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balanço entre a energia capturada pelo aparelho fotossintético e usada na assimilação do CO
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e
fotorrespiração (atividades da Rubisco), ou dissipada pelo ciclo da xantofila (BAKER;
BOWYER, 1994; LAWLOR, 2001 a, b).
Em geral a capacidade fotossintética do cafeeiro é maior sob sombreamento do que a
pleno sol, embora as causas e mecanismos para este aumento á sombra não seja muito claro.
Provavelmente temperaturas amenas, umidade do ar, correlacionados com o decréscimo da
radiação, estejam ligados com o aumento do índice de área foliar na sombra.
De uma forma geral a maioria das espécies vegetais é eficiente na absorção e
assimilação do nitrogênio seja este proveniente dos íons nitrato ou amônio, da uréia ou mesmo
dos aminoácidos, uma vez que se observou que a via preferencial variava de espécie para espécie
(CRAWFORD; GLASS, 1998 citados por GALLO, 2001), entretanto Forde (2000) relatou que o
nitrato seria a fonte de nitrogênio mais importante que atuaria no crescimento das plantas.
Segundo Crawford e Glass (1998), citados por Gallo (2001), existem dois mecanismos
que auxiliam a absorção do nitrato, um considerado de alta afinidade que possui uma cinética
(Michaelis-Menten), sendo saturado entre 0,2-0,5 mM de nitrato, com Km típico de 10-100 µM,
podendo ser representado em sua forma constitutiva ou indutiva, e o outro de baixa afinidade, o
mais observado para as concentrações de 0,5 mM, em virtude destes dois sistemas as plantas
podem regular a absorção do íon independente da concentração de nitrato disponível no solo, sem
exibir os eventuais sintomas de deficiência ou toxidez aguda.
Uma vez que o nitrogênio é vital, e seu processo de assimilação via nitrato utiliza a
enzima redutase do nitrato (NR) para convertê-lo a nitrito, sendo este utilizado diretamente pela
planta ou armazenado no vacúolo para posterior utilização, uma vez que o mesmo não é tóxico
para as plantas (CRAWFORD, 1995; LEA et al., 1992). Vários autores demonstraram
inicialmente, que a formação do nitrito era fundamental, sendo assim foram feitos experimentos
desde a incubação de plantas com nitrato e glicose (ECKERSON, 1924) até o estudo dos tecidos
de plantas deficientes, incubadas com o nitrato (HAMMER, 1936). Outros autores verificaram a
influência da luz neste processo (BURSTRON, 1943; ECKERSON, 1932). Segundo Tischiner
(2000), após a redução dos íons nitrato, os íons nitrito são transferidos para os cloroplastos ou
plastídeos das raízes sendo em seguida reduzido a íons amônio pela enzima redutase do nitrito
(NRi). Com base nestes e outros trabalhos verificou-se que o nitrito atua como um íon
intermediário deste processo de assimilação do nitrogênio, sendo o mesmo de caráter enzimático.