Download PDF
ads:
ANA CAROLINA BARBOSA PADOVAN
Estudo da evolução molecular de seqüências de rDNA
18S aplicado à investigação de fatores de
patogenicidade do filo Ascomycota
Tese apresentada à Universidade Federal de
São Paulo Escola Paulista de Medicina,
para obtenção do Título de Doutor em
Ciências.
SÃO PAULO
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
ANA CAROLINA BARBOSA PADOVAN
Estudo da evolução molecular de seqüências de rDNA
18S aplicado à investigação de fatores de
patogenicidade do filo Ascomycota
Tese apresentada à Universidade Federal de
São Paulo Escola Paulista de Medicina,
para obtenção do Título de Doutor em
Ciências.
Orientador:
Profº Dr. Marcelo Ribeiro da Silva Briones
SÃO PAULO
2008
ads:
iii
Padovan, Ana Carolina Barbosa.
Estudo da evolão molecular de seqüências de rDNA
18S aplicado à investigação de fatores de patogenicidade do
filo Ascomycota/Ana Carolina Barbosa Padovan - o Paulo,
2008. xxv. 170p
Tese (Doutorado)-Universidade Federal de o Paulo. Escola
Paulista de Medicina. Programa de Pós-graduação em
Microbiologia, Imunologia e Parasitologia
Study of the molecular evolution of 18S rDNA sequences
applied to the investigation of pathogenicity factors of the phylum
Ascomycota
1. Evolução e datação de Ascomycota 2. Alise Bayesiana
do rDNA 18S 3. protnas de biofilme de Candida albicans 4.
Expressão da enolase 5. Novo alelo de HWP1
iv
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA
Chefe do departamento:
Profº. Dr. José Daniel Lopes
Coordenador do Curso de Pós-Graduação:
Profº. Dr. Renato Arruda Mortara
v
ANA CAROLINA BARBOSA PADOVAN
Estudo da evolução molecular de seqüências de rDNA
18S aplicado à investigação de fatores de
patogenicidade do filo Ascomycota
Presidente da banca: Prof. Dr.__________________________
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr.____________________________________________
Prof. Dr.____________________________________________
Prof. Dr.____________________________________________
Prof. Dr.____________________________________________
Aprovada em: ____/____/____
vi
Este trabalho foi financiado pela bolsa Capes de
doutorado, CNPq, FAPESP, Howard Hughes
Medical Institute e WHO
vii
Aos meus amados pais
Durvalino e Neide Padovan
e ao meu querido irmão, Gustavo
viii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Marcelo R. S. Briones pela oportunidade de trabalhar em seu
laboratório sob sua orientação nesses quase oito anos de convivência e pelas
discussões que tanto enriqueceram meu trabalho e minha vida pessoal.
Às Dras. Analy S. A. Melo e Gerdine F. O. Sanson pelo apoio quando me
acolheram ainda na iniciação científica, pela amizade e companheirismo incondicionais
e colaboração ativa nos meus trabalhos.
À Dra. Adriana Brunstein pela amizade, puxões de orelha e discussões.
À Beatriz Schnabel pela amizade, ajuda nos sequenciamentos e na formatação
dos trabalhos.
À Adriana, Beatriz e Gerdine (amigas da Confraria) pela amizade sincera e
incondicional, risadas e choros compartilhados, piadas, cafés, pães de queijo, doces-
de-leite...
À Silvia Y. Kawashita, Maria Carolina S. Moraes e Carolina Jaqueta pela
amizade e companheirismo durante os cursos da Pós e no dia-a-dia do laboratório.
À Paloma Hernandez pelo companheirismo e ajuda constante nos experimentos
e sequenciamentos.
Aos Drs. Cláudio V. Silva, Guilherme Chaves e Luciano Puzer pela ajuda nos
experimentos, nos trabalhos, nas prontas respostas às minhas dúvidas e pela amizade.
Ao Dr. Daniel Pimenta (Butantã) pela inestimável ajuda nas análises de
espectrometria de massa.
Ao Prof. Francisco Bosco pelos sábios conselhos sobre o trabalho e a vida.
ix
Ao Dr. Arnaldo Colombo pelas amostras clínicas e críticas importantes para este
trabalho.
Aos amigos do LEMI Analy, Cledja, Daniel, Guilherme e Patrício pelo
companheirismo e ajuda nos experimentos.
Aos amigos do laboratório Luiz Fernando, Melissa, Paloma, Renata, Richard e
Silvia e aos da disciplina de Microbiologia, Arthur, Cátia, Maria Carolina, Martín, Nilce e
Viviane (Lab. BC), Cristina, Camila, Michele e Rosângela (Lab SL) e Denise, Fábia e
Rodrigo (Lab TG) pela valiosa amizade, solidariedade e companheirismo durante este
período do doutorado e a ajuda em várias etapas desta tese.
À Vitória Amorim pelo apoio de “mãe” nas horas mais necessárias e pela ajuda
no dia-a-dia do laboratório.
Às “assessoras” Paola, Magda e Mércia que sempre me ajudaram prontamente
nos mais diversos assuntos, principalmente os burocráticos.
Aos professores, alunos e funcionários da disciplina de Microbiologia que
colaboraram direta ou indiretamente para esta tese.
Às famílias Queiroz e Vicentini pela amizade e amor com que sempre me
trataram e por todas as vezes que estiveram ao meu lado me apoiando.
Aos meus amigos eternos e incondicionais Marcelo, Camila, Silene e Gucio
pelo entusiasmo com que sempre acompanharam e incentivaram meu trabalho.
À Neide, Durvalino, Gustavo, Ediceu e Marcelo, minha amada família, pelo amor,
apoio e compreensão em todas as horas.
E a todos aqueles que mesmo não citados, de alguma forma contribuíram para a
realização deste trabalho.
x
“A scientist in his laboratory is not a mere technician:
he is also a child confronting natural
phenomena that impress him
as though they were
fairy tales”
Marie Curie
xi
SUMÁRIO
Dedicatória................................................................................................................vii
Agradecimentos........................................................................................................ viii
Lista de Figuras ........................................................................................................ xv
Lista de Tabelas........................................................................................................ xvii
Lista de Fórmulas ..................................................................................................... xviii
Lista de Abreviaturas ................................................................................................ xix
Resumo..................................................................................................................... xxi
Abstract..................................................................................................................... xxiii
Glossário...................................................................................................................xxv
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 01
1.1. Evolução de fungos......................................................................................... 03
1.1.1. A Evolução do filo Ascomycota.................................................................... 05
1.1.2. Marcadores Moleculares e a Evolução dos Ascomycota............................. 07
1.1.3. Datação e relógio molecular ........................................................................ 09
1.1.4. Pontos de calibração na datação de fungos ................................................ 11
1.1.5. Métodos de inferência filogenética no estudo da Evolução dos fungos....... 12
1.2. Biofilmes........................................................................................................... 16
1.2.1. Formação de biofilmes: problema industrial................................................. 17
1.2.2. Formação de biofilmes fúngicos patogênicos e resistência ......................... 19
1.2.3. Regulação gênica e formação de biofilmes de Candida albicans ................ 22
1.2.4. Fenótipos e metabolismo de células de C. albicans formadoras de
biofilmes ...................................................................................................... 27
1.2.5. A matriz extracelular de biofilmes de C. albicans......................................... 28
1.3. OBJETIVOS ...................................................................................................... 31
CAPÍTULO 2. Fungi evolution revisited: application of the penalized
likelihood method to a Bayesian fungal phylogeny provides a new
perspective on phylogenetic relationships and divergence dates of
Ascomycota groups ............................................................................................... 32
CAPÍTULO 3. Estudo de fatores de patogenicidade de Candida albicans
pela identificação e caracterização de proteínas de matriz de biofilme e
análise de sua expressão gênica ......................................................................... 43
xii
3.1. Material e Métodos .......................................................................................... 44
3.1.1. Microrganismos............................................................................................ 44
3.1.2. Seleção da linhagem de C.albicans mais produtora de biofilme.................. 44
3.1.2.1. Indução de biofilme .......................................................................... 44
3.1.2.2. Quantificação de biofilme por coloração com cristal violeta ............. 47
3.1.2.3. Quantificação de biofilme por redução de XTT ................................. 47
3.1.2.4. Análise dos dados ............................................................................ 47
3.1.3. Análise da fração protéica da matriz de biofilme de C.albicans ................... 47
3.1.3.1. Indução de biofilme ........................................................................... 47
3.1.3.2. Extração da matriz extracelular......................................................... 48
3.1.3.3. Gel “SDS-PAGE” para separação de proteínas ................................ 48
3.1.3.4. Análise das bandas por espectrometria de massa............................ 49
3.1.4. Clonagem e sequenciamento de fragmentos de DNA ................................. 50
3.1.4.1. Oligonucleotídeos.............................................................................. 50
3.1.4.2. Extração de DNA genômico de C. albicans....................................... 50
3.1.4.3. Tratamento do DNA com RNAse ......................................................51
3.1.4.4. Quantificação do DNA ................................................................... 51
3.1.4.5. Amplificação por PCR de fragmentos de interesse........................... 52
3.1.4.6. Tratamento do DNA e ligação .......................................................... 52
3.1.4.7. Preparação de bactérias competentes ............................................. 52
3.1.4.8. Transformação de bactérias competentes por CaCl
2
........................ 53
3.1.4.9. Extração de DNA plasmidial por Mini Prep........................................ 53
3.1.4.10. Sequenciamento dos insertos clonados nos plasmídeos................ 54
3.1.5. Montagem das seqüências consenso ("contigs")......................................... 55
3.1.6. Análise das seqüências por comparação em bancos genômicos................ 55
3.1.7. Análise das seqüências para predição de estrutura, modificações
pós-traducionais, localização e função celular.............................................. 56
3.1.8. Expressão heteróloga de proteínas recombinantes da matriz de biofilme... 56
3.1.8.1. Ligação, clonagem e sequenciamento .............................................. 56
3.1.8.2. Expressão da proteína recombinante................................................ 56
3.1.8.3. Purificação da proteína recombinante............................................... 57
3.1.8.4. Quantificação de proteínas................................................................ 58
3.1.9. Produção de soro de coelho anti-enolase.................................................... 58
3.1.10. “Western blot”............................................................................................. 58
xiii
3.1.10.1. Preparo dos extratos protéicos........................................................ 58
3.1.10.2. Degradação da enolase nativa........................................................ 59
3.1.10.3. Preparação da membrana e incubação ..........................................59
3.1.11. Imunofluorescência.................................................................................... 60
3.1.11.1. Preparação de amostras ................................................................. 60
3.1.11.2. Protocolo de incubação................................................................... 60
3.1.12. Citometria de fluxo ..................................................................................... 61
3.1.12.1. Enolase na superfície celular .......................................................... 61
3.1.12.1. Recaptação da enolase................................................................... 61
3.1.13. Manipulação de RNA ................................................................................. 62
3.1.13.1. Linhagens de C. albicans ................................................................ 62
3.1.13.2. Oligonucleotídeos............................................................................ 62
3.1.13.3. Condições de crescimento .............................................................. 64
3.1.13.3.1. Indução de biofilme ................................................................... 64
3.1.13.3.2. Microaerofilia............................................................................. 64
3.1.13.3.3.Levedura em meio rico (YPD) e em meio pobre (SD) ................ 64
3.1.13.3.4. Indução de Hifas ....................................................................... 64
3.1.13.4. Extração de RNA total e tratamento com DNAse............................ 65
3.1.13.5. Quantificação do RNA total ............................................................. 65
3.1.13.6. Reação de Transcriptase Reversa (RT-PCR) ................................. 65
3.1.13.7. Verificação da integridade do cDNA por RT-PCR........................... 66
3.1.13.8. RT-PCR multiplex semi-quantitativo................................................ 66
3.1.13.9. Análise dos resultados dos ensaios de RT-PCR............................. 67
3.1.14. Reagentes utilizados.................................................................................. 67
3.1.14.1. Meios de cultura.............................................................................. 67
3.1.14.2. Soluções e tampões........................................................................ 67
3.2. Resultados........................................................................................................ 69
3.2.1. Seleção da linhagem de C.albicans mais produtora de biofilme.................. 69
3.2.2. Identificação das principais proteínas da matriz de biofilme de
C.albicans .................................................................................................... 71
3.2.3. Análise da seqüência de DNA da enolase e da proteína predita da
linhagem SC5314......................................................................................... 74
3.2.4. Expressão da enolase recombinante para produção de soro policlonal ...... 79
3.2.5. Presença da enolase na matriz de biofilme e sua degradação.................... 81
3.2.6. Presença da enolase na superfície de C. albicans ...................................... 84
3.2.7. Teste da atividade da enolase ..................................................................... 90
3.2.8. Expressão da enolase em células de biofilme ............................................. 90
CAPÍTULO 4: A novel allele of HWP1, isolated from a clinical strain of
Candida albicans with defective hyphal growth and biofilm formation,
has deletions of Gln/Pro and Ser/Thr repeats involved in cellular adhesion .... 102
CAPÍTULO 5: DISCUSSÃO .................................................................................... 134
5.1. Evolução de fungos......................................................................................... 135
5.2. Biofilmes........................................................................................................... 140
CAPÍTULO 6: CONCLUSÕES ................................................................................ 148
CAPÍTULO 7: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 151
CAPÍTULO 8. PUBLICAÇÕES................................................................................. 171
8.1. Melo A.S., Padovan A.C.B., Serafim R.C., Puzer L., Carmona A.K., Juliano Neto
L., Brunstein A., Briones M.R.S. 2006. The Candida albicans AAA ATPase homologue
of Saccharomyces cerevisiae Rix7p (YLL034c) is essential for proper morphology,
biofilm formation and activity of secreted aspartyl proteinases. Genetics and Molecular
Research. 5(4):664-87.
8.2. Hernandes R.T., Silva R.M., Carneiro S.M., Salvador F.A., Fernandes M.C.C.,
Padovan A.C.B., Yamamoto D., Mortara R.A., Elias W.P., Briones M.R.S., Gomes
T.A.T. 2008. The localized adherence pattern of an atypical enteropathogenic
Escherichia coli is mediated by intimin omicron and unexpectedly promotes HeLa cell
invasion. Cellular Microbiology. 10(2): 415–25.
xv
LISTA DE FIGURAS
Capítulo 1
Figura 1. Principais ramos do reino Fungi.............................................................04
Figura 2. Morfologia dos ascocarpos dos ascomicetos filamentosos.....................06
Figura 3. Esquema da formação de biofilme bacteriano em rede de tratamento
de água....................................................................................................18
Figura 4. Microscopia eletrônica de biofilme de C. albicans formado no interior
de cateter implantado em modelo murino.................................................20
Figura 5. Esquema da formação de biofilme de C.albicans em caterter de PVC...23
Capítulo 2
Figura 1. SSU rDNA fungal phylogeny inferred by Bayesian analysis
corresponding to the consensus of 10.000 trees.....................................38
Figura 2. Schematic phylogenies locating the estimated dates for the main events
of fungal radiation.....................................................................................39
Capítulo 3
Figura 1. Quantificação de biofilme de 14 linhagens de C.albicans .......................70
Figura 2. Gel “SDS-PAGE” 10% para a padronização das condições de indução
e desenvolvimento de biofilme................................................................72
Figura 3. Gel “SDS-PAGE” 10% para selecionar as bandas protéicas da matriz
de biofilme...............................................................................................72
Figura 4. Gel de agarose 1% para verificar a amplificação do gene completo da
enolase da linhagem de C.albicans SC5314. .........................................75
Figura 5. Alinhamento das seqüências de DNA do gene completo da enolase da
linhagem de C. albicans SC5114............................................................76
Figura 6. Análise de predições da estrutura secundária da enolase da linhagem
SC5314...................................................................................................78
Figura 7. Seqüência protéica predita da enolase da linhagem SC5314 (deste
trabalho) e as possíveis modificações pós-traducionais.........................79
Figura 8. Géis “SDS-PAGE” 10% da indução e purificação da enolase
recombinante ..........................................................................................80
Figura 9. “Western Blots” confirmando a presença da enolase em biofilme e
lisados celulares de C. albicans..............................................................82
Figura 10. “Western Blots” da meia-vida da enolase nativa de C.albicans
SC5314 secretada ou proveniente de lise celular................................83
Figura 11. “Western Blot” da proteína intracelular Sui2p em extratos celulares de
S. cerevisiae e C.albicans .....................................................................84
Figura 12. Citometria de fluxo para marcação da enolase na superfície de
leveduras...............................................................................................85
Figura 13. Localização da enolase em leveduras e hifas de C.albicans ................87
Figura 14. Localização da enolase em células de biofilmes de C.albicans ...........88
Figura 15. Citometria de fluxo da recaptação da enolase ......................................89
Figura 16. Gel de agarose 2% da RT-PCR de cDNAs de biofilme.........................91
Figura 17. Gráficos da norma de reação de 9 genes relacionados à regulação e
formação de biofilme e à Via glicolítica .................................................94
Figura 18. Gel de agarose 1% da PCR de HWP1 a partir de DNA genômico........101
Figura 19. Gel de agarose 2% da RT-PCR dos alelos de ALS3 e HWP1, a partir
de linhagens crescidas em biofilmes e induzidas as hifas.....................101
Capítulo 4
Figura 1. Micromorphology of C. albicans hyphal gowth of strains SC5314, L296
and L757.................................................................................................124
Figura 2. Biofilm quantitation of C. albicans strains SC5314, L296 and L757........125
Figura 3. Semi-quantitative RT-PCR of HWP1 alleles visualized in 2% agarose
gel, using 40ng of cDNA per reaction......................................................126
Figura 4. Amplification of HWP1 alleles of 14 C. albicans strains, visualized in
2% agarose gel .......................................................................................127
Figura 5. Alignment of nucleotide and putative protein sequences of HWP1
alleles......................................................................................................128
Figura 6. Representations of the secondary structures of the putative HWP1
allele proteins..........................................................................................129
Figura 7. Diagram of putative Hwp1 protein domains ............................................130
xvii
LISTA DE TABELAS
Capítulo 2
Tabela 1. Sampled fungal taxon classification according to Alexopoulos et al.
(1996) and respective accession numbers .............................................36
Tabela 2. Divergency dates estimates and 95% confidence intervals, as
calculated by the penalized likelihood method, of fungal clades
depicted in Fig.2a....................................................................................40
Tabela 3. Divergency dates estimates and 95% confidence intervals, as
calculated by the penalized likelihood method, of fungal clades
depicted in Fig.2b....................................................................................40
Capítulo 3
Tabela 1. Linhagens de Candida albicans testadas quanto à produção de
biofilme e estudo de expressão de genes em diversas condições de
crescimento ...........................................................................................46
Tabela 2. Oligonucleotídeos utilizados na RT-PCR Multiplex e para o controle da
integridade do cDNA...............................................................................63
Tabela 3. Identificação por espectrometria de massa das 12 bandas protéicas
selecionadas da matriz de biofilme de Candida albicans........................73
Tabela 4. Valores da expressão dos genes nas 5 condições de crescimento das
14 linhagens de C.albicans.....................................................................98
Capítulo 4
Tabela 1. C. albicans isolates from Brazil and reference strains used to screen
the HWP1-2 allele ..................................................................................131
Tabela 2. Percentage of germ tube formation at 3h of incubation in FBS at
37ºC .......................................................................................................132
Tabela 3. Expression levels of HWP1 alleles in hyphal induced cells and
biofilm ....................................................................................................132
xviii
LISTA DE FÓRMULAS
Capítulo 1
Fórmula 1. Taxa de substituição de nucleotídeos .............................................09
LISTA DE ABREVIATURAS
ALS3 - Agglutinin-Like Sequence 3 gene
ATCC – American Type Culture Collection
ATP - trifosfato de adenosina
BCR1 - Biofilm and Cell wall Regulator 1 gene
°C – Graus Celsius
C Carbono
cDNA Ácido desoxiribonucléico complementar
Contig contiguous.
dATP Desoxiadenosina trifosfato
dCTP Desoxicitosina trifosfato
dGTP Desoxiguanosina trifosfato
dTTP Desoxitimidina trifosfato
dNTP Desoxinucleosídeo
DEPC - Dietilpirocarbonato
DNA Ácido desoxiribonucléico
D.O. Densidade óptica
DTT - ditiotreitol
EDTA Ácido etilenodiaminotetracético
EFB1 - Translation elongation factor EF-1 beta gene
ENO1 Enolase gene
FBA1 Fructose biphosphate gene
g aceleração da gravidade
GTR - "general time reversible" (modelo geral de tempo reversível)
h hora
HXK1 Hexokinase 1 gene
HXK2 - Hexokinase 2 gene
HWP1 - Hyphal cell wall protein 1 gene
IPTG Isopropil-D-tiogalactopiranosídeo
kDa Quilodaltons
kb Quilobase
LEMI Laboratório Especial de Micologia
LSU 28S - "Large Subunit rRNA 28S" (rRNA da subunidade maior do ribossomo)
xx
M Molar
Ma - milhões de anos antes do presente
MAPK - Mitogen-activated protein kinase
mg Miligrama
ML Maximum Likelihood Máxima verossimilhança (MV)
min Minuto
ml Mililitro
mm - Mimetro
mM Milimolar
!g Micrograma
!l Microlitro
N Nitrogênio
ng Nanograma
NJ Neighbor-Joining
nm Namômetro
ORF Open reading frame (fase aberta de leitura)
pb – Pares de bases
pH – potencial de hidrogênio
pmol Picomol
PBS Phosphate buffered saline
PCR Reação de polimerização em cadeia
PYK1 - Pyruvate kinase 1 gene
rpm Rotações por minuto
RNA Ácido ribonucléico
rRNA RNA ribossômico
RT-PCR Reação de polimerização em cadeia transcriptase reversa
SD Meio de cultura mínimo contendo dextrose
SFB Soro fetal bovino
SSU 18S - "Small Subunit rRNA 18S" (rRNA da subunidade menor do ribossomo)
TAE Tris acetato EDTA
TEC1 - Transposon Enhancement Control 1 gene
U.V. Luz ultravioleta
YPD Yeast extract peptone dextrose
RESUMO
O tema deste trabalho é estudar alguns fatores importantes de patogenicidade de
fungos do Filo Ascomycota e sua correlação com padrões da dinâmica da expressão gênica na
perspectiva da Evolução Molecular. Decidimos concentrar nossos esforços iniciais nas
questões de sistemática deste grupo, uma vez que a sistemática do Filo Ascomycota, tal como
inferida por métodos atuais, apresenta politomias basais, indicando portanto, controvérsias na
reconstrução dos eventos de radiação evolutiva de seus principais taxa. A análise molecular
descrita neste trabalho sugere a existência de dois grupos na posição basal entre os
ascomicetos filamentosos: os Discomycetes e os Pyrenomycetes. Foram propostos dois
cenários para os principais eventos de radiação daquele filo, o primeiro localizando os
principais eventos na era Proterozóica e o segundo, na era Paleozóica. Para tanto, geramos
um alinhamento de 166 seências da subunidade menor do gene ribossômico 18S (SSU
rDNA 18S), representativas de todos os filos de Fungi e utilizamos como base para uma
análise filogenética Bayesiana. A filogenia sugeriu que os Discomycetes o o grupo basal
dentre os ascomicetos lamentosos e provavelmente mantém caracteres ancestrais visto que
seus representantes estão espalhados entre outros grupos de fungos lamentosos. Verificamos
que a taxa evolutiva de heterogeneidade do filo Ascomycota rejeita a hipótese nula de um
relógio molecular global. Para datar os principais eventos da radiação deste filo, foi utilizado o
todo penalized likelihood”, e para calibrão, foram incldos um fóssil de Pyrenomycete
datado em 400 Ma e considerados dois diferentes cenários encontrados na literatura, um com
uma data estimada de 1.576 Ma para a separação entre planta-animal-fungo e outro, com data
estimada de 965 Ma para a separão entre animal-fungo. Estimativas baseadas no primeiro
cerio são mais antigas do que datas propostas em estudos anteriores baseados em
seqüências do rDNA 18S, mas corroboram estimativas baseadas em análises de multi-
proteínas, sugerindo que a radião dos principais grupos de Ascomycota ocorreu na era
Proterozóica. Durante o processo evolutivo, fatores de patogenicidade surgiram dentro do filo
Ascomycota e são encontrados em fungos dos grupos Pezizomycetes, Archiascomycetes e na
Ordem Saccharomycetales. Candida albicans, o patógeno humano oportunista mais
frequentemente isolado, é um representante desta ordem. Sua capacidade de formar biofilmes
confere propriedades importantes para processos infectivos e colonização de diversos
substratos, sendo ainda muito efetiva na resistência às drogas antifúngicas. A descrão e
dinâmica dos componentes moleculares da matriz do biofilme, associados com as mudanças
no metabolismo celular, poderiam explicar, pelo menos em parte, as propriedades em macro
escala desta importante estrutura. Utilizando espectrometria de massa identificamos a enolase
como um dos principais componentes da matriz do biofilme de Candida. Ainda, a presença de
enolase na superfície celular foi confirmada por imunofluorescência. Caracteristicamente, por
ser uma enzima citosólica que participa da via glicolítica, a enolase não possui sinal de
xxii
secreção, no entanto, verificamos que a protna é possivelmente glicosilada e fosforilada.
Análises de degradação e recaptação mostraram que a proteína é degradada a 37
o
C e não é
recaptada pela parede celular, sugerindo que exista uma via de secreção não-clássica por
onde a enolase possa ser secretada para o biofilme e para a superfície celular sem ser
degradada no meio externo. A expressão da enolase (ENO1) e das enzimas da via glicolítica
como a hexoquinase, piruvatoquinase e aldolase (HXK1, HXK2, PYK1 e FBA1) de 14
diferentes linhagens de C. albicans que foram cultivadas em condões de crescimento como
biofilme, microaerofilia, hifas e leveduras, não mostraram variação significativa, sugerindo que
a condição de crescimento não afeta a expreso desses genes nas diferentes linhagens
analisadas. Os genes ALS3 e HWP1 codificadores de adesinas tiveram a expressão diminuída
em pelo menos 4 vezes em resposta a diminuição da expressão dos genes TEC1 e BCR1 que
controlam a formação biofilme. Este tipo de regulação sugere que mecanismos de
feedforward possam estar presentes nesta rede regularia. A principal adesina da parede
celular das hifas é Hwp1p, necesria para a formação apropriada de hifas e virulência em
candiase sismica. Nós descrevemos um novo alelo de HWP1 (HWP1-2), que o possui
três importantes regiões, em comparão com o alelo descrito anteriormente (HWP1-1). As
regiões 1 e 2 consistem de 10 aminoácidos repetidos em seqüência, importantes para a
conformação funcional de cadeias peptídicas e a adesão das células de C. albicans ao epitélio
de maferos. A região 3 é composta de 34 amincidos que promovem a ligão cruzada
com outras protnas na superfície de C. albicans. As linhagens homozigota para HWP1-2
(L757) e heterozigota (L296) têm níveis significativamente mais baixos na expressão de HWP1
durante a formação de hifas e biofilme, em comparação com a linhagem SC5314 (homozigota
para HWP1-1). L757 teve crescimento na forma de hifa reduzido (40,4%) e diminuída a
formação de biofilme (90,8%), sugerindo que a Hwp1-2p é menos eficiente para manter a
adeo célula-célula e lula-supercie durante a formão do biofilme. Em conjunto nossos
resultados mostram que as propriedades patogênicas de fungos não podem ser seriamente
estudadas sem uma lida base em sistemática molecular apoiada, por sua vez, nos métodos
explicitamente quantitativos das áreas de Estatística, Teoria de Sistemas Dinâmicos e
algoritmos computacionais.
xxiii
ABSTRACT
The aim of this work is the study of factors that are important for the pathogenicity of
the main fungi within phylum Ascomycota and its correlation with expression patterns on the
perspective of Molecular Evolution. We decided to elucidate questions concerning the
systematics of this group, since the actual systematics of the Ascomycota phylum is depicted as
basal polytomies. The molecular analysis described in this work indicates two groups in the
basal position among filamentous ascomycetes: Discomycetes and Pyrenoycetes. Also, two
scenarios are proposed for the major radiation events within that phylum, one places the major
events in the Proterozoic era and the other, in the Paleozoic era. Accordingly, we generated a
dataset of 166 small subunit (18S) rDNA sequences, representative of all groups of Fungi and
used as input in a Bayesian phylogenetic analysis. This phylogeny suggests that Discomycetes
are a basal group of lamentous ascomycetes and probably maintain ancestor characters since
their representatives are intermingled among other filamentous fungi. Also, we show that the
evolutionary rate heterogeneity within Ascomycota rejects the null hypothesis of a global
molecular clock. To estimates the dates of major radiation events, we used the penalized
likelihood method and for calibration we included a 400 My Pyrenomycete fossil. Two distinct
scenarios were considered, being, one with an estimated date of 1.576 Myr for the
plantanimalfungus split and the other with an estimated date of 965 Myr for the
animal–fungus split. Estimates under the rst scenario are older than dates proposed in
previous studies based on small subunit rDNA sequences but support estimates based on
multiprotein analysis, suggesting that the radiation of the major Ascomycota groups occurred
into the Proterozoic era. Pathogenic factors have evolved within Ascomycota and can be found
in fungi of Orders Pezizomycetes, Archiascomycetes and Saccharomycetales. Candida
albicans, the most frequently isolated human opportunistic pathogen, is representative of this
Order. Its ability to form biofilms is a very important factor during the infection process,
colonization of several solid substrates and confers significant resistance to antifungal drugs.
Components of the biofilm matrix associated with changes in the cellular metabolism could, at
least in part, explain its macro-scale properties. We identified that enolase is a major component
of the Candida biofilm matrix by using mass espectrometry and confirmed its presence in the
cell surface by immunefluorescence. Characteristically of cytosolic enzymes that participate of
the glycolytic pathway, enolase does not possess signal for secretion, however, we verified that
this protein can be putatively glycosylated and phosphorylated. Degradation and reuptake
analyses of enolase demonstrated that it is degraded at 37
o
C and it is not reuptaked by the cell
wall, which suggests that there is a non-classical secretory pathway by where enolase can be
sent to the biofilm matrix and the cell surface protected against the external medium
degradation. No significant variation in the expression of enolase (ENO1) and glycolytic
pathway enzymes hexokinase, pyruvate kinase and aldolase (HXK1, HXK2, PYK1 and FBA1)
xxiv
were observed among 14 different lineages of C. albicans grown in biofilm, microaerophilia,
hyphal induced and yeast induced conditions. Adhesin encoding genes ALS3 and HWP1
showed diminished expression levels (at least 4-fold) in response to the down regulation of
biofilm control genes TEC1 and BCR1. This suggests that expression levels of ALS3 and
HWP1 can be regulated by feedforward mechanisms. The major C. albicans hyphae cell wall
adhesin, Hwp1p, is necessary for hyphae formation and virulence in systemic candidiasis. We
described a novel HWP1 allele (HWP1-2) lacking three important regions as compared to the
previously described allele, HWP1-1. Regions 1 and 2 consist of 10 amino acid repeats
important for functional conformation of peptide chains and attachment of C. albicans cells to
the mammalian epithelia. Region 3 consists of 34 amino acid that promote the cross-linking with
other proteins on C. albicans surface. The HWP1-2 homozygous (L757) and heterozygous
(L296) strains have significantly lower levels of HWP1 expression during hyphal growth and
biofilm formation compared to the strain SC5314 (HWP1-1). L757 has reduced hyphal growth
(40.4%) and impaired biofilm formation (90.8%), suggesting that the HWP1-2p is less efficient to
maintain cell-to-cell and cell-to-surface adhesion during biofilm formation. Our results clearly
show that any study of fungal pathogenicity factors have to be solidly based on molecular
systematics, which in turn, has to be grounded on the explicitly quantitative methods of
Statistics, Dynamic Systems Theory and computational algorithms.
xxv
GLOSSÁRIO
Análogo: aquele que tem a mesma função ou apresenta o mesmo aspecto exterior de outro,
mas não compartilham origem ou ancestralidade comuns
Contig contiguous: quando uma coleção de fragmentos de DNA clonados são
arranjados de maneira que se sobreponham e formem uma seqüência contínua.
Homólogo (genes) : aqueles que compartilham ancestralidade comum
Homoplasia: estado ou caracter derivado que aparece pelo processo de convergência
Microarray assay = ensaio de micro-arranjo; ensaio no qual DNA ou cDNAs marcados são
incubados contra chips de vidro ou silicone contendo milhares de seqüências de nucleotídeos
em fita simples, a fim de se ligarem a suas respectivas fitas complementares.
MIC: Concentração Inibitória nima de dado antimicrobiano capaz de inibir o crescimento do
microorganismo em 50%
Monofilético: taxon natural composto de duas ou mais espécies que inclui o ancestral dessas
espécies e todos os seus descendentes
Ortólogo (gene): aquele que é homólogo e conserva a mesma função em todos os organismos
que o contém
Parálogo (gene): aquele que é homólogo pom derivado de duplicão gênica num mesmo
organismo ou ramo na evolução
Parafitico: grupo monofilético que não incluiu todos os grupos descendentes de um único
ancestral comum
Polifilético: grupo de espécies classificadas juntamente mas originadas a partir de diferentes
populações ancestrais
1
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
2
Esta tese abrange o tema da patogenicidade de um grupo específico de
leveduras da Ordem Saccharomycetales na perspectiva da Biologia Molecular e
Evolução. Este tema foi subdividido em dois itens onde procuramos abordar o tema
central usando o todo dedutivo, ou seja, partindo do geral para o espefico. O
primeiro item trata da evolução do filo Ascomycota, que inclui a Ordem
Saccharomycetales, e dos principais eventos de radiação desse filo. Para tanto,
utilizamos a análise Bayesiana para inferência filogenética e verossimilhança
penalizada para estimativa de tempos de divergência. Esta metodologia foi utilizada de
forma pioneira no estudo destes fungos e propiciou uma nova perspectiva no estudo da
sistemática do filo Ascomycota. O segundo item trata do estudo de biofilmes em
leveduras patogênicas, mais especificamente, a identificação de proteínas de matriz de
biofilme de Candida albicans. O trabalho neste item teve início pela busca de
correlação entre evolução e patogenicidade das leveduras da Ordem
Saccharomycetales. A tese é composta, portanto, de uma Introdução e Discussão geral
e as partes convencionais de Material e Métodos e Resultados divididas em 3 seções
correspondendo a uma publicação, um manuscrito submetido e resultados adicionais
em via de preparação de manuscrito.
3
1.1. A EVOLUÇÃO DE FUNGOS
Os fungos (Fungi), animais (Animalia) e plantas (Viridiplantae) fazem parte do
único grupo a se desenvolver a partir de um ancestral aqtico, como organismos
multicelulares em ambiente terrestre, tendo seu tempo de diverncia estimado em
1.500 Ma (Wang et al., 1999 e Bruns, 2006). Estima-se que o reino Fungi pode agrupar
até 1,5 milhão de espécies, mas somente 100.000 estão catalogadas e classificadas
dentro do reino (Hawksworth, 2001). Os fungos estão divididos em filos
tradicionalmente conhecidos como Ascomycota, Basidiomycota, Zygomycota e
Chytridiomycota (Alexopoulos et al., 1996 e Berbee e Taylor, 2001). As leveduras, ou
fungos anamorfos, compreendendo cerca de 20.000 escies, não eram facilmente
identificadas e classificadas por não possuírem corpos de frutificação. Por isso, por
muito tempo, foram agrupadas em um filo onde o existia nenhuma relação de
parentesco entre os organismos, uma classe-forma (form-class) denominada
Deuteromycota (Alexopoulos et al., 1996). Devido aos estudos moleculares, essas
leveduras puderam ser localizadas em um contexto evolutivo, muitas vezes associadas
às suas formas sexuadas ou teleomórficas (Taylor, 1995), sendo agrupadas, em sua
maioria, na Ordem Saccharomycetales dentro do filo Ascomycota.
A figura 1 sumariza os principais filos e ramos dos fungos. O filo
Chytridiomycota compreende fungos verdadeiros que produzem esporos flagelados
(zsporos) para se reproduzirem (Alexopoulos et al., 1996). Na evolução do Reino
Fungi, Berbee e Taylor (2001) propuseram que houve pelo menos 3 perdas de flagelo
dentro do grupo dos Chytridiomycota e Zygomycota. James et al. (2006) inferiram que
houve de 4 a 6 perdas de flagelo e teriam ocorrido nos ramos em que divergem
Hyaloraphydium curvatum (o único fungo que cresce superficialmente como uma alga
planctônica), os Microsporidia e de 2 a 4 perdas nos grupos derivados de Zygomycota.
Liu et al. (2006) propuseram que houve apenas uma perda de flagelo, quando o
ancestral dos Chytridiomycota ganhou o ambiente terrestre. Todos os trabalhos
concluem que o filo Chytridiomycota não é monofilético, ou seja, o filo não deriva de um
ancestral único comum, implicando em nova classificação na base da evolão dos
fungos (Berbee e Taylor, 2001; James et al., 2006 e Liu et al., 2006).
4
Figura 1: Principais ramos do reino Fungi. Esquema simplificado da árvore filogenética gerada
a partir de seqüências do gene SSU rDNA 18S, mostrando os principais filos: Ascomycota e
Basidiomycota, conhecidos por terem em parte do seu ciclo de vida, núcleos pareados
(dikarya), Glomeromycota (anteriormente classificados dentro dos Zygomycota), representantes
dos Zygomycota e Chytridiomycota misturados na base da árvore, indicando parafilia desses
grupos, compartilhando apenas a morfologia primitiva. Fonte: James et al.(2006).
Os fungos do filo Zygomycota compreendem cerca de 1.000 espécies que
produzem zigósporo na reprodução sexuada e assexuada, contidos em um
zigospongio de parede espessa e ricamente ornamentada. Caracterizam-se por
serem filamentosos saprofíticos com hifas cenocíticas (Alexopoulos et al., 1996).
Os dikaria”, representados pelos filos Ascomycota e Basidiomycota agrupam
cerca de 98% dos fungos descritos. Inúmeras inferências filogenéticas baseadas em
diversos marcadores moleculares corroboram a monofilia dos grupos-irmãos (James et
al., 2006; Liu et al., 2006 e Hibbett et al., 2007). Os Ascomycota são fungos que
produzem meiósporos (ascósporos) na reprodução sexuada em estruturas
especializadas denominadas asci (Alexopoulos et al., 1996) e o importantes pois
incluem os principais patógenos humanos, de animais e plantas, sendo amplamente
utilizados na indústria alimentícia (fabricação de pães e bebidas) e como modelos para
estudos em eucariotos (Alexopoulos et al., 1996). Os Basidiomycota agrupam cerca de
30.000 espécies e produzem seus esporos sexuais (basidiósporos) em estruturas em
5
forma de clava, chamadas de basidia.o importantes decompositores e fonte
alimentícia (cogumelos) (Alexopoulos et al., 1996).
1.1.1. A Evolução do filo Ascomycota
No filo Ascomycota são classificados mais da metade dos fungos identificados
que estão divididos em três principais subfilos: Taphrinomycotina (ou
Archiascomicetos), Pezizomicotina (ou ascomicetos filamentosos; também chamados
de Euascomicetos) e Saccharomycotina (Ordem Saccharomycetales) (James et al.,
2006). Em detalhe, os Archiascomicetos foram o primeiro grupo a se divergir dentre os
Ascomycota e incluem patógenos de plantas na forma de micélios rústicos e leveduras
que se reproduzem por fissão binária (fission yeasts) (Alexopoulos et al., 1996).
Diferentemente dessas últimas, as leveduras da Ordem Sacchromycetales
reproduzem-se por brotamento e muitas delas, são as formas assexuadas de
ascomicetos filamentosos. Esse último grupo, também conhecido como
Euascomicetos, por muito tempo foi classificado de acordo com características
morfológicas e de formação de seus asci em diferentes tipos de ascocarpos. De acordo
com a forma do ascocarpo, os ascomicetos filamentosos eram classificados em:
Discomycetes, Pyrenomycetes, Plectomycetes e Loculomycetes (Alexopoulos et al.,
1996). A figura 2 mostra os diferentes ascocarpos de acordo com o grupo a que
pertencem.
6
Figura 2: Morfologia dos ascocarpos dos ascomicetos filamentosos. Os Discomycetes formam
os asci em ascocarpo aberto, em formato de prato, chamado de apotécio; os Loculomycetes
formam seus asci em um estroma celular, denominado ascostroma; os Plectomycetes formam
asci em ascocarpos fechados em formato de bola, chamado de cleistotécio; por fim, os
Pyrenomycetes formam asci em ascocarpos no formato de pêra, chamados de peritécio. As
setas amarelas destacam os asci no interior dos ascocarpos. Fonte: Alexopoulos et al. (1996)
Estudos moleculares confirmaram a monofilia de diversos desses grupos de
Ascomycota, como os Pyrenomycetes, Plectomycetes, Archiascomycetes, e a ordem
Saccharomycetales (Berbee e Taylor, 1992b; Gargas e Taylor, 1995; Berbee et al.,
2000; Lumbsch, 2000 e Berbee, 2001). Contudo, outros grupos como os Discomycetes
e Loculomycetes possuem sistemática incerta, visto que não é sabido se formam um
agrupamento artificial de organismos, causado pela convergência de caracteres
morfológicos ou se foram analisados caracteres moleculares insuficientes para resolver
as relações filogenéticas dos mesmos (Gargas e Taylor, 1995 e Berbee, 1996).
Diversas alises moleculares foram feitas na tentativa de se elucidar a sistemática
desse grupo, mas sempre encontravam dois possíveis cenários para a sua radiação:
um favorecendo a posição basal dos Discomycetes (Gargas e Taylor, 1995 e Lutzoni et
al., 2001) e outro favorecendo os Pyrenomycetes (Berbee e Taylor, 2001).
7
1.1.2. Marcadores moleculares e a Evolução do filo Ascomycota
A análise de marcadores moleculares como seqüências de DNA tem sido muito
importante na reclassificação taxonômica e estudo da evolução dos fungos. A
taxonomia tradicional é conhecida por utilizar-se de caracteres únicos morfológicos
(como corpo de frutificação, forma do ascocarpo, etc) para classificar novos
organismos, mesmo considerando que existam homoplasias (Alexopoulos et al., 1996 e
Bruns, 2006).
A grande maioria dos estudos filogenéticos de grandes grupos de fungos e de
diversos outros organismos utilizou-se de seqüências do gene SSU rDNA 18S (Small
subunit rDNA 18S). Este gene é arranjado em cerca de 200 cópias repetidas
seqüencialmente no genoma (“tandem repeats”) com tamanho estatisticamente bom
(>1.500 bp) para análise, e ainda, possui estrutura e função universalmente
conservadas (Butler e Metzenberg, 1989). São portanto, simultaneamente, genes
homólogos (derivados de um único ancestral comum), análogos (mesma função em
organismos diferentes), e por isso, ortólogos. Por estar presente em todos os seres
vivos e o amulo de mutões em suas seqüências ser proporcional ao ranking”
taxonômico dos organismos, o tornam um padrão-ouro para estudos evolutivos
(Woese, 1987 e Bruns, Vilgalys et al., 1992). O rDNA 18S foi utilizado em diversos
estudos de macro-evolução de fungos. Bruns et al. (1992) e Berbee e Taylor (1992a)
mostraram que os Plectomycetes, Pyrenomycetes, a Ordem Saccharomycetales e os
Archiascomycetes o grupos monofiléticos. Já os Loculomycetes e Discomycetes
mostraram-se parafiléticos e polifiléticos, respectivamente (Bruns et al., 1992; Gargas e
Taylor, 1995 e Berbee, 1996). Lutzoni et al. (2001) concluíram que o ancestral dos
ascomicetos filamentosos era um formador de líquens.
Para estudos intraespecíficos de sistemática são necessários marcadores que
acumulem um maior número de mutações em um espaço curto de tempo (Metzenberg
et al., 1985). Os marcadores mais utilizados são as regiões ITS dos genes
ribossômicos, que compreendem o espaçador transcrito interno 1 (ITS1), o gene
ribosmico 5.8S (rDNA 5.8S) e o espaçador transcrito interno 2 (ITS2); as reges
D1/D2 do gene rDNA 28S e genes do genoma mitocondrial (Kurtzman, 2000 e Borman
et al., 2008). Por exemplo, dentro da Ordem Saccharomycetales, Sanson e Briones
(2000) verificaram que o gene mitocondrial COX2 (Citocromo oxidase 2) poderia
ser utilizado na discriminação de linhagens de Candida glabrata de origens
geográficas distantes. Também investigaram se poderiam encontrar a seqüência
8
de COX2 de Candida albicans a partir da seqüência de C. glabrata, mas não
obtiveram sucesso, sugerindo que a distância genética entre a primeira e a
segunda poderia ser maior que a observada entre gêneros diferentes, como entre
C. albicans e Saccharomyces cerevisiae.
Com o aumento de genomas completamente seqüenciados em bancos de dados
e a conseqüente identificação de genes homólogos, aqueles codificadores de proteínas
têm sido cada vez mais utilizados em estudos de sistemática de fungos (James et al.,
2006 e Liu et al., 2006). A vantagem em utili-los é que seqüências homólogas de
proteínas tendem a ter tamanhos constantes, visto que deleções e inserções no DNA
podem mudar a fase de leitura e conseqüentemente, eliminar a proteína por seleção.
o rDNA 18S pode variar de tamanho entre 1.800 a 2.300 nucleotídeos (Berbee e
Taylor, 2001). A desvantagem da utilização dessas seqüências é que justamente pela
seleção atuar na manutenção de um código de 20 aminoácidos (codificados em
tripletes) e não somente sobre 4 nucleotídeos independentes, a maioria das mutações
tende a ser sinônima, e algumas podem ser na realidade, homoplasias (Berbee e
Taylor, 2001).
Liu et al. (2006) utilizando seqüências das subunidades maiores da RNA
polimerase II (Rpb1p e Rpb2p) corroboraram a monofilia dos Ascomycota e de seus
três subfilos (Taphrinomycotina, Pezizomicotina e Saccharomycotina). Outros autores
utilizaram tanto análises de genes ribossômicos quanto de proteínas para estudos de
sistemática. James et al. (2006) analisaram as seqüências de 6 genes: rDNA 18S,
rDNA 28S, rDNA 5.8S, o fator de elongação 1-_ (Ef1_p) e as mesmas seqüências de
RNA polimerase II (Rpb1p e Rpb2p). Também observaram a monofilia dos Ascomycota
e de seus subfilos. As relações filogenéticas dentro do subfilo Pezizomycotina
corroboraram a posição basal dos Discomycetes entre os ascomicetos filamentosos
(Gargas e Taylor, 1995 e Lutzoni et al., 2001), sendo o grupo dos Pezizomycetes, que
não formam quens, os primeiros a divergirem, contrariando análises prévias (Lutzoni
et al., 2001), que sugeriam que o ancestral desse subfilo associava-se às algas ou
cianobactérias para formar líquens.
9
1.1.3. Datação e relógio molecular
O processo básico da evolução de seqüências de DNA é a mudança ou
substituição de nucleotídeos com o tempo (revisto em Li e Graur, 1991). Essas
substituições ou mutações vão aumentando sua freqüência na população
vagarosamente, a que sejam fixadas e são essas seqüências que observamos
ao isolar um DNA específico nos dias de hoje. Ao compararmos duas seqüências
de DNA podemos inferir a taxa de substituição de nucleotídeos (r), que é definida
como o mero de substituições por sítio por ano e é calculada, dividindo-se o
número de substituições entre essas seqüências de DNA (K), por duas vezes o
tempo de divergência passado entre um ancestral comum e elas (2T):
(1) r = K/(2T)
O gene rRNA 18S é muito utilizado para estimar os tempos de divergência
entre espécies de grupos nos quais não existe registro fóssil, como é o caso da
ordem Saccharomycetales (Berbee e Taylor, 1992b). Escalante e Ayala (1995)
estimaram a taxa para este gene entre 0,85-2% de divergência de seqüência a
cada 100 Ma. Contudo, esta estimativa não foi confirmada por registros fósseis,
entre eles o de um fungo do grupo dos Pyrenomycetes, datado em 400 Ma
(Taylor et al., 1999). Pelas datas inferidas a partir de alise do gene rDNA 18S,
o grupo dos Pyrenomycetes teria uma origem muito mais recente (310 Ma)
(Berbee e Taylor, 2001), e há 400 Ma ainda não teria ocorrido à divergência entre
os filos Ascomycota e Basidiomycota.
Wang et al. (1999) reportaram que o coeficiente de variação das
estimativas de tempo de divergência entre diferentes genes estaria entre 25 a
35%. Eles atribuíram esse fato em parte à variação das metodologias
empregadas nas datações, a utilização de um único ou de vários pontos de
calibração, se são analisadas seqüências de DNA ou de proteínas, de genes
nucleares ou mitocondriais, o tamanho das seqüências, e ainda, o número de
genes empregados para estimar o tempo de divergência, propondo que diversos
genes devem ser analisados independentemente.
Na datação dos principais eventos de radiação de fungos, a diferença nas
estimativas de tempo de divergência remonta dois cenários evolutivos: um em
que esses eventos ocorreram no período Pré-Cambriano antigo, era Proterozóica
10
(1.000 a 700 Ma) (Heckman et al., 2001), e outro, muito mais recente, na era
Paleozóica (entre 500 e 200 Ma) (Berbee e Taylor, 2001). No primeiro cenário,
Heckman et al. (2001) utilizaram 119 seqüências de genes codificadores de
proteínas, que possuíam variação de taxa muito pequena entre elas, ou seja, poderia
ser considerada uma taxa média e constante na análise (evolução como relógio
molecular). Como pontos de calibração, foram utilizadas as datas do ssil de
Pyrenomycete (400 Ma) e a estimativa da divergência de plantas, animais e fungos,
datada em 1.576 Ma (Wang et al., 1999). Berbee e Taylor (2001) utilizaram cerca de 40
seqüências de rDNA 18S e como ponto de calibrão, foi usada a data do ssil
representativo de Glomaceae (família relacionada aos Zygomycota e Chytridiomycota),
datado em 390 Ma e a estimativa da divergência de animais e fungos, datada em 965
Ma. Comparativamente, a radiação do Filo Ascomycota teria ocorrido, respectivamente
entre 1.400 e 1.200 Ma nas análises de multi-proteínas e 590 Ma na análise do rDNA
18S. A separação entre Pyrenomycetes e Plectomycetes teria ocorrido em 670 Ma e
310 Ma, e Candida e Saccharomyces, principais gêneros de leveduras da Ordem
Saccharomycetales, 841 Ma e 140 Ma.
Em estudos comparativos de proteínas de mamíferos, Zuckerkandl e
Pauling (1962) e Margoliash (1963) reportaram que a taxa de substituições de
aminoácidos destas proteínas era aproximadamente a mesma entre várias
linhagens analisadas. Propuseram que para qualquer proteína a taxa de evolução
molecular seria aproximadamente constante em todas as linhagens e portanto,
existiria um relógio molecular. Contudo, havia divergências pois o relógio
molecular o corroborava a existência de dados caracteres morfológicos e
fisiológicos (Li e Graur, 1991).
Considerando estudos de macroevolução do Reino Fungi, diferentemente
de algumas proteínas (exemplo, a DNA Topoisomerase I (Hedges et al., 2004)), a
taxa de substituições do rDNA 18S mostrou-se não constante, ou seja, não é
possível aceitar a hipótese de evolução como relógio molecular para datar os
principais eventos de sua radiação (Padovan et al., 2005). É sabido que alguns
grupos, como os Plectomycetes possuem taxa do gene ribossômico constante,
dizendo-se que existe ali, relógio molecular local (Berbee e Taylor, 1993 e Kasuga
et al., 2002). Atribuem-se parcialmente as diferenças nas taxas de substituição de
nucleotídeos à eficiência no sistema de reparação de DNA (Britten, 1986).
11
Para datar eventos de radiação considerando diferentes taxas de evolução ou
regios locais, alguns métodos foram desenvolvidos como o “Penalized likelihood
(Sanderson, 2002). Este método combina métodos paramétricos (assume que as taxas
de evolução seguem uma dada distribuição, como lognormal (Thorne et al., 1998), ou
de Poisson (Huelsenbeck et al., 2000), corrigidas por máxima verossimilhança), com
métodos o paramétricos (que penalizam taxas rápidas de mudança de nucleotídeos,
minimizando as mudanças de taxa entre os ramos ancestrais e descendentes em uma
árvore, como Nonparametric rate smoothing (NPRS) (Sanderson, 1997)). O
diferencial do método é determinar o valor ótimo de smoothing” (!) para estimar a
penalização das taxas pidas de evolução. Esse valor pode variar de muito pequeno,
quando cada ramo da filogenia tem uma taxa de substituão diferente, para muito
grande, quando os parâmetros mostram-se essencialmente como “relógio molecular”
(“clock-like”) (Bell e Donoghue, 2005). Dessa forma, é possível calcular a taxa média de
substituição de nucleotídeos e datar os eventos de radiação sem a necessidade de
assumir a “hipótese nula” de relógio molecular global. Esse método é ainda muito útil
pois permite a adição de pontos de calibração para as estimativas, como as datas de
registros fósseis.
1.1.4. Pontos de calibração na datação de fungos
A utilização de registros fósseis associados a dados moleculares para calibrar
datões pode ser feita de duas formas: pode’-se fixar os pontos de calibrão e
calcular o valor absoluto dos ramos ou pode-se utili-los como tempos ximo e
mínimo em um dado ramo (Sanderson, 1997). Contudo, vale lembrar que tempos de
divergência derivados de registros fósseis sempre são subestimações da divergência
real (Benton e Ayala, 2003). Por isso, a escolha de fósseis apropriados e classificados
corretamente é muito importante para as análises.
Alguns fósseis classificados no grupo dos fungos ou chamados de fungi-like
não se enquadram em nenhuma das estimativas de tempo de divergência propostas
(Berbee e Taylor, 2001; Heckman et al., 2001 e Hedges et al., 2004). Esse fato reflete
um problema circular na utilização de fósseis para calibrar as datações, visto que essas
últimas acabam sendo usadas para auxiliar na classificação do fóssil, essencialmente
baseada na morfologia, e colocá-lo em um contexto evolutivo mais apropriado. Fósseis
de tipo “levedura-like” (Pflug, 1978) e outro “líquen-like”, encontrado na África do Sul,
12
foram datados, respectivamente em 3.400 Ma e 2.500 Ma (Hallbauer et al., 1977),
sendo que nos ecossistemas atuais, os quens o a simbiose entre ascomicetos
filamentosos e algas. As estimativas baseadas em análise de seqüências de multi-
proteínas (Heckman et al., 2001 e Hedges et al., 2004), e rDNA 18S (Berbee e Taylor,
2001) dataram as radiações das primeiras leveduras (Taphrinomycotina) e o filo
Ascomycota, respectivamente em 1.250 e 1.050 Ma e 390 e 280 Ma.
Infelizmente poucos fósseis dos grupos mais antigos são encontrados. Aqueles
melhor caracterizados e utilizados como pontos de calibração o: um fóssil Glomus-
like, associado à formação de micorrizas (Zygomycota), datado em 460 Ma, no
período Ordoviciano (Redecker et al., 2000); dois representantes do filo Basidiomycota
(caracterizados pela formação declamp-connections), um datado em 290 Ma
(Dennis, 1970) e outro em 90 Ma, preso em âmbar (Hibbett et al., 1995), e o mais
antigo descoberto até hoje, um representante de Pyrenomycetes, datado em 400 Ma
(Taylor et al., 1999).
Estimativas de tempos de divergência já calculadas com diferentes todos e
seqüências também são utilizadas para calibrar novas análises. No grupo dos fungos,
as datações mais utilizadas são as propostas por Wang et al. (1999), que datou a
divergência entre as plantas, animais e fungos em 1.576 Ma e a separação de animais
e fungos, datada em 965 Ma (Doolittle et al., 1996).
1.1.5. Métodos de inferência filogenética no estudo da Evolução dos fungos
Os objetivos dos estudos filogenéticos são inferir as relações genealógicas entre
organismos e estimar os tempos de diverncia entre organismos que dividem uma
ancestralidade em comum (Li e Graur, 1991). Ao considerar a taxa de substituições de
nucleodeos de dadas seqüências moleculares como ferramenta para reconstruir o
passado evolutivo desses organismos, é necesrio considerar que as mutações
observadas são fruto de um acúmulo de substituições ao longo do tempo (Li e Graur,
1991). Por isso, em análises de marcadores moleculares de organismos
filogeneticamente distantes, é muito necessária a utilização de modelos probabilísticos
que corrijam para mutações superimpostas. Existem diversos modelos probabilísticos,
desde os mais simples, como o JC (Jukes e Cantor) (Jukes e Cantor, 1969), que
assume que as mutações ocorrem com a mesma probabilidade e ao acaso entre os 4
tipos de nucleotídeos, até os mais complexos, como o GTR (General Time Reversible)
13
(Tavare, 1986) que assume 6 diferentes valores de probabilidades instantâneas já
fixadas ou estimadas a partir do alinhamento, para correção das inferências
filogenéticas. Por exemplo, esses modelos mais complexos consideram que a terceira
posição dos dons de genes codificadores de proteínas tendem a evoluir mais
rapidamente que a primeira e a segunda, pois a maioria de suas mutações é silenciosa
(Li e Graur, 1991).
As inferências ou árvores filogenéticas são grafos matemáticos contendo ramos
que interligam os organismos estudados com seus respectivos possíveis ancestrais (os
nós) (Li e Graur, 1991). Elas podem ser inferidas por diversos métodos, considerando
ou não os modelos de substituição de nucleotídeos.
No método da parcimônia, é escolhida como a melhor árvore, ou a árvore que
melhor representa as relações entre os organismos, aquela que contiver o menor
número de passos evolutivos (substituições) para explicar as difereas observadas
entre as seqüências (Fitch, 1977). Os problemas do todo é que este o utiliza a
priori, correção de modelos de substituição de nucleotídeos, sendo intuitiva a escolha
da árvore (a que contiver o menor mero de mutões). Geralmente são geradas
diversas árvores com pequenas diferenças na topologia, mas igualmente
parcimoniosas, sem que seja dado algum suporte estatístico para a escolha da
“verdadeira”. O princípio da parcimônia veio do pensamento lógico do frade franciscano
William de Ockham (culo XIV), que diz que “se em tudo o mais forem idênticas as
rias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor". Contudo, esse
pensamento conflita diretamente com o processo evolutivo: como é possível emergir da
natureza organismos mais complexos, se assumirmos que a mesma escolhe o
caminho mais econômico na evolução?
No método de distância considera-se para inferir filogenias uma matriz com o
mero de difereas entre duas seências comparadas par a par (Saitou e Nei,
1987). Esse método pode utilizar a correção de modelos de substituição de
nucleotídeos, visto que a razão para duas seqüências serem muito distantes entre si
o necessariamente é causada pelo tempo que passou desde a divergência entre
elas, mas sim, a taxa que é muito alta por conta das mutações superimpostas (Li e
Graur, 1991). O método fornece uma árvore filogenética em que as distâncias
(diferenças entre as seqüências) determinam o tamanho dos ramos. As análises de
distância tendem a ser as mais utilizadas como ponto de partida para outras análises
mais complexas em estudos de macroevolução, mas é muito útil em estudos
14
intraespecíficos, principalmente pela rapidez que gera os grafos (Hall, 2001). O
problema desse tipo de abordagem é a redução dos dados de seência (dados
biológicos), à uma distância numérica, o que leva a grande perda de informação
(Swofford et al., 1996).
A máxima verossimilhança (ML Maximum likelihood”) considera como a
melhor árvore, aquela que explica os dados observados (o alinhamento), dado um
modelo de substituição de nucleotídeos (Felsenstein, 1981). Em outras palavras, ML
procura por uma árvore (hipótese) que maximize o “valor de likelihood” (LnL) do dado
observado (o alinhamento), considerando pametros de um modelo markoviano
escolhido. Esse método utiliza-se de modelos complexos de substituição de
nucleotídeos e suporte estatístico para testar as hipóteses (as árvores) (Li e Graur,
1991). Assim, as estimativas de ML tornam-se consistentes (dado que existam dados
suficientes e um modelo adequando), visto que sempre apresenta a topologia
estatisticamente mais correta das relões entre os organismos (Rogers, 1997). As
vantagens da ML é que geralmente apresenta uma única árvore escolhida, com valor
de likelihood conhecido. As desvantagens são a prisão da busca heurística em
morros que contenham árvores com valores de likelihood sub-ótimos e a
implementação computacional do método, visto que a busca é lenta, não trata centenas
de seqüências em um alinhamento, tornando-se geralmente, um método limitado à
capacidade do processador do computador (Hall, 2001).
