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KATHYELISIÉE KARINNE NEIVA DE LIMA RODRIGUES
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA
DE BOVINOS MESTIÇOS PURUNÃ, ALIMENTADOS COM DIFERENTES
NÍVEIS DE ENERGIA
CURITIBA
2006
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KATHYELISIÉE KARINNE NEIVA DE LIMA RODRIGUES
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA
DE BOVINOS MESTIÇOS PURUNÃ, ALIMENTADOS COM DIFERENTES
NÍVEIS DE ENERGIA
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Ciências Veterinárias, da
Universidade Federal do Paraná, como requisito
parcial à obtenção do título de mestre em Ciências
Veterinárias, área de concentração em Produção
Animal.
Orientador: Dr. Paulo Rossi Júnior
Co-orientador: Ms. José Luiz Moletta
CURITIBA
2006
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Dedico este trabalho a meu marido Leonardo, que sempre colaborou e
incentivou em tudo que foi necessário para a realização deste objetivo
profissional.
ii
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Paulo Rossi Júnior pela dedicação, orientação,
paciência e ensinamentos no decorrer deste trabalho.
Ao meu co-orientador, José Luiz Moletta, pelo apoio na fase de campo
e orientação deste experimento.
Ao administrador da Estação Experimental Fazenda Modelo, Pedro
Paulo, pela importante colaboração durante a fase do experimento.
À fundação Araucária pelo auxílio financeiro e bolsa.
À empresa NUVITAL pela doação de componentes da dieta dos animais
durante a execução do experimento.
Aos funcionários do IAPAR, que contribuíram e auxiliaram com
disposição na condução do experimento.
Ao meu marido Leonardo, que sempre esteve presente com amor,
carinho e dedicação em todos os momentos deste importante degrau em
minha carreira profissional.
Aos meus pais, Edson e Vivian, pelas lições de vida, de amor, de
trabalho, de dedicação, apoio, por terem me permitido chegar até aqui e por
sempre acreditar em mim.
A minha irmã Kellyciane pela amizade, confiança e apoio nas
realizações dos meus sonhos.
À estagiária Aletéia, pela ajuda no desenvolvimento do experimento.
Ao ex-coordenador do curso de pós-graduação em Ciências
Veterinárias, Prof. José Luciano Andriguetto, e a secretária Maria José, que me
auxiliaram nos procedimentos burocráticos e administrativos.
A todos os professores do curso de pós-graduação em Ciências
Veterinárias, pelos ensinamentos transmitidos.
iii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS................................................................................................. vii
LISTA DE QUADROS.............................................................................................. viii
LISTA DE TABELAS.................................................................................................ix
RESUMO.....................................................................................................................x
ABSTRACT.................................................................................................................xi
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................1
2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................4
2.1 CONFINAMENTO ...............................................................................................5
2.2 ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS..........................................................................6
2.2.1 Alimentos Utilizados...........................................................................................6
2.2.1.1 Volumosos........................................................................................................6
2.2.1.2. Concentrados..................................................................................................7
2.3 FATORES QUE INFLUEM SOBRE A QUALIDADE DA CARNE........................8
2.4 CONSUMO VOLUNTÁRIO ...............................................................................10
2.4.1 Consumo Voluntário para Animais Inteiros e Castrados...................................14
2.4.2 Consumo e Digestibilidade................................................................................15
2.4.3 Utilização do Amido na Alimentação de Ruminantes........................................16
2.5 GANHO DE PESO E CONVERSÃO ALIMENTAR............................................17
2.6 REQUERIMENTOS DE ENERGIA....................................................................18
2.7 CONCENTRADO ENERGÉTICO......................................................................29
2.8 CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA E DA CARNE .........................................36
2.8.1 Características Quantitativas............................................................................36
2.8.1.1 Peso de carcaça.............................................................................................36
2.8.1.2 Rendimento de Carcaça.................................................................................36
2.8.1.3 Rendimento de ossos, músculos e gordura ..................................................37
2.8.1.4 Área de olho de lombo...................................................................................39
2.8.1.5 Espessura de gordura subcutânea.................................................................39
2.8.1.6 Comprimento de carcaça, comprimento de perna e espessura de coxão.....40
2.8.2 Características Qualitativas..............................................................................41
2.8.2.1 Conformação..................................................................................................41
2.8.2.2. Textura..........................................................................................................41
iv
2.8.2.3. Marmoreio.....................................................................................................42
2.8.2.4 Coloração.......................................................................................................43
2.8.2.5 Maciez, suculência e palatabilidade...............................................................44
2.8.2.6 Perda no descongelamento e cocção da carne.............................................46
3 METODOLOGIA..................................................................................................47
3.1 LOCAL ..............................................................................................................47
3.2 CLIMA ...............................................................................................................47
3.3 PERÍODO EXPERIMENTAL.............................................................................47
3.4 ANIMAIS E INSTALAÇÕES..............................................................................48
3.5 DIETA................................................................................................................48
3.6 TRATAMENTOS...............................................................................................48
3.7 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO....................................................................49
3.7.1 Fase Pré-Experimental.....................................................................................49
3.7.2 Períodos Experimentais ...................................................................................49
3.7.3 Pesagem dos Animais......................................................................................50
3.7.4 Manejo Alimentar .............................................................................................50
3.8 VARIÁVEIS ESTUDADAS ................................................................................50
3.8.1 Avaliações em Confinamento...........................................................................50
3.8.2 Características de Carcaça e da Carne............................................................50
3.8.2.1 Peso de carcaça quente (PCQ)......................................................................51
3.8.2.2 Rendimento de carcaça (RCQ)......................................................................51
3.8.2.3 Conformação (CC).........................................................................................51
3.8.2.4 Comprimento de carcaça (CC).......................................................................52
3.8.2.5 Comprimento de perna (CP)..........................................................................52
3.8.2.6 Espessura do coxão (EC)...............................................................................52
3.8.2.7 Área de olho de lombo (AOL).........................................................................52
3.8.2.8 Espessura de gordura subcutânea (EG)........................................................53
3.8.2.9 Percentagem de osso (PO), músculo (PM) e gordura (PG) na carcaça........54
3.8.2.10 Marmoreio (MARM)......................................................................................54
3.8.2.11 Textura (T)....................................................................................................55
3.9 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL .................................................................55
v
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................56
4.1 AVALIAÇÕES EM CONFINAMENTO ...............................................................56
4.1.1 Consumo de Matéria Seca e Conversão Alimentar..........................................56
4.1.2 Ganho de Peso e Conversão Alimentar...........................................................62
4.2 CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA ................................................................66
4.2.1 Características Quantitativas............................................................................66
4.2.1.1 Pesos e rendimentos de carcaça...................................................................66
4.2.1.2 Avaliações métricas de carcaça.....................................................................68
4.2.1.3 Área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura (EG).........................70
4.2.1.4 Percentagem de osso, músculo e gordura.....................................................72
4.2.2 Características Qualitativas..............................................................................74
4.2.2.1 Conformação..................................................................................................74
4.2.2.2 Coloração, textura e marmoreio da carne......................................................76
5 CONCLUSÕES....................................................................................................80
6 REFERÊNCIAS....................................................................................................81
vi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - MENSURAÇÃO DA ÁREA DE OLHO DE LOMBO..............................53
FIGURA 2 - MENSURAÇÃO DA ESPESSURA DE GORDURA.............................53
FIGURA 3 - SEPARAÇÃO DE OSSO,MÚSCULO E GORDURA............................54
FIGURA 4 - ESTIMATIVAS DE CONSUMO DE MATÉRIA SECA PARA UM
NOVILHO DE TAMANHO CORPORAL MÉDIO, COM 410 KG DE
PESO VIVO, USANDO AS EQUAÇÕES (1) DO NRC (1984) E (2)
DO NRC (1996) ..................................................................................60
vii
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - PONTUAÇÃO UTILIZADA NA AVALIAÇÃO DA CONFORMAÇÃO....51
QUADRO 2 - ESCALA DE PONTOS PARA AVALIAÇÃO DO GRAU DE
MARMOREIO.......................................................................................54
QUADRO 3 - ESCALAS DE PONTOS PARA AVALIAÇÃO DA TEXTURA E
COLORAÇÃO DA CARNE..................................................................55
viii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - FORMULAÇÃO DAS DIETAS UTILIZADAS........................................48
TABELA 2 - COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DAS DIETAS .............................48
TABELA 3 - CONSUMO MÉDIO DIÁRIO DE MATÉRIA SECA (MS) SEGUNDO
OS NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA .................................................56
TABELA 4 - PESO VIVO FINAL, GANHO DE PESO TOTAL E DIÁRIO E
CONVERSÃO ALIMENTAR, SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA
NA DIETA ............................................................................................62
TABELA 5 - PESO DE CARCAÇA QUENTE (PCQ) E RENDIMENTO DE
CARCAÇA QUENTE (RCQ), SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA
NA DIETA ...............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.66
TABELA 6 - COMPRIMENTO DE CARCAÇA (CC), COMPRIMENTO DE PERNA
(CP) E ESPESSURA DE COXÃO (EC), SEGUNDO OS NÍVEIS DE
ENERGIA NA DIETA..............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.69
TABELA 7 - ÁREA DE OLHO DE LOMBO (AOL) E ESPESSURA DE GORDURA
SUBCUTÂNEA (EG), SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA NA
DIETA ..................................................................................................70
TABELA 8 - MÉDIAS DAS PERCENTAGENS DE OSSO (PO), MÚSCULO (PM)
E GORDURA (PG) NAS CARCAÇAS DOS ANIMAIS
ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE ENERGIA NA
DIETA. ....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.73
TABELA 9 - PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA À CONFORMAÇÃO DAS CARCAÇAS,
SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
...............................75
TABELA 10 - PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS À TEXTURA, COLORAÇÃO E
MARMOREIO DA CARNE, DOS ANIMAIS ALIMENTADOS COM
DIFERENTES NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA ................................77
ix
RESUMO
Realizado na Estação Experimental Fazenda Modelo – IAPAR, Ponta Grossa – PR,
entre Novembro de 2005 e fevereiro de 2006, o estudo avaliou o desempenho e as
características de carcaça de mestiços Purunã, alimentados com diferentes níveis
de energia nas dietas, não isoprotéicas. Foram utilizados 24 animais meio sangue
Purunã/ Canchim com idade média inicial de 18 meses. O peso médio inicial desses
animais era 272 kg para os leves e de 373 kg para os pesados, com consumo total
de 9,35 kg MS e 10,35kg MS respectivamente, confinados por 84 dias, em baias
individuais.Cada tratamento tinha oito repetições sendo quatro animais leves e
quatro pesados.A alimentação foi silagem de milho, farelo de soja, milho grão, uréia,
fosfato bicálcico, núcleo confinamento 140 (núcleo mineral), fornecidos de acordo
com o programa RLM 3.0. Os tratamentos eram fornecidos de acordo com o nível de
energia: T1= 70,5% NDT;T2= 67% NDT e T3= 64% NDT.Durante a fase de
confinamento, foi avaliado o ganho de peso médio diário, o consumo de matéria
seca e a conversão alimentar.Os animais foram abatidos com idade média de 22
meses. Nas carcaças foram realizadas mensurações de comprimento de carcaça e
perna, espessura de coxão, coloração, textura, marmoreio, área de olho de lombo e
espessura de gordura. O consumo de matéria seca e de concentrado aumentou
linearmente (P<0,05) com o aumento de energia na dieta.O consumo de volumoso
apresentou diferença estatística nos tratamentos (P<0,05) com maior consumo para
o menor nível de energia da dieta.A conversão alimentar foi melhor (P<0,05) para o
maior nível de energia da dieta.Houve efeito dos tratamentos sobre os ganhos de
peso médio diário,final e total (P<0,01).As avaliações das características da carcaça
não revelaram efeito do tratamento (P>0,05) sobre o peso da carcaça quente .O
aumento de energia não teve efeito estatístico (P>0,05) sobre o rendimento de
carcaça quente. Os comprimentos de carcaça, perna e espessura de coxão não
foram influenciados (P> 0,05) pelo nível de energia na dieta. Da mesma forma, a
área de olho de lombo e a espessura de gordura subcutânea não sofreram efeito
(P>0,05) dos tratamentos.O mesmo verificou-se para as porcentagens de osso,
músculo e gordura.Não foram verificados efeitos (P>0,05) dos níveis de energia
sobre a conformação da carcaça, coloração e textura da carne.Houve uma diferença
estatística para o nível intermediário de energia para marmoreio(P<0,05),sendo que
os outros dois níveis não diferiram estatisticamente.
Palavras-chave: ganho de peso, eficiência nutricional, área de olho de lombo,
espessura de gordura.
x
ABSTRACT
Performed at the Model Farm Experimental Station – IAPAR, Ponta Grossa – PR,
between November 2005 and February 2006, this study evaluated the carcass yeld
and characteristics of the mixed breed Purunã, fed with different levels of energy in
their diets,not isoproteic. The experiment used 24 half breed animals Purunã/
Canchim at initial average age of 18 months. The initial average weight of 272 kg for
the light ones and 373 kg for the heavy ones, with total consumption of 9,35 kg MS
and 10,35 KgMS respectively, confined for 84 days, in individual pens. Each
treatment had eight repetitions with four light animals and four heavy ones. The feed
consisted of corn silage, soy bean meal, corn grains, urea, bicalcic phosphate,
supplement mineral 140, provided according to the program RLM 3.0. The
treatments were provided according to the energy level: T1= 70,5% NDT;T2= 67%
NDT e T3= 64% NDT. During the confinement phase, the experiment evaluated the
daily average weight gain, the consumption of dry food and the alimentary
conversion. The animals were slaughtered at the average age of 22 months. In the
carcasses, the experiment performed measuring of the carcass and leg length, thigh
thickness, color, texture, marbling, loin eye area and fat tickness. The consumption
of dry food and concentrated food increased linearly (P<0,05) with energy increase
during the diet. The consumption of volumous food presented a statistical difference
in the treatments (P<0,05) with larger consumption for a lower level of energy during
the diet. The alimentary conversion (P<0,05) by the higher level of energy during the
diet. There has been some success in the treatments regarding the final daily
average weight gain, and total (P<0,01). The evaluation of the carcass characteristics
did not show any success in the treatment (P>0,05) regarding the hot carcass weight.
The energy increase did not have any statistical success (P>0,05) regarding the hot
carcass yeld. The length of the carcass, leg, and thigh thickness were not affected
(P> 0,05) by the energy level during the diet. Similarly, the loin eye area and the
subcutaneous fat thickness were not affected (P>0,05) by the treatments. The same
happened in the percentage of bones, muscle and fat. The experiment did not see
any success (P>0,05) regarding the energy levels of the carcass conformation, color
and texture of the meat. There has been a statistical difference regarding the
intermediary energy level for marmbling (P<0,05), considering that the other two
levels do not differ statistically.
Key words: weight gain, nutritional efficiency, loin eye area, and fat thickness.
xi
1 INTRODUÇÃO
A pecuária de corte é uma das explorações agropecuárias mais importantes,
tanto na geração de receitas internas, como na pauta de exportação. O rebanho
bovino de corte nacional é de 198,5 milhões cabeças. A produção total de carne é
de 9.000 toneladas, sendo que 6.860 toneladas estão destinadas ao mercado
interno, com um consumo per capita de 37,0 Kg/ano (DBO Rural, 2006).
Mesmo apresentando o segundo maior rebanho bovino do mundo a pecuária
de corte brasileira apresenta índices de produtividade considerados baixos, em
relação a outros países produtores como os EUA, que apresenta rebanho da ordem
de 105,7 milhões de cabeças, com uma produção total de carne de 11.810
toneladas (DBO Rural, 2006).
Pode-se aumentar a produtividade do rebanho bovino com a redução da
idade de abate, pois, ter-se-á maior giro do capital investido, além de um número
reduzido de categorias animais na propriedade. Como conseqüência, tem-se mais
espaço para matrizes, resultando em aumento na produção de bezerros e na taxa
de desfrute. Todavia, a redução da idade de abate não deve ser dependente apenas
de uma tomada de decisão. Segundo Restle e Vaz (1997), reduzir a idade de abate
para menos de dois anos requer níveis de alimentação mais altos.
O sistema de confinamento é uma alternativa que pode ser utilizada com
sucesso para a produção de animais precoces. O aumento na velocidade de ganho,
obtida no confinamento é importante para acelerar processo produtivo.
A qualidade dos alimentos volumosos utilizados para esse fim é foco de
pesquisas. As silagens de grãos, em geral, apresentam boa qualidade. É necessário
produzir alimentos volumosos de alta qualidade e produtividade, para diminuir os
gastos com alimentos concentrados, uma vez que os alimentos representam cerca
de 70% do custo da terminação em confinamento (Brondani et al., 2000).
2
A adoção dessas inovações tecnológicas objetiva principalmente maior
produção e carne de melhor qualidade em menos tempo e em menor área. Para
melhor nortear as recomendações de raças e de esquemas de cruzamentos
adequados aos sistemas de terminação que visam à produção do bovino jovem, são
necessárias informações sobre a capacidade de consumo de alimentos e sobre a
eficiência alimentar das raças e dos cruzamentos mais promissores para a região.
Informações sobre a possibilidade de existência de heterose para as mencionadas
características biológicas são igualmente relevantes.
Um dos aspectos mais importantes a ser melhorado na pecuária bovina de
corte brasileira diz respeito às características determinantes da qualidade das
carcaças produzidas no País. À medida que a demanda interna por carne bovina se
expande, as exigências quanto à qualidade do produto também aumentam. Por
outro lado, para manter e ampliar a posição de país exportador de carne bovina, o
Brasil precisa adequar sua produção e exigências estabelecidos pelos importadores.
O valor comercial de uma carcaça bovina é determinado por um conjunto de
características, destacando-se o peso, a conformação, o rendimento, a gordura de
cobertura e o marmoreio. Estas e outras características podem ser modificadas por
decisões de manejo como a duração do confinamento (Restle et al.,1997), pelo
sistema de terminação (Luchiari Filho et al.,1985 a,b), pela alteração da proporção
volumoso: concentrado da dieta (Euclides Filho et al.,1997), pela seleção genética
(Preston e Willis, 1974) e pelos cruzamentos. Entre os benefícios que os
cruzamentos proporcionam à pecuária bovina de corte, o aumento do peso e a
melhoria da qualidade das carcaças estão entre os que podem ser alcançados
imediatamente.
Restle (1998a), afirma que a idade de abate e o grau de acabamento são
fatores responsáveis pela qualidade das carcaças, sendo que para o consumidor o
fator maciez é um dos principais.
A densidade energética das rações acima do nível de mantença modifica a
composição do corpo animal (Jones et al., 1985).
3
O aumento da densidade energética através do fornecimento de maiores
quantidades de concentrados pode melhorar a eficiência e o desempenho animal
(Santini e Elizalde, 1993) e alterar aspectos qualitativos e quantitativos da carcaça e
da carne (Arthaud et al.,1977). No entanto, este aumento na quantidade de
concentrado pode se tornar inviável devido ao alto custo (Restle, 1997).
A eficiência produtiva e econômica dos sistemas de produção de gado de
corte no Brasil é altamente dependente de medidas racionais de manejo alimentar
dos animais. O conhecimento da composição bromatológica dos alimentos
disponíveis no Brasil e das exigências nutricionais dos animais, é condição essencial
para a melhoria no desempenho produtivo de nosso rebanho.
O uso mais racional de alimentos energéticos no arraçoamento animal
contribuirá para que haja menos desperdício desses recursos. A busca de
tecnologias que combinem genética, nutrição e manejo, visando o abate do animal
mais jovem, mas com necessário grau de acabamento é o caminho que levará à
produção de carne bovina de melhor qualidade.
Desta maneira, este trabalho teve como objetivos avaliar o desempenho e
características de carcaça de animais mestiços Purunã alimentados com diferentes
níveis de energia na dieta.
4
2 REVISÃO DE LITERATURA
Com as margens de retorno econômico na atividade pecuária cada vez mais
restritas, a busca por maior eficiência produtiva tem se tornado de vital importância
para que pecuaristas possam se manter na atividade. Os produtores de carne
devem buscar formas de reduzir custos e/ou aumentar receitas, no intuito de obter
resultados econômicos satisfatórios.
Na pecuária de corte, particularmente, e especificamente no uso do
confinamento, como estratégia alimentar e gerencial para a fase de engorda dos
animais, a alimentação é um dos fatores que mais oneram a atividade e pode,
normalmente ultrapassar 70% do custo operacional total (Duarte et al., 1996, citado
por Valadares Filho et al., 2002).
A alimentação dos animais é constituída de uma fração volumosa, oferecida
ad libitum e outra concentrada, com oferta limitada, dependendo dos objetivos a
serem alcançados em termos de desempenho animal, respeitando-se obviamente, a
relação custo/benefício no momento de se determinar qual a participação do
concentrado na ração total (Feijó et al., 1996a). O volumoso, na grande maioria das
situações, é o ingrediente mais barato da ração total, devendo o seu uso ser sempre
maximizado. A produção de volumosos deve buscar alta produção associada a
qualidade nutricional elevada e, evidentemente, a custos reduzidos. Com a obtenção
eficiente de volumosos o produtor será menos dependente da utilização de
concentrados.
Já na fração concentrada da dieta, os grãos participam em níveis de 50% ou
superiores e são os ingredientes que mais oneram a mistura concentrada,
principalmente no Brasil, onde a relação preço do grão/ preço da carne bovina é, na
maioria das vezes, desvantajosa (Coutinho Filho et al., 1987, citado por Valadares
Filho et al., 2002). Desta forma, alternativas devem ser buscadas à substituição dos
ingredientes clássicos que entram na formulação dos concentrados, notadamente,
milho e soja, por ingredientes de menor custo, mais que não limitem o desempenho
animal, de forma que o balanço final e a receita gerada pelo ganho de peso dos
animais sejam positivos.
5
Na área de nutrição são muitos os trabalhos que investigam os efeitos da
dieta sobre o desempenho e características de carcaça de bovinos (Silva et al.,
2000; Restle et al. 2000b; Gesualdi Jr. et al., 2000). De modo geral, os resultados
indicaram que a velocidade de ganho de peso, a maciez e a gordura aumentam com
a elevação dos níveis de concentrado da dieta. Contudo, Molleta e Perotto (1997),
Moletta (1999), Perotto et al., (1999), Perotto et al., (2000a) demonstraram que
animais cruzados inteiros com alto potencial genético para crescimento, terminados
em confinamento, ingerindo apenas 1% do peso vivo em concentrado na dieta e
abatidos com menos de 500Kg, produzem carcaças com deficiência na gordura
subcutânea e na percentagem de gordura com relação à carcaça e ao tecido
muscular. Isto tem provocado dificuldades para a comercialização por restrições dos
frigoríficos, que alegam, com razão, problemas para a conservação das carcaças
durante o resfriamento e comercialização.
De acordo com Souza et al. (2002), o confinamento de bovinos de corte na
fase de terminação tem-se revelado uma alternativa tecnológica importante na
intensificação de sistemas de produção. Por meio dele, tem-se obtido aumento no
ganho de peso diário dos animais e sensível redução da idade de abate, com
reflexos positivos na taxa de desfrute, na obtenção de carcaças de melhor qualidade
e no maior giro de capital.
2.1 CONFINAMENTO
Os concentrados mais energéticos são indicados para a alimentação de
bovinos, embora possam ter custos limitantes ocasionados por fatores de produção,
preços internacionais e pela oferta.
Segundo Restle et al. (2000a) a avaliação econômica dos custos com
alimentação, dentro do sistema de confinamento, torna-se importante, pois, nem
sempre a melhor resposta biológica representa a melhor resposta econômica.
Na avaliação do confinamento, outros benefícios indiretos ao sistema de
ciclo completo devem ser considerados, como a aceleração do giro de capital,
redução da carga animal das pastagens durante o inverno, programação da data de
comercialização dos animais e abate de animais mais jovens de melhor qualidade
de carcaça e carne (Pascoal et al., 1998).
6
Segundo Martin (1987), confinamento consiste no encerramento dos animais
em áreas apropriadas, os quais são submetidos ao arraçoamento, durante
determinado período.
No Brasil, são utilizados basicamente três tipos de confinamento: a céu
aberto, semi-coberto e coberto, em duas modalidades, o confinamento de recria e
engorda (novilhos precoces) e confinamento de acabamento.
Confinar animais com idade entre 12 a 26 meses e peso inicial de 300 a 350
kg é o mais indicado. Sendo necessário o preparo dos animais: condicionamento
para alimentação em cochos, medidas sanitárias, instalações adequadas para o
manejo e localização estratégica.
2.2 ALIMENTAÇÃO DOS ANIMAIS
Segundo Martin (1987) a alimentação é sem dúvida a base do confinamento
econômico, dela dependendo o êxito financeiro do empreendimento. A engorda de
animais de confinamento pode ser feita com os mais variados alimentos,
considerando-se, depois de supridas as exigências nutritivas dos animais para uma
determinada produção, a economia dessa prática.
2.2.1 Alimentos Utilizados
2.2.1.1 Volumosos
Martin (1987), afirma que, devido às particularidades do aparelho digestivo,
os ruminantes possuem capacidade de consumo e aproveitamento de forrageiras
volumosas. Entende-se por volumosos o material cuja característica principal é o
alto teor de fibra e baixo valor energético; neste sentido é todo material com teor
acima de 20% de fibra bruta.
Os volumosos que podem ser utilizados no Brasil são as capineiras,
forrageiras naturais ou conservadas (silagem ou feno), os resíduos da agroindústria
(bagaços, palhas etc.). Em geral, a composição bromatológica das capineiras varia
principalmente com a variedade e idade da planta, as condições de clima e de solo,
freqüência de cortes e intensidade da colheita.
7
Os volumosos mais utilizados em rações de confinamento para bovino de
corte, no Brasil, são a silagem de milho, silagem de sorgo, cana-de-açúcar
picada,silagem de capim elefante ou capim elefante verde picado e bagaço de cana
hidrolisado.
Existem muitas alternativas de alimentos volumosos, de uso menos
expressivo, como milheto, fenos de gramíneas, casca de caroço de algodão,
palhadas de culturas, entre outras.
Com o uso de inoculantes bacterianos que proporcionam expressiva
redução de perdas em silagem, o uso de silagens de capins tropicais, como
variedade de Panicum e Brachiaria, tem se expandido. As silagens de capins
tropicais são alimentos volumosos de baixo custo e que concorrem para a redução
do custo das rações. A ensilagem de milho, se bem que ainda largamente utilizada,
tem se tornado a cada ano mais antieconômica como ingrediente de rações para
bovinos de corte confinado.
2.2.1.2 Concentrados
Os alimentos concentrados energéticos mais utilizados nas dietas de
confinamento são: milho moído, sorgo moído, farelo de trigo, farelo de arroz,
triguilho, melaço.
Os principais elementos protéicos que podem ser utilizados para a nutrição
de bovinos de corte em confinamento são os subprodutos de origem vegetal
derivados de soja, algodão, amendoim, mamona, levedura de cana. Além disso, são
utilizadas fontes de nitrogênio não protéico como a uréia e o biureto.
Além desses alimentos, existe disponibilidade regional de grãos como aveia,
milheto, feijão e resíduos agro-industriais com casquinha de soja, radícula de malte,
polpa de tomate, resíduos de bolacha, varredura de indústrias de macarrão e outros.
Segundo Martin (1987), os alimentos concentrados constituem a mais
onerosa fração da ração e são usados para corrigir as deficiências da ração básica.
O nível de concentrado na ração é importante para ajustar o teor de energia que
garanta o ganho de peso desejado.
8
O cálculo da ração concentrada depende diretamente de cada situação,
principalmente do volumoso disponível, ou seja, um volumoso de melhor qualidade
reduzirá a quantidade de concentrado a ser empregada.
A proteína é degradada no rúmen, em diferentes taxas, dependendo do
alimento, das condições da flora ruminal, do animal e do tempo de retenção do
alimento no rúmen.
A proteína dietética que escapa do rúmen e vai para o omaso se denomina
proteína by-pass. A maior parte da proteína é solúvel no líquido ruminal. Essa
solubilidade é um bom indicador da extensão da degradação da proteína no rúmen,
com exceção dos casos de dietas com alta proporção de concentrados.
Segundo Martin (1987) a literatura cita três níveis de proteína by-pass dos
alimentos: Baixo by-pass: farelos de soja e amendoim; Médio by-pass: farelos de
algodão, os subprodutos da cevada e feno de alfafa; Alto by-pass: farinhas de carne,
sangue e peixe, protenose de milho.
Sabe-se que 75% dos carboidratos digeridos pelos bovinos são fermentados
pelos microrganismos do rúmen. Assim, são liberados desta fermentação os ácidos
graxos voláteis, amônia, metano, CO
2
. Ocorrem, então, o crescimento e a
multiplicação dos microrganismos. Sabe-se da exigência dos microrganismos do
rúmen em cerca de 1,0% de nitrogênio, o que corresponde a 6,25% de proteína
bruta. Quando este teor não é atingido na dieta, o crescimento microbiano é limitado.
Além do nitrogênio, estes microrganismos exigem também outros nutrientes, como
energia e minerais.
2.3 FATORES QUE INFLUEM SOBRE A QUALIDADE DA CARNE
Dentre os fatores que fazem variar a qualidade da carne, destacam-se os
seguintes: raça, sexo, idade, alimentação e gordura (Jardim, 1996)
9
Raça – nas raças especializadas precoces, o crescimento rápido impede o
endurecimento das fibras musculares, de modo que a carne é tenra nos novilhos,
como acontece nas raças Hereford, Shorthorn, Angus e Charolesa. A carne é
entreverada de gordura e, portanto macia. Atualmente, entre as carnes tenras é
mais apreciada a da raça charolesa, por ser menos gorda que a das demais raças
bovinas de corte. Com o avanço da idade e com o exercício do animal, sua
musculatura naturalmente se torna mais rija.
Sexo – até que as novilhas sejam servidas, sua carne é idêntica à dos
novilhos. Com gestação, a parição e a lactação, a qualidade da carne piora. Nos
machos melhora com a castração.
Idade – com o avanço da idade do bovino, sua carne se torna mais tenra e
menos suculenta. A melhor carne é de animais entre 18 e 36 meses, pertencentes a
raças precoces. O bezerro possui carne menos saborosa e um tanto gelatinosa; a do
animal velho, é mais escura, mais dura e menos saborosa, com predominância de
gordura não intersticial. Por ordem, a qualidade da carne decresce assim: novilho,
novilha, vaca nova, vaca velha, boi velho e touro.
Alimentação – o gado que só se alimenta de pasto produz carne de
qualidade um pouco inferior à do que recebe suplementação concentrada ou é
engordado em confinamento. Quanto melhor o pasto, mais rico em leguminosas,
melhor a carne nele produzida.
Gordura – a gordura acumulada no corpo do animal durante a engorda e que
depende de diversos fatores, exerce influência sobre a qualidade da carne. Assim,
devem ser considerados os seguintes tipos de gordura:
Gordura em Cobertura – é a que recobre os músculos logo abaixo da pele e
emite ramificações entre os feixes musculares. Tem importância nos animais não
especializados, cujas massas musculares podem ser recobertas por grossas
camadas de graxa.
Gordura intramuscular – é própria das raças especializadas e confere à
carne excelentes atributos. Infiltra-se entre os feixes e fibras musculares, formando
arborização ou marmorização. A carne com gordura entremeada, durante o preparo
culinário, pela ação do calor, impregna as partes mais magras de substância graxa,
melhorando-lhes a consistência e o sabor. Além disso, a carne com gordura
infiltrada apresenta mais alto valor energético.
10
Gordura cavitária – é a que se acumula nas cavidades viscerais,
principalmente em torno dos rins, sob a forma de sebo. É pouco apreciada, porque
possui odor e sabor desagradáveis. Algumas raças a acumulam em maior
quantidade. Em geral é separada da carne na preparação para a venda aos
consumidores.
Gordura medular - é o tutano, encontrado na cavidade medular dos ossos
longos e nos alvéolos dos ossos chatos. Praticamente não influi na qualidade da
carne.
Particularidades – a consistência da gordura também afeta a qualidade da
carne. Os alimentos suculentos, como raízes, tubérculos e silagens, favorecem a
produção de gordura menos firme e mais apreciada. Nos animais velhos, a gordura
adquire maior consistência, o que prejudica a carne.
A cor da gordura, que é influenciada pela raça, idade e alimentação do
animal, também afeta a carne; as raças manteigueiras, Jersey e Guernesey,
apresentam carne com gordura amarela, pouco apreciada. Quando os pastos estão
bem verdes, a coloração da gordura é mais carregada, assim como é mais pálida
nos animais novos.
Outro ponto importante é a cor da carne; a do vitelo é rosa clara e a do
animal adulto é vermelho vivo. É conveniente que o bovino descanse antes do
abate, a fim de que sua carne não apresente cor muito escura. A sangria completa
também melhora a coloração da carne.
2.4 CONSUMO VOLUNTÁRIO
Sistemas de produção animal, nos quais a dieta é baseada em volumosos, o
principal fator limitante da eficiência de produção é o consumo voluntário, pois é o
principal determinante do consumo de nutrientes digestíveis e da eficiência com que
tais nutrientes são utilizados nos processos metabólicos do animal para o
atendimento de suas exigências para mantença e produção, ou seja, é o fator que
mais influencia o desempenho animal (Ospina e Prates, 1998).
11
O termo mais comumente utilizado para descrever o limite máximo de
apetite é o consumo voluntário, obtido quando o alimento é oferecido ad libitum.
O consumo é um dos pontos importantes que pode limitar o nível de
produtividade em bovinos de corte, ou seja, maiores ganhos de peso em intervalos
mais curtos (Ladeira et al., 1998).
Segundo Mertens (1992) o consumo é função do animal (peso vivo, nível de
produção, variação do peso vivo, estado fisiológico e tamanho, entre outros), do
alimento (teor de nutrientes, densidade energética, necessidade de mastigação,
capacidade de enchimento, dentre outros) e das condições de alimentação
(disponibilidade de alimento, espaço no cocho, tempo de acesso ao alimento e
freqüência de alimentação).
O consumo de alimentos é fundamental para a nutrição, por determinar o
nível de nutrientes ingeridos e, conseqüentemente, a resposta animal (Van Soest,
1994).
Segundo Conrad et al. (1964) este consumo é controlado em bovinos por um
mecanismo físico, que reflete a distensão do retículo-rúmen e outro fisiológico
(níveis de metabólitos sangüíneos).
A distensão do retículo-rúmen parece ser o sinal para a saciedade,
controlando o consumo, principalmente nas dietas em que o nível de FDN é elevado.
Nesse caso, o animal diminui a ingestão alimentar em razão da limitação física do
retículo-rúmen e, dessa forma, não expressa todo o seu potencial para a produção,
visto que os requerimentos de nutrientes podem não ser atendidos (Bull et al., 1976).
Segundo Mertens (1982) o nível de FDN está relacionada com o consumo,
em virtude da relação desta com a ocupação de espaço pelos volumosos. Assim, se
a ingestão é limitada pela ocupação de espaço do trato gastrintestinal, alimentos
com alto teor de FDN terá sua ingestão restringida.
Por outro lado, em dietas com baixa concentração de FDN e alta energia, a
demanda fisiológica foi o fator que limitou a ingestão (Mertens, 1983).
Entretanto, a melhoria do nível nutricional pode proporcionar aumento no
custo de produção, o que pode tornar a atividade de baixa rentabilidade. Dessa
forma, o ganho de peso, o rendimento de carcaça, o consumo e a conversão
alimentar são importantes parâmetros na avaliação dos animais.
12
O efeito da inclusão de concentrado na ração, sobre o consumo, tem sido
estudado por diversos autores e, segundo Veira et al. (1994), a resposta animal a
essa adição foi curvilínea, e não linear. Assim, o ponto ótimo de concentrado na
ração foi variável e teve como fatores determinantes o sexo, a raça, a idade, a
qualidade do volumoso e do concentrado (Preston e Willis, 1974).
A relação entre a qualidade da forragem e o tipo de suplemento fornecido
pode apresentar diferentes respostas. Para forragens de baixa qualidade, o
consumo total de nutrientes normalmente aumenta com a adição de um
concentrado. Porém, quando a qualidade da forragem aumenta, o suplemento pode
diminuir o consumo de forragem, aumentando ou não o desempenho do animal
(Ribeiro Filho et al., 1998).
O consumo de dietas com altos teores de fibra é controlado por fatores
físicos, como a taxa de passagem e enchimento ruminal, ao passo que dietas com
altos teores de concentrado (alta densidade energética) têm consumo controlado
pela demanda energética e por fatores metabólicos (NRC, 1996).
Cavalcanti (2002) relata que o consumo é controlado por um mecanismo
físico, que reflete a distensão do retículo-rúmen, e outro fisiológico, que reflete a
homeostase.
De acordo com Thiago e Gill (1990), há dois fatores que limitam o consumo.
Quando forragens com baixas taxas de digestão são fornecidas aos animais, o fator
limitante é a capacidade física do rúmen. Por outro lado, quando forragens com altas
taxas de digestão são ingeridas, a liberação de nutrientes no rúmen limita o
consumo.
O consumo de matéria seca pode ser influenciado por fatores fisiológicos,
como tamanho e composição corporal (especialmente a gordura), demanda da
produção, sexo, idade, estágio fisiológico, efeitos ambientais (temperatura, clima e
fotoperíodo), manejo alimentar e disponibilidade da forragem, além de efeitos das
dietas, como conteúdo de água do alimento, grau de fermentação em silagens, teor
de proteína e formas de processamento (Bürger et al., 2000).
13
Segundo Van Soest
1
, citado por Resende et al. (2001), o animal consome
alimento para manter a ingestão constante de energia e a ingestão de matéria seca
diminui com o aumento da digestibilidade. O fator que determina a saciedade,
controlando a ingestão, nesse caso, é a densidade calórica da ração.
O esvaziamento do trato gastrintestinal é dado pelo aumento na taxa de
passagem; assim, a ingestão é inversamente relacionada com o conteúdo de FDN
da dieta. Quando o volume da dieta é limitante, os animais não são capazes de
consumir quantidades suficientes de matéria seca para atender suas necessidades
energéticas, o que implica em queda no desempenho. Por outro lado, a ingestão e a
digestibilidade são negativamente correlacionadas quando se utilizam dietas de alta
qualidade, em que a fração fibrosa (FDN) é pequena e, provavelmente, não
influencia na ingestão, que será controlada pelo requerimento energético do animal
(Resende et al., 2001).
As teorias que explicam o controle do consumo voluntário nos ruminantes
admitem que este mecanismo é produto da ação integrada ou isolada de fatores
físicos, químicos e fisiológicos. A demanda energética do animal define o consumo
de dietas de alta densidade calórica, ao passo que a capacidade física do trato
gastrintestinal determina o consumo de dietas de baixas qualidade e densidade
energética (Van Soest, 1994). Entretanto, segundo Mertens (1994), além de fatores
físicos e fisiológicos responsáveis pela modulação do consumo, existe também o
fator psicogênico, que envolve a resposta comportamental do animal, frente a
fatores inibidores ou estimuladores no alimento ou no manejo alimentar, que não
estariam relacionados ao valor energético do alimento nem ao efeito do enchimento.
Além do conhecimento do consumo e da composição bromatológica dos
alimentos, torna-se importante o conhecimento da utilização dos nutrientes pelo
animal, que é obtido por meio de estudos de digestão. Segundo Coelho da Silva e
Leão (1979), digestibilidade é característica do alimento e indica a porcentagem de
cada nutriente de um alimento que o animal pode utilizar. Deve-se reconhecer, no
entanto, que fatores ligados ao animal, ao manejo da alimentação e ao ambiente
podem afetar a digestibilidade de determinado alimento. De modo geral, o aumento
na proporção de concentrado na ração leva à melhoria em sua digestibilidade.
1
VAN SOEST, P.J. Symposium on factors influencing the voluntary intake in relation to
chemical composition and digestibility. J. Anim. Sci., n. 24, v. 2, p. 834-843, 1965.
14
2.4.1 Consumo Voluntário para Animais Inteiros e Castrados
Molleta (1999), ao estudar o desempenho em confinamento de bovinos de
corte inteiros (IN) ou castrados aos 3 meses (CA) de idade, observou superioridade
(P<0,053) dos inteiros IN sobre os castrados CA aos 90 dias para o peso ao
desmame, 7 meses de idade (223 kg vs 394,71 kg). No confinamento, os IN também
foram superiores, apresentando maior (P<0,003) ganho de peso (1,030 kg/dia vs
0,947 kg/dia), maior (P<0,001) peso final (447,61 kg vs 394,71 kg), além de melhor
(P<0,02) conversão alimentar (6,55 vs 7,23).
Da mesma forma, Sampaio et al. (1995), ao avaliarem animais inteiros e
castrados frente ao oferecimento de rações, verificam ampla superioridade (P<0,01)
no ganho de peso de animais inteiros (1,41 kg/dia) sobre os castrados (0,65 kg/dia)
terminados em confinamento com idade de 24 meses.
De acordo com Galbraith et al. (1978) Galbraith e Topps (1981), citados por
Morais et al. (1993), o maior ganho de peso dos animais inteiros deve-se ao efeito
anabolizante do hormônio testosterona, que tem ação direta sobre a síntese de
proteínas e estimula a secreção dos hormônios de crescimento e prolactina, que
exercem papel importante no processo de crescimento.
Na avaliação de 280 touros, Gregory e Ford (1983), observaram que os
bovinos castrados necessitaram de 40,4% a mais (P<0,01) de energia metabolizável
e matéria seca (kg) para obter o mesmo ganho de peso de animais inteiros.
De acordo com Yassu (1998), o pecuarista além de correr o risco de perder
o animal na castração, gastar tempo e dinheiro para realizá-la, o animal castrado é
10% menos eficiente no ganho de peso do que o animal inteiro.
Da mesma forma, Field (1971), relata que os animais inteiros apresentam
melhores ganhos de peso diário (17%) a mais do que os animais castrados.
Moura e Luchiari (1996), relatam que na maioria dos trabalhos realizados, os
animais castrados apresentam resultados inferiores, quando comparados com
animais inteiros. Os animais inteiros apresentam melhor eficiência alimentar,
desempenho no ganho de peso diário e crescimento. Os animais com bom nível
nutricional são abatidos mais cedo, então a castração é um procedimento
desnecessário.
15
2.4.2 Consumo e Digestibilidade
A ingestão voluntária é determinante para o balanceamento de rações e
para o estabelecimento de estratégias de alimentação que permitam maior
desempenho de bovinos (Van Soest, 1994; National Research Council-NRC, 1996).
A suplementação com energia ou proteína, geralmente leva a uma queda no
consumo de forragens, causando o chamado efeito de substituição (Lanna et al.,
1998).
Em zebuínos, o efeito de substituição parece ser mais intenso do que em
taurinos, à medida que se aumenta a porcentagem de concentrados na dieta. Dados
de desempenho de animais Nelore confinados foram incompatíveis com as
estimativas de NDT, com silagem de milho (Boin e Moura, 1977), e com bagaço de
cana hidrolisado a pressão e vapor (Medeiros, 1992).
Revisando a literatura, Lanna et al. (1998) encontraram redução no
desempenho esperado de zebuínos quando o nível de concentrado na dieta foi
superior a 50% da matéria seca total. Segundo os mesmos autores, os trabalhos
sobre digestibilidade com zebuínos publicados no Brasil, indicam que por volta de
67% de NDT uma maior inclusão de concentrados na dieta parece não aumentar a
digestibilidade ou o valor energético da dieta (a maior parte dos trabalhos indicados
na revisão utilizava o milho como fonte de energia).
