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RODRIGO LÍCIO ORTOLAN
ESFORÇO DO OMBRO NA LOCOMOÇÃO DE PACIENTES
PARAPLÉGICOS: AVALIAÇÃO CINÉTICA E
ELETROMIOGRÁFICA.
Tese apresentada à Escola de Engenharia de
São Carlos da Universidade de São Paulo,
como parte dos requisitos para obtenção do
título de Doutor em Engenharia Elétrica.
Área de Concentração: Eng. de Reabilitação
Orientador: Prof. Dr. Alberto Cliquet Jr.
São Carlos
2007
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D
EDICATÓRIA
“Nunca se vence uma guerra lutando sozinho,
você sabe que a gente precisa entrar em contato.
Com toda essa força contida que vive guardada,
o eco de suas palavras não repercute em nada.
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro,
evita o aperto de mão de um possível aliado.
Convence as paredes do quarto e dorme tranquilo,
sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo.
Coragem... coragem...
se o que você quer é aquilo que pensa e faz.
Coragem... coragem...
eu sei que você pode mais...”
Raul Santos Seixas
Por quem os sinos dobram (1979)
Dedico aos meus pais que sempre me incentivaram a estudar e
trabalhar honestamente, e a Beatriz por todo carinho e pelo
incondicional apoio e compreensão.
A
GRADECIMENTOS
Este trabalho não seria possível sem a valiosa contribuição de várias pessoas,
às quais expresso minha sincera gratidão:
Aos meus pais, Roberto e Suzana pela incansável tarefa de transmitir os bons
valores aos seus filhos, além da oportunidade de estudar e do incondicional apoio e
incentivo. Aos meus irmãos Carolina e Danilo pela contagiante alegria, pela
convivência e todo carinho. Mesmo de longe a lembrança de vocês me fortalece.
À Beatriz pelo sorriso, carinho, força e compreensão sempre presentes, pela
sua incansável ajuda, e também por estar sempre ao meu lado me apoiando e
incentivando em minhas investidas.
Ao professor Dr. Alberto Cliquet Jr. pela sua orientação durante a elaboração
deste trabalho, pelo incentivo, conselhos e principalmente pela experiência (pessoal
e profissional) que tive oportunidade de adquirir durante este período.
Ao professor Dr. Orivaldo Lopes da Silva da Bioengenharia
(Interunidades/USP) pelas incansáveis conversas e pelas valiosas contribuições nas
dúvidas esclarecidas, além da sua boa vontade e atenção sempre presente.
Aos funcionários do Departamento de Engenharia Elétrica da EESC/USP em
especial à Marisa, Denise, Xaraba, Zé Carlos e Jussara pela eficiência, organização
e atenção nos serviços prestados. Aos técnicos Alex, Alessandro, Rui Bertho,
Gerson e Roseli pelo companheirismo, manutenção dos equipamentos e auxílios
prestados.
Aos companheiros do LABCIBER principalmente ao Renato Varoto pela
convivência diária, e aos fisioterapeutas do Laboratório de Biomecânica e
Reabilitação do Aparelho Locomotor (HC/UNICAMP), especialmente aos amigos
Ênio Walker A. Cacho e Roberta Oliveira pelo auxílio nas coletas, pela oportunidade
da troca de informações e os trabalhos realizados em conjunto, espero que
possamos continuar com este intercâmbio.
Aos grandes amigos, ex-integrantes da República dos “Cachassauros
Largados”, (Eng
os
.: Maru, Bicudo, Spin, Fernandinho, Velinho, Tonho, Sardinha e
Verô), pelos momentos (etílicos ou não) de companhia, descontração e
cumplicidade.
Aos
amigos
da
graduação
pelas
lembranças
e
a
amizade
revigorada
a
cada
ano.
Aos amigos Mineiro, Buda, Velinho, Prof. Denis, e demais integrantes do
BECCC (Bando de Expressão Cômico Cultural do CAASO) pela investidas que
realizamos tanto na dramaturgia quanto com a banda de paródias, estes momentos
serão inesquecíveis.
Ao Mestre Benigno Alonso Gomez pelo companheirismo e a constante boa
vontade em me ajudar.
Aos parentes mais distantes que sempre torcem por mim, e a família Gatti pela
calorosa acolhida e constante apoio e confiança.
Aos Prof. Drs. Orivaldo Lopes da Silva, Américo Zoppi Filho, pela boa vontade
ao aceitar o convite para participar da banca de qualificação, pelos comentários e
sugestões neste trabalho.
Aos pacientes do HC da UNICAMP, que participaram voluntariamente da fase
experimental deste trabalho, pela disposição, paciência e exemplo de vida. À minha
avó Carmem que me recebeu de braços abertos em sua casa em Campinas durante
os meses de coleta no HC da UNICAMP e sempre carinhosamente preocupada.
À Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela bolsa de estudos concedida e à Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento do projeto 96/12198-2.
Agradeço ainda à Bolsa PAI e Bolsa ESPOSA que me foram concedidas no último
ano do doutorado.
A Deus por todas as oportunidades que me foram apresentadas até hoje. Ao
Raul Seixas e ao Pink Floyd que, com suas obras imortais, sempre me fizeram
companhia, mesmo nas longas madrugadas atravessadas dentro do laboratório.
Fato este que me levou a usar textos do Raul Seixas nas epígrafes dos capítulos da
tese.
Enfim sou imensamente grato a minha família, amigos e todos aqueles que
contribuíram anonimamente na realização deste trabalho.
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................................VIII
ABSTRACT..................................................................................................................................IX
LISTA DE FIGURAS.....................................................................................................................XI
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................................XVI
ABREVIAÇÕES, SIGLAS E TERMOS TÉCNICOS......................................................................XVIII
PREFÁCIO 19
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................19
OBJETIVOS.............................................................................................................................23
HIPÓTESE ..............................................................................................................................23
CAPÍTULO 1 25
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1 LESÃO MEDULAR ............................................................................................................25
1.1.1 Medula Espinhal..........................................................................................................................................26
1.1.2 Lesão Medular..............................................................................................................................................28
1.2 MARCHA .........................................................................................................................33
1.2.1 Fases da marcha.........................................................................................................................................33
1.2.2 Marcha com andador..................................................................................................................................35
1.2.3 Propulsão da cadeira de rodas.................................................................................................................36
1.3 BIOMECÂNICA DO OMBRO ...............................................................................................38
1.3.1 Conceitos de Biomecânica.........................................................................................................................38
1.3.2 Ombro ...........................................................................................................................................................52
1.4 ESFORÇO NOS MEMBROS SUPERIORES ..........................................................................56
CAPÍTULO 2 63
MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 PACIENTES .....................................................................................................................64
2.2 ATIVIDADES REALIZADAS PELOS PACIENTES ...................................................................65
2.3 CINEMÁTICA....................................................................................................................66
2.4 ATIVIDADE MUSCULAR ....................................................................................................73
2.5 CINÉTICA ........................................................................................................................76
2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA.....................................................................................................82
CAPÍTULO 3 83
RESULTADOS
3.1 CINÉTICA........................................................................................................................89
3.2 ATIVIDADE MUSCULAR ..................................................................................................102
CAPÍTULO 4 113
DISCUSSÃO
CAPÍTULO 5 127
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS 129
APÊNDICE A - PACIENTES 137
RESULTADOS INDIVIDUAIS DOS PACIENTES ANALISADOS
A1 - PACIENTE 1 EXAME REALIZADO 04/09/2006 .................................................................138
A2 - PACIENTE 2 EXAME REALIZADO 04/09/2006 .................................................................144
A3 - PACIENTE 3 EXAME REALIZADO 06/09/2006 .................................................................150
A4 - PACIENTE 4 EXAME REALIZADO 07/09/2006 .................................................................154
A5 - PACIENTE 5 EXAME REALIZADO 09/09/2006 .................................................................158
A6 - PACIENTE 6 EXAME REALIZADO 09/09/2006 .................................................................164
A7 - PACIENTE 7 EXAME REALIZADO 09/09/2006 .................................................................168
A8 - PACIENTE 8 EXAME REALIZADO 23/01/2007 .................................................................172
A9 - PACIENTE 9 EXAME REALIZADO 23/01/2007 .................................................................176
A10 - PACIENTE 10 EXAME REALIZADO 25/01/2007.............................................................180
A11 - PACIENTE 11 EXAME REALIZADO 27/01/2007.............................................................184
A12 - PACIENTE 12 EXAME REALIZADO 27/01/2007.............................................................190
A13 - PACIENTE 13 EXAME REALIZADO 30/01/2007.............................................................194
A14 - PACIENTE 14 EXAME REALIZADO 01/02/2007.............................................................200
A15 - PACIENTE 15 EXAME REALIZADO 03/02/2007.............................................................206
A
NEXO
A
-
ASIA 211
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
viii
RESUMO
ORTOLAN, R.L. (2007):Esforço do ombro na locomoção de pacientes paraplégicos:
avaliação cinética e eletromiográfica”. São Carlos, 2007. 211p. Tese (Doutorado) -
Depto. de Eng. Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos, Univ. de São Paulo.
Pacientes lesados medulares frequentemente mencionam dores nos ombros, devido
à elevada demanda dos membros superiores. Estes pacientes se submetem a
diferentes tipos de reabilitação, no entanto é importante avaliar os métodos em tais
programas para evitar possíveis prejuízos. O objetivo deste trabalho é avaliar o
esforço do ombro em pacientes paraplégicos caminhando com Estimulação Elétrica
Neuro Muscular (EENM) e um andador em seções de reabilitação e comparar com
duas atividades diárias: propulsão da cadeira de rodas e elevação para alívio da
pressão. Quinze homens adultos com paraplegia foram avaliados. Os movimentos em 3
dimensões foram obtidos com um sistema de 6 câmeras de infravermelho, e a atividade
mioelétrica de 6 músculos dos ombros foi obtida bilateralmente por eletrodos de
superfície ativos. Um andador instrumentalizado capturou a força durante a marcha, e
a força nas outras duas atividades foi obtida por dinâmica inversa utilizando os dados
cinemáticos e antropométricos. Os dados cinéticos e da atividade muscular foram
avaliados estatisticamente utilizando análise de variância (ANOVA) e o teste das
diferenças menos significativas de Tukey com nível de significância p<0,05. Foram
obtidos picos de força quatro vezes maiores durante a marcha comparativamente à
propulsão da cadeira de rodas. O esforço do ombro entre a marcha e a elevação foi
equivalente, porém o lado direito durante a marcha apresentou maiores valores. O
músculo mais ativo durante a marcha foi o tríceps, seguido pelo peitoral maior, deltóide
anterior e trapézio inferior. A atividade geral dos músculos durante a marcha também
foi maior comparada aos outros exercícios executados. Atividades que requerem
grandes esforços dos membros superiores como a elevação para alívio da pressão e
a marcha com EENM realizadas por lesados medulares podem gerar complicações
nas articulações do ombro. Pacientes submetidos a seções de reabilitação que
requerem esforço significativo devem ser continuamente monitorados por métodos
de ultra-som ou ressonância magnética para evitar complicações nos membros
superiores e possíveis perdas das funções de independência remanescentes.
Palavras-chave: Lesão Medular, Marcha, Cinética, Eletromiografia (EMG), Reabilitação,
Articulação do Ombro, Estimulação Elétrica Neuro-Muscular (EENM), Andador.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
ix
ABSTRACT
ORTOLAN, R. L. (2007): “Shoulder effort in paraplegic locomotion: kinetics and EMG
assessment”. São Carlos, 2007. 211p. Thesis (Doctoral) - Depto. de Engenharia
Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo.
Spinal Cord Injured subjects often refer pain in their shoulders, due to the increased
demand of the upper limbs. These subjects usually go through different rehabilitation
strategies. Therefore, it becomes rather important to assess those methods in order
to avoid further injuries to the patients. The goal of this work was to evaluate the
shoulder effort in paraplegic subjects during gait with Neuromuscular Electrical
Stimulation (NMES) with the aid of a walker and to compare it with two daily
activities: wheelchair start up and weight relief raise. Fifteen adult male paraplegics
were part of this study. The three-dimensional motions were acquired with six
infrared cameras, and surface-active electrodes recorded the electromyography
activity of 6 shoulder muscles, bilaterally. The vertical reaction force during walking
was measured with a strain gauge instrumented walker, and the horizontal
(wheelchair start-up) and vertical (weight relief raise) forces were obtained by inverse
dynamics from kinematics and anthropometric data. The statistics of kinetic and
electromyography data were done by analysis of variance (ANOVA) and the Tukey
least significant differences post hoc test with significance level of p<0,05. Results
have shown NMES gait force peaks being about four times higher than the values
obtained for wheelchair start-up. The shoulder effort (force and torque) during
walking and weight relief was similar, although the right side during NMES gait
presented greater values. The triceps was the most active muscle during NMES
walking, followed by pectoralis major, anterior deltoid and lower trapezius. The
overall muscular activity during NMES walking was again higher than the other tasks
executed. Activities that demand great effort on the upper limbs, such as weight relief
and NMES walking, when performed by spinal cord injured subjects can lead to
injuries to the shoulder girdle. Due to the results obtained, continuous supervision of
paraplegic upper limb effort should therefore be part of any rehabilitation center and
for that ultrasound or magnetic resonance imaging may be recommended.
Keywords: Spinal Cord Injury, Gait, Kinetics, Electromyography (EMG), Rehabilitation,
Shoulder Joint, Neuromuscular Electrical Stimulation (NMES), Walker.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
x
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
xi
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1 - Distribuição das áreas na pele inervadas por axônios sensitivos
dentro de cada nervo segmentar (modificado de ASIA, 1992).....................27
Fig. 2 - Posição da medula espinhal no canal vertebral.
(modificado de Sarah, 2007). .............................................................................27
Fig. 3 - Fases da Marcha (modificado de Franca, 2003)............................................33
Fig. 4 - Divisões das fases da Marcha proposto por Perry (1992).
(modificado de Franca, 2003)............................................................................34
Fig. 5 - Parâmetros da passada durante a marcha (Hamill e Knutzen, 1999).........35
Fig. 6 - Fases da marcha com andador (Valores obtidos de Franca, 2003)............36
Fig. 7 - Fases da Propulsão da cadeira de rodas (Hamill e Knutzen, 1999)............37
Fig. 8 - Posição anatômica nos três planos de movimento. Os sentidos
dos movimentos em cada plano também estão indicados
(Franca, 2003 baseado em Rash, 1999)..........................................................39
Fig. 9 - Terminologia dos movimentos (Franca, 2003
baseado em Rash, 1999)....................................................................................40
Fig. 10 - Representação dos segmentos geométricos do corpo utilizado
por Hanavan (1964). (obtido de Hamill e Knutzen, 1999) .............................46
Fig. 11 - Ossos e articulações do ombro
(modificado de Calais-Germain, 1991).............................................................53
Fig. 12 - Movimentos realizados pela escápula (Hamill e Knutzen, 1999).................54
Fig. 13 - Músculos do complexo do ombro. Parte anterior.
(Hamill e Knutzen, 1999).....................................................................................55
Fig. 14 - Músculos do complexo do ombro. Parte posterior.
(Hamill e Knutzen, 1999).....................................................................................55
Fig. 15 - Padrões de propulsão da cadeira de rodas observados por
Boninger et al. (2002). As barras ao lado direito de cada padrão
representam o início da propulsão e as barras a esquerda
representam fim da propulsão e início do retorno. a)
Semicircular, b) Laço Simples, c) Laço Duplo, d) Arqueado.
(Modificado de Boninger et al., 2002)...............................................................57
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
xii
Fig. 16 - Esquema representando a marcha pendular (swing-through).
Diferentes fases da marcha em um ciclo completo. O ciclo inicia
quando a muleta toca o chão e existe um pequeno período de
suporte duplo (pés e muletas) seguido pela fase de suporte
simples das muletas (onde o corpo é levantado e propagado
para frente). O contato do calcanhar inicia a segunda fase de
suporte duplo (apoio das pernas) seguido pela fase de balanço
da muleta. (Modificado de Noreau et al., 1995)..............................................60
Fig. 17 - Câmera de infravermelho integrante do sistema de aquisição
de movimento da empresa Qualysis (Qualisys Inc.,
Glatonbury, CT, USA)..........................................................................................66
Fig. 18 - Marcador reflexivo utilizado ................................................................................66
Fig. 19 - Paciente com marcadores durante atividades na cadeira de rodas............67
Fig. 20 - Paciente com marcadores durante a marcha..................................................67
Fig. 21 - Localização dos marcadores nos pacientes ....................................................68
Fig. 22 - Vistas Lateral e Frontal dos marcadores de uma coleta durante a
marcha de um paciente com EENM e andador...............................................68
Fig. 23 - Volume da aquisição cinemática no laboratório..............................................69
Fig. 24 - Planta da disposição das câmeras e do volume de aquisição no
laboratório..............................................................................................................69
Fig. 25 - Centros das articulações e centos de massa referentes à coleta
da figura 22............................................................................................................72
Fig. 26 - Localização dos eletrodos de EMG de acordo com Perotto
(1994). (Figuras modificadas de SENIAM, 2007)............................................73
Fig. 27 - Eletrodos Ativos de Superfície Diferenciais Utilizados...................................75
Fig. 28 - Dispositivo com LEDs infravermelho confeccionado para sincronia............76
Fig. 29 - Detalhe da montagem dos extensômetros na perna do andador.................77
Fig. 30 - Detalhe da montagem do amplificador de instrumentação ...........................77
Fig. 31 - Andador Instrumentalizado.................................................................................78
Fig. 32 - Esquema para calibração do andador ..............................................................78
Fig. 33 - Curva de calibração do andador para o lado direito.
Coeficiente angular: -60,9205.............................................................................79
Fig. 34 - Curva de calibração do andador para o lado esquerdo.
Coeficiente angular: -69,8392.............................................................................79
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
xiii
Fig. 35 - Resultados de uma repetição para um paciente durante o
intervalo de propulsão da cadeira de rodas. Linha sólida: Lado
direito. Linha tracejada: Lado esquerdo. Torque1: Plano Sagital
(XZ). Torque2: Plano Transversal (XY). O Torque2 do lado
direito é apresentado com sinal invertido. As atividades
musculares são apresentadas como porcentagem da MCV.
Músculos: Bi: Bíceps, Tr: Tríceps, DA: Deltóide Anterior, DP:
Deltóide Posterior, PM: Peitoral Maior, TI: Trapézio Inferior.........................84
Fig. 36 - Resultados de uma repetição para um paciente durante a
elevação para alívio da pressão. Linha sólida: Lado direito. Linha
tracejada: Lado esquerdo. Torque1: Plano Sagital (XZ). Torque2:
Plano Frontal (YZ). O Torque2 do lado direito é apresentado com
sinal invertido. As atividades musculares são apresentadas
como porcentagem da MCV. Músculos: Bi: Bíceps, Tr: Tríceps,
DA: Deltóide Anterior, DP: Deltóide Posterior, PM: Peitoral Maior,
TI: Trapézio Inferior..............................................................................................86
Fig. 37 - Resultados de uma repetição para um paciente durante a
marcha com andador e EENM. Linha sólida: Lado direito. Linha
tracejada: Lado esquerdo. Torque1: Plano Sagital (XZ). Torque2:
Plano Frontal (YZ). O Torque2 do lado direito é apresentado com
sinal invertido. As atividades musculares são apresentadas
como porcentagem da MCV. Músculos: Bi: Bíceps, Tr: Tríceps,
DA: Deltóide Anterior, DP: Deltóide Posterior, PM: Peitoral Maior,
TI: Trapézio Inferior..............................................................................................87
Fig. 38 - Médias dos Picos da Força de cada paciente. As médias (barras)
e seus respectivos erros padrões para cada exercício estão
representados em cores diferentes em ambos os lados. As
diferentes letras representam diferenças significativas entre os
exercícios...............................................................................................................90
Fig. 39 - Médias dos Picos do Torque no plano Sagital (XZ) de cada
paciente. As médias (barras) e seus respectivos erros padrões
para cada um dos exercícios executados estão representados em
cores diferentes para ambos os lados. As diferentes letras para
cada parâmetro representam diferenças significativas entre os
exercícios com p<0,05.........................................................................................91
Fig. 40 - Médias dos Picos do 2º Torque de cada paciente. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos
exercícios executados estão representados em cores diferentes
para ambos os lados. Para a propulsão da cadeira de rodas o
torque é referente ao plano Transversal (XY) e para a elevação
para alívio da pressão e a marcha com andador e EENM é
referente ao plano Frontal (YZ). As diferentes letras para cada
parâmetro representam diferenças significativas entre os
exercícios com p<0,05.........................................................................................92
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
xiv
Fig. 41 - Médias das Integrais das Forças de cada paciente. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada exercício
estão representados em cores diferentes em ambos os lados. As
diferentes letras representam diferenças significativas entre os
exercícios................................................................................................................93
Fig. 42 - Médias das Integrais do Torque no plano Sagital (XZ) de cada
paciente. As médias (barras) e seus respectivos erros padrões
para cada um dos exercícios executados estão representados em
cores diferentes para ambos os lados. As diferentes letras para
cada parâmetro representam diferenças significativas entre os
exercícios com p<0,05..........................................................................................94
Fig. 43 - Médias das Integrais do 2º Torque de cada paciente. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos
exercícios executados estão representados em cores diferentes
para ambos os lados. Para a propulsão da cadeira de rodas o
torque é referente ao plano Transversal (XY) e para a elevação
para alívio da pressão e a marcha com andador e EENM é
referente ao plano Frontal (YZ). As diferentes letras para cada
parâmetro representam diferenças significativas entre os
exercícios com p<0,05.........................................................................................95
Fig. 44 - Médias do Pico das Forças de todos pacientes. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos 3
exercícios executados estão representados em cores diferentes
em ambos os lados. As diferentes letras representam diferenças
significativas entre os exercícios com p<0,05 para cada lado......................96
Fig. 45 - Médias dos Picos dos Torques de todos pacientes. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos 3
exercícios executados estão representados em cores diferentes
para ambos os lados. O Torque 1 é referente ao plano sagital
(XZ). O Torque 2 é referente ao plano Transversal (XY) para a
propulsão da cadeira de rodas e ao plano Frontal (YZ) para a
elevação para alívio da pressão e a marcha com andador e
EENM. As diferentes letras em cada parâmetro representam
diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05..............................97
Fig. 46 - Médias da Integral das Forças de todos pacientes. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos 3
exercícios executados estão representados em cores diferentes
em ambos os lados. As diferentes letras representam diferenças
significativas entre os exercícios com p<0,05 para cada lado......................98
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
xv
Fig. 47 - Médias da Integral dos Torques de todos pacientes. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos 3
exercícios executados estão representados em cores diferentes
para ambos os lados. O Torque 1 é referente ao plano sagital
(XZ). O Torque 2 é referente ao plano Transversal (XY) para a
propulsão da cadeira de rodas e ao plano Frontal (YZ) para a
elevação para alívio da pressão e a marcha com andador e
EENM. As diferentes letras para cada parâmetro representam
diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05..............................99
Fig. 48 - Médias das atividades musculares dos pacientes 1, 2, 3 e 4. Cada
letra indica diferentes faixas com nível de significância p<0,05.................104
Fig. 49 - Médias das atividades musculares dos pacientes 5, 6, 7 e 8. Cada
letra indica diferentes faixas com nível de significância p<0,05.................105
Fig. 50 - Médias das atividades musculares dos pacientes 9, 10, 11 e 12.
Cada letra indica faixa diferente com nível de significância p<0,05..........106
Fig. 51 - Médias das atividades musculares dos pacientes 13, 14, e 15. Cada
letra indica diferentes faixas com nível de significância p<0,05.................107
Fig. 52 - Médias das atividades musculares entre todos paciente
analisados para os 3 exercícios executados. As atividades
musculares são apresentadas como uma porcentagem da MCV.
As médias de cada músculo são representadas pelas barras e
seus respectivos erros padrões. Cada letra indica diferentes
faixas com nível de significância p<0,05. As letras maiúsculas
representam diferentes atividades musculares entre os músculos
do mesmo lado para um mesmo exercício. As letras minúsculas,
entre parênteses, representam diferentes atividades musculares
de um mesmo músculo entre os 3 exercícios executados..........................109
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
xvi
LISTA DE TABELAS
Tab. 1 - Escala de deficiência ASIA. Modificado de ASIA (1992)...............................31
Tab. 2 - Distribuição dos músculos na cintura escapula classificados quanto
a sua origem e inserção e localização (profundo ou superficial)..................54
Tab. 3 - Dados dos pacientes paraplégicos participantes do estudo .........................65
Tab. 4 - Dados antropométricos obtidos por Dempster (1959).
(Adaptado de Miller e Nelson, 1973)...................................................................71
Tab. 5 - Médias das características de todos os pacientes que
executaram os 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas. .............88
Tab. 6 - Médias das características de todos os pacientes que
executaram a elevação para alívio da pressão...............................................88
Tab. 7 - Médias das características de todos os pacientes que
executaram a marcha com andador e EENM..................................................88
Tab. 8 - Médias e Desvios Padrões dos Picos e Integrais da Força,
Torque no Plano Sagital (XZ) e 2º Torque no Lado Direito.........................100
Tab. 9 - Médias e Desvios Padrões dos Picos e Integrais da Força,
Torque no Plano Sagital (XZ) e 2º Torque no Lado Esquerdo...................101
Tab. 10 - Médias e Desvios Padrões das atividades musculares médias no
lado Direito durante os exercícios realizados. ...............................................110
Tab. 11 - Médias e Desvios Padrões das atividades musculares médias no
lado Esquerdo durante os exercícios realizados...........................................111
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
xvii
TABELAS APÊNDICE A Resultados Individuais dos Pacientes.
Tab. A1.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............138
Tab. A1.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................140
Tab. A1.3 - Características da passada com andador e EENM............................................142
Tab. A2.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............144
Tab. A2.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................146
Tab. A2.3 - Características da passada com andador e EENM............................................148
Tab. A3.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............150
Tab. A3.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................152
Tab. A4.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............154
Tab. A4.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................156
Tab. A5.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............158
Tab. A5.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................160
Tab. A5.3 - Características da passada com andador e EENM............................................162
Tab. A6.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............164
Tab. A6.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................166
Tab. A7.1 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................168
Tab. A7.2 - Características da passada com andador e EENM............................................170
Tab. A8.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............172
Tab. A8.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................174
Tab. A9.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.............176
Tab. A9.2 - Características da elevação para alívio da pressão...........................................178
Tab. A10.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas ...........180
Tab. A10.2 - Características da elevação para alívio da pressão.........................................182
Tab. A11.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas ...........184
Tab. A11.2 - Características da elevação para alívio da pressão.........................................186
Tab. A11.3 - Características da passada com andador e EENM..........................................188
Tab. A12.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas ...........190
Tab. A12.2 - Características da elevação para alívio da pressão.........................................192
Tab. A13.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas ...........194
Tab. A13.2 - Características da elevação para alívio da pressão.........................................196
Tab. A13.3 - Características da passada com andador e EENM..........................................198
Tab. A14.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas ...........200
Tab. A14.2 - Características da elevação para alívio da pressão.........................................202
Tab. A14.3 - Características da passada com andador e EENM..........................................204
Tab. A15.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas ...........206
Tab. A15.2 - Características da elevação para alívio da pressão.........................................208
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
xviii
ABREVIAÇÕES, SIGLAS E TERMOS TÉCNICOS
Além das abreviações e siglas, são apresentadas também algumas expressões
técnicas que normalmente são mencionadas em inglês.
A/D: Conversor Analógico Digital
ASIA: American Spinal Injury
Association
DC: Direct Current. Corrente Contínua
D/A: Conversor Digital Analógico
Distal: Afastado do centro do corpo.
EENM: Estimulação Elétrica
Neuromuscular.
EMG: Eletromiografia
FIR: Finite Inpulse Respost. Resposta
Finita ao Impulso
IIR: Infinite Inpulse Respost . Resposta
Infinita ao Impulso
Lateral: Situado longe da linha
mediana do corpo.
LED: Light Emitting Diode. Diodo
Emissor de Luz.
Medial: Situado perto da linha mediana
do corpo.
NMES: Neuromuscular Electrical
Stimulation (sigla inglesa de
EENM)
Offset : sintaxe relacionada com um
nível de tensão indesejado que
um circuito adiciona a um sinal
Proximal: Próximo do centro do corpo.
RMS: Root Mean Square. Raiz da
média quadrática.
SME: Sinal Mioelétrico
Swing-Through: Marcha pendular
realizada com a propulsão
conjunta das duas pernas para
frente.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
19
PREFÁCIO
“...Aprendi a ficar quieto e começar tudo de novo,
o que eu quero eu vou conseguir...”.
R.S.S. /Rockixe (1973)
Introdução
A lesão medular e a consequente inatividade muscular são causas de muitos
problemas nos sistemas musculoesquelético, circulatório e nervoso. Várias técnicas
de reabilitação são utilizadas para reduzir prejuízos como osteoporose, úlceras de
pressão e a redução de massa muscular nestes pacientes. A Estimulação Elétrica
Neuro-Muscular (EENM) é uma técnica frequentemente usada e pode ser aplicada
tanto para fins terapêuticos quanto funcionais (ORTOLAN et al., 2001; SIPSKI;
RICHARDS, 2006).
A restauração das funções motoras, sensoras e autonômicas após lesões
medulares tornou-se uma das principais atividades da comunidade neuroscientífica
durante a última década (FOUAD; PEARSON, 2004). A idéia é que praticando a
marcha com EENM é possível “ensinar a medula a caminhar”, resultados positivos
em experimentos com gatos e recentemente com humanos encorajaram o uso desta
técnica de reabilitação (PEARSON, 2000).
Evidências de um Gerador de Padrões Locomotores (GPL), localizado na medula
espinhal humana, foram obtidas baseadas nos movimentos involuntários semelhantes
a passos depois de lesões medulares completas (CALANCIE et al., 1994).
Movimentos locomotores também foram induzidos em pacientes portadores de
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
20
paraplegia completa e incompleta utilizando um suporte para suspensão do corpo e
uma esteira elétrica (DIETZ et al., 1995; WERNING et al., 1998). De acordo com Dietz
(2002) a força de contato é a informação aferente mais importante para ativar o GPL.
Lamb e Yang (2000) obtiveram passos em bebês recém nascidos submetidos a
uma esteira elétrica. Este fato fornece um suporte adicional à existência do GPL na
medula espinhal humana, pois a via descendente do cérebro à medula espinhal em
recém nascidos é imatura e não considerada funcional.
A marcha com EENM aplicada aos membros inferiores (também chamada de
neuroprótese de membros inferiores) parece ser uma promissora forma de
reabilitação. Ainda não é possível utilizar a EENM na marcha como uma forma
alternativa de locomoção em substituição a cadeira de rodas, principalmente devido
à fadiga muscular e habituação nervosa (MUNIH; ICHIE, 2001). No entanto esta
técnica vem sendo usada como modalidade terapêutica mesmo em estágios
crônicos de lesão medular (BARBEAU et al., 2002).
A EENM tem sido usada para auxiliar a execução de uma variedade de
movimentos em pacientes lesados medulares inclusive da marcha (BAJD et al.,
1983; CLIQUET et al., 1989). A característica mais importante destes trabalhos foi o
uso do reflexo de retirada para realizar a fase de balanço na marcha. Desta forma
são necessários apenas dois canais de estimulação em cada perna, um para
estimular o músculo quadríceps durante a fase de suporte, e outro canal estimulando
o nervo fibular (realizando o reflexo de retirada) durante a fase de balanço. Este
método é usado pelo sistema Parastep
1
e a maioria dos sistemas utilizados hoje em
dia (MUNIH; ICHIE, 2001).
1
Parastep é um sistema comercial de locomoção para paraplégicos aprovado pela Food and Drug
Administration (FDA) norte americana.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
21
Dispositivos de auxílio de marcha (andadores, muletas etc...) são essenciais
para os pacientes paraplégicos realizarem a marcha com EENM, pois apesar do
estímulo elétrico contrair os músculos das pernas, estes pacientes não têm
propriocepção e precisam usar os membros superiores para uma melhor
estabilização e assim poderem se manter em pé (CLIQUET et al., 1989; BATENI;
MAKI, 2005).
Vários programas de reabilitação envolvendo a marcha induzida artificialmente
são frequentados por pacientes lesados medulares, onde normalmente são
analisados seus benefícios. No entanto, existem algumas desvantagens associadas
a esta atividade que incluem o aumento do consumo energético comparado à
marcha normal (WATERS; MULROY, 1999; ULKAR et al., 2003; CARVALHO et al.,
2005) e o risco de induzir danos pelo sobreuso nas articulações dos membros
superiores destes sujeitos.
Os membros superiores são apropriados à manipulação de objetos, porém a
maioria dos pacientes com lesão medular apresenta dores nos ombros, devido
excessiva carga aplicada diariamente nestas articulações (JENSEN et al., 2005;
SALISBURY et al., 2003; BALLINGER et al., 2000). Desta forma torna-se importante
avaliar o esforço produzido pelo ombro destes pacientes para evitar danos a esta
articulação e o comprometimento das funções de independência remanescentes
(HASTING; GOLDSTEIN, 2004; SAMUELSSON et al., 2004; NINOMYIA et al., 2007).
Poucos trabalhos mesuraram a carga em membros superiores de pacientes
lesados medulares durante a marcha. Crosbie e Nicol (1990), Noreau et al. (1995),
Melis et al. (1999), Requejo et al. (2005) e Haubert et al. (2006) avaliaram o esforço
nos membros superiores de lesados medulares incompletos que andam diariamente
com auxílio de bengalas ou muletas. No entanto, nenhum estudo ainda foi realizado
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
22
com pacientes portadores de lesão completa, ou que necessitam de EENM para
realizar a marcha com andador, durante seções de reabilitação, com o intuito de
verificar se o tratamento poderia gerar algum prejuízo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
23
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi avaliar o esforço dos ombros em pacientes
paraplégicos, durante seções de reabilitação realizadas por meio de marcha
induzida artificialmente (estimulação elétrica) utilizando um andador.
A avaliação cinética e da atividade muscular durante a marcha foi realizada
pela comparação com duas atividades executadas diariamente por estes sujeitos
(propulsão da cadeira de rodas e elevação do corpo para alívio da pressão), com
objetivo de verificar a possibilidade de prejuízos aos pacientes durante as seções de
reabilitação.
Hipótese
O esforço do ombro em pacientes paraplégicos ao realizar a marcha (induzida
artificialmente por EENM) com auxílio de um andador durante as seções de
reabilitação é maior que outros esforços realizados diariamente por estes sujeitos.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
24
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
25
C
1
“...Essa lama que a gente engole e não faz nada...nada...
mas esse caos de gente é sinal de que algo está para acontecer.
R.S.S. / Metamorfose Ambulante
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo apresenta uma breve revisão bibliográfica sobre: Lesão medular,
Caracterização da marcha, Biomecânica do ombro e Pesquisas recentes sobre o
esforço do ombro em lesados medulares.
1.1 Lesão Medular
A lesão medular caracteriza-se pela interrupção (total ou parcial) da
comunicação na medula espinhal, comprometendo a transmissão de informações
entre as partes acima da lesão (incluindo o cérebro) com as regiões abaixo da lesão.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
26
1.1.1 Medula Espinhal
A medula espinhal encontra-se envolvida e protegida pela coluna vertebral e
consiste no principal condutor de informações sensitivas e motoras entre o cérebro e
o restante do corpo.
A medula é composta por inúmeros neurônios aferentes (sensitivos) e
eferentes (motores) sendo que os neurônios aferentes têm seus axônios entrando
na medula e os eferentes têm seus axônios saindo da medula. Estes axônios são
reunidos em nervos e são denominados e numerados de acordo com o forame
vertebral em que entram ou saem da coluna. Desta forma a medula é dividida, como
a coluna vertebral, em 4 partes principais: Cervical, Torácica, Lombar e Sacral. Os
segmentos cervicais são oito (C1 a C8) e controlam a sensibilidade e o movimento
da região cervical e dos membros superiores. Os segmentos torácicos (T1 a T12)
controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores. Os segmentos
lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidade dos
membros inferiores. Os sacrais (S1 a S5 mais o nervo Coccígeo) controlam parte
dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e
intestino (Sarah, 2007). A figura 1 apresenta as regiões da pele que são inervadas
por axônios sensitivos de cada nervo segmentar.
Apesar de a medula estar segmentada de acordo com o forame vertebral por
onde sai o nervo, não existe correspondência entre a vértebra e o segmento medular
subjacente, e isso se deve ao crescimento desigual entre a medula e a coluna
vertebral. A medula espinhal adulta termina no nível vertebral L1-L2. Abaixo desses
níveis na coluna vertebral, encontramos apenas raízes nervosas, que constituem a
cauda eqüina. Na figura 2 é apresentado um esquema da distribuição da medula
espinhal dentro do canal vertebral.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
27
Fig. 1 - Distribuição das áreas na pele inervadas
por axônios sensitivos dentro de cada nervo
segmentar (modificado de ASIA, 1992).
Fig. 2 - Posição da medula espinhal no
canal vertebral.
(modificado de Sarah, 2007).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
28
Além da sua função condutora de informação, a medula espinhal ainda contém
interneurônios que compõem circuitos neurais locais, se tornando um centro
regulador de inúmeras funções relacionadas com reflexos medulares. Tais reflexos
podem ser motores (reflexo de retirada, da extensão cruzada, da locomoção, da
postura, de coçar e que causam espasmos) ou autonômicos (pressão arterial,
sudorese, evacuação da bexiga e do cólon e algumas funções motoras do trato
digestivo).
1.1.2 Lesão Medular
A lesão medular caracteriza-se pela interrupção (total ou parcial) da
comunicação na medula espinhal, podendo prejudicar a coordenação das funções
motoras, sensitivas e autonômicas. A lesão medular pode ocorrer devido a um
trauma (acidente automobilístico, armas de fogo, mergulho) ou doenças (infecção,
tumor).
Estudos realizados pela National Spinal Cord Injury Statistical Center
2
(NSCISC) estimam que no ano de 2006 haviam 253000 pessoas portadoras de
lesão medular vivendo nos Estados Unidos, e que a cada ano ocorrem 11000 novos
casos (desconsiderando aqueles que falecem no acidente). Estatísticas realizadas
com os casos ocorridos a partir de 2000 mostram que a idade média na data da
lesão é de 38 anos com prevalência masculina em 77,8% dos casos. (NSCISC,
2006)
2
National Spinal Cord Injury Statistical Center é um centro norte-americano que mantêm uma extensa
base de dados sobre lesão medular desde 1973.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
29
A lesão traumática é a mais frequente (84%) sendo sua principal causa os
acidentes automobilísticos (47%), seguido por quedas (24%), atos de violência
(14%), e lesões associadas a atividades esportivas (9%) sendo a maioria mergulho
em águas rasas. Entre 1990 e 1999 os atos de violência (associados principalmente
com armas de fogo) tiveram uma maior representação na incidência de lesão
medular, alcançando 25% dos casos. (NSCISC, 2006).
No Brasil durante o ano 2000, na rede Sarah de Hospitais do Aparelho
Locomotor
3
, entre os pacientes comprometidos com traumatismo medular 31% dos
casos teve como causa acidente de trânsito, seguido de agressão com arma de fogo
(30%), quedas (21%) e mergulho (6,5%). (SARAH, 2007).
A expectativa de vida para estes pacientes vêm aumentando significativamente
com os avanços da ciência, mas ainda é menor comparada a sujeitos normais. A
taxa de mortalidade é maior durante o primeiro ano após a lesão, e no passado
estava relacionada principalmente com insuficiência renal, porém com os avanços
na área urológica os problemas renais deixaram de ser a maior causa de morte para
estes pacientes aumentando assim sua expectativa de vida. Hoje em dia as
principais causas de falecimento em lesados medulares estão relacionadas à
pneumonia, embolia pulmonar e septicemia. (NSCISC, 2006).
Quando a medula espinhal é subitamente lesionada todas as suas funções
abaixo da lesão (inclusive os reflexos medulares) ficam imediatamente deprimidas a
ponto de haver silêncio total, uma reação chamada de choque espinhal. Após um
intervalo de tempo os neurônios espinhais reconquistam gradativamente sua
3
A rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor é uma rede pública brasileira composta por
unidades situadas em seis capitais brasileiras denominadas Hospitais Sarah Kubitschek com a
finalidade de atender vítimas de politraumatismo e problemas locomotores.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
30
excitabilidade. No ser humano este retorno costuma demorar alguns meses
chegando até 1 ano, e às vezes não é completo. Por outro lado, essa recuperação
pode ser excessiva, causando hiperexcitabilidade de algumas ou de todas as
funções medulares (GUYTON, 1997).
O nível da lesão é o ponto mais baixo preservado da medula espinhal, quanto
mais baixo o nível de lesão mais funcionalidade o individuo apresentará. As lesões
nos segmentos cervicais são caracterizadas como tetraplegia (paralisia dos quatro
membros), as lesões cervicais altas (C1 e C2) normalmente são fatais devido à
insuficiência respiratória pelo comprometimento do nervo frênico que comanda a
contração do diafragma. Nas lesões cervicais baixas (C6, C7 e C8) observa-se
paralisia dos membros inferiores e das mãos. As lesões nos segmentos torácicos,
lombares e sacrais da medula espinhal se caracterizam como paraplegia (paralisia
dos membros inferiores).
Nas lesões medulares completas ocorre a paralisia e a perda de todas as
modalidades sensitivas (tátil, dolorosa, para temperatura, pressão e localização de
partes do corpo no espaço) abaixo da lesão, além da alteração no controle
esfincteriano (urinário e fecal). As sociedades American Spinal Injury Association
(ASIA) e International Medical Society of Paraplegia (IMSOP) publicaram
conjuntamente em 1992 os “Padrões Internacionais para Classificação Neurológica e
Funcional das lesões Medulares Espinhais” (ASIA, 1992), estes padrões determinam
5 categorias dependendo do tipo de lesão: Completa (A), Incompleta (B, C e D) e
Normal (E). A tabela 1 apresenta uma descrição detalhada de cada categoria na
escala de deficiência ASIA.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
31
Tab. 1 - Escala de deficiência ASIA. Modificado de ASIA (1992)
Escala
Nível de
Lesão
Descrição
A Completa
Não há função motora ou sensitiva preservada abaixo
do nível da lesão
B Incompleta
Há função sensitiva, porém não motora preservada
abaixo do nível da lesão.
C Incompleta
Há função motora preservada abaixo do nível da lesão,
e a maioria dos músculos abaixo do nível da lesão têm
força muscular inferior a 3*.
D Incompleta
Há função motora preservada abaixo do nível da lesão,
e pelo menos a metade dos músculos abaixo do nível
da lesão têm força muscular maior ou igual a 3*.
E Normal As funções sensitivas e motoras são preservadas.
*Força muscular = 3 : Movimento ativo contra a gravidade. Detalhes no Anexo A
Segundo o National Spinal Cord Injury Statistical Center a tetraplegia
incompleta foi a classe de maior incidência de lesão medular desde o ano 2000 nos
Estados Unidos, chegando a 34% dos casos, a paraplegia completa compreendeu
23% dos casos e a incompleta 19%. A tetraplegia completa foi a lesão de menor
incidência aparecendo em 18% dos casos. (NSCISC, 2006).
Além da perda das funções motoras e sensitivas a lesão medular ainda pode
apresentar uma série de outros problemas como: úlceras por pressão, disfunção
urinária, disfunção intestinal, disreflexia autonômica, trombose, hipotensão
ortostática, embolia pulmonar, siringomielia e distúrbios do humor (SARAH, 2007).
Uma das complicações mais comuns encontrada em pacientes com lesão
medular são as úlceras por pressão, que podem ser responsáveis por
hospitalizações e longos períodos de imobilidade. As úlceras surgem quando a
circulação local é interrompida por tempo prolongado, devido à pressão dos ossos
contra a pele apoiada em uma superfície por longos períodos. A falta de mobilidade
associada à falta de sensibilidade em lesados medulares representam um grande
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
32
risco desse fato ocorrer. As úlceras por pressão requerem cuidados especiais para
sua cura e para bloquear seu crescimento (tanto em extensão quanto em
profundidade) caso contrário podem gerar outras complicações, inclusive fatais. As
úlceras por pressão são mais fáceis de prevenir do que de ser tratadas, e uma das
medidas mais importantes para evitar o aparecimento e crescimento dessas úlceras
é o alívio da pressão sobre a pele periodicamente, quando o paciente se encontra
na cama ou cadeira de rodas. Este alívio é realizado com a constante elevação do
corpo ou a mudança de posição do paciente.
Siringomielia pós-traumática é uma complicação que pode acontecer meses ou
anos após a ocorrência da lesão medular e pode aumentar a incapacidade funcional
nos lesados medulares. No local do trauma, na medula espinhal, pode surgir um
cisto e quando este cisto é preenchido por liquido céfalo-raquidiano ocorre a
siringomielia (KIRSHBLUM, 2005). Quando este líquido se expande, comprime a
medula espinhal gerando a morte de mais neurônios e consequentemente a
elevação do nível neurológico da lesão, resultando em maior perda funcional. A
entrada de líquido dentro do cisto pode ocorrer devido a um aumento na pressão
venosa, proveniente da elevação da pressão intratorácica. Atividades com grande
esforço como o levantamento de cargas pesadas que requeiram a execução da
“manobra de Valsalva
4
” aumentam a pressão intratorácica. A siringomielia foi
considerada rara no passado, no entanto com o advento da ressonância magnética,
sua prevalência em pacientes com lesão medular tem sido estimada em torno de 8%
(SARAH, 2007).
4
Manobra de Valsalva: Expiração forçada contra a glote fechada, aumentado a pressão intratorácica
e impedindo o retorno venoso ao coração.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
33
1.2 Marcha
A marcha humana é um eficiente método de locomoção, podendo superar
vários obstáculos e adquirir diferentes velocidades.
1.2.1 Fases da marcha
A marcha humana pode ser dividida em duas fases principais: suporte e
balanço (figura 3). Estas fases estão relacionadas com um dos lados da pessoa que
caminha, pois enquanto a perna direita está na fase de balanço a esquerda estará
na fase de suporte.
A fase de suporte ocorre quando o membro inferior mantém contato com o
chão sustentando o peso do corpo, neste período o suporte pode ser simples (a
perna sustenta todo o peso do corpo), ou duplo (as duas pernas mantêm contato
com o chão). A fase de balanço ocorre quando a perna é lançada para frente, neste
intervalo todo o peso do corpo estará aplicado na outra perna.
Fig. 3 - Fases da Marcha (modificado de Franca, 2003).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
34
Perry (1992) propôs subdivisões a estas duas fases principais obtendo 8 fases
durante um ciclo da marcha. A fase de balanço foi dividida em 3 fases (balanço
inicial, meio da fase de balanço e final da fase de balanço), e a fase de suporte em 5
fases (contato inicial, resposta à carga, meio da fase de suporte, final da fase de
suporte e pré-balanço). O contato inicial e a resposta à carga ocorrem na fase de
suporte duplo (após a fase de balanço) e o pré-balanço na outra fase de suporte
duplo (antes da fase de balanço). O contato inicial ocorre em um curto intervalo (de
0% a 2%) do ciclo da marcha, caracterizado pelo contato do pé com o chão iniciando
a fase de apoio. Os outros intervalos de tempo são apresentados na figura 4.
