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ii
AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DE
GRUPOS GENÉTICOS HOLANDÊS x GIR DE UM REBANHO LEITEIRO NO
MUNICÍPIO DE HORIZONTE – CE
Raimundo José Couto dos Reis Filho
DISSERTAÇÃO SUBMETIDA À COORDENAÇÃO DO CURSO DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA, COMO REQUISITO PARCIAL PARA
OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE.
Orientadora: SONIA MARIA PINHEIRO DE OLIVEIRA
Co-Orientador: FRANCISCO DE ASSIS MELO LIMA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
FORTALEZA - CEARÁ
Agosto de 2006
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iii
R310a Reis Filho, Raimundo José Couto dos
Avaliação de características de produção e reprodução de
grupos genéticos HOLANDÊS x GIR de um rebanho leiteiro no
município de Horizonte – CE/ Raimundo José Couto dos Reis
Filho.
67f., il. color. enc.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal
do Ceará, Fortaleza, 2006.
Orientadora: Profa. Dra. Sônia Maria Pinheiro de Oliveira
Co-Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis Melo Lima
Área de concentração: Produção Animal e Melhoramento
Genético
1. Bovinos de leite 2. Cruzamento. 3. Produção de leite.
I. Oliveira, Sônia Maria Pinheiro de (orient.) II. Melo, Francisco
de Assis (co-orient.) III. Universidade Federal do Ceará – Pós -
Graduação em Zootecnia IV.Título
CDD. 636.08
iv
Esta dissertação foi submetida como parte dos requisitos
necessários à obtenção do Grau de Mestre em Zootecnia, outorgado pela
Universidade Federal do Ceará, e encontra-se a disposição dos interessados na
Biblioteca de Ciências e Tecnologia da referida Universidade.
A citação de qualquer trecho desta dissertação é permitida, desde de
que seja feita de conformidade com as normas de ética científica.
______________________________
Raimundo José Couto dos Reis Filho
Dissertação aprovada em: _____/_____/________.
__________________________
Profa. Dra. Sônia Maria Pinheiro de Oliveira (Orientadora)
Universidade Federal do Ceará - UFC
____________________________
Prof. Dr. Francisco de Assis Melo Lima (Co-Orientador)
Universidade Federal do Ceará - UFC
___________________________
Prof. Dr. Vidal Pedroso de Farias (Conselheiro)
Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz – ESALQ / USP
v
À minha esposa, Márcia, pelo
companheirismo, cumplicidade e
compreensão em todos os
momentos neste grande desafio.
DEDICO
vi
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal do Ceará, através do curso de Pós-
graduação em Zootecnia, pela possibilidade da realização da presente
dissertação.
À profa. Sônia Maria Pinheiro de Oliveira, pela orientação, paciência
e apoio em todos os momentos durante o curso.
Ao Prof. Vidal Pedroso de Farias, pela disponibilidade em participar
da banca e colaborar com o seu notório conhecimento em Bovinocultura Leiteira.
Ao Prof. Francisco de Assis Melo Lima, pela sua importante
contribuição como co-orientador.
À profa. Elisa Cristina Modesto, a qual me incentivou a fazer o curso
de pós-graduação.
Ao José Alberto Costa Bessa Júnior, amigo e proprietário da fazenda
Forquilha, cuja disponibilidade dos dados permitiu que fizéssemos as análises
necessárias.
Ao Paulo Giovany, gerente da fazenda Forquilha, cuja colaboração
no fornecimento das informações sobre as tecnologias empregadas e o manejo do
rebanho utilizado, foi fundamental para a realização desse estudo.
Ao aluno de graduação em Zootecnia Pedro Chagas de Oliveira
Neto, pela sua disponibilidade e colaboração na organização e análises dos
dados.
vii
À minha mãe por ser sempre a minha referência de caráter,
honestidade e determinação, e pelo seu esforço durante toda sua vida para
educar e oferecer o melhor a todos os seus filhos, para que conquistas como esta,
pudessem acontecer.
Aos meus irmãos, Karla, Mário e Heloísa, que estiveram e estão
sempre torcendo pelo meu sucesso.
A todos os demais colegas de curso de pós-graduação pela
colaboração, o espírito de companheirismo e convivência harmoniosa.
Ao Ex-Secretário da Agricultura e Pecuária, Carlos Matos Lima, pela
autorização concebida de cursar o mestrado e continuar a desempenhar os
trabalhos na Coordenadoria de Pecuária da Secretaria da Agricultura e Pecuária
do Estado do Ceará.
Aos amigos Augusto Júnior e Márcio Peixoto, que colaboraram nesta
caminhada, dando incentivo e força.
viii
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar as produções de leite por lactação (PL), as
produções de leite por dia de lactação (PD), a duração da lactação (DL), as
produções de leite até os 305 dias de lactação (PL305), as produções de leite por
dia em 305 dias de lactação (PD305), as produções de leite por dia de intervalo de
partos (PIP), as produções de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação
(PIP305), intervalo de partos (IP) e idade ao primeiro parto (IPP). Os registros
foram obtidos de 175 vacas da Fazenda Forquilha, situada no município de
Horizonte - CE, perfazendo um total de 507 lactações, das quais 344 foram
provenientes de vacas multíparas e 163 de vacas primíparas. As análises de
variância foram estimadas pelo método dos quadrados mínimos pelo
procedimento GLM (SAS, 1999), mediante três modelos estatísticos. O primeiro
modelo utilizado para os animais multíparos incluiu os efeitos fixos de grupo
genético, estação e ano de parto, ordem de parição e origem do pai da vaca
(reprodutor ou sêmen). O segundo modelo exclui o efeito de ordem de parição
para as primíparas. O terceiro modelo, para análise da característica idade ao
primeiro parto, utilizou-se o efeito do grupo genético, mês e ano de nascimento,
origem do pai e, também, excluiu-se o efeito de ordem de parição. De acordo com
os resultados obtidos neste estudo, não se pode afirmar qual o grupo genético que
obteve melhor desempenho, principalmente pelo fato de haver uma inter-relação
entre os índices avaliados, os quais demonstraram alternância de melhores
resultados nas diversas características para os grupos genéticos, necessitando de
um maior número de pesquisas sobre o assunto, sendo de suma importância à
inclusão da avaliação econômica da atividade. O efeito de ano de parto influenciou
significativamente todas as características de produção e reprodução, tanto para
primíparas quanto para multíparas, evidenciando a influência direta das alterações
de manejo ao longo do período estudado, o que demonstra a grande importância
do manejo adequado e o equilíbrio dos fatores que compõem o sistema de
produção: animal (qualidade genética), manejo (sanitário, nutricional e
reprodutivo), instalações (conforto) e gestão da atividade, sendo estes mais
determinantes do que propriamente a definição do grupo genético a ser utilizado.
ix
ABSTRACT
The objective of this was to evaluate milk yield per lactation (PL), milk yield per day
of lactation (PD), lactation length of (DL), milk yield in 305 days (PL305), milk yield
per day in 305 days of lactation (PD305), milk yield of calving intervals (PIP), milk
yield in 305 days of calving intervals (PIP305), calving intervals (IP) and age at first
calving (IPP). The records were obtained of 175 cows of the Farm Forquilha,
located in the country of Horizonte, in the state of the Ceará, Brazil, in a total of
507 lactations, being 344 multiparous and 163 primiparous cows. Data were
analyzed through the least square method by GLM procedure (SAS, 1999). Three
statistic models were used. The first model used for multiparous animals included
the effects fixed of genetic group, season and year of calving, lactations numbers
and origin of the father of the cow (bull or semen). The second model excluded the
effect of lactations numbers for primiparous. The third model was for analysis of
the age at first calving included the genetic group, month and year of birth and
origin of the father of the cow. Certain genetic groups had better performance
according to some criteria, while other groups had better responses as regard to
other traits. Thus, further studies are needed to better determine the characteristics
of those genetic groups, including economic evaluations. The effect year of calving
significantly influenced all characteristics related to production and reproduction,
for both primiparous and multiparous cows. Such results support the direct
influence of changes in management throughout the study, also demonstrating the
importance of proper management strategies and the balance of all factors that
form the production system: animal (genotype), management (health, nutritional
and reproductive), welfare and housing. In summary, all such criteria are even
more crucial to the production system than the definition of the genetic group itself.
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1– Valor Bruto da Produção Agropecuária Brasileira 2004 e 2005 (produtos
selecionados)........................................................................................................... 5
Tabela 2 – Número de observações (n), média (X), desvio padrão (DP), valores
mínimos e máximos, das características produção de leite por lactação (PL), em
kg, produção de leite por dia de lactação (PD), em kg, produção de leite por dia de
intervalo de partos (PIP), em kg, produção de leite até os 305 dias de lactação
(PL305), em kg, produção de leite por dia em 305 dias de lactação (PD305), em
dias, produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação (PIP305),
em kg, duração da lactação (DL), em dias, intervalo de partos (IP), em dias, e
idade ao primeiro parto (IPP), em meses...........................................................25
Tabela 3 – Resumo da Análise de Variância, pelo modelo 1 (multíparas), para as
características produção de leite total na lactação (PL), produção de leite por dia
de lactação (PD), produção de leite por intervalo entre partos (PIP), produção de
leite em 305 dias de lactação (PL305), produção por dia em 305 dias de lactação
(PD305), produção por dia por intervalo entre partos em 305 dias de lactação
(PIP305), duração da lactação (DL) e intervalo de partos (IP)...........................27
Tabela 4 – Resumo da Análise de Variância, pelos modelos 2 e 3 (primíparas),
para as características produção de leite total na lactação (PL), produção de leite
por dia de lactação (PD), produção de leite por intervalo entre partos (PIP),
produção de leite em 305 dias de lactação (PL305), produção por dia em 305 dias
de lactação (PD305), produção por dia por intervalo entre partos em 305 dias de
lactação (PIP305), duração da lactação (DL), intervalo de partos (IP) e idade ao
primeiro parto (IPP).................................................................................................28
Tabela 5 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o grupo genético em vacas primíparas e multíparas,
para as características produção de leite por lactação (PL), em kg, produção de
leite por dia de lactação (PD), em kg, produção de leite até os 305 dias de
lactação (PL305), em kg, e produção de leite por dia em 305 dias de lactação
(PD305), em kg.......................................................................................................30
Tabela 6 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas e multíparas, para
as características de produção por dia em 305 dias de lactação (PD305), em kg, e
duração da lactação (DL), em dias.........................................................................32
Tabela 7 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas e multíparas, para
as características de produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em kg,
e produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação (PIP305), em
kg............................................................................................................................34
xi
Tabela 8 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas e multíparas, para
a característica de intervalo de partos (IP), em dias...............................................35
Tabela 9 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas, para a
característica de idade ao primeiro parto (IPP), em meses....................................37
Tabela 10
– Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo estação de parto em vacas primíparas e multíparas, para as
características de produção de leite por lactação (PL), em kg, produção por dia de
lactação (PD), em kg, produção até os 305 dias de lactação (PL305), em kg, produção
por dia em 305 dias de lactação (PD305), em kg, e duração da lactação (DL), em
dias.................................................................................................................................39
Tabela 11 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo estação de parto em vacas primíparas e multíparas,
para a característica de produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em
kg, produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação (PIP305), em
kg............................................................................................................................40
Tabela 12 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo estação de parto em vacas primíparas e multíparas,
para a característica de intervalo de partos (IP), em dias......................................40
Tabela 13
– Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ordem de lactação em vacas multíparas, para as
características de produção de leite por lactação (PL), em kg, produção por dia de
lactação (PD), em kg, produção até os 305 dias de lactação (PL305), em kg,
produção por dia em 305 dias de lactação (PD305), em kg, e duração da lactação
(DL), em dias...............................................................................................................41
Tabela 14 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ordem de parição em vacas multíparas, para a
característica de produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em
kg............................................................................................................................42
Tabela 15 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ordem de lactação em multíparas, para a característica
de intervalo de partos (IP), em dias........................................................................42
Tabela 16 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o ano de parto em vacas primíparas e multíparas, para
as características de produção de leite por lactação (PL), em kg, e produção por
dia de lactação (PD), em kg, produção até os 305 dias de lactação (PL305), em
kg, e produção por dia em 305 dias de lactação (PD305), em kg..........................44
xii
Tabela 17 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de duração da lactação (DL), em dias.
.............................................................................................................. 47
Tabela 18 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para as características de produção de leite por intervalo de
parto (PIP), em kg e produção de leite por intervalo entre partos em 305
dias de lactação (PIP305), em kg. ......................................................... 48
Tabela 19 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de intervalo de partos (IP), em dias. .. 49
Tabela 20
– Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai em vacas primíparas e multíparas,
para as características de produção de leite por lactação (PL), em kg,
produção por dia de lactação (PD), em kg, produção até os 305 dias de
lactação (PL305), em kg, produção por dia em 305 dias de lactação
(PD305), em kg, e duração da lactação (DL), em dias.
............................. 52
Tabela 21 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai, estação de parto e ano de
parto em vacas primíparas e multíparas, para a característica de
produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em kg e produção
de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação (PIP305), em
kg. ......................................................................................................... 53
Tabela 22 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de intervalo de partos (IP), em dias. .. 53
Tabela 23 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai em vacas primíparas, para a
característica de idade ao primeiro parto (IPP), em meses. .................. 54
Tabela 24 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o mês do nascimento em vacas primíparas,
para a característica de idade ao primeiro parto (IPP), em meses. ....... 55
Tabela 25 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o ano de nascimento em vacas primíparas,
para a característica de idade ao primeiro parto (IPP), em meses. ....... 56
xiii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Produção de leite por lactação (PL), em kg, segundo o grupo genético
em vacas primíparas e multíparas. ....................................................... 31
Gráfico 2. Duração da lactação (DL), em dias, segundo grupo genético em vacas
primíparas e multíparas. ........................................................................ 33
Gráfico 3. Intervalo de partos (IP), em dias, segundo o grupo genético em vacas
primíparas e multíparas. ........................................................................ 36
Gráfico 4. Produção de leite total por lactação (PL), em kg, no período
compreendido entre 1997 a 2005, em vacas primíparas e multíparas. . 46
Gráfico 5. Produção de leite até os 305 dias de lactação (PL305), em kg, no
período compreendido entre 1997 a 2005, em vacas primíparas e
multíparas. ............................................................................................ 46
Gráfico 6. Intervalo de partos (IP), em dias, no período compreendido entre 1997 a
2005, em vacas primíparas e multíparas. ............................................. 50
Gráfico 7. Idade ao primeiro parto (IPP), em meses, no período compreendido
entre 1986 a 2003, em vacas primíparas. ............................................. 50
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 – Sistema informatizado de monitoramento do rebanho ......................... 64
Anexo 2 – Sala de ordenha tipo espinha de peixe (2X4) ...................................... 64
Anexo 3 – Tanque de resfriamento de leite ........................................................... 65
Anexo 4 – Matrizes leiteiras da fazenda Forquilha ................................................ 65
Anexo 5 – Sistema de criação de bezerras em fase de aleitamento ..................... 66
Anexo 6 – Lote de garrotas se alimentando em pastejo rotacionado .................... 66
Anexo 7 – Lote de vacas em lactação em sistema de pastejo rotacionado .......... 67
Anexo 8 – Lote de vacas em lactação em sistema de pastejo rotacionado .......... 67
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................... viii
ABSTRACT ............................................................................................................. ix
LISTA DE TABELAS ............................................................................................... x
LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................... xiii
LISTA DE ANEXOS .............................................................................................. xiii
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 4
2.1. Panorama da bovinocultura leiteira nacional ................................................ 4
2.2. Cruzamentos das raças Gir e Holandês ....................................................... 6
2.3. Características produtivas e reprodutivas ................................................... 10
2.3.1. Características Reprodutivas ............................................................... 11
2.3.1.1. Idade ao primeiro parto (IPP)......................................................... 11
2.3.1.2. Intervalo de partos ......................................................................... 11
2.3.2. Características Produtivas .................................................................. 12
2.3.2.1. Produção de leite total na lactação (PL) e Produção de leite em 305
dias de lactação (PL305) ............................................................................ 12
2.3.2.2. Produção de leite por dia (PD) e Produção de leite por dia em 305
dias de lactação (PD305) ........................................................................... 12
2.3.2.3. Produção de leite por dia de intervalo de parto (PIP) e Produção de
leite por dia de intervalo de partos em 305 dias (PIP305) .......................... 13
2.3.2.4. Duração da lactação (DL) .............................................................. 13
3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 14
3.1. Descrição da propriedade ........................................................................... 14
3.2. Descrição do manejo alimentar e estrutura do rebanho ............................. 15
3.3. Descrição do manejo reprodutivo ............................................................... 17
3.4. Descrição do manejo sanitário .................................................................... 18
3.5. Descrição do manejo de ordenha ............................................................... 18
3.6. Descrição dos dados .................................................................................. 19
3.7. Características analisadas .......................................................................... 19
3.7.1. Produção de leite total na lactação (PL) ............................................... 20
3.7.2. Produção de leite por dia (PD) ............................................................. 20
3.7.3. Produção de leite por dia de intervalo de parto (PIP) ........................... 20
3.7.4. Produção de leite em 305 dias de lactação (PL305) ............................ 20
3.7.5. Produção de leite por dia em 305 dias de lactação (PD305) ............... 21
3.7.6. Produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação
(PIP305) ......................................................................................................... 21
3.7.7. Duração da lactação (DL) .................................................................... 21
3.7.8. Intervalo de partos ................................................................................ 21
3.7.9. Idade ao primeiro parto ........................................................................ 21
3.8. Análises estatísticas ................................................................................... 21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 25
4.1. GRUPO GENÉTICO ................................................................................... 29
4.2. OUTRAS FONTES DE VARIAÇÃO ............................................................ 38
4.2.1. Estação do parto .................................................................................. 38
4.2.2. Ordem de parição ................................................................................. 43
4.2.3. Ano do parto ......................................................................................... 43
4.2.4. Origem de pai ....................................................................................... 51
4.2.5. Ano e mês de nascimento .................................................................... 54
5. CONCLUSÕES ................................................................................................. 57
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 58
7. ANEXOS ........................................................................................................... 64
1
1. INTRODUÇÃO
A bovinocultura leiteira nos países de clima tropical apresenta baixos
índices zootécnicos, tal ineficiência se dá pela ausência de manejo nutricional,
reprodutivo e sanitário, tecnicamente recomendados, que aliados à baixa
qualidade genética dos animais comprometem o resultado econômico da
atividade.
No Brasil, apesar do índice de produtividade do rebanho leiteiro estar
melhorando ano após ano, ainda é considerado baixo, principalmente, quando
comparados aos dados de rebanhos de países de clima temperado. De acordo
com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, USDA (2004), a
vaca leiteira no Brasil produz, em média, 1.534 kg/ano, enquanto que, na França
se produz por ano 5.882 kg, Alemanha 6.029 kg e nos Estados Unidos 8.703 kg. É
importante salientar que as produtividades alcançadas nestes países são reflexos
do sistema de produção utilizado, normalmente, confinamento total combinado
com a criação de gado especializado para produção de leite.
Apesar da exploração leiteira não ser uma atividade nova no Brasil,
ainda não se tem um sistema de produção definido, em virtude, principalmente,
das dimensões continentais do país e a falta de pesquisas realizadas nas
diferentes regiões brasileiras. Por esta indefinição, muito se discute a respeito das
instalações, do manejo nutricional ideal, juntamente com a definição de qual raça
é a melhor ou qual estratégia de cruzamento utilizar.
Em se tratando das regiões mais quentes do Brasil, existe uma
tendência, através das empresas de pesquisas, universidades, técnicos e
produtores, de adotarem sistemas de produção de leite utilizando a pastagem
como principal fonte de alimento dos rebanhos. Com exceção dos estados do sul
do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e alguns grupos de
produtores de São Paulo e Minas Gerais, a grande maioria do rebanho leiteiro
2
nacional é composta por animais mestiços, oriundos dos cruzamentos de raças
zebuínas com raças de origem européia especializada para a produção de leite.
O cruzamento dessas raças tem como objetivo aliar a adaptabilidade das raças
zebuínas ao clima tropical e o potencial produtivo das raças especializadas.
Portanto o que se busca é a complementariedade das características de cada raça
através da expressão da heterose (Facó, 2001), objetivando a obtenção de
animais produtivos e adaptados às condições de clima quente. É importante
salientar que muitos produtores aderem a estes cruzamentos para, muitas vezes,
suprir deficiências de manejo encontradas em grande parte das fazendas leiteiras.
Apesar de nos últimos anos ter havido algumas iniciativas para utilização de
outras raças européias, a raça Holandesa é a base de quase todos os
cruzamentos existentes no Brasil, pois, indiscutivelmente, é uma das raças mais
produtiva do mundo. Já nas raças zebuínas, apesar de haver uma boa utilização
da raça Guzerá, a Gir é a mais difundida e utilizada pelos criadores,
principalmente pelo trabalho realizado a mais de 21 anos pela EMBRAPA, através
do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, que avalia
sistematicamente o desempenho de progênie dos touros.
Uma das dificuldades encontradas pelos produtores nestes
cruzamentos se refere à manutenção dos grupos genéticos no plantel, pois com a
utilização dos cruzamentos se teria no rebanho diversas composições genéticas,
dificultando a manutenção de um padrão produtivo e ocasionando uma maior
variabilidade nos resultados zootécnicos.
Existem poucos estudos no Estado do Ceará com informações reais
de propriedades leiteiras que avaliem os índices zootécnicos de rebanhos leiteiros,
com dados em nível de campo e com um período e quantidade de observações
que seja representativo para esta população. Portanto, faz-se necessário
pesquisas nesta área, principalmente pelo fato da bovinocultura leiteira ter um
importante papel sócio-econômico, pois esta atividade é realizada na maioria das
propriedades rurais no Ceará.
3
A importância do estudo das características reprodutivas e produtivas
está bem destacada pela literatura (Monardes et al., 1995; Ferreira & Ferreira,
1998; Zambianchi et al., 1997; e Grossi e Freitas., 2002).
Assim, este estudo teve como objetivo avaliar as características de
produção e reprodução de quatro grupos genéticos (1/2, 3/4, 7/8 e 15/16)
Holandês x Gir, em um rebanho leiteiro no município de Horizonte – Ceará,
através da produção de leite por lactação (PL), produção de leite por dia de
lactação (PD), produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), produção de
leite até os 305 dias de lactação (PL305), produção por dia em 305 dias de
lactação (PD305), produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de
lactação (PIP305), duração da lactação (DL), intervalo de partos (IP) e idade ao
primeiro parto (IPP).
4
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Panorama da bovinocultura leiteira nacional
O leite e seus derivados representam uma das principais fontes de
proteínas e cálcio na dieta da população brasileira, especialmente para classes de
menor poder aquisitivo. Além disto, a atividade leiteira caracteriza-se por ser
grande geradora de emprego, renda e tributos.
As condições edafoclimáticas do país permitem que a bovinocultura
de leite seja desenvolvida em todo o seu vasto território, adaptada às
peculiaridades regionais e, predominantemente, desenvolvida por pequenos e
médios produtores. O último censo agropecuário, realizado pelo IBGE (1996)
identificou no país 1,8 milhão de propriedades leiteiras. A pecuária de leite está
presente em aproximadamente 40% das propriedades rurais no Brasil. ALVIM et al
(2002) estimaram que, somente na produção primária, a atividade leiteira ocupa
mais de 3,6 milhões de pessoas, representando um importante papel sócio-
econômico.
Em recente relatório publicado (DIEESE, 2006), a agricultura familiar
foi responsável no ano de 2004, por 55,8% da produção nacional de leite e no
mesmo relatório, esta atividade representou 20,2% da receita dos assentamentos
estudados na safra de 1998/1999, a maior entre as atividades exploradas,
evidenciando a sua importância para a agricultura familiar no País.
Segundo MARTINS e GUILHOTO (2001), a cada R$ 1,00 de
aumento na produção no sistema agroindustrial do leite no Brasil, há um
acréscimo de R$ 4,98 no aumento do PIB, o que coloca à frente de setores
importantes como siderurgia e indústria têxtil. Os mesmos autores afirmaram que,
em termos de geração de emprego, uma elevação da demanda final por produtos
lácteos em R$ 1 milhão gera anualmente 195 empregos permanentes no setor,
5
suplantando setores importantes como automobilístico, construção civil, siderurgia
e indústria têxtil. De acordo com dados da CNA/decon (2006), o leite ocupou em
2005 o quinto lugar em valor bruto na produção agropecuária brasileira, com valor
de R$ 12,74 bilhões, sendo ultrapassado apenas pela carne bovina, soja, frango e
a cana-de-açúcar, mas à frente do milho, café beneficiado, da suinocultura e do
arroz (Tabela 1).
Tabela 1. Valor Bruto da Produção Agropecuária Brasileira 2004 e 2005 (produtos
selecionados).
Produtos
R$ bilhões
2004 2005 var. %
Carne Bovina 32.062,6 30.166,3 -5,9
Soja 35.091,6 24.791,2 -29,4
Frango 16.422,1 16.900,2 2,9
Cana-de-acúcar 12.573,3 13.383,7 6,4
Leite 11.928,5 12.740,2 6,8
Milho 13.543,0 10.056,1 -25,7
Café beneficiado 9.042,7 9.266,2 2,5
Suinocultura 6.517,6 6.652,2 1,7
Arroz 8.657,5 6.598,6 -23,8
Fonte: CNA/Decon - 2006
É importante salientar que a atividade leiteira também contribui
efetivamente no valor bruto da produção da carne bovina, através da venda de
machos provenientes dos rebanhos leiteiros e no descarte de animais, o que
poderia possibilitar à atividade leiteira passar para a 4
a
posição em valor bruto da
produção agropecuária brasileira.
De acordo com dados do IBGE (2004), pode-se constatar que no
período de 1995 a 2004, à produção de leite no Brasil apresentou crescimento
6
expressivo, passou de 16,47 bilhões para 23,47 bilhões de litros de leite,
registrando um aumento de 42,5%. No que se refere a produtividade média das
vacas, o aumento percentual foi mais significativo, passando de 801 para 1.172
kg/vaca/ano, apresentando um crescimento real de 46,3%, ou seja, maior do que
o observado na produção.
Apesar da constatação do crescimento da produção de leite e na
produtividade das vacas, os números são muito aquém do mínimo exigido para
tornar a atividade rentável e sustentável. Os índices da atividade leiteira nos
países de clima tropical são tradicionalmente mais baixos do que os de clima
temperado, tendo como explicação plausível, principalmente, o baixo padrão
genético dos animais e a falta de utilização de tecnologias adequadas no manejo
nutricional, reprodutivo e sanitário, além de ausência quase que completa de
gerenciamento das propriedades.
Segundo Bressan (2002), o baixo padrão genético de grande parte
do rebanho aliado à utilização de sistemas extensivos de produção, torna-se uma
restrição tecnológica para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite,
acarretando em uma baixa produtividade dos rebanhos leiteiros. O mesmo autor
relatou a necessidade da realização de pesquisas e implantação de projetos
cooperativos de pesquisa e desenvolvimento em busca da definição de padrão
genético para ser utilizado em sistemas de produção em clima tropical, indicando
a necessidade de identificação e avaliação de grupos genéticos leiteiros para as
regiões semi-áridas do Brasil.
2.2. Cruzamentos das raças Gir e Holandês
Em função principalmente de manejo inadequado e, portanto, a
impossibilidade de utilização de gado especializado, muitos produtores passaram
a preconizar o cruzamento entre raças Zebuínas e Européias. Dentro das raças
zebuínas, a Gir passou a ser a mais difundida, juntamente com a Holandesa no
caso das raças européias. O cruzamento entre as respectivas raças tem como
7
objetivo utilizar-se da expressão da heterose e da complementariedade entre tipos
zootécnicos para a obtenção de animais adaptados e produtivos em condições
tropicais. Em função da crescente demanda e da tendência para a utilização de
animais da raça Gir nesses cruzamentos, foi implantado em 1985, pela Embrapa,
o Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, sendo avaliado, até maio
de 2006, 140 reprodutores através do teste de progênie (MARTINEZ et al, 2006).
Dada a importância deste tipo de cruzamento no panorama da
produção de leite nacional, o Ministério da Agricultura e Reforma Agrária (Brasil,
1992), através da portaria de n
0
266, de 17 de Novembro de 1988, resolveu
aprovar o regulamento para a formação da Raça Bovina Girolando no país. A
proposta da formação da raça sintética foi “ordenar a formação de um grupamento
bovino nacional para produção de leite, em sistema produtivo economicamente
viável, nas condições tropicais e subtropicais brasileiras”. Em 1996, o mesmo
ministério, através da portaria de n
0
79, de 01 de fevereiro do referido ano,
oficializa a raça Girolando.
Menezes (2000) discorreu sobre os três critérios fundamentais
estabelecidos para a formação da raça Girolando; ser, quanto à composição
racial, produto do cruzamento entre os pais 5/8 Holandês + 3/8 Gir, isto é, ser bi-
mestiço 5/8 Holandês + 3/8 Gir; ser um “tipo” próximo de um “modelo”
reconhecidamente com características exteriores comuns aos rebanhos leiteiros e
ter produção de leite que comprove sua superioridade à média do rebanho com
que convive.
Com a necessidade para se formar o 5/8 bi-mestiço com potencial
produtivo mais confiável, iniciou-se no ano de 1997 a distribuição de sêmen de
touros mestiços (5/8 Hol x 3/8 Gir e 3/4 Hol e 1/4 Gir) entre rebanhos
colaboradores, dando início aos testes de desempenho de progênie de animais
mestiços (FREITAS, 1998). De acordo com Freitas et al (2006), já foram avaliados
dois grupos de touros (2004 e 2005), perfazendo um total de 14 touros avaliados
8
(6 no primeiro e 8 no segundo). As habilidades de transmissão previstas (PTAs)
encontradas variaram de -154 a 274 Kg de leite e as confiabilidades de 0,49 a
0,76. Dos quatorze touros avaliados, seis tiveram as PTAs negativas, ou seja,
aproximadamente 42% do total e quando analisado por grupo genético, para os
animais pertencentes ao 5/8 Holandês x 3/4 Gir, este percentual sobe para 50%,
(5 do total de 10 touros avaliados), confirmando assim o longo caminho a ser
percorrido para a obtenção de animais não somente adaptados, mas também
produtivos.
Na Literatura, existem cinco principais tipos de cruzamentos
objetivando a obtenção de animais para a produção de leite sob condições
tropicais, são eles: a) Produção continua de animais F
1
;
b) Cruzamento alternado
de duas raças; c) Formação de populações sintéticas; d) Cruzamento alternado de
três raças; e) Cruzamentos contínuo ou absorvente;
a) Produção contínua de animais
: é o acasalamento entre duas raças
para a produção dos mestiços F
1
, sendo os machos destinados ao abate e as
fêmeas aos sistemas de produção de leite. Neste caso, não há continuidade e
obtém-se heterose máxima. Uma das desvantagens levantadas por Facó (2001)
em relação a este cruzamento é a necessidade de manter uma grande população
de fêmeas zebuínas, para serem acasaladas com touros da raça européia
especializada. Neste caso o problema seria o alto custo dos animais puros da raça
zebuína, inviabilizando a expansão para um grande número de produtores.
b) Cruzamento alternado de duas raças;
O mais comumente usado é
o cruzamento alternado de duas raças e que segundo EUCLIDES FILHO (1996),
esta estratégia resulta em bom aproveitamento da heterose, estabilizando na 7
a
geração em 67% de heterozigogose. Neste tipo de cruzamento a raça do pai é
alternada em cada geração e os produtos destes cruzamentos apresentam
percentual de genes de cada raça de 33% e 67%, ou seja, próximos da
composição genética de 5/8 (Gir ou Holandês) e 3/8 (Gir ou Holandês).
9
c) Formação de populações sintéticas;
de acordo com os diagramas
1 e 2, para se alcançar os animais preconizados para a formação da raça
sintética, ou seja, o 5/8 bi-mestiço, existe duas possibilidades na seqüência de
cruzamentos (GIROLANDO, 2006). Nas duas estratégias de cruzamentos, se faz
necessário à utilização de diversos grupos genéticos, são eles: animais puros das
raças Holandesas e Gir, 1/2, 3/4 (Gir e / ou Holandês) e 5/8 (Holandês), que
combinados entre si resulta no 5/8 Holandês e 3/8 Gir (bi-mestiço). FACÓ (2005),
analisando 3.614 dados de três grupos genéticos (1/2, 3/4 e 5/8), constatou a
ocorrência de heterogeneidade de variância genética entre os grupos genéticos
formadores da Raça Girolando. O mesmo autor constatou que houve redução da
produção de leite em função das perdas por recombinação, tornando mais
complexo o processo de formação de uma raça sintética a partir do cruzamento
entre as raças Gir e Holandesa, afirmando o mesmo ser necessário um rigoroso e
bem conduzido processo de seleção para neutralizar estes efeitos indesejáveis.
d) Cruzamento alternado de três raças;
neste cruzamento três raças
são alternadas como raça pura a cada geração. Normalmente são utilizados uma
raça zebuína e duas européias. Este sistema mantém uma alta taxa de
heterozigose. Contudo, se apenas a heterozigose entre zebuínos e europeus for
importante, verifica-se que há grande variação na heterose de uma geração à
outra e isso pode ser uma desvantagem (FACÓ, 2001). Este sistema tem também
a desvantagem de ser operacionalmente complexo, requerendo registro das raças
de cada vaca e previsão de touros de cada uma das raças puras (TEODORO &
VERNEQUE, 1999).
e) Cruzamentos contínuo ou absorvente;
tem o objetivo de substituir
os genes da raça zebuína ou local pelos genes de uma raça européia
especializada pelo uso contínuo da segunda. Produz os animais chamados “puro
por cruza” (PC). Este cruzamento, segundo Facó (2001), deve ser bem analisado,
pois exige um melhor manejo, ou seja, compatível com o nível de exigência
10
desses animais. O resultado obtido por Facó (2005), mostrou que os efeitos
genéticos aditivos da raça holandesa foram importantes para maior produção de
leite, duração da lactação e redução da idade ao primeiro parto, sendo tais efeitos
complementados pela heterose resultante do cruzamento com a raça Gir. De
acordo com os resultados encontrados por Grossi & Freitas (2002), utilizando o
cruzamento absorvente, houve uma tendência no aumento da produção de leite
na medida em que se aumentou a proporção de genes da raça Holandesa.
2.3. Características produtivas e reprodutivas
A produção de leite e os aspectos reprodutivos são processos
determinantes na eficiência de produção em bovinos leiteiros pelos seus reflexos
diretos na produtividade e rentabilidade (Madalena et al., 1996; Freitas et al.,
1996; Ferreira & Madalena, 1997; Freitas et al., 1997). Vários autores enfatizaram
a importância do estudo das diversas medidas de eficiência de produção, através
do cálculo de índices zootécnicos em rebanhos leiteiros (FARIA & CORSI, 1988; e
KOSSAIBATI & ESSLEMONT, 1995). Com base nos índices de desempenho, o
produtor consegue avaliar sua atividade e estabelecer diretrizes de ação futura
(BARROS, 2001). Vários são os índices utilizados para se obter o desempenho de
um rebanho. Vários autores ressaltam a necessidade do uso em conjunto de
índices de desempenho para que se processe a análise da atividade de forma
correta.
As avaliações devem ser feitas através das características produtivas
e reprodutivas e das suas inter-relações. Os principais índices de desempenho
são descritos a seguir:
11
2.3.1. Características Reprodutivas
2.3.1.1. Idade ao primeiro parto (IPP);
A precocidade sexual das fêmeas bovinas é avaliada através do
primeiro parto, sendo, desta maneira, um dos principais métodos para se
mensurar e elevar a eficiência reprodutiva de um rebanho, pois este é,
provavelmente, o melhor parâmetro de avaliação de fêmeas (MARSON et
al.,2004). Desta forma, devido à alta herdabilidade (0,31-0,50) para esta
característica, sua utilização na seleção de rebanhos é de fundamental
importância (MARTIN et al., 1992 ).
Quanto mais cedo a fêmea parir, maior será a vida reprodutiva e
maior a possibilidade de crias e lactações ao longo da sua vida útil,
proporcionando maior rentabilidade (FREITAS et al., 1996). Além destes fatores,
este índice reflete diretamente na estrutura do rebanho, pois quanto maior a idade
ao primeiro parto, maior será a quantidade de animais que não estarão produzindo
na fazenda, comprometendo o resultado econômico da atividade.
2.3.1.2. Intervalo de partos
A eficiência reprodutiva é um dos mais importantes fatores para o
bom desempenho da atividade leiteira. O intervalo de partos é o período
compreendido de um parto a outro, e este está altamente relacionado com a
eficiência dos rebanhos, influenciando diretamente a produção de leite, o
percentual de vacas em lactação e a receita da fazenda. FARIA & CORSI (1988)
citaram que dentre os índices zootécnicos, o intervalo entre partos ocupa um lugar
de destaque entre os fatores que afetam a eficiência de um sistema de produção
leiteira, constituindo-se em um dos principais indicadores do desempenho do
rebanho. Considerando que os animais podem emprenhar por volta de 82 dias
12
(Costa, 2006), e que a gestação dos bovinos tem uma duração de 283 dias
(Neiva, 1991), pode-se considerar como IP ideal, 365 dias, sendo este o intervalo
que deve ser perseguido como meta em rebanhos leiteiros.
2.3.2. Características Produtivas
2.3.2.1. Produção de leite total na lactação (PL) e Produção de leite em
305 dias de lactação (PL305);
A produção total de leite na lactação (PL) é definida como a
quantidade total de leite produzida por uma vaca ao longo de uma lactação
completa (Facó, 2001), ou seja, o somatório da produção diária durante o período
compreendido entre o parto e o encerramento da lactação através de secagem
voluntária ou induzida. A produção de leite em 305 dias de lactação (PL305) é a
produção de leite de uma lactação, independente da duração real da mesma,
padronizada em 305 dias, evitando assim considerar que animais com produção
semelhante a outros tenham seus desempenhos considerados superiores em
função de um maior intervalo de partos.
2.3.2.2. Produção de leite por dia (PD) e Produção de leite por dia em
305 dias de lactação (PD305);
A produção de leite por dia (PD) e em 305 dias de lactação (PD305)
é o resultado da produção total da lactação ou 305 dias de lactação dividida pela
duração da lactação real e 305 dias, respectivamente. Esta característica avaliada
isoladamente não expressa, de forma confiável, a real eficiência do animal, pois
não leva em conta às informações de duração da lactação e de intervalo de
partos.
13
2.3.2.3. Produção de leite por dia de intervalo de parto (PIP) e
Produção de leite por dia de intervalo de partos em 305 dias
(PIP305);
O retorno econômico proporcionado pelas vacas de um rebanho
leiteiro é determinado basicamente, pela produção de leite e eficiência reprodutiva,
que, de certo modo estão relacionadas (GONÇALVES et al, 1994). Através do
índice de quilograma de leite por dia de intervalo de partos (PIP), o proprietário
pode calcular a contribuição da vaca de seu rebanho para a formação da renda
bruta na venda do leite, uma vez que este índice fornece a quantidade de leite por
dia de vida útil e permite estimar a produtividade anual do rebanho (FARIA &
CORSI, 1993).
2.3.2.4. Duração da lactação (DL);
É o período normal de produção de leite, após o parto até o momento
da sua secagem. Em bovinos especializados, com intervalo de partos de 12
meses, a duração da lactação ideal é de 305 dias (NEIVA, 1991). A duração da
lactação é de extrema importância, particularmente em mestiços Europeu-Zebu,
uma vez que animais zebuínos têm lactações mais curtas quando comparados
aos europeus especializados para produção de leite (FACÓ, 2001). A principal
importância da DL está no fato que tanto a produção de leite até os 305 dias de
lactação quanto a produção total de leite por lactação estão altamente
correlacionadas com esta característica (FERREIRA & MADALENA, 1997).
Quanto mais curta for a lactação maior será o período seco e menor
será o percentual de vacas em lactação no rebanho, trazendo como conseqüência
uma menor produção de leite por dia, afetando diretamente a eficiência econômica
da atividade.
14
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Descrição da propriedade
As análises foram realizadas com base nos dados coletados na
fazenda Forquilha situada no município de Horizonte, no estado do Ceará. A
propriedade situa-se na estrada Coluna Cascavel, km 10, distante 40 km de
Fortaleza, localizada a 4
0
15’48” de latitude (sul) e 38
0
39’05” de longitude (oeste), a
68 m de altitude (IPECE, 2005).
O relevo é o tabuleiro pré-litorâneos e depressões sertanejas, típico
do litoral cearense, com predominância de solos arenosos (areias quartzosas
distróficas e bruno não cálcio), clima quente subúmido e tropical quente semi-árido
brando, apresentando uma estação chuvosa de janeiro a maio e uma estação
seca que vai de junho a dezembro. A pluviosidade média é de 780,7 mm e a
temperatura média anual é de 26
0
,
enquanto que a umidade relativa do ar média é
de 75% (IPECE, 2005).
A propriedade ocupa uma área de 400 ha, sendo que apenas 26 ha
eram aproveitados para a atividade leiteira, sendo 4 ha de capim elefante, 7,0 ha
de capim coast-cross, 6,5 ha de capim braquiária, 7,5 ha de cana-de-açúcar e 1,0
ha de infra-estrutura. Esta estrutura de alimentação foi montada a partir do ano
2000, pois nos anos anteriores as divisões dessas áreas eram de 12 ha de cana-
de-açúcar e 4 ha de capim elefante.
A infra-estrutura do setor leiteiro é composta por currais utilizados
para o fornecimento de concentrado antes da ordenha, sala de ordenha e sala de
espera, galpão para estocagem de ração e sala de armazenamento do leite e de
produtos veterinários, além de um escritório que servia também para todas as
atividades desenvolvidas na fazenda.
15
O rebanho foi originário de uma importação no ano de 1985, quando
na ocasião foram trazidas 30 matrizes de Minas Gerais, com composição genética
de 1/2 Holandês e 1/2 Gir, sendo que este rebanho permaneceu fechado até o
último período estudado, sendo estas matrizes a base de formação do rebanho
avaliado.
3.2. Descrição do manejo alimentar e estrutura do rebanho;
Os animais eram divididos em 13 lotes de acordo com a fase
fisiológica e/ou peso:
Lotes 1, 2, 3, 4 e 5: vacas em lactação;
Lote 6: vacas secas;
Lote 7: vacas na maternidade;
Lote 8: novilha prenha;
Lote 9: novilha em reprodução (> 330 Kg);
Lote 10: novilha I (250 a 330 Kg);
Lote 11: garrota I (150 a 249 kg);
Lote 12: bezerras desmamadas (60 a 149 kg);
Lote 13: bezerras em amamentação.
a) Vacas em lactação
: do período de 1997 à 1999, a base da
alimentação era de capim elefante picado no inverno (Janeiro a Junho) e cana-de-
açúcar adicionada de uréia no verão (Julho a Dezembro), distribuídos em cocho
com suplementação de concentrado misturado na própria fazenda. A partir do ano
2000, com a introdução do uso do pastejo rotacionado, a produção de leite teve
como base o pasto, com suplementação de concentrado em cochos de acordo
com a produção média de leite de cada lote (seguindo a relação de 1kg de ração :
3 kg de leite produzido). No período seco do ano onde ocorria a diminuição na
disponibilidade de pasto, alguns lotes de vacas em lactação passavam a receber
cana-de-açúcar com uréia no cocho.
16
b) Vacas pré-parto:
30 dias antes do parto, as matrizes eram
levadas à maternidade, onde recebiam 2 kg de concentrado / dia, sendo este o
mesmo tipo do oferecido aos animais em produção. O volumoso era fornecido em
cochos, capim picado no inverno ou cana-de-açúcar adicionada de uréia no verão.
d) Bezerros em aleitamento:
a partir de 1997, os bezerros foram
separados das mães logo após o parto, onde recebiam de imediato o colostro e os
cuidados sanitários, como desinfecção do umbigo. Os bezerros eram pesados ao
nascer e recebiam brinco de identificação e logo em seguida se procedia o
cadastro no software de monitoramento do rebanho. Após a fase de colostro, os
bezerros recebiam quatro (4) litros de sucedâneo comercial ao dia, sendo dois (2)
pela manhã e dois (2) pela tarde. Após os 30 dias de aleitamento os 4 litros eram
fornecidos de uma só vez. Nesta fase os bezerros recebiam água e ração à
vontade. Os animais foram desmamados quando atingiram, em média, 60 kg de
peso vivo ou quando consumiam, no mínimo, 700 gramas de ração/dia, o que
normalmente acontecia em torno de 60 dias de idade.
c) Animais Jovens:
do período de 1997 à 1999, a base da
alimentação era de capim elefante picado no período das chuvas e cana-de-
açúcar adicionada de uréia no período seco, distribuídos em cochos com
suplementação de concentrado (2 Kg/cab/dia). A partir de 2000, durante o período
chuvoso, todos os animais jovens, bezerras desmamadas até novilhas em
reprodução e solteiros, vacas secas e novilhas prenhas se alimentavam
diretamente no pasto e recebiam, em média, 2 kg de ração/ animal /dia. No
período seco do ano, todos os animais recebiam como volumoso a cana-de-
açúcar adicionada de uréia, mais a mesma quantidade de concentrado do.
d) Mineralização
: Todas as categorias consumiam sal mineral, seja
através da ingestão forçada ou pelo consumo direto em cochos colocados a
disposição nos locais de permanência dos lotes.
17
3.3. Descrição do manejo reprodutivo;
A partir do ano de 1996, optou-se pela utilização do cruzamento
absorvente, objetivando substituir por completo os genes das raças zebuínas por
animais puros por cruza (PC) da raça holandesa. A inseminação artificial começou
a ser utilizada desde o ano de 1995, sendo que a monta controlada, através de
touros puros de origem da raça holandesa, também foi utilizada até o ano de
2002.
De acordo com as informações repassadas pelo produtor, os sêmens
utilizados foram importados, sendo oriundos da Holanda ou dos Estados Unidos,
tendo como padrão touros que apresentavam em sua progênie equilíbrio em tipo e
produção.
As novilhas eram inseminadas quando atingiam peso de 340 kg e
idade mínima de 15 meses. Caso apresentassem muco limpo, as vacas em
lactação eram inseminadas logo no primeiro cio, não sendo inseminada às que
tinham até 30 dias pós-parto.
A inseminação era feita, em geral, 12 horas após a observação do
cio, mas também utilizava como parâmetro, o momento em que o animal não mais
aceitava a monta. As inseminações aconteciam normalmente no início da manhã e
no final da tarde.
Animais que apresentassem problemas produtivos, principalmente,
baixa produção e lactações curtas, e/ou problemas reprodutivos, como ausência
total de cio ou repetição de cio e dificuldade de manutenção da gestação, eram
descartados.
18
3.4. Descrição do manejo sanitário;
Durante o ano os animais eram vacinados contra Aftosa, Raiva,
Leptospirose e Brucelose (bezerras de 3 a 9 meses). As vermifugações eram
feitas de seis em seis meses para animais adultos e dois em dois meses para
animais jovens, através de diferentes modos de aplicação (oral ou injetável). O
controle de mamite era feito no momento da ordenha. Através da detecção da
doença, era realizada a aplicação de medicamentos em animais infectados e
como preventivo a aplicação de intra-mamário no momento da secagem dos
animais. Todos os animais eram submetidos anualmente aos exames de
Tuberculose e Brucelose. O controle de ectoparasitas, principalmente o carrapato,
era feito, sistematicamente, de acordo com a incidência no rebanho.
3.5. Descrição do manejo de ordenha;
A sala de ordenha era composta por um sistema de fosso e ordenha
mecânica 2 X 4 (2 linhas com 4 conjuntos), o que permitia ordenhar 4 vacas ao
mesmo tempo, propiciando um bom conforto para os animais e para os
ordenhadores. A ordenha mecânica foi utilizada desde o ano de 1996. Na sala de
espera, havia ventiladores objetivando a diminuição da temperatura nos períodos
mais quentes do ano.
Os animais eram ordenhados duas vezes ao dia, com intervalo de 12
horas, sem bezerro ao pé. Os funcionários utilizavam uniformes (avental) próprios
para esta função e também usavam luvas descartáveis no momento da ordenha.
Para evitar problemas decorrentes de contaminações durante a
ordenha eram utilizados os seguintes procedimentos de higienização:
a) Lavagem dos tetos com água corrente de boa qualidade;
b) Teste do leite na caneca telada (fundo preto);
c) Pré dipping com solução de iodo;
d) Secagem dos tetos com papel toalha;
19
e) Colocação das teteiras;
f) Após a retirada das teteiras se fazia o pós dipping com solução
de iodo;
Os equipamentos de ordenha eram lavados diariamente, utilizando
soluções de cloro e detergente alcalino apropriados para este fim. Uma vez por
semana, todo o equipamento era desmontado e a lavagem era feita também com
uma solução ácida.
O leite ordenhado era transferido automaticamente da sala de
ordenha para o tanque de resfriamento, evitando o contato manual com o leite,
garantindo assim a manutenção da qualidade original do leite.
3.6. Descrição dos dados;
Os dados coletados são do controle zootécnico da fazenda
Forquilha, e foram registrados sistematicamente os dados referentes às
características reprodutivas e de produção de vacas Holandês x Gir, pelo sistema
informatizado CONGADO. Mesmo tendo informações a partir do ano de 1986,
foram apenas utilizadas às informações do período compreendido entre 1997 e
2005 (nove anos). Os dados referentes ao período de 1990 a 1996 foram
desconsiderados nas análises estatísticas, com exceção do ano e mês de
nascimento, pois apresentaram número limitado de observações por grupo
genético.
3.7. Características analisadas
Dos relatórios técnicos e de rotina emitidos mensalmente pelo
sistema, foram escolhidas as características a serem analisadas neste estudo,
quais sejam: produção de leite total na lactação (PL), produção de leite por dia de
lactação (PD), produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), produção de
leite em 305 dias de lactação (PL305), produção de leite por dia em 305 dias de
20
lactação (PD305), produção de leite por dia de intervalo de partos em 305 dias de
lactação (PIP305), duração da lactação (DL), intervalo de partos (IP) e idade ao
primeiro parto (IPP). Todos os dados das diversas características analisadas
foram gerados através do software especializado CONGADO.
3.7.1. Produção de leite total na lactação (PL);
O cálculo de PL foi feito através dos somatórios das produções de
leite, controlada semanalmente, multiplicada pelos dias de intervalo entre
pesagens (controle leiteiro) até o último dia de lactação (encerramento da
lactação).
3.7.2. Produção de leite por dia (PD);
A PD foi calculada através da divisão da produção de leite total na
lactação (PL) pela duração da lactação (DL).
3.7.3. Produção de leite por dia de intervalo de parto (PIP);
A PIP foi calculada através da divisão da produção de leite total na
lactação (PL) pelo número de dias de intervalo de partos (IP).
3.7.4. Produção de leite em 305 dias de lactação (PL305);
O cálculo da PL305 foi feito através dos somatórios das produções
de leite, controlada semanalmente, multiplicada pelos dias de intervalo entre
pesagens (controle leiteiro) computadas até os 305 dias de lactação.
21
3.7.5. Produção de leite por dia em 305 dias de lactação (PD305);
O cálculo da PD305 foi feito através da divisão da produção de leite
em 305 dias de lactação (PL305) por 305 dias.
3.7.6. Produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação
(PIP305);
A PIP305 foi calculada através da divisão da produção de leite em
305 dias de lactação (PL305) pelo número de dias de intervalo de partos (IP).
3.7.7. Duração da lactação (DL);
A duração da lactação foi o período, em dias, compreendido entre o
parto e o encerramento da lactação, seja ela induzida ou voluntária.
3.7.8. Intervalo de partos;
O IP foi o período compreendido, em dias, de um parto a outro pelo
mesmo animal.
3.7.9. Idade ao primeiro parto;
Foi calculado através dos dados de registro de nascimento do animal
e da data do parto, tendo como informação principal à idade, em meses, que o
animal apresentou no momento do parto.
3.8. Análises estatísticas;
As freqüências e as médias foram calculadas a partir dos
procedimentos FREQ E MEANS, respectivamente e as análises de variância
foram estimadas pelo procedimento GLM ambos com auxilio do pacote estatístico
22
STATISTICAL ANALISYS SYSTEM (SAS, 2000). Nestas análises, de acordo com
os modelos utilizados foram considerados os seguintes fontes de variação: para
modelo 1: grupo genético, estação do parto, ordem de parição, ano do parto e
origem do pai; modelo 2: grupo genético, estação do parto, ano do parto e origem
do pai e para o modelo 3: grupo genético, mês de nascimento, ano de nascimento
e origem do pai. Foram testados quatro grupos genéticos: 1/2 , 3/4 , 7/8 e 15/16
(expressos em proporção de genes da raça Holandesa), de ordem de parição (de
1
a
a 7
a
), em duas estações (Janeiro a Junho – estação chuvosa e Julho a
Dezembro – estação seca), filhos de pais oriundo de touro (monta natural) ou
sêmen (inseminação artificial) e de várias lactações no período de 1997 a 2005.
No total, foram avaliados dados de 175 animais, perfazendo um total
de 507 lactações. Para efeito de análise, não foi descartado nenhum dado
compreendido no período de 1997 a 2005, sendo avaliado todas às informações
contidas no banco de dados original. Os registros de animais que morreram ou
que foram descartados do rebanho por causas voluntárias (baixa produção, baixa
eficiência reprodutiva, período curto de lactação, etc.) foram avaliados, para que
se pudesse mostrar a situação real das características estudadas.
Para as análises das características de reprodução foram avaliados
412 dados de intervalo de partos e 175 dados de idade ao primeiro parto.
Em função do pequeno número de registros de animais dos grupos
15/16 e 31/32, estes foram agrupados como grupo genético 15/16.
Das 507 lactações analisadas, 344 (67,8%) foram provenientes de
matrizes multíparas e 163 (32,2%) de matrizes primíparas. Para análise, foram
estabelecidos três (3) modelos estatísticos, são eles:
23
a) Modelo 1 – Multíparas;
Y
ijklmn
= u + gg
i
+ ep
j
+ ol
k
+ ap
l
+ op
m
+ e
ijklmn
Em que:
Y
ijklmn
= característica em questão (PL, PD, PIP, PL305, PD305, PIP305, DL ou
IP);
u = média geral;
gg
i
= efeito do i
ésimo
grupo genético;
ep
j
= efeito da j
ésima
estação do parto;
ol
k
= efeito da k
ésima
ordem de parição;
ap
l
= efeito do l
ésimo
ano do parto;
op
m
= efeito da m
ésima
origem do pai;
e
ijklmn
= efeito residual.
b) Modelo 2 – Primíparas;
Y
ijklm
= u + gg
i
+ ep
j
+ ap
k
+ op
l
+ e
ijklm
Em que:
Y
ijklm
= característica em questão (PL, PD, PIP, PL305, PD305, PIP305, DL ou IP);
u = média geral;
gg
i
= efeito do i
ésimo
grupo genético;
ep
j
= efeito da j
ésima
estação do parto;
ap
k
= efeito do k
ésimo
ano do parto;
op
l
= efeito da l
ésima
origem do pai;
e
ijklm
= efeito residual.
24
c) Modelo 3 – Idade ao primeiro parto;
Y
ijklm
= u + gg
i
+ mn
j
+ an
k
+ op
l
+ e
ijklm
Em que:
Y
ijklm
= idade ao primeiro parto (IPP);
u = media geral;
gg
i
= efeito do i
ésimo
grupo genético;
mn
j
= efeito do j
ésimo
mês de nascimento;
an
k
= efeito do k
ésimo
ano de nascimento;
op
l
= efeito da l
ésima
origem do pai;
e
ijklm
= efeito residual.
25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Tabela 2 é apresentada a estatística descritiva das 507 lactações
estudadas, dos 412 dados de intervalo de partos e 175 dados de idade ao primeiro
parto.
Tabela 2 – Número de observações (n), média (X), desvio padrão (DP), valores
mínimos e máximos, das características produção de leite por lactação
(PL), em kg, produção de leite por dia de lactação (PD), em kg,
produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em kg, produção
de leite até os 305 dias de lactação (PL305), em kg, produção de leite
por dia em 305 dias de lactação (PD305), em dias, produção de leite por
intervalo de partos em 305 dias de lactação (PIP305), em kg, duração
da lactação (DL), em dias, intervalo de partos (IP), em dias, e idade ao
primeiro parto (IPP), em meses.
Característica n X ± DP CV
PL 507 3.557 ± 1.497
42,08
PD 507 11,57 ± 3,7
32,18
PIP 412 8,84 ± 2,96
33,52
PL305 507 3.363 ± 1.314
39,07
PD305 507 11,04 ± 4,32
39,12
PIP305 412 8,47 ± 2,93
34,58
DL 507 303,07 ± 85,32
28,15
IP 412 404,34 ± 80,78
19,99
IPP 175 34,26 ± 5,56
17,30
As médias observadas na Tabela 2 para PL, PL305 e DL foram
superiores àquelas observadas por MARTINS (2003), FACÓ (2001) e FREITAS et
al (2001), porém o PL e PL305 foram inferiores quando comparadas com os
resultados obtidos por FREITAS et al. (2004) e GUIMARÃES et al (2002), mas
apresentando uma DL superior aos resultados encontrados por estes autores.
Apesar da grande importância para avaliação produtiva e reprodutiva
dos rebanhos o número de trabalhos publicados com estudos das características
26
de PIP e PIP305, ainda é muito limitado, porém resultados de PIP observado por
GONÇALVES et al (1992), de 11,90 ± 0,08 Kg/dia, foi superior ao encontrado pelo
presente estudo, 8,84 ± 2,96 kg/dia. Já para a PIP305, BARBOSA, et al (1995),
analisando 1.178 lactações, encontraram valores inferiores, 5,85 ± 0,14 kg/dia.
No que se refere a IPP, os resultados obtidos neste estudo foi melhor
do que o encontrado por FREITAS et al (2004) e GUIMARÃES et al (2002), que
obtiveram respectivamente 54 ± 18 meses e 57,1 ± 23 meses, porém inferior ao
resultado observado por GROSSI & FREITAS (2002), 32 ± 5 meses e por
MARTINS et al. (2003), 32,6 meses.
A média de IP observada neste estudo (404 ± 80 dias) apresentou
melhores resultados do que o observado por MARTINS et al. (2003), 413 dias,
GUIMARÃES et al (2002), 414 ± 104 dias, porém inferior ao resultado observado
por GROSSI & FREITAS (2002), 392 ± 71 dias.
Todos os efeitos incluídos no modelo 1 (multíparas) influenciaram
significativamente as características em estudo (Tabela 3), enquanto que no
modelo 2 (primíparas) apenas o efeito de ano influenciou significativamente as
características em estudo (Tabela 4). No modelo 3, influenciaram
significativamente a característica de idade ao primeiro parto os efeitos do grupo
genético e de ano (Tabela 4).
27
Tabela 3 – Resumo da Análise de Variância, pelo modelo 1 (multíparas), para as
características produção de leite total na lactação (PL), produção de
leite por dia de lactação (PD), produção de leite por intervalo entre
partos (PIP), produção de leite em 305 dias de lactação (PL305),
produção por dia em 305 dias de lactação (PD305), produção por dia
por
intervalo entre partos em 305 dias de lactação (PIP305), duração da lactação
(DL) e intervalo de partos (IP).
Características
GL Quadrado Médio
Modelo Erro Modelo Erro CV%
PL 18 325 10414590,10** 1835131,00 36,25
PD 18 325 62,22** 11,47 27,44
PIP 18 255 32,94** 7,82 30,06
PL305 18 325 9183454,80** 1400969,80 33,23
PD305 18 325 100,40** 15,07 33,19
PIP305 18 255 31,80** 7,67 30,84
DL 18 325 13700,71* 5872,05 25,58
IP 18 255 9498,138* 4901,793 17,64
**
Significativo (P<0,01)
*
Significativo (P<0,05)
28
Tabela 4 – Resumo da Análise de Variância, pelos modelos 2 e 3 (primíparas),
para as características produção de leite total na lactação (PL),
produção de leite por dia de lactação (PD), produção de leite por
intervalo entre partos (PIP), produção de leite em 305 dias de lactação
(PL305), produção por dia em 305 dias de lactação (PD305), produção
por dia por intervalo entre partos em 305 dias de lactação (PIP305),
duração da lactação (DL), intervalo de partos (IP) e idade ao primeiro
parto (IPP).
Características
GL Quadrado Médio
Modelo Erro Modelo Erro CV%
PL 13 149 2873062,40ns 1870575,80 43,01
PD 13 149 10,88ns 9,27 30,65
PIP 13 124 7,89ns 5,97 30,85
Pl305 13 149 1624789,10ns 1274694,80 38,35
PD305 13 149 17,47ns 13,70 38,35
PIP305 13 124 6,06ns 5,70 32,02
DL 13 149 13338,90ns 9008,22 30,57
IP 13 124 17244,27* 7977,83 21,29
IPP 30 144 108,05** 14,89 11,26
ns
Não Significativo a (P<0,05).
**
Significativo a (P<0,01).
*
Significativo a (P<0,05).
29
4.1. GRUPO GENÉTICO
Para as matrizes primíparas não houve diferença significativa entre
os grupos genéticos para todas as características de produção estudadas
(Tabelas 5, 6 e 7). É importante salientar que o número de observações de
animais do grupo 1/2 é pequeno, apresentando altos valores para os erros-padrão
das médias estimadas, levando a intervalos de confiança mais elevados e,
possibilitando, à não significância das diferenças encontradas entre estes grupos.
Em função deste fato, sugere-se a realização de outros estudos com este grupo
genético.
Nas matrizes multíparas, os animais dos grupos genéticos 15/16, 7/8
e 3/4 tiveram melhor desempenho em quatro das sete características produtivas
estudadas (PL, PL305, PD305 e DL), Tabelas 5, 6 e 7. O resultado observado por
Freitas et al (2004), constaram o melhor desempenho dos grupos 7/8 e 3/4 para
as características de PL, PL305 e DL, sendo os seus valores superiores ao
observado nesse estudo. Guimarães et al. (2002) tiveram também os grupos
genéticos 7/8 e 3/4 como os que apresentaram melhores desempenhos na PL.
Observa-se que as médias estimadas para cada grupo genético em relação às
duas classificações reprodutivas (primíparas e multíparas), para todas as
características relacionadas a produção de leite, apresentaram uma tendência de
produções inferiores nos animais primíparos em relação as multíparas, como foi a
PL (Gráfico 1), tendo como exceção, os animais do grupo 15/16, que
apresentaram valores de PL, PL305, PD305, PIP e PIP305 maiores nos animais
prímiparos (Tabela 5, 6 e 7), refletindo talvez o resultado das gerações mais
recentes de touros (semens) utilizados.
Na característica de PD para as multíparas, os grupos 7/8, 3/4 e 1/2
não apresentaram diferenças significativas, sendo que os animais do grupo
15/16 não apresentaram diferenças significativas para os do grupo 1/2 (Tabela 5).
30
Tabela 5 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o grupo genético em vacas primíparas e
multíparas, para as características produção de leite por lactação
(PL), em kg, produção de leite por dia de lactação (PD), em kg,
produção de leite até os 305 dias de lactação (PL305), em kg, e
produção de leite por dia em 305 dias de lactação (PD305), em kg.
Grupo*
Genético
PRODUÇÃO DE LEITE TOTAL POR LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16 30 3.748,33 ± 309,79a 24 3.365,63 ± 305,63ab
7/8 72 3.211,88 ± 196,21a 121 3.845,13 ± 166,60a
3/4 53 2.996,00
± 237,92a 166 3.807,33 ± 119,65a
1/2 8 2.478,38
± 559,17a 33 2.926,43 ± 249,91b
Grupo*
Genético
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n
X
± EP
n X
± EP
15/16 30 10,90 ± 0,68a 24 11,09 ± 0,76b
7/8 72 9,77 ± 0,43a 121 12,56 ± 0,41a
3/4 53 9,70
± 0,52a 166 12,84 ± 0,29a
1/2 8 8,33
± 1,24a 33 11,99 ± 0,62ab
Grupo*
Genético
PRODUÇÃO DE LEITE ATÉ OS 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16 30 3.399,57 ± 255,73a 24 3.212,00 ± 267,04ab
7/8 72 2.958,39 ± 161,97a 121 3.647,85 ± 145,56a
3/4 53 2.765,57
± 196,40a 166 3.651,70 ± 104,54a
1/2 8 2.466,70
± 461,60a 33 2.878,09 ± 218,35b
Total 163
344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
* Expressos como proporção esperada de genes da raça Holandesa.
31
Gráfico 1. Produção de leite por lactação (PL), em kg, segundo o grupo genético
em vacas primíparas e multíparas.
Com relação à DL nas multíparas, o grupo genético 1/2 teve
desempenho inferior de todos os grupos (Tabela 6). Este resultado evidencia o
efeito dos genes da raça Gir para esta característica, já que os animais zebuínos
apresentam lactações mais curtas (Facó et al, 2002). Para esta característica, na
medida em que se aumenta a proporção de genes da raça holandesa, há uma
tendência de aumento da duração da lactação (Gráfico 2), confirmando a maior
habilidade leiteira da raça holandesa (GROSSI & FREITAS, 2002). Para a DL
todos os valores encontrados nos diversos grupos genéticos foram superiores nos
animais primíparos (Tabela 6). Este resultado, provavelmente, se explica em
função do maior IP encontrado nos animais primíparos (Tabela 8), possibilitando a
extensão da DL, e que aparentemente tenha sofrido influencia positiva pela
utilização de touros que propiciaram a melhoria desta característica.
Produção de Leite (kg)
2.478
2.996
3.212
3.748
2.926
3.807
3.845
3.366
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
1/2 3/4 7/8 15/16
Grupo Genético
Primíparas Multíparas
32
Tabela 6 Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas e
multíparas, para as características de produção por dia em 305 dias de
lactação (PD305), em kg, e duração da lactação (DL), em dias.
Grupo*
Genético
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA EM 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16 30 11,14 ± 0,83a 24 10,51 ± 0,87ab
7/8 72 9,69 ± 0,53a 121 12,00 ± 0,47a
3/4 53 9,06
± 0,64a 166 11,95 ± 0,34a
1/2 8 8,08
± 1,51a 33 9,45 ± 0,71b
Grupo*
Genético
DURAÇÃO DA LACTAÇÃO (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16 30 346,91 ± 21,49a 24 305,15 ± 17,28a
7/8 72 322,65 ± 13,61a 121 305,77 ± 9,42a
3/4 53 298,37
± 16,51a 166 293,57 ± 6,76a
1/2 8 269,94
± 38,80a 33 250,73 ± 14,13b
Total 163 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
* Expressos como proporção esperada de genes da raça Holandesa.
33
Gráfico 2. Duração da lactação (DL), em dias, segundo grupo genético em vacas
primíparas e multíparas.
Nas matrizes primíparas não houve diferença significativa entre os
grupos genéticos para as características de PIP e PIP305 (Tabela 7). Já para as
multíparas, os animais dos grupos 3/4 e 7/8 não apresentaram diferenças
significativas e obtiveram os melhores desempenhos na PIP (Tabela 7). Os grupos
1/2 e 15/16 obtiveram o menor desempenho para PIP, entretanto o 15/16 não
diferiu do 7/8.
Para a característica de PIP305, o maior desempenho foi
apresentado pelos animais do grupo 3/4, não apresentando diferença significativa
do grupo genético 7/8. Todavia não houve diferença significativa entre os grupos
genéticos 15/16, 7/8 e 1/2 (Tabela 7).
Duração da Lactação (dias)
270
298
323
347
251
294
306
305
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1/2 3/4 7/8 15/16
Grupo Genético
Primíparas Multíparas
34
Tabela 7 Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas e
multíparas, para as características de produção de leite por dia de
intervalo de partos (PIP), em kg, e produção de leite por intervalo de
partos em 305 dias de lactação (PIP305), em kg.
Grupo*
Genético
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE INTERVALO DE PARTOS (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16
21 8,32
± 0,61a
16 8,03 ± 0,75bc
7/8
60 7,77
± 0,38a
94 9,50 ± 0,37ab
3/4
50 7,50
± 0,43a
138 9,66 ± 0,27a
1/2
7 7,39
± 1,07a
26 7,96 ± 0,60c
Grupo*
Genético
PRODUÇÃO DE LEITE POR INTERVALO DE PARTOS EM 305 DIAS
DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16
21 7,76
± 0,59a
16 7,63 ± 0,75b
7/8
60 7,31
± 0,37a
94 9,08 ± 0,37ab
3/4
50 7,04
± 0,42a
138 9,36 ± 0,27a
1/2
7 7,30
± 1,05a
26 7,93 ± 0,59b
Total 138
274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
* Expressos como proporção esperada de genes da raça Holandesa.
Para a característica de intervalo de partos, tanto para as primíparas
quanto às multíparas, não houve diferença significativa nos grupos genéticos
(Tabela 8). A não significância desta característica em função dos grupos
genéticos também foi encontrada por Guimarães et al. (2002) e Grossi & Freitas
(2001), onde os mesmos relataram que as variações que ocorrem nesta
característica estão relacionadas muito mais aos efeitos de ambiente que
propriamente aos de origem genética. Já Facó et al (2005) relatam que a
35
eficiência reprodutiva foi influenciada pela proporção Holandês x Zebu, ocorrendo
menor eficiência em animais do grupo genético 7/8.
Tabela 8 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de intervalo de partos (IP), em dias.
Grupo*
Genético
INTERVALO DE PARTOS (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
15/16 21 449,76 ± 22,42a 16 403,86 ± 19,01a
7/8 60 422,99 ± 13,92a 94 401,55 ± 9,41a
3/4 50 416,48
± 16,05a 138 387,40 ± 6,85a
1/2 7 422,98
± 39,35a 26 379,17 ± 15,11a
Total 138 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
* Expressos como proporção esperada de genes da raça Holandesa.
Os valores observados neste estudo, nos diversos grupos genéticos,
são melhores, ou seja, apresentaram menores intervalos de partos, do que os
observados por Guimarães et al. (2002) e Facó et al. (2005), porém inferior, ou
seja, maior intervalo de partos, ao observado por Grossi & Freitas, 2002.
Apesar de não haver diferença significativa, observa-se que
aparente tendência de aumento do intervalo de partos, na medida em que se
aumenta à proporção de genes da raça holandesa (Gráfico 3). Em resultados
obtidos por Facó et al. (2005), esta tendência também foi constatada, porém o
grupo 1/2 apresentou desempenho superior aos grupos 3/4 e 7/8.
Observou-se que houve aparente ocorrência de maior IP nos
animais primíparos quando comparados com os multíparos nos respectivos
36
grupos genéticos (Gráfico 3), resultado este, provavelmente, tenha ocorrido em
função de falhas no manejo do rebanho, podendo ter tido influência por exemplo, a
falta de peso ideal ao parto e nutrição ineficiente. Os animais de primeira lactação
apresentam grande exigência nutricional, pois além de estarem em produção,
continuam em fase de crescimento (Mattos, 1993). Isto evidencia a necessidade
de cuidados especiais que se deve ter com os animais na primeira lactação,
através de balanceamentos de dietas adequadas de acordo com as exigências
nutricionais da categoria, levando-se em conta o peso do animal, nível de
produção e composição do leite produzido.
Gráfico 3. Intervalo de partos (IP), em dias, segundo o grupo genético em vacas
primíparas e multíparas.
Os animais dos grupos genéticos 7/8, 3/4 e 1/2, tiveram desempenho
semelhante na característica de idade ao primeiro parto, enquanto que os animais
15/16 apresentaram maior IPP, porém não tendo diferença significativa para os
Intervalo de Parto (dias)
423 423
450
379
387
402
404
416
340
360
380
400
420
440
460
1/2 3/4 7/8 15/16
Grupo Genético
Primíparas Multíparas
37
grupos 7/8 e 1/2 (Tabela 9). No estudo realizado por Facó et al (2005), os grupos
genéticos 1/2 e 7/8 apresentaram resultados semelhantes, porém o grupo 1/2
teve desempenho superior. Já nos resultados obtidos por Freitas et al (2004), o
melhor desempenho para esta característica foi obtido pelo grupo genético 7/8. De
acordo com GROSSI & FREITAS (2002), essa característica é bastante
influenciada pelo que o produtor oferece ao seu rebanho e depende,
principalmente, da alimentação e manejo oferecido aos seus animais nos
primeiros meses de vida. De acordo com dados revisados da literatura, em função
de haver grande variação dos resultados obtidos na IPP nos diversos grupos
genéticos, fica evidenciado a grande influencia dos fatores externos nesta
característica.
Tabela 9 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo grupo genético em vacas primíparas, para a
característica de idade ao primeiro parto (IPP), em meses.
Grupo*
Genético
IDADE AO PRIMEIRO PARTO (meses)
n X ± EP
15/16 30 37,44 ± 1,04b
7/8 73 35,89 ± 0,81ab
3/4 60 34,68
± 0,76a
1/2 12 35,65
± 1,49ab
Total 175
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
* Expressos como proporção esperada de genes da raça Holandesa.
38
4.2. OUTRAS FONTES DE VARIAÇÃO
4.2.1. Estação do parto
Nas matrizes primíparas não houve diferença significativa segundo
estação de parto para todas as características estudadas (Tabela 10, 11 e 12).
Nas multíparas, com exceção das características DL, IP, PIP e PIP305, todas as
outras (PL, PD, PL305 e PD305) tiveram diferenças significativas em função do
efeito da estação de parto (1-Jan/Jun e 2 – Jul/Dez). Este resultado pode ser
explicado, pelas condições mais favoráveis do período seco do ano, apresentando
maior conforto aos animais devido a menor umidade, menor incidência de
ectoparasitas, e principalmente a mudança, em parte das lactantes, do regime
alimentar, saindo do pastejo para serem confinadas, recebendo cana-de-açúcar +
uréia no cocho. No que se refere à mudança do manejo alimentar do pasto para a
cana-de-açúcar, apesar de haver uma diminuição aparente da qualidade do
volumoso, paralelamente ocorre uma economia de energia metabólica pelos
animais em função dos mesmos não precisarem se locomover ao pasto
(CHINELATO, 1993) ao mesmo tempo em que o confinamento possibilita a
garantia da quantidade de volumoso fornecido, o que não acontece no pastejo
direto. Este resultado difere do encontrado por Guimarães et al.(2002), onde o
mesmo relata que não houve correlação da estação do parto com os índices
estudados. É provável que, esse pesquisador tenha estudado rebanho com
manejo mais adequado, principalmente no que diz respeito à nutrição, já que
segundo Nobre, (1983), essa influência parece estar estreitamente relacionada
com a variação das condições climáticas de um ano para outro, notadamente a
disponibilidade de alimentos e práticas de manejo em geral (GUIMARÃES et al.
2002).
Tabela 10
Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo estação de parto em vacas primíparas e
39
multíparas, para as características de produção de leite por lactação
(PL), em kg, produção por dia de lactação (PD), em kg, produção até os
305 dias de lactação (PL305), em kg, produção por dia em 305 dias de
lactação (PD305), em kg, e duração da lactação (DL), em dias.
Estação de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE TOTAL POR LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 89 3.063,61 ± 184,86a 171 3.317,81 ± 141,49b
2 72 3.153,68 ± 205,04a 173 3.654,45 ± 137,09a
Estação de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 89 9,39 ± 0,41a 171 11,59 ± 0,35b
2 72 9,96 ± 0,45a 173 12,65 ± 0,34a
Estação de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE ATÉ OS 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 89 2.839,78 ± 169,26a 171 3.182,82 ± 123,63b
2 72 2.955,34 ± 152,60a 173 3.512,00 ± 119,78a
Estação de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA EM 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 89 9,31 ± 0,55a 171 10,42 ± 0,40b
2 72 9,68 ± 0,55a 173 11,54 ± 0,39a
Estação de
Parto
DURAÇÃO DA LACTAÇÃO (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 89 315,01 ± 12,82a 171 288,76 ± 8,00a
2 72 303,93 ± 14,22a 173 288,86 ± 7,75a
Total 161 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
1 – Janeiro a Junho. 2 – Julho a Dezembro.
Tabela 11 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo estação de parto em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de produção de leite por dia de
40
intervalo de partos (PIP), em kg, produção de leite por intervalo de
partos em 305 dias de lactação (PIP305), em kg.
Estação de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE INTERVALO DE PARTOS (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1
75 7,79
± 0,34a
143 8,52 ± 0,32a
2
63 7,70
± 0,41a
131 9,05 ± 0,33a
Estação de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR INTERVALO DE PARTOS EM 305 DIAS
DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1
75 7,34
± 0,34a
143 8,26 ± 0,32a
2
63 7,36
± 0,40a
131 8,74 ± 0,33a
Total 138 274
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
1 – Janeiro a Junho. 2 – Julho a Dezembro
Tabela 12 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo estação de parto em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de intervalo de partos (IP), em dias.
Estação de
Parto
INTERVALO DE PARTOS (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 75 430,41 ± 12,80a 143 386,79 ± 8,21a
2 63 425,70 ± 15,06a 131 399,20 ± 8,43a
Total 138 274
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
1 – Janeiro a Junho. 2 – Julho a Dezembro.
41
Tabela 13
– Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ordem de lactação em vacas multíparas,
para as características de produção de leite por lactação (PL), em kg,
produção por dia de lactação (PD), em kg, produção até os 305 dias de
lactação (PL305), em kg, produção por dia em 305 dias de lactação
(PD305), em kg, e duração da lactação (DL), em dias.
Ordem de
Parição
PRODUÇÃO DE LEITE TOTAL
POR LACTAÇÃO (kg)
PRODUÇÃO DE LEITE POR
DIA DE LACTAÇÃO (kg)
n X ± EP X ± EP
2 113 2.911,69 ± 155,03b 11,80 ± 0,58b
3 75 3.627,85 ± 184,80a 12,32 ± 0,46ab
4 48 3.398,44
± 222,14a 12,09 ± 0,55ab
5 40 3.619,31
± 243,08a 12,70 ± 0,60ab
6 27 3.872,86
± 283,40a 13,52 ± 0,70a
7 41 3.486,63
± 232,84a 11,80 ± 0,58b
Ordem de
Parição
PRODUÇÃO DE LEITE ATÉ OS 305
DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRODUÇÃO LEITE POR DIA
EM 305 DIAS DE LACTAÇÃO
(kg)
n X ± EP X ± EP
2 113 2.790,64 ± 135,46b 9,14 ± 0,44b
3 75 3.414,61 ± 161,47a 11,27 ± 0,52a
4 48 3.291,19
± 194,09a 10,80 ± 0,63a
5 40 3.556,04
± 212,39a 11,65 ± 0,69a
6 27 3.724,09
± 247,62a 12,19 ± 0,81a
7 41 3.307,89
± 203,44a 10,81 ± 0,66a
Ordem de
Parição
DURAÇÃO DA LACTAÇÃO (dias)
n X ± EP
2 113 282,83 ± 8,76a
3 75 293,71 ± 10,45a
4 48 280,51
± 12,56a
5 40 286,87
± 13,75a
6 27 294,55
± 16,03a
7 41 294,38
± 13,17a
Total 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
42
Tabela 14 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ordem de parição em vacas multíparas, para a
característica de produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em
kg.
Ordem de
Parição
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA
DE INTERVALO DE PARTOS (kg)
PRODUÇÃO DE LEITE POR
INTERVALO DE PARTOS EM
305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
n X ± EP X ± EP
2 89
7,44
± 0,36b
7,22 ± 0,36b
3 60
9,00
± 0,43a
8,71 ± 0,43a
4 42
8,50
± 0,51ab 8,34 ± 0,50a
5 31
9,79
± 0,56a
9,60 ± 0,56a
6 22
9,27
± 0,66a
8,97 ± 0,65a
7 30
8,73
± 0,55a
8,15 ± 0,55ab
Total 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
Tabela 15 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ordem de lactação em multíparas, para a
característica de intervalo de partos (IP), em dias.
Ordem de
Parição
INTERVALO DE PARTOS (dias)
n X ± EP
2 89 399,02 ± 9,19a
3 60 401,32 ± 10,92a
4 42 386,62
± 12,81a
5 31 384,42
± 14,25a
6 22 404,00
± 16,52a
7 30 382,57
± 14,00a
Total 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
43
4.2.2. Ordem de parição
Não houve diferença significativa, segundo ordem de parto, para as
características de DL e IP (Tabela 13 e 15). As características de PL, PL305,
PD305, PD, PIP e PIP305 tiveram diferenças significativas em função da ordem de
parto, apresentando melhores resultados os grupos de animais acima de um
parto.
4.2.3. Ano do parto
O ano de parto influenciou significativamente todas as características
estudadas (Tabelas 16, 17 e 18), refletindo a provável variação de manejo do
rebanho ao longo do período estudado. Os anos de 2001 e 2005 foram os que,
aparentemente, apresentaram os melhores resultados nas características
produtivas e de intervalo de partos nos animais multíparos (Gráfico 4, 5 e 6), e que
nos últimos 5 anos do estudo, mostram, no conjunto, a possibilidade de ter havido
possível melhora de manejo na propriedade ao longo desse período. Os
resultados encontrados nas primíparas diferem, em parte, das multíparas, onde
aparentemente houve uma tendência de piores resultados nos últimos 5 anos para
as características produtivas, apresentando uma possível falha de manejo com os
animais no primeiro parto (Gráfico 4 e 5). Já para as características de intervalo de
partos e idade ao primeiro parto, houve uma tendência de melhores resultados
nas primíparas nos últimos anos de estudos (Gráfico 6 e 7).
44
Tabela 16 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para as características de produção de leite por lactação
(PL), em kg, e produção por dia de lactação (PD), em kg, produção
até os 305 dias de lactação (PL305), em kg, e produção por dia em
305 dias de lactação (PD305), em kg.
Ano de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE TOTAL POR LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997 6 2.506,52 ± 585,76abcd 10 2.510,64 ± 441,23d
1998 24 3.471,63 ± 343,10ac 14 3.217,28 ± 373,69bcd
1999 16 3.698,75
± 359,92a 33 3.095,55 ± 274,33cd
2000 19 3.598,43
± 359,62ab 35 3.761,09 ± 261,33ac
2001 17 3.439,13
± 392,17ac 37 4.323,61 ± 252,71a
2002 12 3.581,52
± 445,51ab 47 3.282,19 ± 219,20bcd
2003 19 2.418,49
± 362,89d 53 3.242,81 ± 202,47cd
2004 25 2.734,84
± 320,27bc 55 3.804,17 ± 198,42ab
2005 25 2.528,51
± 355,87cd 60 4.137,83 ± 199,69a
Ano de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997 6 7,67 ± 1,30a 10 12,52 ± 1,10ac
1998 24 9,77 ± 0,76a 14 10,42 ± 0,93c
1999 16 10,33
± 0,80a 33 11,28 ± 0,68c
2000 19 9,61
± 0,80a 35 12,16 ± 0,65bc
2001 17 10,88
± 0,87ab 37 13,55 ± 0,63ab
2002 12 10,90
± 0,99a 47 11,56 ± 0,54c
2003 19 8,79
± 0,80ac 53 11,21 ± 0,50c
2004 25 9,82
± 0,71a 55 12,32 ± 0,49bc
2005 25 9,29
± 0,79a 60 14,08 ± 0,49a
Total 163 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
Continuação da Tabela 16
45
Ano de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE ATÉ OS 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997 6 2.365,16 ± 483,54ac 10 2.495,43 ± 385,52c
1998 24 3.210,89 ± 283,23acd 14 3.123,41 ± 326,51bc
1999 16 3.229,94
± 297,11ac 33 3.048,35 ± 239,69bc
2000 19 3.080,07
± 296,86ac 35 3.401,97 ± 228,33b
2001 17 3.376,15
± 323,73a 37 4.138,27 ± 220,80a
2002 12 3.265,00
± 367,77ab 47 3.219,50 ± 191,52bc
2003 19 2.415,16
± 299,56ce 53 3.124,46 ± 176,90bc
2004 25 2.660,32
± 264,38ac 55 3.562,95 ± 173,37b
2005 25 2.475,33
± 293,77bc 60 4.012,35 ± 174,48a
Ano de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA EM 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997 6 7,75 ± 1,58abc 10 8,17 ± 1,26c
1998 24 10,52 ± 0,92ab 14 10,23 ± 1,07bc
1999 16 10,59
± 0,97abc 33 9,99 ± 0,78bc
2000 19 10,09
± 0,97abc 35 11,12 ± 0,74b
2001 17 11,06
± 1,06a 37 13,57 ± 0,72a
2002 12 10,70
± 1,20ab 47 10,54 ± 0,62bc
2003 19 7,91
± 0,98c 53 10,23 ± 0,58bc
2004 25 8,72
± 0,86abc 55 11,69 ± 0,56b
2005 25 8,11
± 0,96bc 60 13,25 ± 0,57a
Total 163 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
46
Gráfico 4. Produção de leite total por lactação (PL), em kg, no período
compreendido entre 1997 a 2005, em vacas primíparas e multíparas.
Gráfico 5. Produção de leite até os 305 dias de lactação (PL305), em kg, no
período compreendido entre 1997 a 2005, em vacas primíparas e
multíparas.
Produção de Leite (kg)
3.472
3.699
3.582
3.761
3.243
4.138
2.507
3.598
3.439
2.418
2.735
2.529
4.324
3.804
2.511
3.282
3.096
3.217
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Anos
Primíparas Mulparas
Produção de Leite aos 305 dias (kg)
3.211
3.230
3.402
4.138
3.124
3.563
4.012
2.415
2.660
2.475
3.080
2.365
3.265
3.376
2.495
3.123
3.220
3.048
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Anos
Primíparas Multíparas
47
Tabela 17 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de duração da lactação (DL), em
dias.
Ano de
Parto
DURAÇÃO DA LACTAÇÃO (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997 6 333,56 ± 40,64ab 10 223,94 ± 24,95g
1998 24 345,47 ± 23,81a 14 299,74 ± 21,13ac
1999 16 350,23
± 24,97a 33 277,79 ± 15,51cdeg
2000 19 340,45
± 24,95a 35 297,63 ± 14,78ad
2001 17 309,97
± 27,21ab 37 322,44 ± 14,29a
2002 12 317,44
± 30,91ab 47 280,93 ± 12,39bcdef
2003 19 251,31
± 25,18b 53 290,92 ± 11,45af
2004 25 269,78
± 22,22b 55 310,39 ± 11,22ab
2005 25 267,00
± 24,69b 60 295,50 ± 11,29ae
Total 163 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
48
Tabela 18 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para as características de produção de leite por intervalo
de parto (PIP), em kg e produção de leite por intervalo entre partos
em 305 dias de lactação (PIP305), em kg.
Ano de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE INTERVALO DE PARTOS (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997
6 5,51
± 1,05c
10 6,61 ± 0,91d
1998
24 8,20
± 0,62ab
13 7,81 ± 0,80bcd
1999
15 8,56
± 0,66a
25 8,70 ± 0,65bd
2000
15 8,29
± 0,70ab
32 9,07 ± 0,57abc
2001
15 8,04
± 0,74abc
35 10,43 ± 0,55a
2002
11 9,18
± 0,83a
43 8,79 ± 0,48bc
2003
16 7,43
± 0,69abc
48 8,31 ± 0,44cd
2004
21 8,14
± 0,62ab
47 9,26 ± 0,45ab
2005
15 6,37
± 0,78bc
21 10,10 ± 0,71ab
Ano de
Parto
PRODUÇÃO DE LEITE POR INTERVALO DE PARTOS EM 305 DIAS
DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997
6 5,26
± 1,03c 10
6,55 ± 0,91d
1998
24 7,71
± 0,60ab 13
7,61 ± 0,79cd
1999
15 7,70
± 0,65ab 25
8,54 ± 0,64abcd
2000
15 7,28
± 0,69abc 32
8,10 ± 0,56cd
2001
15 7,88
± 0,73abc 35
10,00 ± 0,54ab
2002
11 8,51
± 0,81a 43
8,62 ± 0,47ac
2003
16 7,40
± 0,68abc 48
8,11 ± 0,44cd
2004
21 8,02
± 0,60ab 47
8,96 ± 0,44abc
2005
15
6,41 ±
0,76bc
21
10,01 ± 0,70a
Total 138 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
49
Tabela 19 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo ano de parto em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de intervalo de partos (IP), em dias.
Ano de
Parto
INTERVALO DE PARTOS (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1997 6 468,24 ± 38,55bc 10 375,45 ± 23,00ab
1998 24 435,28 ± 22,77bc 13 38,02 ± 20,10ab
1999 15 453,63
± 24,39bc 25 372,22 ± 16,38a
2000 15 493,12
± 25,92c 32 436,78 ± 14,35c
2001 15 447,66
± 27,41bc 35 422,97 ± 13,78bc
2002 11 438,99
± 30,43bc 43 377,47 ± 12,06a
2003 16 377,61
± 25,61ba 48 395,01 ± 11,21ab
2004 21 380,35
± 22,77ba 47 396,64 ± 11,36ab
2005 15 357,60
± 28,55a 21 372,38 ± 17,77a
Total 138 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
50
Gráfico 6. Intervalo de partos (IP), em dias, no período compreendido entre 1997
a 2005, em vacas primíparas e multíparas.
Gráfico 7. Idade ao primeiro parto (IPP), em meses, no período compreendido
entre 1986 a 2003, em vacas primíparas.
Intervalo de Parto (dias)
468
435
454
493
448
439
358
388
437
395
397
378
380
375
372
423
372
377
0
100
200
300
400
500
600
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Anos
Primíparas Multíparas
Idade ao Primeiro Parto (meses)
49,3
40,9
32,1
32,4
40,1
34,4
33,0
30,6
33,9
29,7
33,0
39,8
33,0
47,2
27,5
37,6
0
10
20
30
40
50
60
1986 1987 1988 1989 1990 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Anos
Idade
51
4.2.4. Origem de pai
Nas matrizes primíparas não houve diferença significativa segundo
origem de pai para todas as características estudadas (Tabelas 20, 21, 22 e 23).
Para as multíparas, todas as características, com exceção de DL, apresentaram
diferenças significativas em função da origem de pai (Tabelas 20, 21 e 22), sendo
que matrizes filhas de sêmens importados da raça holandesa apresentaram
resultados superiores às filhas de touros puros de origem da raça holandesa
utilizados na fazenda através de monta natural, evidenciando o ganho genético
com a utilização de sêmens importados através do uso da inseminação artificial.
Mesmo não tendo diferença significativa, a DL dos animais filhos de semens
importados apresentaram valores aparentes mais próximos do ideal, 293 dias,
enquanto dos filhos de touros utilizado em monta natural tiveram a média de 284
dias (Tabela 20).
52
Tabela 20
– Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai em vacas primíparas e
multíparas, para as características de produção de leite por lactação
(PL), em kg, produção por dia de lactação (PD), em kg, produção até os
305 dias de lactação (PL305), em kg, produção por dia em 305 dias de
lactação (PD305), em kg, e duração da lactação (DL), em dias.
Origem de
Pai
PRODUÇÃO DE LEITE TOTAL POR LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 69 3.170,51 ± 204,17a 160 3.278,41 ± 144,73b
2 94 3.046,78 ± 190,20a 184 3.693,85 ± 141,83a
Origem de
Pai
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 69 9,69 ± 0,45a 160 11,58 ± 0,36b
2 94 9,66 ± 0,42a 184 12,66 ± 0,35a
Origem de
Pai
PRODUÇÃO DE LEITE ATÉ OS 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 69 2.920,87 ± 168,54a 160 3.113,93 ± 126,45b
2 94 2.874,24 ± 157,00a 184 3.580,89 ± 123,93a
Origem de
Pai
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA EM 305 DIAS DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 69 9,57 ± 0,55a 160 10,25 ± 0,41b
2 94 9,42 ± 0,51a 184 11,71 ± 0,40a
Origem de
Pai
DURAÇÃO DA LACTAÇÃO (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 69 320,97 ± 14,16a 160 284,56 ± 8,18a
2 94 297,97 ± 13,19a 184 293,06 ± 8,02a
Total 163 344
Letras diferentes significam diferença significativa (P<0,05) entre as médias.
1 – Reprodutor na fazenda (monta natural). 2 – Sêmen importado (inseminação artificial).
53
Tabela 21 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai, estação de parto e ano de
parto em vacas primíparas e multíparas, para a característica de
produção de leite por dia de intervalo de partos (PIP), em kg e
produção de leite por intervalo de partos em 305 dias de lactação
(PIP305), em kg.
Origem de
Pai
PRODUÇÃO DE LEITE POR DIA DE INTERVALO DE PARTOS (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1
61 7,61
± 0,39a
126 8,24 ± 0,34b
2
77 7,88
± 0,37a
148 9,34 ± 0,33a
Origem de
Pai
PRODUÇÃO DE LEITE POR INTERVALO DE PARTOS EM 305 DIAS
DE LACTAÇÃO (kg)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1
61 7,17
± 0,38a
126 7,91 ± 0,34b
2
77 7,54
± 0,37a
148 9,09 ± 0,33a
Total 138 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
Tabela 22 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai em vacas primíparas e
multíparas, para a característica de intervalo de partos (IP), em dias.
Origem de
Pai
INTERVALO DE PARTOS (dias)
PRIMÍPARAS MULTÍPARAS
n X ± EP n X ± EP
1 61 432,50 ± 0,39a 126 395,03 ± 8,67a
2 77 423,61 ± 0,37a 148 390,96 ± 8,37a
Total 138 274
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
54
Tabela 23 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo origem de pai em vacas primíparas, para
a característica de idade ao primeiro parto (IPP), em meses.
Origem de
Pai
IDADE AO PRIMEIRO PARTO
(meses)
n X ± EP
1 80 35,78 ± 0,67a
2 95 36,05 ± 0,74a
Total 175
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
4.2.5. Ano e mês de nascimento
De acordo com os dados das tabelas 24 e 25, apenas para efeito de
ano de nascimento houve diferença significativa para a característica de idade ao
primeiro parto (IPP). Observando os dados foi possível constatar que até o ano de
1999 às IPP apresentaram resultados bastantes oscilantes, para mais ou para
menos, mas a partir do ano 2000 a diminuição da IPP em função dos anos de
nascimentos, foi perceptível, evidenciando, provavelmente, um melhor manejo
dispensado aos animais jovens neste período. Segundo GROSSI & FREITAS
(2001), essa característica é bastante influenciada pelo manejo que o produtor
oferece ao seu rebanho e depende principalmente, da alimentação e manejo
oferecidos aos animais nos primeiros meses de vida, possibilitando um
crescimento satisfatório nas diversas etapas do seu crescimento. Os mesmos
autores lembram que outros fatores, como verificação correta do cio e habilidade
do inseminador, também comprometem o resultado. Ë importante salientar que as
freqüências observadas foram pequenas para alguns anos, aumentando
significativamente os erros padrão, diminuindo o intervalo de confiança dos
resultados.
55
Tabela 24 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o mês do nascimento em vacas
primíparas, para a característica de idade ao primeiro parto (IPP), em
meses.
Mês de
Nascimento
IDADE AO PRIMEIRO PARTO
(meses)
n X ± EP
1 15 34,39 ± 1,20a
2 12 36,12 ± 1,33a
3 17 35,92
± 1,15a
4 10 36,19
± 1,42a
5 11 35,80
± 1,42a
6 22 36,42
± 1,06a
7 21 35,97
± 1,06a
8 15 36,39
± 1,22a
9 17 35,61
± 1,10a
10 13 35,15
± 1,19a
11 9 36,18
± 1,46a
12 13 36,84
± 1,26a
TOTAL 175
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
56
Tabela 25 – Médias por quadrados mínimos (X), erros-padrão (EP) e número de
observações (n), segundo o ano de nascimento em vacas
primíparas, para a característica de idade ao primeiro parto (IPP), em
meses.
Ano de
Nascimento
IDADE AO PRIMEIRO PARTO
(meses)
n X ± EP
1986 4 49,28 ± 2,08e
1987 2 40,93 ± 3,19de
1988 1 47,23
± 4,10e
1989 1 32,13
± 4,14abcd
1990 2 32,35
± 2,87abcd
1993 1 40,13
± 4,14cde
1994 5 34,44
± 1,89abcd
1995 13 33,04
± 1,26abcd
1996 24 30,59
± 0,86abc
1997 21 33,94
± 0,97abcd
1998 13 29,74
± 1,27ab
1999 21 32,98
± 1,01abcd
2000 24 39,77
± 0,99bcde
2001 18 37,56
± 1,03abcd
2002 21 33,04
± 1,04abcd
2003 4 27,49
± 2,08a
Total 175
Médias com letras iguais não diferem significativamente (P<0,05)
57
5. CONCLUSÕES
1 - Para as primíparas, não houve diferença significativa entre os
grupos genéticos para todas as características estudadas, com exceção da idade
ao primeiro parto.
2 - De acordo com os resultados obtidos neste estudo, não se pode
afirmar qual o grupo genético que obteve melhor desempenho, principalmente
pelo fato de haver uma inter-relação entre os índices avaliados, os quais
demonstraram alternância de melhores resultados nas diversas características
para os grupos genéticos, necessitando de um maior número de pesquisas sobre
o assunto, incluindo também a avaliação econômica da atividade.
3 - O efeito de ano de parto influenciou significativamente todas as
características de produção e reprodução, tanto para primíparas quanto para
multíparas, evidenciando a influência direta das alterações de manejo ao longo do
período estudado, o que demonstra a grande importância do manejo adequado e
o equilíbrio dos fatores que compõem o sistema de produção: animal (qualidade
genética), manejo (sanitário, nutricional e reprodutivo), instalações (conforto) e
gestão da atividade, sendo estes mais determinantes do que propriamente a
definição do grupo genético a ser utilizado.
4 - Para continuar a utilizar o cruzamento absorvente ou contínuo e
obter melhor eficiência produtiva e reprodutiva, a propriedade deverá aprimorar o
manejo do rebanho, devendo este ser compatível com o nível de exigência dos
animais, para que assim possam expressar todo o potencial genético.
58
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1997. p. 13-15.
64
7. ANEXOS
Anexo 1 – Sistema informatizado de monitoramento do rebanho
Anexo 2 – Sala de ordenha tipo espinha de peixe (2X4)
65
Anexo 3 – Tanque de resfriamento de leite
Anexo 4 – Matrizes leiteiras da fazenda Forquilha
66
Anexo 5 – Sistema de criação de bezerras em fase de aleitamento
Anexo 6 – Lote de garrotas se alimentando em pastejo rotacionado
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Anexo 7 – Lote de vacas em lactação em sistema de pastejo rotacionado
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