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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULTADE DE ARQUITETURA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA - PROPAR
UFRGS
MARIO ROBERTO ÁLVAREZ,
OBRA ARQUITETÔNICA E
TEORIA DO PROJETO
Juan Trabucco Pérez
Porto Alegre, novembro de 2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULTADE DE ARQUITETURA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇ O EM ARQUITETURA - PROPARÃ
Dissertaç o de Mestrado apresentada como requisito
para a obtenç o do titulo de Mestre em Arquitetura
Porto Alegre, novembro de 2007
ORIENTADOR
Prof. Ph.D Arq, Edson da Cunha Mahfuz
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JUAN TRABUCCO PÉREZ
MARIO ROBERTO ÁLVAREZ,
OBRA ARQUITETÔNICA E
T E O R I A D O P R O J E TO
UFRGS
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JUAN TRABUCCO PÉREZ
DISERTAÇAO DO MESTRADO:
“MARIO ROBERTO ÁLVAREZ, OBRA
ARQUITETONICA E TEORÍA DO PROJETO”
MONOGRAFÍA PRESENTADA Á UFRGS COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENÇAO DO TÍTULO DE MESTRE EM ARQUITETURA
APROVADO EM: ................./...................../..................
BANCA EXAMINADORA
...................................................................................................................................
COMPONENTE DA BANCA EXAMINADORA INSTITUÇAO A QUE PERTENCE
...................................................................................................................................
COMPONENTE DA BANCA EXAMINADORA INSTITUÇAO A QUE PERTENCE
...................................................................................................................................
COMPONENTE DA BANCA EXAMINADORA INSTITUÇAO A QUE PERTENCE
-I-
RESUMO
Na seguinte dissertação é desenvolvida uma aproximação à obra de Mario
Roberto Álvarez parcializada em função de suas edificações de densidade em altura
em Buenos Aires e limitada a um tipo de explicação projetual baseada na hipótese de
que a produção desenvolvida por Álvarez, por sua extensão e transcendência, é
capaz de aportar um conhecimento do projeto arquitetônico vital para entender o
desenvolvimento da arquitetura moderna, sua relação com a cidade e sua vigência
como uma arquitetura importante para o presente.
O trabalho dedica as primeiras páginas ao desenvolvimento e exposição de
uma metodologia de investigação do projeto e à apresentação do arquiteto em
questão e sua obra dentro do contexto histórico e cultural em que se acha inserta. A
partir do terceiro capítulo se estabelece uma seleção de suas obras mais significativas
para esta aproximação, são analisadas uma por uma e se desenvolve uma reflexão
teórica de caráter geral e relacional entre todas elas. Para o desenvolvimento da
análise e das reflexões foi utilizado, como ferramenta de conhecimento, o próprio
sistema de projeto, buscando estabelecer um conhecimento que surja a partir do
diálogo permanente entre projeto e pensamento.
Finalmente, o trabalho foi julgado como uma aproximação inicial a um campo
de reflexão teórica do projeto, ligado à realidade da arquitetura moderna latino-
americana e, em particular, à experiência desenvolvida na Argentina.
SUMMARY
In the following dissertation there is a development of an approach to Mario
Roberto Álvarez' work partialized in relation to its buildings of density in height in
Buenos Aires and delimited to an explanation from the projection point of view. This
explanation is based on the hypothesis that the production developed by Álvarez, for
its extension and transcendence, is capable of providing knowledge about the
architectonic project, vital to understand the development of modern architecture, its
relationship with the city and its validity as a major architecture for the present.
The work dedicates its first pages to the development and statement of the
project research methodology and to the introduction of the architect in question and
his work within the historical and cultural context in which it is inserted. From the third
chapter on, there is a selection of his most significant works for this approach, they are
analyzed one by one and there is a development of a theoretical meditation of a
general and a relational character, among all of them. For the analysis and meditation
development, the knowledge tool used was the project system itself, looking for the
setting up of knowledge arising from the permanent dialogue between project and
thoughts.
Finally, the work is assessed as an initial approach to a field of theoretical
thought of the project connected to the reality of Latin American modern architecture
and in particular, the experience developed in Argentina.
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1-1 OBJETIVOS DA PESQUISA pág. 1
1-1-1 Objetivos centrais pág. 1
1-1-1-1 A questão disciplinar pág. 1
1-1-1-2 A estrutura cognitiva do Projeto pág. 2
1-1-1-3 A influência do contexto e como pág. 2
enfrentá-lo
1-1-1-4 Os meios de projeto indicam como pág. 3
se está projetando
1-1-2 Objetivos extensos pág. 3
1-1-2-1 Arquitetura Moderna na América do Sul pág. 3
1-1-2-2 Cenário histórico argentino pág. 3
impactado pela modernidade
1-1-2-3 Mario Roberto álvarez e seus sinais em pág. 3
outros arquitetos
-II-
1-2 ANTECEDENTES pág. 3
1-2-1 Contribuições do passado pág. 4
1-2-1-1 A Tríade Vitruviana pág. 4
1-2-1-2 A Composição pág. 4
1-2-2 Contribuições do racionalismo pág. 5
acadêmico
1-2-2-1 A independência dos meios sobre a pág. 5
Tradição renascentista: Durand
1-2-2-2 O conceito de Tipo e Modelo pág. 5
desenvolvido por Quatremère de Quincy
1-2-3 Contribuições Revolucionárias pág. 6
1-2-3-1 O valor do programa pág. 6
1-2-3-2 Uma nova Visualidade pág. 7
1-2-4 Continuidade entre passado e presente pág. 7
1-2-4-1 Uma história crítica baseada em pág. 7
categorias teóricas de natureza projetual
1-2-4-2 Rastreamento de antecedentes teóricos pág. 8
contidos no passado próximo ao
Movimento Moderno:
-III-
1-2-4-3 A Composição, um conceito capaz pág. 9
de tecer uma trama espacial e temporal
1-2-4-4 Para uma epistemologia do projeto pág. 9
1-3 METODOLOGIA pág. 11
1-3-1 Esclarecimento pág. 11
1-3-2 Modelo Contemporâneo pág. 12
1-3-2-1 O objeto unido ao julgamento estético pág. 12
1-3-2-2 A Quaterna pág. 15
1-4 FONTES BIBLIOGRÁFICAS pág. 15
CAPÍTULO 2
2-1 DESENVOLVIMENTO BIOGRÁFICO E pág. 19
CONTEXTUAL DA VIDA E OBRA DE
MARIO ROBERTO ÁLVAREZ
2-1-1 Etapas da infância (1913 a 1927) pág. 19
2-1-2 Etapa formativa (1913 a 1939) pág. 20
2-1-3 Primeiras experiências profissionais pág. 22
(1939 a 1948)
-IV-
2-1-4 Reconhecimento e conquista da pág. 24
síntese moderna (1948 a 1967)
2-1-5 Consolidação como referente no pág. 26
contexto argentino (1967 a 1983)
2-1-6 A rota do perfectível pág. 28
(1983 até hoje)
2-2 ANÁLISE DE TEXTOS ESCRITOS pág. 29
SOBRE MRA
2-2-1 Critérios de seleção pág. 30
2-2-2 1966 “Mario Roberto Álvarez” pág. 30
de Marcelo A. Trabucco
2-2-3 1993 “Mario Roberto Álvarez ou a pág. 31
arte de ser simples em um mundo
Complicado” de Marina Waisman
2-2-4 2002 “Mario Roberto Álvarez” pág. 31
de Helio Piñón Pallares
2-2-5-1 2004 “recomposição da torre pág. 32
de Microsoft, um fato prático da
modernidade avançada”
de Alfonso Corona Martínez
2-3 BIBLIOGRAFIA pág. 32
-V-
-VI-
CAPÍTULO 3
3-1 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DAS OBRAS pág. 35
DE ÁLVAREZ A ANALISAR
3-1-1 Objetivos perseguidos com a seleção de pág. 35
certas obras
3-1-2 Critérios empregados pág. 35
3-1-3 Esquema geral dos casos escolhidos, pág. 36
tipos de lote em que se situam,
tipo de ocupação do lote e
estruturas formais empregadas
3-1-4 Lista de Obras consideradas pág. 37
3-2 ANÁLISE DAS OBRAS pág. 51
SELECIONADAS
3-2-1 Cadeia 1 pág. 52
3-2-1-1 Parea 65/69 pág. 52
3-2-1-2 Arenales 3746 pág. 54
3-2-1-3 Figueroa Alcorta 3010 / 3032 pág. 55
3-2-2 Cadeia 2 pág. 57
3-2-2-1 Posadas e Schiafino pág. 57
-VII-
3-2-2-2 Banco Popular Argentino pág. 59
3-2-2-3 Bank of America pág. 61
3-2-2-4 Banco Río pág. 62
3-2-3 Cadeia 3 pág. 64
3-2-3-1 SOMISA pág. 64
3-2-3-2 American Express pág. 66
3-2-4 Cadeia 4 pág. 67
3-2-4-1 Panedile I pág. 68
3-2-4-2 Libertador 4444 pág. 71
3-2-4-3 Alvear e Parera pág. 72
3-2-4-4 Figueroa Alcorta 3010 / 32 pág. 73
3-2-5 Cadeia 5 pág. 76
3-2-5-1 Ampliação Teatro Nacional Cervantes pág. 77
3-2-6 Cadeia 6 pág. 78
-VIII-
3-2-6-1 Teatro Municipal General San Martín pág. 79
3-2-7 Cadeia 7 pág. 83
3-2-7-1 Universidade de Belgrano pág. 83
3-2-7-2 Torre Le Parc pág. 87
3-2-8 Cadeia 8 pág. 89
3-2-8-1 Projeto do Jockey Clube pág. 89
3-2-8-2 Clube Alemão pág. 92
3-2-8-3 Galeria Jardim pág. 95
3-2-8-4 Bolsa de Comércio pág. 99
3-2-8-5 Edifício IBM pág. 101
3-2-9 Cadeia 9 pág. 104
3-2-9-1 Centro Cultural da Cidade pág. 105
de Buenos Aires
3-2-9-2 Ampliação do Teatro Colón pág. 107
3-2-9-3 Primeiro projeto da pág. 108
Universidade de Belgrano
-IX-
3-3 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA A pág. 109
SELEÇÃO DAS OBRAS
CAPÍTULO 4
4.1 INTEGRAÇÃO DA ANÁLISE pág. 117
4-1-1 Aspectos compositivos pág. 117
4-1-1-1 Variáveis que intervêm: Quaterna pág. 117
4-1-1-2 A Totalidade e as Partes pág. 117
4-1-1-3 O Literal e o Simbólico pág. 119
4-1-1-4 A estrutura formal e tipológica: pág. 119
suas hierarquias
4-1-1-5 Origem das Partes pág. 120
4-1-1-6 Natureza e Hierarquia das Partes pág. 121
4-1-1-7 O Modo pág. 123
4-1-2 O lugar pág. 125
4-1-2-1 Inserção urbana pág. 125
4-1-2-2 Conceitos de cidade ideal e pág. 126
Cidade tradicional
-X-
4-1-3 O Programa pág. 126
4-1-3-1 Versatilidade e especialização pág. 126
4-1-3-2 O valor do organigrama e seus pág. 129
princípios de hierarquia
4-1-3-3 As condições de contorno urbano pág. 129
4-1-4 Conclusões pág. 130
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações com pág. 130
relação às cadeias de obras selecionadas
4-1-4-2 Aspectos didáticos de sua obra pág. 131
4-1-4-3 Limites simbólicos de sua arquitetura pág. 131
4-1-4-4 Relevância en seu contexto pág. 132
REFERÊNCIAS pág. 134
ANEXO pág. 168
LISTA DE FIGURAS pág. 180
LISTA DE ABREVIATURAS Y SIGLAS pág. 187
CAPITULO 1
1 Introdução
1-1 Objetivos da Pesquisa:
Este trabalho tem como característica duas escalas de pesquisa; uma
está concentrada em entender a obra de Mario Roberto Álvarez (MRA, daqui em
diante), e a outra mais ampla onde MRA seria um exemplo importante dentro de
todo o episódio da arquitetura que se desenvolveu na Argentina durante os
últimos 50 anos. A primeira escala será nesta dissertação o foco ou o centro que
definirá os objetivos centrais da pesquisa. A segunda escala ficará estabelecida
como uma possibilidade tácita a ser desenvolvida em pesquisas posteriores.
Por este motivo, a primeira categoria abrange os objetivos centrais da
pesquisa; aqueles objetivos que dão sentido e rigor científico ao trabalho. A segunda
categoria abrange os objetivos extensos que vão além do trabalho; mas que às vezes
o integra com uma realidade científica mais geral que pretende inscrevê-lo dentro do
cenário de pesquisas arquitetônicas unidas aos efeitos da modernidade da mesma e
sua realidade latino-americana.
1-1-1 Objetivos centrais
1-1-1-1 A questão disciplinar:
Pretende-se realizar uma pesquisa unida ao específico do campo
disciplinar da arquitetura; isto é, o projeto e o edilicio como reflexão. O esforço
em procurar construir um caminho analítico-crítico entre projeto e edificação,
implícito neste objetivo, não surge da intenção de desqualificar o campo dos
fundamentos teóricos da arquitetura como conhecimento integrado com um
contexto mais amplo e multidisciplinar, mas sim que é antes de mais nada um
esforço para armar “pontes conceituais” entre os supostos arquitetônicos
modernos (iias), ou projeto (meios gráficos) e os resultados edilicios
(construções).
Supondo-se que a passagem existente entre pensamento arquitetônico e
resultados edilicios, definido pelo desenvolvimento do projeto, requer uma
segunda reflexão cuja natureza esteja unida ao projeto e cujo desafio seja reduzir a
brecha epistemológica existente entre pensamento arquitetônico e edificações
resultantes.
Neste primeiro objetivo, encontram-se implícitos os trabalhos científicos de
vários teóricos da arquitetura que desde o pós-guerra começaram a cimentar um
1
campo de reflexão específica do arquitetônico a partir do projeto; Rudolf Wittkower foi
um dos principais, pois foi capaz de reconsiderar o renascimento através de uma tese
destinada a unir teoria humanista e edifícios, incorporando categorias.
-1-
crítico-tipológicas que recuperaram para a arquitetura a tensão entre tipo e
2
modelo inicialmente estabelecida por Quatremère de Quincy, Alan Colqhoun
com suas reflexões epistemológicas unidas ao projeto e ao pensamento
3
arquitetônico e Colin Rowe com suas contribuições críticas e resgates de
conceitos teóricos do passado acadêmico e presente moderno destinados a
regenerar uma continuidade histórica em relação ao fazer e à reflexão do
projeto.
É necessário mencionar também, em meu caso particular e no contexto
intelectual da Argentina, a importância decisiva que tiveram os trabalhos de
4 5
Alfonso Corona Martínez e Marcelo A. Trabucco , onde ambos através de uma
óptica diferente foram capazes de construir um caminho orientado para o
desenvolvimento de um campo de reflexão acerca do projeto.
1-1-1-2 A estrutura cognitiva do Projeto:
Este segundo objetivo surge com a pretensão de construir uma resposta
às crises interpretativas dos significados arquitetônicos e suas
correspondências com o projeto. É um esforço para superar as posturas
estilísticas desvalorizadas e os esforços infrutíferos para entender a
arquitetura como se fosse uma linguagem a mais. Como resposta a este
problema optou-se por empregar uma estrutura cognitiva que tivesse origem a
partir do projeto, mais aberta em relação aos tradicionais corpus canônicos e
por sua vez mais sujeita a pautas estritamente disciplinares. Nesta direção,
6
tiveram influência decisiva os trabalhos de Helio Piñón Pallares e de Edson da
7
Cunha Mahfuz , particularmente em relação ao primeiro, o conceito de
estrutura formal e de concepção do projeto, e sobre o segundo, o modelo teórico
de Quaterna, desenvolvido em “Reflexões sobre a construção da forma
8
pertinente” . O conceito de Quaterna é apresentado como uma estrutura
cognitiva dos processos do projeto, suficientemente extensa e por sua vez com
a capacidade de esclarecer processos de integração que são produzidos
habitualmente no projeto. O conceito integrador contido na Quaterna é
decisivamente a estrutura formal que explica Piñón. Desta maneira, muito além
das questões indispensáveis de enfrentar no projeto; sejam de natureza
funcional, tecnológica ou contextual, sempre haverá uma primeira hierarquia
integradora chamada estrutura formal. O conhecimento do projetar estará
então, unido a este caminho estruturante de decisões de projeto que
consolidam a arquitetura.
1-1-1-3 A influência do contexto e como enfrentá-lo:
9
Partindo do reconhecimento da obra de MRA e entendendo-o como
responsável por uma produção bem sucedida que tende a concentrar-se na
10
cidade de Buenos Aires , o trabalho se propõe a detectar as características
mais sobressalentes dos edifícios de Álvarez, na concepção dos mesmos, a
inserção urbana e as situações que possam demonstrar relações obrigatórias
entre concepção e contexto. Em relação a este terceiro objetivo encontram-se
-2-
presentes vários textos referentes à cidade e seus aspectos arquitetônicos; tomou-se
como texto referencial principal a “Buenos Aires e algumas constantes nas
11
transformações urbanas” de Fernando E. Diez
1-1-1-4 Os meios de projeto indicam como está se projetando:
O trabalho estabeleceu como base a plataforma de pesquisa de projeto ao
conjunto de representações feitas pelo Estúdio de MRA e pelo autor da dissertação.
Dentro destes “desenhos” informações sobre as decisões e critérios adotados
durante o projeto. Espera-se fundamentar com isso os resultados obtidos neste
trabalho. Para esse fim, foram confeccionadas listas de tabelas analíticas de
diferentes aspectos do projeto que figuram na parte final do trabalho, com o título de
Apêndice. Os dados relevantes que estruturam a análise, e que estão documentados
no apêndice, serão extraídos de tais tabelas e apresentados consecutivamente à
medida que o trabalho for se desenvolvendo.
1-1-2 Objetivos extensos
1-1-2-1 Arquitetura Moderna na América do Sul:
Objetiva-se que o presente trabalho seja parte de um conjunto de pesquisas
que tomam como campo de exploração o conjunto de manifestações da arquitetura
moderna na América do Sul. Neste contexto, a obra de MRA se perfila como
sobressalente no cenário atual e dos últimos 50 anos de arquitetura na Argentina. O
trabalho pretende ser parte de um conjunto de pesquisas orientadas com este mesmo
objetivo dentro do PROPAR. Sobre este primeiro objetivo extenso, podemos
mencionar como referência principal o trabalho da Tese de Doutorado desenvolvido
12
por Carlos Eduardo Dias Comas .
1-1-2-2 Cenário histórico argentino impactado pela modernidade:
Espera-se também que esta dissertação esteja orientada para contribuir com
os estudos destinados a esclarecer o cenário histórico da arquitetura argentina
impactada pela modernidade (Apêndice, Tabela 5 e 6). Da mesma forma aos estúdios
e arquitetos como Alejandro Virasoro, Fermín Bereterbide, Aslan e Ezcurra, o estúdio
de Sánchez Elía-Peralta Ramos-Agostini, Alberto Prebisch, Amancio Williams,
Antonio e Carlos Vilar, Wladimiro Acosta, Antonio Bonet, Jorge Ferrari Hardoy, Juan
Kurchan, Eduardo Sacriste e a Escola Tucumana, o estúdio de Manteola - Sánchez
Gómez - Santos - Solsona - Viñoly - e vários outros, o trajeto profissional de MRA
13 14
forma parte importante deste objetivo. e
1-1-2-3 Mario Roberto Álvarez e seus sinais em outros arquitetos:
Pretende-se que este trabalho inicie uma primeira aproximação sobre a
influência que pode haver tido o estúdio de MRA em outros estúdios argentinos
contemporâneos ou posteriores a sua produção
-3-
1-2 Antecedentes
Os antecedentes funcionam como uma rede de conceitos essenciais que
estão submersos dentro da estrutura da Quaterna adotada. Esta rede de conceitos
é conformada como um sistema de camadas envolventes que à medida que se
superpõe uma sobre a outra, mantêm-se relacionadas e o que é fundamental,
permanecem sempre vigentes e atualizadas às camadas anteriores.
1-2-1 Contribuições do passado:
1-2-1-1 A Tríade Vitruviana
Vitrúvio mencionou em seu tratado “Os dez Livros de Arquitetura três conceitos
medulares em todo ato de construção arquitetônica, que são: a venustas (Beleza), a
utílitas (uso) e a fírmitas (materialidade). Esta categoria desenvolvida no passado
romano funciona como a primeira camada desta rede de conceitos. É uma espécie de
nexo entre a Teoria da Arquitetura como Arte e a teoria concreta do fazer
15
arquitetônico . É esta particularidade pragmática a que lhe transcendência, é essa
condição de nexo entre idéias artísticas e objetos concretos que funcionará
16
novamente como matriz teórica na arquitetura a partir do século XV . A tríade possui
duas limitações, a primeira é a de estar unida prioritariamente a um conceito de
17
hierarquia formal baseado em um ideal de beleza , e a segunda limitação é a de ser
uma estrutura que não define o conceito de lugar; para esta teoria o mundo é um
18
absoluto contínuo e homogêneo .
1-2-1-2 A Composição
O século XV conseguiu construir uma reflexão moderna, portanto, seu sentido
se origina por ter sido capaz de definir-se em seu presente como ato consciente; com
uma idéia sobre o passado e uma hipótese de futuro. Neste contexto, durante o século
XVI, Palladio desenvolve uma produção arquitetônica que deixa estabelecidas as
bases para nossa segunda camada. A Composição Arquitetônica definível segundo
19
palavras de Marcelo A. Trabucco em seu livro “A Composição Arquitetônica” :
Além do alcance que o termo pôde ter tido para diferentes limites
teóricos ou teórico-projetuais, em uma de suas acepções
comuns é entendido como “composição” ou modo como formam
em um todo diferentes coisas (ver, por exemplo, dicionários como
o Larousse). De acordo com esta definição parecem adquirir
relevância três idéias: a de “coisa”, a de “todo” e a de “modo”.
Hoje a composição permanece vigente, não da mesma maneira em que era
empregada no contexto idealista da arquitetura classicista, mas sim em absoluta
concordância com o sentido mais asséptico que a definição citada permite
estabelecer. O sentido essencial do conceito é estabelecer relações entre elementos.
-4-
1-2-2 Contribuição do racionalismo acadêmico:
1-2-2-1 A Independência dos meios sobre a tradição renascentista
Durante as primeiras décadas do século XIX Louis Etienne Durand
confeccionou um conjunto de operações de projeto que apesar de destinadas a
simplificar o complexo trabalho do projetista acadêmico, e portanto pensadas em
coincidência com o espírito da arquitetura classicista, terminaram dando o primeiro
passo para uma independência dos meios de representação sobre as formas
consensuais, ou seja das formas ou tipos compositivos próprios da tradição
classicista. Este revés metodológico marca o impacto epistemológico que os meios
conseguem ter na produção arquitetônica. Este aspecto do problema, crucial para
compreender como se projeta em nosso presente, é amplamente desenvolvido na
20
Tese de doutorado de Alfonso Corona Martínez .
1-2-2-2 O conceito de Tipo e Modelo desenvolvido por Quatremère de Quincy
21
Em meados do século XIX Quatremère de Quincy desenvolve um modelo
inovador, por ser em si mesmo um raciocínio explicativo da maneira em que se
projeta.
O modelo é concebido a partir da polaridade entre Tipo e Modelo. Ambos
conceitos definidos em seu estado limite tencionam a concepção do objeto
arquitetônico entre a permanência de uma idéia que se reflete em objetos diferentes
(Tipo) e a reiteração mimética de um caso que se repete tal qual (Modelo). A teoria do
Tipo e o Modelo possui a virtude de mover-se em um nível muito alto de abstração que
lhe dá certas vantagens. Torna-se vantajosa por ser uma estrutura capaz de
distanciar-se das teorias da arquitetura circunstanciais e em particular da canônica
classicista, dando lugar à aparição de uma faixa indefinida onde a regra e os
resultados consagrados deixariam de ser constituídos em um paradigma obrigatório,
para assim poder definir um horizonte potencial que pode ser estabelecido em cada
situação e por cada indivíduo responsável pela concepção do objeto. Este terreno de
pesquisa sobre as conseqüências epistemológicas do pensamento de Quatremère
de Quincy é desenvolvido atualmente por Rogério Castro de Oliveira em sua linha de
22
pesquisa de Teoria e Prática do Projeto
Pode-se acrescentar que por causa do alto grau de abstração do modelo, o
mesmo requer sempre uma segunda definição auxiliar um pouco mais concreta e
próxima da realidade que se pretende examinar. É por esta razão que esta teoria
requer subestruturas que podem ser vitruviana ou alguma outra que seja capaz de
completar com conceitos específicos áreas como a forma, a atividade, a
materialidade e o lugar.
,
-5-
1-2-3 Contribuições Revolucionárias:
1-2-3-1 O valor do programa
No final do século XIX e dentro do seio da Academia Julien Guadet estabelece
a importância de levar em consideração o programa, deixando implícita a
possibilidade de uma revisão dos preceitos de controle formal acadêmicos que se
desajustem em relação às exigências do programa. O seguinte conjunto de extratos
23
do livro “Ensaio sobre o Projeto” de Alfonso Corona Martínez ilustra este processo:
…Assim como vocês (os alunos) realizarão suas concepções
com paredes, aberturas, abóbadas, tetos, - todos estes
elementos de arquitetura também estabeleceo sua
composição com quartos, vestíbulos, acessos e escadas. Estes
são os Elementos de Composição. (Julien Guadet) … A citação
de Guadet, grande professor da Ecole de Beaux Arts em 1900,
mostra-nos como o conceito de Composição se afirmou na
prática acadêmica do desenho. A composição é feita, nas
palavras de Guadet, “soldando” tais elementos… A Composição
elementar é o Funcionalismo em questão: porque a invenção de
novos delineamentos nos permite dar resposta a novos
programas. Um edifício para um novo uso será um entrosamento
apropriado (circulatório) de elementos de composição
desenhados para satisfazer os usos individuais… agora se
tentará desfazer definitivamente dos tipos e das regras
compositivas que eram deduzidas deles através dos “Grandes
exemplos do Passado” (Guadet)
Banham em seu livro, “Teoria e Desenho arquitetônico na era da
24
máquina” , estudando Guadet e em relação com o programa escreve:
...esta insistência na axialidade não se encontra em Élements et
Théories; e mais, Guadet zomba da simetria axial e absoluta e a
qualifica du non-sens; destaca, portanto a maneira de compor as
partes do edifício dentro da planta axial:
Este curso tem como finalidade o estudo da composição dos
edifícios em seus elementos e em sua totalidade, de um ponto de
vista duplo: adaptá-los a programas definidos e às necessidades
materiais …Compor é fazer uso do que se sabe (ce qu´on sait). A
composição trabalha com materiais, tal como o faz a construção,
e estes materiais o, precisamente, os Elementos de
Arquitetura.
-6-
1-2-3-2 Uma nova Visualidade
A visualidade, definida por um conjunto de teóricos alemães, atuará como
complemento indispensável para opor à crise da composição acadêmica uma
nova realidade compositiva baseada em uma maneira de relacionar partes
sustentadas por “leis universais” (que seriam as constituídas pelos teóricos alemães).
A particularidade deste sistema é de não ser resolvido com um conjunto limitado de
resultados ideais; mas sim ao contrário, o de ser constituído de um conjunto ilimitado
de construções subjetivas que por meio da intuição e do conceito estético tornam-se
comunicáveis. Este sistema formal “ilimitado” será o mais adequado para absorver as
exigências variáveis do programa. A respeito desta série de descobrimentos
desenvolvida pelos alemães, Helio Piñón desenvolve em seu livro “O sentido da
25
Arquitetura Moderna” uma cuidadosa descrição do surgimento e autoria dos
conceitos básicos desta teoria em que se combina psicologia da forma, abstração
formal e uma estética não idealista baseada na construção da forma.
1-2-4 Continuidade entre passado e presente:
Este terceiro título é o que define o ponto de partida histórico na construção
da trama conceitual e se caracteriza por ser ponto obrigatório de referência de
qualquer teoria contemporânea que esteja centrada sobre o projeto. Os dois itens
desenvolvidos anteriormente, são temas teóricos resgatados de seu passado durante
as décadas de 50 e 60 pelos protagonistas desta terceira instância. Tais protagonistas
tiveram em comum a hipótese inicial que consistiu na descoberta de que a explicação
dos primeiros teóricos da arquitetura moderna, haviam lhes deixado apresentado um
cenário incompleto da arquitetura, de algum modo repleto de inconsistências e
contradições. Seus trabalhos são caracterizados por reincorporar conceitos teórico-
projetuais desenvolvidos em tempos prévios ao movimento moderno com a finalidade
de resolver estas inconsistências. O critério de resgate de tais conceitos não deve ser
confundido com uma atitude melancólica ou regressiva, que o emprego e
redefinição dos mesmos sempre esteve orientado para construir um entendimento
mais maduro do que representou a produção moderna. Para o desenvolvimento do
trabalho tornam-se indispensáveis os trabalhos desenvolvidos pela escola inglesa;
principalmente os desenvolvidos por Rudolf Wittkower, Reyner Banham, Colin Rowe
e Alan Colqhoun.
1-2-4-1 Uma História crítica baseada em categorias teóricas de natureza
projetual
A importância de Wittkower neste contexto de teóricos ingleses fica
historicamente inevitável. Seu papel como historiador unido à escola de Aby Warburg
(1) e seus escritos, principalmente “princípios arquitetônicos na Idade do Humanismo”
26
publicado no final da década de 40, estão posicionados como antecedente direto no
emprego de uma crítica histórica baseada nos processos de produção do objeto para
teóricos como Reyner Banham, Alan Colqhoun e Colin Rowe, entre outros.
-7-
Sua maneira de enfocar o entendimento da história da arquitetura partindo de
conceitos naturais do projeto o torna importantíssimo para os próximos anos,
que instaura uma abertura sobre a maneira em que a história da arquitetura pode
chegar a ser empregada em relação com o presente arquitetônico. A negação
histórica da arquitetura do século XIX desenvolvida pelos primeiros teóricos do
Movimento Moderno, poderá ser desmistificada por outros autores graças a esta nova
maneira de enfocar a história instaurada por Wittkower. Os seguintes parágrafos
ilustram a maneira como Wittkower desenvolvia sua crítica histórica:
No lapso relativamente curto de vinte anos, Alberti percorreu toda
a escala das ressurreições clássicas possíveis durante o
renascimento. Assim passou, de uma primeira etapa, de um
enfoque sentimental a uma concepção arqueológica. Depois
subordinou a autoridade clássica à lógica da estrutura mural. E
por último repudiou a arqueologia e a objetividade, para utilizar a
arquitetura clássica como arsenal dos motivos necessários para
uma realização livre e subjetiva da arquitetura mural. Talvez
Alberti seja o único arquiteto que passou por todas essas etapas,
que se seguiram uma a uma de acordo com uma evolução lógica.
Toda esta formulação crítica é mantida com uma cuidadosa análise que além
de considerar pautas contextuais do mundo cultural que rodeou Alberti, baseia-se
fundamentalmente em um cuidadoso estudo projetual das quatro igrejas de Alberti;
aspecto que por razões de extensão fica impossível elaborar no presente trabalho. O
que realmente importa é que este entendimento da arquitetura histórica, baseado na
interrogação do projeto utilizando seus próprios recursos (diagramas e meios de
projeto) será uma das estratégias preferidas dos autores mencionados no início.
Neste sentido Ángel González García no prólogo da edição castelhana do livro “Sobre
27
a arquitetura da Idade do Humanismo” na página 8 confirma em parte o dito:
Relendo suas “Arquitectural Principles in the Age of Humanism”,
ainda causa surpresa a mudança surpreendente que sua
extensão não excessivamente ortodoxa ao campo da prática
material da arte adota a metodologia do Walburg...
1-2-4-2 Rastreamento de antecedentes teóricos contidos no passado próximo
ao Movimento Moderno:
À margem das críticas bem precisas que Reyner Banham recebe de Alan
Colqhoun, seu trabalho escrito em “Teoria e Desenho arquitetônico na era da
28
máquina” é absolutamente indispensável para seguir desenvolvendo esta rajada de
textos esclarecedores do valor do projeto e sua reflexão. Mesmo quando sua postura
foi centrada na reivindicação dos aspectos dogmáticos do movimento moderno como
verdadeiros eixos diretivos de uma arquitetura moderna, isto não lhe impediu o
desenvolvimento de um excelente exercício crítico dos pensamentos e dos projetos
-8-
que rodearam os antecedentes e a produção do movimento moderno. Em seu livro, a
propósito da influência da Escola de Belas Artes escreve:
Os arquitetos que recusavam a disciplina acadêmica o faziam por
senti-la hostil em sua concepção da arquitetura, uma concepção
funcional, científica e totalmente desligada de toda consideração
estilística. No entanto, tomando como evidência os cinco
volumes de Élements et Théories de l´Architecture, Guadet
corporalização própria da academia foi tão funcional, tão
científico e tão antiestilístico quanto aqueles. Em contra partida,
enquanto esses arquitetos repudiavam as “falsas formas da
academia”, aceitavam muitas idéias acadêmicas ignorando sua
proveniência.
1-2-4-3 A Composição, um conceito capaz de tecer uma trama espacial e
temporal
Colin Rowe, com um espírito crítico similar ao de Alan Colqhoun, Edita seu livro
29
“Maneirismo e Arquitetura Moderna e outros ensaios” . Tal livro, segundo ele explica,
é um conjunto de ensaios escritos durante os anos 50 e início dos anos 60, nele
desenvolve desde uma permanente confrontação e indagação do movimento
moderno desconfiando permanentemente de seus proclamas programáticos, uma
reflexão sobre a Composição, conceito herdado da tradição da Escola de Belas Artes,
que Rowe examinará, da exploração de seus modos até a definição de suas partes e
desde os aspectos do significado da acepção social do Caráter até seus significados
mais arquitetônicos.
1-2-4-4 Para uma epistemologia do projeto
O terceiro destes autores, e talvez o mais importante para esta pesquisa, é Alan
Colqhoun. O desenvolvimento de um conhecimento mais maduro e menos panfletário
do Movimento Moderno, depende em grande medida de seus descobrimentos.
Colqhoun desenvolve algo como uma análise crítica concentrada em compreender a
construção do objeto, caminho estritamente epistemológico e ligado com o projeto.
Seu livro “Arquitetura Moderna e mudança histórica”, está dividido em duas partes, “A
30
crítica” e “em direção a um método crítico” , cada uma destas partes é encabeçada
por um capítulo que define o problema em questão. Ambos capítulos introdutórios
foram muito importantes para orientar este trabalho:
“O Movimento Moderno na arquitetura” entra em uma reflexão profunda sobre
a maneira em que se vinha pensando na arquitetura moderna. É em si uma crítica do
escrito nos principais livros que se baseia na autoridade de uma segunda crítica, que
provém da interrogação dos resultad é centro de legitimação
arquitetônica, o que se escreve não pode atuar como um raciocínio indiferente do
objeto.
os edilicios. O construído
-9-
...verdadeiramente parece que o homem tem uma necessidade
iniludível de extrair do fluxo dos acontecimentos um objeto de
imobilidade, um ponto de referência fixo contra o qual poder
medir-se. Na verdade, a natureza do mundo, tal como se
apresenta, talvez consista em um estado de fluidez constante, o
conceito de mudança contínua, considerada como objeto de
experiência factual (como a que proporciona, por exemplo, o
31
desenvolvimento técnico), é, em si mesmo, uma abstração.
É necessário contrastá-lo com a inegável tendência, tanto em
nossos sentidos como em nosso intelecto, a contemplar o mundo
32
em forma de conjuntos reconhecíveis e identifiveis.
Este parágrafo, intencionalmente separado por espaços no princípio e no final,
independente do desenvolvimento fluído do capítulo, termina de confirmar o valor do
objeto arquitetônico, como fato palpável e como ímpetos de pensamentos;
definitivamente como um problema de composição… “modo como formam um todo
33
as diferentes coisas”
34
“Tipologia e métodos de desenho” propõe uma teoria a respeito do processo
acumulativo seletivo de ferramentas de conhecimento arquitetônico. Colqhoun se
35
refere à discussão iniciada por Reyner Banham a respeito ou pelos exemplos
modernos que possuem um remanescente de recursos que provêm do passado
Estes recursos são os que ele denomina tipologias, e formam parte de um processo
epistemológico próprio do projetar onde segundo Colqhoun esse remanescente é
necessário apesar do radical que pode chegar a ser as mudanças. As tipologias não
podem resolver questões práticas, como também completam ou dão sentido a
campos simbólicos da arquitetura que sem ela seriam campos vazios de significado.
Se, como Gombrich sugere, as formas por si mesmas estão
relativamente vazias de significado, deduz que as formas
arquitetônicas que intuímos chegam a adquirir significado por
associação, e que, por conseguinte, não se trata apenas de não
podermos nos considerar livres das formas do passado e de sua
validez como modelos tipológicos, mas também de que, se
pretendemos ser livres, teremos perdido o controle sobre um
setor muito ativo de nossa imaginação e de nosso poder de
comunicação com os demais. Não temos, portanto, outra saída
que não seja estabelecer um sistema de valores que considere
as formas e soluções do passado, isso se quisermos controlar os
conceitos que, gostemos ou não, serão interpostos no processo
36
criativo.
.
-10-
Desta forma de conhecimento do projetar, que acumula remanescentes e instaura
novos procedimentos, afasta-se a possibilidade de uma série de transformações
alternantes que Colqhoun define como processo de exclusão.
…Seria possível postular que o processo de mudança se realiza
não por um processo de redução, mas sim por um processo de
exclusão; e parece que a história do Movimento Moderno em
todas as artes apoio a esta idéia. Se considerarmos os
campos da pintura e da música, poderemos ver que, na obra de
Kandinsky ou de um Schoenberg os mecanismos formais
tradicionais não são totalmente abandonados, e sim
transformados e recebem um novo vigor graças à exclusão dos
elementos icônicos ideologicamente repulsivos. No caso de
Kandinsky, o que se exclui é o elemento figurativo, no caso de
37
Schoenberg o sistema diatônico.
1-3 Metodologia
1-3-1 Esclarecimento
De acordo com este título, pareceria possível imaginar que existisse uma
metodologia, e portanto, um caminho cristalino capaz de explicar a maneira em que se
desenvolveu este trabalho de dissertação. Creio impossível, ou pelo menos um
caminho destinado à obtenção de resultados estéreis, levar adiante esta empresa.
Conseguir uma metodologia demonstrável e avançar na obtenção de conhecimento,
parece uma estratégia desaconselhável no terreno da reflexão sobre o projeto.
O presente trabalho é um estudo sobre a maneira em que se projeta. É por isso que se
esclarece que a natureza do pensamento empregado para entender o projeto é
epistemológica, ou seja um tipo de reflexão que procura explicar quais foram e como
têm sido empregadas as ferramentas de conhecimento de projeto arquitetônico.
Por outro lado, a arquitetura raras vezes alcançou um controle sistemático e
preciso no emprego destas ferramentas de projeto. Apesar de parecer existir um
consenso a respeito do uso dos mesmos, no entanto é apenas isso e à medida que se
estuda a forma em que se projetou se comprova uma forte tendência em direção à
anomalia a respeito de qualquer tipo de ortodoxia ou método de projeto estabelecido
ou generalizável. É por isso que mesmo que possamos falar da reflexão ou do
pensamento sobre o projeto, torna-se difícil falar de uma teoria do projeto.
Os tipos de pensamentos que se desenvolvem neste trabalho se
correspondem com um alto nível de complexidade, por não ser redutíveis dentro de
uma teoria e, ao mesmo tempo, ter que ser apresentados de maneira que sejam
capazes de explicitar com clareza uma construção coerente dos resultados.
-11-
Os julgamentos emitidos terão maior valor na medida em que se correspondam
com uma estrutura conceitual demonstrável e por sua vez suficientemente aberta
para poder escapar dos extremos da arbitrariedade e do determinismo.
O caminho da coerência no projeto passa pelo rigor estrutural de um pensamento que
se constrói a si mesmo, e não por uma lista pautada de um conjunto de procedimentos
estabelecidos a priori. A respeito disto escreve Carlos Martí Arís em “Materiais de
arquitetura moderna/idéias, cap. 6 As miragens do Zeitgeist”.
Não são poucos os artistas que, durante os dois últimos séculos,
sentiram na própria carne a pressão e o menosprezo dos que, de
um modo doutrinário, patrocinavam a adesão ao ditado de um
espírito da época definido de um modo apriorístico, vendo sua
obra compreendida como “reacionária” por não se ajustar às
exigências que, supostamente, sua época requeria.
O desafio do que emite julgamentos sobre projetos, é conseguir que seus
julgamentos sejam capazes de transferir uma série de transformações que ocorrem
no desenvolvimento do projeto ao campo da reflexão. É um esforço de tradução entre
duas formas de expressão, a do mundo dos objetos e suas representações e a do
mundo das idéias e suas explicações.
A adoção da Quaterna corresponde-se com a idéia de poder empregar uma
estrutura prévia, cuja virtude é a de compreender e coordenar áreas da arquitetura
que são indispensáveis. No entanto, essa estrutura se reconstruirá permanentemente
a partir da Estrutura Formal, uma noção muito precisa em sua definição, mas muito
variável em seus resultados e o tipo de hierarquia que se requer para coordenar os
aspectos restantes da estrutura: o lugar, a materialidade e a atividade.
1-3-2 Modelo Contemporâneo:
A última camada desta malha de conceitos esta conformada principalmente
por dois modelos.
1-3-2-1 O objeto unido ao julgamento estético
Helio Piñón Pallares desenvolve um conjunto de palavras que agem como
conceitos associados capazes de conduzir uma aproximação, seja ela do projetista
ou do observador, coerente ao problema subjetivo da concepção. Estes conceitos são
38
desenvolvidos por Piñón em vários de seus livros e artigos, porém por sua síntese e
desenvolvimento ordenado se optou por extraí-los de um artigo escrito por Piñón para
a revista Summa+73.
A Concepção
…Na realidade, a modernidade não supõe uma renovação da
-12-
linguagem, senão uma revolução no modo de afrontar a
concepção: abandonado o suporte canônico do tipo e a
operatividade dos sistemas de ordens clássicas, a ação subjetiva
do arquiteto é a que deve procurar mediante um processo de
concepção a legalidade formal da obra; neste caso, as regras
não são prévias ao ato de conceber como no classicismo- senão
conseqüência do próprio ato de projetar.
A Consistência
…A consistência formal que em classicismo vinha garantida pelo
tipo - é, na modernidade, o objetivo da ação do projeto, de modo
que cada obra tem em sua própria constituição a origem dos
critérios de legalidade formal que estruturam seus espaços.
A Identidade
…Na arquitetura moderna, o problema da identidade é
questionada de um modo completamente diferente de como era
abordada no classicismo: a identidade não está mais garantida
por um sistema prévio o tipo perdeu sua vigência e as ordens
deixaram de disciplinar a aparência -, mas pelo contrário, é o
objetivo do projeto…O caráter essencial no classicismo,
portanto, identificava os edifícios que, ainda que dotados do
mesmo tipo, eram destinados a usos diferentes- não tem sentido
na arquitetura moderna: aparece subsumido na questão da
identidade. A identidade se converte assim no cririo
fundamental de julgamento da arquitetura moderna: antes de
perguntar se um edifício “esta bem”, me pergunto se tal edifício “é
algo”, ou seja, tem identidade definida como obra de arquitetura.
A Qualidade
(referindo-se à identidade). E este propósito ontológico se
converte na condição necessária da qualidade, entendida como
o conjunto de qualidades que caracterizam uma obra e, ao fazê-
lo, a identificam.
Os Valores Universais
…Mas se a concepção moderna se apóia na ação subjetiva, de
modo que prescinde de qualquer sistema prévio que legitime e
legalize a forma, a condição para que o objeto possa ser
reconhecido por alguém diferente de quem o protegeu é que os
-13-
critérios de ordem que o conformam se apóiem em valores
universais…com a esperança de que atuem como mediadores
entre o autor e o espectador. Isso supõe aceitar que
categorias da visão que, por seu caráter essencial, podem
considerar-se características básicas da espécie humana.
O Programa
…O programa é, em compensação, a condição da identidade do
edifício moderno; identidade que está centrada precisamente na
relação entre a forma e as condições em que surge: no ponto de
encontro não isento de tensão- entre uma forma abstrata, que
tende a valores universais, e um programa concreto, específico
da ocasião…Assim, não vinculo a forma à função, mas sim a
aproximo até que se estabeleça tensão entre suas lógicas
respectivas; nesse momento aparece o artístico
Paradigmas Formais
…no lugar da simetria, a modernidade aspira o equilíbrio; em vez
de ater-se a critérios de igualdade, orienta-se aos de
equivalência; em lugar de aspirar a unidade, persegue a
consistência; em vez de utilizar um critério hierárquico de ordem,
a forma moderna propõe, o fim, a classificação.
O Sentido
…O sentido é o contraponto estético da consistência: depende
da orientação que o projeto adquire nos limites de um sistema
cultural e histórico determinado: o sentido relaciona a obra com
seu exterior espacial e temporal; manifesta a posição estética e
histórica do autor…Uma pura construção formal sem sentido ou
seja, geográfica e historicamente neutra- é um mero exercício
sintático, sem relevância estética.
A Visualidade
…A visualidade é o âmbito específico do julgamento estético
sobre o que se baseia o projeto: a arquitetura que verão foi
concebida e elaborada mediante um complexo processo de
decisões onde o visual sempre construiu o critério relevante. O
limite de referência da visualidade é o conhecimento intuitivo, ou
seja, aquele que resulta dos sentidos, sem interferências da
razão.
-14-
1-3-2-2 A Quaterna
Esta se constitui na estrutura final, a mais abrangente, a que inclui dentro dela
39
tudo o que foi dito. Esta categoria, exposta por Edson da Cunha Mahfuz possui a
particularidade de estruturar-se e reestruturar-se permanentemente em função do
caso, a estrutura formal se converte em um construto que varia unido à subjetividade
do caso, mas que é pertinente enquanto sustenta o sentido do edifício.
A Quaterna implica uma superação da tríade de Vitruvio, que além de
incorporar o problema do lugar, apresenta-se como um cenário de relações
específicas unidas ao projeto e aos valores simbólicos da arquitetura.
…Atualizando essas interpretações, pode-se tentar uma
redefinição dos aspectos essenciais da arquitetura por meio de
um quaterno composto por três condições internas ao problema
projetual (programa, lugar e construção) e uma condição externa,
o repertório de estruturas formais que fornece os meios de
sintetizar na forma as outras três. Enquanto a busca da beleza
estava no centro das preocupações arquitenicas a
recentemente, o quaterno contemporâneo tem como foco a
forma pertinente. Sendo o conceito de beleza algo tão relativo e
mutante varia a cada época e lugar, até mesmo de pessoa para
pessoa-, parece mais apropriado ter como objetivo criar artefatos
40
marcados pela pertinência ou adequação da sua forma.
1-4 Fontes Bibliográficas
1 RUDOLF, Wittkower. Os fundamentos da Arquitetura na idade do Humanismo.
Editorial Aliança. Espanha. 1973
2 COLQHOUN, Alan. Arquitetura Moderna e mudança histórica.
Editorial Gustavo Gili. Barcelona. 1978
3 ROWE, Colin. Maneirismo e Arquitetura Moderna e outros Ensaios.
Editorial Gustavo Gili. Barcelona. 1978
4 CORONA MARTÍNEZ, Alfonso. Ensaio sobre o projeto
Editorial Cp67. 3.ed. Buenos Aires. 1988
5 TRABUCCO, Marcelo A. A Composição Arquitetônica
Editorial UB. 1. ed. Buenos Aires. 1996
-15-
6 PALLARES PIÑON, Helio. O Sentido da Arquitetura Moderna
Editorial UPC. Barcelona. 2002
7 DA CUNHA MAHFUZ, Edson, O clássico o poético e o erótico e outros ensaios.
Editora Ritter Dos Reis. Porto Alegre. 2002
8 DA CUNHA MAHFUZ, Edson, Reflexões sobre a construção da forma
pertinente”. Revista virtual Vitruvius. Disponível em
<http://vitruvius.com.br/arquitextos/arq045/arq045_02.asp>.
foi acedida no dia 5 de dez. de 2005
9 ÁLVAREZ, Mario Roberto. Arq. Mario Roberto Alvarez e Associados: Obra
1937 1993. Editado: Morgan Internacional. Sgo. de Chile 1993
10 “Página Web do Governo da Cidade Autônoma de Buenos Aires”
Disponível em <http://www.bsas.gov.ar/sig/index.phtml>.
foi acedida no dia 12 de fev de 2006
11 DIEZ, Fernando. Buenos Aires e algumas constantes nas transformações
urbanas. Editorial UB. Buenos Aires. 1996
12 DÍAZ COMAS, Carlos Eduardo. Precisões Brasileiras. Tese de Doutorado
Universidade de Paris 8. Paris. 2002
13 LIERNUR, Francisco. Arquitetura do século XX na Argentina.
Editorial Fondo Nacional de As Artes. Buenos Aires. 2001
14 GLUSBERG, Jorge. Breve história da Arquitetura Argentina, Tomo I e Tomo II.
Editorial Claridad S.A. Buenos Aires. 1991
15 VITRUVIO POLION, Marco. Os de livros da Arquitetura.
Editorial Ibéria. Espanha. 1997
-16-
16 Idem 1
17 Idem 5
18 Idem 5
19 Idem 5
20 CORONA MARTÍNEZ, Alfonso. O problema dos elementos na arquitetura do
século XX. Tese de Doutorado. PROPAR. Porto Alegre. 2004
21 QUATREMERE DE QUINCY. Essai sur la nature, le but et les moyens de
l ' i m i t a t i o n d a n s l e s b e a u x - a r t s . D i s p o n í v e l e m
<http://visualiseur.bnf.fr/Visualiseur?Destination=Gallica&O=NUMM-71759>
Foi acessada no dia 15 de abr de 2005
22 CASTRO DE OLIVEIRA, Rogerio. “Teoria e Prática do Projeto: Um programa
de pesquisa na UFRGS. PROPAR. Porto Alegre. 2004
23 Idem 4
24 BANHAM, Reyner. Teoria e desenho arquitetônico na era da máquina
Editorial Nueva Visión. Buenos Aires. 1965
25 Idem 6
26 Idem 1
27 WITTKOWER, Rudolf. Sobre a arquitetura da Idade do Humanismo.
Editorial Gustavo Gili. Barcelona. 1979
28 Idem 22
-17-
29 Idem 3
30 Idem 2, “A crítica” pág. 17 e “em direção a um método crítico” pág. 59
31 Idem 2, pág. 25
32 Idem 2, pág. 25
33 Idem 5, pág. 9
34 Idem 2, pág. 61
35 Idem 22
36 Idem 2, pág. 71
37 Idem 2, pág. 73
38 PALLARES PIÑON, Helio. Forma e identidade.
Editado - Summa+73. Buenos Aires. 2003
39 Idem 8
40 Idem 8, pág. 7
-18-
CAPITULO 2
2-1 Desenvolvimento biográfico e contextual da vida e obra de MRA
2-2-1 Etapas da infância (1913 1927)
MRA nasce em Buenos Aires e passa a sua infância no bairro de Montserrat.
Filho de uma família com uma situação econômica apertada, teve que trabalhar para
que seus irmãos pudessem estudar, mesmo assim decide começar estudos
universitários. Embora soubesse que a profissão de arquiteto requer bons contatos
sociais para ter êxito, decidiu formar-se.
Sua família é descrita assim pelo próprio MRA:
... meu pai era castelhano; gente séria e sóbria, austera, honrada.
Os bascos também, em geral, são bons; é raro encontrar um
1
basco mau...
Desse jeito a personalidade de MRA se apresenta como uma metáfora de
alguns valores morais de sua maneira de entender a arquitetura. Arquitetura moderna
que em si faz de seus fundamentos de partida uma questão moral. O próprio MRA
também se encarrega de sublinhar aspectos de sua infância, que a partir do lúdico,
agem como semente inicial de suas exigências arquitetônicas:
Quando criança gostava sempre de fazer coisas com volume.
Lembro-me de Lindberg quando atravessou o Atlântico; com
paus-de-vassoura fiz a fuselagem de um avião, cortando-os fiz as
rodas, com percevejos fiz tudo o que era a parte visível do motor,
com caixas de charutos as asas ... e assim, com certa habilidade,
fazia sempre coisas com volume; tinha uma serra, minha prensa
... fiz até mesmo, em uma escala bastante grande, uma maquete
2
completa da estação da ferrovia de Rosário ...
Surge do início uma vontade de autodefinir-se como uma pessoa preocupada
com a racionalidade do volume, sua realidade material, e os recursos de concreção
mais adequados. Temos poucos dados de sua infância, porém é claro que os que
fornece MRA atuam como marcos simbólicos de sua autocompreensão.
-19-
2-1-2 Etapa formativa (1913 -1939)
MRA estuda em organismos estaduais de ensino público, que para aquela
época tinham um prestígio irrepreensível. Em seus estudos secundários assim como
em seus estudos universitários obtém medalha de ouro à melhor média. Estes êxitos,
além de indicar a qualidade intelectual do arquiteto, assinalam outra virtude que,
mesmo sem medalhas de ouro no meio, estará presente em todo seu desempenho
profissional, uma capacidade organizacional e acumulativa de experiência, que em
MRA redundou sempre em um alto grau de eficiência. Esta capacidade requer sempre
um caminho sistemático que permita detectar os problemas para ir aperfeiçoando
suas soluções. Contudo, não temos que esquecer que MRA inicia seus estudos
universitários no contexto de um país que ainda não começou transformações
modernas. Nessa realidade, os esforços iniciais de MRA esbarraram com uma
sociedade e vários governos que não apoiariam as mudanças culturais e sociais que
nesse momento prometia a modernidade. Apesar destes contratempos políticos, esta
virtude organizacional, indispensável no caminho do desenho por possibilitar um
controle objetivo do espaço e da matéria em cenários definíveis, permitiu-lhe alcançar
gradualmente cada vez mais e melhores resultados.
É natural entender que MRA tenha se apoiado em um critério evolutivo, no
pensar e no fazer, porém este critério evolutivo não deve ser confundido com um
evolucionismo generalizado, para MRA a evolução é a da sua experiência. Com
relação a esta questão explica, referindo-se à arquitetura:
... que progride por evolução, incorporando novas técnicas,
3
porém sempre com os mesmos princípios básicos
e com relação à Verdade como fundamento da Arquitetura:
Nós não negamos nada, escolhemos um caminho, um credo, e a
partir disso se nossas obras são reconhecíveis como tais será
porque usamos uma mesma linguagem e partimos dos mesmos
4
princípios... e ... o que dizia Wright, acho que a arquitetura se
faz, é difícil ensiná-la, e cada um tem sua verdade, não tenho a
5
verdade dos outros.
Poderíamos acrescentar como corolário, que a mensagem de MRA é
simplesmente que tenhamos algum tipo de “verdade” com a qual seja possível atuar
de maneira conseqüente e que esta verdade tenha a virtude de poder ser reconhecida
na obra.
Em sua etapa formativa, esta capacidade de incorporar experiência, selecioná-
la, sistematizá-la e aprofundá-la é a que define o caminho evolutivo desde o começo,
manifestando-se nesta etapa como uma preocupação com ampliar ao máximo seu
-20-
conhecimento. A faculdade lhe deu uma base de conhecimentos não completamente
atualizados e as revistas e os livros outros, e finalmente a bolsa Ader, em 1939,
permitiu-lhe viajar e conhecer uma quantidade considerável de arquitetura e de
arquitetos. Esse leque de conhecimentos deve ser sintetizado, quando for
necessário, excluindo alguns conhecimentos e avançando sobre outros, cujos
terrenos não estavam completamente definidos. Nesse sentido MRA expressa:
... Ferrari Hardoy e Kurchan decidiram ir trabalhar diretamente
com Le Corbusier. Depende da formação ou da influência que o
Senhor queira ter; voltando a meu caso, podemos dizer que
preparei um coquetel de influências que, em lugar de estar com
6
um, vi quase todos os que foi possível ...
A etapa formativa não conclui em 1939, prolonga-se por toda sua experiência
profissional, porém à medida que sua arquitetura se define, logicamente, o leque de
influências se reduz cada vez mais. Chegará um momento no qual MRA passará a
preocupar-se mais com dar uma forma consistente a seus projetos, em detrimento do
número de influências potencialmente possíveis. O caminho da síntese e da
conquista de um critério de concepção própria é necessariamente redutor, que
implica reduzir de campo externo, cheio de arquiteturas diferentes, a um campo
pessoal subjetivo, e portanto restringido.
Arquitetos e estúdios correspondentes à década:
Durante o tempo no qual MRA faz seus estudos universitários existiam os
seguintes estúdios e arquitetos: A. Christophersen (1866-1946), que desenvolve suas
obras principais inscritas em um academismo virtuoso, entre os anos 20 e 30; entre
elas a Igreja Santa Madalena Sofia Barat; A. Bustillo (1889-1982), que desenvolve
suas obras principais inscritas em um academismo monumental e sintético, nos anos
30, 40 e 50; entre elas o Cassino de Mar del Plata, o Hotel Llao Llao, o Banco Nación e
a casa de Victoria Ocampo, estilisticamente moderna; A. Virasoro (1892-1978), que
desenvolve suas obras principais inscritas em uma arquitetura de transição entre uma
etapa estilística de Art Déco e um tipo de arquitetura que intenta aproximar-se ao
moderno, entre os anos 20 e 30, entre elas a casa da rua Biblioteca e o edifício da
Equitativa del Plata; Alberto Prebisch (1899-1970), que desenvolve suas obras
principais inscritas em uma prematura experiência moderna, entre os anos 20 e 40,
entre elas a cidade Açucareira em Tucumán, o Obelisco no cruzamento da rua
Corrientes e 9 de Julio e o cinema Gran Rex; Antonio Ubaldo Vilar (1914-1966), que
desenvolve suas obras principais inscritas em uma prematura experiência moderna,
entre os anos 30 e 40, entre elas o Banco Popular Argentino e o Automóvel Clube
Argentino; Sánchez / Lagos / De la Torre, este estúdio desenvolve suas obras
principais inscritas dentro de uma arquitetura moderna, durante o ano 30, entre elas o
Edifício “Comega”; Fermín Bereterbide (1899-1979), que desenvolve suas obras
p r i n c i p a i s i n s c r i t a s e m u m a a r q u i t e t u r a m o d e r n a , e n t r e o s
-21-
anos 20 e 50, entre elas o Bairro Los Andes e o Hogar Obrero; Aslan e Ezcurra, este
estúdio desenvolve suas obras principais inscritas em uma arquitetura moderna.
Entre os anos 30 e 80, entre elas o estádio de River Plate, as Galerias Santa Fe, a
Cultural Inglesa e a fábrica Papel de Tucumán; Eduardo Sacriste (1905-1999), que
desenvolve suas obras principais inscritas em uma arquitetura moderna, nos anos 20,
30, 40, 50 e 60; entre elas a Escola Rural 187 (província de Bs. As) e a casa Torres
Posse.
2-1-3 Primeiras experiências profissionais (1939-1948)
A década de 40 representa esses primeiros anos em que MRA luta por inserir-
se como arquiteto na sociedade e nos quais as crises ou os auges econômicos são
menos influentes do que a luta pela aceitação social de suas idéias. Por outro lado, o
modelo nacionalista que impulsionam estes governos manterá o país afastado das
engrenagens produtivas das nações modernas. Isto apresenta MRA como um
arquiteto de vanguarda que junto a outros arquitetos e intelectuais se vêem obrigados
a lutar pela aceitação de suas propostas. Sua luta continuará também durante os anos
50, porém para essa época, a partir da experiência dos centros hospitalares do
norte argentino, sua produção terá a particularidade de sentar as bases gerais, tanto
como atitude perante o projeto, quanto como soluções de espaço e forma, para toda
sua produção futura. Suas primeiras obras estão muito próximas de arquiteturas
desenvolvidas por arquitetos ou correntes de vanguardas reconhecíveis. Esse é o
caso do Sanatório da Corporação Médica de San Martín (1936-37), obra moderna
muito próxima do tipo de arquitetura desenvolvida por Walter Gropius na Bauhaus e
por Mies van der Rohe na casa Tugendhat, ou a obra em Pergamino com o
Restaurante Roncatti (1936-37) mais próxima de uma experiência elementarista da
arquitetura. Em ambos os casos pode perceber-se o desenvolvimento de uma
estrutura formal baseada no “L como produto da justaposição de dois
paralelepípedos. Esta estrutura formal será levada à maior parte de suas casas
suburbanas ou de lote largo entre paredes-meias.
Nesta etapa podemos detectar dois momentos que concentram a maior parte
dos exemplos produzidos, o primeiro entre 1936 e 1941 e o segundo no final da
década entre 1948 e 1950. Entre estes dois períodos a produção não é tão
significativa e é preferivelmente escassa. Como vínhamos expondo, a primeira etapa
se corresponde com influências muito marcadas, no entanto a segunda etapa
começo à aparição de obras mais maduras que explicitam uma maneira própria de
projetar. Desta segunda etapa são ótimos exemplos os centros hospitalares, nos
quais a atitude de Álvarez perante o desafio de projetar estes 6 centros colocar em
evidência sua madureza, que confirma sua passagem a uma instância mais madura e
fundacional de sua obra. Não devemos esquecer que em 1947 realiza uma viagem
aos Estados Unidos, onde conhece Mies e Gropius. De uma entrevista que mantém
com Mies van der Rohe extrai a seguinte reflexão:
-22-
O modo de trabalhar de Mies me lembrou o que nos
ensinava de Virgílio o nosso professor de latim: Virgílio ao
terminar um verso, escrevia sobre cada palavra um
sinônimo, e o lia assim, de diversas formas, e conservava com
uma delas ... Não era então o resultado de uma coisa
espontânea, mas um produto de uma
elaboração, e embora fosse poética, tinha a conseguido
buscando... Assim conferimos que Mies de cada fachada fazia
duas, três ou mais versões, em uma espécie de concurso privado
com ele mesmo. Não fazia as coisas uma vez só, mas várias
vezes ... Esse foi o maior ensino daquela visita: ficar-se com a
alternativa menos ruim, e sem pretextos. É uma coisa que nós
7
nos impusemos.
Os centros parecem potenciar esta questão, na qual se trata definitivamente de
um tema que, possuindo diferenças programáticas, climáticas e de lugar,
analogamente com o ensino de Virgílio, ou Mies ..., resolve com variantes uma mesma
estrutura formal adaptando-a a seis situações particulares de lugar, materialidade e
programa. Esta estratégia é a que definirá toda sua produção daqui em diante.
Cadeias de estruturas formais unidas a contextos variáveis, realidades tecnológicas
oscilantes e programas que irão variando por tema e por mudanças culturais ao longo
do tempo. Uma concepção arquitetônica que se mantém flexível e com capacidade de
resposta a partir de um aperfeiçoamento e um ajustamento permanente.
Os exemplos de ambas as etapas, no começo e no final da década, tendem a
ser, em sua maioria, suburbanos, razão pela qual se torna difícil estabelecer um
diagnóstico com respeito à idéia de cidade que Álvarez pudesse ter naquele
momento. Em exemplos menos importantes, como nos casos urbanos de
apartamentos de Hortiguera 20 e Miró 39, começam a vislumbrar-se as primeiras
tentativas que antecederão casos de moradias em altura e entre paredes-meias mais
desenvolvidos ao longo das próximas décadas. Nestes dois primeiros exemplos se
percebe um esforço retórico de arquitetura isolada.
Arquitetos e estúdios correspondentes à década:
Ao mesmo tempo em que MRA se iniciava como profissional, aparecia uma
nova camada de arquitetos modernos, os mais sobressalentes foram: Jorge Ferrari
Hardoy (1914-1977), cuja produção arquitetônica adquiriu particular significação
entre o final de 30 e 40. Entre suas obras, as mais importantes são o Plano Buenos
Aires de Le Corbusier, no qual participou juntamente com Juan Kurchan, o edifício
Eucaliptus realizado juntamente com Juan Kurchan e a poltrona BKF realizada
juntamente com Juan Kurchan e Antonio Bonet; Juan Kurchan (1913-1975), cuja
produção arquitetônica adquiriu particular significação entre o final de 30 e 40. entre
suas obras, as mais importantes são o Plano Buenos Aires de Le Corbusier, no qual
participou juntamente com Jorge Ferrari Hardoy, o edifício Eucaliptus, realizado
-23-
juntamente com Jorge Ferrari Hardoy e a poltrona BKF, feita juntamente com Jorge
Ferrari Hardoy e Antonio Bonet; Antonio Bonet Castellana (1913-1989), cuja produção
arquitetônica adquiriu particular significação entre o final dos anos 30, 40 e 50, entre
suas obras, as mais importantes são o Plano Bonet, o ateliê da rua Suipacha em
Buenos Aires, a hospedaria “La solana del mar” perto de Punta del Este, a casa Oks
em Martínez e o edifício Terrazas Palace em Mar del Plata; Wladimiro Acosta (1900-
1967), cuja produção arquitetônica adquiriu particular significação entre os anos 40 e
50, entre suas obras, as mais importantes são a casa Calp, o edifício de aluguel da
esquina de Tagle e Figueroa Alcorta e o Hogar Obrero; Enrico Tedeschi e Jorge
Vivanco que atuaram entre 40 e 50 juntamente com Eduardo Sacriste na
Universidade de Tucumán e o estúdio Sánchez Elía / Peralta Ramos / Agostini
(SEPRA). Este estúdio desenvolve suas obras principais nos anos 40, 50 e 60, entre
elas o Mercado San Cristobal, os escritórios na esquina de Maipú e Bme. Mitre, a sede
central de SEGBA e a sede do jornal La Nación.
2-1- 4 Reconhecimento e conquista da síntese moderna (1948-1967)
Esta é uma época de partida para MRA, o que, em parte, é devido a seu
prestígio em aumento, mas também a que precisamente nesse momento o país
começava projetos adiados de infra-estrutura, e a uma política de construção de
equipamentos estaduais. Esta enorme demanda de aparelhamento e sedes
institucionais será uma oportunidade aproveitada pelo estúdio, fazendo com que a
década de 50, e parte da de 60, vejam aparecerem os exemplos mais celebrados de
MRA: o edifício de moradias em altura da esquina de Schiafino e Posadas (1957-
1959), o Teatro municipal General San Martín (1953-1960) e sua ampliação posterior
(1960-1970), o projeto ganhador para a sede do Jockey Clube (1963), o Bank of
America (1963-1965), o Belgrano Day School (1964-1966), o edifício em altura de
habitações Panedile I (1964-1969), o projeto ganhador para a Universidade
Tecnológica de La Plata (1967) e a sede administrativa de SOMISA (1966-1977).
Em todos estes exemplos comprovamos um MRA brilhante que consegue
definir, a partir de cada um, caminhos potenciais de aperfeiçoamento, que se
desenvolverão sem dúvida nos casos de Schiafino e Posadas, a sede do Jockey
Clube, o Bank of America, o Panedile I e a Universidade Tecnológica de La Plata . O
Teatro Municipal e o Belgrano Day School respondem a estruturas que serão menos
desenvolvidas, embora os poucos exemplos de desenvolvimentos posteriores sejam
particularmente brilhantes, no caso das séries de Teatros de concentração em altura:
teatro Municipal General San Martín, Ampliação do T.M.G.S.M., Teatro Nacional
Cervantes, Teatro Colón e o projeto para o Teatro Nacional de La Plata. No caso do
Belgrano School, o tema dos blocos ou pavilhões isolados tem o antecedente dos
Laboratórios de Doenças Viróticas do INTA (1965-1967), o Laboratório Tecnológico
de Las Carnes do INTA (1965-1967) e como protótipo potencial de bloco de moradias
em propriedade horizontal o caso da esquina de Conde e Virrey del Pino (1970-1973).
O edifício SOMISA representa um caso tão atípico que não produziu experiências
posteriores.
-24-
Podemos afirmar que na maioria dos casos, exceto o dos pavilhões isolados, a
grande especialidade de MRA reside nas estruturas de concentração em altura.
Inclusive o caso das universidades termina demonstrando esta tendência com o
exemplo da Universidade de Belgrano (1970 projeto inicial em um terreno extenso e
1975 1992 projeto e construção em um terreno do bairro de Belgrano).
Arquitetos e estúdios correspondentes à década:
Durante os anos 50 aparecem novos estúdios e arquitetos, os mais destacados
foram: Amancio Williams (1913-1989), que desenvolve sua obra principal durante os
anos 50, entre suas obras, as mais importantes são: o projeto do Aeroporto em
Buenos Aires e o edifício pendurado de Escritórios; Claudio Caveri e Eduardo Ellis,
desenvolvem sua obra principal durante os anos 50, entre suas obras, as mais
importantes são a Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Martínez e a formação da
corrente arquitetônica chamada de “Casas Brancas”; o estúdio Dabinovic / Gaido /
Rossi / Testa, desenvolve sua obra principal durante os anos 50, entre suas obras, as
mais importantes são o Centro Cívico Santa Rosa em La Pampa e a Câmara
Argentina da Construção; Luís e Alberto Morea, que desenvolve sua obra principal
durante os anos 50, entre suas obras, a mais importante é a Torre localizada na
esquina de Talcahuano e M.T. de Alvear; Pantoff e Fracchia, que desenvolve sua obra
principal durante os anos 50, entre suas obras, a mais importante é a Torre Olivetti
localizada na esquina de Santa Fe e Suipacha; Eduardo Catalano (1917), que
desenvolve sua obra principal durante os anos 50 e 60, entre as obras mais
importantes estão a casa Catalano em Raleigh (EUA) e a Cidade Universitária em
Buenos Aires, projetada juntamente com Eduardo Sacriste, Enrico Tedeschi e Jorge
Vivanco, na Universidade de Tucumán e o estúdio Manteola / Sánchez Gómez /
Santos / Solsona, que começa sua atuação nos anos 50, podendo mencionar como
obra importante dessa época a casa Central de Fate.
Durante os anos 60 surgem mais estúdios e arquitetos, os mais destacados
foram: Francisco García Vázquez, arquiteto encarregado do Novo Código de
edificação durante o começo dos anos 60; Alfredo Casares, cujas obras mais
destacadas são a tribuna do Hipódromo de Palermo e SEPRA e Clorindo Testa, que
fazem o Banco de Londres, Clorindo Testa / Bullrich / Cazzaniga, que fazem a
Biblioteca Nacional; Horacio Baliero / Alicia Cazzaniga / Eduardo Polledo, cuja obra se
realiza entre os anos 60 e 80, da qual, para essa época, podemos mencionar o
Colégio “Nuestra Sra. De Luján” em Madrid e o Cemitério Parque em Mar del Plata;
Sarrailh / Suárez, cuja obra se realiza entre os anos 50 e 70, da qual, para essa
época, podemos mencionar o edifício Municipal para o distrito 3 de Febrero; J.M.
Borthagaray (1928), cuja obra se realiza entre os anos 50 e 80, da qual, para esse
momento, podemos mencionar a Torre Mirabosque e a Escola Della Pena; o estúdio
Llauró / Urgell, cuja obra se realiza entre os anos 50 e 90, da qual, para esse tempo,
podemos mencionar os escritórios Esmeralda 356, o Hospital Regional San Vicente
de Paul em Oran, província de Salta e a Rodoviária de Lujan; o Estúdio Kocourek SRL,
cuja obra principal se realiza entre os anos 60 e 70, da qual, para esse período,
-25-
podemos mencionar o primeiro prêmio para o concurso do conjunto habitacional
e no exterior
do país o arquiteto catalão Helio Piñón Pallares.
Devemos esclarecer que esta valorização de MRA dentro do
Catalinas Sur, a Torre Conurban em Catalinas Norte e o Hotel Internacional Iguaçu; o
estúdio Manteola / Sánchez Gómez / Santos / Solsona / Vignoly, que para os anos 60,
70 e 80 produziu as seguintes obras de importância: o Banco Cidade, o edifício para a
UIA, o conjunto habitacional La Rioja e o estúdio de televisão Argentina Televisora
Color e Clorindo Testa / Lacarra, que para os anos 60 e 70 produziu as seguintes obras
de importância: o Hospital Naval e o edifício de moradias na rua Rodríguez Peña
2043.
2-1-5 Consolidação como referente no contexto argentino (1967 1983)
A turbulência de governos e poderes diferentes não obstrui a realização de
obras, apesar de que em vários casos o governo e o estúdio não mantiveram boas
relações, como é o caso do governo militar e seus projetos para o campeonato
mundial de futebol e as rodovias. O prestígio de MRA é suficiente para manter, com
exemplos concretos, uma liderança à prova de crises em certos temas como bancos,
escritórios e moradias; os quais consolidam um domínio exemplar da concentração
em altura. Os edifícios como a Galeria Jardim e a Bolsa de Comércio mostram a
maneira em que MRA articula a relação pública destes edifícios de concentração em
altura com a rua. O embasamento se torna um espaço variável que em cada caso
variando sua porosidade, resolve o conflito entre a esfera pública e a privada.
MRA representa um raro caso de arquiteto com uma extensa produção e que,
porém, não tentou a experiência acadêmico-universitária. Como Clorindo Testa, e
com a diferença de Sacriste, Wladimiro Acosta, Alfredo Casares, Baliero, Suárez,
Solsona, Borthagaray, Miguel Angel Roca, Baudizzone, Varas, Lestard, Díaz, etc.
MRA expressou sempre um profundo respeito pelo que era acadêmico, mas
também considerou sempre que esse terreno requeria um tempo que ele não estava
em condições de dar, para fazê-lo corretamente:
... não podia conciliar pretender trabalhar na minha profissão, ter
8
que trabalhar e além disso pretender ensinar.
Contudo, MRA é arquiteto Doutor Honoris Causa de várias universidades e deu
inúmeras dissertações e palestras em seus claustros. Talvez esta seja a prova mais
evidente de sua relevância no contexto do país, no qual as universidades lhe
reconhecem mérito mesmo quando sua presença continua nelas acabou quando se
formou em 1936. teóricos que escreveram sobre sua obra e seu pensamento,
entre vários devemos mencionar Marcelo A. Trabucco, Marina Waissman, Alfonso
Corona Martínez, Fernando Diez, Francisco Liernur, Jorge Glusberg, etc,
ambiente
intelectual, da parte de pesquisadores e teóricos, é gradual. Durante os prematuros
-26-
anos 60 era muito pouco o que podia encontrar-se escrito sobre MRA, e à medida que
as décadas se seguiram, os trabalhos escritos sobre MRA foram aumentando; do
mesmo modo que os conhecimentos acadêmicos. Este processo gradual permite
entender que não foi sua produção um caso celebrado pontualmente, ou em função
de alguma conjuntura, e que foi a partir do final da década de 60 que foi
institucionalizada a sua experiência; precisamente no momento no qual começava a
ser terminado o T.M.G.S.M. e ganhava o concurso para o SOMISA. Durante estes
anos compreendidos entre 1967 e 1992, Álvarez produziu edifícios da importância da
Universidade de Belgrano (1975-1992), dois edifícios para moradias em propriedade
horizontal em Figueroa Alcorta 3010 e 3032 (em 1973 e 1981 respectivamente,
flanqueando o edifício de moradias de Wladimiro Acosta), A Galeria Jardim (1974 a
1984, baseada no projeto de 1963 do Jockey Clube), a Bolsa de Comércio (1972 a
1977, excelentemente inserida no barranco do rio sobre a rua Alem), o IBM (1983, que
tem a particularidade de ser o único edifício que respeita a volumetria inicial do plano
desenhado para Catalinas Norte) e o Banco Rio (1983, que resolve uma situação
muito difícil de proximidade com a catedral metropolitana), entre outros. Todos eles
ligados a alguma experiência dos anos 50 ou 60; todos eles exemplos evolutivos de
diferentes estruturas formais.
Arquitetos e estúdios correspondentes à década:
Durante os anos 70 aparecem mais estúdios e arquitetos, os mais
sobressalentes foram: Raña Veloso / Alvarez / Foster, que durante os anos 70 e 80
realizam as seguintes obras destacadas: o Banco Do Brasil e o Banco De Tóquio;
Antonini / Schon / Zemborain em colaboração com Llauró / Urgell que durante os anos
70 realizam as seguintes obras destacadas: o Centro cívico da cidade de San Juan e o
Centro Administrativo Governamental da cidade de Buenos Aires; Estúdio Staff:
Bielus / Goldemberg / Wainstein-krasuk, que durante os anos 70 realizam as
seguintes obras destacas: o conjunto habitacional de Morón e o conjunto habitacional
Soldati; o Estúdio Staff: Bielus / Goldenberg / Wainstein-krasuk com Antonini / Schon /
Zemborain e Aldecoa y Puente, que durante os anos 70 realizam a seguinte obra
destacada: o conjunto Vila Mineira em Río Turbio; o Estúdio Staff: Bielus / Goldenbeg /
Wainstein-krasuk, que durante os anos 70 realizam a seguinte obra destacada: o
conjunto habitacional Formosa; Baudizzone / Erbin / Lestard / Varas, que durante os
anos 70 realizam as seguintes obras destacadas: o concurso Auditório da Cidade de
Buenos Aires e a Faculdade de Ciências Exatas (UNLP); Baudizzone / Erbin / Lestard
/ Varas / Díaz, que durante os anos 70 realizam as seguintes obras destacadas: o
edifício Estuario, o edifício da esquina de Salguero e Cabello, o edifício na esquina de
Maipú e Cabello, a casa em Ing. Maschwitz e o Bairro Centenario; o estúdio Aftalión /
Bischof / Egozcue / Vidal, que durante os anos 70 realizam as seguintes obras
destacadas: o Hospital Nacional de Pediatria, conjunto habitacional em Usuahia e o
edifício da esquina de Entre Ríos e Alsina; José Ignacio Díaz, que durante os anos 60
e 70 realiza as seguintes obras destacadas na cidade de Córdoba: o edifício Paseo I e
Paseo II, o Florida VI e o Florida VII e o Panorama I e Panorama II; Miguel Ángel Roca,
-27-
que durante os anos 70 e 80 realiza as seguintes obras destacadas: a praça de Armas
em Córdoba, várias ruas pedestres e praças em Córdoba e o Banco da Província de
Córdoba em Bs. As.; Agrest / Gandelsonas, que durante os anos 70 e 80 realizam as
seguintes obras destacadas: o edifício Medrano 172 e o edifício Puertas; e Mario
Linder, que durante os anos 70 e 80 realiza as seguintes obras destacadas: o edifício
Directorio Durante os anos 70 e 80 realiza as seguintes obras destacadas: o edifício
Directorio 2270 e o centro universitário de General Pico.
2-1-6 A rota do perfectível (1983 até hoje)
O último trecho de MRA não apresenta giros de 90º, assunto estranho demais
no contexto de uma comunidade arquitetônica tão impactada pelas giros extremos da
arquitetura no concerto internacional. MRA prescinde inteiramente das diferenças
que nosso presente apresenta. Esta atitude, discutível, é também muito valiosa
porque, embora se apóie em uma inércia de conservação, é também uma garantia de
qualidade e superação perante as imagens rápidas e sem elaboração, que resultam
freqüentemente das arquiteturas que carecem de continuidade. Mais pessoais ou
não, mais expressivas ou serenas, mais uma coisa ou outra, finalmente o que importa
na produção de objetos é a profundidade do desenho, a qualidade que faz com que a
experiência seja acreditável. Portanto é óbvio que o estúdio mantém a tendência da
década anterior, porém é inovadora uma mudança quantitativa que se dá,
impulsionada pela nova realidade econômica que faz com que o estúdio se concentre
em um número menor de obras, que se caracterizam por ter uns 60.000 metros
quadrados, extensão consideravelmente maior do que nas anteriores. Os últimos
exemplos destas décadas mostram o caráter radical reiterado de suas propostas de
blocos isolados, que não têm a mesma riqueza de articulação com o urbano. Talvez
isto seja devido a que a cidade dual impõe a Álvarez uma estratégia final de
modernidade desejada por seus clientes e adequada para o controle de seus espaços
privados.
Ao finalizar a década, a crise detém este ritmo de produção, evidenciando que
o cenário de poder que os arquitetos possuíam algumas décadas atrás diminuiu. O
estúdio mantém ainda obras importantes, contudo a crise não ajuda, e o estúdio
começa uma experiência de apresentações de sucesso em concursos fora de seus
terrenos habituais, em cidades de província e em outros países.
Arquitetos e estúdios correspondentes à década:
Durante os anos 80 surgem mais estúdios e arquitetos, os mais sobressalentes
foram: Dujovne / Hirsch, que durante os anos 80 realizam as seguintes obras
destacadas: o edifício para anciãos da AMIV, o conjunto habitacional Albarelos e o
edifício de apartamentos Salguero 2450; Clorindo Testa / Fontana, que durante os
anos 80 e 90 realizam as seguintes obras destacadas: o Shoping Buenos Aires
Design Center e o Colégio de Escrivãos; Manteola / Sánchez Gómez / Santos /
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Solsona / Salaberry, que durante os anos 80 realizam as seguintes obras destacadas:
o edifício CASFPI e o Prourban; Antonini / Schon / Zemborain com Estúdio Kocourek,
Raña Veloso / Alvarez / Foster e SEPRA, que durante os anos 80 realizam as
seguintes obras destacadas: escolas primárias da Prefeitura de Buenos Aires;
Antonini / Schon / Zemborain, que durante os anos 80 realizam as seguintes obras
destacadas: o conjunto habitacional Belgrano, o estádio de Mar del Plata e o Centro
Cultural e Esportivo Municipal Parque Chacabuco; o estúdio Staff: Bielus /
Goldemberg / Wainstein-krasuk juntamente com Aftalión / Bischof / Egozcue / Vidal
que durante os anos 80 realizam a seguinte obra destacada: Mercado Nacional de
Hacienda de Buenos Aires; Serra / Valera, que durante os anos 80 realizam as
seguintes obras destacadas: a praça Garicoits, a praça Lonardi, a praça Ramón
Falcón, a praça Olleros, a praça Cidade de Udine e a praça Houssay; Serra / Valera
com Petrucci, que durante os anos 80 realizam a seguinte obra destacada: Rodoviária
de Buenos Aires; Bares / García / Germani / Rubio / Sbarra / Ucar, que durante os anos
80 realizam a seguinte obra destacada: Teatro Argentino de La Plata; Lier / Tonconogy
/ Pulice, que durante os anos 70 e 80 realizam as seguintes obras destacadas: casa
em Pilar e edifício da esquina de Libertador e Ocampo; Pasinato / Soler /Viarenghi,
que durante os anos 70 e 80 realizam as seguintes obras destacadas: projeto da
cidade de Federación e pátios de recreação municipais em ambos os lados da rodovia
25 de Mayo; Puppo, que durante os anos 80 realiza as seguintes obras destacadas:
casa Acevedo 1955 e casa Punta Ballenas; Kliczkowski / Minond / Natanson / Nevani /
Sztulwark / Rojkind, que durante os anos 80 realizam a seguinte obra destacada:
Centro Nacional de Adequação Especial e Robirosa / Beccar Varela, que durante os
anos 80 realizam as seguintes obras destacadas: espaço semipúblico Esmeralda 116
e edifício Guido 1521.
Uma grande parte da informação que acaba de ser exposta pode ser
comparada no tempo e com relação a variáveis histórico-políticas, econômicas,
urbanas e culturais nas Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6 contidas no Apêndice.
