da
de seus mananciais, através de captações ou derivações, e apenas parte
dessa água retorna à fonte de origem. Exemplos de usos consuntivos, são: a agricultura
irrigada, o abastecimento humano, a dessedentação de animais e o
abastecimento
industrial. No uso consuntivo, a água efetivamente retirada
se
torna indisponível no
manancial; dentre os usos consuntivos da água, a irrigação é a modalidade de uso que
causa a maior indisponibilidade de água para os outros usos, ou seja, a maior proporção da
água retirada que não volta, pelo menos total e imediatamente, ao corpo de água a qual
pode atingir a expressiva proporção de 70%
1
.
Para irrigação,
Burt
et. al (1997
),
estabelece
ram
um conceito de uso consuntivo e
benéfico
, ou seja, a transpiração da cultura e a evaporação para controle climático
enquanto
como não benéfico a evapotranspiração das ervas daninhas, da evaporação das
gotículas finas do aspersor, evaporação do reservatório, evaporação da umidade do solo e
água absorvida pela cultura. O uso não consuntivo e bené
fico,
sendo a água necessária para
remoção dos sais, e o apenas o benéfico, o excesso de percolação profunda, escoamento
superficial
(
runoff
), transbordamento etc.
Gomes
(1999) relata que o consumo de água do conjunto solo-planta, conhecido
também como uso consuntivo da planta, evapotranspiração da planta ou necessidade
hídrica da cultura, corresponde à quantidade de água que passa à atmosfera, em forma de
vapor, pela evaporação do solo e transpiração das plantas, mais a quantidade de água que
se incorporada à massa vegetal; esta quantidade que é retida pela planta e é denomina
da
água de constituição, é muito pequena com relação à água evaporada e transpirada,
razão
por que se considera que a necessidade de água da planta ou do conjunto solo-planta é
igual
à água que é transferida para a atmosfera pela evaporação do solo e transpiração das
plantas. O conjunto dos dois fenômenos (evaporação mais transpiração) é denominado
evapotranspiração da cultura.
1
Média tomada na escala planetária. Em regiões industrializadas este percentual tende a cair assim como em
zonas rurais de agricultura intensiva; este número pode ultrapassar os 80%. Na região da capital do Estado de
São Paulo, por exemplo, este percentual está em torno de 50%
11
2.6. Eficiência de irrigação
No Brasil, 61% da água
captada
são usados na agricultura, principalmente na irrigação
;
por outro lado, dessa água captada apenas 50% efetivamente utilizad
os
pelas plantas. Os
50% restantes são perdidos na captação, armazenamento, distribuição e aplicação da água
na irrigação; portanto, existe um grande desperdício no uso da água na agricultura irrigada
acarretando
,
como conseqüência
,
desperdício de energia (
ANA
et al.
, 2004).
Döll & Siebert (2002) afirmam que parte da água aplicada é, de fato, “usada” pela
planta e evapotranspirada; esta quanti
dade
, que é a diferença entre a evapotranspiração
potencial
e a evapotranspiração que ocorre sem irrigação, se denomina requerimento
líquido de irrigação. O restante da água aplicada é para lixiviação de sais do solo, escoada
superficialm
ente, perdida por vazamentos em tubulações ou evaporação em canais; esta
quanti
dade
depende da tecnologia e do manejo de irrigação. A relação entre o
requerimento líquido da água de irrigação e o total de água que necessita ser retirado da
fonte, requerime
nto bruto de irrigação, é chamado “eficiência do uso da água de irrigação”.
Segundo
Daker
(19
88),
em um projeto de irrigação, se pode distinguir várias
componentes
da eficiência de
irrigação
:
Eficiência de condução
:
relação entre a água que entra na propr
iedade agrícola e a que é
derivada do curso de água;
Eficiência da propriedade agrícola: relação entre a água aplicada nas irrigações e a que
entra na propriedade;
Eficiência de aplicação: relação entre a água evapotranspirada e a aplicada nas
irrigações
e;
Eficiência total do projeto
:
relação entre a água evapotranspirada e a derivada do curso
de água.
A
zevedo
(1997)
diz
que a eficiência do sistema compreende a eficiência de aplicação,
que é peculiar ao método de irrigação e a eficiência de condução,
que
é uma
particularidade do sistema de condução e distribuição de água do projeto. A eficiência de
aplicação pode ser calculada ou estimada através de ábacos, em função do tipo de solo, da
declividade do terreno, evapotranspiração do local, velocidade do vento e lâminas de
irrigação. A eficiência de condução depende do tipo de conduto, do tipo de revestimento
no caso dos canais e de prática de operação do sistema de condução e distribuição.
12
O manejo racional da irrigação consiste na aplicação da quantidade necessária de água
às plantas, no momento correto. Por não adotar um método de controle da irrigação,
usualmente o produtor rural irriga em excesso, temendo que a cultura sofra um estresse
hídrico, o que pode comprometer a produção; este excesso tem como conseqüência o
desperdício de energia e de água, usados em um bombeamento desnecessário (Lima et al,
2004)
.
A
Tabela
2.2 apresenta faixas de eficiência para diversos métodos de irrigação e de
consumo de energia por metro cúbico,
segundo
Marouelli & Silva (199
8)
.
Tabela
2.
2.
Eficiência de irrigação e consumo de energia de diferentes méto
dos de irrigação
Método de Irrigação
Eficiência de Irrigação
(%)
Uso de Energia (kWh
m
-3
)
por superfície
40 a 75
0,03 a 0,3
por aspersão
60 a 85
0,2 a 0,6
Localizada
80 a 95
0,1 a 0,4
Fonte: Marouelli, W.A. e Silva, W.L.C.
(1998)
2.7.
Dados c
limáticos básicos na irrigação
É
de
extrema importância a obtenção de dados climáticos regionais confiáveis, visando
às estimativas mais precisas da evapotranspiração e ao melhor aproveitamento das
precipitações naturais no dimensionamento de sistemas de irrigação (Carvalho et al.,
2000).
A análise de registros históricos de dados climáticos permite prever a precipitação e
estimar a evapotranspiração que, juntamente com a capacidade de retenção de água do
solo, torna possível estimar-se o balanço de água na zona radicular da cultura e as
demandas total (do ciclo) e diária de irrigação suplementar real necessária, segundo a
época de plantio da cultura (
Faria et. al. 2002).
Varejão Silva (19
81),
em comentário sobre o trabalho desenvolvido por
Hargreaves
(1974
b) relata que o mesmo propõe uma classificação climática especificamente para o
Nordeste do Brasil, levando em conta um parâmetro
a
que ele denomina de Índice de
Disponibilidade de água (IDA), e se baseia no quociente entre a precipitação fidedigna e a
evapotranspiração
potencial
(ETo); a
ssim
, o cálculo do IDA se baseia na escolha de uma
função matemática que seja conveniente para representar a di
13
especia
is, este nível pode não ser o mais apropriado; por outro lado, o cálculo do IDA
depende também da estimativa da evapotranspiração
potencial
(ETP) para o mês que se
considere.
Hargreaves
(1974a) preconiza uma equação para o cálculo de ETP que se
fundamenta,
dentre outros dados, na umidade relativa do ar; esta informação é
disponível para um número muito pequeno de estações meteorológicas do Estado da
Paraíba.
O índice citado por
Varejão
-
Silva
(1981
),
tem conotação escrita por
Hargreaves
(1974
b
)
como MAI
(Moisture
-Availability Index), é uma medida da suficiência de precipitação em
exigências de umidade abastecedoras; é computado di
vidindo
-
se
a precipitação provável, a
nível de 75% (dependable precipitation-PD), pela Evapotranspiração
potencial
/referê
cia
(E
To) e, através de tal índice,
se
propõe
uma classificação
climática
para o Nordeste
brasileiro, onde uma localidade
em
que a MAI possui em todos os meses, valores entre
zero e 0,33, é considerada Muito Árido e, não se trata de um local para exploração de
agricultura de sequeiro; quando a MAI >
0,34, em um ou dois meses,
classifica
o local
como
Árido
, também limitação de sustentabilidade de agricultura de sequeiro; MAI >
0,34, em três ou quatro meses sucessivos ao longo do ano, o classifica como de clima
Semi
-
Árido
, onde tal local permite
a
exploração de agricultura de sequeiro em período de
até 4 meses
e,
quando o local possui cinco ou mais meses consecutivos com MAI
>
0,34
, é
considerado como o de clima
Seco
-
Úmido
(Wet-
dry)
que permite produção agrícola
adequada durante 5 ou mais meses no ano
.
2.7.1.
Evapotranspiração
A estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) é extensamente usada na
engenharia de
irrigação
para definir as exigências de água das culturas; referidas
estimativas são
empregadas
tanto em fase de planejamento de projetos de irrigação como
em manejo e distribuição da água, em projetos existentes. Dos vários modelos passíveis de
se
rem
estima
dos
a ETo
é
a aplicação da equação de Penman-Monteith descrito no paper n
º
56 da FAO e constantemente a mais utilizada
podendo
indicá
-
la
como modelo padrão
(Droogers & Allen, 2002)
De acordo com
Ometto
(1981), o termo evapotranspiração
potencial
(EP) significa a
demanda máxima em água pela cultura e
se
torna o
referência
l de máxima reposição de
ág
ua à cultura, em processo de irrigação e a evapotranspiração real e a perda de água que
uma cultura sofre em um instante qualquer; se, porventura, a cultura estiver em condições
14
preconizadas pela evapotranspiração
potencial
, a evapotranspiração real
será
a própria
potencial
.
Pereira et al (1997) equiparam os valores de evapotranspiração
potencial
(EP) em
valores iguais aos de evapotranspiração de referência (ETo ou ETr), sendo este definido
por
Jansen (1973) como o limite superior ou de evapotranspiração máxima que ocorre na
cultura de alfafa (Medicago sativa L.), com altura de 0,3 a 0,5 m, em
uma
condição
climática,
com aproximadamente 100m de área tampão
A determinação da evapotr
anspiração
potencial
preconizada por Hargreaves, foi
estabelecido em trabalho publicado, em 1974, após levantamento de dados em 723
estações climatológicas do Nordeste brasileiro. Dentre os dados coletados para uma série
de
cerca
de 50 anos,
constam
a temperatura, a umidade relativa do ar e
a
latitude. A
equação
comumente
usada requer temperatura, umidade e dados de latitude e de perto
aproxima
a
evapotranspiração da grama, podendo ser adaptada para uso de dados
climáticos brasileiros. Esta equação foi usada de forma positiva por
Hargreaves
(1974a
)
nos
cálculos
de ETP para o Nordeste brasileiro; a equação requer 24 horas de umidade
relativa média. Os dados climáticos
apresentados
pel
o Ministério d
a
A
gricultura
representam
umidade relativa média
baseada
em leituras a 1200, 1800 e 2400 TMG (
horas
tempo de Greenwich). A umidade média, U, é igual para (U.1200+U.1800+2.U.2400)/4;
posteriormente, esta umidade mensal tem
sua
correção requerida na equação de ETP para
se
ajustar à umidade obtida; enfim, para se obter a ETP em mm por mês para os dados
climáticos disponíveis para o Brasil, é
oportuno
seguir os cálculos com as seguintes
equações.
2
1
100.158,0 U
CH 2.
3
com valor máximo de 1
5
2400
.2
1200
tMI
tMX
tt
tmed
2.
4
Conversão de graus
o
C para
o
F
tmed
Ft
o
.8,132 2.5
2
1
70.17,0
ABL
CL 2.
6
15
com valor máximo de 1
CL
DL
RMM
MF
.
12
..
00483
,0
2.7
CH
Ft
MF
ETP
o
..
2.8
s
endo
:
ABL
-
valor absoluto da latitude
RMM= radiação solar extraterrestre (Qo) expressa em equivalente mm de evaporação por
mês.
DL = comprimento do dia, em horas
t
o
F= temperatura média
do ar (
o
F)
C
H= coeficiente de umidade relativa média
Para obter valores de MF de forma simplificada,
Hargreaves
(1974
a), disponibilizou
em
seu trabalho,
valores por m
ês e para latitudes sul até 36º.
Uma equação simplificada de Hargreaves & Samani (1985), e que foi pró
pri
a para
regiões
com clima Semi
rid
os é citado por Freitas (2005) e Marques (2005
),
em que as
variáveis necessárias são temperatura máxima (T
máx
), mínima (T
min
), e media (T
med
), além
do fator Qo que é a radiação solar no topo da atmosfera (mm de equivalência d
-1
) p
odendo
ser encontrado em tabela.
)8,
17
(.)(..
0023
,0
5,0
min
max
med
TTT
Qo
ETP 2.
9
2.7.2.
Precipitação provável a nível de 75% de probabilidade
Hargreaves
(1973), com base em dados publicados pela SUDENE e usando a
distribuição gama incompleta,
elaborou
tabela
s contendo valores mensais e anuais de
precipitação correspondentes a níveis selecionados de probabilidade. Embora o autor tenha
substituído dados perdidos “para algumas estações”, isto parece não comprometer os
resultados alcançados, segundo
Varejão Silva
(19
81).
O trabalho realizado por
Hargreaves
(197
3) inclui a obtenção de precipitação a nível de
95, 90, 80, 75, 70, 60, 50, 40, 30, 25, 20, 10 e a cinco por cento de probabilidade do nível
de precipitação mensal segura (PD)
apresentando
melhores comentários
sobre
o trabalho,
16
quanto
ao
cálculo da precipitação provável sendo utilizado o valor de 75% de
probabilidade
mensal para mais de setecentos locais no N
ordeste
, através de
Hargreaves
(1974b
), o qual foi c
onsiderado
, para as análises da MAI, como sendo o valor de PD para
classificação climática do Nordeste brasileiro.
Como indicado
,
a
precipitação a nível de
75% de probabilidade de ocorrência foi
o dado
se
lecionad
o
como índice razoável
de chuva
por compara
r disponibilidade de umidade
entre
locais do Nordeste brasileiro. Para a maioria das colheitas agrícolas uma deficiência de
água moderada em determinado mês, com probabilidade de ocorrência um ano em quatro,
não
estaria
limitando seriamente o desenvolvimento agrícola; para um local seco, com
cultura
sensível como banana, este nível de 75% de probabilidade seria indesejável; p
ara
tais colheitas de alto-valor sensíveis, mais altos deveriam ser usados valores de MAI ou
uma probabilidade de chuva diferente.
O
MAI é proposto principalmente como meios de
se
comparar umidade disponível em
uma á
rea ou em um local com outro e p
ara áreas que têm 5 ou meses mais chuvosos
(
locais
com clima
Seco
-
Úmido
);
a equação
simplificada que pode
aproximar a
precipitação segura
(
PD
) de chuva mensal crítica, quando não disponível de tratamentos estatísticos, pode ser
obtida por
PM
PD
.
70
,0
20 2.
10
já para
áreas que têm 3 a 4 meses chuvosos (clima
Semi
-
Árido
) a equa
ção é :
PM
PD
.
70
,0
30 2.11
E p
ara as áreas muito áridas se torna a equação:
PM
PD
.
40
,0
10 2.12
A equação para áreas áridas varia entre
Semi
-
Árido
e a equação para Muito Árido
.
Sugere
-
se
que essas relações empíricas sejam usadas por aproximar
em
precipitação segura
de longo prazo de registros de chuva mensais para áreas ou estações cujas análises não
estão disponíveis (
Hargr
eaves, 1974b).
17
2.8.
Cultura
s
2.8.1.
Cultura do coco
A cultura do coqueiro anão (Cocos nucifera L.) exige grande quantidade de água
durante seu crescimento vegetativo e na fase de produção de frutos com boa qualidade,
sendo assim, dificilmente encontrará água disponível em quantidades
suficientes
para
atender
à demanda evapotranspirativa em condições de cultivo em sequeiro. O coqueiro é
uma planta essencialmente tropical e encontrou
,
no Brasil
,
excelentes condições climáticas,
para seu pleno desenvolvimento e
potencial
produtivo. A cultura encontra condições
climáticas favoráveis entre 24°N e 23°S de latitude, temperatura média anual em torno de
27ºC, com oscilações de a 7°C, umidade relativa entre 65 a 85%, pluviosidade entre
1.200 a 2.200 mm anuais, bem distribuídos. O coqueiro não se desenvolve bem sob
qualquer sombreamento ou condições de intensa nebulosidade
;
para
isto
, exige em torno de
2.000 horas de
isolação
e 120 h
mês
-1
como limites quantitativos. Os ventos fracos e
moderados com velocidade de até 4 m s
-1
beneficiam
o desenvolvimento da cultura,
estimulando a absorção de água e nutrientes pela planta; ventos frios são indesejáveis,
que prejudicam o seu desenvolvimento; a cultura
se
desenvolve melhor em solos com
textura média, permeáveis e férteis, sendo que de 70 a 90% de seu sistema radicular
fasciculado estão distribuídos entre 0,2 a 1,0 m de profundidade e até 1,50 m de raio
do
estipe da planta (
Geocities
/Yahoo
, 2005).
O coco é um fruto tropical com demanda bastante acentuada no mercado
internacional
de óleos e outros derivados, e produção mundial de 50,9 milhões de toneladas, em 2001.
Indonésia, Filipinas e Índia com 28%, 26% e 18% do total, respectivamente, constituem
os
maiores produtores; o Brasil, com uma produção de 1.999,2 mil toneladas, ocupa o quarto
lugar na produção mundial, ainda que não muito próximo da produção dos três maiores
produtores mundiais da cultura (
FAO, 2002).
Em
2000 a produção nacional (IBGE, 2002
),
se concentrava regionalmente, assim:
Nordeste (72%), Sudeste (14%) e Norte (12%); os estados de maior produção neste ano
foram: Bahia (31%), Pará (12%), Espírito Santo (10%), Sergipe e Rio Grande do Norte
(7%), Alagoas e Paraíba (4%), Pe
rnambuco e Rio de Janeiro (3%,).
Através do banco de dados disponiblizado pelo IBGE
,
em
página da internet
e
transcrito
para
a
Tabela
2.3
os
dados de produção por município e seu entorno pela área plantada em
forma decrescente, t
em
valores expressivos da produção de 2002, seja irrigado ou de
18
sequeiro
para os 14
municípios
e entorno, os q
uais
têm uma soma de área plantada de
67.598 ha,
observa
-se, também, que Touros é a área de maior plantio da cultura, sendo a
região de
Petrolina
e entorno
a maior produtora com área
de apenas 11,7% de Touros e seu
entorno, apresentando um incremento de 59% a mais de produção, ligada, com certeza, à
característica de ser essencialmente de agricultura irrigada.
Tabela
2
.3
. Dados de produção, valores e área do plantio do coqueiro nos municípios do estudo e s
eu
entorno,
para a produção
agrícola de 2002 (
IBGE
, 2005)
Coco da baía
MUNICÍPIO E ENTORNO
Quantidade
produzida
(Mil frutos)
Valor da
produção
(
R$1
.000)
Área
plantada
(h
a)
Área
colhida
(h
a)
Rendimento
médio
(*)
(
R$1
.000)
Touros
, RN e entorno (Pureza, Maxaranguape,
Rio do Fogo e São Miguel de Touros)
50.
540
7.582
19.685
19.685
2.731
Pacatuba
, SE e entorno (Neópolis, Pirambu,
Brejo Grande e Japoatã)
39.748
16.297
14.591
14.591
3.737
Aracaju
, SE e entorno (Barra dos Coqueiros,
Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e
Itaporanga d´Ajuda)
22.363
9.116
10.045
10.045
2.202
Acaraú
, CE e entorno (Itarema, Cruz, Bela
Cruz, Jijoca de Jericoacoara e Marco)
42.121
15.797
9.605
9.605
6.423
Natal
, RN e entorno (Ceará Mirim, Extremoz,
Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e
Macaiba)
13.711
2.057
4.998
4.998
2.859
Mac
eió
, AL e entorno (Marechal Deodoro,
Paripueira, Coqueiro Seco, São Luis do
Quitunde e Barra de Santo Antonio)
9.960
4.073
2.330
2.330
4.017
Petrolina
, PE
e entorno (
L
agoa Grande)
80.400
11.188
2.300
2.300
34.500
Sousa, PB e entorno (Marizópolis, Apareci
da,
São João da Lagoa Tapada, Nazarezinho e São
João do Rio do Peixe)
33.465
5.021
1.325
1.325
26.000
Aracati
, CE e entorno (Jaguaruana, Fortim,
Itaiçaba e Icapui)
6.402
1.820
1.246
1.246
5.271
Mamanguape
, PB e entorno (Rio Tinto,
Marcação, Baia da Traição, Mataraca, Jacaraú,
Capim, Curral de Cima e Itapororoca)
2.912
583
1.165
1.165
2.567
Açu
, RN e entorno (Ipanguaçu, Mossoró, Itajá,
Alto do Rodrigues e Carnaubais)
443
52
156
156
2.733
Jaguaribe, CE e entorno (Icó, Jaguaretama,
Jaguaribara, Orós, Perei
ro e Solonópole)
438
131
73
73
6.000
C. Grande, PB e entorno (Lagoa Seca,
Puxinanã, Queimadas, Massaranduba, Caturité
e Fagundes)
176
39
49
49
3.571
Canindé
de São Frco, SE e entorno (Pedro
Alexandre)
60
36
30
30
2.250
(*)Média das médias dos municípios
O Banco do Nordeste
disponibiliza
custos de implantação (
Tabela
2.4) e manutenção
dos e anos (
Tabela
2.5)
,
através do programa Planilha de Investimento Rural, n
a
versão de julho de 2005, em que os custos atendem
a
um plantio no espaçamento de 8 x 7
19
m; o sistema de irrigação localizado não inclui custos de energia, adubação química e
nem
de
água.
Tabela
2.
4. Dados de custo de Implantação da cultura do coco anão irrigado, sem valores de adubo químico,
energia e pre
ço da água
BANCO DO NORDESTE S/A
OR
ÇAMENTO POR HECTARE
IMPLANTAÇÃO DE CULTURA
Espécie
Área Total
CÔCO ANÃO IRRIGADO (ELETROBOMBA)
1,0
ha
E
specificação
quant.
unid.
valor (
R$1
,00)
época de
realização
unit.
total
1)
P
reparo de solo
5
250,00
jan a dez
A
ração e gradagem
5
ht
5
0,00
250,00
2)
P
lantio
28
392,00
jan a dez
M
arcação e coveamento
20
hd
14,00
280,00
P
lantio e replantio
3
hd
14,00
42,00
A
dubação de fundação
5
hd
14,00
70,00
3)
T
ratos culturais
73
1.022,00
jan a dez
C
apinas/
coroamento
20
hd
14,00
280,00
A
dubação de cobertura
8
hd
14,00
112,00
A
plicação de defensivos
5
hd
14,00
70,00
M
anejo da irrigação
40
hd
14,00
560,00
4)
I
nsumos
1.114,00
jan a dez
M
udas (+10%)
197
und
3,00
591,00
D
ipterex
500
1 l
37,00
37,00
E
sterco
10
t
35,00
350,00
T
riona b
4 l
12,00
48,00
E
nergia elétrica
(*)
kw
0,00
F
ertamim m
2 l
20,00
40,00
N
uvracon 400
1 l
38,00
38,00
E
xtravon
1 l
10,00
10,00
total
2.778,00
Espaçamento: 8,0 x 7,0 m, c
iclo
da cultura perene, prod: ano III - 20.000 frutos/ha; ano
IV
-30.000 /ha;
ano
V-
40.000/ha
; obs.: adubação química: será adicionado ao orçamento apenas o custo com aquis
ição
,
levando
-se em conta as recomendações da análise do solo; sistema de irrigação localizada; e (*) incluir
no orçamento de acordo
com as necessidades do projeto
Fonte:
BNB, 2005
20
Tabela
2.
5. Dados de custo de manutenção do ano da cultura do coco anão irrigado, sem valores de adubo
químico, energia e preço da água
BANCO
DO NORDESTE S/A
ORÇAMENTO POR HECTARE
-
MANUTENÇÃO DA CULTURA
Espécie
Área Total
CÔCO ANÃO IRRIGADO 2°ANO (ELETROBOMBA)
1,0
ha
Especificação
Quant.
Unid.
Valor (
R$1
,00)
Época de
Realização
Unit.
TOTAL
1) tratos culturais
76
1.064,00
Jan a
dez
Capinas com coroamento
20
Hd
14,00
280,00
Adubação de cobertura
8
Hd
14,00
112,00
Aplicação de defensivos
8
Hd
14,00
112,00
Manejo de irrigação
40
Hd
14,00
560,00
2) insumos
644,00
Jan a dez
Energia elétrica
(*)
kW
0
,00
Dipterex 500
3 L
37,00
111,00
Fertamim m
2 L
20,00
40,00
Triona b
4 L
12,00
48,00
Folidol 600
1 L
36,00
36,00
Esterco
10
T
35,00
350,00
Extravon
1 L
10,00
10,00
Nuvacron 400
1 L
38,00
38,00
Formicida
2
kg
5,50
11,00
Total
1.708,00
CÔCO ANÃO IRRIGADO 3°ANO (ELETROBOMBA)
1,0
ha
1) tratos culturais
80
1.120,00
Jan a dez
Capinas com coroamento
20
Hd
14,00
280,00
Adubação de cobertura
8
Hd
14,00
112,00
Aplicação de defensivos
12
Hd
14,00
168,00
Manejo da irr
igação
40
Hd
14,00
560,00
2) colheita
20
280,00
Jan e dez
Colheita, trsnp. Interno e benef.
20
Hd
14,00
280,00
3) insumos
984,00
Jan a dez
Energia elétrica
(*)
kW
0,00
Dipterex 500
6 L
37,00
222,00
Fertam
im m
6 L
20,00
120,00
Malathion 500
5 L
27,00
135,00
Esterco
10
T
35,00
350,00
Extravon
1 L
10,00
10,00
Niphokam
8 L
17,00
136,00
Formicida
2
kg
5,50
11,00
Total
2.384,00
OBS.:
A manutenção do ano iv será acrescida em 50% do valo
r da mão de obra destinada à colheita do
segundo ano, a partir do ano
V
em 100% da mão
-
de
-
obra
também destinada à colheita, tomando
-
se por
base o terceiro ano. Demais obs., idem, idem ao orçam
ento de
implantação da cultura do coco
Fonte:
BNB (
2005
)
21
Uma
tendência de q
ueda
n
os preços
de venda
do coco
pelo
produtor
,
pode ser observada
através d
os
dados
apresentados pela Fundação Getúlio Vargas, na
Tabela
2.6
,
que
denotam
leve
propensão de queda dos preços nos principais estados produtores do Nordeste no
pe
ríodo 1996-1999. Pesquisa realizada pelo Banco do Nordeste, para os mesmos estados,
no primeiro semestre deste ano, revelou preços mais baixos
para
unidade do fruto
(R$
0,18
para o Ceará; R$ 0,15 para o RN; R$ 0,35 para SE e R$ 0,18 para BA); por último,
informações pontuais constatam que a unidade de coco verde está sendo comercializada
pelo produtor a um preço entre R$0,10 a R$0,15 em Sousa, PB, tendo chegado a R$0,06
no
Ceará
(
BNB, 2006
).
Tabela
2.
6.
Coco Verde
-
Preços Recebidos pelos Produtores (R$/Un
idade)
Período
Ceará
Rio Grande do
Norte
Sergipe
Bahia
1996 0,36 0,48 0,51 0,60
1997 0,38 0,46 0,46 0,56
1998 0,37 0,41 0,43 0,50
1999 0,37 0,43 0,48 0,51
Fonte:
Fundação Getúlio Vargas
Na
CEASA/PE, 2005, os preços apresentados para o coco verde proc
ed
ente
de
Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará, era vendido com preço mínimo de R$ 0,65
e
máximo de R$ 0,
70 por fruto.
2.8.2.
Cultura do mamão
Gomes
(2000)
descreve a cultura com nome científico de Carica papaya, da família
botânica:
Caricaceae com o
rigem na
América Tropical.
O mamoeiro é uma
planta
típica de
regiões tropicais e subtropicais. O Brasil
se
destaca como o país que mais produz mamão
em escala internacional, concentrando 29% da oferta mundial, seguido da Índia com 24%,
Tailândia com 8,8%, M
éxico com 7,4% e Indonésia
,
com 5,9%.
Mesmo cultivado em praticamente todo o território nacional, à exceção de algumas
regiões com invernos rigorosos, as regiões Sudeste e Nordeste somam, em média, 87,5%
da produção
interna
, destacando-se os estados do Espírito Santo e Bahia como
seus
principais produtores; o mamoeiro
se
desenvolve melhor em solo de textura média, sem
impedimento físico, bem drenado e rico em matéria orgânica; exige pH do solo entre 5,5 a
6,5. A cultura
cresce
bem em regiões com temperaturas médias em torno de 25 °C, sem
22
muita variação durante o ano, além de precipitações pluvi
ais
acima de 1.200 mm; caso
contrário
, necessita
de
complementação com irrigação
(
Gomes, 2000).
Segundo
Almeida
(2004), em experimento com a cultura no norte fluminen
se
, onde em
campo experimental durante 16 meses uma evapotranspiração de 1.632 mm teve, como
melhor altura de água (precipitação + irrigação) 2.818 a 2.832mm, correspondendo a
lâmina ótima economicamente com 45,4 e 35,5 t ha
-1
, respectivamente, de produtiv
idade
do
s
mercado
s
nacional e internacional
.
Em 2000 a produção nacional foi de 63% Nordeste, 31% Sudeste e 5% Norte; os
Estados de maio
res
produç
ões
neste ano foram 57% Bahia e 29% Espírito Santo
(IBGE,
2002).
Observando
-
se
a
Tabela
2.7
tem
-
se
a seqüência de dados por município e seu entorno
pela área plantada em forma decrescente,
cujos
valores são expressivos da produção de
2002, seja irrigada ou de sequeiro; representa uma área plantada nos 14 municípios
pesquisados e seus entornos de 1.051
ha;
observa
-
se
que o Município de Ma
man
guape e
seu
entorno
constituem
a região de maior área de plantio da cultura,
seguido
da região
de
Açu e entorno.
Tabela
2.7. Dados de produção, valores e área do plantio do mamoeiro nos municípios em estudo e seu
entorno,
para
a produção
d
o mamão
em
2002
(IBGE, 2005)
Mamão
MUNICÍPIO E ENTORNO
Quantidade
produzida
(Mil frutos)
Valor da
produção
(
R$1
.000)
Área
plantada
(hectares)
Área
colhida
(hectares)
Rendimento
médio
(*)
(
R$1
.000)
Mamanguape
, PB e entorno (Rio Tinto,
Marcaç
ão, Baia da Traição, Mataraca,
Jacaraú, Capim, Curral de Cima e
Itapororoca)
31.470
10.922
638
638
39.444
Açu
, RN e entorno (Ipanguaçu, Alto do
Rodrigues e Carnaubais)
5.911
2.476
121
121
46.650
Pacatuba
, SE e entorno (Neopolis e
Japoatã)
1.378
1.423
72
72
19.500
Petrolina
, PE
1.260
325
70
70
18.000
Natal
, RN
e entorno (Ceará Mirim e Extremoz)
2.252
738
60
59
31.136
Aracaju
, SE
e entorno (Itaporanga d´Ajuda)
1.323
240
42
42
31.500
Maceió
, AL
60
5 5 5
12.000
C. Grande, PB e entorno (Lagoa Seca,
Massar
anduba e Fagundes)
225
49
13
13
17.500
Aracati
, CE
600
120
10
10
60.000
Jaguaribe
, CE
e entorno (Pereiro)
504
105
10
10
50.400
Touros
, RN
130
46
6 6
21.666
Acarau
, CE
120
26
4 4
30.000
Sousa
, PB
0 0 0 0 0
Canindé
do São Francisco
, SE
0 0 0 0 0
(*)Mé
dia das médias dos municípios
23
O Banco do Nordeste disponibiliza custos de implantação do mamão (
Tabela
2.8)
e
manutenção do e
anos
(
Tabela
2.9) através do programa Planilha de Investimento
Rural, na versão de julho de 2005, em que os custos atendem uma plantio no espaçamento
de 4 x 2 x 2 m, o sistema de irrigação localizado não inclui custos de energia, adubação
química e
nem de
água.
Tabela
2.8. Dados de custo de implantação da cultura do mamão
havaí
irrigado, sem valores de adubo
químico, energia
e pre
ço da água
ORÇAMENTO POR HECTARE
IMPLANTAÇÃO DE CULTURA
Espécie
Área Total
MAMÃO
HAVAÍ IRRIGADO (ELETROBOMBA)
1,0 HA
Especificação
Quant.
Unid.
Valor (
R$1
,00)
Época de
realização
Unit.
Total
1) preparo de solo
5
250,00
Jan a dez
Ar
ação e gradagem
5 Ht
50,00
250,00
2) plantio
77
1.078,00
Jan a dez
Marcação e coveamento
20
Hd
14,00
280,00
Formação de mudas
12
Hd
14,00
168,00
Plantio e replantio
20
Hd
14,00
280,00
Adubação de fundação
25
Hd
14,00
350,00
3) tratos c
ulturais
93
1.302,00
Jan a dez
Capinas
45
Hd
14,00
630,00
Manejo de irrigação
25
Hd
14,00
350,00
Aplicação de defensivos
10
Hd
14,00
140,00
Desbrota
1
Hd
14,00
14,00
Aplicação de formicida
2
Hd
14,00
28,00
Adubação de cobertura
10
Hd
1
4,00
140,00
4) colheita
30
420,00
Jan a dez
Colheita, trat
amento d
os frutos, classificação e
transporte interno
30
Hd
14,00
420,00
5) insumos
1.907,00
Jan a dez
Sementes
0,15
kg
1000,00
150,00
Energia elétrica
(*)
kW
0,00
Esterco
30
T
35,00
1.050,00
Defensivos
10
L
65,00
650,00
Formicida
3
kg
5,50
16,50
Sacos para mudas (+10%)
1,8
Mil
22,50
40,50
Total
4.957,00
Espaçamento: 4 x 2 x 2
m / ciclo da cultura: semi
-
perene produtividade: 10.000 kg/
ha
,
Ano I; 30.000 kg
Ano
I
I e
15.000 kg
Ano III.Sistema de Irrigação
Localizada
Obs.: Adubação Química adicionar ao orçamento o custo com aquisições, levando-se em conta as
r
ecomendações da análise do solo
(*) O Custo com energia deve ser calculado em função do projeto té
cnico
Fonte:
BNB (
2005
)
24
Tabela
2.
9.
Dados de custo de manutenção do
s
e 3º
ano
s
da cultura do
m
amão
havaí
irrigado, sem valores
de adubo químico, energia e preç
o da água
BANCO DO NORDESTE S/A
ORÇAMENTO POR HECTARE
-
MANUTENÇÃO DA CULTURA
Espécie
Áre
a Total
MA
MÃO IRRIGADO 2° ANO (ELETROBOMBA)
1,0
ha
Especificação
Quant.
Unid.
Valor (
R$1
,00)
Época de
realização
Unit.
Total
1) tratos culturais
106
1.484,00
Jan a dez
Capinas
45
Hd
14,00
630,00
Adubação de cobertura
10
Hd
14,00
140,00
Aplicação de defensivos
13
Hd
14,00
182,00
Manejo da irrigação
25
Hd
14,00
350,00
Desbrota
2
Hd
14,00
28,00
Desbaste de frutos
8
Hd
14,00
112,00
Aplicação de formicida
3
Hd
14,00
42,00
2) colheita
110
1.540,00
Jan e dez
Colheita, tra
t. Dos frutos, classificação e
transporte
110
Hd
14,00
1.540,00
3) insumos
1.762,00
Jan a dez
Energia elétrica
(*)
kW
0,00
Esterco
20
T
35,00
700,00
Defensivos
16
L
65,00
1.040,00
Formicida
4
kg
5,50
22,00
Total
4.786,00
M
AMÃO IRRIGADO 3° ANO (ELETROBOMBA)
1,0
ha
1) tratos culturais
106
1.484,00
Jan a dez
Capinas
45
Hd
14,00
630,00
Adubação de cobertura
10
Hd
14,00
140,00
Aplicação de defensivos
13
Hd
14,00
182,00
Manejo da irrigação
25
Hd
14,00
350,00
Des
brota
2
Hd
14,00
28,00
Desbaste de frutos
8
Hd
14,00
112,00
Aplicação de formicida
3
Hd
14,00
42,00
2) colheita
55
770,00
Jan e dez
Colheit,trat.dos frutos, classif e transporte
55
Hd
14,00
770,00
3) insumos
1.632,00
Jan a dez
Ener
gia elétrica
(*)
kW
0,00
Esterco
20
T
35,00
700,00
Defensivos
14
L
65,00
910,00
Formicida
4
kg
5,50
22,00
Total
3.886,00
Obs.: idem ao orçamento de implantação do mamoeiro irrigado
Fonte:
BNB, 2005
25
Na
CEASA/PE
(2005)
, para o mamão
havaí
com procedência da Paraíba e Bahia,
em 30
de agosto de 2005, era vendido
ao
preço mínimo
de
R$ 0,50 kg, máximo de R$ 0,70 kg
e
nquanto
o
valor
do mamão
comum o
era
a R$ 0,60 kg
.
O preço do mamão
havaí
teve seu histórico de valores obtidos na CEASA do Ceará,
através de levantamento de
SIGA/SEAGRI
(
2006
) (
Figura
2.1
),
em que o valor médio no
período de 1995 a 2005 está em torno de R$ 0,84, observando-se então um crescimento
nos preços desse produto
,
desde 2000.
0,83
0,75
1,31
1,36
0,84
0,87
0,60
0,73
0,72
0,64
0,70
0,67
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Preços Mensais
Pr. Anual Médio
Figura
2.1. Preço médio anual de 1995 a 2005 do m
amão
havaí
, expresso em R$ kg
-1
, para o Estado do
Ceará
, CE
. Fonte SIGA/SEAGRI, 2006
2.8.3.
Cultura da banana
A banana (Musa spp.) é uma das frutas mais consumidas no mundo e cultivadas na
maioria dos países tropicais,
enquanto
o Brasil
é o
segundo maior produtor e, também, o
maior consumidor; trata-se de uma planta herbácea,
que
possui tronco curto e subterrâneo,
denominado rizoma, onde se inserem as raízes. O pseudocaule, resultante da união das
bainhas foliares, termina com uma copa de folhas longas e largas e do centro da copa
emerge a inflorescência; inicialmente, os frutos são verdes, tornando-
se
de modo geral
,
am
arelos com a maturação (
EMPRAPA, 2002).
26
Reconhecida como
a primeira fruta a ser utilizada pelo homem
,
como alimento, segundo
historiadores, que a
sua
exist
encia
nas florestas quentes e úmidas do Sudoeste Asiático,
remonta aos
primeiros representantes da espécie humana (
Padovani,
1986).
Em
Campos
(19
82),
a faixa de exploração adequada é
recomendad
a
entre
30º norte e sul
de latitude, porém em baixas altitudes e em latitudes tropicais, o ciclo da bananeira,
sobretudo do subgrupo C
avendish,
varia entre 8 a 10 meses,
mas
em
regiões de altitude de
900m de altura,
e
na mesma
la
titude,
o ciclo
é aumentado para 16
-
18 meses,
e
os limites
de
temperatura adequados ao bom desenvolvimento da bananeira estão entre 20 e 30º C, as
necessidades hídricas variam de acordo com o numero médio de 15 folhas funcionais
e
com área foliar entre 0,8-1,0 m
2
(variedade nanica);
pode
-
27
Tabela
2
.1
0. Dados de produção, valores e área do plantio da bananeira nos municípios em estudo e seu
entorno,
para a produção de 2002
Banana
MUNICÍPIO E ENTORNO
Quantidade
produzida
(Mil Cachos)
Valor da
produção
(R$
1.000)
Área
plantada
(
ha)
Área
col
hida
(h
a)
Rendimento
médio
(*)
(R$
1.000)
Petrolina
, PE
e entorno (Lagoa Grande)
63.132
18.300
3.957
3.957
14.500
Açu
, RN e Entorno (Ipanguaçu,
Mossoró, Itajá, Alto do Rodrigues e
Carnaubais)
110.122
19.857
2.592
2.592
38.024
Touros
, RN e entorno (purez
a,
Maxaranguape e Rio do Fogo)
26.758
8.499
1.491
1.491
18.717
Natal
, RN e entorno (Ceará Mirim,
Extremoz, Parnamirim, São Gonçalo do
Amarante e Macaiba)
13.650
4.816
875
875
16.697
Sousa, PB e entorno (Marizopolis,
Aparecida, São José da Lagoa Tapada,
Nazarezinho e São João do Rio do
Peixe)
23.960
4.833
692
692
32.500
Pacatuba
, SE e entorno (Neópolis,
Pirambu, Brejo Grande e Japoatã)
15.409
3.989
596
596
19.653
C. Grande, PB e entorno (Lagoa Seca,
Puxinanã, Queimadas, Massaranduba,
Caturité e Fagundes)
7048 1597
470
470
14.857
Jaguaribe, CE e Entorno (Iço, Iracema,
Jaguaretama, Jaguaribara, Orós, Pereiro
e Solonópole)
6227 1059
266
266
15.083
Maceió
, AL e entorno (Marechal
Deodoro, Paripueira, Coqueiro Seco,
Rio Largo, Flexeiras, São Luis do
Quitunde,
Barra de Santo Antonio)
4.885
1.049
249
249
13.311
Mamanguape
, PB e entorno (Rio Tinto,
Marcação, Baia d aTraição, Mataraca,
Jacaraú, Capim, Curral de Cima e
Itapororoca)
4.326
685
237
237
18.667
Aracaju
, SE
e entorno (Barra dos
Coqueiros, Nossa Senhora
do Socorro,
São Cristóvão e Itaporanga D´Ajuda)
2.024
635
220
220
7.727
Acaraú
, CE
e entorno (Itarema, Cruz,
Bela Cruz, Jijoca de Jericoacoara, Marco
e Morrinhos)
1497
284
169
169
9.104
Aracati
, CE
e entorno (Jaguaruana,
Itaiçaba e Icapui)
1856
330
146
146
12.513
Canindé
do São Francisco
, SE
0 0 0 0 0
Fonte: IBGE (2005).
(*)Média das médias dos municípios
.
O Banco do Nordeste disponibiliza custos de implantação da banana
pacovã
(
Tabela
2.11)
e manutenção do
s
e 3º
anos
(
Tabela
2.12)
, através
BNB
(
2005)
(
programa Planilha
de Investimento Rural, na versão de julho de 2005), em que os custos atendem um plantio
no espaçamento de 3 x 3 m; o sistema de irrigação localizado não inclui custos de energia,
adubação química e água.
28
Tabela
2.1
1. Dados de custo de implantação da cultura da banana pacovã irrigado, sem valores de adubo
qu
ímico, energia e preço da água
29
Tabela
2.1
2. Dados de custo de manutenção dos e anos da cultura da banana pacovã irrigado, se
m
valores de adubo qu
ímico, energia e preço da água
BANCO DO NORDESTE S/A
ORÇAMENTO POR HECTARE
-
MANUTENÇÃO DA CULTURA
Espécie
Área Total
BANANA
PACOVÃ
N IRRIGADA ELETROBOMBA
(2°ANO E 3° ANO
S)
1,0 ha
Especificação
Quant.
Unid.
Valor (
R$1
,00)
Época de
re
alização
Unit.
Total
1) tratos culturais
153
2.142,00
Jan a dez
Capinas
40
Hd
14,00
560,00
Manejo da irrigação
50
Hd
14,00
700,00
Coroamento
20
Hd
14,00
280,00
Adubação de cobertura
10
Hd
14,00
140,00
Aplicação de defensivos
8 Hd
14,00
112,00
Desfolha/desbaste
25
Hd
14,00
350,00
2) colheita
60
840,00
Jan e dez
Colheita, trsnp. Interno e benef.
60
Hd
14,00
840,00
3) insumos
1.049,00
Jan a dez
Energia elétrica
(*)
kW
0,00
Dipterex
2 L
37,00
74,00
Esterc
o
20
T
35,00
700,00
Extravon
1 L
10,00
10,00
Cercobin 700
3
kg
80,00
240,00
Temik
1
kg
25,00
25,00
Total
4.031,00
Obs.: idem ao orçamento de implantação da banana pacovã
Fonte:
BNB, 2005
O comércio internacional de banana cresceu 90% nos últimos 15 anos, tornando-se a
fruta mais consumida no mundo. Em 1999
a
produção mundial esteve em torno dos 59
milhões de toneladas (
FAO,
2002). Em países como Equador, Costa Rica, Panamá e
Honduras
dentre outros, a bananicultura desempenha papel fundamental na balança
comercial, gerando divisas importantes para suas economias (
Cordeiro
,
2000
).
Campos
(1982) relata que em 1974, o Brasil era o 12º no rank de exportações, com 155
mil toneladas e representava 2,4% da comercialização mundial, embora neste mesmo ano,
o
País
tenha produzido 7.500 mil toneladas, significando que foram export
ados
2% de
sua produção.
O Brasil participa com menos de 0,5% das 13 milhões de toneladas comercializadas
mundialmente
exportando, basicamente, para países do Mercosul. O fato de não conseguir
maior fatia do mercado internacional se deve à precária estrutura comercial,
à
baixa
30
qualidade do produto e ao alto consumo visto que o Brasil é o maior consumidor mundial
de banana
(
Agrianual
, 2000).
A produção nacional se
concent
rava regionalmente, em 2000, assim: Nordeste (29%),
Norte (26%), Sudeste (24%) e Sul (10%); os estados de maior produção neste ano, foram:
Pará (14%), Bahia e São Paulo (10% cada), Amazonas, Minas Gerais e Pernambuco (8%
cada), Ceará (7%) e Santa Catarina
(6%)
(IBGE, 200
2
).
Os preços médios ao longo de vários anos para a cultura da banana
pacovã
, no Estado
do Ceará, segundo
SIGA/
SEAGRI
(2006
),
são mostrados na
Figura
2.2.
0,41
0,38
0,38
0,39
0,54
0,37
0,30
0,30
0,32
0,34
0,32
0,41
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
0,55
0,60
1995 1996
1997
1998 1999 2000
2001
2002 2003
2004
2005
PREÇO R$/Kg
Preços Mensais
Pr. Anual Médio
Figura
2.2
.
Variações dos p
reço
s
médio
s
anua
is
de 1995 a 2005 da Banana
pacovã
, exp
resso em R$
kg
-1
,
para o Estado do Ceará
, CE
. Fonte SIGA/SEAGRI, 2006
Na
CEASA/PE (2005), em 30 de agosto de 2005 a banana
pacova,
categoria extra, com
procedência de Pernambuco e Bahia, era vendid
a
com Preço mais comum
,
a
R$1
2,00 cento
do
fruto,
e a
c
at
egoria I
a
R$1
1,00 cento de fruto.
2.9.
Tarifa de energia
Segundo
a
ANEEL
(
200
5), a tarifa de energia elétrica aplicada aos consumidores finais
regulados representa a síntese de todos os custos incorridos ao longo da cadeia produtiva
da indústria de energia elétrica: geração, transmissão, distribuição e comercialização
;
seu
valor deve ser suficiente para preservar o princípio da modicidade tarifária e assegurar a
saúde econômica e financeira das concessionárias, para que possam obter recursos
31
suficientes
para cobrir seus custos de operação e manutenção, e remunerar, de forma justa,
o capital prudentemente investido com vistas a manter a continuidade do serviço prestado
com qualidade desejada.
As
tarifas de energia rural at
ribuíd
as
no semestre de 2005, estão na
Tabela
2.15 e,
embora isento da tributação de ICMS pela condição de ser rural, nas homologações
vigentes ficou determinado
se
acrescer, nos custos para o consumidor final rural, os
tributos de PIS e CONFINS, com valores variáveis conforme explicado pela companhia de
eletricidade da COSERN
(2005),
de
que
a alíquota nominal do PIS é de 1,65% e da
COFINS
, é de 7,6%, totalizando 9,25%. No entanto em função da base de cálculo de
incidência desses tributos, conforme as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, que
permitem a consideração de certas despesas com créditos reduzindo o recolhimento
mensal, observa-se que, em função de variação desses créditos, o impacto calculado sobre
a receita mensal também é variável, provocando uma flutuação nas tarifas constan
te
s das
faturas. Estima
-
se que est
a flutuação deverá ser em torno de uma alíquota média de 6,6%.
A condição de beneficio para o irrigante estava exposta pela P
ortaria
da ANEEL
105/92,
que foi
revogada recentemente
,
passando a ser regido pela Resolução N
ormativa nº
207 de 09 de Janeiro de 2006, na qual, dentre outras alterações, passa a incluir a atividade
de carcinicultura no mesmo desconto de irrigante, além de alongar o período do beneficio
que outrora atendia o período de apenas 6 h d
-1
, compreendido entre as 23 (vinte e três) e
as 5 (cinco) horas, foi alterado para um tempo maior, segundo o Art 2º, § em que o
desconto será aplicado sobre o consumo de energia elétrica verificado em um período
diário contínuo de oito horas e trinta minutos, facultado
à concessionária ou permissionária
de distribuição, o estabelecimento de escala de horário para início, mediante acordo com o
respectivo consumidor, garantido o horário
das
21h30 às 6h do dia seguinte.
As resoluções homologatórias da
ANEEL
(
2005
), que det
ermina
m as tarifas de energia
para as companhias e o transcritas na
Tabela
2.13, são determinadas para cada
companhia
, através das seguintes resoluções homologatórias, COSERN, resolução
homologatória 103, de 18 de abril de 2005; CELPE, r
esolução
h
omol
ogatória
112/2005 de 09 de maio de 2005;
CEAL,
resolução homologatória nº191 de 22 de agosto
de
2005; CELB, resolução homologatória 13, de 31 de janeiro de 2005;
ENERGIPE,
resolução homologatória nº 94, de 18 de abril de 2005
; COELCE, resolução homol
ogatória
97, de 18 de abril de 2005; SAELPA, resolução homologatória 193, de 22 de agosto
de 2005
.
32
Tabela
2.1
3. Valores de tarifa
simples
rural aplicados nos respectivos municípios no semestre do ano de
2005
, sem atribuiçõ
es
de impostos de CONFIN
S+PIS+ICMS
Município
Concessionária de Energia
Sigla
Tarifa
Rural
(TR)
BT(B2)
Coopera
-
tiva
Serv.
público
de irrig.
Aracaju
, SE
Empresa Energética de Sergipe
ENERGIPE
0,18609
Pacatuba
, SE
Empresa Energética de Sergipe
ENERGIPE
0,18609
Canindé
de
São Fr
co
,
SE
Empresa Energética de Sergipe
ENERGIPE
0,18609
Maceio
, AL
Companhia Energética de Alagoas
CEAL
0,19154
0,14237
0,17614
Petrolina
, PE
Companhia Energética de
Pernambuco
CELPE
0,19498
0,14139
0,17928
Mamanguape
, PB
Sociedade Anônima de
Elet
rificação da Paraíba
SAELPA
0,20196
0,1374
0,16906
Sousa
, PB
Sociedade Anônima de
Eletrificação da Paraíba
SAELPA
0,20196
0,1374
0,16906
Campina Grde
, PB
Companhia de Energia Elétrica da
Borborema
CELB
0,17541
0,12667
0,16132
Touros
, RN
Companhia Energé
tica do Rio
Grande do Norte
COSERN
0,17533
0,08518
0,16119
Açu
, RN
Companhia Energética do Rio
Grande do Norte
COSERN
0,17533
0,08518
0,16119
Natal
, RN
Companhia Energética do Rio
Grande do Norte
COSERN
0,17533
0,08518
0,16119
Acaraú
, CE
Companhia En
ergética do Ceará
COELCE
0,21258
Aracatí
, CE
Companhia Energética do Ceará
COELCE
0,21258
Jaguaribe
, CE
Companhia Energética do Ceará
COELCE
0,21258
Fonte: ANEEL
2.10. Cobrança do uso da água na irrigação
No Brasil, em relação aos investimentos a irrigação se divide em particular e pública,
mas
o setor privado é responsável por 95% da área irrigada total e por 72% no Nordeste
(BNB, 2000)
, o que indica que não só os perímetro
s
públicos t
ê
m usuários para irrigação
.
De acordo com o art. 19 da Lei 9.
433/97, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos tem
,
como objetivos: reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma
indicação de seu real valor;
incentivar a racionalização do uso da água;
obter recursos
financeiros para financiamento dos programas e intervenções contemplados nos planos de
Recursos Hídricos (art. 19 da Lei 9.433/97).
Thame
(2000) relata, dentro da indagação do por que cobrar pelo uso de um bem
público
, a seguinte afirmação: “O principal objetivo da Política Estadual de Recursos
Hídricos é assegurar que a água seja controlada e utilizada em padrões de qualidade e na
quantidade adequada, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras, razão por que,
quando se fala em cobrança pelo uso da água, não se deve vislumbrar apenas o
33
imediatismo de se arrecadar recursos para reverter a degradação atual, e, sim, primeiro, a
possibilidade de se instituir um comportamento adequado em termos de racionalização do
uso desse recurso tão valioso. O sucesso na instituição da cobrança dep
enderá,
preliminarmente, da comunidade aceitar o pagamento desse preço público. Esta
concordância, obviamente, está correlacionada ao grau de escassez dos recursos hídricos.
Em regiões onde a água é abundante, sem dúvida o haverá cobrança ou os comitês
determinarão preços simbólicos; em regiões nas quais se sente a escassez, os próprios
usuários estarão dispostos a contribuir, com o objetivo de garantir os recursos financeiros
necessários para se reverter a situação crítica
”.
Segundo
Carrera
-
Fernandez
& Raimundo-
José
(2002),
no mundo todo, o uso de
sistemas de cobrança de água bruta (onde estes existem) é orientado, primordialmente, para
a geração de receitas, como menor ênfase para a eficiência econômica ou incentivo aos
usuários para mudança dos seus padrões de consumo. Para análise das práticas em outros
países, pode
-
se observar dois pontos principais:
A geração de receita está ligada a um setor específico, fornecendo um forte
incentivo aos usuários para que paguem porque eles estão mais confiantes de que se
beneficiarão diretamente dos seus pagamentos, na forma de melhorias nos serviços de
abastecimento de água.
A receita é gerada
sobretudo
para cobrir os custos relativos à prestação de serviços
de água e controle de poluição. Embora
haja
uma clara te
ndência pela introdução de preços
públicos, os critérios baseados em dados e padrões ambientais não são, em geral bem
articulados, exceto no caso da legislação colombiana, ainda não colocada em prática. As
cobranças,
por exemplo são de forma
comum,
aplicadas para qualquer tipo e/ou volume de
efluente, até mesmo aqueles dentro dos padrões legais. A ênfase na recuperação de custos,
relacionando-se pouco com as considerações ambientais específicas, pode ser um primeiro
passo importante mas não suficiente para
apresentar
incentivos à promoção do uso
eficiente da
á
gua.
Segundo C
eará
/
COGERH
(2002), no Estado do Ceará já foi elaborado o Plano de
Gerenciamento da Bacia do Curu. Os planos das Bacias Metropolitanas e da Bacia do
Jaguaribe também foram concluídos, no âmbito do PROURB, com financiamento do
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD). Os planos das bacias do Acaraú,
Coreaú e do Parnaíba, estão em desenvolvimento no PROGERIRH, através dos estudos
referentes ao Eixo de Integração da Ibiapaba. A gestão do uso da água no Estado do Ceará
é regido pela Lei Estadual de Recursos Hídricos 11.996, de 24 de julho de 1992,
34
prev
endo
-se alguns instrumentos legais, como outorga de direito de uso dos recursos
hídricos, o licenciamento para obras hídricas e a cobr
ança pelo uso da água bruta.
2.10.1. Valores cobrados
Conforme relato de Ribeiro e Lanna (2001) em alguns casos não é possível separar, do
valor total cobrado, a parcela correspondente a água bruta e aquela relativa ao serviço de
disponibilização desta água. A cobrança em regiões semi-áridas, onde a água pode ser
disponibilizada pela implantação de reservatórios, é um
bom
exemplo
; os autores do
resumo produz
em
uma síntese de exemplos de cobrança de água bruta, que é relatada a
seguir:
Na bacia do Rio Curu, CE, o valor da referência da cobrança para
a
área agrícola,
considerando
-
se
a isenção de subsídios como forma de proteção aos mais vulneráveis
financeiramente, ficou calculado em
U$3
0,00 por
1000m
3
(Lanna e Ribeiro, 1996); n
este
exemplo está sendo co
brad
a a água bruta juntamente como serviço para a sua
disponibilização.
Na
Bacia do Rio Sinos,
RS,
Pereira et al (1999), a cobrança foi calculada em função da
localização da captação do, uso da água da, estação do ano do, volume consumido e do
preço de ref
er
ê
ncia arbitrado para a água em
U$5
,00 por
1000m
3
,
para o setor agrícola.
No
E
stado de São Paul
o
a cobrança possui dois preços
,
que variam da seguinte forma: o
preço unitário básico
,
de U$5
,00 por
1000m
3
(captação) a U$10
,00 por
1000 m
3
(consumo
-
parcela
do volume captado que não retorna ao manancial) multiplicado pelos coeficientes
que retratem o tipo de manancial, a classe do rio, a localização do usuário em relação à
zona de recarga de aqüíferos, a finalidade do uso e as peculiaridades regionais e locai
s,
sendo que o preço unitário final não poderá ultrapassar o valor máximo de U$25,00 por
1000m
3
(captação) a U$50/1000 m
3
(consumo).
No Estado do Ceará (C
eará
/
COGER
H, 2002) é cobrada, para irrigação,
des
de 1999,
uma tarifa de
R$2
0,00 por 1000 (vinte reais por mil metros cúbicos) consumidos pelos
irrigant
es no Canal do Trabalhador e R$4,00 por 1000 (quatro reais por mil metros
cúbicos) consumidos pelos irrigantes do Vale do Acarape. Segundo o mesmo
órgão
,
encontra
-se em andamento, na Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará, uma licitação
para contratação do "Estudo para Definição e Implementação de uma Política Tarifária de
Água Bruta para o Estado do Ceará".
35
Lanna (2003) complementa as informações sobre as cobranças no Ceará,
acrescentado
que a água obtida pela adutora de Quixadá,
em
um sistema sob pressão, o valor é de
R$300,00
por
1000 m
3
.
Segundo
Fontenel
e & Araújo (
2001
), calculados os custos de operação e manutenção
estão incluídos, aí, os gastos referentes à gerência das bacias e à manutenção e
bombeamento do sistema hídrico da bacia do Jaguaribe
, CE
, que abrange as sub
-
bacias dos
rios Salgado e Banabuiú e do Alto, Médio e Baixo Jaguaribe. A partir dos custos
analisados e dos valores referentes às vazões regularizáveis das sub-bacias em análise,
pode
-
se obter os custos unitários, conforme a
Tabela
2.14,
a seguir.
Tabela
2.1
4. Custo unitário de Operação e manutenção (O
&M
) na bacia do Jaguaribe, valores em R$ para
1000 m
3
Sub
-
Bacias
Águas Superficiais
Águas Subterrâneas
Salgado
7,86 1,86
Banabui
ú 2,32 17,49
Alto Jaguaribe 2,42 7,60
Médio Jaguaribe
15,3 19,58
Baixo Jaguaribe
8,05 6,61
Média
3,10 5,07
Atrav
és do Decreto Estadual do Ceará nº 27.271 de 28 de novembro de 2003, a
cobrança pelo uso dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos,
é regularizada e
no Art
da tarifa a ser cobrada pelo uso dos recursos hídricos será calculada utilizando-se a
equação
(01)
abaixo:
ef
VTuT .)(
2.13
donde:
T(u)= Tarifa do Usuário
T=Tarifa padrão sobre volume consumido
Vef=Volume mensal consumido pelo usuário
No Artigo 3º, para fins de cálculo da tarifa, o valor de T para o irrigante é atribuído por
faixa de uso, expressa na
Tabela
2.15.
36
Tabela
2.1
5.
Preços da água para o Es
tado do Ceará, segundo Decreto Estadual
nº 27.271/03, para o irrigante
Faixa de consumo de água para irrigação
(m
3
mês
-1
)
Valor da Tarifa (T)
R$1
.000 m
-3
1.441 - 5.999 2,50
6.000 - 11.999 5,60
12.000 - 18.999 6,50
19.000 - 46.999 7,00
> 47.000
8,00
Na prá
tica
, irrigações abaixo de 2 h
-1
ou 1.440
mês
-1
são isentas de outorga
,
adotada pela Lei Federal em 1997. Consumos acima do valor citado são cobrados no
Ceará,
conforme
Tabela
2.17, enquanto no plano de universalização da cobrança e da
outorga
iniciado ness
e Estado em 2003
,
todos os irrigante
s
que consomem acima de 12.000
m
ês
-1
pagam pela água, e a partir de 2008 este numero cairá para todos os que
consomem a partir de 6.000 m³
m
ês
-1
conforme plano citado.
2.10
.2. Impacto da cobrança pelo u
so da água
De acordo com
Carrera
-Fernandez et al (2002), a cobrança pelo uso da água,
estabelecida de forma ad hoc, não
é
criteriosa
; muitos setores usuários, especialmente a
irrigação e a indústria, serão fortemente impactados. Na irrigação, esta cobrança pode
causar efeitos ainda mais graves, haja vista que pode até mesmo inviabilizar o próprio
negócio, implicando em um retrocesso tecnológico na medida em que força os irrigantes a
produzirem em sequeiro; o problema reside no fato de que, ao tratar usuár
io
s diferentes de
forma igual, esta cobrança plana e irresponsável poderá criar distorções graves na
economia, com sérias repercussões na cadeia produtiva do
P
aís.
Os autores seguem com uma proposta de procedimento metodológico de avaliação de
impactos diretos e indiretos delineados com as seguintes considerações; 1) considerar toda
a cadeia produtiva e ultrapassar os limites regionais e estaduais; 2) possibilita
r,
assim,
analisar os diferentes efeitos setoriais e suas repercussões sobre alguns agregados
macroeconômicos regionais e nacional; 3) a metodologia proposta permite hierarquizar, na
bacia hidrográfica, os segmentos com maiores impactos a montante e a jusante, vez que
poderá ser testada a sensibilidade desses impactos em relação a diferentes metodologias de
preços, setores de atividade econômica e localização geográfica dos empreendi
mentos
usuários da água; por fim, 4) pode-
se
, também simular cenários alternativos de escassez
37
relativa dos recursos hídricos e usos alternativos dos aqüíferos, estimando fatores
compensatórios que minimizem os impactos sobre os macro agregados regionais.
C
arrera
-Fernandez et al (2002)
escreveram
a construção de Matrizes de Relações
Intersetoriais
MRIs, que incorporem as ponderações atribuídas aos gêneros de atividades
usuárias da água, passíveis de cobrança pelo seu uso, explicitando os efeitos agregados a
partir das bacias hidrográficas consideradas. A existência de matrizes atualizadas de
impactos diretos e indiretos articuladas às atividades de bacias hidrográficas,
permitirá
estimar os efeitos cruzados e multiplicadores resultantes dessa cobrança, avaliando os
efeitos sinergéticos encadeados para a frente e para trás sobre agregados relevantes
como produto, renda, emprego, arrecadação tributária,
e
potencial
expo
rtador,
d
entre
outros
;
todos esses
se
destacam os efeitos agregados e cumulativos sobre os índices de
preços. A construção dessas matrizes é operacionalizada a partir da combinação de dados
secundários desagregados, produzidos e divulgados pelo IBGE, além de estatísticas sobre
agregados regionais e estaduais processados por outras fontes.
Dados primários são introduzidos apenas na medida em que sejam necessários para
melhor caracterizar especificidades das tecnologias adotadas em processos produtivos das
bacias em análise. Para cada uma das atividades econômicas usuárias da água, são
analisadas as principais características, a evolução nos últimos anos, a formação de cadeias
produtivas e a inserção dessas atividades no mercado (Czamanski & Ablas, 1979; Holub et
al., 1985; Bergman & Feser, 1999).
Nest
a etapa, além de informações sobre cadeias produtivas específicas disponíveis em
estudos setoriais, consideram-se também informações oriundas da matriz de insumo-
produto. A adoção de métodos que combinem processos de aproximações sucessivas com
a utilização de proxis, em projeções setoriais de cada bacia hidrográfica, é ajustada
mediante a utilização da técnica
shift
-
share
(Bar
-Eliezer 1986 e 1993; e Deutsch &
Syrquin, 1989). Este procedimento permite, ainda, levar em consideração a riqueza de
informações qualitativas disponíveis com respeito às bacias hidrográficas estudadas
mantendo
-
se, no entanto, a consistência quantitativa no âmbito nacional.
O insumo água, passando pelo processo de definição de preço, promove uma avaliação
mais profunda no campo agrícola quanto à composição de custos do produto e sua
viabilidade econômica no mercado, com simulação de valores a serem cobrados pela água
como viáveis à produção, porém em uma reflexão de
Noronha
(19
84
), o mesmo f
az
comentário sobre realizar análise econômica em experimentos agrícolas e relata que “a
mesma necessita de três áreas distintas: estatística, conhecimento técnico da cultura e
38
economia, reconhecendo que é difícil, para qualquer pesquisador, dominar sufici
entemente
as três áreas”.
Santos (
2005
), através de simulações com modelagem do clima, para a cultura do a
rroz,
em Santa Maria,
RS, ob
teve como resultado, após atribuído o valor de Tarifa de água de
R$ 0,05
por
m
3
, uma redução na renda em torno de 12%, incluindo os custos de
licenciamento ambiental.
A cobrança pela utilização da água para a cultura da Manga, em vários locais no Estado
de São Paulo, não inviabilizou a implantação do sistema de irrigação, uma vez que
promoveu pequenos incrementos necessários de produtividade, quando comparada com
outros custos decorrentes da implantação do sistema
(Blanco, 2004)
.
2.11.
Dimensionamento de sistema de irrigação
Segundo Azevedo (1997), a necessidade d’água do projeto compreende toda a água
demanda
da
ao longo do ano e no mês de maior demanda (mês de pique). Calcula-se a
necessidade d’água de cada cultura e,
em seguida
, da
água do projeto.
Necessidade de irrigação líquida do projeto (NIL), em mm, é calculada através do
balanço hídrico, o que caracteriza as particu
laridade
climática de evapotranspiração
potencial
da cultura e precipitação provável de cada local irrigado; neste caso,
Azevedo
(1997)
, adota a forma mais simplificada que consiste em subtrair a precipitação provável.
NIL
i
=NP
i
-
PP
i
2.14
Sendo PPi= Precipitação provável esperada, em mm e os resultados dessas operações
para os meses
em que
a Necessidade da Planta (
NP
)
>
PP corresponde
aos meses de déficit
d’água cujas quantidades serão aplicadas através da irrigação, quando NP < PP, os valores
de demanda de água para fins de c
á
lculo no projeto agronômico
são
considerado zero.
A demanda mensal corresponde à necessidade de irrigação líquida do projeto (DML),
em m
3
ha
-1
e d
eve ser calculada
mês a mês.
DML=10.NIL 2.15
O manejo do sistema compreende a adoção de um turno de
irrigação
(em função da
cultura, do solo, clima e características de aplicação d’água do método), a necessidade
bruta d’água, lâmina de irrigação bruta, tempo de irrigação, número de unidades de
irrigação
, tempo de funcionamento diário e vazão do sistema, horas de bombeamento
mensal e volume mensal bombeado.
39
2.11.1.
Sistema l
ocalizado por microas
persão
Na irrigação localizada o turno de
irrigação
não deve ser superior a três dias e a
ne
cessidade de irrigação bruta (NIB), em mm
mês
-1
, possui um fator de redução
representado pelo fator de sombreamento da cultura (Ks) e considerado a porção da área
plantada com maior
percentual de raízes da cultura
(Azevedo, 1997
).
EF
Ks
NIL
NIB
.
2.16
Sendo
Ks=fator de sombreamento da cultura, em %
e
Ef= Eficiência de irrigação em %
.
Conforme
Bernardo (19
95)
para irrigação localizada em frutíferas o coeficiente de
sombreamento pode ser considerado o mesmo em
porcentagem de área molhada e do perfil
de molhamento do solo e é necessário, para o dimensionamento e manejo da irrigação
localizada, uma vez que afeta a produção da cultura e o crescimento, tanto do sistema
radicular quanto da parte aérea. A porcentagem de área molhada e o perfil de molhamento
do solo variam em função do tipo de solo, do tipo de emissor, do espaçamento entre
emissores e da vazão do emissor do tempo de aplicação de água e da lâmina de água
aplicada.
Bielorai (1982) estudou os efeitos da porcentagem de área molhada sobre a
produção, eficiência do uso da água e qualidade do fruto, em “pomelo” irrigado por
gotejamento e aspersão, em Negev, Israel e concluiu que a maior produtividade (
192,6
kg.pl
-1
) foi obtida nas plantas irrigadas com percentagem de área molhada igual a 40%,
repondo 100% das necessidades hídricas das plantas. A quantidade de água aplicada afetou
também a qualidade final dos
frutos.
Demanda mensal de irrigação bruta do projeto
(DMB), em m
3
ha
-1
DMB=NIB.10 2.17
Concepção do sistema representa a d
efinição do sistema de irrigação: seleção do método
de irrigação, definição dos emissores (características e parâmetros dos emissores),
definição do material dos
40
ao desgaste; p
rovoca
pequenas perdas de carga nas conexões; baixo custo e resistente ao
transporte
.
Selecionado o emissor, procede-se à determinação dos parâmetros necessários ao
dimensionamento do sistema, como: número de laterais por fileira de plantas, espaçamento
dos emissores na lateral, espaçamento entre lateral, percentagem de área molhada e número
de emissores por planta.
Área molhada por planta
(AM)
é a fração de área molhada pelo sistema, em %; a área
molhada por planta em % (ou em m
2
) deve ser igual ou superior à área mínima (Amin)
exigida pela cultura que segundo
Bernardo
(1995), para culturas densas é igual a 20% para
regiões chuvosas e 33% em condições de se
mi
-
aridez
, enquanto para irrigação de arbóreas
a mesma está relacionada ao valor de área sombreada
por sua c
opa
.
Número de emissores por planta
(NEP)
é a quantidade de emissores que contribuem
com água para cada planta.
2.11.2. S
istema de irrigação por a
spersão
Pode-
se
utilizar os mesmos procedimentos de cálculo de desenvolvimento para projetos
de irrigação localizada, considerando apenas para o coeficiente de sombreamento (Ks),
para métodos de irrigação por aspersão, um valor igual a 1
,00
(um), validando as mesma
equações de irrigação localizada
.
41
3.0
.
MATERIAL E MÉTODOS
3.1.
Dados Básicos para elaboração do projeto
3.1.1.
