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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
BIOMETRIA TESTÍCULO-EPIDIDIMÁRIA E RESERVA ESPERMÁTICA DE
OVINOS DESLANADOS SEM PADRÃO RACIAL DEFINIDO.
ALEXANDRE WEICK UCHÔA MONTEIRO
FORTALEZA-CE
2007
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ii
ALEXANDRE WEICK UCHÔA MONTEIRO
BIOMETRIA TESTÍCULO-EPIDIDIMÁRIA E RESERVA ESPERMÁTICA DE OVINOS
DESLANADOS SEM PADRÃO RACIAL DEFINIDO.
Dissertação apresentada à coordenação do
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia,
Universidade Federal do Ceará, como pré-
requisito para a obtenção do título de mestre em
Zootecnia Área de Concentração: Manejo
Reprodutivo.
Orientadora: Prof
a
Dra. Ana Cláudia Nascimento
Campos
FORTALEZA – CE
Março de 2007
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iii
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Ana Cristina Azevedo U. Melo CRB-3/572
M774b Monteiro, Alexandre Weick Uchôa
Biometria testículo-epididimária e reserva espermática de ovinos deslanados
sem padrão racial definido / Alexandre Weick Uchoa Monteiro.
58 f., il. , enc.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007.
Área de Concentração : Manejo Reprodutivo
Orientadora: Profa. Dra. Ana Cláudia Nascimento Campos
1. Biometria 2. Reserva epididimária 3. Ovino I. Campos, Ana Cláudia
Nascimento (orient.) II.Universidade Federal do Ceará – Pós-Graduação em
Zootecnia III. Título
CDD 636.08
iv
Esta dissertação foi submetida como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau
de Mestre em Zootecnia, outorgado pela Universidade Federal do Ceará, e encontra-se à
disposição dos interessados na Biblioteca Central da referida Universidade.
A citação de qualquer trecho da dissertação é permitida, desde que seja de conformidade
com as normas da ética científica.
Dissertação aprovada em 20 de Março de 2007.
BANCA EXAMINADORA
Profª Dra. Ana Claudia Nascimento Campos
ORIENTADORA
Prof. Dr. Airton Alencar Araújo
CO - ORIENTADOR
Prof. Dr. Gabrimar Araújo Martins
CONSELHEIRO (UVA)
Prof. Dr. José Ferreira Nunes
CONSELHEIRO (UECE)
v
DEDICO esta dissertação com muito carinho e amor à minha FAMILIA,
Ana Claudia, João, Maria Luiza e Meryandre que sempre acreditaram,
investiram e confiaram. Batalhando sempre. Sei que não foi fácil, mais
isso serviu de incentivo todo dia, cada minuto e segundo e graças,
consegui vencer obstáculos e chegar aonde cheguei. Esta vitória é mais de
vocês que minha!
vi
AGRADECIMENTOS
A DEUS, Mestre deste maravilhoso sincronismo sempre tão perfeito.
A minha Família (Ana Claudia, João, Maria Luiza e Meryandre) querida e tão amada, motivo deste
passo.
A meus pais Hermes e Annais por me escolherem como filho e a meus irmãos Leo, Bruno e Rafaela
pelo carinho e apoio de sempre.
A meus sogros Sr. Rogério e Sra. Francisca e cunhados, por acolherem com dedicação João e Malu,
mesmo com a minha distância, sempre dormia tranqüilo por saber que meus “meninos” estavam com
as pessoas certas.
A todos de minha família (avô, avós, tios, primos e amigos também) que diretamente ou
indiretamente ajudaram e ajudam nesta longa caminhada.
A minha Orientadora Dra Ana Claudia Nascimento Campos por acreditar sempre na minha pessoa e
me ajudar (orientar) num passo tão importante na minha vida profissional o meu sincero obrigado.
A meu Co-Orientador Dr. Airton Alencar Araújo, pelos ensinamentos e conselhos que levarei para o
resto de minha vida, além do convívio diário que pra mim foi tão salutar como fosse sempre uma
aula.
A todos que fazem parte do L.E.R.A. pelo convívio e experiências trocadas durante o mestrado
inteiro.
A Doutoranda Gyselle Aguiar Vianna pela amizade sincera e o respeito conquistado a cada dia.
A Doutoranda Professora Fátima Revia pela alegria, amizade e apoio sempre solícito a mim e minha
esposa.
A Doutoranda Rossana Herculano Clementino, Mestranda Tatiana Gouveia Pinto Costa e ao
Professor Magno José Duarte ndido por disponibilizarem animais para este trabalho o meu muito
obrigado.
A todos os colegas do Mestrado e Doutorado em Zootecnia da Universidade Federal do Ceará.
A todos os Professores do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da Universidade Federal do
Ceará pelos ensinamentos aprendidos, pelas duvidas tiradas e pela vivência o meu obrigado.
Ao Professor Dr Gabrimar Martins Araújo pela paciência e presteza na análise dos dados.
Aos funcionários do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará.
A CAPES por disponibilizar o apoio necessário, por meio da bolsa.
vii
Ainda que falasse a língua dos
homens e dos anjos sem amor eu
nada seria...
I Corintios 13:1
viii
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS ....................................................................................
x
LISTAS DE TABELAS...............................................................................................
xii
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................
xiii
RESUMO ....................................................................................................................
xiv
ABSTRACT ................................................................................................................
xvi
1) INTRODUÇÃO ......................................................................................................
01
2) REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................
03
2.1) Anatomia do genital masculino de pequenos ruminantes.....................................
03
2.2) Escroto ..................................................................................................................
03
2.3) Testículo ..............................................................................................................
03
2.3.1) Espermatogênese............................................................................
04
2.3.2) Biometria Testicular......................................................................
05
2.4) Epidídimo ............................................................................................................
06
2.4.1) Reserva Espermática Epididimária ...............................................
08
2.4.2) Trânsito Epididimário ...................................................................
08
2.4.3) Métodos para Obtenção de Espermatozóides Epididimários .......
09
2.5) Glândulas Anexas .................................................................................................
10
2.6) Pênis .....................................................................................................................
10
3) JUSTIFICATIVA ...................................................................................................
11
4) HIPÓTESE CIENTÍFICA ......................................................................................
12
5) OBJETIVOS ...........................................................................................................
13
5.1) Objetivo geral ......................................................................................................
13
5.2) Objetivos específicos ...........................................................................................
13
6) MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................
14
6.1) Local do Experimento e Animais Experimentais .................................................
14
6.2) Testículos .............................................................................................................
14
6.3) Epidídimos.............................................................................................................
14
6.4) Bolsa Escrotal ......................................................................................................
15
6.5) Determinação da reserva epididimária..................................................................
15
ix
6.6) Análise Estatística ...............................................................................................
15
7) RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................
17
7.1) Peso e Idade ..........................................................................................................
17
7.2) Circunferência Escrotal ........................................................................................
17
7.3) Biometria Testicular-epididimária........................................................................
18
7.3.1) Peso Testicular......................................................................................
19
7.3.2) Comprimento, Largura e Espessura Testicular.....................................
20
7.3.3) Peso Epididimário.................................................................................
21
7.3.4) Biometria da cauda do epidídimo .........................................................
21
7.3.5) Espessura da dobra da bolsa escrotal ...................................................
22
7.4) Reserva espermática da cauda do epididimo ........................................................
22
7.5) Correlações ...........................................................................................................
23
8) CONCLUSÃO..........................................................................................................
28
9) PESPECTIVAS........................................................................................................
29
10) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................................
30
x
LISTA DE ABREVIATURAS
% – Porcentagem;
– Marca Registrada;
µL – Microlitros;
` – Minutos;
° – Graus;
CCAE – Comprimento da cauda dos Epidídimos;
CE – Circunferência Escrotal;
cm – Centímetros;
CONC – Concentração Espermática da Cauda do Epidídimo;
Corr – Correlation;
CT– Comprimento dos Testículos;
CV – Coeficiente de Variação;
D – Direito;
E – Esquerdo;
ECAE– Espessura da cauda dos Epidídimos;
EE – Espessura da Dobra da Bolsa Escrotal;
ET – Espessura dos Testículos;
FDN– Fibra Detergente Neutra;
FSH – Hormônio Folículo Estimulante;
G – Gauges;
g – Gramas;
ID – Idade;
LCAE – Largura da Cauda dos Epidídimos;
LERA – Laboratório de Estudos em Reprodução Animal;
LH – Hormônio Luteinizante;
LT – Largura dos Testículos;
m – metro;
mL – Mililitros;
ºC – Graus Celsius;
xi
p – Probabilidade;
PCAE – Peso da Cauda dos Epidídimos;
PCE – Peso da Cabeça dos Epidídimos;
PCOE – Peso do Corpo dos Epidídimos;
PT – Peso dos Testículos;
PTE – Peso Total dos Epidídimos;
r – Coeficiente de Correlação de Pearson;
SEM – Erro Padrão;
SPRD – Sem Padrão Racial Definido;
VC – Volume Coletado da Cauda do Epidídimo;
xii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Média ± erro padrão e Coeficiente de Variação da biometria testículo-
epididimária de ovinos deslanados sem padrão racial definido......................................
19
TABELA 2 Média ± erro padrão da reserva da cauda do epidídimo de ovinos
deslanados sem padrão racial definido............................................................................
21
TABELA 3 Correlações entre Idade, Peso, Medidas da reserva espermática da
cauda do epidídimo e biometria testicular e epididimária de ovinos deslanados sem
padrão racial definido......................................................................................................
25
xiii
LISTA FIGURAS
FIGURA 1 – Biometria Testículo Epididimária............................................................ 19
FIGURA 2 – Peso Testicular e Epididimário.................................................................
21
xiv
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo correlacionar parâmetros reprodutivos de fácil
mensuração, que sejam representativos da capacidade reprodutiva de um macho ovino como
reserva epididimária. Foram mensurados 38 genitais masculinos de ovinos deslanados sem
padrão racial definido quanto os parâmetros biométricos do testículo e epidídimo comprimento, a
largura, a espessura e do peso, bem como concentração espermática da cauda do epidídimo e
volume do fluido contido da cauda. Antes do abate cada animal doador do genital teve
mensurado a circunferência escrotal (CE), peso e idade pela cronologia dentária. No tocante a
reserva epididimária esta foi determinada pela concentração espermática do conteúdo
epididimário. Todos os resultados foram expressos em media e erro padrão, bem como também o
Coeficiente de Variação (CV). As correlações foram calculadas pelo método de Pearson
utilizando o procedimento “Proc Corr” do SAS (1999). Destes genitais não foi observada
diferença (p > 0,05) entre os valores dos lados direito e esquerdo da biometria testicular. As
médias e erros padrão obtidas para PE, PT, CT, LT, ET, PTE, PCE, PCOE, PCAE, CCAE,
LCAE, ECAE foram: 27,82 ± 1,77cm; 123,97 ± 26,58g; 7,83 ± 0,79cm; 5,74 ± 0,48cm; 4,57 ±
0,54cm; 18,63 ± 3,96g; 6,95 ± 1,48g; 3,45 ± 0,87g; 8,36 ± 2,13g; 3,03 ± 0,44cm; 2,22 ± 0,22cm e
1,65 ± 0,23cm respectivamente. No tocante a reserva espermática da cauda do epidídimo, a
concentração encontrada foi de 2,47 ± 1,00 bilhões de sptz por mL. Das medidas biométricas em
estudos a que melhor se comportou nas correlações foi o peso vivo, dos testículos e dos
epidídimos mostrando sempre correlações moderadas e significativas. O peso vivo teve
correlação média e significativa (p<0,0001) com as medidas biométricas da cauda do epidídimo
CCAE, LCAE e ECAE (r=0,59; r=0,60 e r= 0,59) respectivamente. A LT, comportou-se neste
estudo com bom indicador do desenvolvimento testicular e epididimária, podendo ser
extrapolado para função reprodutiva sendo esta fortemente correlacionada com o PT (r=0,88), CE
(r=0,57), PTE (r=0,60). Neste estudo a CE mostrou correlações moderadas variando r = 0,38 a
0,69 o com as medidas testiculares e epididimárias e as medidas que melhor se correlacionaram
foram o PT com r=0,69, CT e LT com r=0,57 respectivamente.
A mensuração CCAE foi a que apresentou melhor relação com a grande maioria dos
parâmetros estudados, principalmente as características testiculares (r= 0,54 a 0,58) e
epididimárias (r= 0,48 a 0,73), bem como apresentou correlação positiva e média (r=0,50) com o
xv
volume coletado da cauda do epidídimo, mostrando que esta mensuração estar muito ligada ao
desenvolvimento epididimário que por conseguinte se relacionam com o desenvolvimento
testicular. A CONC e VC mostraram baixas e moderadas correlações embora positivas com as
medidas testiculares e epididimárias. A característica que menos se correlacionou com todas as
outras mensurações inclusive expressando coeficientes negativos foi a espessura da dobra
escrotal. Contribuindo pouco quanto ao desenvolvimento testículo epididimário e com as
características da reserva espermática da cauda do epidídimo. Podemos utilizar a LT e CCAE no
auxílio das mensurações biometrias (Peso Vivo, PE ....) para seleção precoce de machos ovinos
por sua facilidade de obtenção nos animais vivos.
Palavras chaves: biometria, reserva epididimária, ovino.
xvi
ABSTRACT
The aim of this study is to correlate reproductive parameters of easy measurement to represent
the reproductive capacity of a male sheep The biometric parameters of the testis and epididymis
(length, midth, thickness and weight) of 38 SPRD ram were measured as well as the sperm
concentration of the epididymis tail (CECE) and epididymis fluid volume (VFE) contained in the tail.
The scrotal circunference (SC) and weight of each animal was measured before slaughter. The age
was determined by dental chronology. The spermatozoids epididymis concentration was determined
in a Neubauer chamber. All results were expressed by mean and standard deviations. The correlations
were calculated by the Person method using the procedure “Proc Corr” of SAS (1999). No significant
difference was observed (p>0,05) between the measured parameters of right and left sides of the testis
and epididymis biometry. The means and standard deviations obtained for CE, PT, LT, ET, PTE,
PCE, PCOE, PCAE, CCAE, LCAE, ECAE were:27,82 + 1,77 cm; 123,97 + 26,58 g; 7,83 + 0,79 cm;
5,74 + 0,48 cm; 4,57 + 0,54 cm; 18,63 + 3,96 g; 6,95 + 1,48 g; 3,45 + 0,87 g; 8,36 + 2,13 g; 3,03 +
0,44 cm;2,22 + 0,2 cm and 1,65 + 0,23 cm, respectively. The sperm concentration of the sperm
reserve in the epididymis tail was 2,47 + 1,00 sptz billion for mL. The weight parameters (alive, of
the testis and epididymis) showed moderate and significant correlations. The alive weight had
medium and significant correlation (p> 0,0001) with biometrics measures of the epididymis tail:
CCAE, LCAE and ECAE ( r=0,59; r=0,60 and r=0,59 respectively). LT behaved as good indicator of
testis and epididymis development, and could be extrapolated with PT (r=0,88), CE (r=0,57), PTE
(r=0,60). CE presented moderate correlations (r=0,38 to 0,69) varying with testis and epididymis
measures, and the better correlated measures were PT with r=0,69, CT and LT with r=0,57,
respectively.
The CCAE parameter presented a better relationship with the majority measurements, mainly
the testis (r=0,54 to 0,58) and epididymis characteristics (r=0,48 to 0,73); CCAE parameter also
presented positive and moderate correlation (r=0,50) with the epididymis tail volume collected.
CECE and VFE presented low and medium correlations, although positive, with the testis and
epididymis measures. The characteristic less correlated with all the others measurements, besides the
ones expressing negative coefficients, was the thickness of the scrotal fold. The LT and CCAE
parameters can be included in the biometry measurements (Live Weight, PE…) of the male
reproductive tract to help the precocious selection of male sheep.
Key words: biometric, epididymis reserves, sheep
1
1. INTRODUÇÃO
Os pequenos ruminantes domésticos em muito podem contribuir para o
desenvolvimento sócio econômico de uma região e mesmo de um país, desde que adequadamente
explorados. Porém, a exploração econômica desses animais prima pela organização da atividade,
à luz do agronegócio, pelo uso de tecnologia, pelo investimento na formação e qualificação de
mão de obra e pela avaliação da relação custo benefício das inovações tecnológicas, dentre outros
aspectos. Ressalta-se que a organização da atividade, em consonância com estes princípios e o
uso de tecnologias na ovinocultura de regiões em desenvolvimento é, muitas vezes, penalizada
pela limitada capacidade de investimento do produtor e pelo baixo nível de instrução e aceitação.
Refletindo numa baixa produtividade, pela indefinição quanto aos objetivos, metas e estratégias
desta atividade, que sejam compatíveis com sua exploração (SIMPLICIO et al., 2001). Dentro
desta perspectiva, ampla necessidade de monitorar a reprodução destes animais para permitir
aumento da eficiência reprodutiva e/ou produtiva dos rebanhos, ferramenta importante para o
melhoramento genético na multiplicação mais eficientemente de genótipos superiores
(FONSECA, 2005). Ações ordenadas dos processos fisiológicos e comportamentais contribuem
positivamente para o êxito da reprodução otimizando o acasalamento e a fecundação (ELOY et
al., 2004).
Considerando que o macho é o principal responsável pelo melhoramento genético de
um rebanho, por este ser passível de maior pressão de seleção, a escolha de um reprodutor deve
sempre estar baseada na sua produção, considerando o teste de progênie, bem como, também a
realização de um minucioso e criterioso exame clínico-andrológico periódico, e não somente em
características raciais do animal ou nas preferências do criador (MARTINS, 2006). Desse modo,
as mensurações biométricas surgem como uma importante ferramenta prática no auxilio desta
seleção, onde a característica de maior interesse de estudo no âmbito científico é a circunferência
escrotal (CE), pois está incluído em programas de avaliações genéticas de varias raças de corte,
em diferentes espécies, sendo correlacionada ainda positivamente com inúmeros aspectos
reprodutivos de relevante importância tais como: qualidade e quantidade espermática,
desenvolvimento e precocidade sexual (YARNEY et al., 1990; SOUZA et al., 2001).
No tocante a reserva espermática epididimária, pouco se sabe se este parâmetro
reprodutivo apresenta alguma correlação com às medidas biométricas testículo-epididimárias,
2
que o epidídimo possui importante função na maturação e reserva dos gametas masculinos.
Correlações existentes entre as medidas testiculares e outras estruturas do trato reprodutivo
podem indicar a existência de associações importantes entre elas, que podem sugerir a ocorrência
um sincronismo no funcionamento destas estruturas para formação da reserva espermática do
macho, mais especificamente do macho ovino.
3
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1) Anatomia do genital masculino de pequenos ruminantes
A função de um macho na reprodução e de produzir espermatozóides e introduzi-los
na fêmea no momento mais adequado (NÚÑES, 1993). O aparelho reprodutivo é compreendido
pelo escroto, gônadas (testículos), epidídimos, ductos deferente, glândulas acessórias e genitália
externa (SISSON, 1986; EVANS e MAXWELL, 1990).
2.2) Escroto
Nos pequenos ruminantes o escroto é um saco membranoso pendular ovóide e
comprimido no sentido cranio-caudal, estar suspenso na região inguinal e anterior a flexura
sigmóide (SISSON, 1986; EVANS e MAXWELL, 1990; NÚÑES, 1993). Em sua face externa
encontra-se uma pele fina e flexível (FRANDSON et al., 2005), recoberta de pêlos ou lã e
contendo muitas glândulas sudoríparas e sebáceas (EVANS e MAXWELL, 1990), onde as
glândulas sudoríparas permitem a diminuição da temperatura escrotal por meio da evaporação
(BLAZQUEZ et al., 1988). a face interna apresenta duas membranas: a túnica Dartos e a
túnica Vaginal, além do músculo Cremáster externo. Como funções o escroto não aloja e
protege os testículos, mas também possui um importante papel na regulação térmica testicular,
propiciando a produção espermática que normalmente ocorre 4-7 ºC abaixo da temperatura
corporal nos pequenos ruminantes (EVANS e MAXWELL, 1990; CHEMINEAU et al., 1991;
KASTELIC et al., 1995).
2.3) Testículos
Na espécie ovina as gônadas ou órgãos sexuais primários (testículos) são em pares e
estão situados nas regiões inguinal e púbica e alojados na posição vertical dentro do escroto
(NUÑES, 1993), sua descida para bolsa escrotal se dar a partir do terceiro mês de gestação da
mãe pela ação da testosterona (NUNES et al., 1997). Possuem contorno alongado e oval
(SISSON, 1986) pode ter um peso que varia de 80 a 300 g cada em carneiros adultos
(CHEMINEAU et al., 1991). Os ovinos possuem os maiores testículos por unidade de peso
4
corporal entre os animais domésticos (STANBENFELD e EDQVIST, 1996). BARIL et al.
(1993) citam ainda que o peso dos testículos pode variar de acordo com a espécie, raça, estado
nutricional e estação. Um achado anatômico interessante é a presença de uma veia calibrosa
caudo-medial em relação ao epidídimo presente nos testículos (SILVA et al., dados não
publicados). Skinner et al. (1968) afirmam que o crescimento dos testículos possui duas fases
distintas sendo a primeira que vai do nascimento até o início da espermatogênese se dando de
forma lenta e uma fase de crescimento rápido que começa no aparecimento da espermatogênese
até a maturidade sexual.
Os testículos exercem duas funções básicas: (i) produção dos gametas masculinos, os
espermatozóides (função exócrina) e (ii) produção de hormônios sexuais masculinos (função
endócrina) (EVANS e MAXWELL, 1990).
Do ponto de vista morfofuncional, o testículo dividi-se em dois compartimentos
distintos (MARTINS, 2006): os túbulos seminíferos (parênquima testicular) contendo o epitélio
germinativo que nos ovinos ocupam 77 a 86% do volume testicular (QUEIROZ e CARDOSO,
1989; WROBEL et al., 1995) e outro compartimento sendo composto por tecido conjuntivo ou
espaço intertubular onde se localizam as células de Leydig, que é o tipo celular mais freqüente no
espaço intersticial responsável pela produção de andrógenos (EVANS e MAXWELL, 1990).
2.3.1) Espermatogênese
A função exócrina do testículo é denominada espermatogênese, um processo
extremamente coordenado e precisamente cíclico no qual espermatogônias diplóides diferenciam-
se em espermatozóides haplóides maduros (FRANÇA et al., 1999), ou como um processo
cronológico prolongado na qual células-fonte (espermatogônias) dividem-se por mitose para sua
própria manutenção em número e que por sua vez sofrem meiose para a produção de células
haplóides (espermátides), as quais se diferenciam em espermatozóides (JOHNSON et al., 2000).
Todo este processo efetua-se nos testículos de modo permanente e contínuo a partir da puberdade
(ERICKSON, 1985; JOHNSON et al., 2000), tendo início com o amadurecimento do eixo
hipotâmico-hipofisário-gonádico que eleva os níveis hormonais de FSH e LH (THIBAULT e
LEVASSEUR, 1991). No início da puberdade, as células - fonte espermatogoniais começam a
diferenciar-se e a proliferar para formar várias gerações de espermatogônias, marcando o início
da espermatogênese (PARKS et al., 2003).
5
O processo de espermatogênese consiste de três fases distintas: (i) espermacitogênese
que é a diferenciação e proliferação de células fontes espermatogoniais e subseqüentemente de
espermatogônias geradoras de espermatócitos primários (pré-leptótenos); (ii) meiose que inclui a
primeira divisão redutora dos espermatócitos primários (4N) a espermatócitos secundários (2N) e
de espermatócitos secundários em espermátides (1N) e (iii) espermiogênese que é a diferenciação
da espermátide em espermatozóide onde esta sofre um achatamento nuclear, condensação da
cromatina e paralisação da transcrição, além do desenvolvimento do flagelo e formação do
acrossoma a partir do aparelho de Golgi (COURTENS, 1983; RUSSEL et al., 1990; PARKS et
al., 2003).
A eficiência da espermatogênese é estimada pelo número de espermatozóides
produzidos por grama de parênquima testicular e não é influenciada pela diferença no tamanho
testicular entre os animais (JOHNSON et al., 2000).
O ciclo espermatogênico (ciclo do epitélio seminífero) é uma série de mudanças em
uma dada área (região) do epitélio seminífero entre duas ondas do mesmo estágio (etapa) de
desenvolvimento (THIBAULT e LEVASSEUR, 1991), e a duração de cada ciclo
espermatogênico em ovinos é de 10,4 dias (COURTENS, 1983), a duração da espermatogênese
nessa espécie é de 49 dias (COUROT et al., 1970; ORTAVANT et al., 1977).
A degeneração das células germinativas ocorre ao longo da espermacitogênese, e pode
variar com o desenvolvimento puberal, idade e espécie (JOHNSON et al., 2000).
2.3.2) Biometria Testicular
A biometria é a parte da Biologia que estuda a mensuração de estruturas anatômicas.
As mensurações biométricas mais abordadas na literatura em ovinos são: o peso, comprimento,
largura, diâmetro, volume e principalmente a circunferência/perímetro escrotal (FIELDS et
al.,1979; CAREN e EGBUNIKE, 1980; NOTTER et al., 1981; BONGSON et al., 1982;
CARDOSO e QUEIROZ, 1988; VILAR FILHO et al., 1993; MARTINEZ et al., 1994; SOUZA,
2003a; MARTINS et al., 2004; MARTINS, 2006). Que podem ser afetadas por diversos fatores,
dentre eles: a idade e peso (FIELDS et al.,1979; BONGSON et al., 1982; FREITAS et al., 1991;
FORNI e ALBUQUERQUE, 2004), raça (VILAR FILHO et al., 1993), desenvolvimento
corporal (NOTTER et al., 1981; SANTANA et al., 2001), época do ano (FIELDS et al.,1979;
EVANS e MAXWELL, 1990; CHEMINEAU et al., 1991), tipo de nascimento, idade da mãe
6
(FORGATY et al., 1980), peso dos pais (SALHAB et al., 2001), termorregulação (KASTELIC
et al., 1996) e insulação (BARTH e BOWMAN, 1994; MOREIRA et al., 1999; RODRIGUES et
al., 2005).
A aptidão reprodutiva de um macho se avalia pela libido, análise do sêmen
(espermograma), como também pelo exame clínico geral e do aparelho reprodutor, pois pela
mensuração testicular é possível estimar a produção espermática, e desse modo determinar a
capacidade de reserva espermática, visando uma otimização da reprodução. Dentro deste
contexto, pesquisas dentro da área sugerem que não a circunferência escrotal (CE) seja um
indicador da produção espermática, mas também a capacidade de serviço e o desenvolvimento
corporal participam deste indicador (MARTINS, 2006). A CE no período de desencadeamento da
puberdade é um bom indicativo para o tamanho testicular e da função espermática pós-puberdade
um ano de idade). Outro aspecto a se considerar são as correlações existentes entre a
biometria testicular com a produção e qualidade do sêmen, fertilidade, níveis hormonais,
característica de produção como desenvolvimento e peso corporal (MARTINS FILHO, 1991).
O peso dos testículos e a medida da circunferência escrotal (CE) estão altamente
correlacionados com a reserva espermática, além da produção espermática diária (CARDOSO e
QUEIROZ, 1988). De acordo com Coulter e Foote (1979), o CE tem alta confiabilidade e
repetibilidade quando diferentes técnicos o mensuram. Ao trabalharem com ovinos da raça Santa
Inês, Salgueiro e Nunes (1999) encontraram em média 33,32 ± 3,22 cm; Souza e Costa (1992)
observaram em ovinos sem raça definida uma média de 24,4 cm, enquanto Freitas e Nunes
(1992) acharam uma CE de 29,42 cm. Ovinos da raça Morada Nova apresentam correlações altas
e positivas entre CE e peso corporal, sugerindo um aumento no desenvolvimento ponderal do
rebanho quando se seleciona animais desta raça aos 210 dias (LOBO, 1997). Souza et al. (2001)
trabalhando com a raça Santa Inês observaram que idade à puberdade, motilidade e concentração
espermática estão correlacionados com a CE, podendo ser utilizado como indicador da qualidade
seminal.
2.4) Epidídimo
Os epidídimos são compostos de um único túbulo enovelado cada originados dos ductos
de Wolff (THIBAULT e LEVASSEUR, 1991), que se inicia nos cones eferentes da rete testis
(BARIL et al., 1993) possuindo uma matriz densa e fibrosa, o lúmen revestido por uma camada
7
basal de células pequenas e uma camada superficial de epitélio colunar ciliado (HAFEZ, 2004).
Nos ovinos o tamanho deste túbulo pode chegar a 60 metros (EVANS e MAXWELL, 1990;
THIBAULT e LEVASSEUR, 1991), o peso de cada epidídimo pode variar de 20 a 30g
(THIBAULT e LEVASSEUR, 1991). O epidídimo possui três partes anatômicas contínuas
distintas: cabeça (Caput epididymidis), de formato plano, estar unida na parte superior (pólo
dorsal) do testículo. Em seguida o corpo (Corpus epididymidis) que se liga a cabeça sendo a parte
mais estreita do epidídimo, por fim no pólo oposto (ventral) encontra-se a cauda (Cauda
epididymidis) de forma circular nos ovinos que desemboca no canal deferente, seu contorno é
facilmente visualizado no animal vivo e conseqüentemente podendo seu palpado também. Os
dois primeiros segmentos (cabeça e corpo) estão relacionados com a maturação espermática,
enquanto o segmento terminal (cauda) destina-se também ao armazenamento (HAFEZ, 2004).
Evans e Maxwell (1990) e Hafez (2004) destacam como as principais funções do
epidídimo em relação aos espermatozóides: (i) Transporte, com a condução dos espermatozóides
recém formados no testículo para a cauda do epidídimo devido às contrações do ducto
epididimário e epitélio ciliado dos ductos eferentes. (ii) Maturação, onde os espermatozóides
recém liberados dos túbulos seminíferos ainda não são férteis nem maduros ocorrendo, portanto,
a maturação durante a passagem (transporte) dos espermatozóides no epidídimo, sua motilidade
vai aumentando à medida que estes entram no corpo do epidídimo, a capacidade de fertilização
aumenta quando os espermatozóides entram em contato com ambiente da cauda do epidídimo e
somente termina com o contato dos espermatozóides no trato genital da fêmea. Durante o
processo de maturação a célula espermática sofre reações bioquímicas e morfológicas
(CHENOWETH, 1997), além de troca e reabsorção de fluidos (SALISBURY et al., 1978)
favorecendo a maturação e capacitação. (iii) Armazenamento, onde na cauda do epidídimo pode
conter cerca de 75% dos espermatozóides epididimários, a habilidade de armazenamento depende
tanto da termorregulação e como da ação do hormônio sexual masculino (HAFEZ, 2004).
Conforme exposto anteriormente, o epidídimo é essencial para a reprodução normal
dos mamíferos, pois os espermatozóides que deixam os testículos são incapazes de fertilizar o
oócito, adquirindo esta potencialidade durante o trânsito epididimário (AMANN et al., 1993;
MÜLLER et al., 1997; JAISWAL e MAJUMDER, 1998). O epidídimo além de ser responsável
pelo transporte, maturação e armazenamento dos espermatozóides possui também funções
absortiva e secretora (WHITE, 1973).
8
2.4.1) Reserva Espermática Epididimária
A reserva espermática, consiste em todos espermatozóides contidos no epidídimo,
segundo Salisbury et al. (1978) somente um epidídimo de um touro pode armazenar 4 mL de
fluido rico de espermatozóides com a concentração de 3,55 bilhões espermatozóides por mL.
em carneiros Pelibuey de Cuba, a reserva foi estimada entorno de 28 bilhões de espermatozóides
por órgão (MARTÍNEZ et al., 1994) podendo chegar até 40 bilhões
espermatozóides por mL em
ovinos lanados (EVANS e MAXWELL, 1990). A cauda do epidídimo é o local de maior
capacidade de armazenamento dos espermatozóides. Em caprinos Jindal e Panda (1980)
determinaram uma concentração de 6,18 bilhões perfazendo do 70,8% do total da reserva
epididimária. Nos ovinos a capacidade de reserva da cauda em animais jovens desenvolve mais
lentamente que a taxa de produção espermática (ABDOU et al.,1978). Ainda nesta espécie a
quantidade de espermatozóides presentes na cabeça, corpo e cauda estão correlacionadas
positivamente com os pesos individuais das respectivas estruturas (ABDOU et al.,1978).
2.4.2) Trânsito Epididimário
Após o término da espermatogênese, os espermatozóides testiculares são liberados das
células de Sertoli e em seguida lançados no líquido do túbulo seminífero, onde por meio da
contração das células mióides dos túbulos seminíferos são transportados para a Rete testis e daí
para o epidídimo (THIBAULT e LEVASSEUR, 1991). A passagem dos espermatozóides através
dos epidídimos depende de contrações localizadas na parede do ducto com uma freqüência de
cerca de três por minuto. Os espermatozóides são transportados através dos epidídimos em cerca
de 16 dias no carneiro. O tempo de trânsito pode ser reduzido de 10 a 20% pelo aumento da
freqüência de ejaculação (AMANN, 1981).
Os espermatozóides provenientes dos testículos são imóveis e estas células adquirem
motilidade potencial durante o trânsito epididimário (JAISWAL e MAJUMDER, 1998). Um
espermatozóide é considerado maduro quando ao ser depositado nas vias genitais for capaz de
fecundar um oócito, que por sua vez desenvolver-se-á até o nascimento de um indivíduo viável.
Maturação é o termo que pode ser descrito como o processo fisiológico pelo qual os
espermatozóides adquirem a motilidade e poder fecundante durante sua passagem pelo epidídimo
(HAMAMAH, 1983; RAJALAKSHMI, 1985).
9
O fluido epididimário que banha as células espermáticas é responsável pela maturação
destas células e o epitélio epididimário deve prover os biocatalíticos ou íons necessários a este
processo (AMANN et al., 1993). As mudanças ocorridas na maturação durante o trânsito
epididimário podem, possivelmente ser devido às alterações bioquímicas e biofísicas que
ocorrem durante este período (AMANN et al., 1993). Ao longo do epidídimo, os
espermatozóides sofrem mudanças quanto à motilidade (JINDAL e PANDA, 1980; MÜLLER et
al.,1997), composição da membrana plasmática, mitocôndrias, componentes fibrosos e
microtubulares da peça intermediária (AMANN et al., 1993), morfologia (JINDAL e PANDA,
1980; MÜLLER et al., 1997) modificação do complexo DNA proteína do núcleo (AMANN et
al., 1993) e modificações das características superficiais (receptores) da membrana plasmática do
espermatozóide (HAMAMAH, 1983; AMANN et al., 1993).
2.4.3) Métodos para Obtenção de Espermatozóides Epididimários
Diversas técnicas são descritas na literatura, estas podem variar tanto pela espécie
trabalhada quanto pelos autores (MARTINEZ-PASTOR et al., 2006). Métodos in vivo e pos
mortem. No caso de pequenos ruminantes devido a forma e tamanho do epidídimo a metodologia
preferida utilizada é a técnica da flutuação que se consiste em cortar ou fatiar a cauda do
epidídimo em meio diluente para recuperação dos espermatozóides por meio de filtração
(SONGSASEN et al., 1998; YU e LEIBO, 2002). Outra técnica utilizada consiste em realizar
vários cortes com lâmina na cauda epididimária, comprimi-la suavemente colhendo assim o
fluido (KAABI et al, 2003). Existe ainda a técnica de puncionar a cauda do epidídimo por meio
de agulhas e micropipetas e aspirar o fluido nos túbulos (MATTHEWS e GOLDSTEIN, 1996;
MARTINEZ-PASTOR et al., 2006). Outro método bastante utilizado em ruminantes é a lavagem
retrograda ou refluxo retrogrado em se aplica na cauda do epidídimo pelo canal deferente uma
pressão e todo o conteúdo pode ser expulso por uma incisão ou pela junção do corpo e cauda do
epidídimo (ARIMENDES, 2002; MARTINEZ-PASTOR et al., 2006). Esta pressão geralmente é
feita por intermédio de uma seringa contendo meios diluidores ou inertes ou ainda ar. Esta
técnica é mundialmente utilizada tanto em animais domésticos com selvagens (MARTINEZ-
PASTOR et al., 2006).
10
2.5) Glândulas Anexas
As glândulas anexas em pequenos ruminantes são constituídas pelas: ampolas,
glândulas vesiculares, bulbouretrais e próstata (CAMPOS, 2003). Estas são formadoras do
plasma seminal fluido importantíssimo para qualidade seminal. As ampolas são dilatações da
extremidade uretral do canal deferente, que armazenam também os espermatozóides antes da
ejaculação (BARIL et al., 1993).
As glândulas vesiculares estão situadas lateralmente às porções terminais de cada
ducto deferente. Nos ruminantes elas são compactas e lobuladas. As glândulas Bulbouretrais são
dorsais à uretra, dentro do músculo Bulbo-esponjoso, sendo muito pequenas do tamanho de 1 cm
(NÚÑES, 1993) e em forma de amêndoa (MIES FILHO, 1987; FERNANDES, 1995).
As glândulas vesiculares e bulbouretrais nos pequenos ruminantes são bem
desenvolvidas em relação à próstata cuja parte externa está ausente e a interna encontra-se
disseminada ao longo da uretra pélvica não penetrando na curvatura muscular (DELLMAN e
BROWN, 1982).
2.6) Pênis
Órgão copulador do macho ovino é do tipo fibro-elástico e de aspecto cilíndrico que
se estende desde o arco isquiático até a região umbilical. Seu tamanho pode variar de 30 a 50 cm
e parte de seu corpo forma a flexura sigmóide (NÚÑEZ, 1993). O pênis é muito inervado cheio
de fibras sensoriais. Na sua extremidade podemos encontrar uma estreita extensão de 3 à 4 cm
chamada apêndice filiforme ou processo uretral presente apenas nos pequenos ruminantes, que no
ato da ejaculação gira rapidamente projetando e aspergindo o sêmen na parte anterior da vagina
(EVANS e MAXWELL, 1990).
11
3. JUSTIFICATIVA
Os rebanhos ovinos no nordeste possuem baixo desempenho no que se refere à
eficiência reprodutiva refletindo diretamente na produção. A proporção de machos inaptos para
reprodução pode chegar até 30% (MORAES, 1997), devido a uma seleção apenas de
características de beleza racial (fenotípica) e o de produtividade. Consta de um processo de
seleção de um reprodutor várias características biométricas e fisiológicas do aparelho reprodutor,
bem como a avaliação quanti-qualitativa do sêmen (UNANIAN, et al., 2000).
Segundo El-Wishy e El Sawaf (1971) mensurações biométricas testiculares são de
grande importância desde que estas estejam correlacionadas com a atividade reprodutiva.
Estimando medidas corporais e testiculares de ovinos jovens Notter et al. (1981) concluíram que
a escolha de um reprodutor pode ser feita tomando por base o desenvolvimento corporal, uma vez
que este parâmetro se correlaciona positivamente com medidas biométricas como a
circunferência escrotal, peso e tamanho do testículo. Souza et al. (2001) em ovino da raça Santa
Inês encontraram uma forte associação entre o desenvolvimento corporal e medidas testiculares.
Estudos das reservas e da produção espermática diária em carneiros confirmam que estas
características estão altamente correlacionadas com o peso e circunferência testicular
(CARDOSO e QUEIROZ, 1988) e tem sido usada como indicadora da produção espermática em
várias espécies (DYRMUNDSSON, 1973).
Mesmo assim, até o presente momento existem poucos dados consistentes na
literatura de correlações entre as medidas biométricas testículo epididimárias e a reserva
espermática da cauda do epidídimo em carneiros deslanados sem padrão racial definido (SPRD).
Desta forma estudos da biometria dos testículos e dos epidídimos que por muitas vezes não é
dado a devida importância e de suas correlações com idade, peso e concentração espermática da
reserva da cauda do epidídimo poderão informar alguns parâmetros úteis e de fácil mensuração a
serem utilizados na seleção de reprodutores, servindo ainda como modelo inclusive para outras
raças deslanadas nativas.
12
4. HIPÓTESE CIENTÍFICA
Os parâmetros biométricos testículo-epididimário do macho ovino deslanado sem
padrão racial definido são correlacionados com a biometria testículo epididimária e reserva
espermática da cauda do epidídimo.
13
5. OBJETIVOS
5.1) Geral
Indicar parâmetros reprodutivos de cil mensuração, que sejam representativos da
capacidade reprodutiva do macho ovino, capazes de contribuírem para o processo seletivo
precoce de reprodutores.
5.2) Específicos
Determinar as medidas testiculares e epididimárias de ovinos deslanados sem padrão
racial definido;
Verificar se correlações do peso vivo do animal, perímetro escrotal com a
concentração espermática da reserva da cauda do epidídimo;
Avaliar se existe correlação entre a reserva epididimária com as medidas testiculares
(peso, comprimento, largura e espessura) e epididimárias (peso do epidídimo, peso da cauda,
comprimento, largura e espessura);
14
6. MATERIAL E MÉTODOS
6.1) Local do Experimento e Animais Experimentais
O experimento foi conduzido no Laboratório de Estudos em Reprodução Animal
(LERA) pertencente ao departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará (UFC)
situado a 45’ de latitude Sul e 38º 32’ de longitude Oeste e altitude média de 15,5m acima do
nível do mar.
Foram coletados 41 tratos genitais (bolsa escrotal, testículos e epidídimos) de machos
ovinos deslanados SPRD de maio a outubro de 2006, de idade variando de 9 a 14 meses e com
30,65 ± 3,88 Kg de peso vivo médio (PV) ao abate, oriundos de criatórios particulares de
Fortaleza e Pentecoste. Imediatamente, antes do abate cada ovino teve sua idade determinada de
acordo com a cronologia dentária (RIBEIRO, 1997), e pela palpação das glândulas bulbouretrais
quando necessário classificando-o em púbere ou pré-pubere, logo após com o auxilio de uma fita
métrica os testículos foram levemente tracionados para baixo e no local de maior envergadura a
circunferência escrotal foi mensurada (MARTINS FILHO, 1991; CBRA, 1992; SOUZA, 2003),
bem como o peso vivo determinado por meio de balança aferida. Abatidos segundo preconiza o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com prévio jejum e descanso por 24 horas,
insensibilização, sangria, esfola e eviceração (BRASIL, 1997).
6.2) Testículos
Estes foram desencapsulados, dissecados e separados dos epidídimos, identificados
quanto sua posição em direito e esquerdo, em seguida cada testículo foi pesado individualmente
em balança de precisão modelo BD-600 Sammar. Logo após, estes foram mensurados com
auxílio de paquímetro digital (COSA 150mm), quanto ao comprimento, espessura e largura.
6.3) Epidídimos
Foram dissecados dos testículos identificados quanto a sua posição (esquerda e
direita) e em seguida pesados individualmente. Logo depois, foram divididos em três segmentos:
cabeça, corpo e cauda e pesados individualmente com balança digital modelo BD-600 Sammar.
15
Então a cauda do epidídimo foi mensurada quanto ao comprimento, espessura e
largura por intermédio de paquímetro digital (COSA 150mm).
6.4) Bolsa escrotal
Cada bolsa escrotal teve a espessura da dobrada da pele mensurada por meio de
paquímetro digital (COSA 150mm) tomando como referência o local de maior envergadura do
testículo.
6.5) Determinação da reserva epididimária da cauda
Foi coletado da cauda do epidídimo o conteúdo epididimário (espermatozóides e
líquido epididimário) pelo método do refluxo reverso (MARTINEZ-PASTOR et al, 2006) que se
consistiu em injetar liquido inerte (óleo mineral) pelo ducto deferente puncionado no sentido da
cauda do epidídimo por um dispositivo para Infusão Endovenosa (Butterfly) 21G acoplado em
uma seringa e pinçado, salientando que também houve um pinçamento na junção corpo e cauda
epididimária para que não ocorresse refluxo de fluido para o corpo epididimário. Por uma
pequena incisão na borda ventral da cauda do epidídimo todo o conteúdo epididimário fora
expulso por ação mecânica. Sendo a concentração determinada por meio da câmara
hematimétrica, onde foi retirada uma alíquota de 10 µL de fluido epididimário diluído em 4 mL
de solução salina formolizada a 0,1% (numa taxa de diluição de 1:400), realizando em seguida a
contagem dos espermatozóides na câmara hematimétrica em microscopia ótica (Olympus CX
40) no aumento de 400X. Ao final da contagem o número total de espermatozóides foi
multiplicado por 20
7
e expresso em espermatozóides por mL (EVANS e MAXWELL, 1990).
6.6) Análise Estatística
O delineamento deste experimento foi inteiramente causalizado onde cada genital
constitui em uma repetição. Os resultados foram expressos em media ± erro padrão e o
Coeficiente de Variação (CV). Os coeficientes de correlação com o objetivo de verificar as
associações entre as variáveis foram calculados pelo método de Pearson utilizando o
procedimento “proc. CORR” do pacote estatístico SAS versão (1999). A análise descritiva dos
16
dados consistiu como procedimento padrão a utilização de 38 genitais para a análise por
apresentarem todos parâmetros biométricos e espermáticos dentro dos padrões normais para
espécie.
17
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
7.1) Peso e Idade
O peso e idade ao abate dos ovinos apresentaram CV iguais a 12,12% e 12,66%,
respectivamente considerados baixos, demonstrando estatisticamente que as variáveis em questão
são bastante estáveis, sendo o desenvolvimento sexual nos ovinos estreitamente relacionado com
estas variáveis (LOUW e JOUBERT, 1964; SKINNER et al., 1968; DYRMUNDSSON e LEES,
1972).
7.2) Circunferência Escrotal
Sendo uma medida de grande importância no estudo biométrico a CE tem sido
utilizada como critério de seleção relacionada com os parâmetros espermáticos, além de
precocidade em ovinos (LAND, 1973; OTT e MEMOM, 1980; SOUZA, 2003). Foi observado
neste estudo uma CE de 27,82 ± 1,77 cm e CV de baixa magnitude 6,36%, resultado semelhante
ao encontrado por Santana et al. (2001), que estudando ovinos deslanados da raça Santa Inês
encontraram a medida da CE aos 230 dias de 29,85 ± 1,47 cm e peso vivo de 40,67 ± 5,43 kg.
Souza (2003), também trabalhando com a raça ovina Santa Inês, porém com idade e peso
maiores, encontrou uma CE de 31,44 ± 0,34 cm, salientando que, o autor achou CE semelhante
ao observado no presente estudo às 32 semanas (224 dias) de idade. Lobo et al. (1997), estudando
a raça Morada Nova aos de 365 dias de idade, encontraram CE de apenas 23,82 ± 0,51 cm. O
experimento atual encontrou resultados similares aos observados por Söderquist e Hulter (2006)
em ovinos Gotlandic, entretanto, com idade variando de 150 a 181 dias e peso variando de 45 a
56 Kg, foram maiores que os obtidos por Emsen (2005), que trabalhou com as raças Awassi e
Redkaraman e seus cruzamentos com idade de 365 dias em que o CE variou de 25,9 a 26,2 cm.
Por outro lado, foram menores que os resultados de Fourier et al. (2004) com ovinos Dorper, raça
de corte submetida ao manejo extensivo ou intensivo em que os autores obtiveram um CE de 31,8
± 0,6 e 34,1 ± 0,4 cm, respectivamente. Os diferentes índices de CE encontrados nos diferentes
trabalhos sugerem que os fatores raça, idade e peso dos animais devem ser considerados
conjuntamente no momento da mensuração da mesma.
18
Além disso, alguns estudos demonstraram que o manejo nutricional está associado a
respostas de longo prazo, pois age na produção espermática e desenvolvimento testicular
propriamente dito e a curto prazo, agindo no eixo hipotalâmico-hipofisário que regendo a
atividade dos testículos nos ovinos (BLACHE et al., 2000).
Gastel et al. (1995) estudando a variação estacional em machos da raça Corridale no
Uruguai, encontraram diferenças de CE entre as estações do ano, diferindo no outono e verão dos
valores do inverno e primavera sendo apenas no verão maior que o encontrado no nosso estudo
30,8 ± 0,51 cm. Freitas e Nunes (1992) observaram diferenças para o valor do CE em ovinos
deslanados entre as épocas seca e a chuvosa. Yarney et al. (1993), focando o desenvolvimento
sexual na raça Suffolk, contataram um crescimento linear do CE, que foi confirmado também em
ovinos deslanados que se estabiliza às 48 semanas (336 dias) de idade (SOUZA, 2003). Todos
estes estudos, inclusive o experimento atual, confirmam que CE é influenciada pela: raça
(genótipo), idade, peso corporal, manejo alimentar nos ovino, bem como outras variáveis
relacionadas a fatores ambientais.
7.3) Biometria Testículo-epididimária
Todos os valores da análise descritiva da biometria testicular e epididimária dos dois
testículos estão expressos na tabela 1. Não foi observada diferença (p > 0,05) entre os valores dos
lados direito e esquerdo e da biometria testicular como da biometria epididimária. Resultados
similares aos encontrados por Martins (2006) em ovinos Santa Inês e por Campos et al. (2003)
em caprinos sem padrão racial definido, estes resultados corroboram com afirmativa de que nos
pequenos ruminantes o desenvolvimento do trato genital é simétrico e harmônico (SISSON,
1986).
19
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1 2 3 4 5 6
Centímetros
CT LT ET CCAE LCAE ECAE
D
D
D
D
D
D
E
E
E
E
E
E
FIGURA 01 – Biometria Testículo -Epididimária
CT comprimento dos testículos; LT largura dos testículos; ET espessura dos testículos; CCAE comprimento da cauda dos epidídimos;
LCAE – largura da cauda dos epidídimos; ECAE – espessura da cauda dos epidídimos.
7.3.1) Peso testicular
O peso testicular dos animais experimentais apresentou média igual a 123,97 ± 26,58g
aos 303 dias de idade, resultado semelhante aos encontrados por Martins (2006) de 110,43 ±
34,78g. Queiroz e Cardoso (1989) acharam em carneiros um peso médio de 127,1 ± 18,8 g.
Embora os resultados pareçam semelhantes aos encontrados no presente estudo, vale salientar
que todos os autores usaram animais de idade e pesos maiores indicando que o sistema de manejo
e a nutrição, influenciaram nos resultados do peso dos testículos. Dauda (1984) encontrou 193,3 g
para o peso testicular em ovinos Yankasa. Souza (2003) estudando a raça Santa Inês,
encontraram 191,25 ± 7,40 g de peso testicular, deixando claramente explicito que animais de
genótipo superiores tendem a possuir testículos mais pesados devido a desenvolvimento ponderal
ser mais rápido. Bielli et al. (1999) demonstraram que a sazonalidade em ovinos Corriedale a
pasto influencia o peso testicular. Estudos conduzidos em outras espécies, como em caprinos,
relatam grande variação nos pesos dos testículos (NISHIMURA et al., 2000; CAMPOS et al.,
2003), demonstrando a grande variação que peso testicular possui.
20
Tabela 1 Média ± erro padrão e Coeficiente de Variação da biometria testículo-epididimária de
ovinos deslanados SPRD.
Biometria Média e Erro Padrão
Direito Esquerdo Total CV do Total (%)
PT (g) 124,80 ±27,52 123,43 ± 25,83 123,97 ± 26,58 21,14
CT (cm) 7,90 ± 0,85 7,76 ± 0,77 7,83 ± 0,79 10,09
LT (cm) 5,73 ± 0,48 5,75 ± 0,52 5,74 ± 0,48 8,36
ET (cm) 4,53 ± 0,60 4,62 ± 0,56 4,57 ± 0,54 11,81
PTE (g) 18,63 ± 4,18 18,73 ± 3,87 18,68 ± 3,96 21,12
PCE (g) 6,97 ± 1,58 6,93 ± 1,44 6,95 ± 1,48 21,29
PCOE (g) 3,42 ± 0,86 3,47 ± 0,99 3,45 ± 0,87 25,22
PCAE (g) 8,41 ± 2,19 8,32 ± 2,12 8,36 ± 2,13 25,48
CCAE (cm) 2,98 ± 0,51 3,08 ± 0,46 3,03 ± 0,44 14,52
LCAE (cm) 2,21 ± 0,22 2,23 ± 0,26 2,22 ± 0,22 9,90
ECAE (cm) 1,66 ± 0,31 1,64 ± 0,21 1,65 ± 0,23 13,94
PT peso dos testículos; CT comprimento dos testículos; LT largura dos testículos; ET espessura dos testículos; PTE– peso total dos
epidídimos; PCE peso da cabeça dos epidídimos; PCOE peso do corpo dos epidídimos; PCAE peso da cauda dos epidídimos; CCAE
comprimento da cauda dos epidídimos; LCAE – largura da cauda dos epidídimos; ECAE – espessura da cauda dos epidídimos.
7.3.2) Comprimento, largura e espessura testiculares
O comprimento, largura e espessura testiculares apresentaram respectivamente média
de 7,83 ± 0,79 cm, 5,74 ± 0,48 cm e 4,57 ± 0,54 cm. Estas medidas são semelhantes às descritas
por Martins (2006) 7,69 ± 1,00 cm e 5,58 ± 0,54 cm para CT e LT respectivamente, embora o
autor tenha trabalhado com 19 animais com 60 semanas de idade. Os resultados encontrados por
Freitas et al., (1991) para biometria testicular de três raças deslanadas, conforme a evolução de
idade de 24 semanas à 144 semanas, variaram para valores de comprimento e largura nas 114
semanas, de 9,5 e 5,5 cm para raça Santa Inês, 8,7 e 5,1 cm para raça Morada Nova e 8,7 e 5,2
cm para raça Somalis, respectivamente. Os autores não relataram se houve diferença entre raças,
todavia, acredita-se que os valores encontrados, bem como do estudo atual, sejam menores que os
parâmetros encontrados na raça Santa Inês devido a seu maior porte. Além disso, o presente
experimento apresentou valores maiores que os obtidos por Siddiqui et al. (2005) que foram 6,68
21
e 4,7 cm para comprimento e largura, respectivamente em carneiro adultos. Quanto a espessura
testicular, Nuñez (1993) relata uma espessura de 4,7 cm, resultado semelhante aos obtidos no
corrente estudo.
7.3.3) Peso do epidídimo
O peso do epidídimo foi igual a 18,68 ± 3,96 g, resultado semelhante aos citados por
Martins et al. (2004) que trabalharam com animais de 15 meses (105 dias) de idade, todavia
menores aqueles encontrados por Souza (2003) que foi de 29,93 ± 1,20 g, salientando que a raça
trabalhada foi a Santa Inês com 50 semanas de idade ao abate. Fourie et al. (2004) trabalhando
com Dorper adultos submetidos a dois sistemas de manejo (extensivo e intensivo) encontraram
52,9 ± 3,4 g e 57,5 ± 1,5 g, respectivamente. No experimento conduzido por Assis et al. (2004)
em cordeiros na raça Santa Inês, o uso de dietas contendo diferentes níveis de FDN mostrou que
quanto menor for os níveis de FDN maior será o desenvolvimento testículo- epididimário.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
1 2 3 4 5
PT PTE PCE PCOE PCAE
Peso em gramas
FIGURA 02 -
Peso Testicular e Epididimário
D E
D
D
D
D
E
E
E
E
PT – peso dos testículos; PTE– peso total dos epidídimos; PCE – peso da cabeça dos epidídimos; PCOE – peso do corpo dos epidídimos; PCAE –
peso da cauda dos epidídimos.
7.3.4) Biometria da Cauda do Epidídimo
No tocante às mensurações biométricas da cauda do epidídimo, poucas informações
foram encontradas. Apenas um único trabalho relata somente o comprimento das três partes do
22
epidídimo separadamente (cabeça, corpo e cauda) sendo 2,96 ± 0,08cm para a cauda do
epidídimo (KAABI et al., 2003). Este resultado foi semelhante aos neste experimento, sugerindo
que para esta característica, animais com idade compreendida entre 10 e 15 meses, podem não
influenciar no crescimento do comprimento da cauda do epidídimo, reforçando a necessidade de
mais estudos biométricos para este parâmetro.
7.3.5) Espessura da dobra da bolsa escrotal
A espessura da dobra do escroto mostrou valor médio de 0,410 ± 0,079 cm,
apresentando pouco acúmulo de gordura escrotal, esta é uma característica desejável em
reprodutores domésticos por não interferir negativamente na espermatogênese. Na raça Dorper,
os cordeiros criados em sistema intensivo tiveram suas características seminais afetadas quando
comparado a cordeiros criados em sistema extensivo, principalmente no que se refere a
característica da concentração espermática. Fato este, claramente explicado pelo acúmulo de
gordura nos cordeiros criados intensivamente (FOURIE et al., 2004). A espessura da dobra
escrotal foi o parâmetro que menos se correlacionou com todas as outras mensurações inclusive
expressando coeficientes negativos. Contribuindo muito pouco com o desenvolvimento testículo-
epididimário e com as características da reserva espermática da cauda do epidídimo. Este
parâmetro é importante no mecanismo termorregulatório testicular-epididimário que favorece a
espermatogênese (KASTELIC et al., 1996; KASTELIC et al.,1999; FOURIE et al.,2004).
7.4) Reserva Espermática da Cauda do Epididimo
Os resultados da reserva espermática da cauda do epidídimo estão descritos na tabela 2.
Tabela 2 – Média ± erro padrão da reserva da cauda do epididimo de ovinos deslanados SPRD.
Dados Gerais
Média ± SEM
Volume Coletado (mL) 0,42 ± 0,18
Concentração (x 10
9
sptz/mL) 2,47 ± 1,00
Os valores obtidos foram muito menores que os descritos na literatura para toda a
reserva espermática em ovinos maduros sexualmente: 27,1 ± 8,7 bilhões de sptz/mL na raça
23
Yankasa (DAUDA, 1984), 28,1 ± 1,3 bilhões de sptz por órgão na raça Pelibuey (MARTINEZ et
al., 1994). Em caprinos os resultados também são variáveis: 6,18 ± 0,91 sptz / mL (JINDAL e
PANDA, 1980), 45,64 ± 7,87 bilhões de espermatozóide por órgão (DAUDU, 1984). Os
trabalhos anteriormente citados foram conduzidos em machos sexualmente maduros, já no estudo
atual, os ovinos eram muito jovens, além disso eram oriundos de diferentes locais, ou seja, foram
submetidos a manejos diferentes, não havendo, portanto, uma homogeneidade na alimentação.
Kaabi et al. (2003), na raça ovina nativa da Espanha (Churra), aos 4 anos de idade,
encontraram 1439 ± 85,6 milhões de sptz por cauda epididimária, menor ao encontrado no estudo
atual em animais jovens. Podendo se então afirmar que o deslanado criado no Estado do Ceará
em comparação a raça Churra possui um potencial espermático muito maior. No tocante ao
volume coletado de fluido epididimário da cauda do epidídimo não foi encontrada referência
científica acerca desta característica na literatura.
7.5) Correlações
Tanto o peso testicular como o peso epididimário mostraram correlações positivas e
significativas (p<0,05) com as medidas biométricas do testículo e do epidídimo respectivamente,
evidenciando uma sinergia do trato genital masculino.
Todas as correlações entre idade, peso, reserva espermática da cauda do epidídimo e
biometria testicular e epididimária de ovinos deslanados estão expressas na tabela 3. O peso vivo
mostrou correlação média e significativa (p<0,0001) com as medidas biométricas da cauda do
epidídimo CCAE, LCAE e ECAE (r=0,59; r=0,60 e r= 0,59) respectivamente. Estes resultados
estão de acordo com afirmativa de Matos e Thomas (1992) que diz que o desenvolvimento
testicular em cordeiros jovens segue um padrão de curva sigmóide e estar claramente associado
com o peso corporal, existe também uma alta correlação entre os pesos dos testículos,epidídimos
e diâmetro dos túbulos seminíferos com o aumento do peso corporal (DYRMUNDSSON, 1973).
Martins (2006), correlacionando o comprimento da cauda do epidídimo e as medidas testiculares,
afirma que quanto maior for o desenvolvimento testicular maior será o desenvolvimento da cauda
do epidídimo.
Daudu (1984) trabalhando com caprinos encontrou parâmetros biométricos, como
perímetro escrotal e peso do testículo, positivamente correlacionados com o peso da cauda do
epidídimo (r=0,83).
24
Das características biométricas estudadas a que melhor se comportou nas correlações
foi o peso vivo, peso dos testículos e peso dos epidídimos mostrando sempre correlações
medianas e significativas. Embora seja difícil mensurar os pesos dos testículos e dos epidídimos
no animal vivo, estas mensurações apresentaram correlações moderadas com a CE e LT em
ovinos. Segundo Knight (1977) e Rege et al. (2000) elas refletem na produção espermática do
animal, corroborando com resultados observados no experimento atual para PTE e CE que foram
r= 0,69 e r= 0,57 respectivamente e para PTE e LT r= 0,53 e r= 0,60, respectivamente.
Além disso a LT se comportou neste estudo com bom indicador do desenvolvimento
testicular e epididimário, podendo ser extrapolado para função reprodutiva que esta foi
altamente correlacionada com o PT (r=0,88), CE (r=0,57), PTE (r=0,60). Estudos conduzidos por
Martins (2006) revelam que a LT possui boa correlação com o número de células de Sertoli. Esta
mensuração biométrica possui função importante juntamente com o comprimento testicular, pois,
a partir da LT e CT é possivel se estimar por meio de equações o Volume Testicular, uma
característica bastante estudada.
O peso corporal e a idade são as duas maiores fontes de variação sobre CE, devendo
ser levado em consideração o momento da seleção dos reprodutores (LÔBO, 1996). Neste estudo
a CE apresentou correlações positivas e médias com o peso e idade dos animais semelhantes aos
achados de Freitas et al. (1991) para estas variáveis.
Sendo o CE a medida biométrica de maior enfoque no âmbito científico devido ser
uma medida indireta que estima o tamanho do testículo, e ainda apresentando correlações
positivas com a produção espermática (OSINOWO, 1992).
25
Tabela 3 Correlações entre Idade, Peso, Medidas da reserva espermática da cauda do epidídimo e biometria testicular e
epididimária de ovinos deslanados SPRD.
r= Coeficiente de Correlação de Pearson.
p= nível de significância das correlações.
25
26
Ela possui correlações altas com peso testicular (r=0,86) (DAUDU, 1984) e peso
epididimário (r=94,6) (ASSIS, 2004). Podendo ser utilizada a campo para seleção de
reprodutores. Bailey et al. (1996) verificaram que o uso apenas da CE não constitui uma medida
representativa do potencial reprodutivo dos machos, e na seleção de touros reprodutores outros
conceitos foram introduzidos como o volume testicular (UNANIAN e SILVA, 1997), forma
testicular dos testículos (BAILEY et al. 1998) que podem ser obtidas em função da razão LT/CT
(UNANIAN et al., 2000). Na seleção de reprodutores com testículos longos o CE pode
subestimar o potencial reprodutivo destes animais (BAILEY et al. 1996). Neste estudo o CE se
comportou com correlações moderadas variando r = 0,38 a 0,69 o com as medidas testiculares e
epididimárias e as medidas que melhor se correlacionaram foi o PT (r=0,69), CT e LT (r=0,57),
resultados menores que os achados por Martins (2006) em ovinos sem padrão racial definido.
Esta diferença pode ser atribuida à idade, pois, o peso foi similar ao de Martins (2006), sendo o
número de animais experimentais, no atual estudo, o dobro, todavia a a alimentação nao foi
controlada como no estudo anterior.
Outra característica importante foi a mensuração CCAE, pois, também apresentou
correlação moderada com a grande maioria dos parâmetros estudados, principalmente as
características testiculares (r= 0,54 a 0,58) e epididimárias (r= 0,48 a 0,73), bem como apresentou
correlação moderada (r=0,50) com o volume coletado da cauda do epidídimo. Mostrando que
esta mensuração está muito ligada ao desenvolvimento epididimário e, consequentemente, se
relacionam com o desenvolvimento testicular. Desse modo, quanto maior for o testículo, maior
será o epidídimo, e a cauda epididimária mais comprida pode indicar maior produção espemática
(MARTINS, 2006). A cauda do epidídimo possui importante participação na maturação
espermática, pois, é o local de maior reserva espermática, bem como propicia um ambiente rico
em fatores que aumentam a habilidade fecundante dos espermatozóides após o trânsito
epididimário até a ejaculação (AMANN, 1987).
Dois parâmetros, CONC e VC apresentaram baixas e moderadas correlações embora
positivas com as medidas testiculares e epididimárias. A correlação entre o PTE e a CONC foi
r=0,41. O VC se relacionou com o PT (r= 0,46), CT (r= 0,44) e as medidas epididimárias (r= 0,21
a 0,67). Corroborando com resultados de Martinez et al., (1994) que afirmaram que são baixas as
correlações entre a produção espermática e a reserva epididimária. O potencial espermático de
ovinos deslanados SPRD criados aqui no Nordeste do Brasil está muito aquém de ovinos de
27
genótipos melhorados ou mesmo quando comparados a ovinos deslanados SPRD em outras
regiões do país (MARTINS, 2006). Esta afirmativa envolve fatores intrínsecos do animal
(genótipo e rusticidade) e extrínsecos (ambiente, alimentação, manejo...). Acredita-se que estas
medidas foram influenciadas pelos animais muito jovens deste estudo, além do efeito individual
bastante evidente, expressados pelo máximo e mínimo (4,35 e 0,32 bilhões de sptz /mL) para
concentração e máximo e mínimo (0,9 e 0,15 mL) do volume coletado da cauda do epidídimo.
28
8. CONCLUSÃO
A largura testicular, juntamente com o perímetro escrotal, poderá ser utilizada como
parâmetro para selecionar precocemente um reprodutor devido a facilidade de mensuração pelo
produtor. Trabalhando também sempre uma melhor condição de manejo para o futuro reprodutor.
O comprimento da cauda do epidídimo se mostrou como uma das mensurações
biométricas mais expressivas deste estudo. Mostrando também a predição de precoces
reprodutores por sua mensuração, não dispensando as medidas testiculares, testes de progênie e
exames de espermograma periódicos.
29
9. PESPERCTIVAS
Para uma confirmação e aplicabilidade, numa rotina de seleção de reprodutores
recomenda-se que este estudo seja realizado em épocas pré determinandas com um maior número
de animais, bem como, com animais sexualmente maduros com alimentação controlada. Para que
se possa delinear equações lineares, que consigam predizer de forma mais precisa as
caracteristicas espermáticas associadas com as medidas biométricas do trato genital de machos
ovinos.
30
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