Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO BIOMÉDICO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA E EXPERIMENTAL
ALTERAÇÕES NOS NÍVEIS DE ANSIEDADE DE CAMUNDONGOS C57BL/6
EXPOSTOS À NICOTINA E/OU ETANOL DURANTE ADOLESCÊNCIA
Fernanda Barbosa Nunes Coelho
Dissertação submetida à Universidade do
Estado do Rio de Janeiro para a obtenção
do grau de Mestre em Fisiopatologia
Rio de Janeiro
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO BIOMÉDICO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA E EXPERIMENTAL
ALTERAÇÕES NOS NÍVEIS DE ANSIEDADE DE CAMUNDONGOS C57BL/6
EXPOSTOS À NICOTINA E/OU ETANOL DURANTE ADOLESCÊNCIA
Fernanda Barbosa Nunes Coelho
Dissertação submetida à Universidade do
Estado do Rio de Janeiro para a obtenção do
grau de Mestre em Fisiopatologia
Orientadora:
Profa. Dra. Yael de Abreu Villaça
Co-orientador:
Prof. Dr. Cláudio Carneiro Filgueiras
Rio de Janeiro
2007
ads:
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
Nunes, Fernanda
Alterações nos níveis de ansiedade de camundongos C57BL/6 expostos à
nicotina e/ou etanol durante adolescência / Fernanda Nunes. – 2007.
x, 93 p.: il.
Orientadora: Yael de Abreu Villaça
Co-orientador: Cláudio Carneiro Filgueiras
Dissertação (Mestrado) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Centro
Biomédico, Faculdade de Ciências Médicas.
1. Adolescência. 2. Ansiedade. 3. Nicotina. 4. Etanol. I. Abreu-Villaça, Yael. II.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Centro Biomédico. Faculdade de
Ciências Médicas. III. Título.
iii
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO BIOMÉDICO
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
FISIOPATOLOGIA CLÍNICA E EXPERIMENTAL
ALTERAÇÕES NOS NÍVEIS DE ANSIEDADE DE CAMUNDONGOS C57BL/6
EXPOSTOS À NICOTINA E/OU ETANOL DURANTE ADOLESCÊNCIA
Fernanda Barbosa Nunes Coelho
Orientadora:
Profa. Dra. Yael de Abreu Villaça
Co-orientador:
Prof. Dr. Cláudio Carneiro Filgueiras
Aprovada 25 de junho 2007 pela banca examinadora:
Profa. Dra. Penha Cristina Barradas
Prof. Dr. Marcos Rochedo Ferraz
Prof. Dr. Rogério Arena Panizzutti
Rio de Janeiro
2007
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais Jorge e Mônica e minha irmã Lívia pelo apoio e incentivo, os
quais foram fundamentais para eu conseguir chegar até aqui.
A minha orientadora Yael por todo apoio durante a realização deste trabalho e por todas
orientações, no mais amplo sentido, que foram muito importantes em vários momentos. Ao
meu co-orientador Cláudio, por todo apoio e atenção. Tenho certeza que a viagem será
ótima, mas saiba que você vai fazer muita falta! Ao Alex por todo apoio e incentivo
expressos da forma mais carinhosamente ácida. Aos três por tudo, por estarem sempre
presentes, me auxiliando nesta caminhada até aqui, mas principalmente, pela amizade.
Aos meus queridos amigos de laboratório: Andréia, Anderson, Carla, Mabel, Monique,
Fabíola, pelo carinho de sempre, pelos momentos memoráveis (muitos ainda virão) e pela
força, principalmente nesta fase final. Enfim, a todos os membros do laboratório de
Neurofisiologia.
A minhas amigas Flávia Alvim e Denise Oliveira, pela amizade, pelos abraços nas horas
difíceis e por contribuírem de forma substancial nos bons momentos.
As minhas amigas Giselle e Liana, pela força e por sempre me apoiarem e vibrarem
comigo a cada conquista.
Aos meus amigos da UNI-RIO, por 7 anos de pura alegria e amizade. Carine, Maíra,
Priscila, Cristovam, Iuri, Alexandre (sua ajuda nessa reta final foi muito importante) e
todos os demais “biologistas”, é muita gente, por isso, sintam-se todos citados.
v
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Página
FIGURA 1 Fotos do aparelho de teste de comportamento LCE 25
FIGURA 2 Médias de ingesta/peso de fêmeas e machos 31
FIGURA 3 Médias dos valores de peso de fêmeas e machos 32
FIGURA 4 Médias de Tempo BA e %Tempo BA dos animais 34
testados em PN45
FIGURA 5 Médias de Entradas BA e %Entradas BA dos animais 35
testados em PN45
FIGURA 6 Médias de Entradas BA+BF dos animais testados em PN45 35
FIGURA 7 Médias de Tempo BA e %Tempo BA dos animais 36
testados em PN50
FIGURA 8 Médias de Entradas BA e %Entradas BA dos animais 37
testados em PN50
FIGURA 9 Médias de Entradas BA+BF dos animais testados em PN50 37
FIGURA 10 Médias de Tempo BA e %Tempo BA dos animais 38
testados em PN75
FIGURA 11 Médias de Entradas BA e %Entradas BA dos animais 39
testados em PN75
FIGURA 12 Médias de Entradas BA+BF dos animais testados em PN75 39
vi
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ANOVA análise de variância
Entradas BA entradas nos braços abertos
%Entradas BA percentual de entradas nos braços abertos
Entradas BA+BF entradas nos braços abertos + entradas nos braços fechados
F valor do F de Fisher
LCE labirinto em cruz elevado
ms milisegundos
nAChRs receptores nicotínicos acetilcolínicos
P valor de prova
r coeficiente de correlação de Pearson
rANOVA análise de variância com repetição
PN45 45º dia de vida pós-natal
PN50 50ºdia de vida pós-natal
PN75 75ºdia de vida pós-natal
Tempo BA tempo nos braços abertos
%Tempo BA tempo nos braços abertos
vii
SUMÁRIO
Página
LISTA DE ILUSTRAÇÕES v
LISTA DE ABREVIAÇÕES vi
RESUMO ix
ABSTRACT x
1 - INTRODUÇÃO 1
1.1 Adolescência 1
1.2 Alterações neurais durante a adolescência 3
1.3 Adolescência e uso de drogas 5
1.3.1 Nicotina 6
1.3.2 Álcool 11
1.3.3 Associação entre nicotina e etanol 15
1.4 Ansiedade e o uso de nicotina e etanol 18
2 - OBJETIVOS 21
3 - MATERIAIS E MÉTODOS 22
3.1 Animais 22
3.2 Formação dos grupos experimentais 22
3.3 Ingesta de líquido, peso corporal e consumo de nicotina 23
3.4 Teste comportamental 24
3.5 Variáveis quantificadas 26
3.6 Análise estatística 27
4 - RESULTADOS 30
4.1 Efeitos da ingesta/peso, consumo de nicotina e peso corporal 30
4.2 Análise global das medidas de ansiedade 33
4.3 Efeitos de ansiedade 34
5 - DISCUSSÃO 40
5.1 Resumo dos resultados 40
5.2 Considerações metodológicas 41
5.2.1 Camundongos C57BL/6 41
viii
5.2.2 Labirinto em cruz elevado 42
5.2.3 Doses e vias de administração 43
5.2.4 Efeito do consumo de nicotina e da ingesta/peso 44
5.2.5 Efeitos da nicotina na atividade locomotora 45
5.3 Efeitos ansiolíticos durante a exposição na adolescência 45
5.4 Efeito ansiogênico durante o período de retirada 47
5.5 Neurobiologia das interações nicotina × etanol 49
6 - CONCLUSÃO 52
7 - BIBLIOGRAFIA 53
8 - ANEXO: Artigo XX
YAEL ABREU-VILLAÇA, FERNANDA NUNES,
FABÍOLA DO E. QUEIROZ-GOMES, ALEX C. MANHÃES,
CLÁUDIO C. FILGUEIRAS.
Combined Exposure to Nicotine and Ethanol in Adolescent Mice
Differentially Affects Anxiety Levels during Exposure, Short Term
and Long Term Withdrawal.
Neuropsychopharmacology, aceito para publicação, 2007.
ix
RESUMO
O consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar são freqüentemente iniciados
durante a adolescência. Essa associação pode ser explicada pelos efeitos comportamentais
cumulativos da nicotina e do etanol, particularmente aqueles relacionados à ansiedade.
Entretanto, apesar dos dados epidemiológicos a respeito desta relação, existem poucos
estudos animais com foco na neurobiologia da dupla exposição (nicotina e etanol) durante
a adolescência. Neste trabalho foram avaliados através do uso do teste de labirinto em cruz
elevado os efeitos de curto e longo prazo da exposição à nicotina (NIC) e/ou etanol
(ETOH) durante a adolescência (30º ao 45º dia de vida pós-natal) em quatro grupos
experimentais utilizando camundongos machos e fêmeas da cepa C57BL/6: 1) exposição
concomitante a NIC [solução de nicotina free base (50µg/ml) em solução de sacarina a 2%
administrada via oral] e ETOH [solução de etanol (25%, 2g/kg) i.p. a cada dois dias], 2)
exposição à nicotina, 3) exposição ao etanol, 4) exposição ao veículo. Camundongos da
cepa C57BL/6 foram escolhidos para o estudo por beberem bem nicotina na concentração
utilizada neste estudo. Durante a exposição (45º dia de vida pós-natal, PN45), os resultados
indicam que o etanol foi ansiolítico durante a adolescência destes camundongos e que a
nicotina reverteu este efeito. Um curto período de tempo de retirada da droga (PN50)
evidenciou efeitos sexo-dependentes; a exposição à nicotina e/ou etanol foi ansiogênica
apenas para fêmeas. Apesar de nem os efeitos da nicotina nem do etanol persistirem após
um mês o término da exposição (PN75), os efeitos da dupla exposição ocasionaram uma
reposta ansiogênica. Os resultados sugerem que a redução da resposta aos efeitos
ansiolíticos do etanol em adolescentes humanos simultaneamente expostos à nicotina pode
levar a consumo maior de etanol. Adicionalmente, o aumento nos níveis de ansiedade
durante um longo período de retirada (nicotina e etanol) pode facilitar recaídas ao uso
destas drogas.
x
ABSTRACT
Smoking and consumption of alcoholic beverages are frequently associated during
adolescence. This association could be explained by the cumulative behavioral effects of
nicotine and ethanol, particularly those related to anxiety levels. However, despite
epidemiological findings, there have been few animal studies of the basic neurobiology of
the combined exposure in the adolescent brain. In the present work we assessed, through
the use of the elevated plus maze, the short and long term anxiety effects of nicotine (NIC)
and/or ethanol (ETOH) exposure during adolescence (from the 30
th
to the 45
th
postnatal
day) in four groups of male and female C57BL/6 mice: 1) Concomitant NIC [nicotine free
base solution (50µg/ml) in 2% saccharin to drink] and ETOH [ethanol solution (25%,
2g/kg) i.p. injected every other day] exposure; 2) NIC exposure; 3) ETOH exposure; 4)
Vehicle. C57BL/6 mice were selected because they readily consume nicotine in the
concentration used in the present study. During exposure (45
th
postnatal day: PN45), our
results indicated that ethanol was anxiolytic in adolescent mice and that nicotine reverted
this effect. Short term drug withdrawal (PN50) elicited sex dependent effects: exposure to
nicotine and/or ethanol was anxiogenic only for females. Although neither nicotine nor
ethanol effects persisted up to one month post-exposure (PN75), the co-administration
elicited an anxiogenic response. Our results suggest that the deficient response to the
anxiolytic effects of ethanol in adolescents co-exposed to nicotine may drive higher
ethanol consumption. Additionally, increased anxiety during long term smoking and
drinking withdrawal may facilitate relapse to drug use.
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Adolescência
A adolescência inclui todo processo de transição da infância para a idade adulta.
Desta forma, a adolescência não é sinônimo de puberdade. A puberdade é uma fase mais
discreta durante a qual alterações fisiológicas e neuroendócrinas associadas com a
maturação sexual ocorrem. A puberdade é apenas uma das alterações ontogenéticas que
ocorrem durante a adolescência com sua duração compreendida dentro do processo de
adolescência, variando consideravelmente entre humanos (Dubas, 1991).
O limite temporal da adolescência não é de fácil definição. Em algumas espécies é
difícil caracterizar quando a transição para adolescência começa a acontecer e quando o
indivíduo passa de adolescente a adulto. Em roedores como ratos e camundongos, as
primeiras alterações associadas à adolescência podem ocorrem já a partir do vigésimo dia
de vida pós-natal (PN20) e as últimas mudanças podem ocorrer até PN55. Em primatas não
humanos, a adolescência ocorre geralmente entre 2 e 4 anos de vida (Lewis, 1997); em
humanos, a adolescência é comumente definida como a segunda década de vida (Petersen
et al., 1996), além disso, alguns autores consideram idades acima de 25 anos “adolescência
tardia” (Baumrind, 1987).
Adolescentes de várias espécies diferem comportamentalmente de indivíduos mais
jovens e mais velhos. Estudos com roedores têm mostrado que adolescentes exibem
diferenças quando comparados com adultos em relação a medidas de ansiedade, depressão
e reatividade ao stress (Adriani e Laviola, 2004; Slawecki , 2005). De fato, alguns estudos
mostram que ratos adolescentes podem exibir níveis menores ou maiores de ansiedade em
análises comportamentais quando comparados com adultos (Cheeta et al., 2001; Doremus
2
et al., 2003; Elliott et al., 2005; Genn, 2003; Imhof et al., 1993; Primus e Kellog, 1989;
Slawecki, 2005; Walker et al., 2004). Durante adolescência, roedores apresentam elevados
níveis de busca pela novidade (Adriani et al., 1998), impulsividade (Adriani e Laviola,
2003) e comportamento de risco (Macri’et al., 2002), assim como redução de resposta ao
stress (Adriani e Laviola, 2000). Ratos adolescentes exibem aumento no comportamento
exploratório e na busca de novidade em relação a ratos em outras idades (Spear et al.,
1980; Spear, 2000). Em humanos, a adolescência é caracterizada por traços
comportamentais como labilidade emocional, impulsividade e comportamento de risco que
estão associadas com o aumento de vulnerabilidade para transtornos neuropsiquiátricas,
incluindo doenças afetivas e vício (Andersen, 2003; Arnett, 1999; Spear, 2000; Teicher et
al., 2003; Volkow e Li, 2005; Wallace et al., 2003).
De modo geral, as alterações comportamentais observadas durante a adolescência são
consistentes com a necessidade do adolescente de explorar novos domínios e estabelecer
novas relações durante o processo de independência dos pais (Spear, 2002). O aumento no
valor atribuído pelo adolescente à interação social com indivíduos fora do círculo familiar
contribui para promover a independência destes adolescentes em relação aos pais (Spear,
2000). O aumento do comportamento de risco é observado numa variedade de espécies e
pode servir como oportunidade de explorar novos comportamentos e situações, o que por
sua vez aumenta a probabilidade de experimentação de comportamentos propícios à
repetição (positive reinforcements), os quais estão associados ao uso de drogas.
Alguns trabalhos começam a explicar porque os adolescentes podem se comportar
“de forma madura na segunda e ter atitudes imprudentes na terça”, ou seja, apresentarem
comportamentos instáveis. Neurocientistas têm descrito que o cérebro adolescente está
passando por uma remodelação que pode ser responsável pela propensão dos adolescentes
a correr riscos, buscar novas experiências e pela dificuldade em impedir comportamentos
3
imprudentes. Esta pode ser uma das razões pelas quais é três a quatro vezes mais provável
morrer durante a adolescência quando comparada com a infância (Powell, 2006).
Durante a adolescência, o desenvolvimento neural ocorre em regiões associadas com
motivação, impulsividade e vício. A impulsividade e busca pela novidade são traços
comportamentais transicionais que podem ser explicados, em parte, por mudanças na
maturação dos sistemas corticais frontais e subcorticais monoaminérgicos. As mudanças
no desenvolvimento dos circuitos neurais envolvidos no controle de impulsos têm
implicações significativas para entender o comportamento adolescente (Chambers et al.,
2003).
1.2. Alterações neurais durante a adolescência
O cérebro durante a adolescência está em transição. Regiões neurais como o córtex
pré-frontal e outras regiões de projeções dopaminérgicas do prosenencéfalo, apresentam
alterações proeminentes durante a adolescência. Dada a importância dessas regiões
cerebrais na modulação de mecanismos de recompensa associados ao uso de drogas (Koob,
1992a) e de respostas a agentes estressores (Dunn e Kramarcy, 1984) e a associação entre
ambos (Goeders, 1997; Piazza et al., 1991), não é surpresa constatar que adolescentes
respondem de formas diferentes a drogas de abuso, agentes estressores e a interação entre
ambos, quando comparados com animais adultos ou mais maduros (Spear, 2002).
O cérebro apresenta maior grau de desenvolvimento durante a infância e relativa
estabilidade na idade adulta, sendo seu desenvolvimento pontuado por rápidas
transformações neurais durante a adolescência (Spear, 2000). Esta metamorfose do cérebro
adolescente é caracterizada não apenas pela continuada maturação do sistema neural, mas
também pela perda de aproximadamente metade do número de conexões sinápticas em
4
algumas regiões neurais (Rakic et al, 1994), perda esta que pode servir para refinar as
conexões e aumentar a eficiência cerebral durante a adolescência (Chugani, 1996).
Uma região cerebral que é altamente modificada em várias espécies durante
adolescência é o córtex pré-frontal, área fortemente relacionada com habilidades cognitivas
(Diamond, 1991). O volume do córtex pré-frontal diminui durante a adolescência tanto em
humanos (Jernigan et al., 1991) quanto em ratos (Van Eden et al., 1990). Além disso,
também tem foi demonstrada em humanos (Huttenlocher, 1984) e primatas não-humanos
(Zecevic et al., 1989) a eliminação de sinapses no córtex pré-frontal e outras regiões
corticais. Outros autores descrevem ainda um aumento de projeções dopaminérgicos no
córtex pré-frontal de adolescentes humanos e ratos (Kalsbeek et al., 1988), decorrente da
substancial reorganização que o sistema dopaminérgico sofre durante a adolescência.
A região dorsolateral do córtex pré-frontal, área relacionada ao controle de impulsos,
também está sofrendo contínuos processos de mudanças durante a adolescência (Giedd,
2004; Sowell et al., 2001). Alterações relacionadas à maturação durante a adolescência
também são evidentes em outras regiões cerebrais como hipocampo de roedores (Dumas e
Foster, 1998; Wolfer e Lipp, 1995) e humanos (Benes, 1989). Durante este período, estas
áreas cerebrais apresentam proliferação e maturação de terminais axonais e sinapses
(Stamford, 1989; Teicher et al., 1995).
Em alguns testes comportamentais, a performance dos adolescentes é igual a dos
adultos. Entretanto, o que se observa é que para uma mesma tarefa, o cérebro adolescente
age como um cérebro adulto desempenhando uma tarefa muito mais difícil, logo, eles
despendem mais trabalho para atingir essa igualdade de performance (Powell, 2006).
5
1.3. Adolescência e uso de drogas
Alguns estudos sugerem a ocorrência de mudanças drásticas no desenvolvimento
cerebral durante a adolescência que poderiam predispor um indivíduo a experimentar
substâncias como álcool, drogas ilícitas e tabaco (Laviola et al.; 1999; Spear 2000;
USDHHS, 1988). De fato, adolescentes são mais propensos a uma variedade de
comportamentos de risco, incluindo o uso de drogas (Martin et al., 2002). Diversos estudos
mostram que é nesse período que freqüentemente ocorre o primeiro uso de drogas como
álcool e tabaco (Grant et al., 1987; Kandel e Yamaguchi, 1985; Nelson et al., 1995;
Webster et al.,1994). Dois comportamentos envolvidos na iniciação do uso de drogas são a
impulsividade ou um desejo por novidades e experiências excitantes (sensation seeking).
Intensa busca pela novidade, característica do período da adolescência, tem sido associada
a um maior consumo de drogas de abuso (Abreu-Villaça et al., 2006; Spear, 2000). Estudos
em humanos têm encontrado forte correlação entre altas taxas de busca por sensações
novas e uso de drogas, incluindo álcool e nicotina (Zuckerman, 1994). Adicionalmente, a
dependência ao álcool e à nicotina tem sido associada a altos níveis de impulsividade
(Mitchell, 1999; Poulos et al., 1998;).
Existem também evidências 0 T7eAdicde
6
Apesar das causas que levam o adolescente a iniciar e dar continuidade ao consumo
de drogas não estarem ainda estabelecidas, sabe-se que a idade do primeiro contato com
compostos psicoativos é crítica, havendo maior probabilidade de se passar do estágio de
uso para abuso se o consumo tiver início durante a adolescência. Desta forma, o
desenvolvimento do vício está associado com um contato precoce com a droga (Robins e
Przybeck, 1985). Indivíduos que não iniciam o uso destas drogas durante a adolescência
raramente iniciam o uso em idades posteriores (Chen e Kandel, 1995; Kandel e Logan,
1984). Como o cérebro durante a adolescência continua passando por processos de
crescimento e mudanças consideráveis, existe um interesse muito grande a respeito das
conseqüências a longo prazo do uso de drogas durante este período crítico (Barron et al.,
2005). Estudos clínicos têm sugerido que podem existir conseqüências marcantes em
decorrência ao uso crônico de drogas durante a adolescência, incluindo álcool (Grant e
Dawson, 1997) e mais recentemente nicotina (Jacobsen et al., 2005). O desenvolvimento
de modelos animais de exposição a drogas de abuso durante a adolescência têm sido
extremamente interessante, pois permite a investigação destas questões (Barron et al.,
2005).
1.3.1 Nicotina
O tabagismo é a principal causa de morte evitável e doenças em países em
desenvolvimento. A nicotina é considerada o componente primário do tabaco que
estabelece e mantém a dependência apesar das conseqüências prejudiciais (Di Chiara,
2000; Stolerman e Shoaib, 1991). Apesar dos efeitos do tabaco em relação à saúde e da
capacidade viciante da nicotina serem bem conhecidos, mais de 4500 adolescentes iniciam
o hábito de fumar todos os dias somente nos Estados Unidos (American Lung Association,
7
2002; Gilpin et al., 1999). Estima-se que mais de seis milhões de crianças eventualmente
irão morrer prematuras em decorrência de doenças relacionadas ao hábito de fumar
somente nos Estados Unidos (American Lung Association, 2002; CDC, 1998).
Aproximadamente um terço da população mundial é constituída por fumantes e a
maioria iniciou o hábito de fumar durante a adolescência (Mansvelder e McGehee, 2002).