L
ocalização
e critério de escolha
dos municípios
da pesquisa
O estudo desenvolveu simulações em áreas localiza
das
em seis Estad
os
do Nordeste
Brasileiro, ou seja,
Ceará, Rio
G
rande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Esses
locais
foram
escolhidos através de várias condições,
cuja
prioridade
era
atender
a
diversas
características de climas, posições geográficas e
pot
encial
de exploração agrícola
com irrigação para fruticultura, conforme indicadores pontuais
na
Figura 3.1
representa
a
localização dos municípios
em seus respectivos Estados.
Figura
3.1
.
Localização
dos 06 Estados
e dos
14
m
unicípio
s do estudo
(pontos pretos)
3.1.1.1.
Estado do Ceará
Os municípios escolhidos para a análise
no E
stado do Ceará
,
fo
ram Acaraú, Jaguaribe e
Aracati
, também
identificados
dentro do Estado do Ceará por pontos pretos na
Figura
3.1,
42
estão localizados na microrregião do l
itoral
o
este/Ibiapaba
(
Acaraú
) e na microrr
egião
Litoral leste
(
Aracati e Jaguaribe
).
O município de Acaraú tem, como seu entorno, os
município
s de Itarema, Cruz, Bela
Cruz, Jijoca de Jericoacoara, Marco e Morrinhos, e como rede de drenagem natural, o Rio
Acaraú e Enseada de Timbaú, Serrote e Ponta de Jericoacoara, Lagoas de Guriu, Caiçara,
Jijoca, todos
pertencen
tes
a bacia hidrográfica de Acaraú.
Jaguaribe
tem
,
como
municípios
circuvizinhos
,
I
ço, Iracema, Jaguaretama, Jaguaribara,
Orós, Pereiro e Solonópole, todos pertencendo à grande bacia do Jaguaribe. O município
de Jaguaribe se encontra a jusante do açude Castanhão, localizado no médio curso do Rio
Jaguaribe, possui outros riachos como Riacho Feiticeiro ou Jutubarana, Jatobá, Malh
ada,
Tamanduá, das Almas, Cajá, Grande, além do açude Joaquim Távora
.
O município de Aracati tem os municípios do entorno Jaguaruana, Itaiçaba e Icapui e
fica no litoral, região do baixo curso do Rio Jaguaribe, e alé
m
desse curso de água, o rio
Palhano, có
rregos do Retiro, das Aroeiras, São Gonçalo e dos Fernandes
.
3.1.1.2.
Estado do
Rio Grande do Norte
Os locais escolhidos para a aná
s
43
3.1.1.3.
Estado d
a Para
í
ba
Os locais escolhidos para a análise do Estado da
Paraíba,
foram Sousa, que fica na
mesoregião do Sertão, e microrregião de Sousa, Campi
44
abastecimentos
são
Rio Mandaú, pertencente à Bacia hidrográfica de mesmo nome,
incluindo o
L
agoa Mundaú
,
localizada a suldoeste da Capital
.
3.1.1.6.
Estado d
e Sergipe
Os locais escolhidos para a análise do Estado de Sergipe, foram Pacatuba,
na
microrregião do Japaratuba, a Capital Aracaju, na
microrregião
da
G
rande
Aracaju,
e
Canindé
do S
ão Francisco
,
pertencen
te
a
microrregião
do Sertão do São Francisco
.
O município de Pacatuba, que fica a 116 km da capital, tem como municípios vizinhos
Neópolis, Pirambu, Brejo Grande e Japoatã,
pertencen
tes, à Bacia do Rio São Francisco;
fica no curso baixo do Rio São Francisco, além do abastecimento do Rio Betume e Aterro,
dispondo também do
Aquifero Quaternário.
A Capital
Aracaju
tem
alguns
municípios do entorno com boa produção agrícola:
Barra
dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Itaporanga d´Ajuda;
está
situada na Bacia do Rio Sergipe, s
endo
este
rio uma de suas fontes d´água, além do
afluente Poxim
.
Canindé
do São Francisco, localizado nas margens do Rio São Francisco, possui a
cidade vizinha de Poço Redondo, ficando ao lado da hidrelétrica de Xingo, também
pertencen
te
a bacia do Rio São Francisco, no trecho do curso médio da bacia
3.1.2.
Dados climáticos dos l
oca
is
3.1.2.1. C
lassificação
climática
A classificação climática dos
município
s do estudo foi baseada
em
Hargreaves (1974
b),
que
utiliza o índice MAI e denominado por
Varejão Silva (1981
)
Índice de Disponibilidade
de
Água (IDA)
que
, por sua vez, representa a relação entre a precipitação provável a
vel
de 75% de probabilidade mensal sobre a evapotranspiração
potencial
mensa
l do local
(ETo)
; desta forma, a classificação climática agrupa algumas cidades com a mesma
característica climática, isto é,
clima
M
uito
Árido: Açu, RN e Petrolina, PE; com clima
Árido Canindé do São Francisco, SE, Sousa, PB, Jaguaribe, CE, e os município
s
litorâneos
; como clima Semi-Árido Touros, RN, Aracati, CE e Acaraú, CE, restando para
os demais, a classificação de clima S
eco
-Úmido, os quais se encontram Campina Grande,
PB
,
Mamanguape
, PB
, Natal
, RN
, Maceió
, AL
,
Aracaju
, SE
e Pacatuba
, SE
.
45
3.1.2.1.1.
Localização dos Postos Pluviométricos
Observando
-
se
os dados limites do estudo através de Hargreaves, tem-
se
o trabalho
pesquisado com postos pluviométricos (
Tabela
3.1
)
instalados
entre as latitudes sul de
53’
(Acaraú
, CE
) e 10º 54’ (
Aracaju
, SE
) e a
longitude Oeste 35º 07’ (Mamanguape
, PB
) e
a
40º 30’ (Petrolina,
PE)
com variação de altitude entre 3 a 508 m; com tal amplitude
geográfica permitiu que fossem caracterizados todas as classificações climática
s,
segundo
Hargreaves (1974b
),
quando se
tem
, e
ntão,
02
município
s classificado
s
como Muito Árido,
03 Árido, 03 Semi
-
Árido e 06
município
s como Seco-
Úmido.
Tabela
3
.1
. P
ostos pluviométricos
com suas respectivas coordenadas geográficas e série de anos pluviais
Estação climatológica
Bacia
Hidrográfica
Série de
anos do
estudo
Altitude
(m)
Longitude
Oeste
Latitude
Sul
Acaraú
, CE
Acaraú
56
7
40º 07’
02º 53’
Aracatí
, CE
Jaguaribe
55
20
37º 46’
04º 34’
Jaguaribe
, CE
Jaguaribe
54
120
38º 37’
05º 53’
Açu
, RN
Piranhas
54
68
36º 54’
05º 35’
Touros
, RN
- 57 4
35º 28’
05º 12’
Natal
, RN
Potengi
57
8
35º 13’
05º 48’
Mamanguape
, PB
Mamanguape
56
54
35º 07’
06º 50’
Sousa
, PB
Piranhas
56
200
38º 14’
06º 45’
Campina Grande
, PB
Paraiba
57
508
35º 52’
07º 13’
Petrolina
,
PE
São Francisco
56
376
40º 30’
09º 23’
Maceió
, AL
-
56
45
35º 43’
09º 40’
Cani
ndé
do São Francisco
,
SE
São Francisco
55
130
37º 48’
09º 39’
Pacatuba
, SE
São Francisco
47
20
36º 39’
10º 27’
Aracaju
, SE
Sergipe
56
3
37º 03’
10º 54’
Fonte: Hargreaves (1973)
3.1.2.1.2.
Dados de
E
vapotranspira
ção
e Precipitação
Os dados climatológicos do estudo
se
basearam nos valores obtidos por
Hargreaves
(1973)
onde a
Tabela
3
.2
dispõe dos valores médios e a nível de 75% de ocorrer (PP75%)
e, na Tabela 3.3, os dados de evapotranspiração de referência ou
pot
encial
(ETo) citados
em
Hargreaves (1974
a
) e
SUDENE/MINTER
(1984).
46
Tabela
3
.2
. Dados de precipitação
pluvial
média e provável a nível de 75% de probabilidade de ocorrer
nos
meses
do ano
Estação
climatológica
Prec.
mm mês
-1
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
J
UN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
média
82
161
295
268
148
53
16
3 3 2 6
32
Acaraú
, CE
PP75%
14
66
149
139
63
21
1 0 0 0 0 0
média
70
141
231
221
131
44
15
2 3 4 7
30
Aracatí
, CE
PP75%
6
41
97
74
24
3 0 0 0 0 0 1
média
60
116
176
147
78
26
12
4 3 1 5
20
Jaguaribe
, CE
PP75%
2
27
59
41
28
1 0 0 0 0 0 0
média
40
85
139
127
89
36
13
5 1 2 4
10
Açu
, RN
PP75%
1 7
39
32
14
1 0 0 0 0 0 0
média
41
87
136
201
156
163
100
47
19
6 6
12
Touros
, RN
PP75%
2
10
69
101
67
91
21
6 1 0 0 0
média
57
130
212
248
248
254
200
106
50
18
14
23
Natal
, RN
PP75%
10
16
104
144
158
174
126
56
17
2 1 3
média
81
114
213
202
235
262
175
105
49
23
32
54
Mamanguape
, PB
PP75%
22
29
75
97
86
104
57
45
14
5 8
14
média
77
136
205
149
66
27
12
2 3 5
16
29
Sousa
, PB
PP75%
4
47
116
43
10
1 0 0 0 0 0 0
média
40
61
93
108
110
115
106
69
27
12
13
21
Campina Gr
ande
,
PB
PP75%
7
12
23
49
60
71
63
34
7 2 1 4
média
52
78
92
43
7 4 2 2 3 9
45
64
Petrolina
,
PE
PP75%
6 8
11
1 0 0 0 0 0 0 2 6
média
57
66
126
183
271
230
184
110
79
46
29
35
Maceió
, AL
PP75%
15
32
58
105
161
133
121
74
40
19
11
9
média
32
42
53
61
60
57
47
27
13
14
24
43
Canindé do S.Fr
co
,
SE
PP75%
1 3 3
21
28
29
29
11
1 0 0 1
média
43
44
77
147
218
162
153
115
74
46
44
36
Pacatuba
, SE
PP75%
11
25
32
73
121
10
9
108
63
26
14
15
12
média
55
59
138
206
307
215
205
125
77
60
56
51
Aracaju
, SE
PP75%
15
21
53
101
181
91
92
74
31
19
12
13
Fonte:
H
argreaves
(1973
)
Tabela
3
.3
.
Médias diárias de
Evapotranspiração
potencial
em mm d
-1
,
estimad
a
s pelo método de
Hargrea
ves,
para
diversas localidades
Estação climatológica
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Acaraú
, CE
4,7
4,4
4,0
3,8
3,5
3,7
4,0
4,6
5,1
5,3
5,2
5,0
Aracati
, CE
4,7
4,5
4,1
3,9
3,8
3,7
4,0
4,5
4,8
5,1
5,0
4,8
Jaguaribe
, CE
6,2
5,3
4,5
4,3
4
,0
4,0
4,2
4,9
5,8
5,9
6,6
6,4
Açu
, RN
6,0
5,5
32
101
32
6,4
6,4
5,8
77
5,8
77
47
As culturas da b
anana,
mamão e coco anão, são consideradas de consumo adequado
pelo mercado da fruticultura, devido à adaptação fisiológica e exploração agrícola irrigada
em todo o Nordeste b
rasileiro
. Como particularidades fisiológicas das culturas, tem-se os
coeficiente
s de correção de cultivo (Kc) para as 03 culturas do estudo,
na
Tabela 3.4 (c
oco
Kc=0,8; mamão Kc=0,7 e banana Kc=1,0), sendo utilizado
s,
para os cálculos de máxima
demanda, os coeficientes do segundo ano da cultura, con
48
capacidade de retenção de água do solo
e
o turno de
irrigação
máximo para a
relação clima
-
solo
-
planta
não sendo
, no entanto,
proposta d
e pesquisa des
se estudo.
Os
custos de manutenção das culturas
se
base
iam
na planilha agropecuária do
BNB
(2005), para sistema de irrigação localizado, em que
os
valores de orçamento anual da
cultura do coco anão
são
de
R$1
.708,00 ha
-1
ano
-1
, banana
pacov
ã
R$4
.031,00 ha
-1
ano
-1
e
mamão
havaí
,
R$3
.886,00 ha
-1
ano
-1
, não
se
inserido
, ainda, os custos variáveis de
adubação química, consumo de energia e consumo de água.
Os
custos de manutenção foram escolhidos no período acima do ano das culturas
,
necessár
io para
se
estimar a máxima demanda de irrigação e energia do planejamento,
combinado
s com o ano de manutenção de menor valor para as culturas, isto é, coco
anão
para o ano, mamão
havaí
para o ano, banana
pacovã
para os ou anos como
forma de se obter e avaliar a relação de maior percentual de custo de energia e água, com
relação ao custo total das culturas.
Os custos de manejo da irrigação por aspersão com relação à microaspersão, foram
considerados iguais para tal análise e, considerando desta forma, também um sistema com
linhas de espera de aspersores com características operacionais de mão-
de
-
obra
semelhantes às do custo com irrigação localizada. A adubação que foi acrescida
se
baseou
em recomendações do IPA (1998), disponibilizada no L
aborat
ório de Irrigação e
Salinidade
-LIS/UFCG, para as três culturas,
tendo em vista
um solo com fertilidade
média
,
cujos
valores estão expostos na Tabela 3.6, incluindo-se aí o custo de adubação por cultura
e por hectare.
Tabela 3.6. Recomendações de adubação
e custo por ha
-1
ano
-1
para as culturas do coco anão, mamão
havaí
e
Banana
pacovã
Recomendaçã
o para média
fertilidade
Periodo
(Recomendaç
ão para solo
de média
fertilidade
grama planta
cova
-1
ano
-1
(IPA, 1998)
kg
Macronutrien
te
-1
ha
-1
ano
-1
Adubo
utilizado
% do
nutriente no
adubo
(Agenda do
BNB, 2004)
Quantidade
de adubo por
Preço unit.
R$ kg
-1
(SIGA/SEAG
RI, 2005)
Custo de
adubo
químico por
hectare
R$ ha
-1
ano
-1
c
oco
anão
8 x 8 m 156 pl ha
-1
, 2 ano
Nitrogênio
100
15,63
ur
é
ia
45%
34,7
1,18
40,97
sforo
40
6,25
superfosfato simples
15%
41,7
0,84
35,00
Potássio
100
15,63
cloreto de potássio 60%
26,0
1,12
29,17
Total
240,0
37,50
102,4
105,14
m
amão
havaí
4 x 2 x 2 m 1667 pl ha
-1
, produção
Nitrogênio
100
166,67
ur
é
ia
45%
370,4
1,18
437,04
sforo
50
83,33
superfosfato simples
15%
555,6
0,84
466,67
Potássio
80
133,33
cloreto de potássio 60%
222,2
1,12
248,89
Total
230,0
383,33
1148,1
1.152,59
b
anana
pacovã
4 x 2 x 2 m 1667 pl ha
-1
, produção
Nitrogênio
320
533,33
ur
éia
45%
1.
185,2
1,18
1.398,52
sforo
100
166,67
superfosfato simples
15%
1.
111,1
0,84
933,33
Potássio
400
666,67
cloreto de potássio 60%
1.
111,1
1,12
1.244,44
Total
820,0
1366,67
3.
407,4
3.576,30
49
Os
valores de custo de adubação
adicionados
aos custos básicos de cada cultura
totalizaram
, para
um
plantio de coqueiro anão,
R$1
.813,14
ha
-1
ano
-1
, m
amoeiro
havaí
,
R$5.038,59
ha
-1
ano
-1
e
bananeira
pacova,
R$7
.607,30
ha
-1
ano
-1
deixando apenas como
variável
a
energia e
a
água
dentro da composição dos custos de manutenção, fazendo parte
da análise des
se estudo.
3.1.4. C
ritérios
para o dimensionamento
dos sistemas de irrigação
Realizou
-se este trabalho levando em conta
algumas
tomadas de decis
ão
em elaboração
de projetos de irrigação,
com os
seguin
tes critérios
para a simulação:
Vazão do Sistema e potência da eletrobomba: Embora a projeção de custos dos
equipamentos não seja alvo deste trabalho, procurou-se admitir tais dados para que fosse
fác
il
no mercado, uma possível montagem do sistema como tubulação, motores de fácil
acesso e manutenção, seja monofásico ou trifásico, nos limites dos filtros econômicos,
além de que pudesse representar a condição de uma área que atendesse
à
agricultura
familiar e/ou ao pequeno produtor irrigante; para isto, estab
elec
eu
-
se
uma vazão de 22 m
3
h
-1
, com altura manométrica que poderia (dependendo da eficiência da bomba
/motor
) na
faixa de 45 60
mca,
se
enquadrasse
em
uma potência que
a
deixaria em condições
adequada
s para a maioria das condições
de relevo, distância d
e adutora e dimensionamento
dos tubos que culminasse
m em
uma mesma potência de 7,5 CV
,
isto é, 5,52 kW
.
Sistema de irrigação
:
E
stabelec
eu
-
se
simulação para dois sistemas de irrigação: a
irrigação convencional por aspersão (sub-
copa)
e a irrigação localizada por microaspersão,
que possu
em
grande utilização do seu uso para as culturas propostas; o aspersor e
o
microaspersor fo
ram
dimensionado
s e
ajustado
s
pelo
numero de
laterais em funcionamento
ou
unidades operacionais, de acordo com o sistema de irrigação em questão, combinado
com a vazão máxima global da eletrobomba de 22 m
3
h
-1
, de forma que a vazão unitária do
emissor fosse coerente com os produtos oferecidos pelo mercado de equipamentos de
irrigação.
Eficiência de aplicação do sistema de i
rrigação
(Ef):
De vez que faz parte de um
planejamento e que estaria dentro dos limites de dimensionamento hidráulico de laterais e
terciárias, tal eficiência está sendo estabelecida em uma condição convencional para
muitos
planejamentos de irrigação por aspersão (75%) e
dos
coeficientes de uniformidade
de microaspersores do mercado (
90%
); para a irrigação por aspersão, o espaçamento dos
aspersores ficou estabelecido em 18 x 12 m (sub-
copa)
, que se adeque bem a irrigações
50
convencionais
e, para irrigação localizada, fo
ram
e
stabelecido
s 01 microaspersor para cada
planta no projeto de coqueiro irrigado e 01 microaspersor para cada 04 plantas de
mamoeiro
/bananeira irrigada,
com
raio mínimo adequado ao que se estabelece em
irrigações por árvore, de
Bernardo
(19
95)
, comparado
ao
coeficiente de sombreamento
estabelecido
SUDENE/MINTER
(1984)
.
Regime de trabalho do sistema: O tempo
diário
de irrigação
foi
de 18 horas para o local
de maior evapotranspiração
potencial
e a jornada semanal de trabalho, de 6 dias, foram
adequados a condiç
ão
máximas
de funcionamento para os dois sistemas propostos na
avaliação
,
simulada
s
adequadamente
comparações dos
custo
s de energia
entre as
culturas e
sistemas de irrigação
por aspersão e microaspersão
.
Número de Unidades Operacionais (NUO) do sistema mic
roaspersão
: Tal valor foi
atribuído
ao projeto, contanto
que permitisse gerar um valor de vazão para o microaspersor
adequado
à
realidade de mercado.
Número de Posição de Laterais/dia do sistema
aspersão
: Através de tentativas de ajustes
para
se
obter uma área real com o tempo máximo de irrigação estabelecido (18 h d
-1
),
fez
-
se oportuna uma combinação melhor entre o turno de
irrigação
atribuído e o número de
posições de laterais irrigadas
ao
dia, t
ambém
com
a sensibilidade de gerar uma vazão para
o asperso
r adequado à
realidade de mercado.
Qualidade da água: Não será considerado, nas demandas geradas, o incremento
decorrente da lâmina de lixiviação por se tratar de planejamento agrícola amplo de área
irrigada, podendo ser acrescido, aos valores gerados, tal percentual, no caso de avaliação
mais específica de uma área com valores conhecidos de condutividade elétrica da água.
Tipo de solo:
Não é focalizada neste trabalho, a capacidade de armazenamento de água
das lâminas de reposição, apenas foi atribuído para o sistema microaspersão,
um
turno de
irrigação
de apenas 01 dia, com um dia de descanso na semana; e para o sistema de
irrigação por aspersão, as condições de armazenamento de água foram consideradas
par
a
cultura da banana coco anão e
mamão
ajustados par
a
Tr= 7; 7 e 6 dias, qualquer retenção
de solo diferente, altera-se apenas no
manejo
operacional do sistema de irrigação,
dificultando
-o mais (turno de
irrigação
curto) ou exigindo menos mão de obra quando o
turno de
irrigação for maior.
Fatores que limitaram a área a ser irrigada por cultura: A concepção do projeto foi
estabelecida
através da evapotranspiração mais crítica entre todos os municípios
analisados, sendo Petrolina, PE, o mais desfavorecido, com 7,00 mm d
-1
no mês de
n
ovembro,
e
utilizando
como
parâmetro de tempo máximo de irrigação de 18 horas d
-1
e
51
jornada semanal de 6 dias ajustando-
se
a condição de vazão fixa de 22 m
3
h
-1
, conforme
está descrito nas planilhas no apêndice, para os demais municípios, após fixado a máxima
área a ser irrigada através de Petrolina, PE, são obtidos os tempos menores de
funcionamento de acordo com as respectivas ETo mensal, produzindo as diferentes
demandas por hectare.
3.1.5.
Valores de tarifa de energia e água
3.1.5.1. Tarifas de energia rural
Os valores de tari
fa de energia atribuído
s
no trabalho
, se basearam
nos valores cobrados
no final do semestre de 2005 para consumidor rural (Baixa tensão), sem considerações de
desconto da tarifa do irrigante, exposta na revisão bibliográfica (Tabela
2.1
3), incluindo-
se
os
impostos de CONFIS + PIS, que a cobrança de ICMS é isenta para o consumidor da
zona rural,
o valor da alíquota de CONFINS e PIS são oscilantes ao longo do ano;
dependendo da receita da empresa, foram atrib
ram
-
se
valores médios de 6,6% conforme
reco
mendação da COSERN (2005
),
para as concessionárias que não apresentavam o
valores globais em seus respectivos sites expostos em internet, isto é, a CELB, SAELPA,
CEAL, ENERGIPE e sendo utilizado valores da tarifa real, apresentados em sites da
COSERN, COEL
CE e CELPE.
3.1.5.2. Tarifas de água para irrigação
Para simulação dos custos da água na irrigação, atribuíram-se 05 valores diferentes (R$
0,005; 0,01; 0,02; 0,03 e 0,05 por m
3
) e que estivessem dentro do limite de valores
aplicados ou sugeridos por alguns comitês de bacia; desta forma, então, se ajust
aram
valores para uma análise com variações reais do impacto econômico da água sobre os
custos das culturas.
3.2.
Desenvolvimento de
Planilha eletrônica
para obtenção dos dados para an
á
lise
3.2.1.
Dese
nvolvimento de resultados da concepção dos sistemas de irrigação
52
O
Q
uadro
3.
1 apresenta os campos
cinzas
para entrada de informações e os demais,
obtidos através dos valores inseridos, com respectivas equações para gerar os cálculos de
manejo de irrigação
localizada.
Quadro
3.
1. Planilha EXCEL, contendo informações para gerar tabela de manejo do projeto de irrigação
localizado, gerados a partir de vazão do emissor estabelecida pela concepção do projeto
,
além de
outros valores inseridos (campo
cinza
) para o
local e cultura
INFORMAÇÕES
DADOS/ VALORES
Cultura:
Espaçamento Média entre fileiras (E1), (m)
Espaçamento entre plantas (E2), (m)
Área ocupada pela planta (a), (m
2
)
E1 x E2
Número de emissores por planta x vazão (n x q), (L pl
-1
h
-1
)
n*(
Qméd*1000/Nmtot)
Eficiência de aplicação do sistema (Ef), (%)
Vazão do sistema de irrigação (Qméd), (m
3
h
-1
)
Área a ser irrigada (At), (ha)
Consumo de energia por hora (CH), (
kW
)
0,736*Pc
Posição de laterais por dia
-
(NUO), (Posição lat d
-1
)
Jornada Semanal de Trabalho (JS), (dia)
Turno de
irrigação
(Tr), (dia)
Condutividade elétrica da água (CEa), (micromhos cm
-1
)
Condutividade elétrica do extrato saturado do solo
-
limite de tolerância que
acarreta no máximo de 10% no rendimen
to da cultura) (CEes), (micromhos cm
-1
)
Necessidade.de Lixiviação manutenção (NLix), (%)
CEa/(5*CEes
, CE
a)*100 ou
Cea/(2*CEes)
O
Quadro
3.2 apresenta os campos
cinza
para entrada de informações, e os demais
obtidos através dos valores inseridos, com respectivas equações para gerar os cálculos de
manejo de irrigação por aspersão.
Quadro
3
.2
. Planilha EXCEL, contendo informações para gerar tabela de manejo do projeto de irrigação por
aspersão, gerados a partir de vazão do emissor estabelecida pela concepção do projeto, além de
outros valores inseridos (campo
cinza
) para o local e cultura
INFORMAÇÕES
DADOS/ VALORES
Espaçamento entre aspersores (Ea), (m)
Espaçamento entre laterais (EL), (m)
Área ocupada pelo aspersor (a), (m
2
)
EL * Ea
Vazão do
aspersor(q), (m
3
h
-1
)
Qméd/Nmtot
Eficiência de aplicação do sistema (Ef), (%)
Vazão do sistema de irrigação (Qméd), (m
3
h
-1
)
Área a ser irrigada (At), (ha)
Consumo de energia por hora (CH), (
kW
)
Pc*0,736
Posição de laterais por dia
-
(NUO),
(Posição lat d
-1
)
Jorn.Sem. Trab (JS), (dia)
Turno de
irrigação
(Tr), (dia)
Condutividade elétrica da água (CEa), (micromhos cm
-1
)
Condutividade elétrica do extrato saturado do solo
-
limite de tolerância que
acarreta no máx
.
de 10% no
rend
imento da cultura) (CEes),
(micromhos cm
-1
)
Necessidade.de Lixiviação manutenção (NLix), (%)
CEa/(5*CEes
, CE
a)*100 ou
Cea/(2*CEes)
53
O
Quadro
3.3 é gerado atribuindo-
se
valores aos campos
cinza
, em alguns dos quais, é
necessário preencher no
Quadro
3.1,
obtiveram
-
se
valores nos demais campos calculando-
se
-
os
através das fórmulas apresentadas.
Quadro 3
.3
. Planilha EXCEL, contendo informações de concepção do projeto de irrigação localizado,
gerados a partir da lâmina máxima a ser aplicada (crítica) e outros valores inseridos (campo
cinza
) para o local e cultura, em busca de
se
obter a vazão estabelecida pelo estudo
INFORMAÇÕES
DADOS/ VALORES
Lâmina Líquida diária máxima c/ lixiviação (LLDmáx), ( mm d
-1
)
ETo(max)*Kc*Ks*NLix
Lâmina Líquida Diária máx. c/
j
ornada semanal (LLDmáxJ), ( mm d
-1
)
LLDmáx*7/(JS)
Volume Líquido Diário máx. c/
j
ornada semanal (VLDmáxJ), ( m
3
ha
-1
d
-1
)
LLDmáxJ*10
Volume Bruto Diário máx. c/
j
ornada semanal (VBDmáxJ), (m
3
ha
-1
d
-1
)
VLDmáxJ*100/Ef
Jornada Diária Máxima para irrigaçã
o (JD=Tmáx), (h d
-1
)
Vazão adequada para o tempo máximo/dia (Qadeq), (m
3
h
-1
)
At*VBDmaxJ/Tmáx
Quantidade de micros por planta
(n), (Micro.pl
-1
)
Número total de micro na área
(Nm
tot
), (micros)
At*10.000/(a*n)
Número de micros por Unidade Operac
ional
(NmUO), (micros UO
-1
)
(Nm
tot
/NUO)
Vazão ideal do Microaspersor no projeto
(q
adeq
), (L h
-1
)
Q
adeq
*1000/NmUO
Altura manométrica atribuída
(Hm), (mca)
Rend. Bomba atribuída
(Rb), (%)
Potencia requerida pela bomba
(Pi), (CV)
Qméd*1,1*Hm/(2,7*
Rb)
Pmotor (Pm), (CV)
Rm*Pi
Pcomercial (Pc), (CV)
= ou > Pmotor
Tarifa rural trifásica no município, (R$ kW
-1
)
Relação de Energia por hectare, (kW ha
-1
)
CH/At
Área
potencial
para irrigar (A), (ha)
Qméd*JD/VBDmáxJ
O
Quadro
3
.4
é gerado atribuindo
-
se
valores
a
os campos
cinza,
porém se torna oportuno
preencher alguns campos
cinza
do
Quadro
3.2,
obtendo
-se, daí, os valores nos demais
campos calculando
-
se
os valores através das fórmulas apresentadas.
Quadro
3.
4. Planilha EXCEL contendo informações de concepção do projeto de irrigação por aspersão,
gerados a partir da lâmina máxima a ser aplicada (crítica) e outros valores inseridos (campo
cinza
) para o local e cultura, em busca de obter a vazão estabelecida pelo estudo
INFORMAÇÕES
DADOS/ VALORES
mina Líquida diária máxima c/ lixiviação (LLDmáx), ( mm d
-1
)
ETo(max)*Kc*Ks*(1+NLix/100)
Lâmina Líquida Diária máx. c/Jornada semanal (LLDmáxJ), ( mm d
-1
)
LLDmáx*7/JS
Volume Líquido Diário máx. c/Jornada semanal (VLDmáxJ), ( m
3
ha
-1
d
-1
)
LLDmáxJ*10
Vo
lume Bruto Diário máx. c/Jornada semanal (VBDmáxJ), (m
3
ha
-1
d
-1
)
VLDmáxJ*100/Ef
Jornada Diária Máxima para irrigação (JD=Tmáx), (h d
-1
)
Vazão adequada para o tempo máximo/dia (Qadeq), (m
3
h
-1
)
At*VBDmáxJ/JD
Precipitação do aspersor baseado na vazã
o nominal (p), (mm h
-1
)
Qméd*1000/(Ea*EL*NmUO)
Número total de aspersor na área (Nmtot), (aspersores)
At*10.000/(EL*Ea)
Número de aspersores por Unidade Operacional (NmUO), (asper
.
UO
-1
)
Nmtot/(NUO*Tr)
Vazão ideal do Aspersor no projeto (qadeq),
(m
3
h
-1
)
Qadeq/NmUO
Altura manométrica atribuída (Hm), (mca)
Rendimento Bomba atribuída (Rb) (%)
Potencia requerida pela bomba (Pi), (Cv)
1,1*Qméd*Hm/(2,7*Rb)
Pmotor, (CV)
1,2*Pi
Pcomercial, (CV)
= ou > Pmotor
Tarifa rural trifásica no mun
icípio, (R$ kW
-1
)
Relação de Energia por hectare, (kW ha
-1
)
CH/At
Área
potencial
para irrigar (A), (ha)
Qméd*JD/VBDmáxJ
54
O
Quadro
3.5 faz parte do planejamento de área irrigada,
e
serv
e de orientação para o
trabalho de manejo no campo; salienta-
se
que os valores não são considerados com
influência de precipitações,
mas
apenas das solicitações da evapotra
n
spiração da cultura.
Quadro
3.5.
Informações da planilha EXCEL, contendo tabela de manejo do projeto de irrigação localizado
ou aspersão, após preenchido o Quadro 3.6 ou 3.7 para o local e cultura, conforme seqüência
apresentada na Tabela
3.7
MES
LA
LAB
NID
NIB
Ti
T
mm
mm
L pl
-1
Tr
-1
L pl
-1
Tr
-1
h h
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Nos casos de projetos em andamento, para determinação do tempo de irrigação
se
utiliza
m métodos de determinação real, como tanque classe A, estação total, tensiômetros,
pluviômetro e outros equipamentos que auxiliem o balanço hídrico real ou monitorem o
déficit hídrico da planta/solo, porém
se
considera tal quadro importante para promover
orientação no início das operações de campo e na orientação técnica de possíveis tempos
de irrigação durante cada mês de irrigação, sem ocorrência de chuvas.
A
Tabela
3.7,
descreve
explicativo
de
como preencher o
Quadro
3.5.
Tabela
3.7
.
Explicativo do
Quadro
3
.5
, com seqüência de fórmulas necessár
ias para o seu preenchimento
LA= Lâmina de Aplicação Líquida (mm)
LA = LLD * Tr * 7/JS
LAB = Lâmina bruta de aplicação (mm)
LAB = LA/Ef
NID= Necessidade Líquida de Irrigação por Planta
(l/(Planta x turno) (só para irrigação localizada)
NID = LA * E1 * E2
NIB= Necessidade Bruta de Irrigação por Planta (l/(Planta
x turno) (só para irrigação localizada)
NIB = NID/ Ef
Ti= Tempo de Irrigação p/ Unidade Operacional e/ou
lateral de aspersores(h)
Ti = LAB * E1 * E2 /(n x q)
(irrigação Localizada)
do
nde n x q = de emissores/planta
x vazão do emissor)
Ti = LAB/p (irrigação por aspersão)
do
nde p = precipitação do aspersor
T= Tempo Máximo Diário de Irrigação (h)
T = Ti * NUO
55
3.2.2.
Área m
áxima a ser irrigada
Um estudo de dimensionamento de área
máxim
a p
otencial
para irrigação foi obtido após
dedução de equações, onde são atribuídos parâmetros que
simula
várias situações, ou seja,
para três culturas do estudo; dois sistemas de irrigação (microaspersão e aspersão
convencional) e
ci
nco tempos máximo de jornada diária de irrigação (JD) (18, 15, 12, 10 e
8 horas); desta forma, a equação da área (A) em função dos diversos fatores passa a ter,
como variável, a evapotranspiração máxima de
referência
do local (ETo)
em
que
, para as
análises dos resultados, foram utilizados gráficos aos quais se
atribu
íram
valores de ETo
entre 4,9 e 7,0 mm d
-1
, que expressam, respectivamente, os máximos valores dos
municípios de menor demanda (
Mamanguape,
PB)
e
e maior demanda (Petrolina, PE)
,
determinados por
Hargreaves
(1974a)
citad
o pela
SUDENE/MINTER (1984).
As avaliações de proporcionalidade foram de
finidas
pela substituição de coeficientes,
entre cultura analisadas; substituição de eficiência de aplicação de água na mudança do
sistema de irrigação,
e diferentes tempos de irrigaçã
o diária.
Para
se
obter a equação geral da máxima área a ser irrigada em função dos parâmetros
de evapotranspiração de referência do local, coeficiente de cultivo, coeficiente de
sombreamento, jornada semanal e diária de irrigação, eficiência de aplicação de água do
sistema e lâmina de lixiviação de manutenção do sistema determinou-
se
a partir da
Equação 3.
1, seguida de várias substituições, equações básicas, até
se
obter a equação
expandida onde todos estes parâmetros estão
descritos
.
Inicialmente, tem
-
se
a evapotranspiração máxima da cultura (ETc) em mm d
-1
.
ETo
Kc
ETc
. 3.1
Em que ETo é a evapotranspiração de referência ou
potencial
, expressa em mm d
-1
, e
Kc é o coefic
iente de cultivo.