Pesquisas comparativas entre Bos taurus taurus e Bos taurus indicus
sugerem que há diferenças entre os dois grupos quanto à ingestão alimentar e
eficiência de utilização de rações com alta ou baixa densidade de energia (Oliveira
et al., 1994).
Por outro lado, segundo Dove (1996), o consumo pode ser limitado pela
deficiência em proteína da ração. Em rações desbalanceadas, com baixa
disponibilidade de compostos nitrogenados (N) e ricas em FDN, o suprimento de
proteína degradável no rúmen (PDR) é limitante para o crescimento microbiano, a
digestão da parede celular fica comprometida e a ingestão de alimentos é reduzida.
AS diferenças nas exigências de energia e proteína para ganho são
atribuídas às diferenças na composição do ganho de peso (Garret et al., 1980;
Geay, 1984).
16
De acordo com Lana et al. (1992), as diferenças na composição do ganho
de peso são responsáveis pela maior exigência de energia de animais em estádios
mais avançados de maturidade fisiológica, pelas maiores exigências de animais
precoces, em relação aos tardios a um mesmo peso vivo, e pela maior exigência das
fêmeas em relação aos machos inteiros.
Signoretti et al. (1999), comparando o desempenho de tourinhos recebendo
diferentes níveis de inclusão de volumoso, observaram que a eficiência de utilização
da energia metabolizável para ganho de peso foi maior para dietas com menor
proporção de volumoso, isto é, maior concentração de energia bruta na dieta,
obtendo valores de eficiência da ordem de 40%. Ferreira et al. (1998b) trabalhando
com tourinhos cruzados Simental X Nelore obtiveram valores médios de 27 a 42%
de eficiência para rações com diferentes proporções de concentrado.
Os níveis de energia empregados nas dietas também afetam a composição
do ganho de peso em bovinos, determinando o teor de gordura nas carcaças.
Andersen e Ingvartsen (1984a, 1984b), observaram que quando se reduziu em 30%
o nível de ingestão de energia houve uma redução na deposição de gordura na
carcaça de 22,35% para 10,26% em machos inteiros e de 29,05% para 19,91% em
machos castrados.
Uma das formas de aumentar a densidade energética das dietas é através
do processamento do grão, aumentando a disponibilidade do amido para digestão.
2.4.3 Utilização do Amido na Alimentação de Ruminantes
O amido é o maior componente dos grãos de milho e do sorgo e a principal
fonte de energia utilizada em dietas para terminação de bovinos em confinamento.
De acordo com Owens et al. (1995), a utilização do amido pelos ruminantes varia
com a espécie, tipo de grão e de processamento. Baseados em revisão de literatura
os autores afirmam que para bovinos, cerca de 20% do amido do milho e do sorgo
atingem o intestino delgado, mas com o processamento essa percentagem diminui.
No intestino, 65% do amido é digerido, com uma média de 82% digerido no intestino
delgado. Os autores afirmam ainda que o amido digerido no intestino delgado é
usado com eficiência 42% maior para ganho de peso do que quando digerido no
17
rúmen e, embora a digestão nesse local possa ser limitada por enzimas, o tamanho
físico das partículas contendo o amido parecem limitar mais a digestão neste local.
Também segundo Huntniogton (1997), a capacidade de digestão do amido
no intestino varia de 45% a 85% do amido que chega ao duodeno, sendo limitada
pelo suprimento de amilase pancreática. Quanto a produção total de energia
metabolizável o amido é mais bem usado quando fermentado no rúmen.
Owens et al. (1997), em uma revisão sobre a utilização de amido pelos
ruminantes, verificaram que tanto o ganho médio diário quanto a energia
metabolizável devem ser máximos quando o milho grão apresenta entre 30% e 31%
de umidade. Esse aumento provavelmente seria reflexo da maior digestibilidade que
tende a ocorrer com o aumento da umidade.
2.5 GANHO DE PESO E CONVERSÃO ALIMENTAR
Em estudos de nutrição animal, a determinação da composição corporal de
bovinos de corte é importante para a avaliação do desempenho, visando a produção
de carcaças com maior proporção de músculos e quantidades adequadas de
gordura para atender as exigências do mercado consumidor, bem como para a
estimativa de suas exigências nutricionais
A medida mais utilizada para avaliar o crescimento animal é o ganho de
peso corporal. Contudo, durante o crescimento, ocorrem variações no peso e
tamanho dos animais, bem como mudanças nas proporções dos tecidos
depositados.
Os componentes químicos do corpo (água, proteína, gordura e elementos
minerais) variam, durante o crescimento, de forma paralela à composição física
(tecido muscular, ósseo e adiposo) e ambos são influenciados por diversos fatores
como idade, peso, raça, condição sexual e nível nutricional dos animais, com
reflexos nos custos de produção e na qualidade da carne.
O desempenho econômico da engorda de bovinos em confinamento não só
depende do potencial genético, mas também da qualidade e manejo da alimentação
(Alves et al., 2000).
18
Pode-se obter a maximização na produção aumentando-se o ganho diário
de peso vivo, utilizando-se concentrados em dietas balanceadas para animais em
confinamento (Oliveira et al., 1998a). No entanto, a melhoria do nível nutricional com
maiores quantidades de concentrado pode inviabilizar a atividade devido ao alto
custo (Restle, 1997). Dessa forma, o ganho de peso e a conversão alimentar são
importantes parâmetros na avaliação dos animais (Ferreira et al., 1998a).
A conversão alimentar é característica que tem assumido grande
importância com o incremento dos cruzamentos entre o gado zebu e o europeu.
Diversos resultados têm indicado diferenças na taxa de conversão alimentar de
diferentes grupos genéticos, ressaltando-se, ainda, variações com o teor energético
da ração (Euclides Filho et al. 1996). A melhora da conversão alimentar, com a
inclusão crescente de concentrado na dieta, foi verificada por Feijó et al. (1996 a, b)
e Euclides Filho et al. (1996).
Objetivando avaliar o efeito do sistema de terminação de bovinos Canchim
inteiros sobre a idade de abate e características de carcaça, Moletta e Perotto
(1997) observaram ampla superioridade dos animais recriados e terminados em
confinamento sobre os animais mantidos em pastagem, sendo que os animais
confinados foram abatidos aos 566 dias de idade (461 kg de peso vivo) com um
ganho de peso médio de 911g/dia, ao passo que na pastagem o abate ocorreu aos
872 dias (469,67 kg de peso vivo), com um ganho de 497g/dia.
2.6 REQUERIMENTOS DE ENERGIA
As formulações modernas de rações para ruminantes baseiam-se em
cálculos feitos a partir da concentração energética da ração e da demanda de
nitrogênio pelos microrganismos no rúmen para síntese de proteína microbiana
(Agricultural Research Council - ARC, 1980). O metabolismo ruminal depende,
portanto, da concentração energética da dieta que influi na retenção de nutrientes e
nas características da carcaça.
19
A importância dos requerimentos de energia para mantença na produção de
gado de corte é evidenciada ao se considerar que 65 a 70% da energia
metabolizável necessária para produção de carne são usados para satisfazer às
necessidades de funções de mantença (Ferrell e Jenkins, 1998).
A densidade energética acima do nível de mantença modifica a composição
do corpo animal. Jones et al. (1985), observaram que animais alimentados com
dietas à base de concentrado apresentaram maiores teores de gordura na carcaça
do que aqueles que receberam dietas à base de volumoso.
Estudando a influência de três níveis de concentrado em relação ao peso
vivo, 0,6%, 0,9% e 1,2%, nas dietas de novilhos Charolês X Nelore, abatidos aos 24
meses de idade, com 420 kg de peso vivo, Restle et al. (2000
a), não encontraram
influência sobre as características de carcaça. No entanto, Restle et al. (2000b),
observaram melhores rendimentos de carcaça para novilhos Braford, inteiros
abatidos com 390 Kg de peso vivo e 12 meses de idade, quando alimentados com
dietas contendo 30% de concentrado em relação àqueles alimentados com 16%,
porém não verificaram diferenças sobre a espessura de gordura das carcaças.
Embora considerável esforço já tenha sido dirigido ao estudo dos
requerimentos de animais zebuínos e mestiços (Lana et al., 1992 a; Pires et al.,
1993a; Soares, 1994; Freitas, 1995; Boin, 1995; Fontes,.1995), o volume de
informações é ainda insuficiente para o estabelecimento de normas brasileiras.
O NRC (1984) estima os requerimentos de energia para ganho com base no
peso e ganho de peso diário. Ajustes são feitos para condições específicas, como
classe de sexo, tamanho do animal, uso de implantes ou hormônios. A magnitude
das modificações necessárias é relacionada a diferenças na composição do corpo,
peso e idade e a influência destas variáveis sobre a utilização de energia.
Para o AFRC (1993) o requerimento de energia metabolizável para
crescimento diário (MJ/ dia) é igual ao produto do ganho diário (kg/dia) pelo valor
energético de cada Kg ganho (MJ/kg), dividido pela eficiência de uso de EM para
ganho. O valor energético do ganho é função do peso e ganho de peso, com
correções para maturidade de raças e classe de sexo.
20
No Cornel Net Carbohydrate and Protein System (CNCPS) os requerimentos
para crescimento baseiam-se na composição esperada do ganho do corpo vazio, em
função do peso esperado à composição final, considerando porte, efeito de
ingredientes dietéticos, energia, sexo e implantes anabólicos (Fox, 1995).
As exigências de proteína dos ruminantes são atendidas pelos aminoácidos
absorvidos em nível de intestino delgado, sendo estes provenientes principalmente
da proteína microbiana e da proteína dietética não-degradada no rúmen.
Atualmente, tanto o sistema americano (NRC, 1996) como o britânico (AFRC, 1993)
calculam as exigências protéicas em termos de proteína metabolizável, ou seja,
aminoácidos absorvidos no intestino delgado.
A maioria das pesquisas brasileiras sobre exigências nutricionais de bovinos
não apresenta fatores para a conversão das exigências líquidas em exigências
dietéticas, sendo utilizados valores oriundos de tabelas elaboradas em outros países
(Boin, 1995; Fontes, 1995; Valadares Filho, 1995).
A partir do conhecimento das exigências líquidas e levando-se em
consideração os fatores de eficiência de utilização da energia do alimento para
mantença e ganho, são obtidas as exigências dietéticas. Portanto, o conhecimento
da eficiência de utilização da energia metabolizável (k) da dieta é necessário para a
determinação das exigências de EM e de nutrientes digestíveis totais (NDT). No
entanto, Coelho da Silva e Leão (1979) consideram as exigências energéticas dos
animais as mais difíceis de serem determinadas, pois o valor de k é variável para os
diferentes processos fisiológicos, além das exigências sofrerem interferências do
clima, trabalho muscular e, principalmente, da concentração de EM da dieta.
As estimativas de k para mantença (km) e ganho (kf) são obtidas a partir de
equações não-lineares entre a energia líquida de mantença (ELm) e a EM da dieta e
entre a energia líquida para ganho (ELg) e a EM da dieta, respectivamente (Garrett,
1980a,b). A kf também pode ser estimada como o coeficiente de regressão linear
entre a energia retida (ER) e o consumo de EM (CEM), segundo o NRC (1996) e
Ferrell e Jenkins (1998 a,b).
21
Os valores de k da ração não estão bem estabelecidos para ruminantes.
Quando são atendidos os requerimentos para mantença, há a sobra e a
necessidade de atendimento para ganho. O NRC (1984) mostra valores de k para
mantença variando de 57,6 a 68,6% e para ganho, de 29,6 a 47,3%, conforme os
teores de EM da ração. Garrett (1980a) relatou que, segundo resultados
experimentais, a eficiência de utilização da EM para a síntese protéica varia de 10 a
40%, enquanto para a síntese de gordura, de 60 a 80%.
De acordo com Rattray e Joyce (1976), ganhos associados com alta
deposição de gordura foram energeticamente mais eficientes, porém menos
eficientes em relação à conversão de alimentos em peso vivo (PV), quando
comparados a ganhos com pequena deposição de gordura. Isto ocorre porque o
tecido adiposo, no qual ocorre grande parte do aumento de PV, contém teores mais
elevados de matéria seca (Lana, 1991) que os músculos (80 vs. 30%,
aproximadamente).
As variações no balanço da energia são dependentes do nível de ingestão
de alimentos, que é influenciado por interações entre os alimentos, denominadas
efeito associativo. A eficiência de utilização da energia ingerida tende a ser maior
para dietas concentradas, quando comparadas aos volumosos, devido à menor
exigência líquida para mantença (ARC, 1980). A adição de concentrado a dietas
ricas em volumosos aumenta parcialmente os valores de k para mantença e ganho
(NRC, 1984), em virtude da redução da produção de metano, da ruminação e do
incremento calórico. Também, alimentos volumosos de melhor qualidade são mais
eficientes que os de pior qualidade (Van Soest, 1994).
Diferenças nas taxas metabólicas dos vários órgãos e vísceras também
podem influenciar a utilização da energia. Ferrell (1998) obteram que os tecidos
viscerais, embora compreendam pequena porção do peso corporal (6,2%),
consomem, aproximadamente, 50% da energia para mantença. Por outro lado, o
tecido muscular, que constitui cerca de 41% da massa corporal, consome apenas
23% do total da energia requerida para mantença.
O crescimento, em tamanho e peso, de bovinos e a mudança
correspondente na forma e na composição corporais são, de acordo com Robelin e
Geay (1984), de grande significado econômico.
22
À medida que o peso do corpo vazio (PCVZ) aumenta, os pesos de todos os
constituintes químicos elevam-se, mas a taxas diferentes. A gordura é depositada a
uma taxa crescente e os componentes do corpo magro (representado pela proteína),
a taxas decrescentes. O conteúdo energético do corpo segue uma curva semelhante
àquela do conteúdo de gordura, porque, à medida que o animal cresce, a
composição de seu ganho de PCVZ (GPCVZ) se modifica. No início da vida, os
ganhos consistem, principalmente, de água, proteína e minerais (cinzas),
necessários para o crescimento dos ossos e dos músculos; após, os ganhos contêm
aumentada proporção de gordura e, como resultado, seu conteúdo de energia
aumenta (McDonald et al., 1995).
O verdadeiro determinante da composição dos ganhos não é o peso
corporal absoluto, mas o peso relativo ao peso à maturidade do grupo genético do
qual o animal procede. Esta teoria é sustentada pelos efeitos do sexo sobre a
composição dos ganhos. As fêmeas são menores que os machos, à maturidade, e,
a um mesmo peso, depositam mais gordura e energia. Os animais castrados tendem
a ser intermediários entre os machos inteiros e as fêmeas (McDonald et al, 1995).
Segundo o ARC (1980), os machos inteiros têm maior exigência para mantença que
os castrados e as fêmeas, porém seus ganhos têm menor conteúdo energético.
As exigências para mantença podem ser definidas como a combinação de
nutrientes necessários para o animal manter seu corpo sem ganho ou perda de peso
ou outra atividade produtiva. Os nutrientes absorvidos são utilizados para funções
essenciais, como metabolismo corporal, manutenção da temperatura corporal e
substituição e reparo de células e tecidos corporais (Ensminger et al., 1990).
Machos jovens ganham mais rapidamente e tem maior exigência para
mantença do que fêmeas jovens. Segundo o ARC (1980), o Csiro (1990) e o NRC
(1996), as exigências de energia líquida para mantença (ELm) de machos castrados
e novilhas são semelhantes, enquanto as de touros, 15% maiores.
As exigências líquidas de proteína para bovinos em crescimento e engorda
são função do conteúdo de matéria seca desengordurada do peso ganho, do peso
vivo, do nível de ganho de peso, do grupo genético e do sexo. São menores para
novilhos que para machos não-castrados e para animais de raças de maturidade
precoce que os de raças de maturidade tardia. Há tendência de decréscimo, no teor
de proteína no ganho de peso, com o aumento do peso vivo do animal e, a dado
23
peso vivo, com aumento da taxa de ganho de peso, reduzindo-se assim as
necessidades protéicas em relação às necessidades energéticas (Geay, 1984).
Lofgreen e Garrett introduziram o sistema de energia líquida para
crescimento e engorda de gado de corte (Lofgreen e Garrett, 1968), que separa as
exigências de energia líquida em mantença e ganho de peso (crescimento e
engorda). A soma das necessidades de mantença e ganho representa as exigências
líquidas de energia dos animais. Conhecendo-se as exigências líquidas e levando-se
em consideração os fatores de eficiência de utilização da energia dietética para
mantença e ganho, obtêm-se as exigências de energia metabolizável.
O valor de 77 kcal/kg PV
0,75
/dia, obtido por Lofgreen e Garrett (1968), foi
adotado pelo NRC (1984 e 1996) como a exigência de ELm de bovinos de corte,
tanto para fêmeas, quanto para machos.
Segundo o NRC (1996), a energia líquida para ganho (ELg) é o conteúdo de
energia depositada nos tecidos, que é uma função da proporção de gordura e de
proteína no GPCVZ. Entre bovinos com tamanhos semelhantes à maturidade, 95,6 a
98,9% da variação nos componentes químicos e no conteúdo de energia do corpo
vazio estão associados com a variação de peso.
Fontes (1995), analisando, conjuntamente, os dados de experimentos
conduzidos com bovinos F1 Limousin x Nelore, F1 Marchigiana x Nelore, F1 Angus x
Nelore e F1 Holandês x Nelore não-castrados, encontrou valores de exigências de
ELg, para animais de 450 kg de PCVZ, de 4,3 Mcal/kg de GPCVZ.
A quantidade de compostos nitrogenados (N) necessária para mantença é
definida, por McDonald et al. (1995), como aquela que equilibra as perdas fecais
metabólicas e urinárias endógenas de N e, também, as pequenas perdas demais de
N que ocorrem na descamação, nos pêlos e no suor.
O INRA (1988), utilizando resultados de estudos de balanço de N que
incluíam descamações e perdas metabólicas, urinárias e fecais, determinou que a
exigência de proteína metabolizável para mantença é de 3,25 g/kg PCVZ
0,75
/dia.
Smuts (1935) calculou esta mesma exigência em 3,52 g/kg PV
0,75
/dia. Wilkerson et
al (1993) estimaram as exigências de proteína metabolizável para mantença em 3,8
g/kg PV
0,75
/dia, utilizando o crescimento como critério, e não o balanço de N. Este foi
o motivo que fez com que o NRC (1996) adotasse este valor.
24
Para as exigências de PLg de bovinos Nelore, Marchigiana x Nelore e
Limousin x Nelore não-castrados, com PCVZ de 400 e 450 kg, PIRES et al (1993)
encontraram valores de 194 e 193 g/kg de GPCVZ, respectivamente.
Já as exigências de proteína metabolizável (PM) são obtidas pela relação
entre as exigências líquidas e a eficiência de utilização da proteína. O AFRC (1993)
preconizou a eficiência de utilização da proteína metabolizável para ganho de peso
em 59%. Já o NRC (1996), considerando que a eficiência de utilização da PM varia
de acordo com o PV, padronizou uma equação para estimativa da eficiência de
utilização da PM para bovinos com peso vivo menor que 300 kg e, para animais com
peso vivo maior que 300 kg, preconizou esta eficiência em 49,2%.
Os componentes químicos (água, proteína, gordura e minerais) do corpo
variam, durante o crescimento. Fatores como idade, peso, espécie, raça, classe
sexual e nível de ingestão de energia influenciam estas variações e conduzem a
diferenças nos requisitos nutricionais dos animais (Garret, 1980). A avaliação desta
composição corporal é necessária para determinação dos requerimentos nutricionais
dos animais.
À medida que a maturidade avança, ocorre aumento na proporção de
gordura e concomitante decréscimo nas concentrações de água, proteína e minerais
no corpo animal (AFRC, 1993). As diferenças nas exigências de energia e proteína
para ganho de peso devem-se às diferenças na composição do ganho, já que os
requerimentos líquidos de energia para crescimento consistem na quantidade de
energia depositada nos tecidos, que é função das proporções de gordura e proteína
no ganho do corpo vazio, e as exigências líquidas de proteína são funções do
conteúdo de matéria seca livre de gordura do peso ganho (NRC, 1996).
Para bovinos em crescimento e terminação, Lofgreen e Garrett (1968)
separam os requerimentos energéticos do animal em exigência de energia líquida
para mantença (ELm) e para ganho (ELg). Segundo esses autores, os
requerimentos de energia líquida para mantença equivalem à produção de calor do
animal em jejum. Quando não há consumo de energia metabolizável (EM), o
incremento calórico é nulo e os componentes de produção de calor são o
metabolismo do jejum e o calor das atividades voluntárias do animal,
correspondendo à exigência de mantença. A produção de calor de jejum é estimada
25
por regressão, considerando-se vários níveis de alimentação e extrapolando-se a
produção de calor para o nível zero de ingestão de energia metabolizável.
O Agricultural Research Council-Arc (1980) estimou, com base em estudos
calorimétricos, o requerimento de ELm em 0,53 MJ/PV
0,75
. Para machos não
castrados recomenda um acréscimo de 15%.
Segundo o NRC (1984), as exigências de energia para mantença em raças
zebuínas são menores que as encontradas, quando se utilizam as equações de
Lofgreen e Garrett (1968), o que confirma os resultados de Mullick e Kehas, em
1952, citados por Patle e Mudgal (1975), que encontraram exigências de energia
para Zebuínos cerca de 20% menores que as de taurinos.
Garrett (1980) descreve uma equação para estimar a exigência líquida para
ganho (ELg), em função do peso de corpo vazio (PCVZ) e do ganho de peso de
corpo vazio (GPCVZ): ELg = 0,0635 x PCVZ
0,75
x GPCVZ
1,097
. Para estimar a
energia líquida para mantença (ELm) o NRC (1996) adota o valor de 77
kcal/PCVZ
0,75
, obtido por Lofgreen e Garrett (1968). No Brasil, os dados sempre
foram gerados em separado e poucos são os trabalhos que tentaram agrupá-los
para dar maior consistência aos resultados. Fontes (1995) e Boin (1995), analisando
dados de vários experimentos, observaram aumento da ELg com o aumento do
peso vivo (PV) dos animais para determinada taxa de ganho, mas não foi descrita
nenhuma equação que pudesse estimar esta exigência em função do peso e da taxa
de ganho do animal. Boin (1995), analisando três experimentos em que se utilizaram
animais Nelore inteiros, obteve valores de ELm variando de 69,8 a 78,0
kcal/PCVZ
0,75
. Dos trabalhos individuais realizados na Universidade Federal de
Viçosa, os valores de ELm, para animais zebuínos inteiros, variaram de 47
kcal/PCVZ
0,75
(Salvador, 1980) a 82,79 kcal/PCVZ
0,75
(Véras, 2000).
Em relação às exigências líquidas de proteína para ganho, à medida que
aumentam o PV e as taxas de ganho de peso do animal, ocorre diminuição das
mesmas, fato descrito pelas duas edições do NRC (1984, 1996), em que: proteína
retida = ganho de peso vivo em jejum x (268 - (29,4 x (ELg/ganho de peso vivo em
jejum). No Brasil, tendência semelhante foi obtida por Fontes (1995) e Boin (1995),
entre outros vários trabalhos individuais. Os requisitos líquidos de proteína para
mantença, de acordo com o AFRC (1993), baseiam-se no N endógeno basal (NEB),
que inclui perdas urinárias endógenas e parte do chamado nitrogênio metabólico
26
fecal (NMF), mais perdas por descamação de tecidos e pêlos e, admitindo-se
eficiência igual a 1, a proteína metabolizável para mantença é calculada como sendo
2,30 g/kg PV
0,75
/dia. Já o NRC (1996) recomenda o valor de 3,8 g/kg PV
0,75
/dia como
exigência de proteína metabolizável para mantença. No Brasil, Ezequiel (1987)
obteve exigências de proteína metabolizável para mantença de 1,72 e 4,28 g/kg
PV
0,75
/dia para novilhos Nelores e Holandeses, respectivamente, enquanto
Valadares (1997), utilizando outra metodologia para estimar tanto as perdas
endógenas fecais, por intermédio da regressão entre a ingestão de N digestível (Y) e
a ingestão de N (X), quanto as perdas urinárias endógenas, pela regressão entre a
excreção de N total urinário (Y) e a ingestão de N (X), obteve exigências de proteína
metabolizável para mantença de 4,13 g/kg PV
0,75
/dia.
Os requerimentos dietéticos dos nutrientes são obtidos a partir da correção
dos requisitos líquidos por um fator de eficiência de utilização, o que pode, talvez, se
constituir em uma das maiores dificuldades na determinação da experimentação
animal, havendo poucos dados nacionais.
O NRC (1996) apresentou valores de eficiência de utilização da energia
metabolizável para ganho de peso (k
f
), de 29 a 47,3%, para rações com diferentes
proporções do volumoso: concentrado, cujos teores de energia metabolizável (EM)
variaram de 2,0 a 3,2 Mcal/kg de matéria seca. A eficiência de utilização da EM para
mantença (k
m
) apresentou, segundo o NRC (1996), valores de 58 a 69%, para
rações com teores de EM variando de 2,0 a 3,2 Mcal/kg de MS, respectivamente. O
AFRC (1993) desenvolveu equações lineares para o cálculo da k
f
e da k
m
a partir da
metabolizabilidade da energia bruta da dieta. No Brasil, Boin (1995), analisando três
experimentos com animais Nelore, obteve k
m
variando de 61,2 a 69,1% e k
f
variando
de 32,3 a 45,6%. Véras (2000), analisando dados de dois experimentos, obteve
valores de k
f
variando de 37 a 50% para dietas com teores de EM de 2,4 a 2,6
Mcal/kg de MS, respectivamente, e k
m
de 56%.
27
Rogerson (1971) observou que a produção média de calor de jejum em
zebuínos foi inferior à dos animais taurinos (80,4 X 88,3 Kcal/ kg
0,75
). Em ambas as
espécies, houve declínio semelhante na produção de calor com o avanço da idade
do animal. Fox et al (1992) relataram que os animais zebuínos apresentam
exigências de 89% em relação ao valor básico de 77 Kcal/kg
0,75
/dia usado pelo NRC
(1984). Noller e Moe (1995) também afirmaram que raças de porte menor, como Bos
indicus, podem requerer menos energia que o estimado pelo sistema de energia
líquida.
Freitas (1995) encontrou menor exigência de ELm (50,2 Kcal/kg
0,75
/ dia) para
animais Nelore (NE) que para F1 Holandês- Nelore (HN), Bimestiços (BM) e
Bubalinos (BUF). Por outro lado, Boin (1995) estimou em 69,8 Kcal/kg PCVZ
0,75
/dia
a ELm de bovinos nelore inteiros com 21 a 24 meses de idade.
Nas últimas décadas, inúmeros pesquisadores conduziram trabalhos de
pesquisa visando à determinação das exigências de energia para bovinos de corte,
com o objetivo de diminuir os custos da produção de carne através da utilização de
rações de custo mínimo. No entanto, existem inúmeras dificuldades na determinação
dessas exigências, devido às diferenças na eficiência de utilização de energia para
os diversos processos fisiológicos, como mantença, crescimento e engorda( Coelho
da Silva e Leão ,1979).
Outros fatores como o clima e a concentração de energia bruta no alimento
influenciam a eficiência de utilização de energia para a mantença e o ganho de
peso. Brody (1945) e, Blaxter e Boyne (1978), apud Geay (1984), trabalhando com
animais em crescimento e engorda, observaram uma relação curvilínea entre a
energia bruta ingerida e a retenção de energia metabolizável pelos animais.
Incrementos constantes na ingestão diária resultaram em incrementos
progressivamente menores na retenção de energia. Segundo o autor, a explicação
seria um decréscimo na metabolizabilidade da dieta com o aumento no nível de
ingestão de energia devido a uma taxa de passagem mais rápida, a qual reduz a
digestão de amido e de carboidratos da parede celular diminuindo a digestibilidade e
aumentando as perdas nas fezes. Na verdade esta é só parte da explicação, pois a
depressão da digestibilidade não explica totalmente a curvilinearidade desta relação.
Provavelmente há uma menor eficiência metabólica em função do aumento do peso
de certos componentes corporais como o fígado.
28
Um constante incremento na ingestão de energia diária resulta em
progressiva diminuição da retenção de energia diária. Segundo Tyrrel et al. (1974), o
decréscimo pode ser devido a uma aceleração na taxa de passagem. Esta
aceleração reduz a digestão do amido e da parede celular dos carboidratos (Orskov
et al., 1969), e assim diminui a digestibilidade (Vermorel e Bickel, 1980) e aumenta
as perdas nas fezes (Tyrrel et al., 1974), reduz a produção de CH
4
ruminai (Bouvier
e Vermorel, 1975; Thorbek, 1980) e perdas urinárias (Vermorel e Bickel, 1980).
Como já foi citado anteriormente, também há uma provável redução na eficiência
metabólica em função do aumento de peso de componentes corporais, como o
fígado.
Os animais da raça Nelore digerem energia com maior eficiência que
Holandês e búfalos, não diferindo dos mestiços europeu-zebu. Entretanto, isto é
variável, pois zebuínos, algumas vezes, são mais eficientes em dietas com alta
proporção de forragem de baixa qualidade, mas são piores em dietas com alta
proporção de concentrados (Lima ,1986)
Dados não publicados obtidos por Robelin e Geay, apud Geay (1984),
mostram uma relação entre energia retida e ingestão de energia, embora essa
relação não seja estatisticamente curvilínea. Os autores utilizaram machos inteiros
em crescimento das raças Friesian e Charolesa alimentados com dietas com alto
teor de concentrado e três níveis de energia (ad libitum, 75% e 50% do ad libitum). A
comparação foi feita a uma mesma idade fisiológica com base na porcentagem do
peso maduro (30 e 55%), sendo a retenção de energia e proteína medida pela
técnica do abate comparativo. Os animais das duas raças recebendo alimentação ad
libitum retiveram quantidades semelhantes de energia à uma mesma ingestão de
energia bruta. No entanto, os Charoleses retiveram 42% mais energia como proteína
em relação aos Friesian e apresentaram maior ganho de peso indicando que, a
utilização da energia metabolizável seria diferente entre as duas raças.
No Brasil, Salvador et al. (1981) obtiveram, para novilhos azebuados,
exigência de energia para mantença de 56 kcal/kg
0,75
/dia. Trabalhando com animais
da raça Nelore Pires et al. (1993b) e Freitas (1995) encontraram valores de 59,8;
34,2 e 50,2 kcal/kg
0,75
/dia, respectivamente.
29
De acordo com Ferrel e Jenkins (1998) as variações na mantença e
eficiência do ganho, freqüentemente, estão associadas com o peso e a atividade
metabólica de órgãos viscerais, como intestino e fígado. Os tecidos viscerais
consomem cerca de 50% da energia destinada à mantença, enquanto os músculos,
embora apresentem maior massa no corpo vazio dos animais, consomem apenas
23% do total da energia para mantença (Catton e Dhuyvetter, 1997).
Isso ocorre porque certos tecidos associados com a digestão, como o trato
gastrintestinal e o fígado, têm maior "turnover" protéico do que o músculo
esquelético (Owens et al., 1993). Segundo Hoog (1991), os tecidos do trato
gastrintestinal podem contribuir com mais de 40%, e o fígado com 18% da síntese
protéica.
Segundo Garret (1980), o conhecimento da relação entre a deposição de
energia e o ganho de peso é necessário para utilizar o sistema de energia líquida na
formulação de dietas, para taxas de ganho específicas, ou para determinar a taxa de
ganho do animal recebendo quantidade conhecida de um alimento específico ou
mistura de alimentos. De qualquer forma, o conteúdo de energia no ganho é
influenciado pelo sexo, pela classe, pela raça, e, em menor escala, pelo uso de
hormônios adjuvantes.
A eficiência de utilização de EM para produção é influenciada,
principalmente, pelas características da dieta: o valor comparativo de volumoso e
concentrado, o teor de fibra, o tempo de ingestão e ruminação e as relações de
ácidos graxos voláteis no rúmen (Van Soest, 1994).
2.7 CONCENTRADO ENERGÉTICO
A procura de uma carne de qualidade, que atenda as preferências dos
consumidores, vem se tornando alvo de muitos estudos. A utilização de animais
jovens vem crescendo em todo país, por se tratar de uma categoria animal de
desempenho superior e que apresenta carne de melhor qualidade (Müller, 1980).
30
No entanto, animais que estão em fase de alto crescimento muscular,
apresentam carcaças com acabamentos inadequados e muitas vezes são
depreciados por apresentarem características organolépticas da carne inadequadas.
Arthaud et al. (1977) ao avaliarem diferentes densidades energéticas na dieta e
quatro idades distintas de abate (12, 15, 18 ou 24 meses), de novilhos confinados,
verificaram alteração nas características qualitativas da carcaça e da carne, quando
submeteram os animais a níveis energéticos mais elevados.
Brondani et al., (2004b) estudou o desempenho de bovinos machos não-
castrados das raças Aberdeen Angus (AA) e Hereford (HE) em confinamento,
submetidos a dois níveis de energia, sendo o menor nível com 3,07 e o maior com
3,18 Mcal/kg de energia digestível (12 e 32% de concentrado na dieta,
respectivamente). Foram utilizados oito animais da raça AA e oito HE, com idade
inicial de nove meses e peso médio inicial de 220,31 kg, que permaneceram
confinados até que o peso estimado da carcaça atingiu o mínimo de 190 kg. Os
animais da raça AA apresentaram maior consumo de MS, em % PV (2,27 vs. 2,10%)
e em g/kg
0,75
(91,4 vs. 86,4 g). Os animais que consumiram o maior nível de energia
na dieta apresentaram maiores consumos de MS/dia (6,31 vs. 5,71 kg), em PV (2,26
vs. 2,11%) e em g/kg
0,75
(92,28 vs. 85,44 g), de energia digestível (ED), em Mcal/dia
(20,58 vs. 18,13 Mcal), e de PB, em kg/ dia (0,845 vs. 0,759 kg), além de maior
ganho médio diário de peso (1,409 vs. 1,250 kg). Os animais que consumiram o
menor nível apresentaram maiores consumos de fibra em detergente neutro (FDN),
em kg/dia (2,23 vs. 2,07 kg), e de fibra em detergente ácido (FDA), em kg/dia (1,13
vs. 1,01 kg). Os consumos de MS/dia, de FDN e de FDA, nos animais que
consumiram o menor nível de energia, tiveram comportamento linear e, naqueles
que receberam o maior nível, comportamento quadrático, frente aos períodos de
confinamento. Para as características consumo de MS, em %PV e em g/kg
0,75
, nos
tratamentos com menor nível de energia, o comportamento foi de forma cúbica e
naqueles de maior nível, de forma quadrática. O consumo de ED apresentou, nos
períodos, comportamento linear para o menor nível energético e cúbico para o maior
nível.
31
Brondani et al., (2004a), avaliou as características quantitativas da carcaça
de bovinos machos não castrados, terminados em confinamento e abatidos aos 13-
14 meses de idade. Foram utilizados 16 bezerros com nove meses de idade e peso
médio inicial de 220 kg (oito Aberdeen Angus - AA e oito Hereford - HE), submetidos
a dois níveis de energia (3,07 e 3,18 Mcal/kg de MS). O desenho experimental foi
inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 2 x 2 (duas raças e dois níveis de
energia). O volumoso utilizado foi a silagem de milho, com 36% de grãos na matéria
seca (MS). O concentrado nos tratamentos de menor nível de energia participou
com 12% e naqueles de maior nível, com 32% da MS da dieta. Os animais foram
abatidos quando, por estimativa, as carcaças apresentaram, na média, um mínimo
de 190 kg. Os animais AA apresentaram maior rendimento de carcaça quente (54,95
vs. 53,75%), maior comprimento de perna (64,12 vs. 62,12 cm) e maior área do
músculo Longissimus/100 kg de carcaça (29,31 vs. 27,41 cm²). Os animais que
receberam o maior nível de energia na dieta apresentaram maior comprimento de
perna (71,75 vs. 64,50 cm) e melhor conformação da carcaça (11,25 vs. 10,12
pontos). Observou-se interação significativa entre raça e nível de energia para a
espessura de gordura subcutânea, sendo a maior espessura verificada nas carcaças
dos animais HE, que receberam o menor nível de energia.
Franzolin e Silva (2001), avaliaram quinze bubalinos em crescimento da raça
Mediterrâneo alimentados em confinamento por aproximadamente 140 dias com o
objetivo de avaliar os efeitos de três níveis de energia ingerida sobre as
características de carcaça. Os animais foram abatidos quando atingiram peso vivo
acima de 450 kg. As ingestões médias de energia metabolizável estimadas para os
três tratamentos foram: 18,23, 19,54 e 21,74 Mcal/animal/dia. O peso médio de
abate foi de 465 kg mais ou menos 16,29 kg. Não houve diferenças significativas
entre os tratamentos nos rendimentos de carcaça quente e fria (médias de 51,27 e
50,30%, respectivamente) e nos rendimentos dos cortes primários e secundários da
carcaça, exceto para o coxão completo, que apresentou menor rendimento no nível
médio de energia ingerida. Concluiu-se que não houve evidências de existirem
diferenças nos rendimentos da carcaça e de seus cortes primários e secundários
entre bubalinos consumindo três diferentes níveis de energia e que os bubalinos
mostraram apresentar bom potencial de produção de carcaça e cortes comerciais
nessas condições.
32
Putrino et al., (2006) avaliaram as exigências líquidas de proteína e energia
para ganho de peso de novilhos Nelore alimentados com dietas contendo grão de
milho úmido e gordura protegida. As exigências de energia e proteína líquidas para
ganho de peso foram estimadas pela técnica de abate comparativo utilizando-se 56
novilhos Nelore com peso médio inicial de 432 kg. A análise da composição da 9ª,
10ª, 11ª costelas foi utilizada para a estimativa da composição do corpo vazio. Oito
novilhos foram abatidos no início do período experimental, para o cálculo da
composição corporal inicial, e os demais, alimentados durante 70 dias com
dietas contendo 60% de concentrado na MS, composto de grão de milho
seco ou úmido, com ou sem gordura protegida da biohidrogenação ruminal.
O peso médio dos animais ao abate foi 528 kg. Apenas o ganho de peso de carcaça
quente foi maior nos tratamentos com gordura. Não houve diferença na composição
do corpo vazio, nas taxas de deposição e na composição do ganho de peso vazio.
As exigências de energia e proteína foram de 2,97 Mcal e 0,171 kg por kg de ganho
de peso corporal vazio (GPVz), respectivamente, e o ganho de gordura foi de 0,215
kg por kg de GPVz. A utilização do grão de milho úmido e de 4% de gordura
protegida na alimentação de novilhos Nelore não alterou a composição corporal e as
exigências de energia e proteína.
Mendes, et al. (2005), avaliaram se o consumo alimentar, a digestibilidade
parcial e total e o balanço de nitrogênio, em novilhos confinados. Foram utilizados
três novilhos de corte cruzados, canulados no rúmen e no duodeno. As dietas
experimentais foram constituídas de 60% de silagem de milho, tendo como fonte de
proteína o farelo de girassol e, como fonte de energia, o milho (MI). O milho foi
substituído parcialmente pela casca de soja (CS) ou pelo farelo de gérmen de milho
(FGM). Quatro indicadores internos (lignina e FDA, FDN e lignina indigestíveis)
foram submetidos a 144 horas de digestão in vitro, para estimativa da digestibilidade
parcial e total das dietas. Houve maior ingestão dos componentes fibrosos na
dieta CS, porém não foi observado efeito sobre o consumo de matéria seca.
33
A lignina subestimou significativamente a digestibilidade. A utilização da FDAi, FDNi
e lignina-i para estimar a digestibilidade total é viável, no entanto, a FDAi e lignina-i
não estimaram adequadamente as digestibilidades parciais. Houve efeito
significativo na digestibilidade ruminal da FDA, com valores mais elevados para CS
e semelhantes para FGM, em relação à dieta MI. A digestibilidade total da FDA foi
maior na dieta CS, porém, as digestibilidades dos demais componentes não foram
afetadas pelas diferentes fontes energéticas. Não houve diferença significativa para
a digestibilidade da energia e nos valores obtidos de NDT, com média de 61,5%. A
casca de soja e o farelo de gérmen de milho, em substituição parcial do milho,
mostraram-se fontes alternativas satisfatórias para a inclusão na dieta de bovinos.
Foram alimentados 36 tourinhos ¾ Europeu ¼ Zebu com dietas contendo 9,
15 e 21% de bagaço de cana-de-açúcar in natura (BIN) na matéria seca. Os
animais, com peso inicial de 257 kg foram abatidos após 138 dias, com 435 kg de
peso. Foram realizadas mensurações na carcaça e da composição física do corte
das 9-10-11ª costelas. Amostras dos músculos Longissimus e Supraspinatus,
maturadas durante 0, 7 e 14 dias, foram analisadas quanto à textura e cor. A
quantidade de gordura renal e pélvica foi maior para os tratamentos 9 e 15% de BIN.
Houve tendência para maior espessura de gordura subcutânea nos tratamentos 9 e
15% de BIN. Os diferentes níveis de fibra na dieta não alteraram a composição física
e as características de carcaça, porém maior acúmulo de gordura nas regiões
inguinal e pélvica foi observado em tratamentos com maior teor de concentrado. A
textura objetiva (WB) apresentou diferença entre os três grupos de bifes maturados,
nos dois músculos testados; o grupo com 14 dias de maturação foi mais macio que o
tempo 7, e este, mais macio que o tempo 0. Não foram encontradas diferenças entre
os tratamentos nutricionais para a característica de cor, entretanto, houve efeito
significativo para o período de maturação. A carne maturada (tempos 7 e 14 dias) foi
mais macia e brilhante, e suas cores, mais realçadas. A maturação teve grande
impacto sobre a maciez em touros jovens produzindo carcaças de 230 kg e com 4
mm de espessura de gordura.
34
Trabalhando com 81 novilhos Nelore de 14 meses de idade e 230 kg de PV
inicial, mantidos em confinamento, Sampaio et al. (1984) testaram três níveis de PB
na MS (9,12 e 15%) e duas fontes de energia (milho grão e polpa cítrica) na dieta,
cujo volumoso foi constituído de capim elefante picado que participou com 40% na
matéria seca total. As dietas foram isoenergéticas. Não foi verificado efeito
significativo das fontes de proteína e de energia sobre o ganho de peso dos animais
(0.95 kg/dia). O consumo de MS tendeu a decair à medida que o milho substituía a
polpa cítrica (PC) (3% do PV para 100% PC, 2,8% para 50% PC + 50% de milho e
2,6% para 100% de milho). Através dos dados apresentados foi possível fazer um
calculo aproximado da ingestão diária de polpa cítrica por cabeça: 2,2 e 4,5 kg, para
dietas com 50 e 100% de polpa cítrica, respectivamente. A CA foi inferior para os
animais alimentados somente com PC (9,49) em relação aos demais tratamentos
(8,22).
Avaliando dietas constituídas de dois níveis de concentrado (20 ou 80%) e
duas fontes de carboidratos (milho ou polpa cítrica), Henrique et al. (1998) utilizaram
28 tourinhos Santa Gertrudis, com idade média de 9 meses e peso vivo inicial de
230 kg. Foram utilizados 28b dias de adaptação e um período experimental de
123 e 172 dias, respectivamente, para dietas com 80 e 20% de concentrados.
O volumoso utilizado foi à silagem de milho. Os ganhos de peso e os rendimentos
de carcaça para os tratamentos contendo 80% de milho, 80% de polpa, 20% de
milho e 20% de polpa foram, respectivamente, 1,41; 0,75; 1,00 e 1,04 kg/dia e 52,4;
51,4; 50,9 e 50,7%. Os autores concluíram que em dietas com baixa proporção de
concentrado (20% na MS), o milho pode ser totalmente substituído pela polpa cítrica,
o consumo de MS e o rendimento de carcaça não diferiram entre as dietas e foram
em média de 1,02 kg/dia, 1,9% do PV e 50,8%, respectivamente. Já para dietas com
80% de concentrado, a substituição do milho pela polpa cítrica reduziu
significativamente o consumo de MS (2,22 x 1,67% PV) e o ganho de peso vivo
(1,41 x 0,75 kg/dia) sem contudo afetar o rendimento de carcaça (média de 51,9%).
35
Testando níveis de substituição do milho pela polpa cítrica peletizada (40,
60, 80 e 100%), Prado et al. (2000) confinaram, durante 84 dias, 28 machos inteiros
(Nelore x Angus) de 20 meses de idade apresentando 346 kg de peso vivo. O
volumoso utilizado foi a silagem de milho (51% da MS total) e a polpa cítrica
constituiu 14,11; 18,95; 25,11 e 31,35% na base da MS total das dietas. Não foi
detectado efeito da substituição do milho pela polpa cítrica sobre o consumo de
matéria seca (1,92% do PV) ganho médio diário (1,37 kg) conversão alimentar (6,29
kg de MS/kg), rendimento de carcaça (57,28%), espessura de gordura subcutânea
(3,38mm) e sobre a área de olho de lombo (82,25 cm
2
) demonstrando a polpa cítrica
peletizada pode ser usada, substituindo totalmente o milho, como fonte energética
exclusiva na dieta de bovinos de corte em confinamento contribuindo para reduzir o
custo da alimentação.
Marques et al. (2000) avaliaram a substituição do milho pela casca, farinha
de varredura ou raspa de mandioca sobre o ganho médio diário, consumo e
conversão alimentar e rendimento de carcaça de novilhas confinadas por um
período de 56 dias. Foram utilizadas 28 novilhas mestiças, com peso médio inicial
de 365 kg distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado, com 4
tratamentos (milho, casca, farinha ou raspa de mandioca) e 7 repetições cada.
Observou-se que não houve efeito da substituição do milho pelos produtos da
mandioca sobre o ganho médio diário (1,70; 1,60; 1,50 e 1,60 kg/dia
respectivamente, para milho, casca, farinha de varredura e raspa de mandioca),
conversão alimentar (6,90; 5,90; 7,30 e 6,30) e rendimento de carcaça (50,5; 51,1;
50,2 e 51,8). Porém houve efeito sobre o consumo alimentar, expresso em
porcentagem do peso vivo, sendo que os animais que receberam o milho e a casca
de mandioca consumiram mais (2,7 e 2,5% de PV) que aqueles alimentados com
farinha de varredura ou raspa (2,1 e 2,2% de PV). Os ganhos de peso foram muito
elevados, possivelmente em virtude do pequeno período experimental (56 dias) e/ou
elevadas proporções de concentrado (53,5 a 61,0%).
36
2.8 CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA E DA CARNE
2.8.1 Características Quantitativas
2.8.1.1 Peso de carcaça
De acordo com Müller, 1980, registra-se normalmente o peso de carcaça
quente e, quando possível, o peso da carcaça fria, obtido após 24 a 48 horas em
câmara fria. Em carcaças de mesmo comprimento e acabamento semelhante, as de
maior peso apresentam melhor conformação e, via de regra, uma melhor proporção
da porção comestível. O peso de abate de um animal dentro de uma mesma idade
representa também um fator de eficiência produtiva do sistema de criação.
2.8.1.2 Rendimento de carcaça
Vários fatores afetam o rendimento de carcaça e a composição corporal:
genética, idade, sexo, nutrição e alimentação etc. Entre eles, o nível energético da
dieta consumida e apresenta-se de grande importância, já que a deposição de
gordura corporal promove diferenças na quantidade e qualidade da carcaça
produzida.
A maioria dos trabalhos não tem especificado claramente se o peso vivo
(PV), utilizado para o cálculo do rendimento de carcaça, refere-se ao peso de
fazenda em jejum, ao peso do frigorífico, ou ainda, ao peso vazio (sem o conteúdo
do trato digestivo). Além disto, grande parte dos trabalhos estrangeiros, utilizam o
peso de carcaça incluindo a gordura do rim, o que diferencia dos trabalhos
realizados no Brasil, onde a gordura do rim é eliminada, diminuindo o peso de
carcaça. A utilização destes diferentes pesos,resulta em rendimentos também
diferentes, dificultando a comparação entre os resultados obtidos por diferentes
pesquisadores (Moletta, 1990).
37
Entre as mensurações para a avaliação da capacidade produtiva do animal
está o rendimento de carcaça (Oliveira et al., 1998). Esta característica é,
geralmente, o primeiro índice a ser considerado no estudo de carcaças bovinas,
expressando a relação percentual entre os pesos da carcaça e do animal (Peron et
al., 1993). No Brasil, a comercialização de bovinos baseia-se no rendimento de
carcaça (Ferreira et al., 2000). No entanto, este deve ser utilizado em conjunto com
outros parâmetros, como o rendimento dos cortes primários e comerciais (Gesualdi
Júnior et al., 2000).
Uma carcaça é composta principalmente da porção muscular, dos ossos e
da gordura, sendo a gordura o mais variável dos três componentes e também o que
exerce maior influência no rendimento. Vários fatores estão relacionados ao
rendimento, dentre os quais os mais importantes são: o grau de acabamento
(quantidade de gordura), tipo de dieta, sexo e raça (Luchiari Filho, 2002a). Entre
eles, o nível energético da dieta consumida apresenta grande importância, já que a
deposição de gordura corporal promove diferenças na quantidade e qualidade da
carcaça produzida (Franzolin e Silva, 2001).
Já Brondani et al. (2002a) não observaram aumento no rendimento de
carcaça quente e fria quando bovinos super-precoces de diferentes grupos
genéticos receberam níveis diferenciados de concentrado na dieta, baixo (12% de
concentrado) e alto (32% de concentrado).
2.8.1.3 Rendimento de ossos, músculos e gordura.
Os tecidos que constituem a carcaça dos animais domésticos são o adiposo,
muscular e ósseo. O desenvolvimento destes três tecidos não ocorre de forma
isométrica. A proporção de ossos na carcaça diminui lentamente à medida que o
peso do animal aumenta, constituindo-se no tecido de menor variação.
38
A composição da carcaça em relação a músculos, ossos e gordura exerce
importante influência do ponto de vista comercial. À medida que aumenta o grau de
gordura, diminuem proporcionalmente os teores de músculos, ossos e tendões. A
alimentação contínua no desenvolvimento dos animais exerce acentuada influência
na relação carne x osso x gordura, favorecendo a proporção de carne em detrimento
dos demais componentes. De um modo geral, Pardi et al., 1995, afirma que a
composição da carcaça depende da composição genética, da idade, da raça, da
alimentação e do manejo, bem como das condições ambientais.
Os músculos representam alta porcentagem do peso total ao nascimento,
que aumenta ligeiramente e começa a decrescer à medida que se inicia a fase de
deposição de gordura (Signoretti, et al., 1999a). Dos componentes da carcaça, o
músculo tem maior importância, já que este constitui a carne magra, comestível e
disponível para venda (Silva et al., 2002)
Segundo Manella e Boin (2002 a), a deposição de proteína é mais eficiente
em termos de peso do tecido depositado. Isto ocorre porque para cada unidade de
proteína depositada, cerca de três unidades de água são depositadas em
associação, formando o músculo.
Moletta e Restle (1996) afirmam que a gordura é uma fração importante,
pois influencia o aspecto visual da carcaça, a porção comestível e a qualidade da
carne, além de servir como proteção (gordura subcutânea) contra a desidratação no
resfriamento das carcaças.
Com a modernização no setor de produção da pecuária de corte,
intensificou-se a busca de animais que possam converter alimento na maior
quantidade de músculo, que produzam carcaças com a mais alta proporção de
carne comercializável, animais que tenham harmonia e uniformidade nos
componentes da carcaça, ou seja, a maior quantidade de músculos, a menor
quantidade de ossos e quantidade exata de gordura uniformemente distribuída
(Castro et al., 1979).
Poucos foram os trabalhos que utilizaram bovinos precoces com peso pré-
determinado de abate e encontraram efeito significativo para acúmulo de gordura
nas carcaças. De acordo com Berg e Butterfield (1976), o maior acúmulo ocorre em
idades mais avançadas, quando o bovino tem um decréscimo no ímpeto de
crescimento muscular.
39
Brondani et al. (2002c) observaram maior porcentagem de músculo na
carcaça de animais alimentados com nível energético mais alto. Todavia,não
encontraram diferenças significativas para porcentagem de osso e gordura na
carcaça entre os diferentes níveis de energia.
2.8.1.4 Área de olho de lombo
De acordo com Sainz (1996) os músculos que amadurecem mais
lentamente representam o índice mais confiável do desenvolvimento e tamanho do
tecido muscular das carcaças. O músculo dorsal Longissimus é um músculo de
maturidade tardia e de fácil mensuração, o que o torna de preferência para este
propósito.
Muller (1980) afirma que a área de olho de lombo, isoladamente, não
apresenta uma correlação alta com a proporção de músculo na carcaça, mas
utilizada em conjunto com outros parâmetros, auxilia na avaliação do grau de
rendimento em cortes desossados da carcaça. Crouse e Dikeman
2
, citados por
Sainz (1996), demonstraram uma relação positiva entre a área de olho de lombo e
várias medidas de rendimento de carcaça.
O componente de maior importância na carcaça é o músculo, já que este
constitui a carne magra, comestível e disponível para a venda.
2.8.1.5 Espessura de gordura subcutânea
A espessura de gordura subcutânea também é conhecida como gordura de
cobertura, é considerada como principal indicador da composição da carcaça em
muitos sistemas de tipificação.
Segundo Felício (1993) nas últimas décadas, a espessura de gordura vem
se tornando um importante indicativo de qualidade. Primeiro, porque aponta para o
tipo de alimentação recebida pelo bovino (alta ou baixa energia), segundo, porque
afeta diretamente a velocidade de resfriamento da carcaça, comportando-se como
um isolante térmico.
2
CROUSE, J.D. e DIKEMAN, M.E. Determinates of the retail product of carcass beef. J.
Anim. Sci., v.42, n. 584, 1976.
40
Quando há acabamento insuficiente, as carcaças ficam desprotegidas,
gerando problemas que depreciam a qualidade da carne, como o escurecimento,
perda de água (Felício, 1999a) e encurtamento das fibras, que acarreta prejuízos
para a maciez da carne (Miranda et al., 2001). Devido a este fato, os frigoríficos
adotam como padrão valores de espessura de 3 a 6 mm.
A gordura, se não for em excesso, contribui positivamente na proporção
comestível de uma carcaça, além de protegê-la da desidratação, evitar o
escurecimento da parte externa dos músculos (Müller, 1980), e diminuir a
suscetibilidade ao encurtamento celular pelo frio (Luchiari Filho, 2002b).
No entanto, Pinheiro
3
citado por Yassu (1998), relata que a camada de
gordura só atende o interesse da indústria, serve apenas para que o frigorífico
mantenha o mesmo processo de resfriamento para todos os tipos de carcaça.
Ao avaliarem diferentes níveis de concentrado (20, 40, 60 ou 80%) na dieta
de tourinhos Brangus e Nelore, Luz e Silva et al. (2002), verificaram um efeito linear
da espessura de gordura subcutânea em função dos níveis de concentrado nos
animais Brangus e quadrático nos animais Nelore. Os tratamentos com alta
porcentagem de concentrado permitiram uma deposição de gordura maior que os
tratamentos com baixa energia, indicando a viabilidade do uso de dietas com valores
mais altos de energia para a obtenção de animais com uma gordura de cobertura
adequada a pesos e idades menores.
2.8.1.6 Comprimento de carcaça, comprimento de perna e espessura de coxão.
Segundo Muller (1980) o comprimento de carcaça apresenta alta correlação
com o peso de carcaça e peso dos cortes de maior valor econômico e, em carcaças
de comprimento e acabamento semelhantes, as de maior peso apresentam melhor
conformação e, via de regra, melhor proporção da parte comestível.
De acordo com Silva Sobrinho (2001) a perna é o componente da carcaça
que apresenta maior contribuição para seu peso por possuir maiores massas
musculares e maior rendimento da parte comestível. Portanto, maiores espessuras,
comprimentos e rendimentos de tal componente refletirão em maiores rendimentos
de carcaça.
3
PINHEIRO, L.E.L. Castração. DBO Rural, São Paulo, v.17, n.210, p. 68-70, abril/1998.
41
O valor médio encontrado por Strack et al. (2000ab) e Silva et al. (2002) para
característica de comprimento de carcaça é de 110,30 cm. Estes autores não
verificaram alterações no comprimento de carcaça com a elevação do nível de
concentrado na dieta.
2.8.2 Características Qualitativas
2.8.2.1 Conformação
De acordo com Muller (1980) pode ser considerada como fator qualitativo,
levando-se em conta que animais de maior hipertrofia muscular proporcionam cortes
com melhor aparência para o consumidor mais exigente, ou como fator quantitativo,
neste caso, a afirmação baseia-se no fato de que carcaças de melhor conformação
tendem a apresentar menor proporção de osso e maior porção comestível.
A conformação da carcaça prima pela harmonia entre as partes, devendo
ser observada a convexidade das massas musculares para a valorização da mesma.
Avaliando a composição física e porção comestível da carcaça de machos
de dois grupos genéticos alimentados com dois níveis de concentrado(12% e 32%
de concentrado) e abatidos aos 13 meses de idade, Brondani et al. (2002c)
observaram melhor conformação das carcaças dos animais que receberam maior
nível energético, sendo classificadas como boa típica, mostrando que a musculatura
desenvolveu-se mais no nível energético mais elevado.
2.8.2.2 Textura
A textura da carne é avaliada através da granulação que a superfície do
músculo apresenta quando cortada e é constituída por um conjunto de fibras
musculares agrupadas em fascículos envolvidos por uma tênue camada de tecido
conectivo (perimísio). De acordo com Muller (1980) geralmente animais jovens
apresentam textura mais fina que animais de mais idade.
Segundo Dabés (2001) vários fatores como estado de rigor associado às
propriedades da capacidade de retenção de água, gordura intramuscular,
temperatura, teor de tecido conjuntivo e comprimento dos feixes intramusculares
contribuem para a estrutura, firmeza e textura.
42
Pascoal et al. (1998) e Brondani et al. (2002b) não verificaram alterações na
textura da carne quando utilizaram diferentes níveis de concentrado na dieta.
A textura é uma conseqüência oferecida à sensação sentida na boca quando
se mastiga um alimento no seu estado sólido (Coró et al, 1999), estando relacionada
com o tipo e estado de interação entre as diferentes estruturas musculares e
constituintes, sendo o tecido conjuntivo o principal limitante na maciez da carne.
2.8.2.3 Marmoreio
Segundo Felício (1993a) gordura intramuscular, conhecida como
marmorizado ou gordura entremeada esta relacionada com a maciez, suculência e
sabor da carne. É depositada com maior intensidade na fase de engorda dos
bovinos, após o término da fase de crescimento e é influenciada pela raça e pelo
nível energético da dieta.
Sainz (1996) comenta que para atingir um nível de marmorização aceitável
nos Estados Unidos é preciso confinar os novilhos a base de concentrado por um
período de cerca de 120 dias antes do abate.
Brondani et al. (2002b) não observaram diferenças nas pontuações para
marmoreio quando novilhos Aberdeen Angus e Hereford foram alimentados com
diferentes níveis de energia na dieta.
Importantes propriedades do marmoreio incluem a quantidade e distribuição
espacial da manchas marmorizadas, bem como a deposição individual de gordura
no interior do músculo Longissimus. O marmoreio, juntamente com a coloração, são
bases para medição dos graus de qualidade da carne (USDA
4
, citado por Gerrard et
al., 1996).
Em uma revisão de estudos envolvendo 2.600 carcaças bovinas, Blumer
(1962) encontrou que de 1 a 36% da variação na maciez foi atribuída ao marmoreio
e 16% da variação na suculência foi atribuída à gordura.
4
USDA. Official United States Standards for Grades of Beef Carcasses. Agricultural
Marketing Service, U.S. Dept. of Agriculture, Washington, DC., 1989.
43
2.8.2.4 Coloração
Segundo Sainz (1996) vários fatores influenciam na qualidade da carne,
porém no momento da compra da carne, o consumidor observa apenas a cor do
músculo e da gordura como sendo fator de qualidade mais importante, constituindo
o critério básico para sua seleção, discriminando a carne escura, pois associa a cor
escura com carne de animais mais maduros e, portanto, com a dureza da carne.
Estudando as características qualitativas e sensoriais da carne de bovinos
Aberdeen Angus e Hereford alimentados com dois níveis de concentrado na dieta
(12% e 32%), Brondani et al. (2002b) verificaram interação significativa entre grupo
genético e nível de energia para cor da carne. Foi observada melhor coloração nos
animais Aberdeen Angus recebendo nível baixo de energia. Não houve diferença
entre os níveis de concentrado para os animais Hereford.
Felício (1999a) afirma que em condições normais de conservação, a cor é o
principal atrativo dos alimentos. A cor da carne reflete a quantidade e o estado
químico do seu principal pigmento, a mioglobina.
Em geral, admite-se que animais que recebem alimentação mais volumosa
apresentam carnes mais escuras, como conseqüência do aumento da mioglobina do
músculo, devido à alimentação rica em carotenos (RICO
5
citado por Silva Sobrinho
2001), ainda que em ruminantes a natureza do alimento pouco influencie a cor da
carne, devido às intensas transformações que os mesmos sofrem no rúmen (Silva
Sobrinho, 2001). A concentração da mioglobina no músculo varia com: espécie,
idade, distribuição da fibra (mais presente na fibra vermelha que na branca), sexo,
músculo e atividade física (Dabés, 2001).
5
RICO, D.D.A. Calidad de las producciones ovinas. Criterios tecnicos, exigencias
comerciales. In: CURSO INTERNACIONAL SOBRE PRODUCCIÓN DE GANADO OVINO, v.3, 1992,
Zaragosa, 16 p.
44
2.8.2.5 Maciez, suculência e palatabilidade.
De acordo Silva Sobrinho (2001), a maciez é um fator qualitativo
determinante, sendo uma das mais importantes características organolépticas da
carne, podendo ser definida como a facilidade de mastigar a carne com sensações
distintas: uma inicial com facilidade de penetração e corte, uma mais prolongada
com resistência a ruptura, e uma final com sensação de resíduo.
Segundo Felício (1999 a) muitos fatores podem influenciar a maciez da
carne bovina, como genética, sexo, maturidade, acabamento, promotores de
crescimento, velocidade de resfriamento, taxa de queda de pH, pH final e tempo de
maturação. Esta característica pode ser medida por meio de uma equipe de
provadores treinados e padronizados que possam distinguir os diversos níveis de
maciez, suculência e sabor (Sainz, 1996).
Em geral, os músculos esqueléticos contêm como proteína fibrosa, o tecido
conjuntivo, que contribui em parte com a dureza das carnes e tende a variar muito
pouco em quantidade total por peso de músculo em função da idade, sofrendo,
entretanto, um aumento no número de ligações cruzadas termoestáveis entre os
filamentos de colágeno. Este fato termina por reduzir a quantidade de colágeno
solúvel e determina a redução da maciez com o avanço da idade dos animais
(Oliveira, 2000).
De acordo com Pedreira (2001) a maciez é diretamente influenciada pelo
colágeno. As diferenças de maciez das carnes, em relação ao colágeno, não
dependem somente da quantidade do colágeno presente, mas também de sua
qualidade: tipos de colágeno e a natureza das ligações cruzadas.
Avaliando as características qualitativas e sensoriais da carne de tourinhos
Hereford e Aberdeen Angus alimentados com dois níveis de energia na dieta (12% e
32% de concentrado), Brondani et al. (2002b) verificaram maior força de
cisalhamento para o corte das fibras musculares de animais alimentados com o nível
mais baixo de energia.
45
A carne de animais alimentados com altos níveis energéticos na dieta é, em
geral, mais macia. Isto porque a musculatura desses animais tem alta taxa de
renovação do tecido conjuntivo, que reduziria a formação de ligações cruzadas inter
e intramoleculares do colágeno (Felício, 1993). Já para Vestergaard
6
et al. (2000)
citados por Pereira et al. (2002), animais terminados com dietas de alto concentrado
apresentam carne mais macia devido a maior deposição de gordura subcutânea e
intramuscular, favorecendo a maciez da carne.
Arthaud et al. (1977) verificaram alteração nas características qualitativas,
como a maciez da carne e da carcaça, de novilhos alimentados com diferentes
níveis de energia na dieta e abatidos em quatro diferentes idades (12, 15, 18 ou 24
meses), quando submeteram os animais a níveis energéticos mais elevados.
Alsmeyer
7
et al. (1959) citados por Blumer (1962) utilizaram 281 animais
para estudar os efeitos relativos da categoria animal, marmoreio, idade de abate e
raça sobre a maciez da carne. Correlações positivas e significativas, foram
encontradas para pontuações de marmoreio vs. gordura.
A sensação de suculência da carne está mais relacionada com o conteúdo
de gordura que propriamente com o conteúdo de água e só pode ser avaliada
durante a mastigação (Sainz, 1996). Já os fatores que afetam o sabor e o aroma da
carne são muitos e, geralmente, estão relacionados aos componentes associados à
gordura (Crouse
8
et al., 1982 citados por Sainz, 1996).
A palatabilidade diz respeito à percepção de características da carne, que
podem agradar aos sentidos da visão, olfato e paladar. Várias são as características
relacionadas com a palatabilidade da carne, dentre as mais importantes estão:
maciez, marmoreio, suculência, sabor e aroma (Luchiari Filho, 2002b).
6
VESTERGAARD, M.; THERKILDSEN, M.; HENKEL, P.; JENSEN, L.R.; ANDERSEN, H.R.;
SEJRSEN, K. Influence of feeding intensit, grazyng anf finishing feeding on meat and eating quality of
young bulls and the relationship between muscle fibre characteristics, fibre fragmentation and meat
tenderness. Meat Science, v. 54, p. 187-195, 2000.
7
ALSMEYER, R.H.; PALMER, A.Z.; KOGER, M. KIRK, W.G. The significance of factors
influencing and/or associated with beef tenderness. Proc. Eleventh Res. Conf. sponsored by the
Res. Council Am. Meat Isntit. Found, p. 85, 1959.
8
CROUSE, J.D.; FERRELL, C.L.; FIELD, R.A.; BUSBOOM, J.R.; MILLER, G.J. The
relationship of fatty acid composition and carcass characteristics to meat flavor in lamb. J. Food
Qual., v. 5, n. 203, 1982.
46
A intensidade do sabor é mais difícil de determinar do que a maciez e a
suculência. Por esta razão, estudos de palatabilidade indicam somente tendências
de afinidade entre a quantidade de marmoreio com o sabor (Blumer, 1962).
2.8.2.6 Perda no descongelamento e cocção da carne
Mensurar o percentual de perda no descongelamento e cocção da carne
pode auxiliar nas avaliações das características qualitativas como a maciez,
suculência e palatabilidade, uma vez que estas características estão intimamente
ligadas à quantidade de água retida no interior do músculo. Mas poucos são os
trabalhos que fazem relatos sobre a mensuração destas características.
Brondani et al. (2002b) avaliando as características qualitativas da carne de
tourinhos superprecoces de diferentes grupos genéticos, terminados em
confinamento com níveis de concentrado (12% e 32%), observaram menores perdas
de liquido durante o descongelamento no nível mais alto de energia.
47
3 METODOLOGIA
3.1 LOCAL
O experimento foi conduzido na Estação Experimental Fazenda Modelo do
Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), localizada no município de Ponta Grossa,
PR.
Geograficamente, o município está localizado a uma altitude de 868,5 m,
tendo como coordenadas geográficas, 25º05’38” de latitude sul e 50º09’30” de
longitude em relação ao W. Grw (Maack, 1968).
O abate e a avaliação de carcaças ocorreram no frigorífico Argus no
município de São José dos Pinhais, Curitiba. As análises qualitativas foram
realizadas no Laboratório de Nutrição do IAPAR em Curitiba e as análises químicas,
no Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Maringá.
A análise bromatológica foi realizada no Laboratório de Nutrição Animal da
Universidade Federal do Paraná, localizado no município de Curitiba/ PR.
3.2 CLIMA
Conforme a classificação de Köppen, o clima de Ponta Grossa enquadra-se
no grupo “Cfb”, clima subtropical úmido, mesotérmico, verões frescos, geadas
severas demasiadas e freqüentes sem estação seca, com temperatura média anual
de 17,6 ºC, média das máximas 24,3 ºC e média das mínimas de 8,5 ºC. A
precipitação anual é de 1.400 mm e as chuvas são mais freqüentes na primavera-
verão e mais escassas no outono.
3.3 PERÍODO EXPERIMENTAL
O experimento foi realizado no período de 9 novembro de 2005 a 14
fevereiro de 2006. A fase de confinamento teve duração de 90 dias, sendo os
animais abatidos com idade média de 22 meses.
48
As análises quantitativas e qualitativas da carcaça e da carne foram
realizadas no decorrer do ano de 2006.
3.4 ANIMAIS E INSTALAÇÕES
Foram utilizados vinte e quatro animais não castrados, 1/2 sangue Purunã/
Canchim com idade média inicial de dezoito meses e peso médio inicial de 272 kg
para animais leves e 373 kg para animais pesados.Sendo quatro animais leves e
quatro pesados utilizados em cada tratamento.Os animais foram confinados em
baias individuais com piso cimentado, medindo 4 m x 2 m, totalmente cobertas. As
baias eram providas de um cocho para volumoso, um para concentrado e outro para
sal mineralizado, mais um bebedouro com sistema de bóia automática.
A raça Purunã é um composto de quatro raças Aberdeen Angus, Caracu,
Canchim e Charolês.
3.5 DIETA
Os animais foram alimentados com um volumoso de silagem de milho, mais
um concentrado composto por milho, farelo de soja, núcleo confinamento, uréia e
fosfato bicálcico, sendo a quantidade de concentrado fornecida conforme os níveis
de cada tratamento.
A formulação das dietas experimentais, em matéria seca, são apresentadas
na Tabela 1.
TABELA 1 - FORMULAÇÃO DAS DIETAS UTILIZADAS
Ingrediente 70,5 %NDT 67,0 %NDT 64,0 %NDT
Silagem de milho 58,48 73,69 86,28
Milho grão 27,69 12,92 0,00
Farelo de soja 11,46 11,36 11,91
Uréia 0,34 0,14 0,00
Fosfato bicálcico 0,42 0,32 0,27
Núcleo confinamento* 1,60 1,57 1,55
FONTE: RLM 3.0
*O Núcleo confinamento 140 é um formulado a base de Minerais.
49
3.6 TRATAMENTOS
Os tratamentos constituíram-se em três níveis crescentes de energia (NDT),
fornecidos na base do peso vivo (PV) dos animais, ajustados a cada período de 28
dias.
Os tratamentos experimentais foram: T1: 70,5 % de NDT; T2: 67,0 % de
NDT e T3: 64 % de NDT (Tabela 2). As dietas foram formuladas visando ganhos de
peso médios de 1,4 kg para T1, 1,0 kg para T2 e 0,95 kg para T3, para os três
períodos experimentais.
TABELA 2 - COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA DAS DIETAS
FONTE: RLM 3.0
Nutriente T1 T2 T3
NDT (%) 70,50 67,00 64,00
Extrato Etéreo (%) 3,17 2,99 2,82
Proteína Bruta (%) 13,94 13,11 12,73
Proteína degradável (% MS) 9,16 8,71 8,57
FDN efetivo (% MS) 27,27 33,75 39,10
Cálcio (%) 0,70 0,70 0,71
Fósforo (%) 0,39 0,38 0,37
3.7 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO
3.7.1 Fase Pré-Experimental
Antecedendo a fase de avaliação, os animais foram confinados em baias
coletivas por um período de 40 dias para adaptação ao manejo, sendo submetidos a
uma dieta comum a todos, composta de silagem de milho à vontade mais
concentrado fornecido na base de 1% do peso vivo. Esta dieta de adaptação era
constituída de 73% de grãos de milho moído; 25% de Farelo de soja e 2% de Sal
mineralizado, apresentando 17,8% de PB e 79% de NDT.
3.7.2 Períodos Experimentais
A fase de confinamento durou de 84 dias, divididos em três períodos de 28
dias.
50
3.7.3 Pesagem dos Animais
Os animais foram pesados no início do experimento. Foram realizadas
pesagens periódicas a cada 28 dias, obedecendo a um jejum alimentar de 16 horas.
3.7.4 Manejo Alimentar
O arraçoamento era realizado duas vezes ao dia, sendo às 8:00 e 14:00
horas. O ajuste da quantidade de concentrado era feito no final de cada período de
28 dias, após a pesagem dos animais.
Diariamente, pela manhã, antecedendo o fornecimento do volumoso e do
concentrado, retiravam-se as sobras do volumoso e do concentrado separadamente,
pesando-as e anotando-se os dados em planilhas apropriadas de controle diário do
fornecido e sobras.
3.8 VARIÁVEIS ESTUDADAS
3.8.1 Avaliações em Confinamento.
O desempenho dos animais durante o período de confinamento foi avaliado
por meio do consumo diário de matéria seca (kg de MS/animal/dia), conversão
alimentar (kg de MS ingerida/kg de peso ganho/dia), ganho de peso médio diário
(kg/dia), peso inicial (kg) e peso final (kg) estes dados foram obtidos diariamente. A
determinação do teor de MS no consumo desses animais foi obtida no final de cada
período.
3.8.2 Características de Carcaça e da Carne
Após o abate dos animais as carcaças foram divididas em duas metades,
identificadas, pesadas e, em seguida, conduzidas para câmaras de resfriamento,
onde foram mantidas à temperatura de 1º C por um período de 24 horas.
51
Após o resfriamento, utilizou-se o lado direito das carcaças para as
mensurações de comprimento de carcaça, comprimento de perna e espessura de
coxão. No lado esquerdo, o músculo Longissimus foi exposto entre a décima e
décima segunda costela, onde se fez as mensurações de área de olho de lombo,
espessura de gordura, cor, textura e marmoreio.
3.8.2.1 Peso de carcaça quente (PCQ)
Foi o peso tomado logo após o abate, antes da carcaça entrar na câmara de
resfriamento.
3.8.2.2 Rendimento de carcaça (RCQ)
Foi medido relacionando-se o peso da carcaça quente (PCQ) ao peso vivo,
expresso em porcentagem. O peso vivo foi obtido na fazenda, após um jejum de
sólidos de 16 horas.
3.8.2.3 Conformação
A conformação foi avaliada subjetivamente segundo a escala de pontos
sugerida por Müller (1980), apresentada no Quadro 1.
QUADRO 1 - PONTUAÇÃO UTILIZADA NA AVALIAÇÃO DA CONFORMAÇÃO
Conformação Mais Média Menos Conformação Mais Média Menos
Superior 18 17 16 Regular 9 8 7
Muito Boa 15 14 13 6 5 4
Boa 12 11 10 Inferior 3 2 1
FONTE: MÜLLER (1980)
Os algarismos mais elevados correspondem a melhor conformação. Para
esta avaliação, considerou-se o desenvolvimento muscular, procurando excluir do
julgamento a gordura de cobertura.
52
3.8.2.4 Comprimento de carcaça (CC)
Foi medido com fita métrica, mensurando-se a distância do bordo anterior do
osso púbis ao bordo cranial medial da primeira costela.
3.8.2.5 Comprimento da perna (CP)
Com o auxílio de um compasso de madeira com pontas metálicas,
encontrou-se a distância compreendida entre o bordo anterior do osso do púbis e um
ponto médio dos ossos da articulação do tarso. A abertura do compasso foi medida
utilizando-se uma fita métrica.
3.8.2.6 Espessura do coxão (EC)
Utilizando-se o mesmo compasso, encontrou-se a distância entre a face
lateral e medial da porção superior do coxão que posteriormente foi medida com o
auxílio de uma fita métrica.
3.8.2.7 Área de olho de lombo (AOL)
No lado direito da carcaça, procedeu-se a um corte transversal entre a
décima segunda e décima terceira costelas, expondo-se o músculo Longissimus.
Utilizando-se um planímetro foi dada esta medida.
53
FIGURA 1 – MENSURAÇÃO DA ÁREA DE OLHO DE LOMBO
FONTE: O autor
3.8.2.8 Espessura de gordura subcutânea (EG)
Na região do corte entre a décima segunda e décima terceira costelas,
acima do músculo Longissimus, com o auxílio de um paquímetro, obteve-se a EG
por meio da média de duas mensurações em dois pontos diferentes.
FIGURA 2 – MENSURAÇÃO DA ESPESSURA DE GORDURA
FONTE: O autor
54
3.8.2.9 Percentagem de osso (PO), músculo (PM) e gordura (PG) na carcaça
Utilizando-se a secção do músculo Longissimus, correspondente a décima,
décima primeira e décima segunda costela (método de Hankins e Howe, 1946),
realizou-se a separação física do osso, músculo e gordura, sendo estes pesados
separadamente.
FIGURA 3 – SEPARAÇÃO DE OSSO, MÚSCULO E GORDURA
FONTE: O autor
3.8.2.10 Marmoreio (MARM)
A gordura intramuscular observada no músculo Longissimus, entre a décima
segunda e décima terceira costelas, foi avaliada subjetivamente, conforme a escala
de pontuação apresentada no Quadro 2.
QUADRO 2 - ESCALA DE PONTOS PARA AVALIAÇÃO DO GRAU DE MARMOREIO
Marmoreio Mais Média Menos Marmoreio Mais Média Menos
Abundante 18 17 16 Pequeno 9 8 7
Moderado 15 14 13 Leve 6 5 4
Médio 12 11 10 Traços 3 2 1
FONTE: MÜLLER (1980)
55
3.8.2.11 Textura (T)
Foi determinada pelo tamanho dos grânulos de carne por meio de avaliação
subjetiva, utilizando-se uma escala de pontos da quadro 3. A textura foi observada
no mesmo local para a avaliação do marmoreio.
QUADRO 3 - ESCALAS DE PONTOS PARA AVALIAÇÃO DA TEXTURA E COLORAÇÃO DA CARNE
Textura Pontos Coloração Pontos
Muito fina 5 Vermelha viva 5
Fina 4 Vermelha 4
Levemente grosseira 3 Vermelha levemente escura 3
Grosseira 2 Vermelha escura 2
Muito grosseira 1 Escura 1
FONTE: MÜLLER (1980)
3.8.2.12 Coloração da carne (COR)
É a cor apresentada pelos músculos após o resfriamento das carcaças por
um período de 24 horas a uma temperatura de 1º C. Realizou-se o corte transversal
do músculo Longissimus na região entre a décima segunda e décima terceira
costelas, em seguida fez-se à avaliação seguindo a escala de pontos apresentada
no Quadro 3.
3.9 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
O delineamento experimental adotado foi blocos ao acaso, composto por
três tratamentos (64,0 %, 67,0 % e 70,5% NDT). Cada animal foi considerado uma
repetição, totalizando oito repetições por tratamento e separados por dois blocos
sendo os pesados e os leves. Dessas oito repetições de cada tratamento, quatro
foram animais leves e quatro foram animais pesados.
Os cálculos estatísticos foram feitos utilizando-se o software “Statistical
Analysis System” (SAS), versão 6.12, 1996. Foi utilizado o teste de Tukey (1 ou 5%
de probabilidade) para comparação das médias dos tratamentos.
56
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 AVALIAÇÕES EM CONFINAMENTO
4.1.1 Consumo de Matéria Seca
A análise dos resultados revelou ter havido efeito do tratamento (P<0,05)
sobre o consumo médio de matéria seca. Não houve diferença estatística para
blocos (P > 0,05) em todos os parâmetros avaliados.
Um menor consumo de matéria seca total (Tabela 3) foi observado para os
animais que receberam 64% NDT (P < 0,05). No entanto, não ocorreu diferença
estatística (P > 0,05) entre os tratamentos 67% e 70,5% NDT, que apresentaram os
maiores consumos em relação ao 64% de NDT.
TABELA 3 - CONSUMO MÉDIO DIÁRIO DE MATÉRIA SECA (MS) SEGUNDO OS NÍVEIS DE
ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0 %NDT 67,0 % NDT 70,5 % NDT
CV (%)
Consumo de MS (kg/animal/dia) 8,32 a 9,04 b 9,03 b 5,39
Médias seguidas de letras diferentes, na linha, diferem pelo teste Tukey a 5% de probabilidade
CV: coeficiente de variação
FONTE: O autor
Os menores consumos verificados para os animais do tratamento 64,0% de
NDT, quando comparados com os animais que receberam 67,0 e 70,5% de NDT,
podem ter ocorrido porque estes consumiram mais silagem e menos concentrado
promovendo um maior enchimento do rúmen, devido aos aumentos nos níveis de
fibra, reduzindo a taxa de passagem (Tibo et al., 2000 e Ladeira et al., 1998).
O esvaziamento do trato gastrintestinal é, em parte, influenciado pela taxa
de passagem assim, a ingestão é inversamente relacionada ao conteúdo de FDN da
dieta. Quando a quantidade de fibra limita o consumo, os animais não são capazes
de consumir quantidades suficientes de matéria seca para atender suas
necessidades energéticas, o que implica em queda no desempenho.
57
Resende et al. (2001), avaliando diferentes fontes de energia, para bovinos
de corte, afirmaram que apesar do consumo de FDN da dieta contendo casca de
soja, ter sido significativamente mais elevado que o da dieta contendo milho, o
consumo de matéria seca não diferiu estatisticamente entre as fontes.
A ingestão voluntária de matéria seca é altamente relacionada ao conteúdo
de FDN do alimento e das dietas, porque a fermentação e a passagem da FDN pelo
retículo-rúmen são mais lentas que outros constituintes dietéticos, tendo grande
efeito no enchimento e sobre o tempo de permanência, comparado aos
componentes não fibrosos do alimento (Van Soest, 1994).
Mendes et al. (2005) trabalhando com novilhos confinados, utilizando
diferentes fontes de energia (milho e casca de soja), observaram que as diferentes
fontes energéticas estudadas não influenciaram o consumo de matéria seca, matéria
orgânica e proteína bruta. Os autores obtiveram consumos médios de a 1,71; 1,64 e
0,18% do peso vivo, para matéria seca, matéria orgânica e proteína bruta,
respectivamente. A ingestão de FDN proporcionada pela dieta com milho foi
significativamente menor que o valor obtido na dieta casca de soja, provavelmente
em razão dos baixos teores de FDN do grão de milho. A ingestão de FDA e de
celulose da dieta contendo casca de soja em substituição parcial ao milho
apresentaram valores mais elevados de consumo (P < 0,05).
Mendes et al. (2005) ainda afirmaram que apesar do consumo de FDN da
dieta contendo casca de soja ter sido significativamente mais elevado que da dieta
contendo apenas milho como fonte energética, o consumo de matéria seca não
diferiu estatisticamente entre as fontes. A ingestão voluntária de matéria seca é
altamente relacionada ao conteúdo de FDN do alimento. O mesmo ocorreu para o
consumo de FDA que foi 29,1 e 28,6% superior às dietas milho e farelo de gérmen
de milho, respectivamente e, de celulose, 41,4 e 42,2% superior às dietas milho e
farelo de gérmen, respectivamente.
Montanholi et al. (2002), trabalhando com animais da raça Pardo Suíço,
verificaram consumos de matéria seca na ordem de 8,24 kg MS/kg PV, quando
utilizaram 1,3% do peso vivo em concentrado.
58
Da mesma forma, Ribeiro Filho et al. (1998) observaram maior consumo
total de matéria seca quando novilhos da raça Holandesa, recebendo volumoso de
baixa qualidade, foram submetidos a níveis de até 1,5% do peso vivo em
concentrado.
Contrariamente, Carvalho et al. (1997); Cardoso et al. (2000); Strack et al.
(2000a); Feijó et al. (1998) e Bürger et al. (2000) não observaram efeito do nível de
concentrado sobre o consumo de matéria seca.
No entanto, vários trabalhos obtiveram resultados positivos sobre o consumo
de matéria seca com o aumento de concentrado na dieta, destacando-se trabalhos
realizados por Vargas et al. (2001); Montagner et al. (2000); Restle et al. (1999b) e
Rodrigues Filho et al. (2000), Ladeira et al. (1998) e Tibo et al. (2000).
No presente estudo os animais que receberam 67,0 e 70,5 % de NDT na
dieta consumiram maior quantidade de MS (kg/dia) em relação a dieta com 64% de
NDT (P < 0,05). Essa diferença ocorreu principalmente devido ao maior nível
concentrado nas dietas com maior nível de NDT.
Brondani et al. (2004a) avaliaram o desempenho de bovinos machos não-
castrados das raças Aberdeen Angus (AA) e Hereford (HE) em confinamento,
submetidos a dois níveis de energia (3,07 e 3,18 Mcal/kg), sendo o consumo de
matéria seca do menor nível foi igual a 5,71 kg MS/dia e do maior nível igual a 6,31
kg MS/dia (P > 0,05). Os animais da raça AA apresentaram maior consumo de
matéria seca em relação ao peso vivo (2,27% PV) do que os da raça HE (2,10% PV)
o que pode ser explicado, em parte, pelo maior peso dos animais HE. Houve efeito
quadrático entre nível de energia e consumo de matéria seca.
O comportamento quadrático observado por Brondani et al. (2004a), também
ocorreu neste trabalho, ou seja, no menor nível de energia 64% de NDT tem-se o
menor consumo, no nível de 67% de NDT ocorre o ápice de consumo e no maior
nível 70,5% NDT o consumo volta a diminuir, por isso não existe diferença
significativa em relação ao consumo para os maiores níveis de energia, como
demonstra o NRC(1996).
59
O NRC (1984) sugeriu uma equação para estimar o consumo de matéria
seca (CMS) de bovinos de corte em crescimento e terminação. Esta equação
descreve CMS como função da concentração da Energia Líquida para Mantença
(EL
m
) da dieta, com ajustes para tamanho corporal e sexo. A equação básica do
NRC (1984) para estimativa do consumo é:
O NRC (1984) sugeriu uma equação para estimar o consumo de matéria
seca (CMS) de bovinos de corte em crescimento e terminação. Esta equação
descreve CMS como função da concentração da Energia Líquida para Mantença
(EL
m
) da dieta, com ajustes para tamanho corporal e sexo. A equação básica do
NRC (1984) para estimativa do consumo é:
CMS = PVj
0
,
75
* (0,1493 * EL
m
– 0,046 * EL
m
2
– 0,0196)
(1) (1)
Na equação acima o CMS é expresso em kg/dia, PVj é expresso em kg e a
concentração de EL
m
é expressa em Mcal/kg de MS da dieta.
Na equação acima o CMS é expresso em kg/dia, PVj é expresso em kg e a
concentração de EL
m
é expressa em Mcal/kg de MS da dieta.
Já no NRC (1996) dados foram obtidos de experimentos conduzidos com
bovinos de corte em crescimento e terminação e publicados no periódico Journal of
Animal Science de 1980 a 1992. Cada um dos 185 pontos extraídos da literatura
representa uma estimativa de CMS médio por tratamento, durante um período de
suplementação. Estes períodos de confinamento variaram de 56 a 212 dias.
Aproximadamente 48% dos bovinos foram implantados com promotores de
crescimento e aproximadamente 50% foram suplementados com algum ionóforo.
Já no NRC (1996) dados foram obtidos de experimentos conduzidos com
bovinos de corte em crescimento e terminação e publicados no periódico Journal of
Animal Science de 1980 a 1992. Cada um dos 185 pontos extraídos da literatura
representa uma estimativa de CMS médio por tratamento, durante um período de
suplementação. Estes períodos de confinamento variaram de 56 a 212 dias.
Aproximadamente 48% dos bovinos foram implantados com promotores de
crescimento e aproximadamente 50% foram suplementados com algum ionóforo.
O consumo total de EL
m
foi calculado pelo produto do CMS e da
concentração da EL
m
da dieta. O consumo total de EL
m
foi então dividido pelo peso
vivo metabólico médio (PVj
0,75
). Em seguida, o consumo de EL
m
por unidade de
PVj
0,75
foi analisado pelo procedimento REG do SAS, usando a opção “stepwise”,
com a inclusão das seguintes variáveis: efeitos linear e quadrático da EL
m
, duração
do período de confinamento, além de variáveis para acomodar os efeitos de sexo e
de tamanho corporal como possíveis classes independentes.
O consumo total de EL
m
foi calculado pelo produto do CMS e da
concentração da EL
m
da dieta. O consumo total de EL
m
foi então dividido pelo peso
vivo metabólico médio (PVj
0,75
). Em seguida, o consumo de EL
m
por unidade de
PVj
0,75
foi analisado pelo procedimento REG do SAS, usando a opção “stepwise”,
com a inclusão das seguintes variáveis: efeitos linear e quadrático da EL
m
, duração
do período de confinamento, além de variáveis para acomodar os efeitos de sexo e
de tamanho corporal como possíveis classes independentes.
A equação de regressão que incluiu EL
m
, EL
m
2
e o intercepto para acomodar
distintas classes de tamanho corporal e sexo explicou 69,87% da variação no
consumo de EL
m
por unidade de PVj
0,75
. Portanto a equação básica do NRC (1996)
para estimativa do consumo é:
A equação de regressão que incluiu EL
m
, EL
m
2
e o intercepto para acomodar
distintas classes de tamanho corporal e sexo explicou 69,87% da variação no
consumo de EL
m
por unidade de PVj
0,75
. Portanto a equação básica do NRC (1996)
para estimativa do consumo é:
CMS = (PVj
0
,
75
* (0,2435 * EL
m
– 0,0466 * EL
m
2
– 0,1128)) / EL
m
(2) (2)
60
A comparação entre os consumos de MS estimados pela equação (1) do
NRC (1984) e pela equação (2) do NRC (1996) é mostrada na Figura 4. Neste
exemplo, o CMS foi estimado para um novilho de tamanho corporal intermediário, de
410 kg de PV médio (pesos inicial e final de 300 e 520 kg, respectivamente), em
uma faixa de variação de concentração energética de 1 a 2,35 Mcal/kg de energia
líquida para mantença, equivalente à variação de 51 a 94% de NDT.
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
ELm da dieta (Mcal/kg)
Consumo de MS Estimado (kg/d)
NRC 1984 NRC 1996
Figura 4 – E
STIMATIVAS DE CONSUMO DE MATÉRIA SECA PARA UM NOVILHO DE TAMANHO
CORPORAL MÉDIO
, COM 410 KG DE PESO VIVO, USANDO AS EQUAÇÕES (1) DO
NRC (1984) E (2) DO NRC (1996)
Em baixas concentrações energéticas, ambas equações produzem
estimativas de CMS similares. Já em concentrações energéticas medianas a
equação (2) prediz menores consumos que a equação (1), enquanto que com altas
concentrações de EL
m
a equação (2) estima maiores consumos que a equação (1).
61
O NRC (1996) ressalta que pelo fato do consumo alimentar poder variar
bastante de acordo com as condições ambientais, fatores de manejo, tipos raciais e
fatores dietéticos, toda equação para predição de consumo deve ser encarada como
uma tentativa de proporcionar uma diretriz, ao invés de um valor absoluto de
consumo.
Silva et al. (2005) avaliaram o consumo de bovinos de corte recebendo
dietas contendo concentrado e silagem de Brachiaria brizantha cv. Marandu Os
consumos médios de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB),
extrato etéreo (EE) e carboidratos totais (CHO) e as digestibilidades aparentes totais
de MS, MO, CHO e carboidratos não-fibrosos (CNF) elevaram linearmente com o
aumento dos níveis de concentrado nas dietas.
Townsend (1991) observou o menor nível de 5,81 kg, porém em novilhos de
22 meses recebendo 28,3% de concentrado na dieta à base de cana-de-açúcar.
Costa et al. (2002), que forneceram 43,8% de concentrado junto à silagem
de milho e registraram 6,8 kg para a média de maior nível, e por Nostre & Brondani
(1994), que obtiveram 9,54 kg, ao fornecerem 30% de concentrado junto à silagem
de milho, com animais mais velhos.
Restle et al. (2000a), obteve média de 5,62 kg, em bovinos confinados dos
oito aos 14 meses de idade, consumindo dieta contendo 30% de concentrado.
Trabalhando com novilhos Nelore alimentados com dietas contendo 20, 40,
60 e 80% de concentrado e dois níveis de proteína bruta, 15 e 18%, na base da
matéria seca, Itavo et al. (2002) observaram redução linear no consumo de matéria
seca com o aumento nos níveis de concentrado.
Na avaliação de bovinos Nelore não castrados, alimentados com diferentes
níveis de concentrado na dieta (25, 37,5; 50; 62,5 e 75%), Véras et al. (2000b)
observaram efeito quadrático dos níveis de concentrado sobre o consumo de
matéria seca.
Gomes (1982), que comparando o consumo alimentar de animais zebuínos,
holandeses e mestiços alimentados com rações que continham 40 e 60% de
concentrado, não verificou diferença entre grupos ou influência do nível de
concentrado da ração sobre o consumo de matéria seca.
62
Testando níveis de concentrados de 20 e 60% na dieta de zebuínos,
Andrade (1992) e Gonçalves et al. (1991) verificaram diferença para os consumos
de matéria seca e matéria orgânica. Também foram verificadas diferenças para o
consumo de proteína bruta e de energia bruta (Gonçalves et al., 1991).
Oliveira et al. (1998), avaliando níveis crescentes de concentrado (25; 37,5;
50; 62,5 e 75%) na dieta de bovinos Nelore em confinamento, encontraram resposta
quadrática para consumo de matéria seca, sendo o maior alcançado com o nível de
58,47%.
Carvalho et al. (1996), Burger et al. (1998) e Signoretti et al. (1998) não
verificaram diferenças no consumo de matéria seca ao fornecerem dietas com níveis
crescentes de concentrado em substituição ao feno. Por outro lado, Ferreira (1998b)
e Ladeira et al. (1998) relataram resposta linear para consumo, fornecendo rações
com até 75% de concentrado e feno. Isso mostra que maiores níveis de concentrado
na dieta podem não apresentar o resultado esperado. Em alguns casos, ocorreu
redução do consumo, como foi observado por Euclides Filho et al. (1996), que
forneceram dietas com 0,40 e 60% de concentrado e feno de capim Tanzânia.
4.1.2 Ganho de Peso e Conversão Alimentar
A média dos ganhos de peso e conversão alimentar é apresentada na
Tabela 4. Não houve diferença estatística para blocos, apenas para os tratamentos
(P > 0,05) para os parâmetros avaliados.
TABELA 4 - PESO VIVO FINAL, GANHO DE PESO TOTAL E DIÁRIO E CONVERSÃO ALIMENTAR,
SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
.
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0 % NDT 70,5% NDT
CV (%)
Média do peso vivo final (kg) 460,80 a 465,20 a 497,40 b 9,34
Ganho de peso total (kg) 79,70 a 84,13 a 116,20 b 16,47
Ganho de peso médio diário (kg) 0,940 a 1,00 a 1,400 b 16,46
CA (kg de MS/kg de peso ganho)/dia 8,99 a 9,34 a 6,62 b 20,81
Médias seguidas de letras diferentes, nas linhas, diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
CV: coeficiente de variação
FONTE: O autor
63
Os níveis de energia na dieta tiveram efeito sobre o ganho de peso total
(P<0,01). Os animais que receberam o nível de 70,5% de NDT em energia
apresentaram um maior ganho de peso total em relação aos que receberam 64,0 %
de NDT.
Os níveis de energia também tiveram influência (P < 0,05) no ganho de peso
médio diário. O maior ganho de peso ocorreu para os animais alimentados com o
maior nível de energia na dieta, decrescendo para os níveis inferiores. O menor nível
de energia propiciou o menor (P < 0,05) ganho de peso.
Montanholi et al. (2002) obtiveram ganhos de peso de 1,368 kg/dia em
animais da raça Pardo Suíço com idade média de oito meses, recebendo 1,3% do
peso vivo em concentrado.Todavia, os resultados para ganho de peso obtidos no
presente trabalho são superiores aos encontrados por Silva et al (1999a), que
verificaram ganhos de peso de 1,16, 1,19 e 1,25 kg/dia para animais alimentados
com 25, 35 e 45% de concentrado na dieta, respectivamente.
Leme et al. (2001) relataram valores elevados de desempenho para animais
da raça Nelore, alimentados com 73, 79 e 85% de concentrado, com um ganho
médio diário de 1,461kg. Ledger et al. (1970) ao contrário de Leme et al. (2001)
concluíram que taurinos alimentados à vontade com rações ricas em concentrado
foram mais eficazes que zebuínos, resultados semelhantes aos observados neste
experimento da referência citada, em que os animais da raça Brangus apresentaram
maiores valores de ganho do que os da raça Nelore.
Vários autores constataram um maior ganho médio diário quando utilizaram
rações com maior porcentagem de concentrado (Bartle et al., 1994 e Oliveira et al.,
1998). Entretanto, a resposta animal à adição de concentrado tende a ser quadrática
e não linear (Araújo et al., 1997). Assim, considerando-se o desempenho animal e a
eficiência econômica do sistema, o nível ótimo, é variável e tem como fatores
determinantes o sexo, a raça e a idade do animal, qualidade do volumoso e
concentrado, entre outros (Gesualdi Jr. et al., 2000).
Salomoni et al. (1980) não encontraram diferenças no ganho médio diário de
peso vivo de novilhos azebuados recebendo níveis crescentes de energia durante a
fase de terminação.
64
MandelI et al. (1998), testaram o efeito de diferentes níveis de energia na
ração sobre o desempenho e qualidade de carcaça de animais das raças Hereford e
Simental e de acordo com os autores, as dietas de alta energia aumentaram o
ganho médio diário e melhoraram a eficiência alimentar e diminuíram o número de
dias em confinamento para atingir uma composição específica.
Putrino et al. (2002) estudaram o desempenho de novilhos Nelore
confinados com 20, 40, 60 ou 80% de concentrado na dieta e verificaram um
aumento linear no ganho médio diário, enquanto a ingestão de matéria seca tendeu
a aumentar quadraticamente (máxima ingestão com 47,6% de concentrado) sem
alterações na eficiência alimentar.
Aumentos nos ganhos de peso com a elevação no nível de concentrado na
dieta foram obtidos por Restle et al. (1999a) e Restle et al. (2000a), que ao
submeterem novilhos inteiros a diferentes níveis de concentrado na dieta (0,6; 0,9; e
1,2% do PV), observaram uma redução nos dias de terminação, devido ao aumento
do ganho de peso médio diário.
Bail et al. (2000) verificaram maiores ganhos médios diários para novilhos
alimentados com 45% de concentrado na dieta (1,30 kg/dia) quando comparados a
novilhos que receberam 30% de concentrado na dieta (1,08 kg/dia).
O maior ganho de peso para o tratamento 70,5% de NDT mostrou o efeito
positivo do aumento de energia na dieta, uma vez que animais alimentados com
maiores níveis de energia podem atingir o peso pré-determinado de abate em um
menor espaço de tempo, reduzindo os dias de confinamento.
Silva et al. (2005), avaliaram o ganho de peso de bovinos de corte
recebendo dietas contendo concentrado e silagem de Brachiaria brizantha cv.
Marandú nas seguintes proporções: 20:80, 35:65, 50:50 e 65:35, com base na
matéria seca. Elevaram o ganho de peso linearmente com o aumento dos níveis de
concentrado nas dietas. Para o ganho de peso médio diário, estimando-se
incrementos de 0,0184 kg/unidade de concentrado adicionado. Contudo, as
digestibilidades aparentes de PB, EE e fibra em detergente neutro (FDN) não foram
influenciadas pelas dietas, registrando-se, respectivamente, valores médios de 77,
88 e 60%. Silagem de Brachiaria brizantha não-emurchecida, constituindo 50% da
dieta de bovinos H x Z, promoveu ganhos de peso em torno de 1,0 kg/dia.
65
Houve efeito do nível de energia na dieta sobre a conversão alimentar nos
tratamentos (P < 0,05), conforme pode ser observado na Tabela 4.
A melhor conversão ocorreu para os animais que receberam 70,5% de NDT
em energia (P < 0,05). Embora estes tenham apresentado maior consumo de
matéria seca, quando comparados aos novilhos que receberam 64,0% de NDT estes
apresentaram maior ganho médio diário, ganho de peso final e ganho de peso total
(P < 0,05), resultando em melhor conversão alimentar obtida neste tratamento
(Tabela 4).
Muitas pesquisas têm demonstrado diferenças na taxa de conversão
alimentar, a partir de variações no teor energético da ração (Euclides filho et al.,
1996; Feijó et al., 1996; Ferreira, 1998b e Oliveira et al., 1998). De acordo com
Neuman (1977), uma maior densidade energética resulta em maior ingestão de
energia, e assim menos alimento é requerido para o ganho.
Rattray e Joyce (1976), indicam que os ganhos de peso associados com
altas deposições de gordura foram mais eficientes, energeticamente, mas menos
eficientes em relação à conversão de alimentos, em peso vivo, quando comparados
a ganhos com pequena deposição de gordura. Isto ocorre porque os tecidos
adiposos, onde ocorre grande parte do aumento de peso vivo, contêm teores mais
elevados de matéria seca (Lana et al., 1992) que os músculos (75-80% e 25-35%,
respectivamente).
Silva et al. (2000), ao avaliarem o desempenho de novilhos Nelore
recebendo 20, 40, 60 e 80% de concentrado na base da matéria seca, não
verificaram efeito do nível de concentrado sobre a conversão alimentar.
Restle et al. (1999b) não verificaram melhora na conversão alimentar
quando utilizaram diferentes níveis de concentrado na dieta.
Melhores conversões alimentares com o aumento de concentrado na dieta
foram verificadas por Silva et al. (1999a). Os autores encontraram uma melhora
linear da conversão em animais na fase de terminação alimentados com silagem de
sorgo forrageiro de alta produção de grãos (AG 2002) associada a níveis de
concentrado de 25, 35 e 45% na dieta.
Oliveira et al. (1998a), Ferreira (1998a) e Ítavo (2002) verificaram efeito
linear dos níveis de concentrado sobre a conversão alimentar, ocorrendo melhora da
conversão com o aumento do teor de concentrado nas rações.
66
4.2 CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA
4.2.1 Características Quantitativas
4.2.1.1 Pesos e rendimentos de carcaça
Na Tabela 5, estão apresentadas as comparações de médias para o peso de
carcaça e rendimento de carcaça quente, segundo os níveis de energia na dieta.
Não houve diferença estatística para blocos, apenas para os tratamentos (P>0,05),
para os parâmetros avaliados.
T
ABELA 5 - PESO DE CARCAÇA QUENTE (PCQ) E RENDIMENTO DE CARCAÇA QUENTE (RCQ),
SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0% NDT 70,5% NDT
CV (%)
Peso de carcaça quente (kg) 254,50 a 256,00 a 268,75 a 9,70
Rendimento de carcaça quente (kg) 54,61 a 54,74 a 54,67 a 2,09
FONTE: O autor
Médias seguidas de letras iguais na linha não diferiram pelo teste de Tukey ao nível de 5%
CV: coeficiente de variação
Os animais alimentados com 70.5% de NDT em energia não diferiram
estatisticamente no peso de carcaça quente (P>0,05) dos demais tratamentos de 67
e 64%NDT.
O rendimento de carcaça não foi influenciado (P>0,05) pelos níveis de
energia na dieta, apesar do peso final ser significativo a 1% de probabilidade. O
Rendimento de carcaça quente não variou pois o peso de carcaça variou junto com
o peso vivo. Contudo, pode ser observado que, em todos os níveis estudados, os
rendimentos foram superiores a 54%. Resultados semelhantes foram verificados por
Ferreira et al. (1998a), Ferreira et al. (2000) e Brondani (2002a).
De acordo com Müller (1980), em carcaças de mesmo comprimento e
acabamento semelhante, as de maior peso apresentam melhor conformação e, via
de regra, uma melhor proporção da porção comestível.
67
Franzolin (2001 ) avaliou os efeitos de três níveis de energia ingerida sobre
as características de carcaça de bubalinos. As ingestões médias de energia
metabolizável estimadas para os três tratamentos foram: 18,23, 19,54 e 21,74
Mcal/animal/dia. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos nos
rendimentos de carcaça quente e fria (médias de 51,27 e 50,30%, respectivamente)
e nos rendimentos dos cortes primários e secundários da carcaça, exceto para o
coxão completo, que apresentou menor rendimento no nível médio de energia
ingerida. Concluiu que não houve evidências de existirem diferenças nos
rendimentos da carcaça e de seus cortes primários e secundários entre bubalinos
consumindo três diferentes níveis de energia e que os bubalinos mostraram
apresentar bom potencial de produção de carcaça e cortes comerciais nessas
condições.
Strack et al. (2000b) não observaram influência da inclusão de concentrado
na dieta sobre o peso e rendimento de carcaça quente. Os valores encontrados
pelos autores para peso de carcaça quente foram de 254,33, 258,83 e 256,83 para
os níveis de 1,0, 1,2 e 1,4% do peso em concentrado, respectivamente.
Silva et al. (1999c) tiveram maiores pesos de carcaça quente com o
aumento do nível do concentrado (288 kg versus 274 kg) quando utilizaram 1,44 e
0,72% de concentrado na dieta, respectivamente.
Putrino et al. (2006), avaliando as exigências líquidas de energia e proteína
líquidas para ganho de peso com dietas contendo 60%de concentrado na MS,
composto de grão de milho seco ou úmido, com ou sem gordura protegida da
biohidrogenação ruminal observou que apenas o peso de carcaça quente foi maior
nos tratamentos com gordura.
Ribeiro et al. (2002); avaliando as características de carcaça e da carne de
tourinhos 3/4 Europeu 1/4 Zebu alimentados com dietas de alta energia; não
verificaram diferenças nos rendimentos de carcaça, sendo os valores encontrados
para este parâmetro de 57,62; 57,63; e 57,41 % para as dietas contendo 9, 15 e
21% de bagaço de cana-de-açúcar in natura na matéria seca da dieta.
Alves et al. (2000), não observaram influência do nível de concentrado sobre
rendimento de carcaça em animais da raça Guzerá.
68
Putrino et al. (2002) não verificaram melhores rendimentos de carcaça
quente em tourinhos Brangus x Nelore alimentados com diferentes proporções de
concentrado na dieta (20, 40, 60 e 80%).
Por outro lado, Gesualdi Júnior et al. (2000) e Silva (2002) observaram um
aumento linear do rendimento de carcaça quente à medida que se elevou o nível de
concentrado na dieta.
Strack et al. (2000b), trabalhando com novilhos Canchim alimentados com
níveis de concentrado diferentes, não verificaram alteração nos pesos e rendimentos
de carcaça quente com a inclusão de concentrado na dieta. Porém, o rendimento de
carcaça quente apresentou valores superiores a 58%.
Feijó et al. (1996a) avaliaram o desempenho de bovinos com diferentes
níveis de concentrado, observaram que o rendimento de carcaça foi melhor para os
animais que receberam concentrado (20, 40 e 60 %), sendo que entre estes
tratamentos não houve diferença significativa.
Silva et al. (2002) utilizando diferentes níveis de concentrado na dieta de
novilhos Nelore inteiros, observaram uma elevação linear do rendimento de carcaça
com a inclusão de concentrado na dieta. Os percentuais encontrados foram de 56,2;
56,8; 58,6 e 58% de rendimento de carcaça para os níveis de 20; 40; 60 e 80% de
concentrado na dieta, respectivamente.
4.2.1.2 Avaliações métricas da carcaça
A análise estatística das medidas encontradas para comprimento de
carcaça, comprimento de perna e espessura de coxão, são apresentadas na Tabela
6. Não houve diferença estatística para blocos (P>0,05) para os parâmetros
avaliados. Não houve também efeito (P>0,05) dos tratamentos sobre estas
características
69
TABELA 6 - COMPRIMENTO DE CARCAÇA (CC), COMPRIMENTO DE PERNA (CP) E ESPESSURA
DE COXÃO
(EC), SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0% NDT 70,5% NDT
CV (%)
Comprimento de carcaça (cm) 131,75 a 130,75 a 133,25 a 2,67
Comprimento de perna (cm) 68,00 a 67,00 a 69,18 a 3,88
Espessura de coxão (cm) 25,25 a 24,93 a 26,12 a 5,97
FONTE: O autor
NOTA:Médias seguidas de letras iguais na linha não diferiram pelo teste de TUKEY a 5% de probabilidade
CV: coeficiente de variação
De acordo com Müller (1980), o comprimento de carcaça apresenta alta
correlação com o peso de carcaça e peso dos cortes de maior valor econômico e,
em carcaças de comprimento e acabamento semelhantes, as de maior peso
apresentam melhor conformação e, via de regra, melhor proporção da parte
comestível. Segundo Silva Sobrinho (2001), a perna é o componente da carcaça que
apresenta maior contribuição para seu peso por possuir maiores massas musculares
e maior rendimento da parte comestível. Sendo assim, maiores espessuras de
coxão, comprimentos de perna e carcaça refletirão em maiores rendimentos de
carcaça.
Brondani et al. (1998), trabalhando com terneiros Braford terminados aos 14
meses com diferentes níveis de concentrado na dieta, também não encontraram
diferenças significativas para nenhuma das medidas de carcaça.
Brondani et al. (2004b) avaliaram as características quantitativas da carcaça
de bovinos machos não castrados, terminados em confinamento, (Aberdeen Angus -
AA e oito Hereford - HE), submetidos a dois níveis de energia (3,07 e 3,18 Mcal/kg
de MS), observou que os animais AA apresentaram maior rendimento de carcaça
quente (54,95 vs. 53,75%), maior comprimento de perna (64,12 vs. 62,12 cm) e
maior área do músculo Longissimus/100 kg de carcaça (29,31 vs. 27,41 cm²). Os
animais que receberam o maior nível de energia na dieta apresentaram maior
comprimento de perna (71,75 e 64,50 cm). A melhor conformação da carcaça (11,25
e 10,12 pontos). Observou-se interação significativa entre raça e nível de energia
para a espessura de gordura subcutânea, sendo a maior espessura verificada nas
carcaças dos animais HE, que receberam o menor vel de energia. Contudo, não
observaram alterações no comprimento de carcaça e espessura de coxão.
70
Strack et al. (2000b) não verificaram influência dos níveis de concentrado
sobre as características de carcaça.
No entanto, as medidas de comprimento de carcaça obtidas no presente
estudo são superiores às encontradas por Gesualdi Júnior et al. (2000), que
obtiveram uma média de 120,4 cm para novilhos Limousin x Nelore alimentados com
25,0; 37,5; 50,0; 62,5 e 75,0% de concentrado na dieta e abatidos com peso médio
de 500 kg.
Silva et al. (2002), estudando diferentes níveis de concentrado na dieta de
novilhos Nelore, não observaram alterações no comprimento de carcaça com o
aumento do nível de concentrado.
Feijó et al. (1996d) não observaram alterações métricas nas carcaças de
novilhos Nelore, quando trabalharam com 0,5, 1,0 e 1,5% do peso vivo em
concentrado.
4.2.1.3 Área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura (EG)
Segundo Crouse e Dikeman
9
, citados por Sainz, (1996), a área de olho de
lombo é uma medida que apresenta correlação positiva com várias medidas de
rendimento de carcaça e desta forma, maiores medidas para esta característica
correspondem a maiores rendimentos de carcaça. Na Tabela 7 estão apresentados
os valores de área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura (EG).
Não houve diferença estatística para blocos (P>0,05), para os parâmetros
avaliados.
TABELA 7 - ÁREA DE OLHO DE LOMBO (AOL) E ESPESSURA DE GORDURA SUBCUTÂNEA
(EG), SEGUNDO OS NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0% NDT 70,5% NDT
CV (%)
Área de olho de lombo (cm
2
) 70,12 a 71,87 a 73,00 a 11,75
Espessura de gordura (mm) 4,37 a 4,81 a 4,87 a 33,14
FONTE: O autor
NOTA: Médias seguidas de letras iguais na linha não diferiram pelo teste de TUKEY ao nível de 5%
CV: coeficiente de variação
9
CROUSE, J.D. e DIKEMAN, M.E. Determinates of the retail product of carcass beef. J. Anim. Sci.,
v.42, n. 584, 1976.
71
Os resultados da área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura (EG),
quando submetidos à análise, revelaram não ter havido influência (P>0,05) dos
tratamentos sobre estas variáveis.
Feijó et al. (1996d), relata que quando o ponto de abate é pré-determinado,
diferenças entre níveis de concentrado são raras para características de carcaça.
Ferreira et al. (2000), Strack (2000b) e Munniz et al (1997) também não
verificaram influência de diferentes níveis de concentrado sobre a área de olho de
lombo.
Porém, Luz e Silva et al. (2002), ao estudarem o efeito de diferentes níveis
de concentrado na dieta (20, 40, 60 e 80%) sobre as características de carcaça de
tourinhos Brangus x Nelore e Nelore, observaram efeito quadrático dos níveis de
concentrado sobre a área de olho de lombo dos animais meio-sangue e uma
tendência linear para esta medida nos animais Nelore.
Silva et al. (2002) não verificaram efeito da inclusão de concentrado na dieta
sobre a área de olho de lombo de novilhos Nelore quando utilizaram diferentes
níveis de concentrado.
Feijó et al. (1996b), estudando o efeito de diferentes níveis de concentrado
(0, 0,5, 1,0 e 1,5% do peso vivo) sobre as características de carcaça de bovinos
Nelore, não verificaram variações para área de olho de lombo,mas a espessura de
gordura apresentou-se superior no nível zero de concentrado, não havendo
diferenças estatísticas entre os demais níveis.
As médias de espessura de gordura obtidas no presente trabalho (Tabela 7)
estão dentro dos padrões idealizados pelos frigoríficos, que adotam valores de
espessura de 3 a 6 mm, com um mínimo de 3 mm.
Brondani et al. (2002a), estudando as características quantitativas da
carcaça de bovinos superprecoces de diferentes grupos genéticos terminados com
diferentes níveis de energia (12% e 32% de concentrado), observaram interação
significativa entre o grupo genético e o nível de energia para espessura de gordura
subcutânea, sendo que no nível mais baixo os bovinos da raça Hereford
apresentaram maior espessura de gordura subcutânea do que os da raça Aberdeen
Angus.
72
Na avaliação de bovinos F1 Pardo Suíço x Nelore, alimentados com duas
proporções de concentrado na dieta 1,44% (nível alto) e 0,72% (nível baixo) em
relação ao peso vivo, Silva et al. (1999a) verificaram maior espessura de gordura
para os animais que receberam o nível mais alto de concentrado (3,5 vs. 3,2 mm),
alto e baixo, respectivamente.
Strack et al. (2000b), trabalhando com níveis diferentes de concentrado,
encontraram valores inferiores para espessura de gordura, sendo 2,66, 2,16 e 2,75
mm, para os níveis de 1,0, 1,2 e 1,4% do peso vivo em concentrado,
respectivamente.
Ribeiro et al. (2002) avaliando bovinos com dietas contendo 9, 15 e 21% de
bagaço de cana-de-açúcar in natura (BIN) na matéria seca, fizeram mensurações na
carcaça e da composição física do corte das 9-10-11ª costelas. Amostras maturadas
durante 0, 7 e 14 dias, foram analisadas quanto à textura e cor. A quantidade de
gordura renal e pélvica foi maior para os tratamentos 9 e 15% de BIN. Houve
tendência para maior espessura de gordura subcutânea nos tratamentos 9 e 15% de
BIN. Os diferentes níveis de fibra na dieta não alteraram a composição física e as
características de carcaça, porém maior acúmulo de gordura nas regiões inguinal e
pélvica foi observado em tratamentos com maior teor de concentrado. A carne
maturada (tempos 7 e 14) foi mais macia e brilhante, e suas cores, mais realçadas.
A maturação teve grande impacto sobre a maciez em touros jovens produzindo
carcaças de 230 kg e com 4 mm de espessura de gordura.
Conforme Müller (1980) e Luchiari Filho (2002b) a gordura, se não for em
excesso, contribui positivamente na proporção comestível de uma carcaça, além de
protegê-la da desidratação, evitar o escurecimento da parte externa dos músculos, e
diminuir a suscetibilidade ao encurtamento celular pelo frio.
4.2.1.4 Percentagem de osso, músculo e gordura.
Na análise estatística, pode-se observar que os percentuais de osso (PO),
músculo (PM) e gordura (PG) não foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos.
Os valores obtidos para estas variáveis estão na Tabela 8.
Não houve diferença estatística para blocos (P>0,05) para os parâmetros
avaliados.
73
TABELA 8 - MÉDIAS DAS PERCENTAGENS DE OSSO (PO), MÚSCULO (PM) E GORDURA
(PG) NAS CARCAÇAS DOS ANIMAIS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE
ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0% NDT 70,5% NDT
CV (%)
Porcentagem de osso (%) 14,77 a 14,51 a 15,07 a 7,30
Porcentagem de músculo (%) 62,20 a 62,78 a 63,03 a 6,69
Porcentagem de gordura (%) 23,84 a 23,65 a 22,60 a 17,25
FONTE: O autor
NOTA: Médias seguidas de letras iguais na linha não diferiram pelo teste de TUKEY a 5%
CV: coeficiente de variação
Resultados semelhantes foram obtidos por Feijó et al. (1996d)
demonstraram maior musculosidade para níveis mais altos de concentrado,
enquanto níveis mais baixos proporcionaram carcaças com maior deposição de
gordura.
Segundo Berg e Butterfield (1976), o maior acúmulo de gordura ocorre em
idades mais avançadas, quando diminui o ímpeto de crescimento muscular do
bovino.
Os percentuais de gordura na carcaça observados neste estudo (Tabela 8)
mantiveram-se praticamente inalterados, apresentando apenas um pequeno
aumento no nível mais baixo de concentrado na dieta.
A pouca porcentagem de gordura nos níveis mais elevados de energia pode
ser explicado pelo número reduzido de animais no trabalho, somente 8 em cada
tratamento,utilizados 4 leves e 4 pesados ;o curto período de confinamento e o nível
de energia muito próximo entre os tratamentos.
Restle et al. (2000a) também não observaram diferenças quanto às
percentagens de osso, músculo e gordura nas carcaças em um estudo realizado
com novilhos de vinte meses e alimentados com diferentes níveis de concentrado
(0,6, 0,9 e 1,2%).
Gesualdi Júnior et al. (2000), ao estudarem a influência de cinco níveis de
concentrado sobre as características de carcaça de bovinos F1 Limousin x Nelore,
não verificaram influência dos diferentes níveis sobre as porcentagens de músculo e
gordura da carcaça, bem como sobre as relações músculo:osso e gordura:osso.
74
Contudo, verificaram um decréscimo linear da porcentagem de osso à medida que o
nível de concentrado foi elevado. Os valores médios observados pelos autores para
as percentagens de músculo e gordura foram 58,60% e 27,39%, respectivamente.
Brondani et al. (2002) observaram maior porcentagem de músculo na
carcaça de animais alimentados com nível energético mais alto, No estudo da
composição física da carcaça de machos Hereford e Aberdeen Angus, alimentados
com dois níveis de concentrado na dieta (12% e 32%), Todavia, não encontraram
diferenças significativas para porcentagem de osso e gordura na carcaça entre os
diferentes níveis de energia.
Jones et al. (1985) observaram que animais alimentados com dietas à base
de concentrado apresentaram maiores teores de gordura nas carcaças do que
aqueles alimentados com dietas à base de volumoso.
Silva et al. (2002), trabalhando com novilhos Nelore alimentados com
diferentes níveis de concentrado na dieta e abatidos aos 450 kg, não verificaram
alterações nas composições físicas das carcaças.
Restle et al. (1998b) na avaliação dos aspectos qualitativos da carcaça de
novilhos Nelore-Charolês terminados aos 24 meses, alimentados com diferentes
silagens de sorgo e 37% de concentrado na dieta, observaram aumento na
porcentagem de gordura na carcaça dos animais alimentados com silagem com
maior conteúdo de grãos na massa verde.
4.2.2 Características Qualitativas
4.2.2.1 Conformação
Na Tabela 9 estão apresentadas as médias para conformação das carcaças.
A análise de variância revelou não ter havido efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre
esta variável.
Não houve diferença estatística para blocos (P>0,05) para os parâmetros
avaliados.
75
TABELA 9 PONTUAÇÃO ATRIBUÍDA À CONFORMAÇÃO DAS CARCAÇAS, SEGUNDO OS
NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0% NDT 70,5% NDT
CV (%)
(1)
Conformação 14,00 a 14,60 a 14,80 a 11,44
FONTE: O autor
NOTA: Médias seguidas de letras iguais na linha não diferiram pelo teste de TUKEY ao nível de 5%
(1)
18=Superior mais, 17=Superior média, 16=Superior menos, 15=Muito boa mais, 14=Muito boa
média, 13=Muito boa menos, 12=Boa mais, 11=Boa média, 10=Boa menos, 9=Regular mais,
8=Regular média, 7=Regular menos, 6=Má mais, 5=Má média, 4=Má menos, 3=Inferior mais,
2=Inferior média, 1=Inferior menos
CV: coeficiente de variação
O mesmo resultado obteve também Feijó et al. (1996d), estudando as
características das carcaças de animais F1 Pardo Suíço/Nelore, não verificaram
efeito de diferentes níveis de concentrado sobre a conformação.
As carcaças dos animais alimentados com o nível mais baixo de energia
foram classificadas como “muito boa média”. Já os animais alimentados com o nível
intermediário de energia na dieta tiveram as suas carcaças classificadas como
“muito boa mais” e o nível mais alto como “muito boa mais”, mostrando que a
musculatura se desenvolveu mais nos níveis de energia mais elevados.
Brondani et al. (2002) observaram melhor conformação para os animais
alimentados com o maior nível de energia, sendo as carcaças classificadas como
“boa típica”, na avaliação da composição física e porção comestível da carcaça de
machos de dois grupos genéticos submetidos a dois níveis de concentrado na dieta,
12 e 32%.
Brondani et al. (1998), confinando animais para o abate aos 14 meses
verificaram valores de 10,0; 10,29 10,57 pontos para conformação de carcaça em
animais alimentados com os níveis de 35, 50 e 65% de concentrado na matéria seca
da dieta, respectivamente.
Valores inferiores aos obtidos no presente estudo, foram obtidos por Restle
et al. (2000a), estudando as características da carcaça de novilhos abatidos aos 24
meses de idade, observaram pontuações para conformação de 10,1; 9,9 e 10,6,
para os níveis de 0,6; 0,9 e 1,2% do peso vivo em concentrado, respectivamente.
76
Strack et al. (2000b), trabalhando com três níveis de concentrado na dieta
(1,0; 1,2 e 1,4 % do peso vivo), obtiveram pontuações para conformação de carcaça
melhores que as do presente trabalho, sendo que para o menor nível as carcaças
foram classificadas como muito boa mais e para os níveis mais elevados, tiveram
pontuações suficientes para serem classificadas como superior menos.
Feijó et al. (1996c) concluíram que o aumento do nível de concentrado na
dieta proporciona a obtenção de carcaças mais jovens e com maior musculosidade,
enquanto que níveis iguais ou inferiores a 0,5% do peso vivo dos animais
proporcionam carcaças com maior deposição de gordura.
Moletta (1990), na comparação das características de carcaça de diferentes
grupos genéticos de bovídeos alimentados com 27,76% de concentrado na matéria
seca, encontrou pontuações de 12,16; 11,50 e 8,50 para Charolês, Angus e Nelore,
respectivamente.
4.2.2.2 Coloração, textura e marmoreio da carne.
A pontuação para os parâmetros coloração, textura e marmoreio, seguiram a
metodologia de Muller (1980).
A análise de variância, referente à coloração, textura da carne demonstrou
não ter havido influência (P>0,05) do tratamento sobre nenhuma das variáveis
estudadas.
Conforme pode ser observado na Tabela 10, a textura obteve pontuação 4.3
para todos os níveis de energia na dieta, o que corresponde a uma classificação de
fina à muito fina, de boa aceitação no mercado.
Não houve diferença estatística para blocos (P>0,05) para os parâmetros
avaliados.
77
TABELA 10 - PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS À TEXTURA, COLORAÇÃO E MARMOREIO DA CARNE,
DOS ANIMAIS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE ENERGIA NA DIETA
Tratamentos
Variáveis
64,0% NDT 67,0% NDT 70,5% NDT
CV (%)
(1)
Textura 4,30 a 4,30 a 4,30 a 14,50
(2)
Coloração 3,50 a 3,60 a 3,60 a 19,73
(3)
Marmoreio 5,20 a 6,70 b 5,00 a 40,75
FONTE: O autor
NOTA: Médias seguidas de letras iguais na linha não diferiram pelo teste de TUKEY ao nível de 5%
(1)
5=Muito fina, 4=Fina, 3=Levemente grosseira, 2=Grosseira, 1=Muito grosseira
(2)
5=Vermelha viva, 4=Vermelha, 3=Vermelha levemente escura, 2=Vermelha escura, 1=Escura
(3)
16-18=Abundante, 13-15=Moderado, 10-12=Médio, 7-9=Pequeno, 4-6=Leve, 1-3=Traços
CV: coeficiente de variação
De acordo com Müller (1980) a textura da carne é avaliada através da
granulação que a superfície do músculo apresenta quando cortada, e é constituída
por um conjunto de fibras musculares agrupadas em fascículos envolvidos por uma
tênue camada de tecido conectivo (perimísio). De um modo geral, animais jovens
apresentam textura mais fina que animais de mais idade.
A coloração da carne é a primeira avaliação que o consumidor realiza no
momento da compra. Carne vermelha escura normalmente é rejeitada pelo
consumidor, que associa por intuição a coloração escura como possível deterioração
da mesma. Segundo Costa et al., (2002b) essa avaliação inicial da cor tem efeito
sobre a escolha do consumidor que adquire a carne.
Quanto à coloração da carne, a média de pontuação para os níveis
estudados foi de 3,5, que corresponde a uma cor intermediária entre vermelha e
vermelha levemente escura, mesmo assim de ótima aceitação pelo consumidor.
Pontuações inferiores as do presente estudo para textura foram observadas
por Restle et al. (2000d), que ao avaliarem a utilização de diferentes níveis de
concentrado em novilhos cruza Charolês x Nelore terminados em diferentes
sistemas de alimentação, obtiveram as seguintes pontuações: 3,4; 4,0 e 4,2 para os
níveis de 0,6; 0,9 e 1,2% do peso vivo em concentrado, respectivamente.
78
Brondani et al. (2002b), avaliando as características qualitativas e sensoriais
da carne de bovinos Aberdeen Angus e Hereford, alimentados com dois níveis de
energia na dieta (12% e 32% de concentrado); verificaram interação significativa
entre grupo genético e nível de energia para cor da carne. A melhor coloração foi
observada nos animais Aberdeen, recebendo nível baixo de energia. Já para os
animais Hereford, não houve diferença entre os níveis de energia.
Costa et al. (2002b); avaliando diferentes pesos de abate (340, 373, 400,6 e
433,6 kg) de novilhos Red Angus superprecoces alimentados com uma dieta
composta de 56,21% de silagem de milho e 43,79% de concentrado, com base na
matéria seca; não observaram influência do peso de abate sobre a textura da carne
(média de 4,08), que foi classificada como “fina”.
Pascoal et al. (1998); estudando a qualidade da carne e da carcaça de
novilhos Braford, terminados aos 14 meses com diferentes níveis de concentrado na
dieta; não observaram efeito dos níveis de concentrado sobre a coloração, textura e
marmoreio da carne.
Conforme os valores apresentados na Tabela 10, o marmoreio foi
influenciado (P>0,05) pelo nível de energia na dieta, sendo que o 67 % NDT diferiu
estatisticamente dos tratamentos de 64 e 70,5% NDT que não diferiram
estatisticamente.
O marmoreio para os níveis mais 64% e 70,5% NDT de energia pode ser
classificado como “leve”. Já para o nível intermediário foi classificado entre leve e
pequeno. Ambas as classificações correspondem a pequenas deposições de
gordura intramusculares, que propiciam carnes de boa aceitação, uma vez que o
consumidor mais exigente e preocupado com a saúde está passando a consumir
carnes mais magras.
Segundo Felício (1993) a gordura intramuscular, conhecida como
marmorizada ou gordura entremeada, está relacionada com a maciez, suculência e
sabor da carne. É depositada com maior intensidade na fase de engorda dos
bovinos, após o término da fase de crescimento e é influenciada pela raça e pelo
nível energético da dieta.
Restle et al. (2000b), ao avaliarem diferentes níveis de concentrado sobre as
características qualitativas da carcaça e da carne, observaram um acréscimo no
marmoreio com o aumento do nível de concentrado na dieta.
79
Pascoal et al. (1998) também não encontraram alterações na quantidade de
marmoreio na carne de novilhos Braford, alimentados com diferentes níveis de
concentrado na dieta.
Os níveis de energia do estudo, embora tenham propiciado aumento do
peso de abate, não foram suficientes para provocar alterações nas características da
carne, exceto para o marmoreio.
80
5 CONCLUSÕES
Nas condições do presente estudo, conclui-se que o aumento de energia na
dieta proporcionou um maior consumo de matéria seca, ganho de peso vivo e
melhor conversão alimentar (P<0,05). Quando se deseja um maior ganho de peso
vivo diário a dieta de 70,5% de NDT é a mais indicada.
A deposição de gordura na carcaça, percentuais de osso, músculo e gordura
não foram influenciados pelo nível de energia na dieta (P>0,05), logo, a utilização de
64,0% NDT para animais confinados, inteiros, abatidos aos 22 meses de idade é
possível, pois, não se obteve diferenças no rendimento de carcaça, peso da carcaça
quente e na espessura de gordura (P>0,05).
Para as características qualitativas o marmoreio foi influenciado pelo nível de
energia, sendo maior para a dieta com 67,0% de NDT (P<0,05).
81
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YASSU, F. Castração. DBO Rural. São Paulo, v. 17, n. 210, p. 68-70, abril, 1998.
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