Discussão
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ADH, do alfa-GPDH e do EST-6 em outras regiões da Eurásia. Esses dados foram analisados
na tentativa de se encontrar um padrão de diferenciação geográfica em escala continental. A
freqüência do alelo ADH-S apresentou-se negativamente correlacionada com a latitude e a
média de chuva do mês mais seco, e positivamente correlacionadas com a temperatura média
do mês mais frio e a média de chuvas do mês mais chuvoso. A freqüência do alfa-GPDH-S
aumentou na parte oeste da Eurásia e não foi associada com variabilidade climática. A
freqüência do alelo Est-6
S
aumentou em direção ao centro do continente e foi positivamente
correlacionada com a temperatura do mês mais frio e com a média de chuvas do mês mais
seco. Esses resultados reforçam que a variação genética deve ser mantida em populações pela
força da seleção balanceada.
Os resultados obtidos com a uréia (figuras 4 e 12) também condizem com os
resultados obtidos com os experimentos de temperatura. Em ambas as figuras, os resultados
indicam que a aloenzima EST-5
S
resiste a um maior tempo que a EST-5
F
sobre a concentração
de uréia 2M. Na figura 12, a atividade catalítica da EST-5
S
permanece maior em todos os
pontos, até que, aos 30 minutos, ambas atingem uma atividade enzimática perto dos 30 %.
Esses resultados sugerem que devam existir diferenças, mesmo que sutis, na estrutura das
aloenzimas que permita que a aloenzima EST-5
S
resista mais, tanto às altas temperaturas
como a agentes desnaturantes.
Da mesma maneira que a temperatura e a uréia, elevadas concentrações de cloreto de
sódio mostraram um efeito maior sobre a aloenzima EST-5
F
. Na figura 5, observa-se-se que
os controles de ambas as aloenzimas apresentam níveis idênticos de atividade enzimática, isso
é notado pela coloração, enquanto nas alíquotas tratadas nota-se uma diferença nos níveis de
atividade, isto é a EST-5
F
apresenta menor atividade catalítica do que a sua correlata, mesmo
que com uma pequena diferença metodológica, pois as aloenzimas foram pré-incubadas juntas
no NaCl. Todavia, a figura 14 ilustra melhor essa diferença entre as aleloenzimas, apesar
destas não apresentarem tanto prejuízo na suas atividades enzimáticas perante o cloreto de
sódio, 82,5 % para a EST-5
S
e 75% para EST-5
F
.
O triton X-100 é um detergente não-iônico comumente usado em tampão de extração
de enzima destinado a ensaios enzimáticos. Contudo, trabalhos mais recentes concluíram que
o triton X-100 altera e modula atividade de acetilcolinesterases e butirilcolinesterases
(Jaganathan e Boopaty, 1998; Marcel et al.,2000; Rosenfeld et al., 2001). E, também, reduz a
atividade de carboxilesterases com o aumento de sua concentração (Vioque-Fernández et
al.2007), experimento este, realizado com camarões-d’água-doce da espécie Procambarus
clarkii, cuja atividade esterásica foi reduzida a menos da metade em concentrações acima de 2