A lâmina líuida máxima diária necessária para a cultura (LLD), considerando-
se
lixiviação (NLix) e jornada semanal de trabalho, JS, expressa em mm d
-1
, determinou-
se,
através da Equação 3.2.
JS
NLix
Ks
ETc
LLD
7
.1
100
..
. 3.2
56
Em que o valor do percentual de lâmina de lixiviação (manutenção) NLix, em %, não
foi estabelecido para o presente planejamento,
atribuindo
-se 0,0%, a jornada semanal de
trabalho de irrigação, JS
,
e o
c
oeficiente de sombreamento
(Ks)
de acordo com os critérios
estabelecidos neste estudo.
A lâmina bruta máxima diária de irrigação (LBD) em (mm d
-1
), foi calculada através da
correção da LLD, pela eficiência de aplicação de água no sistema de irrigação (Ef),
Equação 3.
3.
100.
Ef
LLD
LBD 3.
3
Sendo a
eficiência de aplicação de água do sistema, Ef dad
a em %.
Para
se
obter a demanda bruta máxima diária de irrigação (DBD), em forma de vol
ume
de água, ou seja, em (m
3
ha
-1
d
-1
), tem
-
se
a Equação 3.4.
10
.
LBD
DBD
3.
4
O volume máximo diário disponível pelo sistema de irrigação (VDS) em (m
3
.d
-1
) foi
obtido através da Equa
ção 3.5.
JD
Q
VDS
. 3.5
Para tanto a
vazão pr
ee
estabelecida para o sistema de irrigação, Q (m
3
h
-1
), foi pr
e
fixada
22 m
3
h
-1
, e a jornada máxima de irrigação diária, JD (h d
-1
), foi
simulada
no estudo para os
tempos 18, 15, 12, 10 e 8 horas; resalta-
se
que o tempo de irrigação máximo ou jorna
da
diária máxima de irrigação, à qual o estudo se refere é apenas o numero de horas, em que,
essencialmente
, ocorre o bombeamento, não estando incluso o tempo de parada do sistema
no dia; para tanto, supõe-
se
para irrigação localizada, apenas mudança de registros e, para
irrigação por aspersão, laterais completas em espera.
A área
potencial
máxima (A) em ha, foi calculada pelo volume de água diári
o,
disponível no sistema de irrigação (VDS) e dividido pela demanda máxima requerida pela
cultura por dia (DBD), após agrupar todas as variáveis, Equação 3.6.
7000
*)
100
1(...
..
NLix
Ks
Kc
ETo
Ef
JS
JD
Q
A
3.6
57
3.2.3.
Desenvolvimento de
resultados
para obtenção
das demandas de energia e água
Realizou
-
se
a simulação dos projetos
com
planilha eletrônica (programa Microsoft
Excel 7.0), conforme esquema de cálculos n
os
Quadro
s
de
3.6 e 3.7 nos quais, através de
dados de concepção de projeto,
se
obt
e
ve
ram
os valores mensal e anual de necessidade de
irrigação
e análise técnico-
economica,
o que
permite
avaliar, na esfera de planejamento
agrícola irrigado, as demandas de energia e água para determinada cultura inserida
em
um
local
definido
para o
s dois sistemas de
irrigação pressurizad
os
.
O
Quadro
3.6 apresenta a seqüência de informações, a qual promove o cálculo do
balanço hídrico, de forma simpl
ificada
(Azevedo, 1997), cuja diferença entre o uso
consuntivo da cultura e a precipitação provável, será considerada déficit (necessidade de
irrigação), e o excesso desta diferença, é
atribuido
zero de demanda de irrigação no mês,
não sendo acumulativa para o mês seguinte; que se trata de planejamento e para
a
realização de um balanço hídrico considerando-
se
armazenamento e excesso, ter-
se
-ia que
representar
, necessariamente, uma condição de projeto em execução, que o regime de
precipitação estabelecido para o mês pode ocorre em uma única semana ou distribuído em
poucos dias com intensidades elevadas, o que não assegura infiltração.
Com a
consideração
de cálculo de demanda de irrigação utilizando-
se
a probabilidade de 75% de ocorrer
chuvas, procura-
se
resguardar os riscos de dados de médias e aproximar, quiçá, a de um
planejamento adequado
próximo
à precipitação efetiva, em situações reais
quando
,
realmente
, houver
precipitações médias ou superiores no ano.
Q
uadro
3.
6.
Informações da planilha EXCEL, contendo dados clim
áticos
, considerando-
se
lâmina de
lixiviação de manutenção, caracterizando a necessidade de irrigação líquida, independente do
sistema de irrigação conforme metodologia de cálculo de A
zevedo (1997)
MES
ETP
ETP
Kc
Uc
PP(75%)
DEF
Ks
NIL
NIL
c/LIX
DML
LLD
mm d
-1
mm mês
-1
mm mês
-1
mm mês
-1
mm mês
-1
mm mês
-1
mm mês
-1
m
3
ha
-1
mês
-1
mm d
-1
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Ano
(soma)
58
Tem
-
se
na T
abela 3.
8
temos o explicativo de entrada de dados e de obtenç
ão dos dados
do
Quadro
3.1.
Tabela
3.
8.
Explicativo do
Quadro
3.6,
com
seqüência de fórmulas necessárias para o seu preenchimento
ETP
= Evapotranspiração Potencial e/ou de Referência do Local
(mm d
-1
)
Entrada de dados de evapotrasnpiração
potencial
/
referência
diária, de acordo
com o local e o mês
ETP = Evap
otranspiração Mensal do Local (mm mês
-1
) ETP = ETP (mm d
-1
) * de dias do
m
ês
Kc = Coeficiente Máximo de Cultivo (Período Adulto ou
Período Crítico)
Entrada de dados de coeficiente de
cultivo
,
de acordo com a cultura
Uc = Uso Consuntivo Mensal
,
mm mês
-1
Uc = ETP
(mm mês
-1
) *
Kc
PP(75%)= Precipitação provável a nível de 75% de
probabilidade (mm mês
-1
)
Entrada de dados mês a mês da precipitação
mensal escolhida para o estudo
DEF = Déficit Hídrico Local para com a Cultura (mm/mês)
DEF = PP(75%)
-
Uc
se DEF > 0 => DEF = 00 mm/mês
(período de excesso de chuvas com
relação
à
s necessidades da cultura)
Ks = Coeficiente de Sombreamento Máximo (Período Adulto
ou Período Crítico)
Entrada de dados de coeficiente de
sobreamento de acordo com a cultura,
que par
a aspersão será sempre Ks = 1,0
NIL = Necessidade de Irrigação Líquida
,
(mm mês
-1
)
NIL =
-
DEF
*
Ks
NILix = Necessidade de Irrigação c/ Lixiviação
,
(mm mês
-1
)
NILix = NIL
*
[1+(NLix/100)]
DML = Demanda Mensal Líquida
,
(m
3
ha
-1
mês
-1
)
DML = 10 x NILix
LLD = Lâm
ina Líquida Diária c/Lixiviação
,
(mm d
-1
) LLD = ETP (mm/dia) * Kc . Ks . [1 +
(NLix/100)]
O Quadro 3.7
aponta
a finalidade maior de
se
expor valores que servirão para análise
técnica e econômica de um projeto de irrigação, sendo base de informações para
dimensionamento de reservatórios/açudes, pedido de outorga de água para os órgãos
públicos
, além de valores anuais que, após serem divididos pela área do projeto, geram os
valores de demanda de água e energia, os quais serão amplamente discutidos, e também os
custos com
energia.
Quadro
3
.7
.
Quadro
de análise técnico-econômica para o local e cultura, independente do sistema de
irrigação
,
preenchido de acordo com a seqüência de fórmulas apresentado na
Tabela
3.9
DMB
Volume a ser
bombeado (Va)
Horas de
bombeamento
(HBM)
Demanda de
energia (CM)
Custo de
energia (C)
MÊS
m
3
ha
-1
mês
-1
m
3
mês
-1
h mês
-1
kW
mês
-1
R$ mês
-1
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Ano (soma)
59
A
Tabela
3.9. apresenta equações e parâmetros necessários para o preenchimento do
Quadro
3.7
Tabela
3.9.
Explicativo do
Quadro
3
.7
, com seqüência de fórmulas
neces
sárias para o seu preenchimento
DMB= Demanda
m
ensal bruta
,
(m
3
ha
-1
x mês
-1
)
DMB = DML/Ef
At = Área Total Irrigada
(ha)
At = Auo * N
UO
ou
atribuído
(na
falta d
a concepção do projeto
)
Va= Volume d'água Mensal Consumido (m
3
mês
-1
)
Va = DMB
*
At
Q
d
= Vazão do sistema (m
3
h
-1
)
Q = Qsu * Nf ou atribuído (na falta
da concepção do projeto
)
HBM=
Horas de Bombeamento Mensal
(h
mês
-1
)
HBM = Va/Q
méd
CH= Potência do Motor Convertida em Consumo de
Energia/hora (
kWh
)
CH = Pm
otor
* 0,736 ou atribuído
(na falta do dimensionamento
hidráulico)
CM=Consumo Mensal de Energia
(
kW
mês
-1
)
CM = CH
*
HBM
Custo Mensal de Energia
(
kW
mês
-1
) C
= Valor da Tarifa
de energia
*
CM
3.
3. I
nterpretação dos resultados
3.3.1. Á
rea
máxima
a ser irrigada
Para a análise da quantidade de área máxima a ser irrigada, realizam-
se
os seguintes
processos de comparação
entre valores de área obtida
: jornada diária de irrigação x jornada
diária de irrigação; cultura x cultura; cultura x sistema de irrigação; evapotranspiração de
referênci
a mínima x evapotranspiração de referência máxima; cultura x jornada diária de
irrigação
, baseando-se na relação entre uma equação A
1
por uma equação A
2
; desta forma
e se considerando a mesma condição de evapotranspiração de referência máxima do local
(ETo) ocorrerá igualdade de alguns parâmetros 1 = 2, para permitir a análise apenas as
variáveis 1 e 2
em
que
seja desejad
a
a comparação, conforme a Equação 3.7.
7000
*)
100
1(...
..
7000
*)
100
1(...
..
22
22
2
11
11
1
NLix
KsKc
ETo
EfJS
JD
Q
A
NLix
KsKc
ETo
EfJS
JD
Q
A
3.7
3.3.2.
Estat
í
stica descritiva
Para os valores de evapotranspiração e precipitação provável, demanda de água,
demanda de energia, custos de energia, custo de manutenção das culturas
nas
14
localidades desse estudo, além de agrupá-
los
por classificação climática de Hargreaves,
com 06
munic
í
pios
de
clima
S
eco
mido
; 03 locais com c
lima
Semi-Á
rido
; 05
com
clima
60
Árido a M
uito
Á
rido
, sendo submetidos a análise dos parâmetros da estatistica descritiva,
como mínimo, máximo, média, desvio padrão e coeficiente de variação.
3.3.3
. Impacto da c
obrança da água e da energia
3.3.3.1 Simulação do impacto econômico na cobrança de
energia
Para análise do impacto econômico da energia, o custo obtido pela tarifa de energia do
local multiplicado pela demanda de energia passa a ser submetido a
várias
si
mulaç
ões,
entre elas a relação deste valor e o
custo de manunteção (básico
+
adubação) das culturas.
Analisa
-
se
, t
ambém
, a diferença entre os custos de energia de um local, com relação a
uma
troca de sistemas de irrigação, isto é, o custo de energia anual por hectare, com o
sistema de aspersão menos o custo de energia anual por hectare com o sistema de irrigação
localizado.
São analisados os custos de manutenção das culturas (incluindo-
se
a energia) com
relação aos dois sistemas e entre os 14 locais anali
sados.
3.3.3.2.
Simulação do impacto econômico na cobrança de água
Apresenta
-
se,
o custo de manutenção da cultura total
(CMT)
através da Equação 3.8,
cujo
custo básico é obtido pelas planilhas do BNB (2005); custo do adubo químico foi
constante para todos os locais do estudo, considerando-se média fertilidade e utilizando
orientações do IPA (1998),
o custo de energia de acordo com o local e sistema de irrigação
e tarifas praticadas pelas concessionárias dos respecitivos locais, no segundo semestre de
2005, e a demanda de água de acordo com o local e o sistema submetido a
tarifas
diferentes de água
(x)
.
x
água
de
demanda
energia
de
custo
químico
adubo
custo
básico
custo
CMT
.)(
3.8
Para análise do impacto econômico
em
uma simulação em que foi utilizada uma
possível
t
arifa
a ser cobrada pela água em 05 faixas de preços diferentes (R$ 0,005; 0,01;
0,02; 0,03 e 0,05 por m
3
), sendo
realizad
as
03
comparaç
ões
através da relação deste valor
em
porcentagem,
)
sobre os custos de energia local,
)
acréscimo do valor nos custos de
ma
nutenção das culturas do estudo e 3º) preço do produto agrícola (produção).
61
4.0
.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1.
Caracterização
de evapotraspiração e precipitação
dos municípios
Quanto às características climáticas, os municípios se localizam pela seqüência
crescente
de evapotranspiraç
ão
e por classificação climática de Hargreaves (1974b
),
submetidos a uma avaliação de estat
ística descritiva (Tabela
4.1
).
Tabela
4
.1
.
Valores
de
Hargreaves
(
197
4
a)
para a evapotranspiração
de
refer
ê
ncia e precipitação provável em
nível de 75% de probabil
idade de ocorrer
(Hargreaves, 1973)
nos municípios em análise
Município
Evapotranspiração
Potencial anual
(ETo)
(mm
ano
-1
)
Precipitação
75%Prob
.
(
dos meses)
(
PP75%
)
(mm
ano
-1
)
Mamanguape
, PB
1.366,5
556
,00
Pacatuba
, SE
1.400,8
609
,00
Campina Grande
, PB
1.497,3
333
,00
Maceio
, AL
1.513,0
778
,00
Aracaju
, SE
1.516,0
703
,00
Natal
, RN
1.619,4
811
,00
Média (Clima
Seco
-
Úmido
)
1.485,50
631,67
Mínimo 1.
366,50
333,00
Máximo
1.619,40
811,00
Desvio Padão
90,65
175,56
Coeficiente de variação
6%
28%
Aracatí
, CE
1.609,0
246
,00
Acaraú
, CE
1.621,3
453
,00
Touros
, RN
1.870,8
368
,00
Média (Clima
Semi
-
Árido
)
1.700,37
355,67
Mínimo
1.609,00
246,00
Máximo
1.870,80
453,00
Desvio Padão
147,73
104,05
Coeficiente de variação
9%
29%
Cani
n
dé do São Frco
, SE
1.756,1
127
,00
Açu
, RN
1.839,0
94
,00
Jaguaribe
, CE
1.888,5
158
,00
Sousa
, PB
1.931,5
221
,00
Petrolina
, PE
2.075,9
34
,00
Média (Clima Árido a Muito Árido)
1.898,20
126,80
Mínimo
1.756,10
34,00
Máximo
2.075,90
221,00
Desvio Padão
118,82
69,88
Coeficiente de variação
6%
55%
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
1
1
.
.
6
6
7
7
8
8
,
,
9
9
4
4
3
3
9
9
2
2
,
,
2
2
1
1
M
M
e
e
d
d
i
i
a
a
n
n
a
a
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
1
1
.
.
6
6
2
2
0
0
,
,
3
3
5
5
3
3
5
5
0
0
,
,
5
5
0
0
M
M
í
í
n
n
i
i
m
m
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
1
1
.
.
3
3
6
6
6
6
,
,
5
5
0
0
3
3
4
4
,
,
0
0
0
0
M
M
á
á
x
x
i
i
m
m
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
2
2
.
.
0
0
7
7
5
5
,
,
9
9
0
0
8
8
1
1
1
1
,
,
0
0
0
0
D
D
e
e
s
s
v
v
i
i
o
o
P
P
a
a
d
d
r
r
ã
ã
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
2
2
1
1
6
6
,
,
2
2
2
2
6
6
2
2
,
,
5
5
0
0
C
C
o
o
e
e
f
f
i
i
c
c
i
i
e
e
n
n
t
t
e
e
d
d
e
e
v
v
a
a
r
r
i
i
a
a
ç
ç
ã
ã
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
1
1
3
3
%
%
6
6
7
7
%
%
62
Os municípios foram classificados e agrupados por clima, e os valores estatís
ti
cos
obtido
demonstram relativa uniformidade de evapotr
anspiração
potencial
anual, com
oscilação
na análise geral das 14 localidades, gerando CV=
13%
, enquanto a variação na
precipitação
também
mais
elevada, de 67%, não sendo, portanto, recomendada tal média
como parâmetro para representar o grupo estudado.
Os municípios de Mamanguape, PB, Pacatuba, SE, Campina Grande, PB, Maceió, AL
,
Aracaju
, SE
e Natal
, RN
estão c
lassificados como clima
Seco
-
Úmido e Natal é o município
que possui a maior evapotranspiração
potencial
deste grupo climático
,
mas
também o
maior valor de precipitação do
referido
grupo. Particularmente
,
Campina Grande
, PB
como
um local do interior do Nord
este
, é considerado com mesmo clima; entretanto com o
menor regime de chuvas
em
relação ao grupo com mesmo clima. Quando analisada a
uniformidade dos dados pela Tabela 4.1
apresenta
-se uma variação baixa entre os valores
de ETo, isto é, CV 6%, porém relati
vamente alto para precipitação de CV=28%, não sendo
ainda
, porém uma média confiável para caracterizar locais com esta classificação
climática. A exclusão do município de Campina Grande deste grupo climático gera uma
precipitação média de 691,40 mm ano
-1
e caracteriza um valor mais homogêneo com
CV=16%.
A classificação climática de Hargreaves (1974b) dos municípios de Acaraú, CE
,
Aracati
, CE e Touros, RN,
os
enquadra como
de
clima
Semi
-
Árido
, a média de ETo destes
municípios é de 1.700,37 mm ano
-1
e CV= 9%, mas a média de precipitação 355,67 mm
ano
-1
e CV= 29% indica que o regime de chuvas a nível de 75% de probabilidade de
ocorrer é variável entre
ditos
municípios com mesma classificação climática.
Em relação ao grupo neste trabalho, com clima entre
Árido
a
Muito Árido, Canindé do
São Francisco
, SE,
Açu
, RN
, Jaguaribe
, CE
, Sousa
, PB
e Petrolina
, PE,
têm v
alores da ETo
médio foi de 1.898,20 mm ano
-1
e CV= 6% sendo adequado para utilizá-lo como média
dess
es
clima
, porém a variação de precipitação provável neste grupo climático é alto, com
CV= 55%, não
se
caracterizando desta forma sua média como valor representativo dos
municípios com esses climas (Árido a Munito Árido), mas
se
observa que os dois menores
acúmulos de chuvas ocorre
m nos municípios com classific
ação de
Muito
Árido
(
Açu
, RN
e Petrolina
, PE
).
De forma geral, e se analisando os 14
município
s, tem-
se
os valores de ETo, como
menor
1.366,5 (Mamanguape, PB
)
e o máximo 2.075,9 mm ano
-1
(Petrolina, PE), e o
acumulo de
chuvas
anuais
prováveis
a nível de 75% de ocorrer, o mínimo de 34,0
(Petrolina
, PE
)
e o máximo previsto para Natal, RN com 811,0 mm ano
-1
; a média do
63
grupo foi uma evapotranspiração de referência de 1.678,94 mm ano
-1
e uma média de
precipitação a nível de 75% de ocorrer de 392,21 mm ano
-1
.
Para
esses
valores foi gerado
um coeficiente de variação pequeno (13%) para evapotranspiração e elevada variação
(67%) para a precipitação, identificando
-
se
uma grande variabilidade para este parâmetro.
Através do histograma da
Figura
4.1 observa-se que a seqüência dos municípios de
menor para maior evapotranspirtaçãao e não seguiu, necessariamente, a ordem
climática,
de
Seco
-
Úmido
a Muito Árido. Os municípios localizados no interior do Nordeste com a
classificação de
Árido
a Muito Árido se encontram no rank de evapotranspiração e com
menores valores de precipitação provável,
cuja
exceção
decorre de Touros, RN que é
classificado como
Semi
-
Árido
mas a particularidade desse município é explicada como
alta evapotranspiração,
porém
com precipitação mais elevada do que os demais municípios
de classificação climática árida e muito árida. Outro fator observado é que Açu, RN
,
considerado
de
clima Muito Árido, tem a particularidade de um valor de ETo menor do
que alguns locais considerados apenas Árido, mas devido regime de chuva esca
ssa
suas
características
se enquadram como de
clima
Muito-
Árido.
Após
se
proceder
ao
agrupa
mento dos valores em forma de média por
classificação
climática
foi possível obter o histograma da
Figura
4.2, no qual a média d
a
evapotranspiraç
ão de
referência
é crescente
de
Seco
-
Úmido
, Semi-Árido, Árido e Muito
Árido e decrescente
com
relação
à
precipitação prov
ável.
-
700
1.400
2.100
Mam
a
nguape-
PB
Pacatuba
-
SE
Camp
in
a Gra
n
de
-PB
M
ac
eio-AL
Aracajú-SE
Arac
a
tí-CE
Na
ta
l-RN
Acar
a
ú-CE
Can
i
dé do São Frco-SE
Açú-RN
Tou
r
os-RN
Ja
gua
r
ib
e
-CE
Sou
s
a
-
P
B
Pe
tr
o
li
na
-
P
E
Município
(mm.ano
-1
)
64
N
este
confronto, os valores ser
ão
devidamente analisado após a realização
do
balanço hídrico mês a mês, pelo método simplificado (Azevedo, 1997) apresentados no
Apêndice
des
t
e trabalho para
a
s 03 culturas do estudo e para os 02 sistemas pressurizados.
4.2.
Concepção do Projeto
4.2.1.
Irrigação por microaspersão
A determinação do tempo máximo de irrigação
foi
baseada na evapotranspiração diária
mais crítica entre todos os locais estudados no planejamento. C
onsiderando
-
se
que
dos
14
municípios
,
Petrolina
, PE, foi
o
que apresentou a maior evapotran
spiração
diária
(
novembro
), isto é, 7,0mm d
-1
, parâmetro este que serviu de referência para se determinar
todo o
potencial
de área irrigada pelo sistema de microaspersão, com o
funcionamento
máximo de 18 h d
-1
, jornada semanal de 6 dias e eficiência de aplicação de á
gua
de 90%,
além de uma va
zão
estabelecida em 22 m
3
h
-1
; à potência de motor de 7,5 cv apresentou as
características
transcritas na
Tabela
4.2.
Tabela
4
.2
. Parâmetros do projeto de irrigação localizado por microaspersão, utilizando os dados de maior
evapotranspiração diária, para o município de
Petrolina
, PE, cidade que apresenta a maior
demanda de irrigação entre as localidades estudadas.
CULTURA:
Côco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Tipo de es
paçamento
simples
duplo
duplo
Espaçamento em campo, em m x m
8 x 8
4 x 2 x 2
4 x 2 x 2
Espaçamento (matemático) entre fileiras (E1), em m
8,00
3,00
3,00
Espaçamento entre plantas (E2), em m
8,00
2,00
2,00
Área da planta (E1 x E2), em m
2
64,00
6,00
6,00
N
ú
mero de emissores x vazão (n x q), em micro L h
-1
41,26
11,18
12,67
Área projetada para irrigação (At), em ha
13,65
9,45
6,25
Quantidade de micros por planta (n)
,
em micro planta
-1
1,00
0,25
0,25
Vazão nomial do emissor para projeto (q),
em L h
-1
41,26
44,72
50,68
Número total de micro na área (Nmtot), em microaspersores
2.133
3.937
2.604
N
ú
mero de Unidades Operacionais (NUO), em NUO
4 8 6
Número de micros por Unidade Operacional(NmUO), em micro NUO
-1
533,25
492,00
434,00
Relação
de Energia por hectare (CH/At), em kW ha
-1
0,40
0,58
0,88
Jornada Semanal de Trabalho (JS), em dia semana
-1
6 6 6
Turno de
irrigação
(Tr), em dia
1 1 1
Eficiência de aplicação (Ef), em %
90,00
90,00
90,00
Vazão média do sistema (Qméd), em m
3
h
-1
22
,00
22,00
22,00
Pot
ê
ncia comercial da eletrobomba (Pc), em CV
7,50
7,50
7,50
Consumo de energia horário da eletrobomba(Ce), em
kW
5,52
5,52
5,52
Necessidade de Lixiviação de manutenção (NL), em %
- - -
65
Após os ajustes de tempo máximo de 18 h d
-1
,
o
btiveram
-se, para o mesmo conjunto
moto
bomba
, as áreas de 13,65 ha para a cultura do coco anão (menor necessidade hídrica
na irrigação localizada do estudo), 9,45 ha para o mamão e 6,25 ha para a banana (maior
necessidade hídrica
na irrigação localizada de
sse estudo
).
C
onsiderando
-
se o
planejamento,
pode
-
se
verificar que a cultura do coco anão poderá ter uma área a ser explorada em mais
de 2,1 vezes que com um plantio de bananeiras e 1,5 vez com o
plantio de mamoeiros, para
um
a mesma vazão e
mesmo tempo de
irrigação diário.
4.2.2. Irrigação por aspersão
A determinação do tempo máximo de irrigação
se
baseou na evapotrasnpiração diária
mais crítica entre todos os locais estudados no planejamento, atendendo-se para o fato de
que
, dos 14 municípios, Petrolina, PE,
foi
o que apresentou a maior evapotranspiração
diária no
mês
de novembro, isto é, 7,0mm d
-1
,
com funcionamento máximo de irrigação
diária de 18 h d
-1
,
estabelecid
as
uma bomba
com vazão
de 2
2 m
3
h
-1
e pot
ê
ncia de motor de
7,5 cv,
eficiência de 75%, j
ornada semanal de 6 dias tem
-
se
, então,
os resultados de alguns
parâmetros de concepção do projeto por aspersão e, para as culturas do coco anão, mamão
e banana
pacovã, d
as transcritas na
Tabela
4.3.
Tabela
4
.3
. Parâmetros do projeto de irrigação por aspersão, utilizando-
se
os dados de maior
evapotranspiração diária, para o município de Petrolina, PE, cidade que apresenta a maior
demanda de irrigação entre as localidades estudadas
CULTURA:
Côco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Espaçamento entre aspers
ores (Ea), em m
12,00
12,00
12,00
Espaçamento entre laterais (EL), em m
18,00
18,00
18,00
Área irrigada por aspersor (a), em m
2
216,00 216,00 216,00
Vazão do aspersor para o projeto(q), em m
3
h
-1
2,20 2,75
2,75
Precipitação do aspersor
(p), em mm h
-1
10,19
12,73
12,73
Á
Area projetada para irrigação (At), em ha
4,54 5,18 3,63
NUO
-
Posição de laterais por dia, em posição lat. d
-1
3,00 5,00 3,00
Nº de aspersores funcionando simultaneamente (NmUO), em asp UO
-1
10,00
8,00
8,00
Eficiência de aplicação (Ef), em %
75,00
75,00
75,00
Vazão média do sistema (Qméd), em m
3
h
-1
22,00
22,00
22,00
Consumo de energia (CH), em
kW
5,52 5,52 5,52
Jornada Semanal de Trabalho (JS), em dia semana
-1
6,00 6,00 6,00
Turno de
irrigação
(Tr), em dia
7,00 6,00 7,00
Relação de consumo de energia por hectare (CH/At), em kW ha
-1
1,22 1,06 1,52
Potencia do motor (Pc), em CV
7,50 7,50 7,50
66
Nota
-se que as áreas máximas obtidas para o tempo de 18 h d
-1
foram de 4,54 ha para a
cultura do coco anão, de 5,18 ha para o mamão (menor necessidade drica na irrigação
localizada desse estudo)
e
de
3,63 ha para a banana (maior necessidade hídrica na irrigação
localizada desse estudo). C
onsiderando
-se o planejamento,
constata
-
se
que
a cultura do
mamão
poderá
ocupar
área irrigada
em mais de 1,43
vez que com um plantio de bananeiras
e 1,14 vez com um plantio de coqueiros, desde que se considerem as mesmas condições de
vazão do sistema e características operacionais.
4.3.
Avaliação do
manejo de
irrigação
localizada (microaspersão)
para as culturas
Tendo em vista os valores descritos na
Tabela
4
.4
, tem-
se
, para cada município, o seu
maior valor de demanda diário de irrigação incluindo-
se
a lâmina do descanso de 01 dia
durante a semana, e também a eficiência de 90% na aplicação do sistema por
microaspersão.
Do
valor obtido não
se
considera o confronto de um balanço hídrico,
mas
apenas a evapotranspiração corrigida pelo coeficiente de cultivo e coeficiente de
sombreamento, já que
se
trat
a
de irrigação localizada.
Tabela
4.4.
Resultados máximos de necessidade de irrigação diária líquida e bruta para as culturas e
respectivos municípios com base
na
maior evapotranspiração de cada local do estudo, sem
se
considerar reduções decorrente
s
de p
recipitação
NID (L pl
-1
d
-1
)
NIB (L.pl
-1
d
-1
)
Ordem
Município
ETP
máx
mm d
-1
Mamão
Banana
Coco
Mamão
Banana
Coco
1
Mamanguape
, PB
(
Nov
-
Jan)
4,9
15,85
24,01
117,08
17,61
26,68
130,09
2
Pacatuba
, SE
(Dez)
4,9
15,85
24,01
117,08
17,61
26,68
130,09
3
Ara
caju
, SE
(Jan)
5,1
16,49
24,99
121,86
18,33
27,77
135,40
4
Aracati
, CE
(Out)
5,1
16,49
24,99
121,86
18,33
27,77
135,40
5
Maceió
, AL
(Nov
-
Dez
-
Jan)
5,1
16,49
24,99
121,86
18,33
27,77
135,40
6
Camp.Gde
, PB
(Nov
-
Dez
-
Jan)
5,2
16,82
25,48
124,25
18,69
28,31
13
8,05
7
Acaraú
, CE
(Out)
5,3
17,14
25,97
126,63
19,04
28,86
140,71
8
Natal
, RN
(Nov)
5,4
17,46
26,46
129,02
19,40
29,40
143,36
9
Açu
, RN
(Jan)
6,0
19,40
29,40
143,36
21,56
32,67
159,29
10
Touros
, RN
(Dez)
6,2
20,05
30,38
148,14
22,28
33,76
164,60
11
Sousa
, PB
(Dez)
6,6
21,34
32,34
157,70
23,72
35,93
175,22
12
Jaguaribe
, CE
(Nov)
6,6
21,34
32,34
157,70
23,72
35,93
175,22
13
Canindé
do São Fr
co
, SE
(Nov)
6,6
21,34
32,34
157,70
23,72
35,93
175,22
14
Petrolina
, PE
(Nov)
7,0
22,64
34,30
167,25
25,15
38,11
18
5,84
Para as culturas, que, fisiologicamente, possu
em
demandas diferentes, esses cálculos
podem resultar em situações de demanda de consumo de água, em que um coqueiro tenha
necessidade hídrica 7,4 vezes maior que o mamoeiro,
e
maior
4,9 que a bananeira. O
67
espaçamento das culturas representa a maior diferença ao final desse tipo de avaliação
quanto
à estimativa do volume de água requerido; e
ntretanto
, esta afirmativa serve muito
bem para expor a condição de necessidades diferentes entre as plantas, haja vista que
muitos desconsideram tal variação em análises econômicas, principalmente quando
são
efetuadas cobranças pelo uso de água. P
ode
-
se
verificar, em simples comparação, que
a
água necessária para irrigar um 01 coqueiro em Petrolina, PE d
ará
para
abaste
cer
mais de
10 pés de mamoeiro em Mamanguape, PB, sem
se
considerar o regime de chuvas em tal
comparação.
A evapotranspiração de cada local produz variação
das
necessidades das culturas em
torno de 43% entre os municípios extremos de demanda (Mamanguape, PB, e Petrolina
,
PE
).
A
Figura
4.3
expõe
a ordem de grandeza de consumo de água entre as culturas
por
município
e possuem
valores numéricos
diferentes
de
necessidades de irrigação líquida por
planta no período mais crítico d
os
seus respectivos loca
is
. O mamoeiro varia entre 15,85-
22,64 L d
-1
, bananeira 21,01-34,3 L d
-1
e o coqueiro 117,08 -167,25 L d
-1
. Tais valores são
importantes
pois
, em muitos projetos, o estabelecidas demandas genéricas, que pode
rão
subestimar ou extrapolar dimensionamentos de perím
etros
irrigados, em virtude da falta de
conhecimento de tal comportamento climatológico crítico do
local
e fisiológico da planta.
Salienta
-
se
que a ocupação da planta é
fator
determinante no volume total de água a ser
aplicad
a por hectare; d
esta
forma
e em um mesmo local, a cultura da banana, com
espaçamento 4 x 2 x 2 m
em
relação ao coqueiro 8 x 8 m, tem a seguinte proporção de
ocupação
: 1 coqueiro equivale a 10,67 plantas de bananeiras; c
onseq
üentemente, em um
plantio de bananeiras gera
uma demanda maio
r de volume de água na irrigação.
A
F
igura
4.4
mostra
os valores em forma de histograma da necessidade bruta de
irrigação diária máxima para os respectivos locais do estudo.
0
30
60
90
120
150
180
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11
12
13
14
Município
(l.pl-1.dia-1)
Mamão
Banana Coco
t
0
30
60
90
120
150
180
210
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Município
(l.pl-1.dia-1)
Mamão
Banana Coco
Figura
4
.3
. Histograma de Necessidade Líquida de
Irrigação diária em litros por planta,
considerando
-
se
um dia de descanso
semanal para irrigação
Figura
4
.4
. Histograma de Necessidade Bruta de
Irrigação diária em litros por planta,
considerando
-
se
um dia de
descanso
semanal para irrigação
68
A
Tabela
4.5
contém
, numericamente, a operacionalidade máxima de
tempo
necessário
para o funcionamento do sistema de irrigação p
or
microaspersão
, assim representados
pelos histogramas das
Figura
s 4.5 e 4.6. C
onsiderando
-
se
que todos os
parâmetros
do
sistema
são
semelhante
s, a situação climática
favorece
os municípios de menor taxa de
evapotra
nspiração diária máxima tendo
funcionamento
máximo em pouco mais de 12:30 h
d
-1
(Mamanguape
, PB
)
; t
al redução no tempo diário
produz
irá
m
enores
custos
na aplicação
da necessidade de água calculada
em
uma mesma área para suprir a cultura com relação à
especificade de cada município.
Tabela
4
.5
. Resultados máximos de tempo de funcionamento das unidades operacionais e jornada máxima
diária de irrigação das culturas
com seus respectivos municípios
Tempo por unidade
Operacional (h.UO
-1
)
Jornada máxima diária de
irrigação (h.
d
-1
)
Ordem
Municí
pio
Mamão
Banana
Coco
Mamão
Banana
Coco
1
Mamanguape
, PB
(Nov
-
Jan)
1,58
2,11
3,15
12,60
12,63
12,61
2
Pacatuba
, SE
(Dez)
1,58
2,11
3,15
12,60
12,63
12,61
3
Aracaju
, SE
(
Jan)
1,64
2,19
3,28
13,12
13,15
13,13
4
Aracati
, CE
(Out)
1,64
2,19
3,28
13,12
13,15
13,13
5
Maceió
, AL
(Nov
-
Dez
-
Jan)
1,64
2,19
3,28
13,12
13,15
13,13
6
Camp.Gde
, PB
(Nov
-
Dez
-
Jan)
1,67
2,23
3,35
13,38
13,40
13,38
7
Acaraú
, CE
(Out)
1,70
2,28
3,41
13,63
1
3,66
13,64
8
Natal
, RN
(Nov)
1,74
2,32
3,47
13,89
13,92
13,90
9
Açu
, RN
(Jan)
1,93
2,58
3,86
15,43
15,47
15,44
10
Touros
, RN
(Dez)
1,99
2,66
3,99
15,95
15,98
15,96
11
Sousa
, PB
(Dez)
2,12
2,84
4,25
16,98
17,01
16,99
12
Jaguaribe
, CE
(Nov)
2,12
2,84
4,25
16,98
17,01
16,99
13
Canindé
do São Fr
co
, SE
(Nov)
2,12
2,84
4,25
16,98
17,01
16,99
14
Petrolina
, PE
(Nov)
2,25
3,01
4,50
18,00
18,04
18,02
0
1
2
3
4
5
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Município
(hora U.O-1)
Mamão
Banana Coco
0
3
6
9
12
15
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
11
12
13
14
Município
(hora dia-1)
Mamão
Banana Coco
Figura
4
.5
.
Tempo por unidade Operacional (h.UO
-1
)
Figura
4
.6
. Tempo diário máximo de irrigação
considera
ndo
-
se
o mês crítico de
evapotranspiração
de cada local e se utili-
zando sistema de irrigação dimensionado
baseado no funcionamento
máximo
de 18
h
p/
o município de Petrolina
(h.
d
-1
)
69
4.4. Vazões
nominais d
e emissores para todos locais do estudo com JD 18
h d
-1
4.4.1. Irrigação Localizada por microaspersão
A determinação de
se
fixar o tempo máximo de irrigação diário se fe
z
oportuna em
decorrência
de, neste estudo, se realizar também a análise da demanda de energia dos
projetos, que poderia ser confrontada entre os municípios com o funcionamento do
mesmo conjunto motobomba, porém os municípios que necessitam de menor demanda de
irrigação ficaram com o seu sistema subutilizados, para a avaliação de um possível
conjunto motobomba diferente e com vazão
en
contrada através de simulação, até chegar a
se
usar o tempo máximo de 18 horas para a maior lâmina a ser aplicada por irrigação para
cada local, conforme a
Tabela
4.6, a qual apresenta as possíveis combinações de vazão do
sistema com a vazão do emissor para cada cultura e
município
, mantendo todas as outras
variáveis. Com tal simulação
,
pode
-
se
verificar que a vazão de um projeto no Município de
Mamanguape
, PB, poderia ter uma vazão de 15,41 m
3
h
-1
isto é, uma redução em 30% na
vazão
para o mesmo tempo esta
belecido em Petrolina
, PE
; o
valor
facilitaria na redução
no
dimensionamento dos diâmetros do sistema de irrigação sem, necessariamente, aumentar a
potência
limite de 7,5 cv, o que, conseqüentemente, poderia gerar custos de investimentos
menores
, mesmo que promovesse uma demanda de energia semelhante à consumido em
Petrolina
, PE
.
Tabela
4
.6
. Valores obtidos através de simulação de vazão do sistema e dos microaspersores para um projeto
de
irrigação
localizado
por microaspersão
,
para todos os municípios na condição de todos
os
projetos ficarem com o funcionamento diário máximo de 18 horas, com base na maior
evapotranspir
ação diária de cada local
COCO ANÃO
BANANA
MAMÃO
Vazão
sistema
(Q
adeq
)
Vazão do
m
icroaspersor
(q
adeq
)
Vazão
sistema
(Q
adeq
)
Vazão do
m
icroaspersor
(q
adeq
)
Vazão
sistema
(Q
adeq
)
Vazão do
m
icroaspersor
(q
adeq
)
Estação climatológica
m
3
h
-1
L
h
-1
m
3
h
-1
L
h
-1
m
3
h
-1
L
h
-1
Mamanguape
15,41
28,91
15,44
35,57
15,41
31,31
Pacatuba
15,41
28,91
15,44
35,57
15,09
30,67
Aracati
16,04
30,09
16,07
37,02
16,04
32,58
Maceió
16,04
30,09
16,07
37,02
16,04
32,58
Aracaju
16,04
30,09
16,07
37,02
16,04
32,58
Campina Grande
16,36
30,68
16,38
37,75
16,35
33,22
Acaraú
16,67
31,27
16,70
38,48
16,66
33,86
Natal
16,99
31,85
17,01
39,20
16,98
34,50
Açu
18,87
35,39
18,90
43,56
18,87
38,33
Touros
19,50
36,57
19,53
45,01
19,49
39,61
Sousa
20,76
38,93
20,79
47,91
20,75
42,17
Jaguaribe
20,76
38,93
20,79
47,91
20,75
42,17
Canindé
de São Fco
20,76
38,93
20,79
47,91
20,75
42,17
Petrolina
22,02
41,29
22,06
50,82
22,01
44,73
70
4.4.2. Irrigação por Aspersão
Semelhante
à simulação para irrigação localizada, a
Tabela
4.7 apresenta as possíveis
vazões dos sistemas de irrigação por aspersão, através da jornada diária máxima de
irrigação
identica
a
de
Petrolina
, PE, isto é, 18 h d
-1
. A distribuição abaixo mostra que
municípios de menor demanda no período crítico promovem uma redução de
aproximadamente 70% na vazão do município de maior demanda,
implicando
em
uma
redução natural nos diâmetros da tubulação e/ou redução na pressão requerida pelo
sistema; conseqüentemente, redução no investimento de equipamentos. A vazão nominal
encontrad
a pelos aspersores na condição de funcionamento de 18 h d
-1
atende
adequadamente a muitos aspersores comerciais com a recomendação de espaçamento de
18 x 12m, conforme a concepção do projeto.
Tabela
4
.7
. Valores obtidos através de simulação de vazão do sistema e dos aspersores para um projeto de
irrigação por aspersão para todos os municípios na condição de todos
os
projetos ficarem com o
fu
ncionamento diário máximo de 18 horas,
com
base na maior evapotranspiração diária de cada
local
COCO ANÃO
BANANA/ MAMÃO
Vazão sistema
(Q
adeq
)
Vazão do Aspersor
(q
adeq
)
Vazão sistema
(Q
adeq
)
Vazão do Aspersor
(q
adeq
)
Estação climatologica:
m
3
h
-1
L h
-1
m
3
h
-1
L h
-1
Mamanguape
, PB
15,37
1,54
15,37
1,92
Pacatuba
, SE
15,37
1,54
15,37
1,92
Aracati
, CE
15,99
1,60
15,99
2,00
Maceio
, AL
15,99
1,60
15,99
2,00
Aracaju
, SE
15,99
1,60
15,99
2,00
Campina Grande
, PB
16,31
1,63
16,31
2,04
Acaraú
, CE
16,62
1,6
6
16,62
2,08
Natal
, RN
16,93
1,69
16,94
2,12
Açu
, RN
18,82
1,88
18,82
2,35
Touros
, RN
19,44
1,94
19,44
2,43
Sousa
, PB
20,70
2,07
20,70
2,59
Jaguaribe
, CE
20,70
2,07
20,70
2,59
Canindé
de São F
co
, SE
20,70
2,07
20,70
2,59
Petrolina
, PE
21,95
2,20
21,95
2,74
4.5.Possíveis áreas a serem irrigadas através dos dois sistemas de irrigação
Na Tabela
4.8
se acham as áreas máximas a serem irrigadas (A) de forma simplificada,
depois de
lhes
atribuídas todas as variáveis, de acordo com a linha e/ou coluna, fi
cando
apenas em função do valor de ETo máxima do local desejado, para a cultura do coco anão,
banana e mamão.
71
Tabela
4.8.
Área máxima a ser irrigada (A) em ha nos sistemas de irrigação pressurizada (aspersão e
microaspersão) em função da evapotranspiração de
referência
máxima do local (ETo), para
as
culturas,
coco,
mamão e banana em diferentes jornadas diárias de irrigação
(JD)
Jornada diária de irrigação, JD, ( h d
-1
)
Cultura
18
15
12
10
8
Sistema de irrigação por aspersão
(Ef=75%)
coco anão
A = 31,
821ETo
-1
A = 26,518ETo
-1
A = 21,214
ETo
-1
A = 17,679
ETo
-1
A = 14,143
ETo
-1
banana pacova
A = 25,457 ETo
-1
A = 21,214 ETo
-1
A = 16,971 ETo
-1
A = 14,143 ETo
-1
A = 11,314 ETo
-1
mamão
A = 36,367 ETo
-1
A = 30,306 ETo
-1
A = 24,245 ETo
-1
A = 20,204 ETo
-1
A = 1
6,163 ETo
-1
Sistema de irrigação por microaspersão
(Ef=90%)
coco anão
A = 95,464 ETo
-1
A = 79,554 ETo
-1
A = 63,643 ETo
-1
A = 53,036 ETo
-1
A = 42,429 ETo
-1
banana pacova
A = 43,641 ETo
-1
A = 36,367 ETo
-1
A = 29,094 ETo
-1
A = 24,245 ETo
-1
A = 19,396 ETo
-1
mamão
A = 66,122 ETo
-1
A = 55,102 ETo
-1
A = 44,082 ETo
-1
A = 36,735 ETo
-1
A = 29,388 ETo
-1
Encontrou
-se a
nalisand
o a relação da variável JD x JD, que para A = 1,00 ha, obtida
para uma JD = 8 h d
-1
, mesma cultura e sistema de irrigação, variando apenas o tempo, foi
uma área
potencial
a ser irrigada de 2,25 ha, desde que o tempo utilizado fosse de 18 h d
-1
;
A = 1
,
87 ha para uma JD = 15 h d
-1
; A = 1,50 ha para uma JD = 12 h d
-1
e A = 1,25 ha para
uma JD = 10h d
-1
.
Através das equações apresentadas na Tabel
a 4.8
, fo
ram
analisad
as
as variáveis cultura
versus sistema de irrigação, o que resultou na seguinte proporcionalidade:
em
um hectare
de banana irrigada por aspersão, para uma mesma JD, pode se irrigar 1,25 ha de coco anão
(aspersão); 1,43 ha de mamão (asp
ersão)
; utilizando-
se
o sistema de irrigação por
microaspersão, pode-se atingir uma área
potencial
de 3,75 ha para a exploração da cultura
do coco anão; 1,71 ha banana pacovã e 2,60 ha de mamão, considerando-
se
todas as
variáveis estudadas.
Continuando co
m a a
lis
e d
a Tabela 4.8,
conclui
-
se que
a relação de proporção de área
(A), quando atribuídos o valor máximo (ETo = 7,0 mm d
-1
) e o mínimo (ETo = 4,9 mm d
-
1
), respectivamente, para os municípios de Petrolina
,
PE
, e Mamanguape
,
PB,
considerando
-
se
as demais variáveis constantes, tem-
se
que 1,0 (um) hectare de qualquer
cultura implantada em Petrolina, PE, necessitaria da mesma demanda de água para irrigar
1,42 ha da mesma cultura em Mamanguape,
PB.
Nas Figuras 4.7 a 4.9 se encontram as áreas pa
ssíveis de
serem irrigadas (A) em função
da evapotranspiração de referência (ETo) para 5 volumes diário máximo do sistema
(VDS), representando uma vazão unitária preestabelecida de 22 m
3
h
-1
, combinado com 5
jornadas diárias máximas de irrigação (18, 15, 12, 10 e 8h), esses valores representam um
VDS, respectivamente de 396; 330; 264; 220 e 176 m
3
d
-1
para o sistemas de irrigação por
microaspersão e para aspersão e para as três culturas estudadas. De modo geral, em todas
ess
as culturas as áreas máximas irrigada diminuíram com o aumento da evapotranspiração
72
enquanto crescem com o aumento do volume disponível do sistema. Para a cultura do
coco anão (Figuras 4.7A e 4.7B) e Tabela
4.8
, observa-
se
, utilizando-
se
o sistema de
irrigação por aspersão um aumento significativo na demanda de água 3 vezes o valor
requerido pelo sistema de irrigação localizada, isto é, com o mesmo volume (VDS) de 1,0
ha por aspersão, possibilitará a irrigação de 3,0 ha desta cultura através do sistema de
irrigação por microaspersão.
Situações bem adversas podem ser observadas quando, em simulação deste estudo, é
atribuindo
o menor valor de ETo = 4,9 mm d
-
1
(Mamanguape, PB), JD = 18 h d
-1
e Ef =
90% (microaspersão)
conforme
Figura 4.7
A; esses
valores determinam uma área máxima a
ser irrigada com coco anão, de 19,48 ha, enquanto para uma evapotranspiração
máxima
de
referência
ETo =7,0 mm d
-
1
(Petrolina
, PE), com JD = 8 h d
-1
e sistema por aspersão (Ef =
75%)
potencial
mente teria a capacidade de irrigar 2,02 ha (Figura 4.7B)
.
A Coco Anão
-
4
8
12
16
20
4 5 6 7 8
ETo máximo no local (mm d
-1
)
Área máx. irrigável p/
microaspero (ha)
V=396
V=330 V=264 V=220 V=176
B Coco anão
-
2
4
6
8
4 5 6 7 8
ETo máxima do local (mm d
-1
)
Área x. irrigável p/
aspersão (ha)
V=396
V=330
V=264
V=220
V=176
Figura
4.7
. Área pa
ssível
de
ser irrigada (A) em função da evapotranspiração de
referência
(ETo) para vários volumes
(VDS) disponíveis (m
3
d
-1
) para a cultura do coco anão A) utilizando-
se
o sistema de irrigação por
microaspersão;
B
)
e
o sistema de irrigação por aspersão
Considerando-
se
os resultados para a cultura da banana pacovã (Figuras 4.8A e 4.8B) e
a Tabela 4.8,
nota
-se que, com o mesmo volume de água diário (VDS) para uma área de
1,0
há,
como o sistema de irrigação por aspersão, possibilitará a implantação de 1,71
ha
desta cultura através do sistema de irrigação por microaspersão.
Quando em simulação deste estudo é atribuindo o menor valor de ETo = 4,9 mm d
-
1
(Mamanguape,
PB), JD = 18 h d
-1
e Ef = 90% (microaspersão) conforme apresentado na
Figura 4.8
A,
referidos
valores determinam uma área máxima a ser irrigada com a banana
pacovã de 8,91 ha, enquanto para a máxima evapotranspira
73
d
-
1
(Petrolina,
PE), com JD = 8 h d
-1
e sistema por aspersão (Ef = 75%)
potencial
mente
apenas 1,62 ha poder
ia ser irrigada (Figura 4.8
B
).
A Banana
-
2
4
6
8
10
4 5 6 7 8
ETo máximo no local (mm d
-1
)
Área máx. irrigável p/
microaspersão (ha)
V=396
V=330 V=264
V=220
V=176
B Banana
-
2
4
6
4 5 6 7 8
ETo máxima do local (mm d
-1
)
Área máx. irrigável p/
aspersão (ha)
V=396
V=330 V=264
V=220
V=176
Figura
4.8
. Área pa
ssível
de ser irrigada (A) em função da evapotranspiração de
referência
(ETo) para vários volumes
(VDS) disponíveis (m
3
d
-1
) para a cultura da Banana
pacovã
A) utilizando-
se
o sistema de irrigação po
r
microaspersão;
B
)
e
o sistema de irrigação por aspersão
Os resultados observados para a cultura do mamão (Figuras 4.9A e 4.9
B)
e Tabela
4.8
,
indicam que
u
m mesmo volume diário de água do sistema (VDS) suficiente para irrigar 1,0
ha por aspersão, poderá irrigar também 1,82 ha da mesma cultura, através do sistema de
irrigação por microaspersão.
A Mamão
-
4
8
12
16
4 5 6 7 8
ETo máximo no local (mm d
-1
)
Área máx. irrigável p/
microaspersão (ha)
V=396 V=330 V=264 V=220 V=176
B Mamão
-
2
4
6
8
4 5 6 7 8
ETo máximo no local (mm d
-1
)
Área máx. irrigável p/
aspersão (ha)
V=396 V=330 V=264 V=220 V=176
Figura
4.9
. Área pa
ssível
de
ser irrigada (A) em função da evapotranspiração de
referência
(ETo) para vários
volumes (VDS) disponíveis (m
3
d
-1
) para a cultura do mamão A) utilizando-
se
o sistema de irrigação
por microaspersão
; B
)
e
o sistema de irrigação por aspersão
Atribuindo
-se o menor valor de ETo = 4,9 mm d
-1
, JD = 18 h d
-1
e Ef = 90%
(micr
oaspersão) observado na Figura
4.9A
, é possível irrigar para a c
ultura do mamão uma
74
área de 13,49 ha, enquanto para uma máxima evapotranspiração de
referência
ETo =7,0
mm d
-1
, com JD = 8 h d
-1
e sistema por aspersão (Ef = 75%) teria a capacidade de irrigar
2,31 ha
(Figura
4.9B
).
4.6.
Avaliação da demanda de irrigação
A estimativa de consumo de água para irrigação após o procedimento de balanço
hídrico
levando
-se em conta a precipitação provável a nível de 75% de probabilidade de
ocorrer, segundo metodologia de A
zevedo
(199
7),
gerou
os respectivos valores para os 14
mu
nicípios do estudo, com os coeficientes de cultivo e sombreamento iguais ao longo do
ano
, para cada cultura em fase adulta (maior demanda), sendo utilizados dois sistemas de
irrigação pressurizados,
os quais
se
encontram
no Apêndice dest
e trabalho.
4.6.1.
Irrigação localizada por microaspersão
Observa
-se, através da
Tabela
4.9, que na seqüência de valores pela ordem da menor
para
a maior necessidade de água para a cultura,
se
utiliz
ou
a eficiência de aplicação de
água (Ef),
com
base em
um
valor convencion
al para microaspersão de 90%
; t
ais valores
de
planejamento agrícola irrigado
surpreende
m pela ordem de grandeza, em que o
Município
de Mamanguape, PB, necessita de apenas 37,4, 35,5 e 41,4% do volume de água,
respectivamente para o coqueiro, mamoeiro e ban
aneira
do planejado para ser aplicado em
Petrolina
, PE; esta projeção agronômica permit
irá
promover a interpretação de que com
1,00
h
a
em tal localidade que exige o máximo volume de água
anual
(Petrolina
, PE
)
poder
-
se
-ia irrigar 2,67, 2,82 e 2,51 ha no município mais privilegiado (Mamanguape, PB)
;
e
conomicamente
, tal comparação, indicaria o
potencial
de área produzida e, em
contrapartida
uma
receita
maior baseando-se em uso igual
ao
do volume de água e de
energia
.
Comparando
-
se
o consumo entre culturas pode-
se
verificar que Mamanguape, PB e
Petrolina
, PE, têm para o coco anão (menor demanda drica) uma redução na demanda de
água que varia de 41,1 a 45,5% do consumo da cultura da banana
pacovã
em respectivos
municípios
, e com relação ao mamão, a
redução seri
a de
água de
73,2 a 69,5
%.
O Município de Campina Grande é
a
únic
a
local
idade
do interior que se encontra dentro
dos consumidores abaixo da média do grupo analisado,
condição
esta que
pode promovê
-
lo
a
uma boa opção entre as explorações interioranas de irrigação, com relativa economia de
75
aplicação de água, principalmente com incentivo do tratamento de água e reúso do Riacho
de Bodocongó
;
salienta
-
se
que o Município
se
localiza no planalto da Serra da Borborema,
com clima ameno, e se encontra em uma mesorr
eg
ião
denominad
a A
greste,
entre a Z
ona
da
Mata (litoral) e o Sertão.
Através de análise estatística descritiva
se
verifica
na
Tabela
4.9 que o valor médio de
demanda bruta de coco anão, mamão e banana
pacovã
, respectivamente,
4.519,39;
6.358,16; 10.302,44 m
3
ha
-1
ano
-1,
ficaou próximo
ao
s
de
demandas dos municípios de
Acaraú
, CE e Aracati, CE. Os
coeficiente
s de variação entre os 14 municípios estudados
possuem
variabilidade
elevada
,
t
endo
o mamão (cultura de menor coeficiente de cultivo
K=0,7)
a maior variação, com 34,94
%;
as culturas do coco anão e a banana tiveram seus
respectivos valores de 33,19 e 30,56%.
Tabela
4
.9
. Demanda Bruta em irrigação localizada por microaspersão para as culturas do coco anão, mamão
e Banana
pacovã
, atribuindo
-
se
uma eficiência
de aplicação do sistema de 90%
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem
Município
m
3
ha
-1
ano
-1
%(*)
m
3
ha
-1
ano
-1
%(*)
m
3
ha
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
2.703,11
37,4
3.692,11
35,5
6.576,11
41,4
2
Pacatuba
, SE
2.849,60
39,4
3.865,69
37,1
6.760,44
42,6
3
Maceio
, AL
2.845,87
39,4
3.872,22
37,2
6.797,00
42,8
4
Aracaju
, SE
2.923,73
40,4
4.002,97
38,5
6.858,44
43,2
5
Natal
, RN
3.258,13
45,1
4.527,09
43,5
7.533,56
47,4
6
Campina Grande
, PB
3.892,62
53,8
5.428,06
52,2
9.055,67
57,0
Média (Clima
Seco
-Úmido) 3.078,84
4.231,36
7.263,54
Desvio Padrão
439,65
651,95
937,24
Coeficiente de variação
14,28%
15,41%
12,90%
7
Acaraú
, CE
4.185,07
57,9
5.890,94
56,6
9.475,67
59,7
8
Aracati
, CE
4.627,56
64,0
6.514,42
62,6
10.601,11
66,8
9
Touros
, RN
5.016,18
69,4
6.983,24
67,1
11.688,44
73,6
Média
(Clima Semi
-
Árido)
4.609,60
6.462,87
10.588,41
Desvio Padrão
415,85
547,97
1.106,44
Coeficiente de variação
9,02%
8,48%
10,45%
10
Canindé de São Fr
co
,
SE
5.679,47
78,
6
8.083,31
77,7
12.670,78
79,8
11
Sousa
, PB
5.926,93
82,0
8.460,76
81,3
13.303,89
83,8
12
Jaguaribe
, CE
6.012,44
83,2
8.535,63
82,0
13.459,44
84,7
13
Açu
, RN
6.120,89
84,7
8.750,87
84,1
13.572,22
85,5
14
Petrolina
, PE
7.229,87
100
10.406,95
100
15.881,
44
100
Média (Clima Árido a Muito Árido)
6.193,92
8.847,50
13.777,55
Desvio Padrão
601,54
904,44
1.226,68
Coeficiente de variação
9,71%
10,22%
8,90%
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
g
g
e
e
r
r
a
a
l
l
p
p
a
a
r
r
a
a
1
1
4
4
M
M
4
4
.
.
5
5
1
1
9
9
,
,
3
3
9
9
6
6
.
.
3
3
5
5
8
8
,
,
1
1
6
6
1
1
0
0
.
.
3
3
0
0
2
2
,
,
4
4
4
4
M
M
e
e
d
d
i
i
a
a
n
n
a
a
g
g
e
e
r
r
a
a
l
l
p
p
a
a
r
r
a
a
1
1
4
4
M
M
4
4
.
.
4
4
0
0
6
6
,
,
3
3
1
1
6
6
.
.
2
2
0
0
2
2
,
,
6
6
8
8
1
1
0
0
.
.
0
0
3
3
8
8
,
,
3
3
9
9
D
D
e
e
s
s
v
v
i
i
o
o
P
P
a
a
d
d
r
r
ã
ã
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
1
1
.
.
5
5
0
0
0
0
,
,
1
1
4
4
2
2
.
.
2
2
2
2
1
1
,
,
4
4
8
8
3
3
.
.
1
1
4
4
8
8
,
,
8
8
3
3
C
C
o
o
e
e
f
f
i
i
c
c
i
i
e
e
n
n
t
t
e
e
d
d
e
e
v
v
a
a
r
r
i
i
a
a
ç
ç
ã
ã
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
3
3
3
3
,
,
1
1
9
9
%
%
3
3
4
4
,
,
9
9
4
4
%
%
3
3
0
0
,
,
5
5
6
6
%
%
(*) Percentual com relação ao município de maior demanda de irrigação (Petrolina
, PE
)
76
Na Tabela 4.9, os municípios estão na ordem de menor para maior demanda e o
agrupamento de acordo com a classificação climática de Hargreaves, foram confirmados
quanto à seqüência de necessidade de irrigação, saindo de municípios com o clima Seco-
Úmido, passando pelo
Semi
-
Árido, Árido e Muito Árido.
Quando
se
analisa
a localização em zona mais próxima ao litoral, tem-
se
os municípios
de Pacatuba, SE (2º menor demanda de água) e Aracaju, SE (4ª menor demanda de água)
que são próximos geograficamente, e também apresentam um comportamento de
demandas próximo, mas não se pode ter a mesma resposta quando
se
analisa
Natal
, RN (5ª
posição de menor demanda de água, e Touros, RN (9ª posição de menor demanda de água
para irrigação) que apresentam diferenças significativas no volume de água requerido para
irrigação
. A diferença obtida entre ess
es
dois últimos municípios para o coco anão, é d
e
1.758,05 m
3
ha
-1
ano
-1
, para o mamão 2.456,15 m
3
ha
-1
ano
-
1
e banana com diferença bem
mais expressiva, ou seja, de 4.154,88 m
3
ha
-1
ano
-1
. Q
uando
se
avalia
a diferença no
comportamento d
as
necessidades de irrigação para os municípios do Ceará que se
encontram na faixa do litoral com clima
Semi
-
Árido
(Acaraú
e Aracati posição) tem-
se
valores relativamente expressivos de diferenças, em especi
al
quando o volume da
irrigação
necessário para a cultura d
a banana resulta em 1.125,44 m
3
ha
-1
ano
-1
de economia
de água que Acaraú, CE teria com relação ao município de Aracati, CE, sendo
em
média
de 730 m
3
ha
-1
ano
-1
a diferença das três culturas da aná
li
se.
Os vales e/ou áreas de irrigação, essencialmente interioranos e de grande incentivo à
exploração
de perímetros públicos irrigados, como
Canindé
de São Francisco, SE, Sousa,
PB
, Jaquaribe, CE, Açu, RN e Petrolina, PE no aspecto de demanda de água repres
enta
m
no grupo estudado, os locais de maiores volumes para atender à produção irrigada (
Figura
4.10); esses resultados exigem planejamento do uso das águas para culturas de boa
rentabilidade
financeira associada a baixo volume de água, ou poderá promover d
éficit
hídrico não conveniente economicamente,
reduzindo
a produção e inviabilizando
investimentos públicos e privados, além de
incapacit
á-
los
em abastecimento de água. O
s
valores de demanda bruta, gerados do planejamento com irrigação localizada na
Tabela
4.9, possuem correção de coeficiente de sombreamento (
Ks
) e redução de área molhada do
emissor
, conforme recomendação para frutíferas citadas (
Bernardo
, 1995). Os resultados
obtidos são
motivo de incentivo à mudança do sistema de irrigação tradicional, a
exemplo
de
aspersão
para irrigação localizada, considerando-
se
a grande importância atual sobre a
disponibilidade de água na questão de produção irrigada, em que, nas condições para o
77
futuro próximo, não a energia será alvo de preocupação nos custos da cultura mas,
t
ambém
,
o preço da água.
A irrigação localizada depende do coeficiente de sombreamento que, por sua vez, está
ligado ao espaçamento escolhido pela cultura; desta forma, tais valores são sujeitos a
alterações significativas quando alterado o es
paçamento,
tendo
-
se
maior demanda por
hectare quando o
adensamento
for
maior e menor quan
t
o menos denso for o plantio.
Na
Figura
4.11 são apresentados valores de demanda de irrigação localizada por
microaspersão baseados na média dos valores de acordo com a localização; isto permite
coefi
ci
ente
s de variação menor e maior confiança no uso de um valor médio por
clima
analisado.
-
4.000
8.000
12.000
16.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13
14
Município
m
3
.ha
-1
.ano
-1
Coco Anão
Mamão
Banana pacovã
-
5.000
10.000
15.000
Umido-seco
Semi-árido
Arido-Muito
Arido
Clima
m
3
ha
-1
ano
-1
Coco anão
mamão
banana pacovã
Figura
4.10. Demanda bruta de irrigação localizada por
microaspersão em m
3
ha
-1
ano
-1
para
culturas do coco anão, mamão e bana
na
pacovã
, para os 14 municípios estudados
Figura
4.11
. Demanda bruta de irrigação localizada por
microaspersão em m
3
ha
-1
ano
-1
para a
s
culturas do coco anão, mamão e banana
pacovã
, para 3 climas diferentes do N
ordeste
brasileiro
Das localidades
estudad
as,
6
municípios na região litoral
com clima Seco
-
Úmido
, isto é,
Mamanguape
, PB, Pacatuba, SE, Maceió, AL,
Aracaju
, SE e Natal, RN, indicaram que os
valores
obtido
s
fo
ram
de 2.916,09
m
3
ha
-1
ano
-1
e CV= 7,11% para o coco anão, 3.992,02
m
3
ha
-1
ano
-
1
e CV=7
,99%
para o mamão e
6.905,11
m
3
ha
-1
ano
-1
e CV=5,31% para a
banana
pacovã
, quando adicionada Campina Grande; por ser o único local interior com a
mesma classificação climática de Seco-Úmido, promove com coeficiente de variação
maior para
as
mesmas
características climáticas, isto é, CV = 14,28%; 15,41% e 12,90%
para o coco anão, mamão e banana,
tornando
-
se
conveniente saber utilizar a média de
acordo com o local
em
que
se
esteja desejando realizar o planejamento (litoral ou interior)
.
O litoral com clima Semi-Árido está representado pela média de demanda bruta de
irrigação dos 3
município
s Acaraú, CE, Aracati, CE e Touros, RN. Os valor
es
obtidos
78
fo
ram
de
4.609,60
m
3
ha
-1
ano
-1
e CV= 9,02% para o coco anão, 6.462,87 m
3
ha
-1
ano
-1
e
CV= 8,48% para o mamão e 1
0.588,41
m
3
ha
-1
ano
-1
e CV= 10,45% para a banana
pacova
e os valores de média obtidos para caracterização do Interior com clima Árido a Muito
Árido
se referem a 5
município
s
(
Canindé do São
F
rancisco
, SE
, Sousa
, PB
, Jaguaribe
, CE,
Açu
, RN e Petrolina, PE); esses resultados de demanda bruta de irrigação foram
6.193,92
m
3
ha
-1
ano
-1
e CV= 9,71% para o coco anão, 8.847,50 m
3
ha
-1
ano
-1
e CV 10,22% para o
mamão e 13.777,55
m
3
ha
-1
ano
-1
e CV=8,90%
para a banana
pacovã
.
Os valores obtidos para o grupo dos 14 municípios estudados têm, antes de tudo
e
como melhor resultado, a informação de expressivas variações de valores e, em muitos
momentos do planejamento agrícola irrigado, tais quantitativos
passa
m a ser considerados
valor único, citando
-
se
valores de consum
o para a fruticultura, levantado pela
CODEVASF
(1989
) através do plano de Desenvolvimento do Vale do São F
rancisco
-
PLANVASF
,
que
atribuía 9.679 m
3
ha
-1
ano
-1
; é certo que a precipitação utilizada neste trabalho pode
diferença
r da utilizada para o balanço de déf9765 0 0 -0.09765 5668 3780 T1 Tm(9765 0 0 -0.09765 5668 3 -0.09765 650.094m(f)Tj0.09t65 0 0 -0.09765 4867 5850 Tm(e)Tm( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 5019 5850 69(d)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5019 5850 Tfd)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5586 4470 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 6816 2056 01fdau
l
79
estudados apresentaram elevada variação do CV fato constatado pelos valores de demanda
de água bruta (mínimos e máximos) obtidos das culturas do
planejamento.
Tabela
4.10
.
Demanda Bruta
anual
em irrigação por aspersão para as culturas do coco anão, mamão e Banana
pacovã
, atribuindo
-
se
uma eficiência
de aplicação do sistema de 75%
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem
Município
m
3
ha
-1
ano
-1
%(*)
m
3
ha
-1
ano
-1
%(*)
m
3
ha
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
8.109,33
37,4
6.712,93
35,5
11.273,33
41,4
2
Pacatuba
, SE
8.548,80
39,4
7.028,53
37,1
11.589,33
42,6
3
Maceio
, AL
8.537,60
39,4
7.040,40
37,2
11.652,00
42,8
4
Aracaju
, SE
8.771,20
40,4
7.278,13
38,5
11.757,33
43,2
5
Natal
, RN
9.774,40
45,1
8.231,07
43,5
12.914,67
47,4
6
Campina Grande
, PB
11.677,87
53,8
9.869,20
52,2
15.524,00
57,0
Média
(Clima Seco
-
Úmido)
9.236,53
7.693,38
12.451,78
Desvio Padrão
1.318,94
1.185,36
1.606,69
Coeficiente de variação
14,28%
15,41%
12,90%
7
Acaraú
, CE
12.555,20
57,9
10.710,80
56,6
16.244,00
59,7
8
Aracati
, CE
13.882,67
64,0
11.844,40
62,6
18.173,33
66,8
9
Touros
, RN
15.048,53
69,4
12.696,80
67,1
20.037,33
73,6
Média
(Clima Semi
-Árid
o)
13.828,80
11.750,67
18.151,55
Desvio Padrão
1.247,54
996,31
1.896,76
Coeficiente de variação
9,02%
8,48%
10,45%
10
Canindé de São Fr
co
,
SE
17.038,40
78,6
14.696,93
77,7
21.721,33
79,8
11
Sousa
, PB
17.780,80
82,0
15.383,20
81,
3 22.806,67
83,8
12
Jaguaribe
, CE
18.037,33
83,2
15.519,33
82,0
23.073,33
84,7
13
Açu
, RN
18.362,67
84,7
15.910,67
84,1
23.266,67
85,5
14
Petrolina
, PE
21.689,60
100
18.921,73
100
27.225,33
100
Média
(Clima Árido a Muito Árido)
18.581,76
16.086,37
23.618,67
Desvio Padrão
1.804,62
1.644,43
2.102,89
Coeficiente de variação
9,71%
10,22%
8,90%
M
M
é
é
d
d
i
i
a
a
g
g
e
e
r
r
a
a
l
l
p
p
a
a
r
r
a
a
1
1
4
4
M
M
1
1
3
3
.
.
5
5
5
5
8
8
,
,
1
1
7
7
1
1
1
1
.
.
5
5
6
6
0
0
,
,
3
3
0
0
1
1
7
7
.
.
6
6
6
6
1
1
,
,
3
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3
M
M
e
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n
n
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g
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l
l
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a
r
r
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a
1
1
4
4
M
M
1
1
3
3
.
.
2
2
1
1
8
8
,
,
9
9
3
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1
1
1
1
.
.
2
2
7
7
7
7
,
,
6
6
0
0
1
1
7
7
.
.
2
2
0
0
8
8
,
,
6
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7
7
D
D
e
e
s
s
v
v
i
i
o
o
P
P
a
a
d
d
r
r
ã
ã
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
4
4
.
.
5
5
0
0
0
0
,
,
4
4
1
1
4
4
.
.
0
0
3
3
9
9
,
,
0
0
5
5
5
5
.
.
3
3
9
9
7
7
,
,
9
9
9
9
C
C
o
o
e
e
f
f
i
i
c
c
i
i
e
e
n
n
t
t
e
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e
e
v
v
a
a
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r
i
i
a
a
ç
ç
ã
ã
o
o
p
p
/
/
1
1
4
4
M
M
3
3
3
3
,
,
1
1
9
9
%
%
3
3
4
4
,
,
9
9
4
4
%
%
3
3
0
0
,
,
5
5
6
6
%
%
(*) Percentual com relação ao município de maior demanda de irrigação (Petrolina
, PE
)
Os municípios
cearenses
Acaraú e Aracati, representam aproximadamente os valores de
média e mediana do grupo estudado. Os valores de coeficiente de variação são semelhantes
aos obtidos em irrigação localizada, que essa irrigação praticamente difere, de forma
proporcional de volume de água através do coeficiente de sombreamento (Ks) e da
eficiência de aplicação (Ef); a falta dessa correção promove alteração quanto a cultura de
menor necessidade de irrigação (deixando de ser o coco anão e passando a ser o mamão).
80
Os valores de demanda de água bruta anual no planejamento agrícola irrigado,
utilizando
-
se
o sistema de irrigação por aspersão, possuem as mesmas diferen
ças
percentuais entre os municípios do grupo, calculados anteriormente para o sistema da
irrigação localizada, que o que altera é o valor do coeficiente de sombreamento que
deixa de corrigir a redução de água localizada e passa a atribuir 100% da área como
molhada, onde o Município de Mamanguape, PB, necessita de apenas 37,4, 35,5 e 41,4%
do volume de água respectivamente para o coqueiro, mamoeiro e bananeira do planejado
para ser aplicado em Petrolina, PE; esta projeção agronômica permite que se promova a
interpretação semelhante à de irrigação localizada, porém o sistema de irrigação por
aspersão
, quando comparado com o sistema de irrigação por microaspersão
mostra
, em
valores (sem a correção do Ks), o salto no volume de água necessário para atender a
mesma cultura pela condição de irrigar 100% da área total.
Quando
se
comparou
o consumo entre culturas,
constatou
-
se,
para o grupo de
municípios estudados, que M
amanguape
, PB, e Petrolina, PE, respectivamente,
após
balanço hídrico,
t
er
ão
para o mamão (menor demanda de reposição hídrica)
o equivalente a
demanda de água que varia de 59,5 a 71,9% do consumo da cultura da banana
pacovã
em
respectivos municípios e com relação ao coco anão,
representaria
82,8 a 87,3% do que
demanda o coqueiro
.
A
Figura
4.1
2 permite v
isualiza
r
a ordem de grandeza nos valores de irrigação por
aspersão quando correlacionada com o coeficiente de cultivo, independente da cultura.
Pode-
se
ter para Kc=1 (banana) valores próximos de 11 a 28 mil m
3
ha
-1
ano
-1
; para
co
eficientes de cultura de Kc=0,8 (coco) a faixa de demanda em torno de 8 a 22 mil m
3
ha
-
1
ano
-1
e, para coeficiente de Kc=0,7 (mamão), de 7 a 19 mil m
3
ha
-1
ano
-1
;
para tanto, é
preci
so
saber os dados básicos de ETo e PP75% do local do projeto para prever demandas
de irrigação e sistemas adequados
.
Na
Figura
4.13
os valores de demanda de irrigação por aspersão
,
baseado
s
na média dos
valores de acordo com a localização de 6 município
s
com o clima Seco-Ú
mido
(
Mamanguape
, PB.
Pacatuba
, SE
, Maceió
, AL
,
Aracaju
, SE
,
Natal
, RN
e Campina Grande
,
PB
), o valor obtido foi de 9.236,53 m
3
ha
-1
ano
-1
para o coco anão,
7.693,38
m
3
ha
-1
ano
-1
para o mamão e 12.451,78
m
3
ha
-1
ano
-1
para a banana
pacovã
.
O litoral com clima
Semi
-Árido está representado pela média de demanda bruta de
irrigação dos 3 municí
pios
(
Acaraú
, CE, Aracati, CE e Touros, RN)
;
o valor médio
obtido
foi de
13.828,80
m
3
ha
-1
ano
-1
para o coco anão, 11.750,67 m
3
ha
-1
ano
-1
para o mamão
e
18.151,55
m
3
ha
-1
ano
-
1
para a banana
pacovã
. Os valores de média
foram
obtido
s para
81
caracterização do Sertão
com clima Árido a Muito-
Árido
d
e 5
município
s
(
Canindé
do São
F
rancisco
, SE, Sousa, PB, Jaguaribe, CE, Açu, RN e Petrolina, PE). Tais resultados de
demanda bruta de irrigação foram 18.581,76 m
3
ha
-1
ano
-1
para o coco anão,
16.086,37
m
3
ha
-1
ano
-
1
para o mamão e
23.618,67
m
3
ha
-1
ano
-
1
para a banana pacova; enfim os valores
de coeficiente de variação por
clima
são semelhantes aos valores obtidos em irrigação
localizada.
Para os valores médios obtidos no Interior com clima Árido a Muito-
Árido
e se
tomando como base a citação da
CODEVASF
(1989) tem-
se
os valores superiores, o que
demo
nstra a falta de estimativa com melhor precisão para o consumo das c
ulturas
irrigadas.
-
4.000
8.000
12.000
16.000
20.000
24.000
28.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Município
m
3
ha
-1
ano
-1
Coco Ao
Mamão
Banana pacovã
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
Seco-
Úmido
Semirido Árido-
Muito
Árido
Clima
m
3
ha
-1
ano
-1
Coco anão
mamão
banana pacovã
Figura
4.1
2.
Demanda bruta de irrigação por aspersão
em m
3
ha
-1
ano
-1
para as culturas do coco
anão, mamão e banana
pacovã
, para o
s 14
municípios estudados
Figura
4.1
3. Demanda bruta de irrigação por aspersão
em m
3
ha
-1
ano
-1
para as culturas do coco
anão, mamão e banana
pacovã
, para 03
climas
diferentes
4.6.3.
Equação geral de demanda de irrigação bruta por aspersão para cada lo
calidade
Após a obtenção dos dados para as três culturas
foi
possível observar uma correlação
linear
gerada pelos 03 balanços hídricos das culturas do coco anão (Kc=0,8), mamão
(Kc=0,7) e banana
pacovã
(Kc=1,0), sendo facilmente
obt
ida a demanda para outros
coeficientes de cultivo, principalmente dentro desse intervalo, fazendo
-
se
uso das equações
da
Tab
ela
4.11
, gerando equações de primeiro grau com valor do R
2
próximo ou igual a
1,0; chama-se a atenção pelo fato de que os valores são anuais e o coeficiente de cultivo
deve ser igual para o ano
todo
(o valor obtido é em m
3
ha
-1
ano
-1
); e as equações gera
das
(Tabela 4.11
) para se obter uma demanda de irrigação bruta anual,
est
ão
em função do Kc
da cultura, o valor de demanda de água obtido nesta equação
apresentou,
como acréscimo
,
a eficiência de 75% (aspersão), caso seja ela utilizada para outra eficiência, deve-
se
82
multiplicar o valor gerado por 0,75, tendo então a demanda l
í
quida, a qual poderá receber o
fator de correção para irrigação localizada (multiplicando-
se
pelo fator de sombreamento -
Ks) e/ou corrigindo por uma nova eficiência de aplicação (divi
dindo
-
se
por uma nova
eficiência de aplicação de água, em décimos).
Tabela
4.11
. Equações lineares obtidas a partir dos valores de demanda das culturas do coco anão (Kc=0,8),
mamão (Kc=0,7) e Banana
pacovã
(Kc=1,0), atribuindo-
se
uma eficiência de aplicação do
sistema de 75%
nos
município
s do estudo
Munic
í
pios
Equações de demanda de irrigação bruta
anual
por aspersão (
DBA
),
(m
3
ha
-1
ano
-1
),
em função do coeficiente de cultivo (Kc)
Mamanguape
, PB
DBA
= 15.290 Kc
4.042,9
Pacatuba
, SE
DBA
= 15.203 Kc
– 3.
613,3
Maceio
, AL
DBA
= 15.401Kc
3.757,1
Aracaju
, SE
DBA
= 14.931 Kc
3.173,3
Natal
, RN
DBA
= 15.625 Kc
2.713,9
Campina Grande
, PB
DBA
= 18.904 Kc
3.396,1
Acaraú
, CE
DBA
= 18.444 Kc
2.200,0
Aracati
, CE
DBA
= 21.147 Kc
2.989,4
Touros
, RN
D
BA
= 24.536 Kc
4.519,4
Canindé
de São Fr
co
,
SE
DBA
= 23.415 Kc
1.693,3
Sousa
, PB
DBA
= 24.800 Kc
2.009,6
Jaguaribe
, CE
DBA
= 25.180 Kc
2.106,7
Açu
, RN
DBA
= 24.520 Kc
1.253,3
Petrolina
, PE
DBA
= 27.679 Kc
-
453,33
4.7.
Avaliação da demanda
de energia
O valor de demanda de energia é uma componente variável na composição dos custos
da cultura e tem significado importante, a medida
em
que
tal insumo é proporcional a
demanda de água, variando os custos de acordo com a região.
O projeto desenvolvido neste estudo para uma área irrigada, baseado em uma fonte de
energia elétrica com
eletro
bomba de 7,5
CV
,
com
a mesma vazão e o mesmo tempo
máximo
de irrigação por dia, promoveu aproximadamente os valores de consumo de
energia, mensais e anuais iguais
para os dois sistemas
para cada localidade, p
orém
sendo
as
áreas
diferentes
para cada cultura e para
cada
sistema, promovem valores também
diferentes de consumo de energia por hectare; esses valores obtidos em planejamento
podem ser submetidos e utilizados por uma combinação de tarifas comum rural e do
irrigante,
mas
esta composição poderá ser efetiva na execução do projeto em campo,
tornando
-
se
um custo que poderá ser composto de acordo com as chuvas e
evapotranspiração da área em condições o
peracionai
s e reais do sistema.
83
Pode-
se
observar que a ordem de grandeza dos valores de consumo de energia, para o
sistema com eletrobomba de 7,5 CV
,
ou seja
, 5,52
kW
, equivale a 0,34 CV m
-3
ou 0,25
kW
m
-3
, independente das demandas para a cultura do coco anão, mamão e banana
pacovã
, ou
sistema pressurizado utilizado, apenas decorrente da capacidade da vazão estabelecida
nest
e planejamento.
4.7.1.
Irrigação
localizada
por microaspersão
Analisando
-
se
a Tabela 4.12,
nota
-
se
o consumo de energia em menor proporção em
Mamanguape
, PB, com relação a Petrolina, PE, em decorrência do primeiro necessitar de
menos bombeamento durante o ano por
sua
previsão de chuvas em maior quantidade; o
funcionamento do conjunto eletrobomba passa a ser de apenas 37,4, 35,5 e 41,4% do
tempo
de bombeamento do local de maior necessidade,
respectivamente
par
a o coqueiro,
mamoeiro e bananeira
.
A média
obtida dentro do grupo estudado
é de 1.133,96 kW ha
-1
ano
-1
para o coco anão,
1.595,32 kW ha
-1
ano
-1
para o mamão e 2.584,98 kW ha
-1
ano
-1
para a b
anana pacovã
,
porém o coeficiente de variação é de 33,19; 34,94 e 30,56% respectivamente para essas
culturas, o que o identifica como valor não confiável para considerá-
lo
genérico, sendo
conveniente estabelecer uma média por localização da região.
Os resultados de demanda de energia mês a mês desse trabalho
se
encontram
dispon
ív
eis
no Apêndice.
Segundo o PLANAVASF, 1999, a média de consumo para fruticultura é dada por
1.266
kW ha
-1
ano
-1
, embora se sa
iba
que esta variável depende também da quantidade de en
ergia
necessária para o projeto, do balanço hídrico do local, a partir de um valor de precipitação
pre
estabeleci
do (média ou com probabilidade) e também tem a variação em decorrência de
vários fatores como topografia, distância, tempo de irrigação; p
ode
-
se
verificar que tal
valor fica entre as médias
gerais
das culturas do coco e do mamão, porém representaria
apenas a metade do valor médio exigido pela cultura da banana
pacovã.
84
Tabela
4.12
. Demanda de energia para irrigação localizada por microaspersão para as culturas do coco anão
,
mamão e b
anana
pacovã
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem
Município
kW
.ha
-1
ano
-1
%(*)
kW
.ha
-1
ano
-1
%(*)
kW
.ha
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
678,24
37,4
926,38
35,5
1.
650,01
41,4
2
Pacatuba
, SE
714,99
3
9,4
969,94
37,1
1.
696,26
42,6
3
Maceio
, AL
714,05
39,4
971,58
37,2
1.
705,43
42,8
4
Aracaju
, SE
733,59
40,4
1.
004,38
38,5
1.
720,85
43,2
5
Natal
, RN
817,50
45,1
1.
135,89
43,5
1.
890,24
47,4
6
Campina Grande
, PB
976,69
53,8
1.
36
1,95
52,2
2.
272,15
57,0
Média
(Clima Seco
-
Úmido)
772,51
1.061,69
1.822,49
Desvio Padrão
110,31
163,58
235,16
Coeficiente de variação
14,28%
15,41%
12,90%
7
Acaraú
, CE
1.050,07
57,9
1.
478,09
56,6
2.
377,53
59,7
8
Aracati
, CE
1.161,10
64,0
1.
634,53
62,6
2.
659,92
66,8
9
Touros
, RN
1.258,60
69,4
1.
752,16
67,1
2.
932,74
73,6
Média
(Clima Semi
-
Árido)
1.156,59
1.621,59
2.656,73
Desvio Padrão
104,34
137,49
277,62
Coeficiente de varia
ção
9,02%
8,48%
10,45%
10
Canindé de São Fr
co
-
SE
1.425,03
78,6
2.
028,18
77,7
3.
179,21
79,8
11
Sousa
, PB
1.487,12
82,0
2.
122,88
81,3
3.
338,07
83,8
12
Jaguaribe
, CE
1.508,58
83,2
2.
141,67
82,0
3.
377,10
84,7
13
Açu
, RN
1.535,79
84,7
2.
195,67
84,1
3.
405,39
85,5
14
Petrolina
, PE
1.814,04
100,0
2.
611,20
100,0
3.
984,80
100,0
Média
(Clima Árido a Muito Árido)
1.554,11
2.219,92
3.456,91
Desvio Padrão
150,93
226,93
307,79
Coeficiente de variação
9,71%
10,22
%
8,90%
Média
geral para 14 M
1.133,96
1.595,32
2.584,98
Mediana
geral para 14 M
1.105,58
1.556,31
2.518,72
Desvio Padrão
p/ 14 M
376,4
557,39
790,07
Coeficiente de variação
p/ 14 M
33,19%
34,94%
30,56%
(*) Percen
tual com relação ao município de maior demanda de energia (Petrolina
, PE
)
Na Figura
4.1
4 o histograma apresenta os valores de demanda de irrigação localizada
por microaspersão para os 14
município
s do estudo, enquanto na Figura
4.15
e com valores
exposto
s na Tabela 4.12, tem-
se
as médias dos valores de consumo de energia agrupados
de acordo com a classificação climática de Hargreaves, onde 6 municípios
são
caracterizados
como
de
clima Seco-
Úmido
, isto é, Mamanguape, PB, Pacatuba, SE
,
Maceió
, AL,
Aracaju
, SE, Natal, RN e Campina Grande, PB, o valor obtido foi de 772,51
kW ha
-1
ano
-1
e CV=
14,28
% para o coco anão,
1.061,6
9
kW ha
-1
ano
-1
e CV= 15,41
% para
o mamão e 1.822,49
kW ha
-1
ano
-1
e CV = 12,90
% para a banana
pacovã.
85
Quando
se
analisa
a média considerando-
se
apenas os 5 municípios com clima Seco-
Úmido localizados no litoral, percebe-se uma homogeneidade maior nos dados tendo-
se,
como média, 731,67
kW
ha
-1
ano
-1
e CV= 7,11% para o coco anão, 1.001,63
kW
ha
-1
ano
-1
e CV= 7,99%
para o mamão e
1.732,56
kW h
a
-1
ano
-1
e CV = 5,31%
para a banana
pacova;
esses
valores são confiáveis para caracterizar tal
clima enquadrado
em u
ma mesma
região
.
O litoral com clima
Semi
-Árido está representado pela média de demanda bruta de
irrigação de 3
município
s
(
Acaraú
, CE, Ara
cati
, CE e Touros, RN); o valor obtido foi de
1.156,59
kW
ha
-1
ano
-
1 e CV= 9,02% para o coco anão, 1.621,59
kW
ha
-1
ano
-1
e 8,48%
para o mamão e 2.656,73
kW
ha
-1
ano
-
1
e CV= 10,45%
para a banana
pacovã.
Os valores de média obtidos para caracterização da Região do Interior com clima Árido
a Muito
-
Árido
foram
oriundos
de 5
município
s
(
Canindé
do São
F
rancisco
, SE
, Sousa
, PB,
Jaguaribe
, CE, Açu, RN e Petrolina, PE); esses resultados de demanda de energia bruta
para
irrigação foram
1.554,11
kW
ha
-1
ano
-1
CV=9,
71%
pa
ra o coco anão, 2.219,92
kW
ha
-
1
ano
-
1
e CV= 10,22% para o mamão e 3.456,91
kW
ha
-1
ano
-
1
e CV 8,90% para a banana
pacova; v
erificando
-
se
todos os coeficientes de variação por
clima
em que foi realizada a
média, tem-
se
os valores mais homogênios de consumo de energia para o Litoral com
clima Seco-Úmido, porém todos eles se encontram próximos a 10% ou inferior, situação
que poderá identificar o uso como parâmetro confiável dentro do planejamento agrícola
irriga
do para as respectivas culturas e regiões.
-
1.000
2.000
3.000
4.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Município
(kW.ha
-1
.ano
-1
)
Coco Anão
Mamão
Banana paco
-
1.000
2.000
3.000
4.000
Seco-Úmido
Semi-Árido
Árido-Muito
Árido
Clima
kW ha
-1
ano
-1
Coco anão
mamão
banana pacovã
Figura
4.1
4. Demanda de energia para irrigação
localizada em kW ha
-1
ano
-1
para as culturas
do coco anão, mamão e banana
pacovã
,
para os 14 municípios estudados
Figura
4.1
5. Média de demanda de energia para
irrigação localizada em kW ha
-1
ano
-1
para
o
03 locais com caracteristicas climáticas
diferentes
, para as culturas do coco anão,
mamão e banana
pacovã
86
4.7.2. I
rrigação por aspersão
Semelhante aos valores de demanda de água, o consumo de energia também
permaneceu com a proporcionalidade de consumo entre os métodos estudados quando
avaliados pela relação por hectare
em que
, onde proporcionalmente, o sistema por aspersão
consumirá energia 3,00, 1,82 e 1,71 vezes respectivamente, que o valor planejado para
irrigação localizada para a cultura do coco anão, mamão e banana, conforme valores
verificados
na
Tabela
4.13
.
A média obtida
dentro do grupo estudado é de
3.401,87 kW ha
-
1
ano
-1
para o coco anão, 2.900,58 kW ha
-1
ano
-1
para o mamão, e 4.431,39 kW ha
-1
ano
-1
para a banana
pacovã
, porém o coeficiente de variação é de 33,19; 34,94 e 30,56%
respectivamente para essas culturas, o que o identifica como valor não confiável para
considerar genérico, sendo conveniente estabelecer uma média por localização da região.
Tabela
4.13
.
Demanda de energia para irr
igação por aspersão para as culturas do coco anão, mamão e Banana
pacovã
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem
Município
kW
.ha
-1
ano
-1
%(*)
kW
.ha
-1
ano
-1
%(*)
kW
.ha
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
2.034,71
37,4
1.684,34
35,5
2.828,58
41,4
2 Pa
catuba
, SE
2.144,97
39,4
1.763,52
37,1
2.907,87
42,6
3
Maceio
, AL
2.142,16
39,4
1.766,50
37,2
2.923,59
42,8
4
Aracaju
, SE
2.200,77
40,4
1.826,15
38,5
2.950,02
43,2
5
Natal
, RN
2.452,49
45,1
2.065,25
43,5
3.240,41
47,4
6
Campina Grande
, PB
2.930,08
53,8
2.476,27
52,2
3.895,11
57,0
Média (Clima
Seco
-
Úmido
)
2.317,53
1.930,34
3.124,26
Desvio Padrão
330,93
297,42
403,13
Coeficiente de variação
14,28%
15,41%
12,90%
7
Acaraú
, CE
3.150,21
57,9
2.687,44
56,6
4.075,77
59,7
8
Aracati
, CE
3.483,29
64,0
2.971,87
62,6
4.559,85
66,8
9
Touros
, RN
3.775,81
69,4
3.185,74
67,1
5.027,55
73,6
Média (Clima Semi
-
Árido)
3.469,77
2.948,35
4.554,39
Desvio Padrão
313,02
249,98
475,91
Coeficiente de variação
9,02%
8,48%
10,45%
10
Canindé de São Fr
co
-
SE
4.275,09
78,6
3.687,59
77,7
5.450,08
79,8
11
Sousa
, PB
4.461,36
8
2,0
3.859,78
81,3
5.722,40
83,8
12
Jaguaribe
, CE
4.525,73
83,2
3.893,94
82,0
5.789,31
84,7
13
Açu
, RN
4.607,36
84,7
3.992,13
84,1
5.837,82
85,5
14
Petrolina
, PE
5.442,12
100,0
4.747,63
100,0
6.831,08
100,0
Média
(
Clima Árido a Muito
Á
rido)
4.662,33
4.036,22
5.926,14
Desvio Padrão
452,79
412,60
527,63
Coeficiente de variação
9,71%
10,22%
8,90%
Média
geral para 14 M
3.401,87
2.900,58
4.431,39
Mediana
geral pa
ra 14 M
3.316,75
2.829,65
4.317,81
Desvio Padrão
p/ 14 M
1.129,20
1.013,44
1.354,41
Coeficiente de variação
p/ 14M
33,19%
34,94%
30,56%
(*) Percentual com relação ao município de maior demanda de energia (Petrolina
, PE
)
87
Os resultados de
demanda de energia mês a mês desse trabalho
se acham
dispon
íveis
no
Apêndice.
Observando
-
se
a Figura 4.16,
constata
-se que a ordem de grandeza nos valores de
consumo de energia por aspersão
pode
correlaciona
r-
se
com o coeficiente de cultivo,
independent
e da cultura, quando na mesma condição de projeto, considerando-
se
que para
culturas com Kc=1,0 (banana) o consumo de energia fic
ou
próximo de 3 a 7mil kW ha
-1
ano
-1
; para coeficientes de cultura de Kc=0,8 (coco anão) a faixa de demanda de energia
em torno de 2 a 5,5mil kW ha
-1
ano
-1
; para coeficiente de Kc=0,7 (mamão) com consumo
de energia de 1,5 a 5mil kW ha
-1
ano
-1
; para tanto, é importante saber os dados de ETo e
PP75% do local do projeto, relação de vazão pela
potência
do motor e/ou hectares pela
potê
ncia
que tem como adicional, as características da topografia e o
dimensionamento
hidráulico do projeto do sistema de irrigação.
Para melhor observação das características de demanda de energia por região, o
histograma
na Figura 4.17
se
base
ia na média dos valores de consumo de energia
agrupados de acordo com a localização,
em que
6
municípios são caracterizados
com
clima
Seco
-
Úmido
, isto é, Mamanguape, PB. Pacatuba, SE, Maceió, AL,
Aracaju
, SE, Natal, RN
e Campina Grande, PB, em que o valor obtido foi
de
2.
317
,53 kW ha
-1
ano
-1
e CV=
14,28
% para o coco anão, 1.930,34
kW ha
-1
ano
-1
e CV=
15,41
% para o mamão e
3.124,26
kW ha
-1
ano
-1
e CV = 12,90
% para a banana
pacovã
.
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12
13
14
Município
(kW ha
-1
ano
-1
)
Coco Anão
Mamão
Banana paco
-
2.000
4.000
6.000
Seco-Úmido
Semi-Árido
Árido-Muito
Árido
Clima
kW ha
-1
ano
-1
Coco anão
mamão
banana pacovã
Figura
4.16. Demanda de energia para irrigação por
aspersão em kW ha
-1
ano
-1
para as culturas do
coco anão, mamão e banana
pacovã
,
para os 14
municípios estudados
Figura 4.17.
Média de demanda de energia para
irrigação por aspersão para 03 climas
diferentes e para as culturas do coco anão,
mamão e banana
pacovã
88
Considerando-se apenas os 5 municípios da faixa do litoral, com o mesmo clima Seco-
Úmido, tem
-
se as médias com mais homogeneidade de dados, isto é,
2.195,02
kW ha
-1
ano
-
1
e CV= 7,11% para o coco anão,
1.821,15
kW ha
-1
ano
-1
e CV= 7,99% para o mamão e
2.970,09
kW ha
-1
ano
-1
e CV =
5,31% para a banana
pacovã
.
O litoral com clima
Semi
-Árido está representado pela média de demanda bruta de
irrigação dos 3
município
s Acaraú, CE, Aracati, CE e Touros, RN; o valor obtido foi de
3.469,77 kW ha
-1
ano
-
1 e CV= 9,02% para o coco anão, 2.948,35 kW ha
-1
ano
-1
e 8,48%
para o mamão e 4.554,39 kW ha
-1
ano
-
1
e CV= 10,45% para a banana
pacovã
. Os valores
de média obtidos para caracterização da Região do Interior com clima Árido a Muito-
Árido foram obtidos de 5
município
s (
Canindé
do São F
rancisco
, SE, Sousa, PB
,
Jaguaribe
, CE, Açu, RN e Petrolina, PE). Tais resultados de demanda bruta de irrigação
foram
4.662,33 kW ha
-1
ano
-1
CV=9,71% para o coco anão, 4.036,22 kW ha
-1
ano
-
1
e CV=
10,22% para o mamão e 5.926,14 kW ha
-1
ano
-
1
e CV 8,90% para a banana
pacovã.
Verificando
-
se
todos os coeficientes de variação por
clima
onde
foi realizada a média,
semelhante
às
obtidas em irrigação localizada,
tem
-
se
os valores mais homogên
eo
s de
consumo de energia para o Litoral com clima Seco-
Úmido,
mas todos eles se encon
tram
próximos a 10% ou inferior, situação que poderá identificar o uso como parâmetro
confiável dentro do planejamento agrícola irrigado
,
para as respectivas culturas e
clima
s.
4.8.
Avaliação dos custos de energia
4.8.1.
Irrigação por microaspersão
A observação de proporcionalidade das demandas de irrigação e energia acorre em
decorrência do planejamento em questão
have
r permanecido com a mesma fonte de
abastecimento energét
ico,
porém as diferentes tarifas de energia praticadas pelas
companhias de energi
a dos
respectivos
municípios, promovem uma desordem na seqüência
de valores, do menor para o maior, até então estudados. A
Tabela
4.14 é apresentada na
mesma ordem de consumo de água como forma de avaliar neste parâmetro de custo,
situações que, embora climaticamente favoráve
is
muda
ra
m sua posição com relação ao
custo de energia.
Conforme
se
pode
observa
r, Pacatuba, SE, passa a ser o município de
menor custo de energia
cujos
valores representam apenas 37,4
;
35,3 e 40,4% dos valores
de
maior custo encontrados
para
o município de
Petrolina
, PE, para as culturas do coco
anão, mamão e banana, respectivamente; esta
situação
decorre da combinação de tarifa
89
mais barata para Pacatuba, SE com relação ao valor cobrado em Mamanguape, PB,
permitindo que os cust
s
90
poderá
promover verdadeira competitividade nos preços finais do produto, como será visto
no item seguinte.
A média
geral
obtida dentro do grupo estudado é de 233,41 R$ ha
-1
ano
-1
para o coco
anão, 328,46 R$ ha
-1
ano
-1
para o mamão, e 531,89 R$ ha
-1
ano
-1
para a banana
pacovã,
porém o coeficiente de variação é de 35,18; 36,89 e 32,60%, respectivamente, para essas
culturas
o que o
identifica
, como valor não confiável, para c
onsiderá
-
lo
genérico, além de
ser maior com relação à variação da demanda de energia e facilmente compreendido pelas
diferentes tarifas de energia atribuídas de acordo com a concessionária de distribuição de
energia local, sendo então conveniente
se
estabelecer uma média por localização da região
e/ou clima
.
O histograma da Figura 4.18 apresenta a
distribui
ção do custo de energia por
localidade
(man
tido
na mesma ordem por demanda de água) para melhor observação das
características de demanda de energia por cada localidade. As oscilações nos custos com
energia
são
identificad
as
com maior intensidade nos municípios do Estado do Ceará
(CO
ELCE) que possui a maior tarifa rural do grupo estudado, incluindo-
se
as alíquotas de
CONFINS+PIS, isto é, de R$0,22767 por
kW
h, passando em seguida pelo Estado da
Paraíba para os municípios de Mamanguape e Sousa, através da SAELPA, onde o valor é
de
R$0,
21528 kWh; a CELPE em posição com a cobrança de
R$
0,20893
kW
h para o
município de Petrolina, PE
;
CEAL em lugar com cobrança de
R$0,20418
kW
h
para
Maceió
, AL; ENERGIPE com valor de R$
0,19837
kW
h para os municípios de Pacatuba,
Aracaju
e
Canindé
do São
Francisco
;
a COSERN
,
atendendo
aos municípios de Açu, Natal
e Touros, com a cobrança da tarifa de R$
0,18749
kW
h e a menor tarifa média com
impostos cobrada e identificada pelo grupo estudado
,
foi a CELB
,
que atende
a
o município
de Campina Grande
, PB
.
Diz
-se, de forma mais simplificada, que os 5 primeiros municípios da seqüência de
demanda de água possuem custos de energia praticamente iguais, porém o histograma na
Figura
4.19
se
base
ia na média dos valores de
custo
de energia agrupados de acordo com a
loc
alização, onde
os
5 municípios são caracterizados na região litoral com clima Seco-
Úmido, isto é, Mamanguape, PB. Pacatuba, SE, Maceió, AL,
Aracaju
, SE e Natal, RN. O
valor obtido foi de
R$146,49
ha
-1
ano
-1
e CV= 2,84
% para o coco anão,
R$200,49
ha
-1
ano
-
1
e CV=
3,77
% para o mamão e
R$347,14
ha
-1
ano
-1
e CV = 2,35% para a banana
pacovã
bem menor que a média gerada pelos 6
município
s
incluindo
-
se
Campina Grande
,
município do interior com características climáticas semelhantes aos 5 da região do litoral
,
91
isto
é, Clima S
eco
-
Úmido
; nesta condição, o CV passa a ser maior com
CV=
9,98%
para o
coco anão, CV=
11,04% para o mamão
e CV = 9,04
% para a banana
pacovã
.
O litoral com clima
Semi
-Árido está representado pela média de custos de energia
de
irrigação dos 3
município
s Acaraú, CE, Aracati, CE e Touros, RN. O valor obtido foi de
R$246,46
ha
-1
ano
-
1 e CV=6,31
% para o coco anão,
R$345,72
ha
-1
ano
-1
e
CV=6,72
% para
o mamão e
R$565,58
ha
-1
ano
-
1
e CV= 6,17
%
para a banana
pacovã.
Os valores de média obtidos para caracterização da Região do Interior com clima Árido
a Muito-
Árido
decorre
ram
decorrentes
de 5
município
s (
Canindé
do São F
rancisco
, SE,
Sousa
, PB, Jaguaribe, CE, Açu, RN e Petrolina, PE); esses resultados de custo de energia
foram R$3
22,65
ha
-1
ano
-1
CV=
12,41
%
para o coco anão,
R$460,84
ha
-1
ano
-
1
e CV=
12,72% para o mamão e
R$7
17,84
ha
-1
ano
-
1
e CV 12,00% para a banana
pacovã
.
Verificando
-
se
todos os coeficientes de variação por região na qual foi realizada a média
,
conclui
-se que os valores mais homogêneos de custo de energia foram para a Região d
o
Litoral
com clima Seco-Úmido, porém,
devido
às tarifas diferentes para a região do
interior do Semi-Árido combinad
as
com a necessidade de maior tempo de bombeamento,
os coeficientes dessa região com clima Semi-
Árido
fica
m em torno de 12% que, a priori,
poder
ão ser utilizados como representativos da região
/clima
mas, dependendo do grau de
pre
cisão do custo de energia, é conveniente verificar especificamente o município e
realizar o c
á
lculo dos custos d
o citado insumo.
-
150
300
450
600
750
900
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 1112 13 14
Município
R$ ha
-1
ano
-1
Coco Anão
Mamão
Banana paco
-
200
400
600
800
Seco-Úmido
Semi-Árido
Árido-Muito
Árido
Clima
R$ ha
-1
ano
-1
Coco anão
mamão
banana pacovã
Figura
4.18.
Custo de energia para irrigação localizada
por microaspersão em R$ ha
-1
ano
-1
para s
culturas do coco anão, mamão e banana
pacovã
, para os 14 municípios estudados
Figura
4.19
. Custo de energia para irrigação
localizada por microaspersão em R$ ha
-1
ano
-1
considerando-
se
por região, para s
culturas do coco anão, mamão e banana
pacovã
92
4.8.2. Irrigação por aspersão
Pode-
se
verificar, com maior evidência, na
Tabela 4.15
, a ocorrência de uma ordem de
grandeza diferente da demanda de água/energia em decorrência das tarifas de energia
ser
em
diferente
s
em cada Estado (semelhante
s
para os dois sistemas pressurizados)
.
Tabela
4.15
. Custo de energia para irrigação por aspersão para as culturas do coco anão, mamão e Banana
pacovã
.
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem
Municí
pio
R$
ha
-1
ano
-1
%(*)
R$
ha
-1
ano
-1
%(*)
R$
ha
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
438,05
38,5
362,62
36,6
608,97
42,7
2
Pacatuba
, SE
425,50
37,4
349,83
35,3
576,83
40,4
3
Maceio
, AL
437,39
38,5
360,68
36,4
596,94
41,8
4
Aracaju
, SE
436,57
38,4
362,25
36,5
585,20
41,0
5
Natal
, RN
459,82
40,4
387,21
39,0
607,54
42,6
6
Campina Grande
, PB
547,90
48,2
463,04
46,7
728,35
51,0
Média
(Clima Seco
-
Umido)
457,54
380,94
617,30
Desvio Padrão
45,66
42,05
55,82
Coeficiente de variação
9,98%
11,04%
9,04%
7
Acaraú
, CE
717,21
63,1
611,85
61,7
927,93
65,0
8
Aracati
, CE
793,04
69,7
676,61
68,2
1.038,14
72,7
9
Touros
, RN
707,93
62,3
597,29
60,2
942,62
66,0
Média
(Clima Semi
-
Árido)
739,39
628,58
969,56
Desvio Padrão
46,69
42,22
59,84
Coeficiente de variação
6,31%
6,72%
6,17%
10
Canindé de São Fr
co
-
SE
848,05
74,6
731,51
73,7
1.081,13
75,8
11
Sousa
, PB
960,49
84,5
830,97
83,8
1.231,98
86,3
12
Jaguaribe
, CE
1.030,37
90,6
886
,53
89,4
1.318,05
92,4
13
Açu
, RN
863,83
76,0
748,48
75,5
1.094,53
76,7
14
Petrolina
, PE
1.137,02
100,0
991,92
100,0
1.427,22
100,0
Média
(Clima Árido a Muito Árido)
967,95
837,88
1.230,58
Desvio Padrão
120,16
106,60
147,62
Coeficie
nte de variação
12,41%
12,72%
12,00%
Média
geral para os 14 M
700,23
597,2
911,82
Mediana
geral para os 14 M
712,57
604,57
935,27
Desvio Padrão
p/ os 14M
246,35
220,33
297,22
Coeficiente de variação
p/os 14M
35,18%
36
,89%
32,60%
(*) Percentual com relação ao município de maior custo (Petrolina
, PE
)
A posição de menor para maior custo de energia para a cultura do coco anão, muda e
passa a ter a seguinte seqüência de municípios: Pacatuba, SE e
Aracaju
, SE, Maceió, AL
,
Mamanguape
, PB
, Natal
, RN
, Campina Grande
, PB
, Touros
, RN
, Acaraú
, CE
, Aracatí
, CE,
Canindé
do São Francisco, SE, Açu, RN, Sousa, PB, Jaguaribe, CE e Petrolina, PE. Para a
cultura da banana, ocorre ligeira alteração na posição de menor custo para Natal, RN, cujo
93
valor
passa a ser menor que em Mamanguape, PB, Acaraú, CE muda de posição com
Touros
, enquanto nos custos de energia para exploração da cultura do mamão a seqüência
é alterada discretamente pela posição de menor custo em Maceió, AL, com relação a
Aracaju
, SE; em
geral
, tais alterações mostraram um posicionamento de menor custo para
os municípios de Sergipe e do Rio Grande do Norte mantendo-se na mesma posição que
ocupava pela menor demanda de água, os municípios de Maceió, AL, Campina Grande
,
PB
e Petrolina, PE, e deslocando-
se
os municípios do Ceará para posições de maior custo,
juntamente com os municípios Sousa, PB, e Mamanguape, PB, por estarem submetidos a
cobranças de tarifas de energia elétrica mais elevadas.
