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menos importantes, por assim dizer, neste início de século onde tantos pensadores
já contribuíram com nossa existência terrestre, pensarmos que este corpo nos
carrega por lugares e deslocamos todo tempo e nosso corpo astral nos transporta
para além dos limites que o corpo físico poderá alcançar (aí entraríamos em
questões religiosas para falar de vida após a morte, que fica pra outro assunto).
Queremos citar aqui, uma frase que Soares (2004 p. 112), inseriu em
citação de Revel: “Se o corpo diz tudo sobre o homem profundo, deve ser possível
formar ou reformar suas disposições regularmente correntemente as manifestações
do corpo.”
A linguagem corporal não mente. O corpo fala sem palavras. Basta
observarmos esta linguagem universal de expressão.
A imagem é importante para o relato deste tema, onde a visualização
do comportamento é importante para a analise das pessoas, tanto quanto o tom da
voz quando se fala, para formar uma unidade de comunicação.
Levin, psicomotricista argentino, insere o movimento corporal como
forma de aprendizagem, pois está presente em todas as disciplinas onde o papel do
professor é também de coordenar as descobertas corporais. Queremos citar um
trecho de uma entrevista, onde ele diz:
É muito mais fácil para os pequenos aprender, por exemplo, as letras A, B
ou C brincando com o corpo, representando-as, deitados no chão em
grupos de dois ou três, do que sentados em frente ao quadro-negro.E isso
é possível acontecer com palavras, conceitos, teorias... Em Matemática,
por que o professor não propõe brincadeiras do tipo caça ao tesouro ou
esconde-esconde de folhas? Com elas, a criança vai ter de encontrar as
plantas escondidas na escola, enumerá-las, manipulá-las e classificá-las.
Se a turma gosta de futebol, por que não formar times para disputar um
torneio, fazer tabelas, calcular resultados, ler e escrever histórias
interessantes sobre esse esporte? (LEVIN, 2004).
Em “O corpo fala”, Weil (1986), nos mostra uma ótica simples de nos
conhecermos e reconhecermos as outras pessoas, onde nos faz um convite para um
passeio num dirigível ou balão, onde quer passar o método global que fala do corpo.
Weil (1986, p. 27), nos mostra a figura do boi, do leão e da águia, ou
seja, a esfinge - corpo de boi, tórax de leão e asas da águia, com cabeça de homem,
que na psicologia moderna abrange a totalidade do homem neste conjunto, que
compreende a vida subdividida em instintiva-vegetativa, emocional e mental
(intelectual-espiritual), onde o homem conjunto seria capaz de dominar