2-2 Análise de textos escritos sobre MRA
Em geral, MRA não é um arquiteto caracterizado por ter se preocupado em
estabelecer uma cuidadosa correlação entre atualizações teóricas e sua obra
arquitetônica; em parte, porque ele não é um arquiteto teórico e, em parte, porque sua
obra tendeu sempre a manter-se dentro de trilhos conceptuais que MRA havia
estabelecido no começo de sua carreira. É por esse motivo que apenas uns poucos
arquitetos movidos por interesses genuínos levaram adiante a decisão de construir
um acréscimo teórico de valor sobre a obra construída e/ou projetada do arquiteto.
Isto se torna evidente ao confirmar-se que MRA não fez um esforço muito grande em
conseguir cronistas teóricos de sua obra. Em todos estes textos os autores
começaram o trabalho sabendo que existia um desafio implícito: conseguir avançar
mais sobre os axiomas expressados por MRA. É por esta razão que todos eles
demonstraram em seus escritos que a análise crítica da obra arquitetônica era
-29-
fundamental. Esta circunstância demonstra a importância que talvez haja tido para
eles e, sem dúvida, para o presente trabalho, a concepção da construção da reflexão
a partir da extração de conhecimento da obra arquitetônica. Com este modo de
conhecer, e portanto uma espécie de metodologia não tão exata mas efetiva, decidi
levar adiante a análise de cada texto, com o objetivo de extrair alguns conhecimentos
desenvolvidos por estes autores que pudessem servir, em parte, como plataforma de
partida do trabalho.
2-2-1 Critérios de seleção
Os textos que foram analisados se correspondem com livros inteiramente
dedicados a análise da obra de MRA, livros que analisam MRA, além de outros
arquitetos e artigos de revista destinados a MRA. Nesta categoria são enquadrados
como livros inteiramente dedicados à análise da obra de MRA: o texto editado pelo
Instituto de Arte Americana da Universidade de Buenos Aires em 1965, cujo autor é
Marcelo A. Trabucco e o título é “Mario Roberto Álvarez” e o texto editado pela
Universidade Politécnica de Catalunya em 2002, cujo autor é Helio Piñón Pallares e o
título é “Mario Roberto Álvarez e Associados”. Na categoria de textos que analisam
MRA, além de outros arquitetos, será analisado o texto incluído no livro “Arq. Mario
Roberto Álvarez e Associados, Obras 1937 1993” no qual, no capítulo Notas sobre o
arquiteto Mario Roberto Álvarez, é reproduzido, da página 29 a 34, um artigo de
Marina Waisman titulado “Mario Roberto Álvarez ou a arte de ser simples em um
mundo complicado”. Dentro da infinidade de artigos de revistas, selecionou-se
apenas um, por sua particular atipicidade com respeito ao enfoque analítico MRA, que
apareceu na Revista Summa 64, escrito por Alfonso Corona Martínez com o titulo
“Recomposição da torre de Microsoft, um fato prático da modernidade avançada”.
2-2-2 1966 “Mario Roberto Álvarez” de Marcelo A. Trabucco
Este texto deve ser considerado como texto pioneiro, já que sai no momento
em que MRA começava a plasmar suas melhores obras. Os dados do livro se
correspondem com a realidade do momento em que foi editado, a que para aquele
momento consistia em uma obra de MRA apenas concretizando-se, e com muitos
edifícios que ainda faltavam. Pensemos, por um momento no fato que o SOMISA
apenas figura como desenho de anteprojeto, como o Panedile. Ao mesmo tempo, o
autor formava parte de um grupo homogêneo de arquitetos professores que,
próximos do final da década de 50 e início de 60, mal começavam a definir-se como
professores nas áreas do ensino que para aquele momento precisavam de uma forte
reestruturação, história e arquitetura, pensamento teórico, comunicação, etc. O livro é
editado no famoso IAA (Instituto de Arte Americana e Investigações Estéticas),
dirigido naquela época por Mario J. Buschiazzo e que agrupava, dentro destas
edições de arquitetura contemporâneas, vários trabalhos sobre arquitetos
-30-
importantes para o patrimônio cultural latino-americano.
A estrutura do livro está definida por um Prólogo, duas obras cuidadosamente
analisadas, um Epílogo e uma documentação das obras mais importantes
desenvolvidas pelo estúdio até esse momento. O prólogo tem a particularidade de
abordar três aspectos ordenados de maneira conseqüente: primeiro compara dois
artigos de revistas referidos à primeira obra de MRA, o Hospital da Corporação Médica
de San Martín, os que apareceram simultaneamente no final de 30 e evidenciam o
conservadorismo existente no país nesse momento; segundo realiza uma crítica
mínima desse edifício e terceiro, e a parte principal, apresenta uma estrutura analítica
dos aspectos que intervêm no projeto de arquitetura. Este terceira parte é a que
representa o aporte fundamental do autor. Trabalhar desenvolvendo uma análise
crítica da obra de MRA a partir de uma estrutura abarcadora e sistemática de
aspectos-chave que intervêm no projeto arquitetônico.
2-2-3 1993 “Mario Roberto Álvarez ou a arte de ser simples em um
mundo complicado” de Marina Waisman
Para Marina Waisman o aspecto mais importante da obra de MRA é o bônus
intelectual que lhe permite levar adiante uma obra coerente, sistemática e flexível a
mudanças motivadas por entornos, tecnologias e formas de vida. Esse bônus
intelectual, um atributo exclusivamente arquitetônico, não deve ser confundido nem
com a inspiração, nem com o esforço. É definitivamente a questão do racionalismo
bem entendido, ou seja, como estrutura mental capaz de esclarecer, sintetizar, tornar
eficiente, etc.
A questão, que fica clara com esta exposição de Marina Waisman, é que
finalmente uma estrutura pensante de natureza necessariamente racional; além de
credos, éticas de trabalho e esforços... é o que permite levar adiante a construção de
uma obra extensa, de caráter pessoal e carregada de coerência.
Para levar adiante a crítica, Waisman se concentra no valor decisivo de quatro
aspectos: a noção de elemento na arquitetura, o valor expressivo dos elementos, a
importância da cidade e os aspectos tipológicos.
2-2-4 2002 “Mario Roberto Álvarez” de Helio Piñón Pallares
Resultado de um primeiro contato com a obra de MRA: para Piñón se confirma
a existência de mais um arquiteto de aqueles que fazem parte desse conjunto de
arquitetos modernos formados ou autoformados a posteriori dos mestres, cuja
capacidade como projetistas e realizadores de obra lhes permitiu desenvolver um
episódio mais elaborado e variável das conseqüências que o projeto moderno permite
alcançar. De algum modo essa capacidade de MRA para abeberar-se em
experiências tão dispares como as de Perret, Gropius, Mies Van der Rohe, Le
Corbusier e outros, consolida a tese de Piñón, na qual a concepção moderna atua
-31-
como uma estrutura aberta de projeto, que é capaz de transmitir-se de maneira
reconhecível graças à existência do julgamento estético, que se sustenta em leis
universais que fazem comunicável a interpretação subjetiva do artista.
A estrutura do livro descreve essa primeira experiência de aproximação à obra
de MRA. Nela Piñón traça os lineamentos fundamentais de sua hipótese e os apóia
nessa experiência singular, in situ, que protagoniza em Buenos Aires. O que se segue
é uma série de entrevistas selecionadas pelo autor, que permitem ler, nas entrelinhas,
o fundamental. Basicamente a reivindicação em escala dupla, mundial com respeito
ao valor do moderno, e local com respeito a MRA e seu contexto argentino; do aporte
de uma arquitetura excelente.
Piñón realiza uma emenda do argumento empregado pelo próprio MRA para
explicar sua obra. Essa emenda surge de uma atitude coincidente com o pensamento
9
crítico de Alan Colqhoun , que basicamente se sustenta no chamado de atenção
sobre a importância do projeto e do que foi construído, capazes ambas questões de
reivindicar idéias ou critérios não mencionados no discurso falado, e em particular nos
axiomas teóricos dos autores, neste caso MRA.
2-2-5 2004 “Recomposição da torre de Microsoft, um fato prático da
modernidade avançada” de Alfonso Corona Martínez
Alfonso Corona Martínez nos demonstra que MRA conhece e é capaz de
empregar critérios de origem compositiva clássica, como o eixo de composição
central. Este caso no qual MRA decide incorporar arquitetura de origem compositiva
clássica, não é único. Existem pelo menos três edifícios nos quais emprega também o
eixo central com remates laterais. Estes são: o Panedile I (Libertador 3754), o edifício
de moradias na Avenida Alvear 1491 e o edifício de moradias em Libertador 4444.
2-3 Bibliografia
1 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Anexo 1: Entrevista com Mario Roberto Álvarez 1986 p. 281
Edição UPC. Barcelona 2002
2 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Fragmentos de um diálogo. p. 13.
Edição UPC. Barcelona. 2002
-32-
3 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Anexo 1: Entrevista com Mario Roberto Álvarez.1986. p. 280.
Edição UPC. Barcelona. 2002
4 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Anexo 2: Entrevista com Mario Roberto Álvarez.1989. p. 293.
Edição UPC. Barcelona. 2002
5 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Fragmentos de um diálogo. p. 25.
Edição UPC. Barcelona. 2002
6 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Anexo 2: Entrevista com Mario Roberto Álvarez.1989. p. 291.
Edição UPC. Barcelona. 2002
7 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Anexo 1: Entrevista com Mario Roberto Álvarez.1986. p. 275.
Edição UPC. Barcelona. 2002
8 PALLARES PIÑON, Helio. Mario Roberto Álvarez e Associados.
Cap. Fragmentos de um diálogo. p. 18.
Edición UPC. Barcelona. 2002
9 COLQUHOUN, Alan. Arquitetura Moderna e mudança histórica
Editorial Gustavo Gili.Barcelona. 1978
-33-
Fontes gerais do capítulo:
LIERNUR, Francisco. Arquitetura do século XX na Argentina.
Editorial Fondo Nacional de Las Artes. Buenos Aires. 2001
GLUSBERG, Jorge. Breve história da Arquitetura Argentina, Tomo I e Tomo II. Editorial
Claridad S.A. Buenos Aires. 1991
HISTÓRIA DO PAÍS: MANTENDO VIVA A MEMÓRIA DA REPÚBLICA ARGENTINA.
Disponível em <http://www.historiadelpais.com.ar>, foi acessada em 5 de março de
2006.
-34-
CAPITULO 3
3-1 Critérios de seleção das obras de MRA para analisar:
3-1-1 Objetivos perseguidos com a seleção de certas obras:
Em correspondência com os objetivos apresentados no começo do trabalho,
decidiu-se selecionar obras que permitam verificar como MRA foi trasladando seus
ideais modernos a um terreno urbano existente, cujo tecido, forma de vida e
identidade pressionaram no desenvolvimento de sua obra. Existem três tipos de
edifícios: alguns poucos se ajustam bem estritamente a regras modernas ideais, a
maioria trabalha com algum tipo de ambigüidade entre pré-existências urbanas, como
o parcelamento, as codificações, as tipologias aceitas pela sociedade, etc.; e ideais
modernos como a torre isolada, a torre com embasamento e os prismas agrupados; e
alguns poucos chegam a propor verdadeiros híbridos, nos quais a questão tipológica
é instável. Os três casos foram considerados levando adiante uma seleção de 24
edifícios capazes de examinar, de maneira exaustiva, estas três condições. A estes 24
casos é associado um número bem grande de outros edifícios que serão
mencionados, e em algum caso citado com mais detalhe, em função da explicação de
alguma questão que assim o requerer.
Os casos foram selecionados com o objetivo de que exponham uma gama
muito ampla de diferentes interpretações de três estruturas formais: um volume
vertical, um ou mais volumes verticais sobre uma base e um conjunto de dois ou três
prismas agrupados. Estas três estruturas formais são as que, de maneira literal,
ambígua ou retórica, darão sentido ao edifício. Os fatores presentes na Quaterna,
problemas de lugar, atividade e materialidade, serão aspectos decisivos e, ao mesmo
tempo, superáveis pelo controle hierárquico da estrutura formal.
Os 24 casos, todos eles inseridos na cidade de Buenos Aires, deverão ser
capazes de apresentar um panorama explicativo da experiência de MRA nesta
cidade, seu domínio do contexto e as contribuições, que como arquitetura de peso
patrimonial, geraram com respeito ao entorno urbano em que foram implantados.
Os 24 casos se apoiarão em uma representação suficientemente extensa para
apresentar cada obra em sua situação urbana, em alguns interiores representativos,
com os meios de projeto básicos para ter uma idéia completa do edifício e com alguns
desenhos de definição variável desenvolvidos pelo estúdio. Procura-se dar um
panorama claro de cada obra e detectar as representações que mostrem com maior
clareza os aspectos da Estrutura Formal, sua Concepção, sua Consistência, seu
Sentido, sua Identidade e sua Qualidade.
3-1-2 Critérios empregados:
A partir de um estudo cuidadoso de documentação de toda a obra de MRA na
cidade, baseado em tabelas de localização urbana, lâminas de documentação
-35-
EDIFICIO ENTRE
MEDIANERAS
CON PATIO DE
AIRE Y LUZ
EDIFICIO
ESQUINA
OCUPACIÓN
COMPLETA
EDIFICIO
ESQUINA
CON PATIO
AIRE Y LUZ
EDIFICIO
EN “U”
CON PATIO
DE HONOR
Y FONDO
EDIFICIO DE
OCUPACIÓN
COMPLETA
EDIFICIO
DE
CUERPOS
SEPARADOS
POR PATIOS
ESTRUCTURA
DE UN VOLUMEN
EXCENTO SOBRE
UNA BASE
ESTRUCTURA
DE UN
VOLUMEN
EXCENTO
ESTRUCTURA
EN
“U”
ESTRUCTURA
DE DOS O MAS
PRISMAS
EXCENTOS
ESTRUCTURA
EN
“L”
ESTRUCTURA
DE UN VOLUMEN
EXCENTO SOBRE
UNA BASE
ESTRUCTURA
DE UN
VOLUMEN
EXCENTO
ESTRUCTURA
EN
“U”
ESTRUCTURA
DE DOS O MAS
PRISMAS
EXCENTOS
ESTRUCTURA
EN
TIRA
EXCENTA
ESTRUCTURA
EN
TIRA
EXCENTA
EDIFICIO
EXCENTO
ENTRE
MEDIANERAS
EDIFICIO
DE TORRE
CON
BASAMENTO
ESTRUCTURA
INEXISTENTE
PERO
SIMBOLIZADA
ESTRUCTURA
AMBIGUA
MUY
SIMBOLIZADA
ESTRUCTURA
EXISTENTE
DE LECTURA
LITERAL
ESTRUCTURA
INEXISTENTE
PERO
SIMBOLIZADA
ESTRUCTURA
AMBIGUA
MUY
SIMBOLIZADA
ESTRUCTURA
EXISTENTE
DE LECTURA
LITERAL
E
S
T
R
U
C
T
U
R
A
T I P O L O G I A DE O CUP A CI O N DE L O T E
V
I
S
T
A
P
L
A
N
T
A
ESTRUCTURA
EN
“L”
fotográfica e de projeto de cada caso, chegou-se à decisão de selecionar, dentre 189
casos documentados, 24 casos que concordam com a seguinte ordem de prioridades:
1) Que independentemente de ser ou não o primeiro, esteja resolvido com um
alto nível de qualidade.
2) Que mostre um caminho diferente do habitual, que permita avaliar as
margens de variabilidade da proposta de MRA.
Os casos foram selecionados também com a intenção de abranger várias
áreas temáticas, isto permitiu verificar como se relacionam as estruturas formais com
temas diferenciados. Deu-se prioridade aos casos que desenvolveram a
concentração de usos em altura, que esta é a tendência dominante da cidade, neste
tipo de equipamentos durante os últimos 60 anos. Não foi ingressado nenhum caso
que estivesse localizado fora da Capital Federal, que apenas nela é possível tomar
contato com um processo de transformação contínua, baseado em regras urbanas
que se mantêm constantes desde a origem: o quarteirão e o lote, o conceito de rua, a
estrutura do bairro e a dinâmica de densificação vertical.
3-1-3 Esquema geral dos casos escolhidos, tipos de lote em que
estão situados, tipo de ocupação do lote e estruturas formais
empregadas.
Lâmina 1: Casos de estrutura formal e de tipologias de ocupação do lote.
-36-
1 9 4 0 1 9 5 0
1 9 8 01 9 6 0 1 9 7 0 1 9 9 0
20001 9 3 0
OFICINAS
CONSTRUIDA
PROYECTO
Foram levadas em conta as seguintes variáveis:
Lote: Por ser um fator decisivo com relação às possibilidades do edifício, que
estabelece distâncias máximas; e que se corresponde com uma codificação
específica.
Forma de ocupação do lote: Por ser esta uma resultante de aspectos legais e
culturais que ligam as propostas a tipos de ocupação existentes e aceitos, ou não,
pela sociedade.
Estrutura Formal: É a realidade geométrico espacial que organiza o edifício.
Nas arquiteturas urbanas, nem sempre se apresenta em seu estado puro.
Levando em conta estas três questões, e tentando manter uma ordem
sincrônica na organização dos casos, foi construída uma sucessão que pretende
encontrar um sentido acumulativo do aperfeiçoamento e variabilidade das obras de
MRA ao longo dos anos. Detectaram-se casos às vezes mais claramente próximos
destas regras, e outras, bem menos próximos e com hibridações diversas.
3-1-4 Lista de Obras consideradas:
Lâmina 2: Escritórios construídos e projetados
(1960) BANCO POPULAR ARGENTINO / CASA CENTRAL / rua Florida esquina Sarmiento
(1961) BOLSA DE CEREAIS. / Avda. Corrientes 119
(1965) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR / rua Carlos Pellegrini 313
(1965) BANK OF AMERICA / CASA CENTRAL /esquina das ruas Perón e San Martín
(1966) 1 PRÊMIO EDIFÍCIO S.O.M.I.S.A. / esquina de Diagonal Sur e Avda. Belgrano
(1972) EDIFÍCIO FINANFOR /esquina de Esmeralda e Viamonte
(1972) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR /esquina de Viamonte e Libertad
(1977) BOLSA DE COMÉRCIO DE Bs. As. / Avenida 25 de Mayo 347
(1978) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS /rua L. N. Alem entre Charcas e Paraguay
(1978) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR / rua San Martín 130
(1980) EDIFÍCIO CHACOFI / Avda. Leandro N. Alem 538 / 25 de Mayo 535
(1983) EDIFÍCIO IBM / Passagem della Paolera 275 / Catalinas Norte
(1983) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR / rua Chacabuco 271
(1983) BANCO RIO DE LA PLATA / esquina das ruas San Martín e Bartolomé Mitre
(1987) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR / rua Tucumán 744
(1987) EDIFÍCIO AMERICAN EXPRESS /ruas Maipú e Arenales
(1991) Projeto EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR / esquina de Alem e Córdoba
(1996) Edif. INTERCONTINENTAL PLAZA / esquina de Tacuarí e Moreno
(2000) EDIFÍCIO MICROSOFT / ruas Viamonte e Bouchard
(2001) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS PARTICULAR /rua San Martín 344
(2002) TORRE GALICIA CENTRAL / esquina de Perón e Reconquista
-37-
Lote: Por ser um fator decisivo com relação às possibilidades do edifício, que
estabelece distâncias máximas; e que se corresponde com uma codificação
específica.
Escritórios selecionados:
(1960) BANCO POPULAR ARGENTINO / CASA CENTRAL / esquina das ruas Florida
e Sarmiento:
Este banco foi selecionado por ser o primeiro exemplo de temática bancária em
Capital Federal. Servirá de antecedente para vários bancos e escritórios posteriores,
cuja localização de lote pequeno de esquina permitiu a MRA, ao mesmo tempo,
ocupar plenamente o lote, praticar uma retórica de torre isolada na distribuição, no
manejo da estrutura e nas duas fachadas do edifício. O Banco Popular é também
antecedente dos próximos casos no desenvolvimento de espaços diferenciados em
altura e sua correspondente contribuição à identidade da estrutura formal de prisma
vertical.
(1965) BANK OF AMERICA / CASA CENTRAL / esquina de Perón e San Martín
O Bank of America representa uma experiência similar ao caso anterior, porém
orientada pela primeira vez a uma estrutura formal de torre e embasamento. Esta
estrutura teria sido plena, se não fosse pelas limitações do lote pequeno, o qual, para
ser eficiente em seu uso métrico, impus uma ocupação sem recuo das peredes-
meias.
(1966) 1 PRÊMIO EDIFÍCIO S.O.M.I.S.A. /esquina de Diagonal Sur e Avda. Belgrano
O caso do SOMISA representa dois aspectos simultâneos: um edifício atípico
na produção de MRA e uma experiência de projeto carregada de um desenho não
usual, que infelizmente ficará truncada dentro das experiências posteriores de MRA.
(1977) BOLSA DE COMÉRCIO DE BUENOS AIRES. / rua 25 de Mayo 347
O edifício da Bolsa de Comércio é uma ampliação da estrutura de torre com
embasamento, que marca um elo importante de sensibilidade de inserção da referida
estrutura no entorno urbano. O lote atravessa o quarteirão, cruzando-o de rua a rua,
propriedade que é utilizada para caracterizar e definir funcionalmente dois espaços
urbanos muito diferentes.
(1983) EDIFÍCIO IBM / Passagem della Paolera 275 / Catalinas Norte
O IBM, situado em um setor de Catalinas Norte, funciona como um exemplo de
estrutura de torre com embasamento em “estado puro”. São esses casos de edifícios,
-38-
nos quais MRA conseguiu encontrar a oportunidade de fazer coincidir seus ideais
mais modernos com a realidade urbana existente no lugar.
(1983) BANCO RIO DE LA PLATA /esquina de San Martín e Bartolomé Mitre
O Banco Río é novamente um caso de ocupação de lote de esquina pequeno,
porém tem a particularidade de usar a parede-meia sobre a qual se encosta a catedral
metropolitana como uma espécie de pano de fundo abrangente da mesma. Além
disso, é o edifício de MRA com a retórica de torre melhor conseguida.
(1987) EDIFÍCIO AMERICAN EXPRESS / esquina das ruas Maipú e Arenales
O AMEX se apresenta novamente como um prisma alongado e pouco alto, que
se materializa da mesma maneira que suas torres. É literalmente uma ocupação em L,
que se expressa como prisma isolado decomposto em dois blocos. É surpreendente
que em um lote de tal magnitude, que tivesse permitido um delineamento isolado,
tenha se decidido trabalhar com alguns dos tipos de ocupação de lote mais velhos e
tradicionais da cidade.
Os seguintes diagramas representam a seqüência tipológica de seus edifícios
de escritórios, ordenados de acordo com as seguintes regras:
O primeiro diagrama em planta ilustra em branco o tipo de lote no qual se acha
cada caso e em preto os lotes vizinhos. Detectaram-se ocupações correspondentes
ao parcelamento habitual do quarteirão de Buenos Aires; basicamente em esquina e
em lotes na quadra. Identificaram-se também alguns poucos casos de lotes atípicos
correspondentes à agregações de lotes típicos e loteamentos de intervenções
urbanas, que geraram blocos com subdivisões excepcionais para Buenos Aires.
O segundo diagrama, também em planta, ilustra a ocupação do edifício no lote
que o contém. É uma conseqüência direta de aspectos que provêm das propriedades
do lote: extensão, frente urbana, largura/s e profundidade/s; dos regulamentos de
edificação existentes no momento do projeto e das exigências do programa.
Detectou-se em geral um alto grau de ocupação do terreno, Fator de Ocupação do
Solo (FOS) tendente a 1, e alguns casos nos quais se desenvolveram ocupações com
FOS menor, em geral isolados.
O terceiro diagrama, em corte e plantas ideais, ilustra a estrutura formal.
Detectaram-se, para o caso de escritórios, três colunas que separam vinte situações
diferentes: a dos edifícios entre paredes-meias que simbolizam a imagem de uma
torre isolada, a das torres isoladas propriamente ditas e as variantes de torre com
embasamento.
Para os casos selecionados foi utilizado negrito e para os casos descartados
se utilizou letra cursiva.
-39-
BANCO POPULAR ARGENTINO
(1960) CASA CENTRAL
Florida y Sarmiento
BANCO RIO DE LA PLATA
(1983)CASA CENTRAL
San Martìn y Bartolomè Mitre
Eif. INTERCONTINENTAL
PLAZA (1996)
Tacuarì y Moreno
EDIFICIO MICROSOFT (2000)
Viamonte y Bouchard
BANK OF AMERICA (1965)
CASA CENTRAL
Peròn Esq. San Martin
EDIFICIO FINANFOR (1972)
Esmeralda Esq. Viamonte
EDIFICIO CHACOFI. (1980)
Avda. Leandro N. Alem 538 /
25 de Mayo 535
EDIFICIO IBM (1983)
Pasaje della Paolera 275
Catalinas Norte
Tucumàn 744 (1987)
EDIFICIO
CHACABUCO 271 (1983)
SAN MARTIN 130 (1978)
TORRE GALICIA
CENTRAL (2002)
Perón Esq. Reconquista
Leandro N. Alem entre Charcas
y Paraguay (1978)
BOLSA DE COMERCIO
DE Bs. As. (1977)
25 de Mayo 347
Viamonte Esq. Libertad (1972)
EDIFICIO AMERICAN
EXPRESS (1987)
Maipù Esq. Arenales
Carlos Pellegrini 313 (1965)
BOLSA DE CEREALES. (1961)
Avda. Corrientes 119
Proy. Alem y Córdoba (1991)
Proy. COCNCURSO 1 PREMIO
EDIFICIO S.O.M.I.S.A. (1966 )
Diagonal Sur y Avda. Belgrano
Lâmina 3: Escritórios, lote urbano e tipo de ocupação
-40-
VIV. COLECTIVA
1 9 3 0 1 9 4 0 1 9 5 0
1 9 8 01 9 6 0 1 9 7 0 1 9 9 0
2000
CONSTRUIDA
PROYECTO
Para os casos selecionados foi utilizado negrito e para os casos descartados
se utilizou letra cursiva.
Lâmina 4: Habitação coletiva construída e projetada
(1941) rua Hortiguera 20
(1950) rua San José 1121/35
(1950) rua Humberto I 1645
(1950) rua Yapeyú 93
(1951) rua Alsina 3265
(1951) rua Combate de los Pozos 825
(1955) rua Parera 65/69
(1959) rua Yapeyú 27
(1959) esquina das ruasYapeyú e Rivadavia
(1959) rua Parral 76
(1959) esquina de Schiafino e Posadas
(1964) esquina de Virrey Loreto e Arribeños
(1966) PANEDILE I Avda. Libertador 3754
(1966) esquina de Paraguay e Talcahuano
(1967) esquina de Acoyte e Neuquén
(1967) rua Arenales 3746
(1967) esquina das avenidas Corrientes 1769/81 e Callao 441/45
(1968) C.O.V.I.D.A.
(1968) Avda. Libertador 2325
(1973) Avda. Libertador e Basavilbaso
(1973) EDIFÍCIO LIBERTADOR PLAZA / Avenida Libertador 2140
(1973) rua Paraguay 2570
(1973) esquina de Conde e Virrey del Pino
(1973/1981) Avda. Presidente Figueroa / Alcorta 30310 / 3032
(1981) rua Talcahuano 1272
(1982/87) SAN MARTIN DE TOURS I Y II /Avda. Libertador 2423
(1982) esquina de Las Heras e Rodríguez Peña
(1983) esquina de Santa Fe e Gallo
(1984) esquina de Gelly e Obes 2243
(1984) esquina de Avda. Las Heras e Billinghurst
(1984) esquina de Avda. Libertador e Buschiazzo
(1986) esquina de Cnel. Díaz e French
(1987) esquina de Alvear e Parera 65/69
(1991) EDIFÍCIO ART TOWER / rua Coronel Díaz 2142
(1995) Avda. Libertador 4444
(1995) TORRE LE PARC ruas De María, Fray Justo Santa María de Oro, Cerviño e Godoy Cruz
-41-
Habitações coletivas selecionadas
(1955) Rua Parera 65/69
A tríade de edifícios de habitação entre paredes-meias, de lote estreito entre
paredes-meias e de esquina, das ruas Parera, Posadas esquina Schiafino e Arenales,
representa a culminância de uma experiência de propriedade horizontal baseada em
tipos tradicionais que simbolizam a torre. Provavelmente o caso da Parera
represente, destes três, a alternativa mais atípica, com um pátio muito pequeno em
seu interior e uma frente e um fundo, que resolve a colocação de quatro unidades por
andar na planta tipo.
(1959) Esquina das ruas Schiafino e Posadas
A tríade de edifícios de habitação entre paredes-meias, de lote estreito entre
paredes-meias e de esquina, das ruas Parera, Posadas esquina Schiafino e Arenales,
representa a culminância de uma experiência de propriedade horizontal baseada em
tipos tradicionais que simbolizam a torre. Provavelmente o caso da esquina da
Posadas e Schiafino, ainda que em sua ocupação do lote não contribua muito
tipologicamente, com respeito à solução espacial de todo o edifício, de fora assim
como por dentro; é o caso melhor conseguido.
(1966) PANEDILE I Avenida Libertador 3754
O Panedile é um protótipo de edifício de habitação em altura, que combina a
torre com a edificação em altura encostada sobre uma parede-meia. É a recriação
espacial da tipologia de ocupação em U, derivada da experiência francesa do hotel
particular parisiense, re-interpretada em Buenos Aires. Esta estrutura será
empregada em mais três casos.
(1967) Rua Arenales 3746
A tríade de edifícios de habitação entre paredes-meias, de lote estreito entre
paredes-meias e de esquina, das ruas Parera, Posadas esquina Schiafino e Arenales,
representa a culminância de uma experiência de propriedade horizontal baseada em
tipos tradicionais que simbolizam a torre. Talvez o caso da Arenales seja o mais típico.
(1973/1981) Avda. Presidente Figueroa Alcorta 30310 / 3032
MRA enfrentou neste caso o difícil trabalho de projetar, em diferentes
momentos, os dois edifícios que flanqueiam o edifício de habitação em altura de
Wladimiro Acosta. Ambos os edifícios são tipologicamente prédios entre paredes-
meias com pátio de serviço e ventilação sobre as duas frentes, que este lote lhe
Permite; porém a recriação externa e dos espaços abertos do lote sobre a Figueroa
-42-
Alcorta se assemelha muito à experiência Panedile.
(1987) Esquina das ruas Alvear e Parera 65/69
Neste edifício, volta-se a praticar a estrutura formal do Panedile, porém por
razões da estreiteza do lote, apenas tem um edifício encostado sobre a parede-meia,
recompondo a simetria com o edifício vizinho existente. Seria um raro caso de simetria
em U cortado. É a segunda oportunidade em que MRA utiliza um edifício existente
para terminar de definir a estrutura formal.
(1995) Avda. Libertador 4444
É a intervenção mais similar à do Panedile, porém as excelentes dimensões do
terreno lhe permitem levar adiante esta idéia com uma escala muito maior.
(1995) TORRE LE PARC Ruas De María, Fray Justo Santa María de Oro, Cerviño e
Godoy Cruz
Le Parc funciona como um exemplo de estrutura de torre em “estado puro”. São
esses casos de edifícios nos quais MRA conseguiu encontrar a oportunidade de fazer
coincidir seus ideais mais modernos com a realidade urbana existente no local.
Os seguintes diagramas representam a seqüência tipológica de seus edifícios de
habitações coletivas, ordenados de acordo com as seguintes regras:
O primeiro diagrama em planta ilustra em branco o tipo de lote no qual se acha
cada caso, e em preto os lotes vizinhos. Detectaram-se ocupações correspondentes
ao parcelamento habitual do quarteirão de Buenos Aires; basicamente em esquina e
em lotes na quadra. Identificaram-se também alguns poucos casos de lotes atípicos
correspondentes a agregações de lotes típicos.
O segundo diagrama, também em planta, ilustra a ocupação do edifício no lote
que o contém. É uma conseqüência direta de aspectos que provêm das propriedades
do lote: extensão, frente urbana, largura/s e profundidade/s; dos regulamentos de
edificação existentes no momento do projeto e das exigências do programa.
Detectou-se, em geral, um grau de ocupação do terreno que varia em função dos
códigos e da tipologia de lote empregada, o Fator de Ocupação do Solo (FOS) se
manteve elevado; e alguns casos, nos quais foram desenvolvidas ocupações
isoladas, atingiram um FOS menor.
O terceiro diagrama, em corte e plantas ideais, ilustra a estrutura formal.
Detectaram-se, para o caso de habitações em altura, quatro colunas que separam
trinta situações diferentes: os edifícios entre paredes-meias que simbolizam a
Imagem de uma torre isolada, as torres isoladas propriamente ditas, os edifícios que
-43-
Libertador y Buschiazzo (1984)
EDIFICIO LIBERTADOR PLAZA
Libertador 2140 (1973)
Avda. Las Heras Esq.
Billinghurst (1984)
Gelly y Obes 2243 (1984)
Cnel. Dìaz Esq. French (1986)
EDIFICIO ART TOWER
Cnel. Dìaz 2142 (1991)
ALTO PALERMO - EDIFICIO
E Y K Bulnes, Beruti y Arenales
(1984)
Avda. Libertador Esq.
Basavilbaso (1973)
Alsina 3265 (1951)
Yapeyù 27 (1959)
Santa Fè Esq. Gallo (1983)
Yapeyù y Rivadavia (1959)
Yapeyù 93 (1950)
Las Heras Esq. Rodriguez
Peña (1982)
Hortiguera 20 (1941)
Paraguay 2570 (1973)
Paraguay y Talcahuano (1966)
Talcahuano 1272 (1981)
C.O.V.I.D.A. (1968)
Virrey Loreto y Arribeños (1964)
SAN MARTIN DE TOURS I Y II
Libertador 2423 (1982/87)
San José 1121/35 (1950)
TORRE LE PARC - Deamarìa,
Fray Justo Santa Marìa de Oro,
Cerviño y Godoy Cruz (1995)
Schiafino y Posadas (1959)
Arenales 3746 (1967)
Alvear y Parera 65/69 (1987)
Parera 65/69 (1955)
Avda. Libertador 4444 (1995)
PANEDILE I - Libertador 3754
(1966)
Avda. Presidente Figueroa
Alcorta 30310 / 3032
(1973/1981)
simbolizam a ocupação em “U” e as variantes de torre com embasamento. No caso de
habitações em altura foi identificado um caso de estrutura formal, a ocupação em “U”,
apenas utilizada por MRA para moradias em altura.
Para os casos selecionados se utilizou negrito e para os casos descartados se
utilizou letra cursiva.
Lâmina 5: Habitação, lote urbano e tipo de ocupação
-44-
1 9 4 0 1 9 5 0
1 9 8 01 9 6 0 1 9 7 0 1 9 9 0
20001 9 3 0
CULTURA
CONSTRUIDA
PROYECTO
Lâmina 6: Cultura, edifícios construídos e projetados
(1953 / 60) Teatro Municipal General San Martín Primeiro Prêmio / Concurso Nacional
(1960 / 70) Centro Cultural Cidade de Buenos Aires
(1961 / 69) Ampliação Teatro Nacional Cervantes
(1962) Biblioteca Nacional Quarto Prêmio / Concurso Nacional
(1969 / 72) Ampliação Teatro Colón
Edifícios de Cultura selecionados:
(1953 / 60) Teatro Municipal General San Martín Primeiro Prêmio / Concurso Nacional
O TMGSM assinala o começo de uma experiência de projetos de temas
referidos a teatros, cuja particularidade é que se desenvolvem em altura ou abaixo do
nível do solo, dando como resultado uma alternativa muito urbana à solução moderna
de pacotes estendidos no terreno. O TMGSM é um edifício integrado na cidade e com
uma identidade discreta, muito equilibrada em função de sua escala monumental e
sua articulação à rua Corrientes. O edifício ocupa o terreno a partir de uma estratégia
tipológica que lembra as edificações de habitações em altura em blocos de frente e
fundo separadas por pátios, porém ao mesmo tempo tem também uma semelhança
em sua organização vertical com uma estrutura formal de blocos verticais sobre um
embasamento.
(1960 / 70) Centro Cultural Cidade de Buenos Aires
Funcionando como uma ampliação do TMGSM, o Centro Cultural se apresenta
com uma estrutura formal totalmente diferente à do TMGSM. É uma combinação de
dois paralelepípedos; um mais alongado e vertical e o outro mais extenso e de menor
altura. Sua inserção urbana se baseia na definição de uma praça nova que permite,
por sua vez, a consolidação dessa estrutura.
(1961 / 69) Ampliação Teatro Nacional Cervantes
A ampliação do Teatro Cervantes, responde à necessidade de reconstruir,
depois de um incêndio, todo o apoio do teatro existente. O projeto de MRA consiste em
um bloco de ocupação plena do espaço disponível, que se apresenta como uma faixa
prismática que contém o velho teatro. A estrutura formal de prisma, de base retangular
muito extensa, serve de pano de fundo neutral ao velho edifício.
-45-
Concurso nacional: Biblioteca Nacional / 4ºPremio
Avenida Libertador, Austria y Agüero
(1962)
Teatro Municipal General San Martín
Avenida Corrientes 1530
(1953/1960)
Centro Cultural Ciudad de Buenos Aires
Sarmiento 1257
(1960/1970)
Ampliación Teatro Nacional Ceravantes
Avenida Córdoba esquina Libertad
(1961/1969)
Ampliación Teatro Colón
Cerrito, Viamonte, Libertad y Tucumán
(1969 / 1972)
(1969 / 72) Ampliação Teatro Colón
A importância do Teatro Colón e sua condição de edifício acadêmico e isolado,
a que exige uma ampliação que não prejudique a identidade do Teatro. Por esse
motivo, o projeto é resolvido neste caso com um prisma em L, encravado abaixo do
nível do solo. O L oferece os apoios necessários ao Teatro, sem se interpor na
percepção edilicia interior e exterior do mesmo. Este L poderia ser entendido como um
volume encostado, que como no Cervantes busca ser neutral.
Os seguintes diagramas representam a seqüência tipológica de seus edifícios
de cultura ordenados de acordo com as seguintes regras:
O primeiro diagrama em planta ilustra em branco o tipo de lote no qual se acha
cada caso e em preto os lotes vizinhos. Detectaram-se ocupações correspondentes a
agregações de lotes habituais do quarteirão de Buenos Aires, basicamente em
esquina e em lotes na quadra.
O segundo diagrama, também em planta, ilustra a ocupação do edifício no lote
que o contém. É uma conseqüência direta de aspectos que provêm das propriedades
do lote: extensão, frente urbana, largura/s e profundidade/s; dos regulamentos de
edificação existentes no momento do projeto e das exigências do programa.
Detectou-se em geral um alto grau de ocupação do terreno que varia em função dos
códigos e da tipologia de lote empregada. O Fator de Ocupação do Solo (FOS) se
manteve elevado.
O terceiro diagrama, em corte e plantas ideais, ilustra a estrutura formal.
Detectaram-se quatro colunas que separam cinco situações diferentes: edifício entre
paredes-meias de blocos separados por pátios, que simbolizam a imagem de uma
torre isolada, edifícios que se correspondem com a organização de dois ou mais
prismas isolados e edifícios de estrutura em “L” encravado abaixo do nível do solo.
Para os casos selecionados se utilizou negrito e para os casos descartados se
utilizou letra cursiva.
Lâmina 7: Cultura, lote urbano e tipo de ocupação
-46-
1 9 3 0 1 9 4 0 1 9 5 0
1 9 8 01 9 6 0 1 9 7 0 1 9 9 0
2000
EDUCACION
CONSTRUIDA
PROYECTO
Lâmina 8: Educação, edifícios construídos e projetados
(1966) Belgrano Day School / Rua Mendoza 3036
(1970) Projeto Universidade de Belgrano esquina das ruas Zapiola e Matienzo
(1971) Universidade Tecnológica Nacional - Primeiro Prêmio Concurso Nacional / Pque. Alte. Brown
(1975 / 1995) Universidade de Belgrano / Rua Zavala 1851
(1985) U.A.D.E. Lima e Chile / Concurso: Terceiro Prêmio
(1997) Escola Sefardí / esquina da rua Anchorena e Tucumán
Edifícios de Ensino selecionados:
(1970) Projeto Universidade de Belgrano esquina das ruas Zapiola e Matienzo e
(1975 / 1995) Universidade de Belgrano / Rua Zavala 1851
O primeiro projeto da Universidade de Belgrano, forma parte de uma sucessão
de projetos de campus universitários iniciados em 1967 com o projeto para
Universidade Nacional de La Plata. Neste caso, foi selecionado este exemplo por ser
este um projeto localizado na cidade e por ser, além disso, o único que depois de uma
troca de terreno e de ser completamente reproposto em seu delineamento, foi
possível concretizar. Faz parte de uma experiência de projetos que trabalham com
uma estrutura formal estendida, composta por prismas articulados por segmentos
longitudinais e prismas verticais. Esta estrutura, muito relacionada com as
experiências do Belgrano Day School e os laboratórios suburbanos, será reordenada
no segundo projeto a partir de uma hipótese de concentração em altura. As torres
propostas por MRA podem ser entendidas como uma relocalização vertical dos
prismas, os que se articulam pelos segmentos circulatórios em sentido vertical e em
horizontal. O edifício resultante é composto por duas torres isoladas unidas por faixas.
A definição da faixa que articula o acesso pode ser entendida como um embasamento
que não chega a concretizar-se.
Os seguintes diagramas representam a seqüência tipológica de seus edifícios
de educação ordenados de acordo com as seguintes regras:
O primeiro diagrama em planta ilustra em branco o tipo de lote no qual se acha
cada caso e em preto os lotes vizinhos. Detectaram-se ocupações correspondentes a
agregações de lotes habituais do quarteirão de Buenos Aires, basicamente em
esquina e em lotes na quadra.