Considerado atualmente o mais eficiente e robusto método de inferência
filogenética, o todo Bayesiano utiliza-se da ML na busca da melhor árvore, que é
dadao pela busca da árvore que maximize o valor de likelihood de dados
observados, mas sim, procura árvores que maximizem o likelihood” dado os dados (o
alinhamento) (Huelsenbeck e Ronquist, 2001). A principal vantagem do método é
produzir uma série de árvores com valores de “likelihood” estatisticamente iguais, as
quais podem ser unidas por um consenso, resultando na freqüência (ou na
probabilidade a posteriori) de um dado agrupamento ou clado. Outras vantagens do
método é a capacidade em lidar com grande mero de seqüências e calcular
rapidamente os valores de likelihood, corrigindo a busca para que esta não fique presa
em soluções sub-ótimas e armazene árvores que não sejam de fato as melhores” ou
mais verossímeis (Huelsenbeck e Crandall, 1997)
No estudo da evolução de fungos, Heckman et al. (2001) utilizaram-se de
análises de distância, considerando a distância média de genes de proteínas
15
concatenados como dado comparativo para inferir e datar os eventos iniciais da
radiação do reino Fungi. Berbee e Taylor (1993 e 2001) utilizam geralmente
comparões de árvores de parcinia e distância em suas inferências a partir de
seqüências de rDNA 18S. Lutzoni et al. (2001) foi o primeiro a utilizar a análise
Bayesiana pra inferir as relações filogenéticas de ascomicetos filamentosos. Taylor e
Berbee recentemente aderiram à utilização da análise Bayesiana para estimar
novamente os tempos de divergência dos principais eventos de radião dos fungos
(Taylor e Berbee, 2006).
16
1.2. BIOFILMES
O estudo das interações dos fungos do filo Ascomycota com outros
microorganismos, animais e plantas, é crucial para se entender a co-evolução dos
mesmos e como eles puderam ocupar e se espalhar com grande sucesso pelos mais
diversos ecossistemas do planeta. A capacidade dos microorganismos, especialmente
dos fungos, em se aderir às supercies abticas e formar comunidades complexas
vem se tornanando objeto de estudo na Medicina por conta da disseminão de
microorganismos patogênicos e resistentes aos tratamentos em hospedeiros humanos
(Donlan, 2001).
A história da Microbiologia baseia-se basicamente na observação de
microorganismos isolados que vivem na forma livre ou planctônica e que são
transportados para condições “ideais” de crescimento em laboratório, como meio rico e
temperatura para se estudar seus fenótipos, getipos e metabolismo. A partir das
décadas de 60 e 70 passadas, com os avanços principalmente na microscopia
eletrônica, verificou-se que mais de 99% dos microorganismos cresciam, na verdade,
nos mais diferentes ecossistemas, em comunidades complexas (Potera, 1999). Essas
comunidades microbianas quando agregadas ou aderidas a uma superfície o
conhecidas como biofilmes, e os organismos que nele vivem ficam protegidos contra
ressecamento e falta de nutrientes por uma matriz extracelular por eles secretada
(Donlan e Costerton, 2002 e Douglas, 2003).
O primeiro a reportar o fenômeno de formão de biofilme foi Anton van
Leeuwenhoek (1632-1723) no século 17, observando em um simples e rústico
microscópio que as bacrias que cresciam em forma de placas sobre dentes de
pacientes, possuíam fenótipo distinto das que cresciam na forma planctônica (Donlan e
Costerton, 2002). Contudo, os cientistas só prestaram a devida atenção à
complexidade e prevalência da formação do biofilme como um peculiar microambiente
nas últimas décadas.
17
1.2.1. Formação de biofilmes: problema industrial
Devido à facilidade de desenvolvimento de biofilme microbiano onde exista fluxo
de quidos, a presea de conias sseis em tubulões de água e rejuntes se
tornou um problema para as indústrias que, por vezes, interrompe a produção e
contamina o produto final, principalmente na indústria alimentícia (Mittelman, 1998).
Prejuízos crescentes com corrosão e contaminação, bem como, a dificuldade em se
retirar o biofilme aderido (sensível apenas à força mecânica), fizeram com que pessoas
envolvidas na manutenção do sistema de abastecimento de água fossem as primeiras
a desenvolver métodos de coleta e aplicação de biocidas contra colônias de bactérias
sésseis (Donlan e Costerton, 2002), e de fungos filamentosos e leveduriformes,
principalmente aqueles que são resistentes ao tratamento com cloro (Doggett, 2000).
A formação de biofilmes em superfícies sólidas, geralmente abióticas, se em
4 etapas principais, esquematizadas na Figura 3. Células contidas em um fluxo de
líquidos encontram uma superfície, na qual podem se aderir através das proteínas que
recobrem suas células, bem como por forças físicas de interação com a superfície em
questão (como interações de Van der Waals) (Figura 3 - parte 1). Essa adesão primária
pode ser revertida. Contudo, a partir do momento em que as lulas passam a se
dividir e crescer em camadas, e ainda, a produzir e excretar uma matriz extracelular, a
adesão célula-célula e célula-substrato, passa a ser irreversível (partes 2 e 3). Tanto a
morfologia quanto o metabolismo celular é alterado e adaptado a esse novo
microambiente. O biofilme tende a crescer mais devido ao acúmulo de partículas que
estejam no meio e aos poucos, células passam a se desprender do biofilme, por erosão
(perda de lulas individuais) ou perda de agregados maiores, ainda protegidos pela
matriz (parte 4). No biofilme, a matriz extracelular é importante pois age como barreira
física contra a ação de antimicrobianos naturais, bacteriófagos e amebas fagocíticas
(Donlan e Costerton, 2002).
18
Figura 3. Esquema da formão de biofilme bacteriano em rede de tratamento de água. As
etapas de sua formação estão divididas em 1- adesão reversível ao substrato; 2- divisão celular
acelerada e matriz extracelular sendo secretada; 3- adesão lula-célula e delas ao substrato
torna-se irreversível; 4- células ou propágulos se desgrudam do biofilme, podendo contaminar
linhas de prodão em instrias e reservatórios hospitalares de água, por exemplo. Fonte:
Xavier et al. (2003)
Fungos filamentosos e leveduriformes do filo Ascomycota também são
encontrados nos sistemas de distribuição de água, podendo afetar diretamente a saúde
pública e contribuir para a ocorrência de intoxicações, reações alérgicas e infecções
em indivíduos imunocomprometidos (Doggett, 2000 e Warris et al., 2001). Anaissie et
al. (2002) realizaram coletas em diversos pontos do sistema de distribuição de águas
de Springfield (E.U.A) que servia em 1997 pelo menos 100.000 habitantes. Reportaram
a presença das espécies fúngicas dos gêneros Penicillium, Aspergillus, Mucor,
Alternaria, Cladosporium e Candida como as mais isoladas, formando biofilmes.
19
1.2.2. Formação de biofilmes fúngicos patogênicos e resistência
Na área da saúde, a aceitação de que as infecções fossem causadas por
microorganismos que se desenvolviam na forma de biofilme era reticente. Contudo,
hoje se acredita que em pelo menos 90% das infecções, o agente causador se
desenvolva como biofilme, sendo freqüentemente isolado de cateteres, conectores de
agulhas, tubos endotraqueais, válvulas caracas mecânicas, lentes de contato e
próteses dentárias (Donlan, 2001 e Murga et al., 2001).
Segundo US National Nosocomial Infections Surveillance System, quatro
escies o as principais causadoras de infecções sismicas no atual cerio de
modernas e poderosas drogas e pacientes imunossuprimidos: as bactérias
Staphylococcus coagulase-negativo, Staphylococcus aureus, Enterococcus spp e a
levedura Candida albicans (Douglas, 2003). C. albicans e, em menor número, outras
espécies patogênicas do gênero são responsáveis por infecções oportunistas
sistêmicas e de mucosas, associadas à alta mortalidade de 35% dos pacientes.
(Calderone e Gow, 2002b).
Além da alta taxa de mortalidade associada às infeões causadas por C.
albicans, ela tornou-se um excelente modelo para estudos de formação e regulação em
biofilme fúngicos patogênicos, devido à característica de ser um fungo polimórfico. A
figura 4 mostra um biofilme de C. albicans formado na luz de um cateter implantando
em rato. Podem ser observadas as duas morfologias características de C. albicans, a
levedura (célula oval que se reproduz por brotamento) e a hifa (filamento linear formado
de células separadas por septos, sem constrições visíveis nestes locais) (Calderone,
2002). Ainda existe uma terceira morfologia, a pseudo-hifa (cadeia de células
alongadas cuja separação da lula filha e da lula mãe não ocorreu durante o
processo de brotamento, com constrições visíveis na junção célula-célula). É possível
encontrar as 3 formas tanto no biofilme quanto em infecções, sendo esta a razão deste
fungo ser mais bem denominado como polimórfico em vez de dimórfico (Kobayashi e
Cutler, 1998).
20
Figura 4. Microscopia eletnica de biofilme de C. albicans formado no interior de cateter
implantado em modelo murino. o observadas leveduras e hifas envoltas por material da
matriz extracelular. Em a, corte transversal do cateter mostrando o biofilme aderido, com
profundidade maior que 200!m, em um aumento de 1.000 vezes. No corte, em b, é possível
observar que o biofilme ocupa quase toda a superfície do cateter. Fonte: Nett e Andes (2006)
Além da formação de hifas, a prodão de biofilme é um importante fator de
patogenicidade desse fungo, devido à sua intnseca ligão com a resistência aos
antingicos de uso corrente (Calderone e Gow, 2002b). Estudos verificaram que a
progressão da resistência às drogas, como anfotericina B, fluconazol e caspofungina
era diretamente associada com o aumento da atividade metabólica no desenvolvimento
do biofilme, contrário ao que se pensava aentão, que a resistência era promovida
unicamente pelas células com metabolismo reduzido no biofilme maduro (Ramage et
al., 2002; Lamfon et al., 2004 e Chandra et al., 2001). Hawser e Douglas (1995)
demonstraram que o biofilme de C. albicans crescido sobre discos de cateter de PVC
era cinco a oito vezes mais resistente do que células planctônicas, diante da
concentração inibitória mínima (MIC) de anfotericina B, fluconazol, flucitosina,
itraconazol e ketoconazol capaz de reduzir a atividade metabólica das células em 50%.
Esses autores ainda observaram que os MICs dos antifúngicos acima descritos de
biofilme eram 30 a 2.000 vezes mais altos que os MICs de células planctônicas.
21
Biofilmes de C. albicans e C. dubliniensis confirmaram sua resistência a
anfotericina B e fluconazol, quando crescidos sobre uma variedade de materiais
hospitalares, como filtro de celulose para diálise (Baillie e Douglas, 1998a), poliestireno
(Ramage et al., 2001a; Ramag et al., 2001b e Sánches-Souza et al., 2001), poliuretano
(Lewis et al., 2002), acrílico (Chandra et al., 2001 e Ramage et al., 2001a), e
elastômero de silicone (Chandra et al., 2001). Somente alguns antifúngicos atingem as
camadas mais inferiores e desmembram os biofilmes. Kuhn et al. (2002) mostraram
que o voriconazol e ravuconazol, quando formulados como pides, apresentaram
atividade antibiofilme de C. albicans e C. parapsilosis, assim como a caspofungina, que
atua sobre a síntese de _ 1,3-glucana (componente de grande parte da parede celular).
Também foi mostrado que o efeito inibitório da caspofungina diminui em a 60% a
adesão de linhagens de C. albicans suscetíveis ao fluconazol (Soustre et al., 2004).
Além do problema da resistência intrínseca do biofilme, a propagação de células
tolerantes a partir dele vem preocupando quem o estuda. Lafleur et al. (2006)
reportaram a existência de subpopulações de células de C. albicans tolerantes a
tratamentos com anfotericina B e um anti-séptico largamente utilizado, a clorexidina.
Essas subpopulações eram encontradas somente em biofilmes de C. albicans e não
em células planctônicas, testadas em seu crescimento exponencial ou já na fase
estacionária. Ainda, quando reinoculadas para indução de biofilme, as células
resistentes ao tratamento com anfotericina B produziam nova subpopulação persistente
ao tratamento, indicando que essas células não eram mero produto de mutação, mas
sim, variantes fenotípicos da linhagem selvagem. Este trabalho também sugere que é a
adesão, mais do que a formão da estrutura complexa do biofilme, que propcia a
geração de lulas persistentes e tolerantes aos tratamentos com antimicrobianos.
Certamente a formação de biofilme influencia na geração de fenótipos diferenciados
em células planctônicas dele derivadas, tanto células resistententes, quanto sensíveis.
Jin et al. (2005) reportaram que pelo menos 1% de lulas derivadas de biofilmes da
linhagem de C. albicans 192887g possuía diminuição na formação de filamentos, na
assimilação de metil-"D-glicopiranosida como fonte de carbono, adesão e taxa de
crescimento.
Embora estudos mostrem que as lulas no biofilme de Candida spp são muito
mais resistentes, o mecanismo ou mecanismos que geram a resistência é muito pouco
conhecido. Presume-se que pelo menos três fatores possam influenciar ou agir
concomitantemente para promovê-lo, como 1- a expressão de genes sinalizada por
22
contato com determinadas superfícies; 2- modificações fenotípicas em decorrência da
queda na taxa de crescimento ou de nutrição e 3- a matriz extracelular presente como
barreira física contra a penetração das drogas (Douglas, 2003).
1.2.3. Regulação gênica e formação de biofilmes de Candida albicans
O contato com diferentes superfícies ocorre na fase de adesão celular (Figura 5
a e b), o material hospitalar como cateter está em contato com proteínas do hospedeiro
adsorvidas em sua superfície, o que pode promover a migração do patógeno
oportunista para o local. Imediatamente, proteínas de adesão do fungo passam a ser
secretadas. Em Saccharomyces cerevisiae foi mostrado que mutantes dos genes
FLO11, que codifica uma glicoproteína de supercie capaz de aderir em lulas de
mamíferos, e FLO8, que codifica uma protna de regulação do primeiro, diminuíam
drasticamente a adesão célula-célula e célula-superfície (Reynolds e Fink, 2001). Em
C. albicans, uma classe de adesinas conhecidas como protnas de parede celular
dependentes de glicosilfosfatidilinositol (GPI-CWPs) é responsável pela adeo a
diferentes substratos orgânicos e inorgânicos, como as proteínas codificadas pelos
genes EAP1 (Enhanced Adherence to Polystyrene), a família gênica ALS (Agglutinin-
Like Sequence) e HWP1 (Hyphal cell wall protein) (Li et al., 2007). A proteína Eap1p de
C. albicans restaurou a habilidade de mutantes nulos do gene FLO11 de S. cerevisiae,
drasticamente defectivos na floculão e adesão, de se aderir ao poliestireno e se
aderir e invadir células epiteliais de rins (Li e Palecek, 2003). Mutantes nulos de C.
albicans para Eap1p possuíam diminuição na adesão a cateter implantado em modelo
murino e lula-célula, na formação de bioflme in vitro (Figura 5 c). O mesmo foi
observado para adesão em lulas epiteliais (Li et al., 2007). Esse trabalho ainda
reportou que o gene EAP1 é superexpresso em células formadoras de biofilme em
comparação com as planctônicas.
23
Figura 5. Esquema da formação de biofilme de C. albicans em cateter de PVC. As etapas de
sua formação são semelhantes às de formação de biofilme bacteriano. a- superfície do cateter
contendo filme de protnas do hospedeiro (pontos pretos); b- adesão inicial das células
leveduriformes (em vermelho); c- formação da lâmina basal de microconias de leveduras,
adeo célula-lula e célula superfíficie irreversíveis e d- formação completa do biofilme,
formado principalmente pormina rica em hifas (verde) e matriz extracelular secretada
(amarelo). Biofilmes maduros conm numerosas microconias entrecortadas por canais de
água que permitem a circulação de nutrientes. Fonte: Douglas (2003)
24
Os genes da falia ALS tamm se mostraram superexpressos em células
formadoras de biofilmes em comparão com células planctônicas (Chandra et al.,
2001). Uma peculiaridade dessa família nica faz com que seus genes sejam um dos
principais alvos de estudo de adesão e biofilme. Alguns dos genes, como ALS1, ALS5
e ALS9 apresentam formas longas e curtas dependendo do mero de elementos
repetitivos entre cromossomos homólogos (Zhao et al., 2003). Isso significa que,
considerando apenas esses 3 genes, são produzidas 6 diferentes proteínas que, por
recombinação entre os elementos repetitivos do DNA, dobra o repertório de adesinas
de C. albicans (Verstrepen et al., 2004 e Verstrepen e Klis, 2006). Esse fato reflete-se
diretamente na geração de diferentes fenótipos da superfície da Candida, fazendo com
que esta possa se aderir a diferentes superfícies, dependendo dos genes ou alelos que
estão sendo expressos. Por exemplo, ALS2, 3, 6, 7 e 9 são altamente expressos e
ALS4 e ALS5 são reprimidos em modelo de candidíase vaginal (Cheng et al., 2005).
ALS3 mostrou ser necessário para a formação do biofilme crescido sobre silicone mas
dispensável em modelo de cateter implantado em rato. Isso, porque mutantes nulos
para este gene não formavam biofilmes in vitro, mas eram capazes de formar
normalmente biofilme in vivo (Nobile et al., 2006a).
Nas fases de formação e maturação do biofilme (Figura 5 c e d), genes que
controlam a transição levedura-hifa são requeridos, pois a partir da lâmina basal
celular, desenvolvem-se hifas e pseudo-hifas para estruturação de canais de água e
material polimérico da matriz extracelular passa a ser secretado (Figura 5 d) (Douglas,
2003). A proteína codificada pelo gene HWP1 mostrou-se importante para a adesão e
formação de biofilmes em cateteres impantados in vivo (Nobile et al., 2006a e Nobile et
al., 2006b). Esse gene possui expressão elevada em lulas formadoras de biofilme
em comparação com células planctônicas (Chandra et al., 2001 e Garcia-Sanchez et
al., 2004).
A protna Efg1p que regula a formão de hifa em C. albicans mostrou ser
necessária para a formão do biofilme devido a ausência de filamentos e poucas
lâminas esparsas aderidas em mutantes para esta proteína (Ramage et al., 2002). A
filamentação, floculação e adesão desses mutantes eram aumentadas pela
superexpressão do gene ALS1, sugerindo que este atue na via abaixo de EFG1 (Fu et
al., 2002).
Além dos genes que compõe a via de controle da transição levedura-hifa, outros
genes foram recentemente descritos como reguladores principais para a formação e
25
manutenção de biofilme. Nobile e Mitchell (2005) identificaram o gene BCR1 (Biofilm
and Cell wall Regulator), como sendo um dos principais reguladores da formão
apropriada de biofilme, cuja proteína por ele codificada é um fator transcricional do tipo
zinc finger. A expressão de BCR1 é controlada diretamente por outro fator de
transcrição, o Tec1p (TEA/ATTS transcriptional factor). Mutantes nulos para ambos os
genes mostraram—se defectivos na formação de hifas em biofilmes, embora o mutante
nulo para BCR1 fosse capaz de formá-las em diferentes tipos de induções a partir de
células planctônicas (Nobile e Mitchell, 2005). Os autores concluíram que na condição
de biofilme o mutante nulo era capaz de induzir as hifas mas estas eram
funcionalmente defectivas. Ao comparar o perfil da expressão do mutante nulo com o
mutante heterozigoto para BCR1 por análises de “microarray” e RT-PCR, os autores
verificaram que diversos genes codificadores de adesinas, como a ALS3 e HWP1
estavam pelo menos 16 vezes menos expressos e ALS1 e ALS9, 2 vezes menos
expressos no mutante nulo crescido na forma de biofilme. Consequentemente, esse
mutante era incapaz de se aderir ao cateter e formar o biofilme mas poderia formar
hifas em outras situações. A habilidade de se aderir e formar assim o biofilme era
restaurada pela superexpreso do gene ALS3, sendo esse caracterizado como o
principal alvo da regulação transcricional de Bcr1p (Nobile et al., 2006a e Zhao et al.,
2006).
Ainda considerando o contato físico com uma superfície para a adesão uma das
possíveis causas para o aumento de resistência de biofilmes de C. albicans, Kumamoto
(2005) mostrou que a proteína Mkc1p (Mitogen-activated protein kinase) é a principal
sinalizadora para a adesão e formão de biofilme resistente ao fluconazol. Essa
proteína é a responsável por ativar uma cascata de sinalização de reconhecimento de
locais favoveis no hospedeiro para a adesão, como ocorre de forma similar em
organismos multicelulares pela chamada “inibão por contato”, permitindo ou o a
ploriferação celular (Verstrepen e Klis, 2006). Mkc1p acumula-se na forma ativa
(fosforilada) em células aderidas e em hifas formadas em meio semisólido, desde as
primeiras horas de indução, diferentemente de células planctônicas, que não
apresentam a forma fosforilada. Mutantes nulos para o gene MKC1 produziam
biofilmes anormais e com poucos filamentos. Quanto à resistência, o biofilme desses
mutantes mostrou-se sensível ao fluconazol, o mesmo sendo observado quando
cresciam na forma planctônica e nas células selvagens. os biofilmes formados por
estas últimas eram extremamente resistentes ao fluconazol (Kumamoto, 2005).
26
Genes que codificam bombas de efluxo como CDR1, CDR2 (Candida Drug
Resistance) e MDR1 (MultiDrug Resistance) e que podem atuar na eliminação de
antifúngicos, apresentavam-se super expressos durante a formação e desenvolvimento
do biofilme (Ramage et al., 2002). Mutantes heterozigotos ou nulos desses genes eram
altamente susceptíveis ao fluconazol quando cresciam na forma planctônica e biofilme
formado por 6 horas. Contudo, biofilmes formados durante 12 a 48 horas e incubados
com fluconazol mostraram-se de 2 a 4 vezes mais resistentes que as células
planctônicas, sugerindo falta de envolvimento das bombas de efluxo em estágios
tardios de desenvolvimento do biofilme (Mukherjee et al., 2003 e Perumal et al., 2007).
Análises de microarray mostraram que diversos genes encontram-se
diferencialmente expressos em células formadoras de biofilmes em comparação com
lulas plancnicas de C. albicans. Garcia-Sanchez et al. (2004) reportaram a
superexpressão em biofilmes de genes relacionados à ntese proica (proteínas
ribossomais), metabolismo de nucleotídeos e aminoácidos (genes da família MET,
TRP, ADE e CYS), metabolismo de lípides (ERG25 e 16), metabolismo de carboidratos
(ENO1, FBA1, GPM1 e PDC1), dentre outros. Nesse estudo, os genes relacionados à
bombas de efluxo não estavam superexpressos, ao contrário dos relacionados à
adesão, como a família ALS, principalmente ALS1. Murillo et al. (2005) estudaram a
expressão de genes no início da formação de biofilme e corroboraram os resultados
apresentados anteriormente, acrescentando à lista, genes envolvidos na virulência do
fungo como a família das SAPs (Secreted Aspartyl Proteinases). a comparação de
perfis transcricionais de biofilmes normais e biofilmes expostos ao farnesol (molécula
solúvel e sinalizadora, envolvida no controle populacional de C. albicans) revelou que
esse composto inibia drasticamente a formação de hifas, diminuindo a expressão de
diversos genes contoladores da via de filamentação (TUP1, EFG1 e CRK1), e genes
relacionados à hidrofobicidade da superfície celular (CSH1) (Cao et al., 2005). Genes
com expressão regulada por adesão, como PRA1, PGA7 e 23 e HWP1 mostraram-se
superexpressos em células de C. albicans aderidas em lulas epiteliais in vitro (Sohn
et al., 2006).
27
1.2.4. Fenótipos e metabolismo de células de C. albicans formadoras de biofilmes
As lulas do biofilme possuem diminuição na taxa de crescimento quando
comparadas às planctônicas devido ao gradiente nutricional e gasoso em que se
encontram (microaerofilia). As células da lâmina basal recebem muito menor
quantidade de nutrientes e oxinio que as lulas mais superficiais do biofilme
(Douglas, 2003). A baixa taxa de crescimento sempre vem acompanhada de mudanças
na composição da superfície celular, que pode afetar a susceptibilidade do
microorganismo ao agente antimicrobiano (Douglas, 2003). Para correlacionar taxa de
crescimento com resistência, Baillie e Douglas (1998a) testaram a resistência a
anfotericina B de células plancnicas e em biofilme de C. albicans com diferentes
taxas de crescimento. Estes autores encontraram que o biofilme era resistente em
todos os estágios de crescimento em oposição às células planctônicas. Estes autores
tamm mostraram que a limitação nutricional de glicose e ferro na formação do
biofilme não alterou a resistência à anfotericina B (Baillie e Douglas, 1998b).
O número de células presentes no biofilme influencia diretamente na resistência.
Perumal et al. (2007) mostraram que inóculos de células planctônicas com 10
8
células/ml, como em biofilmes, possuíam valores de MIC para o fluconazol de 10 a 20
vezes maiores do que inóculos contendo 10
3
lulas/ml. Quando os biofilmes eram
ressuspensos antes do teste, a resistência permanecia, mas quando diluídos para 10
3
células/ml, eles tornaram-se sensíveis. Linhagens de C. albicans previamente
caracterizadas como resistentes ao fluconazol, mostraram-se ainda mais resistentes
em inóculos densos de células planctônicas, biofilmes e biofilmes resuspensos do que
células planctônicas em inóculos diluídos. Mutantes de genes codificadores de bombas
de efluxo (CDR1, CDR2 e MDR1), enquanto sensíveis a baixas concentrões do
azólico, tornavam-se resistentes em inóculos densos e biofilmes.
Moléculas envolvidas no controle populacional também chamadas de “quorum
sensing molecules” (QSM) são muito conhecidas em bactérias e vem sendo cada vez
mais estudadas em fungos. O farnesol e o tirosol são QSM produzidas por C. albicans
responsáveis respectivamente por bloquear e acelerar a transição levedura-hifa
(Hornby et al., 2001 e Chen et al., 2004). O farnesol inibiu nas lulas de biofilme a
conversão levedura-hifa e promoveu a diminuição da expressão da proteína de parede
de hifas Hwp1p (Hornby et al., 2001 e Ramage et al., 2002). Alem et al., (2006)
estudaram o papel da secreção do tirosol no desenvolvimento do biofilme. Eles
verificaram que as células do biofilme secretam 50% mais tirosol que células
28
planctônicas em relão ao peso seco. Ao ser adicionado tirosol exógeno, este
estimulou a produção de hifas nos estágios iniciais de formação do biofilme (1 a 6
horas), enquanto que a adição de farnesol inibiu a formação de biofilme em 33%. A
adição simultânea de ambos compostos em diferentes concentrações mostrou que o
farnesol possui ação dominante na inibição de hifas do que o tirosol como indutor. Os
autores concluíram que o tirosol tem papel importante no início da formação de biofilme
(até 24h) e depois o farnesol aumenta sua concentração em biofilmes maduros (48 a
72 horas)
1.2.5. A matriz extracelular de biofilmes de C. albicans
O material secretado para formar a matriz extracelular possivelmente tem a
função de excluir ou retardar o acesso das drogas aos organismos encrustrados na
matriz do biofilme (Donlan e Costerton, 2002). Comparando a quantificação de peso
seco de diferentes espécies do gênero Candida foi verificado que C. albicans produz
mais material polimérico e é mais resistente aos antifúngicos do que C. parapsilosis, C.
tropicalis, C. lusitaniae, C. dubliniensis, C. glabrata e C. kefyr (Calderone e Gow,
2002b; Kumamoto, 2002 e Sánches-Souza et al., 2001).
O local de isolamento do fungo tamm interfere na quantidade de matriz
produzida. C. parapsilosis isolada de sangue ou de cateteres infectados possuem alta
probabilidade de produzirem biofilme do que isolados de outras localidades, assim
como, isolados de candidemias recorrentes (Kumamoto, 2002). Subpopulações de C.
albicans foram discriminadas através da resistência de seus biofilmes à clorexidina
(Suci e Tyler, 2003), e pela quantidade de material polimérico produzido (Li et al.,
2003). Para verificar se o aumento da quantidade de matriz era capaz de aumentar a
resistência, Baillie e Douglas (2000) desenvolveram biofilme em sistema estático e com
agitação suave e verificaram que no mesmo tempo de crescimento, o biofilme formado
sob agitação possuia mais matriz extracelular do que o formado no modo estático,
porém, não observaram diferenças significantes na susceptibilidade aos antifúngicos
testados. Em biofilmes mistos maduros (48 horas de crescimento), composto de C.
albicans e Staphylococcus epidermidis a matriz extracelular produzida por este último
impediu a penetração de fluconazol, ao passo que a matriz produzida por C. albicans
pareceu proteger o mutante S. epidermidis biofilme-negativo da ação da vancomicina
(Adam et al., 2002).
29
Além da matriz do biofilme atuar como barreira, os compostos secretados pelas
lulas para for-la podem ter papel na resisncia. Mccourtie e Douglas (1985)
mostraram que células planctônicas de C. albicans secretavam material polimérico para
promover a adesão em determinadas condições. Esses autores isolaram o
sobrenadante de culturas crescidas em meios contendo baixa concentração de glicose
e alta concentração de galactose e sacarose, e verificaram que o material polimérico
secretado era similar e composto de 65-82% manose e glicose, 7% de proteínas, 1,5%
de glicosaminas e 0,5% desforo. Por análises sorológicas verificaram que o
sobrenadante do crescimento em meio com galactose possuia mais determinantes
antigênicos em comparação com os outros meios. Ainda, observaram que a adesão de
células em superfícies de acrílico era favorecida pelo pré-tratamento com o
sobrenadante de material polimérico, em detrimento da adesão em células do epitélio
bucal pré-tratadas. Estes resultados sugerem que os compostos do material polimérico
secretado e contido na supercie celular, possivelmente manoproteínas, sejam as
responsáveis pela adeo em diferentes materiais dependendo da concentrão de
nutrientes.
Posteriormente, Baillie e Douglas (2000) extraíram material polimérico de
células planctônicas e de biofilme de C. albicans. Verificaram que ambos possuíam os
mesmos compostos já citados, porém o biofilme possuía 16% mais glicose, 41%
menos carboidratos totais e 5% menos proteínas que as células planctônicas,
sugerindo que os compostos da matriz do biofilme sejam exclusivos. Recentemente,
Thomas et al. (2006) compararam o perfil protéico da matriz de biofilme com o material
secretado pelas lulas plancnicas e reportaram grande semelhança entre estes
perfis, sugerindo ser as mesmas protnas secretadas pelas lulas tanto na forma
plancnica quanto no biofilme. De mais de 300 pontos protéicos detectados em
análises de gel bidimensional, 24 deles mostraram-se diferencialmente localizados e
foram identificados como quitinases e manoproteínas secretadas (Cht3p e Mp65p),
responsáveis pela manutenção da morfologia e morfogênese celulares (Lee et al., 2003
e Dünkler et al., 2005), e proteínas sem sinal canônico de secrão, como as
envolvidas no metabolismo de aminoácidos (Met3 e 15p) e metabolismo de açúcares
(Fba1p), todas diretamente relacionadas com a resposta antigênica contra C. albicans.
Também foram identificadas as proteínas oxidoredutase (Grp2p), fosfomanomutase
(Pmm1p) e malato desidrogenase mitocondrial (Mdh1p). A maioria dos genes
codificadores dessas proteínas, como já comentado, mostraram-se altamente
30
expressos em células formadoras de biofilmes (Garcia-Sanchez et al., 2004). Contudo,
até o presente momento pouco se sabe sobre o papel das proteínas secretadas para a
matriz do biofilme, seja na sua formação e maturação e ainda, como a expressão
diferencial dos genes pode interferir na adesão, resistência aos antifúngicos e
patogenicidade de C. albicans.
31
1.3 OBJETIVOS
1.3.1. Estudo da evolução do filo Ascomycota
Foram propostos dois cerios para explicar a sistetica e a radiação dos
ascomicetos filamentosos, um que favorece a posição basal dos Discomycetes e outro
que favorece a posição basal dos Pyrenomycetes, sendo que a radiação desse grupo é
representada por uma politomia. Dependendo do marcador molecular utilizado nas
análises e as metodologias empregadas, dois cenários para a datação dos principas
eventos de radiação do filo Ascomycota foram propostos. No primeiro esses eventos
teriam ocorrido na Era Proterozóica (1.000 Ma) e no segundo, na Era Paleozóica (500
Ma). Assim, devido ao baixo suporte das análises filogenéticas e na datação, esta parte
da tese teve como objetivos específicos:
1- elucidar as relações filogenéticas do filo Ascomycota e
2- datar os principais eventos de radiação nesse filo.
1.3.2. Estudo de fatores de patogenicidade de Candida albicans
A ordem Saccharomycetales agrupa as leveduras que podem tornar-se
patógenos oportunistas humanos, como o caso da Candida albicans, que possui
elevada taxa de mortalidade associada as suas infecções. A formação de biofilme e de
hifas são importantes fatores de patogenicidade desse fungo. O biofilme exibe alta
resistência aos antingicos de uso corrente, muito por conta da secrão de uma
matriz extracelular de componentes ainda não totalmente caracterizados e a expressão
diferencial de diversos genes, incluindo aqueles que controlam a transição levedura-
hifa. Assim sendo, os objetivos específicos desta parte da tese são:
1- identificar e caracterizar as proteínas que compõem a matriz extracelular de biofilme
de C. albicans e
2- estudar a expressão de genes relacionados à formação de biofilme e indão de
hifas a fim de correlacionar com a patogenicidade de diferentes linhagens de C.
albicans.
32
CAPÍTULO 2: Artigo publicado entitulado: Fungi evolution
revisited: application of the penalized likelihood method to a Bayesian
fungal phylogeny provides a new perspective on phylogenetic
relationships and divergence dates of Ascomycota groups.
Fungi Evolution Revisited: Application of the Penalized Likelihood Method to a
Bayesian Fungal Phylogeny Provides a New Perspective on Phylogenetic
Relationships and Divergence Dates of Ascomycota Groups
Ana Carolina B. Padovan, Gerdine F.O. Sanson, Adriana Brunstein, Marcel o R.S. Briones
Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, Universidade Federal de Sa
˜
o Paulo, Sa
˜
o Paulo, Brazil
Received: 26 May 2004 / Accepted: 15 December 2004 [Reviewing Editor: Dr. Nicolas Galtier]
Abstract. The depiction of evolutionary relation-
ships within phylum Ascomycota is still controversial
because of unreso lved branching orders in the radi-
ation of major taxa. Here we generated a dataset of
166 small subunit (18S) rDNA sequences, represen-
tative of all groups of Fungi and used as input in a
Bayesian phylogenetic analysis. This phylogeny sug-
gests that Discomycetes are a basal group of fila-
mentous Ascomycetes and probably maintain
ancestor characters since their representatives are
intermingled amon g other filamentous fungi. Also,
we show that the evolutionary rate heterogeneity
within Ascomycota precludes the assumption of a
global molecular clock. Accordingly, we used the
penalized likelihood method, and for calibration we
included a 400 million-year-old Pyrenomycete fossil
considering two distinct scenarios found in the liter-
ature, one with an estimated date of 1576 Myr for the
plant–animal–fungus split and the other with an
estimated date of 965 Myr for the animal–fungus
split. Our data show that the current classification of
the fossil as a Pyrenomycete is not compatible with
the second scenario. Estimates under the first sce-
nario are older than dates proposed in previous
studies based on small subunit rDNA sequences but
support estimates based on multiprotein analysis,
suggesting that the radiation of the major Ascomy-
cota groups occurred into the Proterozoic era.
Key words: Ascomycota evolution Bayesian
inference Penalized likelihood Divergence date-
estimation Fossil constra int
Introduction
Molecular sequences have been used to infer evolu-
tionary relationships among the main groups of Asc-
omycota phyla, namely, filamentous Ascomycetes or
Euascomycetes, Saccharomycetales, and Archiasco-
mycetes (Bruns et al. 1992; Berbee and Taylor 1993;
Gargas and Taylor 1995; Kurtzman 2000; Lumbsch
2000; Redecker et al. 2000; Berbee 2001). These studies
propose that morphological characters are often
insucient to infer the evolut ionary history of this
phylum because morphological similarity is in most
cases caused by convergence (Berbee and Taylor 1993).
Phylogenies based on molecular charact ers have been
useful in providing clues to the location of taxa with
uncertain taxonomic position (e.g., mitosporic fungi).
The most used marker is the nuclear small subunit
(SSU) rDNA (or 18S rDNA) (Bruns et al. 1992; Berbee
and Taylor 1993; Kurtzman 2000), although a few
studies have explored other genomic regions or protein
sequences (Liu et al. 1999; Heckman et al. 2001;
Hedges et al. 2004). The concerted evolution of SSU
rDNA copies within genomes precludes paralogy for
this gene and makes it a useful tool for phylogenetic
inference and subsequent molecular dating. These
points cannot be a priori guaranteed for oth er genes.
Correspondence to: Adriana Brunstein; email: [email protected]
J Mol Evol (2005) 60:726–735
DOI: 10.1007/s00239-004-0164-y
Several traditional taxa such as Pyrenomycetes,
Plectomycetes, Archiascomycetes, and Saccharomy-
cetales have been confirmed by studies based on
molecular data (Berbee and Taylor 1992; Gargas and
Taylor 1995; Berbee et al. 2000; Lumbsch 2000;
Berbee 2001). In other cases, like Discomycetes and
Loculomycetes, it is not clear whether molecular
characters are insucient or if these groups do not
represent a natural assemblage of organisms (Gargas
and Taylor 1995; Berbee 1996). In addition, there are
two proposed scenarios concerning the systematics of
Euascomycetes, one favoring the basal position of
Discomycetes (Gargas and Taylor 1995; Lutzoni
et al. 2001) and the other favoring the basal position
of Pyrenomycetes (Berbee and Taylor 2001). Conse-
quently, the Euascomycetes radiation is depicted as a
polytomy due to the lack of phylogenetic stability
obtained in the previously employed methodologies.
The earliest fungal fossils are from the Ordovician
and correspond to probable ancestors of Zyg omycota
or Chytridiomycota (Redecker et al. 2000). These
fossils have been useful to calibrate diverg ence date
estimates of Fungi based on phylogenetic trees (Ber-
bee and Taylor 2001). Unfortunately, there are few
fossil representatives of derivate Ascomycota groups.
Also, some groups of Fungi cannot be distinguished
from other organisms in the fossil records (Alexo-
poulos et al. 1996; Redecker 2002). Evidence of Ba-
sidiomycota is assigned to a 290-Myr fossil with
clamp connections (Dennis 1970). The oldest fossil
that resembles an extant derivate Ascomycota group
is 400 Myr old and presents characteristics of extant
Pyrenomycetes (Taylor et al. 1999). Given this scar-
city of fossil evidence, molecular evolution studies
have been useful to estimate divergence times be-
tween fungi (Berbee and Taylor 1993, 2001; Heckman
et al. 2001). Berbee and Taylor (1993) first estimated
the divergence date between Ascomycota and Basid-
iomycota to be 390 Myr and the divergence date
between Euascomycetes and true yeasts (Saccharo-
mycetales order) 310 Myr by analysis of SSU rRNA
sequences. In a posterior refinement these authors
included more sequences and adjusted the fossil cal-
ibrations to obtain respective estimates of 500 and
370 Myr (Berbee and Taylor 2001). Using a dierent
approach, which averaged distances among protein
sequences, Heckma n et al. (2001) estimated the same
divergence dates to be 1200 and 1000 Myr respec-
tively, and Hedges et al. (2004), using protein se-
quence data and molecular clock methods, estimated
these same dates to be 968 and 982 Myr, respectively,
placing the main fungus radiation events into the
Proterozoic era.
Because of the disparity presented by these diver-
gence dates and the lack of support within Ascomy-
cota, we analyzed SSU rDNA previously published
sequences using Bayesian phylogeny reconstruction
methods. We estimated divergence dates among the
major phylogenetic groups of Fungi using the 400-
Myr-old Rhynie chert Ascomycota fossil as a first
calibration point and considered two dierent sce-
narios in order to define a second calibration point.
In the first scenario we used the plant–animal–fungus
divergence time (1576 Myr) estimated by Wang et al.
(1999). Although Wang et al. (1999) used a secondary
calibration point (Shaul and Graur 2002) and Hedges
et al. (2004) used an approach based on concatenated
datasets that passed the consistency test (Shaul and
Graur 2002), no significantly dierent dates for the
split were observed. In the second scenario we used
the animal–fungus divergence time (965 Myr) esti-
mated by Doolittle et al. (1996), which was also used
for date estimates of Berbee and Taylor (2001).
There were included in the analysis 169 taxa, of
which 166 are representative of all groups of Fungi, 2
are representatives of animal an d plants, and 1 is the
outgroup. Due to the large number of taxa a Bayes-
ian approach was employed since it possesses
advantages over other methods in terms of ability of
using complex models of evolution, ease of interpre-
tation of the results, and computational eciency
(Huelsenbeck et al. 2002).
Nucleotide substitution rate constancy in fungal
SSU rDNA evolution was not supported by the data,
even in small groups such as Plectomycetes (Berbee
and Taylor 1993; Kasuga et al. 2002). Because of
this evolutionary rate heterogeneity we used the
penalized likelihood method (Sanderson 2002), a
semiparametric approach that combines likelihood
(parametric) and the nonparametric penalty func-
tion (Sanderson 1997), implemented in r8s (http://
ginger.ucdavis.edu/r8s). The method relaxes the
stringency of a clock assumption and permits the
addition of calibration points (fossil records and time
constraints), which allowed us to estimate divergence
dates of Fungal radiation events without the impo-
sition of a rate constant molecular clock.
Materials and Methods
A criterion of fungal taxa selection based on Alexopoulos et al.
(1996) was chosen. Our goal was to get at least one representative
of each Ascomycota group and some representatives of Basidi-
omycota, Chytridiomycota, and Zygomicota.
We used 276 complete sequences of SSU rDNA downloaded
from GenBank (http://ncbi.nlm.nih.gov/Genbank) that were
aligned using Clustal X (Jeanmougin et al. 1998) and adjusted by
eye using Seaview (Galtier et al. 1996). In order to recover the plant–
animal–fungus split there included the sequences of Clathrina
cerebrum (U42452) and Sphagnum cuspidatum (X80213), which
represent, respectively, phylum Porifera and phylum Streptophyta.
A stramenopile (Developayella elegans; (U37107)) was used as
outgroup. This outgroup was chosen due to its unambiguous po-
sition in the ribosomal tree of life (Patterson 1989; Leipe et al. 1994).
Some sequences that presented high levels of gaps and/or ambigu-
ities were excluded from the analysis. After this trial process we have
727
obtained an alignment of 169 taxa with 1474 bp (gaps excluded) and
the fungal sequences are described in Table 1 according to their
taxonomic classification and respective accession numbers.
An unconstrained consensus phylogeny was inferred with Mr.
Bayes. A general time-reversible model of DNA substitution
(Rodrı
´
guez et al. 1990) with a c distribution to account for rate
variation among sites (Yang 1994) was used as input. As we had no
knowledge of the priors, uninformative ones were associated with
branch lengths and substitution parameters of the rate matrix and
all trees were considered equally probable a priori (Huelsenbeck
and Ronquist 2001).
As testing the molecular clock hypothesis in a Bayesian
framework is not straightforward, subsets of the total alignment
containing only specific groups, e.g., Pyrenomycetes and Saccha-
romycetales, were considered and subjected to maximum likelihood
analysis using PAUP* 4.0b10 (Swoord 1998). Maximum likeli-
hood phylogenies were then inferred with and without enforcing a
molecular clock, and a likelihood ratio test could be performed for
each subset (Felsenstein 1988). The significance level was assessed
by comparing d = 2D, where D is the dierence between the like-
lihood scores (Ln likelihood) of the trees with a v
2
distribution with
n ) 2 degrees of freedom, where n is the respective number of taxa
of each subset.
The penalized likelihood method (Sanderson 2002) as imple-
mented in r8s (http://ginger.ucdavis.edu/r8s) was used to estimate
divergence dates of Fungi using the Bayesian phylogeny with all
169 taxa. Confidence intervals for dates were estimated reapplying
the same procedure for 100 bootstrapped matrices obtained by
resampling the data using Seqboot as implemented in PHYLIP 3.5c
(Felsenstein 1993). The Pyrenomycete fossil (400 Myr) described by
Taylor et al. (1999) and the animal–plant–fungus divergence time
estimate (1576 Myr) by Wang et al. (1999) were used as calibration
points in the first scenario as, respectively, minimal and maximal
constraints to corresponding nodes, in order to scale rates and
times to real units. In the second scenario, the Pyrenomycete fossil
and the animal–fungus divergence time estimate (965 Myr) by
Doolittle et al. (1996) were used in the same way as above as cal-
ibration points.
Results
A tree built by the neighbor-joining method (Saitou
and Nei 1987) with uncorrected distances was used to
start the Monte Carlo Markov chain in Mr. Bayes.
The chain length was 2 million and eight simulta-
neous chains were run and sampled every 100 gen-
erations. A consensus tree was built from the 10,000
trees corresponding to the last 1 million generations
for which the likelihood scores had converged to a
stable value. During the run the parameters of the
GTR model and the shape parameter of the gamma
distribution were estimated by Mr. Bayes with
respective 95% confidence intervals. Nucleotide fre-
quencies were f
A
= 0.2166, f
C
= 0.2220, f
G
=
0.2901, and f
T
= 0.2713; the parameters of the rate
matrix were R(A)C ) = 1.5826, R(A)G) = 3.3136,
R(A)T) = 1.6374, R(C)G) = 0.9357, R(C)T) =
4.4185, and R(G)T) = 1 and the shape parameter of
the gamma distribution was a = 0.3837.
The consensus phylogeny is shown in Fig. 1, where
groups are distinguished according to the classifica-
tion scheme described elsewhere (Alexopoulos et al.
1996). The posterior probabilities (pp) of the main
Table 1. Sampled fungal taxon classification according to Alex-
opoulos et al. (1996) and respective accession numbers
Taxon Accession No.
Ascomycota
Saccharomycetales
Arxula terrestris AB000663
Brettanomyces anomalus X83828
Candida albicans X53497
Candida anatomiae AB018159
Candida dubliniensis X99399
Candida glabrata X51831
Candida intermedia X89518
Candida ishiwadae AB018167
Candida karawaiewii AB018168
Candida krusei M55528
Candida lusitaniae M55526
Candida maltosa D14593
Candida parapsilosis AY055855
Candida populina AB018171
Candida rhagii AB018172
Candida sequanensis AB018173
Citeromyces matritensis AB018176
Debaromyces hansenii X62649
Dekkera bruxellensis X58052
Holleya sinecauda U53443
Kluyveromyces delphensis X83823
Kluyveromyces lactis X51830
Kluyveromyces marxianus X89523
Kluyveromyces polysporus X69845
Kluyveromyces thermotolerans X89526
Pichia anomala X58054
Pichia capsulata AB018178
Pichia methanolica AB018181
Saccharomyces bayanus X97777
Saccharomyces cerevisiae Z73326
Saccharomyces dairensis X99527
Saccharomyces kluyveri Z75580
Saccharomyces rosinii X99524
Saccharomyces sp. X99525
Saccharomyces transvaalensis X99522
Saccharomycodes ludwigii X69843
Saccharomycopsis capsularis X69847
Saccharomycopsis fibuligera U10409
Williopsis saturnus Y11318
Zygosaccharomyces cidri X91085
Zygosaccharomyces mrakii X90757
Zygosaccharomyces rouxii X90758
Archiascomycetes
Pneumocystis carinii L27658
Protomyces lactucae–debilis D14164
Protomyces macrosporus D85143
Taphrina camea AB000948
Taphrina communis AB000949
Taphrina mirabilis AB000954
Taphrina nana AB000955
Taphrina populina D14165
Taphrina pruni (1/2) AB000956/AB000957
Taphrina robinsoniana AB000958
Taphrina virginica AB000960
Saitoella complicate D12530
Schizosaccharomyces pombe X54866
Discomycetes
Alectoria sarmentosa AF140233
Anamylopsora pulcherrima AF119501
Blumeria graminis sp. bromi (1/2) AB033475/AB033476
(Continues)
728
nodes of the tree, the location of the 400-Myr fossil,
and the plant–animal–fungus spli t are also depicted
in this figure.
The Bayesian phylogeny confirmed Plectomycetes,
Pyrenomycetes, Saccharomycetales, and Archiasco-
mycetes as monophyletic groups as previously pro-
posed (Berbee and Taylor 1992; Bruns et al. 1992).
Paraphyletic Loculomycetes and polyphyletic Disco-
mycetes, as obse rved in our tree, are also supported
Table 1. Continued.
Taxon Accession No.
Blumeria graminis sp. hordei AB033480
Cladonia rangiferina AF184753
Cookeina tricholoma AF006311
Cyphelium inquinans U86695
Cyttaria darwinii U53369
Diploschistes rampoddensus AF274111
Diploschistes thunbergianus AF274112
Glaziella aurantiaca Z49753
Graphium rubrum AB007660
Graphis scripta AF038878
Graphium silanum AB007661
Helvetia lacunosa U42654
Heterodea muelleri AF184754
Lasallia rossica AF088238
Lecanora disperse L37535
Leifidium tenerum U70959
Metus conglomeratus AF184755
Microsphaera friestii AB033478
Microstoma floccosum AF006313
Nanoscypha tetraspora AF006314
Neophyllis melacarpa AF117981
Orbilia fimicola AF006307
Otidea onotica AF006308
Peltula obscurans AF282913
Pertusaria saximontana AF113720
Peziza echinospora AF006309
Phillipsia domingensis AF006315
Pilophorus cereolus AF184756
Pithya cupressina AF006316
Placopsis gelida AF119502
Pseudopithyella minuscula AF006317
Psora decipiens AF184759
Sarcoscypha custriaca AF006318
Sclerotinia sclerotiorum X69850
Spathularia flavida 230239
Sphaerophorus globosus AF117983
Stereocaulon paschale AF140236
Terfezia terfezioides AF054900
Thelebolus stercoreus U49936
Tuber gibbosum U42663
Umula hiemalis Z49754
Verpa bohemica U42645
Wynnella silvicola U42655
Wynnea sp. AF006319
Loculomycetes
Aureobasidium pullulans M55639
Botryosphaeria ribis U42477
Capronia mansonii X79318
Catapyrenium lachneum AF412410
Coccodinium bartschii U77668
Dothidea insculpta U42474
Herpotrichia diusa U42484
Jahnula siamensiae AF438180
Leptosphaeria doliolum U43447
Leptosphaeria maculans U04233
Mycosphaerella mycopappi U43449
Myriangium duriaei AY016347
Phaeococcomyces exophialae X80709
Pyrenophora trichostoma U43459
Plectomycetes
Arachnomyces kanei AF525308
Arachnomyces minimus AJ315167
Ascosphaera apis M83264
(Continues)
Table 1. Continued.
Taxon Accession No.
Aspergillus fumigatus M60300
Aspergillus nomius AB008404
Blastomyces dermatitidis AF320010
Coccidioides immitis M55627
Eremascus albus M83258
Eurotium rubrum U00970
Histoplasma capsulatum X58572
Merimbla ingelheimensis D14408
Penicillium chrysogenum M55628
Pyrenomycetes
Amphisphaeria umbrina AF225207
Ascovaginospora stellipala U85087
Ceratocystis fimbriata U43777
Chaetomium elatum M83257
Colletotrichum gloeosporiodes M55640
Cornuvesica falcata AY271797
Cryphonectria parasitica L42441
Halosarpheia spartinae AF352076
Hypocrea lutea D14407
Kionochaeta spissa AB003790
Microascus cirrosus M89994
Nais inornata AF050482
Neurospora crassa X04971
Ophiostoma piliferum AJ243295
Podospora anserina X54864
Pseudallescheria boydii U43914
Sordaria fimicola X69851
Verticillium dahliae U33637
Xylaria carpophila Z49785
Basidiomycota
Boletus satanas M94337
Cantharellus tubaeformis AF026636
Cronartium ribicola M94338
Cryptococcus neoformans X60183
Cryptococcus podzolicus AB032645
Eocronartium muscicola AY123323
Exobasidium vaccinii AJ271380
Lentinellus ursinus U59081
Microbotryum violaceum U77062
Tilletia caries U00972
Tulostoma macrocephala AF026625
Ustilago hordei U00973
Chytridiomycota
Allomyces macrogynus AMU23936
Blastocladiella emersonii M54937
Chytridium confervae M59758
Spizellomyces acuminatus M59759
Zygomycota
Mucor mucedo X89434
Mucor racemosus X54863
729
Fig. 1. SSU rDNA fungal phylogeny inferred by Bayesian anal-
ysis corresponding to the consensus of 10,000 trees. Values of
posterior probabilities are shown at nodes of interest. The main
groups of Fungi are depicted, namely, Chytridiomycota, Zygo-
mycota, Basidiomycota, and Ascomycota, represented by Archi-
ascomycetes, Saccharomycetales order (true yeasts), and the class
forms of Euascomycetes (filamentous Ascomycetes), which are
Discomycetes, Pyrenomycetes, Loculomycetes, and Plectomycetes.
In the current paper Discomycetes and Loculomycetes are subdi-
vided. Polyphyletic Discomycetes are subdivided into Discomycetes
(1) (mostly operculate Discomycetes), Discomycetes (2) (inoper-
culate Discomycetes and Erysiphales order), and lichen-forming
Discomycetes. Paraphyletic Loculomycetes are subdivided into
Loculomycets (1) and Loculomycetes (2). Sequences from C.
cerebrum (Porifera) and S. cuspidatum (Streptophyta) were in-
cluded to recover the 1576-Myr-old plant–animal–fungus split.
D. elegans (Stramenopile) is the outgroup. The 400-Myr fossil re-
cord that is used as a minimal age constraint to the date of Py-
renomycetes radiation is indicated by its own picture.
730
by previous studies (Bruns et al. 1992; Gargas and
Taylor 1995; Berbee 1996).
There are three distinct groups of Discomyce-
tes: Discomycetes (1), Discomycetes (2), and lichen-
forming Discomycetes. The first two groups are
monophyletic and the third is polyphyletic. The first
group is basal among Euascomycetes and contains
mostly Pezizales representatives, with the exception
of Orbilia fimic ola, which belongs to Orbi liales
(Eriksson et al. 2004). The second one is a sister
group of Pyrenomycetes and most of its represen-
tatives are Erysiphales (Eriksson et al. 2004). All but
two (Leifidium tenerum and Peltula obscurans) se-
lected lichen-forming Discomycetes form the third
Fig. 2. Schematic phylogenies locating the estimated dates for the
main events of fungal radiation using the calibration date of 1576
Myr for the plant–animal–fungus split (a) and the calibration date
of 965 Myr for the animal–fungus split (b). Triangles extending
from numbered nodes indicate the radiation of extant phyla Chy-
tridiomycota, Zygomycota, and Basidiomycota and the main
groups of Ascomycota. Nodes are numbered from 1 to 24 and node
dates taken from Tables 2 and 3, respectively. A representation of
the Rhynie chert fossil is mapped to the corresponding 400-Myr
point.
731
group, and most representatives are Lecanorales
(Eriksson et al. 2004).
Loculomycetes (1) are composed of Capronia
mansonii, Phaeococcomyces exophialae, and Catapy-
renium lachne um and form a monophyletic clade with
L. tenerum (pp=1). This grouping of some Loculo-
mycetes with Plectomycetes has already been ob-
served (Berbee 1996).
Archiascomycetes appeared as a sister group of
other Ascomycota (pp=1), which is consistent with a
previous analysis (Alexopoulos et al. 1996), and their
monophyly is highly supported (pp=0.97).
The molecular clock hypothesis was rejected for
the trees corresponding to the considered subsets with
p values less than 0.05 (results not shown). This has
already been suggested by others (Berbee and Taylor
1993; Kasuga et al. 2002), and therefore we have
discarded the use of local molecular clocks methods
(Hasegawa et al. 1989; Cooper and Penny 1997;
Rambaut and Bromham 1998; Bromham and Hendy
2000; Yoder and Yang 2000). For large philogenies
there is a vast number of ways to assign dierent rates
to distinct subtrees, and we could therefore choose
groups to assign specific rates a priori. However, this
would certainly introduce bias in our analysis.
The penalized likelihood method was used to
estimate divergence dates. This method requires an
optimum smoothing value (k) that minimizes the
prediction error of the penalized likelihood function
and is given by the minimum score of a performed
cross-validation procedure (Sanderson 2002). For
our dataset, the minimum value of the cross-vali-
dation was attained for k = 12,589.58. In the first
scenario the node in which the Ascomycota fossil is
located (Fig. 1) was constrained to have a minimum
age of 400 Myr and the root of the tree (the point
corresponding to the split plant–animal–fungus in
Fig. 1) was constrained to be no older than 1576
Myr. In the second scenario the animal–fungus split
was constrained to be no older than 965 Myr. Fig. 2
shows the estimated dates of nodes for both sce-
narios in schematic phylogenies and the corre-
sponding confidence intervals are shown in Tables 2
and 3.
Discussion
High support for the major groups of Ascomycota
and respective splits was obtained from a large taxa
sample and a great number of analyzed positions
through the incorporation of a full model of nucle-
otide substitution. We chose to exclude taxa instead
of excluding positions to maintain the gene integrity
and consider as much as possible the evolutionary
information of the molecule.
The Bayesian phylogeny supports the basal position
of the order Pezizales of Discomycetes (Discomycetes
[1] in Fig. 1) among Euascomycetes that has already
been observed (Gargas and Taylor 1995; Berbee 1996,
Table 2. Divergence date estimates and 95% confidence intervals,
as calculated by the penalized likelihood method, of fungal clades
depicted in Fig. 2a
Node Estimated date (Myr) 95% CI
1 803.24 801.67–1078.88
2 376.48 312.49–517.73
3 533.44 473.85–715.03
4 816.03 1053.00–836.37
5 653.55 591.79–850.16
6 677.61 613.43–1087.60
7 922.02 922.62–1130.17
8 871.44 817.03–1092.15
9 928.24 770.45–1188.76
10 1027.68 966.20–1166.62
11 156.19 110.98–204.24
12 1241.99 1152.70–1406.97
13 753.40 733.68–1007.54
14 887.66 929.69–1136.51
15 847.59 853.13–1076.05
16 883.19 888.32–1105.01
17 899.23 900.14–1114.14
18 930.37 921.10–1141.47
19 971.86 955.22–1162.58
20 1072.09 1051.23–1244.23
21 1147.78 1107.74–1306.29
22 1206.47 1164.78–1338.95
23 1286.61 1215.94–1410.88
24 1422.89 1269.69–1434.08
Table 3. Divergence date estimates and 95% confidence intervals,
as calculated by the penalized likelihood method, of fungal clades
depicted in Fig. 2b
Node Estimated date (Myr) 95% CI
1 429.25 395.68–598.87
2 214.92 177.39–289.37
3 307.61 265.70–409.26
4 453.36 433.88–597.77
5 400.00 400.00–484.83
6 343.43 277.84–560.86
7 529.11 497.11–659.19
8 526.95 473.33–648.32
9 548.76 448.07–689.08
10 668.67 630.48–728.38
11 107.65 74.55–140.40
12 835.30 781.93–910.32
13 427.38 400.69–570.36
14 517.07 494.07–645.25
15 476.78 453.29–615.69
16 499.34 473.81–634.62
17 511.90 486.58–646.50
18 539.08 510.15–666.37
19 569.51 535.43–685.85
20 657.11 632.06–755.74
21 723.86 690.55–811.57
22 786.32 756.57–847.60
23 857.85 812.31–908.89
24 893.10 857.44–927.77
732
2001; Lumbsch 2000). We stress that all basal Disco-
mycetes, excluding Orbilia fimicola, are operculate,
which could indicate that this is the ancestral form of
the ascus dehiscence. This grouping of O. fimicola
among Pezizales has already been observed, and con-
sequently it has been purged from order Helotiales and
reclassified as Orbiliales (Eriksson et al. 2004). Other
representatives of Discomycetes that are interspersed
among Pyrenomycetes, Plectomycetes, and Loculo-
mycetes are inoperculate or lichen-forming.
The Discomycetes radiation also suggests that they
could still maintain other characters that resemble
those of ancestral forms. As we see in Fig. 2, all li-
chen-forming representatives, including Discomyce-
tes and Loculomycetes, descend from node 17, which
excludes the possibility that Pyrenomycetes, inoper-
culate Discomycetes, and Erysiphales descend from a
lichen-forming ancestor and contradicts the scenario
proposed by Lutzoni et al. (2001). In addition to this,
the estimated dates for node 17 and node 14, which
stand for the common ancestor of Pyrenomycetes and
Discomycetes (2), are extremely close to each other
(see Tables 2 and 3), which suggests that these extant
groups evolved in parallel.
Node 19 in Fig. 2 is the common ancestor of Eu-
ascomycetes, and although it is improbable that it
was lichen-forming, there remain s the possibility that
it could make associations since the descendent
groups englobe mycorrhyzal fungi (Discomycetes [1]),
plant pathogens (Pyrenomycetes and Erysiphales),
human opportunistic pathogens (Plectomycetes and
Loculomycetes), and animal pathogens (Loculomy-
cetes) (Alexopoulos et al. 1996; Berbee 2001).
