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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ELENISE ROCHA LOPES
BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DE
CIÊNCIAS
Mogi das Cruzes, SP.
2006
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
ELENISE ROCHA LOPES
BIOTECNOLOGIA E TRANSGÊNICOS:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DE
CIÊNCIAS
Dissertação apresentada ao mestrado em
Biotecnologia da Universidade de Mogi
das Cruzes como parte dos requisitos para
obtenção do Título de Mestre
Área de Concentração: Biotecnologia
Orientador: Prof. Dr. Moacir Wuo
Mogi das Cruzes, SP.
2006
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AT
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho às minhas filhas Karine e Karolline, que se
privaram de várias horas de amo
r, atenção e dedicação na formação de suas
pequeninas vidas, mas sempre estiveram ao meu lado com um sorriso meigo
e compreensivo.
Amo vocês!
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela minha profissão e pela oportunidade de poder
contribuir com o conhecimento científico na área de educação.
Agradeço a minha falia pelo enorme apoio, principalmente aos meus
pais e a minha irmã Elaise que sempre estiveram ao meu lado incentivando e
colaborando para que este sonho se tornasse realidade.
Agradeço também ao professor e orientador Dr. Moacir Wuo, e a todos
os professores da Universidade que direta ou indiretamente colaboraram para
o êxito deste trabalho,
principalmente a professora Drª Regina Lúcia, gestora
do Programa de Pós-
sua função e é exemplo de pesquisadora e educadora.
Finalizando agradeço ao Governo do Estado de São Paulo, que através
da concessão da bolsa de estudos para o mestrado, permitiu-me tornar-
se
verdadeiramente uma Mestra.
Muito obrigado a todos !
Ter esperança
é ousar acreditar que a história
continua aberta ao sonho de Deus e
à criatividade humana.
Ter esperança
é continuar afirmando que é possível sonhar um mundo
diferente sem fome, sem injustiças, sem discriminações.
Ter esperança é continuar parceiro de Deus
e parceiro dos homens e mulheres de boa vontade,
derrubando muros e grades,
destruindo fronteiras, construindo pontes.
Ter esperança
é acreditar no potencial revolucionário da fé,
é deixar a porta aberta para que o
espírito entre e faça novas todas as coisas.
Ter esperança
é não entregar os pontos,
é acreditar que a vida vence a morte,
é recomeçar de novo quantas vezes for necessário.
Ter esperança
é acreditar que a esperança
não é mais a última que morre.
Ter esperança
é acreditar que a esperança não pode morrer,
que a esperança já não morre.
Ter esperança é viver.
Tigüera
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi explorar e analisar as Representações Sociais de Professores de
Ciências do Ensino Fundamental sobre Biotecnologia e Transgênicos. Participaram como
voluntários 32 professores de Ciências da Rede Pública Estadual do município de Mauá no
Estado de São Paulo. Utilizou-se um questionário com 20 questões fechadas e 17 abertas, visando
à identificação do pesquisado, suas representações sobre Biotecnologia e sobre o ensino, além de
um espaço para manifestação pessoal. As respostas dadas às questões abertas foram analisadas e
categorizadas de acordo com a técnica de Análise de Conteúdo, as freqüências dos argumentos
das categorias, assim como as respostas dadas às questões fechadas, foram apresentadas em
porcentagens A pesquisa apresentou um quadro de indefinições e contradições quanto às
representações dos professores em relação aos avanços da Ciência e Biotecnologia,
demonstrando um distanciamento dos conceitos científicos nesta área, necessários para se
lecionar este conteúdo na disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. A partir dos resultados
da pesquisa acredita-se que há necessidade de se repensar a formação dos professores em
exercício quanto ao tema Biotecnologia e os Transnicos, além do estudo e uso continuado dos
PCN nas unidades escolares.
Palavra-chave: Representações Sociais; Biotecnologia; Transgênicos; professores.
Abstract
The objective of this study was to explore and analyze the Social Representations of Science
Teachers from the Fundamental School about Biotechnology and Transgenics. As volunteers, 32
Science teachers from the state public system of Mauá municipality at São Paulo state have
participated in this survey. A questionnaire with 20 multiple-choice questions and 17 open
questions was applied, targeting the participant’s identification, its representations about
Biotechnology and teaching, and also a space for personal manifestation. The given answers to
the open questions were analyzed and ordered by categories according to the Analysis of
Contents theory, the frequencies of the arguments of the categories, as the given answers to the
multiple-choice questions, which were presented in percentages. The results demonstrated
doubtful and negative representations about the Transgenics and its relationship with the PCN,
which have demonstrated being not much used at schools. The survey showed uncertainties and
contradictions for teachers’ representations in Science and Technology advances, demonstrating a
distance of scientific concepts in this area, which are needed to teach this subject in a Science
assignment at Fundamental School.From the results of this survey it is considered that there is
necessity of rethinking the actual teachers’ formation for the Biotechnology and Transgenics
theme, and also the study and continuous utilization of PCN at school units.
Keywords: Social Representations; Biotechnology; Transgenics; teachers.
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Distribuição dos participantes segundo a idade. . . . . . . . . . . .
46
Tabela 02 – Formação Acadêmica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
46
Tabela 03 – Ano de conclusão do curso de Licenciatura. . . . . . . . . . . . . . .
46
Tabela 04 – Áreas dos cursos de especialização ou Pós-Graduação. . . . . .
47
Tabela 05 – Dificuldades para Ensinar sobre Transgênicos. . . . . . . . . . . . .
48
Tabela 06
Problemas apresentados pelos que não possuem dificuldades
para ensinar sobre Transgênicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7
50
Tabela 07 – Definição de Transgênicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
52
Tabela 08 – Tipos de problemas causados pelos Transgênicos. . . . . . . . . .
55
Tabela 09 – Consumo de alimentos Transgênicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
56
Tabela 10 – Fontes de informação sobre alimentos Transgênicos. . . . . . . .
57
Tabela 11 – Leis que regulamentam a Biotecnologia e os Transgênicos
. . .
59
Tabela 12 – Posição quanto ao consumo de produtos Transgênicos. . . . . .
60
Tabela 13 – Justificativas pelo consumo de produtos Transgênicos. . . . . .
60
Tabela 14 – Comentários com os alunos sobre Transgênicos. . . . . . . . . . .
63
Tabela 15 – Produtos Transgênicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
65
Tabela 16 – Justificativas pelo medo de consumir Transgênicos. . . . . . . . .
67
Tabela 17 – Justificativas por não terem medo de consumir Transgênicos. 68
Tabela 18 – Posição quanto aos Transgênicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
70
Tabela 19 – Justificativas a favor dos Transgênicos. . . . . . . . . . . . . . . . . .
73
Tabela 20 – Justificativas contra os Transgênicos e duvidosos. . . . . . . . . .
73
Tabela 21 – Assuntos sobre Biotecnologia e Transgênicos. . . . .
. . . . . . . .
74
Tabela 22 – Contato com os PCN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
77
Tabela 23 – Tipos de PCN.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
78
Tabela 24 – Utilização dos PCN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
79
Tabela 25 – Os PCN não atendem as necessidades em sala de aula
. . . . . .
83
Tabela 26 – Opiniões e Sugestões dos professores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CEB Conselho de Educação Básica
CEE Conselho Estadual de Educação
CNE Conselho Nacional de Educação
CTS Ciência, Tecnologia e Sociedade
DNA Ácido Desoxirribonucléico
HTPC Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo
LDB Lei de Diretrizes e Bases
MEC Ministério da Educação e do Desporto
OFA Ocupante de Função Atividade
OGM Organismos Geneticamente Modificados
PCN Parâmetros Curriculares Nacionais
RNA Ácido Ribonucléico
RS Representações Sociais
TRS Teoria das Representações Sociais
UMC Universidade Mogi das Cruzes
SUMÁRIO
1. Introdução.....................................................................................................
16
a) Biotecnologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
17
b) O ensino de Ciências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
24
c) Representações Sociais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
31
d) Representações Sociais e Educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
35
2. Objetivos...................................................................................................
....
38
a) Gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
38
b) Específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
38
3. Método..........................................................................................................
39
a) Participantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
39
b) Instrumento de coleta dos dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
39
c) Procedimentos de coleta dos dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
42
d) Plano de análise dos dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
43
4. Resultados e Discussões................................................................................
45
5. Conclusões e Sugestões.................................................................................
87
6. Referências....................................................................................................
90
7. Anexos...........................................................................................................
94
Anexo 1 –
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. . . . . . . . . . . . . .
94
Anexo 2 – Orientações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
95
Anexo 3 – Instruções para o preenchimento do questionário. . . . . . . . . . . .
96
Anexo 4 – Questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
97
Anexo 5 – Aprovação do Conselho de Ética. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Anexo 6 – Respostas dadas em algumas questões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
103
14
APRESENTAÇÃO
O presente trabalho visa analisar as Representações Sociais de Professores de Ciências da
Rede Pública Estadual do município de Mauá, Estado de São Paulo sobre Biotecnologia e
Transgênicos.
Através de um questionário para obtenção dos dados, foi investigado o conhecimento dos
professores, sobre Biotecnologia, mas especificamente sobre os Transgênicos, e a imagem do
senso comum que eles possuem em relação a essa ciência e a este assunto tão polêmico e atual.
Não se trata de avaliar os conhecimentos que os professores têm sobre o tema, mas
caracterizar o saber científico difundido nas escolas.
Este trabalho considerou-se essencial caracterizar o que se entende cientificamente por
Biotecnologia e Transgênicos, relacionando o tema às orientações oficiais para o ensino de
Ciências no Ensino Fundamental sob a denominação do eixo temático designado como
Tecnologia e Sociedade.
O estudo foi baseado na Teoria das Representações Sociais, vasto campo de estudos
psicossociológicos que mostram os fenômenos das ciências como representações coletivas, dos
professores e sua a relação com a educação escolar.
Os avanços tecnológicos em particular a Biotecnologia geram opiniões diversas, são
pessoas influenciadas pela mídia e pela sua formação individual, e estão propícias a construções
de representações muitas vezes distorcidas da realidade, seria necessário maior conhecimento
científico e atualização dos professores, agentes formadores de opiniões e transformadores da
sociedade.
A escola deve propiciar ao aluno condições para o acesso e apreensão do conhecimento,
devendo estar atualizada para garantir uma aprendizagem baseada nos conhecimentos científicos,
de maneira geral delegada à disciplina de Ciências Biológicas, que supostamente, teriam a tarefa
de desenvolver os conteúdos como Biotecnologia e Transgênicos. Por este motivo, é importante
verificar a percepção, a visão e as construções subjetivas dos professores não só quanto à
Biotecnologia, mas às suas aplicações, como no caso específico dos transgênicos e sua relação
com os Parâmetros Curriculares Nacionais que fazem referência à função relevante do professor
como agente de transformações na escola.
15
Estas são algumas das considerações que expõem os complexos processos de ensino-
aprendizagem deste conteúdo necessário e previsto para o ensino fundamental na área de
ciências, que apresentam problemas para se aplicar, implementar e desenvolver com sucesso,
aulas, projetos ou outras formas didáticas de se ensinar nas escolas.
A pesquisa foi organizada a partir dos conceitos da Biotecnologia e suas aplicações,
relacionando o conteúdo para o ensino fundamental na área de ciências e as Representações
Sociais dos professores habilitados para lecionar. Para melhor caracterizar e entender o assunto, o
mesmo foi dividido em quatro partes: a)Biotecnologia, o que se entende cientificamente por
biotecnologia e transgênicos: b) O ensino de ciências, quais são as orientações oficiais para o
ensino de ciências e onde o conteúdo em questão pode ser ensinado; c) Representações Sociais, a
teoria moscoviciana; d) Representações Sociais e educação, a relação desta teoria e suas
contribuições na área de educação escolar.
Pretendeu-se estudar as Representações Sociais dos professores de Ciências no ensino
fundamental sobre Biotecnologia e Transgênicos para caracterizar o conhecimento dos
professores sobre o assunto e evidenciar sua aplicação nas escolas de acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais.
16
INTRODUÇÃO
A Biotecnologia não é um assunto novo, mas devido aos grandes avanços científicos que
proporcionam esperança de cura de muitas doenças, melhoria na qualidade e quantidade de
alimentos e várias outras vantagens à mesma passaram a ser alvo de várias pesquisas, estudos e
representações, muitas vezes polêmicas devido a grande diversidade de aplicações e formas de
uso envolvendo diferentes seres vivos.
Para Azeredo (2003), as novas tecnologias sempre estarão sujeitas à possibilidade de um
segmento da população lhes oferecer resistência, fenômeno observado hoje em relação à
biotecnologia.
A biotecnologia pode gerar oportunidades novas e sem precedentes para melhorar a vida
humana por meio dos avanços na produção de alimentos animais e vegetais, conhecidos como
Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou transgênicos.
A história mostra que grande parte da população de países pobre sofre de fome em escala
de miséria absoluta. No Brasil não é diferente. Motivada pela formação na área biológica e na
necessidade de conhecer como estes estudos são tratados nas escolas e sabendo que a posição de
profissionais na área de educação não deve ser tomada com base em depoimentos alarmistas e
emocionais, mas ditada pela isenção de idéias preconcebidas, pelo conhecimento e pela busca de
informações, este trabalho busca conhecer as Representações Sociais de professores de Ciências
sobre Biotecnologia e Transgênicos, para caracterizar o que se entende cientificamente sobre o
assunto e quais são as orientações oficiais para o ensino do mesmo na rede pública estadual.
Segundo Silva (1998), os enormes progressos das ciências biológicas nas últimas décadas
abrem grandes perspectivas benéficas para o homem, devendo-se promover a educação e
divulgação científicas de qualidade a todos os níveis. Confirmando assim que a investigação para
o ensino de ciências biológicas no ensino fundamental e para a formação de professores e alunos
é um dos caminhos para a universalização dos direitos.
A-Biotecnologia
17
Os conhecimentos que permitiram o desenvolvimento da Biotecnologia remontam à
antiguidade, quando intuitivamente os princípios biotecnológicos já eram utilizados para produzir
pães, bebidas fermentadas e muitos outros alimentos.
Segundo Azeredo (2003), a partir das descobertas de Gregor Mendel, no século XIX,
ocorreram avanços nos estudos dos processos genéticos, melhorando a produtividade e a
resistência de plantas. Depois de Mendel, e a estrutura do DNA proposta por Watson e Crick em
1953, permitiu o desenvolvimento da biologia molecular e a utilização do DNA recombinante
que tornou possível a transferências dos genes entre espécies.
Embora estes produtos derivados dos seres vivos venham sendo usados milênios,
avanços consideráveis ocorreram no século XX, primeiramente com o desenvolvimento das
tecnologias de produção em grande escala de produtos em fermentadores, especialmente os
antibióticos. Em seguida, no início dos anos 70, com a tecnologia do DNA recombinante
conhecida como Engenharia Genética, foi possível à manipulação genética de microorganismos,
plantas e animais em laboratório (SERAFINI, BARROS e AZEVEDO, 2001).
Vários autores apresentam conceitos semelhantes sobre Biotecnologia, para Schrank e
Vainstein (2001), o termo Biotecnologia é definido de modo a incluir todas as aplicações
industriais de sistemas ou processos biológicos, sendo utilizados para identificar as aplicações
industriais da Engenharia Genética, ou seja, tecnologia do DNA Recombinante, viabilizada pela
descoberta de enzimas de restrição, enzimas bacterianas que podem ser utilizadas para cortar em
pedaços o DNA, de diferentes origens que podem ser recombinados in vitro.
A palavra biotecnologia passou a ser usada a partir do século passado. Ela representa a
junção dos termos biologia e tecnologia, o desdobramento da palavra na terminologia implica a
biotecnologia, como sendo o uso de organismos vivos para a produção racionalizada de
substâncias, gerando produtos comercializáveis (SERAFINI, BARROS e AZEVEDO. 2001).
Para Kreuzer, Massey (2002), a biotecnologia é o uso dos organismos vivos para solucionar
problemas ou desenvolver produtos novos e úteis ao homem.
Reafirmando o conceito anterior, Serafini, Barros e Azevedo (2001), define a biotecnologia
como sendo o uso dos seres vivos para o desenvolvimento de processos e produtos de interesse
econômico ou social, através de fermentações de vegetais por microorganismos, processos
naturais que ocorrem antes mesmo do ser humano existir. Para eles depois do surgimento da
espécie humana e com a produção internacional de bebidas alcoólicas, panificação, produção de
18
vinagres, produtos lácteos e alimentos fermentados, processos esses milenares, o termo
biotecnologia surgiu e houve a utilização em larga escala das fermentações industriais,
especialmente na fabricação de antibióticos e outros fármacos.
A fermentação é um processo biológico de obtenção de energia, utilizado por vários
organismos, que ocorre desde a origem dos seres vivos. Nesse processo ocorre à quebra e
rearranjos de moléculas orgânicas, liberação de energia e de subprodutos tais como álcool, ácido
lático, ácido acético entre outros.
Existem vários tipos de fermentações conhecidas e, muitas delas, m sido utilizadas desde
a antigüidade, na produção e conservação de alimentos tais como vinho, vinagre, pão, queijo,
cerveja e picles.
O aperfeiçoamento do processo de fermentação têm permitido selecionar microorganismos,
substratos e meios adequados para promover e possibilitar as mais variadas transformações
químicas de interesse humano. Podem ser citadas as produções de lisina, de hidrocortisona,
hormônios asteróides, vitamina C, antibióticos, entre outros. Também tem sido possível utilizar e
interferir em processos de fermentação para obtenção de álcool e gás para serem utilizados como
combustíveis assim como a produção de matéria-prima para indústrias químicas (Raw, Mennucci
e Krasilchik, 2001).
Para Kreuzer e Massey, (2002), durante os anos 60 e 70 o conhecimento de biologia celular
e molecular passou a manipular os microorganismos em nível molecular. Assim pode-se prever
os efeitos das manipulações e direcionar com especificidade as mudanças, passando a definir
como a nova biotecnologia à utilização de células e moléculas biológicas para a solução de
problemas ou produção de produtos úteis. As moléculas biológicas ou macromoléculas, únicas
dos organismos vivos, mais utilizadas em biotecnologia são os ácidos nucléicos, como DNA e o
RNA, e as proteínas.
Segundo Serafini, Barros e Azevedo (2001), a biotecnologia adquiriu uma roupagem nova a
partir de novas bases científicas e da otimização de processos biotecnológicos para tanto se valeu
do emprego dos mais diversos substratos e microorganismos dando origem à chamada tecnologia
do DNA recombinante. Esta tecnologia, aliada a outras, como a produção e fusão de protoplastos,
o uso das culturas de tecidos e células vegetais e das mais variadas técnicas eletroforéticas,
modificou de modo radical o panorama da biotecnologia.
19
Kreuzer e Massey (2002), sugerem que a palavra biotecnologia deveria ser utilizada no
plural, uma vez que trata-se de um conjunto de tecnologias que utiliza células e moléculas
biológicas com extraordinária especificidade de interações. Devido a esta especificidade as
ferramentas e técnicas da biotecnologia são muito precisas e foram desenvolvidas para operar de
maneira conhecida e previsível. O termo “tecnologia do DNA recombinante” ou engenharia
genética se refere às técnicas moleculares precisas que liguem segmentos de moléculas de DNA
de diferentes origens. Recombinam-se DNA utilizando enzimas de restrição, chamadas de
endonucleases de restrição, desenvolvidas para clivar e religar o DNA de maneira desejada,
recombinando o material genético com muita precisão.
Serafini, Barros e Azevedo (2001), também apresentam a tecnologia do DNA recombinante
ou Engenharia Genética como uma maneira de conseguir a transferência de genes, usando
marcadores moleculares, cultura de tecidos e células além da obtenção e utilização de produtos
transgênicos. Para eles a engenharia genética representa o somatório de técnicas que foram sendo
acumuladas dentro das áreas de Genética e Biologia Molecular. A descoberta do DNA foi muito
importante, e o processo, chamado de transformação bacteriana, foi depois estendido para outros
seres vivos, passo essencial para que as novas tecnologias pudessem ser realizadas.
De modo geral a tecnologia do DNA recombinante consiste em unir DNAs de diferentes
origens em um veículo ou vetor e transferi-lo para uma célula hospedeira que vai, receber e
expressar novas características genéticas, ocorrendo um gene clonado (Serafini, Barros e
Azevedo 2001).
Azevedo, (1998), coloca que o advento da engenharia genética permitiu o desenvolvimento
da chamada nova biotecnologia ou biotecnologia moderna, a qual revolucionou o processo de
melhoramento de plantas, animais e microorganismo e trouxe também novas preocupações com
as questões de segurança e bioética, tanto na manipulação laboratorial, como nos danos
ecológicos que podem ser causados pelas plantas transgênicas.
Para Kreuzer e Massey (2002), diversas são as aplicações da biotecnologia, e é
praticamente impossível mencionar todas as suas importantes aplicações nas diferentes áreas e
campos de atuação, além dos processos e produtos obtidos, pode-se destacar que grandes
impactos da utilização das novas metodologias clássicas ou tradicionais associadas às novas
tecnologias são encontradas na agricultura, pecuária e agroindústria e já atingiram o mercado
consumidor. Também nas áreas da saúde, nutrição, proteção do ambiente e outras, resultados de
20
alto interesse econômico ou social, a maioria se aplica a três áreas: a-) cuidados de saúde
humana, b-) gerenciamento ambiental e c-) agricultura.
Na área da saúde, os processos biotecnológicos permitem diagnósticos mais rápidos e
precisos, vacinas mais seguras e efeitos colaterais reduzidos em compostos orgânicos. O uso de
plantas e animais transgênicos na produção de medicamentos, é uma das opções economicamente
viáveis para produção de proteínas terapêuticas em países em desenvolvimento, produção de
anticorpos, detecção de doenças em plantas e animais e contaminantes de alimentos.
Serafini, Barros e Azevedo (2001), citam os antibióticos utilizados na medicina humana,
principalmente a penicilina derivada de um fungo, como um dos maiores sucessos no trabalho de
melhoramento genético; assim como vários outros antibióticos, fármacos, vitaminas e
aminoácidos que passam pelo mesmo processo de melhoramento genético.
Em gerenciamento ambiental diversa são as aplicações, Kreuzer e Massey (2002), citam o
uso dos recursos biológicos renováveis no lugar dos químicos, não renováveis, bem como na
grande especificidade, precisão e previsibilidade que caracteriza as tecnologias biológicas. Além
dos métodos de monitoramento das condições ambientais e detecção de poluentes.
Segundo Serafini, Barros e Azevedo (2001), com o aumento da população humana, são
cada vez maiores a atividade agrícola e industrial, ocorrendo também o aumento da poluição do
ambiente, necessitando que microrganismos realizem a biodegradação de muitos resíduos e
poluentes, através do uso de sistemas biológicos chamados de biorremediação.
Na agricultura ocorre o progresso na melhoria da qualidade, no valor nutricional e no
rendimento de nossos produtos agrícolas, além da diminuição dos custos de produção e o
processamento de alimentos. Através da engenharia genética incorporam nas safras através da
seleção de linhagens: melhorias do conteúdo nutricional; retardo no amadurecimento; resistência
a doenças causadas por bactérias, fungos e vírus; melhoria do sabor; habilidade de resistir a
condições adversas do meio ambiente como geadas e secas e resistência a pestes como insetos,
ervas daninhas e nematóides (KREUZER E MASSEY, 2002).
Um conhecido avanço na agricultura é chamado de plantas transgênicas, estas plantas
contêm um ou mais genes, provenientes de outros organismos, em geral de diferentes espécies,
introduzidos pela tecnologia do DNA recombinante. As plantas transgênicas são utilizadas
comercialmente na agricultura moderna. No mercado existem plantas transgênicas com
resistência a herbicidas, pestes agrícolas, novas colorações em plantas ornamentais, aumento do
21
tempo de amadurecimento de frutos evitando danos pós-colheita (Serafini, Barros e Azevedo,
2001).
Para Lewgoy, (2000), a polêmica sobre o uso dos organismos geneticamente modificados
(OGMs) é complexa, envolvendo poderosos interesses econômicos, bem como os aspectos éticos,
legais, emocionais e científicos, demonstrando que existem dúvidas sobre o assunto, gerando
assim as diferentes representações, alvo deste estudo.
Para Valle (2000), o desenvolvimento de processos agroindustriais, especificamente a
produção de alimentos, com a tecnologia do DNA recombinante têm trazido perspectivas de bons
lucros apenas para os grandes conglomerados da biotecnologia e para os produtores rurais com
alto grau de desenvolvimento tecnológico. Ele acredita que é premente que se estabeleça uma
política nacional de biossegurança, que envolva a sociedade civil organizada como um todo.
Quecini (1999), mostram que o melhoramento genético é responsável por aumentos
consideráveis na produtividade de diversas espécies cultivadas. A tecnologia do DNA
recombinante possibilitou o isolamento de genes, de promotores e seqüências de interesse,
resultando em indivíduos geneticamente iguais ao receptor da molécula DNA recombinante,
porém, acrescido de uma característica nova e particular, obtendo um maior ganho genético após
a seleção.
A inserção de genes que codificam proteínas terapêuticas em uma variedade de plantas
agrícolas como o tabaco, milho e soja. Faz com que as proteínas se mantém estáveis em sementes
secas de plantas transgênicas, entretanto, algumas das proteínas humanas produzidas em sistemas
vegetais não são terapeuticamente efetivas (KREUZER E MASSEY, 2002).
As dificuldades para compreender as bases científicas da biotecnologia assim como as
tentativas de entendimento do que e como os cientistas modificam os organismos, geram opiniões
e propiciam a construção de conhecimentos e representações muitas vezes distorcidas da
realidade. Salzano (2000), acredita que temor exagerado por parte da sociedade sobre os
possíveis malefícios que seriam causados por estes alimentos modificados.Para ele a transgenia é
uma técnica genética como outras, que o existe tecnologia isenta de riscos, e uma modificação
do ambiente natural sempre é possível.
A mídia através de programas de televisão, reportagens e outros meios de comunicação oral
ou escrito, geralmente não explicam as novas tecnologias à luz da ciência, gerando opiniões
diversas e alheias aos conceitos científicos, levando a população também de professores a
22
formarem opiniões de senso comum distantes da realidade com muitas dúvidas e medos
infundados.
Nos últimos anos com a aprovação de leis que regulamentam as normas de segurança e
mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam os Organismos Geneticamente
Modificados (OGM), vem à tona os debates a respeito do assunto, pois alertam os consumidores
sobre novos produtos no mercado e possíveis riscos, faltando esclarecimentos a respeito da
produção e avaliação destes riscos.
De acordo com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da
Saúde (BRASIL, 1996), a mesma é fundamentada em documentos internacionais, Declaração dos
direitos do Homem (UNESCO, 1948), na Constituição da República Federativa do Brasil
(BRASIL, 1988), e em outras leis complementares.
A Resolução 196/96 refere-se à aplicação da Lei 8.974, de 05 de janeiro de 1995,
(BRASIL, 1995), sobre o uso das técnicas de engenharia genética e a liberação, no meio
ambiente, de OGMs. Conhecida como a Lei da Biossegurança, tem por objetivo assegurar
procedimentos adequados de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e uso da engenharia
genética, em especial a liberação, no meio ambiente de OGM. Esta lei deu origem à Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Essa legislação visa à proteção da saúde humana, dos animais e do meio ambiente de forma não-
hierarquizada.
Após dez anos entra em vigor a Lei da Biossegurança 11.105, de 24 de março de 2005,
que regulamenta os incisos II. e V do § do art. 225 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), e
estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvem OGM
e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), reestrutura a CTNBio,
dispondo sobre a Política Nacional de Biossegurança (PNB), e revogando a Lei nº8.974/95.
A nova Lei em seu artigo 1º estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização
sobre os OGM, além de apresentar como diretriz o estímulo ao avanço científico na área de
biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a
observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente.
O artigo 2º dá destaque às atividades e projetos que envolvam OGM relacionados ao ensino
com manipulação de organismos vivos, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e à
produção industrial. A lei apresenta várias definições de termos usados pela biotecnologia,
23
principalmente no campo da engenharia genética, definindo OGM, como organismo cujo material
genético DNA/RNA tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética.
O artigo 14, inciso XX, estabelece que compete a CTNBio identificar atividades e produtos
decorrentes do uso de OGM e seus derivados potencialmente causadores de degradação do meio
ambiente ou que possam causar riscos à saúde humana. Demonstrando que existe toda uma
preocupação quanto a possíveis malefícios ocasionados por OGM, além de diversos protocolos
de pesquisa para avaliarem benefícios e riscos com os OGM.
Quanto à rotulagem dos alimentos que contenham OGM, o artigo 40, diz que os alimentos
e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham, ou seja,
produzidos a partir de OGM ou derivados deverão conter informação nesse sentido em seus
rótulos, conforme regulamento.
Por um princípio ético universal e por uma questão de respeito ao indivíduo, seja por suas
crenças religiosas ou culturais, seja pelo risco de os OGMs, causarem alergia, seja por receios,
desconfianças ou qualquer outro fator, a esse indivíduo é assegurado o direito à informação.
Assim, o rótulo do alimento deve apresentar sua condição de OGM para que a pessoa livremente
escolha se consome ou não aquele produto. Tal decisão compete ao consumidor, que atualmente
não está tendo tal informação na rotulagem de alimentos, por falta de regulamentação no prazo
para tal fim.
Em 22 de novembro de 2005 o decreto número 5.591, regulamentou dispositivos da Lei
11.105/05 (BRASIL, 2005), citando como uma das atribuições do CTNBio, inciso XIII, definir o
nível de biossegurança a ser aplicado ao OGM e seus usos, e os respectivos procedimentos e
medidas de segurança quanto ao seu uso, conforme as normas estabelecidas neste decreto, bem
como quanto aos seus derivados. Em seguida no inciso XIV, coloca que os OGM devem ser
classificados segundo a classe de riscos, observados os critérios estabelecidos neste mesmo
decreto.
As regras gerais de classificação de risco de OGM são colocadas na Seção VIII, artigo 44,
onde deverão ser considerados oito critérios pertinentes para a efetiva segurança dos OGM, e
formação de uma representação mais positiva a respeito do assunto, são eles: características
gerais do OGM; características do vetor; características do inserto; características do organismo
doador e receptor; produto da expressão nica das seqüências inseridas; atividade proposta e o
24
meio receptor do OGM; uso proposto do OGM; efeitos adversos do OGM à saúde humana e ao
meio ambiente.
O artigo 91 dessa lei vem reafirmar que os alimentos e ingredientes alimentares destinados
ao consumo humano ou animal que contenham, ou seja, produzidos a partir de OGM e seus
derivados deverão conter informação nesse sentido em seus rótulos.
De acordo com registros de indústrias e órgãos não governamentais, como o Greenpeace,
podemos ter acesso a relações de alimentos não rotulados, mas que possuem em suas
composições OGM. A evolução da ciência é dinâmica e é inegável que os OGM estejam nos
mercados. Porém, o importante do ponto de vista ético, é que, no decorrer do estudo sobre esses
alimentos transgênicos, as Comissões de Biossegurança desempenhem seu papel de vigilância
das pesquisas, tanto quanto os Comitês de ética em Pesquisa com Seres Humanos também o
façam.
Toda e qualquer pesquisa científica nas áreas tecnológicas ou educacionais são necessárias
para a formação de cidadãos críticos, principalmente em uma sociedade em que o conhecimento
científico e tecnológico é cada vez mais valorizado, é que a informação deve ser divulgada em
todos os âmbitos, e neste caso nas escolas, uma das instituições responsáveis pela formação
moral, cívicas e educativas de crianças e jovens.
Vemos então que a palavra biotecnologia é utilizada nas mais variadas situações, com
sentidos distintos e por diferentes pessoas, porém todos apresentam a utilização dos
microorganismos desde a antiguidade e sua evolução ao longo do tempo, fazendo parte do nosso
dia-a-dia, este conteúdo é fundamental para ser ensinado nas escolas da rede pública estadual na
área de ciências biológicas, como mostram a legislação em vigor e a grande necessidade da
população de informações científicas e dos avanços tecnológicos.
B-O Ensino de Ciências
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades deve
ser cada dia mais estimulado e pesquisado, é principalmente através da educação que podemos
disseminar às grandes mudanças e avanços tecnológicos em todas as áreas e campos de estudos.
25
A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens
essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com
competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver
atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas.
Para tanto, desde 1961, as leis educacionais apresentam diretrizes educacionais, chegando
à atualidade com um documento oficial para a nação brasileira, os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN). O documento tem por principal objetivo contribuir de forma relevante, para
transformações no processo de ensino aprendizagem dentro do panorama educacional brasileiro,
posicionando professor como principal agente nessa empreitada, conforme carta de apresentação
dos PCN feita pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC, 1998).
Os PCN do ensino fundamental são divididos oficialmente em dois blocos:
1) PCN de a 4º séries, com 10 volumes:
Volume 01 – Introdução
Volume 02 – Língua Portuguesa
Volume 03 – Matemática
Volume 04 – Ciências Naturais
Volume 05 – História e Geografia
Volume 06 – Arte
Volume 07 – Educação Física
Volume 08 – Apresentação dos Temas Transversais – Ética
Volume 09 – Meio Ambiente e Saúde
Volume 10 – Pluralidade Cultural e Orientação sexual
2) PCN de a 8º séries, com 07 títulos um para cada disciplina:
Arte, Ciências Naturais, Educação Física, Geografia, História, Língua Estrangeira e
Língua Portuguesa.
A Lei 4.024 – Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 21 de dezembro de 1961, ampliou
a participação das ciências no currículo escolar, que passou a figurar desde a série do antigo
curso ginasial, hoje ensino fundamental, desenvolvendo o espírito crítico com o exercício do
método científico. Para Krasilchik (2000), o cidadão seria preparado para pensar lógica e
criticamente e assim ser capaz de tomar decisões a partir de informações e dados, após a ditadura
26
militar em 1964, também o papel da escola modificou-se, deixando de enfatizar a cidadania para
buscar a formação do trabalhador, considerado agora peça importante para o desenvolvimento
econômico do país.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 5.692, promulgada em 1971, norteia as
modificações educacionais e, conseqüentemente, as propostas de reforma no ensino de Ciências
ocorridas neste período. Período onde a Ciência passou a ter caráter obrigatório nas oito séries do
primeiro grau, atual ensino fundamental.
Em 1996, foi aprovada uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9.394/96
(LDB), a qual estabelece, no parágrafo 2º do seu artigo 1º, que a educação escolar deverá
vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social e que os currículos do ensino fundamental e
médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada pelos demais conteúdos
curriculares especificados nesta Lei e em cada sistema de ensino” (Artigo 26).
A formação básica do cidadão na escola fundamental exige o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente material e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
Para Krasilchik (2000), esse aprendizado inclui a formação ética, a autonomia intelectual e
a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, colocados em
prática por meio de políticas centralizadas no Ministério da Educação e do Desporto (MEC), e
que são detalhadas e especificadas em documentos oficiais, abundantemente distribuídos com os
nomes de “parâmetros” e “diretrizes curriculares”.
Em 1997, o MEC, através da Secretaria de Educação Fundamental lançou dez volumes dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), referentes às quatro primeiras séries da Educação
Fundamental, com o objetivo de auxiliar o professor na execução de seu trabalho, nas discussões
pedagógicas, na elaboração de projetos, nos planejamentos de aulas e nas reflexões sobre a
prática educativa.
Os PCN constituem um referencial para a educação no Ensino Fundamental em todo o
nosso país, sua função de acordo com as considerações preliminares do volume um, é orientar e
garantir coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e
recomendações, a técnicos e professores brasileiros.
27
Destaca-se nesta pesquisa o volume quatro dos PCN, que se refere à área de conhecimento
das Ciências Naturais, apresentando uma caracterização da área, uma vez que o mesmo faz
referência aos objetivos, orientações para construção de conteúdos e critérios de avaliação.
O PCN de Ciências Naturais enfatiza que os conhecimentos devem ser ensinados em
função de sua importância social, significado para o aluno e sua relevância científica e
tecnológica, onde a discussão das implicações políticas e sociais da produção e aplicação dos
conhecimentos científicos e tecnológicos deve ocorrer em âmbito social e nas salas de aula, local
onde são manifestadas e construídas as representações sociais de professores e alunos.
Em 1998, o MEC, através da Secretaria de Educação Fundamental, lança nacionalmente os
PCN das séries finais do ensino fundamental, colocando em sua introdução que o papel
fundamental da educação é construir uma escola voltada para a formação de cidadãos, que vivem
numa era de competição e progressos científicos e grandes avanços tecnológicos.
Para cada área curricular do atual sistema de ensino um PCN específico, distribuído
nacionalmente para contribuir com o processo de elaboração e de desenvolvimento do projeto
educativo das diferentes escolas nas mais diferentes regiões e locais do Brasil, tendo assim um
volume específico apenas para área de Ciências Naturais.
O ensino de Ciências Naturais no PCN é organizado nos seguintes eixos temáticos: “Vida e
Ambiente”, “Ser Humano e Saúde”, “Tecnologia e Sociedade” e “Terra e Universo”. Além dos
elementos fundamentais e conhecimentos específicos dos conteúdos o PCN também orienta os
educadores para a necessidade de se estimular o desenvolvimento das atitudes e valores, além de
conceitos e procedimentos que promovam questionamentos, debates e investigações, os quais
devem conduzir ao que visam o entendimento da ciência como construção histórica e como saber
prático. Os PCN indicam como um dos seus objetivos, que os alunos do ensino fundamental
sejam capazes de utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e
construir conhecimentos.
A tendência dominante no Ensino de Ciências, apresentada nos PCN de Ciências Naturais,
a partir dos anos 80 e a tríade conhecida como “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS). De
acordo com o mesmo ela é uma tendência progressista, que enfatiza conteúdos relevantes e
processos de discussões coletivas de temas e problemas de significado e importância reais, na
qual podemos citar a Biotecnologia como um processo de Ciência e Tecnologia.
28
O processo de ensino e aprendizagem ocorre na interação professor/aluno, através de suas
representações e visão científica. Nos PCN encontram-se também referências sobre a falta de
conhecimentos ou informações científico-tecnológica adequadas, que deixa o indivíduo à mercê
do mercado e da publicidade, considerando que o professor mesmo possuindo parcelas do
conhecimento científico, também carrega consigo muitas idéias do senso comum. Essas idéias
influenciam a construção e propagação de representações entre os alunos.
O parecer CNE/CEB (Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica)
número 04/98, faz considerações sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental, a mesma enfatiza que em todas as escolas, a Base Nacional Comum e sua Parte
Diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a
relação entre a educação Fundamental e a vida cidadã, através da articulação entre vários dos
seus aspectos como a Ciência e a Tecnologia, importantes para atender ao direito de alunos e
professores em relação ao acesso a conteúdos mínimos de conhecimentos e valores.
Na indicação do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE) número 08/2001
reforça-se a questão das bases da organização curricular por disciplinas ou áreas de estudo que
caminham no sentido de exigir dos educadores novos olhares sobre a organização curricular do
ensino fundamental, criando condições para os alunos estabelecerem uma relação crítica e
participativa com as novas tecnologias, a escola é vista como um espaço onde se constroem
sínteses a partir da sistematização de conhecimentos que chegam pelos mais diferentes meios. A
Ciência e Tecnologia são um assunto estabelecido nas bases de organização curricular nacional e,
portanto presente nas diretrizes do Ensino Fundamental no Sistema de Ensino do Estado de São
Paulo, que orientam os projetos pedagógicos das escolas públicas paulistas.
As bases para organização curricular no ensino fundamental apresentam alguns princípios,
dentre eles deve-se garantir o contato sistemático e interdisciplinar dos alunos, com os saberes
ligados à ciência, à arte e à tecnologia. A Ciência e Tecnologia nos PCN de Ciências Naturais são
consideradas como herança cultural, conhecimento e recriação da natureza, que, no passar dos
séculos, levou a grande desenvolvimentos, chegando ao século XX, com o desenvolvimento da
Genética e da Biologia Molecular, que deram origem à engenharia genética, temas atuais e muito
necessários para a vida dos indivíduos.
Os PCN de Ciências Naturais para o Ensino Fundamental, reconhecem a complexidade das
Ciências e da Tecnologia e destaca como um dos critérios de seleção de conteúdos a necessidade
29
de promover as relações entre diferentes fenômenos naturais e objetos da tecnologia, devendo os
conteúdos ser relevantes do ponto de vista social, cultural e científico, permitindo ao estudante
compreender, em seu cotidiano, as relações entre o ser humano e a natureza mediada pela
tecnologia.
Um dos eixos temáticos nos quais os conteúdos de Ciências Naturais são apresentados,
recebe a designação de Tecnologia e Sociedade, em conexão com os demais eixos o mesmo deve
investigar as tecnologias ligadas à alimentação, construção, lazer e saúde. Mais uma vez
reforçando que Biotecnologia e os alimentos transgênicos são conteúdos essenciais no Ensino
fundamental.
A Biotecnologia, como técnica antiga e com aplicações tecnológicas recentes, está presente
nas discussões dos PCN de Ciências Naturais no eixo temático; Tecnologia e Sociedade, onde se
apresenta, que o desenvolvimento e a especialização das culturas humanas, ao longo dos tempos,
ocorreram em conjunto com o desenvolvimento tecnológico, através de técnicas antigas e
artesanais que se desenvolveram em íntima relação com as ciências modernas e contemporâneas.
Em 1998, os PCN do EF e 4º ciclo (MEC/SEF, p. 48), afirma que o estudo da tecnologia
é pequeno nas escolas fundamentais, que este tema decorre da necessidade de formar alunos
capacitados para compreender e utilizar diferentes recursos tecnológicos e discutir as implicações
éticas e ambientais da produção e utilização de tecnologias.
A proposta dos PCN de trabalhar questões de relevância social na perspectiva transversal
aponta para compromisso a ser partilhado entre os professores de todas as áreas, uma vez que é
preciso enfrentar os constantes desafios de uma sociedade, que se transforma e exige
continuamente dos cidadãos uma tomada de decisões, como a questão de ser contra ou a favor do
consumo de alimentos e medicações de origem transgênica. O PCN de Ciências Naturais
(MEC/SEF, p. 50), destaca a necessidade de dar sentido prático às teorias e aos conceitos
científicos trabalhados na escola e de favorecer a análise de problemas atuais, onde é citada a
clonagem de mamíferos como uma questão diretamente relacionada à Ciência e a Tecnologia.
Segundo Spink (1995), a sociedade deve promover a educação e divulgação científica de
qualidade em todos os níveis, concentrando sua aplicação em domínios essenciais para vencer
atrasos e deformações da sociedade brasileira. Também considera que se a ciência e a tecnologia
não tiver relação direta com a realidade do dia-a-dia, e traduzir-se em melhoria da situação
30
material e cultural do conjunto da sociedade, estaremos apenas evoluindo para uma situação de
atividade virtual.
A ciência, como conhecimento, deve ser acessível à sociedade em todos os níveis escolares
e, fora da escola, pela permanente informação correta, discreta e eficiente para ser transformada
em atividade real, se não for desta maneira à situação de aprendizagem se torna apenas virtual
para a maioria da população como, na área biológica, o conhecimento sobre a clonagem de seres
humanos e as qualidades ou os perigos dos produtos vegetais ou animais geneticamente
modificados, os célebres Organismos Geneticamente Modificados (OGM).
O Conselho Nacional de Educação estabelece em seu parecer 9/2001, (BRASIL, 2001), as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica em nível
superior, curso de licenciatura, de graduação plena, buscando estabelecer uma sintonia entre a
formação dos professores prevista pela LDB nº 9.394/96 (BRASIL, 1996) e as recomendações
constantes dos Parâmetros e Referenciais Curriculares (MEC/SEF, 1998) para a Educação Básica
elaborada pelo MEC.
O parecer apresenta ainda, a necessidade de modificar os contextos de formação numa
tentativa de acompanhar as mudanças tecnológicas e as transformações do processo produtivo. O
professor, enquanto profissional que lida com a construção do conhecimento, não pode ficar à
margem dessas mudanças. Apresenta como dificuldade para se conseguir a melhoria do ensino
básico, o preparo inadequado de professores cuja formação, de modo geral, manteve
predominantemente um formato tradicional, que não contempla muitas das características
consideradas na atualidade, como inerentes à atividade docente, tais como articulação
interdisciplinar, domínio do conhecimento pedagógico e outros a seguir.
Nesse sentido, o Parecer nº 9/2001 (BRASIL, 2001, p. 23) atesta que:
“atuar com profissionalismo exige do professor, não só o domínio dos conhecimentos
específicos, em torno dos quais deverá agir, mas, também, compreensão das questões envolvidas
no seu trabalho, sua identificação e resolução, autonomia para tomar decisões, responsabilidade
pelas ações feitas. Requer ainda que o professor saiba avaliar criticamente a própria atuação e o
contexto em que atua e que saiba, também, interagir cooperativamente com a comunidade
profissional a que pertence à sociedade”.
O Parecer número 9/2001 do Conselho Nacional de Educação (2001, p. 32-35) traz também
explícitas as competências que devem ser desenvolvidas para a formação dos professores para a
31
educação básica: referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade
democrática; à compreensão do papel social da escola; ao domínio dos conteúdos a serem
socializados, de seus significados em diferentes contextos e de sua articulação interdisciplinar; ao
domínio do conhecimento pedagógico; ao conhecimento de processos de investigação que
possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica e finalmente competências referentes ao
gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional.
O cerne do processo pedagógico e a forte relação estabelecida entre professor e aluno, o
trabalho do professor o consiste simplesmente em transmitir informações ou conhecimentos,
mas em apresentá-los sob a forma de problemas a resolver, através do desenvolvimento de
habilidades e competências.
C - Representações Sociais
A teoria das Representações Sociais (RS) de acordo com o seu próprio idealizador, Serge
Moscovici, não tem uma definição precisa, para ele a realidade das representações sociais é fácil
de captar, o conceito não o é. E através das RS que professores, estudantes e todos aqueles que
trabalham com as ciências humanas e sociais, se ocupam do estudo do “conhecimento do senso
comum” na vida cotidiana.
A Teoria das Representações Sociais partiu do âmbito da psicologia social para os diversos
campos aplicados, destacando-se de acordo com (1996), a saúde e educação, favorecendo o
conhecimento e o estudo também nestas áreas de diferentes abordagens e aplicações que levam
ao conhecimento da realidade e de seus pensamentos sociais.
Segundo Sá (1996), o termo Representações Sociais designa tanto um conjunto de
fenômenos quanto o conceito que os engloba e a teoria construída para explicá-los, foi um estudo
de representação social da psicanálise na população parisiense em fins dos anos cinqüenta, para
redefinir os problemas e os conceitos da psicologia social.
A Teoria das Representações Sociais é um vasto campo de estudos psicossociológicos,
sendo que a cunhagem do termo e a inauguração do campo de estudos devem-se ao psicólogo
social francês Serge Moscovici, em seu trabalho intitulado “La psychanalyse, son image etson
public” (SÀ, 1995).
32
“Representando-se uma coisa ou uma noção, não produzimos unicamente nossas próprias
idéias e imagens: criamos e transmitimos um produto progressivamente elaborado em inúmeros
lugares, segundo regras variadas. Dentro desses limites, o fenômeno pode ser denominado
representação social” (MOSCOVICI, 2001, p. 63).
Para Durkheim as Representações Sociais constituíam uma classe muito genérica de
fenômenos psíquicos e sociais, abrangendo as ciências, ideologias e mitos (Moscovici, 1978).
Silva (1998), mostra que os fenômenos genéricos tais como regras, moral, mito, e ciências,
são representações coletivas, revestidas de poder coercitivo, que se impõe às consciências
individuais. Diferenciar o pensamento social do pensamento individual foi a grande meta de
Durkheim.
Segundo Malrieu (1978), a Representação Social se constrói no processo de comunicação,
através do posicionamento do sujeito e de suas ações, as Representações Sociais se estruturam
através das ações dos sujeitos sociais e pelos dados que concordam ou que se opõem a eles.
Nóbrega (2001), reafirma a noção durkheimiana das representações coletivas, como uma
larga gama de diferentes formas de pensamento e de saberes partilhados coletivamente, como;
crenças, mitos, ciência, religião e opiniões. Esta característica consiste em revelar o que há de
irredutível à experiência individual que se estende no tempo e no espaço social.
Antes do advento da teoria das Representações Sociais, o pensamento das massas
denominado senso comum não era valorizado. Na teoria das Representações Sociais, Moscovici
define os parâmetros para uma análise científica do chamado senso comum e atribui uma lógica a
esse conhecimento, que passou a ser valorizado (NÓBREGA, 2001).
(1996), mostra que a teoria das Representações Sociais e estruturada de maneira
conceptual e figurativa. Conceptual, pois é capaz de aplicar a um objeto não-presente um sentido,
e figurativa, dando-lhe uma concretude icônica. Tais estruturas formam as duas faces da
Representação social: figurativa e simbólica.
Segundo (1996), as Representações Sociais são constituídas por dois processos
formadores: o processo de objetivação e o processo de ancoragem. A ancoragem consiste na
integração cognitiva do objeto representado a um sistema de pensamento social pré-existente e
nas transformações do processo, isto é, na incorporação de novos elementos naquilo que se
conhece. A objetivação consiste em uma operação do imaginário e do estrutural, no qual se
33
uma forma ou figura acerca do objeto, tornando-o concreto. Objetivar é descobrir a qualidade
icônica de uma idéia, reproduzindo o conceito em uma imagem.
Para Leme (1995), as Representações Sociais indicam um conjunto de conceitos,
explicações e afirmações na vida diária, no curso de comunicações interindividuais, equivalentes
aos mitos e sistemas de crenças das sociedades tradicionais, uma versão contemporânea do senso
comum. Prevalecendo também dois processos desta forma de pensamento, onde se predomina a
memória. Para a ancoragem e objetivação, as definições são semelhantes a anterior. Ancorar é
trazer para categorias e imagens conhecidas o que ainda não está classificado e rotulado.
Objetivar é transformar uma abstração em algo quase físico. Esses processos permitem
categorizar algo, buscar na memória, formar representações.
Nóbrega (2001), situa as Representações Sociais sobre as dimensões das atitudes,
informações e de imagens, caracterizado por uma relação social, cuja definição torna-se difícil
uma vez que existe uma pluralidade de concepções, além de a mesma ser uma instância
intermediária entre conceito e percepção, fato demonstrado através dos processos de objetivação
e ancoragem.
O presente trabalho de Representações Sociais de Professores de Ciências sobre
Biotecnologia e Transgênicos, tem como denominador comum explorar e analisar as
características de tal conhecimento na rede pública estadual. A escola é um lugar privilegiado
para se conhecer representações de diversos assuntos, através do professor e de suas idéias
individuais, porém partilhado coletivamente, o professor constrói e dissemina sua representação
deste assunto da área de ciências naturais, tratado e visto em um grupo social ativo que é a escola.
Segundo Wuo (2003), as representações sociais podem ser pesquisadas e analisadas, entre
outras formas a partir de conversações, construindo as Representações sociais nas mais variadas
formas e canais de comunicação, como nos corredores das escolas, nas salas de aula e de
professores.
Para Wagner (1998), a Representação Social é concebida por um lado como um processo
social de comunicação e discurso e por outro são vistas como atributos individuais, onde a
estrutura do conhecimento é individual, porém também compartilhada socialmente.
Guareschi e Jovchelovitch (2002), apresentam alguns modos como à teoria das
Representações Sociais se articula tanto com a vida coletiva de uma sociedade como com os
processos de constituição simbólica, os mesmos também estão radicados no espaço público como
34
a escola. Para ela a esfera pública, enquanto lugar de alteridade, se liga a construção simbólica e
as representações sociais.
Arnaiz (2004), destaca que há um elevado número de trabalhos com o objetivo de analisar a
segurança alimentar, em particular a Representação Social em torno dos riscos dos Organismos
Geneticamente Modificados (OGMs), em particular os alimentos transgênicos. A maioria destes
estudos procura explicar o aumento da percepção negativa da população com relação a
determinadas aplicações tecnológicas, neste caso os alimentos transgênicos, cujo debate público
tem trazido à tona questões sobre a segurança alimentar. Para o autor o alimento geneticamente
modificado é objeto de debate público devido à sucessão de acontecimentos em torno da
segurança alimentar.
De acordo com Sá (1995), a Representação Social é um conjunto de fenômenos e um vasto
campo de estudos psicossociológicos, e que podem ser apreendidos no contexto da temática.
Ele coloca que Moscovici tinha por objetivo estabelecer uma visão psicossociológica do
conhecimento, sendo a mesma uma modalidade de conhecimento que tem por função a
elaboração de comportamentos e a comunicação entre indivíduos. Para ele o conceito
durkheimiano era muito amplo e heterogêneo, além de bastante estático, sendo necessário uma
mobilidade maior para as representações contemporâneas emergentes. A psicologia social
permite através das Representações Sociais descobrir sua estrutura e seus mecanismos internos.
Essas diferenças levaram Moscovici renovar a psicologia social trabalhando junto a ciências
sociais.
Para (1995), que o primeiro passo para a elaboração da Teoria das Representações
Sociais, a partir do seu conceito foi à dupla natureza conceptual e figurativa que trata-se de
atender à exigência do conhecimento psicossociológico. Sendo as representações um processo
que torna o conceito e a percepção interligados.
Através de uma formulação apresentada por Moscovici em 1976, (l995), explica que a
estrutura de cada representação pode ser apresentada por duas faces, a figurativa e a simbólica.
Figura
Representação _____________
Significação
35
Assim a configuração acima, segundo Sá (1995), Moscovici partiu para uma primeira
caracterização de seus processos formadores, a função de duplicar um sentido por uma figura,
chamando este processo de “objetivar”. A função de duplicar uma figura por um sentido,
contextualizando o mesmo foi chamado de “ancorar”. Apesar de esta estrutura ter sido descrita a
partir das categorias de percepção e concepção as Representações Sociais se dão de forma direta
e imediata.
No universo consensual, as representações transformam algo não familiar em
familiar e a teoria das Representações Sociais se caracteriza como um campo de estudos sobre a
“construção da realidade”, destaque de Sá (l995).
No estudo das Representações Sociais de professores pretende-se identificar o
universo reificado e consensual da realidade, tratando do assunto transgênicos que em nossa
sociedade pode ser considerado novo. Esse tema novo, gerado no universo reificado da ciência,
da tecnologia, introduz uma não familiaridade no grupo de professores, através da realidade, os
processos se operam e o não familiar passa a ser conhecido. Este fato ocorre produzindo
mudanças no sistema de pensamento social das pessoas, neste caso dos professores, levando ao
estudo empírico das Representações Sociais de forma criativa e inovadora na vida cotidiana.
A integração cognitiva do objeto representado, os transgênicos, demonstra a
ancoragem a um sistema de pensamento social preexistente, tudo que os professores sabem
sobre o assunto e nas transformações implicadas quando se recebem novas informações.
A objetivação ocorre também neste caso, pois há uma operação imaginante, todos pensam
e imaginam animais e alimentos transgênicos, que é a forma ou figura especifica sobre o que se
pesquisa, tornando concreto, reproduzindo um conceito ou imagem que fora formado sobre o
assunto de acordo com suas experiências e representações no campo da educação e vivência
pessoal. Por exemplo, a imagem da “ovelha” ou da “Dolly”, quando se fala de “clone” ou
“clonagem”.
D - Representações Sociais e Educação
Nas pesquisas acadêmicas sobre educação pode-se encontrar nas últimas duas décadas,
vários trabalhos que foram baseados na Teoria das Representações Sociais, com uma
diversificação de enfoques.
36
Rangel (1998), analisou dissertações e teses que aplicaram a Teoria das Representações
Sociais, na área de ensino-aprendizagem, estudo este que buscou identificar elementos do estado
da arte, considerado como uma exposição sobre o nível de conhecimento e o grau de
desenvolvimento de algo recente de um dado campo. Foi observada que houve predominância
dentre os procedimentos metodológicos adotados, a utilização da análise de discurso e da análise
de conteúdo onde a palavra é o cerne, a unidade essencial para a representação.
Moreira e Oliveira (1998), mostram que o conceito de Representação Social é muito útil ao
processo de compreensão de diferentes objetos, construção do conhecimento e a busca da
verdade nas mais diferentes dimensões, incluindo-se o conhecimento das ciências físicas e
biológicas, aonde a Teoria das Representações Sociais vem ocupando um espaço significativo na
psicologia social, especialmente na área de saúde e educação que buscam nessa disciplina
elementos explicativos para os seus objetos específicos.
Este fenômeno social relevante é conscientemente compartilhado com vários membros de
grupos sociais. Isto é o que se pode ver e estudar em nossas escolas públicas, através dos
professores, que forma um grupo social representativo na área de educação.
Segundo Rangel (1999), diversos autores entendem que o processo de RS interessa à
didática, como disciplina que se ocupa das relações entre professores, alunos, conteúdos, formas
e contexto de ensino, uma vez que as Representações Sociais são geradas e disseminadas na
comunicação social e nos discursos, incluindo atributos individuais e sendo o professor é um dos
determinantes da qualidade do ensino, faz-se importante aprofundar estudos sobre ele.
O professor constrói suas representações através de sua vivência e formação. Estas
representações não são neutras, os professores devem dominar saberes a serem ensinados, ser
capazes de dar aulas, administrar uma turma e de avaliar, a forma de realizar seu trabalho através
de competências que supõe opções teóricas e ideológicas e, portanto, certa arbitrariedade na
representação do ofício e em suas facetas (PERRENOUD, 2000).
Considerando que os professores exercem influência nas representações de seus alunos, o
conhecimento das RS dos professores contribui para formação do professor e para algumas das
competências para ensinar delineadas por Perrenoud (2000), que não garante uma representação
consensual, completa e estável do ofício de professor, porém associa estas representações às suas
competências para melhor ensinar.
37
A evolução dos enfoques do ensino-aprendizagem, a evolução do pensamento didático,
além das representações do processo escolar, que sistematiza através do ato de ensinar e aprender
mostram as relações entre professores, alunos, conteúdos, métodos e contexto (RANGEL, 1999).
Destacando-se assim que os conteúdos científicos, neste caso as Representações Sociais dos
professores sobre transgênicos, contribuem para o entendimento deste processo na escola.
Delors (2001), no relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação
para o Século XXI, é destaca o papel do professor enquanto agente de mudança, tendo um papel
determinante na formação de atitudes positivas.
Abric (1996), coloca que a Teoria das Representações Sociais constituem hoje um sistema
teórico muito importante para conhecer posições ideológicas, análises científicas das
mentalidades e das práticas sociais. É o produto e o processo de uma atividade mental pela qual o
indivíduo reconstitui o real lhe atribuindo uma significação.
A prática pedagógica diária do professor mostra seu entendimento idealista do que seja o
conhecimento, para Luckesi (l994), a maior parte das vezes a prática pedagógica se fundamenta
no senso comum, ou seja, conceitos, significados e valores adquiridos espontaneamente, pela
convivência e pelo ambiente. O senso comum é um modo de compreender o mundo, organizar a
realidade, suas ações e as relações entre as pessoas e a vida.
Segundo Rangel (1999), a ação do professor é um dos determinantes de qualidade do
ensino, dos estudos e das pesquisas didáticas. Sem o professor não se faz escola e,
conseqüentemente, é fundamental aprofundar estudos sobre ele.
Considerando-se Moscovici (1978), as dimensões da Representação Social identificáveis
nas afirmações dos sujeitos são a “atitude, a informação e o campo de representação ou imagem”
(p.71). A atitude expressa a tomada de posição; a informação corresponde à organização dos
conhecimentos a respeito de objeto social e o campo de representação leva a idéia de modelo
social.
A recorrência à pesquisa sobre Representações Sociais deve-se, portanto, aos elementos e
referentes, que podem complementar ou acrescentar perspectivas de análise a outros estudos que
tiverem interesse temático.
38
2. OBJETIVOS
a) Geral
Explorar e analisar as Representações Sociais de Professores de Ciências do Ensino
Fundamental sobre Biotecnologia e Transgênicos.
a) Específicos
Caracterizar as Representações Sociais dos Professores sobre Transgênicos,
evidenciando-se noções sobre o assunto.
Explorar as Representações dos professores e a relação com os Parâmetros Curriculares
Nacionais.
39
3. MÉTODO
Esta pesquisa foi realizada com professores que lecionam Ciências no Ensino
Fundamental em escolas públicas do município de Mauá, disciplina obrigatória no currículo de
acordo com orientações da Lei 9.394/96 (BRASIL, 1996), que estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Segue a descrição dos participantes, instrumento e procedimentos de
coleta de dados, além do plano de análise dos dados da pesquisa.
a) Participantes
Participaram da pesquisa durante a primeira fase, cinco professoras de Ciências do Ensino
Fundamental da Rede Estadual de Ensino que lecionam na escola da autora do presente trabalho.
Posteriormente participaram 32 professores de ambos os sexos da Diretoria de Ensino do
município de Mauá.
b) Instrumento de coleta dos dados
Para esta pesquisa utilizou-se como instrumento de coleta de dados, um questionário
(Anexo 1), para a sua realização utilizou-se orientações para elaboração das questões e projeto
Piloto o que sugere Gil (l999).
Foi utilizado um questionário, contendo 37 questões, sendo 20 fechadas e 17 abertas, além
de um espaço para que os sujeitos pudessem exprimir suas opiniões ou sugestões sobre o assunto
não tratados no questionário (Anexo 4).
O teste piloto ou pré-teste segue as orientações de Gil (1999), que sugere que o mesmo
tenha por finalidade evidenciar falhas na redação do questionário.
O questionário foi construído a partir das discussões, reflexões e análises das literaturas
sobre Representações Sociais, Biotecnologia e Parâmetros Curriculares Nacionais.
O questionário definitivo (Anexo 4) obtido após análise e as correções do questionário
piloto garantiram o anonimato das respostas e não expondo os pesquisados à influência das
opiniões e do aspecto pessoal do pesquisado. Segundo Gil (l999), para construir um questionário
deve-se traduzir os objetivos da pesquisa em questões específicas e relacionadas ao problema,
40
com conteúdos referentes ao que as pessoas sabem, os fatos; o que pensam ou preferem, suas
crenças e atitudes; ou o que fazem e seus comportamentos; dentre estas categorias, foram
apresentadas diferentes tipos de questões no referente ao seu conteúdo:
a) Questões sobre fatos – Envolveram a identificação dos sujeitos com relação à
idade na questão 1, sexo na questão 2, formação nas questões 3, 4 e 5, tempo de magistério nas
questões 6 e 7, tipo de escola e vínculo com a escola estadual nas questões 8, 9 e 10;
b) Questões sobre atitudes e crenças – Envolveram suas Representações Sociais
sobre Biotecnologia e Transgênicos nas questões 13,14 e 15, Parâmetros Curriculares Nacionais
de Ciências na questão 36, seus conhecimentos, opiniões, fontes de informação, percepções e
interesse sobre o assunto nas questões 19, 20, 21, 22, 30, 31,32 e 37;
c) Questões sobre o comportamento Envolveram a posição pessoal sobre o ensino
de transgênicos nas escolas nas questões 23 e 29, o hábito de se ler rótulos de embalagens nas
questões 26 e 27 e utilizar os Parâmetros Curriculares na escola na questão 33 e 34;
d) Perguntas sobre sentimento Envolveram o medo ou receio de consumir
alimentos transgênicos na questão 28;
e) Perguntas sobre padrões de ação Envolveram as dificuldades em ensinar
Biotecnologia nas escolas na questão 12 e discussão dos PCNs na questão 35;
f) Perguntas dirigidas a comportamento presente ou passadas Envolveram a
questão de Biotecnologia na graduação na questão 11 e as conversas com os alunos sobre
Transgênicos nas questões 24 e 25;
g) Perguntas referentes a razões conscientes de crenças, sentimentos, orientações ou
comportamento São perguntas formuladas com o objetivo de descobrir os “porquês”, a
dimensão consciente do sujeito que estão presentes nas questões 12, 23, 28,29 e especificamente
na questão 16,17 e 18 sobre os transgênicos.
Além disto o questionário apresenta orientações para o preenchimento e introdução do
questionário (Anexo 2) e o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1), exigência do
comitê de ética da universidade de acordo com a Lei 8.080/90 e Lei 8.142/90, que através da
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde apresenta as Diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos.
A seguir temos o Quadro 1 que apresenta as variáveis, os indicadores e o tipo de questão
do questionário.
41
Quadro 1 - Variáveis, indicadores e tipo de questão.
________ Questões________
Variáveis I
ndicadores Fechadas Abertas
A.Identificação Idade; Sexo, 2 1
Formação Acadêmica, 4 3, 5,
Tempo De magistério 6, 7
Vínculo e situação 8, 9,
com a escola 10
B. Representações Conhecimentos sobre 11, 13, 14, 15,
Sobre Biotecnologia, Sigla OGM, 16, 19, 17, 18,
Biotecnologia Transgênicos, Fontes de infor- 21, 23, 20, 22,
mação, opinião e posição pessoal 26, 28 27, 31,
29, 30, 32
C. Representações Dificuldades, ensino nas escolas, 12, 24, 25, 34
Sobre o conversa com os alunos, PCNs, 33, 35,
Ensino necessidades 36
Manifestação Espaço para críticas,
Pessoal comentários e opiniões. 37.
42
c) Procedimentos de coleta dos dados
A pesquisa realizou-se em duas fases, sendo a chamada de Projeto Piloto, que visava
analisar o instrumento de coleta de dados e treinar o método de análise de conteúdo, o mesmo foi
realizado com cinco professoras do Ensino Fundamental da Rede Estadual que lecionam na
escola da autora, posteriormente a segunda fase chamada de Projeto Final foi realizado na
diretoria de ensino do município de Mauá e atendeu a 32 professores de ambos os sexos que
lecionem Ciências em umas das escolas estaduais da Diretoria de Ensino de Mauá. O critério
escolhido foi atender no mínimo 50% das 52 escolas do município de uma vez, pois o espaço
físico para uma única reunião de aplicação dos questionários não comportaria um professor de
cada escola e se feito em dois momentos não teria o resultado esperado de aplicação do
questionário sem um contato anterior com o mesmo. Para tanto a Diretoria de Ensino através da
oficina pedagógica solicitou inscrição para a participação de 40 professores voluntários para
pesquisa. Comparecendo 32 professores, que correspondem a 61,5% das escolas da cidade, que
participaram da pesquisa e posteriormente de uma orientação técnica introdutória sobre
Biotecnologia com a autora da pesquisa e com os assistentes da oficina pedagógica.
Para aplicação do questionário piloto e o questionário final, foram apresentados primeiro
uma folha de rosto com uma introdução e as devidas orientações (Anexos 2 e 3), posteriormente
foi dado ciência à participação no projeto de pesquisa, através de um termo de consentimento
livre e esclarecido (Anexo 1) que encerravam a constituição do instrumento de coleta de dados.
Através de um convite da Assistente Técnica Pedagógica da Oficina da Diretoria de
Ensino do município de Mauá, o questionário definitivo foi aplicado nos professores de Ciências,
que participaram de um encontro de forma voluntária após inscrições feitas em suas escolas de
origem e de forma anônima participaram na Diretoria de Ensino do projeto de pesquisa científica
sobre Biotecnologia e Transgênicos: Representações Sociais de Professores de Ciências,
respondendo ao questionário (Anexo 4).
Os professores foram esclarecidos pela mestranda quanto à necessidade de assinarem um
termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 1), além de ter sido lido e distribuído à
introdução do questionário e as instruções para o correto preenchimento do mesmo após os
devidos esclarecimentos.
43
Após o preenchimento, os questionários foram recolhidos para análise, tabulação e
posterior interpretação dos resultados. Seguiu-se uma breve orientação técnica sobre o assunto
onde se percebeu o interesse dos professores na informação e formação sobre as novas
tecnologias. A prossecução do desenvolvimento individual supõe uma capacidade de
aprendizagem e de pesquisa autônomas que se adquire depois de determinado tempo de
aprendizagem ou motivação, neste caso estimulado pela participação na pesquisa e no interesse
demonstrado pelo assunto, que posteriormente à avaliação do encontro aplicada pela diretoria de
ensino que o mesmo foi considerado por rios participantes como um tema atual, importante e
interessantíssimo, além da necessidade de mais encontros e elaboração de projetos escolares
sobre o assunto.
d) Plano de análise dos dados
Para os dados coletados utilizou-se de análise estatística (de homogeneidade, a fim de
verificar a predominância e significância de determinadas respostas ou categorias. As questões
abertas foram submetidas à análise de conteúdo).
As respostas dadas às questões abertas foram analisadas e incluídas em categorias de
acordo com a Análise de conteúdo proposta por Bardin (1977). após serem divididas em
categorias iniciais, conforme suas características e depois em categorias globais de acordo com a
proximidade de definição das mesmas.
Segundo Bardin (1977), o recurso à análise de conteúdo tem o objetivo de tirar partido de
um material qualitativo, são análises de entrevistas relativas ao modo como as pessoas vivem a
sua relação com objetos do cotidiano.
Estas categorias foram analisadas de acordo com a freqüência (F) de aparecimento dos
argumentos e descritas em porcentagem, submetidas à prova estatística de “Chi Quadrado” (X²)
de Homogeneidade para verificar a existência ou ausência de diferença significativa entre o
número observado de argumentos e o número esperado para uma amostra, estabelecendo o valor
de P < 0,05 para significância.
Os materiais para análise foram questionários em número de trinta e dois. Os mesmos
constituíram uma amostra variada, de professores de ciências da rede pública estadual no
município de Mauá, estado de São Paulo.
44
Para pré-análise foram transcritas na íntegra as respostas, que teve por objetivo a
organização. Posteriormente uma leitura flutuante, descrita por Bardin (l977), como a primeira
atividade para estabelecer contato com os documentos a analisar e em conhecer o texto deixando-
se invadir por impressões e orientações, tornando-se pouco a pouco a leitura mais precisa, em
função de hipóteses emergentes.
A análise propriamente dita foi à administração sistemática das decisões tomadas, ou seja,
das categorias das palavras e idéias apresentadas, que mostram a representações dos professores
de ciências sobre biotecnologia e os transgênicos, que consistiu em operações de codificação e
enumeração das idéias nas questões abertas e na análise das percentagens das mesmas e das
questões fechadas muito significativas para a análise dos resultados.
45
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Todos os dados coletados foram descritos neste capítulo em percentagens. Para Bardin
(1977), o recurso de análise de conteúdo tem o objetivo de tirar partido do material qualitativo,
analisar as respostas relativas ao modo como as pessoas vivem a sua relação com os objetos do
cotidiano.
Segundo Bardin (l977), a abordagem quantitativa funda-se na freqüência de aparição de
certos elementos da mensagem contidas nos questionários. Já a análise qualitativa apresenta
características particulares que são validadas através da elaboração das deduções específicas
sobre determinado assunto. A maior característica da análise de conteúdo é a inferência,
instrumento de indução para se investigar as causas e efeitos.
De acordo com o modelo teórico de Moscovici (1978), todos os resultados após análise
qualitativa e quantitativa serviram de base para se estudar as Representações Sociais do grupo de
professores de ciências desta pesquisa, as categorias apresentadas foram construídas a partir dos
termos e expressões contidas nas respostas dadas pelos professores em seus questionários.
As análises, oriundas das descrições, além dos dados coletados, as discussões podem e
devem ser aprofundadas para melhor entendimento das representações e estão, a seguir,
apresentados de maneira de atender aos objetivos propostos, sendo divididos em três partes, a
saber:
Parte A –Quem são os professores.
Parte B –Quais as Representações dos professores sobre Biotecnologia e os Transgênicos.
Suas opiniões e fontes de informação.
Parte C –Quais as Representações dos professores em relação ao tema dentro das escolas.
Seu contato com os PCN, as conversas com os alunos e as pré-disposições dos professores para
receber maiores informações sobre Biotecnologia e os Transgênicos.
As respostas dos professores foram divididas em categorias construídas a partir dos
termos e expressões dadas pelos participantes, podendo-se, daí realizar um trabalho para interferir
sobre as Representações Sociais dos professores de ciências.
Parte A - Quem são esses professores.
46
As perguntas iniciais do questionário identificam o professor e traçam o perfil destes
professores pesquisados, o questionário final foi aplicado em um grupo de 32 participantes sendo
constituído. (Tabela 1), com idade média de 37 anos, 57% na faixa de 31 a 40 anos de idade.
Tabela 01 - Distribuição dos participantes segundo idade
Faixa
etárias em
anos
F %
20 a 30 03 9,0
31 a 40 18 57,0
41 a 50 11 34,0
Totais 32 100
Todos os pesquisados possuem nível universitário em suas respectivas licenciaturas
(Tabela 2), sendo que todos são licenciados em ciências dos quais 25% também são licenciados
em matemática e 65% dos pesquisados concluíram o curso entre os anos de 1990 e 1999 (Tabela
3).
Tabela 02 - Formação Acadêmica
Licenciatura F %
Ciências 32 61,0
Matemática 13 25,0
Química 02 10,0
Biologia 05 4,0
Totais 52 100
Tabela 03 – Ano de Conclusão do Curso de Licenciatura
Faixa de
conclusão
F %
1980 a 1990 06 19,0
1990 a 1999 21 65,0
2000 a 2006 05 16,0
Totais 32 100
47
Todos os professores entrevistados lecionam em Escolas Públicas da rede estadual de
ensino do estado de São Paulo, do total de professores apenas um professor é oriundo de
universidade pública e os restantes cursaram e concluíram o curso de formação para lecionarem
em Ciências no ensino fundamental em faculdades particulares.
Dos professores entrevistados 64% concluíram cursos de especialização, 43% na área de
Biologia, correspondendo a 6 professores, seguido de 36% em Matemática e os 21% restantes na
área de educação (Tabela 4). Faz se importante ressaltar que deste total apenas 64%
concluíram o curso.
Tabela 04 - Áreas dos cursos de especialização ou Pós-graduação
Áreas F %
Biologia 06 19,0
Matemática 21 65,0
Educação 05 16,0
Totais 32 100
Os professores pesquisados possuem em média 12 anos de experiência na profissão, e 11
anos de experiência no ensino fundamental (E. F). Dos pesquisados, 66% com tempo de
magistério de 11 a 20 anos, sendo especificamente no ensino fundamental a porcentagem de
59%. Observando os resultados podemos constatar que há predominância de tempo no magistério
sobre o tempo que lecionam no Ensino Fundamental (E. F) na faixa de 11 a 20 anos, períodos
concomitantes.
O grupo é constituído de 59 % de professores efetivos no cargo e 41 % de professores
Ocupantes de Função Atividade (OFA), ou seja, sem estabilidade de emprego, além de
lecionarem no E.F, 44% dos professores também lecionam no Ensino Médio (E. M), onde o tema
biotecnologia deve ser trabalhado de acordo com os PCN e o componente curricular Biologia é
obrigatório na grade curricular do E.M. Esta disciplina é lecionada por 44% dos entrevistados.
De acordo com o perfil apresentado na parte A, os professores de ciências entrevistados
são da rede pública, predominantemente na faixa de 31 a 40 anos de idade, com mais de 5 anos
de formados nesta licenciatura e 65% fez ou faz alguma especialização na área de matemática.
No grupo 66% tem entre 11 e 20 anos de experiências, dos quais 59% lecionam no Ensino
fundamental e 44% no Ensino Médio da Rede Pública Paulista.
48
Parte B - Quais as Representações dos professores sobre Biotecnologia e os
Transgênicos? Suas opiniões, fontes de informações e posições pessoais?
À parte B, trata sobre Biotecnologia, a questão número 11 buscou informações se os
professores tiveram Biotecnologia como conteúdo na graduação, apenas. 16% dos entrevistados
responderam sim, demonstrando que este pode ser um dos fatores que contribuem para a
dificuldade de 50% dos professores em ensinar o assunto de acordo com respostas dos mesmos,
levando a uma representação da biotecnologia distanciada do saber científico e demonstrando a
falta de conhecimento confirmada nas Tabelas 5 e 6 que, respectivamente colocam como uma das
categorias com 32% e 63% a falta de conhecimento, como um dos motivos pela dificuldade de se
ensinar o assunto, mesmo para os professores que acreditam não ter dificuldades em ensinar
sobre transgênicos.
Quando o tema específico transgênicos é citado perguntou-se “por que” da dificuldade
para ensinar sobre transgênicos, classificadas em três categorias que mostram que para os
professores faltam recursos, conhecimento do assunto e problemas na escola (Tabela 5). A
categoria denominada, recursos abrange alguns itens citados pelos professores, tais como: livros,
fitas, DVDs, material didático, revistas, textos e internet. Dentre os problemas na escola é citado
a ausência do conteúdo na programação e na grade curricular. Pode-se constatar que a falta do
conteúdo sobre Biotecnologia na graduação não é considerada como um dos fatores pela
dificuldade no ensino do mesmo. 32% citam que a falta de conhecimento seria o maior problema.
Quando perguntado na questão 12, se os professores ensinavam o assunto Biotecnologia e
quais dificuldades encontravam, as respostas foram classificadas e separadas por dificuldades ou
não.
Tabela 05 - Dificuldades para ensinar sobre Transgênicos
Categorias F %
Falta de recursos 17 61,0
Falta de conhecimento 09 32,0
Problemas na escola 02 7,0
Totais 28 100
49
Categorias Iniciais – Dificuldades – Tabela 5
1. Falta de material - Termos e expressões que indicam a falta de material sobre o assunto
nas escolas, material de apoio, didático e outros recursos materiais.
2. Formação específica - Termos e expressões que se referem às dificuldades do professor
em relação ao conteúdo específico e à formação específica para o assunto.
3. Falta de conhecimento Agrega todas as expressões e palavras referentes à falta de
conhecimento sobre o assunto, informações, dificuldades para lecionar.
4. Conteúdos relacionados ao tema. Estão relacionadas às palavras e expressões
relacionadas a conteúdos relacionados ao tema em questão.
5. Pesquisa Nesta categoria estão incluídos os problemas para se realizar pesquisa na
escola e trabalhos com os alunos, através de livros, internet e revistas.
6. Discurso não pertinente Termos e expressões que não fazem referência ou não
apresentem argumentos relacionados à pergunta.
Categorias Globais
1. Falta de Recursos É composta pelas categorias iniciais que façam referência a todas as
justificativas do professor em relação à falta de materiais, recursos e dificuldades para
pesquisa e trabalho na escola.
2. Falta de conhecimento É composta pelas categorias iniciais que justificam as dificuldades
do professor devido à falta de conhecimento do assunto e a formação específica para se
trabalhar este assunto nas escolas.
3. Problemas na escola É composta pela categoria pesquisa, que apresenta os problemas que
ocorrem na escola.
A Tabela 6 apresenta as categorias encontradas nas respostas de todos os sujeitos que
acreditam não ter dificuldades para ensinar sobre transgênicos. Observa-se na distribuição das
categorias que as mesmas se repetem para aqueles que afirmaram não possuírem dificuldades no
ensino de transgênicos, ou seja, apresentam as mesmas justificativas, pois o assunto não é claro e
leva a crer que o professor não apresenta dificuldades em ensinar devido à sua condição de
50
professor, não pelo domínio do assunto, pois em suas respostas analisadas os mesmos
apresentaram justificativas à sua condição de professor que sempre sabe ensinar, mas apresentam
em suas respostas os problemas encontrados ao ensinar o assunto que são os mesmos da Tabela 5.
O professor em ambos os casos demonstra ter dificuldades para lecionar o assunto e
apresentar o conteúdo cientificamente.
Tabela 06 – Problemas apresentados pelos que não possuem
dificuldades para ensinar sobre Transgênicos
Categorias F %
Falta de conhecimentos 15 63,0
Falta de recursos 02 08,0
Não tem dificuldades 07 29,0
Totais 24 100
Categoriais Iniciais -Tabela 6
1. Conteúdo – Expressões e termos que citam o conteúdo como ausente ou secundário na
programação da escola ou em sua grade.
2. Falta de conhecimento Agrega todas as expressões e palavras referentes à falta de
conhecimento sobre o assunto, informações, esclarecimentos e dificuldades para lecionar.
3. Falta de material - Termos e expressões que indicam a falta de material didático e outros
recursos materiais.
4. Não tem dificuldades São os termos e expressões que designam as qualidades do professor
e as justificativas por não possuírem dificuldades para lecionar.
Categorias Globais
1. Falta de conhecimentos – É composta pelas categorias iniciais falta de conhecimento e
conteúdos.
2. Falta de recursos –É composta pela categoria inicial falta de material.
3. Não tem dificuldades – É composta pela categoria inicial com o mesmo título.
51
Na questão 12 (Tabela 6), dos 29% que responderam acreditar que não possuem
dificuldades para ensinar sobre transgênicos, quando perguntados sobre assuntos específicos em
questões posteriores os mesmos apresentaram muitas dúvidas e erros conceituais.
Quando perguntado na questão 13, sobre a sigla OGM (organismos geneticamente
modificados), 69% não conhecem a sigla e 78% não sabem seu significado. Solicitado que
definam transgênicos a discrepância aumenta e a resposta é significante para (X²= 16,56, c =
7,82, gl= 3 para = 0,05 ), onde apenas 39% apresentou definição correta, 18% colocam que são
produtos melhores e de maior qualidade, ou seja citam as suas características e 30% citam
aplicações das técnicas de biotecnologia, seguidos por 13% que continuam a afirmar que não
possuem informações sobre o assunto ou sabem pouco.
Na questão 14, apesar de 69% dos professores afirmarem que não conhecem a sigla
OGM, durante a aplicação do questionário a questão causou desconforto entre os professores, os
mesmos ficaram inquietos e questionavam a pergunta, levando alguns a responderem por
dedução, e escreverem o que achavam apresentando variações ortográficas nas respostas dadas e
demonstrando pouco conhecimento novamente sobre o assunto. Dos 31% que afirmaram
conhecer a sigla, apenas 22% responderam corretamente à questão.
Categorias Iniciais - Questão 14
1. Organismos Geneticamente Modificados – Nesta categoria estão colocadas às definições
corretas
2. Organização – Nesta categoria estão as duas definições erradas dadas como organizações.
3. Não lembra – categoria onde os entrevistados afirmam não se lembrarem do significado.
4.
Não leu Categoria que compreende as pessoas que não leram sobre o assunto ou não
possuem informações.
Categorias Globais
1. Organismos Geneticamente modificados foram incluídas nesta categoria todas as respostas
corretas.
52
2. Não sabem – Nesta categoria estão incluídas as respostas incorretas e aqueles que não
responderam à questão.
Os alimentos transgênicos são obtidos a partir de variedades transgênicas ou que no seu
processamento utilizam microorganismos geneticamente modificados, conseqüentes da evolução
cientifica e tecnológica, gerando uma grande ansiedade na sociedade brasileira sobre os riscos
dos alimentos para a saúde humana, confirmamos isto nas questões de mero 16, 17 e 18, que
apresentam as representações dos professores sobre o assunto.
A questão 15 (Tabela 7), apresenta a definição dada pelos professores pesquisados para o
termo Transgênicos, os mesmos em 39% atribuem resposta semelhante à questão da sigla OGM,
definem transgênicos com produtos geneticamente modificados, os demais não dão definições
citam em 18% que são produtos melhores ou de melhor qualidade a partir de palavras
classificadas na categoria inicial e depois inseridas nesta categoria global, e 30% do professores
não definem transgênicos, apenas citam diversas aplicações das técnicas de transgenia.
Demonstrando as dúvidas e incertezas sobre o assunto 13% dos professores pesquisados dizem
não ter informações sobre o assunto e saberem pouco sobre o assunto.
As representações dos professores o muito superficiais, não demonstram embasamento
científico e se apresentam confusas e incertas ao mesmo tempo, 30% do grupo ao ser solicitado
exemplos de aplicações biotecnológicas, demonstrando a falta de conceituação do assunto.
Tabela 07 - Definição de Transgênicos
Categorias F %
Produtos geneticamente
modificados
24 39,0
Produtos melhores/maior
qualidade
11 18,0
Aplicações 19 30,0
Não tem informações 08 13,0
Totais 62
100
Categorias Iniciais – Tabela 7
53
1. Alimentos ou animais geneticamente modificados – nesta categoria foram agrupadas as
palavras e expressões relacionadas aos termos citados
2. Melhor resultado no cultivo e produção de alimentos foram agrupadas nesta categoria as
palavras e expressões que se referem à melhoria no cultivo e produção de alimentos.
3. DNA Nesta categoria foram colocadas todas as palavras e expressões que se referem ao
ácido dexorribonucléico (DNA) ou (RNA) ácido ribonucléico; citadas como trechos que
podem ser inseridos ou retirados das células.
4. Reprodução Tecnológica Termo ou expressão que designa os transgênicos como avanço
tecnológico.
5. Utilização Consciente e benéfica Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressão
citadas que se referem ao transgênicos como forma de utilização consciente e benéfica para o
homem.
6. Espécies resistentes Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões que referem
se aos transgênicos como forma de termos espécies resistentes e até pragas.
7. Inibição de Fungos e germinação. Nesta categoria são classificadas as palavras relacionadas a
aplicações de técnicas de transgênicos.
8. Mutação Nesta categoria a palavra mutação foi utilizada para definir o que se entende por
transgênicos.
Categorias Globais
1. Produtos geneticamente modificados - Nesta categoria foram agrupadas as categorias iniciais
que definem os transgênicos como alimentos, animais ou produtos geneticamente
modificados, além de materiais transformados em laboratório e estruturas mudadas através de
seus genes e alterações biológicas.
2. Produtos melhores e de maior qualidade Nesta categoria foram agrupadas todas as
categorias iniciais que citam os transgênicos com exemplos de produtos melhores e com
maior qualidade, tamm aqueles que apresentam melhores resultados no cultivo e na
produção, além dos benefícios e da finalidade comercial dos mesmos.
3. Aplicações Nesta categoria global foram agrupadas todas as categorias iniciais que citam
formas de aplicações dos transgênicos nas mais diferentes áreas, como saúde, uso das células
54
tronco, revolução tecnológica, transformações, benefícios, resistência, melhoria no meio
ambiente e outras técnicas onde se pode utilizar os transgênicos.
4. Não tem informações / sabe pouco Nesta categoria foram citadas duas categorias iniciais
que envolveram as citações de falta de informação ou afirmações de que se sabe pouco sobre
o assunto.
Na questão 16 (Tabela 8), os pesquisados ficaram divididos entre suas opiniões a respeito
dos problemas causados por transgênicos, com um índice de 50% afirmando que transgênicos
causam problemas e 50% que não causam problemas, as análises das respostas posteriores
demonstram insegurança por parte dos professores, mesmo quando suas respostas são
afirmativas, eles apresentam questionamentos a respeito do pouco conhecimento sobre o assunto.
Nas respostas negativas, alguns citaram e demonstraram a insegurança, pois não tinham certeza
dos efeitos colaterais ou problemas causados pelos transgênicos.
A Tabela 8 apresenta seis categorias de tipos de problemas causados pelos transgênicos.
citando em primeiro lugar com 25%, que os alimentos transgênicos podem causar alergias e
reações nos organismos, seguido por 22% afirmam que ocorrem alterações orgânicas ou químicas
nas lulas, 19% coloca que os transgênicos causam problemas ao meio ambiente e aos animais,
seguido de 16% que continuam a reafirmar suas representações de falta de conhecimento do
assunto e falta de maiores estudos e pesquisas na área. Com 12% foram citados que os
transgênicos podem causar doenças e efeitos colaterais. Valores significativos de acordo com o
resultado, (X²= 14,39, X² c =11,07 , gl =5, para = 0,05 ).
Entre os pesquisados que não acreditam que os transgênicos possam causar problemas
alguns justificaram sua resposta citando que acreditam que os transgênicos tragam benefícios,
porém não citam tais benefícios e outros continuam afirmar que possuem dúvidas sobre o
assunto.
Como vemos os professores se sentem inseguros, de acordo com Carvalho e Peréz (2003),
para lecionar necessidade de haver domínio da matéria, conhecimento este que garante um
ensino melhor, faz-se necessário à preparação do professor para os novos conhecimentos
científicos, em função dos avanços tecnológicos e de questões e curiosidades levantadas pelos
alunos no dia-a-dia.
55
Tabela 08 – Tipos de problemas causados pelos Transgênicos
Categorias F %
Alergias e Reações 08 25,0
Alterações orgânicas e químicas 07 22,0
Meio Ambiente 06 19,0
Não sabem 05 16,0
Doenças 04 12,0
Outros 02 6,0
Totais 32 100
Categorias Iniciais – Tabela 08
1. Alergias – Categoria onde citam as alergias como problemas causados pelos transgênicos.
2. Reações Categoria onde o citadas as palavras e expressões que indicam todos os tipos de
reações que os transgênicos possam causar.
3. Alterações orgânicas Categoria que agrupa alterações que ocorram nas células, no DNA ou
em organismos.
4. Alterações Químicas na célula Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões
que se referem a alterações químicas que podem ocorrer devido aos transgênicos.
5. Meio ambiente - Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões que citam o
ecossistema e o meio ambiente além dos desequilíbrios na cadeia alimentar, ou desequilíbrios
naturais; como problemas gerados pelo transgênicos.
6. Animais – Nesta categoria é citado os animais como alvo dos problemas gerados pelos
transgênicos.
7. Não sabem – Nesta categoria são citadas as palavras e expressões que afirmam que os
entrevistados não sabem sobre o assunto, ou nem tem conhecimento.
8. Faltam estudos Nesta categoria são citadas as palavras e expressões que acreditam que não
há estudos, ou faltam maiores estudos e pesquisas sobre o assunto.
9. Doenças – Nesta categoria são citadas as doenças como problemas que podem ocorrer devido
ao uso dos transgênicos.
10. Efeitos colaterais e Riscos São citadas nesta categoria, todas as palavras e expressões que
colocam os riscos e efeitos colaterais que podem ser provocados pelos transgênicos.
56
11. Troca das bases nitrogenadas Nesta categoria são colocadas às palavras que se referem à
troca das bases nitrogenadas na molécula de DNA.
Categorias Globais
1. Alergias e Reações Foram agrupadas as categorias iniciais que citam as alergias e reações
que podem ser ocasionadas pelos transgênicos.
2. Alterações orgânicas / químicas Foram agrupadas as categorias iniciais que citam todas as
formas de alterações que podem ocorrer nas células, sejam elas, orgânicas ou químicas.
3. Meio ambiente Nesta categoria global agruparam-se todas as categorias iniciais que citam
os transgênicos como fonte de alterações em animais, ecossistemas, meio ambiente ou
desequilíbrio ecológico.
4. Não sabem / Faltam estudos Nesta categoria foram agrupadas as categorias iniciais que
apresentam os termos; não saber responder à questão ou atribuem à falta de estudos à causa
de problemas relacionados aos transgênicos.
5. Doenças e efeitos colaterais Nesta categoria foram agrupadas as categorias iniciais que
indicam as doenças, os riscos e os possíveis efeitos colaterais gerados pelos transgênicos.
6. Outros Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões não pertinentes e uma
categoria inicial que não se agrupa em nenhuma outra categoria global.
Perguntado aos professores na questão 18, se eles comeriam um alimento transgênicos,
72% afirmam que sim, e demonstram mais uma vez suas dúvidas e inseguranças, os demais se
dividiram em 16% negativamente e 12% responderam talvez (Tabela 9).
Tabela 09 - Consumo de alimentos transgênicos
Categorias F %
Sim 23 72,0
Não 05 16,0
Talvez 04 12,0
Totais 32 100
57
Com relação ao consumo de transgênicos (X²= 67,5 , X² c =5,99, gl = 2 para = 0,05 ),
mesmo percentual reapresentado na tabela 13, onde 72% dos entrevistados dizem que comeriam
um alimento transgênicos ou usaria uma medicação de origem transgênica. Estes dados levam a
refletir sobre a confiança do professor quanto aos avanços tecnológicos e científicos, mostrando
que ele confia e sabe que as pesquisas científicas o importantes e muito relevantes, merecendo
assim respeito e confiabilidade.
Tabela 10 - Fontes de informação sobre alimentos Transgênicos
Categorias F %
TV 26 35,0
Revistas 25 32,0
Livros 07 9,0
Internet 05 6,0
Orientações
Técnicas
05 6,0
Palestras 03 4,0
Cursos 02 3,0
Jornais 02 3,0
Vídeos 01 1,0
Fórum 01 1,0
Totais 77 100
A Tabela 10 apresenta as fontes de informação dos professores sobre transgênicos, são
citadas: revistas, TV, livros e a internet, (X²= 143,8 , X² c = 16,92, gl = 9 para = 0,05 ),
valores que podem ser mais explorados. A categoria TV ( 35 %), vem em primeiro lugar e indica
que a influência da mídia na formação das representações dos sujeitos, constituindo o
pensamento docente de senso comum, como é afirmado por Carvalho e Pérez, (2003), que
questiona as idéias de senso comum dos professores, sobre o ensino de ciências, para ele muito
das idéias são formadas de maneira incidental, através de concepções espontâneas, e que para
ocorrer uma transformação faz-se necessário um conhecimento claro e preciso das deficiências
58
dos professores, através da elaboração de um corpo coerente de conhecimentos que vai além de
aquisições pontuais e dispersas.
A fonte revistas (32%), vem em segundo lugar, apesar da questão não esclarecer o tipo de
revista, a mesma nos mostra que a leitura e a forma que o professor tenta se atualizar e melhorar
seus conhecimentos, pois a categoria que se segue depende da leitura apesar de apenas 9% dos
sujeitos citarem os livros como fonte de informação e 6% a internet e as Orientações Técnicas,
não havendo referências para artigos científicos ou outras formas de informações que comprovem
os avanços tecnológicos e científicos. As demais categorias tiveram poucas freqüências, foram
citadas: palestras, cursos, jornais (apenas citado no grupo masculino de professores) e duas
categorias individuais,deos e fórum sobre o assunto.
O objetivo da questão 21 era conhecer eventos nos quais os professores tivessem
participado a respeito de transgênicos como forma de atualização ou aprendizagem sobre o
assunto isto na escola e no seu cotidiano, porém as respostas demonstram que 91% dos
professores nunca participaram deste tipo de evento, considerando que o professor deveria ser um
pesquisador, e um mero elevado de professores nunca participaram de nada que envolvesse
este assunto tão atual e necessário, tal índice nos leva a repensar na formação do professor e nos
locais onde esta formação deve ocorrer, para uma maior proximidade do professor, verificamos
que os que já participaram de tal evento estava exclusivamente ligado à universidade. Três
participantes apenas haviam participado de atividades relacionadas ao assunto, professores do
grupo de questionário com formação universitária mais recente.
Categorias Iniciais e Globais – Questão 21
1. Universidades Nesta categoria são citadas os nomes de universidades que realizaram
atividades sobre Transgênicos.
2. Instituto Adolfo Lutz Nesta categoria foi citado o nome deste Instituto que desenvolve
atividades relacionadas aos transgênicos
A questão 22 procura diagnosticar o conhecimento dos professores a respeito da
legislação em vigor sobre biotecnologia e transgênicos, levando em consideração que o assunto
foi muito explorado na mídia no período de sua aprovação no congresso, e verificando que o
59
professor obtém muitas de suas informações através da TV, apenas 9% dos entrevistados citam a
Biossegurança como lei que regulamenta a biotecnologia e a segurança sobre os transgênicos,
81% dizem não saber se existe lei sobre o assunto.
A questão reafirma, que o professor está desatualizado, visto que a principal lei sobre o
assunto é a lei 11.105 de 24 de março de 2005 e que posteriormente em 22 de novembro do
mesmo ano entrou em vigor o decreto 5.591 que regulamentou alguns dispositivos da lei
11.105/05. E ainda hoje após mais de um ano não é de domínio do professor estes dados como
mostra a Tabela 11.
Tabela 11 - Leis que regulamentam a Biotecnologia e os Transgênicos
Categorias F %
Lei de Biossegurança
02 9,0
Não sabe 17 81,0
Existe a lei 01 5,0
Nenhuma 01 5,0
Totais 21 100
Apenas dois participantes responderam corretamente, 6% do total.
Categorias Iniciais e Globais – Tabela 11
1. Biossegurança – Nesta categoria foi agrupada as respostas corretas quanto ao nome da Lei
que regula a Biotecnologia no Brasil.
2. Não sabe Nesta categoria foram colocadas todas as respostas que citaram a expressão
“não sei”
3. Existe a lei Nesta categoria foi colocada à expressão que designa saber que existe a lei,
porém não a nomeia.
4. Nenhuma – Nesta categoria foi colocada às palavras ou expressões que designam que não
existe a lei ou não estão por dentro.
O professor na questão 23, quando indagado se comeria um alimento transgênico ou
usaria uma medicação de origem transgênica ele apresenta com 72% resposta afirmativa para
consumir os produtos, mas ainda demonstrando suas dúvidas e medos no consumo se subdivide
em 16% e 12% respectivamente que não usaria os produtos e que ainda possuem dúvidas quanto
60
ao consumo dos mesmos. As representações dos professores são conflitantes, sendo que 50 %
acreditam que os transgênicos podem causar problemas. (Tabela 12)
Tabela 12 – Posição quanto ao consumo de produtos Transgênicos
Categorias F %
Sim 23 72,0
Não 05 16,0
Dúvida 04 12,0
Totais 32 100
Quanto às justificativas pelo não consumo de Transgênicos, os professores reafirmam em
78%, não conhecer muito sobre o assunto, para poderem opinar, além de 22% acreditarem que
faltam testes e existem riscos para os consumidores.
Dos professores pesquisados que responderam Sim, a questão número 23, citaram como
argumento mais significativo com 26% dos pesquisados, que a confiança para se consumir
alimentos ou medicações de origem transgênicas vem dos inúmeros estudos e avanços da
tecnologia, seguido da idéia de não acreditarem que os transgênicos possam causar algum mal,
acham que não existem restrições para se preocuparem, que os benefícios são vários e citam
exemplos tais como: aumento da produtividade e qualidade dos alimentos, cura de doenças, e
produção de medicações (Tabela 13).
Tabela 13Justificativas pelo consumo de produtos Transgênicos
Categorias F %
Existem muitos estudos 12 26,0
Não causam mal 10 22,0
Trazem benefícios 10 22,0
Não conhecem bem o assunto 06 13,0
Outras justificativas 05 11,0
Participação 03 6,0
Totais 46 100
Categorias Iniciais – Tabela 13 (consumo de Transgênicos)
61
1. Os genes modificados não alteram o organismo - Nesta categoria foram agrupadas palavras e
expressões que demonstram que os transgênicos o causam mal ao organismo, à saúde, não
possuem restrições, contra indicações ou efeitos colaterais.
2. Muitos estudos nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões que façam
referência às pesquisas, leis, testes, estudos e outras formas da tecnologia garantir segurança à
população.
3. Características da humanidade Nesta categoria foram colocadas às palavras e expressões
que se referem ao comportamento e características do homem, enquanto indivíduo inteligente,
participativo em experiências, buscando o progresso e o avanço da tecnologia para a
humanidade.
4. Benefícios Nesta categoria foram incluídos termos e expressões que façam referência aos
benefícios propiciados pelos transgênicos, melhoria da qualidade, produtos mais saudáveis,
baratos e nutritivos além da prevenção quanto às possíveis conseqüências.
5. consumimos Termos e expressões que façam referência ao consumo e a alimentação de
transgênicos de maneira consciente ou não da sua origem.
6. Não conhecem o assunto – Termos e expressões que façam referência à falta de informação e
conhecimento sobre o assunto, dúvidas e falta de opção.
7. Exemplos Nesta categoria foram incluídos os exemplos citados de produtos alimentícios e
medicações transgênicas.
Categorias Globais
1. Existem muitos estudos / Tecnologia é composta pela categoria inicial que faz referência
aos estudos que existem e aos avanços da Tecnologia
2. Não causam mal / sem restrições - é composta pela categoria inicial que faz referência aos
genes modificados que não alteram o organismo, não causam mal ao organismo, à saúde, não
possuem restrições, contra indicações ou efeitos colaterais.
3. Trazem benefícios / citam exemplos - é composta pelas categorias iniciais que façam
referência aos benefícios propiciados pelos transgênicos e os exemplos citados de produtos
alimentícios e medicações transgênicas.
62
4. Não conhecem bem o assunto - é composta pela categoria inicial que faz referência à falta de
informação e de conhecimento sobre o assunto.
5. Outras justificativas isoladas - é composta pela categoria inicial que faz referência às
características da humanidade.
6. Participação - é composta pela categoria inicial que faz referência ao consumo e a
alimentação de transgênicos de maneira consciente ou não da sua origem.
Categorias Iniciais – Não consumo de Transgênicos
1. Não conhece o assunto Termos e expressões que demonstram a falta de conhecimento do
assunto, e insegurança.
2. Faltam testes Palavras e expressões que apresentam a falta de testes e estudos sobre o
assunto.
3. Não sabe se isto ocorre Termos e expressões que indiquem a incerteza de que isto
ocorre ou não.
4. Existem riscos Palavras e expressões que façam referência aos possíveis riscos propiciados
pelos transgênicos.
Categorias Globais
1. Não conhece muito sobre o assunto é composta pelas categorias iniciais que façam
referência à falta de conhecimento sobre o assunto e a incerteza de que isto já ocorra.
2. Faltam testes e riscos - é composta pelas categorias iniciais que façam referência à falta de
testes e aos riscos.
Na questão 24 (Tabela 14) discutiu-se sobre as conversas com os alunos a respeito de
plantas e animais transgênicos, sendo que (59 %), conversam sobre o assunto com os alunos,
valor significativo onde (X²= 3,24, X² c = 3,84, gl= 1para = 0,05)
Apesar de demonstrarem dúvidas nas definições iniciais, os mesmos conversam
justamente sobre suas dúvidas como mostram as categorias da Tabela 14, onde a contradição se
manifesta mais uma vez nesta pesquisa, (X²= 7,4, c = 11,07 , gl = 5 para = 0,05 ), valor
63
maior e significante do ponto de vista estatístico, onde as conversas com alunos de modo geral
são apresentadas sem aprofundamentos, confirmando a falta de conhecimento por parte do
professor apresentada em várias questões. A primeira categoria global mostra que o assunto
transgênicos é apresentado ao aluno quando outros conteúdos relacionados estão sendo
estudados, demonstrando que o assunto não é o principal objetivo da aula, ele é um ponto
secundário e sem aprofundamento. Em seguida 20% dos professores apenas tratam o assunto
através de pesquisas escolares ou afins solicitados ao aluno, os demais itens são justamente os
que os professores apresentaram como sendo suas maiores dúvidas sobre o assunto; as vantagens
e desvantagens, os alimentos e os animais transgênicos e em 16% dos casos isto é feito através de
conversas com os alunos ou debates em sala de aula. Ficando ainda 9% dos pesquisados
restringindo o assunto a comentários surgidos em aula sobre noticiários ou reportagens sobre o
tema em questão. 41% dos professores não falam com seus alunos sobre transgênicos, assunto do
conteúdo programático escolar de acordo com os Parâmetros curriculares Nacionais.
Tabela 14 – Comentários com os alunos sobre Transgênicos
Categorias F %
Relacionado a outros conteúdos 10 22,0
Pesquisas escolares e afins 09 20,0
Vantagens e desvantagens 09 20,0
Conversas e debates 07 16,0
Alimentos e animais transgênicos 06 13,0
Comentários sobre noticiários e reportagens
04 9,0
Totais 45 100
Categorias Iniciais – Tabela 14
1. Alimentos Nesta categoria foram incluídas as palavras e expressões que se referem às
conversas com alunos onde foram citados exemplos de alimentos, tais como soja.
2. Animais - Nesta categoria foram incluídas as palavras e expressões que se referem às
conversas com alunos onde foram citados, animais ou Organismos Geneticamente
Modificados.
64
3. Qualidade Nesta categoria foram incluídas palavras ou termos que expressam a qualidade
dos transgênicos.
4. Reportagens Nesta categoria foram incluídas as referências a reportagens, noticiários e
revistas e livros.
5. Genética - Nesta categoria foram incluídos os termos e expressões que façam referência à
genética e suas aplicações biotecnológicas, como transgênicos, genes, cromossomos,
modificação no DNA, células tronco e outros.
6. Pesquisa - Nesta categoria foram incluídos os termos e expressões que façam referência a
pesquisas científicas, escolares e projetos de pesquisa.
7. Vantagens Nesta categoria foram incluídos os termos e expressões que fazem referência às
vantagens dos transgênicos.
8. Desvantagens – Nesta categoria foram incluídas as desvantagens dos transgênicos.
9. Comentários - Nesta categoria foram incluídos os termos e expressões que façam referência
aos comentários feitos com os alunos sobre o que já ouviram sobre o assunto, o que pensam e
as polêmicas geradas.
10. Outros conteúdos - Nesta categoria foram incluídos os termos e expressões que façam
referência a outros conteúdos citados, tais como germinação, desequilíbrio, cadeia alimentar,
doenças e outros.
11. Atividades escolares - Nesta categoria foram incluídos os termos e expressões que façam
referência às atividades didáticas desenvolvidas na escola tais como, leituras, debates,
cartazes, seminários e outros.
Categorias Globais
1. Relacionado a outros conteúdos é composta pelas categorias iniciais que façam referência a
outros conteúdos que são explorados em sala de aula e servem de gancho para se estudar os
transgênicos, além da categoria inicial genética.
2. Pesquisas escolares e afins é composta pelas categorias iniciais que façam referência aos as
pesquisas escolares e outras atividades desenvolvidas na escola.
3. Vantagens e desvantagens é composta pelas categorias iniciais que façam referência às
vantagens e desvantagens dos transgênicos.
65
4. Conversas e debates – é composta pelas categorias iniciais que façam referências às conversas
e debates feitos com os alunos.
5. Alimentos e animais transgênicos é composta pelas categoriais iniciais que façam
referências a animais e alimentos transgênicos.
6. Comentários sobre noticiários e reportagens – é composta pela referência inicial reportagens.
A questão 26 e 27 (Tabela 15), perguntam sobre a leitura dos rótulos de produtos
alimentícios que contenham ingredientes transgênicos, além de solicitar a marca ou produto. Esta
questão apresenta uma relação com a vida pessoal dos professores e a leitura dos rótulos de
alimentos, os mesmos se apresentaram divididos quanto à leitura dos rótulos dos produtos
alimentícios sendo que 50% responderam sim e os outros 50% responderam que não lêem os
rótulos. Ao ser solicitado na questão 27 que citem os produtos e marcas de transgênicos, foram
apresentadas quatro categorias, onde 55% afirmaram que não consta nos rótulos tal informação,
categoria correta, pois a legislação em vigor estabelece na lei 11.105 em seu artigo 40 que os
alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham,
ou seja, produzidos a partir de OGM ou derivados deverão conter informação nesse sentido em
seus rótulos, conforme regulamento, também previsto no artigo 91 do Decreto 5.591, porém isto
ainda deverá ser publicado através de um decreto específico para este fim, concluindo os
produtos comercializados atualmente ainda não apresentam tais informações em seus rótulos.
Na tabela 15 para (X²= 101,65, c =9,49 , gl = 4 para = 0,05 ), sendo que a soja com
18% é o item mais citado, apesar de não esclarecer a forma da soja ou o produto específico
derivado da soja. Seguido pelo produto salgadinho da marca Fandangos, e na mesma proporção
com 9%, o milho de pipoca e também batata importada, especificada como salgadinho vendido
em lata própria pelo entrevistado.
Tabela 15Produtos Transgênicos
Categorias F %
Não consta nos rótulos 06 55,0
Soja 02 18,0
Fandangos 01 9,0
Milho de Pipoca 01 9,0
Batata Importada 01 9,0
Totais 11 100
66
Categorias Iniciais – Tabela 15
1. Soja – Produto citado
2. Não lembro da marca Termos ou expressões que fazem referência à falta de lembrança da
marca ou produto transgênico.
3. Ainda não identifiquei nenhum Termos e expressões que fazem referência à não
identificação de produtos ou ingredientes transgênicos nos rótulos.
4. Fandangos – Produto citado
5. Milho de pipoca – Produto citado
6. Batata (lata)
7. Discurso não pertinente Termos e expressões que não fazem referência ou não apresentam
nomes de produtos transgênicos.
Categorias Globais
1. Não consta nos rótulos – É composta pelas categorias iniciais que fazem referência a ausência
de informações sobre transnicos nós rótulos, sua identificação, e falta de especificação.
2. Soja – Nome do produto citado
3. Fandangos – Nome do produto citado
4. Milho de Pipoca – Nome do produto citado
5. Batata importada - Nome do produto citado
Continuando as análises sobre as Representações Sociais dos professores sobre
Transgênicos, principal objetivo deste trabalho, vemos claramente que apesar de metade dos
participantes afirmarem que lêem os rótulos dos produtos alimentícios , como fandangos, pipoca
e soja (Tabela 15). Percebemos que não esclarecimentos sobre os produtos e marcas que
contém transgênicos e estão no mercado, alguns divulgados pelos órgãos não governamentais
como o Greenpeace, citado por um dos entrevistados como fonte de informação sobre alimentos
transgênicos, órgão este que faz campanha contra os transgênicos. Podemos constatar através dos
baixos índices percentuais da pesquisa, que a soja pode ter sido uma forma de responder a
67
questão levando em consideração às informações pessoais dos entrevistados, obtidas através da
mídia, em noticiários e revistas, principal fonte de informação do professor conforme Tabela 10.
As representações dos entrevistados sobre transgênicos, foram muito significativas, com
um índice 63% afirmando possuir medo de consumir transgênicos, onde para (X²= 6,76, c =
3,84 , gl = 1 para = 0,05). 37% afirmam não possuir medo de consumir transgênicos.
A questão 28 (Tabela 16), onde apresentam as justificativas pelo medo de consumir
transgênicos, reafirmam as dúvidas dos professores em relação ao assunto, apresentando um
índice de 31% como categoria que não sabe definir se o consumo destes produtos transgênicos é
bom ou ruim para as pessoas. Também 25% dizem possuir dúvidas, e outros 25% apesar do medo
acreditam que ingerem alimentos transgênicos. Em outra categoria com 19% os entrevistados
dizem ter poucas informações sobre os transgênicos e acreditam que haveria necessidades de
mais testes sobre os efeitos dos produtos em organismos vivos.
Tabela 16 - Justificativas pelo medo de consumir Transgênicos
Categorias F %
Não sabe se é bom ou ruim 05 31,0
Muitas dúvidas 04 25,0
Ingerimos 04 25,0
Poucas informações / testes 03 19,0
Totais 16 100
Categorias Globais – Tabela 16
1. Não sabe se é bom ou ruim É composta pela categoria inicial que indiquem a incerteza em
definir se os transgênicos são bons ou ruins, e se são contra ou a favor dos mesmos.
2. Muitas dúvidas É composta pelas categorias iniciais que apresentam as mais diferentes
dúvidas geradas pelo consumo dos transgênicos e a falta de informações pela mídia e da
própria realidade.
3. Ingerimos É composta pelas categorias iniciais que apresentam o medo de se consumir
transgênicos, mas afirmam que ingerimos os mesmos e outras químicas e que o fator
quantidade e marca também influenciam.
68
4. Poucas informações / testes – É composta pelas categorias iniciais que indicam poucas
informações e faltas de testes.
Dos pesquisados que não possuem medo de consumir transgênicos foi elaborada a Tabela
17, separada em cinco categorias em ordem de importância, acreditam que o causam mal, 33%
acreditam na ciência, 29%, querem saber mais sobre o assunto, 17%, mais uma vez a resposta
confirma as dúvidas e inseguranças dos professores. Seguindo, 13% acham que são mudanças e
que há experiências para garantir a segurança e os 8% restantes acreditam que consomem
transgênicos sem saber e que os anseios e medo do novo é natural.
Tabela 17 - Justificativas por não terem medo de consumir Transgênicos
Categorias F %
Não causam mal 08 33,0
Acreditam na ciência / garantias 07 29,0
Querem saber mais sobre o assunto 04 17,0
Mudanças / Experiências 03 13,0
Consumimos sem saber / anseio
natural
02 8,0
Totais 24 100
Categorias Iniciais – Tabela 17
1. Não causam mal Termos e expressões que indiquem que os transgênicos não fazem mal ao
organismo ou à saúde.
2. Evolução Termos e expressões que indiquem que a Ciência está em evolução e os mesmos
são benefícios para a humanidade, existem testes e os transgênicos estão sendo testados em
laboratórios.
3. Dúvidas e anseios são naturais Termos e expressões que indiquem as dúvidas e anseios
gerados pelo novo.
4. Saber mais sobre os produtos Termos e expressões que indiquem a necessidade de se saber
mais sobre o os produtos e assuntos relacionados.
69
5. Preocupação maior com outros produtos. Palavras e expressões que indiquem outros produtos
já condenados, como: pesticidas, fungicidas, herbicidas e agrotóxicos.
6. Garantias de consumo Termos e expressões que indiquem que os produtos transgênicos
possuem garantias e já estão no mercado.
7. Não existem comprovações contra os transgênicos. Termos e expressões que indicam que não
há comprovações contra os produtos.
8. Consumimos sem saber - Termos e expressões que indiquem o consumo de produtos mesmo
de forma inconsciente.
9. Não sabe o que e quais os sintomas Termos e expressões que apresentam as dúvidas em
relação ao conceito e os sintomas que podem ser provocados pelos transgênicos.
Categorias Globais
1. Não causam mal -Ingerimos muitas químicas É composta pelas categorias iniciais que
apresentam as dúvidas em relação ao que ingerimos e a falta de comprovações contra os
transgênicos.
2. Acreditam na ciência / garantias - É composta pelas categorias iniciais que apresentam a
evolução da Ciência e as garantias de consumo.
3. Querem saber mais sobre o assunto - É composta pelas categorias iniciais que querem saber
mais sobre os produtos, sobre o que é e quais os sintomas.
4. Mudanças / Experiências - É composta pela categoria inicial que indicam as mudanças e
experiências que envolvem os transgênicos.
5. Consumimos sem saber / anseio natural - É composta pelas categorias iniciais que apresentam
citações sobre o consumo sem saber dos transgênicos e o anseio natural causado pelo novo.
Na questão 29 (Tabela 18), podemos constatar que 63% dos professores entrevistados se
colocam a favor dos transgênicos, sendo que na mesma proporção de 63% afirmam possuir sim,
medo de consumir transgênicos. Apenas 12% dos pesquisados são contra os transgênicos, sendo
todos do sexo feminino. 25% não sabem responder e se posicionarem quanto à questão, para
(X²=42,16, X² c = 5,99, gl =2 para = 0,05 ).
70
Tabela 18 – Posição quanto aos Transgênicos
Posição
Transgênicos
F %
A favor 20 63,0
Contra 04 12,0
Não Sabe 08 25,0
Totais 32 100
Categorias Iniciais – Tabela 18 (A favor)
1. Qualidade maior – Termos e expressões que indiquem a maior qualidade dos produtos
transgênicos.
2. Quantidade e maior produção - Termos e expressões que indiquem que os transgênicos
possuem maior produção e geram uma quantidade maior de alimentos.
3. Conhecer melhor o transgênicos - Termos e expressões que indiquem que apesar de serem a
favor necessitam conhecer melhor sobre o assunto.
4. Chance de ser introduzido - Expressões que indica que os transgênicos necessitam de uma
chance para serem introduzidos no mercado.
5. Ajudar na existência - Termos e expressões que indiquem os transgênicos como uma forma
de ajudar na existência humana e no bem estar da população.
6. Avanço da humanidade - Termos e expressões que indiquem os transgênicos como avanço da
humanidade.
7. Benefícios - Termos e expressões que indiquem os benefícios trazidos com a nova tecnologia.
8. Alimentação do futuro - Termos e expressões que indiquem os transgênicos como um avanço
para a alimentação do futuro.
9. Prevenção de doenças - Termos que indicam os transgênicos como forma de prevenção de
doenças.
10. Mudanças necessárias - Expressão que indica a necessidade das mudanças.
11. Período de experiências -Expressão que indica que estamos em um período de experiências.
12. Modificações para melhoria - Termos e expressões que indiquem que as modificações nos
transgênicos são para melhoria.
71
13. Pesquisa científica comprovada - Termos e expressões que indiquem que as pesquisas
científicas são comprovadas.
14. Investimentos em novos produtos alimentícios - Termo ou expressão que indica os
transgênicos como forma de novos investimentos em produtos alimentícios.
15. Dúvidas - Termos e expressões que indiquem que apesar de serem a favor apresentam
dúvidas sobre o assunto.
16. Boa opção – Expressão que indica os transgênicos como uma boa opção.
17. Imune a determinadas pragas Expressão que indica uma das vantagens em se investir nos
transgênicos e ficando imune a determinadas pragas.
18. Produtos identificados - Termos que indica a necessidade de se identificar os produtos
transgênicos.
19. Medo de armas biológicas Expressão que indica que apesar de ser a favor dos transgênicos
possui medo de armas biológicas.
20. Diminuição da diversidade genética - Expressões que faz referência aos transgênicos como
risco de diminuição da diversidade genética.
Categorias Globais
1. Diversos benefícios É composta pelas categorias iniciais que apresentam os diversos
benefícios proporcionados pelos transgênicos, como a qualidade, quantidade, alimentação do
futuro, prevenção de doenças, avanços, melhorias, investimentos imunidade a pragas e auxílio
na existência.
2. Conhecer o assunto / dúvidas –É composta por duas categorias iniciais que apresentam as
dúvidas e a falta de conhecimentos sobre o assunto
3. Dar chance de ser introduzidos É composta por três categorias iniciais que façam
referências à necessidade de se dar uma chance dos produtos serem introduzidos, ocorrência
das mudanças e período de experiências.
4. Pesquisa científica / opção É composta pelas categorias iniciais que apresentam as pesquisa
cientificas como algo comprovado e como uma boa opção.
72
5. Apresentam problemas É composta pelas categorias iniciais que apresentam alguns
problemas que podem ser gerados pelos transgênicos, como medo de armas biológicas,
diminuição da diversidade genética e necessidade de produtos identificados.
Categorias Iniciais – Tabela 18 (contra)
1. Alterações ambientais Termos e expressões que apresentam como problemas às alterações
ambientais e o desequilíbrio ecológico como problemas.
2. Danos no DNA inseridos nos organismos - Expressão que apresenta como fator contrario ao
uso de transgênicos os danos causados pelo DNA quando inseridos em um organismo.
3. Alterações induzidas Expressão que apresenta as alterações induzidas como fator contrário
ao uso dos transgênicos por acontecerem de maneira muito rápida.
4. Alterações na cadeia genética Expressão usada para indicar mais uma forma de alteração
proporcionada pelos transnicos no caso na cadeia alimentar.
5. Aprender mais Termos ou expressões usadas que façam referências à necessidade de se
aprender mais sobre o assunto e a necessidade de aprofundamento do assunto.
6. Problemas com animais – Palavras ou expressões que se referem aos problemas com animais,
principalmente em relação a não terem vida prolongadas.
7. Depende da utilização Termos ou expressões que se referem à forma de utilização dos
transgênicos.
Categorias Globais
1. Formas de alterações É composta pelas categorias iniciais que apresentam as diversas
formas de alterações que podem ser provocadas pelos transgênicos e os problemas com os
animais.
2. Precisam aprender mais sobre o assunto É composta pela categoria inicial que apresenta a
necessidade de se aprender mais sobre o assunto e se aprofundar.
3. Depende da utilização / quantidade É composta pelas categorias iniciais que façam
referência ao tipo de utilização e a quantidade.
73
Para explicar a posição contra ou a favor dos transgênicos foi elaborada a Tabela 19
(justificativas a favor dos transgênicos) e a Tabela 20, que mostram as categorias quanto à
posição contrária aos transgênicos e também dos duvidosos que foram significativas. Para (X²=
13,52 X² c = 5,99 , gl = 2 para = 0,05 ), dos que são a favor dos transgênicos, 65% atribuem os
benefícios dos mesmos como a questão principal de serem a favor, e 11% apesar de se
posicionarem a favor dizem não conhecer o assunto e possuírem muitas dúvidas. Três categorias
com 8% cada de pesquisados colocam a necessidade de os transgênicos serem introduzidos,
acreditam nas pesquisas científicas e acham que existem problemas a serem resolvidos, mas são a
favor dos transgênicos.
Tabela 19 – Justificativas a favor dos Transgênicos
Categorias F %
Diversos benefícios 24 65,0
Conhecer o assunto / dúvidas 04 11,0
Dar chance de ser introduzidos 03 8,0
Pesquisa científica / opção 03 8,0
Apresentam problemas 03 8,0
Totais 37 100
Para os contra os transgênicos e os que declararam não terem opinião formada, a categoria
mais significativa com 42% e que acreditam que os transgênicos possuem formas de alterações,
foram citadas alterações genéticas nos alimentos, alterações na cadeia alimentar, alteração no
tempo de vida dos animais. 42% também afirmam que necessitam aprender mais sobre o assunto
e 16% possuem dúvidas, acreditando que a quantidade ou dependendo do uso que se faz dos
transgênicos pode ser prejudicial. Mas uma questão em que o ítem aprender mais sobre o assunto
é citado.
Tabela 20 Justificativas contra os transgênicos e duvidosos
Categorias F %
Formas de alterações 05 42,0
Precisam aprender mais o assunto 05 42,0
Depende da utilização / quantidade 02 16,0
Totais 12 100
74
Todos os professores pesquisados, na questão 30, demonstram querer saber mais sobre
Biotecnologia e Transgênicos, 100% respondeu sim e citaram os assuntos de seu interesse.
(Tabela 21). Os conceitos, técnicas e as melhorias que a Biotecnologia e os transgênicos trazem
ficaram em primeiro lugar com 25%, seguidos da questão didática de que os pesquisados em 24%
querem aprender como trabalhar o tema e obter mais informações sobre o assunto. 14% colocam
que gostariam de conhecer os benefícios e malefícios do assunto em questão, item muito
explorado com os alunos conforme tabela número 17, onde 20% dos comentários com os alunos
são sobre as vantagens e desvantagens no uso da biotecnologia e os transgênicos.
13% dos pesquisados generalizando com a palavra gostariam de aprender tudo”, demonstraram
querer aprender de forma geral o assunto, seguido de 11% citarem assuntos diversos da
Biotecnologia que gostariam de aprender e 9% especificamente gostariam de saber mais sobre os
alimentos e produtos transgênicos. Restando 4% que deram ênfase à questão da saúde na
biotecnologia.
Tabela 21 – Assuntos sobre Biotecnologia e Transgênicos
Categorias F %
Conceitos/Técnicas/Melhorias 20 25,0
Como trabalhar o tema / informação 19 24,0
Benefícios e Malefícios 11 14,0
Tudo 10 13,0
Assuntos diversos da Biotecnologia 09 11,0
Alimentos e produtos 07 9,0
Saúde 03 4,0
Totais 79 100
Na tabela anterior, os professores demonstraram querer aprender sobre o assunto,
conhecer a forma didática de ensinar, demonstrando interesse pessoal e também profissional em
saber sobre o assunto e como ensina-lo.
Categorias Iniciais – Tabela 21
1. Como ocorre o melhoramento genético, termos e expressões sobre as técnicas, conceitos
sobre genética, princípio ativo, formas que acontece.
75
2. Como trabalhar o tema, termos e expressões referentes à maneira de ensinar.
3. Benefícios ou malefícios dos transgênicos, nesta categoria inclui-se todas as palavras e
expressões referentes aos pós e contras do tema, pontos negativos e positivos.
4. Tudo - Nesta categoria usou-se a palavra tudo, citadas nas respostas.
5. O que é transgênicos - Esta categoria inclui palavras e indagações sobre o que é ou o que são
transgênicos.
6. Saúde, termos e expressões ligadas ao campo da saúde.
7. Informativo semestral - Nesta categoria temos as palavras e expressões relacionadas a
informações sobre o assunto, dia-a-dia, influência em nossas vidas.
8. Utilização dos transgênicos, termos e expressões ligadas ao uso dos transgênicos, utilização.
9. Alimentos transgênicos, termos e expressões ligadas a conhecer os alimentos, produtos ou
tipos de transgênicos.
10. Biotecnologia, palavras e expressões ligadas à palavra Biotecnologia.
11. Leis, palavras e expressões ligadas às leis ou legislações referentes ao assunto.
12. Impactos ambientais, palavras e expressões ligadas aos problemas com o meio ambiente,
natureza.
Categorias Globais
1. Conceitos / Técnicas /Melhorias É composta pelas categorias iniciais que apresentam as
indagações sobre os conceitos, técnicas, e melhorias da Biotecnologia e os transgênicos, além
da utilização.
2. Como trabalhar o tema / informação É composta pela categoria inicial como trabalhar o
tema e informativo semestral.
3. Benefícios e malefícios - Nesta categoria foi incluída a categoria inicial sobre os pós e
contras, pontos positivos e negativos do tema.
4. Tudo - Categoria composta pela categoria inicial das pessoas que responderam querer saber
tudo sobre o assunto.
5. Assuntos diversos da Biotecnologia - Nesta categoria inclui-se as categorias iniciais que
falam sobre as leis, impactos ambientais e outros assuntos específicos sobre biotecnologia.
76
6. Alimentos e produtos - Nesta categoria foi incluída as categorias iniciais sobre os tipos de
alimentos, e produtos derivados de transgênicos.
7. Saúde –Nesta categoria temos a categoria inicial saúde.
Na parte B das questões, observou-se representação contraditória e incerta dos professores
em relação ao tema Biotecnologia e Transgênicos. Apresentaram suas opiniões e representações
sobre o assunto, distanciada do saber científico, estando suas idéias mais próximas do senso
comum geral, influenciados pela mídia e pouco informados dentre sua área profissional. As
fontes de informações citadas não são garantias de apropriação do conhecimento, baseado no
saber científico.
As Representações Sociais que mais se aproximam do saber e da informação para
professores de Ciências, são os livros, sendo os livros didáticos os mais citados, que levam os
alunos e professores a receberem informações geralmente desatualizadas ou apenas conceitos
básicos.
Parte C Qual a Representação dos professores em relação ao tema dentro
das escolas? O contato com os PCN, a conversa com os alunos e a pré-
disposição dos professores para receber maiores informações?
Esta parte visa analisar as Representações Sociais dos professores sobre Alimentos
Transgênicos dentro das escolas e sua relação com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN),
item muito interessante, pois todos os pesquisados demonstram interesse em conhecer mais sobre
o assunto, os mesmos gostariam de saber mais atualidades sobre o assunto, seus benefícios e
riscos e processos, (Tabela 21) os mesmos assuntos que são discutidos em sala de aula na Tabela
14, demonstrando a insegurança e as conversas de senso comum nas escolas. (X²= 7,4, c =
11,07, gl =5, para = 0,05 ).
Quando perguntados sobre os PCN, apesar do documento (PCN) estar na rede à quase
uma década, 28%, dizem não conhecer o material e 72% dos professores entrevistados dizem
conhecer os PCN, e citam seis categorias (Tabela 22), de onde tiveram contato com o mesmo, na
ordem crescente das categorias temos: planejamento, estudando para o concurso, em reuniões
pedagógicas e nos HTPC, (horário de trabalho pedagógico coletivo), através de projetos e apenas
77
um pesquisado na sua graduação. As diversidades de categorias mostram a falta de estudos
intensivos deste documento na rede estadual de ensino, que desde 1998 foi publicado e
distribuído nacionalmente, sendo utilizado esporadicamente e em algumas situações do cotidiano
escolar, como é apresentado nas respostas. Os PCN devem fazer parte da biografia de elaboração
do Projeto político pedagógico de todas as instituições de ensino do país, inclusive na Rede
Estadual de S.P, conforme legislação em vigor (BRASIL, 1996).
Tabela 22- Contato com os PCN
Categorias F
%
Planejamento 10 38,0
Concurso 06 22,0
Reuniões 06 22,0
HTPCs 02 7,0
Projetos 02 7,0
Graduação 01 4,0
Totais 27 100
Categorias Iniciais e globais – Tabela 22
1. Planejamento – nesta categoria foi incluída as palavras planejamento, citadas como diferentes
formas planejamento.
2. Concurso – Categoria que inclui as citações da palavra concurso nas respostas dadas.
3. Reuniões – Categoria onde foi citada as reuniões pedagógicas, oficinas e coordenação.
4. HTPCs - Categoria que inclui os Horários de Trabalhos Pedagógicos Coletivos da escola.
5. Projetos - Categoria das palavras projetos diversos da escola e da DE.
6. Graduação –Categoria onde uma professora citou ter tido contato com os PCN na graduação.
A questão 33, quanto à utilização dos PCN na escola, 69% dos pesquisados já utilizaram
os PCN, na escola, confirmando os resultados anteriores, de falta de leitura e estudos dos
documentos. Na tabela 23, os participantes da pesquisa citam o tipo de PCN usados: 28% Ética e
Cidadania, 24% Ciências, 10% Sexualidade, 10% Matemática, 10% Temas Transversais, 10%
Meio Ambiente, 4% Saúde e os 4% restantes Mercado e Consumo. Considerando que todos os
78
professores são de Ciências, apenas sete professores citaram o PCN de Ciências, material que
deveria ser usado e conhecido por todos os professores da área. Apesar de algumas variações nos
nomes dados aos PCN podemos dizer que o material não é ainda representativo e usual dos
professores.
Algumas categorias da Tabela 23, não apresentam os nomes corretos dos volumes dos
PCN, porém estão classificados de acordo com o enunciado pelos professores, dentre o tema
Temas transversais, vários assuntos são tratados e são apresentados pelos pesquisados.
Tabela 23 – Tipos de PCN
Categorias F %
Ética / Cidadania 8 28,0
Ciências 7 24,0
Sexualidade 3 10,0
Matemática 3 10,0
Temas Transversais 3 10,0
Meio Ambiente 3 10,0
Saúde 1 4,0
Mercado e Consumo 1 4,0
Totais 29 100
Categorias Iniciais e Globais – Tipos de PCN
1. Ética e Cidadania – Nesta categoria foi incluído o PCN sobre Ética e Cidadania.
2. Ciências – PCN da área de Ciências.
3. Sexualidade - Nome dado como PCN.
4. Matemática – PCN da área de Matemática.
5. Temas Transversais – PCN sobre Temas Transversais.
6. Meio Ambiente – PCN que trata sobre meio Ambiente.
7. Saúde – PCN de Saúde.
8. Mercado e Consumo – PCN que trata sobre Mercado e Consumo.
79
Utilização dos PCN - Tabela 24 - Categorias Iniciais
1. Ajudam a orientá-los nesta categoria estão palavras e expressões relacionadas ao uso dos
PCN para orientação e esclarecimentos de dúvidas.
2. Trabalhar assuntos Nesta categoria reuni-se as palavras e expressões sobre o uso dos PCN
para trabalhar assuntos diversos, questões e conteúdos.
3. Reuniões Nesta categoria foram incluídas palavras expressões relacionadas ao uso dos PCN
em reuniões escolares.
4. Planejamento Nesta categoria foram agrupadas as citações feitas quanto ao uso dos PCN
para o planejamento de forma geral.
5. Recurso Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões relacionadas ao uso dos
PCN como um recurso didático, fonte de pesquisa.
6. Para práticas de Ciências. Nesta categoria foi inclusas a palavra e expressão relacionada ao
uso dos PCN para práticas de Ciências.
7. Preparar aulas Nesta categoria foram inclusas as palavras e expressões relacionadas ao uso
dos PCN como material para apoio e preparação de aulas.
8. Projetos Nesta categoria foram inclusas as palavras e expressões relacionadas ao uso dos
PCN como material para a preparação de projetos.
Categorias Globais
Tabela 24
- Utilização dos
PCN
Categorias F %
Assuntos/Conteúdos 06 32,0
Orientações/Dúvidas 04 21,0
Planejamentos 04 21,0
Recurso
Didático/Pesquisas
03 16,0
Elaboração de Projetos 01 5,0
Reuniões 01 5,0
Totais 19 100
80
1. Assuntos / Conteúdos - nesta categoria foi incluída a categorias inicial, ajudar o professor
sobre os assuntos e conteúdos a serem dados em aula.
2. Orientações e Dúvidas - Nesta categoria foram inclusas as categorias iniciais ajudam a
orientá-los e práticas de Ciências.
3. Planejamentos – Categoria formada pela categoria inicial planejamentos e preparação de
aulas.
4. Recurso didático /Pesquisas –Nesta categoria reuniu a categoria inicial de uso dos PCN como
recurso didático e fonte de pesquisas.
5. Elaboração de projetos Nesta categoria global, usou-se a categoria inicial com o mesmo
título.
6. Reuniões –Categoria global que envolve as mais diferentes reuniões escolares que usam os
PCN.
A Tabela 24 se refere à pergunta 35, é perguntado para quê o professor utiliza os PCN na
escola? Dentre as categorias apresentadas o maior uso dos PCN com 32% utiliza o PCN como
fonte de informação dos assuntos da disciplina e dos conteúdos a serem lecionados no ensino
fundamental, seguido de 21% que utiliza o PCN para se orientar e tirar dúvidas, outros 21%
utiliza o PCN somente nos momentos de planejamento escolar. Seguidos de 16% que tem o PCN
como recurso didático e fonte de pesquisa. Apenas 5% citaram a utilização do PCN para
elaboração de projetos e outros 5% em reuniões escolares. Podemos ver através das categorias
citadas que o PCN é utilizado esporadicamente, os pesquisados em 59% colocam que as
propostas dos PCN não atendem suas necessidades em sala de aula e 41% afirmam que a
proposta dos PCN atende suas necessidades em sala de aula, 80% atribui às suas características e
20% o uso é para orientações dos conteúdos e assuntos a serem lecionados na escola.
Questão 35 - Tabela 24 - Categorias Iniciais
1. Ajudam a orientá-los nesta categoria estão palavras e expressões relacionadas ao uso dos
PCN para orientação e esclarecimentos de dúvidas.
2. Trabalhar assuntos Nesta categoria reuni-se as palavras e expressões sobre o uso dos PCN
para trabalhar assuntos diversos, questões e conteúdos.
81
3. Reuniões Nesta categoria foram incluídas palavras expressões relacionadas ao uso dos PCN
em reuniões escolares.
4. Planejamento Nesta categoria foram agrupadas as citações feitas quanto ao uso dos PCN
para o planejamento de forma geral.
5. Recurso Nesta categoria foram agrupadas as palavras e expressões relacionadas ao uso dos
PCN como um recurso didático, fonte de pesquisa.
6. Para práticas de Ciências. – Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões relacionadas
ao uso dos PCN para práticas de Ciências.
7. Preparar aulas Nesta categoria foram inclusas as palavras e expressões relacionadas ao uso
dos PCN como material para apoio e preparação de aulas.
8. Projetos Nesta categoria foram inclusas as palavras e expressões relacionadas ao uso dos
PCN como material para a preparação de projetos.
Categorias Globais
1. Assuntos / Conteúdos - nesta categoria foi incluída a categorias inicial, ajudar o professor
sobre os assuntos e conteúdos a serem dados em aula.
2. Orientações e Dúvidas - Nesta categoria foram inclusas as categorias iniciais ajudam a
orientá-los e práticas de Ciências.
3. Planejamentos – Categoria formada pela categoria inicial planejamentos e preparação de
aulas.
4. Recurso didático /Pesquisas –Nesta categoria reuniu a categoria inicial de uso dos PCN como
recurso didático e fonte de pesquisas.
5. Elaboração de projetos Nesta categoria global, usou-se a categoria inicial com o mesmo
título.
6. Reuniões Categoria global que envolve as mais diferentes reuniões escolares que usam os
PCN.
Categorias Iniciais - Questão 36
1. Orientam a conduzir os conteúdos – Categoria que engloba os conteúdos, informações.
82
2. Flexíveis – Categoria inicial que engloba as palavras e expressões relacionadas à flexibilidade
dos PCN.
3. Usa para elaborar e pesquisar assuntos.
4. Direção – categoria onde foi citada esta palavra.
5. Caminho – categoria que indica o PCN como um caminho
6. Abrangentes – palavra que caracteriza o PCN.
7. Diversifica a prática - outra palavra atribuída ao PCN.
8. Amplia as possibilidades – categoria que envolve a palavra que designa a amplitude dos PCN.
9. Como ensinar – categoria que diz que o PCN é usado para ensinar.
10. A importância de ensinar - Categoria inicial que diz sobre a importância de ensinar usando os
PCN.
11. Orientação em sala de aula categoria que envolve as palavras e expressões que designam o
uso dos PCN como orientador do trabalho em sala de aula.
12. Realidade do aluno - Palavras citadas sobre o uso dos PCN em sala de aula dentro da
realidade e necessidades dos alunos.
13. Linguagem acessível - Palavras e expressões sobre a linguagem atual e acessível dos PCN.
Categorias Globais
1. Devido as suas características todas as categorias iniciais que envolvem as características
que levam ao uso dos PCN nas escolas, foram agrupadas nesta categoria global.
2. Orientação de conteúdos e assuntos - Nesta categoria foram agrupadas as categorias iniciais
que justificam o uso dos PCN para orientação de conteúdos, assuntos, pesquisas e outras
ações que envolvem o uso dos PCN.
Na tabela 25 apresentamos as justificativas dadas pelos professores na questão que acham
que os PCN não atendem as necessidades em sala de aula. 36% dos professores colocam que
possuem muitas dúvidas de como trabalhar e proceder na utilização dos PCN. Outros 23%
afirmam não conhecer ou nunca haver lido o PCN, 18% acham os PCN abrangentes e complexos,
14% acreditam que os PCN ensinam conteúdos da nossa realidade, e 9% acham os PCN
desatualizados e com falta de conteúdos relevantes. (X²= 21,3 X² c = 9,49 , gl =4, para = 0,05).
83
Tabela 25 – Os PCN não atendem as necessidades em sala de aula
Categorias F %
Dúvidas de como trabalhar / proceder 08 36,0
Não conhece / não leu 05 23,0
Muito abrangente / complexo 04 18,0
Ensina o que está na realidade 03 14,0
Falta conteúdo / desatualizado 02 9,0
Totais 22 100
Categorias Iniciais - Tabela 25 - Questão 36
1. Complexo – Categoria que envolve palavras e expressões que consideram os PCN complexo.
2. Falta de conteúdo Categoria que envolve as palavras e expressões relacionadas à falta de
conteúdos.
3. Não sabe - nesta categoria foram agrupadas as respostas negativas.
4. Trabalho de acordo com as necessidades dos alunos – nesta categoria foi agrupada as palavras
que justificam não usar os PCN, por não estar de acordo com os alunos.
5. Realidade do aluno - Nesta categoria estão agrupadas as palavras e expressões que acham que
os PCN não fazem parte da realidade dos alunos.
6. Reajustes - Categoria onde palavras e expressões que indicam a necessidade dos PCN
sofrer reajustes e adequações.
7. Material complicado - Envolve palavras e expressões que demonstram os PCN ser de difícil
compreensão.
8. Dúvidas - Palavras e expressões que apresentam os PCN como um material que gera dúvidas.
9. Complicado - Palavras e expressões que apresentam os PCN como um material complicado.
10. Adequação – Palavras que apresentam a necessidade de adequação do PCN.
11. Metodologia – Material que trata de metodologia.
12. Não conhece Palavras e expressões que agrupam a falta de conhecimento ou leitura do
material.
Categorias Globais
84
1. Dúvidas de como trabalhar e proceder -Nesta categoria foram agrupadas as categorias iniciais
que envolvem as dúvidas, as formas de procedimento, a metodologia e as orientações sobre o
trabalho.
2. Não conhece / não leu -Nesta categoria estão as categorias iniciais onde o professor diz não
conhecer o não ter lido os PCN.
3. Muito abrangente / complexo Nesta categoria estão incluídas as categorias iniciais que
apresentam os PCN como um material complexo, abrangente, não claro.
4. Ensina o que está na realidade -Nesta categoria foram incluídas as categorias iniciais que
acredita que os PCN não atendem as necessidades dos alunos, e necessitam de adequação.
5. Falta conteúdo / desatualizado -Nesta categoria foram incluídas as categorias iniciais que
envolvem a falta de conteúdo, a desatualização do material, necessidade de conhecer melhor e
necessitar de ajuda para compreensão do material.
Os professores apesar de demonstrarem interesse pelo assunto poucos utilizaram o espaço
para manifestação pessoal, 30% solicitou que houvesse orientações sobre outros temas, 25%
colocou sobre a necessidade de ampliar seus conhecimentos e ter acesso a materiais sobre
Biotecnologia. Três professores (15%), gostariam de ter projetos e cursos através da Diretoria de
Ensino. Confirmando a maioria das respostas e tabelas apresentadas neste trabalho 15% dos
pesquisados continuam a afirmar que se sentem desinformados sobre o assunto, alguns
agradeceram a participação na pesquisa e um dos participantes colocou que a educação precisa de
maior qualidade, fato este confirmado nesta pesquisa que mostrou que apesar dos professores se
mostrarem abertos à aprendizagem os mesmos não estão preparados para lecionarem conteúdos
novos e relevantes quanto a Biotecnologia e os transgênicos que representam uma revolução
científica da nossa era.
Atualmente, o mundo no seu conjunto evolui tão rapidamente que os professores, como,
aliás, os membros de outras profissões, devem admitir que a sua formação inicial não lhes basta
para o resto da vida: precisam se atualizar e aperfeiçoar seus conhecimentos, além de cada vez
mais se fazer necessário conhecer as representações de suas profissões e os temas diversos
relacionados.
A última questão 37 é um espaço destinado para a manifestação pessoal dos professores
de Ciências que participaram deste trabalho, resultando na Tabela 26.
85
Tabela 26Opiniões e sugestões dos professores
Categorias F %
Orientações sobre outros temas 06
30,0
Necessita de material / ampliar
conhecimentos
05
25,0
Gostariam de projetos e cursos
na D. E.
03
15,0
Sentem-se desinformados 03
15,0
Agradeceram à participação 02
10,0
A educação precisa de maior
qualidade
01
5,0
Totais 20
100
Categorias Iniciais
1. Projetos direcionados pela DE - nesta categoria foram inclusas as palavras e expressões que
pedem projetos direcionados pela Diretoria de Ensino.
2. Cursos e Orientações sobre o assunto - nesta categoria foram inclusas as palavras e
expressões que solicitam cursos e orientações sobre o assunto.
3. Políticas públicas - Nesta categoria foram inclusas expressões e palavras sobre a necessidade
de políticas públicas e maior qualidade no ensino
4. Material sobre transgênicos - Nesta categoria foram inclusas as palavras e expressões onde os
professores solicitaram material sobre Biotecnologia e Transgênicos.
5. Encontros de professores - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões onde os
professores solicitam encontros para formação e informações diversas.
6. Questão ambiental - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes à questão
ambiental,
7. Orientações sobre outros assuntos - Nesta categoria foram inclusas expressões e palavras
relacionadas à necessidade de outras orientações na área de Ciências.
8. Explicação completa sobre o tema - Nesta categoria foi inclusa palavras e expressões que
pedem explicações completas sobre o tema Biotecnologia e Transgênicos.
9. Maiores informações e conteúdos - Nesta categoria foi solicitado mais informações e
conteúdos da área de Ciências.
10. Enfoque na Saúde - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes ao
enfoque de Transgênicos na área de Saúde.
86
11. Prevenção - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes à questão da
Prevenção.
12. Tirar dúvidas - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes a necessidades
de se tirar dúvidas de uma forma geral.
13. Assuntos atuais e polêmicos - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes
à questão de conhecer melhores assuntos atuais e polêmicos.
14. Sente-se desinformado - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes à
falta de informação do professor.
15. Gostaria de outros encontros - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes
ao desejo de terem outros encontros.
16. Agradeceram a participação - Nesta categoria foram inclusas palavras e expressões referentes
ao agradecimento dos professores em participar da pesquisa.
Categorias Globais
1. Orientações sobre outros temas Foram agrupadas as categorias iniciais que se referem a
orientações sobre outros temas, outros assuntos, questão ambiental, enfoque na Saúde e
Prevenção.
2. Necessitam de material / ampliar conhecimentos - Foram agrupadas as categorias iniciais que
se referem a material sobre o assunto, explicação completa, maiores informações sobre o
assunto atual e polêmico.
3. Gostariam de projetos e cursos na D.E. Foram agrupadas as categorias iniciais que referem-se
a necessidade de projetos, cursos, orientações, outros encontros e encontros de professores.
4. Sentem-se desinformados - Foram agrupadas as categorias iniciais que se referem à falta de
informação, insegurança, e necessidade de tirar dúvidas.
5. Agradeceram a participação - Categoria inicial que se refere ao agradecimento dos
professores em participar da pesquisa.
6. A educação precisa de maior qualidade - Foram agrupadas as categorias iniciais que refere-se
a necessidade de qualidade e políticas públicas.
87
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES
No intuito de compreender dentro de um grupo a elaboração de Representações Sociais de
temas polêmicos que se encontram atualmente em ascendência, como os alimentos transgênicos,
defrontamos com um quadro de indefinições e contradições, porém o mesmo nos leva a refletir
sobre a necessidade da continuidade desses estudos e acreditamos que, apesar de ser um estudo
inicial, o mesmo deve servir e fornecer subsídios para outras pesquisas e estudos nesta área de
ensino.
Com base nas respostas dadas pelos educadores, vemos que esses profissionais, quando
indagados sobre o papel que desempenham na sociedade enquanto pessoas formadoras de novas
mentalidades merecem total atenção para melhor se prepararem e conhecerem os avanços
tecnológicos, além de avançar nos estudos sobre as Representações Sociais dos professores, uma
vez que passam todas as suas idéias e influências para seus alunos no dia a dia.
Moscovici (2003), indica a existência de dois universos, o reificado que apresenta o
conhecimento científico e o consensual, no qual o conhecimento do senso comum é manifestado.
O primeiro tenta estabelecer explicações do mundo que são independentes das pessoas, enquanto
que o outro acontece através da negociação e da aceitação mútua. Por esta razão é que o senso
comum e os estudos das Representações Sociais são tão importantes no grupo de professores,
uma demonstração do senso comum, espontâneo e do cotidiano.
Percebe-se que a pesquisa como deve ser tratada para uma verdadeira atualização e
crescimento cultural está longe da realidade da grande maioria dos docentes, para que os
professores do ensino fundamental considerem as implicações das pesquisas e examinem
criticamente sua atividade docente, deverão, como cita Carvalho e Pérez (2003), inserir-se de
alguma forma no processo de pesquisa, o ensino continua constituindo-se em simples transmissão
de conhecimentos, totalmente distanciada do que se supõe uma pesquisa didática, muito
dificilmente podem orientar a aprendizagem de seus alunos como uma construção de
conhecimentos científicos, ou seja, uma pesquisa, se ele próprio não possui a vivência de uma
tarefa investigativa. A atividade do professor e, por extensão, sua preparação, surgem como tarefa
de uma extraordinária complexidade e riqueza que exigem associar de forma indissolúvel
docência e pesquisa.
88
O conceito de Representação Social utilizado neste trabalho foi baseado na linha
Moscoviciana, e é entendido como uma forma de interpretar a realidade cotidiana, neste caso dos
professores. O estudo das Representações Sociais possibilitou ao pesquisador aproximar-se do
objeto definido, considerando-o no dinamismo que o gera. No presente trabalho sobre a
Representação Social dos professores de Ciências sobre Biotecnologia e os Transgênicos,
concluímos que os professores estão longe dos conceitos científicos do tema, seu cotidiano é
levado pelo senso comum, transmitido aos alunos e a atividade mental desenvolvida pelo
pesquisados nos leva a uma representação do seu conhecimento prático que o ajuda a construir
sua realidade sem explicá-la a luz da ciência.
A representação que sobre os Transgênicos é negativa e duvidosa, afastada da vida, e
exaurida da curiosidade investigativa, apenas no interesse de esclarecimentos e dúvidas
circunstanciais. Nos resultados do estudo o que primeiro se destaca é a semelhança e
equivalência de idéias que, predominantemente, se expressam nas representações do grupo de
professores. Essas semelhanças são, apesar de às vezes contraditórias evidenciadas no contexto
dos diferentes professores, na leitura comparativa das representações das idéias e palavras com
que se expressam, muitas vezes sem detalhamento de informação, essas diferenças não se
alteram, como no caso de serem contra ou a favor dos transgênicos, o posicionamento não altera
a linha de raciocínio das respostas, demonstrando dúvidas e falta de opinião concreta e
formalizada.
Com base nos resultados da pesquisa percebe-se discrepâncias de idéias dos professores e
podem afetar a configuração geral de atitude, informação e campo de representação dos
transgênicos nos diferentes professores das mais diferentes escolas. Não fica claro se realmente o
professor consome e entende o que são alimentos transgênicos. Sobre a informação, o mesmo
busca a mídia e as revistas, que expressam pouco embasamento científico em suas aulas. Outro
aspecto de sua representação possui um caráter coletivo, como diz Moscovici (l978), qualificar
uma representação social equivale a optar pela hipótese de que ela é produzida coletivamente.
O repensar e o refazer dos objetos da representação num contexto específico também
explicam as semelhanças, ressaltando a influência do contexto escolar na formação comum dos
professores. Levando a concluir que o compartilhamento das idéias e da construção de uma
realidade social comum, como a falta do uso dos PCNs na escola e o não estudo do conteúdo
Biotecnologia na graduação e nas formações posteriores nos levam a sugerir que existe uma
89
grande necessidade de se repensar na formação dos professores em atividade e no conhecimento
das novas tecnologias de modo emergente.
Rangel (1999), mostra que os mecanismos do processo de Representação Social,
encontram-se informações que esclarecem sobre as possibilidades de mudança de percepções,
idéias, conceitos. Uma das possibilidades está no dinamismo da formação e da influência nas
ações do processo de Representação Social. As mudanças podem-se dar na experiência do
sujeito, no objeto de sua Representação ou no contexto em que se estabelece a interação entre
sujeito e objeto.
Soligo (2002), confirma a conclusão quando apresenta que através das escolas que
conhecemos e de pesquisas, a despeito dos saberes dos professores, adquiridos em sua formação
ou no exercício de sua profissão, os elementos que norteiam sua visão de ensino, bem como sua
prática, são muitas vezes desconectados desses saberes, ou mesmo contraditórios. Revelando a
força de um senso comum carregado de visões estereotipadas.
90
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94
7. ANEXOS
Anexo 1- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Termo de Consentimento
Eu,...................................................................................................................,
RG.......................................,professor(a) pertencente à Diretoria de Ensino de MAUÁ autoriza a
publicação dos dados oferecidos no questionário que não tem por objetivo avaliar conhecimentos
acadêmicos dos professores que permite uma reflexão de ambas às partes. Concedo a utilização
do mesmo para fins acadêmicos de forma anônima. Declaro estar ciente da participação indireta
na pesquisa sobre Representações Sociais de professores de Ciências sobre Transgênicos, de
responsabilidade direta da aluna bolsista do mestrado em Biotecnologia da Universidade Mogi
das Cruzes, Elenise Rocha Lopes, RG 17.542.068, sob a orientação do Profº Dr. Moacir Wuo.
Lembro que os questionários são anônimos.
Mauá,............de.......................................de 2006.
__________________________________________
Assinatura do pesquisado
95
Anexo 2 – Orientações
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
MESTRADO EM BIOTECNOLOGIA
Agradeço sua participação nesta pesquisa.
Meu interesse é obter informações sobre sua formação, seus recursos pessoais de
estudo e opinião sobre “Biotecnologia e Transgênicos”. Esta pesquisa faz parte da dissertação de
Mestrado em Biotecnologia na Universidade de Mogi das Cruzes que explora e analisa as
Representações Sociais de Professores de Ciências sobre transgênicos.
Você não precisa se identificar. Isto significa que ninguém saberá o que você está
respondendo. Garanto absoluto anonimato e sigilo de suas respostas, as quais serão usadas
somente com finalidades científicas.Após a tabulação das respostas os questionários serão
destruídos.
Enviarei, oportunamente, uma cópia das análises e dos resultados desta pesquisa.
Não existem respostas certas e erradas.
Por favor, responda todas as questões de maneira completa.Se você tiver alguma
dúvida pergunte a pesquisadora.
Muito obrigada!
Prof ª Mestranda Elenise Rocha Lopes
96
Anexo 3 – Instruções para preenchimento do Questionário
INSTRUÇÕES
Algumas questões são de múltipla escolha e outras são para respostas pessoais
Nas questões de múltipla escolha vodeverá colocar um X no “quadrinho” ao lado da
alternativa que corresponde a sua opinião.
Nas questões pessoais escreva usando a linha imediatamente abaixo da questão.
Não deixe nenhuma questão em branco, se você não souber responder escreva “não sei”.
Quando você completar o questionário não assine.
Suas respostas são muito importantes para mim. Responda todas as questões de
maneira completa.
Se você tiver alguma dúvida pergunte.
Contato: Prof ª. Elenise Rocha Lopes
E-mail: elen[email protected]
Cel: (011) - 7161-5971
97
Anexo 4 - Questionário
Não utilize estes quadros
1. Atualmente estou com
Anos
2. Sou do sexo
Masculino
Feminino
3. Fiz curso de Licenciatura em:
___________________________________
Em qual instituição?
_______________________________________________________
Conclui em
Ainda Não
conclui
4. Sou habilitado para lecionar as seguintes
disciplinas, cursadas em:
____________________________________
Em Faculdade Pública
Em Faculdade Particular
Predominantemente em Faculdade Pública
Predominantemente em Faculdade Particular
5. Fiz curso de especialização ou pós-
graduação em:
Qual especialidade?
_____________________________________________________
Conclui em
Ainda Não conclui
6. Meu tempo de Magistério é:
Anos Meses
07. Meu tempo de Magistério no Ensino
Fundamental é:
Anos Meses
Série / Ciclo II
Outras séries
Manhã
98
08. Atualmente estou lecionando na: 5ª ( ) 7ª ( )
6ª ( ) 8º ( )
Período Tarde
Noite
09. Atualmente estou lecionando em:
Escola Estadual
Escola Municipal
Escola Particular
10. Meu vinculo com a escola Estadual é
EFETIVO OFA
Biotecnologia
11. Você teve Biotecnologia como conteúdo na sua Graduação? Sim
Não
12.Você encontra dificuldades para ensinar o assunto nas escolas? Sim
Não
Por quê?
13. Você conhece a sigla OGM? Sim
Não
14. Se a resposta anterior tiver sido afirmativa o que significa?
15. O que você sabe ou entende sobre “transgênicos”?
16. Em sua opinião os transgênicos podem causar algum tipo de problema? Sim
Não
17. Se respondeu SIM - Que problemas podem ocorrer?
99
18. Se respondeu NÃO - Por que, em sua opinião, os transgênicos não causam problemas?
19. Normalmente qual é a sua fonte de
informação sobre transgênicos?
Pode-se assinalar mais de uma alternativa.
20. Se assinalou outras fontes, indiquem ao lado
quais?
TV
Livros especializados
Cursos
Palestras
Revistas
Orientações Técnicas – OT
Outras fontes
21. Você já participou de algum evento como cursos, seminários ou palestras sobre transgênicos?
Sim
Não
22. Caso tenha participado, indique onde e quando isto ocorreu.
23.Você acha que as escolas devem ensinar sobre transgênicos?
Sim Não
Por quê?
24. Você já conversou com seus alunos sobre transgênicos?
Sim
Não
25. Se você respondeu SIM - faça algum comentário sobre essas conversas.
100
26. Você lê os rótulos dos produtos alimentícios para saber se contém algum ingrediente transgênico?
Sim
Não
27. Caso você já tenha lido, qual foi este produto?
28. Você tem medo ou receio de consumir produtos transgênicos? Sim Não
Por quê?
29. Com relação aos transgênicos você é A favor Contra
Por quê?
30. Você gostaria de saber mais sobre transgênicos? Sim
Não
31. Se você respondeu SIM – O que você gostaria de saber?
32. Se você respondeu NÃO – Por que você não gostaria de saber mais?
Em relação aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
33. Você já teve oportunidade de ler ou teve um contato “mais direto” com os Parâmetros Curriculares
Nacionais de Ciências Naturais?
Sim Não
34.Caso você tenha tido contado mais direto indique em que situação ocorreu.
101
35. Você utiliza os PCNs na escola? Sim Não
Quais e para quê?
36. As propostas do PCN atendem as suas necessidades em sala de aula? Sim Não
Justifique?
37. Este espaço foi reservado para você apresentar sua opinião, sugestões ou qualquer outro assunto que
você ache relevante sobre Transgênicos e sobre os PCNs e que não foi tratado neste questionário.
Obrigada pela sua colaboração.
102
103
Anexo 6 – Respostas dadas em algumas das questões
12 – Você ensina este assunto nas escolas?
Quais dificuldades encontram?
1. S
Falta de material sobre o assunto, fitas e DVDs.
2. N
NR
3. N
Não se encontrar diretamente no conteúdo da programação anual
4. N
Não tenho informações sobre este tema.
5. N
Por não ter uma estrutura na própria grade curricular
6. S
Recursos Tecnológicos, formação específica.
7. S
Maior conhecimento sobre o assunto e recursos didáticos
8. S
Material didático (diversos)
9. S
NR
10. N
Muitas vezes por não conhecer bem sobre o assunto
11. S Material de apoio-a escola possuía um único livro, os alunos precisaram pesquisar o conteúdo na
internet e em revistas científicas
12. N
Na diferenciação
13. N
Falta de mais conhecimentos sobe o assunto, material didático.
14. S Falta de conhecimentos prévios básicos, como exemplo a importância de nutrientes, necessidade de
alimentação variada
15. N
Melhor esclarecimento, livros didáticos.
16. N
Não dominar o assunto, poucas informações.
17. S
NR
18. N
A dificuldade de não saber muito bem sobre o assunto
19. N
Desconhecimento do assunto
20. S
Não muitas, pois trabalho utilizando artigos de revista.
21. N
Só ensino como conteúdo de apoio
22. S
Conteúdos, os tiro de revistas, internet, etc. Há pouco em livros didáticos
23. N
Todas pois não conheço sobre o assunto
24. N
Maior conhecimento / preparação/ segurança para falar/explicar o assunto.
25. N
Não tenho conhecimento o suficiente
26. S
Material de apoio
27. S
Materiais para uso didático
28. S
Falta de material de apoio (textos)
29. S
Falta de material de apoio (textos)
30. S Quase nenhuma, pois depende de como abordo o assunto; dependendo do público alvo, recursos
diversificados."mutação"
31. N Tenho dificuldades em genética e, ás vezes, não me sinto à vontade de explorar mais a fundo o assunto,
principalmente Biotecnologia
32. S
Em aprofundamento do assunto, normalmente os alunos não perguntam muito
104
15 - O que você sabe ou entende sobre "transgênicos" ?
1. São alimentos ou animais geneticamente modificados com o objetivo de obter um melhor resultado no cultivo
e na produção de alimentos
2. NR
3. muito pouco - vejo como se fosse um material (alimentos) transformados em laboratórios.
4. não tenho informações claras sobre esses produtos.
5. São "alimentos" que suas principais estruturas foram mudadas ou criadas para que seja uma espécie de qualidade
e resistente, mudança na estrutura genética.
6. Alterações biológicas(células)com finalidade de reprodução tecnológica, utilizada na Saúde e na alimentação
ex:transgênicos - Saúde - Células troncos.
7. São alimentos transformados geneticamente
8. Pouco
9. Transgênicos são OGMs, onde por ética deve-se buscar benefícios e assim utilizá-los de forma consciente e
benéfica.
10. São alimentos geneticamente modificados
11. Sofreram modificações em seus gens, sendo introduzidas ou retirados determinados trechos da cadeia de DNA
Para melhoria do organismo (por exemplo, para ficarem resistentes a determinadas pragas).
12. NR
13. Transgênicos são modificações provocadas no DNA ou RNA, a partir de interesse humano, para melhoramento
da espécie, geralmente com finalidade comercial.
14. Transgênicos são produtos de manipulação, com a finalidade de melhoria, de aumento na qualidade ou
desenvolvimento desse produto.
15. Produtos modificados ou alterados
16. Ainda não consegui definir nada sobre transgênicos, por haver poucas informações
17. No caso "alimentos", como a soja, por exemplo, no seu DNA apresenta "genes" capazes de inibir fungos
durante o tempo de germinação.
18. Alimentos mudados geneticamente para melhorar sua produção e deixá-lo resistentes a pragas.
19. Não tenho um conceito ou entendimento formado
20. São organismos que tem seus genes modificados em laboratório
21. São seres com modificações genéticas com o objetivo na melhora de qualidade ou produtividade
22. São aqueles que recebem genes de outros para se tornar "melhores"
23. Que são alimentos modificados geneticamente
24. Ainda é um assunto novo, quase inexplorado
25. Só que são geneticamente modificados
26. São organismos cujo DNA recebe uma pequena modificação para melhor se adaptarem ao M.A; ou seja
Ex: caso da agricultura para terem resistência a alguma praga
27. Transformações
28. No caso dos alimentos são a implantação de um gene, criando uma característica que vai beneficiar este alimento
29. São alimentos modificados geneticamente
30. "Modificado geneticamente, ou seja alterado, sofreu mutação".
31. São organismos que recebem genes de outros organismos para apresentarem uma característica desejada,
como cor, sabor, textura, etc. Acredito que a retirada de um gene indesejado também caracteriza um OGM.
32.São organismos que possui genes de outras espécies.
105
Em sua opinião os transgênicos podem causar algum tipo de problema?
17- Se respondeu SIM que problemas podem ocorrer?
1. NR
2. Ao meio ambiente
3. não sei estou indo c/a resposta mais pela polêmica governamental
4. não sei
5. não sei
6. Não tenho muito conhecimento sobre o assunto,porém as alterações que ocorrem nas células pode acarretar
situações dificultosas, ex: animais.
7. Porém, desejo informações mais concretas sobre, embora achando que não, na verdade há certa
preocupação.
8. NR
9. NR
10. Talvez futuramente esses alimentos possa trazer alguns tipos de doenças
11. 1-Alterações ambientais, com o extermínio do animal(praga) ocorre o desequilíbrio de todo o ecossistema
envolvido. 2- Ainda não sabemos os danos que o DNA inserido pode ocasionar ao nosso organismo (são estudados
apenas os benefícios, não verificam se há efeitos colaterais)
12. NR
13. NR
14. Alergias, reações indeterminadas, se houver algum antígeno no transgênico que possa causar reações.
15. NR
16. NR
17. Desenvolvimento de certas "doenças", será que dentro do nosso organismo é "inativo" a ação do transgênico.
18. Pode ocorrer um desequilíbrio na cadeia alimentar se não for feito corretamente os estudos.
19. NR
20. NR
21. Sem conhecimento técnico, mas acredito que o uso constante cause desequilíbrios naturais e orgânicos
(Alongo prazo)
22. NR
23. NR
24. NR
25. NR
26. Porque ainda não há estudos que comprovem e afirmem com certeza se há ou não riscos
27. NR
28. Eu acredito que este gene implantado algumas vezes pode causar algum tipo de alergia (exemplo)
29. Alergias (talvez)
30. Alterações nas células, podendo provocar a troca de bases nitrogenadas na molécula de DNA, o que causa
“erro genético”, com possibilidades de ocasionar doenças, inclusive o câncer, formação de radicais livres, pois pelas
alterações químicas, as toxinas”ficam dispersas no sangue, ligando-se aos átomos de carbono.
31. Alergias, homogeneidade genética
32. Não sei
106
18 - Você comeria um alimento transgênico?
1. S
2. S
3. S
4. N
5. Talvez nós já estamos até consumindo-os, comeria
6. S
7. Sim,porém todos nós comemos sem saber
8. S
9. S
10. Sim acredito que já estou consumindo, mas não tenho informação
11.
12. No momento não
13. S
14. Acredito que já está na alimentação, comeria
15. Não sei
16. Depois de muito estudo e comprovação do produto
17. Nós comemos
18. S
19. Sim, provavelmente já comemos
20. S
21. S
22. S
23. S
24. NR
25. Acho que já consumimos (sem saber)
26. Já comemos o Grenpeace possui uma lista de OGMs
27. S
28. Sim, na maioria das vezes não sabemos o que comemos
29. Sim, desde que eu não saiba que é transgênico
30. Por mais cuidado que tenho com minha saúde, alimentação procuro não compra-los, mas sabemos
que muitos estão inclusos no nosso dia a dia.
31. Sim, desde que aprovado pelos órgãos governamentais responsáveis. Na verdade, acredito que já há
no mercado alimentos transgênicos dos quais não temos conhecimentos.
32. Desde que não apresente risco para a Saúde.
107
23
23 - Você comeria um alimento transgênico ou usaria uma medicação ?
Por quê?
S
1. Não, acredito que os genes modificados alterarão em alguma coisa o nosso organismo ou causará
algum mal.
S 2. Acredito que após tantos estudos, não haveria restrições quanto à alimentação ou medicação
S 3. Se ele existe e se encontra em estudo, devemos ajudar a tecnologia fazendo parte desta ação.
N 4. Por que não conheço muito sobre o assunto
S
5. Pois o homem é muito inteligente e acredito que todo os estudos também giram em torno dos
benefícios à população.
S
6. Poucas vez -aproveitei momentos em que o assunto apareceu na mídia e conversamos sobre o que
Isto pode significar para nós
S
7. O avanço tecnológico é fundamental p/o progresso da humanidade, portanto preciso acreditar,
apoiar e acompanhar p/poder transmitir esse conhecimento, assim muitos serão quebrados.
S 8. Como experiência
S
9. Porque acreditaria que tal alimento ou medicação não me faria mal, pois por lógica, primeiramente
já deveria ter sido testado e prever o que causaria nos organismos que destes fizera uso
S 10. NR
N
11. Porque ao "fabricar" um alimento transgênico são testados os benefícios para verificar se foram
atingidos. Não há testes para se verificar se aquele trecho inserido é capaz de determinar a produção de
alguma toxina.
N 12. Só depois de ter conhecimento mais profundo sobre a medicação.
S
13. Porque eu penso que os transgênicos existem para melhorar a qualidade, assim como tantos pesticidas,
agrotóxicos e conservantes e quase não são mencionados.
S 14. Por acreditar em maiores benefícios, como um alimento mais nutritivo ou medicação mais eficaz.
N 15. Não conheço
S 16. Se o alimento estiver dentro dos padrões da lei é porque ele é saudável
NR 17. Atualmente não dá p/ saber se isso já ocorre !
S
18. Acho que esses alimentos são bons para consumo, mas continuo com a opinião de que prejudicam
a cadeia alimentar
NR 19. Não sei responder, pois desconheço o assunto
S
20. Muitos alimentos que consumimos contém em sua composição por exemplo "soja" transgênica,
"milho" transgênico
S 21. Como na questão 17 não tenho conhecimento técnico para me privar desse consumo; apenas desconfio
S 22. Os valores nutricionais seriam mais favoráveis
S 23. Acredito que algo que já foi pesquisado e provado que não faz mal
S 24. Pelo pouco que conheço
NR 25. Não sei; pois não os conheço o suficiente
S 26. Já comemos, vide resposta 18 - Motivo:desconhecimento e falta de opção
S 27. Estamos no mundo avançado e temos que participar, para depois avaliar
S 28. Se eu conhecesse esta modificação
N 29. Ainda faltam maiores esclarecimentos sobre o assunto
NR
30. Existem riscos de ambos os lados. Acho imprescindível a participação e orientação médica de um
profissional competente e não a “auto-ingestão”
S
31. Pois acredito que o produto já tenha passado por vários testes, comprovado sua eficácia e seu baixo
índice de contra-indicação (e/ou efeitos colaterais)
S 32. Talvez por serem mais baratos e que não seja prejudicial à saúde.
108
24
24 - Você já conversou com seus alunos sobre plantas e animais
transgênicos?
25 - Se respondeu SIM quais foram estas conversas?
S
1. Falei a eles sobre as sojas e animais modificados geneticamente para produzir mais e com uma
melhor qualidade.
S 2. Foram mais discussões referente a algo do noticiário
N 3. NR
N 4. NR
S 5. Uma reportagem que saiu na revista Veja, fizemos a leitura e um debate
N 6. NR
S
7. Dentro do assunto genética, inclui-se o tema e tb através de projetos de pesquisa sobre assuntos
diversos.
N 8. NR
S
9. Como é possível modificar o DNA, destes organismos, quais conseqüências poderiam ocorrer, listar
vantagens e desvantagens, etc
S 10. Quais as vantagens que os alimentos transgênicos trás para nós e para a população.
S
11. A sala reuniu-se em 2 grupos, um deles pesquisaria os sites de empresas que comercializam sementes
transgênicas-este grupo defenderia os transgênicos. Outro grupo, pesquisaria sites de ONGS que militam
contra este grupo acusaria. Os grupos fariam cartazes e defenderiam suas idéias ao restante da sala.
Caso o aluno fosse a favor e estivesse no grupo contra, deveria "vestir a camisa do grupo" e tentar
convencer o restante da sala (mesmo que ele não acreditasse no que estava falando). Depois fizemos uma
votação secreta para verificar se os alunos eram contra ou a favor dos transgênicos
N 12. NR
N 13. NR
S 14. O que já ouviram sobre, o que pensam a respeito
N 15. NR
N 16. NR
S 17. Na 6ª série, só é colocado o assunto p/ ilustrar o conteúdo sementes e germinação.
N 18. NR
N 19. NR
S
20. Utilizando de artigos da revista Galileu, mostrei o que são os transgênicos e discuti
sobre as polêmicas que o mesmo causa.
S
21. Sobre a vantagem dos transgênicos nas lavouras no lugar de pesticidas-Porém tenho dúvidas dos
desequilíbrios nas cadeias alimentares
S 22. Sobre a importância para a agricultura
N 23. NR
N 24. NR
N 25. NR
S 26. Trabalhos, seminários, análise do livro de Greenpeace e etc..
S 27. O que eles sabiam sobre o assunto, o que achavam e algumas pesquisas
S
28. Nas aulas de genética, quando estamos estudando cromossomo, gene, passo a teoria (só na fala)
sobre transgênicos
S 29. No momento de falar sobre os genes apenas faço citações
S
30. Problemas que podem ser trazidos para os seres vivos, pontos negativos, positivos; troca de
experiência e conhecimentos e acho que o visual, a imagem é importante p/ melhorar compreensão.
S
S
31. Sobre o uso de OGM para aumentar a produtividade de plantações, ou para inovar esteticamente o
mercado, e sobre o uso de células-tronco em tratamentos de doenças degenerativas.
32. Sobre a ovelha
109
26
26- Você lê os rótulos dos produtos alimentícios para saber se contém algum
ingrediente transgênico?
27- Caso você já tenha lido, qual foi este produto ou marca?
S 1. Soja
N 2. NR
N 3. NR
S 4. NR
N 5. NR
N 6. NR
N 7. NR
S 8. NR
S 9. NR
S 10. Não lembro da marca
S 11. Ainda não identifiquei nenhum
S 12. NR
S 13. Leio para saber as informações
S 14. Ainda não encontrei em rótulos essas indicações
N 15. NR
S 16. Não observei que constasse algum ingrediente transgênico
S 17. Soja
N 18. NR
N 19. NR
S 20. Fandangos, milho de pipoca
S 21. Nunca encontrei especificação
N 22. NR
N 23. NR
N 24. NR
N 25. NR
S 26. Isto não tá ainda escrito nos rótulos do Brasil
S 27. Não me lembro de ter consumido algum
N 28. NR
N 29. NR
S 30. Não tenho o hábito de comprá-los, mas sei da batata(lata)
N 31. NR
N 32. Não sei
110
28
28
– Você tem algum medo ou receio de consumir produtos Transgênicos ?
28 A - Por quê
N 1. Não acredito que produtos transgênicos causarão males no nosso organismo
N 2. Acredito na ciência e na evolução natural da mesma
S
3. A mídia fala muito, mas não explicam na realidade o que é e como seria sintomas, onde seria bom,
enfim estamos no escuro,
S 4. NR
S
5. A princípio nós somos tudo o que comemos, mas também ingerimos tantas químicas em outros
alimentos.
N 6. Não acredito que possa alterar minha Saúde
N
7. Preciso acreditar que é p/ o benefício da humanidade e que as mudanças são necessárias, no período
de experiências as dúvidas e os anseios são naturais
S 8. Não sei até onde é bom ou ruim para a minha saúde
N 9. Idem resposta pergunta nº 23
S 10. São muito pouco as informações que temos a respeito desse alimento
S 11. Pelos motivos já descritos na resposta 23
N 12. Depois de saber mais sobre o produto não
N
13. Porque me preocupa mais os pesticidas, fungicidas, herbicidas e agrotóxicos, pois já estão
comprovadamente "condenados"
N 14. Acredito nas pesquisas, apesar de os resultados que podem surgir a longo prazo sejam desconhecidas.
N 15. Acha que não faria mal
N 16. Se ele chegou no mercado, tem garantias de que pode ser consumido
S 17. NR
N 18. NR
S 19. Não sei até onde é bom ou ruim para a minha saúde
N 20. Nada que eu saiba ainda foi comprovado contra o produto
N 21. Temos que testá-los. Não são tóxicos, apenas modificados
N 22. Não acho que faça mal
N 23. Pelo que já li são alimentos (produtos) que já testados em laboratórios e comprovados a sua eficiência
N 24. NR
S 25. Por ser desconhecido
S
26. Por que não sabemos até que ponto pode ser bom ou ruim, já que existem 2 linhas de pesquisa e
ambas defendem o seu ponto de vista (Contra / a favor)
N 27. Confio na Tecnologia
N 28. Consumimos mesmo sem saber
S 29. NR
S
30. Depende muito da quantidade, da marca.Fiquei sabendo que as marcas dos próprios supermercados
São menos agressivos, não contém transgênicos
N 31. Como já mencionado na questão 23, acredito na eficácia e qualidade do produto.
N 32. Os produtos são testados antes de ir para os consumidores.
111
29 29 - Com relação aos transgênicos você é: (contra ou A favor) Por quê?
A favor
1. Sim, por que a qualidade e a quantidade de alimentos tendem a melhorar bastante e a população
mundial cresce muito
A favor 2. Permite ao homem conhecer melhor algo que é do seu uso diário
A favor
3. Tudo que existe deve ter uma chance de ser introduzido no mercado, uma vez que podem vir a
ajudar a existência.
NR 4. NR
A favor 5. É mais um avanço da humanidade, que pode trazer benefícios a nossa vida.
A favor
6. Como não tenho muitas informações, sou a favor, pois penso que os mesmo poderá ser uma grande
saída para a alimentação do futuro e prevenção de doenças.
A favor 7. idem a questão 28
Não sei 8. NR
A favor 9. Porque creio que se busca modificar o organismo no âmbito de melhorá-lo.
A favor 10. Acredito que os alimentos transgênicos futuramente vai suprir as necessidades da população
Contra
11. Pelas razões descritas na questão 17. Durante as aulas, deixo os alunos tirarem suas próprias
conclusões, afirmo que sou neutra pois os alimentos sofrem alterações genéticas naturalmente a cada
novo processo de divisão celular e nem por isso causam danos ao homem ou comprometem o ambiente.
As alterações cromossômicas fazem parte de nossa história ocasionando a Evolução. Mas as alterações
“induzidas" são muito rápidas, não havendo tempo para avaliar efeitos ecológicos e fisiológicos.
NR 12. Depende pra que for utiliza (a qual benefício)
A favor
13. Porque a Ciência quando dispõe-se a pesquisa, obtém resultados comprovados, precisos e preciosos
à humanidade.
A favor
14. Com o aumento imenso da população mundial, com os hábitos alimentares distorcidos, podemos
ter benefícios ao melhorar a qualidade de alimentos.
A favor 15. A favor com esclarecimentos
A favor 16. Investimentos em novos produtos alimentícios
Contra
17. Alterar a cadeia genética de alimentos p/combater a gripe no humano, por ex, será que só combaterá
a gripe? Será que o organismo rejeitará? E como forma de rejeição não pode ter alguma reação?
A favor 18. Se tiver um bom objetivo
NR 19. Não tenho opinião formada
A favor
20. Acho que pode ser uma boa opção, mas deve-se utilizar de pesquisas e ética para garantir o bem
estar da população
NR
21. Preciso de conhecimento, testes e resultados a longo prazo para ter certeza de sua efetividade e
iniqüidade
A favor 22. Acredito que melhoraria a alimentação brasileira com o aumento e melhoria dos nutrientes
A favor
23. De acordo com o meu conhecimento através dos noticiários, os alimentos podem ter maior
durabilidade e na lavoura ser imune a determinadas pragas.
A favor 24. NR
Contra 25. Tenho que aprender mais sobre eles, antes de ser a favor
NR 26. Não sei optar, ainda não cheguei a esta conclusão
A favor 27. Precisamos acompanhar os avanços
A favor
28. Traz uma melhoria no alimento, tornando este com maior qualidade, desde que este produto venha
Identificado para que não cause prejuízo ao seu usuário
NR 29.Ainda preciso de melhores esclarecimentos p/ expressar a opinião
NR
30.Deprende do uso do produto, da quantidade, que tipo de ser vivo será contemplado. Vejo pelo lado
de quantidade tb, excesso sempre é prejudicial.
A favor
31.Sou a favor do uso de transgênicos para fins terapêuticos ou para diminuir a poluição por agrotóxicos,
por exemplo. No entanto me preocupo com o uso desse conhecimento para a fabricação de armas
biológicas e com a diminuição da diversidade genética na natureza.
Contra 32.Não tem vida prolongada em animais.
112
30
30 – Você gostaria de saber mais sobre Biotecnologia e transgênicos ?
31 – Se respondeu SIM – O que você gostaria de saber?
S 1. Como ocorre o melhoramento genético de forma bem clara para eu passar para a classe
S 2. Como trabalhar sobre o tema em sala de aula.
S
3. Me preparar para poder inserir para meus alunos futuramente, e, chegar a conclusão se é bom se é
ruim enfim ter como avaliar
S 4. tudo
S 5. tudo
S 6. tudo, o que são? Benefícios e malefícios. Se há
S 7. tudo que possa ser útil p/ meu crescimento e das pessoas às quais passarei os conhecimentos adquiridos
S 8. Prós e contra se houver ! Ligado á Saúde de quem consome os mesmos
S 9. NR
S 10. Sim, porque é um alimento não divulgado
S
11. O professor tem pouco acesso às novas tecnologias, gostaria de um informativo semestral ou
trimestral porque as mudanças são muito rápidas.
S 12. Tudo e no que são utilizados, pra que
S 13. Como estão as pesquisas no Brasil, existem alimentos ou outros produtos comercializados, quais são ?
S
14. Sempre há algo novo a aprender, como esta OT, pois nunca havia tido essa visão de biotecnologia
na educação.
S 15. Seu princípio ativo
S 16. Para ter melhor conhecimento
S 17. Até que ponto nós estamos consumindo os transgênicos ?
S 18. Quais os benefícios, impacto ambiental que pode causar; tipos de alimentos
S 19. Tudo o que está relacionado com o nosso dia a dia
S 20. Sobre as leis que regulamentam, sobre as pesquisas que estão ocorrendo no Brasil.
S 21. Técnicas, enfim tudo que informe o que é, sua produção e impactos ambientais e clínicos.
S 22. Quais as técnicas utilizadas para tal fim
S 23. Tudo o que for possível
S 24. Cultivar / benefícios e malefícios do uso do produto e etc...
S 25. O que causa em nosso organismo
S 26. Tudo
S 27. Tudo
S
28. Todos os detalhes de como isso acontece, os benefícios e malefícios. Conhecer a lei que regulamenta
os transgênicos e biotecnologia
S 29. As influências ou mudanças que podem ocorrer em nossas vidas
S
30. Origem - definições, tipos, produtos, como se dá o processo, razões, pontos positivos e negativos;
alguém deve ser muito beneficiado?!
S
31. Conceitos, técnicas, ética, leis brasileiras e mundiais, produtos já em uso no mercado e perspectivas
futuras.
S 32. Sobre os benefícios e o que é prejudicial para a saúde
113
33
33 - Você já teve oportunidade de ler ou teve um contato “mais direto”
com os PCNs de Ciências Naturais?
34 - Caso tenha tido contato mais direto indique em que situação ocorreu?
S 1. Quando estudei para o concurso
S 2. Preparando meu planejamento
S 3. Em oficinas, ou reuniões pedagógicas p/ elaboração planejamento.
N 4. NR
S 5. Para prestar concursos públicos
S 6. Estudo para o concurso e Elaboração de planejamento de aulas
S 7. Na confecção do planejamento escolar
S 8. HTPC - Escola
NR 9. NR
N 10. NR
S 11. Para o concurso de ingresso
NR 12. NR
S 13. Quando estava me preparando para o concurso de PEB II
S 14. Ao estudar para o concurso
N 15. NR
N 16. NR
S 17. Planejamento
S 18. Para o planejamento da escola
N 19. NR
S 20. Em reunião pedagógica, HTPC.
S 21. Em planejamento de conteúdo e análise de currículo em escola do EF
S 22. Em reuniões de planejamento anual
S 23. No planejamento
N 24. NR
N 25. NR
S 26. Na escola e no Teia do Saber
S 27. Projeto interdisciplinaridade
S 28. Nos planejamentos anuais na escola
S 29. Nos planejamentos da escola
S 30. Mais freqüentemente quando estive na coordenação pedagógica
S 31. Ocorreu em um trabalho que fiz durante a graduação
S 32. Sobre os fungos
114
35 35 - Você utiliza os PCN na escola? Quais e para quê?
N 1. NR
S 2. ética e sexualidade, pois trabalho com adolescentes e os pCNs me ajudam a orientá-los
N 3. NR
N 4. NR
S 5. De "Ciências" Fundamental, para obter orientações como trabalhar alguns assuntos.
S 6. Ciências, para elaborar e selecionar os conteúdos que preciso priorizar nas aulas.
S 7. Ciências e matemática p/ auxiliar no conteúdo didático
S 8. Somente dentro da escola durante reuniões diversas
NR 9. NR
S 10. Ajuda muito a solucionar certas situações
S 11. Para o planejamento das aulas
NR 12. Na área de matemática; para tirar algumas dúvidas sobre a necessidade de alunos.
N
13. De certo modo utilizo os PCNs, pois onde trabalho não tenho nenhum recurso livro, biblioteca,
atlas, retroprojetor etc..
S
14. Práticas em ciências, como experimentações em que os alunos elaborarem suas conclusões,
direcionando o aprendizado.
S 15. NR
S 16. De matemática para apoio nas aulas
S 17. Para embasamento p/ elaborar o planejamento
S 18. O de Ciências Naturais; Temas transversais. Para preparar algumas aulas.
N 19. NR
S 20. Utilizo para poder trabalhar questões como meio ambiente, ética, cidadania
S 21. De Ciências naturais e suas tecnologias. Para que (veja resposta 34)
S 22. Ciências, na montagem do planejamento, utilizando também os temas transversais
N 23. NR
S 24. NR
N 25. Os mesmos não estão sempre à nossa disposição.
S 26. Para a elaboração de projetos na EU
S 27. Ciências naturais, fonte pesquisa
S 28. Sexualidade , cidadania, ética, inserir os alunos na sociedade.
S 29. Ética, Cidadania, sexualidade, meio ambiente
S
30. Em temas transversais (interdisciplinaridade)- Meio ambiente, Saúde, Cidadania, Mercado e
consumo
N 31. NR
S 32. Para saber se os conteúdos programáticos estão dentro dos PCNs
115
36
36 - As propostas do PCNs atendem as suas necessidades em sala de aula?
Justifique?
N 1. NR
S 2. Elas me orientam a conduzir os conteúdos de forma mais dinâmica e participativa.
N 3. NR
N 4. Não os li
N 5. Às vezes é complexo e falta conteúdo.
S
6. Os PCNs são flexíveis, e, como diz o nome são parâmetros, através deles elaboro e
pesquiso os assuntos necessários.
S 7. É um ponto de apoio que faz o crescimento das informações transmitidas aos alunos.
S 8. Diante de determinadas situações corriqueiras
NR 9. NR
S 10. Eles nos dá uma direção, ajuda a procurar um caminho mais viável
S 11. Eles são extremamente abrangentes
NR 12. Às vezes preciso de um outro profº para me ajudar a esclarecer alguns tópicos.
N
13. Estou procurando fazer um trabalho voltado as necessidades básicas dos alunos, sem uma
lupa, algumas figuras, ou mesmo xerox.
S
14. Pois diversificam a prática do professor, ao ampliar as possibilidades de ensinar, como
ensinar e a importância de ensinar.
N 15. NR
S 16. Pelo menos a de matemática, pois é clara e objetiva.
N
17. A cada ano que passa deveria ter alguma atualização, principal// no tema abordado em
questão
S 18. NR
NR 19. Não sei, não utilizo.
S 20. Sim, pois elas me proporcionam um respaldo para realizar um bom trabalho
N 21. Como a ciência evolui o tempo todo, ele já deve sofrer reajustes
N
22. A disciplina é muito abrangente e o tempo e curto(3 aulas), procuro passar o que mais se
aproxima c/ a realidade de meus alunos
S
23. Quando necessito me situar se há algum conteúdo que necessita ser passado e que me
oriente na elaboração da aula.
N 24. Muitas vezes não são claros/ causa dúvidas de procedimentos
NR 25. Não sei
N 26. Material muito complicado
S 27. Adaptado às vezes com outras fontes, para adequar a realidade do aluno.
N 28. Diz o que trabalhar mas não orienta como trabalhar
N
29. Ele mostra o que deve ser feito mas na maioria das vezes a realidade não nos permite
realizá-los por não saber como.
S
30. Atendem mais especificamente e diretamente as necessidades dos alunos adultos,
linguagem acessível,atualidades
NR
31. Em parte. O problema de qualquer proposta é como adequá-la, em se tratando de
metodologia, na sala de aula.
N 32. Não sei
116
Q.37 – Este espaço foi reservado para você apresentar sua opinião, sugestões ou qualquer outro
assunto que você ache relevante sobre Transgênicos e sobre os PCN e que não foi tratado neste
questionário.
1. NR
2. Não tenho sugestões
3. Não acho que deveria ser tratado o assunto em PCNs, mas sim se for o caso em projetos direcionados por DE.
4. NR
5. NR
6. Me sinto muito desinformado sobre os transgênicos, gostaria muito de participar e cursos e orientações sobre o
assunto. Porém não podemos esquecer da sobrecarga que vive o professor e por mais esforço que o mesmo tenha
feito não esta suprindo as necessidades da profissão. As políticas Públicas Educacionais precisam ser melhor
aplicadas, para que tenhamos de fato uma educação de qualidade.
7. Por favor nos permita outros encontros p/ obtermos mais informações, pois, este é um assunto que me interessa
muito. Meu conhecimento do assunto é limitado e desejo ampliá-lo. Obrigada
8. Gostaria de ter em mãos material diversos sobre transgênicos (nas escolas)
9. NR
10. NR
11. NR
12. NR
13. Quero agradecer a minha participação em conseguir novos conhecimentos, e também lhe parabenizar por esta
iniciativa com os professores da rede.
14. NR
15. NR
16. NR
17. Deveria ter esse tipo de orientação não só sobre transgênicos. E a questão ambiental ?
18. NR
19. A iniciativa é válida e deveria ser ampliada a outros assuntos, como forma de conhecimento, aprendizagem e
esclarecimento de dúvidas dos nossos alunos.
20. NR
21. É claro que esse assunto deve fazer parte dos PCNs
22. NR
23. NR
24. NR
25. Acho o tema interessantíssimo e muito pouco conhecido, pois a TV só passa o básico; eu nunca vi uma
explicação completa sobre o tema.
26. Este assunto é muito importante para nós professores, gostaria de obter maiores informações e conteúdo.
27. NR
28. NR
29. NR
30. Maior enfoque à Saúde de um modo geral que inclui "Transgênicos". Às vezes percebo que até em concursos,
as questões ligadas à preservação da vida - prevenção aparecem em menor quantidade.
31. Gostaria de ter oportunidades como esta para ampliar meus conhecimentos e tirar dúvidas de assuntos atuais e
polêmicos, tal como "transgênicos".
32. Não sei
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