O segundo diagrama, também em planta, ilustra a ocupação do edifício no lote
que o contém. É uma conseqüência direta de aspectos que provêm das propriedades
-47-
Proyecto Universidad de Belgrano
Zapiola y Matienzo
(1970)
Universidad de Belgrano
Zabala 1851
(1975 / 1995)
Belgrano Day School
Mendoza 3036
(1966)
UADE / Tercer Premio
Lima y Chile
(1985)
Escuela Sefardí
Anchorena y Tucumán
(1997)
1 9 5 0
1 9 3 0 1 9 4 0
1 9 8 01 9 6 0 1 9 7 0 1 9 9 0
2000
1 9 5 0
DEPORTES
CONSTRUIDA
PROYECTO
do lote: extensão, frente urbana, largura/s e profundidade/s; dos regulamentos de
edificação existentes no momento do projeto e das exigências do programa.
Detectou-se em geral um grau de ocupação do terreno que varia em função dos
códigos e da tipologia de lote empregada. O Fator de Ocupação do Solo (FOS) se
manteve baixo comparativamente com os índices dos casos de escritórios.
O terceiro diagrama, em corte e plantas ideais, ilustra a estrutura formal.
Detectaram-se três colunas que separam cinco situações diferentes: três casos de
edifícios que se correspondem com a organização de uma estrutura de dois ou mais
prismas isolados, um edifício de esquina com poço de ventilação, e que reproduz a
estrutura de uma faixa em “L” com terraços e um edifício que se corresponde com uma
torre isolada e que, ao mesmo tempo, simboliza a idéia de um embasamento.
Para os casos selecionados se utilizou negrito e para os casos descartados se
utilizou letra cursiva.
Lâmina 9: Ensino, lote urbano e tipo de ocupação
Lâmina 10: Esportes, edifícios construídos e projetados
(1963) Projeto CONCURSO 1 PRÊMIO / JOCKEY CLUBE ARGENTINO / esquina da rua Florida e
Tucumán
(1965) Clube Hípico Argentino / Avda. Figueroa Alcorta 7285
(1972) CLUBE ALEMÃO / Avda. Corrientes 327
-48-
Edifícios de Esportes selecionados:
(1963) Projeto CONCURSO 1 PREMIO / JOCKEY CLUB ARGENTINO / esquina de
Florida e Tucumán
É o primeiro projeto de torre com embasamento de MRA. O terreno é bastante
extenso para praticar esta estrutura formal. Também o programa requerido pelo
cliente seria favorecido por esta estrutura, que o Clube se situa no embasamento e
as torres contêm os espaços de escritórios para alugar.
(1972) CLUBE ALEMÃO / Avda. Corrientes 327
O Clube Alemão representa a primeira elaboração da idéia do Jockey Clube
que chega a concretizar-se, é antecedente direto da Galeria Jardim. Existem alguns
casos anteriores de edifícios de torre com embasamento, porém não com a
complexidade de programa e usos diferenciados destes casos.
Os seguintes diagramas representam a seqüência tipológica de seus edifícios
de atividades esportivas, ordenados de acordo com as seguintes regras:
O primeiro diagrama em planta ilustra em branco o tipo de lote no qual se acha
cada caso e em preto os lotes vizinhos. Detectaram-se ocupações correspondentes a
agregações de lotes habituais do quarteirão de Buenos Aires, basicamente em
esquina e em lotes da quardra.
O segundo diagrama, também em planta, ilustra a ocupação do edifício no lote
que o contém. É uma conseqüência direta de aspectos que provêm das propriedades
do lote: extensão, frente urbana, largura/s e profundidade/s; dos regulamentos de
edificação existentes no momento do projeto e das exigências do programa.
Detectou-se em geral um grau de ocupação do terreno que varia em função dos
códigos e da tipologia de lote empregada. O Fator de Ocupação do Solo (FOS) se
manteve alto nos casos de torres com embasamento e baixo no caso de prismas
isolados.
O terceiro diagrama, em corte e plantas ideais, ilustra a estrutura formal.
Detectaram-se duas colunas que separam três situações diferentes: dois casos de
edifícios que se correspondem com a organização de uma estrutura de torre com
embasamento e um caso de prisma isolado.
Para os casos selecionados se utilizou negrito e para os casos descartados se
utilizou letra cursiva.
-49-
Proy. CONCURSO 1 PREMIO
EDIFICIO JOCKEY CLUB
Florida y Tucumán (1963)
CLUB ALEMAN (1972)
Avda. Corrientes 327
CLUB HÍPICO ARGENTINO
Figueroa Alcorta 7285
(1965)
1 9 3 0 1 9 4 0
1 9 8 01 9 6 0 1 9 7 0 1 9 9 0
2000
1 9 5 0
EDIFICIOS COMERCIALES
CONSTRUIDA
PROYECTO
Lâmina 11: Esportes, lote urbano e tipo de ocupação
Lâmina 12: Edifícios comerciais, edifícios construídos e projetados
(1970) CORRIENTES ANGOSTA / Avda. Corrientes 1967
(1974 / 1984) GALERIA JARDIM / esquina da rua Florida e Tucumán
(1983) DISCO 23 E EDIFÍCIO E Y K / esquina das ruas Bulnes e Arenales
(2001) EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS E BASAMENTO COMERCIAL /Avda. San Martín 344
Edifícios comerciais selecionados:
(1974 / 1984) GALERIA JARDIM / Esquina das ruas Florida e Tucumán
Foi construído no mesmo terreno do Jockey Clube e com a mesma estrutura
formal. neste caso que foi concretizado, o clube foi substituído por uma galeria
comercial e uma das torres de escritórios por uma torre de habitações. A Galeria
contida no embasamento define um espaço muito bem articulado como continuidade
do espaço público da rua Florida.
Os seguintes diagramas representam a seqüência tipológica de seus edifícios
de atividades comerciais, ordenados de acordo com as seguintes regras:
O primeiro diagrama, em planta, ilustra em branco o tipo de lote no qual se acha
-50-
GALERÍA JARDÍN
Florida y Tucumán
(1974 / 1984)
CORRIENTES ANGOSTA
Avda. Corrientes 1967 (1970)
EDIFICIO DE OFICINAS Y BASAMENTO COMERCIAL
San Martín 344
(2001)
DISCO 23 Y EDIFICIO E Y K
Bulnes y Arenales
(1983)
cada caso e em preto os lotes vizinhos. Detectaram-se ocupações correspondentes a
agregações de lotes habituais do quarteirão de Buenos Aires, basicamente em
esquina e em lotes na quadra.
O segundo diagrama, também em planta, ilustra a ocupação do edifício no lote
que o contém. É uma conseqüência direta de aspectos que provêm das propriedades
do lote: extensão, frente urbana, largura/s e profundidade/s; dos regulamentos de
edificação existentes no momento do projeto e das exigências do programa.
Detectou-se em geral um grau de ocupação do terreno que varia em função dos
códigos e da tipologia de lote empregada. O Fator de Ocupação do Solo (FOS) se
manteve alto em todos os casos.
O terceiro diagrama, em corte e plantas ideais, ilustra a estrutura formal.
Detectou-se uma coluna de estrutura dominante de torre com embasamento,
composta por quatro situações diferentes.
Para os casos selecionados se utilizou negrito e para os casos descartados se
utilizou letra cursiva.
Lâmina 13: Edifícios comerciais, lote urbano e tipo de ocupação
3-2 Análise das obras selecionadas
A tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre
si, em função de parâmetros gerais, referidos à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos.
-51-
TIPOS DE
LOTE
EDIFICIO
EN “U”
CON PATIO
DE HONOR
Y FONDO
EDIFICIO ENTRE
MEDIANERAS
CON PATIO DE
AIRE Y LUZ
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
Avda. Figueroa
Alcorta 30310 / 32
(1973/1981)
Parera 65/69
(1955)
(1978) EDIFICIO DE OFICINAS PARTICULAR / San Martín 130
(1980) EDIFICIO CHACOFI / Avda. Leandro N. Alem 538 / 25 de Mayo 535
(1983) EDIFICIO DE OFICINAS PARTICULAR / Chacabuco 271
(1984) Gelly y Obes 2243
(1984) Avda. Las Heras Esq. Billinghurst
(1984) Libertador y Buschiazzo
(1941) Hortiguera 20
(1950) San Josè 1121/35
(1950) Humberto I 1645
(1950) Yapeyù 93
(1951) Alsina 3265
(1951) Combate de los Pozos 825
(1959) Yapeyù 27
(1959) Yapeyù y Rivadavia
(1959) Parral 76
(1965) EDIFICIO DE OFICINAS
Carlos Pellegrini 313
(1967) Acoyte Esq. Neuquèn
(1968) Libertador 2325
Arenales 3746
(1967)
3-2-1 Cadeia 1:
Este conjunto de edifícios de habitação coletiva, desenvolvidos
aproximadamente entre 1941 e 1984, é composto pelos seguintes edifícios: ruas
Hortiguera 20, San José 1121, Humberto 1º 1645, Yapeyú 93, Alsina 3265, Combate
de Los Pozos 825, Parera 65 / 69, Yapeyú 27, Yapeyú e Rivadavia, Posadas e
Schiafino, Arenales 3746, Figueroa Alcorta 3010 / 3032, Santa Fe e Gallo, Gelly y
Obes 2243, Las Heras e Billinghurst e Libertador e Buschiazzo.
São edifícios de lote estreito, entre paredes-meias, situado na quadra, cuja
estrutura formal ainda responde ao tipo tradicional de habitação em altura usada
habitualmente neste tipo de lotes e que nestes casos foi impactado majoritariamente
pela retórica da estrutura formal de Torre moderna: rua Parera 65 / 69 e Arenales 3746;
mas também chegou a ser impactado, como no exemplo da Figueroa Alcorta 3010 /
3032, pela retórica da estrutura formal em U.
Lâmina 14: Cadeia 1
3-2-1-1 Rua Parea 65 /69
O caso da Parera 65 responde a uma estratégia de máximo aproveitamento das
dimensões do terreno e suas possibilidades de desenvolvimento em altura. Por causa
deste requisito de programa, o edifício se aproxima a um considerável número de
experiências similares desenvolvidas por outros arquitetos.
Lâmina 15: edifício da rua Parera, andar térreo, planta tipo, planta nono andar e fachada.
-52-
É uma arquitetura na qual a definição da estrutura formal permanece inscrita em
fortes condições de borda, definidas pela questão tipologia das possibilidades do lote,
suas regulamentações e a forma de vida de seus usuários. No entanto, a ocupação
do lote é quase total, deixando apenas um pequeno pátio no fundo e um poço de
ventilação mínimo para cômodos secundários no centro. Este critério não é tão
habitual, e pode ser entendido como uma reinterpretação do tipo, na qual se tenta
retomar a hierarquia ambiental dos cômodos de primeira; afastando-os do centro de
dando-lhes, como se fosse um edifício isolado, a ventilação para a frente e para o
fundo do lote. Note-se que o edifício não tem poços de ventilação laterais, MRA
ventila quartos e áreas de estar a poços de ventilação de dimensões amplas (Tabela
1), deixando neste caso ventilar ao poço apenas setores de serviço.
Esta estratégia de qualidade ambiental define um tipo de distribuição
característica em MRA para os lotes estreitos entre paredes-meias, dando lugar a
distribuições que tendem a estender-se ao longo do lote, buscando para cada unidade
de habitação iluminação e ventilação nos dois extremos (Tabela 1 ou 2). Muita de sua
produção posterior de habitação coletiva em altura pode ser entendida a partir desta
consigna; a qual gera necessariamente uma reação em cadeia de gradações
espaciais que se vinculam ao lote com critérios nitidamente topológicos. A distribuição
se coordena com a coerência geométrico-espacial da estrutura formal e também com
o sentido de lugar que define relações de iluminação, ventilação, seqüências de
hierarquia, que graduam as passagens entre o público (na frente) e o privado (no
fundo).
Lâmina 16: rua Parera, sacadas da fachada e acesso no andar térreo.
-53-
Nestas condições tão habituais e limitadas, a estrutura formal preferida, a Torre,
apenas chega a existir como assunto retórico unicamente desenvolvido pela fachada,
o andar térreo de acesso e o terraço. É em definitiva esta limitação, gerada pela
parcela disponível e o tipo de código, o que faz com que, como tantos outros
arquitetos que atuaram nesses tempos, MRA esteja obrigado a reduzir o problema do
movimento moderno a uma questão simbólica. Contudo, as mudanças distributivas
ocasionadas no interior do edifício preanunciam esse desejo de trabalhar com a Torre.
O edifício da Parera pode ser entendido como uma faixa de uma torre na qual o centro
concentra circulações verticais e setores de serviços e o perímetro zonifica as áreas
principais de salas estar e dormitórios.
3-2-1-2 Rua Arenales 3746
Lâmina 17: rua Arenales 3746, planta tipo, andar térreo e fachada
Com características muito mais habituais do que as da Parera, o caso da rua
Arenales 3745 apresenta uma solução tipológica mais reconhecível como habitação
em altura, entre paredes-meias, e com poço de ventilação e recuo do fundo do lote.
Sua distribuição confirma a preocupação em estender a unidade de habitação da
frente ao fundo e em definir uma qualidade ambiental que, neste caso, se verifica na
planta tipo com a localização de um quarto situado na frente, quarto que
provavelmente seja a dependência de serviço. Normalmente a frente do edifício é
reservada como área puramente pública, deixando o quarto de serviço como um
cômodo que ventila ao poço de ventilação.
Como o caso da rua Parera e Posadas esquina Schiafino, a retórica da Torre está
presente na fachada, a planta de acesso e o terraço. Estes edifícios desenvolvem um
repertório de elementos e proporções baseado na modulação, a proporção e a
recomposição do volume separado do chão, a articulação dos elementos por meio da
ausência ou vão e o emprego de materiais nobres.
-54-
ADAPT AO PREDIO
DE ESQUINA
POSADAS E SCHIAFINO / BANCO POPULAR
ARGENTINO / BANK OF AMERICA / BANCO RIO
ÃO
ADAPT AO PREDIO
DE QUARTEIR O
PARERA 65 / ARENALES 3746 / ALCORTA 3010
E 3032 / GELLY Y OBES 1984
ÃO
Ã
SOLUÇÃO TIPO
DE TORRE
Lâmina 18: A retórica da torre
3-2-1-3 Avda. Figueroa Alcorta 3010 / 3032
Lâmina 19: avda. Figueroa Alcorta 3010 / 3032: Andar térreo e planta tipo dos dois prédios (e edifício de Wladimiro Acosta
aparece em cinzento)
MRA desenvolve dois edifícios que flanqueiam um terceiro edifício existente. O
edifício existente é o da Figueroa Alcorta 3024, projetado em 1942, por Wladimiro
Acosta, arquiteto moderno importante no contexto dos anos 40 e 50. A atitude de
respeito e assimilação “natural” aos critérios do edifício existente é notória,
especialmente se pensamos na maneira em que Álvarez se articulou a outros
edifícios como o Teatro Nacional Cervantes ou o Teatro Colón. Resulta claro que, por
razões de coincidência e contemporaneidade, neste caso para MRA está permitido
superar a regra de neutralidade que havia mantido nos teatros mencionados. Os dois
terrenos, nos quais realiza, com uma diferença de 10 anos, os dois edifícios, são
terrenos estreitos que ventilam a duas frentes. O problema da parede-meia levou
Álvarez a considerar a necessidade de estabelecer reuniões com os habitantes do
edifício existente e propor, no primeiro caso, um projeto que se integrasse muito mais
do que o habitual ao seu vizinho. Esta integração do primeiro edifício ao de Wladimiro
Acosta daria, em sua envolvente, uma estrutura em U praticamente literal (1), porém
depois de sucessivas reuniões se chega a uma solução na qual, mantendo a
separação entre os dois edifícios em dois terços da parede-meia, produz-se uma
separação menor no primeiro terço e uma maior no terço do meio que como
resultado uma integração dos poços tradicionais de ventilação.
-55-
Lâmina 20: Esquema de Álvarez explicando as duas soluções, fotografia, vista dos três edifícios e planta de ocupação (preto,
edifícios de Álvarez e cinzento, edifício de Wladimiro Acosta).
Dessa maneira, diz MRA, consegue-se dar mais expansão visual aos cômodos
internos situados nesse pátio integrado. No resultado, e no que foi dito por MRA, está
presente a preocupação em dar mais espaço de ventilação e qualidade ambiental,
mencionadas nos casos da Parera e Arenales, porém desta vez com a oportunidade
de superar algumas limitações da perede-meia. É nesse ponto, onde as condições de
borda são alteradas, quando MRA sabe que a estrutura formal também deve mudar. A
incorporação do edifício de Wladimiro Acosta, implica a recomposição do todo
geométrico-espacial e surge, como resposta lógica a esta mudança, a estrutura em U.
Devemos lembrar que fazia apenas três anos MRA acabava de projetar o Panedile I,
sua primeira estrutura formal em U. Trabalhou nele com dois tipos combinados, a torre
e o edifício encostado sobre uma parede-meia, ou seja, que o U foi o resultado de uma
recomposição de tipos de outra natureza. Na rua Alcorta a relação entre o primeiro
edifício e o existente se aproxima muito mais à estrutura formal em U do que no
Panedile I, que não aparece uma torre ocupando o vão, contudo, com a
incorporação do segundo edifício, Figueroa Alcorta 3032, produz-se uma
aproximação retórica ao caso do Panedile I. Com os três edifícios associados, o de
Wladimiro Acosta passa de ser uma das laterais do U a ser a simbolização de um
edifício contido por duas laterais, neste caso, os dois edifícios projetados por MRA. A
partir de uma leitura de fachada, reconstrói-se a composição do Panedile I, sendo o
edifício central uma simbolização de edifício isolado, graças à separação do primeiro
edifício e à mínima separação a cargo da descontinuidade das sacadas e a diferença
de altura entre o edifício central e o terceiro edifício lateral direito.
Com relação aos aspectos distributivos, ao exposto com relação à elongação
do edifício de uma frente a outra e seu desejo de ser o mais isolado possível, devemos
acrescentar a aparição gradual de um número de pequenos cômodos e corredores
que se encadeiam nas áreas de circulação e os setores de serviço.
Com relação aos elementos de arquitetura, mantêm-se as questões abstratas
da geometria, produz-se, porém, uma mudança com respeito aos elementos
empregados nas ruas Parera, Posada e Schiafino e Arenales. Em geral, os elementos
se tornaram mais transparentes e aumenta a quantidade de vãos. O andar térreo é
muito mais fluente e a terminação do edifício se torna mais decidida com o recuo de
três níveis.
-56-
TIPOS DE
LOTE
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
BANCO
POPULAR
ARGENTINO
(1960) Florida
y Sarmiento
Schiafino y
Posadas
(1959)
BANCO RIO
(1983)
San Martín y
Btlmé. Mitre
EDIFICIO
ESQUINA
OCUPACIÓN
COMPLETA
EDIFICIO DE OFICINAS PARTICULAR
Viamonte Esq. Libertad (1972)
EDIFICIO DE OFICINAS
L. N. Alem entre Charcas y Paraguay (1978)
PRISMA VERTICAL
EXENTO EN ALTURA
Y PRISMA HORIZONTAL
DE BASAMENTO
Santa Fé Esq. Gallo
(1983)
BANK OF
AMERICA
(1965) Perón
Esq. San Martín
3-2-2 Cadeia 2:
São edifícios de lote de esquina entre paredes-meias, cuja estrutura formal
ainda responde ao tipo tradicional de edificação em altura usada habitualmente para
estes lotes. Nos casos que são analisados, a edificação tradicional entre paredes-
meias é impactada pela retórica da estrutura formal da Torre moderna,
particularmente nos casos do edifício de habitações em altura da esquina de Posadas
e Schiafino e o Banco Popular Argentino situado nas ruas Perón e Florida. O caso do
Bank of America, situado a uma quadra do banco Popular na esquina de San Martín
e Perón se incorpora de maneira ambígua a estrutura formal de torre com
embasamento e no caso do Banco Río situado também muito perto dos dois casos
anteriores na San Martín e Bartolomé Mitre, incorpora mais decididamente do que nos
casos anteriores a estrutura formal de torre moderna, porém ao manter sua ocupação
do lote sem recuos, sua relação com a estrutura formal de torre fica ambígua.
Lâmina 21: Cadeia 2
3-2-2-1 Esquina de Posadas e Schiafino
Lâmina 22: Esquina de Posadas e Schiafino: fotografias de aproximação
-57-
Este edifício foi mencionado antes para referir-nos à maneira em que MRA
incorpora a retórica da Torre em edificações contidas em estruturas formais
derivadas de tipologias tradicionais da cidade. Vimos como os casos da Parera e da
Arenales podem ser vistos como porções literais de uma planta tipo de Torre. No caso
da Posadas e Schiafino, podemos imaginar que estamos em presença do quadrante
literal de uma hipotética torre.
Lâmina 23: Esquina de Posadas e Schiafino: andar térreo e último andar
Isto se verifica em todas as decisões do projeto: nas circulações situadas na
esquina interior do lote, na seqüência de quartos e áreas de recepção situadas no
perímetro externo, na materialização do escorço formal do volume que aparenta estar
isolado, no cuidadoso desenho dos diferentes elementos de retórica moderna, que
compõem o limite exterior do edifício e na exaltação expressiva e isolada do tanque de
água e sala de máquinas. O edifício inteiro é uma recriação expressiva, funcional e
tecnológica de uma torre.
Lâmina 24: Posadas esq Schiafino: Andar térreo, planta tipo e planta último andar
A distribuição do edifício tem uma particularidade com respeito à tendência geral
das distribuições de seus outros edifícios de habitações. Em uma análise das regras
de acessibilidade e integração de suas salas, é possível verificar que está estruturado
a partir de uma grade circulatória que oportunidades de conectividade muito mais
amplas do que a tradicional distribuição tipo organograma, baseada em segregações
sucessivas. O emprego da trama circulatória é definido completamente por duas
questões de origem miesiana, os tabiques de subdivisão interna e a eliminação de
colunas fora do perímetro nas plantas tipo. Os tabiques não chegam a definir espaços
contidos, um lugar flui no outro gerando uma fileira de salas virtuais, que são
fechadas, de acordo com o tipo de atividade que se produza, por meio de sistemas
corrediços.
-58-
3-2-2-2 Banco Popular Argentino
Lâmina 25: Banco Popular Argentino: Corte, fotografia a partir da rua Florida e fotografia esquadria
A apenas dois anos de distância do edifício da rua Posadas esquina Schiafino, o
Banco Popular Argentino está situado em um lote de esquina e desenvolve também a
estratégia do quadrante de torre. Neste caso a diferença no tratamento da estrutura
formal reside em duas questões, uma referida ao efeito indubitável de uma temática
bancária administrativa que modifica completamente o conceito da distribuição e do
tratamento dos limites do edifício, a outra questão é que o edifício funciona como um
anexo da velha sede do banco situada defronte do mesmo, separada pela rua.
Lâmina 26: Banco Popular Argentino: Plantas
-59-
A conexão entre ambas as sedes se faz por meio de um túnel situado abaixo da rua.
Isto determina que o nível do primeiro subsolo seja o nível de conexão e que, embora
esta se faça em uma área restringida (Hall dos funcionários), baste para reduzir a
importância do nível do andar térreo, reduzindo-o a uma conexão mínima que, a modo
de ponte, flanqueia um grande vão que separa o primeiro subsolo a 3,5 metros e a
primeira sobreloja a +3,5 metros.
MRA explica na memória descritiva do projeto como conseguiu, por meio do
recuo de 3,50 metros sobre a rua Perón, permissão para acrescentar mais dois
andares por cima dos nove permitidos.
Com respeito ao problema da estrutura resistente, desta vez é levado ao
máximo o esforço em minimizar a presença de colunas, embaraçosas para o uso do
edifício, ficando somente duas colunas isoladas paralelas à rua Florida e recuadas do
alinhamento a uma distância similar à do recuo sobre a Perón. A perspectiva
desenhada para o concurso mostra até que ponto são importantes ambas as colunas
na definição espacial da idéia de volume prismático elevado, já que elas apenas são
visíveis na dupla altura do andar térreo e na terminação final também em dupla altura
do edifício. A expressão do vazio destes espaços, que limitam o volume vertical por
cima e por baixo, magnifica-se com a relação muito esbelta e atectônica que se
produz entre as duas colunas e uma laje que parece flutuar à altura do primeiro nível
de cada dupla altura.
A conexão do edifício com sua sede central, o grande vão entre o primeiro
subsolo e a sobreloja, a terminação do edifício marcando a existência de espaços
diferenciados e o recuo sobre a rua Perón, com sua conseqüente permissão para
elevar o edifício dois andares mais, funcionam como estratégias “necessárias”, mas
que ao mesmo tempo possibilitam a ilusão de que o sistema tradicional de lote e
quarteirão desapareceu.
Lâmina 27: Banco Popular Argentino: delineamento e perspectiva do anteprojeto
No croqui volumétrico, prévio à definição do anteprojeto, MRA materializa a idéia
de uma organização de espaços edilícios e urbanos em vertical: um nível de acesso à
-60-
altura da calçada, uma praça elevada a um nível, um grande espaço entre a praça e o
começo do prisma volumétrico do edifício administrativo e, embaixo, a conexão
perpendicular com a sede central. A complexidade programática, sua
excepcionalidade expressiva e suas alterações ao código de edificação vigente
reforçam a legitimação da estrutura formal de torre isolada.
3-2-2-3 Bank of america
Lâmina 28: Bank of America: Corte, perspectiva e fotografias de aproximação
É um edifício definido por dois usos diferenciados: uma área bancária e um setor
de escritórios de aluguel. Esta questão do programa define a adoção da estrutura
formal de torre com embasamento, reservando parte do acesso e o embasamento
para o banco, as plantas-tipo da torre para os escritórios de aluguel, o décimo andar
para salas de jantar e pessoal hierárquico e o undécimo para sala de máquinas.
Lâmina 29: Bank of America
-61-
No entanto, esta estrutura formal se apresenta, como nos casos anteriores,
como uma porção da estrutura completa, um quarto da estrutura com as circulações
deslocadas para o fundo em esquina e encostadas sobre a parede-meia paralela à
rua Perón que é a mais comprida, duas faces isoladas recuadas do alinhamento e
duas apoiadas sobre as paredes-meias.
O edifício, como o caso do Banco Popular Argentino, apesar de não existirem
regulamentações que o exijam, pratica também recuos: sobre a rua San Martín recua
3,50 metros e sobre a Perón 0,71 metros. Ambos os recuos respondem a critérios
diferentes, o maior se corresponde com a idéia de criar um vão que articule e produza
um alinhamento com o edifício patrimonial do lote contíguo, ampliar o espaço público
da cidade e apresentar o edifício o mais isolado possível; o menor resolve a
possibilidade de deixar a seção da estrutura vertical repartida em parte entre o interior
e o exterior do edifício e acentua os aspectos perceptivos da articulação de massas do
edifício.
A estrutura retoma o papel expressivo do Banco Popular, ao ser reduzida a
apenas duas colunas bem resistentes, que adquirem a função de coordenar as
massas principais da estrutura formal: embasamento e torre. Ambas, permitem-nos
recriar ilusoriamente as outras duas colunas, na teoria, tapadas pela parede-meia,
que na verdade não existem. Apela-se em definitiva a um recurso perceptivo muito
habitual na arquitetura de lote de Buenos Aires, o emprego da simetria incompleta.
3-2-2-4 Banco Río
Lâmina 30: Banco Río: Corte, aproximações exteriores e escadas rolantes.
-62-
É o edifício de esquina que melhor resolve a primazia da estrutura formal de torre
em uma ocupação máxima do terreno e que segue ajustando-se aos critérios
tradicionais de tipologia de edifício em altura em Buenos Aires. Neste caso existe um
certo tipo de acordo com o lote vizinho situado sobre a rua Bartolomé Mitre, que “a
torre” tem courtain wall sobre a parede-meia. Desta maneira o bloco vertical consegue
apresentar três faces homogêneas compostas por faixas sucessivas de panos de
vidro e faixas de revestimento em mármore, em correspondência com a estrutura dos
artesões; e somente uma face cega tratada com uma modulação de placas pré-
moldadas de concreto armado que seguem a modulação das fachadas. O remate
está definido por um prisma menor que se apresenta separado do prisma principal por
meio de uma faixa contínua de pano de vidro em três faces e um tratamento cego
opaco e escuro de uma faixa na parede-meia sobre o imóvel da Catedral
Metropolitana. O andar térreo está definido por um vão em altura dupla, que além de
coordenar acessos diferenciados, permite separar o prisma vertical do chão.
Lâmina 31: Banco Río: Andar térreo e planta tipo
O edifício pratica recuos similares sobre seus dois alinhamentos, embora
mantenha igualmente a axialidade do eixo principal de acesso sobre a rua Bartolomé
Mitre, que permite coordenar, em forma paralela à mesma e perpendicular com
respeito ao eixo, às três colunas principais. Ao serem três colunas e não duas se
produz um deslocamento do acesso com respeito ao eixo geométrico do edifício, o
que permite aproveitar melhor a situação dos acessos diferenciados no andar térreo:
acessos de escadas rolantes ao subsolo, conexão restringida com o acesso de
funcionários, baterias de elevadores, etc.
Aspectos gerais da cadeia 2:
Todos os edifícios analisados respondem ao mesmo processo: parte-se de uma
tipologia tradicional e esta é impactada por estruturas modernas, a torre geralmente e
o embasamento quando o programa o requer. Em todos os casos fora o Banco Río,
pode-se abstrair a solução do edifício como uma parte da estrutura formal impactada,
faixa ou quadrante de torre ou de torre Com embasamento.
-63-
Esta é a estratégia principal que permite a MRA levar adiante o edifício híbrido. O
Banco Río, ao alterar as regras habituais com respeito a sua parede-meia com o lote
contíguo, que ventila como se estivesse recuado, perde-se a leitura do edifício
como uma parte da torre que pretende ser, passando a um nível maior de
ambigüidade.
Esta maneira de resolver edifícios altos de máximo aproveitamento do lote,
ficará na medida em que os lotes continuarem sendo de tamanho habitual; como
veremos mais adiante, quando a disponibilidade de lote seja de maior tamanho,
crescerá a possibilidade de trabalhar com estruturas formais de maneira mais literal.
Todos os esforços retóricos feitos nos exemplos, e portanto de uma
intencionalidade plenamente consciente, respondem pura e exclusivamente a esta
necessidade de acomodar a estrutura formal em um terreno adverso. Não existe outro
tipo de retórica.
3-2-3 Cadeia 3:
São edifícios de lote de esquina entre paredes-meias de tamanho maior do que o
habitual ou de um bloco atípico como no caso do SOMISA. No caso do edifício
American Express, ao ser um lote grande, é possível incorporar o programa e ventilar
e iluminar os cômodos para fora e para dentro do lote, de maneira tal que resulta um
tipo de ocupação de esquina com pátio, bem tradicional em Buenos Aires. Ambos os
exemplos se apresentam influídos pela retórica da estrutura formal de torre moderna,
porém de maneiras muito diferentes.
Lâmina 32: Cadeia 3
3-2-3-1 SOMISA
Lâmina 33: SOMISA: Situação do lote no bloco, lote e perspectiva urbana do anteprojeto
TIPOS DE
LOTE
EDIFICIO
ESQUINA
CON PATIO
AIRE Y LUZ
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
AMERICAN
EXPRESS
(1987)
Maipù Esq.
Arenales
Escuela Sefardí
Anchorena y Tucumán
(1997)
Proy. CONCURSO
1 PREMIO EDIFICIO
S.O.M.I.S.A. (1966 )
Diagonal Sur y Avda.
Belgrano
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A
L UR
G
S
O
-64-
No edifício SOMISA, um dos aspectos que desencadeiam a concepção da
estrutura formal, surge da matriz urbana que impõe o lote e sua correspondência com
um plano urbano haussmaniano carregado de pré-existências arquitetônicas de
natureza acadêmica. Contudo, na situação real em que se acha, o lote sofre o efeito
de um apagamento ocasionado por ser o final de uma Diagonal Sur que não chega a
ser terminada. Ambas as avenidas têm um tecido muito diferente, a primeira a força de
codificações específicas chega com uma edificação regulamentada em altura,
remates, embasamentos e tratamentos de aberturas e esquinas; a segunda é mais
heterogênea e habitual, com edifícios de relação urbana mais variável e uma pracinha
a apenas uma quadra, na esquina de Chacabuco e Belgrano. Porém esta assimetria
não apenas se verifica entre as duas avenidas, como também está presente no lote,
cuja aparência de triângulo regular truncado na esquina, distorce-se à medida que se
estende, dando lugar a uma área trapezoidal irregular. Esta assimetria do lote
implicará também uma repartição de profundidades diferentes; o que influirá nas
decisões tomadas com respeito à zonificação dos acessos e à localização das áreas
principais e secundárias.
Lâmina 34: SOMISA: Corte e plantas
Enfrentado com esta complexidade urbana, MRA define sobre a Diagonal um
limite mais contínuo e sobre Belgrano uma separação do edifício vizinho por meio de
um vão-pátio de dimensões consideráveis. O vão produz a sensação de um recuo e
preanuncia a existência de uma torre, razão pela qual, entre a solução de tecido
contínuo da Diagonal e a sugestão de torre da avenida Belgrano, produz-se um
entrecruzamento de estruturas formais que, embora trabalhadas com economia e
sobriedade, não deixam de colocar em crise toda tentativa de síntese possível.
O segundo aspecto importante a considerar na concepção da estrutura formal
do edifício é o papel que têm os elementos de arquitetura. A natureza dos mesmos
está sujeita às exigências programáticas de trabalhar com o material da empresa, o
aço. O edifício protagoniza um episódio pouco habitual na arquitetura de MRA, ao
deslocar-se ao terreno das arquiteturas elementaristas, deixando em um segundo
plano a síntese do volume puro.
PLANTA TIPO
P. B.
7 PISO
1 SS
-65-
Lâmina 35: SOMISA: Detalhe axonométrico do sistema construtivo e vista parcial
Tentando estabelecer uma seqüência hierárquica que ordene o juízo crítico do
edifício, atribuímos a sua organização geral uma estrutura tradicional que se mantém
colada a uma de suas paredes-meias e depois de maneira um pouco mais parcial e
com muita carga simbólica aparece a estrutura da Torre, literalmente incompleta, mas
muito confirmada em seu tratamento retórico.
A estrutura de torre é enfatizada por dois recuos menores sobre suas duas
fachadas, esses recuos coordenados com os pórticos exo-estruturais são os
elementos que a reconstroem. Os pórticos exo-estruturais se interrompem e não
chegam às extremidades do terreno opostas à esquina, freando-se precisamente
antes dos dois recuos que comentamos. É claro que atrás desta decisão se acha uma
estratégia retórica de recomposição do elemento isolado.
A estrutura tradicional aparece na expressão do trecho que está entre o recuo
menor e o seguinte edifício em Diagonal Sur e na Avenida Belgrano, em um fragmento
separado pelo recuo menor e o vão real que separa o edifício do vizinho. O trecho
existente sobre Diagonal Sur é claro em sua expressão de edifício apoiado sobre
parede-meia, porém o que fica sobre Belgrano, ao chegar ao recuo perde claridade;
razão pela qual a solução do pano lateral desse trecho é em parte una tampa cega e
um pano envidraçado.
3-2-3-2 American Express
Lâmina 36: American Express
-66-
Situado na proximidade, para o centro, de áreas com muita inércia de edificação
em altura e de caráter administrativo privado ou governamental e para o norte na
proximidade de áreas de caráter residencial, conforma a articulação entre a chegada
da avenida Santa e a Praça San Martín. O American Express pode ser reconhecido
como um exemplo valioso de articulação de espaços urbanos diferenciados.
Lâmina 37: American Express: andar térreo e planta tipo
A homogeneidade do programa, composto por plantas de escritórios com duplo
núcleo circulatório nos extremos do terreno, dois acessos isolados, 2 subsolos de
estacionamento e serviços; permite a MRA desenvolver um projeto arquetípico que
desenvolve ao máximo o delicado equilíbrio dos materiais de projeto. Os elementos
constitutivos da arquitetura de Álvarez se acham em uma situação privilegiada, que
podem armar o edifício e construí-lo sem interferências ou sobressaltos que
provenham de seu interior. Não há grandes salas, nem complexas transições
estruturais ...não as porque não são necessárias e também porque MRA nunca
forçaria a existência delas.
Nesta situação de homogeneidade, sem espetáculos expressivos que
provenham da excepcionalidade, o edifício desenvolve uma interação profunda entre
a concepção de sua matéria projetual ... pura espacialidade, e as pressões
heterogêneas do exterior urbano. Inícia-se um intercâmbio expressivo entre o lote,
seus terrenos vizinhos, os visuais escorçados nas ruas e avenidas da cidade, o
grande parque como cenário público de contemplação das arquiteturas da cidade...
Todos estes fatores próprios da cidade tradicional dialogam com a natureza
expressiva dos planos abstratos do edifício, suas tensões espaciais, seus ritmos e
cadências e seus encaixes geométricos.
A estrutura formal que permite resolver todo isto é muito simples. Basicamente a
ocupação de perímetro em L com pátio, impactada pela retórica da torre e a
decomposição do volume em dois prismas justapostos, e estes decompostos por sua
vez em faixas.
3-2-4 Cadeia 4:
São edifícios de lote largo de quadra entre paredes-meias, cuja estrutura formal
responde a uma tipologia de habitação chamada de Hotel Particulier, importada de
Paris e adaptada e desenvolvida em Buenos Aires. Álvarez reconstrói o Pátio de
Honra com dois edifícios encostados sobre as duas paredes-meias laterais e uma
-67-
EDIFICIO
EN “U”
CON PATIO
DE HONOR
Y FONDO
TIPOS DE
LOTE
EDIFICIO ENTRE
MEDIANERAS
CON PATIO DE
AIRE Y LUZ
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
Avda. Figueroa
Alcorta 3010 / 32
(1973/1981)
Alvear y
Parera 65/69
(1987)
PANEDILE I
Libertador
3754
(1966)
Avda. Libertador
4444 (1995)
Torre afastada no centro do lote. Dos quatro edifícios selecionados, apenas dois
cumprem perfeitamente com esta definição: o Panedile I e o do Libertador 4444. Dos
outros dois, o caso da esquina de Alvear e Parera carece de um dos edifícios
encostados sobre uma das paredes-meias e o caso da Alcorta 3010 e 3032 reproduz a
ilusão da estrutura formal, sem existir nem a torre nem os edifícios encostados nas
paredes-meias.
Lâmina 38: Cadeia 4
3-2-4-1 Panedile I
Lâmina 39: Panedile I: Perspectiva do anteprojeto e situação final
-68-
É o edifício de MRA que inaugura esta estrutura formal em U, que é coerente
com a realidade da subdivisão de lotes do quarteirão de Buenos Aires e que está
contida no imaginário cultural do habitante da cidade. MRA esclarece como perante
um lote de tais dimensões e uma sociedade que exige um tipo de caráter ou
reprentatividade bem europeios, surge como proposta lógica a absorção das
paredes-meias, com dois edifícios encostados cada um sobre uma das duas paredes-
meias laterais do lote e entre ambos os edifícios a colocação de uma torre afastada
para gerar um espaço público tipo “piazza” que serve de recepção. Desse modo se
consegue neutralizar as paredes-meias “ocultando-as com os dois edifícios semi-
isolados”, que chegam até o alinhamento integrando-se, por altura e continuidade, no
tecido parelho da avenida e e gerando um espaço adequado para colocar uma torre
muito mais alta recuada para o fundo. Além da lógica implícita nesse delineamento
arquitetônico, coexiste também um substrato fortemente cultural e relacionado com a
tradição de arquitetura classicista francesa adaptada à cidade de Buenos Aires e a
seus habitantes. O tipo francês, o “Hotel Particulier” foi trazido a Buenos Aires para
materializar as aspirações de habitação prestigiosa das classes altas do Buenos Aires
do começo de século XX, porém depois este tipo foi adaptado, por meio de uma
cadeia de variações tipológicas, a lotes pequenos pertencentes a donos menos
abastados, surge o Petit Hotel favorito da classe media-alta que aspirava a esse ideal
de cultura afrancesada. São produzidas também algumas experiências de habitação
coletiva baseadas na definição do pátio de honra, espaço cerimonial dos hotéis
particulares. Entre vários casos, o edifício Bencich, o edifício de habitações da Avda.
Entre Ríos 958, etc. O Panedile I é a conseqüência lógica desta cadeia de variações
tipológicas tão próprias de Buenos Aires.
Lâmina 40: Antecedentes tipológicos: Edifício Avenida Entre Ríos e Palácio Bencich
MRA faz um esforço de sucesso ao levar adiante a transmutação desta estrutura
formal tradicional ao terreno das conquistas modernas; chegando a citar Mies van
Der Rohe e Le Corbusier, argumentando com respeito ao Panedile I com as seguintes
palavras:
-69-
Lâmina 41: Aproximação frontal do Panedile I e setor “piazza” que articula os três blocos.
A torre aparece nitidamente recortada sobre a massa de edificação de
seu entorno e se constitui em elemento central nas perspectivas a partir
da avenida, destacando-se o remate da mesma, elementos cilíndricos,
“promenade architectural”, como propunha Le Corbusier ... A
necessidade de um uso razoável do solo na construção de grandes
edifícios de habitação ou escritórios, já havia sido proposto e levado à
prática, entre outros, por Ludwig Mies van Der Rohe em vários de seus
arranha-céus nova-iorquinos...
Lâmina 42: Panedile I: Andar térreo e modelos de planta
O Panedile aparece como resposta corretiva à crise de inserção urbana da torre
moderna em Buenos Aires, com suficiente êxito para voltar a repetir a experiência,
com maior ou menor semelhança, em mais três casos. Representa o equivalente
corretivo da torre com embasamento, na qual, da mesma maneira em que o
embasamento se dedica a absorver bordas-paredes-meias e soldar continuidades de
fachada, o edifício apoiado na parede-meia lateral resolve idênticas questões.