Bayesian inference became a widely used method
of phylogenetic inference because it allows rapid
analysis of large datasets and incorporates full
models of sequence evolution. This method is
essential when considering taxa with ancient diver-
gence dates, such as the Fungi, in which homoplasy
is very frequent. The Bayesian analysis also has the
advantage of not being restrictive to a unique best
tree. Consequently, even in the presence of alter-
native topologies with comparable likelihood scores,
support is assigned to specific clades by means of
posterior probabilities that represent the probability
that a clade is true given the data, the model, and
the priors (Larget and Simon 1999). Bayesian sup-
port values are an alternative to nonparametric
bootstrapping (Felsenstein 1985), although the
measures cannot be directly compared (Douady et
al. 2003) since they consider dierent data feature
(Alfaro et al. 2003). As pointed out by Wilcox et al.
(2002), Bayesian support values provide closer esti-
mates of clades accuracy than those provided by
nonparametric bootstrap estimat es. Besides, the last
procedure would require much more time and
computational resources.
Bayesian analysis provided strong support for the
main Euascomycetes radiation events. This could not
be accomplished in previous analyses of SSU rDNA
sequences that used other types of phylogenetic
inference methods (Gargas and Taylor 1995; Berbee
et al. 2000; Berbee and Taylor 2001). Even the
Bayesian analysis that placed Discomycetes as basal
among Euascomycetes (Lutzoni et al. 2001) did not
present enough support for subsequen t splits among
others Euascomycetes groups.
Saccharomycetales form a monophyletic group
(pp=1), but families within this group do not seem to
do so. According to Kurtzman (2000) there are 11
families in Saccharomycetales. In our tree the majority
of yeasts belongs to Saccharomycetaceae and there are
few members of other families (Arxula terrestris and
Candida spp. [Candidacea ], Saccharomycopsis capsu-
laris and Saccharomycopsis fibuligera [Saccharomy-
copsidacea], Holleya sinecauda [Eremotheciaceae], and
Saccharomycodes ludwigii [Saccharomycodacea]). The
main splits in Saccharomycetaceae did present high
posterior probabilities (pp>0.89; not shown) even
with non-Saccharomycetac eae representatives inter-
spersed among them. Consequently , the phylogeny
does not support the current family level taxonomic
scheme (Kurtzman 2000).
The impossibility of assuming a global molecular
clock in our data was fully justified. Therefore, the
penalized likelihood method developed by Sanderson
(2002) was more appropriate because it allows that
every lineage evolve at a dierent rate, applying a
penalty that prevents large variations among rates in
the phylogeny.
Fossil record data are informative of minimum
ages of nodes (Doyle and Donoghue 1993) and con-
sequently constrain these nodes to a time interval,
providing boundaries for divergence dates (Sander-
son 1997; Cutler 2000). Incorporation of these
uncertainties is a great advantage of constrained
optimization methods.
In Fig. 2a we sketch a topology to show our esti-
mated dates that are described in Table 2. These
dates place most Ascomycota radiation events in the
Proterozoic era. Our estimated dates for splits among
major groups of Fungi could be directly compared
and corroborate estimates of Heckman et al. (2001)
and Hedges et al. (2004) that were based on multi-
protein analysis. Particularly comparisons inside
Ascomycota are not meaningful since lack of Disco-
mycetes and Loculomycetes in both analyses pro-
vided dierent topologies and relationships.
The schematic phylogeny shown in Fig. 2b locates
the estimated dates detailed in Table 3. Although in
this scenario the estimated dates of Ascomycota
radiation events are more recent than those estimated
in the first scenario, they do not accommodate the
dates of Berbee and Taylor (2001). Their estimat es
733
were obtained under the assumption of a global
clocklike evolution, which leads to very conservative
dates that do not take into accoun t the rate variation
among lineages observed in the SSU rDNA of Fungi.
Our analysis shows that even when the second scenario
is considered, the date for node 5, corresponding to the
fossil, is precisely 400 Myr. This opens the possibility
that the fossil classification as a Pyrenomycete is
incorrect, as previously suggested by Berbee and
Taylor (2001). Nevertheless, even with the 400-Myr
constraint, all major events of Ascomycota radiation
are systematically older than the dates estimated based
on maximum parsimony methodology used by Berbee
and Taylor (2001). Accordingly, if node 5 (in Fig. 2b)
was not constrained to a minimum of 400 Myr, more
recent date intervals would certainly have been ob-
tained. Therefore, the acceptance of this second sce-
nario impos es a reclassification of the fossil record.
The use of a derivate group fossil, instead of a basal
group, as a constraint allows more unbiased diver-
gence dates estimates. This counterbalances the
uncertainty associated with the substitution rate vari-
ation considered by penalized likelihood. Our date
estimates, based on SSU rDN A, suggest that the origin
of the main groups of Fungi occurred between the
Middle and the Late Proterozoic, which is supported
by independent evidence based on multiprotein anal-
ysis (Heckman et al. 2001; Hedges et al. 2004).
Although phylogenetic relationships among Asc-
omycota representatives are extremely sensitive to
taxa sampling and analyzed positions, we could sug-
gest an alternative scenario concerning ancestry, dat-
ing, and relationships among the main fungus groups.
Acknowledgments. We thank Beatriz Schnabel for excellent
technical assistance and help with the artwork. A.C.B.P. received a
fellowship from FAPESP (Brazil). G.F.O.S. was supported by a
Howard Hughes Medical Institute Post-Doctoral Fellowship
(USA). A.B. received grants from FAPESP (Brazil) and M.R.S.B.
received grants from FAPESP and CNPq (Brazil) and the Inter-
national Research Scholars Program of the Howard Hughes
Medical Institute (USA).
References
Alexopoulos CJ, Mims CW, Blackwell MM (1996) Introductory
mycology. John Wiley & Sons, New York
Alfaro ME, Zoller S, Lutzoni F (2003) Bayes or bootstrap? A
simulation study comparing the performance of Bayesian
Markov chain sampling and bootstrapping in assessing phylo-
genetic confidence. Mol Bio Evol 20:255–266
Berbee ML (1996) Loculoascomycete origins and evolution of fil-
amentous ascomycetes morphology based on 18S rRNA gene
sequence data. Mol Biol Evol 13:462–470
Berbee ML (2001) The phylogeny of plant and animal pathogens in
the Ascomycota. Physiol Mol Plant Pathol 59:165–187
Berbee ML, Taylor JW (1992) Detecting morphological conver-
gence in true fungi, using 18S rRNA gene sequence data. Bio-
Systems 28:117–125
Berbee ML, Taylor JW (1993) Dating the evolutionary radiations
of true fungi. Can J Bot 71:1114–1127
Berbee ML, Taylor JW (2001) Fungal molecular evolution: gene
trees and geologic time. In: McLaughlin D, McLaughlin E,
Lemke P (eds) The Mycota. Springer-Verlag, Berlin, pp 229–245
Berbee ML, Carmean D, Winka K (2000) Ribosomal DNA and
resolution of branching order among the Ascomycota: How
many nucleotides are enough? Mol Phylogenet Evol 17:337–344
Bromham L, Hendy MD (2000) Can fast early rates reconcile
molecular dates with the Cambrian explosion? Proc Roy Soc
Lond Ser B Biol Sci 267:1041–1047
Bruns TD, Vilgalys R, Barns SM, Gonzales D, Hibbett DS, Lane
DJ, Simon L, Stickel S, Szaro TM, Weisburg WG, Sogin ML
(1992) Evolutionary relationships within the Fungi: Analyses of
nuclear small subunit rRNA sequences. Mol Phylogenet Evol
1:231–241
Cooper A, Penny D (1997) Mass survival of birds across the Cre-
taceous–Tertiary boundary: Molecular evidence. Science
275:1109–1113
Cutler DJ (2000) Estimating divergence times in the presence of an
overdispersed molecular clock. Mol Biol Evol 17:1647–1660
Dennis R (1970) A middle Pennsylvanian Basidiomycete mycelium
with clamp connections. Mycologia 62:578–584
Doolittle RF, Feng DF, tsang S, Cho G, Little E (1996) Deter-
mining divergence times of the major kingdoms of living
organisms with a protein clock. Science 271:470–477
Douady C, Delsuc F, Boucher Y, Ford Doolittle W, Douzery E
(2003) Comparison of Bayesian and maximum likelihood
bootstrap measures of phylogentic reliability. Mol Biol Evol
20:248–254
Doyle J, Donoghue M (1993) Phylogenies and angiosperm diver-
sification. Paleobiology 19:141–167
Eriksson OE, Baral HO, Currah RS, Hansen K, Kurtzman CP,
Rambold G, Laessoe T (2004) Outline of Ascomycota—2004.
Myconet 10:1–89
Felsenstein J (1985) Confidence limits on phylogenies: An ap-
proach using the bootstrap. Evolution 39:783–791
Felsenstein J (1988) Phylogenies from molecular sequences: Infer-
ence and reliability. Annu Rev Genet 22:521–565
Felsenstein J (1993) PHYLIP: Phylogeny inference package. Seat-
tle, WA
Galtier N, Guoy M, Gautier C (1996) SeaView and Phylo_win, two
graphic tools for sequence alignment and molecular phylogeny.
Comput Appl Biosci 12:543–548
Gargas A, Taylor JW (1995) Phylogeny of Discomycetes and early
radiations of the apothecial ascomycotina inferred from SSu
rDNA sequence data. Exp Mycol 19:7–15
Hasegawa M, Kishino H, Yano T (1989) Estimation of branching
dates among primates by molecular clocks of nuclear DNA
which slowed down in hominoidea. J Hum Evol 18:461–476
Heckman DS, Geiser DM, Eidell BR, Stauer RL, Kardos NL,
Hedges SB (2001) Molecular evidence for the early colonization
of land by fungi and plants. Science 293:1129–1133
Hedges SB, Blair JE, Venturi ML, Shoe JL (2004) A molecular time
scale of eukaryote evolution and the rise of complex multicel-
lular life. BMC Evol Biol 4:2
Hibbet DS, Grimaldi D, Donoghue MJ (1995) Cretaceous mush-
rooms in amber. Nature 377:487
Huelsenbeck J, Ronquist F (2001) MRBAYES: Bayesian inference
of phylogenetic trees. Bioinformatics 17:754–755
Huelsenbeck J, Larget B, Miller R, Ronquist F (2002) Potential
applications and pitfalls of Bayesian inference of phylogeny.
Syst Biol 51:673–688
734
Jeanmougin F, Thompson J, Gouy N, Higgins D, Gibson T (1998)
Multiple sequence alignment with Clustal X. Trends Biochem
Sci 23:403–405
Kasuga T, White TJ, Taylor JW (2002) Estimation of nucleotide
substitution rates in Eurotiomycete Fungi. Mol Biol Evol
19:2318–2324
Kurtzman CP (2000) Systematics and taxonomy of yeasts. In:
Ernst J, Schmidt A (eds) Dimorphism in human pathogenic and
apathogenic yeasts. Karger, Basel, pp 1–14
Larget B, Simon D (1999) Markov chain Monte Carlo algorithms
for the Bayesian analysis of phylogenetic trees. Mol Biol Evol
16:750–759
Leipe DD, Wainright PO, Gunderson JH, Porter D, Patterson DJ,
Valois F, Himmerich S, Sogin ML (1994) The stramenopiles from
a molecular perspective: 16S-like rRNA sequences from Laby-
rinthuloides minuta and Cafeteria roenbergensis. Phycologia
33:369–377
Liu YJ, Whelen S, Hall BD (1999) Phylogenetic relationships
among ascomycetes: Evidence from an RNA polymerase II
subunit. Mol Biol Evol 16:1799–1808
Lumbsch H (2000) Phylogeny of filamentous ascomycetes. Natur-
wissenschaften 87:335–342
Lutzoni F, Pagel M, Reeb V (2001) Major fungal lineages are de-
rived from lichen symbiotic ancestors. Nature 411:937–940
Patterson DJ (1989) Stramenopiles: Chromophytes from a protis-
tan perspective. In: Green JC, Leadbeater BSC, Diver WL (eds)
The chromophyte algae problems and perspectives. Clarendon
Press, Oxford, pp 357–379
Rambaut A, Bromham L (1998) Estimating divergence dates from
molecular sequences. Mol Biol Evol 15:442–448
Redecker D (2002) New views on fungal evolution based on DNA
markers and the fossil record. Res Microbiol 153:125–130
Redecker D, Kodner R, Graham LE (2000) Glomalean fungi from
the Ordovician. Science 289:1920–1921
Rodrı
´
guez F, Oliver JL, Marı
´
n A, Medina JR (1990) The general
stochastic model of nucleotide substitution. J Theor Biol
142:485–501
Saitou N, Nei M (1987) The neighbor-joining method: a new
method for reconstructing phylogenetic trees. Mol Biol Evol
4:406–425
Sanderson MJ (1997) A nonparametric approach to estimating
divergence times in the absence of rate constancy. Mol Biol
Evol 14:1218–1231
Sanderson MJ (2002) Estimating absolute rates of molecular evo-
lution and divergence times: a penalized likelihood approach.
Mol Biol Evol 19:101–109
Shaul S, Graur (2002) Playing chicken (Gallus gallus): Methodo-
logical inconsistencies of molecular divergence date estimates
due to secondary calibration points. Gene 300:59–61
Swoord DL (1998) PAUP*. Phylogenetic analysis using parsi-
mony (*and other methods). Sinauer Associates, Sunderland,
MA
Taylor T, Hass H, Kerp H (1999) The oldest fossil ascomycetes.
Nature 399:648
Wang DYC, Kumar S, Hedges SB (1999) Divergence time esti-
mates for the early history of animal phyla and the origin of
plants, animals and fungi. Proc Roy Soc London Ser B Biol Sci
266:163–171
Wilcox TP, Zwickl DJ, Heath TA, Hillis DM (2002) Phylogenetic
relationships of the dwarf boas and a comparison of Bayesian
and bootstrap measures of phylogenetic support. Mol Phylo-
genet Evol 25:361–371
Yang Z (1994) Maximum likelihood phylogenetic estimation from
DNA sequences with variable rates over sites: approximate
methods. J Mol Evol 39:306–314
Yoder AD, Yang Z (2000) Estimation of primate speciation
dates using local molecular clocks. Mol Biol Evol 17:1081–
1090
735
43
CAPÍTULO 3: Estudo de fatores de patogenicidade de Candida
albicans pela identificação e caracterização de proteínas de matriz de
biofilme e análises de expressão gênica
44
3.1. MATERIAL E MÉTODOS
3.1.1. Microorganismos
As linhagens de Candida albicans estudadas nesse trabalho estão discriminadas
na Tabela 1 e foram fornecidas pelo LEMI (Laboratório Especial de Micologia
UNIFESP). As linhagens isoladas de sangue e cateter foram crescidas em meio rico
pelo menos por 3 repiques antes de serem congeladas na presença de glicerol a -80
o
C.
Para clonagem dos fragmentos de DNA para a finalidade de sequenciamento,
foram utilizados a bacria Escherichia coli DH5! (Woodcock et al., 1989) e o
plasmídeo pMOSBlue (pMOSBlue Blunt Ended Cloning Kit Amersham Pharmacia
Biotech, Piscataway, NJ, USA)
Para clonagem dos fragmentos de DNA para a finalidade de expressão
heteróloga, foram utilizados a bactéria Escherichia coli BL21 (DE3) (Novagen) e o
plasmídeo pET28-a(+) (Novagen).
3.1.2. Seleção da linhagem de C. albicans mais produtora de biofilme
3.1.2.1. Indução de biofilme
Para selecionar a linhagem de C. albicans mais produtora de biofilme, foi
utilizado o protocolo de indução previamente descrito por Jin et al. (2003). Cada
linhagem foi semeada em meio ágar YPD e uma única colônia da placa foi
retirada, adicionada em 2ml de caldo SD e incubadaovernight a 37ºC sob
agitação (200rpm) e aeração. As culturas foram transferidas para tubo de
microcentrifugação (eppendorf), sendo o mesmo centrifugado a 10.000rpm por
2min. As células foram lavadas em 1ml de PBS estéril por duas vezes.
Posteriormente, as células foram ressuspensas em PBS e foi medida a
absorbância das suspenes celulares em espectrofotômetro, para que a diluição
se encontrasse em 0.38 no comprimento de onda 520nm. 100!l das suspensões
foram aplicadas em placa de cultura de células de 96 amostras (Corning Incorporated –
Costar 3799), em 8 réplicas por linhagem e a placa foi incubada à 37
o
C, por 1h30min,
com agitação de 70rpm para permitir a adesão celular. Após duas lavagens com PBS
para retirar as lulas não aderidas, 110!l de meio SD foi adicionado por amostra e a
placa, incubada à 37
o
C, 70rpm por 3 dias para a produção de biofilme. Os meios de
cultura foram trocados uma vez por dia. Foram feitas duas placas por experimento pra
45
que os biofilmes fossem quantificados por duas metodologias diferentes, a coloração
com cristal violeta e pela redução do XTT.
Tabela 1: Linhagens de Candida albicans testadas quanto à produção de biofilme e estudo de expressão de genes em diversas condições
de crescimento
LINHAGEM
SÍTIO DE
ISOLAMENTO
HOSPITAL
ou LOCAL
DOENÇA DE BASE
IDADE
ANO DE
ISOLAMENTO
REFERÊNCIA
ATCC90029
Candidemia
E.U.A
Espinel-Ingroff et al. (1992)
ATCC24433
Infecção de unha
E.U.A
Pfaller et. al. (1994)
SC5314
Candidemia
E.U.A
Gillum et al. (1984)
34ptc
Ponta de cateter
?
?
?
?
L301A
Candidemia
HSP
Insuficiência Renal
1 ano
1997
L298
Candidemia
HSP
Diabetes
59 anos
1997
L297A
Candidemia
HSP
?
Prematuro
1997
L296
Candidemia
R.J.
?
?
1997 ?
L291
Candidemia
HSP
?
Prematuro
1997 ?
L757
Candidemia
CSSM
?
44 anos
2001
L663
Candidemia
HSP
?
8 meses
2001
L666
Candidemia
HSPE
?
?
2001
L667
Candidemia
H.RIM – SP
Insuficiência Renal
45 anos
2001
E.U.A. – Estados Unidos da América
HSP – Hospital São Paulo
R.J. – Rio de Janeiro
CSSM – Hospital Santa Marcelina
HSPE – Hospital Pernambuco
H.RIM – SP – Hospital de Rim de São Paulo
47
3.1.2.2. Quantificação de biofilme por coloração com cristal violeta
Para coloração com cristal violeta, o meio de cultura foi aspirado e os biofilmes
foram lavados duas vezes com 200!l de PBS estéril para se retirar as lulas não
aderidas. Os biofilmes na placa secaram por 45min em temperatura ambiente,
110!l de solão de cristal violeta 0,4% foram adicionados por amostra e a placa,
incubada por 45min. Após, os biofilmes foram lavados para se retirar o excesso de
cristal violeta com 200!l de água Milli-Q por quatro vezes e descorados com 200!l de
solução de etanol 95% por 45min. 100!l da solução descorante foi passada pala outra
placa e a absorbância foi medida em leitor de microplacas com comprimento de onda
de 540nm.
3.1.2.3. Quantificação de biofilme por redução de XTT
Após os três dias de crescimento, o meio de cultura foi aspirado e os biofilmes
foram lavados duas vezes com 200!l de PBS estéril e 200!l de PBS contendo 5
partes de XTT (sal de tetrazólio) (1mg/ml) (Sigma) e 1 parte de menadiona (0.4mM)
(Sigma) foram adicionados por amostra. A placa foi incubada 37
o
C por 1 a 2 h para
permitir a metabolização do XTT pelas lulas vivas, resultando em um precipitado
colorido denominado formazan. Após a incubação, 100!l da solução com o precipitado
foi passada pala outra placa e a absorbância foi medida em leitor de microplacas com
comprimento de onda de 490nm.
3.1.2.4. Análise dos dados
Os valores das absorncias foram anotados em planilhas do Excel (Pacote
Office) e foram analisados médias e desvio-padrão de duas placas por tipo de
quantificação (16 réplicas de cada linhagem ao todo).
3.1.3. Análise da fração protéica da matriz de biofilme de C. albicans
3.1.3.1. Indução de biofilme
O biofilme da linhagem mais produtora foi induzido segundo o protocolo de
Hawser e Douglas (1994). A linhagem foi semeada em meio ágar SD e uma única
colônia da placa foi retirada, adicionada em 20ml de caldo SD e incubada “overnight” a
37ºC sob agitação leve (70rpm) e aeração. A cultura foi passada para tubo “falcone o
mesmo foi centrifugado a 4.000rpm por 8min. As células foram lavadas em 5ml de
PBS estéril por três vezes e ressuspensas em PBS na diluição em que a absorbância
48
da suspeno celular fosse de 0.8 em comprimento de onda de 520nm. 25ml da
suspensão foi transferida para garrafas de cultura delulas (75cm
2
- TPP) e
incubadas à 37
o
C por 1h30min para adesão. Para retirar as células não aderidas, 2
lavagens com 10ml de PBS foram feitas, 30ml de meio SD foi adicionado por garrafa e
as mesmas foram incubadas à 37
o
C por 66h para a produção de biofilme. O meio foi
trocado a cada 22h e para cada experimento (identificão por espectrometria de
massa e “western blot”), foram utilizadas em média 25 garrafas.
3.1.3.2. Extração da matriz extracelular
Após o período de crescimento, o meio foi retirado e os biofilmes foram lavados
com 20ml de PBS estéril gelado para se retirar o excesso de meio e as células o
aderidas. 10ml de PBS estéril gelado foram acrescentados e os biofilmes foram
raspados com auxílio de “cell scrapers” (TPP). As células foram separadas da matriz
por centrifugação a 4.000rpm, 8min, 4
o
C e posteriormente, o sobrenadante foi filtrado
(0,22!m - TPP) e concentrado pelo menos 500 vezes em Centricon Plus 20 (5.000
MW - Millipore). A matriz concentrada foi congelada a -80
o
C até o momento do uso.
3.1.3.3. GelSDS-PAGE (Sodium dodecyl sulfate polyacrilamide gel
electrophoresis) para separação de proteínas
A resolução eletroforética das proteínas da matriz do biofilme, em mini-géis, foi
obtida utilizando-se “SDS-PAGE 10%, de acordo com o protocolo descrito em
Sambrook et al. (1989).
Preparação do gel :
Gel de Separação
10%
Gel de empacotamento
Acrilamida/ Bisacrilamida
(30%/0,8%)
5ml
Acrilamida/Bisacrilamida
(30%/0,8%)
1,3ml
Água estéril
8,1ml
Água estéril
7,2ml
Tris-HCl 3M , pH 8,8
1,9ml
Tris-HCl 1M, pH 6,8
1,25ml
SDS 10%
150!l
SDS 10%
100!l
Persulfato de amônia
150!l
PA
100!l
TEMED
40!l
TEMED
20!l
49
Para a eletroforese, foram adicionadas as amostras tampão de Laemmli (LB) 4X
para uma concentração final de 1X e estas foram fervidas por 5 min antes de serem
aplicadas no gel. A corrida foi realizada em tampão RB (“Running Buffer”) 1X a 30-
85mA. O gel para a padronização das condões de indução e desenvolvimento de
biofilme foi fixado (solução de fixação contendo: 10% ácido acético e 30% etanol
absoluto), corado com solução de nitrato de prata 0,1% revelado com solão de
carbonato de sódio 2,5% e formaldeído 0,02% e lavado com solução de ácido acético
1% segundo protocolo descrito em Sambrook et al. (1989). O gel para a seleção de
bandas foi corado com solução de azul de Coomassie (0,25% de Coomassie Blue
R250 (Sigma) em etanol 50% e ácido acético 7,5%), descorado e fixado (solução
contendo: 10% ácido acético e 20% etanol absoluto). Posteriormente, as bandas
protéicas foram cortadas do gel para a análise por espectrometria de massa.
3.1.3.4. Análise das bandas por espectrometria de massa
As análises de massa foram realizadas em colaboração com o Dr. Daniel C.
Pimenta (CAT/ CEPID - Instituto Butan), seguindo o protocolo de processamento
descrito em (Westermeier e Naven, 2002). Brevemente, as bandas selecionadas foram
descoradas com solão de bicarbonato de anio (75mmol/l) em etanol 40%. As
proteínas no gel foram reduzidas em solução de DDT (5mM em 25mM de bicarbonato
de amônio) e alquiladas em solução de iodoacetamida (55mM em 25mM de
bicarbonato de amônio). Posteriormente, as proteínas foram digeridas com Tripsina e
solubilizadas em bicarbonato de amônio (50mM) e acetonitrila em banho de ultra-som.
2!l das amostras foram utilizados para as análises de massa, em faselida,
utilizando-se MALDI–TOF/Pro (Ettan Amersham Biosciences). Para a análise, as
amostras foram co-cristalizadas com ácido sinapínico (preparado com uma solão
supersaturada em 50% acetonitrila, contendo 0,1% ácido trifluoroacético) e depositadas
sobre uma lâmina melica, secando a temperatura ambiente. As amostras foram
analisadas utilizando o modo de aquisição automático do software de controle do
espectrômetro.
50
3.1.4. Clonagem e sequenciamento de fragmentos de DNA
3.1.4.1. Oligonucleotídeos
Os oligonucleotídeos utilizados para a amplificação completa do gene da
enolase para a expressão e sequenciamento das extremidades foram:
EnoexpresF: 5´ CGG GAT CCA TGT CTT ACG CCA CTA AAA TC 3´
EnoexpresR: 5´ATA GTT TAG CGG CCG CTT ACA ATT GAG AAG CCT TT 3´
Os oligonucleotídeos utilizados para sequenciamento das partes internas do
fragmento e fechamento de “contig” foram:
EnoRTF: 5’ CTGCCGCTGCTGCTCAAG 3’
EnoRTR: 5’ CCGGATCTGTGGGAAACC-3’
3.1.4.2. Extração de DNA genômico de C. albicans
Na extração do DNA genômico de C. albicans SC5314 foi utilizado o
protocolo de isolamento rápido e em pequena escala (Wach et al., 1994). Para
este procedimento, a levedura foi semeada em meio Agar YPD e uma única
colônia da placa foi retirada, adicionada em 2ml de caldo YPD e incubada
overnight a 37ºC sob agitação (200rpm) e aeração. Foi transferido 1,5ml da
cultura para tubo de microcentrifugação (eppendorf) de 2ml, sendo o mesmo
centrifugado a 6.000rpm por 3min. As células foram lavadas em 1ml de água
Milli-Q esterilizada e ressuspensas no agitador de tubos.
Após nova centrifugação, o sobrenadante foi removido e as células
homogeneizadas em 200!l de tampão protoplasto e incubadas por 2h à 37ºC em
banho-maria. Após a incubação, foram adicionados à suspensão 200µL de
tampão de lise, que posteriormente foi incubada à 65ºC por 20min e em seguida
resfriada rapidamente no gelo. Para precipitar as proteínas e restos celulares,
foram adicionados 200!l de acetato de potássio 5M pH 5,4 ao eppendorf e
incubado no gelo por 15min. A suspensão foi centrifugada em velocidade máxima
(13.000rpm) por 3min e o sobrenadante transferido para outro “eppendorf.
Quando necessário, a centrifugação era repetida.
Foi adicionado 0,6 volume de isopropanol (MERCK) ao sobrenadante, ou
seja, para 500µL de centrifugado obtido, foram adicionados 300!l de isopropanol
e misturado gentilmente por inversão e incubado à temperatura ambiente por
5min. Após centrifugação em velocidade máxima por 5min, o sobrenadante era
desprezado sendo 1ml de etanol (MERCK) 70% adicionado ao precipitado
51
(pellet de DNA), homogeneizado por inversão e incubado à temperatura
ambiente por 10min e novamente centrifugado por 10min em velocidade máxima.
A lavagem com etanol era repetida, o “pellet seco por 10min e o DNA
dissolvido em 50!l de água Milli-Q esterilizada.
3.1.4.3. Tratamento do DNA com RNAse
Para a purificação do DNA, foi adicionado 48µl de água Milli-Q estéril, 1!l
de Tris-HCl 1M pH 7,5 e 1!l de RNAseA (Sigma-Aldrich) ao tubo de eppendorf
contendo o pellet e colocado em banho-maria à 37ºC por 1h. O DNA foi
precipitado com a adição de 10µl de acetato de sódio (NaOAc) 3M e 220!l de
etanol absoluto gelado. A suspensão foi homogeneizada, incubada por 10 min no
gelo e centrifugada por 15min a 13.000rpm. Após desprezar o sobrenadante,
foram adicionados 500! l de etanol 80% para tirar o excesso de sal. O
eppendorf foi novamente centrifugado por 15min a 13.000rpm, o etanol retirado
e o “pellet seco durante 5 a 10min. A dissolução completa do pellet foi
realizada em 50!l de água Milli-Q esterilizada.
3.1.4.4. Quantificação do DNA
Foram diluídos 5µl de DNA em 1ml de água destilada esterilizada. Em
seguida, a absorbância foi medida em 260nm de comprimento de onda em
espectrofotometria. Segundo Sambrook et al. (1989), a absorbância igual a 1,
contém uma concentração de 50!g/ml de DNA de dupla fita, 40!g/ml de DNA de
fita simples e ! 20!g/ml de oligonucleotídeos de fita simples. Também foi medida
a absorbância em 280nm de comprimento de onda para verificar a presença de
proteínas e calcular a pureza do DNA. A razão entre as leituras DO
260
/DO
280
permite uma estimativa da pureza do DNA, sendo que valores da razão entre 1,8
e 2,0 indicam extrações puras. A razão abaixo de 1,6 indica grande quantidade
de proteínas e contaminantes, e na sua ocorrência, a extração de DNA foi
realizada novamente.
52
3.1.4.5. Amplificação por PCR (Polymerase Chain Reaction) de fragmentos
de interesse
Para a amplificação de fragmentos para a clonagem e sequenciamento, foi
utilizado o MasterMix (2x) (Promega), oligonucleotídeos na concentrão final de
500nM e 1!l de DNA genômico (40ng/!l) para reações contendo volume final de
25!l. Duas PCs foram feitas para minimizar erros introduzidos nos fragmentos
pela Taq DNA polymerase. Condições do ciclo: 94ºC por 5min; 35 ciclos de 94ºC por
1min, 50ºC por 1 min e 72ºC por 2 min; 72ºC por 10 min. Os fragmentos gerados das
PCR´s foram purificados com GFX e quantificados em gel de agarose 1%.
3.1.4.6. Tratamento do DNA e ligação
As extremidades dos fragmentos foram tratadas e ligadas utilizando-se o
protocolo do "pMOSBlue Blunt Ended Cloning Kit" (Amersham Pharmacia Biotech,
Piscataway, NJ, USA). Assim, adicionou-se a 7,5!l de DNA, 1!l 10x tampão pk, 0,5!l
100mM de DTT, 1!l mix das enzimas pk (fragmento Klenow e PNK
(polinucleodeoquinase)), Esta reação foi incubada a 22ºC por 40min e inativada a
75ºC por 10min. Desta maneira, o DNA tratado ficou com extremidades "blunt" e
fosforiladas. Foram feitas duas reações de ligação a partir das duas PCs. Nas
reações utilizou-se todo o DNA tratado e adicionou-se 1!l de vetor desfosforilado
pMOSBlue (50ng) e 1!l deT4 DNA ligase (4 unidades); as reações foram incubadas a
22ºC “overnight”.
3.1.4.7 Preparação de bactérias competentes
A linhagem E.coli DH5" foi preparada para a transformão de acordo com
metodologia descrita (Sambrook et al., 1989). Inoculamos uma pequena quantidade de
E.coli em 2ml de meio LB. Após incubação "overnight" a 37°C sob agitação (200rpm),
uma alíquota de 500!l do meio de cultura foi diluído (1:100) em 50ml de meio LB em
um erlenmeyer. A cultura foi incubada sob agitação por um período de 2h à
temperatura de 37ºC, para que as células entrassem em fase logarítmica de
crescimento. A absorbância da solução foi medida em espectrofotômetro em
comprimento de onda de 560nm. Após leitura entre 0,5 e 0,7, a cultura foi colocada em
gelo e centrifugada a 6.000rpm por 5min à C. Em seguida o sobrenadante foi
removido e o precipitado ressuspendido em 5ml de CaCl
2
100mM gelado. Completado
o volume para um total de 50ml, a suspensão foi incubada em gelo por 10min e depois
53
centrifugada por 5min a 4ºC. O sobrenadante foi descartado e foi adicionado CaCl
2
100mM gelado em volume correspondente a 10 vezes a D.O. da cultura. A suspensão
foi incubada no gelo por 30min e depois conservada em geladeira até o dia seguinte
quando glicerol foi adicionado até a concentração de 15% do volume. Após a adição do
glicerol alíquotas foram preparadas de 200!l que foram estocadas em freezer -70ºC até
o momento do uso.
3.1.4.8. Transformação de bactérias competentes por CaCl
2
A transformação foi feita de acordo com metodologia previamente descrita
(Sambrook, Fritsch et al., 1989). Duas alíquotas de bactérias competentes foram
descongeladas e em cada uma, foi acrescentado todo o volume da reação da ligação
prosseguindo uma incubão de 30min no gelo. As células foram submetidas ao
choque térmico à 42ºC por 90seg e retornadas ao gelo por 2 min. A suspeno foi
transferida para tubo contendo 1ml de meio SOC e 40!l de IPTG (Isopropyl-B-D-
Thiogalactopyranoside) e incubadas à 37ºC durante 1h com agitação suave (125 rpm),
para permitir a expreso do gene de resisncia a ampicilina. Uma placa de Petri
contendo meio LB sólido acrescido de ampicilina 100!g/ml foi recoberta com 40!l de
Bluo-Gal 20mg/ml (Life Technologies, Grand Island, NY, USA), para permitir a
visualização das bactérias transformantes. As bactérias foram transferidas para a placa
e incubada à 37ºC, "overnight".
3.1.4.9. Extração de DNA plasmidial por Mini Prep
As colônias brancas obtidas nos plaqueamentos das bactérias transformadas
foram utilizadas para extração do plasmídeo através da técnica de Mini Prep
(Sambrook et al., 1989), com menores adaptações. Cada colônia isolada foi crescida
em meio LB contendo ampicilina (100!g/ml) durante 18 horas a 37ºC, 200rpm. 1,5ml
da cultura foi transferido para um “eppendorf”, centrifugado durante 2min a 13000rpm
em temperatura ambiente e o sobrenadante foi descartado. O “pellet” de lulas foi
ressuspenso com 100!l de Solução I contendo 1!l de RNAse A 10mg/ml (Sigma
Chemical, St. Luois, MO, USA) utilizando vortex. Foram adicionados 200!l da Solução
II (de lise), homogeneizado suave e brevemente em vortex e acrescentados 200!l da
Solução III (de neutralização). O tempo entre a adição das Soluções II e III deve ficar
entre 3,5 a 5 min. A suspensão foi homogeneizada novamente e incubada por 30min
no gelo. Após a incubação, o tubo foi centrifugado durante 15min a 13.000rpm à
54
temperatura ambiente. O sobrenadante foi transferido para um tubo novo, adicionado
de 300!l de isopropanol, misturado suavemente por inversão e centrifugado por 10 min
a 13000 rpm. O “pellet de DNA plasmidial foi lavado com etanol 70% gelado,
centrifugado por 5min a 13000rpm, seco à temperatura ambiente e ressuspenso em
30µl de água Milli-Q estéril. 2!l de cada amostra foram aplicados em gel de agarose
1% para eletroforese em tampão TAE, com marcador # HindIII e um plasmídeo pUC18
como referência de tamanho, para verificar se havia inserto nos plasmídeos extraídos.
Naqueles plasmídeos selecionados, uma digestão enzimática para liberação do inserto
era feita segundo protocolo do fabricante de cada enzima. A digeso era então
aplicada em gel de agarose para confirmar o tamanho do inserto clonado.
3.1.4.10. Sequenciamento dos insertos clonados nos plasmídeos
O seqüenciamento dos fragmentos de DNA clonados foram feitos em
seqüênciador automático de capilar ABI PRISM 3100 (Applied Biosystem, Foster City,
CA, USA). Em cada reação eram utilizados os oligonucleodeos que hibridam no
plasmídeo externamente ao fragmento clonado ou internamente ao fragmento (“primer
walking”) e o seqüenciamento procedeu de acordo com o método de terminão de
cadeia por dideoxinucleotídeo (Sanger, Nicklen et al., 1977) modificado para
seqüenciamento utilizando terminadores de cadeia dideoxinucleotídeos fluorescentes
BigDye
TM
. Para tanto, 1!g de plasmídeo (aproximadamente 1!l) foram colocados em
uma reação padrão contendo 2!l “Big Dye
TM
Terminator Ready Reaction Mix” DNA
polimerase AmpliTaq, tamo Tris-HCL pH 9,0, Mg CL
2
, deoxinucleotídeos trifosfato
(dATP,dCTP, dITP, dUTP) e dideoxinucleotídeos marcados com um doador e um
aceptor de fluorescência, 2!l de tampão “Save Money, 1!l de oligonucleotídeo
3,2pmoles/!l e água Milli-Q para completar 10!l. As condições de ciclagem foram: 96ºC
por 5min, 25 ciclos de 96ºC por 10seg, 50ºC por 5seg e 60ºC por 4min. Após PCR, as
reações de seqüênciamento foram procipitadas com etanol 80% e 70%, secas e
adiciondas de 10!l de tampão de corrida HI-DI. No momento da corrida, as amostras
eram incubadas 5min a 90°C para desnaturação do DNA, seguidos de 5min no gelo.
55
3.1.5. Montagem das seqüências consenso ("contigs")
Oscontigs dos fragmentos seqüenciados foram montadas utilizando os
programas Phred, Phrap e Consed (Ewing e Green, 1998; Ewing et al., 1998 e Gordon
et al., 1998). O programa Phred é um programa de identificão de bases que gera
dois tipos de arquivos de saída: um com a seqüência de nucleodeos propriamente
dita, e outro com um escore de qualidade atribdo para cada nucleotídeo de um
cromatograma, valor que é utilizado pelo programa Phrap para a montagem de
“contigs com um escore associado. O programa Phrap foi implementado para a
montagem de seqüências de DNA obtidas por shotgun” e permite a utilização de
seqüências inteiras ao invés de apenas as regiões de boa qualidade, pois ao invés de
determinar uma seqüência consenso a partir das parciais, constrói um mosaico
utilizando as regiões de melhor qualidade de cada uma. O programa Consed permite
editar as montagens das seqüências consenso feitas pelo Phrap.
3.1.6. Análise das seqüências por comparação em bancos genômicos
A análise de contigs foi feita por comparação em bancos genômicos nos “sites”
NCBI (National Center for Biotechnology Information - http://ncbi.nlm.nih.gov) e
Candida Stanford Genome (Stanford Genome Technology Center http://sequence-
www.stanford.edu/group/candida/search.html) utilizando o serviço blast” (Basic Local
Alignment Search Tool). Esta ferramenta se caracteriza por programas de procura de
similaridade que são designados para identificar e classificar os homólogos em
potencial” para uma determinada seqüência. Estes programas são capazes de analisar
seências de DNA e aminoácidos. diferentes programas de blast”, como por
exemplo:blastx permite ao usuário que uma seqüência de nucleotídeos seja
traduzida e comparada contra um banco de dados de proteínas; blastn faz a
comparação da seqüência de nucleotídeos em questão contra um banco de dados de
nucleotídeos. Estas duas análises foram utilizadas neste trabalho.
56
3.1.7. Análise das seências para predão de estrutura, modificações pós-
traducionais, localização e função celular
Foram utilizados os programas do pacote DNAstar (DNASTAR Inc., Madison,
Wis.), em especial, o programa Protean que permite analisar diversas características
de protnas a partir de sua seência priria. Neste trabalho, esse programa foi
principalmente utilizado para verificar as reges de maior hidrofilicidade e potencial
antigênico da proteína predita da matriz extracelular de biofilme, a partir da seqüência
gerada no sequenciamento. Também foram feitas buscas por sinais para peptídeo
sinal, secreção e modificações pós-traducionais (glicosilação e fosforilação) na
seqüência da proteína predita da matriz de biofilme. Essa busca foi feita por servidores
de predição disponíveis na página http://www.cbs.dtu.dk/services/.
3.1.8. Expressão heteróloga de proteínas recombinantes da matriz de biofilme
3.1.8.1. Ligação, clonagem e sequenciamento
O fragmento de DNA codificador da enolase foi digerido do plasmídeo
pMOSBlue com NotI e BamHI e ligado em fase correta para leitura na tradução em
plasmídeo pET28-a(+), também digerido com estas enzimas. Esse plasmídeo possui
uma seqüência que codifica uma cauda de 6 histidinas em fase na porção N´terminal
da proteína recombinante, permitindo sua purificação em coluna de níquel. Na ligação,
utilizou-se aproximadamente 500ng (6!l) de DNA digerido e purificado em coluna de
purificação do kit GFX (DNA and Gel band Purification kit - GE Healthcare), a partir da
selão da banda em gel de agarose 0,8%, 1!l de plasmídeo desfosforilado (50ng),
10!l de tampão de ligação, 1!l de DTT 10mM, 1!l de ligase e 1!l de água MilliQ. A
incubação foi realizada à 16ºC “overnight”. A clonagem em bactéria competente E.coli
BL-21 para expressão, seleção de plasmídeos por Mini-Prep e sequenciamento para
confirmação da fase de leitura foram realizados segundo protocolos descritos nos itens
acima.
3.1.8.2. Expressão da proteína recombinante
A enolase recombinante foi expressa e purificada segundo protocolo a seguir
(Novagen). Pré-inóculos de bactérias contendo plasmídeos com insertos de interesse
foram feitos em meio LB adicionado de canamicina (15mg/ml), crescidos "overnight" a
37°C sob agitão (200rpm). O p-inóculo foi diluído 50 vezes no mesmo meio. A
cultura foi incubada a 37
o
C, com agitação a 200 rpm, até atingir a absorbância de 0,8
57
em comprimento de onda de 550nm. Nesse ponto foi realizada a indução da expressão
protéica com IPTG (para uma concentração final de 1mM) a 37
o
C, 200rpm, por 2h, em
frascos de no mínimo 4 vezes o volume da cultura. A cultura pós-indução foi
centrifugada (Sorvall RC-5B Refrigerated Superspeed Centrifuge, rotor GSA) a 6000
rpm por 10 minutos e o precipitado foi ressuspenso em tampão de lise gelado
(sacarose 10%, NaCl 0,2 M, Tris-HCl 50 mM pH 7,5) ou em PBS 1X gelado, na
proporção 1,5 ml tampão:100 ml cultura. A amostra foi congelada em gelo seco e, após
descongelamento, foi incubada no gelo com lisozima (para uma concentração final de
1mg/ml) por 30min, e em seguida sonicada (sonicador Branson Sonifier 450) e
centrifugada (Sorvall RC-5B Refrigerated Superspeed Centrifuge, rotor SS-34) a
10.000rpm por 10min. O sobrenadante (fração solúvel) e o precipitado ressuspenso em
tampão com uréia 8 M (fração insolúvel) foram aliquotados e guardados a –80
o
C.
3.1.8.3. Purificação da proteína recombinante
O extrato contendo a enolase solúvel foi selecionado para se proceder a
purificação em resina quelante de quel (QIAGEN), em que esta foi lavada em água
Milli-Q, carregada com 5 volumes de solução NiSO4 50mM e equilibrada com 3
volumes de tampão de ligação (imidazol 5mM, NaCl 500mM, Tris-HCl 20mM pH 8,0). O
extrato foi aplicado à resina e incubado por 4h a 4
o
C, sob agitação. Após a incubação,
o tubo foi centrifugado a 2.000rpm por 2min pra separar o “flow through” da resina e
esta foi lavada 4 vezes com 4 volumes de tampão de ligação. Posteriormente, a resina
foi lavada 4 vezes com 4 volumes de solução imidazol 30mM, NaCl 500mM, Tris-HCl
20 mMpH 8,0 e a eluição da proteína recombinante foi feita com 6 volumes de solução
de eluição (imidazol 200mM, NaCl 500mM, Tris-HCl 20mM pH 8,0). O eluato foi
dialisado contra solão Tris-HCl 20mM pH 8,0 e glicerol 5%. Contudo a protna
precipitou e por isso optou-se por cortar a banda da proteína de interesse de um gel
preparativo SDS-PAGE. A banda correspondente foi cortada, eluída em água Milli-Q.
58
3.1.8.4.Quantificação de proteínas
Quantidades variáveis da proteína recombinante purificada foram adicionadas de
1ml de solução de “Coomassie Brilliant Blue” e a absorbância a 595nm foi determinada
em espectrofotômetro. A concentração da protna foi determinada utilizando uma
curva-padrão de BSA (1-10!g). Diluiu-se a proteína para uma concentração final de
uso de 1!g/!l.
3.1.9. Produção de soro de coelho anti-enolase
O soro hiper-imune de 2 coelhos foi produzido por injeção subcutânea de 150µg
de His6-enolase, purificada de E. coli, com adjuvante completo de Freund’s (Sigma),
seguida de 2 injeções de 150!g da proteína em adjuvante incompleto de Freund’s
(Sigma) a cada 20 dias depois da administração inicial. Uma alíquota de sangue foi
coletada no dia da primeira administração com a finalidade de ser obtido o soro “Pré-
Imune”. O sangue total foi coletado 55 dias depois da primeira imunização por punção
cardíaca. Para a preparação do soro, o sangue foi incubado durante 30 minutos a
37°C, e em seguida durante 18h a 4°C; posteriormente, o sangue foi centrifugado a
1.000rpm durante 15min a 4
o
C e o soro obtido foi aliquotado e estocado a –80
o
C.
3.1.10. “Western blot”
3.1.10.1. Preparo dos extratos protéicos
Culturas de linhagens de C. albicans mais e menos produtoras de biofilme
(SC5314, ATCC90029 e L296) e cultura de S.cerevisiae 288c foram feitas em meio
YPD e 5x10
8
células foram ressuspensas em solão para lise (Tris 20mM pH8,0,
MgCl
2
2mM, EGTA 2mM, NaCl 150mM) e inibidores de proteases (PMSF 1mM,
benzamidina 2mM, leupeptina 1!g/ml, pepstatina A 10!g/ml, aprotinina 4!g/ml e
antipaína 1!g/ml) e fosfatases (pirofosfato de sódio 10mM e fluoreto de sódio 1mM). As
suspensões celulares foram vortexadas e a lise foi feita por
congelamento/descongelamento. Após centrifugação a 13.000rpm por 15min a 4
o
C,
separou-se o sobrenadante (fração solúvel) dos restos celulares e o primeiro foi
armazenado a –80
o
C.
Culturas em meio SD e YPD foram feitas a 37
o
C por um e três dias com a
finalidade de se obter o extrato protéico dos meios condicionados. Para isso, após a
incubação, os meios foram separados das células por centrifugação e estes foram
filtrados e concentrados em pelo menos 500x e congelados a –80
o
C.
59
O extrato protéico da matriz do biofilme foi obtido como descrito anteriormente e
mantido armazenado a –80
o
C.
3.1.10.2.Degradação da enolase nativa
Uma cultura de C. albicans SC5314 foi feita em meio SD, 37
o
C, 200rpm por 20h,
até a fase estacionária, e separada em duas partes. Na primeira, a cultura foi
centrifugada para se separar as células do meio condicionado, que foi filtrado e a na
segunda parte, foram mantidas as células no meio mas sem agitação durante 5 horas.
Dividiram-se mais uma vez as partes em duas metades, a primeira foi mantida a
temperatura ambiente e a segunda a 37
o
C durante o experimento. Alíquotas de 5ml
foram retiradas nos tempos “zero”, 30min, 1h, 2h, 3h, 4h e 5h, concentradas 500x (para
10!l) e armazenadas a –80
o
C.
3.1.10.3. Preparação da membrana e incubação
Após resolução em géis de acrilamida (SDS-PAGE), as proteínas foram
transferidas para uma membrana de nitrocelulose (Hybond-C Extra, Amersham
Biosciences). A membrana foi então bloqueada com solução de leite 5% em PBS, e
incubada 2 à 3h a temperatura ambiente com anticorpo primário (soros) e “over night” (anti-
His6Tag)
- Soro pré-imune - diluição 1:500 em PBS.
- Soro anti-His6-enolase diluição 1:2.000 em PBS.
- Anticorpo anti-His6Tag (Santa Cruz Biotechnology) - diluição 1:1.000 em PBS.
- Soro anti-Sui2 de S. cerevisiae diluição 1:1.000 em PBS.
As membranas foram lavadas 3 vezes de 5min com PBS-Tween 0,1%. As as
lavagens, as membranas foram incubadas anticorpo secundário anti-coelho (soros) ou anti-
camundongo (anti-His6Tag) conjugados a HRP (“horseradish peroxidase”) (Kit ECL -
ECLTM Western Blotting Analysis System”, Amersham Biosciences) na diluição 1:1.500
(PBS) por 1 hora a temperatura ambiente. Foram repetidas as lavagens com PBS-Tween
e, então, com água para a retirada do detergente. As membranas foram reveladas com o
reagente ECL e filmes “HyperfilmTM MP” (Amersham Biosciences).
Quando necesrio reutilizar a mesma membrana para incubação com outro
anticorpo, a membrana após a primeira revelação foi incubada por 30min a 55
o
C com
solução de stripping” (Tris-HCl 62,5mM pH6,7; SDS 2%; _-mercaptoetanol 100mM).
60
Após, repetidas lavagens com água, a membrana foi bloqueada e o protocolo foi
seguido como descrito acima para o soro ou anticorpo em questão.
3.1.11. Imunofluorescência
3.1.11.1. Preparação de amostras
Culturas de C.abicans SC5314 foram feitas em meio YPD e em SFB (soro fetal
bovino) com dextrose 5mg/ml, overnight, a 37
o
C, 200rpm pra se obter,
respectivamente, leveduras e hifas (detalhes, vide itens 3.1.4.2 e 3.1.13.3.4). As
culturas foram centrifugadas e lavadas com PBS e fixadas com formaldeído 3,5% em
PBS por 1h. Após incubação, as células foram lavadas pelo menos 5 vezes com PBS
para ser retirado o excesso do fixador e em seguida, 10!l foram gotejados sobre
lâminas para secar em temperatura ambiente.
Para formação de biofilmes, lamínulas de vidro foram recobertas com Poli-lisina
A (10mg/ml) (Sigma), secas e o biofilme foi formado sobre elas de acordo com o
protocolo previamente descrito (item 3.1.3.1) por 66h.
3.1.11.2. Protocolo de incubação
As lâminas contendo leveduras, hifas e biofilmes foram permeabilizadas com
saponina 1% (BDH, Amersham, U.K.) em PGN (0,2% gelatina, 0,1% NaN
3
em PBS) ou
incubadas somente com PGN para bloqueio (não-permeabilizadas), por 15min. As
lamínulas foram incubadas com soro anti-His6-enolase (diluído 1:80 em PGN +
saponina ou PGN) “overnight, a 4ºC e lavadas com PBS. Foram posteriormente
incubadas com IgG anti-coelho conjugado com Cy3 (Sigma), diluído 1:100 em
calcoflúor (10mg/ml) por 1h no escuro. Após lavagens com PBS, as lamínulas foram
montadas em glicerol tamponado com 0,1M de Tris pH 8.6 e 0,1% de p-
fenilenodiamina. As lâminas foram examinadas em microscópio confocal (BioRad 1024-
UV) acoplado a um microscópio Zeiss Axiovert 100. Alternativamente as imagens foram
adquiridas em microscópio de epifluorescência.
61
3.1.12. Citometria de fluxo
3.1.12.1. Enolase na superfície celular
Para a marcação da enolase na superfície de leveduras, uma cultura de
C.abicans SC5314 foi feita em meio YPD overnight”, a 37
o
C, 200rpm e duas alíquotas
de 10
7
lulas foram separadas. A primeira foi fixada com formalddo 3,5% por 1h,
lavada em PBS e incubada “overnight” com soro contra a His6-enolase (diluído 1:80 em
PGN + saponina 1%) (células permeabilizadas). A segunda alíquota foi primeiramente
incubada com soro hiper-imune sem saponina e depois foi fixada (não-
permeabilizadas). Após lavagens em PBS, as leveduras foram incubadas com IgG anti-
coelho marcado com fluorescna (FITC) (diluído 1:100 em PBS) por uma hora em
temperatura ambiente. Após duas lavagens, o número de leveduras fluorescentes foi
estimado com um cimetro Becton-Dickinson (Cortez et al., 2003), com leitura de
10.000 eventos, ou 10
4
células. Como controle, foi utilizado o soro pré-imune de coelho
em células permeabilizadas e não-permeabilizadas.
3.1.12.2. Recaptação da enolase
Para a recaptação da enolase, uma cultura de C.abicans SC5314 foi feita em
meio YPD “overnight”, a 37
o
C, 200rpm. Após lavagens com PBS para se retirar o meio,
cinco alíquotas de 2x10
7
lulas foram separadas. A primeira foi incubada com o
tamo de eluição da purificação da proteína recombinante e as outras quatro, com
concentrações diferentes da His6-enolase: 1,25; 2,5; 5 e 10!g “overnight”, a 4
o
C, sob
agitação. Após lavagens com PBS, as células foram fixadas com paraformaldeído 3,5%
por 1h. Novas lavagens foram feitas para se retirar o fixador e as leveduras foram
incubadas com anticorpo anti-His6-Tag (diluído 1:20 em PGN) por 1h, lavadas e
incubadas com IgG anti-coelho marcado com FITC (diluído 1:50 em PBS) para ser feita
leitura em citômetro de fluxo. Como controle da recaptação, a enolase recombinante foi
acoplada à “beads” de látex (100!g da His6-enolase para 10
8
beads”) e incubadas em
tampão de acoplamento (Carbonato de sódio 0,2M, Cloreto de sódio 0,5M, pH 8,5)
“overnight”, a 37
o
C, 200rpm. Posteriormente, foram lavadas e bloqueadas com solução
em PBS de BSA (20mg/ml) e as “beads” foram incubadas com anticorpo anti-His6-Tag
(diluído 1:20 em PGN), por 1h. Após esse período, foram lavadas e incubadas com IgG
anti-camundongo marcado com FITC (diluído 1:50 em PGN). Após duas lavagens, o
mero de leveduras fluorescentes e de beads foi estimado com um citômetro
Becton-Dickinson (Cortez et al., 2003) com leitura de 10.000 eventos.
62
3.1.13. Manipulação de RNA
3.1.13.1.Linhagens de C. albicans
Para análise da expressão de genes em diferentes condições de crescimento,
foram utilizadas as linhagens descritas na Tabela 1 (item 3.1.2.1).
3.1.13.2. Oligonucleotídeos
Os oligonucleotídeos utilizados e os fragmentos dos genes que eles amplificam
estão descritos na Tabela 2. Os oligonucleotídeos foram construídos segundo
orientação do manual QUIAGEN$ Multiplex PCR o qual permite a amplificação
concomitante de até 16 bandas em um mesmo tubo. As combinações dos mesmos
foram feitas de acordo com os critérios de amplificação de bandas com diferença nos
tamanhos entre si de pelo menos 100 pares de base e temperatura de hibridação
superior a 56
o
C.
Tabela 2: Oligonucleotídeos utilizados na RT-PCR Multiplex e para o controle da integridade do cDNA:
GENES
Pb
a
Oligonucleotídeos
ACT1
355
Fw 5’-GAACGTCCAATGAATCCAAAATC-3’ / Rv 5’-GTTCGAAATCCAAAGCAACGTAAC-3’
ALS3
b
875(1) / 804(2)
Fw 5’-CTGACACTGTTTTAATCAGAGAGCCAC-3’ / Rv 5’-CACTATTAGCAGTTGTAGTTGTAGATGGAG-3’
BCR1
699
Fw 5’-GAAGACCCGAACCATTGGCATTAC-3’ / Rv 5’-CATTACCATTACTCGTACCACCACC-3’
ENO1
775
Fw 5’-CTGCCGCTGCTGCTCAAG-3’ / Rv 5’-CCGGATCTGTGGGAAACC-3’
FBA1
514
Fw 5’-AGACAACAAGGCTCCAATCATC-3’ / Rv 5’-AAAAGCAGCAGCAATAGAAAAGTT-3’
HWP1
c
630(1) / 528(2)
Fw 5’-CATCACATCTAAAGATACTATTTACACCAC-3’ / Rv 5’-GATTTTGGAGAAGAAGAAGCACCTG-3’
HXK1
1.009
Fw 5’-AGGCGACGAGCATGGACAGTA-3’ / Rv 5’-GCGCGCCCGCTTGATAAT-3’
HXK2
856
Fw 5’-ATTGCCATTGGGTTTCACATTT-3’ / Rv 5’-AGCTTGGGCAGTTCTTTCTTTG-3’
PYK1
745
Fw 5’-TTACCCAATTCCACCAAACCAC-3’ / Rv 5’-CATCATAGAGACGGCTTCAACTG-3’
TEC1
443
Fw 5’-GAGAATTTATACCGGGATTTTGGAAG-3’ / Rv 5’-CATTGATGCTGAATGAATGGTGTCTC-3’
EFB1
d
Apro.900 / 550
Fw 5’-ATTGAACGAATTCTTGGCTGAC-3’ / Rv 5’-CATCTTCTTCAACAGCAGCTTG-3’
a
Pares de bases amplificados por cada par de oligonucleotídeos;
b
O maior valor em Pb refere-se ao alelo 1 e o menor, ao alelo 2 do gene ALS3;
c
O maior valor em Pb refere-se ao alelo 1 e o menor, ao alelo 2 do gene HWP1;
d
O maior valor em Pb refere-se ao fragmento amplificado do DNA e o menor, do cDNA.
64
3.1.13.3. Condições de crescimento
3.1.13.3.1 Indução de biofilme
Foi utilizado o protocolo de Hawser e Douglas (1994) descrito (item 3.1.3). Foi
modificado o tempo de incubação para formação do biofilme, em vez de 66h, o biofilme
foi crescido por 24h. Após o tempo de incubação, o biofilme foi lavado com PBS gelado
para retirar as células não aderidas e este foi extraído como previamente descrito (item
3.1.3.2). As células foram centrifugadas e imediatamente processadas segundo o
protocolo de extração de RNA total.
3.1.13.3.2. Microaerofilia
As linhagens foram crescidas em placa de meio YPD (meio rico) por 72h à 37
o
C
em garrafas para microaerofilia hermeticamente fechadas, com concentração de
oxigênio próxima de 5%. Um raspado contendo aproximadamente 5x10
8
células foi
lavado uma vez com PBS e as células foram centrifugadas e imediatamente
processadas segundo o protocolo de extração de RNA total.
3.1.13.3.3.Levedura em meio rico (YPD) e em meio pobre (SD)
Foram feitos inóculos de cada linhagem no respectivo meio de cultura líquido
(3ml) e incubados overnight” à 37
o
C, 200 rpm. Após lavagem com PBS, as lulas
foram centrifugadas e imediatamente processadas segundo o protocolo de extração de
RNA total.
3.1.13.3.4. Indução de Hifas
As linhagens foram previamente cultivadas em meio YPD líquido a 37°C
"overnight”, 200rpm. Uma alíquota das culturas foi centrifugada e lavada 3 vezes com
PBS e ressuspensa em 1ml de PBS. A absorbância foi medida a 660nm para se obter
a concentração das leveduras. A concentrão foi estimada a partir da curva pré-
estabelecida de densidade ótica x concentração de leveduras. As células foram então
diluídas para a concentração de 10
7
lulas/ml no SFB (Soro Fetal Bovino) com
dextrose 5mg/ml. As leveduras foram incubadas por 3h a 37°C, 200rpm. As esta
incubação, as células foram observadas ao microscópio para aferir a proporção hifas x
leveduras. Foi encontrada a porcentagem aproximada de 80% de hifas em relação às
leveduras. As hifas assim induzidas foram lavadas com PBS e processadas segundo o
protocolo de extração de RNA total.
65
3.1.13.4 Extração de RNA total e tratamento com DNAse
Para a extração de RNA total as células de cada condição de crescimento foram
lavadas e tratadas com tamo protoplasto, segundo descrito previamente (item
3.1.4.2.). Em seguida, os eppendorfs” foram centrifugados e os esferoplastos foram
ressuspensos em tampão de lise do Kit RNAspin Mini (GE Healthcare) e processados
segundo protocolo do fabricante. Brevimente, o lisado foi filtrado em coluna do kit por
1min, 11.000xg. Ao filtrado, foram acrescentados 350!l de etanol 70%, misturados e
adicionados em coluna de extração de RNA do kit para posterior centrifugão. A
membrana com RNA ligado foi lavada e incubada com DNAse do Kit por 15min. Após a
incubação, a membrana foi lavada com tampões do kit e os RNAs foram ressuspensos
em 50!l de água DEPC e imediatamente congelados à -80ºC até o momento do uso.
3.1.13.5. Quantificação do RNA total
Para a quantificação do RNA, 5!l da suspensão foi diluída em 1ml de água
bidestilada esterilizada. A absorbância foi medida em comprimento de onda de 260nm
e obedecida à proporção de 40!g/ml de RNA para absorbância de 1. Também foram
efetuadas medidas a 280nm para avaliar a pureza do RNA. A relão dos valores
obtidos a 260 e 280nm (razão 260nm/280nm) deveria estar em torno de 1,9 para que o
material fosse considerado puro o bastante para análise. Caso esta relação não fosse
atingida, procedia-se nova extração de RNA.
