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TICs em projetos de música, artes visuais, e/ou outras linguagens e formas de expressão.
Cursos profissionalizantes artísticos, os quais utilizam as TICs tanto nos processos de
produção artística, quanto nas relações de distribuição/circulação disponibilizadas pelas
redes telemáticas.
A experimentação musical associada às tecnologias ou mesmo a associação
entre música e tecnologia é uma das bases da experimentação artística.
Considera-se aqui não só as tecnologias do digital, mas todo e qualquer
artífice inventado para criar e ordenar sons, gerar música, enfim. Novas
estéticas sonoras, inclusive, foram sempre permeadas pela descoberta de
novos recursos. Esses recursos sofrem transformações e transformam as
artes – é a técnica também – ou o modo de fazer – que altera a linguagem, o
discurso estético, o conteúdo, a ordenação dos símbolos e signos. Hoje, a
música, e não só a música eletrônica, é produzida, circulada e/ou consumida
perpassando por recursos de tecnologias. É impossível pensar atualmente a
tríade produção/circulação/consumo sem o entremeio das tecnologias, sejam
elas digitais ou mesmo analógicas
101
.
• Formas de participação política;
“(...) A Internet parece exacerbar o preconceito socioeconômico já exibido na participação
política e civil (...) políticas que têm como objetivo a expansão do acesso à Internet devem
continuar a serem enfatizadas, não somente no futuro próximo, mas também
continuadamente” (Weber, Loumakis e Bergman, 2003:39)
102
. Quando traduzidas à esfera
das TICs, as práticas democráticas e a participação cidadã podem ser potencializadas pelo
uso destas ferramentas, possibilitando o desenvolvimento de novas formas de interação
entre os governos e os cidadãos. O ICA
103
aborda esta categoria como “e-cidadania”,
através de assuntos como participação cidadã e e-Gov.
Um número de políticas experimentais, algumas delas já estabelecidas, tem
sido desenvolvido internacionalmente para colocar nova tecnologia a serviço
de um melhor governo. A fraqueza indubitável na maioria de experiências
como essas têm sido as disparidades de acesso entre cidadão à tecnologia,
minúcia e entrega (...) Poderia ser uma amarga ironia se a ‘revolução da
informação’, longe do acesso democratizante, exacerbasse a existência das
desigualdades e criasse um novo poder de disparidades (Coleman, 1999:16-
17)
104
.
101
www.eletrocooperativa.art.br/modules/news/article.php?storyid=169 (acesso em 05/08/2006).
102
Tradução livre do autor: “(…) Internet appear to exacerbate the socioeconomic bias already exhibited by civic
and political participation (…) policies that aim at expanding Internet access should continue to be emphasized,
not only in the near future, but also beyond”.
103
www.icamericas.net/index.php?module=htmlpages&func=display&pid=824 (acesso em 04/08/2006).
104
Tradução livre do autor: “A number of experimental policies, some new entrenched, have been developed
internationally to put new technology to the service of better governance. The undoubted weakness in most such
experimentation has been the disparity of access among citizens to the technology, scrutiny and delivery (…) It
would be a bitter irony if ‘the information revolution’, far from democratising access, exacerbated existing
inequalities and created new power disparities”.