-70-
Do ponto de vista do problema do programa, esta estrutura tem uma identidade
garantida, e por outro lado permite resolver edifícios ou conjuntos de edifícios com
muita oferta de tipos de habitação deferentes. De certo modo, esta solução atua
também como uma correção à tendência de reiteração da planta tipo que a torre tem
freqüentemente.
Visto o problema do Panedile de um ponto de vista nitidamente compositivo,
comprovamos que a estrutura em U que utiliza é mais versátil do que parecia
primeiramente. O caso limite da rua Alcorta 3010 / 3032 e o caso “incompleto” da
esquina de Alvear e Parera confirmam duas variantes de adaptabilidade da estrutura.
Existem também alguns casos de torres isoladas em lotes que não dão para encostar
edifícios apoiados em suas paredes-meias, como o da Avda. Libertador 2140 que com
seu recuo, e relacionado com suas bordas, parece recriar em parte esta estrutura.
3-2-4-2 Avda. Libertador 4444
Lâmina 43: Avda.Libertador 4444
Este edifício repete, de maneira muito similar, a estrutura em U de torre e
edifícios laterais, utilizada no Panedile I, com uma distância no tempo de 29 anos e
uma escala muito maior. O Panedile I tem 21.000 metros quadrados contra 37.000
metros quadrados do da Avenida Libertador 4444. O terreno do Panedile tem 2.100
metros quadrados enquanto que o da Libertador 4444 tem 7.500 metros quadrados, a
relação de andares construídos em altura entre o tipo lateral e a Torre no Panedile é
aproximadamente o dobro enquanto que na Libertador 4444 é de quase o triplo.
Lâmina 44: Avda. Libertador 4444: Andar térreo, planta tipo e vista a partir da rua Libertador
-71-
Na Libertador 4444, o extenso espaço no andar térreo permite a situação de áreas
recreativas comuns com piscina, quadra de tênis, etc. A praça do edifício Panedile se tornou
parque, de acordo com as novas exigências do habitante potencial do edifício.
A solução ajustada dos dois edifícios laterais e a torre praticada no Panedile dilatou-se a
tal ponto na Libertador 4444 que o U foi uma resposta possível entre muitas outras. O prestígio
do Panedile, a hipotética relação cultural com a avenida Libertador e seu passado senhorial ...
um conjunto de argumentos menos tipológicos e muito mais unidos ao estudo de mercado.
3-2-4-3 Esquina das ruas Alvear e Parera
Lâmina 45: Esquina de Alvear e Parera: Andar térreo e planta tipo
Lâmina 46: esquina de Alverar e Parera: fotografias de aproximação
Neste terceiro caso a situação é diametralmente oposta à da avenida Libertador 4444.
Trata-se da avenida Alvear e não da Libertador, longe e defronte ao hipódromo. Na Avenida
Alvear, na verdade, conserva-se o tecido que expressa esse passado tipológico do palácio e o
-72-
Hotel particular. Por outro lado, deve considerar-se que o terreno está situado em eixo com a rua
Parera, e uma excelente oportunidade para centrar a torre com um visual urbano tão
justificável como a dos parques de Palermo para o Panedile.
3-2-4-4 Avda. Figueroa Alcorta 3010 / 3032
Os aspectos referidos a este edifício foram desenvolvidos na cadeia 1.
Aspectos gerais da cadeia 4:
Lâmina 47: Casos literais de estrutura em U: Panedile I Esq. Alvear e Parera Avda. Libertador 4444
-73-
A sucessão de casos em U apresenta um processo de variações de
interpretação da mesma estrutura. Em três dos casos, Panedile I, esquina de Alvear e
Parera e Avda. Libertador 4444 podemos afirmar que essa estrutura está
razoavelmente presente para ser aplicada com literalidade; porém em dois casos,
Avda. Figueroa Alcorta 3010 / 3032, com o edifício de Wladimiro Acosta no meio, e da
Libertador 2140, com as duas edificações de lotes vizinhos, a estrutura em U é mais
uma questão sugerida, e portanto simbólica. Esta estrutura, corretamente utilizada,
tem a capacidade de incorporar os edifícios contíguos, que está composta por três
volumes, que estão separados entre si, embora os dois laterais se apóiem sobre as
paredes-meias. Pode-se recriar o U englobando vãos como na relação que se
entre o edifício da Figueroa Alcorta 3010 de Álvarez e o da Figueroa Alcorta 3024 de
Wladimiro Acosta ou separando um edifício de suas duas paredes-meias fazendo
com que este se associe como torre central aos dois edifícios laterais, como no caso
da Libertador 2140.
Lâmina 48: Casos retóricos de estrutura em U: Avda. Libertador 2140 e Avda. Figueroa Alcorta 3010 / 24 / 32
A experiência que leva adiante com esta estrutura tem relações notáveis com
algumas experiências históricas:
A série de estrutura formais U de Álvarez, como as Villas suburbanas de Andrea
Palladio, foi pensada em função de um conjunto de elementos de composição
articulados com leis reconhecíveis, que deram lugar a um grupo de variações, nas
quais os elementos estavam sujeitos a modificações ou ausências; e as leis eram
suficientemente amplas para dar resultados diferentes. Em Palladio esta estrutura é
reconhecível em mais de vinte vilas, e todas elas diferentes.
-74-
Lâmina 49: 12 Variações de vilas documentadas por R. Wittkower em seu livro: “A Arquitetura na idade do Humanismo”
Lâmina 50: Cinco variações de estrutura em U: Panedile I, Avda. Libertador 2140, Avda. Figueroa Alcorta 3010 / 3032, Alvear esq
Parera e Libertador 4444
Por outro lado, em um nível mais específico, a maneira em que MRA trabalha
com a estrutura na torre, primeiro com um traçado modular constante com colunas em
U, e depois duplicando a coluna e deixando espaços entre elas, permite verificar que
se está trabalhando com um sistema de traçado similar ao que utilizava Palladio.
-75-
Lâmina 51: Traçado básico utilizado por Palladio
Lâmina 52: Variações de traçado utilizadas em Panedile I, esq, Alvear e Parera e Avda. Libertador 4444
A experiência francesa da adaptação do palácio, e o hotel particular ao entorno
urbano parisiense, está mais diretamente relacionada com Álvarez em seus contidos
urbanos e racionalistas. O hotel particular e as experiências urbanas desta tipologia,
desenvolvidas anteriormente a MRA, são a origem tipológica da estrutura formal que
MRA empregou, desenvolvendo um estado de variações da mesma estrutura, na qual
os elementos oscilam entre ser efetivamente isolados ou retoricamente isolados, ou
fazer parte de um mesmo edifício ou conjugações de diferentes edifícios.
3-2-5 Cadeia 5
Lâmina 53: Cadeia 5
É o caso muito particular da ampliação do Teatro Cervantes, no qual o edifício se
converte, pela decisão do arquiteto, em um elemento neutro que não pretende
mimetizar-se com o Teatro, mas que ao mesmo tempo resolve seus apoios funcionais
e constrói um limite de contenção visual do velho edifício.
EDIFICIO DE
OCUPACIÓN
COMPLETA
TIPOS DE
LOTE
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
Amp. Teatro
Nacional
Ceravantes
(1961/1969)
BOLSA DE CEREALES
Avda. Corrientes 119
(1961)
-76-
3-2-5-1 Ampliação do Teatro Nacional Cervantes
Lâmina 54: Ampliação do Teatro Nacional Cervantes
Funciona como o mais parecido a um contendor neutro, cujo termo estrutural
correlativo, em nível urbano, é o lote de ocupação plena, que habitualmente se
destina a atividades de comércio e/ou a depósitos. Neste caso, é um anexo, uma
prótese do teatro que surge como recuperação e ampliação do setor de cenários
original, que foi destruído por um incêndio. O edifício que se deve projetar é na
verdade uma parte de um tema maior, o Teatro Nacional Cervantes, do qual foram
salvas a área de acesso público e a sala principal. É definitivamente apenas o pacote
funcional da maquinaria cênica e um setor de oficinas o que é preciso projetar. Por
esse motivo, pode ser entendido como recolocação de uma peça faltante em um
mecanismo, uma plaqueta de última geração que se junta a um organismo mais velho.
MRA opta pela neutralidade, perante duas realidades arquitetônicas que não
parecem ter solução de continuidade, estas são: o valor patrimonial e histórico do
edifício existente e a rejeição pessoal a toda atitude mimética com arquiteturas
“anteriores”.
A situação lugar a que a idéia do teatro constituído pela parte velha e a
ampliação, como a idéia de um objeto único e coerente em toda sua materialidade,
seja difícil de aceitar. O edifício ficou dividido em duas estruturas espacial e
expressivamente diferentes. Ambas as estruturas, contudo, respondem a um critério
na forma em que se relacionam, podendo entender-se que existe uma principal e uma
secundária. O volume antigo, dono da esquina, e portanto com duas frentes urbanas,
com toda sua estrutura compositiva em pé e encarregado da hierarquia dos acessos
principais à sala; é sem dúvida o volume principal, enquanto que a ampliação de MRA
se apresenta claramente como um pano de fundo, suave em seu tratamento
expressivo, e portanto secundária e subordinada ao velho teatro. Desta forma se
consegue perceber a existência de dois volumes articulados por um critério de
subordinação de figura e fundo, que reconstroem a idéia de edifício único.
O critério de subordinação é eminentemente urbano, pois no interior do edifício
cada setor mantém sua legibilidade, sem necessidade de articular-se a o outro, que
entre ambos o verdadeiro limite é a ficção cênica, a descontinuidade por antonomásia
entre ficção teatral e maquinaria da ilusão.
-77-
A leitura isolada do projeto de MRA, a partir de sua frente sobre a Avenida Córdoba
recria mais uma vez a autoridade da volumetria isolada. O andar térreo o mais fluído
possível, a expressão do limite frontal de fachada com uma esquadria isolada da
estrutura e o remate do setor de máquinas na parte superior do edifício não deixam
dúvidas de que a leitura urbana desta estrutura é a torre.
Esta organização expressiva da identidade formal do edifício, com mudanças no
tratamento das esquadrias, que expressam as diferenças funcionais e espaciais do
interior, está muito próxima do tratamento da fachada principal do Teatro Municipal
General San Martín, o que coloca em evidência a vontade de aproximar estruturas
expressivas e espaciais, ainda que as realidades programáticas e tipológicas sejam
diferentes.
Lâmina 55: Cortes de Ampliação do Teatro Nacional Cervantes e Teatro Municipal General San Martín
3-2-6Cadeia 6
É o caso bem particular do Teatro Municipal General San Martín, situado em um
lote de quadra bem largo para praticar a sucessão de espaços diferenciados,
estratégia que se corresponde com a tipologia de blocos de frente e fundo, separados
por pátios, usada em Buenos Aires. A autonomia espacial das salas permite entender
que está presente a estrutura formal de agrupação de prismas isolados, e a leitura
externa do edifício coloca em evidência a presença simbólica da estrutura de torre
moderna.
Lâmina 56: Cadeia 6
EDIFICIO
DE
CUERPOS
SEPARADOS
POR PATIOS
TIPOS DE
LOTE
Teatro
Municipal
General San
Martín
(1953/1960)
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
AGRUPACIÓN
DE DOS O
MÁS PRISMAS
EXENTOS
-78-
3-2-6-1 Teatro Municipal General San Martín
Lâmina 57: T.M.G.S.M. : Fotografias e maquete 3D
Lâmina 58: T.M.G.S.M.: Fotografias interiores
O lote em que se implanta este teatro tem uma largura suficiente para permitir a
organização do programa sem conflitos funcionais, porém cada sala com suas áreas
de apoio e acesso necessitará ocupar toda a largura disponível do lote para funcionar
bem. Esta regra obriga a crescer em altura e pensar no espaço como uma
acumulação de espaços diferenciados, cuja representação mais expressiva é o corte.
Talvez seja por esta razão que surge uma lógica que aborta a possibilidade de que
apareçam espaços que adquiram autonomia a 360º, e somente seja perceptível a
diferença entre os mesmos, se aceitamos a lógica da sucessão em profundidade e em
altura. Sucede algo semelhante ao caso de lotes de esquina e estreitos, de habitação
e temas bancários, nos quais se tentava reconstruir simbolicamente a estrutura da
torre como porção em faixa, no caso de lotes estreitos, ou como quadrante, nos lotes
de esquina: porém neste caso os espaços diferenciados, salas, apoios cênicos e
foyers definem uma estrutura de prismas agrupados limitados entre paredes-meias.
Dentro da lógica desta estrutura, impõe-se uma segunda estrutura de origem
tipológica urbana, que se caracteriza por estabelecer sucessões de volumes de
ocupação e vãos ao longo do lote retangular entre paredes-meias.
-79-
TIPO
CHORIZO
EDIFICACIÓN
EN CUERPOS
CALLE
INTERIOR
“COUR
D´HONNEUR”
SEMIEXENTO
Lâmina 59: Edifício da rua Las Heras 1679 em corpos, projetado pelo arquiteto Alejandro Virasoro, material extraído do livro
“Buenos Aires e algumas constantes nas transformações urbanas” de Fernando Diez.
Lâmina 60: Maquete do projeto do Teatro Municipal General San Martín
Esta tipologia se desenvolveu bastante durante a década de 30, época na qual
por não existir um código muito rigoroso, foi possível que os arquitetos
experimentassem novas formas de ocupação do lote. Poder trabalhar produzindo
novas formas de ocupação, alterando as formas de ocupação tradicionais, derivadas
da casa “lingüiça”, define uma atitude perante o lote urbano que, sem negar seu poder
sintático, propõe novas realidades expandindo o potencial do mesmo.
Lâmina 61: Opções de ocupação exploradas de 1900 a 1945, material extraído do livro “Buenos Aires e algumas constantes nas
transformações urbanas” de Fernando Diez.
-80-
MRA no T.M.G.S.M. atua da mesma maneira que estes arquitetos de 30,
conseguindo assim uma renovação tipológica integrada ao tecido de Buenos Aires.
No T.M.G.S.M. as paredes-meias são as condições que permitem a
condensação em altura, assunto que por sua vez demanda que se calibre
cuidadosamente a expressão espacial de cada volume de tal maneira que se possa
superar a pura frontalidade. Neste sentido, o antecedente da casa Curutchet de Le
Corbusier em La Plata é bem sugestivo. Nela Le Corbusier se obrigado a trabalhar
com a parede-meia, conseguindo que não se anule a expressão purista de seus
elementos. O mesmo recurso é utilizado no teatro, ao separar a estrutura das salas,
as salas, os foyers e as circulações públicas da neutralização espacial que gera a
parede-meia.
Lâmina 62: Plantas principais do T.M.G.S.M.
Foram gerados vãos capazes de reconstituir a percepção do volume e a
experiência do passeio arquitetural lecorbusierano.
Sugestivamente a especialização interior não se reflete com a mesma ênfase
expressiva no exterior do edifício. A fachada do Teatro se apresenta como um
tranqüilizador volume de escritórios, elemento complexo que resolve o primeiro corpo
da sucessão em contato direto com o alinhamento e define a fachada do edifício.
Este primeiro corpo “administrativo” desenvolvido em altura, separa-se do chão
praticando a fluidez espacial no andar térreo de maneira tal que permite articular o
espaço interior do teatro à Avenida Corrientes. O tratamento da fachada, composta
por panos envidraçados e esquadria metálica, apresenta uma sucessão de suaves
mudanças expressivas que parte do andar térreo com o sistema de portas e marquise
característico de tantos teatros e cinemas da mesma avenida, depois continua com a
expressão de três trechos armados com panos simples, modulados em
correspondência com a altura geral da área pública de foyers. Nos seguintes seis
níveis continua com a definição, em courtain wall, de um limite de escritórios muito
similar ao do Banco Popular Argentino; e conclui com a expressão simbólica do perfil
lateral da sala do micro cinema e a caixa dos serviços técnicos do edifício.
-81-
similar ao do Banco Popular Argentino; e conclui com a expressão simbólica do perfil
lateral da sala do micro cinema e a caixa dos serviços técnicos do edifício.
A sucessão gradual de espaços diferentes em altura elimina a sensação inicial
de edifício administrativo, dando lugar à expressão de uma monumentalidade cuja
regra consiste na sucessão não habitual de espaços diferenciados. A fachada
consegue expressar sua natureza espacial, permite articular o exterior aos seguintes
corpos do edifício por meio do andar térreo fluído, e resolve a identidade do edifício
dentro de um trabalhado equilíbrio entre a serenidade da arquitetura administrativa
habitual nessa área da cidade e a monumentalidade e excepcionalidade do complexo
teatral.
A estrutura de torre se apresenta como expressão retórica do primeiro corpo e
sua fachada, admitindo algumas alterações para sugerir o restante do edifício e
evitando a expressão deliberada dos elementos mais representativos do tema ou a
serenidade funcionalmente indiferente de um volume único.
Lâmina 63: Fachada e corte transversal do T.M.G.S.M.
Lâmina 64: Corte longitudinal
-82-
TIPOS DE
LOTE
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA VERTICAL
EXENTO EN
ALTURA Y PRISMA
HORIZONTAL
DE BASAMENTO
PRISMA
VERTICAL
EXENTO
EN ALTURA
TORRE LE PARC
Deamarìa, Fray
Justo Santa Marìa
de Oro, Cerviño y
Godoy Cruz (1995)
Universidad de
Belgrano
Zabala 1851
(1975 / 1995)
(1981) Talcahuano 1272
(1982/87) SAN MARTIN DE TOURS I Y II / Libertador 2423
(1986) Cnel. Dìaz Esq. French
(2000) EDIFICIO MICROSOFT / Viamonte y Bouchard
(2002) TORRE GALICIA CENTRAL / Perón Esq. Reconquista
(1991) EDIFICIO ART TOWER / Coronel Díaz 2142
(1996) Edif. INTERCONTINENTAL PLAZA / Tacuarì y Moreno
AGRUPACIÓN
DE DOS O
MÁS PRISMAS
EXENTOS
O espaço entre o primeiro corpo e o segundo é o equivalente tipológico do pátio
que separa o primeiro corpo e o segundo nas tipologias de edifícios em corpos. Este
“Vazio” simbólico se apresenta ocupado pela sucessão da Sala Leopoldo Lugones e a
Sala Casacuberta. Nele se pratica uma complexa e indispensável sucessão de
transições estruturais, que se expressam somente no apoio das quatro colunas da
sala Leopoldo Lugones no andar térreo.
O último corpo da sucessão, similar ao contendor do Teatro Nacional Cervantes,
é o setor de apoio cênico, oficinas e depósitos. Sua altura e hermeticidade são
funcional e perceptivamente inacessíveis ao público.
3-2-7 Cadeia 7
É a cadeia mais favorecida por MRA. Seus edifícios foram influídos por ela.
Contudo, quando esta estrutura formal domina, é quase inalterável. Somente se
verifica a alteração no caso da Universidade de Belgrano, duas torres que se
apresentam ambíguas com respeito à composição esperável de uma simples torre, as
estruturas formais de torre com embasamento e de agrupação de prismas isolados
hibridam o resultado. Selecionou-se a torre “Le Parc” por ser o caso que talvez
expresse melhor a pureza da estrutura formal de torre na obra de MRA. Existe uma
boa quantidade de exemplos de torres de escritórios e habitações construídas nas
duas últimas décadas, entre elas o Edifício Intercontinental Plaza e o Edifício
Microsoft, de escritórios, e San Martín I e II, de habitações.
Lâmina 65: Cadeia 7
3-2-7- 1 Universidade de Belgrano
Antes de iniciar a análise específica desta torre universitária, é necessário
formular algumas aclarações com respeito ao processo de gestação de projeto e do
resultado final. A Universidade de Belgrano, universidade privada que foi criada no
contexto das mudanças produzidas no final de 50, decide construir uma sede capaz
de agrupar todas as pequenas sedes que a compõem, no final da década de 60 e
-83-
CORTE
PLANTA
BAJA
PLANTA
TIPO
ADMINISTRACION
PLANTA
TIPO
AULAS
Começo de 70. Existiram duas instâncias, a primeira, que não se concretiza, referida a
um terreno extenso, na qual MRA obtém o primeiro prêmio com um projeto
desenvolvido em horizontal, e a segunda, na qual MRA deve adaptar suas idéias
iniciais a um terreno muito menor, que não permite a aplicação de uma estrutura
formal horizontal. Para o primeiro projeto, MRA aplica sua experiência com projetos
ganhadores de universidades, que vinha desenvolvendo alguns anos antes,
particularmente o da Universidade Tecnológica de La Plata.
Lâmina 66: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano: planta geral e maquete
Para a segunda experiência, mais uma vez, MRA se obrigado a projetar
desafiando o crescimento em altura. O terreno apenas permitia projetar uma
universidade em altura. O projeto consiste em dois blocos verticais, dos quais até hoje
apenas foi construído um.
Lâmina 67: Segundo projeto para a Universidade de Belgrano: Corte e plantas
-84-
O bairro de Belgrano tem uma alta concentração de edificações em altura. Este
fenômeno de densificação é relativamente novo e faz parte das conseqüências
geradas pela proximidade do bairro com respeito ao centro, sua acessibilidade e
conectividade urbana e a vigência do código de edificação, que favorece este tipo de
edifício.
O quarteirão em que se acha edificada a universidade é estrategicamente ideal,
que se situa bem próxima de avenidas, redes ferroviárias e redes de transporte
subterrâneo, que dão um alto grau de acessibilidade ao local universitário. O bairro de
Belgrano forma parte das áreas que se renovaram com a tendência, progressiva e
dominante, de crescimento da cidade para o norte.
A universidade se integra no espaço circundante “como mais uma torre”. Porém
a escala do acesso e a abertura sobre a rua evidenciam seu uso e caráter público
institucional.
O desenvolvimento de uma universidade em altura, pode ser entendido como
uma lógica funcional forçada de um programa de universidade. Pode parecer-nos
surpreendente que, depois de muito tempo de ensaiar-se a idéia de universidade tipo
“campus”, decida-se neste caso enfrentar o tema em um lote urbano. Contudo, esta
iniciativa recobra sentido se consideramos a realidade urbana de Buenos Aires, uma
cidade com uma área urbana consolidada de tamanho significativo. Por outro lado,
Belgrano estava a caminho de transformação em um bairro dominado por um tecido
de torres de habitações de alto nível aquisitivo. Neste contexto, desenvolver uma
universidade em altura apenas implicava resolver o desafio dos fluxos. Fluxos de todo
tipo ... O problema dos fluxos circulatórios veiculares incrementados pela atividade da
torre-universidade não foi resolvido, o que sim foi surpreendentemente resolvido foi o
deslocamento de pessoas em altura. Assim o indica MRA na memória descritiva do
edifício:
Dado o delineamento vertical, a quantidade de plantas, o
número de pessoas que ingressam e saem em horários
impensados, o bom funcionamento passa pelas
circulações verticais... O problema básico é a circulação
vertical, núcleo de elevadores para alunos ... aqui se
adotou a solução de dois elevadores em um mesmo
passadiço com capacidade de 35 pessoas cada um. A
cabina tem dois níveis e se ingressa também de dois
níveis consecutivos e simultâneos, e em um movimento
se transportam 72 alunos por cada um, que multiplicando
por quatro resultam 228 pessoas que podem ingressar
e/ou sair ao mesmo tempo. Talvez isto seja uma nova
contribuição a um problema gerado pelo delineamento
adotado.
-85-
Lâmina 68: Universidade de Belgrano: elevador
O aspecto circulatório fez com que outros aspectos do programa se
apresentassem como algo comparativamente singelo. No entanto, as restrições de
código, os aspectos distributivos dos espaços em altura e as exigências estruturais,
seguramente não deixaram de ser assuntos que requeressem um cuidadoso ajuste.
As restrições de código se tornam evidentes pelo baixo índice de ocupação do
solo que tem o edifício atual (FOS: 0,36). Isto implica que se pode subir, mas não
ocupar muito terreno e se deve manter distância com os limites do terreno. Estas
restrições invalidam em seguida várias opções de estrutura formal. Não se pode
praticar a ocupação perimetral de pátios, não se pode resolver o edifício em um
pavilhão e também não se pode resolver com uma edificação em altura de frente e
fundo entre paredes-meias... O código postulava o volume em torre.
A torre é capaz de resolver o programa? A solução proposta por MRA nos
demonstra que não. O edifício que finalmente projetaram duplica a torre, que a
idéia de uma torre que contivesse toda a universidade se tornaria intolerável para a
circulação e, além disso, encareceria os custos da estrutura. Por outro lado, as torres
se conectam em quatro pontos por meio de pontes. Essa foi uma maneira de duplicar
a superfície da planta, mas também uma maneira útil de resgatar os segmentos
circulatórios que conectam os pavilhões em seus projetos de universidades em
horizontal do final de 60 e começo de 70. No projeto para a UNLP, ganho por MRA em
1967, vê-se como conecta grandes superfícies horizontais por meio de dois núcleos
verticais.
-86-
Lâmina 69: Universidade de Belgrano: Silhueta binuclear em planta, fotografia do edifício construído e reconstrução do projeto
final.
O primeiro elemento de união, o das plantas de acesso, é uma espécie de
mutação da ponte em um embasamento não totalmente completo. Os elementos de
união fazem parte de uma mesma família, que se estende entre a estrutura formal de
origem, ”a ponte” e a estrutura formal mais acorde com o programa, “a torre com
embasamento”. As duas torres se articulam por meio de uma idéia incompleta de
embasamento, que torna mais razoável a idéia de universidade em altura.
A estrutura formal da universidade é literalmente a de uma torre, porém a idéia
de um embasamento rudimentar e a reiteração do volume dando lugar à estrutura de
prismas agrupados, fazem com que o edifício se comporte como um estado híbrido. A
UB representa um dos casos mais limítrofes e brilhantes da produção de MRA.
3-2-7-2 Torre Le Parc
Lâmina 70: Torre Le Parc: Fotografias
Assim como a ampliação do Teatro Nacional Cervantes pode ser entendida
como uma parte (Corpo de apoio cênico, oficinas e depósitos) constitutiva de uma
estrutura maior, que aparece completa no Teatro Municipal General San Martín com a
sucessão de corpos; o caso da Torre Le Parc representa também uma parte de outro
sistema que MRA elabora a partir do Panedile I, em que edifício em torre e edifício
semi-isolado, apoiado sobre uma parede-meia, conformam uma estrutura de partes
em U.
-87-
Lâmina 71: Esquemas volumétricos de partes do T.M.G.S.M., Teatro Cervantes, Panedile I e Torre Le Parc.
Este interessante sistema ou engrenagem de possibilidades estruturais,
pensado a partir de partes adaptáveis, é apenas um recurso secundário que permite
superar as circunstâncias negativas que não o ajudem a realizar uma aplicação direta
de seus ideais. Para MRA a solução exemplar continua sendo a estrutura formal de
torre, e a solução em U é apenas uma resposta lógica de adequação a um entorno
existente (isto quer dizer com paredes-meias), que se não existisse nunca forçaria a
sua aparição.
Lâmina 72. Le Parc: andar térreo, planta tipo e fotografia de acesso.
No campo dos resultados, e relacionando estruturas, foi mais forte e
determinante a experiência do Panedile I do que a experiência de suas torres
prematuras: esquina de Virrey Loreto e Arribeños (1964) e CODIVA (1966). Custa
mais encontrar uma relação entre estes dois exemplos e Le Parc, do que entre
Panedile I, na esquina de Alvear e Parera e o da Avda. Libertador 4444 e Le Parc. A
ordem constitutiva das partes da torre, com seu traçado e suas simetrias, aparece em
Panedile I e se desenvolve a partir daí nas seguintes torres.
-88-
TIPOS DE
LOTE
ESTRUCTURA
FORMAL
PRISMA VERTICAL
EXENTO EN
ALTURA Y PRISMA
HORIZONTAL
DE BASAMENTO
EDIFICIO IBM (1983)
della Paolera 275
Catalinas Norte
Proy. CONCURSO
1 PREMIO
JOCKEY CLUB
Florida y Tucumán
(1963)
CLUB ALEMAN
Avda. Corrientes 327
(1972)
GALERÍA JARDÍN
Florida y Tucumán
(1974 / 1984)
BOLSA DE
COMERCIO
DE Bs. As.
(1977)
25 de Mayo 347
Corrientes 1769/81 y Callao 441/45
(1967)
(2001) EDIFICIO DE
OFICINAS
San Martín 344
(1982) Las Heras Esq. Rodriguez Peña
(1983) DISCO 23 Y EDIFICIO E Y K / Bulnes y Arenales
(1987) EDIFICIO DE OFICINAS / Tucumàn 744
(1991) Proyecto OFICINAS
Alem y Còrdoba
CORRIENTES ANGOSTA
Avda. Corrientes 1967
(1970)
EDIFICIO FINANFOR
Esmeralda Esq. Viamonte
(1972)
Lâmina 73: Panedile I, Le Parc e esq. de Virrey Loreto e Arribeños
3-2-8 Cadeia 8
O caso da estrutura formal de torre com embasamento, uma derivação da torre,
apresenta-se ainda mais hermética do que a torre em sua receptividade de outras
estruturas, e portanto sua capacidade de ser hibridada é escassa. Uma vez
encontrado um programa e um lote que permitam sua aplicação, esta estrutura pode
ser resolvida de muitas formas sem perder sua identidade. Nos exemplos podemos
verificar lotes grandes de quadra, como o Clube Alemão, lotes grandes isolados,
como o IBM e lotes irregulares produto de anexações de vários lotes, como no projeto
do Jockey Clube.
Lâmina 74: Cadeia 8
3-2-8-1 Projeto do Jockey Clube
Lâmina 75: Plantas do Jockey Clube
-89-
O projeto da nova sede do Jockey Clube responde a um programa sumamente
complexo, no qual se combinam três realidades muito diferentes: O Clube
propriamente dito, duas torres de escritórios de aluguel e uma galeria comercial. A
tríplice realidade de atividades com diferentes hierarquias, diferentes acessos e
espaços com distribuições, iluminação e ventilação também muito diferentes, faz com
que seja difícil conseguir definir uma estrutura clara e eficiente.
A estrutura de torre com embasamento é uma estrutura capaz de sustentar a
tríplice hierarquia, resolver acessos bem diferenciados e responder com espaços
adequados aos três requerimentos programáticos.
Esta estrutura tem a capacidade de que, por meio de seu embasamento, se
prolongue a experiência do espaço público, dilatando seus percursos e produzindo
uma série de gradações que prolongam os passos prévios “ao chegar”, permite
também separar realidades programáticas por níveis ou meios níveis, que próximos
da rua adquirem autonomia em seus acessos. Permite também separar as duas
torres e suas atividades do basamento com total naturalidade. Todas estas virtudes
são potencialmente possíveis e não forçam em absoluto a estrutura, porém existe
uma razão ainda mais forte para adotar essa torre com embasamento, e está
relacionada com uma lógica do lugar. Um terreno pequeno não o houvesse permitido,
um terreno totalmente isolado não a tivesse precisado e uma área suburbana não
houvesse tido a capacidade de concentrar com sucesso tanta atividade. O Jockey
Clube finalmente não foi construído, porém um ano depois, no mesmo terreno MRA
constrói um programa diferente, mas com a mesma estrutura, “A Galeria Jardim”.
MRA tem também projetos situados muito perto desse lugar, que são resolvidos com
uma aplicação semelhante da mesma estrutura: Clube Alemão e o da rua San Martín
344, e em menor medida a torre CHACOFI e a Bolsa de Comércio.
O cliente exigiu, para este projeto, que se mantivesse o nível monumental e de
hierarquia do clube, o que com as gradações do embasamento MRA define como:
Para sua distribuição em altura preferimos o esquema palaciano de todos os
tempos, que se mantém por cima das épocas nos palácios de nossa era:
embasamento - planta-nobre -ático.
Lâmina 76: Perspectiva e corte do Jockey Clube
-90-
Com respeito à necessidade de separar acessos e áreas dentro do
embasamento, isto é resolvido ao gerar o embasamento uma faixa de edificação
contínua sobre o alinhamento do lote: dela se produzem recuos semicobertos e
acessos em meio nível
Quanto à galeria comercial, talvez o elemento mais difícil de
integrar harmonicamente dentro do conjunto, sua própria
natureza fazia com que a solução ótima fosse a de dar-lhe toda a
frente sobre a rua Florida como visual e acesso, solução que foi
exigida também pelo clube. A galeria tem seu valor rentável,
porém é óbvio que não se pode entrar no clube através, ou pelo
lado de um bazar. A solução consistiu em dar a ambos toda a f
frente sobre a rua Florida, em diferentes níveis.
Lâmina 77: Perspectiva de acesso em dois níveis a partir da rua Florida.
Com respeito às exigências de ventilação e iluminação mais requeridas, neste
caso o tema das torres MRA afirma:
O dimensionamento dos núcleos de serviço e circulações
verticais responde às que correntemente são consideradas como
ótimas para este tipo de arranha-céu. Ou seja, que se apenas
tivesse sido preciso construir duas torres de escritórios no terreno
a solução haveria sido quase idêntica.
Efetivamente esta afirmação de Álvarez será comprovada com o projeto e
construção, dez anos depois, da Galeria Jardim. A estrutura de torre com
embasamento é uma das que, com maior efetividade, é capaz de expandir o
fenômeno público do espaço urbano e, ao mesmo tempo, controlá-lo sem maiores
conflitos.
-91-
3-2-8-2 Clube Alemão
Lâmina 78: Clube Alemão: Andar térreo e planta tipo
O Clube Alemão é mais um caso de aplicação desta estrutura de torre com
embasamento. Projetado e construído em duas etapas, a primeira correspondente a
um lote inicial no qual se desenvolve, no embasamento, a sede do Instituto Goethe; e
na torre, do ao andar, plantas de oficinas e do 20º ao 24º a sede do Clube Alemão;
e a segunda correspondente à anexação do lote lateral direito e à construção de uma
prolongação do embasamento com área bancária no andar térreo e expansão do
Instituto Goethe no restante do embasamento e um bloco semi-isolado de escritórios
do ao 14º andar.
Lâmina 79: Ocupação de lote e escorço urbano do Clube Alemão primeira etapa e do Clube Alemão segunda etapa.
Como vemos, podemos comprovar que o edifício se desenvolveu em dois
estados estruturais que, embora se correspondessem sempre com a estrutura formal
de torre com embasamento, foram pensados, o primeiro como um embasamento de
ocupação total com uma torre bem próxima do alinhamento e centrada em função de
seus recuos laterais; e o segundo, que incorporando esta primeira situação, expande
o embasamento por cima de seu lote e acrescenta um edifício semi-isolado que é
semelhante, em volumetria, recuos e proximidades da torre; ao edifício lateral direito
existente.
-92-
A última etapa se aproxima à solução do Jockey Clube por usar um
embasamento com dois blocos verticais e se aproxima à Cadeia do Panedile I,
recriando a ilusão compositiva de dois corpos laterais e um central isolado, derivada
da estrutura U.
Lâmina 80: Embasamento com dois blocos verticais em Jockey Clube e Clube Alemão e semelhança compositiva com o U,
exemplos do Panedile I e do da esquina de Alvear e Parera
Esta etapa, dupla na concreção do resultado final, apresenta a continuidade da
torre isolada com estrutura vertical externa, desenvolvida em casos anteriores e por
desenvolver em muitos futuros casos; e abre uma experiência distributiva para temas
de escritórios que, no caso do bloco semi-isolado, influirão em edifícios posteriores
como A Bolsa de Comércio e no caso da ruaTucumán 744. Não se trata, neste caso,
de um problema relacionado especificamente com uma mudança da estrutura formal,
mesmo que seja evidente que influi. É mais um problema nítido de distribuição das
lojas públicas, circulações e acessos de automóveis no andar térreo e definição de
uma frente de estrutura de torre e embasamento diferente com respeito aos casos do
Jockey Clube e a primeira parte do Clube Alemão. A distribuição estabelece uma
assimetria lógica na localização das circulações e setores de serviço comuns,
conseqüência da organização de um andar térreo útil e capaz de organizar dois
espaços com funções e acessos diferenciados: principalmente o acesso à garagem
que é menor em largura e o acesso a uma ou duas lojas importantes situadas no andar
térreo. Esta manobra requer afastar ou reduzir o tamanho das colunas, para ganhar a
frente útil necessária para organizar estes acessos diferenciados, ocasionando uma
mudança expressiva na organização da fachada, nos quais a estrutura fica absorvida
dentro dos volumes do embasamento e da torre.
Lâmina 81: Comparação da solução distributiva no andar térreo, planta tipo e definição de fachada do escritório semi-isolado do
Clube Alemão e do edifício de escritórios Tucumán 744
-93-
Com respeito à hierarquia e graduação dos espaços de acesso, sucede algo
semelhante ao Jockey Clube, embora com menos complexidade funcional. O andar
térreo, e em geral todo o embasamento, permite construir as seqüências necessárias
com suas alturas e dimensões adequadas à identidade do tema. Com respeito à este
aspecto MRA aclara:
... isto determinou a localização da circulação vertical no extremo
posterior da torre, conseguindo assim, no andar térreo, um
grande pódio de acesso que abrange toda a largura do terreno e
que conforma um espaço muito generoso, interrompido
unicamente por membranas transparentes que lhe conferem
uma monumentalidade difícil de conseguir em edifícios deste tipo
Lâmina 82: Clube Alemão: Seqüência de acesso no andar térreo
A decisão, funcionalmente eficaz, de zonificar nos níveis 20º ao 24º da torre o
Clube propriamente dito, requer no tratamento exterior da mesma algum tipo de
aclaração. Se compararmos a solução expressiva das mudanças de funções e
espaços em altura desenvolvida no T.M.G.S.M. ou no Teatro Cervantes, no Clube
Alemão o recurso é fraco, que reserva a expressão desta mudança, única e
exclusivamente, à escada situada dentro do clube nos últimos quatro andares,
lateralmente no meio do percurso em profundidade da torre. Soluções posteriores de
edifícios com muito menor variabilidade funcional, como a Torre Le Parc, demonstram
que a solução expressiva da mudança funcional da torre do Clube Alemão se localiza
dentro de um estado muito inicial no repertório de soluções que MRA desenvolverá.
Lâmina 83: Expressão muito homogênea da torre com detalhe expressivo do clube com a escada no trecho final da torre.
-94-
3-2-8-3 Galeria Jardim
Lâmina 84: Andar térreo, modelos de planta das torres e corte da Galeria Jardim
Como foi antecipado na análise do Jockey Clube, esta galeria se localiza no terreno
que seria destinado ao Clube. Está situado na área urbana da cidade que concentra a
maior parte dos serviços, fluxos e maiores densidades de uso na cidade. Isto permite
que seu programa seja coerente com relação às possibilidades do local.
A rua Florida, que era usada como passeio desde épocas da colônia, não tinha
trânsito veicular, e a partir de 1973 é remodelada como rua pedestre comercial. Este
fator, e a proximidade da área bancária e administrativa da cidade, incidem de maneira
definidora na eleição do programa e a concreção do edifício em 1974.
As dimensões do terreno e a conexão deste com duas ruas, permite gerar um
circuito circulatório rua / edifício / rua e um uso em planta muito generoso para as
atividades comerciais, os acessos diferenciados e a rampa do estacionamento
Surge da imediata necessidade de separar três atividades diferentes, a área
comercial, os escritórios e as moradias. Ao ter que responder a estas três atividades
claramente autônomas, a estrutura formal de embasamento e torre é a mais
adequada, que sua estruturação espacial define dois setores diferentes
(embasamento e torre). Na concepção desta estrutura formal. MRA duplica a torre,
que para o requerimento de escritórios e moradias é adequado ter duas torres. Ao ser
duplicada a torre, poderíamos pensar que a estrutura formal de embasamento e torre
se tornou uma estrutura formal de edifícios sobre plataforma, porém isto não é assim,
porque a plataforma requer integrar-se no espaço urbano, incorporando uso público
-95-
sobre sua superfície, e isso não sucede no caso que estamos estudando.
O embasamento: é destinado às atividades comerciais, acessos diferenciados
(a escritórios e a moradias) e acesso em rampa ao estacionamento do segundo
subsolo. Este elemento retoma a tradição tipológica das galerias comerciais de
Buenos Aires, organizando um percurso público interno conectado com as duas ruas
às quais o projeto (ruas Florida e Tucumán) e articulado por dois pátios. O
embasamento, ao ter áreas abertas (pátios), gera duas estruturas formais de pátio,
subordinadas à de embasamento e torre.
Lâmina 85: Pátios da Galeria: perspectiva e fotografias
As torres: ambas se situam correspondentemente orientadas a cada rua, porém
ao mesmo tempo recuadas. Isto permite, por um lado, ajustar-se às normas do
momento e, a um tempo só, separar claramente os acessos de cada torre. Ambas as
torres têm praticamente a mesma altura e metragem cúbica, embora por razões de
funcionalidade a geometria de planta é diferente (a planta de escritórios mais
quadrada e com as distâncias de utilidade e iluminação adequadas para escritórios e a
planta da torre de habitações mais retangular e com a possibilidade a agrupar
unidades de habitação em torno a um corredor interno de direção longitudinal).
Papel principal do programa
A Galeria Jardim responde a vários aspectos simultaneamente, contudo o
programa parece ser o aspecto que mais importância teve na decisão da estrutura
formal. A Galeria Jardim não é um edifício pequeno (56.000 m2), nem é
monofuncional, nem tampouco está formado por um conjunto de funções ou
atividades que possam conviver sem serem separadas. Estes fatores próprios do
programa em sua acepção mais formal, conjugados com a concepção de um espaço
integrado nos ritos e formas de vida do passeante portenho, que estão mais próximos
de um “programa informal” unido à conduta do habitante de Buenos Aires, consolidam
a estrutura formal do projeto.
Lâmina 86: Galeria Jardim: torre de moradias, torre de escritórios, galeria e maquete do projeto.
-96-
Conduta do habitante
A conduta do habitante urbano, em Buenos Aires, implica a vontade e o prazer de
fazer percursos eminentemente pedestres ... de compras ou simplesmente de
passeio”. Este rito é próprio de quem vai às galerias, e ainda mais, desse tipo de
atividade que lotava as galerias anteriores aos shoppings, que tiveram seu apogeu
nos anos 70 e começo de 80. Nesses tempos as galerias se estenderam pela Avenida
Santa e a rua Florida. Todas elas requeriam uma espécie de rua coberta e as mais
sofisticadas tinham também essa identidade proveniente das “lojas”, nas quais a idéia
de edifício se equipara à idéia de um bloco urbano completo (Galerias Pacífico,
Galerias Güemes, Tiendas Harrods). Quem ia de compras saía de uma galeria,
passava por outra e assim terminava caminhado pela Avenida Santa e a rua
Florida, fazendo um extenso passeio despreocupadamente ... alternando com
confeitarias ou alguma que outra livraria.
Lâmina 87: Localização da Galeria: quarteirão marcado em preto e circuito urbano comercial que une Santa e Florida.
A hierarquia
MRA soube encontrar no embasamento a oportunidade para plasmar esta
questão e, ao mesmo tempo, empregá-lo como elemento articulador da torre de
escritórios, muito recuada da Florida e da torre de moradias, menos recuada da
Tucumán. O embasamento sustenta o edifício, em termos físicos, mas também no
sentido simbólico (sua identidade). A leitura pedestre a partir da rua Florida
praticamente deixa a torre de escritórios sem presença compositiva, dando toda a
hierarquia simbólica à galeria. A Galeria Jardim tem dois pátios interiores com plantas,
isto permite comprovar como um embasamento é capaz de subordinar outras
estruturas formais. Podemos achar embasamentos isolados, mas também, como
neste caso, ocupando inteiramente lotes cercados por paredes-meias.
-97-
Lâmina 88: Desenho de Álvarez da frente da galeria sobre a rua Florida.
O embasamento articula percursos em pentes lineares que se intercalam com os
dois pátios, dando à estrutura de distribuição em pente uma ruptura saudável a sua
monotonia repetitiva. Os pátios por sua vez desenvolvem um leve recuo com terraços,
para conseguir que entre a maior quantidade possível de luz.
Relação com o lugar
O edifico manifesta uma clara preocupação em integrar-se no lugar, porém essa
integração é espacial antes que figurativa. Os elementos construtivos do projeto são
abstratos e formam parte de uma constante na obra de MRA, na qual se apresentam
volumes ortogonais puros, que se decompõem em chapas horizontais. A leitura
serena desse volume de planos horizontais domina o aspecto exterior do edifício,
afastando os elementos que pudessem alterar esta leitura; neste caso o afastamento
das fachadas que têm as torres permite que o embasamento resolva a leitura exterior
do edifício. O edifício se apresenta como uma realidade isolada ou como uma
derivação adaptada a lotes vizinhos, que ainda indica com alguns “recursos” que sua
origem é de natureza isolada. Nas galerias podemos verificá-lo analisando a fachada
sobre a rua Florida. Nela vemos que os elementos significativos da esquadria não
chegam à borda divisória, provavelmente porque eles devem aclarar que estavam
destinados a chegar a uma esquina livre de contato algum com construções vizinhas.
Nas torres, os elementos da esquadria se articulam na esquina sem necessidade de
interrupções ou juntas de dilatação. Os elementos que geram as fachadas respondem
à lógica da esquadria ou curtain wall. Todos os elementos se apresentam modulados e
coordenados com uma grade que se desenvolve, com suas variantes, em muito de
seus edifícios.
-98-
3-2-8-4 Bolsa de Comércio
Lâmina 89: Bolsa de Comércio: Corte e fotografias a partir da rua Leandro N. Alem.
A Bolsa de Comércio forma parte dos edifícios de embasamento e volume em
altura, que pelas características do lote deve apoiar-se em paredes-meias,
reservando as ventilações à frente e ao fundo. Estes requisitos que calibram superfície
disponível e frente de iluminação dão por resultado, neste caso e com relação à
implantação, uma solução muito articulada ao entorno urbano existente; a sacada
sobre a Avenida Leandro N. Alem, o tecido contínuo sobre a rua Reconquista e
Leandro N. Alem e o edifício Comega de Alfredo Joselevich e Enrique Douillet. Sua
conformação respeitosa do tecido característico do pórtico e o controle do
alinhamento do recuo em correspondência com o Comega dão por resultado uma
estrutura de bloco vertical com embasamento que responde perfeitamente ao entorno
urbano.
Lâmina 90 : Planta da Bolsa de Comércio
O programa, com seu setor de salas e atividades mais públicas e a área mais
administrativa de escritórios, corresponde-se com os dois elementos constitutivos da
estrutura.
-99-
Lâmina 91: Salas da Bolsa de Comércio
A proposta estrutural suportada sobre um sistema de colunas em tabuleiro, e
portanto afastado da solução de estruturas com pórticos e com poucos apoios
empregada em outros casos, corresponde-se com o caso do novo sector de
escritórios do Clube Alemão e com a torre com embasamentos da rua Tucumán 744.
Provavelmente o peso do pórtico, com sua freqüência de pilastras e arcos,
estabeleceu uma preexistência quase programática que obrigou a tomar este tipo de
resolução. Contudo, é surpreendente a diferença existente entre este exemplo e os
escritórios CHACOFI, projetados apenas três anos depois, situados também sobre
Reconquista e Alem a umas duas quadras de distância em direção a Retiro. No caso
do CHACOFI, com seu esforço em conseguir que um edifício que se apóia nas duas
paredes-meias pareça uma torre e a eliminação da frente com pórtico sobre a rua
Alem, objetiva-se a vontade de separar-se do tecido existente, produzindo um forte
contraste difícil de conciliar entre edifício e entorno.
Lâmina 92: Comparação da volumetria e relações urbanas entre edifício e entorno na Bolsa de Comércio e os escritórios
CHACOFI
-100-
3-2-8-5 Edifício IBM
Lâmina 93: IBM: Fotografias gerais.
O setor no qual se localiza a torre IBM forma parte do que foi uma antiga área
residual, situada entre a cidade e o porto, chamada de Catalinas Norte. No final da
década de 60 esta área foi transformada em um setor de escritórios tipo torre. A
intervenção foi feita com critérios modernos.
Lâmina 94: Projeto de Catalinas Norte original e situação atual
A regulações que impõe o código de edificação de Catalinas Norte são
aproveitadas por MRA como uma excelente oportunidade para desenvolver uma torre
com embasamento isolado. Catalinas Norte é a primeira urbanização em Buenos
Aires que permite edificar prédios realmente isolados. O lote habitual da cidade, de
dimensões menores, faz com que colar-se às paredes-meias seja difícil de eludir,
dando lugar à aparição de regras de jogo difíceis para uma arquitetura isolada.
-101-
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
Lâmina 95: Traçado de Catalinas Norte
A relação obliqua, com respeito à cidade, que tem o traçado de Catalinas, é
interpretada por MRA como uma dupla hierarquia entre a visão frontal e a visão lateral.
A visão frontal explica o volume vertical e a visão lateral apresenta o embasamento
como elemento organizador do acesso principal
Programa:
Se analisarmos o programa, comprovaremos que não apresenta maiores
diferencias com respeito ao típico programa de escritórios para uma empresa
multinacional. O corpo elevado sobre a transição estrutural tem 16 plantas-tipo de
escritórios, pensadas com a menor interferência possível, calibradas em suas
medidas com respeito ao ângulo de iluminação solar e conectadas a um sistema de
núcleos verticais que não apenas prevêem as circulações principais e de serviço,
como também uma escada de evacuação contra incêndios externa, conectada
perimetralmente com toda a planta por meio de uma sacada externa. As duas últimas
plantas estão destinadas a salas de máquinas. No embasamento se superpõem, a
partir do subsolo, duas plantas de estacionamento, uma de computação, uma em nível
de acesso do hall principal, a seguinte em um primeiro andar, destinada a sala de
jantar e a última que é o terraço do embasamento, destinado a jardins e áreas de estar-
Lâmina 96: Plantas do IBM
Devemos sublinhar a decisão de MRA de separar em dois pacotes: o setor de
escritórios, na torre; e o do restante das atividades, no embasamento. Esta decisão
permite coordenar melhor as demandas da atividade e ao mesmo tempo resolver, sem
conflitos de fragmentação, as diferenças espaciais que surgem entre a planta-tipo de
escritórios e as outras atividades.
-102-
O edifício, organizado em dois setores claramente expressados pela estrutura
formal de torre com embasamento, consegue redefinir uma organização de escritórios
que se separa das caixas de cristal típicas e abundantes no setor.
Torre e embasamento ou torre ... ou embasamento?
Uma visão em eixo a partir da face orientada para praça San Martín pode fazer-
nos acreditar que o embasamento não existe e forma parte da torre ... É que MRA
coordenou, quase no mesmo limite vertical, três faces da torre com três faces do
embasamento. Isto não é casual, que além do mais os materiais de projeto que
expressa na torre e no embasamento são exatamente os mesmos ... ou o mesmo. O
edifício se reduz a um diálogo entre cheios (plano branco) e vazios (recuo de aberturas
e vão gerado pela transição estrutural entre embasamento e torre).
Lâmina 97: fotografias do IBM
Por outro lado, o setor que se orienta para a Avenida Leandro N. Além apresenta
visível a única face que não está coordenada no mesmo limite. Este ângulo de
observação permite captar plenamente a separação entre torre e embasamento. A
partir desta frente se organiza o acesso principal com uma escada que chega a um
pódio que separa o edifício do espaço público.
A que responde esta coordenação tão estudada? Podemos conjeturar que todo
isto é intencional. E partindo desta hipótese, poder-se-ia imaginar que o edifício tende
a neutralizar, de maneira suave, a diferença entre suas duas peças fundamentais. O
motivo pode residir em uma estratégia habitual em sua arquitetura. MRA reduz a
importância dos elementos individuais e sua expressividade à procura de uma
expressão geral, abstrata e geometricamente universal.
O tratamento da estrutura de torre com embasamento, neste caso é bem mais
puro do que nos casos anteriores; verifincando-se esse limite de pureza estrutural que
alguns edifícios de MRA, entre eles Le Parc para a estrutura em Torre, Avda.
-103-
Libertador 4444 para a estrutura em U e o American Express para a ocupação de
esquina em L, podem chegar a desenvolver em condições muito particulares.
Este estado de pureza da estrutura de torre com embasamento foi proposto nos
escritórios em torre com embasamento ou hotel em faixa com embasamento na
esquina da avda. Alem e Córdoba, um projeto de 1992, não desenvolvido. É
interessante verificar como à medida que se concreta um edifício com soluções novas,
imediatamente o estúdio está estudando futuros casos nos quais esta solução poderá
ser aplicada de novo, aperfeiçoada e quando for necessário transformada.
Lâmina 98: Duas perspectivas do projeto da Avda. Alem e Córdoba e comparação de volumetria e ocupação em planta de IBM e o
projeto esq. de Alem e Córdoba.
3-2-9 Cadeia 9
A estrutura formal de agrupação de prismas é uma estrutura de pouca
aplicabilidade urbana. Na cidade de Buenos Aires são poucos os casos nos quais
edifícios, que geralmente são institucionais, permitem-no. Os três casos selecionados
mostram três situações muito diferentes e, ao mesmo tempo, muito atípicas na obra de
MRA. O Centro Cultural da cidade de Buenos Aires, que é a ampliação do Teatro
Municipal General San Martín, é uma resposta de desafogo ao setor urbanamente
comprimido no qual se acha e é também uma expressão de identidade monumental
fora da área de influência da semelhança quase normativa da Avenida Corrientes. O
caso do Teatro Colón, é inverso; o monumento já está e é isolado, portanto para não
alterá-lo, os prismas que se juntam ficam isolados, mas abaixo do nível do solo.
-104-
EDIFICIO DE
OCUPACIÓN
COMPLETA
TIPOS DE
LOTE
ESTRUCTURA
FORMAL
AGRUPACIÓN
DE DOS O
MÁS PRISMAS
EXENTOS
Ampliación
Teatro Colón
Cerrito, Viamonte,
Libertad y Tucumán
(1969 / 1972)
Proyecto
Universidad
de Belgrano
Zapiola y
Matienzo
(1970)
Centro Cultural
Ciudad de
Bs. As.
Sarmiento 1257
(1960/1970)
(1971) Universidad Tecnológica Nacional -
Primer Premio Concurso Nacional / Pque. Alte. Brown
(1973) Conde Esq. Virrey del Pino
(1962) Biblioteca Nacional Cuarto Premio
Concurso Nacional
(1965) Club Hípico Argentino
Figueroa Alcorta 7285
(1966) Belgrano Day School
Mendoza 3036
(1985) U.A.D.E. Lima y Chile
Concurso: Tercer Premio
Finalmente o caso do primeiro projeto da Universidade de Belgrano, localizado
em uma área residual e com espaços vazios da cidade, é uma oportunidade para ser
conseqüente com o delineamento funcional e trabalhar com um conjunto de prismas
agrupados repetíveis.
Lâmina 99: Cadeia 9
3-2-9-1 Centro Cultural da cidade de Buenos Aires
Lâmina 100: Volumetria e planta principal do centro Cultural
O centro Cultural da Cidade de Buenos Aires, implantado em seu terreno na
esquina e colado à parte posterior do lote do Teatro Municipal General San Martín,
funciona como uma ampliação dos teatros, incorporando salas e setores de ensino
destinados a outras áreas expressivas da arte, setor de palestras e áreas
administrativas.
Lâmina 101: Fotografias urbanas do Centro Cultural
-105-
A premissa de descomprimir o espaço urbano existente nessa parte da cidade,
leva MRA a libertar a esquina e, continuando com a sucessão de corpos entre
paredes-meias do teatro, a deixar à vista dois corpos, um deles mais alto e apoiado
sobre a parede-meia e o outro isolado e horizontal, articulado ao primeiro por meio de
segmentos circulatórios. Conforma-se desta maneira uma estrutura formal de prismas
agrupados, que se encosta sobre a esquina interna do lote e deixa livres suas frentes
sobre a rua Sarmiento e a praça gerada.
Lâmina 102: Esquema volumétrico com a sucessão de corpos entre paredes-meias do T.M.G.S.M. e os dois prismas agrupados
do Centro Cultural
A extensão quase equivalente das duas direções do lote e a maior liberdade de
frente que deixa a esquina permitem que o edifício tenha menos obstáculos para
expressar sua estrutura moderna, com a diferença do Teatro Municipal.
Lâmina 103: Fotografias do prisma horizontal elevado, espaço semicoberto e articulação com o prisma vertical.
Está presente também a relação estrutural de prismas agrupados, que pode
atuar como antecedente da ampliação do Teatro Nacional Cervantes. Neste caso, os
dois prismas construídos com o mesmo critério de abstração formal, com a diferença
do Cervantes, no qual o prisma existente é inalterável.
Lâmina 104: Esquemas volumétricos do Centro Cultural e da ampliação do Teatro Cervantes
-106-
O volume horizontal, elevado por cima da planta de acesso, produz uma
penetração física e visual que permite a concreção de um espaço fluído mais
diretamente conectado com o espaço urbano: a praça e a rua.
3-2-9-2 Ampliação do Teatro Colón
Lâmina 105: Fotografias dos exteriores e os interiores da ampliação do Teatro Colón
Dentro das seqüências de teatros, a ampliação do Colón, assinala o caso mais
extremo de neutralidade. No T.M.G.S.M. as salas estão resguardadas do exterior, mas
são claramente visíveis em sua expressão volumétrica desde o interior; no Cervantes
o setor de cenários e oficinas que se incorpora ao teatro se apresenta como um
elemento de fundo suficientemente neutro para não competir com o velho teatro, no
Colón a ampliação não se nem a partir da rua nem a partir do interior do teatro, pois
está abaixo do nível do solo e separada do espaço público do teatro.
Lâmina 106: Comparação de corte dos três teatros: T.M.G.S.M., Amp. Teatro Nacional Cervantes e Amp. Teatro Colón
Se analisarmos em planta o projeto, verificaremos uma ocupação em L, que por
meio de áreas ocupadas e vãos de pátios abaixo do nível do solo, desenvolve um
conjunto de volumes que poderiam ser entendidos como uma estrutura de prismas
agrupados, à qual se mutilou toda oportunidade de ser percebida do exterior.
-107-
Lâmina 107: Planta de ocupação geral da ampliação do Teatro Colón
3-2-9-3 Primeiro projeto da Universidade de Belgrano
Forma parte de um tipo de estrutura formal que trabalha com agrupações de
prismas que se repetem, extendendo-se geralmente em um terreno generoso. Por ser
justamente um caso de extensão em horizontal, e além disso corresponder-se com
exemplos que geralmente estão situados em áreas urbanas mais periféricas, decidiu-
se apenas mencioná-lo e analisá-lo como antecedente do atual edifício da
Universidade de Belgrano. Caso que foi convenientemente analisado na cadeia 7.
-108-
3-3 Bibliografia consultada para a seleção das obras
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Agosto 1933. “Una galeria abovedada”, Arquitectura 2do. curso.
P.391.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Octubre 1933. “Estudio de una escalera”. P.485.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Agosto 1934. “Un gimnasio municipal”, Arquitectura 2do. curso
p.358.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Noviembre 1934. “Un hospital”, Arquitectura 3er. curso. P.500.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Agosto 1935. “Edificio de la lotería nacional”, Arquitectura 3er.
curso. P.357.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Agosto 1936. “Un Lazareto Marítimo”, Arquitectura 4to. y 5to curso.
P.401.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Febrero 1937. “Hotel de Pasajeros”, Proyecto Final. P.83-86
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Agosto 1937. “Comida de camaradería de los arquitectos de la
dirección de arquitectura de la nación”. p. 376.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Junio 1938. “Premio Ader”, Por 1935/1937. p. 267.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Febrero 1939. “Marche couvert Maison du peuple”. Carta de M. R.
Álvarez. p. 57-60.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Septiembre 1939. “Sanatorio de la Corporación Médica de General
San Martín”. Mario Roberto Álvarez. p. 453-456.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Noviembre 1940, s/n. Concurso Monumento de la Bandera. Tercer
premio. Lema: “Altar de la patria”. Mario Roberto Álvarez / Macedonio Oscar Ruiz, escultor: Julio César Vergonttini.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Julio 1941. Concurso de vivienda mínima. Tercer premio. Mario
Roberto Álvarez / Macedonio Oscar Ruiz. P.321-324.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Mayo 1942. Vivienda unifamiliar en Mar del Plata. Mario Roberto
Álvarez.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Octubre 1947. Concurso edificio social de la caja de jubilaciones.
Mario Roberto Álvarez / Macedonio Oscar Ruiz. p. 356-358.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Enero / Febrero 1949. Concurso para Tribunales de Justicia de
Tucumán. Mario Roberto Álvarez / Macedonio Oscar Ruiz. p. 20-23.
REVISTA DE ARQUITECTURA. Buenos Aires, Enero 1952. Nuevo Banco Italiano. Mario Roberto Álvarez /
Macedonio Oscar Ruiz. p. 30-31.
REVISTA DE LA SOCIEDAD CENTRAL DE ARQUITECTURA no. 62. Buenos Aires, Julio 1967. Concurso
ampliación de la Cámara de Diputados de la Nación. Mario Roberto Álvarez y Asociados. p. 356/358.
REVISTA DE ARQUITECTURA 147. Buenos Aires, Julio 1990. El Teatro San Martín 30 años. p. 60-72.
REVISTA DE ARQUITECTURA 150. Buenos Aires, Enero / Febrero 1991. Distinción de la FADU al Arq. Mario R.
Álvarez como Doctor Honoris Causa. p. 96-98.
REVISTA DE ARQUITECTURA 152. Buenos Aires, Mayo / Junio 1991. La arquitectura de la Década del
´80:Álvarez, Mario R.; Borthagaray, Juan M.; Dujovne, Berardo; Faivre, Mederico; Linder, Mario; Molina y Vedia,
Juan; Salama, Hugo. p. 72-104.
REVISTA DE ARQUITECTURA 156. Buenos Aires, Enero / Febrero 1992. Edifico Av. Alvear 1491, Premio Anual
de Arquitectura. p. 42-48.
REVISTA DE ARQUITECTURA 162. Buenos Aires, Enero / Febrero 1992. Álvarez, Mario R.; Díaz, José I.;
Manteola-Sánchez Gómez-Santos-Solsona; Pelli, César; Testa, Clorindo; Antonini-Schon-Zemborain; Aslan-
-109-
Ezcurra; Gramatica-Guerrero-Morini-Pisani; Viñoly, Rafael; Roca, Miguel A. Premio Konex de Platino quinquenio
1987-1991 y Premio Konex 1992. p. 70/76.
REVISTA DE ARQUITECTURA 164. Buenos Aires, Mayo / Junio 1993. Edificios para Oficinas: Arenales e Maipú.
Premio Anual 1992. Mención. p. 36/38.
REVISTA DE ARQUITECTURA 173. Buenos Aires, Enero / Febrero 1995. Iribarne, Jorge: El valor de una
trayectoria. Arquitecto Mario Roberto Álvarez y Asociados: Obras 1937-1993. Centros Sanitarios del Plan Carrillo
(1948-1950), pp. 57/52. Molina y Vedia. p. 54-56.
REVISTA DE ARQUITECTURA 177. Buenos Aires, Septiembre / Octubre 1995. Pelli, César; Álvarez, Mario R.
Edificio República. p. 17-32.
REVISTA DE ARQUITECTURA nº 178. Buenos Aires, Noviembre / Diciembre 1995. Torre Intercontinental Plaza.
Apuntes de un reportaje. SCA. p. 19-36.
REVISTA DE ARQUITECTURA 187. Buenos Aires, Diciembre 1997. Centro de convenciones en Puerto Madero
Hotel Hilton. p. 52/53.
REVISTA DE ARQUITECTURA 189. Buenos Aires, Julio 1998. 7 opiniones expertas. Patrimonio: ?propiedad de
los preservacionistas?. Álvarez, Mario R.; Dujovne, Berardo, Lier, Raúl; Miani, Rodolfo; Solsona, Justo; Testa,
Clorindo; Keselman, Julio. p. 8-21.
REVISTA DE ARQUITECTURA 189. Buenos Aires, Julio 1998. Teatro Colón, remodelación y ampliación. p. 42-
45.
REVISTA DE ARQUITECTURA 193. Buenos Aires, Junio 1999. Premio Bienal de Arquitectura CPAU-SCA.
Categoría 1. Edificio Sistemaire. Torre Intercontinental Plaza, p. 100. Álvarez, Mario R. p. 80-83.
CONSTRUCCIONES 183, 184 y 185. Buenos Aires, 1er cuatrim. 1963. Concurso de anteproyectos de un
edificio monumental. 1er. Premio. Concurso de anteproyectos del nuevo edificio del Jockey Club de Buenos Aires.
p. 171-178, 167-170 y 260-267.
CONSTRUCCIONES 212. Buenos Aires, 1968. Conjunto Edificio Panedile, Avda. Libertador 3754. Álvarez,
Mario R.; Aslan-Ezcurra; Joselewvich-Ricur. p. 90-94.
CONSTRUCCIONES nº 214. Buenos Aires, 1968. Ampliación Teatro Nacional Cervantes. Puente Juan B. Justo.
Álvarez, Mario R. p. 209-218 y 219-226.
CONSTRUCCIONES 216. Buenos Aires, Marzo / Abril 1969. Teatro Gral. San Martín, “Sector Sarmiento”.
Álvarez, Mario R. p. 324-332.
CONSTRUCCIONES 221. Buenos Aires, Enero / Febrero 1970. Bank of America, San Martín y Perón. Álvarez,
Mario R.; Aslan-Ezcurra. p. 555-562.
CONSTRUCCIONES 243. Buenos Aires, Noviembre / Diciembre 1973. Edificio para la sede central de Somisa.
Álvarez, Mario R. p. 264-278.
CONSTRUCCIONES nº 246. Buenos Aires, Enero / Febrero 1974. Obras de ampliación del Sanatorio Güemes.
Álvarez, Mario R. p. 13-23.
CONSTRUCCIONES nº 248. Buenos Aires, Julio / Agosto 1974. Galería Jardín en Florida y Tucumán. Álvarez,
Mario R. p. 154-164.
CONSTRUCCIONES 272. Buenos Aires, Julio / Agosto 1978. Edificio Torre San Martín 128-142. Álvarez, Mario
R. p. 41-48.
CONSTRUCCIONES 275. Buenos Aires, Enero / Febrero 1979. Número monográfico: Banco Continental,
Nuevo Banco Italiano (Montserrat), edificio de la Avda. Leandro N. Alem 968/96 e Marcelo T. De Alvear; edificio de
oficinas de Perón 715; edificio de oficinas de Avda. Corrientes 345; edificio para la sede central de SOMISA; obras
de refacción y
-110-
Ampliación Teatro Colón, Teatro Nacional Cervantes, Teatro Municipal Gral. San Martín: Sector Sarmiento; Edificio
de Teléfonos del Estado en Resistencia, Chaco; puente sobre las vías del ferrocarril Gral. San Martín y las Avdas.
Córdoba y Juan B. Justo; edificio en Yapeyú 27; edificio Parral 76; edificio de departamentos Banco de Avellaneda,
Quilmes; edificio Rodríguez Peña 1815/17; edificio Acoyte 196 e Neuquen; edificio Avda. Santa Fe 3401 e
Salguero; edificios Avda. Corrientes 1769/81 y Callao 441/45; edificio Arenales 3746; edificio Avda. del Libertador
2325; edificio Avda. Rivadavia e Yapeyú; Torres Pez espada, Tiburón y Delfín, Punta del Este, Uruguay; edificio
Avda. Alvear 1491; edificio Santours; Obras de ampliación del Sanatorio Güemes. p. 1-88.
CONSTRUCCIONES 285. Buenos Aires, Septiembre / Octubre 1980. Edificio IBM. Álvarez, Mario R. p. 7-11.
CONSTRUCCIONES 293. Buenos Aires, Enero / Febrero 1982. Edificio para Casa Central del Banco Río de la
Plata, San Martín y Bartolomé Mitre. Álvarez, Mario R. p. 1-9.
ARCHITECTOR 2. Buenos Aires, Noviembre 1995. Intercontinental Plaza. Álvarez, Mario R. p 12-31.
ARCHITECTOR 10. Buenos Aires, Febrero 1997. Intercontinental Plaza. Álvarez, Mario R. p 30-42.
ARCHITECTOR 15. Buenos Aires, Diciembre 1997. Sistemaire, planta de inyección de plásticos. Álvarez, Mario
R. p 12-19.
ARCHITECTOR nº 18. Buenos Aires, Junio / Julio 1998. Arquitectura Escuela: Congregación Sefardí, Anchorena
entre Tucumán y San Luis . Álvarez, Mario R. p 30-37.
ARCHITECTOR 25. Buenos Aires, Agosto 1999. Hilton Arenales Gran Hotel. Dique 3, Puerto Madero. Álvarez,
Mario R. p 54-63.
ARCHITECTOR nº 29. Buenos Aires, Mayo 2000. Entrevistas a los ganadores: Pelli, César; Álvarez, Mario R.;
Testa, Clorindo. p 8-42.
CAYC / ESPACIO EDITORA. Buenos Aires, 1979. Centro Comercial Galería Jardín, Florida 513/539, Tucumán
560. Glusberg, Jorge. p. 36-41.
MARIANO BILIK / ARQUITECTO. Buenos Aires, 1999. Museo del mar y la Navegación. Álvarez M. R. p. 24-29
DANA 1. Buenos Aires, 1973. Edificio para Teléfonos del estado en Resistencia, Chaco. Álvarez, Mario R. p. 23.
CANÓN, 1. Buenos Aires, 1950. Departamento en Buenos Aires, San José 1121, departamentos en Avellaneda:
Avda. Mitre e Lavalle. p. 37-38.
CANÓN, 2. Buenos Aires, 1952. Viviendas entre medianeras en calle Combate de los Pozos, vivienda en
Vicente López. 2 Casas en Avellaneda. 12 de octubre 192. p. 48-49 y p. 50.
REVISTA 3 2. Buenos Aires, Marzo / Abril 1994. Edificio de viviendas Avda. Libertador 444. Álvarez, Mario R. p.
2-3.
ARQUIS 3. Buenos Aires, Septiembre 1994. Edificio de viviendas Avda. Libertador 4444. Álvarez, Mario R.
p. 28-3.
ARQUIS 4. Buenos Aires, Diciembre 1994. Teatro Colón de Bs. As.: Clásico y moderno. Álvarez, Mario R. p.
70-81.
ARQUIS nº 7. Buenos Aires, Diciembre 1995. Colección y Hallazgos. Dibujos de arquitectos. Acosta, Wladimiro:
Álvarez, Mario R.; Testa, Clorindo; Díaz, José I.; Manteola-Sánchez Gómez-Santos-Solsona; Gramatica-
Guerrero-Morini-Pisani-Urtubey; Antonini-Fervenza-Hall-Schon-Zemborain; Aslan-Ezcurra; Urgell-Fazio;
Baudizzone-Lestard-Varas; Lier-Tonconogy; Roca, Miguel A.; Benadon-Berdichevsky-Cherny; Robirosa-Beccar
Varela-Pasinato; López, Juan C. p. 70-81.
ABITARE 342, Buenos Aires, Julio / Agosto 1995. Álvarez, Mario R. Irace, Fulvio. p. 104-108.
CONSTRUIR 54, Buenos Aires, Julio / Agosto 2000. Número dedicado.
NUESTRA ARQUITECTURA 271, Buenos Aires, Febrero 1952. Sanatorio Central de Avellaneda, 9 de Julio 141.
Álvarez, Mario R. Álvarez-Ruiz. p. 30-33. Edificio para sesenta departamentos: San José al 1100. p. 33. Casa para
doce departamentos, Alsina 3263. p. 34. Departamentos a niveles cambiantes, Hortiguera 20. p. 35. Departamentos
-111-
sobre terreno largo y angosto, Pozos 825. p.36. Un chalet en Vicente López, Madero 1188. p. 37.
NUESTRA ARQUITECTURA nº 273, Buenos Aires, Abril 1952. Álvarez, Mario R. Álvarez-Ruiz. Dos casas en un
lote, Calle 12 de octubre 190/2. p. 110-111. Avellaneda. Vivienda y oficina, Matéu 1220. p. 112. Edificio de
departamentos Yapeyú 93. p. 113.
NUESTRA ARQUITECTURA 324, Buenos Aires, Julio 1956. Álvarez, Mario R. Álvarez-Ruiz. El Teatro Municipal
“General San Martín”. p. 25-34
NUESTRA ARQUITECTURA 361, Buenos Aires, Diciembre 1959. Álvarez, Mario R. Álvarez-Ruiz.
Departamento Parera 65-69. p. 30-31. Departamentos en Yapeyú 27. p. 32-33.
NUESTRA ARQUITECTURA 368, Buenos Aires, Julio 1960. Álvarez, Mario R. Álvarez-Ruiz. Edificio para
teléfonos, Resistencia. p. 32-35
NUESTRA ARQUITECTURA 373, Buenos Aires, Diciembre 1960. Álvarez, Mario R. Álvarez-Ruiz. Edificios
Posadas 1695. p. 39-44
NUESTRA ARQUITECTURA 378, Buenos Aires, Mayo 1961. Exposición del Sesquicentenario: El símbolo de la
Asociación de Bancos de la República. Álvarez, Mario R. p. 49-52
NUESTRA ARQUITECTURA 401, Buenos Aires, Abril 1963. Una torre en Quilmes con una sucursal bancaria en
planta baja. Álvarez, Mario R. p. 19-22
NUESTRA ARQUITECTURA 403, Buenos Aires, Junio 1963. Primer premio concurso Jockey club. Álvarez,
Mario R. p. 21-28
NUESTRA ARQUITECTURA nº 418, Buenos Aires, Septiembre 1964. Álvarez, Mario R. Sucursal San Justo del
Nuevo Banco Italiano, Villegas 2429, San Justo. p. 38-39. Sucursal Avellaneda del Nuevo Banco Italiano. Avenida
Mitre 605.p. 42-43.
NUESTRA ARQUITECTURA 427, Buenos Aires, Agosto 1965. Edificio Virrey Loreto y Arribeños. Álvarez, Mario
R. p. 56-57
NUESTRA ARQUITECTURA nº 433, Buenos Aires, Septiembre 1966. Colegio Belgrano Day School, Conesa y
Mendoza. Álvarez, Mario R. p. 22-25
NUESTRA ARQUITECTURA 453, Buenos Aires, Septiembre 1968. Álvarez, Mario R. Ampliación Banco Popular
Argentino, Florida y Perón. p. 38-41. Bank of America, San Martín y Perón. p. 52.
NUESTRA ARQUITECTURA 454, Buenos Aires, Octubre 1968. Álvarez, Mario R. El Teatro Nacional Cervantes.
p. 33-39. Restauración y ampliación. Bolsa de Cereales o- Problema estructural. p.40-45 y 58. Teatro Gral. San
Martín “Sector Sarmiento”. p. 46-53.
NUESTRA ARQUITECTURA 462, Buenos Aires, Diciembre 1969. Álvarez, Mario R. Hilton Hotel, Arenales y
Esmeralda. 899. p. 29 Viaducto de Avda. Juan B. Justo y Av. Córdoba. p. 62-63.
NUESTRA ARQUITECTURA 465, Buenos Aires, Junio 1970. Edificio para el Bank of America, San Martín y
Perón. Álvarez, Mario R.; Aslan-Ezcurra. p. 12-22
NUESTRA ARQUITECTURA 468, Buenos Aires, Diciembre 1970. La responsabilidad del profesional y los
derrumbes. Fernández Long, Isidro; Sanmartino, Roberto; Bignoli, Arturo; Álvarez, Mario R.; Kocourek, Estanislao;
Rivarola, Carlos; Rivarola, Raúl. p. 14-19
NUESTRA ARQUITECTURA nº 469, Buenos Aires, Febrero 1971. Banco Federal Argentino, Sarmiento y
Reconquista. Álvarez, Mario R. p. 21-27
NUESTRA ARQUITECTURA 477, Buenos Aires, Julio 1972. Número monográfico: Vivienda individual 11 de
septiembre 1382. Álvarez, Mario R. p. 36-37. Edificio Panedile, Av. Del Libertado 3754. Álvarez, Mario R. p. 38-39.
Edificio Covida, Teodoro García y Villanueva. p. 40-41. Álvarez, Mario R.; Aslan-Ezcurra; Joselevich-Ricur. Edificio
Finandor, Viamonte E Esmeralda. p. 42-43. Edificio para la sede de Somisa, Av. Belgrano y Diagonal Sur. p. 44-49.
Sanatorio Güemes. p. 50-55. Planta fabril Ken Brown, Lope de Vega y Magariños Cervantes. p. 56-59. Laboratorios
-112-
Cautelar. p. 60-62. Edificios administrativos, peaje, ventilación de torres del Túnel Subfluvial Paraná-Santa Fe. p.
63-66. Ciudad Universitaria. Universidad de Belgrano. p. 67-70. Facultad de Ciencias Físico Matemáticas de la
Univ. Nac. De La Plata. p. 71-74. Edificio para oficinas del Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto. p. 75-80.
Álvarez, Mario R.
NUESTRA ARQUITECTURA nº 486, Buenos Aires, 1973. Edificio para el Club Alemán, Corrientes 327. Álvarez,
Mario R. p. 22-30
NUESTRA ARQUITECTURA 491, Buenos Aires, 1974. Galería Jardín, Florida 559. Álvarez, Mario R. p. 21-27
NUESTRA ARQUITECTURA nº 492, Buenos Aires, 1975. Álvarez, Mario R. Edificio para Somisa, Av. Belgrano y
Diagonal Sur. p. 26-38 Remodelación del Teatro Colón. p. 51-55.
NUESTRA ARQUITECTURA 500, Buenos Aires, 1977. Vivienda unifamiliar en el Boating club de San Isidro.
Álvarez, M. R. p. 53-55
NUESTRA ARQUITECTURA 507, Buenos Aires, Junio 1979. Álvarez, Mario R. Edificio para oficinas Viamonte e
Libertad. p. 11-13. Edificio para oficinas Av. Leandro N. Alem 538 y 25 de Mayo 537. p. 14-17.
NUESTRA ARQUITECTURA nº 517, Buenos Aires, Abril 1982. Concurso: Lotería Nacional. Trabajos premiados:
Antonini-Schon-Zemborain; Bortolin-Duttp-Estevez-Guidali; Álvarez, Mario R.; Carminati-Cerutti-Guisasola;
Urgell-Fazio-Hampton; Carasatorra-Riso; Guerrero-Merro Omiso; Hernández-Rosenwasser. p. 8-41
DOS PUNTOS, Buenos Aires, Septiembre 1982, Roberto Fernández y Alberto Zimmermann. Entrevista: MARIO
ROBERTO ÁLVAREZ. p. 37-45
CASABELLA, Diciembre 1939.
SUMMA 1, Buenos Aires, Abril 1963. Concurso del Jockey Club de la Ciudad de Buenos Aires. Álvarez, Mario R.
p. 108-109. Concurso de anteproyectos para la construcción del edificio de la Biblioteca Nacional. Bullrich-
Cazzaniga de Bullrich-Testa; Solsona-Sánchez Gómez; Rivarola-Soto; Álvarez, Mario R. p. 102-104
SUMMA nº 12, Buenos Aires, Julio 1968. Banco Popular Argentino, Perón y Florida. Álvarez, Mario R. p. 45-51.
Bank of America, San Martín y Perón, julio 1968. Aslan-Ezcurra; Álvarez, Mario R. p. 66
SUMMA 13, Buenos Aires, Octubre 1968. Puente sobre las vías del FCN Gral. San Martín 1er. Premio del
Concurso. Álvarez, Mario R. p. 49
SUMMA 14, Buenos Aires, Diciembre 1968. Teatro Municipal Gral. San Martín (nuevo sector sobre Sarmiento).
Álvarez, Mario R. p. 51-64
SUMMA16, Buenos Aires, Abril 1969. Opiniones sobre la propiedad horizontal. Álvarez, Mario R.; Aslan, José
C.; Hoffer, Carlos; Kocourek, Estanislao; Sánchez Elía, Santiago; Solsona, Justo; Kleiman, Jorge. p. 61-66
SUMMA 17, Buenos Aires, Junio 1969. Belgrano Day School, Mendoza 3036. Álvarez, Mario R. p. 31-33
SUMMA20, Buenos Aires, Noviembre 1969. Teatro Nacional Cervantes (ampliación y remodelación). Álvarez,
M. R. p. 22-26
SUMMA nº 37, Buenos Aires, Mayo 1971. Planificación general y anteproyecto de la primera etapa de la Ciudad
Universitaria de la Universidad de Belgrano. Concurso privado. Álvarez, Mario R.; Coppola-Rosso. p. 38-52
SUMMA 38, Buenos Aires, Junio 1971. Torre Covida, Teodoro García y Villanueva. Álvarez, Mario R. p. 48-50
SUMMA 41, Buenos Aires, Septiembre 1971. Sanatorio Güemes. Álvarez, Mario R. p. 57-60
SUMMA 44, Buenos Aires, Diciembre 1971. Edificio Somisa, Av. Belgrano y Diagonal Sur. Álvarez, Mario R. p.
67-72
SUMMA nº 45/46, Buenos Aires, Enero-Febrero 1972. Planta Ken Brown, Lope de Vega y Magariños Cervantes.
Álvarez, Mario R. p. 37-41
SUMMA 71, Buenos Aires, Enero 1974. Concurso Nacional de anteproyectos: 1.300 viviendas PEVE en
Florencio Varela. 1ro. Al 5to. Premio. Bielas-Goldemberg-Wainstein Krasuk; Álvarez, Mario R.; Manteola-Sánchez
Gómez-Santos-Solsona-Viñoly; Cortizas-Konterlinik-Driussi; Testa-Lacarra-Roca-Genoud. p. 53-72
-113-
SUMMA 74/75, Buenos Aires, Abril 1974. El dibujo de los arquitectos: algunos ejemplos argentinos. Baliero,
Horacio; Billorou, Julio; Carriquiry, Jorge; Viñoly, Rafael; Antonini, Antonio; López Achaval, Guillermo; Soler, Oscar;
Mujica-Nonis-Villalba-Brambilla; Borthagaray, Juan M.; Katzenstein, Ernesto; Molinos, Juan; Álvarez, Mario R.;
Penedo, Augusto; Schere, Rolando; Petrina, Alberto; Minond, Edgardo; Argüello, Néstor. p. 91-102
SUMMA 78, Buenos Aires, Julio 1974. Concurso Nacional e anteproyectos: 1.500 viviendas en San Isidro.
Manteola-Sánchez Gómez-Santos-Solsona-Viñoly. Álvarez, Mario R. p. 25-36
SUMMA nº 80/81, Buenos Aires, Septiembre 1974. Número monográfico. Mario Roberto Álvarez o el arte de ser
simple en un mundo complicado. Waisman, Marina. Centros sanitarios y delegaciones regionales del Ministerio de
Salud Pública de la Nación. Santiago de Estero; Corrientes; Catamarca; Tucumán; Jujuy; Salta. Sanatorio
Güemes. Clínica San Luis. San Martín de Tours 2980. Sanatorio Corporación Médica General San Martín.
Refacción y ampliación del Teatro Colón. Centro Cultural Ciudad de Buenos Aires y Teatro San Martín. Teatro
Nacional Cervantes. Complejo Tecnológico Universitario. Universidad Tecnológica Nacional. 1er. Premio
Concurso de Antecedentes. Facultad de Ingeniería, Universidad Nacional de La Plata. 1er. Premio concurso de
anteproyectos. Planificación general y anteproyecto de la primera etapa de la Ciudad Universitaria de la
Universidad de Belgrano. 1er. Premio Concurso Internacional de Anteproyectos. Belgrano Day School. Concurso
Nacional de Anteproyectos para viviendas en planta baja y planta alta, organizado por el Instituto del Cemento
Pórtland Argentino. 3er. premio. Concurso Nacional de Anteproyectos 1.500. viviendas en San Isidro. Concurso
Nacional de anteproyectos 1.300 viviendas en Florencio Varela. 2do. Premio. Concurso Urbanización de Sierra
Grande. Dirección Gral. de Fabricaciones Militares. 2do. premio. Concurso Nacional de proyecto y licitación 3.200
viviendas, conjunto habitacional Soldati. Edificio Av. Figueroa Alcorta 3010. Edificio Panedile Argentina S.A.
Edificio Av. Mitre y Lavalle. Edificio en propiedad horizontal: San José 1121, Humberto 1645, Alsina 3263, Pozos
825, Parera 65, Posadas 1695. Edificios de viviendas; Barrio de retiro; Barrio de Belgrano; Barrio de Palermo;
Avenida del Libertador; calle Paraguay y calle Talcahuano; calle Virrey Loreto y calle Arribeños; calle Virrey del Pino
y calle Conde; Buenos Aires. Edificios en propiedad horizontal: Villanueva y Teodoro García; Av. Libertador y
Basavilvaso; Viamonte y Libertad y edificio Playa Club (Miramar). Casa Prus. Casa Puente. Club Hípico Argentino.
Urbanización Club Atlético River Plate. Club Municipal de Tenis, Olleros y V. Alsina. Estadio Único de La Plata.
Restaurante “Roncati”. Anteproyecto para el Buenos Aires Hilton Hotel, Arenales y Esmeralda. Bolsa de Cereales.
Bolsa de Comercio de Buenos Aires. Club Alemán. Edificio Finanfor S.A. Bank of america. Símbolo de la
Asociación de Bancos de la República. Jockey Club de Buenos Aires. 1er. Premio Concurso Nacional de
Anteproyectos. Galería Jardín. Inge Argentina. H. cámara de Diputados de la Nación. 2do. Premio. Fábrica Ken
Brown, Lope de Vega y Magariños Cervantes. INTA Laboratorio de Tecnología de las Carnes y de Enfermedades
Virosas de los Animales. Instituto de Investigaciones científicas y técnicas de las Fuerzas Armadas. Represa
Hidroeléctrica salto Grande, 1er. Premio Concurso Internacional. Túnel subfluvial Santa fe-Paraná. Puente sobre
vías FCNGSM. Avdas. Juan B. Justo y Córdoba. Edificio Somisa. Laboratorios sistematizados para las estaciones
experimentales del INTA- Evolución en el diseño del taparrollo.
SUMMA 122, Buenos Aires, Marzo 1978. Galería Jardín, Florida 559. Álvarez, Mario R. p. 25-32
SUMMA 124, Buenos Aires, Mayo 1978. Bolsa de Comercio de Buenos Aires, 25 de Mayo 367 y Leandro N. Alem
356, Capital. Álvarez, Mario R. p. 65-69
SUMMA 131, Buenos Aires, Diciembre 1978. Edificio Av. Del Libertador 2325. Álvarez, Mario R. p. 56-57
SUMMA 137, Buenos Aires, Junio 1979. Álvarez, Mario R. Edificio para oficinas, Libertad 731. p. 30-35. Edificio
para oficinas, San Martín 128. p. 36-39. Edificio para oficinas Av. Leandro N. Alem 968. p. 40-43.
SUMMA 144, Buenos Aires, Noviembre 1979. Torre Florida, Florida 559, Capital. Álvarez, Mario R. p. 37-40
SUMMA 153/154, Buenos Aires, Septiembre 1980. Edificio Torre CHACOFI, Av. Leandro N. Alem 538/558, 25 de
Mayo 555. p. 37-45. Concurso Nacional de Anteproyectos para la construcción del teatro Argentino de La Plata.
-114-
1ro. Al 5to. Premio. p. 49-127. Bares-García-Germani-Rubio-Sbarra-Ucar; Catalana, Eduardo; Álvarez, Mario R.;
Llauró-Urgell.
SUMMA 156, Buenos Aires, Noviembre 1980. Banco Río, Sucursal Caballito. Av. Rivadavia 5173. Álvarez, Mario
R. p. 41-43
SUMMA158/159, Buenos Aires, Enero / Febrero 1981. Aslan-Ezcura; Álvarez, Mario R. Bank of America, San
Martín e Perón. p. 39. Edificio Panedile, Av. del Libertador 3754. p. 40.
SUMMA161, Buenos Aires, Abril 1981. Edificio IBM Argentina, Av. Leandro N. Alem 1035. Álvarez, Mario R. p.
31-34
SUMMA 170, Buenos Aires, Enero 1982. Edificio para oficinas Av. Leandro N. Alem y Paraguay. Pedregal-Peral;
Álvarez, Mario R. p. 28-29
SUMMA 171/172, Buenos Aires, Febrero / Marzo 1982, Edificio para oficinas y banco, Av. Leandro N. Alem 456.
Álvarez, M. R.
SUMMA 186, Buenos Aires, Abril 1983. Edificio Somisa. Reflexiones estivales en torno de Somisa. Av. Belgrano
y Pte. Julio A. Roca. Ortiz, Federico. p. 40-42
SUMMA 189, Buenos Aires, Julio 1983. Critica a la crítica: Edificio SOMISA. Álvarez, Mario R. p. 60-61
SUMMA 191, Buenos Aires, Septiembre 1983. Edificio Banco Río, San Martín y Bme. Mitre. Álvarez, Mario R. p.
73-80
SUMMA 194, Buenos Aires, Diciembre 1983. Arquitectura interior: Banco de la Nación Argentina, sucursal
Rosario. Álvarez, Mario R. p. 60-61
SUMMA 220, Buenos Aires, Diciembre 1985. Centro Sanitario San Miguel de Tucumán. Sacriste, Eduardo. p. 62
SUMMA 233/234, Buenos Aires, Enero / Febrero 1987. Número monográfico. El poder de la síntesis o-
Simplemente Álvarez. Bullrich, Francisco; Martín, Marcelo. Teatro Municipal Gral. San Martín. Dos edificios para
vivienda Av. Figueroa Alcorta 3010 y 3032. Edificio Somisa. Edificio IBM. Edificio Banco Popular Argentino. Bolsa
de Comercio, Av. Leandro N. Alem 344 y 25 de Mayo 347. Galería comercial y edificio para viviendas y oficinas.
Florida 559 y Tucumán 560 (Galería Jardín). Edificio de oficinas Viamonte e Libertad. Edificio para sanatorio,
Acuña de Figueroa y Córdoba. Túnel subfluvial Santa Fe Entre Ríos. Country Club Cardenal Newman, Benavidez.
Edificio para planta de concentrado de bebida gaseosa. Edificio para laboratorio de investigaciones bioquímicas
Fundación Campomar. Edificio Universidad de Belgrano, Zabala 1765. Casas: 11 de Septiembre 1834 y La Pampa
3780. Casa en Boating Club San Isidro. Casa en Punta del Este. Edifico parar vivienda en propiedad horizontal, Av.
del Libertador y San Martín de Tours. Edificio de viviendas y centro comercial, Coronel Díaz, Beruti, Bulnes y
Arenales. A través de sus dibujos. Álvarez, Mario R.
SUMMA TEMÁTICA 4/83. Buenos Aires. Casa en el Boating Club de San Isidro. Álvarez, Mario R. p. 34-35
SUMMA TEMÁTICA nº 26. Buenos Aires, Agosto 1988. Supermercado Disco no. 23 Bulnes y Arenales. Álvarez,
Mario R. p. 22-23
SUMMA nº 259. Buenos Aires, Marzo 1989. Recuperar la eficiencia. Edificio para oficinas en Plaza San Martín.
Álvarez, Mario R. p. 26-33
SUMMA 288. Buenos Aires, Agosto 1991. Las torres de Libertador. Álvarez, Mario R. p. 86-87
SUMMA 294/295. Buenos Aires, Marzo / Abril 1991. Edificio Alvear y Parera, Capital. Álvarez, Mario R. p.
50-55
SUMMA296/300. Buenos Aires, 1992. Álvarez, Mario R. Supermercado Disco no. 23 Bulnes y Arenales. p. 36.
Hotel Internacional en Mar del Plata: Costa Galana. p. 36. Edificio Universidad de Belgrano. p. 37. Zabala 1785. Av.
del Libertador 4444. p. 38. Reconquista 1166. p. 39.
SUMMA+ nº 6. Buenos Aires, Abril / Mayo 1994. Torre Le Parc, Oro y Cerviño. Álvarez, Mario R.; Sánchez Elía,
SEPRA. Edificio República. Bouchard, Madero, Tucumán y Viamonte. César Pelli, Álvarez, Mario R. p. 26-29
-115-
SUMMA+ nº 23. Buenos Aires, Febrero / Marzo 1991. Edificio Intercontinental Plaza, Moreno y Tacuarí. Álvarez,
Mario R.; Edificio República. César Pelli, Álvarez, Mario R. p. 42-45
SUMMA+ 32. Buenos Aires, Agosto / Septiembre 1998. Centro de Convenciones, Dique 3, Puerto Madero,
Álvarez, Mario R. p. 126
SUMMA+ 35. Buenos Aires, Febrero / Marzo 1999. Oficinas y planta de autopartes Sistemaire, Álvarez, Mario R.
p. 66-73
SUMMA+ nº 45. Buenos Aires, Octubre / Diciembre 2000. Urbanización del Barrio Ayres de Pilar, Ruta
Panamericana km. 43,5 o- Edificio deportivo Ayres de Pilar. Stone, Eward; Álvarez, Mario R.; Fernández Word;
Lacroze-Miguens-Prati; Ballester-Sánchez Elía. p. 140-145
SUMMA+ 46. Buenos Aires, Diciembre 2000 / Enero 2001. Hotel Hilton y South Convention Center, Bvar.
Macacha Güemes, Dique 3, Puerto Madero. Álvarez, Mario R. p. 104-113
SUMMA SEPARATA: EAC. Ciudad de Buenos Aires. Extensión Area Central. Desarrollo Plan Urbanístico.
Álvarez, Mario R.; Veloso, Raúl Raña; Álvarez, Roberto H.; Foster, Samuel; Serra, Fenando; Valera, Jorge.
LA ARQUITECTURA DE HOY 14, 1948. Centros sanitarios para la secretaria de salud. Álvarez, Mario R.
-116-
CAPÍTULO 4
4-1 Integração da análise
4-1-1 Aspectos Compositivos
4-1-1-1 Variáveis que intervêm: Quaterna
A composição permite alcançar, mediante uma solução que é própria do campo
espacial e formal, uma estrutura formal cuja virtude consiste em poder resolver, da
melhor maneira, os aspectos próprios do projeto arquitetônico: Materiais de projeto,
Programa, Lugar e Construção. No esquema quadrífido da quaterna aparece a
estrutura formal, que é a que os coordena e integra dentro de uma lógica espacial. A
obra de MRA selecionada neste trabalho foi analisada procurando identificar em cada
caso quais foram os aspectos da quaterna que mais importância e complexidade
tiveram no momento de estabelecer a estrutura formal do projeto. A partir desta
análise pôde-se verificar, por meio dos exemplos, que MRA trabalha tentando limitar a
natureza do projeto, seja esta um problema circulatório em um pequeno lote para o
programa, como na Universidade de Belgrano, ou a integração de programas
separados em um terreno como no projeto do Jockey Club e a Galeria Jardim, etc.
Uma vez definida a grande variável e adotada a estrutura formal, as variáveis
restantes, mais simples de resolver, vão se submetendo à lógica racional da estrutura
formal. Em relação a este problema foi confeccionada uma tabela que sintetiza o grau
ou magnitude de importância que adquirem três variáveis rígidas do projeto:
Programa, Lugar e Construção. (Apêndice, Tabela 15). Desta maneira, por meio desta
tabela foi possível estimar o tipo de variáveis rígidas dominantes e atípicas existentes
na obra selecionada de MRA. Isto permite comprovar que em sua obra o emprego de
recursos sofisticados em relação aos aspectos de programa, materialidade e inserção
no lugar aparece quando a complexidade do caso verdadeiramente solicitar.
Lâmina 108: Universidade de Belgrano: exemplo de uma obra em que a variável rígida do programa é empregada em função de
um problema de complexidade real
4-1-1-2 A Totalidade e as Partes
Considerando sua arquitetura não apenas do ponto de vista da experiência
perceptiva do resultado final; e incorporando o ofício conceitual que foi colocado em
PROGRAMA
CONSTRUCCION
LUGAR
-117-
prática para chegar a esse resultado, seus edifícios são composições organizadas em
função de mais de um critério de Totalidade. A maior parte de suas obras conjugam
várias estruturas formais ao mesmo tempo, podendo-se constatar uma permanente
superposição de estruturas originadas na tradição distributiva do lote, para as quais
incorporo a definição de tipologia empregada por Alfonso Corona Martínez e
Fernando Diez, e estruturas mais monumentais e simbólicas principalmente
provenientes do movimento moderno, para as quais reservo o conceito de estrutura
formal, empregado por Helio Piñón e Edson Mahfuz. Estes deslocamentos,
empregando o conceito da mesma maneira em que o apresenta Alan Colqhoun,
evidenciam semelhanças entre um tipo de estrutura e outra; ou seja entre aspectos
tipológicos definidos pela cidade tradicional e aspectos formais provenientes da
abstração moderna. MRA descobre, de muitas e variadas formas, como explorar
estes deslocamentos, gerando cadeias evolutivas de certas combinações que se
aperfeiçoam ou demonstram com uma quantidade surpreendente de casos
(Apêndice, Tabela 12). As cadeias que em minha análise chegam a 9, enfrentam estes
dois referentes estruturais, podendo-se encontrar casos de edifícios cuja tipologia
responde a uma organização de corpos entre paredes-meias que ao mesmo tempo
materializam uma estrutura formal de prismas agrupados (T.M.G.S.M.) ou edifícios de
moradia que se refiram a uma ocupação tipológica em U e que empreguem
simultaneamente estruturas de torre e blocos semi-isolados, etc. (Apêndice, Tabela
13).
Em alguns casos de sua obra, foram encontrados edifícios que chegaram a
sobrepor mais de duas estruturas, como no Teatro Municipal General San Martín, a
torre da Universidade de Belgrano e Figueroa Alcorta 3010 / 32. Também existem
alguns poucos casos que só possuem uma estrutura e carecem de deslocamentos,
como na torre com embasamento do IBM e da torre Le Parc.
Lâmina 109: TMGSM: coexistência de estrutura formal de prismas agrupados, tipologia de corpos entre paredes-meias e torre
isolada na retórica da fachada.
Lâmina 110: Torre Le Parc: Estrutura formal de torre
T.M.G.S.M.
PROGRAMA
CONSTRUCCION
LUGAR
ESTRUCTURA FORMAL:
PRISMAS AGRUPADOS
TIPOLOGIA: CUERPOS
ENTRE MEDIANERAS
TORRE LE PARC
PROGRAMA
CONSTRUCCION
LUGAR
ESTRUCTURA FORMAL:
TORRE
-118-
4-1-1-3 O Literal e o Simbólico
Estes dois conceitos foram trabalhados, entendendo que o literal está
relacionado com o que é, independentemente do que se possa ou não perceber, e que
o simbólico é o que se deseja comunicar, independentemente de que seja algo
existente ou não no edifício.
Neste processo de deslocamentos e sobreposição de estruturas, acontece que
a existência das mesmas adquire maior ou menor grau de literalidade, definindo-se
desta maneira o maior ou o menor peso simbólico das mesmas. Em geral, as
estruturas tipológicas costumam ser literais e carecem de peso simbólico, já que os
ideais de MRA se distanciam da cidade tradicional. No entanto, foi detectado o caso
pontual da tipologia em U que adquire peso simbólico, provavelmente por sua origem
prestigiosa. As estruturas formais de torre e embasamento sempre estiveram repletas
de peso simbólico, mesmo quando em muitos casos careciam de literalidade.
Os primeiros edifícios de MRA eram tipologias de edifício de altura entre
paredes-meias para lote de esquina e lote de quadra. Simbolizavam ao máximo
possível as estruturas formais da torre e da torre com embasamento. Entretanto,
estes primeiros edifícios foram pensados para que analisados na planta parecessem
porções literais destes tipos formais. Aconteceu que por serem edifícios que se
correspondiam com tipologias tradicionais, eram ao mesmo tempo estruturas formais,
partes de um todo.
Lâmina 111: Retórica da torre
Estas porções literais marcam uma diferença importante com respeito à
maneira em que previamente, em lotes similares, se produziram edifícios de aspecto
moderno; mas que na análise de sua estrutura interna, plantas e cortes, resultavam
inteiramente alheios a uma estrutura formal moderna.
4-1-1-4 A estrutura formal e tipológica: suas hierarquias
A conjugação das duas estruturas conduz à reorganização das hierarquias
entre as mesmas, levando a estados reversíveis em sua hierarquia em um mesmo
edifício e em função da escala de aproximação (AMEX e IBM), na variação do papel
simbólico de uma mesma estrutura formal empregada em edifícios diferentes
(T.M.G.S.M. e Ampliação Teatro Nacional Cervantes), etc.
ADAPT AO PREDIO
DE ESQUINA
POSADAS E SCHIAFINO / BANCO POPULAR
ARGENTINO / BANK OF AMERICA / BANCO RIO
ÃO
ADAPT AO PREDIO
DE QUARTEIR O
PARERA 65 / ARENALES 3746 / ALCORTA 3010
E 3032 / GELLY Y OBES 1984
ÃO
Ã
SOLUÇÃO TIPO
DE TORRE
-119-
Lâmina 112: O IBM visto frontalmente a partir do Retiro dissimula seu embasamento e visto lateralmente o expressa com total
clareza.
Lâmina 113: O American Express, mesmo sendo um edifício de esquina entre paredes-meias se assemelha muito ao aspecto de
um edifício isolado
Lâmina 114: O T.M.G.S.M. expressa com sua fachada a totalidade do edifício, enquanto que com um volume muito similar, a
Ampliação do Teatro Nacional Cervantes, procura simplesmente perder-se em importância gerando um pano de fundo para o
velho Teatro Cervantes
4-1-1-5 Origem das Partes
Todos seus edifícios foram concebidos como a decomposição e recomposição
de um elemento geométrico puro ou, algumas vezes, dois ou três. Estes elementos
costumam ser prismas paralelepípedos muito modulados, que se decompõem em
planos e linhas, podendo existir outras geometrias em casos especiais justificados por
razões de função (T:M.G.S.M. com suas salas), por aspectos tecnológicos (SOMISA
Com sua estrutura de aço ou IBM com sua transição estrutural em fungo), ou questões
urbanas (SOMISA com seu lote triangular).
-120-
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
9
87
6
5
4
3
2
1
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Lâmina 115: Materiais de projeto
4-1-1-6 Natureza e hierarquia das Partes
Deste repertório de partes sumamente abstratas, impõe-se claramente o
elemento plano horizontal por ser este, definitivamente, o componente substancial do
espaço como lugar: solo e teto. Por esta razão os planos horizontais permanecem
estáveis em sua integridade, enquanto que os planos verticais se decompõem em
planos menores e linhas. Os elementos prismáticos de dominância vertical, como as
colunas e as circulações verticais, recebem um tratamento mais variável, podendo-se
constatar um esforço em levar ao mínimo a quantidade de colunas ou reduzir ao
máximo as seções das mesmas; e no caso das circulações verticais, reduzindo sua
presença nas percepções externas do edifício. Com esta estratégia de minimização
das tensões verticais não decompostas, MRA consegue deixar nas mãos dos planos
horizontais o controle e definição da tensão principal do edifício, seja esta vertical ou
horizontal. Os seguintes gráficos mostram como é possível detectar a decomposição
e recomposição das partes mencionadas.
Lâmina 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
1-
VOLUMENES
PARALELEPIPEDOS
PUROS
2-
DESCOMPOSICION
DEL VOLUMEN
EN PLANOS
HORIZONTALES
3-
EDIFICIOS
EXENTOS
O DE APARIENCIA
EXENTA
4-
MODULACION
ABSOLUTA Y
EMPLEO DE
GRILLAS
5-
NEUTRALIZACION
DE TODA
AUTONOMIA
EXPRESIVA
I B M A M E X A M E X M I C R O S O F T T. M . G . S . M .
-121-
Partindo de um paralelepípedo de referência é produzida a subdivisão do
mesmo em dois, adaptando as plantas tipo à proporção do paralelepípedo. É
estabelecida uma modulação do volume e são produzidas subtrações menores
destinadas a acomodar as exigências da função. Gira-se a 90º um dos volumes e são
separados, respeitando a modulação, para permitir a iluminação e a ventilação. É
produzida a transladação dos planos do embasamento e dos setores de pontes.
Lâmina 117: Galeria Jardim: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Partindo de um paralelepípedo de referência o produzidas duas
substruções: uma inicial para buscar a acomodação ao lote e a seguinte para gerar
um embasamento. São justapostas com o embasamento dos paralelepípedos
verticais e os três volumes se decompõem em planos. Produz-se uma última
subtração de planos em áreas estratégicas do embasamento para produzir setores de
pátios.
Lâmina 118: Edifício IBM: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Partindo de um paralelepípedo de referência, modula-se e subtrai uma faixa de
um terço, de acordo com as proporções lógicas dadas pelo programa e o terreno. São
retirados os módulos na faixa vertical direita para começar a definir a estrutura com a
separação entre a base e a torre. Depois tornam a extrair módulos, porém desta vez
entre a primeira e a terceira faixa horizontal, de maneira a deixar um vácuo que
termina de perfilar a autonomia volumétrica dos dois elementos da estrutura. Os
módulos volumétricos são reduzidos a planos horizontais, unificando os dois últimos
planos do edifício e expandindo o primeiro plano, para estabelecer um remate e um
pódio compositivo. Finalmente o plano diagonal é incorporado para definir a transição
estrutural que permite acentuar o vácuo entre embasamento e torre.
1
2
3 4
5
6
4
3
2
1
Partindo de um paralelepípedo de referência é produzida a subdivisão do
mesmo em dois, adaptando as plantas tipo à proporção do paralelepípedo. É
estabelecida uma modulação do volume e são produzidas subtrações menores
destinadas a acomodar as exigências da função. Gira-se a 90º um dos volumes e são
separados, respeitando a modulação, para permitir a iluminação e a ventilação. É
produzida a transladação dos planos do embasamento e dos setores de pontes.
Lâmina 117: Galeria Jardim: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Partindo de um paralelepípedo de referência o produzidas duas
substruções: uma inicial para buscar a acomodação ao lote e a seguinte para gerar
um embasamento. São justapostas com o embasamento dos paralelepípedos
verticais e os três volumes se decompõem em planos. Produz-se uma última
subtração de planos em áreas estratégicas do embasamento para produzir setores de
pátios.
Lâmina 118: Edifício IBM: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Partindo de um paralelepípedo de referência, modula-se e subtrai uma faixa de
um terço, de acordo com as proporções lógicas dadas pelo programa e o terreno. São
retirados os módulos na faixa vertical direita para começar a definir a estrutura com a
separação entre a base e a torre. Depois tornam a extrair módulos, porém desta vez
entre a primeira e a terceira faixa horizontal, de maneira a deixar um vácuo que
termina de perfilar a autonomia volumétrica dos dois elementos da estrutura. Os
módulos volumétricos são reduzidos a planos horizontais, unificando os dois últimos
planos do edifício e expandindo o primeiro plano, para estabelecer um remate e um
pódio compositivo. Finalmente o plano diagonal é incorporado para definir a transição
estrutural que permite acentuar o vácuo entre embasamento e torre.
7
-122-
Lâmina 119: Edifício American Express: Seqüência de geração dos materiais de projeto:
Partindo de um paralelepípedo de referência faz-se a duplicação com o
objetivo de adaptar a geometria às proporções do terreno. Modula-se o volume e se
produz a subtração de seis módulos destinados a definir com os 10 restantes a
estrutura formal em L. Um novo módulo vertical, que é a metade do primeiro, é
produzido. Subtraem-se dois submódulos na perna mais curta do L com o objetivo de
graduar as duas fachadas do edifício em relação aos espaços que devem articular
urbanamente cada fachada. Decomposição dos módulos em planos horizontais e
subtrações estratégicas em proximidade com os dois limites divisórios do edifício e no
térreo.
4-1-1-7 O Modo
Para MRA, o estado tensional entre expressividade e serenidade é uma
realidade arquitetônica aceita por ele, mas que é resolvida com uma linha de conduta
oscilante, destinada a alcançar sempre um estado tranqüilizador, onde os extremos
de ambas as questões se suavizam sem desaparecer.
Lâmina 120: Esquema do modo oscilatório
Em alguns edifícios, essa expressividade adquire uma ênfase suave, Teatro
Municipal General San Martín ou edifício SOMISA; em outros poucos praticamente
desaparece afastando-se de qualquer tipo de protagonismo à procura de outra
realidade que os excede, ampliação do Teatro Nacional Cervantes, Figueroa Alcorta
3010 / 32 ou ampliação do Teatro Colón; e na maioria triunfa esse estado
1
2
3 4
8
76
5
EXPRESIVIDAD
NEUTRALIDAD
ESTADO
TRANQUILIZADOR
Obra 1
Obra 2 Obra 3
Obra 4
Obra 5
Obra 6
Obra 7
Obra 8
Obra 9
Obra 10
Obra 11
Obra 12
Obra 13
Obra 14
Obra 15
Obra 16
Obra 17
Obra 18
Obra 19
-123-
tranqüilizador onde ambos os aspectos estão presentes sem poder nenhum dos dois
substituir o outro, Posadas e Schiafino, Panedile I, Banco Popular Argentino,
American Express, etc.
Lâmina 121: Expressão: T.M.G.S.M. e SOMISA, Neutralidade: Ampliações do Teatro Nacional Cervantes e do Teatro Colón e
Estado Tranqüilizador: Panedile I
Em SOMISA, os requerimentos do programa (gerar um símbolo da indústria
siderúrgica argentina... realizar o edifício em aço...) fixam o ponto de partida tensional
em uma dialética que oscila entre a expressividade elementarista da tecnologia e o
sentido compositivo das massas principais do objeto arquitetônico.
Neste sentido Francisco Bullrich diz:
Versatilidade para ter presente o geral e o particular em um
mesmo ato - tal o caso da envolvente do edifício SOMISA e a
particular forma de encaixe dos elementos estruturais. Sua
trabalhosa busca de um resultado simples, sintético, que resolva
em sua materialização as conflituosas situações que lhe deram
origem; assim como o salto do trapezista nos aparece com uma
fluída simplicidade, além das múltiplas provas que exigiu
antecipadamente. A síntese, acima de tud,o aquela que nem
sempre se acha, mas que sempre deve ser procurada, é a única
forma de consegui-lo.
MRA torna a percorrer caminhos paralelos aos que a vanguarda do
construtivismo soviético, Mies Van der Rohe, os futuristas e outros, haviam percorrido
no início do século XX. O procedimento se baseia sobretudo em uma nova maneira de
conceber o projeto, um estado de compenetração com uma atitude ante o problema e
uma metodologia de trabalho capaz de encerrar o conflito em um edifício solução.
Para isso nada melhor que a liberdade da sintaxe moderna, a que permite que
caminhos de exploração, empreendidos por arquitetos das mais variadas
vanguardas, possam ser entendidos dentro do corpus da arquitetura moderna.
Neste sentido Francisco Bullrich disse:
Acham-se ali entrelaçadas as duas vertentes entre as quais
formou sua obra: a tradição construtivista e o “élan” ou impulso
construtivista. A primeira das vertentes corresponde a uma
EXPRESION NEUTRALIDAD
ESTADO TRANQUILIZADOR
-124-
disciplina intelectual que tende ao controle de todo subjetivismo
expressivo; a segunda constitui a sublimação daquela axegesis
que a cada instante libera o espírito como energia contida de
outro modo.
Quando as acrobacias apegadas ao último grito da moda
parecem atrair todo o interesse e desencadeiam uma sucessão
de trivialidades, as melhores obras de Mario Roberto Álvarez
constituem um segundo ponto de referência. As memores obras
são, no meu entendimento, aquelas em que a axegesis
construtiva entra em tensão com o impulso sublimante, o qual
transfigura a geometria tectônica em matéria expressiva. Nessa
tensão não lugar para o capriccio.
4-1-2 O Lugar
4-1-2-1 Inserção urbana
Em geral, o problema da relação entre edifício e cidade parece não residir em
uma verdade ou procedimento garantido que deva ser seguido por todos os
arquitetos. O êxito da conciliação entre estes dois mundos reside mais em conseguir
conectar os postulados mais gerais do edifício com a realidade urbana em que se
inserta, sem com isso aniquilá-la ou substituí-la (Apêndice, tabela 12). MRA
conseguiu estabelecer um acordo entre seus conceitos de tranqüilidade expressiva,
clareza racional e perfectibilidade, e meio urbano circundante. Um Álvarez capaz de
projetar edifícios que expressassem os mesmos conceitos, sem articular-se com o
entorno urbano, perderia parte de seu valor.
Exemplo 1: SOMISA
O edifício desenvolve de maneira simultânea uma ocupação de perímetro, de
torre de esquina e de edifício isolado. A estratégia consiste em altera, de maneira
drástica, a clareza da estrutura formal. Este caso se apresenta como uma solução
extrema que se entende como conseqüência do valor simbólico da encomenda e da
implantação comprometida do lote; última peça compositiva da Diagonal Sul.
Lâmina 122: SOMISA
E E M RC O P
I
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ED FI I
R
O
I
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D
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A
O E
U
-125-
Exemplo 2: Torre IBM
A estrutura formal projetada por MRA é a conseqüência direta de duas
questões: adequação ao programa e reivindicação do critério urbano original do
projeto urbano de Catalinas Norte. Tal projeto estipulava a construção de edifícios
torre com embasamento, aspecto considerado por uma parte ínfima dos edifícios que
hoje se encontram localizados no setor mencionado.
Lâmina 123: IBM
Exemplo 3: Edifício American Express
O edifício ocupa um terreno de esquina de dimensões suficientes para poder
realizar uma ocupação em torre, mas neste caso MRA adota a ocupação tradicional
de um L entre paredes-meias. Nesta situação de homogeneidade, sem espetáculos
expressivos que provenham da excepcionalidade, o edifício desenvolve uma
interação profunda entre a concepção de sua matéria projetual...pura espacialidade,
e as pressões heterogêneas do exterior urbano. Inicia-se um intercâmbio expressivo
entre o lote, seus terrenos vizinhos, os visuais escorçados nas ruas e avenidas da
cidade, o grande parque como cenário público de contemplação das arquiteturas da
cidade...todos estes fatores próprios da cidade tradicional dialogam com a natureza
expressiva dos planos abstratos do edifício, suas tensões espaciais, seus ritmos e
cadências e seus encaixes geométricos.
Lâmina 124: American Express
4-1-2-2 Conceitos de cidade ideal e cidade tradicional
A respeito do choque entre as estruturas tipológicas impostas pela cidade e
pelas estruturas modernas perseguidas por MRA: A dimensão literal e a dimensão
simbólica da ou das estruturas formais colocadas em prática sempre resultam
articuladas e associadas com algum critério que permita resolver o conflito entre
tradição urbana e arquitetura moderna (Apêndice, Tabela 12).
4-1-3 O Programa
4-1-3-1 Versatilidade e especialização
Considerando toda a obra de MRA, pode-se afirmar que sua arquitetura foi
-126-
realizada em temas muito variados, desde a casa unifamiliar até as grandes
aglomerações verticais de moradias e das instituições; desde os elementos de
equipamento urbano mais tradicionalmente arquitetônicos até os que na prática
recaem mais em terrenos como a engenharia; e desde temas de estrutura anônima e
pouco monumental até edifícios símbolo carregados de monumentalidade para nossa
cultura (Apêndice, Tabela 8, 9 e11). Ao mesmo tempo que se comprova sua
experiência em diversas temáticas, também se comprova sua concentração em
quantidade de exemplos de umas poucas temáticas; basicamente edifícios
administrativos em altura e moradia coletiva em altura. Provavelmente a
sistematicidade do estúdio tenha feito com que se decante esta especialidade de
maneira quase natural, produto de um conhecimento acumulativo que foi se tornando
mais efetivo na sucessão de problemas relacionados e muito reclamados pela
demanda do mercado imobiliário (Apêndice, Tabela 14). Uma análise detalhada da
sucessão destas duas temáticas permite verificar que ambas foram desenvolvidas
quase como um problema de estandardização e aperfeiçoamento. Cada edifício de
moradia e cada escritório em altura, guarda uma correlação rigorosa com algum
anterior e algum posterior; somente muito de vez em quando aparecem saltos ou
soluções aparentemente novas, que ampliam o espectro das respostas ao tema e
desenvolvem, em alguns casos, cadeias de estruturas formais novas. Algumas
destas cadeias:
1- A aparição de Parera 65/69 em 1955 com sua estratégia de fragmento de
torre e sua solução de articulação tipológica no lote antecipa o caminho para chegar a
Posadas e Schiafino em 1959 e Arenais 3746 em 1967.
Lâmina 125: Parera, Schiafino e Posadas e Arenais
2- O Teatro Municipal General San Martín em 1955, com seu desenvolvimento
da estrutura formal de prismas agrupados contida na solução tipológica de corpos
entre paredes-meias, é o começo de uma seqüência que integra o Centro Cultural
Buenos Aires em 1960, a ampliação do Teatro Nacional Cervantes em 1961 e a
ampliação do Teatro Colón em 1969.
-127-
Lâmina 126: TMGSM, Centro Cultural Buenos Aires, Ampliação de Cervantes e Ampliação do Teatro Colón
3- O projeto ganhador da nova sede do Jockey Club que propõe uma estrutura
formal de torre e embasamento antecipa o caminho que levará às experiências do
Bank of América em 1965, o Clube Alemão em 1972, a Galeria Jardim em 1974, a
Bolsa de Comércio em 1977 e o edifício IBM em 1983.
Lâmina 127: Edifícios de torre com embasamento
4- Edifício de moradia em Virrey Loreto e Arribeños em 1964, com uma
estrutura formal de torre, define uma linha de edifícios de administrativos e de moradia
coletiva em torre que é muito extensa, mas que culmina com exemplos como a torre
de moradias Le Parc em 1995 e a nova sede central do Banco de Galícia em 2002.
Lâmina 128: Torres
-128-
5- Edifício de moradia “Panedile I” em Libertador 3754 em 1966, com uma
estrutura em U que se continuará nos edifícios Alvear e Parera em 1987 e Libertador
4444 em 1995.
Lâmina 129: Estrutura em U
4-1-3-2 O valor do organigrama e seus princípios de hierarquia
Todas estas cadeias possuem um critério de soluções de acordo com um tipo
de programa. Esta particularidade marca um aspecto que é indispensável em MRA, e
que consiste em entender o problema da função como uma questão orientada ao
programa e suas exigências, capaz de chegar a influir, propiciando estruturas
diferentes (Apêndice, Tabela 16). O critério de flexibilidade funcional existe em MRA,
porém é moderado se for comparado com arquitetos como Mies Van der Rohe, que
chegaram a desenvolver umas pouquíssimas estruturas muito adaptáveis a uma
enorme gama de atividades.
Lâmina 130: Acessibilidade e segregação em moradias e escritórios
4-1-3-3 As condições de contorno urbano
O problema da adaptação do programa a terrenos urbanos, que são pequenos
em comparação com as extensões suburbanas, levou MRA a um nível de
consistência muito desenvolvida na adaptação de programas a estruturas de
crescimento vertical, com pouco espaço para resolver as áreas em cada planta, com
pouca frente para coordenar acessos diferenciados e com limites excludentes como
as paredes-meias. Um exemplo paradigmático desta tendência geral na obra de MRA
é a sucessão do primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e do projeto final
para a Universidade em um lote relativamente pequeno e em torre.
SCHIAFINO Y POSADAS
PANEDILE 1
EL CRITERIO DE ACCESIBILIDAD DE LA VIVIENDA AGRUPADA ES MAYOR EN
CASOS AISLADOS COMO SCHIAFINO Y POSADAS AUNQUE LA TENDENCIA
DOMINANTE ES DE SEGREGACIÓN ÁRBOL EJEMPLIFICADA EN ESTE CASO POR
LA TORRE DEL PANEDILE.
PB
1 SS
2 SS
1 SS
PB
1 P
2 P
1 P
3P a 18P
2 P
IBM
EN LOS TEMAS ADMINISTRATIVOS LA
DISTRIBUCION REFLEJA LA IMPORTANCIA
PERMANENTE DEL CRITERIO DE
SEGREGACION EN ARBOL
-129-
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
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4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
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4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
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4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
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lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
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4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
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lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
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5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
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4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
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moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
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caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
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lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
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moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
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moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
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razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
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1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
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2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
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moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
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Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
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em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
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7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
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Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
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A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
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1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
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3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
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Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
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7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
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lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
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Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
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A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
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1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
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3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
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MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
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Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
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em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
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A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
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estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
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1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
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3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
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MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
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Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
Lâmina 131: Primeiro projeto para a Universidade de Belgrano e projeto final
4-1-4 Conclusões
4-1-4-1 A respeito de algumas generalizações que mostram as cadeias de obras
relacionadas entre si
A Tabela permitiu detectar as seguintes cadeias de edifícios associados entre si
em função de parâmetros gerais referentes à inserção no lote, as temáticas, as
estruturas formais de origem tipológica urbana e de origem moderna e seus
entrecruzamentos. Em geral se detectaram certos padrões habituais que podem ser
resumidos nos seguintes pontos:
1- Algumas estruturas formais são empregadas de maneira literal e outras
aparecem de maneira simbólica ou retórica.
2- dois referentes dominantes que definem as estruturas formais: as tipologias
urbanas tradicionais unidas ao tema do lote e do quarteirão e da experiência
moderna e suas composições puras e isoladas.
3- No geral, exceto algum caso específico, não há simbolização ou retórica das
tipologias urbanas tradicionais. Estas se apresentam como um substrato
iniludível com o qual tem que projetar, porém alheio às aspirações ideais de
MRA.
4- Dentro das composições modernas, as estruturas formais mais empregadas
são as que resolvem o adensamento em altura: a Torre e a Torre com
Embasamento. Em segundo lugar detrás destas duas aparece a estrutura de
Prismas Isolados Agrupados.
5- A estrutura formal de Torre, é a retórica dominante em estruturas de origem
tipológica urbana tradicional. Seu emprego retórico mais habitual se apresenta
em edifícios em altura entre paredes-meias.
6- A estrutura de Torre com embasamento possui a capacidade de absorver a
relação do edifício com a cidade de maneira menos problemática, como no
caso do Bank of America, a Bolsa de Comércio ou a Galeria Jardim. Por tal
razão, sempre que o programa o requerer esta estrutura será aproveitada
potencializando seu plus adicional de inserção urbana.
7- Os entrecruzamentos entre distintas estruturas formais são habituais e dão
como resultado edifícios híbridos que possuem a capacidade de soldar com
critérios de eficiência estética, realidades heterogêneas associadas com o
lugar, o programa e as condições tecnológicas. Pode-se encontrar casos tão
interessantes como o American Express, um edifício de esquina encostado
-130-
sobre suas paredes-meias e com pátio interior, que se apresenta em seu
tratamento espacial e formal como uma Torre, ou a Universidade de Belgrano,
uma Torre que inclui dentro dela uma estrutura de Prismas Agrupados e de
Embasamento parcial, ou também edifícios que se associam com outro
existente formando uma estrutura formal que excede a da intervenção do lote
8- No entanto, também existem excelentes exemplos de estruturas formais em
estado puro, literalmente resolvidas em função de suas exigências geométrico-
espaciais. Duas delas, selecionadas no trabalho são a Torre le Parc e a Torre
com Embasamento IBM.
9- Também existem soluções híbridas, como o Panedile I, que se repetirão,
adquirindo estatuto de estrutura reconhecível; dando lugar a uma série de
casos de ocupação de moradia em altura que funde a estrutura formal da
tipologia urbana tradicional em U com duas estruturas: a Torre e o edifício em
altura encostado sobre uma divisória.
10- Em geral, quase todas as obras de MRA se apresentam com algum grau de
ambigüidade.
4-1-4-2 Aspectos didáticos de sua obra
A continuidade e sistematicidade de sua produção abrem um episódio claro em
termos de didática, não apenas por permitir detectar a sucessão das pequenas
mudanças e suas causas, como também por permitir confrontar em alguns
poucos casos decisões opostas. Estas regras de praxe e os casos específicos
excepcionais são indispensáveis para encontrar um sentido transmissível em
qualquer fenômeno produtivo. Na obra de MRA são iniciados discursos críticos
com respeito aos costumes e formas de vida dos habitantes de seus edifícios, são
tiradas soluções prototípicas e casos atípicos impulsionados por causas que podem
ser objetivadas, abstrai-se a infinitude de significações a partir de regras de
rigorosidade formal que, porém, não deixam de admitir um cenário de múltiplas
significações. Em resumo, compartilhado ou não, o modus operandum de MRA
construiu um conhecimento projetual transmissível e útil para um cenário de
continuidade crítica no contexto da arquitetura dos últimos 60 anos.
4-1-4-3 Enquadres simbólicos de sua arquitetura
A análise dos aspectos simbólicos em MRA, como dissemos no título anterior,
leva-nos ao reconhecimento de um tipo de comunicação baseado em signos muito
limitados e escassos em variedade; mas desenvolvidos no extremo da sutileza e
carregados de mais de um significado. A economia dos gestos permite o
desenvolvimento laico de um universo de significações que se acomodam a escassos
referentes. É laico porque não se baseia em um fundamentalismo ideológico;
aceitando, sem elevar à categoria de verdade absoluta, um leque de significações
locais e universais que provêm do programa e seus mentores, do lugar, de suas
regulações e consensos e da tecnologia e suas contingências ao longo de mais de
-131-
meio século. Torna-se difícil, se não o reduzimos a um grupo seleto de obras como
habitualmente se faz, associar MRA a uma atitude clássica ou vanguardista, também
é difícil inseri-lo em uma linha internacional muito precisa. Em quase todas suas obras
pesam os condicionantes locais, mesmo quando uma boa parte de seus objetivos se
desprendem do lado moderno.
4-1-4-4 Relevância em seu contexto
Sem dúvida MRA é um dos arquitetos que são indispensáveis para
compreender como foi feita e pensada a arquitetura argentina dos últimos 60 anos. A
extensão de sua produção, aqui limitada à problemática do adensamento em altura
em Buenos Aires, e a transcendência histórica de muitos de seus edifícios
demonstram sua importância. As contribuições didáticas de sua maneira de projetar, a
clareza espacial de suas idéias e seu ajustamento ao contexto urbano, devem ser
levados em conta para um posterior aprofundamento no conhecimento da maneira
em que tem se projetado na Argentina no último meio século.
-132-
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A: Tabela 1 pag. 135
APÊNDICE B: Tabela 2 pag. 136
APÊNDICE C: Tabela 3 pag. 137
APÊNDICE D: Tabela 4 pag. 138
APÊNDICE E: Tabela 5 pag. 139
APÊNDICE F: Tabela 6 pag. 140
APÊNDICE G: Tabela 7 pag. 141
APÊNDICE H: Tabela 8 pag. 145
APÊNDICE I: Tabela 9 pag. 146
APÊNDICE J: Tabela 10 pag. 147
APÊNDICE K: Tabela 11 pag. 148
APÊNDICE L: Tabela 12 pag. 160
APÊNDICE M: Tabela 13 pag. 161
APÊNDICE N: Tabela 14 pag. 162
APÊNDICE O: Tabela 15 pag. 165
APÊNDICE P: Tabela 16 pag. 166
-134-
ANEXO
1966 - “Mario Roberto Álvarez” pag.
de Marcelo A. Trabucco
1993 - “Mario Roberto Álvarez ou a arte de ser simples pag.
em um mundo complicado”
de Marina Waisman
2002 - “Mario Roberto Álvarez” pag.
de Helio Piñón Pallares
2004 - “re-composição da torre de Microsoft, pag.
um fato prático da modernidade avançada”
de Alfonso Corona Martínez
169
171
176
179
-168-
1966 - “Mario Roberto Álvarez” de Marcelo A. Trabucco
Este texto deve ser considerado como um texto pioneiro, que saiu no instante
em que MRA começava a modelar suas melhores obras. Os dados do livro
correspondem à realidade do momento em que foi editado, a qual naquela época
consistia em uma obra de MRA que mal acabava de ser concretizada e com muitos
edifícios ainda por vir; por um momento acredita-se que o SOMISA só figura como
desenho de anteprojeto como o Panedile, e que edifícios como a Galeria Jardim, A
Bolsa de Comércio, as intervenções no Teatro Nacional Cervantes e no Teatro Colón,
os projetos de universidades e a Universidade de Belgrano, o Banco Rio e IBM, o
edifício da American Express e muitos mais, ainda não existiam. Ao mesmo tempo o
autor fazia parte de um grupo homogêneo de jovens professores arquitetos que no fim
da década dos anos 50 e início dos anos 60, mal começavam a definir-se como
professores nas áreas de ensino que para aquela época necessitavam de uma forte
reestruturação, história da arquitetura, pensamento teórico, comunicação, etc.
O livro é editado na famosa IAA (Instituto de Arte Americana e Investigações
Estéticas), dirigido naquela época por Mario J. Buschiazzo e agrupando, dentro
destas edições de arquitetura contemporânea, vários trabalhos sobre arquitetos
importantes para o patrimônio cultural latino-americano. A estrutura do livro está
definida por um Prólogo, duas obras rigorosamente analisadas, um Epílogo e uma
documentação das obras mais importantes desenvolvidas pelo estudo até esse
momento. O prólogo tem a particularidade de abordar três aspectos ordenados de
maneira conseqüente. O primeiro compara dois artigos de revistas referidos à
primeira obra de MRA, o Hospital da Corporação Médica de San Martín, os que
saíram simultaneamente no final dos anos 30 e põem em evidência o
conservadorismo existente no país naquela época. O segundo realiza uma crítica
mínima desse edifício e o terceiro e a parte principal, apresenta uma estrutura
analítica dos aspectos que intervêm no projeto de arquitetura. Esta terceira parte está
bem próxima da metodologia exposta inicialmente no trabalho; mesmo que não se
apresente totalmente clara a respeito do valor da estrutura formal como elemento
decisivo no projeto, deixando a decisão de Delineamento em mãos de uma
emergência dialética como sugere esta frase:
Das exigências temáticas, da circunstância física, das várias
condicionantes imediatas ou mediatas à obra, surgirá a conduta
regedora e sua aplicação no projeto.
Porém, em outra frase alguns parágrafos mais adiante, confirma a existência
de uma decisão de desenho, que coordenando vários aspectos define “o jogo entre a
independência de desenho e a subordinação às exigências programáticas ou de
proposta arquitetônica”; o que poderia traduzir-se no manejo de estruturas formais
em função de situações em que aspectos do programa definem as condições.
-169-
Depois do prólogo, segue a análise das obras, que são o edifício de moradias
na esquina da rua Posadas e Schiafino e o Teatro Municipal General San Martín. A
análise se desenvolve em cuidadosa correspondência com a estrutura desenvolvida
no prólogo. A obra de MRA por sua concepção racional é um “caso” adequado para o
racionalismo estruturalista proposto no prólogo. Em algumas partes do
desenvolvimento crítico, aparecem reflexões que se confirmarão como uma
constante na obra futura de MRA.
Referindo-se à implantação do edifício de Posadas, diz:
…a percepção configura uma primeira relação, na qual a cidade é
pano de fundo do edifício que atua como protagonista da
imagem.
A percepção configura uma segunda relação na qual o valor das
formas do monumento de Alvear e de Palais de Glace adquire
caráter dominante. O edifício se comporta como um pano de
fundo da imagem.
Estas duas frases traçam de maneira antecipatória a estratégia que MRA
empregará em seus edifícios quando estiverem comprometidos com monumentos ou
arquiteturas antigas e de valor; como é a caso do Teatro Nacional Cervantes, o Banco
Rio em relação à Catedral Metropolitana e ao caso extremo da decisão de fazer uma
ampliação do Teatro Colón abaixo do nível do solo para evitar compromissos entre
sua arquitetura e a do teatro. MRA confirma esta crítica de Marcelo Trabucco quando
diz:
…essa timidez de fazer o velho ao lado do velho, também faço
crítica a Pelli quando faz a ampliação do Carnagie Hall igual ao
outro Carnagie. Eu pergunto: O que acontecerá se algum dia o
primeiro incendiar? Fiz o oposto com o Cervantes; a ampliação é
totalmente diferente…Todo mundo ponderou que fiz o mesmo
com o Banco Rio, que valorizei a Catedral fazendo a parede-meia
cega; quando a partir de seus halls altos havia uma vista
espetacular da “Plaza de Mayo” preferi respeitar a Catedral como
fiz com o Cervantes. Em vez de abrir janelas deixei um
muro cego, algo como se a obra fosse um retábulo, e o resto ficou
9
como pano de fundo.
-170-
Em outra parte diz:
…O todo pende à recomposição do volume único…esta busca de
síntese que leva Álvarez a conceber o edifício em termos de
única forma geometricamente destacável…
Um dos fios condutores de toda sua obra é apresentado com esta apreciação
crítica: reduzir, se for possível, a um elemento a estrutura do edifício, caso contrário
trabalhar com estruturas formais muito reconhecíveis ou inscritas em uma envolvente
unitária.
Referindo-se ao Teatro General San Martín, Marcelo Trabucco produz uma
sucessão de frases que põem em evidência a tendência em neutralizar elementos
expressivos, tão própria de MRA:
O Teatro participa da rua a partir de três metros para baixo.
A percepção configura uma segunda relação na qual o edifício é
parte de um organismo mais amplo ao que se integra sem
estridências.
Sobre ela se referirá Marina Waisman, alguns anos depois, com as seguintes
palavras:
uma evidente restrição expressiva, uma neutralização da
expressividade; mas essa restrição e essa neutralização são
10
expressivas em si mesmas, estão carregadas de significado.
No Epílogo, referindo-se à relação entre edifício e lugar o autor comenta:
Através da recuperação dos espaços existentes e o
esclarecimento do sentido que eles têm, consegue a integração
de seus edifícios no entorno.
Desta maneira nos explica que a questão da análise do contexto é a
encarregada de regular os paradigmas mais ideais e absolutos da cidade moderna
aos quais MRA adere. Entre a idéia de torre isolada e sua implantação, mediará a
compreensão do lugar.
1993 - “Mario Roberto Álvarez ou a arte de ser simples em um mundo
complicado” de Marina Waisman
Para Marina Waisman o aspecto mais importante da obra de MRA é o bônus
intelectual que lhe permite levar adiante uma obra coerente, sistemática e flexível a
-171-
mudanças motivadas por entornos, tecnologias e formas de vida. Tal adição
intelectual, um atributo exclusivamente arquitetônico, não deve ser confundido nem
com a inspiração, nem com o esforço. É em resumo a questão do racionalismo bem
entendido, ou seja, como estrutura mental capaz de esclarecer, sintetizar, tornar
eficiente, etc. A citação de Martínez Estrada exposta no início de seu artigo “A
máquina não se assenta sobre a terra e sim sobre um estado de civilização”, remarca
o valor do progresso em termos bem distantes de um puro assunto material. Também
Jorge Luís Borges, com suas meditações sobre Buenos Aires, expõe esse território
crepuscular como um estado de civilização que palpita entre a Grande Civilização e o
Pampa ou o deserto. Uma realidade muito argentina que impactou e continua
impactando todos os aspectos de nossa cultura. MRA, leitor de Borges, menciona-o
várias vezes para exemplificar como foi se construindo em seus pensamentos
arquitetônicos “Em fim, de influências, tenho-as todas. Isto não é de minha autoria,
creio que foi dito por Borges: “influências?, Todas”…”.
A questão, que fica clara com esta exposição de Marina Waisman, é que
finalmente todas essas influências, tão naturais, permanecem aferradas dentro de
uma estrutura pensante de natureza necessariamente racional; além de credos,
éticas do trabalho e uma enorme quantidade de esforço…finalmente o importante é
poder construir uma obra pessoal e coerente.
Estabelecida esta meditação sobre os primeiros lances do artigo, surge uma
segunda questão. Marina Waisman, referindo-se ao título que leva a frase de MRA “A
arte de ser simples em um mundo complicado”, esclarece que na realidade deveria
ser lido: “A arte de aparecer simples”. Esta acomodação semântica, tem por trás pelo
menos três questões muito velhas e importantes dentro da discussão teórica da
arquitetura. O primeiro é evidente, o mundo (o do Homem) nunca foi simples, porque a
mente do homem tampouco o foi. O segundo aspecto é que a relação entre objeto
concluído e processo de projeto não é homogênea; para conseguir o resultado, não
basta ser (honestidade artista obra), é necessário conseguir parecer; apesar dos
muitos esforços e malabarismos técnicos e de desenhos que tenham sido
necessários para chegar àquela aparência de simplicidade. O terceiro aspecto está
unido à discussão estética da arte, em particular às meditações sobre a obra de arte
desenvolvidas por Aristóteles em seu livro “A Arte Poética”. Nele, Aristóteles
questiona a importância do verossímil sobre o verdadeiro.
Tudo o que foi comentado até agora ocorre em escassas linhas do artigo. O que
segue, é um conjunto de títulos destinados a classificar as implicações desta primeira
parte em uma série de aspectos destacáveis da obra de MRA. Neles são remarcadas
as virtudes muito mencionadas e habituais do estúdio de MRA; mas também é
possível entrever três questões que interessam em particular à autora e que a partir da
crítica acrescentam uma nova dimensão à análise da obra de MRA.
-172-
O problema dos elementos:
Dentro das obras de MRA, que Marina Waisman menciona, nota-se uma certa
preferência pelas obras, mais do que por causas diversas do programa, quer pelas
exigências do concurso (SOMISA) quer pela complexidade da inserção no lugar
(Figueroa Alcorta 3010 e 3032), ou simplesmente por ortodoxia funcional (Centros
hospitalares do norte argentino e Projetos de universidades), terminam pondo em
crise a possibilidade de encerrar o projeto em um elemento unitário. Entretanto, em
algumas delas consegue levar ao máximo possível a ilusão de continuidade e de ser
possível a sensação de coisa única, como é a caso do SOMISA, Figueroa Alcorta
3010 e 3032 e a universidade de Belgrano, que Marina Waisman não chega a
mencionar explicitamente. É claro que apesar de MRA não querer chegar ao extremo
de Mies van der Röhe de resolver qualquer tema em um volume, aspecto que
expressa com estas palavras:
Mies era um dos arquitetos que eu tinha como exemplo de
síntese e de simplificação, mas advertia que para ele tudo era
igual: colocar dentro de um prisma tudo, quer fosse uma capela,
um museu, ou um edifício de apartamentos. Embora tendo essa
opinião não me impedia de admirá-lo como um homem em
busca de síntese.
Seu esquema ideal tende a ser o elemento único. Curiosamente o caso do
SOMISA abre uma dimensão maneirista do problema, que o elemento é unitário de
maneira literal, mas por causa de uma série de compromissos com paradigmas como
a torre de cristal e aço e essa idéia de forma isolada que MRA tanto procurou
desenvolver em suas obras, o edifício termina sendo um interessantíssimo híbrido, a
metade torre e a outra metade edifício de parede-meia de remate de esquina; bem da
maneira haussmaniana. Um acordo entre paradigmas bem apreciados por MRA e
comentados assim:
Nunca tivemos um barão Haussman que abrisse a cidade,
sempre fomos mesquinhos em uma cidade projetada para
carruagens, sem visão de futuro… perguntam-lhe: se o senhor
tivesse que fazer uma cidade, Álvarez, seriam as torres que lhe
dariam estrutura, não?- assegurou Tomás Dagnino, dirigindo-se
a Álvarez. Álvarez responde: Não tenha nenhuma dúvida…
O elementarismo de peças metálicas se torna matéria constitutiva dos
elementos de arquitetura; uma conseqüência lógica de um sistema construtivo de
partes discretas. A respeito do SOMISA Marina Waisman diz:
Estrutura abstrata (como a de Mondrian) que pretende reunir em
si mesma a imagem da Ordem e do Equilíbrio universais
-173-
Talvez o SOMISA seja o único edifício de Álvarez que chegue tão longe na
manipulação simbólica de significados opostos, aspecto que surpreende, mas ao
mesmo tempo agrada; da mesma maneira que exemplos como o pavilhão de
Barcelona e Ronchamp; ambos híbridos entre elemento contentor e elemento pan-
óptico.
O objetivo de alcançar uma arquitetura que responda a um elemento, ou seja
unitária, ou pelo menos de conduzir os elementos de maneira que se apresentem
dentro de estruturas formais reconhecíveis, é uma engrenagem importante para
alcançar o objetivo que para MRA obedece à simplicidade e que para Marina
Waisman significa aparecer simples.
O problema da expressividade:
Aparece como um aspecto eminentemente simbólico unido ao caráter ou,
segundo palavras de Piñón, à Identidade, que Marina Waisman define na obra de
MRA como:
uma evidente restrição expressiva, uma neutralização
da expressividade; porém essa restrição e essa
neutralização são expressivas em si mesmas, estão
carregadas de significado.
MRA neutralizou elementos expressivos ao longo de toda sua obra. Para isso
recorreu a estratégias de disposição, deixando-os em setores “não visíveis” como o
interior, que é o caso das salas no Teatro General San Martín ou os gigantescos
elevadores da Universidade de Belgrano, ou quando devia manter o valor simbólico
de um edifício antigo existente, transformando o próprio edifício, a partir de uma
estratégia de neutralidade extrema, em uma espécie de pano de fundo como nas
salas anexas ao Teatro Cervantes ou o muro posterior do Banco Rio e sua relação
com a Catedral Metropolitana., ou quando também, precisando manter o valor
simbólico de um edifício antigo, que como o Teatro Colón é independente e não possui
mutilações; optou por enterrar um programa, que por outro lado o permitia, ou em
casos em que as exigências de código sobre as alturas do edifício cobre duas ruas
diferentes, como no American Express ou o emprego de uma composição de torre e
embasamento que deve ser mitigada por razões de caráter como, no caso da torre
IBM; optou-se por associar as diferenças dentro de um prisma, metade concreto a
outra virtual, que sugere uma estrutura formal de um único elemento de composição.
O que foi dito por Marina Waisman, “Pode-se ler neles uma atitude afirmativa,
não crítica; respeitosa em vez de irônica; previsível e portanto tranqüilizadora, em vez
de inesperada e surpreendente”, amolda-se perfeitamente a todos os casos acima
mencionados.
-174-
O problema da cidade:
Marina Waisman adverte neste artigo que falar de arquitetura em relação à
cidade requer ter uma explicação do existente; e que isto, em grande medida, implica
em enfrentar a relação entre o edifício e a cidade com alguma atitude histórica.
Esclarece também que MRA é um arquiteto que leu, viajou e portanto experimentou
in-situ, desenhou e refletiu sobre muitos edifícios e cidades; e portanto possui um
conhecimento histórico de arquitetura e cidade. Em correspondência com este
conhecimento apropriado, MRA renega toda atitude mimética sobre o entorno
histórico... o que é histórico para Álvarez? Basicamente a arquitetura prévia à do
Movimento Moderno. Quando trabalha em proximidade com um edifício moderno,
sua atitude é de total integração; ambos se correspondem com um presente
compartilhado. No caso do antigo, a opção é a menos agressiva e mais respeitosa:
neutralidade.
Em função desta maneira de agir, Marina Waisman expõe uma interessante
categoria que permite separar os arquitetos entre clássicos e anti-clássicos. Os
clássicos, como MRA, acreditam em valores universais, constantes, que se mantêm
além da contingência e os anti-clássicos são relativistas e encontram interrupções e
diferenças permanentes no fio histórico da cultura.
Existe outra segunda questão de importância sobre a relação entre cidade e
edifício, que é a relação entre público e privado. Nesta segunda questão, o edifício é
definido a partir de como seu lote interage com o espaço público. Este aspecto
relativamente estável nas arquiteturas tradicionais ganha um sentido propositivo
indispensável a partir das idéias modernas; onde a relação com uma rua de alta
circulação se desvanece. MRA é partidário de retomar a idéia de Mies van der Röhe
no Seagram, um espaço público em relação com o térreo, aspecto que nas soluções
de MRA se resolve como um vácuo fluente, mas controlado ou com um embasamento
que resolva os aspectos pertinentes do programa e sua articulação com a atividade e
espacialidade da cidade. Haverá então exemplos de edifícios com embasamentos
extremamente públicos como a Galeria Jardim, mas também os terá com
embasamentos totalmente privados como o IBM; haverá também edifícios sem
embasamento que trabalhem com um nível de maior altura no térreo, que em alguns
casos como a American Express serão semipúblicos e em outros como o Teatro
Municipal General San Martín serão inteiramente públicos. Conclui-se que o tema da
graduação funcional e simbólica da porosidade do edifício é em MRA um aspecto
importante, variável e sutil que deve ser projetado em cada caso.
A Tipologia, um sistema mais do que um modelo:
O problema do emprego correto do conceito de tipologia anula por si a
confusão com o modelo. Basta reler a Quatremère de Quincy para refrescar a
polaridade de ambos os conceitos. Entretanto, Marina Waisman decide esclarecer
que MRA trabalha por variações tipológicas, provavelmente para enfrentar algumas
críticas onde foi dito que MRA é um arquiteto que repete sempre o mesmo edifício.
Marina Waisman encontra uma interessante definição do procedimento empregado
por MRA em suas variações tipológicas, diz o seguinte:
-175-
Esta tipologia de “containers” constitui a aproximação usual do
estúdio aos problemas urbanos, porém de nenhuma forma é uma
solução excludente. Situações particulares, seja ela de índole
tecnológica, programática ou de entorno, dão lugar a diversos
questionamentos
2002 - “Mario Roberto Álvarez” de Helio Piñón Pallares
O resultado de um primeiro contacto inicial com a obra de MRA, confirma para
Piñón a existência de mais um arquiteto daqueles que formam parte desse conjunto
de arquitetos modernos formados ou autoformados a posteriori dos professores, cuja
capacidade como projetistas e realizadores de obra lhes permitiu desenvolver um
episódio mais elaborado e variável das conseqüências que o projeto moderno permite
alcançar. De algum modo essa capacidade de MRA para abeberar-se em
experiências tão desiguais quanto as de Perret, Gropius, Mies Van der Röhe, Le
Corbusier e outros, cristaliza a tese de Piñón, na qual a concepção moderna age como
uma estrutura aberta de projeto que é capaz de ser transmitida de maneira
reconhecível graças às existências do julgamento estético, o qual se sustenta em leis
universais que deixa comunicável a interpretação subjetiva do artista.
A estrutura do livro descreve essa primeira experiência de aproximação à obra
de MRA. Nela Piñón traça os delineamentos fundamentais de sua hipótese e os apóia
nessa experiência singular, in loco, que protagoniza em Buenos Aires. O que segue é
uma série de entrevistas selecionadas pelo autor, que permitem ler nas entrelinhas o
fundamental. Basicamente a reivindicação em escala dupla, mundial a respeito do
valor do moderno e local sobre MRA e seu contexto argentino, do aporte de uma
arquitetura excelente.
…a consistência de uma obra desenvolvida ao longo de mais de
60 anos põe em evidência a lucidez de um arquiteto que
contribuiu para construir a modernidade…
Piñón realiza uma emenda dos argumentos empregados pelo mesmo MRA
para explicar sua própria obra; essa emenda surge de uma postura coincidente com o
11
pensamento crítico de Alan Colqhoun que basicamente se sustenta na chamada de
atenção sobre a importância do projeto e o construído, capazes ambas as questões,
de reivindicar idéias ou critérios não mencionados no discurso falado e em particular
nos axiomas teóricos dos autores; neste caso MRA.
a capacidade para conceber universos formais genuínos com
critérios de adaptação ao entorno e coerência interna, comprova-
se ao longo de uma obra extensa como poucas (ou seja com
muitos argumentos a favor do que os resultados quisessem
-176-
dizer). Em todos os casos, o pormenor afeta à concepção, não o
acabado; a ordem aponta para a consistência, não para a mera
racionalidade métrica; a tectonicidade é um atributo do objeto
estético, não uma conseqüência direta da lógica construtiva; a
mirada é sempre criativa, não meramente indagadora.
A cada uma destas argumentações de Piñón lhe corresponde um conjunto de
fatos arquitetônicos; os quais terminam de emendar cada uma das afirmações de
MRA em sua maior parte contidas também no mesmo livro (entrevistas no meio).
Ao que foi dito por MRA referindo-se à arquitetura:
Temos que concretizá-la e para concretizá-la, e para que dure, o
senhor tem que cuidar de todos detalhes; se não, essa obra
morre.”
Piñón acrescenta:
o pormenor afeta a concepção, não o acabado
Ao que foi dito por MRA referindo-se a ordem:
…foi concebido, como um grande mecano de alta precisão, de
aço, de 3 mm, e realizado com chapas planas que foram
conformando colunas, vigas e entrepisos. Representou em sua
época um desafio tecnológico sem antecedentes em nosso meio.
Piñón acrescenta:
a ordem aponta para a consistência, não para a mera
racionalidade métrica”
Ao que foi dito por MRA referindo-se ao valor dos aspectos construtivos:
um dos livros que sempre manifestei que temos que ler e reler,
que eu o considero de cabeceira é o de Choisy, que cansei de
comprar e presentear, pois nele se considera que as formas na
arquitetura não seguem a função, como dizia Sullivan, mas
que diretamente são o resultado de um processo construtivo. Ou
seja, esta sempre tem sido um pouco a norma do estudo,
procurar que as formas respondam a isso; tudo muito racional,
muito funcional se puder, sobre a base de que a forma é uma
conseqüência.
-177-
Piñón acrescenta:
A tectonicidade é um atributo do objeto estético, não uma
conseqüência direta da lógica construtiva.
Ao que foi dito por MRA referindo-se a sua metódica:
Pratico a dúvida sistemática, não sei se por herança francesa.
Não creio que só porque me aprovam está bem, eu me
autoexijo fazê-lo porque não soube fazê-lo melhor, mas não
porque o tenham aprovado.
Piñón acrescenta:
a mirada (referindo-se à de Álvarez) é sempre criativa, não
meramente indagadora.
Cabe acrescentar que o mesmo MRA parece perceber este problema de
incompatibilidade entre axiomas teóricos e resultados arquitetônicos quando afirma:
O silêncio é o melhor discurso: a obra
Mas ao mesmo tempo volta a aderir a essa no mito moderno como ato
racional absoluto, capaz de prefigurá-lo todo, ao afirmar:
…algo que dizia Fenelón: “não tem que ser feito em uma obra
nada que não tenha uma explicação.
Por outro lado, e seguindo com esta emenda realizada por Piñón, e advertindo
a importância que em seu momento adquiriu Alan Colqhoun para o arquiteto catalão,
apresenta-se uma segunda contradição: MRA continua atado em seus axiomas ao
mito da criação a partir do zero. Insisto que em seus axiomas, que em seus
projetos isto não sucede. A seguinte frase de MRA ilustra este problema:
ao fazer arquitetura contemporânea, se bem que todos temos
ataduras ancestrais e coisas que, ainda que não queiramos, as
temos, o peso do passado histórico-artístico faz com que muitos
arquitetos não possam voar, como se fosse a partir do zero.
…de qualquer forma, tentamos conciliar o clássico que nos
ensinavam
Neste sentido, Colqhoun de por medio, Piñón realiza uma nova emenda de
MRA:
-178-
…como o resto dos arquitetos de sua geração recebeu uma
formação acadêmica, o que proporcionou precisão e rigor formal;
não se incorporou à profissão no contexto de uma modernidade
já constituída: seus princípios básicos e critérios visuais haviam
sido formulados uns anos antes, porém faltava desenvolver o
processo que havia de permitir articulá-los…
2004 - “re-composição da torre de Microsoft, um fato prático da
modernidade avançada” de Alfonso Corona Martínez
O edifício chamado Microsoft passou de ser uma planta neutra de
ritmo incerto a uma fortemente simétrica com eixo perpendicular
à rua Bouchard, com frente e fundo…de fato o ritmo que chamei
incerto tinha um lance central estreito no eixo, e os outros
pareciam formar quadrados. Essa estrutura se conserva, com as
colunas reforçadas para fazer a estrutura capaz de resistir os
sete novos andares superiores…é como se Mario Roberto
Álvarez tivesse encontrado o eixo “quase feito” e tivesse se
limitado a confirmar o que o edifício frustrado não conseguiu ser,
como se tivesse eliminado uma contradição -a falta de eixo- e ao
fazê-lo tivesse dotado de uma composição ao edifício que não a
tinha.
Alfonso Corona Martínez nos demonstra que MRA conhece e é capaz de
empregar critérios de origem compositiva clássica como o eixo de composição
central. Este caso em que MRA decide incorporar arquitetura de origem compositiva
clássica, não é o único caso. Existem pelo menos três edifícios em que também
emprega o eixo central com remates laterais. Estes são, a Panedile 1 (Libertador
3754), o edifício de moradias na Avenida Alvear 1491 e o edifício de moradias em
Libertador 4444.
Estes casos, juntamente com a torre Microsoft, demonstram que MRA
emprega também estruturas organizativas de origem clássica. Também se verifica
uma vez mais, em concordância com os descobrimentos da corrente de críticos
ingleses dos anos 50 e 60, como questionamentos modernos podem conviver com
ordens formais de origem clássica.
-179-
-180-
LISTA DE FIGURAS
LÂMINA 1: Casos de estrutura formal e de tipologias de pág. 36
ocupação do lote
LÂMINA 2: Escritórios, construídos e projetados pág. 37
LÂMINA 3: Escritórios, lote urbano e tipo de ocupação pág. 40
LÂMINA 4: Habitação coletiva construída e projetada pág. 41
LÂMINA 5: Habitação lote urbano e tipo de ocupação pág. 44
LÂMINA 6: Cultura, edifícios construídos pág. 45
LÂMINA 7: Cultura, lote urbano e tipo de ocupação pág. 46
LÂMINA 8: Ensino, edifícios construídos e projetados pág. 47
LÂMINA 9: Ensino, lote urbano e tipo de ocupação pág. 48
LÂMINA 10: Esportes, edifícios construídos e projetados pág. 48
LÂMINA 11: Esportes, lote urbano e tipo de ocupação pág. 50
LÂMINA 12: Edifícios comerciais, edifícios construídos
e projetados pág. 50
LÂMINA 13: Edifícios comerciais, lote urbano e tipo pág. 51
de ocupação
LÂMINA 14: Cadeia 1 pág. 52
LÂMINA 15: Parera, andar térreo, planta tipo, pág. 52
planta nono andar e fachada
LÂMINA 16: Parera, varandas da fachada e acesso no andar pág. 53
térreo
LÂMINA 17: Arenales 3746, planta tipo, andar térreo pág. 54
e fachada
LÂMINA 18: A retórica da torre pág. 55
LÂMINA 19: Figueroa Alcorta 3010 / 3032: Andar térreo pág. 55
e planta tipo dos dois prédios
(o edifício de Wladimiro Acosta aparece
em cinzento)
-181-
LÂMINA 20: Esquema de Álvarez explicando as duas soluções, pág. 56
fotografia, vista dos três edifícios e planta de
ocupação (preto, edifícios de Álvarez e cinzento, e
difício de Wladimiro Acosta)
LÂMINA 21: Cadeia 2 pág. 57
LÂMINA 22: Posadas esq. Schiafino: fotografias pág. 57
de aproximação
LÂMINA 23: Posadas esq. Schiafino: Andar térreo e pág. 58
último andar
LÂMINA 24: Posadas esq. Schiafino: andar térreo, planta pág. 58
tipo e planta último andar
LÂMINA 25: Banco Popular Argentino: Corte, fotografia pág. 59
a partir de Florida e fotografia marcenaria
LÂMINA 26: Banco Popular Argentino: Plantas pág. 59
LÂMINA 27: Banco Popular Argentino: delineamento pág. 60
LÂMINA 28: Bank of America: Corte, perspectiva e pág. 61
fotografias de aproximação
LÂMINA 29: Bank of America: Plantas pág. 61
LÂMINA 30: Banco Río: Corte, aproximações exteriores e pág. 62
escadas rolantes
LÂMINA 31: Banco Río: Andar térreo e planta tipo pág. 63
LÂMINA 32: Cadeia 3 pág. 64
LÂMINA 33: SOMISA: Situação do lote no bloco, lote e pág. 64
percpectiva urbana do anteprojeto
LÂMINA 34: SOMISA: Corte e plantas pág. 65
LÂMINA 35: SOMISA: Detalhe axonométrico do sistema pág. 66
cosntrutivo e vista parcial
LÂMINA 36: American Express pág. 66
LÂMINA 37: American Express: Andar térreo e pág. 67
planta tipo
LÂMINA 38: Cadeia 4 pág. 68
-182-
LÂMINA 39: Panedile I: Perspectiva do anteprojeto e pág. 68
situação final
LÂMINA 40: Antecedentes tipológicos: Edifício Avenida pág. 69
Entre Ríos e Edifício Vencich
LÂMINA 41: Aproximação frontal do Panedile I e setor pág. 70
“piazza” que articula os três blocos
LÂMINA 42: Panedile I: Andar térreo e modelos de planta pág. 70
LÂMINA 43: Libertador 4444 pág. 71
LÂMINA 44: Libertador 4444: Andar térreo, modelo de pág. 71
planta e vista a partir de Libertador
LÂMINA 45: Alvear esq. Parera: Andar térreo e pág. 72
planta tipo
LÂMINA 46: Alvear esq. Parera: Fotografias de pág. 72
aproximação
LÂMINA 47: Casos literais de estrutura em U: Panedile I - pág. 73
Alvear esq.Parera Libertador 4444
LÂMINA 48: Casos retóricos de estrutura em U: pág. 74
Libertador 2140 e Figueroa
Alcorta 3010 / 24 / 32
LÂMINA 49: 12 variações de vilas documentadas por pág. 75
R. Wittkower en seu livro: “A Arquitetura
na idade do Humanismo”
LÂMINA 50: Cinco variações de estrutura em U: Panedile I, pág. 75
Libertador 2140, Figueroa Alcorta 3010 / 3032,
Alvear esq. Parera e Libertador
LÂMINA 51: Traçado básico utilizado por Palladio pág. 76
LÂMINA 52: Variações de traçado utilizadas em Panedile I, pág. 76
Alvear esq. Parera e Libertador 4444
LÂMINA 53: Cadeia 5 pág. 76
LÂMINA 54: Ampliação do Teatro Nacional Cervantes pág. 77
LÂMINA 55: Cortes de Ampliação do Teatro Nacional pág. 78
Cervantes e Teatro Municipal General
San Martín
LÂMINA 56: Cadeia 6 pág. 78
-183-
LÂMINA 57: T.M.G.S.M. fotografias e maquete 3D pág. 79
LÂMINA 58: T.M.G.S.M. fotografias interiores pág. 79
LÂMINA 59: Edifício Las Heras 1679 em corpos, projetado pág. 80
pelo arquiteto Alejandro Virasoro, material
extraído do livro “Buenos Aires e algumas
constantes nas transformações urbanas”
LÂMINA 60: Maquete do projeto do Teatro Municipal pág. 80
General San Martín
LÂMINA 61: Opções de ocupação exploradas de 1900 a pág. 80
1945,material extraído do livro “Buenos Aires
e algumas constantes nas transformações
urbanas” de Fernando Diez.
LÂMINA 62: Plantas principais do T.M.G.S.M. pág. 81
LÂMINA 63: Fachada e corte transversal do T.M.G.S.M. pág. 82
LÂMINA 64: Corte longitudinal pág. 82
LÂMINA 65: Cadeia 7 pág. 83
LÂMINA 66: Primeiro projeto para a Universidade de pág. 84
Belgrano: planta geral e maquete
LÂMINA 67: Segundo projeto para a Universidade de pág. 84
Belgrano:Corte e plantas
LÂMINA 68: Universidade de Belgrano: elevador pág. 86
LÂMINA 69: Universidade de Belgrano: Silhueta binuclear pág. 87
em planta, fotografia do edifício construído e
reconstrução do projeto final
LÂMINA 70: Torre Le Parc: Fotografias pág. 87
LÂMINA 71: Esquemas volumétricos de partes do pág. 88
T.M.G.S.M.,Teatro Cervantes, Panedile I
e Torre Le Parc
LÂMINA 72: Le Parc: andar térreo, planta tipo e pág. 88
fotografia de acesso
LÂMINA 73: Panedile I, Le Parc e Virrey Loreto esq. pág. 89
Arribeños
LÂMINA 74: Cadeia 8 pág. 89
-184-
LÂMINA 75: Planta do Jockey Clube pág. 89
LÂMINA 76: Perspectiva e corte do Jockey Clube pág. 90
LÂMINA 77: Perspectiva de acessos em dois níveis a partir pág. 91
de Florida
LÂMINA 78: Clube Alemão: Andar térreo e modelo pág. 92
de planta
LÂMINA 79: Ocupação de lote e escorço urbano do Clube pág. 92
Alemão primeira etapa e do Clube Alemão
segunda etapa
LÂMINA 80: Embasamento com dois blocos verticais en pág. 93
Jockey Clube e Clube Alemão e similitude
compositiva com o U, exemplos do Panedile I
e Alveat esq.Parera
LÂMINA 81: Comparação da solução distributiva no pág. 93
andar térreo, planta tipo e definição
de fachada do escritório semi-isolado do Clube
Alemão e do edifício de escritórios Tucumán 744
LÂMINA 82: Clube Alemão: Seqüência de acesso no pág. 94
andar térreo
LÂMINA 83: Expressão muito homogênea da torre com pág. 94
detalhe expressivo do clube com a escada
no trecho final da torre
LÂMINA 84: Andar térreo, modelos de plantas das torres pág. 95
e corte da Galeria Jardim
LÂMINA 85: Pátios da Galeria: perspectiva e fotografias pág. 96
LÂMINA 86: Galeria Jardim: torre de habitaões, torre de pág. 96
Escritórios, Galeria e maquete do projeto
LÂMINA 87: Situação da Galeria: quarteirão marcado pág. 97
em preto e Circuito urbano comercial que
une Santa Fe e Florida
LÂMINA 88: Desenho de Álvarez da frente da galeria pág. 98
sobre Florida
LÂMINA 89: Bolsa de Comércio: Corte e fotogafias a pág. 99
partir de Leandro N. Alem
LÂMINA 90: Plantas da Bolsa de Comércio pág. 99
-185-
LÂMINA 91: Salas da Bolsa de Comércio pág. 100
LÂMINA 92: Comparação da volumetria e relações pág. 100
urbanas entre edifíco e entorno na Bolsa de
Comécio e os escritórios CHACOFI
LÂMINA 93: IBM: Fotografis gerais pág. 101
LÂMINA 94: Projeto de Catalilnas Norte original e pág. 101
situação atual
LÂMINA 95: Traçado de Catalinas Norte pág. 102
LÂMINA 96: Plantas do IBM pág. 102
LÂMINA 97: Fotografias do IBM pág. 103
LÂMINA 98: Duas perspectivas do projeto Alem esq. pág. 104
Córdoba e comparação de volumetria e
ocupação em planta de IBM e o projeto .
Alem esq. Córdoba
LÂMINA 99: Cadeia 9 pág. 105
LÂMINA 100: Volumetria e planta pricipal do pág. 105
centro Cultural
LÂMINA 101:Fotografias urbanas do Centro Cultural pág. 105
LÂMINA 102:Esquema volumétrico com a sucessão de pág. 106
corpos entre paredes-meias do T.M.G.S.M.
e os dois prismas agrupados do Centro Cultural
LÂMINA 103:Fotografias do prisma horizontal elevado, pág. 106
espaço semicoberto e articulação ao
prisma vertical
LÂMINA 104:Esquemas volumétricos do Centro Cultural pág. 106
e da implantação do Teatro Colón
LÂMINA 105:Fotografias dos exteriores e dos interiores pág. 107
LÂMINA 106:Comparação de cortes dos 3 teatros: pág. 107
T.M.G.S.M., Amp. Teatro Nacional Cervantes
e Amp. Teatro Colón
LÂMINA 107:Planta de ocupação geral da ampliação do pág. 108
Teatro Colón
-186-
LÂMINA 108:Universidade de Belgrano: exemplo de pág. 117
uma obra na qual a variável rígida do
programa é empregada em função de um
problema de complexidade real
LÂMINA 109:TMGSM: coexistência de estrutura pág. 118
formal de prismas agrupados, tipologia de
corpos entre paredes-meias e torre isolada
na retórica da fachada
LÂMINA 110: Torre Le Parc: Estrutura formal de torre pág. 118
LÂMINA 111: Retórica da torre pág. 119
LÂMINA 112: O IBM visto frontalmente a partir de Retiro pág. 120
dissimula seu embasamento e visto lateralmente
o expressa com total claridade
LÂMINA 113: O American Express, mesmo sendo um pág. 120
edifício entre paredes-meias, que aparenta
bastante bem o aspecto de um edifício isolado
LÂMINA 114: O T.M.G.S.M. expressa com sua fachada pág. 120
a totalidade do ediício, enquanto com um
volume bem similar, a ampliação do Teatro
Nacional Cervantes tenta simplesmente
perder-se em importância, gerando un pano
de fundo para o velho Teatro Cervantes
LÂMINA 115: Materiais de projeto pág. 121
LÂMINA 116: Universidade de Belgrano: Seqüência de pág. 121
geração dos materiales de projeto
LÂMINA 117: Galeria Jardim: Seqüência de geração dos pág. 122
Materiais de projeto
LÂMINA 118:Edifício IBM: Seqüência de geração dos pág. 122
materiais de projeto
LÂMINA 119:Edifício American Express: Seqüência de pág. 123
geração dos materiais de projeto
LÂMINA 120:Esquema do modo oscilatório pág. 123
LÂMINA 121:Expressão: T.M.G.S.M. e SOMISA, pág. 124
Neutralidade: Ampliações do Teatro
Nacional Cervantes e do Teatro Colón e
Estado Tranqüilizador: Panedile I
LÂMINA 122:SOMISA pág. 125
-187-
LÂMINA 123: IBM pág. 126
LÂMINA 124: American Express pág. 126
LÂMINA 125:Parea, Schiafino esq. Posadas e Arenales pág. 127
LÂMINA 126:TMGSM, Centro Cultural Bs As, Ampliação pág. 128
Cervantes e Ampliação Teatro Colón
LÂMINA 127:Edifícios de torre com embasamento pág. 128
LÂMINA 128: Torres pág. 128
LÂMINA 129:Estrutura em U pág. 129
LÂMINA 130: Acessibilidade e segregação em moradias e escritórios pág. 129
LÂMINA 131:Primeiro projeto para a Universidade de pág. 130
Belgrano e projeto final
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MRA Mario Roberto Álvarez
PROPAR Programa De Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura
BKF Antonio Bonet Castellana / Juan Kurchan / Jorge Ferrari Hardoy
TMGSM Teatro Municipal General San Martín
INTA Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária
CITEFA Instituto de Investigações Científicas e Técnicas das Forças
Armadas
SEPRA Arquitetos Sánchez Elía, Peralta Ramos e Agostini
SOMISA Sociedade Mixta Siderúrgica Argentina
AMEX American Express
UNLP Universidade Nacional de La Plata
UB Universidade de Belgrano
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