3.1.13.6 Reação de Transcriptase Reversa (RT-PCR)
O RNA total extraído das 14 linhagens de C. albicans, nas 5 condões de
crescimento foram submetidos ao ensaio de RT-PCR para a síntese da primeira fita de
cDNA (DNA complementar) utilizando-se a enzima Superscript II (Life Technologies)
segundo o protocolo sugerido pelo fabricante. Nesta reão adicionou-se a 1!g de
RNA, 1!l de oligonucleotídeo dT
12-18
50!M, 1!l da mistura dNTP 10mM, incubou-se a
65ºC por 5min e esfriou-se no gelo. Foi adicionado 10!l da mistura: 4!l de 5x First-
Strand Buffer, 2!l de MgCl
2
10mM, 2!l de DTT 0,1M, 1,4!l de RNAguard
TM
RNAse
Inhibitor (Porcine) (Amersham Pharmacia Biotech Piscataway, NJ, USA) e 1!l da
enzima SuperScript
TM
II (RNAse H Reverse Transcriptase) (Life Technologies, Grand
Island, NY, USA). A mistura foi incubada à 42ºC por 50min, em seguida à 70ºC por
15min. O material era estocado à -20ºC até a realização da PCR.
66
3.1.13.7. Verificação da integridade do cDNA por RT-PCR
Para verificação da integridade do cDNA e da ausência de contaminação de
DNA nas amostras, o produto do ensaio de RT foi submetido a PCR utilizando-se
oligonucleotídeos que hibridam no gene EFB1, o qual possui um intron no fragmento
selecionado para a amplificação. Caso existisse contaminação com DNA seriam
amplificadas duas bandas pela PCR, com tamanhos aproximados de 550 pb (referente
ao cDNA) e 950 pb (DNA contaminante). O RNA da amostra contaminada era
novamente tratado com DNAse e feita nova RT-PCR.
Na PCR adicionou-se 15,3!l de água bidestilada estéril, 2,5!l de tampão para
Taq DNA polimerase 10 x concentrado, 2!l de dNTP (10mM de cada nucleotídeo), 2!l
de MgCl
2
50mM, 1!l de cDNA, 1!l de oligonucleotídeo EFB1Fw 10!M, 1 !l de
oligonucleotídeo EFB1Rv 10!M e 0,2!l de Taq DNA polimerase (Life Technologies,
Grand Island, NY, USA). Condições do ciclo: 9C por 5min; 35 ciclos de 94ºC por
1min, 56ºC por 1min e 72ºC por 1:30min; 72ºC por 7min.
3.1.13.8. RT-PCR multiplex semi-quantitativo
Diversas diluições e quantidades de cDNA foram testadas a fim de padronizar a
quantificação para que a intensidade das bandas nos géis não ficasse saturada.
Foi utilizado o Kit Multiplex PCR (QUIAGEN!) para amplificação de no mínimo
cinco bandas de diferentes genes por tubo. As reações foram padronizadas utilizando-
se 3 diluições de cDNA por amostra, em cada condição de crescimento. Para volume
final de 40!l foi utilizado 1!l de cDNA sem diluir, diluído 1/10 e 1/20, 20!l do Master Mix
Multiplex, 4!l do Mix de primers 10X (2!M de cada) e 15!l de água bidestilada estéril.
As condições do ciclo foram 95°C por 15min; 30 ciclos de 94°C por 30seg, 56 ou 58°C
por 1:30min, 72°C por 1:30min e extensão final de 72°C por 10min. Os produtos destas
reações foram visualizados em gel de agarose 2% posteriormente corados com
brometo de etídio (10mg/ml).
67
3.1.13.9. Análise dos resultados dos ensaios de RT-PCR
As imagens dos is foram digitalizadas e as bandas quantificadas usando os
programas Molecular Imaging Software (Kodak) e Excel (Microsoft). Utilizando-se as
massas de cada banda foi calculado o número de moléculas de cada gene por célula.
Posteriormente, esse número foi corrigido de acordo com a diluição do cDNA inicial
(40, 4 e 2ng), e foram normalizadas utilizando os valores da amplificação do gene da
actina como controle. Quando não havia detecção de banda, era atribuído valor zero”
de número de moléculas para a expressão de dado gene.
3.1.14. Reagentes utilizados
3.1.14.1 Meios de cultura
YPD - Extrato de levedura (DIFCO) 1%, dextrose (MERCK) 2%, peptona
(DIFCO) 2%, agar 2% (para meio sólido).
LB: - Triptona (DIFCO) 1%, NaCl (Synth), 0,5% extrato de levedura
(DIFCO) 1%, ágar (DIFCO) 2% (para meio sólido).
LB Amp:- Meio LB, ampicilina sódica (WYETH) 100!g/ml.
SOC: - Triptona (DIFCO) 2%, NaCl (Synth) 0,05%, KCl (Synth) 2,5mM,
MgCl
2
(MERCK) 7mM, glicose (DIFCO) 20mM, pH 7,0.
SD: - YNB (DIFCO , Sparks, USA) 0,67%, dextrose (Merck) 2%, Agar
(DIFCO) 2% (para meio sólido).
3.1.14.2.Soluções e tampões
-Solução CBB: 10mg Coomassie Brilliant Blue G (Sigma) foram dissolvidos
em 5ml etanol 95%. Adicionou-se 10ml H
3
PO
4
e o volume foi
completado para 100ml com água Milli-Q. A solução foi
filtrada em papel de filtro grosso (250g) e guardada a 4
o
C em
frasco escuro.
-Solução I: Glicose 0,05M, Tris-Hcl 0,025M pH 8,0, EDTA 0,01M.
-Solução II (lise): NaOH 0,2N, SDS 1%.
-Solução III (neutralização): Acetato de potássio 5M e ácido acético glacial 12%.
-Tampão TAE: Tris-acetato 40mM, EDTA 1mM pH 8,0.
-Tampão de amostra para DNA (6x): Orange G 0,25%, ficol (type 400, GE) 15%,
diluídos em água.
68
-Tampão protoplasto: 10!l _-mercaptoetanol (GE), 100!l Tris - HCl 1M
pH 7,4, 20!l EDTA 10mM, 100!l zimoliase 100U/80!l
(GE), 770!l água Milli-Q estéril.
-Tampão de lise: 20!l NaOH 10N, 100!l SDS 10%, 880!l água Milli-Q
estéril.
-Tampão LB 4X: 0,625M Tris-HCl pH 6,8; 10% glicerol; 3% SDS;
5% _-mercaptoetanol, 0,1% azul de bromofenol).
-Tampão RB 10X (“Running Buffer”): 30g de Tris-base, 144g de glicina, 10% SDS e
água Milli-Q para completar 1l.
69
3.2. RESULTADOS
3.2.1. Seleção da linhagem de C. albicans mais produtora de biofilme
Para selecionar a linhagem mais produtora de biofilme, 14 linhagens de C.
albicans, incluindo isolados de hemocultura e ponta de cateter e linhagens de bancos
de referência, foram testadas. O biofilme foi induzido e quantificado por coloração com
cristal violeta e redão do XTT (Figura 1). A partir da colorão com cristal violeta
(Figura 1A) as linhagens foram classificadas em altamente produtoras de biofilme, as
que obtiveram medida de absorncia maior que 2, médio-produtoras; entre 1 e 2 e
pouco produtoras as medidas de absorbância menores que 1. Entre as altamente
produtoras foram agrupadas as linhagens SC5314, L301A, L296, L667 e L669. As
médio-produtoras foram as L291 e L666; as pouco produtoras foram a ATCC90029,
ATCC24433, 34ptc, L298, L297A, L757 e L663. A metodologia de redão do XTT
(Figura 1B) auxiliou na separação das linhagens mais ou menos produtoras de biofilme
mas não separou as linhagens intermedrias. Isso se deve ao fato de que o cristal
violeta cora toda a massa celular no biofilme enquanto que a redão do XTT só é
realizada pelas células ativas (vivas) do biofilme.
Através da comparação entre as linhagens mais produtoras foi escolhida a
SC5314 para os experimentos de extração de matriz extracelular de biofilme também
pela vantagem desta ter sido a linhagem a ter seu genoma completamente
seqüenciado e montado no projeto genoma da Candida (www.candidagenome.com), o
que facilitaria a manipulação genética, bem como a comparação com dados de
patogenicidade e virulência em outros estudos.
70
A
Cristal violeta
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
ATCC90029
ATCC24433
SC5314
34ptc
L301A
L298
L297A
L296
L291
L757
L663
L666
L667
L669
Absorbância
B
XTT
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
ATCC90029
ATCC24433
SC5314
34ptc
L301A
L298
L297A
L296
L291
L757
L663
L666
L667
L669
Absorbância
Figura 1. Quantificação de biofilme de 14 linhagens de C. albicans utilizando o protocolo de Jin
et al. (2003). As barras nos gráficos representam as médias de 16 réplicas experimentais de
cada linhagem e a barra de erros, o desvio-padrão. Em A, a quantificação foi feita através da
coloração com cristal violeta 0,4% e em B, pela redão do XTT em formazan. Foram
classificadas como altamente produtoras de biofilme aquelas linhagens que obtiveram medida
de absorbância maior que 2, na quantificação com cristal violeta, médio-produtoras, entre 1 e 2
e pouco produtoras as medidas de absorbância menores que 1.
71
3.2.2. Identificação das principais proteínas da matriz de biofilme de C. albicans
A partir da seleção da linhagem SC5314 como altamente produtora de biofilme,
testaram-se condições de indução e materiais plásticos para a padronização de
crescimento de biofilme, segundo protocolo descrito por Hawser e Douglas (1994).
Primeiramente, padronizou-se o crescimento em garrafas de cultura de células ou
placas de 24 amostras sem agitação durante o período de adesão celular.
Posteriormente foi testado o meio SD contendo duas concentrões diferentes de
glicose, 50mM e 500mM. Padronizou-se o uso do meio SD contendo 50mM de glicose
visto que os biofilmes, embora esses crescessem mais densamente com mais glicose,
se desprendiam do fundo das garrafas e das placas nas trocas do meio. A Figura 2
mostra um gel "SDS-PAGE” de matrizes de biofilmes concentradas a partir da indução
em placas de 24 amostras e garrafas de cultura de células. Foram observadas bandas
de tamanhos entre 150kDa e 15kDa, e as mais fortes estão presentes entre 75 e
20kDa.o foi possível distinguir bandas presentes somente nos biofilmes em
comparação com o lisado celular. O meio condicionado apresentava poucas bandas
mais concentradas abaixo do marcador de 20kDa indicando possível degradação de
proteínas. Novas induções de biofilme em garrafas de cultura de células foram feitas e
12 bandas foram selecionadas a partir de gel SDS-PAGE” para identificão por
espectrometria de massa (Figura 3).
Das 12 bandas selecionadas, somente a banda 9 obteve identificação confiável
(Tabela 3) de acordo com o E-value da busca pelo Blastp (NCBI website -
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/blast/Blast.cgi) (5.8e-07). A banda de aproximadamente
45kDa foi identificada como “phosphopyruvate hydratase ou enolase que em C.
albicans é codificada pelo gene de cópia única ENO1 e possui 1.323 nucleotídeos. A
identificação da proteína foi confirmada com nova extração de matriz de biofilme e nova
análise de espectrometria de massa. A enolase, uma proteína citosólica de
aproximadamente 48kDa, é um componente central da via glicotica que catalisa a
desidratão de 2-fosfoglicerato para gerar fosfoenolpiruvato, mas pode catalisar a
reação inversa na gliconeogênese (Sundstrom e Aliaga, 1992).
72
Figura 2. Gel SDS-PAGE 10% para a padronização das condições de indução e
desenvolvimento de biofilme, corado com nitrato de prata 0,1%. As amostras são (M) Marcador;
biofilmes concentrados a partir da indução em placas de 24 amostras (P) e garrafas de cultura
de lulas (G); meio SD com crescimento celular por 3 dias, também chamado de meio
condicionado (MC) e lisado de 10
7
células da linhagem SC5314.
M Biofilme
Figura 3. Gel “SDS-PAGE 10% para selecionar as bandas protéicas da matriz de biofilme
corado com azul de Coomassie. As amostras o (M) Marcador e o biofilme concentrado a
partir de garrafas de cultura de células. Os números indicam as 12 bandas selecionadas para
identificação por análise de espectrometria de massa.
Tabela 3. Identificação por espectrometria de massa das 12 bandas protéicas selecionadas da matriz de biofilme de Candida
albicans
Banda
Identificação
Organismo
N. de acesso GenBank
Score (bits)
E value
1
Hypothetical protein ECU08_1170
Encephalitozoon cuniculi
Q8SUP0
40
5.7
2
Gal80p
Saccharomyces cerevisiae
CAA86725
28
15
3
Putative protein
Candida glabrata
Q6FSG4
36
16
4
Hypothetical protein CaO19.8522
Candida albicans SC5314
EAL02334
32
5.8
5
Putative protein
Ashbya gossypii
Q75D11
33
28
6
L-aminoadipate-semialdehyde
dehydrogenase-phosphopantetheinyl
transferase
Saccharomyces cerevisiae
P50113
37
11
7
Hypothetical protein
Neurospora crassa
Q7RXM3
27
1.2e+02
8
Hypothetical protein
Candida albicans
Q9P821
13
3e+03
9
phosphopyruvate hydratase
(EC 4.2.1.11)
Candida albicans
A61017
110
5.8e-07
10
Putative protein
Candida glabrata
Q76IP9
30
53
11
Putative protein
Candida glabrata
Q6FWY0
32
41
12
Putative protein
Candida glabrata
Q6FNR3
28
94
74
Além de participar da via glicolítica, é sabido que enolases codificadas por
genes palogos em peixes, anfíbios, répteis e aves é componente fundamental na
formação de seus cristalinos (Piatigorsky, 2003). Ainda, foi reportada a presença de
enolase na superfície celular de C. albicans (Angiolella et al., 1996). Tendo em vista
que o biofilme, assim como o cristalino, é uma estrutura gelatinosa, então, a
identificação da enolase como uma das proteínas majoritárias de sua matriz nos fez
levantar as seguintes questões:
1- poderia a enolase ser ativamente secretada pelo fungo ou estaria presente na matriz
e na superfície das células devido à morte e lise celular? 2- poderia a enolase estar
ativa, hidratando ou hidrolisando componentes na matriz? 3- visto que só existe um
gene codificando a enolase (ENO1) nessa levedura, sua expreso estaria alterada
nas células de biofilme?
3.2.3. Análise da seqüência de DNA da enolase e da proteína predita da linhagem
SC5314
Para se testar a primeira hipótese, foram feitas análises das seqüências de DNA
e de proteína, bem como, foi gerado soro policlonal contra a enolase recombinante
para ensaios de western blots e citometria de fluxo. Para tal, o gene ENO1 foi
amplificado por completo em duas PCR´s da linhagem SC5314 (Figura 4), clonado e
seqüenciado. O “contig” obtido após montagem pelos programas Phred-Phrap-Consed
obteve “score” de Phred menor que 40 e 0,11 erros para cada 10
4
bases. A Figura 5
mostra o “contig” de DNA da enolase seqüenciada em nosso trabalho alinhado com a
seqüência depositada no genoma da Candida (orf19.395). Entre as seqüências foram
encontradas 4 substituições de nucleotídeos, nas posições 41, 217, 713 e 1.215. As
duas primeiras originaram troca de amincidos de mesmo grupo, respectivamente,
ácido aspártico por glicina (polares) e isoleucina por valina (hidrofóbicos); a terceira
originou troca de um aminoácido hidrofóbico por um polar (glicina por valina) e a última
substituição foi sinônima, mantendo o aminoácido alanina.
A análise da seqüência predita de aminoácidos no programa Protean (pacote
DNAstar) (Figura 6) mostrou que a enolase é uma protna rica em alfa-hélices,
altamente hidrofílica e por isso, possui elevado índice antigênico. Análises de predição
de sinal de pepdeo sinal, secreção, glicosilão e fosforilão foram realizadas no
website do Center for Biological Sequence Analysis (CBS). Não foi predito peptídeo
sinal canônico (SignalP 3.0 server - Signal peptide probability: 0.000) e por isso,
75
analisou-se a seqüência quanto à possibilidade de ser secretada por via não-clássica
(SecretomeP Server). Pelo NNscore = 0.433 da análise, a enolase foi classificada como
não secretada por via não-clássica (necessário NNscore > que 0,5 para ser secretada).
Contudo, foram preditos reduos N-glicosilados (NetNGlyc Server) nas posições 18,
103, 137 e 330; O-glicosilados (YinOYang Server) em proteínas intracelulares nas
posições 2, 34, 179, 269, 329, 366, 407 e 438 e fosforilados (NetPhosYeast Server)
nas posições 2, 101, 160, 179, 222, 269, 359 e 379 (Figura 7).
Figura 4. Gel de agarose 1% para verificar a amplificão do gene completo da enolase
(ENO1) da linhagem de C. albicans SC5314. As amostras correspondem ao marcador (M) e as
duas reações de amplificação (1 e 2).
76
01 ATGTCTTACGCCACTAAAATCCACGCCAGATACGTCTACGACTCCAGAGGTAACCCAACC SC5314genoma
M S Y A T K I H A R Y V Y D S R G N P T 20
01 ATGTCTTACGCCACTAAAATCCACGCCAGATACGTCTACGGCTCCAGAGGTAACCCAACC SC5314
G
61 GTTGAAGTTGATTTCACCACCGACAAAGGTTTATTCAGATCAATTGTCCCATCTGGTGCC
V E V D F T T D K G L F R S I V P S G A 40
61 GTTGAAGTTGATTTCACCACCGACAAAGGTTTATTCAGATCAATTGTCCCATCTGGTGCC
121 TCTACTGGTGTCCACGAAGCTTTGGAATTGAGAGATGGTGACAAATCCAAATGGTTAGGT
S T G V H E A L E L R D G D K S K W L G 60
121 TCTACTGGTGTCCACGAAGCTTTGGAATTGAGAGATGGTGACAAATCCAAATGGTTAGGT
181 AAAGGTGTTTTGAAAGCCGTTGCCAATGTTAATGACATCATTGCCCCAGCTTTAATAAAA
K G V L K A V A N V N D I I A P A L I K 80
181 AAAGGTGTTTTGAAAGCCGTTGCCAATGTTAATGACGTCATTGCCCCAGCTTTAATAAAA
V
241 GCCAAGATCGATGTTGTCGACCAAGCTAAGATTGATGAATTCTTGTTGTCCTTGGACGGT
A K I D V V D Q A K I D E F L L S L D G 100
241 GCCAAGATCGATGTTGTCGACCAAGCTAAGATTGATGAATTCTTGTTGTCCTTGGACGGT
301 ACTCCAAACAAATCCAAATTGGGTGCCAATGCTATCTTGGGTGTTTCTTTGGCTGCTGCC
T P N K S K L G A N A I L G V S L A A A 120
301 ACTCCAAACAAATCCAAATTGGGTGCCAATGCTATCTTGGGTGTTTCTTTGGCTGCTGCC
361 AATGCTGCCGCTGCTGCTCAAGGCATTCCATTGTACAAACACATTGCCAACATTTCCAAT
N A A A A A Q G I P L Y K H I A N I S N 140
361 AATGCTGCCGCTGCTGCTCAAGGCATTCCATTGTACAAACACATTGCCAACATTTCCAAT
421 GCCAAGAAAGGTAAATTCGTTTTGCCAGTTCCATTCCAAAACGTTTTGAACGGTGGTTCC
A K K G K F V L P V P F Q N V L N G G S 160
421 GCCAAGAAAGGTAAATTCGTTTTGCCAGTTCCATTCCAAAACGTTTTGAACGGTGGTTCC
481 CATGCTGGTGGTGCTTTAGCTTTCCAAGAATTTATGATTGCCCCAACTGGTGTCTCCACT
H A G G A L A F Q E F M I A P T G V S T 180
481 CATGCTGGTGGTGCTTTAGCTTTCCAAGAATTTATGATTGCCCCAACTGGTGTCTCCACT
541 TTCTCTGAAGCTTTGAGAATTGGTTCAGAAGTTTACCACAACTTGAAATCTTTGACCAAG
F S E A L R I G S E V Y H N L K S L T K 200
541 TTCTCTGAAGCTTTGAGAATTGGTTCAGAAGTTTACCACAACTTGAAATCTTTGACCAAG
601 AAGAAATACGGTCAATCCGCTGGTAACGTCGGTGACGAAGGTGGTGTTGCTCCAGATATC
K K Y G Q S A G N V G D E G G V A P D I 220
601 AAGAAATACGGTCAATCCGCTGGTAACGTCGGTGACGAAGGTGGTGTTGCTCCAGATATC
661 AAAACTCCAAAGGAAGCTTTGGACTTGATCATGGATGCCATTGACAAAGCCGGTTACAAA
K T P K E A L D L I M D A I D K A G Y K 240
661 AAAACTCCAAAGGAAGCTTTGGACTTGATCATGGATGCCATTGACAAAGCCGTTTACAAA
V
721 GGTAAGGTTGGTATTGCCATGGATGTTGCTTCATCTGAATTCTACAAGGACGGTAAATAC
G K V G I A M D V A S S E F Y K D G K Y 260
721 GGTAAGGTTGGTATTGCCATGGATGTTGCTTCATCTGAATTCTACAAGGACGGTAAATAC
77
781 GACTTGGACTTTAAAAACCCAGAATCCGACCCATCTAAATGGTTGTCTGGCCCACAATTG
D L D F K N P E S D P S K W L S G P Q L 280
781 GACTTGGACTTTAAAAACCCAGAATCCGACCCATCTAAATGGTTGTCTGGCCCACAATTG
841 GCTGACTTATATGAACAATTGATTTCCGAATACCCAATTGTTTCTATTGAAGATCCATTC
A D L Y E Q L I S E Y P I V S I E D P F 300
841 GCTGACTTATATGAACAATTGATTTCCGAATACCCAATTGTTTCTATTGAAGATCCATTC
901 GCTGAAGATGACTGGGATGCTTGGGTCCACTTCTTTGAAAGAGTTGGTGACAAGATCCAA
A E D D W D A W V H F F E R V G D K I Q 320
901 GCTGAAGATGACTGGGATGCTTGGGTCCACTTCTTTGAAAGAGTTGGTGACAAGATCCAA
961 ATTGTCGGTGATGATTTGACTGTCACTAACCCTACCAGAATCAAGACTGCCATTGAAAAG
I V G D D L T V T N P T R I K T A I E K 340
961 ATTGTCGGTGATGATTTGACTGTCACTAACCCTACCAGAATCAAGACTGCCATTGAAAAG
1021 AAAGCCGCTAATGCTTTGTTGTTGAAGGTTAACCAAATTGGTACTTTGACTGAATCTATA
K A A N A L L L K V N Q I G T L T E S I 360
1021 AAAGCCGCTAATGCTTTGTTGTTGAAGGTTAACCAAATTGGTACTTTGACTGAATCTATA
1081 CAAGCTGCTAACGATTCTTACGCTGCTGGTTGGGGTGTCATGGTTTCCCACAGATCCGGT
Q A A N D S Y A A G W G V M V S H R S G 380
1081 CAAGCTGCTAACGATTCTTACGCTGCTGGTTGGGGTGTCATGGTTTCCCACAGATCCGGT
1141 GAAACCGAAGATACTTTCATTGCTGACTTGTCAGTTGGTTTAAGATCTGGTCAAATCAAG
E T E D T F I A D L S V G L R S G Q I K 400
1141 GAAACCGAAGATACTTTCATTGCTGACTTGTCAGTTGGTTTAAGATCTGGTCAAATCAAG
1201 ACTGGTGCTCCAGCTAGATCTGAAAGATTGGCCAAATTGAACCAAATCTTGAGAATCGAA
T G A P A R S E R L A K L N Q I L R I E 420
1201 ACTGGTGCTCCAGCCAGATCTGAAAGATTGGCCAAATTGAACCAAATCTTGAGAATCGAA
1261 GAAGAATTAGGTTCTGAAGCTATCTACGCTGGTAAAGATTTCCAAAAGGCTTCTCAATTG
E E L G S E A I Y A G K D F Q K A S Q L 440
1261 GAAGAATTAGGTTCTGAAGCTATCTACGCTGGTAAAGATTTCCAAAAGGCTTCTCAATTG
1321 TAA
---
1321 TAA
Figura 5. Alinhamento das seqüências de DNA do gene completo da enolase da linhagem de
C. albicans SC5114. Foram alinhadas as seências provenientes do projeto genoma da
Candida (orf19.395) (SC5314genoma) e a seqüência originada neste trabalho (SC5314). Entre
elas está a seqüência predita de aminoácidos. Os números à direita referem-se à posição do
primeiro nucleotídeo em cada linha e os à esquerda referem-se à posição do último
aminoácido. Estão marcadas em vermelho as substituições de nucleodeos nas posições 41,
217, 713 e 1.215, e em negrito, a troca de aminoácidos.
78
Figura 6. Análise de predões da estrutura secundária da enolase da linhagem SC5314 a
partir do sequenciamento do gene ENO1 neste trabalho. As letras à esquerda referem-se a
reges de alfa-hélice (A), folha beta (B), giro (turn -T) e espiral (coil - C) de acordo com
diferentes métodos listados à direita. Regiões hidrobicas e flexíveis estão identificadas com
as respectivas letras (G e F). Todos os métodos foram implementados pelo programa Protean
(DNAstar, Madison, Wisconsin).
79
MSYATKIHAR YVYGSRGNPT VEVDFTTDKG LFRSIVPSGA STGVHEALEL RDGDKSKWLG
KGVLKAVANV NDVIAPALIK AKIDVVDQAK IDEFLLSLDG TPNKSKLGAN AILGVSLAAA
NAAAAAQGIP LYKHIANISN AKKGKFVLPV PFQNVLNGGS HAGGALAFQE FMIAPTGVST
FSEALRIGSE VYHNLKSLTK KKYGQSAGNV GDEGGVAPDI KTPKEALDLI MDAIDKAVYK
GKVGIAMDVA SSEFYKDGKY DLDFKNPESD PSKWLSGPQL ADLYEQLISE YPIVSIEDPF
AEDDWDAWVH FFERVGDKIQ IVGDDLTVTN PTRIKTAIEK KAANALLLKV NQIGTLTESI
QAANDSYAAG WGVMVSHRSG ETEDTFIADL SVGLRSGQIK TGAPARSERL AKLNQILRIE
EELGSEAIYA GKDFQKASQL
Figura 7. Seqüência protéica predita da enolase da linhagem SC5314 (deste trabalho)
mostrando em negrito as asparaginas preditas como N-glicosiladas (N-Xaa-S/T, NetNGlyc
Server), nas posões 18, 103, 137 e 330; em caixas cinza, as serinas e treoninas preditas
como O-glicosiladas em proteínas intracelulares (YinOYang Server), nas posições 2, 34, 179,
269, 329, 366, 407 e 438 e em vermelho/itálico, as serinas e treoninas preditas como
fosforiladas em proteínas de leveduras (NetPhosYeast Server), nas posições 2, 101, 160, 179,
222, 269, 359 e 379.
3.2.4. Expressão da enolase recombinante para produção de soro policlonal
Através das análises da seqüência predita da enolase, verificou-se que ela não
apresentava sinais de peptídeo sinal nem de secreção. Passamos a testar a hipótese
de que a enolase estava na matriz por conta da lise celular nas camadas mais
inferiores do biofilme. Para tal, o gene da enolase foi subclonado em vetor pET28-a(+),
inserido em bactéria competente (BL21) para a expressão da proteína recombinante
fundida a uma cauda de histidina. A enolase recombinante (His6-enolase) foi purificada
em coluna de quel e injetada em coelhos para a obtenção de soro hiper-imune. A
Figura 8 mostra géis “SDS-PAGE” da indução (Figura 8A) e purificação (Figura 8B) da
His6-enolase.
80
A
B
Figura 8. Géis “SDS-PAGE” 10% da indução e purificação da enolase recombinante, corados
com azul de Coomassie. Em (A), indução da enolase recombinante (His6-enolase) em que M
refere-se ao marcador de peso molecular; Nl ao lisado da bacria de expressão BL21 o-
induzida com IPTG; l ao lisado da bactéria induzida com IPTG por 2h a 37
o
C; Sol ao extrato
celular sovel e Ins, ao extrato celular insolúvel. Em (B), purificação em coluna de níquel da
His6-enolase em que NL refere-se à frão o-ligada à coluna; TLi à última lavagem com
tampão de ligão; TLa à última lavagem com tampão de lavagem e os números de 1 a 4
referem-se às 4 extrões com tampão de eluição. A seta vermelha destaca as bandas da
His6-enolase.
81
3.2.5. Presença da enolase na matriz de biofilme e sua degradação
O soro hiper-imune foi posteriormente utilizado em ensaios de “western blot”
(Figura 9). Na Figura 9A a membrana foi incubada com anticorpo contra a cauda de
histidina, mostrando reconhecimento da proteína recombinante de Tripanosoma cruzi
(canaleta 2), bem como a His-6-Enolase (canaleta 1), confirmando sua purificação
correta. Na Figura 9B, a membrana foi incubada com soro pré-imune de coelho e sua
análise mostra que o houve reconhecimento de protnas fúngicas, podendo esse
soro ser usado como controle negativo em experimentos de imunofluorescência e
citometria de fluxo. Na Figura 9C, a membrana foi incubada com soro hiper-imune de
coelho e mostra reconhecimento da enolase no biofilme concentrado da linhagem
SC5314 (canaleta 7, seta vermelha) e em extratos celulares de 3 linhagens de C.
albicans, respectivamente, SC5314 (canaleta 4); ATCC90029 (canaleta 5), L296
(canaleta 6). Ainda, foi observado reconhecimento da enolase homóloga em extrato
celular de Saccharomyces cerevisiae 288c (canaleta 3). Contudo, o foi verificado
reconhecimento da enolase em sobrenadante de cultura de 1 e 3 dias em meio pobre
(SD) (meio condicionado), assim como, no meio rico (YPD) de 1 dia. Houve fraco
reconhecimento em sobrenadante em YPD de 3 dias.
Por conta da observação contrária ao que esperávamos, de que existiria enolase
nos meios condicionados por causa da lise celular, especialmente em culturas de 3
dias, fomos verificar em quanto tempo a enolase nativa poderia ser degradada. Para
isso, a linhagem SC5314 foi crescida em meio SD até atingir a fase estacionária da
cultura e alíquotas do meio com e sem células presentes foram retiradas de tempos em
tempos para verificar se havia a presença da enolase nativa, ou sendo secretada ou
vinda da lise celular, e por quanto tempo ela não estaria sendo degradada. A Figura 10
mostra western blots” da meia-vida da enolase nativa feitos a partir de membranas
incubadas com soro hiperimune de coelho contra His6-enolase. Foi observado que na
temperatura ambiente a enolase nativa degrada-se mais lentamente que a 37
o
C,
especialmente no meio condicionado, ausente de células. No meio ainda com células
incubado à temperatura ambiente, foi observada a presença da enolase mesmo que
fracamente, seja por degradação mais lenta, seja por contínua secreção da proteína
pelas células. a 37
o
C não foi observada enolase em ambos os sobrenadantes após
meia hora de incubação.
82
Figura 9. “Western blotsconfirmando a presença da enolase em biofilme e lisados celulares
de C. albicans. As amostras referem-se respectivamente a: Nl, lisado da bactéria de expressão
BL21 o-induzida com IPTG; l ao lisado da bactéria induzida com IPTG por 2h, à 37
o
C; 1,
His6-Enolase; 2, proteína recombinante de Tripanosoma cruzi com cauda de histidina; extratos
celulares de 10
7
lulas de Saccharomyces cerevisiae 288c (3); C. albicans SC5314 (4);
ATCC90029 (5), L296 (6); 7, matriz concentrada de biofilme induzido da SC5314; Meios com
crescimento celular da linhagem SC5314 ou condicionados: em 8, meio SD com crescimento
celular por 1 dia; em 9, meio SD com crescimento por 3 dias; 10, YPD com crescimento celular
por 1 dia e em 11, YPD com crescimento celular por 3 dias. Conforme indicado, no painel A, a
membrana foi incubada com anticorpo contra a cauda de histidina; em B, com soro pré-imune
do coelho 1 e em C, com soro hiper-imune do coelho 1, gerado contra a enolase recombinante.
A seta vermelha indica o reconhecimento da enolase na matriz de biofilme de C. albicans.
83
Figura 10. “Western blotsda meia-vida da enolase nativa de C. albicans SC5314 secretada ou
proveniente de lise celular. Os números a cima referem-se aos tempos de retirada de alíquotas
de meio em horas, a partir do tempo zero (cultura estacionária em meio SD com 20h de
crescimento a 37
o
C). Foram retiradas alíquotas de meio condicionado e meio ainda contendo
lulas a partir de culturas mantidas à temperatura ambiente (22
o
C) (A) e 37
o
C (B), sem
agitação.
Sabendo que a enolase se degrada rapidamente no meio de cultura, ainda nos
faltava confirmar se outras proteínas e, eventualmente a própria enolase, não estariam
presentes por conta da lise celular na matriz do biofilme. Para responder esse ponto, foi
feito um “western blot (Figura 11) em que a membrana foi incubada com soro
policlonal contra Sui2p (eIF2_ eukaryotic Innitiation factor 2 subunit alpha) de S.
cerevisiae por conta de não haver disponível no momento do experimento, anticorpo ou
soro contra proteínas intracelulares de C. albicans. A proteína de S. cerevisiae possui
alta similaridade (84%) e identidade (70%) (E value da busca= 4.4e-111) com sua
homóloga de C. albicans, a CaSui2p (orf19.6213). Houve o reconhecimento da Sui2p
em extratos celulares de S. cerevisiae e de C. albicans, mais fracamente, mas não
houve reconhecimento na matriz de biofilme e o pouco nos meios condicionados,
sugerindo que de alguma forma a enolase está na matriz por conta de outros
mecanismos que não a lise celular.
84
Figura 11. “Western blot” da proteína intracelular Sui2p em extratos celulares de S. cerevisiae
(34 kDa) e C. albicans (28 kDa). Os números representam as amostras, respectivamente:
extratos celulares de 10
7
células de S. cerevisiae 288c (1); C. albicans SC5314 (2);
ATCC90029 (3), L296 (4); 5, matriz concentrada de biofilme induzido da SC5314; Meios com
crescimento celular da linhagem SC5314 ou condicionados: em 6, meio SD com crescimento
celular por 1 dia; em 7, meio SD com crescimento por 3 dias; 8, YPD com crescimento celular
por 1 dia e em 9, YPD com crescimento celular por 3 dias.
3.2.6. Presença da enolase na superfície de C. albicans
Alguns autores haviam reportado a presea da enolase na superfície de
leveduras de C. albicans (Angiolella et al., 1996 e Angiolella et al., 2002). Para verificar
se o soro policlonal contra a His6-enolase reconheceria a enolase nativa na superfície
das células, foram feitos experimentos de citometria de fluxo (Figura 12). A Figura 12
mostra experimentos realizados com leveduras não permeabilizadas com saponina 1%,
havendo marcação somente da enolase na superfície de 14% das células (retângulo
vermelho, descontando-se a medida do controle pré-imune). Nas células
permeabilizadas, a enolase interna e da superfície foram marcadas em
aproximadamente 40% das células (retângulo verde, descontando-se a medida do
controle pré-imune).
85
Figura 12. Citometria de fluxo para marcação da enolase na superfície de leveduras. 10
7
células de C. albicans SC5314 foram incubadas com soros de coelho pré-imune ou hiper-imune
(contra his6-enolase) e fixadas com formaldeído 3,5% (Não-Permeabilizadas). Outro grupo de
células foi primeiramente fixado e depois incubado com os respectivos soros na presença de
saponina 1% (Permeabilizadas). Após incubação, foi utilizado anti-IgG de coelho conjugado a
FITC para revelar marcação. Foram analisadas 10
4
células por experimento. Na média, 10%
delas exibiram autofluorescência, sendo esse valor descontado das medidas experimentais
destacadas nos retângulos em vermelho (células não-permeabilizadas) e verde (células
permeabilizadas).
86
Para verificar se as células no biofilme tamm possam enolase em sua
supercie, foram feitas imunofluoresncias de leveduras e hifas (Figura 13) em
comparação com biofilmes (Figura 14) de C. albicans SC5314 utilizando o soro hiper-
imune gerado neste trabalho. A Figura 13A mostra que o houve reconhecimento
intracelular ou da superfície de C. albicans permeabilizadas com saponina 1%,
utilizando o soro pré-imune de coelho. A (Figura 13B) mostra a enolase recobrindo a
superfície celular das leveduras queo foram permeabilizadas. Foi observada
marcação difusa e pontuada e algumas células não apresentaram marcação. A Figura
13C mostra a enolase marcada e filamentos permeabilizados e leveduras brotantes
periféricas, sendo portanto, uma marcão mais forte do que nos painéis da Figura
13C. A Figura 14 mostra a enolase marcada em células formadoras de biofilme, tanto
na camada basal, rica em formas leveduriformes aderidas à lâmina, como na porção
superior do biofilme, rica em hifas e brotos celulares. Em lulas de biofilme não
permeabilizadas, a co-localização da enolase com o calcoflúor (Figura 14B), que é um
corante muito usado em fungos por corar quitina na parede celular, ocorre em poucas
células. Na verdade, foi observado que nem todas as células apresentam enolase em
sua superfície devido à falta de marcação e em algumas delas é o oposto, apresentam
marcação da enolase mas não do calcoflúor (seta verde). Mesmo em células
permeabilizadas com saponina esse fenômeno havia sido observado. Os dados
sugerem que a enolase está presente na superfície de Candida em camadas muito
mais próximas da membrana plasmática do que nas camadas externas da parede
celular, visto que células jovens e brotos, que ainda o possuem suas paredes
ricamente recobertas de mananas, permitem marcação muito mais intensa da proteína.
Nesse ponto do trabalho, fomos verificar se a enolase não poderia
eventualmente ser liberada por lise celular e recapturada pela parede de algumas
lulas. Para testar essa hipótese, culturas de C. albicans foram incubadas com 4
concentrações da His6-enolase e posteriormente, com anticorpo anti-His6-Tag para se
prosseguir com o protocolo para leitura em citômetro de fluxo. A Figura 15 mostra que
não houve reconhecimento da enolase recombinante na superfície das Candidas nas
concentrões mínima e xima testadas, 1,25 e 10!g de His6-enolase para cada
2x10
7
células, exemplificando o que ocorreu em todas as concentrações (1,25; 2,5; 5 e
10!g), diferentemente das beads recobertas com His6-enolase.
87
Figura 13. Localização da enolase em leveduras e hifas de C. albicans. SC5314. Em A,
imunofluorescência utilizando o soro pré-imune de coelho em leveduras permeabilizadas com
saponina 1%. Em B, imunofluorescência utilizando o soro de coelho hiper-imune (contra his6-
enolase) e anti-IgG de coelho conjugado a Cy3 em leveduras o permeabilizadas. Em C,
filamentos permeabilizados com saponina 1%. Imagens obtidas por microscopia de
fluorescência e contraste de fase. As barras indicam 10!m.
88
Figura 14. Localizão da enolase em células de biofilmes de C. albicans. SC5314. Em A,
imunofluorescências sobrepostas com microscopia de contraste de fase, tanto da porção
inferior, quanto da superior, em células permeabilizadas com saponina 1%. Em B ,
imunofluorescência utilizando o soro de coelho hiper-imune (contra his6-enolase) e anti-IgG de
coelho conjugado a Cy3 em biofilmes o permeabilizados e corados com calcoflúor (corante
de manas da parede do fungo). As setas verdes mostram marcão da enolase em brotos
jovens, sem co-localização com o calcoflúor. As imagens foram obtidas a partir de secções em
microscópio confocal. As barras indicam 10!m.
89
Figura 15. Citometria de fluxo da recaptação da enolase. Em A, controle da recaptação em que
“beads” recobertas com His6-enolase foram incubadas com anticorpo anti-His6-Tag (linha azul)
em comparação com leveduras (SC5314) incubadas com o tampão de eluição da His6-enolase
(linha preta); em B, leveduras incubadas com 1,25!g de His6-enolase e posteriormente, com
incubadas com anticorpo anti-His6-Tag e em C, leveduras incubadas com 10! g de His6-
enolase e posteriormente, com incubadas com anticorpo anti-His6-Tag.
Considerando a primeira questão levantada no início do trabalho: poderia a
enolase ser ativamente secretada pelo fungo ou estaria presente na matriz e na
superfície das células devido à morte e lise celular, a análise dos resultados reforça a
idéia de que a proteína não é recaptada pela parede das células mas sim, é secretada
para a superfície de forma programada pelo fungo. Mesmo que a seqüência protéica
predita não contenha pepdeo sinal, a enolase parece seguir o mesmo caminho de
secreção ainda não caracterizado, para ser encontrada na matriz do biofilme, visto que
não houve resultados que suportem a hipótese de lise celular.
90
3.2.7. Teste da atividade da enolase
No início do trabalho também foi levantada a hipótese de que a enolase poderia
estar ativa, hidratando ou hidrolisando componentes na matriz. Para testá-la, tivemos a
idéia de extrair a matriz de biofilme como previamente descrito (item 3.1.3.2) e incubar
com os dois substratos em que atua a enzima na via glicolítica, tanto na hidrólise do 2-
fosfoglicerato, vendido comercialmente na forma de ácido fosfoglicérico (D(+)2-
Phosphoglyceric acid sodium salt hydrate, C
3
H
7
O
7
P H
2
O), quanto na hidratão do
fosfoenolpiruvato (Phospho(enol)pyruvic acid monosodium salt hydrate, C
3
H
4
NaO
6
P
H
2
O). Contudo, tentamos por mais de dois anos conseguir o primeiro composto que
teve sua importação descontinuada no Brasil no início de 2005, impedindo que
pudéssemos dar prosseguimento a estes experimentos interessantíssimos, deixando a
pergunta ainda em aberto para ser respondida numa eventual colaboração com
laboratórios no exterior. Consideramos a opção de sintetizar os compostos, porém o
trabalho passou a ser focado em outras perguntas o interessantes quanto a da
atividade da enolase que optamos por não concluir essa parte em prol das seguintes.
3.2.8. Expressão da enolase em células de biofilme
Ainda resta uma pergunta para ser respondida: havendo apenas um gene
codificando a enolase (ENO1) em C. albicans, sua expreso estaria alterada nas
células de biofilme? Para responder esta pergunta foram amplificados por RT-PCR não
o gene que codifica a enolase, mas outros genes da via glicolítica (FBA1, PYK1,
HXK1 e HXK2, respectivamente codificadores das enzimas aldolase, hexoquinases e
fosfopiruvato quinase), para verificar se haveria diferea na expreso em outros
pontos da via ou somente na enolase. Tamm foi estudada a expreso de genes
previamente relacionados com a regulação de biofilme e transição levedura-hifa como
BCR1 e TEC1 (fatores de transcrição) e genes codificadores de proteínas de superfície
ligados à adesão celular (ALS3 e HWP1). Esses 9 genes foram amplificados das 14
linhagens de C. albicans testadas inicialmente quanto à produção de biofilme,
crescidas em 5 condições diferentes para efeito comparativo: biofilme, leveduras
crescidas em meio rico (YPD), em meio pobre (SD), indução de hifas (SFB) e
microaerofilia. Foi utilizado na RT-PCR o kit Multiplex (Quiagen) que permitiu a
amplificação simultânea de até 6 bandas nos experimentos. A Figura 16 mostra um gel
da amplificação de fragmentos de 6 dos genes (ENO1-enolase, TEC1-fator de
transcrição, HWP1-hyphal wall protein, ALS3-“agglutinin-like sequence”, FBA1-fructose-
91
bisphosphate aldolase e ACT1-actina) a partir de cDNAs das linhagens crescidas
formando biofilmes. Pela comparação visual das intensidades das bandas amplificadas,
foram observadas diferenças na expressão dos genes TEC1 e HWP1 entre as
linhagens, como por exemplo, entre a ATCC90029, ATCC24433 e a L757.
Figura 16. Gel de agarose 2% da RT-PCR de cDNAs de biofilme. Na ordem, as amostras são:
M, marcador; 1-ATCC90029; 2-ATCC24433; 3-SC5314; 4-34ptc; 5-L301A; 6-L298; 7-L297A; 8-
L296; 9-L291 e 10-L757. Os fragmentos dos genes, listados à direita (ENO1-enolase, TEC1-
fator de transcrição, H W P1 -hyphal wall protein, ALS3-agglutinin-like sequence”, FBA1-
fructose-bisphosphate aldolase e ACT1-actina), foram amplificados a partir da diluição 1:10 de
cDNA (4ng). As bandas dos fragmentos dos genes amplificados das 14 linhagens de C.
albicans, crescidas nas 5 condições de crescimento, foram quantificadas pelo programa
Molecular Imaging Software (Kodak).
92
Foram feitas quantificações das amplificações por RT-PCR para cada diluição de
cDNA (1, 1:10 e 1:20 40ng, 4ng e 2ng) a fim de minimizar o efeito da saturação da
PCR nas intensidades das bandas. A dia das 3 quantificões foi corrigida pela
dia da expressão da actina, considerado gene de expreso constante. Assim,
chegou-se no valor médio da expressão de cada gene, em cada uma das 14 linhagens
crescidas nas 5 condições descritas. A Figura 17 mostra gráficos da expressão de
cada gene nas condições de crescimento de biofilme, microaerofilia, levedura em meio
rico (YPD), levedura em meio pobre (SD) e indão de hifas de cada uma das 14
linhagens de C. albicans (norma de reação do gene). Não foi observada diferença na
expressão média do gene da enolase entre as linhagens de C. albicans, em nenhuma
das 5 condições de crescimento. Isso sugere que o existe correlação entre a
expressão da enolase e a formação de biofilme por linhagens altamente produtoras e
pouco produtoras de biofilme. Também não foi observada variação da expressão nas
diferentes condições de crescimento quando comparados os outros genes que compõe
a via glicolítica (Tabela 4, vide desvio padrão). Houve apenas diferenças menores entre
linhagens, como L666 (linha amarela) e L667 (linha roxa clara) para os genes HXK1 e
HXK2, por exemplo.
Quando analisada a via de indução de biofilme em que BCR1 (Biofilm and Cell
wall Regulator) regula a expressão de adesinas da superfície do fungo (HWP1 e ALS3)
e tem como seu próprio regulador, TEC1, foi observado que o sinal da diminuição da
expressão deste último era amplificado ao percorrer a via, ou seja, a variação na
expressão dia dos genes regulados abaixo de TEC1 aumentava pelo menos duas
vezes na maioria das linhagens, independente da condão de crescimento. Como
exemplo, a linhagem L298 (linha laranja) teve como valor médio da expressão de
TEC1, BCR1, H W P 1 e ALS3 respectivamente: -1, -2, -4 e -8. Ao olhar mais
proximamente para a linhagem L291 na condição de levedura crescida em meio rico
(YPD) (linha verde), observou-se que a expressão de TEC1 era próxima de -4,
enquanto que a BCR1 era -6 e H W P 1 caía para -16, tendendo a ausência de
expressão. Esses dados sugerem que a regulação nessa via ocorre por “feed-forward”
em vez de “feed-back” como geralmente descrito (Lee et al., 2002). A expressão dos
genes das adesinas não pôde ser correlacionada com as linhagens altamente
produtoras, médio e pouco produtoras de biofilme. Linhagens altamente produtoras
como a L296 apresentava expressão de ALS3 menor (-8) que uma linhagem pouco
produtora, como a L297A (-2). Contudo, verificou-se que as células formadoras de
93
biofilme expressavam pelo menos 2x mais ALS3 do que as células plancnicas,
crescidas em meio rico (YPD).
97
Figura 17. Gráficos da norma de reação de 9 genes relacionados à regulação e formação de
biofilme e à Via glicolítica. Os genes tiveram sua expressão medida por RT-PCR em 14
linhagens de C. albicans (linhas coloridas) crescidas em 5 condições laboratoriais (eixo “x” dos
gráficos): microaerofilia, biofilme, indução de hifas, levedura em meio rico (YPD) e levedura em
meio pobre (SD). A expressão (eixo “y” dos gráficos) foi corrigida para escala Log
2
, em que “0”
(zero) representa ausência de expressão e os valores negativos ou positivos foram
determinados pela divisão da expressão média de cada gene pelo valor médio da expressão da
actina. Assim sendo, -2 representa duas vezes menos moléculas de RNA de dado gene em
relação ao da actina naquela linhagem e condição de crescimento.
98
Tabela 4: Valores da expressão dos genes nas 5 condições de crescimento das 14
linhagens de C. albicans.
MICRO
BIOFILME
HIFA
LEV-YPD
LEV-SD
Média
a
Desv Pad
b
HXK1
ATCC90029
-1,683
-1,952
-1,840
-1,140
-2,481
-1,819
0,484
ATCC24433
-1,442
-1,575
-2,452
-1,232
-1,707
-1,682
0,465
SC5314
-1,192
-1,568
-1,776
-5,325
-2,005
-2,373
1,677
34ptc
-1,950
-2,167
-2,243
-1,385
-1,829
-1,915
0,339
L301A
-1,711
-1,557
-1,789
-0,931
-1,712
-1,540
0,351
L298
-2,304
-1,672
-2,193
-1,973
-1,696
-1,968
0,285
L297A
-1,670
-1,836
-1,980
-1,555
-1,800
-1,768
0,162
L296
-1,583
-1,765
-1,871
-1,253
-1,694
-1,633
0,237
L291
-1,898
-1,768
-2,028
-1,131
-1,967
-1,758
0,364
L757
-1,681
-1,858
-2,447
-1,824
-2,151
-1,992
0,306
L663
-2,144
-2,941
-2,371
-3,134
-4,093
-2,937
0,762
L666
-5,015
-5,377
-3,175
-3,277
-3,640
-4,097
1,026
L667
-2,876
-4,537
-3,321
-2,937
-4,864
-3,707
0,930
L669
-2,953
-4,164
-2,184
-2,948
-2,779
-3,006
0,720
HXK2
ATCC90029
-2,941
-3,446
-2,802
-5,517
-3,798
-3,701
1,090
ATCC24433
-3,887
-2,987
-2,623
-1,930
-4,035
-3,092
0,881
SC5314
-3,968
-2,343
-2,384
-4,358
-4,475
-3,506
1,060
34ptc
-3,710
-3,393
-2,761
-3,127
-4,071
-3,412
0,507
L301A
-3,290
-4,518
-2,619
-2,070
-4,319
-3,363
1,058
L298
-4,486
-3,337
-3,973
-5,809
-4,120
-4,345
0,917
L297A
-2,734
-3,911
-2,555
-2,295
-4,970
-3,293
1,123
L296
-2,742
-3,123
-2,078
-1,755
-4,177
-2,775
0,951
L291
-3,607
-3,558
-2,263
-2,122
-4,950
-3,300
1,156
L757
-3,368
-2,213
-2,466
-2,384
-4,038
-2,894
0,781
L663
-4,976
-4,059
-2,656
-6,265
-5,084
-4,608
1,343
L666
-6,000
-5,704
-5,782
-5,873
-4,357
-5,543
0,672
L667
-5,549
-5,755
0,000
-5,716
-4,685
-4,341
2,465
L669
-6,342
-4,976
-2,310
-5,423
-4,493
-4,709
1,504
FBA1
ATCC90029
-0,190
-0,483
-0,398
1,161
-0,539
-0,090
0,712
ATCC24433
-0,105
-0,223
-0,307
-0,121
-0,471
-0,245
0,150
SC5314
0,341
-0,338
-0,322
-0,724
-0,619
-0,332
0,415
34ptc
-0,443
-0,512
-0,391
-0,108
-0,474
-0,385
0,161
L301A
-0,287
-0,203
-0,364
0,096
-0,373
-0,226
0,193
L298
-0,476
-0,213
-0,413
-0,311
-0,376
-0,358
0,100
L297A
-0,254
-0,287
-0,398
-0,145
-0,511
-0,319
0,140
L296
-0,156
-0,334
-0,415
-0,003
-0,470
-0,276
0,193
L291
-0,455
-0,204
-0,432
0,091
-0,689
-0,338
0,295
L757
-0,419
-0,470
-0,620
-0,390
-0,632
-0,506
0,113
L663
-0,400
-0,201
-0,253
-0,315
-0,271
-0,288
0,075
L666
-0,222
-0,422
-0,256
-0,252
-0,343
-0,299
0,082
L667
0,032
-0,214
-0,002
0,090
-0,076
-0,034
0,117
L669
-0,320
-0,516
0,004
-0,192
-0,159
-0,237
0,194
ENO1
ATCC90029
-1,307
-1,422
-0,818
-1,248
-1,447
-1,248
0,254
ATCC24433
-1,017
-1,103
-1,223
-0,956
-1,357
-1,131
0,161
SC5314
-1,093
-0,933
-1,017
-1,743
-1,174
-1,192
0,321
34ptc
-1,217
-1,475
-1,114
-0,888
-1,331
-1,205
0,222
L301A
-1,030
-1,135
-1,012
-0,677
-1,093
-0,989
0,181
L298
-1,195
-1,170
-1,009
-1,056
-1,162
-1,118
0,081
L297A
-1,168
-1,181
-1,038
-1,098
-1,099
-1,117
0,058
99
L296
-0,979
-1,304
-0,948
-0,846
-1,042
-1,024
0,172
L291
-1,159
-1,236
-1,139
-0,752
-1,128
-1,083
0,190
L757
-1,289
-1,219
-1,330
-1,550
-1,312
-1,340
0,125
L663
-1,553
-1,648
-1,283
-1,583
-1,592
-1,532
0,143
L666
-1,536
-2,575
-1,316
-1,341
-1,728
-1,699
0,517
L667
-1,206
-2,199
-1,170
-1,121
-1,565
-1,452
0,453
L669
-1,411
-2,659
-1,242
-1,444
-1,625
-1,676
0,566
PYK1
ATCC90029
-1,741
-2,101
-1,965
-1,058
-1,793
-1,732
0,403
ATCC24433
-1,446
-1,580
-2,072
-1,410
-1,513
-1,604
0,269
SC5314
-1,174
-1,618
-1,515
-3,479
-1,615
-1,880
0,912
34ptc
-1,508
-1,649
-1,797
-1,028
-1,456
-1,488
0,289
L301A
-1,694
-1,594
-1,709
-1,275
-1,538
-1,562
0,175
L298
-2,084
-1,651
-1,890
-1,839
-1,468
-1,786
0,235
L297A
-1,451
-1,645
-1,720
-1,391
-1,580
-1,558
0,136
L296
-1,709
-1,628
-1,837
-1,361
-1,621
-1,631
0,174
L291
-1,837
-1,501
-1,887
-1,145
-1,788
-1,632
0,311
L757
-1,670
-2,007
-2,462
-1,596
-2,115
-1,970
0,351
L663
-1,429
-1,860
-1,907
-1,854
-1,620
-1,734
0,204
L666
-1,474
-2,265
-1,682
-1,659
-1,511
-1,718
0,318
L667
-1,305
-1,798
-1,651
-1,284
-1,301
-1,468
0,240
L669
-1,396
-1,650
-1,185
-1,358
-1,223
-1,362
0,184
TEC1
ATCC90029
-0,572
-0,673
-0,765
-0,465
-0,229
-0,541
0,207
ATCC24433
-0,634
-0,531
-0,647
-0,988
-0,284
-0,617
0,253
SC5314
-0,369
-0,726
-1,027
-0,332
-0,369
-0,565
0,304
34ptc
-0,695
-0,493
-0,612
-1,435
-0,514
-0,750
0,391
L301A
-0,741
-0,627
-1,158
-0,974
-0,337
-0,767
0,317
L298
-0,834
-0,702
-1,419
-1,598
-0,368
-0,984
0,512
L297A
-0,647
-0,490
-0,817
-1,881
-0,395
-0,846
0,600
L296
-1,449
-0,922
-0,686
-2,110
-0,574
-1,148
0,635
L291
-1,172
-0,731
-0,763
-2,753
-0,366
-1,157
0,937
L757
-0,645
-0,682
-0,815
-0,998
-0,537
-0,736
0,177
L663
-0,526
-0,413
-0,368
-0,881
-0,352
-0,508
0,219
L666
-0,386
-0,051
-0,246
-0,322
-0,299
-0,261
0,127
L667
0,000
0,040
-0,328
-0,123
0,285
-0,025
0,225
L669
-0,502
0,177
-0,795
-0,150
0,074
-0,239
0,405
BCR1
ATCC90029
-1,800
-2,289
-2,778
-1,893
-1,789
-2,110
0,426
ATCC24433
-3,035
-3,973
-3,387
-3,040
-3,695
-3,426
0,411
SC5314
-2,888
-3,624
-7,306
-1,769
-2,655
-3,648
2,149
34ptc
-2,716
-2,145
-2,887
-5,121
-2,064
-2,987
1,245
L301A
-2,878
-3,969
-3,169
-4,881
-3,364
-3,652
0,795
L298
-2,540
-2,352
-2,410
-4,010
-1,729
-2,608
0,844
L297A
-2,585
-3,878
-3,643
-5,781
-2,623
-3,702
1,301
L296
-3,497
-4,177
-2,522
-6,079
-3,585
-3,972
1,319
L291
-3,662
-3,705
-3,383
-6,786
-3,076
-4,122
1,510
L757
-1,623
-2,245
-2,354
-2,802
-1,849
-2,175
0,458
L663
-2,450
-2,279
-3,711
-2,511
-2,142
-2,619
0,628
L666
-2,065
-2,609
-2,457
-2,200
-1,808
-2,228
0,317
L667
-3,967
-2,902
-4,643
-2,276
-1,730
-3,104
1,197
L669
-2,326
-1,702
-4,348
-1,936
-1,868
-2,436
1,093
HWP1
ATCC90029
-7,123
-3,934
-3,594
-15,386
-8,646
-7,737
4,778
ATCC24433
-2,812
-1,526
-2,350
-1,427
-1,585
-1,940
0,610
SC5314
-4,151
-1,181
-1,453
-1,651
-1,485
-1,984
1,223
34ptc
-3,659
-1,469
-2,693
-1,900
-2,502
-2,445
0,835
L301A
-2,724
-1,869
-1,849
0,000
-1,792
-1,647
0,998
100
L298
-5,147
-2,456
-3,486
-1,465
-4,426
-3,396
1,479
L297A
-3,100
-2,291
-2,757
-2,403
-3,363
-2,783
0,454
L296
-3,938
-2,692
-3,057
-2,323
-1,406
-2,683
0,932
L291
-3,521
-2,171
-1,741
-2,843
-1,327
-2,321
0,874
L757
-1,992
-1,756
-1,430
-1,474
-1,903
-1,711
0,251
L663
0,000
-12,747
-8,381
0,000
0,000
-4,226
5,989
L666
0,000
0,000
-3,657
0,000
0,000
-0,731
1,635
L667
0,000
-7,921
-4,383
0,000
0,000
-2,461
3,594
L669
0,000
-6,423
-3,573
0,000
-5,489
-3,097
3,008
ALS3
ATCC90029
-4,693
-2,917
-3,894
-3,151
-3,857
-3,702
0,701
ATCC24433
-10,462
-5,867
-8,168
-8,734
-6,924
-8,031
1,756
SC5314
-5,765
-1,888
-2,429
-3,908
-2,185
-3,235
1,614
34ptc
-10,970
-5,984
-10,777
-9,291
-7,975
-8,999
2,078
L301A
-9,687
-6,844
-9,663
-11,552
-8,132
-9,176
1,780
L298
-10,609
-7,094
-12,772
-10,367
-7,277
-9,624
2,416
L297A
-3,049
-2,553
-4,590
-7,131
-2,965
-4,057
1,884
L296
-10,213
-8,738
-3,984
-4,465
-7,865
-7,053
2,720
L291
-11,078
-7,727
-9,811
-15,745
-6,986
-10,269
3,467
L757
-3,843
-3,038
-4,768
-3,956
-3,452
-3,811
0,645
L663
-8,047
-7,804
-7,938
-9,157
-7,884
-8,166
0,561
L666
-15,082
-11,882
-9,461
-10,538
-10,307
-11,454
2,206
L667
-15,433
-11,952
-6,266
-10,564
-4,335
-9,710
4,451
L669
-13,571
-8,510
-10,607
-9,001
-7,767
-9,891
2,306
a
média aritmética dos valores médios da expressão de cada gene, nas 5 condições de crescimento
b
desvio-padrão dos valores médios da expressão de cada gene, nas 5 condições de crescimento
OBS.: os valores da expressão dos genes são em sua maioria negativos por terem sido divididos pelo
valor médio da expreso do gene da actina (considerado um gene de expreso constante em
diferentes linhagens, em qualquer condição de crescimento) e corrigidos para Log
2
. “0.000” significa que
o houve deteão de banda em gel de agarose, portanto, não houve expressão do gene naquela
condição
Enquanto eram processadas as RT-PCs Multiplex, notou-se que uma das
linhagens, a L757 não apresentava amplificação do fragmento correspondente ao gene
HWP1 em nenhuma condição de crescimento. Contudo, ao amplificar-se somente esse
fragmento, fizemos a descoberta de um novo alelo ainda não descrito (Figura 18) e que
na verdade, a banda correspondendo ao alelo menor sobrepunha-se a banda do
fragmento do gene ALS3. Por isso, novos oligonucleotídeos foram pedidos (tabela 2), e
novas RT-PCR´s Multiplex foram feitas. Curiosamente, foi possível amplificar
fragmentos de ambos alelos do gene ALS3 e HWP1 das 14 linhagens, dependendo da
condição de crescimento (Figura 19). As quantificações foram feitas considerando-se a
soma da expressão dos alelos. A descrição da descoberta e estudo do novo alelo do
gene HWP1 originou manuscrito submetido para publicação que se segue no Capítulo
4.
