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semanas de vida e a desmama em época mais favorável com maior disponibilidade de
forragens, provavelmente foram responsáveis pelo melhor desempenho dos bezerros
nascidos no período seco do ano. Alencar et al. (1982 e 1993) e Mascioli et al. (1996)
também verificaram a importância desses efeitos na raça Canchim.
Tabela 4. Médias estimadas do peso (P225), do perímetro escrotal (PE) e dos
es
cores visuais de conformação frigorífica (CF), umbigo (UM) e qualidade
de pelagem (PEL) à desmama, de acordo com a época de nascimento, o
sexo do bezerro e o regime alimentar
Época P225 PE CF UM PEL
dez. - fev.
214 ± 1,35
19,16 ± 0,13
4,17 ± 0,05 2,35 ± 0,04 3,87 ± 0,05
mar. - mai.
218 ± 1,58
19,77 ± 0,16
4,25 ± 0,06 2,48 ± 0,05 3,98 ± 0,06
jun. - ago.
237 ± 1,32
19,92 ± 0,13
4,48 ± 0,05 2,44 ± 0,04 4,07 ± 0,05
set. - nov.
230 ± 1,27
19,63 ± 0,13
4,28 ± 0,05 2,35 ± 0,04
3,86 ± 0,05
Sexo
Macho
232 ± 1,27
-
4,29 ± 0,05 2,49 ± 0,04
3,96 ± 0,05
Fêmea
217 ± 1,25
-
4,30 ± 0,05 2,31 ± 0,04 3,93 ± 0,05
Reg. alimentar
Pasto
202 ± 0,99
18,88 ± 0,10
4,10 ± 0,04 2,39 ± 0,03 3,59 ± 0,03
Pasto adubado
214 ± 2,83
18,36 ± 0,29
3,78 ± 0,14 2,64 ± 0,10 3,89 ± 0,16
Suplementado
222 ± 1,91
19,52 ± 0,19
4,39 ± 0,08 2,40 ± 0,07 3,96 ± 0,07
Conf. - Expos.
261 ± 1,62
21,72 ± 0,16
4,91 ± 0,06 2,18 ± 0,05 4,33 ± 0,05
Os machos foram mais pesados do que as fêmeas, Tabela 4, corroborando com
a literatura (ALENCAR et al., 1982; ELER et al., 1989; MASCIOLI et al., 1996 e 1997;
GUIMARÃES et al., 2003; BOCCHI et al., 2004). A ausência de efeito de sexo sobre o
escore de conformação frigorífica difere das demais literaturas, mas pode ser pelo fato
de as avaliações serem relativas aos lotes, que consideraram o sexo na sua formação.
Cardoso et al. (2001) estudaram outros escores visuais (conformação, precocidade,
musculatura e tamanho), também relativos aos grupos de contemporâneos, e relataram
a presença do efeito de sexo sobre eles.
Não houve diferenças entre os sexos para o escore de pelame, enquanto para o
escore de umbigo os machos apresentaram escores maiores do que as fêmeas (Tabela
4). Viu et al. (2002) também relataram maiores escores para machos.