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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
ESTERÓIDES NO CONTROLE DA REGRESSÃO DE
FOLÍCULOS DE DIFERENTES DIÂMETROS PARA
USO EM SISTEMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
EM TEMPO FIXO DE VACAS DE CORTE NO PÓS-
PARTO
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Lucas Carvalho Siqueira
Santa Maria, RS, Brasil
2007
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2
ESTERÓIDES NO CONTROLE DA REGRESSÃO DE
FOLÍCULOS DE DIFERENTES DIÂMETROS PARA USO EM
SISTEMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO
FIXO DE VACAS DE CORTE NO PÓS-PARTO
por
Lucas Carvalho Siqueira
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de
Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Área de Concentração em
Fisiopatologia da Reprodução, da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Medicina Veterinária.
Orientador: Prof. Paulo Bayard Dias Gonçalves
Santa Maria, RS, Brasil.
2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
ESTERÓIDES NO CONTROLE DA REGRESSÃO DE FOLÍCULOS DE
DIFERENTES DIÂMETROS PARA USO EM SISTEMAS DE
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO DE VACAS DE
CORTE NO PÓS-PARTO
elaborada por
Lucas Carvalho Siqueira
como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Medicina Veterinária
Comisão Examinadora:
Paulo Bayard Dias Gonçalves, PhD.
(Presidente/Orientador)
Marcelo Bertolini, PhD. (UDESC)
Marlon Nadal Maciel, Dr. (UFSM)
Santa Maria, 13 fevereiro de 2007
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço:
Aos meus orientadores, Paulo Bayard Dias Gonçalves e João Francisco Coelho de Oliveira;
Aos demais amigos e colegas do BioRep;
À minha família;
Ao CNPq pelo suporte financeiro;
Enfim, a todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente para a realização deste
trabalho.
4
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária
Universidade Federal de Santa Maria
ESTERÓIDES NO CONTROLE DA REGRESSÃO DE FOLÍCULOS DE
DIFERENTES DIÂMETROS PARA USO EM SISTEMAS DE INSEMINAÇÃO
ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO DE VACAS DE CORTE NO PÓS-PARTO
AUTOR: LUCAS CARVALHO SIQUEIRA
ORIENTADOR: PAULO BAYARD DIAS GONÇALVES
Data e Local da Defesa: Santa Maria 13 de fevereiro de 2007.
A associação de progestágenos ao benzoato de estradiol (BE) tornou-se o tratamento mais
utilizado para indução de estro em vacas de corte. No entanto, os programas que utilizam esta
associação hormonal ainda precisam ser aperfeiçoados, buscando aumentar as taxas de prenhez e
facilitar o manejo. Dois experimentos foram delineados com este intuito: o primeiro determinou se a
capacidade da associação progestágeno-estradiol em induzir a regressão folicular é dependente da fase
de crescimento folicular no momento do tratamento. Para isso, avaliou-se a dinâmica folicular de 36
vacas amamentando, que receberam 3 tratamentos com progestágenos associados ao BE antes
(folículos de 5-7mm), durante (8-10mm) ou depois (>10mm) do momento esperado da divergência
folicular. Foi observado que todas as fêmeas tratadas apresentaram regressão dos maiores folículos,
concluindo-se que independentemente do tamanho folicular, vacas com folículos em crescimento
apresentam respostas semelhantes quando tratadas com progestágenos associados ao BE. O segundo
experimento objetivou comparar dois protocolos de indução de estro para vacas no período pós-parto,
utilizando hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) e inseminação artificial (IA) em dois dias ou
BE e inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Para isso, foram utilizadas 250 vacas, amamentado,
que receberam um pessário vaginal, contendo 250mg de acetato de medroxi-progesterona (MAP) e
uma injeção intramuscular (IM) de 5mg de BE no dia 0 (início do tratamento). O pessário vaginal
permaneceu por sete dias. No dia 6, foram aplicadas 400UI de gonadotrofina coriônica eqüina por via
IM e 5mg de Dinoprost na submucosa vulvar, realizando nesse momento o início do desmame por 96
h. Após a retirada dos pessários (dia 7), as vacas foram distribuídas em dois grupos. No grupo BioRep
(n=150), as fêmeas foram observadas duas vezes por dia para detecção de estro por 48h e IA 12h após
sua manifestação. Os animais que não foram detectados em estro nesse período receberam uma injeção
IM de 100µg de GnRH, sendo IATF, nas 16 às 18h seguintes. No grupo BE (n=100), as vacas
receberam uma injeção de 1mg de BE IM no dia 8 (24h após a retirada do MAP) e foram IATF no dia
9 (54h após a retirada do MAP). O diagnóstico de gestação foi realizado por exame ultra-sonográfico
40 dias após IA. A percentagem de prenhez no grupo BioRep (54,7%) foi maior (p<0,01) do que no
grupo BE (33,3%). Sendo assim, a fim de obter melhores taxas de prenhez, os protocolos de indução
de estro de eleição para o período pós-parto poderão empregar observação de estro por dois dias e
utilização de IATF com GnRH ao contrário de BE associado exclusivamente a IATF.
Palavras-chave: pós-parto; dinâmica folicular; IATF; GnRH; benzoato de estradiol.
5
ABSTRACT
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária
Universidade Federal de Santa Maria
STEROIDS CONTROLLING THE REGRESSION OF FOLLICLES WITH
DIFFERENT DIAMETERS FOR USE IN FIXED TIME ARTIFICIAL
INSEMINATION SYSTEMS OF POST PARTUM BEEF COWS
AUTOR: LUCAS CARVALHO SIQUEIRA
ORIENTADOR: PAULO BAYARD DIAS GONÇALVES
Data e Local da Defesa: Santa Maria 13 de fevereiro de 2007.
Progestin associated to estradiol benzoate (EB) became the most used treatment for
estrous induction in beef cow. However, those programs that use this association still can be
enhanced to produce better pregnancy rates and easily the management. Two experiments
were designed with this aim. In the first, it was investigated if progestin-estradiol association
is able to induce follicular regression in different stages of ovarian follicular waves in cattle.
For this, the follicular dynamics of 36 suckling cows, whose received 3 progestin treatments
associated to EB before (follicles between 5-7mm), during (8-10mm) or after (>10mm)
expected follicular deviation moment. Since, all cows presented regression of the largest
follicles, it was concluded that independent of follicular size, cows bearing emerged growing
follicles presented similar responses on follicular wave dynamics when treated with EB and
different progestin protocols. The second experiment was design to compare two estrus
induction protocols for cows in postpartum period, using GnRH and two-day artificial
insemination (AI) or EB and fixed-time artificial insemination (TAI). A total of 250 suckled
beef cows received a vaginal device containing 250mg of medroxyprogesterone acetate
(MPA) and an injection of 5mg of EB intramuscularly (IM) on day 0. The vaginal device was
removed on day 7. On day 6, the cows were injected with 400IU eCG (IM) and 5mg
Dinoprost (into vulvar submucosa) and calves were removed for 96h. After removing the
vaginal devices (day 7), the cows were divided in two groups. In BioRep group (n=150),
estrus detection was carried out twice a day during 48h and the animals were inseminated 12h
after detection. Cows not detected in estrus received 100µg of GnRH and were inseminated
after 16 to 18h. In EB group, cows received im 1mg of EB on day 8 (24h after removing
MPA) and were inseminated on day 9 without estrus detection (54h after removing MPA).
The diagnosis of pregnancy was performed 40 days after AI with ultrasound. The data were
analyzed by Chi-square test. The pregnancy rate was higher (p<0.01) in BioRep group
(54.7%) than EB group (33.3%). To obtain high pregnancy rate, the estrus induction protocols
for postpartum beef cows should use two-day AI and GnRH to induce ovulation instead of EB
with TAI.
Key words: postpartum; follicular dynamic; artificial insemination; GnRH; estradiol
benzoate;
6
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Follicular dynamics of cows treated at 5-7mm, 8-10mm or >10mm
expected moment receiving estradiol benzoate associated to progestin treatments.
The follicular dynamics were not different among the three treatments when the
initial follicular size effect was removed from the statistical analysis…………….……...41
7
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 1
TABELA 1 - After treatment, maximum diameter (mm±s.e.m) of larger follicle and
timing (days±s.e.m) to reach maximum follicular size, to begin follicular regression,
new wave emergence and days at plateau of cows with low (<1ng ml-1) or high
(>1ng ml-1) endogenous P4, at pre-deviation (5-7mm), deviation (8-10mm) or post-
deviation (>10mm) expected moment, receiving estradiol benzoate associated to one
of the following progestin treatments, P4 vaginal device, MPA vaginal device or
MPA vaginal device plus P4 IM injection……………………………….………………...40
CAPÍTULO 2
TABELA 1 - Percentagens de estro, concepção e prenhez em vacas de corte no pós-
parto, submetidas somente a IATF, utilizando como indutor da ovulação o benzoato
de estradiol (grupo BE) ou a 48h de observação de estro e inseminação convencional
associada à IATF com GnRH (grupo BioRep)......................................................................56
8
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ...............................................................................................................3
RESUMO ...................................................................................................................................4
ABSTRACT ...............................................................................................................................5
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................6
LISTA DE TABELAS ...............................................................................................................7
SUMÁRIO..................................................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................11
2.1. Pós-parto........................................................................................................................11
2.2. Dinâmica folicular.........................................................................................................16
2.3. Indução/sincronização de estros em Bovinos................................................................21
3. CAPÍTULO 1 .......................................................................................................................27
4. CAPÍTULO 2 .......................................................................................................................42
5. DISCUSSÃO........................................................................................................................57
6. CONCLUSÕES....................................................................................................................59
7. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................60
9
1. INTRODUÇÃO
O período de anestro pós-parto prolongado prejudica a lucratividade da bovinocultura de
corte, permitindo que animais subférteis e improdutivos permaneçam na propriedade (NEVES
et al., 1999; YAVAS & WALTON, 2000). Uma alternativa para melhorar as taxas de prenhez
em vacas no pós-parto é a utilização de programas hormonais que visem induzir a ciclicidade,
minimizar os efeitos ambientais e da amamentação, possibilitar a utilização de inseminação
artificial (IA) e otimizar o uso da mão-de-obra, incrementando assim, a produtividade deste
setor do agro-negócio. O entendimento da racionalidade destes programas, bem como do
comportamento da dinâmica folicular após a utilização destas associações hormonais, permite
adequar seu uso para as diferentes situações e também possibilita a criação de novas
biotecnologias.
A associação de progestágenos ao benzoato de estradiol (BE) tornou-se o tratamento
mais utilizado para indução de estro em vacas de corte (MAPLETOFT et al., 2002; BÓ, et al.,
2003). No entanto, apesar de resultados aceitáveis de prenhez serem atingidos com esta
associação (FIKE et al., 1997; LAMMOGLIA et al., 1998; LUCY et al., 2001; MARTINEZ
et al., 2002a,b; COLAZO et al., 2004), falhas em induzir a emergência de uma nova onda
folicular são relatadas (BÓ et al., 1995; DUFFY et al., 2004; KASTELIC et al., 2004;
MARTINEZ et al., 2005). Estas podem influenciar os resultados dos programas hormonais,
por induzirem a ovulação de oócitos com baixa capacidade de chegar até a vida fetal
(AHMAD et al., 1995; KINDER et al., 1996).
Os progestágenos associados a estrógenos causam a supressão temporária da liberação de
gonadotrofinas (O´ROURKE et al., 2000; MARTINEZ et al., 2005). No entanto, durante o
período de divergência folicular, o crescimento do futuro folículo dominante é pouco
dependente destes hormônios endócrinos, estando mais relacionado com fatores autócrinos e
parácrinos ovarianos (para revisão: FORTUNE et al., 2004; BEG & GINTHER, 2006). Sendo
assim, as falhas em induzir a emergência da nova onda, podem estar relacionadas à fase do
crescimento folicular em que a vaca recebe o tratamento (KASTELIC et al., 2004).
Um dos progestágenos sintéticos utilizados em bovinos é o acetato de medroxi-
progesterona (MAP). Os pessários vaginais contendo esta substância são uma alternativa
interessante para indução de estro em bovinos, pois permitem que sejam alcançadas elevadas
taxas de prenhez, com um custo inferior aos outros dispositivos com progestágenos
disponíveis no mercado (MORAES & JAUME, 1997; BASTOS et al., 2004; LOGUÉRCIO et
al., 2006a). No entanto, ainda não se sabe como o tratamento com MAP e BE influencia o
10
crescimento folicular de vacas no pós-parto. Por isso, é necessário caracterizar a dinâmica
folicular de vacas recebendo esta associação, bem como comparar suas ações a de outros
protocolos de progestágenos e BE.
O MAP e BE são utilizados como parte do Sistema BioRep para inseminação de vacas no
pós-parto. Além destes hormônios, são utilizados a gonadotrofina coriônica eqüina (eCG), a
prostaglandina sintética e o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Aliada a esta
associação hormonal ainda é realizado o desmame temporário dos terneiros. Neste processo
todas as fêmeas do rebanho com pelo menos 50 dias pós-parto e que apresentam condição
corporal mínima 3 (1-caquética, 5-obesas), são inseminadas até às 65h após a retirada dos
pessários vaginais, com um período de 48h de detecção de estro e IA em tempo fixo (IATF).
Com este protocolo obtem-se, com uma única IA e sem repasse de touro, uma média de 65%
de prenhez (LOGUÉRCIO, et al., 2006a).
A redução do manejo de detecção de estros é importante para difundir a inseminação nos
rebanhos de corte e a IATF é uma ferramenta que possibilita a IA em muitos sistemas de
produção (DISKIN et al., 2002; MAPLETOFT et al., 2002). No entanto, é fundamental que
esta diminuição de manejo não prejudique as taxas de prenhez. Atualmente, o indutor da
ovulação mais utilizado para IATF em bovinos de corte é o BE (FIKE et al., 1997; BURKE et
al., 2001; BARUSELLI et al., 2002; MAPLETOFT et al., 2002; MARTINEZ et al., 2002a,b;
BÓ, et al., 2003; BARUSELLI et al., 2004). Sendo assim, a fim de facilitar ainda mais o
manejo de IA e utilizar o mesmo protocolo de indução de estro do Sistema BioRep, é
importante avaliar a utilização exclusiva da IATF com BE, comparando com o sistema
tradicional, o qual associa um curto período de detecção de estro a IATF.
11
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Período pós-parto em bovinos
O anestro pós-parto é um período de transição durante o qual a função do eixo
reprodutivo se recompõe após uma gestação. É caracterizado como um momento onde as
fêmeas bovinas não ovulam, principalmente devido a uma inadequada liberação de
gonadotrofinas (YAVAS & WALTON, 2000). A secreção do hormônio folículo estimulante
(FSH) parece estar normalizada na primeira semana pós-parto, permitindo que ondas
foliculares emerjam periodicamente, a partir deste momento (WILLIAMS et al., 1983).
Porém, a produção e a liberação do hormônio luteinizante (LH) somente será restabelecida
posteriormente no decorrer do pós-parto. Se espera que o conteúdo hipofisário deste hormônio
esteja normalizado até 30 dias pós-parto, porém Connor et al. (1990) demonstraram que
animais em piores condições corporais (CC) ao parto podem apresentar redução neste
conteúdo. A partir disto, a freqüência de liberação de pulsos de LH passa a estar sob
influência, principalmente de uma complexa associação entre condição nutricional e a
amamentação. A baixa freqüência de pulsos de LH induzida por esta interação é a principal
responsável por impedir o crescimento final e ovulação dos folículos dominantes. Vacas em
pós-parto amamentando e que recebem reposição hormonal a fim de incrementar a freqüência
de liberação de LH, apresentam prolongamento da fase de dominância e podem ovular o
primeiro folículo dominante formado no pós-parto (DUFFY et al., 2000).
A condição nutricional durante o pós-parto precoce parece não afetar a quantidade de
folículos que emergem em cada onda, nem o tempo necessário para apresentar o primeiro
folículo dominante. Porém, o destino deste, ovulação ou atresia, é correlacionado com o
balanço energético (anabolismo ou catabolismo) em que o animal se encontra (CICCIOLI et
al., 2003). Animais com melhores condições nutricionais no pré e pós-parto apresentam
intervalo entre partos mais curtos. Vacas submetidas a estresses nutricionais apresentam
redução da liberação de LH (RICHARDS et al., 1991).
As maiores necessidades energéticas na vida das fêmeas bovinas adultas são durante o
pós-parto, quando elas precisam despender energia para manutenção dos seus processos vitais
e ainda para a produção de leite para alimentar o terneiro. No Rio Grande do Sul, este maior
requerimento energético coincide com o período de inverno, durante o qual a oferta de
nutrientes nos campos nativos encontra-se diminuída. Isso contribui para que os bovinos
12
passem por carências nutricionais, as quais afetam os índices reprodutivos, principalmente o
intervalo entre partos.
Dentre os processos fisiológicos, a reprodução é a primeira a ser inibida frente a
estresses nutricionais (KEISLER & LUCY, 1996). Nestes períodos de adversidade, o sistema
nervoso central interpreta informações periféricas, que o induzem a priorizar a demanda
energética para todos os processos indispensáveis a manutenção da vida. Frente a este “risco
de vida”, de forma aguda a síntese e liberação do GnRH é reduzida (I’ANSON et al., 1997;
KRIEGSFELD et al., 2006), afetando assim, principalmente a taxa de ovulação. Dentro deste
conceito de sinalizadores periféricos, a leptina parece ser responsável em realizar a ligação
entre a nutrição e a reprodução.
A leptina é um produto do gene ob/ob, que regula o apetite e foi primeiramente
estudado em ratos obesos que apresentavam hiperfagia. Demonstrou-se que estes animais
carreavam uma mutação neste gene não produzindo este hormônio. Concomitantemente eles
apresentavam problemas reprodutivos. Porém, após a administração exógena de leptina, estes
animais gradualmente normalizavam seus hábitos alimentares, seu peso corporal e a
capacidade reprodutiva (MOUNZIH & CHEHAB, 1997). Os mesmos sinais clínicos foram
observados em animais e humanos que possuem uma mutação no gene que codifica os
receptores para leptina, impedindo que o hormônio, apesar de ser produzido em quantidades
fisiológicas, exerça suas funções (BJORBAEK et al., 1998). Devido a esta ação, acredita-se
que ela exerça influência sobre o eixo reprodutivo, atuando no sistema nervoso central (SNC)
e em órgãos reprodutivos (SPICER & FRANCISCO, 1998). A leptina e seus receptores já
foram demonstrados em vários tecidos, como pâncreas, intestino, fígado, placenta,
musculatura esquelética, cérebro, hipotálamo, hipófise e ovários. Porém, o principal local de
produção deste hormônio é no tecido adiposo. Assim, animais com baixa CC apresentam
menores níveis plasmáticos de leptina, relacionando os seus efeitos sobre a reprodução de
bovinos (revisado em ZIEBA et al., 2005).
A administração exógena deste hormônio somente possui características estimulatórias
durante períodos de estresse nutricional (AMSTALDEN et al., 2003; GARCIA et al., 2004).
A leptina em novilhas submetidas a jejum é capaz de prevenir a redução na freqüência de
pulsos de LH e também de aumentar a responsividade da hipófise anterior ao GnRH
(MACIEL et al, 2004a). Em vacas em jejum, ela é capaz de alterar a secreção de GnRH e de
LH (AMSTALDEN et al., 2002). Porém, estes efeitos não são importantes quando os animais
estão bem alimentados (MACIEL et al., 2004b; ZIEBA et al., 2004; AMSTALDEN et al.,
2005). Ao contrario do LH, o padrão de secreção de FSH parece não ser afetado pela
subnutrição e conseqüente diminuição na leptinemia, possivelmente devido a uma menor
13
influência do GnRH sobre a liberação deste hormônio (PADMANBHAN & MCNEILLY,
2001). Isto pode explicar porque vacas em pós-parto apresentam emergência folicular, mas
não ovulação.
A secreção de GnRH pode ser influenciada pela leptina, porém o exato mecanismo de
interação destes hormônios ainda precisar ser elucidado. Os neurônios produtores de GnRH
não possuem receptores para a leptina, por isso, acredita-se que sua ação seja mediada por
neurotransmissores, principalmente via neuropeptideo Y (NPY; MERCER et al., 1996). Este
peptídeo possui um padrão elevado de expressão no hipotálamo e na hipófise anterior, sendo
encontrado no corpo celular e em terminações nervosas de diversas áreas do cérebro,
principalmente naquelas relacionadas com a regulação do consumo alimentar e o balanço
energético (THOMAS et al., 1999). A administração central de NPY, além de induzir
hiperfagia, altera o padrão de liberação de GnRH e LH, porém não o de FSH (GAZAL et al.,
1998). No entanto, apesar da leptina ser capaz de reduzir a síntese e secreção de NPY (SAHU,
1998), ela não foi capaz de atenuar os efeitos sobre a liberação do LH, quando este
neurotransmissor foi injetado diretamente no SNC (GARCIA et al., 2004), sugerindo que em
bovinos a leptina controla apenas as ações pré-secretorias do NPY. Ainda, parece que o NPY
é capaz de controlar a liberação do LH em nível hipofisário, pois após a infusão deste
peptídeo diretamente no terceiro ventrículo hipotalâmico, a liberação do LH permaneceu
totalmente bloqueada, mesmo após a pulsatilidade do GnRH estar restabelecida (GAZAL et
al., 1998).
O peptídeo semelhante à galanina (GALP) é outra substância responsiva a leptina,
recentemente encontrada no hipotálamo, e que parece estar envolvida na regulação da ingesta
de alimentos e na secreção de LH (SETH et al., 2004). Além do NPY e do GALP, outros
neuro-hormônios foram correlacionados com as ações da leptina na regulação do consumo de
alimento, mas sem função aparente sobre a regulação do GnRH/LH (revisado em
INGVARTSEN & ANDERSEN, 2000).
Além da leptina influenciar a reprodução de bovinos atuando no SNC, suas ações
diretas nos órgão reprodutivos parecem ser significativas. A produção da leptina é
principalmente extragonadal, pois as variações no líquido folicular acompanham as
plasmáticas (SPICER & FRANCISCO, 1998; GARCIA et al., 2004). Ainda, as células da teca
(CT) e granulosa (CG) apresentam receptores para esta proteína, sendo a leptina capaz de
atuar no crescimento folicular, estimulando a esteroidogênese (SPICER & FRANCISCO,
1998). Na produção in vitro de embriões, ela vem apresentando efeitos positivos,
incrementando a maturação oocitária e as taxas de desenvolvimento embrionário (CRAIG et
al., 2004; BOELHAUVE et al., 2005). Seu mecanismo de ação ainda precisa ser elucidado,
14
porém já se sabe que ela atua nas células do cumulus e também diretamente no oócito,
alterando o padrão de expressão de alguns genes, principalmente relacionados à apoptose
(PAULA-LOPES et al., 2006).
O exato mecanismo pelo qual o SNC recebe e interpreta as informações metabólicas
periféricas precisa ser elucidado. Espera-se que o uso de hormônios metabólicos, em especial
a leptina, como parte dos programas de indução do ciclo estral, permita o incremento das
taxas de repetição de cria. Nesses processos, a administração exógena desses sinalizadores
metabólicos, permitiria que as vacas, mesmo sob estresse nutricional, reiniciassem sua
ciclicidade e emprenhassem. A racionalidade disto, é que quando estas fêmeas realmente
necessitassem direcionar energia para o concepto (terço final de gestação), poderiam ser
colocadas em pastagens melhoradas (inverno) ou o aporte nutricional dos campos nativos já
estaria melhorando (primavera/verão), permitindo que as gestaçôes fossem levadas a termo.
Além da CC, a duração do pós-parto em vacas de corte esta relacionada a fatores
ambientais e individuais, como por exemplo, características raciais, paridade, doenças
puerperais e, principalmente, à amamentação (para revisão: YAVAS & WALTON, 2000).
Esta última, está correlacionada com a CC ao parto, onde vacas que estão em piores CC são
mais sensíveis aos efeitos inibitórios da amamentação sob o restabelecimento da ciclicidade
(STAGG et al., 1998; CICCIOLI et al., 2003). As vacas que aleitam seus produtos
permanecem mais tempo em anéstro pós-parto (SHORT et al., 1979). Diferentemente do que
ocorre em vacas que são ordenhadas, naquelas que alimentam seus terneiros, a amamentação,
além de atuar como fator espoliativo aumentando a necessidade nutricional, possui ação
inibitória sobre a secreção de GnRH/LH, impedindo que ocorra a ovulação (WALTERS et al.,
1982). A amamentação quando realizada mais de uma vez ao dia é capaz de prolongar o
período anovulatório do pós-parto (STAGG et al., 1998, LAMB et al., 1999). Já a restrição
total da amamentação, por um período mínimo de 48h, é capaz de aumentar tanto a secreção
de GnRH, como a responsividade da hipófise ao GnRH. Isto incrementa principalmente a
liberação de LH, aumentando assim a taxa de crescimento folicular e de ovulação e
diminuindo o intervalo entre partos (WALTERS et al., 1982; SALFEN et al., 2001).
O efeito negativo da amamentação sob o restabelecimento da ciclicidade da vaca não
ocorre somente pelo ato de sucção do teto, mas também por estímulos táteis, visuais e
olfativos gerados pela presença física do seu filhote (SILVEIRA et al., 1993; WILLIAMS et
al., 1993; STEVENSON et al., 1994). Os mecanismos pelos quais estes “laços maternais”
atuam ainda não são completamente elucidados, porém acredita-se que é resultado de uma
complexa interação entre estrógenos ovarianos, peptídeos opióides endógenos (POE) e
leptina. Aparentemente, os hormônios relacionados com a lactação, como a prolactina, o
15
cortisol e a ocitocina apresentam uma importância menor no reinício da ciclicidade
(FORREST et al., 1980; STEVENSON et al., 1994).
Os estrógenos ovarianos, mesmo quando secretados em baixas quantidades, possuem
efeito negativo sobre a liberação de GnRH/LH durante o pós-parto (SHORT et al., 1979). Esta
situação de “hipersensibilidade” a estes esteróides é o oposto da que ocorre em vacas
ciclando, onde a presença de baixas concentrações de progesterona e a crescente secreção de
estrógenos induzem a liberação de GnRH/LH (SHORT et al., 1979; DAY et al., 1987;
HARRIS et al., 1998; CHAPPELL & LAVINE, 2000; KANEKO et al., 2002).
Aparentemente, os neurônios GnRH são influenciados indiretamente por neurônios
localizados na região antroventral paraventricular hipotalâmica e diretamente pela subunidade
beta do receptor de estrógeno (PETERSEN et al., 1995; SHUGHRUE et al., 1997;
HRABOVSZKY et al., 2000). As ações indiretas são principalmente mediadas por
neurotransissores, principalmente o ácido gama aminobutírico e o glutamato (para revisão:
CLARKSON & HERBISON, 2006). Porém, o exato mecanismo de ação dos esteróides
regulando a secreção de GnRH e LH ainda precisa ser elucidado.
Acredita-se que pelo menos parte das ações inibitórias da amamentação sejam
realizadas pelos POE, os quais modulariam a ações dos estrógenos no pós-parto (LESHIN et
al., 1991; WOLFE et al., 1991). Os POE, especialmente as β-endorfinas, funcionam como
neurotransmissores atuando no hipotálamo, diminuindo a secreção de GnRH e a liberação de
LH. Quando a ação dos POE é inibida, vacas em pós-parto retornam a ciclicidade mais
rapidamente (WHISNANT et al., 1986; MYERS et al., 1989). Estudos em ratos sugerem
ainda uma ação independente do estrógeno ovariano, onde estes neurotransmissores fariam
uma interação com hormônios adrenérgicos (dopamina), alterando a secreção de LH.
Experimentos em novilhas pré-púberes demonstraram os efeitos isolados dos POE e dos
adrenérgicos, porém não confirmaram este efeito cumulativo entre eles (HONARAMOOZ et
al., 2000). Ainda, a inibição da liberação de LH pela amamentação ocorre independentemente
dos esteróides gonadais, pois vacas castradas amamentando apresentam redução na secreção
desta gonadotrofina em relação a vacas desmamadas (GARCIA-WINDER et al., 1984;
HINSHELWOOD et al., 1985).
Os estrógenos são correlacionados com uma diminuição no consumo alimentar
voluntário em bovinos e esta redução na ingesta parece ser suprimida pela progesterona
(GRUMMER et al., 1990). Durante o pós-parto, onde é observada maior sensibilidade aos
estrógenos e baixos níveis de progesterona endógena, este bloqueio hormonal que impede a
retomada da ciclicidade mais uma vez estaria ligado à nutrição, provavelmente via leptina e
NPY (TITOLO et al., 2006).
16
A complexa interação entre nutrição, amamentação e retorno a ciclicidade precisa ser
melhor analisada. As pesquisas têm avaliado a importância de cada fator isoladamente,
porém, compreender exatamente como todos os fatores interagem é imprescindível. Assim,
estudos comparativos precisam ser realizados possibilitando que novas tecnologias sejam
geradas, incrementando a produtividade dos rebanhos bovinos.
2.2. Dinâmica folicular em bovinos
O ciclo estral em bovinos é dinâmico e caracterizado por crescimento em ondas
foliculares, que são compostas por uma seqüência de eventos que incluem o recrutamento,
emergência, divergência e dominância folicular (FORTUNE, 1994). O destino do folículo
dominante será a ovulação ou a atresia, dependendo da capacidade deste manter seu processo
esteroidogênico ativado (BAO et al., 1997a,b).
A emergência folicular é caracterizada por ser um processo onde um grupo de
aproximadamente 8 a 12 folículos cresce simultaneamente no ovário, concomitantemente ao
pico de liberação do FSH (ADAMS et al., 1992; HAUGHIAN et al., 2004). Neste momento,
esses folículos apresentam em torno de 4 milímetros (mm) de diâmetro, sendo responsivos e
dependentes dessa gonadotrofina, pois se a ação deste hormônio for impedida, os folículos
recém emergidos entrarão em atresia (GIBBONS, et al., 1997; GINTHER et al., 2002a). O
FSH permite que estes mantenham seu crescimento e proliferação celular, aumentando
gradualmente sua capacidade esteroidogênica (ADAMS et al., 1992; RHODES et al., 2001;
HENDRIKSEN et al., 2003; LUO & WILTBANK, 2006).
Após atingir os níveis de concentração plasmáticos máximos, o FSH começa a diminuir
até níveis basais (GIBBONS et al., 1997; GINTHER et al., 1997, 2000, 2002a). Inicialmente,
todos os folículos emergidos contribuem para que a secreção desta gonadotrofina diminua,
pois todos produzem estrógeno, e este é o principal responsável pelo declínio do FSH (BEG et
al., 2003). Tem-se sugerido que outros hormônios, principalmente os pertencentes à família
do Fator α de necrose tumoral, como a inibina, também possam estar envolvidos neste
processo inibitório (GLISTER et al., 2001, 2003; KNIGHT & GLISTER, 2001). Novilhas
imunizadas contra inibina apresentam aumento na taxa de ovulação, evidenciando o
envolvimento deste hormônio na regulação do processo de divergência folicular (MEDAN et
al., 2004). No entanto, os achados ainda não são conclusivos quanto ao seu papel neste
mecanismo. A inibina estimula a esteroidogênese, aumentando a produção de andrógenos
(WRATHALL & KNIGHT, 1995). Ações independentes dos estrógenos têm sido
17
demonstradas, porém aparentemente são menos evidentes (LANE et al., 2005). Como a
concentração de inibina nos dois maiores folículos é semelhante durante o processo de
divergência folicular, têm-se sugerindo que ela exerça principalmente ações endócrinas na
regulação do FSH (BEG et al., 2002; GINTHER et al., 2002a,b, 2003).
Do conjunto de folículos emergentes, normalmente apenas um é capaz de manter-se
estrogênio-ativo, proporcionando a manutenção do seu crescimento, passando pelo processo
de divergência folicular, atingindo assim a condição denominada de folículo dominante.
Durante o período de dominância, a diminuição dos níveis plasmáticos de FSH induz a atresia
dos subordinados, pois estes ainda são dependentes deste hormônio (GIBBONS et al., 1997;
GINTHER et al., 1997, 2000, 2002a).
Durante as fases finais do crescimento folicular, o LH passa a atuar nas CG, através dos
seus receptores funcionas permitindo que o folículo dominante se mantenha crescendo, com
considerável independência do FSH (EVANS & FORTUNE 1997; BAO et al., 1997a,b).
Estudos recentes demonstraram que na emergência folicular, algumas isoformas inativas do
receptor de LH já estão sendo transcritas nas CG (ROBERT et al., 2003). Porém, a proteína
capaz de se ligar ao LH somente é transcrita em momentos mais tardios, quando se espera que
a dominância já esteja estabelecida (EVANS & FORTUNE, 1997). Sendo assim, como
durante processo de divergência folicular o FSH encontra-se em níveis basais (GIBBONS et
al., 1997; GINTHER et al., 1997, 2000, 2002), existe um período em que o futuro folículo
dominante consegue manter seu crescimento mesmo em um ambiente com baixa
disponibilidade de gonadotrofinas.
Até pouco tempo, acreditava-se que as gonadotrofinas possuíam papel principal no
processo de divergência folicular (BADINGA et al., 1992; FORTUNE, 1994; GINTHER et
al., 1996). Considerava-se simplesmente que o folículo que primeiro adquirisse receptores
para LH nas CG, alteraria sua dependência de FSH para LH e seria o “escolhido” para exercer
dominância sobre os demais. Porém, atualmente entende-se que para que o processo de
seleção e dominância folicular ocorra, além das gonadotrofinas, são necessários outros
hormônios endócrinos, e principalmente fatores autócrinos e parácrinos produzidos no
ambiente ovariano (GINTHER et al., 2001; RHODES et al., 2001; GINTHER et al., 2002b;
BEG et al., 2002; HENDRIKSEN et al., 2003).
Aparentemente, a capacidade de aumentar antecipadamente a produção de estrógenos,
mesmo quando exposto a esta baixa concentração de gonadotrofinas é o que permite o maior
folículo, normalmente, se tornar o dominante (BADINGA et al., 1992; BEG et al., 2003). O
futuro folículo dominante inicia o seu crescimento mais cedo que os subordinados da onda
folicular (GINTHER et al., 1997). Aparentemente, ele emerge horas antes, e no segundo dia
18
após a emergência já apresenta 1mm de diâmetro a mais que seus contemporâneos (EVANS
& FORTUNE, 1997). Além desta diferença morfológica, as alterações bioquímicas também
se iniciam antecipadamente no futuro dominante. Acredita-se que esta resposta mais rápida e
precoce seja devido a uma maior sensibilidade ao FSH, no entanto, ainda não se sabe como
este folículo é capaz de antecipar tal resposta (FORTUNE et al., 2004; BEG & GINTHER,
2006). O exato mecanismo que diferencia e capacita um folículo a atravessar o processo de
divergência, se tornando o dominante, ainda não está completamente compreendido. No
entanto, acredita-se que o sistema IGF (fator de crescimento semelhante a insulina) exerça um
dos papeis principais dentro deste processo, “hipersensibilizando” o futuro dominante às
ações das gonadotrofinas e impedindo que isso ocorra nos subordinados.
Ao contrário dos subordinados, o folículo dominante é capaz de produzir estrógenos
mesmo em baixas concentrações de gonadotrofinas. Aparentemente, a maior quantidade de
IGF-I livre no líquido folicular no momento da divergência é o principal fator que lhe atribui
tal capacidade (STEWART et al., 1996; GINTHER et al., 2003; RIVERA & FORTUNE,
2003a,b), pois aumentaria sua sensibilidade ao FSH, permitindo a manutenção da
esteroidogênese até que possa responder ao LH.
O folículo dominante em bovinos provavelmente será aquele que utilizar com sucesso
ações recíprocas entre gonadotrofinas, IGF-I e estradiol visando estimular o seu crescimento e
concomitantemente inibir o crescimento dos seus contemporâneos. O FSH é capaz de
aumentar a expressão de IGF-I nas CG (ARMSTRONG et al., 1996; SPICER &
CHAMBERLAIN, 2000). Por sua vez, o IGF-I estimula a proliferação e diferenciação das CG
e também o aparecimento de receptores de LH nestas células (ARMSTRONG et al., 1996;
SPICER & STEWART, 1996). Ainda, o IGF-I livre pode atuar diretamente aumentando a
esteroidogênese ou indiretamente potencializando as ações do FSH e do LH (STEWART et
al., 1995; SPICER & STEWART, 1996; SPICER et al., 2002). O estradiol é capaz de
incrementar a síntese de IGF-I nas CG. E por fim, além de induzir a redução do FSH por
incrementar a produção de estradiol, o IGF-I também estimula a biosíntese de inibina A,
activina A e folistatina pelas CG (SPICER et al., 2002).
O IGF-I é produzido tanto nas CT quanto nas CG, no entanto, somente a produção deste
fator nas últimas é regulada por hormônios (SPICER & CHAMBERLAIN, 2000). A
disponibilidade de IGF-I no líquido folicular é regulada pela ação de proteínas ligadoras do
IGF (IGFBP). A redução destas proteínas ligadoras pode ser detectada em futuros folículos
dominantes, antes de apresentarem diferenças morfológicas em relação aos seus subordinados
(RIVERA & FORTUNE, 2003a,b).
Aparentemente, as IGFBP mais importantes dentro do processo de divergência folicular
19
são aquelas que possuem baixo peso molecular (menos que 42 kD; de la SOTA et al., 1996).
Dentre estas, destaca-se as IGFBP-II, IV e V, as quais já foram encontradas no líquido
folicular de bovinos e são produzidas nas CT e CG (MIHM et al., 2000; RIVERA et al., 2001;
VOGE et al., 2004a,b). Apesar das IGFBP-III também serem encontradas no ambiente
intrafolicular, estas não parecem estar envolvidas no processo de seleção. Ao contrário das
anteriores, as concentrações foliculares de IGFBP-III acompanham as variações plasmáticas,
indicando uma produção extragonadal (de la SOTA et al., 1996; FUNSTON et al., 1996).
Folículos dominantes em crescimento, ao contrário dos dominantes atrésicos e subordinados,
apresentam uma quantidade reduzida de IGFBP-II, IV e V no líquido folicular (FUNSTON et
al., 1996; STEWART et al., 1996; RIVERA & FORTUNE, 2003a,b).
Em bovinos existem dois mecanismos de controle das concentrações de IGFBP. O
primeiro é um processo enzimático, realizado pela proteína plasmática-A associada à prenhez
(PAPP-A) a qual é capaz de degradar as IGFBP-IV e V (RIVERA & FORTUNE, 2003a,b).
Em resposta ao FSH, os futuros folículos dominantes adquirem, antecipadamente, estas
enzimas proteolíticas responsáveis por degradar as IGFBP (RIVERA & FORTUNE, 2001;
RIVERA et al., 2001; SPICER et al., 2001). Isto permite que ao invés da maioria das
moléculas de IGF-I estarem ligadas às proteínas ligadoras, como ocorre nos subordinados,
elas estão livres no líquido folicular, potencializando a ação das gonadotrofinas nesses
candidatos à dominância, aumentando a síntese de estradiol. Atualmente, o aumento precoce
de PAPP-A é considerado o primeiro indício de dominância (RIVERA & FORTUNE, 2003b;
FORTUNE et al., 2004). No entanto, a concentração desta enzima não parece ser diferente
entre o dominante e os subordinados após o processo de divergência estar estabelecido
(SANTIAGO et al., 2005).
Já o segundo mecanismo de regulação das proteínas ligadoras não está completamente
elucidado, porém acredita-se que regule a síntese protéica de IGFBP-II (YUAN et al., 1998;
SPICER et al., 2001; SANTIAGO et al., 2005), aparentemente ocorrendo em decorrência, e
não como uma causa, da dominância folicular (RIVERA & FORTUNE, 2003b). Enquanto a
expressão gênica das IGFBP-II, IV e V nas células foliculares de folículos terciários grandes
(>7,9mm) é inibida pelo estradiol, em folículos pequenos (1 a 5mm) a expressão de IGFBP-II
é estimulada (VOGE et al., 2004a).
De maneira geral, este é o mecanismo pelo qual o sistema IGF participa do processo de
seleção e dominância folicular. No entanto, ele não parece ser o único capaz de atuar no
processo de divergência e crescimento folicular. Outros fatores de crescimento e peptídeos
localmente produzidos no folículo, certamente são capazes de exercer efeito sobre a
folículogênese, mediando e/ou modulando a ação de hormônios endócrinos (McNATTY, et
20
al., 1999). Os fatores de crescimento fibroblásticos (FGF) e o sistema renina-angiotensina
merecem destaque em bovinos, pois estas substâncias fazem parte de mecanismos paralelos,
sinérgicos ou até mesmo independentes do IGF (BERISHA et al., 2002, 2004; BURATINI et
al., 2005).
Estudos recentes têm demonstrado a participação dos FGF durante a foliculogênese,
evidenciando suas ações no crescimento folicular. Até o presente momento, o RNAm e/ou as
proteínas dos FGF-1, 2, 7, 8, 10, 13 (PARROTT & SKINNER, 1998; BERISHA et al., 2004;
BURATINI et al., 2004, 2005) e também dos receptores para FGF (FGFr) 2b, 3c e 4, já foram
encontrados em células de folículos antrais (BURATINI et al., 2005).
Os FGF-1, 2 e 7 são produzidos principalmente nas CT (PARROTT & SKINNER,
1998; BERISHA et al., 2004), e atuam nas CG através de seus receptores, onde já foi
demonstrado que o FGF-7 é capaz de reduzir a produção de estrógeno nestas últimas. O FGF-
10, o qual é produzido no oócito e nas CT, diminui sua expressão durante o crescimento
folicular antral, sugerindo seu envolvimento no processo de recrutamento e emergência
folicular (BERISHA et al., 2004; BURATINI et al., 2004).
Ainda não é completamente elucidada a relação entre os tipos e a especificidade dos
FGFr. No entanto, acredita-se que grande parte das ações intrafoliculares dos FGF sejam
mediadas pelo FGFr-2b, 3c e 4, sendo estes expressos predominantemente nas CG, CT e
CG/CT, respectivamente. O FGFr-3c é responsivo ao FSH, mas não ao IGF-I (BURATINI et
al., 2005). Estes achados sugerem que estes FGF exercem um papel potencializador das ações
desta gonadotrofina sobre o desenvolvimento folicular, com ações concomitantes e talvez
independentes do sistema IGF.
Outro peptídeo que parece influenciar a foliculogênese é a angiotensina II (Ang-II). Ela
pertence ao sistema renina-angiotensina. Neste, o angiotensinogênio é utilizado como
substrato, sofrendo 2 clivagens sucessivas, a primeira pela renina e a segunda pela enzima
conversora de angiotensina, originando respectivamente a Ang I e II. Além de ser sítio de
ação, aparentemente o ovário é capaz de produzir Ang-II localmente, pois o líquido folicular
apresenta concentrações distintas do plasma sanguíneo (GLORIOSO et al., 1986). Ainda, são
notadas variações das suas concentrações intrafoliculares durante as fases do ciclo estral
(YOSHIMURA et al., 1994; ACOSTA et al., 2000).
Os receptores para Ang-II são divididos em subtipos 1 e 2, os quais em bovinos estão
distribuídos nas CT e CG de folículos antrais (BRUNSWIG-SPICKENHEIER &
MUKHOPADHYAY, 1992; ACOSTA et al., 1999; SCHAUSER et al., 2001). Porém, devido
a seu padrão de expressão em folículos em crescimento e atrésicos, é provável que a maioria
das ações da Ang-II no processo de foliculogênese final sejam mediadas pelo receptor do tipo
21
2 (SCHAUSER et al., 2001; PORTELA et al., 2006). Durante o crescimento, os folículos
apresentam quantidades crescentes destes receptores nas CG, enquanto os receptores do tipo 1
aparentemente não variam (PORTELA et al., 2006).
Na reprodução dos bovinos, a Ang II está envolvida na maturação oocitária
(GIOMETTI et al., 2005), fertilização in vitro (STEFANELLO et al., 2006), crescimento
folicular (SCHAUSER et al., 2001; PORTELA et al., 2006) e no processo de indução da
ovulação (ACOSTA et al., 1999; FERREIRA et al., 2006). O crescimento de folículos antrais
parece ser influenciado por este peptídeo, porém o mecanismo de ação ainda precisa ser
elucidado. A ang-II poderia induzir o crescimento folicular indiretamente, atuando como fator
angiogênico e promovendo um maior aporte de fatores que estimulem o crescimento folicular.
No entanto, independentemente desta primeira função, a ANG-II ainda pode atuar diretamente
no crescimento do folículo dominante, potencializando as ações das gonadotrofinas e fatores
de crescimento, permitindo que o folículo ultrapasse o período de restrição de gonadotrofinas
(PORTELA et al., 2006). Em outras espécies como no coelho, este peptídeo parece interagir
com o sistema IGF e influenciar a esteroidogênese (YOSHIMURA et al., 1994; 1996). Em
bovinos, aparentemente, a Ang-II influencia o crescimento folicular através do
remodelamento da matriz extracelular (PORTELA et al, 2006). Porém, a exata importância e
o mecanismo de ação da angiotensina na foliculogênese ainda necessita ser esclarecida.
2.3. Indução/sincronização de estros em bovinos
Para incrementar os índices reprodutivos dos rebanhos bovinos é necessário que as vacas
emprenhem em intervalos de 365 dias. Por isso, os métodos de indução de estro têm sido
pesquisados, tornando-se ferramentas importantes no manejo reprodutivo destes rebanhos.
Dentre estes métodos, destacam-se as associações hormonais e os desmames, os quais podem
ser utilizados de forma separada ou concomitante a fim de possibilitar que as vacas
emprenhem durante o pós-parto (LUCY et al., 2001; LOGUÉRCIO et al., 2006a).
Em vacas de corte amamentando em pós-parto, a utilização de progestágenos como parte
dos programas hormonais para indução de estro é indispensável, quando se deseja alcançar
elevadas taxas de prenhez (LUCY et al., 2001). Além destes esteróides atuarem sobre a
dinâmica folicular (MACKEY et al., 2000; SAVIO et al., 1993; STEGNER et al., 2004;
COLAZO et al., 2006), eles têm a capacidade de diminuir a incidência de ciclos curtos após a
primeira ovulação pós-parto e favorecer o restabelecimento da ciclicidade (RUTTER et al.,
1985; FIKE et al., 1997).
22
Aparentemente, os ciclos curtos são induzidos pela liberação precoce de prostaglandina
F
2
α (PGF
2
α) no endométrio, induzindo assim a luteólise prematura do corpo lúteo (ZOLLERS
et al., 1991; BUFORD et al., 1996; MANN & LAMMING, 2000). O mecanismo que controla
esta liberação de PGF
2
α não é totalmente entendido. No entanto, acredita-se que as baixas
concentrações de progesterona e estradiol que antecedem a primeira ovulação do pós-parto,
induzam insuficientes receptores de progesterona no útero para a ocorrência de um ciclo estral
normal (ZOLLERS et al., 1993; MANN & LAMMING, 2000).
A administração de progestágenos exógenos é capaz de modular a expressão de
receptores para esteróides no endométrio (ZOLLERS et al., 1993; LOGUÉRCIO et al.,
2006b) e no hipotálamo (PETERSEN et al., 1995; ANDERSON & DAY, 1996). O aumento
de receptores no endométrio impede a liberação precoce de PGF
2
α aparentemente por retardar
a ação da ocitocina (LEUNG et al., 2000). A ação direta dos progestágenos sobre os núcleos
hipotalâmicos reduzindo os receptores de estradiol, permite que a freqüência de liberação de
GnRH/LH aumente (PETERSEN et al., 1995; ANDERSON & DAY, 1996; TURZILLO et
al., 1998; LOOPER et al., 2003). Isto estimula o crescimento folicular final e o aumento da
esteroidogênese intrafolicular aos níveis que possibilitem a indução do pico pré-ovulatório de
LH. Sendo assim, os progestágenos capazes de minimizar o bloqueio neuro-endócrino do pós-
parto, favorecendo a ocorrência de ovulações que resultem na formação e manutenção de
corpos lúteos por períodos adequados (RUTTER et al., 1985; ZOLLERS et al., 1993; FIKE et
al., 1997; MANN & LAMMING, 2000).
O efeito dos progestágenos sobre o crescimento folicular varia de acordo com o
momento, a dose e a freqüência de administração. Estes esteróides não parecem exercer
efeitos significativos sobre o padrão de liberação do FSH (GINTHER et al., 2001; NETT et
al., 2002). Se aplicados de maneira a induzir concentrações plasmáticas supraluteais, eles são
capazes de diminuir a freqüência de liberação do LH (GINTHER et al., 2001). Desta forma,
os progestágenos quando utilizados isoladamente, somente são capazes de induzir a regressão
de folículos em estágios avançados de crescimento, ou seja, após a dominância estar
estabelecida (GINTHER et al., 2001).
Os dispositivos para liberação lenta de progestágenos disponíveis comercialmente,
induzem concentrações plasmáticas subluteais destes hormônios (SAVIO et al., 1993). Por
isso, quando a utilização destes não coincide com a presença de um corpo lúteo funcional,
como é o caso das vacas em anestro, eles estimulam a liberação de LH. No entanto, se estas
doses subluteais permanecem por um longo período, possibilitarão a formação de folículos
persistentes, acarretando em prejuízos a fertilidade (AHMAD et al., 1995; KINDER et al.,
1996). Para evitar estes problemas de persistência folicular, é necessário que o tratamento
23
com progestágenos não seja muito prolongado, preferencialmente entre 5 e 9 dias
(CAVALIERI et al., 2004). Além disso, é fundamental que uma onda folicular se inicie
durante este período (BÓ et al., 1995). Com esta finalidade, a associação entre progestágenos
e estradiol é o tratamento para indução e/ou sincronização de estros mais utilizado em bovinos
de corte.
A administração de estradiol causa a supressão do crescimento dos folículos antrais e
emergência de uma nova onda folicular em tempo relativamente previsível (BÓ et al., 1993).
Esta supressão do crescimento folicular é mais eficaz quando o uso de estradiol for
concomitante ao de progestágenos (BÓ et al., 1994). A regressão dos folículos FSH-
dependentes é causada por ação do estradiol e a dos LH-dependentes pela interação
estrógeno/progesterona (MARTINEZ et al, 2005). Utilizando-se BE, espera-se que uma nova
onda folicular se inicie 4,3 dias após sua aplicação (BÓ et al., 2000; MARTINEZ et al.,
2002a). O BE é capaz de causar a perda da função estrogênica do folículo dominante entre 12
e 36 horas após sua administração (BURKE et al., 2001; 2003; 2005).
O estradiol pode ser aplicado concomitantemente à injeção de 50 a 100mg de
progesterona e a inserção dos dispositivos vaginais impregnados com progestágenos (BÓ et
al., 1995; CASSIA & BÓ, 1998). A associação de progesterona injetável no início do
tratamento tem o intuito de prevenir a liberação de LH nos animais que não possuem CL,
concentrando ainda mais a emergência da nova onda (MAPLETOFT et al., 2002).
Dentre as vacas que são tratadas com progestágenos e estradiol, algumas não apresentam
atresia e regressão dos folículos ovarianos (BÓ et al., 1995; DUFFY et al., 2004, MARTINEZ
et al., 2005). Estas falhas na resposta a esta associação hormonal podem ser dependentes do
estágio do ciclo estral. Kastelic et al. (2004), sugeriram que as baixas concentrações de
progesterona endógena no momento do tratamento poderiam influenciar na resposta. Segundo
Cavestany et al. (2003), o MAP utilizado em pessários vaginais, pode não ser suficiente para
simular os níveis de progesterona capazes de prevenir a ovulação durante o tratamento. Além
disso, a associação de BE e MAP pode não induzir a emergência sincrônica de uma nova onda
folicular (SILVEIRA et al., 2003) podendo prejudicar os resultados de prenhez.
Os pessários vaginais impregnados com MAP se tornaram uma ferramenta alternativa e
mais barata, se comparada a outras fontes de progestágenos (MORAES & JAUME, 1997). No
entanto, da mesma forma que outros progestágenos, quando associados exclusivamente ao
estradiol em vacas no pós-parto, o MAP produz resultados inconsistentes, que variam
conforme as condições nutricionais e ambientais a que os animais estão submetidos. Além de
uma emergência de onda folicular sincronizada, é necessário que ao final do tratamento se
obtenha um folículo capaz de induzir e/ou ovular após o pico pré-ovulatório endógeno de LH.
24
Em vacas Bos taurus, os folículos somente desenvolvem tal capacidade após atingir diâmetro
de 12mm e isto está relacionado à presença de receptores de LH na CG (SARTORI et al.,
2001). Com este objetivo, a administração da gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) e o
desmame podem ser realizados para incrementar a taxa de crescimento e ovulação do folículo
dominante.
A eCG tem ação similar ao FSH e também ao LH, estimulando a esteroidogênese e o
crescimento folicular (MURPHY & MARTINUK, 1991; DUFFY et al., 2004). O efeito da
sua administração varia de acordo com a dose e o momento da aplicação, podendo levar à
superovulação, se a administração ocorrer antes ou durante o processo de seleção e
divergência folicular. A resposta superovulatória está, normalmente, relacionada com a dose
utilizada, pois doses baixas (500UI) levam à formação de poucos folículos (1 a 3) e doses
altas a muitos co-dominantes, causando superovulação (MURPHY & MARTINUK, 1991).
Em programas de indução de estros, a aplicação da eCG, concomitantemente ao final do
período de exposição aos progestágenos, somente propicia um incremento na fertilidade de
animais com baixas condições corporais (BARUSELLI et al., 2004). Quando este hormônio é
administrado em doses baixas, antes da retirada do pessário vaginal, permite ao folículo
dominante atingir maiores diâmetros nas 48h após a retirada do pessário (LOGUÉRCIO et al.,
2006a). Provavelmente, este maior tamanho resultará em incremento nas taxas de ovulação,
permitindo que melhores índices de prenhez sejam alcançados.
As técnicas de desmame visam minimizar os efeitos inibitórios da amamentação sobre
a liberação de GnRH/LH no pós-parto (STAGG et al., 1998, GEARY et al., 2001). Para isso,
diversos métodos de desmame foram desenvolvidos, consistindo em sistemas que preconizam
desde a separação temporária, parcial ou total, dos terneiros de suas mães, até o desmame
definitivo. Estas técnicas podem ser utilizadas concomitantes a processos de indução de estro,
permitindo uma potencialização no restabelecimento da ciclicidade em vacas no pós-parto.
Além de atuar minimizando os efeitos negativos da amamentação, o desmame facilita o
manejo de detecção de estro e IA.
Os desmames temporários podem ser realizados com auxilio de dispositivos nasais
(tabuletas nasais) que impedem o terneiro de mamar. Apesar deste método ser muito utilizado,
as tabuletas parecem atuar exclusivamente como “poupadores de energia”, uma vez que as
vacas diminuem a sua produção de leite durante o período em que o terneiro está impedido de
mamar. No entanto, por permitir acesso à região inguinal da vaca e também por permitir os
estímulos visuais e olfatórios, não são capazes de superar o bloqueio neuro-endócrino que
inibi a ciclicidade. Browning Jr. et al. (1994) demonstraram que permitindo que o terneiro
mame apenas uma vez ao dia, reduz-se o intervalo entre partos sem afetar o ganho de peso do
25
lactente. No entanto, a utilização deste manejo parece ser pouco aplicável, uma vez que todo
rebanho precisaria ser reunido diariamente em um centro de manejo, onde mães e filhos
seriam reunidos por meia-hora, e após este período teriam de ser separados novamente. Já os
sistemas de desmame temporários que fazem separação total do terneiro por um período de 48
a 120h, são capazes de permitir um incremento na pulsatilidade de GnRH/LH, diminuindo o
intervalo entre partos (STAGG et al., 1998, GEARY et al., 2001). Porém, quando estes
manejos são utilizados isoladamente produzem resultados inconsistentes. A separação
permanente realizada aos 60 dias pós-parto (desmame precoce), normalmente, produz bons
resultados de prenhez no fim da estação de monta (LOGUÉRCIO et al., 2006b), mas está na
dependência direta de fatores ambientais, principalmente da oferta alimentar. Outra restrição é
o custo da implantação, o qual pode ser elevado de acordo com as oscilações dos preços de
insumos que serão utilizados para suplementar a alimentação destes animais (PASCOAL &
RESTLE, 2000).
Nos últimos anos vem se buscado minimizar ou até mesmo eliminar a necessidade de
detecção de estros. Especialmente em vacas no pós-parto, as falhas na observação de cios,
aliadas a necessidade de racionalização do manejo com os animais e também do uso da mão-
de-obra disponível, parecem ser as principais justificativas para isso (revisado em
BARUSELLI et al. 2004). Porém, é importante que esta redução de manejo não acarrete em
diminuições na taxa de prenhez final do rebanho.
Para a realização da IATF, é necessário conhecer o momento esperado em que a ovulação
ocorrerá. Com este intuito, a utilização de indutores da ovulação ao término do período de
exposição aos progestágenos tem sido amplamente estudada (FIKE et al., 1997;
STEVENSON et al., 2000; FERNANDES et al., 2001; GEARY et al., 2001; BARUSELLI et
al., 2002; MARTINEZ et al., 2002 a,b; SILVEIRA et al., 2003; BARUSELLI et al., 2004;
BASTOS et al., 2004; KASIMANICKAM et al., 2006). Atualmente o BE e os agonistas do
GnRH são os mais utilizados, propiciando resultados de prenhez variados.
Vacas de corte em pós-parto são tratadas com BE no intuito de induzir estro e ovulação.
O tratamento com este estrógeno promove a liberação de um pico de LH, dentro de um
intervalo de 16 às 30h (LAMMOGLIA et al., 1998). Apesar desta variação, as taxas de
prenhez ficam em torno de 50%, quando utilizada exclusivamente a IATF (LAMMOGLIA et
al., 1998; BURKE et al., 2001; MARTINEZ et al., 2002a; COLAZO et al., 2004). No entanto,
as taxas de prenhez podem ser reduzidas de acordo com a quantidade de vacas em anestro
dentro do rebanho e também com o tamanho do folículo dominante no momento da aplicação
do BE (BARUSELLI et al., 2004). Ainda, a utilização de estrógenos induz a demonstração de
sinais de estro na maioria das vacas, porém algumas destas não apresentam ovulação
26
(BURKE et al., 2001).
A administração de GnRH induz um pico de LH que se inicia logo após sua aplicação
(em torno de 15 minutos; LUCY & STEVENSON, 1986). Os sistemas com GnRH são
amplamente utilizados em vacas de leite (PURSLEY et al., 1995; XU et al., 2000). No
entanto, os resultados em vacas de corte em pós-parto são variados e normalmente atingem
baixas taxas de concepção quando utilizados em programas de IATF (STEVENSON et al.,
2000; FERNANDES et al., 2001; BARUSELLI et al., 2002). Apesar desta menor
variabilidade no momento da indução do pico de LH em relação ao BE, estas baixas taxas de
concepção também são principalmente devido ao tamanho inadequado do folículo dominante
no momento da administração (BURKE et al., 2001).
27
3. CAPÍTULO 1
TRABALHO A SER ENVIADO PARA PUBLICAÇÃO:
ARE PROGESTINS ASSOCIATED TO ESTRADIOL
CAPABLE TO INDUCE FOLLICULAR ATRESIA IN
GONADOTROPHINS LOW DEPENDENT FOLLICLES?
Lucas Carvalho Siqueira, Rogério Ferreira, Luiz Felipe Borges, João
Francisco Oliveira, Paulo Bayard Gonçalves
Theriogenology, 2007
28
ARE PROGESTINS ASSOCIATED TO ESTRADIOL CAPABLE TO INDUCE
FOLLICULAR ATRESIA IN GONADOTROPHINS LOW DEPENDENT
FOLLICLES?
Lucas Carvalho Siqueira¹, Rogério Ferreira¹, Luiz Felipe Borges¹, João Francisco
Oliveira¹, Paulo Bayard Gonçalves¹
¹Laboratory of Biotechnology and Animal Reproduction - BioRep, Federal University of
Santa Maria, Santa Maria, RS, Brazil.
Correspondence to: Paulo Bayard Gonçalves
Address: Laboratory of Biotechnology and Animal Reproduction - BioRep, Federal
University of Santa Maria, Department of Large Animal Clinical, Santa Maria, RS, Brazil.
97105-900, Santa Maria, RS, Brazil
Phone number: 55-55-3220-8484
Fax number: 55-55-3220-8484
E-mail address: [email protected]
29
Abstract
This experiment was conducted to evaluate the follicular dynamics of cows with low
endogenous progesterone, treated with three different progestin protocols associated to
estradiol benzoate (EB), before expected deviation moment (5 to 7 mm), around deviation (8
to 10 mm) or post-deviation (>10 mm). Thirty six suckled cows 60 to 90 days postpartum in a
body condition score of 3 (1- extremely thin; 5- obese) received two injections of cloprostenol
(12/12 h; im). Forty-eight hours after first cloprostenol injection, all follicles >5 mm were
ablated and transrectal ultrasound scanning (8 MHz linear-array transducer) was performed
every 24 h until day 7 (Day 0 = treatment). When the largest follicle reached a designated
diameter of 5 to 7, 8 to 10 or >10 mm, animals were randomly allocated to receive 2 mg of
EB (im) associated to vaginal devices containing 250 mg of medroxi-progesterone acetate
(MPA) with or without 100 mg of progesterone (P4; im) or vaginal devices containing P
4
according to a 3 by 3 factorial. The treatments induced follicular regression in all cows. There
was no treatment and follicular diameter group interaction on maximum size, timing to reach
maximum follicular size, follicular regression, new wave emergence or time in plateau stage.
Cows receiving MPA or P4 vaginal devices presented similar follicular dynamics. In
conclusion, irrespective of follicular size at treatment, postpartum cows bearing emerged
growing follicles presented similar responses on follicular wave dynamics when treated with
EB and different progestin protocols.
Key words: cow, follicular dynamic, progestin, estradiol.
30
1. Introduction
Progestins associated with an estradiol injection at the beginning of estrous
synchronization programs are widely used in beef cattle. The intent of this association is to
induce atresia of all emerged follicles present on the ovaries at this point and induce a new
synchronic follicle wave emergence during treatment period. When this treatment was first
tested with this purpose, closely to the 90´s, knowledge supported the exclusively dependency
of follicle growth on FSH and LH levels, marking it perfect, since would inhibit both
hormones. BÓ et al. [1] demonstrated the success of such association, inducing a new wave
emergence at different moments of estrous cycle. After this many similar experiments and
field results confirmed on different animal categories.
In the last few years, many advances have been made on the understanding of follicle
wave dynamics, establishing the importance of an autocrine/paracrine control at the deviation
process [2,3], specially the insulin-like growth factor (IGF) system, providing evidence that in
a low gonadotrophin environment, only the future dominant follicle is able to sustain its
growth, whereas subordinates undergo atresia [4-6]. In the granulosa cells, apparently the
acquisition of LH receptors occurs latter on follicle growth [4] or at least for its functional
protein [7], suggesting that LH role at deviation is just through theca cells. Protocols
associating progestins and estradiol cause a dose-dependent transient suppression on FSH and
LH [8,9], but this suppression is not stronger than the one seen at the deviation moment
[10,11], when still there are enough gonadotrophins for maintaining the steroidogenic process
activated in the dominant follicle.
It seems reasonable to suppose that a lack of response to this treatment causes the
regression of those “IGF dependent follicles”. Indeed, many researchers had described some
failures on inducing dominant follicle atresia with this association [1,9,12] and the
explanation could be related to low levels of endogenous progesterone (P
4
)
[13]. Therefore,
31
the present experiment was conducted to evaluate the follicular dynamics of cows with low
endogenous P
4
, treated with three different progestin protocols associated to estradiol
benzoate, at 3 different moments of follicular growth, before expected deviation (5 to 7 mm),
around deviation (8 to 10 mm) or post-deviation (>10 mm).
2. Materials and methods
2.1. Animals and experimental groups
Thirty six suckled Bos taurus beef cows 60 to 90 days post-partum with a body
condition score of 3 (ranging from 1- extremely thin, to 5- obese), received two injections of
cloprostenol (125 µg into vulvar submucosa; Schering-Plough Animal Health, Brazil) 12 h
apart. Forty-eight hours after the first cloprostenol injection, all follicles >5 mm were ablated
using a transvaginal ultrasound-guided approach [14] (Pie-medical 200, 7.5 MHz sector array
transducer). Thereafter, when the largest follicle reached a designated diameter of 5 to 7, 8 to
10 or >10 mm (follicular size groups), defined as day zero for each cow, animals were
randomly allocated into one of three treatment groups as specified below, denominated MPA,
MPA + P4 or P4 in a 3 by 3 factorial (3 follicular size and 3 treatment groups; 4 cows per
group).
MPA: vaginal device containing 250 mg of medroxi-progesterone acetate (MPA; described by
Bastos et al. [15]) + 2 mg im of estradiol benzoate (EB; in oil).
MPA + P4: vaginal device containing 250 mg of MPA + 2 mg im of EB + 100 mg im of P
4
(in oil).
P4: vaginal device containing 1 g of P
4
(Syntex S.A., Argentina) + 2 mg im of EB.
2.2 Ultrasound scanning and definitions
After ablation, transrectal ultrasound scanning (8 MHz linear-array transducer) was
performed every 24 h until day 7 following up follicle dynamics, where all follicles were
mapped to facilitate tracking of individual follicles over consecutive days. Maximum size was
32
defined as been the maximum diameter reached by the larger follicle after treatment; days to
maximum size as the period (days) from treatment until maximum size was attained; stage of
plateau as the period (days) after maximum size when this follicle did not change its diameter;
follicular regression as a progressive decrease in diameter of the largest follicle; regression
day as the first day on which follicular regression was noticed; and follicular wave emergence
as been the day when at least one growing follicle reached a diameter of 5 mm [16].
2.3 Statistical analysis
The follicular regression induction rate was compared in both treatment and follicular size
groups using a non-parametric analysis throughout the categorical data analysis procedures
(PROC CATMOD; SAS Version 9.1 for Windows; SAS Institute, Cary, NC, USA). Timing
to reach maximum follicular size, follicular atresia induction, new wave emergence and time
in plateau stage are presented as mean±s.e.m (standard error of the mean). Differences in
dependent variables were accessed using GLM procedure, within independent variables
treatment, follicular size and treatment by follicular size interaction and the means were
compared by least squares means. The group effects of treatment and follicular size on
follicular growth dynamics where analyzed by the MIXED procedure of SAS with a repeated
statement. Main effects of group, follicular size and day and their interaction were determined
and differences between continuous data such as follicular diameter on a specific day were
compared between independent variables by estimate statement.
3. Results
The treatments induced follicular regression in all treated cows (n = 34) and the
emergence of a new wave was not observed in two cows in the MPA group during
33
experimental period. There was no treatment or follicular diameter group interaction on
maximum size, timing to reach maximum follicular size, follicular regression, new wave
emergence or time in plateau stage; therefore, the data are demonstrated just considering main
effects (Table 1). The follicular size was similar (P>0.05) and decreased during the evaluation
period in all treatment groups (P < 0.0001), with no interaction between day and treatment
(P>0.05). Therefore, data are represented according to follicular size groups, independent of
treatment effect (Figure 1). In the P4 group, two cows did not reach the predetermined
follicular sizes (8 to 10 and >10 mm). These animals were not treated and were excluded from
the statistical analysis.
4. Discussion
In the present study, the treatment of cows with low endogenous progesterone with
estradiol benzoate associated with three progestin protocols at three different moments of
follicular wave, before expected deviation (5 to 7 mm), around deviation (8 to 10 mm) or post
deviation (>10mm) and resulted in follicular regression in all treated animals. The atresia of
follicles at pre- or post-deviation moment was expected through the suppression of FSH and
LH induced by the progestin plus estradiol treatment, since those hormones are essential for
follicular development [10,11]. Nevertheless, the low gonadotrophin environment imposed by
the treatments should neither be a barrier for a future dominant follicle maintains its
steroidogenesis activated nor for its growth during deviation. At such time, free IGF-I
follicular fluid is abundant on the larger follicle [17], which has a role of facilitating estradiol
production [18]. However, the follicular regression observed in this experiment could be due
to a stronger inhibition of FSH release, caused by the cumulative suppressive effect of the
estradiol administration to the already FSH baseline levels, expected to be found at this
moment, impairing conversion of androgens to estrogens. Ginther et al. [19] demonstrated
34
that the future dominant follicle requires FSH at the beginning of deviation and that multiple
estradiol administrations at this moment delay follicle growth. The estradiol/progestin
suppressive effect on LH secretion could be a determinant factor for follicular regression at
this moment, but this would imply an action through the theca cell receptors, since there is no
evidence of functional LH receptors on granulosa cells until latter on follicle growth [4,7].
Contrarily to this hypothesis, heifers at the expected deviation moment treated with
consecutive injections of progesterone underwent the normal deviation process [10],
suggesting just a latter involvement of LH on folliculogenesis.
From emergence to ovulation, the factors responsible in maintaining follicular growth
change according to the follicular phase (emergence, deviation and final growth), being
regulated by separated mechanisms [20]. Therefore, follicular atresia and new wave
emergence after administration of the treatments used on this experiment would be expected
to occur at different moments, but the only differences observed were that follicles treated
with diameter >10 mm reached their maximum size earlier than follicles between 5 and 10
mm, but on the other hand, these stayed longer on the plateau phase and presented no
differences on timing to follicular regression or new wave emergence (Table 1).
Estradiol benzoate/progestin treatments are expected to decrease plasma FSH
concentration by 12 h, reaching a nadir at 24 h, whereas plasma LH should be at nadir around
72 h, returning to pre-treatment concentration only after vaginal device removal (considering
7 days of progestin treatment) [9]. In this experiment, after expected plasma FSH nadir,
follicles between 5 and 10 mm continued to increase in diameter by 24 h, whereas follicles
larger than 10 mm stopped just after treatment and only begun regression 80 h latter (3.3
days), less than 24 h after expected plasma LH nadir. This is indicative that just emerged
follicles could sustain its development longer despite low plasma FSH, the major
gonadotrophin involved at this time rather than larger follicles on restricted LH environment.
In spite of statistical similarity between the 5 to 7 and 8 to 10 treatment size groups, follicles
35
from the 8 to 10 group presented intermediate growth pattern concerning timing to maximum
size and plateau period when compared with the other two groups, possible reflecting the
change on follicular gonadotrophic dependency from FSH to LH that encompass the deviation
process.
Vaginal devices containing MPA have been successfully utilized as part of programs
for estrus induction and/or synchronization in cattle, contributing for the attainment of
acceptable pregnancies rates on field experiments [15,21] with low costs. By our knowledge,
this is the first comparative study using an association of EB injection with vaginal devices
containing MPA or P4, conducted to evaluate its effects on follicular dynamics of cows with
low endogenous P
4
. Another treatment group was included using EB, MPA vaginal devices
and an injection of P
4
to evaluate the cumulative effect of a synthetic progestin associated
with progesterone on follicle dynamics. A group receiving EB, P
4
vaginal device associated to
P
4
administration were not used since there are no differences on gonadotrophin secretion of
ovariectomized cows receiving different doses of P
4
plus estradiol and P
4
vaginal device [22].
Our results from Table 1 demonstrated that even with no differences on maximum size
and the timing to reach this size after treatments, the “treated follicles” on MAP+P4 group
stayed longer without showing any size reduction (plateau) and consequently presented later
follicular regression when compared with the other two groups. Interestingly, MAP group
presented a new wave emergence earlier than MAP+P4, whereas P4 was similar to both. This
was not expected and difficult to reconcile, but suggests some possibilities regarding the
concomitantly administration of MAP, P4 and EB. Firsty, such association could induce a
later suppression of factors responsible for the maintenance of follicular growth (FSH, LH
and maybe others still unproven to be influenced by a progestin plus estradiol treatment),
being supported by the regression day data (Table 1). Second, an additive effect of progestins
to the EB suppression of FSH surge could delay follicle wave emergence, but this alternative
seems to be unlikely since progesterone appears not to be able to change FSH secretion
36
patterns [20]. Last, a direct effect of P
4
injection delaying follicular regression and/or new
wave emergence can not be completely ruled out, but this hypothesis still needs to be
investigated.
5. Conclusion
The similar follicle growth pattern between cows treated with MPA and P
4
are firstly
reported here providing an elucidative knowledge to be added to the already generated data
relative to the use of MPA vaginal devices. The treatments associating progestin and estradiol
on postpartum beef cows bearing emerged growing follicles induced similar responses on
follicular wave dynamics, independent of follicular size. The experiment shows that if this
treatment is administrated when follicles are between 8 to 10mm, they will under go to atresia
and in the authors hypothesis is due an incapability of the IGF system sustain steroidogenesis
under the basal levels of gonadotrophins induced by the association of progestins and
estradiol.
6. Acknoweledgements
The authors wish to thank CNPq for the financial support and Granja Quatro Irmãos
Ltda. for the animal facilities.
37
7. References
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steroid and gonadotropin concentration in cidr-treated ovariectomized cows.
Theriogenology 2003;59:224.
40
Table 1
After treatment, maximum diameter (mm±s.e.m) of larger follicle and timing (days±s.e.m) to
reach maximum follicular size, to begin follicular regression, new wave emergence and days
at plateau of cows with low (<1ng ml-1) or high (>1ng ml-1) endogenous P4, at pre-deviation
(5-7mm), deviation (8-10mm) or post-deviation (>10mm) expected moment, receiving
estradiol benzoate associated to one of the following progestin treatments, P4 vaginal device,
MPA vaginal device or MPA vaginal device plus P4 IM injection.
Main effect Max. Size Days to max Plateau Reg. Day New wave
Treatment
MAP 9.2±0.25
a
1.5±0.29
a
1.9±0.45
a
3.4±0.26
a
4.1±0.23
a
P4 9.4±0.27
a
1.8±0.39
a
1.8±0.29
a
3.6±0.43
a
4.9±0.35
ab
MAP+P4 9.2±0.25
a
1.3±0.35
a
3.3±0.35
b
4.5±0.23
b
5.3±0.33
b
Size
5-7 7.5±0.25
x
2.3±0.30
x
1.7±0.26
x
3.9±0.36
x
4.8±0.35
x
8-10 9.3±0.26
x
1.6±0.28
x
2.2±0.33
x
3.7±0.24
x
4.7±0.37
x
>10 11.0±0.26
x
0.6±0.24
y
3.3±0.52
y
3.9±0.39
x
5.0±0.33
x
Endogen progesterone
Low 9.4±0.31
p
1.6±0.21
p
2.5±0.26
p
4.1±0.18
p
4.9±0.22
p
High 8.6±0.65
p
1.1±0.46
p
1.9±0.59
p
3,0±0.49
q
4.6±0.43
p
a,b Different letters in same column indicated statistical difference within treatment groups (P<0.05)
x,y Different letters in same column indicated statistical difference within follicular size groups (P<0.05)
p,q Different letters in same column indicated statistical difference between cows with low (<1ng ml
-1
)or high
(>1ng ml
-1
) P
4
concentration at treatment moment (P<0.05)
Max. size: maximum diameter reached by the larger follicle after treatment
Days to max: the period from treatment to maximum size
Plateau: days after maximum size when this follicle does not chance its diameter
Reg. day: first day of progressive decrease in diameter of the larger follicle
New wave: day when at least one growing follicle reached diameter 5mm
P
4
: natural progesterone
MPA: medroxi-progesterone acetate
41
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
01234567
5-7 8-10 >10
Folicular size (mm)
Da
y
after treatment
Fig. 1. Follicular dynamics of cows treated at 5-7mm, 8-10mm or >10mm expected moment
receiving estradiol benzoate associated to progestin treatments. The follicular dynamics were
not different among the three treatments when the initial follicular size effect was removed
from the statistical analysis.
42
4. CAPÍTULO 2
TRABALHO A SER ENVIADO PARA PUBLICAÇÃO:
SISTEMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM DOIS DIAS
OU EM TEMPO FIXO PARA VACAS AMAMENTANDO
Lucas Carvalho Siqueira, João Francisco Coelho de Oliveira, Rosane da
Silveira Loguércio, Henrique Kurtz Lof, Paulo Bayard Dias Gonçalves.
Ciência Rural, 2007
43
SISTEMAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM DOIS DIAS OU EM TEMPO
FIXO PARA VACAS AMAMENTANDO
ARTIFICIAL INSEMINATION SYSTEMS WITHIN TWO DAYS OR AT FIXED
TIME FOR SUCKLED COWS
Lucas Carvalho Siqueira
I
, João Francisco Coelho de Oliveira
II
, Rosane da Silveira
Loguércio
I
, Henrique Kurtz Lof
III
, Paulo Bayard Dias Gonçalves
IV
.
RESUMO
O objetivo do presente experimento foi comparar dois protocolos de indução de estro para
vacas no período pós-parto, utilizando hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) e
inseminação artificial (IA) em dois dias ou benzoato de estradiol (BE) e inseminação artificial
em tempo fixo (IATF). Foram utilizadas 250 vacas amamentado (50-70 dias pós-parto), Bos
taurus, predominante Red Angus, em condição corporal 3 (sendo 1-extremamente magra e 5-
extremamente gorda). Esses animais receberam um pessário vaginal, contendo 250mg de
acetato de medroxi-progesterona (MAP) e uma injeção intramuscular (IM) de 5mg de BE no
dia 0 (início do tratamento). O pessário vaginal permaneceu por sete dias. No dia 6, foram
aplicadas 400UI de gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) por via IM e 5mg de Dinoprost na
submucosa vulvar, realizando nesse momento o início do desmame por 96h. Após a retirada
dos pessários (dia 7), as vacas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos. No grupo
BioRep (n=150), as fêmeas foram observadas duas vezes por dia para detecção de estro por
I
Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Santa
Maria – RS, Brasil.
II
Departamento de Grandes Animais. UFSM, Santa Maria – RS, Brasil.
III
Curso de Medicina Veterinária, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.
IV
Departamento de Grandes Animais, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil. E-mail: [email protected]. Autor
para correspondência.
44
48h e inseminadas 12h após sua manifestação. Os animais que não manifestaram estro nesse
período receberam uma injeção IM de 100μg de GnRH, sendo inseminadas em tempo fixo
(IATF), nas 16 a 18h seguintes. No grupo BE (n=100), as vacas receberam uma injeção de
1mg de BE IM no dia 8 (24h após a retirada do MAP) e foram inseminadas em tempo fixo no
dia 9 (54h após a retirada do MAP). O diagnóstico de gestação foi realizado por exame ultra-
sonográfico 40 dias após IA. A análise estatística foi realizada pelo teste Qui-Quadrado. A
percentagem de prenhez no grupo BioRep (54,7%) foi maior (p<0,01) do que no grupo BE
(33,3%). A fim de obter taxas de prenhez superiores, os protocolos de indução de estro de
eleição para o período pós-parto em vacas de corte Bos taurus, poderão empregar observação
de estro por dois dias e utilização de GnRH para a indução da ovulação ao contrário de BE
associado à IATF.
Palavras-chave: pós-parto; IATF; indução de estro; GnRH; estradiol.
ABSTRACT
This experiment was designed to compare two estrus induction protocols for cows in
postpartum period, using either GnRH and two-day artificial insemination (AI) or estradiol
benzoate (EB) and fixed-time artificial insemination (TAI). A total of 250 suckled beef cows
(50-70 days post partum), Bos taurus, with a body condition score of 3 (Extremely thin cows
were assigned a score of 1 and extremely fat cows, a score of 5) received a vaginal device
containing 250mg of medroxyprogesterone acetate (MPA) and an injection of 5mg of EB
intramuscularly (IM) on day 0. The vaginal device was removed on day 7. On day 6, cows
were injected with 400IU eCG (IM) and 5mg Dinoprost (into vulvar submucosa) and calves
were removed for 96 hours (h). After removing the vaginal devices (day 7), cows were
divided in two groups. In the BioRep group (n=150), estrus detection was carried out twice a
day during 48h and the animals were inseminated 12h after detection. Cows which were not
45
detected in estrus received 100μg of GnRH im and were inseminated 16 to 18h later. In EB
group, cows were injected im with 1mg of EB on day 8 (24h after removing MPA) and were
inseminated on day 9 without estrus detection (54h after removing MPA). The diagnosis of
pregnancy was performed 40 days after AI by ultrasoography. The data were analyzed by the
Chi-square test. The pregnancy rate was higher (p<0.01) in the BioRep group (54.7%) than in
the EB group (33.3%). In order to attain higher pregnancy rates, the estrus induction protocols
for post partum Bos taurus beef cows should use two-day AI and GnRH to induce ovulation
instead of EB with TAI.
Key words: Postpartum; insemination; Estrous induction; GnRH; estradiol.
INTRODUÇÃO
Os protocolos hormonais, aplicados em vacas no pós-parto, possibilitam que a maior
parte do rebanho retorne a ciclicidade e emprenhe em um período reduzido de tempo
(BARUSELLI et al., 2004). Para isto, os programas de indução e sincronização de estros são
ferramentas que precisam apresentar repetibilidade e ser minimamente dependentes do
ambiente. Isto possibilitaria que “elevadas” taxas de prenhez (número de vacas
prenhes/número de vacas sincronizadas) sejam obtidas em diferentes locais e situações.
Quanto menor a necessidade de observação de estro, mais atrativos tornar-se-ão os programas
de inseminação artificial (IA). Tem sido proposto que a IA em tempo fixo (IATF) é uma
opção de manejo capaz de eliminar a necessidade de detecção de estros, produzindo
resultados iguais ou até superiores a IA convencional (detecção de estros e IA a cada 12h;
DISKIN et al., 2002; MAPLETOFT et al., 2002).
O controle preciso do momento da ovulação é fundamental para a IATF. Em bovinos,
os indutores da ovulação mais utilizados são o benzoato de estradiol (BE) e o hormônio
liberador de gonadotrofinas (GnRH). Quando o BE é aplicando 24h após a retirada do
46
dispositivo com progestágenos, todos os animais devem ser inseminados 30h a partir desta
administração (LAMMOGLIA et al., 1998; BURKE et al., 2001; MARTINEZ et al., 2002a;
COLAZO et al., 2004; MARTINEZ et al., 2004). O GnRH deve ser aplicado entre 36-48h
após a retirada dos dispositivos com progestágenos e a IA deverá ser realizada 12-18 h após o
GnRH (TWAGIRAMUNGU et al., 1995; PURSLEY et al., 1995; STEVENSON et al., 2000;
MARTINEZ et al., 2002b; AMBROSE et al., 2005; COLAZO et al., 2006). Vacas de corte
em pós-parto são tratadas com BE no intuito de induzir estro e ovulação. O tratamento com
este estrógeno promove a liberação de um pico de LH, dentro de um intervalo de 16 a 30h
(LAMMOGLIA et al., 1998). A administração de GnRH induz um pico de LH que se inicia
logo após sua aplicação (em torno de 15 minutos).
Em vacas de corte amamentando, os programas que utilizam exclusivamente a IATF,
independentemente do indutor da ovulação utilizado, apresentam taxas de prenhez que
oscilam entre 25 e 67% (FIKE et al., 1997; STEVENSON et al., 2000; FERNANDES et al.,
2001; GEARY et al., 2001; BARUSELLI et al., 2002; MARTINEZ et al., 2002a,b;
BARUSELLI et al., 2004; KASIMANICKAM et al., 2006). Estes resultados variam de
acordo com a porcentagem de animais acíclicos no rebanho, as condições ambientais e
nutricionais em que estes animais estão e também, com a associação hormonal utilizada.
Devido a esta grande amplitude dos resultados, os manejos alternativos que possibilitam a IA
em vacas de corte no pós-parto têm sido estudados.
Alguns programas para indução de estros permitem que todos os animais sejam
inseminadas em um curto período de tempo, associando à IA convencional a IATF, obtendo
elevadas taxas de prenhez (BASTOS et al., 2004; LOGUÉRCIO et al., 2006). Utilizando este
manejo, mais de 3.000 vacas de corte amamentando, aproximadamente aos 60 dias pós-parto,
já foram inseminadas e os resultados médios estão próximos a 70% de prenhez.
Aproximadamente, 50% das fêmeas foram detectadas em estro nas 48h após a retirada dos
pessários vaginais com progestágenos, e destas entre 70 e 90% emprenharam. As vacas que
47
não foram detectadas em estro neste período, receberam GnRH e foram submetidas à IATF.
Esta inseminação sem observação de sinais de estro apresentou uma taxa de concepção (TC;
número de vacas prenhes/número de vacas IA) média de 50%. Sendo assim, este sistema para
vacas amamentado propicia que mais de 2/3 das vacas emprenhem em apenas uma IA,
necessitando-se apenas 4 manejos de observação de estro.
Tendo em vista esses resultados de prenhez e visando a possibilidade de eliminar a
necessidade de detecção de estros, este experimento foi delineado para investigar se a
realização exclusiva da IATF, utilizando como indutor da ovulação o BE, poderá
proporcionar taxas de prenhez semelhantes a uma associação de IA convencional e IATF com
GnRH, em vacas de corte no pós-parto, amamentando em condição corporal 3 (CC; sendo 1-
extremamente magra e 5-extremamente gorda).
.
MATERIAL E MÉTODOS
Este experimento foi realizado no mês de janeiro de 2005, em uma propriedade
localizada no município de Rio Grande, região sul do Estado do Rio Grande do Sul. Esta
região apresenta clima subtropical com temperatura média anual de 17.6ºC e índices
pluviométricos acumulados para o período de novembro à fevereiro de 450mm (EMBRAPA,
2006). Foram utilizadas 250 vacas Bos taurus, predominante Red Angus, amamentado, entre
50 e 70 dias pós-parto, todas apresentando CC 3.
No início do tratamento (dia 0), todas as vacas receberam um pessário vaginal,
contendo 250mg de acetato de medroxi-progesterona (MAP) e uma injeção intramuscular
(IM) de 5mg de BE. No dia 6, foram aplicadas 400UI de gonadotrofina coriônica eqüina
(eCG) por via IM e 100μg de dinoprost na submucosa vulvar. Também no dia 6, os terneiros
foram submetidos a um desmame temporário em mangueira, por 96h. Após a retirada dos
48
pessários (dia 7), as vacas foram aleatoriamente distribuídas em dois grupos. No grupo
BioRep (n=150), as fêmeas foram observadas para detecção de estro duas vezes por dia
(manhã/tarde) por 2 dias, sendo submetidas à inseminação artificial 12h após a detecção. No
dia 9 (48h depois da retirada do pessário), todas as vacas que não foram diagnosticadas em
estro nesse período receberam uma injeção IM de 100μg GnRH e entre 16 e 18h após, foram
inseminadas artificialmente em tempo fixo (IATF). No grupo BE (n=100), todas as vacas
receberam uma injeção de 1mg de BE IM no dia 8 (24h após a retirada do MAP) e foram
inseminadas em tempo fixo no dia 9 (54h após a retirada do MAP) sem a observação prévia
de sinais de estro.
O diagnóstico de gestação foi realizado no dia 50 do experimento, por exame ultra-
sonográfico transretal, utilizando um aparelho pie-medical 450, equipado com sonda de
arranjo linear de 5MHz. As taxas de concepção e prenhez foram comparadas pelo teste qui-
quadrado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A taxa de prenhez (vacas prenhes/ vacas tratadas) obtida no grupo BioRep, no qual se
associou um curto período de observação de estros à IATF, foi maior do que no grupo BE,
onde utilizou-se exclusivamente a IATF (54,7% x 33,3%, respectivamente; p<0,001). Estes
resultados de prenhez após protocolos de indução de estro estão dentro da amplitude de
variação encontrada na literatura para vacas em pós-parto (FIKE et al., 1997; STEVENSON
et al., 2000; FERNANDES et al., 2001; GEARY et al., 2001; BARUSELLI et al., 2002;
MARTINEZ et al., 2002 a,b; BARUSELLI et al., 2004; BASTOS et al., 2004;
KASIMANICKAM et al., 2006; LOGUÉRCIO et al., 2006). No entanto, enquanto taxas de
prenhez em torno de 50% podem ser consideradas razoáveis, resultados inferiores a isso são
49
insatisfatórios, pois não justificam os custos de manejo e implementação destes programas
hormonais.
No grupo BioRep, até 48h após a retirada do pessário vaginal, 48,7% das vacas foram
diagnosticadas em estro e submetidas a IA convencional (12h após detecção), e destas 69,9%
conceberam (Tabela 1). Vacas inseminadas, após demonstração de estro, podem apresentar
variações de 50 a 90% na TC. Esta variação está normalmente correlacionada com perdas
embrionárias precoces, as quais variam entre 20 a 60% até o trigésimo dia após IA
(HUMBLOT et al., 2001; SANTOS et al., 2004). Porém, outros fatores podem influenciar a
concepção, como por exemplo, a qualidade do sêmen utilizado e a experiência e competência
do inseminador. Neste experimento, a TC nas vacas IA após o estro sugere que o processo de
IA foi adequadamente realizado.
Ao contrário do que se nota em vacas de leite, os sistemas para IATF que utilizam o
GnRH como indutor da ovulação, ainda não estão adequados para serem utilizados em vacas
de corte amamentando, pois produzem resultados variados e normalmente com baixas taxas
de prenhez (STEVENSON et al., 2000; FERNANDES et al., 2001; BARUSELLI et al.,
2002). Neste experimento, dentre as vacas que não foram detectadas em estro no grupo
BioRep e foram inseminadas 15-18h após administração de GnRH, 40,6% emprenharam
(Tabela 1). Esta taxa de prenhez se isoladamente analisada é relativamente baixa. Porém,
dentro deste sistema onde se realiza um curto período de detecção de estros anteriormente ao
uso do GnRH, a IATF torna-se uma ferramenta importante. Neste caso, ela reduz a
necessidade de manejo para detecção de estros, e ainda é capaz de proporcionar uma prenhez
aceitável ao final do tratamento.
Esperava-se que em resposta ao GnRH uma maior TC fosse atingida, por este
hormônio induzir a ovulação de forma mais concentrada nos animais (LAMMOGLIA et al.,
1998). No entanto, considerando-se somente a IATF não houve diferença entre os grupos
(Tabela 1). Provavelmente, estas baixas TC proporcionadas pela IATF estão relacionadas com
50
a incapacidade do maior folículo iniciar o processo de ovulação. Em bovinos, a ovulação é
desencadeada pelo pico pré-ovulatório de LH e em raças européias (Bos taurus), os folículos
ovarianos adquirem maior capacidade ovulatória a partir dos 12mm de diâmetro (SARTORI
et al., 2001). Sendo assim, a assincronia do crescimento folicular e o tamanho reduzido do
folículo dominante no momento do pico de LH são os maiores desafios a serem superados a
fim de possibilitar elevadas taxas de ovulação e prenhez nos processos de IATF.
É importante salientar que quando se utiliza exclusivamente a IATF, a TC
normalmente fica perto do limiar aceitável de 50%. No entanto, quando IATF é associada a
um período de 48h de detecção de estro e IA convencional, espera-se que ocorra um aumento
acima de 20% de prenhez final em relação aos sistemas que utilizam somente IATF. Neste
experimento, provavelmente em decorrências de fatores ambientais e nutricionais, os índices
obtidos ficaram aquém do esperado. Durante a realização deste experimento, o RS passava
por um período de chuvas escassas, onde a precipitação pluviométrica esperada para o
período de novembro de 2004 a fevereiro de 2005 era de aproximadamente 450mm e havia
chovido menos 80mm (EMBRAPA, 2006). O estresse nutricional e balanço energético
negativo crônico são fatores que afetam negativamente o desempenho reprodutivo dos
bovinos e programas de manipulação do ciclo estral aplicados durante estes períodos podem
apresentar resultados insatisfatórios (MACIEL et al., 2001; BASTOS et al., 2004). Apesar da
redução na TP em relação ao esperado, o grupo BioRep permitiu que mais da metade das
vacas tratadas emprenhassem, mesmo frente a condições adversas. Já no grupo BE apenas 1/3
das fêmeas conceberam. Este resultado demonstra que a utilização exclusiva da IATF pode
propiciar resultados desapontadores, tornando assim o processo pouco confiável. No entanto,
se associada a um curto período de detecção de estros, a IATF parece ser uma alternativa
viável de manejo reprodutivo para vacas de corte amamentando.
51
CONCLUSÃO
Em vacas de corte no pós-parto, amamentando em condição corporal 3, a utilização
exclusiva da IATF com BE não foi capaz de equiparar os resultados obtidos com a associação
de um período de detecção de estros previamente à IATF com indução da ovulação pela
aplicação de GnRH. Sendo assim, a fim de obter melhores taxas de prenhez, os protocolos de
indução de estro de eleição para o período pós-parto poderão empregar a observação de estro
por dois dias e a utilização de IATF com GnRH ao contrário do uso de BE associado
exclusivamente à IATF.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao CNPq pelo suporte financeiro e a Granja Quatro Irmão Ltda.
pelo uso dos animais.
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56
Tabela 1 - Percentagens de estro, concepção e prenhez em vacas de corte no pós-parto, submetidas somente
a IATF, utilizando como indutor da ovulação o benzoato de estradiol (grupo BE) ou a 48h de
observação de estro e inseminação convencional associada à IATF com GnRH (grupo BioRep).
Grupo
Parâmetros
BE* BioRep
Estro (48 horas)¹
- 73/150 (48,7)
Concepção²
Com Observação de estro (48 horas) - 51/73 (69,9)
IATF 33/99 (33,3)
a
31/77 (40,6)
a
Prenhez³ 33/99 (33,3)
a
82/150 (54,7)
b
*
no diagnóstico de prenhez uma vaca não foi encontrada, sendo excluída da análise estatística
a, b
letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (<0,001)
¹ animais que foram detectados em estro no período de 48h no grupo BioRep
² n° de vacas prenhes ao diagnóstico de gestação/ n° de vacas inseminadas
³ n° de vacas prenhes ao diagnóstico de gestação/ n° de vacas sincronizadas
57
5. DISCUSSÃO
Em vacas no pós-parto, as falhas da associação de progestágenos e BE em induziar a
atresia dos folículos maiores que 5mm de diâmetro ocorrem independentemente da fase do
crescimento folicular no momento da administração do tratamento. Este achado contraria a
primeira hipótese científica apresentada nesta dissertação, a qual sugeria que folículos que
estivessem passando pelo processo de divergência folicular não seriam “sensíveis” ao
tratamento, por apresentarem baixa dependência às gonadotrofinas endócrinas (GINTHER et
al., 2001; RHODES et al., 2001; GINTHER et al., 2002b; BEG et al., 2002, 2003;
HENDRIKSEN et al., 2003). Essa resposta, apesar de ser negativa em relação à pergunta
cientifica do trabalho, é favorável ao uso das associações hormonais utilizadas, pois reforça os
argumentos quanto à funcionalidade do tratamento em vacas pós-parto. Onde, pelo menos
nesta categoria, as falhas das vacas apresentarem regressão folicular após serem tratadas são
devido a variações individuais e/ou administrações hormonais de forma inadequada.
O mecanismo pelo qual esta associação de esteróides causa a atresia dos folículos que
estão passando pela fase de divergência folicular ainda necessita ser elucidado. Neste
trabalho, não foram analisadas as alterações hormonais endócrinas e intrafoliculares que estas
vacas apresentaram durante o experimento. No entanto, Burke et al. (2005) demonstraram que
o tratamento com BE em vacas que apresentam um corpo lúteo funcional e folículo
dominante causa a atresia deste último e redução dos níveis plasmáticos de gonadotrofinas.
Também, ocorrem alterações no ambiente intrafolicular até às 24h após o tratamento,
provocando um acúmulo de andrógenos e diminuição da concentração de estrógeno e da
expressão de RNA mensageiro da enzima aromatase. Esta enzima converte andrógenos em
estrógenos e sua expressão nas CG parece ser regulada pelo FSH (ARMSTRONG et al.,
1996; MAZERBOURG et al, 2001; OTSUKA et al., 2005). Se essas modificações forem
semelhantes durante o período de divergência folicular, pode-se inferir que a regressão
folicular observada em nosso trabalho ocorre devido à redução da capacidade estrogênica do
maior folículo, induzida pela diminuição das gonadotrofinas e consequentemente da atividade
da enzima aromatase.
Pelo conhecimento dos autores, a ação do MAP associado ao BE no crescimento de
folículos emergidos em vacas no pós-parto ainda não havia sido adequadamente
caracterizada, nem comparada a de outros tratamentos com progesterona. Ficou evidenciado
que esses animais apresentam o mesmo comportamento na dinâmica folicular quando tratados
com BE associado aos pessários vaginais contendo este progestágeno sintético ou a
58
progesterona natural. Estes resultados além de validar os achados dos experimentos de campo
que utilizam o MAP e BE e avaliam os índices de prenhez (MACIEL et al., 2001a;
CAVESTANY et al., 2003; BASTOS et al., 2004; LOGUÉRCIO et al., 2006a), fornecem
informações a serem consideradas em protocolos de indução e sincronização de estros. Ainda,
os resultados qualificam este dispositivo hormonal para ser avaliado em programas de
superovulação e transferência de embriões.
Os resultados médios obtidos por nosso laboratório com o Programa BioRep para
inseminação de vacas amamentando têm proporcionado resultados consistentes de prenhez.
Até o presente momento, a percentagem de prenhez com uma única inseminação, em mais de
3.000 vacas, está em aproximadamente 65%, variando entre 54,7 e 85%. Os resultados
demonstrados na presente dissertação são responsáveis pelos índices mínimos acima citados.
Salienta-se que este experimento foi conduzido sob condições climáticas e nutricionais
desfavoráveis. No entanto, mesmo sob tais circunstancias, IA convencional realizada por um
período de 48h associada à IATF, utilizando o GnRH como indutor da ovulação,
proporcionou taxas de prenhez superiores aquelas obtidas com a utilização exclusiva de IATF
com BE.
A realização deste período de detecção de estro que antecede a IATF além de reduzir
custos, pois aproximadamente 50% das vacas não necessitam receber o GnRH, permite uma
elevada taxa de concepção nestes animais inseminados após a detecção de estro. No entanto,
ressalta-se que os achados reportados na presente dissertação foram obtidos utilizando-se,
como modelo experimental, vacas multíparas de raças taurinas amamentando. Para a
interpretação e transposição dos resultados, sugere-se que as diferenças fisiológicas e de
manejo devam ser consideradas, especialmente para raças zebuínas (para revisão: BÓ et al.,
2003).
59
6. CONCLUSÕES
1) Em bovinos, pessários vaginais contendo acetato da medroxi-progesterona ou
progesterona natural associados ao benzoato de estradiol induzem a regressão folicular
independente do tamanho do folículo, mesmo durante a divergência folicular;
2) A associação de 48h de observação de estros à administração de GnRH e IATF
proporciona taxas de prenhez superiores às obtidas utilizando-se BE aliado exclusivamente a
IATF.
60
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