101
Figura 18. Gel de agarose 1% da PCR de HWP1 a partir de DNA genômico. Na ordem, as
amostras são: M, marcador; 1-L296; 2-L757 e 3-SC5314. A PCR amplificou fragmento menor
que o tamanho esperado em diferentes linhagens, identificando um novo alelo deste gene.
Figura 19. Gel de agarose 2% da RT-PCR dos alelos de ALS3 e HWP1, a partir de linhagens
crescidas em biofilmes (1 a 4) e induzidas hifas (5 a 8). Na ordem, as amostras são: M,
marcador; 1 e 5-L663; 2 e 6-L666, 3 e 7-L667 e 4 e 8-L669. A diluição dos cDNAs utilizados
para amplificação e visualização neste experimento foi 1:10 (4ng).
102
CAPÍTULO 4: Manuscrito submetido para publicação
entitulado: A novel allele of HWP1, isolated from a clinical strain of
Candida albicans with defective hyphal growth and biofilm formation,
has deletions of Gln/Pro and Ser/Thr repeats involved in cellular
adhesion
103
A novel allele of H W P 1, isolated from a clinical strain of Candida
albicans with defective hyphal growth and biofilm formation, has
deletions of Gln/Pro and Ser/Thr repeats involved in cellular adhesion
Ana Carolina B. Padovan
1
, Guilherme M. Chaves
2
, Arnaldo L. Colombo
2
and
Marcelo R. S. Briones
1
1
Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, and
2
Departamento de
Doenças Infecciosas e Parasitárias, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,
S.P., Brazil.
Running title: A novel HWP1 allele of C. albicans.
*To whom correspondence should be addressed:
Marcelo R. S. Briones
Ed. Ciências Biomédicas, Universidade Federal de São Paulo, Rua Botucatu, 862,
andar. CEP 04023-062, São Paulo, S.P., Brazil
Tel: (55)(11) 5576-4537, FAX: (55)(11) 5572-4711
104
Abstract
Gene HWP1 encodes a major Candida albicans hyphae cell wall protein
important for hyphae formation and virulence in systemic candidiasis. Hwp1p is a
substrate of mammalian transglutaminases which promotes the cross-link of C.
albicans to epithelial cells. HWP1 is homozygous in all strains characterized so far,
including the genome project strain SC5314. Here, we describe a novel HWP1 allele,
isolated from C. albicans blood isolates. Analysis of the translated sequence shows that
three important regions are absent in the novel allele, HWP1-2, relative to the
previously described allele, HWP1-1. Regions 1 and 2 are located in the N-terminus of
the protein, consist of 10 amino acid repeats important for functional conformation of
peptide chains and attachment of C. albicans cells to the mammalian epithelia. Region
3 is in the C-terminus, consists of 34 amino acid residues rich in threonine and serine,
with O-glycosylation sites that promote the cross-linking with other proteins on C.
albicans surface. The HWP1-2 homozygous strain L757 and the heterozygous strain
L296 (HWP1-1/HWP1-2) have significantly lower levels of HWP1 expression during
hyphal growth and biofilm formation compared to strain SC5314 (HWP1-1/HWP1-1).
However, strain L296 properly forms hyphae and biofilms in vitro while strain L757 has
reduced hyphal growth (40.4%) and impaired biofilm formation (90.8%). Our results
indicate that the HWP1 locus has biofilm specific allelic differential expression and
suggest that the HWP1-2 encoded protein is less efficient to maintain cell-to-cell and
cell-to-surface adhesion during biofilm formation. This is the first report of a natural
variant of HWP1.
Keywords: Novel Allele, HWP1, Candida albicans, Adhesion, Biofilm and Hyphae
105
Introduction
Candida albicans is a widespread human commensal fungus that colonizes the
gastrointestinal tract (Odds, 1988; Calderone, 2002a). Also, it is an opportunistic
pathogen that causes superficial mucosal diseases as well as life threatening systemic
infections (Odds, 1988; Calderone, 2002a). C. albicans grows in three different
morphologies, i.e. budding yeasts or blastoconidia, pseudohyphae and hyphae
(Calderone, 2002b). The hyphal growth is essential for pathogenicity and disease
dissemination. In many cultures and in sections of infected tissue, it is usual to see a
mixture of morphologies (Odds, 1988). However, mutant strains that lack filamentous
forms can not evade phagocytosis and are avirulent in a mouse model of systemic
infection (Lo et al., 1997).
Transition from blastoconidia to hyphae depends on several environmental
conditions and activation of specific signaling pathways including the transcription
factors Tup1p, Efg1p and Cph1p which regulate the expression of cell surface proteins
(Sharkey et al., 1999; Braun and Johnson, 2000; Liu, 2001). The ALS (Agglutinin-Like
Sequence) gene family is thought to be involved in adhesion and determines enormous
variations within different strains of the same species of Candida. Currently, eight ALS
genes have been found (Hoyer, 2001; Zhao et al., 2004). Als3p is a cell-surface
glycoprotein involved in endothelial cell invasion and a member of the gene family of C.
albicans,
associated with diverse adhesive and invasive functions (Hoyer et al., 1998;
Sheppard et al., 2004). Hwp1p (Hyphal Wall Protein 1) is a hyphae specific cell wall
protein required for proper hyphal growth and virulence in systemic candidiasis and is
encoded by a single copy gene (Staab et al., 1999; Tsuchimori et al., 2000). Hwp1p is a
substrate for mammalian transglutaminases, which promotes the cross-link of C.
albicans to epithelial cells (Staab et al., 1999). Laboratory generated null mutants of
HWP1 poorly forms biofilms in vitro and their cells maintained the yeast morphology in
catheter model assays, both in vitro and in vivo. These artificial mutants were obtained
by sequential mutagenesis of SC5314 derived strains, such as CAI4 and BWP17
(Tsuchimori et al., 2000; Nobile et al., 2006a; Nobile et al., 2006b).
C. albicans biofilm formation is another very important virulence factor particularly
in infections due to the use of invasive medical devices such as catheters and prosthetic
heart valves (Calderone and Gow, 2002; Douglas, 2003). These biofilms seem to
contribute to multiple drug resistance to amphotericin B, fluconazole and caspofungin
(Baillie and Douglas, 1998; Soustre et al., 2004). The extent of resistance varies
106
according to the Candida species and the type of material on which the biofilm is formed
(Mateus et al., 2004). In catheter grown biofilms, all morphologies of C. albicans are
found. In a bilayer structure, blastoconidia and hyphae are enclosed by an extracellular
matrix favored by proteins responsible for host attachment which are also required for
cell-to-cell and cell-to-plastic adhesion (Staab and Sundstrom, 1998; Sheppard et al.,
2004; Nobile et al., 2006b). Clinical strains of C. albicans vary significantly in their ability
to form biofilms which explains, in part, their differential pathogenicity and drug
resistance (Jin et al., 2003; Li et al., 2003; Soustre et al., 2004).
Heterozygosity is observed among natural isolates and strains, although the
sexual reproduction mechanisms of Candida species remain unclear (Cowen et al.,
2002). It is likely that in nature mating may occur among different strains resulting in
much more genetic diversity than usually observed in laboratory strains (Lockhart et al.,
2003; Samaranayake et al., 2003). A clinical isolate of C. albicans, SC5314, a parental
of several strains widely used in molecular genetics, had its genome completely
sequenced and the diploid assembly finished (Jones et al., 2004). Almost 50% of
SC5314 ORFs are heterozygous and most sequences differences between alleles are
nonsynonymous.
Here we compared the expression of HWP1 during hyphal growth and in biofilm
cells and in C. albicans blood isolates and strain SC5314. We discovered a novel
natural allele of HWP1, named HWP1-2, which lacks two regions of acidic repeats in the
N-terminus portion and a third region in the C-terminus, related to cross-linking with
other proteins on fungal cell surface and attachment of C. albicans to the host. The
HWP1-2 homozygous strain has very reduced HWP1 expression, biofilm production
and hyphal formation. Although it is expected that HWP1-2 carrying strains would be
significantly less virulent, heterozygote and HWP1-2 homozigote strains were readily
isolated from human blood infections. Our results support that the HWP1 locus has
allelic differential expression, similar as other C. albicans genes such as SAP2 and
CHS7 (Staib et al., 2002; Sanz et al., 2007). Interestingly, our data also indicate that the
allelic differential expression is restricted to biofilm cells and not observed during hyphal
growth. This suggests that, at least regarding HWP1 regulation, the hyphae induction
pathway is uncoupled from the biofilm induction pathway.
107
Material and Methods
Candida albicans strains
Fourteen C. albicans strains are discribed in the Table 1. SC5314 was kindly
provided by Dr. A. Mitchell, Columbia University, USA. The blood isolates of C. albicans
and the isolate from the top of catheter were obtained from LEMI (Laboratório Especial
de Micologia, Universidade Federal de o Paulo, Brazil). Cells were grown in YPD
(1% wt/vol yeast extract; 2% wt/vol peptone, 2% wt/vol dextrose) media plates at 30
0
C
before experiments.
Hyphae induction and microscopy analysis
C. albicans SC5314, L296 and L757 strains were grown in a rotary shaker at
30°C in YPD media overnight. To induce hyphae formation, blastoconidia were diluted
to 10
7
cells/ml in Pure Fetal Bovine Serum (FBS) (100%) containing dextrose 5 mg/ml
and incubated at 37°C with agitation for 3 h and overnight in the different assays. Cells
morphologies were examined by phase-contrast microscopy at 400X magnification (BX
60 System Microscope, Olympus Optical Co., Tokyo, Japan) and photographed (PM 30
Automatic Photomicrographic System, Olympus Optical Co., Tokyo, Japan). A total of
100 cells were counted using a Neubauer chamber (Hirschmann EM Techcolor) and the
percentage of blastoconidia and cells that had evaginated as germ tubes per ml was
recorded after the incubation period.
Biofilm formation and quantitation by crystal violet staining and XTT-reduction assay
Growth conditions and biofilm quantitation using crystal violet staining and XTT
(tetrazolium salt 2,3-bis (2-methoxy-4-nitro-5-sulfophenyl) -5-[(phenylamino) carbonyl] -
2H-tetrazolium hydroxide) (Sigma, St. Louis, Mo) reduction assay were performed as
previously described (Jin et al., 2003). To standardize, strains were grown in SD media
containing 110 mM glucose (0,67% wt/vol YNB, 2% wt/vol dextrose) in 96-wells cell
culture plates. Biofilms were incubated at 37ºC for 66 h at 75 rpm and medium changed
every 24 h. For quantitation, a microtiter plate reader was used (Multiskan MS,
Labsystems, Finland) at 540 nm and 492 nm for crystal violet staining and XTT
reduction measurements, respectively. The absorbance values of the controls were
subtracted from the values of the test wells to minimize background interference. Two
independent experiments were assayed with 8 replicates for each strain (a total of 16
replicates).
108
RNA extraction of C. albicans hyphae and biofilms
Total RNA extraction of hyphae induced cells was performed as described for
microscopy during 3 h. We considered successful hyphae induction above 80% germ
tube formation. RNA extraction was preferred after 3 h of induction in order to minimize
RNA from blastoconidia that bud from hyphae during overnight incubations. Two ml of
culture from each strain were treated with 400 µl 1 M sorbitol/Zymoliase (20,000UI) and
incubated at 37°C for 2 h with mild agitation. After centrifugation, pellets were
suspended in RNAspin Mini kit lysis buffer (GE Healthcare). Total RNA was extracted
and treated with DNAse accordingly to manufacturer protocol.
Biofilm formation was induced as described by Hawser and Douglas (1994). Cells were
grown in SD 50 mM glucose (0,67% wt/vol YNB, 0,9% wt/vol dextrose) media overnight
at 37ºC. After a brief centrifugation, pellets were suspended in PBS (phosphate buffered
saline) to an optical density of 0.8 at 520 nm and 500 µl of each cell suspension was
added into 24 wells tissue culture plates for an adhesion period of 90 min. Culture
plates wells were washed once with PBS to remove non-adherent cells and 1 ml of SD
50 mM glucose media was added. Plates were incubated at 37ºC overnight to allow
biofilms formation. The culture medium was removed, cells were scraped mechanically
with a Gilson Pipetman plastic tip and PBS was added to suspend the biofilms. Biofilms
of 12 wells of each strain were transferred to eppendorfs and centrifuged briefly. Cells
were treated with 400 µl 1 M sorbitol/Zymoliase (20,000UI), incubated at 37ºC for 2 h
with mild agitation and the total RNA was extracted and treated with DNAse accordingly
to the protocol of RNAspin Mini (GE Healthcare).
Synthesis of cDNA and semi-quantitative RT-PCR
Hyphal and biofilm cDNA were produced using Superscript! II (Invitrogen)
following the manufacturer protocol. Each reaction contained 1 µg of total RNA, 1 µl
oligo dT
12-18
, 50 µM and 1 µl dNTP 10 mM in 10 µl final volume. Reactions were
incubated at 65°C for 5 min and cooled on ice. To each reaction tube, 10 µl the
following mixture was added: 4µl of 5x First-Strand Buffer, 2 µl MgCl
2
10 mM, 2 µl DTT
0.1 M, 1.4µl RNAguard! RNAse Inhibitor (Porcine) (GE Healthcare) and 1 µl
Superscript! II. Reactions were incubated at 42ºC for 50 min and then at 70°C for 15
min and the resulting cDNAs stored at -20°C.
109
Primers for amplification of HWP1 alleles were Hwp1expF (5’-CAT CAC ATC
TAA AGA TAC TAT TTA CAC CAC) and HwpexpR (5’-GAT TTT GGA GAA GAA GAA
GCA CCT G) and for amplification of ACT1 (C. albicans actin gene) primers ActinF (5’-
GAA CGT CCA ATG AAT CCA AAA TC) and ActinR (5’-GTT CGA AAT CCA AAG CAA
CGT AAC) were used. Both primer pairs were designed using the genome sequences
of strain SC5314 (www.candidagenome.org) and, as expected, amplify fragments of
625 and 355 bp, close to the end of HWP1 and ACT1 genes, respectively. Semi-
quantitative RT-PCRs were performed accordingly to the PCR Multiplex protocol
(QUIAGEN"). Three different cDNA dilutions (40 ng, 4 ng and 2 ng) were used in order
to yield amplicons that were in the linear range of the PCR and therefore would not
saturate the signal and still would be visible in the ethidium bromide/agarose gel
electrophoresis. The PCR consisted of 1 µl cDNA, 20 µl of Multiplex Master Mix and 4 µl
of Primer Mix 10X (2 µM of each primer). Cycling conditions were as followed: 95°C for
15 min; 30 cycles of 94°C for 30 sec, 58°C for 90 min, 72°C for 90 min and final
extension at 72ºC for 10 min. As control for genomic DNA contamination, the same
reactions were prepared with 1 µl of total RNA treated with DNAse by the ending of
RNAspin Mini (GE Healthcare) protocol. Products of those reactions were separated by
ethidium bromide/agarose gel electrophoresis 2% and gel images were scanned.
Amplicons were quantified using Molecular Imaging Software (Kodak) and Excel
(Microsoft) programs and band intensities normalized using actin amplification as a
control.
DNA extraction and allelic frequency analysis
C. albicans strains were grown in a rotary shaker at 30°C in YPD media overnight
and total DNAs were extracted using the small scale and quick protocol previously
described (Wach et al., 1994). For the amplification of the HWP1 alleles was used the
Hwp1exp primer pair cited above and the PCR was performed in a total volume of 25 µl
with 1 µl DNA (40 ng) or cDNA (4 ng), 2 x Master Mix (Promega) and 10 #mol of each
primer. Cycling conditions were as followed: 95ºC for 5 min; 35 cycles of 94ºC for 1min,
58ºC for 45 sec, 72ºC for 1 min and final extension at 7C for 10 min. Products of
those reactions were separated by ethidium bromide/agarose gel electrophoresis 2%. It
was used the formula p + q = 100% to calculate the allelic frequencies of HWP1-1 (p)
and HWP1-2 (q).
110
Complete amplification of HWP1-2 allele
Primers for amplification of the complete HWP1 gene from L757 were Hwp1F (5’-
GAT GAG ATT ATC AAC TGC TCA AC) and Hwp1R (5’-TTA GAT CAA GAA TGC
AGC AAT ACC). PCR was performed in a total volume of 25 µl with 1 µl DNA (40 ng), 2
x Master Mix (Promega) and 10 #mol of each primer. Cycling conditions were as
followed: 95ºC for 5 min; 35 cycles of 94ºC for 1min, 50ºC for 45 sec, 72ºC for 2 min
and final extension at 72ºC for 10 min. PCR products were purified, ligated in pUC18
and used to transform Escherichia coli DH5-$. Plasmids were extracted using the
MiniPrep alkali lysis protocol (Sambrook et al., 1989).
DNA sequencing and contig assembly
Inserts from different clones were sequenced using dideoxynucleotide BigDye
Terminators v3.1 (Applied Biosystems) in an ABI3100 automated sequencer. The
complete sequence was obtained using RT-PCR primers and an internal primer of
HWP1, Hwp1Fseq (5’-CTG ATT GGA TCC CAG ATA TTC C). Contigs were assembled
using Phred-Phrap-Consed programs (Ewing and Green, 1998; Ewing et al., 1998;
Gordon et al., 1998).
The complete HWP1-2 allele sequence here described is deposited in GenBank
with accession number EU044787.
Computational analyses
Nucleotide sequences were submitted to blast analysis (Blastx) at the NCBI
National Center for Biotechnology Information (http://www.ncbi.nlm.nih.gov) site. The
putative amino acid sequence of the HWP1 proteins were obtained using EditSeq
program (DNAstar, Madison, Wisconsin) considering the standard codon usage except
for CTG, which encodes Serine instead of Leucine in C. albicans (Santos and Tuite,
1995). Sequences were aligned using MegAlign program (DNAstar, Madison,
Wisconsin) and the protein sequences were analyzed using Protean program (DNAstar,
Mad ison , Wis cons in). Post -tra nsl a tio nal m o dif icat ions such as
glycosylphosphatidylinositol (GPI) anchor (DGPI tool), N-glycosylation (NetNGlyc tool)
and O-glycosylation sites (NetOGlyc tool) were predicted at the Expasy website
(http://expasy.org/tools/). To search for conserved functional motifs, protein sequences
were analyzed at the ProDom website, a database of domain families generated from
111
th e SW IS S -P RO T an d Tr EMB L pr ot ein seq ue nc e da tab as es
(http://prodom.prabi.fr/prodom/current/html/home.php) (Servant et al., 2002).
Results
Microscopy analysis of hyphae induction and biofilm formation
To verify if two different blood isolates (L296 and L757) were able to proper form
hyphae and biofilms in vitro compared to strain SC5314, we analyzed hyphal induced
cells in Fetal Bovine Serum (FBS) and quantified their biofilms using crystal violet
staining and XTT reduction assay. By microscopy analysis (Figure 1) we verified that
L296 properly produced germ tubes after 3h of induction (Figure 1B) and long hyphae
were observed in the overnight induction (Figure 1E). L757 strain (Figure 1C) formed
short germ tubes as compared to SC5314 (Figure 1A) and L296 after 3h and formed
short hyphae, pseudohyphae and many cells remained as blastoconidia after an
overnight induction (Figure 1F). These results showed an impairment of germ tube
induction in the L757 strain of approximately 40% (Table 2).
The biofilm formation was quantified by the crystal violet assay and showed that
L757 had significantly reduced the biofilm production in 90.8% and 95.7% as compared
respectively with SC5314 and L296 (Figure 2). In the XTT reduction assay, which
consists in XTT salt conversion to formazan by cell metabolism, the same impairment
was observed in L757 (Figure 2B). This decrease was not so expressive when this
method because it quantitates only active cells while crystal violet stains the whole cell
mass within the biofilm matrix.
Because of strain L757 hyphal induction and biofilm formation impairment we
verified whether the L757 cells were attaching to the plastic surface of the cell culture
plate during biofilm formation. Cells were scrapped from two wells after overnight biofilm
growth and just before the biofilm quantitation (66 h gowth). Figure 2C shows that there
were a few blastoconidia and pseudohyphal attached to the surface and some cells
possessed abnormal morphology after overnight growth, slightly resembling the
pseudohyphal morphology. In the mature biofilm (Figure 2D), few cells were able to
switch from yeast form to hyphae or pseudohyphae and sustain poorly the attachment.
The morphology was very close to that observed in the hyphal induction. These results
suggest that the ability of attachment and consequently biofilm formation is reduced
112
mainly because hyphae are not being properly produced by L757 strain in those growth
conditions.
Expression of HWP1
Based on morphologies observations, we hypothesized that the genes related to
hyphal adhesins could not be appropriate expressed or down-regulated in the L757
strain. To test this hypothesis we measured by RT-PCR (Figure 3) the expression level
of HWP1 gene, which codifies the main hyphal surface protein. Specific primers were
designed based on the HWP1 gene sequence from SC5314 deposited in the Candida
Genome Database and was expected an amplicon of 625 bp, using hyphae and biofilms
cDNAs as templates and actin cDNA amplification as positive control (ACT1, 355 bp).
Unexpectedly, we observed the amplification of a third band between HWP1 and ACT1
genes in the L296 strain, with approximately 510 bp and the amplification of only the
small band in the L757 strain. By sequencing of the 5´terminus of the small band from
L296 and L757 using Hwp1expF primer and the submission to Blastx analysis at the
NCBI site (sequences not shown), the amplicons showed to be identical and
demonstrated a high similarity with C. albicans HWP1 (E value= 3x10
-30
and 96%
identity). Analysis of hyphae cDNAs amplicons showed that strain SC5314 expressed
only the larger” allele, named HWP1-1, while L757 expressed only the “small” allele,
named HWP1-2. Strain L296 expresses both alleles. Similarly, biofilm cDNA amplicons
show that SC5314 and L296 expressed respectively, HWP1-1 and HWP1-2 as
observed in the hyphal amplification although strain L296 expressed only HWP1-1.
Subsequently, we proceeded with the densitometry of the bands analysis by
using Molecular Imaging Software (Kodak) program. Table 3 shows the expression
values for bands intensity previously normalized with actin amplicons. The HWP1
alleles from L296 and L757 appeared up-regulated in hyphae compared with biofilms,
probably due to the high quantities of blastoconidia within the biofilm, while SC5314,
that forms biofilms enriched with hyphal cells (data not shown), up-regulated the
expression during biofilm formation compared to hyphae. The expression of only the
HWP1-1 allele by L296 during biofilm formation had no relation with RNA degradation
since it was discarded by gel electrophoresis (data not shown) and the proper
amplification of actin gene (Figure 3). Probably, it could be explained by an allelic
differential regulation in heterozygous isolates but further studies must be done in order
to investigate this finding. These results show that L757 strain is able to express HWP1
113
gene during both growth conditions but, due to the amplification of an unexpected
smaller, probably the protein product and function can be affected.
In order to screen for HWP1-2 allele in other blood isolates and reference strains
of C. albicans (Table 1) we have amplified from DNA and cDNAs of biofilms and hyphae
the HWP1 alleles. Figure 4 shows that strains ATCC90029 and L663 were also
heterozygous and revealed that the frequency of HWP1-1 and HWP1-2 alleles are
respectively, 84,52% and 15,48%.
Analysis of the complete HWP1–2 sequence
The HWP1-2 complete sequence (1,710 bp) was amplified from L757 genomic
DNA using primers Hwp1F and Hwp1R. The assembly was done using 35 reads,
averaging 500 to 600bp, generating a final high quality contig sequence with phred
score > 40 or 0.65 estimated errors per 10
4
kb as calculated by Phred-Phrap-Consed
programs. Figure 5 shows the DNA alignment of complete sequence from L757 HWP1-
2 and SC5314 HWP1-1 (1,905 bp) obtained from Candida Genome Database
(orf19.1321). Putative protein sequences were generated by EditSeq program and
aligned together by Megalign program using the SC5314 protein sequence as
reference. Sixteen mutations were found, including twelve synonym and four
nonsynonymous substitutions, corresponding at the alignment to amino acid 259 (P to
Q), 297 (A to T), 442 (S to P) and 459 (P to S). A deletion of 3 consecutive bases in the
SC5314 HWP1-1 allele was observed and corresponded to a Serine codon deletion at
the position 220.(Staab et al., 1996) have previously described that the N-terminus of
Hwp1p is composed of an acidic repeated motif, rich in proline and glutamine residues.
We verified that two repeats in strain L757 HWP1-2 sequence are missing. The first
repeat is located between residues 58 and 71 and corresponded to "EPCDYPQQQQQ"
sequence. The second repeat is located between positions 141 and 162 and is
composed of two "IPCDNPPQPD" in tandem repeats. In bold were marked the common
amino acids in the repeats aligned along the protein sequence. The third region lacks
34 amino acids and is located between positions 462 and 597 at the C-terminus portion,
highly rich in Threonine and Serine residues.
Predictions of post-translational processing show that Hwp1-1p and Hwp1-2p are
GPI-anchored and that threonine and serine residues at the C-terminus contain several
O-glycosylation sites. Three putative asparagines are predicted to be N-glycosylated
114
and are located in positions 241, 286 and 601 in the SC5314 protein sequence and
positions 210, 255 and 536 in strain L757 sequence.
Secondary structure of the putative proteins encoded by HWP1-1 and HWP1-2
(Figure 6) were predicted by Protean program. The lack of the repeats and the 34aa
region in Hwp1-2p (strain L757) change the conformation and interactions along the
protein. The most noticeable modification is the increase of the beta-sheet regions and
decrease in coil regions accordingly to Garnier-Robson prediction method (Garnier and
Robson, 1989). Alpha-helix and turn segments differ slightly between alleles and are
intermingled among beta and coil regions. The hydrophobicity and surface probability
are also altered due to the lack of N-terminus repeats and the 34aa segment, especially
those containing sites with consecutive glutamine residues and glutamines bordered by
prolines.
Putative funtional domains of Hwp1p were previously defined at Prodom site and
correspond to Hwp1-1p from SC5314 strain (UniProtKB/Swiss-Prot entry number
P46593). Searches for functional motifs in Hwp1-2p and comparison with Hwp1-1p
(Figure 7) revealed that 5 out of 8 motifs are conserved between proteins. Conserved
domains are 1, 3 and 5 and are present in Hwp1p sequences from C. albicans and C.
dubliniensis (UniProtKB/Swiss-Prot entry number Q6KCA6). Domains 2 and 4 are
partially conserved in Hwp1-2p (Figure 7B) and have high similarity with S. cerevisiae
cell wall agglutinin-like protein (100% identity) and repeats from S-Layer domain from
Synechococcus spp cell wall glycoprotein (84% indentity). Three domains are absent in
Hwp1-2p. The first was identified as a repeat region presented in the high molecular
weight subunit glutenin from Aegilops comosa. The second and the third domains were
repeated regions presented only in Hwp1p. Although the last one (PD953013 domain) is
conserved between putative protein primary sequences (Figure 5), it is not graphically
represented in the Figure 7B because the e-value for the search was 3x10
-4
and
Prodom site just shows domain matches with e-values < 10
-6
.
115
Discussion
Hwp1p is a hyphal cell wall protein with a critical role as an adhesin during biofilm
formation (Nobile et al., 2006b). Previous studies on laboratory generated null mutants
of HWP1 have shown that they poorly formed biofilms in vitro and that their cells
maintained the yeast morphology in catheter model assays, both in vitro and in vivo. All
of these artificial mutants were obtained by sequential mutagenesis of SC5314 derived
strains, such as CAI4 and BWP17 (Tsuchimori et al., 2000; Nobile et al., 2006a; Nobile
et al., 2006b). We observed that naturally occuring C. albicans isolates significantly
differ in biofilm production (Figure 2). Similarly to what was observed in artificial null
HWP1 mutants, strain L757 presents defective germ tube formation (Figure 1),
supporting the idea that hyphae serve as a scaffold and support for the extracellular
matrix, preserving the yeast cells within robust biofilms (Nobile et al., 2006b).
The expression analysis of HWP1 (Figure 3) revealed that a second allele is
expressed in the C. albicans population here studied. Strain L296, a high level biofilm
producer, expressed both alleles during hyphal growth but only HWP1-1 in biofilms.
This result suggests that differential allelic regulation occurs in the initial phase of biofilm
formation, because RNA was extracted from overnight induced cells and not from
mature biofilms (grown during 48 h). Allelic differential regulation has been reported for
other genes, such as SAP2 (Staib et al., 2002) and CHS7 (Sanz et al., 2007). In
addition, genes in the same family can be differentially regulated according to growth
condition variations, such as observed for SAPs (Hube et al., 1994; White and Agabian,
1995) and ALS gene family (Hoyer, 2001). The activation of HWP1-2 and its regulatory
pathway will be the subject for future studies. Strain L757 expressed only HWP1-2
during hyphal induction and biofilm formation, suggesting that the defects observed
were probably due to variations in gene and protein sequences and not because of
HWP1 transcriptional silencing. Our data strongly indicate that the allelic differential
expression is restricted to cells in the biofilm and is not observed during hyphal growth.
This suggests, that at least regarding the HWP1 regulation, the hyphae induction
pathway is uncoupled from the biofilm induction pathway. We believe that future studies
on HWP1-1 and HWP1-2 transcritptional regulation might help to elucidate whether
regulatory signal transduction pathways that control hyphal growth and biofilm formation
are coupled or uncoupled (Kumamoto, 2005; Richard et al., 2005; Nobile et al., 2006b).
Comparison of HWP1-1 and HWP1-2 sequences revealed 16 mutations. 12 of
which are synonymous and only 4 change the amino acid sequence (Figure 6). This
116
suggests that this locus is under purifying selection (“negative selection”) and therefore
changes in the peptide are in principle deleterious (Bartolome et al., 2005; Loewe et al.,
2006). The block deletions in HWP1-2 therefore might contribute to the fungus fitness. It
is paradoxical to suppose that in such a negatively selected gene some major mutations
occur that enable not only the strain viability but its pathogenicity. It is important to note
that the strains that contain the HWP1-2 allele were isolated from human blood
infections and therefore their frequency in the population is sufficient for representation
in such a small sampling. If these alterations were fully deleterious to the fungus we
have to assume that the mutations are very recent, and therefore still not near allelic
exclusion by fixation of the HWP1-1, or that HWP1-2 is interesting to the fungus in its
ongoing adaptation to become a full commensal as proposed by the attenuation theory
of pathogens (McGraw et al., 2002; Dyddahl and Stofer, 2003).
Differences in repeat number between alleles were observed in other adhesins of
the ALS family. ALS1, ALS5 and ALS9 of SC5314 possess long and short forms
depending on the number of the repeats, which means that 6 different adhesins can be
expressed (Zhao et al., 2003). ALS7 possesses more than 60 alleles identified in clinical
isolates, which could be implicated in the pathogenicity of the fungus (Zhang et al.,
2003).
The peptide encoded by HWP1 had its primary and secondary structures
previously analyzed by Staab et al. (1996). They described that the N-terminus of the
putative Hwp1p possessed 14 in tandem repeats composed of 10 amino acids with
common features such as proline residues at positions 2 and 6, cysteine in position 3,
aspartic acid in position 4 and glutamine in position 8. Also, this analysis suggested that
proline residues in the repeats maintain the peptide chains in functional conformation
and mediate noncovalent interaction between protein chains, whereas cysteine residues
form disulfide bonds, important for Hwp1p surface conformation and the formation of
cross-linking with other proteins on the Candida surface. The deletion of the 34aa
region rich in serine and threonine in the C-terminus of the strain L757 Hwp1-2p relative
to Hwp1-1p does not interfere with the prediction of the GPI-anchor, which suggests
that Hwp1-2p is properly cross-linked to the cell wall polysaccharides. The deletion of
serine and threonine rich repeats in fungal adhesins, e.g. proteins of S. cerevisiae FLO
family, is associated with loss of flocculation, which indicates that the repeat number
directly interferes with cell-to-cell adhesion (Sato et al., 2001; Verstrepen et al., 2004).
Comparison of secondary structures of Hwp1-1p and Hwp1-2 from strain SC5314 and
117
L757 (Figure 6), shows that Hwp1-2p have increased beta-sheet regions. This suggests
significant alterations in the formation of protein quaternary structures, protein-to-protein
interactions and protein aggregation (Nandi, 1996). Regions that are predicted to be at
the protein surface, especially those in the N-terminus repeats, are missing in Hwp1-2p
(Figure 6 and Figure 7). Previous studies readily demonstrated that these repeats
mediate the binding of C. albicans to host epithelial cells, serving as a substrate for
mammalian transglutaminase (Staab et al., 1999; Staab et al., 2004). We hypothesize
that because of the Hwp1-2p characteristics described above, clinical HWP1-2
homozygote strains would be less invasive in epithelial tissues, since a major
component of their surface would not properly form covalent cross-links to the host cell
surfaces.
Comparative analysis of functional domains indicates that other functions might
significantly differ between Hwp1-1p and Hwp1-2p (Figure 7). The complete loss of the
domain similar to glutenins in Hwp1-2p would be implicated in the decrease of hyphal
growth due to the loss of cell wall elasticity in strain L757. Glutenins, with glycine rich
repeats, are responsible for the elastic properties of gluten, allowing the accommodation
of deformations without breakage (Tiley et al., 2001). The partial loss in Hwp1-2p of the
domains similar to S. cerevisiae agglutinins and a bacterial S-layer domain glycoprotein,
would affect adhesion of strain L757. Agglutinins are proteins required for cell-to-cell
binding in the mating process (Suzuki, 2003), while the S-layer domain glycoproteins
are implicated in bacterial binding to host molecules, including associations with
macrophages (Couture-Tosi et al., 2002). It must be emphasized that mutations in other
genes in strain L757 might contribute to the phenotype.
Besides sheer functional studies on Hwp1p in laboratory strains, our work
justifies an extensive comparative analysis of Hwp1p diversity in natural C. albicans
populations. The diversity of Hwp1p structure and expression in clinical strains of C.
albicans might be an important epidemiological marker in the future. Our report on the
first natural variant is just a first step in this direction.
118
Acknowledgments
We thank Paloma Hernandez for technical assistance. A.C.B.P. received a PhD
fellowship from Capes (Brazil); G.M.C. received a post-doctoral fellowship from
FAPESP (Brazil) and A.L.C. and M.R.S.B. are supported by grants from FAPESP and
CNPq (Brazil). M.R.S.B received an International Research Scholar grant from the
Howard Hughes Medical Institute (USA).
119
References
Baillie GS and Douglas LJ. 1998. Effect of growth rate on resistance of Candida
albicans biofilms to antifungal agents. Antimicrobial Agents and Chemotherapy
42: 1900-1905.
Bartolome C, Maside X, Yi S, Grant AL and Charlesworth B. 2005. Patterns of selection
on synonymous and nonsynonymous variants in Drosophila miranda. Genetics
169: 1495-507.
Braun BR and Johnson AD. 2000. TUP1, CPH1 and EFG1 make independent
contributions to filamentation in candida albicans. Genetics 155: 57-67.
Calderone R. 2002a. Introduction and historical perspectives. In Candida and
Candidiasis. Calderone, R. A. (eds), ASM Press, pp. 3-13.
Calderone R. 2002b. Taxonomy and Biology of Candida. In Candida and Candidiasis.
Calderone, R. A. (eds), ASM Press, pp. 15-27.
Calderone R and Gow NAR. 2002. Host recognition by Candida species. In Candida
and Candidiasis. Calderone, R. A. (eds), ASM Press, pp. 67-106.
Couture-Tosi E, Delacroix H, Mignot T, Mesnage S, Chami M, Fouet A and Mosser G.
2002. Structural analysis and evidence for dynamic emergence of Bacillus
anthracis S-layer networks. J Bacteriol 184: 6448-56.
Cowen LE, Anderson JB and Kohn LM. 2002. Evolution of drug resistance in Candida
albicans. Annu Rev Microbiol 56: 139-65.
Douglas LJ. 2003. Candida biofilms and their role in infection. Trends in Microbiology
11: 30-36.
Dyddahl MF and Stofer A. 2003. Parasite local adaptation: Red quenn versus Suicide
King. trends in Ecology and Evolution 18: 523-30.
Emini EA, Hughes JV, Perlow DS and Boger J. 1985. Induction of hepatitis A virus-
neutralizing antibody by a virus-specific synthetic peptide. J Virol. 55: 836-9.
Ewing B and Green P. 1998. Base-calling of automated sequencer traces using phred.
II. Error probabilities. Genome Research 8: 186-194.
Ewing B, Hillier L, Wendl MC and Green P. 1998. Base-calling of automated sequencer
traces using phred. I. Accuracy assessment. Genome Research 8: 175-185.
Garnier J, Osguthorpe DJ and Robson B. 1978. Analysis of the accuracy and
implications of simple methods for predicting the secondary structure of globular
proteins. J Mol Biol 120: 97-120.
120
Garnier J and Robson B. (eds). 1989. Prediction of protein structure and the principles
of protein conformation. New York Plenum Press.
Gordon D, Abajian C and Green P. 1998. Consed: a graphical tool for sequence
finishing. Genome Research 8: 195-202.
Hawser SP and Douglas LJ. 1994. Biofilm formation by Candida species on surface of
catheter materials in vitro. Infection and Immunity 62: 915-921.
Hoop TP and Woods KR. 1981. Prediction of protein antigenic determinants from amino
acid sequences. Proc Natl Acad Sci USA 78: 3824-28.
Hoyer LL. 2001. The ALS gene family of Candida albicans. Trends in Microbiology 9:
176-180.
Hoyer LL, Payne TL, Bell M, Myers AM and Scherer S. 1998. Candida albicans ALS3
and insights into the nature of the ALS gene family. Curr Genet 33: 451-9.
Hube B, Monod M, Schofield DA, Brown AJ and Gow NA. 1994. Expression of seven
members of the gene family encoding secretory aspartyl proteinases in Candida
albicans. Mol Microbiol 14: 87-99.
Jin Y, Yip HK, Samaranayake YH, Yau JY and Samaranayake LP. 2003. Biofilm-
forming ability of Candida albicans is unlikely to contribute to high levels of oral
yeast carriage in cases of human immunodeficiency virus infection. J Clin
Microbiol 41: 2961-2967.
Jones T, Federspiel NA, Chibana H, Dungan J, Kalman S, Magee BB, Newport G,
Thorstenson YR, Agabian N, Magee PT, Davis RW and Scherer S. 2004. The
diploid genome sequence of Candida albicans. Proc Natl Acad Sci U S A 101:
7329-34.
Kumamoto CA. 2005. A contact-activated kinase signals Candida albicans invasive
growth and biofilm development. Proc Natl Acad Sci U S A 102: 5576-81.
Li X, Yan Z and Xu J. 2003. Quantitative variation of biofilms among strains in natural
populations of Candida albicans. Microbiology 149: 353-362.
Liu H. 2001. Transcriptional control of dimorphism in Candida albicans. Curr Opin
Microbiol 4: 728-35.
Lo HJ, Köhler J, DiDomenico B, Loebenberg D, Cacciapuoti A and Fink G. 1997.
Nonfilamentous C. albicans mutants are avirulent. Cell 90: 939-949.
Lockhart SR, Daniels KJ, Zhao R, Wessels D and Soll DR. 2003. Cell biology of mating
in Candida albicans. Eukaryot Cell 2: 49-61.
121
Loewe L, Charlesworth B, Bartolome C and Noel V. 2006. Estimating selection on
nonsynonymous mutations. Genetics 172: 1079-92.
Mateus C, Crow SA, Jr. and Ahearn DG. 2004. Adherence of Candida albicans to
silicone induces immediate enhanced tolerance to fluconazole. Antimicrob
Agents Chemother 48: 3358-66.
McGraw EA, Merritt DJ, Droller JN and O'Neill SL. 2002. Wolbachia density and
virulence attenuation after transfer into a novel host. Proc Natl Acad Sci U S A
99: 2918-23.
Nandi PK. 1996. Protein conformation and disease. Vet Res 27: 373-82.
Nobile CJ, Andes DR, Nett JE, Smith FJ, Yue F, Phan QT, Edwards JE, Filler SG and
Mitchell AP. 2006a. Critical role of Bcr1-dependent adhesins in C. albicans
biofilm formation in vitro and in vivo. PLoS Pathog 2: e63.
Nobile CJ, Nett JE, Andes DR and Mitchell AP. 2006b. Function of Candida albicans
adhesin Hwp1 in biofilm formation. Eukaryot Cell 5: 1604-10.
Odds FC. 1988. Pathogenesis of candidosis. In Candida and Candidosis. A Review and
Bibliography. Bailliere Tindall, pp. 252-278.
Richard ML, Nobile CJ, Bruno VM and Mitchell AP. 2005. Candida albicans biofilm-
defective mutants. Eukaryot Cell 4: 1493-502.
Samaranayake YH, Samaranayake LP, Yau JY, Ellepola AN, Anil S and Yeung KW.
2003. Adhesion and cell-surface-hydrophobicity of sequentially isolated genetic
isotypes of Candida albicans in an HIV-infected Southern Chinese cohort.
Mycoses 46: 375-83.
Sambrook J, Fritsch EF and Maniatis T. (eds). 1989. Molecular Cloning: a Laboratory
Manual, 2 edn. Cold Spring Harbor Laboratory Press.
Santos MA and Tuite MF. 1995. The CUG codon is decoded in vivo as serine and not
leucine in Candida albicans. Nucleic Acids Res 23: 1481-6.
Sanz M, Valle R and Roncero C. 2007. Promoter heterozygosity at the Candida
albicans CHS7 gene is translated into differential expression between alleles.
FEMS Yeast Res 7: 993-1003.
Sato M, Watari J and Shinotsuka K. 2001. Genetic instability in flocculation of bottom-
fermentating yeast. J. Am. Soc. Brew. Chem. 59: 107-10.
Servant F, Bru C, Carrere S, Courcelle E, Gouzy J, Peyruc D and Kahn D. 2002.
ProDom: automated clustering of homologous domains. Brief Bioinform 3: 246-
51.
122
Sharkey LL, McNemar MD, Saporito-Irwin SM, Sypherd PS and Fonzi WA. 1999. HWP1
functions in the morphological development of Candida albicans downstream of
EFG1, TUP1, and RBF1. J Bacteriol 181: 5273-9.
Sheppard DC, Yeaman MR, Welch WH, Phan QT, Fu Y, Ibrahim AS, Filler SG, Zhang
M, Waring AJ and Edwards JE, Jr. 2004. Functional and structural diversity in the
Als protein family of Candida albicans. J Biol Chem 279: 30480-9.
Soustre J, Rodier MH, Imbert-Bouyer S, Daniault G and Imbert C. 2004. Caspofungin
modulates in vitro adherence of Candida albicans to plastic coated with
extracellular matrix proteins. Journal of Antimicrobial Chemotherapy 48: 1-4.
Staab JF, Bahn YS, Tai CH, Cook PF and Sundstrom P. 2004. Expression of
transglutaminase substrate activity on Candida albicans germ tubes through a
coiled, disulfide-bonded N-terminal domain of Hwp1 requires C-terminal
glycosylphosphatidylinositol modification. J Biol Chem 279: 40737-47.
Staab JF, Bradway SD, Fidel PL and Sundstrom P. 1999. Adhesive and mammalian
transglutaminase substrate properties of Candida albicans Hwp1. Science 283:
1535-8.
Staab JF, Ferrer CA and Sundstrom P. 1996. Developmental expression of a tandemly
repeated, proline-and glutamine-rich amino acid motif on hyphal surfaces on
Candida albicans. J Biol Chem 271: 6298-305.
Staab JF and Sundstrom P. 1998. Genetic organization and sequence analysis of the
hypha-specific cell wall protein gene HWP1 of Candida albicans. Yeast 14: 681-
6.
Staib P, Kretschmar M, Nichterlein T, Hof H and Morschhauser J. 2002. Host versus in
vitro signals and intrastrain allelic differences in the expression of a Candida
albicans virulence gene. Mol Microbiol 44: 1351-66.
Suzuki K. 2003. Roles of sexual cell agglutination in yeast mass mating. Genes Genet
Syst 78: 211-9.
Tiley KA, Benjamin RE, Bagorogoza KE, Okot-Kotber BM, Prakash O and Kwen H.
2001. Tyrosine cross-links: Molecular basis of gluten structure and function. J.
Agric. Food Chem. 49: 2627-32.
Tsuchimori N, Sharkey LL, Fonzi WA, French SW, Edwards JE, Jr. and Filler SG. 2000.
Reduced virulence of HWP1-deficient mutants of Candida albicans and their
interactions with host cells. Infect Immun 68: 1997-2002.
123
Verstrepen KJ, Reynolds TB and Fink GR. 2004. Origins of variation in the fungal cell
surface. Nat Rev Microbiol 2: 533-40.
Wash A, Pick H and Philppsen P. 1994. Procedures for isolating yeast DNA for different
purposes. In Molecular genetics of yeast. JR, J. (eds), IRL Press at Oxford
University Press, pp. 10-1.
White TC and Agabian N. 1995. Candida albicans secreted aspartyl proteinases:
isoenzyme pattern is determined by cell type, and levels are determined by
environmental factors. J Bacteriol 177: 5215-21.
Zhang N, Harrex AL, Holland BR, Fenton LE, Cannon RD and Schmid J. 2003. Sixty
alleles of the ALS7 open reading frame in Candida albicans: ALS7 is a
hypermutable contingency locus. Genome Res 13: 2005-17.
Zhao X, Oh SH, Cheng G, Green CB, Nuessen JA, Yeater K, Leng RP, Brown AJ and
Hoyer LL. 2004. ALS3 and ALS8 represent a single locus that encodes a
Candida albicans adhesin; functional comparisons between Als3p and Als1p.
Microbiology 150: 2415-28.
Zhao X, Pujol C, Soll DR and Hoyer LL. 2003. Allelic variation in the contiguous loci
encoding Candida albicans ALS5, ALS1 and ALS9. Microbiology 149: 2947-60.
124
Figures
Figure 1. Micromorphology of C. albicans hyphal gowth of strains SC5314, L296 and L757.
Strains were cultured in FBS (Fetal Bovine Serum) after incubation at 37ºC, 200 rpm for 3 h and
overnight. Photos of phase-contrast microscopy at 800X magnification.
125
Figure 2. Biofilm quantitation of C. albicans strains SC5314, L296 and L757. In panel A, biofilm
production was quantified using the crystal violet staining. In panel B, biofilm production was
quantified using the XTT reduction assay. Bars indicate the average of 8 measurements and
error bars the standard deviation. In panels C and D, phase-contrast microscopy (800X
magnification) of cells scrapped from L757 biofilm grown during overnight and 66 h at 3C,
respectively.
126
Figure 3. Semi-quantitative RT-PCR of HWP1 alleles visualized in 2% agarose gel, using 40ng
of cDNA per reaction. Hyphae and biofilm cDNAs of C. albicans strains were used in three
different quantities (40ng, 4ng and 2ng). Actin gene amplification was used to normalize the
signal. The left panel shows hyphae cDNA amplicons and the right panel shows biofilm cDNA
amplicons. In both panels, lane 1 (M) is 100bp ladder, lane 2 (SC) is SC5314 strain, lane 3 (L2)
is L296 and lane 4 (L7) is L757.
127
Figure 4. Amplification of HWP1 alleles of 14 C. albicans strains, visualized in 2% agarose gel.
Panels show the PCR amplicons from genomic DNA (A); hyphae cDNAs (B) and biofilm cDNAs
(C). Lane 1 (M) is Low mass ladder and strains are numbered as following: 1-ATCC90029, 2-
ATCC24433, 3- SC5314, 4- 34ptc, 5- L301A, 6- L298, 7- L297A, 8- L296, 9- L291, 10- L757,
11- L663, 12- L666, 13- L667 and 14- L669.
A
C
A
G
T
C
T
A
T
C
T
C
T
A
T
C
T
A
C
T
C
A
G
A
T
C
C
T
C
T
C
T
129
Figure 5. Alignment of nucleotide and putative protein sequences of HWP1 alleles. Differences
between sequences are boxed and mutations are shaded in gray. The strain SC5314 HWP1
sequence, named HWP1-1, has 1,905 bp and 634 aa and was taken from the Candida Genome
Database (orf19.1321) and the strain L757 sequence, named HWP1-2, was determined in this
work and has 1,710 bp and 569 aa.
130
Figure 6. Representations of the secondary structures of the putative HWP1 allele proteins.
Main differences between Hwp1-1p (SC5314) and Hwp1-2p (L757) are marked with stars (*) for
the SC5314 plots. Letters in the left refer respectively to protein regions alpha (A), beta (B), turn
(T) and coil (C) according to the Garnier-Robinson method (Garnier, Osguthorpe et al., 1978).
Hydrophobic regions is identified with (G) according to the Hoop-Woods method (Hoop e K.R.,
1981) and the surface probability is giving according to Emini method (Emini, Hughes et al.,
1985). All methods were implemented by Protean program (DNAstar, Madison, Wisconsin).
131
Figure 7. Diagram of putative Hwp1 protein domains. In A Hwp1-1p sequence of strain SC5314
and B Hwp1-2p sequence of strain L757. Numbered squares represent common domains and
painted squares in the Hwp1-1p only domains. Significance levels assume e-value <10
-6
.
PD166632 (1), PD504713 (black), PD893465 (3) and PD387419 (5) domains are present
exclusively in C. albicans and C. dubliniensis or only in C. albicans (PD953013 vertical
stripes) Hwp1p. The grey square represents the PD004462 domain with 575 members in the
family. PD004233 (2) and PD387419 (5) domains, possessed 110 and 310 members in the
family, respectively. The e-value of the domain matches in Hwp1-2p were: (1) 2x10
-14
, (2) 9x10
-
7
, ( 3) 2x 10
-17
, ( 4) 5x 10
-14
, ( 5) 4x 10
-31
, inferred by Prodom analysis
(http://prodom.prabi.fr/prodom/current/html/home.php).
Table 1: C. albicans isolates from Brazil and reference strains used to screen the HWP1-2 allele.
Strains
Isolation site
Desease
Age
Year
Source
ATCC90029
Reference
strain
(Espinel-Ingroff et al., 1992)
ATCC24433
Reference
strain
(Pfaller et al., 1994)
SC5314
Reference
strain
(Gillum et al., 1984)
34ptc
Top of catheter
?
?
?
Present study
L301A
Blood
Kidney failure
1 year old
1.997
Present study
L298
Blood
Diabetes
59 years old
1.997
Present study
L297A
Blood
?
Neonate
1.997
Present study
L296
Blood
?
?
1.997
Present study
L291
Blood
?
Neonate
1.997
Present study
L757
Blood
?
44 years old
2.001
Present study
L663
Blood
?
8 months
2.001
Present study
L666
Blood
?
?
2.001
Present study
L667
Blood
Kidney failure
45 years old
2.001
Present study
L669
Blood
Pneumonia
?
2.001
Present study
133
Table 2. Percentage of germ tube formation at 3 h of incubation in FBS at 37ºC.
C. albicans strains
% of hyphae / blastoconidia
a
SC5314
82.26 / 17.74
L296
81.65 / 18.35
L757
41.83 / 58.17
a
a few pseudohyphae were found. When present, they were counted as blastoconidia since doughter-
cells were not separeted from the mother-cells by a real septum and the expression pattern of the germ
tube implies in the commitment of the cell in the formation of hyphal filaments, not yeasts.
Table 3. Expression levels
a
of HWP1 alleles in hyphal induced cells and biofilm.
C. albicans strains and alleles
Hyphae expression (SD
b
)
Biofilm expression
SC5314 (HWP1-1)
0.687 (±0.010)
0.745 (±0.040)
L296 (HWP1-1 / HWP1-2)
0.261 / 0.351 (±0.067 / ±0.059)
0.116 / 0 (±0.015)
L757 (HWP1-2)
0.534 (±0.054)
0.357 (±0.057)
a
Average of three measurements considering the cDNA dilutions described in Material and Methods
section and previously normalized with actin amplicons.
b
SD means Standard Deviation of three measurements
134
CAPÍTULO 5: DISCUSSÃO
135
5.1. EVOLUÇÃO DE FUNGOS
Na base da radiação entre plantas, animais e fungos, os primeiros a se divergir
foram fungos ancestrais dos filos Chytridiomycota e Zygomycota. Liu et al. (2006)
utilizando seqüências das subunidades maiores da RNA polimerase II (Rpb1p e Rpb2p)
em análise Bayesiana mostraram que os Zygomycota e Chytridiomycota o
polifiticos e que a perda do flagelo teria ocorrido uma vez na evolão do Reino
Fungi, na passagem do ambiente aquático para o terrestre e por isso, assim como as
plantas e os animais, os fungos são em sua maioria, não-flagelados.
Comparativamente, James et al. (2006), utilizando marcadores proicos e genes
ribossômicos em análises Bayesianas, também reportaram a polifilia desses filos, mas
inferindo que a perda do flagelo teria ocorrido de 4 a 6 vezes durando a evolução dos
fungos. Em nossas alises, utilizando como marcador o gene rDNA 18S foram
utilizados poucos representantes dos filos Zygomycota e Chytridiomycota e por esta
razão, os mesmos aparecem como filos parafiléticos e não polifiléticos, com
probabilidade a posteriori de 1 (Figura 1, Capítulo 2)
Alto suporte foi dado para a monofilia do clado “dikaria”, composto pelos filos
Basidiomycota e Ascomycota, e para os principais grupos de Ascomycota, os subfilos
(Taphrinomycotina, Pezizomycotina e Saccharomycotina), como já reportado
anteriormente (Berbee e Taylor, 2001; Heckman et al., 2001; James et al., 2006 e
Sugiyama et al., 2006). O grande salto no estudo da evolução dos Ascomycota, foi que
a filogenia Bayesiana de nosso trabalho foi a primeira a dar suporte estatístico para o
grupo dos Pezizales, membros dos Discomycetes, na base da radiação dos
ascomicetos filamentosos, como previamente observado, mas sem suporte (Gargas e
Taylor 1995; Berbee, 1996; Berbee e Taylor, 2001; Lumbsch, 2000 e Eriksson et al.,
2004). Ainda, a filogenia proposta excluiu como ancestral do grupo um ascomiceto
formador de líquens, refutando observações de Lutzoni et al. (2001), Reeb et al. (2004)
e Grube e Hawksworth (2007). A Figura 2 (Capítulo 2) mostra que todos os
ascomicetos formadores de líquens derivam do nó 17, excluindo outros Discomycetes e
Pyrenomycetes da descendência de um ancestral capaz de formar simbiose com algas
e cianobactérias, corroborado por análises de multi-proteínas (Spatafora et al., 2006).
Dentro dos ascomicetos filamentosos, mais especificamente dentro das classes
dos Discomycetes, nossas análises mostraram que é um agrupamento polifilético de
uma rie de morfologias e associações com outros organismos. Estão agrupados
136
discomicetos inoperculados, operculados, formadores de quens, parasitas de plantas
e saprófitas. Assim como observado por Wang et al. (2006) por análises de parcimônia
das seqüências dos genes ribossômicos 18S, 28S e 5.8S, nossas análises forneceram
suporte para a divergência primeira da Ordem Orbiliales (Orbilia fimicola) e para a
ausência de monofilia da ordem Helotiales, corroborando alises posteriores de
Spatafora et al. (2006). Hofstetter et al. (2007) corroboraram nossas análises dos
Discomycetes formadores de líquens. Estes autores analisaram por máxima
verossimilhança, marcadores protéicos e genes ribossômicos e mostraram que tratava-
se de um grupo polifilético, sendo comparável apenas, a monofilia da ordem
Lecanorales.
Na Ordem Saccharomycetales, não foi possível fornecer suporte para a
monofilia das 11 famílias previamente descritas dentro desse grupo por Kurtzman,
(2000 e 2003) e Suh et al. (2006), em análises de seqüências de genes ribossômicos e
proicos, utilizando o método Bayesiano, reportaram a exisncia de monofilia da
família Saccharomycetaceae. Em nossos dados, o principal ramo que separa a maioria
dos membros dessa família das outras famílias caracterizadas possui alta
probabilidade a posteriori de 0.89, o que exclui a ancestralidade em comum de todos
os representantes da Saccharomycetaceae. Esse fato pode indicar que algumas das
classificações das leveduras dessas famílias foram baseadas em caracteres
morfológicos homoplásicos.
Para a datão dos principais eventos de radião dos fungos a hitese de
relógio molecular foi rejeitada. Assim, nosso trabalho foi pioneiro na utilizão do
método de “penalized likelihood(Sanderson, 2002), implementado pelo programa r8s
(http://ginger.ucdavis.edu/r8s) para análises considerando diferentes taxas de evolução
do gene rDNA 18S dos principais grupos de fungos. Foram utilizados como pontos de
calibração o fóssil de Pyrenomycete datado em 400 Ma descrito por Taylor et al. (1999)
e mais duas datas de diverncia previamente estimadas: a separão de plantas,
animais e fungos, datada em 1.576 Ma por Wang et al. (1999) e a separação de
animais e fungos, datada em 965 Ma por Doolittle et al. (1996).
A Figura 2 e a Tabela 2 (Capítulo 2) mostram as datações dos principais eventos
de radião considerando os dois cenários como pontos de calibrão da análise.
Nossos dados corroboram as análises prévias de multi-proteínas de Heckman et al.
(2001) e Hedges et al. (2004) em que os principais eventos de radiação dentro do
Reino Fungi ocorreram entre entre 1200 e 600 Ma, enquanto que as datações
137
anteriores baseadas em seqüências de rDNA 18S colocam esses eventos muito mais
recentemente na evolução, de 660 a 370 Ma (Berbee e Taylor, 2001). Quando
consideramos em nossas análises como pontos de calibração a data de divergência
entre animais e fungos (965 Ma) e o ssil de Pyrenomycete (400 Ma), as estimativas
de tempos de divergência, mesmo que mais recentes que as do primeiro cenário, não
acomodavam as datas de Berbee e Taylor (2001).
Esse fato deve-se possivelmente ao uso incorreto de metodologias de
inferências filogeticas e datação. Berbee e Taylor (2001) inferiram sua filogenia a
partir de um pequeno número de taxa (cerca de 40), utilizando métodos de parcimônia
e distância (Neighbor-Joining). Ocasionalmente, quando os genes ribossômicos
evoluem com taxas muito diferentes em diferentes espécies, ocorre o fenômeno de
atrão de ramos longos (“long branch attraction”), em que os grupos que possuem
taxas rápidas de substituição de nucleotídeos são atraídos nas análises filogenéticas,
compartilhando ancestralidade, mas podendo excluir organismos muito mais
relacionados mas que estão evoluindo com taxa mais lenta (Felsenstein, 1978). Dessa
forma, as filogenias erroneamente sugerem que essas seqüências estejam evoluindo
como relógio molecular local. Ainda, em suas análises, Berbee e Taylor (2001)
consideraram a hipótese de relógio molecular global, mesmo tendo eles mesmos e
outros autores (Berbee e Taylor, 1993 e Kasuga et al., 2002) verificado que na maioria
dos testes da hipótese para os grupos de fungos e seqüências de rDNA 18S, esses
não davam suporte estatístico para a constância de taxas. Como suas datações eram
muito mais recentes do que as inferidas por análises de multi-proteínas, o ssil de
Pyrenomycete não se enquadrava nas análises e os autores sugeriram uma
classificação equivocada do mesmo.
Na tentativa de dar suporte para o cenário mais recente dos principais eventos
de radiação dos fungos, Taylor e Berbee (2006) utilizaram diferentes sseis para a
calibrão dos tempos de diverncia desse reino. Para isso, analisaram filogenias
inferidas pelo método Bayesiano (Huelsenbeck e Ronquist, 2001), considerando 50
seências de proteínas concatenadas de 25 organismos, sendo 15 deles, fungos
representantes dos filos Ascomycota (9), Basidiomycota (5) e Zigomycota (1). Para
fornecer a localização de pontos de calibração da datação, utilizaram seqüências de
arroz (Oryza sativa); Arabidopsis thaliana; galo (Gallus gallus) e mosquito (Anopheles
gambiae); na base da divergência dos fungos, utilizaram seqüêcia de Rhizopus oryzae
e como grupo externo, Plasmodium falciparum. Os pontos de calibração foram
138
utilizados isoladamente ou combinados, e seguem-se: a data de divergência entre
galos e humanos, estimada em 300 Ma (Peterson et al., 2004); a divergência do
mosquito e da Drosophila com idade mínima de 235 Ma e idade máxima de 417 Ma
(Blagoderov et al., 2002; Peterson et al., 2004; Gaunt e Miles, 2002 e Douzery et al.,
2004); a divergência de angiospermas, com idade mínima de 144 Ma e máxima de 206
Ma (Sanderson e Doyle, 2001 e Dou zery et al., 2004) e por fim, ossil de
Pyrenomycete datado em 400 Ma. Dessa vez, a hipótese de relógio molecular testada
foi rejeitada, então, utilizaram para datação otodo depenalized likelihood
(Sanderson, 2002).
Taylor e Berbee (2006) reportaram que se consideradas as calibrações de 300
Ma para a divergência de aves e mamíferos e 235 Ma para a de Drosophila e mosquito,
a divergência dos animais e fungos seria datada respectivamente em 2.635 Ma e 944
Ma, o que implicaria no surgimento de organismos consumidores de oxigênio em uma
atmosfera terrestre ainda redutora no primeiro cenário, mas totalmente corroborada por
nossas análises no segundo cenário. Considerando a data de divergência entre plantas
dicotiledôneas e monocotiledôneas, a divergência entre animais e fungos seria datada
em 579 Ma e a de aves e mamíferos em 66 Ma, ambas muito mais recentes do que
qualquer datação prévia (Heckman et al., 2001 e Padovan et al., 2005).
Embora tenha sido classificado como um proto-Pyrenomycete (da classe dos
Sordariomycetes), os autores permitiram interpretar que sua classificão poderia
remeter ao grupo dos Archiascomycetes e portanto, sua localização como tempo
nimo de existência de dado grupo, poderia ocorrer em outros ramos, como na
divergência de todos os ascomicetos filamentosos ou mesmo na divergência de todo o
filo Ascomycota. Considerando o fóssil no nó dos Pyrenomycetes, a divergência entre
os Ascomycota e Basidiomycota foi datada em 1.489 Ma; quando considerado o fóssil
respectivamente nos nós de diverncia dos Pezizomycotina e filo Ascomycota, as
datações para a separação de Asco-Basidio foram estimadas em 843 Ma e 452 Ma.
Nosso resultado, corroborado por análises prévias de multi-proteínas (Heckman et al.,
2001 e Hedges et al., 2004), estimou a diverncia entre esses filos em 1.200 Ma
(Tabelas 2 e 3, Capítulo 2).
Para Taylor e Berbee (2006), considerando somente o terceiro cerio para a
divergência entre Asco-Basidio, seria possível acomodar as estimativas de divergência
dos Glomeromycota (formadores de micorrizas em plantas terrestres) de forma
consistente com a radiação das plantas terrestres. Se considerados os dois cenários
139
anteriores, os Glomeromycota teriam divergido muito antes dos principais grupos de
plantas e ainda, muitos dos membros dos Ascomycota e Basidiomycota que o hoje
parasitas ou decompositores de plantas obrigatórios teriam se estabelecido na terra
muito antes de surgirem as primeiras plantas. Por outro lado, verificaram que se
considerado o terceiro cenário, a divergência entre aves e mamíferos seria muito mais
recente que registros fósseis, 75 Ma.
Os fósseis devem ser utilizados com cautela como pontos de calibração de
estimativas de tempos de divergência, pois essas datas indicam o tempo mínimo de
existência de dado grupo (Li e Graur, 1991). Mesmo que o fóssil mais antigo de plantas
terrestres tenha sido datado entre 480 e 460 Ma, não significa que o grupo das plantas
tenha surgido tão recentemente e que as associações entre elas e os fungos tenham
ocorrido desde o início da colonização do ambiente terrestre. Assim como (Heckman et
al., 2001 e Hedges et al., 2004), acreditamos que os principais eventos de radiação dos
fungos tenha ocorrido na era Proterozóica, em paralelo com a colonização do ambiente
terrestre pelas plantas.
140
5.2. BIOFILMES
A levedura Candida albicans é o modelo mais utilizado para o estudo da
patogenicidade em fungos, principalmente devido à capacidade de se manipular em
laborario as diferentes morfologias (levedura ou filamentos) e se induzir diversos
fatores de viruncia (Gow et al., 2002). Dentre eles, destacam-se a produção e
secreção de proteinases e fosfolipases, a transição levedura-hifa e a prodão de
biofilmes como resposta aos estímulos ambientais, tais como nutrientes disponíveis, pH
e temperatura, que ativam as redes de vias de sinalização para que o organismo se
adapte ao meio (Wu et al., 2000), (Gow et al., 2002).
Diferenças na patogenicidade entre espécies de Candida já foram reportadas. C.
albicans é considerada a mais patonica e a mais isolada de todos os tipos de
infecções causadas por leveduras, seguida de C. glabrata, C. parapsilosis e C.
tropicalis (Kirkpatrick et al., 2000 e Pfaller et al., 2001). Na formação de biofilme ocorre
o mesmo fenômeno. Kirkpatrick et al., 2000 e Kuhn et al., 2002 mostraram que C.
albicans produz mais biofilme do que C. parapsilosis e C. dubliniensis in vitro e
diferentes linhagens de C. albicans também exibem quantidades diferentes na
produção de biofilme, quantificados pela colorão com cristal violeta e redução do
XTT (Hawser e Douglas, 1994; Shin et al., 2002 e Jin et al., 2003), como observado na
Figura 1 (Capítulo 3).
Na formação do biofilme, a matriz extracelular secretada pelas células exerce
papel fundamental no aumento da resistência aos antifúngicos (Douglas, 2003).
Acredita-se que a matriz atue como barreira física contra a penetração de drogas e que
os componentes contidos na matriz possam auxiliar na patogenicidade do fungo e
persistência da infecção (Baillie e Douglas, 2000 e Douglas, 2003). Para identificar e
estudar o papel das proteínas na matriz do biofilme de C. albicans, foi selecionada a
linhagem SC5314 como uma das mais produtoras de matriz e esta foi separada das
lulas, concentrada e aplicada em gel de acrilamida para a seleção das bandas
protéicas e identificação das mesmas por espectrometria de massa (Figura 3, Capítulo
3).
Dentre 12 bandas selecionadas, somente a banda obteve identificação
confiável (Tabela 3, Capítulo 3), com “E-value” = 5.8e-07. A banda, identificada como
enolase (2-fosfo-D-glicerato hidrolase) de C. albicans, é codificada pelo gene cópia
única ENO1. Esta proteína de aproximadamente 48 kDa é um componente central da
141
via glicolítica que catalisa a desidratação de 2-fosfoglicerato para gerar
fosfoenolpiruvato, mas pode catalisar a reação inversa na gliconeogênese (Sundstrom
e Aliaga, 1992). Em Saccharomyces cerevisiae foram identificados 2 genes
codificadores da enolase, o ENO1 e o ENO 2, que são regulados diferencialmente
dependendo da fonte de carbono e da fase de crescimento da levedura, sendo que a
somente a deleção dos alelos de ENO2 é letal (Mcalister e Holland, 1982).
A enolase é uma proteína abundante no citoplasma da célula de C. albicans mas
foi encontrada em sobrenadante de culturas (Sundstrom et al., 1994) e em sangue
de pacientes com candidemia (Walsh et al., 1991). Também foi descrita a sua presença
associada à glucanas da parede celular (Thomas et al., 2006), sendo amplamente
incorporada nas lâminas internas da parede (Angiolella et al., 1996 e Angiolella et al.,
2002), mesmo não possuindo sinal para secreção por via clássica, como aqui reportado
por análises em programas de predão (SignalP 3.0 server e SecretomeP Server)
(item 3.2.3).
Por conta dessas observações, passamos a nos perguntar se a enolase não
estava presente no biofilme por conta de lise celular e na superfície das lulas em
decorrência da recaptação da proteína pela parede rica em mananas como
previamente sugerido (Eroles, Sentandreu et al., 1997). Para testar estas hipóteses, foi
gerado soro hiperimune utilizando-se enolase recombinante (Figura 8, Capítulo 3), e o
soro foi usado em experimentos de imunofluorescências, citometria de fluxo e “western
blots”.
A Figura 9 (Capítulo 3) confirma a presença da enolase na matriz do biofilme e
mostra que não há reconhecimento da proteína em meios condicionados gerados a
partir de 1 e 3 dias de incubão com as lulas planctônicas. Diferentemente de
nossas observações, Thomas et al. (2006) encontraram enolase em sobrenadante de
culturas planctônicas de 1 dia de crescimento da linhagem de C. albicans 3153A,
crescidas em meio RPMI-1640. Podemos supor que não foi possível detectar enolase
em sobrenadante de culturas plancnicas nas nossas condições de crescimento
porque utilizamos meios e linhagem diferentes nos experimentos ou porque a enolase
secretada em culturas a 37ºC era degradada. De fato, foi observado que a enolase
secretada ou proveniente de lise celular em culturas planctônicas de 1 dia em meio SD
era rapidamente degradada nesta temperatura (30 min) (Figura 10, Capítulo 3). A 22ºC
a enolase podia ser detectada (mesmo que fracamente) em sobrenadante de cultura,
sem a presença das células.
142
Houve reconhecimento da proteína intracelular Sui2p em extratos celulares de S.
cerevisiae e C. albicans (mesmo que fracamente), mas o houve reconhecimento em
biofilme e meios condicionados (Figura 11, Capítulo 3). Vale ressaltar que mesmo
existindo um reconhecimento fraco, a quantidade de matriz de biofilme concentrada e
aplicada no gel para ser transferida para a membrana era pelo menos 10 vezes
superior a quantidade de proteínas nos extratos celulares de 10
7
células.
Thomas et al. (2006) fizeram um estudo no qual compararam através de análise
de gel bidimensional o perfil protéico da matriz de biofilme e as proteínas secretadas
para o meio condicionado. Eles relataram o encontro de 2 bandas altamente expressas
em biofilme identificadas por espectrometria de massa como enolase, sugerindo que a
proteína fosse modificada e de alguma forma, secretada. Análises de predição de
modificação s-traducional (Figura 7, Capítulo 3) mostrou que a enolase pode ser
glicosilada e fosforilada em diversos aminoácidos, o que explicaria a migração de duas
diferentes proteínas no gel bidimensional. Foi realizado um ensaio de desglicosilação
com endoglicosidase H (SIGMA) de uma alíquota da matriz de biofilme mas não foi
possível observar diferença no padrão de migração da enolase em gel “SDS-PAGE” e
“western blot” (dados não mostrados), sugerindo que se houver diferentes modificações
na proteína, as mesmas poderiam ser separadas por seus pontos isoelétricos e não
por tamanho. Ainda, pela comparação da seqüência predita da enolase da linhagem
SC5314 seqüenciada em nosso laboratório e a depositada no Candida Genome
Databank (Figura 5, Capítulo 3), encontramos 4 substituições de nucleotídeos, sendo
uma sinônima e 3 que resultaram em troca de aminoácidos. As diferenças observadas
entre as seqüências da mesma linhagem podem ser explicadas pelo fato de
possivelmente ter sido clonado e seqüenciado em nosso laboratório o segundo alelo do
gene que codifica a enolase pois é sabido que C. albicans possui pelo menos 50% de
seu genoma diplóide heterozigoto (Jones et al., 2004).
De acordo com os resultados apresentados, sugerimos que a enolase presente
no biofilme possivelmente o é originada da lise celular, pois seria rapidamente
degradada no meio, mas sim, sofre modificações s-traducionais diferentes da
proteína intracelular e é liberada pela lula através de via não-clássica de secreção
(Via Retículo-Golgi). Porém, sua função no biofilme ainda permanece desconhecida.
O soro hiperimune reconhecia a enolase na superfície e no interior das
leveduras e hifas da linhagem SC5314, bem como nas células formadoras de biofilme
(Figuras 12, 13 e 14, Capítulo 3). Porém, somente 14% das leveduras não
143
permeabilizadas tinham a enolase de sua parede reconhecida pelo soro (Figura 12,
Capítulo 3). Observando as células no biofilme (Figura 14, Capítulo 3), verificou-se que
poucas delas co-localizavam a marcão da enolase com o calcoflúor (que cora os
açúcares da parede, principalmente as mananas) e as que possuíam marcação forte
da enolase na superfície eram brotos jovens. Essas observões nos sugeriu que o
acesso dos anticorpos à enolase ficou prejudicado quando as células possuem a
parede inteiramente formada (células com marcação somente do calcoflúor),
corroborando estudos anteriores que mostraram a presença preferencial de enolase
próxima à membrana e não nas porções externas da parede (Angiolella et al., 1996 e
Thomas et al., 2006).
Para confirmar se enolase o poderia ser recapturada pela parede, o que
justificaria o fato de não haver reconhecimento da enolase nativa nos meios
condicionados ainda com células (Figura 10), foi feito o teste da recaptação da enolase
(Figura 15). Verificamos que não houve recaptação da enolase recombinante pelas
leveduras quando co-incubadas “overnight, mesmo em diferentes concentrações da
proteína. Pode-se especular que não houve recaptação da His6-enolase devido a sua
conformação não ser a mesma da enolase nativa e ainda, que esta última possua
modificações s-traducionais que o estão presentes na enolase recombinate
(expressa em E. coli). Contudo, acreditamos que de fato a enolase, da mesma forma
que no biofilme, seja ativamente secretada para a superfície celular.
A enolase é altamente conservada em bactérias, leveduras, drosófilas, anfíbios,
aves, plantas e humanos (Van Der Straten et al., 1991). Além da via glicotica, a
protna desempenha outras funções em diferentes tipos celulares, fenômeno este
conhecido como “gene sharing”: é antígeno imunodominante secretado em infecções
por C. albicans (Figura 6, Capítulo 3) (Martinez et al., 1998 e López-Ribot et al., 2004),
é toxina de bactérias (Bisseret et al., 1991), forma o cristalino de peixes, anbios,
répteis e aves (Piatigorsky, 2003) e estuda-se seu papel em carcinomas humanos e
doenças degenerativas do rebro (Kakinuma H T et al., 2003 e Collini et al., 2003).
Nesse ponto do trabalho nos perguntamos se a enolase não poderia estar ativa no
biofilme, hidratando ou hidrolisando compostos ou ainda, se em altas concentrações,
como ocorre no cristalino, ela em si formaria o biofilme. Infelizmente não foi possível
testar essas hipóteses devido à falta de substrato para ensaios de atividade, como
previamente comentado. A enolase recombinante purificada foi dialisada contra tampão
Tris-HCl 20mM pH 8,0 para se retirar o imidazol e uma alíquota foi concentrada em
144
Speed Vac para testar se em altas concentrações ela poderia tornar-se um gel.
Contudo, a proteína recombinante precipitava em temperaturas baixas (dados não
mostrados), impedindo que se concluísse o experimento.
Análises de “microarray” comparando a expressão de genes em biofilme de C.
albicans com células planctônicas mostraram que os genes codificadores das enzimas
da via glicolítica, tais como: ENO1, FBA1, GPM1, PDC1, dentre outros, encontravam-
se superexpressos no biofilme (Garcia-Sanchez et al., 2004). Com base nessas
observações, decidimos estudar a expressão de genes da via glicolítica nas 14
linhagens de C. albicans previamente testadas quanto à produção de biofilme (Tabela
1). Foram escolhidos os genes ENO1, FBA1, PYK1, HXK1 e HXK2, respectivamente
codificadores das enzimas enolase, aldolase, hexoquinases e fosfopiruvato quinase,
para verificar se linhagens menos produtoras de biofilme possuíam diminuição da sua
expressão ou se linhagens altamente produtoras, superexpressavam esses genes.
Nobile e Mitchell (2005) recentemente reportaram que a cascata principal de
regulação do biofilme se pelo controle de fatores de transcrição codificados pelos
genes BCR1 (Biofilm and Cell wall Regulator) e TEC1 (TEA/ATTS transcriptional
factor), sendo que os principais alvos da via o as adesinas codificadas pelos genes
ALS3 e HWP1. Decidimos analisar a expressão desses genes relacionados ao controle
da formação de biofilme e adesão, juntamente com os genes da via glicolítica.
A matriz extracelular do biofilme possui papel antagônico no metabolismo das
células. Essa protege contra ressecamento e a ação de antimicrobianos naturais mas
cria um gradiente nutricional e gasoso em suas diferentes camadas. Quanto mais
interna no biofilme estiver a camada celular, menor a concentração de glicose e
oxigênio disponível (Donlan, 2001; Donlan e Costerton, 2002 e Douglas, 2003). O
mesmo ocorre na infeão de tecidos vivos, em que as lulas de C. albicans não
encontram alimento e oxigênio livres à disposição. Considerando esses fatores, foram
comparadas à expreso dos genes das 14 linhagens de C. albicans crescidas na
forma de biofilme, forma planctônica (em meio rico e em meio pobre) e em
microaerofilia. Além do biofilme, outro fator de patogenicidade importante de C.
albicans, a produção de hifas foi testada, visto que a filamentação tem papel
reconhecido na invasão de tecidos e estruturação de biofilmes (Chandra et al., 2001 e
Calderone e Gow, 2002a).
Foram feitas RT-PCRs Multiplex das 14 linhagens de C. albicans em três
diluições diferentes de cDNA para cada condão de crescimento (biofilme, levedura
145
em meio rico, levedura em meio pobre, microaerofilia e hifa) (Figura 16, Capítulo 3). As
diluições de cDNA e o número de ciclos da RT-PCR foram padronizados a partir de
uma curva-pado de saturação previamente testada (dados o mostrados), para
garantir que a quantificação das bandas ocorresse antes da saturação da reação.
Enquanto as bandas amplificadas dos cDNAs da linhagem L757 eram
quantificadas, notou-se que o gene HWP1 o era amplificado em nenhuma condição
de crescimento, em nenhuma diluição de cDNA. Para explicar o resultado, três
hipóteses foram levantadas: 1- o par de oligonucleotídeos o estava hibridando no
cDNA dessa linhagem por mutação na seqüência de anelamento; 2- o gene era
expresso mas a amplificação do fragmento para quantificação possuía o mesmo
tamanho de outra banda na RT-PCR Multiplex e 3- o gene de fato não era expresso por
essa linhagem. Para testar a primeira hipótese, foi amplificado por PCR, a partir do
DNA genômico, o fragmento do gene HWP1 das 14 linhagens do estudo com o par de
oligonucleotídeos utilizados na RT-PCR Multiplex (Tabela 2, Capítulo 3). A Figura 18
mostra as bandas amplificadas das linhagens L296, L757 e SC5314. A amplificação
dos fragmentos corrobora a primeira hipótese e ainda sugere que o fragmento HWP1/2
possui o mesmo tamanho aparente do fragmento amplificado do gene ALS3.
Para garantir a não sobreposição de bandas na RT-PCR Multiplex e a
amplificação dos dois alelos de HWP1, um novo oligonucleotídeo “forward” para o gene
ALS3 foi desenhado (Tabela 2, Capítulo 3). Foi verificado no website do genoma da
Candida SC5314 (www.candidagenome.org) que o pprio gene ALS3 possuía dois
alelos previamente depositados (Oh et al., 2005), assim como descrito para vários
genes dessa família (Zhao et al., 2003). Optou-se por um novo oligonucleotídeo que
amplificasse ambos os alelos de ALS3. A Figura 19 mostra RT-PCR Multiplex de
biofilme e hifa, a qual amplificou os fragmentos dos dois alelos dos genes HWP1 e
ALS3 de 4 das 14 linhagens de C. albicans.
A amplificação de dois alelos de HWP1 corrobora a segunda hipótese levantada
e revela a descoberta de linhagens clínicas heterozigotas, como a L296 e L663 e
homozigotas para o alelo menor (H W P 1 / 2 ), como a L757, discutido mais
profundamente no Capitulo 4.
A descoberta de um novo alelo baseado na amplificação por PCR e análise de
fragmentos em gel reforça a utilização do todo semiquantitativo em vez do método
de RT-Real Time PCR para a análise de nossos dados. Sabe-se que as sondas
utilizadas neste último método possuem tamanhos reduzidos (60 a 100 nucleotídeos) e
146
no caso do gene HWP1, se desenhadas próximas ou na parte ausente do alelo HWP1-
2, certamente concluir-se-ia que a linhagem L757 não expressa o gene em questão,
em nenhuma condição de crescimento. Ainda, essa metodologia exige acurada
padronizão da medida da expreso para cada gene e possivelmente não seriam
discriminados os dois diferentes alelos, tanto de ALS3 quanto de HWP1 com a mesma
sonda (Peirson e Butler, 2007).
Estudar o quanto diferentes genes respondem aos diferentes sinais ambientais e
como estes genes interagem para determinar a expressão final de uma dada
característica é de fundamental importância para se entender fenômenos complexos
como o aumento da resistência aos antifúngicos pelos biofilmes de C. albicans (Wu et
al., 2007). A Figura 17 (Capítulo 3) mostra gráficos da expressão dos genes (valores
corrigidos pela expressão média da actina) em função das 5 diferentes condições de
crescimento, para as 14 linhagens analisadas. Garcia-Sanchez et al. (2004) reportaram
que a maioria dos genes da via glicolítica eram superexpressos em células de biofilme
quando comparadas com lulas planctônicas. Nossas análises não identificaram tais
diferenças na expressão, mesmo quando comparadas outras condições de
crescimento. A concentração de glicose no meio pareceu não afetar a expressão dos
genes da via, comparando-se o meio rico (YPD) e meio pobre (SD), sendo que tais
difereas na expressão foram reportadas quando lulas eram crescidas em meios
com fonte não-fermentável de carbono em S. cerevisiae (Raamsdonk et al., 2001).
Tamm não foi possível correlacionar a expreso da enolase e a formação de
biofilme por linhagens altamente produtoras e pouco produtoras de biofilme. Foram
observadas diferenças na expressão entre linhagens, nas 5 condições de crescimento
para os genes HXK1 e HXK2. Em S. cerevisiae foi reportado que ambos homólogos
participam da via da metabolização da glicose mas de formas diferentes. Hxk2p é
induzida na presença de altas concentrações de glicose e reprime HXK1 ao mesmo
tempo em que auto-regula o aumento da expressão de seu gene HXK2 (Rodriguez, De
La Cera et al., 2001). Como em C. albicans não é claro como ocorre a regulação entre
esses dois genes na via, podemos especular que o gene HXK1 tem participação mais
ativa na degradação da glicose, visto que este se apresentava pelo menos 2 vezes
mais expresso na média entre as linhagens do que HXK2 em todas as condições de
crescimento.
147
A microaerofilia parece não afetar diferencialmente a expressão dos genes da
via glicolítica e nem os da via de indução do biofilme, quando comparadas com as
outras condições de crescimento. a indução de hifas parece afetar os genes da via
de indução de biofilme que se apresentaram na média entre linhagens, pelo menos 1
vez mais expressos do que em leveduras crescidas em meio rico (YPD). Isso é
esperado para os genes das adesinas, como ALS3 e HWP1 (Garcia-Sanchez et al.
2004 e Nobile et al., 2006a). Ainda, verificou-se que as células formadoras de biofilme
possuíam expressão pelo menos 2x mais alta de ALS3 do que as células planctônicas,
crescidas em meio rico (YPD), corroborando análises prévias (Nobile e Mitchell, 2006),
(Zhao et al., 2006). Também foi observado que determinadas linhagens possam
menor ou maior plasticidade para se adaptar aos diferentes meios de cultura, como o
caso da L757 e SC5314, respectivamente, visto que o ruído na expressão dos genes
era muito maior na segunda do que na primeira (Ferreira et al., 2007). Esse fato sugere
ter implicações na patogenicidade das linhagens, mas estudos posteriores devem ser
feitos para confirmar essa hipótese.
Na via de indução de biofilme foi observado que a variação na expressão média
dos genes aumentava pelo menos 2 vezes na maioria das linhagens,
independentemente da condição de crescimento, em resposta ao sinal da diminuição
da expressão de TEC1. Esse fenômeno, previamente reportado por Lee, et al. (2002),
ocorre em pelo menos 10% da regulação transcricional de S. cerevisiae (240 genes). O
modelo trata de uma via na qual um gene regulador (TEC1) controla um segundo
regulador (BCR1) que se liga ou controla a expressão de diversos outros genes-alvo
(ALS3 e HWP1). Pequenas alterações nos níveis ou na atividade do regulador principal
são somadas às alterações nos níveis do segundo regulador e assim, quando o sinal
chega no destino, os genes-alvo devem responder com uma variação em sua
expressão muito maior proporcionalmente ao sinal inicial. Isso fica claro ao observar o
comportamento da expressão dos genes da via, da linhagem L298, nas 5 condições de
crescimento que teve como valor dio da expressão de TEC1, BCR1, HWP1 e ALS3
respectivamente: -1, -2, -4 e -8.
148
CAPÍTULO 6: CONCLUSÕES
149
Capítulo 2:
1- A análise filogenética Bayesiana, utilizando 166 seências de rDNA 18S dos
principais representantes do reino Fungi corrobora a hipótese dos Discomycetes na
base da evolução dos ascomicetos filamentosos, com alto suporte estatístico
(probabilidade a posteriori = 1). Ainda, diversos Discomycetes encontram-se
espalhados entre os outros grupos de ascomycetos filamentosos, sugerindo que
mantenham características ancestrais;
2- O ancestral do grupo dos Ascomicetos filamentosos não pode ser fomador de líquen
visto que os representantes da ordem Pezizales (que o se associam às algas e
cianobactérias) são os primeiros a divergir dentre os Discomycetes;
3- A hipótese de relógio molecular global foi rejeitada para o gene rDNA 18S devido a
heterogeneidade de taxas deste gene no reino Fungi, mas confirmou a existência de
relógios locais, como no grupo dos Plectomycetes;
4- As datões dos principais eventos de radião do filo Ascomycota utilizando o
todo de penalized likelihood” e a calibração por registro ssil corroboraram o
cenário proposto por análises de multi-proteínas, onde esses eventos teriam ocorrido
na era Proterozóica e não na era Paleozóica;
Capítulo 3:
1- As quantificações por cristal violeta e XTT mostraram diferenças na capacidade de
adesão e formão de biofilme de linhagens de Candida albicans, como descrito
para espécies diferentes do gênero Candida;
2- A enolase foi identificada por espectrometria de massa, como sendo uma das
principais proteínas da matriz de biofilme. Análises de sua seqüência sugerem que a
proteína pode ser glicosilada e fosforilada, mesmo não possuindo sinal para secreção
por via clássica;
150
3- De acordo com a observão da rápida degradão da enolase secretada por
células planctônicas e da confirmação da presença da enolase na matriz por “western
blot”, acredita-se que a enolase do biofilme deva receber alguma modificão pós-
traducional para eno ser secretada por via não-clássica. Contudo, a função da
enolase fora da célula permanece desconhecida;
4- A análise de dados de imunofluorescência e citometria de fluxo confirma a presença
de enolase nas camadas mais internas da parede celular, principalmente em células
jovens. Isto sugere que a enolase pode ser mais ativamente secretada ou “descamada”
a partir da superfície de brotos em crescimento;
5- A expressão da enolase, assim como das enzimas da via glicolítica, manteve-se
relativamente inalterada, sugerindo que as linhagens de C. albicans não regulam
diferencialmente estes genes em diferentes condições de crescimento, a ponto de
serem detectadas por nossa metodologia de estudo;
6- A diminuição exponencial da expressão de genes codificadores de adesinas em
resposta a diminuição da expressão de genes regulatórios da formação de biofilme,
sugere que a regulação ocorra por “feedforward”.
Capítulo 4:
1- Foi identificado um novo alelo do gene HWP1 em linhagem isolada de candidemia
(L757). A análise da seqüência protéica mostrou a ausência de 3 regiões repetitivas
ricas em serinas e treoninas responsáveis pela interação intramolecular e
intermolecular. Isso sugere que a proteína codificada por este alelo seja deficiente na
interação interproteínas na superfície celular e na adesão ao epitélio de mamíferos;
2- A linhagem L757, que é homozigota para o novo alelo de H WP 1, é
conseqüentemente menos eficiente na formão de biofilme e indução de hifas,
sugerindo que a mesma possa ser menos patogênica em infecções.
151
CAPÍTULO 7: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
152
Adam, B., G. S. Baillie, et al. Mixed species biofilms of Candida albicans and
Staphylococcus epidermidis. Journal of Medical Microbiology, v.51, p.344-349. 2002.
Alem, M., Oteef, MD, et al. Production of tyrosol by Candida albicans biofilms and its
role in quorum sensing and biofilm development. Eukaryot Cell, v.5, n.10, p.1770-1779.
2006.
Alexopoulos, C. J., C. W. Mims, et al. Introductory Micology. New York, NY: John Wiley
& Sons. 1996
Anaissie, E., S. Penzak, et al. The hospital water supply as a source of nosocomial
infections: a plea for action. Arch Intern Med, v.162, p.1483-1492. 2002.
Angiolella, L., M. Facchin, et al. Identification of a glucan-associated enolase as a main
cell wall protein of Candida albicans and an indirect target of lipopeptide antimycotics. J
Infect Dis, v.173, n.3, p.684-690. 1996.
Angiolella, L., M. M. Micocci, et al. Identification of major glucan-associated cell wall
proteins of Candida albicans and their role in fluconazole resistance. Antimicrobial
Agents and Chemotherapy, v.46, n.6, p.1688-1694. 2002.
Baillie, G. S. e L. J. Douglas. Effect of growth rate on resistance of Candida albicans
biofilms to antifungal agents. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.42, n.8,
p.1900-1905. 1998a.
______. Iron-limited biofilms of Candida albicans and their susceptibility to amphotericin
B. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.42, n.8, p.2146-2149. 1998b.
______. Matrix polymers of Candida biofilms and their possible role in biofilm resistance
to antifungal agents. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v.46, p.397-403. 2000.
Bell, C. e M. Donoghue. Dating the dipsacales: comparing models, genes and
evolutionary implications American Journal of Botany, v.92, n.2, p.284-296. 2005.
153
Benton, M. J. e F. J. Ayala. Dating the tree of life. Science, v.300, n.5626, Jun 13,
p.1698-700. 2003.
Berbee, M. L. Loculoascomycete origins and evolution of filamentous ascomycete
morphology based on 18S rRNA gene sequence data. Mol. Biol. Evolution, v.13, n.3,
p.462-470. 1996.
______. The phylogeny of plant and animal pathogens in the Ascomycota. Physiological
and Molecular Plant Pathology, v.59, p.165-187. 2001.
Berbee, M. L., D. A. Carmean, et al. Ribosomal DNA and resolution of branching order
among the ascomycota: how many nucleotides are enough? Mol Phylogenet Evol, v.17,
n.3, Dec, p.337-44. 2000.
Berbee, M. L. e J. W. Taylor. Detecting morphological convergence in true fungi, using
18S rRNA gene sequence data. BioSystems, v.28, p.117-125. 1992a.
______. Two Ascomycete classes based on fruiting-body characters and ribosomal
DNA sequence. Mol. Biol. Evolution, v.9, n.2, p.278-284. 1992b.
______. Dating the evolutionary radiations of true fungi. Canadian journal of botany,
v.71, p.1114-1127. 1993.
______. Fungal Molecular Evolution: Gene trees and geologic time. In: Springer-Verlag
(Ed.). The Mycota. Berlin: Springer-Verlag Heidelberg, v.VII, 2001. Fungal Molecular
Evolution: Gene trees and geologic time, p.229-245
Bisseret, F., G. Keith, et al. Clostridium difficile toxin B: characterization and sequence
of three peptides. J. Chromatogr, v.490, p.91-100. 1991.
Blagoderov, V., E. Lukashevich, et al. Order Diptera Linne´, 1758. The true flies
(=Muscida Laicharting, 1781). In: A. Rasnitsyn e Quicke, Dlj (Ed.). History of Insects.
Dordrecht, Boston, London: Kluwer Academic, 2002. Order Diptera Linne´, 1758. The
true flies (=Muscida Laicharting, 1781), p.227-240
154
Borman, A. M., C. J. Linton, et al. Molecular identification of pathogenic fungi. J
Antimicrob Chemother, v.61 Suppl 1, Jan, p.i7-12. 2008.
Britten, R. J. Rates of DNA sequence evolution differ between taxonomic groups.
Science, v.231, p.1393-1398. 1986.
Bruns, T. Evolutionary biology: a kingdom revised. Nature, v.443, n.7113, Oct 19,
p.758-61. 2006.
Bruns, T. D., R. Vilgalys, et al. Evolutionary relationships within the Fungi: analyses of
nuclear small subunit rRNA sequences. Molecular Phylogenetics and Evolution, v.1,
n.3, p.231-241. 1992.
Butler, D. K. e R. L. Metzenberg. Premeiotic change of nucleolus organizer size in
Neurospora. Genetics, v.122, n.4, Aug, p.783-91. 1989.
Calderone, R. Taxonomy and Biology of Candida. In: R. A. Calderone (Ed.). Candida
and Candidiasis. Washington, D. C.: ASM Press, 2002. p.15-27
Calderone, R. e N. A. R. Gow. Expression of growth form-specific factors during
morphogeneis in Candida albicans. In: R. A. Calderone (Ed.). Candida and Candidiasis.
Washington, D. C.: ASM Press, 2002a. p.87-94
______. Host recognition by Candida species. In: R. A. Calderone (Ed.). Candida and
Candidiasis. Washington, D. C.: ASM Press, 2002b. p.67-106
Cao, Y. Y., Y. B. Cao, et al. cDNA Microarray analysis of differential gene expression in
Candida albicans biofilm exposed to farnesol. Antimicrobial Agents and Chemotherapy,
v.49, n.2, p.584-589. 2005.
Chandra, J., D. M. Kuhn, et al. Biofilm formation by the fungal pathogen Candida
albicans: Development, Architecture, and Drug Resistence. Journal of Bacteriology,
v.183, n.18, p.5385-5394. 2001.
155
Chandra, J., P. K. Mukherjee, et al. Antifungal resistance of candidal biofilms formed on
denture acrylic in vitro. J Dent Res, v.80, n.3, p.903-908. 2001.
Chen, H., M. Fujita, et al. Tyrosol is a quorum-sensing molecule in Candida albicans.
Proc Natl Acad Sci v.101, n.14, p.5048-5052. 2004
Cheng, G., K. Wozniak, et al. Comparison between Candida albicans agglutinin-like
sequence gene expression patterns in human clinical specimens and models of vaginal
candidiasis. . Infect Immun v.73, p.1656-1663. 2005.
Collini P, Mezzelani A, et al. Evidence of neural differentiation in a case of post-therapy
primitive neuroectodermal tumor/Ewing sarcoma of bone. Am J Surg Pathol, v.27, n.8,
p.1161-1166. 2003.
Cortez, M., I. Neira, et al. Infection by Trypanosoma cruzi metacyclic forms deficient in
gp82 but expressing a related surface molecule, gp30. Infect. Immun, v.71, p.6184-
6191. 2003.
Dennis, R. A middle Pennsylvanian Basidiomycete mycelium with clamp connections.
Mycologia, v.62, p.578-584. 1970.
Doggett, M. Characterization of fungal biofilms within a municipal water distribution
system. Appl Environ Microbiol, v.66, p.1249-1251. 2000.
Donlan, R. Biofilms and device-asssociated infections. Emerging Infectious Diseases,
v.7, n.2, p.277-281. 2001.
Donlan, R. e J. W. Costerton. Biofilms: Survival Mechanisms of Clinically Relevant
Microorganisms. Clinical Microbiology Reviews, v.15, n.2, p.162-193. 2002.
Doolittle, R., D. Feng, et al. Determining divergence times of the major kingdoms of
living organisms with a protein clock. Science, v.271, p.470-477. 1996.
156
Douglas, L. J. Candida biofilms and their role in infection. Trends in Microbiology, v.11,
n.1, p.30-36. 2003.
Douzery, E. J., E. A. Snell, et al. The timing of eukaryotic evolution: does a relaxed
molecular clock reconcile proteins and fossils? Proc Natl Acad Sci U S A, v.101, n.43,
Oct 26, p.15386-91. 2004.
Dünkler, A., A. Walther, et al. Candida albicans CHT3 encodes the functional homolog
of the Cts1 chitinase of Saccharomyces cerevisiae. Fungal Genet Biol, v.42, n.11,
p.935-947. 2005.
Emini, E. A., J. V. Hughes, et al. Induction of hepatitis A virus-neutralizing antibody by a
virus-specific synthetic peptide. J Virol., v.55, n.3, p.836-9. 1985.
Eriksson, O., H. Baral, et al. Outline of Ascomycota. Myconet, v.10, p.1-89. 2004.
Eroles, P., M. Sentandreu, et al. The highly immunogenic enolase and Hsp70p are
adventitious Candida albicans cell wall proteins. Microbiology, v.143 ( Pt 2), Feb, p.313-
20. 1997.
Escalante, A. A. e F. J. Ayala. Evolutionary origin of Plasmodium and other
apicomplexa based on rRNA genes. Proceedings of the National Academy of Sciences
of USA, v.92, n.13, p.5793-5797. 1995.
Espinel-Ingroff, A., C. J. Kish, et al. Collaborative comparison of broth macrodilution and
microdilution antifungal susceptibility tests. J Clin Microbiol, v.30, n.12, p.3138-3145.
1992.
Ewing, B. e P. Green. Base-calling of automated sequencer traces using phred. II. Error
probabilities. Genome Research, v.8, p.186-194. 1998.
Ewing, B., L. Hillier, et al. Base-calling of automated sequencer traces using phred. I.
Accuracy assessment. Genome Research, v.8, p.175-185. 1998.
157
Felsenstein, J. The number of evolutionary trees. Systematic Zoology, v.27, p.27-33.
1978.
______. Evolutionary trees from DNA sequences: A maximum likelihood approach.
Journal of Molecular Evolution, v.17, p.368-376. 1981.
Ferreira, R. C., F. Bosco, et al. Minimization of transcriptional temporal noise and scale
invariance in the yeast genome. Genet Mol Res, v.6, n.2, p.297-314. 2007.
Fitch, W. M. On the problem of discovering the most parsimonious tree. American
Naturalist, v.111, p.223-257. 1977.
Fu, Y., A. Ibrahim, et al. Candida albicans Als1p: an adhesin that is a downstream
effector of the EFG1 filamentation pathway. Mol Microbiol, v.44, n.1, p.61-72. 2002.
Garcia-Sanchez, S., S. Aubert, et al. Candida albicans biofilms: a developmental state
associated with specific and stable gene expression patterns. Eukaryot Cell, v.3, n.2,
p.536-45. 2004.
Gargas, A. e J. W. Taylor. Phylogeny of Discomycetes and early radiations of the
apothecial Ascomycotina inferred from SSU rDNA sequence data. Exp Mycol, v.19, n.1,
Mar, p.7-15. 1995.
Garnier, J., D. J. Osguthorpe, et al. Analysis of the accuracy and implications of simple
methods for predicting the secondary structure of globular proteins. J Mol Biol, v.120,
n.1, p.97-120. 1978.
Gaunt, M. W. e M. A. Miles. An insect molecular clock dates the origin of the insects
and accords with palaeontological and biogeographic landmarks. Mol Biol Evol, v.19,
n.5, May, p.748-61. 2002.
Gillum, A., E. Tsay, et al. Isolation of the Candida albicans gene for orotidine-5'-
phosphate decarboxylase by complementation of S. cerevisiae ura3 and E. coli pyrF
mutations. Mol Gen Genet, v.198, n.1, p.179-782. 1984.
158
Gordon, D., C. Abajian, et al. Consed: a graphical tool for sequence finishing. Genome
Research, v.8, n.3, p.195-202. 1998.
Gow, N., A. Brown, et al. Fungal morphogenesis and host invasion. Curr Opin Microbiol,
v.5, p.366-371. 2002.
Grube, M. e D. L. Hawksworth. Trouble with lichen: the re-evaluation and re-
interpretation of thallus form and fruit body types in the molecular era. Mycol Res, v.111,
n.Pt 9, Sep, p.1116-32. 2007.
Hall, B. Phylogenetic Trees Made Easy: A How-To Manual. Massachusetts: Sinauer
Associates, Inc. 2001. 192 p.
Hallbauer, D., H. Jahns, et al. Morphological and anatomical observations on some
Precambrian plants from the Witwatersrand, South Africa. Geol Rundsch, v.66, p.477-
491. 1977.
Hawksworth, D. L. The magnitude of fungal diversity: the 1.5 million species estimate
revisited. Mycol Res, v.105, n.12, p.1422-1432. 2001.
Hawser, S. P. e L. J. Douglas. Biofilm formation by Candida species on surface of
catheter materials in vitro. Infection and Immunity, v.62, p.915-921. 1994.
______. Resistence of Candida albicans biofilms to antifungal agents in vitro.
Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.39, p.2128-2131. 1995.
Heckman, D. S., D. M. Geiser, et al. Molecular evidence for the early colonization of
Land by Fungi and Plants. Science, v.293, p.1129-1133. 2001.
Hedges, S. B., J. E. Blair, et al. A molecular timescale of eukaryote evolution and the
rise of complex multicellular life. BMC Evol Biol, v.4, Jan 28, p.2. 2004.
Hibbett, D., D. Grimaldi, et al. Cretaceous mushrooms in amber. Nature, v.377, p.487.
1995.
159
Hibbett, D. S., M. Binder, et al. A higher-level phylogenetic classification of the Fungi.
Mycol Res, v.111, n.Pt 5, May, p.509-47. 2007.
Hofstetter, V., J. Miadlikowska, et al. Phylogenetic comparison of protein-coding versus
ribosomal RNA-coding sequence data: a case study of the Lecanoromycetes
(Ascomycota). Mol Phylogenet Evol, v.44, n.1, Jul, p.412-26. 2007.
Hoop, T. P. e W. K.R. Prediction of protein antigenic determinants from amino acid
sequences. Proc Natl Acad Sci USA, v.78, p.3824-28. 1981.
Hornby, J. M., E. C. Jensen, et al. Quorum sensing in the dimorphic fungus Candida
albicans is mediated by farnesol. Applied and Environmental Microbiology, v.67, n.7,
p.2982-2992. 2001.
Huelsenbeck, J. e F. Ronquist. MRBAYES: Bayesian inference of phylogenetic trees.
Bioinformatics 17:754–755, v.17, p.754-755. 2001.
Huelsenbeck, J. P. e K. A. Crandall. Phylogeny estimation and hypothesis testing using
maximum likelihood. Annual Review of Ecology and Systematics, v.28, p.437-466.
1997.
Huelsenbeck, J. P., B. Larget, et al. A compound poisson process for relaxing the
molecular clock. Genetics, v.154, n.4, Apr, p.1879-92. 2000.
James, T. Y., F. Kauff, et al. Reconstructing the early evolution of Fungi using a six-
gene phylogeny. Nature, v.443, n.7113, Oct 19, p.818-22. 2006.
Jin, Y., Y. Samaranayake, et al. Characterization of switch phenotypes in Candida
albicans biofilms. Mycopathologia, v.160, n.3, p.191-200. 2005.
Jin, Y., H. K. Yip, et al. Biofilm-forming ability of Candida albicans is unlikely to
contribute to high levels of oral yeast carriage in cases of human immunodeficiency
virus infection. J Clin Microbiol, v.41, n.7, p.2961-2967. 2003.
160
Jones, T., N. A. Federspiel, et al. The diploid genome sequence of Candida albicans.
Proc Natl Acad Sci U S A, v.101, n.19, May 11, p.7329-34. 2004.
Jukes, T. H. e C. R. Cantor. Evolution of protein molecules. In: H. N. Munro (Ed.).
Mammalian Protein Metabolism. New York: Academic Press, 1969. Evolution of protein
molecules, p.21-123
Kakinuma H, Mikami T, et al. Diagnostic findings of bronchial brush cytology for
pulmonary large cell neuroendocrine carcinomas: comparison with poorly differentiated
adenocarcinomas, squamous cell carcinomas, and small cell carcinomas. Cancer, v.99,
n.4, p.247-254. 2003.
Kasuga, T., T. White, et al. Estimation of nucleotide substitution rates in Eurotiomycete
Fungi. Mol Biol Evol, v.19, p.2318–2324. 2002.
Kirkpatrick, W. R., J. L. Lopez-Ribot, et al. Growth competition between Candida
dubliniensis and Candida albicans under broth and biofilm growing conditions. J Clin
Microbiol, v.38, n.2, Feb, p.902-4. 2000.
Kobayashi, S. e J. Cutler. Candida albicans hyphal formation and virulence: is there a
clearly defined role? Trends Microbiol, v.6, n.3, p.92-94. 1998.
Kuhn, D. M., J. Chandra, et al. Comparison of biofilms formed by Candida albicans and
Candida parapsilosis on bioprosthetic surfaces. Infect Immun, v.70, n.2, Feb, p.878-88.
2002.
Kuhn, D. M., T. George, et al. Antifungal susceptibility of Candida biofilms: unique
efficacy of amphotericin B lipid formulations and echinocandins. Antimicrobial Agents
and Chemotherapy, v.46, n.6, p.1773-1780. 2002.
Kumamoto, C. A. Candida biofilms. Current Opinion in Microbiology, v.5, p.608-611.
2002.
161
______. A contact-activated kinase signals Candida albicans invasive growth and
biofilm development. Proc Natl Acad Sci U S A, v.102, n.15, Apr 12, p.5576-81. 2005.
Kurtzman, C. P. Systematics and Taxonomy of Yeasts. Contrib Microbiol., v.5, p.1-14.
2000.
______. Phylogenetic circumscription of Saccharomyces, Kluyveromyces and other
members of the Saccharomycetaceae, and the proposal of the new genera Lachancea,
Nakaseomyces, Naumovia, Vanderwaltozyma and Zygotorulaspora. FEMS Yeast Res,
v.4, n.3, Dec, p.233-45. 2003.
Lafleur, M., C. Kumamoto, et al. Candida albicans biofilms produce antifungal-tolerant
persister cells. Antimicrob Agents Chemother, v.50, n.11, p.3839-3846. 2006.
Lamfon, H., S. R. Porter, et al. Susceptibility of Candida albicans biofilms grow in a
constant deph film fermentor to chlorhexidine, fluconazole and miconazole: a
longitudinal study. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v.53, p.383-385. 2004.
Lee, S., S. Wormsley, et al. An analysis of the Candida albicans genome database for
soluble secreted proteins using computer-based prediction algorithms. Yeast, v.20,
p.595-610. 2003.
Lee, T. I., N. J. Rinaldi, et al. Transcriptional regulatory networks in Saccharomyces
cerevisiae. Science, v.298, n.5594, Oct 25, p.799-804. 2002.
Lewis, R. E., D. P. Kontoyiannis, et al. Antifungal activity of amphotericin B, fluconazole,
and voriconazole in an in vitro model of Candida catheter-related bloodstream infection.
Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.46, n.11, p.3499-3505. 2002.
Li, F. e S. P. Palecek. EAP1, a Candida albicans gene involved in binding human
epithelial cells. Eukaryot. Cell, v.2, p.1266-1273. 2003.
Li, F., M. Svarovsky, et al. Eap1p, an adhesin that mediates Candida albicans biofilm
formation in vitro and in vivo Eukaryot Cell, v.6, n.6, p.931-939. 2007.
162
Li, W. H. e D. Graur. Fundamentals of Molecular Evolution. Sunderland, MA: Sinauer
Associates. 1991. 284 p.
Li, X., Z. Yan, et al. Quantitative variation of biofilms among strains in natural
populations of Candida albicans. Microbiology, v.149, p.353-362. 2003.
Liu, Y. J., M. C. Hodson, et al. Loss of the flagellum happened only once in the fungal
lineage: phylogenetic structure of kingdom Fungi inferred from RNA polymerase II
subunit genes. BMC Evol Biol, v.6, p.74. 2006.
López-Ribot, J. L., M. Casanova, et al. Antibody response to Candida albicans cell wall
antigens. FEMS Immunology and Medical Microbiology, v.41, p.187-196. 2004.
Lumbsch, H. T. Phylogeny of filamentous ascomycetes. Naturwissenschaften, v.87,
p.335-342. 2000.
Lutzoni, F., M. Pagel, et al. Major fungal lineages are derived from lichen symbiotic
ancestors. Nature, v.411, n.6840, Jun 21, p.937-40. 2001.
Margoliash, E. Primary structure and evolution of cytochrome c. Proc Natl Acad Sci U S
A, v.50, p.672-679. 1963.
Martinez, J. P., M. L. Gil, et al. Serologic response to cell wall mannoproteins and
proteins of Candida albicans. Clinical Microbiolog Reviews, v.11, n.1, p.121-141. 1998.
Mcalister, L. e M. J. Holland. Targeted deletion of a yeast enolase structural gene.
Identification and isolation of yeast enolase isozymes. J Biol Chem, v.257, n.12, Jun 25,
p.7181-8. 1982.
Mccourtie, J. e L. J. Douglas. Extracellular polymer of Candida albicans: isolation,
analysis and role in adhesion. J Gen Microbiol, v.131, p.495-503. 1985.
163
Metzenberg, R. L., J. N. Stevens, et al. Identification and chromosomal distribution of
5S rRNA genes in Neurospora crassa. Proc Natl Acad Sci U S A, v.82, n.7, Apr, p.2067-
71. 1985.
Mittelman, M. W. Structure and Functional Characteristics of Bacterial biofilms in fuid
processing operations. J. Dairy Sci, v.81, p.2760-2764. 1998.
Mukherjee, P. K., J. Chandra, et al. Mechanism of fluconazole resistance in Candida
albicans biofilms: phase-specific role of efflux pumps and membrane sterols. Infection
and Immunity, v.71, n.8, p.4333-40. 2003.
Murga, R., F. T. S., et al. Role of biofilms in the survival Legionella pneumophila in a
model potable-water system. Microbiology, v.147, p.3121-3126. 2001.
Murillo, L. A., Newport G., et al. Genome-wide transcription profiling of the early phase
of biofilm formation by Candida albicans. Eukaryot Cell. v.4, n.9, p.1562-1573. 2005.
Nett, J. e D. R. Andes. Candida albicans biofilm development, modeling a host-
pathogen interaction. Curr Opin Microbiol, v.9, n.4, p.340-345. 2006.
Nobile, C. J., D. R. Andes, et al. Critical role of Bcr1-dependent adhesins in C. albicans
biofilm formation in vitro and in vivo. PLoS Pathog, v.2, n.7, Jul, p.63. 2006a.
Nobile, C. J. e A. P. Mitchell. Regulation of cell-surface genes and biofilm formation by
the C. albicans transcription factor Bcr1p. Curr Biol, v.15, n.12, Jun 21, p.1150-5. 2005.
______. Genetics and genomics of Candida albicans biofilm formation. Cell Microbiol,
v.8, n.9, Sep, p.1382-91. 2006.
Nobile, C. J., Nett, J.E., et al. Function of Candida albicans adhesin Hwp1 in biofilm
formation. Eukaryot Cell. v.5, n.10, p. 1604-1610. 2006b.
164
Oh, S. H., G. Cheng, et al. Functional specificity of Candida albicans Als3p proteins and
clade specificity of ALS3 alleles discriminated by the number of copies of the tandem
repeat sequence in the central domain. Microbiology, v.151, p.673-81. 2005.
Padovan, A. C., G. F. Sanson, et al. Fungi evolution revisited: application of the
penalized likelihood method to a Bayesian fungal phylogeny provides a new perspective
on phylogenetic relationships and divergence dates of Ascomycota groups. J Mol Evol,
v.60, n.6, Jun, p.726-35. 2005.
Peirson, S. N. e J. N. Butler. Quantitative polymerase chain reaction. Methods Mol Biol,
v.362, p.349-62. 2007.
Perumal, P., S. Mekala, et al. Role for cell density in antifungal drug resistance in
Candida albicans biofilms. Antimicrob Agents Chemother, v.51, n.7, p.2454-2463. 2007.
Peterson, K. J., J. B. Lyons, et al. Estimating metazoan divergence times with a
molecular clock. Proc Natl Acad Sci U S A, v.101, n.17, Apr 27, p.6536-41. 2004.
Pfaller, M., Q. Vu, et al. Multisite reproducibility of colorimetric broth microdilution
method for antifungal susceptibility testing of yeast isolates. J Clin Microbiol, v.32, n.7,
p.1625-1628. 1994.
Pfaller, M. A., D. J. Diekema, et al. International surveillance of bloodstream infections
due to Candida species: frequency of occurrence and in vitro susceptibilities to
fluconazole, ravuconazole, and voriconazole of isolates collected from 1997 through
1999 in the SENTRY antimicrobial surveillance program. J Clin Microbiol, v.39, n.9,
Sep, p.3254-9. 2001.
Pflug, H. Yeast-like microfossils detected in oldest sediments of the earth.
Naturwissenschaften, v.65, p.611-615. 1978.
Piatigorsky, J. Crystallin genes: specialization by changes in gene regulation may
precede gene duplication. Journal of Structural and Functional Genomics, v.3, p.131-
137. 2003.
165
Potera, C. Forging a link between biofilms and disease. Science, v.283, p.1837-1839.
1999.
Raamsdonk, L. M., J. A. Diderich, et al. Co-consumption of sugars or ethanol and
glucose in a Saccharomyces cerevisiae strain deleted in the HXK2 gene. Yeast, v.18,
n.11, p.1023-33. 2001.
Ramage, G., S. P. Bachmann, et al. Investigation of multidrug efflux pumps in relation to
fluconazole resistance in Candida albicans biofilms. Journal of Antimicrobial
Chemotherapy, v.49, n.6, p.973-980. 2002.
Ramage, G., S. P. Saville, et al. Inhibition of Candida albicans biofilm formation by
farnesol, a quorum sensing molecule. Applied and Environmental Microbiology, v.68,
n.11, p.5459-5463. 2002.
Ramage, G., K. Vandewalle, et al. In vitro Pharmacodynamic properties of three
antifungal agents against preformed Candida albicans biofilms determined by time-kill
studies. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.46, n.11, p.3634-3636. 2002.
______. The filamentation pathway controlled by the Efg1 regulator protein is required
for normal biofilm formation and development in Candida albicans. FEMS Microbiology
Letters, v.214, p.95-100. 2002.
______. Biofilm formation by Candida dubliniensis. J Clin Microbiol, v.39, n.9, p.3234-
3240. 2001a.
______. Standardized method for in vitro antifungal susceptibility testing of Candida
albicans biofilms. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.45, n.9, p.2475-2479.
2001b.
Redecker, D., R. Kodner, et al. Glomalean fungi from the Ordovician. Science, v.289,
n.5486, p.1920-1921. 2000.
166
Reeb, V., F. Lutzoni, et al. Contribution of RPB2 to multilocus phylogenetic studies of
the euascomycetes (Pezizomycotina, Fungi) with special emphasis on the lichen-
forming Acarosporaceae and evolution of polyspory. Mol Phylogenet Evol, v.32, n.3,
Sep, p.1036-60. 2004.
Reynolds, T.B. e Fink, G.R. Bakers' yeast, a model for fungal biofilm formation. Science,
v. 291, n. 5505, p.878-881. 2001.
Rodriguez, A., T. De La Cera, et al. The hexokinase 2 protein regulates the expression
of the GLK1, HXK1 and HXK2 genes of Saccharomyces cerevisiae. Biochem J, v.355,
n.Pt 3, May 1, p.625-31. 2001.
Rogers, J. On the consistency of maximum likelihood estimation of phylogenetic trees
from nucleotide sequences. Syst Biol, v.46, p.354-357. 1997.
Saitou, N. e M. Nei. The neighbor-joining method: a new method for reconstructing
phylogenetic trees. Molecular Biology and Evolution, v.4, p.406-425. 1987.
Sambrook, J., E. F. Fritsch, et al. Molecular Cloning: a Laboratory Manual. New York:
Cold Spring Harbor Laboratory Press. 1989
nches-Souza, A., D. Tarragó, et al. Adherence to polystyrene of clinically relevant
isolates of Candida species. Clinical Microbiology and Infection, v.7, n.7, p.379-382.
2001.
Sanderson, M. A nonparametric approach to estimating divergence times in the
absence of rate constancy. Mol Biol Evol, v.14, p.1218-1231. 1997.
______. Estimating absolute rates of molecular evolution and divergence times: a
penalized likelihood approach. Mol Biol Evol v.19, p.101-109. 2002.
Sanderson, M. e J. Doyle. Sources of error and confidence intervals in estimating the
age of angiosperms from rbcL and 18S rDNA data. Am J Bot, v.88, p.1499-1516. 2001.
167
Sanger, F., S. Nicklen, et al. DNA sequencing with chain-terminating inhibitors.
Proceedings of the National Academy of Sciences of USA, v.74, p.5463-5467. 1977.
Sanson, G. F. O. e M. R. S. Briones. Typing of Candida glabrata in clinical isolates by
comparative sequence analysis of the cytochrome c oxidase subunit 2 gene
distinguishes two clusters of strains associated with geographical sequence
polymorphisms. Journal of Clinical Microbiology, v.38, n.1, p.227-235. 2000.
Shin, J. H., S. J. Kee, et al. Biofilm production by isolates of Candida species recovered
from nonneutropenic patients: comparison of bloodstream isolates with isolates from
other sources. J Clin Microbiol, v.40, n.4, Apr, p.1244-8. 2002.
Sohn, K., I. Senyurek, et al. An in vitro assay to study the transcriptional response
during adherence of Candida albicans to different human epithelia. FEMS Yeast Res,
v.6, n.7, Nov, p.1085-93. 2006.
Soustre, J., M. H. Rodier, et al. Caspofungin modulates in vitro adherence of Candida
albicans to plastic coated with extracellular matrix proteins. Journal of Antimicrobial
Chemotherapy, v.48, p.1-4. 2004.
Spatafora, J. W., G. H. Sung, et al. A five-gene phylogeny of Pezizomycotina.
Mycologia, v.98, n.6, Nov-Dec, p.1018-28. 2006.
Suci, P. A. e B. J. Tyler. A method for discrimination of subpopulations of Candida
albicans biofilm cells that exhibit relative levels of phenotypic resistence to
chlorhexidine. Journal of Microbiological Methods, v.53, p.313-325. 2003.
Sugiyama, J., K. Hosaka, et al. Early diverging Ascomycota: phylogenetic divergence
and related evolutionary enigmas. Mycologia, v.98, n.6, p.996-1005. 2006.
Suh, S. O., M. Blackwell, et al. Phylogenetics of Saccharomycetales, the ascomycete
yeasts. Mycologia, v.98, n.6, Nov-Dec, p.1006-17. 2006.
168
Sundstrom, P. e G. R. Aliaga. Molecular cloning of cDNA and analysis of protein
secondary structure of Candida albicans enolase, an abundant, immunodominant
glycolytic enzyme. Journal of Bacteriology, v.174, n.21, p.6789-6799. 1992.
Sundstrom, P., J. Jensen, et al. Humoral and cellular immune responses to enolase
after alimentary tract colonization or intravenous immunization with Candida albicans. J
Infect Dis, v.170, n.2, Aug, p.390-5. 1994.
Swofford, D. L., G. J. Olsen, et al. Phylogenetic inference. In: D. M. Hillis, C. Moritz, et
a l (Ed.). Molecular Systematics. Sunderland, MA: Sinauer Associates, 1996.
Phylogenetic inference, p.407-514
Tavare, S. Some probabilistic and statisical problems on the analysis of DNA
sequences. Lect Math Life Sci, v.17, p.57-86. 1986.
Taylor, J. W. Making the Deuteromycota redundant: a practical integration of mitosporic
and meiosporic fungi. Canadian journal of botany, v.73, n.Suppl 1, p.S754-S759. 1995.
Taylor, J. W. e M. L. Berbee. Dating divergences in the Fungal Tree of Life: review and
new analyses. Mycologia, v.98, n.6, p.838-849. 2006.
Taylor, T. N., H. Hass, et al. The oldest fossil ascomycetes. Science, v.399, p.648.
1999.
Thomas, D., S. Bachmann, et al. Proteomics for the analysis of the Candida albicans
biofilm lifestyle. Proteomics, v.6, n.21, p.5795-5804. 2006.
Thorne, J., H. Kishino, et al. Estimating the rate of evolution of the rate of molecular
evolution. Mol Biol Evol, v.15, n.12, p.1647-1657. 1998.
Van Der Straten, D., R. A. Rodrigues-Pousada, et al. Plant enolase: gene structure,
expression, and evolution. Plant Cell, v.3, p.719-735. 1991.
169
Verstrepen, K. J. e F. M. Klis. Flocculation, adhesion and biofilm formation in yeasts.
Mol Microbiol, v.60, n.1, Apr, p.5-15. 2006.
Verstrepen, K. J., T. B. Reynolds, et al. Origins of variation in the fungal cell surface.
Nat Rev Microbiol, v.2, n.7, p.533-40. 2004.
Wach, A., H. Pick, et al. Procedures for isolating yeast DNA for different purposes. In: J.
R. Johnston (Ed.). Molecular genetics of yeast. Eynsham: Oxford University Press,
1994. Procedures for isolating yeast DNA for different purposes, p.1-16. (The Practical
Approaches Series)
Walsh, T. J., J. W. Hathorn, et al. Detection of circulating Candida enolase by
immunoassay in patients with cancer and invasive candidiasis. N Engl J Med, v.324,
n.15, Apr 11, p.1026-31. 1991.
Wang, D. Y. C., S. Kumar, et al. Duvergence time estimates for the early history of
animal phyla and the origin of plants, animals and fungi. Proceedings of the Royal
Society of London. Series B. Biological sciences., v.266, p.163-171. 1999.
Wang, Z., M. Binder, et al. Evolution of helotialean fungi (Leotiomycetes,
Pezizomycotina): a nuclear rDNA phylogeny. Mol Phylogenet Evol, v.41, n.2, Nov,
p.295-312. 2006.
Warris, A., P. Gaustad, et al. Recovery of filamentous fungi from water in a paediatric
bone marrow transplantation unit J Hosp Infect v.47, p.143-148. 2001.
Westermeier, R. e T. Naven. Proteomics in Practice: A laboratory manual of proteome
analysis. Weinhein: Wiley-VCH. 2002. 316 p.
Woese, C. R. Bacterial evolution. Microbiological Reviews, v.51, p.221-271. 1987.
Woodcock, D., P. Crowther, et al. Quantitative evaluation of Escherichia coli host strains
for tolerance to cytosine methylation in plasmid and phage recombinants. Nucleic Acids
Research, v.17, p.3469-3478. 1989.
170
Wu, J., Y. Zeng, et al. Functional mapping of reaction norms to multiple environmental
signals. Genet Res, v.89, n.1, Feb, p.27-38. 2007.
Wu, T., K. Wright, et al. Enhanced extracellular production of aspartyl proteinase, a
virulence factor, by Candida albicans isolates following growth in subinhibitory
concentrations of fluconazole. Antimicrob Agents Chemother, v.44, n.5, May, p.1200-8.
2000.
Xavier, J., C. Picioreanu, et al. Monitorização e modelação da estrutura de biofilmes.
Boletim de Biotecnologia, p.1-13. 2003.
Zhao, X., K. J. Daniels, et al. Candida albicans Als3p is required for wild-type biofilm
formation on silicone elastomer surfaces. Microbiology, v.152, n.Pt 8, Aug, p.2287-99.
2006.
Zhao, X., C. Pujol, et al. Allelic variation in the contiguous loci encoding Candida
albicans ALS5, ALS1 and ALS9. Microbiology, v.149, n.Pt 10, Oct, p.2947-60. 2003.
Zuckerkandl, E. e L. Pauling. Molecular disease, evolution and genetic heterogeneity.
In: M. Marsha e B. Pullman (Ed.). Horizons in Biochemistry. New York: Academic
Press, 1962. Molecular disease, evolution and genetic heterogeneity, p.189-225
171
CAPÍTULO 8: PUBLICAÇÕES
A.S.A. Melo et al.
664
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
The Candida albicans AAA ATPase homologue
of Saccharomyces cerevisiae Rix7p (YLL034c)
is essential for proper morphology, biofilm
formation and activity of secreted aspartyl
proteinases
A.S.A. Melo
1
, A.C.B. Padovan
1
, R.C. Serafim
1
, L. Puzer
2
,
A.K. Carmona
2
, L. Juliano Neto
2
, A. Brunstein
1
and M.R.S. Briones
1
1
Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia,
2
Departamento de Bioquímica, Universidade Federal de São Paulo,
São Paulo, SP, Brasil
Corresponding author: M.R.S. Briones
Genet. Mol. Res. 5 (4): 664-687 (2006)
Received June 26, 2006
Accepted September 4, 2006
Published November 9, 2006
ABSTRACT. Proper morphology is essential for the ability of Can-
dida albicans to switch between yeast and hyphae and thereby sustain
its virulence. Here we identified, by differential screening, a novel C.
albicans AAA ATPase encoding gene, CaYLL34 (RIX7), with enhanced
expression in hyphae. Phylogenetic analysis suggests that CaYLL34
belongs to a “VCP-like” subgroup of AAA ATPases essential for yeast
viability and contains a bipartite nuclear localization signal. Inactivation
of one copy of CaYLL34, by the URA-Blaster method, generated the
heterozygous mutant strain M61. This strain has severe phenotypic al-
terations, such as a highly increased vacuole, abnormal cell shape and
reduced growth in different conditions. Also, major pathogenicity fac-
tors are affected in M61, for instance, a significant decrease of hypha
formation (>90%), surface biofilm adhesion (86%) and secreted aspar-
tyl proteinase activity (76.5%). Our results show that the partial impair-
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006)
FUNPEC-RP www.funpecrp.com.br
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
665
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
ment of CaYll34p cellular levels is sufficient to affect the proper cellular
morphology and pathogenicity factors and suggest that this protein is
required for biogenesis of ribosomal subunits. Accordingly, we propose
that the product of CaYLL34 could be tested as a novel target for anti-
fungal drugs.
Key words: AAA ATPases, Candida albicans, CottonPrep, YLL34,
RIX7, Differential screening, Insertional mutagenesis
INTRODUCTION
The yeast Candida albicans is commensal in humans, where it predominantly colo-
nizes the mucosal surfaces of the gastrointestinal tract. However, especially in immunocompro-
mised patients, C. albicans develops into an opportunistic pathogen that can cause superficial
as well as life-threatening disseminated infections (Odds, 1988; Fidel and Sobel, 1996). The
opportunistic infections in immunocompromised hosts represent an increasingly common cause
of mortality and morbidity (Fisher-Hoch and Hutwagner, 1995; Groll et al., 1998). C. albicans
can switch its morphology from budding yeast to pseudohyphae (chains of elongated cells with
visible constrictions at the sites of septa) and hyphae (linear filaments without visible constric-
tions at the septa) (Mitchell, 1998). The pathogenicity of C. albicans seems to be dependent on
this capacity for yeast to hypha transition and also, the formation of biofilms and secretion of
aspartyl proteinases.
Hyphae are considered the more invasive forms because they are frequently identified
in infected tissues and because mutant strains defective in hyphal growth are avirulent (Leberer
et al., 1996; Lo et al., 1997; Stoldt et al., 1997). Yeast to hyphae transition depends on environ-
mental conditions and could be controlled by transcriptional regulators such as the products of
genes TUP1, CPH1 and EFG1 (Braun and Johnson, 2000). TUP1 represses genes responsible
for carrying out filamentous growth and EFG1 and CPH1 (an orthologue of Saccharomyces
cerevisiae STE12) are putative transcriptional activators of hyphae (Braun and Johnson, 2000).
Under different growth conditions, a network of signalling pathways is employed to simulta-
neously assess the multiple nutrients available, cell density and other growth conditions. The
integrated output of these pathways determines gene expression and dimorphic transition (Liu,
2001). Different signalling pathways and transcriptional factors seem to converge to regulate
the transcription of a common set of hyphal-specific genes (Liu, 2001). Several genes have
been identified whose expression is induced during hyphal growth. Such genes include HYR1,
ALS3, HWP1, and ECE1, most of which encode cell wall proteins. HYR1 is activated in re-
sponse to hyphal development (Bailey et al., 1996). ECE1 is associated with cell elongation
(Birse et al., 1993). ALS3 is a hyphal-specific gene and its feature suggests that Als3p is a cell
surface glycoprotein (Hoyer et al., 1998). HWP1 encodes a hyphal-specific surface protein that
is implicated in adhesion to human oral epithelial cells (Staab et al., 1999).
Biofilm formation by Candida spp is a major pathogenicity factor and has gained con-
siderable interest recently (Calderone and Gow, 2002). Infections by Candida involve biofilm
formation on implanted devices such as indwelling catheters and prosthetic heart valves (Haw-
A.S.A. Melo et al.
666
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
ser and Douglas, 1994; Douglas, 2003). Biofilms of C. albicans formed in vitro on catheter
material consist of matrix-enclosed microcolonies of yeasts and hyphae, arranged in a bilayer
structure. These biofilms seem to contribute to multiple resistance to drugs in current clinical
use, including amphotericin B and fluconazole (Baillie and Douglas, 1999). The extent of resis-
tance varies according to the Candida species and the nature of the material on which the
biofilm is formed, and apparently, the bloodstream is constantly seeded with cells from within
the biofilm formed on implanted devices.
Another important pathogenicity factor of C. albicans is the extracellular proteolylic
activity of the secreted aspartyl proteinases (SAPs) which are encoded by at least 10 genes
whose expression varies with morphogenesis and environment (Hube et al., 1994; Monod et al.,
1998; Naglik et al., 1999). These SAPs have different pH optima and specificity for distinct
substrates and participate in host protein digestion for nutritional supplement, escape from im-
munity, adhesion and tissue degradation during invasion (Hube et al., 1998; Koelsch et al., 2000).
Inactivation of SAP1 to SAP3 genes influences the course of superficial infections, while SAP4
to SAP6 are important for systemic infections (Sanglard et al., 1997; De Bernardis et al., 1999;
Schaller et al., 1999; Felk et al., 2002). These proteinases are expressed in distinct stages of
systemic infections and are responsible for the damage of different tissues and organs (Felk et
al., 2002). Although all factors that regulate the expression of each specific proteinase have not
yet been identified, these authors propose that impaired proteinase expression is responsible for
the decreased virulence of hypha defective mutants.
Differential screening has been used to search for differentially expressed genes in
distinct phases of organismal development (Van De Loo et al., 1995; Thipyapong et al., 1997).
Also, antifungal drugs currently used are based on a relatively small number of targets, and
therefore, the characterization of novel, fungal-specific functions, preferentially related to fun-
gal pathogenicity, could contribute to the discovery of new drug targets (Whiteway, 2000).
Here, to discover novel genes differentially expressed in C. albicans hyphae, we used a differ-
ential screening method and characterized CaYLL34, a gene with enhanced expression in hy-
phae of C. albicans and a putative member of the AAA ATPase (
ATPase associated with
various cellular
activities) family. Insertional inactivation of this gene leads to impairment of
several cellular functions related to morphology and pathogenicity.
MATERIAL AND METHODS
Candida albicans genomic library construction
Candida albicans ATCC 90029 strain was grown on a rotary shaker at 30°C in YPD
medium (1% yeast extract, 2% dextrose, 2% peptone) overnight. Total DNA was extracted
using the small scale and quick protocol (Wash et al., 1994) and fragmented by sonication.
Fragments from 1 to 4 kb were isolated by preparative agarose electrophoresis, ligated in pUC18
vector and used to transform E. coli DH5-α. DNA from 552 clones was extracted using a
“CottonPrep” method, a modification of the MiniPrep protocol (Sambrook et al., 1989) adapted
for 96-well plates. Briefly, after growth for 16 h at 37ºC, lysis in a 200-µL solution II (0.2 N
NaOH, 1% SDS) and neutralization in a 200-µL solution III (3 M potassium, 5 M potassium
acetate), the plates were incubated for 30 min on ice. A small amount of hydrophobic cotton
was added to each well and the plates were centrifuged for 45 min at 4,000 rpm at 10°C and 250
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
667
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
µL of the supernatant was collected, transferred to other 96-well plates (1 mL capacity) con-
taining 200 µL cold isopropanol and briefly homogenized. After plate centrifugation at 4,000 rpm
for 20 min at 10°C, the supernatant was discarded and the plate inverted on absorbent paper.
Pellets were washed with 200 µL cold ethanol, centrifuged for 15 min at 4,000 rpm at 10°C and
dried at 60°C for 15 min, and plasmids were suspended in 20 µL sterile water and homogenized
by vortexing for 3 min.
Differential screening
Plasmids from individual clones of the genomic library described above were spotted on
six Hybond-N+ membranes using a dot-blot vacuum system. These membranes contained as
controls an actin gene clone, a plasmid with no inserts (pUC18) and a dot with no plasmid.
Radiolabeled yeast and hyphal cDNA probes were prepared from total RNA by RT-PCR (de-
scribed below) in which dCTP was substituted by [α-
32
P]-dCTP. The six library membranes
were incubated with 20 mL hybridization solution (6X SSC, 50% formamide, 5X Denhardt’s
solution, 1% SDS, and 1.5 mg salmon sperm DNA) at 42°C for 2 h. Yeast cDNA probe was
added and the membranes were hybridized overnight. Membranes were washed three times for
10 min at room temperature with 1X SSC/1% SDS and exposed to X-ray film for 48 h. The
second hybridization, using hyphal cDNA probe, was performed after the removal of yeast
probe checked by autoradiography. Autoradiograms were scanned and analyzed by the
ImageQuant program (Molecular Dynamics) and data processed using Excel (Microsoft).
Probes for library screening were prepared from yeast and hyphal cDNA. For this, C.
albicans ATCC 90029 was grown on YPD medium overnight at 30ºC with constant agitation to
produce yeast cells. To obtain hyphae, yeasts were diluted to 1.0 x 10
7
cells/mL in fetal bovine
serum containing 5 mg/mL dextrose and incubated at 37°C with agitation for 3 h. Hyphal induc-
tion was 80% (germ tube formation). RNA was extracted from 1.5 mL of yeast or hyphal
culture where cells were treated with 200 µL 1 M sorbitol/Zymoliase (20,000 IU) and incubated
at 37°C for 120 min with mild agitation. After centrifugation the pellets were resuspended in 1
mL Trizol
TM
(Life technologies) and the RNA extracted according to the manufacturer. After
checking integrity by agarose gel electrophoresis, RNA samples were treated with DNAse-
RNAse free (Promega).
Yeast and hyphal cDNA were produced using Superscript
TM
II enzyme (Life Technolo-
gies) following the manufacturers protocol. Each reaction contained 1 µg of total RNA, 1 µL
oligo dT
12-18
, 50 mM and 1 µL 10 mM dNTP in 10 µL final volume. Reactions were incubated at
65°C for 5 min and cooled on ice. To each reaction tube, 10 µL of the following mixture was
added: 4 µL of 5X first-strand buffer, 2 µL 10 mM MgCl
2
, 2 µL 0.1 M DTT, 1.4 µL RNAguard
TM
(Amersham Pharmacia Biotech), and 1 µL Superscrip
TM
II. Reactions were incubated at 42°C
for 50 min and then at 70°C for 15 min, and the resulting cDNAs stored at -20°C.
Reverse transcriptase-polymerase chain reaction
Primers for amplification of CaYLL34 3’ region were YLL34F (5’-ACG CCG TGT
ATT ATT TTC TTT G) and YLL34R (5’-ATT TCT TGT ATT TTT GGG TTT GG), and for
amplification of ACT1 (C. albicans actin gene) primers ACT1F (5’-AGA ATT GAT TTG GCT
GGT AGA GAC) and ACT2R (5’-AGA AGA TGG AGC CAA AGC AGT AAT) were used.
A.S.A. Melo et al.
668
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
RT-PCRs were performed in a total volume of 25 µL with 1 µL cDNA (approximately 2.5 ng for
radiolabeling and 0.06 ng for expression analysis), 1 U Taq DNA pol (Gibco), 25 ρmol of each
primer, 1X Taq buffer, 0.8 mM each dNTP and 4 mM MgCl
2
. Cycling conditions were as
followed: 94°C for 5 min; 35 cycles of 94°C for 1 min, 50°C for 1 min, 72°C for 1:30 min, and
final extension at 72°C for 5 min. Products of these reactions were separated by ethidium
bromide/agarose gel electrophoresis and gel images were scanned. Amplicons were quantified
using the ImageQuant (Molecular Dynamics) and Excel (Microsoft) programs and band inten-
sities normalized using actin amplification as control.
DNA sequencing and contig assembly
For sequencing, clones of interest were subcloned because the average insert sizes
were above 2,000 bp. Clone plasmids were extracted and fragmented by sonication. Fragments
between 300 and 1,000 bp were isolated from preparative 1% agarose gels, ligated into pUC18
and cloned in E. coli DH5-α. Inserts were sequenced using dideoxy-nucleotide BigDye Termi-
nators (Applied Biosystems) in an ABI377/96 automated sequencer. Contigs were assembled
using Phred-Phrap-Consed programs (Ewing and Green, 1998; Ewing et al., 1998; Gordon et
al., 1998).
Computational sequence analysis
Nucleotide sequences were submitted to BLAST analysis (Blastn and Blastx) at the
NCBI - National Center for Biotechnology Information (http://www.ncbi.nlm.nih.gov) and Can-
dida Stanford Genome - Stanford Genome Technology Center (http://sequence-www.stanford.
edu/group/candida/search.html) sites. To search for conserved functional motifs, protein se-
quences were analyzed at the Pfam website, a database of protein families and HMMs, Wash-
ington University in St. Louis (http://pfam.wustl.edu/hmmsearch.shtml), and to search for trans-
membrane domains, sequences were submitted to CBS, Center for Biological Sequence Anal-
ysis, BioCentrum-DTU, Technical University of Denmark (http://www.cbs.dtu.dk/services/
TMHMM). The amino acid sequence of the CaYLL34 protein was obtained using EditSeq
program (DNAstar, Madison, WI, USA) and the standard codon usage except for CTG, which
encodes serine instead of leucine in C. albicans (Santos and Tuite, 1995). Sequences were
aligned using MEGALIGN program (DNAstar) and the Clustal method (Higgins and Sharp,
1989). The alignments and the corresponding accession number tables are available upon re-
Phylogenetic inference
The amino acid sequence of CaYLL34p (GenBank accession No. AAR84642) was
used as query on TBLASTN search. The amino acid sequences of the 100 best hits were
selected and aligned by eye using SEAVIEW (Galtier et al., 1996). Removal of sequences with
large number of gaps resulted in the alignment of 505 positions from 75 sequences, excluding
gaps. Phylogenetic tree was inferred using MrBayes program (Huelsenbeck and Ronquist,
2001) with the JTT model (Jones et al., 1992) for amino acid substitution with gamma distribu-
tion (Yang, 1994), alpha shape parameter = 0.899821 and 95% confidence interval of 0.794562-
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
669
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
1.020755. The chain length was 100,000 and four simultaneous chains were run and sampled
every 100 generations. A consensus tree was built from 600 trees corresponding to 60,000
generations for which the likelihood scores converged to a stable value. Bootstrap values were
obtained from 100 pseudo-replicates generated by the neighbor-joining method in PAUP 4.0.
(Swofford, 1998).
Candida albicans transformation and isolation and characterization of mutants
Transformation was performed using a slight modification of the lithium acetate method
described elsewhere (Fonzi and Irwin, 1993). Briefly, C. albicans CAI4 (ura3::imm434/
ura3::imm434) was incubated in YPD-uridine at 30°C for 48 h. A single colony was isolated
and used to inoculate 2 mL YPD-uridine. After growth overnight at 30°C, 0.5 mL of this suspen-
sion were transferred to 50 mL YPD-uridine and incubated at 30°C for 6 h. When the absorb-
ance (600 nm) increased 4-fold, cells were pelleted by centrifugation, washed in sterile water
and resuspended in 0.5 mL TE/LiOAc. For transformation, 5 to 10 µL cassette DNA and 10 µg
salmon sperm DNA were added to 0.1 mL of competent cells which were prepared as de-
scribed above, and then incubated for 30 min at room temperature. After addition of 0.7 mL
PLATE mix the suspension was incubated for 16 h at room temperature. The suspension was
incubated at 42°C for 1 h and cells pelleted (30 s) were resuspended in 0.1 mL sterile water,
plated on SD-agar and incubated for 5 days. After replating for 48 h, the DNA of transformants
was extracted.
Southern blot analysis was performed using genomic DNA of ATCC 90029, CAI4 and
M61 that was digested with BamHI and BglII. After separation by agarose gel electrophoresis,
fragments of the digestion products were transferred to a nylon membrane as described else-
where (Sambrook et al., 1989). A sequence of CaYLL34 3’ region labeled with [α-
32
P]-dCTP
using Random Primers DNA Labeling System (Life Technologies) was used as a probe (555
bp) (Figure 6A). This sequence was also present in cassette construction to CaYLL34 inactiva-
tion, and therefore hybridizes to the cassette and the wild-type gene.
Growth curves of the ATCC 90029, CAI4, L296, and M61 strains were determined for
cultures in YPD agar at 30°C for 72 h and then incubated in 2X YPD overnight in a shaker at
200 rpm at 37°C. The cultures were diluted with fresh medium and the cell suspensions were
set to 0.5 optical density (OD) at 600 nm. An inoculum of 5 mL of each strain was added to 45
mL of 2X YPD, in 2 replicates. Afterward, one replicate was incubated at 30°C and the other at
37°C in a shaker at 200 rpm. To estimate the doubling time of strains in both growth conditions,
the cultures were measured (OD
600
) every 3 h in the first 30 h. After that, the cultures were
measured at 36 and 48 h.
Counter-selection was used to select Ura3
auxotrophs as described elsewhere [Fonzi
and Irwin, 1993 #82], on minimal medium containing 5-fluoroorotic acid (5-FOA, 625 µg/mL)
and uridine (100 µg/mL). Prior to selection, M61 mutant was plated on YPD medium supple-
mented with uridine and incubated for 48 h at 30°C. One individual colony was taken from the
plate and suspended in H
2
O (1 mL). Dilutions of the suspension were spread on SD with uridine
to determine the number of colony forming units present and portions were spread on 5-FOA
medium to select Ura3
cells. The 5-FOA plates were scored after 3-4 days of incubation at
30°C. DNA of some colonies was extracted and submitted to PCR with primers URA3-F and
URA3-R to confirm URA3 split.
A.S.A. Melo et al.
670
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
Microscopy analysis and phenotypic tests for species identification
To analyze the phenotypic changes of M61 mutant strain, CAI4 (parental strain) and
M61 were grown in YPD, SD 50 (minimum medium containing 50 mM glucose), and fetal
bovine serum (FBS), overnight at 37°C in a shaker. The morphology was examined by phase-
contrast microscopy (BX 60 System Microscope, Olympus Optical Co., Tokyo, Japan) and
photographed (PM 30 Automatic Photomicrographic System, Olympus Optical Co.). Micro-
morphology analysis was used to confirm species identification, ATCC 90029, CAI4 and M61
strains were cultured for 48 h in Sabouraud-Dextrose agar (Difco Laboratories, Detroit, MI,
USA). One colony of each strain was striated on cornmeal agar Tween-80, covered with ster-
ilized coverslips and incubated at 25-28°C for 48 to 96 h. The cultures were examined daily with
an optical microscope (phase-contrast) (BX 60 System Microscope, Olympus Optical Co.)
using 10X and 40X lenses to observe blastoconidia, artroconidia, hyphae, pseudohyphae, and
chlamydoconidia. The presence of chlamydoconidia in all three cultures was confirmatory for
C. albicans identification. Species identification was further confirmed for these three strains
by culturing on CHROMagar Candida medium (CHROMagar, Paris, France), and all of them
produced green colonies, which is diagnostic of C. albicans. Classical biochemical analysis of
sugar assimilation and fermentation also confirmed the C. albicans profile in all three strains.
Biofilm production measurement by crystal violet staining and XTT reduction assays
The growth conditions and biofilm formation for crystal violet staining and XTT (tetra-
zolium salt 2,3-bis(2-methoxy-4-nitro-5-sulfophenyl)-5-[(phenylamino) carbonyl]-2H-tetrazolium
hydroxide) reduction assay used in this study were adapted from that described elsewhere (Jin
et al., 2003). The ATCC 90029, CAI4, L296, and M61 strains were cultured in YPD agar at
30°C for 48 h and then incubated in SD 110 mM glucose broth overnight on a shaker at 200 rpm
for 18 h at 37°C. The cultures were harvested and washed twice with PBS, the cell suspensions
were set to an absorbance of 0.4 at 520 nm, and 100 µL of these suspensions were tranferred to
a 96-well cell culture plate. No cells were added to one row to be used as control. The plate was
incubated at 37°C for 1 h 30 min at 75 rpm (adhesion period). The wells were washed twice
with PBS and 100 µL of SD 110 mM glucose was added. The plate was incubated at 37°C for
66 h at 75 rpm (biofilm formation).
For the crystal violet staining, each well was washed twice with PBS and dried for 1 h
at room temperature. Next, each of the washed wells was stained with 110 µL of 0.4% aqueous
crystal violet solution for 45 min. Afterwards, the wells were washed four times with 200 µL MilliQ
sterile water and destained with 200 µL of 95% ethanol. After 45 min, 100 µL of destaining solution
of each sample was transferred to a new plate that was measured with a microtiter plate reader
(Multiskan MS, Labsystems, Finland) at 540 nm. The absorbance values of the controls were
subtracted from the values of the test wells to minimize background interference. Two inde-
pendent experiments were performed with 7 replicates for each strain (a total of 14 replicates).
For the XTT reduction assay, an XTT solution was prepared (1 mg/mL in PBS) and
filter-sterilized through a 0.22-µm pore size filter. Menadione solution (0.4 mM in acetone) was
filtered and mixed with XTT solution at a ratio of 1 to 5 by volume before the assay. After
biofilm formation, the wells were washed three times with 200 µL PBS. To each well, 200 µL of
PBS and 12 µL of the XTT-menadione solution were added. The culture plate was incubated in
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
671
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
the dark for 2 h at 37°C, and then, 100 µL of solution of each sample was transferred to a new
plate and measured with a microtiter plate reader at 492 nm. The absorbance values of the
controls were subtracted from the values of the test. The experiment was performed using 7
replicates for each strain.
Aspartyl proteinase assays
The growth conditions for biofilm induction was modified from that described by Haw-
ser and Douglas (1994). The ATCC 90029, CAI4, L296, and M61 strains were cultured in SD
50 mM (YNB medium supplemented with 50 mM glucose) plates at 30°C for 72 h. A loopful
was inoculated in 20 mL of SD 50 mM and cultured on a shaker at 37°C for 24 h at 70 rpm. The
cells were washed twice with PBS and suspended to an absorbance of 0.8 at 520 nm. One
milliliter of each cell suspension was added to the wells of 24-well tissue culture plates and
incubated for 1 h 30 min on a shaker at 37°C (adhesion period) at 70 rpm. The wells were
washed once with 2.5 mL PBS and 1 mL of SD 50 mM was added. For the CAI4 strain, the
medium was supplemented with 0.1 M uridine. The plates were incubated in a shaker at 37°C
for 48 h at 70 rpm to allow biofilm formation. The medium was changed after 24 h. The medium
was removed and 100 µL PBS was added to resuspend the biofilms. The biofilms of 8 wells of
each stain were transferred to an Eppendorf tube and centrifuged briefly. Fifty microliters of the
supernatant was used in the aspartyl proteinase assays.
The internally quenched fluorogenic peptide Abz-AIKFFARQ-EDDnp flanked by ortho-
aminobenzoic acid (Abz) and N-[2,4-dinitrophenyl] ethylenediamine (EDDnp) was used to test
the aspartyl proteinase activity following the method previously described (Pimenta et al., 2001). The
peptide was synthesized by solid-phase in an automated bench-top simultaneous multiple solid-phase
peptide synthesizer (PSSM 8 system, Shimadzu, Japan) as described elsewhere (Hirata et al.,
1994). The molecular weight and purity of the synthesized peptide was checked by amino acid
analysis and MALDI-TOF mass spectrometry, using a TofSpec-E from Micromass, Manches-
ter, UK. Stock solutions of the substrate were prepared in DMSO, and the concentration was
measured spectrophotometrically using the molar extinction coefficient of 17,300 M
-1
cm
-1
at
365 nm. Abz-AIKFFARQ-EDDnp (5 µM) was assayed in 50 mM sodium citrate buffer, pH 4.0,
at 37°C. The reaction was followed by measuring the fluorescence at λ
ex
= 320 nm and λ
em
=
420 nm continuously in a Hitachi F-2500 spectrofluorometer. The slope was converted into
nmols of substrate hydrolyzed per minute based on a calibration curve obtained from the com-
plete hydrolysis of peptide. For inhibition studies, 2 µM of pepstatin was added to the reaction.
RESULTS
Differential screening and clone selection
To identify genes that are differentially expressed in yeast-to-hypha transition, we used
a differential screening method where six Hybond-N+ membranes were spotted with 540 clones
of C. albicans genomic library and screened sequentially with radiolabeled yeast and hyphal
cDNA probes as previously described (Melo et al., 2003). Hybridization signals were quantified
by scanning of the autoradiogram and analysis by the ImageQuant program (Molecular Dynam-
ics) with signal normalization using actin gene sequences. Putative differentially expressed clones
A.S.A. Melo et al.
672
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
were blotted in another membrane for confirmatory hybridization which revealed that three
clones, G3, D4 and E4, had 1.7-, 1.5- and 3.1-fold increased signals with the hyphal probe,
respectively (Figure 1). Clone E4 was selected for further analysis because it was the only
clone of our set to show an estimated hyphal expression level above 2-fold compared to yeast
forms. The full-length sequence of clone E4 insert is 2274 bp and was determined by shotgun
sequencing. The contig of clone E4 was assembled using 208 reads ranging between 500 and
600 bases and yielding a high-quality contig sequence (phred score >40 as calculated by Phred-
Phrap-Consed programs) (Ewing and Green, 1998; Ewing et al., 1998; Gordon et al., 1998).
Figure 1. Differential gene expression of Candida albicans calculated from membrane VII used for differential screening.
The intensity of the two images produced by membrane VII (A and B) was analyzed by ImageQuant (Molecular Dynamics)
program, using actin gene expression as reference. Positive values on scale indicate 2- and 4-fold increases in gene
expression in hyphae and negative values indicate increased gene expression in yeast forms. Clones G3, D4 and E4 contain
genes with increased expression in hyphae.
To identify genes contained in clone E4, potential open-reading frames (ORF) were
sought using the “Find ORF” tool in the NCBI website. Two ORFs were found in clone E4
(frame -3). The first ORF, E4.1, corresponded to 507 bp in the central region (positions 1142 to
1648) and another ORF, E4.2’, was in the contig end, positions 1 to 376 (Figure 2). Blastx
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
673
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
analysis of ORF E4.1 showed no significant similarities to GenBank whereas ORF E4.2’ showed
a significant similarity with the Saccharomyces cerevisiae YLL034c, which encodes for a
protein that belongs to the AAA ATPase family and is required for cell viability (e-value = 4 x 10
-
62
, 71% identity). ORF 4.2’ also matched with contig6-2158 of the Stanford University Candida
albicans Genome Project (SUCGP), which contained the preliminarily annotated YLL34 gene.
These results suggest that ORF 4.2’ corresponds to a part (376 bp) of gene YLL34 included in
contig6-2158 (SUCGP).
Figure 2. Diagram of assembly by alignment of several different clones containing YLL34 gene sequences. These
sequences were obtained from two strains of Candida albicans ATCC 90029 (this study) and C. albicans SC5314 (Stanford
University Candida Genome Project, SUCGP), and S. cerevisiae YLL034c open-reading frame (ORF). The SUCGP
“YLL34 gene at the time of assembly 6 preliminary annotation.
Subsequently, the complete YLL34 ORF was obtained from analysis of contig6-2158 of
SUCGP (11,352 bp) using the “Find ORF” program. Five ORFs were found at frame +2. ORFs
1, 2 and 3 were not significant (less than 100 codons) and ORF 4 (positions 743 to 2347) had
1605 bp but was of no interest because it did not overlap clone E4. ORF 5 had 2484 bp (positions
7877 to 10,360) encoding a putative peptide of 827 amino acids and overlapping with 100%
identity the 575 bp at the 5’ end of clone E4, containing ORF E4.2’. The complete YLL34 ORF
was therefore assembled using the high quality sequence of clone E4 and the contig6-2158. This
ORF corresponds to the gene we named CaYLL34 and has 2484 bp (Figure 2). The diagram in
Figure 2 also depicts the alignment between (1) Clone E4, (2) ORFs E4.1 and E4.2’, (3) contig6-
A.S.A. Melo et al.
674
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
2158 (SUCGP), (4) our inferred CaYLL34 ORF, (5) the YLL34 gene annotated by SUCGP, and
(6) ScYLL034c ORF (GenBank Z31692). This result shows that the CaYLL34 ORF is fully
located in contig6-2158.
Characterization of the putative CaYLL34 gene product
The CaYLL34 ORF (GenBank accession No. AY493662) encodes a putative protein
of 827 amino acids and 91.8 kDa (Figure 3A) and was compared to similar proteins that belong
to the AAA ATPase family, namely, protein ScYLL034cp (837 amino acids, from GenBank
Z731339 and NP013066), S. cerevisiae valosin-containing protein (VCP) (NP010157), Homo
sapiens VCP (NP009057) and Schizosaccharomyces pombe AAA ATPase (NP596710) (Figure
3B). The pairwise identities between CaYll34p and these proteins were: 58.3% to ScYLL034cp,
37.2% to S. cerevisiae VCP, 36.7% to Homo sapiens VCP, and 29.3% to S. pombe AAA
ATPase. The alignment depicted in Figure 3B also suggests that the AAA ATPase family has at
least two groups of members containing two AAA motifs: one group containing the CDC48
domain (proteins 4 and 5, Figure 3B) and the other without a CDC48 domain (proteins 1, 2 and
3, Figure 3B). This analysis suggests that CaYll34p and ScYLL034cp are encoded by ortholo-
gous genes and that CaYll34p does not belong to the CDC48 plus, valosin group.
Analysis of CaYll34p using Pfam indicates the presence of two domains common to
the AAA ATPase family (P-loop) (Iyer et al., 2003). The scores of each domain were E = 2.7
x 10
-85
and E = 5.5 x 10
-89
,
respectively. These domains were localized between residues 229-
420 and 558-746 (Figure 3A). Other proteins similar to CaYLL34p were also submitted to Pfam
analysis. The VCP proteins contain two AAA ATPase domains and one CDC48 (cell division
protein 48) domain (Figure 3A). These results indicate that all of these proteins belong to the
AAA ATPase family.
Because the AAA ATPases are a vast family of very ancient and related proteins we
investigated whether CaYLL34p belongs to a subgroup within this family with a more specific
or defined cell role. One hundred members of AAA ATPases were considered in the analysis
from which 75 provided high-quality alignment with CaYll34p (available upon request to
[email protected]). This dataset was used as input for phylogeny inference using a Baye-
sian method. In Figure 4, the resulting phylogenetic tree depicts 9 major groups clustered by
function. At least two types, or groups, of plant, mammalian and nematode AAA ATPase are
observed while only one group of yeasts is present. The yeast group is most closely related to
the mammalian nuclear group, thus suggesting that CaYll34p might be located in the nucleus. So
far, no functions or properties have been attributed to this group of AAA ATPases in C. albi-
cans although the deletion of the S. cerevisiae homolog ScYLL034cp encoding gene is lethal in
haploid yeasts (El-Moghazy et al., 2000). In addition, the S. cerevisiae mutant rix7-1 is comple-
mented by YLL034c, and therefore, YLL34 and RIX7 are synonymous (http://db.yeastgenome.org/
cgi-bin/locus.pl?locus=Rix7, accessed December 10, 2004) (Cherry et al., 1998). Gene RIX7
encodes a member of the AAA ATPase family, which contains a bipartite nuclear localization
signal and which is required for biogenesis and nuclear export of 60S ribosomal subunits (Gadal
et al., 2001). Accordingly, CaYll34p has a potential bipartite nuclear localization signal (http://
bo.expasy.org/prosite/) in residues 165-182 at the N-terminus (Prosite sequence PS00015) (Hulo
et al., 2004) (Figure 3B). Our results suggest that CaYLL34 is an essential gene encoding an
AAA ATPase functionally related to “Mammalian type 2” and “Nematode type 2” (Figure 4)
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
675
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
that may have a function related to RIX7 in ribosome biogenesis. Because CaYll34p has only
30-40% identity to human VCP-like AAA ATPases, it may be possible in the long run to find
drugs that will interfere with CaYll34p function but not with the human homologs.
Figure 3. Sequence analysis of the putative CaYll34p protein. In A the two AAA ATPase domains of CaYll34p (216
amino acids each) are underlined. In B depiction of Pfam HMM search result of 1) CaYll34p, 2) ScYLL034cp, 3) S.
pombe AAA ATPase (gi|19113502|ref|NP_596710.1), 4) Homo sapiens valosin containing protein (VCP) (gi|6005942|ref|
NP_009057.1) and 5) S. cerevisiae VCP (gi|6320077||NP_010157.1). In all of these proteins, two AAA ATPase motifs
of 216 amino acids were found. The e-value of these matches were e<1.1 x 10
-82
. CDC48 motif matched only to VCP
proteins. Bipartite nuclear localization signals are present only in CaYll34p and ScYLL034cp (RIX7) as determined using
Prosite search (http://bo.expasy.org/prosite/). The sequences of CaYll34p nuclear localization signals (KRKAKGLAKT
QLKKQKR) and the corresponding ScYLL034cp (RIX7) (KKSKKRSKEGTCKVKRQKIK) are indicated in the corre-
sponding domains.
A.S.A. Melo et al.
676
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
Figure 4. Phylogenetic relationship of CaYLL34 to other members of AAA ATPases. Phylogenetic analysis based on
amino acid sequences of 75 members of the AAA ATPases identifies 9 subtypes, namely: plant types 1 and 2, nematode
types 1 and 2, mammalian types 1 and 2, insect, yeasts and Archaea. These subtypes represent clusters by function.
Numbers in italics indicate the bootstrap frequency in 100 pseudo-replicates and numbers in parentheses indicate the
posterior probabilities obtained by Bayesian analysis using MrBayes program (Huelsenbeck and Ronquist, 2001). The
phylogeny was inferred using amino acid sequences and 505 aligned positions, excluding gaps, and JTT amino acid
substitution model (Jones et al., 1992). VCP = valosin containing protein.
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
677
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
Differential expression of CaYLL34
The increased expression level of CaYLL34 in hyphae was confirmed by RT-PCR.
Specific primers for CaYLL34 were designed based on the regions for this gene contained in
clone E4 (ORF 4.2’) (Figure 2), yielding an expected amplicon of 432 bp, using yeast and hyphal
cDNAs as templates and actin cDNA amplification as positive control (ACT1, 443 bp) (Figure
5). We observed that the expression of CaYLL34 is 3.6-fold increased in hyphae compared to
yeast forms, as estimated by densitometry in 14 independent experiments. The typical ampli-
cons used are shown in Figure 5A and the densitometry was performed using the ImageQuant
program and normalization with actin amplicons. This result confirmed the analysis shown in
Figure 1 and shows the consistency between estimates obtained by autoradiogram densitometry
and RT-PCR. The cDNA concentration used in this RT-PCR (approximately 0.06 ng) was
standardized by preliminary assays (data not shown) in order to yield amplicons that are in the
linear range of the PCR and therefore will not saturate the signal and still be visible in the
ethidium bromide/agarose gel electrophoresis. In Figure 5B cDNA control with mock RT reac-
tion shows that bands in Figure 5A are mRNA derived and not due to genomic DNA contami-
nation.
Figure 5. Semi-quantitative RT-PCR of CaYLL34 gene visualized on agarose gel. Yeast and hypha cDNA of C. albicans
ATCC 90029 were diluted 1:400 and 1 µL was used in each sample as indicated above the numbers. Actin gene amplifica-
tion was used to normalize the signal (in A, lanes 4 and 5). In panel A, primers YLL34F and YLL34R amplified part of
CaYLL34 gene in yeasts (Y) and hyphae (H) (lanes 1 and 2) and primers ACT1 and ACT2 amplified part of actin gene in
yeasts (Y) and hyphae (H) (lanes 4 and 5), and lane 3 (M) is 100-bp ladder. In panel B, ACT1 and ACT2 amplified part
of actin gene in an RT-dependent reaction only (RT) and not in mock reactions without RT (N) (lanes 2 to 5, lane 1 is
100-bp ladder) to show that the RNA preparations of yeast (Y) and hyphae (H) used in RT-PCR analysis are not affected
by contamination with genomic DNA.
Partial disruption of CaYLL34
To investigate the role of CaYLL34 in C. albicans, we inactivated one allele of the
gene in the diploid parental strain C. albicans CAI4 (Ura
), consequently generating the mutant
A.S.A. Melo et al.
678
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
strain M61. Inactivation was carried out using the “URA-Blaster” method (De Backer et al.,
2000). For this we generated a URA3-HisG-CaYLL34 cassette in two steps (Figure 6A). Firstly,
a fragment corresponding to 420 bp of the 5’ end of the CaYLL24 gene was amplified (from C.
albicans genomic DNA), digested with BglII and BamHI and ligated to BglII digested plasmid
p5941 (Fonzi and Irwin, 1993), thus generating plasmid pYLL34-2. Secondly, a fragment corre-
sponding to 570 bp of the 3’ end of CaYLL34 was amplified (from C. albicans genomic DNA),
digested with BglII and BamHI and ligated to BamHI digested pYLL34-2, thus generating
plasmid pYLL34-4. Digestion of pYLL34-4 with BglII and BamHI released the HUH-CaYLL34
cassette containing respectively the 250 bp 5’ end region of CaYLL34, HisG, Ura3 gene, HisG,
and 555 bp of the 3’ end region of CaYLL34.
Figure 6. Schematics of the insertional inactivation of CaYLL34 and verification of mutant genotype. In panel A,
construction of HUH-YLL34 cassette with resulting expected integration and location of primers HisG-F and C21583-R.
Numbering is relative to the 5’ end of contig6-2158 of the Stanford University Candida Genome Project. In panel B,
amplicon using primers HisG-F and C21583-R in genomic DNA of Candida albicans strains where HUH-YLL34 inte-
grated correctly. The resulting amplicon, 1457 bp, was completely sequenced confirming the structure. Gel lanes are 1 -
100-bp ladder (Gibco); 2 - ATCC 90029; 3 - CAI4; 4 - M61, and 5 - negative control (blank). Amplification was observed
only in M61 thus confirming that M61 has one copy inactivated by HUH-YLL34 cassette. PCR was from 40 ng of
genomic DNA in panels B and C. In panel C, amplification of the wild-type YLL34 allele in M61, ATCC90029 and CAI4.
Gel lanes are 1 - lambda-HindIII; 2 - ATCC 90029; 3 - CAI4; 4 - M61, and 5 - negative control (blank). Amplification was
observed in all strains, although approximately half in M61 confirming that it has only one wild-type allele as opposed to
two observed in ATCC90029 and CAI4.
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
679
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
The HUH-YLL34 cassette was used to transform the C. albicans CAI4 (Ura
) strain
using the lithium acetate method and three different concentrations of DNA (18, 10 and 5 µg).
After five days of incubation, 98 Ura
+
colonies were observed. Transformant colonies were
analyzed by PCR using primers HisG-F and C21583-R, which amplified a fragment of 1457 bp
in the mutant containing the correctly integrated cassette (Figure 6B). The 1457-bp amplicon
from mutant M61 (yll34::hisG-CaURA3-hisG/YLL34/ura3::imm434/ura3::imm434) was
sequenced and the expected structure, generated by homologous recombination, was confirmed.
Amplification of CaYLL34 shows that strain M61 is a heterozygote. Specific primers for
CaYLL34 were used for PCR from M61 strain genomic DNA, generating the 2040-bp amplicon
(Figure 6C). The amplification signal in M61 as compared to CAI4 suggests that the number of
copies of CaYLL34 per diploid genome is approximately half in M61. Also, Southern blot anal-
ysis shows that the HUH-YLL34 cassette integrated only one the CaYLL34 allele (Figure 7A)
and in no other part of the genome, thereby confirming the results obtained by PCR (Figure 6C)
and showing that no other genes were disrupted. The 6.1-kb band in the BamHI/BglII digest of
M61 corresponds to the CaYLL34 allele with the HUH-YLL34 integrated and the 2.4-kb band
in CAI4, M61 and ATCC90029 represents the wild-type allele (Figure 7A).
Figure 7. Genotype analysis on mutant M61 and M61-01 by Southern blot and PCR. In A Southern blot of digested DNA
of CAI4, M61 and ATCC 90029 with BamHI and BglII. The probe was CaYLL34 3’ (555 bp) region labeled with [α-
32
P]-
dCTP. This probe hybridized with CaYLL34 (~2000 bp) present in all strains. In M61 the ~6500-bp fragment corresponds
to the cassette inserted in CaYLL34 gene. The cassette size is 4648 bp. PCR of genomic DNA of CAI4, M61 and M61-01
(URA3
). In B amplicon of 213 bp of URA3 gene using primers URA3-F and URA3-R showing that URA3 was not present
in M61-01 mutant. In C amplicon of 1457 bp using primers HisG-F and C21583-R showing that HisG sequence interrupts
CaYLL34 in M61-01 mutant.
M61 was then used to generate another mutant, M61-01, by counter-selection with 5-
FOA rendering M61-01 Ura minus but still having one allele of CaYLL34 inactivated by inter-
vening HisG sequence (Figure 7B) (Fonzi and Irwin, 1993). In all the phenotypic analysis dis-
cussed below we did not observe differences between M61 and M61-01, and therefore, the
phenotypic alterations in M61 do not seem to be a consequence of the “Ura effect” (Lay et al.,
1998; Brand et al., 2004).
A.S.A. Melo et al.
680
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
Phenotypic analysis of M61 mutant strain
To analyze the morphologic changes that occurred in M61-01 due to insertional inacti-
vation of CaYLL34, this strain was examined by phase-contrast microscopy and compared to
its parental strain CAI4 under different growth conditions (Figure 8). The comparison between
CAI4 (Ura
) and M61-01 (Ura
) in SD medium at 37ºC is striking and shows that failure to
induce filamentation is not caused by any effects involving the Ura
+
marker and strongly sug-
gests that inactivation of only one allele of CaYLL34 is sufficient to impair hyphal formation
(Figure 8). There was no difference in morphology when M61-01 (Ura
) and M61 (Ura
+
) were
compared. In YPD and SD50 media (no hyphal inducers) CAI4 exhibited blastoconidia and
minor hyphal formation while M61 just showed blastoconidia and no hyphae at all. In FBS
medium (hyphal inducer) CAI4 showed abundant hypha formation and few blastoconidia while
M61 formed very short hyphae, pseudohyphae and many blastoconidia. Also, M61 blastoconidia
have a very large central vacuole. These cells showed a significant increase relative to the
parental phenotype suggesting an abnormal vacuolar accumulation. These enlarged cells have
buds with identical morphology in all growth conditions tested.
Figure 8. Micromorphology of CAI4 (parental strain) and M61-01 (URA3
mutant) cultured in SD 50 (50 mM glucose)
and FBS (fetal bovine serum), after incubation at 37°C, 70 rpm for 24 h. Photographs with phase-contrast microscopy at
400X magnification.
Strains ATCC90029, CAI4 and M61 were subjected to species identification tests such
as micromorphologic analysis, culture on CHROMagar Candida, sugar assimilation and fer-
mentation, and RAPD which readily identified them as C. albicans (Melo et al., 1998), thus
ruling out any possible contamination with other fungal species (data not shown).
Growth curves of the mutant M61, the parental strain CAI4, the C. albicans reference
strain ATCC 90029, and the L296 strain (clinical isolate from hemoculture) were also compared
(data not shown). The exponential phase of the curves at 30°C suggests that M61 growth is
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
681
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
slower than in CAI4, ATCC and L296. The exponential growth phase at 37°C indicates that
CAI4 and M61 grow at approximately the same rates and much more slowly than ATCC and
L296.
The expression level of CaYLL34 (Rix7) mRNA in the mutant strains M61 and M61-
01 is approximately half of the expression level in the CAI4 strain (Figure 9) as expected
because of the deletion of one of the copies. This shows that the effects observed in the mutant
are due to the decreased level of CaYLL34 (Rix7) expression.
Figure 9. Steady-state levels of CaYLL34 (Rix7) mRNA in parental and mutant strains M61 and M61-01. Panel A, total
RNA (approximately 200 ng) was reverse transcribed and used for amplification with CaYLL34-specific primers. Lane 1,
genomic DNA, lane 2, M61 total RNA, lane 3, M61-01 total RNA, and lane 4, CAI4 total RNA. Panel B shows the same
samples as in A where actin-specific primers were used for amplification. As confirmed by densitometry the band intensity
in lane 3, panel A is half the intensity in lane 4, which indicates that the partial deletion inactivated one copy and that the
other remains fully functional.
A significant difference in ribosomal numbers per cell would explain at least in part the
effects in the Rix7 mutants here described, because Rix7 is involved in ribosomal export. We
observed that there was no significant difference in the total cellular rRNA levels of CAI4 and
the M61 and M61-01 mutants. However, this does not imply that the number of ribosomes in the
cytoplasm of Rix7 mutant cells and CAI4 is identical.
Biofilm production and aspartyl proteinase activity of mutant M61
Biofilm production and aspartyl proteinase activity are known pathogenicity factors of
A.S.A. Melo et al.
682
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
C. albicans and therefore were compared in M61, CAI4, ATCC 90029, and L296 strains (Fig-
ure 10). Biofilm production was quantified by the violet crystal assay which indicated that M61
has significantly reduced (86%) biofilm production as compared to CAI4 (Figure 10A) which
has in turn the same level as compared to an authenticated pathogenic strain isolated from a
patient.
Figure 10. Biofilm and aspartyl-proteinase activity in Candida albicans strains ATCC 90029, L296, CAI4, and M61. In
panel A, biofilm production was quantified using crystal violet staining. In panel B, biofilm production was quantified using
the XTT reduction assay. Bars indicate the average of 4 measurements and error bars the standard deviation. In panel C,
aspartyl-proteinase activity was determined using fluorogenic peptides as described in experimental procedures. In panel
D, rate of aspartyl-proteinase activity/biofilm production quantified by crystal violet staining and XTT reduction assay.
Strain M61 also has a significant decrease in aspartyl proteinase activity in biofilms as
compared to CAI4 (76.5%) and L296 (72.4%) strains, suggesting that M61 may be less patho-
genic (Figure 10C). We hypothesize that strain ATCC 90029 has lower levels of biofilm produc-
tion and aspartyl protease activity because of its long-term storage and in vitro culturing.
The difference in biofilm quantitation using crystal violet staining and XTT reduction
methods can be explained by the fact that the cristal violet stains the whole cell mass in the
biofilm, while XTT reduction, where XTT is converted to formazan by cell metabolism, corre-
sponds only to living cells (Figure 10). Therefore, we demonstrated that the secretion of aspartyl
proteinases is reduced in M61 mutant when compared to the parental CAI4 as shown by XTT
reduction data, which indicates that only living cells would be producing and secreting aspartyl
proteinase.
DISCUSSION
Here, we characterized a novel C. albicans gene, CaYLL34, and a corresponding
subtype of Ascomycota AAA ATPases. AAA ATPases define a very broad category of pro-
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
683
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
teins which comprise the P-loop NTPases, a very abundant class which accounts for 10-18% of
the predicted gene products in the sequenced prokaryotic and eukaryotic genomes (Iyer et al.,
2003). CaYll34p contains two AAA domains and belongs to the “Cell Division/Centrosome/ER
Homotypic Fusion” group according to the Fröhlich classification (Fröhlich, 2001), or the “D1
and D2” group according to the Frickey and Lupas classification (Frickey and Lupas, 2004).
Also, CaYll34p is not related to the SEC18, a secretion AAA ATPase previously characterized
in C. albicans (Nieto et al., 1993), because it has only 32% similarity in the 254 carboxyl-
terminal residues while the remainder is completely different. The closest relative of CaYLL34
with a known function is the C. elegans MAC-1 gene encoding a cell survival CED-4-interact-
ing protein (NM064413) (Wu et al., 1999) located in the “Nematode type 2, Caenorhabditis
elegans (1) cluster in our phylogeny (Figure 4). Our phylogenetic analysis indicates that
CaYll34p is not closely related to the cdc48 group and is probably functionally related to the
mammalian nuclear VCP-like AAA ATPases (Figure 4). Accordingly, CaYll34p has a bipartite
nuclear localization signal in the N-terminus, which further supports the phylogenetic pattern
that groups this gene product with other nuclear related family members (Figure 3). Although
CaYll34p is similar to this subset of mammalian ATPases (30-40% identity), there are still se-
quence differences that can be explored to design specific inhibitors for these C. albicans
ATPases, which could be tested in antifungal therapy. The closest relatives of CaYll34p are
other fungal proteins forming a robust clade (>95% bootstrap frequency and posterior probabil-
ity = 1) of “Ascomycota cdc48 minus” AAA ATPases including the S. cerevisiae ScYLL034c,
Eremothecium gossypii (Saccharomycetales) and Gibberella zeae (Hypocreales). This group
was until now uncharacterized by functional data other than cell viability.
The identity of CaYLL34 ORF with S. cerevisiae YLL034c (58.3%) suggests that they
are homologous (Figure 3). These genes encode a protein similar to the VCP (member of the
AAA ATPase family) (Dai and Li, 2001). VCP is highly conserved and the orthologues in yeast,
pig and human have already been identified. This protein is involved in seemingly unrelated
functions. It was reported to associate with clathrin, a structural protein of coated membranes
involved in receptor-mediated endocytosis (Pleasure et al., 1993). VCP and co-factor p47 have
been shown to mediate the regrowth of Golgi cisternae from mitotic Golgi fragments, and is
likely to mediate other membrane fusion reactions (Dai and Li, 2001). VCP is required for
ubiquitin-proteasome (Ub-Pr) degradation (Ghislain et al., 1996; Dai et al., 1998; Meyer et al.,
2000; Dai and Li, 2001). In these reactions, VCP is proposed to have a chaperone role in
modifying protein conformation and/or disassembling protein complexes to facilitate their trans-
location into the proteasome (Dai and Li, 2001). ScYLL034c is essential for cell growth and
along with CaYLL34, its putative homolog, is probably necessary for membrane fusion and
protein degradation. Hyphae of C. albicans have a great number of vacuoles that contain
proteinases necessary for tissue invasion, and CaYll34p may have an important role in their
fusion and ubiquitin-proteasome degradation.
The CaYll34p is probably a nuclear protein involved in ribosome biogenesis. The homo-
logue of CaYLL34 in S. cerevisiae complements defective mutants of RIX7 (Brown, 2001;
Gadal et al., 2001). Also, in S. cerevisiae, YLL034c/Rix7p interacts with Apc9c, as shown by
results of a large-scale two hybrid study (Hazbun et al., 2003). Therefore, the analogy between
CaYll34p and Rix7p functions and protein-protein interactions constitute an interesting working
hypothesis for investigation in order to understand the cellular role of CaYll34p. Indeed, if CaYll34p
participates in the biogenesis and export of 60S ribosomal subunits this would explain the drastic
A.S.A. Melo et al.
684
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
impairment and pleiotropic effects due to the inactivation of only one CaYLL34 allele as ob-
served in mutant M61 (and M61-01 accordingly).
Hyphal over-expression of CaYLL34 observed in the initial screening (Figure 1) was
confirmed by semi-quantitative RT-PCR (Figure 5A). Although, it is not possible from our re-
sults to determine which hypha activation pathway controls CaYLL34 expression and which
transcriptional factors are involved in its expression, we show that CaYLL34 is essential for
proper hypha formation in different inducing media (Figure 8). Characterization of regulatory
sequences and transcriptional regulation of CaYLL34 could therefore provide new insights into
yeast to hyphae transition. Analysis of the differential screening result indicates that the great
majority of genes spotted are expressed more in the yeast form (the negative bars in Figure 1),
and when yeast to hyphae transition occurs, few genes show increased expression while the
expression of the majority is reduced. Although it was not our aim to propose a general model
for yeast stage gene repression with concomitant increased expression of few hyphal genes, it
seems that our results support, at least in part, models suggesting that filamentation genes are
under negative control by genes such as TUP1 and RBF1 (Magee, 1997; Braun and Johnson,
2000; Whiteway, 2000).
The insertional inactivation of one copy of CaYLL34 generated the heterozygous mu-
tant M61 and M61-01 after counter-selection to eliminate the Ura
+
marker (Figures 6 and 7).
This mutant has much slower growth and very limited hyphal induction ability (Figures 8 and 9).
As observed in S. cerevisiae, this gene is essential, and therefore, inactivation of all genomic
copies (null allele homozygous) is lethal (El-Moghazy et al., 2000). Despite the fact that M61
has one wild-type allele, it has severe phenotypic alterations in morphology and impairment in
biofilm production and aspartyl proteinase activity, which are major pathogenicity factors (Fig-
ure 10). Interestingly, our study shows for the first time a quantitative analysis of aspartyl pro-
teinases in biofilms of C. albicans. These results indicate that even a partial effect on gene
dose is sufficient to affect C. albicans growth, morphological changes and pathogenicity.
As far as we know, this is the first description of an AAA ATPase gene expressed
differentially in hyphae. Also, our phylogenetic analysis suggests that CaYLL34 is an important
gene subfamily of Ascomycota (yeasts). Genes of this subfamily may be involved in processes
with major implications in morphological changes associated, more specifically in C. albicans,
with pathogenicity. Therefore, because CaYll34p is necessary for the switching of yeast to
hyphal form, it would be a candidate target for development of antifungal drugs (Whiteway,
2000). Cellular localization and biochemical characterization of this essential protein (CaYll34p)
is a future perspective. Our results on the pleiotropic effects of inactivation of CaYLL34 and its
homology with RIX7 suggest that CaYll34p has a nuclear localization, is required for biogenesis
and export of 60S ribosomal subunits and interacts with protein Apc9c. Testing of this hypo-
thesis could elucidate the specific role of this AAA ATPase in C. albicans survival and patho-
genicity and contribute in the long-term to providing a novel target for antifungal therapy.
ACKNOWLEDGMENTS
We thank Beatriz Schnabel and Gerdine Sanson for technical assistance, Dr. Marcelo
Avedissian for critical reading of the manuscript and Dr. W. Fonzi for strains and plasmids used
for insertional inactivation. A.S.A. Melo was the recipient of a graduate fellowship from CNPq
(Brazil). A. Brunstein and M.R.S. Briones are supported by grants from FAPESP (Brazil) and
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
685
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
M.R.S. Briones is a recipient of an International Research Scholar grant from the Howard
Hughes Medical Institute (USA).
REFERENCES
Bailey DA, Feldmann PJ, Bovey M, Gow NA, et al. (1996). The Candida albicans HYR1 gene, which is
activated in response to hyphal development, belongs to a gene family encoding yeast cell wall
proteins. J. Bacteriol. 178: 5353-5360.
Baillie GS and Douglas LJ (1999). Candida biofilms and their susceptibility to antifungal agents. Methods
Enzymol. 310: 644-656.
Birse CE, Irwin MY, Fonzi WA and Sypherd PS (1993). Cloning and characterization of ECE1, a gene
expressed in association with cell elongation of the dimorphic pathogen Candida albicans. Infect.
Immun. 61: 3648-3655.
Brand A, Maccallum DM, Brown AJ, Gow NA, et al. (2004). Ectopic expression of URA3 can influence the
virulence phenotypes and proteome of Candida albicans but can be overcome by targeted reinte-
gration of URA3 at the RPS10 locus. Eukaryotic Cell 3: 900-909.
Braun BR and Johnson AD (2000). TUP1, CPH1 and EFG1 make independent contributions to filamentation
in Candida albicans. Genetics 155: 57-67.
Brown JD (2001). Ribosome biogenesis: stripping for AAAction? Curr. Biol. 11: R710-R712.
Calderone RA and Gow N (2002). Host recognition by Candida species. In: Candida and candidiasis
(Calderone RA, ed.). ASM Press, Washington, 67-86.
Cherry JM, Adler C, Ball C, Chervitz SA, et al. (1998). SGD: Saccharomyces Genome Database. Nucleic
Acids Res. 26: 73-79.
Dai RM and Li CC (2001). Valosin-containing protein is a multi-ubiquitin chain-targeting factor required in
ubiquitin-proteasome degradation. Nat. Cell Biol. 3: 740-744.
Dai RM, Chen E, Longo DL, Gorbea CM, et al. (1998). Involvement of valosin-containing protein, an
ATPase co-purified with IkappaBalpha and 26S proteasome, in ubiquitin-proteasome-mediated deg-
radation of IkappaBalpha. J. Biol. Chem. 273: 3562-3573.
De Backer MD, Magee PT and Pla J (2000). Recent developments in molecular genetics of Candida
albicans. Annu. Rev. Microbiol. 54: 463-498.
De Bernardis F, Arancia S, Morelli L, Hube B, et al. (1999). Evidence that members of the secretory aspartyl
proteinase gene family, in particular SAP2, are virulence factors for Candida vaginitis. J. Infect. Dis.
179: 201-208.
Douglas LJ (2003). Candida biofilms and their role in infection. Trends Microbiol. 11: 30-36.
El-Moghazy AN, Zhang N, Ismail T, Wu J, et al. (2000). Functional analysis of six novel ORFs on the left
arm of chromosome XII in Saccharomyces cerevisiae reveals two essential genes, one of which is
under cell-cycle control. Yeast 16: 277-288.
Ewing B and Green P (1998). Base-calling of automated sequencer traces using phred. II. Error probabili-
ties. Genome Res. 8: 186-194.
Ewing B, Hillier L, Wendl MC and Green P (1998). Base-calling of automated sequencer traces using phred.
I. Accuracy assessment. Genome Res. 8: 175-185.
Felk A, Kretschmar M, Albrecht A, Schaller M, et al. (2002). Candida albicans hyphal formation and the
expression of the Efg1-regulated proteinases Sap4 to Sap6 are required for the invasion of parenchy-
mal organs. Infect. Immun. 70: 3689-3700.
Fidel PL Jr and Sobel JD (1996). Immunopathogenesis of recurrent vulvovaginal candidiasis. Clin. Microbiol.
Rev. 9: 335-348.
Fisher-Hoch SP and Hutwagner L (1995). Opportunistic candidiasis: an epidemic of the 1980s. Clin. Infect.
Dis. 21: 897-904.
Fonzi WA and Irwin MY (1993). Isogenic strain construction and gene mapping in Candida albicans.
Genetics 134: 717-728.
Frickey T and Lupas AN (2004). Phylogenetic analysis of AAA proteins. J. Struct. Biol. 146: 2-10.
Fröhlich K (2001). An AAA family tree. J. Cell Sci. 114: 1601-1602.
Gadal O, Strauss D, Braspenning J, Hoepfner D, et al. (2001). A nuclear AAA-type ATPase (Rix7p) is
required for biogenesis and nuclear export of 60S ribosomal subunits. EMBO J. 20: 3695-3704.
Galtier N, Gouy M and Gautier C (1996). SEAVIEW and PHYLO_WIN: two graphic tools for sequence
alignment and molecular phylogeny. Comput. Appl. Biosci. 12: 543-548.
Ghislain M, Dohmen RJ, Levy F and Varshavsky A (1996). Cdc48p interacts with Ufd3p, a WD repeat
A.S.A. Melo et al.
686
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
protein required for ubiquitin-mediated proteolysis in Saccharomyces cerevisiae. EMBO J. 15: 4884-
4899.
Gordon D, Abajian C and Green P (1998). Consed: a graphical tool for sequence finishing. Genome Res. 8:
195-202.
Groll AH, Piscitelli SC and Walsh TJ (1998). Clinical pharmacology of systemic antifungal agents: a
comprehensive review of agents in clinical use, current investigational compounds, and putative
targets for antifungal drug development. Adv. Pharmacol. 44: 343-500.
Hawser SP and Douglas LJ (1994). Biofilm formation by Candida species on the surface of catheter
materials in vitro. Infect. Immun. 62: 915-921.
Hazbun TR, Malmstrom L, Anderson S, Graczyk BJ, et al. (2003). Assigning function to yeast proteins by
integration of technologies. Mol. Cell 12: 1353-1365.
Higgins DG and Sharp PM (1989). Fast and sensitive multiple sequence alignments on a microcomputer.
Comput. Appl. Biosci. 5: 151-153.
Hirata IY, Cezari MH, Nakaie CR and Boshcov P (1994). Internally quenched fluorogenic protease sub-
strates: solid-phase synthesis and fluorescent spectroscopy of peptides containing ortho-amino-
benzoyl-dinitrophenyl groups as donor-acceptor pairs. Lett. Peptide Sci. 1: 299-308.
Hoyer LL, Payne TL, Bell M, Myers AM, et al. (1998). Candida albicans ALS3 and insights into the nature
of the ALS gene family. Curr. Genet. 33: 451-459.
Hube B, Monod M, Schofield DA, Brown AJ, et al. (1994). Expression of seven members of the gene family
encoding secretory aspartyl proteinases in Candida albicans. Mol. Microbiol. 14: 87-99.
Hube B, Sanglard D, Schaller M, Ibrahim A, et al. (1998). What functions do six different genes for
secretory proteinases have in Candida albicans? Mycoses 41: 47-50.
Huelsenbeck JP and Ronquist F (2001). MRBAYES: Bayesian inference of phylogenetic trees. Bioinfor-
matics 17: 754-755.
Hulo N, Sigrist CJ, Le Saux V, Langendijk-Genevaux PS, et al. (2004). Recent improvements to the PROSITE
database. Nucleic Acids Res. 32: D134-D137.
Iyer LM, Leipe DD, Koonin EV and Aravind L (2003). Evolutionary history and higher order classification
of AAA+ ATPase. J. Struct. Biol. 146: 11-31.
Jin Y, Yip HK, Samaranayake YH, Yau JY, et al. (2003). Biofilm-forming ability of Candida albicans is
unlikely to contribute to high levels of oral yeast carriage in cases of human immunodeficiency virus
infection. J. Clin. Microbiol. 41: 2961-2967.
Jones DT, Taylor WR and Thornton JM (1992). The rapid generation of mutation data matrices from
protein sequences. Comput. Appl. Biosci. 8: 275-282.
Koelsch G, Tang J, Loy JA, Monod M, et al. (2000). Enzymic characteristics of secreted aspartic proteases
of Candida albicans. Biochim. Biophys. Acta 1480: 117-131.
Lay J, Henry LK, Clifford J, Koltin Y, et al. (1998). Altered expression of selectable marker URA3 in gene-
disrupted Candida albicans strains complicates interpretation of virulence studies. Infect. Immun.
66: 5301-5306.
Leberer E, Harcus D, Broadbent ID, Clark KL, et al. (1996). Signal transduction through homologs of the
Ste20p and Ste7p protein kinases can trigger hyphal formation in the pathogenic fungus Candida
albicans. Proc. Natl. Acad. Sci. USA 93: 13217-13222.
Liu H (2001). Transcriptional control of dimorphism in Candida albicans. Curr. Opin. Microbiol. 4: 728-
735.
Lo HJ, Kohler JR, DiDomenico B, Loebenberg D, et al. (1997). Nonfilamentous C. albicans mutants are
avirulent. Cell 90: 939-949.
Magee PT (1997). Which came first, the hypha or the yeast? Science 277: 52-53.
Melo AS, de Almeida LP, Colombo AL and Briones MR (1998). Evolutionary distances and identification
of Candida species in clinical isolates by randomly amplified polymorphic DNA (RAPD). Mycopa-
thologia 142: 57-66.
Melo AS, Serafim RC and Briones MR (2003). Identification of genes differentially expressed in hyphae of
Candida albicans. Braz. J. Microbiol. 34: 135-137.
Meyer HH, Shorter JG, Seemann J, Pappin D, et al. (2000). A complex of mammalian ufd1 and npl4 links the
AAA-ATPase, p97, to ubiquitin and nuclear transport pathways. EMBO J. 19: 2181-2192.
Mitchell AP (1998). Dimorphism and virulence in Candida albicans. Curr. Opin. Microbiol. 1: 687-692.
Monod M, Hube B, Hess D and Sanglard D (1998). Differential regulation of SAP8 and SAP9, which
encode two new members of the secreted aspartic proteinase family in Candida albicans. Microbi-
ology 144: 2731-2737.
Naglik JR, Newport G, White TC, Fernandes-Naglik LL, et al. (1999). In vivo analysis of secreted aspartyl
Candida albicans Rix7/YLL34 gene
687
Genetics and Molecular Research 5 (4): 664-687 (2006) www.funpecrp.com.br
proteinase expression in human oral candidiasis. Infect. Immun. 67: 2482-2490.
Nieto A, Sanz P, Sentandreu R and del Castillo AL (1993). Cloning and characterization of the SEC18 gene
from Candida albicans. Yeast 9: 875-887.
Odds FC (1988). Candida and candidosis. Bailliere Tindall Ltd., London.
Pimenta DC, Oliveira A, Juliano MA and Juliano L (2001). Substrate specificity of human cathepsin D
using internally quenched fluorescent peptides derived from reactive site loop of kallistatin. Biochim.
Biophys. Acta 1544: 113-122.
Pleasure IT, Black MM and Keen JH (1993). Valosin-containing protein, VCP, is a ubiquitous clathrin-
binding protein. Nature 365: 459-462.
Sambrook J, Fritsch EF and Maniatis T (1989). Molecular cloning: a laboratory manual. Cold Spring Harbor
Laboratory, Cold Spring Harbor.
Sanglard D, Hube B, Monod M, Odds FC, et al. (1997). A triple deletion of the secreted aspartyl proteinase
genes SAP4, SAP5, and SAP6 of Candida albicans causes attenuated virulence. Infect. Immun. 65:
3539-3546.
Santos MA and Tuite MF (1995). The CUG codon is decoded in vivo as serine and not leucine in Candida
albicans. Nucleic Acids Res. 23: 1481-1486.
Schaller M, Korting HC, Schäfer W, Bastert J, et al. (1999). Secreted aspartic proteinase (Sap) activity
contributes to tissue damage in a model of human oral candidosis. Mol. Microbiol. 34: 169-180.
Staab JF, Bradway SD, Fidel PL and Sundstrom P (1999). Adhesive and mammalian transglutaminase
substrate properties of Candida albicans Hwp1. Science 283: 1535-1538.
Stoldt VR, Sonneborn A, Leuker CE and Ernst JF (1997). Efg1p, an essential regulator of morphogenesis of
the human pathogen Candida albicans, is a member of a conserved class of bHLH proteins regulat-
ing morphogenetic processes in fungi. EMBO J. 16: 1982-1991.
Swofford DL (1998). PAUP*. Phylogenetic analysis using Parsimony (* and other methods). Version 4b6.
Sinauer Associates Inc., Sunderland.
Thipyapong P, Joel DM and Steffens JC (1997). Differential expression and turnover of the tomato polyphe-
nol oxidase gene family during vegetative and reproductive development. Plant Physiol. 113: 707-
718.
Van de Loo FJ, Turner S and Somerville C (1995). Expressed sequence tags from developing castor seeds.
Plant Physiol. 108: 1141-1150.
Wash A, Pick H and Philppsen P (1994). Procedures for isolating yeast DNA for different purposes. In:
Molecular genetics of yeast (Johnston JR, ed.). Oxford University Press, Eynsham, Oxon, 10-11.
Whiteway M (2000). Transcriptional control of cell type and morphogenesis in Candida albicans. Curr.
Opin. Microbiol. 3: 582-588.
Wu D, Chen PJ, Chen S, Hu Y, et al. (1999). C. elegans MAC-1, an essential member of the AAA family of
ATPases, can bind CED-4 and prevent cell death. Development 126: 2021-2031.
Yang Z (1994). Maximum likelihood phylogenetic estimation from DNA sequences with variable rates over
sites: approximate methods. J. Mol. Evol. 39: 306-314.
The localized adherence pattern of an atypical
enteropathogenic Escherichia coli is mediated by
intimin omicron and unexpectedly promotes HeLa
cell invasion
Rodrigo Tavanelli Hernandes,
1
Rosa Maria Silva,
1
Sylvia Mendes Carneiro,
2
Fábia Andréia Salvador,
1
Maria Cecília Di Ciero Fernandes,
1
Ana Carolina Barbosa Padovan,
1
Denise Yamamoto,
1
Renato Arruda Mortara,
1
Waldir Pereira Elias,
3
Marcelo Ribeiro da Silva Briones,
1
and
Tânia Aparecida Tardelli Gomes
1
*
1
Departamento de Microbiologia, Imunologia e
Parasitologia da Universidade Federal de São Paulo,
Escola Paulista de Medicina, São Paulo, Brazil.
2
Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan,
São Paulo, Brazil.
3
Laboratório de Bacteriologia do Instituto Butantan,
São Paulo, Brazil.
Summary
Enteropathogenic Escherichia coli (EPEC) forms
attaching and effacing lesions in the intestinal
mucosa characterized by intimate attachment to the
epithelium by means of intimin (an outer membrane
adhesin encoded by eae). EPEC is subgrouped into
typical (tEPEC) and atypical (aEPEC); only tEPEC
carries the EAF (EPEC adherence factor) plasmid that
encodes the bundle-forming pilus (BFP). Characteris-
tically, after 3 h of incubation, tEPEC produces local-
ized adherence (LA) (with compact microcolonies) in
HeLa/HEp-2 cells by means of BFP, whereas most
aEPEC form looser microcolonies. We have previ-
ously identified nine aEPEC strains displaying LA in
extended (6 h) assays (LA6). In this study, we analy-
sed the kinetics of LA6 pattern development and the
role of intimin in the process. Transmission electron
microscopy and confocal laser microscopy showed
that the invasive process of strain 1551-2 displays a
LA phenotype. An eae-defective mutant of strain
1551-2 prevented the invasion although preserving
intense diffused adherence. Sequencing of eae
revealed that strain 1551-2 expresses the omicron
subtype of intimin. We propose that the LA phenotype
of aEPEC strain 1551-2 is mediated by intimin
omicron and hypothesize that this strain expresses
an additional novel adhesive structure. The present
study is the first to report the association of compact
microcolony formation and an intense invasive ability
in aEPEC.
Introduction
Enteropathogenic Escherichia coli (EPEC) comprises one
of the six categories of diarrhoeagenic E. coli (DEC).
EPEC colonizes the intestinal mucosa, causing attaching
and effacing (A/E) lesions characterized by intimate
attachment of the bacteria to the host intestinal epithe-
lium, localized effacement of the brush border microvilli
and actin polymerization underneath adherent bacteria.
As a result of the A/E lesions, infecting bacteria rest on
raised pedestals formed on the apical surface of epithelial
cells (Knutton et al., 1987).
The establishment of A/E lesions depends on a type
III secretion system (T3SS) (Jarvis et al., 1995), the
outer membrane adhesive protein intimin (Jerse et al.,
1990) and the translocated intimin receptor (Tir) (Kenny
et al., 1997). All these elements are encoded in a patho-
genicity island called LEE (locus of enterocyte efface-
ment) (McDaniel et al., 1995). The ability to promote A/E
lesions is also observed among strains of another DEC
category called enterohaemorrhagic E. coli (EHEC), a
subgroup of Shiga toxin-producing E. coli (STEC) that
can cause bloody diarrhoea, haemorrhagic colitis and
haemolytic-uraemic syndrome (reviewed by Karch et al.,
2005).
The T3SS comprises a complex of proteins that trans-
locate bacterial effectors into the host cells in a contact-
dependent manner. One secreted translocator protein,
EspA, forms a long filamentous extension to the T3SS
needle complex (Daniell et al., 2001; Sekiya et al., 2001),
whereas two other translocator proteins, EspB and EspD,
are thought to provide a pore in the host cell membrane,
thereby allowing translocation of effector proteins into the
host cell cytosol (Frankel et al., 1998). As EspA filaments
interact directly with the host cell membrane at the
Received 8 August, 2007; revised 4 September, 2007; accepted
7 September, 2007. *For correspondence. E-mail tatg.amaral@
unifesp.br; Tel. (+55) 11 5576 4537; Fax (+55) 11 5572 4711.
Cellular Microbiology (2008) 10(2), 415–425 doi:10.1111/j.1462-5822.2007.01054.x
First published online 2 October 2007
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd
beginning of A/E lesion formation (Knutton et al., 1998), it
has been suggested that these structures could function
as an additional transitory EPEC adherence factor, mainly
among atypical EPEC strains which are devoid of EAF
plasmids (Cleary et al., 2004).
Currently, EPEC is divided into two subcategories,
typical EPEC (tEPEC) and atypical EPEC (aEPEC), where
EPEC adherence factor plasmid (pEAF) is found only in the
former group (Kaper, 1996; Trabulsi et al., 2002).
Typical EPEC adheres to the surface of HeLa/HEp-2
cells, forming the so-called localized adherence (LA)
pattern which is characterized by the development of
compact bacterial microcolonies after 3 h of incubation
(Scaletsky et al., 1984). The growth of these compact
microcolonies is mediated by the bundle-forming pilus
(BFP), a type IV fimbrial adhesin encoded by pEAF that
promotes adherence among bacteria that form microcolo-
nies (Giron et al., 1991). In contrast, most aEPEC strains
are unable to produce LA as they are devoid of BFP. In
general, they form loose bacterial microcolonies that are
detected only after prolonged assays (6 h assays),
forming the LA-like pattern of adherence (Rodrigues
et al., 1996).
Although the presence of tEPEC inside enterocytes has
been detected in natural intestinal infections of man and
animals (Donnenberg and Kaper, 1992), tEPEC is not
generally regarded as an invasive pathogen, as the extent
of the invasive process is limited when compared with that
of true invasive pathogens. Furthermore, neither the
mechanism nor the clinical significance of this invasive
process is well understood.
In the characterization of a collection of 59 aEPEC
strains belonging to non-traditional EPEC serogroups,
Vieira et al. (2001) identified nine strains that produced LA
(with compact microcolonies) only after 6 h of infection
(LA6). Besides the fact that they lacked BFP, further
studies demonstrated that the LA6 phenotype was not
associated with any of the adhesins recently described in
the different DEC categories, i.e. Saa (STEC autoagglu-
tinating adhesin), Paa (porcine A/E-associated), ToxB (a
plasmidial locus found in EHEC O157:H7 implicated in
adhesion), Iha (IrgA homologous adhesin), Lpf (long polar
fimbria) and Lda (locus for diffuse adherence) (Hernandes
et al., 2006).
As the key determinants of compact microcolony
formation in aEPEC strains expressing LA6 remain
unknown, in this study we sought to determine, in a
selected aEPEC strain, the kinetics of LA6 pattern devel-
opment and the role of intimin in its establishment.
Results and discussion
The LA6 phenotype of aEPEC strain 1551-2 rather than
an adherence pattern is in fact the outcome of an
invasion process
As aEPEC strains lack BFP, we were interested in iden-
tifying the adhesin(s) responsible for LA6 expression in
HeLa cells in the nine aEPEC strains in our collection
(Vieira et al., 2001). For that purpose, aEPEC strain
1551-2 was selected for further studies because it was
isolated from a child with diarrhoea in the absence of
other recognized pathogens and was devoid of plasmids
thus making molecular analysis straightforward. Strain
1551-2 has been previously shown to produce A/E lesions
in vivo in the rabbit ileal loop model (M.A.M. Vieira et al.,
unpublished), and intimin was the only known potential
adhesive structure expressed by this strain (Hernandes
et al., 2006).
To better understand the development of the LA6
pattern, an adherence kinetic study of strain 1551-2 was
performed in parallel with that of the tEPEC prototype
strain E2348/69, and the preparations were analysed
by light microscopy (Fig. 1) and transmission electron
microscopy (TEM) (Fig. 2). Examination by light micros-
copy revealed that while strain E2348/69 formed small
and compact microcolonies after 2 h of incubation, a ten-
dency to form compact microcolonies in strain 1551-2
could only be observed after 4 h (data not shown). After
6 h of infection, strain 1551-2 formed microcolonies indis-
tinguishable from those of tEPEC strain E2348/69 in 3 h,
whereas in the same period of time the latter strain formed
Fig. 1. Comparative kinetic study of the development of compact
microcolonies in HeLa cells by typical EPEC prototype strain
E2348/69 (A, B and C) and atypical EPEC strain 1551-2 (D, E and
F). After 6 h of infection, strain 1551-2 formed microcolonies
indistinguishable from those of tEPEC strain E2348/69 in 3 h,
characteristics of the LA pattern.
416 R. T. Hernandes et al.
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
larger microcolonies (Fig. 1B and F). As expected, these
data revealed that tEPEC strain E2348/69 is more effi-
cient in producing LA in vitro, probably due to its ability to
express BFP. However, TEM analysis of the same prepa-
rations revealed that the bacteria that composed the
microcolonies of strain 1551-2 were internalized within
vacuoles, while tEPEC E2348/69 seemed to remain
mostly attached to the cell surface in an intimate manner
(Fig. 2A and 2B).
To confirm the invasive ability of strain 1551-2, quanti-
tative HeLa cell invasion assays were performed in the
presence of gentamicin. As it has been shown that BFP
can prevent bacterial internalization of the tEPEC strain
B171 (serotype O111:Non-Motile) (Riley et al., 1990), we
used strain JPN15 (a derivative E2348/69 strain that lacks
BFP expression due to the spontaneous loss of pEAF) to
compare the invasive ability of aEPEC strain 1551-2 to
that of strain E2348/69. Moreover, the less efficient micro-
colony development of strain JPN15 (due to lack of BFP)
as compared with the wild-type original strain E2348/69
could favour the comparison of the invasive ability of both
strains in the same period of time (6 h). Quantitative HeLa
cell invasion assays revealed that aEPEC strain 1551-2
was approximately three times more invasive than strain
JPN15 (Fig. 2C).
Intimin is responsible for the intense invasive ability of
aEPEC strain 1551-2
As intimin was the only known adhesive factor found in
aEPEC strain 1551-2, we initially speculated that this
adhesive molecule could be involved in the establishment
of the LA6/invasive phenotype of this strain. To examine
this hypothesis, the suicide vector pJP5603 was used to
obtain a non-polar mutant in the eae gene (encoding
intimin) of strain 1551-2, generating the mutant strain
1551-2(eae::pRT2). The lack of intimin expression in the
latter strain was confirmed by immunoblotting, and inte-
gration into the homologous eae gene was confirmed by
Southern blotting (data not shown).
In the absence of intimin, the mutant strain 1551-
2(eae::pRT2) displayed a diffuse pattern of adherence to
HeLa cells, instead of the LA pattern of the wild-type strain
(Fig. 3A and 3B). Thus, the presence of eae was essential
to the formation of compact microcolonies in strain
1551-2, despite the fact that its adherence ability was
Fig. 2. Transmission electron microscopy (TEM) of HeLa cells
infected with tEPEC E2348/69 for 3 h (A), aEPEC 1551-2 for 6 h
(B) and quantitative invasion assays of HeLa cells by E2348/69
(3 h), JPN15 (6 h) and aEPEC 1551-2 (6 h) strains (C). The
bacteria that comprised the microcolonies of strain 1551-2 were
internalized within vacuoles, while tEPEC E2348/69 seemed to
remain mostly attached to the cell surface in an intimate manner.
Quantitative HeLa cell invasion assays revealed that aEPEC strain
1551-2 (in 6 h) was approximately three times more invasive than
strain E2348/69 (in 3 h) and JPN15 (in 6 h). Bar = 2 mm.
Fig. 3. HeLa adherence assay (6 h).
A and B. Micrographs illustrating the different adherence pattern
phenotypes produced by aEPEC 1551-2 (localized adherence in
6 h) and the eae mutant 1551-2(eae::pRT2) (diffuse adherence).
C and D. Transmission electron microscopy (TEM) of HeLa cells
infected with aEPEC 1551-2 (C) and 1551-2(eae::pRT2) (D) shows
that the wild-type strain produced the LA6 pattern and was able to
invade HeLa cells, while mutant strain 1551-2(eae::pRT2) was
non-invasive and adhered in a diffuse adherence pattern.
Bar = 10 mm.
Atypical EPEC invades HeLa cells 417
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
maintained in the mutant strain (Fig. 3B). As expected,
mutant strain 1551-2(eae::pRT2) was unable to promote
actin accumulation (a characteristic of A/E lesions which
are dependent on intimin) as detected by a negative fluo-
rescence actin staining (FAS) assay (Fig. 5G).
As visualized by TEM, the mutant strain 1551-
2(eae::pRT2) was unable to invade HeLa cells (Fig. 3D).
These observations suggested that intimin of strain
1551-2 was responsible for both compact microcolony
formation and the potential to invade these cells, thus
confirming that the LA6 pattern of strain 1551-2 is the
result of an invasion process dependent on intimin.
Data in the literature have shown that intimin may play
diverse roles in bacterial interaction with epithelial cells.
Pelayo et al. (1999) managed to reduce the capacity of
strain JPN15 and four aEPEC strains to adhere to HEp-2
cells by at least 80% in the presence of a specific polyclonal
antibody against intimin. Similarly, when using antibody
against the C-terminal region of the intimin molecule, Car-
valho et al. (2005) observed an inhibition of almost 90% in
the adhesion of strain JPN15 to HEp-2 cells.
Studies conducted by Cleary et al. (2004) showed that
an eae mutant strain of E2348/69 (CVD206) maintained
the LA phenotype, but could no longer promote the accu-
mulation of actin filaments underneath adherent bacteria.
In this same study, the authors demonstrated that adhe-
siveness was drastically reduced in a bfpA (encoding the
BFP monomers) mutant of strain E2348/69 (mutant
UMD901). Moreover, using a double mutant (bfpA and
eae) called UMD886, these authors also emphasized the
importance of EspA (a protein that participates in the
T3SS) as a transitory adhesin.
In contrast to the results reported by Cleary et al.
(2004), we observed that even in the absence of intimin,
aEPEC strain 1551-2 retained the ability to adhere in
large numbers to HeLa cells in a diffuse pattern. However,
as observed by TEM, loss of intimin expression in strain
1551-2 led to inhibition of compact cluster formation and
of invasiveness. Furthermore, the fact that the ability of
the aEPEC strain 1551-2 to adhere to HeLa cells was
retained in mutant strain 1551-2(eae::pRT2) suggests the
presence of another adhesive structure that could be
responsible for its diffuse adherence.
The recombinant plasmid pCVD438 (carrying the eae
gene of tEPEC strain E2348/69) (Donnenberg and Kaper,
1991) was used in an attempt to restore intimin expres-
sion in strain 1551-2(eae::pRT2). Despite the fact that this
recombinant plasmid restored intimin expression in strain
1551-2(eae::pRT2) as evaluated by immunoblotting (not
shown), neither microcolony formation nor FAS positivity
was re-established when this strain adhered to HeLa
cells, probably due to incompatibility between intimin
alpha of strain E2348/69 and the Tir molecule translo-
cated by the 1551-2 strain.
A recombinant plasmid carrying the eae gene of strain
1551-2 was then constructed (pRTH10) and introduced
into the mutant strain 1551-2(eae::pRT2). However, no
polypeptide compatible in size with intimin was observed
by immunoblotting in the complemented strain, despite
the fact that a laboratory strain E. coli HB101 carrying
pRTH10 was capable of expressing intimin on its surface
(not shown). Moreover, when strain HB101(pRTH10),
was analysed for adherence in HeLa cells, no bacteria
could be detected, suggesting that the intimin subtype
expressed by aEPEC strain 1551-2 has no receptor mol-
ecule in this cell line. Thus, the LA6/invasiveness pheno-
type in this strain requires intimin and the translocation of
the Tir molecule.
Omicron is the intimin subtype of aEPEC strain 1551-2
One recent work developed by Garrido et al. (2006)
reported the existence of at least 25 intimin subtypes
based on the sequence of the last 280 amino acids of the
C-terminal region (Int280) of the molecule, which is both
the variable region of the protein and the region that is
recognized by Tir (Frankel et al., 1994; Adu-Bobie et al.,
1998). As we have shown that intimin is responsible for
the invasive ability of aEPEC strain 1551-2, the portion of
the eae gene corresponding to the C-terminal region of
the molecule was cloned and sequenced. The resulting
sequence showed 99% identity to the recently reported
intimin subtype omicron (o) and 85% identity to the
subtype alpha (a) expressed by the tEPEC strain E2348/
69. The analysis of the predicted protein sequence of the
C-terminal region between intimin alpha (from E2348/69
Accession No. AF022236) and intimin omicron (from
AEEC-IH2997f Accession No. AJ876648 and aEPEC
1551-2 EU016188) demonstrated approximately 29%
distinct amino acids (Fig. 4). So far, the presence of
intimin subtype o has been described in two aEPEC
strains (serotypes O129:H
and O84:H
) (Blanco et al.,
2006; Garrido et al., 2006), but whether these strains are
able to invade HeLa cells remains to be determined. Thus
far, the association of this intimin subtype with the LA6
pattern or the capacity of EPEC strains to invade HeLa
cells has not yet been reported.
Subversion of actin dynamics by aEPEC 1551-2
involves Tir phosphorylation
Aconfocal laser fluorescence microscopy analysis of strain
1551-2 interacting with HeLa cells allowed the distinction
between intracellular and extracellular bacteria and
revealed that bacteria in the intracellular compartment
were capable of promoting actin accumulation around
the vacuoles (Fig. 5). Moreover, using phosphotyrosine-
418 R. T. Hernandes et al.
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
specific antibodies, we showed tyrosine phosphorylation
activity in the regions of actin accumulation underneath
adherent 1551-2 bacteria in HeLa cells (Fig. 6B).
It has been reported that an essential stage in the
tEPEC-induced actin accumulation in vitro requires clus-
tering of membrane-associated Tir by intimin (Campellone
et al., 2004) and subsequent phosphorylation of a tyrosine
residue (Y474) at the C-terminus of the Tir molecule
(Kenny, 1999) by host cell kinases (Phillips et al., 2004;
Swimm et al., 2004). Phosphorylation of Y474 leads to
binding of the Tir molecule to Nck (Campellone and Leong,
2005), a host cell adaptor protein that recruits and activates
N-WASP, which is a member of the Wiskott–Aldrich syn-
drome protein/Scar family. Activated N-WASP then recruits
and triggers the Arp2/3 protein complex to promote actin
nucleation engendering an extensive polymerization of
actin filaments, thus leading to pedestal formation (Gruen-
heid et al., 2001; Campellone and Leong, 2003; Campel-
lone et al., 2004). In contrast, Tir of EHEC (serotype
O157:H7) is not tyrosine phosphorylated (DeVinney et al.,
1999) and N-WASP recruitment is independent of Nck
(Gruenheid et al., 2001; Lommel et al., 2004). Recently, it
was demonstrated that EHEC injects its own adaptor
protein, Tir cytoskeleton-coupling protein (TccP/EspF
U
),
into the host cell, which in turn connects EHEC Tir to
N-WASP and the actin filaments of the cytoskeleton
Fig. 4. Predicted protein sequence of the C-terminal region of the eae gene (Int280) encoding intimin. The analysis of the predicted protein
sequence of the C-terminal region between intimin alpha (from E2348/69 Accession No. AF022236) and intimin omicron (from
AEEC-IH2997f Accession No. AJ876648 and aEPEC 1551-2 EU016188) demonstrated approximately 29% distinct amino acids
represented in grey box.
Atypical EPEC invades HeLa cells 419
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
(Campellone et al., 2004; Garmendia et al., 2004). Further
studies showed that tEPEC strains of serotype O119:H6
can promote actin aggregation by both pathways (Whale
et al., 2006), and that the EPEC-2 strain used the product
of a tccP homologue gene, tccP2, to mediate subversion of
actin dynamics (Whale et al., 2007).
In the present study, we showed that the mechanism of
actin accumulation used by aEPEC strain 1551-2 in the
formation of A/E lesion is dependent on Tir
1551-2
phospho-
rylation. Campellone et al. (2002) identified in an EPEC Tir
molecule a 12-amino-acid sequence containing the Y474
residue, which is essential for the actin-signaling capability.
Nck binds this 12-amino-acid sequence, in a Y474
phosphorylation-dependent manner. Sequencing data of
the region of the Tir
1551-2
molecule encompassing a Y474-
equivalent matched exactly the sequence of a recently
reported new Tir molecule expressed by another aEPEC
strain of serotype O104:H12 of our collection (Fig. 6A)
(Ooka et al., 2007). As it has been recently published that
aEPEC strain 1551-2 is devoid of tccP or tccP2 (Ooka
et al., 2007), it is apparent that strain 1551-2 recruits actin
by means of the Tir–Nck pathway. However, a question that
remains to be answered is whether additional differences
regarding the use of the Tir–Nck pathway between aEPEC
strain 1551-2 and tEPEC strains is responsible for the
invasion capability of the former strain in vitro.
Concluding remarks
In the present study, we demonstrated that in the aEPEC
strain 1551-2 the formation of compact microcolonies
(characteristic of the LA pattern) observed in the LA6
pattern in HeLa cells is in fact the outcome phenotype of an
invasive process mediated by intimin subtype omicron.
Furthermore, our studies also showed that in the absence
of intimin omicron, aEPEC strain 1551-2 could still adhere
in large numbers to this cell line by means of a putative new
adhesive structure which remains to be characterized.
There is growing evidence in the literature that aEPEC is a
very diverse group of strains (Gomes et al., 2004) that are
becoming important pathogens both in developed and in
developing countries (Trabulsi et al., 2002; Kaper et al.,
2004). Thus, the occurrence of an invasion mechanism
among aEPEC strains in vivo emerges as a major subject
to be addressed in future studies.
Experimental procedures
Bacterial strains and plasmids
The bacterial strains used in this study are listed in Table 1.
E. coli strains were grown in Luria–Bertani (LB) broth and incu-
bated aerobically at 37°C overnight.
HeLa cell adherence and FAS assay
The assay described by Cravioto et al. (1979) was used with some
adaptations, to determine the adherence pattern of the strains.
HeLa cells at 60% confluence were cultivated in 24-well tissue
culture plates containing glass coverslips and Dulbecco’s modified
Eagle medium (DMEM) supplemented with 10% fetal bovine
serum. After one wash with phosphate-buffered saline (PBS)
pH 7.4, 1.0 ml of fresh medium (DMEM supplemented with 2%
D-mannose) was added to the cell monolayers. E. coli strains were
grown overnight in LB broth without shaking and then diluted 1:50
in the medium contained in the microplates. After an incubation
period of 3 h at 37°C, monolayers were washed once with PBS,
fresh medium was added to the wells, and an additional incubation
period of 3 h was allowed (6 h assay). After six washes with PBS,
the preparations were fixed with methanol, stained with May
Grünwald-Giemsa stain and examined by light microscopy.
Fig. 5. Confocal microscopy of HeLa cells infected with aEPEC
1551-2 (A, B, C and D) and 1551-2(eae::pRT2) (E, F, G and H).
Cells were labelled with anti-1551-2 antisera and the primary
antibody was visualized by using anti-rabbit secondary antibody
(green). For actin accumulation, cells were labelled with phalloidin
(red), and for bacterial and HeLa cell DNA with DAPI (blue). Arrow
in (D) indicates 1551-2 strain internalized in the HeLa cell. The
1551-2 strain in the intracellular compartment was able to promote
actin accumulation around the vacuoles (bar = 10 mm).
420 R. T. Hernandes et al.
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
Fig. 6. A. Amino acid alignment of EPEC Tir,
EHEC Tir and aEPEC (4051-6 and 1551-2)
Tir. Phosphorylated tyrosines (Y) appear
in bold. Only tEPEC and aEPEC are
tyrosine-phosphorylated at the Y474 or
Y474-equivalent residues.
B. Immunofluorescence of HeLa cells infected
with tEPEC (E2348/69), EHEC (EDL 933) and
aEPEC (1551-2). Cells were labelled with
anti-PY antiserum and the primary antibody
was visualized by using anti-mouse
secondary antibody (green). For actin
accumulation, cells were labelled with
phalloidin (red). Yellow signals observed
with combined staining are caused by
colocalization of actin accumulation and
Tir-PY. Like tEPEC, aEPEC 1551-2 promotes
actin accumulation via the Tir–Nck pathway.
Bar = 10 mm.
B
A
Table 1. Bacterial strains and plasmids used in this study.
Bacterial strain or plasmid Relevant genotype and/or description Reference
E. coli strains
1551-2 Wild-type aEPEC (ONT:H
) which expresses LA6 Vieira et al. (2001); Hernandes et al. (2006)
1551-2(eae::pRT2) 1551-2 eae mutant This study
E2348/69 Wild-type EPEC (O127:H6) isolated from an outbreak in Taunton, UK Levine et al. (1978)
JPN15 Strain E2348/69 spontaneously cured of pEAF Jerse et al. (1990)
CVD206 eae (intimin) gene deletion mutant of E2348/69 Donnenberg and Kaper (1991)
HB101 Non-pathogenic laboratory E. coli K-12 strain Louie et al. (1994)
DH5a(lpir) DH5a transduced with lpir Elliott and Kaper (1997)
S17-1(lpir) pro res mod
+
RP4-2, Tc::Mu-Km::Tn7 Simon et al. (1983)
Plasmids
pJP5603 3.1 kb R6K-based suicide vector, Km
R
Penfold and Pemberton (1992)
pACYC184 Low-copy-number cloning vector, Cm
R
/Tc
R
New England Biolabs
pCVD438 eae gene from E2348/69 in pACY184 background, Cm
R
Donnenberg and Kaper (1991)
pGEM-T Easy Cloning vector, Ap
R
, f1 ori, lacZ Promega
pMOSBlue Cloning vector, Ap
R
, f1 ori, lacZ Amersham Pharmacia Biotech
pRT1 pGEM-T Easy harbouring a 924 bp fragment of eae, Ap
R
This study
pRT2 pJP5603 harbouring an EcoRI fragment from pRT1, Km
R
This study
pRTH1 eae gene from 1551-2 in pMOS background, Ap
R
This study
pRTH10 EcoRV/HindIII fragment from pRTH1 in pACY184 background, Cm
R
This study
Atypical EPEC invades HeLa cells 421
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
The FAS assay for filamentous actin accumulation was per-
formed on HeLa cells after 3 or 6 h of incubation with the bacte-
ria, as described previously (Knutton et al., 1989).
Immunofluorescence microscopy and confocal
microscopy
Following infection, coverslips were fixed in 2% glutaraldehyde
in PBS (10 mM sodium phosphate buffer, pH 7.0, 0.15 M NaCl),
for 1 h at room temperature. After three washes in PBS, the
coverslips were incubated with 50 mM NH
4
Cl in PBS for 30 min
at room temperature to quench excess aldehyde groups. HeLa
cells were washed with PBS, and soaked in PBS containing
0.25% gelatin and 0.05% NaN
3
(PGN) (Procopio et al., 1998).
The coverslips were probed with rabbit anti-1551-2 antibodies,
washed three times with PBS and developed with goat anti-rabbit
Ig-coupled to Cy3 (Sigma). The coverslips were then washed
three times in PBS, and F-actin was then stained with 2 mg ml
-1
rhodamine-phalloidin (Sigma) and 50 mM DAPI (4,6-diamidino-
2-phenylindole dihydrochloride; Molecular Probes, Eugene,
Oregon) to stain bacterial and host cell DNA. After further wash-
ings, coverslips were mounted in buffered glycerol in the pres-
ence of p-phenylenediamine as antifade agent and viewed in a
Bio-Rad 1024UV confocal system attached to a Zeiss Axiovert
100 microscope. Images were acquired with a 100¥ 1.4 NA
PlanApochromatic objective and processed with ImageJ
(http://rsb.info.nih.gov/ij/).
Quantitative invasion assays
Quantitative assessment of bacterial invasion of HeLa cells was
performed as described previously (Luck et al., 2005). Briefly,
washed semi-confluent cell monolayers were infected in the pres-
ence of 1%
D-mannose with 10
7
colony-forming units (cfu) of each
bacterial test strain for 6 h, after which monolayers were washed
five times with PBS, and lysed in 1% Triton X-100 for 30 min
at room temperature. Following cell lysis, bacteria were
re-suspended in LB broth and quantified by plating serial dilutions
onto MacConkey agar plates to obtain the total number of cell-
associated bacteria. To obtain the number of intracellular bacteria,
a second set of infected wells was washed five times and incu-
bated with 100 mg ml
-1
gentamicin for 1 h. Following this incuba-
tion period, cells were washed five times with PBS, lysed with 1%
Triton X-100 and re-suspended in LB broth for quantification by
plating serial dilutions. Assays were carried out in triplicate, and
the results from at least three independent experiments were
expressed as the percentage of the total cell-associated bacteria
that were intracellular (mean Ϯ standard deviation).
Transmission electron microscopy
After the adherence assays, preparations on the coverslips were
washed six times with PBS, and processed as described in
Bozzola and Russell (1998). Briefly, fixation was carried out over-
night in 1% paraformaldehyde, 1.5% glutaraldehyde in phos-
phate buffer 0.1 M pH 7.3. Post-fixation was performed with 1%
osmium tetroxide for 30 min in the same buffer. Following dehy-
dration in a graded ethanol series, and two quick passes in
propylene oxide, the cells were covered with a 1:1 mixture of
propylene oxide and Epon resin for 5 min. Gelatin capsules filled
with Epon embedding medium were then inverted on top of the
coverslips containing the preparations, and placed in a 60°C
oven for 24–48 h. Following resin polymerization, the capsules
were snapped off of the glass substrate after being cooled with
liquid nitrogen. The area on the capsule containing the cells was
then trimmed, and ultrathin sections (about 70–80 nm thick) were
obtained in a Sorvall MT 6000 ultramicrotome. The sections were
stained with 2% uranyl acetate and lead citrate and examined in
a LEO 906E transmission electron microscope (Zeiss, Germany)
at 80 kV.
Search for tyrosine phosphorylation of Tir
HeLa cells were cultivated in DMEM supplemented with 10%
fetal bovine serum and 2.5 mM glutamine, in 24-well plates
(1 ¥ 10
5
cells per well) with glass coverslips (12 mm diameter) at
37°C in 5% CO
2
. Overnight bacterial cultures grown in LB at 37°C
were added to the microplates at a dilution of 1:20. Monolayers
were infected for 6 h, fixed in formalin and permeabilized in 0.1%
Triton X-100. The cells were then incubated for 24 h at
4°C with mouse monoclonal antiphosphotyrosine clone PT-66
(Sigma) (diluted 1:50), washed, and incubated with fluorescein
isothiocyanate-conjugated goat anti-mouse antibody (Sigma)
(diluted 1:100) for 60 min. Coverslips were washed, mounted in
glycerol (1:9 in PBS) and analysed using an Olympus optical
BX60F5 fluorescence microscope (Rosenshine et al., 1992).
DNA and genetic manipulations
Cloning was performed according to standard DNA manipulation
methods (Sambrook and Russell, 2001). Plasmid extraction of the
recombinant clones was carried out with the Plasmid Mini-Prep kit
(Promega). Restriction enzymes and other modifying enzymes
(Invitrogen) were used in accordance with protocols supplied by
the manufacturers. Purification of DNA fragments and extraction
from agarose gel slices were performed with Wizard DNA
Clean-Up kit (Promega). Plasmid DNA was introduced into E. coli
DH5a by electroporation of competent cells by use of an E. coli
Pulser apparatus (Bio-Rad Laboratories, Richmond, CA). Selec-
tion of recombinant clones was performed on LB agar containing:
ampicillin (100 mg ml
-1
), kanamicin (50 mg ml
-1
), cloramphenicol
(30 mg ml
-1
), X-gal (5-bromo-4chloro-3indolyl-b-D-galactoside
40 mg ml
-1
) or IPTG (Isopropyl-b-D-thiogalactopyranoside
0.1 mM) when appropriate.
The complete eae gene was amplified by PCR (Elongase
amplification system Invitrogen, USA) using the AE9/EscD
primers (ACGTTGCAGCATGGGTAACTC/CAGAACATTCAGCC
GTAC) and cloned in the pMOSBlue vector, thus obtaining
pRTH1. This plasmid was digested with HindIII/SphI and the
segment of interest was cloned into the corresponding sites in
pACYC184 vector, resulting in the recombinant plasmid
pRTH10.
Sequencing analysis of the eae gene sequence of
aEPEC 1551-2
The C-terminal region of the eae gene (Int280) in the pRTH10 and
the amplified tir gene were sequenced using dideoxy-nucleotide
422 R. T. Hernandes et al.
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
BigDye Terminators as modified by Sanger et al. (1977) (Applied
Biosystems) in an ABI377/96 automated sequencer. Contigs were
assembled using Phred-Phrap-Consed programs (Gordon et al.,
1998; Ewing et al., 1998; Ewing and Green, 1998).
The sequences derived from the analysis performed in
this study were deposited in GenBank under Accession
No. EU016188 (eae gene) and EU057954 (tir gene).
Directed insertional mutagenesis in the eae gene
Internal segments of the eae gene were prepared by PCR using
the AE11/AE12 primers (CCCGGCACAAGCATAAGCTAA/
ATGACTCATGCCAGCCGCTCA) (Gannon et al., 1993) and
cloned in the pGEM-T Easy vector thus obtaining pRT1. This
plasmid was digested with EcoRI, and the segment of interest
was cloned into the corresponding sites in suicide vector
pJP5603 (Penfold and Pemberton, 1992), resulting in the re-
combinant plasmid pRT2. After transformation of pRT2 into
DH5a(lpir), transformants were selected on LB agar plates con-
taining kanamycin and X-Gal; plasmid DNA of transformants
harbouring the correct insert was transformed into strain S17-
1(lpir) for mobilization into a nalidixic acid-resistant derivative of
strain 1551-2 via filter mating on cellulose nitrate membranes.
Transconjugants were selected on
L-agar plates containing kana-
mycin and nalidixic acid as previously described (Elliott and
Kaper, 1997; Elias et al., 1999; Keller et al., 2002).
The correct site of integration was confirmed by Southern blot
analysis of genomic DNA digested with HindIII and XhoI using the
eae amplicon as a gene probe (Miller and Mekalanos, 1988;
Steiner et al., 2000).
Acknowledgements
This work was supported by Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) Grants 02/00987-5 and
04/11926-2, and by Programa de Apoio a Núcleos de Excelência
PRONEX MCT/CNPq/FAPERJ. R.T.H. received a fellowship
from FAPESP (06/54359-6). M.R.S.B. is supported by grant from
FAPESP (Brazil) and is recipient of an International Research
Scholar grant from the Howard Hughes Medical Institute (USA).
We are grateful to Mônica A.M. Vieira for technical assistance,
Marcia R.M. dos Santos and José Franco da Silveira for provid-
ing the pMOSBlue Blunt Ended Cloning Kit, and Gad Frankel for
providing the pCVD438 plasmid.
References
Adu-Bobie, J., Trabulsi, L.R., Carneiro-Sampaio, M.M.,
Dougan, G., and Frankel, G. (1998) Identification of immu-
nodominant regions within the C-terminal cell binding
domain of intimin alpha and intimin beta from enteropatho-
genic Escherichia coli. Infect Immun 66: 5643–5649.
Blanco, M., Blanco, J.E., Dahbi, G., Alonso, M.P., Mora, A.,
Coira, M.A., et al. (2006) Identification of two new intimin
types in atypical enteropathogenic Escherichia coli. Int
Microbiol 9: 103–110.
Bozzola, J.J., and Russell, D.L. (1998) Electron Microscopy.
Principles and Techniques for Biologists, 2nd edn.
Sudbury, MA: Jones and. Bartlett Publishers.
Campellone, K.G., and Leong, J.M. (2003) Tails of two Tirs:
actin pedestal formation by enteropathogenic E. coli and
enterohemorrhagic E. coli O157:H7. Curr Opin Microbiol 6:
82–90.
Campellone, K.G., and Leong, J.M. (2005) Nck-independent
actin assembly is mediated by two phosphorylated
tyrosines within enteropathogenic Escherichia coli Tir.
Mol Microbiol 56: 416–432.
Campellone, K.G., Giese, A., Tipper, D.J., and Leong, J.M.
(2002) A tyrosine-phosphorylated 12-amino-acid sequence
of enteropathogenic Escherichia coli Tir binds the host
adaptor protein Nck and is required for Nck localization to
actin pedestals. Mol Microbiol 43: 1227–1241.
Campellone, K.G., Rankin, S., Pawson, T., Kirschner, M.W.,
Tipper, D.J., and Leong, J.M. (2004) Clustering of Nck by a
12-residue Tir phosphopeptide is sufficient to trigger local-
ized actin assembly. J Cell Biol 164: 407–416.
Carvalho, H.M., Teel, L.D., Kokai-Kun, J.F., and O’Brien, A.D.
(2005) Antibody against the carboxyl terminus of intimin
alpha reduces enteropathogenic Escherichia coli adher-
ence to tissue culture cells and subsequent induction of
actin polymerization. Infect Immun 73: 2541–2546.
Cleary, J., Lai, L.C., Shaw, R.K., Straatman-Iwanowska, A.,
Donnenberg, M.S., Frankel, G., and Knutton, S. (2004)
Enteropathogenic Escherichia coli (EPEC) adhesion to
intestinal epithelial cells: role of bundle-forming pili (BFP),
EspA filaments and intimin. Microbiology 150: 527–538.
Cravioto, A., Gross, R.J., Scotland, S.M., and Rowe, B.
(1979) An adhesive factor found in strains of Escherichia
coli belonging to the traditional infantile enteropathogenic
serotypes. Curr Microbiol 3: 95–99.
Daniell, S.J., Takahashi, N., Wilson, R., Friedberg, D., Rosen-
shine, I., Booy, F.P., et al. (2001) The filamentous type III
secretion translocon of enteropathogenic Escherichia coli.
Cell Microbiol 3: 865–871.
DeVinney, R., Stein, M., Reinscheid, D., Abe, A., Rusch-
kowski, S., and Finlay, B.B. (1999) Enterohemorrhagic
Escherichia coli O157:H7 produces Tir, which is translo-
cated to the host cell membrane but is not tyrosine
phosphorylated. Infect Immun 67: 2389–2398.
Donnenberg, M.S., and Kaper, J.B. (1991) Construction of an
eae deletion mutant of enteropathogenic Escherichia coli
by using a positive-selection suicide vector. Infect Immun
59: 4310–4317.
Donnenberg, M.S., and Kaper, J.B. (1992) Enteropathogenic
Escherichia coli. Infect Immun 60: 3953–3961.
Elias, W.P., Czeczulin, J.R., Henderson, I.R., Trabulsi, L.R.,
and Nataro, J.P. (1999) Organization of biogenesis genes
for aggregative adherence fimbria II defines a virulence
gene cluster in enteroaggregative Escherichia coli.
J Bacteriol 181: 1779–1785.
Elliott, S.J., and Kaper, J.B. (1997) Role of type 1 fimbriae in
EPEC infections. Microb Pathog 23: 113–118.
Ewing, B., and Green, P. (1998) Base-calling of automated
sequencer traces using phred. II. Error probabilities.
Genome Res 8: 186–194.
Ewing, B., Hillier, L., Wendl, M.C., and Green, P. (1998)
Base-calling of automated sequencer traces using phred. I.
Accuracy assessment. Genome Res 8: 175–185.
Frankel, G., Candy, D.C., Everest, P., and Dougan, G. (1994)
Characterization of the C-terminal domains of intimin-like
Atypical EPEC invades HeLa cells 423
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
proteins of enteropathogenic and enterohemorrhagic
Escherichia coli, Citrobacter freundii, and Hafnia alvei.
Infect Immun 62: 1835–1842.
Frankel, G., Phillips, A.D., Rosenshine, I., Dougan, G.,
Kaper, J.B., and Knutton, S. (1998) Enteropathogenic and
enterohaemorrhagic Escherichia coli: more subversive
elements. Mol Microbiol 30: 911–921.
Gannon, V.P., Rashed, M., King, R.K., and Thomas, E.J.
(1993) Detection and characterization of the eae gene of
Shiga-like toxin-producing Escherichia coli using poly-
merase chain reaction. J Clin Microbiol 31: 1268–1274.
Garmendia, J., Phillips, A.D., Carlier, M.F., Chong, Y.,
Schuller, S., Marches, O., et al. (2004) TccP is an entero-
haemorrhagic Escherichia coli O157:H7 type III effector
protein that couples Tir to the actin-cytoskeleton. Cell
Microbiol 6: 1167–1183.
Garrido, P., Blanco, M., Moreno-Paz, M., Briones, C., Dahbi,
G., Blanco, J., et al. (2006) STEC-EPEC oligonucleotide
microarray: a new tool for typing genetic variants of the
LEE pathogenicity island of human and animal Shiga toxin-
producing Escherichia coli (STEC) and enteropathogenic
E. coli (EPEC) strains. Clin Chem 52: 192–201.
Giron, J.A., Ho, A.S., and Schoolnik, G.K. (1991) An inducible
bundle-forming pilus of enteropathogenic Escherichia coli.
Science 254: 710–713.
Gomes, T.A.T., Irino, K., Girão, D.M., Girão, V.B., Guth, B.E.,
Vaz, T.M., et al. (2004) Emerging enteropathogenic
Escherichia coli strains? Emerg Infect Dis 10: 1851–1855.
Gordon, D., Abajian, C., and Green, P. (1998) Consed: a
graphical tool for sequence finishing. Genome Res 8: 195–
202.
Gruenheid, S., DeVinney, R., Bladt, F., Goosney, D., Gelkop,
S., Gish, G.D., et al. (2001) Enteropathogenic E. coli Tir
binds Nck to initiate actin pedestal formation in host cells.
Nat Cell Biol 3: 856–859.
Hernandes, R.T., Vieira, M.A.M., Carneiro, S.M., Salvador,
F.A., and Gomes, T.A.T. (2006) Characterization of atypi-
cal enteropathogenic Escherichia coli strains that express
typical localized adherence in HeLa cells in the absence of
the bundle-forming pilus. J Clin Microbiol 44: 4214–4217.
Jarvis, K.G., Giron, J.A., Jerse, A.E., McDaniel, T.K.,
Donnenberg, M.S., and Kaper, J.B. (1995) Enteropatho-
genic Escherichia coli contains a putative type III secretion
system necessary for the export of proteins involved in
attaching and effacing lesion formation. Proc Natl Acad Sci
USA 92: 7996–8000.
Jerse, A.E., Yu, J., Tall, B.D., and Kaper, J.B. (1990) A genetic
locus of enteropathogenic Escherichia coli necessary for
the production of attaching and effacing lesions on tissue
culture cells. Proc Natl Acad Sci USA 87: 7839–7843.
Kaper, J.B. (1996) Defining EPEC. Rev Microbiol 27: 130–
133.
Kaper. J.B., Nataro, J.P., and Mobley, H.L. (2004) Patho-
genic Escherichia coli. Nat Rev Microbiol 2: 123–140.
Karch, H., Tarr, P.I., and Bielaszewska, M. (2005) Entero-
haemorrhagic Escherichia coli in human medicine. Int J
Med Microbiol 295: 405–418.
Keller, R., Ordonez, J.G., de Oliveira, R.R., Trabulsi, L.R.,
Baldwin, T.J., and Knutton. S. (2002) Afa, a diffuse adher-
ence fibrillar adhesin associated with enteropathogenic
Escherichia coli. Infect Immun 70: 2681–2689.
Kenny, B. (1999) Phosphorylation of tyrosine 474 of the
enteropathogenic Escherichia coli (EPEC) Tir receptor
molecule is essential for actin nucleating activity and is
preceded by additional host modifications. Mol Microbiol
31: 1229–1241.
Kenny, B., DeVinney, R., Stein, M., Reinscheid, D.J., Frey,
E.A., and Finlay, B.B. (1997) Enteropathogenic E. coli
(EPEC) transfers its receptor for intimate adherence into
mammalian cells. Cell 91: 511–520.
Knutton, S., Baldini, M.M., Kaper, J.B., and McNeish, A.S.
(1987) Role of plasmid-encoded adherence factors in
adhesion of enteropathogenic Escherichia coli to HEp-2
cells. Infect Immun 55: 78–85.
Knutton, S., Baldwin, T., Williams, P.H., and McNeish, A.S.
(1989) Actin accumulation at sites of bacterial adhesion to
tissue culture cells: basis of a new diagnostic test for
enteropathogenic and enterohemorrhagic Escherichia coli.
Infect Immun 57: 1290–1298.
Knutton, S., Rosenshine, I., Pallen, M.J., Nisan, I., Neves,
B.C., Bain, C., et al. (1998) A novel EspA-associated
surface organelle of enteropathogenic Escherichia coli
involved in protein translocation into epithelial cells.
EMBO J 17: 2166–2176.
Levine, M.M., Berquist, J., Nalen, D.R., Waterman, D.H.,
Hornich, R.B., Young, C.R., and Sotman, S. (1978)
Escherichia coli strains that cause diarrhea but do not
produce heat-labile or heat-stable enterotoxins and are
non-invasive. Lancet 1: 1119–1122.
Lommel, S., Benesch, S., Rohde, M., Wehland, J., and
Rottner, K. (2004) Enterohaemorrhagic and enteropatho-
genic Escherichia coli use different mechanisms for actin
pedestal formation that converge on N-WASP. Cell Micro-
biol 6: 243–254.
Louie, M., DeAzavedo, J., Clarke, R., and Brunton, J. (1994)
Serotype distribution and sequence heterogeneity of eae
gene in verotoxin-producing Escherichia coli. Epidemiol
Infect 112: 449–461.
Luck, S.N., Bennett-Wood, V., Poon, R., Robins-Browne,
R.M., and Hartland, E.L. (2005) Invasion of epithelial cells
by locus of enterocyte effacement-negative enterohemor-
rhagic Escherichia coli
. Infect Immun 73: 3063–3071.
McDaniel, T.K., Jarvis, K.G., Donnenberg, M.S., and Kaper,
J.B. (1995) A genetic locus of enterocyte effacement
conserved among diverse enterobacterial pathogens.
Proc Natl Acad Sci USA 92: 1664–1668.
Miller, V.L., and Mekalanos, J.J. (1988) A novel suicide vector
and its use in construction of insertion mutations: osmo-
regulation of outer membrane proteins and virulence deter-
minants in Vibrio cholerae requires toxR. J Bacteriol 170:
2575–2583.
Ooka, T., Vieira, M.A.M., Ogura, Y., Beutin, L., La Ragione,
R., van Diemen, P.M., et al. (2007) Characterization of
tccP2 carried by atypical enteropathogenic Escherichia
coli. FEMS Microbiol Lett 271: 126–135.
Pelayo, J.S., Scaletsky, I.C., Pedroso, M.Z., Sperandio, V.,
Giron, J.A., Frankel, G., and Trabulsi, L.R. (1999) Virulence
properties of atypical EPEC strains. J Med Microbiol 48:
41–49.
Penfold, R.J., and Pemberton, J.M. (1992) An improved
suicide vector for construction of chromosomal insertion
mutations in bacteria. Gene 118: 145–146.
424 R. T. Hernandes et al.
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
Phillips, N., Hayward, R.D., and Koronakis, V. (2004) Phos-
phorylation of the enteropathogenic E. coli receptor by the
Src-family kinase c-Fyn triggers actin pedestal formation.
Nat Cell Biol 6: 618–625.
Procopio, D.O., da Silva, S., Cunningham, C.C., and Mortara,
R.A. (1998) Trypanosoma cruzi: effect of protein kinase
inhibitors and cytoskeletal protein organization and expres-
sion on host cell invasion by amastigotes and metacyclic
trypomastigotes. Exp Parasitol 90: 1–13.
Riley, L.W., Junio, L.N., and Schoolnik, G.K. (1990) HeLa cell
invasion by a strain of enteropathogenic Escherichia coli
that lacks the O-antigenic polysaccharide. Mol Microbiol 4:
1661–1666.
Rodrigues, J., Scaletsky, I.C., Campos, L.C., Gomes, T.A.,
Whittam, T.S., and Trabulsi, L.R. (1996) Clonal structure
and virulence factors in strains of Escherichia coli of the
classic serogroup O55. Infect Immun 64: 2680–2686.
Rosenshine, I., Duronio, V., and Finlay, B.B. (1992) Tyrosine
protein kinase inhibitors block invasin-promoted bacterial
uptake by epithelial cells. Infect Immun 60: 2211–2217.
Sambrook, J., and Russell, D.W. (2001) Molecular Cloning
A Laboratory Manual. Cold Spring Harbor, NY: Cold Spring
Harbor Laboratory Press.
Sanger, F., Nicklen, S., and Coulson, A.R. (1977) DNA
sequencing with chain-terminating inhibitors. Proc Natl
Acad Sci USA 74: 5463–5467.
Scaletsky, I.C., Silva, M.L., and Trabulsi, L.R. (1984) Distinc-
tive patterns of adherence of enteropathogenic Escherichia
coli to HeLa cells. Infect Immun 45: 534–536.
Sekiya, K., Ohishi, M., Ogino, T., Tamano, K., Sasakawa, C.,
and Abe, A. (2001) Supermolecular structure of the entero-
pathogenic Escherichia coli type III secretion system and
its direct interaction with the EspA-sheath-like structure.
Proc Natl Acad Sci USA 98: 11638–11643.
Simon, R., Priefer, U., and Puhler, A. (1983) A broad host
range mobilization system for in vivo genetic engineering:
transposon mutagenesis in Gram-negative bacteria.
Bio/Technology 1: 784–791.
Steiner, T.S., Nataro, J.P., Poteet-Smith, C.E., Smith, J.A.,
and Guerrant, R.L. (2000) Enteroaggregative Escherichia
coli expresses a novel flagellin that causes IL-8 release from
intestinal epithelial cells. J Clin Invest 105: 1769–1777.
Swimm, A., Bommarius, B., Li, Y., Cheng, D., Reeves, P.,
Sherman, M., et al. (2004) Enteropathogenic Escherichia
coli use redundant tyrosine kinases to form actin pedestals.
Mol Biol Cell 15: 3520–3529.
Trabulsi, L.R., Keller, R., and Gomes, T.A.T. (2002) Typical
and atypical enteropathogenic Escherichia coli. Emerg
Infect Dis 8: 508–513.
Vieira, M.A.M., Andrade, J.R., Trabulsi, L.R., Rosa, A.C.,
Dias, A.M., Ramos, S.R., et al. (2001) Phenotypic and
genotypic characteristics of
Escherichia coli strains of non-
enteropathogenic E. coli (EPEC) serogroups that carry
EAE and lack the EPEC adherence factor and Shiga toxin
DNA probe sequences. J Infect Dis 183: 762–772.
Whale, A.D., Garmendia, J., Gomes, T.A.T., and Frankel, G.
(2006) A novel category of enteropathogenic Escherichia
coli simultaneously utilizes the Nck and TccP pathways to
induce actin remodelling. Cell Microbiol 8: 999–1008.
Whale, A.D., Hernandes, R.T., Ooka, T., Beutin, L., Schüller,
S., Garmendia, J., et al. (2007) TccP2-mediated subver-
sion of actin dynamics by EPEC 2 a distinct evolutionary
lineage of enteropathogenic Escherichia coli. Microbiology
153: 1743–1755.
Atypical EPEC invades HeLa cells 425
© 2007 The Authors
Journal compilation © 2007 Blackwell Publishing Ltd, Cellular Microbiology, 10, 415–425
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo