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Ludmila: Outros sentem frio nos pés, nas mãos, né. N sensações. Eu já senti muito. À medida que
você, o seu corpo, você vai sentindo, você vai captando as sensações do espírito, que não tá ali
grudado no seu corpo, mas tá ali, aí você esquece que você é você. Aí já entra todo o trabalho de
caridade e de amor ao próximo, que aquilo não é seu. Pôxa, eu me lembro uma vez de um... me
marcou muito, foi um parto. Ela e o filho desencarnaram. Ela chegou a dar a luz, mas... eles
desencarnaram. E ela ainda com uma respiração ofegante, difícil. E o meu corpo, eu me via! É uma
coisa interessantíssima! Você pensa que é coisa de filme. Quem não tem noção acha que é
maluquice, que é coisa do demônio, como eles dizem, né. Mas não. Roupinha de chita, de florzinha
assim, sabe? Deitada numa casa de taipa, entendeu? Nunca! Como num segundo você vai ver uma
cena dessas?! Por mais que você queira! Não ver! E ela dava a luz a uma criança. Eu sentia todas as
dores! Todas as dores. E eu nunca pari na minha vida!
Sabina: Há comunicações que são um terror, sabe? O coração acelera, o estômago gira, gira, gira,
gira, você sente um mal estar terrível! Isto acontece quando tenho aquelas comunicações daqueles
espíritos que estão mesmo endurecidos, você sente tudo isso no seu corpo, que ele vem com uma
carga de energia muito grande, então você sente. E mesmo antes da reunião, você já começa a
sentir. Têm dias que quando eu me sento à mesa, mesmo antes de fazer a prece, da coordenadora
dizer assim: ‘O que você tiver sentindo agora não é mais seu’, eu já tô sentindo tudo já desde cedo.
Amanda: Eu vivi uma experiência onde eu estava... eu me via, comecei a me ver em um lugar
escuro que parecia tinha acontecido um acidente nesse lugar. E quando eu vi, eu estava em frente a
um carro todo estraçalhado e lá um homem todo ensangüentado. Eu tentei abrir o olho, mas foi uma
coisa muito forte, geralmente é uma coisa muito forte, mas aí já tinha alguém sentado ao meu lado,
e eu comecei a ouvir aquela pessoa. Eu passei a falar que eu estava num lugar assim e assim... e está
acontecendo isso, isso e isso... Então, foi quando eu vi aquela pessoa ali toda machucada. Me deu
um pânico! Me deu um pânico, que eu comecei a chorar e disse que não ia conseguir não, junto
àquela pessoa. Aí ela falou assim: ‘Se você foi levada para este lugar é porque você vai conseguir,
não se preocupe que você vai conseguir’. Aí é que começa, né? O doutrinador fala no seu guardião,
no seu mentor espiritual, aí você vai se acalmando, vai se acalmando... mesmo assim, foi muito
doloroso ver aquela cena.
Janine: Numa ocasião eu levei uma semana inteira, talvez um pouquinho mais, com... uma dor no
estômago que não cessava, era aquilo doendo, e eu tinha uma sensação que o meu estômago era
uma lata de óleo enferrujada, furada. Eu via isso, eu via meu estômago assim. E eu passei uns dias
assim, e não tinha medicação pra estômago que cessasse aquilo. E quando eu cheguei aqui na
mediúnica o espírito se comunicou, ele foi suicida, ingeriu algum corrosivo, e ele sentia o estômago
daquele jeito, como tinha aquela sensação.
Eu já tive também uma ocasião de ter um espírito no meu campo, e que eu tinha uma sensação, eu
tossia bastante, mas era, eu tinha uma sensação de tuberculose. Era de um jeito, que um dia eu
comentei em casa. Tussi, tussi, tussi, depois: haja sangue pra eu vomitar! E isso não foi... eu sei que
não era eu Janine, sabe?
Joyce: Eu sinto todas as sensações dele [do espírito comunicante]. Naquele momento Joyce não
existe. Eu me entrego. É uma coisa assim tão... É aquela coisa assim... E se fosse eu? Como eu
gostaria de ser tratada? Eu bloqueava a comunicação algumas vezes, quando acontece que eu não tô
com os doutrinadores, e tal. Aí você vê o que você bloqueia e você doutrina a nível mental. Hoje
não, é aquela questão assim, eu me entrego mesmo. Eu paro assim: pôxa, como eu gostaria de ser
tratada se eu tivesse do lado de lá? Eu ia gostar se alguém bloqueasse, se eu não conseguisse falar,
expor o que eu sinto? De falar mesmo, ou às vezes, até de dar uma comunicação assim: Olhe, eu tô
bem, entendeu?