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RESUMO
ESTUDO CLÍNICO DOS NEVOS MELANOCÍTICOS CONGÊNITOS NA
CRIANÇA E ADOLESCNTE
Dr. José Leonardo Rodrigues Machado
Orientadora: Profª. Drª Nurimar Conceição Fernandes
Resumo da Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-
Graduação em Medicina (Dermatologia), Faculdade de Medicina, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Mestre em Medicina (Dermatologia).
Fundamentos: O risco de malignização de um nevo melanocítico congênito
(NMC) é maior nos gigantes, durante a infância e adolescência. A raridade dos
NMC e a diversidade de classificações contribuem para a indefinição da
magnitude do risco de malignização nestas lesões. Sabe-se, entretanto, que este
risco é maior nos NMC grandes e gigantes durante a infância. A decisão
terapêutica leva em consideração a idade, tamanho, risco de malignização,
complexidade cirúrgica, risco da anestesia e aspectos estéticos, sendo polêmica a
busca da abordagem adequada. Objetivos: Analisar o perfil clínico dos NMC em
crianças e adolescentes no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira
segundo sexo, cor, idade atual, tipo clínico, localização, evolução, tempo de
acompanhamento clínico e conduta. Material e métodos: Estudo de coorte
prospectivo e retrospectivo através do exame dermatológico de crianças (0 – 9
anos) e adolescentes (10 – 19 anos) com nevo melanocítico congênito no período
de janeiro de 1994 até janeiro de 2007. A amostra foi aleatória e definida por
demanda espontânea e referida de nevos detectados ao nascimento ou até dois
anos de idade. O diagnóstico foi clínico, predominantemente, e a inclusão na
investigação foi realizada após consentimento escrito e assinado. Os pacientes
foram acompanhados e revistos ambulatorialmente com intervalo médio de 6
meses. Resultados: A amostra constituiu-se de 60 crianças e adolescentes,
sendo 10 (16,7%) brancos do sexo masculino, 15 (25%) não brancos do sexo
masculino, 15 (25%) brancas e 20 (33,3%) não brancas. Foram observados no
total 74 nevos: 45 NMCs pequenos (60,8%), 20 NMC médios (27,1%), 4 NMCs
grandes (5,4%) e 5 NMC gigantes (6,7%), sendo que 33 (44,7%) no sexo
masculino, 41 (55,3%) no sexo feminino, 34 (45,8%) em brancos e 40 (54,2%) em
não brancos. As variáveis sexo e cor não influíram no tipo clínico. Dentre os
nevos pequenos e médios, 18 (27, 7%) se localizaram no tórax, 15 (23%) na
cabeça e pescoço, 12 (18,4%) no abdômen e virilha, 11 (17%) no membro
inferior, 8 (12,4%) no membro superior e 1 (1,5%) na genitália. Dos NMC grandes,
3 tinham como localização a coxa e um apresentava-se na mão e membro
superior. Em relação aos NMCs gigantes encontramos: calção de banho; membro
inferior; dorso, peitoral e ombro; couro cabeludo; couro cabeludo, pescoço e parte