Download PDF
ads:
GRASSYARA PINHO TOLENTINO
ANÁLISE DA POTÊNCIA AERÓBIA E ESTADOS DE HUMOR EM
MULHERES SOBREVIVENTES AO CÂNCER DE MAMA
Brasília
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA – UCB
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO-SENSU EM EDUCAÇÃO FÍSICA
GRASSYARA PINHO TOLENTINO
ANÁLISE DA POTÊNCIA AERÓBIA E ESTADOS DE HUMOR EM
MULHERES SOBREVIVENTES AO CÂNCER DE MAMA
Dissertação de mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu
em Educação Física da Universidade Católica
de Brasília para obtenção do Título de mestre
em Educação Física.
Orientador: Prof Dr. Ricardo Jacó de Oliveira
Co-orientador: Prof Ph.D. Cláudio Battaglini
Brasília
2007
ads:
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha mãe.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, suprema inteligência e causa primeira de todas as coisas.
Por ter me acompanhado, me guiado, e cuidado de mim e das pessoas que eu amo
durante esse período da minha vida. E a Dom Inácio de Loyola que me deu mais
este presente.
A minha mãe por ter tornado tudo isso possível, e por sempre me lembrar que as
angustias da vida são sempre passageiras.
A Barinha e Matt por sempre participarem e me ajudarem, mesmo achando que eu
estava defendendo a tese do Prêmio Nobel.
A Painho e Jú, que passaram pela prova do câncer, e hoje cuidam de mim lá do céu!
Aos “homens da minha vida” Wedson, Babi, Owen e João Augusto, simplesmente
pelo amor.
A minha prima Keila por ter me emprestado os primeiros R$ 250,00 reais pra eu me
inscrever no processo seletivo, por ter me salvado mais algumas duas vezes, e por
acreditar em mim.
A Tia e Tia Mana (minhas Tias preferidas), pelos biscoitos das viagens, por
sempre se preocuparem comigo, rezarem para tudo dar certo, e pelos elogios
infindáveis.
Aos professores do mestrado: Drª Carmem Campbell, Dr. Hebert Simões, Dr. Blanco
Herrera, Drª Nanci França, Dr Francisco Martins, pelos ensinamentos e pela
oportunidade do convívio.
Agradeço especialmente ao prof. Dr Luiz Otávio, por ser muito mais que um
professor, por ser um mestre, um profeta da “vida acadêmica”, e por ser, talvez, o
único professor que tenha a verdadeira dimensão do que acontece a cada um nesse
processo todo. Por ministrar uma aula maravilhosa, e por ter tentado me ensinado a
escrever. E por ser responsável por muitos dos elogios que meu trabalho recebeu.
A professora Mestre “minha amiga” Gislane, por ser um exemplo de superação, de
amizade, de profissionalismo para mim. Obrigado pelos abraços, pelos conselhos,
pelo R$ 1,00 real para comprar pipoca, e pela amizade!
A professora Drª Adriana Giavoni, sinceramente, não sei bem pelo que agradecer,
nem por onde começar. Talvez seja melhor iniciar agradecendo por ela ter sido
minha professora de estatística (a melhor que eu tive); por ter me acompanhado
(principalmente nas horas de desespero total); por ter me aconselhado sempre a
fazer o que era correto, por ter me abraçado quando eu chorei, por ter me feito
sorrir. Por ter me adotado!E se tornado minha amiga!
Ao meu co-orientador, PhD. Cláudio Battaglini, que mesmo a distância, sempre
esteve presente ao longo de todo meu trabalho. Obrigada pela forma generosa
como sempre me orientou e pelos incentivos constantes.
Ao meu orientador, Dr. Ricardo Jacó de Oliveira pela paciência com meus
constantes e insistentes erros. E por tentar nos conduzir sempre ao sucesso.
Aos meus irmãos-de-orientação: Tailce, Maria, Moreno, Carlos, Heloisa e
especialmente à Lídia. Por me aturarem no laboratório, por suportarem minha
bagunça (minhas pantufas, minha caneca, meus pen-drives, e montes e montes de
papeis espalhados). Por tolerarem meus ataques de desesperos, minha histeria,
meu mau humor, ou meu bom humor infindável. Obrigado por cada abraço, por cada
ajuda, e pelo convívio.
À minha mais velha (e mais chique) irmã-de-orientação a doutoranda Keila, por ter
se tornado minha companheira nessa jornada, e pelos exemplos e elogios.
Aos meus demais colegas de mestrados: Humberto, Giza, Rogério, Juliano,
Serginho, Denise, Misael e Pati, Rômulo, Wollysson, Michel e Milton por terem
tornado os nossos dias aqui mais fáceis e alegres.
Aos meus colegas mestrandos do Goiás, que foram marcantes nesse período da
minha vida, e que hoje figuram na minha lista de amigos queridos: Lourenzo
Patrícia, e principalmente a mestranda mais bonita da UCB-DF Aline.
Aos meus colegas de mestrados que ganharam posto de “anjo da guarda”, pelos
atos de bravura e de coragem e por me “salvarem” em momentos de “risco de
morte”: Leo Cavalcanti, Berta, Cíntia e Claudinha (Estatística Avançada).
Ao trio-insubstituível: Puga, Paulo e Rafislks. Puguetis por ser um anjo, por ser o
mestre do VO
2
, por me contar os segredos inacessíveis da ergo, e.....”por preferir
pizza acima de qualquer coisa!” Ao Paulo, por perturbar, comer as minhas coisas
sem pedir, colocar copo de café por todo lado, e ser um ótimo amigo. Ao Rafa, por
entrar no laboratório pra falar nada, parar nosso estudo pra perguntar se ele ficou
forte, e comer meu toddy, seco, sem leite. Mas também, por ser o primeiro a chegar
no dia da minha defesa, e sempre me dar força e dizer que meu estudo era bom.
Valeu demais meninos, vou morrer de saudades de vocês!
Ao Dr. Benford por ter dividido seu tempo entre os laboratórios para que eu pudesse
seguir com minha pesquisa, por deixar que eu atrapalhasse os meus testes de
esforço, por me socorrer algumas vezes, por ficar até o dia 20 de dezembro
realizando testes, e por ser um profissional atencioso, criterioso e sério. Sempre me
lembrarei dos dias de coleta, do seu bom humor, e da sua atenção.
Ao médico psicanalista PhD. Marco Peluso, por me auxiliar mesmo lá dos E.U.A, por
me dar tanta atenção, por ter me enviado o programa do POMS, o livro de validação,
e por sempre responder a cada um dos meus “sérios” e-mails. Quem sabe um dia eu
ainda não tenha a oportunidade de lhe agradecer pessoalmente!
Ao fisioterapeuta Msc. Geraldo de Paula Valle, pelas valiosas orientações na fase de
qualificação, pela conversa cientifica da estrada, e por ser um professor brilhante.
Quando crescer quero ser que nem você!
Agradeço a Cida, por ser tão especial e tão presente durante toda nossa jornada, ao
Weslen pela paciência e prestatividade infindável (só nunca entendi por que ele se
escondia de mim?), ao Wellington e a Sabrina, os novos tripulantes dessa nau.
A Dona Iolanda, por rezar por mim, por me ajudar a conseguir voluntárias, e por
sempre torcer para que tudo desse certo.
Ao Sidney, e a todos os outros seguranças da UCB-DF, por cuidar de mim e da Lu,
de segunda à segunda, por abrir os portões da UCB às 4 da matina, por deixar o
moto-boy da pizza entrar, por trazerem café quentinho nas madrugadas, e por nos
incentivar sempre.
Ao amigo (que eu não faço a menor idéia do nome, mas era o moço do financeiro),
que resolvia todos os problemas financeiros (da UCB), mas sempre me atendeu com
toda prestatividade e atenção. E sempre fez o máximo, dentro das suas
possibilidades, pra me ajudar.
A Tia Ana da Pipoca, por ter sido minha voluntária, minha modelo, e minha amiga.
A Tia e ao Tio Mário por sempre me receberem com um sorriso, pela paciência,
pelas histórias e por segurarem a barra quando a coisa ficava feia. Ah, e pelo melhor
cachorro-quente de Brasília também!!!
Aos meus quatro mosqueteiros: Rodrigo, Well, Alam e Honorato, pelo suporte, pelo
atendimento, mas principalmente por tornarem-se meus amigos. Agradeço
especialmente ao Rodrigo, pelas infinitas demonstrações de amizade e confiança.
Agradeço também, o Alex, que mesmo chegando depois, sempre foi um amigo
muito prestativo.
Aos funcionários anônimos da UCB, que sempre me atenderam com prestatividade
e respeito.
As voluntárias da minha pesquisa, pela generosidade com que se dispuseram a
participar. E a todos que contribuíram de forma direta e indireta para conclusão
deste trabalho.
A Dra Selma Araújo e ao Dr. Arturo Santana Otaño por me receberem tão bem no
Hospital de Base e na Secretaria de Saúde do GDF. Por terem feito todos os laudos
comigo, e por estenderem ainda mais suas jornadas de trabalho para que eu
pudesse prosseguir com a pesquisa.
Aos amigos da Power Guido, Jabu, Kika e Dayan, além da Super Tia Neuza pela
casa, comida, roupa lavada, home teather, dvd, carona pra rodoferroviária, e por
serem tão amigos. Sempre me lembrarei de vocês com muito carinho.
Ao Henrique, pela base de apoio na Asa Sul, pela meia hora de cultura inútil, e pela
filosofia da janela. Amigos como ele sempre tem algo a ensinar.
Aos meus inúmeros e fiéis amigos da Novo Horizonte, por guardarem meu
travesseiro de viagem, por reservarem passagem, por segurarem o ônibus, por me
segurarem quando eu chegava na rodoferroviária passando mal, por me deixarem
viajar “fiado”, e por sempre me receberem com um sorriso e um elogio. Além de me
levar tantas vezes pra casa em segurança.
A Tia Marileide (mãe de Lu), que foi minha voluntária na ergo no dia do seu
aniversário, que fez as correções de português da minha dissertação, e por ter feito
a Lu, pra que ela pudesse ser minha família aqui em Brasília.
Ao Deusinho, pelas teorias de doido, pela “cultura insubstituível” na hora do almoço,
pelo pão-de-mel. Por me ensinar que algumas coisas não são próximas à rodoviária!
Pela pipa do flamengo (blargh!!). Pela companhia, pelo cuidado! Por ser amigo do
Janjão e do Cuelhinho, e por nunca estar quando precisávamos. Mas quando estava
sempre fazia os dias cinza de Brasília bem coloridos. Cada minuto de convivência
ficará pelo resto da vida.
A Alê, por ser minha companheira no barracão, por estar comigo em todos os
momentos da pesquisa, nos ruins, e nos péssimos. Por sobreviver comigo à queda
do laboratório, e fazer de tudo (ate limpar o chão), para que minha pesquisa
pudesse ser retomada. Por ter me ajudado na marcação, nas avaliações. Por ter
atrapalhado, marcado pessoas erradas, esquecer os critérios de inclusão da
pesquisa. Mas obrigado mesmo, por dividir o almoço, o café da manhã, o
Tripossante Brutus; os dias, as noite, as tardes....a vida. Valeu por ter me ensinado a
gostar de hip-hop, por “pilotar” a 140 Km/h mas sempre nos levar e trazer em
segurança (e com emoção), por perseguir o ônibus e ficar conversando com os
carros pra eu morrer de rir. Dizem que amigo, é o irmão que o coração escolhe. E de
todas as pessoas de Brasília, você se tornou a minha melhor amiga. Mil desculpas
pelo meu jeito arrogante e estúpido de ser, mil perdões pela sinceridade idiota, e
muito obrigada por ter sido tão amiga, tão cuidadosa comigo. Te amo.
E finalmente a Lú, minha amiga-irmã, que dividiu tudo o que ela tinha comigo. Que
coletou, que festejou, que chorou, que me cuidou, me deu de tudo e nunca pediu
nada em troca a não ser minha amizade. Que atravessou as madrugadas comigo no
laboratório desde o dia em que ela “me achou”, a esse momento que escrevo
esses agradecimentos e choro na frente no micro...e ela esta aqui do meu
lado.....(digitando os dados dela). Com o mesmo sorriso do dia da defesa, do dia das
crianças, do dia do meu aniversario, e de cada um dos dias que nos acordamos
juntas pra começar outro dia de pesquisa na UCB. Como eu sempre disse a ela, que
papai do u sempre cuide dela, para que ela sempre cuide de mim. Te amo Lu, a
historia da minha dissertação também é a história da nossa amizade.
EPÍGRAFE
Seja aquilo que você deseja parecer
(Platão)
RESUMO
As modalidades terapêuticas oncológicas utilizadas atualmente aumentaram a
sobrevida e reduziram a mortalidade por câncer, contudo, as seqüelas e toxicidade
são consideráveis e afetam diversos aspectos da vida. Nesse sentido, este estudo
teve o propósito de comparar o consumo de oxigênio e os estados de humor em
mulheres ao câncer de mama (CA n=11, idade=55,36±6,62), mulheres sobreviventes
ao câncer de mama e portadoras de hipertensão arterial sistêmica (CA+HAS n=11,
idade=42,36±5,71) e mulheres aparentemente saudáveis (CO n=22,
idade=45,55±7,42). As mulheres acometidas por câncer apresentavam estadio entre
I a IIIA e foram tratadas no Hospital de Base de Brasília DF, sendo submetidas à
mastectomia radical modificada, seguida de quimioterapia, radioterapia, e
hormonioterapia. O VO
2 pico
foi avaliado através da ergoespirometria direta e os
estados de humor através do POMS. A ANOVA revelou diferenças estatisticamente
significativas no VO
2 pico
tanto absoluto quanto relativo no grupo CA+HAS (1,09±0,24
l.min
-1
; 16,15±3,35 ml.kg
-1
.min
-1
), quando comparadas aos grupos CA (1,42±0,16
l.min
-1
; 21,71±1,24 ml.kg
-1
.min
-1
) e CO (1,39±0,25 l.min
-1
; 22,31±3,96 ml.kg
-1
.min
-1
),
permanecendo significante mesmo após correção pela idade. Não foram observadas
diferenças estatisticamente significativas em nenhuma das facetas do POMS nem
no humor total entre os grupos. As diferenças no VO
2pico
provavelmente foram
induzidas pela associação das condições duas crônicas e da quimioterapia que
sobrecarregariam o organismo por ter que lidar com diversas alterações fisiológicas
simultâneas. Essas interações poderiam colaborar para a deteriorização da função
cardiorrespiratória. Sendo assim, este estudo concluiu que mulheres sobreviventes
ao câncer e portadoras de hipertensão arterial sistêmica, apresentaram maiores
prejuízos na função cardiorrespiratória o que pode afetar o prognóstico da doença,
além de aumentar a necessidade de cuidados médicos e sobrecarregar o sistema de
saúde.
Palavras-chaves: câncer de mama, estados de humor, potência aeróbia
ABSTRACT
The oncologic therapeutic modalities currently used have increased life
expectancy and decreased cancer mortality. The high toxicity and long-term side
effects, however, are considerable and can affect functional capacity. The purpose of
this study was compare oxygen consumption and the mood states function of women
with breast cancer (BC n=11, age= 55, 36±6,62), women breast cancer survivors and
exhibit systemic high blood pressure (BC+HBP n=11, age= 42,36±5,71) and normally
healthy women (CO n=22, age= 45,55±7,42). Women with cancer have displayed
between stages I and IIIA and have been treated the Hospital de Base de Brasilia-
DF, underwent radical modified mastectomy followed by chemotherapy, radiotherapy
and hormonal therapy. The VO
2peak
was measured using direct ergospirometry, and
mood states using POMS. The ANOVA has revealed statistically significant
differences between the VO
2peak
, as absolute as relative, to the group BC+HBP
(1,09±0,24 l.min
-1
; 16,15±3,35 ml.kg
-1
.min
-1
) and as compared to the groups BC
(1,42±0,16 l.min
-1
; 21,71±1,24 ml.kg
-1
.min
-1
) and CO (1,39±0,25 l.min
-1
; 22,31±3,96
ml.kg
-1
.min
-1
). This difference remains significant after correction by age. It was not
observed significant differences statistically in any of the moods states, neither the
total mood states of the groups. The differences between the VO
2peak
were probably
induced by association of chronic conditions and chemoteraphy which would
overburden the physical body as it has to deal with two simultaneous physiologic
alterations. Furthermore, therapeutic interactions could collaborate to deteriorate the
cardiopulmonary functioning. Physical limitations, self-evaluated, were probably
mediated by the reduction of VO
2peak
. Based on this information, this study concluded
that women cancer survivors who carry systemic high blood pressure have presented
a higher occurrence of cardiopulmonary function damage and bigger physical
limitations. This can both affect the disease prognosis and increase the need of
medical care. These problems, in turn, can overtax the governments healthcare
system.
Keywords: breast cancer, mood states, fitness physical
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Classificação T do sistema TNM para o câncer de mama
(BRASIL,2004a).................................................................................28
Figura 2: Classificação N do sistema TNM para o câncer de mama
(BRASIL,2004a).................................................................................28
Figura 3: Classificação M do sistema TNM para o câncer de mama
(BRASIL,2004a).................................................................................29
Figura 4: Estadiamento do câncer de mama de acordo com a classificação
TNM (BRASIL,2004a).........................................................................29
Figura 5: Fluxograma de seleção da amostra...................................................43
Figura 6: lculo do Índice de Massa Corporal de acordo com a
Fórmula de Quetelec (WHO, 2000)....................................................47
Figura 7: Classificação do Índice de Massa Corporal segundo a WHO
(2000)...................................................................................................48
Figura 8: Teoria das cinco estações da árvore da vida em pessoas acometidas
por condições crônicas..........................................................................79
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1: Freqüência (F) e percentual (%) das variáveis demográficas da
amostra.................................................................................................54
Tabela 2: Freqüência (F) e percentual (%) dos hábitos de vida e outras
características relacionadas ao indivíduo submetido ao tratamento de
câncer de mama...................................................................................56
Tabela 3: Valores médios (
x
), desvios-padrão (SD) das variáveis
antropométricas nos grupos CA
T
e CO. ..............................................57
Tabela 4: Valores médios (
x
), desvios-padrão (SD) das variáveis
antropométricas nos grupos CA, CA+HAS
e CO. ...............................58
Tabela 5: Freqüência (f) e percentual (%) dos dados clínicos analisados como
um grupo total (CA
T
), e como subgrupos CA e CA+HAS ...................59
Tabela 6: Freqüência (F) e percentual (%) na classificação dos níveis de
atividade física de acordo com o IPAQ para os grupos CA
T
e CO.......60
Tabela 7: Freqüência (F) e percentual (%) na classificação dos níveis de
atividade física de acordo com o IPAQ para os grupos CA, CA+HAS e
CO.........................................................................................................60
Tabela 8: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) das facetas do POMS e
humor total para os grupos Câncer e Controle....................................61
Tabela 9: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) das facetas do POMS e
humor total nos grupos CA, CA+HAS e CO.........................................61
Tabela 10: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) do consumo de oxigênio
distribuído entre os grupos CA
T
e CO...............................................61
Tabela 11: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) do consumo de oxigênio
acordo com os três grupos CA, CA+HAS e CO....................................62
Tabela 12: Médias (
x
) e desvios-padrão (SD) dos domínios avaliados pelo SF-36
para os grupos Câncer e Controle.......................................................62
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
5-HT 5-Hidroxitriptamina
A Adriamicina ou doxorrubicina
ABCTCG Adjuvant Breast Cancer Trials Collaborative Group
ACCP American College of Chest Physicians
ACSM American College of Sports Medicine
AJCC American Joint Committee on Cancer
AIDS Acquired Immune Deficiency Syndrome
ANOVA Análise de Variância
ANCOVA Análise de Covariância
ATS American Thoracic Society
ATP Adenosina tri-fosfato
C Ciclofosfamida
CA
T
Grupo câncer total
CA+HAS Grupo câncer e hipertensão arterial sistêmica
CA Grupo câncer
cGy Centigray
Gy Gray
Gy/dia Gray ao dia
CFM Conselho Federal de Medicina
CO Grupo controle
DF Distrito Federal
E Epirrubicina
ECA Enzima conversora de angiotensina
F 5- Fluorouracil
f Freqüência
FC
max
Freqüência cardíaca máxima
GDF Governo do Distrito Federal
GH Hormônio do crescimento
HBDF Hospital de Base do Distrito Federal
HIV Human lmunnedeficiency Vírus
HAS Hipertensão Arterial Sistêmica
IGF Fator de crescimento relacionado à insulina
IM Idade média
IMC Índice de Massa Corporal
INCA Instituto Nacional do Câncer
IPAQ International Physical Activity Questionaire
LEFES Laboratório de Estudos em Educação Física e Saúde
l.min
-1
Litros por minuto
kg/m
2
Kilogramas por metro ao quadrado
M Ausência ou presença de Metástase à distância
MANOVA Múltiplas Análises de Variância
m Metros
MET Equivalente metabólico basal
min Minutos
ml.kg
-1
.min
-1
Mililitros por kilograma por minuto
mmHG Milímetros de mercúrio
mph Milhas por hora
MRM Mastectomia Radical Modificada
N Ausência ou presença e a extensão de metástase em infonodos
regionais
n Amostra
NK Células natural killer
OPAS Organização Pan-Americana de Saúde
PAAF Punção aspirativa por agulha fina
PAG Punção por agulha grossa
PANAS Escala de Afetos Positivos e Negativos
PNA-N Peptídeo natriurético atrial na sua porção terminal
PNC Peptídeo natriurético cerebral
POMS Perfil dos Estados de Humor
PS Pressão sistólica
PD Pressão diastólica
R Quociente Respiratório
RE Receptores de estrógeno
RP Receptores de progesterona
SD Standard Desviation
SF-36 Medical Outcomes Study 36. Item Short-Form Health Survey
STPD Standard temperature pressure and dry
T Extensão do tumor primário (tamanho)
TE Teste de Esforço
TNF- Fator- de necrose tumoral
TNF 1 Fator de necrose tumoral 1
TNF-R 1 Receptor de fator de necrose tumoral 1
TNFs 2 Fator de necrose tumoral 2
TNF-R 2 Receptor de fator de necrose tumoral 2
TNM Classificação tumoral
VO
2pico
Pico de consumo de oxigênio
VO
2
Consumo de oxigênio
VO
2max
Consumo de oxigênio máximo
UICC Union Internationale Contre le Cancer
USDHHS United States Department of Health and Human Services
WHO Word Health Organization
LISTAS DE SÍMBOLOS
% Percentual
< Menor que
> Maior que
Menor ou igual a
Maior ou igual a
®
Marca registrada
x
2
Qui-quadrado
p Nível de significância
x
Média
± Mais ou menos
Alfa
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................22
2 OBJETIVOS............................................................................................................25
2.1 Objetivo Geral......................................................................................................25
2.2 Objetivos Específicos..........................................................................................25
3 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................26
3.1 Câncer de Mama.................................................................................................26
3.2. Potência Aeróbia.................................................................................................31
3.2.1 Alterações da Potência Aeróbia em Mulheres Acometidas pelo Câncer de
Câncer de Mama .......................................................................................................33
3.3 Estados de Humor................................................................................................36
3.3.1 Alterações dos Estados de Humor em Mulheres com Câncer de
Mama..........................................................................................................................37
3.4 Relação Entre a Potência Aeróbia e os Estados de Humor em Mulheres
Acometidas pelo Câncer de Mama............................................................................39
4 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................42
4.1 Delineamento de Estudo......................................................................................42
4.2 População.............................................................................................................42
4.3 Amostra................................................................................................................42
4.4 Critérios de Inclusão............................................................................................44
4.5 Instrumentos.........................................................................................................46
4.5.1 Questionário demográfico, sociocultural e biomédico.......................................46
4.5.2 Questionário Internacional de atividade Física - versão curta..........................46
4.5.3 Dados clínicos...................................................................................................47
4.5.4 Avaliações antropométricas..............................................................................47
4.5.5 Consumo de Oxigênio.......................................................................................48
4.5.6 Perfil dos Estados de Humor (Profile Mood of States - POMS)........................49
4.5.7 Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey (SF-36)………49
4.6 Procedimentos......................................................................................................50
4.7 Análise Estatística................................................................................................51
4.8 Cuidados Éticos...................................................................................................52
5 RESULTADOS........................................................................................................54
6 DISCUSSÃO...........................................................................................................64
6.1 Hábitos de vida....................................................................................................64
6.2 Variáveis antropométricas...................................................................................66
6.3 Dados clínicos.....................................................................................................67
6.4 Nível de atividade física.......................................................................................71
6.5 Estados de Humor...............................................................................................73
6.6 Potência Aeróbia.................................................................................................79
6.7 Qualidade de Vida...............................................................................................86
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................92
8 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES...............................................................................93
REFERENCIAS.........................................................................................................94
APÊNDICES.............................................................................................................126
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO - grupo câncer............126
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO - grupo controle..........128
APÊNDICE C: Termo de Consentimento de Acesso aos Prontuários Médicos.......130
APÊNDICE D : Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................................131
ANEXOS...................................................................................................................134
ANEXO A: IPAQ.......................................................................................................134
ANEXO B: Protocolo de teste máximo de BRUCE em esteira rolante....................136
ANEXO C: Profile of Moods States – POMS…………...........................................137
ANEXO D: SF-36.....................................................................................................138
ANEXO E Ofício de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UCB-DF........141
ANEXO F: Parecer de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do GDF.........142
ANEXO G: Parecer de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do GDF........143
22
1 INTRODUÇÃO
Os avanços médicos das últimas décadas, tanto no diagnóstico quanto no
tratamento das condições crônicas como o câncer, ampliaram a possibilidade de
cura e elevaram a sobrevida dos indivíduos acometidos por essa doença. Esse novo
tempo de convivência com a condição médica, com as seqüelas do tratamento bem-
sucedido e com a continuação da vida livre da doença exige novas posturas,
intervenções e acompanhamento continuado para o atendimento dessa nova
realidade (NUCCI, 2003).
Câncer é um termo que não se refere apenas a uma condição médica, mas a
um grupo de doenças caracterizadas por tumor celular, podendo tornar-se metástico
e invasivo (OPAS, 2003). No Brasil, o ncer constitui a terceira principal causa de
morte, a segunda causa de morte por doença, e a primeira causa de morte entre as
mulheres estando; ainda, em franca ascensão (BRASIL, 2004; INCA, 2002). Tanto o
diagnóstico quanto a doença, as intervenções/tratamento e as suas seqüelas têm
um impacto não apenas físico, mas também psicológico e na qualidade de vida de
indivíduos acometidos e sobreviventes ao câncer (ANDERS, 2004). E essas
modificações na condição humana, sobrepostas, podem levar a complicações no
curso da doença, diminuição dos cuidados com saúde, elevação dos custos de
serviços e aumento da mortalidade (TIMONEN et al., 2002).
O tratamento do câncer de mama baseia-se tradicionalmente em intervenção
cirúrgica, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia (INCA, 2001). A eficácia do
tratamento do câncer é avaliada, tradicionalmente, pela redução da mortalidade
relacionada ao câncer, pela sobrevivência, pelo tempo em que o indivíduo suporta a
toxicidade do tratamento e suas seqüelas (HAYWARD et al., 2004; GUREN et al.,
2003). Estima-se que a sobrevida média geral cumulativa, após cinco anos de
diagnóstico, seja de 65% (variando de 53 e 74%) nos países desenvolvidos, e de
56% (49 - 51%) para os países em desenvolvimento como o Brasil (INCA, 2004).
Percebe-se que, apesar da grande incidência, as novas terapias possibilitam uma
maior sobrevivência. E uma importante meta para os sobreviventes ao câncer seria
a reabilitação e a maximização das funções físicas afetadas pelas terapias e pela
23
própria doença, para que eles possam retornar as suas atividades diárias e manter
uma vida salutar após o tratamento do câncer (OLDERVOLL et al., 2004).
Alguns efeitos colaterais causados pelo tratamento oncológico seriam:
citotoxicidade, supressão da função imunitária, suscetibilidade a infecções
secundárias, náuseas, vômito e alterações de massa corporal. Os efeitos na função
física podem incluir: redução da capacidade cardiovascular, da função pulmonar, da
força e massa muscular; alteração de massa corporal, dor e fadiga generalizada
(PINTO; TRUNZO, 2004; HAYES et al., 2003).
Além das alterações físicas, indivíduos com câncer comumente relatam
alterações da capacidade psicológica como sintomatologia depressiva e ansiosa,
depreciação do eu, alterações de auto-estima, desordens de humor, e pobre
imagem corporal (PINTO et al., 2002; COURNEYA; FRIENDEREICH, 2001). Surtess
et al. (2003) afirmam que desordens de humor em indivíduos acometidos por câncer
de meia idade estão relacionadas à redução das funções físicas. Também, a
presença de elevado distresse pode ser justificada pela diminuição da capacidade
funcional, mobilidade, independência e elevação da fadiga (BATTAGLINI et al.,
2006; CHEVILLE, 2005; DIMEO et al., 2004).
O exercício físico é uma das poucas terapias adjuntas que poderia apresentar
um impacto significativo o nas funções físicas, mas também nos estados de
humor de mulheres com câncer de mama (COURNEYA, et al., 2000). De acordo
com o United States Department of Health and Human Services (USDHHS, 1996), a
atividade física melhoraria o bem-estar psicológico e as funções físicas dos
indivíduos. Porém, apesar da alta prevalência de incapacidades físicas e emocionais
em pacientes de câncer, a reabilitação baseada em exercícios físicos ainda não faz
parte do tratamento padrão de câncer (OLDERVOLL et al., 2004).
Contudo alguns estudos buscam comprovar os benefícios fisiológicos e
psicológicos do exercício físico para mulheres acometidas pelo câncer (JONES et
al., 2004; HAYES et al., 2003; PINTO et al., 2003; DIMEO et al., 1997a). Os
mecanismos pelos quais ocorreriam esses benefícios, no entanto, ainda não são
claros. Pomeroy e Etnier (2002) afirmam em seu estudo que mulheres portadoras de
câncer mais ativas parecem ter uma melhor qualidade de vida do que aquelas
menos ativas; mas seus resultados não são capazes de mostrar se esses benefícios
advêm de uma melhoria nas capacidades físicas ou de outros fatores associados ao
exercício. Alterações sócio-cognitivas como aumento da sensação de poder, do
24
autocontrole, da autopercepção, feedback positivos de outros, interações sociais e
distração, benefícios dos estados humor também poderiam contribuir para essas
melhorias (COURNEYA et al., 2003; DISHMAN, 1998).
Assim, baseados num conceito de saúde dinâmico, subjetivo, e ligado a
vários aspectos da vida, além da doença, justifica-se a importância da observação e
análise da potência aeróbia e dos estados de humor de indivíduos em condições
médicas, como o câncer (WHO, 2001). Também se consideram apropriadas as
análises dessas características em mulheres com câncer de mama devido à
originalidade dos dados na população brasileira, e da possibilidade de futuras
intervenções práticas, através do exercício físico a essa população, o e que traria
benefícios psicofisiológicos, não apresentando, ainda, efeitos colaterais quando bem
aplicados e conduzidos.
25
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Este trabalho teve o propósito de avaliar as alterações no consumo de
oxigênio e nos estados de humor em mulheres sobreviventes ao câncer de mama,
em mulheres com hipertensão arterial controlada sobreviventes ao ncer de mama
e em mulheres aparentemente saudáveis.
2.2 Objetivo Específicos
Verificar o consumo de oxigênio em mulheres sobreviventes ao câncer
de mama após o término do tratamento.
Verificar o consumo de oxigênio em mulheres com hipertensão arterial
controlada sobreviventes ao câncer de mama após o término do
tratamento.
Comparar o consumo de oxigênio das mulheres sobreviventes ao
câncer de mama, mulheres sobreviventes ao câncer e acometidas por
hipertensão, e mulheres aparentemente saudáveis.
Analisar os estados de humor de mulheres sobreviventes ao câncer, de
mulheres com hipertensão arterial controlada sobreviventes ao câncer
de mama e de mulheres aparentemente saudáveis
Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres
sobreviventes ao câncer, de mulheres com hipertensão arterial
controlada sobreviventes ao câncer de mama e de mulheres
aparentemente saudáveis.
26
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Câncer de Mama
Atualmente, o câncer de mama é o segundo mais freqüente no mundo, e o
primeiro quando consideradas apenas mulheres; sendo a incidência de novos casos,
em 2004, estimada em 49.470 e o risco estimado de 53 novos casos para um grupo
de 100 mil mulheres (INCA, 2004; BRASIL, 2004).
Apesar de ser uma condição médica que afeta boa parcela da população,
seus mecanismos de oncogêneses ainda não estão bem estabelecidos, havendo
incertezas quanto a diversos outros aspectos relacionados a essa doença (como
evolução, recidivas precoces, formação de metástases etc) (INCA, 2004; TRIKAS et
al., 2004). Além das dúvidas sobre a sua origem e os principais fatores
determinantes, ainda não existem políticas blicas efetivas de prevenção primária
dessa condição médica, mesmo porque não existem evidências científicas que
justifiquem essa prática, sendo as ações coletivas baseadas principalmente na
prevenção secundária, que seriam as ações de detecção precoce e tratamento
oportuno da patologia (BRASIL, 2004; THULER, 2003).
Alguns autores afirmam que o diagnóstico precoce está diretamente ligado a
prognósticos favoráveis e diminuição dos índices de mortalidade percebida em
alguns países desenvolvidos (MOLINA et al., 2003; THULER, 2003). O diagnóstico
precoce pode ser feito á partir de exames clínicos periódicos e de exames de
imagem, sendo a mamografia o mais importante deles (MENDONÇA et al., 2004;
RICCI et al., 2003); porém, o rastreamento mamográfico populacional, que seria
uma forma efetiva na redução da mortalidade de câncer de mama, pela precocidade
do diagnóstico, é uma realidade restrita a poucos países, não possuindo números
expressivos de cobertura no Brasil (THULER, 2003; LUNA; KOCH, 2002).
A confirmação diagnóstica do câncer de mama é baseada não apenas na
mamografia, mas também em diversos outros exames. O exame clínico da mama
constitui a base para a solicitação de exames complementares (INCA, 2004). A ultra-
sonografia e o Raio-X são métodos de avaliação por imagem de lesões palpáveis e
27
impalpáveis, sendo necessárias também na orientação da coleta de materiais para a
análise citopatológica e histológica. O diagnóstico citopatológico e histopatológico
procedem da análise laboratorial de material biológico retirado através de técnicas
como punção aspirativa por agulha fina (PAAF); punção por agulha grossa (PAG);
ou biópsia cirúrgica convencional. Esses são todos utilizados tanto em tumores
palpáveis quanto nos impalpáveis. Baseados nos resultados desses exames é que
serão feitas as opções pela forma de intervenção terapêutica conveniente (INCA,
2004; INCA, 2001). A seleção da terapia adequada sofre influencia também de
diversos fatores como idade, menopausa, estadiamento da patologia, condições
gerais do indivíduo etc (COSTAMILAN, 2005; FARIA et al., 2001).
Um dos itens que determina o manuseio clínico do indivíduo acometido por
câncer é o estadio da doença ou a classificação tumoral. A American Joint
Committee on Cancer/Union Internationale Contre le Cancer; AJCC/UICC (BRASIL,
2004a), propôs uma classificação para os tumores malignos, denominada TNM
(Tumor, Nódulo e Metástase). Esta classificação foi proposta com o intuito de
agrupar as pessoas por similaridades anatômicas entre os tumores. Visto que o
tamanho tumoral, o acometimento linfonodal, e a presença ou ausência de
metástase influenciariam no prognóstico e na sobrevida da doença (BRASIL,
2004a).
As figuras a seguir sintetizam as classificações, de acordo com a AJCC/UICC
conforme:
a) o tamanho do tumor (T);
28
Tx tumor não pode ser avaliado
Tis carcinoma in situ
T1 tumor com até 2 cm. em sua maior dimensão
T1 mic
carcinoma microinvasor (até 1 mm)
T1a tumor com até 0,5 cm em sua maior dimensão
T1b tumor com mais de 0,5 e até 1 cm em sua maior dimensão
T1c tumor com mais de 1 cm. e até 2 cm em sua maior dimensão
T2- tumor com mais de 2 e até 5 cm em sua maior dimensão
T3 tumor com mais de 5 cm. em sua maior dimensão
T4 qualquer T com extensão para pele ou parede torácica
T4a extensão para a parede torácica
T4b edema (incluindo peau d'orange), ulceração da pele da mama nódulos
cutâneos satélites na mesma mama
T4c associação do T4a e T4b
T4d carcinoma inflamatório
Figura 1: Classificação T do sistema TNM para o câncer de mama (BRASIL,2004a)
b) o comprometimento nodal (N):
Nx Os linfonodos regionais não podem ser avaliados
N0 Ausência de metástase
N1 Linfonodo(s) homolateral(is) móvel(is) comprometido(s)
N2 estruturas vizinhas ou metástase clinicamente aparente somente para
linfonodo(s) da cadeia mamária interna homolateral
N2a Metástase para linfonodo(s) axilar(es) homolateral(is) fixo(s) uns aos
outros ou fixos à estruturas vizinhas
N2b Metástase clinicamente aparente somente para linfonodo(s) da cadeia
mamária interna homolateral,s em evidência clínica de metástase axilar
N3 Metástase para linfonodo(s) infraclavicular(es) homolateral(is) com ou sem
comprometimento do(s) linfonodo(s) axilar(es), ou para linfonodo(s) da
mamária interna homolateral clinicamente aparente na presença de
evidência clínica de metástase para linfonodo(s) axilar(es) homolateral(is),
ou metástase para linfonodo(s) supraclavicular(es) homolateral(is) com ou
sem comprometimento do(s) linfonodo(s) axilar(es) ou da mamária interna
N3a Metástase para linfonodo(s) infraclavicular(es) homolateral(is)
N3b Metástase para linfonodo(s) da mamária interna homolateral e para
linfonodo(s) axilar(es)
N3c Metástase para linfonodo(s) supraclavicular(es) homolateral(is)
Figura 2: Classificação N do sistema TNM para o câncer de mama (BRASIL,2004a)
29
c) a metástases à distância (M):
Mx metástase à distância não pode ser avaliada
M0 ausência de metástase à distância
M1 presença de metástase à distância (incluindo LFN supraclaviculares
Figura 3: Classificação M do sistema TNM para o câncer de mama (BRASIL,2004a)
Além de agrupar, por estádios, as diversas combinações TNM possíveis:
Figura 4: Estadiamento do câncer de mama de acordo com a classificação TNM
(BRASIL,2004a)
As modalidades terapêuticas existentes atualmente são cirurgia e
radioterapia, utilizadas para o tratamento loco regional, e a hormonioterapia e
quimioterapia, ideais para o tratamento sistêmico. A cirurgia para o tratamento do
câncer de mama convive atualmente com técnicas conservadoras e radicais; que
buscam, inicialmente a remoção das células tumorais, e das áreas adjacentes e
linfonodos, caso afetados (INCA, 2004). Desde meados do século passado até
agora, as técnicas cirúrgicas evoluíram sobremaneira. As técnicas radicais,
denominadas mastectomias, incluíam a extirpação de todo o órgão e dos tecidos
adjacentes comprometidos, como a pele, o tecido celular subcutâneo, atingindo até
os linfonodos e os músculos peitorais (REIS et al., 2002).
As técnicas mais recentes, denominadas conservadoras ou mamoplastia
oncológica, atingem uma extensão menor, tendo ainda um prognóstico tão favorável
30
quanto a mastectomia, mantendo uma taxa de sobrevida global e recidiva local
favoráveis, apresentando ainda menor morbidade e mutilação (INCA, 2004; MENKE,
2002). Atualmente, graças aos avanços no diagnóstico de tumores subclinicos e
não-palpáveis, de novas cnicas cirúrgicas, além do tratamento sistêmico, fala-se
na era da cirurgia minimamente invasiva, que permitiria intervenções seguras e
efetivas, com um menor impacto sobre as mulheres portadoras dessa patologia
(RICCI et al., 2003).
Essas evoluções das técnicas cirúrgicas foram possíveis devido às
inovações dos tratamentos adjuntos como a radioterapia, a quimioterapia e a
hormonioterapia (REIS et al., 2002). O tratamento radioterápico é uma terapia
comumente utilizada no controle ou erradicação de tumores localizados, é utilizado
em cerca de 50% dos pacientes, sendo administrado em pequenas e repetidas
doses, por um período de 5 a 8 semanas. O tratamento quimioterápico atualmente é
utilizado como neoadjuvante, que consiste na terapia sistêmica realizada antes do
tratamento local; e, principalmente, como terapia adjuvante, administrado após a
retirada da mama. Sua utilização pode ser oral ou intravenosa, em ciclos repetidos
por semanas, e períodos entre 3 e 6 meses (MARTINS et al., 2002). O tratamento
hormonioterápico surge com a descoberta de técnicas que avaliam a condição
(positiva ou negativa) dos receptores de estrógeno (RE) e progesterona (RP) nas
células tumorais, sendo o RE forte preditor de resposta à terapia endócrina
adjuvante. Ela é administrada oralmente, na maioria das vezes, podendo ser
contínua ou intermitente por vários anos, tornando-se menos efetiva em pacientes
com receptores negativos, principalmente com idades inferiores a 50 anos (ABREU;
KOIFMAN, 2002).
Porém, apesar das vantagens inegáveis e vitais desses tratamentos, ainda
existem muitas dúvidas e controvérsias sobre diversos aspectos como a seqüência
ótima de utilização, ou a efetividade concomitância da quimio ou da radioterapia
(GIORDANO et al., 2005; FARIA et al., 2001). Outros pontos a serem observados
seriam a seleção dos pacientes, quais seriam os mais responsivos, e qual relação
benefícios/malefícios seria suficientemente positiva para indicar ou continuar o uso
dessas terapias E, ainda, a presença de possíveis efeitos colaterais e a
citotoxicidade dessas técnicas. Courneya (2003) coloca que, dependendo da
extensão da área atingida na cirurgia, alterações significantes podem ocorrer como:
31
infecções, limitações no movimento do braço, dispnéia, dor, dentre outros; tendo
esses fatores forte impacto negativo na qualidade de vida dos sobreviventes.
Tratamentos como a quimioterapia, a radioterapia e a hormonioterapia
destroem ou eliminam as células cancerosas, porém alteram o funcionamento de
outros tecidos saudáveis, sobrecarregando outros sistemas fisiológicos
(SCHNEIDER et al., 2002). As reações adversas mais prováveis na radioterapia
seriam: redução da elasticidade dos tecidos, erupções cutâneas, diminuição da força
e da mobilidade, náuseas, fadiga, ressecamento da pele, fibrose pulmonar e
cardiomiopatias. Na quimioterapia, compreenderiam: neutropenia, trombocitopenia,
neuropatias periférica, ataxia, cardiotoxicidade, anemia, além da fadiga, anorexia e
náusea. Os efeitos colaterais da hormonioterapia seriam ganho de peso, diminuição
da massa magra, fraqueza muscular proximal, acumulação de gordura no tronco e
na face, osteoporose, aumento da susceptibilidade a infecções etc (HAYES, 2007;
HAFFTY et al., 2006; IRWIN et al., 2005; PIERCE, 2001; REID; LI, 2001;
SAINSBURY et al., 2000)
Apesar de ser uma doença extremamente incidente entre mulheres, o câncer
de mama não é uma doença exclusiva desse sexo. Mesmo sendo infreqüente
(pouco menos de 1% de todos os casos), o câncer de mama atinge também os
homens, levando a uma significante morbidade e mortalidade (RAVANDI-KASHANI;
HAYES, 1998). Geralmente os mesmo procedimentos diagnósticos e terapêuticos
são utilizados tanto para homens quanto para mulheres; porém, o câncer de mama
em homens apresenta particularidades biológicas que ainda não são bem
entendidas, como por exemplo, a alta incidência de receptores positivos de
estrogênio e comportamento clínico mais agressivo (GIORDANO et al., 2002). Essas
diferenças tumorais podem estar relacionadas às características anatomo-
fisiológicas de cada sexo. Contudo, ainda são necessários novos estudos para que
se possam compreender melhor as peculiaridades dessa condição em homens.
3.2 Potência Aeróbia
A potência aeróbia consiste na habilidade máxima do organismo em
transportar e utilizar o oxigênio em condição de exercício (CAMPBELL et al., 2005).
Ela é medida através do volume de oxigênio máximo ou VO
2max
, sendo uma medida
32
extremamente valiosa do condicionamento cardiovascular do indivíduo. Diversos
autores consideram o consumo máximo de oxigênio como a medida mais válida e
confiável da capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório (ACSM, 2000;
POWERS; HOWLEY, 2000). Devido a sua ampla utilização e seu valor cientifico,
existem atualmente diversos protocolos para a mensuração de VO
2.
A ergoespirometria de circuito aberto é a forma direta de mensuração do
VO
2max
; porém os custos elevados, a indisponibilidade de equipamentos e de
pessoal treinado limita sobremaneira a utilização dessa técnica. Essas limitações
levaram ao desenvolvimento de uma ampla variedade de testes de esforço
submáximos e máximos preditores do VO
2max
(McARDLE, 2003; HOWLEY;
FRANKS, 2000; HEYWARD, 1997).
Os testes de campo para a avaliação da função cardiorrespiratória são
baseados geralmente na distância a ser percorrida em determinado período de
tempo. Como exemplo desses temos: o Teste de Cooper (ou teste de 12 minutos);
Teste de caminhada de 1 milha (1.600m; Rocport Walking Institute); Teste de
Corrida de 1 Milha; dentre outros. As vantagens da utilização desses testes seriam a
facilidade, os custos reduzidos e a possibilidade de ser testado um grande número
de pessoas. As desvantagens estariam em serem presumivelmente testes máximos
e não serem monitorados.
os testes de esforço físico graduado podem ser máximos ou submáximos.
A escolha entre um ou outro dependerá das finalidades dos testes e da população a
ser avaliada. As vantagens dos protocolos máximos estão na sensibilidade para
diagnosticar doenças arterio-coronarianas em indivíduos assintomáticos e a precisão
maior do que os testes submáximos. Entretanto estes testes exigem que o indivíduo
se exercite até a fadiga voluntária, o que pode fazer necessária a presença de um
médico e de equipamentos de emergência. os testes submáximos têm como
principal objetivo determinar a freqüência cardíaca sob diferentes níveis de estresse
físico e baseado nestes resultados predizer o VO
2max
. Sendo possível sua execução
por profissionais da área de saúde não-médicos.
Existem diversos protocolos máximos (em esteira e cicloergômetro) e
submáximos (também em esteira, cicloergômetro e banco) validados. Os mais
citados na literatura o os Protocolos de Bruce e Balke para esteira, o Protocolo de
Åstrand para cicloergômetro e o teste de degrau de Åstrand-Ryhming (ACSM, 2000;
POWERS; HOWLEY, 2000; HEYWARD, 1997).
33
A relevância em avaliar a potência aeróbia em indivíduos com câncer baseia-
se na existência de dados que apontam uma relação direta entre a saúde e a
capacidade cardiorrespiratória, ou seja, baixos níveis de capacidade cardiovascular
estão associados a altas taxas de mortalidade prematura, tanto em homens quanto
em mulheres. Portanto a melhoria nos níveis de capacidade cardiovascular e, logo
de VO
2max
levaria a uma redução da mortalidade por todas as causas (ACSM, 2000;
USDHHS, 1996). Holmes et al. (2005) avaliaram, num estudo observacional
prospectivo, os níveis de atividade física de 2.987 mulheres diagnosticadas com
câncer de mama, entre 1984 e 1988, e acompanhadas até a morte ou até junho de
2002, nos estágios I, II e III. O nível de atividade física foi avaliado através de
questionário recordatório auto-aplicável. Os resultados demonstraram que as
mulheres que se exercitavam, em média uma hora ou mais por semana,
apresentavam o menor risco relativo de resultados adversos do câncer (morte, morte
pelo câncer de mama e recorrência). Além disso, o exercício categorizado entre 3-5
MET/hora/semana foi preditor de sobrevivência após o câncer, quando comparados
a indivíduos que se exercitavam abaixo ou muito acima desses níveis. Indivíduos
sedentários e que praticavam atividades de alta intensidade (acima de 7
METs/hora/semana) não apresentavam risco diminuído de mortalidade (SAWADA et
al., 2003).
3.2.1 Alterações da Potência Aeróbia em Mulheres Acometidas pelo Câncer de
Mama
Dimeo et al. (1997) afirmam que a diminuição da capacidade física é um fato
quase universal em indivíduos com câncer, após o tratamento quimio e
radioterápico. Bacurau, Costa Rosa (1997) afirmam que a instalação do câncer está
relacionada a alterações imunológicas e hormonais, no metabolismo, e na utilização
de macronutrientes, que geram um quadro intenso de catabolismo, chamado
caquexia, e que leva a inúmeras mortes. Esse catabolismo favorece o crescimento
das células cancerosas em prejuízo de outros sistemas biológicos.
Algumas terapias podem reduzir a capacidade de exercício, devido às
reações adversas nos sistemas cardiopulmonar, neurológico e muscular. Os efeitos
34
na função física podem incluir: redução da capacidade cardiovascular, da função
pulmonar, da força muscular. Um número significativo de pacientes submetidos ao
tratamento de câncer experimentam uma redução substancial na performance física.
Essa redução parece estar relacionada a diversos fatores como: estado nutricional,
anemia, carência de proteínas, alterações de sono, produção de substâncias pró-
inflamatórias além de desordens no humor (BROWN et al., 2003).
É pequena a porcentagem de indivíduos diagnosticados com câncer que
realizam atividades físicas (HAYES et al., 2004). Pinto et al. (2002a) corroboram com
essa idéia, quando afirmam que a maioria das mulheres sobreviventes ao câncer de
mama permanecem inativas. Holmes et al. (2005) afirmam que mulheres tendem a
diminuir em duas horas/semana seu nível de atividade física após o diagnóstico de
câncer de mama e que mulheres obesas apresentam uma redução ainda maior.
Esses achados são reforçados por Irwin et al. (2004), em seu estudo de corte
prospectivo, os autores afirmam que (n=806) apenas 32% das mulheres
sobreviventes ao câncer de mama apresentam níveis de atividade física similares
aos recomendados (150 minutos/semana atividades moderadas a intensas). Prado
et al. (2004), em um estudo qualitativo, avaliaram mulheres tratadas de câncer de
mama (n= 30, IM= 52,7 anos) e concluíram que, apesar das crenças favoráveis aos
benefícios da atividade física, barreiras como fadiga, desmotivação, falta de
acompanhamento adequado e suporte familiar dificultam a participação em
programas de atividade física.
A fadiga é outro processo que pode ser acentuado com a redução da potência
aeróbia em mulheres com câncer de mama. Drake et al. (2004) expõem que a
atividade física não faz parte do tratamento padrão para indivíduos com câncer.
Geralmente pacientes com câncer são orientados por médicos a diminuírem os
esforços físicos para evitar a fadiga, porém essa redução da atividade física leva à
diminuição da capacidade cardiorrespiratória e musculoesquelética que, por sua vez,
diminuem a capacidade de trabalho e elevam ainda mais a fadiga. Esse mecanismo
explicaria a fadiga crônica em pacientes de câncer, que pode perdurar por vários
anos após o final do tratamento (COURNEYA et al., 2000).
Vários estudos tentam correlacionar melhorias nos parâmetros físicos e na
fadiga após a participação em programas de exercício. Dimeo et al. (1997a)
concluíram em seu estudo (n=70, IM=39 anos, com várias formas de câncer) que
exercícios aeróbios de intensidade moderada podem ser utilizados na manutenção
35
da capacidade física em indivíduos submetidos à quimioterapia mielotóxica. Hayes
et al. (2003) afirmam que programas de exercício misto e de intensidade moderada
são benéficos na manutenção e aumento da massa muscular e na preservação da
funcionalidade individual. Sarna e Conde (2001), através de estudo descritivo com
sete indivíduos (idade média= 62 anos) que realizavam radioterapia de tronco ao
longo de 5 semanas, perceberam que o aumento nos níveis de atividade física
estava relacionado à redução da fadiga. Porém esse trabalho apresentou várias
limitações como tamanho da amostra, falta de medida direta de atividade física e de
outros fatores intervenientes como medicação.
Dimeo et al. (1997) analisaram os benefícios de um treinamento aeróbio (6
vezes/semana, com duração de 30 minutos, progressivo, atingido 80% da FC
max
ao
longo de 6 semanas) para indivíduos com câncer, na sua maioria câncer de mama,
e submetidos a altas doses de quimioterapia. Os resultados indicaram alterações
positivas para a performance máxima no grupo tratamento (avaliado através de teste
de esforço em esteira e do limiar de lactato), além de redução na fadiga e elevação
dos níveis de hemoglobina. Battaglini et al. (2004) avaliaram, num grupo com
diversas formas de câncer (n= 27, IM = 56,7), a relação entre adaptações
fisiológicas provocadas por um programa misto de atividade física (2 vezes/semana,
durante 24 semanas, intensidade moderada) e os níveis de fadiga. Seus resultados
não encontraram correlação significativa com a redução da fadiga, embora os
participantes apresentassem uma melhoria no condicionamento físico em geral.
Ainda, Dimeo et al. (1997) colocam que exercícios vigorosos são contra
indicados durante febres, dores, sangramentos e episódios infecciosos, devido à
possível alteração na função imunitária e a recuperação do estresse orgânico.
Porém aspectos como anemia e elevados níveis de fadiga não são fatores que
contra-indiquem a participação em programas de reabilitação baseados em
exercícios físicos. Crevenna et al. (2003) avaliaram os benefícios de um programa
de exercícios aeróbicos (2 vezes/semana, 30-50 minutos, 60% da FC
max
, com
duração de um ano) em mulheres com câncer de mama, em fase de tratamento
paliativo (quimio e radioterapia), e com metástase óssea. Os resultados apontaram
benefícios significativos no VO
2max
e na capacidade de trabalho, não apresentando
nenhum efeito adverso durante o período de treinamento.
36
3.3 Estados de Humor
Segundo Brandão e Fechio (1997), o humor é a tonalidade afetiva que
acompanha os processos intelectuais (percepção, representações, conceitos) em
determinado momento e que varia de acordo com as circunstâncias. Prapavessis
e Grove (1998) consideram o humor uma parte do estado emocional, com duração
longa o suficiente para ser percebido internamente, que envolve alguns tipos
específicos de emoções, tanto positivas quanto negativas. O humor seria capaz de
alterar nossas respostas comportamentais e cognitivas para uma grande ordem de
eventos. Para Lopes (1999), humor é um estado emocional que é acompanhado de
ocorrências fisiológicas, físicas e psicológicas, que influenciam na percepção,
aprendizagem e desempenho.
O instrumento mais amplamente utilizado para avaliar os estados de humor
em populações não-clínicas é o Perfil dos Estados de Humor (POMS) (PELUSO,
2003). Este instrumento foi desenvolvido inicialmente para avaliar as alterações
afetivas transitórias de pacientes psiquiátricos em tratamento ambulatorial (McNair et
al., 1971) e, posteriormente, adaptado e largamente utilizado em populações não-
clínicas, e em atletas (PELUSO, 2003).
As facetas do humor avaliadas pelos POMS o tensão, depressão, raiva,
fadiga, confusão mental e vigor. Com base em descrições de Lopes (1999), o fator
Tensão é definido por uma alta tensão somática observada através de
manifestações psicomotoras (agitado, tenso, nervosos, etc); o fator Depressão seria
um estado depressivo acompanhado de sentimentos negativos, dificuldades de
ajustamento social e tristeza (deprimido, triste, sozinho); o fator Raiva indicaria
apatia ou raiva de si mesmo e dos outros (bravo, irritado, genioso); o fator Vigor
sugere um estado de energia, animação, disposição (animado, ativo, eficiente); o
fator Fadiga representa um baixo nível de energia (esgotado, cansado,
desanimado); o fator Confusão Mental caracteriza atordoamento (confuso,
resmungão, desorientado). Mandelblatt et al. (2004) realizaram um trabalho de
revisão sobre questionários para a avaliação de parâmetros não-médicos mais
utilizados em mulheres com câncer de mama. Seus resultados apontaram o POMS
como sendo um dos mais utilizados para avaliar estados de humor nessa população.
37
3.3.1 Alteração dos Estados de Humor em Mulheres com Câncer de Mama
Diversos são os estudos que mostram as alterações nos estados de humor
comumente enfrentadas por indivíduos diagnosticados com ncer de mama. As
alterações nos estados de humor nesses indivíduos poderiam ser causadas pelo
diagnóstico, pelo receio em realizar exames e submeter-se ao tratamento, pela falta
de informações sobre os resultados do tratamento, além do medo da morte, e das
modificações nas relações sociais provocadas pela instalação da doença (TRIKAS
et al., 2004; CARLSON; BULTZ, 2003; SADIN, et al., 2002; KIM et al., 2002).
Pinto et al. (2002) afirmam que mulheres com câncer de mama apresentam
experiências constantes de estresse psicológico devido a sua condição, e que os
estágios iniciais da doença apresentam níveis significantes de distresse somático,
depreciação do eu, auto-imagem negativa, pobre imagem corporal, dificuldades
psicossociais, fadiga e distúrbios de sono. As seqüelas psicológicas e emocionais do
tratamento incluem depressão, ansiedade, diminuição da auto-estima, alterações
negativas de humor, estresse entre outros (HAYES et al., 2004a; COURNEYA et al.,
2000). Mulheres adultas jovens tendem a apresentar um risco maior de eventos
distressantes do que idosas devido às alterações corporais causadas pelo câncer de
mama e o tratamento (PINTO E TRUNZO, 2004).
Além das dificuldades psicossociais, as alterações nos estados de humor são
fatores que também podem intervir no equilíbrio imunológico (ROSCOE et al., 2005;
HAYES et al., 2003; KIECOLT-GLASER; GLASERB, 2002). Hernadez-Reif et al.
(2004) afirmam que a depressão, a preocupação e o medo são estados psicológicos
negativos comumente relatados em indivíduos acometidos pelo câncer e que estão
associados à liberação de hormônios, como por exemplo, o cortisol, que provocam
efeitos imunomodulatórios. Além deles, estados ansiosos prolongados podem ativar
continuamente os eixos hipotálamo-pituitario-adrenal e simpato-adrenomedular, o
que levaria a uma supressão imunitária, dificultando ainda mais o curso da doença.
Mulheres portadoras de câncer de mama apresentam um alto risco de serem
acometidas por depressão, apresentarem elevados níveis de ansiedade, distresse e
raiva. E que essas alterações psicológicas têm sido correlacionadas a uma redução
nas células natural killer (NK), sendo essas células importantes na defesa contra o
38
câncer (HERNADEZ-REIF et al., 2004). A severidade dos efeitos colaterais da radio
e da quimioterapia está associada não somente a uma redução nas atividades da
vida diária e na qualidade de vida, mas, também, ao distresse psicológico, elevação
dos estados ansiosos, raiva e depressão (KIM et al., 2002).
O descondicionamento excessivo pode resultar numa diminuição da
capacidade funcional, da independência, elevar a hipocinesia, aumentar o
isolamento social e, por conseguinte, afetar os estados de humor dos indivíduos
(OLDERVOLL et al., 2004). Roscoe et al. (2005) afirmam que a fadiga relacionada
ao câncer é um efeito colateral relatado por cerca de 70% dos indivíduos submetidos
à quimioterapia, e que as causas para esse estado são incertas. Porém uma das
teorias que tenta explicá-la seria a de uma relação bi-direcional entre a depressão e
a fadiga, podendo ser a fadiga um sintoma da depressão, ou a depressão ocorreria
devido à interferência da fadiga na capacidade de trabalho, nas relações sociais e
nas alterações dos estados de humor. Sugerem os autores, ainda, um caminho
neural comum às duas disfunções, que envolveria a insuficiência de serotonina.
Brezden et al. (2000) analisaram pacientes com câncer de mama que
haviam completado e que estavam em fase de tratamento quimioterápico. Seus
resultados não demonstraram diferenças nos estados de humor, avaliado através do
POMS, para nenhum dos grupos tratados com quimioterapia nem para o grupo
controle, mostrando não haver diferenças entre indivíduos saudáveis e aqueles
acometidos pelo câncer de mama em fase de tratamento e após um ano de
tratamento. Porém esse mesmo trabalho também concluiu que mulheres submetidas
à quimioterapia apresentavam redução nas funções cognitivas quando comparadas
a mulheres saudáveis, e que perduravam por até um ano após o final do tratamento.
Apesar de haverem fortes evidências sobre a incidência de alterações dos
estados de humor naqueles que sofrem de câncer, ainda não foi possível
estabelecer se esse é um acontecimento universal e quais seriam os mecanismos
que estariam efetivamente contribuindo para essas alterações. Não é possível
afirmar, ainda, qual o nível de correlação entre as perdas físicas e o impacto nos
estados de humor dessa população.
39
3.4 Relação entre a Potência Aeróbia e os Estados de Humor em Mulheres
Acometidas pelo Câncer de Mama
Atualmente, diversas evidências científicas correlacionam exercícios aeróbios
e resistidos, individuais e coletivos, agudos e crônicos, a resultados positivos sobre
os estados de humor da população aparentemente saudável (STEWART et al.,
2003; TIMONEN et al., 2002; BABYAK et al., 2000; FOX et al., 1999; USDHHS,
1996). Também existem publicações apontando os possíveis benefícios do exercício
físico aos estados de humor em indivíduos acometidos por condições médicas
crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, HIV/AIDS, dentre
outras (POZEHL et al., 2003; NEIDIG et al., 2003; WIESINGER et al., 2001;
GODOY;GODOY, 2002; GEORGIADES et al., 2000).
Entretanto os dados sobre o câncer de mama ainda são restritos e
controversos. Até o momento, são limitadas as informações sobre a prescrição do
exercício físico para indivíduos acometidos pelo ncer (PINTO et al., 2003). Parece
haver uma tendência favorável ao exercício como parte do tratamento e reabilitação
desses indivíduos; mas, no que concerne à atividade física como uma terapia
adjunta para melhoria da saúde mental de indivíduos acometidos pelo câncer os
dados parecem mais limitados ainda (DALEY et al., 2004).
Pinto e Trunzo (2004) compararam um grupo de mulheres sedentárias com
outro grupo ativo sobreviventes ao câncer de mama. Seus achados indicaram que
indivíduos com melhor condição física (avaliados através do teste de Caminhada de
1 Milha) apresentavam melhor auto-estima física e estados de humor mais positivos
do que indivíduos classificados como sedentários. as mulheres idosas
apresentaram resultados mais positivos ainda. Em contraposição, Pinto et al. (2003),
em um estudo experimental controlado randomicamente, avaliaram mulheres
sobreviventes ao câncer de mama (n=23 IM=52,5 anos). Após 12 semanas de
exercício aeróbio moderado (60% a 70% da Fc
max,
3 vezes/semana), observaram-se
melhorias o na capacidade de exercícios (redução da pressão sistólica,
diastólica, sistólica de pico, e freqüência cardíaca), mas também mudanças
significativas na imagem corporal em relação ao grupo controle. Porém, não foram
encontradas diferenças significativas no distresse psicológico e no humor em
40
relação ao controle, avaliados a através do POMS e do PANAS (Positive and
Negative Affect Schedule).
Também Campbell et al. (2005) estudaram um grupo de 22 mulheres em
estágios iniciais de câncer de mama que participaram de um programa de
reabilitação baseado em diversos exercícios (10-20 minutos/dia, entre 60-75% da
FC
Max
, durante 12 semanas). Os resultados apontaram uma melhoria nas funções
físicas e no VO
2max
(avaliado através do teste de Caminhada de 12 minutos), porém
não houve melhoras na fadiga nem na satisfação com a vida. Não foram fornecidas
maiores informações ou comentários sobre esses dados.
Thorsen et al. (2005) analisaram a efetividade de um programa de atividades
físicas durante 14 semanas, composto por exercícios diversos (progressivos, 2
vezes/semana, duração 30 minutos), em indivíduos com câncer (n=200, na sua
maioria câncer de mama), após o tratamento quimioterápico. Os resultados
apontaram melhora significativa no VO
2max
no grupo intervenção (avaliado através
do protocolo de Åstrand-Ryhming para cicloergômetro), todavia o foram notadas
melhorias na qualidade de vida nem nos níveis de estresse em nenhum dos grupos.
Houve, ainda, uma melhora significativa nos níveis de fadiga do grupo controle
quando comparado ao grupo intervenção. Esses resultados foram atribuídos a uma
recuperação espontânea pós quimioterapia, no grupo controle; sendo, porém, essa
justificativa especulativa.
Outra dificuldade é afirmar se as melhorias nos estados de humor adviriam do
exercício físico. Geralmente, os estudos aliam acompanhamento psicológico ou
psicossocial ao exercício físico, tornando-se impossível afirmar se as alterações
seriam resultados das intervenções psicossociais ou do exercício físico (PINTO et
al., 2003). Courneya et al. (2003a) avaliaram os benefícios da psicoterapia aliada ao
exercício físico em um grupo de sobreviventes ao câncer (n=108), a maioria com
câncer de mama. As intervenções tiveram duração de 10 semanas, o programa de
exercício físico foi realizado de 3-5 vezes/semana, de 20-30 minutos, entre 65% -
75% da FC
max
estimada. Os resultados apontaram melhoria na fadiga, bem-estar
funcional e nas dobras cutâneas. Não foram notadas melhorias nos estados
emocionais como a ansiedade e a depressão. E curiosamente foram encontradas
diferenças significativas na resistência cardiovascular nos dois grupos, no pós-teste.
Essas diferenças foram justificadas com base em erros de cálculo da atividade física
do grupo ativo, e na participação em exercícios auto-relatados e na avaliação de
41
diferentes formas de câncer; porém, os resultados desse estudo o discutíveis
devido à falta de grupo controle.
As dificuldades para análise dos dados fornecidos pelos estudos acima
citados derivam das diferenças metodológicas apresentadas (falta de grupo controle,
de caracterização da amostra, diferentes protocolos de avaliação para as mesmas
variáveis, diferenças entre as sessões de exercícios etc). Essas diferenças
diminuem a possibilidade de comparação, de generalização, o que torna difícil
formular conclusões sobre uma possível correlação entre potência aeróbia e
alterações nos estados de humor. Mediante dados tão controversos, parece
relevante investigar possíveis alterações no condicionamento cardiovascular e nos
estados de humor em mulheres portadoras de câncer de mama.
42
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Delineamento de Estudo
Este estudo caracterizou-se como quantitativo, descritivo e tranversal, visto
que consistiu numa investigação, cujo objetivo foi a análise de características
através de métodos formais, que empregam artifícios quantitativos de coletas de
dados sobre uma população com controle estatístico, em um momento único e sem
manipulação de variáveis ou administração de tratamento experimental (MARCONI;
LAKATOS, 2003; THOMAS; NELSON, 2002).
4.2 População
A população deste estudo foi composta por mulheres do Distrito Federal e
suas cidades satélites, que foram tratadas de câncer de mama no Hospital de Base
(HBDF). No período compreendido entre janeiro de 2005 e maio de 2006, e por
mulheres aparentemente saudáveis, também residentes no Distrito Federal.
4.3 Amostra
A figura 5 mostra o fluxograma da seleção dos voluntários da pesquisa.
Inicialmente foi realizado um levantamento no livro de registros cirúrgicos para
detectar quais mulheres haviam sido submetidas à mastectomia radical modificada
(MRM), que seria a mastectomia nos moldes radicais seguida de linfadenectomia
axilar.
43
Figura 5: Fluxograma de seleção da amostra
184
Mulheres submetidas à MRM
11
Estadiamento diferente
173
Mulheres apresentavam estadio entre I e IIIA
127
Prováveis voluntárias
38
Não submetidas ao tratamento completo
4
Erro de registro
3
Desenvolvimento de metástase
4
Câncer bilateral
4
Ainda em período de tratamento
23
Comorbidades
46
Idade além do limite
22
Mulheres realizaram teste
cardiopulmonar
5
Recusaram-se
43
Não submetidas à MRM
9
Não localizadas
2
Inabilidade para realizar o TE
9
Residiam fora do DF
4
Falecimento
227
Mulheres atendidas entre janeiro de 2005 e
maio de 2006 no HBDF.
44
O passo seguinte foi identificar as mulheres que apresentavam estadiamento
de I a IIIA operável, de acordo com a classificação de Tumores Malignos, TNM,
proposta pela American Joint Committee on Cancer/Union Internationale Contre le
Cancer; AJCC/UICC (BRASIL, 2004a). A seguir buscou-se reconhecer as que
estavam com idade entre 30 e 68 anos, visto que a condição médica diagnosticada
em idades muito inferiores aos 35 anos e acima de 75 seriam severamente
agressiva e preditora de piores prognósticos (ABREU; KOIFMAN, 2002). A partir do
levantamento inicial foram localizadas 127 possíveis voluntárias.
Na fase subseqüente, realizou-se um levantamento nos arquivos médicos
visando selecionar a amostra e qualificá-la através dos critérios de inclusão e
exclusão.
4.4 Critérios de Inclusão
Os critérios adotados foram os seguintes:
Tempo máximo de intervenção médica de 18 meses;
Ausência de metástase ou recidivas;
Ter sido submetida à mastectomia seguido linfadenectomia axilar, em
apenas uma das mamas;
Apresentar classificação tumoral variável entre T1N0M0 e T3N2M0;
Ser classificada entre os estágios I a IIIA;
Ter sido submetidas ao tratamento padrão completo para o câncer de
mama, que consiste em cirurgia, radioterapia, quimioterapia, e
hormonioterapia;
Ter finalizado os tratamentos quimio e radioterápico e ainda estar sob
o tratamento hormonioterápico;
Não apresentar comorbidades como diabetes mellitus, doenças
cardíacas, doenças respiratórias, transtornos mentais, doenças
osteoarticulares e hipertensão arterial não-controlada.
O levantamento dos registros médicos foi realizado através de memorandos
da Dra Selma Silva de Araújo CRM-DF 4319, chefe da Unidade de Mastologia do
45
HBDF. A cada solicitação podiam ser realizados até, no máximo, 40 pedidos. Havia
um tempo de espera de cerca de uma semana para o atendimento e, em média, o
número de prontuários encontrados eram de 18. Após o recebimento dos
prontuários, foi realizada a análise dos dados pelo profissional médico.
Em seguida, foram coletados junto ao setor de oncologia clínica, os dados
sobre os tratamentos da doença. Estes dados foram conseguidos através das
análises das fichas de procedimentos clínicos de radio, quimio, e hormonioterapia.
Para isso foi emitida uma autorização do diretor da Unidade para que próprio
pesquisador fizesse o levantamento das fichas de registro. Todos os resultados
clínicos foram fornecidos pelo oncologista clínico Arturo Santana Otaño CRM-DF-
010306 que, após a seleção prévia dos prontuários e das fichas de registro,
analisava junto com o pesquisador os dados clínicos. Ao fim dessas etapas, foram
encontradas possíveis voluntárias.
O grupo controle foi formado por mulheres aparentemente saudáveis
recrutadas através de cartazes e também através de indicações das voluntárias do
grupo câncer e de terceiros, com a mesma faixa etária do grupo controle e sem
doenças crônico-degenerativas.
Na fase seguinte, foi feito o contato telefônico com as possíveis voluntárias,
fornecidas as informações necessárias e marcada a data de realização dos testes.
Ao final dos testes, o grupo câncer foi composto por 22 mulheres, sendo que 11
dessas não apresentavam nenhuma outra condição além do câncer e as outras 11
apresentavam câncer e hipertensão arterial controlada. Optou-se por separar o
grupo câncer em um subgrupo, em decorrência de ter sido observada, em estudos
anteriores, a participação de pessoas portadoras de hipertensão controlada, que
seriam pessoas com valores médios de hipertensão < 160/90 mmHG dentro do
grupo câncer (COURNEYA et al., 2003b; HERRERO, et al., 2006). Contudo, como o
objetivo específico desse estudo foi avaliar a capacidade cardiovascular, optou-se
por realizar a análise em separado, sendo que a hipertensão arterial seria um fator
de pior prognóstico em indivíduos acometidos por câncer (PICCIRILLO et al., 2004).
O grupo controle (n=22) constituiu-se por mulheres aparentemente saudáveis,
Utilizou-se o grupo controle por não terem sido encontrados grandes estudos
brasileiros com dados sobre o consumo de oxigênio, nem publicações que
relatassem valores das facetas do POMS para essa população. Em síntese, as
análises foram realizadas no grupo câncer, considerado no total (CA
T
); no grupo
46
câncer, subdividido em mulheres que possuíam apenas câncer (Grupo CA) e
mulheres que possuíam ncer e hipertensão arterial (grupo CA+HAS); e no grupo
controle CO.
4.5 Instrumentos
Os seguintes instrumentos foram utilizados na coleta dos dados:
4.5.1 Questionário demográfico, sociocultural e biomédico: Através deste
instrumento, foram obtidos os dados de caracterização da amostra e
contemplados aspectos como idade, estado civil, nível de escolaridade,
números de dependentes, hábitos de vida (tabagismo, etilismo), estado
menopausal e dados referentes aos custos do tratamento. Foram feitos
duas versões do mesmo questionário, um para o grupo câncer e o outro
para o grupo controle, devido à necessidade de avaliação de alguns
critérios específicos da população de câncer, como por exemplo,
tabagismo, etilismo, e pratica de atividade física anteriores ao tratamento
do câncer (Apêndice A e B).
4.5.2 Questionário Internacional de atividade Física - versão curta
(International Physical Activity Questionaire - IPAQ): Para verificar os
níveis habituais de atividade física entre as participantes, foi aplicado o
IPAQ versão curta (Anexo A). Esse instrumento foi desenvolvido para
monitorar, de forma padronizada, a atividade e inatividade física em
diversos países do Mundo (CRAIG et al., 2003). O modelo usado no
presente estudo foi a tradução oficial em português da versão curta,
validada para a população brasileira (MATSUDO et al., 2001; PARDINI et
al., 2001). A avaliação leva em consideração a duração e freqüência das
atividades físicas realizadas em uma semana, considerando-se apenas
sessões superiores a 10 minutos contínuos. Os resultados do questionário
possibilitam a categorizarão dos indivíduos em quatro grupos: sedentários,
insuficientemente ativos, ativos e muito ativos. Existem divergências sobre
a eficácia do IPAQ na avaliação do nível de atividade física (JONSHON-
KOSLOV et al., 2006; RÜTTEN et al., 2003); porém, apesar das
47
limitações, este é um instrumento validado e amplamente utilizado em
diversas populações clínicas e não-clínicas (ROSEMANN et al., 2007;
ISHIKAWA-TAKATA et al., 2007; BOND et al., 2006; HANGSTRÖMER et
al., 2006).
4.5.3 Dados clínicos: Devido à necessidade de seleção, caracterização,
justificar possíveis alterações fisiológicas e estratificação da amostra, foi
realizado um levantamento sobre os dados clínicos, acompanhado por um
profissional médico do HBDF. Os dados levantados foram: estatura, massa
corporal no início do tratamento, diagnóstico histopatológico e/ou
citopatológico da doença, estadiamento de acordo com a classificação
TNM (INCA, 2004), tipo de tratamento submetido, e o tempo de
diagnóstico. Com base nas resoluções do Código de Ética Médica do
Conselho Federal de Medicina (CFM, 2001), esses dados foram adquiridos
no HBDF pelo médico responsável, após a autorização do paciente. Para
isso foi solicitado a cada participante do estudo que assinasse um termo
de consentimento, a fim de que o responsável pela pesquisa tivesse
acesso aos prontuários médicos (Apêndice C).
4.5.4 Avaliações antropométricas: As medidas antropométricas avaliadas
foram: a) massa corporal, através de uma balança digital da marca
Toledo
®
, com resolução de 50 gramas; b) estatura, através do
estadiômetro deslizante da marca Micromed
®
. O Cálculo do Índice de
Massa Corporal (IMC) foi feito através da fórmula de Quetelet (figura 6). E
a classificação dos resultados foi realizado de acordo com a WHO (WHO,
2000).
Figura 6: Cálculo do Índice de Massa Corporal de acordo com a Fórmula de
Quetelec (WHO, 2000).
Peso (Kg)
IMC =
(Estatura (m))
2
48
Valores de IMC Classificação
< 18.5 kg/m
2
Baixo peso
Entre 18.5 e 24.9 kg/m
2
Peso normal
entre 25 e 29.9 kg/m
2
Sobrepeso
Entre 30 and 39.9 kg/m
2
Obesidade
> 40 kg/m
2
Obesidade mórbida
Figura 7: Classificação do Índice de Massa Corporal segundo a WHO (2000).
4.5.5 Potência Aeróbia: O consumo de oxigênio durante o exercício foi
avaliado através do teste de ergoespirometria direta. A esteira utilizada foi
da marca Moviment
®
, modelo RT 300 pro computadorizada, com
alimentação elétrica e controle pelo computador; sendo a capacidade
(velocidade máxima): 25 Km/h e 25% de inclinação. O Analisador
metabólico de gases foi da marca Córtex
®
, o modelo MetaLyzer 3B. E o
Software utilizado foi o Ergo PC Elite for Windows
®
versão 3.3.4.3,
Micromed
®
. A freqüência cardíaca e o registro eletrocardiográfico foram
obtidos através do eletrocardiógrafo modelo Ergo PC Elite Micromed
®
. Foi
realizado um eletrocardiograma de repouso com 12 derivações, e o de
esforço com 5 derivações. O teste de esforço seguiu as recomendações
do Protocolo de Bruce Modificado para teste de cargas progressivas em
esteira (Anexo B). Este é um protocolo de esforço contínuo e máximo, no
qual o indivíduo deve caminhar numa esteira elétrica e, a cada 3 minutos,
a intensidade do exercício é elevada, tanto pela inclinação da rampa
quanto pelo aumento da velocidade. Ele é constituído de sete estágios,
iniciando a uma velocidade de 1,7 milhas por hora (mph) e 0% de
inclinação, sendo o estágio final a velocidade de 6.0 mph e a inclinação da
esteira 22% (ROBERTS et al., 1997; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 1995). O critério utilizado para a caracterização do VO
2max
foi a manutenção dos valores de consumo de O
2
( aumento inferior a 50
ml.min
-1
, ou 2,1 ml.kg.min
-1
) mesmo com incremento da carga de trabalho
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2002). Como esse critério
49
não foi atingido, as análises foram realizadas baseadas no VO
2pico
, que,
segundo Wasserman et al. (1999), seria o mais alto VO
2
atingido durante
um teste de esforço presumidamente máximo, que pode ou não ser igual
ao VO
2max
. O cálculo foi realizado utilizando-se as dias dos trinta
segundos finais de prova, através da análise breath-by-breath dos gases,
e foram expressos em valores absolutos (l.min
-1
), valores relativos ao peso
(ml.kg
-1
.min
-1
), e em METs
4.5.6 Perfil dos Estados de Humor (Profile Mood of States - POMS): os
estados de humor foram avaliados através do POMS (Anexo C), que foi
adaptado para a população brasileira por PELUSO (2003). O POMS é
constituído por categorias que avaliam 6 estados subjetivos do humor que
são: tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão mental, sendo
cinco desses aspectos negativos: Tensão, Depressão, Raiva, Vigor,
Fadiga Confusão Mental, e um positivo: o Vigor. O teste original é
composto por 65 adjetivos distribuídos aleatoriamente e, posteriormente,
reagrupados e definido o valor atribuído a cada faceta. O indivíduo
respondeu o teste baseado na pergunta: Como você vem se sentindo na
última semana, incluindo o dia de hoje? A seguir foi marcado o número
que correspondesse à intensidade de cada adjetivo naquele momento: 0
(nada), 1 (um pouco), 2 (mais ou menos), 3 (bastante), 4 (extremamente).
Os valores para cada categoria poderiam variar de 0 a 20, dependendo do
valor atribuído a cada adjetivo. O POMS Total é calculado pela soma dos
humores negativos (tensão, depressão raiva, fadiga e confusão mental), e
subtração do humor positivo (vigor). Para os estados negativos de humor e
o distúrbio total do humor, quanto maiores os valores, maiores os
distúrbios de humor e mais negativos os resultados. Já para o vigor,
quanto maior os valores, mais positivos são os resultados.
4.5.7 Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form Health Survey (SF-36):
Com o intuito exclusivamente exploratório foi analisada a qualidade de
vida relacionada à saúde através SF-36. Este é um instrumento genérico
50
de avaliação da qualidade de vida, comumente utilizado em populações
clínicas. Ele avalia de forma global os aspectos mais importantes
relacionados à qualidade de vida dos pacientes, no Brasil foi validado por
Ciconelli et al. (1998). Optou-se pela utilização de um instrumento genérico
de qualidade de vida, uma vez que a amostra deste estudo foi composta
por pessoas acometidas pelo câncer e pessoas aparentemente saudáveis,
não justificando a aplicação de um instrumento específico para a
população de câncer. Este instrumento é composto por 36 itens que
avaliam as seguintes dimensões da qualidade de vida: capacidade
funcional; aspectos físicos; dor; estado geral de saúde; vitalidade;
aspectos sociais; aspectos emocionais e saúde mental. Para cada uma
das oito dimensões obtém-se um escore (Anexo D). Sendo que, quanto
maiores os valores obtidos, mais positiva seria a qualidade de vida. Nesse
estudo, foram utilizadas apenas as variáveis capacidade funcional,
aspectos físicos, aspectos emocionais e saúde mental, por serem as que
diretamente referiam-se a aspectos físicos e psicológicos.
4.6 Procedimentos
Após a seleção prévia, baseada nos dados fornecidos pelos prontuários
médicos, foi feito um contato telefônico com os indivíduos, informando sobre os
objetivos e a metodologia do estudo, e convidando-os a participarem. Após a
aceitação, foi agendado um horário para a realização dos exames e fornecidas as
orientações preliminares sobre os testes (vestuário adequado, alimentação etc).
Inicialmente foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo D)
às voluntárias, e foi solicitado a elas que assinassem também o termo de
consentimento de acesso ao prontuário médico. A seguir, foi aplicado o questionário
POMS e o SF-36 e, logo em seguida, foram coletados os dados demográficos e o
nível de atividade física. Seguiu-se, então, a avaliação física do indivíduo. Foram
aferidas as medidas antropométricas (massa corporal e estatura) e foi realizado o
teste de esforço físico na esteira, que teve o acompanhamento de um médico
cardiologista, do técnico de laboratório e do pesquisador responsável.
51
Os testes foram realizados no Laboratório de Estudos em Educação Física e
Saúde (LEFES), da Universidade Católica de Brasília.
4.7 Análise Estatística
Os dados foram organizados através de estatística descritiva em média,
desvio padrão, freqüência e percentual, sendo que a normalidade dos dados foi
testada através do teste de Kolmogorov-Smirnov.
Os dados demográficos, as variáveis relacionadas à hábitos de vida e outras
variáveis relacionadas ao tratamento do câncer foram testadas através do teste qui-
quadrado (x
2
). Nos casos em que as células apresentavam uma freqüência
esperada menor do que 5 foi, realizado o Teste Exato de Fisher. Devido a uma
diferença significativa encontrada no estado menopausal entre os grupos CA
T
e CO,
foi realizada uma ANOVA Two-Way para avaliar uma possível interação do estado
menopausal sobre outras variáveis contínuas do estudo. Também foi realizado o
teste qui-quadrado (x
2
) para analisar as interações entre o estado menopausal e o
nível de atividade física avaliado pelo IPAQ.
Os dados clínicos da amostra de câncer foram analisados através do teste
qui-quadrado (x
2
) para as variáveis nominais, diagnóstico histopatológico,
classificação TNM, e drogas utilizadas na quimioterapia; e o Teste U de Mann-
Whitney para as variáveis número de sessões de radioterapia, dose total de
radioterapia, doses de quimioterapia neoadjuvante e doses de quimioterapia
adjuvante, visto que essas variáveis não apresentaram distribuição normal.
As diferenças entre pressão sistólica e pressão diastólica foram testadas
através do Teste U de Mann-Whitney na análise entre os grupos CA
T
e CO, e pela
análise de variância de Kruskall-Wallis para os grupos CO, CA e CA+HAS, visto que
essa variável também não apresentou distribuição normal.
O IPAQ foi analisado através do teste qui-quadrado (x
2
), por se tratar de uma
variável nominal. As variáveis do SF-36 (capacidade funcional, aspectos físicos,
aspectos emocionais, saúde mental), quando analisadas em dois grupos CA
T
e CO,
foram analisadas através do Teste U Mann-Whitney. na análise em três grupos
CO, CA e CA+HAS, foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis. Como foram encontradas
diferenças significativas nesse teste, e sua análise não permite discriminar em quais
52
grupos estavam localizadas as diferenças, foi realizado um novo teste do Teste U de
Mann-Whitney entre os grupos CA e CA+HAS, CA e CO, CA+HAS e CO, sendo
observados os somatórios dos valores das significâncias, visto que uma análise foi
realizada duas vezes para um mesmo grupo.
As variáveis antropométricas, massa corporal, estatura, e IMC; a idade; as
variáveis ergoespirométricas VO
2pico
absoluto, VO
2pico
relativo. Nessa análise, foi
considerado o teste de post-hoc de Tuckey HSD para as variáveis com
homogeneidade de variâncias, e o post-hoc de Dunnett C para as variáveis onde
não houve homogeneidade assumida, nas duas análises anteriores, foi realizado o
teste de Levene pra avaliar a homogeneidade das amostras.
As facetas do POMS (tensão, raiva, vigor, fadiga, confusão mental,
depressão) e humor total foram analisadas através do Teste T para amostras
Independentes e da Análise de Variância Multivariada MANOVA e o post-hoc de
Bonferroni, sendo também utilizado o teste de Levene pra avaliar a homogeneidade
das amostras.
Foi utilizada a Análise de Covariância ANCOVA para testar a influência da
idade sobre a variável VO
2pico
relativo entre os três grupos CO, CA e CA+HAS. Foi
adotado o nível de significância p 0,05. O software utilizado foi o SPSS
®
versão14
for Windows
®
.
4.8 Cuidados Éticos
As coletas de dados foram iniciadas após a aprovação do projeto pelos
Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília, e da Secretaria
de Estado de Saúde do Governo do Distrito Federal em 25 de Abril de 2006 (Anexo I
e J).
Na data de realização dos testes, inicialmente era lido e explicado termo de
consentimento livre e esclarecido para cada voluntária que, depois de elucidada toda
e qualquer dúvida, assinava o termo de consentimento livre esclarecido (Anexo E) e
também o termo de acesso ao prontuário médico (Anexo F).
Antes da realização dos testes e medidas, foi reiterado a cada indivíduo, que
os testes seriam interrompidos imediatamente com o aparecimento de algum
53
desconforto, risco à vida, ou pela solicitação do voluntário, e que essa atitude não
traria nenhum tipo de prejuízo ou ônus aos voluntários.
54
5 RESULTADOS
A tabela 1 apresenta os dados demográficos dos indivíduos avaliados.
Tabela 1: Freqüência (F) e percentual (%) das variáveis demográficas da amostra
GRUPO
Câncer (n=22) Controle (n=22) Total (n=44)
VARIÁVEIS
f % f % f %
Estado civil
Solteiro 5 22,7 4 18,2 9 20,5
União estável 1 4,5 3 13,6 4 9,1
Casado 10 45,5 11 50 21 47,7
Viúvo 2 9,1 1 4,5 3 6,8
Divorciado 4 18,2 3 13,6 7 15,9
Escolaridade
Não-alfabetizado 1 4,5
- -
1 2,3
Alfabetizado 3 13,6
- -
3 6,8
Concluiu até a 4º série 1 4,5 1 4,5 2 4,5
Fundamental incompleto 3 13,6 5 22,7 8 18,2
Fundamental Completo 3 13,6 3 13,6 6 13,6
Médio incompleto 6 27,3 3 13,6 9 20,5
Médio Completo 5 22,7 5 22,7 10 22,7
Superior Completo - - 3 13,6 3 6,8
Pós-graduação latu senso - - 1 4,5 1 2,3
Pós graduação-strictu senso - - 1 4,5 1 2,3
Número de filhos
Não possui filhos 4 18,2 2 9,1 6 13,6
Um filho 5 22,7 2 9,1 7 15,9
Dois filhos 4 18,2 9 40,9 13 29,5
Três filhos 6 27,3 9 40,9 15 34,1
Quatro filhos 2 9,1 - - 2 4,5
Sete filhos 1 4,5 - - 1 2,3
Religião
Não 2 9,1 - - 2 4,5
Sim 20 90,9 22 100 42 95,5
Qual Religião
Católica 15 68,2 16 72,7 31 70,5
Evangélica 6 27,3 5 22,7 11 25
Espírita 1 4,5 1 4,5 2 4,5
Estado civil prévio
Não 4 18,2 - - 4 18,2
Sim 18 81,8 - - 18 81,8
Convênio Médico
Não 20* 90,9 7 31,8 27 61,4
Sim 2 9,1 15 68,2 17 38,6
Total
22 100 22 100 44 100
* efeito significante observado na variável convênio médico entre os grupos CA
T
e CO (p=0,002)
55
De acordo com a tabela 1, a maioria das participantes era casada, cerca de
45,5% do total do grupo câncer e 50% do grupo controle. O nível de escolaridade
para o grupo câncer, na sua maioria, encontrou-se entre o nível médio incompleto
(27,3%) e o nível médio completo (22,7%); já, no grupo controle, a prevalência foi no
ensino médio completo (22,7%) e o fundamental incompleto (22,7%). Quanto ao
número de filhos, 27,3% das mulheres com câncer possuíam 3 filhos e 22,7%
possuíam um filho, no grupo controle 40,9% possuíam 2 filhos, e, também
,40,95% 3 filhos.
Cerca de 90,9% e 100% dos grupos câncer e controle, respectivamente,
informaram possuir religião, sendo a religião católica a mais citada, 68,2% entre o
grupo câncer e 72,7% no grupo controle. Com relação ao convênio médico, cerca de
90,9% das mulheres tratadas de câncer não possuíam convênio médico contra
31,8% do grupo controle. Através da análise do teste Exato de Fisher
foi encontrado
um valor significativo (p=0,002), sugerindo que existem diferenças entre os grupos
na variável convênio médico.
Na Tabela 2, foram listadas as variáveis relacionadas a hábitos de vida e
outras variáveis relacionadas ao tratamento do câncer.
56
Tabela 2: Freqüência (F) e percentual (%) dos hábitos de vida e outras características
relacionadas ao indivíduo submetido ao tratamento de câncer de mama.
GRUPO
Câncer (n=22) Controle (n=22) Total (n=44)
VARIÁVEIS
f
%
f
%
f
%
Tabagismo
Não 19 86,4 20 90,9 39 88,6
Sim 3 13,6 2 9,1 5 11,4
Tabagismo pré
Não 13 59,1 - - 13 59,1
Sim 9 40,9 - - 9 40,9
Atividade Física Pré- câncer
Não 15 68,2 - - 15 68,2
Sim 7 31,8 - - 7 31,8
Etilismo
Não 19† 86,4 20 90,9 39 88,6
Sim 3 13,6 2 9,1 5 11,4
Etilismo Pré- câncer
Não 16† 72,7 - - 16 72,7
Sim 6 27,3 - - 6 27,3
Uso de medicação
Não 11* 50 21 95,5 32 72,7
Sim 11 50 1 4,5 12 27,3
Estágio Reprodutivo
Pré-Menopausal 8 38,1% 16 76,19% 24 57,14%
Pós-Menopausal 13** 61,90% 5 23,81% 18 42,86%
Tratamento psicológico
Não 20 90,9 18 81,8 38 86,4
Sim 2 9,1 4 18,2 6 13,6
Uso de droga psicoterápica
81,8
Não 21 95,5 21 95,5 42 95,5
Sim 1 4,5 1 4,5 2 4,5
Tratamento psicoterápico atual
18,2
Não 20 90,9 21 95,5 41 93,2
Sim 2 9,1 1 4,5 3 6,8
* efeito significante observado na variável uso de medicação entre os grupos CA
T
e CO (p=0,012); **
efeito significante observado na variável estágio reprodutivo entre os grupos CA
T
e CO (p=0,014).
efeito significante observado no grupo CA
T
nas variáveis etilismo e etilismo pré-cancer (p=0,015).
A maioria das mulheres entrevistadas relatou não ter o hábito de fumar, cerca
de 86,4% do grupo câncer e 90,9% do grupo controle; e também de não consumir
bebidas alcoólicas 68,2% do grupo câncer e 90,9% do grupo controle. A análise dos
resultados do teste Exato de Fisher demonstrou, contudo, haver diferenças
significativas entre os níveis de etilismo pré-câncer e o etilismo atual (p=0,015) no
grupo câncer, entretanto o mesmo não foi observado entre os níveis de tabagismo
antes e após o diagnóstico de câncer. Em relação ao uso de medicação, além da
medicação destinada ao tratamento oncológico, o teste de Fisher demonstrou
57
diferenças significativas no uso de medicação (excetuando o tamoxifeno) e o estágio
reprodutivo entre os grupos CA
T
e CO (p=0,014 e p=0,001 respectivamente), sendo
que, no grupo CA
T
a maioria das mulheres (61,9%) encontravam-se no estado pós-
menopausal. Não foram observadas diferenças entre as variáveis relacionadas a
tratamentos psicológicos ao quais os indivíduos haviam sido submetidos, uso de
drogas psicoterápicas e se estavam sendo submetidos atualmente a algum
tratamento psicológico.
A tabela 3 mostra os dados antropométricos agrupados em dois grupos (CA
T
e CO) e a tabela 4 entre 3 grupos (CA, CA+HAS e CO).
Tabela 3: Valores médios (
x
), desvios-padrão (SD) das variáveis antropométricas nos
grupos CA
T
e CO.
CA
T
(n=22) CO (n=22)
Variáveis
x
±SD
x
±SD
Idade
48,86±8,98 45,55±7,49
Massa Corporal (kg)
67,97±11,39 62,17±9,14
Estatura (m)
1,6±0,03* 1,55±0,05
IMC (kg/m
2
)
26,96±4,09 26,47±4,23
PS (mmHg) 120,12±28,62
119,66±12,56
PD (mmHg)
82,29±9,6
77,57±8,2
IMC= Índice de Massa Corporal, PS= Pressão Sistólica, PD= Pressão Diastólica. * efeito significante observado
na variável estatura entre os grupos CA
T
e CO (p=0,003)
De acordo com a tabela 3, o grupo CA
T
apresentou maior idade, massa
corporal, maior estatura, pressão sistólica e diastólica quando comparado ao grupo
controle. Contudo apenas a estatura e a pressão diastólica apresentaram valores
estatísticos significativos, sendo que a estatura foi avaliada através do Teste T
(p=0,003) e a pressão diastólica através do Teste U de Mann-Whitney (p=0,024).
Essas diferenças também permaneceram significativas quando analisadas entre três
grupos. Os níveis de significância foram p=0,024 para a pressão diastólica, avaliada
através do teste de Kruskal-Wallis.
58
Tabela 4: Valores médios (
x
), desvios-padrão (SD) das variáveis antropométricas nos
grupos CA
T
e CO.
CA (n=11) CA+HAS (n=11) CO (n=22)
Variáveis
x
±SD
x
±SD
x
±SD
Idade
42,36 ±5,71
55,36 ±6,62 45,55±7,49
Massa Corporal (kg)
67,53±7,76
68,41±14,75 62,17±9,14
Estatura (m)
1,61±0,03
1,56±0,05 1,55±0,05
IMC (kg/m
2
)
25,89±2,8
28,03±5 26,47±4,23
PS (mmHg)
117,27±9,04
132,72±19,54
119,66±12,56
PD (mmHg)
81,82±8,74 89,09±11,36**
77,57±8,2
A estatura, analisada através da ANOVA, mostrou diferenças entre o grupo
CA e CA+HAS (p=0,024) e o grupo CA e CO (p=0,002). Além destas, a idade
passou a ser significativamente maior no grupo CA+HAS quando comparada aos
grupos CA e ao CO (p=0,001 e p=0,001 respectivamente).
Na tabela 5, estão demonstradas as variáveis clínicas do estudo. Foram
observadas diferenças significativas entre os grupos apenas nas variáveis número
de doses (p=0,018) e dose total da radioterapia (p=0,025).
59
Tabela 5: Freqüência (f) e percentual (%) dos dados clínicos analisados como um grupo
total (CA
T
Total n=22), e como subgrupos CA (n=11) e CA+HAS (n=11).
Grupos de Câncer
Variáveis clínicas
CA CA+HAS
CA
T
Total
Diagnóstico Histopatológico f % f % f %
Câncer ductal infiltrante
11 100 8 72,7 19 86,4
Câncer lobular infiltrante
- - 2 18,2 2 9,1
Câncer Lobular pleomórfico infiltrante
- - 1 9,1 1 4,5
Estadiamento
IIA
2 18,2 5 18,2 4 18,2
IIB
5 45,5 4 36,4 9 40,9
IIIA
4 36,4 5 45,5 9 40,9
Classificação TNM
T2N0M0
2 18,2 1 9,1 3 13,6
T2N1M0
3 27,3 3 27,3 6 27,3
T2N2M0
2 18,2 1 9,1 3 13,6
T3N0M0
2 18,2 3 27,3 5 22,7
T3N1M0
2 18,2 1 9,1 3 13,6
T3N2M0
- - 2 18,2 2 9,1
Número de sessões de quimioterapia
4 2 18,2 3 27,3 5 22,7
6 7 63,6 6 54,5 13 59,1
7 - - 1 9,1 1 4,5
8 2 18,2 - - 2 9,1
9 - - 1 9,1 1 4,5
Esquema quimioterápico
AC
2 18,2 3 27,3 5 22,7
FAC
6 54,5 6 54,5 12 54,5
FEC
3 27,3 1 9,1 4 18,2
FAC+ TAXOTERE
- - 1 9,1 1 4,5
AC+TAXANES
1 9,1 1 9,1 2 9,0
AC+TAXOL+TRAZTUZOMAB
1 9,1 - - 1 4,5
Número de frações de radioterapia
25
3* 27,3 7 77,8 10 50
28
8 72,7 2 22,2 10 50
Dose Total de radioterapia
5000 cGy
2** 18,2 7 77,8 10 45
5040 cGy
9 81,8
2 22,2
10
55
Total
11 100
11 100
22
100
AC= Adriamicina e Ciclofosfamida; FAC = 5- Fluorouracil, Adriamicina, e Ciclofosfamida; FEC= 5-
Fluorouracil, Epirrubicina e Ciclofosfamida; cGy= centigray; * efeito significante encontrado na variável .
de frações de radioterapia entre os grupos CA e CA+HAS (p=0,028), ** efeito significante encontrado na
variável dose total de radioterapia entre os grupos CA e CA+HAS (p=0,025).
Através da análise dos dados clínicos, foi possível afirmar que a maioria das
mulheres apresentou diagnóstico histopatológico de carcinoma ductal infiltrante, ou
seja, 72,2% do grupo CA+HAS e 100% do grupo CA. De acordo com a classificação
TNM e com o estadiamento da doença, a maioria das mulheres do grupo CA e do
grupo CA+HAS apresentava câncer localizado (estádios I e II). Cerca 36,4% das
mulheres do grupo CA e 45,5% do grupo CA+HAS apresentavam câncer localmente
60
avançado (estádio III). Quanto ao número de sessões quimioterápicas, a maioria das
mulheres realizou 6 sessões. No grupo CA, a freqüência foi de 63,6% e no grupo
CA+HAS, 54,5%. Em relação à quimioterapia, o esquema prevalente nos dois
grupos foi o FAC com 54,5% em ambos os grupos. Não foram verificadas diferenças
estatísticas significativas para nenhuma dessas variáveis.
Por outro lado, o número de frações da radioterapia e a dose total,
analisadas através do Teste U de Mann-Whitney, apresentaram diferenças
significativas entre os grupos; sendo que o grupo CA recebeu um maior número de
frações, e, logo, uma maior dose total de radioterapia do que o grupo CA +HAS.
De acordo com os dados apresentados nas tabelas 5 e 6, obtidos através da
aplicação do IPAQ, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos
avaliados quanto ao nível de atividade física.
Tabela 6: Freqüência (F) e percentual (%) na classificação dos níveis de atividade física de
acordo com o IPAQ para os grupos CA
T
e CO.
CA
T
CO
Variáveis
f % f %
Sedentário
4 18,2 5 22,7
Insuficientemente Ativo
7 31,8 8 36,4
Ativo
10 45,5 8 36,4
Muito ativo
1 4,5 1 4,5
Tabela 7: Freqüência (F) e percentual (%) na classificação dos níveis de atividade física
de acordo com o IPAQ para os grupos CA, CA+HAS e CO
CA CA+HAS CO
Variáveis
f % f % f %
Sedentário
1 9,1 3 27,3
5
22,7
Insuficientemente Ativo
3 27,3 4 36,4
8
36,4
Ativo
7 63,6 3 27,3 8 36,4
Muito ativo
- - 1 9,1 1 4,5
A Tabela 8 apresenta os valores médios obtidos nas facetas do POMS para
os grupos CA
T
e CO. De acordo com as análises estatísticas realizadas não houve
diferença significativa entre os grupos.
61
Tabela 8: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) das facetas do POMS e humor
total para os grupos Câncer e Controle.
CA
T
CO
Variáveis
x
±SD
x
±SD
Tensão
14,68±5,16 12,67,38
Depressão
8,08±3,64 7,55±5,47
Raiva
8,82±6,25 8,27±5,89
Vigor
18,00±4,73 19,03,56
Fadiga
8,41±4,94 6,30±4,39
Confusão
8,55±3,62 7,00±4,36
Humor Total
34,41±24,64 24,77±28,38
A tabela 9 apresenta os valores médios do POMS para os três grupos CA,
CA+HAS e CO. Não foi observada diferença significativa para nenhum dos grupos
em nenhuma faceta e nem no humor total.
Tabela 9: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) das facetas do POMS e humor total
nos grupos CA, CA+HAS e CO.
CA CA+HAS CO
Variáveis
x
±SD
x
±SD
x
±SD
Tensão
15,09±3,48 14,27±6,59
12,68±7,38
Depressão
6,20±1,18 10,45±5,97
7,55±5,47
Raiva
8,82±5,67 8,82±7,05 8,27±5,89
Vigor
17,90±2,16 15,55±8,20 18,95±3,51
Fadiga
8,64±5,08 8,18±5,04 6,22±4,30
Confusão
8,82±2,96 8,27±4,31 7,00±4,36
Humor Total
31,55±15,91 37,27±31,68 24,77±28,38
As tabelas 10 e 11 apresentam os valores de VO
2pico
obtidos através da
ergoespirometria.
Tabela 10: Valores médios (
x
) e desvios-padrão (SD) do consumo de oxigênio
distribuído entre os grupos CA
T
e CO.
CA
T
CO
Variáveis
x
±SD
x
±SD
VO
2pico
absoluto (STPD) (l.min
-1
)
1,27±0,3 1,39±0,25
VO
2pico
relativo (ml.kg
-1
.min
-1
)
19,30±3,86* 22,31±3,96
VO
2pico
relativo (MET)
5,51±1,10 6,37±1,13
VO
2
: Volume de Oxigênio; STPD: Standard temperature pressure and dry ;MET:Equivalente metabólico basal ;*
efeito significante observado na variável VO
2
relativo entre os grupos CA
T
e CO (p= 0,014).
62
Tabela 11: Valores Médios (
x
), desvios-padrão (S.D) do consumo de oxigênio de acordo
com os três grupos CA, CA+HAS e CO.
CA CA+HAS CO
Variáveis
x
±SD
x
±SD
x
±SD
VO
2pico
absoluto (STPD) (l.min
-1
)
1,42±0,16 1,00,24* 1,39±0,25
VO
2pico
relativo (ml.kg
-1
.min
-1
)
21,71±1,24 16,15±3,35
a
22,31±3,96
VO
2pico
relativo (MET)
6,20±0,35 4,71±0,96 6,37±1,13
VO
2pico
: Volume de Oxigênio Pico; STPD: Standard temperature pressure and dry ; MET:Equivalente
metabólico basal * efeito significante observado na variável VO
2
Absoluto entre o grupo CA+HAS e os grupos
CA e CO (p= 0,001);
a
efeito significante observado na variável VO
2
relativo entre o grupo CA+HAS e os
grupos CA (p= e CO (p= 0,001).
Na análise das variáveis ergoespirométricas, utilizando dois grupos (CA
T
e
CO), observaram-se diferenças significativas apenas no VO
2
relativo, que foi
significativamente menor no grupo CA
T
(p= 0,014) quando comparado ao grupo
controle. Já, na análise dos três grupos, houve uma diferença estatisticamente
significante do grupo CA+HAS quando comparado aos outros dois grupos CA e CO
(p=0,001 e p=0,001 respectivamente). Ou seja, o grupo CA+HAS apresentou valores
de VO
2pico
significativamente menores quando comparados ao grupo CA e ao grupo
CO. Além disso, foi verificada também uma diferença significante, não apresentada
anteriormente na análise por dois grupos, no VO
2
absoluto do grupo CA+HAS, que
foi significantemente menor do que os outros dois grupos (CA p=0,005 e CO
p=0,003). Não foram observadas diferenças significativas entre o grupo CA e CO
para a variável VO
2pico
absoluto e nem para o VO
2pico
relativo.
As tabelas 12 e 13 demonstram os valores médios das variáveis selecionadas
no SF-36.
Tabela 12: Médias (
x
) e desvios-padrão (SD) dos domínios avaliados pelo SF-36 para os
grupos Câncer e Controle.
CA
T
CO
Variáveis
x
±SD
x
±SD
Capacidade Funcional
67,27±23,18 70,91±22,07
Aspectos Físicos
31,82±31,03* 79,54±30,51
Aspectos Emocionais
50,00±36,73** 81,82±28,6
Saúde mental
54,73±13,03*** 64,76±9,26
* efeito significante observado na variável por aspectos físicos entre os grupos CA
T
e CO (p= 0,001); ** efeito
significante observado na variável aspectos emocionais entre os grupos CA
T
e CO (p=0,003);*** efeito
significante observado na variável saúde mental entre os grupos CA
T
e CO (p=0,044).
63
De acordo com esses dados, o grupo CA
T
apresentou, significativamente,
valores menores nas variáveis aspectos físicos, aspectos emocionais e saúde
mental, quando comparado ao grupo CO.
Tabela 13: Médias (
x
) e desvios-padrão (SD) dos domínios avaliados pelo SF-36 para
os grupos CA, CA+HAS e CO.
CA CA+HAS CO
Variáveis
x
±SD
x
±SD
x
±SD
Capacidade Funcional
73,64±20,87 60,91±24,58 70,91±22,07
Aspectos Físicos
29,54±29,19* 34,1±34,04 79,54±30,51
Aspectos Emocionais
48,48±40,45** 51,51±34,52 81,82±28,6
Saúde mental
58,54±12,17 50,91±13,28 64,76±9,26
* efeito significante observado na variável aspectos físicos entre os grupos (p= 0,001); ** efeito
significante observado na variável aspectos emocionais entre os grupos (p=0,012).
Na análise dos três grupos, foram encontradas diferenças significativas
apenas nas variáveis aspectos físicos e aspectos emocionais, analisados através do
teste de Kruskall-Wallis. Esses dados sugerem que o grupo CA apresentou maiores
limitações nos aspectos físicos e emocionais do que os outros grupos, e que tanto o
grupo CA quanto o grupo CA+HAS obtiveram escores menores do que o grupo CO.
64
6 DISCUSSÃO
6.1 Hábitos de vida
Comparando os hábitos de vida e dados relacionados à saúde entre o grupo
CA
T
e o grupo CO constatou-se que o grupo de mulheres submetidas ao tratamento
de câncer fazia maior uso de medicação, não considerando a medicação
antineoplásica. Tal fato deveu-se à metade da amostra de câncer utilizar drogas
anti-hipertensivas. As interações entre câncer e hipertensão arterial ainda são
bastante controversas. Diversos autores, que avaliaram pessoas com câncer,
encontraram a HAS como a doença mais prevalente (FLEMING et al., 2005;
JANSSEN-HEIJNEN et al., 2005; PICCIRILLO et al., 2004; NAGEL et al., 2004),
estando associada ainda à recorrência do ncer, mortalidade por ncer e
mortalidade por todas as causas após três anos. Piccirillo et al. (2004) afirmam que
o impacto das comorbidades na sobrevida poderia ser explicado pela sobrecarga
fisiológica da doença crônica e sua interação com o tratamento do câncer, e que a
comorbidade pode ser agravada pelo tratamento oncológico e reduzir não os
benefícios da terapia antineoplásica como interferir na sobrevida. Em contrapartida,
Nagel et al., (2004), afirmam que, mesmo com a presença de outra doença, o
tratamento oncológico apresenta um valor substancial na sobrevivência.
Outro estudo que tratou de HAS e câncer foi o de Fleming et al. (2005). Nesse
trabalho, os autores avaliaram a presença de comorbidades em 14.468 mulheres
com câncer de mama e encontraram que a hipertensão arterial, de alguma forma,
estava relacionada ao diagnostico em estágios inicias da doença. Uma das
hipóteses que sustentam essa relação seria a maior freqüência de visitas médicas,
em decorrência da condição crônica pré-existente, favorecendo, assim, as
oportunidades de diagnósticos mais recentes.
Além do uso da medicação, o consumo de álcool foi significativamente
diferente no grupo CA
T
pré e pós-diagnóstico de câncer. Esse fato pode estar
relacionado à alteração de hábitos de vida depois da instalação do câncer. As
pesquisas com álcool e câncer confirmam haver um aumento no risco de ncer
65
naqueles que têm um maior consumo de álcool, e que o risco aumentaria
proporcionalmente ao consumo (McPHERSON, 2007; MORCH et al., 2007;
TJONNELAND et al., 2007). Segundo Trentham-Dietz, et al. (2006) a redução do
consumo de álcool é um fator favorável ao prognóstico das mulheres, uma vez que o
consumo de álcool, após o diagnóstico de câncer de mama, foi associado ao
surgimento de um segundo câncer.
Outra variável estatisticamente diferente foi o estado reprodutivo. As mulheres
tratadas de câncer de mama, na sua maioria, estavam no estado reprodutivo pós-
menopausadas. Este fato pode estar relacionado, principalmente, à ablação ou
supressão ovariana, à citotoxicidade uterina da quimioterapia e a alterações nos
níveis de estrogênicos por parte da hormonioterapia (KNOBF, 2007; MARTIN et al.;
2003; EMENS; DAVIDSON, 2003; BURSTEIN, 2000). Segundo Bland e Copeland III
(1994), os hormônios estrogênicos desempenham múltiplas funções na progressão
do câncer de mama, como carcinogênios agentes permissivos, promocionais e
indutores do crescimento tumoral. Embora seja um procedimento clínico necessário,
a antecipação do estado menopausal submete as mulheres a um tempo maior de
privação de hormônios, que ocorreria no ciclo natural somente em idades mais
avançadas. E este fato acarreta, também, o inicio das alterações fisiológicas
provocadas pelas modificações hormonais, como fenômenos vasomotores, secura
vaginal e distúrbios ligados à sexualidade (ADJUVANT BREAST CANCER TRIALS
COLLABORATIVE GROUP (ABCTCG), 2007; LYON, et al., 2006; SCHULTZ et al.,
2005). Outras alterações que podem advir com a menopausa induzida seriam os
prejuízos à parede vascular, redução da produção de óxido nítrico, causadas pela
escassez de hormônios sexuais, e outras alterações vagais que podem elevar a
morbidade por doenças cardiovasculares (MERCURO et al., 2006).
No presente estudo as análises estatísticas não revelaram interação
significativa entre o estado menopausal o consumo de oxigênio, os estados de
humor, o nível de atividade física e a qualidade de vida.
66
6.2 Variáveis antropométricas
A estatura, quando analisada por dois ou três grupos, foi significativamente
diferente. Este dado pode estar relacionado ao fato de que estudos associam a
estatura ao maior risco do desenvolvimento do câncer de mama (VELIE et al., 2006;
GALANIS et al., 1998, VAN DEN BRANDT et al., 1997). Em seu estudo, Petrelli et al.
(2002) demonstraram um aumento na mortalidade por câncer de mama em
mulheres com estatura superior a 1,67 metros. Esta associação estaria relacionada
ao estirão de crescimento, favorecido por uma dieta adequada, antes da menarca.
Alguns autores afirmam que uma maior exposição ao hormônio do crescimento
(GH), ao fator de crescimento relacionado à insulina (IGF), e aos hormônios sexuais
combinados em meninas que tivessem um crescimento acentuado antes da
menarca resultaria num efeito mitogênico sobre o desenvolvimento das glândulas
mamárias e o concomitante aumento no risco de atipía epitelial e carcinogênese da
mama (VAN DEN BRANDT et al., 2000; STOLL, 1992). Entretanto esses dados
ainda são controversos (SWERDLOW et al., 2002).
Inversamente à estatura, na análise do IMC, não foram encontradas
diferenças significativas. Porém os valores de IMC tanto do grupo CA
T
como do
grupo CO, foram maiores do que 25 kg/m
2
, o que classifica as mulheres como
sobrepesadas (WHO, 2000). De acordo com Carmichael (2006), os feitos adversos
do excesso de peso no câncer de mama podem ser notados tanto em mulheres p
quanto pós-menopausadas. Tanto a mortalidade quanto a recorrência, o surgimento
de câncer contralateral e mortalidade por todas as causas, tendem ser maiores em
mulheres obesas.
De acordo com Tao et al. (2005), o índice de massa corporal 25 kg/m
2
está
inversamente associado à sobrevivência total e tempo livre da doença em cinco
anos nas mulheres tratadas de câncer de mama, considerando o IMC como preditor
independente da sobrevivência em ncer de mama. Entretanto Petrelli et al. (2002)
em estudo com 676,306 mulheres acometidas por câncer de mama, constatou que a
mortalidade elevou-se substancialmente e continuamente em razão da elevação do
IMC.
O impacto negativo do IMC na sobrevida, recorrência e prognóstico do câncer
estaria em fatores como a elevada concentração de estrona, estradiol e
67
testosterona, estradiol livre e testosterona livre em indivíduos sobrepesados e
obesos, o que promoveria o crescimento de células malignas ou promoveria
metástase. Esses hormônios estariam aumentados em indivíduos sobrepesados e
obesos devido à aromatização aumentada de androgênios circulantes para
androgênios pelo tecido adiposo (JOHANSSON et al., 2007; TAO et al., 2005;
McTIERNAN et al., 2003; BALND; COPELAND III, 1994).
Outros mecanismos que podem estimular a angiogênese e determinar
crescimento tumoral seriam a produção de fatores de crescimento pelo tecido
adiposo como citocinas, e adipociticonas (leptina, fator- de necrose tumoral,
interleucina-6, fator de crescimento vascular endotelial, etc). Além da presença de
enzimas aromastase no próprio tecido adiposo, globulina ligada aos hormônios
sexuais, insulina, progesterona e fator de crescimento ligado à insulina. Embora
ainda não estejam estabelecidos os mecanismos de atuação (DEMIRKAN, et al.,
2007; IRWIN et al., 2005; ROSE; KOMNINOU; STEPHENSON, 2004; DIGMAN et
al., 2003).
Na analise da idade por três grupos, observou-se uma diferença significativa
no grupo CA+HAS, sendo este grupo de uma idade superior aos dos outros dois
grupos. Este fato poderia influenciar diretamente o VO
2
, visto que o consumo de
oxigênio tende a declinar com o aumento da idade (HIGA et al., 2007; SCHILLER et
al., 2001). Contudo, após análise estatística, constatou-se que a variável idade não
influenciou na redução do VO
2
entre os grupos.
6.3 Dados clínicos
Na análise dos dados clínicos, observou-se que as variáveis, número de
frações e dose total de radioterapia, foram significativamente diferentes entre os
grupos. Ou seja, mulheres com câncer e HAS receberam doses menores, em um
menor número de frações, quando comparadas as mulheres que apresentavam
apenas câncer. De acordo com diversos autores, a dose recomendada, para os
estadios do presente estudo, seria de 5000 cGy, dividida em 25 frações, podendo
haver alterações de acordo com a avaliação médica (WILLIAMS et al., 2006;
BRASIL, 2001; WHO, 2006). Mesmo estando os dois grupos dentro do padrão de
68
tratamento, o grupo CA recebeu doses significativamente maiores que o grupo
CA+HAS, 5040 cGy, geralmente em 28 doses.
Este fato está de acordo com Louwman et al. (2005), que acompanharam a
prevalência de comorbidades graves em 8.966 mulheres diagnosticadas com câncer
de mama, entre 1995 e 2004, e observaram o impacto da comorbidade no
tratamento e no prognostico dessas mulheres. Seus resultados demonstraram que a
presença da comorbidade afeta o tratamento em todas as faixas etárias. E aquelas
com comorbidades graves, como problemas cardíacos, receberam menores frações
de radioterapia, quando comparadas aos indivíduos sem comorbidades e que esse
fato estaria relacionado a redução na sobrevida relativa em 5 anos. O autor afirma,
ainda, que mulheres que não recebem o tratamento radioterápico adequado podem
ter efeitos adversos no número de recorrências e na mortalidade por todas as
causas.
Também Janssen-Heinen et al. (2005) realizaram um estudo de
acompanhamento, entre 1995 e 2002, com indivíduos acometidos por diversas
formas de câncer (n=29.249) e que apresentavam comorbidades. Foi relatado que o
tratamento radioterápico diminuía não apenas em função da comorbidade, como
também em função da idade. Esta também pode ser outra justificativa para a
redução da radioterapia no grupo CA+HAS, que, neste grupo, também foi
observada uma idade significativamente maior do que nos outros dois grupos (CA e
CO).
Outro aspecto que pode ter colaborado para a redução no tratamento
radioterápico em mulheres do grupo CA+HAS seria a provável citotoxicidade
causada pela radioterapia. As principais complicações do tratamento radioterápico
seriam danos cosméticos (COLES et al., 2005), fraturas de costelas nas áreas
irradiadas, plexopatia braquial, linfedema, pneumonite (PIERCE, 2001),
citotoxicidade cardiopulmonar (HOONING et al., 2006; TOKALTI et al., 2005;
WONDERGEM et al., 2001), e risco de recorrência de um segundo câncer (KIROVA
et al., 2007), podendo estes prejuízos serem agravados pela extensão da cirurgia e
pelo tratamento sistêmico (PIERCE, 2001).
A cardiotoxicidade seria um dos efeitos colaterais da radioterapia mais
estudados. A radiação pode afetar o pericárdio, o miocárdio, a vasculatura
coronariana, bem como as veias e artérias (GAYA; ASHFOR, 2005), sendo as
principais manifestações a pericardite, fibrose miocardial, doença arterio-
69
coronariana, lesões valvulares, arritmias e anormalidades no sistema de condução,
disfunção autonômica e alterações vasculares (ADAMS et al., 2003).
De acordo Harris et al. (2006), que acompanharam por uma média de 12
anos, 916 mulheres tratadas de ncer de mama. Seus resultados indicaram que
mulheres irradiadas na mama esquerda apresentaram um desenvolvimento
significativo de doenças isquêmicas cardíacas pós-tratamento, e mulheres
acometidas por câncer de mama e hipertensão arterial teriam um risco maior de
desenvolvimento de doenças arterio-coronarianas as irradiação, sendo o risco
mais elevado ainda em mulheres irradiadas na mama esquerda. Contudo, nesse
trabalho, não foram encontradas diferenças na mortalidade, após 20 anos, em
mulheres irradiadas da mama esquerda ou direita. Estes dados indicam que outros
fatores de risco conhecidos para doenças cardíacas podem interagir com os danos à
artéria coronariana, induzidos pela irradiação, proporcionando um aumento adicional
ao risco do paciente de desenvolver a doença de coração isquêmica após o
tratamento. Jagsi et al. (2006) corroboram que mulheres sobreviventes ao câncer de
mama em estágios iniciais apresentam elevado risco de acidente cerebrovascular
quando comparadas à população geral.
No entanto, essa toxidade depende de alguns fatores como a dose total (> 35-
40 Gy), a dose por fração maior do que 2 Gy/dia, o volume cardíaco irradiado, a
idade no momento da exposição, a cardiotoxicidade quimioterápica, a condição
clinica do indivíduo, dentre outros. No presente estudo, tanto as frações de
radioterapia diária quanto a dose total de radioterapia, de ambos os grupos, estão
dentro do recomendado (KUHNT et al., 2007). Entretanto, toda a amostra foi
submetida ao tratamento quimioterápico, presentes, em todos os esquemas, drogas
consideradas cardiotóxicas, como o 5-fluorouracil, ciclofosfamida e adriamicina.
Wondergem et al. (2001) afirmam que os problemas cardíacos em mulheres
tratadas de câncer de mama podem ser relacionados exclusivamente à
radioterapia, desde que as mulheres não apresentem outros fatores de risco a
doenças cardiovasculares como tabagismo, inatividade física, diabetes, hipertensão
arterial, dentre outros. Uma vez que fortes indícios de cardiotoxicidade em
mulheres submetidas à radioterapia e à concomitância com a HAS, haveria um
motivo de cautela na prescrição da radioterapia.
Além da ação sobre sistema cardiovascular, a radioterapia também induz à
toxicidade pulmonar, devido a aspectos como a área pulmonar irradiada, as técnicas
70
radioterapêuticas, a dose total administrada, a dose por fração, o tipo de energia
utilizado durante a radiação, o tabagismo e o uso de terapia sistêmica (LIM et al.,
2007; COLES et al., 2005). Uma das seqüelas a curto prazo seria a pneumonite
induzida pela radiação, a fibrose pulmonar manifestar-se entre 1 e 8 meses após
a radioterapia (THEUWS et al., 2000). A interação fisiológica entre o sistema
cardiovascular e o sistema pulmonar poderia ser duplamente afetada por essa
técnica, comprometendo assim, funções que são realizadas pelo acoplamento
desses sistemas como a capacidade aeróbia do indivíduo.
Além dos riscos apresentados pela terapia antineoplásica e a associação à
comorbidade, a amostra estudada apresentou outra característica que poderia
influenciar negativamente no tratamento radioterápico que seria um IMC 25 kg/m
2
.
No presente estudo, a média do IMC das mulheres tratadas foi de 26,96 ± 4,09
kg/m
2
. Evans et al. (2006) descrevem que esses valores de IMC seriam um fator de
risco significante para toxicidade cardíaca após radioterapia da mama esquerda,
devido, provavelmente, a erros de mensuração da profundidade das doses de
radioterapia; erros esses induzidos pela presença de tecido adiposo, causando uma
maior irradiação na área do coração.
Além do tratamento quimioterápico, da presença da HAS, e do elevado IMC, a
amostra analisada também fazia uso de tamoxifeno; segundo Jagsi et al. (2006), o
tamoxifeno, em mulheres tratadas previamente com radioterapia, o seria fator de
risco para alterações cardiovasculares, contudo, associado à hipertensão arterial,
elevou significativamente o risco de acidente cerebrovascular e acidente isquêmico
transitório. Além disso, a hipertensão arterial por si seria preditora dessas
doenças.
Apesar dos efeitos colaterais, a radioterapia apresenta-se como uma
evolução no tratamento do câncer. Ragaz et al. (2005) concluíram que mulheres
submetidas à mastectomia radical modificada, seguida de quimioterapia e
radioterapia, após 20 anos de acompanhamento, apresentam um aumento na
sobrevivência específica ao ncer e na sobrevivência, e também, uma redução na
mortalidade por todas as causas quando comparadas as mulheres tratadas apenas
por cirurgia e quimioterapia, sendo a radioterapia um tratamento bem tolerado e a
toxicidade a longo prazo aceitável. Também em mulheres submetidas apenas ao
tratamento cirúrgico, foi encontrado um aumento absoluto na sobrevida em 20 anos,
71
e uma redução na recorrência local em mulheres tratadas com radioterapia após a
cirurgia (EARLY BREAST CANCER TRIALISTS’ COLLABORATIVE GROUP, 2005).
Entretanto os dados sobre a toxicidade da radioterapia devem ser analisados
com cautela, Taylor et al. (2006) informam que a radioterapia levaria a danos
vasculares silenciosos e que, na maioria dos estudos sobre toxicidade radioterápica,
são excluídas pessoas acometidas por doenças cardiovasculares, logo os dados
sobre a incidência destas doenças após o tratamento radioterápico seriam
subestimado, uma vez que a população que seria mais severamente afetada pelos
efeitos colaterais da radioterapia estaria excluída das análises.
No presente estudo, há indícios de que as mulheres portadoras de câncer
estavam expostas a um elevado risco de doenças cardiovasculares por terem sido
submetidas ao tratamento completo; e, além disso, apresentarem sobrepeso, e
metade dessa amostra apresentar, também, hipertensão. Wondergem et al. (2001)
colocam que a detecção precoce de danos cardíacos é muito importante para as
mulheres tratadas de câncer, uma vez que a radioterapia eleva o risco cardíaco por
cerca de 10±15 anos após o fim do tratamento. E que, além dos benefícios pessoais,
as avaliações da integridade cardíaca de mulheres tratadas de ncer de mama
poderia auxiliar, também, na escolha de técnicas radioterápicas mais apropriadas.
6.4 Nível de atividade física
Os dados do IPAQ, embora não sejam significativamente diferentes entre os
grupos, confirmaram um fato já relatado em outras pesquisas, ou seja, que mulheres
tratadas de ncer de mama apresentam baixos níveis de atividade física
(McTIERNAM, 2004; PINTO et al., 2002a). Os dados desta pesquisa mostram que
cerca de 50% do grupo CA
T
relataram não realizar o mínino de atividade física diária
recomendada. na análise por três grupos um dado interessante foi registrado, o
grupo CA apenas 36,4% das mulheres foi classificado como sedentárias ou
insuficientemente ativas, no grupo CA+HAS os valores foram de 63,7%. Ou seja,
o grupo que teoricamente teria um maior benefício advindo do exercício físico foi o
que obteve os índices mais baixos de atividade física. Segundo Monteiro e Filho
(2004), o exercício físico praticado regularmente conduz a importantes adaptações
72
autonômicas e hemodinâmicas que possibilitam a queda pressórica pós-exercício,
sendo esta uma valiosa intervenção não-medicamentosa para o controle da pressão
arterial.
Os percentuais de sedentarismo da amostra de câncer foram similares ao
estudo de Pinho e Coutinho (2007), também com mulheres brasileiras sobreviventes
ao câncer de mama. Neste estudo (n=698), o sedentarismo foi prevalente em mais
de 50% da amostra. Esses dados são corroborados também por Irwin et al. (2000),
onde apenas 32% das mulheres norte-americanas tratadas com câncer, atingiram o
nível de atividade física recomendado para mulheres aparentemente saudáveis, que
seria 150 min/semana.
Apesar da redução nos níveis de atividade física ser um fato comum entre
essa população, também é um aspecto extremamente prejudicial. Blair; Brodney,
(1999) afirmam que aptidão física reduzida está relacionada à mortalidade
prematura, não por doenças cardiovasculares como por todas as causas,
principalmente entre mulheres. Ainda, Holmes et al. (2005), em um estudo
prospectivo, analisaram a relação entre o nível de atividade física em mulheres
diagnosticadas com câncer de mama e a mortalidade, após 16 anos de
acompanhamento. Nos seus resultados, mulheres com níveis elevados de atividade
física (>3 METS/hora/semana) apresentaram redução significativa nos riscos de
mortalidade por todas as causas, mortalidade por câncer, e efeitos adversos do
tratamento; sendo o efeito protetor da atividade física presente também entre
mulheres sobrepesadas e obesas. Neste estudo, foi verificado, ainda, um beneficio
particular nas mulheres receptoras positivas de estrogênio e progesterona. Este é
um dado relevante no presente estudo, visto que todas as mulheres tratadas de
câncer de mama eram receptoras hormonais positivas.
Alguns trabalhos propõem, também, que o sedentarismo predispõe à
presença de eventos cardiovasculares em mulheres pos-menopausadas,
independendo da raça, grupo étnico, idade e IMC (MANSON et al., 2002; MANSON
et al., 1999).
Dois outros fatores relacionados à inatividade e ao pior prognóstico de câncer
de mama foram a densidade mamográfica e o IMC elevado. Demark-Wahnefried et
al. (2001) corroboram com esses dados ao afirmarem que o aumento da massa
corporal em mulheres submetidas ao tratamento de câncer está diretamente
relacionado não só ao tratamento quimioterápico como, também, a redução da
73
atividade física após o inicio do tratamento. Ao mesmo tempo, Irwin et al. (2007)
encontraram uma associação inversa entre densidade mamográfica e o nível de
atividade em mulheres com IMC acima de 30; sendo que tanto a densidade
mamográfica alta quanto a obesidade estão associadas a piores prognósticos. E o
aumento dos níveis de atividade física poderia apresentar um impacto positivo não
apenas no IMC como também na densidade mamográfica. No entanto estes dados
não são unânimes. Em contraste a esses achados, Siozon et al. (2006) não
encontraram associação entre os níveis de atividade física e a densidade
mamográfica contudo seu estudo avaliou apenas mulheres saudáveis.
Mesmo nas comparações entre mulheres portadoras de câncer ativas e
sedentárias a atividade física apresenta-se benéfica. De acordo com Soerjomataram
et al. (2007), uma relação entre estilo de vida e tempo de sobrevivência após o
diagnóstico de câncer. Esses autores afirmam que mulheres com um gasto calórico
superior a 9 METS/semana têm um risco de morte por todas as causas 40% menor,
quando comparadas a mulheres também acometidas por câncer de mama, porém
com um gasto inferior a 9 METs/semana.
Em mulheres sobreviventes ao câncer de mama, níveis elevados de atividade
física seriam valiosos por colaborarem no aumento da sobrevida, atuando na
manutenção e melhoria de diversos mecanismos fisiológicos do indivíduo como:
força, equilíbrio, flexibilidade, capacidades coordenativas e aptidão cardiovascular,
além de reduzir o IMC. A melhoria e o equilíbrio dessas funções é que ajudariam a
preservar a vida.
6.5 Estados de Humor
Após a avaliação dos estados de humor, apesar de as mulheres com câncer
apresentarem maiores distúrbios de humor, não foi encontrada diferenças
significativas entre nenhuma das facetas do POMS nem no humor Total, para
nenhum dos grupos analisados. De acordo com Groenvold et al. (2007), esses
dados são positivos, uma vez que esses autores defendem a hipótese de que
mulheres recentemente diagnosticadas com câncer de mama, que apresentam
elevada fadiga e distresse psicológico auto-avaliado estariam expostas a um maior
74
risco de recorrência e diminuição na sobrevida livre de doença. Em seu estudo
prospectivo, com acompanhamento de 12,9 anos, com mulheres tratadas de ncer
de mama, os autores concluíram que fadiga, ansiedade e função emocional são
preditores de sobrevivência livre da doença e de sobrevida total. Além disso, baixos
níveis de fadiga e distresse psicológico foram relacionados a um menor risco de
recorrência da doença e morte (MAUNSELL et al., 2001).
Quando comparados os dados do presente estudo a trabalhos com outras
populações observou-se que mulheres coreanas, submetidas ao tratamento do
câncer de mama (n=134), com idade média de 45,29 ±8,75 anos e estadio da
doença similar ao das mulheres estudadas neste trabalho, apresentavam valores em
média 69,68% maiores em todas as facetas do POMS e no humor total (LEE et al.,
2004). Em estudos com mulheres canadenses e norte-americanas os valores das
facetas POMS estavam próximos ao do presente estudo (CARLSON et al., 2007;
PINTO; TRUNZO, 2004; PINTO et al., 2003). Nenhuma das pesquisas encontradas
relatou uma amostra em que todos os indivíduos tivessem sido submetidos ao
tratamento completo. E também, não foram identificados dados sobre estados de
humor na população brasileira, mensurados através do POMS.
Uma das possíveis explicações para os resultados do POMS seria a
seqüência temporal do tratamento. Segundo Donovan et al. (2004), a seqüência em
que o realizadas as intervenções médicas pode interferir nos estados. De acordo
com esse estudo, mulheres que são submetidas ao tratamento quimioterápico,
seguido de tratamento radioterápico, tendem a apresentar menor fadiga ao final do
tratamento do que aquelas que são submetidas apenas à radioterapia. Uma das
elucidações seria uma possível alteração na percepção das mulheres, visto que
haviam experimentado os sintomas da fadiga e os efeitos colaterais relacionados à
quimioterapia, logo estariam submetidas a uma situação menos estressante do que
a anterior. Outro ponto a ser considerado, também, seria o tempo decorrido do
diagnóstico até o momento da realização dos testes. De acordo com Stanton et al.
(2002), mulheres tratadas de câncer de mama, avaliadas após um ano de
tratamento, tendem a apresentar menor distresse e maior vigor. E esses fatos
podem estar relacionados à aceitação do diagnóstico, a estratégias de adaptação à
doença, ou seja, o coping e atitudes esperançosas. Contudo essas associações são
meramente especulativas e limitadas pelo desing do presente estudo.
75
Frost et al. (2000) atribui diversas sintomatologias da terapia antineoplásica
ao estágio do tratamento em que as mulheres se encontram, que, de acordo com
seu estudo, modificações físicas, psicológicas e sociais de mulheres submetidas à
terapia do câncer de mama podem variar de acordo com o direcionamento do
tratamento. Seu estudo foi baseado na Teoria de Corbin e Strauss sobre a trajetória
das doenças crônicas, que classificaram em nove as fases do câncer: 1) fase
anterior à doença; 2) período do diagnóstico; 3) fase de crise ou situação
ameaçadora à vida; 4) doença aguda ou fase de hospitalização; 5) fase estável ou
doença controlada; 6) fase instável doença não controlada; 7) fase de retorno e
aceitação da vida com as limitações impostas pela condição crônica; 8) fase
progressiva ou de deteriorização; 9) morte. Sendo que, embora haja uma seqüência
cronológica dessas fases, não há uma obrigatoriedade da ocorrência (CORBIN,
1998).
De acordo com essa classificação, as mulheres do presente estudo
encontram-se na fase de retorno, ou seja, período em que teria terminado o
tratamento hospitalar contínuo, e estariam buscando um retorno gradual as suas
atividades diárias e a sua vida de modo geral. Segundo o estudo de Frost et al.
(2000), as mulheres desse grupo apresentaram melhores escores em todas as
variáveis analisadas do que mulheres recentemente diagnosticadas, mulheres do
grupo recorrente, ou estando sob o tratamento adjuvante. A justificativa para esses
bons resultados dever-se-ia à ausência das demandas do tratamento. O autor
coloca que o tratamento antineoplásico traria diversos acometimentos sobre
diferentes aspectos do indivíduo como: envolvimento fisiológico para recuperação da
cirurgia e para lutar contra os efeitos colaterais dos tratamentos adjuvantes, estigma
social, comprometimento das atividades laborais e da vida diária, dentre outros.
Essa também pode ser uma possível explicação para a estabilidade do POMS na
amostra avaliada, visto que todas as mulheres avaliadas já não estavam mais
submetidas ao tratamento adjuvante, com exceção do tamoxifeno, que perdura por 5
anos ou mais. E tinham um período próximo de tratamento até o momento da coleta
dos dados.
De modo geral, algumas teorias demonstram que a ausência de efeito
significativo nos escores do POMS entre os grupos de câncer e o grupo controle
poderia estar relacionada ao equilíbrio fisiológico; uma vez que as mulheres
avaliadas nesse estudo não estavam mais submetidas ao tratamento
76
quimioterápico ou radioterápico, logo, possíveis alterações induzidas por essas
drogas poderiam não ser mais tão sentidas pelas avaliadas como, por exemplo,
incapacidades cognitivas causadas pela quimioterapia (BREZDEN et al., 2000),
neutropenia, trombocitopenia, anemia (HASSETT et al., 2006; HURRIA et al., 2005),
ausência de alopecia, redução na mucosite, emesis dentre outros efeitos adversos
do tratamento (MARTIN et al., 2003).
Outro fato positivo, ainda relacionado a aspectos fisiológicos, que pode estar
associado aos resultados do POMS seria o bom estado de saúde geral no qual se
encontravam as mulheres pesquisadas. Segundo Millar et al. (2005), em seu estudo
de acompanhamento de 12 meses com 371 mulheres tratadas por câncer de mama
(idade média = 59,4 ±10.9 anos), concluí-se que ao longo de 3, 6 e 12 meses, o
distresse diminuiu, sendo influenciado por julgamentos subjetivos que o indivíduo
realizava ao longo do curso da doença. A percepção do tempo de duração do
tratamento, a dor e o estado de saúde geral foram preditores da redução do
distresse ao longo do tempo. Sobre a questão de medidas auto-relatadas para
avaliação em saúde, Groenvold et al. (2007) chama a atenção para a relevância
destes instrumentos. Segundo esses autores, medidas de saúde auto-relatadas são
importantes por fazerem parte da percepção individual, ou seja, tendendo a ser mais
abrangentes e acuradas do que os fatores biomédicos.
A amostra do presente estudo, apesar de ainda estar no período de
acompanhamento do câncer, não apresentava seqüelas graves, tinha passado por
um tratamento consideravelmente bem sucedido, não apresentava reicidivas, nem
outras complicações maiores advindas da terapia antineoplásica. Mesmo o grupo
amostral que apresentava hipertensão arterial associada ao câncer mantinha-a sob
controle, não havendo indícios clínicos de maiores complicações ou intercorrências
nos registros médicos. Logo, mesmo estando sob demanda de uma condição
crônica, as mulheres desse estudo apresentavam uma saúde considerável, não
limitando o termo apenas às condições biológicas do conceito. Este fato pode ter
influenciado positivamente os estados de humor.
Além das questões fisiológicas e clínicas, pesquisas com fundo
fenomenológico social também apontam possíveis caminhos para os resultados
encontrados no presente estudo. O fato de todas as mulheres avaliadas estarem no
período de acompanhamento poderia ter favorecido aspectos relacionados ao auto-
controle e a auto-eficácia.
77
Conforme Viera e Queiroz (2006), a rotina hospitalar do tratamento oncológico
possui um caráter despersonalizador, que não considera as atitudes e os
sentimentos dos pacientes, além de dificultar o convívio social e familiar. Agregado a
isto, o “papel de doente” e o arrefecimento da liberdade e das escolhas individuais,
em favor de uma suposta autonomia das instituições médicas sobre a saúde e o
corpo dos “doentes”, trariam dificuldades na identificação pessoal. E seriam fatores
que contribuiriam para aumentar o descontentamento, o medo, as dúvidas, a
insatisfação e a desintegração do Eu nas mulheres tratadas (VIERA; QUEIROZ,
2006; PERREAULT; BOURBONNAIS, 2005; ARANTES; MAMEDE, 2003). Essas
demandas estariam relacionadas a sensações de falta de autoridade e de
impotência e acarretariam distúrbios nos estados de humor.
De acordo com Anjo e Zago (2006), o tratamento hospitalar estaria associada
à perda do controle da vida. Logo, a ausência da rotina de espera, das consultas,
dos exames e das sessões de radio e quimioterapia no hospital, representaria um
aspecto positivo, que o indivíduo deixaria de experimentar sentimentos negativos
e passaria a, novamente, gerenciar sua vida (BADR et al., 2006; BARBOSA et al.,
2004; MACLEAN, 2004). Tavares e Trad (2005) corroboram com essa conjectura,
quando afirmam que a alta hospitalar, ou a finalização da terapia hospitalar
oncológica, seria um ponto de ruptura com situações estressantes. E, embora ainda
permanecessem em período de acompanhamento, as mulheres desse estudo já não
passavam pela rotina médica. Mesmo com a possibilidade de reicidiva ou de
metástase, o fato de deixarem de ser um paciente poderia aumentar a sensação de
controle sobre suas vidas, o que influenciaria positivamente os estados de humor.
Outra explicação, também relacionado a aspectos fenomenológicos, seria o
processo de aceitação social, ou reinserção social. Segundo Almeida et al. (2001),
condições graves, como o câncer, acarretam uma série de associações simbólicas,
que interferem diretamente na percepção da doença, do seu próprio comportamento
e de terceiros. A desvalorização social e pessoal, a presença do estigma e do
preconceito acompanham a mulher após o diagnóstico e são reforçados pelo
tratamento (BARBOSA et al., 2004). A queda do cabelo (ROSMAN, 2004;
MACLEAN, 2004), a mutilação provocada pela cirurgia (DUARTE; ANDRADE 2003),
as alterações de peso, a inabilidade física para retomar o trabalho (KNOBF, 2007),
são motivos de vergonha e de isolamento das mulheres. De acordo com Cobb
78
(1976), a ruptura de laços sociais afetaria a manutenção da saúde, prejudicando
condutas adaptativas em situações de estresse.
Além disso, a própria construção histórica do câncer como uma doença
incurável, que provoca dor incontrolável, que cresce dentro da pessoa, e no qual os
hábitos de vida podem desencadear, também conduzem a essa desvalorização do
indivíduo e ao distanciamento da rede social (TAVARES; TRAD, 2005; GOMES et
al., 2002).
Com a finalização do tratamento, a normalização de alguns aspectos da vida,
a desvinculação das dependências hospitalares, as mulheres buscam uma
reinserção, suportada principalmente por uma teórica sensação de cura e pelo
desaparecimento de alguns sinais estigmatizantes (TAVARES; TRAD, 2005). Essa
aceitação inicialmente passa pelo âmbito pessoal, sendo reforçado e suportado pelo
grupo social em que elas encontram-se inseridas (DUARTE; ANDRADE, 2003).
Segundo Perreault e Bourbonnais (2005), esse seria um período no qual as
mulheres sobreviventes ao câncer alimentam a esperança de ver a “árvore florir”
(figura 8), ou seja, de ver seu corpo, e mais ainda, sua imagem retomar a forma
aceita por ela própria, que seria nada mais nada menos do que o padrão social da
natureza feminina. De acordo com a teoria de Perreault e Bourbonnais (2005), esta
seria a fase do work to do”, ou seja, do “trabalho a fazer”, que representaria a etapa
em que o indivíduo investiria suas energias para preservar a vida e buscar o bem-
estar.
79
Figura 8: Teoria das cinco estações da árvore da vida em pessoas acometidas por
condições crônicas.
A utilização da prótese mamária (já que nenhuma mulher avaliada nesse
estudo havia passado por reconstrução), o crescimento dos cabelos, o retorno às
atividades laborais e sociais, a retomada do convívio familiar e do papel de mulher
seriam fatores relacionados à aceitação social. Essa aproximação social
proporcionaria a redução da ansiedade, do estresse e da angústia, e a elevação do
bem-estar em mulheres sobreviventes ao câncer de mama (PERKINS et al., 2007;
LEE et al., 2004; DIRKSEN, 2000).
6.6 Potência Aeróbia
Campbell et al. (2005) afirmam que o VO
2
é a medida mais objetiva de
atividade física crônica, sendo o ponto de partida para a prescrição do exercício
físico, e análise dos parâmetros cardiopulmonares. A análise dos dados produzidos
pela ergoespirometria é que permitem classificar o indivíduo quanto a sua
capacidade de realizar exercício, à possibilidade de risco e intercorrências
cardiopulmonares na presença do esforço, além de servir como parâmetro para
quantificação das cargas do treinamento aeróbio.
80
A análise dos dados revelou que o grupo CA
T
alcançou um VO
2pico
de
19,30±3,86 ml.kg
-1
. min
-1
que foi significativamente menor do que o grupo CO.
Segundo McArdle et al. (2003) o consumo mínimo de oxigênio para que uma mulher
de aproximadamente 55 kg mantenha suas funções vitais seria de 3,5 ml.kg
-1
.min
-1
.
Nas mulheres do presente estudo, o consumo de oxigênio máximo atingido, foi
apenas, 5,4 vezes maior do que os valores mínimos para manutenção da vida.
Valores tão baixos de VO
2
são danosos, por quem além de estarem associados à
mortalidade por todas as causas e por doenças cardiovasculares (GULATI et al.,
2003; MORA et al., 2003; CRESPO et al., 2002; BLAIR et al., 1996), ainda levam o
indivíduo a realizar atividades próximas ao seu máximo apenas executando
atividades domésticas ou de lazer.
De acordo com o compêndio de atividade física, tarefas como varrer a
garagem ou a calçada teriam uma intensidade de 4 METS, o que, para o grupo CA
T
,
representaria um esforço próximo a 74% do VO
2pico
alcançado por elas
(AINSWORTH et al., 2003). Como o aparato biológico humano não suporta
atividades máximas por tempo maior que poucos minutos, as mulheres avaliadas
provavelmente atingiriam uma fadiga severa realizando pequenas atividades, o que
sobrecarregaria os sistemas cardiorrespiratório e sculo esquelético (LUCÍA et al.,
2003). Logo, as melhorias no VO
2max
, principalmente em indivíduos acometidos por
câncer, poderiam beneficiar sobremaneira o grau de funcionalidade e
independência, influindo também em aspectos da vida, além do funcionamento
físico.
Quando comparados os dados obtidos com os valores da população
saudável, a amostra avaliada apresentou valores abaixo dos normais para todas as
faixas etárias tanto no grupo CA quando no grupo CA+HAS. De acordo com o
estudo de Fletcher et al. (2001), encontrou-se uma redução de 53,49% para o grupo
entre 30 e 39 anos (media de VO
2
= 23,1 ±3,09 ml.kg
-1
.min
-1
); de 55% para o grupo
entre 40 e 49 anos (media de VO
2
= 22 ±3,06 ml.kg
-1
.min
-1
); redução de 51,55% para
o grupo entre 50-59 anos (media de VO
2
= 18,56 ±5,46 ml.kg
-1
.min
-1
); e por fim uma
redução de 43,42% par o grupo de 60-69 anos (media de VO
2
= 17,33 ±1,22 ml.kg
-
1
.min
-1
). Os valores esperados, de acordo com normalização para população norte-
americana, seriam de 42 ±7 ml.kg
-1
.min
-1
para indivíduos a partir dos 30 anos, e
27±4,7ml.kg
-1
.min
-1
para indivíduos até 69 anos (FLETCHER et al., 2001).
81
Os valores de VO
2pico
encontrados nas mulheres brasileiras estão próximos
aos dados de outros trabalhos com mulheres sobreviventes ao ncer de mama,
avaliadas através da ergoespirometria, tanto em esteira quanto em cicloergômetro
(CHEEMA; GAUL, 2006; HERRERO et al., 2006; FAIREY et al., 2005). Contudo, em
alguns desses estudos, a amostra apresentou comorbidades além da HAS (JONES
et al., 2007; COURNEYA et al., 2003b e, em nenhum dos estudos encontrados, as
mulheres haviam sido submetida às 4 terapias antineoplásicas.
O estudo com valores mais próximos ao do presente trabalho foi o de JONES
et al. (2007), onde o valor médio de consumo de oxigênio foi de 16,5±3,3 ml.kg
-1
.min
-
1
. Entretanto as mulheres desse estudo apresentavam câncer metástico e
comorbidades. E, além disso, a ergoespirometria foi realizada no cicloergômetro em
protocolo de rampa, o que pode ter contribuído para um valor mais elevado de
consumo de oxigênio nesse estudo (CARTER et al., 2000)
Na comparação do VO
2pico
relativo e absoluto, entre os grupos CA, CA+HAS e
CO, os resultados da ergoespirometria também revelaram diferenças significativas.
O grupo CA+HAS obteve um menor VO
2pico
, tanto absoluto quanto relativo, quando
comparados aos grupos CA e CO. De acordo com a American Thoracic Society e a
American College of Chest Physicians (ATS/ACCP, 2003) a redução do VO
2pico
pode
refletir problemas em diversos níveis biológicos como no transporte de oxigênio,
alterações no débito cardíaco; limitações pulmonares, tanto mecânicas como no
controle da respiração e nas trocas gasosas; dificuldades de extração do oxigênio
pelos tecidos ligados tanto à perfusão quanto à difusão tecidual; limitações
neuromusculares ou músculo esqueléticas. No presente estudo, torna-se bastante
complicada a tarefa de atribuir a um destes fatores a redução no VO
2,
uma vez que
vários ou todos esses aspectos podem ter sido alterados pelo tratamento
oncológico.
Entretanto um fato intrigante foi encontrado, as mulheres do grupo CA+HAS,
que receberam um tratamento radioterápico reduzido, foram as que apresentaram
um maior declínio na sua aptidão aeróbia, e essa modalidade terapêutica não
justificaria o declínio do VO
2max
. Em contrapartida, o tratamento quimioterápico não
apresentou diferenças nem nas drogas nem nas doses da quimioterapia entre os
dois grupos, e este seria um ponto de questionamento.
Hawfield et al. (2006) afirmam que há uma associação entre a presença de
comorbidades e a redução no tratamento quimioterápico adjuvante; porém, no
82
presente trabalho, houve a manutenção do tratamento quimioterápico quando
comparado ao grupo controle. Essa igualdade do tratamento entre os grupos poderia
torná-lo mais agressivo para mulheres com câncer e HAS, mesmo estando dentro da
dose recomendada.
Estas conjecturas estão de acordo com Jones, Ewer (2006), que afirmam que
indivíduos acometidos por hipertensão apresentariam um risco maior de
cardiotoxicidade induzida pela quimioterapia. Barry et al. (2007) corroboram com
essa afirmação quando sustentam que os riscos clínicos da toxicidade cardíaca
aumentam significativamente na presença de condições pré-existentes como a
hipertensão arterial. Ou seja, por mecanismos ainda não estabelecidos, poderíamos
deduzir que, no grupo CA+HAS, a dose quimioterápica apresentou um maior
potencial citotóxico. E essa citotoxicidade poderia ser notada através da redução do
VO
2max.
A quimioterapia pode conduzir à alteração nos níveis circulantes de proteínas
apoptóticas e de substâncias inflamatórias no sangue como: fator de necrose
tumoral circulante (TNF-) seus receptores TNFs 1 e 2 (TNF-R 1 e 2), moléculas Fas
e Fas-ligante, proteína c-reativa de alta sensitividade, fibrinogênio, peptídeo
natriurético atrial na sua porção terminal (PNA-N) e peptídeo natriurético cerebral
(PNC) (LIEN al.; 2006; PERIK et al.; 2006; REID; LI, 2001); além de causar
distúrbios na difusão do oxigênio à distância e na contagem da hemoglobina
(VAUPEL et al., 2005); disfunção contrátil nos músculos esqueléticos (REID; LI,
2001), dentre outros.
Além das alterações citadas anteriormente, a cardiotoxicidade seria um dos
distúrbios que certamente estaria relacionado ao consumo de oxigênio. Os
mecanismos exatos pelos quais as drogas quimioterápicas induziriam à danos
cardíacos ainda não são claros. Algumas teorias envolvem a toxicidade dos miócitos
através de espécies reativas de radicais livres; os quais, subseqüentemente,
levariam à alteração na membrana celular, nos canais de cálcio e no sistema de
acoplamento-exitaçao-contração do miocárdio (WOLF; BAYNES, 2006; TIMOLATI et
al., 2006; ZHOU et al., 2001). Outros supõem haver, também, uma alteração no
metabolismo energético miocardial, além de uma mudança no perfil da utilização dos
substratos energéticos, e desregulação dos mecanismos ligados ao ATP
(TOKARSKA-SCHLATTNER et al., 2006). Essas alterações funcionais e estruturais
conduzem à prejuízos como a redução da fração de ejeção ventricular esquerda, da
83
capacidade oxidativa da mitocôndria, também deteriorariam a função cardíaca, que,
por sua vez, poderia trazer diminuição no VO
2max
(JONES, SWANTON, EWER,
2006; PEREZ et al., 2004)
.
Meinard et al. (2001) corroboram com essa afirmação quando afirmam que
mesmo em doses relativamente baixas de quimioterapia, após um ano de
tratamento, pode ser notada redução na fração de ejeção do ventrículo esquerdo
resultante de danos miocardiais. Percebe-se, desta forma, que as padronizações da
quimioterapia seriam um aspecto bastante delicado na terapia antineoplásica.
Lowman et al. (2005) questionam se a prática clínica baseada nas
orientações para populações sem comorbidades seria também recomendada para
pessoas com duas ou mais doenças associadas. De acordo com estes autores, o
tratamento baseado nas preconizações existentes para pessoas com
comorbidades pode levar a maiores complicações e reduzir a sobrevida.
Por outro lado a diminuição da terapia é um fato delicado no tratamento do
câncer, visto que o sub-tratamento pode ser o ou mais danoso que os efeitos
colaterais causados pela terapia padrão em pessoas com co-morbidades, uma vez
que essa redução poderia influir na sobrevivência, na possibilidade de recorrência e
na mortalidade dessas mulheres (LOUWMAN et al., 2005; JANSSEN-HEIJNEN et
al., 2005). Corroboram com essas colocações Barry et al, (2007), quando afirmam
que existem muitos aspectos a serem esclarecidos nas questões ligadas ao
tratamento quimiterápico em indivíduos que apresentam fatores de risco
cardiovascular, como a hipertensão arterial. E que, embora a primeira estratégia
para reduzir a cardiotixicidade da quimioterapia seja a redução na dose, esta é uma
estratégia restrita pela diminuição da eficácia do tratamento.
A questão da redução ou não do tratamento quimioterápico é uma decisão
clínica bastante delicada. Entretanto os profissionais de Educação Física poderiam
contribuir no desenvolvimento de ações que manteriam ou melhorariam a
capacidade cardiovascular destas mulheres, com o intuito de minimizar o efeito da
terapia antineoplásica ou de preparar o organismo para suportar a citotoxicidade,
afim de que não houvesse a necessidade de redução das doses, e manutenção do
estado de saúde geral do indivíduo.
Outro aspecto que poderia ser questionado sobre a sua influência no VO
2
seria a medicação hipertensiva à qual estava submetido todo o grupo CA+HAS. As
drogas utilizadas pelas mulheres com hipertensão arterial foram: inibidores da
84
enzima conversora de angiotensina (ECA); bloqueadores dos canais de cálcio e
diuréticos. E, de acordo com Goodman e Gilman (2002), essas drogas teriam uma
atuação que beneficiaria ou não influenciaria no consumo de oxigênio (BRION et al.,
2000; GORDON et al., 1997). Os principais efeitos hemodinâmicos dessas drogas
seriam sobre a resistência vascular total, o débito cardíaco e a freqüência cardíaca;
sendo que todas as drogas reduziriam a resistência vascular total; os inibidores da
ECA e os diuréticos não alterariam a freqüência cardíaca nem o débito cardíaco
(ONDER et al., 2002; LEONETTI et al., 1991; LEONETTI et al., 1989). Ainda existem
controvérsias sobre os efeitos dos inibidores dos canais de cálcio sobre a freqüência
cardíaca, contudo os estudos apontam que ela aumentaria o debito cardíaco e sua
atuação sobre a freqüência cardíaca seria variável (TOMIYAMA et al., 1997; OMVIK
et al., 1987; HULTHÈN, 1986). Desta forma, as reduções no consumo de oxigênio
no grupo CA+HAS, provavelmente, não advieram do uso da medicação anti-
hipertensiva, já que em geral elas colaborariam para um aumento do VO
2max
.
O estado menopausal seria outro fator, além das terapias, que influenciaria na
redução do VO
2
(MERCURO et al., 2006; LYNCH et al., 2002)
.
O grupo CA
T
e o
grupo CO apresentaram diferenças significativas quanto o estado menopausal;
contudo o grupo CA e o grupo CO, mesmo apresentando um estado menopausal
significativamente diferentes, não difeririam entre si na variável VO
2pico
. nos
grupos CA e CA+HAS, mesmo o havendo diferenças significativas entre o estado
menopausal, surgiram diferenças no consumo de oxigênios. Logo, as diferenças no
VO
2
também não poderiam ser explicadas por essa variável.
Numa outra perspectiva, supõe-se também, que a redução do VO
2max
o
seria uma conseqüência da hipertensão arterial, mas sim um fator de propensão. De
acordo com Barlow et al. (2006), níveis reduzidos de aptidão física estão fortemente
associados ao desenvolvimento da hipertensão arterial em mulheres saudáveis,
mesmo após ajustamento para fatores intervenientes como IMC e idade. Outros
estudos também encontraram associação entre a capacidade aeróbia, avaliada
através de testes físicos, em diversas populações e a hipertensão arterial
(MIKKELSSON et al., 2005; PESCATELLO et al., 2004; CARROL et al., 2000;
BLAIR et al., 1984). Além destes, trabalhos que associam, a inatividade física à
incidência da hipertensão arterial (AMIGONNI et al., 2000; PAFFENBARGER; LEE,
1997; USDHHS, 1996; PAFFENBARGER et al., 1983).
85
Assim, com base nessas evidências, supõe-se que as mulheres do presente
estudo desenvolveriam HAS devido aos baixos valores de VO
2pico
apresentados,
provavelmente anteriores ao tratamento oncológico; ou, ainda, exacerbados pela
terapia antineoplásica ou pela própria condição crônica (BARRY et al., 2007). Para a
confirmação dessas hipóteses, sugere-se que estudos futuros avaliem a função
cardiorrespiratória, os níveis pressóricos e o nível de atividade física antes do inicio
da terapia antineoplásica e após o término da mesma, o que poderia fornecer
indícios mais fortes sobre essas proposições.
A fadiga é uma experiência negativa comumente enfrentada por pessoas
acometidas por câncer e que, também, pode ter contribuído para a redução do
VO
2pico
nas mulheres acometidas pelo câncer de mama (SUGAWARA et al., 2005;
DONOVAN et al., 2004; CURRAN, et al., 2004). De acordo Morrow et al. (2002),
existem mecanismos específicos que estariam relacionados à fadiga em pessoas
acometidas por câncer como: anemia, anormalidades na geração e utilização do
ATP; alterações na condução nervosa vagal aferentes e na produção de 5-
Hidroxitriptamina (5-HT); todas associadas ao tratamento e à própria doença.
Contudo LUCÍA et al. (2003) apresenta uma proposta não patológica para a
presença de fadiga em indivíduos acometidos por câncer. De acordo com esses
autores, a fadiga seria um processo fisiológico não-patológico, que protegeria os
tecidos corporais, como o miocárdio, de lesões excessivas. Esse mecanismo
protetor adviria da capacidade do sistema nervoso central em antecipar a atividade
total e as mudanças metabólicas que o sistema corporal deve/pode sustentar para
realizar determinado exercício. Desta forma haveria uma redução nos comandos
neurais eferentes aos músculos em atividade, que perderiam sua capacidade de
geração de força, levando à fadiga antes que ocorram danos corporais mais
severos.
Com base nesta teoria, os mecanismos de fadiga considerariam a
deteriorização tecidual causada pelo tratamento e pela doença para avaliar a
capacidade de esforço que o individuo poderia realizar e que, mesmo assim, o
manteria seguro. O esforço físico, por ser uma atividade estressante, poderia
exacerbar as perdas sofridas pelos sistemas biológicos nas mulheres tratadas de
câncer. Assim, o processo de fadiga e de interrupção da atividade física atuaria na
conservação do aparato biológico. Essa teoria seria apropriada para mulheres com
86
câncer e HAS, visto que elas apresentariam um prejuízo fisiológico maior pela
presença da comorbidade.
Embora não seja possível determinar qual desses mecanismos foi decisivo
para a interrupção do teste, as mulheres do presente estudo, que apresentaram
HAS, foram acometidas por uma fadiga recente, que provavelmente se repercute
não apenas no esforço físico destinado à análise diagnóstica, como também nas
atividades realizadas ao longo dos dias destas mulheres.
Apesar de a amostra avaliada encontrar-se em bom estado de saúde, sem
presença de comorbidades severas, ou de seqüelas graves da terapia
antineoplásica, nem recorrência, estava exposta a sérios riscos de intercorrências
cardiovasculares e até mesmo de mortalidade como: elevado IMC, inatividade física
e reduzida potência aeróbia. Diante desse quadro, a atividade física orientada seria
uma valiosa terapia adjunta, que poderia atuar sobre esses fatores, apresentando
um impacto positivo sobre a saúde dessas mulheres.
Diversos estudos têm associado à atividade física regular a redução da fadiga
(MCNEELY et al., 2006; ADAMSEM et al., 2004; SCHWARTZ et al., 2001),
melhorias na composição corporal (BATTAGLINI et al., 2006; INGRAM et al., 2006;
DIMEO et al., 2004), em parâmetros imunológicos e hormonais (DROUIN et al.,
2006; HUTNICK et al., 2005; FAREY et al., 2005; FAREY et al., 2003), na força e na
aptidão física (ADAMSEM et al., 2006; KNUTSEN et al., 2006; GALVÃO; NEWTON,
2005; SPROD et al., 2005; ADAMSEM et al., 2003; BURNHAM; WILCOX, 2002) e
nos estados de humor (MIDTGAARD et al., 2005). E a modificação desses
parâmetros pode ser extremamente valiosa para esse grupo de mulheres.
Contudo, de acordo com Gaya e Ashford (2005), ainda não é possível dizer
através de quais mecanismos o exercício físico traria benefícios aos indivíduos
tratados por câncer, se pela redução dos sintomas da doença ou pelas melhorias na
função física.
6.7 Qualidade de Vida
Na análise da qualidade de vida, optou-se pelo estudo de apenas quatro
domínios; dois que avaliariam a saúde física e dois domínios que avaliariam a saúde
psicológica. De acordo com os resultados, as mulheres com câncer,
87
independentemente da presença da HAS, apresentaram reduções significativas nas
variáveis limitações por aspectos físicos e emocionais, e saúde mental quando
comparadas a mulheres aparentemente saudáveis. Este é um fato relatado em
outros estudos (BOWEN et al., 2007; LIDGREN et al., 2007; ROBB et al., 2007;
SCHOU et al., 2005; GANZ et al., 2004) não em mulheres acometidas por câncer
como também em outras condições crônicas (SARAÇ et al., 2007; ALONSO et al.,
2004). Contudo este não é um fato universal entre portadores de câncer de mama
(PEUCKMANN et al., 2006; HURRIA et al., 2006; ARNDT et al., 2004 ; LAND et al.,
2004).
A redução na qualidade de vida é um aspecto desfavorável para estas
mulheres. Alguns autores afirmam que a baixa qualidade de vida prediria
negativamente a sobrevida livre da doença e a sobrevida total em mulheres tratadas
de câncer (GROENVOLD et al., 2007; GANZ et al., 2002).
Uma gama de fatores distintos pode ter influência negativa na qualidade de
vida de mulheres acometidas por ncer de mama, como o diagnóstico, as terapias
antineoplásicas e a ausência de suporte social. Diversos estudos revelam que o
tratamento oncológico, a toxicidade e os efeitos adversos acarretariam prejuízos à
qualidade de vida por mecanismos biológicos, psicológicos e sociais (HOPWOOD et
al., 2007; WONG; FIELDING, 2007; ROBB et al., 2007; SCHOU et al., 2005;
FEHLAUER et al., 2005; GANZ et al., 2002).
No presente estudo, o tratamento cirúrgico, quimioterápico e
hormonioterápico parecem ter tido um impacto similar no grupo CA
T
, visto que as
mulheres sobreviventes ao câncer acometidas ou não por HAS, não apresentaram
diferenças em nenhum dos domínios do SF-36. Já a radioterapia, por ter sido
administrada em menores quantidades, pode ter contribuído para que o declínio da
qualidade de vida não tivesse sido maior nas mulheres que apresentavam HAS.
Contudo alguns estudos apontam que as modalidades terapêuticas nem sempre
estão relacionadas a perdas na qualidade de vida de mulheres sobreviventes ao
câncer de mama (SCHULTZ et al., 2005; ARNDT et al., 2004; VACEK et al., 2003).
Assim como na análise do consumo de oxigênio, o estado menopausal seria
outro aspecto que poderia influenciar a qualidade de vida dessas mulheres, que
alguns estudos associam a menopausa prematura, induzida pela terapia
antineoplásica, a uma pobre qualidade de vida (HOPWOOD et al., 2007; KNOBF et
al., 2007). As mulheres do grupo CA
T
apresentaram estados reprodutivos mais
88
avançados (menopausadas ou pós-menopausadas) quando comparadas ao grupo
CO e esta variável pode ter colaborado para declinar a qualidade de vida neste
grupo (CONDE et al., 2006) . Estes dados estão de acordo com uma pesquisa
brasileira, onde foram avaliadas mulheres sobreviventes ao ncer de mama
(CONDE et al., 2005). De acordo com esse estudo (n=75), o estado menopausal foi
negativamente associado aos componentes físicos da qualidade de vida, avaliado
através do SF-36, e essas associações estariam provavelmente relacionadas aos
sintomas do climatério. Entretanto, o presente estudo não tem um delineamento
adequado para dizer quais seriam os mecanismos que afetaram a amostra.
Na análise das variáveis relacionadas à saúde mental, notou-se uma redução
significativa nas variáveis aspectos emocionais e na saúde mental entre os grupos
CA
T
e o CO. Ou seja, através do SF-36, o grupo CA
T
apresentou uma reduzida
integridade dos fatores psicológicos, mesmo que esses dados não tenham sido
confirmados pelo POMS. Entretanto, os dados do POMS mesmo não sendo
significativos, eles indicaram valores superiores de humor negativos e distúrbios total
do humor e menores estados de vigor no grupo CA
T
quando comparadas ao grupo
CO, fato este relatado em outro trabalho (SHIMOZUMA et al., 1999). Uma
possível explicação para a não significância nos dados do POMS e a significância
encontrada no SF-36 seria a forma como o teste foi elaborado. O POMS foi
organizado através de uma única pergunta para 65 adjetivos, e o SF-36 apresentava
uma pergunta para cada um dos componentes dos domínios, o que pode ter
favorecido o entendimento do questionário. Outra questão sobre os questionários é
que o SF-36 avalia especificamente a qualidade de vida relacionada à saúde,
estando, todas as perguntas direcionadas à saúde. o POMS o possui esta
especificidade, embora seja o questionário de avaliação dos estados de humor mais
utilizado em pesquisas com câncer (HEINEY et al., 2006).
As perdas nos aspectos psicológicos e na saúde mental também foram
relatadas em outros estudos (MEHNERT et al., 2007; GROENVOLD et al., 2007;
ARNDT et al., 2004). Robb et al. (2007) afirmam que essas reduções seriam
prejudiciais por diminuírem a capacidade de reserva dessas mulheres. De acordo
com Evers et al. (1994), a capacidade de reserva seria a habilidade do indivíduo em
retornar ao estado normal após situações de estresse, ou seja, de se mobilizar para
a reabilitação. Com a capacidade de reserva diminuída, as mulheres estariam mais
89
predispostas a prejuízos clínicos significativos, redução no bem-estar e na qualidade
de vida.
Na análise dos domínios relacionados à saúde física, também foram
encontradas diferenças entre o grupo CA
T
e o grupo CO. As justificativas para esse
fato são complexas, visto que, o grupo CA não apresentou diferenças em relação ao
grupo CO no VO
2pico
logo, esse não seria um fato determinante nas limitações
físicas.
Porém, alguns estudos demonstraram existir uma relação direta e positiva
entre capacidade de exercício e qualidade de vida (HERRERO et al., 2006;
STEWART et al., 2003). Herrero et al. (2006) afirmam ainda que o VO
2pico
em
mulheres sobreviventes ao câncer de mama serviria como um indicador válido de
qualidade de vida. Logo, de alguma forma, os baixos valores encontrados nos
grupos CA e CA+HAS, podem ter interferido na qualidade de vida.
Bennet et al. (2006) expõe outra forma de análise da relação entre o VO
2pico
e
a qualidade de vida. Esses autores apontam que as alterações no VO
2pico
podem
não ser prontamente percebidas pelos indivíduos, por ser uma medida objetiva da
função física, que compõe um dos aspectos do funcionamento físico geral do
indivíduo. Desta forma, existe uma discrepância entre a mobilidade percebida,
geralmente avaliada através de instrumentos como o SF-36 e a mobilidade objetiva,
avaliada através de testes objetivos como a ergoespirometria. Sendo o VO
2pico
um
mediador da função física, as alterações na mobilidade seriam mais percebidas do
que as alterações apenas da capacidade física.
Contudo a afirmação de que melhorias na mobilidade física e nas atividades
da vida diária seriam mais efetivas do que melhorias em parâmetros como o VO
2 pico
seria uma afirmação arriscada, porque, mesmo não sendo percebido imediatamente,
o aumento do VO
2pico
seria o suporte de outras melhorias que logo atingiriam a
percepção do indivíduo, sendo a mobilidade objetiva a base do trabalho do
profissional de atividade física (BENNET et al., 2006).
Ainda de acordo com Bennet et al. (2006), o funcionamento físico seria a
união de habilidades físicas que variam desde a simples mobilidade até o
engajamento em atividades complexas que requerem a mesmo adaptações
comportamentais. O funcionamento físico apresentaria três domínios: a mobilidade
objetiva; a mobilidade percebida; e a participação em atividades da vida diária e a
realização de atividades físicas com interação social.
90
Sintomas do câncer, modalidade e duração do tratamento, efeitos colaterais,
hábitos de vida, seriam preditores da função física durante e após o tratamento do
câncer. Já os efeitos colaterais, boa forma física e composição corporal seriam
classificados como mediadores. Os mediadores seriam as variáveis que explicariam
uma parte substancial da relação entre outras variáveis preditoras e uma variável
resultante, por exemplo, a capacidade aeróbia seria um mediador entre o nível de
atividade física e a função física. E as intervenções que melhorariam ou manteriam o
funcionamento físico seriam aquelas que reduziriam os prejuízos fisiológicos e
psicossociais, além das intervenções que aumentariam a capacidade individual de
realizar tarefas (BENNET et al., 2006).
Analisando por outra perspectiva, a redução na função física poderia ser um
indício a mais para as reduções avaliadas pelo VO
2 pico
nessas mulheres
.
Mesmo não
sendo significativa no grupo CA, a redução do VO
2 pico
poderia ser percebida por
este grupo através da redução no domínio limitação física.
As analises estatísticas não revelaram diferenças significativas na qualidade
de vida entre os dois grupos de câncer, para nenhuma das dimensões avaliadas;
levando à suposição de que a hipertensão arterial associada ao câncer, não
exacerbaria a redução na qualidade de vida. De acordo com Alonso et al. (2004), a
hipertensão arterial seria uma das condições crônicas que apresentariam menor
impacto na qualidade de vida relacionada à saúde. Uma explicação para isso seria o
fato de ser a HAS uma doença que não apresentaria dor. Em contraposição, Lee et
al. (2007) afirmam que a presença de comorbidade seria um fato associado à baixa
qualidade de vida.
Os domínios da qualidade de vida, avaliados no presente estudo, indicaram
que a qualidade de vida relacionada à saúde, principalmente nos seus aspectos
físicos e psicológicos, é significativamente prejudicada em mulheres sobreviventes
ao câncer de mama; sendo necessário o desenvolvimento de atitudes que busquem
reverter esse processo. E, seguindo essa lógica, vários estudos demonstraram
associações positivas entre o exercício físico e a qualidade de vida em mulheres
tratadas por ncer de mama (BASEN-ENGQUIST et al., 2006; OHIRA et al., 2006;
KENDALL et al., 2005; CAMPBELL et al., 2005; SANDE et al., 2005; ADAMSEM et
al., 2003). Essa associação decorreria de diversos mecanismos, inclusive
mecanismos que melhorariam a composição corporal, os estados de humor, e
parâmetros fisiológicos de maneira geral.
91
Desta forma, com base nos dados obtidos, e percebendo os riscos ao quais
as mulheres sobreviventes ao câncer no presente estudo estão expostas, a
atividade física seria um tratamento adjunto bastante recomendável, principalmente
pelo impacto positivo sobre a saúde. Aceitando o termo saúde como um construto
que vai além do câncer e da hipertensão arterial, mas, que abrange o indivíduo, a
entidade humana que precisa viver, e o apenas sobreviver, após um tratamento
tão agressivo como do câncer.
92
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da análise dos dados foi constatado que mulheres submetidas às
quatro terapias recomendadas pelo SUS ao tratamento do câncer de mama, após
4,6 meses em média da intervenção cirúrgica inicial, e estando ainda sobre o
tratamento hormonal, apresentaram as seguintes peculiaridades:
Mulheres sobreviventes ao câncer de mama após o término do
tratamento não apresentam um consumo de oxigênio
significativamente diferente de mulheres aparentemente saudáveis;
Mulheres acometidas por hipertensão arterial controlada e
sobreviventes ao ncer de mama após o término do tratamento
apresentam um consumo de oxigênio significativamente menor do que
o de mulheres sobreviventes ao câncer de mama e de mulheres
aparentemente saudáveis.
Os estados de humor de mulheres sobreviventes ao câncer, de
mulheres com hipertensão arterial controlada sobreviventes ao câncer
de mama e de mulheres aparentemente saudáveis não diferiram entre
si, em nenhuma das facetas, nem no humor total;
A qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres sobreviventes
ao câncer de mama, acometidas ou não por hipertensão arterial,
apresentou uma redução estatisticamente significativa quando
comparada a mulheres aparentemente saudáveis.
93
8 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES
As limitações deste estudo encontram-se principalmente no tamanho reduzido
e na falta de randomização da amostra, fato que limitou as análises estáticas, a
realização de possíveis associações e a generalização dos resultados para outras
populações.
Os pontos fortes do trabalho seriam o pioneirismo, visto que, do nosso
conhecimento, este é o primeiro estudo brasileiro que avalia a aptidão aeróbia e os
estados de humor em mulheres brasileiras sobreviventes ao câncer de mama; a
utilização de instrumentos padrão-ouro na avaliação do consumo de oxigênio, no
caso, a ergoespirometria; a homogeneidade da amostra, visto que todas as
mulheres haviam sido submetidas aos mesmos tratamentos, em um período de
tempo próximos; e a utilização de medidas objetivas e auto-relatadas dos aspectos
físicos, que esta pesquisa se propôs identificar.
Futuras propostas de intervenções físicas direcionadas a mulheres
sobreviventes ao câncer de mama devem levar em consideração os achados do
presente estudo. Principalmente em programas de exercícios prescritos com base
no percentual do consumo de oxigênio.
94
REFERÊNCIAS
ABREU, E.; KOIFMAN, S. Fatores prognósticos no câncer de mama feminino.
Revista Brasileira de Cancerologia. v.48, n.1, p.113-131, 2002.
ADAMS, M. J.; LIPSHULTZ, S.E; SCHWARTZ, C.; FAJARDO, L.F.; COEN, V.;
CONSTINE, L.S. Radiation-Associated Cardiovascular Disease: Manifestations and
Management. Seminars in Radiation Oncology, v.13, n. 3, p. 346-356. 2003.
ADAMSEM, A.L.; QUIST. M.; M. MIDTGAARD; ANDERSEN, C.; MOLLER. T.;
KNUTSEN, L. TVETERÅS, A.; RORTH, M. The effect of a multidimensional exercise
intervention on physical capacity, well-being and quality of life in cancer patients
undergoing chemotherapy. Support Care Cancer. v.14, n.2, p.116-127. 2006.
ADAMSEM A.L.; MIDTGAARD, J.; ANDERSEN, C.; QUIST, M.; MOLLER, T.
Transforming the nature of fatigue through exercise: qualitative findings from a
multidimensional exercise programme in cancer patients undergoing chemotherapy.
Journal of Cancer Care. v.13, n. 9, p, 362–370. 2004.
ADAMSEM A.L.; MIDTGAARD, J.; ANDERSEN, C.; QUIST, M.; MOLLER, T.
MIKAEL RORTH. M.; BORREGAARD, N.; ZACHO, MADSEN, J.K.; KNUTSEN, L.
Feasibility, physical capacity, and health benefits of a multidimensional exercise
program for cancer patients undergoing chemotherapy. Support Care Cancer. v.11;
n.11, p:707-716. 2003.
ADJUVANT BREAST CANCER TRIALS COLLABORATIVE GROUP (ABCTCG).
Ovarian ablation or suppression in premenopausal early breast cancer: results from
the international adjuvant breast cancer ovarian ablation or suppression randomized
trial. J Natl Cancer Inst. v.99, n.7, p: 516-525.2007.
AINSWORTH B.E. HASKELL, W,L.; LEON, A.S.; JACOBS, D.R. JR.; MONTOYE,
H.J.; SALLIS, J.F.; PAFFENBARGER, R.S. JR.Compendium of physical activities:
classification of energy costs of human physical activities. Med Sci Sports Exerc.
n.25, v.1, p:71-80. 1993.
ALMEIDA, A.M.; MAMEDE, M.S.P.; PANOBIANCO, M.S.; PRADO, M.A.S.; CLAPIS
M. JOSÉ. Construindo o significado da recorrência da doença: a experiência de
mulheres com câncer de mama. Rev Latino-am Enfermagem. n. 9, v.5, p: 63-69.
2001.
95
ALONSO, J.; FERRER, M.; GANDEK, B.; WARE, J.E.JR.; AARONSON, N.K.;
MOSCONI, P.;RASMUSSEN, N.K.; BULLINGER, M.; FUKUHARA, S.; KAASA, S.;
LEPLEGE, A.; IQOLA PROJECT GROUP. Health-related quality of life associated
with chronic conditions in eight countries: results from the International Quality of Life
Assessment (IQOLA) Project. Qual Life Res.n.13, v.2, p:283-298. 2004.
AMIGONNI, S.; MORELLI, A.P.; PARAZZINI, B.C.; CHATENOUD. B.L. Determinants
of elevated blood pressure in women around menopause: results from a cross-
sectional study in Italy. Maturitas. n,15, v.34, p.25-32. 2000
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). ACSM’S guidelines for
exercise testing and prescription. 6 ed. Lippincott, Williams & Wilkins. 2000, 239p.
AMERICAN THORACIC SOCIETY: AMERICAN COLLEGE OF CHEST
PHYSICIANS (ATS/ACCP). Statement on cardiopulmonary exercise testing. Am J
Respir Crit Care Med. v.167, n.2, p:211-277. 2003.
ANDERS, J.C. O transplante de medula óssea e suas repercussões na
qualidade de vida de crianças e adolescentes que o vivenciaram. 2004. 237f.
tese (Doutorado)- Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto. 2004.
ANJO, A.C.Y.; ZAGO, M.M.F. A experiência da terapêutica quimioterápica
oncológica na visão do paciente. Rev Latino-am Enfermagem . v.14. n.1, p.33-40.
2006.
ARANTES, S.L.; MAMEDE, M.V. A participação das mulheres com câncer de mama
na escolha do tratamento: um direito a ser conquistado.Rev Latino-am
Enfermagem. v.11, n.1, p.:49-58. 2003.
ARNDT, V.; MERX, H.; STÜRMER, T.; STEGMAIER, C.; ZIEGLER, H.; BRENNER,
H. Age-specific detriments to quality of life among breast cancer patients one year
after diagnosis. Eur J Cancer.v.40, n.5, p:673-680. 2004
BABYAK, M.; BLUMENTHAL, J.A.; HERMAN, S.; KHATRI, P.; DORAISWAMY, M.;
MOORE, K.; CRAIGHEAD, W.E.; BALDEWICZ, T.T.; KRISHNAN, K.R. Exercise
Treatment for Major Depression: Maintenance of Therapeutic Benefit at 10 Months.
Psychosomatic Medicine. v.62, n.5, p.633–638. 2000.
BACURAU, R.F.P.; COSTA ROSA, L.F.B.P. Efeitos do exercício sobre a incidência e
desenvolvimento do câncer. Rev. Paul. Educ. Fís. v.11, n.2, p.142-147. 1997
96
BADR, H.; BASEN-ENGQUIST, K.; CINDY, L.; TAYLOR, C.; MOOR, C. Mood States
Associated with Transitory Physical Symptoms Among Breast and Ovarian Cancer
Survivors. Journal of Behavioral Medicine. v 29, n. 5, p. 461-475. 2006.
BARBOSA, R. C. M.; XIMENES, L.B.; PINHIERO, A. K. B. Mulher mastectomizada:
desempenho de papéis e rede social de apoio.Acta Paulista de Enfermagem, v.
17, n. 1, p.18- 24, 2004.
BARLOW, C.E. LAMONTE, M.J.; FITZGERALD, S.J.; KAMPERT, J.B.; PERRIN,
J.L.; BLAIR, S.N. Cardiorespiratory fitness is an independent predictor of
hypertension incidence among initially normotensive healthy women (2004)
Am J Epidemiol. v.163, n.2, p:142-150.2006.
BARRY, E. LAMONTE, M.J.; FITZGERALD, S.J.; KAMPERT, J.B.; PERRIN, J.L.;
BLAIR, S.N..Anthracycline-induced cardiotoxicity: course, pathophysiology,
prevention and management. Expert Opin Pharmacother. v.8, n.8, p:1039-1058.
2007.
BASEN-ENGQUIST, K. TAYLOR , C.L.; ROSENBLUM, C.; SMITH, M.A.; SHINN,
E.H.; GREISINGER, A.; GREGG, X.; MASSEY, P.; VALERO, V.; RIVERA, E.
Randomized pilot test of a lifestyle physical activity intervention for breast cancer
survivors. Patient Educ Couns. v.64, n.1-3, p:225-334. 2006.
BATTAGLINI, C. BOTTARO, M.; DENNEHY, C.The effects of an individualized
exercise intervention on body composition in breast cancer patients undergoing
treatment. São Paulo Med J. v.125, n.1, p: 22-28. 2007.
BATTAGLINI, C.; DENNEHY, C.; GROFF, D.; KIRK, D.; ANTON, P. Cancer
Complementary Therapies in the Management of Cancer Treatment-Related
Symptoms: The Individualized Prescriptive Exercise Intervention Approach.
Medicina Sportiva, v.10, n.2, p:49-57, 2006.
BATTAGLINI, C.L., BOTTARO, M.; CAMPBELL. J.S., NOVAES, J.; SIMÃO, R.
Atividade física e níveis de fadiga em pacientes portadores de câncer. Rev Bras Med
Esporte, v.10, n. 2, p.98-104. 2004.
BENNET, J.A.; WINTERS-STONE, K.; NAIL, L.Conceptualizing and Measuring
Physical Functioning in Cancer Survivorship Studies. Oncology Nursing Forum.
v.33, n. 1, p: 41-49. 2006.
97
BLAIR, S.N.; BRODNEY, S. Effects of physical inactivity and obesity on morbidity
and mortality: current evidence and research issues. Med Sci Sports Exerc. v.31,
n.11; p: 646-662. 1999. suplemento.
BLAIR, S.N.; KOHL, HAROLD W. III; BARLOW, C. E.; PAFFENBARGER, R.S. JR;
GIBBONS, L. W.; MACERA, C. Influences of Cardiorespiratory Fitness and Other
Precursors on Cardiovascular Disease and All-Cause Mortality in Men and Women.
JAMA.v.276, n.3, 17 p: 205-210. 1996.
BLAIR, S.N. GOODYEAR, N.N., GIBBONS, L.W., COOPER, K.H. Physical fitness
and incidence of hypertension in healthy normotensive men and women. JAMA.
v.27, n. 2524, p:487-490.1984.
BLAND, K.I; COPELAND III, E.M. A mama: tratamento compressivo das doenças
malignas e benignas. São Paulo: Manole; 1994. p.1267.
BOND, D.S. EVANS, R.K.; DeMARIA, E.J.; WOLFE, L.G.; MEADOR, J.G.; KELLUM,
J.M.; MAHER, J.W. Physical activity stage of readiness predicts moderate-vigorous
physical activity participation among morbidly obese gastric bypass surgery
candidates. Surg Obes Relat Dis. v.2, n.2, p:128-132. 2006.
BOWEN, D.J.; ALFANO, A.C.; MCGREGOR, B.A.; KUNIYUK, A.; BERNSTEIN, L.;
MEESKE, K.; BAUMGARTNER, K.B.; FETHEROLF, J.; REEVE, B.B.; SMITH, A.W.;
GANZ, P.A.; MCTIERNAN, A.; BARBASH, A.A. Possible socioeconomic and ethnic
disparities in quality of life in a cohort of breast cancer survivors.Breast Cancer Res
Treat. 27.2007. No prelo.
BRANDÃO, M.R.F; FECHIO, J.J. A influência da atividade física nos estados de
humor. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de
Londrina, Paraná, v.12, n.2, p.21-27, 1997.
BRASIL. Ministério da Saúde Uma análise da situação de saúde. Brasília. Editora
MS. 2004, 364p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto
Nacional de Câncer. TNM: classificação de tumores malignos. 6. ed. Rio de
Janeiro: INCA, 2004a. 254p.
98
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Radioterapia
(RT).Definições e Orientações Gerais. Disponìvel em:
<http://dtr2001.saude.gov.br/sas/decas/radio.mansia.htm.> Acessado em:
29/12/2006.
BREZDEN C.B.; PHILLIPS, K.A.; ABDOLELL, M.; BUNSTON, T.; TANNOCK, I.F.
Cognitive function in breast cancer patients receiving adjuvant chemotherapy.J Clin
Oncol. v.18, n.14, p:2695-2701. 2000.
BRION, R. VERDIER, J.C.; PONCELET, P.; DOUARD, H.; PAGE, E.; AMORETTI,
R.; GAUTHIER, J.; DUCARDONNET, A.; GRESSIN, V.; DUBANCHET, A.
Comparative effects of bisoprolol and nitrendipine on exercise capacity in
hypertensive patients with regular physical activity. J Cardiovasc Pharmacol. v.35,
n.1, p: 78-83. 2000.
BROWN, J.K.; BYERS, T.; DOYLE, C.; COURNEYA, K.S.; DEMARK-
WAHNEFRIED, W.; KUSHI, L.H.; MCTIERNAN A.; ROCK, C.L.; AZIZ, N.; BLOCH,
A. S; ELDRIDGE, B.; HAMILTON,K.;KATZIN, C.; KOONCE, A.;MAIN, J.;
MOBLEY,C.; MORRA, M. E. PIERCE, M.S.;SAWYER, K.A. Nutrition and Physical
Activity During and After Cancer Treatment: An American Cancer Society Guide for
Informed Choices. CA Cancer J Clin. v.53, n.5, p.268-291. 2003.
BURNHAM, T.R.; WILCOX, A. Effects of exercise on physiological and psychological
variables in cancer survivors. Med Sci Sports Exerc.v.34, n.12, p:1863-1867. 2002.
BURSTEIN H.J. Primary care for survivors of breast cancer. The New England
Journal of Medicine. v. 343, n.15, p: 1086-1094.2000.
CAMPBELL A. MUTRIE N, WHITE F, MCGUIRE F, KEARNEY N.A pilot study of a
supervised group exercise programme as a rehabilitation treatment for women with
breast cancer receiving adjuvant treatment. European Journal of Oncology
Nursing. v. 9, n1, p: 56–63.2005.
CARMICHAEL, A.R. Obesity and prognosis of breast cancer. Obes Rev. v.7, n.4, p:
333-340. 2006.
CARLSON, L.E. CAMPBELL, T.S.; GARLAND, S.N.; GROSSMAN, P. Associations
among salivary cortisol, melatonin, catecholamines, sleep quality and stress in
women with breast cancer and healthy controls. Journal of Behavioral Medicine.
v.30, n.1, p: 45-58.2007.
99
CARROL, S.C. B.; COOKE, C.B., BUTTERLY. R.J.; Metabolic clustering, physical
activity and fitness in nonsmoking, middle-aged men. Med. Sci. Sports Exerc. v. 32,
n.12, p: 2079-2086. 2000.
CARTER, H. ANDREW, M.; JONES,T.J.; BARSTOW, M. B.; CRAIG, W.; DOUST, J.
H. Effect of endurance training on oxygen uptake kinetics during treadmill running. J
Appl Physiol. v.89, n.5, p:1744-1752. 2000.
CARLSON, L.E.; BULTZ, B.D. Cancer distress screening. Needs, models, and
methods. Journal of Psychosomatic Research. v.55, n5, p.403-409, 2003.
CHEEMA, B.S.; GAUL, C.A. Full-body exercise training improves fitness and quality
of life in survivors of breast cancer. J Strength Cond Res.v.20, p.1, p:14-21.2006.
CHEVILLE, A.L. Cancer rehabilitation. Semin Oncol. v.32, n.2, p:219-224.2005.
CICONELLI, R.M.; FERRAZ, M.B.; SANTOS, W. Tradução para a língua portuguesa
e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36
(Brasil SF-36). Rev. Bras Reumatol. v.39, p:143 -150,1998.
COBB, S. Presidential Address-1976. Social support as a moderator of life stress.
Psychosom Med. v.38, n.5, p: 300-314. 1976.
COLES, C.E. MOODY, A.M.; WILSON, C.B.; BURNET, N.G. Reduction of
radiotherapy-induced late complications in early breast cancer: the role of intensity-
modulated radiation therapy and partial breast irradiation. Part I--normal tissue
complications. Clin Oncol (R Coll Radiol). v.17, n.1, p:16-24. 2005.
CONDE, D.M.; PINTO-NETO, A.M.; SANTOS-SÁ, D.; COSTA-PAIVA, L.;
MARTINEZ, E.Z. Factors associated with quality of life in a cohort of postmenopausal
women. Gynecol Endocrinol. v.22, n.8, p: 441: 446. 2006.
CONDE, D.M.; PINTO-NETO, A.M.; CABELLO, C.; SANTOS-SÁ, D.; COSTA-
PAIVA, L.; MARTINEZ, E.Z. Quality of Life in Brazilian Breast Cancer Survivors
Age 45–65 Years: Associated Factors. Breast J. v.11, n.6, p: 425-432.2005.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (BRASIL). Código de Ética Médica :
resolução CFM 1.246/1998. Código de processo ético-profissional : resolução CFM
1.617/2001. 6. ed. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2001. 61 p.
100
CORBIN, J.M.The Corbin and Strauss Chronic Illness Trajectory model: an update.
Sch Inq Nurs Pract. Spring; v.12, n.1, p: 33-41.1998.
COSTAMILAN, R.S. Tratamento Adjuvante em Pacientes Idosas com câncer de
mama. Revista Brasileira de Oncologia Clinica. v.1, n.4, p.25-27. 2005.
COURNEYA, K.S.; MACKEY, J.R.; JONES, L.W. Coping With Cancer Can Exercise
Help? The Physician and Sportsmedicine. v.28,n.5. 2000.Disponível em:<
http://www.physsportsmed.com/issues/2000/05_00/courneya.htm>.Acessado em:
27/10/2003.
COURNEYA, K.S; FRIEDENREICH, C.M. Framework PEACE: An Organizational
Model for Examining Physical Exercise Across the Cancer Experience. Ann Behav
Med. v.23, n.4, p.263–272, 2001.
COURNEYA, K.S. Exercise in cancer survivos: an overview of research. Medicine &
Science in Sports & Exercise, v.35, n.11, p.1846-1852. 2003.
COURNEYA, K.S; FRIEDENREICH, C.M.; SELA, R.A.; QUINNEY, H.A.; RHODES,
R.E.; HANDMAN, M. The group psychotherapy and home-based physical exercise
(group-hope) trial in cancer survivors: physical fitness and quality of life outcomes.
Psycho-Oncology.v.12,n.4,p.357–374. 2003a.
COURNEYA K.S.; MACKEY, J.R.,BELL, G.J.; JONES, L.W.; FIELD, C.J.; FAIREY,
A.S. Randomized controlled trial of exercise training in postmenopausal breast
cancer survivors: cardiopulmonary and quality of life outcomes. J Clin Oncol. v.21,
n.9, p:1660-1668. 2003b.
CRAIG, C.L.; MARSHALL, A.L; SJÖSTRÖM, M.; BAUMAN, A.E.; BOOTH, M.L.;
AINSWORTH, B.E.; PRATT, M.; EKELUND, U.; YNGVE, A.; SALLIS, J.F.; OJA P.
International Physical Activity Questionnaire: 12-country reliability and validity.
Medicine and Science in Sports and Exercise. v.35, n.8, p.1381-1395, 2003.
CRESPO, C.J. ; PALMIERI, M.R.; PERDOMO, R.P,; MCGEE, D.L,; SMIT, E.;
SEMPOS, C.T.; LEE, I.M; SORLIE, P.D. The relationship of physical activity and
body weight with all-cause mortality: results from the Puerto Rico Heart Health
Program. Ann Epidemiol. v.12, n.8, p:543-52. 2002.
CREVENNA, R.; SCHMIDINGER, M.; KEILANI, M.; NUHR, M.; NUR, H.; ZOCH, C.;
ZIELINSKI, C.; FIALKA-MOSER, V.; QUITTAN, M. Aerobic exercise for a patient
suffering from metastatic bone disease. Support Care Câncer. v.11, n., p.120-122.
2003.
101
CURRAN, S.L.; BEACHAM, A.O.; ANDRYKOWSKI, M.A. Ecological Momentary
Assessment of Fatigue Following Breast Cancer Treatment. Journal of Behavioral
Medicine. v.27, n.5. p: 425-444.2004.
DALEY, A.J.; COPELAND, R.J.; WRIGHT, N.P.; ROALFE, A.; WALES, J.K. Exercise
therapy in women who have had breast cancer: design of the Sheffield women's
exercise and well-being project. Health Educ Res.v.19, n.6, p.689-697.2004.
DEMARK-WAHNEFRIED, W.; PETERSON, B.L.; WINER, E.P.; MARKS, L.; AZIZ,
N.; MARCOM, P.K.; BLACKWELL, K.; RIMER, B.K. Changes in Weight, Body
Composition, and Factors Influencing Energy Balance Among Premenopausal Breast
Cancer Patients Receiving Adjuvant Chemotherapy. J Clin Oncol. v.19, n.9, p:2381-
2389. 2001.
DEMIRKAN, B.; ALACACIOGLU, A.; YILMAZ, U. Relation of Body Mass Index (BMI)
to Disease Free (DFS) and Distant Disease Free Survivals (DDFS) Among Turkish
Women with Operable Breast Carcinoma.J Clin Oncol. v.37, n.4, p:256–265.2007;
DIGMAN, J.J. WIEAND, K.; JOHNSON, K.A.; FISHER, B.; XU, L.; MAMOUNAS, E.P.
Obesity, tamoxifen use, and outcomes in women with estrogen receptor-positive
early-stage breast cancer. J Natl Cancer Inst. v.1, n.95, p:1467-1476. 2003.
DIMEO, F.C. THOMAS, F.; RAABE-MENSSEN, C.; PROPPER, F.; MATHIAS, M.
Effect of aerobic exercise and relaxation training on fatigue and physical performance
of cancer patients after surgery. A randomised controlled trial. Support Care
Cancer. v.12, n.11. p:774-779. 2004.
DIMEO, F.C.; BERTZ. H.; FINKE, J.; FETSCHER, S.; MERTELSMANN, R.; KEUL, J.
An aerobic exercise program for patients with haematological malignancies after
bone marrow transplantation. Bone Marrow Transplant. v.18, n.6, p.1157-1160.
1996.
DIMEO, F.C.; TILMANN, M.H.; BERTZ, H.; KANZ, L.; MERTELSMANN, R.; KEUL, J.
Aerobic exercise in the rehabilitation of cancer patients after high dose chemotherapy
and autologous peripheral stem cell transplantation. Cancer, v.79, n.9, p.1717–
1722.1997.
DIMEO, F.C.; FETSCHER, S.; LANGE, W.; MERTELSMANN, R.; KEUL, J. Effects of
Aerobic Exercise on the Physical Performance and Incidence of Treatment-Related
Complications After High-Dose Chemotherapy. Blood, v.90, n.9, p. 3390-
3394.1997a. suplemento.
102
DIRKSEN, S.R. Predicting well-being among breast cancer survivors.J Adv Nurs.
v.32, n.4, p:937-43. 2000.
DISHMAN, R.K. Physical activity and mental health. In H.S. Friedman (Ed.).
Encyclopedia of Mental Health v.3.San Diego,CA: Academic Press; 1998. p.171-
88.
DONOVAN, K.A.; JACOBSEN ,P.B.; ANDRYKOWSKI, M.A.; WINTERS, E.M.;
BALDUCCI, L.; MALIK, U.; KENADY, D., MCGRATH, P. COURSE of Fatigue in
Women Receiving Chemotherapy and/or Radiotherapy for Early Stage Breast
Cancer. J Pain Symptom Manage. v.28, n.4, p:373–380. 2004.
DRAKE, D.; FALZER, P.; XISTRIS, D.; ROBINSON, G.; ROBERGE, M. Physical
fitness training: outcomes for adult oncology patients. Clin Nurs Res. v.13, n.3,
p.245-264. 2004.
DROUIN, J.S. YOUNG, T.J.; BEELER, J.; BYRNE, K.; BIRK, T.J.; HRYNIUK, W.M.;
HRYNIUK, L.E. Random control clinical trial on the effects of aerobic exercise training
on erythrocyte levels during radiation treatment for breast cancer.
Cancer. v.107; n.10, p:2490-2495.2006.
DUARTE, T.P.; ANDRADE, A. N. Enfrentando a mastectomia: análise dos relatos de
mulheres mastectomizadas sobre questões ligadas à sexualidade. Estudos de
Psicologia. v.8, n1, p:155-163.2003.
EARLY BREAST CANCER TRIALISTS’ COLLABORATIVE GROUP (EBCTCG).
Effects of radiotherapy and of differences in the extent of surgery for early breast
cancer on local recurrence and 15-year survival: an overview of the randomised
trials. Lancet. v.17, n.9503, p:2087-2106. 2005.
EMENS, L.A.; DAVIDSON, N.E. Adjuvant Hormonal Therapy for Premenopausal
Women with Breast Cancer. Cancer Res. v.9, p.486-464, 2003. suplemento.
EVANS, E.S.; PROSNITZ, R.G.; YU, X.; ZHOU, S.M.; HOLLIS, D.R.; WONG, T.Z.;
LIGHT, K.L.; HARDENBERGH, P.H.; BLAZING, M.A.; MARKS, L.B. Impact of
patient-specific factors, irradiated left ventricular volume, and treatment set-up errors
on the Development of myocardial perfusion defects after Radiation therapy for left-
sided breast cancer. Int. J. Radiation Oncology Biol. Phys. v.66, n 4, p:1125–1134,
2006.
103
EVERS, B.M.; TOWNSEND, C.M.; THOMPSON, J.C. Organ physiology of aging.
Surg Clin North Am. v.74, n.1, p:23-39. 1994.
FAREY, A.S.; COURNEYA, K.S.; FIELD, C.J.; BELL, G.J.; JONES, L.W.; MARTIN,
B.S.; MACKEY, J.R. Effect of exercise training on C-reactive protein in
postmenopausal breast cancer survivors: a randomized controlled trial. Brain Behav
Immun. v.19, n.5, p:381-8. 2005.
FAREY, A.S.; COURNEYA, K.S.; FIELD, C.J.; BELL, G.J.; JONES, L.W.; MACKEY,
J.R. Effects of exercise training on fasting insulin, insulin resistance, insulin-like
growth factors, and insulin-like growth factor binding proteins in postmenopausal
breast cancer survivors: a randomized controlled trial. Cancer Epidemiol
Biomarkers Prev. v.12, n.8, 721-727. 2003.
FARIA, S.L.; JUVENAL, A.; OLIVEIRA, F.O.; ALICE, R.; GARCIA, AMALFI, C.;
JULIA, M.B.; SPIRANDELI, E. E. C. C. Quimioterapia concomitante à radioterapia no
tratamento adjuvante do câncer de mama localizado. Revista Brasileira de
Cancerologia. v.47 n.2, p.153-158, 2001.
FEHLAUER, F.; TRIBIUS, S.; MEHNERT, A.; RADES, D. Health-related quality of life
in long term breast cancer survivors treated with breast conserving therapy: impact of
age at therapy. Breast Cancer Res Treat.v.92, n.3, p:217-222.2005
FLEMING, S.T.; PURSLEY, G.H.; NEWMAN, B.; PAVLOV, B.; CHEN, K.
Comorbidity as a Predictor of Stage of Illness for Patients With Breast Cancer. v.43,
n.2, 132-140. 2005.
FLETCHER, G.F.; BALADY, G.J.; AMSTERDAM, E. A. ; CHAITMAN, B.; ECKEL,
R.; FLEG, J.;. FROELICHER, V.F.; LEON, A.S.; PINÃ, I.L.; RODNEY, R.; SIMONS-
MORTON, D.G.; WILLIAMS, M.A.; BAZZARRE, T. Exercise standards for testing and
training: a statement for healthcare professionals from the American Heart
Association. Circulation. v.104, n14, p: 1694-740.2001.
FROST, H.M. SUMAN, V.; RUMMANS, T.A.; DOSE, A.D.; TAYLOR, M., NOVOTNY,
P.; JOHSON, R.; EVASN, R.E. Physical, psychological and social well-being of
women with breast cancer: the influence of disease phase. Psychooncology. v. 9,
n.3, p:221-231. 2000.
FOX, K.R. The influence of physical activity on mental well-being. Public Health
Nutrition. v,23, n.39, p.411-418. 1999.
104
GALANIS, D.J. KOLONEL, L.N.; LEE, J.; LE MARCHAND, L. Anthropometric
predictors of breast cancer incidence and survival in a multi-ethnic cohort of female
residents of Hawaii, United States. Cancer Causes Control.v. 9, n.2, p:217-
224.1998.
GALVÃO, D.A.; NEWTON, R.U. Review of Exercise Intervention Studies in
Cancer Patients. J. Clin Oncol v.23, n.4, p:899-909. 2005
GANZ, P.A. KWAN, L.; STANTON, A.L.; KRUPNICK, J.L.; ROWLAND, J.H.;
MEYEROWITZ, B.E.; BOWER, J.E.; BELIN, T.R. Quality of life at the end of primary
treatment of breast cancer: first results from the moving beyond cancer randomized
trial. J Natl Cancer Inst. v.96; n.5, p: 376-387.2004.
GANZ, P.A.; DESMOND, K.A.; LEEDHAM, B.; ROWLAND, J.H.; MEYEROWITZ,
B.E.; BELIN, T.R. Quality of life in long-term, disease-free survivors of breast cancer:
a follow-up study.J Natl Cancer.v.94, n.1, p:39-49. 2002.
GANZ, P. A. Impact of tamoxifen adjuvant therapy on symptoms, functioning, and
quality of life. J Natl Cancer Inst Monogr. v.30, p:130-134. 2001.
GAYA A.M.; ASHFORD R.F. Cardiac complications of radiation therapy.
Clin Oncol (R Coll Radiol).v.17, n.3, p:153-159.2005.
GEORGIADES, A.; SHERWOOD. A.; GULLETTE, E.C.; BABYAK, M.A.;
HINDERLITER, A.; WAUGH, R.; TWEEDY, D.; CRAIGHEAD, L.; BLOOMER, R.;
BLUMENTHAL, J.A. Effects of Exercise and Weight Loss on Mental Stress–Induced
Cardiovascular Responses in Individuals With High Blood Pressure. Hypertension,
v.36, n.2, p.171-176, 2000.
GIORDANO, S.H.; HORTOBAGYI, G.N.; KAU, S.W.; THERIAULT, R.L.; BONDY,
M.L. Breast cancer treatment guidelines in older women. Journal Clinical
Oncology. v.23, n.4, p.783-791. 2005.
GIORDANO, S.H.; BUZDAR, A.U.; HORTOBAGYI, G.N. Breast câncer in Men. Ann
Intern Med. v.137, p.678-687, 2002.
GODOY, D.V.; GODOY, R.V. Redução dos níveis de ansiedade e depressão de
pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) participantes de um
programa de reabilitação pulmonar. J. Pneumol, v.28, n.3, p.120-124, 2002.
105
GOMES, R.; SKABA, M. M. V. F.; VIEIRA, R.J.S.Reinventando a vida: proposta para
uma abordagem sócio- antropológica do câncer de mama feminina. Cad. Saúde
Pública. v.18, n.1, p:197-204. 2002.
GOODMAN, L. S.; GILMAN. A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10.ed.,
Rio de Janeiro: Mc- Graw-Hill, 1647p., 2002.
GORDON N.F.; SCOTT C.B.; DUNCAN, J.J. Effects of atenolol versus enalapril on
cardiovascular fitness and serum lipids in physically active hypertensive men. Am J
Cardiol. v.79, n.8, p:1065-1069. 1997
GROENVOLD, M.; PETERSEN, M.A.; IDLER, E.; BJORNER, J.B.; FAYERS, P.M.;
MOURIDSEN, H.T. Psychological distress and fatigue predicted recurrence and
survival in primary breast cancer patients. Breast Cancer Res Treat. v.3, Jan 2007.
No prelo.
GULATI. M.; PANDEY. D.K.; ARNSDORF, M.F.; LAUDERDALE, D.S.; THISTED,
R.A.; WICKLUND, R.H.; AL-HANI, A.J.; BLACK, H.R. Exercise capacity and the risk
of death in women: the St James Women Take Heart Project. Circulation. v. 108,
n13, p:1554-1559. 2003
GUREN, M.G.; DUELAND, S.; SKOVLUND, E.; FOSSA, S.D.; POULSEN, J.P.;
TVEIT, K.M. Quality of life during radiotherapy for rectal cancer. Eur J Cancer. v.39,
n.5, p.587-594. 2003.
HAFFTY, B.G.; KIM, J.H.; YANG, Q.; HIGGINS, S.A. Concurrent chemo-radiation in
the conservative management of breast cancer. Int. J. Radiation Oncology Biol.
Phys.v. 66, n. 5, p. 1306–1312. 2006.
HARRIS, E.E.R.; CORREA, C.; HWANG, W.T.; LIAO, J.; LITT. H,I,; FERRARI, V.A.;
SOLIN, L.J. Late Cardiac Mortality and Morbidity in Early-Stage Breast
Cancer Patients After Breast-Conservation Treatment .J Clin Oncol. v.24, n25,
p:4100-4106.2006.
HANGSTRÖMER, M.; OJA, P.; SJOSTROM, M. The International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ): a study of concurrent and construct validity. Public Health
Nutr. v.9, n.6, p:755-762. 2006.
106
HASSETT, M.J. O'MALLEY, A.J.; PAKES, J.R.; NEWHOUSE, J.P.; EARLE, C.C.
Frequency and cost of chemotherapy-related serious adverse effects in a population
sample of women with breast cancer. J Natl Cancer Inst. v.98, n.16, p:1108-1117.
2006.
HAYES, D.F. Clinical practice. Follow-up of patients with early breast cancer.
N Engl J Med. v.14, n.356, p:2505-25132.2007.
HAYES, S. DAVIES PS, PARKER TW, BASHFORD J, GREEN A. Role of a mixed
type, moderate intensity exercise programme after peripheral blood stem cell
transplantation.Br J Sports Med. v.38, n.3, p.304-309. 2004.
HAYES, S.; DAVIES, P.S.; PARKER, T.; BASHFORD, J.; NEWMAN, B. Quality of life
changes following peripheral blood stem cell transplantation and participation in a
mixed-intensity, exercise program. Bone Marrow Transplation. v.33, n.5, p.553-
558. 2004a.
HAYES, S.; DAVIES, P.S.; PARKER, T.; BASHFORD, J. Total energy expenditure
and body composition changes following peripheral blood stem cell transplantation
and participation in an exercise programme. Bone Marrow Transplant.v.31, n.5,
p.331-338. 2003.
HAYWARD, R.; RUANGTHAI, R.; SCHNEIDER, C.M.; HYSLOP, R.M.; STRANGE,
R.; WESTERLIND, K.C. Training enhances vascular relaxation after chemoterapy-
induced vasoconstriction. Medicine & Science in Sports & Exercise, v.36, n.3,
p.428-434. 2004.
HAWFIELD, A.; LOVATO, J.; COVINGTON, D.; KIMMICK, G.Retrospective study of
the effect of comorbidity on use of adjuvant chemotherapy in older women with
breast cancer in a tertiary care setting. Crit Rev Oncol Hematol.v.59, n.3, p:250-
255. 2006.
HEINEY, S., P.; MCWAYNE, J.; FORD, L.; CARTER, C. Measurement in group
interventions for women with breast cancer.J Psychosoc Oncol. v.24, n.4, p: 89-
106. 2006.
HERRERO, F.; BALMER, J.; SAN JUAN, A.F.; FOSTER, C.; FLECK, S.J.; PEREZ,
M.; CANETE, S.; EARNEST, C.P.; LUCIA, A. Is cardiorespiratory fitness related to
Quality of life in survivors of breast cancer? Journal of Strength and Conditioning
Research. v.20, n3, p.535–540. 2006.
107
HERNANDEZ-REIF, M.; IRONSON, G.; FIELD, T.; HURLEY, J.; KATZ, G.; DIEGO,
M.; WEISS, S.; FLETCHER, M.A.; SCHANBER,G. S.; KUHN, C.; BURMAN, I. Breast
cancer patients have improved immune and neuroendocrine functions following
massage therapy. Journal of Psychosomatic Research. v.57, n.1, p.45-52. 2004.
HEYWARD, V.H. Advanced Fitness Assessment e Exercise Prescription. 3 ed.
Champaign, Human Kinetics, 1997, 322 p.
HIGA, M.N.;SILVA, E.; NEVES, V.F.C.; CATAI, A.M.; GALLO JR., L. ; SILVA DE SÁ,
M.F. Comparison of anaerobic threshold determined by visual and mathematical
methods in healthy women. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research. v.40, n.4,p:501-508.2007.
HOLMES, M.D.; CHEN W.Y, E.; FESKANICH, D.; KROENKE, C.H.; COLDITZ, G,A.
Physical Activity and Survival After Breast Cancer Diagnosis. JAMA. v.239, n.20,
p:2479-2486. 2005.
HOONING, M.J.; BOTMA, A.; ALEMAN, B.M.; BAAIJENS, M.H.; BARTELINK, H.;
KLIJN, J.G.; TAYLOR, C.W.; VAN LEEUWEN, F.E. Decreased Risk of Stroke Among
10-Year Survivors of Breast Cancer. Int. J. Radiation Oncology Biol. Phys. v.24,
n.34, p.5388-5394.2006.
HOPWOOD, P.; HAVILAND, J.; MILLS, J.; SUMO, G. M.; BLISS, J.The impact of
age and clinical factors on quality of life in early breast cancer: an analysis of 2208
women recruited to the UK START Trial (Standardisation of Breast Radiotherapy
Trial). Breast. v.16, n.3, p:241-251. 2007.
HOWLEY, E.T.; FRANKS, B.D. Manual do instrutor de condicionamento físico
para a saúde. 3 ed. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000, 448p.
HULTHÉN L. Hemodynamic effects of calcium channel blockers in essential
hypertension. Acta Pharmacol Toxicol (Copenh).v.58, n. 2, p:73-79. 1986.
suplemento.
HURRIA, A.; HURRIA, A.; ZUCKERMAN, E.; PANAGEAS, K.S.; FORNIER, M.;
D'ANDREA, G.; DANG, C.; MOASSER, M.; ROBSON, M.; SEIDMAN, A. CURRIE,
V.; VANPOZNAK, C.; THEODOULOU, M.; LACHS, M.S.; HUDIS, C. A prospective,
longitudinal study of the functional status and quality of life of older patients with
breast cancer receiving adjuvant chemotherapy. J Am Geriatr Soc. v.54, n.7,
p:1119-1124. 2006.
108
HURRIA, A.; BROGAN, K.; PANAGEAS, K.S.; PEARCE, C.; NORTON, L.;
JAKUBOWSKI, A.; ZAUDERER, M.; HOWARD ,J.; HUDIS, C. Patterns of toxicity in
older patients with breast cancer receiving adjuvant chemotherapy. Breast Cancer
Res Treat. v.92, n.2, p:151-156.2005.
HUTNICK, N. A.; WILLIAMS, N.I.; KRAEMER, W.J.; ORSEGA-SMITH, E.; DIXON,
R.H.; BLEZNAK, A.D.; MASTRO, A.M. Exercise and Lymphocyte Activation following
Chemotherapy for Breast Cancer. Med. Sci. Sports Exerc. v. 37, n 11, p.
1827-1835, 2005.
INGRAM, C.; COURNEYA, K.S.; KINGSTON, D. The Effects of Exercise on Body
Weight and Composition in Breast Cancer Survivors: An Integrative Systematic
Review. Oncology Nursing Forum. v.33, n.5. p: 937-950. 2006.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA (BRASIL). Estimativa 2005:
Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro. Editora Esdeva, 2004. 94p.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA (BRASIL). Atlas de mortalidade por
câncer no Brasil 1979-1999. Rio de Janeiro, ed. INCA, 2002, 412p.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA (BRASIL). Câncer de mama. Revista
Brasileira de Cancerologia. v.47, n.1, p.9-19, 2001.
IRWIN, M.L.; AIELLO, E.J.; MCTIERNAN, A.; BERNSTEIN, L.; GILLILAND, F.D.;
BAUMGARTNER, R.N.; BAUMGARTNER, K.B.; BALLARD-BARBASH, R. Physical
Activity, Body Mass Index, and Mammographic Density in Postmenopausal Breast
Cancer Survivors. J Clin Oncol. v.25, n.9, p: 1-6. 2007.
IRWIN, M.L.; MCTIERNAN, A.; BERNSTEIN, L.; GILLILAND, F.D.;
BAUMGARTNER, R.; BAUMGARTNER, K.; BALLARD-BARBASH, R. Relationship
of Obesity and Physical Activity with C-Peptide, Leptin, and Insulin-Like Growth
Factors in Breast Cancer Survivors. Prev Med. v.14, n.12, p: 2881–2888. 2005.
IRWIN, M. L. Physical Activity Levels among Breast Cancer Survivors. Med. Sci.
Sports Exerc.v. 36, n. 9, p: 1484-1491.2004.
IRWIN, M.L.; MAYER-DAVIS, E.J.; ADDY, C.L.; PATE, R.R.; DURSTINE, J.L.;
STOLARCZYK, L.M.; AINSWORTH, B.E. Moderate-intensity physical activity and
fasting insulin levels in women: the Cross-Cultural Activity Participation Study.
Diabetes Care.v.23, n.4, p:449-454. 2000.
109
ISHIKAWA-TAKATA, K.; TABATA, I.; SASAKI, S.; RAFAMANTANANTSOA, H.H.;
OKAZAKI, H.; OKUBO, H.; TANAKA, S.; YAMAMOTO, S.; SHIROTA, T.; UCHIDA,
K.; MURATA, M. Physical activity level in healthy free-living Japanese estimated by
doubly labelled water method and International Physical Activity Questionnaire. Eur J
Clin Nutr. v.23. 2007. No prelo.
JAGSI, R.; GRIFFITH, K.A.; KOELLING, T.; ROBERTS, R.; PIERCE, L.J .Stroke
Rates and Risk Factors in Patients Treated With Radiation Therapy for Early-Stage
Breast Câncer. J Clin Oncol. v.24, n.18, p: 2779-2785.2006.
JANSSEN-HEIJNEN, M.L.; HOUTERMAN, S.; LEMMENS, V.E.; LOUWMAN, M.W.;
MAAS, H.A.; COEBERGH, J.W. Prognostic impact of increasing age and co-
morbidity in cancer patients: a population-based approach. Crit Rev Oncol Hematol.
v.55, n.3, p:231-240.2005.
JOHANSSON, H.; GANDINI, S.; BONANNI, B.; MARIETTE, F.; GUERRIERI-
GONZAGA, A.; SERRANO, D.; CASSANO, E.; RAMAZZOTTO, F.; BAGLIETTO, L.;
SANDRI, M.T.; DECENSI, A.Relationships between circulating hormone levels,
mammographic percent density and breast cancer risk factors in postmenopausal
women. Breast Cancer Res Treat. v.28. 2007. No prelo.
JONES, L.W. EVES, N.D.; MACKEY, J.R.; PEDDLE, C.J.; HAYKOWSKY, M.; JOY,
A.A.; COURNEYA, K.S.; TANKEL, K.; SPRATLIN, J.; REIMAN, T. Safety and
feasibility of cardiopulmonary exercise testing in patients with advanced câncer.
Lung Cancer. v.55, n.2, p:225-232.2007.
JONES, L.W.; COURNEYA, K.S.; VALLANCE, J.K.; LADHA, A.B.; MANT, M.J.;
BELCH, A.R.; STEWART, D.A.; REIMAN, T. Association between exercise and
quality of life in multiple myeloma cancer survivors.Support Care Cancer.v.12, n.11,
p:780-788. 2004.
JONES R. L.; EWER, M,S. Cardiac and cardiovascular toxicity of nonanthracycline
anticancer drugs. Expert Rev Anticancer Ther. v.6, n.9, p:1249-1269. 2006.
JONES, R.L. SWANTON, C.; EWER, M.S. Anthracycline cardiotoxicity .Expert Opin.
Drug Saf. v.5, n.6, p:1-19. 2006.
JONSHON-KOSLOW, M.; F.; SALLIS, J.; GILPIN, E. A.; ROCK C.L.;, PIERCE, J.P.
Comparative validation of the IPAQ and the 7-Day PAR among women diagnosed
with breast cancer. Int J Behav Nutr Phys Act. v.31, n.3. p:3-7. 2006.
110
KENDALL, A.R. MAHUE-GIANGRECO, M.; CARPENTER, C.L.; GANZ, P.A.;
BERNSTEIN, L. Influence of exercise activity on quality of life in long-term breast
cancer survivors. Qual Life Res.v.14, n.2, p:361-371. 2005.
KIECOLT-GLASER, J.K.; GLASERB, R. Depression and immune function Central
pathways to morbidity and mortality. Journal of Psychosomatic Research. v.53,
n.4, p: 873– 876. 2002.
KIM, Y.; ROSCOE, J.A.; MORROW, G.R. The effects of information and negative
affect on severity of side effects from radiation therapy for prostate câncer. Support
Care Câncer. v.10, n., p.416–421, 2002.
KIROVA, Y.M.; GAMBOTTI. L.; DE RYCKE, Y.; VILCOQ, JR.; ASSELAIN, B.;
FOURQUET, A. Risk of second malignancies after adjuvant radiotherapy for breast
cancer: a large-scale, single-institution review. Int J Radiat Oncol Biol Phys. v.68,
n.2, p:359-63.2007.
KNOBF, T.M. Psychosocial responses in breast cancer survivors. Seminars in
Oncology Nursing. v 23, n. 1, pp: 71–83. 2007.
KNUTSEN, L. QUIST, M.; MIDTGAARD, J.; RORTH, M.; ADAMSEN, L. Maximum
physical capacity testing in cancer patients undergoing chemotherapy: qualitative
findings from an exercise program. Scand J Med Sci Sports. v. 16, n.6, p:403-
411.2006.
KUHNT, T. FRIESE, M.; JANICH, M.; GERLACH, R.; PELZ, T.; HAENSGEN, G.
Possibility of Radiotherapy-Associated Cardiovascular Side Effects in Breast Cancer
Patients by Modern Radiotherapy Techniques. The Breast Journal. v.13, n. 1, p:
103–105. 2007.
KUHN, K.G. BOESEN E, ROSS L, JOHANSEN C.. Evaluation and outcome of
behavioural changes in the rehabilitation of cancer patients: a review. Eur J Cancer.
v.41, n.2, p:216-24. 2005.
LAND, S.R.; KOPEC, J.A,; YOTHERS, G.; ANDERSON, S.; DAY, R.; TANG, G.;
GANZ, P.A.; FISHE, R .B.; WOLMARK. N. Health-related quality of life in axillary
node-negative, estrogen receptor-negative breast cancer patients undergoing AC
versus CMF chemotherapy: findings from the National Surgical Adjuvant Breast and
Bowel Project B-23.Breast Cancer Res Treat. v.86, n.2, p:153-164. 2004.
111
LEE, M.K.; SON, B.H.; HWANG, S.Y.; HAN, W.; YANG, J.H.; LEE, S.; YUN, Y.H.
Factors affecting health-related quality of life in women with recurrent breast cancer
in Korea. Qual Life Res. v.16, n.4, p:559-569. 2007.
LEE, E.H.; YAE CHUNG, B.; BOOG PARK, H. HONG CHUN, K. Relationships of
mood disturbance and social support to symptom experience in Korean women with
breast cancer. J Pain Symptom Manage. v.27, n.5, p: 425-433. 2004.
LEONETTI, G.; MAZZOLA. C.; PASOTTI, C.; ANGIONI, L.; VACCARELLA, A.;
CAPRA, A.; BOTTA, G.; ZANCHETTI, A. Treatment of hypertension in the elderly:
effects on blood pressure, heart rate, and physical fitness. Am J Med.v.90, n.3. p:12-
13. 1991. suplemento.
LEONETTI, G.; MAZZOLA, C.; PASOTTI, C.; ANGIONI, L.; VACCARELLA, A.;
CAPRA, A.; BOTTA, G.; ZANCHETTI, A. Antihypertensive efficacy and influence on
physical activity of three different treatments in elderly hypertensive patients. J
Hypertens Suppl. v.7, n. 6, p: 304-305. 1989. suplemento.
LIDGREN, M.; WILKING, N.; JÖNSSON, B.; REHNBERG, C.Health related quality of
life in different states of breast cancer. Qual Life Res. v. 16, n.6, p: 1073-1081. 2007.
LIEN, Y.C.; LIN, S.M.; NITHIPONGVANITCH, R.; OBERLEY, T.D.; NOEL, T.; ZHAO,
Q.; DAOSUKHO, C.; ST CLAIR, D.K.Tumor necrosis factor receptor deficiency
exacerbated Adriamycin-induced cardiomyocytes apoptosis: an insight into the Fas
connection. Mol Cancer Ther. v. 5, n.2, p:261–269,2006.
LIM, T.S.; PETERSEN, V.; ZISSIADIS,Y. CT planning for breast cancer. Australas
Radiol. v.51, n.3, p: 289-295. 2007.
LOPES, M.A. A interferência da atividade sensório-motora nas relações
familiares dos idosos participantes do programa de atividades físicas do
CDS/NETI/UFSC. 1999.120f Dissertação (mestrado). Centro de Desportos,
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis.1999.
LOUWMAN, W.J.; JANSSEN-HEIJNEN, M.L.G.; HOUTERMAN, S.; VOOGD, A.C.;
VAN DER SANGEN, M.J.C.; NIEUWENHUIJZEN, G.A.P.; COEBERGH. J.W.W.
Less extensive treatment and inferior prognosis for breast cancer patient with
comorbidity: a population-based study. Eur J Cancer. v.41, n.5, p: 779-785. 2005.
LUCÍA, A. EARNES, C.; PÉREZ , M. Cancer-related fatigue: can exercise physiology
assist oncologists? Lancet Oncol. v. 4, p: 616–625.2003.
112
LUNA, M.; KOCH, H.A. Avaliação dos laudos mamográficos: padronização prática de
recomendação de conduta para um programa de detecção precoce de câncer de
mama por meio de mamografia. Revista Brasileira de Mastologia. v.12, n.1, p.7-
12, 2002.
LYNCH, N.A.; RYAN, A.S.; BERMAN, D.M.; SORKIN, J.D.; NICKLAS, B. J.
COMPARISON of VO
2max
and disease risk factors between perimenopausal and
postmenopausal women. Menopause: The Journal of The North American
Menopause Society. v. 9, n. 6, p: 456-462.2002.
LYON, D.E.; ROUX, G.; VOLL, S. Hormonal breast cancer agents: implications for
the primary care provider. J Am Acad Nurse Pract. v.18, n.11, p:518-523. 2006.
MACLEAN, R. T. Memories of Treatment: The Immediacy of Breast Cancer.
Qualitative Health Research. v.14, n. 5, p: 628-643. 2004.
MANDELBLATT, J.; ARMETTA. C.; YABROFF, K.R.; LIANG, W.; LAWRENCE, W.
Descriptive review of the literature on breast cancer outcomes: 1990 through 2000. J
Natl Cancer Inst Monogr.v.2, n.33, p:8-44.2004.
MANSON, J.E.; GREENLAND, P.; LACROIX, A.Z.; STEFANICK, M.L.; MOUTON,
C.P.; OBERMAN, A.; PERRI, M.G.; SHEPS, D.S.; PETTINGER, M.B.; SISCOVICK,
D.S. Walking Compared with Vigorous Exercise for the Prevention of Cardiovascular
Events in Women. New England Journal of Medicine. v.347, n.10. p:716-725. 002.
MANSON, J.E.; HU. F.B.; RICH-EDWARDS, J.W.; COLDITZ, G.A.; STAMPFER,
M.J.; WILLETT, W.C.; SPEIZER, F.E.; HENNEKENS, C.H. A Prospective Study of
Walking as Compared with Vigorous Exercise in the Prevention of Coronary Heart
Disease in Women. New England Journal of Medicine. v.341, n.9. p:650-658.1999.
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos da Metodologia Científica. 5º ed.
São Paulo: Atlas, 2003. 311p.
MARTIN, M.; VILLAR, A.; SOLE-CALVO, A.; GONZALEZ, R.; MASSUTI, B.; LIZON,
J.; CAMPS, C.; CARRATO, A.; CASADO, A.; CANDEL, M.T.; ALBANELL, J.;
ARANDA, J.; MUNARRIZ, B.; CAMPBELL, J,; DIAZ-RUBIO, E.; GEICAM GROUP
(SPANISH BREAST CANCER RESEARCH GROUP), SPAIN. Doxorubicin in
combination with fluorouracil and cyclophosphamide (i.v. FAC regimen, day 1, 21)
versus methotrexate in combination with fluorouracil and cyclophosphamide (i.v.
CMF regimen, day 1, 21) as adjuvant chemotherapy for operable breast cancer: a
study by the GEICAM Group. Ann Oncol. v.14, n.6, p:833-842. 2003.
113
MARTINS, C.M.R.; SOUZA, G.A.; DERCHAIN, S.F.M.; ROTELI-MARTINS, C.M.;
TADINI,V.; SANTOS, A. L.; OLIVEIRA, S.H.C. Avaliação da Resposta do Câncer de
Mama à Quimioterapia: Papel da Ultra-sonografia e da Dopplerfluxometria. RBGO.v.
24, n.5, p: 447-452. 2002.
MAUNSELL, E.; BRISSON. J.; MONDOR, M.;VERREAULT, R.; DESCHCNES, L.
Stressful life events and survival after breast cancer. Psychosom Med. v.63, n.2,
p:306-315.2001.
MATSUDO, S.; ARAÚJO, T.; MATSUDO, V.; ANDRADE, D.; ANDRADE,
E.; OLIVEIRA, L.C.; BRAGGION, G. Questionário Internacional de Atividade Física
(IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Revista Brasileira de
Atividade Física e Saúde. v.6 n.2 p.5-18, 2001.
McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V. L.; TARANTO, G. Fisiologia do
exercício : energia, nutrição e desempenho humano. 5. ed Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003. 1113 p
McNAIR, D.M.; LORR, M.; DROPPLEMAN, L.F. Manual for the Profile of Mood
States (POMS). Education and Industrial Testing Service, San Diego, 1971.
MCNEELY, M.L.; CAMPBELL, K.L.; ROWE, B.H.; KLASSEN, T.P.; MACKEY, J. R.;
KERRY S. COURNEYA, K.S. Effects of exercise on breast cancer patients and
survivors: a systematic review and meta-analysis. CMAJ. v.175, n.1, p:34-41. 2006.
McPHERSON, K. Moderate alcohol consumption and cancer. Ann Epidemiol. v.17.
p:46-48. maio. 2007. suplemento
McTIERNAM, A. Physical Activity After Cancer: Physiologic Outcomes. Cancer
Investigation. v.22, n.1, p: 68–81. 2004.
MCTIERNAM, A.; RAJAN, K.B.; TWOROGER, S.S.; IRWIN, M.; BERNSTEIN, L.;
BAUMGARTNER, R.; GILLILAND, F.; STANCZYK, F.Z.; YASUI, Y.; BALLARD-
BARBASH, R. Adiposity and Sex Hormones in Postmenopausal Breast
Cancer Survivors. Journal of Clinical Oncology. v.l 21, n.10, p:1961-1966. 2003.
MEHNERT, A.; SCHERWATH, A.; SCHIRMER, L.; SCHLEIMER, B.; PETERSEN,
C.; SCHULZ-KINDERMANN, F.; ZANDER, A.R.; KOCH, U. The association between
neuropsychological impairment, self-perceived cognitive deficits, fatigue and health
related quality of life in breast cancer survivors following standard adjuvant versus
high-dose chemotherapy. Patient Educ Counsr; v.66, n.1, p:108-118. 2007.
114
MEINARD, M.T.; VAN VELDHUISEN, D.J.; GIETEMA, J.A.; DOLSMA, W.V.;
BOOMSMA, F.; VAN DEN BERG, M.P.; VOLKERS, C.; HAAKSMA, J.; DE VRIES,
E.G.E.; D.TH.; VAN DER GRAAF, W.T.A.S. Prospective Evaluation of Early Cardiac
Damage Induced by Epirubicin-Containing Adjuvant Chemotherapy and Locoregional
Radiotherapy in Breast Cancer Patients. J Clin Oncol v.19, n.10, p:2746-2753.
2001.
MENDONÇA, G.A.S.; SILVA, A.M.; CAULA, W.M. Características tumorais e
sobrevida de cinco anos em pacientes com câncer de mama admitidas no Instituto
Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública., v.20, n.5, p.1232-
1239. 2004.
MENKE, C.H. O triunfo da cirurgia conservadora. Revista Brasileira de Mastologia.
v.12, n.4, p.7-9, 2002.
MERCURO, G.; SAIU, F.; DEIDDA, M.; MERCURO, A. S.; VITALE, A.C.; ROSANO,
G. M.C. Impairment of physical exercise capacity in healthy postmenopausal women.
Am Heart J. v.151, n.4, p:923-927. 2006.
MIDTGAARD, J.; RORTH, M.; STELTER, R.; TVETERAS, A.; ANDERSEN, C.;
QUIST, M.; MOLLER, T.; ADAMSEN, L. The impact of a multidimensional exercise
program on self-reported anxiety and depression in cancer patients undergoing
chemotherapy: a phase II study. Palliat Support Care. Palliat Support Care.v.3, n.3,
p:197-208. 2005.
MIKKELSSON, L.; KAPRIO, J.; KAUTIAINEN, H.; NUPPONEN, H.; TIKKANEN, M.J.;
KUJALA, U.M. Endurance running ability at adolescence as a predictor of blood
pressure levels and hypertension in men: a 25-year follow-up study. Int J Sports
Med. v.26, n.6, p: 448-452. 2005.
MILLAR, K.; PURUSHOTHAM, A.D.; MCLATCHIE, E.; GEORGE, W.D.; MURRAY,
G.D.A 1-year prospective study of individual variation in distress, and illness
perceptions, after treatment for breast cancer. J Psychosom Res. v.58, n.4, p:335-
342. 2005.
MOLINA, M.; DALBEN, I.; LUCA, L.A. Análise das oportunidades de diagnóstico
precoce para as neoplasias maligna de mama. Rev Assoc Med Brás. v.49, n.2,
p.185-190, 2003.
MONTEIRO, M.F.; FILHO, D.C.S. Exercício físico e o controle da pressão arterial.
Rev. Bras. Med. Esporte. v.10, n. 6 , p. 513-516, 2004
115
MORA, S.; MORA, S.; REDBERG, R.F.; CUI, Y.; WHITEMAN, M.K.; FLAWS, J.A.;
SHARRETT, A.R.; BLUMENTHAL, R.S. Ability of exercise testing to predict
cardiovascular and all-cause death in asymptomatic women: a 20-year follow-up of
the lipid research clinics prevalence study. JAMA. v.24, n.12, p: 1600-1607. 2003.
MORCH, L.S.; JOHANSEN, D.; THYGESEN, L.C.; TJONNELAND, A.;
LOKKEGAARD, E.; STAHLBERG, C.; GRONBAEK, M. Alcohol drinking,
consumption patterns and breast cancer among Danish nurses: a cohort study. Eur J
Public Health. v.18. 2007. No prelo.
MORROW, G.R.; ANDREWS, P.L.; HICKOK, J.T.; ROSCOE, J.A.; MATTESON, S.
Fatigue associated with cancer and its treatment. Support Care Cancer. v.10, n.5,
p:389-398. 2002.
NAGEL, G. U.; WEDDING, H.; HOYER, B.; HRIG, KATENKAMP. R.O.D. The impact
of comorbidity on the survival of postmenopausal women with breast cancer. J
Cancer Res Clin Oncol. v.130, n.11. p:664-670. 2004.
NEIDIG, J.L.; SMITH, B.A.; BRASHERS, D.E. Aerobic exercise training for
depressive symptom management in adults living with HIV infection. J Assoc
Nurses AIDS Care, v.14, n.2, p.30-40. 2003.
NUCCI, N.A.G. Qualidade de Vida e Câncer: um estudo compreensivo. 2003,
225 f. Tese (doutorado). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto,
Universidade de São Paulo - USP, Ribeirão Preto.2003
OHIRA, T.; SCHMITZ, K.H.; AHMED, R.L.; YEE, D. Effects of weight training on
quality of life in recent breast cancer survivors: the Weight Training for Breast Cancer
Survivors (WTBS) study. Cancer. v.106, n.9, p:2076-2083. 2006.
OLDERVOLL, L.M.; KAASA, S.; HJERMSTAD, M.J.; LUND, J.A.; LOGE, J.H.
Physical exercise results in the improved subjective well-being of a few or is effective
rehabilitation for all cancer patients. Eur J Câncer, v.40,n.7, p.951-962. 2004.
OMVIK, P.; LUND-JOHANSEN, R.; HAUGLAND, H. Central hemodynamic effects at
rest and during exercise of acute and chronic treatment with nisoldipine in essential
hypertension. J Cardiovasc Pharmacol. v.10, n. 10, p:182-184.1987. suplemento.
116
ONDER, G. ;PENNINX, B.W.; BALKRISHNAN, R.; FRIED, L.P.; CHAVES, P.H.;
WILLIAMSON, J.; CARTER, C.; DI BARI, M.; GURALNIK, J.M.; PAHOR, M. Relation
between use of angiotensin-converting enzyme inhibitors and muscle strength and
physical function in older women: an observational study. Lancet. v.16, n.359, p:
926-930. 2002.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Doenças crônico
degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável,
atividade física e saúde. Brasília. 2003.60p. Disponível
em:<ttp://www.opas.org.br/sistema/arquivos/d_cronic.pdf. Acessado em 30/12/2003.
PAFFENBARGER, R.S.; LEE, I.M. Intensity of physical activity related to incidence of
hypertension and all-cause mortality: an epidemiological view. Blood Press Monit.
v.2, n.3, p:115-123. 1997.
PAFFENBARGER, R.S.; WING, A.L.; HYDE, R.T.; JUNG, D.L. Physical activity and
incidence of hypertension in college alumni. Am J Epidemiol. v.117, n.3, p:245-257.
1983.
PARDINI, R.; MATSUDO, S.M.M.; MATSUDO, V.K.R.; ARAÚJO, T.; ANDRADE, E.;
BRAGGION, G.F.; ANDRADE, D.R.; OLIVEIRA, L.C.; FIGUEIRA JÚNIOR, A. J.;
RASO, V. VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO Internacional de Nível de Atividade
Física (IPAQ – versão 6): estudo piloto em adultos jovens brasileiros. Revista
Brasileira de Ciência e Movimento. v.9, n.3, p.45-51, 2001.
PELUSO, M.A.M. Alterações de humor associadas a atividade física intensa.
2003. 231f. Tese (doutorado). Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo, São Paulo. 2003
PEREZ , E.A.; SUMAN, V.J.; DAVIDSON, N.E.; KAUFMAN, P.A.; MARTINO, S.;
DAKHIL, S.R.; INGLE, J.N.; RODEHEFFER, R.J.; GERSH, .BJ.; JAFFE, A.S. Effect
of Doxorubicin Plus Cyclophosphamide on Left Ventricular Ejection Fraction in
Patients With Breast Cancer in the North Central Cancer Treatment Group N9831
Intergroup Adjuvant Trial.Journal of Clinical Oncology. v.22, n.18, p:3700-3704.
2004.
PERIK, P.J.; VAN DER GRAAF, W.T.; DE VRIES, E.G.; BOOMSMA, F.;
MESSERSCHMIDT, J.; VAN VELDHUISEN, D.J.; SLEIJFER, D.T.; GIETEMA, J.A.
Circulating apoptotic proteins are increased in long-term disease-free breast cancer
survivors. Acta Oncol. v.45, n.2, p:175-183. 2006.
117
PERKINS, E.A.; HALEY, W.E.; BALDUCCI, L.; EXTERMANN, M.; PERKINS, E.A.;
SMALL, B.J.; MORTIMER, J. Individual differences in well-being in older breast
cancer survivors. Crit Rev Oncol Hematol. v.62, n.1, p:74-83.2007.
PERREAULT, A.; BOURBONNAIS, F.F. The experience of suffering as lived by
women with breast cancer. International Journal of Palliative Nursing. v.11, n.10,
p: 510-520. 2005.
PESCATELLO, L.S.; FRANKLIN, B.A.; FAGARD, R.; FARQUHAR, W.B.; KELLEY,
G.A.; RAY, C.A. American College of Sports Medicine. Exercise and Hypertension.
Med. Sci. Sports Exerc. v.36, n. 3, p: 533-553, 2004.
PETRELLI, J.M.; CALLE, E.E.; RODRIGUEZ, C.; THUN, M.J. Body mass index,
height, and postmenopausal breast cancer mortality in a prospective cohort of US
women. Cancer Causes Control. v.13, n. 4, p:325-332. 2002.
PEUCKMANN, V.E.; EKHOLM, O.; RASMUSSEN, N.K.; MOLLER, S.;
GROENVOLD, M.; CHRISTIANSEN, P.; ERIKSEN, J.; SJOGREN, P.Health-related
quality of life in long-term breast cancer survivors: Nationwide survey in Denmark.
Breast Cancer Res Treat. v.104, n.1, p: 39-46.2006.
PICCIRILLO, J.F.; TIERNEY, R.M.; COSTAS, I.; GROVE, L.; SPITZNAGEL, E.L. JR.
Prognostic Importance of Comorbidity in a Hospital-Based Cancer Registry.
JAMA.v.291, n.20, p:2441-2447. 2004
PIERCE L.J. Treatment guidelines and techniques in delivery of postmastectomy
radiotherapy in management of operable breast cancer. J Natl Cancer Inst Monogr.
v. 30, p:117-124, 2001.
PINHO, V.F.S.; COUTINHO, E.S.F. Variáveis associadas ao câncer em usuárias de
unidades básicas de saúde. Cad. Saúde Pública. v.23, n.5, p:1061-1069, 2007.
PINTO, B.M.; TRUNZO, J.J. Body Esteem and Mood Among Sedentary and
Active Breast Cancer Survivors. Mayo Clin Proc.v.79, n.2, p:181-186. 2004.
PINTO, B.M. ;CLARK, M.M.; MARUYAMA, N.C.; FEDER, S.I. Psychological and
fitness changes associated with exercise participation among women with breast
cancer. Psychooncology. v.12, n.2, p:118-262.2003.
118
PINTO, B.M.; TRUNZO, J.J.; REISS, P.; SHIU, S.Y. Exercise participation after
diagnosis of breast cancer: trends and effects on mood and quality of life.
Psychooncology.v.11, n.5, p.389-400. 2002.
PINTO. B.M.; MARUYAMA, N.C.; CLARK, M.M.; CRUESS, D.G.; PARK, E.;
ROBERTS, M. Motivation to modify lifestyle risk behaviors in women treated for
breast cancer. Mayo Clin Proc. v.77, n.2, p:122-129. 2002a.
POMEROY, J. ETNIER, J.L. Breast cancer survivors versus healthy controls: fatigue,
quality of life, and body image. Medicine & Science in Sports & Exercise. v.34,
n.5, p.512-513. 2002.suplemento.
POZEHL, B.; DUNCAN, K.; KRUEGER, S.; VERMAAS, P. Adjunctive Effects of
exercise training in heart failure patients receiving maximum pharmacologic therapy.
Prog. Cardiovasc. Nur. v.18, n.4, p.177-183. 2003.
POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Fisiologia do Exercício. Teoria aplicada ao
Condicionamento e ao desempenho. 3ed. São Paulo, Manole, 2000.
PRADO, M.A.S.; MAMEDE, M.V.; ALMEIDA, A.M.; CLAPIS, M. A. A prática da
atividade física em mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama: percepção
de barreiras e benefícios. Rev Latino-am Enfermagem, n.12, v.3, p.494-502. 2004.
PRAPAVESSIS, H; GROVE, J.R. Personality variables as antecedents of
precompetitive mood states. International Journal of Sport Psychology, v.29;
p.339-365. 1998.
RAGAZ, J.; OLIVOTTO, I.A.; SPINELLI, J.J.; PHILLIPS, N.; JACKSON, S.M.;
WILSON, K.S.; KNOWLING, M.A.; COPPIN, C.M.; WEIR, L.; GELMON, K.; LE, N.;
DURAND, R. COLDMAN, A.J.; MANJI, M. Locoregional Radiation Therapy in
Patients With High-Risk Breast Cancer Receiving Adjuvant Chemotherapy: 20-Year
Results of the British Columbia Randomized Trial. J Natl Cancer Inst. v.97, n.2,
p:116 –126. 2005.
RAVANDI-KASHANI, F. HAYES, T.G. Male Breast Cancer: A Review of the
Literature. Eur. J. Cancer. v.34, n.9, p. 1341-1347. 1998.
REID, M.B. e LI, Y.P .Cytokines and oxidative signalling in skeletal muscle.
Acta Physiol Scand.v.171, n.3, p:225-32.2001.
119
REIS, R.I.; EDELWEISS, M. I. Tratamento do câncer de mama: uma visão histórica.
Revista Brasileira de Mastologia. v.12, n.3, p.19-22. 2002.
ROBB, C.B.; HALEY, W.E.; BALDUCCI, L.; EXTERMANN, M.; PERKINS, E.A.;
SMALL, B.J.; MORTIMER, J. IMPACT of breast cancer survivorship on quality of life
in older women. Crit Rev Oncol Hematol.v.62, n.1, p: 84-91. 2007.
RICCI, M.D.; PINOTTI, M.; GIRIBELA, A. H. G.;PINOTTI, J.A.Novas perspectivas
minimamente invasivas no tratamento cirúrgico do câncer de mama. Revista
Brasileira de Mastologia. v.13, n.3, p.113-136, 2003.
ROBERTS, S.C.; ROBERGS, R.A.; HANSON, R. Clinical Exercise Testing and
Prescription Theory and Application. 4 ed. CRC Press. New York.1997. 316p.
ROSCOE, J.E.; MORROW, G.R.; HICK, O.K. J.T.; MUSTIAN, K.M.; GRIGGS, J.J.;
MATTESON, S.E.; BUSHUNOW, P.; QAZI, R.; SMITH, B. Effect of paroxetine
hydrochloride (Praxil) on fatigue and depression in breast cancer patients receiving
chemotherapy. Breast Cancer Research and Treatment v.89, n.3, p.243–249.
2005.
ROSE, D.P.; KOMNINOU, D.; STEPHENSON, G. D. Obesity, adipocytokines, and
insulin resistance in breast cancer.Obes Rev. v.5, n.3, p:153-165. 2004.
ROSEMANN, T.; LAUX, G.; SZECSENYI, J.Osteoarthritis of the knee and hip: a
comparison of factors associated with physical activity. Clin Rheumatol.v.2. 2007.
No prelo.
ROSMAN T. Cancer and stigma: experience of patients with chemotherapy-induced
alopecia. Patient Educ Couns.v.52, n.3, p:333-339. 2004.
RÜTTEN, A.; ZIEMAINZ, H.; SCHENA, F.; STAHL, T.; STIGGELBOUT, M.;
AUWEELE, Y.V.; VUILLEMIN, A.; WELSHMAN, J. Using different physical activity
measurements in eight European countries. Results of the European Physical
Activity Surveillance System (EUPASS) time series survey. Public Health Nutr.v.6,
n.4, p: 371-376.2003.
SANDE, S.L.; JUDGE, J.O.; LANDRY, N.; FARIA, L.; OUELLETTE, R.; MAJCZAK,
M. Dance and movement program improves quality-of-life measures in breast cancer
survivors. Cancer Nurs.v.28, n.4, p:301-309. 2005.
120
SARAÇ, F. ;PARÝLDAR, S.; DUMAN, E.; SAYGÝL,Ý. F.; TÜZÜN, M.; YÝLMAZ, C.
Quality of life for obese women and men in Turkey. Prev Chronic Dis. v.4, n.3.
2007. Em prelo.
SADIN, B.; CHOROTA, P.; VALIENTEA, R.M.; LOSTAOB, L.; SANTEDA, M.A.
Adverse psychological effects in women attending a second-stage breast cancer
screening. Journal of Psychosomatic Research. v.52, p.303-309, 2002.
SAINSBURY, J. R. C.; ANDERSON, T. J.; MORGAN, D. A. L. ABC of breast
diseases. Breast Cancer. BMJ. v.321, n. 23, p: 745-750.2000.
SARNA, L.; CONDE, F. Physical activity and fatigue during radiation therapy: A pilot
study using actigraph monitors. Oncol Nurs Forum.v.28, n.6, p.1043-1046. 2001.
SAWADA, S.S.; MUTO, T.; TANAKA, H.; LEE, I.M.; PAFFENBARGER, R.S. JR.;
SHINDO, M.; BLAIR, S.N. Cardiorespiratory fitness and cancer mortality in Japanese
Men: A prospective Study. Med. Sci. Sports Exerc. v.35, n.9, p.1546-1550.2003
SCHNEIDER, C.M.; DENNEHY, C.A.; ROOZEBOOM, M.; CARTER, S.D. A model
program: exercise intervention for cancer rehabilitation. Integr Cancer Ther, v.1, n.1,
p.76-82, 2002.
SCHILLER, B.C; CASAS, Y.G.; DESOUZA, C.A.; SEALS, D.R.Maximal aerobic
capacity across age in healthy Hispanic and Caucasian women. J Appl Physiol.
n.91, v.3, p:1048-1054.2001.
SCHOU, I.; EKEBERG, O.; SANDVIK, L.; HJERMSTAD, J.M.; RULAND, C.M
Multiple predictors of health-related quality of life in early stage breast cancer. Data
from a year follow-up study compared with the general population. Qual Life
Res.v.14, n.8, p:1813-23. 2005.
SCHWARTZ, A. L.; MORI, M.; GAO, R.; NAIL, L.M.; KING, M.E. Exercise reduces
daily fatigue in women with breast cancer receiving chemotherapy. Med. Sci. Sports
Exerc. v.33, n. 5, p: 718-723.2001.
SCHULTZ, P. N.; KLEIN, M.J.; BECK, M.L.; STAVA, C.; SELLIN, R.V. Breast cancer:
relationship between menopausal symptoms, physiologic health effects of cancer
treatment and physical constraints on quality of life in long-term survivors. J Clin
Nurs. v.14, n.2, p. 204–211. 2005.
121
SHIMOZUMA, K. Quality of life in the first year after breast cancer surgery:
rehabilitation needs and patterns of recovery. Breast Cancer Res Treat. v.56, n.1, p:
45-57. 1999.
SIOZON, C.C.The association between recreational physical activity and
mammographic density Int. J. Cancer. v.119, p.1695–1701.2006.
SOCIEDADE BRASIELIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). II Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Cardiologia Sobre Teste Ergométrico. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia. v.78, n. 2, p: 1-17, 2002.
SOCIEDADE BRASIELIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Consenso Nacional de
Ergometria. Indicações e contra-indicações dos testes ergométricos. Arquivos
Brasileiros de Cardiologia. v.65, n.2, p.191-211, 1995.
SOERJOMATARAM, I.; LOUWMAN, M.W.; RIBOT, J.G.; ROUKEMA, J.A.;
COEBERGH, J.W. An overview of prognostic factors for long-term survivors of breast
cancer. Breast Cancer Res Treat. v.22, 2007. No prelo.
SPROD, L.K.; DRUM, S.N.; BENTZ, A.T.; CARTER, S.D.; SCHNEIDER, C.M.The
Effects of Walking Poles on Shoulder Function in Breast Cancer Survivors.
Integrative Cancer Therapies. v. 4; n.4; p. 287-293.2005 .
STANTON, A. L.; DANOFF-BURG, S.; HUGGINS, M.E. The First Year After Breast
Cancer Diagnosis: Hope And Coping Strategies As Predictors Of Adjustment.
Psychooncology. v.11, n.2, p:93-102 . 2002.
STEWART, K.J.; KATHERINE, L.; TURNER, M.S.; ANITA, C.; BACHER, M.S.N.;
DEREGIS, J.R.; SUNG, J.;TAYBACK, M.; OUYANG, P. Are Fitness Activity, and
Fatness Associated With Health-related Quality of Life and Mood in Older Persons?
Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation. v.23, n.2, p: 115-121.2003.
STOLL, B.A. Does extra height justify a higher risk of breast cancer? Ann Oncol. v.3,
n.1, p:29-30.1992.
SUGAWARA, Y.A.; AKECHI, T,; OKUYAMA, T.; MATSUOKA, Y.; NAKANO, T.;
INAGAKI, M.; IMOTO, S.; FUJIMORI, M.; HOSAKA, T.; UCHITOMI, Y. Occurrence of
fatigue and associated factors in disease-free breast cancer patients without
depression. Support Care Cancer. v.13, n.8, p: 628-36.2005.
122
SURTEES, P.G.; WAINWRIGHT, N.W.; KHAW, K.T.; DAY, N.E. Functional health
status, condition medical chronic and mood disorders. British Journal of
Psychiatry, v.183, p.299-303, 2003.
SWERDLOW, A.J.; DE STAVOLA, B.L.; FLODERUS, B.; HOLM, N.V.; KAPRIO, J.;
VERKASALO, P.K.; MACK, T. Risk factors for breast cancer at young ages in twins:
an international population-based study. J Natl Cancer Inst. v.94, n.16, p:1238-
1246. 2002.
TAO, M. H.; SHU, O.; RUAN, Z.X.; GAO, Y.; ZHENG, W. Association of Overweight
with Breast Cancer Survival. Am J Epidemiol. v.163, n 2, p: 101–107. 2005.
TAVARES, J.S.C.; TRAD, L.A.B. Metáforas e significados do câncer de mama
na perspectiva de cinco famílias afetadas. Cad. Saúde Pública. v. 21, n:2, p:426-
435. 2005.
TAYLOR, C.W.; MCGALE, P.; DARBY S. C. Cardiac Risks of Breast-cancer
Radiotherapy: A Contemporary View. Clin Oncol (R Coll Radiol). v.18, n.3, p:236-
46.2006.
THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. 3 ed.
Porto Alegre, Artmed, 2002, 419 p.
THORSEN, L.; DAHL, A.A.; SKOVLUND, E.; HORNSLIEN, K.; FOSSA, S.D.
Effectiveness of physical activity on cardiorespiratory fitness and health-related
quality of life in young and middle-aged cancer patients shortly after chemotherapy.
Journal of Clinical Oncology. v.23, n.10, p. 2378-2388. 2005.
THEUWS, J.C.M.; SEPPENWOOLDE, Y.; KWA, S.L.; BOERSMA, L.J.; DAMEN,
E.M.; BAAS, P.; MULLER, S.H.; LEBESQUE, J.V. Changes in local pulmonary injury
up to 48 months after irradiation for lymphoma and breast cancer. Int. J. Radiation
Oncology Biol. Phys. v. 47, n. 5, p: 1201–1208. 2000.
THULER, L.C. Considerações sobre a prevenção do câncer de mama feminino.
Revista Brasileira de Cancerologia. v.49, n.4, p.227-238, 2003.
TIMONEN, L.; RANTANEN, T.; TIMONEN, T.E.; SULKAVA, R. Effects of group-
based exercise program on mood state of trail older women after discharge hospital.
International Journal of Geriatric Psychiatry. v.17, n.12, p.1106-1111. 2002.
123
TIMOLATI, F.; PENTASSUGLIA, L.; GIRAUD, M.N.; PERRIARD, J.C.; SUTER, T.M.;
ZUPPINGER, C. Neuregulin-1 beta attenuates doxorubicin-induced alterations of
excitation-contraction coupling and reduces oxidative stress in adult rat
cardiomyocytes. J Mol Cell Cardiol. v.41, n.5, p.:845-854. 2006.
TJONNELAND, A.; CHRISTENSEN, J.; OLSEN, A.; STRIPP, C.; THOMSEN, B.L.;
OVERVAD, K.; PEETERS, P.H.; VAN GILS, C.H.; BUENO-DE-MESQUITA, H.B.;
OCKE, M.C.; THIEBAUT, A.; FOURNIER, A.; CLAVEL-CHAPELON, F.; BERRINO,
F.; PALLI, D.; TUMINO, R.; PANICO, S.; VINEIS, P.; AGUDO, A.; ARDANAZ, E.;
MARTINEZ-GARCIA, C.; AMIANO, P.; NAVARRO, C.; QUIROS, J.R.; KEY, T.J.;
REEVES, G.; KHAW, K.T.; BINGHAM, S.; TRICHOPOULOU, A.; TRICHOPOULOS,
D.; NASKA, A.; NAGEL, G.; CHANG-CLAUDE, J.; BOEING, H.; LAHMANN, P.H.;
MANJER, J.; WIRFALT, E.; HALLMANS, G.; JOHANSSON, I.; LUND, E.; SKEIE, G.;
HJARTAKER, A.; FERRARI, P.; SLIMANI, N.; KAAKS, R.; RIBOLI, E. Alcohol intake
and breast cancer risk: the European Prospective Investigation into Cancer and
Nutrition (EPIC). Cancer Causes Control. v.18, n.4, p:361-373. 2007.
TOKALTI, F.; KAYA, M.; KOCAK, Z.; TURE, M.; MERT, S.; UNLU, E.; ALKAYA, F.;
CAKIR, B. Sequential pulmonary effects of radiotherapy detected by functional and
radiological end points in women with breast cancer. J. Clin Oncol (R Coll Radiol).
v.17, n.1, p: 39-46. 2005.
TOMIYAMA, H.; DOBA, N.; KUSHIRO, T.; YAMASHITA, M.; YOSHIDA, H.;
KANMATSUSE, K.; KAJIWARA, N.; HINOHARA, S. Effects of long-term
antihypertensive therapy on physical fitness of men with mild hypertension.
Hypertens Res. v.20; n.2, p:105-111,1997.
TOKARSKA-SCHLATTNER, M.; WALLIMANN, T.; SCHLATTNER, U. Alterations in
myocardial energy metabolism induced by the anti-cancer drug doxorubicin. C R
Biol. v.329, n.9, p:657-668. 2006.
TRENTHAM-DIETZ, A.; NEWCOMB, P.A.; NICHOLS, H.B.; HAMPTON, J.M. Breast
cancer risk factors and second primary malignancies among women with breast
cancer. Breast Cancer Res Treat. v. 21, 2006. No prelo.
TRIKAS, P.; VLACHONIKOLIS, I.; ASKOXILAKIS, I.; SANIDAS, E.; TSIFTSIS, D.;
PARITSIS, N. Low prebiopsy state irritability scores at the clinical onset of invasive
breast carcinoma. Journal of Psychosomatic Research. v.56, n. 1, p.17-26, 2004.
124
UNITED STATES DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES
(USDHHS). Physical Activity and Health: A Report of the Surgeon General.
Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease
Control and Prevention, National Center for Chronic Disease Prevention and Health
Promotion, 1996. Disponível em: http://www.cdc.gov/nccdphp/sgr/pdf/sgrfull.pdf.
Acessado em: 27/12/2003.
VACEK, P.M.; WINSTEAD-FRY, P.; SECKER-WALKER, R.H.; HOOPER, G.J.;
PLANTE, D.A. Factors influencing quality of life in breast cancer survivors Qual Life
Res. v.12, n.5, p:527-537.2003.
VAN DEN BRANDT, P. A. Pooled Analysis of Prospective Cohort Studies on
Height,Weight, and Breast Cancer Risk. Am J Epidemiol. v.152, n.6, p: 514–527.
2000.
VAN DEN BRANDT, P.A. ; DIRX, M.J.; RONCKERS, C.M.; VAN DEN HOOGEN, P.;
GOLDBOHM, R.A. Height, weight weight change, and postmenopausal breast
cancer risk: The Netherlands Cohort Study. Cancer Causes Control. v. 8, n.1, p:39-
47.1997.
VAUPEL, P.; MAYER, A.; BRIEST, S.; HOCKEL, M. Hypoxia in breast cancer: role
of blood flow, oxygen diffusion distances, and anemia in the development of oxygen
depletion. Adv Exp Med Biol. v.566, p:333-342. 2005.
VELIE, E.M.; NECHUTA. S; OSUCH, J.R. Lifetime Reproductive and Anthropometric
Risk Factors for Breast Cancer in Postmenopausal Women. Breast Disease. v.24,
n.1, p:17- 35.2006.
VIEIRA, C.P.; QUEIROZ, M.S. Representações sociais sobre o câncer feminino:
vivência e atuação profissional. Psicologia & Sociedade. v.18, n.1, p: 63-70. 2006.
ZHOU, S.; STARKOV, A.; FROBERG, M.K.; LEINO, R.L.; WALLACE, K.B.
Cumulative and irreversible cardiac mitochondrial dysfunction induced by
doxorubicin. Cancer Res. v.61, n.2, p:771-777. 2001.
WASSERMAN, K. HANSEN, J.E.; SUE, D.Y.; STRINGER, W.W.; WHIPP, B.J.
Principles of Exercise Testing e Interpretation. Baltimore: Lippincott Williamns e
Wilkins.3 ed.1999. 556 p.
125
WIESINGER, G. F.; LEINER,J.; QUITTAN,M.; FUCHSJÄGER-MAYRL, G.;
CREVENNA, R.; NUHR, M.J.; FRANCESCONI, C.; SEIT, H.P.; FRANCESCONI, M.;
FIALKA-MOSER, V.; WOLZT, M. Health related quality of life in patients with long-
standing insulin dependent (Type 1) diabetes mellitus: benefits of regular physical
training. Wien Klin Wochesnschr. v.17, n.113, p.670-675, 2001.
WILLIAMS, M.V. National survey of radiotherapy fractionation practice in 2003.
Clin Oncol (R Coll Radiol). v.18, n.1, p: 3-14, 2006.
WOLF, M.B.; BAYNES, J.W. The anti-cancer drug, doxorubicin, causes oxidant
stress-induced endothelial dysfunction. Biochim Biophys Acta.v.1760, n.2, p:267-
71. 2006.
WOLRD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Guidelines for management of breast
cancer/by WHO Regional Office for the Eastern Mediterranean. EMRO Technical
Publications Series 31.2006. 56p. Disponível em:
http://www.emro.who.int/dsaf/dsa697.pdf Acessado em:14/04/2007.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Relatório Mundial da Saúde. Saúde
mental: nova concepção, nova esperança. Lisboa. 2001. 206p. Disponível em:<
whqlibdoc.who.int/whr/2001/WHR_2001_por.pdf>.Acessado em: 26/12/2003.
WOLRD HELATH ORGANIZATION (WHO). Obesity: preventing and managing
the global epidemic. Report of a WHO Consultation. WHO Technical Report
Series 894. Geneva: World Health Organization, 2000. 253 p. Disponível em: <
http://whqlibdoc.who.int/trs/WHO_TRS_894.pdf> Acessado em: 01/02/2007
WONDERGEM, J. Circulating atrial natriuretic peptide plasma levels as a marker for
cardiac damage after radiotherapy. Radiother Oncol. v.58, n.3, p:295-301.2001.
WONG, W.S.; FIELDING, R. Change in quality of life in Chinese women with breast
cancer: changes in psychological distress as a predictor.
Support Care Cancer. v. 5, 2007. No Prelo.
126
APÊNDICES
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO - grupo câncer
QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO
Nome: __________________________________________________________
Dados demográficos
1) Data de nascimento:____/____/_____
2) Qual sue estado civil ?
( ) solteiro ( ) união estável ( ) casado ( ) viúvo ( ) divorciado ( ) outro
3) Qual seu nível de escolaridade?
( ) não –alfabetizado; ( ) alfabetizado;
( ) Concluiu até a 4º série; ( ) Ensino fundamental incompleto (5º a 8º serie)
( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto (2º grau)
( ) Ensino superior incompleto (2º grau) ( ) Ensino superior completo
( ) Pós graduação lato-sensu ( ) Pós graduação stricto-sensu
4) Quantos dependentes você possui?
( ) Nenhum ( ) 1 dependente ( ) 2 dependentes ( ) 3 dependentes
( ) 4 dependentes ( ) 5 dependentes ( ) 6 dependentes ( ) 7 dependentes
( ) 8 dependentes ( ) 9 dependentes ( ) acima de 10
5) Você possui alguma religião ou crença? ( ) Não ( ) Sim.
Se a resposta for SIM, pro favor assinale uma das opções abaixo:
( ) Católica ( ) Evangélica ( ) Espiritismo ( ) Budismo
( ) Induísmo ( ) Judaísmo ( ) Outro
Qual?__________________________________________________________________________
Dados sobre os Hábitos de vida e saúde
1) Você tem o hábito de fumar? ( ) Não ( ) Sim.
2) Você tinha o hábito de fumar antes do diagnóstico de câncer de mama? ( ) Não ( ) Sim.
3) Você praticava alguma atividade física regular, no mínimo 3 vezes por semana, com duração
mínima de 30 minutos por sessão antes do Diagnóstico de Câncer de Mama?
( ) Não ( ) Sim.
Caso a respostas seja SIM, por favor escreva qual era essa atividade e qual era a duração dessa
prática. ________________________________________________________________________
4) Você tem o hábito de consumir bebidas alcoólicas? ( ) Não ( ) Sim.
5) Você consumia bebidas alcoólicas antes do diagnóstico de câncer de mama? ( ) Não ( ) Sim.
127
6) Você FAZ uso regular de algum outro medicamento além daqueles prescritos para tratamento do
câncer de mama? ( ) Não ( ) Sim.
Caso a resposta seja SIM, por favor, escreva o nome do(s) medicamento(s) utilizado(s)
____________________________________________________________________________
7) Por favor, assinale qual o estágio reprodutivo você se encontra.
( ) estagio reprodutivo normal ( ) pré-menopausa ( ) menopausa ( ) pós-menopausa
Aspectos sócio-psicológicos do tratamento médicos
1) Você possui Convênio Médico (Plano de Saúde)?
( ) Não ( ) Sim.
2) Em algum período da sua vida você já teve acompanhamento psicológico ou psicoterápico?
( ) Não ( ) Sim.
Caso a respostas seja SIM, por favor, escreva o período em que ocorreu______________________
3) Você está passando atualmente por algum treinamento psicológico ou psicoterápico?
( ) Não ( ) Sim.
Caso a resposta seja SIM, por favor indique qual desses vocês está sendo tratado______________
4) Você já fez uso de algum antidepressivo, anti-ansiolótico, ou algum remédio psicoterápico em
algum momento da sua vida?________________________________________________________
128
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO - grupo controle
QUESTIONÁRIO SÓCIO-DEMOGRÁFICO
Nome: __________________________________________________________________________
Dados demográficos
1) Data de nascimento:____/____/_____
2) Qual sue estado civil ?
( ) solteiro ( ) união estável ( ) casado ( ) viúvo ( ) divorciado ( ) outro
3) Qual seu nível de escolaridade?
( ) não –alfabetizado; ( ) alfabetizado;
( ) Concluiu até a 4º série; ( ) Ensino fundamental incompleto (5º a 8º serie)
( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto (2º grau)
( ) Ensino superior incompleto (2º grau) ( ) Ensino superior completo
( ) Pós graduação lato-sensu ( ) Pós graduação stricto-sensu
4) Quantos dependentes você possui?
( ) Nenhum ( ) 1 dependente ( ) 2 dependentes ( ) 3 dependentes
( ) 4 dependentes ( ) 5 dependentes ( ) 6 dependentes ( ) 7 dependentes
( ) 8 dependentes ( ) 9 dependentes ( ) acima de 10
5) Você possui alguma religião ou crença? ( ) Não ( ) Sim.
Se a resposta for SIM, pro favor assinale uma das opções abaixo:
( ) Católica ( ) Evangélica ( ) Espiritismo ( ) Budismo
( ) Induísmo ( ) Judaísmo ( ) Outro
Qual?__________________________________________________________________________
Dados sobre os Hábitos de vida e saúde
1) Você tem o hábito de fumar? ( ) Não ( ) Sim.
2) Você tem o hábito de consumir bebidas alcoólicas? ( ) Não ( ) Sim.
3) Você FAZ uso regular de algum medicamento? ( ) Não ( ) Sim.
Caso a resposta seja SIM, por favor, escreva o nome do(s) medicamento(s) utilizado(s)
_______________________________________________________________________________
4) Por favor, assinale qual o estágio reprodutivo você se encontra.
( ) estagio reprodutivo normal ( ) pré-menopausa ( ) menopausa ( ) pós-menopausa
Aspectos sócio-psicológicos do tratamento médicos
1) Você possui Convênio Médico (Plano de Saúde)? ( ) Não ( ) Sim.
3) Em algum período da sua vida você já teve acompanhamento psicológico ou psicoterápico?
( ) Não ( ) Sim.
Caso a respostas seja SIM, por favor, escreva o período em que ocorreu ______________________
129
4) Você está passando atualmente por algum treinamento psicológico ou psicoterápico?
( ) Não ( ) Sim.
Caso a resposta seja SIM, por favor indique qual desses vocês está sendo
tratado__________________________________
5) Você já fez uso de algum antidepressivo, anti-ansiolótico, ou algum remédio psicoterápico em
algum momento da sua vida?_____________________________________________________ __
130
APÊNDICE C: Termo de Consentimento de Acesso aos Prontuários Médicos
TERMO DE CONSENTIMENTO DE ACESSO AOS PRONTUÁRIOS MÉDICOS
Eu, ______________________________________________________,
portador do RG nº ___________________, autorizo a pesquisadora Grassyara
Pinho Tolentino, portadora do RG: MG-10.320.018, a ter acesso ao meu prontuário
médico, junto ao médico responsável pela meu tratamento, ou à instituição médica
no qual realizo o mesmo.
Fui esclarecido pelo autor, que o prontuário médico são um conjunto de
documentos médicos, padronizados, e que me pertencem e por minha delegação,
podem ter acesso ao mesmo o médico, bem como outros profissionais da área de
saúde. No caso específico, a profissional de Educação Física.
Os dados coletados no prontuário serão: estatura, peso no início do
tratamento, diagnóstico histopatológico e/ou citopatológico da doença, estadiamento,
tipo de tratamento ao qual fui e/ou estou sendo submetido, e o tempo de
diagnóstico da doença.
Tendo sido esclarecido pela pesquisadora que os dados somente serão
fornecidos pelos profissionais médicos após a assinatura desse termo de
consentimento e que todas as informações coletadas neles serão de uso exclusivos
nesta pesquisa. Sendo preservado o meu anonimato e a divulgação, e o posterior
arquivamento dos dados de total responsabilidade do pesquisador.
Tendo conhecimento do exposto acima, consinto de livre vontade.
Brasília, ________de_____________________ de 2006.
______________________________________________
Assinatura
131
APÊNDICE D : Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE A POTÊNCIA AERÓBIA MÁXIMA E OS
ESTADOS DE HUMOR EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA.
Autor: Grassyara Tolentino
Orientador: Prof Dr. Ricardo Jacó de Oliveira
A mestranda Grassyara Pinho Tolentino, autora do estudo “Análise da relação
entre a potência aeróbia máxima e os estados de humor em mulheres com câncer
de mama”, convidou-me a participar da sua pesquisa que será realizada na
Universidade Católica de Brasília (UCB)- DF. No seguinte endereço: Campus I
Q.S. 07 lote- 01 EPCT Cep: 71966-700 Águas Claras, Taguatinga DF (61)
3356 9000.
Eu__________________________________________________________,
fui suficientemente esclarecido que:
1) O propósito dessa pesquisa é determinar a potência aeróbia máxima e os
estados de humor em mulheres portadoras de câncer de mama, e comparar
esses dados com os de outro grupo de mulheres que não possuem o câncer de
mama. E que essa pesquisa poderá, futuramente, auxiliar no entendimento de
como essa doença crônica afeta a função física (potência aeróbia) e a função
psicológica (estados de humor) em mulheres acometidas com essa forma de
câncer.
2) Que a minha participação se limitará a responder questionários sobre: nível de
atividade física, qualidade de vida, estados de humor, e questões sócio-
econômicas e de saúde; consentir o acesso aos meus dados médicos e realizar o
Teste de Esforço, ou seja caminhar ou correr em uma esteira ergométrica, até
alcançar o máximo da minha condição física.
3) Que existem riscos ou desconfortos previstos caso eu concorde em
participar do estudo. Os possíveis riscos ao realizar os exercícios na esteira incluem:
dor no peito, tonturas, náuseas, dores musculares, alterações da pressão arterial.
Caso um ou mais dos sintomas citados venham a ocorrer, os equipamentos e
cuidados de primeiros socorros proporcionarão toda a segurança necessária; sendo
132
o eletrocardiograma monitorado continuamente pelo médico cardiologista; não
existindo, infelizmente procedimentos alternativos disponíveis para este estudo. Fui
suficientemente esclarecido, também, de que a pesquisa na qual estarei
participando não envolve mais do que risco mínimo; e que serei acompanhado em
tempo integral por profissionais capacitados que se esforçarão ao máximo para me
manterem seguro e confortável.
4) Os possíveis benefícios da minha participação na pesquisa seriam a
avaliação direta da minha potência aeróbia, e meu eletrocardiograma que são
indicadores de saúde, e parâmetros para possível prescrição de atividade física,
além, de produzir dados sobre o nível de atividade física desta população. Também
estarei contribuindo para a produção de conhecimento científico na área de saúde, o
que pode beneficiar futuramente pessoas que venham a ser acometida pelo câncer
de mama.
5) Que os resultados da pesquisa podem ser publicados, mas que meu nome
ou minha identidade não serão revelados em nenhum momento. E que a minha
participação será livre e voluntária, ou seja, não serei remunerada por isso. Também
fui esclarecido que posso me recusar a responder qualquer pergunta e/ou realizar
qualquer procedimento, que ocasionem constrangimento de alguma natureza. Que
eu tenho o direito de abandonar a pesquisa em qualquer fase da mesma, sem
declarar justificativa pela decisão tomada e sem prejuízo pessoal pela desistência.
Que posso obter todos os dados referentes às avaliações realizadas, caso eu
expresse interesse.
6) Quaisquer dúvidas em relação à pesquisa ou à minha participação, antes e
depois do meu consentimento, serão respondidas por Grassyara Pinho Tolentino,
telefone (61) 3356-9444, ou (38) 32165695, endereço: Conjunto I, quadra 14, casa
114, Guará 1. Caso haja interesse, também pode ser realizado o contato com o
Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
– CEP SES/DF, pelo telefone (62) 3325-4955, no endereço: SMHN Qd 03- Conj A-
BL 1. Asa Norte- FEPECS/ESCS.
7) Que faz-se necessário que eu responda com exatidão a todas as perguntas
estabelecidas nos diferentes questionários, que terá uma duração aproximada de
aplicação de 20 minutos. Que eu deverei comparecer no local determinado para
pesquisa no mínimo com 15 minutos de antecedência do horário estabelecido para o
início da pesquisa. Que não devo fazer uso de bebidas alcoólicas no mínimo 24
133
horas do teste físico, dormir no mínimo 08 (oito) horas na noite anterior ao dia da
pesquisa, e não realizar nenhum tipo de exercício no dia anterior ao teste de
esforço, bem como informar aos responsáveis pela pesquisa sobre qualquer uso de
medicamentos que tenha feito durante ou nos dias antecedentes a pesquisa.
8) E que, por solicitação da autora do estudo, eu autorizo a mesma a obter
junto ao médico responsável pelo meu tratamento, dados clínicos no meu prontuário
médico sobre o câncer como: estatura, peso no início do tratamento, diagnóstico
histopatológico e/ou citopatológico, estadiamento, tempo de diagnóstico, e sobre os
tratamentos aos quais eu fui e estou sendo submetida. Visto que, esses dados
são de extrema relevância para o estudo, e poderão ser fornecidas pelo
profissional médico.
Eu li as informações acima. Recebi explicações detalhadas sobre a natureza,
demanda, riscos e benefícios do projeto. Assumo conscientemente os riscos
envolvidos e compreendo que posso retirar meu consentimento e interromper minha
participação a qualquer momento, sem penalidade ou perdas. Ao assinar este
formulário de consentimento não estou desistindo de quaisquer reivindicações
legais, direitos e medicamentos. Uma cópia deste formulário de consentimento me
será dada.
NOME: __________________________________________________________
DATA: ___/___/____
ASSINATURA: ____________________________________________________
Como responsável pela pesquisa, confirmo ter explicado a natureza e o propósito,
os benefícios potenciais e possíveis riscos associados coma participação nessa
pesquisa, respondi todas as questões que me foram levantadas e testemunhei
assinatura acima.
ASSINATURA DO PESQUISADOR: ____________________________________
DATA: ___/___/____
134
ANEXOS
ANEXO A: IPAQ
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA – VERSÃO CURTA
Nome:_______________________________________________________
Data: ______/ _______ / ______ Idade : ______ Sexo: F ( ) M ( )
Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do
seu dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países
ao redor do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à
pessoas de outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo
atividade física na ÚLTIMA semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho,
para ir de um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades
em casa ou no jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor responda cada questão
mesmo que considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação !
Para responder as questões lembre que:
atividades físicas VIGOROSAS são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que
fazem respirar MUITO mais forte que o normal
atividades físicas MODERADAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem
respirar UM POUCO mais forte que o normal
Para responder as perguntas pense somente nas atividades que você realiza por pelo menos 10
minutos contínuos de cada vez.
1a Em quantos dias da última semana você CAMINHOU por pelo menos 10 minutos contínuos em
casa ou no trabalho, como forma de transporte para ir de um lugar para outro, por lazer, por prazer ou
como forma de exercício?
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
1b Nos dias em que você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos quanto tempo no total você
gastou caminhando por dia?
horas: ______ Minutos: _____
2a. Em quantos dias da última semana, você realizou atividades MODERADAS por pelo menos 10
minutos contínuos, como por exemplo pedalar leve na bicicleta, nadar, dançar, fazer ginástica
aeróbica leve, jogar vôlei recreativo, carregar pesos leves, fazer serviços domésticos na casa, no
quintal ou no jardim como varrer, aspirar, cuidar do jardim, ou qualquer atividade que fez aumentar
moderadamente sua respiração ou batimentos do coração (POR FAVOR NÃO INCLUA
CAMINHADA)
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
2b. Nos dias em que você fez essas atividades moderadas por pelo menos 10 minutos contínuos,
quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
3a Em quantos dias da última semana, você realizou atividades VIGOROSAS por pelo menos 10
minutos contínuos, como por exemplo correr, fazer ginástica aeróbica, jogar futebol, pedalar rápido na
bicicleta, jogar basquete, fazer serviços domésticos pesados em casa, no quintal ou cavoucar no
jardim, carregar pesos elevados ou qualquer atividade que fez aumentar MUITO sua respiração ou
batimentos do coração.
dias _____ por SEMANA ( ) Nenhum
135
3b Nos dias em que você fez essas atividades vigorosas por pelo menos 10 minutos contínuos
quanto tempo no total você gastou fazendo essas atividades por dia?
horas: ______ Minutos: _____
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no trabalho,
na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo sentado
estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um amigo, lendo,
sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando durante o transporte em
ônibus, trem, metrô ou carro.
4a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos
4b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?
______horas ____minutos
136
ANEXO B: Protocolo de teste máximo de BRUCE em esteira rolante
Tabela 1: Protocolo Máximo de Bruce para esteira rolante, segundo as orientações
da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC, 1995).
Velocidade escalonada Inclinação Estágios Duração (min)
mph* Km/h m/min
(%)
1 3 1,7 2,74 45,6 0
2 3 1,7 2,74 45,6 5
3 3 1,7 2,74 45,6 10
4 3 2,5 4,02 67,0 12
5 3 3,4 5,47 91,1 14
6 3 4,2 6,76 112,5 16
7 3 5,0 8,05 134,0 18
8 3 5,5 8,85 147,4 20
9 3 6,0 10,46 160,8 22
10 3 6,5 11,26 174,2 24
Velocidade: mph = milhas por hora; km/h = quilômetros por hora; m/min = metros por
minuto. * 1 mph = 26,8m/min ou 1,609 Km/h.
137
ANEXO C: Profile of Moods States – POMS
Perfil dos Estados de Humor (Profile of Moods States – POMS)
Versão em Português do POMS (PELUSO, 2003)
Abaixo há uma lista de palavras que descrevem sentimentos que as pessoas têm. Por favor, leia
cada um cuidadosamente e assinale o número que melhor descreve como você vem se sentindo
na última semana incluindo o dia de hoje. Os números significam;
0 1 2 3 4
Nada Um Pouco Mais ou Menos Bastante Extremamente
Amistoso 0 1 2 3 4 Nervoso 0 1 2 3 4
Tenso 0 1 2 3 4 Sentindo-se só 0 1 2 3 4
Zangado 0 1 2 3 4 Sentindo-se
miserável
0 1 2 3 4
Esgotado 0 1 2 3 4 Atrapalhado 0 1 2 3 4
Infeliz 0 1 2 3 4 Alegre 0 1 2 3 4
Lúcido 0 1 2 3 4 Amargurado 0 1 2 3 4
Animado 0 1 2 3 4 Exausto 0 1 2 3 4
Confuso 0 1 2 3 4 Ansioso 0 1 2 3 4
Arrependido 0 1 2 3 4 Pronto para brigar 0 1 2 3 4
Trêmulo 0 1 2 3 4 Bondoso 0 1 2 3 4
Apático 0 1 2 3 4 Deprimido 0 1 2 3 4
Irritado 0 1 2 3 4 Desesperado 0 1 2 3 4
Atencioso 0 1 2 3 4 Lerdo 0 1 2 3 4
Triste 0 1 2 3 4 Rebelde 0 1 2 3 4
Ativo 0 1 2 3 4 Desamparado 0 1 2 3 4
A ponto de
Explodir
0 1 2 3 4 Cansado 0 1 2 3 4
Resmungão 0 1 2 3 4 Atordoado 0 1 2 3 4
Melancólico 0 1 2 3 4 Alerta 0 1 2 3 4
Enérgico 0 1 2 3 4 Enganado 0 1 2 3 4
Apavorado 0 1 2 3 4 Furioso 0 1 2 3 4
Sem esperança 0 1 2 3 4 Eficiente 0 1 2 3 4
Relaxado 0 1 2 3 4 Confiante 0 1 2 3 4
Indigno 0 1 2 3 4 Cheio de Energia 0 1 2 3 4
Rancoroso 0 1 2 3 4 Mal-humorado 0 1 2 3 4
Solidário 0 1 2 3 4 Inútil 0 1 2 3 4
Preocupado 0 1 2 3 4 Esquecido 0 1 2 3 4
Irrequieto 0 1 2 3 4 Despreocupado 0 1 2 3 4
Incapaz de se
concentrar
0 1 2 3 4 Aterrorizado 0 1 2 3 4
Fatigado 0 1 2 3 4 Culpado 0 1 2 3 4
Prestativo 0 1 2 3 4 Vigoroso 0 1 2 3 4
Aborrecido 0 1 2 3 4 Incerto sobre as
coisas
0 1 2 3 4
Desanimado 0 1 2 3 4 Sem forças 0 1 2 3 4
Ressentido 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
138
ANEXO D: SF-36
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida –SF-36
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão
informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas atividades de vida diária.
Responda toda questão marcando a resposta como indicado. Caso você esteja inseguro ou em
dúvida em como responder, por favor tente responder o melhor que puder.
1- Em geral você diria que sua saúde é: (Circule uma)
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada a um ano atrás, como você classificaria sua saúde em geral, agora? (Circule uma)
Muito Melhor Um Pouco
Melhor
Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia comum.
Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando? (Circule
um número em cada linha)
Atividades Sim, dificulta
muito
Sim, dificulta um
pouco
Não, não
dificulta de
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem
muito esforço, tais como correr,
levantar objetos pesados, participar
em esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, passar aspirador de
pó, jogar bola, varrer a casa
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f)Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilometro
1 2 3
h) Andar vários quarteirões
1 2 3
i) Andar um quarteirão
1 2 3
j) tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física? (circule uma em cada linha)
Sim Não
a) Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava-se ao seu trabalho
ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades
1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades(p. ex.
necessitou de um esforço extra)
1 2
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional ( como
sentir-se deprimido ou ansioso)? (Circule uma em cada linha)
Sim Não
139
a) Você diminuiu a quantidade de tempo que dedicava-se ao seu trabalho
ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como
geralmente faz
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo? (Circule
uma)
De forma
nenhuma
Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas? (Circule uma)
Nenhuma Muito Leve Leve Moderada Grave Muito Grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)? (Circule uma)
De maneira
alguma
Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você
durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor uma resposta que mais se
aproxime da maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas. (Circule um
número para cada linha)
Todo
Tempo
A maior
parte do
tempo
Uma boa
parte do
tempo
Alguma
parte do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
a) Quanto tempo você tem se
sentido cheio de vigor, de
vontade, de força.?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo você tem se
sentido uma pessoa muito
nervosa?
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo você tem se
sentido tão deprimido que nada
pode animá-lo.
1 2 3 4 5 6
d ) Quanto tempo você tem se
sentido calmo ou tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo você tem se
sentido com muita energia?
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo você tem se
sentido desanimado ou abatido?
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo você tem se
sentido esgotado?
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo você tem se
sentido uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
i) Quanto tempo você tem se
sentido cansado?
1 2 3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais ( como visitar amigos, parentes etc.)
(Circule uma)
140
Todo tempo A maior parte do
tempo
Alguma parte do
tempo
Uma pequena
parte do tempo
Nenhuma parte
do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você? (Circule uma em cada
linha)
Definitivament
e Verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não Sei
A maioria
das vezes
falso
Definitivamente
falso
a) Eu costumo adoecer
um pouco mais
facilmente que as outras
pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa
que eu conheço
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha
saúde vai piorar.
1 2 3 4 5
d) Minha saúde é
excelente
1 2 3 4 5
141
ANEXO E: Ofício de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UCB-DF.
142
ANEXO F: Parecer de Aprovão do Comitê de Ética em Pesquisa do GDF.
143
144


DECLARAÇÃO
Declaro, para os devidos fins, que foi feita a revisão ortográfico-gramatical da dissertação
"Análise da Potência Aeróbia e Estados de Humor em mulheres sobreviventes ao câncer de mama”,
de autoria de Grassyara Pinho Tolentino.
Marileide dos Santos de Oliveira
Professora Assistente da Universidade Estadual de Santa Cruz - Bahia
Mestra em Estudos Lingüísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais
Especialista em Leitura e Produção Textual pela PUC de Minas Gerais
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo