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No Brasil, temos ainda poucas experiências com a Educação Condutiva, aparecendo
como registro mais significativo, os dados encontrados no site DEFNET:
www.defnet.com.br:
* 1990 - Iniciado o processo de aplicação do sistema no Brasil, através do GRHAU, liderado por
Vera Lúcia Bailão Marujo e Janice De Nardi, em São Paulo, SP.
* 1993 - A professora Ildikó Kozma assume como diretora-geral do Instituto Petö, na Hungria.
* 1995/96 - Primeiros contatos por correio comum do Dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade com o
Instituto em Budapeste. Realizada a I Oficina de Educação Condutiva de Ribeirão Preto, com 15
crianças com paralisia cerebral, promovida pelo CEBRIJ – Centro Brasileiro de Infância e
Juventude.
* 1996 - Realizado o I Encontro Rio-São Paulo de Educação Condutiva, promovido pelo DefNet, no
Rio de Janeiro, RJ.
* 1996 – O Boletim InfoAtivo nº 4 Ano 1, publica matéria sobre Educação Condutiva com sugestões
de contato e indicações para pesquisa.
*1997 - Realizado o I Curso de Introdução ao Sistema de Educação Condutiva, sob orientação do
GRHAU, promovido pelo DefNet, no Rio de Janeiro, RJ.
Também registramos uma cronologia a partir da nossa experiência:
* 2004 – Primeiros contatos da pesquisadora com a associação mexicana de desenvolvimento da
Educação Condutiva – ConNosotr@s
* 2005 – Participação de uma equipe de profissionais e duas crianças com seqüelas de paralisia
cerebral no Primeiro Curso Teórico-Prático de Educação Condutiva, em Cuernavaca – México.
* 2006, janeiro – I Curso de Verão de Educação Condutiva em Santa Catarina, na cidade de Itajaí,
com o condutor mexicano Irving Ortiz da instituição ConNosotr@s.
* 2006, agosto – II Curso de Educação Condutiva em Santa Catarina, na cidade de Florianópolis,
com o condutor mexicano Irving Ortiz da instituição ConNosotr@s.
* 2007, julho – iniciada em Itajaí, a Educação Condutiva para um grupo de alunos com a condutora
mexicana Evangelina Raquel Labastida Del Toro. Este grupo fará parte de uma pesquisa que tem
por objetivo avaliar as contribuições da Educação Condutiva para crianças e adolescentes com
paralisia cerebral em programas de atendimento especializado, desenvolvidos nas seguintes
instituições: Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Condutiva, Fundação Catarinense
de Educação Especial e APAEs de Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí.
A trajetória histórica da Educação Condutiva possui as marcas humanas das
diferentes opiniões e contextos, nos diferentes depoimentos. Petö foi amado e odiado,
respeitado por muitos e desacreditado por outros. O que trazemos aqui é uma apresentação
do que foi a inspiração original de Petö, sistematizada por aqueles que o sucederam. Uma
abordagem pedagógica que ultrapassou os cinqüenta anos de existência e que se espalhou
pelo mundo em diferentes países e seus contextos atuais. Minha investigação, ainda inicial,
considera que os princípios de Petö, que serão descritos neste trabalho, trazem um novo
olhar para a paralisia cerebral. Petö aproximou emoção e razão, acreditando que as pessoas,
quando motivadas e orientadas, podem encontrar soluções para seus problemas. Petö
insistia que um sistema nervoso afetado por uma lesão ainda possuía células de reserva para
serem ativadas. É preciso salientar que o conceito de plasticidade cerebral, na época, não