a penicilina G (Tabela 4). A resistência de algumas cepas à penicilina é atribuída, quase
concomitantemente a sua introdução no uso clínico, devido à produção de β-lactamases ou a
penicilinase, uma enzima responsável pela hidrólise do anel β-lactâmico das penicilinas,
inaivando-as (CARTER et al., 1995).
O grupo Staphylococcus coagulase negativo isolados foi 100% sensível à amoxilina,
ampicilina, cefalotina, cefoxitina, enrofloxacina, florfenicol, gentamicina, kanamicina,
neomicina, oxacilina, penicilina G, penicilina/novobiocina, sulfazotrim e tetraciclina (Tabela 4),
diferindo de outros autores, que observaram maior variação na susceptibilidade das cepas de SCN
frente a diferentes drogas (FTHENAKIS, 1998; SILVA et al., 2004).
Escherichia coli foi sensível à amoxilina, ampicilina, cefoxitina, enrofloxacina,
florfenicol, sulfazotrim e tetraciclina. Foi resistente à eritromicina, estreptomicina, kanamicina,
oxacilina e penicilina G. Teve resultado intermediário para cefalotina, gentamicina, neomicina e
penicilina/novobiocina (Tabela 5). Ribeiro et al. (1999), trabalhando com cepas de E. coli
isoladas de mastite bovina encontraram 21,7% de amostras resistentes a quatro ou mais drogas
testadas, alertando para a elevada ocorrência de resistência múltipla. Enterobacter cloaceae foi
sensível à enrofloxacina, estreptomicina, florfenicol, gentamicina, kanamicina, neomicina,
penicilina novobiocina, sulfazotrim e tetraciclina. Foi resistente à cefalotina, eritromicina,
oxacilina e penicilina G. Teve resultado intermediário para a amoxilina, ampicilina e cefoxitina
(Tabela 5).
Pseudomonas spp. foi sensível à amoxilina, ampicilina, cefalotina, cefoxitina,
enrofloxacina, eritromicina, estreptomicina, florfenicol, gentamicina, kanamicina, neomicina,
oxacilina, penicilina G, penicilina novobiocina, sulfazotrim e tetraciclina (Tabela 5). Este
resultado discorda dos encontrados por Las Heras et al. (1999), onde Pseudomonas aeruginosa
foi resistente à amoxilina, tetraciclina, trimetroprim-sulfametaxazole, estreptomicina, e sensível à
gentamicina e ciprofloxacina.
No Brasil é comum a utilização de antimicrobianos sem o conhecimento sobre o perfil de
suscetibilidade das cepas circulantes na região, às diferentes drogas indicadas como tratamento
empírico, podendo acarretar o agravamento da doença, predispondo o estabelecimento de
processos crônicos e determinando em algumas situações o descarte do animal. Um inevitável
efeito colateral do uso sem controle dessas drogas é a emergente disseminação de bactérias
resistentes, não somente as patogênicas, mas também as da microbiota endógena. A