Os percentuais de redução entre Pacatuba, SE e Petrolina, PE permanecem semelhantes
aos obtidos na irrigação localizada,
e
também os coeficientes de variação.
O maior custo de energia elétrica para irrigação
por aspersão
foi de
R$1
.427,22 ha
-1
ano
-
1
(Petrolina, PE) quando
se
utiliz
ou
o planejamento agrícola para a cultura da banana,
enquanto o menor custo entre todas as culturas do estudo foi
R$3
49,83 ha
-1
ano
-
1
(Pacatuba
, SE) com a cultura do mamão e sua distribuição em histograma é observado
na
Figura 4.2
0.
A média obtida dentro do grupo estudado é de
R$7
00,23 ha
-1
ano
-1
para o coco anão,
R$5
97,20 ha
-1
ano
-1
para o mamão e
R$9
11,82 ha
-1
ano
-1
para a banana
pacovã
tendo,
como coeficientes de variação (CV) 35,18; 36,89 e 32,60% respectivamente para essas
culturas
; referidos valores não s
ão
confiáve
is
para se considerá-
los
genéricos, além de
maior
es
com relação a variação obtida nas médias de demanda de água/energia e
facilmente compreendidos pelas diferentes tarifas de energia atribuídas de acordo com a
concessionária de distribuição de energia local, sendo então conveniente estabelecer uma
média por
clima
.
De
forma mais simplificada, pode-se afirmar que os 5 primeiros municípios da
seqüência de demanda de água possuem custos de energia praticamente iguais, porém o
histograma na Figura
4.2
1
se
base
i
a na média dos valores de custo de energia agrupados de
acordo com o seu clima, onde 6 municípios são caracterizados por clima Seco-Úmido, isto
é, Mamanguape, PB, Pacatuba, SE, Maceió, AL,
Aracaju
, SE, Natal, RN e Campina
Grande
, PB. O valor obtido os coeficientes de vairação de 9,98% para o coco anão, CV=
11,04
% para o mamão e CV = 9,04
% para a banana
pacovã.
V
erificado
-
se
o agrupamento por região litoral e o mesmo clima Seco-
Úmido
(
5
município
s)
, tem-
se
uma homogeneidade maior nos dados médios, isto é,
R$439,46
ha
-1
94
ano
-1
e CV= 2,84% para o coco anão,
R$3
64,52
ha
-1
ano
-1
e CV= 3,77% para o mamão e
R$595,10
ha
-1
ano
-1
e CV = 2,35% para a banana
pacovã
.
O litoral com clima
Semi
-Árido está representado pela média de demanda bruta de
irrigação dos 3
município
s Acaraú, CE, Aracati, CE e Touros, RN
e
o valor obtido foi de
R$739,39
ha
-1
ano
-
1 e CV= 6,31% para o coco anão;
R$628,58
ha
-1
ano
-1
e CV=6,72%
para o mamão e
R$969,56
ha
-1
ano
-
1
e CV= 6,17% para a banana
pacovã
. Os valores de
média obtidos para caracterização do clima Árido a Muito-
Árido
, se originaram dos 5
município
s,
Canindé
do São F
rancisco
, SE, Sousa, PB, Jaguaribe, CE, Açu, RN e
Petrolina
, PE; esses resultados de custos de energia de irrigação foram
de
R$967,95
ha
-1
ano
-1
CV=12,41% para o coco anão,
R$837,88
ha
-1
ano
-
1
e CV= 12,72% para o mamão e
R$1.230,58
ha
-1
ano
-
1
e CV 12,00% para a banana pacova e os valores de coeficientes de
variação por
clima
são semelhantes aos obtidos na irrigação localizada
.
-
300
600
900
1.200
1.500
1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 1112
13 14
Município
R$ ha
-1
.ano
-1
Coco Ao
Mamão
Banana pacovã
-
350
700
1.050
1.400
Seco-Úmido
Semi-Árido
Árido-Muito
Árido
Clima
R$ ha
-1
ano
-1
Coco anão
mamão
banana pacovã
Figura
4.2
0.
Custo de energia para irrigação por aspersão
em R$ ha
-1
ano
-1
para as culturas do coco
anão, mamão e banana
pacovã
, para os 14
municípios estudados
Figura
4.2
1.
Custo de energia para irrigação por
aspersão em R$ ha
-1
ano
-1
por
clima
, para as
culturas do coco anão, mamão e ba
nana
pacovã
4.9
. Custos das culturas irrigadas com inclusão do custo de energia
4.9.1.
Irrigação
localizada
por microaspersão
Após a obtenção dos valores de custo de energia de cada município, notou-se que o
planejamento de agricultura irrigada necessita de custos de implantação e manutenção das
culturas
. Para composição da
sua
viabilidade econômica,
a
instituição financeira Banco do
Nordeste
do Brasil
BNB
,
é a
que mais financia projetos de investimento para a agricultura
irrigada
no Nordeste b
rasileir
o; contando com
apoio
do Escritório Técnico de Estudos
95
Econômicos do Nordeste ETENE, que alimenta constantemente as agências de
programas utilitários e planilhas com valores atualizados e médios dos custos e preços dos
produtos agropecuários. Os valores de adubação foram estimados para solo de média
fertilidade, segundo
IPA
(1998) e preços do primeiro semestre de 2005 do
SIGA/
SE
AGRI
,
(2006).
Os
cálculos de demanda de irrigação deste trabalho se referem a cultura adulta e
mais crítica; portanto, o máximo consumo de água e energia a ser solicitado pela cultura,
necessariamente
, precisa ser analisado com os custos de manutenção da cultura e o com
o de implantação que expressa o maior valor financeiro e também tem a menor
contribuição de custos com relação a energia (fase de desenvolvimento necessita de menor
quantidade de água); desta forma, foi submetido toda a análise do estudo, verificando os
custos de manutenção para irrigação localizada (
sem
energia e água) no
s
e/ou 3° ano
s
da
cultura
do Coco anão, M
amão
havaí
e Banana
pacovã
que
têm seus respectivos valores de
R$1.813,14
; 5.038,59
e
7.607,30 por
ha
-1
ano
-1
.
A
nalisando
-
se
a diferença financeira para o mesmo sistema de irrigação por
microaspersão entre o menor custo com relação ao maior do grupo analisado na
Tabela
4.16, tem-
se
,
para
o coco anão, mamão e banana
pacovã
, respectivamente, os seguintes
valores de diferença
econômica:
R$2
37,17; 353,15; e 496,06 ha
-1
ano
-1
entre Pacatuba, SE
(menor custo) e Petrolina
, PE
(maior custo)
.
Tabela
4.16
. Custo de manutenção das culturas nos e/ou 3° anos, incluindo-
se
a energia para irrigação por
microaspersão para as culturas do coco anão, mamão e
b
anana
pacovã
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem de
menor
demanda
de
irrigaç
ão
Município
R$
h
a
-1
ano
-1
%(*)
R$
h
a
-1
ano
-1
%(*)
R$
h
a
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
1.959,16
89,4%
5.238,03
93,8%
7.962,53
94,3%
2
Pacatuba
, SE
1.954,97
89,2%
5.231,00
93,7%
7.943,78
94,1%
3
Maceio
, AL
1.958,93
89,4%
5.236,97
93,8%
7.955,51
94,3%
4
Aracaju
, SE
1.958,66
89
,3%
5.237,83
93,8%
7.948,66
94,2%
5
Natal
, RN
1.966,41
89,7%
5.251,56
94,0%
7.961,70
94,3%
6
Campina Grande
, PB
1.995,77
91,0%
5.293,26
94,8%
8.032,17
95,2%
7
Acaraú
, CE
2.052,21
93,6%
5.375,11
96,3%
8.148,59
96,5%
8
Aracati
, CE
2.077,49
94
,8%
5.410,73
96,9%
8.212,88
97,3%
9
Touros
, RN
2.049,11
93,5%
5.367,10
96,1%
8.157,16
96,7%
10
Canindé
de São Fr
co
, SE
2.095,82
95,6%
5.440,92
97,4%
8.237,96
97,6%
11
Sousa
, PB
2.133,30
97,3%
5.495,63
98,4%
8.325,95
98,7%
12
Jaguaribe
, CE
2.156,60
98,4%
5.526,19
99,0%
8.376,16
99,2%
13
Açu
, RN
2.101,08
95,8%
5.450,26
97,6%
8.245,77
97,7%
14
Petrolina
, PE
2.192,15
100,0%
5.584,15
100,0%
8.439,84
100,0%
Mínimo
1.954,97
5.231,00
7.943,78
Máximo
2.192,15
5.584,15
8.4
39,84
Média
2.046,55
5.367,05
8.139,19
Mediana
2.050,66
5.371,11
8.152,87
Desvio Padrão
82,12
121,18
173,38
Coeficiente de variação
4,01%
2,26%
2,13%
(*) Percentual com relação ao município de maior custo (Pe
trolina
, PE
)
96
O município de Pacatuba, SE, como também os 5 primeiros que apresentam menor
demanda de água com relação ao custo da cultura, têm uma economia para o coco anão,
mamão e b
anana
pacovã
de aproximadamente 10,8; 6,3 e 5,9%, respectivamente, com
re
lação ao custo calculado para o município de Petrolina, PE, após
se
incluir os custos de
energia dentro da conta cultural dos respectivos orçamentos.
A média obtida dos custos de manutenção dentro dos 14 locais do grupo estudado foi de
R$2
.046,55 ha
-1
ano
-1
para o coco anão,
R$5
.367,05 ha
-1
ano
-1
para o mamão, e
R$8.139,19
ha
-1
ano
-1
para a banana
pacovã
,
cujo
coeficiente de variação (CV) foi de 4,01; 2,26 e
2,13%
, respectivamente, para essas culturas; trata-se de valores pequenos, que podem ser
utilizado
s em caso geral de estimativa de custos, para as respectivas culturas, em
planejamento agrícola irrigado no qual se lançou mão do sistema de irrigação por
microaspersão, nas condições em que foram desenvolvidos os parâmetros desse estudo.
4.9.2.
Irrigação p
or aspersão
Os custos de mão-
de
-obra foram considerados iguais nos custos de manutenção da
cultura
para manejo de irrigação (homem d
-1
) para os
dois
sistemas analisados, desde que
se
possa
prever que o sistema por aspersão em questão será favorecido
por
linhas de
espera, de forma que
se po
ssa
considerar a conta cultural base da manutenção das culturas
como igual para tal sistema; a
Tabela
4.17
mostra
a conta cultural em que estão incluindos
os custos de energia para o sistema de irrigação por aspersão.
Os 5 primeiros municípios que apresentaram menor demanda de água com relação ao
custo da cultura, têm economia financeira para o custo de manutenção do plantio de coco
anão
, mamão
havaí
e b
anana
pacovã, de aproximadamente 23,0; 10,0 e 9,0 %,
respectivamente,
com relação ao custo calculado para o município de Petrolina
, PE.
A média obtida dos custos de manutenção dentro dos 14 locais do grupo estudado
representou
R$2
.513,36 ha
-1
ano
-1
para o coco anão,
R$5
.635,79 ha
-1
ano
-1
para o mamão e
R$8
.519,11 ha
-1
ano
-1
para a banana
pacovã
, tendo como coeficientes de variação (CV)
9,80; 3,91 e 3,49% respectivamente para essas culturas; tais valores apesar de pequenos,
pode
m
ser utilizado
s
em caso geral de estimativa de custos para as respectivas culturas, em
planejamen
to agrícola irrigado através do sistema de irrigação por aspersão, nas condições
em que foram desenvolvidos os parâmetros desse estudo.
97
Tabela
4.17
. Custo de manutenção das culturas nos e/ou 3° anos, incluindo-
se
a energia para irrigação por
aspersão
para as culturas do coco anão, mamão e
b
anana
pacovã
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem de
menor
demanda
de irrigaç
ão
Município
R$
h
a
-1
ano
-1
%(*)
R$
h
a
-1
ano
-1
%(*)
R$
h
a
-1
ano
-1
%(*)
1
Mamanguape
, PB
2.251,19
76,3%
5.401,21
89,6%
8.216,26
90,9%
2
Pacatuba
, SE
2.238,64
75,9%
5.388,42
89,4%
8.184,13
90,6%
3
Maceio
, AL
2.250,53
76,3%
5.399,28
89,5%
8.204,24
90,8%
4
Aracaju
, SE
2.249,71
76,3%
5.400,85
89,6%
8.192,49
90,7%
5
Natal
, RN
2.272,96
77,0%
5.425,81
90,0%
8.214,84
90,9%
6
Camp
ina Grande
, PB
2.361,04
80,0%
5.501,63
91,2%
8.335,64
92,3%
7
Acaraú
, CE
2.530,35
85,8%
5.650,44
93,7%
8.535,23
94,5%
8
Aracati
, CE
2.606,18
88,3%
5.715,20
94,8%
8.645,44
95,7%
9
Touros
, RN
2.521,07
85,5%
5.635,89
93,5%
8.549,91
94,6%
10
C
anindé
de São Fr
co
, SE
2.661,19
90,2%
5.770,10
95,7%
8.688,43
96,2%
11
Sousa
, PB
2.773,63
94,0%
5.869,57
97,3%
8.839,27
97,8%
12
Jaguaribe
, CE
2.843,51
96,4%
5.925,13
98,3%
8.925,35
98,8%
13
Açu
, RN
2.676,97
90,7%
5.787,08
96,0%
8.701,83
96,
3%
14
Petrolina
, PE
2.950,16
100,0%
6.030,52
100,0%
9.034,51
100,0%
Mínimo
2.238,64
5.388,42
8.184,13
Máximo
2.950,16
6.030,52
9.034,51
Média
2.513,36
5.635,79
8.519,11
Mediana
2.525,71
5.643,16
8.542,57
Desvio Pad
rão
246,35
220,33
297,22
Coeficiente de variação
9,80%
3,91%
3,49%
(*) Percentual com relação ao município de maior custo (Petrolina
, PE
)
4.9.3.
Impacto econômico da cobrança de energia na conta de manutenção das culturas
A
Tabela 4.18
indica
que o sistema de irrigação por aspersão produz maior impacto nos
custos
de energia das culturas, que é maior quando utilizado para irrigar o coco anão e
chega
até
incrementar 62,7
%
no custo da cultura, decorrente da energia consumida pela
irrigaç
ão
. O
bteve
-se o menor impacto pelo custo de energia em Pacatuba, SE, através da
irrigação por microaspersão,
acarretando
apenas 3,8
% de incremento nos custos da
manutenção d
o mamão
havaí
.
98
Tabela
4.18
.
Incremento
, em percentual, do custo da energia
nos custos das culturas no
s
2º e/ou 3° ano
s
, para
os dois s
is
temas pressurizados, e respectivas culturas
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem de menor
Demanda de
irrigação
Município
Impacto do
custo da energia
(microaspersão)
Impacto do
custo da energia
(aspersão)
Impacto do
custo da energia
(microaspersão)
Impacto do
custo da energia
(aspersão)
Impacto do
custo da energia
(microaspersão)
Impacto do
custo da energia
(aspersão)
1
Mamanguape
, PB
8,1%
24,2%
4,0%
7,2%
4,7%
8,0%
2
Pacatuba
, SE
7,8%
23,5%
3
,8%
6,9%
4,4%
7,6%
3
Maceio
, AL
8,0%
24,1%
3,9%
7,2%
4,6%
7,8%
4
Aracaju
, SE
8,0%
24,1%
4,0%
7,2%
4,5%
7,7%
5
Natal
, RN
8,5%
25,4%
4,2%
7,7%
4,7%
8,0%
6
Campina Grande
, PB
10,1%
30,2%
5,1%
9,2%
5,6%
9,6%
7
Acaraú
, CE
13,2%
39,6%
6,7%
12,1%
7,1%
12,2%
8
Aracati
, CE
14,6%
43,7%
7,4%
13,4%
8,0%
13,6%
9
Touros
, RN
13,0%
39,0%
6,5%
11,9%
7,2%
12,4%
10
Canindé
de São Fr
co
, SE
15,6%
46,8%
8,0%
14,5%
8,3%
14,2%
11
Sousa
, PB
17,7%
53,0%
9,1%
16,5%
9,4%
16,2%
12
Jaguaribe
, CE
18,9%
56,8%
9,7%
17,6%
10,1%
17,3%
13
Açu
, RN
15,9%
47,6%
8,2%
14,9%
8,4%
14,4%
14
Petrolina
, PE
20,9%
62,7%
10,8%
19,7%
10,9%
18,8%
4.9.4. Avaliação dos custos de manutenção das culturas em comparação com o uso dos
dois sistemas
Analisando
-
se
a diferença entre os custos de energia dos dois sistemas quando d
a
presença da irrigação localizada por microaspersão em substituição à irrigação por
aspersão (Tabela 4.19) nota-se que tal economia é mais expressiva no grupo de municípios
com clima Árido a Muito-
Árido
, chegando ao caso mais extremo de barateamento, pela
mudança quando a cultura do coco anão, em uma região como Petrolina, PE, chega a
atingir
uma economia
de
R$7
58,01 ha
-1
ano
-1
por tal mudança e, quando comparada com a
capacidade de área a ser irrigada maior em três vezes com o
mesmo volume de água, isto é,
de uma área de 4,54 ha (aspersão) totalizaria economia
com energia elétrica
de
R$3
.441,39
por ano apenas em trocar o sistema por aspersão, substituindo-o por microaspersão; esta
diferença é significativa e pode ser suficiente para uma possível troca de sistema de
irrigação,
em que a economia dos custos de energia em poucos anos pagaria a opção pelo
novo sistema de irrigação localizado, e poderia aumentar a receita através da ampliação da
área (13,65 ha) tendo mesmo custo de energia calculado na irrigação do sistema por
aspersão com área de 4,54 ha.
99
Tabela
4.19
. Diferença de Custo de energia (economia financeira) quando da opção de
se
utilizar o sistema
por microaspersão comparado com o custo de irrigação por aspersão para as culturas do coco
anão, mamão e
b
anana
pacovã
Coco
anão
Mamão
Banana
pacovã
Ordem de
menor
d
emanda
de
irrigação
Município
R$ ha
-1
ano
-1
R$ ha
-1
ano
-1
R$ ha
-1
ano
-1
1
Mamanguape
, PB
292,03
163,18
253,74
2
Pacatuba
, SE
283,67
157,42
240,35
3
Maceio
, AL
291,59
162,31
248,72
4
Aracaju
, SE
291,05
163,01
243,83
5
Natal
, RN
306,54
174,25
253,14
6 Campina Grande
, PB
365,26
208,37
303,48
7
Acaraú
, CE
478,14
275,33
386,64
8
Aracati
, CE
528,69
304,47
432,56
9
Touros
, RN
471,95
268,78
392,76
10
Canindé
de São Fr
co
, SE
565,37
329,18
450,47
11
Sousa
, PB
640,32
373,94
513,32
12
Jaguaribe
, CE
686,92
398,94
549,19
13
Açu
, RN
575,89
336,82
456,06
14
Petrolina
, PE
758,01
446,37
594,67
Para
a cultura do mamão em uma região como Petrolina, PE, chega-se a obter diferença
de custo de energia de aspersão substituindo, por microaspersão, o valor de
R$446,37
ha
-1
ano
-1
, que, para uma área de 5,18 ha (aspersão), produziria um total de economia de
R$2
.312,20 por ano, apenas em trocar o sistema na área projetada para irrigar por
microaspersão e, para a cultura da Banana, no mesmo município, uma economia de
R$5
94,67 por ano pela troca de sistema quando totalizado para 3,63 ha, podendo-
se
obter
uma econom
ia total de
R$2
.158,65 por ano.
Para o município de Pacatuba, SE, a economia de energia pela troca de sistemas não
chega a ser tão expressiva que incentive tal substituição, porém existe a possibilidade de
ampliar a área a ser irrigada e isto aumenta a renda total, com o mesmo gasto de energia e
água utilizado
s
por aspersão.
Ainda se constata que as vantagens decorrentes das diferenças financeiras pela troca do
sistema na região do interior do
Semi
-
Árido
são
bem maior
es, tal
como pelas poucas
reservas hídri
cas existentes
e
normalmente escassas características dessa região.
4.9.4.1. Custos totais de manutenção do Coco anão (II ano) para os dois sistemas de
irrigação
100
Graficamente, a 4.22 mostra as curvas de custos de acordo com os municípios
(codificados) da pesquisa, indicando os quantitativos dos custos da manutenção do coco
anão (II ano) gerados pelos dois sistemas pressurizados
e
reflete a grandeza de diferenças
neste momento de aná
lise
, apenas pelo incremento dos custos de energia consumida,
ocorrendo
um fato destacável nesta
seqüência
de custos de manutenção da cultura do coco
anão
por irrigação localizada, que é menor
que
em qualquer lugar dos municípios em
análise
com o sistema por aspersão.
Côco anão
1.900
2.200
2.500
2.800
3.100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Munipios
Manutenção da cultura,
sem custo da água
R$ ha
-1
ano
-1
microasersão aspersão
Figura
4.2
2. Custos de manutenção da cultura do coco anão para o 2º ano, incluindo-
se
a energia, porém sem
os custos
de
água
Em
uma análise mais ampla pode-se assegurar que a opção do sistema de irrigação e
sua eficiência de aplicação de água poder
ão
promover distorção e inviabilidade de um
projeto agrícola pela falta de competitividade nos custos de produção de determinada
cultura
quando,
por exemplo,
Pacatuba
, SE teve seus valores de custo para irrigação
localizada na ordem de
R$1
.954,97 ha
-1
ano
-1
comparando
-
os
com os custos para Petrolina
,
PE
com o sistema por aspersão de
R$2
.950,16 ha
-1
ano
-1
; tal variação representa uma
diferença de
R$9
95,19 ha
-1
ano
-1
(66,3% do custo). Para casos de cultivo de coco anão
isolado, sem consórcio, a opção por mudanças de sistema com redução de água a ser
aplicada e, conseqü
en
temente
, menor energia, é uma necessidade para se adequar à
s
condições de competitividade de mercado.
101
4.9.4.2. Custos totais de manutenção do Mamão
havaí
(III ano) para os dois sistemas de
irrigação
Quando comparados os custos de manutenção da cultura do mamão com os
dois
sistemas de i
rrigação
(
Figura
4.23)
é
possível
observar que a partir de Acaraú, CE (7) a
utilização d
a
irrigação por aspersão se torna superior ao maior custo da cultura, quando
utilizad
a a irrigação por microaspersão em uma região sem
elhante
a Petrolina, PE
(14)
.
Para municípios de custo superior, é imprescindível uma mudança no tipo de sistema de
irrigação para
se
adequar a custos mais competitivos ou concentrar o uso de tarifas do
irrigante,
como forma de reduzir os custos de energi
a.
102
competitividade dos produtos agrícolas irrigados devido a fatores climáticos e de m
étodos
de irrigações diferentes, porém de menor impacto com relação
à
cultura do coco anão.
4.9.4.3. Custos totais de manutenção da banana
pacovã
(II e III ano) para os dois
sistemas de irrigação
Para a cultura da b
anana
pacova,
os custos de manutenção da cultura, quando incluídos
os custos de energia e comparados entre os dois sistemas pressurizados (
Figura
4.24)
;
p
ode
-
se
observar o mesmo comportamento para a exploração da cultura do mamão, isto é,
a partir do município de Acaraú, CE (7), o sistema de irrigação por aspersão passa a ter
custos mais elevados que os valores calculados para o município de Petrolina (14) que tem
o maior custo de irrigação localizada de todo o grupo.
Banana Pacovã
7.900
8.300
8.700
9.100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Municípios
Manutenção da cultura,
sem custos com água
R$ ha
-1
ano
-1
microasersão aspersão
Figura
4.2
4. Custos de manutenção da cultura da banana para os 2
/3
º anos, incluindo-
se
a energia, porém
sem os custos
de
água
Outra avaliação que pode ser levada a efeito, é a comparação dos custos entre Pacatuba
,
SE
, com custos para irrigação localizada, na ordem de
R$7.943,78
ha
-1
ano
-1
,
compreendendo
87,9% do custo obtido em Petrolina, PE,
quando
utilizado o sistema por
aspersão (
R$9
.034,51 ha
-1
ano
-1
); referida variação representa uma diferença de
103
R$1
.090,73 ha
-1
ano
-1
, indicando, finaceiramente, a maior diferença de valor pela troca de
sistema de irrigação, embora para os custos totais da cultura tenha o menor impacto pela
susbstituição do sistema dentro das culturas estudadas.
4.10. Custos das culturas irrigadas com simulação de cobrança de água
Com o advento de nova política dos recursos hídricos, a cobrança do uso da água para
irrigação é uma realidade que se alinha rapidamente aos pólos de irrigação e, de forma
mais lenta, em setores menos dinâmicos na agricultura irrigada. Através dos C
omitês
, de
Bacia
s diversas sugestõ
es
para a
cobra
nça
pelo uso de água na irrigação passam por
variado
s
preços
, de acordo com o tipo de fonte (superficial ou subterrânea), pelo
posicionamento da captação da água com relação à região da bacia (baixo, médio ou alto
curso do rio), à faixa de c
onsumo
do produtor e possíveis
transposiç
ões
de águas que
pode
rão
elevar o valor atual praticado pela bacia; desta forma, a fixação de um valor
exato
para cada
região
seria eliminar as possibilidades de comparação dos incrementos dos
custos quando submetidos a preços diferenciados entre os municípios; assim sendo
a
proposta de
se
utilizar
a
simulação de cinco situações de preços cobrados foi baseada no
valor mínimo d
e
R$5
,00 por 1.000m
3
chegando-
se
ao valor máximo de
R$5
0,00 por
1.000m
3
; esses valores representam sugestões de cobrança do uso da água para irrigação,
em diversas literaturas
.
4.10.1.
Coco anão e os custos totais de
manutenção do 2º ano da cultura
Apresenta
-se, n
a
Tabela
4.20, a equação geral de custos da manutenção das culturas
(CMT)
em função da tarifa de água
(x) utilizando
-
se
5 preços para determinação (E
quação
3.8
) que vem
facilita
r
simulações ou
preço
d
a tarifa real a ser cobrada nos locais calculados
após determinações dos comitês d
as respectivas
bacia
s.
Substituindo valores da água na equação pode-se verificar que para o município de
Mamanguape
, PB, a diferença de custos entre a menor tarifa de água na simulação de R$
0,005 m
3
com relação
à maior de R$ 0,05 m
3
, chega a representar o valor de
R$1
21,64 ha
-1
ano
-1
(microaspersão) e
R$364,92
ha
-1
ano
-1
(aspersão) nos custos do segundo ano da
cultura do coco anão. Para tarifas maiores, esta diferença vai aumentando gradativamente
ao longo das maiores demandas de irrigação e chega a apresentar uma variação maior na
diferença dos custos. O município de Petrolina, PE, que possui a maior demanda de
104
irrigação, tem diferença nos custos na ordem de
R$325,34
ha
-1
ano
-
1
(microaspersão) e
R$9
76,03 ha
-1
ano
-1
(aspersão)
devido à
mudança de preços da tarifa menor
(R$ 0,005)
para
a maior
(R$ 0,05)
.
Tabela
4.20
. Equação do custo
total
de manutenção da cultura do coco anão (
CMT
)
,
incluindo
-
se
a energia
para irrigação e adubo químico no ano, em função da Tarifa da água (x) para os locais do
estudo
Coco
anão
Custo
de manutenção
total da cultura (
CMT
) em função do preço da
água (x)
(R$ m
-3
)
Ordem de menor
demanda de
irrigação
Município
(Localizada)
R$ ha
-1
ano
-1
(Aspersão)
R$ ha
-1
ano
-1
1
Mamanguape
, PB
CMT
= 2.703,1x +
1.959,16
CMT
= 8.109,3x +
2.251,19
2
Pacatuba
, SE
CMT
= 2.849,6x +
1.954,97
CMT
= 8.548,8x +
2.238,64
3
Maceio
, AL
CMT
= 2.845,9x +
1.958,93
CMT
= 8.537,6x +
2.250,53
4
Aracaju
, SE
CMT
= 2.923,7x +
1.958,66
CMT
= 8.771,2x +
2.249,71
5
Natal
, RN
CMT
= 3.258,1x +
1.966,41
CMT
= 9.774,4x +
2.272,96
6
Campina Grande
, PB
CMT
= 3.892
,6x +
1.995,77
CMT
= 11.678,0x +
2.361,04
7
Acaraú
, CE
CMT
= 4.185,1x +
2.052,21
CMT
= 12.555,0x +
2.530,35
8
Aracati
, CE
CMT
= 4.627,6x +
2.077,49
CMT
= 13.883,0x +
2.606,18
9
Touros
, RN
CMT
= 5.016,2x +
2.049,11
CMT
= 15.049,0x +
2.521,07
10
Can
indé
de São Fr
co
, SE
CMT
= 5.679,5x +
2.095,82
CMT
= 17.038,0x +
2.661,19
11
Sousa
, PB
CMT
= 5.926,9x +
2.133,30
CMT
= 17.781,0x +
2.773,63
12
Jaguaribe
, CE
CMT
= 6.012,4x +
2.156,60
CMT
= 18.037,0x +
2.843,51
13
Açu
, RN
CMT
= 6.120,9x +
2.101,08
CMT
= 18.363,0x +
2.676,97
14
Petrolina
, PE
CMT
= 7.229,9x +
2.192,15
CMT
= 21.690,0x +
2.950,16
No
g
ráfico
seguinte
(Figura 4.25) os custos totais de manutenção da cultura do coco
anão passam a ser elevados em decorrência do incremento do preço da ág
ua
. As cinco
curvas descritas no gráfico com a seqüênc1436 8667 Tm(a)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.09765 2884 8667 Tm(d)Tj0.09765 0 0 -0.0976553884 8667 Tm(o)Tj0.09765 0 0 -0.09765 5876 8667 Tm(s)Tj( )Tj0.09765 0 0 -0.0976556267 8667 Tm(m)Tj0.09765 0 0 -0.0976554781 8667 Tm(u)Tj0.09765 0 0 -0.0976558891 8667 Tm(n)Tj0.09765 0 0 -0.0976559891 8667 Tm0 0 -0.09765 4991 8667 Tm60371 8667 Tm(c)Tj0.09765 0 0 -0.0976561626 8667 Tmíc
105
Côco anão (Irr. localizada)
1.950
2.150
2.350
2.550
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12
13 14
Municípios
Custo de manutenção (ano II)
R$ ha
-1
ano
-1
0,005 0,01 0,02 0,03 0,05
Figura
4.2
5.
Custo de manutenção da cultura do coco anão irrigado (2º ano), com o sistema de irrigação por
mic
roaspersão, com simulação para
5 preços de água bruta
em R$ m
-3
Quando
se avaliam os custos pela inclusão da cobrança da tarifa da água, em simulação
para 05 níveis diferentes de preços, através do sistema por aspersão, tem-
se
(
Figura
4.26)
maior ascensão de custos financeiros pela mudança dos preços unitários da água
,
comparando
-se para o município de
Mamanguape
, PB; nota-
se
também que alguns custos
totais podem ser igualados, caso existam diferenças de preços, subsidiando locais de maior
demanda de irrigação, com relação aos
municípios de menor demanda.
106
co ao (Irr. aspersão)
2.250
2.850
3.450
4.050
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
11
12 13 14
Municípios
Custo de manutenção (II ano)
R$ ha
-1
ano
-1
0,005
0,01
0,02
0,03 0,05
Figura
4.
2
6.
Custo de manutenção da cultura do coco anão irrigado (2º ano), com o sistema de irrigação por
aspersão, com simulação para 5 preços de água bruta
em R$ m
-3
4.10.2. Mamão
havaí
e os custos totais
de
manutenção do 2º ano da cultura
A
Tabela
4.21 apresenta, para cada mu
nicípio
, as
equaç
ões
gera
is
de custos da
manutenção das culturas em função das tarifas de água geradas a partir
de 05
valores de
preços diferentes. Simulando a diferença de custos pela cobrança de água e se utilizando o
sistema de irrigação para Mamanguape, PB (menor demanda de água), entre R$0,005 m
3
com relação
à
co
br
ança de R$
0,05 m
3
, chega
-
se
a representar o valor de
R$166,15
ha
-1
ano
-
1
(microaspersão) e
R$468,31
ha
-1
ano
-1
(aspersão) n
os custos do segundo ano da cultura do
mamão
havaí
; esta diferença vai aumentando gradativamente ao longo das
maiores
necessidades de irrigação e chega a apresentar uma variação
maior
na diferença dos custos
.
O município de Petrolina, PE que possui a maior demanda de irrigação, onde tal diferença
de custos entre uma tarifa de água é de R$0,005 m
3
com relação ao preço de R$0,05 m
3
,
107
chega a representar o valor de
R$302,08
ha
-1
ano
-1
(microaspersão) e
R$851,48
ha
-1
ano
-1
(aspersão)
nos custos do segundo ano da cultura
do mamão
havaí
.
Tabela
4.21
.
Equação do custo de manutençã
o da cultura do mamão
havaí
(
CMT
) incluindo
-
se
a energia para
irrigação e adubo químico, no 3º ano, em função d
a tarifa da
ág
ua (x) para os locais do estudo
Mamão
Custo
de manutenção
total da cultura (
CMT
) em
função do preço da
água (x)
, (R$ m
-3
)
Ordem de menor
Demanda de irrigação
Município
(Localizada)
R$ ha
-1
ano
-1
(Aspersão)
R$ ha
-1
ano
-1
1
Mamanguape
, PB
CMT
= 3.692,1x +
5.238,03
CMT
= 6.712,9x +
5.401,21
2
Pacatuba
, SE
CMT
= 3.865,7x +
5.231,00
CMT
= 7.028,5x +
5.388,42
3
Maceio
, AL
CMT
= 3.
872,2x +
5.236,97
CMT
= 7.040,4x +
5.399,28
4
Aracaju
, SE
CMT
= 4.003,0x +
5.237,83
CMT
= 7.278,1x +
5.400,85
5
Natal
, RN
CMT
= 4.527,1x +
5.251,56
CMT
= 8.231,1x +
5.425,81
6
Campina Grande
, PB
CMT
= 5.428,1x +
5.293,26
CMT
= 9.869,2x +
5.501,63
7
Aca
raú
, CE
CMT
= 5.890,9x +
5.375,11
CMT
= 10.711
,0x +
5.650,44
8
Aracati
, CE
CMT
= 6.514,4x +
5.410,73
CMT
= 11.844,0x +
5.715,20
9
Touros
, RN
CMT
= 6.983,2x +
5.367,10
CMT
= 12.697
,0x +
5.635,89
10
Canindé
de São Fr
co
, SE
CMT
= 8.083,3x +
5.440,92
CMT
=
14.697
,0
x +
5.770,10
11
Sousa
, PB
CMT
= 8.460,8x +
5.495,63
CMT
= 15.383
,0
x +
5.869,57
12
Jaguaribe
, CE
CMT
= 8.535,6x +
5.526,19
CMT
= 15.519
,0x +
5.925,13
13
Açu
, RN
CMT
= 8.750,9x +
5.450,26
CMT
= 15.911
,0
x +
5.787,08
14
Petrolina
, PE
CMT
= 10.407
,0
x +
5.584,15
CMT
= 18.922
,0x +
6.030,52
No
g
ráfico
seguinte
(
Figura
4.27), os custos da cultura do mamão
havaí
passam a
ser
elevado
s em decorrência do incremento do preço da água. As cinco curvas descritas no
gráfico com a seqüência dos municípios enumerados de acordo com a seqüência de menor
para maior demanda de irrigação localizada por microaspersão, servem para avaliar a
ascensão dos custos em diferentes lugares, em função da tarifa de água; além disso,
alguns
custos totais podem ser nivelados e d
esa
linhados
, caso existam diferenças de preços,
subsidiando locais de maior demanda de irrigação, com relação aos municípios de menor
demanda, ou cobranças diferentes em regiões com características climatológicas
semelhantes.
108
Mamão Havaí (Irr. localizada)
5.200
5.450
5.700
5.950
6.200
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Municípios
Custo de manutenção (III ano)
R$ ha
-1
ano
-1
0,005
0,01 0,02
0,03
0,05
Figura
4.27
Custo de manutenção da cultura do mamão
havaí
(3º ano) com o sistema de irrigação por
microaspersão, com simulação para 05 preços de água
em R$ m
-3
Quando se avaliam os custos pela inclusão da cobrança da tarifa da água para a cultura
do mamão
havaí
em simulação para 05 níveis diferentes de preços da água utilizando-se o
sistema por aspersão, tem-se (Figura 4.28) uma ascensão maior de custos financeiros pela
mudança dos preços unitários da água, além de que alguns custos totais podem ser
igualados, caso
ocorram
diferenças de preços, subsidiando locais de maior demanda de
irrigação com relação aos municípios de menor demanda.
109
Mamão Havaí (Irr. aspersão)
5.400
5.800
6.200
6.600
7.000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14
Municípios
Custo de manutenção (III ano)
R$ ha
-1
ano
-1
0,005
0,01
0,02
0,03 0,05
Figura
4.28
Custo de manutenção da cultura do mamão
havaí
(3º ano) com o sistema de irrigação po
r
aspersão, com simulação para
5 preços de água
em
R$ m
-3
4.10.3.
Banana
pacovã
e os custos totais de manutenção do
s 2º
e 3º ano
s d
a cultura.
Tem
-se, na Tabela
4.22
, para cada município, as equações gerais de custos da
manutenção das culturas em função das tarifas de água, geradas a partir de 5 valores de
preços diferentes. Simulando a diferença de custos pela cobrança de água e se utilizando o
sistema de irrigação para Mamanguape, PB (menor demanda de água), entre R$0,005 m
3
com relação
à
cob
r
ança de R$0,05 m
3
, chega
-
se a representar o valor de
R$295,9
3
ha
-1
ano
-
1
(microaspersão) e
R$507,30
ha
-1
ano
-1
(aspersão) nos custos do segundo ano da cultura
da
banana
pacova
, cuja diferença vai aumentando gradativamente ao longo das
maiores
necessidades de irrigação, e se chega a apresentar maior variação na diferença dos custos.
O município de Petrolina, PE, que possui a maior demanda de irrigação e onde tal
diferença de custos entre uma tarifa de água de R$0,005 m
3
com relação ao preço de
110
R$0,05 m
3
, chega a representar o valor de
R$714,67
ha
-1
ano
-1
(microaspersão) e R$
1.225,14
ha
-1
ano
-1
(aspersão) nos custos do segundo ano da cultura
da banana
pacovã
.
Tabela
4.22
. Equação do custo de manutenção da cultura da banana
pacovã
(
CMT
) incluindo-
se
a energia
para irrigação
e
adubo químico, no
s
2 e
3º ano
s, em fun
ção do
custo de água (x) para os locais do
estudo
Banana
pacovã
Custo
de manutenção
total da cultura
(
CMT
) em função da tarifa
da
água (x)
, (R$ m
-3
)
Ordem de
menor
Demanda de
irrigação
Município
(Localizada)
R$ ha
-1
ano
-1
(Aspersão)
R$ ha
-1
ano
-1
1
Mamanguape
, PB
CMT
= 6.576,1x +
7.962,53
CMT
= 11.273,0x +
8.216,26
2
Pacatuba
, SE
CMT
= 6.760,4x +
7.943,78
CMT
= 11.589,0x +
8.184,13
3
Maceio
, AL
CMT
= 6.797,0x +
7.955,51
CMT
= 11.652,0x +
8.204,24
4
Aracaju
, SE
CMT
= 6.858,4x +
7.948,66
CMT
= 11.7
57,0x +
8.192,49
5
Natal
, RN
CMT
= 7.533,6x +
7.961,70
CMT
= 12.915,0x +
8.214,84
6
Campina Grande
, PB
CMT
= 9.055,7x +
8.032,17
CMT
= 15.524,0x +
8.335,64
7
Acaraú
, CE
CMT
= 9.475,7x +
8.148,59
CMT
= 16.244,0x +
8.535,23
8
Aracati
, CE
CMT
= 10.601,0x
+
8.212,88
CMT
= 18.173,0x +
8.645,44
9
Touros
, RN
CMT
= 11.688,0x +
8.157,16
CMT
= 20.037,0x +
8.549,91
10
Canindé
de São Fr
co
, SE
CMT
= 12.671,0x +
8.237,96
CMT
= 21.721,0x +
8.688,43
11
Sousa
, PB
CMT
= 13.304,0x
+
8.325,95
CMT
= 22.807,0x +
8.839,27
12
Jaguaribe
, CE
CMT
= 13.459,0x +
8.376,16
CMT
= 23.073,0x +
8.925,35
13
Açu
, RN
CMT
= 13.572,0x +
8.245,77
CMT
= 23.267,0x +
8.701,83
14
Petrolina
, PE
CMT
= 15.881,0x +
8.439,84
CMT
= 27.225,0x +
9.034,51
No
gráfico abaixo (
Figura
4.29), os custos da cultura da banana
pacovã
passam a ser
elevado
s em decorrência do incremento do preço da água; as cinco curvas descritas no
gráfico com a seqüência dos municípios enumerados de acordo com a seqüência do menor
para maior demanda de irrigação localizada por microaspersão, servem para avaliar a
ascensão dos custos em diferentes lugare
s, em função da tarifa de água.
111
Banana Pacovã (Irr. localizada)
7.900
8.250
8.600
8.950
9.300
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
11
12 13
14
Municípios
Custo de manutenção (II e III ano)
R$ ha
-1
ano
-1
0,005
0,01 0,02
0,03
0,05
Figura
4.29
Custo de manutenção da cultura da banana pacovã (2/3º anos) com o sistema de irrigação
por microaspersão, com simulação para 05 p
reços de água
em R$ m
-3
Q
uando
se
a
valia
m os custos pela inclusão da cobrança da tarifa da água para a cultura
da banana
pacovã
em simulação para 5 níveis diferentes de preços da água e se utiliza o
sistema por aspersão tem-
se
, em gráfico (
Figura
4.30) maior ascensão de custos total pela
mudança dos preços unitários da água, o
correndo
a maior diferença financeira entre as
culturas desse estudo
; enfim,
alguns custos totais podem ser igualados, caso
haja
diferenças
de preços, subsidiando locais de maior demanda de irrigação, com relação aos municípios
de menor demanda.
112
Banana Pacovã (Irr.Aspersão)
8.200
8.750
9.300
9.850
10.400
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 11
12 13 14
Municípios
Custo de manutenção (II e III ano)
R$ ha
-1
ano
-1
0,005
0,01
0,02 0,03
0,05
Figura
4.3
0
Custo de manutenção da cultura da banana
pacovã
(2/3º ano
s
) com o sistema de irrigação po
r
aspersão, com simulação para
5 preços de água
em R$ m
-3
4.11
. Impacto econômico dec
orrente da cobrança de água
Os valores econômicos decorrentes da cobrança de água através da simulação de 05
tarifas
, são apresentados na Tabela 4.23, na qual se pode
compar
á-los com outros
parâmetros
financeiros,
a exemplo do
salário mínimo
d
o segundo se
mestre
de dezembro de
2005
, no valor de
R$3
0
0,00
(t
rezentos
r
eais)
que, para a tarifa de uso da água bruta de R$
0,005 para irrigação localizada, chega a comprometer em pagamento por tal cobrança de 5
a 26% do SM,
e,
utilizando-
se
o sistema por aspersão, chega a comprometer de 11 a 45%
do SM
por hectare e por ano
,
de acordo também com o local e a cultura.
113
Tabela
4.23
. Custo da água em (R$ ha
-1
ano
-1
) para as culturas coco anão (C), mamão (M) e Banana
pacovã
(B), para os locais do estudo e baseado em 5
preços diferentes
de tarifa de água em R$ por m
3
Localizada
(R$ ha
-1
ano
-1
)
Aspersão
(R$ ha
-1
ano
-1
)
Municipio
Código da
cultura
R$
0,005
R$
0,01
R$
0,02
R$
0,03
R$
0,05
R$
0,005
R$
0,01
R$
0,02
R$
0,03
R$
0,05
C
13,52
27,03
54,06
81,09
135,16
40,55
81,09
162,19
243,28
405,47
M
18,46
36,92
73,84
110,76
184,61
33,56
67,13
134,26
201,39
335,65
Mamanguape
, PB
B
32,88
65,76
131,52
197,28
328,81
56,37
112,73
225,47
338,20
563,67
C
14,25
28,50
56,99
85,49
142,48
42,74
85,49
170,9
8
256,46
427,44
M
19,33
38,66
77,31
115,97
193,28
35,14
70,29
140,57
210,86
351,43
Pacatuba
, SE
B
33,80
67,60
135,21
202,81
338,02
57,95
115,89
231,79
347,68
579,47
C
14,23
28,46
56,92
85,38
142,29
42,69
85,38
170,75
256,13
426,88
M
19,36
38,72
77,44
116,17
193,61
35,20
70,40
140,81
211,21
352,02
Maceio
, AL
B
33,99
67,97
135,94
203,91
339,85
58,26
116,52
233,04
349,56
582,60
C
14,62
29,24
58,47
87,71
146,19
43,86
87,71
175,42
263,14
438,56
M
20,01
40,03
80,06
120,09
200,15
36,39
72,78
145,56
218,34
363,91
Aracaju
, SE
B
34,29
68,58
137,17
205,75
342,92
58,79
117,57
235,15
352,72
587,87
C
16,29
32,58
65,16
97,74
162,91
48,87
97,74
195,49
293,23
488,72
M
22,64
45,27
90,54
135,81
226,35
41,16
82,31
164,62
246,93
411,55
Natal
, RN
B
37,67
75,34
150,67
226,01
376,68
64,57
129,15
258,29
387,44
645,73
C
19,46
38,93
77,85
116,78
194,63
58,39
116,78
233,56
350,34
583,89
M
27,14
54,28
108,56
162,84
271,40
49,35
98,69
197,38
296,08
493,46
Campina Grande
,
PB
B
45,28
90,56
181,11
271,67
452,78
77,62
155,24
310,48
465,72
776,20
C
20,93
41,85
83,70
125,55
209,25
62,78
125,55
251,10
376,66
627,76
M
29,45
58,91
117,82
176,73
294,55
53,55
107,11
214,22
321,32
535,54
Acaraú
, CE
B
47,38
94,76
189,51
284,27
473,78
81,22
162,44
324,88
487,32
812,20
C
23,1
4
46,28
92,55
138,83
231,38
69,41
138,83
277,65
416,48
694,13
M
32,57
65,14
130,29
195,43
325,72
59,22
118,44
236,89
355,33
592,22
Aracati
, CE
B
53,01
106,01
212,02
318,03
530,06
90,87
181,73
363,47
545,20
908,67
C
25,08
50,16
100,32
150,49
250,81
75,24
150,49
300,97
451,46
752,43
M
34,92
69,83
139,66
209,50
349,16
63,48
126,97
253,94
380,90
634,84
Touros
, RN
B
58,44
116,88
233,77
350,65
584,42
100,19
200,37
400,75
601,12
1.001,87
C
28,40
56,79
113,59
170,38
283,97
85,19
170,38
340,77
511,15
851,92
M
40,42
80,83
161,67
242,50
404,17
73,48
146,97
293,94
440,91
734,85
Canindé
de São
Fr
co
, SE
B
63,35
126,71
253,42
380,12
633,54
108,61
217,21
434,43
651,64
1.086,07
C
29,63
59,27
118,54
177,81
296,35
88,90
177,81
355,62
533,42
889,04
M
42,30
84,61
169,22
253,82
423,04
76,92
153,83
307,66
461,50
769,16
Sousa
, PB
B
66,52
133,04
266,08
399,12
665,19
114,03
228,07
456,13
684,20
1.140,33
C
30,06
60,12
120,25
180,37
300,62
90,19
180,37
360,75
541,12
901,87
M
42,68
85,36
170,71
256,07
426,78
77,6
0
155,19
310,39
465,58
775,97
Jaguaribe
, CE
B
67,30
134,59
269,19
403,78
672,97
115,37
230,73
461,47
692,20
1.153,67
C
30,60
61,21
122,42
183,63
306,04
91,81
183,63
367,25
550,88
918,13
M
43,75
87,51
175,02
262,53
437,54
79,55
159,11
318,21
477,32
795,53
Açu
, RN
B
67,86
135,72
271,44
407,17
678,61
116,33
232,67
465,33
698,00
1163,33
C
36,15
72,30
144,60
216,90
361,49
108,45
216,90
433,79
650,69
1084,48
M
52,03
104,07
208,14
312,21
520,35
94,61
189,22
378,43
567,65
946,09
Petrolina
, PE
B
79,41
158,81
317,63
47
6,44
794,07
136,13
272,25
544,51
816,76
1361,27
Obs: Valor de US 1,00 (dolar comercial) no dia 01/08/2005
R$2
,369
A tarifa de R$0,01 por m
3
(que representa, matematicamente, um acréscimo por cada
R$ 0,01 acrescidos na demais tarifas calculadas), tem seu valor importante pela base
114
numérica que representa. F
azendo
-
se
a
ma
relação ao comprometimento de quantidade de
salário mínimo para irrigação localizada, ob 0 0 -0.09765 1716 1711 Tm595 0 0 -0.095 0 0 -0.09765 6888 1366 Tm(t)Tj0.09765 -0.09765 2755 1711 Tm(o)Tj(9765 0 0 -0.09765 2809 1366464i)Tj0.09765 0 0o9765 0 0 -0.09765 2809 1366479
115
Tabela
4.2
4. Valores em percentual da relação do custo de água
quanto
ao custo de energia, considerando-
se
5 diferen
tes preços da água para cada
um dos 14 municípios estudados
Percentual do custo da água com relação ao custo de energia
(%)
Município
R$ 0,005
R$0,01
R$ 0,02
R$ 0,03
R$ 0,05
Mamanguape
, PB
9,3
18,5
37,0
55,5
92,6
Pacatuba
, SE
10,0
20,1
40,2
60,3
100,5
Maceio
, AL
9,8
19,5
39,0
58,6
97,6
Aracaju
, SE
10,0
20,1
40,2
60,3
100,5
Natal
, RN
10,6
21,3
42,5
63,8
106,3
Campina Grande
, PB
10,7
21,3
42,6
63,9
106,6
Acaraú
, CE
8,8
17,5
35,0
52,5
87,5
Aracati
, CE
8,8
17,5
35,0
52,5
87,5
Touros
, RN
10,6
21,3
4
2,5
63,8
106,3
Canindé
de São Frco
, SE
10,0
20,1
40,2
60,3
100,5
Sousa
, PB
9,3
18,5
37,0
55,5
92,6
Jaguaribe
, CE
8,8
17,5
35,0
52,5
87,5
Açu
, RN
10,6
21,3
42,5
63,8
106,3
Petrolina
, PE
9,5
19,1
38,2
57,2
95,4
O valor de R$ 0,005 m
3
, que em muitas bacias está atribuído como valor a ser cobrado
para irrigação representa, neste caso, um percentual que varia de 8,8 a 10,7% do valor d
e
energia estimado para o local. As diferentes
demanda
s em uma mesma bacia hidrográfica,
em decorrência da particularidade climática do local, poder
ão
produzir maior impacto pela
cobrança da água, caso ocorra a diferenciação de preços dentro de uma mesma bacia,
principalmente com valores mais caros para as nascentes ou alto curso do rio, e valores
mais baixos para o baixo curso do rio em questão, pois é natural, na rede de drenagem do
nordeste, os rios terem suas nascentes na região semi
-
árida e desaguarem no litoral, regiões
que foram demonstradas dentro do grupo
de
municípios em estudo que, naturalmente,
possu
em
uma demanda mais baixa de irrigação; em outras palavras, seria aumentar o custo
através da cobrança da água onde, climaticamente, a irrigação já induz a um custo maior de
energia, produzindo expressivo impacto econômico ao produtor rural. Tais valores
expostos para este planejamento, destacam o valor de R$ 0,05 m
3
como uma tarifa para
água que, para muitos municípios,
equivale
ou mesmo supera, o custo de energia do local,
mostrando que tal valor atribuído poderá promover um acréscimo considerável para os
custos totais d
a cultura.
Quando
se analisou o valor da tarifa da água que se igualhe ao custo de energia dentro
do grupo analisado, obti
veram
-
se
valores hipotéticos de tarifas de água entre R$0,047 a
R$0,057 m
3
, e um valor médio de R$0,051 m
3
produzindo o mesmo custo da cobrança de
energia local.
116
4.11.2
. Impacto econômico nos custos de manutenção da cultura
A
Tabela
4.2
5 relaciona o que
se
produziria de incremento nos custos nas respectivas
cultura
s do estudo pela cobrança de água sobre tal valor. V
erifica
-
se
que pela ordem de
demanda de irrigação de Mamanguape, PB, a Petrolina, PE, o crescimento do impacto nos
custos de todas as culturas. Passa a ser também maior, o impacto no sistema de irrigação
por aspersão com relação ao sistema de irrigação localizado e a cultura
do coco
anão
,
que é
a mais penalizada economicamente pela cobrança de água, chega
ao
município
de
Petrolina
, PE, a representar 36,8% do custo de manutenção da cultura no caso da tarifa de
água passe a ser cobrada no valor de R$0,05 por m
3
. A cultura do mam
ão
havaí
sobre,
na
cobrança de água, um impacto econômico ligeiramente maior que a cultura da banana
pacovã
. A tarifa de meio centavo (R$ 0,005 por m
3
)
tem
os menores
incremento
s n
117
Tabela
4.2
5. Incremento, em percentual, do custo da água
sobre
os custos de manutenção das culturas
coco
anão (C), mamão
havaí
(M) e b
anana
pacovã
(B), para os locais do estudo baseado em 5 preços
diferentes de tarifa de água em R$ por m
3
Localizada
Aspersão
Munic
í
pio
Código da
cultura
R$
0,005
R$
0,01
R$
0,02
R$
0,03
R$
0
,05
R$
0,005
R$
0,01
R$
0,02
R$
0,03
R$
0,05
C
0,7%
1,4%
2,8%
4,1%
6,9%
1,8%
3,6%
7,2%
10,8%
18,0%
M
0,4%
0,7%
1,4%
2,1%
3,5%
0,6%
1,2%
2,5%
3,7%
6,2%
Mamanguape
, PB
B
0,4%
0,8%
1,7%
2,5%
4,1%
0,7%
1,4%
2,7%
4,1%
6,9%
C 0,7%
1,5%
2
,9%
4,4%
7,3%
1,9%
3,8%
7,6%
11,5%
19,1%
M
0,4%
0,7%
1,5%
2,2%
3,7%
0,7%
1,3%
2,6%
3,9%
6,5%
Pacatuba
, SE
B
0,4%
0,9%
1,7%
2,6%
4,3%
0,7%
1,4%
2,8%
4,2%
7,1%
C 0,7%
1,5%
2,9%
4,4%
7,3%
1,9%
3,8%
7,6%
11,4%
19,0%
M
0,4%
0,7%
1,5%
2,2%
3,7%
0,7%
1,3%
2,
6%
3,9%
6,5%
Maceio
, AL
B
0,4%
0,9%
1,7%
2,6%
4,3%
0,7%
1,4%
2,8%
4,3%
7,1%
C 0,7%
1,5%
3,0%
4,5%
7,5%
1,9%
3,9%
7,8%
11,7%
19,5%
M
0,4%
0,8%
1,5%
2,3%
3,8%
0,7%
1,3%
2,7%
4,0%
6,7%
Aracaju
, SE
B
0,4%
0,9%
1,7%
2,6%
4,3%
0,7%
1,4%
2,9%
4,3%
7,2%
C 0
,8%
1,7%
3,3%
5,0%
8,3%
2,2%
4,3%
8,6%
12,9%
21,5%
M
0,4%
0,9%
1,7%
2,6%
4,3%
0,8%
1,5%
3,0%
4,6%
7,6%
Natal
, RN
B
0,5%
0,9%
1,9%
2,8%
4,7%
0,8%
1,6%
3,1%
4,7%
7,9%
C 1,0%
2,0%
3,9%
5,9%
9,8%
2,5%
4,9%
9,9%
14,8%
24,7%
M
0,5%
1,0%
2,1%
3,1%
5,1%
0,9%
1,8%
3,6%
5,4%
9,0%
Campina Grande
,
PB
B
0,6%
1,1%
2,3%
3,4%
5,6%
0,9%
1,9%
3,7%
5,6%
9,3%
C 1,0%
2,0%
4,1%
6,1%
10,2%
2,5%
5,0%
9,9%
14,9%
24,8%
M
0,5%
1,1%
2,2%
3,3%
5,5%
0,9%
1,9%
3,8%
5,7%
9,5%
Acaraú
, CE
B
0,6%
1,2%
2,3%
3,5%
5,8%
1,0%
1,9%
3,8%
5,7%
9
,5%
C
1,1%
2,2%
4,5%
6,7%
11,1%
2,7%
5,3%
10,7%
16,0%
26,6%
M
0,6%
1,2%
2,4%
3,6%
6,0%
1,0%
2,1%
4,1%
6,2%
10,4%
Aracati
, CE
B
0,6%
1,3%
2,6%
3,9%
6,5%
1,1%
2,1%
4,2%
6,3%
10,5%
C
1,2%
2,4%
4,9%
7,3%
12,2%
3,0%
6,0%
11,9%
17,9%
29,8%
M
0,7%
1,3%
2,6%
3,9%
6,5%
1,1%
2,3%
4,5%
6,8%
11,3%
Touros
, RN
B
0,7%
1,4%
2,9%
4,3%
7,2%
1,2%
2,3%
4,7%
7,0%
11,7%
C
1,4%
2,7%
5,4%
8,1%
13,5%
3,2%
6,4%
12,8%
19,2%
32,0%
M
0,7%
1,5%
3,0%
4,5%
7,4%
1,3%
2,5%
5,1%
7,6%
12,7%
Canindé
de São
Fr
co
, SE
B
0,8%
1,5%
3,1%
4,6%
7,7%
1,3%
2,5%
5,0%
7,5%
12,5%
C
1,4%
2,8%
5,6%
8,3%
13,9%
3,2%
6,4%
12,8%
19,2%
32,1%
M
0,8%
1,5%
3,1%
4,6%
7,7%
1,3%
2,6%
5,2%
7,9%
13,1%
Sousa
, PB
B
0,8%
1,6%
3,2%
4,8%
8,0%
1,3%
2,6%
5,2%
7,7%
12,9%
C
1,4%
2,8%
5,6%
8,4%
1
3,9%
3,2%
6,3%
12,7%
19,0%
31,7%
M
0,8%
1,5%
3,1%
4,6%
7,7%
1,3%
2,6%
5,2%
7,9%
13,1%
Jaguaribe
, CE
B
0,8%
1,6%
3,2%
4,8%
8,0%
1,3%
2,6%
5,2%
7,8%
12,9%
C
1,5%
2,9%
5,8%
8,7%
14,6%
3,4%
6,9%
13,7%
20,6%
34,3%
M
0,8%
1,6%
3,2%
4,8%
8,0%
1,4%
2,7%
5,5%
8,2%
13,7%
Açu
, RN
B
0,8%
1,6%
3,3%
4,9%
8,2%
1,3%
2,7%
5,3%
8,0%
13,4%
C
1,6%
3,3%
6,6%
9,9%
16,5%
3,7%
7,4%
14,7%
22,1%
36,8%
M
0,9%
1,9%
3,7%
5,6%
9,3%
1,6%
3,1%
6,3%
9,4%
15,7%
Petrolina
, PE
B
0,9%
1,9%
3,8%
5,6%
9,4%
1,5%
3,0%
6,0%
9,0%
15,1%
118
4.11
.3. Q
uanto o produto
agrícola
é comprometido
pelo pagamento da água de irrigação
A Tabela
4.2
6 expõe o comprometimento do custo da água, quando relacionado com
o
produto das culturas do estudo, baseado em preços médios (R$ 0,46 por unidade do fruto)
constante
s na Tabela 2.06, segundo BNB (2006
).
Mamão
havaí
baseado em preço médio
segundo
SIGA/SEAGRI
(2006) é observado na Figura 2.1, no valor de R$ 0,84 por kg do
fruto e através do gráfico da Figura 2.2
se
verifica o valor da
Banana
pacovã
a R$
0,37
por
kg do f
ruto
; ressalta-
se
que para preços diferentes é necessária uma correção que poderá
ser obtida através da Equação 4.1, onde a quantidade de produto agrícola é em frutos/kg
por hectare por ano.
atual
produto
do
eço
da
comprometi
odução
produto
médio
eço
agrícola
produto
de
Quantidade
Pr
Pr
.
Pr
4.1
Analisando
-
se
a quantidade de
p
rodutos na tarifa de água a R$
0,005 por m
3
, percebe
-
se
que
este preço não representa necessariamente, um impacto dentro da produção das
culturas, considerando-
se
os valores de produtividade para o coco anão, segundo
citações
no orçamento do BNB (2005)
por
planta
; com a cultura irrigada, no início de produção (
III
ano), atinge aproximadamente 112 frutos
planta
-1
ano
-1
. A situação de demanda de
irrigação
mais desfavorável (Petrolina, PE) compromete 79 unidades do fruto como
pagamento da água, o que significa 2/3 de produção de 01 planta dentro de 156 existentes
por hectare, para compensar o custo com água bruta; a
nalogamente
se tem para o m
amão
havaí
, uma média de 9kg de fruto por planta para o III ano da cultura,
tendo
-
se
aproximadamente
um comprometimento
de
produção de 7 plantas para o pagamento de
água
, dentre as 1.667 existentes por hectare. No caso da banana se tem, para o II ano da
cultura, 27 kg de fruto por pé, o que representaria 8 plantas
em
um total de 1.667 por
hectare, que seria comprometida
para
pagamento pela água bruta.
119
Tabela
4.2
6.
Produção
comprometida pela cobrança de água,
com
base em 5 preços diferentes de tarifa de
água em R$ por m
3
considerando
-
se
preço médio das culturas coco anão (C)
em
unidade
do fruto
,
mamão
havaí
(M)
em
kg
do
fruto
e b
anana
pacovã
(B)
em
kg
do Fruto
, para os locais do estudo
Localizada
Aspersão
Municipio
Código da
ultura
R$
0,005
R$
0,01
R$
0,02
R$
0,03
R$
0,05
R$
0,005
R$
0,01
R$
0,02
R$
0,03
R$
0,05
C
29
59
118
176
294
88
176
35
3
529
881
M
22
44
88
132
220
40
80
160
240
400
Mamanguape
, PB
B
89
178
355
533
889
152
305
609
914
1523
C
31
62
124
186
310
93
186
372
558
929
M
23
46
92
138
230
42
84
167
251
418
Pacatuba
, SE
B
91
183
365
548
914
157
313
626
940
1566
C
31
62
124
186
309
93
186
371
557
928
M
23
46
92
138
230
42
84
168
251
419
Maceio
, AL
B
92
184
367
551
919
157
315
630
945
1575
C
32
64
127
191
318
95
191
381
572
953
M
24
48
95
143
238
43
87
173
260
433
Aracaju
, SE
B
93
185
371
556
927
159
318
636
953
1589
C 35
71
142
212
354
106
212
425
637
1062
M
27
54
108
162
269
49
98
196
294
490
Natal
, RN
B
102
204
407
611
1018
175
349
698
1047
1745
C
42
85
169
254
423
127
254
508
762
1269
M
32
65
129
194
323
59
117
235
352
587
Campina Grande
,
PB
B
122
245
489
734
1224
210
420
839
1259
2098
C
45
91
182
273
455
136
273
546
819
1365
M
35
70
140
210
351
64
128
255
383
638
Acaraú
, CE
B
128
256
512
768
1280
220
439
878
1317
2195
C
50
101
201
302
503
151
302
604
905
1509
M
39
78
155
233
388
71
141
282
423
705
Aracati
, CE
B
143
287
573
860
1433
246
491
982
1474
2456
C
55
109
218
327
545
164
327
654
981
1636
M
42
83
166
249
416
76
151
302
453
756
Touros
, RN
B
158
316
632
948
1580
271
542
1083
1625
2708
C
62
123
247
370
617
185
370
741
1111
185
2
M
48
96
192
289
481
87
175
350
525
875
Canindé
de São Fr
co
,
SE
B
171
342
685
1027
1712
294
587
1174
1761
2935
C
64
129
258
387
644
193
387
773
1160
1933
M
50
101
201
302
504
92
183
366
549
916
Sousa
, PB
B
180
360
719
1079
1798
308
616
1233
1849
3082
C
65
131
261
392
654
196
392
784
1176
1961
M
51
102
203
305
508
92
185
370
554
924
Jaguaribe
, CE
B
182
364
728
1091
1819
312
624
1247
1871
3118
C
67
133
266
399
665
200
399
798
1198
1996
M
52
104
208
313
521
95
189
379
568
947
Açu
, RN
B
183
367
734
1100
1834
314
62
9
1258
1886
3144
C
79
157
314
472
786
236
472
943
1415
2358
M
62
124
248
372
619
113
225
451
676
1126
Petrolina
, PE
B
215
429
858
1288
2146
368
736
1472
2207
3679
120
5.0.
CONCLUSÃO
A pesquisa, ao se analisar o comportamento dos 14 municípios utilizan
do
-
se
planejamento agrícola irrigado com dois sistemas de pressurizados (aspersão e
microaspersão), e para 03 culturas diferentes,
verifica que
:
O município de Mamanguape
, PB
,
apresentou
a menor evapotranspiração
anual e diária,
combinada
com uma das cinco maiores precipitações anuais, enquanto que Petrolina, PE, a
maior evapotranspiração anual e diária, combinada com a menor precipitação provável
anual
, indica para es
t
e a maior necessidade de reposição de água para as plantas.
Para o mesmo conjunto eletro
bomba 7,5 cv
e estimada
a capacidade de irrigação de área
máxima
com, base no mesmo tempo de irrigação,
-
se
que 1,0 ha de Banana (aspersão)
poderia irrigar 1,72 ha da mesma cultura, se a irrigação
fosse
localizada; a cultura do coco
anão 1,25 ha (aspersã
o) ou 3,76 ha (localizada); para o mamão 1,43 ha (aspersão) e 2,60 ha
se localizada.
A substituição do sistema de aspersão por microaspersão permite disponibilizar volume
de água com capacidade de irrigar 3 vezes mais área com a cultura do coco anão, 1,82
vezes mais o mamão e 1,71 vezes área com a banana, quando permanecidos os demais
parâmetros operacionais e climatológicos do local.
A cultura do coco anão, utilizando o sistema de irrigação por microaspersão, tem a
maior capacidade de área irrigada enquanto por aspersão a maior área a ser irrigada é a
cultura do mamão; em ambos os sistemas a cultura da banana pacovã é a que menos área é
possível irrigar com o mesmo volume de água com relação às outras duas culturas
analisadas.
A
crescente
demanda de água e energia ocorreu praticamente combinada pela escala de
classificação climática de Hargreaves (1974b), onde percorrendo a menor necessidade de
complementação o
município
de Ma
manguape
, PB (Clima Úmido seco),
seq
ü
enciado
,
Pacatuba
, SE, Maceió, AL,
Aracaju
, SE, Natal, RN, Campina Grande, PB; posteriormente,
os
município
s Acaraú, CE, Aracati, CE e Touros, RN de clima
Semi
-
Árido
, Canindé de
São Francisco, SE, Sousa, PB e Jaguaribe, CE com clima Árido e
Açu
, RN e Petrolina, PE
classificados com
o de
clima Muito Árido.
O maior custo de energia ocorreu em Petrolina, PE, e o menor no município de
Pacatuba
, SE,
ocorrendo
na cultura do coco anão, o maior impacto sobre os custos de
energia na sua conta
cultural, independente do sistema de irrigação.
121
A cultura do coco anão seria a mais penalizada economicamente pela cobrança da água,
em
decorr
ên
cia
de menor custo de manutenção da cultura com relação às demais culturas
da analise, promovendo o maior impacto, mesmo não sendo a cultura de maior consumo de
água e energia.
Os
valores obtidos através deste estudo poderão ser utilizados como parâmetros de
planejamento agrícola irrigado, com maior confiabilidade,
caso
as médias
sejam
agrupadas
por
clima
e os coeficientes de variação apresentarem valores baixos (menor que 10%),
des
de que tenham características de dimensionamento semelhantes
às
deste trabalho.
A tarifa de água pode ser diferenciada e subsidiada como forma de incentivo mas, pelo
resultado do estudo, não
se
recomendam cobranças diferenciadas onde nascentes (
clima
M
uito
Árido e Á
rido
) tenham tarifas mais caras que as áreas próximas ao desaguar do mar
(
clima
Seco
mido
e
S
emi
rido
) o que poderá aumentar o impacto da cobrança nos
locais de clima menos privilegiado.
Atribuir tarifas diferenciadas de acordo o sistema de irrigação utilizado (menor tarifa
para maior eficiência e maior tarifa para menor eficiência) poderia ser uma forma de
incentivar a troca por sistemas mais eficientes de aplicação, ensejando, assim, maior
disponibilidade de água para a bacia hidrográfica e/ou aumento de área produzido com
o
mesmo volume de água.
122
6.0
.
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APENDICE
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manejo de irrigação, análise técnico econômica para 14 localidades do Nordeste brasileiro
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