Estudos mostram que a probabilidade de parar de fumar na idade adulta diminui
substancialmente quando o hábito de fumar é iniciado durante a adolescência (Klein et al.,
2004) e que o consumo de cigarros diários é maior em indivíduos que iniciam o hábito na
adolescência quando comparados com indivíduos que iniciam o hábito de fumar na idade
adulta (Chen e Millar, 1998; Nelson et al., 1995; Pierce e Gilpin, 1996). Adicionalmente,
adolescentes já expressam sintomas de dependência à nicotina após o consumo de apenas
alguns cigarros (Di Franza et al., 2000).
Após um ano do início do hábito de fumar, a maioria dos adolescentes fumantes
relatam tentativas de parar. Entretanto, devido aos efeitos adversos da abstinência, 97%
desses adolescentes fumantes ainda continuam a fumar e, dois anos mais tarde, a maioria
destes fumantes se dizem dependentes (Mc Neill, 1991). Os sinais e sintomas descritos por
fumantes que tentaram parar de fumar são em geral: irritabilidade, ansiedade, depressão,
aumento de fome e ganho de peso, agitação, distúrbios do sono e intensa vontade de usar
novamente (Malin, 2001). Um dos sintomas mais freqüentemente mencionados por
fumantes durante o período de retirada da nicotina é o aumento do nível de ansiedade
(Kassel e Unrod, 2000).
Enquanto numerosos estudos têm explorado as conseqüências da exposição fetal ou
na idade adulta à nicotina nas últimas décadas, os primeiros artigos abordando efeitos da
nicotina no sistema nervoso durante a adolescência foram publicados somente em 1999
(Trauth et al, 1999). Desde então, vários estudos em animais experimentais vem
8
demonstrando que o consumo de nicotina durante a adolescência produz alterações
neurocomportamentais persistentes (Brielmaier et al., 2007; Nolley e Kelley, 2007;
Slawecki et al., 2004; Slawecki e Ehlers, 2002; Trauth et al., 2000a). Além disso, a
exposição à nicotina durante a adolescência, também resulta em mudanças da atividade
neurofisiológica em adultos (Slawecki et al., 2003).
Recentes estudos utilizando roedores adolescentes expostos à nicotina proporcionam
suporte neuroquímico e comportamental para a hipótese da adolescência como período
crítico (Abreu-Villaça et al., 2003, Adriani et al.,2002; Klein, 2001; Laviola et al., 2003;
Miao et al., 1998). De fato, diversos estudos têm mostrado diferenças de respostas
comportamentais entre roedores adultos e adolescentes (Brielmaier et al., 2007; Doremus
et al., 2004; Elliott et al., 2005; Kota et al., 2007; Wilmouth e Spear, 2006). Alguns efeitos
da nicotina parecem depender do sexo. Foi demonstrado que ratos machos adolescentes
expostos à nicotina apresentam maior risco de consumo de opióides e nicotina na idade
adulta (Adriani et al., 2003). Adicionalmente, ratos fêmeas são mais sensíveis aos efeitos
ansiolíticos da nicotina quando comparadas a ratos machos (Cheeta et al., 2001).
Mecanismos de ação neuroquímicos da nicotina
A nicotina, um alcalóide natural presente nas folhas de tabaco, é o principal
responsável pelo vício do tabaco (Benowitz, 1992; Dani et al., 2001). É amplamente aceito
que todos os principais efeitos comportamentais da nicotina, incluindo reforço e estímulos
aversivos, são mediados pelos receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChRs) localizados
no cérebro (Dani e De Biasi, 2001; Wonnacott et al., 2005). Os nAChRs são canais
pentaméricos catiônicos ligantes e estão localizados em sítios pré e pós sinápticos no
sistema nervoso central e periférico (Leonard e Bertrand, 2001; Sargent, 2000). Em
mamíferos, já foram clonadas 8 subunidades α (α2 a α7, α9 e α10) e 3 subunidades β (β2 a
β4) (Elgoyhen et al., 1994, 2001; Lindstrom et al., 1996; McGehee e Role, 1995; Sargent,
9
1993; Tassonyi et al., 2002). Os nAChR podem modular a liberação de
neurotransmissores, ação sináptica e atividade neuronal através de alterações em estados
funcionais (Aramakis e.Metherate, 1998; Dani et al., 2000; Gopalakrishnan et al., 1997;
Nishizaki e Sumikawa, 1998)melhorar a frase, desempenhando um papel importante em
muitos processos fisiológicos e patológicos incluindo o desenvolvimento neuronal,
aprendizado e memória e respostas de reforço induzidas por drogas de abuso
(Gopalakrishnan et al., 1997; Jang et al., 2002; Levin e Simon, 1998; Salamone e Zhou,
2000). Há evidências de que nAChRs também estão envolvidos em processos como
ansiedade (File et al., 2000; Ross et al., 2000), controle do sono (Domino e Yamamoto,
1965; Salin-Pascual et al., 1999), antinocicepção (Marubio et al., 1999) e funções do
sistema nervoso autônomo (Xu et al., 1999a, b; De Biasi, 2002). Adicionalmente, nAChRs
podem estar envolvidos em transtornos neurológicas como epilepsia noturna,
esquizofrenia, Parkinsonismo e Alzheimer (Dani De Biasi, 2001; Leonard et al., 2001;
Levin e Simon, 1998; Moulard et al., 2001; Rusted et al., 2000).
Apesar da nicotina ser a principal substância responsável pelo vício de fumar, os
mecanismos moleculares envolvidos neste processo ainda são pouco conhecidos. Em
particular, tem sido sugerido que tanto a dessensibilização quanto a upregulation de
nAChRs têm papel nos mecanismos de vício (Buisson e Bertrand, 2001, 2002; Dani e De
Biasi, 2001; Quick e Lester, 2002).
A dessensibilização é uma característica geral de canais do tipo portão dependentes
de neurotransmissores, e pode ser definida como uma diminuição ou perda de resposta
biológica destes canais em resposta a uma estimulação prolongada ou repetitiva. A
dessensibilização representa uma forma clássica do comportamento alostérico de proteínas,
no qual o receptor está distribuído entre um número discreto de conformações. Agonistas
estabilizarão preferencialmente um ou mais estados (Carr et al., 1989). Após a exposição a
10
um agonista, o tempo de curso de dessensibilização será governado por taxas constantes de
transição, mas de forma geral, devido aos estados dessensibilizados terem maior afinidade
pelos agonistas, após um tempo, todos os receptores serão dessensibilizados (Wang e Sun,
2005). Para nAChRs, a dessensibilização pode ser descrita como um declínio na resposta à
nicotina após uma exposição repetitiva à nicotina. O início da dessensibilização é tempo- e
concentração-dependente (Garrido et al.,2001; Karlin, 2002).
A upregulation de nAChRs, que pode ser definida como o aumento do número e/ou
afinidade de nAChRs é observada em cérebros de fumantes e animais expostos à nicotina.
De fato, foi demonstrado que exposições por curtos períodos de tempo (2 dias) e com
doses que produzem níveis plasmáticos de nicotina correspondentes a fumar 2 cigarros, já
causam upregulation de nAChRs (Abreu-Villaça et al., 2003a). Acredita-se que a
upregulation constitui uma resposta celular à dessensibilização (Fenster et al., 1999).
Contudo, não se sabe se as mudanças ocorridas são acompanhadas por um aumento de
função dos receptores (Buisson e Bertrand, 2002). Os subtipos de receptores nicotínicos
mais abundantes presentes no cérebro e que sofrem upregulation após exposição à
nicotina, são α4β2 e α7 (Abreu-Villaça et al., 2003, 2004 Buisson e Bertrand, 2002).
Acredita-se ainda que mecanismos de upregulation e dessensibilização estão
envolvidos na regulação de monoaminas do cérebro. A nicotina aumenta a liberação de
dopamina na área tegmental ventral, área esta que desempenha papel central nos efeitos de
reforço da droga (Dani e De Biasi, 2001). Atualmente, as formas mais efetivas nas
tentativas de interromper o hábito de fumar, envolvem métodos alternativos de liberação
de nicotina (e.g. adesivos transdermais, gomas de mascar ou sprays nasais), os quais são
administrados com doses gradativamente menores, resultando numa diminuição
progressiva da captação de nicotina pelo organismo (Buisson e Bertrand, 2002). A redução
11
progressiva da concentração de nicotina no sangue e no cérebro parece ajudar pacientes a
escapar dos processos de vício induzidos pela droga (Buisson e Bertrand, 2002).
1.3.2 Álcool
Estudos epidemiológicos sugerem que a idade na qual se inicia o consumo de álcool
pode influenciar profundamente na probabilidade de desenvolver transtornos no consumo
de substâncias de abuso em momentos futuros (Clark et al., 1998; Duncan et al., 1997;
Gant e Dawson, 1997). O início precoce do uso de álcool tem sido mostrado em diversos
estudos prospectivos e retrospectivos como um poderoso preditor de uso tardio e
dependência de álcool (Deykin et al., 1987; Fergusson et al., 1994; Friedman e Humphrey,
1985; Grant e Dawson, 1997; Hawkins et al., 1997; Prescott e Kendler, 1999; Rachal et al.,
1982).
As razões que determinam a alta prevalência do uso de álcool pelos adolescentes
ainda não estão claras. Alguns autores relatam que os níveis de stress são um dos fatores
que podem predizer o uso e abuso de álcool e outras drogas por humanos adolescentes
(Baer et al., 1987; De Wit et al., 1999; Deykin et al., 1987; Johnson e Pandina, 1993;
Tschann et al., 1994; Wills, 1986). Outra possibilidade é que os adolescentes podem exibir
insensibilidade a algumas conseqüências negativas decorrentes ao uso de álcool, durante e
após o consumo. De fato, alguns trabalhos com modelos animais, mostram que os
adolescentes são menos sensíveis que os adultos a diversos efeitos do etanol, incluindo
efeito hipnótico (Little et al., 1996; Silveri e Spear, 1998), hipotermia (Silveri e Spear,
2000), perda do controle motor (White et al., 2002a), alterações na marcha (Little et
al.,1996), dificuldade em se relacionar com outras pessoas (Varlinskaya e Spear, 2002a),
alterações no estado de ansiedade (Varlinskaya e Spear, 2002a), analgesia (Hernandez e
12
Spear, 2003), sedação (Ernst et al., 1976; Keir e Deitrich, 1990; Little et al., 1996; Moy et
al., 1998; Silveri e Spear, 1998) e letalidade (Hollstedt e Rydberg, 1977). Em
contrapartida, adolescentes são mais sensíveis em relação aos adultos a determinados
efeitos restritivos do etanol, incluindo a indução de danos na função de receptores NMDA
(N-Metil-D-Aspartato) e LTP (long term potentiation ou potenciação de longo prazo)
hipocampais (Swartzwelder et al., 1995a, 1995b), assim como dano na performance em
tarefas de memória espacial (Markwise et., 1998). Diferentes taxas de desenvolvimento
dos sistemas neurais envolvidos em diferentes efeitos do etanol podem contribuir para o
mosaico de diferenças de idade em relação à sensibilidade ao etanol (Spear e Varlinskaya,
2005).
Os adolescentes não são imunes ao desenvolvimento de dependência ao álcool,
cigarros e outras drogas. Adolescentes que usam quantidades substanciais podem exibir
uma variedade de sintomas de dependência ao álcool, incluindo evidências de tolerância,
aumento progressivo de consumo, dificuldade em diminuir a quantidade de bebida ingerida
e parar de beber (Pollock e Martin, 1999). Adicionalmente, uma vez dependentes, a
freqüência de recaída para adolescentes se aproxima daquela de adultos alcoolistas, apesar
do tempo de abuso por adolescentes ser muito menor quando comparado com adultos
(Brown, 1993). Estudos demonstram que animais experimentais que são geneticamente
mais suscetíveis a consumir etanol voluntariamente podem rapidamente auto-administrar
etanol durante a adolescência, mas que características do meio também influenciam o
consumo (ver por ex. Barron et al., 2005). Similarmente, tem sido demonstrado que em
humanos, fatores genéticos e epigenéticos influenciam o desenvolvimento do alcoolismo
(Barron et al., 2005). Adicionalmente, o contato inicial com etanol durante a adolescência
pode aumentar a probabilidade de consumo durante a idade adulta, tornar mais difícil
abandonar o vício, além de aumentar a probabilidade de recaídas durante a abstinência.
13
Além disso, para estes indivíduos, o contato com etanol durante a adolescência pode ter um
impacto significante nos sistemas neurais envolvidos nos mecanismos de recompensa em
relação ao etanol (Barron et al., 2005), como ativação do sistema mesocorticolímbico
dopaminérgico (Larsson e Engel, 2004).
Numerosos estudos têm demonstrado que o cérebro adolescente pode ser mais
vulnerável aos efeitos do álcool (Slawecki e Roth, 2004; Spear e Varlinskaya, 2005; Yttri
et al., 2004). Diversos estudos animais sugerem que a exposição ao etanol durante a
adolescência pode prejudicar o desenvolvimento normal de processos neurais, os quais
podem estar envolvidos em mudanças subseqüentes nas respostas de adultos em relação ao
etanol (Crews et al., 2000; Mc Bride et al., 2005; Sircar e Sircar, 2005; White e
Swartzwelder, 2004; White et al., 2002;).
Os sintomas dos efeitos de retirada do etanol estão bem estabelecidos tanto em
humanos como em modelos animais. Os efeitos do período de retirada são mais severos
após exposição crônica e pouco tempo após o início do período de retirada. Estes sintomas
incluem: náusea, tremores, hipertermia, taquicardia, irritabilidade, hiperventilação,
ansiedade e insônia (Finn e Crabbe, 1997; Roelofs, 1985, Metten e Crabbe, 1996).
Mecanismos de ação neuroquímicos do etanol
Ao contrário da nicotina, não se conhece nenhum receptor específico para o etanol.
Inversamente, o etanol tem sua ação inicial numa variedade de alvos nas membranas
celulares e sinais intracelulares de transdução, induzindo efeitos em receptores de
neurotransmissores e neurohormônios e canais iônicos voltagem-dependentes e
dependentes da ligação a substâncias químicas (Koob et al., 1998). Desta forma, o etanol
exerce seu efeito através de interações dose-dependentes com diversos sistemas neurais,
incluindo GABAérgico, glutamatérgico, dopaminérgico, serotonérgico e sistemas opióides
(Eckardt et al., 1998). Muitos desses sistemas neurais ainda estão em maturação durante a
14
adolescência. Assim, pode-se supor que o cérebro do adolescente ainda é vulnerável a
efeitos deletérios da exposição a agentes externos; entre estes o etanol.
A inibição da via excitatória glutamatérgica pelo etanol, especialmente a do receptor
NMDA, pode ser uma importante causa dos efeitos neurotóxicos (Tsai e Coyle, 1998),
particularmente intoxicação, sintomas de abstinência (Koob et al., 1998) e episódios de
perda de memória (Tsai e Coyle, 1998).
Os receptores GABAérgicos e glutamatérgicos estão entre os mais importantes alvos
de sítio de ligação para os efeitos comportamentais do etanol. Entretanto, os dados da
literatura a respeito da modulação do etanol nestes receptores têm sido controversos
(Moriguchi et al., 2007). Dados na literatura sugerem que a potencialização da atividade do
receptor GABA depende da combinação das subunidades dos receptores (Wafford e
Whiting, 1992; Wafford et al., 1990, 1991), viabilidade celular (Aguayo et al., 2002), tipos
celulares (Mori et al., 2000; Sapp e Yeh, 1998) e processamentos que ocorrem após a
tradução, incluindo fosforilação do receptor (Harris et al., 1995). Drogas como
benzodiazepínicos e barbitúricos, utilizadas no tratamento de retirada do etanol, agem
primariamente nos receptores GABA (Enoch e Goldman, 2001).
Os nAChRs têm sido reconhecidos como importantes sítios de ação do etanol. Os
nAChRs estão localizados no corpo celular, regiões pré-terminais e pré-sinápticas
GABAérgicas e em outros neurônios em diferentes regiões cerebrais como o córtex e
hipocampo. A ativação destes nAChRs têm mostrado aumentar a liberação sináptica de
GABA, glutamato, e outros neurotransmissores (Alkodon et al.,1997, 1999, 2000;
Colquhoun e Patrick, 1997; Genzen e McGehee et al., 2003, 2005; Gray et al., 1996;
Lindstrom, 1997; Mansvelder et al., 2002; Role e Berg, 1996; Wonnacout, 1997; Yang et
al., 1996). Diversos efeitos comportamentais do etanol que parecem requerer componentes
dos receptores GABAa e receptores dopaminérgicos, incluindo recompensa e reforço
15
(Blomqvist et al., 1997; Koob et al., 1998; Pontieri et al., 1996), podem estar em parte
relacionados com a modulação dos nAChRs (Alkodon e Albuquerque, 2001, 2002;
Amtage et al., 2004; Cao et al., 2005; Kiyosawa et al., 2001; Li e Eisenach, 2002; O’Leary
e Leslie, 2003; Rao et al., 2003). Desta forma, a modulação dos nAChRs causada pelo
etanol pode levar a uma cascata de eventos sinápticos envolvendo múltiplos
neurotransmissores, que resulta em várias mudanças comportamentais.
Amplas evidências indicam que o sistema mesocorticolímbico dopamérgico está
envolvido no sistema de recompensa cerebral e que a dopamina está diretamente ou
indiretamente envolvida na ação de reforço aguda do etanol em animais experimentais
assim como em humanos (Engel et al., 1999; Koob, 1992a; Tupala et al., 2001; Volkow,
1996; Wise e Rompre, 1989). Entretanto, outros sistemas de neurotransmissores incluindo
GABA, glutamato, serotonina e peptídeos opióides também parecem participar do perfil de
orquestração de recompensa do etanol (Engel et al., 1992; Koob,1992). Vale ressaltar que
alterações comportamentais devidas à exposição ao etanol são determinadas por fatores
relacionados ao indivíduo, sendo estes não apenas de origem genética, mas também podem
envolver estados hormonais assim como a idade do indivíduo (Engel et al., 1985; Fahlke,
1994).
1.3.3 Associação entre nicotina e etanol
Nicotina e álcool são as drogas mais usadas e abusadas. O uso de álcool é
freqüentemente acompanhado pelo uso de outras substâncias psicoativas, particularmente o
tabaco. Dados epidemiológicos mostram uma maior incidência de fumantes entre os
alcoolistas (Rezvani and Levin, 2002). Diversos estudos têm demonstrado que 80% a 90%
dos alcoolistas fumam (Burling e Ziff, 1988; Crowley et al., 1974; Dreher e Fraser, 1967).
16
O consumo de álcool entre fumantes é duas vezes maior do que entre os não fumantes
(Carmody et al., 1985) e estima-se que o alcoolismo seja de 10 a 14 vezes mais comum
entre fumantes quando comparados com não fumantes (Di Franza e Guerrera, 1990), além
do consumo diário de cigarros por alcoolistas ser maior do que o consumo por fumantes
não alcoolistas (Rezvani e Levin, 2002).
Adolescentes que usam drogas normalmente são usuários de várias drogas, o que
pode contribuir para vários efeitos adversos. Os sintomas de retirada em adolescentes
podem ser mais severos do que os sintomas observados em usuários de uma única droga de
abuso. De fato, a maioria dos adolescentes usuários de drogas são classificados como
dependentes de mais de um tipo de droga de abuso (Stewart e Brown, 1995).
Aproximadamente 85% dos adolescentes participantes de tratamento para desintoxicação,
também são fumantes (Brown, 1993), sendo que foi descrito que o intenso consumo de
álcool e cigarros exacerba os sintomas de retirada de outras drogas (Stewart e Brown,
1995).
Adicionalmente, álcool e nicotina têm sido considerados freqüentemente como
drogas de “porta de entrada” para o consumo de outras drogas, com a maioria dos
indivíduos iniciando o uso destas drogas antes de iniciar o uso de maconha e outras drogas
ilícitas (Spear, 2000). Entretanto, essa seqüência de uso pode não refletir uma associação
causal entre o uso destas drogas e o uso futuro de drogas ilícitas e pode refletir uma
variedade de outros fatores como diferenças associadas à idade do primeiro contato e
sensibilidade a drogas (Merrill et al., 1999).
O uso de drogas de abuso é motivado por diversos fatores, incluindo experimentação,
pressão de companheiros, auto-medicação para problemas psicológicos (por exemplo,
ansiedade e depressão) e dependência. Conseqüentemente, a forte associação entre o
17
consumo de álcool e o fumo de cigarros está provavelmente atribuída a múltiplos fatores,
incluindo ações farmacológicas comuns a ambos, álcool e nicotina (Little, 2000).
Estudos apontam que nicotina e etanol compartilham importantes mecanismos
neuroquímicos de ação nos sistemas de recompensa cerebrais que podem ser afetados pelo
consumo de nicotina durante a adolescência, o que pode tornar o indivíduo mais inclinado
a desenvolver um abuso futuro de álcool e/ou outras drogas (Blomqvist et al., 1996; Smith
et al., 1999). A exposição à nicotina em ratos durante um curto período de tempo durante a
adolescência apresenta como resultado um aumento de consumo de álcool na idade adulta
(Tsui et al., 2001). Uma via crucial para ação de drogas de abuso é o sistema mesolímbico
dopaminérgico, associado com sensações de prazer. Esta via tem origem na área do
tegumento ventral do mesencéfalo e projeta para o núcleo accumbens, sistema límbico e
córtex orbitofrontal. A amígdala, hipocampo e córtex medial pré-frontal enviam projeções
excitatórias para o núcleo accumbens (Koob et al., 1998). Embora os mecanismos exatos
da ação de drogas de abuso no sistema mesolímbico dopaminérgico não estejam
estabelecidos, acredita-se que estas drogas, atuando direta ou indiretamente em células
dopaminérgicas, causem alterações persistentes, as quais seriam responsáveis, pelo menos
em parte, pelas reações adversas associadas à abstinência.
Uma vez que a nicotina é um análogo da acetilcolina, seus alvos primários e
mediadores celulares são os nAChRs, receptores ionotrópicos amplamente distribuídos no
sistema nervoso. O etanol por sua vez, tem influência direta na função de vários canais
iônicos ativados por neurotransmissores, incluindo os nAChRs (para revisão: Grant KA,
1994). Além disso, tem sido demonstrado que o aumento da liberação de dopamina no
núcleo accumbens pelo álcool parece requerer ativação de receptores nicotínicos na área do
tegumento ventral (Harris, 1999). Em conjunto, estes dados sugerem que o nAChR pode
ser um sítio de interação entre nicotina e etanol.
