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GIORGIA BORGES DE CARVALHO
ESTUDO DOS SINAIS ANATÔMICOS EM ÍRIS HUMANA COM
FINALIDADE DE PINTURA DA ÍRIS EM PRÓTESE OCULAR
São Paulo
2007
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Giorgia Borges de Carvalho
Estudo dos sinais anatômicos em íris humana com
finalidade de pintura da íris em prótese ocular
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia da Universidade de São
Paulo, para obter o título de Mestre, pelo
Programa de Pós-Graduação em
Odontologia.
Área de Concentração: Prótese Buco-
Maxilo-Facial
Orientador: Prof. Dr. José Carlos Mesquita
Carvalho
São Paulo
2007
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Carvalho GB. Estudo dos sinais anatômicos em íris humana com finalidade de
pintura da íris em prótese ocular [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Faculdade
de Odontologia da USP; 2007.
São Paulo, / /2007
Banca Examinadora
1) Prof(a). Dr(a).____________________________________________________
Titulação: _________________________________________________________
Julgamento: __________________ Assinatura: __________________________
2) Prof(a). Dr(a).____________________________________________________
Titulação: _________________________________________________________
Julgamento: __________________ Assinatura: __________________________
3) Prof(a). Dr(a).____________________________________________________
Titulação: _________________________________________________________
Julgamento: __________________ Assinatura: __________________________
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, responsáveis por toda a minha formação pessoal e profissional.
Vocês me ensinaram a aproveitar os momentos de lazer e os momentos de
conhecimento e cultura, sempre me falando que tudo tem a sua hora certa. Hoje
acredito com convicção nisto. Amo vocês.
Ao Chico, meu marido, sempre presente, por conseguir me ajudar e orientar na
análise estatística, mesmo que em algumas vezes nós dois estivéssemos
aprendendo a fazê-la juntos, e principalmente por me apoiar num momento tão
complicado profissionalmente. Te agradeço, te admiro e o mais importante te amo
por toda a sua compreensão, carinho, dedicação e respeito a minha ideologia e a
minha profissão.
A minha filha Luiza, que embora tão pequena, teve a grandiosidade de compreender
os momentos necessários de dedicação a este trabalho. Te amo.
Ao meu filho Bruno, que chegou neste momento tão importante da minha vida. Te
amo.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. José Carlos Mesquita Carvalho, grande mestre e orientador, que com
muita paciência se dedicou a orientação deste trabalho, mostrando um universo de
possibilidades relacionadas ao tema tão inovador e contagiante.
Ao Prof. Dr. Dorival Pedroso da Silva pela disponibilização do seu tempo, paciência
e conhecimento em todos esses nove anos de jornada; responsável por todo o meu
aprendizado com relação à Prótese Buco Maxilo Facial. Tenho orgulho da sua
dedicação ao meu conhecimento.
À Secretária do Departamento de Prótese Buco Maxilo Facial, Srª Belira Carvalho
pela ajuda e orientação, além de consoladora para os momentos mais difíceis desta
jornada.
Aos Professores da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial da Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Paulo, pela amizade e convivência científica
compartilhada todos estes anos.
A Fernanda Campos de Souza Almeida pela ajuda na análise, e interpretação
estatística.
Aos colegas do Curso de Pós-Graduação em Prótese Buco Maxilo Facial, pela
amizade e companheirismo.
À Profa. Sandra Regina de Souza Melo Martins responsável pelo Centro de Imagem
e Diagnose em Iridologia da Universidade Anhembi Morumbi pelo acesso ao arquivo
de imagens fotográficas em iridologia.
À minha amiga de mestrado Agda Maria de Moura, obrigado pela preocupação e
atenção a minha tese. A sua ajuda foi essencial para que este trabalho tivesse
fotografias. Orientou-me a procurar a pessoa certa. Obrigada.
À bibliotecária Vânia Martins Bueno de Oliveira Funaro pela minuciosa correção
deste trabalho.
A Gillian Borges de Carvalho, minha irmã pela correção ortográfica deste trabalho.
“Tudo tem seu tempo e até certas manifestações mais vigorosas e originais
entram em voga ou saem de moda. Mas a sabedoria tem uma vantagem: é eterna”.
Baltasar Gracián
Que o homem possa dedicar seus dias às atividades para as quais possui melhor
habilidade”.
Sextus Propertius
Carvalho GB. Estudo dos sinais anatômicos em íris humana com finalidade de
pintura da íris em prótese ocular [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Faculdade
de Odontologia da USP; 2007.
RESUMO
A devolução da estética em prótese ocular está diretamente relacionada ao
conhecimento da anatomia e morfologia da íris humana, e uma pintura da íris mais
fiel será decorrente de uma boa determinação e reprodução dos sinais anatômicos
presentes na íris remanescente do paciente. Nesta pesquisa, foi realizado um estudo
dos sinais anatômicos presentes em ambas as íris do globo ocular de 112 indivíduos
escolhidos aleatoriamente, através de imagens fotográficas digitais. Foram
elaboradas tabelas de avaliação dos sinais: lacunas, anéis de tensão,radiis solaris,
sulcos radiais, manchas, flocos de neve, nuvens e anel de gordura, verificando a
freqüência com que os mesmos aparecem nas íris consideradas de cor escura
(castanho, castanho claro e castanho escuro); de cor clara (azul, verde e cinza) e de
média (hazel e âmbar). Os dados obtidos foram processados em análise estatística,
através do Teste Exato de Fisher e qui quadrado em nível de significância de 5%.
Os resultados mostraram que: os sinais anatômicos são menos evidentes nas íris de
cor escura, sendo que, as lacunas e os anéis de tensão foram os mais observados e
as nuvens não foram observadas. Nas íris de cor clara, os sinais mais observados
foram as manchas e os flocos de neve e o anel de gordura não foi observado. As
íris de cor média foram as que apresentaram maior variedade de sinais,
prevalecendo os anéis de tensão e as lacunas, e os menos freqüentes foram as
nuvens e o anel de gordura. O sinal anel de gordura foi observado apenas em
indivíduos em idade superior a 50 anos. Por fim, verificou-se também, que as íris
direita e esquerda do mesmo indivíduo são similares, mas não iguais, havendo
pequenas alterações na quantidade do mesmo sinal presente em ambas.
Palavras-Chave: Sinais anatômicos da íris humana - Prótese ocular - Pintura de Íris
Artificial – Estruturas morfológicas e cromáticas da íris
Carvalho GB. Study of the anatomical signs in human iris with the finality of the
painting iris in the ocular prosthetics [Dissertação de Mestrado]. São Paulo:
Faculdade de Odontologia da USP; 2007.
ABSTRACT
The devolution of the aesthetics in ocular prosthesis is directly related to the
knowledge of the anatomy and morphology of the iris, and a painting of the most
fidelity iris will be due to a good determination and reproduction of the present
anatomical signs in the patient's remaining iris. In this research, the study of the
anatomical signs was accomplished in 112 individuals' human iris, analyzing the right
and left irises, through images of digital pictures. Tables of evaluation were created
of the signs: tension rings, lacuna, clouds, cholesterol ring, radiis solaris, snow flakes
(lymphatic rosary), spots and spastic furrows and later verified the frequency with that
the same ones appear in the irises of color blue, green, gray, hazel, amber, brown
colors (brown, dark brown and light brown). The sequence of obtained data was
processed in statistical analysis, and the results showed that the signs that more they
appeared were the lacuna, stress ring and radiis solaris, and the anatomical signs
that fewer appeared in the human iris were snow flakes (lymphatic rosary), clouds
and cholesterol ring, however the signs of the type cholesterol rings presented the
characteristic of being related the patient's age (above 50 years). The irises of color
amber and hazel were the ones that presented the largest variety of anatomical
signs. Already in the irises of brown color (dark brown, brown and light brown), the
signs as a whole is less evident. Finally the same individual's right and left irises are
similar and no same, suffering alteration in the amount of the same sign presented in
both.
Keywords: Anatomical signs of the Human iris - Ocular Prosthesis - Painting of
Artificial Iris – Cromatic and morphologic structure of irises
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
p.
Figura 4.3.1 - Sinal Anatômico: Anel de Gordura.....................................................47
Figura 4.3.2 - Sinal Anatômico: Sulcos Radiais........................................................47
Figura 4.3.3 - Sinal Anatômico: Radiis Solaris .........................................................47
Figura 4.3.4 - Sinal Anatômico: Anéis de Tensão ....................................................47
Figura 4.3.5 - Sinal Anatômico: Nuvens...................................................................47
Figura 4.3.6 - Sinal Anatômico: Flocos de Neve ......................................................47
Figura 4.3.7 - Sinal Anatômico: Manchas.................................................................48
Figura 4.3.8 - Sinal Anatômico: Lacunas..................................................................48
Figura 4.3.9 - Cor de Íris: Âmbar..............................................................................48
Figura 4.3.10 - Cor de Íris: Hazel .............................................................................48
Figura 4.3.11 - Cor de Íris: Cinza .............................................................................48
Figura 4.3.12 - Cor de Íris: Verde.............................................................................48
Figura 4.3.13 - Cor de Íris: Azul................................................................................49
p.
Figura 4.3.14 - Cor de Íris: Castanho Escuro...........................................................49
Figura 4.3.15 - Cor de Íris: Castanho.......................................................................49
Figura 4.3.16 - Cor de Íris: Castanho Claro..............................................................49
LISTA DE TABELAS
p.
Tabela 1- Total geral dos sinais anatômicos presentes em cada íris, na sua respectiva
cor (apêndice)............................................................................................ 79
Tabela 5.1 - Média dos 8 sinais anatômicos presentes nas íris analisadas...................51
Tabela 5.2 - Média das 8 cores presentes nas íris analisadas, em porcentagem..........53
Tabela 5.3 - Interação dos sinais anatômicos em relação às íris de cor escura............54
Tabela 5.4 - Interação dos sinais anatômicos em relação às íris de cor clara...............56
Tabela 5.5 - Interação dos sinais anatômicos em relação às íris de cor média.............57
Tabela 5.6- Interação do sinal anatômico anel de gordura em relação as cores de íris
analisadas.................................................................................................. 58
Tabela 5.7- Interação do sinal anatômico anel de gordura em relação a faixa etária dos
indivíduos...................................................................................................59
Tabela 5.8- Interação do sinal anatômico lacuna em relação às cores de íris escuras e
claras + médias..........................................................................................61
Tabela 5.9- Interação do sinal anatômico lacuna em relação as cores de íris azul e
outras cores...............................................................................................61
Tabela 5.10- Interação do sinal anatômico anéis de tensão em relação às cores de íris
escuras e claras + médias.........................................................................62
p.
Tabela 5.11- Interação do sinal anatômico anéis de tensão em relação às cores de íris
azul e outras cores.....................................................................................62
Tabela 5.12- Interação do sinal anatômico sulcos radiais em relação às cores de íris
escuras e claras + médias.........................................................................63
Tabela 5.13- Interação do sinal anatômico sulcos radiais em relação às cores de íris
azul e outras cores.....................................................................................63
Tabela 5.14- Interação do sinal anatômico radiis solaris em relação às cores de íris
escuras e claras + média...........................................................................64
Tabela 5.15- Interação do sinal anatômico manchas em relação às cores de íris azul e
outras cores...............................................................................................64
Tabela 5.16- Interação do sinal anatômico flocos de neve em relação às cores de íris
escuras e claras + médias.........................................................................65
LISTA DE GRÁFICOS
p.
Gráfico 5.1 - Disposição dos sinais anatômicos em relação à totalidade de íris
analisadas............................................................................................. 52
Gráfico 5.2 - Disposição das cores em relação a totalidade de íris analisada.............. 53
Gráfico 5.3 -Disposição dos sinais anatômicos em relação às íris de cor escuras....... 55
Gráfico 5.4 -Disposição dos sinais anatômicos em relação às íris de cor claras.......... 56
Gráfico 5.5 -Disposição dos sinais anatômicos em relação às íris de cor médias........ 57
Gráfico 5.6 – Disposição do sinal anatômico anel de gordura em relação as cores de
íris analisadas.......................................................................................... 59
Gráfico 5.7- Distribuição do sinal anatômico anel de gordura em relação a faixa etária
do indivíduo............................................................................................. 60
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
IPE pigmento epitelial da íris
ICCS Sistema de Classificação de Cores da Íris
mm milímetro
PO prótese ocular
D direito
E esquerdo
P presença
A ausência
® marca registrada
Qtde quantidade
SUMÁRIO
p.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................16
2 REVISÃO DA LITERATURA ..............................................................
20
2.1 Componentes cromáticos e morfológicos da íris do globo ocular...............21
2.2 Pintura da íris em prótese ocular.....................................................................31
3 PROPOSIÇÃO ....................................................................................39
4 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................
41
4.1 Material...............................................................................................................42
4.2 Métodos..............................................................................................................43
5 RESULTADOS....................................................................................50
6 DISCUSSÃO .......................................................................................
66
7 CONCLUSÕES ...................................................................................
71
REFERÊNCIAS......................................................................................
73
APÊNDICES...........................................................................................
78
ANEXOS.................................................................................................84
16
INTRODUÇÃO
17
1 INTRODUÇÃO
O olho é uma estrutura esférica composta de três túnicas básicas: fibrosa
(esclera e córnea), vascular (íris, pupila, corpo e músculo ciliar) e interna (retina). A
íris pode ser classificada como um diafragma muscular, situado anteriormente à
lente e cuja pigmentação é responsável pela coloração dos olhos. Caminhando para
o centro da íris, a sua abertura ciliar é denominada de pupila, e é através dela que
ocorre a passagem de luz em direção ao interior do olho. (SPENCE, 1991).
Segundo Dângelo e Fattini (2002) o importante da íris é a sua capacidade de alterar
o diâmetro da pupila, através de sua musculatura, se contraindo em duas situações
distintas, quando a passagem de luz alcança a retina e durante a sua fixação para
um objeto próximo.
A palavra “íris” deriva da mitologia grega. Íris, filha de Taumante e Electra,
era a mensageira dos Deuses, e se comunicava com os homens através de um arco
de cores (MUNDO DE MERLIN, 2005 ). Íris usava roupas de cor brilhante e possuía
um halo de luz sobre a cabeça. Para atravessar o céu utilizava o arco, de onde
provém a palavra arco-íris.
A íris do ser humano é uma parte do olho extremamente complexa e rica em
detalhes. As cores da íris podem ser normais ou assinalar intoxicações, anomalias
genéticas, doenças degenerativas e perturbações. Tem também vários filamentos
nervosos e inúmeros sinais que podem ser desvendados e decodificados por um
rigoroso trabalho de avaliação de comparação fotográfica e visual das suas
características anatômicas. (CENTRO HAVID, 2005)
18
Sendo os olhos um órgão vital não só em termos de visão, mas também um
importante componente da expressão facial, sua perda tem um efeito multilante no
psicológico do paciente. (DOSHI; ARUNA, 2005).
A reabilitação dos pacientes que sofreram enucleação ou evisceração do
globo ocular é feita com a colocação de próteses oculares, sendo que, na maioria
dos casos, visando uma maior movimentação da prótese, são colocados durante o
ato cirúrgico , implantes intra-oculares capsulares ou bulbares.
A recuperação da estética em prótese ocular envolve o estudo da anatomia
descritiva e topográfica do globo ocular, sendo necessário entender como estão
dispostos os seus componentes cromáticos e morfológicos. Especificamente quanto
à íris, devemos entender como estão distribuídas as diversas camadas pigmentares.
Esses conhecimentos devem ser aplicados tanto para análise dos componentes
cromáticos da íris do olho remanescente do paciente, como também para auxiliar na
reprodução com a pintura de íris artificial.
De acordo com Fonseca, Rode e Rosa (1973) “A perfeita estética da íris
constitui fator primordial na dissimulação das próteses oculares”.
No momento da confecção da prótese ocular, cuidados técnicos e artísticos
devem ser levados em consideração. (MURGO; NEVES, 2001).
Para a avaliação dos sinais iridológicos presentes, podemos aproveitar
experiências já adquiridas em outras áreas, como a Iridologia que usa fotografia
digital e lupa como ferramentas auxiliares de análise, possibilitando um exame mais
detalhado das características anatômicas. Os sinais na topografia da íris tais como
fibras, sulcos, lacunas, manchas e anéis precisam ser determinados. Outro aspecto
que precisa ser considerado são as cores-base presentes: azul, verde, marrom e
suas diversas misturas.
19
A reprodução desses sinais na íris artificial pode ser obtida por pintura com
tintas acrílicas, a óleo e automotivas ou com pigmentos puros, associados ou não a
um meio de monômero-polímero, com aplicações diretas sobre calotas ou discos de
resina acrílica.
20
REVISÃO DA LITERATURA
21
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Componentes cromáticos e morfológicos da íris do globo ocular
A íris do globo ocular é um componente extremamente importante, pois reflete
a condição de saúde do indivíduo. Existem sinais iridológicos na íris, que podem
detalhar melhor as suas características. Estes sinais podem ser manchas, anéis,
raias, círculos, descoramentos, coroas, etc... (ACHARÁN, 19--).
Através da íris, podemos diagnosticar, por meio de linhas e pontos anormais e
descoramentos, algumas desordens patológicas e funcionais do ser humano. Desta
forma constatamos a normalidade ou anormalidade do organismo animal. A íris tem
conexão direta ou indireta com todas as partes do corpo, e sua sensibilidade é tal
que o mais leve raio de sol pode impressioná-la a se contrair, impedindo que a luz
afete bruscamente a retina ocular. A saúde ou enfermidade da íris está interligada
com seu brilho, claridade e atividade de sua membrana. É através do cristal
transparente da íris que podemos reproduzir fielmente o interior do nosso corpo.
(ACHARÁN, 19--).
Acharán (19--) descreve como sinal anatômico os raios solares, que são
sulcos escuros que partem da pupila até mais ou menos a metade da periferia
iridiana e o arco senil que é denominado também como arco da velhice sendo uma
espécie de meia-lua que indica um processo de esclerose, tipicamente considerado
como sinal de super-saturação de sais inorgânicos, especialmente de sódio,
encontrado em pessoas idosas.
Segundo Meissner (1960), através da imagem fotográfica, podemos
reproduzir a melhor imagem cromática e morfológica da superfície da íris de uma
22
pessoa. O autor faz uso deste tipo de procedimento para determinação das
características presentes na íris, associado ao seu exame individual, para
determinação de seus elementos constitutivos. Com a imagem em mãos, é criado
um diagrama que contém todos os dados do paciente como tamanho, tonalidade,
forma, textura e análise das zonas e dos acidentes da íris do paciente. Através
dessa análise, podemos reconhecer, esclarecer e caracterizar os diferentes
acidentes anatômicos presentes na íris humana.
Meissner (1962) usando a escala de cores de Ostwald composta de 680
tonalidades, classificou as íris em íris claras, que de acordo com ele ocupam uma
grande extensão no círculo cromático, indo do azul muito puro até uma coloração
amarelada acentuada; íris pardas (castanho) que são fortemente pigmentadas e
concentram as suas cores em uma pequena extensão de nuances; e as íris híbridas
que obedecem uma disposição de duas cores características situadas em planos
diferentes, sendo que a camada inferior apresenta a cor característica dos olhos
claros e na camada superior aparecem as variações próprias dos olhos pardos.
Meissner (1964) estabeleceu uma nova classificação da íris do paciente: as
claras, as híbridas e as escuras que apresentam na sua superfície grande
quantidade de elementos morfológicos e cromáticos dispostos em diferentes
camadas constitutivas. A variação dos tipos de íris depende de maior ou menor
invasão de substrato fundamental cromatizado pelo extrato pigmentário superposto.
Estes dois elementos constitutivos essenciais, substrato e extrato, determinam os
diferentes grupos de íris e suas características. As características morfológicas das
íris claras estão determinadas pelo substrato anatômico diferenciado. A estrutura
das íris escura resulta da natureza da camada pigmentaria sobreposta. As íris
mescladas e híbridas reúnem na sua superfície as características dos grupos
23
diferentes estabelecendo uma verdadeira composição ou uma espécie de enlace
entre eles. Os diferentes tipos de íris representariam os estados sucessivos da
invasão pigmentaria.
Beumer, Cútis e Marunick (1996) acrescenta que o colarete (é a franja
irregular da íris em sua superfície anterior) é uma área circular ao redor da borda
externa da pupila, geralmente mais clara que o corpo da íris e nos olhos castanhos
não aparecem ou não são visíveis. O arco senil é geralmente encontrados em
pacientes mais velhos na parte superior ou inferior ao redor da periferia da córnea.
È um anel leitoso cobrindo parte do limbo.
Wilkerson et al. (1996) avaliaram as diferenças morfológicas que contribuíram
para o estabelecimento da cor da íris. Contaram o número de melanócitos, a sua
proporção e densidade para olhos claros (azul), olhos médios (hazel) e olhos
escuros (castanhos) e concluíram que o número e a proporção de melanócitos e a
celularidade do estroma da íris não são os grandes determinantes da sua cor.
A cor da íris pode ser afetada pela variedade das doenças oculares. As
diferenças na cor da íris dos olhos normais são o resultado de uma variedade de
quantidade do pigmento granulado de melanina dentro de um número constante de
melanócitos no estroma superficial da íris. (IMESCH; WALLOW; ALBERT 1997).
Estruturalmente a íris tem 2 camadas diferentes. A camada mais interna
próxima do fundo do olho é chamada de epitélio pigmentar (IPE) e a camada
superior é o estroma, que consiste num arranjo celular mais ou menos ordenado.
Existem vários tipos diferentes de células presentes no estroma, incluindo uma
população especializada de células pigmentadas chamadas de melanócitos. Os
melanócitos aparecem no estroma e são responsáveis em sintetizar o pigmento
(como a melanina). Três fatores relacionados à estrutura iridial podem influenciar na
24
cor: o pigmento do IPE, o pigmento contido no estroma e a densidade celular do
estroma da íris. As íris com pouco ou nenhum pigmento no estroma aparecem como
cor azul ou azul clara. Os olhos azuis têm poucos melanossomas nos melanócitos
do estroma da íris e a cor azul é resultado do reflexo de luz e de sua dispersão.
Enquanto as íris azuis têm pouca melanina no estroma, as íris castanhas contêm
grande quantidade de melanina no estroma devido a um número grande de
melanossomas dentro dos melanócitos. As íris verdes ou hazel são produtos de
uma quantidade moderada de melanossomas. Dessa forma, num senso básico, o
espectro de cor da íris vai do azul para o verde e para o marrom de acordo com a
quantidade de melanossomas presentes. (DAVIS, 2000).
Segundo Dângelo e Fattini (2002) na raça branca, logo no nascimento, todo o
pigmento da íris se situa em sua porção posterior, que embora seja escuro, tem
nuances que variam de azul a azulado. Já nas raças de pele escura, isso não
ocorre, pois os pigmentos se distribuem por toda a íris. No caso de a porção anterior
se tornar densamente pigmentada, os olhos azuis se tornam castanhos e se a
pigmentação for menos intensa, os olhos ficam cinzentos, ou parecem azuis.
A íris pode ser classificada pelo Sistema de Classificação de Cores (ICCS).
Este sistema utiliza quatro estágios fotográficos para caracterizar as cores da íris
através de cinco padrões. Essas cores foram determinadas pelas cores
predominantes da íris humana: azul, cinza, verde, castanho claro e castanho.
(NICOLAS et al., 2003).
Já Roberts (2003) acredita que o melhor método de estudo para avaliação e
transiluminação da íris é por fotografia infravermelha. O método mais moderno e
convincente de estudo é realizado com a máquina fotográfica digital.
25
A pigmentação ocular tem várias funções fisiológicas. Uma delas é alterar a
quantidade de luz que penetra ou é absorvida pelo olho. Por exemplo, as íris de cor
mais escura (marrom e marrom claro), protegem a retina de exposição da luz solar
excessiva, reduzindo os danos oxidativos e permitindo assim uma diminuição do
risco de doenças degenerativas e de radiação ultravioleta. (NICOLAS et al., 2003;
SAORNIL, 2004).
Embora a cor da íris seja estabelecida e estabilizada na infância, existem
evidências de que ela pode sofrer alterações na adolescência e na idade adulta.
(SAORNIL, 2004).
As bases físicas das cores dos olhos são determinadas pela distribuição e
contentamento das células melanócitas no trato “uveal” do olho. A íris consiste de
várias camadas: a camada anterior e seu estroma subjacente são os mais
importantes elementos para a aparência da cor dos olhos. Nas íris castanhas existe
uma abundância de melanócitos e melanossomas na camada anterior assim como
no estroma, enquanto que na íris azul essas camadas contém pouca melanina.
Como a luz atravessa as camadas relativamente livres de melanina, as partículas
pequenas de proteínas da íris refletem as ondas curtas azuis para a superfície.
Assim o azul é uma conseqüência da estrutura não das diferenças das composições
químicas. O número de melanócitos não parece diferentes nas diferentes cores dos
olhos, mas a quantidade de pigmento de melanina, a sua concentração e qualidade
variam dando uma grande quantidade de tons ao olho. (STURM; FRUDAKIS, 2004)
Segundo Khalsa (2005) a íris tem três camadas significantes que são: a
camada de demarcação anterior logo abaixo de uma camada fina e transparente, o
estroma e camada mais profunda e escura. Na camada de demarcação anterior as
células são densamente pigmentadas e apresentam em grande quantidade nas íris
26
escuras. Nas íris de cores claras ou azuis estas células são esparsas ou não
existentes. A segunda camada é composta pelo estroma, que contém o músculo
esfíncter responsável pelas contrações musculares determinando o tamanho da
pupila. A terceira camada trata-se da camada mais profunda e escura da íris e é
mostrada no caso do surgimento de lacunas na íris. Para os sinais anatômicos, o
autor define lacunas como pequenos buracos onde as fibras da íris se separam;
radiis solaris trata-se de raios de sol, porém escuros; os anéis de stress ou tensão
são halos transparentes que se deslocam da periferia da íris para o centro, em
direção a pupila, em círculos cêntricos; manchas podem ocupar até 50% da área da
íris e são consideradas como “sardas”; rosário linfático aparece como um rosário ou
conta de bolinhas de algodão em miniatura, uma espécie de flocos ou nuvens
minúsculas laçando a periferia da íris ou um padrão de pontos brancos e/ou
amarelos formando um anel circular ao redor da íris, normalmente em direção da
periferia externa; anel de colesterol/sódio aparece como um círculo branco, opaco na
córnea, sobreposto a periferia da íris e esta faixa branca demora geralmente de 50 a
60 anos para se formar, sendo raro aparecer em indivíduos abaixo de 40 anos. Os
sinais flocos de neve podem ser observados em pessoas de qualquer idade, até
mesmo em bebês e são mais difíceis de serem vistos em indivíduos com olhos
castanhos, porém o sinal existe em pessoas com a íris de todas as cores.
A cor da íris depende da concentração de pigmentos na sua porção
mesodérmica. Quando a íris tem pouco pigmento, como no caso dos bebês, surge a
cor azul escuro acinzentada. Se a concentração de pigmentos for grande, surge a
cor-base da íris marrom. Três fatores que condicionam a variedade da cor da íris
são: a textura dos tecidos (espessura), a concentração do pigmento e a cor do
pigmento (fibras mais finas ou mais grossas). Na camada limiar fina (pouco
27
pigmentada, transparente), a cor depende do estroma e pode ser: amarronzada;
escura; azul e cinza até esbranquiçada. Na camada limiar com pigmentação a íris
semiforte ou não homogênea parece esverdeada, amarelada. Na camada limiar
grossa com pigmentação forte, não transparente temos as cores: marrom clara e
marrom escura que pode ir até o preto. Basicamente a íris tem estas três cores:
azul, marrom e mista. A íris azul se forma a partir da passagem de raios verdes na
camada anterior. A luz será reabsorvida pelas camadas posteriores e distribuída de
forma difusa, produzindo a cor azul. Na íris marrom a camada anterior mesodérmica
absorve a luz azul. Essa mistura de luz reflete o verde e o vermelho e tem como
resultado a íris marrom. A íris mista é formada pela reabsorção de determinadas
partes das três cores, formando assim a íris mista. Já para os sinais anatômicos, o
autor define nuvens como uma estrutura fina e leve formada por uma confluência de
flocos de neve, adquirindo aspecto de nuvens; flocos de neve são redondos e bem
contornados; lacunas são fibras que se afastam umas das outras em forma de arcos
maiores e menores direcionadas geralmente para o colarete; sulcos radiais partem
de forma radiar do centro da íris em direção a borda ciliar e de diferentes larguras e
espessuras; radiis solaris se apresentam na forma de lança e estende-se da pupila
até o meio da zona ciliar; arcus lipóide (arcus senil) é uma alteração que surge com
a idade avançada com sedimentação de lipídeos nos tecidos. (LINDEMANN, 2005).
Embora a textura delicada dos olhos escuros não distorça significativamente a
sua aparência, as íris de cor clara como azul ou verde podem obstruir
substancialmente os reflexos do cenário. Para se determinar uma avaliação exata
da iluminação do meio, as cores das íris e sua textura devem ser separadas do
reflexo da luz, este trabalho tomou o cuidado de isolar o reflexo para análise como
objetivo. A luz entra no olho e primeiramente passa por uma camada protegida
28
transparente chamada de córnea, onde a maioria da luz é refletida. Depois, a luz
atravessa uma abertura chamada de pupila antes de passar pela lente e por dentro
da retina, que sente a luz. Existem três elementos contribuintes para a cor da
estrutura da íris: o pigmento no IPE, que é preto nas íris de todas as cores; a
melanina contida no estroma da íris, que é a primeira causa de variações das cores
das diferentes íris; e por fim a densidade celular do estroma da íris. Se a área tem
pouca densidade, pouca luz é refletida pelo semitransparente estroma, mostrando
assim a cor preta. O espectro das cores das íris é resultado basicamente da
variação da quantidade de melanina no estroma. (WANG et al., 2005)
A cor da íris pode receber várias denominações, tais como âmbar, azul, cinza,
castanho, hazel, verde e violeta. Os olhos castanhos apresentam uma diferente
gama de marrom, variando do castanho ao quase preto. Já a nuance hazel é
geralmente usada para descrever olhos que contém elementos de ambos os olhos
verde e castanho em muitos casos fica verde nas bordas e castanho em volta da
pupila. Os olhos de cor âmbar têm como característica uma grande quantidade de
amarelo dourado ou amarelo avermelhado. A cor dourada aparece com mais
luminosidade, luz do sol ou luz direta, mas pode se tornar amarela avermelhada na
sombra. O olho cinza é uma variante mais clara dos olhos azuis. Existe uma grande
variedade do cinza, indo do quase branco ao escuro. Essas camadas inferiores de
cor cinza podem estar pigmentadas por cinza esverdeado e azul acinzentado. Os
olhos verdes são formados pelo castanho desbotado. O azul esverdeado consiste
numa íris com cor azul predominantemente. Normalmente um azul mais escuro com
riscos esverdeados é causado pela sobreposição do amarelo ou do amarelo
acinzentado. Anéis amarelos ou avermelhados podem estar presentes ao redor da
pupila. Os olhos violeta são uma variação dos olhos azuis. Apresentam pouca
29
pigmentação permeada por vasos vermelhos e azuis causando esta coloração da
íris. (WIKIPEDIA, 2007a).
Mitologicamente Íris é uma Deusa do Olimpo, responsável pela luz do mundo.
Nos olhos a íris exerce exatamente este papel de controlar a luz que entra no
organismo, mais do brilho que a alma emite do intermédio de seus fótons como
retribuindo para as infinidades de universos o seu poder de clarear porque onde há
luz desfazem-se as trevas. (BATELLO, 2007).
Apesar da ampla extensão das cores, existe apenas um pigmento que
contribui substancialmente na cor normal da íris humana chamada de melanina. A
cor da íris é um fenômeno altamente complexo resultante dos efeitos combinados e
textura, pigmentação, tecido fibroso e vasos sanguíneos do estroma. A melanina
varia do castanho claro ao castanho escuro nas células pigmentadas do estroma
preto do tecido epitelial da íris que vive numa camada fina mais opaca através do
fundo da íris. A maioria das íris humanas também mostram uma condensação
acastanhada da melanina do estroma na camada fina da borda anterior que por sua
posição tem uma influência em todas as outras cores. O grau de dispersão da
melanina, que é um pacote subcelular chamado de melanossomas e tem alguma
influência nas cores observadas não são móveis e o grau de dispersão não pode ser
reversível. Um agrupamento anormal de melanossomas pode ocorrer na doença e
levar a mudanças irreversíveis na cor da íris. As cores além do castanho e preto são
reflexos seletivos e absorvidos dos componentes do estroma. (EXPERIENCE
FESTIVAL, 2007).
A membrana colorida do olho, ao redor da pupila por contração ou expansão
regula a quantidade de luz que entra no olho. A membrana pigmentada contraída ao
redor do olho que é perfurada no centro da pupila, forma a parte da frente da túnica
30
vascular e é fixada na margem do corpo ciliar. Histologicamente, da camada
anterior (frente) para a posterior (fundo), as camadas da íris são: camada da borda
anterior, estroma, músculo esfíncter, músculo dilatador, epitélio anterior pigmentado,
epitélio posterior pigmentado. (ANSWER.COM, 2007).
Os autores Hughes e Luce (2007) discutem como o conhecimento e a arte
são usados para reproduzir a parte anterior do olho humano em ilustrações médicas
e próteses oculares. A íris varia de 11-13 mm de diâmetro e é ovóide com a parte
superior ou inferior cobertas pelo limbo. Essa aparência ovóide é mais pronunciada
no fundo da córnea e em olhos mais velhos (WARWICK, 1976). O arco senil
constitui-se de um anel acinzentado opaco na periferia da córnea. O artista deve
lembrar que o limbo está na frente da íris e faz uma sombra sobre a mesma, assim
como a pálpebra. Anatomicamente a íris é geralmente de formato cônico. Os
ocularistas geralmente usam as qualidades óticas da córnea protética para dar a íris
artificial aparência natural em forma cônica. Esse formato afeta o modo como a luz
incide na superfície da íris. Enquanto existem várias técnicas para a pintura da íris,
a pintura direta no verso da calota dá ao ocularista a flexibilidade de reunir os
elementos anatômicos de várias maneiras. A pupila está sempre presente, mas
também pode variar no seu tamanho (3 mm).
Os autores relatam que, o que chamamos de cor dos olhos corresponde a
cor da íris, outras regiões dos olhos como córnea e esclera são transparentes ou
brancas. A definição de cor de olho depende de fatores genéticos associados às
características do tecido fibroso e vasos sanguíneos presentes na íris. Alguns genes
produzem manchas, raios anéis e padrões de difusão dos pigmentos. A cor dos
olhos pode variar ainda com a idade e o estado de saúde do indivíduo. (BORGES,
2007).
31
Meira (2007) classifica os sinais anéis de tensão como arcos ou anéis
cêntricos variando do claro ao escuro; manchas como áreas pequenas de coloração
densa marrom, de formato variado, podendo estar localizados em qualquer ponto da
íris, podendo ser únicas ou múltiplas; rosário linfático (flocos de neve) são manchas
esbranquiçadas, pequenas, semelhantes a contas de um rosário, enfileiradas,
formando halos ou arcos no interior da íris; anel de colesterol caracteriza-se por um
arco branco ou amarelado na região entre a íris e a esclera; radiis solaris se
apresentam como sulcos radiais na íris.
2.2 Pintura da íris em prótese ocular
Segundo Fonseca, Rode e Rosa (1973), a pintura da íris é executada em
discos de cartolina de cor preta com diâmetro variando de 11 a 13 mm utilizando
tintas aquarelas e pincel, sobrepondo camadas pintadas e secas, com aplicação de
uma fonte de calor. A zona interna ou peripupilar é caracterizada por linhas radiais e
manchas bastante individualizadas. Em íris pré-fabricadas a pintura na porção
posterior inicia-se primeiramente pela pupila, seguida por camada peripupilar, fibrilas
e manchas, halo periférico e substrato basal. Essa é feita em uma calota de resina
acrílica incolor, a pintura deve usar tinta acrílica protegida por verniz escuro em sua
última camada. A pintura da porção externa denominada como halo deve ser mais
clara ou mais escura que a cor da básica da íris. Já a fase seguinte é a pintura da
zona interna ou peri-pupilar, que na maioria das vezes se caracteriza pelas linhas
radiais e manchas bastante individualizadas.
Fonseca (1973) observou que mesmo as íris castanhos podem ser obtidas
pelas cores primitivas obtendo as cores básicas do paciente, ou seja, castanho e
32
suas variações para claro, escuro, amarelado, esverdeado e mesmo acontecendo
com referência aos olhos azuis e verdes.
Segundo Silva e Carvalho (1994) a observação da distribuição das camadas
pigmentadas da íris e o conhecimento da teoria das cores e da divisão da pintura em
etapas são importantes para a confecção da íris artificial. Foram avaliados 4 tipos
de tintas e pigmentos comerciais: aquarela sobre cartolina, pigmentos puros em
solução monômero e polímero, tintas para modelismo e tintas automotivas.
Concluiram que as tintas aquarela sobre cartolinas coloridas, os pigmentos puros em
meio monômero/polímero e as tintas automotivas são as mais indicadas para a
pintura da íris protética. Isso porque quando expostas ao envelhecimento artificial
não sofrem alteração significante da cor.
Beumer, Curtis e Marunick (1996) utilizam para a pintura de íris, tintas a óleo
ou pigmentos secos misturados em monopóli (polimetil metacrilato). Consideram
cinco componentes básicos para a pintura: pupila, cor base, o detalhe anatômico,
colarete e limbo. Geralmente, a mesma é feita em duas etapas: primeiro seleciona-
se a cor base da íris. Depois, a cor de fundo entre o colarete e o limbo é usada
como guia, geralmente azul, cinza, verde, castanho ou uma combinação dessas
cores. A adição de branco ou preto a essa cor base ajuda a dar o aspecto opaco à
cor. Cada camada é pintada acima da anterior, ajudando a recriar estrias na íris e
dar a sensação de profundidade, tornando a íris mais natural possível. Após esta
primeira etapa são colocadas duas camadas de mono-poly. O colarete geralmente é
pintado com uma cor mais clara que o corpo da íris. Nos olhos castanhos o colarete
é ausente ou invisível e nas outras cores é geralmente mais luminoso. Por fim é
adicionado o limbo na pintura como uma área ao redor da junção da íris com a
esclera. Geralmente a cor varia de íris para íris mas é pintada com a cor cinza. O
33
halo senil é um anel da idade e aparece em pacientes mais velhos. Em alguns
casos aparece como um anel completo, em outros aparece apenas como um meio
halo. Sua cor varia, mas geralmente é pintada de uma cor branca acinzentada
translúcida.
Para a confecção de uma prótese ocular, são necessários recursos técnicos e
artísticos, para esculpir os contornos oculares, pintar a íris protética de acordo com o
olho remanescente e reproduzir os vasos sanguíneos existentes na esclera. Dessa,
ainda que em bebês, a principal dificuldade é a centralização da íris, pois os
mesmos não tem consciência estética sobre a prótese.(ALFENAS; JUNQUEIRA;
LINDNAU, 1998).
D’Almeida (1999) discute em seu trabalho o fato de que a íris artificial deve
ser a reprodução mais fiel possível do olho original e apresentar longevidade. Para
tanto desenvolveu técnicas de pintura que utilizam diferentes tintas aplicadas em
diferentes superfícies, tais como aquarela, tinta a óleo, pigmentos puros sobre disco
de acetato e tintas acrílicas diretamente sobre resina acrílica. O bom resultado
normalmente é obtido com a reprodução fiel da íris remanescente, que consiste na
reprodução exata da cor da íris com tintas adequadas e técnica confiável.
A pintura da íris deve ser confeccionada igual a do olho remanescente e o
conhecimento da disposição dos componentes cromáticos e morfológicos é
fundamental para alcançar esse objetivo. Para a confecção adequada da íris
protética é necessária à observação e distribuição das camadas pigmentadas da íris
remanescente, e o conhecimento relacionado às cores da mesma. Os autores
afmam que, a pintura da íris constitui o passo mais delicado da confecção da prótese
ocular e requer sensibilidade artística, boa visão, e firmeza das mãos do profissional.
34
A escala de cor de íris é necessária para atenuar as dificuldades profissionais no
momento da pintura. (MURGO; NEVES, 2001).
Os autores Botelho, Volpini e Moura (2003) afirmam que a prótese ocular tem
duas funções primordiais: devolver a auto-estima ao seu portador, reintegrando
psicossocialmente ao seu meio e afastar a possibilidade da vivenciação da perda na
sua totalidade. A prótese ocular é um instrumento de reabilitação de quatro
aspectos distintos: anatômico, estético, pessoal e interpessoal. Segundo os
aspectos anatômico e estético, a PO (prótese ocular) restabelece o conforto estético
e proporciona re-inserção sócio-cultural, uma vez que a lesão está localizada na face
e é supervalorizada por todas as culturas e grupos sociais. Quanto ao aspecto
pessoal, a PO recupera sentimentos, sensações, idéias, imagens e valores que o
indivíduo possui. A PO faz com que as pessoas não vejam o portador da lesão
ocular como tal, já que o portador interage naturalmente nos seus relacionamentos
interpessoais e as pessoas não reagem com estranhamento. Os fatores pessoais
que facilitam a aceitação da prótese foram os sentimentos de valia, crenças e
valores positivos. A adaptação da PO e a conseqüente recuperação da estética
contribuem para os aspectos pessoal e interpessoal não sofrerem modificações
naturais de seu desenvolvimento.
Numa prótese ocular, a íris artificial é a estrutura responsável pela sua
dissimulação e estética. O trabalho propôs a avaliação da alteração de cor das
tintas utilizadas em pintura de íris nas próteses oculares polimerizadas através de
microondas. Todas as tintas sofreram algum tipo de alteração, porém a tinta a óleo
apresentou-se com maior resistência frente ao envelhecimento acelerado,
independendo do método utilizado e cor. (FERNANDES, 2004)
35
Hughes (2004) comenta que os ocularistas fazem próteses basicamente para
combinar com olho remanescente do indivíduo. Contudo, o conhecimento sobre
anatomia ajuda a entender os fatores que contribuem para a aparência do olho,
permitindo confeccionar uma prótese esteticamente mais natural. A córnea é
esférica na sua porção central do eixo ótico de 3 a 6 mm de diâmetro para a periferia
a sua curvatura é um pouco achatada. A pupila pode simplesmente ser um orifício
circular da íris. O seu tamanho médio pode ser estimado entre 2 a 4 mm. A íris é
perfurada na calota da pintura e preenchida com tinta acrílica preta. Esta varia de
11 a 13 mm, tem formato geralmente cônico, o que afeta o modo como a luz incide
na sua superfície. Duas camadas da íris ficam aparentes a anterior e a posterior.
No olho normal a descontinuidade da camada anterior mostra a camada posterior,
como é visto nas criptas da íris próximas da pupila. Existem várias técnicas de
pintura de íris, que incluem pigmentos a óleo, aquarela e lápis coloridos. Na pintura
diretamente sobre a calota acrílica, o ocularista pode associar os elementos de
várias maneiras. Para conseguir amarelar ou esverdear uma íris é necessário
depositar o pigmento como uma primeira camada. Os detalhes finos em volta da
pupila podem ser conseguidos através de ranhuras feitos com uma lâmina fina na
cor mais escura anteriormente colocada e depois pintada com a cor desejada.
Neste trabalho dos autores, as íris artificiais foram confeccionadas com discos
de cartolina preta de 11 mm de diâmetro e pintadas com três diferentes tipos de
tintas: acrílica, guache hidrossolúvel e tinta a óleo, de cor padrão castanho escuro.
Os corpos de prova pintados com as tintas guache e acrílica tiveram menor
alteração dimensional linear e porosidade que os corpos de prova pintados com tinta
a óleo. (GOIATO et al., 2004)
36
De acordo com Doshi e Aruna (2005) o olho é um órgão vital não só em
termos da visão, mas também um componente importante da expressão facial. Sua
perda tem um efeito mutilador no psicológico do paciente. O tratamento de vários
casos inclui implantes e próteses oculares acrílicas. Embora a utilização dos
implantes oculares proporcione inúmeras vantagens, não podem ser indicados a
todos os pacientes, devido aos fatores econômicos. Então, uma prótese ocular
padrão é uma boa alternativa. A arte de confeccionar olhos artificiais é conhecida
pelo homem a séculos. Desde a Segunda Guerra Mundial os olhos de vidro eram os
mais popularmente confeccionados, no entanto, eram difíceis de serem
confeccionados e perigosos quando implodiam. Um dos pioneiros no uso de olhos
de vidro foi Ambroise Paré (1510-1590).
Para Alves e Carvalho (2004) as tintas utilizadas na pintura da íris artificial
sofrem alterações por descoloração com o passar do tempo devido à radiação
ultravioleta. A pesquisa dos autores avaliou a cada 3 meses, durante três anos a
alteração da estética e da estabilidade de cor das íris pintadas com tinta acrílica e a
óleo . A conclusão foi que as íris pintadas com tinta acrílica foram melhores quando
comparadas com as pintadas com as tintas a óleo.
Segundo os autores, o desfiguramento associado à perda do olho causa
problemas físicos e emocionais significativos. A reposição da perda ocular é
necessária para promover a saúde física e psicológica e a aceitação social do
paciente. A importância da colocação de uma prótese ocular com uma estética
aceitável e uma mobilidade razoável, visando recuperar a aparência normal dos
pacientes com anoftalmia há muito tempo já vem sendo reconhecida. Propõem, na
confecção da prótese, que a íris seja pintada em um disco ocular usando tinta a óleo
misturada com polimetil metacrilato de pintura média. Nesta técnica, após impressa
37
a imagem da íris, cobre-se o papel com três camadas de spray resistentes a água
usado para fotografias e fixado no disco ocular. O mono-póly é usado para
posicionar o botão ocular na íris e permite, ao mesmo tempo, pintar ao redor as
camadas do botão e do disco para o máximo selamento. (ARTOPOULOU et al.,
2006)
Antigamente, principalmente no Egito, os olhos tinham uma simbologia muito
grande relacionada à vida. Estes eram substituídos por pedras preciosas e bronze
em casos de doenças. Os Romanos decoravam estátuas com olhos artificiais feitos
de prata. Ambroise Paré (1510-1590), um famoso cirurgião francês famoso, foi o
primeiro a descrever o uso de um olho artificial para cobrir uma perda ocular. As
peças eram feitas em ouro e prata e existiam dois tipos: a ekblephara e
hypoblephara que eram usados sobre ou dentro da pálpebra respectivamente. A
hypoblephara era utilizada acima do olho artificial, já que a enucleação não era
comum até meados de 1800. (HUGHES, 2007b)
Hoje a maioria dos olhos artificiais são feitos de material plástico, com uma
vida útil de cerca de 10 anos. Segundo a Sociedade de Prevenção da Cegueira,
entre 10.000 e 12.000 pessoas por ano perdem um olho, sendo 50% por acidentes.
Existe um número de condições inerentes que causam perdas oculares e a
necessidade da colocação de olhos artificiais. A microftalmia é um defeito genético
do olho, que não se desenvolve em um tamanho normal, durante a vida intra-uterina
pois o paciente nasce sem a presença de um ou ambos os olhos. Existem vários
tipos de próteses, a mais fina do tipo concha é adaptada ao cego, em olhos
dformados ou atrofiados ou em cima de olhos que foram removidos parcialmente.
Para esses casos deve-se pintar a íris com um botão de íris feito de uma calota
plástica e selecionada para se adaptar ao diâmetro da íris (10 a 13 mm). A íris é
38
pintada por traz e posteriormente checada no paciente simplesmente virando para a
sua posição normal, assim a cor pode ser avaliada através da calota de plástico.
Nos últimos anos houve grande avanço nas técnicas de confecção de próteses. A
prótese com pupila em dois tamanhos diferentes surgiun por volta dos anos 80, eno
mesmo período, foi criada uma lente de contato macia com pupila preta.
(SHEPPARD, 2007).
Um olho falso não é uma prótese tal como uma perna de madeira é. Ele não
substitui a função perdida, ou seja, não substitui o olho para o “usuário”. O olho
falso remedia a perda causada à visão. Mas são as expectativas da população que
são atendidas pela prótese, mais do que as do usuário: “a visão do mundo não está
preservada para aquele que perdeu a visão, mas a aparência está recuperada para
os olhos do mundo.” A prótese oftálmica contemporânea atinge um alto grau de
naturalidade. (RICHARD, 2007).
A arte em duplicar a pintura da íris começa observando primeiramente a
profundidade da cavidade anterior e a curvatura da córnea. Estas são as chaves
para se obter um efeito tridimensional da pintura da íris, e ajudam na escolha do
tamanho da pupila para o disco de resina acrílica da íris. Os pigmentos coloridos
selecionados são somente aqueles que não possuem alterações químicas nem
físicas em relação à permanência e estabilidade, eliminando qualquer chance da cor
desbotar ou separar-se em lâminas quando incorporada na suspensão de líquido
monômero-polímero. O controle da luz deve ser realizado, evitando-se muita ou
pouca claridade, já que pode interferir na determinação da cor da íris humana ou nas
suas tintas esclerais. (JAHRLING, 2007).
39
PROPOSIÇÃO
40
3 PROPOSIÇÃO
A proposição do presente trabalho foi estudar os vários sinais anatômicos
presentes nas diferentes cores de íris do globo ocular, com intuito de fornecer
subsídios para a pintura da íris em prótese ocular.
41
MATERIAL E MÉTODOS
42
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Material
4.1.1 Conjunto óptico para Iridologia, Máster View IRIDOPHOTO
®
acoplável a
câmera fotográfica digital
4.1.2 Câmera fotográfica digital modelo Cyber-Shot Sony, 5.1 mega pixels, MPEG
Movie VX, smart zoom DSC-P93A
4.1.3 Lupa Glass Straight-Shank Ø 90 mm
4.1.4 Computador do tipo Laptop Dell modelo 110L
4.1.5 Fotografias das íris reveladas em tamanho padrão do tipo 10X15 cm
4.1.6 Papel fotográfico do tipo Kodak Royal revelado com químico para revelação
da fotografia do tipo Kodak Ektacolor Prime Lorr
4.1.7 Impressão em máquina marca Noritsu de modelo QSS-3301 com resolução
digital 300DPI
43
4.2 Métodos
Inicialmente foi realizado um plano piloto para facilitar a seleção dos sinais
anatômicos e a determinação das cores base da íris.
O estudo dos sinais anatômicos em íris humana com finalidade de pintura de
íris em prótese ocular, foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade São Paulo, sob o número do protocolo 184/05 (ANEXO A) em 03 de
novembro de 2005.
As íris de 112 indivíduos, selecionados aleatoriamente de ambos os gêneros,
foram fotografadas e impressas em papel fotográfico em tamanho 10x15 e
organizadas numéricamente e separadas em íris esquerda e direita para cada
indivíduo.
As imagens digitais foram feitas com o IRIDOPHOTO acoplado a uma câmera
digital Cyber-Shot Sony, 5.1 mega pixels, MPEG Movie VX, smart zoom DSC-P93A.
O IRIDOPHOTO é um conjunto óptico para a iridologia que pode ser acoplado a
qualquer câmera digital que possua rosca na lente; possui um conjunto de lentes
com iluminação própria e lâmpadas Ultra Brite (luz fria), sendo uma no centro e duas
à 45º, proporcionando uma visão tridimensional (MASTER VIEW, 2006).
Com base nas fotografias registradas, padronizamos os seus inúmeros sinais,
os filamentos nervosos presentes na íris, e suas cores. As projeções destes sinais
foram decodificadas na tentativa de se criar um padrão de características
anatômicas, que futuramente servirão de materiais auxiliares para a pintura da íris,
na confecção de próteses oculares.
44
Na fotografia incluímos a pálpebra para permitir uma imagem adequada da
íris. A qualidade da foto foi determinada baseada na claridade e campo de definição.
Primeiro a claridade foi avaliada comparando cada fotografia do estudo com uma
fotografia padrão. As íris foram classificadas e numeradas de 1 a 224, e além disso
foi determinado se a íris era do lado direito ou do lado esquerdo (sendo os números
ímpares do lado direito e os pares do lado esquerdo), então como exemplo a
classificação ficou da seguinte forma: n
o
01D, n
o
02E, n
o
03D, n
o
04E, e assim
sucessivamente . As fotografias foram classificadas como nítido, aceitável (igual ou
melhor que a fotografia padrão) e ruins (pior que a fotografia padrão). O nítido e
aceitável foram avaliadas e as ruins foram desprezadas. O campo fotográfico foi
aceito se o diâmetro da pupila fosse menor que a metade do diâmetro da íris. A
pálpebra apenas foi retraída para permitir a determinação da cor da íris.
Foram determinados 8 tipos de sinais anatômicos, avaliados individualmente
nas 224 íris reveladas e posteriormente contados. Os sinais anatômicos analisados
foram: sinal 1 - anel de gordura, uma faixa branca geralmente contínua na periferia
da íris (Figura 4.3.1); sinal 2 - sulcos radiais, que partem de forma radiar da borda
do colarete em direção a borda da zona ciliar (Figura 4.3.2); sinal 3 - radiis solaris,
raios parecidos com raios de sol em forma de lança, porém escuros que partem da
pupila em direção ao meio da zona ciliar (Figura 4.3.3); sinal 4 - anéis de tensão,
sulcos concêntricos normalmente não são anéis fechados presentes na zona ciliar
da íris; numa íris podem surgir vários sulcos paralelos ou entrecruzados. (Figura
4.3.4); sinal 5 – nuvens, densificação dos flocos de neve formando uma confluência
(Figura 4.3.5); sinal 6 - flocos de neve, sinais arredondados e bem contornados de
padrões de pontos brancos e/ou amarelos dispostos em forma circular na periferia
externa da íris (Figura 4.3.6); sinal 7 – manchas, sedimentações de determinada cor
45
consideradas como “sardas” ou como áreas pequenas de coloração densa marrom
de formato variado e podem estar localizados em qualquer ponto da íris, sendo
únicas ou múltiplas (Figura 4.3.7); sinal 8 – lacunas, aberturas na camada anterior
da íris deixando aparecer as estruturas da camada posterior, onde a sua posição
normalmente se encontra em direção ao colarete. (Figura 4.3.8). Os oito sinais
foram quantificados em cada fotografia e avaliados em presentes (P) e ausentes (A).
Dos sinais presentes, estes ainda foram considerados pela quantidade do mesmo
sinal existente em cada íris, obedecendo uma escala gradual para cada sinal sendo
classificados como: P(I) – presença na íris humana de 1 a 2 sinais anatômicos
iguais; P(II) – presença na íris humana de 3 a 5 sinais anatômicos iguais; P(III) –
presença na íris humana de 6 a 8 sinais anatômicos iguais; P(IV) – acima de 8 sinais
anatômicos iguais presentes.
As cores da íris foram classificadas comparando a fotografia avaliada com um
conjunto de 8 fotografias determinadas como padrão (selecionadas dos próprios
indivíduos envolvidos na pesquisa). As fotografias padrões forneceram a
classificação do sistema em cores de 1 ao 8: cor 1 - íris de cor Âmbar: onde a cor
predominante é o verde com pouco castanho (Figura 4.3.9); cor 2 - íris de cor Hazel:
a cor predominante é mais amarelada com menor contraste de cor entre verde e
castanho (Figura 4.3.10); cor 3 - íris de cor Cinza (Figura 4.3.11); cor 4 - íris de cor
Verde (Figura 4.3.12); cor 5 - íris de cor Azul (Figura 4.3.13)); cor 6 - íris de cor
Castanho Escuro (Figura 4.3.14); cor 7- íris de cor Castanho (Figura 4.3.15); cor 8 -
íris de cor Castanho Claro (Figura 4.3.16).
No desdobramento da pesquisa as cores das íris foram agrupadas em:
a) escuras: castanho, castanho claro e castanho escuro;
b) médias: âmbar e hazel;
46
c) claras: azul, cinza e verde.
Os dados obtidos foram registrados nas tabelas e posteriormente foram
analisados estatisticamente com o auxílio dos softwares: Statsoft Statistica versão
6.0. através do Teste Exato de Fisher e qui quadrado em nível de significância de
5%.
Devido a fidelidade de realização dos testes estatísticos, a correção
ortográfica nas tabelas posicionadas no anexo não puderam ser efetuadas.
47
Figura 4.3.6 – Flocos de Neve
Figura 4.3.1 – Anel de Gordura
Figura 4.3.3 – Radiis Solaris
Figura 4.3.2 – Sulcos Radiais
Figura 4.3.4 – Anéis de Tensão
Figura 4.3.5 – Nuvens
48
Figura 4.3.7 – Manchas
Figura 4.3.8 – Lacunas
Figura 4.3.9 – Cor de Íris Âmbar Figura 4.3.10 – Cor de Íris Hazel
Figura 4.3.11 – Cor de Íris Cinza Figura 4.3.12 – Cor de Íris Verde
49
Figura 16 – Cor de Íris Castanho Claro
Figura 14 – Cor de Íris Castanho Escuro
Figura 15 – Cor de Íris Castanho
Figura 13 – Cor de Íris Azul
50
RESULTADOS
51
5 RESULTADOS
A tabela 1 (APÊNDICE A) apresenta o total dos sinais presentes nas íris
analisadas. Foram avaliadas ambas as íris de 112 indivíduos, totalizando portanto
224 íris. Nestas, foram analisados 8 tipos de sinais: anel de gordura, sulcos radiais,
radiis solaris, anéis de tensão, nuvens, flocos de neve, manchas e lacunas.
Também foram determinadas as suas 8 cores: castanho, castanho claro, castanho
escuro, azul, verde, cinza, hazel e âmbar.
A tabela 5.1 e o gráfico 5.1 mostram a quantidade absoluta e a porcentagem
dos sinais presentes. Dos sinais analisados, as lacunas estiveram presentes em
155 íris, representando 69,20% da totalidade das íris. O sinal anéis de tensão
esteve presente em 146 íris totalizando 65,18% das íris; o sinal radiis solaris foi
observado em 94 íris dos indivíduos, totalizando 41,96%; os sulcos radiais estiveram
presentes em 87 íris totalizando 38,84%; as manchas foram observadas em 74 íris,
representando 33,04%; os flocos de neve estiveram presentes em 22 íris
representando 9,82%; as nuvens estiveram presentes em 15 íris, totalizando 6,70%
e o anel de gordura esteve presente em 14 íris totalizando 6,25% das íris.
Tabela 5.1 – Média dos 8 sinais anatômicos presentes nas íris analisadas
Sinal Qtde %
Lacunas 155 69,20
Anéis de tensão 146 65,18
Radiis solaris 94 41,96
Sulcos radiais 87 38,84
Manchas 74 33,04
Flocos de neve 22 9,82
Nuvens 15 6,70
Anel de gordura 14 6,25
52
0
50
100
150
200
Lacunas
Anéis d
e
ten
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sola
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Sulcos radiais
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ns
A
ne
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or
dur
a
Qtde
Quantidade
Gráfico 5.1 – Disposição dos sinais anatômicos em relação à totalidade de íris analisadas
A tabela 5.2 revela a quantidade e a porcentagem das cores presentes nas
íris da amostra. Das cores avaliadas, o castanho claro foi o mais incidente sendo
encontrado em 60 íris (26,79% da totalidade da amostra); o castanho escuro foi
observado em 50 íris (22,32% das íris avaliadas) e o castanho em 48 íris dos
indivíduos (representou 21,43%). As cores âmbar e azul estiveram presentes em 24
íris cada uma, (totalizando 10,71%); a cor hazel foi observada em 14 íris (6,25%) e
as cores cinza e verde estiveram presentes em 2 íris cada uma, representando
individualmente o total de 0,89% das íris.
53
Tabela 5.2 – Média das 8 cores presentes nas íris analisadas
COR DA ÍRIS QTDE %
CASTANHO CLARO 60 26,79
CASTANHO ESCURO 50 22,32
CASTANHO 48 21,43
ÂMBAR 24 10,71
AZUL 24 10,71
HAZEL 14 6,25
CINZA 2 0,89
VERDE 2 0,89
TOTAL 224 100,00%
0
10
20
30
40
50
60
70
CASTANHO C
L
ARO
C
A
S
TA
N
H
O
E
SCURO
C
A
S
TANHO
A
M
BA
R
AZUL
HAZ
E
L
C
I
N
Z
A
VERDE
Gráfico 5.2 – Disposição das cores em relação à totalidade de íris analisada
As cores escuras, representadas pelas íris castanho, castanho claro e
castanho escuro, estiveram presentes em 158 íris, correspondendo a 70,54% do
total. As cores claras compostas pelas íris azul, cinza e verde estiveram presentes
em 28 íris, correspondendo a 10,71% do total, e as cores médias representadas
pelas íris âmbar e hazel estiveram presentes em 38 íris, correspondendo a 18,75%
do total de íris avaliadas.
54
Na tabela 5.3 e no gráfico 5.3 constam os dados relativos a presença de
sinais nas íris escuras (castanho claro, castanho e castanho escuro). Destas cores
o sinal do tipo lacunas esteve presente em 42 íris castanho, 36 íris castanho claro e
36 íris castanho escuro, somando 114 presenças (72,15% do total das íris escuras);
o sinal anéis de tensão esteve presente em 52 íris castanho claro, 33 íris castanho e
21 íris castanho escuro, do total de 106 íris (67,09%); o sinal sulcos radiais foi
observado em 34 íris castanho claro, 19 íris castanho e 14 íris castanho escuro, do
total de 67 presentes (42,41%); o sinal radiis solaris esteve presente em 34 íris
castanho claro, 20 íris castanho e 9 íris castanho escuro, somando 63 íris (39,87%);
as manchas estiveram presentes em 18 íris castanho claro, 3 íris castanho e 2 íris
castanho escuro somando 23 íris (14,56%); o sinal do tipo anel de gordura foi
observado em 4 íris castanho, 4 íris castanho escuro e 2 íris castanho claro,
totalizando 10 íris (6,33% do total das íris escuras) e os sinais flocos de neve e
nuvens não foram observados nas íris escuras.
Tabela 5.3 – Interação dos sinais anatômicos em relação as íris de cor escura
Castanho Castanho
Íris Escuras
Sinal
Castanho
Claro Escuro
Total %
Lacunas 42 36 36 114 72,15
Anéis de tensão 33 52 21 106 67,09
Sulcos radiais 19 34 14 67 42,41
Radiis solaris 20 34 9 63 39,87
Manchas 3 18 2 23 14,56
Anel de gordura 4 2 4 10 6,33
Flocos de neve 0 0 0 0 0,00
Nuvens 0 0 0 0 0,00
55
0
10
20
30
40
50
60
Man
c
ha
s
F
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co
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Nuve
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Lacunas
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lc
o
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A
n
el de go
r
du
r
a
Castanho
Castanho Claro
Castanho Escuro
Gráfico 5.3 – disposição dos sinais anatômicos em relação as íris de cor escura
Lembrando que as cores claras (azul, cinza e verde) representam 28 íris das
224 íris dos indivíduos (12,49% das íris). A cor azul esteve presente em 24 íris
(10,71%); a cinza apareceu em 2 íris (0,89%) e a verde esteve presente em 2 íris
dos indivíduos (0,89%).
Na tabela 5.4 e no gráfico 5.4 constam os dados relativos aos sinais
presentes nas íris de cor clara. Destas cores o sinal do tipo manchas esteve
presente em 24 íris azul, 2 íris cinza e 2 íris verde somando, 28 presenças (17,72%
do total das íris claras); o sinal flocos de neve foi observado em 15 íris azul; 2 íris
cinza totalizando 17 íris (10,76%); o sinal nuvens esteve presente em 11 íris azul e 2
íris verde do total de 13 (8,23%); o sinal radiis solaris esteve presente em 10 íris azul
e 2 íris verde somando 12 íris (7,59%); o sinal lacunas esteve presente em 8 íris
azul, 2 verde e 2 cinza, somando 12 íris (7,59%); o sinal do tipo anéis de tensão foi
observado em 9 íris azul e 2 íris verde, totalizando 11 íris (6,96% do total das íris
claras); o sinal sulcos radiais foi observado em 5 íris de cor azul totalizando 5 íris
(3,16%) e por fim não foram observados os sinais flocos de neve nas íris de cor
verde, nuvens nas íris cinza, radiis solaris nas íris cinza, anéis de tensão nas íris
56
0
5
10
15
20
25
30
M
a
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F
lo
c
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o
Lacun
a
s
Sulcos radiais
A
n
el
de gord
u
ra
Azul
Verde
Cinza
cinza, sulcos radiais nas íris verde e cinza e o anel de gordura não foi observado em
nenhuma íris clara.
Tabela 5.4 – Interação dos sinais anatômicos em relação às íris de cor clara
Ìris Claras
Sinal
Azul Verde Cinza Total
%
Manchas 24 2 2 28
100,0
Flocos de neve 15 0 2 17
60,71
Nuvens 11 2 0 13
46,42
Radiis solaris 10 2 0 12
42,85
Lacunas 8 2 2 12
42,85
Anéis de tensão 9 2 0 11
39,28
Sulcos radiais 5 0 0 5
17,85
Anel de gordura 0 0 0 0
0,00
Gráfico 5.4 – Disposição dos sinais anatômicos em relação às íris de cor clara
Na tabela 5.5 e no gráfico 5.5 constam os dados relativos aos sinais
presentes nas íris de cor média âmbar e hazel. Destas cores o sinal do tipo anéis de
tensão esteve presente em 19 íris âmbar e 10 íris hazel, somando 29 presenças
(76,32% do total das íris médias); o sinal lacunas foi observado em 20 íris âmbar e
em 9 íris hazel totalizando 29 íris (76,32%); o sinal manchas esteve presente em 12
57
íris âmbar e 11 íris hazel, totalizando 23 íris (60,53%); o sinal radiis solaris esteve
presente em 12 íris âmbar e 7 íris hazel somando 19 íris (50%); o sinal sulcos
radiais esteve presente em 9 íris âmbar e 4 íris hazel, somando 13 íris (34,21%); o
sinal do tipo flocos de neve foi observado em 2 íris âmbar e 3 íris hazel, totalizando 5
íris (13,16%); o sinal anel de gordura foi observado em 4 íris de cor âmbar e não foi
observado nas íris de cor hazel, totalizando 4 íris (10,53%) e o sinal do tipo nuvens
foi observado em 4 íris âmbar e não foi observado nas íris hazel, somando 4 íris
(10,53%).
Tabela 5.5 – Interação dos sinais anatômicos em relação as íris de cor média
Cores Médias X Sinais
0
5
10
15
20
25
M
a
nch
as
F
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ocos de neve
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s
Anel de gordura
Ambar
Hazel
Gráfico 5.5 – Disposição dos sinais anatômicos em relação às íris de cor média
Iris Médias
Sinal
Âmbar Hazel Total %
Anéis de tensão 19 10 29 76,32
Lacunas 20 9 29 76,32
Manchas 12 11 23 60,53
Radiis solaris 12 7 19 50,00
Sulcos radiais 9 4 13 34,21
Flocos de neve 2 3 5 13,16
Anel de gordura 4 0 4 10,53
Nuvens 4 0 4 10,53
58
Na tabela 5.6 e no gráfico 5.6 estão os dados correspondentes a interação
do sinal anel de gordura em relação as cores das íris analisadas. O anel de gordura
esteve presentes em 4 íris das 24 íris de cor âmbar (16,67%); em 4 íris das 48 íris de
cor castanho (8,33%); em 4 íris de cor castanho escuro de um total de 50 analisadas
(8%); em 2 íris de cor castanho clara das 60 estudadas (3,33%), e não estiveram
presentes nas íris de cor azul, cinza, hazel e verde.
A fim de verificar se o sinal anel de gordura esta relacionado com a idade
mais avançada dos indivíduos, conforme citado na literatura, foram elaborados
tabela e gráfico específicos para averiguação.
A tabela 5.7 e o gráfico 5.7 correspondem à interação do sinal anel de
gordura em relação à faixa etária do indivíduo. As faixas etárias que tiveram
presença do sinal foram de 51 a 60 anos, em 2 íris (14,29%) e de 61 à 70 anos, em
12 íris (85,71%).
Tabela 5.6 – Interação do sinal anatômico anel de gordura em relação às cores de íris
analisadas
A. Gordura
Presença Qtde %
Íris
Âmbar 4 24 16,67
Castanho 4 48 8,33
Castanho Escuro 4 50 8,00
Castanho Claro 2 60 3,33
Azul 0 24 0,00
Hazel 0 14 0,00
Cinza 0 2 0,00
Verde 0 2 0,00
Total 14 224 6,25%
59
Anel de Gordura X Cor da Íris
0
10
20
30
40
50
60
70
Âmbar
A
zul
Ca
st
an
h
o
C
a
st
an
ho Clar
o
Castanho Escuro
C
i
n
za
Hazel
V
e
r
d
e
Presença
Quantidade Total
Gráfico 5.6 – Disposição do sinal anatômico anel de gordura em relação as cores de íris analisadas
Tabela 5.7 – Interação do sinal anatômico anel de gordura em relação a faixa etária dos 112 indivíduos
A. Gordura
F. Etária Presença
Qtde %
0 a 20 anos 0
8
0,00
21 a 30 anos 0
37
0,00
31 a 40 anos 0
21
0,00
41 a 50 anos 0
17
0,00
51 a 60 anos
2
19
1,78
61 a 70 anos 12
10
10,71
Total 14
112
100,00%
60
0
2
4
6
8
10
12
0 a 20
anos
21 a 30
anos
31 a 40
anos
41 a 50
anos
51 a 60
anos
61 a 70
anos
Faixa etária X Anel de Gordura
Qtde
Gráfico 5.7 – Distribuição do sinal anel de gordura em relação à faixa etária
Para fins de análise estatística foram divididos os grupos em íris de cor
castanho (escuras) e íris de cor azul e outras cores, tendo em vista serem as cores
mais predominantes na amostra estudada.
A tabela 5.8 comparou o sinal anatômico lacuna em relação as cores de íris
escuras e claras + médias e a tabela 5.9 em relação as cores de íris azul e outras
cores. Nas cores de íris escuras, o sinal esteve presente em 114 íris do total de 148,
portanto 72,15% dos casos, e nas cores de íris claras e médias a positividade foi de
41 íris do total de 76, portanto em 53,95% dos casos. Nas cores de íris azul a
positividade foi de 33,33% com 8 íris do total de 24 e nas outras cores de 73,50%,
com 147 íris do total de 200. Tanto nos olhos castanhos quanto nos olhos azuis as
lacunas apresentaram importante força estatística (p=0,0007 – Teste Exato de
Fisher e qui quadrado nos castanhos e p=0,0002 – Teste Exato de Fisher nas íris
azuis). (ANEXO B)
61
Tabela 5.8 – Interação do sinal anatômico lacunas em relação às cores de íris escuras e claras +
médias
Lacunas
Cores
Sim Não Total
Castanho 114 (72,15%) 34 (27,85%) 148
Claras e médias 41 (53,95%) 35 (46,05%) 76
Valor de p = 0,0007
Tabela 5.9 – Interação do sinal anatômico lacunas em relação as cores de íris azul e outras cores
Lacunas
Cores
Sim Não Total
azul 8 (33,33%) 16 (66,67%) 24
outras cores 147 (73,50%) 53 (26,59%) 200
Valor de p = 0,0002
Na tabela 5.10 estão os dados da interação do sinal anatômico anéis de
tensão em relação as cores escuras e claras + médias. O teste Exato de Fisher foi
aplicado para o anéis de tensão em íris de cor castanhos comparando a presença
do sinal em olhos denominados “não castanhos”, ou seja, de cor verde, cinza,
âmbar, hazel e azul. Cento e seis (71,62%), das 148 íris castanhas (escuras)
apresentaram positividade para o sinal e 40 ( 52,63%) das 76 íris não castanhas
(claras e médias) foram positivas para o mesmo parâmetro. A análise estatística
mostrou a forte significância que há entre a cor castanha e os anéis de tensão
(p=0,0074 – Teste Exato de Fisher). (ANEXO C)
62
Tabela 5.10 – Interação do sinal anatômico anéis de tensão em relação as cores de íris escuras e
claras + médias
A. tensão
Cores
Sim Não Total
escuras 106 (71,62%) 42 (28,38%) 148
claras + médias 40 (52,63%) 36 (47,37%) 76
Valor de p = 0,0074
Na tabela 5.11 O mesmo sinal relacionado com as cores de íris azul e outras
cores apresentou positividade em 9 íris (37,50%) do total de 24, enquanto nas outras
cores esteve presente em 137 íris (68,50%) do total de 200. Assim, quando
aplicados no teste estatístico encontramos muita significância (p=0,0054 – Teste
Exato de Fisher). (ANEXO D)
Tabela 5.11 – Interação do sinal anatômico anéis de tensão em relação às cores de íris azul e outras
cores
A. tensão
Cores
Sim Não Total
azul 9 (37,50%) 15 (62,50%) 24
outras cores 137 (68,50%) 63 (31,50%) 200
Valor de p = 0,0054
Na tabela 5.12 estão os dados da interação do sinal anatômico sulcos radiais
em relação as cores de íris escuras (castanhas) e claras + médias e na tabela 5.13,
estão os dados relativos a interação do mesmo sinal em relação as cores de íris azul
e outras cores.
Os sulcos radiais apresentaram diferença estatística quando comparados às
íris castanhas e azuis. Os sulcos radiais estiveram presentes em 67 íris castanhas e
63
47,25% do total de 148 (p=0,0061 Teste Exato de Fisher), enquanto apenas 20,83%
das íris azuis, ou seja, 5 íris do total de 24 apresentaram o mesmo sinal anatômico
(p=0,0751 - Teste Exato de Fisher). A comparação dos indicadores de p demonstrou
ser significante a cor da íris e a incidência dos sulcos radiais na cor castanha
(p<0,061- Teste Exato de Fisher). (ANEXO E).
Tabela 5.12 – Interação do sinal anatômico sulcos radiais em relação as cores de íris escuras e claras
+ médias
S.radiais
Cores
Sim Não Total
escuras 67 (45,27%) 81 (54,73%) 148
claras e médias 20 (26,32%) 56 (73,68%) 76
Valor de p = 0,0061
Tabela 5.13 – Interação do sinal anatômico sulcos radiais em relação as cores de íris azul e outras
cores
S. radiais
Cores
Sim Não Total
azul 5 (20,83%) 19 (79,17%) 24
outras cores 82 (41%) 118 (59%) 200
Valor de p = 0,0751
Na tabela 5.14, estão os dados correspondentes a interação do sinal
anatômico radiis solaris em relação as cores de íris escuras (castanhas) e claras +
médias
O Teste Exato de Fisher foi aplicado no sinal radiis solaris em relação as
cores escuras (castanhas), estando presente em 63 íris do total de 148 (45,27%) e
em relação as outras cores (claras e médias) esteve presente em 20 íris do total de
64
76 (26,32%). O teste estatístico mostrou-se não significante (p<0,0887 – Teste
Exato de Fisher). (ANEXO F)
Tabela 5.14 – Interação do sinal anatômico radiis solaris em relação as cores de íris escuras e claras
+ médias
R. solaris
Cores
Sim Não Total
Escuras 63 (42,57%) 85 (57,43%) 148
claras e médias 31 (40,79%) 45 (59,21%) 76
Valor de p = 0,8865
Na tabela 5.15, constam os dados relativos a interação do sinal anatômico
manchas em relação às cores de íris azul e outras cores.
Quando avaliadas, as manchas foram encontradas em todas as 24 íris de
cor azul, (100%). Já nas outras cores podemos dizer que o sinal esteve presente
em 50 íris do total de 200 (25%). Tendo em vista as manchas podemos dizer que o
teste estatístico foi considerado extremamente significante, tendendo a zero
(p=0,0001 – Teste Exato de Fisher) em relação à cor azul e ao sinal manchas.
(ANEXO G)
Tabela 5.15 – Interação do sinal anatômico manchas em relação as cores de íris azul e outras cores
Manchas
Cores
Sim Não Total
azul 24 (100%) 0 (0%) 24
outras cores 50 (25%) 150 (75%) 200
Valor de p < 0,0001
65
A tabela 5.16 contém os dados relativos a interação flocos de neve em
relação as cores de íris azul e outras cores.
Quando avaliamos os sinais flocos de neve “versus” íris azul, encontramos
15 sinais presentes nas íris de cor azul que representam 62,50% do total de 24 íris e
nas outras cores estiveram presentes em 7 íris (3,50%) do total de 200. Este
parâmetro também mostrou grande força (p=0,0001 – Teste Exato de Fisher).
(ANEXO H).
Tabela 5.16 – Interação do sinal anatômico flocos de neve em relação as cores de íris azul e outras
cores
F. neve
Cores
Sim Não Total
azul 15 (62,50%) 9 (37,50%) 24
outras cores 7 (3,50%) 193 (96,50%) 200
Valor de p < 0,0001
Os testes de Fisher para anel de gordura e nuvens não foram realizados
devido a baixa quantidade de incidência nos indivíduos da amostra.
Conforme podemos observar na tabela 1 (APÊNDICE A), verificamos que
nenhuma das íris (direita e esquerda) do mesmo indivíduo apresentam a mesma
quantidade do mesmo sinal. Portanto as íris não são idênticas, mas são similares
pois apresentam o mesmo sinal com quantidades diferentes.
66
DISCUSSÃO
67
6 DISCUSSÃO
Este é um trabalho que tem suma importância para o aprimoramento
da técnica de pintura de íris em pacientes que necessitam de prótese ocular.
Através desse trabalho sugerimos a continuidade de pesquisas, visando
ampliar os conhecimentos sobre as características da íris, para que se possa
reproduzir mais cientificamente uma íris com mais sinais anatômicos, que se
aproxime da realidade do paciente antes da sua perda, concordando com o estudo
de Fonseca; Rode e Rosa (1973), que acreditam que a técnica de pintura baseia-se
na profunda observação da íris remanescente e na tentativa de reproduzi-la em
todos os pequenos detalhes.
Nos resultados desse estudo encontramos muitos dados presentes e muitos
ausentes. Aparentemente a amostra apresentou baixa porcentagem de indivíduos
com a íris cinza e verde. Porém, sabemos que pacientes com íris claras do tipo
verde e cinza são raros na população da América do Sul e os mesmos aparecem
mais em indivíduos moradores de países europeus. Segundo WIKIPEDIA (2007b), a
maioria da população mundial tem olhos escuros que variam do castanho ao preto
sendo que os olhos castanhos claros estão presentes em muitas pessoas, porém em
menor extensão, concordando com esse estudo que observou uma maior incidência
de olhos castanhos claros, seguidos de castanhos e castanhos escuros. As pessoas
que apresentam olhos muito escuros podem parecer ter olhos pretos, já os olhos
azuis são relativamente raros e encontrados em pessoas de origem norte-européia e
leste-européia. Os olhos cinza são uma variedade dos olhos azuis e os olhos verdes
são mais raros que castanhos e azuis e mais freqüentemente encontrados em
68
pessoas de origem Celta, Germânica e Eslava, por isso, na nossa amostra, as íris de
cor cinza e verde foram percentualmente muito pequenas.
Dentre os sinais anatômicos estudados, o menos freqüente foi o anel de
gordura. Esses sinal não foi observado em nenhum indivíduo com a íris de cor clara,
mas esteve presente tanto nas íris de cor escura como nas íris de cor âmbar numa
faixa etária bem definida, acima de 50 anos. Os nossos dados concordam com o
apresentado por Beumer, Curtis e Marunick (1996) e Borges (2007), que relacionam
o halo senil com a idade avançada do indivíduo, se localizando na parte superior ou
inferior ao longo da periferia da íris. Também Fonseca, Rode e Rosa (1973) já
afirmavam que o halo mais claro aparece em pessoas idosas, como uma auréola
característica na porção externa da íris, assim como Khalsa (2005), segundo o qual
esse anel, que ele chama de faixa branca, usualmente demora de 50 a 60 anos para
se formar, sendo raros em pessoas abaixo de 40 anos de idade.
Observamos que as cores de íris castanho escuro apresentaram as menores
quantidades de sinais anatômicos. Assim como Beumer, Curtis e Marunick (1996),
observamos que o colarete, área circular em volta da pupila normalmente mais
luminosa ou brilhante do que o corpo da íris, está ausente ou invisível nos olhos
castanhos .
Segundo Khalsa (2005) as manchas podem ocupar até 50% da área da íris.
Neste estudo observamos a presença de manchas nas íris em grande quantidade,
podendo realmente chegar a cobrir metade da íris, o que concorda com a afirmação
feita pelo referido autor.
Khalsa (2005) afirma que os sinais flocos de neve podem ser observados em
pessoas de qualquer idade, até mesmo em bebês, aparecendo em 25 a 30% da
população. É mais difícil de serem vistos em indivíduos com olhos castanhos,
69
porém o padrão existe em pessoas com a íris de todas as cores. As íris de cor
escura, analisadas na amostra foram as que não apresentaram presença deste
sinal.
Para Fonseca, Rode e Rosa (1973) a pintura da porção externa denominada
como halo deve ser mais clara ou mais escura que a cor da básica da íris. Já a fase
seguinte é a pintura da zona interna ou peri-pupilar, que na maioria das vezes se
caracteriza pelas linhas radiais e manchas bastante individualizadas. Este estudo
aponta em outra direção, pois os sinais que mais foram observado nas íris dos
indivíduos foram os do tipo lacunas e anéis de tensão, e poucos indivíduos
apresentaram os sinais nuvens e anel de gordura. No nosso trabalho os sinais mais
presentes em indivíduos com íris castanho (cores escuras) foram as lacunas, anéis
de tensão e sulcos radiais respectivamente.
A fim de análise estatística foram divididos os grupos de íris de em cor
castanha, cor azul e outras cores, tendo em vista o pequeno número de cores
distintas (verde, cinza, hazel e âmbar). Tanto nos olhos de cor castanha como nos
olhos de cor azul as lacunas apresentaram importante força estatística (p=0,0007
nas íris de cor castanha e p=0,0002 nas íris de cor azul – Teste Exato de Fisher).
indicando sua importância na observação clínica no momento da pintura da íris e a
suma necessidade do protesista maxilo facial de refinar sua habilidade em mimetizar
este sinal anatômico, tão freqüente na população estudada. Para o anel de tensão,
o Teste teve muita significância nas íris de cor castanha e de cor azul e (p=0,0074 e
p=0,0054 respectivamente – Teste Exato de Fisher). Nos testes realizados com os
sulcos radiais nas íris de cor azul, podemos dizer que estes não foram tão
significantes e isto pode estar relacionado com a necessidade de se aumentar a
amostra para conseguirmos uma significância relevante. Já para os sinal radiis
70
solaris em relação as íris de cor castanha podemos dizer que não houve
significância no teste (p=0.8865 – Teste Exato de Fisher), ou seja, o sinal não
apresentou nenhum tipo de relação com a cor da íris do indivíduo. Para os sinais
manchas e flocos de neve nas íris de cor azul, o Teste revelou uma extrema
significância (p=0,0001 e p=0,0001 respectivamente – Teste Exato de Fisher), ou
seja, estes sinais tem relação direta com a cor da íris do indivíduo, principalmente se
for de cor azul, a facilidade de encontrar estes tipos de sinais é muito alta.
As íris dos indivíduos de cor Âmbar apresentaram uma maior quantidade de
presença de sinais do tipo anel de gordura. Todos os indivíduos com olhos azuis
apresentaram os sinais do tipo manchas em suas íris e muitos indivíduos
apresentaram os sinais do tipo flocos de neve e nuvens. Todas as íris de cor verde
apresentaram os sinais do tipo manchas, nuvens, radiis solares, anéis de tensão e
lacunas. Nas íris de cor clara, portanto, os sinais que mais apareceram foram as
manchas seguidos de flocos de neve e nuvens, e os que menos apareceram foram
os sulcos radiais e anéis de tensão.
Os sinais que menos apareceram nos indivíduos avaliados neste estudo
foram os anéis de gordura, flocos de neve e nuvens nas íris de cor escura
(castanhas).
A cor dos olhos é importante para constatarmos que os sinais anatômicos
aparecem com incidência variáveis nas íris escuras, claras ou médias.
Com este trabalho, podemos dispor de uma nova nomenclatura para
subsidiar os meandros de pintura de íris para fins de confecção da prótese ocular,
tomando por base, que os sinais que se apresentam com maior freqüência são os
mais importantes para a reprodução fiel da íris humana, embora as íris direita e
esquerda do mesmo indivíduo não sejam rigorosamente iguais.
71
CONCLUSÕES
72
7 CONCLUSÕES
Dentro das condições experimentais desse trabalho em que foram avaliados
os sinais anatômicos presentes em 224 íris, concluímos que:
1. Os sinais anatômicos como um todo são menos evidentes nas íris de
cor escura, sendo que os mais observados foram as lacunas e os
anéis de tensão e os flocos de neve e as nuvens não foram
observados;
2. Nas íris de cor clara, os sinais anatômicos mais observados foram as
manchas os flocos de neve e o anel de gordura não foi observado;
3. As íris de cor média foram as que apresentaram a maior variedade de
sinais anatômicos, sendo os mais observados os anéis de tensão e as
lacunas e os menos, as nuvens e o anel de gordura;
4. O sinal anatômico do tipo anel de gordura foi observado apenas nos
indivíduos com idade acima de 50 anos;
5. Em um mesmo indivíduo, a íris direita e a esquerda não são idênticas,
mas similares, podendo sofrer pequenas alterações na quantidade dos
sinais anatômicos presentes.
73
REFERÊNCIAS
74
REFERÊNCIAS
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78
APÊNDICES
79
APÊNDICE A
Tabela 1 – Total geral dos sinais anatômicos presentes em cada íris, na sua respectiva cor
IMAGEM IDADE MANCHAS
FLOCOS
DE NEVE
RADIIS
SOLARIS
SULCOS
RADIAIS
ANÉIS DE
TENSÃO
LACUNAS
ANEL DE
GORDURA
NUVENS COR DA ÍRIS
01D
53
P(IV) P(II) A A A P(II) A A CINZA
02E
P(IV) P(II) A A A P(II) A A CINZA
03D
33
A A A A A P(IV) A A CAST. CLARO
04E
A A A A A P(IV) A A CAST. CLARO
05D
28
A A A A P(I) P(II) A A CAST. CLARO
06E
A A A A P(I) P(II) A A CAST. CLARO
07D
58
A P(II) P(IV) A P(I) A A A HAZEL
08E
P(I) P(IV) P(IV) A P(I) P(I) A A HAZEL
09D
46
A A A A A A A A CAST. ESCURO
10E
A A A A A P(I) A A CAST. ESCURO
11D
55
A A A A A P(II) A A CAST. ESCURO
12E
A A A P(II) A P(II) A A CAST. ESCURO
13D
20
P(IV) A A A A P(II) A A HAZEL
14E
P(IV) A A A A P(I) A A HAZEL
15D
21
A A A P(I) A P(II) A A CASTANHO
16E
A A A A A P(II) A A CASTANHO
17D
24
A A P(IV) P(IV) P(I) A A A ÂMBAR
18E
A A P(IV) P(IV) P(II) P(I) A A ÂMBAR
19D
25
P(I) A P(IV) A P(II) A A A AZUL
20E
P(I) A P(IV) A P(II) A A A AZUL
21D
51
P(III) A P(IV) A P(I) P(II) A A ÂMBAR
22E
A A P(IV) A A P(III) A A ÂMBAR
23D
56
A A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
24E
A A P(IV) P(II) P(II) A A A CAST. CLARO
25D
51
A A P(IV) A P(I) P(IV) A A CAST. CLARO
26E
A A P(IV) P(I) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
27D
25
A A P(IV) A P(II) A A A CAST. CLARO
28E
P(I) A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
29D
31
A A A P(III) P (I) P(I) A A CASTANHO
30E
A A A P(III) P(I) P(II) A A CASTANHO
31D
35
P(IV) A P(IV) P(II) P(II) P(I) A A HAZEL
32E
P(III) A P(IV) P(II) P(I) P(I) A A HAZEL
33D
41
P(IV) A A A A A A A AZUL
34E
P(IV) A A A A A A A AZUL
35D
44
A A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
36E
P(I) A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
37D
21
P(I) A A A P(I) A A A HAZEL
38E
P(III) A A A P(I) P(I) A A HAZEL
39D
34
A A P(IV) P(I) P(I) P(I) A A CASTANHO
40E
A A P(IV) A P(I) A A A CASTANHO
41D
23
A A A A P(II) P(I) A A CASTANHO
42E
P(I) A A P(I) P(II) P(II) A A CASTANHO
43D
56
P(IV) A P(IV) P(II) P(II) A A A ÂMBAR
44E
P(IV) A P(IV) P(I) P(II) P(II) A A ÂMBAR
45D
39
P(IV) A A P(II) A A A A AZUL
46E
P(IV) P(II) A P(II) P(I) A A A AZUL
80
IMAGEM IDADE MANCHAS
FLOCOS
DE NEVE
RADIIS
SOLARIS
SULCOS
RADIAIS
ANÉIS DE
TENSÃO
LACUNAS
ANEL DE
GORDURA
NUVENS COR DA ÍRIS
47D
34
A A P(IV) A P(I) P(IV) A A CASTANHO
48E
A A P(IV) A A P(III) A A CASTANHO
49D
23
A A A A P(I) P(IV) A A CASTANHO
50E A A A A P(I) P(IV) A A CASTANHO
51D
63
A A P(I) A A P(I) A A CAST. ESCURO
52E
A A P(IV) P(II) A A A A CAST. ESCURO
53D
59
A A P(IV) P(IV) P(II) P(II) A A CASTANHO
54E
A A P(IV) P(IV) P(II) P(II) A A CASTANHO
55D
26
P(I) A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
56E
P(I) A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
57D
41
A A P(IV) P(I) P(I) P(III) A A CAST. ESCURO
58E
A A P(IV) A P(I) P(II) A A CAST. ESCURO
59D
45
A A A P(I) P(I) A A A CAST. CLARO
60E
A A A P(I) P(I) A A A CAST. CLARO
61D
43
A A P(IV) A A P(I) A A CAST. ESCURO
62E
A A P(IV) A A P(I) A A CAST. ESCURO
63D
32
A A P(IV) P(II) P(I) A A A CAST. CLARO
64E
P(I) A P(IV) P(II) P(I) A A A CAST. CLARO
65D
63
A A P(IV) P(II) P(I) P(I) A A CAST. CLARO
66E
A A P(IV) P(II) P(I) P(I) A A CAST. CLARO
67D
65
A A P(IV) P(I) A A P A CASTANHO
68E
A A P(IV) P(II) A A P A CASTANHO
69D
31
A A A A A P(IV) A A CAST. ESCURO
70E
A A A A A P(II) A A CAST. ESCURO
71D
28
A A P(IV) A P(I) A A A CAST. ESCURO
72E
A A P(IV) A P(I) A A A CAST. ESCURO
73D
28
A A P(IV) P(II) P(I) P(II) A A CASTANHO
74E
A A P(IV) P(II) P(I) P(III) A A CASTANHO
75D
24
A A A A P(I) P(III) A A CASTANHO
76E
A A A A P(I) P(II) A A CASTANHO
77D
67
A A A P(II) A A P(I) A CAST. ESCURO
78E
A A A P(II) A A P(I) A CAST. ESCURO
79D
18
A A A P(I) A P(II) A A CASTANHO
80E
A A A P(II) A P(I) A A CASTANHO
81D
23
A A A A P(I) P(I) A A ÂMBAR
82E
A A A A P(I) P(I) A A ÂMBAR
83D
21
P(III) A A A A A A A AZUL
84E
P(III) A A A A A A A AZUL
85D
54
P(II) A P(IV) P(II) P(I) P(IV) A A CASTANHO
86E
A A P(IV) P(II) P(I) P(III) A A CASTANHO
87D
32
A A A A A P(III) A A CAST. ESCURO
88E
A A A A A P(II) A A CAST. ESCURO
89D
40
P(III) A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
90E
P(II) A P(IV) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
91D
34
P(I) P(I) A A P(I) P(II) A P(I) AZUL
92E
P(I) P(I) A A P(I) P(III) A P(I) AZUL
93D
48
A A A A P(I) P(IV) A A CAST. CLARO
94E
P(I) A P(I) A P(I) P(III) A A CAST. CLARO
95D
33
A A A A A P(II) A A CAST. ESCURO
96E
A A A A A P(II) A A CAST. ESCURO
81
IMAGEM IDADE MANCHAS
FLOCOS
DE NEVE
RADIIS
SOLARIS
SULCOS
RADIAIS
ANÉIS DE
TENSÃO
LACUNAS
ANEL DE
GORDURA
NUVENS COR DA ÍRIS
97D
31
P(III) A P(IV) P(III) P(II) P(III) A A VERDE
98E
P(III) A P(IV) P(II) P(II) P(II) A A VERDE
99D
21
A A A P(II) P(I) P(II) A A CAST. ESCURO
100E
A A A P(I) P(I) P(III) A A CAST. ESCURO
101D
21
A A A A P(I) A A A CAST. ESCURO
102E
A A A A P(I) A A A CAST. ESCURO
103D
27
P(II) A P(II) P(I) P(II) P(I) A A CAST. CLARO
103E
P(II) A P(III) P(II) P(II) P(I) A A CAST. CLARO
105D
36
A A P(II) P(I) P(II) P(I) A A CASTANHO
106E
A A A A P(II) P(I) A A CASTANHO
107D
50
P(II) P(II) P(II) A P(I) P(I) A P(I) AZUL
108E
P(II) P(II) P(II) A P(I) P(II) A P(I) AZUL
109D
68
A A A A A P(I) P(I) A CASTANHO
110E
A A A A A P(I) P(I) A CASTANHO
111D
24
P(I) A A A P(II) P(II) A A ÂMBAR
112E
A A A A P(II) P(III) A A ÂMBAR
113D
43
A A A A P(I) P(IV) A A CAST. ESCURO
114E
A A A A P(I) P(IV) A A CAST. ESCURO
115D
49
P(I) A A A A A A A CAST. CLARO
116E
P(I) A A P(I) A A A A CAST. CLARO
117D
27
A A A A A P(II) A A CASTANHO
118E
A A A A A P(II) A A CASTANHO
119D
48
A A P(IV) P(I) P(I) A A A CAST. CLARO
120E
A A P(IV) A P(II) A A A CAST. CLARO
121D
39
A A A A A P(I) A A CAST. ESCURO
122E
A A A A A P(I) A A CAST. ESCURO
123D
26
A A A A P(I) P(IV) A A ÂMBAR
124E
A A P(I) A P(I) P(III) A A ÂMBAR
125D
21
A A A P(II) P(I) P(I) A A CAST. CLARO
126E
A A A P(III) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
127D
19
A A P(II) P(II) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
128E
A A P(II) P(III) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
129D
52
P(I) A P(I) P(I) P(I) P(III) A A ÂMBAR
130E
P(I) A P(I) P(I) P(I) P(II) A A ÂMBAR
131D
47
P(II) P(II) P(II) A A P(III) A P(I) AZUL
132E
P(II) P(II) P(II) A A P(III) A P(I) AZUL
133D
19
A A A A P(I) P(IV) A A CAST. CLARO
134E
A A A A P(I) P(III) A A CAST. CLARO
135D
38
A A P(I) A A P(II) A A CASTANHO
136E
A A A A A P(I) A A CASTANHO
137D
46
P(I) A A A P(I) P(III) A A CASTANHO
138E
A A P(I) A P(II) P(III) A A CASTANHO
139D
25
A A P(I) P(IV) P(II) A A A CAST. CLARO
140E
A A A A P(II) A A A CAST. CLARO
141D
23
A A P(IV) P(II) P(II) P(III) A A CAST. CLARO
142E
A A P(II) P(I) P(II) P(III) A A CAST. CLARO
143D
20
A A A P(III) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
144E
A A P(I) P(II) P(I) P(I) A A CAST. CLARO
145D
22
A A A A P(II) P(IV) A A CAST. CLARO
146E
P(I) A A A P(I) P(III) A A CAST. CLARO
82
IMAGEM IDADE MANCHAS
FLOCOS
DE NEVE
RADIIS
SOLARIS
SULCOS
RADIAIS
ANÉIS DE
TENSÃO
LACUNAS
ANEL DE
GORDURA
NUVENS COR DA ÍRIS
147D
23
A A P(I) A P(I) P(III) A A CAST. CLARO
148E
A A P(II) P(I) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
149D
65
P(I) A P(I) A A P(IV) P(I) A ÂMBAR
150E
P(II) A A A A P(IV) P(I) A ÂMBAR
151D
25
A A A P(II) P(I) A A A CAST. CLARO
152E
P(I) A P(II) A P(I) P(II) A A CAST. CLARO
153D
35
A A A A P(I) P(II) A A ÂMBAR
154E
P(I) A A A P(I) P(III) A A ÂMBAR
155D
44
A A P(II) P(I) P(I) A A A CASTANHO
156E
A A P(III) A A P(II) A A CASTANHO
157D
20
A A A A P(I) P(I) A A CASTANHO
158E
A A A A P(I) P(I) A A CASTANHO
159D
27
P(I) A A A P(I) A A A CAST. CLARO
160E
P(II) A A A P(I) P(I) A A CAST. CLARO
161D
60
P(I) A A P(I) A P(II) P(I) A CAST. CLARO
162E
A A P(III) A A P(II) P(I) A CAST. CLARO
163D
21
A A P(II) A P(I) A A A CAST. CLARO
164E
A A A A P(I) P(I) A A CAST. CLARO
165D
64
A A A P(I) A P(II) P(I) A CAST. ESCURO
166E
A A A A A P(I) P(I) A CAST. ESCURO
167D
27
A A A A A P(III) A A CASTANHO
168E
A A A A P(I) P(II) A A CASTANHO
169D
36
A A P(IV) A P(I) A A A CAST. CLARO
170E
A A P(IV) P(I) P(I) P(I) A A CAST. CLARO
171D
59
A A A A P(I) P(II) A A CASTANHO
172E
A A A A P(I) A A A CASTANHO
173D
57
P(II) P(I) A A P(I) A A P(I) AZUL
174E
P(I) P(II) P(I) P(I) P(I) A A A AZUL
175D
57
A A A P(II) P(I) P(II) A A CAST. ESCURO
176E
A A A A P(I) A A A CAST. ESCURO
177D
22
P(I) A P(I) A P(I) A A A HAZEL
178E
P(I) A A A P(I) P(II) A A HAZEL
179D
29
A A A A A P(IV) A A CAST. ESCURO
180E
A A A A A P(IV) A A CAST. ESCURO
181D
51
P(III) A P(II) A A A A A AZUL
182E
P(II) A A A A A A A AZUL
183D
55
A A A P(II) A P(II) A A CAST. ESCURO
184E
A A A P(I) A P(II) A A CAST. ESCURO
185D
57
A A A A P(I) P(I) A A CASTANHO
186E
A A P(III) A P(I) A A A CASTANHO
187D
65
A A A A A P(II) A A CAST. CLARO
188E
A A A A A P(IV) A A CAST. CLARO
189D
27
A A A A P(I) A A A CAST. ESCURO
190E
A A A A P(I) P(I) A A CAST. ESCURO
191D
50
P(II) P(III) A A A A A A AZUL
192E
P(II) P(I) A A A A A P(I) AZUL
193D
32
A A P(II) A A P(II) A A CAST. ESCURO
194E
A A A A A P(II) A A CAST. ESCURO
195D
36
P(I) A A A A A A A CAST. ESCURO
196E
P(I) A A A P(II) A A A CAST. ESCURO
83
IMAGEM IDADE MANCHAS
FLOCOS
DE NEVE
RADIIS
SOLARIS
SULCOS
RADIAIS
ANÉIS DE
TENSÃO
LACUNAS
ANEL DE
GORDURA
NUVENS COR DA ÍRIS
197D
62
P(II) P(I) P(I) P(I) A A A P(I) AZUL
198E
P(III) P(I) P(I) P(II) A A A P(I) AZUL
199D
23
A P(III) A A P(II) P(IV) A P(I) ÂMBAR
200E
A P(II) A P(I) P(II) P(III) A P(I) ÂMBAR
201D
59
P(II) A A A A P(I) A P(I) ÂMBAR
202E
A A A A A P(III) A P(I) ÂMBAR
203D
48
A A A A A P(IV) A A HAZEL
204E
A A A A A P(IV) A A HAZEL
205D
18
A A A A P(I) P(IV) A A CAST. ESCURO
206E
A A A P(I) P(I) P(IV) A A CAST. ESCURO
207D
17
A A P(I) P(I) P(I) P(I) A A CASTANHO
208E
A A P(I) P(I) P(I) P(I) A A CASTANHO
209D
64
P(IV) P(I) P(IV) P(IV) P(II) A A A HAZEL
210E
P(IV) A P(IV) P(III) P(II) A A A HAZEL
211D
22
P(II) P(III) A A A P(III) A A AZUL
212E
P(II) P(III) A A A P(IV) A P(I) AZUL
213D
23
A A A P(II) P(II) P(I) A A CAST. ESCURO
214E
A A A P(II) P(II) P(I) A A CAST. ESCURO
215D
23
A A A A A A A A CAST. ESCURO
216E
A A A A A A A A CAST. ESCURO
217D
27
P(I) A A P(I) P(I) P(II) A A CAST. CLARO
218E
A A A A P(I) P(II) A A CAST. CLARO
219D
43
A A A A P(I) P(IV) A A CASTANHO
220E
A A A A P(I) P(IV) A A CASTANHO
221D
38
A A A A P(I) P(II) A A CAST. ESCURO
222E
A A A A P(I) P(I) A A CAST. ESCURO
223D
56
P(I) A P(III) P(I) P(II) A P(I) A ÂMBAR
224E
P(I) A P(IV) P(I) P(II) A P(I) A ÂMBAR
84
ANEXOS
85
86
87
88
89
90
91
92
Livros Grátis
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