Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
BIOMETRIA, GERMINAÇÃO E QUALIDADE FISIOLÓGICA
DE SEMENTES DE Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.)
Standl. PROVENIENTES DE DIFERENTES MATRIZES
Fabiana Silva dos Santos
Bióloga
JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
BIOMETRIA, GERMINAÇÃO E QUALIDADE FISIOLÓGICA
DE SEMENTES DE Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.)
Standl. PROVENIENTES DE DIFERENTES MATRIZES
Fabiana Silva dos Santos
Orientador: Prof. Dr. Rinaldo Cesar de Paula
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias Unesp, Câmpus de
Jaboticabal, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Agronomia (Produção
e Tecnologia de Sementes).
JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL
2007
ads:
iii
Santos, Fabiana Silva
S237b Biometria, germinação e qualidade fisiológica de sementes de
Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex A. Dc.) Standl. provenientes de
diferentes matrizes / Fabiana Silva dos Santos. Jaboticabal, 2007
ix, 48 f. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2007
Orientador: Rinaldo Cesar de Paula
Banca examinadora: Ivor Bergemann de Aguiar, Jose Marcos
Barbosa
Bibliografia
1. Espécie nativa. 2. Vigor de sementes. 3. Sementes florestais.
I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias.
CDU 634.0.2:631.531
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Serviço
Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
iv
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
FABIANA SILVA DOS SANTOS, nascida em 11 de fevereiro de 1981 em
São Paulo (SP), é Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas, formada pela
Universidade do Grande ABC, Santo André-SP. Foi estagiária do Instituto de Botânica
de São Paulo IBt/ SMA em nível de Iniciação Científica e Aperfeiçoamento por três
anos, tendo participado do projeto de políticas públicas “Modelos de Repovoamento
Vegetal” IBt/FAPESP e de diversas atividades junto à Seção de Melhoramento Vegetal
e Tecnologia de Sementes.
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, por tornar este sonho possível, dando-me perseverança e força para
vencer os obstáculos desta caminhada.
À UNESP, Câmpus de Jaboticabal, pela oportunidade e condições oferecidas
durante a realização do curso.
Ao CNPq, pela concessão da bolsa de Mestrado.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Rinaldo Cesar de Paula, pela amizade, paciência,
apoio e ensinamentos que foram imprescíndiveis na elaboração deste trabalho.
Aos Profs. Drs. Ivor Bergemann de Aguiar e Jose Marcos Barbosa, membros da
Banca Examinadora, pela delicadeza e sensibilidade em suas observações, as quais
foram de fundamental importância para o enriquecimento da versão final deste trabalho.
Às amigas Debora Zumkeller Sabonaro e Maria de Lurdes (Dona Lurdinha), pela
amizade, compreensão e ajuda durante todos os momentos dessa caminhada. “O
tempo e a distância jamais apagarão os momentos que compatilhamos...”
À amiga Jane Valadarez pela sua inestimável ajuda na tradução de alguns textos
em inglês, entre outras, e sua preciosa amizade.
Ao amigo Breno Marques da Silva e Silva e José Luis Soto Gonzales por sua
amizade, e ajuda nos importantes momentos.
Ao funcionário do Departamento de Produção Vegetal/FCAV/UNESP: Lázaro José
Ribeiro da Silva, pela ajuda nos experimentos.
Aos meus tios Vera Stolai e Roberto Stolai, pelo incentivo e força durante todos os
momentos marcantes na minha vida.
Ao Instituto de Botânica de São Paulo, pela oportunidade de estágio, no qual
proporcionou -me o “caminho” para o ingresso ao mestrado.
A todos os meus colegas de curso: Daniela, Bruno Camila, Paula, Adriana, Nilce,
Cleia, Magnólia, Thaís, Ricardo ... pela convivência e, certamente, pelas pequenas
ajudas que me foram transmitidas e que se tornaram de suma importância A todos
aqueles que não foram aqui citados, mas com certeza, também tiveram a sua
importância, eu não me esqueço disso. Meu muito obrigada a todos!.
vi
SUMÁRIO
Página
RESUMO....................................................................................................
viii
SUMMARY...........................................................................................….. ix
1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 2
2.1Considerações Sobre a Espécie ......................................................... 2
2.2 Biometria de Sementes ...................................................................... 3
2.3 Germinação de Sementes ................................................................ 4
2.4 Testes de Vigor em Sementes ........................................................... 8
2.4.1 Teste de condutividade elétrica .......................................... 11
2.4.2 Teste de envelhecimento acelerado .................................. 13
3. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 16
3.1 Obtenção das Sementes ............................................................... 16
3.2 Avaliações Preliminares.................................................................. 16
3.3 Teste de Germinação...................................................................... 17
3.4 Teste de Condutividade Elétrica....................................................... 19
3.5 Teste de Envelhecimento Acelerado................................................ 19
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................... 21
vii
4.1 Biometria de Sementes ................................................................ 21
4.2 Germinação de Sementes............................................................. 23
4.3 Teste de Condutividade Elétrica..................……………………….. 25
4.4 Teste de Envelhecimento Acelerado.............................................. 29
5. CONCLUSÕES................................................................................... 35
6. REFERÊNCIAS ................................................................................. 36
BIOMETRIA, GERMINAÇÃO E QUALIDADE FISIOlÓGICA DE SEMENTES DE
Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. PROVENIENTES DE
DIFERENTES MATRIZES
RESUMO - Tabebuia chrysotricha é uma planta arbórea com grande valor
ornamental e potencial para uso em trabalhos de restauração de áreas degradadas.
Este trabalho teve por objetivo verificar a variação quanto a caracteres biométricos de
sementes, quanto ao processo germinativo e qualidade fisiológica de sementes
provenientes de diferentes matrizes. Foram determinados o tamanho (comprimento,
largura e espessura) e massa de matéria fresca de sementes, em oito repetições de 50
unidades. As avaliações de tamanho foram realizadas com auxílio de um paquímetro
digital e a massa em balança analítica. O teste de germinação foi conduzido sob
temperatura 25°C, usando-se como substrato duas folhas de papel. Avaliou-se a
porcentagem de germinação, porcentagem de plântulas normais, índice de velocidade
de germinação, valor pico, média diária de germinação, valor germinativo, comprimento
de plântulas, massa seca de plântulas e porcentagem de sementes poliembriônicas,
utilizando-se oito repetições de 25 sementes por tratamento. A condutividade elétrica foi
avaliada em diferentes períodos de embebição (4, 6, 12, 24, 48, 72, 96 e 120 horas) a
25°C, utilizando oito repetições de 25 sementes. As sementes foram envelhecidas
durante 72 horas a 45°C, utilizando-se quatro repetições de 25 sementes. O
delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado e as médias foram comparadas
pelo teste de Scott-Knott a 1 % de probabilidade. Concluiu-se que as sementes
apresentam ampla variabilidade nas características biométricas, suas matrizes
possuem diferenças na capacidade germinativa e vigor, o teste de envelhecimento
acelerado, conduzido a 45°C por 72 horas foi eficiente, o teste de condutividade elétrica
conseguiu separar os lotes de melhor e os de pior qualidade, podendo ser conduzido
com 24h de embebição.
Palavras Chave: espécie nativa, ipê-amarelo, sementes florestais, vigor
ix
BIOMETRICS, GERMINATION AND PHYSIOLOGICAL QUALlTY OF Tabebuia
chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. SEEDS, PROCEEDING FROM DlFFERENT
MOTHER TREES
SUMMARY - Tabebuia chrysotricha is an arboreal plant of great ornamental
value and huge potential use for degraded areas. The present work had the objective of
verify the variability of seeds biometric traits, of germination process and physiological
quality of seeds proceeding from different mother trees. The size (Iength, width and
thickness) and fresh mass matter of the seeds were determined, in eight repetitions of
fifty units. The evaluations of size were done with the help of a digital measuring calliper
instrument and fresh mass with an analytical scale. The germination test was conducted
at 25°C, using as subtract two germitest paper sheets. In the present work the
percentage of germination, percentage of normal seedlings, speed germination index,
peak value, daily germination average, germination value, seedling length, dry mass and
percentage of poli-embryonic seeds were evaluated, using eight repetitions of twenty-
five seeds. Electrical conductivity was evaluated at different imbibition times (4, 6, 12,
24, 48, 72, 96 and 120 hours) at 25°C, using eight repetitions of twenty-five seeds. The
seeds were submitted to accelerated aging test for 72 hours at 45°C, using four
repetitions of twenty-five seeds. The statistical design was completely randomized and
means were compared by Scott-Knott test (p<0,01). Results demonstrated that
Tabebuia chrysotricha seeds present large variability in biometric traits; mother trees
presented different germination capacities and vigour; the accelerated aging test
conducted at 45°C for 72 hours is efficient to evaluated the physiological quality of
seeds; the electrical conductivity test was promising, can be conducted during 24 h of
soaking.
Keywords: native species, forest seeds, vigour
1
1. INTRODUÇÃO
Deve-se enfatizar a importância de se conhecer as características das espécies
florestais brasileiras, para que se possa administrar com mais segurança e objetividade
a produção de mudas. Entretanto, esses trabalhos ainda são escassos, frente ao
grande número de espécies que têm potencial para esse fim (POGGIANI et al., 1992).
Considerando o aumento da demanda por sementes de espécies florestais
nativas de alta qualidade, principalmente para subsidiar trabalhos de reflorestamentos
mistos, é fundamental que os métodos de avaliação dessa qualidade sejam eficientes.
Dentro da mesma espécie, existem variações individuais entre árvores devido às
influências ambientais durante o desenvolvimento das sementes e à variabilidade
genética. A alta variabilidade genética devido ao estádio relativamente selvagem, sem
domesticação, aliado à alogamia, têm sido apontadas como as grandes causas da
variação no processo germinativo. É sempre questionado, por exemplo, sobre a
magnitude desta variação. Para a produção de mudas e plantios de recomposição ou
de produção, recomenda-se trabalhar com sementes provenientes de pelo menos 12 ou
13 matrizes (KAGEYAMA et al., 2003), porém para estudos de germinação este
aspecto tem sido pouco estudado.
Isto posto, o presente trabalho teve como objetivo verificar a variação quanto a
caracteres biométricos, processo germinativo e qualidade fisiológica de sementes
provenientes de diferentes matrizes de ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha).
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Considerações Sobre a Espécie
Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. pertence à família Bignoniaceae,
conhecida popularmente como ipê-amarelo-cascudo, é uma planta arbórea que pode
atingir altura de até 10 m e tronco de 40 cm de diâmetro. Ocorre na floresta pluvial
atlântica, do Espírito Santo até Santa Catarina. Sua madeira é moderadamente pesada,
de grande durabilidade mesmo em condições adversas. Floresce nos meses de agosto
e setembro, geralmente com a planta totalmente despida da folhagem. Os frutos
amadurecem a partir do final de setembro a meados de outubro (LORENZI, 1992).
De acordo com KAGEYAMA & MARQUEZ (1981), as sementes desta espécie
possui pequena quantidade de reserva o que implica em curto período de viabilidade.
Segundo MARQUES et al. (2004), esta espécie possui comportamento ortodoxo.
SEGHESE et al. (1992) classificaram o ipê-amarelo como espécie secundária e
constataram que suas sementes apresentam bom percentual de germinação nos
diferentes tratamentos de luz a que foram submetidas, comprovando que são
indiferentes em relação à intensidade luminosa, ou seja, germinam tanto a pleno sol,
como sob o dossel da floresta.
É uma árvore extremamente ornamental e, nos últimos anos, tem sido utilizada
na arborização de ruas e parques e em reflorestamentos destinados à recomposição de
vegetação arbórea. Embora seja uma espécie de grande valor, existem poucas
informações sobre suas sementes (SANTOS et al., 2005).
3
2.2. Biometria de Sementes
A classificação das sementes por tamanho, para determinação da qualidade
fisiológica, tem sido bastante empregada na multiplicação das diferentes espécies
vegetais (ALVES et al., 2005).
A biometria da semente também está relacionada a características da dispersão
e do estabelecimento de plântulas (FENNER, 1993), sendo também utilizada para
diferenciar espécies pioneiras e não pioneiras em florestas tropicais (BASKIN &
BASKIN, 1998). Durante a maturação, as sementes crescem em tamanho até atingir o
valor característico para a espécie (CARVALHO & NAKAGAWA, 2000). Dentro da
mesma espécie existe, porém, variações individuais devido às influências durante o
desenvolvimento das sementes e da variabilidade genética (TURNBULL, 1975). Sendo
assim, o tamanho das sementes pode variar entre lotes.
De acordo com CARVALHO & NAKAGAWA (2000), em geral, as sementes de
maior tamanho foram mais bem nutridas durante o seu desenvolvimento, possuindo
embrião bem formado e com maior quantidade de substâncias de reserva sendo,
conseqüentemente, as mais vigorosas. A maior quantidade de reserva aumenta a
probabilidade de sucesso no estabelecimento da plântula (HAIG & WESTOBY, 1991),
pois permite a sobrevivência por maior tempo em condições ambientais desfavoráveis.
POPINIGIS (1985) afirma que o tamanho da semente, em muitas espécies, é indicativo
de sua qualidade fisiológica. Assim, dentro do mesmo lote, as sementes pequenas
apresentam menor emergência de plântulas e vigor, ao contrário das sementes de
maior tamanho.
A caracterização biométrica de frutos pode fornecer importante informação de
modo a permitir diferenciar espécies do mesmo gênero no campo, como ocorre com
Hymenaea courbaril, que tem frutos cerca de quatro vezes maior que os de H.
intermedia (CRUZ et al., 2003).
A separação por classe de tamanho, para a determinação dos fatores de
qualidade fisiológica e germinação, tem sido empregada com vista a encontrar a classe
ideal para multiplicação das diferentes espécies vegetais. Entretanto, os resultados têm
4
sido bastante divergentes, mesmo se tratando de sementes da mesma espécie
(FRAZÃO et al, 1983).
RÊGO et al. (1991) verificaram que sementes grandes de Macadamia integrifolia
não apresentaram melhor desempenho germinativo que as pequenas. Resultados
semelhantes foram obtidos por AGUIAR et al. (1996), que não encontraram influência
do tamanho sobre a germinação de sementes de Caesalpinia echinata.
SILVA & CARVALHO (2006) relataram que para sementes de Clitoria
fairchildiana a germinação total não foi afetada pelo tamanho das sementes, porém, o
vigor sim, sendo que as sementes grandes e médias originaram plântulas mais
vigorosas.
ALVES et al. (2005) concluiram que o tamanho não influenciou a germinação de
Mimosa caesalpiniifolia, mas que este apresentou ligação direta com o vigor, da mesma
forma para sementes de Acacia Senegal, que também não foi correlacionado sua
germinação em relação ao tamanho (FERREIRA & TORRES, 2000).
No geral, as sementes de maior tamanho têm sido correlacionadas com maiores
taxas de crescimento inicial de plântulas, o que aumentaria a probabilidade de sucesso
durante o seu estabelecimento, uma vez que o rápido crescimento de raiz e parte aérea
possibilitariam à planta aproveitar as reservas nutricionais e hídricas do solo e realizar a
fotossíntese (ALVES et al., 2005).
2.3. Germinação de Sementes
O termo germinação pode ser conceituado de diferentes maneiras, em função do
campo de investigação. Segundo LABOURIAU (1983), do ponto de vista botânico a
germinação é um processo biológico constituído pela retomada do crescimento do
embrião, com o conseqüente rompimento do tegumento pela radícula. Para os
tecnologistas de semente, a germinação é reconhecida como a produção de plântulas
normais (BRASIL, 1992). Já sob o ponto de vista fisiológico, germinar é sair do repouso
e entrar em atividade metabólica (BORGES & RENA, 1993).
5
O teste de germinação determina, numa amostra, a proporção de sementes
vivas e capazes de produzir plantas normais sob condições favoráveis. Este teste foi
desenvolvido e aperfeiçoado para avaliar o valor das sementes para o plantio, bem
como para comparar diferentes lotes, servindo assim como base para o comércio de
sementes. Este teste é conduzido oferecendo às sementes as condições mais
favoráveis, tais como luz, substrato mais adequado, temperatura, umidade e aeração
(FIGLIOLIA et al, 1993a).
As espécies vegetais apresentam comportamento variado em relação à
exposição à luz. WHITMORE (1988) relata que as sementes que não germinam no
escuro são chamadas de fotoblásticas positivas, enquanto que aquelas cuja
germinação é inibida pela luz são denominadas fotoblásticas negativas, havendo
também espécies indiferentes à luz.
As sementes detectam mudanças no ambiente luminoso através de um pigmento
fotorreceptor, o fitocromo, que existe sob duas formas, uma ativa que inibe a
germinação (Fve, que tem sua absorção em torno de 730 nm, luz vermelho - distante) e
outra inativa que estimula a germinação (Fv, cuja máxima absorção se dá em cerca de
660 nm, luz vermelha). Essas suas formas são reversíveis, dependendo da intensidade
de luz que chega até a semente (BEWLEY & BLACK, 1994).
Segundo CARVALHO & NAKAGAWA (2000), a temperatura afeta o processo
germinativo de três maneiras distintas: sobre o total de germinação, sobre a velocidade
de germinação e sobre a uniformidade de germinação. A germinação só ocorrerá
dentro de certos limites de temperatura: acima ou abaixo dos limites superior ou inferior,
respectivamente, a germinação não ocorrerá. Dentro desses limites, existe uma faixa de
temperatura, na qual o processo ocorre com a máxima eficiência, ou seja, obtém -se o
máximo de germinação no menor período de tempo possível. Os limites extremos e a
temperatura ótima se constituem nas chamadas temperaturas cardeais. OLIVEIRA
(2004) cita que o conceito de temperaturas cardeais foi introduzido por SACHS em
1860.
Um grande número de espécies apresenta reação germinativa favorável a uma
alternância de temperatura, à semelhança do que acontece na natureza, em que as
6
temperaturas diurnas são mais altas que as noturnas (MEDEIROS, 2001). Segundo
BORGES & RENA (1993), essa alternância corresponde, provavelmente, a uma
adaptação às flutuações do ambiente.
BAZZAZ & PICKETT (1980) relataram que a temperatura do solo sob o dossel da
floresta é praticamente constante, enquanto que nas clareiras ela é significativamente
elevada durante o dia e reduzida durante o período noturno. Espécies que requerem
temperatura constante para germinar estão mais adaptadas às condições existentes
sob o dossel e as que requerem temperatura alternada são típicas de clareiras.
De acordo com CARVALHO & NAKAGAWA (2000), a água atua amolecendo o
tegumento das sementes e favorecendo a penetração de oxigênio (MARCOS FILHO,
1986). O processo de germinação se inicia e acelera à medida que as sementes são
postas para embeber em água.
Da absorção de água resulta a reidratação dos tecidos, com a conseqüente
intensificação da respiração e de todas as outras atividades metabólicas, que culminam
com o fornecimento de energia e de nutrientes necessários para a retomada do
crescimento por parte do eixo embrionário. Além desse papel de fundamental
importância, a absorção de água desempenha outros, como o aumento do volume da
semente, resultante da entrada de água em seu interior, e provoca o rompimento do
tegumento que vem, posteriormente, facilitar a emergência do eixo embrionário (ou
outra estrutura qualquer) do interior da semente (CARVALHO & NAKAGAWA, 2000).
Da mesma forma que acontece com outros fatores que afetam a germinação, deve
haver um adequado suprimento de oxigênio. Se a concentração de oxigênio é reduzida,
a germinação de muitas sementes é retardada. Entretanto, há várias exceções para
esta hipótese como, por exemplo, em sementes de arroz que germinam sob a água,
onde o oxigênio está presente em concentrações limitadas (COPELAND & McDONALD,
1995).
Quanto aos substratos comumente recomendados, há variação entre eles na
composição, toxidade às sementes, associação com patógenos, aeração e capacidade
de retenção de umidade. O nível de eficiência dos substratos tem relação com o
tamanho das sementes, sua exigência com relação à umidade, sensibilidade à luz e
7
ainda, a facilidade que este oferece para o desenvolvimento e a avaliação das plântulas
(FIGLIOLIA et al., 1993a).
Para a obtenção de resultados confiáveis e comparáveis dos testes de
germinação, é necessária a utilização de condições padrões, que podem ser
encontradas nas Regras para Análises de Sementes (BRASIL, 1992); entretanto,
espécies do gênero Tabebuia não estão presentes entre as espécies listadas.
A seguir são listados alguns trabalhos realizados com espécies do gênero
Tabebuia, em que pode-se constatar grandes variações nas metodologias usadas.
Sementes de T. cassinoides, por exemplo, foram avaliadas utilizando
temperatura de 30ºC em areia e 20ºC em papel mata-borrão, ambos sob luz constante,
sendo indicada a temperatura de 30ºC (RAMOS & BIANCHETTI, 1984).
Sementes de T. ochracea foram germinadas em substrato sobre papel a 20-30ºC
e fotoperíodo de 8 h (CUNHA et al., 1992) e rolo de papel a 20-30ºC e luz constante
(MELLO & EIRA, 1995).
Sementes de T. heptapylla foram avaliadas a 20-30ºC em substrato sobre papel
e luz constante (MAEDA & MATHES, 1984); T. vellosoi a 30ºC sobre papel
(FLIGLIOLIA et al., 1988); T. roseo-alba a 20-30ºC sobre papel (MAEDA & MATHES,
1984) e rolo de papel (MELLO & EIRA, 1995); T. aurea a 25ºC em rolo de papel e
fotoperiodo de 8 h (SALOMÃO & FUJICHIMA, 2002).
Para T. impetiginosa, a germinação de suas sementes foi recomendada a 25ºC
sobre areia (BARBOSA, 1982); avaliada a 20-30ºC sobre papel e luz constante
(MAEDA & MATHES, 1984); avaliada a 25ºC sobre papel e luz constante (PINTO et al.,
1986); e na ausência de luz (DIAS et al.; 1992); e avaliada, também, a 20-30ºC em rolo
de papel (MELLO & EIRA, 1995). Já OLIVEIRA et al. (2005) sugerem que o teste de
germinação desta espécie seja conduzido a 30ºC.
Sementes de T. serratifolia foram submetidas ao teste de germinação a 25ºC em
papel mata-borrão e fotoperíodo de 12 h (SALES & CASTRO, 1994); MACHADO et al.
(2002) concluiram que a faixa ótima de temperatura é entre 25 a 35ºC, visto que a
germinação é mais rápida a 30ºC; tendo sido avaliada também em substrato rolo de
8
papel a 25ºC e fotoperíodo 8h (SOUZA et al., 2005); e avaliada também sob luz
contante e sobre substrato areia, sugerido a temperatura 30ºC (OLIVEIRA et al., 2005).
Já sementes de T. chrysotricha foram avaliadas em substrato sobre papel e luz
constante a 30ºC (CARVALHO et al., 1976) e temperatura alternada de 20-30ºC
(MAEDA & MATHES, 1984). De acordo com MARQUES et al. (2004) sementes de T.
chysotricha apresentam boa germinação sobre papel a 25ºC e sob luz contante.
Em literatura mais recente, SANTOS et al. (2005) relataram que as sementes
das espécies do gênero Tabebuia, são indiferentes à luz. Para duas das espécies
estudadas T. chysotricha e T. roseo-alba, a faixa de temperatura ótima está entre 20 e
30ºC, a temperatura máxima entre 35 e 40ºC e a temperatura mínima entre 10 e 15ºC.
2.4. Testes de Vigor em Sementes
O conceito de vigor de sementes surgiu com base na observação de que
sementes colocadas para germinar produziam plântulas muito diferentes quanto à
velocidade de crescimento e desenvolvimento. Essas diferenças podem ser atribuídas
ao vigor das sementes, o qual pode ser entendido como o nível de energia que uma
semente dispõe para realizar as tarefas do processo germinativo (CARVALHO &
NAKAGAWA, 2000).
Segundo a ISTA (1995), “vigor de sementes é a soma das propriedades que
determinam o nível do potencial da atividade e desempenho de uma semente ou de um
lote de sementes durante a germinação e emergência de plântula”. Para a AOSA
(1983), o “vigor de sementes compreende aquelas propriedades que determinam o
potencial para uma emergência rápida e uniforme e para o desenvolvimento de
plântulas normais sob ampla faixa de condições ambientais “.
O objetivo básico dos testes de vigor é a identificação de diferenças
importantes no potencial fisiológico das sementes, principalmente das que compõem
lotes com poder germinativo semelhante (MARCOS FILHO, 1999). Frequentemente,
9
observa-se que lotes de sementes que apresentam germinação semelhante exibem
comportamentos distintos no campo e/ou armazenamento.
A avaliação da qualidade das sementes por meio dos testes de germinação
permite que elas expressem sua máxima germinação sob condições favoráveis.
Entretanto, em situações naturais, as sementes estão submetidas a uma série de
pressões, como variações na umidade do solo, radiação e competição, constituindo
condições desfavoráveis para que a semente expresse todo seu potencial germinativo.
Comparações de vigor de sementes entre matrizes, progênies e procedências,
oferecem ao pesquisador dados adicionais em uma fase inicial de um programa de
melhoramento ou conservação genética. A divulgação da metodologia tornará, com
certeza, mais difundida a sua aplicação no campo da ciência florestal (VALENTINI &
PIÑA- RODRIGUES, 1995).
O desenvolvimento de métodos para avaliar o vigor de sementes tem por base o
conhecimento de que o processo de deterioração tem início imediatamente após a
maturidade fisiológica e prossegue enquanto as sementes permanecem em campo,
durante a colheita, processamento e armazenamento. Tanto a intensidade como a
velocidade desse processo dependem de fatores genéticos e ambientais e estão
relacionados aos cuidados durante o manejo dos lotes de sementes (KRZYZANOWSKI
et al., 1991).
Além da necessidade de padronização destes métodos e de interpretação para
possibilitar a comparação entre resultados obtidos por diferentes analistas e
laboratórios, os testes de vigor devem atender a outras exigências, como: relação com
a emergência de plântulas em campo, rapidez, objetividade, simplicidade e viabilidade
econômica (AOSA, 1983).
Os testes de vigor estão divididos em quatro grupos, os físicos, bioquímicos, de
resistência e fisiológicos. Os testes físicos avaliam aspectos morfológicos ou
características físicas das sementes possivelmente associadas ao vigor, como por
exemplo: tamanho, peso unitário, densidade, coloração e teste de raio-x. Nos testes
bioquímicos, são avaliadas alterações bioquímicas associadas ao vigor das sementes,
sendo que os testes representativos deste grupo são: respiração, tetrazólio e
10
condutividade elétrica, entre outros. Os testes de resistência avaliam o desempenho
das sementes expostas a estresses e aqueles que exemplificam este grupo são:
imersão em água quente, imersão em solução osmótica, imersão em soluções tóxicas,
submersão, germinação a baixa temperatura, envelhecimento acelerado e teste frio. Já
os testes fisiológicos, são representados pela primeira contagem, índice de velocidade
de germinação, classificação do vigor das plântulas, emergência de plântulas,
transferência de matéria seca, crescimento de plântulas e teste de exaustão (MARCOS
FILHO, 1999).
Para NAKAGAWA (1999), a determinação da massa de matéria seca de plântula
é uma maneira de avaliar o crescimento de plântula onde se consegue determinar, com
precisão, a transferência de matéria seca dos tecidos de reserva para o eixo
embrionário. Assim, as amostras que apresentam a maior massa de matéria seca são
consideradas de maior vigor. A mesma relação é feita para o comprimento de plântulas,
onde as de maiores valores são associados às plantas mais vigorosas.
Dentre os testes mencionados, de acordo com MARCOS FILHO (1999), os
comitês de vigor da ISTA e da AOSA consideram os seguintes como os mais
convenientes para a avaliação do vigor: a) ISTA: taxa de crescimento de plântulas,
classificação do vigor de plântulas, envelhecimento acelerado, teste de frio, teste do
tijolo moído (teste de Hiltner), teste de deterioração controlada, teste de tetrazólio, e
condutividade elétrica e, b) AOSA: classificação do vigor de plântulas, taxa de
crescimento de plântulas, envelhecimento acelerado, teste de frio, germinação a
temperatura subótima, teste de tetrazólio e condutividade elétrica.
De acordo com MARCOS FILHO (1999), os testes de vigor têm se mostrado
úteis nas seguintes etapas de um programa de produção de sementes: avaliação do
potencial fisiológico de lotes com germinação semelhante; seleção de lotes para a
semeadura, com base no potencial de emergência das plântulas em campo; avaliação
do potencial de armazenamento; avaliação do grau de deterioração; controle de
qualidade pós-maturidade; avaliação da qualidade fisiológica e auxílio em métodos de
seleção durante o melhoramento de plantas e avaliação de efeitos de injúrias
11
mecânicas e térmicas, tratamento fungicida e de outros fatores adversos pré e pós-
colheita.
Aqui serão traçados alguns comentários acerca dos testes de condutividade
elétrica e de envelhecimento acelerado, objeto deste estudo, visto os testes de
desempenho de plântulas serem mais comuns e mais difundidos que esses.
2.4.1. Teste de condutividade elétrica
O teste de condutividade elétrica começou a ser utilizado desde a década de 20,
como provável indicativo da viabilidade de sementes forrageiras (VIEIRA &
KRZYZANOWSKI, 1999). A partir da década de 60, as pesquisas sobre este teste
passaram a ser intensificadas (DIAS & MARCOS FILHO, 1995). Foi aceito e
recomendado pela ISTA para uso em sementes de ervilha (MATTHEWS & POWWEL,
1981) e, logo depois, pela AOSA em ervilha e soja (HAMPTON & TEKRONY, 1995).
A condutividade elétrica tem sido relatada como um teste de vigor, o qual
encerra, basicamente, dois princípios: um físico, relacionado à avaliação da corrente
elétrica, por meio de uma ponte de condutividade na solução de embebição, e um
biológico, que se refere à perda de lixiviados do interior da célula para o meio exterior,
envolvendo processos bioquímicos inteiramente relacionados com a integridade das
membranas celulares (VIEIRA & KRZYZANOWSKI, 1999).
Foi proposto como um teste para avaliar o vigor de sementes, considerando que
sementes com baixo vigor geralmente apresentam menor velocidade para restabelecer
a integridade das membranas celulares, exibindo aumento na lixiviação de solutos
durante a embebição. Como conseqüência, ocorre maior perda de lixiviados, tais como
açúcares, aminoácidos, ácidos graxos, enzimas e íons inorgânicos como K
+
,
Ca
++
, Mg
++
e Na
+
(TAYLOR et al., 1995).
Neste teste, a qualidade das sementes é avaliada indiretamente por meio da
determinação da condutividade elétrica na solução de embebição das sementes. Os
menores valores, correspondentes a menor liberação de exsudados, indicam maior
12
vigor, revelando menor intensidade de desorganização dos sistemas de membranas
das células (MARQUES et al., 2002a). Pode ser medida por aparelhos capazes de
monitorar a quantidade de exsudado das sementes liberada para o meio externo,
quando imersas em água (VIEIRA, 1994).
A quantidade e a intensidade de material lixiviado estão diretamente
relacionadas à permeabilidade das membranas e, consequentemente, com o nível de
vigor das sementes. Estes solutos, com propriedades eletrolíticas, apresentam carga
elétrica podendo, então, ser detectados por aparelhos (condutivímetros), constituindo
estes um importante método para avaliação da qualidade fisiológica das sementes
(MARCOS FILHO, 1990).
No Brasil, entretanto, KRZYZANOWSKI et al. (1991) afirmam que esse teste tem
muito a evoluir para participar dos programas de controle de qualidade nas indústrias e
seu uso está restrito a atividades relacionadas à pesquisa.
Não são comuns trabalhos utilizando este teste para a determinação da
qualidade fisiológica das sementes florestais. Porém, é um teste de vigor promissor
quanto à possibilidade de padronização da metodologia, pelo menos dentro de uma
espécie. Contudo, existem fatores que influenciam os valores de condutividade, como
o tamanho, o teor de água inicial, o tempo e a temperatura de embebição, o número de
sementes da amostra e o genótipo (VIEIRA, 1994).
BONNER (1986) verificou para sementes de Pinus elliottii e P. Taeda, que os
testes de tetrazólio e de condutividade elétrica são promissores, pois fornecem
resultados em um tempo muito menor do que o teste de germinação; contudo, o teste
de condutividade é preferivel ao de tetrazólio por ser mais simples e relativamente
rápido.
BARBEDO & CICERO (1998) relataram que o teste de condutividade elétrica
forneceu, em 24 h, uma estimativa do potencial germinativo de lotes de Inga
uruguensis, podendo-se separá-los em baixa, média e elevada qualidade (germinação),
com o uso de 20 sementes embebidas em 75 mL de água a 25ºC.
O teste de condutividade elétrica, conforme MARQUES et al. (2002b), se
mostrou eficiente na diferenciação de lotes de sementes de Dalbergia nigra,
13
apresentando alta associação com a germinação em condições de laboratório e viveiro,
sendo recomendado para a análise de vigor quando adotadas amostras de 50
sementes, embebidas por pelo menos 36 h em 75 mL de água deionizada, a 25ºC.
No entanto, este teste não foi considerado eficiente para a avaliação de
sementes de Guazuma ulmifolia, quando se utilizou diferentes números de sementes
(50, 75, 100) postas para embeber em 50, 75 e 100 mL de água e mantidas em
temperatura de 25ºC durante 72 h (GONÇALVES, 2003).
Lotes de sementes de Sebastiania commersoniana podem ser avaliadas pelo
teste de condutividade elétrica, conduzido a 25ºC, com o uso de 75 sementes
embebidas em 75 mL de água deionizada, por 24 h (SANTOS & PAULA, 2005).
Pode-se recomendar que este teste para sementes de Solanum pseudoquina
seja conduzido com o uso de 50 sementes embebidas em 50 mL de água por 18 h de
embebição a 25ºC (TESSER, 2005).
MORAES (2007) recomenda para sementes de Poecilanthe parviflora, que a
condutividade elétrica deve ser medida em 96 h de embebição em 75 mL, a
temperatura de 25ºC.
2.4.2. Teste de envelhecimento acelerado
Desenvolvido por DELOUCHE (1965), o teste de envelhecimento acelerado foi
proposto para avaliar o comportamento de sementes submetidas à temperatura e
umidade relativa altas procurando estimar o potencial relativo de armazenamento de
sementes. Tem como princípio o aumento considerável da taxa de deterioração das
sementes por meio de sua exposição a altas temperatura e umidade relativa do ar,
considerados fatores ambientais preponderantes na intensidade e velocidade de
deterioração (MARCOS FILHO, 1999 & RAMOS et al., 2004).
Segundo RAMOS et al. (2004), as sementes consideradas vigorosas se
deterioram mais lentamente após serem submetidas ao envelhecimento acelerado e,
14
portanto, podem tolerar estresse mais acentuado e suportar melhor as condições em
campo ou armazenamento.
Segundo FANTI & PEREZ (1999), predominam na literatura pesquisas em que a
eficiência do teste de envelhecimento acelerado é avaliada mediante diferenças na
sensibilidade das sementes ao envelhecimento, capazes de permitir a identificação de
diferentes níveis de vigor. As sementes mais vigorosas geralmente retêm sua
capacidade de produzir plântulas normais e apresentarem germinação mais elevada
após serem submetidas ao envelhecimento acelerado, enquanto que as sementes de
baixo vigor apresentam maior redução de sua viabilidade (VIEIRA, 1994).
MARCOS FILHO (1999) relata que diversos fatores afetam o comportamento das
sementes durante o teste, tais como tamanho, teor de água e disposição das sementes
em condições do envelhecimento sem oscilações. Além destes, RAMOS et al.(2004)
destaca a interação da temperatura com o período de exposição. Na descrição do teste
de envelhecimento, cita-se a possibilidade da utilização da temperatura de 40 a 45ºC.
Mas recentemente, o teste vem sendo realizado com a temperatura de 41ºC. Em
condições brasileiras, o teste de envelhecimento acelerado tem sido estudado
principalmente em grandes culturas, plantas forrageiras e hortaliças, sendo ainda
restrito o seu uso em espécies florestais.
Para as sementes de Acacia polyphylla, o período de 48 h pode ser
recomendado para a aplicação do teste de envelhecimento acelerado, porque com este
período foi detectada redução significativa da germinação e do vigor das sementes
(ARAÚJO NETO, 2001).
Para sementes de Poecilanthe parviflora foi recomendado que este teste seja
conduzido por períodos superiores a 120 h, a 42ºC (PIZETTA et al., 2001), porém,
MORAES (2007) apresenta resultados diferentes, afirmando que o teste pode ser
conduzido por 72 h, nesta mesma temperatura.
De acordo com os resultados obtidos por PEREZ & NEGREIROS (2001), o teste
de envelhecimento acelerado em câmara com 45ºC e 100% de umidade relativa
durante 72 h, matou todas as sementes de Peltophorum dubium. No entanto, as
15
respostas germinativas após 24 e 48 h de exposição indicam a viabilidade da avaliação
do potencial fisiológico desta espécie por meio deste teste.
De acordo com GONÇALVES (2003), o envelhecimento acelerado pode ser
realizado na temperatura de 41ºC por um período mínimo de 120 h ou a 45ºC durante
96 h para a avaliação do potencial fisiológico de sementes de Guazuma ulmifolia.
A exposição ao envelhecimento acelerado a 45ºC e 100% de UR durante 12 h,
foi suficiente para deteriorar totalmente as sementes de Euterpe edulis e Dypsis
lutescens (NEGREIROS & PEREZ, 2004).
Para a avaliação do envelhecimento acelerado de Tabebuia serratifolia e
Tabebuia impetiginosa, OLIVEIRA (2004) utilizou a temperatura 42ºC por 24, 48, 72 e
96 h, e concluiu que estas sementes possuem alterações irregulares na germinação
durante o envelhecimento.
Os lotes de diásporos de Oenocarpus bacaba, podem ser separados em níveis
de vigor por meio do envelhecimento acelerado, a 43ºC e com cerca de 100% de
umidade relativa do ar, por 48 ou 72 h de exposição (SILVA, 2007).
16
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Obtenção das Sementes
O presente trabalho foi desenvolvido com sementes de Tabebuia chrysotricha
(ipê-amarelo) colhidas de frutos maduros em 17 árvores matrizes localizadas na
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV)-UNESP, Campus de
Jaboticabal, em dois de outubro de 2005.
Para a colheita foi obedecida a distância mínima de 20 m entre as árvores,
visando diminuir a possibilidade de cruzamentos relacionados (CAPELANES & BIELLA,
1984).
A escolha das matrizes foi baseada em recomendações prescritas por
FIGLIOLIA & AGUIAR (1993b) e pela evidência de frutificação abundante.
Cada árvore matriz constituiu um lote de sementes. Paralelamente, foi
constituído um lote composto, de maneira eqüitativa pelas diferentes matrizes, o qual foi
considerado testemunha para todos os ensaios realizados.
Após a colheita, os frutos foram acondicionados em sacos de polietileno e
levados ao Laboratório de Sementes de Plantas Hortícolas e Florestais, do
Departamento de Produção Vegetal da FCAV-UNESP, onde foram realizados os
experimentos.
3.2. Avaliações Preliminares
Foram retiradas amostras de sementes de cada um dos lotes citados para a
determinação de dados biométricos e teor de água inicial.
Dados biométricos: foram determinados o tamanho (comprimento, largura e
espessura) desconsiderando-se a parte alada, e massa fresca de sementes em oito
17
repetições de 50 unidades. As avaliações do tamanho foram realizadas com auxílio de
paquímetro digital (0,01 mm) e a massa em balança analítica (0,0001 mg).
As médias destas características, entre as matrizes, foram comparadas pelo
teste Scott-Knott a 1% de probabilidade, seguindo o delineamento inteiramente
casualizado, com 18 tratamentos e oito repetições.
Teor de água: foi determinado pelo método de estufa a 105 ± 3ºC, por 24 h, de
acordo com BRASIL (1992), utilizando-se duas repetições de 25 sementes/lote.
3.3. Teste de Germinação
O teste de germinação foi conduzido com oito repetições de 25 sementes/lote em
caixas de germinação, tipo “gerbox”, sobre papel de filtro germitest umedecido com 2,5
vezes a massa do papel com água destilada (15 mL), em temperatura constante de
25ºC (SANTOS et al., 2005) e fotoperíodo de 8 h. As avaliações foram diárias, tendo
como critério de germinação a emissão da raiz primária e produção de plântulas
normais. Ao final do teste, o qual teve duração de 14 dias, foram determinados a
porcentagem, índice de velocidade de germinação, valor pico, germinação média diária
e valor germinativo, com base no critério da emissão da raiz primária, e a porcentagem,
comprimento e massa de matéria seca de plântulas normais, conforme procedimentos
descritos a seguir.
a) Porcentagem de Germinação - %G (LABOURIAU, 1983).
G (%)= N/A x100
Em que N = número de sementes germinadas;
A = número total de sementes colocadas para germinar
Foi determinada também a porcentagem de sementes poliembriônicas.
b) Índice de Velocidade Germinação IVG (MAGUIRE, 1962).
IVG = G1/N1 + G2/N2 + ... + Gn/Nn, sendo:
18
G1, G2, Gn = número de sementes com emissão da raiz primária, computadas
na primeira contagem, na segunda e última contagem, N1, N2, Nn = número de dias de
semeadura a primeira, segunda e última contagem.
c) Valor Pico - VP (CZABATOR, 1962)
VP = dG/ dt
Refere-se ao valor máximo da razão entre a porcentagem de germinação
acumulada e o tempo.
d) Média Diária de Germinação - MDG ( CZABATOR, 1962).
MDG = G (%) /t
Em que t = tempo de duração do teste
e) Valor Germinativo - VGT (CZABATOR, 1962)
VGT = MDG X VP
O comprimento de plântulas foi avaliado com régua graduada ao final do teste de
germinação (14 dias), utilizando-se das plântulas normais obtidas, sendo que o
comprimento médio das plântulas foi encontrado somando as medidas tomadas de
cada plântula normal em cada repetição, e dividindo este valor pelo número de
plântulas normais. Os resultados foram expressos em centímetros.
A massa da matéria seca foi determinada ao final do teste de germinação, onde
foram utilizadas as plântulas normais (as mesmas que foram medidas), as quais foram
colocadas em sacos de papel e levadas para secar em estufa com circulação de ar
aquecido (70ºC) durante 72 h. Após este período as amostras foram retiradas da estufa
e colocadas para esfriar em dessecador, sendo então pesadas em balança analítica
com precisão de 0,001 g, determinando-se a massa seca total das plântulas normais da
repetição.
Os dados de porcentagem de germinação (emissão de raiz primária), plântulas
normais e de sementes poliembriônicas foram submetidos ao teste de normalidade de
19
Liliefors (CRUZ, 2001), mas apenas a última característica não apresentou normalidade
dos dados, sendo realizada a transformação para arc sen (%)
0,5
.
Os dados foram submetidos à análise de variância seguindo um delineamento
inteiramente casualizado, com oito repetições e as médias comparadas pelo teste de
Scott-Knott a 1% de probabilidade.
3.4. Teste de Condutividade Elétrica
Inicialmente foi determinado o teor de água das sementes pertencentes a cada
lote (matriz). Para avaliação da condutividade elétrica foram utilizadas oito repetições
de 25 sementes, cuja massa fresca de cada subamostra (repetição) foi determinada em
balança analítica (0,0001 g). A seguir as sementes foram acondicionadas em
recipientes contendo 75 mL de água deionizada e colocadas para embeber por 4, 6,
12, 24, 48, 72, 96 e 120 h, em germinadores regulados para a temperatura de 25ºC.
Após cada período foi realizada, imediatamente, a leitura da condutividade elétrica na
solução de embebição, agitando-a levemente, utilizando-se um condutivímetro de
bancada, marca DIGIMED com constante 1,0. Os valores da leitura da solução foram
divididos pela massa fresca da respectiva subamostra, resultando em um valor
expresso em µS cm
-1
g
-1
de semente (VIEIRA, 1994).
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias dos
tratamentos foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade.
3.5. Teste de Envelhecimento Acelerado
Foi conduzido com a utilização de caixas plásticas para germinação, método do
“gerbox” (MARCOS FILHO, 1999), contendo 40 mL de água em seu interior. As
sementes foram dispostas sobre uma tela de alumínio, formando uma camada uniforme
sobre a sua superfície, a qual foi acomodada no interior das caixas acima do nível da
20
água. As caixas foram mantidas em incubadora a 45ºC, por 72 h. Decorrido esse
período, as amostras de sementes foram colocadas para germinar nas mesmas
condições descritas no item 3.3, usando-se quatro repetições de 25 sementes. Foi
avaliado o teor de água das sementes antes e após o envelhecimento e a porcentagem
de plântulas normais.
Esta característica não apresentou normalidade dos dados, sendo realizada a
transformação para arc sen (%)
0,5
.
Os resultados foram submetidos à análise de variância seguindo um
delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições, e as médias
comparadas pelo teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade.
21
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Biometria de Sementes
Na Tabela 1 estão apresentados os resultados da análise de variância e
comparação das médias quanto ao comprimento, largura, espessura e massa fresca de
50 sementes das diferentes matrizes de Tabebuia chrysotricha.
Por possuírem frutos deiscentes, recomenda-se que os frutos sejam colhidos
diretamente das árvores, quando iniciarem a abertura e dispersão espontânea
(LORENZI, 1992), sendo assim não foi possível a obtenção dos dados biométricos dos
frutos.
As sementes das diferentes matrizes variaram em média de 5,82 a 9,10 mm
em relação ao comprimento, 3,60 a 5,69 em relação à largura e 0,25 a 0,75 de
espessura; quanto à massa fresca das sementes, houve variação de 0,2172 g a 0,5015
g.
Houve diferença significativa a 1% de probabilidade, entre as matrizes, para
todas as variáveis. O coeficiente de variação foi baixo para comprimento, largura e
massa fresca de 50 sementes e alto para a espessura, conforme classificação de
PIMENTEL GOMES (2000).
Verificou-se maior comprimento nas sementes das matrizes 1 e 10 e maior
largura nas matrizes 1, 10, 11 e 16. Para espessura, se destacaram as matrizes 4, 9 e
12 que não diferiram do lote composto e para a massa fresca de 50 sementes se
destacaram as matrizes 5, 7, 9 e 11.
Interessante notar que a matriz 4 se apresentou com menores valores para
comprimento e largura, porém, está entre as de maior espessura.
Deve-se atentar para o fato das características biométricas dos frutos e
sementes serem bastante variáveis em função das condições ambientais durante sua
formação e das características genéticas das matrizes, o que explica os resultados
obtidos.
22
TABELA 1. Resumo da análise de variância e comparação das médias para
comprimento (CS), largura (LS), espessura (ES) e massa fresca de 50
sementes (M50S) de Tabebuia chrysotricha provenientes de diferentes
matrizes.
Quadrado Médio
Fonte de Variação
CS LS ES M50S
Matriz 6,86** 3,19** 0,18** 0,4201**
Erro 0,30 0,21 0,01 0,0007
Média 7,32 4,7 0,48 0,4067
CV(%) 7,59 9,8 21,64 6,7219
Matriz/Lote Média
1 9,10 a 5,64a 0,30d 0,4398b
2 7,09 d 4,82c 0,43c 0,3507c
3 6,90d 4,29d 0,54b 0,4494b
4 5,82e 3,60e 0,75a 0,3421c
5 8,36b 5,23b 0,38c 0,5015a
6 6,44e 4,71c 0,32d 0,3785c
7 6,22e 4,06d 0,58b 0,4982a
8 6,91d 4,56c 0,25d 0,3553c
9 6,66d 4,15d 0,71a 0,4832a
10 8,94a 5,61a 0,34d 0,4322b
11 7,53d 5,48a 0,43c 0,4963a
12 8,02c 4,12d 0,69a 0,4256b
13 6,85d 4,03d 0,50b 0,4193b
14 7,70d 5,11b 0,42c 0,3653c
15 6,80d 4,59c 0,33d 0,3526c
16 8,43b 5,69a 0,51b 0,3708c
17 7,03d 4,45c 0,52b 0,2172d
18- Testemunha 6,93d 4,46c 0,67a 0,4491b
**- Significativo em nível de 1% de probabilidade pelo teste F
Médias seguidas por uma mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a
1% de probabilidade
23
4.2. Germinação de Sementes
O teor de água inicial das sementes das diferentes matrizes por época da
instalação do experimento, variou de 8% (matrizes 3 e 6) a 16% (matriz 17). O teor de
água elevado pode favorecer o desempenho de sementes nos testes. Com relação à
germinação em laboratório, as sementes mais úmidas, dentro de certos limites,
germinam mais rapidamente (MARCOS FILHO, 1999).
Na Tabela 2 estão apresentados os valores de porcentagem de germinação,
índice de velocidade de germinação, valor pico, média diária de germinação, valor
germinativo, porcentagem de plântulas normais, comprimento de plântulas, massa da
matéria seca de plântulas e porcentagem de sementes poliembriônicas.
Nota-se que há variação entre as matrizes, sendo esta devido a variações
genéticas e ambientais, pois de acordo com TURNBULL (1975), dentro de uma mesma
espécie, existem variações individuais devido às influências durante o desenvolvimento
das sementes e da variabilidade genética.
As matrizes 1, 3, 7, 11 e 16 apresentaram alto vigor considerando-se todas as
variáveis estudadas, e apresentaram germinação variando de 76 a 87% e de 74 a
84% de plântulas normais.
O lote 18 (testemunha), no conjunto das variáveis estudadas, se caracterizou
como um lote de médio vigor. Isto provavelmente ocorreu devido à homogenização do
lote, que é constituído tanto de sementes de matrizes consideradas vigorosas, como
também por sementes de matrizes não vigorosas.
Já as matrizes 2, 13 e 15 se caracterizaram como sementes de vigor inferior. A
matriz 17, a principio, pode ser considerada uma árvore que produziu sementes de
baixo vigor, pois apresentou desempenho inferior em todas variáveis estudadas.
Contudo, dado o alto teor de água verificado para esta matriz, pode-se suspeitar da
ocorrência de sementes imaturas.
Não houve diferença significativa entre as matrizes para massa seca de
plântulas; sendo assim, pode-se considerar que este parâmetro não foi eficiente para
avaliar a qualidade fisiológica dos lotes.
24
TABELA 2. Resumo da análise de variância e comparação de médias para
porcentagem de germinação (%G), índice de velocidade de germinação
(IVG), valor pico (VP), média diária de germinação (MDG), valor germinativo
(VGT), porcentagem de plântulas normais (%PN), comprimento de plântulas
(CP), massa seca de plântulas (MSP) e porcentagem de sementes
poliembriônicas (% POLI) de Tabebuia chrysotricha, provenientes de
diferentes matrizes.
Fonte de Quadrado Médio
Variação
% G
IVG
VP
MDG
VGT
%PN
CP
MSP
% POLI
Matriz 1780,26**
4,78** 2,70** 10,53** 183,53** 1854,64** 2,72** 0,015ns
353,93**
Erro 148,96 0,35 0,22 0,88 21,68 157,84 0,24 0,0098 50,11
Média 67,8 3,33 2,47 5,21 13,83 64,22 3,79 2,390 31,16
CV(%) 18 17,78 19,26 18 33,65 19,56 13,03 4,157 22,71
Matriz/Lote
Média
1 76 a 4,05 a 3,04 a 5,89 a 18,35 a 74 a 4,22a 2,461a 28b (23)
2 60 c 2,90 c
2,04 c 4,61 c 9,84 c 53 c 3,95a 2,344a 21c (14)
3 83 a 4,14 a 2,97 a 6,38 a 19,16 a 78 a 4,09a 2,444a 30b (26)
4 66 b 3,07 c 2,31 c 5,08 b 12,15 c 64 b 3,26b 2,394a 29b (24)
5 69 b 3,44 b 2,74 b 5,34 b 14,97b 67 b 4,39a 2,385a 35a(34)
6 68 b 3,00 c 2,12 c 5,27 b 11,35 c 65 b 3,51b 2,392a 32b (28)
7 87 a 4,28 a 3,15 a 6,29 a 21,26 a 84 a 4,08a 2,403a 37a (37)
8 65 b 3,21 c 2,32 c 5,04 b 11,87 c 62 b 3,20b 2,353a 30b (26)
9 72 b 3,55 b 2,66 b 5,54 b 14,83 b 65 b 3,59b 2,397a 34a (33)
10 75 a 3,58 b 2,65 b 5,77 a 15,85 b 69 b 4,26a 2,411a 41a (34)
11 78 a 4,04 a 2,97 a 6,04 a 18,51 a 75 a 4,72a 2,473a 35a (43)
12 66 b 3,43 b 2,47 b 5,12 b 12,95c 63 b 3,52b 2,375a 41a (19)
13 51 c 2,55 c 1,93 c 3,92 c 8,43 c 51 c 4,32a 2,409a 25c (19)
14 69 b 3,62 b 2,81 b 5,31 b 1 5,35b 66 b 3,91a 2,412a 33a (31)
15 59 c 2,85 c 2,04 c 4,58 c 9,79 c 54 c 3,08b 2,346a 30b (27)
16 82 a 3,91 a 2,95 a 6,31 a 18,88 a 78 a 3,64b 2,396a 40a (42)
17 20 d
0, 91 d 0,71 d 1,54 d 1,39 d 14 d 2,33c 2,312a 14d (7)
18 -
Testemunha
71 b 3,42 b 2,53 b 5,46 b 14,05 b 68 b 4,24a 2,322a 35a (33)
**- Significativo em nível de 1% de probabilidade pelo teste F
*- Valores entre parênteses referem-se aos dados não transformados
Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 1% de
probabilidade
25
VANZOLINI & NAKAGAWA (1999), trabalhando com amendoim, também não
conseguiram diferenciar níveis de vigor dos lotes pelo parâmetro de matéria seca de
plântulas. SANTOS (2004) considerou que a matéria seca de plântulas não se mostrou
eficiente na discriminação de lotes de sementes de sementes de Sebastiania
commersoniana.
Quanto à porcentagem de sementes poliembriônicas, esta variou de 7% (matriz
17) a 43% (matriz 11). A poliembriônia consiste na presença de mais de um embrião em
uma mesma semente (COSTA et al., 2004). PIZZANO (1998) detectou este fenônemo
pela primeira vez, na família Bignoniaceae, ao realizar estudos citogenéticos em
Tabebuia chrysotricha, e SALOMÃO & ALLEM (2001) reportaram sua ocorrência em
Tabebuia ochracea através de estudos de germinação de sementes.
4.3. Teste de Condutividade Elétrica
O teor de água na época da montagem do teste de condutividade elétrica variou
de 7%, nas matrizes 3, 9, 14 e 16 a 12% na matriz 17. Ainda, as matrizes 2, 6, 7, 11,
12, 13 e o lote composto (testemunha) apresentaram 8% de teor de água nas
sementes; as matrizes 1, 8, 10 e 15 apresentaram teor de água de 9%; a matriz 4 e a
matriz 5 apresentaram, respectivamente, 10 e 12% de teor de água das sementes.
Em geral tem se verificado que teor de água muito baixo (<10%) ou muito alto
(>17%) influencia significativamente os resultados. Em soja recomenda-se a
uniformização do teor de água para uma faixa entre 10% e 17% antes da avaliação da
condutividade elétrica (AOSA, 1983). Os valores dos lotes deste experimento estão um
pouco abaixo do recomendado. Porém, baixo teor de água (8,2 a 9,4) em relação ao
sugerido não afetou os resultados de condutividade elétrica em sementes de
Poecilanthe parviflora (MORAES, 2007), como também, para sementes de Croton
floribundus que apresentaram teor de água em torno de 7,1 a 9,2% (ABDO, 2005).
26
Na Tabela 3 estão apresentados os resultados da análise de variância e
comparação de médias de sementes de dezoito lotes, embebidas em 75 mL de água
deionizada por 4, 6,12, 24, 48, 72, 96 e 120 h, a 25ºC.
TABELA 3. Resumo da análise de variância (quadrados médios) e médias de
condutividade elétrica (µS cm
-1
g
-1
) obtidas de lotes de sementes de
Tabebuia chrysotricha provenientes de diferentes matrizes, embebidas em
75 mL de água, por diferentes períodos a 25ºC.
Fonte de Quadrado Médio
Variação 4 h 6 h 12 h 24 h 48 h 72 h 96 h 120 h
Matriz 145325257,95**
122832,06**
146402,46**
33156,36**
383425,06**
537064,47**
644090,24**
661978,39**
Erro 297110,04 2352,13 3311,21 5397,42 8885,71 13024,95 16809,8 20441,64
Média 214,78 244,12 273,27 334,33 431,71 513,25 605,44 694,8
CV(%) 22,6 19,86 21,05 21,97 21,83 22,23 21,44 20,57
Matriz/Lote Média
1 315 e 390 f 434f 534 e 661d 750e 803e 863d
2 241e 295e 329e 361d 428c 491c 544c 633c
3 109 e 125 b 136b 139a 186a 210a 268a 317a
4 273 e 336 e 363e 408d 490c 560d 654d 720d
5 114 b 120 b 146b 160a 238b 300b 381b 476b
6 278 e 313 e 339e 395d 590d 614d 702d 827d
7 179 c 210 d 223c 246b 294b 335b 376b 442b
8 298 e 337 e 363e 410 d 502c 597d 680d 768d
9 228 d 251 d 282d 362 d 455c 569d 688d 787d
10 133 b 141 b 149b 251b 262b 306b 389b 462b
11 67 a 71 a 76a 101a 114a 124a 155a 195a
12 210 d 226 d 280d 323 c 590d 754e 907e 1066e
13 163 c 172 c 217c 430 d 510c 619d 733d 850d
14 148 c 172 c 183c 199 b 230b 337b 496c 588c
15 265 e 315 e 313e 411d 483c 574d 662d 770d
16 167 c 176 c 202c 225 b 305b 369b 452b 575c
17 516 f 585 g 651f 831f 1082e 1269f 1434f 1463f
18-
Testemunha
163 c 158 c 199c 233b 348b 460c 572c 702d
**- Valor significativo a 1% pelo teste de F.
Médias seguidas por uma mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott a 1%
de probabilidade
Neste experimento considerou-se boa separação dos lotes, quando os
resultados das análises estatísticas referentes ao valores de condutividade elelétrica
27
discriminaram os lotes de forma pelo menos semelhante ao teste de germinação
(Tabela 2).
De forma geral, os resultados obtidos indicam um aumento progressivo dos
lixiviados com o decorrer do período de embebição, o que mostra coerência com as
observações feitas por DIAS et al. (1998) & MARQUES et al. (2002a).
Chama-se atenção quando da interpretação dos resultados de condutividade
elétrica, pois altos valores indicam sementes com baixa qualidade fisiológica, e valores
baixos são associados a sementes de melhor vigor.
Os resultados apontam que a matriz 11 apresenta alto vigor, pois para todos os
períodos de embebição, a mesma se destacou com baixos valores de condutividade
elétrica. Estes resultados estão coerentes com os dos demais testes empregados neste
trabalho.
A matriz 3, a partir de 24 h de embebição, mostrou-se estatisticamente igual à
matriz 11, ou seja, com alto vigor, podendo este resultado ser também correlacionado
com o teste de germinação, ambos apresentando a mesma sensibilidade. A liberação
de eletrólitos é intensa tanto pelas sementes vigorosas como pelas danificadas,
tornando-se difícil a identificação de possíveis diferenças de qualidade entre os lotes,
logo no início da embebição. Com o decorrer do processo, contudo, a quantidade de
exsudados liberados pelas sementes vigorosas vai se estabilizando, devido
principalmente à reorganização das membranas (ROSA et al., 2000).
As matrizes 7 e 16 se comportaram pelo teste de condutividade elétrica como
de qualidade média. Já a matriz 1 (também considerada vigorosa pelo teste de
germinação), foi classificada como lote de qualidade fisiológica regular pelo teste de
condutividade elétrica.
Pela observação de todos os períodos de embebição, verifica-se que a matriz 17
pode ser considerada de baixo vigor, apresentando coerência com os resultados do
teste de germinação, não obstante a consideração levantada anteriormente de que as
sementes desta matriz apresentarem-se, ainda, imaturas.
As matrizes 2, 3 e 15 foram classificadas como de pior qualidade fisiológica,
correlacionando-se com os resultados do teste de germinação.
28
Os resultados obtidos com o lote composto (18) pode ser também correlacionado
com o do teste de germinação, se destacando como sendo um lote de médio vigor.
Quando comparado aos resultados do teste de germinação, de forma geral, o
teste de condutividade elétrica conseguiu separar os lotes de melhor e os de pior
qualidade dos demais, com pelo menos 24 h de embebição.
Lotes considerados de alto vigor pelo teste de germinação foram classificados
como de qualidade média a regular pelo teste de condutividade elétrica. Ainda, o teste
de CE conseguiu discriminar os lotes em maior número de classes, comparativamente
ao teste de germinação. GONÇALVES (2003) concluiu que o teste de condutividade
elétrica não se mostrou adequado para avaliação do potencial fisiológico das sementes
de Guazuma ulmifolia, da mesma forma que (TESSER, 2005) verificou para sementes
de Solanum granuloso-leprosun e Solanum Iycocarpum.
A disponibilidade de sementes é um fator a ser considerado quando na escolha
do tamanho das amostras e no volume de água utilizado na montagem e condução do
teste. Maior volume de água requer maior quantidade de sementes.
ABDO (2005) constatou, em experimento de condutividade elétrica com
sementes de Croton floribundus embebidas em 75 mL de água, que amostras de 50
sementes apresentam maior eficiência na separação de lotes do que repetições de 25
sementes. Da mesma forma SANTOS & PAULA (2005), trabalhando com sementes de
Sebastiania commersoniana, constataram que com 75 mL de água, amostras de 75
sementes apresentavam maior eficiência na separação dos lotes do que repetições de
25 e 50 sementes. O mesmo foi constatado por MARQUES et al. (2002b) com
sementes de Dalbergia nigra, em 75 mL de água, em que amostras de 50 sementes a
36 h de embebição foram mais eficientes quando comparadas com amostras de 25
sementes.
A grande variabilidade existente entre os lotes provenientes de diferentes
matrizes pode ter influenciado, sendo tal variabilidade genética determinante na
heterogeneidade de comportamento dos mesmos. O efeito do genótipo nos resultados
da condutividade elétrica é evidente e alguns autores já haviam relatado este fato para
soja (PANOBIANCO & VIEIRA, 1996; VIEIRA et al., 2002, entre outros).
29
Embora no presente trabalho, na combinação de 25 sementes com 75 mL de
água, tenha apresentado resultados coerentes com outros testes, recomenda-se que
sejam feitos outros estudos, envolvendo maior número de sementes, quantidade de
água e temperatura, visando fornecer subsídios para o esclarecimento dos motivos que
determinam a obtenção de resultados imprevisíveis com este teste e também sua
padronização.
Deve-se enfatizar a importância de pesquisar tanto lotes com diferença estreita,
como outros com variação mais ampla no potencial fisiológico, porque há possibilidades
de detectar a sensibilidade dos testes estudados.
4.4. Teste de Envelhecimento Acelerado
Os dezoito lotes estudados apresentaram o teor de água relacionado na Tabela
4, antes e após o envelhecimento acelerado. Antes do envelhecimento acelerado
(sementes não envelhecidas), as matrizes que apresentaram menor teor de água foram
as de número 3 e 6, com 8%, e a que apresentou maior teor foi a matriz 17, com 16%.
O teor de água aumentou em todos os lotes após o envelhecimento acelerado. O
lote que apresentou menor teor de água, após o envelhecimento acelerado foi a matriz
7 (29%) e as que apresentaram os maiores teores foram as matrizes 16 e 12,
respectivamente, com 62% e 63%.
Na literatura consultada, não foram encontrados trabalhos que mencionassem
valores de teor de água, após o envelhecimento acelerado, com espécie do gênero
Tabebuia. OLIVEIRA (2004), trabalhando com Tabebuia serratifolia e Tabebuia
impetiginosa após o envelhecimento artificial, acondicionou estas sementes em
bandejas e manteve-as por dois dias em uma sala com temperatura de 15ºC e 70% UR,
para homogenização da umidade.
Houve intenso aumento no teor de água das sementes de ipê-amarelo após o
envelhecimento acelerado, mas analisando os resultados encontrados neste trabalho,
30
pode-se verificar que não ocorreu uma drástica redução da viabilidade (ocasionando a
morte destas sementes) e, portanto, não sendo influentes nos resultados obtidos.
Vale ressaltar que, na ocasião do experimento, não ocorreu a abertura da “câmara”
de envelhecimento. Segundo MARCOS FILHO (1999), a abertura da câmara externa
TABELA 4. Teor de água (TA, %) de sementes de Tabebuia chrysotricha provenientes
de diferentes matrizes antes (não envelhecidas) e após o envelhecimento
acelerado (envelhecidas) a 45ºC por 72 h.
Teor de água (%)
Matriz/Lote Sementes não envelhecidas Sementes envelhecidas
1 10 54
2 12 57
3 8 55
4 12 55
5 11 57
6 8 57
7 9 29
8 11 59
9 9 58
10 11 55
11 9 51
12 10 63
13 11 54
14 11 55
15 11 58
16 11 62
17 16 59
18 - Testemunha 11 52
por curtos períodos pode afetar os resultados dos testes, sendo que nestas condições
ocorre o resfriamento do ar, e a consequente condensação da água sob a tampa dos
“gerbox” e o umedecimento das sementes.
Para algumas espécies de hortaliças ou de sementes pequenas (visto que estas
absorvem água mais rápidamente), está sendo utilizado o método de envelhecimento
31
acelerado com uso de soluções saturadas de sal. As sementes são expostas a
soluções saturadas de sais durante a realização do teste, as quais reduzem a umidade
relativa do ambiente no interior dos compartimentos individuais, retardando a absorção
de água pelas sementes. Em sementes de rúcula observou-se que pelo método de
solução salina as sementes atingiram menores teores de água (máximo 14, 7%)
enquanto que pelo método tradicional chegou a 43, 3%, com isso, o grau de
deterioração foi maior nas sementes submetidas ao envelhecimento tradicional
(RAMOS et al., 2004).
Pela Tabela 5 pode-se verificar que os diferentes lotes apresentam diferença
significativa ao nível de 1% de probabilidade pelo teste de F para o teste de
germinação, tanto para sementes envelhecidas como para as não envelhecidas.
Verifica-se também, por esta tabela, que o teste de envelhecimento acelerado
mostrou-se eficiente na avaliação do vigor, tendo reduzido a porcentagem de
germinação em todos os lotes.
As matrizes 1, 3, 7, 11 e 16 apresentaram produção de plântulas normais
estatisticamente igual para as sementes não envelhecidas, sendo então consideradas
de maior vigor. Os lotes 4, 5, 6, 8, 9, 10, 12, 14 e 18 se enquadraram na categoria de
médio vigor; as matrizes 2, 13 e 15 na categoria de vigor regular e a matriz 17
apresentou baixo vigor.
Após a aplicação do teste de envelhecimento acelerado, a matriz 1 apresentou
queda considerável na porcentagem de plântulas normais, sendo consideradas de
médio vigor; as matrizes 5 e 12 passaram constituir, juntamente com a matriz 17, o
grupo de pior desempenho (baixo vigor).
Provavelmente, em virtude das condições ótimas para a germinação, tanto as
sementes de alto e médio quanto as de baixo vigor, de um mesmo lote, germinaram
igualmente. Entretanto, o estresse provocado pelo envelhecimento acelerado acabou
por eliminar, provavelmente, a maior proporção de sementes de baixo vigor existente no
lote.
32
TABELA 5. Resumo da análise de variância e comparação das médias de plântulas
normais de sementes de Tabebuia chrysotricha provenientes de diferentes
matrizes e submetidas ou não ao envelhecimento acelerado a 45ºC por 72
horas.
Fonte de Quadrado Médio
Variação Sementes não envelhecidas Sementes envelhecidas
Matriz 854,64** 450,27¨**
Erro 157,84 60,55
Média 64,22 26,41
CV(%) 19,56 29,46
Matriz/Lote Média
1
74 a
26 b (22)
2
53 c
32 b (29)
3
78 a
40 a (42)
4
64 b
26 b (21)
5
67 b
14 c (8)
6
65 b
23 b (17)
7
84 a
40 a (43)
8
62 b
27 b (23)
9
65 b
28 b (23)
10
69 b
29 b (24)
11
75 a
40 a (43)
12
63 b
5 c (2)
13
51 c
40 a (20)
14
66 b
25 b (19)
15
54 c
23 b (16)
16
78 a
36 a (35)
17
14 d
2 c (1)
18- Testemunha
68 b
26 b (21)
**- Significativo a 1% de probabilidade
*- Valores entre parênteses referem-se aos dados não transformados
Médias seguidas por uma mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott Knott
Ao contrário, as matrizes 13, 2 e 15 que apresentaram baixa porcentagem de
plântulas normais, sendo classificadas inicialmente no grupo das matrizes de vigor
regular, foram pelo teste de envelhecimento acelerado separadas como sendo de alto
e médio vigor respectivamente. Isso evidencia que a maioria das sementes que
33
constituiam estes lotes eram vigorosas, não sendo eliminadas pelo estresse do
envelhecimento acelerado.
De forma geral, os resultados foram elucidativos, pois o estresse a que as
sementes foram submetidas não foi drástico e classificou os lotes quanto ao vigor,
sendo portanto mais sensível que o teste de germinação.
Na verdade, de acordo com MARCOS FILHO (1999), o teste pode ser
considerado eficiente mesmo que não consiga identificar diferenças significativas entre
as amostras avaliadas, pois as mesmas podem apresentar níveis semelhantes de vigor.
Constata-se, então, a eficiência do teste de envelhecimento acelerado para
sementes de ipê-amarelo, conduzido a 45ºC por 72 h.
Em sementes de Adenanthera pavonina, de acordo com FANTI & PEREZ (1999),
o envelhecimento acelerado acarretou perda da viabilidade das sementes, tanto em
relação ao aumento da temperatura (60ºC) quanto ao aumento do período de
permanência na câmara de envelhecimento (72 h).
GEMAQUE (1999), trabalhando com sementes de Tabebuia impetiginosa,
observou aumento da germinação com 96 h de envelhecimento acelerado conduzido a
42ºC, com acréscimos na germinação de 45% para 51%, concluindo que houve
processo de reestruturação do sistema de membrana, melhorando o processo
germinativo.
GONÇALVES (2003) afirma que este teste pode ser realizado na temperatura de
41ºC por um período de 120 h ou 45ºC durante 96 h, para sementes de Guazuma
ulmifolia.
O teste de envelhecimento acelerado aplicado às sementes de Anadenanthera
colubrina (40ºC a partir de 24h), comprometeu o vigor, reduzindo drasticamente a
viabilidade, provocando baixa porcentagem de plântulas normais e alta porcentagem de
sementes deterioradas (GARCIA et al., 2004).
ABDO (2005) sugere o uso da temperatura 45ºC por 96h, no envelhecimento
acelerado para sementes de Croton floribundus; MORAES (2007) relata que este teste
foi eficiente, podendo ser conduzido a 42ºC por 72 h para sementes de Poecilanthe
parviflora.
34
Dentre os diferentes resultados encontrados em pesquisas, ressalta-se a
importância de padronização do método de envelhecimento acelerado, visto que há
variação de temperatura e do período de exposição suportada para cada espécie e
indivíduos dentro de uma mesma espécie.
35
5. CONCLUSÕES
Pelos resultados obtidos com sementes de Tabebuia chrysotricha provenientes
de diferentes matrizes, pode-se concluir que:
As sementes apresentam ampla variabilidade nas suas características
biométricas;
As matrizes estudadas apresentam diferenças na capacidade germinativa e
vigor das sementes;
O teste de envelhecimento acelerado, conduzido a 45ºC por 72h, foi eficiente
para avaliação da qualidade fisiológica das sementes;
O teste de condutividade elétrica conseguiu separar os lotes de melhor e os
de pior qualidade, podendo ser conduzido com 24h de embebição;
O lote composto por sementes das diferentes matrizes caracterizou-se como
de médio vigor.
36
6. REFERÊNCIAS
ABDO, M. T. V. N. Germinação, armazenamento e qualidade fisiológica de
sementes de capixingui (Croton floribundus Spreng.)- Euphorbiaceae. 2005. 57f
Dissertação (Mestrado em Produção e Tecnologia de Sementes)-Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal.
AGUIAR, F. F. A.; KANASHIRO, S.; BARBEDO, C. J.; SEMACO, M.. Influência do
tamanho sobre a germinação de sementes de Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil).
Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.18, n. 2, p.283-285, 1996.
ALVES, E. U.; BRUNO, R. L. A.; OLIVEIRA, A. P.; ALVES, A. U.; ALVES, A. U.; PAULA,
R. C. Influência do tamanho e da procedência de sementes de Mimosa caesalpiniifolia
Benth. sobre a germinação e vigor. Revista Árvore, Viçosa, v.29, n.6, p.877-885, 2005.
ASSOCIATION OF OFFICIAL SEED ANALYSTS. Seed vigor testing handbook. East
Lasing: AOSA, 1983. 93p. (Contribution, 32).
ARAÚJO NETO, J. C. Caracterização, germinação e armazenamento de sementes
de Acacia polyphylla DC. 2001. 109f Tese (Doutorado em Produção e Tecnologia de
Sementes)-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual
Paulista, Jaboticabal.
BARBEDO, C. J.; CÍCERO, S. M. Utilização do teste de condutividade elétrica para
previsão do potencial germinativo de sementes de ingá. Scientia Agricola, Piracicaba,
v.55, n.2, p.249-259, 1998.
BARBOSA, J. M. Germinação de sementes de sete essências nativas. Silvicultura em
São Paulo, São Paulo, v.16-A, pt.1, p.322-327, 1982.
37
BARBOSA, J. M.; MACEDO, A. C. Essências florestais nativas de ocorrência no
Estado de São Paulo, informações técnicas sobre: sementes, grupo ecológico,
fenologia e produção de mudas. São Paulo: Instituto de Botânica e Fundação Florestal,
1993. 125p.
BASKIN, C. S.; BASKIN, J.M. Seeds: ecology, biogeography, and evolution of
dormancy and germination. Academic Press: London, 1998.
BAZZAR, F. A.; PICKETT, T. A. Physiological ecology of tropical sucession: a
comparative review. Annual Review of Ecology and Systematic, v.11, p.287-310,
1980.
BEWLEY, J. D.; BLACK, M. Seeds: physiology of development and germination. New
York: Plenum Press, 1994. 445p.
BONNER, F. T. Measurement of seed vigor for loblolly and slash pines. Forest science,
Atlanta, v.32, n.1,p.170-178, 1986.
BONNER, F. T. Testing tree seeds for vigor: a review. Seed Technology, Lawrence, v.
20, n. 1, p. 5-17, 1998.
BORGES, E. E. L.; RENA, A. B. Germinação de semente. In: AGUIAR, I. B.; PINÃ-
RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B (Coord). Sementes florestais tropicais.
Brasília: ABRATES,1993. p.83-136.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de
sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLV, 1992. 365p.
38
CAPELANES, T. M. C.; BIELLA, L. C. Programa de produção e tecnologia de
sementes de espécies florestais nativas desenvolvido pela Companhia Energética de
São Paulo- CESP. In: SÍMPOSIO BRASILEIRO SOBRE TECNOLOGIA DE SEMENTES
FLORESTAIS, 1., 1984, Belo Horizonte. Anais... Brasília: IBDF, 1986. p.85-107.
CARVALHO, N. M.; GOES, M.de; AGUIAR, I. B.; FERNANDES, P. D. Armazenamento
de sementes de ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha). Científica, São Paulo, v.4, n.3,
p.315-319, 1976.
CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência tecnologia e produção. 4.ed.
Jaboticabal: FUNEP, 2000. 588p.
COPELAND, L. O.; MCDONALD, M. B. Principles of seed science and technology.
New York: Chapman & Hall, 1995. 409p.
COSTA, M. E.; SAMPAIO, D. S.; PAOLI, A. A. S.; LEITE, S. C. A. L. Poliembriônia e
aspectos da embriogênese em Tabebuia ocracea (Chamisso) Standley (Bignoniaceae).
Revista Brasileira Botânica, São Paulo, n.2, p.395-406, 2004.
CRUZ, E. D.; CARVALHO, J. E. U. Biometria de frutos e sementes e germinação de
curupixá (Micropholis cf.venulosa MART.& EICHLER- Sapotaceae). Acta Amazônica,
Manaus, v.33, n.3,p.389-398,2003.
CRUZ, C. D. Programa GENES: versão Windows; aplicativo computacional em
genética e estatística. Viçosa: Imprensa Universitária, 2001. 648p.
CUNHA, R.; SALOMÃO, A. N.; EIRA, M. T. S.; MELLO,C. M. C.; TANAKA, D. M.
Métodos para conservação a longo prazo de sementes de Tabebuia spp.-
Bignoniaceae. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v.4, n.4, p. 675-678, 1992.
39
CZABATOR, F. J. Germination value: an index combining speed and completeness of
pine seed germination. Forest Science, v.8, n.4, p.386-396, 1962.
DIAS, D. C. F. S.; MARCOS FILHO, J. Testes de vigor baseados na permeabilidade
das membranas celulares. Condutividade elétrica. Informativo Abrates, Londrina, v.5,
n.1, p.26-36, 1995.
DIAS, L. A. S.; KAGEYAMA, P. Y.; ISSIKI, K. Qualidade de luz e germinação de
sementes de espécies arbóreas tropicais. Acta Amazônica, Manaus, v.22, n.1, p.79-84,
1992.
DIAS, D. C. F. S.; VIEIRA, A. N.; BHÉRING, M. C. Condutividade elétrica e lixiviação de
potássio para avaliação do vigor de sementes de hortaliças: feijão de vagem e quiabo.
Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.20, n.2, p.408-413, 1998.
DELOUCHE, J. C. An accelerated aging technique for predicting rei ative storability of
crimson clover and tall fescue seed lots. Agronomy Abstracts. 1965. 40 p.
FANTI, S. C.; PEREZ, S. C. J. G. Influência do substrato e do envelhecimento
acelerado na germinação de olho-de-dragão (Adenanthera pavoniana L.-Fabaceae).
Revista Brasileira de Sementes, Curitiba, v.21, n.2, p.135-141, 1999.
FENNER, M. Seed ecology. London: Champman & Hall, 1993.
FERREIRA, M. G. R.; TORRES, S.B. Influência do tamanho das sementes na
germinação e no vigor de plântulas de Acacia senegal (l.) willd. Revista Brasileira de
Sementes, Brasília, v.22, n. 1, p.271-275, 2000.
FIGLIOLIA, M. B.; SILVA, A.; JARDIM, D. C. P.; IWANE, M. S. S. Viabilidade de
sementes liofilizadas de essências florestais nativas. Sivilcultura em São Paulo, São
40
Paulo, v.20/22, p.47-55, 1988.
FIGLIOLIA, M. B; OLIVEIRA, E. C; PINÃ-RODRIGUES, F. C. M. Análise de sementes
In: AGUIAR, I. B.; PINÃ-RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B. (Coord). Sementes
Florestais tropicais. Brasília: ABRATES, 1993a, p.137-174.
FIGLIOLIA, M. B.; AGUIAR, I. B. Colheita de sementes. In: AGUIAR, I. B, PINÃ-
RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B.(Coord.). Sementes florestais tropicais.
Brasília: ABRATES, 1993b. p.275-302.
FRAZÃO, D. A. C. Tamanho de semente de guaraná e sua influência na emergência e
no vigor. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.5, n.1, p.81-91, 1983.
GARCIA, L. C.; NOGUEIRA, A. C.; ABREU, D. C. A. Influência do envelhecimento
acelerado no vigor de sementes de Anadenanthera colubrina (Vellozo) Brenan-
Mimosaceae. Ciência Florestal, Santa Maria, v.14, n. 1, p.85-90, 2004.
GEMAQUE, R. C. R. Maturação, tolerância à dessecação e alterações na qualidade
fisiológica em sementes de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl.)
envelhecidas artificialmente. 1999. 93f (Mestrado em Ciências Florestais)-
Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
GONÇALVES, E. P. Avaliação do potencial fisiológico de sementes de mutamba
(Guazuma ulmifolia Lam.) por meio de diferentes testes de vigor. 2003. 64f. Tese
(Doutorado em Produção e Tecnologia de Sementes)- Faculdade de Ciências Agrárias
e Vetererinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal.
HAIG, D. WESTOBY, M. Seed size, pollination casts and angiosperm success.
Evolutionary Ecology, London, v. 5, p. 231-247, 1991.
41
HAMPTON, H. G.; TEKRONY, D. M. Handbook of vigour test methods.3.ed. Zurich:
ISTA, 1995. 117 p.
INTERNATIONAL SEED TESTING ASSOCIATION. Handbook of vigour test
methods. 3. ed. ISTA, Zurich, 1995. 117p.
KAGEYAMA, P. Y.; GANDARA, F. B.; OLIVEIRA, R. E. Biodiversidade e restauração da
floresta tropical. In: KAGEYAMA, P. Y.; OLIVEIRA, R. E.; MORAES, L. F. D.; ENGEL, V.
F.; GANDARA, F. B. ( Org.). Restauração ecológica de ecossistemas naturais.
Botucatu: FEPAF, 2003. p. 29-46.
KAGEYAMA, P. Y.; MARQUEZ, F. C. M. Comportamento de sementes de curta
longevidade armazenadas com diferentes teores de umidade inicial: gênero
Tabebuia. Piracicaba: IEF, 1981, 4p.
KRZYZANOWSKI, F. C.; FRANÇA NETO, J. B.; HENNING, A. A. Relato dos testes de
vigor disponíveis para as grandes culturas. Informativo ABRATES, Londrina, v. 1, n. 2,
p.15-20.1991.
LABOURIAU, L. G. A germinação de sementes. Washington: OEA, 1983. 174 p.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. São Paulo: Plantarum, 1992. 382p.
MACHADO, C. F.; OLIVEIRA, J. A.; DAVIDE, A. C.; GUIMARÃES, R. M. Metodologia
para a condução do teste de germinação em sementes de ipê-amarelo (Tabebuia
serratifolia (Vahl) Nicholson). Revista CERNE, Lavras, v. 8, n. 2, p.17 25, 2002.
MAEDA, J. A.; MATTHES, L. A. F. Conservação de sementes de ipê. Bragantia,
Campinas, v. 43, n. 1, 45-50,1984.
42
MAGUIRE, J. D. Speed of germinationaid selection evolution for sudling emergence
and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n.1, p.176-177, 1962.
MARCOS FILHO, J. Teste de envelhecimento acelerado. In: KRZYZANOWSKI, F. C.;
VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. B. Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina:
Abrates, 1999. p.3.1-3.24.
MARCOS FILHO, J.; SILVA, W.R.; NOVEMBRE, A. D. C.; CHAMMA, H. M. C. P.
Estudos comparativos de métodos para avaliação da qualidade fisiológica de sementes
de soja, com ênfase ao teste de condutividade elétrica. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, Brasília, v. 25, n. 12, p. 1805-1815,1990.
MARCOS FILHO, J.; CICERO, S. M.; SILVA, W. R. Avaliação da qualidade das
sementes. Piracicaba: FEALQ, 230p, 1987.
MARCOS-FIL HO, J. Germinação de sementes. In: CICERO, S. M, S. M.; MARCOS
FILHO, J.; SILVA, W. R. (Org.). Atualização em produção de semente. Campinas:
Fundação Cargill, 1986. p.11-40.
MARQUES, M. A.; PAULA, R. C.; RODRIGUES, T. J. D. Adequação do teste de
condutividade elétrica para determinar a qualidade fisiológica de sementes de
jacarandá- da- bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr.All.ex. Benth). Revista Brasileira de
Sementes, Brasília, v.24, n.1, p.271-278, 2002a.
MARQUES, M. A.; PAULA, R. C.; RODRIGUES, T. J. D. Efeito do número de sementes
e do volume de água na condutividade elétrica de sementes de jacarandá- da- bahia
(Dalbergia nigra (Vell.) Fr.All.ex. Benth). Revista Brasileira de Sementes, Brasília,
v.24, n.1, p.254-262, 2002b.
43
MARQUES, M. A.; RODRIGUES, T. J. D.; VALERI, S. V.; MALHEIROS, E. B.
Comportamento [(Tabebuia chrysotricha (Mart.) StandI.] secadas em câmara seca,
armazenadas em diferentes ambientes e submetidas a sete níveis de potencial
osmótico. Científica, São Paulo, v.32, n.2, p.127-133, 2004.
MATTHES, S.; POWELL, A. A eletrical conductivity test. In: PERRY, D.A. (Ed.).
Handbook of vigor test methods. Zurich: International Seed Testing Associaty, 1981.
p.37-42.
MEDEIROS, A. C. S. Aspectos de dormência em sementes de espécies arbóreas.
EMBRAPA, 2001. 12p. (Circular Técnica).
MELLO, C. M. C.; EIRA, M. T. S. Conservação de sementes de ipês (Tabebuia spp).
Revista Árvore, Viçosa, v.19, n.4, p.427-432, 1995.
MORAES, J. V. Morfologia e germinação de sementes de Poecilanthe parviflora
(Fabaceae - Faboideae). 2007. 49f Dissertação (Mestrado em Produção e Tecnologia
de Sementes)- Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual
Paulista, Jaboticabal.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho de plântulas. In:
KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J.B.(Ed.). Vigor de
sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. Cap.2, p.1-24.
NEGREIROS, G. F.; PEREZ, S. C. J. G. Resposta fisiológica de sementes de palmeiras
ao envelhecimento acelerado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.39, n.4,
p.391-396, abr. 2004.
OLIVEIRA, L. M. Avaliação da qualidade de sementes de Tabebuia serratifolia Vahl
Nich. e T. impetiginosa (Martinus ex A. P. de Candolle Stansley) envelhecidas
44
natural e artificialmente. 2004. 160p (Doutorado em Fitotecnia)- Universidade Federal
de Lavras, Lavras, MG.
OLIVEIRA, L. M.; CARVALHO, M. L. M.; SILVA, T. T. A.; BORGES, D. I. Temperatura e
regime de luz na germinação de sementes Tabebuia impetiginosa (Martinus ex A. P. de
Candolle) Stansley e T. serratifolia Vahl Nich. Revista Ciência agrotec, Lavras, v.29,
n.3, p.642-648, 2005.
PANOBIANCO, M.; VIEIRA, R. D. Eletrical conductivity of soybean soaked seeds. I.
Effect of genotype. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.31, n.9, p.621-627,
1996.
PEREZ, S. C. J. G. A.; NEGREIROS, G. F. Efeitos do pré-condicionamento na
viabilidade e no vigor de sementes de canafístula (Peltophorum dubium (Spreng.)
Taub.) em condições de estresse. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 23, n.
1, p.175-183, 2001.
PIMENTEL GOMES, F. Curso de estatística experimental. 14. ed. Piracicaba: Ed. F.
P. Gomes, 2000. 477p.
PINTO, M. M.; SADER, R.; BARBOSA, J. M. Influência do tempo de secagem e do
armazenamento sobre a viabilidade das sementes de ipê-rosa. Revista Brasileira de
Sementes, Brasília, v.1, n.1, p.37-47, 1986.
PIAZZANO M. Números cromosómicos en Bignoniaceae de Argentina. Kurtziana. v.26,
p.37-47, 1986.
PIZZETA, P. U. C.; BATISTELA FILHO, F. S.; PAULA, R. C. Efeito do envelhecimento
acelerado sobre o comportamento germinativo de sementes de coração-de-negro
(Poecilanthe parviflora Benth. Fabaceae). Informativo ABRATES, Curitiba, v.11, n.2,
45
p.281, 2001.
POGGIANI, F.; BRUNI, S.; BARBOS, E. S. Q. Efeito do sombreamento sobre o
crescimento das mudas de três espécies florestais. In: CONGRESSO NACIONAL
SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 2., 1992. Anais... São Paulo: Instituto Florestal, p.564-
569, 1992.
POPINIGIS, F. Fisiologia da semente. Brasília: AGIPLAN, 1985. 289p.
RAMOS, A; BIANCHETTI, A. Influência da temperatura e substrato na germinação de
sementes florestais. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL: MÉTODOS DE PRODUÇÃO DE
QUALIDADE DE SEMENTES E MUDAS FLORESTAIS, 1984, Curitiba. Anais...
Curitiba: UFPR, 1984. p.193-204.
RAMOS, N. P.; FLOR, E. P. O.; MENDONÇA, E. A. F.; MINAMI, K. Envelhecimento
acelerado em sementes de rúcula (Eruca sativa L.). Revista Brasileira de Sementes,
Pelotas, v. 26, n. 1, p.98-103, 2004.
RÊGO, F.A.; COSTA, M. M. N.; SILVA, A. Q.; SILVA, H. Influência do tamanho da
semente e escarificação na germinação da macadamia (Macadamia integrifolia).
Informativo ABRATES, Londrina, v. 1, n. 4, p.85, 1991.
ROSA, S. D. V. F.; PINHO, E. V. R. V.;VIEIRA, M. G. G. C.; VEIGA, R. D. Eficácia do
teste de condutividade elétrica para uso em estudos de danos de secagem em
sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.22, n.1, p.54-63, 2000.
SALES, N. L. P.; CASTRO, H. A. Efeito da população fúngica sobre a germinação das
sementes e o desenvolvimento inicial de plântulas de ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia
(Vahl.) Nich. e barbartimão (Stryphnodendron adstringes (Mart.) Couville). Ciência e
Prática, Lavras, v.18, n.1, p.83-89, 1994.
46
SALOMÃO, A. N.; FUJICHIMA, A. G. Respostas de sementes de Tabebuia aurea
(Silva Manso) Benth. & Hook F. ex S. Moore (Bignoniaceae) à dessecação e ao
congelamento em temperaturas subzero. Brasília: EMBRAPA, 2002. 4p.
(Comunicado Técnico, n.76).
SALOMÃO, A. N.; ALLEM, A. C. Polyembryony in Angiospermous trees of the Brazilian
cerrado and caatinga vegetation. Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v.15, n.3, p.369-
378, 2001.
SANTOS, D. L.; SUGAHARA, V. Y.; TAKAKI, M. Efeitos da luz e da temperatura na
germinação de sementes de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich, Tabebuia chysotricha
(Mart. Ex Dc) Standl. e Tabebuia roseo-alba (Ridl) Sand-(Bignoniaceae). Revista
Ciência Florestal, Santa Maria, v.15, n.1, p. 87-92, 2005.
SANTOS, S. R. G. Qualidade fisiológica e armazenamento de sementes de
Sebastiania commersoniana (Baill.) Smith & Downs. 2004. 95f. Tese (Doutorado em
Agronomia-Produção Vegetal). Faculdade de Ciências Agrárias e Vetererinárias,
Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal.
SANTOS, S. R. G.; PAULA, R. C. Teste de condutividade elétrica para avaliação da
qualidade fisiológica de sementes Sebastiania commersoniana (Bail) Smith & Downs
Euphorbiaceae. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v.27, n.2, 2005.
SEGHESE, F.; ISSHIKI, K.; VITTI, A. P. Ecofisiologia de germinação de espécies
arbóreas. In: KAGEYAMA, P. Y. Recomposição da vegetação com espécies
arbóreas nativas em reservatórios de usinas hidroelétricas da CESP. Série Técnica
IPEF, Piracicaba, v.8 , n.25, p.9-11, 1992.
SILVA, B. M. S. Morfo-anatomia e envelhecimento acelerado em diásporos de
47
Oenocarpus bacaba Mart. - Arecaceae. 2007 68f. Dissertação (Mestrado em
Produção e Tecnologia de Sementes)-Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
Universidade Estadual Paulista. Jaboticabal.
SILVA, B. M. S.; CARVALHO, N. M. Influencia del estrés hídrico sobre el desempeño
germinativo de semillas de faveira (Clitoria fairchildiana R.A. Howard. FABACEAE) de
diferentes tamaños. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS
AGROFLORESTAIS, 6., 2006, Campos dos Goytacazes. Anais… Campos dos
Goytacazes: 2006.1CD-ROM.
SOUZA, V. C.; BRUNO, R. L. A.; ANDRADE, L. A. Vigor de sementes armazenadas de
ipê-amarelo Tabebuia serratifolia (VAHL.) NICH. Revista Árvore, Viçosa, v.29, n.6,
p.833-841, 2005.
TAYLOR, A. G.; LEE, S. S.; BERESNIEWICZ, M. M.; PAINE, D. H. Aminoacid leakage
from aged vegetable seeds. Seed Science and Technology, Zurich, v.23, p.113-122,
1995.
TESSER, S. M. Avaliação da qualidade fisiológica de sementes de espécies
florestais. 2005. 46f. Dissertação (Mestrado em Produção e Tecnologia de Sementes)-
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista,
Jaboticabal.
TURNBULL, J. W. Seed extraction and cleaning. In: REPORT ON THE FAO/DANIDA
TRAINING COURSE ON FOREST SEED COLLECTION AND HANDLING, 1975,
Chiang mai. Proceedings Rome: FAO, 1975. p.135-151.
VALENTINI, S. R. T.; PINÃ-RODRIGUES, F. C. M. Aplicação do teste de vigor em
sementes: In: SILVA, A.; PINÃ-RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B. (Coord.).
Manual técnico de sementes florestais. São Paulo: Instituto Florestal, 1995. p.74-84.
48
(Série Registros, 14).
VANZOLINI, S.; NAKAGAWA, J. Teste de condutividade elétrica em sementes de
amendoim: efeitos de temperatura e de períodos de embebição. Revista Brasileira de
Sementes, Brasília, v.21, n.1, p.41-45, 1999.
VIEIRA, R. D. Teste de condutividade elétrica. In: VIEIRA, R. D.; CARVALHO, N. M.
Testes de vigor em sementes. Jaboticabal: FUNEP, 1994. 103p.
VIEIRA, R.D.; KRZYZANOWSKI, F.C. Teste de condutividade elétrica. In:
KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA-NETO, J.B. (Ed.). Vigor de
sementes: conceitos e testes. Londrina ABRATES, 1999. Cap. 3, p. 1-24.
VIEIRA, R. D.; PENARIOL, A. L.; PERECIN, D.; PANOBIANCO, M. Condutividade
elétrica e teor de água inicial das sementes de soja. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, Brasília, v.37, n.9, p. 1333-1338, 2002.
WHITMORE, T. C. Forest dynamics and questions of scale. In: HADLEY, M. (Ed.) Rain
forest regeneration and management. Paris: Institute Union of Biol Sci., 1988. p.13-
17.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo