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(QUINN et al., 1994). No entanto, trabalho realizado por VIANA et al. (2007) evidencia a
variabilidade fenotípica dos isolados dentro da espécie, obtendo-se distintos perfis
bioquímicos para esta bactéria. No mesmo estudo, refere que os testes fenotípicos
rotineiramente utilizados são insuficientes para a identificação e a diferenciação entre isolados
de R. equi e Dietzia maris, sendo o teste da utilização do ONPG (orthonitrophenyl-β-D-
galactopyrannoside) a única prova que demonstrou capacidade discriminatória
Além dos testes convencionais, existem outros testes realizados com meios de cultivo
seletivos que promovem o isolamento do R. equi a partir de materiais contaminados como
fezes ou solo. Dentre eles, os principais são o meio NANAT (“nalidixic acid novobiocin
actidione-cycloheximide potassium telurite”) (WOLCOOK et al., 1979) e os recentemente
descritos CAZ-NB (agar ceftazidima-novobiocina) e TCP (trimethoprim, cefoperazone,
polymyxin B), ambos contendo antimicrobianos que inibem contaminantes e favorecem o
isolamento do R. equi (MAKRAI et al., 2005b).
As técnicas moleculares para a detecção do R. equi em lavados bronquiais de potros
representam um avanço para o diagnóstico laboratorial da doença (SELLON et al., 1997). O
teste da PCR (reação em cadeia da polimerase) apresenta rapidez, sensibilidade e
especificidade, facilitando o tratamento precoce da infecção. A grande vantagem desta técnica
é o reconhecimento do fragmento do gene que codifica a região 16S do rRNA do R. equi,
sendo portanto uma técnica bastante específica (BELL et al., 1996).
A PCR não somente identifica o microrganismo como também pode identificar cepas
virulentas pela amplificação de genes relacionados à virulência, como a identificação do gene
vapA descrito por Takai et al. (1995b). Este diagnóstico ainda pode ser feito simultaneamente
pela técnica de PCR multiplex, na qual se identifica cepas de R. equi e avaliar a presença de
genes vapA (HALBERT et al., 2005; KREWER, 2006). Quando comparada com outros testes
diagnósticos como análise de plasmídeo, padrão de proteínas e patogenicidade para
camundongos, a técnica de PCR apresenta vantagens na diferenciação de isolados virulentos e
avirulentos para eqüinos (TAKAI et al., 1997).
Estudos epidemiológicos sobre a rododocose também podem ser beneficiados por
técnicas de PCR que permitem a identificação do tipo de plasmídeo (vapA ou vapB positivo),
como a técnica descrita por Oldfield et al. (2004). Uma maior eficiência pode ser obtida pela
PCR “real time” para detecção e quantificação de isolados de R. equi virulentos (vapA),
realizada a partir de fluido traqueo-bronquial (HARRINGTON et al., 2005).
O isolamento de R. equi, tanto pelo cultivo como pela técnica de PCR, não indica
doença já que o animal pode ser apenas um portador. Portanto, o diagnóstico definitivo desta