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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE AQÜICULTURA
Assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (L.)
em condições de laboratório
TATHIANA ZIMMERMANN DE FARIAS
Florianópolis
2005
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i
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE AQÜICULTURA
Assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (L.)
em condições de laboratório
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Aqüicultura do Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina, como
requisito parcial à obtenção do título de Mestre em
Aquicultura.
Orientadora: Profª. Dra. Aimê Rachel Magenta Magalhães
TATHIANA ZIMMERMANN DE FARIAS
Florianópolis
2005
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ii
Farias, Tathiana Zimmermann
Assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (L.) em condições de laboratório.
Dissertação (Mestrado) – Profª Orientadora: Drª Aimê Rachel Ma
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– Universidade Federal de Santa Catarina, 2005
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Assentamento de larvas do mexilhão Perna perna (L.)
em condições de laboratório
Por
Tathiana Zimmermann de Farias
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de
MESTRE EM AQÜICULTURA
e aprovada em sua forma final pelo Programa de
Pós-Graduação em Aqüicultura.
____________________________________
Profa. Débora Machado Fracalossi, Dra.
Coordenadora do Curso
Banca Examinadora:
__________________________________________
Dra. Aimê Rachel Magenta Magalhães -
Orientadora
__________________________________________
Dr. Hélcio Luís de Almeida Marques
__________________________________________
Dr. Jaime Fernando Ferreira
iv
Aos meus pais
v
Aprendi
Depois de algum tempo você aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos e o futuro tem o costume
de cair em meio ao vão.
E aceita suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um
adulto e não com a tristeza de uma criança.
Depois de um tempo você aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela
vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Aprende que leva anos para adquirir confiança e apenas segundos para destruí-
la e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da
vida.
Descobre que leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser e que o
tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo e se você
não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que paciência requer muita prática.
Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se
teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso
não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que se alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa
que esse alguém não nos ama, mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver
isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes
você tem que aprender a perdoar-se.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum
momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo
não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo é algo que você não pode voltar para trás. Portanto,
plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...que realmente é forte e que pode ir
muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem
valor e que você tem valor diante da vida. Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem
perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
William Shakespeare
vi
Agradecimentos
A Deus pela vida e pela graça de saber que a Sua presença é sempre real.
Aos meus pais pelo carinho e apoio incondicional durante a minha vida,
principalmente em relação ao conhecimento.
Ao maridão Fábio pelo amor e paciência e apoio em todos os momentos.
À minha irmã Patrícia pela amizade, apoio e por me emprestar seus
ouvidos nos momentos difíceis do mestrado.
À minha irmã Fernanda e o cunhadinho Jean, por torcerem e rezarem
sempre por mim.
Ao meu cunhado Marcelo, o anjo da guarda da nossa família.
À minha sogra Maria Aparecida, por ter gerado meu amor e pelo apoio.
Às cunhadinhas Bruna e Bianca pela amizade e carinho.
Aos meus sobrinhos amados Théo, João Pedro, Luíza e Maria Eduarda
pelo carinho.
À professora Aimê Rachel pelo incentivo, pelas oportunidades de trabalho
e aprendizado, pelo exemplo, amizade e por mais uma vez me receber como sua
orientanda.
Ao professor Jaime pela orientação no experimento e pela cessão da
“casinha” do laboratório durante o mestrado.
Ao professor Cláudio Melo pela boa vontade em me auxiliar na estatística.
Ao professor Vinatea e ao Dr. Guido Boabaid May, por terem me ajudado
no período mais difícil do mestrado e da minha vida.
vii
À Professora Guisla pelo seu exemplo de luta, profissionalismo, pela nossa
amizade, pelo carinho com que sempre me recebeu na sua sala, gastando seu
precioso tempo para me ouvir e aconselhar.
Aos colegas do mestrado, principalmente à Fernanda, Mônica, Thaís, ao
Jesus e ao Leonardo.
Ao querido amigo Nilton Tirelli pelos momentos de riso que
compartilhamos antes da sua partida para a morada eterna.
Às amigas de tantos anos Karen, Noeli e Sabrina, por todos os momentos
que passamos juntas.
Ao pessoal do Laboratório de Moluscos Marinhos da Universidade
Federal de Santa Catarina (LMM) que não mediu esforços para viabilizar o
experimento, principalmente à Adriana e ao Chico. Não esquecendo dos outros
guerreiros do laboratório: Jackson, Marisa, Cláudio, Duda, Sino, Zezé, Moira,
Tatu, João Paulo, Joana, Gustavo, Lin, Micheline, Fanny e Pedro.
Ao Carlito por todos os auxílios de secretaria e pelos vanerões nas festas do
departamento.
Ao Keka por promover as festinhas da galera e pelos cafés, flores,
verduras, frutas, mudas, além do carinho e atenção de todos os dias.
Aos meus companheiros caninos de todo dia Thalita e Eros, que foram
presentes literalmente deixados na minha porta durante o mestrado. Além dos
agregados: Tupã, Batatinha e Raja.
Aos antigos “Lamexianos” Fabrini, Carlinha e Dominique por me
incentivarem a entrar no mestrado.
À galera do Lamex: Andréa, Patrícia, Camilla e Vítor, pela super ajuda
nos dias tumultuados.
À Capes pela concessão da bolsa de mestrado.
viii
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................................. ix
ABSTRACT.............................................................................................................................. x
INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 1
CORPO DO ARTIGO CIENTÍFICO
Resumo........................................................................................................................... 7
Abstract.......................................................................................................................... 8
Introdução...................................................................................................................... 8
Metodologia.................................................................................................................. 10
Resultados.e.Discussão................................................................................................ 12
Conclusões................................................................................................................... 17
Agradecimentos............................................................................................................ 17
Referências Bibliográficas........................................................................................... 17
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO.......................................................................................... 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA INTRODUÇÃO.................................................. 27
ix
RESUMO
Para estudar a taxa de assentamento e metamorfose do mexilhão Perna perna e melhor
densidade de larvas (2, 3 e 4 larvas mL
-1
), foram realizadas três séries de experimentos. As
duas primeiras foram conduzidas em tanques retangulares de 1,5L e 50L usando placas de
PVC como coletores e, a última, em tanques cilíndricos de 80L e coletor de tela (200µm). As
larvas utilizadas em todos os ensaios eram provenientes da mesma larvicultura, sendo que as
larvas da terceira série permaneceram 3 dias na geladeira a 10º C. Os tanques cilíndricos com
coletor de tela mostraram-se mais eficientes, apresentando uma taxa de assentamento de 71%
e metamorfose de 43,5% ao final de 15 dias, o maior período analisado. Os tanques de 1,5L
não apresentaram a mesma dinâmica que os tanques de 50L e as placas de PVC, apesar de
permitirem uma contagem mais precisa, não proporcionaram uma adesão suficientemente
forte, o que provocou ressuspensão de larvas já assentadas durante o manejo. Nos
experimentos 1 e 2, o número de larvas assentadas aumentou em função do tempo, mas a taxa
de assentamento foi maior nos primeiros 5 dias. As densidades de 3 e 4 larvas mL
-1
foram
consideradas melhores. A manutenção de larvas na geladeira é uma opção viável para um
curto período de tempo (3 dias). Tais resultados indicam que é possível assentar larvas em
condições de laboratório no período de 5 dias, obtendo taxa de metamorfose favorável.
Palavras-chave: mexilhão, assentamento, coletor, larva, larvicultura
x
ABSTRACT
Three series of experiments were carried out to study the settlement rate and
metamorphosis of the Perna perna mussel and the optimum larva density (2, 3 and 4 larvae
mL
-1
). The first two were conducted in 1.5L and 50L rectangular tanks, using PVC plates as
collectors; the third was conducted in 80L cylindrical tanks with a mesh collector (200µm).
The larvae used in all the assays came from the same larviculture. The larvae in the third set
remained in a refrigerator for three days at 10º C. The cylindrical tanks with mesh collectors
proved more efficient, presenting a settlement rate of 71% and metamorphosis of 43.5% at the
end of 15 days, which was the longest period analyzed. The 1.5L tanks did not present the
same dynamics as the 50L tanks. Although the PVC plates permitted a more precise count,
they did not provide sufficient adhesion, leading to the re-suspension of settled larvae during
handling. In Experiments 1 and 2, the number of settled larvae increased over time, but the
settlement rate was greater in the first 5 days. The densities with 3 and 4 larvae mL
-1
were
considered best. Maintaining larvae in a refrigerator is a viable option for short periods of
time (3 days). Such results indicate that larva settlement is possible under laboratory
conditions in a period of 5 days, obtaining a favorable metamorphosis rate.
Key Words: mussel, settlement, collector, larva, larviculture
1
INTRODUÇÃO
Os moluscos no Brasil são consumidos desde tempos pré-históricos por povos
nômades, de pescadores-coletores, que ocuparam o litoral brasileiro há cerca de 6.500 anos
(GASPAR, 2000). Estes deixaram imponentes marcos paisagísticos chamados “sambaquis”,
que consistem em elevações de forma arredondada, constituídas basicamente por restos
faunísticos, sendo as conchas de moluscos os elementos principais (FARIAS, 2000).
Já a criação de moluscos é recente, tendo iniciado na França, há cerca de 700 anos. No
entanto, o aperfeiçoamento desta atividade e sua representatividade econômica ocorreu
somente a partir de 1946, quando o cultivo de mexilhões começou a ser praticado na Galícia
(MARQUES e PEREIRA, 1988).
Atualmente, diversos estados da costa brasileira, do Maranhão até Santa Catarina estão
voltados para a malacocultura, que é representada principalmente pela mitilicultura (cultivo
de mexilhões), ostreicultura (ostras) e pectinicultura (vieiras).
Segundo MARQUES (1998), no Brasil as primeiras iniciativas concretas para o
cultivo de moluscos ocorreram na década de 70 em Arraial do Cabo - RJ, desenvolvidas pelo
Instituto de Pesquisas da Marinha. Na mesma década, o Instituto de Pesca iniciou programa
de pesquisas sobre ecologia e cultivo de mexilhões, que resultou no aprimoramento de
técnicas desenvolvidas em Arraial do Cabo e no repasse das mesmas aos criadores e
instituições de pesquisa e extensão.
No Estado de Santa Catarina, a malacocultura como atividade comercial, se
estabeleceu em 1989. A Universidade Federal de Santa Catarina e a ACARPESC
1
, (atual
EPAGRI
2
) tiveram papel fundamental na implantação da atividade, juntamente com famílias
de pescadores artesanais interessadas em desenvolver o cultivo de moluscos. Esta parceria se
faz presente ainda hoje, tornando possível a interação entre a pesquisa, a extensão e a
produção, ciclo contínuo que beneficia todas as partes envolvidas (ARANA, 1999).
A mitilicultura viabilizou a permanência dos pescadores artesanais em seus locais de
origem, gerando emprego e renda (FERREIRA e MAGALHÃES, 1995; ROSA, 1997). Essas
comunidades, ameaçadas pela decadência da pesca extrativista e a degradação do meio
ambiente obtiveram, no cultivo de moluscos, desenvolvimento econômico, social e
manutenção da sua identidade cultural (PAVANELLI et al., 2000).
1
Associação de Crédito e Assistência Pesqueira de Santa Catarina.
2
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.
2
Devido ao baixo custo de implantação, manejo simples e rápido retorno de capital
(FERREIRA e MAGALHÃES, 1995), o cultivo de mexilhões consolidou-se como atividade
familiar e este padrão predomina mundialmente até os dias atuais (FERREIRA e
MAGALHÃES, 2004).
A produção de mexilhões em Santa Catarina passou de 190 toneladas métricas em
1990, para quase 10.000 toneladas em 1999, reflexo da melhoria do sistema de produção
(ROCKZANSKI et al., 2000). O rápido crescimento da mitilicultura no litoral do Estado de
Santa Catarina deve-se, também, às características geográficas de suas baías e enseadas, onde
o aporte de nutrientes assegura uma alta produtividade (FERREIRA e MAGALHÃES, 1989).
Desde 1990 a maricultura é um dos setores que mais cresce no cenário global de
produção industrial de alimentos, a uma taxa média de 10,6% ao ano (BRANDINI et al.,
2000). Segundo ROCKZANSKI et al. (2000) o cultivo de moluscos representa 22% da
produção mundial de organismos cultivados, sendo 40% deste valor correspondente ao cultivo
de mexilhões. O Estado de Santa Catarina firma-se, atualmente, como o maior produtor
brasileiro de organismos aquáticos, sendo os peixes ornamentais e os moluscos marinhos os
principais produtos.
O mexilhão Perna perna tem alto valor protéico (MAGALHÃES, 1998), sendo o
conhecimento da sua biologia de grande importância, já que se encontra entre os organismos
marinhos mais eficazes na produção em grande escala. Seu cultivo é favorável por apresentar
fácil reprodução, ampla tolerância de ovos e larvas às condições ambientais, requerimentos
nutricionais facilmente satisfeitos no ambiente natural e taxa de crescimento rápida até o
tamanho comercial (AMADO ACUÑA, 1977).
As espécies da família Mytilidae possuem uma larga distribuição geográfica e são
amplamente cultivadas no mundo. Por esta razão, grande parte da literatura sobre mitilídeos é
oriunda do Hemisfério Norte, se referindo às espécies Mytilus edulis e M. galloprovincialis
(GOSLING, 1992). Há necessidade de estudo sobre a espécie nativa Perna perna
(LINNAEUS, 1758), principalmente no que diz respeito às áreas e períodos de melhor
captação de larvas (GARCIA, 2001).
Segundo dados da FAO (1992), a China a partir de 1987 passou a ser o maior produtor
mundial de mexilhões. Neste país, desde 1950, são realizados estudos sobre a produção de
sementes de mexilhões em laboratório (ZHANG, 1984) e, atualmente, a China obtém dessa
forma parte as produção da espécie nativa Perna viridis (ROUTLEDGE, 1998).
Todavia, um dos fatores limitantes à manutenção da mitilicultura e seu
desenvolvimento sustentado é a obtenção de sementes (denominação dos jovens mexilhões)
3
de boa qualidade. Na maioria dos cultivos de Santa Catarina, 60% das sementes utilizadas são
oriundas de estoques naturais (ROSA, 1997). Para minimizar o problema da extração, o
IBAMA estabelece através da Portaria nº 9, de 03/2003, períodos de defeso do mexilhão
Perna perna nas regiões sudeste e sul do Brasil, de 1 de setembro a 30 de novembro e de 1 de
janeiro a 28 de fevereiro de cada ano. Estabelece, também, critérios para a retirada de
sementes nos costões, limitando a quantidade e a forma de extração. Este direito se restringe
aos aqüicultores devidamente licenciados pelo órgão competente, sendo proibida a
comercialização de sementes de mexilhões provenientes de bancos naturais (OLIVEIRA
NETO, 2003).
A produção de mexilhões no país é dependente de sementes extraídas do costão, sendo
que na Ilha de Santa Catarina apenas uma minoria utiliza, como alternativa, a obtenção de
sementes através de coletores e reaproveitamento dos jovens nas cordas de adultos, no
momento da colheita (GARCIA, 2001). A coleta realizada exclusivamente em estoques
naturais de forma não controlada, não produz um rendimento suficiente para prover cultivos
em escala comercial (MARQUES, 1987; FUJII, 2001), o que torna a atividade insustentável.
Outro fator preocupante são as técnicas de colheita empregadas pelos extratores de
sementes que, durante a maré baixa, utilizam pás para raspar os costões (WALTER e
LIEBEZEIT, 2003). Esta prática, além de proibida, não implica apenas no comprometimento
do estoque natural de mexilhões, mas também de uma gama de organismos associados, que
são deixados sobre as pedras sem chances de sobreviver (MOHEDANO, 2000). Como nas
áreas de cultivo os costões já foram superexplorados, as sementes têm sido procuradas em
outras regiões, inclusive em áreas de preservação como o Parque Estadual da Serra do
Tabuleiro (GARCIA, 2001).
LUNETTA (1988) já alertava que, ao longo de décadas, os estoques naturais de
mexilhões vêm sendo dizimados por coletas indiscriminadas e pela poluição. Estes têm baixo
poder de recuperação, sendo um processo complexo que envolve a interação de uma série de
organismos (CRAWFORD e BOWER, 1983; FREITAS, 1997; DYE et al., 1997). Estudos
sobre o efeito dessa exploração têm mostrado que nas áreas onde os mexilhões são removidos,
as comunidades do infralitoral são dominadas por macroalgas, que formam uma densa relva
provocando a exclusão de organismos sésseis (DYE et al., 1997).
Estudos em diversos pontos do litoral brasileiro têm mostrado que o mexilhão Perna
perna se reproduz ao longo de todo o ano, apresentando máximos de desova no outono,
primavera e verão (LUNETTA, 1969; CASAS, 1986; GARCIA, 1990; ARAÚJO, 1994).
Segundo AMADO ACUÑA, 1977), devido à grande fecundidade deste animal, o sucesso
4
reprodutivo depende mais da taxa de sobrevivência dos estágios larvais, do que do número de
gametas emitidos. O LMM aponta como alternativa a captação de larvas, através de fixação
em coletores manufaturados, por produtores que podem até se dedicar exclusivamente a esta
atividade. No entanto, o baixo custo das sementes fornecidas pelos extratores de costão não
estimula a utilização de coletores (ARANA, 2000).
Segundo ROSA (1997)e GARCIA (2001), devido ao grande desperdício no manejo, a
quantidade de sementes utilizada pelos maricultores não corresponde à quantidade final
esperada. No entanto, para evitar a demanda excessiva de sementes, o manejo poderia ser
otimizado através da confecção de cordas de mexilhões com tamanhos homogêneos de
sementes, repicagem e instalação de redes externas para evitar perdas por predação.
Com o aumento da mitilicultura no Estado de Santa Catarina e a certeza de que a
extração dos animais no costão não se constitui em uma prática sustentável, duas linhas de
pesquisa têm sido solicitadas pela comunidade à Universidade: melhoria no sistema de
coletores para fixação de mexilhões no mar e produção de larvas em laboratório.
Segundo ARANA (1999), estudos devem ser realizados visando não só o
aprimoramento da aqüicultura, como também soluções para problemas de ordem econômica,
social e ambiental. O conhecimento da fixação de larvas e a determinação de coletores
eficientes possibilitam a continuidade de cultivos racionais, sem comprometer as necessidades
das gerações futuras (GARCIA, 2001).
Segundo MARQUES e PEREIRA (1988), o primeiros testes com coletores no Brasil
foram realizados em 1975. Mas foi na década de 90, baseada em métodos já em uso nos
grandes centros de produção como França, Espanha e Portugal, que a captação de sementes
utilizando coletores manufaturados despontou (ARAÚJO, 1994).
Os materiais mais empregados para coletar larvas nas imediações dos cultivos são
redes de pesca, estacas de bambu, tubos de PVC e fibra vegetal (FERREIRA e
MAGALHÃES, 2004). Alguns mitilicultores utilizam como coletores apenas estruturas do
próprio cultivo como balsas, flutuadores, cabos e bombonas (ARAÚJO, 1994). No entanto,
vários materiais podem ser utilizados com este intuito, como concreto, madeira, fibra de
vidro, telha, corda (KING et al., 1990), sisal, placas de amianto, tiras de borracha, entre outros
(ROJAS, 1969; RAJAGOPAL et al., 1998), sendo imprescindível observar a durabilidade
destes materiais no ambiente marinho (RAMÍREZ e CÁCERES-MARTÍNEZ, 1999).
Para que a captação de larvas seja bem sucedida, os coletores devem ser colocados no
mar antes dos períodos de maior incidência de larvas no plâncton. Esta iniciativa promove a
5
formação de um filme biológico que, por sua vez, aumenta o potencial atrativo dos coletores
(BAYNE, 1976; DOBRETSOV e WAHL, 2001; FERREIRA e MAGALHÃES, 2004).
Segundo AQUINI (1999), as sementes provenientes de coletores, quando cultivadas
nas mesmas condições, crescem mais rápido que as captadas nos estoques naturais. Além
disso, GARCIA (1990) afirma que os mexilhões provenientes de coletores atingem o estádio
IIIA (repletos de gametas) em apenas dois meses, enquanto os animais extraídos dos costões
atingem o mesmo estádio em quatro meses. Os animais nesta fase são mais valorizados na
comercialização, pois a quantidade de gametas nos tecidos corporais tornam os indivíduos
mais pesados (GARCIA, 2001) e mais saborosos.
O desenvolvimento de tecnologia para produção de mexilhões Perna perna em
laboratório, amplia os conhecimentos sobre a espécie e fornecem subsídios ao crescimento da
mitilicultura, como formas de apoio, evitando flutuações na produção. Pode viabilizar uma
sobrevivência maior e o desenvolvimento do ciclo de vida em menor tempo que o encontrado
na natureza (FERNANDES, 1988; NAIR e APPUKUTTAN, 2003). Além disso, estudo da
reprodução de espécies nativas de interesse comercial, contribuem para a preservação dos
estoques naturais e a manutenção do pool genético (NARCHI, 1979; ARAÚJO, 1994).
A produção de larvas de Perna perna em laboratório envolve elevados gastos de
operação e manutenção, tendo sido considerada economicamente inviável, por muitos autores,
em função do preço de venda do molusco e do custo de manutenção do laboratório. Todavia,
segundo ROUTLEDGE (1998), a China e a Nova Zelândia garantem o suprimento regular de
sementes de mexilhões produzindo em laboratório suas espécies nativas, em nível comercial
(Perna viridis e P. canaliculus).
As fases larvais do Perna perna foram descritas por VÉLEZ e MARTINEZ (1967) e
ROMERO (1977 e 1980), contudo ROJAS e MARTÍNEZ (1967) salientam a importância do
conhecimento do tempo mínimo necessário entre a desova e a fixação. É importante, também,
o desenvolvimento de métodos eficientes para assentar as larvas, um dos desafios ao
progresso do cultivo de mexilhões (SATUITO et al., 1997).
O embrião do mexilhão Perna perna apresenta clivagem espiral, holoblástica e
dextrógira. Oito horas após a fecundação completa-se o desenvolvimento da trocófora, o
primeiro estágio larval(ARAÚJO, 1995). Segundo BAYNE (1965) em 24 horas pode ser
observada a larva D ou vélíger, neste estágio é secretada a primeira concha larval
(prodissoconcha I), com charneira reta e ocorre a formação do vélum. A deposição da
segunda concha larval (prodissoconcha II) inicia-se em 7 dias formando estrias concêntricas
na estremidade posterior, caracterizando a veliconcha. Em torno de 20 dias o pé finaliza seu
6
desenvolvimento e torna-se funcional, neste estágio a larva é chamada de pedivéliger. A
metamorfose compreende mudanças marcantes como reorientação dos órgãos internos,
secreção dos primeiros filamentos de bisso e secreção da concha definitiva, a dissoconcha. O
estágio de pós-larva é denominado de plantígrado.
FERNANDES (1988) relata que os fatores que mais influenciam na sobrevivência e
no crescimento larval de Perna perna em laboratório são: as condições dos reprodutores, o
tipo e a quantidade de alimento ministrado, a densidade larval nos tanques de cultivo, a
temperatura, a salinidade, os processos envolvidos na metamorfose e a concentração e
proporção dos gametas utilizados na fertilização.
O LMM/CCA/UFSC desenvolve desde 1998 a larvicultura de Perna perna, tendo
obtido sucesso. Todavia para as etapas de assentamento e passagem de juvenis para o mar são
necessários mais estudos para garantir a produção.
No laboratório, através de desova induzida, pode-se obter larvas pedivéliger
completamente diferenciadas e aptas ao assentamento em menos de trinta dias. No entanto, a
fase de fixação apresenta um tempo muito variável, como também registraram BUCHANAN
e BABCOCK (1997). FERNANDES (1988) e ROUTLEDGE (1998) obtiveram plantígrados
de Perna perna em laboratório, com 47 e 51 dias de cultivo, respectivamente.
No ambiente natural, o assentamento ocorre em duas fases. Uma fase de assentamento
primário em locais de fixação temporária como algas filamentosas e uma fase pelágica, de
fixação mais permanente, em bancos de mexilhões adultos (BAYNE, 1964).
BAYNE (1965) afirma que as larvas são competentes para assentar com 250µm de
comprimento de concha, mas o assentamento nem sempre ocorre com indivíduos desse
tamanho. Além disso, a larva de mexilhão pode interromper o crescimento e atrasar a
metamorfose, prolongando o seu potencial pelágico por algum tempo (BAYNE, 1965;
MCQUAID
e PHILLIPS, 2000). Segundo BOARD (1983), a ausência de um prazo final torna
o assentamento em laboratório um processo lento e irregular.
O objetivo deste trabalho é estudar o assentamento de larvas do mexilhão Perna perna
em condições de laboratório.
7
ASSENTAMENTO DE LARVAS DO MEXILHÃO Perna perna EM CONDIÇÕES DE
LABORATÓRIO
*
SETTLEMENT OF THE MUSSEL Perna perna LARVAE IN LABORATORY
CONDITIONS
Tathiana Zimmermann de FARIAS
3
, Aimê Rachel Magenta MAGALHÃES
4
*
Auxílio da CAPES
3
Curso de Pós-Graduação em Aqüicultura – CCA/UFSC
4
Departamento de Aqüicultura – CCA/UFSC
Endereço: Rod. SC 404, Km 3, Itacorubi – Florianópolis – SC – Brasil – Caixa Postal 476- CEP 88040-900
Resumo
Para estudar a taxa de
assentamento e metamorfose do mexilhão
Perna perna e melhor densidade de larvas
(2, 3 e 4 larvas mL
-1
), foram realizadas três
séries de experimentos. As duas primeiras
foram conduzidas em tanques
retangulares de 1,5L e 50L usando placas
de PVC como substrato de assentamento
e, a última, em tanques cilíndricos de 80L
e substrato de tela (200µm). As larvas
utilizadas em todos os ensaios eram
provenientes da mesma larvicultura,
sendo que as larvas da terceira série
permaneceram 3 dias na geladeira a 10º C.
Os tanques cilíndricos com substrato de
tela mostraram-se mais eficientes,
apresentando uma taxa de assentamento
de 71% e metamorfose de 43,5% ao final
de 15 dias, o maior período analisado. Os
tanques de 1,5L não apresentaram a
mesma dinâmica que os tanques de 50L e
as placas de PVC, apesar de permitirem
uma contagem mais precisa, não
proporcionaram uma adesão
suficientemente forte, o que provocou
ressuspensão de larvas já assentadas
durante o manejo. Nos experimentos 1 e 2,
o número de larvas assentadas aumentou
em função do tempo, mas a taxa de
assentamento foi maior nos primeiros 5
dias. As densidades de 3 e 4 larvas mL
-1
foram consideradas melhores. A
manutenção de larvas na geladeira é uma
opção viável para um curto período de
tempo (3 dias). Tais resultados indicam
que é possível assentar larvas em
condições de laboratório no período de 5
8
dias, obtendo taxa de metamorfose
favorável.
Palavras-chave: mexilhão, assentamento,
coletor, larva, larvicultura
Abstract
Three series of experiments were
carried out to study the settlement rate
and metamorphosis of the Perna perna
mussel and the optimum larva density (2,
3 and 4 larvae mL
-1
). The first two were
conducted in 1.5L and 50L rectangular
tanks, using PVC plates as collectors; the
third was conducted in 80L cylindrical
tanks with a mesh collector (200µm). The
larvae used in all the assays came from the
same larviculture. The larvae in the third
set remained in a refrigerator for three
days at 10º C. The cylindrical tanks with
mesh collectors proved more efficient,
presenting a settlement rate of 71% and
metamorphosis of 43.5% at the end of 15
days, which was the longest period
analyzed. The 1.5L tanks did not present
the same dynamics as the 50L tanks.
Although the PVC plates permitted a
more precise count, they did not provide
sufficient adhesion, leading to the re-
suspension of settled larvae during
handling. In Experiments 1 and 2, the
number of settled larvae increased over
time, but the settlement rate was greater in
the first 5 days. The densities with 3 and 4
larvae mL
-1
were considered best.
Maintaining larvae in a refrigerator is a
viable option for short periods of time (3
days). Such results indicate that larva
settlement is possible under laboratory
conditions in a period of 5 days, obtaining
a favorable metamorphosis rate.
Key Words: mussel, settlement, collector,
larva, larviculture
Introdução
O cultivo de moluscos, no litoral de
Santa Catarina, consolidou-se como uma
atividade familiar por fornecer aos
pescadores artesanais, condições de
permanecerem em seus locais de origem
preservando a identidade cultural das
comunidades litorâneas (FERREIRA e
MAGALHÃES, 2004).
O baixo custo de implantação e
manejo simples, aliados à alta
produtividade da região (FERREIRA e
MAGALHÃES, 1995), permitiram que o
Estado se tornasse o maior produtor
brasileiro de organismos aquáticos, sendo
os peixes de água doce e os moluscos
marinhos os principais produtos
(ROCKZANSKI et al., 2000).
No entanto, a produção de
mexilhões no país é dependente de
sementes extraídas do costão, sendo que
9
na Ilha de Santa Catarina apenas uma
minoria obtem sementes (denominação
dos jovens mexilhões) através do uso de
coletores e reaproveitamento dos jovens
nas cordas de adultos, no momento da
colheita (GARCIA, 2001). A coleta
realizada exclusivamente em estoques
naturais de forma não controlada, não
produz um rendimento suficiente para
prover cultivos em escala comercial
(MARQUES, 1987; FUJII, 2001), o que
torna a atividade insustentável.
No Brasil, os primeiros testes para
captação de sementes utilizando coletores
manufaturados foram realizados em 1975
(MARQUES e PEREIRA, 1988). Todavia,
poucos são os produtores que utilizam
coletores.
O desenvolvimento de tecnologia
para produção de mexilhões em
laboratório amplia o conhecimento sobre a
espécie e fornece subsídio ao crescimento
da mitilicultura, como forma de apoio,
evitando flutuações na produção
(FERNANDES, 1988).
A produção de larvas de Perna
perna em laboratório envolve elevados
gastos de operação, tendo sido
considerada economicamente inviável, por
muitos autores, em função do preço de
venda do molusco e do custo de
manutenção do laboratório. Todavia,
segundo ROUTLEDGE (1999), A China e a
Nova Zelândia garantem o suprimento
regular de sementes de mexilhões
produzindo em laboratório suas espécies
nativas, em nível comercial (Perna viridis e
P. canaliculus).
As fases larvais do Perna perna
foram descritas por VÉLEZ e MARTINEZ
(1967) e ROMERO (1980), contudo ROJAS
e MARTÍNEZ (1967), salientam a
importância do conhecimento do tempo
mínimo necessário entre a desova e a
fixação.
Segundo ROUTLEDGE (1999) o
primeiro estágio larval é o de trocófora,
seguido pelo estágio denominado véliger,
observado em 24 horas. Em 7 dias inicia-se
o desenvolvimento da larva veliconcha.
Quando o pé finaliza seu desenvolvimento
e torna-se funcional, por volta do 20º dia
após a fertilização, a larva é chamada de
pedivéliger. Durante a metamorfose
ocorre a secreção da concha definitiva, a
dissoconcha. O estágio de pós-larva é
denominado plantígrado.
10
É importante, também, o
desenvolvimento de métodos eficientes
para assentar as larvas, um dos desafios ao
progresso do cultivo de mexilhões
(SATUITO et al., 1997).
48°32’12.9”
N
27°29’18.8”
Este trabalho tem como objetivo
estudar o assentamento de larvas do
mexilhão Perna perna em laboratório, bem
como a taxa de assentamento e
metamorfose e melhor densidade de
larvas.
Ilha de Santa Catarina
Baía Norte
Baía Sul
Oceano
Atlântico
Metodologia
0 6,1
Local de estudo
Km
As larvas de mexilhão utilizadas
foram produzidas no Laboratório de
Moluscos Marinhos (LMM) do
Departamento de Aqüicultura da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Os exemplares de Perna perna adultos,
induzidos à desova foram provenientes do
cultivo experimental do LMM, localizado
na Praia do Sambaqui, no noroeste da Ilha
de Santa Catarina (Figura 1).
Figura 1- Localização da Praia
do Sambaqui (), município de
Florianópolis-SC.
Procedimentos de laboratório
De fevereiro a dezembro de 2004,
foram realizados bioensaios para avaliar o
assentamento e metamorfose das larvas do
mexilhão Perna perna.
Em todos os ensaios os tanques foram
abastecidos com água do mar filtrada,
esterilizada com ultravioleta, com aeração
constante e troca de água a cada 48 horas.
A temperatura e a salinidade da água dos
tanques foram mantidas em torno de 22 e
26ºC e 35‰, respectivamente. As larvas
retidas em malha de 230µm foram
quantificadas através de pesagem em
balança de precisão e alimentadas com as
microalgas Isochrysis galbana (30%) e
Skeletonema costatum (70%), produzidas no
próprio LMM.
Experimento 1
As unidades experimentais consistiam
em 9 tanques plásticos de 56L
(56,5x38,5x37,1cm), abastecidos com 50L
de água do mar. O bioensaio foi
conduzido através de três tratamentos
11
com diferentes densidades larvais: 2 larvas
mL
-1
(100.000 larvas), 3 larvas mL
-1
(150.000) e 4 larvas mL
-1
(200.000). Como
substrato de assentamento de larvas,
foram utilizadas 3 placas de PVC (2 mm)
(15x30cm), com quadrantes de 5x5cm,
dispostas no fundo dos tanques. Para
obtenção do número total de larvas
assentadas, as três placas de cada
tratamento foram contadas no 5º, 10º e 15º
dias de experimento e mantidas em um
tanque para avaliação da metamorfose.
Experimento 2
Este ensaio foi conduzido em 9
recipientes de 10x15x10cm, abastecidos
com 1,5L de água do mar e densidade de
três larvas mL
-1
(4.500). Como substrato de
assentamento de larvas foram utilizadas
uma placa de PVC (1mm) (10x15cm) no
fundo de cada tanque. As placas foram
contadas no 5º, 10º e 15º dias de
experimento, havendo três repetições para
cada dia de contagem (Figura 2).
Experimento 3
Esta etapa foi conduzida em
tanques cilíndricos de 80L, povoados com
3 larvas mL
-1
(240.000) em 3 repetições. As
larvas utilizadas eram procedentes do
mesmo lote dos ensaios anteriores. Porém,
foram mantidas na geladeira (10°C)
envolvidas em malha de 80µm de
abertura, mergulhada em um béquer com
água do mar. Depois de três dias as larvas
foram retiradas da geladeira e colocadas
em um tanque, para atingir a temperatura
de 24ºC. No dia seguinte as larvas foram
colocadas nos tanques de assentamento.
Os substratos de assentamento de larvas
consistiam de uma tela de 60x90cm com
200µm de abertura de malha presa no
fundo do tanque por um anel de fibra de
vidro com 40cm de diâmetro (Figura 2).
Para estimar o número de larvas
assentadas no 5º, 10º e 15º dias de
experimento, a água de cada tanque foi
sifonada e concentrada em 2 litros de
água. Este volume foi homogeneizado e
dele foram retiradas 5 alíquotas de 10mL,
sendo deste volume retiradas 5 amostras
de 0,5mL para contagem em microscópio
através da utilização de câmara de
contagem Sedgwick-Rafter. O número de
larvas assentadas foi identificado através
Figura 2- Unidades experimentais e substratos
de assentamento utilizados nos experimentos 1
(A), 2 (B) e 3 (C).
A
B
C
12
da subtração do número de larvas
sifonadas do número total de larvas, a
cada amostragem.
No final de todos os experimentos,
o número de plantígrados foi contado e 50
indivíduos de cada experimento foram
medidos para identificar as classes de
tamanho dos mesmos.
Análise estatística
Os dados numéricos de
assentamento sofreram transformação
logarítmica do tipo log
10
x, seguidos de
teste Tukey. Para análise da metamorfose
foi utilizada permutação (SAS, 2002. A
taxa de assentamento foi calculada com o
número de larvas fixadas dividido pelo
número total de larvas.
Resultados e discussão
O entendimento dos processos que
envolvem o assentamento de mexilhões
são de grande importância para o
desenvolvimento de tecnologia em
larviculturas e no controle deste
organismos em estruturas onde a sua
presença é indesejada (SATUITO et al.,
1997).
Para avaliação das taxas de
assentamento e metamorfose foram
utilizadas larvas pedivéliger, estágio que
precede estes eventos. Segundo ROMERO
(1980), a larva pedivéliger de Perna perna
apresenta o pé e o vélum funcionais e
torna-se completamente diferenciada em
aproximadamente 20 dias com
temperatura de 25°C. No entanto, no
presente trabalho, este evento ocorreu
somente no 29º dia de cultura.
As larvas de Mytilus edulis estão
aptas para assentar com 250µm de concha
(BAYNE, 1965), assim como ocorre com o
mexilhão Perna canaliculus (REDFEARN et
al., 1986).
Neste estudo, as larvas foram
retiradas do tanque de larvicultura, sendo
retidas em tela de 230µm para selecionar
apenas os indivíduos aptos à fixação.
O assentamento primário de
espécies dos gêneros Mytilus e Perna no
ambiente natural, ocorre em substratos
filamentosos, seguido por uma fase
migratória, durante o qual se deslocam no
substrato. Com tamanho entre 0,5 e
1,5mm, os juvenis estão aptos ao
assentamento definitivo em estoques de
mexilhões e substratos consolidados
(DOBRETSOV
e WAHL, 2001).
Esse padrão de assentamento em
dois estágios para Mytilus é um
mecanismo que reduz a competição entre
larvas, adultos (BAYNE, 1964) e outros
organismos sésseis da comunidade
(PETERSEN, 1984).
No entanto, LASIAK e BARNARD,
1995), estudando assentamento de Perna
perna no sul da África e BUCHANAN e
13
BABCOCK (1997) estudando Perna
canaliculus na Nova Zelândia,
evidenciaram que em algumas populações
de mitilídeos os juvenis renunciam à fase
de assentamento primário em substratos
filamentosos e assentam diretamente em
estoques de mexilhões adultos.
Neste estudo, observamos que sem
agitação da água, as larvas migram para o
fundo, onde assentam. Isto também é
relatado por EYSTER e PECHENIK (1988);
OSTINI et al. (1992); CÁCERES-
MARTÍNEZ et al. (1994). Este fato nos leva
a crer que o assentamento pode ser um
processo passivo, como afirma HARVEY
et al. (1995), onde a dinâmica da água é o
elemento propulsor das larvas e as algas
filamentosas um substrato com grande
superfície de contato, o que aumenta a
taxa de encontro. Ademais, vários autores
salientam a influência exercida por fatores
físicos como o vento e as correntes na
velocidade e direção do assentamento
(MARQUES, 1987; EYSTER e PECHENIK,
1988; KING et al., 1990, MARTEL et al.,
1994; PULFRICH, 1996; SNODDEN e
ROBERTS, 1997; CÁCERES-MARTÍNEZ
e
FIGUERAS, 1998; RAJAGOPAL et al.,
1998).
O comportamento das larvas de
mitilídeos durante o assentamento é de
intercalar a natação e rastejamento, sendo
que a descida para fixação ocorre quando
as respostas em relação à luz, gravidade e
pressão se modificam (DOBRETSOV e
MIRON, 2001; GOSLING, 2003). A
secreção de um adesivo de proteína
(NISHIDA et al., 2003) e os primeiros fios
de bisso marcam o fim da vida pelágica
(BAYNE, 1971).
T1 T2 T3
dia 5
dia 10
0
10
20
30
Taxa de assentamento (%)
*
b
*
b
b
a
a
a
a
a
a
Tanto no mar quanto em
laboratório, as larvas podem ser captadas
através de coletores manufaturados, que
são oferecidos como substrato.
Segundo DOBRETSOV
e WAHL
(2001), substratos artificiais são
selecionados por Mytilus edulis. Os
dia 15
Metamorfose
Figura 3- Experimento 1: Taxa de assentamento das
larvas do mexilhão Perna perna. Diferenças
estatisticamente si
g
nificativas (P<0,05) entre os
tratamentos (*, ) e dias amostrados (a,b). T1: 2
larvas mL
-1
; T2: 3 larvas mL
-1
; T3: 4 larvas mL
-1
.
0
10
20
30
5º dia 10º dia 15º dia
Taxa (%)
Assentamento
Figura 4- Experimento 2: Taxa de assentamento
metamorfose das larvas do mexilhão Perna perna.
14
substratos rugosos e filamentosos são
considerados os melhores para o
assentamento, pois permitem maior
contato com os filamentos mucosos das
larvas, que são facilmente comprimidas
entre os filamentos e rugas (HARVEY et
al., 1995; PULFRICH, 1996; RAMÍREZ e
CÁCERES-MARTÍNEZ, 1999;
DOBRETSOV
e WAHL, 2001; WALTER e
LIEBEZEIT, 2003). Além disso, funcionam
como filtros passivos, quando colocados
perpendicularmente à corrente
predominante (PULFRICH, 1996).
0
20
40
60
80
100
dia 10º dia 15º dia
Taxa de assentamento
acumulativo (%)
b
b
a
Figura 5- Experimento 3: Taxa de assentamento e
metamorfose das larvas do mexilhão Perna perna.
Apesar da preferência dos mexilhões
por estes substratos, as placas de PVC,
utilizadas nos experimentos 1 e 2, foram
consideradas mais apropriadas, dada as
condições estáticas da água nos tanques,
como citam EYSTER e PECHENIK (1988) e
CÁCERES-MARTÍNEZ
e FIGUERAS
(1998).
DOBRETSOV
e WAHL (2001) e
DEVAKIE
e ALI (2002) afirmam que os
metabólitos das microalgas e bactérias
formam um gradiente químico, podendo
atrair ou repelir as larvas. SATUITO et al.
(1997), obteve 90% de assentamento em
vidro coberto por biofilme.
Em experimentos prévios,
observamos que nas placas de PVC o
biofilme é formado nos primeiros dias,
não sendo necessário outro tipo de
condicionamento aos substratos de
assentamento.
No PVC ocorreu uma ampla fixação
inicial, com formação de grumos, também
observada por CÁCERES-MARTÍNEZ et
al. (1994). Entretanto, durante o manejo, o
biofilme, em alguns locais do substrato de
assentamento, era removido
acidentalmente e as larvas não fixadas ou
fracamente fixadas eram suspensas
novamente. Segundo LEKANG et al.
(2003), isto ocorre porque a maioria dos
mexilhões dos grumos estão fixados em
outros indivíduos, enquanto apenas
alguns estão em contato com a placa
coletora. Na placa de 1mm, utilizada do
experimento 2, este evento foi mais
freqüente devido ao seu aspecto acetinado
e menor porosidade, comparando-se com
a placa de 2mm. Por este motivo, no
experimento 3, que foi iniciado
posteriormente, optamos pelo substrato de
tela. Estes, em função da sua
permeabilidade, causaram menos danos às
larvas e evitaram a fixação no fundo dos
tanques.
15
Nesse experimento, apesar de haver
ocorrido maior concentração de larvas em
alguns pontos do substrato de
assentamento, as larvas apresentaram uma
distribuição mais homogênea e menor
perda pós assentamento. Estas larvas
assentadas em conjunto não formavam
grumos, apenas exibiam um
comportamento gregário. Os mexilhões
bem fixados possuem filamentos de bisso
curtos e firmes (LEKANG et al., 2003),
além de maior número de filamentos e
adesivo resistente (MATSUI et al., 2001).
O assentamento no experimento 1
apresentou o máximo de assentamento no
15º dia de experimento (Figura 3),
diferindo estatisticamente dos outros dias
de amostragem (P<0,05). SATUITO et al.
(1997), afirma que a taxa de assentamento
aumenta em função do tempo. A taxa de
assentamento no tratamento 1 (2 larvas
mL
-1
) foi de 20 %, sendo superior e
diferente (P<0,05) do tratamento 2 (3
larvas mL
-1
). A baixa densidade larval
pode ter favorecido o assentamento
(Figura 3).
No experimento 2, as taxas de
assentamento e metamorfose (Figura 4)
não diferiram estatisticamente nos
diferentes dias de amostragem (P<0,05).
A taxa de assentamento do
experimento 3, representada na figura 5,
apresentou os maiores índices no 10º
(62%) e 15º (71%) dias de experimento,
sendo estatisticamente maiores do que no
5º dia (P<0,05).
Durante a metamorfose ocorre
redução na taxa de alimentação e
degeneração do vélum, promovendo uma
reorganização dos órgãos e secreção da
concha adulta (BAYNE, 1965 e 1971).
0
10
20
30
40
50
T1 T2 T3
Taxa de metamorfose (%)
dia 5
dia 10
b
*
b
b
O início da metamorfose e a
duração deste evento variou entre os
experimentos. No experimento 1, ocorreu
para a maioria das larvas entre o 10º e 13º
dia; já no experimento 2, entre o 11º e 15º.
No experimento 3 foram observadas
larvas já metamorfoseadas no 3º dia, mas
para a maior parte ocorreu entre o 8º e 10º
dia, resultando em uma taxa de
metamorfose de 43,5% no final dos 15 dias
de experimento (Figura 5).
Quanto ao tamanho dos
plantígrados, os comprimentos médios
nos experimentos 1, 2 e 3 foram,
respectivamente, 1; 0,7 e 1,5mm.
dia 15
*
a
a
a
a
a
a
Figura 6- Experimento 1: Taxa de metamorfose das
larvas do mexilhão Perna perna. Diferenças
estatisticamente significativas (P<0,05) entre os
tratamentos (*, ) e dias amostrados (a,b). T1: 2
larvas mL
-1
; T2: 3 larvas mL
-1
; T3: 4 larvas mL
-1
.
16
Os resultados do experimento 1
evidenciaram uma maior taxa de
metamorfose no 15º dia, apresentando
diferença estatística dos demais dias de
amostragem (Figura 6). O tratamento 2
exibiu diferenças estatisticamente
significativas dos outros tratamentos no
10º dia, quando foi superior (4%). A maior
taxa de metamorfose ocorreu no
tratamento 3 (33%), enquanto o tratamento
1, que apresentou maior taxa de
assentamento, obteve a mais baixa (14%).
As larvas que não estavam
assentadas nos dias de amostragem
definidos para cada tanque apresentavam,
em sua maioria, tamanhos pequenos (250-
350µm). Este prolongamento da vida
pelágica, ou atraso da metamorfose, é
citado por BAYNE (1965) como sendo um
período de manutenção de um certo nível
de organização, não havendo formação de
novos tecidos.
NAIR e APPUKUTTAN (2003), em
estudos sobre condições ótimas de
crescimento, sobrevivência e redução do
estágio larval de Perna viridis, obtiveram
assentamento entre 34 e 41 dias com
temperatura de 24ºC, em 15% das larvas,
sendo superado por 45% de assentamento
a 27ºC.
Em pré-ensaio desenvolvido no
inverno, a temperatura da água do mar
variou de 19 a 22ºC. Nestas condições
desfavoráveis foi observada uma séries de
fatores negativos, tais como: grande
número de larvas adiando a metamorfose,
alta mortalidade, formação de grumos,
baixo consumo de alimento e
heterogeneidade no tamanho das larvas.
Em todos os experimentos, a
temperatura variou entre 22 e 26ºC,
permanecendo a maior parte do período
experimental em 24ºC.
A alimentação também é otimizada
com o aumento da temperatura, com
conseqüente aumento na taxa de
crescimento devido a uma melhor ação
das enzimas digestivas nestas condições
(PECHENIK et al. 1990; NAIR e
APPUKUTTAN, 2003).
Para obter resultados mais eficazes
em termos de crescimento e sobrevivência,
vários autores utilizam dietas mistas
(PECHENIK et al., 1990; DEVAKIE e ALI,
2002). Neste estudo foram oferecidas as
algas Isochrisis galbana e Skeletonema
costatum, amplamente utilizadas em
cultura de bivalves (GOSLING, 2003).
No experimentos 1 e 2 a
concentração de alimento ministrado
variou de 4 x10
4
a 11x10
4
células mL
-1
/dia.
No experimento 3 o consumo foi mais
elevado, variando de 6x10
4
a 16x10
4
células mL
-1
/dia.
A hidrodinâmica nos tanques
utilizados no experimento 3 foi otimizada
pelo aumento da aeração, fato que não
ocorreu em experimentos prévios nos
17
tanques retangulares. A área circular
interna e a altura do tanque
provavelmente favoreceram o fluxo da
água.
A partir do 8º dia de experimento,
foi observada, freqüentemente, a presença
de monofilamentos de muco produzidos
pelas larvas do experimento 1. Estes
filamentos são secretados pelo pé e tem a
função de auxiliar na dispersão passiva
(MARTEL, 1993; BUCHANAN e
BABCOCK, 1997), permitindo que o
mexilhão fique à deriva explorando as
correntes para migrar e povoar novos
locais a uma distância de até 5Km
(MCQUAID e PHILLIPS, 2000). Estas
estruturas eram observadas após o
sifonamento dos tanques, quando as
larvas eram acondicionadas em baldes
plásticos e homogeneizadas para
contagem. Talvez as turbulências
provocadas na água durante estes
procedimentos tenham estimulado este
comportamento de migração.
As larvas que foram armazenadas
a 10ºC na geladeira apresentaram
respostas positivas de assentamento e
metamorfose, respectivamente 71% e
43,5%, em 15 dias de experimento. No
entanto, como não foram montados
tanques de controle, não é possível afirmar
que o condicionamento de larvas em
temperaturas baixas otimiza e/ou acelera
a fixação e metamorfose larval. Pode-se
apenas sugerir o uso da geladeira como
uma opção viável de armazenamento de
larvas, em um curto período de tempo (3
dias).
Conclusões
No presente trabalho, sobre
larvicultura do mexilhão Perna perna, foi
possível concluir que:
- A taxa de assentamento e metamorfose
aumenta com o tempo, mas o 5º dia
apresenta a maior taxa por período;
- As densidades de 3 e 4 larvas mL
-1
são
adequadas para a metamorfose de
larvas de mexilhões em condições de
laboratório.
Agradecimentos
À CAPES pela concessão da Bolsa de
Mestrado para o primeiro autor.
Ao LMM/CCA/UFSC por concessão de
material biológico e todo o apoio logístico
aos experimentos.
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22
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
O BOLETIM DO INSTITUTO DE PESCA tem por objetivo a divulgação de trabalhos
de pesquisa originais ou de observações inéditas, relacionados a Pesca, Aqüicultura e
Limnologia. É publicado 01 volume por ano, com o necessário número de tomos.
Os trabalhos divulgados através do Boletim do Instituto de Pesca podem ser
enquadrados como: Artigo Científico, Nota Científica, Artigo de Revisão ou Relato de Caso.
Podem ser redigidos em português, inglês ou espanhol e devem conter os seguintes itens:
TÍTULO: Deve ser claro e conciso, redigido em português e inglês e, se for o caso, também
em espanhol. Havendo necessidade de título longo, recorrer a subtítulo. Deve ser apresentado
em letras maiúsculas. No caso de recebimento de auxílio para a execução do trabalho,
informar no rodapé da página, por meio de asterisco, também aposto ao final do título.
NOME(s) DO(s) AUTOR(es): Deve(m) ser apresentado(s) por extenso, na ordem direta
(prenome e sobrenome) e em letras maiúsculas apenas o sobrenome pelo qual o(s) autor(es)
deve(m) ser identificado(s). A filiação do(s) autor(es) bem como o endereço completo para
correspondência e o e-mail deverão ser colocados no rodapé da primeira página, sendo
identificados por números arábicos.
RESUMO + Palavras-chave: É obrigatório em qualquer tipo de trabalho. O Resumo deve
conter concisamente o que foi feito, os resultados obtidos e a conclusão. Número máximo de
palavras: no resumo - para Artigo Científico e Artigo de Revisão, 250 (duzentas e cinqüenta);
para Nota Científica e Relato de Caso, 150 (cento e cinqüenta); em palavras-chave, 6 (seis)
palavras, incluindo nomes científicos, se necessário. Resumo + Palavras-chave em português
e inglês (Abstract + Key words) são obrigatórios, independente do idioma em que o trabalho
esteja redigido.
INTRODUÇÃO: Contém revisão da literatura relativa ao tema do trabalho e objetivo do
mesmo.
23
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS: Podem ser apresentados sob a forma de tabelas e/ou figuras, quando
necessário. Tabelas devem ser numeradas com algarismos arábicos e encabeçadas pela
respectiva legenda; os dados apresentados nesta não devem ser repetidos em gráfico, a não ser
quando absolutamente necessário. Gráficos, desenhos, mapas, fotografias etc., nunca
ultrapassando as medidas 16x21 cm, devem ser encaixados no texto, citados como figura e
numerados, consecutivamente, com algarismos arábicos, com título auto-explicativo abaixo.
Fotografias devem ser apresentadas, de preferência, no original. Figuras coloridas poderão ser
incluídas somente em casos estritamente necessários.
DISCUSSÃO: Resultados e Discussão podem constituir um capítulo único.
CONCLUSÃO(ões): Discussão e Conclusão também podem constituir capítulo único.
AGRADECIMENTOS: É opcional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 - NO TEXTO
-Usar o sistema Autor/Data, ou seja, o sobrenome do(s) autor(s) (em letras maiúsculas)
seguido(s) do ano em que a obra foi publicada. Assim:
Para um autor: MIGHELL (1975) observou... ; Segundo AZEVEDO (1965), a piracema...;
Estas afirmações foram confirmadas em trabalhos posteriores (WAKAMATSU, 1973).
Para dois autores: ROSA JÚNIOR e SCHUBART (1980), pesquisando... (Se o trabalho em
que os dois autores estão sendo citados estiver redigido em português, inglês ou espanhol,
usar e, and ou y, respectivamente, ligando os sobrenomes dos autores.).
Para três ou mais autores: O sobrenome do primeiro autor deve ser seguido da expressão “et
al.”. Assim: SOARES et al. (1978) constataram... ou Tal fato foi constatado na África
(SOARES et al., 1978).
-Ainda, quando for absolutamente necessário referenciar um autor citado em trabalho
consultado, o nome desse autor será referido apenas no texto (em letras minúsculas), indicando-
24
se, entre vírgulas e precedido da palavra latina apud, o nome do autor do trabalho consultado,
o qual irá figurar na lista de referências. Ex.: “Segundo Gulland, apud SANTOS (1978), os
coeficientes...”.
2 - NA LISTAGEM BIBLIOGRÁFICA
2.1. Documentos impressos
-Relacionar os trabalhos referidos no texto, com os nomes de todos os autores do trabalho,
separados por e, and ou y, se dois autores, e por ponto e vírgula, se mais de dois autores. As
referências devem ser ordenadas alfabeticamente pelo último sobrenome do autor. Havendo
mais de uma obra com a mesma entrada, considera-se a ordem cronológica e, em seguida, a
alfabética do terceiro elemento da referência.
Exemplos:
a) Artigo de periódico
BARBIERI, G. e SANTOS, E.P. dos 1980 Dinâmica da nutrição de Geophagus brasiliensis
(Quoy e Gaimard, 1824), na represa do Lobo, Estado de São Paulo, Brasil. Ciência e Cultura,
São Paulo, 32(1): 87-89.
WOHLFARTH, G.W.; MOAY, R.; HULATA, G. 1983 A genotype-environment interaction
for growth rate in the common carp, growing in intensively manured ponds. Aquaculture,
Amsterdam, 33: 187-195.
b) Dissertação, tese, trabalho apresentado para obtenção de Bacharelado etc.
GODINHO, H.M. 1972 Contribuições ao estudo do ciclo reprodutivo de Pimelodus
maculatus Lacépède 1803 (Pisces, Siluroidei) associado a variações morfológicas do ovário e
a fatores abióticos. São Paulo. 94p. (Tese de Doutoramento. Instituto de Ciências Biomédicas,
USP).
EIRAS, A.C. 1991 Células sanguíneas e contagem diferencial de leucócitos de 13 espécies de
teleósteos do rio Paraná - PR. São Paulo. 95p. (Trabalho para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Biológicas. Organização Santamarense de Educação e Cultura).
c) Livro, folheto etc.
GOMES, F.P. 1978 Curso de estatística experimental. 8a ed. Piracicaba: Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”. 430p.
25
ENGLE, R.F. e GRANGER, C.W.J. 1991 Long-run economic relationship: readings in
cointegration. New York: Oxford University Press. 301p.
d) Capítulo de livro, publicação em obras coletivas, anais de congresso, reunião, seminário etc.
MACKINNON, J.G. 1991 Critical values for cointegration tests. In: ENGLE, R.F. e
GRANGER, C.W.J. Long-run economic relationship: readings in cointegration. New York:
Oxford University Press. p.267-276.
AMORIM, A.F. e ARFELLI, C.A. 1977 Contribuição ao conhecimento da biologia e pesca
do espadarte e agulhões no litoral sul-sudeste do Brasil. In: CONGRESSO PAULISTA DE
AGRONOMIA, 1., São Paulo, 5-9/set./1977. Anais... São Paulo: Associação de Engenheiros
Agrônomos. p.197-199.
ÁVILA-DA-SILVA, A.O.; CARNEIRO, M.H.; FAGUNDES, L. 1999 Gerenciador de
banco de dados de controle estatístico de produção pesqueira marítima - ProPesqâ. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA, 11.; CONGRESSO LATINO
AMERICANO DE ENGENHARIA DE PESCA, 1., Recife, 17-21/out./1999. Anais... v.2,
p.824-832.
2.2. Informações eletrônicas (Documentos consultados online, em CD-ROM etc.)
-Utilizar as normas de referência de documentos impressos, acrescentando o endereço
eletrônico através do qual o documento foi consultado.
Exemplos:
FLORES, S.A. y HIRT, L.M. 2002 Ciclo reproductivo y fecundidad de Pachyurus bonariensis
(Steindachner, 1879), Pisces, Scianidae. Boletim do Instituto de Pesca, São Paulo, 28(1): 25-31.
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CASTRO, P.M.G. (sem data) A pesca de recursos demersais e suas transformações temporais.
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Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm> Acesso
em: 21 jan. 1997.
TOLEDO PIZA, A.R.; LOBÃO, V.L.; FAHL, W.O. 2003 Crescimento de Achatina fulica
(gigante africano) (Mollusca: Gastropoda) em função da densidade de estocagem. In: REUNIÃO
ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, 55.,
26
Recife, 14-18 jul./2003. Anais... Recife: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. 1
CD-ROM.
OBSERVAÇÕES:
1.Os manuscritos deverão ser digitados em Word/Windows, em fonte Book Antiqua, em
tamanho 11, com espaçamento 1,5 entre linhas, que devem ser numeradas, não ultrapassando
15 páginas, incluindo figura(s) e/ou tabela(s)
2. O trabalho deve ser enviado em três vias impressas e o arquivo do mesmo, em disquete ou
CD-ROM
3. O trabalho será analisado pelo Comitê Editorial do Instituto de Pesca (CEIP), segundo a
ordem cronológica de recebimento, e por revisores científicos da área. Em seguida, caso
necessário, retornará ao(s) autor(es) para modificações. O prazo de retorno do trabalho do(s)
autor(es) ao CEIP será de 30 (trinta) dias, após o qual o trabalho será automaticamente
cancelado.
4. Os originais não aceitos para publicação serão devolvidos ao(s) autor(es).
5. Cada autor receberá 20 (vinte) separatas. Havendo interesse por maior número, as despesas
correrão por conta do autor.
6. Os originais de trabalho não proveniente do Instituto de Pesca deverão ser encaminhados ao
Comitê Editorial do Instituto de Pesca: Av. Francisco Matarazzo, 455 CEP: 05001-900 São
Paulo-SP-Brasil / Fax: (0xx11) 3871-7568 e-mail: [email protected]/ página:
http://www.pesca.sp.gov.br/
7. Trabalho, cuja apresentação não seguir estritamente estas normas, será devolvido ao(s)
autor(es).
27
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