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peruanas de maior porte estão diversificando suas atividades para a produção de milho
e soja, o que favorecerá a exportação de sua produção de frangos. Não está no
planejamento da empresa avaliada entrar nessa atividade, conforme os dados das
entrevistas.
O Peru não conta com grandes extensões de produção de milho para poder
abastecer o setor avícola, produzindo em 2005, 999 mil toneladas e importando 1.299
mil de toneladas, equivalentes a 57% do consumo para as diferentes atividades
pecuárias. A produção de soja representa menos de 1%, sendo 99% importada.
Os produtores dedicados à cultura de milho, no Peru, são de porte médio e
pequeno, com produção em escalas menores, com um custo de produção alto, sendo o
preço final maior que o preço internacional. Mais de 80% da produção de milho se
distribui em oito departamentos: Lima, 19,4%, La Libertad, 15,4%, San Martin 14,6%,
Ancash 8,0%, Lambayeque 8,0%, Loreto 7,0%, Cajamarca 6,4% e Piura 5,1%, com
maior rendimento em Lima de 7,9 toneladas por hectare e menor rendimento 2,1 em
San Martin, com uma média nacional de 3,7 toneladas/hectare (MINAG, 2006).
O preço do milho é estabelecido no mercado por meio da interação entre a oferta
e a demanda, devido às características da sua produção. O milho é um produto
homogêneo, o que significa que o comprador é indiferente quanto ao seu vendedor, e
sua produção é realizada por grande número de produtores (CARVALHO JUNIOR,
1997).
O Brasil possui maiores extensões de produção de milho, 39.040 mil toneladas
no ano de 2005, com rendimento médio de 3,2 toneladas/hectare, sendo que 90% da
produção se concentram na Região Sul (43%), na Sudeste (25%) e na Centro-Oeste
(22%). Desse milho produzido, aproximadamente, 31% é destinado para o setor
avícola. Quanto à soja, obteve uma produção de 51.185 mil toneladas, em 2005, com
rendimento médio de 2,2 toneladas/hectare (IBGE, 2006) . Essa capacidade de produzir
grãos em maiores escalas reduz o custo de produção, influenciando o preço
internacional, assim obtendo vantagens ante os demais países produtores.
Com relação aos insumos, Sakamoto & Bornia (2005) citam que os dois
principais componentes da ração, o farelo de soja e milho, ambas commodities,