18
Adicionalmente, foi demonstrado que etanol potencializa o fluxo de íons estimulado
por agonistas em nAChRs (Aistrup et al., 1999; Cardoso et al., 1999) e que o aumento da
atividade locomotora induzido pelo etanol, assim como a estimulação dos sistemas
dopaminérgicos do mesencéfalo envolvem a ativação de nAChRs (Blomqvist et al., 1992;
Soderpalm et al., 2000). Apesar destes achados, tem havido relativamente poucos estudos
animais com foco na neurobiologia básica da exposição combinada a nicotina e álcool no
cérebro adolescente e, enquanto alguns estudos sugerem que a nicotina tem um efeito
modulador nas alterações causadas pelo etanol através de suas ações nos sistemas
colinérgicos, outros trabalhos mostram que não há interação entre os efeitos das duas
drogas e outros ainda mostram que há potencialização dos efeitos com a dupla exposição
(Bachtell e Ryabinin, 2001; Penland et al., 2001; Tizabi et al., 2003; Tizabi et al., 2002).
1.4. Ansiedade e o uso de nicotina e etanol
Anatomicamente, a expressão comportamental da ansiedade está associada com uma
interrelação entre o sistema límbico e estruturas corticais: sistema septo-hipocampal,
amígdala, hipotálamo e mesencéfalo (Bergink et al., 2004). Dentre estas áreas, a amígdala
e suas projeções eferentes desempenham um papel de extrema importância no processo de
ansiedade e estão envolvidas na aquisição, consolidação e expressão do medo
condicionado (Walker e Davis, 2002). O hipocampo e núcleo septal são duas regiões do
sistema límbico que têm sido associadas ao controle da ansiedade, especialmente na
expressão da ansiedade em resposta à pistas espaciais (File et al., 2000). Além dessas
estruturas, o núcleo da rafe, estrutura do mesencéfalo com alta concentração de neurônios
serotoninérgicos, também parece desempenhar papel no controle da ansiedade (Briley et
al., 1990), como mostram resultados nos quais o efeito ansiolítico pode ser induzido pela
19
diminuição dos níveis de ativação serotonérgica nesta área. A ansiedade é um sintoma
comum de dependência física e sintomas de retirada de diversas drogas de abuso.
Dados epidemiológicos revelam que tem sido encontrada alta taxa de fumantes entre
indivíduos com transtornos psiquiátricas, incluindo aqueles com transtornos de ansiedade
(Lasser et al., 2000). Algumas evidências dão suporte a idéia de que a ansiedade é um
sintoma que aumenta a probabilidade de se iniciar o hábito de fumar (Morissete et al.,
2007). Estudos com fumantes adultos têm mostrado que o tabaco pode reduzir a ansiedade,
sendo que este efeito é normalmente atribuído à nicotina presente nos cigarros (Kassel e
Unrod, 2000). Assim, tem sido sugerido que fumantes continuam a fumar a fim regular seu
estado de ansiedade (Gilbert et al., 1989; Picciotto et al, 2002; Pomerleau, 1986). Em
contraste, fumantes adolescentes relatam aumento dos níveis de ansiedade durante a
exposição, apesar de ser sugerido que a ansiedade também é sintoma de retirada da
nicotina (Hughes et al, 2000a; Parrot, 2003). Como tem sido descrito que os níveis de
ansiedade desempenham papel na continuidade do vício, é razoável sugerir que os níveis
de ansiedade associados com o fumo e abstinência podem desempenhar importante papel
no uso de tabaco pelos adolescentes. Evitar os efeitos da retirada da nicotina como
ansiedade tem sido sugerido como um importante fator que contribui para a manutenção do
hábito de fumar em humanos (Koob et al., 1993; Watkins et al., 2000). Desta forma,
modelos com roedores têm sido utilizados com o objetivo de verificar esta relação
utilizando como teste comportamental, entre outros, o labirinto em cruz elevado
(Wilmouth e Spear, 2006).
Estudos mostram que a nicotina pode afetar os níveis de ansiedade de diferentes
formas (Picciotto et al., 2002). Em roedores, tem se mostrado que a nicotina pode ser
ansiogênica, ansiolítica ou não causar alterações nos níveis se ansiedade (Broni et al.,
1993; Irvine et al., 1999, 2001a, b; Ouagazzal et al., 1999). Estas diferenças dependem da
20
dose, tempo entre as injeções e teste, a forma de administração e do teste comportamental
utilizado (Salas et al., 2003). A influência da nicotina nos níveis de ansiedade é complexa e
pode estar relacionada com o aumento de liberação de diferentes neurotransmissores em
uma variedade de estruturas cerebrais. É bem conhecido que os nAChRs pré-sinapticos
modulam a liberação não apenas de acetilcolina, como também noradrenalina, dopamina,
GABA, serotonina, glutamato (Wonnacott, 1997) assim como neuropeptídeos, entre eles,
hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), hormônio liberador de corticotropina (CRH),
neuropeptídeo Y (NPY) e colecistocinina (CCK). De fato, estudos anteriores demonstram
que estes neurotransmissores desempenham papel na patogênese da ansiedade (para
revisão: Bergink et al., 2004).
O efeito ansiolítico do álcool tem sido amplamente reconhecido como importante
fator para o abuso de álcool. O consumo excessivo de álcool por pacientes ansiosos ocorre
provavelmente devido as propriedades ansiolíticas do álcool, o que leva a hipótese de que a
ansiedade pode ser um fator crítico na etiologia do consumo de álcool (Colombo et al,
1995). Os efeitos ansiolíticos do etanol associados à administrações forçadas ou agudas
(Bilkey-Gorzo et al, 1998; Ferreira et al, 2000; Hall et al, 1998; Martijena et al, 2001;
Varliskaya e Spear, 2002) ou consumo voluntário de etanol (Colombo et al, 1995; Gallate
et al, 2003) têm sido extensivamente descritos em diferentes testes com roedores.
Adicionalmente, em contraste com os efeitos descritos durante a exposição, a ocorrência de
efeitos ansiogênicos durante a retirada do etanol têm sido relatados (Kliethermes, 2005).
Estudos recentes têm demonstrado que os efeitos do etanol são dependentes da idade de
exposição, como as diferenças de efeito descritas entre adultos e adolescentes. Estudos
anteriores sugerem que roedores adolescentes são hiposensíveis aos efeitos do etanol, os
quais podem ser fatores determinantes da ingesta. Entre estes efeitos estão a redução da
ansiedade durante a exposição e o efeito ansiogênico durante a retirada (Doremus et al,
21
2003; Spear e Varlinskaya, 2005; Varlinskaya e Spear, 2004a,b). Entretanto, os efeitos do
etanol relacionados a comportamentos como ansiedade ainda são controversos.
Particularmente, em contraste com dados prévios, estudos recentes têm demonstrado que o
etanol causa uma resposta ansiogênica maior após a exposição durante a adolescência
(Popovic et al, 2004; Slawecki et al, 2004; Slawecki e Ehlers, 2005).
Apesar de dados epidemiológicos indicarem uma forte associação entre o consumo
de tabaco e etanol (Carmody et al, 1985; Dawson, 2000; Di Franza e Guerrera, 1990;
Grant, 1998; Larsson e Engel, 2004), existem poucas informações a respeito das
conseqüências comportamentais em relação às interações entre nicotina e etanol. Mais
importante, não temos conhecimento de estudos em modelos animais com o objetivo de
verificar efeitos da dupla exposição à nicotina e ao etanol durante a adolescência, período
em que o consumo de tabaco e álcool tem início; desta forma, este estudo tem como
objetivo verificar se a nicotina e o álcool interagem alterando o comportamento do
camundongo adolescente.
2. Objetivos
¾ Verificar alterações na expressão comportamental da ansiedade durante o período
de exposição ao etanol e/ou nicotina.
¾ Verificar se os efeitos da dupla exposição nicotina+álcool são mais severos que a
exposição em separado à nicotina ou ao etanol.
¾ Verificar se as alterações comportamentais persistem no período de retirada das
drogas até a idade adulta.
22
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Animais
Para este trabalho foram utilizados 263 camundongos da cepa C57BL/6 (135 machos
e 128 fêmeas) de 55 ninhadas. Os animais foram criados e mantidos no biotério de
camundongos do Laboratório de Neurofisiologia da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro num ciclo diário de 12 horas claro/escuro (claro a partir das 14 horas), temperatura
controlada e mantida em torno de 21º C, com livre acesso à água e comida. Os
experimentos descritos a seguir foram previamente aprovados pelo Comitê de Ética para o
Cuidado e Uso de Animais Experimentais do Instituto de Biologia Roberto Alcântara
Gomes da UERJ e estão de acordo com a declaração de Helsinki e com o Guia de cuidados
e uso de animais de laboratório adotado e promulgado pelo Instituto Nacional de Saúde.
3.2. Formação dos grupos experimentais
Após o nascimento, as ninhadas eram reduzidas a um máximo de oito filhotes a fim
de permitir suporte nutricional adequado a todos os animais. Ao completarem 25 dias de
vida pós-natal (PN25), os animais eram desmamados e separados por sexo; os irmãos do
mesmo sexo permaneceram juntos até PN29, quando eram individualizados.
Os animais iniciaram a exposição ao etanol e/ou nicotina em PN30. Com duração de
15 dias, período que abrange a adolescência destes animais, a exposição era encerrada em
PN45. Desta forma, um estudo completo do impacto da exposição à nicotina e ao etanol
durante a adolescência requereu 4 grupos experimentais:
23
Grupo exposto à nicotina e etanol (NIC+ETOH)
Nicotina free base (50μg/ml) (Sigma, St Louis, MO) foi diluída em sacarina a 2% e
administrada na água que os animais bebiam (única fonte de água).
O etanol foi administrado via intraperitoneal (i.p.), 2g/Kg de etanol, em solução
salina a 25% e as injeções aplicadas a cada dois dias.
Grupo exposto à nicotina (NIC)
Neste grupo os animais foram expostos à nicotina e receberam injeções de salina.
Nicotina free base (50μg/ml) (Sigma, St Louis, MO) foi diluída em sacarina a 2% e
administrada na água que os animais bebiam (única fonte de líquido).
A salina foi administrada via intraperitoneal (i.p.) de acordo com o peso de cada
animal e as injeções ocorreram a cada dois dias.
Grupo exposto ao etanol (ETOH)
Neste grupo os animais foram expostos ao etanol e receberam solução de sacarina a 2%.
O etanol foi administrado via intraperitoneal (i.p), 2g/Kg de etanol, em solução salina
a 25% e as injeções aplicadas a cada dois dias.
A solução de sacarina a 2% foi administrada na água que os animais bebiam (única
fonte de líquido).
Grupo Controle (VEH)
Neste grupo os animais receberam solução de sacarina a 2% na água que os animais
bebiam (única fonte de líquido) e injeções intraperitoneais (i.p)de salina a cada dois dias.
3.3. Ingesta de líquido, peso corporal e consumo de nicotina
A ingesta de líquido e o peso dos animais foram medidos diariamente durante o
período de exposição. A razão entre a ingesta e o peso do animal (ingesta/peso) foi
24
calculada para todos os grupos de tratamento a fim de detectar possíveis alterações na
ingesta de solução em relação ao peso do animal durante o período de tratamento.
Para os grupos NIC e NIC+ETOH foi quantificado o consumo diário de nicotina
(mg/kg). O consumo diário de solução foi multiplicado pela dose de nicotina (nicotina free
base; 50μg/ml) para ser dividido pelo peso corporal correspondente ao dia da ingesta,
sendo assim, temos:
Sendo:
NICOTINA
DIAi
: consumo de nicotina (em μg/g ou em mg/Kg) no dia i;
DOSE: 50μg de nicotina / ml de sacarina a 2%;
INGESTA
DIAi
: volume (em ml) de solução ingerido no dia i
PESO
DIAi
: peso do animal (em g) no dia i
3.4. Teste comportamental
Cada animal foi submetido ao teste do labirinto em cruz elevado em uma das
seguintes idades: durante a exposição (PN45), cinco dias (PN50) ou um mês (PN75) após o
término da exposição. Ao término do período de exposição, todos os animais testados em
PN50 e PN75 retornavam ao consumo normal de água até a data do teste.
Labirinto em cruz elevado (LCE)
O teste de labirinto em cruz elevado (LCE) é um dos mais populares testes em uso
atualmente dentre os testes comportamentais utilizados para se quantificar os níveis de
ansiedade em animais experimentais (Carobrez e Bertoglio, 2005). O LCE foi validado
DIAi
DIAi
DIAi
PESO
INGESTADOSE
NICOTINA
×
=
25
para uso em espécies como ratos (Pellow et al., 1985) e camundongos (Lister, 1987). As
expressões comportamentais observadas no teste LCE representam uma combinação de
comportamentos exploratórios e de esquiva, assim como de atividade geral (Carobrez e
Bertoglio, 2005).
O LCE consiste em um aparelho de acrílico pintado de cinza constituído por 4 braços
- 2 abertos (BA) e 2 fechados (BF) - dispostos em forma de cruz e elevado 50 cm do chão.
As medidas do aparelho são: braços abertos com 5 cm de largura e 29 cm de comprimento
sem paredes e braços fechados com 5 cm de largura, 29 cm de comprimento e 15 cm de
altura (Fig. 1).
Braço Aberto (BA)
Braço Fechado
(BF)
Braço Aberto (BA)
Braço Fechado
(BF)
Figura 1: Foto em vista superior do labirinto em cruz elevado.
Antes do início de cada teste, as gaiolas dos animais foram transportadas para a sala
de teste onde os animais foram ambientados por 10 minutos. Para realização dos testes, os
animais foram colocados sempre na interseção entre os braços, com a cabeça na direção de
um dos braços fechados. A duração do teste foi de 10 minutos. Após o término de cada
teste, o labirinto era limpo com um pano umedecido com água com o intuito de eliminar
excretas e minimizar odores que pudessem interferir no comportamento dos demais
26
animais a serem testados. Os testes foram realizados na fase escura, numa sala com
proteção acústica e gravados por uma câmera de vídeo (VHS) posicionada a 1m acima do
labirinto para análise posterior.
3.5. Variáveis quantificadas
A partir das imagens gravadas, foram quantificados o tempo de permanência dos
animais nos braços abertos e braços fechados assim como número de entradas nos braços
abertos e braços fechados; para tal foi utilizado o programa ACC PlusM 102 Avaliação
Computadorizada de Comportamento (desenvolvido no Laboratório de
Neurofisiologia/DCF/IBRAG/UERJ). A partir destas medidas, foram quantificados o
percentual de tempo nos braços abertos e o pe
27
Percentual de entradas nos braços abertos (%Entradas BA): Foi calculado a partir
da razão entre o número de entradas nos braços abertos e a soma do número de entradas
nos braços abertos e braços fechados (BF): %Entradas BA = Nº de entradas / Total de
entradas BA+BF.
Medida de atividade
Com o objetivo de verificar se a atividade locomotora é afetada pela a nicotina e/ou
etanol, a soma do número de entradas nos braços abertos e número de entradas nos braços
fechados (Entradas BA+BF), foi utilizada como medida de atividade geral (Cruz et al.,
1994; Pellow et al., 1985; Rodgers et al., 1995; Rodgers e Dalvi, 1997).
3.6. Análise estatística
Análise dos dados de peso, ingesta, ingesta/peso e ansiedade
Os dados são apresentados como médias e erros padrão. Para reduzir a probabilidade
de erro estatístico do tipo 1 que pode resultar de testes repetidos, os resultados foram
analisados inicialmente usando uma ANOVA global de repetição (ANOVAr) para todos os
fatores (
TRATAMENTO de nicotina e/ou etanol, IDADE e SEXO), sendo os resultados log-
transformados toda vez que a variância era heterogênea . Para o consumo de nicotina, os
efeitos da nicotina e/ou etanol no peso corporal e na ingesta/peso, o DIA foi considerado
como fator de repetição. As
MEDIDAS DE ANSIEDADE (TEMPO BA, %TEMPO BA,
ENTRADAS BA, %ENTRADAS BA) também foram tratadas como medidas de repetição,
visto que cada medida foi obtida do mesmo animal.
ANOVAs de menor ordem foram utilizadas toda vez que interações de
TRATAMENTO com outros fatores foram detectadas. Essas determinações foram feitas
antes de ser decidido se haveria separação por sexo dentro de cada grupo de tratamento.
28
Diferenças entre grupos individuais ou diferenças entre as idades foram analisadas
utilizando FPLSD ( Fisher Protected Least Significant Difference) como teste post-hoc.
Entretanto, toda vez que não havia interação entre TRATAMENTO e outros fatores, apenas
o efeito do TRATAMENTO era considerado. O valor de significância assumido foi de
p<0,05 para o efeito do tratamento e p<0,1 para interações. Foi avaliado também se efeitos
do TRATAMENTO detectados em ANOVAs de menor ordem eram mantidos após a
subdivisão dos fatores de interação (Snedecor e Cochran, 1967).
O desenho do estudo requereu duas formas diferentes de análise do efeito do
tratamento com nicotina e/ou etanol. Para comparar os quatro grupos tratados (VEH, NIC,
ETOH, NIC+ETOH) entre si, uma análise unidimensional com o fator TRATAMENTO foi
utilizada. Para determinar se a nicotina interfere com os efeitos do etanol ou vice versa, ou
seja, se há interação entre os efeitos da exposição à nicotina e etanol, uma análise
bidimensional foi utilizada com um fator correspondendo ao tratamento com nicotina
(NICOTINA) e o outro correspondendo ao tratamento com etanol (ETANOL). Neste
formato, efeitos mais-que-aditivos (sinergistas) e menos-que-aditivos aparecem como
interações significativas entre as duas dimensões de tratamento (
NICOTINA×ETANOL),
enquanto que efeitos aditivos não apresentam interações significativas (Abreu-Villaça et al,
2004a, 2004b, 2007; Rhodes et al., 2003).
ANOVAs univariadas (TRATAMENTO, IDADE E SEXO usados como fatores) foram
utilizadas para avaliar alterações de atividade (Entradas BA+BF).
Considerando que os animais tinham livre acesso à solução de nicotina, variações na
quantidade de nicotina ingerida são esperadas. A normalidade da distribuição de média de
consumo diário de nicotina foi testada pelo teste Kolmogorov-Smirnov para uma amostra
(K-S). A fim de verificar se houve associações significativas entre a quantidade total de
29
nicotina ingerida e as variáveis comportamentais, foram calculados coeficientes de
correlação de Kendall’s (τ).
30
4. RESULTADOS
4.1. Efeitos da ingesta/peso, consumo de nicotina e peso corporal
Como indicado pela ANOVAr, ingesta/peso corporal aumentou durante o
experimento (DIA: F=90,6, df=14, P<0,0001; 1º ao 5º dia: 0,26 ± 0,004 ml/g; 6º ao 10º dia:
0,32 ± 0,003 ml/g; 11º ao 15º dia: 0,35 ± 0,003 ml/g); entretanto, este aumento não foi
dependente do tratamento (não houve interação DIA × TRATAMENTO). Foi detectado
efeito do TRATAMENTO (F=8,4, df=3, P<0,0001) e interação entre TRATAMENTO ×
SEXO (F=3,3, df=3, P<0,02) (Fig. 2). Após a separação por sexo (ANOVA de menor
ordem), o efeito do TRATAMENTO foi encontrado apenas para as fêmeas (F=8,5, df=3,
P<0,0001), com o seguinte ordenamento dos grupos: VEH>NIC=ETOH>NIC+ETOH. A
exposição à nicotina proporcionou uma redução significativa na ingesta/peso em relação ao
grupo VEH (P<0,004; FPLSD), provavelmente devido a um efeito aversivo ao gosto da
solução de nicotina específico para fêmeas. Uma redução semelhante (uma vez que
NIC=ETOH, P=0,43, FPLSD) também foi identificada para o grupo ETOH quando
comparado com o grupo VEH (P<0,02, FPLSD), indicando que as injeções de etanol
também afetam negativamente a ingesta de líquido. As fêmeas que sofreram dupla
exposição (NIC+ETOH), apresentaram uma redução significativa de ingesta/peso em
relação ao grupo NIC (P<0,04, FPLSD), ETOH (P<0,02) e VEH (P<0,0001, FPLSD),
refletindo efeito aditivo da nicotina e do etanol (ANOVA bidimensional não detectou
interação NICOTINA × ETANOL).
31
MEAS
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
123456789101112131415
Dia
Ingesta/Peso
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
MACHOS
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
123456789101112131415
Dia
Ingesta/Peso
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
A
B
MEAS
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
123456789101112131415
Dia
Ingesta/Peso
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
MACHOS
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
123456789101112131415
Dia
Ingesta/Peso
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
A
B
Figura 2. A) Os valores de ingesta/peso das fêmeas diferiram entre os grupos experimentais. A exposição à nicotina
proporcionou uma redução significativa na ingesta/peso em relação ao grupo VEH. Redução semelhante foi identificada
para o grupo ETOH quando comparado com o grupo VEH . As fêmeas que sofreram dupla exposição (NIC+ETOH),
apresentaram uma redução significativa de ingesta/peso em relação ao grupo NIC, ETOH e VEH. B) Não houve
diferença significativa entre os valores de ingesta/peso dos machos dos 4 grupos experimentais.
Os dados de consumo de nicotina também indicaram um efeito do DIA (F=39,1,
df=14, P<0,0001) evidenciado por um aumento de consumo de nicotina ao longo do
experimento (1º ao 5º dia: 12,4 ± 0,2 mg/Kg, 6º ao 10º dia: 15 ± 0,2 mg/Kg, 11º ao 15º dia:
16,5 ± 0,2 mg/Kg). Foram encontradas interações de TRATAMENTO × SEXO (F=2,8,
32
df=1, P<0,1) e DIA × TRATAMENTO × SEXO (F=1,5, df=14, P<0,09). Após a separação
dos grupos por sexo, foi encontrado efeito de tratamento apenas para as fêmeas (F=4,9,
df=1, P<0,04), com redução no consumo de nicotina para o grupo NIC+ETOH quando
comparado com o grupo NIC restrito ao terceiro (P<0,04, FPLSD) e nono (P<0,03,
FPLSD) dia de exposição. Tal como esperado, o consumo de nicotina nos grupos NIC e
NIC+ETOH variaram de animal para animal. As distribuições dos dados de consumo
foram claramente normais em ambos os grupos (NIC K–S: Z=0.6, P>0.1; NIC + ETOH K–
S: Z=0.7, P>0.1). A análise dos coeficientes de correlação de Kendall indicaram que as
variações no total de nicotina consumida nos grupos NIC e NIC+ETOH não estavam
associadas a nenhuma das variáveis comportamentais (τ<0.1, P>0.1 em todos os casos).
Apesar das diferenças do efeito de TRATAMENTO e SEXO na ingesta/peso e no
consumo de nicotina, o ganho de peso (Fig. 3) não foi afetado pelo TRATAMENTO
(nenhuma interação foi observada).
MEAS
8
10
12
14
16
18
20
12345678910111213141516
Dia
Peso (g)
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
MACHOS
8
10
12
14
16
18
20
12345678910111213141516
Dia
Peso (g)
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
AB
MEAS
8
10
12
14
16
18
20
12345678910111213141516
Dia
Peso (g)
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
MACHOS
8
10
12
14
16
18
20
12345678910111213141516
Dia
Peso (g)
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
AB
Figura 3. O ganho de peso não foi afetado pelo tratamento.
33
4.2. Análise global das medidas de ansiedade
Considerando os quatro tipos de tratamento em uma rANOVA unidimensional,
foram encontradas interações de TRATAMENTO × IDADE (F=3,6, df= 6, P<0,002),
TRATAMENTO × IDADE × SEXO (F=2,0, df=6, P<0,06), TRATAMENTO × MEDIDAS
DE ANSIEDADE
(F=2,0, df=9, P<0,04), TRATAMENTO × MEDIDAS DE ANSIEDADE ×
IDADE (F=3,3, df=18, P<0,0001), TRATAMENTO × MEDIDAS DE ANSIEDADE ×
IDADE × SEXO (F=2,1, df=18, P<0,007).
Considerando os tratamentos com NICOTINA e ETANOL como fatores separados
numa ANOVA bidimensional, foram encontradas interações que indicam efeitos seletivos:
ETANOL × IDADE (F=2,6, df=2, P<0,08), ETANOL × IDADE × SEXO (F=2,4, df=2,
P<,0,09), ETANOL × MEDIDAS DE ANSIEDADE × IDADE × SEXO (F=2,3, df=6,
P<0,04), NICOTINA × MEDIDAS DE ANSIEDADE (F=2,2, df=3, P<0,09), NICOTINA ×
MEDIDAS DE ANSIEDADE × IDADE × SEXO (F=2,0, df=6, P<0,07). Além disso, houve
interação entre os dois tratamentos (ETANOL × NICOTINA: F=3,9, df=1, P<0,05) e entre
os dois tratamentos e as medidas de ansiedade (ETANOL × NICOTINA × MEDIDAS DE
ANSIEDADE
: F=3,0, df=3, P<0,04). Dada a interação de cada tipo de tratamento com o
tipo de medida de ansiedade e com a idade, os dados foram re-analisados separando-os por
tipos de medidas e por idades. Foram encontradas interações do tratamento com o sexo,
dessa forma, este fator foi mantido na análise a fim de verificar se as interações
permaneciam detectáveis.
34
4.3. Efeitos de ansiedade
Em PN45 (Figs. 4 e 5), com a análise unidimensional, foram encontrados efeitos de
TRATAMENTO para o Tempo BA (F=3,3, df=3, P<0,03) e para o %Entradas BA (F=3,7,
df=3, P<0,02). A exposição ao etanol gerou um aumento do Tempo BA (P<0,02, FPLSD)
e do %Entradas BA (P<0,01,FPLSD) em relação ao grupo VEH, refletindo uma resposta
ansiolítica. Os animais que receberam dupla exposição, apresentaram redução nos valores
de Tempo BA (P<0,007, FPLSD) e no %Entradas BA (P<0,003, FPLSD) quando
comparados com o grupo ETOH. Houve também uma tendência de diminuição de Tempo
BA para grupo NIC+ETOH quando comparado com o grupo NIC (P=0,06, FPLSD). Na
análise bidimensional (tratamento com NICOTINA e ETANOL considerados como fatores
separados na ANOVA), foram encontradas interações NICOTINA × ETANOL para Tempo
BA (F=9,1, df=1, P<0,004), e % Entradas BA (F=8,9,df=1, P<0,004), indicando um efeito
menos que aditivo da NICOTINA e ETANOL. Os efeitos ansiolíticos do etanol foram
reduzidos pela co-exposição à nicotina. Não foram encontrados efeitos do SEXO ou
interações
TRATAMENTO × SEXO.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
AB
***
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
AB
***
Figura 4. PN45 A exposição ao etanol gerou um aumento de Tempo BA (A) em relação ao grupo VEH, refletindo uma
resposta ansiolítica. Os animais que receberam dupla exposição, apresentaram redução nos valores de Tempo BA
quando comparados com o grupo ETOH. * = P<0,05; ** = P<0,01.
35
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Entradas B
A
AB
** **
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Entradas B
A
AB
** **
Figura 5. PN45 A exposição ao etanol gerou um aumento no %Entradas BA (B) em relação ao grupo VEH, refletindo
uma resposta ansiolítica. Os animais que receberam dupla exposição, apresentaram redução nos valores de %Entradas
BA quando comparados com o grupo ETOH. ** = P<0,01.
Para o total de Entradas BA+BF (Fig. 6), a ANOVA detectou efeito do
TRATAMENTO (F=4,3, df=3, P<0,008). De acordo com dados prévios (Saito et al, 2005;
Ulusu et al, 2005), a exposição apenas à nicotina gera um aumento da atividade motora
(NIC>VEH, P<0,02; NIC>ETOH, P<0,05; FPLSD). Todavia, o tratamento com etanol
reverteu o aumento da atividade motora gerado pela nicotina, como indicado pela diferença
significativa entre os valores dos grupos NIC e NIC+ETOH (NIC> NIC+ETOH, P<0,002;
FPLSD) e um efeito menos que aditivo da NICOTINA e ETANOL detectado pela interação
entre estes dois fatores na ANOVA bidimensional (F=3,4, df=1, P<0,06).
0
5
10
15
20
25
30
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA+BF
*
**
**
0
5
10
15
20
25
30
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA+BF
*
**
**
Figura 6. PN45 A exposição apenas à nicotina gerou um aumento da atividade motora. Todavia, o tratamento ao etanol
reverteu o aumento da atividade motora gerado pela nicotina como indicado pela diferença significativa entre os grupos
NIC e NIC+ETOH. * = P<0,05; ** = P<0,01.
36
Em PN50 (Figs. 7 e 8), considerando o TRATAMENTO como fator unidimensional
na ANOVA, foram encontradas interações de TRATAMENTO × SEXO para Tempo BA
(F=2,3, df=3, P<0,09) e %Tempo BA (F=2,5, df=3, P<0,07). Após a separação por sexo,
foi encontrado efeito de TRATAMENTO apenas para as fêmeas: Tempo BA (F=3,6, df=3,
P<0,03), %Tempo BA (F=4,2, df=3, P<0,02). As fêmeas que receberam nicotina (Tempo
BA: P<0,01, %Tempo BA: P<0,005; FPLSD), etanol (Tempo BA: P<0,02, %Tempo BA:
P<0,01; FPLSD) ou dupla exposição (Tempo BA: P<0,05, %Tempo BA: P<0,03; FPLSD),
apresentaram redução nos valores quando comparados com o grupo VEH evidenciando
uma resposta ansiogênica. Considerando o tratamento de NICOTINA e ETANOL como
fatores independentes na ANOVA bidimensional, as fêmeas apresentaram interação
NICOTINA × ETANOL para Tempo BA (F=5,0, df=1, P<0,03) e %Tempo BA (F=5,9,
df=1, P<0,02), indicando assim um efeito menos que aditivo da NICOTINA e ETANOL.
Não houve interações significativas em relação às medidas de atividade (Entradas BA+BF,
Fig. 9).
MACHOS
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
MEAS
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
MACHOS
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
MEAS
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
AB
CD
*
*
**
*
**
**
MACHOS
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
MEAS
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
MACHOS
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
MEAS
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
AB
CD
*
*
**
*
**
**
Figura 7. PN50 Somente as fêmeas que receberam nicotina, etanol ou dupla exposição, apresentaram redução nos
valores de Tempo BA (A) e %Tempo BA (B) quando comparados com o grupo VEH, evidenciando uma resposta
ansiogênica. * = P<0,05; ** = P<0,01.
37
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Entradas B
A
AB
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Entradas B
A
AB
Figura 8. PN50 Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação às medidas Entradas BA e %Entradas
BA.
0
5
10
15
20
25
30
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA+BF
Figura 9. PN50 Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação às medidas Entradas BA+BF.
Em PN75, um mês após o término da exposição (Figs. 10 e 11), considerando o
TRATAMENTO como fator unidimensional, a ANOVA detectou efeito do TRATAMENTO
para todas as medidas de ansiedade: Tempo BA (F=3,2, df=3, P<0,03) e %Tempo BA
(F=3,0, df=3, P<0,04), Entradas BA (F=3,5, df=3, P<0,02) e %Entradas BA (F=2,8, df=3,
P<0,05). Os animais que sofreram dupla exposição apresentaram redução dos valores
quando comparados com os grupos VEH (Tempo BA: P<0,02; %Tempo BA: P<0,04;
Entradas BA e %Entradas BA: P<0,03; FPLSD), NIC (Tempo BA: P<0,02; %Tempo BA:
P<0,009; Entradas BA: P<0,003; %Entradas BA: P<0,02, FPLSD) e ETOH (Tempo BA: e
38
%Entradas BA: P<0,02; FPLSD), indicando desta forma, uma resposta ansiogênica em
conseqüência à dupla exposição.
Considerando os tratamentos com NICOTINA e ETANOL como fatores separados
(análise bidimensonal), foram identificadas interações entre estes fatores para Tempo BA
(F=2,8, df=1, P<0,1), Entradas BA (F=3,5, df=1, P<0,07), %Entradas BA (F=3,3, df=1,
P<0,08). A interação entre os dois tratamentos indica que o efeito da dupla exposição não
pode ser explicado estatisticamente pela soma dos efeitos individuais de ambos. Apesar de
não provocarem, quando utilizados isoladamente, alterações nas medidas de ansiedade, o
uso concomitante da nicotina e do álcool resulta em redução significativa no Tempo BA
(F=2,8, df=1, P<0,1), Entradas BA (F=3,5, df=1, P<0,07) e %Entradas BA: (F=2,9, df=1,
P<0,08) quando comparados aos resultados do grupo VEH, revelando um efeito sinergista
da nicotina e etanol. O efeito da dupla exposição no %Tempo BA foi indistinguível de um
simples efeito aditivo da dupla exposição à nicotina e ao etanol.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
AB
*
*
*
*
**
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Tempo BA (s)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Tempo BA
AB
*
*
*
*
**
Figura 10. PN75 Os animais que sofreram dupla exposição apresentaram redução dos valores de Tempo BA quando
comparados com os grupos VEH, NIC e ETOH (A), e de %Tempo BA quando comparados com os grupos VEH e NIC
(B), indicando desta forma, uma resposta ansiogênica em conseqüência à dupla exposição. * = P<0,05; ** = P<0,01.
Para o total de entradas BA+BF (Fig. 12), a ANOVA detectou efeito do
TRATAMENTO (F=2,9, df=3, P<0,04). A exposição somente à nicotina provocou um
aumento na atividade locomotora quando comparado com o grupo NIC+ETOH (P<0,007;
FPLSD). Entretanto, não houve diferenças entre os outros grupos. A análise bidimensional
39
não indicou interação entre NICOTINA × ETANOL, corroborando o fato de que os efeitos
da dupla exposição foram indistinguíveis de um simples efeito aditivo da duas drogas.
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Entradas BA
A
B
*
**
*
*
*
0
1
2
3
4
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
%Entradas BA
A
B
*
**
*
*
*
Figura 11. PN75 Os animais que sofreram dupla exposição apresentaram redução dos valores de Entrada BA quando
comparados com os grupos VEH e NIC (A), e de %Entradas BA quando comparados com os grupos VEH, NIC e ETOH
(B), indicando desta forma, uma resposta ansiogênica em conseqüência à dupla exposição. * = P<0,05; ** = P<0,01.
0
5
10
15
20
25
30
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA+BF
**
0
5
10
15
20
25
30
VEH NIC ETOH NIC+ETOH
Entradas BA+BF
**
Figura 12. PN75 A exposição somente à nicotina provocou um aumento da atividade locomotora quando comparado
com o grupo NIC+ETOH. Não houve diferença entre os outros grupos. ** = P<0,01.
40
5. DISCUSSÃO
O uso de álcool é freqüentemente acompanhado pelo uso de outras substâncias
psicoativas, principalmente o tabaco. Dados epidemiológicos mostram que os alcoolistas
têm maior incidência de fumantes (mais de 85%, a maior taxa entre qualquer subgrupo
populacional) e que alcoolistas que fumam consomem mais cigarros por dia do que não
fumantes (Collins, 1990; Collins et al., 1988, 1995, 1996; El Fakahany et al., 1983;
Yoshida et al., 1982). Adicionalmente, estudos mostram que o início do hábito de fumar e
beber ocorre freqüentemente durante a adolescência, período no qual alterações
neuroadaptativas, hormonais e comportamentais ocorrem (Lopez et al., 2001).
Considerando-se que o consumo de álcool e tabaco freqüentemente estão associados
(Hughes, 1995), é importante entender a relação entre nicotina e etanol. Neste trabalho,
proporcionamos evidências experimentais para interações funcionais entre nicotina e etanol
na regulação de respostas comportamentais, em especial comportamentos relacionados à
ansiedade em camundongos adolescentes.
5.1. Resumo dos resultados
Para os animais testados em PN45, o etanol mostrou uma resposta ansiolítica com
aumento de Tempo BA e %Entradas BA dos animais do grupo ETOH em relação ao grupo
controle. Os animais que sofreram dupla exposição NIC+ETOH, quando comparados com
os animais do grupo ETOH, apresentaram uma diminuição no Tempo BA e %Entrada BA,
mostrando que a dupla exposição nicotina+etanol reverteu o efeito ansiolítico do etanol.
Para os animais testados em PN50, as fêmeas expostas à nicotina, etanol e
nicotina+etanol, apresentaram uma diminuição de Tempo BA em relação ao grupo
41
controle, retratando um efeito ansiogênico tanto da nicotina quanto etanol durante o
período de retirada.
Para os animais testados em PN75, a dupla exposição NIC+ETOH gerou uma
diminuição de Tempo BA, %Tempo BA, Entradas BA e %Entradas BA, indicando uma
reposta ansiogênica. Entretanto, a exposição somente ao etanol, ou a nicotina, não gerou
alterações nas medidas de ansiedade.
5.2. Considerações metodológicas
5.2.1. Camundongos C57BL/6
Ratos e algumas cepas de camundongos demonstram aversão ao gosto da nicotina.
Além de ser uma das cepas mais usadas para estudos de efeitos comportamentais
relacionados à nicotina (Siu e Tyndale, 2007), a C57BL/6 foi escolhida por ser uma cepa
que consome nicotina na concentração utilizada neste estudo. A administração de nicotina
via oral tem demonstrado gerar respostas comportamentais (Adriani et al, 2002, 2004;
Gaddnas et al, 2001) e alterações neuroquímicas, incluindo a
upregulation dos receptores
nicotínicos (Nuutinen et al, 2005; Sparks e Pauly, 1999), alteração nos níveis e
metabolismo de monoaminas (Gaddnas et al, 2000; Tammimaki et al, 2006; Vihavainen et
al, 2006), assim como alterações na expressão de genes envolvidos na plasticidade
sináptica induzidas por drogas de abuso (Marttila et al, 2006), doença de Alzheimer
(Gutala et al, 2006) nesta e em outras cepas. Contudo, a cepa C57BL/6 é conhecida por
apresentar características particulares, como alto consumo voluntário de etanol (Belknap et
al., 1993; Crawley et al., 1997) o que deve ser levado em consideração em estudos que
envolvam a administração desta substância, mesmo que os mecanismos envolvidos nesta
42
característica específica da cepa não sejam bem conhecidos (Crabbe et al., 1999). Apesar
das peculiaridades desta cepa, foram observadas diferenças significativas entre os grupos
deste estudo. Estes resultados indicam que existem aspectos fundamentais da
neurobiologia destes animais que são afetados pelo tratamento, os quais devem ser melhor
avaliados em futuras investigações. Futuros estudos de bases biológicas de interações entre
álcool e nicotina são necessários e o uso de outras cepas e espécies podem provir dados
valiosos.
5.2.2. Labirinto em cruz elevado
Modelos animais de ansiedade são amplamente utilizados para pesquisas de drogas
ansiolíticas assim como mecanismos cerebrais envolvidos na ansiedade (Graeff et al.,
1998). Dentre os testes comportamentais para se quantificar os níveis de ansiedade em
animais experimentais, o labirinto em cruz elevado é um dos mais populares testes in vivo
em uso atualmente (Carobrez e Bertoglio, 2005). A popularidade do teste, com cerca de
2500 ou mais artigos publicados (Web of Science, 2005), se deve a numerosas vantagens: é
um teste econômico, rápido, além da simplicidade de desenho e sensibilidade bidirecional
a drogas (sensível a efeitos ansiolíticos ou ansiogênicos) e do fato de não requerer
procedimentos de teste muito cansativos, privação de comida/água ou uso de choques
elétricos (Pellow et al., 1985; Rodgers et al., 1997). O LCE foi validado em espécies como
ratos (Pellow et al., 1985) e camundongos (Lister, 1987), e mais recentemente espécies
como porquinhos da índia (Rex et al., 1994), cobaias (Hendrie et al., 1994) e hamsters
sírios (Yannielli et al., 1996). Os roedores de forma geral evitam as áreas abertas do
labirinto, as quais presume-se sejam as mais aversivas e mostram preferência pelas partes
fechadas e protegidas pelas paredes do aparelho.
43
As expressões comportamentais observadas no teste LCE representam uma
combinação de comportamentos exploratórios e de esquiva, assim como de atividade geral,
todos os quais influenciados por fatores genéticos e ambientais. Como conseqüência, os
resultados obtidos no LCE podem ser fortemente influenciados pelas condições e
procedimentos de teste utilizados, sendo essencial reconhecer e controlar essas variáveis
quando o LCE é utilizado para analisar a ansiedade em animais. (Carobrez e Bertoglio,
2005). A partir das vantagens da aplicabilidade do LCE e de sua validade como teste para
modelos de ansiedade animal, o LCE foi utilizado neste estudo como ferramenta para
medir níveis de ansiedade de camundongos expostos ao etanol e/ou nicotina durante a
adolescência.
5.2.3. Doses e vias de administração
Apesar da concentração da nicotina utilizada no presente estudo parecer alta, a
absorção de nicotina na cavidade bucal produz níveis plasmáticos de cotinina, metabólito
da nicotina, (Klein et al, 2003; Klein et al, 2004; Sparks e Pauly, 1999) comparáveis com
aqueles encontrados em fumantes adolescentes (Binnie et al, 2004; Caraballo et al, 2004;
Wood et al, 2004). Em relação ao etanol, de acordo com estudos prévios em roedores
adolescentes, mesmo doses moderadas como a utilizada neste estudo, resultam em níveis
sanguíneos bem acima dos limites permitidos para um indivíduo dirigir (Silveri e Spear,
2000). Estudos anteriores descrevem que os níveis plasmáticos de etanol estão reduzidos
em animais que recebem exposição simultânea de etanol e nicotina (Chen e Harle, 2005;
Gilbertson e Barron, 2005; Nowak et al, 1987; Scott et al, 1993). Desta forma, pode ser
sugerido que o efeito menos que aditivo da exposição combinada de nicotina e etanol
descrita no presente estudo pode ser conseqüência de uma redução nos níveis plasmáticos
44
de etanol. Entretanto, esta redução foi descrita apenas em animais que receberam etanol via
oral, o que sugere que esta redução está relacionada a um atraso no esvaziamento gástrico
induzido pela nicotina (Chen e Harle, 2005; Gilbertson e Barron, 2005; Nowak et al, 1987;
Scott et al, 1993), levando a um aumento de metabolização do etanol pela álcool
desidrogenase gástrica (Oneta et al, 1998). De fato, outros estudos indicam que a nicotina
cronicamente utilizada não altera a concentração de etanol se este for administrado de
modo intravenoso (Hisaoka e Levy, 1985). Não podemos excluir a ocorrência de interações
metabólicas entre nicotina e etanol; contudo, uma vez que neste trabalho foram utilizadas
injeções intraperitoneais de etanol, é pouco provável que apenas interações metabólicas
possam explicar os dados obtidos. Adicionalmente, evidências que interações entre
nicotina e etanol não têm origem farmacocinéticas provêm de estudos que mostram que a
nicotina não influencia na taxa de eliminação do etanol e vice versa (Collins et al, 1988).
5.2.4. Efeito do consumo de nicotina e da ingesta/peso
A exposição à nicotina e a etanol causou uma redução de ingesta/peso apenas em
fêmeas. Além disso, a redução observada no grupo NIC+ETOH refletiu efeitos aditivos, o
que indica que as fêmeas do grupo NIC+ETOH receberam um pouco menos de nicotina
que as fêmeas do grupo NIC. Apesar de não podermos excluir a possibilidade que
diferenças no consumo de nicotina entre grupos possam influenciar os resultados, apenas
para as medidas de Tempo BA e %Tempo BA na idade de PN50, os resultados dos machos
diferiram das fêmeas, como indicaram as interações TRATAMENTO×SEXO. Entretanto,
para ambas as variáveis, nenhuma diferença foi encontrada entre os grupos NIC e
NIC+ETOH em relação a ambos os sexos. A ausência de efeito de sexo ou interações para
todas as outras medidas de ansiedade, a presença de efeitos sinergistas da exposição
45
combinada em PN75, a ausência na diferença de peso corporal e ausência de associação
entre as variações nas quantidades de nicotina ingerida e variáveis comportamentais,
indicam que as alterações nos níveis de ansiedade descritos neste trabalho não podem ser
explicadas pelas diferenças na ingesta/peso e/ou consumo de nicotina entre os grupos.
5.2.5. Efeitos da nicotina na atividade locomotora
Os resultados deste trabalho estão de acordo com estudos prévios que mostram que
camundongos são sensíveis aos efeitos de ativação locomotora da nicotina (Saito et al,
2005; Ulusu et al, 2005). Como a alteração na atividade poderia influenciar as medidas de
ansiedade, além do número absoluto de entradas nos braços abertos, foi calculado o
percentual de entradas nos braços abertos. Toda vez que eram encontradas alterações
significativas no valor absoluto de entradas nos braços abertos, também foram encontradas
alterações similares no percentual de entradas nos braços abertos, logo, mudanças nas
medidas de ansiedade, não refletem mudanças na atividade locomotora.
5.3. Efeitos ansiolíticos durante a exposição na adolescência
Os efeitos ansiolíticos do etanol têm sido amplamente descritos (Bilkei-Gorzo et al.,
1998; Colombo et al., 1995; Ferreira et al., 2000; Gallate et al., 2003; Hall et al., 1998;
Martijena et al., 2001; Martin-Garcia e Palares, 2005; Varlinskaya e Spear, 2002). De fato,
apesar de estudos anteriores sugerirem que adolescentes são menos sensíveis que adultos
aos efeitos ansiolíticos do etanol (Varlinskaya e Spear, 2002), recente estudo (Hefner e
Holmes, 2007) indica que camundongos adolescentes C57BL/6J exibem um aumento de
sensibilidade aos efeitos ansiolíticos do etanol quando comparados com adultos. Nossos
46
resultados indicam que o etanol reduz ansiedade durante a adolescência, reforçando a
hipótese que a ansiedade pode ser um fator crítico na etiologia no consumo de álcool
(Colobo et al., 1995). Adicionalmente, nossos resultados indicam que o período de
suscetibilidade inclui a adolescência, período no qual o uso de álcool normalmente
começa.
A nicotina tem sido descrita como ansiogênica ou ansiolítica (Adriani et al., 2004;
Brioni et al., 1993; Cheeta et al., 2001; Elliot et al., 2004; Marco et al., 2006; Ouagazzal et
al., 1999; Slawecki et al., 2003). Contudo, um estudo recente descreve que a nicotina
durante a adolescência não altera o estado de ansiedade em ratos (Marco et al., 2006).
Nossos resultados corroboram este estudo, uma vez que apesar de termos achado uma
tendência de aumento da ansiedade devido à exposição à nicotina durante a adolescência,
esta não alcançou significância estatística.
Adicionalmente, nossos resultados indicam que os efeitos ansiolíticos do etanol
foram reduzidos pela co-exposição à nicotina durante a adolescência. Tendo em vista
estudos prévios, nos quais as interações entre etanol e nicotina encontradas em roedores
adultos sugerem efeitos ansiolíticos aditivos ou sinergistas (dependendo do genótipo) (Cao
et al., 1993), assim como a falta de evidências de efeitos interativos de nicotina e etanol
durante a segunda semana de vida pós-natal (Gilbertson e Barron, 2005), os resultados
deste trabalho evidenciam a adolescência como período crítico de interações entre nicotina
e etanol, com efeitos únicos quando comparados com períodos como idade adulta e pré-
puberdade. Mais especificamente, a exposição à nicotina durante a adolescência parece
reverter os efeitos ansiolíticos do consumo de etanol. Tendo em vista nossos resultados,
sugerimos que adolescentes que co-abusam tabaco e etanol, consomem mais etanol a fim
de atingir níveis desejáveis no alívio da ansiedade. Neste sentido, estudos experimentais
com roedores têm demonstrado que a nicotina aumenta a auto-administração de etanol e
47
que essa resposta é suprimida pela mecamilamina (Le et al., 2000), um antagonista do
receptor, o que evidencia o envolvimento dos receptores nicotínicos na modulação do
consumo de etanol.
5.4. Efeito ansiogênico durante o período de retirada
Ansiedade é reconhecida como sintoma de retirada do tabaco (Hughes et al., 2000;
Hughes, 2007; Parrot, 2003). Neste sentido, o fato dos machos não apresentarem este
sintoma durante os cinco dias de retirada em relação à exposição à nicotina, foi algo
surpreendente. Em relação à nicotina, alterações comportamentais em machos eram
esperadas, visto que foi demonstrado anteriormente que eles demonstram modificações
mais persistentes nos sistemas colinérgicos, alvo primário da nicotina, após a exposição
durante a adolescência (Trauth et al., 1999; 2000a). Inversamente, nossos resultados
mostram que os níveis de ansiedade em fêmeas são claramente afetados durante um curto
período de retirada, de acordo com dados prévios encontrados em ratos expostos a esta
droga durante a adolescência (Trauth et al., 2000b). Além disso, estudos prospectivos com
fumantes sugerem que o aumento da ansiedade é um fator determinante de recaídas durante
tentativas de abandonar o vício somente para mulheres adolescentes (Dudas et al., 2005).
Em relação ao etanol, é bem estabelecido que o processo de retirada gera resposta
ansiogênica (File et al., 1993; Kliethermes, 2005). Entretanto, apesar do fato dos
adolescentes poderem ser hiposensíveis a manifestações ansiogênicas durante o período de
retirada, estes resultados não foram dependentes do sexo (Doremus et al., 2003;
Varlinskaya e Spear, 2004), o que está em contraste com nossos resultados, os quais
demonstram que os níveis de ansiedade estão aumentados apenas nas fêmeas. Em vista das
diferenças de sexo descritas acima, nossos resultados sugerem que fêmeas adolescentes são
48
mais suscetíveis às alterações nos níveis de ansiedade induzidas pela nicotina e etanol.
49
aumento de ansiedade (Slawecki, 2004) quanto hiposensibilidade aos efeitos de longo
prazo do etanol (Spear e Varlinskaya, 2005) devido a exposição durante a adolescência. A
ausência de efeitos de ansiedade um mês após exposição ao etanol suportam estes últimos
achados e estão de acordo com o fato de adolescentes diferirem comportamentalmente de
animais mais velhos (Spear, 2002).
A dupla exposição nicotina+etanol causou uma resposta ansiogênica um mês após a
exposição, revelando um efeito sinergista da nicotina e do etanol. De fato, ao que tudo
indica, os resultados deste trabalho constituem a primeira evidência experimental que o co-
abuso não tem um simples efeito aditivo nos níveis de ansiedade após um longo período de
retirada. Se um efeito similar ocorre após adolescentes co-abusarem nicotina e etanol,
sugerimos que o efeito sinergista pode facilitar recaída ao uso de drogas durante um
período de retirada de álcool e tabaco.
5.5. Neurobiologia das interações nicotina × etanol
O desenvolvimento do cérebro continua durante a adolescência sendo caracterizado
por uma contínua maturação dos sistemas neurais as quais abrangem neuroproliferação,
apoptose e severa perda de conexões sinápticas (Altman e Bayer, 1990; Bayer et al., 1982;
Bayer et al., 1983; Huttenlocher, 1990; McWilliams e Lynch, 1983; Rakic et al., 1994).
Mais especificamente, a maturação dos sistemas colinérgicos envolvidos em aprendizado,
memória e respostas a psicoestimulantes, é consolidada durante o período periadolescente
(Matthews et al., 1974; Nadler et al., 1974; Zahalka et al., 1993) e um aspecto importante
deste período é que a estimulação neural induz o rearranjo sináptico (Scheetz e
Constantine-Paton, 1994), o que indica que o cérebro adolescente é vulnerável a
substâncias estimulantes do sistema nervoso central. Sendo um análogo da acetilcolina, os
50
receptores nicotínicos colinérgicos são os primeiros mediadores celulares dos efeitos da
nicotina (Abreu-Villaça et al., 2003; 2004b). Em relação ao etanol, este influencia
diretamente a função de vários canais ionotrópicos, incluindo os receptores nicotínicos
(Grant, 1994). Desta forma, os receptores nicotínicos são um sítio de ação no qual nicotina
e etanol podem interagir. Corroborando estes dados, tem sido demonstrado que o etanol
aumenta o fluxo de íons induzido por agonistas através dos receptores nicotínicos (Aistrup
et al., 1999; Cardoso et al., 1999) e que a estimulação do sistema mesolímbico
dopamínérgico induzida pelo etanol envolve a ativação dos receptores nicotínicos
(Soderpalm et al., 2000). Apesar destes achados, existem relativamente poucos estudos
animais de neurobiologia básica de exposição combinada à nicotina e etanol e, enquanto
alguns estudos sugerem que a nicotina tem um efeito modulador nos efeitos do etanol
através de ações colinérgicas, outros mostram ausência de interações e alguns trabalhos
demonstram aumento de efeito (Bachtell e Ryabinin, 2001; Penland et al., 2001; Tizabi et
al., 2002; Tizabi et al., 2003). Desta forma, novos trabalhos devem ser realizados para
testar o papel dos sistemas colinérgicos nas alterações nos níveis de ansiedade associadas
com a exposição à nicotina e ao etanol durante a adolescência. Adicionalmente, evidências
neuroquímicas suportam a idéia de que outros substratos neurobiológicos também podem
estar envolvidos nos efeitos de ansiedade relacionados à exposição ao etanol e nicotina
durante a adolescência. Em relação a estes dados, ambos, nicotina e etanol (Cousins et al.,
2002; Grant, 1994; Slotkin, 2002; Valenzuela, 1997) interferem com os sistemas
GABAérgicos e serotoninérgicos, e ambos os sistemas apresentam evidências de mediar
parcialmente os efeitos de ansiedade (Cryan e Kaupmann, 2005; Lowry et al., 2005).
As regiões cerebrais afetadas durante a adolescência pela exposição à nicotina
(Abreu-Villaça et al, 2003; Slawecki e Ehlers, 2002; Trauth et al, 2000a) e etanol (Pascual
et al, 2007; White e Swartzwelder, 2004), incluem córtex e hipocampo. De fato, diversos
51
estudos têm demonstrado que os sistemas serotoninérgicos e dopaminérgicos do
hipocampo e córtex medeiam efeitos de ansiedade em modelos animais (Menard and Treit,
1999; Rex et al., 1997; Serra et al., 1999), os quais sugerem que alterações nessas regiões
cerebrais podem contribuir para alterações comportamentais observadas no presente
estudo. É importante notar a grande quantidade de evidências relacionadas à ação do fator
de liberação de corticotropina (CRF) na amígdala em respostas relacionadas à ansiedade.
De fato, o aumento de liberação de (CRF) na amígdala representa um mecanismo
envolvido nas respostas ansiogênicas e aversivas do período de retirada (Menard e Treit,
1999; Merali et al., 1998; Wiersma et al., 1995) comum a drogas de abuso como a nicotina
(Slawecki et al., 2005) e etanol (Merlo Pich et al, 1995; Rivier, 1996).
O fato da nicotina e etanol afetarem sistemas de neurotransmissores similares,
determina a possibilidade de interações menos que aditivas ou sinergistas entre os dois
tratamentos e, de fato, ambos os tipos de interações foram observadas no presente trabalho.
De forma geral, durante a exposição, o tratamento combinado induziu efeitos menos que
aditivos. O efeito ansiolítico do etanol foi reduzido pela co-exposição com a nicotina.
Durante a retirada, inicialmente, a exposição combinada induziu aumento nos níveis de
ansiedade, os quais refletiram efeitos menos que aditivos; entretanto, um mês após
exposição, o resultado ansiogênico refletiu principalmente efeitos sinergistas de nicotina e
etanol.
52
6. CONCLUSÕES
O consumo de nicotina e etanol entre humanos adolescentes é um severo problema
de saúde pública. Os efeitos deste consumo podem ser detectáveis ainda na idade adulta.
Desta forma, é importante caracterizar alterações comportamentais compartilhadas por
estas duas drogas a fim de compreendermos os mecanismos envolvidos na co-
administração de nicotina e etanol. Os resultados deste trabalho mostram que o etanol é
ansiolítico na adolescência de camundongos e que a nicotina reverte este efeito. Desta
forma, é possível que, em contraste com alguns estudos prévios (Cao et al, 1993; deFiebre
and Collins, 1992), em nosso modelo experimental, a associação entre o consumo de
nicotina e etanol não possa ser explicada por efeitos acumulativos de ansiedade. Pode ser
interessante estudar em adolescentes humanos, os quais podem ajustar o consumo de
acordo com sua vontade, se a redução do efeito ansiolítico do etanol causado pela co-
exposição ao tabaco gera um maior consumo de etanol.
Adicionalmente, apesar de nem os efeitos da nicotina nem do etanol persistirem após
um mês da exposição, os dados deste trabalho fornecem evidências que adolescentes que
consomem nicotina e etanol juntamente, tornam-se adultos ansiosos num longo período de
abstinência destas drogas. Ansiedade é um fator crítico para o uso uma vez que atua como
uma força que motiva a continuidade do consumo (Colombo et al., 1995; Gilbert et al.,
1989; Picciotto et al., 2002; Pomerleau, 1986). Desta forma, nossos resultados indicam que
nicotina e etanol interagem durante a adolescência alterando os níveis de ansiedade mesmo
na idade adulta. Se um efeito similar ocorrer após o co-abuso de tabaco e etanol em
adolescentes humanos, isto pode facilitar recaídas ao uso de drogas após longos períodos
de retirada de álcool e tabaco.
53
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABREU VILLAÇA Y, SEIDLER FJ, QIAO D, TATE CA, COUSINS MM, THILAI I,
SLOTKIN TA. Short-term adolescent nicotine exposure has immediate and persistent
effects on cholinergic systems: critical periods, patterns of exposure, dose thresholds.
Neuropsychopharmacology, 2003; 28:1935-49.
ABREU-VILLAÇA Y, SEIDLE FJ, SLOTKIN TA. Nicotine is a neurotoxin in the
adolescent brain: critical periods, patterns of exposure, regional selectivity, and dose
thresholds for macromolecular alterations. Brain Research, 2003a; 97:114-28.
ABREU-VILLAÇA Y, SEIDLER FJ, TATE CA, COUSINS MM, SLOTKIN TA. Prenatal
Nicotine Exposure Alters the Response to Nicotine Administration in Adolescence:
Effects on Cholinergic Systems during Exposure and Withdrawal.
Neuropsychopharmacology, 2004a; 29: 879-890.
ABREU-VILLAÇA Y, SEIDLER FJ, SLOTKIN TA. Does prenatal nicotine exposure
sensitize the brain to nicotine-induced neurotoxicity in adolescence?
Neuropsychopharmacology. 2004b;29:1440-50.
ABREU-VILLAÇA Y, QUEIROZ-GOMES F DO E, DAL MONTE AP, FILGUEIRAS
CC, MANHAES AC. Individual differences in novelty-seeking behavior but not in
anxiety response to a new environment can predict nicotine consumption in adolescent
C57BL/6 mice. Behaioural Brain Research, 2006; 167:175-82.
ABREU-VILLAÇA Y, NUNES F, DO E QUEIROZ-GOMES F, MANHAES AC,
FILGUEIRAS CC. Combined Exposure to Nicotine and Ethanol in Adolescent Mice
Differentially Affects Anxiety Levels during Exposure, Short-Term, and Long-Term
Withdrawal. Neuropsychopharmacology, 2007.
ADRIANI W, CHIAROTTI F, LAVIOLA G. Elevated novelty seeking and peculiar d-
amphetamine sensitization in periadolescent mice compared with adult mice.
Behavioral Neuroscience , 1998; 112:1152-66.
ADRIANI W, GRANSTREM O, MACRI S, IZYKENOVA G, DAMBINOVA S,
LAVIOLA G. Behavioral and neurochemical vulnerability during adolescence in mice:
studies with nicotine. Neuropsychopharmacology, 2004; 29: 869-878.
ADRIANI W, LAVIOLA G. A unique hormonal and behavioral hyporesponsivity to both
forced novelty and d-amphetamine in periadolescent mice. Neuropharmacology, 2000;
39:334-46.
ADRIANI W, LAVIOLA G. Elevated levels of impulsivity and reduced place conditioning
with d-amphetamine: two behavioral features of adolescence in mice. Behavioral
Neuroscience, 2003; 117: 695-703.
ADRIANI W, LAVIOLA G. Windows of vulnerability to psychopathology and therapeutic
strategy in the adolescent rodent model. Behavioural Pharmacology, 2004; 15: 341-52.
54
ADRIANI W, MACRI S, PACIFICI R, LAVIOLA G. Peculiar vulnerability to nicotine
oral self-administration in mice during early adolescence. Neuropsychopharmacology,
2002; 27:212-224.
ADRIANI W, SPIJKER S, DEROCHE-GAMONET V, LAVIOLA G, LE MOAL M,
SMIT AB. Evidence for enhanced neurobehavioral vulnerability to nicotine during
periadolescence in rats. The journal of neuroscience: the official journal of the society
for neuroscience, 2003; 23:4712-6
AGUAYO LG, PEOPLES RW, YEH HH, YEVENES GE. GABA(A) receptors as
molecular sites of ethanol action. Direct or indirect actions?. Current topics in
medicinal chemistry, 2002; 2: 869-85.
AISTRUP GL, MARSZALEC W, NARAHASHI T. Ethanol modulation of nicotinic
acetylcholine receptor currents in cultured cortical neurons. Molecular Pharmacology,
1999; 55: 39-49.
ALKONDON M, PEREIRA EF, BARBOSA CT, ALBUQUERQUE EX. Neuronal
nicotinic acetylcholine receptor activation modulates gamma-aminobutyric acid release
from CA1 neurons of rat hippocampal slices. The Journal of pharmacology and
experimental therapeutics, 1997;283:1396-411.
ALKONDON M, PEREIRA EF, EISENBERG HM, ALBUQUERQUE EX. Choline and
selective antagonists identify two subtypes of nicotinic acetylcholine receptors that
modulate GABA release from CA1 interneurons in rat hippocampal slices. The Journal
of neurosciense: The official jourrnal of the society for neurosciense. 1999; 19: 2693-
705.
ALKONDON M, PEREIRA EF, EISENBERG HM, ALBUQUERQUE EX. Nicotinic
receptor activation in human cerebral cortical interneurons: a mechanism for inhibition
and disinhibition of neuronal networks The Journal of neurosciense: The official
jourrnal of the society for neurosciense, 2000; 20: 66-75.
ALKONDON M, ALBUQUERQUE EX. Nicotinic acetylcholine receptor alpha7 and
alpha4beta2 subtypes differentially control GABAergic input to CA1 neurons in rat
hippocampus.Journal of neurophysiology, 2001;86: 3043-55.
ALKONDON M, ALBUQUERQUE EX. A non-alpha7 nicotinic acetylcholine receptor
modulates excitatory input to hippocampal CA1 interneurons. Journal of
neurophysiology. 2002;87: 1651-4.
ALTMAN J, BAYER SA. Migration and distribution of two populations of hippocampal
granule cell precursors during the perinatal and postnatal periods. Journal of
Comparative Neurology, 1990; 301: 365-381.
AMERICAN LUNG ASSOCIATION. Trends in tobacco use. Epidemiology and Statistics
Unit. New York: American Lung Association; 2002; 1-32.
AMTAGE F, NEUGHEBAUER B, MCINTOSH JM, FREIMAN J, ZENTNER T,
FEUERSTEIN TJ, JACKISCH R. Characterization of nicotinic receptors inducing
noradrenaline release and absence of nicotinic autoreceptors in human neocortex. Brain
Research Bulletin, 2004; 62:413-23.
55
ANDERSEN SL. Trajectories of brain development: point of vulnerability or window of
opportunity? Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 2003; 27: 3-18.
ARAMAKIS VB, AND METHERATE R. Nicotine selectively enhances NMDA receptor-
mediated synaptic transmission during postnatal development in sensory neocortex.
The Journal of neuroscience: the official journal of the society for neuroscience, 1998;
18: 8485-95.
ARNETT JJ. Adolescent storm and stress, reconsidered. The American psychologist, 1999;
54: 317-326.
BACHTELL RK, RYABININ AE. Interactive effects of nicotine and alcohol co-
administration on expression of inducible transcription factors in mouse brain.
Neuroscience, 2001; 103: 941-954.
BAER PE, GARMEZY LB, MCLAUGHLIN RJ, POKOMY AD, WEMICK MJ. Stress,
coping, family conflict, and adolescent alcohol use. Journal of Behavioral Medicine
1987; 10: 449-66.
BARRON S, WHITE A, SWARTZWELDER HS, BELL RL, RODD ZA, SLAWECKI
CJ, EHLERS CL, LEVIN ED, REZVANI AH, SPEAR LP Adolescent vulnerabilities
to chronic alcohol or nicotine exposure: findings from rodent models. Alcoholism,
Clinical and Experimental Research, 2005; 29:1720-5.
BAUMRIND, D.A. Developmental perspective on adolescent risk taking in contemporary
America. In: IRWIN, C.E., Jr. (Eds.) Adolescent Social Behavior and Health, San
Francisco, CA: Jossey-Bass, 1987, pp. 93-125.
BAYER SA, YACKEL JW, PURI PS. Neurons in the rat dentate gyrus granular layer
substantially increase during juvenile and adult life. Science, 1982 ; 216: 890-892.
BAYER SA. [3H] Thymidine-radiographic studies of neurogenesis in the rat olfactory
bulb. Experimental Brain Research, 1983; 50: 329-340.
BELKNAP JK, CRABBE JC, YOUNG ER. Voluntary consumption of ethanol in 15
inbred mouse strains. Psychopharmacology (Berl).
1993;112:503-10. The human
adolescent brain and alcohol use disorders, In: Recent developments in alcoholism,
vol.17 (Galanter Med), pp177-189. Kluwer Academic/Plennum, New York, NY.
BENES FM. Myelination of cortical-hippocampal relays during late adolescence.
Schizophrenia Bulletin, 1989; 15: 585-93.
BENOWITZ NL. Cigarette smoking and nicotine addiction. The Medical Clinics North
America, 1992;76:415-37.
BERGINK V, VAN MEGEN HJ, WESTENBERG HG. Glutamate and anxiety. European
neuropsychopharmacology: The journal of European College of
neuropsychopharmacology, 2004; 14: 175-83
BILKEI-GORZO A, GYERTYAN I, LEVAY G . mCPP-induced anxiety in the light-dark
box in rats-a new method for screening anxiolytic activity. Psychopharmacology,
1998;136: 291-298.
56
BINNIE V, MCHUGH S, MACPHERSON L, BORLAND B, MOIR K, MALIK K. The
validation of self-reported smoking status by analysing cotinine levels in stimulated
and unstimulated saliva, serum and urine. Oral Diseases, 2004; 10: 287-293.
BLOMQVIST O, SODERPALM B, ENGEL JA. Ethanol-induced locomotor activity:
involvement of central nicotinic acetylcholine receptors? Brain Research Bulletin,
1992; 29:173-8.
BLOMQVIST O, ERICSON M, JOHNSON DH, ENGEL JA, SODERPALM B.
Voluntary ethanol intake in the rat: effects of nicotinic acetylcholine receptor blockade
or subchronic nicotine treatment. European journal of pharmacology, 1996 31;
314:257-67.
BLOMQVIST O, ERICSON M, ENGEL JA, SODERPALM B. Accumbal dopamine
overflow after ethanol: localization of the antagonizing effect of mecamylamine.
European journal of pharmacology, 1997 10;334:149-56.
BRIELMAIER JM, MCDONALD CG, SMITH RF. Immediate and long-term behavioral
effects of a single nicotine injection in adolescent and adult rats. Neurotoxicology and
Teratology, 2007; 29: 74-80.
BRILEY M, CHOPIN P, MORET C. Effect of serotonergic lesion on "anxious" behaviour
measured in the elevated plus-maze test in the rat. Psychopharmacology (Berlin). 1990;
101:187-9.
BRIONI JD, O'NEILL AB, KIM DJ, DECKER MW. Nicotinic receptor agonists exhibit
anxiolytic-like effects on the elevated plus-maze test. European Journal of
Pharmacology, 1993; 238: 108.
BROWN AS Recovery patterns in adolescents substance abuse. In: BAER JS, MARLAT
GA, MACMAHON RJ, editors. Addictive behaviors across the life span: prevention,
treatment, and policy issues, Newbury Park, CA: Sage Publications, 1993.p.161-83.
BUISSON B, BERTRAND D. Chronic exposure to nicotine upregulates the human
(alpha)4((beta)2 nicotinic acetylcholine receptor function. The journal of neuroscience,
2001; 21:1819-29.
BUISSON B, BERTRAND D. Nicotine addiction: the possible role of functional
upregulation. Trends in pharmacological sciences, 2002; 23:130-6.
BURLING TA AND ZIFF DC. Tobacco smoking: a comparison between alcohol and drug
abuse inpatients.Addictive behaviors, 1988; 13:185-90.
CAO W, BURKHOLDER T, WILKINS L, COLLINS AC. A genetic comparison of
behavioral actions of ethanol and nicotine in the mirrored chamber. Pharmacology,
Biochemistry and Behavioral, 1993; 45: 803-809.
CAO YJ, SUROWY CS, PUTTFARCKEN PS. Nicotinic acetylcholine receptor-mediated
[3H] dopamine release from hippocampus. The Journal of pharmacology and
experimental therapeuticals, 2005; 312:1298-304.
57
CARABALLO RS, GIOVINO GA, PECHACEK TF . Self-reported cigarette smoking vs.
serum cotinine among U.S. adolescents. Nicotine Tobacco Research, 2004; 6: 19-25.
CARDOSO RA, BROZOWSKI SJ, CHAVEZ-NORIEGA LE, HARPOLD M,
VALENZUELA CF, HARRIS RA. Effects of ethanol on recombinant human neuronal
nicotinic acetylcholine receptors expressed in Xenopus oocytes. Journal of
Pharmacology Experimental, 1999; 289: 774-780.
CARMODY TP, BRISCHETTO CS, MATARAZZO JD, O'DONNELL RP, CONNOR
WE. Co-occurrent use of cigarettes, alcohol, and coffee in healthy, community-living
men and women. Health psychology, 1985; 4:323-35.
CAROBREZ AP, BERTOLIO LJ. Ethological and temporal analyses of anxiety-like
behavior: the elevated plus-maze model 20 years on. Neuroscience and Biobehavioral
Reviews, 2005; 29:1193-205.
CARR LA, ROWELL PP, PIERCE WM. Effects of subchronic nicotine administration on
central dopaminergic mechanisms in the rat. Neurochemical research., 1989;14:511-5.
CENTER OF DISEASE CONTROL AND PREVENTION MW. National Health
interview survey (NHIS). HYATTSVILLE, MD: National Center for Health Statistics;
1998.
CHAMBERS RA, TAYLOR JR, POTENZA MN. Developmental neurocircuitry of
motivation in adolescence: a critical period of addiction vulnerability. The American
Journal Psychiatry, 2003; 160: 1041-52.
CHEETA S, IRVINE EE, TUCCI S, SANDHU J, FILE SE. In adolescence, female rats are
more sensitive to the anxiolytic effect of nicotine than are male rats.
Neuropsychopharmacology, 2001; 25: 601-607.
CHEN J, MILLAR WJ. Age of smoking initiation: implications for quitting. Health
Reports, 1998; 9:39-46.
CHEN K, KANDEL DB. The natural history of drug use from adolescence to the mid-
thirties in a general population sample. American Jouranl of Public Health, 1995;
85:41-7.
CHEN WJ, HARLE LK. Interactive effect of alcohol and nicotine on developing
cerebellum: an investigation of the temporal pattern of alcohol and nicotine
administration. Alcohol Clinical Experimental Research, 2005; 29: 437-442.
CHUGANI HT: Neuroimaging of developmental nonlinearity and developmental
pathologies. In: Thatcher RW, Lyon GR, Rumsey j, Krasnegor N (eds): Developmental
Neuroimaging: mapping the development of brain and behavior. San Diego, Academic
Press, 1996; pp 187-195.
CLARK DB, KIRISCI L, TARTER RE. Adolescent versus adult onset and the
development of substance use disorders in males. Drug and alcohol dependence, 1998;
49:115-21.
58
COHEN BN, FIGL A, QUICK MW, LABARCA C, DAVIDSON N, LESTER HA.
Regions of beta 2 and beta 4 responsible for differences between the steady state dose-
response relationships of the alpha 3 beta 2 and alpha 3 beta 4 neuronal nicotinic
receptors. The journal of general physiology,1995;105:745-64.
COLLINS AC, BURCH JB, DE FIEBRE CM, MARKS MJ. Tolerance to and cross
tolerance between ethanol and nicotine. Pharmacology, Biochemistry and Behavior,
1988 29: 365-373.
COLLINS AC. Interactions of ethanol and nicotine at the receptor level. Recent
Developments in Alcoholism, 1990; 8: 221-31.
COLLINS AC, GRADY S, MARKS M. Ethanol selectivity modulates brain nicotine
receptor function. Alcohol: Clinical experimental research, 1995; 19: 502.
COLLINS AC, WILKINS L, SLOBE B, CAO J, BULLOCK A. Long-term ethanol and
nicotine treatment elicit tolerance to ethanol. Alcoholism, clinical and experimental
research, 1996; 20: 990-9.
COLOMBO G, AGABIO R, LOBINA C, REALI R, ZOCCHI A, FADDA F, GESSA GL.
Sardinian alcohol-preferring rats: a genetic animal model of anxiety. Physiology &
Behavior, 1995; 57: 1181-1185.
COLQUHOUN LM, PATRICK JW. Pharmacology of neuronal nicotinic acetylcholine
receptor subtypes.Advances in pharmacology (San Diego, Calif.), 1997; 39:191-220.
COUSINS MS, ROBERTS DC, DE WIT H. GABA(B) receptor agonists for the treatment
of drug addiction: a review of recent findings. Drug Alcohol Depend, 2002; 65: 209-
220.
CRABBE JC, PHILLIPS TJ, BUCK KJ, CUNNINGHAM CL, BELKNAP JK. Identifying
genes for alcohol and drug sensitivity: recent progress and future directions. Trends
Neuroscience, 1999; 22: 173-179.
CRAWLEY JN, BELKNAP JK, COLLINS A, CRABBE JC, FRANKEL W,
HENDERSON N, HITZEMANN RJ, MAXSON SC, MINER LL, SILVA AJ,
WEHNER JM, WYNSHAW-BORIS A, PAYLOR R. Behavioral phenotypes of inbred
mouse strains: implications and recommendations for molecular studies, 1997;
Psychopharmacology
(Berl) 132: 107-124.
CREWS FT, BRAUN CJ, HOPLIGHT B, SWITZER RC, KNAPP DJ. Binge ethanol
consumption causes differential brain damage in young adolescent rats compared with
adult rats. Alcoholism, Clinical and Experimental Research, 2000; 24:1712-23.
CROWLEY TJ, CHESLUK D, DILTS S, HART R. Drug and alcohol abuse among
psychiatric admissions. A multidrug clinical-tosicologic study. Archives of general
psychiatry, 1974; 30:13-20.
CRUZ AP, FREI F, GRAEFF FG. Ethopharmacological analysis of rat behavior on the
elevated plus-maze. Pharmacology, biochemistry, and behavior, 1994; 49: 171-6.
59
CRYAN JF, KAUPMANN K. Don't worry 'B' happy!: a role for GABA(B) receptors in
anxiety and depression. Trends Pharmacology Science, 2005; 26: 36-43.
DANI JA, RADCLIFFE KA, PIDOPLICHKO VI. Variations in desensitization of
nicotinic acetylcholine receptors from hippocampus and midbrain dopamine areas.
European Journal of Pharmacology, 2000; 393:31-8.
DANI JA, DE BIASI M. Cellular mechanisms of nicotine addiction. Pharmacology,
Biochemistry, and Behavior, 2001; 70: 439-46.
DANI JA, JI D, ZHOU FM. Synaptic plasticity and nicotine addiction. Neuron, 2001; 31:
349-52.
DAWSON DA. Drinking as a risk factor for sustained smoking. Drug Alcohol Depend.
2000; 59: 235-49.
DE BIASI M. Nicotinic receptor mutant mice in the study of autonomic function. Current
Drugs Targets CNS Neurological Disorders, 2002;1:331-6.
DE FIEBRE CM, COLLINS AC. Alcohol-nicotine actions and interactions: Studies in
humans and animals. In: Watson RR (ed). Alcohol and Neurobiology: Brain
development and hormone regulation. CRC Press, Boca Raton, FL, 1992; pp 305-339.
DE WIT DJ, MACDONALD K, OFFORD DR. Childhood stress and symptoms of drug
dependence in adolescence and early adulthood: social phobia as a mediator. American
journal of Orthopsychiatry,1999; 69:61-72.
DEYKIN EY, LEVY JC, WELL V. Adolescent depression, alcohol and drug abuse.
American journal of Public Health, 1987; 77:178-82.
DIAMOND A. Guidelines for the study of brain-behavior relationships during
development. In: LEVIN HS, EISENBERG HM e BENTON AL (Eds) Frontal lobe
function and disfunction, New York: Oxford Univ. Press, 1991. pp. 339-378.
DI CHIARA G. Role of dopamine in the behavioural actions of nicotine related to
addiction. European Journal of Pharmacology, 2000; 393:295-314.
DI FRANZA JR, GUERRERA MP. Alcoholism and smoking. Journal of studies on
alcohol, 1990; 51:130-5.
DI FRANZA JR, RIGOTTI NA, MCNEILL AD, OCKENE JK, SAVAGEAU JA, ST
CYR D, COLEMAN M. Initial symptoms of nicotine dependence in adolescents.
Tobacco control, 2000; 9: 313-9.
DOMINO EF AND YAMAMOTO KI. Nicotine: effect on the sleep cycle of the cat.
Science, 1965; 150: 637-8.
DOREMUS TL, BRUNELL SC, VARLINSKAYA EI, SPEAR LP. Anxiogenic effects
during withdrawal from acute ethanol in adolescent and adult rats. Pharmacology,
Biochemistry and Behavioral, 2003; 75: 411-418.
60
DOREMUS TL, VARLINSKAYA EI, SPEAR LP. Age-related differences in elevated
plus maze behavior between adolescent and adult rats. Annals of the New York
Academy Science, 2004; 1021: 427-30.
DREHER KF, FRASER JG. Smoking habits of alcohol outpatients. The international
journal of the addictions, 1967;2;259-68.
DUBAS, JS. Cognitive abilities and physical maturation. In: LERNER R.M., PETERSEN,
A.C. e BROOKS-GUNN, J. (Eds.) Encyclopedia of adolescence, Vol. 1, New York:
Garland, 1991. pp.133-138.
DUDAS RB, HANS K, BARABAS K. Anxiety, depression and smoking in schoolchildren
implications for smoking prevention. Journal of Royal Society Health, 2005; 125: 87-
92.
DUMAS TC, FOSTER TC. Late developmental changes in the ability of adenosine A1
receptors to regulate synaptic transmission in the hippocampus. Brain Research
Developmental Brain Research, 1998; 105:137-9.
DUNCAN SC, ALPERT A, DUNCAN TE, HOPS H. Adolescent alcohol use development
and young adult outcomes. Drug and alcohol dependence, 1997;49:39-48.
DUNN AJ, KRAMARCY NR. Neurochemical responses in stress: Relationships between
the hypotalamic-pituitary-adrenal and catecholamine systems. In: IVERSEN, LL;
IVERSEN SD e SNYDER SH (Eds) Handbook of Psycopharmacology, Vol. 18, New
York: Plenum, 1984. pp. 455-515.
ECKARDT MJ, FILE SE, GESSA GL, GRANT KA, GUERRI C, HOFFMAN OL,
KALANT H, KOOB GF, LI TK, TABAKOFF B Effects of moderate alcohol
consumption on the central nervous system. Alcoholism, Clinical and Experimental
Research, 1998; 22:998-1040.
EL FAKAHANY E, MITLER R, ABBSEEY M, EL DEFRAWI A, EL DEFRAWI M.
Alcohol modulation of drug binding to the channel sites of nicotinic acetylcholine
receptors. Journal of Pharmacology Experimental Therapy, 1983; 224: 289-96.
EL GOYHEN AB, JOHNSON DS, BOUTLER J, VETTER DE, HEINEMANN S. Alpha
9: an acetylcholine receptor with novel pharmacological properties expressed in rat
cochlear hair cells. Cell, 1994; 79:705-15.
EL GOYHEN AB, VETTER DE, KATZ E, ROTHLIN CV, HEINEMANN S. alpha10: a
determinant of nicotinic cholinergic receptor function in mammalian vestibular and
cochlear mechanosensory hair cells. Proceedings of the National Academy Science U S
A, 2001; 98:3501-6.
ELLIOTT BM, FARADAY MM, PHILLIPS JM, GRUNBERG NE. Effects of nicotine on
elevated plus maze and locomotor activity in male and female adolescent and adult
rats. Pharmacology, Biochemistry and Behavior, 2004 77: 21-28.
ELLIOTT BM, FARADAY MM, PHILLIPS JM, GRUNBERG NE. Adolescent and adult
female rats differ in sensitivity to nicotine's activity effects. Pharmacology,
Biochemistry, and Behavior, 2005; 80:567-75.
61
ENGEL JA. In: RYDBERG U, ALLING C, ENGEL JA, editors. Influence of age and
hormones on the stimulatory and sedative effects of ethanol. Alcohol and
thedeveloping brain, New York: Raven Press; 1985. p. 57-67.
ENGEL JA, ENERBÄCK C, FAHLKE C, HULTHE P, HARD E, JOHANNESSEN K,
SVENSSON L, SÖDERPALM B. In: NARANJO CA, SELLERS EM,
editors.Serotonergic and dopaminergic involvment in ethanol intake. Novel
pharmacological interventions for alcoholism, Berlin:Springer, 1992.
ENGEL JA, BLOMQVIST O, ERICSON M, SÖDERPALM B.In: PALOMO T,
BENINGER RJ, ARCHER T, editors. Neurochemical and behavioural studies on
ethanol and nicotine interactions. Interactive monoaminergic basis of brain disorders,
Madrid. Editorial Sintesis; 1999. p. 231-48.
ENOCH MA, GOLDMAN D The genetics of alcoholism and alcohol abuse. Current
psychiatry reports. 2001;3:144-51.
ERNST AJ, DEMPSTER JP, YEE R, et al. Alcohol toxicity, blood alcohol concentration
and body water in young and adult rats. I Stud Alcohol 37:347-356, 1976.
FAHLKE C, ENGEL JA, ERIKSSON CJ, HARD E, SODERPALM B. Involvement of
corticosterone in the modulation of ethanol consumption in the rat. Alcohol
(Fayetteville, NY), 1994; 11:195-202.
FENSTER CP, WHITWORTH TL, SHEFFIELD EB, QUICK MW, LESTER RA.
Upregulation of surface alpha4beta2 nicotinic receptors is initiated by receptor
desensitization after chronic exposure to nicotine. The journal of neuroscience, 1999;
19:4804-14.
FERGUSSON DM, LYNSKEY MT, HORWOOD LJ. Childhood exposure to alcohol and
adolescent drinking patterns. Addiction, 1994; 89:1007-16.
FERREIRA VM, TAKAHASHI RN, MORATO GS. Dexamethasone reverses the ethanol-
induced anxiolytic effect in rats. Pharmacololy, Biochemistry and Behavior, 2000; 66:
585-590.
FILE SE, ANDREWS N, AL-FARHAN M. Anxiogenic responses of rats on withdrawal
from chronic ethanol treatment: effects of tianeptine. Alcohol, 1993; 28: 281-286.
FILE SE, CHEETA S, KENNY PJ. Neurobiological mechanisms by which nicotine
mediates different types of anxiety. European Journal of Pharmacology, 2000; 393:
231-6.
FINN DA, CRABBE JC Exploring alcohol withdrawal syndrome.Alcohol health and
research world 1997; 21:149-56.
FRIEDMAN J, HUMPHREY JA. Antecedents of collegiate drinking. Journal of youth and
adolescence 1985; 14:11-21.
GADDNAS H, PIETILA K, AHTEE L. Effects of chronic oral nicotine treatment and its
withdrawal on locomotor activity and brain monoamines in mice. Behaviour Brain
Research, 2000; 113:65-72.
62
GADDNAS H, PIETILA K, PIEPPONEN TP, AHTEE L. Enhanced motor activity and
brain dopamine turnover in mice during long-term nicotine administration in the
drinking water. Pharmacology, Biochemistry and Behavior, 2001; 70:497-503.
GALLATE JE, MORLEY KC, AMBERMOON P, MCGREGOR IS. The consequences of
beer consumption in rats: acute anxiolytic and ataxic effects and withdrawal-induced
anxiety. Psychopharmacology (Berl), 2003 166: 51-60.
GARRIDO R, MATTSON MP, HENNING B, TOBOREK M. Nicotine protects against
arachidonic-acid-induced caspase activation, cytochrome c release and apoptosis of
cultured spinal cord neurons. Journal of neurochemistry, 2001;76:1395-403.
GENN RF, TUCCI AS, THOMAS A, EDWARDS JE, FILE AS. Age-associated sex
differences in response to food deprivation in two animal tests of anxiety.
Neuroscience Biobehavioral Review 2003; 27:155-61.
GENZEN JR, MCGEHEE DS. Short and long-term enhancement of excitatory
transmission in the spinal cord dorsal horn by nicotinic acetylcholine receptors.
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United states of America,
2003; 100:6807-12.
GENZEN JR, MCGEHEE DS. Nicotinic modulation of GABAergic synaptic transmission
in the spinal cord dorsal horn. Brain research, 2005; 1031: 229-37.
GIEDD JN. Structural magnetic resonance imaging of the adolescent brain. Annals of the
New York Academy of Science, 2004; 1021:77-85.
GILBERT DG, ROBINSON JH, CHAMBERLIN CL, SPIELBERGER CD .Effects of
smoking/nicotine on anxiety, heart rate, and lateralization of EEG during a stressful
movie. Psychophysiology, 1989; 26: 311-320.
GILBERTSON RJ, BARRON S. Neonatal ethanol and nicotine exposure causes locomotor
activity changes in preweanling animals. Pharmacology, Biochemistry and Behavior,
2005; 81: 54-64.
GILPIN EA, CHOI WS, BERRY C, PIERCE JP. How many adolescents start smoking
each day in the United States?. The Journal of adolescent health, 1999; 25:248-55.
GOEDERS NE. A neuroendocrine role in cocaine reinforcement.
Psychoneuroendocrinology, 1997; 22: 237-59.
GOPALAKRISHNAN M, MOLINARI EJ, SULLIVAN JP. Regulation of human
alpha4beta2 neuronal nicotinic acetylcholine receptors by cholinergic channel ligands
and second messenger pathways. Molecular Pharmacology, 1997; 52:524-34.
GRAEFF FG, NETTO CF, ZANGROSSI H. The elevated T-maze as an experimental
model of anxiety. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 1998; 23: 237-46.
GRANT BF, HARFORD TC, GRIGSON MB. Stability of alcohol consumption among
youth: A national longitudinal study. Journal of Studies on Alcohol, 1987; 49: 253-260
63
GRANT BF, DAWSON DA. Age at onset of alcohol use and its association with DSM-IV
alcohol abuse and dependence: results from the National Longitudinal Alcohol
Epidemiologic Survey. Journal of substance abuse, 1997; 9:103-10.
GRANT BF. Age at smoking onset and its association with alcohol consumption and
DSM-IV alcohol abuse and dependence: results from the National Longitudinal
Alcohol Epidemiologic Survey. Journal of Substance Abuse, 1998; 10: 59-73.
GRANT KA. Emerging neurochemical concepts in the actions of ethanol at ligand-gated
ion channels. Behavioral Pharmacology, 1994; 5: 383-404.
GRAY R RAJAN AS, RADCLIFFE KA, YAKEHIRO M, DANI JA. Hippocampal
synaptic transmission enhanced by low concentrations of nicotine. Nature, 1996; 383:
713-6.
GUTALA R, WANG J, HWANG YY, HAQ R, LI MD. Nicotine modulates expression of
amyloid precursor protein and amyloid precursor-like protein 2 in mouse brain and in
SH-SY5Y neuroblastoma cells. Brain Research, 2006 1093:12-19.
HALL FS, HUANG S, FONG GW, PERT A, LINNOILA M. Effects of isolation-rearing
on locomotion, anxiety and responses to ethanol in Fawn Hooded and Wistar rats.
Psychopharmacology, 1998; 139: 203-209.
HARRIS RA PROCTOR WR.MCQUILKIN SJ, KLEIN RL, MASCIA MP, WHATLEY
V, WHITING PJ, DUNWIDDIE TV. Ethanol increases GABAA responses in cells
stably transfected with receptor subunits. Alcoholism, Clinical and Experimental
Research, 1995; 19: 226-32.
HARRIS RA. Ethanol actions on multiple ion channels: which are important? Alcoholism,
clinical and experimental research, 1999; 23:1563-70.
HAWKINS JD, GRAHAM JW, MAGUIN E, ABBOTT R, HILL KG, CATALANO RF.
Exploring the effects of age of alcohol use initiation and psychosocial risk factors on
subsequent alcohol misuse. Journal of studies on alcohol, 1997; 58:280-90.
HEFNER K, HOLMES A. An investigation of the behavioral actions of ethanol across
adolescence in mice. Psychopharmacology (Berl), 2007.
HENDRIE CA, EILAM D, WEISS SM. Effects of diazepam and buspirone in two models
of anxiety in wild voles (Microtus socialis). Journal of Psychopharmacology, 1994,
abstract book, A46, 181.
HERNANDEZ M, SPEAR LP. Ethanol-induced analgesia in adolescent and adult rats.
Presented at the annual meeting of the International Society for Developmental
Psychobiology, 2003.
HISAOKA M, LEVY G. Kinetics of drug action in disease states XI: effect of nicotine on
the pharmacodynamics and pharmacokinetics of phenobarbital and ethanol in rats.
Journal Pharmacology Science, 1985; 74: 412-415.
64
HOLLSTEDT C, OLSSON O, RYDBERG U. The effect of alcohol on the developing
organism: Genetical, teratological and physiological aspects. Medical biology, 1977;
55:1-14.
HUGHES J. Clinical Implications of the association between smoking and alcoholism. In:
Fertig JB, Allen JP, editors. Alcohol and tobacco: from basic science to clinical pratice.
NIAAA Research Monograph nº 3 NIH Publ. nº 95-39-31. Washington (DC): National
Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, 1995; pp 171-85.
HUGHES JR, ROSE GL, CALLAS PW. Do former smokers respond to nicotine
differently from never smokers? A pilot studyNicotine Tobacco Research, 2000a; 2:
255-62.
HUGHES JR, STEAD LF, LANCASTER T. Anxiolytics for smoking cessation. Cochrane
Database Systematic Reviews, 2000; 4: CD002849.
HUGHES JR. Effects of abstinence from tobacco: etiology, animal models, epidemiology,
and significance: a subjective review. Nicotine Tobacco Research, 2007; 9: 329-39.
HUTTENLOCHER PR. Synapse elimination and plasticity in developing human cerebral
cortex. American Journal of Mental Deficiency, 1984; 88: 488-96.
HUTTENLOCHER PR. Morphometric study of human cerebral cortex development.
Neuropsychologia, 1990; 28: 517-527.
IMHOF JT, COELHO ZM, SCHMITT ML, MORATO GS, CAROBREZ AP. Influence of
gender and age on performance of rats in the elevated plus maze apparatus.
Behavioural Brain Research 1993; 56: 177-80.
IRVINE EE CHEETA S FILE SE Time-course of changes in the social interaction test of
anxiety following acute and chronic administration of nicotine. Behavioural
pharmacology. 1999;10: 691-7.
IRVINE EE, CHEETA S, FILE SE. Development of tolerance to nicotine's anxiogenic
effect in the social interaction test. Brain Research, 2001a; 894:95-100.
IRVINE EE, CHEETAH S, MARSHALL M, FILE SE. Different treatment regimens and
the development of tolerance to nicotine’s anxiogenic effects. Pharmacology,
Biochemistry, and behavior, 2001b; 68: 769-76.
JACOBSEN LK, KRYSTAL JH, MENCL WE, WESTERVELD M, FROST SJ, PUGH
KR. Effects of smoking and smoking abstinence on cognition in adolescent tobacco.
Biological Psychiatry, 2005;57: 56-66.
JANG MH, SHIN MC, LIM BV, CHUNG JH, KANG HS, KANG SA, CHOUE RW, KIM
EH, KIM CJ. Nicotine administration decreases nitric oxide synthase expression in the
hypothalamus of food-deprived rats. Neuroscience Letters, 2002; 322: 29-32.
JERNIGAN TL, TRAUNER DA, HESSELINK JR e TALLAL PA. Maturation of human
cerebrum observed in vivo during adolescence. Brain, 1991; 114: 2037-49.
65
JOHNSON V, PANDINA RJ. A longitudinal examination of the relationships among
stress, coping strategies, and problems associated with alcohol use. Alcoholism:
Clinical and experimental Research, 1993; 17:696-702.
KALSBEEK A; VOORN P; BUIJS RM; POOL CW , UYLINGS HB.Development of the
dopaminergic innervation in the prefrontal cortex of the rat. The Journal of
Comparative Neurology, 1988; 269:58-72.
KANDEL DB, LOGAN JA. Patterns of drug use from adolescence to young adulthood: I.
Periods of risk for initiation, continued use, and discontinuation. American Journal of
Public Health, 1984; 74: 660-6.
KANDEL DB, YAMAGUCHI K. Developmental patterns of the use of legal, illegal, and
medically prescribed psychotropic drugs from adolescence to young adulthood. NIDA
Research monograph, 1985; 56:193-235.
KARLIN A. Emerging structure of the nicotinic acetylcholine receptors. Nature reviews.
Neuroscience, 2002; 3:102-14.
KASSEL JD, UNROD M. Smoking, anxiety, and attention: support for the role of nicotine
in attentionally mediated anxiolysis. Journal of abnormal psychology, 2000 ;109:161-6.
KEIR WJ, DEITRICH RA, 1990. Development of central nervous system sensitivity to
ethanol and pentobarbital in short- and long-sleep mice. The journal of pharmacology
and experimental therapeutics, 1990; 254:831-5.
KIYOSAWA A KATSURABAYASHI S, AKAIKE N, PANG ZP, AKAIKE N. Nicotine
facilitates glycine release in the rat spinal dorsal horn. The journal of physiology, 2001;
536:101-10
KLEIN LC. Effects of adolescent nicotine exposure on opioid consumption and
neuroendocrine responses in adult male and female rats. Experimental and Clinical
Psychopharmacology, 2001; 9:251-61.
KLEIN LC, STINE MM, PFAFF DW, VANDENBERGH DJ. Maternal nicotine exposure
increases nicotine preference in periadolescent male but not female C57B1/6J mice.
Nicotine Tobacco Research, 2003; 5: 117-124.
KLEIN LC, STINE MM, VANDENBERGH DJ, WHETZEL CA, KAMENS HM. Sex
differences in voluntary oral nicotine consumption by adolescent mice: a dose-response
experiment. Pharmacology, Biochemistry and Behavior, 2004; 78: 13-25.
KLIETHERMES CL. Anxiety-like behaviors following chronic ethanol exposure.
Neuroscience Biobehavioral Reviews, 2005; 28: 837-850.
KOOB GF, HEINRICHS SC, PICH EM, MENZAGHI F, BALDWIN H, MICZEK K,
BRITTON KT. The role of corticotropin-releasing factor in behavioural responses to
stress. Ciba foundation symposium, 1993; 172:277-89.
KOOB GF. Neural mechanisms of drug reinforcement. Annals of the New York Academy
of Science, 1992; 654:171-91.
66
KOOB GF. Drugs of abuse: anatomy, pharmacology and function of reward
pathways.Trends in pharmacologicals Sciences, 1992a; 13: 177-84.
KOOB GF, ROBERTS AJ, SCHULTEIS G, PARSONS LH, HEYSER CJ, HYYTIA P,
MERLO-PICH E, WEISS F. Neurocircuity targets in ethanol reward and dependence.
Alcoholism, Clinical and Experimental Research, 1998; 22:3-9.
KOTA D, MARTIN BR, ROBINSON SE, DAMAJ MI. Nicotine dependence and reward
differ between adolescent and adult male mice. The journal of pharmacology and
experimental therapeutics, 2007.
LAL H, PRATHER PL, REZAZADEH SM. Anxiogenic behavior in rats during acute and
protracted ethanol withdrawal: reversal by buspirone. Alcohol, 1991; 8: 467-71.
LARSSON A, ENGEL JA Neurochemical and behavioral studies on ethanol and nicotine
interactions. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 2004; 27: 713-20.
LASSER K, BOYD JM, WOOLHANDLER S, HIMMELSTEIN DU, MCCORMIC D,
BOR DH. Smoking and mental illness: A population-based prevalence study. The
journal of American medical association, 2000; 284: 2606-10.
LAVIOLA G, ADRIANI W, TERRANOVA ML, GUERRA G. Psychobiological risk
factors for vulnerability to psychostimulants in human adolescents and animal
models.Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 1999; 23: 993-1010.
LAVIOLA G, MACRI S, MORLEY-FLETCHER S, ADRIANI W. Risk-taking behavior
in adolescent mice: psychobiological determinants and early epigenetic influence.
Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 2003; 27: 9-31.
LE AD, CORRIGALL WA, HARDING JW, JUZYTSCH W, LI TK. Involvement of
nicotinic receptors in alcohol self-administration. Alcohol Clinical Exp Research,
2000; 24: 155-163.
LEONARD S, BERTRAND D. Neuronal nicotinic receptors: from structure to
function.Nicotine & Tobacco Research, 2001; 3: 203-23.
LEONARD S, ADLER LE, BENHAMMOU , BERGER R, BREESE CR, DREBING C,
GAULT J, LEE MJ, LOGEL J, OLINCY A, ROSS RG, STEVENS K, SULIVAN B,
VIANZON R, VIRNICH DE, WALDO M, WALTON K, FREEDMAN R. Smoking
and mental illness. Pharmacology, Biochemistry, and Behavior, 2001; 70:561-70.
LEVIN ED, SIMON BB. Nicotinic acetylcholine involvement in cognitive function in
animals. Psychopharmacology, 1998; 138: 217-30.
LEWIS, DA. Development of the prefrontal cortex during adolescence: Insights into
vulnerable neural circuits in schizophrenia. Neuropsychopharmacology 16: 385-98,
1997.
LI X, EISENACH JC. Nicotinic acetylcholine receptor regulation of spinal norepinephrine
release. Anesthesiology, 2002; 96: 1450-6.
67
LINDSTROM J, ANAND R, GERZANICH V, PENG X, WANG F, WELLS G. Structure
and function of neuronal nicotinic acetylcholine receptors. Progress in Brain Research,
1996; 109: 125-37.
LINDSTROM J. Nicotinic acetylcholine receptors in health and disease. Molecular
neurobiology, 1997; 15: 193-222.
LISTER RG. The use of a plus-maze to measure anxiety in the mouse.
Psychopharmacology, 1987; 92: 180-185.
LITTLE HJ. Behavioral mechanisms underlying the link between smoking and
drinking.Alcohol research & health: The journal of the National Institute on Alcohol
Abuse and Alcoholism, 2000; 24:215-24.
LITTLE PJ, KUHN CM, WILSON WA, SWARTZWELDER HS. Differential effects of
ethanol in adolescent and adults rats. Alcoholism Clinical and Experimental Research,
1996; 20: 1346-51.
LOHR JB , FLYNN K. Smoking and schizophrenia. Schizophrenia.researsh, 1992; 8: 93-
102.
LOPEZ M F, WHITE M, RANDALL CL. Alcohol tolerance and nicotine cross-tolerance
in adolescent mice. Addiction biology, 2001; 6: 119-127.
LOWRY CA, JOHNSON PL, HAY-SCHMIDT A, MIKKELSEN J, SHEKHAR A.
Modulation of anxiety circuits by serotonergic systems. Stress, 2005; 8: 233-246.
MACRI’S, ADRIANI W, CHIAROTTI F, LAVIOLA G. Risk-taking during exploration of
a plus-maze is greater in adolescent than in juvenile or adult mice. Animal Behavior,
2002; 64: 541-46.
MALIN DH. Nicotine dependence: studies with a laboratory model. Pharmacology,
Biochemistry, and Behavior, 2001; 70: 551-9.
MANSVELDER HD, KEATH JR, MCGEHEE DS. Synaptic mechanisms underlie
nicotine-induced excitability of brain reward areas. Neuron, 2002; 33: 905-19.
MANSVELDER HD, MCGEHEE D. Cellular and synaptic mechanisms of nicotine
addiction. Journal of Neurobiology, 2002; 53: 606-17.
MARCO EM, LLORENTE R, MORENO E, BISCAIA JM, GUAZA C, VIVEROS MP.
Adolescent exposure to nicotine modifies acute functional responses to cannabinoid
agonists in rats. Behavior Brain Research, 2006; 172: 46-53.
MARKS MJ. , PAULY JR ,GROSS SD, DENERIS ES, HERMANS-BORGMEYER I,
HEINEMANN SF, COLLINS AC. Nicotine binding and nicotinic receptor subunit
RNA after chronic nicotine treatment. The journal of neuroscience, 1992;12:2765-84.
MARKWIESE BJ, ACHESON SK, LEVIN ED, WILSON WA, SWARTZWELDER HS.
Differential effects of ethanol on memory in adolescent and adult rats. Alcoholism
Clinical and Experimental Research, 1998; 22:416-121.
68
MARTIJENA ID, LACERRA C, BUSTOS SG, MOLINA VA. Chronic benzodiazepine
administration facilitates the subsequent development of ethanol dependence. Brain
Research, 2001; 891: 236-246.
MARTIN CA, KELLY TH, RAYNES MK, BROGLI BR, BRENZEL A, SMITH WJ,
OMAR HA. Sensation seeking, puberty, and nicotine, alcohol, and marijuana use in
adolescence. Journal of the American Academy Child Adolescent Psychiatry, 2002 ;
41:1495-502.
MARTIN-GARCIA E, PALLARES M. Intrahippocampal nicotine and neurosteroids
effects on the anxiety-like behaviour in voluntary and chronic alcohol-drinking rats.
Behavioral Brain Research, 2005; 164: 117-127.
MARTTILA K, RAATTAMAA H, AHTEE L. Effects of chronic nicotine administration
and its withdrawal on striatal FosB/DeltaFosB and c-Fos expression in rats and mice.
Neuropharmacology, 2006; 51:44-51.
MARUBIO LM, DEL MAR ARROYO-JIMENEZ M, CORDERO-ERAUSQUIN M,
LENA C, LE NOVERE N, DE KECHORVE D'EXAERD A, HUCHET M, DAMAJ
MI, CHANGEUX JP. Reduced antinociception in mice lacking neuronal nicotinic
receptor subunits. Nature, 1999; 398:805-10.
MATTHEWS DA, NADLER JV, LYNCH GS, COTMAN CW. Development of
cholinergic innervation in the hippocampal formation of the rat. Histochemical
demonstration of acetylcholinesterase activity. Developmental Biology, 1974; 36: 130-
141.
MC BRIDE WJ, BELL RL, RODD ZA, STROTHER WN, MURPHY JM Adolescent
alcohol drinking and its long-range consequences. Studies with animal models. Recent
developments in alcoholism: an official publication of the American Medical Society
on alcoholism, th Research Society on Alcoholism and the Nacional Council on
Alcoholism, 2005;17:123-42.
MC GEHEE DS AND ROLE LW. Physiological diversity of nicotinic acetylcholine
receptors expressed by vertebrate neurons. Annual Review Physiology, 1995; 57:521-
46.
MC NEILL AD. The development of dependence on smoking in children. British Journal
of Addiction, 1991; 86: 589-92.
MC WILLIAMS JR, LYNCH G. Rate of synaptic replacement in denervated rat
hippocampus declines precipitously from the juvenile period to adulthood. Science,
1983; 221: 572-574.
MENARD J, TREIT D. Effects of centrally administered anxiolytic compounds in animal
models of anxiety. Neuroscience Biobehavioral Review, 1999; 23:591-613.
MERALI Z, MCINTOSH J, KENT P, MICHAUD D, ANISMAN H. Aversive and
appetitive events evoke the release of corticotropin releasing hormone and bombesin-
like peptides at the central nucleus of the amygdala. Journal of Neuroscience; 1998;
18:4758-4766.
69
MERLO PICH EM, LORANG M, YEGANEH M, RODRIGUEZ DE FONSECA F,
RABER J, KOOB GF, WEISS F. Increase of extracellular corticotropin-releasing
factor-like immunoreactivity levels in the amygdala of awake rats during restraint
stress and ethanol withdrawal as measured by microdialysis. Journal of Neuroscience,
1995; 15:5439–5447.
MERRILL JC, KLEBER HD, SHWARTZ M, LIU H, LEWIS SR. Cigarettes, alcohol,
marijuana, other risk behaviors, and American youth. Drug and alcohol dependence,
1999; 56:205-12.
METTEN P AND CRABBE JC. Dependence and withdraw. In DEITRICH RA, ERWIN
VG, editors. Pharmacological effects of ethanol on the nervous system. Boca Raton
(FL): CRC press; 1996, p. 269-91.
MIAO H, LIU C, BISHOP K, GONG ZH, NORDBERG A, ZHANG X. Nicotine exposure
during a critical period of development leads to persistent changes in nicotinic
acetylcholine receptors of adult rat brain. Journal of neurochemistry, 1998; 70:752-62.
MITCHELL SH. Measures of impulsivity in cigarette smokers and non-smokers.
Psychopharmacology (Berl), 1999; 146: 455-64.
MORI T AISTRUP GL, NISHIKAWA K, MARSZALEC W, YEH JZ, NARAHASHI T
Basis of variable sensitivities of GABA(A) receptors to ethanol. Alcoholism, Clinical
and Experimental Research, 2000; 24:965-71.
MORIGUCHI S, ZHAO X, MARSZALEC W, YEH JZ, NARAHASHI T. Effects of
ethanol on excitatory and inhibitory synaptic transmission in rat cortical neurons.
Alcoholism, Clinical and Experimental Research, 2007;31: 89-99.
MORISSETTE SB, TULL MT, GULLIVER SB, KAMHOLZ BW, ZIMERING RT.
Anxiety, anxiety disorders, tobacco use, and nicotine: a critical review of
interrelationships. Psychology Bulletin. , 2007;133:245-72.
MOULARD B, PICARDI F, LE HELLARD S, AGULHON C, WEILAND S, FAVRE I,
BERTRAND S, MALAFOSSE A, BERTRAND D. Ion channel variation causes
epilepsies. Brain Research Brain Research Review, 2001; 36:275-84.
MOY SS, DUNCAN GE, KNAPP DJ, BREESE GR. Sensitivity to ethanol across
development in rats: comparison to [3H] zolpidem binding. Alcoholism Clinical and
Experimental Research, 1998; 22:1485-1492.
NADLER JV, MATTHEWS DA, COTMAN CW, LYNCH GS. Development of
cholinergic innervation in the hippocampal formation of the rat. II. Quantitative
changes in choline acetyltransferase and acetylcholinesterase activities. Development
Biology, 1974; 36: 142-154.
NELSON DA, GIOVINO GA, SHOPLAND DR, MOWERY PD, MILLS SL, ERIKSEN
MP. Trends in cigarette smoking among US adolescents, 1974 through 1991. American
Journal of Public Health, 1995; 85:34-40.
NISHIZAKI T, SUMIKAWA K. Effects of PKC and PKA phosphorylation on
desensitization of nicotinic acetylcholine receptors. Brain Research, 1998; 812: 242-5.
70
NOLLEY EP, KELLEY BM. Adolescent reward system perseveration due to nicotine:
studies with methylphenidate. Neurotoxicology and Teratololy, 2007; 29: 47-56.
NOWAK A, JONDERKO K, KACZOR R, NOWAK S, SKRZYPEK D. Cigarette
smoking delays gastric emptying of a radiolabelled solid food in healthy smokers.
Scand J Gastroenterol, 1987; 22: 54-58.
NUUTINEN S, AHTEE L, TUOMINEN RK. Time and brain region specific up-regulation
of low affinity neuronal nicotinic receptors during chronic nicotine administration in
mice. European Journal Pharmacologyl, 2005; 515:83-89.
ODELL WD. Sexual maturation in the rat. In: Grumbach MM, Sizonenco PC, Albert ML,
editors. Control of the onset of puberty, Baltimore, MD: Williams and Wilkins, 1990.
p. 183-210.
OJEDA SR, URBANSKI HF. Puberty in the rat. In: Knobil E, Neill JD, editors. The
physiology of reproduction, 2
nd
ed. New York, NY: Raven Press, 1994. p. 363-409.
O'LEARY KT AND LESLIE FM. Developmental regulation of nicotinic acetylcholine
71
the nucleus accumbens of rats predisposed to develop amphetamine self-
administration. Brain Research, 1991; 567: 169-74.
PICCIOTTO MR, BRUNZELL DH, CALDARONE BJ. Effect of nicotine and nicotinic
receptors on anxiety and depression. Neuroreport, 2002; 13:1097-106.
PIERCE JP, GILPIN E. How long will today's new adolescent smoker be addicted to
cigarettes? American Journal of Public Health, 1996; 86: 253-6.
POLLOCK NK, MARTIN CS Diagnostic orphans: adolescents with alcohol symptom who
do not qualify for DSM-IV abuse or dependence diagnoses. The American journal of
psychiatry, 1999;156: 897-901.
POMERLEAU OF. Nicotine as a psychoactive drug: anxiety and pain reduction.
Psychopharmacology Bulletin, 1986; 22: 865-869.
PONTIERI FE, TANDA G, ORZI F, DI CHIARA G. Effects of nicotine on the nucleus
accumbens and similarity to those of addictive drugs. Nature, 1996; 382: 255-7.
POPOVIC M, CABALLERO- BLEDA M, PUELLES L,GUERRI C. Multiple binge
alcohol consumption during rat adolescence increases anxiety but does not impair
retention in the passive avoidance task. Neuroscience Letters, 2004; 4; 357: 79-82.
POULOS CX, PARKER JL, LE DA. Increased impulsivity after injected alcohol predicts
later alcohol consumption in rats: evidence for "loss-of-control drinking" and marked
individual differences. Behavioral Neuroscience, 1998; 112: 1247-57.
POWELL K. Neurodevelopment: how does the teenage brain work? Nature, 2006; 442:
865-7.
PRESCOTT CA, KENDLER KS. Age at first drink and risk for alcoholism: a noncausal
association. Alcoholism: Clinical and Experimental Research, 1999; 23:101-7.
PRIMUS RJ, KELLOGG CK. Pubertal-related changes influence the development of
environment-related social interaction in the male rat. Developmental Psychobiology,
1989; 22: 633-43.
QUICK MW, LESTER RA. Desensitization of neuronal nicotinic receptors. Journal of
neurobiology, 2002; 53: 457-78.
RACHAL JV, GUESS LL, HUBBARD RL, MAISTO SA. Alcohol misure by adolescents.
Alcohol Health and Research Would, 1982; 6:61-8.
RAKIC P, BOURGEOIS JP, GOLDMAN-RAKIC PS, Synaptic development of the
cerebral cortex: implications for learning, memory, and mental illness. Progress Brain
Research, 1994; 102: 227-243.
RAO TS, CORREA LD, ADAMS P, SANTORI EM, SACAAN AI. Pharmacological
characterization of dopamine, norepinephrine and serotonin release in the rat prefrontal
cortex by neuronal nicotinic acetylcholine receptor agonists. Brain Research, 2003;
990:203-8.
72
RASMUSSEN DD, MITTON DR, GREEN, PUCHALSKI S. Chronic daily ethanol and
withdrawal: 2. Behavioral changes during prolonged abstinence. Alcohol Clinical
Experimental Research, 2001; 25: 999-1005.
REX A, FINK H, MARSDEN CA. Effects of BOC-CCK-4 and L 365.260 on cortical 5-
HT release in guinea-pigs on exposure to the elevated plus maze. Neuropharmacology,
1994;33:559-65.
REX A, MARSDEN CA, FINK H. Cortical 5-HT-CCK interactions and anxiety-related
behaviour of guinea-pigs: a microdialysis study. Neuroscience Letters, 1997; 228:79-
82.
REZVANI AH, LEVIN ED. Nicotine-alcohol interactions and cognitive function in rats.
Pharmacology, biochemistry and behaviour, 2002;72: 865-72.
RHODES MC, SEIDLER FJ, QIAO D, TATE CA, COUSINS MM, THILAI I. Does
pharmacotherapy for pretern labor sensitize the developing brain to environmental
neurotoxicants? Cellular and synaptic effects of sequential exposure to terbutaline and
chlorpyrifos in neonatal rats. Toxicol Appl Pharmacol 195: 203-217.
RIVIER C. Luteinizing-hormone-releasing hormone, gonadotropins, and gonadal steroids
in stress. Annals New York Academic Science, 1995; 771: 187-91.
RIVIER C. Alcohol stimulates ACTH secretion in the rat: mechanisms of action and
interactions with other stimuli. Alcohol Clinical Experimental Research, 1996; 20:240-
254.
ROBINS LN AND PRZYBECK TR. Age of onset of drug use as a factor in drug and other
disorders. NIDA Research Monograph, 1985; 56:178-92.
RODGERS RJ, COLE JC, ABOUALFA K, STEPHENSON LH. Ethopharmacological
analysis of the effects of putative 'anxiogenic' agents in the mouse elevated plus-maze.
Pharmacology, biochemistry, and behavior, 1995; 52: 805-13
RODGERS RJ, CAO BJ, DALVI A, HOLMES A. Animal models of anxiety: an
ethological perspective. Brazilian journal of medical and biological research,
1997;30:289-304.
RODGERS RJ, DALVI A. Anxiety, defence and the elevated plus-maze. Neuroscience
Biobehavioral Reviews, 1997; 21: 801-10.
ROELOFS SM. Hyperventilation, anxiety, craving for alcohol: a subacute alcohol
withdrawal syndrome. Alcohol.(Fayetteville, N.Y.), 1985;2:501-5.
ROLE LW AND BERG DK, Nicotinic receptors in the development and modulation of
CNS synapses. Neuron, 1996; 16 :1077-85.
ROSS SA, WONG JY, CLIFFORD JJ, KINSELLA A, MASSALAS JS, HORNE MK,
SCHEFFER IE, KOLA I, WADDINGTON JL, BERKOVIC SF, DRAGO J.
Phenotypic characterization of an alpha 4 neuronal nicotinic acetylcholine receptor
subunit knock-out mouse. The journal of neuroscience: the official journal of the
society for neuroscience, 2000; 20: 6431-41.
73
RUSTED JM, NEWHOUSE PA, LEVIN ED. Nicotinic treatment for degenerative
neuropsychiatric disorders such as Alzheimer's disease and Parkinson's disease.
Behavioural Brain Research, 2000; 113:121-9.
SAITO M, O’BRIEN D, KOVACS KM, WANG R, ZAVADIL J, VADASZ C. Nicotine-
Induced Sensitization in Mice: Changes in Locomotor Activity and Mesencephalic
Gene Expression. Neurochemistry Research, 2005; 30: 1027-1035.
SALAMONE F, ZHOU M. Aberrations in nicotinic acetylcholine receptors structure,
function, and expressions: implications in disease. MJM 5, 2000; 90-97.
SALAS R, PIERI F, FUNG B, DANI JA, DE BIASI M. Altered anxiety-related responses
in mutant mice lacking the beta4 subunit of the nicotinic receptor. The journal of
neuroscience: the official journal of the society for neuroscience, 2003; 23:6255.
SALIN-PASCUAL RJ, MORO LOPEZ ML, GONZALEZ-SANCHEZ H, BLANCO-
CENTURION C. Changes in sleep after acute and repeated administration of nicotine
in the rat. Psychopharmacology, 1999; 145:133-8.
SAPP DW AND YEH HH Ethanol-GABAA receptor interactions: a comparison between
cell lines and cerebellar Purkinje cells. The journal of pharmacology and experimental
therapeutics, 1998; 284:768-76.
SARGENT PB. The diversity of neuronal nicotinic acetylcholine receptors. Annual review
of neuroscience, 1993; 16: 403-43.
SARGENT PB. The distribution of neuronal nicotinic acetylcholine receptors. In:
Neuronal Nicotinic Receptors (Clement F et al., eds), 2000; 163-192.
SCHEETZ AJ, CONSTANTINE-PATON M . Modulation of NMDA receptor function:
implications for vertebrate neural development. FASEB Journal, 1994; 8: 745-752.
SCOTT AM, KELLOW JE, SHUTER B, NOLAN JM, HOSCHL R, JONES MP. Effects
of cigarette smoking on solid and liquid intragastric distribution and gastric emptying.
Gastroenterology, 1993; 104: 410-416.
SNEDECOR GW, COCHRAN WG. Statistical Methods, 6
th
edn. Iowa State University
Press, Iowa.
SERRA M, CONCAS A, MOSTALLINO MC, CHESSA MF, STOMATI M,
PETRAGLIA F, GENAZZANI AR, BIGGIO G. Antagonism of stress-induced
changes in GABAA receptor function and corticotropin-releasing factor concentration
in rat brain. Psychoneuroendocrinology, 1999; 24:269-284.
SILVERI MM, SPEAR LP. Decreased sensitivity to the hypnotic effects of ethanol early
in ontogeny. Alcoholism Clinical and Experimental Research, 1998; 22: 670-6.
SILVERI MM, SPEAR LP. Ontogeny of ethanol elimination and ethanol-induced
hypothermia. Alcohol 2000; 20: 45-53.
74
SIRCAR R, SIRCAR D Adolescent rats exposed to repeated ethanol treatment show
lingering behavioral impairments. Alcoholism, Clinical and Experimental Research,
2005; 29:1402-10.
SIU EC, TYNDALE RF. Characterization and comparison of nicotine and cotinine
metabolism in vitro and in vivo in DBA/2 and C57BL/6 mice. Molecular
Pharmacology, 2007; 71:826-34.
SLAWECKI CJ, EHLERS CL. Lasting effects of adolescent nicotine exposure on the
electroencephalogram, event related potentials, and locomotor activity in the rat. Brain
Research. Developmental Brain Research, 2002; 138:15-25.
SLAWECKI CJ, GILDER A, ROTH J, EHLERS CL. Increased anxiety-like behavior in
adult rats exposed to nicotine as adolescents. Pharmacology, Biochemistry and
Behavioral, 2003; 75: 355-361.
SLAWECKI CJ, ROTH J Comparison of the onset of hypoactivity and anxiety-like
behavior during alcohol withdrawal in adolescent and adult rats. Alcoholism, Clinical
and Experimental Research, 2004; 28:598-607.
SLAWECKI CJ, THORSELL A, EHLERS CL. Long-term neurobehavioral effects of
alcohol or nicotine exposure in adolescent animal models. Annals of the New York
Academy of sciences, 2004; 1021: 448-52.
SLAWECKI CJ, EHLERS CL. Enhanced prepulse inhibition following adolescent ethanol
exposure in Sprague-Dawley rats. Alcohol Clinical Experimental Research, 2005; 29:
1829-1836.
SLAWECKI CJ. Comparison of anxiety-like behavior in adolescent and adult Sprague-
Dawley rats. Behavioral Neuroscience, 2005; 119: 1477-83.
SLOTKIN, TA. Nicotine and the adolescent brain: insights from an animal model.
Neurotoxicology Teratology, 2002; 24: 369-384.
SMITH BR, HORAN JT, GASKIN S, AMIT Z. Exposure to nicotine enhances acquisition
of ethanol drinking by laboratory rats in a limited access paradigm. Pharmacology
(Berlin). 1999; 142:408-12.
SODERPALM B, ERICSON M, OLAUSSON P, BLOMQVIST O, ENGEL JA. Nicotinic
mechanisms involved in the dopamine activating and reinforcing properties of ethanol.
Behavioral Brain Research, 2000; 113: 85-96.
SOWELL ER; THOMPSON PM; TESSNER KD e TOGA AW. Mapping continued brain
growth and gray matter density reduction in dorsal frontal cortex: Inverse relationships
during postadolescent brain maturation. The Journal of Neuroscience: the official
journal of the society for neuroscience, 2001; 21:8819-29.
SPARKS JA, PAULY JR. Effects of continuous oral nicotine administration on brain
nicotinic receptors and responsiveness to nicotine in C57B1/6 mice.
Psychopharmacology, 1999; 141: 145-153.
75
SPEAR LP, SHALABY IA AND BRICK J. Chronic administration of haloperidol during
development: behavioral and psychopharmacological effects. Psychopharmacology,
1980; 70: 47-58.
SPEAR LP. The adolescent brain and age-related behavioral manifestations. Neuroscience
and Biobehavioral Reviews, 2000; 24: 417-63.
SPEAR LP. The adolescent brain and the college drinker: biological basis of propensity to
use and misuse alcohol. Journal of Study Alcohol Supplement, 2002; 14: 71-81.
SPEAR LP, VARLINSKAYA IE. Adolescence. Alcohol sensitivity, tolerance, and intake.
Recent developments in alcoholism: an official publication of the American Medical
Society on alcoholism, Research Society on Alcoholism and the Nacional Council on
Alcoholism 2005;17:143-59.
STAMFORD JA, 1989 Development and ageing of the rat nigrostriatal dopamine system
studied with fast cyclic voltammetry. Journal of Neurochemistry, 1989; 52:1582-9.
STEWART DG BROWN SA. Withdrawal and dependency symptoms among adolescent
alcohol and drug abusers. Addiction (Abingdon, England), 1995; 90: 627-35.
STOLERMAN IP AND SHOAIB M. The neurobiology of tobacco addiction. Trends in
pharmacological science, 1991; 12: 467-73.
SWARTZWELDER HS, WILSON WA, TAYYEB MI. Age-dependent inhibition of long-
term potentiation by ethanol in immature versus mature hippocampus. Alcoholism
Clinical and Experimental Research, 1995a; 19: 1480-5.
SWARTZWELDER HS, WILSON WA, TAYYEB MI. Differential sensitivity of NMDA
receptor-mediated synaptic potentials to ethanol in immature versus mature
hippocampus. Alcoholism Clinical Experimental Research, 1995b; 19: 320-3.
TAMMIMAKI A, PIETILA K, RAATTAMAA H, AHTEE L. Effect of quinpirole on
striatal dopamine release and locomotor activity in nicotine-treated mice. European
Journal of Pharmacology, 2006; 531: 118-125.
TANAPAT P, HASTINGS NB, REEVES AJ, GOULD E. Estrogen stimulates a transient
increase in the number of new neurons in the dentate gyrus of the adult female rat.
Journal of Neuroscience, 1999; 19: 5792-5801.
TASSONYI E, CHARPANTIER E, MULLER D, DUMONT L, BERTRAND D. The role
of nicotinic acetylcholine receptors in the mechanisms of anesthesia. Brain Research
Bulletin, 2002; 57:133-50.
TEICHER MH, ANDERSEN SL, HOSTETTER JC JR. Evidence for dopamine receptor
pruning between adolescence and adulthood in striatum but not nucleus accumbens.
Brain Research Developmental Brain Research, 1995; 89:167-72.
TEICHER MH, ANDERSEN SL, POLCARI A, ANDERSON CM, NAVALTA CP, KIM
DM. The neurobiological consequences of early stress and childhood maltreatment.
Neuroscience and Biobehavioral Reviews , 2003; 27: 33-44.
76
TIZABI Y, AL-NAMAEH M, MANAYE KF, TAYLOR RE. Protective effects of nicotine
on ethanol-induced toxicity in cultured cerebellar granule cells. Neurotoxology
Research. 2003; 5: 315-21.
TIZABI Y, COPELAND RLJ, LOUIS VA, TAYLOR RE. Effects of combined systemic
alcohol and central nicotine administration into ventral tegmental area on dopamine
release in the nucleus accumbens. Alcoholism Clinical Experimental Research, 2002;
26: 394-399.
TRAUTH JA, SEIDLER FJ, MCCOOK EC, SLOTKIN TA. Adolescent nicotine exposure
causes persistent upregulation of nicotinic cholinergic receptors in rat brain regions.
BTc0.02c0.0.0183 Ti 851: 9-19.
TRAUTH JA, MCCOOK, SEIDLER FJ, SLOTKIN TA. Modeling adolescent nicotine
exposure: effects on cholinergic systems in rat brain regions. BTc0.Research, 2000a;
873: 18-25.
TRAUTH JA, SEIDLER FJ, SLOTKIN TA. Persistent and delayed behavioral changes
after nicotine treatment 0.adolescent rats. BTc0.Research, 2000bi 880: 167-172.
TSAI G, COYLE JT. The role of glutamatergic neurotransmission in the pathophysiology
of alcoholism. Annual Review of Medicine.183 8; 49:173-84.
TSCHANN JM, ADLER NE, IRWIN JR. CE, MILLSTEIN SG, TURNER RA,
KEGELES SM. Initiation of substance use in early.adolescence: the roles of pubertal
timing and emotional distress. Health Psychology0183 4; 12: 326-33.
TSUY T, LÊ AD, WANG A, JUZYTSCH W, HARDING S. Exposure to nicotine but not
alcohol during adolescence enhances acquisition of alcohol consumption in adulthood.
Alcoholism, clinical and experimental 02c0.0..2001; 25.
TUPALA E, HALL H, BERGSTROM K, SARKIOJA T, RASANEN P, MANTERE T,
CALLAWAY J, HILTUNEN J, TIIHONEN J. Dopamine D(2)/D(3)-receptor and
transporter densities in nucleus accumbens and amygdala of type 1 and 2 alcoholics.
Molecular psychiatry, 2001;6:261-7.
ULUSU U, UZBAY IT, KAYIR H, ALICI T, KARAKAS S. Evidence for the role of nitric
oxide in nicotine-induced locomotor sensitization in mice.1Psycopharmacology (Berl),
2005; 178: 500-504.
UNITED STATES DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES.
Preventing tobacco use among young people: a 02port of the Surgeon General.
Washington (DC): U.S. Government Printing Office018388.
VALDEZ GR, ROBERTS AJ, CHAN K, DAVIS H, BRENNAN M, ZORRILLA EP,
KOOB GF. Increased ethanol self-administration and anxiety-like behavior during
acute ethanol withdrawal and protracted abstinence: regulation by corticotropin-
releasing factor. Alcohololism Clinical Experimental Research, 2002; 26: 1494-1501.
VALENZUELA CF. Alcohol and neurotransmitter interactions. Alcohol R2c0.0. Health,
83 7; 21: 144-148.
77
VAN EDEN CG, KROS JM, UYLINGS HBM. The development of the rat prefrontal
cortex: Its size and development of connections with thalamus, spinal cord and other
cortical areas. In: UYLINGS HBM, VAN EDEN CG, DE BRUN JPC, CORNER MA
and FEENSTRA MGP (Eds) Progress in Brain Research: Vol.85. The Prefrontal
cortex: Its Structure, Function and Pathology, New York: Elsevier Science, 1990. pp.
169-83.
VARLINSKAYA EI, SPEAR LP. Acute effects of ethanol on social behavior of
adolescent and adults rats: Role of familiarity of the test situation. Alcoholism Clinical
and Experimental Research, 2002; 26:1502-1511.
VARLINSKAYA EI, SPEAR LP. Acute ethanol withdrawal (hangover) and social
behavior in adolescent and adult male and female Sprague-Dawley rats. Alcoholism
Clinical Experimental Research., 2004a; 28: 40-50.
VARLINSKAYA EI, SPEAR LP. Changes in sensitivity to ethanol-induced social
facilitation and social inhibition from early to late adolescence. Annals New York
Academic Science, 2004b; 1021: 459-61.
VIHAVAINEN T, MIJATOVIC J, PIEPPONEN TP, TUOMINEN RK, AHTEE L. Effect
of morphine on locomotor activity and striatal monoamine metabolism in nicotine-
withdrawn mice. Behavioral Brain Research, 2006 173:85-93.
VOLKOW ND, WANG GJ, FOWLER JS, LOGAN J, HITZEMANN R, DING YS,
PAPPAS N, SHEA C, PISCANI K. Decreases in dopamine receptors but not in
dopamine transporters in alcoholics. Alcoholism, clinical and experimental research.
1996; 20: 1594-8.
VOLKOW ND, LI TK. Drugs and alcohol: treating and preventive abuse, addiction and
their medical consequences. Pharmacology and therapeutics, 2005; 108: 3-17.
WAFFORD KA, BURNETT DM, DUNWIDDIE TV, HARRIS RA. Genetic differences in
the ethanol sensitivity of GABAA receptors expressed in Xenopus oocytes. Science
(New York, NY), 1990; 249: 291-3.
WAFFORD KA, BURNETT DM, LEIDENHEIMER NJ, BURT DR, WANG JB, KOFUJI
P, DUNWIDDIE TV, HARRIS RA, SIKELA JM Ethanol sensitivity of the GABAA
receptor expressed in Xenopus oocytes requires 8 amino acids contained in the gamma
2L subunit. Neuron, 1991; 7:27-33.
WAFFORD KA AND WHITING PJ Ethanol potentiation of GABAA receptors requires
phosphorylation of the alternatively spliced variant of the gamma 2 subunit. FEBS
letters, 1992; 313: 113-7.
WALKER DL, DAVIS M. The role of amygdala glutamate receptors in fear learning, fear-
potentiated startle, and extinction. Pharmacology, biochemistry, and behavior, 2002;
71: 379-92.
WALKER FR, MARCH J, HODGSON DM. Endotoxin exposure in early life alters the
development of anxiety-like behaviour in the Fischer 344 rat. Behavioural Brain
Research, 2004 23; 154: 63-9.
78
WALLACE JR JM, BACHMAN JG, O’ MARLLEY PM, SCHULENBERG JE, COOPER
SM, JOHNSTON LD. Gender and ethnic differences in smoking, drinking illict drug
use among American 8
th
, 10
th
and 12
th
grade students, 1976-2000. Addiction, 2003;
98: 225-34.
WANG H, SUN X. Desensitized nicotinic receptors in brain. Brain research, 2005; 48:420-
37.
WATKINS SS, KOOB GF, MARKOU A. Neural mechanisms underlying nicotine
addiction: acute positive reinforcement and withdrawal. Nicotine Tobacco Research,
2000; 2: 19-37.
WEB OF SCIENCE. According to the search performed in July, 2005, using the entering
expression “elevated plus-maze”, at the site http://isi9. isiknowledge.com.
WEBSTER RA, HUNTER M, KEATS JA. Peer and parental influences on adolescents'
substance use: a path analysis. The international journal of the Addictions, 1994; 29:
647-57.
WHITE AM, BAE JG, TRUESDALE MC, AHMAD S, WILSON WA,
SWARTZWELDER HS Chronic-intermittent ethanol exposure during adolescence
prevents normal developmental changes in sensitivity to ethanol-induced motor
impairments. Alcoholism, Clinical and Experimental Research, 2002; 26:960-8.
WHITE AM, TRUESDALE MC, BAE JG, AHMAD S, WILSON WA, BEST PJ,
SWARTZWELDER HS Differential effects of ethanol on motor coordination in
adolescent and adult rats. Pharmacology, Biochemistry, and Behavior, 2002a; 73:673-
7.
WHITE AM, SWARTZWELDER HS. Hippocampal function during adolescence: a
unique target of ethanol effects. Annals New York Academic Science, 2004;1021:206-
20.
WIERSMA A, BAAUW AD, BOHUS B, KOOLHAAS JM. Behavioral activation
produced by CRH but not alpha-helical CRH (CRH receptor antagonist) when
microinfused into the central nucleus of the amygdale under stress-free conditions.
Psychoneuroendocrinology, 1995; 20:423-432.
WILLS TA. Stress and coping in early adolescence: relationships to substance use in urban
school samples. Health Psychology, 1986; 5:503-29.
WILMOUTH CE, SPEAR LP. Withdrawal from chronic nicotine in adolescent and adult
rats. Pharmacology, biochemistry and behavior, 2006; 85: 648-57.
WISE RA AND ROMPRE PP. Brain dopamine and reward. Annual review of psychology.
1989; 40:191-225.
WOLFER DP, LIPP HP. Evidence for physiological growth of hippocampal mossy fiber
collaterals in the guinea pig during puberty and adulthood. Hippocampus, 1995; 5: 329-
40.
79
WONNACOTT S. Presynaptic nicotinic ACh receptors. Trends in neurosciences, 1997;
20: 92-8.
WONNACOTT S, SIDHPURA N, BALFOUR DJ. Nicotine: from molecular mechanisms
to behaviour. Current opinion in pharmacology, 2005; 5:53-9.
WOOD T, WEWERS ME, GRONER J, AHIJEVYCH K. Smoke constituent exposure and
smoking topography of adolescent daily cigarette smokers. Nicotine Tobacco
Research, 2004; 6: 853-862.
XU W, GELBER S, ORR-URTREGER A, ARMSTRONG D, LEWIS RA, OU CN,
PATRICK J, ROLE L, DE BIASI M, BEAUDET AL. Megacystis, mydriasis, and ion
channel defect in mice lacking the alpha3 neuronal nicotinic acetylcholine receptor.
Proceedings of the national academy of science of the USA, 1999a; 96: 5746-51.
XU W, ORR-URTREGER A, NIGRO F, GELBER S, SUTCLIFFE CB, ARMSTRONG
D, PATRICK JW, ROLE LW, BEAUDET AL, DE BIASI M. Multiorgan autonomic
dysfunction in mice lacking the beta2 and the beta4 subunits of neuronal nicotinic
acetylcholine receptors. The journal of neuroscience: the official journal of the society
for neuroscience, 1999b; 19: 9298-305.
YANG X, CRISWELL HE, SIMSON P, MOY S, BREESE GR. Evidence for a selective
effect of ethanol on N-methyl-d-aspartate responses: ethanol affects a subtype of the
ifenprodil-sensitive N-methyl-d-aspartate receptors. The Journal of pharmacology and
experimental therapeuticals, 1996; 278: 114-24.
YANNIELLI PC, KANTEREWICZ BI, CARDINALI DP. Daily rhythms in spontaneous
and diazepam-induced anxiolysis in Syrian hamsters. Pharmacology, biochemistry, and
behavior, 1996; 54: 651-6.
YOSHIDA K, ENGEL J, LILJEQUIST S. The effect of chronic ethanol administration of
high affinity 3H-nicotinic binding in rat brain. Naunyn Schmiedebergs Archives of
pharmacology, 1982;321:74-6
YTTRI EA, BURK JÁ, HUNT PS Intermittent ethanol exposure in adolescent rats: dose-
dependent impairments in trace conditioning. Alcoholism, Clinical and Experimental
Research, 2004; 28:1433-6.
ZAHALKA E, SEIDLER FJ, LAPPI SE, YANAI J, SLOTKIN TA. Differential
development of cholinergic nerve terminal markers in rat brain regions: Implications
for nerve terminal density, impulse activity and specific gene expression. Brain
Research, 1993; 601: 221-229.
ZECEVIC N, BOURGEOIS JP, RAKIC P. Changes in synaptic density in motor cortex of
rhesus monkey during fetal and postnatal life. Brain Research Developmental Brain
Research, 1989; 50:11-32.
ZUCKERMAN M. Smoking, drinking, drugs and eating. In: Behavioral Expressions and
Biosocial Basis of Sensation Seeking. Cambridge, United Kingdom: Cambridge
University Press, 1994; 225-257.
80
8. ANEXO
Artigo:
YAEL ABREU-VILLAÇA, FERNANDA NUNES, FABÍOLA DO E. QUEIROZ-
GOMES, ALEX C. MANHÃES, CLÁUDIO C. FILGUEIRAS.
Combined Exposure to Nicotine and Ethanol in Adolescent Mice Differentially
Affects Anxiety Levels during Exposure, Short Term and Long Term Withdrawal.
Neuropsychopharmacology, aceito para publicação, 2007.
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo