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outros países, como França, Itália, Alemanha, Áustria, Países Escandinavos, Dinamarca,
Suécia, Noruega, Finlândia, Holanda, Bélgica, Suíça, Grécia, Portugal, Espanha, União
Soviética, Ásia e África, Índia, Pérsia-Irã, Israel, Ásia Menor e Síria, Oceania e algumas
regiões Africanas, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, México Peru, Uruguai,
Venezuela, além dos países da América central e a Cruz Vermelha (PAIXÃO, 1989).
6) Enfermagem brasileira. Período que exige maior atenção, por despertar maior
interesse para nós. Os primeiros hospitais foram instituídos através das Santas Casas de
Misericórdia, porém não existem dados seguros sobre a atuação da Enfermagem nessas Casas.
Na época o trabalho de Enfermagem era vinculado à figura dos Jesuítas, escravos e
voluntários. Registra-se que a primeira voluntária de Enfermagem no Brasil foi Francisca de
Sande, que viveu na Bahia. A baiana Ana Nery, por sua vez, é considerada a primeira
enfermeira de guerra do Brasil. A Escola Alfredo Pinto tornou-se conhecida como a primeira
escola a se preocupar com a formação de profissionais enfermeiros para o trabalho em
psiquiatria, porém ainda dentro de bases rudimentares (PAIXÃO, 1989).
A institucionalização da educação em Enfermagem no Brasil ocorreu, em um contexto
histórico marcado por desajustes políticos e econômicos, decorrentes das epidemias e
endemias que assolaram a população brasileira, durante o século XIX. Esses fatos
evidenciaram a necessidade de profissionais que estivessem aptos a desenvolver ações de
controle das epidemias, além de prestarem assistência e vigilância (KLETEMBERG;
SIQUEIRA, 2003). Germano (1993), afirma que foi o interesse de formar profissionais
capazes de atuar junto ao saneamento dos portos, que fez surgir o “ensino sistematizado da
enfermagem”. Assim, o ensino de Enfermagem foi oficialmente instituído com a criação da
Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (Rio de Janeiro), em 27 de setembro de
1890, pelo decreto nº 791. Essa escola apresentava as seguintes características: baseava-se na
preparação de enfermeiros e enfermeiras para atuação em hospícios e hospitais civis e
militares, deixando clara a formação hospitalocêntrica; utilizava a lógica positivista, com a
divisão clássica entre teoria e prática e exigia entre os documentos para seleção do candidato
um atestado de “bons costumes” (KLETEMBERG; SIQUEIRA, 2003).
Em 1901-1902, no Estado de São Paulo, foi criado um Curso de Enfermagem no
Hospital Evangélico, sob os moldes ingleses e destinado a prestar assistência aos estrangeiros.
Posteriormente em 1916, foi fundada a Escola Prática de Enfermeiras da Cruz Vermelha
Brasileira, cujo objetivo era formar profissionais para o atendimento de emergência, e em
caráter claramente caritativo. Em 1923, também no Rio de Janeiro, surgiu a Escola de
Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), que foi a primeira Escola