Fig. 4 - Divisões das fases da Marcha proposto por Perry (1992). (modificado de Franca, 2003).
O comprimento percorrido por um ciclo da marcha é denominado de passada.
Uma passada é definida como o intervalo entre um evento sobre uma perna até uma
nova ocorrência deste mesmo evento sobre a mesma perna. (figura 5). Um passo,
no entanto, é definido como o intervalo de um mesmo evento entre pernas
diferentes.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
35
Fig. 5 - Parâmetros da passada durante a marcha (Hamill e Knutzen, 1999).
A marcha é caracterizada pelo comprimento da passada, frequência dos
passos (cadência), tempo de um ciclo (uma passada) e a velocidade média. A
velocidade média é calculada utilizando o comprimento da passada e a cadência
(equação 1).
[ ]
[ ] [ ]
120
passos/minCadênciamdaComp.Passa
m/saVeloc.Médi
×
= (1)
1.2.2 Marcha com andador
A marcha com andador se diferencia da marcha normal principalmente pelo
menor período da fase de balanço, já que o indivíduo gasta um tempo maior para
realizar o avanço do andador e manter o corpo estabilizado. Nesta marcha a fase de
suporte tem o acréscimo da fase de avanço do andador, situada entre a fase de
resposta à carga de uma perna e o pré-balanço da outra perna. A fase de aceitação
do peso inclui o contato inicial e a resposta à carga. Na figura 6 são apresentadas as
fases da marcha com andador obtidas por meio de um estudo com paraplégicos ao
realizarem a marcha com andador e EENM.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
36
Fig. 6 - Fases da marcha com andador (Valores obtidos de Franca, 2003)
1.2.3 Propulsão da cadeira de rodas
Um dispositivo utilizado amplamente por pessoas incapacitadas de realizar a
marcha e é a cadeira de rodas.
As cadeiras de rodas podem ser tracionadas por motor ou manualmente. As
cadeiras de rodas motorizadas normalmente utilizam motores elétricos de corrente
contínua com potências próximas de 1cv (cavalo vapor). As cadeiras de rodas
manuais são aquelas que requerem força humana para movimentação e podem ser
propelidas por um assistente ou pelo próprio usuário.
As cadeiras de rodas tracionadas pelo próprio usuário apresentam rodas
traseiras grandes (20 a 26 polegadas de diâmetro) que se assemelham a rodas de
bicicleta. Junto a essas rodas são acoplados aros (com diâmetro ligeiramente menor
ao das rodas) que permitem a propulsão da cadeira de rodas pelos membros
superiores do ocupante.
A propulsão da cadeira de rodas pode ser dividida em duas fases: impulso e
retorno. O impulso começa com os membros superiores posicionados para trás, com
uma adução e elevação da cintura escapular, hiperextensão do ombro e flexão de
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
37
cotovelo. O tronco também é flexionado contribuindo com a hiperextensão do ombro.
A força da mão sobre o aro é aplicada por aproximadamente 90 graus (para corrida
este angulo é maior chegando a 200 graus) e ao final da fase de impulso os membros
superiores se aproximam da posição anatômica (figura 7). Durante a fase de retorno,
o braço volta à posição inicial da fase de impulso, sem tocar no aro, e o tronco é
estendido também voltando à posição inicial (HAMILL; KNUTZEN, 1999).
Fig. 7 - Fases da Propulsão da cadeira de rodas (Hamill e Knutzen, 1999).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
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1.3 Biomecânica do Ombro
Neste item serão apresentados alguns conceitos e terminologias de
biomecânica e também uma breve abordagem sobre anatomia funcional do ombro.
1.3.1 Conceitos de Biomecânica
A biomecânica pode ser definida como a aplicação dos conceitos da mecânica
clássica em sistemas biológicos. O estudo da biomecânica envolve aplicações das
Leis de Newton para modelar objetos biológicos com a finalidade de descrever seus
comportamentos.
A descrição dos movimentos em biomecânica utiliza a terminologia
apresentada a seguir.
TERMINOLOGIA PARA MOVIMENTO EM BIOMECÂNICA
A descrição dos movimentos é realizada a partir de uma posição de referência
chamada posição anatômica, que mantêm o corpo ereto, pés juntos e paralelos, braços
pendentes ao longo do corpo e palmas das mãos voltadas para frente (figura 8).
Os movimentos são analisados em 3 planos ortogonais que atravessam o
corpo: sagital, transversal e frontal. O plano sagital é posicionado na direção antero-
posterior e divide o corpo em duas metades: direita e esquerda (neste plano são
observados os movimentos visíveis de perfil). O plano transversal é um plano
horizontal que divide o corpo em parte superior e inferior. O plano frontal é
posicionado na direção médio lateral e divide o corpo na parte anterior e posterior
(neste plano são observados movimentos visíveis de frente) (figura 8).
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Fig. 8 - Posição anatômica nos três planos de movimento. Os sentidos dos movimentos em
cada plano também estão indicados (Franca, 2003 baseado em Rash, 1999).
Existem seis movimentos básicos que podem ocorrer em diferentes
combinações nas articulações do corpo: flexão, extensão, adução, abdução, rotação
medial e lateral. Para cada plano está associado um par de movimentos. Os
movimentos de extensão e flexão ocorrem no plano sagital. A flexão leva uma parte
do corpo para frente da posição anatômica, e de extensão para trás. Os movimentos
de adução e abdução são observados no plano frontal. Adução é o movimento de
uma parte do corpo no sentido medial, e a abdução o movimento realizado no
sentido lateral. Os movimentos de rotação são visíveis no plano transversal. A
rotação interna leva uma parte do corpo no sentido medial e a rotação externa no
sentido lateral (figura 9).
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Fig. 9 - Terminologia dos movimentos (Franca, 2003 baseado em Rash, 1999).
As análises biomecânicas podem ser conduzidas a partir de duas perspectivas:
cinemática e cinética.
ANÁLISE CINEMÁTICA
A análise cinemática está relacionada com as características do movimento,
considerando variáveis temporais e espaciais, sem levar em conta as forças que
causam o movimento. A cinemática descreve o movimento utilizando parâmetros
como posição, velocidade e aceleração de um corpo.
Um movimento linear ocorre em uma trajetória que pode ser aproximada por
uma linha reta. Todas as partes do objeto percorrem a mesma distância, na mesma
direção e ao mesmo tempo. O movimento pode ser retilíneo ou curvilíneo
dependendo da trajetória.
Quando um objeto se movimenta em torno de um ponto fixo o movimento é
chamado de angular. Todas as partes do objeto se movem por um mesmo ângulo,
na mesma direção, ao mesmo tempo, não percorrendo necessariamente a mesma
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distância. Os deslocamentos são mensurados em ângulos e utiliza-se velocidade e
aceleração angular neste tipo de análise.
De modo geral, a maioria dos movimentos realizados pelo corpo é angular, no
entanto algumas exceções são encontradas, como por exemplo, o movimento linear
da escápula durante elevação/depressão ou adução/abdução (figura 12).
Existem vários métodos para coleta de dados cinemáticos. Alguns exemplos de
sensores utilizados em análises cinemáticas são: acelerômetros, eletrogoniômetros,
e métodos cinemétricos. O processamento das imagens (cinemetria) é o método
mais comum de obter dados cinemáticos. Esta técnica utiliza marcadores fixados
sobre a pele em pontos de referência no corpo, e depois de coletados os dados são
realizados cálculos matemáticos (baseados em dados antropométricos) para
encontrar os centros das articulações e os centros de massa dos membros.
ANÁLISE CINÉTICA
A cinética é a área que estuda as forças que agem em um sistema causando
movimento. Assim como a cinemática, a cinética pode ser dividida em cinética linear
e angular. A cinética linear trata sobre forças que aplicadas aos objetos causam
deslocamentos em trajetórias lineares e a cinética angular trata sobre forças que
causam um movimento de giro nos objetos, gerando um torque ou momento de força.
As Leis do Movimento descritas por Isaac Newton em seu livro: Principia
Mathematica (1687) formam a base mecânica para o estudo da cinética.
1.) Primeira Lei de Newton Lei da Inércia
“Um corpo continua em seu estado de repouso, ou de movimento
uniforme em linha reta, a menos que seja compelido a mudar de
estado por forças colocadas sobre ele”
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A lei da inércia afirma que um objeto permanece continuamente no estado em
que se encontra (repouso ou movimento) até que sofra uma força externa, ou seja,
esta lei é utilizada para descrever a resistência de um objeto ao movimento. Quanto
maior a massa de um objeto, maior sua inércia, e assim maior a dificuldade de
movê-lo.
2.) Segunda Lei de Newton Lei da Aceleração
A mudança de movimento é proporcional à força impressa e é
feita na direção da linha reta na qual a força é impressa
A segunda lei de Newton (da aceleração) descreve um objeto quando sai da
inércia, ou seja, quando existe uma força externa agindo sobre ele que altera sua
velocidade e aceleração em proporção direta a força aplicada. A massa continua
contribuindo como resistência ao movimento, desta forma a aceleração é
inversamente proporcional à massa. A equação 2 relaciona a força aplicada a um
objeto com a sua aceleração em movimentos lineares (análise cinética linear).
a
m
F
= (2)
3.) Terceira Lei de Newton Lei da Ação e Reação
“A cada ação corresponde uma reação igual e oposta; ou, a ação
mútua de dois corpos, um sobre o outro é sempre igual e dirigida
a partes contrárias.”
A terceira lei de Newton diz que para toda ação existe uma reação, ou seja,
nenhuma força existe isoladamente, mas aos pares. As forças de ação e reação
apresentam módulos iguais e sentidos opostos. Apesar das forças apresentarem
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módulos iguais terão respostas diferentes dependendo da massa dos corpos em
questão.
A aplicação de uma força sobre um objeto pode originar um movimento de giro
em torno de um ponto, neste caso diz-se que a força gerou um torque ou momento
de força. Como o corpo humano se move por uma série de articulações (que
realizam em sua maioria deslocamentos angulares) o valor do torque que um
músculo desenvolve é uma interessante medida para avaliar o seu efeito.
O torque não é uma força, mas a efetividade de uma força para causar rotação
em um eixo específico. Desta forma qualquer discussão sobre torque precisa ser
com referência a um eixo específico. A distância perpendicular entre o eixo de
rotação e o ponto de aplicação da força é conhecida como braço de alavanca da
força. A magnitude do torque pode ser calculada pela multiplicação da força que o
gerou (F) com o braço de alavanca (d). A equação 3 apresenta a equação do torque.
/T/ = /F/ · /d/ (3)
Como o braço de alavanca (d) deve ser perpendicular à força (F), e o torque
(T) é um vetor é ortogonal a estes dois vetores, então o torque pode ser calculado
pelo produto vetorial do braço de alavanca pela força.
F
d
T
×= (4)
O conceito de torque pode ser utilizado para definir o centro de massa de um
objeto. O centro de massa é o ponto onde a massa do objeto está uniformemente
distribuída, constituindo-se o ponto de equilíbrio. Desta forma, no centro de massa a
soma dos torques é nula.
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0T
cm
=
(5)
A posição do centro de massa pode ser obtida adotando-se como ponto de giro
uma posição diferente do centro de massa. Neste caso, o torque de cada parte do
objeto será igual ao torque total deste objeto, conforme a equação 6.
TotalN21
TTTT =+++ K
(6)
TotalTotalNN2211
dFdFdFdF ×=×++×+× K
Cada torque é gerado pela sua respectiva força aplicada no correspondente
braço de alavanca. A distância d
Total
é o braço de alavanca da força F
Total
, ou seja é
o ponto onde toda a força é aplicada ao objeto. Como a força total aplicada a um
objeto é feita no centro de massa então d
Total
é a distância do centro de massa.
Desta forma, é possível obter o centro de massa de um objeto pela equação 7.
Total
NN2211
CM
F
dFdFdF
d
×++×+×
=
K
(7)
Se um objeto não tiver influência de forças externas, ou seja, estiver submetido
apenas à força peso originada pela ação da gravidade, pode-se representar a
equação 7 pelas massas dos elementos que compõem o objeto (equação 8):
Total
NN2211
CM
Massa
dmdmdm
d
+++
=
K
(8)
Desta forma, pode-se calcular a posição do centro de massa do corpo humano
sabendo-se as massas e as posições de cada segmento deste corpo. As posições
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são obtidas através da análise cinemática, porém as massas e centros de massa de
cada segmento devem ser conhecidos previamente. Estas informações, chamadas
de antropométricas, foram estudadas basicamente por três métodos: 1) medidas
baseadas em estudos de cadáveres, 2) modelos matemáticos, 3) exame de imagens
médicas (raio-x ou similares). (HAMILL; KNUTZEN, 1999).
Dempster et al. (1959), Clauser et al. (1969) e Chandler et al. (1975) realizaram
estudos com cadáveres e obtiveram equações para as massas e centros de massas
de cada segmento do corpo em função do peso total corporal e extensão dos
segmentos.
Hanavan (1964) e Hartze (1980) utilizaram modelos matemáticos para prever
as massas e a localização dos centros de massa dos segmentos, nestes métodos os
segmentos do corpo são aproximados por formas geométricas conhecidas (cones,
cilindros, esferas, etc). A figura 10 apresenta a representação geométrica do corpo
utilizada por Hanavan (1964). O uso deste método requer medidas adicionais dos
segmentos, como por exemplo, as circunferência superior e inferior da coxa, além da
massa total e do comprimento do segmento.
Zatsiorsky e Seluyanov (1983) e de Leva (1996) obtiveram a massa por
unidade de área dos segmentos do corpo humano, in vivo, utilizando imagens de
raios-gama .
Estes três métodos têm sido utilizados em pesquisas para determinar as
características e centros de massa dos segmentos do corpo humano, e apresentam
estimativas razoáveis destes parâmetros (HAMILL; KNUTZEN, 1999).
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Fig. 10 - Representação dos segmentos geométricos do corpo utilizado por Hanavan (1964).
(obtido de Hamill e Knutzen, 1999)
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ATIVIDADE MUSCULAR
A contração de um músculo ocorre quando um potencial de ação percorre as
fibras musculares liberando cálcio e induzindo a aproximação das proteínas que
compõe estas fibras (ORTOLAN, 2002). Um eletrodo localizado próximo destes
potenciais de ação é capaz de detectar o potencial elétrico referente à contração
muscular, este potencial é chamado de Sinal Mioelétrico (SME).
O SME pode ser obtido por meio de eletrodos monopolares ou bipolares. A
configuração monopolar obtém diferenças de potenciais entre dois pontos, sendo um
deles o ponto de referência. Na configuração bipolar são obtidos dois sinais em
relação a uma referência, e posteriormente são subtraídos, neste caso são
necessários três pontos de detecção. Para as duas configurações normalmente
utilizam-se eletrodos confeccionados com prata revestida com cloreto de prata (Ag-
AgCl), pois é um metal nobre não polarizável, evitando assim a oxidação e indução
de um nível DC nos eletrodos de detecção.
Os eletrodos para captação do SME podem ser invasivos ou não invasivos. Os
eletrodos invasivos são de fio ou de agulha. Pelo fato de estarem em contato com o
fluído corpóreo, que possui baixa resistência, não necessitam de gel condutor. Estes
eletrodos, comparados com eletrodos não invasivos, captam maiores amplitudes e
espectro de potência mais amplo, com frequências até 10 kHz (OLSON, 1998).
Eletrodos invasivos são utilizados principalmente em análises clínicas, pois são
capazes de detectar até mesmo o potencial de ação de uma única unidade motora e
explorar a atividade isolada de músculos profundos. Tais eletrodos embora permitam
a aquisição de sinais que mostrem o comportamento da unidade motora em
detalhes, possuem vários inconvenientes como a necessidade de excelente
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esterilização e o perigo da quebra dos fios dentro do músculo, além disso, ainda
existe a questão do desconforto do paciente (BASMAJIAN; DeLUCA, 1985).
A aquisição não invasiva do SME, utilizando eletrodos de superfície, é um
método conveniente para análise do movimento (apesar de produzir uma informação
grosseira sobre as fibras musculares em investigações clinicas), pois capta a
atividade de todo um músculo ou grupo muscular. Eletrodos de superfície são
capazes de captar sinais até 500 Hz com amplitudes variando entre 50µV e 5mV
dependendo do músculo analisado e da configuração do eletrodo utilizado. A
densidade espectral de potência do SME é estimada para várias aplicações clínicas,
como tremores patológicos e análise de fadiga muscular (ALMEIDA, 1997).
Eletrodos de superfície podem ser ativos ou passivos. O eletrodo passivo
consiste de um disco de Ag-AgCl, que deve ser posicionado acima da pele. Em geral
estes eletrodos são utilizados em conjunto com um gel ou pasta condutora contendo
íons cloro, a fim de diminuir a impedância de contato entre o eletrodo e a pele. Para
melhores resultados, pode-se remover a camada superficial da pele com o uso de
um gel abrasivo, e normalmente é necessário realizar a raspagem dos pelos
(tricotomia) na área onde o eletrodo será posicionado. Eletrodos passivos podem ser
reutilizáveis ou descartáveis, sendo que os descartáveis normalmente vêm com gel
condutor e adesivo, para manter-se em contato com a pele. Eletrodos não
descartáveis são fixados com cintas ou fitas adesivas (ORTOLAN, 2002).
Eletrodos ativos possuem um circuito de amplificação encapsulado no próprio
eletrodo. Normalmente estes eletrodos são bipolares, ou seja, o amplificador
utilizado é diferencial. Tais eletrodos também são chamados de eletrodos secos,
pois normalmente não necessitam o uso de gel condutor, pasta abrasiva ou a
retirada dos pelos (DELSYS INC., 1996).
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O estudo e a captação da atividade muscular por meio do SME são definidos
como EMG (eletromiografia). A EMG teve início com a finalidade estritamente
clínica, e se desenvolveu fortemente como ferramenta diagnóstica durante a
segunda guerra mundial. Hoje em dia o SME tem sido usado por profissionais nas
áreas de Anatomia, Reabilitação, Fisioterapia, Esportes, Educação Física, Medicina,
Odontologia, Fonoaudiologia, etc. (CLARYS; LEWILLIE, 1992; ORTOLAN et al., 2005).
Existem três formas básicas de contração muscular: isométrica, isotônica
(concêntrica) e isotônica(excêntrica).
Contrações isométricas são realizadas quando um músculo se contrai,
produzindo força, sem alterar seu comprimento. Desta forma o músculo se contrai,
mas o gera nenhum movimento. O ângulo da articulação não muda.
Quando ocorre variação no angulo da articulação a contração muscular é
chamada de isotônica. Uma contração isotônica concêntrica ocorre quando o
músculo diminui de comprimento enquanto realiza o movimento do membro (a
origem e a inserção do músculo se movem uma em direção à outra). Na contração
isotônica excêntrica o movimento realizado é ao contrário, o músculo aumenta seu
comprimento enquanto está sendo contraído (a origem e a inserção muscular se
distanciam uma da outra).
Na análise biomecânica normalmente são extraídos parâmetros dos SME para
efeitos de comparação. Parâmetros temporais e espectrais podem ser obtidos dos
sinais mioelétricos para quantificar a contração muscular (ORTOLAN et al., 2004).
As equações de 9 a 12 são exemplos de cálculos de parâmetros temporais.
Considerando que x(i) é o valor do SME no instante i, com a equação 9 pode-se
obter a área sob a curva em janelas de N amostras (a área é equivalente à integral
do sinal). O valor RMS (Root Mean Square) está relacionado com a quantidade de
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energia contida no sinal e é obtido pela raiz da média quadrática dentro de uma
janela de N amostras conforme descrito pela equação 10.
(9)
(10)
A equação 11 apresenta o valor da média retificada, também conhecida como
MAV (Mean Absolute Value). O valor do MAV e da área estão fortemente
correlacionados já que o que diferencia os dois é uma constante relacionada com o
tamanho da janela de análise (N). A diferença entre as amostras (soma do valor
absoluto da derivada), que está expressa na equação 12, está relacionada com a
taxa de variação do sinal, desta forma altos valores estariam indicando a presença
de componentes frequenciais de alta ordem.
(11)
(12)
Com relação aos parâmetros espectrais estes são obtidos a partir do espectro de
densidade de potência, calculados a partir da transformada de Fourier (equação 13).
(13)
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Com a obtenção do Espectro de Densidade de Potência (EDP) é possível obter
os parâmetros espectrais. As equações 14, 15, 16 são exemplos de cálculos de
parâmetros espectrais. A área sob o EDP (equação 14) indica a quantidade de
energia contida no sinal. A frequência mediana (equação 16) é a frequência no
espectro de potência que divide a área sob a curva do EDP em duas áreas iguais.
Segundo Basmajian e DeLuca (1985) a frequência mediana é útil para identificar
fadiga muscular (músculos que começa a fadigar tendem a apresentar valores
menores de frequências medianas).
(14)
(15)
(16)
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52
1.3.2 Ombro
O ombro não é uma articulação única, mas um conjunto de articulações que
permite o movimento do braço com relação ao tronco.
Estes movimentos normalmente ocorrem por meio de complexas interações
entre os movimentos individuais das articulações acromioclavicular, glenoumeral,
esternoclavicular e escapulotorácica.
OSSOS DO OMBRO
Os ossos que participam da articulação do ombro são: clavícula, escápula e
úmero. A escápula é um osso achatado capaz de se deslocar linearmente nas costas,
proporcionando assim uma maior amplitude no movimento do braço. O úmero é o
osso do braço e a clavícula o osso que conecta a escápula ao tronco (figura 11)
O ponto de contato entre os ossos do ombro e o tronco é a articulação
esternoclavicular (conexão entre clavícula e o esterno). Os movimentos da clavícula
na articulação esternoclavicular ocorrem nas três direções (elevação/depressão,
anterior/posterior e de rotação). A clavícula é conectada à escápula em sua
extremidade distal pela articulação acromioclavicular, esta articulação possibilita
movimentos da escápula em três direções (elevação/depressão, adução/abdução e
rotação) (HAMILL; KNUTZEN, 1999). A figura 11 apresenta as articulações do
ombro e a figura 12 os movimentos escapulares.
A escápula mantém contato com o tórax por meio da articulação escapulotorácica.
Essa não é uma articulação verdadeira em termos anatômicos (osso com osso), pois
entre a escápula e o tórax existem dois músculos que servem de apoio à escápula e
a mantém separada dos ossos do tórax: serrátil anterior e subescapular.
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A articulação glenoumeral conecta a escápula ao úmero (figura 11). É uma
articulação bola e soquete com diversos ligamentos e bursas, é formada pela
grande cabeça do úmero e pela pequena fossa glenóide (a cavidade glenóide
apresenta um quarto do tamanho da cabeça do úmero que poderia se encaixar nela)
(HAMILL; KNUTZEN, 1999). Como o contato entre a cavidade glenóide e a cabeça
do úmero é pequeno, a estabilização desta articulação é realizada por ligamentos e
músculos, principalmente por quatro músculos mais profundo inseridos no úmero
que formam um conjunto de ligamentos ativos denominado manguito rotador.
Fig. 11 - Ossos e articulações do ombro (modificado de Calais-Germain, 1991).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
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Fig. 12 - Movimentos realizados pela escápula (Hamill e Knutzen, 1999).
MÚSCULOS DO OMBRO
Vinte diferentes músculos agem sobre a cintura escapular, e alguns destes
músculos ainda podem ser divididos de acordo com sua função, como o deltóide (3
partes), bíceps (2 partes), peitoral maior (2) e trapézio (3). Os músculos que
compõem o complexo do ombro podem ser divididos em três classes de acordo com
sua origem e inserção: escapuloumeral, escapulotorácica e toracoumeral. Os
músculos escapuloumeral profundos compõem o manguito rotador (supraespinhal,
infraespinhal, subescapular e redondo menor). A tabela 2 apresenta a distribuição
dos músculos na cintura escapular.
Tab. 2 - Distribuição dos músculos na cintura escapula classificados quanto a sua origem e
inserção e localização (profundo ou superficial)
Classificação dos músculos do ombro quanto a sua origem e inserção
Localização
Escapuloumeral Escapulotorácica Toracoumeral Outros
Músculos
profundos
Supraespinhal
Infraespinhal
Subescapular
Redondo Menor
Peitoral Menor
Elevador da Escápula
Rombóide Maior
Romboide Menor
-
Subclávio
Omo-hioideo
Músculos
superficiais
Redondo Maior
Coracobraquial
Bíceps (cabeça curta)
Tríceps (cabeça longa)
Deltóide (3 porções)
Trapézio (3 partes)
Serrátil Anterior
Peitoral Maior (esternocostal)
Grande Dorsal
Esternocleidomastóideo
Peitoral Maior (clavicular)
Bíceps (cabeça longa)
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A disposição dos músculos do ombro é apresentada nas figuras 13 e 14.
Fig. 13 - Músculos do complexo do ombro. Parte anterior. (Hamill e Knutzen, 1999).
Fig. 14 - Músculos do complexo do ombro. Parte posterior. (Hamill e Knutzen, 1999).
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1.4 Esforço nos Membros Superiores
A maioria dos pacientes com lesão medular apresenta dores nos ombros, devido
excessiva carga aplicada nestas articulações durante as atividades diárias (GIANINI
et al., 2006; JENSEN et al., 2005; SALISBURY et al., 2003; BALLINGER et al., 2000).
A propulsão manual da cadeira de rodas é uma importante forma de locomoção
para pacientes com deficiência nos membros inferiores, e o ombro é um complexo
conjunto de articulações que realiza uma importante função na propulsão da cadeira
de rodas. Devido ao esforço excessivo realizado pelo ombro durante esta atividade
um grande número de usuários de cadeiras de rodas apresenta dores nestas
articulações.
Finley e Rodgers (2004) realizando um estudo com 52 pacientes reportaram
que 60% apresentam dores nos ombros desde que começaram a utilizar a cadeira
de rodas.
Boninger et al. (2002) encontrou 4 padrões de propulsão da cadeira de rodas
em estudo com pacientes paraplégicos (figura 15). A fase de impulso para os
padrões semicircular (a), laço simples (b) e laço duplo (c) são praticamente iguais
enquanto que para o padrão arqueado (d) é menor. A fase de retorno é diferente
para cada padrão. Os picos de força encontrados para dada padrão foram de 60,5N
para o Semicircular (a), 70,8N para o Laço Simples (b), 86,2N para o Laço Duplo (c)
e 68,7N o para Arqueado (d) (BONINGER et al., 2002).
De acordo com Kulig et al. (2001) o esforço maior é durante a fase de impulso
da cadeira de rodas, sendo que na fase de retorno o pico de força horizontal é de
50% a 70% menor comparado a fase de impulso, e para o torque de 60% a 90%
menor.
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Fig. 15 - Padrões de propulsão da cadeira de rodas observados por Boninger et al. (2002). As
barras ao lado direito de cada padrão representam o início da propulsão e as barras a
esquerda representam fim da propulsão e início do retorno. a) Semicircular,
b) Laço Simples, c) Laço Duplo, d) Arqueado. (Modificado de Boninger et al., 2002).
Segundo Veeger et al. (2002) a propulsão da cadeira em baixa velocidade
parece não levar a altas forças de contato na articulação glenoumeral, no entanto as
forças musculares do manguito rotador (principalmente do músculo supraespinhal)
são altas, indicando assim um possível risco de acometimento muscular e
subseqüente desenvolvimento de complicações no ombro, assim como a ruptura do
manguito rotador.
A alta demanda dos membros superiores em lesados medulares não está
associada apenas à propulsão da cadeira, mas também a outras atividades diárias
executadas por estes pacientes como: a elevação do corpo para alívio da pressão,
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
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elevação do corpo para transferência e manipulação de objetos. A manipulação de
objetos, por usuários de cadeiras de rodas, requer frequentes movimentos e
manutenções do braço elevado, devido à baixa estatura que é mantida sentada,
sobrecarregando assim a articulação do ombro.
Van Drongelen et al. (2005) encontraram uma força de contato na articulação
glenohumeral duas vezes maior durante elevação para alívio da pressão comparado
ao alcance e preensão de um objeto de 1,5kg, e quatro vezes maior se comparada à
propulsão da cadeira de rodas. Porém de acordo com Reyes et al. (1995) a elevação
do corpo é executada principalmente por grandes músculos que agem diretamente
entre o tronco e o braço (peitoral maior e grande dorsal), diminuindo assim o risco de
lesão dos pequenos músculos do manguito rotador (que funcionam como um
ligamento dinâmico na articulação glenoumeral).
Movimentos de transferência do corpo que requerem tanto as funções de
elevação quanto de movimento do tronco apresentam como principais músculos o
tríceps, trapézio inferior e peitoral maior, assim como durante a elevação para alívio
da pressão. Além destes músculos, durante a transferência do corpo é observada
uma alta atividade do músculo deltóide anterior, devido à manutenção do corpo
inclinado para frente em grande parte desta tarefa (PERRY et al., 1996; GAGNON et
al., 2005).
Harvey e Crosbie (2000) estimaram o momento nos ombros e cotovelos para
pacientes tetraplégicos durante a elevação para alívio da pressão (45N·m e 30 N·m
respectivamente). Como estes pacientes não têm o controle do tríceps o músculo
deltóide anterior realiza a extensão do cotovelo através da flexão do ombro com as
mãos fixadas (GEFEN et al., 1997; HARVEY; CROSBIE, 2000).
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Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
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Pacientes lesados medulares realizam a elevação para alívio da pressão várias
vezes ao dia para evitar úlceras por pressão, esta atividade, no entanto, solicita um
grande esforço dos membros superiores sendo frequentemente identificada como
possível fonte de patologias no ombro.
Fatores que têm sido mencionados como contribuintes para o desenvolvimento
de complicações nos ombros estão relacionados com cargas aplicadas com grande
frequência durante a propulsão da cadeira de rodas (VEEGER et al., 2002;
BONINGER et al., 2002; KULIG et al., 2001). Além disso, e possivelmente mais
importante, altas carga nos ombros durante outras atividades relacionadas aos
usuários de cadeiras de rodas (transferência e elevação para alívio da pressão)
também têm sido mencionado como fatores que contribuem com as complicações
nos membros superiores (REYES et al., 1995; PERRY et al., 1996; HARVEY;
CROSBIE, 2000; van DRONGELEN et al., 2005).
Lesados medulares ao se manterem em pé utilizam os membros superiores
para executar esta atividade, desta maneira cargas significativas são aplicando a
estes membros. No entanto o esforço nos ombros de pacientes paraplégicos durante
a marcha ainda foi pouco documentado (CROSBIE; NICOL, 1990; NOREAU et al.,
1995; MELIS et al., 1999; BACHSCHMIDT et al., 2001; REQUEJO et al., 2005;
HAUBERT et al., 2006).
Um dos primeiros trabalhos analisando o torque nos ombros de pacientes
paraplégicos foi realizado por Crosbie e Nicol (1990). Neste trabalho foram obtidos
picos de torque da ordem de 42 N·m durante a marcha recíproca (uma perna após a
outra) com muletas canadenses.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
60
Noreau et al. (1995) avaliou pacientes paraplégicos com lesão baixa utilizando
muletas canadenses durante a marcha pendular (avanço das duas pernas ao
mesmo tempo conforme ilustrado na figura 16) e encontrou picos de torque nos
ombros da ordem de 35 N·m.
Fig. 16 - Esquema representando a marcha pendular (swing-through). Diferentes fases da
marcha em um ciclo completo. O ciclo inicia quando a muleta toca o chão e existe um
pequeno período de suporte duplo (pés e muletas) seguido pela fase de suporte
simples das muletas (onde o corpo é levantado e propagado para frente). O contato
do calcanhar inicia a segunda fase de suporte duplo (apoio das pernas) seguido pela
fase de balanço da muleta. (Modificado de Noreau et al., 1995).
Melis et al. (1999) realizaram estudo com pacientes paraplégicos incompletos
que utilizam diariamente andador, muleta ou bengala e constatou que os pacientes
que utilizam o andador aplicam uma carga maior aos membros superiores (até 100%
do peso corporal) comparado aos outros casos. Segundo Bateni e Maki (2005) a
carga nos membros superiores em pacientes que utilizam o andador geralmente é
maior (de 85 e 100% do peso corporal) comparado a pacientes que usam outros
dispositivos de auxílio à marcha.
Pacientes que precisam utilizar o andador normalmente apresentam maior
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
61
comprometimento motor comparado aos que utilizam muletas, por isso a carga em
seus ombros foi maior nos estudos de Melis et al. (1999) e Bateni e Maki (2005). No
entanto, pacientes aptos a utilizar os dois equipamentos apresentam maior carga
nos ombros com o uso de muletas, pois o andador fornece uma melhor estabilidade
(HAUBERT et al., 2006).
Apesar de Haubert et al. (2006) concluírem que o a carga nos membros
superiores é maior com muletas comparado ao andador, Ulkar et al. (2003)
constataram que o consumo energético utilizando andador é maior comparado a
muletas canadenses em testes com paraplégicos incompletos aptos a utilizar os dois
tipo de equipamentos.
Em um estudo com sujeitos normais utilizando um andador Bachschmidt et al.
(2001) encontraram picos de torque nos ombros maiores que os apresentados por
Requejo et al. (2005) que analisou um paciente paraplégico incompleto com lesão
baixa (T12) utilizando muletas.
Todos os trabalhos até o momento analisaram o esforço nos membros
superiores durante marcha com pacientes normais ou lesados medulares
incompletos, que andam diariamente com auxílio de bengalas ou muletas. No
entanto, ainda não foi documentado nenhum estudo sobre o esforço nos ombros de
pacientes incapazes de andar diariamente e que necessitam de EENM para realizar
a marcha com andador durante as seções de reabilitação.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
62
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
63
C
2
“Até que parece sério, mas é tudo armação,
o problema é muita estrela, para pouca constelação...”
R.S.S. / Muita estrela para pouca constelação (1983).
MATERIAIS E MÉTODOS
Quinze voluntários portadores de paraplegia foram avaliados durante três
atividades: marcha com andador e Estimulação Elétrica Neuro-Muscular (EENM),
propulsão da careira de rodas e elevação para alívio da pressão (atividade também
conhecida como push-up). Os dados tridimensionais dos movimentos foram obtidos
por um sistema de análise de movimento (Qualisys Inc., Glatonbury, CT, USA) com
6 câmeras de infravermelho e a atividade muscular de 6 músculos dos ombros foi
obtida por eletrodos ativos de superfície dispostos bilateralmente. A força durante a
marcha foi medida com um andador instrumentalizado com extensômetros (strain
gauges), e a força nas outras duas tarefas foi obtida pela dinâmica inversa utilizando
os dados cinemáticos e antropométricos.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
64
2.1 Pacientes
Foram avaliados quinze voluntários adultos portadores de paraplegia e
participantes do programa de reabilitação no Laboratório de Biomecânica e
Reabilitação do Aparelho Locomotor (HC/Unicamp) do Departamento de Ortopedia e
Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. A média das idades
dos pacientes foi de 34,9 (±14,5) anos e o tempo de lesão médio de 95,1 (±57,9)
meses (a tabela 3 apresenta os dados dos pacientes). A massa e altura média dos
pacientes foram de 76,1 (±14,2) kg e 175,69,0) cm respectivamente. O nível de
lesão variou de T1 a T12 sendo que a maioria dos casos apresenta lesão completa
(Escala A no exame ASIA, (1992)), todos os pacientes utilizam a cadeira de rodas
como principal meio de locomoção. Os pacientes 1, 2, 5, 7, 11, 13 e 14 realizam
seções de reabilitação utilizando a marcha com andador e EENM durante 1,5 horas,
duas vezes por semana, desde os tempos apresentados na tabela 3. Os demais
pacientes (3, 4, 6, 8, 9, 10, 12 e 15) são estimulados na cadeira de rodas (m.
quadríceps e nervo fibular) durante 1,5 horas, duas vezes por semana e ainda não
se encontram preparados para realizar a marcha com andador e EENM, ou
começaram a andar recentemente (necessitam tutor).
O procedimento experimental foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da
Faculdade de Medicina da UNICAMP, e todos os pacientes leram e assinaram uma
declaração de consentimento esclarecido antes da participação na avaliação deste
trabalho.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
65
Tab. 3 - Dados dos pacientes paraplégicos participantes do estudo
Altura Massa
Massa da
Cadeira
Idade
Tempo
de Lesão
Tempo no
Prog. de Reab.
Paciente
[cm] [kg] [kg] [anos]
Mão
Dominante
Nível
de
Lesão
ASIA*
[meses]
Tipo
de
Reabilit.
[meses]
1 182 89 17.1 31 Direita T6 A 84 Marcha 70
2 175 63 16.2 27 Direita T6 A 92 Marcha 5
3 180 101.3 14.8 55 Direita T7 A 67 Cadeira 24
4 168 76 13.5 41 Direita T10 A 25 Cadeira 1
5 175 74.7 15.5 59 Direita T4 A 162 Marcha 42
6 180 72.5 14.5 18 Direita T4 A 60 Cadeira 40
7 190 68 15.5 24 Direita T9 A 84 Marcha 24
8 165 70.3 19.4 65 Direita T1 A 60 Cadeira 9
9 153 68 14 19 Direita T12 A 204 Cadeira 36
10 185 65.5 16.5 33 Direita T12 A 96 Cadeira 30
11 180 109.1 19.6 35 Direita T5 B 228 Marcha 84
12 170 85.7 23 39 Direita T6 A 96 Cadeira 66
13 180 66 16.5 27 Direita T8 C 56 Marcha 46
14 173 72.6 15.7 22 Direita T9 A 58 Marcha 48
15 178 59.5 16.2 28 Esquerda T2 A 54 Cadeira 12
Média 175,6 76,1 16,5 34,9 95,1 35,8
Desvio 9,0 14,2 2,5 14,5 58,0 24,6
*American Spinal Cord Association (ASIA, 1992).
2.2 Atividades Realizadas pelos Pacientes
Os pacientes realizaram três diferentes atividades: marcha com andador e
EENM, propulsão da cadeira de rodas e elevação do corpo para alívio da pressão.
Todos os pacientes realizaram a propulsão da cadeira e o alívio da pressão pelo
menos 5 vezes cada um.
A propulsão da cadeira foi realizada em uma distância de 6 metros e o período
de análise conteve os 3 ciclos de propulsão iniciais com o paciente inicialmente em
repouso. O início da partida (1º ciclo) foi aplicado no instante 10% do intervalo
completo analisado para considerar as contrações musculares do início do exercício
que ocorrem alguns instantes antes da realização do movimento.
Os pacientes realizaram a elevação para alívio da pressão por pelo menos 5
segundos e o início e final desta tarefa foram aplicados nos instantes 10% e 90%
respectivamente do intervalo completo analisado.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
66
Sete pacientes foram capazes de realizar a marcha com andador e EENM
(pacientes 1, 2, 5, 7, 11, 13 e 14) em um comprimento mínimo de 6 metros e pelo
menos 5 vezes. Foi analisado um ciclo completo da marcha no meio da caminhada.
Um ciclo completo consistiu das seguintes fases: Avanço do Andador, Pré-Balanço
Esquerdo, Balanço Esquerdo, Aceitação do Peso Esquerdo, Avanço do Andador,
Pré-Balanço Direito, Balanço Direito, e Aceitação do Peso Direito (figura 6)
Foi utilizado um estimulador elétrico modulado em 25 Hz com 4 canais,
estimulando em cada perna o músculo quadríceps e o nervo fibular, durante a fase
de apoio e balanço respectivamente.
2.3 Cinemática
Os dados tridimensionais dos movimentos durante as atividades foram obtidos
por meio de 6 câmeras de infravermelho (figura 17) integrantes do sistema de
aquisição de movimento da empresa Qualysis (Qualisys Inc., Glatonbury, CT, USA).
Marcadores reflexivos com 20 mm de diâmetro (figura 18) foram aplicados ao corpo
do paciente e também ao eixo da cadeira de rodas (figuras 19 e 20).
Fig. 17 - Câmera de infravermelho integrante do
sistema de aquisição de movimento da
empresa Qualysis (Qualisys Inc.,
Glatonbury, CT, USA).
Fig. 18 - Marcador reflexivo utilizado
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
67
Fig. 19 - Paciente com marcadores
durante atividades na cadeira de
rodas.
Fig. 20 - Paciente com marcadores
durante a marcha.
Dois marcadores foram colocados nos centros das rodas direita e esquerda da
cadeira de rodas. Os marcadores do paciente foram aplicados bilateralmente sobre
pontos de referência anatômicos na extremidade superior e inferior do corpo. Os
pontos de referência superiores usados foram: processos estilóides radial e ulnar,
epicôndilos medial e lateral, processo acromial e processos espinhosos C7 e T12.
Os pontos de referência inferiores utilizados foram: 1ª vértebra sacral, espinha ilíaca
ântero-superior, borda superior da patela, linha da articulação lateral do joelho,
tuberosidade tibial, maléolo lateral, calcâneo e dorso do pé entre o 2º e 3º metatarso.
Na figura 21 é apresentada a localização dos marcadores e na figura 22 são
apresentadas as vistas lateral e frontal dos marcadores em um exemplo de coleta
durante a marcha com EENM e andador de um dos pacientes.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
68
Fig. 21 - Localização dos marcadores nos pacientes
Fig. 22 - Vistas Lateral e Frontal dos marcadores de uma coleta durante a marcha de um
paciente com EENM e andador.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
69
O sistema de aquisição foi calibrado para captura em um volume de 3×1×1,7m
3
e os dados das imagens foram amostrados em 120Hz (figuras 23 e 24).
Fig. 23 - Volume da aquisição cinemática no laboratório
Fig. 24 - Planta da disposição das câmeras e do volume de aquisição no laboratório
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
70
Os centros das articulações e centros de massa dos membros inferiores foram
obtidos utilizando o programa Qgait (software fornecido pela Qualysis), e todos os
dados dos membros superiores foram calculados usando o programa MatLab
(Mathworks Inc., Natick, MA, USA).
O centro das articulações dos punhos foi situado no ponto médio entre os
processos estilóides radial e ulnar e o centro das articulações dos cotovelos no
ponto médio entre epicôndilos medial e lateral (BACHSCHMIDT et al., 2001).
O centro da articulação glenoumeral foi calculado subtraindo 60 mm da posição
do marcador do acrômio na direção do centro da articulação do quadril
(NUSSBAUM; ZHANG, 2000).
Os centros de massa dos membros superiores e a massa dos membros (braço,
antebraço, mão, tronco e cabeça) foram calculados utilizando os dados
antropométricos obtidos por Dempster (1959) reportados por Miller e Nelson (1973).
A tabela 4 apresenta estes dados antropométricos.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
71
Tab. 4 - Dados antropométricos obtidos por Dempster (1959). (Adaptado de Miller e Nelson, 1973)
Segmento oCompriment
Massa de Centro
Segmento Definição
Corporal Peso
Segmento Peso
Proximal Distal
Densidade
Mão
Eixo do Punho /
Artic. do dedo Médio
0,006 0,506 0,494 1,16
Antebraço
Eixo do Cotovelo /
Processo Estilóide Ulnar
0,016 0,430 0,570 1,13
Braço
Eixo Glenoumeral /
Eixo do Cotovelo
0,028 0,436 0,564 1,07
Antebraço e Mão
Eixo do Cotovelo /
Processo Estilóide Ulnar
0,022 0,682 0,318 1,14
Braço, Antebraço e Mão
Eixo Glenoumeral /
Processo Estilóide Ulnar
0,050 0,530 0,470 1,11
Maleolo Lateral /
Cabeça do 2º Metatarso
0,0145 0,50 0,50 1,10
Perna
Côndilo Femoral /
Maléolo Medial
0,0465 0,433 0,567 1,09
Coxa
Trocanter Maior /
Côndilo Femoral
0,100 0,433 0,567 1,05
Pé e perna
Côndilo Femoral /
Maléolo Medial
0,061 0,606 0,394 1,09
Pé, Perna e Coxa
Trocanter Maior/
Maleolo Medial
0,161 0,477 0,553 1,06
Cabeça e Pescoço
Eixo do canal Auricular /
C7-T1
0,081 1,00 - 1,11
Tórax C7-T1 / T12-L1 * 0,216 0,82 0,18 0,92
Abdômen T12-L1 / L4-L5 * 0,139 0,44 0,56 -
Pélvis L4-L5 / Trocanter Maior * 0,142 0,105 0,895 -
Tórax e Abdômen C7-T1 / L4-L5 * 0,355 0,63 0,37 -
Abdômen e Pélvis T12-L1 / Trocanter Maior * 0,281 0,27 0,73 1,01
Tronco
Articulação Glenoumeral /
Trocanter Maior *
0,497 0,50 0,50 1,03
Tronco, Cabeça e Pescoço
Articulação Glenoumeral /
Trocanter Maior *
0,578 0,66 0,34 1,04
Tronco, Cabeça ,Pescoço
e Membros Superiores
Articulação Glenoumeral /
Trocanter Maior *
0,678 0,626 0,374 1,18
*O Centro de massa destes segmentos é calculado entre o ponto médio das Articulações
Glenoumerais e o ponto médio dos Trocanteres Maiores.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
72
A figura 25 apresenta as vistas lateral e frontal dos centros das articulações e
centros de massa referentes aos dados coletados apresentados na figura 22.
Fig. 25 - Centros das articulações e centos de massa referentes à coleta da figura 22
Os dados das coordenadas dos marcadores da cadeira e dos centros de
massa e das articulações dos pacientes foram filtrados utilizando um filtro passa
baixa tipo FIR (Finite Impulse Respost) de 3 Hz com ordem 100.
Os dados foram normalizados no tempo para representar as respostas como
porcentagem das tarefas executadas.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
73
2.4 Atividade Muscular
A atividade muscular de 6 músculos em ambos os lados dos ombros de cada
paciente foi obtida através de eletromiografia (EMG) de superfície. Os músculos
analisados foram: Bíceps Braquial (cabeça longa), Tríceps Braquial (cabeça longa),
Deltóide Anterior, Deltóide Posterior, Peitoral Maior (parte esternocostal) e Trapézio
Inferior. A localização dos eletrodos foi adotada de acordo com Perotto (1994)
conforme indicado na figura 26.
Fig. 26 - Localização dos eletrodos de EMG de
acordo com Perotto (1994). (Figuras
modificadas de SENIAM, 2007)
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
74
Além das 3 atividades executadas pelos pacientes (marcha, propulsão da
cadeira e elevação para alívio da pressão) foi realizada também a máxima contração
voluntária (MCV) isométrica antes de cada seção para expressar sinal mioelétrico
como porcentagem da MCV. Estas contrações foram executadas três vezes, por
pelo menos 5 segundos, para cada um dos 12 músculos analisados, com o paciente
sentado na cadeira de rodas. O teste de MCV foi realizado utilizando as posições
padrão para teste manual de músculos, de acordo com Kendal et al. (1993). Nos
casos dos músculos normalmente testados na posição prono (trapézio inferior) e
supino (tríceps e peitoral maior), a mesma posição dos membros superiores com
relação ao tronco e direção de resistência foi aplicada na posição sentada.
O sinal mioelétrico (SME) foi obtido utilizando eletrodos ativos de superfície
diferencial com ganho de 20 vezes. Foram utilizados eletrodos comerciais da
empresa Lynx (Linx Tecnologia Eletrônica LTDA, São Paulo, SP, Brasil) modelo
(PA602) e também eletrodos descartáveis acoplados a um circuito amplificador
diferencial confeccionados no Laboratório de Biocibernética e Engenharia de
Reabilitação (LABCIBER). Os eletrodos utilizados estão apresentados na figura 27.
Os sinais mioelétricos captados pelos eletrodos ativos foram amplificados mais
50 vezes em uma placa condicionadora de sinais (MCS1000-V2 da Lynx),
totalizando em um ganho de 1000 vezes. Na placa condicionadora os sinais também
foram filtrados analogicamente por filtros ativos passa baixa de 2ª ordem com
frequência de corte em 510 Hz para evitar aliasing na digitalização do sinal e filtros
passivos passa alta de 22,5 Hz para cancelar os artefatos de movimento. Estes
sinais foram então amostrados com 2400Hz por uma placa de conversão A/D de 12
bits (CAD12/56 da Lynx).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
75
Fig. 27 - Eletrodos Ativos de Superfície
Diferenciais Utilizados.
a) Eletrodo descartável com
circuito ativo confeccionado
no Laboratório.
b) Eletrodo comercial da
empresa Lynx.
Todo processamento digital do SME foi realizado através de cálculos
matemáticos utilizando o programa MatLab (Mathworks Inc., Natick, MA, USA). O
sinal mioelétrico foi aplicado em um filtro digital passa baixa tipo FIR com frequência
de corte em 496 Hz e ordem 200 e um filtro passa alta de 20 Hz para cancelar o
offset gerado pelos competentes eletrônicos, o sinal em repouso foi utilizado para
determinar a linha de base do ruído do sistema (ORTOLAN et al., 2003).
A partir do SME filtrado foi então calculado o valor RMS (equação 10) em
sucessivas janelas contendo 40 amostras e meia janela de sobreposição, resultando
em um sinal amostrado em 120 Hz. O RMS do sinal foi filtrado para encontrar sua
envoltória utilizando um filtro passa baixa tipo FIR de 5 Hz com ordem 100. As
amplitudes dos sinais obtidos para cada músculo foram então normalizadas pela
média dos máximos valores obtidos nas 3 repetições de MCV
a) b)
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
76
O SME foi sincronizado com os dados cinemáticos através de um conjunto de 5
LEDs infra-vermelho com comprimento de onda 940nm e potência de 200mW cada
um. O sinal deste grupo de LEDs foi aplicado em um canal da placa de aquisição de
conversão A/D e a sincronia foi realizada com o movimento do dispositivo dentro do
volume de captura da cinemática.
Fig. 28 - Dispositivo com LEDs infravermelho confeccionado para sincronia.
2.5 Cinética
Um andador normalmente utilizado pelos pacientes nas seções de reabilitação
foi instrumentalizado com extensômetros (strain gauges) para estimar a carga
aplicada nos ombros.
Quatro extensômetros (350 ) dispostos em configuração de ponte completa
de Whetstone foram fixados em cada perna do andador com adesivo epóxi
profissional. As pontes foram orientadas para obter a deformação axial (figura 29)
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
77
Fig. 29 - Detalhe da montagem dos extensômetros na perna do andador
O sinal de cada ponte foi amplificado 2000 vezes por amplificadores de
instrumentação (figura 30)e filtrado por um filtro passa baixa ativo de 2ª ordem com
frequência de corte em 30 Hz. Este sinal filtrado do andador foi amostrado em
2400Hz utilizando os 4 canais remanescentes da placa de conversão A/D de 12 bits.
Fig. 30 - Detalhe da montagem do amplificador de instrumentação
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
78
Fig. 31 - Andador Instrumentalizado.
Um dinamômetro da marca Shimpo
(Shimpo America Corp., Itasca, IL, USA)
foi utilizado para calibrar o andador.
Foram aplicados verticalmente cargas de
0kg a 25kg (em intervalos de 5kg) sobre
a manopla em cada lado do andador,
com pelo menos 3 repetições para cada
carga. A figura 32 apresenta o esquema
utilizado para calibração do andador.
Fig. 32 - Esquema para calibração do
andador
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
79
Os dois sinais de cada lado do andador (dianteiro e traseiro) foram somados e
foi obtida a curva de calibração aplicando regressão linear aos pontos obtidos. Para
o lado direito foi obtido um coeficiente angular de -60,9205 e para o lado esquerdo
de -69,8392. As figuras 33e 34 apresentas os pontos e as curvas obtidas.
Fig. 33 - Curva de calibração do andador para o lado direito. Coeficiente angular: -60,9205
Fig. 34 - Curva de calibração do andador para o lado esquerdo. Coeficiente angular: -69,8392
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
80
O coeficiente linear não foi considerado na curva de calibração, pois os
extensômetros são muito sensíveis, e mesmo sendo montados em ponte completa,
podem sofrer influência da temperatura. Desta maneira 30 minutos antes de cada
seção de coleta o andador foi ligado e ajustado ao nível zero para permitir a
estabilização da temperatura do sistema. Ao final de cada marcha estendeu-se a
coleta por mais 5 segundos com o andador em repouso (sem o apoio do paciente) e
este valor foi considerado como força zero.
A força vertical em cada lado do andador durante a marcha do paciente com
EENM foi calculada utilizando a curva de calibração e subtraindo o valor médio em
cada intervalo de força zero. Depois disso foi calculada a média da força vertical em
sucessivas janelas com 40 amostras com sobreposição de meia janela, resultando
em um sinal amostrado em 120 Hz. Este sinal reamostrado foi filtrado utilizando um
filtro passa baixa tipo FIR de 5Hz com ordem 100.
O torque no ombro durante a marcha foi calculado pelo produto vetorial da
força vertical resultante aplicada nos punhos em ambos os lados e o centro de
rotação da articulação glenoumeral obtido com os dados cinemáticos (equação 4).
Desta forma o torque foi representado nos planos XZ e YZ (planos sagital e frontal).
A força e o torque nas outras duas atividades realizadas foram obtidos por
dinâmica inversa utilizando os dados cinemáticos e antropométricos.
A força necessária para empurrar a cadeira de rodas foi calculada utilizando a
aceleração linear, através da segunda derivada dos dados dos marcadores
localizados nos centros das rodas. A força de atrito no eixo da roda foi
desconsiderada e a força em cada lado foi calculada pela segunda lei de Newton
(equação 2), considerando a massa do paciente mais da cadeira de rodas como
massa total do sistema. Neste caso a força resultante foi considerada no eixo X, e o
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
81
torque foi calculado pelo produto vetorial da força com os dados cinemáticos
(equação 4). Para esta atividade o torque foi representado nos planos XZ e XY
(planos sagital e transverso).
Para calcular a força durante a atividade de elevação para alívio da pressão
foram utilizados os dados antropométricos obtidos por Dempster (1959)
(apresentados na tabela 4) a fim de obter a massa de cada segmento superior do
corpo dos pacientes (braço, antebraço, mão, tronco e cabeça). Com as massas de
cada segmento e seus respectivos centros de massa foi obtido o centro de massa
dos membros superiores a cada instante de tempo, utilizando a equação 8. Para
esta atividade as pernas e os pés foram considerados estáticos e as coxas puxadas
pelo tronco em uma extremidade e apoiadas nas pernas na outra extremidade.
Para cada amostra no tempo foi calculado o peso resultante da coxa no tronco
(considerando o equilíbrio das forças e torques) e então a força resultante suportada
pelos membros superiores durante esta atividade. Os valores de força entre 0-10% e
entre 90-100% do ciclo foram ignorados, pois o paciente inicia a atividade em 10%
do ciclo e retorna em 90% do ciclo total. O torque foi calculado pelo produto vetorial
da força aplicada nos punhos dos pacientes com os dados cinemáticos da
articulação glenoumeral (equação 4). Neste caso o torque foi representado nos
planos XZ e YZ (planos sagital e frontal).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
82
2.6 Análise Estatística
As análise estatísticas foram realizadas por rotinas desenvolvidas utilizando o
programa MatLab (Mathworks Inc., Natick, MA, USA). Para determinar as diferenças
de força e torque entre as três atividades executadas foi realizada a análise de
variância (ANOVA) de uma variável. Para as atividades musculares foi utilizada
ANOVA de duas variáveis a fim de analisar as respostas entre os músculos do
mesmo lado durante um determinado exercício bem como a atividade de cada
músculo em exercícios diferentes.
Foi executado o teste de comparação múltipla entre as médias, utilizando o
processo das diferenças menos significantes de Tukey, para encontrar as diferenças
significativas entre as amostras utilizando p<0,05 em todo procedimento estatístico.
Os parâmetros cinéticos analisados estatisticamente foram os picos da força e
do torque e também a integral no tempo destas grandezas. O parâmetro referente à
atividade muscular foi o valor médio do RMS do sinal mioelétrico normalizado pela
MCV.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
83
C
3
“Está em qualquer profecia que o mundo se
acaba um dia...”
R.S.S / Profecias (1979).
RESULTADOS
Os dados individuais dos 15 pacientes em cada atividade executada estão
apresentados no Apêndice: A.
Neste capítulo serão apresentados exemplos das curvas obtidas em cada
exercício e parâmetros extraídos das curvas (picos, integrais e valores médios)
analisados estatisticamente.
A figura 35 apresenta os resultados de uma repetição para um paciente
durante o intervalo contendo os três primeiros ciclos de propulsão da cadeira de
rodas. A linha contínua é relativa ao lado direito e a linha tracejada ao lado
esquerdo. A máxima força encontrada neste caso (Pico) foi em torno de 100 N. Os
torques da força são apresentados em dois planos, sagital (torque 1) e transversal
(torque 2). Pode-se observar que o plano sagital apresentou valores maiores de torque
em relação ao transversal (Sagital: pico de 30 N·m. Transversal: pico de 15 N·m).
As seis últimas curvas na figura 35 são relativas à atividade muscular. A atividade
dos músculos analisados é apresentada pelo valor RMS do sinal mioelétrico
normalizado pela MCV. Pode-se observar que o deltóide posterior apresentou maior
valor e que todos os músculos tiveram atividade menor que 50% da MCV.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
84
Fig. 35 - Resultados de uma repetição para um paciente durante o intervalo de propulsão da
cadeira de rodas. Linha sólida: Lado direito. Linha tracejada: Lado esquerdo.
Torque1: Plano Sagital (XZ). Torque2: Plano Transversal (XY). O Torque2 do lado
direito é apresentado com sinal invertido. As atividades musculares são apresentadas
como porcentagem da MCV. Músculos: Bi: Bíceps, Tr: Tríceps, DA: Deltóide Anterior,
DP: Deltóide Posterior, PM: Peitoral Maior, TI: Trapézio Inferior.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
85
Os resultados de uma repetição da elevação para o alívio da pressão de um
paciente são apresentados na figura 36. Pode-se observar que a máxima força foi
em torno de 300 N e que os valores de torque no plano sagital (torque 1) e frontal
(torque 2) são próximos, em torno de 30 N·m. Neste caso, os picos de torque no
plano sagital ocorreram no início do exercício, entre 10 e 20 % da atividade, e os
picos de torque no plano frontal ocorrem no início da atividade para o lado direito e
no final para o lado esquerdo (próximo de 90% da execução do exercício). Com
relação às curvas do sinal mioelétrico pode-se observar maior atividade no músculo
tríceps braquial, seguido pelo deltóide anterior e trapézio inferior. Neste caso os
sinais mioelétricos chegaram a alcançar 100% da MCV.
A figura 37 apresenta os resultados de uma repetição para um paciente
durante a marcha com andador e EENM. Esta atividade exibiu máxima força,
próxima a 500 N na fase de balanço da perna contra lateral. Na curva de força ainda
é possível observar 2 grupos contendo 2 vales cada um (no início e no meio da
marcha), estes vales são referentes ao deslocamento para frente do andador
durante a fase de avanço do andador. Com relação ao torque no plano sagital pode-
se observar que os picos são da ordem de 70 N·m e 90 N·m nos lados direito e
esquerdo respectivamente. No entanto, o plano frontal apresentou picos em torno de
40 N·m e 60 N·m para os lados direito e esquerdo respectivamente.
A atividade muscular (apresentada nas 6 últimas curvas da figura 37) indica
altos valores para o músculo tríceps, seguido do trapézio inferior e peitoral maior. O
músculo bíceps apresentou valores relevantes apenas durante a fase de avanço do
andador.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
86
Fig. 36 - Resultados de uma repetição para um paciente durante a elevação para alívio da
pressão. Linha sólida: Lado direito. Linha tracejada: Lado esquerdo. Torque1: Plano
Sagital (XZ). Torque2: Plano Frontal (YZ). O Torque2 do lado direito é apresentado
com sinal invertido. As atividades musculares são apresentadas como porcentagem
da MCV. Músculos: Bi: Bíceps, Tr: Tríceps, DA: Deltóide Anterior, DP: Deltóide
Posterior, PM: Peitoral Maior, TI: Trapézio Inferior.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
87
Fig. 37 - Resultados de uma repetição para um paciente durante a marcha com andador e
EENM. Linha sólida: Lado direito. Linha tracejada: Lado esquerdo. Torque1: Plano
Sagital (XZ). Torque2: Plano Frontal (YZ). O Torque2 do lado direito é apresentado
com sinal invertido. As atividades musculares são apresentadas como porcentagem
da MCV. Músculos: Bi: Bíceps, Tr: Tríceps, DA: Deltóide Anterior, DP: Deltóide
Posterior, PM: Peitoral Maior, TI: Trapézio Inferior.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
88
As características médias das atividades realizadas pelos 15 pacientes são
apresentadas nas três tabelas a seguir (tabelas 5, 6 e 7). A tabela 5 apresenta as
características médias para a propulsão da cadeira de rodas. Na tabela 6 são
apresentadas as características médias da elevação para alívio da pressão e na
tabela 7 as características da marcha com andador e EENM.
Tab. 5 - Médias das características de todos os pacientes que
executaram os 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas.
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,61 152,86 41,99
Desvio Padrão 0,50 55,97 13,45
Tab. 6 - Médias das características de todos os pacientes que
executaram a elevação para alívio da pressão.
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,47 21,49
Desvio Padrão 0,80 5,96
Tab. 7 - Médias das características de todos os pacientes que
executaram a marcha com andador e EENM.
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 6,33 62,65 10,45 19,98
Desvio Padrão 1,38 9,73 2,98 4,97
Analisando todos os pacientes observou-se que os picos da força e torque
ocorreram nos instantes relativos a 20%, 50% e 80% da execução do exercício para
a propulsão da cadeira de rodas. Durante a elevação para alívio da pressão os picos
de torque ocorreram próximos a 10% e 90% (início e fim desta atividade), e durante
a marcha com andador e EENM os picos de força e torque foram próximos a 35% e
85% dos ciclos analisados (final das fases de balanço).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
89
A seguir são apresentados os resultados obtidos por meio de parâmetros
extraídos da análise Cinética e da Atividade Muscular.
3.1 Cinética
Foram obtidos os valores de pico da força e dos torques para todas as
repetições das atividades realizadas por todos pacientes. Além disso, obteve-se
também a integral no tempo destas grandezas. Estes parâmetros foram analisados
estatisticamente a fim de encontrar diferenças significativas entre os exercícios
executados.
Na figura 38 são apresentadas os valores médios dos picos de força em cada
uma das atividades executadas para cada paciente em ambos os lados. As barras
representam as médias com seus respectivos erros padrões obtidos pela análise
estatística. Cada cor representa um exercício diferente e cada letra representa uma
faixa estatisticamente diferente com nível de significância menor que 5%.
Pode-se observar que os picos de força para a propulsão da cadeira de rodas
apresentaram, em todos os casos, valores significativamente menores que os picos
de força nas outras duas atividades em ambos os lados.
Entre a marcha com EENM e a elevação para alívio da pressão pode-se notar
que para o lado direito os picos de força foram maiores, ou pelo menos iguais,
estatisticamente (figura 38). Para o lado esquerdo apenas o paciente 1 apresentou
pico de força superior durante a marcha comparado com a elevação, dois outros
pacientes (2 e 7) apresentaram valores significativamente iguais entre estas
atividades, e outros quatro pacientes (5, 11, 13 e 14) apresentaram valores de pico
inferiores durante a marcha comparado com a elevação para alívio da pressão.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
90
Fig. 38 - Médias dos Picos da Força de cada paciente. As médias (barras) e seus respectivos
erros padrões para cada exercício estão representados em cores diferentes em ambos
os lados. As diferentes letras representam diferenças significativas entre os exercícios.
As médias entre os picos do torque no plano sagital (XZ) para cada paciente
são apresentadas na figura 39. Com relação à propulsão da cadeira de rodas pode-
se observar que os pacientes 5, 8 e 10 apresentaram picos de torque maiores que
os picos na elevação para alívio da pressão. Para outros seis pacientes (2, 6, 11, 13,
14, 15) não houve diferença significativa nos valores de pico entre estas duas
atividades e para os pacientes 1, 3, 4, 9 e 12 a elevação apresentou picos maiores
comparado à propulsão da cadeira. Relativo aos picos de torque durante a marcha
pode-se observar que o paciente 13 apresentou valores menores comparado às
outras duas atividades bilateralmente, no entanto os pacientes 1, 5 e 7
apresentaram valores maiores (exceto apenas o lado esquerdo do paciente 5
durante a propulsão da cadeira de rodas, que não apresentou diferenças
significativas). Os picos de torque durante a marcha para os demais pacientes que
realizaram esta atividade (2, 11 e 14) foram significativamente iguais aos picos das
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
91
outras duas atividades para o lado direito, porém para o lado esquerdo os pacientes
2 e 11 apresentaram valores menores e o paciente 14 apresentou valores maiores.
Fig. 39 - Médias dos Picos do Torque no plano Sagital (XZ) de cada paciente. As médias (barras)
e seus respectivos erros padrões para cada um dos exercícios executados estão
representados em cores diferentes para ambos os lados. As diferentes letras para cada
parâmetro representam diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05.
A figura 40 apresenta os picos de torque no segundo plano para as três
atividades executadas. O torque no segundo plano para a propulsão da cadeira de
rodas é referente ao plano transversal (XY) e para as outras duas atividades ao
plano frontal (YZ). Apesar do torque na propulsão da cadeira de rodas estar em
plano diferente às outras duas atividades, pode-se observar que os valores de pico
durante a propulsão foram menores (exceto para o paciente 13 que apresentou valor
significativamente igual no lado esquerdo durante a marcha). Comparando os picos
de torque durante a marcha com os picos da elevação para alívio da pressão pode-
se observar que não houve diferenças significativas para o paciente 2, e para os
pacientes 1 e 14 a marcha apresentou maiores valores. Para o restante dos
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
92
pacientes que realizou a marcha (5, 7, 11, 13) pode-se observar que os picos de
torque no lado direito foram maiores durante a marcha comparados com a elevação,
porém para lado esquerdo os picos da marcha foram menores, exceto o paciente 7
que apresentou resultados estatisticamente iguais neste lado.
Fig. 40 - Médias dos Picos do 2º Torque de cada paciente. As médias (barras) e seus
respectivos erros padrões para cada um dos exercícios executados estão
representados em cores diferentes para ambos os lados. Para a propulsão da cadeira
de rodas o torque é referente ao plano Transversal (XY) e para a elevação para alívio
da pressão e a marcha com andador e EENM é referente ao plano Frontal (YZ). As
diferentes letras para cada parâmetro representam diferenças significativas entre os
exercícios com p<0,05.
Os valores médios das integrais da força em cada uma das atividades
executadas para cada paciente em ambos os lados são apresentados na figura 41.
As integrais de força para a propulsão da cadeira de rodas apresentaram, em todos
os casos, valores significativamente menores comparados às outras duas atividades.
Os valores da integral de força durante a marcha para o paciente 1 não diferiram
estatisticamente dos valores obtidos na elevação para alívio da pressão. No entanto
para todos os outros pacientes que realizaram a marcha a integral da força durante a
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
93
elevação foi significativamente maior que durante as outras atividades em ambos os
lados.
Fig. 41 - Médias das Integrais das Forças de cada paciente. As médias (barras) e seus respectivos
erros padrões para cada exercício estão representados em cores diferentes em ambos os
lados. As diferentes letras representam diferenças significativas entre os exercícios.
A figura 42 apresenta as médias das integrais no tempo do torque no plano
sagital (XZ). Para o lado direito observa-se que as médias da propulsão da cadeira
de rodas apresentam valores estatisticamente menores ou iguais às outras duas
atividades, com exceção do paciente 13 onde a média da propulsão da cadeira
apresentou valor maior que da marcha. Para o lado esquerdo além do paciente 13
ainda outros dois pacientes (8 e 10) apresentaram médias significativamente
maiores durante a propulsão da cadeira.
Com relação à marcha com andador e EENM pode-se observar que a integral
do torque sagital no lado direito apresentou médias maiores às outras duas
atividades para os pacientes 1 e 5, e no lado esquerdo foram observadas médias
significantemente maiores nos pacientes 5, 7 e 14.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
94
Fig. 42 - Médias das Integrais do Torque no plano Sagital (XZ) de cada paciente. As médias
(barras) e seus respectivos erros padrões para cada um dos exercícios executados
estão representados em cores diferentes para ambos os lados. As diferentes letras para
cada parâmetro representam diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05.
Na figura 43 são apresentadas as média das integrais de torque no segundo
plano para as três atividades executadas. Apesar do torque durante a propulsão da
cadeira de rodas estar em plano diferente às outras duas atividades, pode-se
observar que as integrais do torque durante a propulsão apresentaram valores
menores.
Pode-se observar que em nenhum caso a marcha apresentou integrais do
segundo torque significativamente superiores aos valores obtidos durante a
elevação, inclusive para os pacientes 2, 7, 11, 13 e 14 as integrais de torque na
marcha foram significativamente menores comparados com a elevação.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
95
Fig. 43 - Médias das Integrais do 2º Torque de cada paciente. As médias (barras) e seus
respectivos erros padrões para cada um dos exercícios executados estão
representados em cores diferentes para ambos os lados. Para a propulsão da cadeira
de rodas o torque é referente ao plano Transversal (XY) e para a elevação para alívio
da pressão e a marcha com andador e EENM é referente ao plano Frontal (YZ). As
diferentes letras para cada parâmetro representam diferenças significativas entre os
exercícios com p<0,05.
A figura 44 indica as médias dos picos de força entre todos os pacientes,
durante as três atividades executadas. Pode-se observar que as médias dos picos
de força durante a propulsão da cadeira de rodas foram significativamente menores
que as outras duas atividades para ambos os lados.
Com relação à marcha com andador e EENM pode se observar que as médias
dos picos de força foram significativamente maiores comparadas com as médias
obtidas durante a elevação no lado direito, porém para o lado esquerdo estes
valores não diferiram estatisticamente.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
96
Fig. 44 - Médias do Pico das Forças de todos pacientes. As médias (barras) e seus respectivos
erros padrões para cada um dos 3 exercícios executados estão representados em
cores diferentes em ambos os lados. As diferentes letras representam diferenças
significativas entre os exercícios com p<0,05 para cada lado.
Na figura 45 são apresentadas as médias dos picos dos torques para todos os
pacientes. O torque 1 é referente ao plano sagital (XZ). O torque 2 é referente ao
plano transversal (XY) para a propulsão da cadeira de rodas e ao plano frontal (YZ)
para a elevação e para a marcha. Pode-se observar que as médias dos picos de
torque nos dois planos durante a propulsão da cadeira de rodas foram
significativamente menores comparadas às outras duas atividades, exceto o torque
no lado esquerdo do plano sagital (torque 1), onde não houve diferenças
significativas entre as três atividades executadas.
Comparando a marcha com a elevação para alívio da pressão, pode-se
observar que as médias no plano sagital não diferiram significativamente para
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
97
ambos os lados, porém no plano frontal (torque 2) as médias da marcha foram
superiores às médias da elevação no lado direito e inferiores no lado esquerdo.
Fig. 45 - Médias dos Picos dos Torques de todos pacientes. As médias (barras) e seus
respectivos erros padrões para cada um dos 3 exercícios executados estão
representados em cores diferentes para ambos os lados. O Torque 1 é referente ao
plano sagital (XZ). O Torque 2 é referente ao plano Transversal (XY) para a propulsão
da cadeira de rodas e ao plano Frontal (YZ) para a elevação para alívio da pressão e a
marcha com andador e EENM. As diferentes letras em cada parâmetro representam
diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05.
Os valores médios das integrais da força para todos pacientes em cada uma
das atividades executadas são apresentados na figura 46. Pode-se observar que as
médias das integrais de força para a propulsão da cadeira de rodas foram
significativamente menores, e para a elevação foram significativamente maiores,
comparadas às outras duas atividades em ambos os lados.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
98
Fig. 46 - Médias da Integral das Forças de todos pacientes. As médias (barras) e seus
respectivos erros padrões para cada um dos 3 exercícios executados estão
representados em cores diferentes em ambos os lados. As diferentes letras
representam diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05 para cada lado.
A figura 47 apresenta as médias das integrais dos torques para todos os
pacientes. O torque 1 é referente ao plano sagital (XZ). O torque 2 é referente ao
plano transversal (XY) para a propulsão da cadeira de rodas, e ao plano frontal (YZ)
para a elevação e para a marcha.
Pode-se observar pela figura 47 que as médias das integrais de torque nos
dois planos durante a propulsão da cadeira de rodas foram significativamente
menores, exceto no plano sagital do lado esquerdo, onde não diferiu estatisticamente
da marcha, apesar das médias da propulsão serem sempre menores.
Comparando a marcha com a elevação para alívio da pressão pode-se
observar que as médias da marcha foram inferiores em ambos os lado nos dois
planos analisados.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
99
Fig. 47 - Médias da Integral dos Torques de todos pacientes. As médias (barras) e seus
respectivos erros padrões para cada um dos 3 exercícios executados estão
representados em cores diferentes para ambos os lados. O Torque 1 é referente ao
plano sagital (XZ). O Torque 2 é referente ao plano Transversal (XY) para a propulsão
da cadeira de rodas e ao plano Frontal (YZ) para a elevação para alívio da pressão e a
marcha com andador e EENM. As diferentes letras para cada parâmetro representam
diferenças significativas entre os exercícios com p<0,05.
Na tabela 8 são apresentadas as médias e desvios padrões dos picos e
integrais da força e dos torques para o lado direito durante as atividades realizadas
por cada paciente, e na tabela 9 as médias e desvios padrões dos picos e integrais
da força e dos torques no lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
100
Tab. 8 - Médias e Desvios Padrões dos Picos e Integrais da Força, Torque no Plano Sagital
(XZ) e 2º Torque no Lado Direito.
FORÇA TORQUE XZ TORQUE 2
Pico Integral Pico Integral Pico Integral
Atividade
Paciente
[N] [N·s] [N·m] [N·m·s] [N·m] [N·m·s]
1 49,5 ±16,2 66,6 ±21,5 22,9 ±6,7 30,5 ±9,8 -10,1 ±3,4 14,1 ±4,6
2 64,0 ±4,5 72,1 ±6,6 24,1 ±2,0 27,3 ±2,0 -14,2 ±1,9 16,1 ±1,9
3 77,0 ±5,3 105,5 ±11,6 32,4 ±1,9 44,1 ±4,6 -15,4 ±1,5 21,8 ±4,1
4 57,6 ±7,4 81,1 ±22,9 21,6 ±3,3 30,0 ±8,9 -10,5 ±1,4 15,5 ±3,9
5 85,2 ±11,2 98,7 ±5,8 34,3 ±5,8 38,7 ±2,3 -14,9 ±3,1 17,3 ±1,4
6 72,2 ±11,2 107,9 ±7,6 26,1 ±3,5 39,6 ±2,9 -10,9 ±1,9 16,9 ±1,4
8 88,4 ±9,1 145,4 ±8,7 30,9 ±2,7 50,7 ±2,9 -16,5 ±1,5 26,2 ±1,3
9 64,5 ±13,0 97,2 ±8,7 24,6 ±4,8 36,6 ±3,2 -11,2 ±2,2 18,2 ±2,0
10 113,8 ±16,4 153,3 ±12,7 36,6 ±5,5 50,4 ±4,4 -21,4 ±2,6 29,6 ±2,1
11 123,3 ±13,6 149,5 ±17,8 46,5 ±2,6 57,9 ±6,2 -21,7 ±1,7 27,2 ±3,3
12 77,6 ±14,0 109,1 ±12,1 29,9 ±5,2 43,1 ±4,5 -12,8 ±2,3 18,1 ±1,9
13 71,3 ±12,6 100,5 ±14,6 28,1 ±4,9 40,5 ±5,8 -13,0 ±2,3 18,7 ±2,9
14 64,0 ±19,0 104,3 ±10,8 23,8 ±7,2 39,1 ±4,6 -9,1 ±2,8 15,9 ±1,9
15 82,3 ±11,4 101,9 ±13,6 28,5 ±4,2 35,0 ±4,5 -14,1 ±2,1 17,7 ±2,8
Propulsão da Cadeira de Rodas
Média
77,9 ±22,3 106,0 ±28,6 29,3 ±7,5 40,0 ±9,6 -14,0 ±4,2 19,4 ±5,3
1 349,8 ±2,9 1975 ±223 44,8 ±3,3 147,9 ±46,7 -45,1 ±3,4 225,9 ±44,3
2 255,1 ±6,9 1772 ±35 23,4 ±4,2 60,6 ±13,9 -35,2 ±1,9 161,4 ±9,3
3 385,9 ±6,8 2593 ±231 44,2 ±2,4 248,5 ±20,6 -48,6 ±0,3 280,5 ±45,7
4 311,2 ±9,2 1603 ±134 44,8 ±3,9 179,0 ±20,4 -44,8 ±1,8 221,9 ±14,3
5 310,2 ±4,2 1916 ±90 17,7 ±4,7 67,2 ±17,1 -38,0 ±0,4 218,5 ±6,4
6 287,0 ±4,0 1480 ±152 22,1 ±1,8 49,6 ±25,5 -45,0 ±2,8 147,8 ±15,1
7 286,4 ±6,8 1668 ±311 21,4 ±1,8 99,2 ±23,9 -34,6 ±0,9 166,7 ±27,4
8 301,4 ±3,5 1874 ±72 22,2 ±3,5 59,6 ±30,1 -40,8 ±2,0 240,6 ±11,3
9 282,6 ±4,9 2102 ±22 64,9 ±8,8 304,5 ±26,8 -31,5 ±0,5 225,9 ±8,6
10 262,3 ±3,2 1760 ±254 18,2 ±7,0 89,0 ±43,7 -38,2 ±3,6 205,1 ±31,6
11 419,8 ±7,9 2628 ±119 60,7 ±11,2 247,4 ±20,3 -66,6 ±3,5 378,5 ±11,9
12 336,1 ±4,2 2157 ±89 57,5 ±2,5 307,3 ±36,5 -49,3 ±2,0 239,8 ±12,3
13 257,6 ±4,0 1509 ±81 23,8 ±1,7 107,8 ±7,5 -35,1 ±1,5 159,7 ±6,8
14 283,3 ±2,0 1670 ±124 29,6 ±5,7 125,8 ±24,7 -27,7 ±1,7 130,0 ±11,0
15 253,1 ±11,4 1720 ±105 34,7 ±3,6 201,7 ±8,7 -31,6 ±2,8 170,0 ±7,6
Elevação para Alívio da Pressão
Média
305,5 ±47,9 1895 ±364 35,3 ±16,4 153,0 ±90,0 -40,8 ±9,6 211,5 ±63,0
1 460,9 ±19,8 2012 ±51 66,4 ±4,0 211,3 ±21,5 -67,7 ±8,7 276,1 ±15,5
2 290,7 ±19,5 945 ±259 22,6 ±4,0 46,8 ±13,7 -32,9 ±3,1 103,5 ±37,9
5 338,2 ±20,0 1590 ±229 45,2 ±7,1 157,7 ±44,1 -51,1 ±3,0 224,4 ±37,4
7 286,3 ±21,2 806 ±125 35,8 ±5,8 76,0 ±13,1 -47,7 ±8,7 111,5 ±10,4
11 464,7 ±24,4 1209 ±221 52,2 ±13,3 91,7 ±16,6 -71,4 ±2,5 163,4 ±27,5
13 244,3 ±12,8 360 ±57 11,0 ±2,0 13,3 ±3,4 -38,5 ±1,1 53,3 ±9,9
14 292,0 ±25,6 515 ±67 27,1 ±2,1 35,7 ±5,0 -41,3 ±4,0 58,5 ±8,0
Marcha c/ Andador e EENM
Média
339,2 ±85,0 1064 ±569 37,0 ±18,6 90,5 ±68,9 -50,4 ±14,4 141,5 ±81,6
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
101
Tab. 9 - Médias e Desvios Padrões dos Picos e Integrais da Força, Torque no Plano Sagital
(XZ) e 2º Torque no Lado Esquerdo.
FORÇA TORQUE XZ TORQUE 2
Pico Integral Pico Integral Pico Integral
Atividade
Paciente
[N] [N·s] [N·m] [N·m·s] [N·m] [N·m·s]
1
48,2 ±14,5 73,5 ±21,7 22,0 ±6,4 33,3 ±9,7 8,4 ±2,6 13,7 ±3,5
2
73,2 ±6,5 77,5 ±2,1 29,4 ±3,3 30,7 ±1,4 12,9 ±1,7 14,5 ±1,5
3
82,8 ±9,4 110,3 ±19,7 34,2 ±3,4 46,6 ±8,3 15,7 ±2,7 20,1 ±4,4
4
58,5 ±10,9 82,2 ±20,3 22,7 ±4,5 31,4 ±7,8 10,5 ±2,0 15,4 ±3,8
5
93,9 ±9,0 104,7 ±6,5 36,0 ±3,5 40,3 ±2,8 18,1 ±1,8 21,5 ±1,2
6
92,9 ±21,8 134,4 ±16,5 33,9 ±8,0 49,7 ±5,8 14,4 ±3,2 22,3 ±3,4
8
97,3 ±26,1 138,5 ±9,4 39,3 ±11,4 54,4 ±4,4 17,7 ±3,9 25,4 ±1,5
9
56,4 ±8,5 94,0 ±11,6 22,4 ±3,2 37,2 ±4,7 10,6 ±1,5 17,8 ±2,1
10
112,5 ±60,9 148,2 ±23,9 42,5 ±26,7 52,8 ±7,3 19,8 ±12,9 24,2 ±4,2
11
138,4 ±34,5 177,2 ±37,2 52,1 ±12,1 67,1 ±13,7 24,1 ±4,9 32,2 ±6,6
12
77,9 ±14,3 116,3 ±16,3 30,7 ±5,6 46,8 ±6,4 11,4 ±2,4 17,8 ±2,5
13
88,1 ±12,7 125,2 ±11,2 36,1 ±6,1 52,8 ±4,7 14,8 ±3,0 20,7 ±1,8
14
64,7 ±21,2 111,2 ±8,9 23,5 ±7,7 41,4 ±3,4 8,2 ±2,6 15,2 ±1,3
15
76,0 ±8,9 104,8 ±18,9 27,6 ±3,6 38,9 ±6,9 13,9 ±2,2 19,4 ±3,5
Propulsão da Cadeira de Rodas
Média
83,1 ±30,4 114,1 ±32,1 32,4 ±11,8 44,5 ±11,6 14,4 ±5,8 20,0 ±5,6
1
364,4 ±1,3 2045 ±326 41,7 ±2,6 137,3 ±60,1 39,4 ±0,2 204,2 ±17,7
2
248,1 ±1,5 1712 ±18 24,7 ±3,4 44,5 ±8,5 32,4 ±2,1 177,3 ±5,1
3
421,2 ±6,0 2852 ±323 45,4 ±4,1 257,6 ±44,1 42,1 ±2,2 241,0 ±32,2
4
298,8 ±8,9 1558 ±107 45,4 ±2,9 177,2 ±31,3 48,4 ±1,8 236,9 ±13,4
5
288,1 ±2,1 1791 ±69 7,7 ±1,1 23,8 ±11,2 42,7 ±1,4 210,3 ±9,0
6
317,8 ±11,4 1519 ±166 33,4 ±6,0 138,0 ±6,9 34,5 ±0,9 152,1 ±20,5
7
273,5 ±13,1 1635 ±249 14,2 ±2,0 29,2 ±11,0 36,1 ±1,0 132,3 ±27,8
8
270,4 ±6,5 1756 ±104 12,5 ±4,4 38,5 ±11,8 46,1 ±0,8 254,1 ±8,4
9
270,9 ±3,7 2056 ±26 54,5 ±10,0 225,4 ±41,9 40,0 ±2,6 258,2 ±12,9
10
259,7 ±1,8 1722 ±225 9,0 ±3,5 28,2 ±18,0 41,1 ±2,0 201,3 ±26,5
11
458,2 ±13,2 2884 ±246 59,1 ±14,5 236,5 ±47,0 59,6 ±1,0 318,0 ±20,8
12
347,2 ±2,2 2230 ±63 42,8 ±3,7 217,8 ±33,3 39,2 ±1,6 197,0 ±18,0
13
270,4 ±4,2 1605 ±59 35,5 ±2,0 138,4 ±17,8 31,4 ±1,8 119,9 ±10,8
14
300,3 ±3,2 1805 ±130 18,9 ±2,5 41,6 ±18,1 26,1 ±0,8 105,4 ±10,8
15
230,8 ±1,1 1603 ±53 32,6 ±4,2 192,5 ±7,2 36,3 ±2,5 204,4 ±6,7
Elevação para Alívio da Pressão
Média
308,0 ±62,9 1918 ±445 31,8 ±16,9 128,4 ±87,7 39,7 ±7,9 200,8 ±57,9
1
541,0 ±13,7 1709 ±233 96,7 ±6,7 186,8 ±48,0 48,8 ±1,3 180,2 ±15,2
2
267,5 ±52,1 636 ±88 16,4 ±3,3 29,1 ±7,9 34,9 ±2,9 87,0 ±14,6
5
229,8 ±32,4 688 ±135 30,8 ±7,6 80,2 ±32,4 30,2 ±3,8 94,2 ±14,3
7
239,5 ±54,3 513 ±120 28,1 ±8,4 48,5 ±14,6 36,7 ±8,1 68,4 ±10,5
11
394,0 ±33,6 829 ±70 28,9 ±5,0 44,1 ±3,6 52,9 ±4,7 110,8 ±11,2
13
208,0 ±66,8 381 ±42 16,6 ±6,8 23,0 ±3,2 13,6 ±6,5 31,3 ±4,8
14
227,7 ±39,0 664 ±109 50,7 ±5,1 68,7 ±10,1 28,9 ±10,3 73,1 ±13,6
Marcha c/ Andador e EENM
Média
297,1 ±123,2 769 ±423 37,8 ±27,2 67,7 ±55,6 35,2 ±13,6 91,9 ±44,6
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
102
3.2 Atividade Muscular
O parâmetro referente à atividade muscular utilizado foi o valor médio do RMS
do sinal mioelétrico, dentro do intervalo de exercício, normalizado pela MCV. Estas
médias do RMS foram calculadas para cada repetição realizada por cada paciente e
tratadas estatisticamente a fim de encontrar diferenças significativas entre os
músculos para cada exercício, e também as diferenças nas atividades musculares
de um mesmo músculo para os três exercícios executados.
Na figura 48 são apresentadas os valores médios das atividades musculares
para os pacientes 1, 2, 3 e 4. As médias para os 6 músculos analisados em ambos
os lados são representadas por barras e seus respectivos erros padrões obtidos pela
análise estatístico com nível de significância de 5%. As diferentes letras maiúsculas
representam diferenças significativas entre os músculos do mesmo lado para um
mesmo exercício executado. As diferentes letras minúsculas entre parênteses
representam diferenças significativas para um mesmo músculo entre os exercícios
que foram executados.
Pode-se observar na figura 48 que o músculo tríceps foi o que apresentou
maior atividade durante a marcha com andador e durante a elevação para alívio da
pressão em ambos os lados para os pacientes 1, 2 e 3. No entanto para o paciente 4
este mesmo músculo só teve maior atividade no lado esquerdo durante a elevação.
O músculo tríceps apresentou maior atividade durante a marcha se comparado à
elevação no paciente 1 do lado esquerdo, nos outros casos apresentados nesta
figura não houve diferenças significativas na atividade do tríceps entre estes dois
exercícios. Além do tríceps outros músculos apresentaram médias significativamente
maiores como o trapézio inferior (paciente 1) e o peitoral maior (paciente 4), durante
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
103
a elevação para alívio da pressão. Para o exercício de propulsão da cadeira de
rodas as atividades musculares foram geralmente menores comparado aos outros
dois exercícios executados.
A figura 49 apresenta as médias das atividades musculares dos pacientes 5, 6,
7 e 8. Pode-se observar que novamente o tríceps apresentou maior atividade
durante a marcha e a elevação, aparecendo também alta atividade no trapézio
inferior direito para o paciente 8 e esquerdo para o paciente 5 durante a elevação.
Para a propulsão da cadeira os músculos com maior atividade foram os deltóides
(anterior e posterior), porém os músculos em geral neste exercício apresentaram
novamente atividade menor se comparado às outras duas atividades.
As atividades musculares dos pacientes 9, 10, 11 e 12 são apresentadas na
figura 50. Nestes casos o tríceps também apresentou maior atividade muscular
durante a marcha e a elevação, exceto para o lado esquerdo dos pacientes 9 e 12
durante a elevação onde os músculos com maior atividade foram o peitoral maior,
trapézio inferior e deltóide anterior. Geralmente as atividades musculares durante a
propulsão da cadeira foram menores comparadas aos outros dois exercícios, porém
para o paciente 10 as atividades musculares foram maiores durante a propulsão da
cadeira comparado com a elevação para alívio da pressão, se desconsiderada a alta
atividade do tríceps durante a elevação.
Na figura 51 são apresentadas as médias das atividades musculares do
pacientes 13, 14 e 15. Nestes casos o músculo tríceps sempre apresentou maior
atividade durante a marcha e a elevação para alívio da pressão. Para o paciente 13
os músculos peitoral maior e deltóide anterior do lado esquerdo também
apresentaram altos valores. O paciente 15 também apresentou alta atividade no
peitoral maior e trapézio inferior do lado esquerdo durante a elevação.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
104
Fig. 48 - Médias das atividades musculares dos pacientes 1, 2, 3 e 4. Cada letra indica diferentes faixas com nível de significância p<0,05.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
105
Fig. 49 - Médias das atividades musculares dos pacientes 5, 6, 7 e 8. Cada letra indica diferentes faixas com nível de significância p<0,05.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
106
Fig. 50 - Médias das atividades musculares dos pacientes 9, 10, 11 e 12. Cada letra indica faixa diferente com nível de significância p<0,05.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
107
Fig. 51 - Médias das atividades musculares dos pacientes 13, 14, e 15. Cada letra indica diferentes faixas com nível de significância p<0,05.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
108
A 52 apresenta as médias das atividades musculares de todos pacientes em
ambos os lados durante os três exercícios executados. Pode-se observar que na
média o músculo tríceps foi o que apresentou maior atividade durante a marcha e
durante a elevação, seguido dos músculos peitoral maior e trapézio inferior para
ambos os lados. Para a marcha com andador o músculo deltóide anterior também
apresentou alta atividade muscular, estatisticamente igual aos músculos peitoral
maior e trapézio. O tríceps e o deltóide anterior apresentaram maior atividade
durante a marcha se comparado com suas atividades durante os outros dois
exercícios, já o peitoral maior e o trapézio inferior apresentaram valores
estatisticamente iguais entre a marcha e a elevação. Para a propulsão da cadeira de
rodas o músculo com maior atividade foi o deltóide posterior em ambos os lados, e
para o lado esquerdo o deltóide anterior e o peitoral maior também apresentaram
maior atividade. Durante a propulsão da cadeira a maioria dos músculos apresentou
baixa atividade muscular se comparado aos outros dois exercícios, exceto o deltóide
posterior esquerdo que teve maior resposta comparado com a marcha e a elevação
para alívio da pressão.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
109
Fig. 52 - Médias das atividades musculares entre todos paciente analisados para os 3
exercícios executados. As atividades musculares são apresentadas como uma
porcentagem da MCV. As médias de cada músculo são representadas pelas barras e
seus respectivos erros padrões. Cada letra indica diferentes faixas com nível de
significância p<0,05. As letras maiúsculas representam diferentes atividades
musculares entre os músculos do mesmo lado para um mesmo exercício. As letras
minúsculas, entre parênteses, representam diferentes atividades musculares de um
mesmo músculo entre os 3 exercícios executados.
Na tabela 10 são apresentadas as médias e desvios padrões das atividades
musculares dos 6 músculos do ombro direito, que foram analisados durante os
exercícios executadas por cada paciente. Na tabela 11 são apresentadas as médias
e desvios padrões das atividades musculares de cada paciente para o lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
110
Tab. 10 - Médias e Desvios Padrões das atividades musculares médias no lado Direito
durante os exercícios realizados.
Músculo
Bíceps Tríceps Delt. Anterior Delt. Posterior
Peitoral Maior
Trapézio Inf.
Exercício
Paciente
[% da MCV] [% da MCV] [% da MCV] [% da MCV] [% da MCV] [% da MCV]
1
1,2 ±0,1 2,7 ±0,2 1,8 ±0,3 7,3 ±0,5 3,8 ±0,7 6,2 ±0,5
2
2,2 ±0,9 5,6 ±1,3 7,0 ±2,4 8,4 ±0,8 5,3 ±1,0 4,9 ±1,2
3
10,2 ±4,2 6,0 ±0,7 15,2 ±3,2 16,2 ±1,8 7,2 ±1,2 1,3 ±1,0
4
2,6 ±1,3 4,3 ±1,0 6,9 ±1,9 8,3 ±1,0 12,5 ±2,1 8,8 ±2,4
5
2,6 ±1,1 4,1 ±1,3 9,3 ±2,5 14,2 ±2,2 3,7 ±0,6 8,1 ±1,8
6
1,3 ±0,2 3,4 ±0,9 5,5 ±0,4 5,5 ±0,9 3,1 ±0,7 5,1 ±1,1
8
4,7 ±1,2 6,2 ±1,2 11,5 ±1,4 41,2 ±7,1 12,2 ±0,8 10,1 ±2,5
9
3,8 ±0,7 3,9 ±0,8 16,5 ±2,0 12,6 ±1,8 10,6 ±2,1 12,0 ±0,9
10
8,4 ±1,1 3,6 ±1,1 7,6 ±0,6 8,5 ±0,5 5,8 ±0,7 1,2 ±0,4
11
7,8 ±1,9 6,2 ±0,7 5,4 ±1,2 13,1 ±0,3 9,8 ±1,1 4,6 ±0,4
12
5,6 ±5,4 1,1 ±0,5 3,8 ±1,9 10,4 ±1,0 5,3 ±1,4 16,5 ±4,3
13
1,2 ±0,3 6,4 ±0,8 8,9 ±1,0 9,5 ±0,7 4,2 ±0,4 3,8 ±0,5
14
1,7 ±0,1 3,7 ±0,3 2,8 ±1,5 5,1 ±0,6 2,8 ±0,6 3,4 ±2,4
15
5,8 ±1,8 3,8 ±1,0 1,3 ±0,6 4,6 ±0,4 3,1 ±0,6 10,6 ±2,4
Propulsão da Cadeira de Rodas
Média
4,2 ±3,4 4,4 ±1,7 7,4 ±4,8 11,8 ±9,1 6,4 ±3,6 6,8 ±4,5
1
1,9 ±0,2 43,4 ±13,1 1,9 ±0,6 10,9 ±3,6 22,1 ±1,5 31,5 ±3,8
2
2,2 ±1,7 61,2 ±5,9 5,3 ±1,6 11,0 ±2,5 12,3 ±1,5 35,4 ±8,7
3
5,2 ±0,5 47,3 ±3,1 15,6 ±2,7 7,6 ±1,4 29,9 ±2,4 18,1 ±1,1
4
10,5 ±5,1 64,5 ±11,5 20,3 ±1,3 11,0 ±2,4 96,7 ±12,2 99,3 ±14,7
5
1,4 ±0,2 28,5 ±4,8 2,2 ±0,7 4,1 ±0,6 9,1 ±0,9 7,5 ±2,3
6
2,2 ±0,7 59,5 ±4,7 32,6 ±7,9 4,0 ±0,7 12,5 ±2,5 27,6 ±6,7
7
1,7 ±0,4 55,8 ±3,1 9,0 ±1,0 3,5 ±0,3 10,4 ±3,5 9,9 ±0,3
8
2,9 ±0,6 38,5 ±4,2 37,8 ±15,7 10,1 ±2,4 37,5 ±4,7 97,2 ±24,4
9
3,6 ±0,5 17,9 ±2,5 12,8 ±3,1 4,8 ±1,7 24,6 ±6,8 29,5 ±6,6
10
2,4 ±0,9 22,5 ±1,1 1,9 ±0,4 5,0 ±1,1 3,1 ±0,7 3,0 ±2,0
11
15,0 ±5,0 94,6 ±11,6 11,9 ±1,4 38,7 ±4,5 50,4 ±4,1 13,0 ±1,7
12
6,8 ±1,4 21,3 ±3,1 26,8 ±5,3 9,2 ±1,1 26,8 ±1,8 20,5 ±3,0
13
1,4 ±0,4 26,6 ±2,7 10,9 ±3,2 6,4 ±1,4 17,6 ±1,7 2,2 ±0,7
14
1,3 ±0,2 32,7 ±3,9 1,0 ±0,2 8,9 ±2,1 9,6 ±1,4 11,6 ±3,3
15
2,1 ±0,5 26,3 ±3,1 1,3 ±0,1 3,8 ±1,4 22,8 ±1,0 8,7 ±1,4
Elevação para Alívio da Pressão
Média
4,0 ±4,2 42,7 ±21,2 12,7 ±12,5 9,3 ±8,6 25,7 ±22,8 27,7 ±30,6
1
11,2 ±1,9 59,0 ±6,4 8,8 ±1,1 14,5 ±1,0 35,7 ±5,1 44,6 ±4,5
2
15,0 ±1,7 62,1 ±3,3 30,2 ±4,3 11,4 ±1,1 30,5 ±4,3 47,7 ±7,2
5
20,3 ±14,0 85,1 ±33,2 41,3 ±4,2 17,6 ±14,9 20,5 ±2,5 34,0 ±4,6
7
13,2 ±3,0 78,3 ±13,0 27,4 ±4,3 10,8 ±5,0 19,5 ±3,0 14,5 ±8,2
11
18,6 ±4,2 94,2 ±24,5 17,7 ±0,6 48,5 ±10,4 54,2 ±5,5 21,1 ±0,7
13
5,4 ±0,7 16,4 ±2,6 12,3 ±1,1 6,8 ±1,7 12,1 ±2,4 9,5 ±0,7
14
1,6 ±0,5 23,7 ±2,9 6,8 ±0,7 9,4 ±1,3 10,2 ±1,3 9,1 ±2,1
Marcha c/ Andador e EENM
Média
12,0 ±8,1 60,3 ±31,9 20,5 ±12,1 17,1 ±14,8 26,2 ±14,7 26,0 ±15,8
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
111
Tab. 11 - Médias e Desvios Padrões das atividades musculares médias no lado Esquerdo
durante os exercícios realizados.
Músculo
Bíceps Tríceps Delt. Anterior Delt. Posterior
Peitoral Maior
Trapézio Inf.
Exercício
Paciente
[% da MCV] [% da MCV] [% da MCV] [% da MCV] [% da MCV] [% da MCV]
1
3,8 ±0,6 2,2 ±0,4 1,7 ±0,6 3,0 ±2,5 4,6 ±0,4 5,8 ±0,8
2
2,5 ±1,9 5,8 ±2,9 11,2 ±1,2 0,9 ±0,2 10,0 ±1,7 5,7 ±1,7
3
3,8 ±1,0 7,9 ±3,0 16,1 ±4,1 9,7 ±1,5 14,2 ±2,9 1,7 ±0,2
4
2,9 ±0,9 9,5 ±0,8 13,5 ±3,8 18,0 ±4,0 21,2 ±2,1 8,1 ±2,5
5
6,9 ±2,2 3,6 ±0,8 17,7 ±1,3 14,1 ±1,2 5,9 ±0,6 6,1 ±0,7
6
1,6 ±0,3 2,7 ±0,7 6,6 ±1,3 10,6 ±1,3 4,3 ±0,4 3,0 ±0,9
8
6,9 ±1,0 10,1 ±1,3 12,0 ±1,2 23,2 ±2,7 19,9 ±2,4 8,1 ±0,8
9
1,3 ±0,3 6,7 ±2,0 8,4 ±1,6 10,6 ±2,4 16,3 ±2,1 7,5 ±2,9
10
4,4 ±1,6 1,3 ±0,2 3,3 ±1,0 8,6 ±1,1 6,1 ±1,8 2,9 ±1,2
11
6,3 ±1,8 4,9 ±0,8 6,6 ±1,8 10,5 ±1,6 13,7 ±3,2 3,3 ±0,4
12
2,6 ±0,6 4,6 ±0,9 12,1 ±3,3 10,7 ±1,0 9,0 ±0,5 6,4 ±2,1
13
2,7 ±0,6 4,0 ±0,8 14,9 ±2,2 8,5 ±1,6 13,0 ±0,5 3,4 ±0,6
14
2,3 ±0,9 1,1 ±0,3 3,1 ±0,6 6,2 ±0,6 3,4 ±0,4 3,6 ±2,1
15
3,4 ±1,6 2,3 ±0,7 10,7 ±1,2 8,5 ±1,1 4,6 ±1,2 12,9 ±4,5
Propulsão da Cadeira de Rodas
Média
3,7 ±2,1 4,7 ±3,0 9,9 ±5,2 10,2 ±5,7 10,5 ±6,1 5,6 ±3,3
1
3,9 ±0,8 47,2 ±11,8 2,8 ±0,1 1,2 ±0,1 16,8 ±1,5 38,0 ±11,7
2
1,7 ±0,4 73,7 ±9,0 6,9 ±1,3 0,8 ±0,1 15,2 ±1,0 24,8 ±2,5
3
1,6 ±0,2 61,1 ±3,4 7,6 ±0,8 6,6 ±0,5 34,0 ±2,8 20,1 ±2,4
4
5,2 ±1,5 93,0 ±19,7 54,7 ±15,2 12,1 ±2,0 94,6 ±12,9 39,1 ±9,1
5
1,6 ±0,4 27,9 ±5,9 1,6 ±0,2 4,3 ±1,7 10,1 ±0,4 23,4 ±5,8
6
1,2 ±0,2 53,9 ±7,9 14,1 ±3,9 13,1 ±2,5 10,6 ±1,3 28,0 ±7,1
7
1,5 ±0,1 51,9 ±14,9 13,1 ±3,7 4,7 ±0,5 7,4 ±1,4 8,7 ±1,2
8
7,5 ±2,1 69,8 ±12,1 12,2 ±6,0 11,8 ±4,2 36,2 ±4,7 27,5 ±5,2
9
1,7 ±0,5 27,6 ±11,2 5,7 ±0,9 5,0 ±2,0 29,7 ±4,3 35,4 ±5,8
10
0,9 ±0,1 15,6 ±2,6 3,1 ±0,6 2,7 ±0,7 2,5 ±0,3 4,3 ±3,2
11
6,0 ±1,2 77,9 ±11,7 10,7 ±1,0 13,1 ±1,2 40,4 ±3,7 20,3 ±1,7
12
2,4 ±0,5 61,4 ±5,3 28,4 ±4,9 10,5 ±1,7 21,1 ±1,6 33,7 ±3,8
13
4,5 ±1,4 23,2 ±5,0 22,3 ±3,9 4,1 ±0,8 23,8 ±2,0 8,0 ±1,9
14
2,3 ±0,4 20,6 ±3,9 2,2 ±0,4 5,2 ±1,0 8,2 ±1,3 6,3 ±0,4
15
2,8 ±0,3 15,3 ±3,1 6,4 ±1,7 3,5 ±0,7 15,7 ±1,2 14,8 ±4,8
Elevação para Alívio da Pressão
Média
3,0 ±2,1 48,0 ±25,5 12,8 ±14,0 6,5 ±4,6 24,4 ±22,1 22,2 ±12,1
1
28,7 ±2,3 83,4 ±4,3 18,8 ±2,4 12,2 ±0,5 35,0 ±3,9 44,9 ±4,9
2
14,6 ±2,0 74,2 ±5,2 42,0 ±6,7 1,3 ±0,1 36,4 ±4,0 21,2 ±2,3
5
19,4 ±4,4 63,8 ±13,1 46,1 ±5,4 8,0 ±1,2 27,2 ±3,3 22,8 ±9,3
7
8,6 ±2,8 99,2 ±9,4 30,4 ±6,0 6,0 ±0,7 16,5 ±3,3 24,9 ±5,7
11
13,1 ±2,4 85,0 ±5,5 24,2 ±14,7 15,5 ±1,9 38,3 ±7,2 20,5 ±1,5
13
8,8 ±0,5 25,3 ±3,7 20,8 ±1,7 3,7 ±1,2 27,9 ±2,1 9,5 ±1,1
14
3,8 ±1,6 14,7 ±1,5 4,7 ±0,5 4,7 ±0,4 9,2 ±0,9 10,2 ±1,6
Marcha c/ Andador e EENM
Média
13,7 ±8,1 64,9 ±32,2 26,4 ±14,3 7,1 ±5,0 27,1 ±10,8 21,8 ±11,6
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
112
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
113
C
4
“Como é que eu posso ler se eu não consigo
concentrar minha atenção...”
R.S.S. / Super Heróis (1974)
DISCUSSÃO
Pacientes portadores de lesão medular além de perderem as funções motoras
e sensitivas abaixo do nível de lesão, ainda podem apresentar uma série de outros
problemas como: úlceras por pressão, disfunção urinária e intestinal, disreflexia
autonômica, atrofia muscular, trombose, hipotensão ortostática, embolia pulmonar,
siringomielia e distúrbios do humor (SARAH, 2007; KIRSHBLUM, 2005)
Técnicas de reabilitação são utilizadas para reduzir estes prejuízos aos
pacientes, sendo a Estimulação Elétrica Neuro-Muscular (EENM) uma técnica
frequentemente usada tanto para fins terapêuticos quanto funcionais (SIPSKI;
RICHARDS, 2006; ORTOLAN et al., 2001). O ser humano apresenta uma fisiologia
apropriada para andar e não para manter-se sentado, desta forma, quando
pacientes lesados medulares são submetidos a seções de marcha induzida
artificialmente, ou simplesmente mantêm-se em pé presos a uma prancha
ortostática, apresentam alguns benefícios como a reversão da osteoporose, redução
da espasticidade, melhor funcionamento dos sistemas circulatório, digestivo e
urinário, além de auxiliar na prevenção de úlceras por pressão (KIRSHBLUM, 2005).
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
114
Além disso, o restabelecimento da marcha, mesmo que artificialmente, apresenta
novas perspectivas e ganhos psicológicos a estes pacientes (MANHÃES, 2004).
Desta maneira, vários programas de reabilitação envolvendo a marcha induzida
artificialmente o frequentados por pacientes lesados medulares, onde
normalmente são analisados seus benefícios. No entanto, existem algumas
desvantagens associadas a esta atividade que incluem o aumento do consumo
energético comparado à marcha normal (WATERS; MULROY, 1999; ULKAR et al.,
2003; CARVALHO et al., 2005) e o risco de induzir danos pelo sobreuso nas
articulações dos membros superiores destes sujeitos.
Os membros superiores são apropriados à manipulação de objetos, assim a
avaliação do esforço realizado pelo ombro, quando exerce a função de sustentação
da pressão, torna-se importante para evitar danos a esta articulação e o
comprometimento das funções de independência remanescentes (HASTING;
GOLDSTEIN, 2004; SAMUELSON et al., 2004).
Poucos trabalhos mesuraram a carga em membros superiores de pacientes
lesados medulares durante a marcha. Noreau et al. (1995), Melis et al. (1999),
Bachschmidt et al. (2001), Requejo et al. (2005) e Haubert et al. (2006) avaliaram o
esforço nos membros superiores de sujeitos normais ou lesados medulares
incompletos que andam diariamente com auxílio de bengalas ou muletas, e nenhum
estudo ainda foi realizado com pacientes portadores de lesão completa ou que
necessitam de EENM para realizar a marcha com andador durante seções de
reabilitação.
A propulsão manual da cadeira de rodas é uma importante forma de locomoção
para pacientes com deficiência nos membros inferiores, e o ombro é um conjunto
complexo de articulações que realiza uma importante função na propulsão da
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
115
cadeira de rodas. As médias encontradas para os picos de torque no plano sagital,
durante os três ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas, foram de 29,3N·m e
32,4N·m para os lados direito e esquerdo respectivamente (tabelas 8 e 9). Estes
valores estão próximos dos valores obtidos por Robertson et al. (1996) que
obtiveram picos de torque de 20N·m e 35N·m para usuários e não usuários de
cadeiras de rodas durante os ciclos de propulsão.
De Groot et al. (2002) também encontraram diferenças nos ciclos de propulsão
da cadeira de rodas entre usuários e não usuários. Apesar dos pacientes do
presente trabalho serem usuários de cadeiras de rodas foram obtidos valores de
picos de torque maiores que os encontrados nos usuários de Robertson et al. (1996)
e de Groot et al. (2002). Esta diferença pode ser explicada pelo fato deste trabalho
estar analisando os ciclos iniciais de propulsão (a partir do repouso) que requer um
esforço maior comparado a um ciclo de propulsão destinado a manter a cadeira em
movimento.
Foram encontrados picos de força horizontal de 77,9N e 83,1N durante os três
ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas (tabelas 8 e 9). Finley et al. (2004) e
Fay et al. (2004) encontraram valores de pico de força próximos a 70N, sendo que
os pacientes que apresentaram dores nos ombros realizaram esforços ainda
menores (58N) (FINLEY et al., 2004). Cooper et al. (1999) encontraram valores de
pico de força de 76N e Boninger et al. (2002) valores variando entre 60N e 86N
dependendo do padrão utilizado para a propulsão.
Os picos de força obtidos no presente trabalho estão próximos dos valores
obtidos por Cooper et al. (1999) e Boninger et al. (2002), porem são maiores que os
70N obtidos por Finley et al. (2004) e Fay et al. (2004). Esta diferença (apesar de
pequena) pode estar relacionada com o maior esforço necessário para iniciar a
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
116
propulsão da cadeira a partir do repouso, no entanto as médias dos picos de força
obtidos (tabelas 8 e 9) ainda são menores que os encontrados por Boninger et al.
(2002) durante a propulsão da cadeira utilizando o padrão laço duplo (figura 15).
As médias dos picos de torque obtidos nos três ciclos iniciais da cadeira de
rodas (29,3N·m e 32,4N·m no plano Sagital, -14,0N·m e 14,4N·m no plano
Transversal), conforme valores apresentados nas tabelas 8 e 9, foram maiores que
os encontrados por Kulig et al. (1998) para pacientes com baixa paraplegia
impulsionando a cadeira com a velocidade habitual (13,8N·m e 5,8N·m nos planos
sagital e transversal respectivamente). Pacientes com alta paraplegia utilizando a
velocidade habitual apresentam picos de torque ainda menores (12,4N·m e 5,8N·m
nos planos sagital e transversal) (KULIG et al., 2001).
Velocidades maiores durante a propulsão da cadeira de rodas requerem maior
esforço (ROBERTSON et al., 1995; VEEGER et al., 2002). Kulig et al. (2001)
encontraram picos de torque médio de 32,5N·m e 13,3N·m nos planos sagital e
transversal respectivamente com pacientes desenvolvendo sua máxima velocidade.
Além disso, diferentes inclinações também interferem no esforço necessário para
empurrar a cadeira, em teste com inclinação de 8% (aproximadamente 5 graus)
5
Kulig et al. (2001) encontraram valores próximos aos obtidos com máxima
velocidade. Desta maneira pode-se dizer que os picos de torque durante o início da
propulsão da cadeira de rodas, obtidos no presente trabalho, se equiparam aos
valores obtidos em condições que requerem maior esforço durante a propulsão da
cadeira como a máxima velocidade e inclinação de 8%.
Os picos de força e torque durante os três ciclos iniciais de propulsão da
5
A máxima inclinação das rampas de acesso, para deficientes físicos, permitida nos Estados Unidos
é de 8% (1:12), de acordo com norma federal do departamento de justiça de 1991.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
117
cadeira de rodas ocorreram nos instantes relativos a 20%, 50% e 80% da execução
desta atividade (figura 35), estes instantes estão relacionados com as fases de
impulso da cadeira, que segundo Kulig et al. (2001) e Fay et al. (2004) é a fase de
maior força durante a propulsão da cadeira de rodas.
Os valores médios tanto de força quanto de torque durante a propulsão da
cadeira de rodas foram significativamente menores se comparado à elevação para
alívio da pressão (figuras 44 a 47), exceto para o torque esquerdo no plano sagital
(figura 45).
Os valores de pico de força obtidos durante a elevação para alívio da pressão
foram de 305,5N e 308,0N para os lados direito e esquerdo respectivamente
(tabelas 8 e 9). Estes valores são aproximadamente quatro vezes a força obtida
durante a propulsão da cadeira de rodas, van Drongelen et al. (2005) também
encontraram uma força de contato na articulação glenohumeral quatro vezes maior
durante elevação para alívio da pressão comparado a propulsão da cadeira de
rodas.
Kamnik et al. (1999) ao avaliar paraplégicos completos realizando a
transferência da posição sentada para a posição em pé com uso de EENM,
encontraram picos de força entre 224N e 343N, esta faixa de forças contêm as
médias obtidas durante a elevação pelo presente trabalho.
Durante a elevação para alívio da pressão foram obtidos picos de torque
médios de 35,3N·m e 31,8N·m no plano sagital para cada lado (tabelas 8 e 9), estes
valores também ficaram entre os valores encontrados por Kamnik et al. (1999),
porém foram menores que os picos de torque obtidos por Harvey e Crosbie (2000) e
van Drongelen et al. (2005) que foram da ordem de 45N·m. Esta diferença pode ter
ocorrido pelo fato de Harvey e Crosbie (2000) e van Drongelen et al. (2005) ter
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
118
utilizado pacientes tetraplégicos que apresentam maior dificuldade na elevação e
manutenção do tronco elevado comparado com pacientes paraplégicos.
Os picos de torque durante a elevação para alívio da pressão ocorreram no
início e final desta atividade (figura 36), períodos referentes às fases de elevação e
retorno do corpo. Esta resposta é obtida porque o paciente procura manter o ombro
alinhado com o ponto de aplicação da força, durante a fase de sustentação do
corpo, diminuindo assim o torque neste período.
As médias dos picos de força vertical durante marcha com EENM e andador
foram de 339,2N e 297,1N para os lados direito e esquerdo respectivamente
(tabelas 8 e 9). Estes valores estão próximos aos encontrados por Melis et al. (1999)
que obteve pacientes que descarregam até 100% de seu peso nos membros
superiores utilizando o andador.
Outros trabalhos encontraram picos de força inferiores, menores que 100N,
(REQUEJO, 2005; HAUBERT et al, 2006). No entanto estes resultados foram
obtidos com pacientes paraplégicos incompletos que são capazes de andar
diariamente com o auxílio de muletas sem o uso de EENM.
Melis et al. (1999) também avaliaram paraplégicos incompletos que utilizam
muletas e na média os picos de força ficaram próximos a 20% da massa corpórea
(com pico máximo de 50%). Além disso, Ulkar et al. (2003) constataram que o
consumo energético utilizando andador é maior comparado a muletas canadenses
em teste com paraplégicos incompletos aptos a utilizar os dois tipos de
equipamentos.
As médias dos picos de torque no ombro (plano sagital) durante a marcha
foram de 37,0N·m e 37,8N·m para os lados direito e esquerdo respectivamente
(tabelas 8 e 9). Estes valores estão em concordância com Noreau et al. (1995) que
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
119
obteve picos de torque da ordem de 35N·m analisando a marcha pendular (figura
16). Os valores de torque obtidos no presente trabalho também são próximos aos
valores obtidos por Crosbie e Nicol (1990) analisando a marcha recíproca com
muletas canadenses (42N·m).
A média dos picos de torque no plano sagital obtida por Bachschmidt et al.
(2001), ao analisar a marcha com andador, foi da ordem de 10N·m. Este valor menor
pode ser resultado de um melhor alinhamento do ombro com o ponto de aplicação
da força uma vez que Bachschmidt et al. avaliaram sujeitos normais. No entanto
Bachschmidt et al. (2001) obtiveram picos de torque no plano frontal em torno de
45N·m, valores próximos aos obtidos no presente trabalho (-50,4N·m e 35,2N·m nos
lados esquerdo e direito respectivamente) (tabelas 8 e 9). É importante salientar que
o torque no plano frontal é uma função da distância entre as manoplas do andador e
mesmo sujeitos normais não teriam como alinhar os ombros com o ponto de
aplicação da força, pois se isso fosse realizado de um lado seria compensado pelo
lado oposto.
As médias dos valores máximos de força durante a marcha e durante a
elevação para alívio da pressão são muito maiores (cerca de 4 vezes) que os picos
de força obtidos durante a propulsão da cadeira de rodas (figuras 44). Comparando
os picos de força durante a marcha com os resultados da elevação observa-se que a
diferença é pequena, existindo diferença significativa apenas no lado direito (mão
dominante dos pacientes que realizaram a marcha).
Os picos de torque nos ombros no plano frontal durante a marcha foram
maiores que os picos de torque durante a elevação para o lado direito e menores
para o lado esquerdo (figura 45). Quanto aos picos de torque no plano sagital não
houve diferença significativa entre os valores obtidos durante a marcha e a
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
120
elevação, apesar da marcha apresentar médias maiores para ambos os lados, ou
seja, os picos de força e torque durante a marcha e a elevação são similares, porém
com tendência a valores maiores durante a marcha principalmente no lado
dominante.
Os valores de pico de força e torque representam as magnitudes que a
estrutura do ombro deve neutralizar para preservar a integridade da articulação e
evitar lesões, enquanto que a integral representa o esforço total aplicado em um
intervalo de tempo (HAUBERT et al., 2006).
As médias das integrais da força durante a marcha com EENM e andador
foram de 1064N·s e 769 N·s para cada lado analisado (tabelas 8 e 9). Valores da
mesma grandeza foram obtidos por Haubert et al. (2006) ao analisar a marcha com
andador.
A integral da força durante a propulsão da cadeira de rodas apresentou valores
bem menores comparados às outras duas atividades executadas pelos pacientes
(figura 46), este resultado era de certa forma esperado, pois os picos durante a
propulsão foram significativamente menores.
Os picos de força e torque durante a marcha com andador e EENM ocorreram
principalmente no final da fase de balanço (figura 37), no entanto, durante as fases
de suporte duplo os valores de força e torque são menores. Desta forma, foram
obtidos valores de integrais menores para a marcha comparada à elevação, onde o
paciente deve manter uma força praticamente constante em todo intervalo da
atividade (figuras 46 e 47).
A elevação para alívio da pressão exigiu um esforço total (durante todo o
período do exercício), significativamente maior comparado a um ciclo da marcha, de
acordo com as integrais de força e toque obtidas. No entanto, as integrais foram
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
121
obtidas em um único ciclo para cada exercício, desta forma não se pode afirmar que
pacientes andando requeiram menos esforço, pois neste caso são realizados vários
ciclos da marcha. Além disso, as integrais dos dados cinéticos estão relacionadas
com o consumo energético, enquanto que as lesões nas articulações estão
associadas aos valores de pico de força e torque.
A elevação para alívio da pressão envolve simultaneamente duas funções
biomecânicas: a extensão do cotovelo e a elevação do tronco. A extensão do
cotovelo é executada principalmente pelo músculo tríceps braquial, que foi o que
apresentou maior atividade durante a elevação (figura 52) assim como encontrado
por van Drongelen et al. (2005). A cabeça longa do tríceps é a porção deste músculo
que também participa da articulação do ombro (originando-se na escápula), desta
forma as extensões de cotovelo que requerem maior força necessitam da
estabilização da escápula.
Reyes et al. (1995) e van Drongelen et al. (2005) encontraram baixa atividade
nos músculos serrátil anterior e trapézio médio (que são músculos estabilizadores da
escápula), porém, não avaliaram a atividade do músculo trapézio inferior. De acordo
com os resultados obtidos (figura 52) o trapézio inferior teve participação relevante
durante o exercício de alívio da pressão, agindo tanto na fixação da escápula (para a
extensão do cotovelo) quanto na elevação do tronco (considerando a escápula como
ponto fixo). Outro músculo relacionado com a função de elevação do tronco é o
peitoral maior (parte esternocostal) que também apresentou atividade significativa
durante o exercício de alívio da pressão em concordância com Reyes et al. (1995) e
van Drongelen et al. (2005).
Os músculos do manguito rotador não foram avaliados no presente trabalho
por se tratarem de músculos profundos e necessitar do uso de eletrodos de agulha.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
122
Além disso, de acordo com Reyes et al. (1995) este conjunto de músculos apresenta
baixa atividade durante a elevação para alívio da pressão sendo preservados por
músculos maiores que agem diretamente entre o tronco e o braço (peitoral maior e
grande dorsal) aliviando a carga aplicada na articulação glenoumeral. Segundo van
Drongelen et al. (2005) o manguito rotador tem atividade relevante durante a
propulsão da cadeira de rodas, porém durante este exercício, a atividade geral dos
músculos é menor se comparada aos exercícios de elevação (van DRONGELEN et
al., 2005) e também à marcha com andador e EENM (figura 52).
Durante a marcha com andador e EENM os músculos com maior atividade
observada foram o tríceps, peitoral maior e trapézio inferior assim, como durante a
elevação para alívio da pressão. Esta equivalência ocorre porque durante a marcha
o paciente também suporta o peso do tronco com os membros superiores e tem que
manter o cotovelo estendido ou estabilizado (figura 52).
Além destes três músculos (tríceps, peitoral maior e trapézio inferior) o deltóide
anterior também teve atividade significativa durante a marcha (figura 52), presente
em duas situações: no avanço do andador e quando o tronco se manteve inclinado
para frente. Esta resposta é nítida no paciente 7 (apêndice A7, figura A7.6) que é um
paciente alto e consequentemente anda com uma maior inclinação.
O músculo bíceps apresentou atividade significativa apenas em curtos
intervalos durante o avanço do andador (apêndices A1, A2, A5, A7, A11 e A13)
exibindo uma baixa atividade média considerando todo o ciclo analisado.
O tríceps foi o músculo mais requisitado tanto durante a marcha com EENM
quanto durante a elevação para alívio da pressão, porém durante a marcha o tríceps
apresentou atividade significantemente maior comparado à elevação (figura 52).
Com exceção do deltóide posterior esquerdo todos os outros músculos estiveram
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
123
mais ativos durante a marcha comparado aos outros dois exercícios executados.
Movimentos de transferência do corpo que requerem tanto as funções de
elevação quanto de movimento do tronco apresentam atividade muscular similar à
elevação para alívio da pressão (tríceps, trapézio inferior e peitoral maior) acrescido
do músculo deltóide anterior, devido à manutenção do corpo inclinado para frente
em grande parte desta atividade (PERRY et al., 1996; GAGNON et al., 2003, 2005;
FINLEY et al. 2005).
Pacientes tetraplégicos normalmente não apresentam o controle do músculo
tríceps, neste caso o deltóide anterior é o músculo que apresenta maior atividade
durante a elevação, pois este músculo realiza a extensão do cotovelo através da
flexão do ombro com a mão fixada. (GEFEN et al., 1997; HARVEY; CROSBIE, 2000)
Durante a propulsão da cadeira de rodas o músculo que apresentou maior
atividade foi o deltóide posterior (figura 52). Os músculos deltóide anterior e peitoral
maior também apresentaram atividade significativa durante este exercício.
Com exceção do deltóide posterior esquerdo, as atividades musculares durante
a propulsão da cadeira foram significativamente menor comparada à elevação para
alívio da pressão e à marcha com EENM (figura 52).
Mulroy et al. (1996, 2004) e van Drongelen et al. (2005) encontraram maior
atividade muscular durante a propulsão da cadeira nos músculos do manguito
rotador, deltóide e peitoral maior. Os músculos peitoral maior e supraespinhal (do
manguito rotador) tiveram maior participação na fase de impulso da cadeira,
enquanto que na fase de retorno os músculos mais ativos foram os deltóides médio
e posterior, o supraespinhal e o subescapular (músculos do manguito rotador).
Schantz et al. (1999) encontraram maior atividade nos músculos tríceps,
deltóide anterior e peitoral maior durante a fase de impulso, e na fase de retorno do
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
124
braço foram os músculos deltóide posterior e trapézio inferior que apresentaram
maior atividade. Segundo Schantz et al. (1999) a ordem de ativação dos músculos
na fase de impulso é: bíceps, peitoral maior, deltóide anterior e tríceps.
Chow et al. (2001) obtiveram maior resposta nos músculos tríceps, trapézio
inferior e peitoral maior durante a propulsão da cadeira e baixos valores no deltóide,
porém Chow et al. analisaram pacientes atletas de elite.
Os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de complicações nos
ombros estão relacionados com o esforço realizado frequentemente durante a
propulsão da cadeira de rodas, e principalmente às altas cargas que são aplicadas
nesta articulação durante outras atividades executadas diariamente por usuários de
cadeiras de rodas, como por exemplo, a transferência e a elevação para alívio da
pressão.
Segundo Veeger et al. (2002) a propulsão da cadeira em baixa velocidade não
parece levar a altas forças de contato na articulação glenoumeral. A força aplicada à
articulação glenoumeral é dependente da seção dos músculos pertencentes à
articulação. A adaptação muscular, de acordo com a demanda, aumentará a seção
do músculo levando a uma menor tensão sem diminuir a força. O lado negativo
desta adaptação é o possível surgimento de uma força excessiva que pode gerar
uma lesão na articulação. Desta maneira programas de exercícios para os membros
superiores em lesados medulares devem ser bem balanceados para proporcionar a
adaptação muscular sem sobrecarregar as articulações (VEEGER et al. 2002).
Pacientes paraplégicos realizam a elevação do corpo para alívio da pressão
várias vezes ao dia para evitar úlceras por pressão, esta atividade, no entanto,
solicita grande esforço dos membros superiores e é frequentemente identificada
como possível fonte de patologias no ombro. Além disso, como este exercício requer
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
125
a manutenção de um esforço considerável durante um intervalo de tempo, resulta
geralmente na elevação da pressão intratorácica, que pode gerar complicações
como a siringomielia pós-traumática (KIRSHBLUM, 2005).
Para efeito de comparação o torque no plano sagital dos membros inferiores
durante a marcha normal variou de 32N·m a 42N·m para a articulação do joelho e de
42N·m a 84N·m na articulação do quadril (WINTER et al., 1996). Pacientes
paraplégicos ao realizarem a marcha com EENM e andador apresentaram torques
nos ombros da ordem de 37N·m no plano sagital (tabelas 8 e 9). O torque aplicado
ao ombro é da mesma ordem de grandeza do torque aplicado aos membros
inferiores (principalmente ao joelho). No entanto, o ombro é uma articulação de
movimento com características próprias para a manipulação de objetos e os
membros inferiores são articulações de carga que tem como principal função
sustentar e locomover o corpo.
Programas de reabilitação utilizando a marcha induzida eletricamente e
andador apresentam vários benefícios aos pacientes (ORTOLAN et al., 2001;
MANHÃES, 2004; KIRSHBLUM, 2005; SIPSKI; RICHARDS, 2006), no entanto
podem gerar complicações nos ombros pela sobrecarga desta articulação.
Ninomya et al. (2007) analisaram por meio de ultra-som os ombros de lesados
medulares participantes do programa de reabilitação no Laboratório de Biomecânica
e Reabilitação do Aparelho Locomotor (HC/Unicamp) do Departamento de Ortopedia
e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Segundo Ninomya
et al. (2007) todos pacientes que realizam a marcha com andador, que foram
analisados, mostraram algum tipo de lesão nos ombros comprovada por alteração
ultrassonográfica. Das lesões constatadas metade estava relacionada com o manguito
rotador, sendo que a incidência de lesão no músculo supraespinhal foi de 44% e no
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
126
subescapular de 56%.
Desta forma, exercícios que requerem grandes esforços dos membros
superiores em lesados medulares como a elevação para alívio da pressão e a
marcha com EENM podem gerar complicações nas articulações do ombro. Lesados
medulares submetidos a seções de reabilitação que requerem esforços
significativos, como a marcha com EENM, devem ser continuamente monitorados,
por métodos de ultra-som ou ressonância magnética, para evitar complicações nos
membros superiores e possíveis perdas das funções de independência
remanescentes.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
127
C
5
“... Que o mel é doce é coisa que me nego a afirmar,
mas que parece doce isso eu afirmo plenamente...”
R.S.S. / Faça, Fuce, Force.
CONCLUSÕES
O objetivo deste trabalho foi avaliar o esforço dos ombros em pacientes
paraplégicos, durante seções de reabilitação realizadas por meio de marcha
induzida artificialmente (estimulação elétrica) utilizando um andador.
Com os resultados obtidos pode-se concluir que a marcha com EENM e
andador executada por pacientes paraplégicos, exige maior esforço comparado à
propulsão da cadeira de rodas (chegando a picos de força quatro vezes maior).
Com relação à elevação para alívio do peso, a marcha apresentou maiores
possibilidades de causar danos às articulações no lado dominante, uma vez que os
picos de força e torque no plano frontal foram significantemente maiores.
O músculo mais ativo do ombro, tanto durante a marcha quanto na elevação
para alívio do peso, foi o tríceps branquial (cabeça longa). Durante a marcha com
EENM e andador também foram constatadas atividades significativas nos músculos:
peitoral maior (porção esternocostal), trapézio inferior e deltóide anterior. Entre os
três exercícios executados pelos pacientes a marcha com EENM apresentou maior
atividade muscular.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
128
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
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Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
137
Apêndice A -
PACIENTES
RESULTADOS INDIVIDUAIS DOS PACIENTES ANALISADOS
Este apêndice apresenta as médias dos resultados de cada paciente analisado
durante as atividades executadas. Os exames foram realizados entre 04/09/2006 a
09/09/2006 para os pacientes 1 a 7 e entre 23/01/2007 a 03/02/2007 para os
pacientes 8 a 15.
O conjunto de resultados de cada paciente é constituído por: características do
exercício, diagrama do movimento, dados cinéticos (Forças e Torques) e da
atividade muscular dos músculos superficiais do ombro durante as atividades
executadas.
Os diagramas dos movimentos apresentados são referentes a ultima repetição
de cada exercício.
As médias dos dados cinéticos e das atividades musculares entre as repetições
de cada exercício são apresentadas em função da porcentagem de execução do
exercício.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
138
A1 - Paciente 1 Exame realizado 04/09/2006
A1.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A1.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,26 67,44 20,51
Desvio Padrão 0,49 15,67 1,84
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A1.1 Diagrama do movimento do Paciente 1 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A1.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 1 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
139
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A1.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 1 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
140
A1.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A1.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 5,82 16,95
Desvio Padrão 0,80 0,22
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A1.4 Diagrama do movimento do Paciente 1 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A1.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 1 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
141
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A1.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 1 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
142
A1.3 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A1.3 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 7,19 52,45 7,28 16,71
Desvio Padrão 0,32 6,10 0,56 0,75
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A1.7 Diagrama do movimento do Paciente 1 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A1.8 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 1 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
143
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A1.9 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 1 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
144
A2 - Paciente 2 Exame realizado 04/09/2006
A2.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A2.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,15 96,57 30,83
Desvio Padrão 0,33 6,89 3,51
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A2.1 Diagrama do movimento do Paciente 2 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A2.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 2 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
145
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A2.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 2 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
146
A2.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A2.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 7,12 26,39
Desvio Padrão 0,05 0,96
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A2.4 Diagrama do movimento do Paciente 2 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A2.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 2 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
147
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A2.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 2 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
148
A2.3 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A2.3 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 7,65 62,36 8,20 15,77
Desvio Padrão 0,59 9,85 1,53 1,24
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A2.7 Diagrama do movimento do Paciente 2 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A2.8 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 2 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
149
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A2.9 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 2 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
150
A3 - Paciente 3 Exame realizado 06/09/2006
A3.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A3.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,34 112,68 33,93
Desvio Padrão 0,21 19,67 6,76
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A3.1 Diagrama do movimento do Paciente 3 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A3.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 3 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
151
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A3.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 3 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
152
A3.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A3.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,92 17,86
Desvio Padrão 0,70 0,96
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A3.4 Diagrama do movimento do Paciente 3 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A3.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 3 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
153
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
250
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A3.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 3 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
154
A4 - Paciente 4 Exame realizado 07/09/2006
A4.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A4.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,48 100,90 29,18
Desvio Padrão 0,49 11,54 2,87
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A4.1 Diagrama do movimento do Paciente 4 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A4.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 4 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
155
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A4.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 4 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
156
A4.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A4.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 5,35 12,31
Desvio Padrão 0,37 1,88
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A4.4 Diagrama do movimento do Paciente 4 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A4.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 4 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
157
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
400
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
250
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
400
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
400
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A4.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 4 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
158
A5 - Paciente 5 Exame realizado 09/09/2006
A5.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A5.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 2,94 115,48 39,65
Desvio Padrão 0,21 23,64 9,84
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A5.1 Diagrama do movimento do Paciente 5 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A5.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 5 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
159
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A5.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 5 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
160
A5.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A5.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,39 12,43
Desvio Padrão 0,26 0,12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A5.4 Diagrama do movimento do Paciente 5 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A5.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 5 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
161
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A5.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 5 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
162
A5.3 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A5.3 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 7,83 57,12 7,35 15,43
Desvio Padrão 0,79 5,13 0,93 1,43
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A5.7 Diagrama do movimento do Paciente 5 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A5.8 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 5 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
163
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
400
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A5.9 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 5 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
164
A6 - Paciente 6 Exame realizado 09/09/2006
A6.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A6.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,96 203,41 51,30
Desvio Padrão 0,16 26,61 5,18
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A6.1 Diagrama do movimento do Paciente 6 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A6.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 6 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
165
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A6.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 6 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
166
A6.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A6.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 5,33 22,85
Desvio Padrão 0,57 1,12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A6.4 Diagrama do movimento do Paciente 6 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A6.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 6 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
167
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A6.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 6 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
168
A7 - Paciente 7 Exame realizado 09/09/2006
A7.1 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A7.1 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,25 29,72
Desvio Padrão 1,05 0,42
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A7.1 Diagrama do movimento do Paciente 7 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A7.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 7 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
169
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A7.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 7 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
170
A7.2 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A7.2 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 5,92 73,05 12,36 20,31
Desvio Padrão 0,27 8,94 1,56 0,91
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A7.4 Diagrama do movimento do Paciente 7 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A7.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 7 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
171
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
200
400
600
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A7.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 7 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
172
A8 - Paciente 8 Exame realizado 23/01/2007
A8.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A8.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 4,02 165,50 41,37
Desvio Padrão 0,37 8,14 2,67
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A8.1 Diagrama do movimento do Paciente 8 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A8.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 8 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
173
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A8.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 8 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
174
A8.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A8.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,65 18,22
Desvio Padrão 0,30 1,23
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A8.4 Diagrama do movimento do Paciente 8 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A8.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 8 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
175
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A8.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 8 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
176
A9 - Paciente 9 Exame realizado 23/01/2007
A9.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A9.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 4,29 116,34 27,54
Desvio Padrão 0,35 25,80 7,92
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A9.1 Diagrama do movimento do Paciente 9 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A9.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 9 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
177
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A9.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 9 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
178
A9.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A9.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 7,88 14,63
Desvio Padrão 0,06 0,64
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A9.4 Diagrama do movimento do Paciente 9 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A9.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 9 durante a Elevação para
Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
179
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A9.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 9 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
180
A10 - Paciente 10 Exame realizado 25/01/2007
A10.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A10.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,67 218,49 59,90
Desvio Padrão 0,24 19,72 8,66
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A10.1 Diagrama do movimento do Paciente 10 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A10.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 10 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
181
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A10.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 10 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
182
A10.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A10.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,85 30,23
Desvio Padrão 0,94 5,12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A10.4 Diagrama do movimento do Paciente 10 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A10.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 10 durante a Elevação
para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
183
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A10.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 10 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
184
A11 - Paciente 11 Exame realizado 27/01/2007
A11.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A11.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,55 178,01 50,40
Desvio Padrão 0,39 12,63 4,63
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A11.1 Diagrama do movimento do Paciente 11 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A11.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 11 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
185
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A11.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 11 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
186
A11.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A11.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,51 23,12
Desvio Padrão 0,42 0,86
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A11.4 Diagrama do movimento do Paciente 11 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A11.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 11 durante a Elevação
para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
187
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A11.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 11 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
188
A11.3 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A11.3 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 6,63 65,92 10,07 18,26
Desvio Padrão 0,69 3,51 1,51 1,87
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A11.7 Diagrama do movimento do Paciente 11 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A11.8 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 11 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
189
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
100
200
300
400
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A11.9 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 11 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
190
A12 - Paciente 12 Exame realizado 27/01/2007
A12.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A12.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,63 153,82 42,49
Desvio Padrão 0,19 18,58 5,44
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A12.1 Diagrama do movimento do Paciente 12 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A12.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 12 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
191
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A12.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 12 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
192
A12.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A12.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,59 22,23
Desvio Padrão 0,22 0,84
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A12.4 Diagrama do movimento do Paciente 12 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A12.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 12 durante a Elevação
para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
193
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
200
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
150
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A12.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 12 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
194
A13 - Paciente 13 Exame realizado 30/01/2007
A13.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A13.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,58 161,40 45,08
Desvio Padrão 0,28 27,02 6,02
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A13.1 Diagrama do movimento do Paciente 13 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A13.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 13 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
195
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A13.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 13 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
196
A13.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A13.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,08 27,29
Desvio Padrão 0,26 0,39
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A13.4 Diagrama do movimento do Paciente 13 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A13.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 13 durante a Elevação
para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
197
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A13.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 13 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
198
A13.3 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A13.3 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 4,07 54,69 13,46 29,55
Desvio Padrão 0,17 4,18 1,14 1,29
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A13.7 Diagrama do movimento do Paciente 13 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A13.8 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 13 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
199
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A13.9 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 13 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
200
A14 - Paciente 14 Exame realizado 01/02/2007
A14.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A14.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 4,51 247,83 55,60
Desvio Padrão 0,45 29,91 9,99
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A14.1 Diagrama do movimento do Paciente 14 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A14.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 14 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
201
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A14.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 14 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
202
A14.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A14.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 6,16 21,13
Desvio Padrão 0,45 1,34
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A14.4 Diagrama do movimento do Paciente 14 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A14.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 14 durante a Elevação
para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
203
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A14.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 14 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
204
A14.3 - MARCHA COM ANDADOR E EENM
Tab. A14.3 - Características da passada com andador e EENM
Tempo
[s]
Passada
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Cadência
[passos/min]
Média 5,01 68,73 13,80 24,00
Desvio Padrão 0,26 8,05 2,10 1,23
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A14.7 Diagrama do movimento do Paciente 14 durante a Marcha com Andador e EENM.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A14.8 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 14 durante a Marcha com
Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
205
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A14.9 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 14 durante a
Marcha com Andador e EENM. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
206
A15 - Paciente 15 Exame realizado 03/02/2007
A15.1 - PROPULSÃO DA CADEIRA DE RODAS
Tab. A15.1 - Características dos 3 ciclos iniciais de propulsão da cadeira de rodas
Tempo
[s]
Distância
[cm]
Velocidade
[cm/s]
Média 3,48 205,65 59,08
Desvio Padrão 0,22 50,06 13,88
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A15.1 Diagrama do movimento do Paciente 15 durante a Propulsão da Cadeira de Rodas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo -X [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano XY [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A15.2 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 15 durante a Propulsão da
Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
207
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A15.3 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 15 durante a
Propulsão da Cadeira de Rodas. As linhas tracejadas representam as médias do lado
esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
208
A15.2 - ELEVAÇÃO PARA ALÍVIO DA PRESSÃO
Tab. A15.2 - Características da elevação para alívio da pressão
Tempo
[s]
Elevação
[cm]
Média 7,19 27,06
Desvio Padrão 0,34 0,93
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
500
1000
1500
Altura [mm]
Porcentagem do exercicio [%]
Fig. A15.4 Diagrama do movimento do Paciente 15 durante a Elevação para Alívio da pressão.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-200
0
200
400
600
Força no Eixo Z [N]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
150
Torque Plano XZ [N.m]
Direito
Esquerdo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-50
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Torque Plano YZ [N.m]
-Direito
Esquerdo
Fig. A15.5 Médias e Desvios Padrões dos Dados Cinéticos do Paciente 15 durante a Elevação
para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
209
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Biceps D
Biceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Triceps D
Triceps E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Ant. D
Delt. Ant. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Delt. Post. D
Delt. Post. E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
RMS Normalizado pela MCV [%]
Peitoral Maior D
Peitoral Maior E
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
50
100
Porcentagem do exercicio [%]
Trapézio Inf. D
Trapézio Inf. E
Fig. A15.6 Médias e Desvios Padrões das Atividades Musculares do Paciente 15 durante a
Elevação para Alívio da pressão. As linhas tracejadas representam as médias do
lado esquerdo.
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Ortolan, R.L. Avaliação Cinética e Eletromiográfica
210
Esforço do Ombro na Locomoção de Pacientes Paraplégicos:
Avaliação Cinética e Eletromiográfica. Ortolan, R.L.
211
Anexo A -
ASIA
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