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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
MORFOLOGIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE
Poecilanthe parviflora Bentham
(FABACEAE - FABOIDEAE)
Jane Valadares de Moraes
Engenheira Agrônoma
JABOTICABAL - SÃO PAULO - BRASIL
2007
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
MORFOLOGIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE
Poecilanthe parviflora Bentham
(FABACEAE - FABOIDEAE)
Jane Valadares de Moraes
Orientador: Prof. Dr. Rinaldo César de Paula
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias - UNESP, Câmpus de Jaboticabal, como
parte das exigências para obtenção do título de Mestre
em Agronomia (Produção e Tecnologia de Sementes).
JABOTICABAL - SÃO PAULO - BRASIL
2007
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Moraes, Jane Valadares
M827m
Morfologia e germinação de sementes de Poecilanthe parviflora
Bentham (Fabaceae – Faboideae) / Jane Valadares de Moraes. –
Jaboticabal, 2007
viii, 78 f. : il. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2007
Orientador: Rinaldo César de Paula
Banca examinadora: Nelson Moreira Carvalho, Sonia Cristina
Juliano Gualtieri de Andrade Perez
Bibliografia
1. Sementes florestais. 2. Qualidade fisiológica. 3. Tetrazólio. I.
Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 631.531:634.0.2
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação –
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
DADOS CURRICULARES DA AUTORA
JANE VALADARES DE MORAES -- nascida em 11 de maio de 1960 em
Viçosa, Minas Gerais, é Engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal
de Viçosa (UFV), Minas Gerais, em julho de 1982. Trabalha como sócia-
proprietária na firma L. G. DE MORAES JR E CIA LTDA (JARDIM SANTA
MARTHA) atuando na produção de mudas frutíferas, ornamentais, espécies
nativas, gramados e na execução e formação de projetos paisagísticos, em
Ribeirão Preto, São Paulo, desde outubro de 1982. Em 2005, iniciou a pós-
graduação em Agronomia (Produção e Tecnologia de Sementes) na Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, UNESP, Jaboticabal, São Paulo, em nível de
mestrado.
A Deus e ao meu pai,
pela presença constante,
Ofereço
Aos meus filhos, Natália e Léo Neto,
Pelo carinho e incentivo,
Dedico
AGRADECIMENTOS
A Deus, por tornar este sonho possível, dando-me força e perseverança
para vencer obstáculos.
À UNESP, Câmpus de Jaboticabal, pela oportunidade de crescimento
profissional.
Ao meu orientador, Professor Dr. Rinaldo César de Paula, pelo apoio e
ensinamentos que foram imprescindíveis na elaboração deste trabalho.
Aos Professores Doutores da FCAV/UNESP, especialmente a Nelson
Moreira de Carvalho, Teresinha de Jesus Déleo Rodrigues e Carlos Ferreira
Damião Filho, pelos conhecimentos transmitidos, compreensão e amizade.
Aos amigos Victor Antenor Morilha e Adriano Aparecido de Lucca,
engenheiros agrônomos da Usina São Martinho em Pradópolis, São Paulo, pela
gentileza ao me fornecerem as mais lindas sementes de Poecilanthe parviflora.
Ao Leo, pelo carinho e proteção.
Na verdade, torna-se difícil mencionar e agradecer a todas as pessoas que
de uma forma direta ou indireta, participaram, que o tantas e tão diversas as
maneiras de colaboração.
Meu muito obrigada a todos!
v
SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................................... vii
SUMMARY................................................................................................................... viii
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 4
2.1. Espécie Estudada..................................................................................................... 4
2.2. Germinação de Sementes........................................................................................ 5
2.2.1. Fatores externos............................................................................................. 6
2.2.1.1. Água...................................................................................................... 6
2.2.1.2. Temperatura.......................................................................................... 7
2.2.1.3. Luz.......................................................................................................... 7
2.2.1.4. Oxigênio............................................................................................................. 8
2.2.2. Fatores internos.............................................................................................. 8
2.2.2.1. Inibidores da germinação...................................................................... 9
2.2.2.2. Promotores da germinação................................................................... 9
2.3. Tipos de Germinação.............................................................................................. 10
2.4. Caracterização Morfológica de Sementes e Plântulas........................................... 10
2.5. Avaliação da Qualidade Fisiológica das Sementes................................................ 11
2.5.1. Teste deTetrazólio........................................................................................ 13
2.5.2. Teste de Condutividade Elétrica................................................................... 18
2.5.2.1. Fatores que afetam os resultados do teste de condutividade
elétrica........................................................................................................................... 21
2.5.2.1.1. Teor inicial da água da sementes........................................... 21
2.5.2.1.2. Tempo de embebição........................................................................ 22
2.5.2.1.3. Tamanho e peso das sementes.............................................. 23
2.5.2.1.4. Temperatura de embebição.................................................... 24
2.5.2.1.5. Outros fatores que influenciam a leitura
da condutividade elétrica.......................................................................................... 25
2.5.3. Teste de Envelhecimento Acelerado............................................................ 26
vi
3. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................ 29
3.1. Obtenção de Sementes e Locais de Realização dos Experimentos...................... 29
3.2. Morfologia de Sementes e Plântulas...................................................................... 30
3.3. Biometria das Sementes........................................................................................ 30
3.4. Determinação do Teor de Água............................................................................. 31
3.5. Teste de Germinação............................................................................................. 31
3.6. Teste de Tetrazólio................................................................................................. 32
3.7. Teste de Condutividade Elétrica............................................................................. 33
3.8. Teste de Envelhecimento Acelerado...................................................................... 34
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................ 36
4.1. Biometria e Descrição Morfológica de Sementes e Plântulas............................... 36
4.2. Teste de Germinação............................................................................................ 41
4.3 Teste de Tetrazólio............................................................................................... 48
4.4. Teste de Condutividade Elétrica............................................................................ 52
4.3. Teste de Envelhecimento Acelerado.................................................................... 57
5. CONCLUSÕES....................................................................................................... 61
6. REFERÊNCIAS........................................................................................................ 62
vii
MORFOLOGIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE
Poecilanthe parviflora Bentham (FABACEAE - FABOIDEAE)
RESUMO - Poecilanthe parviflora é uma planta arbórea com potencial para uso em
áreas degradadas e no paisagismo. Este trabalho teve por objetivo caracterizar
biometricamente as sementes, descrever e ilustrar os aspectos morfológicos de
sementes e plântulas, avaliar condições de temperatura para condução do teste de
germinação e adaptar metodologia para condução dos testes de tetrazólio,
condutividade elétrica e envelhecimento acelerado. O teste de germinação foi
conduzido sob temperaturas constantes (10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40ºC) e sob
temperaturas alternadas (20-30, 25-35 e 20-35ºC), utilizando quatro repetições de 25
sementes por tratamento. Para o teste de de tetrazólio, as sementes foram
condicionadas durante 42 horas a 25ºC e, após a retirada do tegumento, imersas em
soluções de diferentes concentrações de tetrazólio (0,05, 0,075 e 0,1%) a 35ºC, por
uma, duas e três horas, em duas repetições de 10 sementes. A condutividade elétrica
foi avaliada em diferentes períodos de embebição (24, 48, 72, 96 e 120 horas) a 25ºC,
utilizando quatro repetições de 10 sementes. As sementes foram envelhecidas durante
72 horas a 42ºC, utilizando-se quatro repetições de 20 sementes. O delineamento
estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado e as médias foram comparadas pelo
teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. A semente é exalbuminosa e a emergencia
de plântula, hipógea. Concluiu-se que o teste de germinação pode ser conduzido a 25 e
a 25-35ºC; a solução de tetrazólio foi eficiente a 0,1%, por duas horas; o teste da
condutividade elétrica foi eficiente na diferenciação dos lotes nos períodos de 96 e 120
horas de embebição das sementes a 25ºC; o envelhecimento acelerado foi mais
eficiente que o teste de germinação, na diferenciação dos lotes.
Palavras-chave: condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, qualidade
fisiológica, sementes florestais, tetrazólio
viii
MORPHOLOGY AND GERMINATION OF
Poecilanthe parviflora Bentham (FABACEAE - FABOIDEAE) SEEDS
SUMMARY - Poecilanthe parviflora is a tree with a good potential for revegetation and
ornamental purposes. The objectives of this research were: evaluate biometrical
characteristics of the seed and seedling, determine the best temperatures for the
germination test, and determine the best conditions for the tetrazolium, electrical
conductivity and accelerated aging tests. Four replicates of 25 seeds each and constant
temperatures of 10, 15, 20, 25, 30, 35, and 40ºC and alternate temperatures of 20-30,
25-35, and 20-35ºC were used for germination test. For the tetrazolium test, the seeds
were submitted to a pre-imbibition during 42 hours at 25ºC and then had their tegument
removed before immersing two replicates of 10 seeds each in the tetrazolium solution.
The tetrazolium solution concentrations were of 0.05, 0.075, and 0.1%. At a temperature
of 35ºC, the seeds remained in the tetrazolium solution for 1, 2, and 3 hours. Electrical
conductivity was carried out after the seeds (four replicates of 10 seeds each) had
remained imbibiting water for 24, 48, 72, 96, and 120 hours at a temperature of 25ºC.
The accelerated aging test was conducted submitting four replicates of 20 seeds each to
conditions of 42ºC for a period of 72 hours. The seed is an exalbuminous and its
germination of the hypogeal type. Either a constant temperature of 25ºC or alternate
temperatures of 25-35ºC were found to be the ideal ones for the germination test. The
best tetrazolium results were found when the seeds were immersed in a 0.1%
tetrazolium solution for 2 hours. The best electrical conductivity results were obtained
when the seeds remained imbibing water for either 96 or 120 hours. The accelerated
aging test showed a efficiency in separating seed lots higher than that of the germination
test.
Keywords: accelerated aging, electrical conductivity, forest seeds, physiological quality
tetrazolium
1
1. INTRODUÇÃO
O homem altera todo o ecossistema com a retirada da cobertura vegetal. O uso
inadequado dos recursos naturais acarreta graves conseqüências a todo planeta e a
regeneração e/ou recuperação de áreas degradadas pode minimizar esse problema,
mantendo vivas nossas reservas florestais.
O Brasil possui uma das maiores reservas florísticas mundiais, além de grande
potencial florestal, propiciada pelas condições climáticas e pela vasta extensão
territorial. Entretanto, esse patrimônio biológico, um dos mais diversificados do mundo,
com todo seu potencial florístico e faunístico, está fadado a desaparecer em algumas
regiões, notadamente no centro-sul e sudeste, justamente pela não observância de uma
política de exploração sustentada e racional (TORRES, 1996).
A conservação de florestas é necessária para a manutenção da qualidade de
vida. Além da beleza paisagística, as formações florestais mantém o equilíbrio climático
e a diversidade florística, abrigando a fauna, protegendo os mananciais e prevenindo os
processos erosivos, principalmente em regiões de declividade mais acentuada. O valor
econômico das florestas naturais reside justamente em suas múltiplas funções
ecológicas.
O trabalho de recomposição de matas está cada vez mais difundido e a
demanda por dados técnicos sobre as espécies adequadas, produção de sementes,
condições ideais de armazenamento, implantação de projetos, tratos culturais e manejo
destas espécies no campo são de extrema importância para o êxito de programas de
recuperação de áreas degradadas.
A utilização de sementes de boa qualidade constitui fator determinante para o
êxito do empreendimento florestal, e o principal atributo da qualidade a ser considerado
é a capacidade germinativa das sementes, pois, sem ela, a semente não tem valor para
a semeadura, e dela também dependem a qualidade das mudas e o sucesso de um
reflorestamento. Grande variabilidade genética, de maturação e de dormência é muito
comum nas espécies florestais, por isso necessidade que os testes de vigor passem
2
por avaliações precisas para que estes sejam válidos em seus procedimentos e
interpretações.
Nos laboratórios, rotineiramente, são feitos testes de germinação para a
avaliação do potencial fisiológico das sementes. O teste de germinação, muitas vezes,
não é suficiente para a avaliação da qualidade fisiológica de um lote de sementes,
tornando-se necessário utilizar outros métodos de avaliação, como por exemplo, os
testes de vigor. Estes têm a finalidade de identificar diferenças na qualidade fisiológica
de lotes de sementes, não detectadas pelo teste de germinação, pois o teste de
germinação é conduzido sob condições ótimas em laboratório, igualando lotes de
sementes com potencial fisiológico distinto. A tecnologia de sementes tem procurado
aperfeiçoar os testes de germinação e vigor, objetivando resultados que expressem a
qualidade real de um determinado lote de sementes em campo.
De acordo com MARCOS FILHO (2005), um teste de vigor eficiente deve
fundamentar-se em base teórica consistente, envolver procedimentos simples, de baixo
custo, fornecer resultados confiáveis em um curto espaço de tempo e, freqüentemente,
relacionados com a emergência das plântulas em campo.
Programas internos de controle de qualidade desenvolvidos pelas entidades
produtoras de sementes têm buscado o uso de testes que apresentem rapidez na
obtenção dos resultados. Entre estes testes pode-se destacar o de tetrazólio, o de
condutividade elétrica e o de envelhecimento acelerado.
O teste de tetrazólio se destaca, pois, além de avaliar viabilidade e vigor, permite
a identificação dos fatores que influenciam a qualidade das sementes, como danos
mecânicos, ocasionados por secagem, insetos e deterioração por umidade. Os dados
obtidos através desse teste podem ser utilizados no estabelecimento de bases para a
comercialização, determinação do ponto de colheita e controle de qualidade durante o
armazenamento (MARCOS FILHO et al., 1987). Segundo MENEZEZ et al. (1994), este
teste possibilita a determinação da viabilidade de maneira rápida, em um período
inferior a 24 horas.
3
O teste da condutividade elétrica também apresenta vantagens de rapidez e
praticidade, mostrando-se promissor para avaliação do vigor de lotes de sementes. Este
teste baseia-se na integridade das membranas celulares possibilitando que o processo
de deterioração seja detectado em sua fase inicial e, consequentemente, que sejam
tomadas medidas pertinentes, visando reduzir ou minimizar o seu efeito na qualidade
fisiológica da semente (DIAS & MARCOS FILHO, 1995)
Outro teste que merece destaque é o de envelhecimento acelerado, o qual
consiste em submeter as sementes a condições de temperatura e umidade elevadas,
procurando predizer o potencial relativo de armazenamento (AOSA, 1983).
De acordo com GROTH & LIBERAL (1988), o estudo da morfologia interna e
externa das unidades dispersoras é importante para a identificação das espécies e para
o planejamento do tipo de beneficiamento da semente. Estudos como este, também,
permitem informações prévias sobre a germinação das sementes, bem como,
caracterizar problemas de dormência relacionados com a sua morfologia, como por
exemplo testa impermeável, que impossibilita a entrada de água e gases, ou mesmo
dormência causada pela imaturidade do embrião. Também, estudos morfológicos de
sementes e plântulas são importantes para facilitar pesquisas sobre banco de sementes
do solo, bem como para auxiliar na identificação de espécies em estudos de
regeneração natural de áreas degradadas.
Desta forma o presente trabalho teve por objetivo caracterizar biometricamente
as sementes, descrever e ilustrar os aspectos morfológicos de sementes e plântulas,
avaliar a temperatura ideal para condução do teste de germinação e adaptar
metodologia para condução dos testes de tetrazólio, condutividade elétrica e
envelhecimeto acelerado para as sementes de Poecilanthe parviflora.
4
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Espécie Estudada
Poecilanthe parviflora Bentham é denominada popularmente como canela-de-
brejo, coração-de-negro, ipê-coração e jacarandá-de-mato-grosso; pertence à família
Fabaceae (CARVALHO, 2003), sub-família Faboideae (SOUZA & LORENZI, 2005).
Ocorre de forma natural no nordeste da Argentina e no oeste do Uruguai. No
Brasil ocorre nos seguintes estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná,
Rio Grande do Sul e São Paulo (CARVALHO, 2003).
Trata-se de uma espécie secundária (PINTO, 1997). O coração-de-negro é uma
planta invasora de pastagem reproduzindo-se assexuadamente por brotamento das
raízes, tornando-se praga de pastos; não sendo roçada, forma com outras espécies,
verdadeiras capoeiras. Porém, suas sementes não apresentam dormência. A madeira
de coração-de-negro é indicada para fabricação de móveis e carpintaria; na construção
civil é usada como esquadrias, tacos e tábuas para assoalho, vigas, caibros e ripas; é
empregada, também, em estruturas externas, como postes, dormentes, cruzetas,
mourões e cercas. A lenha é de ótima qualidade, ardendo mesmo quando verde.
Produz celulose para papel de baixa qualidade. Pode também ser recomendada para a
recuperação de ecossistemas degradados (CARVALHO, 2003).
A árvore é extremamente ornamental graças à sua folhagem verde-escura
reluzente, podendo ser empregada com sucesso no paisagismo; é particularmente útil
para arborização de ruas e avenidas. Sua madeira é muito pesada, de alta resistência
ao apodrecimento e ao ataque de cupins de madeira seca (LORENZI, 1992).
5
2.2. Germinação de Sementes
A germinação é um fenômeno biológico que pode ser considerado
botanicamente como a retomada do crescimento do eixo embrionário, com o
conseqüente rompimento do tegumento pela radícula. Entretanto, para os tecnólogos
de sementes, a germinação é reconhecida como tal, desde que as plântulas
apresentem tamanho suficiente para que se possam avaliar a normalidade de suas
partes e a sua possibilidade de sobrevivência (LABOURIAU, 1983).
A semente (do latim seminilla, diminutivo de semen, esperma) é o órgão
responsável pela dispersão e perpetuação das espermatófitas, as plantas que as
produzem. O termo semente é utilizado para designar um óvulo maduro, possuindo um
eixo embrionário em algum estágio de desenvolvimento, material de reserva alimentar
(raramente ausente) e um envoltório protetor, o tegumento. As funções das sementes
relacionam-se com a dispersão e a sobrevivência de plantas sob condições favoráveis
como também desfavoráveis, tais como extremos de temperatura (até certos limites) e
de seca (DAMIÃO FILHO & MÔRO, 2001).
O embrião da semente inicia sua formação a partir do momento da fertilização do
óvulo e desenvolve-se durante a maturação, até que seu crescimento cessa e o grau de
umidade diminui a um nível tão baixo que permite apenas reduzida atividade
metabólica. Nestas condições, a semente encontra-se no estado de quiescência, pois a
disponibilidade de água (teor de água da semente), via de regra, é insuficiente para
desencadear o processo germinativo. A germinação, assim, pode ser considerada como
o reinício de crescimento do eixo embrionário, paralisado nas fases finais da maturação.
Em síntese, tendo-se uma semente viável em repouso, por quiescência ou dormência,
quando são satisfeitas todas as condições externas (do ambiente) e internas (intrínseca
do órgão), ocorrerá o crescimento do eixo embrionário, o qual conduzirá à germinação.
Por isso, do ponto de vista fisiológico, germinar é simplesmente sair do repouso e
intensificar a atividade metabólica (BORGES & RENA, 1993).
6
2.2.1. Fatores externos
2.2.1.1. Água
A água é fator imprescindível, pois é com a absorção de água por embebição
que se inicia o processo da germinação. Para que isso aconteça, necessidade de
que a semente alcance um nível adequado de hidratação, a qual permita a reativação
dos processos metabólicos. A umidade adequada é variável entre as espécies.
Sementes de Shorea materialis germinaram imediatamente após embebição de
pequena quantidade de água, enquanto as de Shorea roxburghii necessitaram de alto
teor de água (YAP, 1981).
A embebição processa-se, em geral, em três etapas. A primeira é um processo
rápido e puramente físico. Na primeira etapa, a entrada de água na semente se por
adsorção. A união entre um sítio polar da água e de uma substância de reserva não é
influenciável por inibidor da germinação. Este comportamento se verifica em qualquer
semente, morta ou viva. A segunda etapa é lenta, sendo inclusive, a que determina o
tempo gasto por uma semente para germinar. A terceira etapa é rápida. A embebição
varia, também, com a natureza do tegumento, com a composição química e tamanho
da semente e com a temperatura (CHING, 1972).
A água influi na germinação, atuando no tegumento, amolecendo-o, favorecendo
a penetração do oxigênio, e permitindo a transferência de nutrientes solúveis para as
diversas partes da semente (TOLEDO & MARCOS FILHO, 1977). A absorção de água
é maior em certas espécies, quando a temperatura é mais alta, podendo haver
variações no tempo de embebição, de minutos a horas, ou até de vários dias (CHING,
1972).
O excesso de água, em geral, provoca decréscimo na germinação, visto que
impede a penetração do oxigênio e reduz todo o processo metabólico resultante. Para
Opea odorata, o excesso de água também causou infestação das sementes por fungos,
levando à redução na viabilidade (YAP, 1981). A deficiência hídrica também é nociva à
7
germinação, porquanto a semente não terá condições de manter o metabolismo
adequado. Sementes de Populus tremuloides germinaram bem quando submetidas a
potenciais hídricos superiores a -0,2 MPa, mas a germinação foi fortemente reduzida a -
0,4 MPa e eliminada a -0,78 MPa, tanto em condições de campo, quanto de laboratório
(McDONOUGH, 1979).
2.2.1.2. Temperatura
Enfocando a germinação como resultado de uma série de reações bioquímicas,
observa-se a existência de estreita dependência da temperatura. Como em qualquer
reação química, existe uma temperatura ótima na qual o processo se realiza mais
rápida e eficientemente, e as temperaturas máxima e mínima, ultrapassadas as quais, a
germinação é zero. Esta faixa de temperatura é variável entre as diferentes espécies.
Acima e abaixo dos limites máximo e mínimo, respectivamente, pode ocorrer a morte
das sementes ou termo dormência. A faixa de 20 a 30ºC mostra-se adequada para a
germinação de grande número de espécies subtropicais e tropicais. À medida que a
semente deteriora ela fica mais exigente quanto à temperatura, passando a ter
necessidades específicas para que a germinação ocorra (BEWLEY & BLACK, 1994).
A temperatura adequada para a germinação de sementes de espécies arbóreas
nativas vem sendo determinada por muitos pesquisadores. Como exemplo, foram
definidas como ótimas para germinação, a temperatura de 25 ºC para sementes de
Stevia rebaudiana Bert. (RANDI & FELIPE, 1981), as de 30 e 35ºC para sementes de
Prosopis juliflora (Sw.) DC. (PEREZ & MORAES, 1990), e as de 25 e 30ºC para
sementes de Mabea fistulifera Mart. (LEAL FILHO & BORGES, 1992), dentre outros.
2.2.1.3. Luz
No tocante ao comportamento germinativo de espécies sensíveis à luz,
encontram-se sementes que germinam após rápida exposição à luz, outras que
necessitam de período relativamente longo de luz e outras em que a germinação é
8
desencadeada somente no escuro (VIDAVER, 1980). Além disso, existem as sementes
que o indiferentes à luz, germinando em qualquer ambiente luminoso (VAZQUEZ-
YANES & OROZCO-SEGOVIA, 1991).
Na germinação de sementes sensíveis à luz, deve-se levar em conta, também
que a sensibilidade das sementes ao regime luminoso pode ser alterada por vários
fatores como, temperatura, idade das sementes, condição de armazenamento,
tratamento para superação de dormência e condição de cultivo da planta. A luz pode
ser considerada um fator importante na quebra de dormência em sementes. Os efeitos
da luz na quebra de dormência podem ser dependentes da temperatura (FERREIRA &
BORGHETTI, 2004).
2.2.1.4. Oxigênio
Existem sementes cujos tegumentos o tidos como impermeáveis ao oxigênio
ou ao gás carbônico e, não havendo trocas gasosas, as sementes não conseguem
germinar. O oxigênio é necessário para a promoção de reações metabólicas
importantes na semente, especialmente a respiração. Ainda que a respiração nos
primeiros momentos da germinação seja em geral anaeróbica, logo em seguida ela
passa a ser absolutamente dependente de oxigênio. A respiração da semente é
também afetada por diversos outros elementos, tais como o tipo de tegumento, o teor
de água, a temperatura, a concentração de CO
2
, a dormência e alguns fungos e
bactérias. Antes que a radícula rompa o tegumento, as reações ocorrem em meio
anaeróbico. Na primeira fase de absorção de água, o oxigênio não é fator limitante,
sendo-o, entretanto para a emergência da radícula, isto é, a dependência de respiração
aeróbica inicia-se na segunda fase de absorção de água (BORGES & RENA, 1993).
2.2.2. Fatores internos
Hormônios e substâncias inibidoras hormonais são importantes controladores
internos que regulam a germinação das sementes.
9
2.2.2.1. Inibidores da germinação
O inibidor hormonal mais conhecido, e provavelmente o único, é o ácido
abscísico (AAb). Sua localização nas sementes é bastante variável. Os tegumentos
podem atuar no bloqueio à germinação pelo fornecimento de inibidores. Muitas
barreiras são impostas pelos envoltórios das sementes ao embrião e, para que este os
penetre, é necessário haver uma certa pressão de crescimento. A habilidade de crescer
do eixo embrionário está relacionada, entre outros fatores, com a diminuição da
concentração de inibidores na semente e/ou com o aumento da concentração nos
tecidos de agentes promotores da germinação (FERREIRA & BORGHETTI, 2004).
2.2.2.2. Promotores da germinação
Tratamentos com certas substâncias químicas e pré-resfriamento têm sido
eficazes na promoção da germinação de algumas espécies. Além das giberelinas,
outras substâncias têm mostrado resultados similares sobre a germinação de várias
espécies. É possível que a atividade das citocininas, durante a germinação, esteja
relacionada com o crescimento da radícula. É provável que haja interação das
citocininas, giberelinas, inibidores, germinação/dormência, sendo a germinação o
resultado do balanço existente entre eles. A concentração e a duração do tratamento
dependem da espécie a ser tratada, e a principal vantagem desses compostos químicos
é a facilidade de utilização e a rapidez na obtenção de resultados. Embora tenham sido
observadas mudanças nos níveis de promotores do crescimento (giberelinas e
citocininas) e inibidores (AAb) nas sementes, o papel dessas substâncias na
germinação ainda é motivo de controvérsia (BORGES & RENA, 1993). Pré-embebição
de sementes de Nothofagus obliqua e Nothofagus procera, em GA
3
200 ppm, reduziu o
tempo de germinação de 28 para oito e seis dias, respectivamente (SHAFIQ, 1980).
10
2.3. Tipos de Germinação
Sob o ponto de vista morfológico, distinguem-se dois tipos de germinação:
epígea (epi - acima de; geo - terra) e a germinação hipógea (hypo - abaixo de). No caso
da germinação hipógea, há maior desenvolvimento do epicótilo, de forma que os
cotilédones permanecem abaixo do nível do solo. Na germinação epígea, ao contrário
da hipógea, há maior desenvolvimento do hipocótilo, de forma que os cotilédones do
embrião são elevados acima da superfície do solo. Neste tipo de germinação,
freqüentemente há formação de uma alça na extremidade do hipocótilo, próximo ao nó
cotiledonar, de tal maneira a facilitar o levantamento dos cotilédones acima do nível do
solo, permitindo a saída da parte aérea, sem injúria (DAMIÃO FILHO & MÔRO, 2001).
2.4. Caracterização Morfológica de Sementes e Plântulas
Os estudos sobre a morfologia dos frutos, sementes e plântulas são
extremamente importantes para melhor compreensão dos processos de dispersão e
regeneração natural das espécies, processos estes que garantem a continuidade de
sua sobrevivência.
De acordo com GROTH & LIBERAL (1988), o estudo da morfologia interna das
unidades dispersoras é importante para a identificação das espécies e para o
planejamento do tipo de beneficiamento da semente. Estudos como este, também,
permitem informações prévias sobre a germinação das sementes, bem como,
caracterizar problemas de dormência relacionados com a sua morfologia, como por
exemplo testa impermeável, que impossibilita a entrada de água e gases, ou mesmo
dormência causada pela imaturidade do embrião.
A fase de plântula, além de crítica, é também pouco conhecida, pois, levando-se
em consideração a enorme diversidade de espécies existentes em nossa flora, ainda
são poucos os trabalhos sobre morfologia de plântulas de espécies arbóreas
(DONADIO, 2000).
11
De acordo com PIÑA-RODRIGUES & VALENTINI (1995), o conhecimento da
estrutura e morfologia das sementes são essenciais, também, para avaliação da
viabilidade de sementes a partir do teste de tetrazólio, pois permite padronizar
condições de preparo e coloração das sementes, como avaliar a extensão dos danos
indicados pela localização das manchas sem coloração ou intensamente coloridas, a
partir de observações das partes vitais, eixo embrionário (radícula, hipocótilo, epicótilo e
plúmula) e tecido de reserva, conforme a espécie em estudo.
Muitos autores ressaltam que além da unidade de dispersão é imprescindível um
melhor conhecimento da germinação, do crescimento e do estabelecimento da plântula
para compreender o ciclo biológico e a regeneração natural da espécie. Assim, os
aspectos morfológicos das plântulas vêem sendo enfatizados já há algum tempo, para
identificar as plantas de uma determinada região, diferenciar as espécies em banco de
sementes, estudar a ecologia da espécie, como para facilitar a interpretação dos testes
de germinação, em laboratório, pelos tecnologistas e analistas de sementes (OLIVEIRA,
1993).
Nos testes de laboratório, segundo as Regras para Análise de Sementes
(BRASIL, 1992), as sementes são consideradas germinadas quando demonstram sua
aptidão para produzir plântula normal sob condições ideais, ou seja, suas estruturas
essenciais precisam estar em estado suficiente de desenvolvimento, que permitam a
identificação de plântulas anormais que não teriam possibilidade de produzir plantas
normais. Para espécies florestais nativas do Brasil o existem padrões para que a
avaliação dos testes de germinação seja feita com segurança, como existe para a
maioria das grandes culturas.
2.5. Avaliação da Qualidade Fisiológica das Sementes
Conforme mencionado por MARCOS FILHO (2005), a qualidade fisiológica das
sementes é influenciada diretamente pelo genótipo, sendo máxima por ocasião da
maturidade. A partir deste momento, alterações degenerativas começam a ocorrer, de
modo que a qualidade fisiológica pode ser mantida ou decrescer, dependendo das
12
condições do ambiente no período que antecede a colheita, dos cuidados durante a
colheita, secagem, beneficiamento e das condições de armazenamento.
Partindo do princípio de que o uso de sementes de alta qualidade é fundamental
para a instalação de uma cultura (SILVA et al., 1998) e sendo o teste de germinação o
único indicativo oficial da qualidade fisiológica, VIEIRA et al. (1994) mencionam
algumas limitações apresentadas por este teste, que comprometem a avaliação da
qualidade das sementes. Desta forma, pesquisadores têm procurado utilizar testes de
vigor para confirmar a real qualidade das sementes. Além do mais, as empresas
produtoras e as instituições oficiais têm incluído esses testes em programas internos de
controle de qualidade e/ou para garantia da qualidade das sementes destinadas à
comercialização (MARCOS FILHO, 1999b).
Segundo CARVALHO & NAKAGAWA (2000), um teste de vigor deve ser rápido,
de fácil execução, não exigir equipamentos complexos, sendo também de baixo custo,
devendo ser igualmente aplicável para determinar o vigor ora de uma semente como de
um lote delas e com eficiência para detectar tanto pequenas como grandes diferenças
de vigor.
A instalação de uma cultura geralmente é efetuada com base nos resultados do
teste de germinação, realizado rotineiramente em laboratórios de análise de sementes.
Sua condução segue instruções detalhadas apresentadas nas Regras para Análise de
Sementes, editadas em diversos países, dentre os quais o Brasil (BRASIL, Ministério da
Agricultura, 1992), e por organizações internacionais, como a International Seed Testing
Association (ISTA) e a Association of Official Seed Analysts (AOSA).
Os testes de vigor de uso mais comum para espécies florestais é o índice de
velocidade de germinação (IVG). Este teste baseia-se no princípio de que os lotes que
apresentam maior velocidade de germinação das sementes são os mais vigorosos, ou
seja, uma relação direta entre a velocidade de germinação e o vigor das sementes.
O teste pode ser estabelecido conjuntamente com o teste de germinação, obedecendo
as prescrições e as recomendações contidas nas regras para análise de sementes
(BRASIL,1992).
13
Outro teste que também é utilizado na avaliação da qualidade fisiológica das
sementes é o teste da massa seca e/ou fresca das plântulas. Sendo que as amostras
que apresentam maiores valores de matéria seca e fresca de plântulas são
consideradas mais vigorosas. Com o mesmo conceito de avaliação de vigor, outro teste
utilizado é o da determinação do comprimento médio de plântulas normais, tendo em
vista também que amostras que apresentam os maiores valores dios são as mais
vigorosas (NAKAGAWA, 1999).
Diversos outros testes de vigor têm sido idealizados, procurando avaliar com
precisão o comportamento de lotes de sementes em laboratório e no campo. Contudo,
BONNER (1998) afirma que as pesquisas prévias sugerem que os testes de vigor em
sementes florestais nunca conseguirão precisão e igual aplicação presentes em testes
de vigor com sementes agrícolas.
2.5.1. Teste de Tetrazólio
O teste de tetrazólio, desenvolvido por Lakon em 1939 e posteriormente
aperfeiçoado e divulgado por Moore em 1972 (PRETE et al., 1993), baseia-se na
atividade das desidrogenases nos tecidos vivos (AOSA, 1983 e MENEZEZ et al., 1994).
Estas enzimas catalisam reações respiratórias nas mitocôndrias durante a glicólise e o
ciclo de Krebs. Durante a respiração ocorre a liberação de íons de hidrogênio, com os
quais o sal 2,3,5 trifenil cloreto de tetrazólio, ou simplesmente tetrazólio, incolor e
solúvel, reage formando uma substância de cor vermelha e insolúvel denominada
formazam (KRZYZANOSWSHI et al., 1991a e FRANÇA NETO et al., 1998).
A amostra de sementes a ser utilizada na realização do teste deve ser
representativa do lote e coletada conforme prescrições das Regras para Análise de
Sementes. Cada teste deve ser efetuado em duas repetições de 100 ou quatro
repetições de 50 sementes (BRASIL, 1992). Para PIÑA-RODRIGUES & SANTOS
(1988) e PIÑA-RODRIGUES & VALENTINI (1995) o número de repetições e de
sementes a serem utilizadas dependem do resultado que se quer obter e recomendam
o emprego de quatro repetições de 100, podendo ser reduzido para, duas de 100 (boa
14
estimativa), ou duas de 50 e/ou uma de 100 (informações confiáveis) e, ou uma de 50
(estimativa aproximada).
Várias concentrações da solução de tetrazólio podem ser utilizadas na
condução do teste, dependendo da espécie avaliada, do todo de preparo das
sementes e da permeabilidade do tegumento (MARCOS FILHO et al., 1987).
Entretanto, em virtude do preço elevado do sal e da possibilidade de melhor
visualização dos distúrbios de coloração dos tecidos e identificação dos diferentes tipos
de injúrias, preferência era dada para as menores concentrações (MARCOS FILHO et
al., 1987; KRZYZANOWSKI et al., 1991a e FRANÇA NETO et al., 1998). Segundo
relato destes mesmos autores, as concentrações mais utilizadas são 0,075; 0,1; 0,2; 0,5
e 1,0%. Nos últimos anos muitas empresas começaram a produzir o sal de tetrazólio
levando a redução no preço ao consumidor. Concentrações menores dificultam a
visualização.
Para obtenção de uma coloração adequada, a solução de tetrazólio deve
apresentar pH entre 6 e 8 (FRANÇA NETO et al., 1998). Soluções ácidas não
proporcionam coloração ideal, pois alteram a velocidade e a intensidade de coloração
dos tecidos, dificultando a interpretação dos resultados (PIÑA-RODRIGUES &
SANTOS, 1998).
Para ROCHA (1976), a precisão do teste o é afetada por temperaturas
situadas entre 20 e 45ºC. Entretanto, para se obter uma coloração mais rápida
recomenda-se colocar as sementes em recipientes com solução de tetrazólio e levá-las
à estufa com temperatura entre 35 e 40ºC (BHÉRING et al., 1996 e FRANÇA NETO et
al., 1998). Para espécies florestais recomenda-se o uso de temperaturas entre 30 e
40ºC (PIÑA-RODRIGUES & VALENTINI, 1995). A utilização de temperaturas
superiores a 45ºC não é recomendada. Em temperaturas acima de 45ºC poderá ocorrer
a inativação de enzimas.
Conforme PIÑA-RODRIGUES & SANTOS (1988), a velocidade com que o sal de
tetrazólio atinge os tecidos das sementes colorindo-os, depende do número de barreiras
que este encontra. Em muitas espécies, o preparo da semente se faz necessário
visando uma rápida, mas não brusca, penetração de tetrazólio. Entre os métodos de
15
preparo mais utilizados encontram-se a punção, o corte e a retirada do tegumento. A
remoção do tegumento das sementes de amendoim, antes de serem submetidas à
solução de tetrazólio, embora seja uma operação delicada e trabalhosa, possibilita
reduzir em torno de 5 horas o tempo necessário para que estas adquiram a coloração
necessária (BITTENCOURT & VIEIRA, 1999).
A embebição das sementes para a instalação do teste provoca o amolecimento
das mesmas, facilitando a retirada do tegumento e os cortes de preparo e a ativação do
sistema enzimático, facilitando a penetração da solução de tetrazólio e o
desenvolvimento de uma coloração mais clara e evidente. A remoção do tegumento
após o pré-condicionamento, geralmente, possibilita maior uniformidade e rapidez no
desenvolvimento da coloração. No entanto, os resultados podem ser alterados em
virtude da ocorrência de danos ao embrião durante a remoção (MARCOS FILHO et al.,
1987; VIEIRA & VON PINHO, 1999; ZUCARELI et al., 2001 e FOGAÇA, 2000).
Durante o período de coloração, as sementes devem ser mantidas submersas na
solução de tetrazólio em ausência de luz, pois esta pode provocar alteração da
coloração da solução e, portanto, possíveis erros na interpretação do teste. O sal de
tetrazólio tem sensibilidade à luz que pode ser considerada alta. O importante é que o
tetrazólio, alterado pela luz, pode não reagir com o hidrogênio ou, reagir mas não
originar formazam. O período necessário para o desenvolvimento da coloração é
variável de acordo com a espécie, mas geralmente varia entre 30 e 240 minutos
(MARCOS FILHO et al., 1987). Após o período de coloração, as sementes devem ser
lavadas e mantidas submersas em água até o momento da avaliação (PIÑA-
RODRIGUES & VALENTINI, 1995 e FRANÇA NETO et al., 1998). Caso não seja
possível a análise das sementes imediatamente após a coloração, estas podem ser
mantidas em ambiente refrigerado por um período de até 12 horas. No caso de
espécies florestais, as sementes podem permanecer em água no refrigerador por até 24
horas, no escuro (PIÑA-RODRIGUES & VALENTINI, 1995).
Para que a interpretação do teste de tetrazólio se torne mais eficiente e menos
cansativa, recomenda-se que seja efetuada sob lupa de seis aumentos (6X), com
16
iluminação fluorescente (KRZYZANOWSKI et al., 1991a; BHÉRING et al., 1996;
FRANÇA NETO et al., 1998 e DIAS & BARROS, 1999).
A viabilidade das sementes deve ser analisada individualmente, observando-se
interna e externamente os danos ocorridos, sua localização e extensão (BHÉRING et
al., 1996). Maior ênfase deve ser dada aos seguintes tópicos: cor, localização das
manchas, presença de fraturas e turgescência dos tecidos (PIÑA-RODRIGUES &
VALENTINI, 1995). A coloração é apenas um dos fatores que deve ser analisado
durante a interpretação, devendo-se observar também a turgescência dos tecidos e a
ausência de fraturas ou lesões localizadas em regiões vitais da semente (MARCOS
FILHO, 2005).
Tecidos vigorosos tendem a colorir gradual e uniformemente e, quando
embebidos, apresentam-se túrgidos. A ocorrência de vermelho intenso poderá ser
característica de tecidos em deterioração, que permitem maior difusão da solução de
tetrazólio através das membranas celulares comprometidas. Estes tecidos, quando
expostos ao ar, perdem sua turgidez mais rapidamente que os tecidos vigorosos. A cor
branca poderá indicar tecidos mortos, geralmente flácidos, que não apresentam
atividade enzimática necessária para a produção de trifenilformazam (FRANÇA NETO
et al., 1998).
A interpretação precisa do teste de tetrazólio depende do conhecimento das
estruturas da semente e da plântula, da germinação da semente, do entendimento do
mecanismo do teste e de suas limitações, da interpretação dos padrões de coloração
combinados com outros aspectos visíveis da qualidade de sementes, e da experiência
em realizar testes de germinação comparativos (DIAS & BARROS, 1999).
Na maioria das vezes, o que se examina é apenas o embrião. Basta apenas uma
fratura ou um pequeno ponto morto em uma posição vital ou crítica para tornar não
viável uma semente que, não fora isso, seria sadia. Em sementes de leguminosas, a
área vital ou crítica inclui a radícula, o hipocótilo, o epicótilo, a plúmula e a região de
inserção entre os cotilédones e o eixo embrionário. Em gramíneas, a área vital da
semente compreende a plúmula, a região central do escutelo, a parte superior da
17
radícula, e a região situada entre a plúmula e a radícula, onde se encontram as raízes
seminais (MARCOS FILHO et al., 1987).
Os resultados obtidos no teste de tetrazólio tendem a ser maiores que os obtidos
no teste de germinação, em função de não se verificar a presença de fungos e não se
identificar a ocorrência de sementes dormentes (PIÑA-RODRIGUES & SANTOS, 1988).
Na realidade, os valores obtidos pelo teste de tetrazólio variam 10 pontos porcentuais
em relação à média de germinação. Para evitar problemas de discrepâncias entre os
resultados dos testes de tetrazólio e de germinação, recomenda-se, caso necessário,
que as sementes sejam submetidas a tratamento para superação da dormência antes
de realizar o teste padrão de germinação (DELOUCHE et al., 1976 e FOGAÇA, 2000).
O teste de tetrazólio apresenta as seguintes vantagens: não é afetado por
diversas condições que podem alterar o teste de germinação; analisa as condições
físicas e fisiológicas do embrião de cada semente individualmente; permite rápida
avaliação de viabilidade; permite a identificação de diferentes níveis de viabilidade;
fornece o diagnóstico da causa da perda da viabilidade das sementes; e requer
equipamento simples e barato (FRANÇA NETO et al., 1998 e FRANÇA NETO, 1999).
Não obstante estas vantagens, o teste de tetrazólio apresenta as seguintes
limitações: requer treinamento especial sobre a estrutura embrionária da semente e
sobre técnicas de interpretação; é relativamente tedioso, uma vez que as sementes
são avaliadas uma a uma, requerendo experiência e paciência; embora rápido,
consome maior número de homem/hora que o teste padrão de germinação; não mostra
a eficiência de tratamentos químicos, nem as injúrias que estes podem causar; e requer
do analista capacidade de decisão pelas características do teste (KRZYZANOWSKI et
al., 1991a; FRANÇA NETO et al., 1998 e FRANÇA NETO, 1999).
O teste de tetrazólio mostra-se muito promissor na avaliação da viabilidade em
sementes florestais, principalmente em espécies que exigem longo período de
germinação, dificultando a obtenção dos resultados. Para a maioria das espécies ainda
se faz necessário definir procedimentos a serem adotados, sua divulgação e utilização
em análise de rotina (PIÑA-RODRIGUES & VALENTINI, 1995).
18
2.5.2. Teste de Condutividade Elétrica
Dentre os testes considerados mais importantes, tanto pela ISTA como pela
AOSA, para estimar o vigor de sementes, aparece o teste da condutividade elétrica.
Este possui base teórica consistente, objetividade, rapidez, facilidade de execução e
possibilidade de ser padronizado como teste de rotina por causa de sua reprodutividade
(KRZYZANOWSKY & MIRANDA, 1990; VIEIRA et al., 1994; TORRES et al., 1998;
VIEIRA & KRZYZANOWSKY, 1999). A condutividade elétrica tem como princípio o
aumento da permeabilidade da membrana, à medida que a semente se deteriora,
aumento este causado pela desestruturação das membranas. O teste baseia-se na
modificação da resistência elétrica, causada pela lixiviação de eletrólitos dos tecidos da
semente para a água destilada em que ficou imersa, ou seja, na capacidade da
membrana em regular o fluxo de entrada e saída dos solutos (CARVALHO, 1994).
Em sua grande maioria, as pesquisas relacionadas com condutividade elétrica
foram realizadas com sementes de ervilha e, posteriormente, com sementes de soja.
Assim sendo, as principais alterações efetuadas no teste para obtenção de resultados
consistentes foram obtidas através de experimentos realizados com estas duas
espécies (FRATIN, 1987; KRZYZANOWSKI et al., 1991a; DIAS, 1994; DIAS &
MARCOS FILHO, 1995). Daí em diante, a medição da condutividade elétrica na solução
de embebição das sementes passou a ser estudada e utilizada para diferentes espécies
(AOSA, 1983; MARCOS FILHO et al., 1987).
No Brasil, o uso do teste de condutividade elétrica tem se mostrado promissor
para sementes de milho (VON PINHO, 1995; VIEIRA et al., 1995), soja (VIEIRA, 1994;
DIAS & MARCOS FILHO, 1995; PAIVA AGUERO, 1995) e mais recentemente para
algumas espécies florestais na tentativa de se adaptar a metodologia, com vistas a se
determinar a qualidade fisiológica de lotes de sementes.
BONNER (1991), trabalhando com cinco espécies de Pinus, estabeleceu quatro
classes de germinação e, para cada uma das espécies, determinou os limites dos
valores de condutividade elétrica. BARBEDO & CÍCERO (1998), com sementes de Inga
uruguensis, de forma semelhante ao trabalho anterior, dividiram as sementes em três
19
classes de germinação associando-se a estas valores de condutividade elétrica.
MARQUES et al. (2002a; 2002b), com sementes de Dalberguia nigra, estudaram as
influências da temperatura, volume de água e tempo de embebição e o número de
sementes nos padrões de liberação de lixiviados das sementes. GONÇALVES (2003),
com sementes de Guazuma ulmifolia, avaliou os padrões de condutividade elétrica,
variando-se o número de sementes, volumes de água e tempos de embebição.
O teste da condutividade elétrica tem sido classificado como teste bioquímico de
vigor, embora também envolva o princípio físico, relacionado à avaliação da
condutividade elétrica através de uma ponte de condutividade da solução de
embebição, e o biológico, que diz respeito à perda de lixiviados do meio interior da
célula para o exterior (VIEIRA, 1994).
Fisicamente, a condutividade elétrica pode ser medida por aparelhos capazes de
monitorar a qualidade de exsudato das sementes liberado para o meio externo, quando
imersas em água. Esta consta de duas altenativas: a chamada condutividade de massa
ou sistema de copo (“bulk conductivity”), em que as sementes que compõem a amostra
são avaliadas em conjunto; e a avaliação da condutividade individual de cada semente
(STEERE et al., 1981; KRZYZANOWSKY et al., 1991b; VIEIRA, 1994; DIAS &
BARROS, 1995; HAMPTON, 1995).
Como princípio biológico, a quantidade e a intensidade de material lixiviado estão
diretamente relacionados à permeabilidade das membranas e, consequentemente, com
o nível de vigor das sementes. Estes solutos, com propriedades eletrolíticas,
apresentam carga elétrica podendo, então, ser detectados por aparelhos próprios
(condutivímetros), constituindo este um importante método para avaliação da qualidade
fisiológica das sementes (McDONALD JR & WILSON, 1980; POWELL, 1986; VIEIRA,
1994; DIAS & BARROS, 1995; PAIVA AGUERO, 1995). A condutividade elétrica tem
como finalidade avaliar o vigor de sementes, uma vez que sementes com baixo vigor
apresentam, geralmente, certa desorganização na estrutura das membranas,
proporcionando um aumento na quantidade de lixiviados que são exsudados pelas
células. Como consequência, isto resulta em maior perda de açúcares, aminoácidos,
20
enzimas, nucleosídeos, ácidos graxos e íons inorgânicos, tais como K
+
, Ca
+
, Mg
+
e Na
+
(AOSA, 1983; DOIJODE, 1988).
O aumento na quantidade de eletrólitos na água de embebição está diretamente
relacionado à degradação das membranas e conseqüente perda do controle da
permeabilidade. Ocorrendo aumento do grau de deterioração, tem-se uma diminuição
na capacidade de reorganização das membranas celulares. Como reflexo direto, tem-se
decréscimo da germinação e do vigor das sementes, como observado por LIN (1990)
para sementes de feijão. No teste de condutividade elétrica avalia-se a condutividade
total desses lixiviados, sem diferenciar a quantidade nem a importância relativa que
teria cada um destes compostos. Pesquisas nesta área mostraram que os íons
inorgânicos apresentam uma participação mais significativa. Tanto é verdade que,
alguns autores (MARCOS FILHO et al., 1984; DIAS, 1994; CUSTÓDIO, 1995),
determinaram o efeito isolado da liberação do potássio, como um teste de vigor para
sementes de soja.
De acordo com ABDUL-BAKI (1980), durante a embebição, o sistema de
membranas das sementes reorganiza-se, readquirindo o controle da permeabilidade.
Seria ideal que esse processo ocorresse no menor período de tempo possível para
reduzir a perda de lixiviados para o meio externo. Logo a velocidade de reorganização
do sistema de membranas reflete o vigor da semente.
Portanto, aceita-se que a integridade e a organização das membranas não se
completam durante, pelo menos, alguns minutos após a embebição. Contudo, com o
decorrer do tempo, esta situação altera-se com a retomada natural de sua configuração
mais estável, ou através da restauração por algum mecanismo enzimático ainda não
identificado claramente. Em sementes mais deterioradas, ou o viáveis, esses
mecanismos de reparo estariam ausentes ou seriam ineficientes ou, ainda, as
membranas estariam tão profundamente danificadas, que seria impossível o reparo
(BEWLEY & BLACK, 1994). Esta relação entre a quantidade de lixiviados, teor de água,
nível de organização das membranas e condutividade elétrica da solução de embebição
das sementes é a base teórica que permite relacionar a condutividade elétrica com o
vigor de sementes em que altos valores de condutividade elétrica (alta perda de
21
lixiviados) indicam baixo vigor, e baixos valores (baixa perda de eletrólitos), alta
qualidade fisiológica de sementes; logo, alto vigor (SAMPAIO et al., 1995).
Segundo POWELL (1998), o teste de condutividade elétrica satisfaz os critérios
para um teste de vigor, pois apresenta uma base teórica consistente, correlaciona-se
bem com a emergência em campo e pode ser reproduzido. No entanto, como todos os
testes que associam as propriedades da membrana para a determinação do potencial
de germinação, a condutividade elétrica é afetada por inúmeros fatores. Estes fatores,
afetando as membranas e o tegumento da semente, podem, de forma direta ou indireta,
afetar nos valores de condutividade elétrica.
2.5.2.1. Fatores que afetam os resultados do teste de condutividade
elétrica
2.5.2.1.1. Teor inicial de água das sementes
O teor de água das sementes, por ocasião do início da instalação do teste, é um
fator importante na padronização da metodologia do teste de condutividade elétrica
(VIEIRA, 1994).
Para soja, tem-se observado que o teor de água das sementes, no início do
teste, deve se situar entre 11% e 17% (AOSA, 1983). Quando o teor de água se situa
abaixo de 11%, o valor da condutividade elétrica aumenta significativamente
(LOEFFLER et al., 1988; HAMPTON et al., 1992). No caso específico de sementes de
soja, LOEFFLER et al. (1988) recomendaram o uso de sementes com teor de água
entre 13% e 18%.
Observações feitas por HAMPTON et al. (1992) mostraram aumento significativo
na condutividade elétrica, de sementes de feijão-mungo e soja, quando o teor de água
das sementes era inferior a 10%. Por outro lado, diferenças significativas na
condutividade elétrica de sementes de feijão foram observadas em sementes que
apresentaram 10%, 14% e 18% de água.
O teor de água inicial encontrado nas sementes apresenta uma relação inversa
com a condutividade elétrica (HAMPTON et al., 1992). Foi sugerido por TAO (1978),
22
que o teste fosse conduzido com sementes cujo teor de água fosse superior a 13%,
pois, estudos conduzidos com sementes de soja, variando entre 13%, 15% e 19,5%,
apresentaram valores de condutividade semelhantes, ao passo que houve uma
significativa elevação nas medidas de condutividade, quando o teor de água inicial foi
inferior a 8,8%.
PENARIOL (1997) avaliou o efeito do teor de água de sementes de seis
cultivares de soja (Glycine max (L.) Merril), sobre os resultados do teste de
condutividade elétrica. Os dados obtidos mostraram que sementes com teor de água
inferior a 11% apresentaram valores de condutividade muito altos, ocorrendo o inverso
para sementes com teor de água mais altos. Os dados de condutividade elétrica
mostraram, também, uma tendência de estabilização ao redor de um teor de água de
13%.
2.5.2.1.2. Tempo de embebição
Entre as variáveis que afetam a leitura da condutividade elétrica, o tempo de
embebição das sementes, sem dúvida, é uma das mais importantes. Logicamente, o
tempo de embebição necessário para se avaliar a condutividade elétrica varia em
função de cada espécie e da qualidade das sementes, representadas pela deterioração
ou integridade das membranas. Sementes de ervilha, feijão e girassol, ao mesmo
tempo que absorvem água, exsudam substâncias solúveis durante um período que se
estende por muitas horas, podendo durar até um dia. Um segundo grupo de sementes,
que inclui algumas umbelíferas, completam sua embebição e liberação de exudados em
uma hora ou menos (SAMPAIO et al., 1995).
O período de embebição pode ser afetado por características morfológicas do
tegumento da semente, como variações na capacidade de absorção, devido a forma,
tamanho e funcionalidade dos poros, controle da troca de água, material ceroso que
constitui a epiderme do tegumento e o grau de aderência da testa ao cotilédone
(MARCHI & CICERO, 2002).
23
Grande parte dos trabalhos envolvendo embebição das sementes e
condutividade elétrica têm sido desenvolvida com espécies de sementes relativamente
grandes. Neste caso, tem-se recomendado um período de embebição de 24 horas;
porém, a separação entre lotes de sementes de soja, principalmente quando a
diferença de vigor é grande, foi possível num período menor (MARCOS FILHO et al.,
1990). Entretanto, por conveniência da organização das atividades do laboratório de
análise de sementes, tem-se recomendado o período de 24 horas.
2.5.2.1.3. Tamanho e peso das sementes
Outro aspecto que tem influenciado os resultados da condutividade elétrica é o
tamanho das sementes. TAO (1978) relatou que as sementes maiores aumentavam a
leitura da condutividade. Entretanto, esta interferência pode ser eliminada através da
pesagem das sementes, antes de se iniciar o teste, expressando a condutividade com
base no peso das sementes, ou seja, em µ cm
-1
g
-1
de sementes (LOEFFLER et al.,
1988; VIEIRA, 1994). Segundo HEPBURN et al. (1984), o uso desse procedimento tem
contribuído para a padronização e comparação entre resultados obtidos em diferentes
laboratórios. Embora a apresentação dos resultados, com base no peso, ou seja, µ
cm
-1
g
-1
de sementes, reduza significativamente o efeito do tamanho das sementes,
não elimina, porém, o problema completamente (VIEIRA & CARVALHO, 1994).
Em se tratando de sementes pequenas, tem-se observado que a lixiviação
máxima pode ocorrer num período inferior a duas horas (MURPHY & NOLAND, 1982),
enquanto que, em sementes maiores (soja por exemplo), verificou-se um aumento de
lixiviação até 24-30 horas após o início da embebição, a uma temperatura de 25ºC
(LOEFFLER et al., 1988).
ILLIPRONTI et al. (1997) observaram que as diferenças de tamanho das
sementes de soja aumentaram o coeficiente de variação do teste de condutividade
elétrica. Sementes grandes lixiviam maior quantidade de exsudatos, em relação às
pequenas. Estudos conduzidos com espécies de sementes pequenas demonstraram
que a liberação de eletrólitos foi pouco significativa quando se empregou o teste de
24
condutividade de massa, visto que exsudatos tornaram-se bastante diluídos na água de
embebição, impossibilitando a detecção de diferenças na qualidade fisiológica das
sementes (DESWAL & SHEORAN, 1993).
2.5.2.1.4. Temperatura de embebição
Atenção especial vem sendo dispensada aos efeitos da temperatura sobre a
água de embebição e perda de solutos, pois pode causar alterações na viscosidade da
água, influenciando, assim, a quantidade de eletrólitos lixiviados, bem como sua
velocidade de liberação (MURPHY & NOLAND, 1982).
LEOPOLD (1980) observou que, principalmente em tecidos mortos, a elevação
da temperatura aumenta a quantidade de material lixiviado pelas sementes. POWELL
(1986) e LOEFFLER et al. (1988) evidendiaram que o aumento da temperatura
aumentou a fluidez da membrana plasmática, facilitando, assim, a movimentação de
água através dessa. Porém, o aumento excessivo da temperatura pode levar à ruptura
das membranas, permitindo a lixiviação de eletrólitos para o meio externo. Deve-se dar
atenção especial aos primeiros momentos de processo de embebição, onde um
aumento de temperatura proporciona um aumento na taxa de absorção.
Variação de 5ºC na temperatura da água de embebição, antes da leitura da
condutividade, pode alterar, significativamente, os resultados (LOEFFLER et al., 1988).
Daí, esses mesmos autores recomendarem que o número de amostras retiradas da
câmara deve ser suficiente para ser avaliado num período de 15 minutos.
RODO et al. (1998), estudando o efeito da temperatura nos resultados do teste
de condutividade elétrica em sementes de tomate, concluíram que a temperatura de 25
ºC apresentou maior eficiência na separação dos lotes das cultivares IAC e KADA, em
relação a 20ºC.
25
2.5.2.1.5. Outros fatores que influenciam a leitura da condutividade
elétrica
Vários outros fatores podem afetar os resultados da condutividade elétrica.
Dentre esses, pode-se mencionar a qualidade e volume de água e o tamanho do
recipiente utilizado para a embebição das sementes (TAO, 1978 e LOEFFLER, 1981).
No caso da fonte de água, deve-se utilizar água deionizada, com no máximo 2-3
µ cm
-1
g
-1
(LOEFFLER, 1981). Por outro lado, deve-se utilizar um recipiente cujo
volume de água seja suficiente para cobrir as sementes, como o erlenmeyer de 125 mL
ou mesmo copo de plástico de 200 mL (VIEIRA, 1994; VIERA & KRZYZANOSWSKI,
1999).
O número de sementes, conjuntamente com o volume de água para embebição,
têm sido objetos de estudo de vários autores, objetivando-se uma combinação ótima
destes dois fatores para obtenção de resultados precisos no teste de condutividade
elétrica.
RODO et al. (1998), testaram o efeito do número de sementes (25 e 50) e do
volume de água (50 e 75 mL) sobre os resultados da condutividade elétrica em
sementes de tomate, das cultivares IAC e Kada. Os autores concluíram que, para cada
material genético, existe uma combinação ótima que permite melhor diferenciação entre
lotes, sendo esta de 50 sementes embebidas em 50 mL de água para a cultivar IAC e
de 25 sementes em 50 mL de água para a cultivar Kada.
Segundo BONNER (1998), o maior problema com o teste da condutividade
elétrica como indicador de vigor de sementes florestais é a grande variação genética
que está presente nos lotes de sementes vindas de populações silvestres.
Destacam-se também como fatores que podem alterar a condutividade, o
tamanho do recipiente usado durante a embebição das sementes; o equipamento
utilizado para a leitura da condutividade; danos mecânicos e injúrias nas sementes;
idade das sementes e expressão dos resultados (MARCHI & CICERO, 2002).
26
2.5.3. Teste de Envelhecimento Acelerado
O teste de envelhecimento acelerado ou envelhecimento precoce ou, ainda, de
envelhecimento artificial, baseia-se no fato de que a taxa de deteterioração das
sementes é aumentada consideravelmente através de sua exposição a níveis muito
adversos de temperatura e umidade relativa (MARCOS FILHO et al., 1987). Nessa
situação, sementes de menor qualidade deterioram-se mais rapidamente do que as
mais vigorosas, com reflexos na germinação após o período de envelhecimento
acelerado (TORRES & MARCOS FILHO, 2001).
Inicialmente, este teste foi desenvolvido com a finalidade de estimar o potencial
de armazenamento de sementes, mas é eficiente também na comparação do vigor
entre lotes de sementes e na estimativa do potencial de desempenho em condições de
campo (MARCOS FILHO, 2005).
De acordo com a AOSA, como os testes de vigor se constituem em índices da
qualidade fisiológica mais sensíveis que o teste de germinação; qualquer um dos
eventos do processo de deterioração, anterior à perda total do poder germinativo das
sementes, pode se constituir em fundamento para o desenvolvimento de um teste de
vigor. Da mesma forma, quanto mais distante (cronologicamente) o parâmetro estiver
da morte da semente, mais sensível será a avaliação do vigor. Nessa situação, os
testes que avaliam indiretamente a permeabilidade das membranas celulares, como o
da condutividade elétrica, seriam os mais sensíveis. Por outro lado, o decréscimo do
potencial de armazenamento é a segunda manifestação fisiológica da deterioração,
após a redução da velocidade de germinação. Conseqüentemente, o teste de
envelhecimento acelerado pode ser considerado como um dos mais sensíveis para a
avaliação do vigor, entre os disponíveis (MARCOS FILHO, 1999a).
Segundo TEKRONY (1995), o teste de envelhecimento acelerado é reconhecido
como um dos mais populares para avaliação do vigor de sementes de várias espécies,
sendo capaz de proporcionar informações com alto grau de consistência.
De acordo com PIANA et al. (1995), dentre os testes estudados, o de
envelhecimento acelerado foi um dos que mais se relacionou à emergência das
27
plântulas de cebola em campo e à obtenção de mudas vigorosas, além de identificar os
lotes com diferentes níveis de vigor.
No Brasil são duas as técnicas empregadas para a condução do teste de
envelhecimento acelerado: câmara de envelhecimento acelerado e o método do
“gerbox” (IRIGON & MELLO, s/d). FRATIN & MARCOS FILHO (1984) concluíram que o
teste de envelhecimento conduzido pelo método do “gerbox” proporcionou informações
semelhantes às obtidas com o “método câmara”; no entanto, o emprego do primeiro
apresentou maior praticidade, possibilidade de padronização e precisão, além de não
necessitar de equipamento específico para a realização do teste.
Atualmente, o teste de envelhecimento acelerado é utilizado para avaliar o vigor
de sementes de diversas espécies e está incluído em programas de controle de
qualidade conduzido por empresas produtoras de sementes, pois em poucos dias,
pode-se obter informações relativamente seguras sobre o potencial de armazenamento
dos lotes processados e, dependendo do histórico do lote, do potencial de emergência
das plântulas em campo (MARCOS FILHO, 1999a).
Na descrição do teste de envelhecimento, cita-se a possibilidade da utilização da
temperatura de 40 a 45ºC. Mais recentemente, o teste vem sendo realizado com a
temperatura de 41ºC. Em condições brasileiras, o teste de envelhecimento acelerado
tem sido estudado principalmente em grandes culturas, plantas forrageiras e hortaliças,
sendo ainda restrito o seu uso em espécies florestais (BALISTIERO et al., 1980;
AGUIAR et al., 1987; VALENTINI & PIÑA-RODRIGUES, 1995).
Diversos fatores afetam o comportamento das sementes durante o teste, como:
tamanho das sementes, teor inicial de água, disposição das sementes às condições de
envelhecimento, interação da temperatura com o período de exposição, abertura da
“câmara” durante o teste, tamanho da amostra e genótipo (MARCOS FILHO, 1999a).
BORGES et al. (1990) submeteram sementes de Cedrela fissilis (cedro) ao
envelhecimento a 40 e 50ºC, por a 96 horas, e verificaram que a 40ºC não houve
grandes variações na germinação e nem nos níveis de carboidratos, lipídios e liberação
de exsudados, porém a 50ºC, estas características foram significativamente alteradas, a
exceção do teor de lipídios.
28
PIZETTA et al. (2001) submeteram sementes de Poecilanthe parviflora (coração-
de-negro) a até 120 horas de envelhecimento, a 42ºC, e observaram que estes
períodos não foram suficientes para provocar alterações na germinação de sementes
desta espécie.
ARAÚJO NETO (2001), trabalhando com Acacia polyphlla (monjoleiro), verificou
redução significativa da qualidade fisiológica das sementes com a sua exposição por 48
horas, a 41ºC.
GONÇALVES (2003), trabalhando com sementes escarificadas de Guazuma
ulmifolia (mutamba), recomendou que o teste de envelhecimento acelerado de
sementes desta espécie pode ser realizado a 41ºC, por pelo menos 120 horas, ou a
45ºC, por 96 horas.
Conforme comentaram VALENTINI & PIÑA-RODRIGUES (1995) e, diante do
exposto, pode-se considerar que o uso de envelhecimento acelerado com espécies
florestais, principalmente nativas, com metodologia conhecida, ainda é pequeno.
Com relação às espécies nativas, muitos trabalhos de pesquisa são necessários,
tendo em vista o grande número de espécies e as características e exigências
peculiares a cada uma (AGUIAR, 1995).
29
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Obtenção das Sementes e Locais de Realização dos Experimentos
O presente trabalho foi desenvolvido usando sementes
de coração-de-negro,
Poecilanthe parviflora Bentham (Fabaceae - Faboideae), provenientes de três
localidades:
a) Usina São Martinho (USM), no município de Pradópolis, SP, onde se fizeram
duas colheitas (1ª colheita no dia 02/04/2005, em 2 matrizes, lote denominado de
USM1; 2ª colheita no dia 06/05/2005, em 5 matrizes, lote denominado de USM2);
b) Câmpus da UNESP em Jaboticabal, lote denominado de JABOTICABAL;
c) Vale do Paraíba, sementes adquiridas na SEMEX em São Paulo, lote
denominado de SEMEX.
O beneficiamento constou da abertura dos frutos para obtenção das sementes,
eliminação de sementes mal formadas e chochas. As sementes destes quatro lotes
foram classificadas de acordo com a cor em claras (CL) e escuras (ESC), formando
assim, oito lotes de sementes: USM1-ESC, USM1-CL, USM2-ESC, USM2-CL,
JABOTICABAL-ESC, JABOTICABAL-CL, SEMEX-ESC e SEMEX-CL. Após o
beneficiamento, as sementes foram acondicionadas em sacos de plástico e
armazenadas em câmara fria (7 ± 3ºC; 65 ± 5% UR) até início de cada experimento,
que ocorreu entre os meses de maio de 2005 e janeiro de 2006.
A caracterização biométrica e os testes de germinação e vigor foram conduzidos
no Laboratório de Sementes de Plantas Hortícolas e Florestais do Departamento de
Produção Vegetal e os estudos morfológicos de sementes e plântulas no Laboratório de
Morfologia Vegetal do Departamento de Biologia Aplicada à Agropecuária, ambos da
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual
Paulista/Unesp, município de Jaboticabal, São Paulo.
30
3.2. Morfologia de Sementes e Plântulas
Para o estudo da morfologia das sementes e plântulas foram utilizadas sementes
do lote USM2-CL, por ter apresentado maior quantidade de sementes e boa aparência
do mesmo.
Foram realizados cortes longitudinais com lâmina de barbear para a descrição
morfológica interna das sementes e estas foram observadas em esteriomicroscópio e
esquematizadas com auxílio de câmara clara, verificando-se assim, o tipo do tecido de
reserva, posição e forma do eixo embrionário e cotilédones.
Para a descrição do processo de germinação e morfologia da plântula, foram
semeadas quatro repetições de seis sementes em caixas de plástico tipo “gerbox”,
tendo como substrato areia lavada, e mantidas em laboratório. A cada dois dias foram
retiradas plântulas representativas de cada fase de desenvolvimento que foram
colocadas em solução de álcool 70% para conservação, sendo posteriormente
desenhadas com auxílio de câmara clara, acoplada a uma lupa com aumento de 8X. A
caracterização morfológica das sementes e plântulas foi realizada conforme DAMIÃO
FILHO (1993) e DAMIÃO FILHO & MÔRO (2001).
3.2. Biometria das Sementes
Para as avaliações biométricas, foram utilizadas 100 sementes do lote USM2-CL.
Mediu-se o comprimento, largura e espessura, utilizando-se paquímetro digital marca
Mitutoyo, com precisão de 0,1 mm. Foram calculadas as médias, os desvios-padrões e
os coeficientes de variação para cada característica. Estimou-se, também, o número de
sementes por quilograma através do peso de oito repetições de 100 sementes, do lote
USM2-ESC, em balança analítica marca Marte modelo AL 200.
31
3.4. Determinação do Teor de Água
Foi efetuado pelo método estufa a 105 ± 3ºC, durante 24 horas, conforme
recomendações das Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992). Foram
utilizadas duas amostras de 10 sementes para cada lote. Os resultados foram
expressos em porcentagem média para cada lote.
3.5. Teste de Germinação
Foram realizados dois experimentos paralelos utilizando 100 sementes (quatro
repetições de 25 sementes) de cada lote, distribuídas em caixas de plástico tipo
“gerbox” contendo como substrato papel de filtro umedecido com quantidade de água
2,5 vezes o peso do papel, de acordo com a Regras de Análises de Sementes
(BRASIL, 1992).
No experimento 1 foi utilizado o lote JABOTICABAL que foi submetido a
germinação em diferentes temperaturas constantes de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40ºC e
alternadas de 20-30, 25-35 e 20-35ºC, totalizando 10 tratamentos. No experimento 2
foram utilizados os lotes denominados de USM, SEMEX e JABOTICABAL que foram
submetidos a temperatura constante de 25ºC e à temperatura alternada de 20-30ºC,
com fotoperíodo de 12 horas, totalizando seis tratamentos. No caso das temperaturas
alternadas, o período luminoso correspondeu à temperatura mais elevada. Nos dois
experimentos, a duração do teste foi de 21 dias.
O número de sementes germinadas foi avaliado, em dias alternados, adotando-
se o critério da protrusão da raiz primária (maior que 0,5 cm). Ao final do experimento
foram avaliados a porcentagem de germinação (%G) e o índice de velocidade de
germinação (IVG), conforme MAGUIRE (1962):
IVG = G
1
+ G
2 +
. . .
G
n
, sendo:
N
1
N
2
N
n
32
G
1
, G
2
, G
n
= número de sementes germinadas na primeira contagem, na segunda
contagem e na última contagem;
N
1
, N
2
, N
n
= número de dias da semeadura à primeira, segunda e última contagem.
Determinou-se o comprimento total de plântula, utilizando-se das plântulas
normais em cada lote e repetição, computando-se, também, o mero de plântulas
normais. Os resultados foram expressos em cm/plântula, com duas casas decimais.
Também foi determinada a massa fresca e seca das plântulas normais, as quais foram
colocadas em sacos de papel e pesadas descontando o peso da embalagem, para
determinar a matéria fresca e, posteriormente, levadas para secar em estufa com
circulação de ar aquecido (60 ºC), por 24 horas. Após esse período as amostras foram
retiradas da estufa e colocadas para esfriar em dessecador, sendo então pesadas em
balança analítica com precisão de 0,001g, determinando-se a matéria seca total das
plântulas normais componentes, resultando no valor médio da matéria seca por
plântula, expresso em g/plântula.
Para o experimento 1 foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com
10 tratamentos (10 temperaturas para o lote JABOTICABAL) e quatro repetições de 25
sementes por tratamento. As médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%
de probabilidade. Adicionalmente, usando-se apenas os dados relativos às
temperaturas constantes, procedeu-se ao ajuste de regressão polinomial de até 3º grau
para o estudo das temperaturas cardeais do processo germinativo. Para o experimento
2 também foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial
3x2 (3 lotes e 2 temperaturas), totalizando 6 tratamentos, sendo as médias
comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade.
3.6. Teste de Tetrazólio
Sementes dos lotes USM2-CL e do lote SEMEX-ESC (100 sementes de cada
lote) foram submetidas à embebição em rolos de papel umedecidos (4 vezes o peso do
papel, quantidade esta necessária ao umedecimento do papel) e mantidas em
germinador a 25ºC, por 42 horas (período que permitiu facilidade de corte). Após a
33
embebição, as sementes tiveram seu tegumento retirado e foram submetidas a
diferentes concentrações da solução de 2,3,5 trifenil cloreto de tetrazólio (pH 6,5 a 7,0)
em copos de plástico de 50 mL com quantidades da solução suficiente para cobrir as
sementes. As concentrações avaliadas foram 0,05, 0,075 e 0,1% por 1, 2 e 3 horas de
incubação a 35ºC, em câmaras tipo B.O.D, na ausência de luz, totalizando 18
tratamentos. Foram utilizadas duas repetições de 10 sementes por tratamento.
Após cada período de embebição na solução de tetrazólio, as soluções foram
drenadas e as sementes lavadas em água destilada. Posteriormente as sementes
foram submetidas a corte longitudinal para separação dos cotilédones e permaneceram
umedecidas, envoltas em papel molhado, para que o houvesse o ressecamento das
mesmas. Para facilitar a interpretação e a visualização de todos os detalhes utilizou-se
uma lupa de mesa de seis aumentos (6X), com lâmpada fluorescente. Observando-se,
uma a uma, as sementes que foram coloridas foi possível caracterizar os níveis de
viabilidade através da visualização do dano e das condições físicas das estruturas
embrionárias. De acordo com os critérios estabelecidos para o teste de tetrazólio
(DELOUCHE et al., 1976; BHÉRING et al., 1996; FRANÇA NETO, 1999) observou-se a
diferenciação das cores dos tecidos: vermelho brilhante ou rosa (tecido vivo e vigoroso);
vermelho-carmim forte (tecido em deterioração) e branco leitoso ou amarelado (tecido
morto). A definição da melhor preparação e condições de coloração baseou-se nos
aspectos do tecido e na intensidade e uniformidade de coloração (FRANÇA NETO,
1999), adotando-se como referência os resultados do teste de germinação.
3.7. Teste de Condutividade Elétrica
A condutividade elétrica foi avaliada nos lotes USM1-ESC, USM1-CL, USM2-
ESC, USM2-CL, JABOTICABAL-ESC, JABOTICABAL-CL e SEMEX-ESC usando-se
quatro sub-amostras (repetição) de 10 sementes as quais foram pesadas com precisão
de 0,001g e, a seguir, colocadas em copos de plástico com capacidade para 200 mL,
contendo 75 mL de água deionizada (condutividade elétrica de 3 µS cm
-1
) e deixadas
para embeber por 24, 48, 72, 96 e 120 horas, em germinadores com temperatura de
34
25ºC. Após cada período realizou-se, imediatamente, a leitura da condutividade elétrica
na solução de embebição, agitando-se levemente a mesma, utilizando-se um
condutivímetro marca Marconi, modelo CA 150. O resultado da leitura foi dividido pela
massa (g) da respectiva subamostra, resultando em um valor expresso em de µS cm
-1
g
-1
de sementes. Antes da instalação do teste, determinou-se o teor de água (2
repetições de 10 sementes), conforme o item 3.4. e instalado o teste de germinação
(quatro repetições de 20 sementes por tratamento) em que a protrusão da raiz primária
(> 0,5 cm) foi adotada como critério para considerar a semente germinada;
determinando-se os seguintes parâmetros: porcentagem de germinação e índice de
velocidade de germinação.
O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em parcelas
subdivididas para tempo de embebição. As parcelas foram representadas pelos
diferentes lotes e as sub-parcelas pelos períodos de embebição, totalizando 35
tratamentos (7 lotes e 5 períodos de embebição), com quatro repetições de 10
sementes. As médias de condutividade elétrica entre os lotes foram comparadas pelo
teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade e a evolução dos valores de condutividade
elétrica com os períodos de embebição foram submetidas a análise de regressão
polinomial.
3.8. Teste de Envelhecimento Acelerado
Neste experimento foram utilizadas sementes dos seguintes lotes: USM1-ESC,
USM1-CL, USM2-ESC, USM2-CL, JABOTICABAL-ESC, JABOTICABAL-CL e SEMEX-
ESC. As sementes de cada um dos lotes foram submetidas ao teste de envelhecimento
acelerado (EA) por 72 horas, na temperatura de 42ºC. Foram utilizadas caixas
transparentes de plástico (“gerbox”) com 11 x 11 x 3 cm, com tampa, adaptadas como
mini-câmaras, dentro das quais foram acondicionado 40 mL de água destilada. Acima
da lâmina d’água, foi colocada uma tela de aço inox sustentada por quatro calços (ou
ressaltos) internos, situados à meia altura de cada um dos cantos da caixa. Sobre estas
35
telas, em cada “gerbox”, foram colocadas 60 sementes, utilizando assim, dois “gerbox”
por lote, num total de 120 sementes por lote.
Após o período de envelhecimento, os “gerbox” foram retirados do germinador,
para montagem dos ensaios de germinação e para determinação do teor de água. Para
determinação do teor de água foram utilizadas duas amostras de 10 sementes para
cada lote, conforme procedimentos descritos. Para o teste de germinação utilizaram
quatro repetições de 20 sementes de cada lote, distribuídas em caixas de plástico tipo
“gerbox” contendo como substrato papel de filtro umedecido com quantidade de água
2,5 vezes o peso do papel. O número de sementes germinadas foi avaliado, em dias
alternados, adotando-se o critério da protrusão da raiz primária (maior que 0,5 cm). Ao
final do experimento foram avaliados a porcentagem de germinação (%G) e o índice de
velocidade de germinação (IVG) conforme MAGUIRE (1962).
O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com sete
tratamentos (7 lotes), e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott a 5% de
probabilidade.
36
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Biometria e Descrição Morfológica de Sementes e Plântulas
As sementes do lote USM2-CL apresentaram em média 15,80 mm de
comprimento; 14,13 mm de largura e 3,19 mm de espessura. Na Figura 1 são
apresentados histogramas de freqüência de ocorrência de sementes quanto ao
comprimento, largura e espessura, em cinco classes formadas a partir da amplitude de
variação individual destas características em 100 sementes. Para o comprimento, a
maioria das sementes pertence à classe de freqüência de 14,90 a 16,43 mm com 66%
das sementes nesta faixa. Para largura, a maioria das sementes pertence à classe de
freqüência de 13,60 a 14,66 mm com 41% das sementes nesta faixa. Para espessura,
a maioria das sementes pertence à classe de freqüência 2,89 a 3,20 mm com 44% das
sementes nesta faixa. O desvio padrão para comprimento, largura e espessura foram
respectivamente 0,8545, 1,0522 e 0,2928. O coeficiente de variação foi de 5,40% para
o comprimento, 7,44% para largura e 9,18% para espessura. O peso médio de 1000
sementes foi de 416,82 g, correspondendo a 2.399 sementes por quilograma ou 0,42 g
por semente. Entre as repetições, para determinação do peso das sementes, o desvio
padrão foi de 0,7887 e o coeficiente de variação de 1,89%, o que indicou pouca
variação entre as sementes. A pouca variação entre as sementes pode ser explicada
devido as sementes serem de um mesmo lote, provenientes de matrizes próximas. De
acordo com PIÑA-RODRIGUES & AGUIAR (1993), o tamanho e peso das sementes de
determinada espécie são características extremamente plásticas, alterando-se de local
para local, de ano para ano e entre e dentro de indivíduos. Teria sido interessante ter
determinado essas características em sementes de diferentes lotes.
As sementes de Poecilanthe parviflora são exalbuminosas e glabras, a coloração
da testa varia de alaranjada a preta, de textura coriácea e lisa. O formato das sementes
é circular e chata (Figura 2 e 3A). A micrópila é inconspícua e o hilo elíptico e
heterocromo (Figura 3B).
37
Figura 1. Distribuição da freqüência relativa (Fr) do comprimento, largura e espessura de
sementes de Poecilanthe parviflora.
0
5
10
15
20
25
30
35
14,13-14,89 14,90-15,66 15,67-16,43 16,44-17,2 17,21-17,97
Classes de comprimento da semente (mm)
Fr (%)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
11,46-12,52 12,53-13,59 13,60-14,66 14,67-15,73 15,74-16,80
Classes de largura da semente (mm)
Fr (%)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
2,57-2,88 2,89-3,20 3,21-3,52 3,53-3,84 3,85-4,16
Classes de espessura da semente (mm)
Fr (%)
38
Figura 2. Aspectos gerais da semente de Poecilanthe parviflora.
O embrião é cotiledonar, no qual se distingue, perfeitamente, o eixo hipocótilo-
radícula e os cotilédones, de coloração clara a amarelada. O eixo embrionário é basal.
Os cotilédones são oblongos a elíticos, plano-convexos, crassos, dispostos
paralelamente ao eixo embrionário que é curto e oculto entre os cotilédones, na parte
interna (Figuras 3C e 3D).
A germinação é hipógea (Figura 4), tendo início a partir do quinto dia, quando
ocorre a protrusão da raiz primária que se apresenta glabra, cilíndrica e de coloração
branca. Com o desenvolvimento pode-se perceber a formação de primórdios de raízes
secundárias. O coleto é definido pela diferença de coloração entre a raiz primária e o
hipocótilo; é cilíndrico, levemente curvo, glabro, de coloração verde-claro. Com o
desenvolvimento do epicótilo, também verde-claro, a plúmula é posta para fora do
substrato. A plúmula é esverdeada dando início ao crescimento das folhas primárias
que originarão os nomófilos simples, com pecíolos curtos, limbo de forma elíptica,
margem lisa e venação reticulada, com nervura principal bem evidente em ambas as
faces. Na Figura 5 podem ser observados aspectos de uma muda de Poecilanthe
parviflora, com cinco meses de idade.
39
Figura 3. A. Aspectos externos da semente de Poecilanthe parviflora Benth. (f. resquícios do
funículo). B. Vista frontal da região do hilo (h. hilo). C. Aspectos internos da semente (t.
tegumento, c. cotilédone, h. hilo, ee. eixo embrionário) D. Detalhe do eixo embrionário (p.
plúmula, nc. nó cotiledonar, hr. eixo hipocótilo-radícula). Barra = 1cm.
f
h
A B
c
h
ee
t
hr
p
nc
C D
40
Figura 4. Seqüência da germinação de sementes de Poecilanthe parviflora. rp = raiz primária; t =
tegumento; c= cotilédone; e = epicótilo; f1 = eófilo; g = gema apical; rs = raiz
secundária; h = hipocótilo; n = nomófilo; AB = nível do substrato. Barra = 1cm.
NASCIMENTO & DAMIÃO FILHO (1998) descreveram os aspectos da morfologia
das sementes e plântulas de Genipa americana L. FERREIRA et al. (2001)
descreveram e ilustraram os aspectos externos e internos da semente, e as fases de
germinação e de plântula de Qualea grandiflora. CUNHA & FERREIRA (2003)
descreveram e ilustraram os aspectos morfológicos da semente e do desenvolvimento
da planta jovem de Amburana cearensis. ARAÚJO et al. (2004) descreveram os
caracteres morfológicos dos frutos, sementes e plântulas bem como o processo
germinativo de Sesbania virgata. ABREU et al. (2005) estudaram a germinação e
descreveram a morfologia de sementes e frutos de Allophylus edulis. Trabalhos de
r
p
t
c
e
e
f1
rs
rs
g
h
n
A
B
rp
41
descrição morfológica de sementes e plântulas são importantes pois facilitam a
identificação e reconhecimento de espécies em bancos de sementes e de plântulas e
auxiliam na interpretação do teste de germinação e de tetrazólio, dentre outros.
Figura 5. Aspectos de uma muda de Poecilanthe parviflora, com 5 meses de idade, cultivada em
substrato, a pleno sol.
4.2. Teste de Germinação
Na Tabela 1 são apresentados os resultados da análise de variância para
porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, a partir do critério da
protrusão da raiz primária, porcentagem de plântulas normais, comprimento de plântula,
massa fresca e massa seca de plântulas obtidas de sementes de Poecilanthe parviflora
(lote JABOTICABAL), submetidas à germinação, em diferentes temperaturas. Pode-se
42
constatar que as temperaturas influenciaram significativamente, ao nível de 1% de
probabilidade, todas as características avaliadas. Os coeficientes de variação
experimental (CV) foram relativamente altos, variando de 22,24% para MS a 39,31%
para PN, indicando alta variabilidade, o que é normal para sementes de espécies
arbóreas nativas, mesmo em condições de ambiente controlado.
TABELA 1. Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) e médias de germinação (G, %),
índice de velocidade de germinação (IVG), plântulas normais (PN, %) e comprimento
(CP, cm), massa fresca (MF, g/plântula) e massa seca de plântulas (MS, g/plântula),
obtidas de sementes de Poecilanthe parviflora (lote JABOTICABAL), submetidas à
germinação em diferentes temperaturas.
Nas temperaturas de 10 e 40ºC não houve germinação. Na temperatura de 15ºC
observou-se pequena porcentagem de sementes com protrusão de raiz primária, não
havendo, contudo, o desenvolvimento de plântulas normais. Nas demais temperaturas,
a germinação ocorreu normalmente, sendo que as mais adequadas para a germinação
foram as temperaturas constantes de 20 e 25ºC e a temperatura alternada de 25-35ºC.
Fontes de
variação GL G IVG PN CP MF MS
Temperatura 9 2487,289** 2,7694** 1742,267** 42,2952** 0,2178** 0,0826**
Erro
30 70,3999 0,1125 86,8 1,5938 0,01199 0,002
Média 35 1,077 24 4,5245 0,3209 0,2019
CV % 23,7 31,16 39,31 27,9 34,11 22,24
Temperatura G IVG PN CP MF MS
10ºC 0 c 0,000 c 0 d 0,00 c 0,000 c 0,000 c
15ºC 1 c 0,012 c 0 d 0,00 c 0,000 c 0,000c
20ºC 53 a 1,037 b 15 c 5,69 b 0,449 a 0,269 a
25ºC 62 a 1,962 a 55 a 7,68 a 0,526 a 0,331 a
30ºC 50 b 2,068 a 43 a 6,37 b 0,498 a 0,309 a
35ºC 44 b 1,367 b 28 b 6,27 b 0,431 a 0,278 a
40ºC 0 c 0,000 c 0 d 0,00 c 0,000 c 0,000 c
20-30ºC 42 b 0,995 b 37 b 7,49 a 0,511 a 0,309 a
25-35ºC 57 a 2,004 a 46 a 7,20 a 0,522 a 0,318 a
20-35ºC 45 b 0,995 b 13 c 4,54 b 0,272 b 0,204 b
Médias seguidas por uma mesma letra não diferem entre si (P > 0,05) pelo teste de Scott-Knott.
** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.
Quadrados Médios
Médias
43
O IVG e a porcentagem de PN apresentaram os maiores valores nas temperaturas
constantes de 25 e 30ºC e na temperatura alternada de 25-35ºC. Para MF e MS de
plântulas os maiores valores foram verificados nas temperaturas de 20, 25, 30, 35, 20-
30 e 25-35ºC. Para estas duas características (MF e MS) verifica-se ampla faixa de
temperatura em que os resultados foram satisfatórios, o que pode ser explicado pela
competição entre plântulas nos “gerbox”. Mesmo nos lotes que apresentaram menores
porcentagens de plântulas normais, estas se desenvolveram atingindo mais massa
fresca e seca de plântulas por estarem sujeitas a uma menor competição entre elas.
Esta competição poderia ser por espaço, água e luz. À semelhança do IVG, a massa
seca de plântulas presta-se para comparar adequadamente o vigor de lotes com
germinação semelhante. Lotes com menor germinação tendem a apresentar maiores
valores de massa seca de plântulas que lotes com germinação maior, talvez por
usufruírem de maior espaço nas caixas de germinação (NAKAGAWA, 1999).
BORGES & RENA (1993) citam que a faixa de temperatura entre 20 e 30 ºC é
adequada à germinação da maioria das espécies tropicais. Acrescentam, ainda, que
determinadas espécies, notadamente, as pertencentes aos estágios iniciais da
sucessão secundária germinam melhor sob temperaturas alternadas.
Pela Figura 6 verifica-se que a curva para plântulas normais apresenta valores
sempre abaixo dos valores apresentados pela curva de germinação, o que é normal,
pois nem toda semente germinada produz plântula normal.
Pelas Figuras 6 a 9 pode-se determinar que as temperaturas ótima, máxima e
mínima foram, respectivamente, de 28,45ºC, 39,92ºC e 11,26ºC, para a protrusão da
raiz primária; de 29,96ºC, 39,66ºC e 12,97ºC, para a produção de plântulas normais; de
29,94ºC, 39,8ºC e 12,47ºC, para o índice de velocidade de germinação; de 29,4ºC,
39,99ºC e 11,58ºC, para o comprimento de plântula; de 29,1ºC, 39,95ºC e 11,47ºC,
para matéria fresca e de 29,3ºC, 39,98ºC e 11,54 ºC, para matéria seca de plântula.
44
G = - 24,07143 - 1,256349 X + 0,401428 X
2
- 88,88889 X
3
R
2
= 0,88 (F = 24,35**)
PN = 46,64286 - 11,1746 X + 0,7457143 X
2
- 1,244444 X
3
R
2
= 0,86 (F = 40,20**)
FIGURA 6. Porcentagem de germinação e de plântulas normais obtidas de sementes de
Poecilanthe parviflora, provenientes do lote JABOTICABAL submetidas ao teste de
germinação em diferentes temperaturas.
IVG = 1,924750 - 0,4656700 X + 3,158000 X
2
- 530,0556 X
3
R
2
= 0,96 (F = 41,45**)
FIGURA 7. Índice de velocidade de germinação (IVG) obtido de sementes de Poecilanthe
parviflora, provenientes do lote JABOTICABAL, submetidas ao teste de germinação em
diferentes temperaturas.
0
10
20
30
40
50
60
70
10 15 20 25 30 35 40
Temperaturas (
o
C)
%
Germinação Plântulas Normais
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
10 15 20 25 30 35 40 45
Temperaturas (
o
C)
IVG
45
CP = 2,03232 - 0,942688 X + 8,418095 X
2
- 15,47222 X
3
R
2
= 0,91 (F = 86,52**)
FIGURA 8. Comprimento de plântula (cm) obtido de sementes de Poecilanthe parviflora,
provenientes do lote JABOTICABAL, submetidas ao teste de germinação em
diferentes temperaturas.
FIGURA 9. Massa fresca e massa seca de plântulas (g/plântula) obtidas de sementes de
Poecilanthe parviflora, provenientes do lote JABOTICABAL, submetidas ao teste de
germinação em diferentes temperaturas.
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
10 15 20 25 30 35 40 45
Temperaturas (
o
C)
g/plântula
Massa Fresca de Plântulas Massa Seca de Plântulas
MF = 7,250000 - 5,702440 X + 56,43929 X
2
- 106,666 X
3
R
2
= 0,91 (F = 16,45 **)
MS = 9,369643
-
4,307083 X + 38,43929 X
2
-
7066,66 X
3
R
2
= 0,92 (F = 1030,18**)
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10 15 20 25 30 35 40
Temperaturas (
o
C)
Comprimento de plântula (cm)
46
Na Tabela 2 são apresentados os resultados da análise de variância para os três
lotes de sementes de
Poecilanthe parviflora
submetidos a germinação a 25ºC e 20-
30ºC. Houve diferença significativa entre os lotes estudados para todos os caracteres
avaliados e efeito significativo de temperatura sobre G, IVG e PN. A interação lote x
temperatura foi significativa apenas para germinação (G).
O coeficiente de variação variou de 5,09 para MS a 15,66% para o IVG, valores
normais para as variáveis estudadas. O lote denominado USM apresentou as maiores
médias para todos os caracteres avaliados, seguido pelo lote SEMEX e, por último, pelo
lote JABOTICABAL que apresentou as menores médias.
A temperatura de 25ºC proporcionou maiores valores de G, IVG e PN,
comparativamente à temperatura alternada de 20-30ºC. Para CP, MF e MS não houve
diferença entre médias nas duas temperaturas estudadas.
TABELA 2. Resumo da análise de variância (Quadrado Médio) e médias de germinação (G, %),
índice de velocidade de germinação (IVG), plântulas normais (PN, %) e comprimento
(CP, cm), massa fresca (MF, g/plântula) e seca de plântulas (MS, g/plântula) obtidas de
sementes de Poecilanthe parviflora, provenientes de três lotes, submetidas à
germinação em duas temperaturas.
**Valor significativo pelo teste F (P 0,01).
*Valor significativo pelo teste F (P 0,05).
ns
Valor não significativo pelo teste F (P > 0,05).
Médias seguidas por uma mesma letra minúscula para lotes e maiúscula para temperaturas, não diferem entre si (P > 0,05) pelo teste de
Scott-Knott.
Fonte de
variação GL G IVG PN CP MF MS
Lote (L)
2 3764,667** 4,8267** 3794,00** 14,8393** 0,7609** 0,0360**
Temperatura ( T )
1 240,667** 7,0092** 486,00*
0,1066
ns
0,0168
ns
0,0002
ns
L x T
2 280,667**
0,0969
ns
122,00
ns
0,1788
ns
0,0110
ns
0,0003
ns
Erro
18 46,444 0,1236 73,55 0,8905 0,0093 0,0003
Média
71,83 2,2453 64,5 8,845 0,8024 0,3782
CV %
9,48 15,66 13,29 10,67 12,07 5,09
52 c 1,4786 c 46 c 7,585 c 0,5190 c 0,3201 c
95 a 3,0317 a 88 a 10,29 a 1,1308 a 0,4517 a
69 b 2,2256 b 59 b 8,66 b 0,7573 b 0,3628 b
75 A 2,7857 A 69 A 8,7783 A 0,7759 A 0,3811 A
69 B 1,7049 B 60 B 8,9116 A 0,8289 A 0,3753 A
Quadrados médios
Lotes
Médias
20-30ºC
JABOTICABAL
USM
SEMEX
25ºC
47
Pela Tabela 3, observa-se que a 20-30ºC, houve a separação dos três lotes em
três classes de vigor (USM de melhor qualidade, SEMEX de qualidade intermediária e
JABOTICABAL de qualidade inferior) e a temperatura 25ºC separou os lotes em duas
classes (USM de melhor qualidade e SEMEX e JABOTICABAL de qualidade inferior). A
temperatura mais indicada para o processo germintativo é a temperatura constante de
25ºC, pois nesta temperatura o lote de pior qualidade (JABOTICABAL) apresentou
melhor resultado (62% de germinação). O lote de melhor qualidade fisiológica (USM)
apresentou o mesmo desempenho (95% de germinação) nas duas temperaturas
estudadas (25ºC e 20-30ºC), comprovando a qualidade superior deste lote, pois, lotes
de sementes de melhor qualidade são menos exigentes em relação ao fator
temperatura. O lote JABOTICABAL apresentou a menor porcentagem de germinação
(42%) na temperatura alternada de 20-30ºC. Este lote apresentou seu melhor
desempenho na temperatura de 25ºC, com 62% de germinação, o que caracteriza a
preferência deste lote pela temperatura ótima. Lotes de qualidade inferior são mais
exigentes quanto ao fator temperatura. Fica evidente que 25ºC é a temperatura ótima
para
Poecilanthe parviflora
. O efeito mais benéfico da temperatura constante do que
das alternadas seria uma indicação de tratar-se de uma espécie não pertencente aos
estágios iniciais da sucessão secundária. Os outros lotes (USM e SEMEX) não
apresentaram diferença significativa, quanto às médias, dentro de cada temperatura.
TABELA 3. Desdobramento da interação Lote X Temperatura para germinação de sementes de
Poecilanthe parviflora, provenientes de três lotes submetidos à germinação em duas
temperaturas.
Lotes 25ºC 20-30ºC
JABOTICABAL
62 A b 42 B c
USM
95 A a 95 A a
SEMEX
68 A b 69 A b
Temperaturas (ºC)
Médias seguidas por uma mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não
diferem entre si (P > 0,05) pelo teste de Scott-Knott.
48
SANTOS & AGUIAR (2000) estudando a germinação de sementes de
Sebastiana commersoniana
constataram que a germinação foi máxima aos 14 dias, em
temperatura alternada (20-30ºC). Em temperatura constante de 25ºC, a germinação
aumentou gradativamente e atingiu o valor ximo apenas aos 28 dias após a
semeadura. KRAEMER et al. (2000) estudando a germinação de sementes de
Tibouchina urvilleana
constataram maior velocidade e homogeneidade das sementes
para germinar a 25ºC, diminuindo nas temperaturas acima e abaixo desta; sob 10ºC,
não ocorreu germinação. ALVES et al. (2002) relatam que a temperatura de 25ºC
mostrou-se mais adequada para a condução do teste de germinação em sementes de
Mimosa caesalpiniaefolia
, independentemente do substrato utilizado. ARAÚJO NETO et
al. (2003) constataram que a temperatura constante de 25ºC foi a mais adequada para
a germinação das sementes de
Acacia polyphylla
.
4.3. Teste de Tetrazólio
Na Figura 10 estão ilustrados os diferentes padrões de coloração obtidos pelas
sementes, conforme as condições de preparo e de coloração a que foram submetidas.
As sementes passaram por uma pré-embebição; tiveram seu tegumento retirado; foram
imersas na solução de tetrazólio; sofreram corte longitudinal na região de separação
dos cotilédones e, então, realizadas as observações. Com uma hora de embebição na
solução de tetrazólio, independente da concentração utilizada, apresentaram coloração
fraca ou insatisfatória (sem coloração), tanto externa quanto internamente. Com duas
horas de embebição apresentaram coloração adequada ou satisfatória, permitindo a
diferenciação dos tecidos, principalmente nas concentrações elevadas e com três horas
de embebição, coloração intensa (vermelho), principalmente, externamente.
A Tabela 4 apresenta um resumo geral das condições de coloração a que foram
submetidas as sementes durante o desenvolvimento do teste de tetrazólio. Observa-se
que as sementes embebidas por uma hora a 35ºC, com retirada do tegumento,
independente da concentração da solução de tetrazólio, apresentaram coloração fraca
tanto externa quanto internamente para os dois lotes de sementes utilizados (USM2-CL
49
e SEMEX-ESC). Para o período de duas horas de embebição, o lote USM2-CL
apresentou coloração adequada tanto externa quanto internamente, nas três
concentrações utilizadas. Então, para este lote fica a recomendação de duas horas de
embebição na concentração de 0,05%, atingindo os objetivos de custo e rapidez.
para o lote SEMEX-ESC este tempo de embebição forneceu coloração adequada
quando se utilizou a maior concentração do sal (0,1%). Para o período de três horas de
embebição, o lote SEMEX-ESC apresentou coloração intensa na maior concentração
utilizada (0,1%) e coloração adequada nas outras duas concentrações (0,075 e 0,05%).
Para este lote (SEMEX-ESC) a recomendação econômica e viável seria utilizar o sal na
concentração de 0,05% utilizando o período de embebição de três horas. As sementes
do lote USM2-CL apresentaram coloração intensa, nas três concentrações utilizadas,
quando o período de embebição foi de três horas.
Coloração fraca Coloração adequada Coloração intensa
0,1% - 1 h 0,075% - 2 h 0,075% - 3 h
Figura 10. Padrões de coloração obtidos em sementes de Poecilanthe parviflora, quando
submetidas à coloração em solução de tetrazólio, em diferentes concentrações, e
períodos de coloração.
50
No teste de germinação, realizado paralelamente ao teste de tetrazólio, a
porcentagem de germinação foi de 90% para o lote USM2-CL que apresentou uma
média de 86% de sementes viáveis, no teste de tetrazólio. O lote SEMEX-ESC
apresentou 61% de germinação e 61% de sementes viáveis. O teste de germinação foi
conduzido sob condições adequadas para proporcionar máxima germinação, por isso,
ele pode superestimar o desempenho das sementes e o teste de tetrazólio é subjetivo.
Nota-se, contudo, concordância nas avaliações realizadas entre os dois testes.
Considerando-se, os resultados dos dois lotes em conjunto, pode-se recomendar
que o teste de tetrazólio seja conduzido na concentração de 0,1% por duas horas, após
pré-condicionamento das sementes a 25ºC por 42 horas e retirada do tegumento. Esta
condição possibilitou coloração adequada tanto para o lote USM2-CL, considerado de
boa qualidade (90% de germinação) como para o lote SEMEX-ESC, considerado de
qualidade intermediária (61% de germinação).
TABELA 4. Padrões de coloração obtidos submetendo as sementes de Poecilanthe parviflora a
diferentes condições de coloração, após pré-condicionamento a 25 ºC por 42 horas e
retirada do tegumento.
Lote
Concentração
Tempo de coloração
Grau de coloração
% Sementes viáveis
USM2-CL 0,1 1 fraca 85
USM2-CL 0,075 1 fraca 90
USM2-CL 0,05 1 fraca 90
USM2-CL 0,1 2 adequada 80
USM2-CL 0,075 2 adequada 90
USM2-CL 0,05 2 adequada 90
USM2-CL 0,1 3 intensa 65
USM2-CL 0,075 3 intensa 100
USM2-CL
0,05
3
intensa
80
SEMEX-ESC 0,1 1 fraca 80
SEMEX-ESC 0,075 1 fraca 65
SEMEX-ESC 0,05 1 fraca 80
SEMEX-ESC 0,1 2 adequada 60
SEMEX-ESC 0,075 2 fraca 40
SEMEX-ESC 0,05 2 fraca 35
SEMEX-ESC 0,1 3 intensa 55
SEMEX-ESC 0,075 3 adequada 75
SEMEX-ESC
0,05
3
adequada
55
Teste de germinação - 90%
Teste de germinação - 61%
51
Na Figura 11 são apresentados os padrões de coloração representando as
classes de sementes viáveis (Classe 1) e inviáveis (Classe 2) encontrada em
Poecilanthe parviflora
.
Figura 11. Representação diagramática das classes de viabilidade para sementes de Poecilanthe
parviflora: Viáveis (Classe 1); Inviáveis (Classe 2).
Legenda: Rósea Rósea clara Vermelha intensa Branca
Classe 1 - Viáveis: sementes com colorações rósea e rósea clara uniforme, com
pontuações claras ou escuras, desde que não estejam sobre o eixo
embrionário. Os tecidos da semente apresentam aspectos normais.
Classe 2 - Inviáveis: sementes sem coloração (brancas) ou com coloração
vermelha intensa no eixo embrionário ou em toda a semente. A não
coloração do embrião, principalmente do eixo embrionário, é
indicativo de tecido morto.
Classe 1
Classe 2
Eixo
embrionário
Cotilédone
52
COSTA et al. (1998) constataram que o pré-condicionamento das sementes de
Glycine max
, à temperatura de 41ºC por seis horas, possibilitou o desenvolvimento de
coloração nítida para o teste de tetrazólio. OLIVEIRA et al. (2005) relataram que a
concentração 0,1% da solução de tetrazólio por 150 minutos a 25ºC permitiu avaliar a
qualidade de lotes de sementes de
Peltophorum dubium
. NASCIMENTO & CARVALHO
(1998) constataram que o pré-condicionamento por 24 horas, à temperatura de 30ºC,
expondo os embriões de
Genipa americana
na solução de tetrazólio a 0,25% durante
duas horas sob 40ºC, foi o procedimento mais eficiente. ZUCARELI et al. (2001)
relataram que para as sementes de
Albizia hasslerri
a embebição seguida pela retirada
do tegumento e solução de tetrazólio com concentração de 0,1% por cinco horas de
coloração, mostrou-se como alternativa viável na avaliação da viabilidade pelo teste de
tetrazólio.
4.4. Teste de Condutividade Elétrica
Os resultados referentes aos teores de água (TA, %), germinação (%) e índice de
velocidade de germinação (IVG), na época da montagem do teste de condutividade
elétrica, estão apresentados na Tabela 5. Os valores dos teores de água dos lotes
analisados não variaram muito entre si, 9,5% (USM2-ESC) a 8,2% (SEMEX-ESC),
embora o lote que apresentou o menor teor de água (SEMEX-ESC; 8,2%) também
apresentou os maiores valores de condutividade elétrica (Tabela 6). Segundo VIEIRA &
KRZYZANOWSK (1999), altos valores de condutividade elétrica em lotes com baixo
teor de água podem ser entendidos como uma resposta a uma rápida entrada d’água
nas sementes, ocasionando o rompimento das membranas e liberando, assim, grande
quantidade de solutos para o meio. Os valores dos teores de água (8,2 a 9,2%; Tabela
5) dos lotes do experimento estão um pouco abaixo do recomendado para sementes de
soja (11 a 17%), AOSA (1983). MARQUES (2001) utilizou sementes de
Dalberguia
nigra
com teores de água variando de 9,4% a 10,6% e considerou que estas diferenças
não afetaram os resultados dos testes.
53
TABELA 5. Teor de água (TA, %), germinação (%) e índice de velocidade de germinação (IVG) de
sete lotes de sementes de Poecilanthe parviflora.
Na Tabela 6 estão apresentados os resultados da análise de variância e
comparação de dias de condutividade elétrica das sementes dos sete lotes,
embebidos em 75 mL de água deionizada e deixadas para embeber por 24, 48, 72, 96 e
120 horas, a 25ºC. Ressalta-se que na interpretação dos resultados de condutividade
elétrica, altos valores indicam sementes com baixa qualidade fisiológica, e baixos
valores estão associados a sementes de alto vigor. Houve diferença significativa a 1%
de probabilidade, entre os lotes, para todos os períodos de embebição. O coeficiente de
variação foi alto, o que tem sido normal para trabalhos com sementes de espécies
florestais nativas. Houve aumento nas medidas de condutividade elétrica, à medida que
o período de embebição aumentou. Nos lotes de boa qualidade, a partir de 72 horas de
embebição, o acréscimo nos valores de condutividade elétrica foram mínimos, ao passo
que para os lotes de qualidade inferior o acréscimo permaneceu.
Segundo LOEFFLER et al. (1988), trabalhando com sementes de
Glycine max
,
quanto menos acentuadas forem as diferenças de vigor entre lotes, períodos de
embebição mais longos serão necessários para a diferenciação dos mesmos.
Resultados concordantes aos obtidos por LOEFFLER et al. (1988), foram observados
por DIAS & MARCOS FILHO (1996), também, para sementes de soja, em que períodos
mais curtos de embebição das sementes podem ser utilizados para identificação de
diferenças mais acentuadas entre lotes e, períodos mais longos (maior que 16 horas)
mostraram-se mais adequados para diferenciar lotes menos contrastantes.
Lotes
TA
G
IVG
SEMEX-ESC 8,2 45 C 1,53 C
JABOTICABAL-ESC 9,4 44 C 1,52 C
JABOTICABAL-CL 9,2 70 B 2,36 B
USM2-ESC 9,5 90 A 1,87 C
USM2-CL 8,7 88 A 2,25 B
USM1-ESC 9,3 90 A 2,94 A
USM1-CL
8,4
90 A
2,17 B
Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Médias seguidas por uma mesma letra, em cada coluna, não diferem entre si pelo teste de
54
TABELA 6. Resumo da análise de variância (Quadrados médios) e médias de condutividade
elétrica (S cm
-1
g
-1
) obtidas de sete lotes de sementes de Poecilanthe parviflora
submetidas ao teste de condutividade elétrica a 25ºC por diferentes períodos de
embebição e sua correlação com a germinação.
O lote SEMEX-ESC e JABOTICABAL-ESC apresentaram pior qualidade; o lote
JABOTICABAL-CL apresentou qualidade intermediária e os lotes USM2-ESC, USM2-
CL, USM1-ESC E USM1- CL são os lotes que apresentaram qualidade superior, não
diferindo entre si, quanto a condutividade elétrica.
De acordo com a Tabela 6 verificou-se que nos períodos de 96 e 120 horas a
comparação de médias de condutividade elétrica está em acordo com a germinação
(Tabela 5), indicando que o teste de condutividade elétrica apresentou a mesma
sensibilidade que o teste de germinação, em condições de laboratório, na avaliação do
vigor dos lotes. Sabe-se que para o teste de condutividade elétrica ser considerado
eficiente ele deve, no mínimo, apresentar a mesma sensibilidade apresentada pelo
teste de germinação. SANTOS & PAULA (2005), trabalhando com sementes de
Sebastiana commersoniana
, também constataram que o teste de condutividade elétrica
Fonte de variação
GL
24h
48h
72h
96h
120h
Lotes 6 4865,167** 15141,67** 31055,66** 39263,90** 42423,13**
Erro
21
227,6048
941,837
1894,647
1954,795
2219,186
Média 54,52 85,35 111,01 120,58 126,03
CV (%)
27,671
35,95
39,21
36,66
37,37
Lotes
SEMEX-ESC 124,97 C 180,22 B 242,62 B 272,42 C 282,00 C
JABOTICABAL-ESC 71,02 B 166,00 B 228,12 B 244,40 C 254,90 C
JABOTICABAL-CL 57,60 B 77,75 A 110,92 A 130,07 B 140,17 B
USM2-ESC 31,30 A 45,22 A 51,60 A 52,30 A 57,52 A
USM2-CL 30,15 A 37,57 A 43,77 A 45,60 A 46,97 A
USM1-ESC 36,32 A 50,77 A 55,50 A 55,45 A 57,52 A
USM1-CL
30,27 A
39 95 A
44,57 A
43,82 A
43,17 A
Correlação (G x CE)
-0,7165
-0,7697
-0,8211
-0,8344
-0,8332
Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a
5% de probabilidade.
** - Significativo em nível de 1% de probabilidade pelo teste F.
Médias
55
possibilitou a mesma discriminação entre lotes que o teste de germinação em
combinações variadas de número de sementes, volume de água e período de
embebição. BARBEDO & CÍCERO (1998), relatam que o teste de condutividade elétrica
fornece, em 24 horas, uma estimativa do potencial germinativo de lotes de sementes de
Inga uruguensis
, podendo-se separá-los em baixa (germinação inferior a 10%), dia
(germinação entre 10 e 40%) ou elevada (germinação superior a 50%) qualidade.
Os coeficientes de correlação entre germinação e condutividade elétrica
apresentam valores negativos significando que quanto maiores forem os valores de
germinação menores serão os valores da condutividade elétrica, o que vai de encontro
com o princípio do teste. Caso os valores da correlação fossem positivos, o teste de
condutividade elétrica seria inadequado. Valores próximos a menos um (-1) significam
condições ideais de associação entre os testes o que ajuda na determinação do período
em que a condutividade elétrica deva ser conduzida.
Pela Figura 12 nota-se que houve aumento linear dos valores de condutividade
elétrica, para todos os lotes, com o aumento do período de embebição, exceção feita ao
lote sete. Os lotes 1 (SEMEX-ESC) e 2 (JABOTICABAL-ESC), de qualidade inferior,
apresentaram maiores valores de condutividade elétrica e maior acréscimo com o
aumento dos períodos de embebição. O lote 3 (JABOTICABAL-CL), de qualidade
fisiológica intermediária, apresentou valores intermediários de condutividade elétrica e
de acréscimo da condutividade elétrica com os períodos de embebição. Os demais
lotes não diferiram entre si, em quaisquer dos períodos de embebição avaliados. Para o
lote 7 (USM-CL) não houve ajuste de regressão, o que indica pequena variação dos
valores de condutividade elétrica entre os diferentes períodos de embebição.
Os valores dos coeficientes de determinação (R
2
) das equações ajustadas
variaram de 0,74 para o lote 6 (USM-ESC) a 0,97 para o lote 3, indicando que as
equações ajustadas explicam a maior parte da variação dos dados de condutividade
elétrica destes lotes em função dos diferentes períodos de embebição.
Com base nos relatos acima pode-se afirmar pela eficiência do teste da
condutividade elétrica, nos diferentes lotes estudados, quando conduzido por pelo
menos 96 horas de embebição, usando-se 10 sementes embebidas em 75 mL de água
56
deioniozada, a 25ºC. Verifica-se, entretanto, que o período de24 horas classificou os
lotes de maneira quase idêntica a do de 96 horas.
Lote 1 = SEMEX ESC = 98,5700 + 1,692708 X R
2
= 0,93
Lote 2 = JABOTICABAL ESC = 59,04500 + 1,858958 X R
2
= 0,85
Lote 3 = JABOTICABAL CL = 38,06250 + 0,9061458 X R
2
= 0,97
Lote 4 = USM2 ESC = 29,73250 + 0,2480208 X R
2
= 0,87
Lote 5 = USM2 CL = 28,31250 + 0,1736458 X R
2
= 0,90
Lote 6 = USM1 ESC = 36,99250 + 0,1961458 X R
2
= 0,74
Lote 7 = USM1 CL = 40,36
FIGURA 12. Condutuvidade elétrica (S cm
-1
g
-1
) obtida de sete lotes de sementes de Poecilanthe
parviflora embebidas em 75 mL de água deionizada por diferentes períodos a 25ºC.
0
70
140
210
280
350
24 48 72 96 120
Tempo de Embebição (h)
Condutividade Elétrica
(
µ
S cm
-1
g
-1
)
Lote 1 Lote 2 Lote 3 Lote 4 Lote 5 Lote 6 Lote 7
57
4.5. Teste de envelhecimento acelerado
Os sete lotes estudados apresentaram os teores de água (TA, %) relacionados
na Tabela 7, antes e após o envelhecimento acelerado. Antes do envelhecimento
acelerado (não envelhecidas) o lote que apresentou o menor teor de água foi o lote
JABOTICABAL-CL (7,7%) e o que apresentou o maior foi o lote USM2-ESC (9,2%). O
teor de água aumentou em todos os lotes, após o envelhecimento acelerado. O lote que
apresentou o menor teor de água, após envelhecimento acelerado, foi o USM2-CL
(31%) e os que apresentaram os maiores teores foram os lotes USM1-ESC e SEMEX-
ESC, ambos com 37%.
TABELA 7. Teor de água (TA, %) de sete lotes de sementes de Poecilanthe parviflora antes (não
envelhecidas) e após o envelhecimento acelerado (envelhecidas) a 42ºC, por 72 horas.
Pela Tabela 8 pode-se verificar que os diferentes lotes utilizados no teste
apresentaram diferença significativa ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F para
as variáveis estudadas, germinação e IVG, entre sementes envelhecidas e não
envelhecidas. Também, verifica-se por esta tabela que o teste de envelhecimento
acelerado mostrou-se um bom teste na avaliação do vigor das sementes de
Poecilanthe
parviflora
pois, após a aplicação deste, houve a separação dos quatro últimos lotes
(USM2-ESC, USM2-CL, USM1-ESC e USM1-CL). Estes últimos quatro lotes não
Lotes
Não envelhecidas Envelhecidas
SEMEX-ESC
8,2 37,0
JABOTICABAL-ESC
9,0 43,0
JABOTICABAL-CL
7,7 34,0
USM2-ESC
9,2 34,0
USM2-CL
8,3 31,0
USM1-ESC
8,7 37,0
USM1-CL
8,6 31,5
58
diferem entre si quando se compara médias de germinação nas sementes não
envelhecidas ou não submetidas ao teste de envelhecimento acelerado. Desta forma,
verifica-se que o teste de germinação igualou os quatro últimos lotes e após aplicação
do teste de envelhecimento acelerado, houve a separação destes lotes. Constata-se,
assim a eficiência do teste de envelhecimento acelerado conduzido a 42ºC, por 72
horas.
TABELA 8. Dados de germinação (G, %) e índice de velocidade de germinação (IVG) em
sementes de Poecilanthe parviflora antes (não envelhecidas) e após o envelhecimento
acelerado (envelhecidas) a 42ºC por 72 horas.
O lote USM1-CL apresentou a maior porcentagem de germinação (94%), após o
envelhecimento acelerado (Tabela 8). Isto denota o superior potencial fisiológico deste
lote. Com o envelhecimento, as sementes deste lote tiveram seu teor de água
aumentado saindo do teste prontas para entrar em processo de germinação, tanto
assim, que este lote apresentou o maior valor de IVG (3,335), após o envelhecimento.
Seguindo este lote, em termos de porcentagem de germinação, e, não diferindo dele
Causas de
variação GL Envelhecidas
Lotes
6 1814,583** 2607,143** 1,015** 3,041**
Erro
21 94,9405 139,286 0,1531 0,2594
Média
74 66 2,092 2,342
CV
13,21 17,86 18,70 21,75
Lotes Envelhecidas
SEMEX-ESC
37 c 1,530 c 1,300 b
JABOTICABAL-ESC
25 c 1,518 c 0,998 b
JABOTICABAL-CL
66 b 2,358 b 2,568 a
USM2-ESC
86 a 1,875 c 2,723 a
USM2-CL
76 b 2,252 b 2,438 a
USM1-ESC
77 b 2,945 a 3,033 a
USM1-CL
94 a 2,168 b 3,335 a
Médias seguidas por uma mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Germinação
90 a
87 a
90 a
90 a
Envelhecidas
45 c
44 c
70 b
Não envelhecidas
IVG
Nâo envelhecidas
Não envelhecidas
Envelhecidas
Não envelhecidas
Germinação IVG
Quadrados médios
.
59
significativamente, tem-se o lote USM2-ESC (86%). Assim, pelo menos para sementes
de alto vigor, parece que, em alguns casos, o envelhecimento pode funcionar como um
pré-condicionamento, favorecendo a porcentagem ou a velocidade de germinação. O
teste de envelhecimento separou os lotes USM2-CL e USM1-ESC, dos lotes USM1-CL
e USM2-ESC, demonstrando assim, maior sensibilidade que o teste de germinação na
discriminação do vigor dos lotes.
De acordo com PIZETTA et al. (2001) este teste deve ser conduzido por períodos
superiores a 120 horas a 42ºC para as sementes de coração-de-negro (
Poecilanthe
parviflora
). Os dados do presente trabalho diferem dos de PIZETTA et al. (2001). Esta
diferença pode estar relacionada a qualidade inicial elevada do lote usado pelos
referidos autores.
VALENTINI & PIÑA-RODRIGUES (1995) sugeriram 42ºC, como temperatura
adequada para a condução do teste de envelhecimento acelerado. TORRES (2004),
após submeter lotes de sementes de
Pimpinella asinum
L. ao teste de envelhecimento
acelerado durante 72 horas, a 41ºC, com o uso de solução saturada de NaCL, afirmou
que o teste constitui opção promissora para avaliação do potencial fisiológico das
sementes desta espécie. RAMOS et al. (2004), estudando o envelhecimento acelerado
em sementes de rúcula (
Eruca sativa
L.), relataram que este teste permite classificar
lotes de sementes em diferentes níveis de vigor no período de exposição de 48 horas a
41ºC, com o uso de água ou solução saturada de NaCL. SILVA et al. (1998)
concluíram em seu trabalho, que o período de 48 horas a 41ºC permitiu melhor
identificação entre lotes de sementes de maxixe (
Cucumis anguria
L.) com diferentes
níveis de vigor.
A descrição de teste de envelhecimento acelerado cita a possibilidade da
utilização de temperaturas de 40 a 45ºC; mais recentemente, grande parte dos
pesquisadores que se dedicam a estudos sobre este teste indicam o uso de 41 ºC
(MARCOS FILHO, 1999a). De acordo com estudos realizados, ainda não consenso
entre os pesquisadores quanto aos períodos mais adequados para execução do teste
de envelhecimento acelerado com sementes de diversas espécies de importância
econômica.
60
Isto evidencia a importância de estudos para a padronização da metodologia
para cada espécie. Este teste de vigor, como qualquer outro, precisa ter boa
sensibilidade para separar lotes de sementes que apresentam níveis de qualidade
próximos.
61
5. CONCLUSÕES
Pelos resultados obtidos nos diferentes experimentos com sementes de
Poecilanthe parviflora
pode-se concluir que:
A semente é exalbuminosa e a germinação hipógea, com 2.399 sementes/kg.
O teste de germinação pode ser conduzido a 25 e a 25-35ºC, com fotoperíodo de 12
horas, durante 21 dias.
Para o teste de tetrazólio, recomenda-se o pré-condicionamento das sementes por
42 horas, a 25ºC, seguido de retirada do tegumento e posterior coloração em
solução a 0,1% por duas horas, a 35ºC.
O teste de condutividade elétrica, usando-se 10 sementes por repetição, embebidas
por pelo menos 96 horas em 75 mL de água, à temperatura de 25ºC, apresentou a
mesma sensibilidade que o teste de germinação.
O teste de envelhecimento acelerado foi eficiente que o teste de germinação,
podendo ser conduzido a 42ºC por 72 horas, pelo método do “gerbox”.
62
6. REFERÊNCIAS
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