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Segundo Kelley (1971) o metil-metacrilato vinha sendo usando na confecção
das próteses totais, sendo bem tolerado pelos tecidos e menciona que egípcios
removiam os olhos dos mortos, e incluíam nas cavidades anoflálmicas pedras
preciosas para simular a íris. Olhos artificiais fabricados para pacientes vivos teriam
sido elaborados por egípcios e romanos a partir do século V a.C., de modo a
recobrir as cavidades anoflálmicas.
Fonseca, Rode e Rosa (1973) relataram o interesse das civilizações
babilônia e suméria em intervenções cirúrgicas do globo ocular, e descrevem que
na história dos Incas, Maias e Astecas encontram-se referências à confecção de
olhos artificiais para ornar suas esculturas e que a primeira prótese ocular em
acrilico teria sido confeccionada por Clarkson, na Inglaterra. A técnica, embora
rudimentar na época, impressionou. Dietz, Witz e Erpf, militares do exército, bem
como Niiranen da marinha americana, que desenvolveram uma técnica baseada
nos conhecimentos da prótese dental, a qual, na essência, permanece praticamente
a mesma até hoje.
Segundo Fonseca e Rode (1974), visando a melhoria estética e funcional das
próteses oculares, Taylor, Milauro e George Prescott, tentaram inserir modificações
na técnica de confecção das mesmas. Taylor desenvolveu uma técnica na qual
diferentes camadas produziam efeito óptico de variação do diâmetro pupilar. Milauro
empregou olhos artificiais de diferentes tamanhos sem a íris, a qual era adaptada e
fixada por adesivos quando o paciente ia usar a prótese. George Prescott modificou
a forma da borda inferior da prótese, melhorando sua adaptação no fórnice inferior,
obtendo mais conforto para o paciente e diminuindo a secreção lacrimal. O grande
impulso na evolução da prótese ocular veio com a Segunda Guerra Mundial,