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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
FACULDADE DE TECNOLOGIA - FT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - ENE
ESTIMATIVA DE OCUPAÇÃO DO ESPECTRO DE
RADIOFREQÜÊNCIAS NO DISTRITO FEDERAL
FAUSY SOLINO DIAS
ORIENTADOR: PROF. LEONARDO R. A. X. DE MENEZES
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
PUBLICAÇÃO: 292/06
BRASÍLIA/DF: JANEIRO/2007
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ii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB
FACULDADE DE TECNOLOGIA – FT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - ENE
ESTIMATIVA DE OCUPAÇÃO DO ESPECTRO DE
RADIOFREQÜÊNCIAS NO DISTRITO FEDERAL
FAUSY SOLINO DIAS
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ELÉTRICA DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO
PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE.
APROVADA POR:
PROF. LEONARDO RODRIGUES ARAÚJO XAVIER DE MENEZES, Ph. D., UnB
(ORIENTADOR)
PROF. LÚCIO MARTINS SILVA, DR., ENE/UNB
(EXAMINADOR INTERNO)
PROF. JOÃO CARLOS FAGUNDES ALBERNAZ, Ph. D., ANATEL
(EXAMINADOR EXTERNO)
Brasília, 16 de janeiro de 2007.
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iii
FICHA CATALOGRÁFICA
DIAS, FAUSY SOLINO
Estimativa de Ocupação do Espectro de Radiofreqüências no Distrito Federal.
xii, 120p., 297 mm (ENE/FT/UnB, Mestre, Telecomunicações, 2007)
Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica.
1. Espectro de Radiofreqüência
3. Ocupação Espectral
I. ENE/FT/UnB
2. Ruído de Fundo
4. Distrito Federal
II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DIAS, F. S. (2007). Estimativa de ocupação do Espectro de Radiofreqüências no Distrito Federal.
Dissertação de Mestrado, Publicação 170/2004, Departamento de Engenharia Elétrica,
Universidade de Brasília, DF, 120p.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Fausy Solino Dias
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Estimativa de Ocupação do Espectro de
Radiofreqüências no Distrito Federal.
GRAU / ANO: Mestre/2007.
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e
para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva
outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a
autorização por escrito do autor. Tanto no primeiro caso como no segundo, deve ser observado se a
classificação de documento sigiloso reservado encontra-se em vigência, conforme Dec. n
o
4553/02, sendo a
autoridade responsável a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
Fausy Solino Dias
fausy.dias@yahoo.com / fausyd@hotmail.com
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado:
À minha família pela compreensão em todos os momentos.
Aos Engenheiros Vital Felipe dos Santos, Maria Aparecida Fidelis, José Gustavo
Sampaio Gontijo, José Angelo Amado, Fabio Santos Lobão pela colaboração na concepção e
nas primeiras etapas do trabalho.
Aos Técnicos, Rômulo Campos e Salvador César pela paciência, amizade e
conhecimento na realização das medições.
Ao Engenheiro, Mestre Charles Santos Costa pela ajuda e companhia nas noites
intermináveis no Lemom.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao professor Dr. Leonardo R. A. X. de Menezes pela orientação, paciência
e amizade durante a elaboração deste trabalho.
Agradeço em especial aos integrantes do Lemom, pela oportunidade de acreditar que
o trabalho coletivo ainda existe em Nosso País.
vi
RESUMO
Estimativa de Ocupação do Espectro de Radiofreqüências no Distrito Federal
A crescente utilização de telefones móveis e o surgimento de novos meios de
comunicação no mundo e no Brasil aumentaram significativamente o interesse pelo estudo
dos sistemas de telecomunicações. Uma das vertentes é o estudo do Espectro de
Radiofreqüência, considerando a sua eficiente ocupação e avaliação do nível de ruído de
fundo. Sendo o Espectro de Radiofreqüência um recurso limitado, faz-se necessária a
coordenação, monitoração e fiscalização, do seu uso adequado.
A proposta desta pesquisa é estimar a ocupação do Espectro de Radiofreqüências no
Distrito Federal, apresentando uma rotina metódica de pesquisa, utilizando o Sistema de
Gerenciamento e Monitoração do Espectro (SGME) da ANATEL, a qual venha a facilitar a
coordenação, monitoração e fiscalização do uso do espectro, não só no Distrito Federal, mas
em todo País.
A principal linha abordada foi a comparação entre a banda disponibilizada e ocupada
pelos serviços existentes na faixa de 30 MHz a 136 MHz, sendo esta realizada levando em
consideração as recomendações da UIT, instrumentos legais da ANATEL e os resultados
obtidos para a ocupação do espectro no Distrito Federal. Os resultados apontam para alguns
parâmetros e aspectos que devem ser observados na utilização do SGME, os quais darão
agilidade e facilidade na rotina de coordenação e monitoração do uso do Espectro de
Radiofreqüências.
A criação de uma cultura, onde o início do processo de gerenciamento e monitoração
do uso do espectro esteja na avaliação realizada no SGME, permitirá a agilidade necessária
para que a ANATEL desenvolva sua tarefa legal, sendo esta pesquisa uma contribuição para
este fim.
vii
ABSTRACT
Spectrum Occupation Estimate of Radiofrequencies on Federal District
The mobile phones furniture increasing utilization and the communication new midia
appearance in the world and in Brazil increased significantly the interest by the
telecommunications systems study. One of the slopes is the Radiofrequencies Spectrum study,
considering its noise floor level efficient occupation and evaluation. Being the
Radiofrequencies Spectrum one limited resource, necessary is done its coordination and
monitoring of its adequate use.
The proposal of this research is to estimate the Radiofrequencies Spectrum occupation
on Federal District, presenting a methodical routine of research, using in the Management and
Monitoring System utilization of the Spectrum (SGME) of ANATEL, which comes to
facilitate the coordination and monitoring of use of spectrum, not only in the Federal District,
but in every Country.
The main boarded line was the comparison between available and occupied band by
the existing services from 30 MHz to 136 MHz, being this study realized in according to
UIT's Recommendations, legal instruments of ANATEL and the results obtained for the
spectrum occupation on Federal District. The results point to some parameters and aspects
that should be observed in the SGME, which ones will give agility and easiness in the
Spectrum of Radiofrequency coordination and monitoring routine.
The creation of a culture, where the beginning of use of the spectrum management and
monitoring process be in the evaluation realized in SGME, it will allow the necessary agility
so that ANATEL develops its legal task, being this research a contribution for this end.
viii
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
1.1 - HISTÓRICO ................................................................................................................. 1
1.1.1 - República Velha................................................................................................ 1
1.1.2 - Era Vargas ........................................................................................................ 3
1.1.3 - Período de 1946 a 1964..................................................................................... 4
1.1.4 - Revolução de 1964 ............................................................................................ 4
1.1.5 - Após a Queda do Muro de Berlim .................................................................. 6
2 - O ESPECTRO DE RADIOFREQÜÊNCIAS ............................................................ 8
2.1 - PRINCÍPIOS................................................................................................................. 8
2.2 - FAIXA ANALISADA ..................................................................................................... 9
2.3 - LEGISLAÇÃO BÁSICA ............................................................................................... 13
2.4 - FINALIDADE.............................................................................................................. 24
3 - METODOLOGIA....................................................................................................... 25
3.1 - CARACTERIZAÇÃO DO SGME................................................................................. 25
3.2 - DEFINIÇÃO DO UNIVERSO PARA O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .................. 29
4 - RESULTADOS E ANÁLISE..................................................................................... 35
4.1 - RESULTADOS OBTIDOS ............................................................................................ 35
4.2 - ANÁLISE ................................................................................................................... 71
4.3 - FINALIDADE.............................................................................................................. 94
5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 95
5.1 - SERVIÇO AUXILIAR AO SERVIÇO DE TELEFONIA FIXA COMUTADA (STFC) ........ 95
5.2 - SERVIÇO DE PESQUISA ESPACIAL (SPE)................................................................. 95
5.3 - SERVIÇO DE RÁDIO-TÁXI (SRT).............................................................................95
5.4 - SERVIÇO ESPECIAL DE RADIOCHAMADA (SER)..................................................... 96
5.5 - SERVIÇO DE RADIOASTRONOMIA (SRA)................................................................. 96
5.6 - SERVIÇO ESPECIAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE (SESC) ................................... 96
5.7 - SERVIÇO DE TELEVISÃO .......................................................................................... 96
5.8 - SERVIÇO LIMITADO (SL)......................................................................................... 96
5.9 - SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO EM FREQÜÊNCIA MODULADA (SFM)....................... 97
5.10 - SERVIÇO ESPECIAL DE RÁDIO AUTOCINE (SERAC) ......................................... 97
5.11 - SERVIÇO MÓVEL AERONÁUTICO (SMA)............................................................ 97
5.12 - OCUPAÇÃO DO ESPECTRO ...................................................................................97
5.13 - RUÍDO DE FUNDO ................................................................................................. 97
5.14 - SUB-RESULTADOS................................................................................................. 98
5.15 - PESQUISAS FUTURAS............................................................................................ 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 99
ANEXO: GLOSSÁRIO........................................................................................................ 101
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1: Tipos de modulação da portadora principal e seus símbolos................................13
Tabela 2.2: Tipos de emissão e seus símbolos. ........................................................................14
Tabela 2.3: Características e seus símbolos. ............................................................................14
Tabela 2.4– Subdivisão e designação das faixas de freqüência. ..............................................16
Tabela 2.5: Larguras de faixas e designações para o STFC.....................................................17
Tabela 2.6: Larguras de faixas e designações para o SRT .......................................................18
Tabela 2.7: Larguras de faixas e designações para o SESC.....................................................20
Tabela 2.8: Larguras de faixas e designações para o SPY .......................................................21
Tabela 2.9: Larguras de faixas e designações para o STV.......................................................22
Tabela 2.10: Larguras de faixas e banda máxima do SL..........................................................22
Tabela 2.11: Larguras de faixas e designações para o SMA....................................................24
Tabela 4.1: Larguras de faixas e designações para o STFC.....................................................35
Tabela 4.2: Larguras de faixas e designações para o SPY .......................................................52
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1: Divisão das Regiões da UIT. fonte: www.itu.org ....................................................8
Figura 2.2: Distribuição do Espectro de Radiofreqüências recomendado pela UIT..................9
Figura 2.3: Análise percentual da ocupação do espectro da UIT.............................................10
Figura 2.4: Distribuição do Espectro de Radiofreqüências definida pela ANATEL na faixa
analisada. ..........................................................................................................................12
Figura2.5: Análise percentual da ocupação do espectro da ANATEL.....................................12
Figura 2.6: Esquema de montagem da designação das emissões ..........................................15
Figura 3.1: Arquitetura Geral do SGME. fonte: www.anatel.gov.br .......................................26
Figura 3.2: Fator de Correção das Antenas SGME..................................................................27
Figura 3.3: Localização das ERM. ...........................................................................................30
Figura 3.4: Fator de Correção da antena utilizada para medições em VHF.............................31
Figura 4.1: Percentual de ocupação no tempo de medida da modalidade telegrafia do
STFC.................................................................................................................................36
Figura 4.2: Intensidade máxima da modalidade telegrafia do STFC.......................................36
Figura 4.3: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade telefonia AM SSB
do STFC............................................................................................................................37
Figura 4.4: Intensidade máxima da modalidade AM SSB do STFC........................................38
Figura 4.5: Intensidade Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade
telefonia AM DSB do STFC. ...........................................................................................38
Figura 4.6: Intensidade máxima da modalidade AM DSB do STFC.......................................39
Figura 4.7: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade telefonia em FM
do STFC............................................................................................................................
39
Figura 4.8: Intensidade máxima da modalidade telefonia em FM do STFC............................40
Figura 4.9: Quantidade de portadoras no STFC, por designação de emissão..........................40
Figura 4.10: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM DSB do
SRT...................................................................................................................................42
Figura 4.11: Intensidade máxima da modalidade AM DSB do SRT. ......................................42
Figura 4.12: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade FM do SRT. .......43
Figura 4.13: Intensidade máxima da modalidade FM do SRT.................................................44
Figura 4.14: Quantidade de portadoras no SRT, por designação de emissão. .........................44
xi
Figura 4.15: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM DSB do
SER...................................................................................................................................45
Figura 4.16: Intensidade máxima da modalidade AM DSB do SER. ......................................45
Figura 4.17: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM SSB do
SRA. .................................................................................................................................
46
Figura 4.18: Potência máxima da modalidade AM SSB do SRA............................................47
Figura 4.19: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM DSB do
SRA. .................................................................................................................................47
Figura 4.20: Potência máxima da modalidade AM DSB do SRA. ..........................................48
Figura 4.21: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade FM do SRA........49
Figura 4.22: Intensidade máxima da modalidade FM do SRA................................................49
Figura 4.23: Quantidade de portadoras no SRA, por designação de emissão..........................49
Figura 4.24: Percentual de ocupação por tempo de medida do SARC.....................................50
Figura 4.25: Intensidade máxima do SARC.............................................................................51
Figura 4.26: Percentual de ocupação por tempo de medida do SESC. ....................................51
Figura 4.27: Intensidade máxima do SESC..............................................................................52
Figura 4.28: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade
telegrafia e CW.................................................................................................................53
Figura 4.29: Intensidade máxima do SPY na modalidade telegrafia e CW.............................54
Figura 4.30: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade AM
SSB...................................................................................................................................54
Figura 4.31: Intensidade máxima do SPY na modalidade AM SSB........................................55
Figura 4.32: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade PM com
portadora de 6 kHz. ..........................................................................................................
55
Figura 4.33: Intensidade máxima do SPY na modalidade PM com portadora de 6 kHz.........56
Figura 4.34: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade PM com
portadora de 16 kHz. ........................................................................................................56
Figura 4.35: Intensidade máxima do SPY na modalidade PM com portadora de 16 kHz.......57
Figura 4.36: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade AM
DSB. .................................................................................................................................57
Figura 4.37: Intensidade máxima do SPY na modalidade AM DSB.......................................58
Figura 4.38: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade FM. .......58
Figura 4.39: Intensidade máxima do SPY na modalidade FM.................................................59
xii
Figura 4.40: Quantidade de portadoras no SPY, por designação de emissão. .........................59
Figura 4.41: Percentual de ocupação por tempo de medida do STV. ......................................60
Figura 4.42: Intensidade máxima do STV................................................................................61
Figura 4.43: Percentual de ocupação por tempo de medida do SL na modalidade AM DSB..62
Figura 4.44: Intensidade máxima do SL na modalidade AM DSB..........................................62
Figura 4.45: Percentual de ocupação por tempo de medida do SL na modalidade FM...........63
Figura 4.46: Intensidade máxima do SL na modalidade FM. ..................................................63
Figura 4.47: Quantidade de portadoras no SL, por designação de emissão.............................64
Figura 4.48: Percentual de ocupação por tempo de medida do SRNA na modalidade AM
DSB. .................................................................................................................................
65
Figura 4.49: Intensidade máxima do SRNA na modalidade AM DSB....................................65
Figura 4.50: Percentual de ocupação por tempo de medida do SFM.......................................66
Figura 4.51: Intensidade máxima do SFM. ..............................................................................67
Figura 4.52: Percentual de ocupação por tempo de medida do SERAC..................................67
Figura 4.53: Intensidade máxima do SERAC. .........................................................................68
Figura 4.54: Percentual de ocupação por tempo de medida do SMA na modalidade AM
DSB 12,5 kHz...................................................................................................................69
Figura 4.55: Intensidade máxima do SMA na modalidade AM DSB 12,5 kHz......................69
Figura 4.56: Percentual de ocupação por tempo de medida do SMA na modalidade AM
DSB 25 kHz......................................................................................................................70
Figura 4.57: Intensidade máxima do SMA na modalidade AM DSB 25 kHz.........................70
Figura 4.58: Quantidade de portadoras no SMA, por designação de emissão.........................71
Figura 4.59: Ruído de fundo na faixa do STFC, por designação de emissão...........................72
Figura 4.60: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do STFC.................73
Figura 4.61: Ruído de fundo na faixa do SPE, por designação de emissão. ............................76
Figura 4.62: Ruído de fundo na faixa do SRT, por designação de emissão.............................77
Figura 4.63: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SRT...................78
Figura 4.64: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SRA...................79
Figura 4.65: Ruído de fundo na faixa do SPY, por designação de emissão.............................81
Figura 4.66: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SPY...................82
Figura 4.67: Ruído de fundo na faixa do STV, por designação de emissão.............................83
Figura 4.68: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do STV...................84
Figura 4.69: Ruído de fundo na faixa do SL, por designação de emissão................................84
xiii
Figura 4.70: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SL......................85
Figura 4.71: Ruído de fundo na faixa do SRNA, por designação de emissão..........................86
Figura 4.72: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SRNA................87
Figura 4.73: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SMA..................88
Figura 4.74: Ocupação do Espectro de Radiofreqüências no Distrito Federal por serviço......89
Figura 4.75: Ocupação do espectro comparativo de radiofreqüência no Distrito Federal.......89
Figura 4.76: Análise percentual da ocupação do espectro do Distrito Federal. .......................90
Figura 4.77: Ruído de fundo por serviço..................................................................................91
Figura 4.78: Ruído de fundo por faixa. ....................................................................................92
1
1 - INTRODUÇÃO
A pesquisa realizada com o apoio da Agência Nacional de Telecomunicações
(ANATEL) tem como objetivo:
- Estimar a ocupação do Espectro de Radiofreqüências no DF;
- Apresentar uma rotina metódica de pesquisa usando o SGME.
Primeiramente é apresentado o Histórico das telecomunicações no Brasil, iniciando
no governo do Presidente Rodrigues Alves até os dias atuais.
Em seguinte é realizada uma revisão bibliográfica, onde há o levantamento das
recomendações internacionais e legislações nacionais, as quais regulamentam o Espectro
de Radiofreqüência. Também é realizado um resumo das características para a medição
dos serviços que ocupam a faixa estudada.
Na Metodologia está a caracterização do Sistema de Gerenciamento e Monitoração
do Espectro (SGME) e a definição e justificativa do universo da pesquisa aqui
desenvolvida.
As considerações gerais da medição, os resultados propriamente ditos com suas
análises por serviço e suas modalidades são apresentadas no capítulo de Resultados e
Análise.
E finalizando a pesquisa, no capítulo Conclusões e Recomendações são listadas as
conclusões da ocupação do Espectro de Radiofreqüências por serviços e do levantamento
do ruído de fundo, além da recomendação de pesquisas futuras, possíveis de serem
realizadas com esta metodologia.
1.1 - Histórico
Quando as emissoras de radiodifusão começaram a surgir desordenadamente,
principalmente nos Estados Unidos e na Europa, teve início a necessidade de posicionar
freqüências e autorizar as emissões de maneira coordenada no Espectro de
Radiofreqüências com o intuito de evitar interferências mútuas. Os governos tomaram para
si essa responsabilidade.
No Brasil, o Estado também encampou o espectro de radiofreqüência,
principalmente durante o advento da 2
a
Grande Guerra Mundial, onde o controle da
informação era essencial para a sobrevivência do País como ente soberano. Experiências
privadas foram realizadas por meio das rádios da época, as quais tinham mais a finalidade
de propaganda ideológica getulista do que propriamente a exploração comercial. Na época,
os meios de comunicações eram uma arma poderosa distribuída aos amigos do Estado,
geralmente políticos de renome, financiados e controlados pelo próprio Estado.
1.1.1 - República Velha
No entanto, a história do Espectro de Radiofreqüências no Brasil é bem anterior,
começa mesmo em 1904, com as primeiras experiências da telegrafia sem fio [1]. O setor
de telecomunicações, que era composto apenas pela telefonia fixa e telegrafia, era
responsabilidade do Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas (MIVOP).
Em 1905, o Presidente Rodrigues Alves nega ao padre Landell a oportunidade de
comprovar a comunicação telegráfica entre navios em alto mar, pois acreditava que o padre
era louco [1]. Porém, nesse mesmo ano, a Marinha de Guerra do Brasil realizou várias
2
experiências com a telegrafia por centelhamento no encouraçado Aquidabã. No mundo, o
canadense Reginald Aubrey Fessenden realiza as primeiras transmissões de voz e música
em Amplitude Modulada (AM).
Em novembro de 1906, assume a Presidência da República Affonso Penna, que em
dezembro dá novas atribuições ao MIVOP e altera a sua denominação para Ministério da
Viação e Obras Públicas (MVOP). Como a radiotelegrafia ainda está muito incipiente, o
Presidente preocupado com o expansionismo das grandes Intensidades mundiais cria em
1907 a Comissão Rondon, sob o comando do Marechal Cândido Rondon, para levar as
linhas telegráficas do Distrito Federal aos estados do Acre, do Mato Grosso e do
Amazonas.
Em 1917, no governo do Presidente Wenceslau Braz, é regulamentado o uso das
comunicações via rádio no Brasil por meio do Decreto n
o
3.296, publicado em 10/07/1917.
Esse foi o primeiro instrumento legal que estabelece a exclusiva competência do Governo
Federal os serviços radiotelegráfico e radiotelefônico no território brasileiro.
Com a 1
a
Grande Guerra Mundial, a técnica AM foi aperfeiçoada para a
comunicação militar. Mas somente em 1920, com a construção do primeiro transmissor de
radiofreqüência, aparece a primeira estação comercial de radiodifusão em Pittsburgh,
Estados Unidos da América (EUA) [1].
Em 1921, o Departamento de Polícia de Detroit instala estações de rádio nas
viaturas, operando em AM, sendo seguido pelo Departamento de Polícia de New York.
Surge o sistema de despacho de mensagens, que no Brasil é chamado de Serviço Móvel
Especializado.
Em 1922, já existem estações de rádio com programações regulares em quase todo
o mundo, incluindo a Argentina, Canadá, União Soviética, Espanha e Dinamarca. No
Brasil ocorre a Semana de Arte Moderna e a Rádio Clube do Rio de Janeiro é criada como
a primeira emissora do País. Em 7 de setembro do mesmo ano, o discurso do Presidente da
República Epitácio Pessoa, em comemoração ao centenário da independência do Brasil, é
transmitido via rádio. Trata-se da primeira transmissão oficial pelo novo veículo de
comunicação. Foram importados 80 receptores de rádio especialmente para o evento. Em
outubro, nasce a britânica BBC (Britsh Broadcasting Company), em paralelo com as
primeiras estações de rádio em Shangai, na China, e em Cuba. Marconi realiza as primeiras
experiências com radar.
Em 1923 a Televisão em preto e branco com 30 linhas horizontais é inventada pelo
russo Vladimir Kosma Zworykin e a Itália nacionaliza o rádio por decreto real. Marconi
realiza as primeiras experiências com radiotelefonia entre a Inglaterra e os Estados Unidos.
A França segue o exemplo e transforma o rádio em monopólio estatal, e o Japão
regulamenta, por meio de um conjunto de leis, o funcionamento do rádio, optando por
banir a publicidade nesse meio de comunicação. Na era do Presidente Artur Bernardes, o
considerado pai do rádio brasileiro, Edgard Roquete Pinto e seu colega Henry Morize
fundam a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a primeira rádio brasileira criada para atuar
sem fins comerciais. Em 1924 é a vez da Rádio Clube Paranaense, a 3ª mais antiga do
Brasil e da América Latina [2].
Em 1926 a General Electric (GE) lança a indústria de televisores em preto e branco
nos EUA, e no Japão, é criada a NHK (Nippon Hoso Kyokai), instituindo o monopólio no
país, pela incorporação das rádios privadas existentes. Também são criados os sistemas
telefônicos com onda portadora para transmissão de dois ou quatro canais de voz. No
Brasil começa a operar a Rádio Mayrink Veiga, também no Rio de Janeiro [2].
Com o surgimento de outros sistemas houve a necessidade de elevar as freqüências,
pois o espectro disponível já estava esgotado. Em 1927, devido aos novos receptores
3
aperfeiçoados lançado no mercado para consumo e o aumento das Intensidades das
estações de rádio, a FCC cria a regulamentação e a atribuição de freqüências nos Estados
Unidos.
Em 1929 ocorre a quebra da bolsa de New York. No Brasil, apesar do efeito
desastroso na cultura cafeeira, tendo que realizar queima do café estocado para manter o
preço, ocorreram as primeiras experiências com a televisão no Rio de Janeiro.
1.1.2 - Era Vargas
Na década de 30, a FCC autoriza mais quatro canais entre 30 MHz e 40 MHz,
iniciando os teste do novo sistema com modulação em freqüência (FM). No Brasil, o
Presidente da República Getúlio Vargas assina o Decreto 20.047 de 27 de maio de 1931, e
o Decreto 21.111, de 01 de março de 1931, que o regulamentou. Esse primeiro diploma
legal sobre a radiodifusão define o rádio como serviço de interesse nacional e de
finalidade educativa. Em 1932, o Decreto 21.111/31, autoriza a veiculação de propaganda
pelo rádio, tendo limitado sua manifestação, inicialmente, a 10% da programação. Neste
mesmo ano é realizada a Conferência Geral de Regulação de Rádio e da Conferência
Internacional de Telegrafia na cidade de Madri, na Espanha, quando a União Internacional
de Telegrafia alterou sua denominação pra União Internacional de Telecomunicações
(UIT).
Em 1935, Edwin Armstrong apresentou o primeiro transmissor FM na faixa de 110
MHz. Na mesma época, Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai assinam
tratado de cooperação técnica em radiodifusão, e a Rádio Jornal do Brasil, do Rio de
Janeiro, cria vários programas de notícias [2].
Em 1936, é fundada a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, que foi a primeira em
audiência por mais de vinte anos [2]. Ela noticiou os primeiros momentos da 2
a
Grande
Guerra Mundial, onde a Alemanha e a Itália realizaram as primeiras experiências de
bombardeio aéreo durante a Guerra Civil Espanhola.
Com o expansionismo da Alemanha, Itália e Japão, apesar da neutralidade
comunicada à Europa pelos EUA, a empresa americana Bell Labs e a Western Media
desenvolveram um sistema de comunicação para o campo de batalha, provendo a todos
aviões e navios americanos rádios FM.
Em 1938, já no período do Estado Novo, o Presidente Getúlio Vargas inaugura o
programa A Hora do Brasil. Em 1940, é sancionado o Decreto-Lei 2.073, criando as
Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União, que entre outras encampou a Rádio
Nacional, de propriedade do grupo A Noite. Nos EUA, a CBS lança TV a cores com 525
linhas horizontais paralelas e 30 frames por segundo, e a França é invadida pela Alemanha.
Nessa época, devido aos acontecimentos da Europa, a radiocomunicação passou a
ser regulamentada e fiscalizada pela Comissão Técnica de Rádio (CTR), órgão do MVOP,
que tinha como ministro o Coronel João de Mendonça Lima.
Em 1941, devido à 2
a
Grande Guerra Mundial, surge o Repórter Esso, criado pela
Rádio Nacional. Ele anuncia o cerco a Leningrado pelos alemães e o ataque a Pearl Habor
pelos japoneses.
Em 1942 a Rádio Tupi de São Paulo cria o Grande Jornal Falado Tupi. Ele noticia
o ataque alemão a Stalingrado e o ataque americano a Tókio. Nesse ano a Rádio Nacional
do Rio de Janeiro leva o ar a primeira radionovela: Em busca da felicidade.
Em 1944 ocorre o Dia D, onde a resistência é avisada, por intermédio de
mensagens codificadas, de um iminente desembarque dos aliados na Normandia[3].
4
Em 1945 o imperador do Japão anuncia a rendição do país, por rádio, depois das
bombas nucleares de Nagasaki e Hiroshima. No mesmo ano, o controle governamental
sobre o rádio no Japão é abolido [3].
1.1.3 - Período de 1946 a 1964
Em 1946 a FCC autoriza a empresa AT&T a colocar o primeiro serviço comercial
de telefonia móvel nas faixas de 35 a 150 MHz. Esse sistema permite a conexão entre uma
estação móvel e a rede de telefonia fixa. No ano seguinte a Bell Labs apresenta o primeiro
conceito de telefonia celular. Ele opera em FM. No Brasil é instalada a nova Assembléia
Constituinte que promulga a nova constituição. A presidência é ocupada pelo Marechal
Gaspar Dutra.
Em 1949, uma companhia de táxi instala o sistema celular da Bell Labs, utilizando
o conceito da reutilização de freqüências em células alternadas de pequenas áreas com
troca de freqüência manual no momento da troca de células pela estação móvel (handoff).
Este sistema de reutilização de freqüências entre células já permitiu a melhora significativa
na capacidade do sistema [1].
Na década de 50, com a evolução tecnológica e a necessidade de novos serviços,
houve a criação de novos canais com a redução da banda do canal de FM de 120 MHz para
60 MHz e depois para 30 MHz pela FCC. Também foram autorizados 12 canais na faixa
de 450 MHz.
No Brasil, Assis Chateaubriand inaugura, em 1950, na cidade de São Paulo a
primeira empresa de transmissão do serviço de televisão: a TV TUPI.
Em 1953, o Japão lança a televisão a cores no padrão NTSC (National Television
Standards Commitee). No ano seguinte chega nas lojas americanas o Regency TR1,
primeiro rádio transistorizado do mundo.
No Brasil, em 1957, é instalado o primeiro enlace de microondas ligando o Rio de
Janeiro a São Paulo e Campinas.
Em 1962 é editada a Lei 4.117, mais conhecida como o Código Brasileiro de
Telecomunicações. Esta lei possibilitou a criação do Sistema Nacional de
Telecomunicações, atribuiu à União a competência para explorar diretamente os serviços,
regulamentou o artigo 151 da Constituição de 1946 que tratava da tarifas e definiu o
relacionamento entre o poderconcedente e o concessionário no campo das
telecomunicações. Em seu artigo 42, autorizou o Poder Executivo a criar uma empresa
para explorar os serviços de telecomunicações, batizada de Empresa Brasileira de
Telecomunicações - Embratel. Com isso, as funções da Comissão de Telecomunicação e
Rádio são absorvidas pelo Conselho Nacional de Telecomunicações – CONTEL.
1.1.4 - Revolução de 1964
Em 1965 é criada a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel). O Brasil
associa-se ao Consórcio Internacional de Comunicação por Satélite (INTELSAT).
Em 1966, o CONTEL aprova por meio de resoluções as primeiras Normas
Técnicas de Comunicação (NTC), estabelecendo as condições para outorga de permissões
e execuções de serviços de telecomunicação em todo o território nacional, com as suas
devidas faixas de freqüências de destinação. São exemplos de NTC:
- NTC 19, aprovada pela Res. 11/66: estabelece condições para a permissão e
execução do serviço de radiodifusão em OC, OM e FM;
5
- NTC 22, aprovada pela Res. 24/66: estabelece condições para a permissão e
execução do serviço especial para fins científicos ou experimentais.
O CONTEL organizou a primeira Tabela de Atribuição de Freqüência do Brasil,
que se tem conhecimento.
Na década de 60, a reforma administrativa determinou profundas alterações na
estrutura da administração pública brasileira por meio do Decreto-Lei 200 de 1967. Extinto
o MVOP, foram criados o Ministério dos Transportes, Ministério das Comunicações e
Ministério das Minas e Energia. O primeiro com atribuições nas áreas de transportes
ferroviário, rodoviário, aquaviário, marinha mercante, portos e vias navegáveis e a
participação na coordenação dos transportes aeroviários. O segundo com atribuição
exclusiva de promover o desenvolvimento da integração nacional, estatização,
regulamentação e fiscalização das empresas de telecomunicação públicas e privadas. O
último voltado para a exploração das riquezas naturais e geração, distribuição e exploração
das fontes de energias existentes. Em todos os ministérios, foram estimuladas a pesquisa
tecnológica e a troca de conhecimento com instituições de ensino superior e tecnológico.
Em 1967, os alemães apresentam ao mundo a televisão a cores no padrão PAL.G
(Phase Alternation by Line.German) [1]
Em 1972 é lançado o padrão brasileiro para televisão a cores, o PAL.M (Phase
Alternation by Line.M version). A experiência piloto é realizada na TV Difusora de Porto
Alegre.
Os padrões desenvolvidos até o início da década de 70 são uma amostra clara que
os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, conforme antiga classificação econômica,
viam a necessidade de desenvolver e impor sua tecnologia aos demais, criando assim uma
reserva de mercado para sustentar a sua indústria. No entanto, da individualização
tecnológica surgiu a precisão de se padronizar internacionalmente as atribuições das faixas
de freqüência, algo que a União Européia, os EUA e a URSS já tinha iniciado após a 2
a
Grande Guerra Mundial [3]. Portanto, em 1973, com a finalidade de organizar as
Atribuições de Freqüência, surge o Departamento Nacional de Telecomunicação
(DENTEL),. Dentro do DENTEL, funcionou de maneira informal por um ano, o grupo que
definia a estrutura e divisão das faixas de freqüência, baseada nas necessidades do País e
no que era ou já estava estabelecido no mercado de equipamentos de telecomunicações.
Em 1974, surgiu o Núcleo de Gerência de Freqüência, que funciona informalmente
nas dependências do DENTEL. Este Núcleo apresentou uma minuta de Instrução
configurando e dotando o DENTEL de algumas atribuições de gerenciamento de
freqüência, embora as Atribuições estivesse sob a competência legal da Secretaria Geral do
Ministério das Comunicações, mas sem nenhuma estrutura definida. A idéia foi aceita e
aprovada, passando a estrutura da divisão e coordenação da Atribuição de Freqüência a
fazer parte da responsabilidade do DENTEL.
Ainda em 1974, o Núcleo de Gerência de Freqüência
1
organizou a primeira minuta
de Norma Geral, onde dispõe sobre a utilização do espectro de radiofreqüência para fins
de Radiocomunicação. Ela foi, também, a primeira consulta pública federal publicada no
Diário Oficial da União, conforme a solicitação existente no item II da PMC 265 de
18/03/1975. Esta norma é conhecida por NG 01/75.
Apesar de todo o cuidado positivista, esta Norma nunca foi aprovada, embora tenha
servido de base para muitas legislações posteriores. Ela é o marco regulatório do
Planejamento de Atribuição de Freqüência. Na época ocorreram muitas discussões sobre o
1
Compuseram este Núcleo os Eng
os
José Eduardo Duarte de Oliveira, Adi Rodrigues da Silva, Raimundo
Nonato, Arthur Batista e Veras.
6
valor legal da NG 01/75. A despeito de seu conteúdo legal estar desatualizado, os conceitos
e as definições ainda são usadas ou simplesmente copiadas para os novos instrumentos
legais.
A década de 70 assinala o esgotamento do padrão de desenvolvimento industrial e
tecnológico do pós-guerra. A crise instalada no mundo e suas repercussões nos países
capitalistas e comunistas se intensificam a partir dos anos 80. As nações desenvolvidas
passam a serem questionadas sobre seus mecanismos de regulamentação econômica e
tecnológica. Em resposta surgem as propostas de redirecionamento dos serviços públicos,
entre eles a telecomunicação, bem como as novas tendências de articulação da produção e
dos mercados, maiores limites ao escopo de atuação do Estado e a consolidação dos novos
padrões de estratificação social que passam a ser forjada com o movimento de
globalização.
Assim surge o pensamento neoliberal, patrocinado pela Inglaterra e EUA,
comandados por Margareth Thatcher e Ronald Reagan, respectivamente. Na Inglaterra são
promovidos desmantelamento das estatais e privatizações de centenas de indústrias, com a
proposta de reduzir a capacidade de influência do Estado na economia, diminuindo o
estado do bem-estar social. Nos EUA é promovida a quebra dos monopólios privados,
como o desmantelamento na AT&T em empresas regionais, questionamentos do
monopólio da IBM ao congresso estadunidense e o surgimento de novas empresas aéreas.
1.1.5 - Após a Queda do Muro de Berlim
Com a queda do muro de Berlim em 1989, que marca o início do fim da Guerra
Fria no mundo, as idéias neoliberais são fortalecidas. Influenciado pela nova tendência
mundial, o primeiro governo eleito após a Revolução de 64, põe em prática uma nova
reforma administrativa, tentando diminuir a máquina estatal. Na reforma ministerial do
Presidente Collor de Mello, em 1990 surge o Ministério da Infra-Estrutura (MINFRA) que
se assemelha ao MPOV, colocando em uma única pasta ministerial os Transportes, as
Comunicações e as Minas e Energia. O mesmo instrumento legal que cria o MINFRA
extingui o DENTEL.
No fim de 1991 ocorre a extinção da URSS e conseqüente fim da Guerra Fria. Uma
nova reforma administrativa ocorre, já com a idéia de iniciar a privatização das empresas
estatais. Devido a esse fato, o MINFRA é extinto e se criam o Ministério de Minas e
Energia e o Ministério dos Transportes e das Comunicações. Com a posse do Presidente
Itamar Franco, que assume devido ao impedimento do Presidente Collor, um ajuste
administrativo é realizado no fim do mesmo ano, quando ocorre a separação das pastas dos
Transportes e das Comunicações.
Em 1995, já no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, o Brasil quebra
o modelo monopolista das telecomunicações, por meio de emenda constitucional. Nessa
época, a quebra do monopólio estatal passa a ser um modelo predominante no mundo.
Em 1996 é aprovada a Lei 9.295 (Lei específica ou Lei Mínima) que abre o
mercado para os serviços de telefonia móvel da banda B, serviços via satélite, serviços
limitados, serviços móveis especializados, serviços de radiolocalização e redes
corporativas.
Em 1997 é aprovada a Lei 9.472, Lei Geral de Telecomunicações (LGT), que
define as linhas gerais do novo modelo institucional e cria um órgão regulador
independente, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). No entanto, a
radiodifusão fica ainda sobre a responsabilidade do Ministério das Comunicações.
7
Com base na LGT, a ANATEL é a autarquia responsável pela administração do
Espectro de Radiofreqüências, tendo como dever adotar as medidas necessárias para o
atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações
brasileiras a fim de buscar o uso eficiente do Espectro de Radiofreqüências, uma vez que
este é um recurso limitado, constituindo-se em um bem público da União. É dever da
Agência, observadas as recomendações de organismos, tratados e acordos internacionais,
manter, atualizar, informar e difundir o Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de
Faixas de Radiofreqüência no Brasil.
A outra responsabilidade da Agência é evitar a interferência prejudicial, a qual é
definida como toda e qualquer emissão, irradiação ou indução que obstrua, degrade
seriamente ou interrompa repetidamente a telecomunicação. Para a execução dessa tarefa,
a Agência tem a necessidade de monitorar e fiscalizar o Espectro de Radiofreqüência, o
que é realizado baseado na legislação federal e normais legais por ela emitida, onde ocorre
o surgimento da interdisciplinaridade, envolvendo duas áreas do conhecimento: a
Engenharia e o Direito.
O início deste estudo está na análise do Plano de Atribuição, Distribuição e
Destinação de Radiofreqüências no Brasil, edição 2005 – ANATEL.
8
2 - O ESPECTRO DE RADIOFREQÜÊNCIAS
Neste capítulo é apresentada uma síntese das recomendações da UIT e dos
instrumentos legais brasileiros em vigor. Também, as características necessárias nas
medições de cada serviço, que se encontram definidas nestes instrumentos, além da
justificativa da escolha da faixa do Espectro de Radiofreqüências a ser estudada.
2.1 - Princípios
Conforme o Plano de Atribuição, Distribuição e Destinação de Radiofreqüências no
Brasil, edição 2005 – ANATEL [4], a utilização do espectro radiofreqüência fica norteada
pelos seguintes princípios:
Gerais
- Atribuir faixas de freqüências, segundo tratados e acordos
internacionais;
- Atender o interesse público; e
- Desenvolver as telecomunicações brasileiras.
Específico
- Facilitar a consulta e planejamento do espectro de radiofreqüências e a
tomada de decisão dos interessados internos e externos à ANATEL. [4]
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) divide o globo terrestre em três
regiões, conforme o mapa mostrado na figura 2.1, para fins de administração do espectro
de radiofreqüências. As administrações são convidadas a acompanhar as atribuições
definidas para as faixas de radiofreqüências, aprovadas em Assembléias, por representantes
dos países membros, durante as conferências mundiais, realizadas periodicamente na sede
da UIT.
A Região 2 é constituída pelas administrações dos países das Américas, entre os
quais está a do Brasil, sendo este representado pela ANATEL.
Figura 2.1: Divisão das Regiões da UIT. fonte: www.itu.org
9
2.2 - Faixa Analisada
Como a quantidade de serviços de telecomunicações engloba uma possibilidade
enorme de utilização do espectro de radiofreqüências, o universo analisado foi concebido
inicialmente do HF (High Frequency) a UHF (Ultra High Frequency). Foi realizado
levantamento da quantidade de antenas necessárias para se realizar as medidas nestas
faixas. Devido as dimensões das antenas, o universo reduziu-se retirando a faixa de HF, em
uma primeiro instante.
Após o levantamento passou-se para a fase de aquisição das antenas necessárias, já
que os equipamentos a serem utilizados estavam à disposição no Lemom. A primeira
dificuldade foi a execução da compra, pois os fornecedores estavam solicitando prazos
longos demais, para o tempo de execução do levantamento que se dispunha.
Uma outra solução cogitada foi a compra de uma antena bicônica, a qual é uma
antena receptora com banda de 20 MHz a 200 MHz. No entanto, a dificuldade nesse caso
foi financeira.
A saída para o impasse foi conseguida devido ao convênio existente entre a
Faculdade de Tecnologia (FT) da Universidade de Brasília e a ANATEL. A ANATEL
cedeu janelas para a realização das medidas utilizando o SGME, o qual será detalhado
mais a frente.
Com isso, tentou-se retornar ao projeto inicial. Devido a problemas no aplicativo e
na estrutura de medida, além do tempo restrito de utilização da plataforma de medida, já
que a ANATEL tem missões de monitoração programadas diariamente, teve-se que reduzir
as medidas para a metade da faixa de VHF; ou seja: entre 30 MHz e 136 MHz, o que será
mais detalhado no capítulo Metodologia.
No entanto, antes de se executar as medidas no SGME, necessitou-se pesquisar as
recomendações da UIT e a legislação brasileira para definir a distribuição na área a ser
estudada, e as atribuições, destinações e designações de cada serviço de telecomunicação.
2.2.1 - Ocupação do Espectro recomendada pela UIT
A UIT propõe a seguinte distribuição do Espectro de Radiofreqüências para a
Região 2, conforme o seu Regulamento de Radiocomunicação:
Espectro UIT
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
30.000 30.005 30.010 37.500 38.250 39.986 40.020 40.980 41.015 50.000 54.000 72.000 73.000 74.600 74.800 75.200 76.000 88.000 108.000 117.975
f [kHz]
Ocupação
Fixo Móvel Operão Espacial Pesquisa Espacial Radioastronomia Radioamador Radiodifusão Radionavegação Aeronáutica Móvel Aeronáutico
Figura 2.2: Distribuição do Espectro de Radiofreqüências recomendado pela UIT
A confecção da figura 2.2 baseia-se no seguinte:
10
- Com base na distribuição recomendada pela UIT, divide-se o Espectro
de Freqüências, considerando a faixa analisada;
- Quando a recomendação da UIT atribui apenas um serviço para uma
determinada subfaixa, este ocupa 100 % dela. No caso de dois serviços
para a mesma subfaixa, tem-se 50 % para cada serviço. E assim por em
diante. Por exemplo: Na subfaixa de 30,000 MHz a 30,005 MHz têm-se
dois serviços, sendo o fixo e o móvel. Portanto, cada um tem uma
ocupação de 50 %.
Os percentuais de ocupação do serviço e da banda utilizados são mostrados na
figura 2.3, para a faixa analisada.
Análise Percentual - UIT
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
Fixo Móvel Operação Espacial Pesquisa Espacial Radioastronomia Radioamador Radiodifusão Radionavegação
Aeronáutica
vel Aeronáutico
Serviços
Percentual
Serviço BW
Figura 2.3: Análise percentual da ocupação do espectro da UIT
A confecção da figura 2.3, além basea-se no seguinte:
- Com base na distribuição recomendada pela UIT, divide-se o Espectro
de Freqüências, considerando a faixa analisada;
- Quando a recomendação da UIT atribui apenas um serviço para uma
determinada subfaixa, este ocupa 100 % dela. No caso de dois serviços
para a mesma subfaixa, tem-se 50 % para cada serviço. E assim por em
diante. Por exemplo: Na subfaixa de 30,000 MHz a 30,005 MHz têm-se
dois serviços, sendo o fixo e o móvel. Portanto, cada um tem uma
ocupação de 50 %;
- Após esta distribuição para cada uma das subfaixas, as quais são em
número de 20, somam-se os percentuais obtidos e dividi-se pela
quantidade de subfaixas ocupadas pelo serviço em questão. Assim, tem-
se o percentual de ocupação para cada serviço;
- Subtrai-se o limite inferior do limite superior e se divide pela quantidade
do seriviço. Tem-se a quantidade a ser ocupada por cada serviço. Este
valor é dividido pelo tamanho da faixa analisada, resultando em uma
razão, a qual é multiplicada por 100, passando a ser um valor percentual
correspondente à quantidade da banda ocupada naquela pelo serviço;
11
- A análise do gráfico resultante basea-se na proximidade entre as barras
de Serviço e largura de banda (BW). Quanto menor a diferença entre
elas, maior será e eficiência de ocupação do espectro em estudo.
Na análise da figura 2.3, nota-se que os serviços com maiores distribuição na faixa
analisada e maior largura de banda dada pela UIT são os serviços fixos e móveis, que no
Brasil são representados pelos Serviços Limitados. A gama de Serviços Limitados é
enorme, indo de auxílio ao STFC até Serviço Especial de Autocine, no Brasil.
Para a faixa analisada, têm-se as seguintes notas internacionais, as quais são
adotadas pela ANATEL, conforme o Art. 5
o
do Regulamento de Radiocomunicação da
UIT:
5.111 - A freqüência 121,5 MHz pode ser utilizada, de acordo com os
procedimentos em vigor para os serviços de radiocomunicações terrestres, para
operações de busca e salvamento que envolva veículos espaciais tripulados. As
condições de uso desta freqüência estão estabelecidas no Artigo 31 e no Apêndice
13.
5.149 - Ao consignar freqüências a estações de outros serviços às faixas 37,50 a
38,25 MHz, as administrações são instadas a adotarem todas as medidas práticas
possíveis para proteger o serviço de radioastronomia de interferência prejudicial.
As emissões provenientes de estações espaciais ou a bordo de aeronaves podem
constituir-se em fontes de interferência particularmente severas para o serviço de
radioastronomia.
5.150 - A faixa 40,66-40,70 MHz (freqüência central 40,68 MHz) está também
destinada às aplicações industriais, científicas e médicas (ISM). Os serviços de
radiocomunicações operando nesta faixa devem aceitar a interferência prejudicial
que possa resultar destas aplicações.
5.180 - A freqüência 75 MHz está destinada aos radiofaróis marcadores
aeronáuticos. As administrações deverão evitar consignar freqüências vizinhas aos
limites da banda de guarda a estações de outros serviços que, devido a sua
Intensidade ou posição geográfica, possam causar interferência prejudicial aos
radiofaróis marcadores ou impor-lhes outras restrições. Todos os esforços devem
ser feitos para melhorar ainda mais as características dos receptores a bordo de
aeronaves e limitar a Intensidade das estações que transmitam em freqüências
próximas dos limites 74,8 MHz e 75,2 MHz.
5.197A - A faixa 108-117,975 MHz também pode ser usada pelo serviço móvel
aeronáutico (R) em caráter primário, limitado a sistemas que transmitem
informações de navegação em apoio às funções de navegação aérea e vigilância,
de acordo com padrões internacionais reconhecidos de aviação. Tal uso deverá
estar de acordo com a Resolução 413 (CMR-03) e não deverá causar interferência
prejudicial a, ou solicitar proteção de estações do serviço de radionavegação
aeronáutica que operam de acordo com padrões internacionais aeronáuticos.
5.199 - A faixa 121,45-121,55 MHz está também atribuída ao serviço móvel por
satélite para a recepção, a bordo de satélites, de emissões de radiofaróis de
localização de sinistros operando em 121,5 MHz (ver o Apêndice 13).
5.200 - Na faixa 117,975-136 MHz, a freqüência 121,5 MHz é a freqüência de
emergência aeronáutica e, onde necessário, a freqüência 123,1 MHz é sua
freqüência auxiliar. As estações móveis do serviço móvel marítimo podem
comunicar-se nestas freqüências com as estações do serviço móvel aeronáutico
12
para fins de segurança e socorro, conforme condições estabelecidas no Artigo
31.... [4]
Conforme as recomendações da UIT, devem ser observados os seguintes casos:
- O serviço de radioastronomia está protegido de interferências
prejudiciais;
- Os equipamentos de radiação restrita destinados à ISM podem interferir
nos serviços que ocupem a sua faixa de operação;
- O serviço de radionavegação aeronáutico está protegido de
interferências prejudiciais até nas suas freqüências vizinhas.
2.2.2 - Distribuição Espectral adotada pela ANATEL
A ANATEL define a seguinte distribuição do Espectro de Radiofreqüênciaspara o
Brasil, conforme Ato 51.004/05:
Espectro Anatel
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
30.000 30.005 30.010 37.500 38.250 39.986 40.020 40.980 41.015 50.000 54.000 72.000 73.000 74.600 74.800 75.200 76.000 108.000 117.975
f [kHz]
Ocupação do Serviço
Fixo Móvel Terrestre Operação Espacial Pesquisa Espacial Radioastronomia Radioamador Radiodifusão Radionavegação Aeronáutica Móvel Aeronáutico vel
Figura 2.4: Distribuição do Espectro de Radiofreqüências definida pela ANATEL na faixa analisada.
Os percentuais de ocupação do serviço e da banda utilizados por estes serviços são
colocados abaixo.
Análise Percentual - Anatel
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Fixo Móvel Terrestre Operação
Espacial
Pesquisa Espacial Radioastronomia Radioamador Radiodifusão Móvel Radionavegação
Aeronáutica
Móvel Aeronáutico
Servos
Percentual
Serviço BW
Figura2.5: Análise percentual da ocupação do espectro da ANATEL
13
A confecção das figuras 2.4 e 2.5 seguem a mesma linha das figuras 2.2 e 2.3,
respectivamente.
Na análise do gráfico acima, nota-se que os serviços com maior distribuição na
faixa analisada e maior largura de banda dada pela ANATEL são os serviços fixo e móvel
terrestre. Ao comparar com as recomendações da UIT, nota-se que os percentuais de
ocupação do serviço de radiodifusão e de sua banda tiveram um acréscimo com relação aos
demais serviços, principalmente com relação aos serviços fixo, móvel terrestre e móvel,
sendo os dois últimos, atribuições derivada do serviço móvel da UIT.
O Plano de Atribuição, Distribuição e Destinação de Radiofreqüências no Brasil
obriga as estações do serviço de radiodifusão que operam na faixa de 87,8 MHz a 108
MHz a não causar interferência prejudicial às estações do serviço de radonavegação
aeronáutica que operam na faixa de 108 MHz a 117,975 MHz. [4] Esta é a única nota
existente no Plano para a faixa analisada nesta pesquisa.
2.3 - Legislação Básica
Devido aos avanços tecnológicos, a distribuição do Espectro de Radiofreqüências
teve várias alterações. Em alguns casos, quando se estudam as primeiras legislações sobre
os serviços de radiodifusão e os que se chamam na atualidade de serviços limitados,
observa-se que o posicionamento dos serviços foi deslocado por causa da mudança na
faixa de freqüência ou do tipo de modulação.
Para situar o tempo que se está realizando esta pesquisa, serão transcritas as
principais exigências legais em vigor.
2.3.1 - Norma Geral de Radiocomunicações
Na NG 01/75 [5], além de padronizar os termos e definições que se usa na
atualidade, no Capítulo 2 encontra-se a classificação por designação das emissões. As
emissões são classificadas e simbolizadas segundo os seguintes critérios:
- Tipo de modulação da portadora principal;
- Tipo de emissão;
- Características suplementares.
Nas tabelas abaixo são apresentados os símbolos usados para cada um dos subitens
supracitados.
Tabela 2.1: Tipos de modulação da portadora principal e seus símbolos.
Tipos de modulação da portadora principal Símbolo
Amplitude A
Freqüência (ou fase) F
Pulso P
14
Tabela 2.2: Tipos de emissão e seus símbolos.
Tipos de Emissão Símbolo
Ausência de qualquer modulação destinada a transportar informação 0
Telegrafia sem modulação por audiofreqüência 1
Telegrafia mediante manipulação por interrupção de uma ou mais
audiofreqüências moduladoras, ou mediante manipulação por interrupção da
emissão da portadora modulada (caso particular: uma emissão de portadora
modulada não manipulada)
2
Telefonia (inclusive radiodifusão sonora) 3
Fac-símile (com modulação da portadora principal, ou diretamente ou por uma
subportadora modulada em freqüência)
4
Televisão (somente vídeo) 5
Telegrafia duplex a quatro freqüências 6
Telegrafia multicanal em freqüência de voz 7
Casos não previstos anteriormente 9
Tabela 2.3: Características e seus símbolos.
Características Suplementares Símbolo
Faixa lateral dupla (DSB) Nenhum
Faixa lateral singela (SSB): portadora reduzida A
Faixa lateral singela (SSB): portadora total H
Faixa lateral singela (SSB): portadora suprimida J
Duas faixas laterais independentes (ISB) B
Faixa lateral residual ou vestigial (VSB) C
Pulso: modulado em amplitude (PAM) D
Pulso: modulado em largura ou duração (PWM) E
Pulso: modulado em fase ou posição (PPM) F
Pulso: modulado em código (PCM) G
Resumidamente, tem-se o seguinte esquema, em regra:
15
Figura 2.6: Esquema de montagem da designação das emissões
Para um melhor entendimento da utilização destas designações, alguns exemplos:
- 100HA1A: Serviço com portadora de 100 Hz (100H) com modulação de
amplitude (A), emissão em telegrafia sem modulação de
audiofreqüência (1) e portadora reduzida (A).
- 6K00A3: Serviço com portadora de 6 kHz (6K00) com modulação de
amplitude (A), emissão em telefonia ou radiodifusão sonora (3) e faixa
dupla lateral.
- 300KF3: Serviço com portadora de 300 kHz (300K) com modulação de
freqüência (F), emissão em telefonia ou radiodifusão sonora (3) e faixa
dupla lateral.
- 6M00A5C: Serviço com portadora de 6 MHz (6M00) com modulação
de amplitude (A), emissão em televisão ou somente vídeo (5) e faixa
dupla residual ou vestigial (C).
Ainda nesta Norma, se tem a nomenclatura das faixas de freqüências e
comprimentos de ondas usados em radiocomunicações. O espectro de radiofreqüências foi
subdividido em nove faixas de freqüências designadas por números inteiros consecutivos,
de acordo com a tabela abaixo, onde o número da faixa N
compreende de 0,3 x 10
N
a 3 x
10
N
Hz.
As freqüências são expressas em:
- Quilohertz (kHz) até 3.000 kHz, inclusive;
- Megahertz (MHZ) de 3 a 3.000 MHz, inclusive;
- Gigahertz (GHz) de 3 a 3.000 GHz, inclusive;
- Terahertz (THz) de 3 THz em diante.
16
Tabela 2.4– Subdivisão e designação das faixas de freqüência.
Número da
faixa
Faixa de freqüências
2
Designação das faixas Sigla
4 3 a 30 kHz Ondas miriamétricas VLF
5 30 a 300 kHz Ondas quilométricas LF
6 300 a 3.000 kHz Ondas hectométricas MF
7 3 a 30 MHz Ondas decamétricas HF
8 30 a 300 MHz Ondas métricas VHF
9 300 a 3.000 MHz Ondas decimétricas UHF
10 3 a 30 GHz Ondas centimétricas SHF
11 30 a 300 GHz Ondas milimétricas EHF
12 300 GHz a 3 THz Ondas decimilimétricas -
2.3.2 - Legislação do Serviço Limitado Privado (SLP) auxiliar ao Serviço Telefônico Fixo
Comutado (STFC)
Algumas faixas do SLP são reservadas para auxiliar o STFC, realizando a conexão
entre grandes centros e pequenas cidades. Para este serviço, o qual passa a ser chamada
apenas STFC, tem-se a seguinte norma legal:
2.3.2.1 - Instrução DENTEL 04/89
Esta Instrução do DENTEL Estabelece canalização e a destinação da faixa de
freqüências radioelétricas compreendidas entre 30 MHz / 50 MHz [6] atribuídas ao SLP
conforme determina o item V da PMC 280/79 [7], que aprova a Norma 02/79 [8], a qual
aprova a canalização da faixa de HF e VHF banda baixa, o que corresponde a dizer a faixa
entre 2.194,0 kHz e 50 MHz.
A Norma 02/79 foi a primeira a estabelecer a canalização do SLP. Ela está baseada
na NG 01/75, para atribuir estas subfaixas aos serviços fixo, móvel e móvel terrestre, em
caráter primário.
Por sua vez, a Norma 02/79 foi complementada pela Instrução DENTEL 11/81 [9],
onde é definida a canalização para as emissões de telegrafia e telefonia em seu item 2,
conforme transcrito abaixo:
2.1 Telegrafia em onda continua, 100HA1AJN, largura de faixa de 100Hz.
2.2 Telefonia em amplitude modula, faixa lateral singela, com portadora suprimida,
3K00J3EJN (BLS), largura de faixa de 3.000 Hz.
2.3 Telefonia em amplitude modulada, faixa lateral dupla, 6K00A3EJN, largura de faixa
de 6.000 Hz.
2.4 Telefonia em freqüência modulada, 16K0F3EJN, com largura de faixa de 16.000 Hz.
No entanto, a instrução DENTEL 04/89, revogou em parte a Instrução DENTEL
11/81, segundo transcrito abaixo:
2.1 Telefonia em amplitude modulada, faixa lateral singela, com portadora suprimida,
2K70J3EJN (BLS), largura de faixa de 2.700 Hz.
2.2 Telefonia em amplitude modulada, faixa lateral dupla, 6K00A3EJN, largura de faixa
de 6.000 Hz.
2.3 Telefonia em freqüência modulada, 16K0F3EJN, com largura de faixa de 16.000 Hz.
2
Limite inferior exclusive e limite superior inclusive.
17
.
.
.
3. Revogar ... as Tabelas X a XVIII da Instrução n
o
11/81 – DENTEL de 11/08/81.
As tabelas mencionadas tratam das subfaixas entre 32,679 MHz a 49,640 MHz.
Portanto, para a faixa do Espectro de Radiofreqüências entre 30 MHz a 50 MHz, as
larguras e as designações ficam resumidas na seguinte forma, quando se tratar do STFC:
Tabela 2.5: Larguras de faixas e designações para o STFC
Serviço Largura de Faixa [Hz] Designação
Telegrafia 1000 1K00A1AJN
Telefonia AM SSB 2700 2K70J3EJN
Telefonia AM DSB 6000 6K00A3EJN
Telefonia FM 16000 16K0F3EJN
2.3.3 - Legislação do Serviço de Operações Espaciais (SOE)
O SOE é um serviço de telecomunicações destinado a fins exclusivos de operação
de espaçonaves e, em particular, para rastreio, telemetria e telecomando [10].. Conforme o
Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição da ANATEL, este serviço também realiza a
identificação de satélites. Após pesquisa, a largura de faixa foi definida em 3 kHz e a
designação em 3K00J3EJN, com o intuito de diferenciar do STFC modalidade AM SSB e
por estar definido para esta faixa esta designação de emissão para o SLP, quando da
ausência de STFC.
2.3.4 - Legislação do Serviço de Pesquisa Espacial (SPE)
Também chamado de Serviço de Investigação Espacial, sendo classificado como
serviço espacial, no qual se utilizam veículos ou outros objetos espaciais para fins de
investigação científica ou tecnológica [10]. Após pesquisa, a largura de faixa foi definida
em 3 kHz e a designação em 3K00J3EJN, com o intuito de diferenciar do STFC
modalidade AM SSB e por estar definido para esta faixa esta designação de emissão para o
SLP, quando da ausência de STFC. O SPE é utilizado, também, para comunicação terra-
terra de suas estações.
2.3.5 - Legislação do Serviço de Rádio-Táxi (SRT)
O Serviço de Rádio-Taxi, o qual passa a ser chamada apenas de SRT, é dividido em
duas submodalidades: Privado e Especializado.
O SRT Privado é uma submodalidade do Serviço Limitado Privado, de interesse
restrito. É um serviço de radiocomunicações bidirecional, destinado ao uso próprio do
executante, dotado ou não de sistema de chamada seletiva, por meio do qual são trocadas
informações entre estações de base e estações móveis terrestres instaladas em veículos de
aluguel, destinadas à orientação e à administração de transporte de passageiros.
SRT Especializado é uma submodalidade do Serviço Limitado Especializado, de
interesse coletivo. É um serviço de radiocomunicações bidirecional, destinado á prestação
a terceiros, dotado ou não de sistema de chamada seletiva, por meio do qual são trocadas
18
informações entre estações de base e estações móveis terrestres instaladas em veículos de
aluguel, destinadas à orientação e à administração de transporte de passageiros.
2.3.5.1 - Resolução ANATEL 239/00
Esta Resolução [11] da ANATEL aprova o Regulamento sobre canalização e
condições de uso de radiofreqüência para o SRT. Entre outras faixas, ela trata das faixas de
33 MHz, 34 MHz, 38 MHz e 39 MHz. Inexiste o direito de exclusividade dessas faixas
para o usuário e estabelece que o Regulamento anexo a ela substitui o contido na Portaria
SNC 26/91.
No entanto, a substituição é parcial, pois as designações para o SRT deixaram de
ser citadas no Regulamento anexo a Res. 239/00. De acordo com a praxe do direito
administrativo brasileiro, quando ocorre a ausência de argumento legal em novo
instrumento do direito, subtende-se que o anterior continua válido no que se deixou de
legislar. Portanto, a alteração realizada pela Portaria SNC 26/91, são válidas no que tange
as designações de emissão. Com isto, para a faixa do Espectro de Radiofreqüências
reservada para o SRT, as subfaixas, as larguras e as designações ficam resumidas na
seguinte forma:
Tabela 2.6: Larguras de faixas e designações para o SRT
N
o
de Canais Subfaixa [MHz] Largura de Faixa [kHz] Designação
20 33,560 – 33,750 10 6K00A3EJN
10 33,820 – 33,910 10 6K00A3EJN
10 34,480 – 34,570 10 6K00A3EJN
05 34,740 – 34,820 20 16K0F3EJN
13 38,320 – 38560 20 16K0F3EJN
13 38,740 – 38,980 20 16K0F3EJN
42 39,000 – 39,820 20 16K0F3EJN
2.3.6 - Legislação do Serviço Especial de Radiochamada (SER)
O SER é um serviço de radiocomunicação, unidirecional, não aberta à
correspondência pública, destinado a transmitir, por qualquer forma de telecomunicação,
mensagens originadas em estações de base e endereçadas a qualquer pessoa.
Os regulamentos legais são:
- NG 01/75;
- Instrução DENTEL 04/89;
- Norma 17/96 [12].
Semelhante ao SER, tem-se o Serviço de Radiochamada Privado (SRP), que possui
as mesmas características técnicas do SER. No entanto, ele é um serviço destinado a uso
próprio do executante.
Devido as semelhança, onde se tratar do SER, também serve para o SRP.
2.3.6.1 - Norma 17/96
Pela Norma 17/96, aprovada pela PMC 1306/96, no item 2.2., a largura da faixa
para SER deve ser de 25 kHz. São três designações para o SER:
- 6K00A3EJN: portadora 6 kHz com modulação de amplitude, emissão
em telefonia ou radiodifusão sonora e faixa dupla lateral;
19
- 6K00A2BFN: portadora 6 kHz com modulação de amplitude, emissão
telegrafia mediante manipulação por interrupção de uma ou mais
audiofreqüências moduladoras ou mediante manipulação por
interrupção da emissão da portadora e duas faixas laterais
independentes.
- 8K00A2BFN: portadora 8 kHz com modulação de amplitude, emissão
telegrafia mediante manipulação por interrupção de uma ou mais
audiofreqüências moduladoras ou mediante manipulação por
interrupção da emissão da portadora e duas faixas laterais
independentes.
Apesar de o SER poder ocupar a faixa de 30 MHz a 50 MHz, de acordo com o item
4.7 da Norma 17/96 a subfaixa apresentada é de 35,550 MHz a 35,975 MHz, totalizando
18 canais nesta faixa do Espectro de Radiofreqüência.
2.3.7 - Legislação do Serviço de Radioastronomia (SRA)
Na ausência da divisão de canais, largura de banda e designação de emissão na
RAIS da UIT, adotou-se as seguintes designações para este serviço, com o intuito de
verificar se os serviços vizinhos ou que compartilham a mesma faixa, interferem no SRA:
- Radioastronomia AM SSB: 3K00J3EJN (banda de 3 kHz);
- Radioastronomia AM DSB: 20K00A3EJN (banda de 20 kHz);
- Radioastronomia FM: 20K00F3EJN (banda de 20 kHz).
2.3.8 - Legislação do Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos (SARC)
Os serviços auxiliares são os que apóiam a execução da radiodifusão. Podem ser:
- Reportagem externa;
- Comunicação de ordens internas;
- Ligação para transmissão de programas;
- Ligações para telecomando e telemedição.
Os serviços correlatos aos serviços auxiliares são:
- Enlaces-rádio para comunicações internas;
- Enlaces-rádio para as entidades listadas no item 5 do Capítulo IV da
Norma 01/78
3
;
Para a faixa de 42,54 MHz a 42,98 MHz, a banda máxima é 20 kHz com
designação de 16K0F3EJN, sendo que nesta faixa, o SARC atende apenas a reportagem
externa, ordens internas, telecomando e telemedição, em um total de 22 canais, conforme
Regulamento anexo a Res. 82/98 [13].
2.3.9 - Legislação do Serviço Especial de Supervisão e Controle (SESC)
Conforme INSTRUÇÃO DENTEL Nº 01, DE 23 DE ABRIL DE 1987 [14], onde
são definidos os procedimentos e características técnicas relativas ao SESC, o qual se
encontram no Diário Oficial da União de 28/04/1987, os canais são os seguintes:
3
A Norma 01/78 aprovada pela PMC 71/78 foi alterada pelas PMC 461/79 e Portaria SGMC 45/97.
20
Tabela 2.7: Larguras de faixas e designações para o SESC
Canal Freqüência [MHz] Banda máxima [kHz] Designação
1 48,040 16 16K0F3EJN
2 48,140 16 16K0F3EJN
As emissões deverão ocupar a menor largura de faixa possível, não excedendo à
largura de faixa de 16 kHz.
Não é admitida transmissão de voz ou recados, ainda que codificados.
2.3.10 - Legislação do Serviço de Radioamador (SPY)
Conforme Norma 31/94 [15], SPY é modalidade de serviço de radiocomunicações,
destinado ao treinamento próprio, à intercomunicação e a investigações técnicas, levadas a
efeito por amadores devidamente autorizados, interessados na radiotécnica a título pessoal,
que não visam qualquer objetivo pecuniário ou comercial ligado à exploração do serviço,
inclusive utilizando estações espaciais situadas em satélites da Terra.
De acordo com o Apêndice 7 da Norma 31/94, as operações das estações de
radioamador devem limitar-se às faixas abaixo especificadas, bem como devem ser
observadas as subfaixas destinadas aos modos e tipos de emissão para as diversas classes:
- Classe D (50,00 MHz a 54,00 MHz):A1A-A1B-A2A-A2B-A3A-A3B-
A3C-F1A-F1B-F2A-F2B-F3A-F3B-J2AJ2B-R3A-A1D-A2D-A3D-
F1D-F2D-F3D-J2D-J3D-R3D-A3E-F3E-H3E-J3E-R3E-J3F-R3F-G1A-
G1B-G1C-G1D-G2A-G2B-G2C-G2D-G3A-G3B-G3C-G3D-W7D.
Como a classe D é a primeira na hierarquia do SPY, ela se repete nas demais
classes (C, B e A). A diferenciação principal entre as classes é concebida, entre outros
requisitos, pela Intensidade máxima permitida.
Os tipos de emissão permitidos para o Serviço de Radioamador são descritos a
seguir:
- Comunicação em telefonia: A3E - F3E - H3E - J3E - R3E;
- Comunicação digital (transmissão em telegrafia, RTTYY, radiopacote,
AMTOR, PACTOR, telecontrole, bem como suas codificações ou
protocolos - BAUDOT, ASCII, AX.25, TCP/IP, CLOVER E G-TOR):
A1A - A1B - A2A - A2B - A3A - A3B - F1A - F1B - F2A - F2B - F3A
- F3B - J2A - J2B - R3A - A1D - A2D - A3D - F1D - F2D - F3D - J2D -
J3D - R3D;
- Comunicação por imagem (transmissões de ATV, FSTV, SSTV e fac-
símile): A1C - A2C - A3C - F1C - F2C - F3C - J3C - R3C - A3F - C3F -
F3F - J3F -R3F;
- Tipos especiais de emissão (modulação por fase, controles, telemetria,
PCM): G1A - G1B - G1C - G1D - G2A - G2B - G2C - G2D - G3A -
G3B - G3C - G3D - W7D;
- Emissão de portadora sem qualquer modulação usada para fins de teste -
Emissão tipo N0N;
- Comunicações que combinem diversos dos tipos de emissão - C3W.
A Faixa de 6 m é utilizada por todas as classes, sendo suas subfaixas as abaixo
relacionadas em megahertz:
21
- 50,000 - 50,100: CW, emissões de sinais piloto, reflexão lunar;
- 50,100 - 50,600: CW e Fonia (SSB);
- 50,600 - 51,000: Emissões Digitais;
- 51,000 - 51,100: CW e Fonia;
- 51,100 - 52,000: Todos os tipos de emissão, prioridade CW e Fonia;
- 52,000 - 54,000: Repetidoras, CW, Fonia, prioridade FM.
Para o SPY, os tipos de emissão utilizados pelos possuem uma codificação um
pouco diferente da utilizada na NG 01/75, apesar de serem representadas por conjuntos de
três símbolos, a saber:
Tabela 2.8: Larguras de faixas e designações para o SPY
Primeiro Símbolo Segundo Símbolo Terceiro Símbolo
Símbolo Faixa Símbolo Significado Símbolo Serviço
A DSB 0
ausência de
modulação
A
telegrafia para
recepção auditiva
C VSB 1
canal único –
informação
B
telegrafia para
recepção automática
quantificada ou
digital
C
fac- símile sem
subportadora
moduladora
D
transmissão
moduladora de
dados: - telemetria,
telecomando
E
telefonia
F
televisão(vídeo)
F FM 2
canal único-
informação
quantificada ou
digital com
subportadora
moduladora
N
ausência de
informação
G PM W
combinação de
procedimentos
diversos
H
SSB
Portadora completa
3
canal único de
informação
analógica
J SSB-SC 7
dois canais com
informação
quantificada
ou digital
R
SSB-RC
ou portadora de
nível variável
W
combinação de
modos:
amplitude, ângulo
ou pulso,
simultânea ou
seqüencialmente
Neste projeto, as emissões serão sempre identificadas com base na NG 01/75.
2.3.11 - Legislação do Serviço de Televisão (STV)
O STV, para este projeto, engloba três serviços:
- Serviço de Imagem e Som (TV);
- Serviço de Retransmissão de Televisão (RTV);
- Serviço de Repetição de Televisão (RpTV).
22
O Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens, mais conhecido como televisão, é o
serviço que irradia sons conjugados com imagens dinâmicas. Opera em três bandas de
radiofreqüências:
- VHF em cinco canais no início da banda (54 MHz a 72 MHz e 76 MHz
a 88 MHz) e sete canais no meio da banda (174 MHz a 216 MHz);
- UHF em 70 canais (470 MHz a 890 MHz);
O RTV destina-se a retransmitir, de forma simultânea, os sinais de uma estação
geradora de TV para recepção livre e gratuita pelo público em geral.
O RpTV destina-se ao transporte dos sinais de uma geradora de TV para outras
estações repetidoras, retransmissoras de TV ou outra geradora de TV da mesma rede.
Tabela 2.9: Larguras de faixas e designações para o STV
Canal Faixa [MHz] Fp Áudio [MHz] Fp Vídeo [MHz] Designação
2 54 – 60 55,25 59,75 6M0A3EJN
3 60 – 66 61,25 65,75 6M0A3EJN
4 66 – 72 67,25 71,75 6M0A3EJN
5 76 – 82 77,25 81,75 6M0A3EJN
6 82 – 88 83,25 87,75 6M0A3EJN
A regulamentação do STV é realizada pela PMC 38/74, que aprova as Normas
Técnicas para Emissoras de Radiodifusão de Sons e Imagens [16], e Res. ANATEL
284/01, que aprova Regulamento Técnico para a Prestação do Serviço de Radiodifusão de
Sons e Imagens e do Serviço de Retransmissão de Televisão [17].
2.3.12 - Legislação do Serviço Limitado (SL)
O SL é um serviço de telecomunicações para uso próprio do executante ou para
prestação à terceiros, desde que estes sejam uma mesma pessoa física ou um grupo
caracterizado por exercerem uma atividade específica. Ele é dividido em duas categorias: o
especializado e o privado.
O Serviço limitado especializado telefônico, telegráfico, de transmissão de dados
ou qualquer outra forma de telecomunicações é destinado à prestação a terceiros, desde que
sejam estes uma mesma pessoa ou grupo de pessoas naturais ou jurídicas, caracterizado
pela realização de atividade específica.
O Serviço limitado privado telefônico, telegráfico, de transmissão de dados ou
qualquer outra forma de telecomunicações é destinado ao uso próprio do executante, seja
este uma pessoa natural ou jurídica.
Pelo Regulamento Técnico 09/96 [18], aprovado pela PMC 53/96, está definido
uma largura de banda de 20 kHz para o SL.
Tabela 2.10: Larguras de faixas e banda máxima do SL
N
o
de Canais Freqüência [MHz] Banda Máxima [kHz]
49 72,00 – 73,00 20
29 75,40 – 76,00 20
2.3.13 - Legislação do Serviço Radionavegação Aeronáutica (SRNA)
A freqüência 75 MHz está destinada aos radiofaróis marcadores aeronáuticos. A
ANATEL é a responsável em evitar consignações de freqüências vizinhas aos limites da
23
banda de guarda a estações de outros serviços que, devido a sua intensidade ou posição
geográfica, possam causar interferência prejudicial aos radiofaróis marcadores ou impor-
lhes outras restrições. A ANATEL, juntamente com a Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), tem o dever de fiscalizar as características dos receptores a bordo de aeronaves e
limitar a intensidade das estações que transmitam em freqüências próximas dos limites
74,8 MHz e 75,2 MHz.
2.3.13.1 - Instrução DENTEL 06/88 [19]
Conforme a Instrução DENTEL 06/88, que Estabelece procedimentos para análise
de pedidos e expedição de Licença de Estação de Aeronave, define a classe de emissão
para as faixas de freqüências no VHF como sendo A3E.
As estações receptoras dos serviços aeronáuticos que operam nesta faixa são para
suprir a radionavegação aeronáutica, sendo utilizadas no VOR (VHF Omnidirecional
Range) e no ILS (Instrument Land System), de acordo com a Norma 03/95, que versa sobre
a Compatibilidade entre o Serviço de Radiodifusão Sonora em FM (88 A 108 MHz) e os
Serviços de Radionavegação Aeronáutica e Móvel Aeronáutico (108 A 137 MHz).
Portanto, a designação completa fica 6K00A3E.
2.3.14 - Legislação do Serviço de Radiodifusão em Freqüência Modulada (SFM)
O SFM, neste pesquisa, é composto dos seguintes serviços de radiodifusão sonora:
- Serviço de Radiodifusão Comunitária (RadCom) [20] [21] [26];
- Serviço de Radiodifusão Sonora em FM (FM) [22].
O RadCom é a radiodifusão sonora destinada a atender pequenas comunidades,
como vilas e bairros de cidades, sem fins lucrativos, para difundir idéias, cultura, tradições
e hábitos à comunidade. Também, buscar a integração da comunidade, prestar serviços de
utilidade pública, contribuir para o aperfeiçoamento de jornalistas e radialistas e permitir
que os cidadãos exercitem o direito de expressão. O canal 200 (87,8 a 88,0 MHz) é
destinado para o RadCom [20] [21] com espaçamento entre portadoras de 200 kHz e
designação 300KF3E. No entanto, nos locais onde ocorrer o esgotamento desse canal, pode
ser usado os canais alternativos 199 (87,7 MHz) e 198 (87,5 MHz) [26].
O FM é a radiodifusão sonora que utiliza a sub-banda específica (100 canais de 88
MHz a 108 MHz) da banda de ondas métricas. O FM também opera com espaçamento
entre portadoras de 200 kHz e designação 300KF3E.
2.3.15 - Legislação do Serviço Especial de Rádio Autocine (SERAC)
O SERAC é um serviço de radiodistribuição localizada, destinado à sonorização de
sessões de cinema a céu aberto.
Conforme a Norma 02/80 [23], aprovada pela PMC 106/80, a emissão do SERAC
em freqüência modulada deve ser 180KF3 e compatíveis com a recepção direta por auto-
rádios convencionais, vedada a utilização de conversores.
2.3.16 - Legislação do Serviço Móvel Aeronáutico (SMA)
O SMA é um serviço limitado especializado destinado a oferecer telecomunicações
entre estações terrenas e aeronaves ou entre estas.
24
Conforme a Instrução DENTEL 06/88 [19], que Estabelece procedimentos para
análise de pedidos e expedição de Licença de Estação de Aeronave, define a classe de
emissão para as faixas de freqüências no VHF como sendo A3E.
As estações receptoras dos serviços aeronáuticos que operam nesta faixa são
sistemas bidirecionais de radiocomunicação móvel aeronáutica de voz (terra / ar),
conforme a Norma 03/95, que versa sobre a Compatibilidade entre o Serviço de
Radiodifusão Sonora em FM (88 A 108 MHz) e os Serviços de Radionavegação
Aeronáutica e Móvel Aeronáutico (108 A 137 MHz). Portanto, as designações completas
ficam:
Tabela 2.11: Larguras de faixas e designações para o SMA
Freqüência [MHz] Banda Máxima [kHz] Designações
12,5 10KA3E
117,975 – 136,000
25,0 20KA3E
2.3.17 - Legislação sobre Equipamento de Radiocomunicação de Radiação Restrita
(SRR)
O SRR segue o Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de
Radiação Restrita, anexo a Res. ANATEL 365/04 [24], onde se aplica a equipamentos que
utilize radiofreqüência, na qual a emissão produza campo eletromagnético com intensidade
dentro dos limites estabelecidos nela. Entre outros, são caracterizados como equipamento
de radiocomunicação de radiação restrita os dispositivos de operação periódica, os
equipamentos de telemedição e microfone sem fio, os dispositivos de auxílio auditivo, os
sistemas de telefone sem cordão, os sistemas de telecomando e os equipamentos
bloqueadores de sinais de radiocomunicações.
2.4 - Finalidade
Portanto, fica definida a faixa de 30 MHz a 136 MHz para a realização desta
pesquisa. Os serviços existentes nesta faixa foram apresentados juntamente com suas
características.
Então, com base nesta revisão bibliográfica, o próximo passou é a definição dos
limites da área desta pesquisa e uma metodologia para a Estimativa da Ocupação do
Espectro de Radiofreqüências no Distrito Federal.
25
3 - METODOLOGIA
O propósito de um sistema de comunicação é transmitir sinais portadores de
informação, também denominados ondas portadoras ou sinais modulados, usando um meio
de transmissão. O termo banda básica é utilizado para designar a banda ou faixa de
freqüência ocupada pelo sinal original entregue por uma fonte de informação. Contudo, os
sinais-mensagem, chamados também de sinais modulantes ou simplesmente sinais, não
podem ser transmitidos diretamente pelo meio de transmissão. Ao invés disso, uma onda
portadora é modificada para representar e transportar o sinal, cujas propriedades são mais
adequadas para o meio de transmissão. Este processo, onde alguma característica de uma
onda portadora é variada de acordo com o sinal, é denominado modulação; ou seja: na
variação de alguma característica do sinal modulado está representado o sinal modulante.
Na recepção do sistema de comunicação, a antena da estação de rádio recebe do
espaço livre sinais na forma de ondas eletromagnéticas. Como é grande o número de
estações transmissoras existentes, uma antena receptora irá captar inúmeros outros sinais,
além do sinal desejado. Portanto, antes de recuperar a informação contida em um
determinado sinal, é necessário detectá-la. Para que isso possa ser realizado, o sinal deve
ter algumas características que permita distingui-lo dos demais. Estas características são a
freqüência (ou faixa de freqüências) e o tipo de modulação.
Uma das ferramentas usada para a detecção de um sinal de radiofreqüência é a
análise espectral. Ela consiste em estudar o sinal com base na Análise de Fourier, que é um
processo de análise de uma onda complexa, dividindo-a em uma pluralidade de ondas
componentes, cada uma de freqüência, amplitude e deslocamento de fase particular.
A análise espectral possibilita a realização da monitoragem espectral para
comprovar o uso racional e eficiente do espectro, diagnosticando emissões regulares,
irregulares e clandestinas, bem como interferências prejudiciais, no caso para a faixa de
radiofreqüência.
Para se realizar esta análise espectral, utilizou-se das ferramentas disponíveis no
Sistema de Gestão e Monitoragem do Espectro (SGME) da ANATEL.
Neste capítulo é descrito o SGME, mostrando a sua composição e utilização, as
características resultantes de sua calibração e sua abrangência no território nacional. Além
do SGME, é definida a área de pesquisa, tempo de medida e descrito o aplicativo Ellipse.
3.1 - Caracterização do SGME
Entende-se por SGME o sistema que a ANATEL usa como ferramenta de auxílio
para executar suas funções de fiscalização e regulamentação dos serviços brasileiros de
telecomunicações.
3.1.1 - Descrição
O SGME tem por objetivo executar as funções de engenharia, gerenciamento e
monitoramento do espectro radioelétrico, fiscalização e licenciamento de serviços e
gerenciamento de outorgas. Ele possibilita a verificação e localização de emissões no
intervalo de 300 kHz a 3 GHz, a análise de parâmetros técnicos de sinais de
radiofreqüência na faixa de 9 kHz a 3 GHz, avaliação da taxa de ocupação de uma faixa de
freqüência e o gerenciamento do espectro, com comparações automáticas de medições com
dados cadastrais armazenados em um histórico para o acompanhamento do uso do espectro
com portadoras localizadas em tempo real.
26
Figura 3.1: Arquitetura Geral do SGME. fonte: www.anatel.gov.br
3.1.2 - Composição
O SGME é constituído de um Centro Nacional, localizado em Brasília, e de
Centros Regionais previstos para todas as capitais brasileiras e algumas cidades
consideradas pólo de desenvolvimento. O Centro Nacional é o controle central de todos os
dados obtidos pelos Centros Regionais.
Os Centros Regionais são subdivididos em Sistema de Monitoragem do Espectro
(SME) e um Sistema de Gestão do Espectro (SGE). O SME é a parte operacional do
SGME, onde os dados são coletados, composto por Estações Fixas de Radiomonitoragem
(ERM) e, em algumas localidades, também por Unidades Móveis de Radiomonitoragem
(UMR). No Distrito Federal, o SME é composto por duas Estações Fixas de
Radiomonitoragem, sendo a ERM 01 em Sobradinho e a ERM 02 próxima à Reserva do
IBGE e uma Unidade Móvel. Essas estações captam sinais de radiofreqüência, de acordo
com especificações técnicas fornecidas, as quais estão definidas nas recomendações da
UIT, para o monitoramento dos serviços de telecomunicação e radiodifusão. O SGE é a
parte de definição, onde são colocadas as diretrizes das medições e para onde os resultados
são encaminhados e, posteriormente, discutidos e analisados, sendo composto por um
aplicativo.
O conjunto que envolve o SME, o SGE, a ERM e a UMR compõe o sistema de
detecção de radiofreqüências, seja para verificar a ocupação do espectro, para medir a
Intensidade irradiada ou mesmo para localizar a fonte emissora.
Um sistema de detecção de radiofreqüência é composto pelos seguintes
subsistemas:
- Subsistema de Antenas;
- Subsistema de Módulos Receptores;
- Subsistema de Processamento Digital de Sinais.
3.1.2.1 - Subsistema de Antenas
27
O Subsistema de antenas utilizado para realizar as medidas é composto pelo
seguinte grupo de antenas, as quais são classificadas pela faixa de freqüência, conforme
descrito abaixo:
- Faixa 20 MHz a 400 MHz (antena 1): Antena com polarização vertical,
omnidirecional;
- Faixa 300 MHz a 3 GHz (antena 2): Antena com polarização vertical,
omnidirecional;
- Faixa 2 MHz a 80 MHz (antena 3): Antena com polarização vertical,
omnidirecional, ativa;
- Faixa 20 MHz a 500 MHz (antena 4): Antena com polarização
horizontal, omnidirecional, não instalada;
- Faixa 500 MHz a 3 GHz (antena 5): Antena com polarização horizontal,
omnidirecional, faixa de operação em confirmação.
Abaixo é mostrado o Fator de Correção das antenas pela freqüência de cada uma
das antenas que compõe o sistema radiante.
Antenas
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
2 56 314 374 430 484
f [MHz]
Fator de Correção (dB/m)
Antena1 Antena2 Antena3 Antena4 Antena5
Figura 3.2: Fator de Correção das Antenas SGME.
3.1.2.2 - Subsistema dos Módulos Receptores
O subsistema dos módulos receptores, que passa a ser chamado simplesmente de
receptor, assegura a chegada do sinal recebido pelo sistema radiante aos sistemas do
SGME, fornecendo uma freqüência intermediária (FI) centrada em 1,5 MHz, com 300 kHz
de banda ao conversor A/D, possibilitando a visualização e medida do sinal recebido.
3.1.2.3 - Aplicativo Ellipse
A versão moderna da radiomonitoragem para análise, controle e recepção de sinais
radioelétricos é totalmente baseada em sistemas digitais, sendo necessário programas
complexos de computador capazes de realizar estas funções, controlando e coletando dados
e que são analisados diretamente na tela ou por meio de relatórios impressos.
28
O sistema de radiomonitoragem da ANATEL é composto de três programas
básicos, com características e funções distintas, integrados entre si e com alta capacidade
de processamento dos sinais recebidos pelo sistema radiante.
Estes programas de operação, baseados nas recomendações da UIT, possibilitam
realizar as tarefas pertinentes a função da ANATEL para com a sociedade brasileira. Eles
são três, a saber:
- Programa de análise e medidas de parâmetros radiogoniométricos;
- Programa de análise e medidas de parâmetros técnicos, com base nas
recomendações da UIT;
- Programa de instalação e análise de contextos cartográficos.
O conjunto destes programas foi nomeado Estação Esmeralda.
3.1.3 - Calibração SGME
A calibração está fundamentada na necessidade de se obter:
- Resultados do Sistema baseado no aplicativo Ellipse, que fazem uso de
constantes físicas e dependam das variações ao longo de sua vida útil do
sistema radiante e do módulo receptor;
- Resultados do Sistema baseado no aplicativo Ellipse, que são cálculos
desenvolvidos por algoritmos matemáticos inserido nos programas do
aplicativo, que independam de constantes físicas;
Estes dois tópicos influenciam diretamente na funcionalidade da Estação
Esmeralda, a qual possui basicamente duas funções distintas:
- Goniometria: consiste na determinação do ângulo de incidência de uma
transmissão radioelétrica;
- Medidas Radioelétricas: consiste na determinação dos parâmetros de
uma transmissão radioelétrica, de acordo com as recomendações da UIT
que tratam deste assunto.
3.1.3.1 - Calibração do Sistema de Goniometria
A calibração do sistema de goniometria está assegurada pela calibração das antenas
utilizadas para esta função. Elas são calibradas em campo de provas, onde existe um
transmissor fixo emitindo em toda a faixa de operação de cada uma delas.
A rotina desta calibração gera um arquivo contendo a divergência entre o ângulo
real e o fornecido. Este arquivo é inserido como um banco de dados do SGME, o qual
providencia automaticamente a correção da divergência angular.
No caso das estações móveis a calibração é procedida levando em conta toda a
massa metálica do veículo, além do posicionamento do mastro telescópio.
Este procedimento de calibração é realizado apenas em duas situações:
- Após a instalação dos equipamentos e aparelhos nas ERM e UMR;
- Após manutenção corretiva em um dos elementos que componha as
ERM ou as UMR.
3.1.3.2 - Calibração do Sistema de Medidas
29
A Estação Esmeralda é um instrumento que permite a monitoração do Espectro de
Radiofreqüências e para tal faz uso de um receptor digital seguido de equipamento de
processamento de sinais com tecnologia de processamento de sinais digitais e aplicativos
de controle.
O receptor é um equipamento de concepção modular que fornece uma FI centrada
em 1,5 MHz com 300 kHz de banda. Logo, toda análise de sinal está limitada a 300 kHz.
O aplicativo responsável pelas medidas de radiofreqüência faz uso de um
sintetizador de teste interno que leva o receptor a calibrar toda a cadeia de medidas,
isolando apenas a entrada do sinal.
Com esta operação, o índice de modulação, banda passante, excursão de freqüência
e de fase são calibradas automaticamente pelos cálculos internos, que utilizam algoritmos
matemáticos próprios.
3.1.3.3 - Calibração do Equipamento da Freqüência Central
A Medida da freqüência central é tão precisa quanto for à precisão da base de
tempo utilizada como referência para os contadores internos ao receptor. A freqüência da
base de tempo é geralmente encontrada em equipamentos e corresponde a freqüência de 10
MHz, presente em GPS, osciladores a Césio, Rubídio, etc.. No caso do receptor da Estação
Esmerada, a referência de 10 MHz é gerada por um oscilador a cristal, cuja precisão é 2 x
10
-8
. O equipamento utilizado para aferição deve ter sua base de tempo de referência com
precisão superior ao do oscilador , sendo o ajuste manual.
3.1.3.4 - Calibração do Aplicativo de Nível Elétrico presente na Entrada do Receptor
Como o receptor tem a sua concepção modular, ele poderá receber módulos, cuja
curva de ganho por freqüência sejam diferentes entre eles.
No intuito de equalizar a referida curva como também a sua resposta em
freqüência, a Estação Esmeralda permite uma calibração externa com auxílio de um
gerador de sinais. Esta calibração externa gera um arquivo de compensação da resposta de
freqüência dos módulos instalados no receptor.
O equipamento utilizado para aferição dos módulos do receptor deve poder emitir
sinais de RF em toda faixa de freqüência de recepção, e estar sincronizado com a mesma
base de tempo. A base de tempo do gerador de sinais é utilizada como referência. A curva
de resposta em freqüência que cada módulo oferece é corrigida ou compensada pelo
arquivo gerado na calibração, sendo esta operação automática.
3.1.3.5 - Periodicidade da Calibração
As medidas de freqüência central e nível elétrico presente na entrada do receptor
estão sujeitas a uma periódica calibração, pois, dependem de constantes físicas.
Portanto, Calibração do Equipamento da Freqüência Central é realizada a cada 2
anos ou quando houver uma intervenção em manutenção corretiva.
3.2 - Definição do Universo para o Desenvolvimento da Pesquisa
3.2.1 - Área de Estudo
A área a ser avaliada é o Distrito Federal.
30
O Distrito Federal apresenta clima tropical. No entanto, existem somente duas
estações bem definidas: uma chuvosa e quente, que se estende de outubro a abril, e outra,
seca e fria, entre os meses de maio e setembro.
A temperatura média anual fica em torno de 21ºC, com máximas de 35ºC e
mínimas de 5ºC. Já a umidade relativa do ar chega a atingir valores abaixo de 15% nas
épocas mais secas. A precipitação pluviométrica anual é de 1.925 mm de água.
A topografia do Distrito Federal apresenta altitude entre 750 e 1.349 metros. Sua
altitude média é de 1.100 metros, sendo o ponto mais alto a Colina do Rodeador, que
possui 1.349 metros e está localizada à Noroeste do Parque Nacional de Brasília.
Por meio do Ellipse, foram definidas duas circunferências, sendo uma centrada na
ERM 1 e outra na ERM 2. Cada uma com um raio de 50 km, conforme mostrado abaixo.
Figura 3.3: Localização das ERM.
3.2.2 - Definição das Antenas
Com base no sistema radiante do SGME, verificou-se que se teriam algumas
restrições, a saber:
- Como a antena que recebe sinais em HF, na faixa de 3 MHz a 20 MHz,
é ativa, resolveu-se eliminar essa faixa por ser mais propício à
intermodulação se comparada com uma antena passiva. Portanto, fica a
HF restrita as freqüências acima de 20 MHz;
- Deixou-se de realizar medidas com polarização horizontal, já que uma
das antenas não foi instalada e a outra, a faixa de operação, estava em
avaliação.
Abaixo é mostrado o Fator de Correção da antena que foi escolhida para a executar
a medição na faixa VHF.
31
Antena1
0
5
10
15
20
25
30
5 105 205 305 405 505
f [MHz]
Fator de Corrão (dB/m)
Figura 3.4: Fator de Correção da antena utilizada para medições em VHF.
3.2.3 - Módulo Receptor
O módulo receptor foi selecionado automaticamente pela Estação Esmeralda, sendo
utilizado os que trabalham na faixa de 20 MHz a 3000 MHz. Inexistia um módulo que
colocasse a faixa estudada de uma maneira mais central, por exemplo entre 20 MHz e 200
MHz. A troca de módulo ocorre devido a queima, passando para o módulo reserva idêntico
ao ativo, ou quando da troca de faixa, passando de HF para VHF.
3.2.4 - Tempo de Medida
Conforme dito anteriormente, devido a problemas no aplicativo e ao tempo restrito
de utilização da plataforma de medição, já que a ANATEL tem missões de monitoração
programadas diariamente, teve-se que realizar as medidas nos intervalos entre as missões e
nos fins de semana e nos feriados. Mesmo assim, devido ao período de cinco meses para a
execução desta tarefa, foi necessária a definição de 4 h para verificação das portadoras
cadastradas e 1 h para as portadoras não cadastradas, sendo este o tempo de medida. Se for
considerado que as 5 h do tempo de medida corresponde a 21 % do dia, em 5 meses dá
para realizar 140 medidas. Devido as diferentes características técnicas dos serviços
(designações, faixas intercaladas, largura de banda, etc.) de HF, VHF e UHF, a medição foi
restringida a faixa de VHF.
Os horários foram forçosamente escolhidos ao acaso, conforme a disponibilidade
da Estação.
3.2.5 - Ellipse
32
A forma que foi concebida o aplicativo Ellipse gera algumas limitações para se
realizar a medição:
- Ao definir a designação de emissão, a banda máxima e o filtro da
portadora, ocorre a particularização do serviço. Estas características,
praticamente, não se repetem entre os serviços da faixa estuda, sendo
um limite na realização das medidas;
- A quantidade de portadoras medidas é 1001. Portanto, se um serviço
possui várias faixas no espectro, onde a soma delas dividida pela banda
máxima do serviço resulta em um valor maior de portadoras prováveis
do que 1001, ocorre a necessidade de criar um outro bloco de medição
em horário distinto.
- O menor filtro existente no aplicativo é 300 Hz. Portanto, os serviços
com portadoras menores que 300 Hz foram medidos e monitorados por
meio de escuta, para comprovar a existência do serviço em estudo.
O resultado apresentado pelo aplicativo Ellipse é uma planilha contendo a
freqüência medida, a taxa de ocupação, tempos médio, máximo e mínimo, e Intensidade
máxima e média.
3.2.6 - Considerações Gerais da Medição
O SGME, como descrito anteriormente, é uma ferramenta que possibilita verificar a
taxa de ocupação do espectro de radiofreqüência, comparando as estações cadastradas em
um banco de dados com a medida realizada, em tempo real. Esta verificação é realizada em
dois estágios, a saber:
- Medição que realiza a comparação entre a portadora localizada com as
existentes no banco de dados, disponibilizando as informações
existentes sobre ela, dando o serviço, a freqüência, desvio e banda
máxima autorizadas, dados da pessoa jurídica ou física responsável pelo
serviço, etc.;
- Medição que realiza a comparação entre a portadora localizada com as
existentes no banco de dados, verificando se ela está cadastrada. No
caso negativo, ela passa a ser uma investigada por outros meios do
SGME e é repassado um relatório para a fiscalização direta da
ANATEL. Existem duas possibilidades neste caso: serviço irregular ou
serviço ainda não cadastrado no banco de dados.
Como a idéia da pesquisa é apenas verificar a ocupação no Espectro de
Radiofreqüências, sem a preocupação se o serviço que foi achado está no cadastro da
ANATEL, na medição, deixou-se a cargo dos técnicos e fiscais da Agência esta tarefa, esta
verificação. As poucas realizações de radiomonitoragem
4
tiveram a intenção de confirmar
a existência do serviço, principalmente no caso da telegrafia, onde a medida foi realizada
em uma banda bem superior que a utilizada para a emissão.
De maneira geral, devido as limitações do SGME, as seguintes premissas foram
adotadas para a realização da medição:
4
Serviço de recepção de ondas radioelétricas destinado à fiscalização e ao controle à distância das
radiocomunicações.
33
- Os horários de medição foram baseados nas janelas existentes de
utilização do SGME pela fiscalização da ANATEL. Em geral, a
medição foi realizada entre 17 h e 9 h do dia posterior durante os dias
comerciais. Nos feriados e fins de semana, a medição iniciou entre 17 h
do dia anterior aos feriados e fins de semana e 9 h do primeiro dia
comercial após os feriados e fins de semana;
- No serviço em que se desconhecia o ruído máximo para a sua
identificação, adota-se 0 dBμV;
- No serviço na qual se desconhecia a distribuição na sua faixa de
prestação, supõe-se que a primeira freqüência da faixa é o início da
banda máxima do serviço, fazendo-se, a partir desse valor, a distribuição
na faixa;
- No serviço com mais de uma designação, realiza-se, no mínimo, uma
medida para cada uma;
- Na faixa de freqüência com mais de um serviço, realiza-se, no mínimo,
uma medição para cada um;
- O canal é considerado ocupado se apresentar taxa de ocupação maior
que 1 %, com tempos máximo, médio e mínimo diferentes;
- A ocorrência da Intensidade máxima maior ou igual a 5 dBμV, com
tempo máximo, médio e mínimo iguais, caracteriza descarga
atmosférica ou geração de portadora tipo PTT (Push To Talk);
- A ocorrência da Intensidade máxima menor que 5 dBμV, independente
do tempo, caracteriza ruído.
Com base no descrito, a medição nos dois estágios foi realizada nas ERM de
Sobradinho e do IBGE para os serviços que ocupam a faixa de 30 MHz e 136 MHz,
conforme Fig. 3.3.
3.2.6.1 - Medidas de Portadoras Cadastradas
O tempo de avaliação das medidas das portadoras cadastradas foi de quatro horas
por ERM. Independente das medidas serem realizadas, para uma mesma faixa de
freqüência, no mesmo horário nas duas ERM, o tempo de avaliação das portadoras
cadastradas foram consideradas como a soma dos tempos de medida em cada Estação.
Também, como as medidas são realizadas continuamente e o seu tempo depende
única e exclusivamente do tamanho da faixa monitorada, alguns buracos na análise foram
considerados com não ocupação devido a uma provável falha do sistema na hora da
varredura;
3.2.6.2 - Medidas de Portadoras não Cadastradas
No caso do tempo de avaliação das medidas das portadoras não cadastradas foi de
uma hora para cada ERM, sendo válida a observação citada acima sobre a coincidência dos
horários de medida e tamanho da faixa monitorada. O fato do tempo de avaliação das
portadoras não cadastradas está restrito a uma hora, é baseado em levantamentos
experimentais realizados no início da pesquisa, tanto na faixa de HF como na de VHF,
onde ficou constatado que ao realizar a filtragem das medidas conforme descrito no caput
das Considerações Gerais de Medição, a constância das portadoras existente era a mesma
para os períodos de 1 a 4 horas de medida.
34
3.2.7 - Finalidade
A utilização do aplicativo Ellipse com os demais componentes do SGME e a antena
1 (figura 3.4) foram definidos para realizar o estudo da faixa analisada. Considerou-se a
área do Distrito Federal como o universo desta pesquisa.
35
4 - RESULTADOS E ANÁLISE
Conforme sugerido pelo título, este capítulo está dividido em Resultados e Análise
destes Resultados. Nos Resultados estão apresentadas as medições dos diversos serviços
conforme as faixas designadas para eles, já descritas nO Espectro de Radiofreqüência. A
Análise dos Resultados é apresentada em seguida, fazendo-se um paralelo com o
recomendado pela UIT e definido pela ANATEL.
4.1 - Resultados Obtidos
4.1.1 - Serviço Auxiliar ao Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC)
O STFC ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (30,000 – 30,555) MHz: em conjunto com SOE e SPE;
- (33,750 – 33,820) MHz;
- (33,915 – 34,475) MHz;
- (34,830 – 35,525) MHz;
- (36,000 – 38,310) MHz: em conjunto com SRA em caráter secundário;
- (38,570 – 38,730) MHz;
- (39,830 – 50,000) MHz: em conjunto com SPE, SRR, SARC e SESC.
As designações utilizadas para identificar o STFC estão listadas abaixo:
Tabela 4.1: Larguras de faixas e designações para o STFC
Serviço Largura de Faixa [Hz] Designação
Telegrafia 1000 1K00A1AJN
Telefonia AM SSB 2700 2K70J3EJN
Telefonia AM DSB 6000 6K00A3EJN
Telefonia FM 16000 16K0F3EJN
4.1.1.1 - Telegrafia
O serviço de telegrafia está presente como emissor da identidade das estações que
auxiliam o STFC. Geralmente são emitidos, em código Morse, a identificação utilizada
pela operadora, sua localização, dia e hora.
A ocupação no tempo de medida da telegrafia está em média a 30 % na faixa
destinada para ele. Existe uma maior ocupação na faixa de 47,600 MHz a 48,117 MHz, a
qual coincide com o SESC.
36
Percentual de Ocupação no Tempo de Medida - STFC 1K00A1A
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
30,000000
30,274000
30,418000
30,444000
30,477000
30,512000
30,701000
30,770000
30,860000
34,007000
35,023000
38,570000
38,598000
38,615000
38,632000
38,646000
38,659000
38,672000
38,685000
38,698000
38,711000
38,724000
40,240000
40,267000
40,283000
40,301000
40,326000
40,394000
40,813000
43,270000
47,640000
47,750000
47,772000
47,785000
47,800000
47,830000
47,959000
48,034000
48,117000
48,242000
48,328000
48,433000
49,029000
49,424000
49,564000
49,726000
49,863000
f [MHz]
Figura 4.1: Percentual de ocupação no tempo de medida da modalidade telegrafia do STFC.
A intensidade máxima na faixa do STFC, para a modalidade telegrafia varia entre -
30 dBμV a 50 dBμV. Na faixa entre 47,800 MHz a 48,328 MHz, estão registradas
intensidades máximas acima de 20 dBμV. A intensidade máxima comporta-se de maneira
ascendente na faixa.
Potência Máxima - STFC 1K00A1A
-80,0
-60,0
-40,0
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
30,000000
30,274000
30,418000
30,444000
30,477000
30,512000
30,701000
30,770000
30,860000
34,007000
35,023000
38,570000
38,598000
38,615000
38,632000
38,646000
38,659000
38,672000
38,685000
38,698000
38,711000
38,724000
40,240000
40,267000
40,283000
40,301000
40,326000
40,394000
40,813000
43,270000
47,640000
47,750000
47,772000
47,785000
47,800000
47,830000
47,959000
48,034000
48,117000
48,242000
48,328000
48,433000
49,029000
49,424000
49,564000
49,726000
49,863000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.2: Intensidade máxima da modalidade telegrafia do STFC.
4.1.1.2 - Telefonia AM SSB
37
O serviço de telefonia AM SSB tem a ocupação no tempo de medida, em média, a
25 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro
de Radiofreqüências entre 32,8404 MHz e 32,9322 MHz, entre 42,9800 MHz e 44,0267
MHz, e entre 47,4185 MHz e 48,2447 MHz, sendo esta coincidente com o Serviço
Especial de Supervisão e Controle (SESC) e essa com Equipamentos de Radiação Restrita
(SRR) e Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Controle (SARC).
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - STFC 2K70J3E
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
30,000000
32,089800
32,508300
32,840400
32,932200
34,074300
34,166100
34,252500
34,325400
34,398300
34,473900
34,900200
34,975800
35,048700
35,121600
35,194500
35,267400
35,353800
35,451000
36,005400
36,105300
36,307800
36,523800
36,796500
37,174500
37,409400
37,518900
37,780800
37,942800
38,067000
38,148000
38,220900
38,309400
38,640200
38,713100
42,980000
43,255400
43,387700
44,026700
46,529600
47,418500
47,904500
48,069200
48,244700
48,509300
48,897100
49,410100
f[MHz]
Figura 4.3: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade telefonia AM SSB do STFC.
A intensidade máxima na faixa do STFC, para a modalidade telefonia AM SSB
varia entre -20 dBμV a 30 dBμV. Nas faixas entre 30,0000 MHz e 32,9322 MHz, e entre
35,0487 MHz e 36,0054 MHz, estão registradas intensidades máximas acima de 10 dBμV.
A intensidade decai conforme o aumento da freqüência.
38
Potência Máxima - STFC 2K70J3E
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
30,000000
32,089800
32,508300
32,840400
32,932200
34,074300
34,166100
34,252500
34,325400
34,398300
34,473900
34,900200
34,975800
35,048700
35,121600
35,194500
35,267400
35,353800
35,451000
36,005400
36,105300
36,307800
36,523800
36,796500
37,174500
37,409400
37,518900
37,780800
37,942800
38,067000
38,148000
38,220900
38,309400
38,640200
38,713100
42,980000
43,255400
43,387700
44,026700
46,529600
47,418500
47,904500
48,069200
48,244700
48,509300
48,897100
49,410100
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.4: Intensidade máxima da modalidade AM SSB do STFC.
4.1.1.3 - Telefonia AM DSB
O serviço de telefonia AM DSB tem a ocupação no tempo de medida, em média, a
25 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro
de Radiofreqüências entre 48,820 MHz e 49,912 MHz, sendo esta coincidente com o SRR.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - STFC 6K00A3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
30,000000
32,796000
33,804000
34,077000
34,305000
34,473000
35,184000
35,346000
35,514000
36,144000
36,318000
36,486000
36,678000
36,834000
37,200000
37,452000
37,680000
37,878000
38,058000
38,220000
38,630000
40,710000
45,038000
45,224000
45,410000
45,620000
45,776000
45,932000
46,088000
46,244000
46,400000
46,556000
46,712000
46,868000
47,258000
47,696000
47,900000
48,104000
48,308000
48,608000
48,820000
48,976000
49,132000
49,288000
49,444000
49,600000
49,756000
49,912000
f [MHz]
Figura 4.5: Intensidade Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade telefonia AM DSB do
STFC.
39
A intensidade máxima na faixa do STFC, para a modalidade telefonia AM DSB
varia entre -20 dBμV a 50 dBμV. Nas faixas entre 34,473 MHz e 35,514 MHz, e entre
48,608 MHz e 50,000 MHz, estão registradas intensidades máximas acima de 30 dBμV.
Potência Máxima - STFC 6K00A3E
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
30,000000
32,796000
33,804000
34,077000
34,305000
34,473000
35,184000
35,346000
35,514000
36,144000
36,318000
36,486000
36,678000
36,834000
37,200000
37,452000
37,680000
37,878000
38,058000
38,220000
38,630000
40,710000
45,038000
45,224000
45,410000
45,620000
45,776000
45,932000
46,088000
46,244000
46,400000
46,556000
46,712000
46,868000
47,258000
47,696000
47,900000
48,104000
48,308000
48,608000
48,820000
48,976000
49,132000
49,288000
49,444000
49,600000
49,756000
49,912000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.6: Intensidade máxima da modalidade AM DSB do STFC.
4.1.1.4 - Telefonia em FM
O serviço de telefonia em FM tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 40
% na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro de
Radiofreqüências entre 48,648 MHz e 50,000 MHz, sendo esta coincidente com o SRR.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - STFC 16K00F3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
30,000000
31,216000
31,584000
32,240000
33,168000
34,123000
34,459000
35,134000
35,470000
36,272000
36,608000
36,944000
37,280000
37,612000
37,948000
38,282000
39,974000
40,292000
40,628000
40,964000
41,287000
41,623000
41,959000
42,295000
42,620000
42,956000
43,284000
43,620000
43,956000
44,292000
44,628000
44,964000
45,300000
45,636000
45,972000
46,308000
46,644000
46,980000
47,304000
47,640000
47,976000
48,312000
48,648000
48,972000
49,308000
49,644000
49,980000
f [MHz]
Figura 4.7: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade telefonia em FM do STFC.
40
A intensidade máxima na faixa do STFC, para a modalidade telefonia FM varia
entre 0 dBμV a 60 dBμV. Nas faixas entre 31,216 MHz e 35,514 MHz, e entre 48,648
MHz e 50,000 MHz, estão registradas intensidades máximas acima de 40 dBμV.
Potência Máxima - STFC 16K00F3E
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
30,000000
31,216000
31,584000
32,240000
33,168000
34,123000
34,459000
35,134000
35,470000
36,272000
36,608000
36,944000
37,280000
37,612000
37,948000
38,282000
39,974000
40,292000
40,628000
40,964000
41,287000
41,623000
41,959000
42,295000
42,620000
42,956000
43,284000
43,620000
43,956000
44,292000
44,628000
44,964000
45,300000
45,636000
45,972000
46,308000
46,644000
46,980000
47,304000
47,640000
47,976000
48,312000
48,648000
48,972000
49,308000
49,644000
49,980000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.8: Intensidade máxima da modalidade telefonia em FM do STFC.
4.1.1.5 - Comum as Quatro Modalidades do STFC
Na medição do STFC, encontrou-se em torno de 4000 portadoras.
Quantidade de Portadoras no STFC por Designação
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Quantidade
1K00A1A 2K70J3E 6K00A3E 16KF3E
Figura 4.9: Quantidade de portadoras no STFC, por designação de emissão.
41
4.1.2 - Serviço de Operações Espaciais (SOE)
O SOE ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa de 30,005 MHz a 30,010
MHz, em conjunto com Serviço de Pesquisa Espacial (SPE) e Serviço auxiliar do Serviço
de Telefonia Fixo Comutado (STFC).
A designação utilizada para identificar o SOE está definida no item 2.3.3.
Não ocorreu ocupação do espectro pelo SOE com esta designação e banda máxima.
4.1.3 - Serviço de Pesquisa Espacial (SPE)
O SPE ocupa o Espectro de Radiofreqüênciasnas seguintes faixas:
- (30,005 – 30,010) MHz: em conjunto com SOE e STFC;
- (39,986 – 40,020) MHz: em conjunto com STFC;
- (40,980 – 41,015) MHz: em conjunto com STFC.
A designação utilizada para identificar o SPE está definida no item 2.3.4.
Ocorreu ocupação do espectro pelo SPE com esta designação e banda máxima
apenas na freqüência 40,983 MHz, com um percentual de ocupação por tempo de medida
de 0,80 %. A intensidade máxima foi de 22 dBμV.
Tanto na faixa de 39 MHz como na de 40 MHz, o caráter do serviço é secundário.
4.1.4 - Serviço de Rádio-Táxi (SRT)
O SRT ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (33,555 – 33,750) MHz;
- (33,820 – 33,910) MHz;
- (34,475 – 34,830) MHz;
- (38,310 – 38,570) MHz;
- (38,730 – 39,830) MHz.
A designação utilizada para identificar o SRT está definida na Tab. 2.6.
4.1.4.1 - Rádio-Táxi AM DSB
O Serviço de Rádio-Táxi AM DSB tem a ocupação no tempo de medida, em média,
a 15 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do
Espectro de Radiofreqüências entre 33,620 MHz e 33,710 MHz.
42
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SRT 6K00A3E
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
33,560000 33,590000 33,620000 33,650000 33,680000 33,710000 33,740000 33,830000 33,860000 33,890000 34,490000 34,520000 34,550000
f [MHz]
Figura 4.10: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM DSB do SRT.
A intensidade máxima na faixa do SRT, para a modalidade AM DSB varia entre -
10 dBμV a 51 dBμV. Nas faixas entre 34,550 MHz e 34,570 MHz estão registradas
intensidades máximas acima de 50 dBμV.
Potência Máxima - SRT 6K00A3E
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
33,560000 33,590000 33,620000 33,650000 33,680000 33,710000 33,740000 33,830000 33,860000 33,890000 34,490000 34,520000 34,550000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.11: Intensidade máxima da modalidade AM DSB do SRT.
43
4.1.4.2 - Rádio-Táxi FM
O serviço de rádio-táxi FM tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 50 %
na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro de
Radiofreqüências entre 38,540 MHz e 38,960 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SRT 16K00F3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
34,740000 38,340000 38,440000 38,540000 38,800000 38,900000 39,000000 39,100000 39,200000 39,300000 39,400000 39,500000 39,600000 39,700000 39,800000
f [MHz]
Figura 4.12: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade FM do SRT.
A intensidade máxima na faixa do SRT, para a modalidade FM varia entre 20
dBμV a 60 dBμV. Na faixa entre 38,540 MHz e 38,960 MHz estão registradas
intensidades máximas acima de 50 dBμV.
44
Potência Máxima - SRT 16K00F3E
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
34,740000 38,340000 38,440000 38,540000 38,800000 38,900000 39,000000 39,100000 39,200000 39,300000 39,400000 39,500000 39,600000 39,700000 39,800000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.13: Intensidade máxima da modalidade FM do SRT.
4.1.4.3 - Comum as Duas Modalidades do SRT
Na medição do SRT, encontraram-se em torno de 110 portadoras.
Quantidade de Portadoras no SRT por Designação
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Quant ida de
6K00A3E 16KF3E
Figura 4.14: Quantidade de portadoras no SRT, por designação de emissão.
4.1.5 - Serviço Especial de Radiochamada (SER)
O SER ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa entre 35,525 MHz e 36,000
MHz. A designação utilizada para identificar o SER foi a 6K00A3EJN, já que as demais
utilizam emissão na modalidade de telegrafia.
45
O SER AM DSB tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 35 % na faixa
destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro de
Radiofreqüências entre 35,700 MHz e 36,000 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SER 6K00A3E
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
35,550000 35,600000 35,650000 35,700000 35,750000 35,800000 35,850000 35,900000 35,950000
f [MHz]
Figura 4.15: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM DSB do SER.
A intensidade máxima na faixa do SER, para a modalidade AM DSB varia entre 0
dBμV a 50 dBμV. Nas faixas entre 35,725 MHz e 35,750 MHz e entre 35,825 MHz e
35,925 MHz estão registradas intensidades máximas acima de 40 dBμV.
Potência Máxima - SER 6K00A3E
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
35,550000 35,625000 35,700000 35,775000 35,850000 35,925000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.16: Intensidade máxima da modalidade AM DSB do SER.
46
Na medição do SER, detectaram-se 18 portadoras.
4.1.6 - Serviço de Radioastronomia (SRA)
O SRA ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (37,500 – 38,250) MHz: em conjunto com STFC;
- (73,000 – 74,600) MHz.
As designações utilizadas para identificar o SRA são as seguintes:
- Radioastronomia AM SSB: 3K00J3EJN (banda de 3 kHz);
- Radioastronomia AM DSB: 20K00A3EJN (banda de 20 kHz);
- Radioastronomia FM: 20K00F3EJN (banda de 20 kHz).
4.1.6.1 - Radioastronomia AM SSB
O serviço de radioastronomia na modalidade AM SSB tem a ocupação no tempo de
medida, em média, a 10 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da
ocupação do espectro de radiofreqüência entre 38,187 MHz e 38,250 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SRA 3K00J3E
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
37,524000 37,605000 37,674000 37,800000 37,866000 37,914000 37,977000 38,010000 38,043000 38,073000 38,103000 38,133000 38,169000 38,196000 38,223000 38,25000
f [MHz]
Figura 4.17: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM SSB do SRA.
A potência máxima na faixa do SRA, para a modalidade AM SSB varia entre -17
dBμV a 27 dBμV. Acima da freqüência 37,614 MHz estão registradas as potências
máximas acima de 5 dBμV.
47
Potência Máxima - SRA 3K00J3E
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
37,524000 37,614000 37,692000 37,830000 37,890000 37,956000 38,001000 38,031000 38,070000 38,103000 38,145000 38,175000 38,205000 38,235000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.18: Potência máxima da modalidade AM SSB do SRA.
4.1.6.2 - Radioastronomia AM DSB
O serviço de radioastronomia na modalidade AM DSB tem a ocupação no tempo
de medida, em média, a 40 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior
da ocupação do espectro de radiofreqüência entre 73,160 MHz e 73,600 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SRA 20K00A3E
39,60%
39,80%
40,00%
40,20%
40,40%
40,60%
40,80%
41,00%
73,000000 73,100000 73,200000 73,300000 73,400000 73,500000 73,600000 73,700000 73,800000 73,900000 74,000000 74,100000 74,200000 74,300000 74,400000 74,500000
f [MHz]
Figura 4.19: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade AM DSB do SRA.
48
A potência máxima na faixa do SRA, para a modalidade AM DSB varia entre 30
dBμV a 85 dBμV.
Potência Máxima - SRA 20K00A3E
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
73,000000 73,100000 73,200000 73,300000 73,400000 73,500000 73,600000 73,700000 73,800000 73,900000 74,000000 74,100000 74,200000 74,300000 74,400000 74,500000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.20: Potência máxima da modalidade AM DSB do SRA.
4.1.6.3 - Radioastronomia FM
O serviço de radioastronomia na modalidade FM tem a ocupação no tempo de
medida, em média, a 40 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da
ocupação do Espectro de Radiofreqüências entre 73,160 MHz e 73,600 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SRA 20K00F3E
39,60%
39,80%
40,00%
40,20%
40,40%
40,60%
40,80%
41,00%
73,000000 73,100000 73,200000 73,300000 73,400000 73,500000 73,600000 73,700000 73,800000 73,900000 74,000000 74,100000 74,200000 74,300000 74,400000 74,500000
f [MHz]
49
Figura 4.21: Percentual de ocupação por tempo de medida da modalidade FM do SRA.
A intensidade máxima na faixa do SRA, para a modalidade FM varia entre 30
dBμV a 108 dBμV. Conforme a figura 4.22, estão registrados dois picos de intensidade
máxima nas freqüências de 73,840 MHz e 74,460 MHz, respectivamente.
Potência Máxima - SRA 20K00F3E
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
73,000000 73,100000 73,200000 73,300000 73,400000 73,500000 73,600000 73,700000 73,800000 73,900000 74,000000 74,100000 74,200000 74,300000 74,400000 74,500000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.22: Intensidade máxima da modalidade FM do SRA.
4.1.6.4 - Comum as Três Modalidades do SRA
Na medição do SRA, encontrou-se em torno de 300 portadoras, distribuídas
conforme a figura 4.23.
Quantidade de Portadoras no SRA por Designação
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Quantidade
3K00J3E 20KA3E 20KF3E
Figura 4.23: Quantidade de portadoras no SRA, por designação de emissão.
50
4.1.7 - Serviço de Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos (SARC)
O SARC ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa entre 42,540 MHz a
42,980 MHz. A designação utilizada para identificar o SARC foi 16K0F3EJN com banda
máxima de 20 kHz. O SARC ocupa esta faixa em conjunto com STFC.
O SARC tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 45 % na faixa destinada
para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro de Radiofreqüências
entre 42,710 MHz e 42,770 MHz, sendo o seu percentual mínimo de ocupação de 39 % no
início de sua faixa.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SARC 16K00F3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
42,550000 42,590000 42,630000 42,670000 42,710000 42,750000 42,790000 42,830000 42,870000
f [MHz]
Figura 4.24: Percentual de ocupação por tempo de medida do SARC.
A intensidade máxima na faixa do SARC varia entre 39 dBμV a 46 dBμV.
Conforme a figura 4.25, estão registrados dois picos com plataforma de intensidade
máxima nas faixas entre 42,690 MHz e 42,730 MHz e entre 42,810 MHz e 42,850 MHz.
51
Potência Máxima - SARC 16K00F3E
34,0
36,0
38,0
40,0
42,0
44,0
46,0
48,0
42,550000 42,610000 42,670000 42,730000 42,790000 42,850000
f [MHz]
Pmáx( dBµV)
Figura 4.25: Intensidade máxima do SARC.
A quantidade de portadoras detectada foi de 22.
4.1.8 - Serviço Especial de Supervisão e Controle (SESC)
O SESC ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa entre 47,000 MHz a
48,700 MHz. A designação utilizada para identificar o SESC foi 16K0F3EJN com banda
máxima de 16 kHz. O SESC ocupa esta faixa em conjunto com STFC.
O SESC tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 73 % na faixa destinada
para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do Espectro de Radiofreqüências
entre 48,040 MHz e 48,056 MHz e entre 48,120 MHz e 48,136 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SESC 16K00F3E
66,00%
68,00%
70,00%
72,00%
74,00%
76,00%
78,00%
80,00%
48,040000 48,056000 48,072000 48,088000 48,104000 48,120000 48,136000
f [MHz]
Figura 4.26: Percentual de ocupação por tempo de medida do SESC.
52
A intensidade máxima na faixa do SESC varia entre 56 dBμV a 76 dBμV.
Conforme a figura 4.27, a intensidade máxima está localizada na faixa entre 48,120 MHz e
48,136 MHz.
Potência Máxima - SESC 16K00F3E
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
48,040000 48,088000 48,136000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.27: Intensidade máxima do SESC.
A quantidade de portadoras detectada foi de 7.
4.1.9 - Serviço de Radioamador (SPY)
O SPY ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (50,000 – 50,600) MHz;
- (50,600 – 51,000) MHz: em conjunto com Equipamentos de Radiação
Restrita (SRR);
- (51,000 – 52,000) MHz;
- (52,000 – 54,000) MHz: em conjunto com SRR.
As designações utilizadas para identificar o SPY estão na tabela 4.2:
Tabela 4.2: Larguras de faixas e designações para o SPY
Serviço Largura de Faixa [Hz] Designação
Telegrafia e CW 1000 1K00A1AJN
Telefonia AM SSB 3000 3K00J3EJN
Telefonia Emissões Digitais PM 6000 6K00G3EJN
Telefonia Emissões Digitais PM 16000 16K0G3EJN
Telefonia AM DSB 6000 6K00A3EJN
Telefonia FM 16000 16K0F3EJN
53
4.1.9.1 - Telegrafia e CW
O Serviço de Radioamador na modalidade telegrafia e CW tem a ocupação no
tempo de medida, em média, a 36 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração
maior da ocupação do Espectro de Radiofreqüências entre 50,162 MHz e 51,245 MHz.
Percentual de Ocupação no Tempo de Medida - SPY 1K00A1A
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
50,000000
50,037000
50,058000
50,078000
50,091000
50,120000
50,186000
50,217000
50,259000
50,294000
50,320000
50,350000
50,370000
50,385000
50,398000
50,411000
50,428000
50,442000
50,455000
50,468000
50,481000
50,494000
50,507000
50,520000
50,533000
50,546000
50,559000
50,572000
50,585000
50,598000
51,010000
51,023000
51,036000
51,049000
51,062000
51,075000
51,088000
51,101000
51,115000
51,129000
51,145000
51,162000
51,177000
51,192000
51,207000
51,224000
51,242000
f [MHz]
Figura 4.28: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade telegrafia e CW.
A intensidade máxima na faixa do SPY na modalidade telegrafia e CW varia entre -
20 dBμV a 10 dBμV. Conforme a figura 4.29, existe um pico de 54 dBμV da intensidade
máxima está localizada na freqüência de 51,000 MHz.
54
Potência Máxima - SPY 1K00A1A
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
50,000000
50,037000
50,058000
50,078000
50,091000
50,120000
50,186000
50,217000
50,259000
50,294000
50,320000
50,350000
50,370000
50,385000
50,398000
50,411000
50,428000
50,442000
50,455000
50,468000
50,481000
50,494000
50,507000
50,520000
50,533000
50,546000
50,559000
50,572000
50,585000
50,598000
51,010000
51,023000
51,036000
51,049000
51,062000
51,075000
51,088000
51,101000
51,115000
51,129000
51,145000
51,162000
51,177000
51,192000
51,207000
51,224000
51,242000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.29: Intensidade máxima do SPY na modalidade telegrafia e CW.
4.1.9.2 - Telefonia AM SSB
O SPY na modalidade telefonia AM SSB tem a ocupação no tempo de medida, em
média, a 60 % na faixa destinada para ele. Existe uma concentração maior da ocupação do
Espectro de Radiofreqüências entre 52,000 MHz e 54,000 MHz, sendo que esta contém a
faixa do SRR para operação remota unidirecional de dispositivos (53,050 MHz a 53,850
MHz).
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SPY 3K00J3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
50,100000
50,172000
50,244000
50,316000
50,388000
50,460000
50,532000
51,103000
51,175000
51,247000
51,319000
51,391000
51,463000
51,535000
51,607000
51,679000
51,751000
51,823000
51,895000
51,967000
52,039000
52,111000
52,183000
52,255000
52,327000
52,399000
52,471000
52,543000
52,615000
52,687000
52,759000
52,831000
52,903000
52,975000
53,047000
53,119000
53,191000
53,263000
53,335000
53,407000
53,479000
53,551000
53,623000
53,695000
53,767000
53,839000
53,911000
53,983000
f[MHz]
Figura 4.30: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade AM SSB.
55
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 0 dBμV a 100 dBμV.
Potência Máxima - STFC 3K00J3E
-150,0
-100,0
-50,0
0,0
50,0
100,0
150,0
50,100000
50,172000
50,244000
50,316000
50,388000
50,460000
50,532000
51,103000
51,175000
51,247000
51,319000
51,391000
51,463000
51,535000
51,607000
51,679000
51,751000
51,823000
51,895000
51,967000
52,039000
52,111000
52,183000
52,255000
52,327000
52,399000
52,471000
52,543000
52,615000
52,687000
52,759000
52,831000
52,903000
52,975000
53,047000
53,119000
53,191000
53,263000
53,335000
53,407000
53,479000
53,551000
53,623000
53,695000
53,767000
53,839000
53,911000
53,983000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.31: Intensidade máxima do SPY na modalidade AM SSB.
4.1.9.3 - Telefonia PM com portadora de 6 kHz
Na modalidade telefonia PM com portadora de 6 kHz, o SPY tem a ocupação no
tempo de medida é de 80 % na faixa destinada para ele. Esta faixa também contém a faixa
do SRR para operação remota unidirecional de dispositivos (50,800 MHz a 50,980 MHz).
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SPY 6K00G3E
73,00%
74,00%
75,00%
76,00%
77,00%
78,00%
79,00%
80,00%
81,00%
50,600000
50,612000
50,624000
50,636000
50,648000
50,660000
50,672000
50,684000
50,696000
50,708000
50,720000
50,732000
50,744000
50,756000
50,768000
50,780000
50,792000
50,804000
50,816000
50,828000
50,840000
50,852000
50,864000
50,876000
50,888000
50,900000
50,912000
50,924000
50,936000
50,948000
50,960000
50,972000
50,984000
50,996000
f [MHz]
Figura 4.32: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade PM com portadora de 6
kHz.
56
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 40 dBμV a 80 dBμV, havendo um
pico de 142 dBμV na freqüência de 50,600 MHz.
Potência Máxima - SPY 6K00G3E
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
50,600000
50,612000
50,624000
50,636000
50,648000
50,660000
50,672000
50,684000
50,696000
50,708000
50,720000
50,732000
50,744000
50,756000
50,768000
50,780000
50,792000
50,804000
50,816000
50,828000
50,840000
50,852000
50,864000
50,876000
50,888000
50,900000
50,912000
50,924000
50,936000
50,948000
50,960000
50,972000
50,984000
50,996000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.33: Intensidade máxima do SPY na modalidade PM com portadora de 6 kHz.
4.1.9.4 - Telefonia PM com portadora de 16 kHz
O SPY na modalidade telefonia PM com portadora de 16 kHz tem a ocupação no
tempo de medida, em média, a 40 % na faixa destinada para ele, sendo registrado ocupação
acima deste valor para a faixa entre 50,600 MHz a 50,616 MHz. A faixa destinada a esta
modalidade também contém a faixa do SRR para operação remota unidirecional de
dispositivos (50,800 MHz a 50,980 MHz).
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SPY 16K00G3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
50,600000
50,616000
50,632000
50,648000
50,664000
50,680000
50,696000
50,712000
50,728000
50,744000
50,760000
50,776000
50,792000
50,808000
50,824000
50,840000
50,856000
50,872000
50,888000
50,904000
50,920000
50,936000
50,952000
50,968000
50,984000
f [MHz]
Figura 4.34: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade PM com portadora de 16
kHz.
57
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 10 dBμV a 20 dBμV, havendo um pico de 59
dBμV na freqüência 50,600 MHz.
Potência Máxima - SPY 16K00G3E
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
50,600000
50,616000
50,632000
50,648000
50,664000
50,680000
50,696000
50,712000
50,728000
50,744000
50,760000
50,776000
50,792000
50,808000
50,824000
50,840000
50,856000
50,872000
50,888000
50,904000
50,920000
50,936000
50,952000
50,968000
50,984000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.35: Intensidade máxima do SPY na modalidade PM com portadora de 16 kHz.
4.1.9.5 - Telefonia AM DSB
O SPY na modalidade telefonia AM DSB tem a ocupação no tempo de medida a 80
% na faixa destinada para ele. Esta faixa também contém a faixa do SRR para operação
remota unidirecional de dispositivos (53,050 MHz a 53,850 MHz).
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SPY 6K00A3E
76,00%
76,50%
77,00%
77,50%
78,00%
78,50%
79,00%
79,50%
80,00%
80,50%
5
1
,00
00
00
51
,06
60
00
51
,13
00
00
51,
19
60
00
51,
26
20
00
51,
32
80
00
51,394000
51,46
00
00
51,52
60
00
51,59
20
00
51
,65
80
00
51,
72
40
00
51,
79
00
00
51,
85
60
00
51,922000
51,98
80
00
52,05
40
00
5
2
,12
00
00
52
,18
60
00
52,
25
20
00
52,
31
80
00
52,
3
840
00
52,450
0
00
52,51
60
00
52,58
20
00
5
2
,64
80
00
52
,71
40
00
52,
78
00
00
52,
84
60
00
52,
9
120
00
52,97
80
00
53,044
0
00
53,11
00
00
53,17
60
00
5
3
,24
20
00
53
,30
80
00
53,
37
40
00
53,
44
00
00
53,
5
060
00
53,572
0
00
53,63
80
00
53,70
40
00
5
3
,77
00
00
53
,83
60
00
53,
90
20
00
53,
96
80
00
f [MHz]
Figura 4.36: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade AM DSB.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 50 dBμV a 140 dBμV.
58
Potência Máxima - SPY 6K00A3E
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
51,000000
51,066000
51,130000
51,196000
51,262000
51,328000
51,394000
51,460000
51,526000
51,592000
51,658000
51,724000
51,790000
51,856000
51,922000
51,988000
52,054000
52,120000
52,186000
52,252000
52,318000
52,384000
52,450000
52,516000
52,582000
52,648000
52,714000
52,780000
52,846000
52,912000
52,978000
53,044000
53,110000
53,176000
53,242000
53,308000
53,374000
53,440000
53,506000
53,572000
53,638000
53,704000
53,770000
53,836000
53,902000
53,968000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.37: Intensidade máxima do SPY na modalidade AM DSB.
4.1.9.6 - Telefonia em FM
O SPY na modalidade telefonia em FM tem a ocupação no tempo de medida, em
média, a 80 % na faixa destinada para ele, sendo a maior ocupação entre 52,000 MHz e
54,000 MHz. Esta faixa também contém a faixa do SRR para operação remota
unidirecional de dispositivos (53,050 MHz a 53,850 MHz).
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SPY 16K00F3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
51,000000
51,064000
51,116000
51,180000
51,244000
51,308000
51,372000
51,436000
51,500000
51,564000
51,628000
51,692000
51,756000
51,820000
51,884000
51,948000
52,000000
52,064000
52,128000
52,192000
52,256000
52,320000
52,384000
52,448000
52,512000
52,576000
52,640000
52,704000
52,768000
52,832000
52,896000
52,960000
53,024000
53,088000
53,152000
53,216000
53,280000
53,344000
53,408000
53,472000
53,536000
53,600000
53,664000
53,728000
53,792000
53,856000
53,920000
53,984000
f [MHz]
Figura 4.38: Percentual de ocupação por tempo de medida do SPY na modalidade FM.
59
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 20 dBμV a 117 dBμV, havendo picos
acima de 150 dBμV nas freqüências 52,000 MHz, 53,344 MHz e 53,888 MHz.
Potência Máxima - SPY 16K00F3E
-100,0
-50,0
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
51,000000
51,064000
51,116000
51,180000
51,244000
51,308000
51,372000
51,436000
51,500000
51,564000
51,628000
51,692000
51,756000
51,820000
51,884000
51,948000
52,000000
52,064000
52,128000
52,192000
52,256000
52,320000
52,384000
52,448000
52,512000
52,576000
52,640000
52,704000
52,768000
52,832000
52,896000
52,960000
53,024000
53,088000
53,152000
53,216000
53,280000
53,344000
53,408000
53,472000
53,536000
53,600000
53,664000
53,728000
53,792000
53,856000
53,920000
53,984000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.39: Intensidade máxima do SPY na modalidade FM.
4.1.9.7 - Comum as Seis Modalidades do SPY
Na medição do SPY, encontraram-se em torno de 5100 portadoras, conforme 4.40.
Quantidade de Portadoras no SPY por Designação
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Quantidade
1K00A1A 3K00J3E 6K00G3E 16K00F3E 16K00G3E 6K00A3E
Figura 4.40: Quantidade de portadoras no SPY, por designação de emissão.
4.1.10 - Serviço de Televisão (STV)
60
O STV ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (54,000 – 72,000) MHz;
- (76,000 – 87,400) MHz: em conjunto com Equipamentos de Radiação
Restrita (SRR).
A designação utilizada para identificar o STV é a que consta da Tab. 2.9.
O STV tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 60 % na faixa destinada
para ele, ocorrendo uma plataforma de 80 % entre 71,750 MHz e 77,250 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - STV 6M00A3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
55,250000 58,250000 61,250000 64,250000 67,250000 70,250000 77,250000 80,250000 83,250000 86,250000
f [MHz]
Figura 4.41: Percentual de ocupação por tempo de medida do STV.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 28 dBμV a 200 dBμV, havendo picos
acima de 150 dBμV nas faixas:
- (55,250 – 56,750) MHz;
- (59,750 – 61,250) MHz;
- (67,250 – 68,750) MHz;
- (71,750 – 78,750) MHz;
- (81,750 – 83,250) MHz.
61
Potência Máxima - STV 6M00A3E
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
55,250000 59,750000 64,250000 68,750000 77,250000 81,750000 86,250000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.42: Intensidade máxima do STV.
Na medição do STV, encontraram-se 20 portadoras.
4.1.11 - Serviço Limitado (SL)
O SL ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (72,000 – 73,000) MHz: em conjunto com Equipamentos de Radiação
Restrita (SRR);
- (74,600 – 74,800) MHz: em conjunto com SRR;
- (75,400 – 76,000) MHz.
Optou-se pelas designações do tamanho da banda máxima e que detectasse AM e
FM. Portanto, 20K0A3EJN e 20K0F3EJN foram utilizadas para identificar o SL.
4.1.11.1 - AM DSB
O SL AM DSB tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 75 % na faixa
destinada para ele, sendo a maior ocupação entre 72,000 MHz e 72,980 MHz. O SRR
ocupa esta mesma faixa tendo um desvio de 10 kHz.
62
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SL 20K00A3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
72,020000 72,120000 72,220000 72,320000 72,420000 72,520000 72,620000 72,720000 72,820000 72,920000 74,620000 74,720000 75,420000 75,520000 75,620000 75,720000
f [MHz]
Figura 4.43: Percentual de ocupação por tempo de medida do SL na modalidade AM DSB.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 30 dBμV a 92 dBμV, havendo uma
faixa entre 72,520 MHz e 72,560 MHz acima de 90 dBμV.
Potência Máxima - SL 20K00A3E
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
72,
02000
0
72,1
2000
0
72,220
00
0
72,320000
72,420000
72,52000
0
7
2,62000
0
72,
72000
0
72,
82000
0
72,9
2000
0
74,6200
0
0
74,7200
0
0
75,420000
75,52000
0
7
5,62000
0
7
5,72000
0
75,
82000
0
75,920
00
0
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.44: Intensidade máxima do SL na modalidade AM DSB.
4.1.11.2 - FM
63
O SL FM tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 78 % na faixa
destinada para ele, sendo a maior ocupação entre 72,000 MHz e 72,040 MHz. O SRR
ocupa esta mesma faixa tendo um desvio de 10 kHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SL 20K00F3E
64,00%
66,00%
68,00%
70,00%
72,00%
74,00%
76,00%
78,00%
80,00%
82,00%
72,020000 72,120000 72,220000 72,320000 72,420000 72,520000 72,620000 72,720000 72,820000 72,920000 74,620000 74,720000 75,420000 75,520000 75,620000 75,720000
f [MHz]
Figura 4.45: Percentual de ocupação por tempo de medida do SL na modalidade FM.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 67 dBμV a 90 dBμV, sendo que a
faixa entre 72,520 MHz e 72,560 MHz se encontra a 90 dBμV.
Potência Máxima - SL 20K00F3E
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
72,
02000
0
72,1
2000
0
72,220
00
0
72,320000
72,420000
72,52000
0
7
2,62000
0
72,
72000
0
72,
82000
0
72,9
2000
0
74,6200
0
0
74,7200
0
0
75,420000
75,52000
0
7
5,62000
0
7
5,72000
0
75,
82000
0
75,920
00
0
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.46: Intensidade máxima do SL na modalidade FM.
64
4.1.11.3 - Comum as Duas Modalidades do SL
Na medição do SL, encontraram-se 178 portadoras, conforme 4.47.
Quantidade de Portadoras no SL por Designação
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Quantidade
20K00A3E 20K00F3E
Figura 4.47: Quantidade de portadoras no SL, por designação de emissão.
4.1.12 - Serviço de Radionavegação Aeronáutica (SRNA)
O SRNA ocupa o Espectro de Radiofreqüências nas seguintes faixas:
- (74,800 – 75,200) MHz;
- (108,000 – 117,975) MHz.
A designação identifica o SRNA está definida no item 2.3.13.1.
O SRNA AM DSB tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 25 % na
faixa destinada para ele, sendo a maior ocupação entre 74,800 MHz e 74,812 MHz.
65
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SRNA 6K00A3E
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
74,800000 74,824000 74,854000 74,878000 74,914000 74,962000 74,986000 75,004000 75,064000 75,088000 75,130000 75,160000 108,000000
f [MHz]
Figura 4.48: Percentual de ocupação por tempo de medida do SRNA na modalidade AM DSB.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre -15 dBμV a -10 dBμV, ocorrendo três
as faixas acima de 0 dBμV.
- (74,800 – 74,812) MHz;
- (74,998 – 75,004) MHz;
- (108,000 – 108,012) MHz.
Potência Máxima - SRNA 6K00A3E
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
74,800000 74,824000 74,854000 74,878000 74,914000 74,962000 74,986000 75,004000 75,064000 75,088000 75,130000 75,160000 108,000000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.49: Intensidade máxima do SRNA na modalidade AM DSB.
66
Na medição do SRNA, encontraram-se em torno de 400 portadoras.
4.1.13 - Serviço de Radiodifusão em Freqüência Modulada (SFM)
O SFM ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa de 87,800 MHz a 108,000
MHz.
A designação utilizada para identificar o SFM está no item 2.3.14.
O SFM tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 80 % na faixa destinada
para ele.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SFM 300K00F3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
87,700000 89,100000 90,500000 91,900000 93,300000 94,700000 96,100000 97,500000 98,900000 100,300000 101,700000 103,100000 104,500000 105,900000 107,300000
f [MHz]
Figura 4.50: Percentual de ocupação por tempo de medida do SFM.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 50 dBμV a 192 dBμV.
67
Potência Máxima - SFM 300K00F3E
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
87,700000
88,300000
88,900000
89,500000
90,100000
90,700000
91,300000
91,900000
92,500000
93,100000
93,700000
94,300000
94,900000
95,500000
96,100000
96,700000
97,300000
97,900000
98,500000
99,100000
99,700000
100,300000
100,900000
101,500000
102,100000
102,700000
103,300000
103,900000
104,500000
105,100000
105,700000
106,300000
106,900000
107,500000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.51: Intensidade máxima do SFM.
Na medição do SFM, encontraram-se 100 portadoras.
4.1.14 - Serviço Especial de Rádio Autocine (SERAC)
O SERAC ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa de 88,000 MHz a
108,000 MHz.
A designação utilizada para identificar o SERAC está no item 2.3.15.
O SERAC tem a ocupação no tempo de medida, em média, a 80 % na faixa
destinada para ele.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SERAC 180K00F3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
88,000000 89,260000 90,520000 91,780000 93,040000 94,300000 95,560000 96,820000 98,080000 99,340000 100,600000 101,860000 103,120000 104,380000 105,640000
f [MHz]
Figura 4.52: Percentual de ocupação por tempo de medida do SERAC.
68
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 50 dBμV a 192 dBμV.
Potência Máxima - SERAC 180K00F3E
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
88,000000
88,540000
89,080000
89,620000
90,160000
90,700000
91,240000
91,780000
92,320000
92,860000
93,400000
93,940000
94,480000
95,020000
95,560000
96,100000
96,640000
97,180000
97,720000
98,260000
98,800000
99,340000
99,880000
100,420000
100,960000
101,500000
102,040000
102,580000
103,120000
103,660000
104,200000
104,740000
105,280000
105,820000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.53: Intensidade máxima do SERAC.
Na medição do SERAC, encontraram-se 101 portadoras.
4.1.15 - Serviço Móvel Aeronáutico (SMA)
O SMA ocupa o Espectro de Radiofreqüências na faixa de 117,975 MHz a 136,000
MHz.
A designação utilizada para identificar o SMA está na Tab. 2.10.
4.1.15.1 - AM DSB com banda máxima de 12,5 kHz
O SMA AM DSB com banda máxima de 12,5 kHz tem a ocupação no tempo de
medida, em média, a 37 % na faixa destinada para ele, sendo a maior ocupação entre
117,975 MHz e 118,000 MHz.
69
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SMA 10K00A3E
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
117,975000 118,025000 118,087500 118,137500 118,212500 118,312500 118,362500 118,400000 118,525000 118,575000 118,662500 118,725000 120,062500
f [MHz]
Figura 4.54: Percentual de ocupação por tempo de medida do SMA na modalidade AM DSB 12,5 kHz.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre -15 dBμV a 40 dBμV.
Potência Máxima - SMA 10K00A3E
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
117,975000 118,025000 118,087500 118,137500 118,212500 118,312500 118,362500 118,400000 118,525000 118,575000 118,662500 118,725000 120,062500
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.55: Intensidade máxima do SMA na modalidade AM DSB 12,5 kHz.
4.1.15.2 - AM DSB com banda máxima de 25 kHz
70
O SMA AM DSB com banda máxima de 25 kHz tem a ocupação no tempo de
medida, em média, a 50 % na faixa destinada para ele, sendo a maior ocupação entre
118,000 MHz e 119,550 MHz.
Percentual de Ocupação por Tempo de Medida - SMA 20K00A3E
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
117,975000 118,100000 118,225000 118,350000 118,475000 118,600000 118,725000 118,850000 118,975000 119,100000 119,225000 119,350000 119,475000 119,600000 119,725000
f [MHz]
Figura 4.56: Percentual de ocupação por tempo de medida do SMA na modalidade AM DSB 25 kHz.
A intensidade máxima nesta faixa varia entre 25 dBμV a 107 dBμV.
Potência Máxima - SMA 20K00A3E
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
117,975000 118,100000 118,225000 118,350000 118,475000 118,600000 118,725000 118,850000 118,975000 119,100000 119,225000 119,350000 119,475000 119,600000 119,725000
f [MHz]
Pmáx(dBµV)
Figura 4.57: Intensidade máxima do SMA na modalidade AM DSB 25 kHz.
4.1.15.3 - Comum as Duas Modalidades do SMA
71
Na medição do SMA, encontraram-se em torno de 1100 portadoras, conforme 4.58.
Quantidade de Portadoras no SMA por Designação
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Quantidade
10K00A3E 20K00F3E
Figura 4.58: Quantidade de portadoras no SMA, por designação de emissão.
4.2 - Análise
Como dito anteriormente, a idéia da pesquisa é verificar a ocupação no espectro de
radiofreqüência, sem a preocupação se a portadora identificada pertence a um serviço
regular ou não. Além do percentual de ocupação do Espectro de Radiofreqüências por
faixa e designação de emissão em cada serviço, realizou-se uma avaliação do ruído de
fundo, onde ele é a média das intensidades média, em dBμV, para cada freqüência medida
na faixa analisada. Para cada curva obtida é apresentada uma interpolação logarítmica.
4.3.1 - Serviço Auxiliar ao Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC)
A simulação de uma portadora maior por um conjunto de portadoras menores não
ficou caracterizada no caso do STFC, pois a quantidade de portadoras na telefonia em FM
é uma quantidade menor desproporcional a telefonia AM DSB. Isto também ocorre entre
as outras designações de emissão.
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo STFC está representado na figura 4,59.
72
Ruído de Fundo STFC
-60,0
-50,0
-40,0
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
30,000 33,750 33,915 34,830 36,000 37,500 38,250 38,570 39,830 39,986 40,020 40,980 41,015 42,540 42,980 43,700 47,000 48,700
f [MHz]
Pm(dBµV)
1K00A1A 2K70J3E 6K00A3E 16K00F3E Log. (1K00A1A) Log. (2K70J3E) Log. (6K00A3E) Log. (16K00F3E)
Figura 4.59: Ruído de fundo na faixa do STFC, por designação de emissão.
Constata-se que o ruído de fundo cresce com o aumento da banda máxima e
decresce com o deslocamento para o fim da faixa do STFC.
Também, comparando esta com as figuras de intensidade máxima das designações
de emissão do STFC, verifica-se que a relação sinal-ruído melhora quando se desloca para
o fim da faixa analisada.
Com base nas figuras de percentuais de ocupação no tempo de medida em cada
designação, chega-se a figura 4.60, onde está representada a ocupação por faixa do STFC,
de acordo com a designação.
73
Percentual de Ocupação por Faixa do STFC
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
30,000 33,750 33,915 34,830 36,000 37,500 38,250 38,570 39,830 39,986 40,020 40,980 41,015 42,540 42,980 43,700 47,000 48,700
Faixas [MHz]
1K00A1A 2K700J3E 6K00A3E 16K00F3E
Figura 4.60: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do STFC.
O destaque é a utilização da telegrafia, principalmente nas faixas de 38,570 MHz a
38,729 MHz e de 48,700 MHz e 50,000 MHz.
4.3.1.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre STFC e SRR
Conforme o Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação
Restrita, três faixas são também destinadas para o SRR [23], a saber:
- (40,660 – 40,700) MHz: Dispositivos de operação periódica;
- (43,700 – 47,000) MHz: Telefone sem cordão;
- (48,700 – 50,000) MHz: Telefone sem cordão.
Para dispositivos de operação periódica, a intensidade de campo elétrico é 2.250
μV/m, sendo esta a uma distância de 3 m do dispositivo emissor.
Para telefone sem cordão, a intensidade de campo elétrico é 10.000 μV/m, também
a uma distância de 3 m do emissor.
No caso da faixa destinada aos dispositivos de operação periódica, encontrou-se o
valor máximo de 36 dBμV no STFC. Baseado nas equações para densidade de intensidade
equivalente existentes na Res. ANATEL 303/02 [24], tem-se:
377
2
E
S
eq
= (Eq.4.1)
2
4
)56,264,1(
r
erp
S
eq
π
×
=
(Eq.4.2)
onde:
S
eq
– densidade de intensidade equivalente [W/m
2
];
74
E – intensidade de campo elétrico [V/m];
erp – potência efetivamente radiada [W];
r – distância da antena [m].
Igualando as equações 4.1 e 4.2,
π
π
4
)56,264,1377(
4
)56,264,1(
377
22
2
2
××
=
×
=
erp
rE
r
erpE
(Eq.4.3)
Sabe-se que
r
V
E =
(Eq.4.4)
R
V
erp
2
= (Eq.4.5)
onde:
V – diferença de potencial [V];
R – resistência de irradiação [].
Igualando as equações 4.3 e 4.4, com relação a diferença de potencial,
RerprE ×=×
2
)( (Eq. 4.6)
Comparando com a Eq. 4.3, conclui-se que a resistência de irradiação é dada por
Ω=
××
= 2231,11
4
56,264,1377
π
R
Calculando a potência irradiada (erp) dos dois serviços, tem-se
pWerpVV
STF
C
STFC
7,35410,6310
6
20
36
===
μ
Quando os equipamentos de dispositivos de operação periódica estão emitindo
sinal, esta emissão não chega a 1 % da intensidade de campo elétrico permitido no seu
regulamento. Portanto, utilizando E
1%
=(2.250 x 0,01) μV/m = 22,50 μV/m,
()
pW
R
rE
erp
SRR
SRR
0,406
2
%1
==
Como, a razão entre as distâncias é
SRRSTFCSRR
SRR
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 8736,0==
Se os serviços mantiverem a razão acima calculada, a interferência de mútua dos
serviços, a priori, será nula.
75
Seguindo os mesmos passos para o caso do telefone sem cordão, para a sua
primeira faixa (43,700 MHz a 47,000 MHz), e sabendo que se encontrou o valor máximo
de 58 dBμV no STFC,
nWerpVV
STF
C
STFC
22,563,79410
6
20
58
===
μ
Quando os aparelhos de telefone sem cordão estão emitindo sinal, esta emissão não
chega a 5 % da intensidade de campo elétrico permitido no seu regulamento. Portanto,
utilizando E
5%
=(10.000 x 0,05) μV/m = 500,0 μV/m,
()
nW
R
rE
erp
SRR
SRR
5,200
2
%5
==
A razão resulta em
SRRSTFCSRR
SRR
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 5296,0==
Para a segunda faixa do caso do telefone sem cordão (48,700 MHz a 50,000 MHz),
e sabendo que se encontrou o valor máximo de 55 dBμV no STFC,
nWerpVV
STF
C
STFC
18,283,56210
6
20
55
===
μ
Como os aparelhos de telefone sem cordão apresentam as mesmas características
tanto na primeira faixa como na segunda, tem-se a seguinte resultado para razão:
SRRSTFCSRR
SRR
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 3749,0==
4.3.2 - Serviço de Pesquisa Espacial (SPE)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SPE está representado na figura 4.61.
76
Ruído de Fundo SPE
-30,0
-25,0
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
30,000 39,986 40,980
f [MHz]
Pm(dBµV)
3K00J3E Log. (3K00J3E)
Figura 4.61: Ruído de fundo na faixa do SPE, por designação de emissão.
Constata-se que o ruído de fundo cresce com o deslocamento para o fim da faixa do
SPE.
Como só ocorreu ocupação do espectro apenas na freqüência 40,983 MHz, para a
faixa que a contém (40,980 MHz a 41,015 MHz), o percentual de ocupação é de 8,33 %
com Intensidade máxima foi de 22 dBμV.
4.3.2.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre STFC e SPE
Como só se obteve ocupação apenas na faixa entre 40,980 MHz a 41,015 MHz no
SPE, para esta mesma faixa encontrou-se o valor máximo de 36 dBμV no STFC.
Calculando a potência irradiada (erp) dos dois serviços, tem-se
pWerpVV
STF
C
STFC
7,35410,6310
6
20
36
===
μ
pWerpVV
SP
E
SPE
12,1459,1210
6
20
22
===
μ
Como, a razão entre as distâncias é
SPESTFCSPE
SPE
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 012,5==
Se os serviços mantiverem a razão acima calculada, a interferência de mútua dos
serviços, a priori, será nula.
77
4.3.3 - Serviço de Rádio-Táxi (SRT)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SRT está representado na figura 4.62.
Ruído de Fundo SRT
-40,0
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
33,555 33,820 34,475 34,740 38,320 38,740
f [MHz]
Pm(dBµV)
6K00A3E 16K00F3E Log. (6K00A3E) Log. (16K00F3E)
Figura 4.62: Ruído de fundo na faixa do SRT, por designação de emissão.
Constata-se que o ruído de fundo cresce com o deslocamento para o fim da faixa
para o SRT FM e diminui para o SRT AM DSB.
Com base nas figuras de percentuais de ocupação no tempo de medida em cada
designação, chega-se a figura 4.63, onde está representada a ocupação por faixa do SRT,
de acordo com a designação.
78
Percentual de Ocupação por Faixa do SRT
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
33,555 33,820 34,475 34,740 38,320 38,740
Faixas [MHz]
6K00A3E 16K00F3E 16K00F3E
Figura 4.63: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SRT.
A faixa de do SRT, conforme a figura, está bem ocupada pelo serviço, sendo,
principalmente se for levando em conta que das seis faixas destinadas para ele, apenas duas
estão em 90 % e 80 % de ocupação.
4.3.4 - Serviço Especial de Radiochamada (SER)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SER é 17,6 dBμV. A ocupação da faixa
do SER é 100 %, sendo esta ocupação mais intensa no fim da faixa, como já mencionado
nos resultados.
4.3.5 - SRA
Os ruídos de fundo para a faixa ocupada pelo SRA foram -8,5 dBμV para AM SSB,
-52,9 dBμV para AM DSB e -52,7 dBμV para FM.
Constata-se que o ruído de fundo cresce com o aumento da banda máxima e
decresce com o deslocamento para o fim da faixa do SRA.
Também, comparando esta com as figuras de intensidade máxima das designações
de emissão do SRA, verifica-se que a relação sinal-ruído melhora quando se desloca para o
fim da faixa analisada, principalmente na faixa entre 37,500 MHz e 38,250 MHz.
Com base nas figuras de percentuais de ocupação no tempo de medida em cada
designação, chega-se a figura 4.64, onde está representada a ocupação por faixa do SRA,
de acordo com a designação.
79
Percentual de Ocupação por Faixa do SRA
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
37,500 44,600 51,700 58,800 65,900 73,000
Faixas [MHz]
3K00J3E 20K00A3E 20K00F3E
Figura 4.64: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SRA.
4.3.5.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre STFC e SRA
Estes dois serviços utilizam a mesma faixa de radiofreqüência entre 37,500 MHz e
38,250 MHz. Nesta faixa, encontrou-se o valor máximo de -2 dBμV no STFC AM SSB e
27 dBμV no SRA. Calculando a potência irradiada (erp) dos dois serviços, tem-se
fWerpnVV
STF
C
STFC
22,563,79410
6
20
2
===
pWerpVV
SRA
SRA
66,4439,2210
6
20
27
===
μ
Como, a razão entre as distâncias é
SRASTFCSRA
SRA
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 03548,0==
Se os serviços mantiverem, no mínimo, a razão acima calculada, a interferência de
mútua dos serviços, a priori, será nula.
4.3.6 - Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos (SARC)
80
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SARC foi 36,4 dBμV, com uma
ocupação por faixa de 100 %. Constata-se que a relação sinal-ruído melhora quando se
desloca para o fim da faixa analisada.
4.3.6.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre STFC e SARC
Estes dois serviços utilizam a mesma faixa de radiofreqüência entre 42,550 MHz e
42,970 MHz. Nesta faixa, encontrou-se o valor máximo de 39 dBμV no STFC FM e 52
dBμV no SARC. Calculando a potência irradiada (erp) dos dois serviços, tem-se
pWerpVV
STF
C
STFC
8,70713,8910
6
20
39
===
μ
nWerpVV
SAR
C
SARC
12,141,39810
6
20
52
===
μ
Como, a razão entre as distâncias é
SARCSTFCSARC
SARC
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 2239,0==
Se os serviços mantiverem, no mínimo, a razão acima calculada, a interferência de
mútua dos serviços, a priori, será nula.
4.3.7 - Serviço Especial de Supervisão e Controle (SESC)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SESC foi 45,1 dBμV, com uma
ocupação por faixa de 100 %. Constata-se que a relação sinal-ruído melhora quando se
desloca para o fim da faixa analisada.
4.3.7.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre STFC e SESC
Estes dois serviços utilizam a mesma faixa de radiofreqüência entre 47,000 MHz e
48,700 MHz. Nesta faixa, encontrou-se o valor máximo de 46 dBμV no STFC telegrafia e
76 dBμV no SESC. Calculando a potência irradiada (erp) dos dois serviços, tem-se
nWerpVV
STF
C
STFC
547,35,19910
6
20
46
===
μ
WerpmVV
SES
C
SESC
μ
547,3310,610
6
20
76
===
81
Como, a razão entre as distâncias é
SESCSTFCSESC
SESC
STFC
STFC
rrr
erp
erp
r 03162,0==
Se os serviços mantiverem, no mínimo, a razão acima calculada, a interferência de
mútua dos serviços, a priori, será nula.
4.3.8 - Serviço de Radioamador (SPY)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SPY é muito alto, como se constata na
figura 4.65:
Ruído de Fundo SPY
-80,0
-60,0
-40,0
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
50,000 50,100 50,600 51,000 51,100 52,000
f [MHz]
Pm(dBµV)
1K00A1A 2K70J3E 6K00G3E 16K00F3E 16K00G3E 6K00A3E
Log. (1K00A1A) Log. (2K70J3E) Log. (6K00G3E) Log. (16K00F3E) Log. (16K00G3E) Log. (6K00A3E)
Figura 4.65: Ruído de fundo na faixa do SPY, por designação de emissão.
Inferi-se da figura acima que o ruído de fundo cresce com o aumento da banda
máxima como o deslocamento para o fim da faixa do SPY.
Também, comparando esta com as figuras de intensidade máxima das designações
de emissão do SPY, verifica-se que a relação sinal-ruído, quando se desloca para o fim da
faixa analisada, melhora para as modalidades AM SSB e PM com banda máxima de 16
kHz, piora para as modalidades telegrafia e CW, AM DSB e FM, e é constante para a
modalidade PM 6 kHz.
Com base nas figuras de percentuais de ocupação no tempo de medida em cada
designação, chega-se a figura 4.66, onde está representada a ocupação por faixa do SPY,
de acordo com a designação.
82
Percentual de Ocupação por Faixa do SPY
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
50,000 50,100 50,600 51,000 51,100 52,000
Faixas [MHz]
1K00A1A 3K000J3E 6K00G3E 16K00F3E 16K00G3E 6K00A3E
Figura 4.66: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SPY.
4.3.8.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre SPY e SRR
Conforme o Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação
Restrita, duas faixas são também destinadas para o SRR, a saber:
- (50,080 – 50,980) MHz: Sistemas de telecomando;
- (53,100 – 53,800) MHz: Sistemas de telecomando.
Para dispositivos de sistemas de telecomando, a intensidade máxima da portadora
na saída do transmissor, sob qualquer condição de modulação, não deve exceder os limites
de 1 W.
Os valores máximos do SPY foram 142 dBμV e 165dBμV, respectivamente para a
primeira e segunda faixas supracitadas. Seguindo o mesmo cálculo do item 4.3.1.1, tem-se
para primeira faixa (50 MHz):
WerpVV
SP
Y
SPY
12,1459,1210
6
20
142
===
A razão resulta em
SRRSPYSRR
SRR
SPY
SPY
rrr
erp
erp
r 758,3==
Para a segunda faixa (53 MHz), tem-se
83
kWerpVV
SP
Y
SPY
818,28,17710
6
20
165
===
SRRSPYSRR
SRR
SPY
SPY
rrr
erp
erp
r 08,53==
4.3.9 - Serviço de Televisão (STV)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo STV é muito alto, como se constata na
figura 4.67:
Ruído de Fundo STV
105,45
105,50
105,55
105,60
105,65
105,70
105,75
105,80
105,85
105,90
105,95
54,000 76,000
f [MHz]
Pm(dBµV)
6M00A3E Log. (6M00A3E)
Figura 4.67: Ruído de fundo na faixa do STV, por designação de emissão.
Inferi-se da figura acima que o ruído de fundo decresce com o deslocamento para o
fim da faixa do STV.
Com base na figura de percentual de ocupação no tempo de medida, chega-se a
figura 4.68, onde está representada a ocupação por faixa do STV.
Também, pela análise das figuras 4.41 e 4.42, verifica-se a presença do canal 5, o
qual não existe autorização para o Serviço de Som e Imagem, o que leva a conclusão de
um provável canal de Serviço de Retransmissão de Televisão.
A QUANTIDADE DE PORTADORAS ENCONTRADAS, EM NÚMERO DE 20, INCLUEM NÃO O
SERVIÇO DE SOM E IMAGEM, MAS TAMBÉM OS SERVIÇOS DE RETRANSMISSÃO DE
TELEVISÃO E REPETIÇÃO DE TELEVISÃO.
84
Percentual de Ocupação por Faixa do STV
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
54,000 76,000
Faixas [MHz]
6M00A3E
Figura 4.68: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do STV.
4.3.10 - Serviço Limitado (SL)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SL é muito alto, como se constata na
figura 4.69:
Ruído de Fundo SL
71,4
71,6
71,8
72,0
72,2
72,4
72,6
72,8
73,0
73,2
72,000 74,600 75,200
f [MHz]
Pm(dBµV)
20K00A3E 20K00F3E Log. (20K00A3E) Log. (20K00F3E)
Figura 4.69: Ruído de fundo na faixa do SL, por designação de emissão.
85
Inferi-se da figura acima que o ruído de fundo decresce com o deslocamento para o
fim da faixa do SL.
Também, comparando esta com as figuras de intensidade máxima das designações
de emissão do SL, verifica-se que a relação sinal-ruído, quando se desloca para o fim da
faixa analisada, é praticamente constante para as suas duas modalidades.
Com base nas figuras de percentuais de ocupação no tempo de medida em cada
designação, chega-se a figura 4.70, onde está representada a ocupação por faixa do SL, de
acordo com a designação.
Percentual de Ocupação por Faixa do SL
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
72,000 74,600 75,200
Faixas [MHz]
20K00A3E 20K00F3E
Figura 4.70: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SL.
4.3.10.1 - Uso mútuo do Espectro de Radiofreqüências entre SL e SRR
Conforme o Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação
Restrita, três faixas são também destinadas para o SRR deslocadas de 10 kHz, a saber:
- (72,000 – 73,000) MHz: Sistemas de telecomando e dispositivo de
auxílio auditivo;
- (74,600 – 74,800) MHz: Dispositivo de auxílio auditivo;
- (75,200 – 76,000) MHz: Dispositivo de auxílio auditivo.
Para dispositivos de sistemas de telecomando, a intensidade máxima da portadora
na saída do transmissor, sob qualquer condição de modulação, não deve exceder os limites
de 750 mW. Para dispositivos de auxílio auditivo, a intensidade de campo elétrico não
deve exceder 80 mV/m a 3 m de distância do equipamento.
Como o SRR ocupa, no todo, a mesma do SL deslocada de 10 kHz, o valor máximo
do SL foi 92 dBμV. Seguindo o mesmo cálculo do item 4.3.1.1, tem-se para primeira
faixa:
86
WerpmVV
SL
SL
μ
2,14181,3910
6
20
92
===
Para o sistema de telecomando, a razão resulta em
SRRSLSRR
SRR
SL
SL
rrr
erp
erp
r 01372,0==
Para dispositivo de auxílio auditivo, tem-se
()
nW
R
rE
erp
SRR
SRR
SRR
9,801
2
==
SRRSLSRR
SRR
SL
SL
rrr
erp
erp
r 27,13==
4.3.11 - Serviço de Radionavegação SRNA
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SRNA é mostrado na figura 4.71:
Ruído de Fundo SRNA
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
74,800 108,000
f [MHz]
Pm(dBµV)
6K00A3E Log. (6K00A3E)
Figura 4.71: Ruído de fundo na faixa do SRNA, por designação de emissão.
Pela análise da figura acima, verifica-se que o ruído de fundo cresce com o
deslocamento para o fim da faixa do SRNA.
87
Também, comparando esta com as figuras de intensidade máxima das designações
de emissão do SRNA, verifica-se que a relação sinal-ruído diminui, quando se desloca para
o fim da faixa analisada.
Com base na figura de percentual de ocupação no tempo de medida, chega-se a
figura 4.72, onde está representada a ocupação por faixa do SRNA, de acordo com a
designação.
Percentual de Ocupação por Faixa do SRNA
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
74,800 108,000
Faixas [MHz]
6K00A3E
Figura 4.72: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SRNA.
4.3.12 - Serviço de Radiodifusão em Freqüência Modulada (SFM)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SFM foi 135,8 dBμV, com uma
ocupação por faixa de 100 %. Constata-se que a relação sinal-ruído piora quando se
desloca para o fim da faixa analisada.
No Distrito Federal, o Serviço de Radiodifusão Comunitária estão distribuídos nos
canais 199 e 200, não ocorrendo ocupação no canal 198 (87,5 MHz).
4.3.13 - Serviço Especial de Rádio Autocine (SERAC)
O ruído de fundo para a faixa ocupada pelo SFM foi 135,1 dBμV, com uma
ocupação por faixa de 90,18 %. Constata-se que a relação sinal-ruído piora quando se
desloca para o fim da faixa analisada.
4.3.14 - Serviço Móvel Aeronáutico (SMA)
Os ruídos de fundo para as faixas ocupadas pelo SMA AM DSB foram 9,1 dBμV e
22,8 dBμV respectivamente para 10 kHz a 20 kHz.
Constata-se que o ruído de fundo cresce com o aumento da banda máxima e
decresce com o deslocamento para o fim da faixa do SMA.
88
Com base nas figuras de percentuais de ocupação no tempo de medida em cada
designação, chega-se a figura 4.73, onde está representada a ocupação por faixa do SMA,
de acordo com a designação.
Percentual de Ocupação por Faixa do SMA
0%
20%
40%
60%
80%
100%
117,975
Faixas [MHz]
10K00A3E 20K00F3E
Figura 4.73: Percentual de ocupação por faixa e designação de emissão do SMA.
4.3.15 - Ocupação do Espectro de Radiofreqüências entre 30 MHz e 136 MHz
Com base nas análises expostas anteriormente e unificando todas as figuras que
mostram os percentuais de ocupação por faixa, levando em consideração os diversos
serviços, tem-se o seguinte Mapa da Ocupação do Espectro de Radiofreqüências para a
Faixa de 30 MHz a 136 MHz:
Ocupação do Espectro do Distrito Federal na Faixa de 30 MHz a 136 MHz
0%
20%
40%
60%
80%
100%
30,000
30,010
33,555
33,750
33,820
33,915
34,475
34,740
34,830
35,550
36,000
37,500
38,250
38,320
38,570
38,740
39,830
39,986
40,020
40,980
41,015
42,540
42,980
43,700
47,000
48,040
48,140
48,700
50,000
50,100
50,600
51,000
51,100
52,000
54,000
72,000
73,000
74,600
74,800
75,200
76,000
87,800
88,000
108,000
117,975
Freqüência [MHz]
Percentual de Ocupação (%)
STFC SOE SPE SRT SER SRA SARC SESC SPY STV SL SRNA SFM SERAC SMA
89
Figura 4.74: Ocupação do Espectro de Radiofreqüências no Distrito Federal por serviço.
O STFC é o serviço que mais tem faixas designadas. Apenas na faixa de 30,010
MHz a 33,555 MHz a ocupação deixou de atingir 100 %, ficando em 91,35 %.
O SPE, apesar de possuir três faixas, ocupa apenas a faixa de 40,980 MHz a 41,015
MHz, com percentual de 8,33 %. Esta faixa também é ocupada pelo STFC.
O SRT, junto com o SPY, é o segundo serviço que mais possui faixas no espectro
estudado. No caso do SRT, as faixas de 33,820 MHz a 33,915 MHz e 34,740 MHz a
34,830 MHz tem ocupação de 90 % e 80 % respectivamente.
No SRA, a faixa de 37,500 MHz a 38,250 MHz apresenta uma ocupação de 54,18
%. Na outra faixa a ocupação é de 100 %, principalmente devido a ocupação simultânea
das duas designações de emissão do serviço.
O SPY apresenta uma ocupação de 60,40 % na faixa 50,000 MHz a 50,100 MHz.
No SRNA, a ocupação do espectro na faixa de 74,800 MHz a 75,200 MHz é 65 % e
na faixa de 108 MHz a 117,975 MHz é de 40 %.
No SERAC, apesar de ocupar a mesma faixa da radiodifusão FM, apresenta uma
ocupação de 90,18 %.
Com a intenção de comparar a ocupação recomendada pela UIT e a ocupação
definida pela ANATEL com o resultado obtido nesta pesquisa, foi realizando a
compactação das faixas de freqüência da Fig. 4.73 conforme apresentada nas Fig. 2.2 e 2.4,
onde foram adotados os seguintes critérios:
- O STFC é comparado com serviço fixo, tanto na ocupação da UIT como
da ANATEL;
- O SL é comparado com o serviço móvel da UIT e os serviços móvel e
móvel terrestre da ANATEL, sendo compreendido pelo SL, além dos
serviços SER, SRT e SESC;
- A radiodifusão compreende o SARC, STV, SFM e SERAC.
Ocupação do Espectro de Radiofreqüência entre 30 MHz e 136 MHz no Distrito Federal
0%
20%
40%
60%
80%
100%
30.00
0
30.00
5
30.010
37.500
38.2
5
0
39
.98
6
40.02
0
40.98
0
41.01
5
50.00
0
54.000
72
.00
0
7
3.00
0
7
4.60
0
74.80
0
75.20
0
76.000
88.0
0
0
10
8
.
0
00
1
17
.
9
75
f[kHz]
Ocupaçao do Serviço
STFC SL SOE SPE SRA Radiodifusão SPY SRNA SMA
Figura 4.75: Ocupação do espectro comparativo de radiofreqüência no Distrito Federal.
90
Ao comparar, percebe-se que
- As duas primeiras faixas são ocupadas unicamente pelo STFC, devido
aos demais serviços inexistirem nesta faixa;
- Na quarta faixa aparecem o STFC e o SRA. O SL, que é o móvel tanto
na UIT como na ANATEL, não ocupa esta faixa;
- A sexta e a sétima faixas são ocupadas somente pelo STFC, enquanto
nos espectros da UIT e da ANATEL são reservados para a sexta faixa a
pesquisa espacial e o móvel, sendo para a ANATEL o móvel terrestre;
- Na oitava faixa ocorre a presença, conforme proposto pela UIT e
definido pela ANATEL, do SPE com 8 %, sendo o restante da faixa
ocupada apenas no STFC;
- Na nona faixa foi detectado, além do colocado pela UIT e ANATEL, o
13 % de SARC;
- Nas faixas iniciadas com 72,000 MHz, 74,600 MHz e 75,200 MHz
foram detectados ocupação apenas pelo SL;
- Apesar da UIT recomendar a utilização por serviços fixo e móvel na
faixa de 76 MHz, a ANATEL define esta faixa unicamente para
radiodifusão, o que é confirmado pela presente pesquisa.
Outra comparação é feita com as Fig. 2.3 e 2.5 com a figura 4.76, onde foram
adotados os mesmos critérios para a construção da Fig. 4.74:
Análise Percentual da Ocupação do Espectro do DF
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
55,00%
STFC SL SOE SPE SRA Radiodifusão SPY SRNA SMA
Serviços
Percentual
Serviço BW
Figura 4.76: Análise percentual da ocupação do espectro do Distrito Federal.
Ao analisar as figuras, percebe-se que
- A recomendação feita pela UIT para os serviços fixos e móveis mostra
uma diferença percentual em torno de 8% entre o percentual reservado
para o serviço na faixa estuda e o percentual de banda utilizada pelos
91
serviços. A ANATEL passa esta diferença para 16 %, enquanto na
medição esta diferença é 19 % para o STFC e 2 % para o SL;
- No DF, o SOE e o SPE tem um percentual inexpressivo, havendo
apenas detecção do SPE;
- Com relação a faixa reserva para a radiodifusão, a UIT recomenda 8 %,
a ANATEL define 10 % e a medição resulta em 13 %. Para a banda, a
UIT recomenda 28 %, a ANATEL define 47 % e a medição resulta em
50 %;
- No radioamador ocorre uma inversão de valores, onde o percentual da
banda é superior ao percentual reservado para o serviço, no caso da
medição realizada. No entanto os valores são bem próximos, indicando
um equilíbrio entre a utilização da banda e a parte do espectro reservado
para tal;
- O fato da radiodifusão acontece no SRNA e SMA, que no Brasil estão
sob a responsabilidade das forças armadas, apesar de ser regulamentado
pela ANATEL. Não ocorre o equilíbrio recomendado pela UIT e
definido pela ANATEL, no caso do SRNA.
Para o ruído de fundo tem-se o ruído por faixa e por serviço conforme mostrado nas
figuras que se seguem.
Ruído de Fundo por Serviço entre 30 MHz e 136 MHz no Distrito Federal
-50,0
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
STFC SOE SPE SRT SER SRA SARC SESC SPY STV SL SRNA SFM SERAC SMA
Serviços
Ruído
(dBµV)
Figura 4.77: Ruído de fundo por serviço.
A figura acima mostra que 13,33 % dos serviços na faixa analisada apresentam um
ruído de fundo 4,77 de 0 dBμV, sendo o SFM e o SERAC, os serviços de ruídos mais
elevados.
92
Ruído de Fundo por Faixa entre 30 MHz e 136 MHz no Distrito Federal
-5,0
20,0
45,0
70,0
95,0
120,0
145,0
170,0
195,0
30,000
30,010
33,555
33,750
33,820
33,915
34,475
34,740
34,830
35,550
36,000
37,500
38,250
38,320
38,570
38,740
39,830
39,986
40,020
40,980
41,015
42,540
42,980
43,700
47,000
48,040
48,140
48,700
50,000
50,100
50,600
51,000
51,100
52,000
54,000
72,000
73,000
74,600
74,800
75,200
76,000
87,800
88,000
108,000
117,975
f[MHz]
Ruído(dBµV)
Figura 4.78: Ruído de fundo por faixa.
Pela análise da figura acima, nota-se que, a partir da faixa de 50,600 MHz, ocorre
uma elevação no ruído de fundo, a qual ultrapassa a 45 dBμV, o que corresponde a 22,22
% das faixas estudadas.
4.3.16 - Problemas Encontrados
Alguns problemas foram identificados durante as medições. Estes problemas
serviram e servem para reavaliar a utilização do SGME, não só no Distrito Federal, mas
nos outros estados, onde se está verificando a ocorrência deles, quando o SGME é
colocado para realizar as mesmas tarefas. Alguns, como os descritos abaixo, já foram
solucionados e outros se encontram em estudo. De sorte que estes problemas estão
transformando-se em um sub-resultado deste trabalho de pesquisa.
4.3.16.1 - HF
Realizou-se uma bateria de teste utilizando o SGME, para se iniciar a mediação na
faixa do HF. No entanto, os registros conseguidos mostravam um sistema de comunicação
pulsante com apresentação aleatória e caminhante entre 20 MHz e 30 MHz; ou seja: ao
surgir uma portadora no início da faixa, esta passa a caminhar para o fim dela, com saltos
aleatórios maiores para fim do que para o início. Isto cria a sensação de que a onda pulsava
e caminhava. O mesmo fenômeno ocorria quando a primeira portadora surgia no fim da
faixa, fazendo-a andar para o início da faixa de medida.
A solução para a pesquisa foi o abandono da faixa de HF. No caso do SGME, uma
interação com o CIGE foi realizada, com o intuito de verificar a existência desta portadora
na faixa de HF. O CIGE não detectou e se passou a verificar problemas no aplicativo e nas
placas do receptor. Seguindo este caminho, os técnicos da ANATEL detectaram problema
nas placas de detecção. Esta foi substituída e o problema foi resolvido.
93
4.3.16.2 -
VHF (30,060 MHz)
Esta faixa compreende o SLP, e surgiu, durante as medidas pela Estação IBGE uma
simulação de radar, onde uma portadora varria o espectro em medida. Foi detectado pelos
técnicos da ANATEL que uma das placas de detecção estava com problema. Esta foi
substituída e o problema foi resolvido.
4.3.16.3 - VHF (126,899 MHz)
No SMA foi detectado sinal da rádio Câmara FM (96,9 MHz), utilizando a Estação
de Sobradinho. O problema foi solucionado com a diminuição da potência emitida pela
rádio Câmara FM.
4.3.16.4 - Aterramento
Em uma reincidência dos itens 4.3.16.1 e 4.3.16.2, detectou-se problema no
aterramento da Estação IBGE, ocasionado pelo rompimento da malha de terra devido a
terraplanagem na área da ERM2. Foi realizada a recomposição da malha de terra e está
sendo licitada obra para a redefinição desta.
4.3.17 - Ellipse
Como já mencionado na Metodologia, foi utilizado o Ellipse para realizar a
medição. A plataforma Ellipse estava abandonada devido a problemas no aplicativo de
programação de missão; ou seja: era impossível realizar medidas automatizadas, o que
significa ter a necessidade de caracterizar medida por medida, uma de cada vez. Ao usar o
Ellipse, as características das medidas são pré-definidas por serviço, sendo mais fácil e ágil
realizar uma remedida caso seja preciso. Também compararam-se as medidas diretamente
com as portadoras existes no SITAR, sendo inválido para os serviços militares de
telecomunicação, os quais são dados como não cadastrados.
Apesar das EM serem calibradas e certificadas, as ERM são apenas calibradas, não
tendo certificação. E este era um dos motivos que os agentes apresentavam para não
realizar as medidas pelo Ellipse, já que a medição realizada pelas ERM é desprovida de
valor legal, perante a legislação brasileira.
Dois outros problemas foram identificados no aplicativo do Ellipse na realização
das últimas medidas.
4.3.17.1 - Medidas das portadoras não-cadastradas
Na realização das medidas das portadoras não-cadastradas, é necessário realizar a
triangulação com a finalidade de identificar a direção de origem da portadora. No entanto,
devido a um problema ainda não identificado, o aplicativo que realiza esta tarefa, deixava
de rodar, derrubando todas as programações de missão.
Outro problema que acarretava também na derrubada das missões programadas foi
um defeito no módulo de recepção. Não havia mais módulo reserva.
Este problema encontrasse em espera para se realizar um estudo mais aprofundado
da questão.
94
4.3.17.2 -
Finalização das medidas da Estação do IBGE
As medidas terminavam, mas o aplicativo continuava registrando que a medida
ainda estava em andamento. Porém elas já haviam terminado. Foram verificados os
arquivos coletados para se ter a certeza se ainda estavam sendo realizadas as medidas. No
entanto, o último arquivo havia parado no horário programado. As demais missões das
medidas das portadoras cadastradas foram corrompidas e as portadoras não cadastradas
foram medidos normalmente.
Outro caso semelhante de finalização de medidas foi devido a erros na hora
programada e na execução do tempo determinado. Ex.: Foi definido para que a captura
fosse realizada às 18 h 20 min, sendo que no resultado apareceu a definição da captura
ficou em 20 h 18 min . Foi verificado se o arquivo das características da medição havia
sido corrompido. A hora definida estava correta; ou seja: 18 h 20 min. No entanto, quando
rodou, a captura foi realizada às 22 h 37 min, com apenas um minuto de duração.
4.3 - Finalidade
Sem perder a idéia de que a pesquisa é verificar a ocupação no Espectro de
Radiofreqüência, e sem se preocupar se a portadora identificada pertence a um serviço
regular ou não, os resultados obtidos apresentam o percentual de ocupação, a intensidade
máxima e a quantidade de portadoras por modalidade ou designação de serviço. Por meio
destes resultados, é possível realizar a análise da ocupação mútua dos serviços na mesma
faixa de freqüência, de comparação entre os percentuais da banda designada para o serviço
e essa ocupação, do comportamento do ruído de fundo e confeccionar o mapa de ocupação
de Espectro de Radiofreqüências do Distrito Federal na faixa pesquisada.
95
5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Com base na revisão bibliográfica, ficou definida a faixa de 30 MHz e 136 MHz
para a realização desta pesquisa, onde foi realizado o levantamento dos serviços existentes,
juntamente com as características de cada um deles e de suas modalidades. O universo foi
limitado pela área ocupada pelo Distrito Federal, conforme a figura 3.3.
Para estimar a ocupação do Espectro de Radiofreqüências no DF, apresentando
uma rotina metódica que utilize o SGME, foi fundamental o uso do aplicativo Ellipse com
os demais componentes do sistema de gerenciamento, o que facilitou e agilizou em muito
as medições na faixa supracitada.
Sem perder a idéia de que a pesquisa é verificar a ocupação no Espectro de
Radiofreqüência, e sem se preocupar se a portadora identificada pertence a um serviço
regular ou não, realizando a comparação entre os Mapas do Espectro de Radiofreqüências
do DF (figuras 4.74 e 4.75), Mapa do Espectro de Radiofreqüências da UIT (figura 2.2) e
Mapa do Espectro de Radiofreqüências da ANATEL (figura 2.4), além da comparação
entre os percentuais da banda designada para o serviço e a ocupação achada para o DF e
definida pela UIT e ANATEL, chegaram-se as conclusões e recomendações listadas
abaixo.
5.1 - Serviço Auxiliar ao Serviço de Telefonia Fixa Comutada (STFC)
No STFC ficou clara que a telegrafia continua sendo utilizada. Não da mesma
maneira do início do século passado, mas como sinais identificadores de estações de
telecomunicações. A ocupação desta modalidade está em torno de 30 % na faixa destinada
ao STFC.
A interferência prejudicial, se seguida as normas legais ditadas pela ANATEL,
inexiste mesmo quando se verifica casos de interação entre o STFC e o SRR, por exemplo.
O STFC é o serviço que mais tem faixas designadas.
5.2 - Serviço de Pesquisa Espacial (SPE)
O SPE, apesar de possuir três faixas, tem apenas uma faixa ocupada com percentual
abaixo de 10 %. É recomendável a realização de estudos mais aprofundados para a
constatação se
- Esta ocupação é realmente derivada do SPE e não de outro serviço
existente no DF;
- Nas outras unidades da federação ocorre o mesmo tipo de ocupação para
o SPE.
5.3 - Serviço de Rádio-Táxi (SRT)
O SRT, junto com o SPY, é o segundo serviço que mais possui faixas no espectro
estudado. Além de possuir um ruído próximo a 40 dBμV, ele está bem próximo da
ocupação de 100 %, faltando apenas as faixas de 33,820 MHz a 33,915 MHz e 34,740
MHz a 34,830 MHz, as quais estão em 90 % e 80 % respectivamente de ocupação do
espectro de radiofreqüência. Um estudo para expansão ou aumento de faixas urge para
evitar problemas de interferências em um futuro próximo.
96
5.4 - Serviço Especial de Radiochamada (SER)
Apesar de não ter sido investigada as outras duas designações de emissão do SER,
as quais utilizam telegrafia, e tendo como base a ocupação de 100 %do espectro de
radiofreqüência, é interessante realizar um estudo sobre o futuro desse serviço e de sua
faixa, já que neste ano foram editados seis Atos da ANATEL para extinção a pedido ou
caducidade do serviço. Em 2005, 21 Atos da ANATEL foram editados com o mesmo
propósito, sendo que nesse ano foi publicado o Ato ANATEL 49.217/05 de chamamento
para demonstração de interesse sobre o SER. Este foi encerrado pelo Ato ANATEL
49.766/05 por não ter ocorrido interesse de nenhuma de pessoa jurídica.
O último Ato emitido pela ANATEL que permitia a transferência do SER de uma
pessoa jurídica para outra foi publicado em 2004 no Diário Oficial da União.
5.5 - Serviço de Radioastronomia (SRA)
No SRA, a faixa de 37,500 MHz a 38,250 MHz apresenta uma ocupação de 54,18
%, enquanto na outra faixa a ocupação é de 100 %. Porém, ele está entre os serviços que
apresenta ruído de fundo acima do 50 dBμV. Acima deste valor estão em ordem crescente
o SL, SPY, SERAC e SFM. Como esta faixa é concedida para o SRA em caráter
secundário, caso nela não seja usada para comunicação entre estações de SRA, deverá ser
investigada, pois, o fato de está acontecendo uma elevação no ruído de fundo, caso não
esteja ocorrendo mais outorgas para serviços na faixa do SRA, é um indicativo de que está
havendo ocupação indevida do Espectro de Radiofreqüências.
Outra observação é a alta quantidade de portadoras detectadas na faixa de 73,000
MHz a 74,600 MHz, a qual está em disonância com o registrado no SITAR no valor de 35
%, especificamente para o DF.
Estes são dois temas a serem explorados em outros estudos, tanto em nível nacional
como dentro de cada unidade da federação.
5.6 - Serviço Especial de Supervisão e Controle (SESC)
Como só existem duas portadoras autorizadas para este serviço em 48,040 MHz e
48,140 MHz, as demais portadoras estão na situação de não cadastradas no SITAR,
havendo uma incongruência nesta faixa, a qual deve ser investigada.
5.7 - Serviço de Televisão
A presença do canal 5 nas figuras 4.41 e 4.42 deve ser verificada, pois, tanto no
Plano Básico de Distribuição de Canais de Televisão em VHF e UHF (PBTV), como no
Plano Básico de Distribuição de Canais de Retransmissão em VHF e UHF (PBRTV),
inexiste atribuição para este canal.
5.8 - Serviço Limitado (SL)
Como foi demonstrado, o caso de interferência entre o SL e o SRR é remoto. No
entanto, como a faixa em que opera o SL é ocupada pela modalidade de dispositivos
auditivos do SRR, deve ser alertado aos possuidores desses dispositivos, onde houver um
SL em operação, a distância que está da fonte de radiofreqüência, dando os motivos e
cuidados para que não ocorra falha do seu dispositivo.
97
Devido ao modelo positivista do direito brasileiro, é interessante que a ANATEL
passe a exigir e fiscalizar alertas sobre este perigo, da mesma forma que é exigido e
fiscalizado a colocação de placas de perigo de alta tensão em alguns serviços de
radiodifusão.
5.9 - Serviço de Radiodifusão em Freqüência Modulada (SFM)
No SFM foram encontradas 100 portadoras, o que deve ser verificado, pois pode
estar ocorrendo ocupação indevida do Espectro de Radiofreqüências no DF.
5.10 - Serviço Especial de Rádio Autocine (SERAC)
O SERAC é executado no DF apenas pelo Cine Drive-in. No entanto, a ocupação
de 90 %, com o segundo maior nível de ruído de fundo registrado neste estudo, demonstra
que está ocorrendo ocupação indevida do Espectro de Radiofreqüências no DF. É mais um
tema para estudos futuros, confirmando esta informação e verificando a real necessidade
deste serviço, não só no DF, mas nas outras unidades da federação.
5.11 - Serviço Móvel Aeronáutico (SMA)
Na faixa destinada ao SMA, com banda máxima de 25 kHz e designação
20KA3EJN, existe uma ocupação espectral maior do lado nordeste do DF, quando
comparado com o sudoeste e sul, onde estão o aeroporto, o CINDACTA, e as estações de
rádio da Marinha do Brasil. No nordeste tem-se apenas o CIGE. A suspeita é a existência
de uma fonte de radiofreqüência na faixa do SMA no CIGE, para que ocorra um percentual
maior de ocupação no nordeste. Este é mais um estudo a ser realizado.
5.12 - Ocupação do Espectro
Como dito anteriormente, a idéia da pesquisa é verificar a ocupação no espectro de
radiofreqüência, sem a preocupação se a portadora identificada pertence a um serviço
regular ou não. Com base nesta premissa e nas considerações descritas, pode-se concluir
que a ocupação do Espectro de Radiofreqüências do Distrito Federal, na faixa de 30 MHz a
136 MHz, está caminhando para o esgotamento, havendo folga apenas em faixas
reservadas para serviços ligados a área militar ou recomendado reserva pela UIT, da qual o
Brasil é um dos países fundadores, sendo representado pela ANATEL.
Outra conclusão é que não ficou caracterizada a simulação de uma portadora maior
por um conjunto de portadoras menores, caso que poderia ocorrer no STFC, no SPY, no
SFM e no SMA, devido ao somatório das portadoras com designação de emissão menor
(por exemplo 1K00A1A - telegrafia) resultar em uma quantidade proporcional de
portadoras com designação de emissão maior (por exemplo 6K00A3E – AM). Um outro
caso seria entre serviços, como entre o STFC e o SPE, e entre o SFM e o SERAC, onde a
quantidade de portadoras do STFC (16K0F3E) seria proporcional às portadoras do SPE
(3K00A3E). Portanto, o fato de que a quantidade de portadoras de designações com bandas
maiores ter resultado em uma quantidade menor e desproporcional de portadoras de
designações com banda menor, demonstra-o .
5.13 - Ruído de Fundo
98
Constata-se que o ruído de fundo, de maneira geral, cresce com o aumento da
freqüência, estando bem caracterizado na Fig. 4.78 que a partir de 50,600 MHz, ele tende
para valores acima de 45 dBμV.
Já na Fig. 4.77, o ruído de fundo por serviço está acima de 100 dBμV para o SFM e
SERAC.
5.14 - Sub-resultados
Conforme descrito no subitem 4.3.16, muitos problemas foram identificados e
solucionados. Os que ficaram pendentes estão bem encaminhados e repassados para
estudos pela ANATEL junto ao fornecedor das estações. Este foi um subproduto da
pesquisa que muito contribuiu para o melhor conhecimento do SGME e agregando
argumentos para discussão com os fornecedores do SGME.
5.15 - Pesquisas Futuras
O SGME é uma ferramenta, que bem utilizada, poderá encaminhar ou ao menos dar
o caminho a ser trilhado nos estudos já mencionados. O fato dele integrar várias estações
espalhadas pelo Brasil, facilita a realização de estudos iniciais, em nível nacional ou
regional, que orientarão equipes coordenadas pela sede.
Outros estudos para dar continuidade a esta pesquisa são:
- Medição do aumento do Ruído de Fundo;
- Estimativa de Ocupação do Espectro de Radiofreqüências nas faixas de
VHF e UHF em outras Unidades Federativas;
- Estudo de outros Serviços em desuso, conforme exemplos mencionados
anteriormente;
- Verificação de Constância das Portadoras por Faixa, modelando
estatisticamente a sua presença.
99
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Abdalla Jr., Humberto (coordenador) – “Programa de Treinamento para
Profissionais da ANATEL – Sistemas de Comunicações”, vol. I e II
ENE/FT/UnB, Brasília – DF, 1999.
[2]
“Manual do Professor Pardal”, Abril, São Paulo – SP, 1972.
[3] Arruda, J. J. A., “História Moderna e Contemporânea”, 7. ed., Ática, São
Paulo – SP, 1977.
[4]
BRASIL, Ato 51.004/05 - Plano de Atribuição, Distribuição e Destinação de
Radiofreqüências no Brasil, ANATEL, Brasília – DF, 2005.
[5]
BRASIL, NG 01/75 – Norma Geral de Radiocomunicações n. 1 de 1975,
publicada pela PMC n. 265 de 18/03/75 – Estabelece a Ocupação do Espectro
Radioelétrico.
[6]
BRASIL, Instrução DENTEL 04/89 - Estabelece canalização e a destinação
da faixa de freqüências radioelétricas compreendidas entre 30 MHz / 50 MHz.
[7]
BRASIL, PMC 280/79 - Aprova a Norma 02/79.
[8] BRASIL, Norma 02/79 – Norma Técnica para Canalização da Faixa de HF e
Banda Baixa de VHF – Estabelece a canalização e as condições de utilização
das subfaixas compreendidas entre as freqüências 2,194,0 kHz e 50.000,0
kHz.
[9]
BRASIL, Instrução DENTEL 11/81 - Estabelece a canalização e as condições
de utilização das subfaixas compreendidas entre as freqüências 2,194 kHz e
50.000 kHz.
[10]
Neto, J.V.P., “Dicionário de Telecomunicações”, Rio, Rio de Janeiro – RJ,
1981.
[11]
BRASIL, Regulamento sobre Canalização e condições de Uso de
Radiofreqüências por sistemas do Serviço Móvel nas Faixas de 33 MHz, 34
MHz, 38 MHz, 39 MHz, 152 MHz, 159 MHz, 160 MHz, 164 MHz, 169 MHz
e de 173 MHz, aprovado pela Res. ANATEL 239/00.
[12]
BRASIL, Norma 17/96 – PMC 1.306/96 de 29/10/96 – Canalização e
Condições de Uso de Freqüências pelo Serviço Especial de Radiochamada e
pelo Serviço Limitado Privado.
[13]
BRASIL, Regulamento sobre Canalização e condições de Uso de Freqüências
para os Serviços Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos, Especial de Repetição
de Televisão, e Especial de Circuito Fechado de Televisão com utilização de
Radioenlace – aprovada pela Res. ANATEL 82/98.
[14]
BRASIL, Instrução DENTEL 01/87 - Determina procedimentos e estabelece
características técnicas relativas ao Serviço Especial de Supervisão e
Controle.
[15]
BRASIL, Norma 31/96 – Norma de Execução do Serviço de Radioamador.
[16] BRASIL, Normas Técnicas para Emissoras de Radiodifusão de Sons e
Imagens - aprovada pela PMC 38/74.
[17]
BRASIL, Regulamento Técnico para a Prestação do Serviço de Radiodifusão
de Sons e Imagens e do Serviço de Retransmissão de Televisão – aprovado
pela Res. ANATEL 284/01.
[18]
BRASIL, Regulamento Técnico 09/96, aprovado pela PMC 53/96.
[19] BRASIL, Instrução DENTEL 06/88 - Estabelece procedimentos para análise
de pedidos e expedição de Licença de Estação de Aeronave.
100
[20]
BRASIL, Res. ANATEL 356/04.
[21] BRASIL, Plano de Referência do Serviço de Radiodifusão Comunitária –
estabelecido pela Res. ANATEL 60/98 e Res. ANATEL 67/98.
[22]
BRASIL, Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão sonora em
FM – estabelecido pela Res. ANATEL 67/98 e Res. ANATEL 125/99.
[23]
BRASIL, Norma 02/80 – Estabelece a Canalização e condições de Uso de
Radiofreqüências para o Serviço Especial de Rádio Autocine - aprovada pela
PMC 106/80.
[24]
BRASIL, Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de
Radiação Restrita, aprovada pela Res. ANATEL 365/04.
[25]
BRASIL, Regulamento sobre Limitação da Exposição a Campos Elétricos,
Magnéticos e Eletromagnéticos na Faixa de Radiofreqüências entre 9 kHz e
300 GHz, aprovada pela Res. ANATEL 303/02.
[26]
BRASIL, Norma Complementar 1/2004 do Ministério das Comunicações.
101
ANEXO: GLOSSÁRIO
AM (Amplitude Modulation - Amplitude Modulada ou Modulação de Amplitude) –
Processo pelo qual a amplitude de uma onda portadora é variada de acordo com os valores
instantâneos de uma onda moduladora. Na modulação em amplitude são criadas duas
faixas laterais resultantes da soma e da diferença entre as duas freqüências portadora e
moduladora, (faixa lateral superior e faixa lateral inferior). Em telegrafia, é o sistema de
transmissão no qual os estados significativos do código telegráfico são representados por
correntes de amplitudes diferentes.
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicação) – Entidade integrante da
Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial e
vinculada ao Ministério das Comunicações, com a função de órgão governamental
regulador das telecomunicações no Brasil, com sede no Distrito Federal, conforme art. 8
o
da Lei 9.472 de 16/07/1997 (Lei Geral de Telecomunicações – LGT). É a única Agência
que tem a sua criação prevista na Constituição Federal (inciso XI, art. 21), sendo composta
de 11 escritórios regionais atualmente.
Antena Bicônica – Antena formada por dois condutores cônicos, tendo vértice e eixo
comuns e sendo excitada pelo vértice. Quando o ângulo do vértice de um dos cones for de
180
o
, a antena denomina se discone. A antena bicônica é projetada para ser usada como
antena de recepção em testes de emissão irradiada. Sua banda larga (20 MHz a 200 MHz)
leva a uma economia de tempo nas testes, por permitir medidas completas em apenas uma
varredura na banda de funcionamento. A impedância de entrada nominal é de 50 Ω com
um COE médio menor que 2,6 e fator K para 1 m ou 3 m.
AT&T (American Telephone and Telegraph) – Companhia dos EUA responsável pela
comunicação em longa distância.
CIGE (Centro Integrado de Guerra Eletrônica) – Organização Militar do Exército
Brasileiro, que em 10
de março de 1989 foi oficialmente iniciada as atividades como
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA (CIGE). No dia 30 de abril de
1998, por intermédio da Portaria Ministerial n
o
133, de 30 de março de 1998, teve sua
denominação alterada para CENTRO INTEGRADO DE GUERRA ELETRÔNICA
(CIGE), ficando subordinado diretamente à então Secretaria de Tecnologia da Informação
(STI).
CONTEL (Conselho Nacional de Telecomunições) – Foi criado por meio do art. 14 do
Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/62), subordinado a Presidência da
República e tendo como órgão executivo o DENTEL.
CTR (Comissão Técnica de Rádio) – Órgão responsável pela radiodifusão e absorvido
pelo CONTEL na criação deste. A CTR foi extinta pela Lei 4117/62 em seu art. 116.
CW (Continuo Wave – Onda Contínuo) - Ondas cujas oscilações sucessivas são idênticas
sob condições constantes de estado.
DENTEL
(Departamento Nacional de Telecomunicações) - Órgão executivo do Ministério
das Comunicações criado em 1973 e que foi extinto com a criação do Ministério da Infra-
102
Estrutura, em 1990, pelo Governo Collor. O DENTEL era um órgão executivo do
CONTEL, diferenciando-se da ANATEL devido a ausência do poder regulatório que as
Agências possuem.
Dispositivo de Auxílio Auditivo - Aparelho usado para prover auxílio auditivo a pessoa
ou grupo de pessoas com deficiência. Tal dispositivo pode ser usado para treinamento
auricular em uma instituição de educação, para auxílio auditivo em locais de encontros
públicos, tais como igreja, teatro, ou auditórios e, em outros locais, exclusivamente para
auxílio auditivo a indivíduos portadores de deficiência.
Dispositivo de Operação Periódica - Equipamento que opera de forma descontínua com
as características de duração da transmissão e dos períodos de silêncio especificadas no
Regulamento sobre Equipamentos de Radiocomunicação de Radiação Restrita.
DSB (Double-Side Band – Faixa Lateral Dupla ou Banda Lateral Dupla) – Modulação em
amplitude de uma onda portadora em que é transmitida as duas faixas laterais.
e.i.r.p. (Effective Isotropic Radiated Power – Potência Efetiva Isotrópica Radiada) – É a
relação entre a potência irradiada por um sistema de transmissão (transmissor, cabos de
conexão e antena) e a irradiada por uma antena isotrópica alimentada na sua entrada,
descontadas as perdas nos cabos e conectores, por 1 W.
Equipamento Bloqueador de Sinais de Radiocomunicações - (BSR) - Equipamento
destinado a restringir o emprego de radiofreqüências ou faixas de radiofreqüências
específicas para fins de comunicações.
ERM (Estações Fixas de Radiomonitoragem) – Estações fixas compostas de equipamentos
de recepção de ondas radioelétricas destinadas à fiscalização e monitoração à distância das
radiocomunicações.
Espectro Radiofreqüência - Espectro de freqüências que adequado para
radiocomunicações entre 3 kHz e 300 GHz, sendo um recurso limitado e escasso,
constituindo-se em bem público da União, administrado pela ANATEL.
FCC (Federal Communications Commission – Comissão Federal de Comunicações dos
EUA) – Agência administradora das telecomunicações nos EUA. Equivalente a ANATEL.
FI (Freqüência Intermediária) – Em receptor de rádio super-heteródino, freqüência
produzida pela combinação do sinal recebido com a freqüência de um oscilador local.
Permite que a amplificação seja feita em uma freqüência intermediária mais baixa,
proporcionando maior seletividade. A freqüência intermediária, em geral, é de 455 Hz para
os receptores de radiodifusão, 45,75 MHz para o canal de imagem do receptor de televisão
e de 41,25 MHz para o canal de som da televisão.
FM (Frequency Modulation – Freqüência Modulada ou Modulação de Freqüência) –
Processo pelo qual a freqüência de uma portadora é variada de acordo com uma onda
moduladora. Este tipo de modulação gera faixas laterais de ordens superiores; Modulação
angular na qual a variação de freqüência da onda portadora é proporcional ao valor
instantâneo da onda moduladora. Em transmissão de fac-símile sobre canais de rádio, é o
método no qual a informação modula em freqüência uma onda portadora de baixa
103
freqüência (subportadora), e esta é usada para modular a onda portadora de maior
freqüência do circuito de rádio, por qualquer sistema de modulação. Empregada também
na transmissão de sinais de áudio complementares a um sinal de televisão, através de um
circuito de rádio, utilizando uma subportadora, em geral acima da faixa de freqüências de
vídeo.
Frame (quadro, pacote) –
1)
O mesmo que bloco ou pacote de transmissão.
2)
Seqüência de
bits e bytes no bloco de transmissão.
3)
Quadro de televisão.
FT (Faculdade de Tecnologia) – Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília
(UnB)
GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global) – Aparelho que
determina a posição em que seu condutor se encontra com relação a latitude, longitude e
altitude na Terra.
HF (High Frequency – Alta Freqüência) – Faixa de radiofreqüências compreendida entre 3
MHz e 30 MHz.. É também chamada de faixa de ondas decamétricas ou faixa de ondas
curtas (OC) e ondas tropicais (OT).
ISB (Independency Side double Band – Banda com Faixa Lateral Dupla Independente) –
Método de transmissão para radiocomunicações em ondas decamétricas, em amplitude
modulada, na qual cada faixa lateral transporta informações distintas.
ISM (Industrial Science Medical Aplication – Aplicações Industriais, Científicas e
Médicas) – Serviço de Radiação Restrita baseado no Regulamento Anexo à Res. n
o
365/04, cuja emissão está restrita à transmissão de um sinal de controle tais como aqueles
usados com sistemas de alarme, dispositivos de abrir e fechar porta, chaves remotas.
ILS (Instrument Land System – Sistema de Pouso por Instrumento) - Sistema de
radionavegação consistindo de um equipamento localizador, um equipamento com a
indicação gradativa do trajeto e faróis para orientação, acordado internacionalmente como
padrão corrente para auxílio ao pouso de aeronaves.
Lemom (Laboratório de Estudos em Microondas e Ondas Milimétricas) – Laboratório
pertencente a Faculdade de Tecnologia da UnB.
MC (Ministério das Comunicações) – Órgão do Governo Federal que trata da política de
telecomunicações e de radiodifusão no Brasil.
Microfone sem Fio - Sistema composto de um microfone integrado a um transmissor e de
um receptor que visa proporcionar o usuário liberdade de movimentos sem as limitações
impostas por um meio de transmissão físico (cabo).
MINFRA (Ministério da Infra-Estrutura) – Criado em 15.03.90 no governo do presidente
Fernando Collor e extinto pela lei n°8422, de 13.05.92. Englobava as pastas do Transporte,
Comunicações e Minas e Energia.
104
MIVOP (Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas) – Criado no governo do
Presidente Floriano Peixoto, sendo o seu primeiro ministro o General-de-Divisão José
Simião de Oliveira. O ministério foi criado em 1891 e extinto em 1906.
MVOP (Ministério de Viação e Obras Públicas) – Criado no governo do Presidente
Affonso Penna, sendo o seu primeiro ministro Miguel Calmon Du Pin e Almeida. O
ministério foi criado em 1906 e extinto em 1967.
NTSC (National Television Standards Commitee – Comitê Nacional de Padronização da
Televisão) – Órgão que regulamenta os padrões de televisão nos EUA. Também usado
para nomear o próprio padrão da televisão americana, que é adotado em vários outros
países.
PAM (Pulse Amplitude Modulation – Modulação por Amplitude de Pulso) – Estas formas
de onda consistem em pulsos unipolares não retangulares, cujas amplitudes máximas são
proporcionais aos valores das amostras instantâneas da mensagem.
PCM (Pulse Code Modulation – Modulação por Pulsos Codificados) – Técnica de
digitalização da voz. Um trem de pulsos modulado de acordo com um código que converte
o sinal analógico em um sinal digital. Os pulsos mantêm a mesma largura e amplitude, mas
as seqüências são proporcionais aos números de quantização do sinal modulante.
PPM (Pulse Position Modulation – Modulação em Posição ou em Fase de Pulso) –
1)
Modulação na qual um pulso é retardado em relação a sua posição normal em tempo, em
função da onda moduladora.
2)
Modulação de pulso em tempo, na qual é varaida apenas a
posição em tempo, sem alteração de sua duração.
PTT (Push To Talk – Aperte para Falar) – Sigla coloquial que designa a maioria dos
serviços limitados.
PWM (Pulse Width Modulation – Modulação de Largura ou Duração de Pulso) –
Modulação de pulsos em tempo, na qual a duração dos pulsos varia de acordo com o sinal
de informação.
RC
(Reduced Carrier – Portadora Reduzida) – Emissão de uma portadora com nível entre
-16 dB e -26 dB, referido à potência de pico da envoltória. Ex.: DSB-RC , SSB-RC, etc..
SARC (Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos) – Serviços auxiliares são os que
apóiam a execução da radiodifusão. Podem ser: Reportagem Externa; Comunicação de
Ordens Internas; Ligação para Transmissão de Programas; Ligações para Telecomando e
Telemedição. Os serviços correlatos aos servos auxiliares são: os de Enlaces-rádio para
Comunicações Internas; e os de Enlaces-rádio para as entidades listadas no item 5 do
capítulo IV da Norma 01/78.
SC (Supressed Carrier – Portadora Suprimida) – Emissão de uma portadora com nível de
pelo menos -32 dB, e de preferência -40 dB referida ao nível de potência de pico da
envoltória. Ex.: DSB-SC , SSB-SC, etc..
105
SESC (Serviço Especial de Supervisão e Controle) – Serviço de radiocomunicação
destinado à transmissão e recepção, unidirecional ou bidirecional, de sinais para fins de
supervisão e controle de atividade e processos.
SER (Serviço Especial de Radiochamada) – Serviço de radiocomunicação, unidirecional,
não aberto à correspondência pública, destinado transmitir, por qualquer forma de
telecomunicação, mensagens originadas em estações de base e endereçadas a qualquer
pessoa.
SGE (Sistema de Gestão do Espectro) – Parte integrante do SGME que compõe o sistema
de detecção de radiofreqüências, seja para verificar a ocupação do espectro.
SGME (Sistema de Gerenciamento e Monitoração do Espectro) – Sistema de
radiomonitoragem, que no DF é composto de três estações receptoras, sendo duas fixas e
uma móvel, além de um aplicativo para o gerenciamento, localização e monitoração do
espectro.
Sistema de Telefone sem Cordão - Sistema consistindo de dois transceptores, um sendo
uma estação base fixa que se conecta à rede telefônica pública comutada e a outra uma
unidade terminal móvel que se comunica diretamente com a estação base. Transmissões da
unidade terminal móvel são recebidas pela estação base e transferidas para a rede do
STFC. Informações recebidas da rede telefônica pública comutada são transmitidas pela
estação base para a unidade móvel.
Sistema de Telecomando Uso das telecomunicações para a transmissão de sinais de
rádio para iniciar, modificar ou terminar, à distância, funções de equipamento.
SITAR (Sistema de Informações Técnicas para Administração das Radiocomunicações) –
Banco de dados pertencente a ANATEL, onde estão registradas todas as informações das
pessoas autorizadas a prover serviços de telecomunicação ou de radiodifusão.
SLP
(Serviço Limitado Privado) – Serviço limitado efetuado sob qualquer forma de
telecomunicações (telefônico, telegráfico, dados, etc.) destinado ao uso do próprio
executante. É constituído de submodalidades, entre outras: Serviço Móvel Privado, Serviço
de Radiochamada Privado, Serviço de Rede privado e Serviço de Rádio-Táxi Privado.
SLPR (Serviço Limitado Privado de Radiochamada) - Serviço de radiocomunicação,
unidirecional, destinado ao uso próprio do executante, seja este uma pessoa natural ou
jurídica, transmitindo, por qualquer forma de telecomunicação, mensagens originadas em
estações de base e endereçadas a qualquer pessoa que faça parte de seu grupo de chamada.
SMA (Serviço Móvel Aeronáutico) – Serviço móvel entre estações aeronáuticas e estações
de aeronaves, do qual também podem participar estações de embarcações e dispositivos de
salvamento.
SME (Serviço Móvel Especializado) – No Brasil, é o serviço limitado de
radiocomunicação bidirecional, não aberto à correspondência pública, isto é, de natureza
privada, que permite efetuar operações do tipo despacho (comunicações entre estações
fixas e móveis ou entre estações móveis, em que uma mensagem é transmitida
106
simultaneamente a todos através de compartilhamento automático de reduzido número de
canais de RF).
SNC (Secretaria Nacional de Comunicações do MINFRA) – Órgão integrante do
Ministério de Infra-Estrutura, que ficou responsável pela antiga pasta do Ministério das
Comunicações.
SOE (Serviço de Operação Espacial) – Serviço de telecomunicações destinado a fins
exclusivos de operação de espaçonaves e, em particular, para rasteio, telemetria e
telecomando.
SPE (Serviço de Pesquisa Espacial) – Também chamado de Serviço de Investigação
Espacial, é o serviço espacial, no qual se utilizam veículos ou outros objetos espaciais para
fins de investigação científica ou tecnológica.
SRA (Serviço de Radioastronomia) – Serviço que envolve o uso de radioastronomia, onde
se caracteriza pela recepção das ondas de radioelétricas de origem cósmica.
SRR (Serviço de Radiação Restrita) – É o serviço prestado por estações de
radiocomunicação, correspondentes a equipamentos de radiação restrita, estão isentas de
licenciamento para instalação e funcionamento. Equipamento de Radiocomunicação de
Radiação Restrita é o termo genérico aplicado a equipamento, aparelho ou dispositivo, que
utilize radiofreqüência para aplicações diversas em que a correspondente emissão produza
campo eletromagnético com intensidade dentro dos limites estabelecidos pelo
Regulamento anexo a Res. 365/04. Eventualmente, pode estar especificado um valor de
potência máxima de transmissão ou de densidade de potência máxima em lugar da
intensidade de campo.
SRT (Serviço de Rádio-Táxi) – O SRT é compreendido por duas submodalidades. A
primeira é o Serviço de Rádio-Táxi Privado (SRTP) é uma submodalidade do Serviço
Limitado Privado, de interesse restrito, bidirecional, destinado ao uso próprio do
executante, dotado ou não de sistema de chamada seletiva, por meio do qual são
intercambiadas informações entre estações de base e estações móveis terrestres instaladas
em veículos de aluguel, destinadas à orientação e à administração de transporte de
passageiros. A outra submodalidade é o
Serviço de Rádio-Táxi Especializado (SRTE) é
uma submodalidade do Serviço Limitado Especializado, de interesse coletivo. É um
serviço de radiocomunicações bidirecional, destinado á prestação a terceiros, dotado ou
não de sistema de chamada seletiva, por meio do qual são intercambiadas informações
entre estações de base e estações móveis terrestres instaladas em veículos de aluguel,
destinadas à orientação e à administração de transporte de passageiros.
SSB (Suppressed Side Band – Faixa Lateral Suprimida) – Método de transmissão para
radiocomunicação em ondas decamétricas, em amplitude modulada, na qual uma faixa
lateral é eliminada por dispositivos de atenuação, para produzir a faixa lateral única
autorizada.
STFC (Serviço Telefônico Fixo Comutado) – Serviço de telecomunicações que, por meio
de transmissão de voz e de outros sinais, destina-se à comunicação entre pontos fixos
determinados, utilizando Processos de Telefonia.
107
UHF (Ultrahigh Frequency – Freqüência Ultra-Alta) – Faixa de radiofreqüências
compreendida entre 300 MHz e 3 GHz. Também conhecida por faixa de ondas
decimétricas.
UIT (União Internacional de Telecomunicações – International Telecommunications
Union - ITU) – Órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que recomenda posturas
administrativas, operacionais e técnicas das telecomunicações com abrangência
internacional. É originária da União Internacional de Telegrafia, criada em 1895, da qual o
Brasil foi signatário. Em 1932, a União Internacional de Telegrafia altera sua denominação
a União Internacional de Telecomunicações.
UMR (Unidade Móvel de Radiomonitoragem) - estação móvel composta de equipamentos
de recepção de ondas radioelétricas destinadas à fiscalização e monitoração à distância das
radiocomunicações.
URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) - foi um país de proporções
continentais, cobrindo praticamente um sexto das terras emersas do planeta, fundado em 30
de dezembro de 1922 pela reunião dos países que formavam o antigo Império Russo, na
Europa e na Ásia. O número de repúblicas constitutivas variou ao longo do tempo, mas foi
de quinze durante a maior parte da existência do país. A União Soviética (nome mais curto
pelo qual era comumente conhecida) foi uma das duas superpotências durante a Guerra
Fria. A União dissolveu-se oficialmente em 25 de dezembro de 1991.
VHF (Very High Frequency – Freqüência Muito Alta) – Faixa de radiofreqüências
compreendida entre 30 MHz e 300 MHz.
VSB (Vestigal Side Band – Banda Lateral Residual) – Processo de modulação em
amplitude onde uma das bandas laterais é reduzida a quase extinção. O vestígio dessa
banda é transmitido como sinal piloto.
VOR (VHF Omnidirecional Range) - auxílio à navegação aérea de curto alcance (até
aproximadamente 370 km), o qual fornece à aeronave informação contínua e automática
sobre sua radial a partir de um ponto terrestre de localização conhecida.
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