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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
CARACTERÍSTICA DE RECIPIENTE E DENSIDADE DE PLANTA DE
PEPINO, CULTIVADA EM SUBSTRATO DE FIBRA DE COCO COM
FERTIRRIGAÇÃO
RUDGEN RODRIGUES CALDAS
Engenheiro Agrônomo
Prof. Dr. SHIZUO SENO
Orientador
Ilha Solteira
Estado de São Paulo – Brasil
2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
CARACTERÍSTICA DE RECIPIENTE E DENSIDADE DE PLANTA DE
PEPINO, CULTIVADA EM SUBSTRATO DE FIBRA DE COCO COM
FERTIRRIGAÇÃO
RUDGEN RODRIGUES CALDAS
Engenheiro Agrônomo
Dissertação apresentada à Faculdade de
Engenharia do Campus de Ilha Solteira
UNESP, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Mestre em Agronomia,
área de concentração em Sistemas de
Produção.
Ilha Solteira
Estado de São Paulo – Brasil
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da UNESP - Ilha Solteira.
Caldas, Rudgen Rodrigues
C145c
Característica de recipiente e densidade de planta de pepino, cultivada em
substrato de fibra de coco com fertirrigação / Rudgen Rodrigues Caldas. -- Ilha
Solteira : [s.n.], 2008
52 f. : il., fots. color.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira. Especialidade: Sistemas de Produção, 2008
Orientador: Shizuo Seno
Bibliografia: p. 42-50
1. Vasos. 2. Irrigação. 3. Hortaliças.
Aos meus queridos pais
, José Rodrigues
de Oliveira e Maria de Fatima Caldas,
que sempre me apóiam e torcem pelo meu
sucesso, a Dijiani, minha noiva, pela
paciência e incentivo,
A minha irmã, sobrinha e avós pelo
apoio, estímulo e carinho em todos os
momentos de minha vida,
OFEREÇO
OFEREÇOOFEREÇO
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
AGRADECIMENTOS
A Deus pelas alegrias proporcionadas e por estar sempre presente, me auxiliando na superação dos momentos
mais difíceis;
À Universidade Estadual Paulista, Campus de Ilha Solteira, ao Curso de Pós-Graduação em Agronomia e
ao Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio Economia, pelo apoio e oportunidade
concedidos na realização desse curso;
Ao meu orientador Prof. Dr. Shizuo Seno, pela orientação, ensinamentos e apoio do início ao fim deste
trabalho;
Aos professores componentes desta banca, Dr.
Roberto Lyra Villas Boas (FCA de Botucatu - UNESP) e
Dr. Francisco Maximino Fernandes, muito obrigado por atenderem prontamente ao nosso convite à banca;
A todos os professores da pós-graduação e aos funcionários da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão
(Pomar): Alceniro, Cláudio, Edson e Francisco, pela valiosa ajuda na condução do experimento;
Aos funcionários da Seção da Pós-Graduação e aos funcionários da Biblioteca da FEIS-UNESP que
sempre me atenderam com muita atenção e simpatia;
Ao doutor Alexsander Seleguini, pelas valiosas sugestões e disponibilidade em me ajudar;
Aos colegas do curso de s-Graduação, ingressantes do ano 2006, por todos os momentos que vivenciamos
juntos. Em especial aos colegas Helder Adriano de Souza Silva, Vagner do Nascimento, Flávio Ferreira da
Silva Binotti, Eliozéas Vicente de Almeida e Elza da Silva Militão pela agradável convivência e
descontração;
Muito obrigado a todos que direta ou indiretamente participaram da realização deste trabalho.
CARACTERÍSTICA DE RECIPIENTE E DENSIDADE DE PLANTA DE PEPINO,
CULTIVADA EM SUBSTRATO DE FIBRA DE COCO COM FERTIRRIGAÇÃO
Autor: Engº. Agrº. Rudgen Rodrigues Caldas
Orientador: Prof. Dr. Shizuo Seno
RESUMO
Melhores condições de higiene, diminuição na incidência de doenças do solo e
alternativa para a falta de espaço são as principais vantagens que o produtor
encontra na utilização de recipientes para o cultivo de hortaliças em estufas. Esse
trabalho teve como objetivo avaliar diferentes tipos de recipientes e densidade de
planta com substrato de fibra de coco para o cultivo de pepino Hokuho, com uso da
fertirrigação sob ambiente protegido. O experimento foi conduzido de setembro a
novembro de 2006 na área experimental da Fazenda de Ensino, Pesquisa e
Extensão da Faculdade de Engenharia UNESP, Campus de Ilha Solteira – SP. Os
tratamentos constaram de cinco recipientes (calha por capilaridade, calha por
gotejamento, vaso pequeno, vaso grande e travesseiro) e duas densidades de
plantio (uma e duas plantas por cova). O delineamento experimental adotado foi o
de blocos ao acaso com 4 repetições, cinco tipos de recipientes e duas densidades
de plantio. Avaliou-se Condutividade elétrica (CE), altura das plantas, diâmetro do
caule, número de hastes, massa média do fruto, produção de frutos tortos e
produção de frutos comerciais. Os recipientes travesseiro, vaso grande e vaso
pequeno foram os que proporcionaram as maiores produtividades, sendo
recomendados entre eles aquele que propiciar o melhor custo benefício. Em relação
à densidade, recomenda-se uma planta por cova, pois esta proporcionou melhores
resultados para altura, diâmetro, números de hastes secundárias produzidas, massa
média do fruto e com produtividade semelhante a duas plantas por cova.
Palavras-chave: Cucumis sativus L., volume de recipientes, produtividade.
CHARACTERISTIC OF TRAYS AND DENSITY OF CUCUMBER PLANT,
CULTIVED WITH COCONUT FIBER SUBSTRATUM WITH FERTIRRIGATION
Author: Rudgen Rodrigues Caldas
Adviser: Prof. Dr. Shizuo Seno
ABSTRACT
Better hygiene conditions, decrease in the incidence of diseases of the soil and
alternative for the space lack is the main advantages that the producer finds in the
use of containers for the cultivation of vegetables in greenhouses. That work had as
objective to evaluate different types of containers with coconut fiber substratum for
the cucumber crop cultivar Hokuho, with use of the fertirrigation under protected
conditions. The study was conducted from September to November of 2006 in the
experimental area of São Paulo State University – UNESP, Campus of Ilha Solteira –
SP. The treatments consisted of five containers (drain for capillarity, drain for drip,
small and big vase and pillow) and two planting densities (one and two plants by
hole). It was used a randomized blocks design with 4 repetitions: five types of
containers and two planting densities. Electric conductivity was evaluated (CE),
height of plants, medium mass of fruit, production of crooked fruits and production of
commercial fruits. The containers pillow, large or small vase were those that provided
the greatest productivity, and recommended including one that provide the best cost
benefit. Regarding density, it is recommended a plant by hole, as this provided better
results for height of plants, medium mass of fruit and productivity similar to two plants
by hole.
Index Terms: Cucumis sativus L., volume of containers, productivity.
LISTA DE FIGURAS
PÁGINA
Figura 1 - Médias das temperaturas mínimas, médias e máximas do ar nos
intervalos semanais, ocorridas no período de 05 de setembro a 29 de novembro
de 2006. UNESP - Ilha Solteira............................................................................31
Figura 2 - Evolução dos valores médios semanais de condutividade elétrica (CE)
das soluções drenadas dos vasos e calha por gotejamento e calha por
capilaridade durante o experimento. UNESP - Ilha Solteira, 2006.......................32
LISTA DE TABELAS
PÁGINA
Tabela 1 - Densidade, espaço poroso, quantidade de água retida na capacidade de
campo e espaço ocupado pelo ar na capacidade de campo do substrato fibra de
coco utilizado no cultivo de pepino Hokuho, em ambiente protegido. UNESP - Ilha
Solteira, 2006 ...........................................................................................................25
Tabela 2 - Componentes utilizados como fonte de macro e micronutrientes no
preparo da solução nutritiva. UNESP - Ilha Solteira (SP), 2006...............................26
Tabela 3 - Esquema de análise de variância proposto para o experimento ............29
Tabela 4 - Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis
de significância do teste F da altura de plantas aos 15, 30 e 65 dias após o
transplante (d.a.t) das mudas de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006 ......32
Tabela 5 - Médias da altura de plantas aos 15, 30 e 65 dias após o transplante de
mudas (d.a.t) em função dos recipientes e das densidades de plantio de pepino
Hokuho, em ambiente protegido. UNESP - Ilha Solteira, 2006 ................................33
Tabela 6 - Desdobramento das interações significativas da análise de variância
referente à altura aos 65 dias após o transplante das mudas de pepino Hokuho.
UNESP - Ilha Solteira, 2006.....................................................................................34
Tabela 7 - Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis
de significância do teste F do diâmetro do caule aos 65 dias após o transplante
(d.a.t) das mudas de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006 .........................35
Tabela 8 - Desdobramento das interações significativas da análise de variância
referente ao diâmetro do caule aos 65 dias após o transplante do pepino. UNESP -
Ilha Solteira, 2006 ....................................................................................................36
Tabela 9 - Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis
de significância do teste F do número de hastes aos 65 dias após o transplante
(d.a.t) das mudas de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006 .........................37
Tabela 10 - Desdobramento das interações significativas da análise de variância
referente ao número de hastes aos 65 dias após o transplante das mudas de pepino.
UNESP - Ilha Solteira, 2006.....................................................................................37
Tabela 11 - Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis
de significância do teste F da massa dia do fruto, produção de frutos tortos e
produção de frutos comerciais pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006 ..........38
Tabela 12 - Massa média do fruto, produção de frutos tortos e produção de frutos
comerciais de pepino Hokuho, em ambiente protegido. UNESP - Ilha Solteira,
2006...........................................................................................................................40
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .....................................................................15
2.1. Cultura do pepino em ambiente protegido ......................................15
2.2. Substrato de fibra de coco...............................................................17
2.4. Recipientes para substrato .............................................................19
2.5. Fertirrigação....................................................................................21
3. MATERIAL E MÉTODOS..........................................................................23
3.1. Época e localização do experimento ..............................................23
3.2. Caracterização do experimento ......................................................23
3.3. Implantação e condução do experimento .......................................27
3.4. Manejo da fertirrigação ...................................................................27
3.5. Avaliações realizadas .....................................................................28
3.6. Delineamento experimental e análise estatística............................29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................30
4.1. Condutividade elétrica.....................................................................31
4.2. Altura de plantas .............................................................................32
4.3. Diâmetro do caule ...........................................................................35
4.4. Número de hastes...........................................................................36
4.5. Massa média do fruto, produção de frutos tortos e produção
de frutos comerciais ........................................................................38
5. CONCLUSÃO ...........................................................................................41
6. REFERÊRENCIAS....................................................................................42
7. APÊNDICE ................................................................................................51
13
INTRODUÇÃO
O cultivo de hortaliças em ambiente protegido tem crescido muito nos últimos
anos devido à melhor qualidade do produto e ao menor risco quanto a fatores
ambientais adversos. Entre as culturas mais exploradas em ambiente protegido no
Estado de São Paulo encontram-se o pimentão, pepino, tomate, alface, entre outras
(TRANI et al., 1997).
A cultura do pepino tipo japonês (Cucumis sativus L.) é dentre os produtos
hortícolas uma das mais utilizadas em sistema protegido, pois apresenta elevado
valor econômico na entressafra da região centro-sul (maio a setembro) e ciclo
vegetativo curto. Cultivares híbridos do tipo japonês alcançam elevada produtividade
neste sistema de cultivo (YOSHIMURA; YOSHIDA; JAMPANI, s.d.).
A aplicação direta de tecnologias de produção a campo aberto em cultivos
sob proteção, comum entre produtores, tem frustrado muitos deles, em razão do
empirismo nas práticas adotadas. Os principais problemas enfrentados estão
relacionados à utilização de cultivares não adaptados, ao manejo inadequado da
irrigação e da fertirrigação, à salinização do solo, à ocorrência de nematóides e
doenças de solo, ao alto custo de produção e à comercialização diferenciada
(VÁZQUEZ, 1997; OLIVEIRA; CARRIJO; SILVA, 1997; SILVA et al., 1998 e SILVA;
MAROUELLI, 1998).
O cultivo em substratos é uma alternativa ao sistema tradicional de produção
em solo sob casa de vegetação que começa a ser utilizado por alguns produtores de
hortaliças no Brasil, porém ainda de forma tímida, devido ao alto custo do sistema e
das particularidades no manejo de água e nutrientes (MAROUELLI; CARRIJO;
SILVA, 2003). Quando devidamente otimizado, esse sistema de cultivo proporciona
14
maior eficiência dos fatores de produção que o cultivo em solo. Ademais, substratos
podem ser facilmente substituídos ou esterilizados, minimizando a incidência de
nematóides, bactérias e fungos patogênicos na zona radicular (DEKKER, 1995).
A definição do recipiente para produção de qualquer cultura em hidroponia em
substrato é um importante aspecto, pois pode influenciar na produtividade da cultura. Ao
optar por recipientes, o agricultor deixa de depender de solos degradados e com
patógenos, o que permite reduzir seus custos com fertilizantes e agroquímicos para
controle de pragas como nematóides, por exemplo (SILVEIRA, 2006).
Este trabalho teve como objetivo analisar diferentes tipos de recipientes com
substrato de fibra de coco para o cultivo de pepino japonês com fertirrigação.
15
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Cultura do pepino em ambiente protegido
Alguns experimentos têm sido realizados com o objetivo de se obter
informações sobre o comportamento da cultura do pepino em casa de vegetação.
Assim, Horino et al. (1987) avaliaram, em Brasília, as produções de duas cultivares
de pepino (Hokusin e 662H), sob uma cobertura de polietileno de 0,1 mm de
espessura e sem cobertura, em período chuvoso (janeiro e maio). Ao final da
avaliação, os cultivares Hokusin e 662H obtiveram, respectivamente, produções de
141 e 146 t/ha, sob cobertura e de 113 e 114 t/ha, sem o uso da cobertura.
Diversos autores apresentam para o cultivo do pepino em estufa plástica
rendimentos de 15 a 30 kg m
-2
.
(ALFONSO OSORIO; ELICIO MORAGA;
RECAREDO ORELLANA, 1984; SERRANO CERMEÑO, 1979; ROBLEDO;
MARTIN, 1981; ROBLES, 1985).
Robledo e Martin (1988) citam como produtividade para o pepino cultivado em
casa de vegetação, valores máximos de 200 t/ha, e médios de 70 t/ha, superiores
aos 40 e 50 t/ha obtidos na produção em campo aberto.
Galvani (2001) ao avaliar a produtividade do pepineiro (híbrido Hokuho)
cultivado em ambiente protegido e a campo em ciclos de outono-inverno e
primavera-verão verificou a influência positiva apenas do ambiente protegido no ciclo
de outono-inverno, obtendo a produtividade de 19,98 kg m
-2
.
Cardoso e Silva (2003) realizaram um experimento para verificar o
desempenho de híbridos de pepino tipo japonês sob ambiente protegido em duas
épocas de cultivo e obteve em média, maior produção no cultivo de outono-inverno.
16
No município de Ilha Solteira-SP, Koga (1999) pesquisaram os efeitos de
diferentes tratamentos com diversos materiais orgânicos e verificaram os efeitos
deste sobre algumas culturas sob casa de vegetação, entre elas a do pepino, a qual
obteve uma produtividade média de 5,6 kg m
-2
. Este resultado ficou muito próximo
do obtido por Faria Júnior (1994), que avaliando diferentes híbridos de pepino para
cultivo protegido, no mesmo município, obteve no ano de 1992 uma produtividade
média de 5,87 kg m
-2
em casa de vegetação em arco e 5,62 kg m
-2
em casa de
vegetação capela, contra 3,23 kg m
-2
no campo.
Ainda no município de Ilha Solteira-SP, Souza et al. (1999) realizou um
experimento para verificar o desenvolvimento da cultura do pepino em solo coberto
com filme de polietileno de diferentes cores, em ambiente protegido sob diferentes
níveis de sombreamento adicional. No final do experimento, observou-se uma
produção média total e comercial de 9,68 e 8,02 kg m
-2
, respectivamente.
Carneiro Junior (2001) ao pesquisar o uso de diferentes substratos na cultura
do pepino em condições de ambiente protegido, também no município de Ilha
Solteira-SP, obteve uma produção média total de 4,2 e 1,32 kg m
-2
, no primeiro e
segundo cultivo, respectivamente.
Com o cultivo protegido, tornou-se possível alterar, de modo acentuado, o
ambiente de crescimento e de reprodução das plantas, com controle parcial dos
efeitos adversos do clima (CASTILLO, 1985). Desta forma, permite-se obter
colheitas fora de época normal, maior crescimento das plantas, precocidade de
colheita, possibilidade de maior eficiência no controle de doenças e pragas, redução
de perdas de nutrientes por lixiviação, redução de estresses fisiológicos das plantas,
aumento de produtividade, aumento do período de colheita para culturas de colheita
múltipla e melhoria na qualidade de produção (BRANDÃO FILHO; CALLEGARI,
1999), radiação e umidade, que podem ser parcialmente controlados em ambiente
protegido (FACTOR; ARAÚJO; CORTEZ, 2000).
17
2.2. Substrato de fibra de coco
Grande variedade de substrato pode ser utilizada em cultivos hidropônicos.
Seu uso facilita a ancoragem das plantas, especialmente daquelas de porte mais
alto como pepino, tomate, pimentão e melão (MARTINEZ; BARBOSA, 1999).
A finalidade de qualquer meio de cultivo é produzir uma planta de qualidade,
no mais curto espaço de tempo, com os mais baixos custos de produção. Somando-
se a isto, a obtenção e a eliminação do substrato, uma vez que tenha sido utilizado,
não deveriam provocar impactos ambientais de importância (ABAD et al. 1995)
O resíduo da fibra de coco verde como substrato de cultivo tem sido utilizado
com êxito. As razões de sua utilização são suas extraordinárias propriedades físicas,
sua facilidade de manejo e sua característica ecológica. A fibra de coco é uma
matéria-prima para fabricação de substratos que se destaca pela boa capacidade de
retenção de água, assim como uma alta aeração. A utilização da fibra de coco verde
como substrato para o crescimento de plantas tem sido pesquisada e os resultados
mostram que as plantas que crescem em substratos contendo fibra de coco
apresentam altas produções e qualidade em relação a outros substratos como areia,
ou xaxim, o que a torna uma alternativa as práticas ecológicas (SISTEMA
BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS, 2008)
A maioria das plantas tem o solo como o meio natural para o desenvolvimento
do sistema radicular, encontrando nele o seu suporte, fonte de água, ar e minerais
necessários para a sua alimentação e crescimento. As técnicas de cultivo sem solo,
através de substrato natural ou artificial, devem substituir este meio natural,
proporcionando à planta aquilo que, de uma forma natural, ela encontra no solo
(CANOVAS MARTINEZ citado por CASTELLANE; ARAÚJO, 1995).
Cultivos em substratos demonstram grande avanço frente aos sistemas de
cultivo no solo, pois oferecem vantagens como o manejo mais adequado da água, o
fornecimento de nutrientes em doses e épocas apropriadas, a redução do risco de
salinização do meio radicular e a redução da ocorrência de problemas
fitossanitários, que se traduzem em benefícios diretos no rendimento e qualidade
dos produtos colhidos (ANDRIOLO et al., 1999).
18
A casca de coco, subproduto do uso e da industrialização da água e da
castanha do coco é depositado em lixões e às margens de estradas. É um material
de difícil decomposição levando mais de oito anos para se decompor. Segundo
Rosa et al. (2001), 80 a 85% do peso bruto do coco verde é considerado lixo. A
facilidade de produção, baixo custo e alta disponibilidade são outras vantagens
adicionais apresentadas por este tipo de substrato.
As propriedades físico-químicas da fibra de coco variam bastante em função
da fonte de matéria prima e do seu processamento. Sanches (1999) apresenta
resultados de vários autores onde pode ser visualizada essa grande variabilidade.
As propriedades físico-químicas da fibra apresentam os seguintes valores médios:
pH = 5,4; condutividade elétrica (CE) = 1,8 dS/m; capacidade de troca catiônica
(CTC) = 92 mmol
c
dm
-3
; relação C/N = 132; d = 70 g/L; porosidade total = 95,6%;
retenção de água = 538 ml/L; capacidade de aeração = 45,5% e água facilmente
assimilável = 19,8%. Um substrato ideal deve possuir, entre outras características,
uma porosidade acima de 85%, uma capacidade de aeração entre 10 e 30% e água
facilmente assimilável de 20 a 30%. Portanto, as propriedades da fibra de coco
conferem ao seu substrato características de boa qualidade. A grande percentagem
de lignina (35-45%) e de celulose (23-43%) e a pequena quantidade de
hemicelulose (3-12%), que é a fração prontamente atacada por microorganismos,
conferem ao substrato de fibra de coco uma grande durabilidade (NOGUERA et al.,
2000), sendo desta maneira, recomendável para cultivos de ciclo longo como as
ornamentais. É também ideal para o cultivo de hortaliças sem o uso do solo, pois
não sofre o processo de degradação acelerado causado pela intensa aplicação de
água e fertilizante.
19
2.3. Recipientes para substrato
O cultivo sem solo surgiu como técnica racional, que busca otimização no uso
da água, do espaço, do tempo, dos nutrientes e da o-de-obra. Algumas variantes
do cultivo sem solo foram desenvolvidas, destacam-se a hidroponia tipo NFT
(“Nutrient Film Technique”) e cultivo em substratos. No cultivo em substratos
utilizam-se recipientes preenchidos de material (substrato) que servem de
sustentação para as plantas, por onde a solução nutritiva é percolada e drenada
pela parte inferior (FURLANI et al., 1999). Como em geral o uso do substrato está
relacionado ao uso de recipientes, a forma e o tamanho deste limitam o volume para
o crescimento das raízes, quando comparados ao cultivo no campo, e influenciam
na dinâmica da movimentação da água neste restrito volume. Neste caso, as
características físicas do substrato como espaço poroso e densidade devem ser
consideradas, uma vez que quanto menor a altura do recipiente, mais difícil será a
drenagem. Portanto, em recipientes mais baixos, o substrato deve ser menos denso
e mais poroso (KAMPF, 2000).
O cultivo de hortaliças do tipo fruto em substratos acondicionados em
contentores (recipientes) de tamanho reduzido, especialmente sob irrigação por
gotejamento, restringe o crescimento das raízes a um volume limitado de água,
cujas condições de contorno são determinadas pelos limites físicos do contentor,
disponibilidade de água e nutrientes, nível de salinidade e aeração no substrato. O
reduzido volume de raízes, associado à pequena quantidade de água armazenada
no substrato, requer que as irrigações sejam em regime de alta freqüência e de
baixo volume, o que torna o manejo adequado da irrigação decisivo para a obtenção
de altos rendimentos e a otimização do uso de água e de nutrientes pelas plantas
(MAROUELLI; CARRIJO; SILVA, 2003). Nesmith e Duval (1999), citados por Pereira
e Martinez (1999), também observaram que a absorção de nutrientes é afetada pela
restrição do desenvolvimento das raízes, causada pelo tamanho do recipiente.
A altura do recipiente limita a altura do substrato e, assim, a capacidade de
recipiente, determinando o volume de macroporos ou espaço de aeração (DRZAL;
CASSEL; FONTENO, 1999). Práticas de irrigação utilizadas são da mesma forma
essenciais na definição das características de porosidade, assim como a forma
20
como o material é manejado antes da colocação da planta ou da semente
(compactação, conteúdo de umidade, técnica de enchimento) (FONTENO, 1996).
Segundo Böhm (1979), os volumes dos recipientes influenciam a
disponibilidade de nutrientes e água. Para Parviainen (1976), o maior volume
do recipiente melhora a arquitetura do sistema radicial, à semelhança daquele
verificado em mudas plantadas por semeadura direta no campo. No entanto,
recipientes com grandes dimensões acarretam maiores custos de produção, de
transporte, de distribuição e de plantio (GONZALEZ, 1988; GOMES; COUTO;
BORGES, 1990).
White e Mastalerz (1966) definiram “capacidade de recipiente”, abordando a
importância da altura de substrato em um recipiente na definição de volume de água
retido após a irrigação. Segundo eles, mesmo com um furo adequado para saída da
água, a força da gravidade na água livre atua apenas até o ponto de equilíbrio
estático. A capacidade de recipiente é a percentagem, por volume, retida por
substrato em um recipiente com uma determinada altura, após saturação (tensão
hídrica zero) deixando-se drenar na ausência de evapotranspiração, sendo esse o
limite máximo de água para aquele substrato e para aquele tipo e profundidade de
recipiente.
Minami (2000) considerou os seguintes fatores que podem afetar a nutrição
de plantas em recipientes:
a) Substratos: De acordo com a necessidade de adubação, o substrato pode
apresentar-se com adubo de arranque ou aditivado, ou como substrato sem adubo.
A composição do substrato poderá favorecer ou não a disponibilidade de nutrientes.
Além disso, a capacidade de retenção de água do substrato é muito importante, uma
vez que, por insuficiência de umidade poderá provocar acúmulo de sais e toxicidade
às plantas ou por excesso de umidade, que poderá provocar redução na aeração e
acúmulo de CO
2
, afetando a respiração das raízes e redução na absorção de
nutrientes;
b) pH do substrato: conforme o pH do meio os nutrientes tornarão menos ou
mais disponíveis;
21
c) CTC: o substrato deve ter uma alta capacidade de troca de cátions,
funcionando como reservatório de nutrientes. No caso de fertirrigação a CTC não
tem muita importância.
d) Qualidade e quantidade de água: a água de irrigação deve ser a melhor
possível, química, física e biologicamente, enquanto que a quantidade disponível de
água deve ser suficiente para a irrigação durante o ciclo;
e) Outros fatores: temperatura do substrato e do ar, sombreamento,
doenças, pragas, fator genético, preços do adubo e custo operacional da adubação
também devem ser considerados.
2.4. Fertirrigação
A aplicação de fertilizantes através da água de irrigação é uma prática que
pode ser associada aos sistemas de irrigação localizada e tipos de aspersão. Essa
prática, denominada fertirrigação, constitui-se numa técnica de aplicação simultânea
de fertilizantes e água ao solo, através de um sistema de irrigação. É uma prática
agrícola essencial para o manejo de culturas irrigadas, quando se utiliza sistema de
irrigação localizada, sendo uma das maneiras mais eficientes e econômicas de
aplicar fertilizantes nas plantas, principalmente nas regiões de climas áridos e semi-
áridos, pois aplicando-se os fertilizantes em menor quantidade por vez, mas com
maior freqüência, é possível manter-se um nível uniforme de nutrientes no solo,
durante o ciclo vegetativo da cultura, o que aumentará a eficiência do uso de
nutrientes pelas plantas e, consequentemente, a sua produtividade (BERNARDO,
1986; VILLAS BOAS; BOARETTO; VITTI, 1994).
Fertirrigação é a prática de aplicar fertilizantes dissolvidos na água de
irrigação de forma contínua ou intermitente. Além da disposição dos adubos na
região de maior concentração de raízes e da possibilidade de maior fracionamento
das doses, a fertirrigação possibilita aumentar a eficiência das adubações, pois os
nutrientes têm as condições ideais de umidade do solo para sua absorção.
Entretanto, a fertirrigação não se adapta a todos os sistemas de irrigação, visto que
um dos pré-requisitos é operar com alta uniformidade de aplicação. Por isso,
22
associa-se principalmente aos sistemas de irrigação por gotejo ou microaspersão
(YAGÜE, 1996).
O uso da fertilização combinada com a água de irrigação, conhecida como
fertirrigação, tem assumido papel preponderante, por apresentar maior eficácia no
sistema de produção e proporcionar melhor distribuição dos nutrientes no volume de
solo explorado pelo sistema radicular durante o ciclo das culturas (SOUZA, 1993),
além de promover o parcelamento das aplicações dos nutrientes que, associadas às
irrigações diárias, por gotejamento, favorecem maior eficiência de uso de nutrientes
e, conseqüentemente, menor perda por lixiviação; no entanto, esta prática tem sido
utilizada, algumas vezes, de forma inadequada, pela falta de definição de
parâmetros relacionados ao período e à freqüência de aplicação, doses e fontes de
nutrientes para as culturas de maior expressão econômica.
Hernandez (1994) afirmou que a fertirrigação no Brasil era utilizada de forma
incipiente comparada ao seu potencial, destacando algumas vantagens desse
sistema, como economia de mão-de-obra e energia, diminuição da compactação do
solo, eficiência do uso e economia de fertilizante, controle da profundidade de
aplicação, entre outras. Recentemente, pesquisadores consideraram que houve
aumento da fertirrigação no Brasil e no mundo, pois a técnica se mostrou efetiva no
aumento de produtividade e, conseqüentemente, no lucro obtido pelos produtores.
A aplicação do fertilizante simultaneamente com a água da irrigação tem
grande importância tanto do ponto de vista técnico como do econômico. Essa
técnica, que constitui um avanço para a agricultura, requer uma maior capacitação
dos técnicos e agricultores, e seu uso está relacionado a uma série de vantagens
econômicas, quando comparada aos métodos tradicionais de adubação
(VIVANCOS, 1993, citado por SOARES, 2001).
23
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Época e localização do experimento
O presente experimento foi realizado no período de 05/09/2006 a 29/11/2006,
na área experimental da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de
Engenharia UNESP, Campus de Ilha Solteira-SP, com coordenadas geográficas
20º22’ S e 51º24’ W, e altitude de 335 metros. Segundo a classificação de Köeppen,
a região possui um clima do tipo Aw, definido como tropical úmido, com estação
chuvosa no verão e seca no inverno, apresentando temperatura dia anual de
24,5ºC, precipitação média anual de 1.232 mm e umidade relativa média anual de
64,8% (HERNANDEZ; LEMOS FILHO; BUZETTI, 1995).
3.2. Caracterização do experimento
O experimento foi desenvolvido em ambiente protegido, modelo arco, com
orientação leste-oeste, com cobertura de plástico transparente de 150 µm de
espessura, com 6,40 m de largura, 2,20 m de pé direito, 30 m de comprimento e
aberta lateralmente.
Foi avaliado o híbrido de pepino Hokuho em função de duas densidades de
plantio (uma ou duas plantas por cova) e cinco tipos de recipientes: cultivo em vaso
grande e pequeno; calhas tipo cocho com fertirrigação por gotejamento; calhas tipo
cocho com fertirrigação por capilaridade; e travesseiros, todos com substrato de fibra
de coco tipo granulado.
24
Características dos recipientes
Vaso pequeno: Cada unidade possui 0,24 m de altura; 0,24 m de diâmetro de boca;
0,09 m de diâmetro de fundo e volume de 8,6 litros.
Vaso grande: Cada unidade possui 0,25 m de altura; 0,3 m de diâmetro de boca;
0,22 m de diâmetro de fundo e volume de 13 litros.
Calha tipo cocho com fertirrigação por capilaridade: Calha em PP atóxico,
utiliza sistema de pavio contendo seu próprio microreservatório com capacidade de
15 litros de solução, possui 0,25 m de largura; 0,12 m de altura; 3 m de comprimento
e 42 litros de capacidade de substrato (HIDROGOOD, 2007).
Calha tipo cocho com fertirrigação por gotejamento: Semelhante à calha
por capilaridade, sem o microreservatório (HIDROGOOD, 2007).
Travesseiro: Cada unidade é constituída de película de polietileno com dupla
face (preta e branca). Possui 0,18 e 3 m de diâmetro e comprimento,
respectivamente, e volume de 76 litros, perfurado na parte basal para drenagem do
excesso de solução. Na parte superior foram realizadas aberturas de
aproximadamente 0,10 m de diâmetros e espaçados 0,50 m para o transplante das
mudas (ver apêndice).
Características comerciais do híbrido F1 Hokuho
Cultivar tipo japonês, líder e padrão de mercado, de florescimento monóico.
Para cultivo preferencialmente em estufa. Frutos uniformes de coloração verde
escuro brilhante, comprimento médio de 22-24 cm e diâmetro médio 2,7-3,0 cm.
Apresenta tolerância a oídio (Sphaerotheca fuliginea) e míldio (Pseudoperonospora
cubensis (Bert et Curtis) Rostowzew). Início da Colheita: 40-50 dias após a
semeadura (SAKATA SEED, 2007).
25
Características do substrato
No final do experimento coletou-se uma amostra deformada de substrato. Em
seguida essa amostra foi condicionada em anel volumétrico, tomando-se o cuidado
de não compactar. Foi simulada a densidade do material, semelhante às condições
dos recipientes testados durante o experimento. Essa metodologia proporcionou
condições para determinar a densidade, espaço poroso, quantidade de água retida
na capacidade de campo e espaço ocupado pelo ar na capacidade de campo. Os
resultados estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Densidade, espaço poroso (EP), quantidade de água retida na capacidade
de campo (ARCC) e espaço ocupado pelo ar na capacidade de campo (EACC) do
substrato fibra de coco utilizado no cultivo de pepino Hokuho, em ambiente
protegido. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Avaliações
Substrato
Densidade (g cm
-
3
) EP (%) ARCC (%) EACC (%)
Fibra de coco 0,14 72,85 78,50 21,50
A densidade do substrato fibra de coco utilizado foi de 0,14 g cm
-3
, inferior à
densidade ideal que segundo Kämpf (2000) seria de 0,30 a 0,50 g cm
-3
para cultivo
em vasos de 20 a 30 cm de altura. Quanto ao espaço poroso, o substrato
apresentou-se bem poroso (73%). Kämpf (2000) cita que um substrato deve ser
suficientemente poroso, a fim de permitir trocas gasosas eficientes, evitando a falta
de ar para as raízes.
26
Características da solução nutritiva
A solução nutritiva utilizada foi à recomendada por Furlani et al. (1999) para o
cultivo de pepino (210,5 g de N; 270 g de K; 50 g de P; 170 g de Ca; 40 g de Mg; 52
g de S; 0,5 g de B; 0,1 g de Cu; 0,5 g de Mn; 0,05 g de Mo; 0,3 g de Zn e 2,2 g de
Fe, adicionados em 2000 litros de água conforme recomendação de Yamaki; Seno e
Seleguini (2006). Os componentes utilizados como fonte de macro e micronutrientes
no preparo da solução nutritiva estão descritos na Tabela 2.
Tabela 2. Componentes utilizados como fonte de macro e micronutrientes no
preparo da solução nutritiva. UNESP - Ilha Solteira (SP), 2006.
Componentes da solução nutritiva
Nitrato de potássio (14% de N, 44% K
2
O)
Sulfato de potássio (41% de K
2
O, 17% de (SO
4
)
-2
)
MAP (11% de N, 60% de P
2
O
5
)
Ferro tenso (6% de Fe-EDDHMA)
Sulfato de magnésio (10% Mg
+2
, 13% (SO
4
)
-2
)
Nitrato de Cálcio (15% N, 34% Ca
+2
)
Cálcio alone (13% solução verdadeira de Ca
+2
)
Ácido bórico (17% H
3
BO
3
, (H
2
BO
3
)
-1
)
Sulfato de Manganês (31,2% Mn
+2
, 17,5% (SO
4
)
-2
)
Molibdato de sódio (39% Mo)
Sulfato de zinco (20% Zn
+2
; 10% (SO
4
)
-2
)
Sulfato de cobre (24,5% Cu
+2
; 12,6% (SO
4
)
-2
).
27
3.3. Implantação e condução do experimento
A semeadura foi realizada em 05/09/2006, em bandejas de poliestileno
expandido com 200 células, utilizando-se substrato organo-mineral, sendo as mudas
transplantadas no dia 29/09/2006, utilizando o espaçamento de 0,50 m entre
plantas.
As plantas foram conduzidas verticalmente com uma haste principal, por meio
de fitas plásticas (fitilhos). Na produção, foram selecionados três frutos por haste
secundária e realizado o desponte da mesma.
O controle fitossanitário foi feito com base em recomendações técnicas, por
meio de aplicações preventivas e de controle, com defensivos químicos a cada sete
dias em média e sempre que necessário.
3.4. Manejo da fertirrigação
Após o transplante das mudas, teve início a fertirrigação que se estendeu até
o final do ciclo da cultura. A circulação da solução nutritiva nas parcelas foi
controlada por um temporizador “timer”. A freqüência da aplicação foi de seis vezes
ao dia nos seguintes horários: 7:00, 9:00, 11:00, 13:00, 15:00 e 17:00 horas e a
quantidade da solução foi determinada diariamente em função do fator climático e
das etapas fenológicas das plantas, tomando-se o cuidado de aplicar um volume
que induzisse uma drenagem dos recipientes em todos os horários de aplicação. O
volume de solução nutritiva excedente dos vasos, calhas e travesseiro, se
depositava em um reservatório, sendo transferido novamente ao reservatório
principal. Como reservatórios da solução nutritiva, foram utilizados quatro tanques
com capacidade de 500 litros cada, permanecendo tampados para evitar o
aquecimento e o desenvolvimento de algas na solução (ver apêndice).
28
3.5. Avaliações realizadas
As avaliações realizadas no experimento foram:
a) Condutividade elétrica: as análises foram realizadas semanalmente para
diagnosticar a concentração de sais da solução nutritiva e da solução
drenada, efetuada com auxílio de um condutivímetro de +/- 1% de precisão.
b) Altura das plantas: avaliada aos 15, 30 e 65 dias após o transplante em
quatro plantas ao acaso por parcela, medindo-se o comprimento do colo da
planta até a gema apical.
c) Diâmetro do caule: avaliado no final do ciclo em quatro plantas ao acaso por
parcela, medindo-se o diâmetro do colo imediatamente acima da superfície do
substrato.
d) Número de hastes: avaliado no final do ciclo em três plantas ao acaso por
parcela, contando-se as hastes laterais do ramo principal.
e) Produção de frutos tortos: obtida através da somatória da massa de frutos
tortos nas diversas colheitas.
f) Produção comercial: através da somatória da massa de frutos comerciais nas
diversas colheitas. Consideraram-se frutos comerciais todos aqueles que o
apresentavam defeitos visuais que os desqualificassem para o comércio
(frutos tortos, bojudos e etc.).
g) Massa média do fruto: obtida através da razão da produção comercial pelo
número de frutos de cada parcela.
29
3.6. Delineamento experimental e análise estatística
O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualisado dispostos
em um esquema fatorial 5x2 com 4 repetições, totalizando 40 unidades
experimentais.
Após as avaliações, os dados foram submetidos ao programa estatístico
“Sanest”, teste de tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Tabela 3. Esquema de análise de variância proposto para o experimento.
Causas de variação G.L
Recipientes (r) 4
Densidades (d) 1
Interação (r x d) 4
Resíduo 30
Total 39
30
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O ciclo total da planta, desde a semeadura até o final da colheita foi de 86
dias, concordando com Galvani et al. (2000) que relatou para o pepino Hokuho um
ciclo em torno de 90 a 110 dias. A colheita dos frutos teve início aos 50 dias após a
semeadura e se estendeu por cinco semanas.
As temperaturas do ar ocorridas durante a realização do experimento foram
fornecidas pelo posto meteorológico da Fazenda Experimental da Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira - UNESP, localizado próximo ao experimento e estão
apresentadas na Figura 1. Os valores médios da temperatura mínima, média e
máxima do ar foram de 21ºC, 26ºC e 32ºC, respectivamente. Verifica-se que a
temperatura média obtida para todo o período de 05/09 a 29/11/2006, está dentro da
faixa favorável ao cultivo do pepino para suas diferentes fases fenológicas
(MARTINS et al., 2008).
31
Figura 1. Médias das temperaturas mínimas, médias e máximas do ar nos intervalos
semanais, ocorridas no período de 05 de setembro a 29 de novembro de 2006.
UNESP - Ilha Solteira.
4.1. Condutividade elétrica
Os valores médios da condutividade elétrica (CE) da água utilizada e da
solução nutritiva no decorrer do experimento foram 0,203 e 1,170 dS/m,
respectivamente. Conforme Furlani et al (1999), esses valores situam-se em torno
do recomendado (entre 2,0 e 4,0 dS/m) no caso das hortaliças de frutos. Pode-se
observar, através da figura 2, que os valores médios semanais da CE da solução
drenada dos recipientes travesseiro, vasos e calhas variaram entre 0,888 a 1,220
dS/m no decorrer do período experimental.
O comportamento das plantas em relação à salinidade pode variar de acordo
com seu estádio de desenvolvimento, embora não esteja claro se isto é devido a
suscetibilidade à salinidade em um determinado estádio de crescimento ao longo do
período em que a planta ficou exposta ao substrato salino, ou ainda a combinações
destes fatores.
32
Figura 2. Evolução dos valores médios semanais da condutividade elétrica (CE) das
soluções drenadas dos vasos e calha por gotejamento e calha por capilaridade
durante o experimento. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
4.2. Altura de plantas
Na Tabela 4, verifica-se que houve diferença significativa na altura de plantas
para recipientes e densidade de planta aos 30 dias após o transplante (d.a.t) e
interação recipientes x densidade aos 65 dias após o transplante das mudas.
Tabela 4. Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis de
significância do teste F da altura de plantas aos 15, 30 e 65 dias após o transplante
(d.a.t) das mudas de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Altura de plantas (cm)
(15 d.a.t) (30 d.a.t) (65 d.a.t)
Causas de variação G.L Q.M Q.M Q.M
Recipientes (r) 4 65,30
ns
1488,17** 9585,05**
Densidade (d) 1 69,06
ns
481,98* 9843,91**
Interação (r x d) 4 5,58
ns
11,52
ns
1471,45**
Resíduo 30 25,06 89,87 22,92
Total 39
CV (%) 18,73 6,41 1,53
ns – não significativo (p>0,05); * - significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
33
Pela Tabela 5 verifica-se que não houve influência dos fatores avaliados na
altura de plantas aos 15 d.a.t. Na altura de plantas aos 30 d.a.t. o recipiente calha
por capilaridade induziu a menor altura comparada aos demais recipientes. O menor
desenvolvimento inicial das plantas promovido pela calha por capilaridade deve-se
provavelmente a baixa oxigenação provocada pela relação ar/água observada neste
recipiente, concordando com Kämpf (2000). A densidade de uma planta por cova
apresentou maior altura de plantas aos 30 d.a.t. Isso talvez se deva ao fato da
ocorrência de uma menor competição entre as plantas pelos fatores externos,
especialmente a luz e provavelmente à maior variação da solução nutritiva entre os
períodos de fornecimento, devido à diferença na evapotranspiração causada por
uma ou duas plantas.
Tabela 5. Médias da altura de plantas aos 15, 30 e 65 dias após o transplante de
mudas (d.a.t) em função dos recipientes e da densidade de plantio de pepino
Hokuho, em ambiente protegido. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Altura de plantas (cm)
Recipientes
(15 d.a.t) (30 d.a.t) (65 d.a.t)
Travesseiro 28,46 159,00 a 372,06
Vaso Grande 28,50 156,22 a 285,94
Vaso Pequeno 28,76 153,75 a 310,38
Calha Gotejo 25,85 145,77 a 311,75
Calha Capilaridade 22,08 125,25 b 289,19
DMS 7,26 13,74 6,94
Densidade (plantas
cova
-
1
)
Uma 25,42 151,47 a 329,55
Duas 28,04 144,53 b 298,18
DMS 3,23 6,13 3,09
Médias seguidas de letras iguais, nas colunas, não diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey.
34
Na Tabela 6 está apresentado o desdobramento da interação recipiente x
densidade. Verifica-se que para recipientes dentro de densidade, o recipiente
travesseiro induziu maior altura que os demais recipientes, tanto com uma quanto
duas plantas. Quanto à densidade de plantio dentro de recipientes, verifica-se que o
sistema de cultivo com menor densidade de plantio (uma planta por cova) foi o
melhor para a altura das plantas nos recipientes travesseiro, vaso grande, vaso
pequeno e calha grande, porém não diferindo significativamente da calha por
capilaridade. Os valores de altura de plantas avaliadas foram superiores aos valores
encontrados por Carneiro Júnior (2001) que estudando o híbrido Hokuho cultivado
em substratos sob cultivo protegido, encontrou alturas próximas de 182 cm aos 65
d.a.t.
Tabela 6. Desdobramento das interações significativas da análise de variância
referente à altura aos 65 dias após o transplante das mudas de pepino Hokuho.
UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Recipientes
Tratamento
T VG VP CG CC
Densidade
Uma 390,00 aA 322,13 aB 321,63 aB 326,13 aB 287,88 aC
Duas 354,13 bA 249,75 bC 299,13 bB 297,38 bB 290,50 aB
Recipientes 9,81
DMS
Densidade 6,92
Valores seguidos por letras iguais não diferem estatisticamente a 5% pelo teste de
Tukey. Letras minúsculas comparam médias entre a densidade de plantio (na
coluna); letras maiúsculas comparam recipientes (na linha). T = Travesseiro; VG =
Vaso grande; VP = Vaso pequeno; CG = Calha por gotejo e CC = Calha por
capilaridade.
35
4.3. Diâmetro do caule
Por meio dos dados da Tabela 7 verifica-se que houve interação recipientes x
densidade no diâmetro do caule aos 65 dias após o transplante das mudas.
Tabela 7. Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis de
significância do teste F do diâmetro do caule aos 65 dias após o transplante (d.a.t)
das mudas de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Diâmetro do caule (cm)
(65 d.a.t)
Causas de variação G.L Q.M
Recipientes (r) 4 6,75**
Densidade (d) 1 71,56**
Interação (r x d) 4 2,64**
Resíduo 30 0,62
Total 39
CV (%) 6,06
* - significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
O desdobramento da interação significativa da análise de variância referente
ao diâmetro do caule aos 65 d.a.t. está apresentado na Tabela 8. Através dos dados
observa-se que para recipientes dentro de densidade o recipiente travesseiro induziu
maior diâmetro que os demais recipientes para a densidade de uma planta por cova,
no entanto, não houve influência dos recipientes para a densidade de duas plantas
por cova. Com relação à densidade dentro de recipientes, verifica-se que o sistema
de cultivo com menor densidade de plantio (uma planta por cova) foi o melhor para o
diâmetro do caule, independente dos recipientes utilizados. Os valores de diâmetro
de caule avaliados foram superiores aos valores encontrados por Carneiro nior
(2001) que estudando o híbrido Hokuho cultivado em substratos sob cultivo
protegido, encontrou diâmetros variando de 1,02 a 1,15 cm aos 65 d.a.t. nos
diferentes substratos testados.
36
Tabela 8. Desdobramento das interações significativas da análise de variância
referente ao diâmetro do caule aos 65 dias após o transplante do pepino. UNESP -
Ilha Solteira, 2006.
Recipientes
Tratamento
T VG VP CG CC
Densidade
Uma 1,66 aA 1,43 aB 1,35 aB 1,32 aB 1,42 aB
Duas 1,24 bA 1,07 bA 1,15 bA 1,13 bA 1,25 bA
Recipientes 1,61
DMS
Densidade 1,14
Valores seguidos por letras iguais não diferem estatisticamente a 5% pelo teste de
Tukey. Letras minúsculas comparam médias entre a densidade de plantio (na
coluna); letras maiúsculas comparam recipientes (na linha). T = Travesseiro; VG =
Vaso grande; VP = Vaso pequeno; CG = Calha por gotejo e CP = Calha por
capilaridade.
4.4. Número de hastes
Na avaliação do número de hastes realizado aos 65 d.a.t. verifica-se que
houve interação recipientes x densidade (Tabela 9). Na Tabela 10 está apresentado
o desdobramento da interação recipiente x densidade. Verifica-se que para
recipientes dentro de densidade de uma planta quanto para duas planas por cova os
recipientes travesseiro e vaso grande apresentaram mais eficientes que os obtidos
pelos demais. Com relação à densidade dentro de recipientes, verifica-se que o
sistema de cultivo com menor densidade de plantio (uma planta por cova) foi o
melhor para o diâmetro do caule, independente dos recipientes utilizados.
37
Tabela 9. Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis de
significância do teste F do número de hastes aos 65 dias após o transplante (d.a.t)
das mudas de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Número de hastes
(65 d.a.t.)
Causas de variação G.L Q.M
Recipientes (r) 4 48,00**
Densidade (d) 1 170,16**
Interação (r x d) 4 6,84**
Resíduo 30 0,55
Total 39
CV (%) 10,05
* - significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
Tabela 10. Desdobramento das interações significativas da análise de variância
referente ao número de hastes aos 65 dias após o transplante das mudas de pepino.
UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Recipientes
Tratamento
T VG VP CG CC
Densidade
Uma 13,63 aA 12,38 aA 7,88 aB 6,50 aB 6,75 aB
Duas 7,00 bA 6,88 bA 4,88 bB 3,25 bB 4,50 bB
Recipientes 1,52
DMS
Densidade 1,07
Valores seguidos por letras iguais não diferem estatisticamente a 5% pelo teste de
Tukey. Letras minúsculas comparam médias entre a densidade de plantio (na
coluna); letras maiúsculas comparam recipientes (na linha). T = Travesseiro; VG =
Vaso grande; VP = Vaso pequeno; CG = Calha por gotejo e CP = Calha por
capilaridade.
38
4.5. Massa média do fruto, produção de frutos tortos e produção de frutos
comerciais
O resumo da análise de variância para massa média do fruto, produção de
frutos tortos e produção de frutos comerciais pode ser observado na Tabela 11. Não
houve efeito significativo para a interação recipientes x densidade de plantio. Para
os fatores isoladamente não houve efeito significativo para produção de frutos tortos.
Tabela 11. Valores de quadrado médio da análise de variância e respectivos níveis
de significância do teste F da massa dia do fruto, produção de frutos tortos e
produção de frutos comerciais de pepino Hokuho. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Massa média Produção de Produção de
do fruto frutos tortos Frutos comerciais
g/fruto kg m
-
2
nº frutos m
-
2
kg m
-
2
nº frutos m
-
2
Causas de variação G.L Q.M Q.M Q.M
Recipientes (r) 4 91,11
ns
0,29
ns
12,43
ns
18,59**
451,98**
Densidade (d) 1 871,89* 0,04
ns
0,80
ns
2,84
ns
189,53*
Interação (r x d) 4 49,11
ns
0,19
ns
5,41
ns
0,46
ns
5,19
ns
Resíduo 30 184,27 0,16 4,86 1,81 27,97
Total 39
CV (%) 7,16 22,76 19,58 20,57 16,32
ns – não significativo (p>0,05); * - significativo (p<0,05); ** - significativo (p<0,01)
39
Na massa média do fruto (Tabela 12), não houve influência dos recipientes, e
a densidade de uma planta por cova proporcionou a maior massa média do fruto. Os
valores da massa média do fruto foram inferiores aos valores encontrados por
Carneiro nior (2001) que obteve massa média do fruto de 210 g, porém, foram
superiores aos encontrados por Seleguini et al. (2007), que registrou massa média
do fruto de 180 g/fruto.
Na produção de frutos tortos o houve influência dos recipientes e da
densidade de plantio testados (kg e número). No entanto, Seleguini et al. (2007)
estudando os mesmos tratamentos, porém sem o recipiente travesseiro, obteve a
maior produção de frutos tortos com o vaso grande (1,11 kg m
-2
) na densidade de
duas plantas por cova.
na produção de frutos comerciais, os recipientes travesseiro, vaso grande
e vaso pequeno possibilitaram a maior produtividade diferindo apenas da calha por
capilaridade, que induziu a menor produção e menor número de frutos por metro
quadrado. Acredita-se que os menores valores de produção comercial
proporcionados pela calha por capilaridade, devem-se provavelmente ao menor
desenvolvimento inicial das plantas, provocado talvez pelo excesso de umidade
verificado neste recipiente, o que de acordo com Minami (2000), provoca redução na
aeração e acúmulo de CO
2
, afetando a respiração das raízes e provocando
diminuição no valor do pH do solo. Por outro lado, as maiores produções obtidas
pelos recipientes travesseiro e os vasos devem estar relacionado com a manutenção
mais adequada da solução nutritiva, proporcionado pelo volume de substrato. A
densidade de duas plantas por cova apresentou o maior número de frutos por metro
quadrado, no entanto, não houve influência desta na produtividade, em função deste
proporcionar uma menor massa média de fruto.
40
Tabela 12. Massa média do fruto, produção de frutos tortos e produção de frutos
comerciais de pepino Hokuho, em ambiente protegido. UNESP - Ilha Solteira, 2006.
Massa
Produção de
Produção de
do fruto
frutos tortos
frutos comerciais
Recipientes
g/fruto kg m
-
2
nº frutos m
-
2
kg m
-
2
nº frutos m
-
2
Travesseiro 187,57 2,00 12,96 7,40 a 36,88 a
Vaso grande 193,18 1,78 11,04 7,30 a 35,88 a
Vaso pequeno 191,99 1,61 10,25 7,69 a 38,08 a
Calha gotejo 190,20 1,92 12,08 6,36 ab 31,49 a
Calha capilaridade 184,85 1,57 10,00 3,97 b 19,72 b
DMS 19,68 0,59 3,20 1,95 7,67
Densidade
(plantas cova
-
1
)
Uma 194,23 a 1,81 11,12 6,28 30,23 b
Duas 184,89 b 1,74 11,41 6,81 34,59 a
DMS 8,77 0,26 1,43 0,87 3,42
C.V.(%) 7,16 22,76 19,58 20,57 16,32
Médias seguidas de letras iguais, nas colunas, não diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey.
41
5. CONCLUSÕES
Para as condições em que se realizou o presente trabalho, e após a análise
dos resultados obtidos, pode-se concluir que:
a) Os recipientes travesseiro, vaso grande ou pequeno foram os que
proporcionaram as maiores produtividades, sendo recomendados entre eles aquele
que propiciar o melhor custo benefício.
b) O tipo de calha por capilaridade utilizado neste experimento mostrou-se
prejudicial ao bom desenvolvimento das plantas de pepino.
c) Recomenda-se uma planta por cova, pois esta proporcionou melhores
resultados para altura e diâmetro do caule, número de hastes secundárias, massa
média do fruto e com produtividade semelhante a duas plantas por cova.
42
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51
APÊNDICE
52
Tanques Temporizadores
Vaso grande e vaso pequeno Travesseiros
Calhas: gotejamento e capilaridade Coleta se solução drenada
Livros Grátis
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