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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
DOUTORADO EM PSICOLOGIA
As representações sociais dos transgênicos na relação entre ciência, tecnologia e
sociedade: suas implicações para a divulgação científica
Florianópolis
2007
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JULIANA MEZZOMO ALLAIN
As representações sociais dos transgênicos na relação entre ciência, tecnologia e
sociedade: suas implicações para a divulgação científica
Tese apresentada como requisito parcial à
obtenção do grau de Doutor em Psicologia,
Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Curso
de Doutorado, Centro de Filosofia e Ciências
Humanas.
Orientadora: Profª. Drª. Clélia Maria Nascimento-
Schulze
Florianópolis
2007
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a CAPES, pela concessão de uma bolsa de estudo no país e no exterior.
A Clélia, pela confiança, apoio e orientação.
Ao Brígido, pela orientação nas conversas informais.
Aos colegas do LACCOS.
A Júlia Guivant, por me apresentar à “sociedade de risco”.
Ao Claude Fischler, pelo incentivo e questionamentos.
A Elisabeth Lage, por todo o apoio no exterior.
Aos colegas do CETSAH.
Aos amigos Maurício e Isabel, pelo carinho
e companhia no período longe e perto de casa.
Aos meus pais, Roberto e Teruko
e aos meus irmãos, Cris, Mari e Leo.
Olive, merci pour ton sourire, tous les jours…
SUMÁRIO
RESUMO
...............................................................................................................
iv
ABSTRACT
...........................................................................................................
x
RESUME
................................................................................................................
xi
Li
sta de siglas
.........................................................................................................
xii
Introdução
..............................................................................................................
01
I.
O pr
ojeto histórico da Modernidade
...............................................................
05
I.1. Modernidade e risco.................................................................................... 07
I.2. Modernização reflexiva............................................................................... 10
I.3. Destradicionalização e individualização......................................................
12
I.4. Transformação do político........................................................................... 20
I.5. Algumas considerações............................................................................... 25
II. Desmonopolização da ciência
..........................................................................
29
II.1. Alfabetização científica.............................................................................. 31
II.2. Divulgação científica..................................................................................
32
II.2.1 Jornalismo científico........................................................................... 33
II.2.2 Centros e museus de ciência e as exposições científicas.....................
35
II.3. Movimento CTS......................................................................................... 38
II.4. Participação pública na política científica.................................................. 39
II.4. De participação pública para Governança científica.................................. 41
II.6. O contexto Brasileiro..................................................................................
44
III. Contribuições das ciências humanas e sociais
.............................................
51
IV. A Teoria d
as Representações Sociais e a ciência
.........................................
59
IV.1. Representações coletivas.......................................................................... 61
IV.2. Das representações coletivas às representações sociais............................
64
IV.3. Universos consensual e reificado..............................................................
67
IV.4. Conceito de representações sociais........................................................... 70
IV.5. Gênese das representações sociais............................................................ 71
IV.6. Funções das representações sociais.......................................................... 71
IV.7. Processos de formação das representações sociais................................... 73
IV.8. Dimensões das representações sociais...................................................... 75
IV.9. Teoria do núcleo central........................................................................... 76
IV.10. Esfera pública, opinião pública e comunicação de massa...................... 79
IV.10.1. Comunicação de massa................................................................... 80
IV.10.2. Comunicação da ciência................................................................. 82
IV.10.3. Comunicação da ciência e representações sociais.......................... 84
IV.11. Um diálogo entre a teoria das representações sociais e a teoria da
modernização reflexiva...........................................................................................
89
V. Alimentação na modernidade reflexiva
.........................................................
95
V.1. Modernidade e mudanças na alimentação..................................................
96
V.2. Consumo alimentar, reflexividade e representações sociais...................... 99
V.3. Crises alimentares e segurança alimentar.................................................. 102
VI. A biotecnologia moderna na agricultura: um exemplo de risco(s)
...........
111
VI.1. Colapso de categorias............................................................................... 112
VI.2. Uma ciência reflexiva?
............................................................................ 113
VI.3. Início da subpolítica?
............................................................................... 117
VI.4. Diferenças nas aplicações da biotecnologia moderna...............................
120
VI.5.Transgênicos na agricultura....................................................................... 123
VI.6. Transgênicos e os países em desenvolvimento......................................... 127
VI.7. O império da soja...................................................................................... 129
VI.8. A soja no contexto brasileiro: o “ouro verde”
......................................... 130
VI.8.1. Conseqüências da expansão da soja..................................................
131
VI.8.1 Desemprego e fim do pequeno agricultor.......................................... 131
VI.8.2. Desmatamento.................................................................................. 131
VI.8.3. Outras conseqüências sociais e ambientais.......................................
133
VI.9. Transgênicos no Brasil..............................................................................
134
VI.9.1 Investimento em biotecnologia.......................................................... 134
VI.9.2 O processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil............... 136
VI.9.3. Os atores envolvidos no debate e a exclusão da população..............
144
VI.10. Pesquisas................................................................................................. 146
VI.10.1. Um modelo de pesquisa.................................................................. 148
VI.10.2. A pesquisa no Brasil....................................................................... 148
Objetivo Geral
..................................................................................................
155
Objetivos Específicos
..................................................................................
155
VII. Método
............................................................................................................
156
VII.1. Primeiro estudo: análise documental....................................................... 156
VII.1.1. Caracterização do estudo................................................................. 156
VII.1.2. Caracterização das mídias............................................................... 156
VII.1.3. Procedimentos................................................................................. 156
VII.1.4. Técnicas de coleta de dados............................................................ 157
VII.1.5. Técnicas de análise de dados........................................................... 158
VII.2. Um recorte da análise documental.......................................................... 159
VII.2.1. Técnicas de coleta de dados............................................................ 159
VII.2.2. Técnicas de análise de dados........................................................... 159
VII.3. Segundo estudo: mapeamento da estrutura das representações.............. 160
VII.3.1. Caracterização do estudo................................................................. 160
VII.3.2 Participantes..................................................................................... 160
VII.3.3 Procedimentos.................................................................................. 160
VII.3.4 Técnicas de coleta de dados............................................................. 160
VII.3.5 Técnicas de análise de dados............................................................ 161
VII.4. Terceiro estudo: quase-experimento........................................................
162
VII.4.1. Caracterização do estudo................................................................. 162
VII.4.2. Caracterização da exposição científica............................................
163
VII.4.3. Participantes.................................................................................... 164
VII.4.4. Procedimentos................................................................................. 164
VII.4.5. Técnicas de coleta de dados............................................................ 164
VII.4.6. Técnicas de análise de dados...........................................................
165
VIII. Resultados
....................................................................................................
166
VIII.1. Primeiro estudo: análise documental..................................................... 166
VIII.1.1. Caracterização dos jornais analisados............................................ 166
VIII.1.2. Resultados da análise do conteúdo dos artigos dos jornais............ 171
VIII.1.3. Resultados da análise descritiva comparados aos da análise do
conteúdo dos artigos...............................................................................................
222
VIII.2. Um recorte da análise documental......................................................... 225
VIII.2.1. Análise descritiva das variáveis da pesquisa..................................
225
VIII.2.2. Resultados da análise do conteúdo dos artigos dos jornais
publicados na seção “opinião”................................................................................
229
VIII.2.3. Resultados da análise descritiva comparados aos da análise do
conteúdo dos artigos da seção “opinião”................................................................
266
VIII.3. Segundo estudo: análise estrutural das RS de transgênicos................... 269
VIII.3.1. Estrutura das RS de transgênicos dos alunos................................. 273
VIII.3.2. Estrutura das RS de transgênicos dos consumidores..................... 274
VIII.3.3. Estrutura das RS de transgênicos dos agroecologistas...................
274
VIII.3.4. Reagrupamento das evocações.......................................................
275
VIII.3.5. Teste qui quadrado para menção dos conjuntos de palavras..........
278
VIII.4. Terceiro estudo: quase-experimento...................................................... 284
VIII.4.1. Estrutura das RS de transgênicos antes da visita à exposição........
286
VIII.4.2. Estrutura das RS de transgênicos depois da visita à exposição..... 286
VIII.4.3. Estrutura das RS de transgênicos um mês depois da visita à
exposição.................................................................................................................
287
VIII.3.4. Reagrupamento das evocações.......................................................
289
VIII.3.5. Teste qui quadrado para menção dos conjuntos de palavras..........
294
IX. Discussão dos resultados
................................................................................
298
X. Consideraç
ões finais
.........................................................................................
334
XI. Referências bibliográficas
..............................................................................
337
XII. Lista de tabelas
..............................................................................................
348
XIII. Lista de gráficos
...........................................................................................
349
XIV. Lista de quadros
...........................................................................................
349
XV. Lista de dendogramas
...................................................................................
349
XV
I
. Lista de
figur
as
.............................................................................................
349
XVI
I
. Anexos
.........................................................................................................
350
Anexo 1: Artigos sobre transgênicos publicados no Jornal A Folha de SP
no período de Janeiro de 2000 a Junho de 2005.....................................................
351
Anexo 2: Artigos sobre transgênicos publicados no Jornal O Estado de SP
no período de Janeiro de 2000 a Junho de 2005.....................................................
385
Anexo 3: Tabelas das categorias das seções dos jornais...............................
415
Anexo 4: Relatório resumido da análise ALCESTE do corpus Jornal.........
421
Anexo 5: Tabelas do o número de artigos do corpus opinião por ano e por
variáveis do estudo..................................................................................................
510
Anexo 6: Gráficos do número de artigos do corpus opinião publicados por
ano e por ator...........................................................................................................
513
Anexo 7: Relatório resumido da análise ALCESTE do corpus Opinião......
516
Anexo 8: Relatório da análise EVOC do corpus Alunos..............................
556
Anexo 9: Relatório da análise EVOC do corpus Consumidores..................
558
Anexo 10: Relatório da análise EVOC do corpus Agroecologistas.............
560
Anexo 11: Grupos de palavras......................................................................
562
Anexo 12: Relatório da análise EVOC do corpus Alunos depois da
exposição.................................................................................................................
565
Anexo 13: Relatório da análise EVOC do corpus Alunos um mês depois
da exposição............................................................................................................
567
Anexo 14: Banners da exposição..................................................................
569
ix
RESUMO
Essa pesquisa teve como objetivo investigar as representações sociais dos transgênicos no Brasil
em diferentes contextos. Desde a sua fundação, essa teoria tem contribuído para se pensar a
relação entre ciência e sociedade. Essa pesquisa foi composta por três estudos: uma análise
documental dos artigos sobre transgênicos publicados em dois jornais brasileiros no período de
2000 a 2005, um mapeamento da estrutura das representações sociais de três grupos sociais
diferentes e um estudo quase-experimental que verificou o impacto de uma exposição científica
sobre transgênicos nas representações sociais de alunos do ensino médio. Os resultados do
primeiro estudo mostraram que o discurso da mídia, que priorizava uma discussão sobre os
diferentes riscos (sanitários, ambientais e sociais) dessa nova tecnologia nos primeiros anos, foi
sendo substituído pela discussão acerca dos benefícios econômicos que os transgênicos podem
trazer para o país. O segundo estudo mostrou que esse objeto ainda recente não foi representado
por um dos grupos estudados, mas os outros grupos possuem uma representação crítica quanto
aos mesmos. Por fim, o terceiro estudo mostrou que a atividade da divulgação científica, e a
exposição científica em particular, pode ajudar na formação de representações úteis ao processo
de reflexividade sobre a relação entre ciência e sociedade.
Palavras-chave: Representações sociais, transgênicos, divulgação científica.
x
ABSTRACT
The aim of this research was to investigate the social representations of transgenics in Brazil, in
different contexts. Since its very foundation, this theory has contributed to think the relation
between science and society. This reserch was composed by three studies: a documental analysis
of the articles about transgenics published by two brazilian newspapers from 2000 to 2005, a
structural analysis of the social representations of transgenic by three social groups and an
experimental study about the impact of a scientific exhibition about environmental issues and the
use of transgenic’ crops over the social representations of high school students. Results of the
first study show that the media discourse, which gave priority to the different kind of risks
(sanitariy, environmental and social) of this new technology in the first years, was substituted by
the discussion about the economic benefits that transgenics can bring to the country. The second
study shows that this recent object was not represented by one of the social groups studied, but
that the other groups already have a critic representation of transgenics. Finally, the third study
indicated that science diffusion, especially the scientific exhibition, can help forming
representations that stimulate the process of reflexivity on the relation between science and
society.
Key words: Social Representations, transgenic, scietific diffusion.
xi
RESUME
Cette recherche a pour objectif l’investigation des représentations sociales des transgéniques au
Brésil dans différents contextes. Dès sa fondation, cette théorie a contribué à la pensée des
rapports entre science et société. Cette recherche se compose de trois études: une analyse de
presse des articles portant sur les transgéniques publiés dans deux journaux brésiliens de 2000 à
2005, une cartographie de la structure des représentations sociales de trois groupes sociaux
différents et une étude quasi-expérimentale qui a vérifié l’impact d’une exposition scientifique,
thématisant les OGMs, sur les représentations sociales d’élèves du secondaire. Les résultats de la
première étude montrent que le discours des médias, qui a privilégié une discussion sur les
différents risques (sanitaires, environnementaux et sociaux) de cette nouvelle technologie lors des
premières années, a ensuite été remplacée par une discussion autour des bénéfices économiques
que les transgéniques peuvent apporter au pays. La seconde étude montre que cet objet encore
récent n’a pas été représenté par un des groupes étudiés, alors que les autres en possédaient déjà
une représentation critique. Enfin, la troisième étude indique que l’activité de vulgarisation
scientifique, et l’exposition scientifique en particulier, peut aider à la formation de
représentations utiles au processus de réflexivité sur les rapports entre science et société.
Mots-clés: Répresentations Sociales, transgéniques, vulgarisation scientifique.
xii
LISTA DE SIGLAS
Abag – Associação Brasileira de Agribusiness
Abia – Associação Brasileira da Indústria da Alimentação
AIDS – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
Alca – Área de Livre Comércio das Américas
ANBio – Associação Nacional de Biossegurança
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CEE – Comunidade Econômica Européia
C&T – Ciência e Tecnologia
CT&I – Ciência, Tecnologia e Inovação
CEE – Comunidade Econômica Européia
CETSAH - Centre d'études transdisciplinaires sociologie, anthropologie, histoire
CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos
CNBS – Conselho Nacional de Biossegurança
Conama – Conselho Nacional de Meio Ambiente
Contag – Confederação Nacional de Agricultura
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito
CPT – Comissão Pastoral da Terra
CTA – Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxico
CTNbio – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
CTS – Movimento Ciência, tecnologia e Sociedade
CUT – Central Única dos Trabalhadores
DNA / ADN - Ácido Desoxirribonucleico
EEB – Encefalopatia Espongiforme Bovina
Eia/Rima – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente
Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EUA – Estados Unidos da América
FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
Farsul – Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul
FDA – Food and Drug Administration
Fetraf – Federação dos Trabalhadores de Agricultura Familiar
xiii
Fiocruz – Fundação Oswald Cruz
GM – Geneticamente Modificado
Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBOPE – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística
Idec - Instituto de Defesa do consumidor
LACCOS – Laboratório de Psicologia Social, da Comunicação e Cognição Social
MP – Medida Provisória
OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
OGM – Organismo Geneticamente Modificado
OMC - Organização Mundial do Comércio
OMS – Organização Mundial da Saúde
ONG – Organização não-Governamental
ONU – Organização das Nações Unidas
OVM – Organismo Vivo Modificado
MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia
MIT – Massachusetts Institute of Technology
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra
NAFTA – North America Free Trade Agreement
Procon – Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor
RAC – Comitê Assessor para DNA recombinante
RNA / ARN - Ácido Ribonucleico
RR – Roundup Ready
SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
STAGE – Science, Technology and Governance in Europe
STJ – Superior Tribunal de Justiça
TRF – Tribunal Regional Federal
TAC – Termo de Responsabilidade e Ajustamento de Conduta
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
1
Introdução
A polêmica dos transgênicos constitui provavelmente
o primeiro debate de uma longa série que a opinião
pública de qualquer país, desenvolvido ou não, terá que
encarar.
Marcelo Leite
Desde a sua invenção, a biotecnologia moderna gerou questionamentos quanto à sua
segurança, por diferentes grupos, incluindo os próprios pesquisadores. Mesmo assim, essa foi a
tecnologia na qual a maioria dos governos de diferentes países, desenvolvidos ou em
desenvolvimento, apostou para garantir sua fatia no mercado globalizado. Porém, a introdução
dessa tecnologia se deu de formas bem diferentes nesses vários países. Para algumas sociedades,
essa introdução visava benefícios econômicos prometedores, para outras, a introdução se deu em
um contexto no qual tais benefícios foram questionados frente aos diferentes tipos de riscos que
ela poderia trazer. A biotecnologia e suas diferentes aplicações são amplamente defendidas por
certos grupos e sofrem igual resistência por outros, que clamam por uma aprendizagem social
com as conseqüências sentidas pela introdução de outras tecnologias, tais como: pesticidas, a
indústria nuclear, armas atômicas, etc (Einsiedel e Kamara, 2006).
Assim, a biotecnologia moderna surgiu e, principalmente, se desenvolveu, em uma época
em que a ciência e a tecnologia começavam a ser questionadas, e até desacreditadas, quanto à
incerteza do conhecimento científico, os limites e falhas do seu controle, os interesses por trás de
seu desenvolvimento, e os diferentes tipos de riscos a longo prazo. Suas aplicações levantaram
questões sobre os impactos ambientais, para a saúde humana e sociais. Igualmente, suas
aplicações tocam em aspectos éticos e morais, chegando a questionar o que significa a vida (ao
ultrapassar as barreiras que definem a “essência” do ser vivo) e qual o alcance do poder dos
homens que “brincam de ser Deus”.
Entretanto, talvez a conseqüência mais importante da sua introdução tenha sido a
reflexividade e a organização de certos grupos que levaram a um questionamento do processo
decisório sobre o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias cujos riscos ainda são
incertos, demandando uma maior participação pública nesse processo. De fato, em alguns países,
os OGMs serão lembrados “como um ponto de ruptura nas ferramentas e práticas do domínio
social das inovações tecnológicas” (Joly, 2000, p. iii).
2
Nesse processo, a participação pública na formulação de políticas sobre inovações
científicas passou a constar nas leis de muitos países e a ser estimulada através de mais
informação, transparência e disponibilização dos orçamentos do governo para a participação
formal e informal do público em eventos promovidos pelo próprio governo e por organizações
ambientais e de consumidores. Também muito importante nesse processo, foi a liberação de
orçamento para pesquisas que buscavam verificar a percepção pública da biotecnologia, visando
oferecer dados da população sobre esse assunto e que seriam levados em consideração nos
processos decisórios. O campo internacional de pesquisas sobre percepção pública de
biotecnologia é bastante vasto e inclui pesquisas com os métodos, abordagens e objetivos mais
variados.
No Brasil, o cenário contrasta fortemente com o relato feito até aqui. Apesar de
começarem a surgir, nos documentos oficiais do governo brasileiro, ideais de um “diálogo com a
sociedade” sobre os rumos do desenvolvimento científico, as decisões sobre a regulamentação
dos transgênicos
1
no país desconsideraram as preocupações e questionamentos de parte da
população, levando em conta apenas os interesses de alguns grupos que se beneficiariam com
essa tecnologia. A participação pública ficou restrita a alguns grupos, sem representatividade da
população (Guivant, 2006).
Nos documentos oficiais do país, também é dada uma atenção para o papel das ciências
humanas e sociais no “mapeamento” das relações entre ciência, tecnologia e sociedade.
Entretanto, o campo de pesquisa de percepção pública sobre ciência e tecnologia em geral, e
sobre transgênicos em específico, também é insignificante e revela o caráter do debate no país, os
limites da área de pesquisa e a “falta de problematização no espaço acadêmico sobre os conflitos
ou consensos entre conhecimentos peritos e leigos quando estão em questão inovações
tecnológicas que envolvem riscos” (Guivant, 2006, p. 82).
1
Dentre os processos de modificação genética de organismos, aquele de maior destaque tem sido o da transgenia que
pode ser descrito como o conjunto de várias técnicas de biologia molecular que possibilitam a obtenção de um ser
vivo, em cujo genoma é inserida uma ou mais quimeras genéticas por meios não sexuais. Nesta seqüência quimérica
está o gene de interesse a ser adicionado e que se denomina transgene. O transgene passa a integrar o genoma do
organismo receptor e a nova característica dada por ele é transmitida à descendência, fazendo efeito também na
linhagem germinativa. Os organismos resultantes deste processo chamam-se transgênicos. Embora o termo OGM
também venha sendo correntemente usado para identificar estes organismos, cabe ressaltar que pode-se chamar de
“geneticamente modificado” todo organismo que tenha sido alterado por qualquer técnica de manipulação genética,
não só por transgenia. Desta forma, transgênicos e OGMs são definições distintas. Todo transgênico é um OGM, mas
os OGMs podem ser resultantes de outras técnicas. Porém, a ampla utilização destas expressões enquanto sinônimos,
tanto na literatura técnica como nos veículos de mídia e de divulgação científica, é importante para esta pesquisa.
3
Assim, essa é uma área de estudo deficiente, mas extremamente relevante. Considerando
a importância dada ao modelo de desenvolvimento agrário para o próprio desenvolvimento do
país, é fundamental investigar como a sociedade pensa que deva ser o rumo de tal
desenvolvimento.
As diretrizes das declarações de órgãos internacionais de destaque, como a Declaração
Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos, adotada pela Conferência Geral da
UNESCO em sua 29° sessão (1997), bem como renomados teóricos, apontam para a importância
da transdisciplinaridade para se tratar de um assunto como a biotecnologia moderna, que se
desenvolve num contexto científico, econômico, político, ético, social e cultural complexo e
global, envolvendo inúmeros e diferentes atores.
Apesar desta tese estar vinculada ao departamento de Pós-graduação em Psicologia,
tentamos buscar um “olhar” transdisciplinar, com contribuições de outras ciências sociais,
principalmente da sociologia (da ciência, ambiental, política e do risco), da Economia, entre
outras, para um melhor entendimento das diferentes dimensões do objeto estudado. As disciplinas
cursadas em outros programas de pós-graduação
2
, bem como a oportunidade de ter feito uma
parte do doutorado no Centre d'études transdisciplinaires: sociologie, anthropologie, histoire
(CETSAH)
3
, contribuíram para a construção de um olhar mais amplo, embora, talvez, ainda
imaturo.
Outra questão freqüentemente levantada no campo de estudo da percepção pública da
ciência é que “as disciplinas científicas devem se abrir a outras linguagens e formas de
conhecimento que aproximem o mundo da ciência do mundo do cidadão numa nova forma de
compartilhar a compreensão e a decisão sobre problemas tão relevantes para o futuro das
pessoas” (Porto, 2005, p. 100).
Nesse sentido, a teoria das Representações Sociais ocupa um lugar de destaque no estudo
da relação entre a ciência e a sociedade. Desde o seu surgimento, essa teoria dialoga não com
outras disciplinas, mas – e mais importante – busca a compreensão do conhecimento leigo
construído a partir do conhecimento científico vulgarizado.
2
Agradecemos, em especial, a professora Drª. Julia Guivant, pelas discussões na disciplina “Teorias Sociais do
Consumo”, do programa de Pós-graduação do Doutorado Interdisciplinar da UFSC, bem como pelas críticas e
sugestões feitas no exame de qualificação do projeto desta tese.
3
Agradecemos a Claude Fischler, Elizabeth Lages e à equipe do CETSAH em especial a Jocelyn Raude pelas
críticas e sugestões feitas nas apresentações formais e discussões informais dessa pesquisa.
4
A apresentação dessa pesquisa segue parte do caminho traçado para compreensão dos
diferentes aspectos que envolvem o nosso objeto de estudo, a saber: as representações sociais dos
transgênicos na relação entre ciência, tecnologia e sociedade.
No primeiro capítulo, tenta-se traçar algumas das mudanças pelas quais as sociedades
contemporâneas têm passado. Através dos conceitos de “sociedade de risco”,
“destradicionalização”, “reflexividade”, entre outros, busca-se analisar as mudanças do papel e da
percepção da ciência, da natureza, do social e do político.
No segundo capítulo, aborda-se, em uma perspectiva histórica e transcultural, as
diferentes iniciativas de envolvimento do público no processo decisório sobre as inovações
científico-tecnológicas. Um panorama do contexto brasileiro também é traçado.
O terceiro capítulo apresenta, de forma geral, algumas contribuições das ciências humanas
e sociais para a compreensão da percepção pública acerca da ciência e tecnologia. O quarto
capítulo trata, em específico, das contribuições da Teoria das Representações Sociais para esse
tema. Essa teoria é apresentada desde o seu surgimento, justamente numa época de mudança da
ciência. No final, tenta-se estabelecer um diálogo entre as teorias das Representações Sociais e da
Modernização Reflexiva, procurando mostrar o caráter fundamental das representações para o
processo de reflexividade dos indivíduos e das sociedades.
No quinto capítulo, discute-se a questão da segurança alimentar, freqüentemente apontada
como um exemplo de área que se tornou “politizada” na sociedade de risco. São apresentadas as
mudanças da alimentação na modernidade, as crises alimentares pelas quais alguns países
passaram, e a redefinição do conceito e representação de segurança alimentar como pano de
fundo para a chegada dos transgênicos. No final desse capítulo, essa questão é discutida dentro do
contexto brasileiro.
E, finalmente, no sexto capítulo, o último capítulo teórico, a biotecnologia moderna
aplicada à agricultura é trazida como um exemplo da discussão apresentada pelos capítulos
anteriores. A introdução dessa tecnologia é discutida em ambos os níveis global e nacional.
Os demais capítulos apresentam, respectivamente, o método empregado nos diferentes
estudos que compõem essa pesquisa, os resultados encontrados e uma discussão acerca dos
mesmos. No final, são apresentadas algumas considerações sobre a formação da opinião pública
sobre transgênicos no Brasil, sugestões de novas pesquisas, bem como de programas de
divulgação científica.
5
I. O projeto histórico da Modernidade
No mundo inteiro, a sociedade contemporânea está
passando por uma mudança radical que impõe um
desafio à modernidade baseada no Iluminismo e abre
um campo no qual as pessoas podem escolher novas e
inesperadas formas do social e do político
*
4
Ulrich Beck
Giddens (2002) caracteriza a modernidade, referindo-se “às instituições e modos de
comportamento estabelecidos pela primeira vez na Europa depois do feudalismo, mas que no
século XX se tornaram mundiais em seu impacto” (p. 21). As instituições da modernidade seriam
o industrialismo, que diz respeito às mudanças nas relações sociais como conseqüência da
mecanização do processo de produção; o capitalismo, como sistema de produção de mercadorias,
caracterizado por mercados competitivos de produtos e a mercantilização da força de trabalho; e
as instituições de vigilância, referentes tanto à supervisão de “populações submissas”, assim
como no contexto de uma “industrialização da guerra”. Entre as formas sociais produzidas pela
modernidade, Giddens destaca como a mais importante o Estado-Nação, cujo papel é dar
sustentação, ou mais que isso, ditar os processos de organização da sociedade (Flores, 2005). A
visão de mundo que predomina nesse período pode ser denominada “Iluminista” e leva a crenças
como: controle da natureza, abundância e progresso, crescimento e prosperidade, na ciência e
tecnologia e confiança nas instituições sociais (Irwin, 1995).
Entretanto, Beck (1999) aponta que a sociedade contemporânea mundial está enfrentando
problemas que acabam por questionar os fundamentos dessa modernidade. Tal questionamento
leva a mudanças que fazem surgir novas formas de organização social e política. Nas últimas
décadas, vários cientistas sociais vêm analisando essas reconfigurações. Conceitos como:
primeira modernidade (Beck, 1999), modernidade simples (Beck, Giddens & Lash, 1997); bem
como: segunda modernidade (Beck, 1999), modernidade tardia ou alta modernidade (Giddens,
1991, 2002), modernidade líquida (Bauman, 2001), modernização reflexiva (Beck, Giddens &
Lash, 1997) e sociedade de risco (Beck, 1992; 1999) são a base para se entender “as
características, os limites e as transformações do projeto histórico da modernidade” (Guivant,
2002b, p. 93).
4
Para evitar a repetição, todas as vezes que for utilizada uma citação em outro idioma, o mbolo (*) indicará que a
citação que aparece no corpo do texto foi uma tradução feita pela autora.
6
Ao sistematizar tais transformações, Beck (1999) faz uma distinção entre primeira e
segunda modernidade. Este autor utiliza o termo primeira modernidade para se referir à
modernidade como foi anteriormente descrita, baseada no Estado-Nação, na qual as relações
sociais, as redes e as comunidades são entendidas num sentido territorial. A sociedade típica da
primeira modernidade é a sociedade industrial, caracterizada pela produção e distribuição de
bens. Porém, Beck argumenta que os padrões coletivos de vida típicos dessa primeira
modernidade, tais como a crença no progresso e na controlabilidade da ciência e da tecnologia, a
segurança do emprego e a exploração da natureza, foram corroídos por cinco processos que estão
interligados: globalização, individualização, revolução de gênero, subemprego e riscos globais.
Assim, a segunda modernidade, também chamada por Beck de modernidade reflexiva, é a
fase de radicalização dos princípios da modernidade (Guivant, 2001), ou seja, “designa um
estágio da modernidade em que começam a tomar corpo as ameaças produzidas até então no
caminho da sociedade industrial” (Beck, 1997, p. 17). Essas ameaças são produzidas justamente
porque o pensamento da sociedade industrial é dominado por certezas como progresso e
abstração dos riscos. Desse modo, a segunda modernidade implica uma fase no desenvolvimento
da sociedade moderna, na qual os riscos, sejam estes sociais, políticos, econômicos ou mesmo
individuais, não podem ser mais controlados pelas instituições de proteção próprias da sociedade
industrial.
A sociedade típica da segunda modernidade é a sociedade de risco. Porém, segundo Beck,
a sociedade de risco “não é uma opção que se possa escolher ou rejeitar no decorrer de disputas
políticas” (Beck, 1997, p. 15). As ameaças produzidas pelos processos de modernização
autônoma acabam por questionar e destruir as bases da sociedade industrial. Para Beck (1999), o
verdadeiro desafio da segunda modernidade é que a sociedade tem que responder ao mesmo
tempo aos cinco desafios citados anteriormente.
Diante dessa situação caótica, poder-se-ia esperar uma posição pessimista de Beck quanto
ao futuro que a sociedade deve enfrentar, mas, ao contrário, nota-se um otimismo nas propostas
de novas soluções para os problemas e novas formas de organizações sociais que podem surgir.
(...) não chegaremos à conclusão de que temos de repensar, na verdade reinventar, nossa
civilização industrial, agora que o velho sistema da sociedade industrializada está se
desmoronando no decorrer do seu próprio sucesso? Será que não estão por surgir novos contratos
sociais? ‘Modernização reflexiva’ significa a possibilidade de uma (auto)destruição criativa para
toda uma era: aquela da sociedade industrial. O ‘sujeito’ desta destruição criativa não é a
revolução, não é a crise, mas a vitória da modernização ocidental (Beck, 1997, p. 12).
7
Porém, ao construir sua teoria da sociedade de risco, Beck fica “entre o diagnóstico e a
profecia” (Guivant, 2001) devido à imprecisão da forma de como suas propostas podem ser
implementadas. Isso será discutido no final desse capítulo.
Um conceito fundamental para se entender a “radicalização dos princípios” e a
“destruição criativa” da modernidade é a noção de risco. A este, ligam-se outros igualmente
importantes, tais como: reflexividade, destradicionalização, individualização, e transformação do
político. Nesse capítulo, tenta-se discutir cada um desses conceitos, bem como explorar as suas
interligações. É preciso dizer que tais conceitos justamente por estarem essencialmente
interligados – são retomados várias vezes ao longo das obras dos autores citados. Nesse capítulo,
por fins de organização, optou-se por apresentá-los separadamente, esperando que isso não
implique em uma perda da complexidade da discussão.
I.1. Modernidade e risco
A modernidade é uma cultura do risco.
Anthony Giddens
Beck (1999) aponta que todas as sociedades experienciaram perigos. Porém, a diferença
entre a noção de perigo e de risco diz respeito à fonte ou a origem dos mesmos. Os perigos
(como: fome, pragas e desastres naturais – típicos das sociedades pré-industriais) têm uma
origem diferente dos riscos da modernidade. A origem dos perigos seria natural, enquanto que a
origem dos riscos está baseada em decisões que buscam vantagens econômicas e que aceitam tais
riscos apenas como uma conseqüência do progresso. Assim, os riscos diferem dos desastres
naturais pré-industriais pela sua origem no processo de decisão, que é feito não por indivíduos,
mas por organizações e grupos políticos.
Na modernidade o conceito de risco se torna fundamental, o que não quer dizer que agora
a vida seja mais arriscada do que antes. Segundo Giddens (2002), a “preocupação com o risco na
vida social moderna não tem nada a ver diretamente com a prevalência de perigos para a vida” (p.
109), ao contrário, os avanços na redução de riscos que ocorreram no século XX (tais como: água
tratada, esgoto, aplicação dos princípios científicos de imunização, nutrição, higiene pessoal e de
preparação da comida, cuidados pré e pós-natais, aperfeiçoamento dos tratamentos hospitalares,
métodos de segurança no trabalho, entre outros) possibilitaram à maioria dos indivíduos nas
sociedades desenvolvidas – uma posição muito mais segura do que em épocas anteriores.
8
Porém, Giddens (1997) aponta que a própria noção de risco na modernidade também
passa por uma mudança com a introdução de novos riscos. Essa mudança coincide com a
passagem da modernidade simples para a modernidade tardia, ou da primeira para a segunda
modernidade, nos termos de Beck. A diferença da noção de risco entre a primeira e a segunda
modernidade diz respeito à sua abrangência, à forma de calculabilidade e capacidade de controle
do mesmo, e a sua percepção pela sociedade (e, conseqüentemente, no papel que os riscos têm na
vida dos indivíduos).
Giddens (2002) afirma que o mundo moderno tardio “é apocalíptico não porque se dirija
inevitavelmente à calamidade, mas porque introduz riscos que gerações anteriores não tiveram
que enfrentar” (p. 11-12). Exemplos de novos riscos são: 1 riscos relacionados à destruição
ecológica e aos perigos tecnológicos decorrentes do desenvolvimento industrial (como o buraco
na camada de ozônio, aquecimento global, escassez de água e riscos envolvendo a engenharia
genética de plantas e humanos); 2 – riscos relacionados diretamente com a pobreza (como
problemas de habitação e alimentação, perda de espécies e recursos genéticos, energia, indústria e
população humana); 3 – riscos relacionados com a destruição de massas a partir de armas
chamadas NBC (nuclear, biological, chemical) (Beck, 1999). Segundo Beck, esses riscos podem
complementar e acentuar uns aos outros.
Esses novos riscos são também chamados por Beck de “ameaças globais”. Assim, uma
primeira distinção da noção de risco entre a primeira e a segunda modernidade diz respeito à sua
abrangência. Beck argumenta que a distribuição dos novos riscos não corresponde mais às
diferenças sociais, econômicas e geográficas como na primeira modernidade. Na segunda
modernidade os riscos passam de locais ou nacionais para serem globais. Giddens (2002)
concorda com Beck nesse sentido ao afirmar que ninguém pode se eximir dos riscos, sendo estes
não apenas globais, mas para todos. Isso inclui a geração presente e as futuras. Beck (1999) nos
lembra que “as vítimas de Chernobyl são hoje, anos depois da catástrofe, ainda nem nascidas”*
(p. 77).
Beck e Giddens relacionam o risco a acontecimentos futuros ligados às práticas presentes.
Beck (1999) define risco como “a abordagem moderna para prever e controlar as conseqüências
futuras da ação humana”* (p. 3). A segunda distinção da noção de risco entre a primeira e a
segunda modernidade diz respeito às normas do cálculo do risco.
9
Na modernidade simples, a noção de risco é apenas parte de um cálculo essencial para
controlar como o futuro é atingido. “Dessa maneira, o risco é uma parte estatística das operações
das companhias de seguro; a própria decisão desses cálculos de risco parece assinalar o sucesso
em se manter o futuro sob controle” (Giddens, 1997, p. 76). Para Beck (1999), como foi dito,
risco pressupõe decisão. Na primeira modernidade, as decisões são tomadas seguindo normas
fixas de calculabilidade entre meios e fins ou causas e efeitos.
Porém, na segunda modernidade essas normas se tornam inválidas uma vez que os novos
riscos suprimem as normas convencionais de cálculo do risco. Beck toma como exemplo o
seguro privado, considerado como o maior símbolo de cálculo de segurança da primeira
modernidade, que não cobre desastres nucleares, ou a mudança climática e suas conseqüências,
ou a maioria das tecnologias controversas como a engenharia genética.
Os mega-danos nucleares, químicos e ecológicos eliminam os quatro pilares do cálculo de riscos.
Primeiro, preocupa-se aqui com danos globais, freqüentemente irreparáveis, que não podem mais
ser limitados; o conceito de compensação econômica então falha. Segundo, a precaução de um
pós-cuidado está excluída para os piores acidentes imagináveis no caso de um dano fatal; a
segurança do conceito monitoramento antecipado dos resultados falha. Terceiro, o ‘acidente’
perde suas delimitações no tempo e no espaço, e portanto seu significado. Ele se torna um evento
com começo e sem fim; um ‘festival sem fim’ de ondas galopantes de destruição. Mas isso
implica: padrões de normalidade, procedimentos de mensuração e portanto as bases para se
calcular os danos são abolidos; entidades incomparáveis são comparadas e o cálculo se torna
ofuscação * (Beck, 1999, p. 54).
Tudo isso confirma o diagnóstico de uma sociedade de risco mundial. Pois as chamadas ‘ameaças
globais’ levaram juntas a um mundo onde as bases estabelecidas da lógica do risco foram
abolidas, e onde perigos difíceis de serem geridos prevalecem em vez de riscos quantificáveis
(idem, p. 36).
Giddens (1991) argumenta que o fato de que os riscos são geralmente aceitos pela
população como riscos é um aspecto importante da disjunção entre o mundo pré-moderno e o
moderno. Porém, essa aceitação coincide com diferentes percepções do risco na modernidade. A
terceira distinção da noção de risco entre a primeira e a segunda modernidade está relacionada ao
conhecimento – ou reflexividade - sobre o risco.
Na primeira modernidade os riscos são percebidos como meros efeitos colaterais do
processo de modernização e do progresso; são calculados, controlados e legislados por
instituições de segurança, sem questionamento ou participação da sociedade. As instituições de
controle legitimam as ameaças produzidas por tomadas de decisão, como “riscos residuais”. Beck
(1997) também denomina a sociedade industrial de “sociedade de risco residual”. Ele afirma que
a segunda modernidade ainda contém as ameaças cegas da sociedade industrial, o que é novo
10
aqui, é o aumento da consciência e reflexão sobre isso. “A diferença entre a sociedade industrial e
a de risco é antes de tudo uma diferença de conhecimento isto é, de auto-reflexão sobre os
perigos da modernidade industrial desenvolvida”* (Beck, 1999, p. 81).
O conhecimento do risco na segunda modernidade está ligado a um questionamento das
formas tradicionais (ciência, Estado etc) de controle do risco, a adoção de diferentes estilos de
vida, e pode se tornar uma força de mobilização política. Em outras palavras, a reflexividade
sobre o risco está ligada aos processos de destradicionalização, individualização e transformação
do político que serão desenvolvidos mais adiante. Antes, é preciso explorar melhor o conceito de
reflexividade, conceito chave para se entender esses três processos.
I.2. Modernização reflexiva
No autoconceito da sociedade de risco, a sociedade
torna-se reflexiva (no sentido mais estrito da palavra), o
que significa dizer que ela se torna um tema e um
problema para ela própria.
Ulrich Beck
O conceito de modernização reflexiva vem sendo tratado por alguns autores através de
diferentes olhares (Beck, Giddens & Lash, 1997). Como foi dito, na modernidade reflexiva, as
ameaças causadas pelo desenvolvimento cego da sociedade industrial começam a aparecer. Nesse
processo, o (re)conhecimento da imprevisibilidade das ameaças provocadas por tal
desenvolvimento “exige a auto-reflexão em relação às bases da coesão social e o exame das
convenções e dos fundamentos predominantes da ‘racionalidade’” (Beck, 1997, p. 19).
Beck argumenta que a noção de modernidade reflexiva proposta por Giddens e Lash está
ligada essencialmente ao conhecimento especializado e conseqüente reflexão sobre os problemas
relacionados ao processo da modernização. Para Beck, o que distingue o seu conceito daquele
desses dois outros autores, é o fato de que, para ele, a modernidade reflexiva está ligada às
noções de ignorância (unawareness) e conseqüências involuntárias (unintended consequences)
relacionadas às incertezas manufaturadas (manufactured uncertainties).
O adjetivo “reflexivo” está ligado ao termo “refletir”. Este, por sua vez, possui entre seus
significados: 1 reproduzir a imagem de, espelhar, retratar, deixar ver, revelar, mostrar, traduzir;
2 pensar maduramente, meditar, reflexionar (Aurélio, 2004). É em cima dessa diferença de
significados que Beck constrói sua teoria:
11
Esse tipo de auto-confrontação com as conseqüências da modernização deve ser claramente
distinguida do aumento do conhecimento e sua penetração em todas as esferas da vida pela
ciência e pela especialização no sentido de auto-reflexão sobre a modernização. Se chamarmos de
refletiva a transição reflexa, autônoma, involuntária e invisível da sociedade industrial para a de
risco – em distinção e oposição a reflexão – então ‘modernização reflexiva’ significa auto-
confrontação com as conseqüências da sociedade de risco que não podem ser (adequadamente)
endereçadas e solucionadas no sistema da sociedade industrial [...] (isto é, mensuradas pelos
próprios padrões institucionalizados da sociedade industrial). Num segundo estágio essa
constelação pode, por sua vez, tornar-se objeto de reflexão (pública, política e acadêmica), mas
isso não pode cobrir o mecanismo não refletido da transição*
5
(Beck, 1999, p. 73).
Assim, para Beck (1997), o processo de modernização reflexiva passa por duas etapas:
uma etapa de reflexo – confrontação com as conseqüências involuntárias da modernização, e uma
etapa posterior de reflexão – questionamento das bases da modernização industrial.
O monitoramento do risco aparece como um aspecto-chave da reflexividade da
modernidade. (Giddens, 2002). Desse modo, ao mesmo tempo em que a sociedade, ao se tornar
reflexiva, torna-se um problema para ela própria, ela também se torna autocrítica. “O mundo da
reflexividade desenvolvida, em que a interrogação das formas sociais torna-se lugar-comum, é
um mundo em que muitos casos estimula a crítica ativa” (Beck, Giddens & Lash, 1997, p. 9).
Tanto Beck como Giddens enfatizam a importância da mídia e dos meios de comunicação
e informação como um elemento essencial de condição da reflexividade na modernidade. A
experiência canalizada pela mídia, tanto impressa como a eletrônica, tem um papel central na
organização da auto-identidade e das relações sociais. Acontecimentos distantes têm influência
sobre acontecimentos locais e sobre cada indivíduo. Assim, a mídia é parte essencial do processo
de globalização. Giddens (1991) argumenta que o que está em jogo não é tanto o fato de que as
pessoas “estejam contigentemente conscientes de muitos eventos, de todas as partes do mundo,
dos quais, antes, elas permaneciam ignorantes. É que a extensão global das instituições da
modernidade seria impossível não fosse pela concentração de conhecimentos que é representada
pelas ‘notícias’” (p. 82). Assim, para Beck, a modernização reflexiva se torna uma modernização
discursiva.
Desse modo, a mídia tem um papel de destaque nas condições de monitoramento do risco.
Segundo Beck (1999), as políticas de informação sobre risco e a cobertura da mídia têm uma
importância fundamental, uma vez que os riscos geralmente são imperceptíveis.
5
A palavra refletir em português contêm os mesmos significados dos termos reflex e reflect em inglês que possuem
como significado, respectivamente: reproduzir a imagem de, espelhar, retratar; e pensar maduramente, meditar,
reflexionar.
12
A cegueira cultural do dia a dia na civilização da ameaça não pode ser no fim das contas
removida; mas a cultura ‘vê’ em símbolos. As imagens nos jornais de árvores esqueléticas ou de
focas morrendo têm aberto os olhos das pessoas. Tornar as ameaças em publicamente visíveis e
chamar atenção em detalhe, no próprio espaço onde se vive esses são os olhos culturais através
dos quais os citoyens cegos’ possam talvez recuperar a autonomia de seu próprio julgamento*
(Beck, 1999, p. 71).
O monitoramento do risco é parte essencial da construção de uma sociedade crítica na
modernidade tardia. Beck toma freqüentemente o caso da alimentação como um exemplo disso, e
afirma que se for mediatizado a presença de toxinas em um determinado alimento, mercados
podem entrar em colapso e os investimentos e esforços para a contenção de uma crise de
confiança pode não funcionar.
Catástrofes que tocam os nervos vitais da sociedade num contexto de segurança e bem estar
burocraticamente muito desenvolvida despertam a cobiça sensacionalista da mídia, ameaçam
mercados, tornam as perspectivas de venda imprevisíveis, desvalorizam capital e direcionam os
eleitores. Então (...) a leitura diária de jornais se torna um exercício na crítica da tecnologia*
(idem, p. 68).
A sociedade reflexiva, através da crítica ativa, tenta promover uma transformação
sistêmica em três áreas: 1 na relação da sociedade industrial com as fontes e recursos tanto da
natureza, como da cultura (como a família nuclear, o papel dos sexos); 2 – na relação da
sociedade com os riscos produzidos por ela mesma, quando estes se tornam então um problema
para os negócios, a academia, mas, principalmente, um problema para a política e os processos de
decisão; 3 na “exaustão, dissolução e desencantamento” das fontes de significado coletivas
tradicionais da cultura da sociedade industrial (como na ciência, crença no progresso,
segurança, autoridade do Estado, pertencimento de classes, estilo de vida, etc) (Beck, 1999).
I.3. Destradicionalização e individualização
Falar de destradicionalização o significa falar de uma
sociedade sem tradições longe disso. Ao contrário, o
conceito refere-se a uma ordem social em que a tradição
muda seu status.
Beck, Giddens & Lash
Beck (1997) afirma que no processo de modernização simples, houve a desincorporação
seguida de uma reincorporação das formas sociais tradicionais pelas formas sociais industriais.
Também no processo de modernização reflexiva ocorre uma desincorporação seguida de uma
reincorporação das formas sociais industriais por outras de uma outra modernidade. Como foi
13
dito, a sociedade autocrítica questiona, destrói e modifica as bases do desenvolvimento industrial.
Esse processo,
(...) libertou os indivíduos também dessas estruturas coletivas e abstratas, tais como classe, nação,
família nuclear e crença incondicional na validade da ciência. Assim, só se atinge a modernidade
reflexiva com a crise da família nuclear e a concomitante auto-organização das narrativas de vida;
com o declínio da influência das estruturas de classe sobre os agentes na escolha do
comportamento, nos padrões de consumo e na participação nos sindicatos; com o deslocamento
da produção limitada por regras pela flexibilidade no trabalho com a nova desconfiança ecológica
e crítica à ciência institucionalizada (Lash, 1997, p. 141).
Segundo Lash, nas obras de Beck e de Giddens, a reflexividade se refere tanto a uma
reflexividade estrutural, quanto a uma auto-reflexividade. Na reflexividade estrutural, “a ação,
libertada das restrições da estrutura social, reflete as ‘regras’ e os ‘recursosdessa estrutura” (p.
142). na auto-reflexividade a ação reflete a si mesma e “o controle heterônomo dos agentes é
substituído pelo autocontrole” (idem). Para esses autores, o fim das fontes de significado
coletivas tradicionais da cultura, que ditavam o estilo de vida da sociedade industrial, faz com
que a tarefa de (auto)definição seja imposta aos próprios indivíduos - esse processo Beck e
Giddens denominam de individualização. A seguir, tenta-se explorar as mudanças que a
reflexividade promove em relação aos papéis da natureza, da ciência, do Estado e do próprio
indivíduo na construção de sua biografia.
Giddens (1991) aponta que na maioria das culturas pré-modernas os homens se viam em
continuidade com a natureza. Desse modo, a vida humana estava ligada ao movimento da
natureza, os seja, à disponibilidade das fontes naturais, à prosperidade das plantações e dos
animais de pasto, e ao impacto dos desastres naturais. Na modernidade, “o industrialismo se torna
o eixo principal de interação dos seres humanos com a natureza” (p. 66). A indústria, a ciência e a
tecnologia modernas transformam a natureza. Assim, nas sociedades industrializadas, “os seres
humanos vivem num ambiente criado, um ambiente de ação que, é claro, é físico, mas não mais
apenas natural. Não somente o ambiente construído das áreas urbanas, mas a maioria das outras
paisagens também se torna sujeita à coordenação e controle humanos” (idem).
Segundo Winter (1996), a visão do mundo da sociedade moderna foi modelada por
séculos de tradição intelectual pautada em crenças advindas dos filósofos gregos, da tradição
judaico-cristã, dos pensadores do Iluminismo e da Revolução Científica, do colonialismo europeu
e da Revolução Industrial. Essa visão do mundo, como foi dito no início do capítulo, pode ser
chamada de “Iluminista”.
14
Tal visão do mundo molda a visão e a relação que os homens têm dos mais variados
aspectos, como: corpo, vida em sociedade, ciência e, assim, também moldou a relação do homem
com a natureza. Desse modo, a visão da natureza da modernidade está intimamente ligada à
ciência moderna e ao seu desenvolvimento. Esta “nasce vinculada à idéia de intervir na natureza,
de conhecê-la para apropriar-se dela, para controlá-la e dominá-la. A ciência não é apenas
contemplação da verdade, mas é, sobretudo, o poderio humano sobre a natureza” (Chauí, 2001,
p.255).
Essa visão da natureza da modernidade foi denominada de “paradigma social dominante”
(Pirages & Ehrlicich, 1974). Em tal paradigma “(1) a natureza é composta de elementos físicos
inertes (2) que podem e devem ser transformados por (3) indivíduos que procuram ganho
econômico privado e (4) cujo trabalho resulte em progresso (principalmente em desenvolvimento
econômico)”* (Winter, 1996, p. 27). De acordo com esse paradigma, o homem não se como
parte da natureza, ao contrário, vê-se separado desta, dominando-a.
Os problemas ambientais atuais são resultado das concepções que constituem o paradigma
social dominante (Dunlap & Van Liére, 2000). Beck (1999) aponta que a confrontação da
sociedade de risco com os desastres ecológicos, e o reconhecimento de que sua existência
depende da natureza e que suas reservas estão se esgotando com o processo de modernização,
deveriam levar a uma reflexão sobre e mudança do relacionamento dos homens com a natureza.
Assim, o reconhecimento de que as atividades humanas estão alterando os ecossistemas
dos quais nossas vidas dependem, e o crescimento da conscientização da necessidade de se
alcançar formas mais sustentáveis de desenvolvimento, indicam uma reavaliação da visão do
mundo que guiou a relação da sociedade moderna com o meio ambiente físico. Com a
consciência de que a natureza tem limites e de que o crescimento indefinido não é possível, a
idéia de tudo girar em torno de um progresso impulsionado pela exploração infinita dos recursos
naturais mostra-se cada vez mais ilusória (Dunlap e Van Liére, 2000). Buscando compreender os
conceitos implícitos nessa reavaliação da visão da natureza, Dunlap e Van Liére (1978)
desenvolveram o conceito de “novo paradigma ambiental”.
Em contraste com o paradigma social dominante, o novo paradigma ambiental concebe o
mundo como um todo integrado e não como uma coleção de partes dissociadas, “reconhece a
interdependência fundamental de todos os fenômenos, e o fato de que, enquanto indivíduos e
sociedades, estamos encaixados nos processos cíclicos da natureza (e, em última análise, somos
15
dependentes desse processo)” (Capra, 1996, p.25). De acordo com esse paradigma, o homem se
como parte integrante da natureza, da qual depende para a sua sobrevivência e a das gerações
futuras.
Como foi dito anteriormente, uma visão do mundo molda a visão de vários campos
interligados como natureza e ciência. Beck (1999) sustenta que as mudanças nas relações dos
homens com esses campos são mudanças sistêmicas. Assim, uma mudança na visão da natureza
coincide com uma mudança da visão da ciência e da tecnologia e, conseqüentemente, no próprio
desenvolvimento das mesmas. Irwin (1995) toma como exemplo o caso da energia nuclear que
parece totalmente apropriada a uma visão do mundo ligada ao paradigma social dominante,
enquanto que uma visão do mundo ligada ao novo paradigma ambiental, “com sua ênfase em
encontrar as necessidades essenciais, sistemas tecnológicos locais, preocupação com o futuro
‘high tech’ e um cepticismo em relação a instituições sociais, verá a própria noção de energia
nuclear com suspeita e preocupação”* (p. 67).
Os novos riscos, ou ameaças globais, dentre os quais os desastres ecológicos têm um lugar
importante, contribuíram também para a mudança da visão da ciência. Mais que isso, o fato de
que na modernidade reflexiva, o reconhecimento de que a ciência e a tecnologia não conseguem
controlar ou prever riscos para os quais muitas vezes contribuíram, gerando conseqüências graves
para os homens e para o meio ambiente, levou a um “desencantamento” das mesmas.
De fato, muitos casos em que o risco não pode ser plenamente avaliado, e outros em
que especialistas estão em desacordo sobre o risco de determinados cursos de ação (Giddens,
2002). Como já foi discutido, os próprios especialistas em seguros contradizem os engenheiros de
segurança. “Enquanto esses últimos diagnosticam risco zero, os primeiros decidem: impossível
de ser segurado. Especialistas são anulados ou depostos por especialistas de áreas opostas” (Beck,
1997, p. 22).
Além de um “desencantamento”, a ciência perdeu sua autoridade específica (Giddens,
1997). Bauman (2001) argumenta que, se na modernidade simples a ciência tinha o status de uma
autoridade, na modernidade reflexiva ou modernidade líquida, nos termos desse autor a
ciência perde esse status e aparecem múltiplas autoridades que se contradizem mutuamente.
Essas contradições não ficam restritas a especialistas de áreas opostas, mas dentro de um mesmo
campo encontram-se especialistas que são anulados por outros. Essas contradições também
16
ocorrem com o decorrer do tempo, o próprio desenvolvimento do conhecimento especialista
transforma o que antes era considerado como seguro, agora em risco (Beck, 1999).
Na verdade, porém, o status de todas as normas, inclusive a norma da saúde, foi severamente
abalado e se tornou frágil, numa sociedade de infinitas e indefinidas possibilidades. O que ontem
era considerado normal e, portanto, satisfatório, pode hoje ser considerado preocupante, ou
mesmo patológico, requerendo um remédio. Primeiro, estudos do corpo sempre renovados
tornam-se razões legítimas para intervenção médica e as terapias disponíveis outrora também
não ficam estáticas. Segundo, a idéia de ‘doença’, outrora claramente circunscrita, torna-se cada
vez mais confusa e nebulosa. (...) Terapias e regimes preventivos voltados para algum tipo de
enfermidade aparecem como patogênicos em outros aspectos; a intervenção médica é cada vez
mais requerida pelas doenças ‘iatrogênicas’ enfermidades causadas por terapias passadas
(Bauman, 2001, p. 93).
Assim, se na modernidade simples a sociedade industrial aceita as verdades da ciência
“inquestionavelmente, como verdades formulares”, na modernidade tardia, essas constantes
contradições fazem com que as afirmações científicas sejam “tratadas por um público agora
reflexivo como verdades proposicionais contestáveis, abertas à ‘articulação discursiva’ e à
crítica” (Lash, 1997, p. 240).
Desse modo, na sociedade de risco, os “avanços” da ciência e da tecnologia, como os das
indústrias química, nuclear e de biotecnologia encontram a resistência dos grupos imediatamente
afetados. Também os “políticos encontram resistência de grupos de cidadãos, e a gerência
industrial encontra boicotes de consumidores organizados e politicamente motivados” (Beck,
1997, p. 22). Se na sociedade industrial espera-se o júbilo diante do progresso técno-científico, na
sociedade de risco são a crítica e a resistência que se tornam previsíveis.
Administrações de todos os níveis vêem-se em confronto com o fato de que o que eles planejam
ser um benefício para todos é percebido como uma praga por alguns e sofre sua oposição. Por
isso, tanto eles quanto os especialistas em instalações industriais e os instrumentos de pesquisa
perderam sua orientação. Estão convencidos de que elaboraram esses planos ‘racionalmente’,
com o máximo de seu conhecimento e de suas habilidades, considerando o ‘bem público’. Nisso,
no entanto, eles descuram a ambivalência envolvida. Lutam contra ambivalência com os velhos
meios da não-ambiguidade (idem, p. 42).
Irwin (1995) argumenta que para que a ciência e a tecnologia possam restabelecer sua
legitimidade e que possam ter realmente uma utilidade social, isto é, para que possam servir às
necessidades e preocupações dos cidadãos, estas precisam reconhecer seu papel como fonte de
riscos no processo de modernização e assim fazer mudanças institucionais. Para Beck (1999), “a
ciência de risco sem a imaginação sociológica de riscos construídos e contestados é cega. A
ciência de risco que não é informada sobre a tecnologicamente manufaturada ‘segunda natureza’
17
das ameaças é ingênua”* (p. 4). Esse é o verdadeiro desafio de mudança que a ciência moderna
enfrenta na sociedade de risco.
Beck afirma que assim como a sociedade leiga, a ciência também pode se tornar reflexiva.
Quando os especialistas examinam as bases da ciência e suas conseqüências, estes podem
reconhecer seus erros, questioná-los e promover mudanças. Assim, Beck adverte que os cientistas
devem refletir sobre suas incertezas e torná-las públicas. Isso não acabaria com o conflito sobre o
risco, mas poderia levar a uma nova relação entre ciência e democracia.
Na sociedade industrial, os riscos são legislados de maneira tecnocrática: com a assessoria
de especialistas, a portas fechadas e sem a participação da sociedade. Beck coloca que a
exposição da incerteza pela parte dos cientistas “é a liberação da lei da política e da esfera pública
de sua condescendência especializada da tecnocracia. Assim, o reconhecimento do público da
incerteza abre espaço para a democratização”* (p. 61). Isso implica em uma mudança também da
sociedade reflexiva com o Estado e a política.
Se na modernidade simples o Estado-Nação aparece como a forma social mais importante
(Giddens, 2002), tendo como papel ditar os processos de organização da sociedade industrial, na
modernidade tardia, o Estado está definhando “como a estrutura de uma soberania e como um
coordenador hierárquico” (Beck, 1997, p. 54).
Bauman (2001) afirma que o romance secular da nação com o Estado, pautado na
lealdade incondicional, está chegando ao fim. Porém, isso não levaria a um divórcio, mas a um
arranjo de viver juntos, no qual a sociedade fica livre para procurar e entrar em outras alianças.
Nesse processo, novas formas de organização social começam a surgir. Essas novas formas de
organização podem ser locais, proliferando abaixo do Estado, como em movimentos de pressões
para participação democrática no local de trabalho, em associações locais, em organizações de
mídia, ou ser de um tipo internacional, surgindo acima dos Estados, como em agrupamentos
multinacionais de diversos tipos (Giddens, 1991).
Bauman aponta que talvez o mais importante nessa mudança do papel do Estado seja “a
renúncia, o adiamento ou abandono, pelo Estado, de todas as suas principais responsabilidades
em seu papel como maior provedor (talvez mesmo monopolístico) de certeza, segurança e
garantias, seguido de sua recusa em endossar as aspirações de certeza, segurança e garantia de
seus cidadãos” (p. 211).
18
Assim, não é somente a ciência, mas todas as formas de autoridade tradicional que
ditavam o certo e o errado, que perdem sua autoridade, ou melhor, que se tornam apenas
autoridades entre outras (Giddens, 2002), transformando o mundo moderno tardio numa coleção
infinita de possibilidades (Bauman, 2001). Para Bauman, quando a sociedade vive entre uma
multidão de valores e normas que estão em competição, sem uma garantia de que a escolha feita
é a certa, isso gera insegurança.
Os teóricos franceses falam de précarité, os alemães, de Unsicherheit e de Risikogesellschaft, os
italianos de incertezza e os ingleses de insecurity – mas todos têm em mente o mesmo aspecto da
condição humana, experimentada de várias formas e sob nomes diferentes por todo o globo, mas
sentida como especialmente enervante e deprimente na parte altamente desenvolvida e próspera
do planeta por ser um fato novo e sem precedentes. O fenômeno que todos esses conceitos
tentam captar e articular é a experiência combinada da falta de garantias (de posição, títulos e
sobrevivência), da incerteza (em relação à sua continuação e estabilidade futura) e da
insegurança (do corpo, do eu e de suas extensões: posses, vizinhança, comunidade) (Bauman,
2001, p. 184).
Segundo Lash, tanto para Beck como para Giddens, a reflexividade tem como objetivo
atingir a minimização da insegurança. Porém, enquanto que para Beck, a reflexividade significa
provocar a mudança social mediante a minimização das ameaças ambientais, para Giddens a
questão da insegurança é muito mais relevante à sua problemática, uma vez que a reflexividade
está ligada à noção de insegurança ontológica. “O problema é precisamente como podemos
enfrentar não tanto as ameaças ambientais, mas os psíquicos e os sociais, e manter níveis
razoáveis de ordem e estabilidade em nossas personalidades e na sociedade” (Lash, 1997, p. 142).
Irwin (1995) aponta que, segundo Giddens, com os processos de destradicionalização e
individualização, as instituições e sistemas de crenças que protegiam o indivíduo da insegurança
ontológica foram questionados e perderam seu status de autoridade. Assim, o indivíduo fica
exposto, uma vez que tem de fazer escolhas, seguir estilos de vida e construir sua biografia em
meio a uma coleção infinita de possibilidades e novas autoridades que se contradizem e cancelam
mutuamente. Desse modo, a modernidade tardia “confronta o indivíduo com uma complexa
variedade de escolhas e ao mesmo tempo oferece pouca ajuda sobre as opções que devem ser
selecionadas” (Giddens, 2002, p. 79).
Um conceito que está ligado à insegurança na obra de Giddens (1991) é a noção de
confiança, que deve ser compreendida especificamente em relação ao risco. Segundo esse autor,
na modernidade o conceito de risco se torna fundamental para a maneira como tanto os
19
especialistas quanto os leigos organizam o mundo social. Assim, a natureza das instituições
modernas está ligada ao mecanismo de confiança nos sistemas especialistas.
Porém, o conceito de confiança também sofre uma mudança no processo de modernização
reflexiva. Se na modernidade simples, pode-se falar em uma confiança passiva nos sistemas
peritos, na modernidade tardia, a multiplicidade de especialistas, bem como a atividade reflexiva
e crítica da sociedade em relação aos mesmos, transforma a confiança de passiva para ativa.
Mesmo assim, “gestos de confiança, assim como a aceitação, o ceticismo, a rejeição e o
retraimento, mais pragmáticos, coexistem de maneira desconfortável no espaço social que liga as
atividades individuais e os sistemas especializados” (Giddens, 2002, p. 14).
Giddens toma o monitoramento dos riscos em relação à saúde como um exemplo da
interação entre sistemas especializados e o comportamento leigo em relação ao risco:
Especialistas médicos e outros pesquisadores produzem os materiais a partir dos quais são
estudados os perfis de risco. Mas esses perfis não são mais um segredo dos peritos. A população
em geral está consciente deles, ainda que muitas vezes de maneira vaga, e de fato a medicina e
outras agências se dão ao trabalho de pôr suas descobertas ao alcance dos leigos. Os estilos de
vida seguidos pela população como um todo são influenciados pela recepção dessas descobertas
(p. 114).
Além disso, com a multiplicidade de especialistas da modernidade tardia, a margem de
risco inclui também o risco da escolha de um especialista entre tantos no qual o indivíduo deve
depositar sua confiança. Junto com liberdade de escolher, a modernidade tardia impõe ao
indivíduo as conseqüências de ter feito a escolha errada (Bauman, 2001).
Entretanto, se por um lado os riscos podem ser sentidos como “uma poderosa força
individualizadora” (Bauman, 2001), fazendo com que as decisões e escolhas para a construção da
autobiografia devam ser tomadas individualmente, por outro lado, os riscos na modernidade
reflexiva também podem fazer com que os indivíduos se unam, ao se tornarem “uma importante
força de mobilização política” (Beck, 1999). Os conflitos sobre os riscos e as conseqüências do
processo de modernização estão levando a formação de alianças ou coalizões que ultrapassam as
barreiras nacionais e as diferenças econômicas, religiosas e políticas. Essas coalizões colocam
temas em evidência temas que não eram considerados políticos e que agora passam a ser e
exigem uma abertura e desmonopolização dos processos decisórios. Tudo isso leva a uma
transformação do político.
20
I.4. Transformação do político
Os centros de decisão e as ‘leis objetivas’ do progresso
científico tecnológico estão se tornando assuntos
políticos. Isso levanta uma questão: a crescente
conscientização da sociedade de risco coincide com a
invalidação dos modelos lineares da tecnocracia
modelos que, sejam otimistas ou pessimistas sobre o
progresso, têm fascinado a sociedade e sua ciência por
centenas de anos?*
Ulrich Beck
Segundo Beck (1999), os projetos industriais que na primeira modernidade eram
negociados e implementados a portas fechadas, ficam expostos à crítica do público na segunda
modernidade. Assim, com o processo de modernização reflexiva, os projetos industriais se
tornam objetos políticos. Tais projetos demandam investimentos baseados em acordos de longo
prazo que não podem mais ser garantidos na segunda modernidade, ao contrário, ficam cada vez
mais comprometidos.
Com o enfraquecimento do Estado, a contestação da ciência e os movimentos de
resistência e crítica do público, o que era político na sociedade industrial está se tornando não
político e o que não era político está se tornando político na sociedade de risco. “Assim,
procuramos o político no lugar errado, nas tribunas erradas e nas ginas erradas dos jornais.
Aquelas áreas de tomada de decisão que têm sido protegidas pelo político no capitalismo
industrial – o setor privado, os negócios, a ciência, as cidades, a vida cotidiana etc. – são
aprisionadas nas tempestades dos conflitos políticos da modernidade reflexiva” (Beck, 1997, p.
30).
Beck (1999) argumenta que na sociedade de risco, as ameaças globais levam as pessoas a
agirem. Nesse processo, duas perspectivas diferentes envolvendo arenas e atores diferentes
podem ser distinguidas. Na primeira observa-se uma globalização de cima para baixo, através de
acordos internacionais e institucionais; na segunda, a globalização acontece de baixo para cima,
através de novos atores que agem fora do sistema político parlamentar e que desafiam as
organizações políticas.
Para Beck, as ameaças globais se encaixam em um sistema no qual os riscos são
produzidos pela indústria, externalizados pela economia, legitimados pela ciência e amenizados
pela política. Quando os novos atores trazem isso à tona, acabam com o poder e a credibilidade
das instituições industriais. O resultado é a subpolitização da sociedade.
21
O conceito de subpolítica se refere à política fora e além das instituições representativas do
sistema político dos estados-nação. Ele focaliza sua atenção em sinais de uma auto-organização
(global) da política, que tende a colocar todas as áreas da sociedade em movimento. Subpolítica
significa política direta isto é, participação individual ad hoc nas decisões políticas,
ultrapassando as instituições de formação de opinião representativas (partidos políticos,
parlamentos) e que freqüentemente não têm a proteção da lei. Em outras palavras, subpolítica
significa moldar a sociedade de baixo para cima. (...) O que caracteriza a subpolítica da sociedade
mundial é precisamente as ‘coalizões de opostos’ ad hoc (de partidos, nações, religiões, governos,
rebeldes, classes)* (Beck, 1999, p. 40).
Assim, Beck coloca que a subpolítica se distingue da política tradicional porque introduz
agentes externos ao sistema político no processo de planejamento social (esses agentes externos
seriam os grupos profissionais, a intelligentsia técnica nas fábricas, as instituições de pesquisa, os
movimentos sociais, os grupos de cidadãos, a esfera pública etc). Na subpolítica, coalizões
formadas por alianças heterogêneas, ou que antes seriam incapazes de se juntar, estão se
formando no movimento de política direta.
Na subpolítica proposta por Beck, tanto a participação coletiva quanto a participação
individual em redes de ação globais se torna decisiva. Desse modo, os cidadãos descobrem que
mesmo o ato de comprar pode se tornar político e, através do boicote, por exemplo, a sociedade
contribui para uma democracia direta, que pode se dar em um nível mundial.
Giddens (2002) propõe o conceito de política-vida para se referir às “questões políticas
que fluem a partir dos processos de auto-realização em contextos pós-tradicionais” (p. 197).
Nesses processos, além das tendências globalizantes influenciarem a construção das
autobiografias, os estilos de vida escolhidos pelos indivíduos também têm uma influência nas
estratégias globais. O “projeto reflexivo do eu” está intimamente ligado com o “projeto reflexivo
da sociedade”. Spargaaren (2005) reforça que a noção de política-vida enfatiza a relação direta
entre o pessoal e o planetário.
Bauman (2001) argumenta que “os poderes que liquefazem passaram do ‘sistema’ para a
‘sociedade’, da ‘política’ para as ‘políticas da vida’ ou desceram do nível ‘macro’ para o nível
‘micro’ do convívio social” (p. 14). Nesse sentido, Beck (1997) afirma que as áreas clássicas da
política podem ser deslocadas e delegadas à subpolítica organizada da sociedade. Com isso, o
enfraquecimento do Estado não seria um sinônimo de fracasso, mas o sucesso da auto-
organização, da subpolitização da sociedade. “O que está em jogo aqui não é apenas uma
redefinição das áreas de responsabilidade governamental, mas antes a questão radical relativa às
22
tarefas supostamente ‘eternas’ e as instituições com jurisdição sobre elas durarem mais que a sua
utilidade” (Beck, 1997, p. 55).
Beck (1999) toma o caso da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) conhecida
como “doença da vaca louca” e os transgênicos, como exemplos da sociedade de risco e da
subpolitização. A crise da EEB que afetou vários países europeus é freqüentemente considerada
um “exemplo de livro” dos riscos produzidos pela indústria, externalizados pela economia,
legitimados pela ciência e amenizados pela política.
A EEB é uma doença degenerativa transmissiva que afeta o sistema nervoso central do
gado e, desde a sua descoberta em 1986, mais de 180 mil casos foram diagnosticados, 95% destes
no Reino Unido. A causa inicial da contaminação dessa doença é devida ao uso de ração feita
com carcaça de animais para o gado como fonte de proteína de baixo custo. No mesmo período
desde a descoberta dessa doença, 122 casos de EEB humana (uma variante da doença
Creutzfeldt-Jakob – DCJ) foram identificados na Europa, sendo 117 casos no Reino Unido. Essas
doenças possuem um período longo de encubação (estima-se entre 5 anos para o gado e 17 anos
para os humanos), e ainda não possuem tratamento (Raude, Fischler, Lukasiewicz, Setbon &
Flahault, 2004).
Em Março de 1996, o Ministro da Agricultura do Reino Unido admitiu uma possível
ligação entre as duas doenças (Frewer, Miles & Marsh, 2002). Cientistas identificaram novos
casos da variante da DCJ, cuja causa provável era a contaminação com o agente causador da
EEB. Depois desse episódio, o consumo de carne de gado baixou consideravelmente na maioria
dos países da Europa e milhões de gados foram abatidos por razões profiláticas, causando um
prejuízo econômico da ordem de bilhões de euros. Também houve conseqüências alarmantes para
a saúde humana, uma vez que o período de incubação dessa doença é longo. Por isso, há
estimativas de que centenas de bretões poderiam morrer dessa doença nas próximas décadas
(Raude et al., 2004).
Para Beck, os problemas causados pela crise da EEB na Europa mostram “a medida em
que os velhos métodos de avaliação de risco infligiram um experimento incontrolado e
incontrolável na sociedade”* (Beck, 1999, p. 108). Não se sabe ao certo quantos países foram (ou
podem ser ainda) afetados pela doença, nem quais são as conseqüências a longo termo.
De acordo com Irwin (1995), o caso da EEB “se tornou o foco para toda uma série de
críticas e preocupações – sobre as práticas da indústria alimentar, sobre a independência e
23
competência do ministério do governo, sobre os limites para o entendimento científico em tal
área complexa e não pesquisada”* (p. 23). Apesar desse debate, Irwin argumenta que, “o discurso
científico prevalecente nesse caso tendeu a reduzir as possibilidades de um debate público mais
amplo sobre segurança alimentar e prática agrária”* (p. 67). Os efeitos dessa crise foram
passageiros e em 1997 o consumo de carne de gado no Reio Unido já havia voltado ao normal
(Frewer, Miles & Marsh, 2002).
Entretanto, em outubro de 2000, uma segunda crise de EEB, dessa vez na França, pegou
as autoridades públicas despreparadas. Nesse episódio não houve nenhuma descoberta científica,
porém, uma vaca foi diagnosticada com EEB no momento em que seria abatida para
comercialização. Ainda que as leis preventivas da França determinassem que todos os animais do
mesmo grupo fossem destruídos, muitos destes haviam sido abatidos e comercializados. As
conseqüências econômicas e políticas foram novamente alarmantes: muitos supermercados
devolveram grandes quantidades de carne aos fornecedores, prefeitos desse país cortaram a carne
de gado das refeições das escolas e o governo foi obrigado a banir a ração com carcaça de
animais para todos os tipos de animais e não somente para o gado como havia sido feito. O
consumo de carne de gado nesse país caiu consideravelmente e os efeitos dessa segunda crise se
estenderam por um período bem mais longo (Raude et al., 2004).
Giddens (1997) observa que alguns deslocamentos ou reincidências na confiança (...)
têm implicações muito mais amplas” (p. 112). Segundo esse autor, um movimento progressivo de
desconfiança em uma instituição, pode conduzir ao seu colapso. Com a chegada dos transgênicos
na Europa, a população desses países, marcada pelas crises da EEB, aumentou sua
desconfiança nas instituições de controle da segurança alimentar (notavelmente a ciência e o
governo).
Segundo Beck (1999), com os transgênicos, começa um movimento de subpolitização.
Uma intensa mediatização crítica e a formação de coalizões aparecem como resposta aos atos dos
governos que buscavam restaurar a confiança do público. Para Beck, os transgênicos são um
ótimo exemplo do que ele chama de incertezas manufaturadas (manufactured uncertainties), uma
vez que nem os especialistas nem os leigos sabem quais serão suas conseqüências. Também é um
exemplo da vitória da ciência que nos faz tomar decisões que podem afetar nossa sobrevivência
sem um conhecimento fundamentado. Mais que isso, a questão dos transgênicos levanta questões
como:
24
(..) quem está governando nossas vidas atualmente? Comida geneticamente modificada é um
negócio global e a ansiedade sobre as conseqüências desconhecidas e para o planeta é uma
preocupação mundial. Além disso, é a globalidade do fenômeno que explica porque é tão difícil
de se lidar com ele. Nenhum país pode evitar comida e produtos geneticamente modificados sem
passar por cima do sistema do livre comércio. Se um governo procura adiar a introdução de
comida geneticamente manipulada ele enfrentará oposição dos gigantes alimentares, que querem
padrões uniformes para aplicar pelo mundo – isto é, se tais padrões os favorecem. Tudo isso deixa
sérias questões sobre a soberania da política nacional e seus limites. Estariam os Bretões pós
medos alimentares EEB além do alcance do governo quando afrontados com os poderes
financeiros globais?* (p. 106-107).
Beck argumenta que os riscos não podem ser banidos da vida moderna, mas que também
é preciso reconhecer as oportunidades da sociedade de risco. Entre essas oportunidades, Beck
enfatiza, 1 – o reconhecimento de que os debates contemporâneos sobre os riscos são delimitados
pelos sistemas epistemológico e legal nos quais são construídos e, então, 2 uma abertura para a
crítica dos domínios dos processos decisórios. Assim, ele propõe que se desenvolvam novos
arranjos para lidar com os riscos que agora enfrentamos, “não com a idéia em mente de que
devemos ser capazes de ganhar novamente o controle total, mas muito mais com a idéia em
mente de que temos que encontrar meios de lidar democraticamente com as ambivalências da
vida moderna e decidir democraticamente que riscos queremos correr”* (Beck, 1999, p. 108).
Beck combina uma posição realista e construtivista em relação aos riscos (Taylor-Gooby
& Zinn, 2006), isto é, os riscos não são somente factuais, tampouco somente socialmente
construídos, mas ambas as coisas. Desse modo, Beck acredita que os riscos só podem ser
decididos numa relação interdisciplinar (incluindo aí os leigos) e democrática:
Assim, o enquadramento da sociedade de risco conecta novamente o que antes eram estritamente
áreas separadas: a questão da natureza, da democratização da democracia e o futuro papel do
estado. Muito debate político nos últimos vinte anos tem se centrado no declínio do poder e
legitimidade do governo e na necessidade em se renovar a cultura da democracia. A sociedade de
risco demanda a abertura do processo de decisão, são pelo estado, mas pelas corporações
privadas e pela ciência também. Ela chama por uma reforma institucional dessas ‘relações de
definição’, a estrutura de poder escondida dos conflitos sobre riscos. Isso poderia encorajar a
esfera pública na qual as questões cruciais de valores que fundamentam os conflitos sobre riscos
podem ser debatidos e julgados* (Beck, 1999, p. 5).
Para Beck, a esfera pública, trabalhando junto com a ciência, teria a responsabilidade de
“lembrá-la” dos perigos que estão excluídos da ciência. O público “seria encarregado de aplicar o
padrão ‘Como queremos viver?’ aos planos, resultados e danos científicos”* (Beck, 1999, p. 70).
Assim, segundo esse autor, o desenvolvimento da ciência estaria voltado para as necessidades e
preocupações do público e não mais somente para o que ela mesma pressupõe ser necessário.
25
Para a implementação de um processo decisório democrático sobre os riscos, Beck propõe
cinco passos: 1 desmonopolização da especialização, 2 informalização da jurisdição, 3
abertura da estrutura da tomada de decisão, 4 criação de um caráter público parcial, 5 –
autolegislação e auto-obrigação. Isso significa que se deve abandonar a idéia de que são somente
os especialistas que sabem o que é certo; que as decisões não podem mais ser impostas, mas
precisam ser negociadas; que o processo de negociação não se mais a portas fechadas, mas
através de um diálogo entre agentes variados, entre os quais o público; e que as normas e
instrumentos desse processo devem ser estabelecidas de comum acordo entre as partes.
Porém, apesar desses cinco passos, Beck não apresenta formas concretas para a
implementação de um processo decisório democrático sobre os riscos. Beck e Giddens têm
recebido críticas de vários cientistas sociais (Irwin, 1995; Lash, 1997; Bauman, 2001; Guivant,
2001, 2002a, 2002b) quanto ao processo de globalização dos riscos, às condições para a
construção de uma sociedade reflexiva e à implementação das novas formas políticas. A seguir,
tenta-se fazer, com a ajuda de tais teóricos, algumas considerações sobre a teoria da
modernização reflexiva apresentada.
I.5. Algumas considerações
Há, de fato, ao longo dos mencionados ‘vencedores da
reflexividade’, batalhões inteiros de ‘perdedores da
reflexividade’.
Scott Lash
Entre as críticas aos autores apresentados, Guivant (2001) destaca que Beck apresenta
uma visão linear, eurocêntrica e empobrecida da globalização porque, apesar de considerar uma
simultaneidade de modernizações, este autor diferencia somente as sociedades ocidentais das não
ocidentais, e assim, não considera as diferentes modernizações dentro do próprio bloco ocidental.
Países pobres não se encontram exclusivamente entre os países não ocidentais, nem os países
altamente industrializados deixam de ter suas regiões empobrecidas. O referencial destes últimos
leva Beck a não considerar as complexidades de combinações possíveis ao interior do bloco
ocidental, como pode observar-se no caso da sociedade brasileira. Esta está atravessada pelos
problemas de escassez, na qual a distribuição da riqueza altamente desigual entre as classes
sociais coexiste com os problemas da sociedade de risco, sem estar organizada uma reflexividade
ativa, como a que Beck identifica nas sociedades mais industrializadas, o que potencializa mais
ainda os riscos. Esta situação afeta não o Brasil, mas tem conseqüências peculiares dentro da
dinâmica da globalização dos riscos (p. 99-100).
26
Irwin (1995) também faz uma crítica a Beck considerando essa dinâmica da globalização
dos riscos. Ele concorda em parte com Beck em relação à idéia de que os riscos são globais e
para todos, porém é um pouco cauteloso quanto ao seu argumento de que os riscos não
correspondem mais às diferenças sociais e econômicas da primeira modernidade.
A reivindicação do ‘efeito bumerangue’ de Beck que na ‘sociedade de risco’ até os ricos e
poderosos não estão salvos pode estar correta, mas ser também enganosa. Embora seja difícil de
comprar imunidade dos efeitos da destruição da camada de ozônio, nem toda classe na sociedade
está igualmente exposta à poluição ambiental local ou danos no local de trabalho. Dinheiro pode
sim comprar pelo menos imunidade parcial não é surpresa que a riqueza tenha também seus
privilégios ambientais. Igualmente, os efeitos mundiais do desastre ambiental global devem afetar
os pobres antes dos ricos* (p. 177).
Muito foi dito sobre a pluralidade de escolhas que a modernidade reflexiva traz para os
indivíduos com os processos de destradicionalização e individualização. Mais uma vez aqui,
Beck e Giddens não consideram a multiplicidade de modernizações dentro do bloco ocidental,
nem mesmo as diferenças dentro das próprias sociedades ditas desenvolvidas. Como argumenta
Bauman (2001), “o equilíbrio entre a alegria e a tristeza do viciado depende de fatores outros que
a mera gama de escolhas à disposição. Nem todas elas são realistas; e a proporção de escolhas
realistas não é função do número de itens à disposição, mas do volume de recursos à disposição
de quem escolhe” (p. 103).
Ainda nesse sentido, Lash (1997) faz uma crítica a Beck e Giddens em relação à
desigualdade das condições para a reflexividade entre as, e dentro das, diferentes sociedades.
Como foi dito, tanto para Beck como para Giddens, a mídia e os meios de comunicação de
informação são essenciais para o processo reflexivo. Lash concorda nisso com esses autores, mas
argumenta que essas estruturas de comunicação e informação estão distribuídas desigualmente,
tanto espacial, quanto socialmente e que o acesso (ou não) a tais estruturas é um fator cada vez
mais fundamental na desigualdade de classe, raça e gênero do mundo atual.
Vamos dar um passo atrás e fazer a pergunta que Beck e Giddens não fizeram com a devida
atenção: por que, poderíamos perguntar, encontramos a reflexividade em alguns locais e não em
outros? Por que em alguns setores econômicos e não em outros? (...) fora da esfera da produção
imediata, como é possível uma mãe solteira, que vive em um gueto urbano, ser reflexiva? Ulrich
Beck e Anthony Giddens escrevem com profundidade sobre a autoconstrução das narrativas de
vida. Mas, partindo da ‘necessidade’ da estruturae da pobreza estrutural, quanta liberdade esta
mãe do gueto possui para autoconstruir sua própria ‘narrativa de vida’? (Lash, 1997, p. 146-147).
Lash não limita sua critica quanto ao processo de auto-reflexividade, de construção da
autobiografia, mas a estende para o processo de reflexividade estrutural, ou seja, a construção de
27
uma sociedade crítica. Para ele, a exclusão de parte da sociedade das estruturas de comunicação e
informação é uma exclusão política e cultural, ou seja, uma exclusão da própria condição de
cidadania da sociedade civil.
(...), se na modernidade simples as obrigações da cidadania eram especialmente em relação ao
Estado-nação; na modernidade reflexiva, em vez disso, estão relacionadas ao indivíduo, ao
automonitoramento responsável. Os direitos de cidadania na modernidade simples, com seus
traços de igualdade diante da lei, direitos políticos e sociais do welfare state, foram transformados
nos direitos de acesso da modernidade reflexiva às estruturas de informação e comunicação. A
nova classe baixa da modernidade reflexiva, que, cada vez mais e em muitos aspectos, é
efetivamente uma classe baixa, está privada das obrigações e dos direitos do que hoje não é mais
cidadania social, mas predominantemente cultural (Lash, 1997, p. 161).
Dentro dessas críticas também podemos nos questionar sobre qual seriam as chances da
maioria da população brasileira para alcançar a reflexividade. Nos próximos capítulos tentamos
explorar esse assunto, analisando a (não-)tradição participativa da população, bem como a
questão do acesso à informação.
Outra crítica freqüentemente feita a Beck e a Giddens diz respeito à imprecisão da forma
de como pode ser implementada a democratização dos processos de decisão sobre os riscos
(Irwin, 1995; Guivant, 2001; Taylor-Gooby & Zinn, 2006). Guivant argumenta que Giddens
“oscila entre sugestões muito vagas sobre os riscos de grandes conseqüências, recorrendo à
imagem de uma ‘utopia de cooperação global’ e considerações detalhadas sobre como lidamos,
individualmente, com riscos e incertezas” (Guivant, 2002a, p. 94). Quanto a Beck, ela coloca que,
apesar desse autor apresentar um agudo diagnóstico da alta modernidade como sociedade de
risco, no plano das alternativas, vislumbra algumas que permanecem, sobretudo, num terreno
profético e bem-intencionado na direção de uma desmonopolização do conhecimento científico”
(Guivant, 2001, p. 97).
Em sua obra, Beck questiona o papel, as verdades e a forma de controlabilidade dos riscos
da ciência moderna. Ele afirma que
a abertura dos processos decisórios encorajaria a esfera
pública, e desse modo, os valores que sustentam os conflitos sobre os riscos poderiam ser
julgados. Mesmo assim, algumas vezes, Beck ainda recorre à autoridade da ciência no processo
de democratização que ele propõe.
Minha sugestão contém dois princípios interligados: primeiro realizando uma divisão de poderes
e, segundo, a criação de uma esfera pública. Somente um forte, competente debate público,
‘armado’ com argumentos científicos, é capaz de separar o trigo científico do joio permitindo
as instituições a direcionar a tecnologia política e lei a reconquistar o poder de seu próprio
julgamento* [grifo nosso] (Beck, 1999, p. 70).
28
Além disso, Irwin (1995) também lembra o fato de que nos conflitos sobre os riscos,
“estratégias ‘modernistas’ não estão restritas às organizações governamentais ou industriais.
Grupos ambientalistas também podem adotar a mesma abordagem. Nesse sentido, precisamos ser
cautelosos sobre o recrutamento aparente que Beck faz aos grupos ambientalistas para a causa da
modernidade tardia”* (p. 56). Irwin também aponta que nos modelos participativos de decisão,
muitas vezes a noção de expertise fica restrita aos cientistas e o público aparece como uma
audiência passiva ao invés de participantes ativos.
No próximo capítulo, apresenta-se uma análise histórica das tentativas concretas que têm
sido feitas em direção à desmonopolização da ciência no cenário internacional, bem como na
realidade brasileira.
29
II. Desmonopolização da ciência
Seria possível como a análise de Beck da sociedade de
risco sugere – que novas relações entre conhecimento,
ciência e cidadania estão surgindo na sociedade moderna
tardia?*
Alan Irwin
No capítulo anterior foram discutidas as transformações ocorridas na modernidade,
principalmente em relação ao papel da ciência e da tecnologia, bem como das instituições
reguladoras responsáveis por assuntos da política científica e tecnológica. Cientistas sociais como
Beck (1997, 1999) e Giddens (1991, 2002) propõem um processo de desmonopolização da
ciência e de abertura do processo decisório em relação à mesma. Porém, como foi discutido,
vários críticos questionam tanto o processo em si quanto a real implementação do mesmo.
A literatura sobre o processo de desmonopolização da ciência é vasta e conta com
contribuições das áreas da sociologia da ciência, da sociologia ambiental, das ciências políticas,
da educação, entre outras. Ao se analisar esse campo, encontra-se diferentes conceitos como:
alfabetização científica; compreensão do público sobre ciência (public understanding of science);
cultura científica (culture scientifique); movimento ciência, tecnologia e sociedade (CTS),
participação pública na formulação de política científica, governança científica, entre outros.
Guivant (2001) apresenta três questões que devem ser colocadas ao se pensar o processo
de desmonopolização: “1) O que é desmonopolização da ciência? (...); 2) Quem é o público e 3)
Quais os meios para se atingir a democratização que se propõe?” (p.104). A escolha de um
conceito frente aos outros indica formas diferentes de pensar esse processo, as quais estão
associadas ao contexto cultural, histórico e às concepções subjacentes sobre a atividade científica
e a sua relação com oblico (Massarani, 2001). Desse modo, é possível que essas diferenças de
significados e interpretações associadas aos vários conceitos existam por causa das diferentes
visões de quem é o público e qual deve ser sua relação com a ciência e tecnologia (Laugksch,
2000). Mais que isso, esses fatores incluem o número de diferentes grupos de interesse que estão
preocupados com o processo de desmonopolização, diferentes definições conceituais do termo,
diferentes propostas para defendê-lo, e diferentes modos de atuação.
Segundo Bauer e Gaskell (2002), pode-se notar o emprego desses diferentes termos ao
longo da evolução das pesquisas e atuações dentro desse campo. A utilização de um conceito em
detrimento de outro implica em diferentes posicionamentos teóricos e estratégias de pesquisa e de
política pública. O conceito de alfabetização científica implica um déficit de conhecimento do
30
público, o que leva a estratégias de pesquisa como mensurações do conhecimento científico e
tecnológico (muitas vezes através de escalas). Esse tipo de pesquisa foi bastante explorado nas
décadas de 60 e 70, embora continue até hoje. O foco de atuação é a educação formal e informal,
através de programas de educação de ciência e da divulgação científica. O termo compreensão do
público sobre ciência (public understanding of science) pressupõe um déficit atitudinal do
público. O foco de atuação nesse caso é a mudança de atitude frente à ciência e tecnologia através
da propaganda. Esse tipo de pesquisa foi muito comum na década de 80. o termo CTS, mais
utilizado a partir da década de 90, implica um déficit político do público. O foco de atuação leva
em conta a promoção da participação pública nos processos decisórios sobre o desenvolvimento
da ciência e tecnologia.
Laugksch (2000) identifica quatro grandes grupos interessados e envolvidos no processo
de desmonopolização da ciência: 1 – a comunidade de educação de ciências, que envolve também
grupos que desenvolvem currículos para o ensino de ciências assim como associações de
profissionais de ensino de ciências. A preocupação desse grupo está voltada para o ensino formal;
2 a comunidade de educação informal de ciência, que envolve os profissionais preocupados
com a divulgação científica. Esse grupo é formado por jornalistas científicos, pessoas envolvidas
em programas científicos de rádio e televisão, equipes de centros e museus de ciências, jardins
botânicos e zoológicos, membros de equipes de criação de exposições científicas etc.; 3
sociólogos e educadores de ciência cujo interesse está em como os indivíduos interpretam e
negociam o conhecimento científico no seu cotidiano, como o público monitora e julga as fontes
de informação científica; 4 cientistas sociais e pesquisadores de opinião pública que se
interessam por assuntos de política científica e tecnológica. Esse grupo se preocupa com a
participação do público nas atividades de política referentes a questões da ciência e tecnologia.
Nesse capítulo, explora-se cada um desses conceitos, mostrando seus significados, os
grupos de interesse que trabalham com a desmonopolização da ciência e suas formas de atuação
frente ao público. Também serão apresentadas críticas que colocam em questão a validade de tais
atividades na construção de novas formas de organização social e política e sua efetiva
participação em assuntos sobre política científica, conforme Irwin (1995):
Como essas características da avaliação de risco têm sido negociadas e apresentadas para as
audiências públicas incluindo, é claro, as potenciais vítimas humanas de qualquer ameaça ou
prejuízo? Ao conduzir essa análise, nós também estaremos colocando os argumentos sobre a
sociedade de risco sob uma luz crítica existe alguma evidência real entre as estruturas do
processo decisório desses tipos de transformação social identificado por Beck e Giddens?* (p. 63)
31
Por último, apresenta-se o contexto brasileiro e, através de uma discussão histórica sobre
a relação entre ciência, tecnologia e sociedade no Brasil, tenta-se discutir o desenvolvimento
técnico-científico bem como a tradição de formulação de política científica e tecnológica no país.
II.1. Alfabetização científica
Trata-se de uma metáfora que remete à importância que a
alfabetização teve no final do último século, o termo designa
um tipo de saber, capacidade ou saber-fazer, e saber-ser
que, no nosso mundo técnico-cientifico seria um equivalente
ao que foi a alfabetização para o último século.
Gérard Fourez
O termo alfabetização científica foi lançado nos anos 50 nos Estados Unidos. O impulso
em direção ao conhecimento científico por parte do público tinha a ver com a necessidade de
adesão popular e de dar uma resposta ao avanço russo na exploração do espaço. O governo
reconhecia que o progresso da ciência dependia amplamente da compreensão do público e do
apoio do mesmo a um programa forte de educação para ciência e pesquisa. Assim, os norte-
americanos passaram a se preocupar se suas crianças estavam recebendo o tipo de educação que
os capacitaria a enfrentar uma futura sociedade marcada pela sofisticação científica e tecnológica
crescente (Waterman, 1960). O conhecimento científico por parte da população era tido como
importante para um país, pois se acreditava que este assumia uma importância fundamental na
economia, fornecendo mão-de-obra e consumidores habilitados para o mercado competitivo, bem
como no próprio desenvolvimento da ciência e da tecnologia (Miller, 2000).
Nas cadas de 70 e 80, dentre os desafios reconhecidos pelos Estados Unidos que os
impulsionaram a investir na educação científica da população, destacavam-se: a emergência do
poderio econômico do Japão e de outros países do Pacífico; o declínio da pesquisa cientifica de
base voltada à engenharia nos Estados Unidos; e a pobre performance da América do Norte
quando comparada às aquisições científicas internacionais. Segundo Fourez (1994), a política de
investimento na educação de ciência que foi criada, tinha objetivos mais político-econômicos que
culturais ou sociais. Desse modo, ela visava a formação de uma elite científica e tecnológica para
alavancar a pesquisa americana.
Muitas vezes a alfabetização científica é considerada como uma simples passagem de
conhecimentos científicos para a população. Hirsch (1987, apud Massarani, 2001), por exemplo,
32
listou cinco mil conceitos, nomes e datas que todo norte-americano deveria saber. Fala-se, então,
de requisitos mínimos para uma população cientificamente alfabetizada.
Para Miller (2000), a alfabetização científica envolve três dimensões, a saber: natureza da
ciência, conteúdo da ciência e impacto da ciência e tecnologia sobre a sociedade. Desse modo,
uma pessoa cientificamente alfabetizada necessita de: um entendimento do processo ou natureza
da investigação científica; um vocabulário de construtos científicos básicos para se ler
reportagens em jornais e revistas; algum nível de entendimento do impacto da ciência e
tecnologia sobre os indivíduos e a sociedade.
Assim, como foi dito, o conceito de alfabetização científica envolve tipos de pesquisa
que têm como estratégias a mensuração do conhecimento científico e tecnológico, principalmente
através de escalas. Miller (1989) propôs uma escala para a mensuração de alfabetização científica
da população norte-americana baseada nas três dimensões citadas anteriormente e que deu base a
um programa longitudinal de mensuração que alimentou uma reforma educacional em ciência,
matemática e tecnologia nos Estados Unidos. Essa escala também serviu de inspiração para
outras escalas como a de Laugksch e Spargo (1999) utilizada com alunos sul-africanos e que foi
traduzida para o português, sendo usada em pesquisas com a população brasileira (Nascimento-
Schulze, Fragnani, Carboni, Schucman, & Wachelke, 2003a, 2003b).
Segundo Irwin (1995), a proposta da alfabetização científica se encaixa na lógica
Iluminista, centrada na ciência. A proposta não é de incentivar uma avaliação crítica da ciência e
da tecnologia, nem das suas instituições. A ignorância do público é vista como uma barreira para
o desenvolvimento científico e tecnológico e a provisão de conhecimento leva automaticamente a
uma maior aceitação e apoio para a ciência e a tecnologia. Assim, “a ciência em si não é o
problema – o problema é ganhar o entendimento público e assim a aceitação da ciência”* (p. 14).
Embora haja uma relação forte entre a alfabetização científica e o ensino formal, essa
atividade não se restringe ao período escolar dos indivíduos. Além do grupo de educadores de
ciência, essa atividade também envolve a comunidade de educação informal de ciência, ou seja,
os profissionais preocupados com a divulgação científica.
II.2. Divulgação científica
Também neste campo uma proliferação de termos, tais como: difusão, disseminação,
divulgação, popularização, vulgarização, entre outros. A difusão científica refere-se a todo
33
processo ou recurso utilizado para a veiculação de informações científicas e tecnológicas. Essa é
uma categoria mais ampla que abrange todas as outras. Ela pode ser pensada em dois veis:
difusão para especialistas e difusão para o público. O primeiro nível corresponde à disseminação
e o segundo à divulgação. Na disseminação científica as informações científicas e tecnológicas
são transcritas em códigos especializados, para um público seleto de especialistas por meio de
periódicos especializados e reuniões científicas como congressos, seminários ou colóquios. Já a
divulgação científica tem como alvo o público geral. Através de um processo de recodificação
(transposição de uma linguagem especializada para uma linguagem não especializada), a
divulgação busca tornar o conteúdo acessível a uma vasta audiência (Bueno, 1985).
Embora muitas vezes a divulgação científica seja considerada apenas como uma
passagem de conhecimento científico para a população leiga, conforme a lógica Iluminista,
alguns autores propõem um outro objetivo para essa atividade. Schiele e Jacobi (1989), por
exemplo, lançam a pergunta: se a operação da divulgação recai somente à transmissão de
conhecimentos e se isso não ocorre, por que ela aparece ainda como necessária? A resposta é que
a função da divulgação seria: colocar a ciência na cultura como é feito com o esporte ou a arte.
Para Jurdant (1975), o objetivo da divulgação científica não é formar especialistas, mas
assegurar à ciência uma presença na cultura geral das pessoas, a fim de que estas possam
compreender melhor seu ambiente quotidiano. A divulgação científica seria responsável não
somente por esclarecer o público sobre os processos e descobertas científicas, mas também por
denunciar os impactos econômicos, sociais e ambientais das mesmas. Nesse sentido, a divulgação
científica aparece como uma condição básica para o processo de reflexividade da população.
A divulgação científica abrange dispositivos como livros didáticos, revistas em
quadrinhos especiais, folhetos de saúde, documentários e programas especiais de rádio e
televisão, jornalismo científico, centros e museus de ciências, entre tantos outros.
II.2.1 Jornalismo científico
Em 1985, Bueno escreve que a literatura nacional e internacional de jornalismo vinha se
descuidando de conceituar o jornalismo científico ou o faziam de uma maneira que reduzia os
conceitos que envolvem essa atividade, tais como: ciência, divulgação científica, mídia e público.
As definições existentes implicavam: promover as descobertas científicas e tecnológicas sem
adotar uma postura crítica, apegando-se à noção de ciência como saber preciso, objetivo,
34
universal e puro; reduzir o processo de divulgação científica aos meios de comunicação de massa
(aos jornalistas), legitimando a atividade jornalística como um caminho de mão única, fechando o
processo de comunicação e reproduzindo a estrutura antidemocrática do saber científico e
tecnológico; restringir o jornalismo científico a poucas áreas do conhecimento; desconsiderar
quem é o público e qual a linguagem acessível a esse público.
O autor lista os objetivos e funções dessa atividade. Entre os objetivos, encontram-se:
criação de uma consciência nacional de apoio à investigação científica e tecnológica; divulgação
dos novos conhecimentos e técnicas possibilitando o entendimento, uso e participação da
população (democratização), apoio ao sistema educacional. Assim, o jornalismo científico
contribui para a formação da opinião pública sobre a ciência e tecnologia e seu desenvolvimento.
Quanto às funções, Bueno diz que o jornalismo científico deve cumprir cinco funções básicas:
informativa, educativa, social, cultural, econômica e político-ideológica. Dessas cinco funções, o
autor comenta que a político-ideológica é a mais ausente no jornalismo científico, o que implica
em uma não democratização e sim manutenção do poder.
Em 2005, Bueno volta a escrever sobre a literatura nacional e internacional de jornalismo
científico, dessa vez dizendo que esta leva em consideração que a eficácia da divulgação
científica esbarra quase sempre em dificuldades, tais como o que ele denomina de analfabetismo
científico e tecnológico da população, a dificuldade natural de se decodificar o discurso
científico, a incompreensão e a desconfiança na relação entre cientistas e jornalistas e a diferença
inconciliável entre o processo de produção científica e o de produção jornalística. Porém, o autor
fala que por uma opção epistemológica ou política, o jornalismo científico tem desprezado as
conexões entre ciência, tecnologia e poder. Outra crítica que o jornalismo científico brasileiro
recebe é de estar voltado para as classes A e B, que são consumidores de jornais, revistas, canais
especializados de TV por assinatura, portais de Internet, entre outras mídias (Adeodato, 2002).
Segundo Bueno (1985), muitas vezes a divulgação científica é reduzida à veiculação de
informações científicas e tecnológicas pela imprensa. Deve-se lembrar que o jornalismo
científico é apenas um dos veículos da divulgação científica que conta com tantos outros como os
centros e museus de ciência já citados.
35
II.2.2 Centros e museus de ciência e as exposições científicas
Desde o surgimento dos primeiros museus de ciência há mais de dois séculos, essa
instituição tem passado por muitas mudanças até culminar nos centros de ciências que hoje em
dia também enfrentam alguns desafios. Pode-se falar em três gerações de museus de ciência
(Padilla, 2001).
A primeira geração dos museus de ciência corresponde aos museus de história natural que
apresentavam as pesquisas desenvolvidas nas diferentes disciplinas científicas e cujas coleções
eram utilizadas para o estudo e difusão, tendo uma ligação estreita com a academia. A educação
do público não era seu objetivo. Nessa geração, pode-se dizer que as exposições obedeciam à lei
“proíbe-se tocar”. A segunda geração enfatizava o avanço científico e o progresso da tecnologia
industrial com propósitos de utilidade pública e de ensino. Observa-se uma aproximação entre
essas duas gerações de museus e a escola tradicional no que diz respeito à forma de comunicação.
Em ambas as instituições predomina uma forma autoritária de exposição do conhecimento e um
papel passivo do visitante. Bradburne (2000) discute essa problemática dizendo que esses museus
apresentam uma abordagem top-down, em que o conhecimento é comunicado por especialistas
para um público tomado por ignorante.
Ainda nessa segunda geração, nos anos 60 e 70, surge um movimento propondo uma nova
comunicação com os visitantes, buscando uma interatividade através de aparatos do tipo push-
botton
6
, na tentativa de levar o público a assimilar princípios científicos. Esses aparatos
interativos denominados hands-on
7
, apesar do maior envolvimento físico, “apresentam uma única
resposta certa, sem provocar o controle de variáveis” (Cazelli et al., 2002, p. 213). Isso resultou
na construção de aparatos “nos quais a ciência é concebida como um conhecimento acabado,
acessível ao público por meio de uma interação limitada” (idem).
A partir dessa discussão surge a terceira geração, representada pelos centros de ciências.
Nesses centros, a interação não fica restrita a simples toques. Ultrapassando a noção de hands-on,
surge um novo conceito: minds-on, em que os aparatos interativos proporcionam respostas
abertas e os visitantes podem agir com mais liberdade e controle sobre o fenômeno, formulando
suas próprias questões ou construindo meios de chegarem a suas próprias respostas (Pavão,
Faltay & Lima, 2001). A abordagem proposta é a bottom-up, em que o público é tomado como
6
Apertar botões para obter uma resposta.
7
O termo hands-on é muitas vezes utilizado como sinônimo de interação, porém o termo deve ser utilizado em
situações que se limitam a requerer o toque ou manuseio para se obter respostas fechadas (Cazelli et al, 2002).
36
competente e capaz de receber novos conhecimentos (Bradburne, 2000). Nesses centros, as
exposições comunicam processos em vez de princípios científicos e tentam comunicar a estrutura
do pensamento científico. Assim, a ciência deixa de ser apenas um conjunto de fatos a serem
aprendidos e torna-se um processo de debate e discussão. Outra característica desses centros é a
discussão das implicações sociais do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, seus benefícios,
impactos e seu papel na sociedade e no meio ambiente.
No Brasil a situação desses centros e museus de ciências é bem diversa, porém,
considerando-se a vasta extensão territorial, o contingente populacional e a riqueza de tradições,
os centros e museus brasileiros são poucos, pequenos e pouco visitados (Hamburger, 2001). Em
1998 foi criada a Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências (ABCMC) com os
objetivos de fortalecimento, intercâmbio e cooperação dos museus, centros e programas de
divulgação científica nos níveis internacional, nacional e regional. Nesse ano, o Brasil contava
com 113 centros ou museus de ciências, concentrados mais na região centro-sul do país. Dois
terços dessas instituições eram jovens, com até 20 anos e a maioria (60%) pertencia a
universidades. Pode-se dizer que havia apenas dois grandes centros, dois médios e que o restante
era pequeno. O público anual girava em torno de um a dois milhões de pessoas, sendo em sua
maioria estudantes de nível médio e fundamental e professores (Cury, 2001).
Nesses últimos 20 anos, o processo de criação das exposições científicas tem evoluído
bastante com os estudos da museologia (Nicholson, 2002). Contudo, os resultados de pesquisas
sobre visitas aos centros e museus de ciência estão começando a ser entendidos. Até agora, os
estudos sobre os centros de ciências têm focado principalmente pequenas escalas avaliativas de
aspectos específicos de exposições. Entrevistas na saída, questionários para visitantes e assim por
diante têm servido como fonte de informação, mas esses relatórios são utilizados “dentro da casa”
para melhorar ou modificar a própria exposição. A avaliação do impacto de exposições
interativas sobre o público, em geral, foca grupos escolares e são feitas para determinar como
aproveitar ao máximo a experiência da visita tanto no aspecto da educação formal, quanto da
diversão, ou para observar o uso da exposição, tempo de duração da tarefa e interação familiar.
O Laboratório de Psicossociologia da Comunicação e da Cognição Social (LACCOS) tem
uma tradição nos estudos de representações sociais e divulgação científica em algumas áreas
como: aids, meio ambiente, entre outras. Na área de meio ambiente, o laboratório vem
37
consolidando uma linha de pesquisa que envolve a análise de interações, representações sociais e
atitudes num contexto de exposições científicas (Nascimento-Schulze, 2007).
Esse conjunto de pesquisas tem contribuído para ampliar a pesquisa das representações
sociais no campo de estudos da divulgação científica, na reflexão sobre a importância das
exposições científicas e outras atividades de divulgação da ciência e tecnologia para o
desenvolvimento de uma cultura científica da população brasileira. Os resultados indicam que a
exposição científica sobre meio ambiente contribui para a aquisição de informações científicas,
para reflexões que incluam estas informações, bem como para uma maior adesão a crenças
presentes no Novo Paradigma Ambiental (Carboni, 2005; Martinelli, Nascimento-Schulze,
Mezzomo, 2005; Mezzomo & Nascimento-Schulze, 2004; Nunes, 2005; Santos, Nascimento-
Schulze & Wachelke, 2005).
Como se pode ver, a atividade de divulgação científica em si, bem como os meios
utilizados para a realização da mesma (jornalismo, museus etc.), passaram por uma modificação
de proposta e de significado, desde um movimento de mero esclarecimento da população leiga
que buscava seu apoio para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, para um movimento que
estimula a reflexão crítica sobre tal desenvolvimento.
Nesse sentido, são muitos os trabalhos (Bredahl, Grunert & Frewer, 1998; Irwin, 1995;
Frewer, Scholderer & Bredahl, 2003; Scholderer & Frewer, 2003) que demonstram que a simples
passagem de informações científicas para o público não leva automaticamente à aceitação de
determinada inovação científica ou tecnológica. Ao contrário, muitas vezes o aumento do
conhecimento do público sobre um assunto científico ou tecnológico leva a uma atitude ainda
mais desfavorável frente aos mesmos. Os resultados dessas pesquisas discutem o fracasso das
estratégias de informação e comunicação sobre risco em convencer o público sobre os méritos
dos avanços da ciência e tecnologia
8
.
Uma proposta para isso seria que, ao invés de assumir a abordagem centrada na ciência,
seria necessário começar pelo que a população entende como risco (Irwin, 1995). Mais que isso,
uma “comunicação efetiva também deve prover os mecanismos para o público informar os
formuladores de política e cientistas sobre a preocupação pública”* (Frewer, Howard, Hedderley
& Schepherd, 1999, p. 48). Assim, os resultados dessas pesquisas se aproximam das “recentes
8
Esse assunto será discutido no capítulo IV.
38
mudanças na política para consumidores que estão buscando engajar consumidores no debate
sobre o processo de inovação ao invés de tentar alinhar a visão destes com aquelas da
comunidade especialista”* (Scholderer & Frewer, 2003, p 125).
Assim, a divulgação científica não deve ficar limitada como parte do movimento de
alfabetização científica (no sentido Iluminista). Ao contrário, deve-se considerar a importância
dessa atividade para o processo de reflexividade da população. Como nos lembra Beck (1997), a
reflexividade diz respeito não somente à crítica, mas à formação de novas organizações sociais e
políticas, buscando uma participação pública nos processos decisórios. Nos próximos itens, tenta-
se explorar as novas relações entre ciência, tecnologia e o público, bem como analisar as
propostas de participação pública na política científica e tecnológica.
II.3. Movimento CTS
O movimento CTS remete a um problema que o foi explorado na época do surgimento
da alfabetização científica: a relação entre os termos que constituem o conceito (ciência,
tecnologia e sociedade). A partir dos meados do século XX, nos países capitalistas centrais, foi
crescendo o sentimento de que o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico não
conduzia, linear e automaticamente, ao desenvolvimento do bem-estar social. Após uma euforia
inicial com os resultados do avanço científico e tecnológico, nas décadas de 60 e 70, a
degradação ambiental, bem como a vinculação do desenvolvimento científico e tecnológico à
guerra, fizeram com que a ciência e tecnologia se tornassem alvo de um olhar mais crítico. Dessa
forma, ciência e tecnologia passaram a ser objeto de debate político. Nesse contexto, emerge o
denominado movimento CTS (Auler & Bazzo, 2001).
Esse debate político sobre ciência e tecnologia levou a um questionamento do modelo
linear de progresso, segundo o qual mais ciência gera mais tecnologia que por sua vez gera mais
desenvolvimento econômico, o que gera desenvolvimento (bem-estar) social. Foram denunciadas
as conseqüências negativas que a ciência e tecnologia podem ter sobre o meio ambiente e a
sociedade. Também foi questionado o modelo tecnocrático do Estado gerir assuntos sociais,
políticos e econômicos. Desse modo, chegou-se à conclusão de que a alternativa não consiste em
mais ciência e tecnologia, mas num tipo diferente de ciência e tecnologia, concebidas com
alguma participação da sociedade.
39
A mudança na concepção da importância do conceito de alfabetização científica para uma
compreensão de CTS implica também uma mudança de preocupação com um déficit de
conhecimento ou de atitude do público frente a assuntos científicos e tecnológicos para um déficit
político, resultando na preocupação com a participação do público nos processos que envolvem a
formulação de políticas sobre assuntos científicos e tecnológicos.
II.4. Participação pública na política científica
Somente na última década, começa um interesse e esforço de países da Europa, Canadá e
Estados Unidos em envolver o público na participação nos processos decisórios. O início dessa
participação se deu, em grande parte, através de grupos organizados, seja pelo governo, ou por
outros grupos de interesse. Essa participação também se deu de forma variada, através de
diversos mecanismos, mediados pelos contextos político e cultural de cada país. A partir de então
há um reconhecimento formal da importância da participação pública através de atos do governo:
legislações, declarações e políticas para obrigar legalmente a participação em decisões sobre
assuntos relativos à política científica e tecnológica, envolvendo diretamente o público ou
quaisquer organizações não-governamentais interessadas (Einsiedel & Kamara, 2006).
Do mesmo modo, na última década, o debate sobre se deve haver e como deve ser
encaminhado o envolvimento público no processo de deliberação envolvendo políticas sobre
assuntos científico-tecnológicos tem estado presente também na produção acadêmica nacional
(Einsiedel, 2003; Guivant, 2001, 2002a, 2005) e internacional (Beck, 1999; Einsiedel, 2002; &
Einsiedel & Ross, 2002; Einsiedel & Kamara, 2006; Irwin, 1995; Irwin & Horst, 2005; Rowe &
Frewer, 2000).
Participação pública pode ser definida como uma prática de consultar e envolver membros
do público na agenda de atividades de reuniões e tomada de decisões das organizações ou
instituições responsáveis pela formulação de políticas (Rowe & Frewer, 2000), abrangendo um
escopo de abordagens formais e informais nas quais os membros do público fornecem dados
(informações, opiniões, medos etc) que pesariam nas decisões sobre assuntos científicos e
tecnológicos (Einsiedel & Kamara, 2006).
Alguns exemplos de exercícios participativos são: referendo, consulta do público, surveys
da opinião pública, negociação na deliberação de leis, conferências de consenso, júris populares,
40
comitês de aconselhamento público, grupos focais
9
. Estes métodos se diferenciam de acordo com
a natureza dos participantes, a relação de representatividade entre participantes/população;
mecanismos; e na influência final no processo de deliberação (para uma revisão completa sobre
esses modelos participativos, ver: Rowe & Frewer, 2000).
Em 1995, Irwin apresenta uma análise de algumas experiências de participação pública
em processos decisórios relacionados a assuntos do meio ambiente em diferentes países. Segundo
esse autor, “riscos e preocupações ambientais representam (...) uma importante área de encontro
entre instituições científicas e cidadãos”* (p. x). Na sua análise, Irwin chega à conclusão de que
muitas vezes, apesar da utilização de exercícios participativos como uma alternativa no processo
de formulação de política, no final, o aconselhamento de especialistas continua ocupando um
papel central na abordagem dos processos de decisão sobre questões ambientais. “Abordagens
‘democráticas’ têm, portanto, seguido muito similarmente os modelos ‘iluministas’ da abordagem
‘especialista’. Em outras palavras, elas prestam pouca atenção à especialidade e entendimento
dos grupos de cidadãos”* (p. 65).
Irwin argumenta que essas experiências têm recebido várias críticas, e muitas vezes
representam mais um ritual do que uma tentativa de democratização do processo decisório.
Segundo esse autor, os modelos participativos tendem a se apoiar no conhecimento especialista
para a identificação, construção e enquadramento dos assuntos a serem discutidos e, assim, não
há muita diferença entre esses modelos e o modelo tecnocrático.
Nesse sentido, a maioria dos modos de política ‘democráticos’ podem ser ligados a uma
perspectiva iluminista da ciência e autoridade científica. Embora eles possam representar um
passo à frente em relação ao modo de política ‘especialista’, eles são no entanto deficientes pelo
modelo restrito de relação entre cidadãos e especialistas.
A questão levantada (...) é, portanto, a que ponto essas formas aparentemente democráticas de
formulação de políticas realmente encoraja e poder aos pontos de vista e entendimentos dos
cidadãos* (Irwin, 1995, p. 72).
Assim, a simples participação pública não é suficiente, uma vez que essa atividade pode
ter diferentes propósitos e a autoridade concedida aos diferentes atores sociais participantes tem
um peso diferente. Segundo Irwin, essa autoridade é decidida, na maioria das vezes, baseada na
lógica centrada na ciência. Desse modo, a participação pode ser conduzida para se chegar à
legitimação ao invés de um diálogo social. Portanto, Irwin conclui que a mera participação
pública não é garantia de que haja uma discussão efetiva, nem de que tal discussão terá um
9
No original: referenda, public hearings/enquiries, public opinion surveys, negotiated rule making, consensus
conferences, citizen’s juries/panel, citizen/public advisory committee, focus groups (Rowe e Frewer, 2000).
41
impacto real no processo decisório. “‘Participação’ sem a boa vontade de aumentar o escopo de
discussão e de estabelecer processos e procedimentos sociais adequados para a representação dos
pontos de vista continuam uma abordagem reducionista”* (p. 151).
Dez anos depois, em 2005, Irwin escreve que é preciso ultrapassar a forma simplista e bi-
modal de se pensar o processo de formulação da política científica e tecnológica, entre
tecnocrático ou participativo. “Muita discussão se na forma da apresentação ou/ou:
tipicamente, ou uma ênfase na inovação e competição ou uma preocupação com a democracia e o
engajamento”* (Irwin & Horst, 2005, p. 19). Esses autores argumentam que mais do que a
simples presença de participação ou não, atualmente, existe uma pluralidade de formas de
governança científica.
II.5. De participação pública para Governança científica
Segundo Gonçalves (2005), o conceito de Governança surge na década de 90 a partir de
reflexões conduzidas pelo Banco Mundial buscando avaliar as condições necessárias para um
Estado eficiente. Essas reflexões não se restringiam ao aspecto econômico da ação estatal, mas
abrangiam também dimensões sociais e de políticas públicas. Além disso, “a capacidade
governativa não seria avaliada apenas pelos resultados das políticas governamentais, e sim
também pela forma pela qual o governo exerce o seu poder” (s/p).
Assim, o conceito de governança pressupõe formas pelas quais o governo planeja,
formula e implementa as políticas públicas. Nesse sentido, os procedimentos pelos quais o
governo formula tais políticas (o formato institucional do processo decisório, a articulação
público-privado na formulação de políticas, a abertura ou não para a participação dos setores
interessados ou de distintas esferas de poder) recebem uma atenção especial.
Desse modo, governança se refere a “padrões de articulação e cooperação entre atores
sociais e políticos e arranjos institucionais que coordenam e regulam transações dentro e através
das fronteiras do sistema econômico”, incluindo-se “não apenas os mecanismos tradicionais de
agregação e articulação de interesses, tais como os partidos políticos e grupos de pressão, como
também redes sociais informais (de fornecedores, famílias, gerentes), hierarquias e associações
de diversos tipos” (Santos, 1997, apud Gonçalves, 2005, s/p).
A governança científica então, se refere aos procedimentos referentes à formulação da
política científica. Callon (1996, apud Fonseca & Dagnino, 2006) apresenta uma taxionomia que
42
implica três modelos de governança científica baseados na divisão existente entre os papéis dos
especialistas e do público em geral.
1 Modelo do Esclarecimento ou do ficit Científico. Nesse modelo, o conhecimento
científico é universal, objetivo e livre de valor, os cientistas são os únicos detentores do saber
relacionados à ciência e tecnologia e seu papel é de esclarecer o público que é visto como
homogêneo e ignorante. O medo ou resistência do público frente a uma nova tecnologia é visto
como irracional ou sem fundamento. O processo de decisão é feito de forma autoritária;
2 Modelo do Debate Público. Nesse modelo admite-se a existência de diferentes
públicos que possuem conhecimentos específicos. Reconhece-se de que a ciência e a tecnologia
não são capazes de controlar os riscos. uma abertura do processo decisório que passa a contar
com a participação da população que contribui com seu conhecimento e culturas locais;
3 Modelo dos Coletivos Híbridos. Esse modelo propõe uma co-produção do
conhecimento entre ciência e sociedade. Coletivos são formados por atores heterogêneos que
intervêm ativamente nas pesquisas, debatendo a orientação da pesquisa e avaliando o
desenvolvimento do conhecimento, relacionado-o aos seus interesses. Nesse modelo, a exclusão
do modelo do Esclarecimento e a negociação baseada em relações de poder do modelo do Debate
Público são substituídas pela mútua dependência entre cientistas e população no projeto coletivo
de desenvolvimento de pesquisa. “Deste modo a ‘co-produção do conhecimento’ seria resultado
da aprendizagem mútua e compartilhamento de visões. As sucessivas interações permitidas por
este modelo seria o modo mais indicado para administrar situações de crescente risco,
complexidade e incerteza e para elaborar políticas baseadas em conhecimento” (s/p).
Irwin e Horst (2005) apresentam resultados do programa STAGE (Science, Technology
and Governance in Europe) que analisou os procedimentos utilizados em casos de processos
decisórios sobre assuntos científico-tecnológicos em oito países da Europa. De acordo com esses
autores, “esses são realmente tempos fascinantes para o tratamento político da ciência e
governança pela Europa. Nossos casos sugerem uma diversidade da prática de governança
européia – mas também certas ligações temáticas e debates comuns”* (p. 15).
Os autores argumentam que essa importância dada a governança da ciência na Europa se
deve a alguns fatores como: o fato de que assuntos da política científica e tecnológica
(especialmente modificação genética, células tronco e nanotecnologia) terem se tornado centrais
43
dentro da Europa, e o reconhecimento de que tais assuntos não podem ser resolvidos sem uma
legitimação do público.
Essa importância se reflete em propostas como: a expansão de iniciativas sociais para
engajamento democrático que antes se limitavam a um número pequeno de países europeus (em
especial os países nórdicos) e a adoção de um plano de ação sobre ciência e sociedade
10
da
própria União Européia que busca o apoio e engajamento público. “Nessa situação, talvez seja
tentador falar de um novo paradigma europeu para a governança científica no qual a ciência e a
sociedade trabalham juntas e formas inovadoras de parcerias sociais estão sendo criadas”* (Irwin
& Horst, 2005, p. 16).
Porém, os autores argumentam que não é possível dizer que um novo paradigma de
engajamento tomou conta da Europa. Apesar do aumento de experimentos participativos, estes
não substituíram completamente as formas de governança científica mais tradicionais. Além
disso, ainda há um grande debate sobre a eficácia de tais experimentos. O que os autores
consideram é que existe uma “cultura científica européia na qual tem havido uma infusão de
ideais deliberativos e um conseqüente questionamento do melhor caminho para inovação social e
tecnológica”* (p. 18).
Assim como Callon (1996), o programa STAGE também propõe uma taxionomia de seis
modelos de governança científica: discricionário, coorporativista, educativo, de mercado,
agonístico e deliberativo
11
. Cada modelo leva em consideração o papel do público (se este é visto
como ativo ou passivo, consumidores ou cidadãos, homogêneo e estável ou heterogêneo e
dinâmico). Irwin e Horst (2005) chamam a atenção para o fato de que essas categorias não são
herméticas e que se pode identificar sobreposições entre as mesmas.
Esses autores chegam à conclusão de que a governança científica européia “não pode ser
interpretada como um simples padrão de convergência ou um desenvolvimento linear,
unidirecional”* (p. 24). Os casos estudados mostram que nenhum país europeu pode ser reduzido
a um desses modelos de governança, ao contrário, são caracterizados pela co-presença de rios
desses modelos. “Nosso argumento é de que é especificamente essa coexistência de modelos que
representa o enquadramento (ou estilo) europeu de governança científica” (idem).
10
“Science and Society action plan” (CEC 2002).
11
No original: 1– Discretionary; 2 Corporatist; 3 – Educational; 4 Market; 5 Aginistic; 6 Deliberative. (Irwin
& Horst, 2005, p. 20-24).
44
Apesar de, na prática, o modelo participativo não imperar nos países da Europa, eles
enfatizam que, em todos os países estudados, o tema da governança científica aparece cada vez
mais como um aspecto importante no processo de formulação de políticas. Além disso, em todos
os países estudados, aparecem ideais de participação pública. Apesar da diferença significativa
com que tais ideais m sendo implementados nesses países, é essa cultura científica européia,
impregnada de ideais participativos, que diferencia a noção de governança científica da Europa e
dos outros países:
Existe uma disparidade significativa entre essa (...) mudança em direção ao engajamento nos
países da Europa e a experiência maior da governança científica global. A discussão européia da
necessidade de consulta pública aparece muito diferente em foco e tom em relação ao tratamento
da ciência e inovação na América do Norte ou do Sul, na África ou na Austrália. É claro,
ocorreram (e realmente ainda ocorrem) iniciativas desse tipo nos EUA, Canadá e Austrália (para
citar três exemplos óbvios) mas tais iniciativas geralmente não são apoiadas em um nível
institucional nacional nem são mainstream’ na maneira de falar sobre consulta e engajamento
públicos como tem ocorrido na Europa* (Irwin & Horst, 2005, p. 16).
Definitivamente essa é uma experiência bastante diferente da realidade de formulação de
políticas científica e tecnológica no Brasil, na qual a participação não aparece (muitas vezes nem
enquanto um ideal a ser alcançado). No item seguinte, tenta-se discutir a relação entre ciência,
tecnologia e sociedade, bem como a questão da (des)monopolização da ciência no Brasil.
II.6. O contexto Brasileiro
Auler e Bazzo (2001) argumentam que o movimento CTS surgiu num contexto de países
“nos quais as condições materiais estavam razoavelmente satisfeitas. Tratou-se, em grande parte,
de reivindicações ‘pós-materiais’” (p. 3). No entanto, a realidade brasileira é bastante diferente,
na qual uma parcela significativa da população ainda não possui as condições básicas para a
sobrevivência.
Assim, eles perguntam se a população brasileira não estaria aspirando a um modelo de
sociedade do chamado primeiro mundo. “Não estaríamos querendo fazer uso das mesmas
estratégias em termos de política econômica e tecnológica, esquecendo/ignorando suas
conseqüências em termos ambientais, culturais e sociais?(idem). Pode-se perguntar também se
não seria possível aprender com a experiência de desastres ecológicos e sociais decorrentes desse
modelo de desenvolvimento dessas sociedades. Não seria possível aprender com o
questionamento que tais sociedades fazem agora a esse modelo de desenvolvimento?
45
Esses autores fazem uma revisão histórica do desenvolvimento da ciência e tecnologia no
Brasil desde o período colonial, e da relação da sociedade com as mesmas, buscando fatos que
possam explicar a atual política científica e tecnológica do Brasil, bem como o próprio processo
de formulação de políticas. Nessa revisão, os autores constatam que muitos dos países de terceiro
mundo, de passado colonial, não possuem um desenvolvimento científico e tecnológico próprio.
No caso do Brasil, nos três séculos depois do seu descobrimento, praticamente não houve
desenvolvimento em ciência e tecnologia. A própria política colonial que proibia a instalação de
oficinas tipográficas e a circulação de livros sobre as técnicas industriais e de engenho contribuiu
para que a revolução científica dos séculos XVI e XVII, “responsável pela disseminação do
espírito científico na Europa, uma das características mais marcantes da modernidade” (p. 4),
passasse desapercebida aqui no Brasil. O modelo econômico agro-exportador, aliado ao regime
escravocrata, não favoreceu o desenvolvimento científico e tecnológico.
No século XIX, os países líderes do sistema capitalista começam a investir em ciência e
tecnologia, levando à institucionalização da ciência e à profissionalização do cientista. Porém, no
Brasil, “apesar de algumas iniciativas isoladas, como, por exemplo, o programa de saneamento
sob a direção de Oswald Cruz, a monarquia brasileira estava satisfeita com a sua condição de país
primário exportador” (idem).
Os autores destacam que o processo de industrialização do Brasil também não estimulou o
desenvolvimento científico e tecnológico, uma vez que esse processo estava baseado na
importação de tecnologias e técnicos estrangeiros. Essa busca no exterior pela tecnologia
necessária ao processo de industrialização reforçou as relações de dependência do modelo
econômico anterior e reprimiu o desenvolvimento científico e tecnológico autônomo no país.
Como muitas empresas industriais eram filiais de empresas estrangeiras, estas não investiam no
desenvolvimento de ciência e tecnologia no Brasil.
A institucionalização do apoio à pesquisa científica e tecnológica no Brasil aconteceu
muito mais tarde, em meados do século XX. Na década de 60, a fundação de universidades e de
programas de pós-graduação, bem como a criação de fundações de apoio e fundos para o
desenvolvimento técnico-científico foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência e
tecnologia no país
12
.
12
Para uma revisão da institucionalização do apoio à pesquisa científica e tecnológica no Brasil ver: Livro Verde
sobre Ciência, Tecnologia e Inovação / MCT, p. 10 (Quadro 1: Marcos Importantes da construção do Sistema
Nacional de C&T).
46
Porém, para Sant’Anna (1978, apud Auler & Bazzo, 2001), apesar dos incentivos do
governo para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, os políticos nunca realmente
consideraram as contribuições desse desenvolvimento para o crescimento econômico do Brasil
que se deu “sem vínculos efetivos com a pesquisa do país” (p. 7). Desse modo, uma política que
priorizou a importação de tecnologia em detrimento de um desenvolvimento autônomo, seguido
de uma política de incentivo a um desenvolvimento científico e tecnológico sem real vinculação
com o desenvolvimento econômico, explicam o fato de que “a sociedade brasileira jamais
equacionou o problema da C&T
13
como fator de desenvolvimento, não se estabelecendo, por
conseguinte, uma relação dinâmica, recíproca, entre os sistemas produtivo e científico. Em outras
palavras, a ausência de uma efetiva vinculação entre ciência e sociedade é característica da
história brasileira” (idem).
Para Auler e Bazzo (2001), a população do Brasil não tem uma cultura de participação em
assuntos nacionais e isso se aplica também à formulação da política científica e tecnológica. A
tradição tecnocrática do país na formulação de política científica e tecnológica não se restringe
apenas a ignorar a participação do público, mas muitas vezes a própria comunidade científica
também não é ouvida.
Historicamente, sob o domínio de um Estado autoritário, num país sem história de participação, é
plausível postular algum controle da sociedade sobre C&T? Além disso, corremos o risco (...) de
educar as pessoas para uma falsa cidadania, considerando que, nos contextos em que emerge o
movimento CTS, mecanismos de consulta popular, estabelecidos, para avaliar e influir nas
decisões relativas à C&T, inexistentes em nosso contexto (p. 12).
O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) disponibiliza em seu site na Internet
14
publicações como: diretrizes para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, relatórios de gestão,
bem como publicações do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) que mereceriam um
estudo mais aprofundado para se entender como se considera e o que é priorizado na atual
formulação de política científica e tecnológica no país.
Em julho de 2001, o MCT e a Academia Brasileira de Ciências publicaram o Livro Verde
sobre Ciência, Tecnologia e Inovação (Silva & Melo, 2001), no qual discutem esses três temas
como um desafio para a sociedade brasileira no desenvolvimento social e econômico do país. O
livro é dividido em cinco grandes temas: 1 avanço do conhecimento, onde se reconhece a
importância de recursos humanos qualificados assim como o conhecimento pela sociedade como
13
Ciência e tecnologia.
14
<http://www.mct.gov.br> e <www.cgee.gov.br>
47
um todo; 2 qualidade de vida, que tem como preocupação o impacto do desenvolvimento
científico e tecnológico na vida do cidadão brasileiro; 3 desenvolvimento econômico, que
analisa o papel da ciência e da tecnologia no crescimento econômico sustentado; 4 desafios
estratégicos, onde são discutidas as diretrizes para o desenvolvimento da ciência e tecnologia,
bem como para o avanço do conhecimento da sociedade; 5 desafios institucionais, onde se
consideram os desafios legais, institucionais e organizacionais a serem superados.
Nesse livro, começa a aparecer o reconhecimento da necessidade de um diálogo com a
sociedade sobre os rumos da Ciência, Tecnologia e da Inovação:
Despertar e mobilizar a sociedade para o debate sobre a importância da CT&I
15
e de sua
inserção definitiva na agenda da sociedade brasileira depende ainda, em grande medida, de nossa
capacidade de transmitir, com clareza, seus reais impactos e os motivos do interesse do País em
participar do grupo de países que atuam na linha de frente dos avanços científicos e tecnológicos
internacionais. Compreender e difundir amplamente as razões pelas quais o Brasil participa e
continuará a participar ativamente dessas ações significa legitimá-las perante a sociedade e
permite angariar o apoio permanente desta ao imprescindível esforço nacional em CT&I.
Ao levar em consideração todos esses elementos, a importância do Livro Verde, reflete-se nas
evidências que emergem de suas páginas às vezes como advertências, às vezes como
expectativas de que o diálogo democrático é o caminho privilegiado para definir os
interesses gerais, superar as condições de atraso e fazer preponderar o ideal da
contemporaneidade [grifo nosso] (p. xi).
Nesse Livro, reconhecem-se também os riscos e incertezas do desenvolvimento da ciência
e tecnologia, e se aponta para a necessidade da transição de um sistema de desenvolvimento e de
formulação de política científica e tecnológica concentrado no governo federal e em suas
instituições de ensino e pesquisa, para um sistema nacional de ciência e tecnologia com
participação de agentes públicos e privados:
Novos marcos institucionais uma legislação moderna e propícia à inovação e novos
mecanismos de fomento – fundos setoriais – somente se viabilizarão e se sustentarão no longo
prazo como frutos de uma mobilização mais ampla dos setores interessados e de uma
participação política constante e sustentada. Ambas exigem, em uma sociedade
democrática, pelo alto grau de risco e de incertezas que cercam todos os processos de
inovação, debate permanente e conseqüente, mas, sobretudo, discussão bem informada sobre
as vulnerabilidades da nossa sociedade e as oportunidades que elas propiciam para o exercício
humano criativo na aplicação e geração do conhecimento [grifo nosso] (p. 6).
Porém, essa participação fica restrita a um diálogo entre universidades e empresas
privadas, sem se considerar a efetiva participação da sociedade. Desta, busca-se apenas o apoio
ao desenvolvimento científico e tecnológico. No Livro, uma atenção especial é dada à atividade
da divulgação científica, com ênfase na criação de disciplinas de jornalismo científico nos cursos
15
Ciência, tecnologia e inovação.
48
de jornalismos, e para o desenvolvimento de centros e museus de ciência no país. Apesar do
reconhecimento do “envolvimento crescente da sociedade na formulação e avaliação de políticas”
(p. 42) nos países ditos desenvolvidos, não há nenhuma menção no Livro sobre como esse
envolvimento deve se dar no Brasil.
O Livro Verde foi concebido também como um instrumento de trabalho, servindo como
uma das principais bases para os debates da II Conferência Nacional da Ciência, Tecnologia e
Inovação, que ocorreu em setembro de 2001. Essa conferência pode ser considerada como o
início de um diálogo na formulação de políticas científicas e tecnológicas no país, uma vez que a
conferência tinha como objetivo a elaboração de diretrizes estratégicas para o desenvolvimento
da ciência e tecnologia, com o horizonte temporal até 2010. Porém, no seis simpósios temáticos
da conferência (Avanço do Conhecimento, Qualidade de Vida, Desenvolvimento Econômico,
Desafios Institucionais, Desafios Estratégicos, Tópicos Especiais) distribuídos em 30 mesas
redondas que reuniram 126 expositores, a maioria destes eram reitores e professores de
universidades, pesquisadores renomados de institutos de pesquisa, membros da academia
brasileira de ciência, representantes de fundações de amparo à pesquisa, políticos e representantes
de empresas privadas. A conferência contou com a participação de apenas dois jornalistas e um
representante do Instituto de Defesa do consumidor (Idec), marcando a exclusão da sociedade
nesse diálogo. Apesar disso, reconheceu-se a necessidade de um diálogo permanente, bem como
a inclusão de novos atores na discussão:
O que mais importa é perenizar o debate e, sobretudo, o enfoque estratégico das políticas de
CT&I. Uma das Diretrizes que já se desenha e que, justamente, espera-se seja mantida é a que diz
respeito à necessidade desse debate permanente, que será estimulado pela criação do Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos e que poderá ensejar, no futuro, a convocação de novas
Conferências Nacionais. É inevitável, contudo, que o debate evolua na sua forma, nos seus
mecanismos e no seu conteúdo, à medida que o sistema de CT&I se expanda e incorpore novos
agentes (p. 261).
Na II Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, foi criado o Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma instituição de interface entre governo, academia e
setor privado. Com uma agenda inicialmente focada no apoio aos Fundos Setoriais, o CGEE
passou a desempenhar função mais abrangente de geração de subsídios à formulação de políticas
e programas em C,T&I, baseados em estudos prospectivos e de futuro, avaliação estratégica e
gestão inteligente da informação.
49
O livro ‘Ciência, Tecnologia e Sociedade: novos modelos de governança’, publicado em
2005 pelo CGEE, reúne os artigos apresentados no seminário que teve o mesmo nome, realizado
em dezembro de 2004, cujo enfoque foi a “importância do envolvimento da sociedade no
processo decisório, pretendendo contribuir para ressaltar a necessidade de espaços para
discussões abertas” (Vogt, França, Guivant & Santos, 2005, p. 10). Todavia, a maioria dos
artigos publicados relata experiências de participação em outros países, coma a exceção de dois
artigos (Guivant, 2005; Flores, 2005) que buscaram mostrar a ausência de estudos sobre
percepção pública da ciência, bem como a monopolização das instituições científicas no Brasil
16
.
Analisando os documentos oficiais do MCT, pode-se ver o início de uma consideração do
ideal de participação da sociedade em assuntos da ciência e tecnologia. Infelizmente, esse início
ainda se encontra, como falam Irwin e Horst (2005), ao nível da retórica.
O relatório de Gestão do MCT referente ao período de janeiro de 2003 a dezembro de
2006 aponta que um dos objetivos gerais da política nacional de CT&I foi de: desenvolver uma
base ampla de apoio e envolvimento da sociedade na Política Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação. Nesse sentido, consta no relatório a realização de vários projetos de apoio do governo à
popularização da ciência (através do desenvolvimento de centros e museus de ciência, exposições
itinerantes, consolidação da semana nacional de ciência e tecnologia). Não o relato de
nenhuma atividade ou projeto de envolvimento ou participação efetivos na formulação de
políticas. Durante esse período, há apenas a menção de uma enquete sobre as atitudes e visões do
brasileiro sobre ciência e tecnologia a ser realizada em atuação conjunta com a Academia
Brasileira de Ciências
17
.
No Livro Verde sobre Ciência, Tecnologia e Inovação, entre as diretrizes para o
desenvolvimento científico, um destaque especial é dado às ciências humanas e sociais no
entendimento das relações entre CT&I e a sociedade, bem como para o mapeamento da
percepção da sociedade brasileira sobre esses temas:
Diretrizes estratégicas em CT&I para ciências humanas e sociais na próxima década incluem,
necessariamente, dois conjuntos de questões. O primeiro está relacionado com o desenvolvimento
das ciências humanas e sociais enquanto ciências, isto é, na sua capacidade de produzir
conhecimento novo e de contribuir para o avanço do conhecimento científico em geral e na sua
área específica. O segundo conjunto de questões está ligado à ‘aplicação’ desse conhecimento e
sua possível contribuição para a formulação, equacionamento, divulgação e avaliação de
16
As idéias desses artigos serão apresentadas respectivamente no capítulo VI.
17
Os principais resultados dessa enquête são apresentados no capítulo III.
50
políticas públicas e sociais voltadas para a solução dos grandes problemas da sociedade
contemporânea, inclusive aqueles ligados à ciência e tecnologia [grifo nosso] (p. 78).
Nos dois próximos capítulos, apresenta-se algumas teorias, em específico a Teoria das
Representações Sociais e alguns trabalhos que representam uma contribuição das ciências
humanas e sociais para o entendimento das relações entre ciência, tecnologia e sociedade; o papel
de tais estudos na formulação de políticas científica e tecnológica em alguns países, bem como a
marcante diferença do contexto brasileiro.
51
III. Contribuições das ciências humanas e sociais
Como já foi visto, a ciência e a tecnologia têm um grande impacto na sociedade. O
desenvolvimento científico e tecnológico produz objetos que são essenciais para o nosso dia-a-
dia e influencia as esferas ambiental, social, econômica, política e ética. Mas como a sociedade
lida com esse impacto? Esse capítulo tenta expor um breve panorama das contribuições das
ciências humanas e sociais, mostrando alguns estudos e teorias que têm contribuído para entender
essas relações.
Conforme o relatório da Comissão Européia (Eurobarometer, 2005), nos últimos anos,
tem se notado que os europeus apresentam preocupação e atitudes de ceticismo em relação a
alguns tópicos específicos ou mesmo à ciência e tecnologia em geral. Guivant (2006a) apresenta
a questão dos transgênicos como um exemplo das controvérsias geradas devido a incertezas tanto
científicas, como sociais. Essa autora explica que, como resultado desse debate, aparecem
“inúmeras pesquisas de opinião pública que procuram captar a aceitação ou rejeição dos
consumidores destas novas tecnologias devido às implicações diretas que podem ter nas suas
expectativas e crenças” (p. 81). Tais pesquisas são bastante diversificadas, empregando
metodologias quantitativas e/ou qualitativas, sendo encomendadas pelo governo, pelo setor
industrial, por ONGs ou podem estar ligadas à academia. Guivant afirma que medir e avaliar as
atitudes e percepções do público em relação ao desenvolvimento científico e tecnológico não é
uma tarefa fácil. Mais que isso, ela adverte que, em alguns casos, “os dados destas pesquisas, que
deveriam passar a ser um input fundamental para processos de legislação e regulação das
inovações científico-tecnológicas, têm passado a alimentar, com diferentes leituras de seus
resultados, os diversos setores em confronto” (idem).
Desde a década de 70, a Comissão Européia encomenda sondagens de opinião
(Erobarômetros - Eurobarometers) em relação à ciência e tecnologia de forma geral, bem como
determinadas inovações científico-tecnológicas específicas (como a biotecnologia). A
metodologia destas pesquisas tem sido de caráter quantitativo, com a utilização de perguntas
fechadas, nas quais os sujeitos entrevistados escolhem entre as diferentes opções apresentadas.
Em 2005, a Comissão Européia encomendou o Special Eurobarometer 224, parte do
Eurobarômetro 63.1, buscando investigar a percepção da ciência e tecnologia da população
européia. Participaram dessa pesquisa os vinte e cinco países que fazem parte da União Européia,
os países candidatos (Bulgária, Romênia, Croácia e Turquia), e também a Islândia, a Noruega e a
52
Suíça. Em cada país, os participantes tinham 15 anos ou mais e a amostra era representativa do
tamanho e densidade da população total. O relatório desse estudo apresenta os principais
resultados obtidos e para cada questão são analisados os resultados da união européia como um
todo, de cada país separadamente, em relação as variáveis sócio-demográficas, e em relação aos
resultados dos Eurobarômetros anteriores sempre que possível.
Sabe-se que pode ser enganoso e mesmo perigoso tomar um país como unidade de análise
(Guivant, 2006a) quanto mais um continente! –, essas questões serão analisadas mais adiante
quando discutirmos as metodologias aplicadas em tais pesquisas. Porém, aqui, como um breve
panorama desse tipo de pesquisa, vamos apresentar alguns desses resultados em relação aos
europeus em geral.
Pode-se dizer que os europeus demonstraram pouco interesse quanto à ciência e
tecnologia em relação a outros assuntos como a poluição ambiental. O pouco interesse se
relaciona a uma falta de entendimento e de preocupação sobre assuntos científicos e tecnológicos.
O nível de informação foi ainda menor que o de interesse, assim, pouco envolvimento ativo
em atividades e uma taxa baixa de pessoas que visitou uma instituição de ciência e tecnologia em
um ano. Contudo, os europeus demonstraram um bom vel de conhecimento científico e um
otimismo em relação à ciência e tecnologia (em relação a alguns assuntos como saúde e bem-
estar), com reservas em relação a alguns tópicos como meio ambiente e comida geneticamente
modificada. Os europeus também fizeram uma ligação estreita entre o avanço científico-
tecnológico e o desenvolvimento econômico.
Guivant (2006a) argumenta que uma carência significativa de pesquisas sobre
percepção pública da ciência no Brasil e que isso revela o caráter do debate no país
desconsiderando a participação pública no mesmo, os limites da área de pesquisa e “a falta de
problematização no espaço acadêmico sobre os conflitos ou consensos entre conhecimentos
peritos e leigos quando estão em questão inovações tecnológicas que envolvem riscos incertos”
(p. 82). Mais que isso, “este quadro contrasta significativamente com a relevância que as
pesquisas sobre avaliação de tecnologias, sobre as políticas científicas, sobre a economia da
transformação tecnológica, etc, têm assumido nas últimas décadas na Europa e nos Estados
Unidos” (p. 100).
Em 2006 foi conduzida uma pesquisa nacional similar à que apresentamos anteriormente,
promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, com a parceria da Academia Brasileira de
53
Ciências. Essa pesquisa tinha o objetivo de investigar o interesse, grau de informação, atitudes,
visões e conhecimento que os brasileiros têm da ciência e tecnologia. A amostra, representativa
da população brasileira, foi composta de 2004 participantes com idade igual ou superior a 16
anos. Mais uma vez aqui, serão apresentados os dados da população em geral.
Pode-se dizer que os brasileiros também demonstraram pouco interesse quanto à ciência e
tecnologia em relação a outros assuntos e que isso se deve igualmente a uma falta de
entendimento sobre assuntos científicos e tecnológicos. Do mesmo modo, pouco
envolvimento ativo dos cidadãos brasileiros em atividades e uma taxa baixa de pessoas que
visitou uma instituição de ciência e tecnologia em um ano. Porém as razões para isso são bastante
diferentes. Entre as pessoas que não visitaram museus ou centros de pesquisa no Brasil, por
exemplo, a grande maioria relatou que estes não existem em sua região, ou ficam muito longe, ou
não sabem onde existe um. Essas opções nem constam no questionário da pesquisa européia. Na
pesquisa nacional, não foi investigado o nível de conhecimento científico como no estudo
anterior. Os brasileiros também demonstram um otimismo em relação à ciência e tecnologia, mas
consideram que o país está em uma situação intermediária no campo das pesquisas científicas e
tecnológicas. Os brasileiros também fazem uma ligação estreita entre avanço o científico-
tecnológico e o desenvolvimento econômico.
Vale destacar que dados referentes à relação entre ciência e sociedade são importantes
“para se considerar o interesse da população no debate público sobre ciência e na necessidade de
uma democratização do processo decisório sobre os rumos da pesquisa” (Guivant, 2006a, p. 84).
Nesse sentido destacamos alguns dados dessa pesquisa: a maioria dos brasileiros concorda que as
pessoas são capazes de entender o conhecimento científico se ele for bem explicado; discorda que
se uma nova tecnologia oferecer benefícios, ela deve ser usada mesmo se suas conseqüências não
forem conhecidas; acredita que as aplicações tecnológicas de grande impacto podem gerar
catástrofes no meio ambiente; e que a população deve ser ouvida nas grandes decisões sobre os
rumos da ciência e tecnologia.
Essas sondagens buscam dar uma visão da população em relação à ciência e tecnologia
como um todo, mas também se observa a proliferação de várias pesquisas que investigam a
percepção da população em relação a determinados tópicos científico-tecnológicos, tais como:
energia nuclear, tecnologias aplicadas ao transporte, novas tecnologias da comunicação,
biotecnologia em geral ou organismos geneticamente modificados em específico, etc.
54
(considerando aqui a mesma situação de disparidade do número de pesquisas entre países
europeus, EUA, Canadá por exemplo e o Brasil). Dentro dessa área, o campo de estudos da
percepção do risco ocupa um lugar de destaque.
Segundo Sjöberg (2000), o ‘risco’ não pode ser percebido uma vez que ele se refere a um
“evento futuro, e eventos futuros podem ser imaginados ou construídos”* (p. 408). Apesar
disso, o termo entrou em voga nos anos 70 e continua até hoje. Esse autor se pergunta se isso se
deve ao fato de não haver um termo mais prático ou se ele seria simplesmente atrativo uma vez
que remete à questão dos mecanismos de percepção. Para Sjöberg, essa é uma visão simplista da
percepção do risco associada à noção de estímulo. Assim, ele afirma que a percepção do risco
está ligada a pensamentos, crenças e construtos. Sjöberg reconhece que a percepção do risco “é
freqüentemente tomada como crucial no entendimento e gerenciamento de risco em contextos
políticos. Visões conflituosas sobre risco constituem um problema social e político de magnitude
considerável em muitos contextos”* (p. 407).
Uma vez que se reconhece que a percepção do risco pelo público, grupos de interesse,
especialistas e formuladores de políticas é importante, resta a pergunta de como ela deve ser
investigada. (Sjöberg, 2000). Segundo Taylor-Gooby e Zinn (2006), o campo de estudos sobre
percepção do risco “tem sido influenciado por uma ampla gama de perspectivas teóricas e
abordagens metodológicas”* (p. 397). Essa é uma área de estudos vasta, que conta com
contribuições da psicologia e da sociologia e que tem sido amplamente revisada, porém nos
limitamos aqui a apresentar um breve panorama das principais contribuições (para uma revisão
completa desse campo, ver: Sjöberg, 2000; Wåhlberg, 2001; Guivant, 2006a; Taylor-Gooby &
Zinn, 2006).
De acordo com Taylor-Gooby e Zinn (2006), as contribuições da psicologia se dividem
em duas perspectivas: a cognitiva/aprendizagem e a empírica psicométrica. Na perspectiva
cognitiva/aprendizagem, “a idéia central é que os humanos são mais ou menos consumidores
racionais, dentro dos limites de suas capacidades de ponderar e aprender, as experiências que
vivem”* (p. 397). Esses autores incluem nessa perspectiva três teorias (ou abordagens): a teoria
da aprendizagem social (ver: Mischel & Shoda, 1995), a abordagem da modelagem mental (ver:
Craik, 1943) e a abordagem do ator racional (ver: Weyman & Kelly, 1999), importante na área da
psicologia da economia (Taylor-Gooby & Zinn, 2006) e do marketing (Guivant, 2006a).
55
Em relação à abordagem do ator racional, Guivant (2006a) argumenta que o “modelo do
consumidor racional foi assumido nos anos 50 nos programas dos departamentos de marketing,
quando estes passaram a ser incorporados em algumas universidades americanas e européias” (p.
88) e que nessa época “as preferências dos consumidores eram consideradas como dadas e não
como socialmente construídas ou influenciadas pelo mercado” (idem). Porém a autora menciona
que as pesquisas de marketing passaram por transformações devido a uma mudança no conceito
do comportamento do consumidor. Assim, a partir dos anos 80, o campo acadêmico do marketing
se divide em duas correntes coexistentes: uma que “assume uma abordagem positivista, com
pesquisas quantitativas, tendo como foco o processo de compra” (p. 89) e outra que “parte de
uma visão não positivista, com uso de métodos etnográficos, qualitativos, em diálogo com a
sociologia e a antropologia, a partir de uma perspectiva multicultural, que não considera os
consumidores como meros autômatos” (idem). Essa segunda corrente considera em sua análise
“os vários níveis de significações culturais imbricados nas práticas de consumo em determinados
contextos sociais” (idem).
A perspectiva empírica psicométrica da psicologia utiliza dados extraídos por
questionários de sondagens, experimentos e uma gama de outros métodos. Mas segundo Taylor-
Gooby e Zinn (2006), essa perspectiva não se apóia em fortes pressuposições teóricas. Esses
autores incluem nessa segunda perspectiva: a abordagem psicométrica (ver: Slovic et al., 1986), o
modelo básico de percepção do risco (ver: Sjöberg, 1993) e a teoria da amplificação social do
risco (ver: Kasperson et al., 1988). De fato, Wåhlberg (2001) faz uma revisão dessas abordagens
e afirma que elas não podem ser consideradas como teorias, mas sim como modelos. Segundo
esse autor, “um modelo nos diz como são os dados, e uma teoria nos diz o porquê”* (p. 239) e,
além disso, nas pesquisas atuais, “o que é chamado de modelo contém freqüentemente alguns
traços de teoria, como nomes de fatores, que indicam algum mecanismo causal, sem nenhum
rigor teórico para sustentá-lo” (idem).
Em relação às contribuições da sociologia, Taylor-Gooby e Zinn (2006) argumentam que
essa disciplina tem se mostrado muito importante, principalmente “no contexto de estudos
organizacionais onde idéias objetivistas e construtivistas ou técnicas e sociais sobre processos
organizacionais se colidem”* (p. 401). Esses autores mencionam os acidentes de Bhopal e
Chernobyl, entre outros, como exemplos de falhas da ciência no controle de sistemas técnicos
complexos, de como essas falhas levaram à questão da incerteza e de como a análise sociológica
56
do entendimento do risco se tornou proeminente nesse contexto. Eles também chamam a atenção
para o fato de que a sociologia tem oferecido uma boa crítica à dicotomia entre especialistas e o
público tomado como irracional, com estudos que indicam que o conhecimento é mediado por
fatores sociais em ambos os grupos. Eles incluem aí as contribuições da perspectiva sociocultural
(ver: Douglas, 1985 e Douglas & Wildavsky, 1982), da teoria da sociedade de risco (ver: Beck,
1999 e Giddens, 1991) e da perspectiva da governabilidade (ver: Foucault, 1991).
O campo de estudos sobre percepção pública da ciência também é caracterizado por
pesquisas que utilizam diferentes tipos de métodos. Ao se analisar esse campo, observa-se que no
início as pesquisas eram predominantemente de caráter quantitativo, porém, “gradativamente foi
aumentando o número de pesquisas que visavam diversificar a metodologia, considerando
insuficiente para captar as atitudes e percepções do público os dados obtidos em surveys
quantitativos” (Guivant, 2006a, p. 88). Assim, as pesquisas passaram a incluir questionários com
perguntas abertas, entrevistas semi-diretivas e métodos mais qualitativos como os grupos focais,
entre outros. Essas pesquisas também levam em conta uma série de variáveis associadas à
percepção do público sobre a ciência, dentre elas: variáveis sócio-demográficas (idade, sexo,
renda mensal, nível de instrução, ocupação, região de moradia), religião, afiliação à partidos
políticos, afiliação a organizações não-governamentais, nível de interesse, nível de informação,
nível de conhecimento, valores ambientais, percepção de riscos versus benefícios, confiança nas
autoridades e formuladores de políticas, tipo de aplicação da inovação científico-tenológica,
valores éticos, entre outros.
Mesmo assim, Guivant (2006a) chama atenção para o fato de que algumas pesquisas
apresentam sérios limites, devendo “ser consideradas como ferramentas que permitem formar
visões das inclinações públicas, mas revelando muito pouco sobre os complexos mecanismos
envolvidos na formação de opinião” (p. 96). Guivant também afirma que existem poucos estudos
comparativos internacionais sobre percepções pública da ciência, mas que evidência de que
estas “diferem significativamente entre e dentro dos países, e apresentam algumas transformações
temporais” (idem). Entretanto, essa autora adverte que se deve tomar alguns cuidados
metodológicos ao se conduzir um estudo comparativo, pois existem limites na comparação de
resultados de pesquisas diferentes, uma vez que vários fatores podem interferir nos resultados
específicos de dada pesquisa, tais como: a instituição que realizou a pesquisa, o tempo (ano) e o
lugar (região, país) em que a pesquisa foi feita, o tamanho da amostra e os métodos utilizados
57
para a escolha dos entrevistados (por telefone, face a face, etc), o tipo de informação oferecida
aos entrevistados, entre outros.
Ao analisarem o campo de estudos sobre percepção de risco, Taylor-Gooby e Zinn (2006)
argumentam que as várias abordagens podem ser categorizadas de muitas formas, entretanto, eles
destacam as dimensões ontológica e da particularidade como as mais úteis para caracterizar as
contribuições da psicologia e da sociologia. Ao nível ontológico, “diferentes teorias sustentam
diferentes implicações sobre a importância dos riscos serem entendidos como sendo reais, como
tendo uma existência independente, externa aos indivíduos ou grupos sociais que respondem a
eles; ou como construídos, e assim sendo um produto humano”* (p. 407), destacando as
perspectivas realista e construtivista. Para eles, a distinção entre essas duas perspectivas implica
em como os atores sociais são entendidos, ou seja, se são vistos como “recipientes passivos de
informação sobre riscos à qual eles respondem, ou em algum sentido ativos em identificar e
conceituar alguns tópicos como riscos e outros como menos significantes” (idem). Ao nível da
particularidade, esses autores destacam as perspectivas individualista e coletivista. A distinção
entre essas duas perspectivas implica diferentes entendimentos do risco: “ao nível individual,
influenciando percepções ou cognições, ou, contrariamente, através de processos sociais,
influenciado por fatores culturais” (idem).
Esses diferentes métodos, dimensões (ontológica e da particularidade) e perspectivas
teóricas são defendidos por diferentes pesquisadores. Em relação aos métodos, por exemplo,
Sjöberg (2000), argumenta que os métodos qualitativos, apesar de permitirem recolher uma gama
ampla de informações, tornam difícil o trabalho de resumir todos os detalhes e validar os dados.
Para ele, os métodos quantitativos fazem o oposto, destacando apenas os temas mais importantes.
Conforme Guivant (2006a), os métodos quantitativos e qualitativos obtêm diferentes tipos de
respostas. Assim, essa autora recomenda a complementação de ambos os métodos em uma
pesquisa sobre percepção pública da ciência.
Dentre as dimensões apontadas, Guivant defende que a perspectiva social-construtivista
dos estudos sociais sobre a ciência permite analisar a percepção do público “sobre o
desenvolvimento científico-tecnológico, de uma maneira que evite interpretações tendenciosas
que exclusivamente confirmem argumentos que determinados grupos sociais, políticos ou
econômicos, que encomendam as pesquisas, querem legitimar” (p. 100).
58
Apesar dessas divergências, a análise que Taylor-Gooby e Zinn (2006) fazem acerca do
desenvolvimento do campo de estudos da percepção do risco, mostra que houve uma mudança
em direção ao construtivismo e a abordagens sociais por parte da psicologia e que, embora o
construtivismo ainda tenha um peso muito importante para a sociologia, também pode se
observar uma tendência em direção ao individualismo. Eles destacam que esse processo de
convergência possibilita o uso de “insights de ambas as disciplinas no desenvolvimento de
pesquisas” e, mais que isso, “abre oportunidades para pesquisas transdisciplinares (cross-
disciplinary)”* (p. 397).
Nesse sentido, a noção de representação ocupa um lugar de destaque. Segundo Jodelet
(2001), essa noção se situa na interface do psicológico e do social e, assim, interessa e é
encontrada em todas as ciências humanas e sociais (psicologia, sociologia, antropologia, história).
“Esta multiplicidade de relações com disciplinas próximas confere ao tratamento
psicossociológico da representação um estatuto transverso que interpela e articula diversos
campos de pesquisa, reclamando não uma justaposição, mas uma real coordenação dos seus
pontos de vista” (p 25). Para essa autora, a noção de representação se refere a “fenômenos
múltiplos que são observados e estudados em níveis variados de complexidade, individuais e
coletivos, psicológicos e sociais”* (Jodelet, 1986, p. 469), sendo então uma noção “fecunda para
a psicologia social, prometedora para as outras ciências sociais” (idem).
Jodelet (2001) afirma que a teoria psicossocial das representações sociais permite analisar
os mecanismos sócio-cognitivos que intervêm no pensamento social, além das dimensões
históricas, sociais e culturais, através dos “laços que as unem à linguagem, ao universo da
ideologia, do simbólico e do imaginário social, e devido ao seu papel dentro da orientação das
condutas e das práticas sociais”* (p. 494). Desse modo, “sua teoria deveria permitir unificar o
enfoque de toda uma série de problemas situados na intersecção da psicologia com outras
ciências sociais” (idem), como aqueles discutidos nos capítulos anteriores.
No próximo capítulo, vamos apresentar a contribuição da teoria das representações sociais
proposta por Moscovici (1978, 1981, 2000, 2001, 2003) para se entender as relações entre
ciência, tecnologia e sociedade, tentando fazer uma ponte e estabelecer um diálogo com os
conceitos e autores até agora apresentados.
59
IV. A Teoria das Representações Sociais e a Ciência
Existem várias ciências que estudam como as pessoas tratam, distribuem e representam o
conhecimento. “Mas o estudo de como, e porque, as pessoas partilham o conhecimento e desse
modo constituem sua realidade comum, de como eles transformam idéias em prática, (...) é o
problema específico da psicologia social” (Duveen, 2003, p. 08). Assim, uma psicologia social do
conhecimento “está interessada nos processos através dos quais o conhecimento é gerado,
transformado e projetado no mundo social” (p. 09).
Na elaboração de sua teoria psicossocial do conhecimento, Moscovici, considerou que a
“matéria-prima” da psicologia social era o senso comum e que a psicologia social deveria ser
vista como uma ciência genética, ou seja, uma ciência preocupada com a gênese do senso
comum. Faltava-lhe então um conceito para possibilitar tal estudo.
Moscovici relata que seus trabalhos anteriores sobre a escala de Guttman, assim como seu
interesse na cibernética e na comunicação, haviam fixado sua mente na noção de
representação. Porém, ele admite que foi no trabalho de Piaget que ele encontrou novamente a
representação “dessa vez não apenas como uma noção, mas como uma idéia teórica” (Moscovici
& Marková, 2003, p. 339). Desse modo, ele se perguntou “se a idéia de representação social, ou
coletiva, não poderia se tornar o coração da teoria que eu procurava” (idem).
Conforme Moscovici (2000), a sociologia considerava as representações sociais como
conceitos explicativos e irredutíveis à análise. Sua função teórica poderia ser comparada à do
“átomo na mecânica tradicional, ou a do gene na genética tradicional, isto é sabia-se que átomos
e genes existiam, mas ninguém se preocupava com o que eles faziam, ou como eles eram”* (p.
20). Do mesmo modo, o autor comenta que apesar do reconhecimento de que as representações
sociais existiam na sociedade, não se preocupava com a explicação de sua estrutura. Tendo
elegido a representação social como conceito de sua teoria, Moscovici entendia que uma
psicologia social do conhecimento “deve se preocupar exclusivamente com ambas as estruturas e
as dinâmicas das representações” (idem).
Moscovici também fez uma crítica ao modelo funcionalista subjacente às teorias de
conhecimento em psicologia social dessa época, sugerindo que esse modelo fosse substituído
pelo modelo genético, ou seja, “por um modelo que considera a sociedade como uma rede mais
ou menos estruturada e que as relações se construindo, não como construídas” (Moscovici
& Marková, 2003, p. 369).
60
Mas qual seria então a contribuição da psicologia social, ou mais especificamente, da
teoria das representações sociais para o entendimento da relação entre ciência, tecnologia e
sociedade? Moscovici explica que essa relação começava a ser questionada por sua própria
geração na época em que começava seus estudos:
Havia um problema que minha geração debateu amplamente: o problema da ciência. Era, ao final
de contas, o problema da modernidade. Nós estávamos todos interessados em compreender de
que maneiras a ciência teve um impacto na mudança histórica, no nosso pensamento, em nossas
perspectivas sociais (Moscovici & Marková, 2003, p. 309).
Porém, Moscovici destaca que sua geração estava “muito menos interessada em como a
ciência afeta nossa cultura, as idéias de cada um na vida cotidiana, ou como essas idéias podem
se tornar parte das crenças das pessoas e assim por diante” (p. 309)
. Contrário a isso, ele conta
que já durante a guerra começou a pensar sobre o impacto da ciência na cultura, no pensamento e
comportamento das pessoas, em como ela se torna a “arte de um sistema de crenças”. Isso se
refletiu posteriormente no seu estudo que daria origem à teoria das representações sociais, em
meados da década de cinquenta:
(...) quando comecei minha pesquisa na França, tentei compreender e reabilitar o pensamento
comum e o conhecimento comum. Ainda mais, não os considerei como algo tradicional, ou
primitivo, como mero folclore, mas como algo muito moderno, originando-se parcialmente da
ciência, como a configuração que assume quando se torna parte e parcela da cultura. Vi a
transformação do conhecimento científico em conhecimento comum como uma área de estudo
possível e excitante (p. 311).
Assim, Jodelet (2001) explica que o próprio histórico do campo de pesquisa da teoria das
representações sociais remete à relação entre representação, ciência e sociedade. Para ela, a obra
inaugural de Moscovici, A psicanálise, sua imagem e seu público, ao discutir como uma teoria
científica, no caso a psicanálise, penetrava na sociedade, contribuiu “para uma psicissociologia
do conhecimento então inexistente, ao lado de uma sociologia do conhecimento florescente e de
uma epistemologia do senso comum recém-nascida” (p. 28).
Duveen (2003) aponta que enquanto outras teorias da psicologia social consideravam o
pensamento comum como distorções, afastando-se da lógica da ciência, para a teoria das
representações sociais, o senso comum é considerado como “formas de conhecimento produzidas
e sustentadas por grupos sociais específicos, numa determinada conjuntura histórica” (p. 20).
Sobre essa noção do pensamento comum como distorção do conhecimento científico, Moscovici
comenta:
61
(...) todos consideravam a difusão do conhecimento científico entre as pessoas, a ciência popular
vulgarisation (vulgarização) é a palavra francesa para isso – como uma desvalorização, ou uma
deformação, ou ambas, do conhecimento científico. Em outras palavras, quando a ciência se
espalha pela área social, ela se torna algo impuro e degradado, supostamente porque as pessoas
são incapazes de assimilá-la, como fazem os cientistas. Veja você, havia uma convergência entre
os pontos de vista marxistas e não-marxistas; o conhecimento comum é contaminado, deficiente e
errado. Desse modo, depois da guerra, eu reagi de certo modo a esse ponto de vista e tentei
reabilitar o conhecimento comum, que está fundamentado na nossa experiência do dia a dia, na
linguagem e nas práticas cotidianas. Mas bem lá no fundo, reagi contra a idéia subjacente que
me preocupou a certo momento, isto é, a idéia de que “o povo não pensa”, que as pessoas
são incapazes de pensar racionalmente, apenas os intelectuais são capazes disso [grifo nosso]
(Moscovici & Marková, 2003, p. 310).
Apesar de relacionar seu interesse pela noção de representação primeiramente aos seus
trabalhos com a escala de Guttman e ao seu interesse na cibernética e na comunicação, e
posteriormente nos trabalhos de Piaget, Moscovici (1981) afirma que deve seu conceito de
representações sociais ao conceito de representações coletivas de Durkheim. Marková (2006)
propõe que, para que se possa entender o conceito proposto por Moscovici, deve-se antes refletir
sobre a transformação do conceito de representação coletiva em representação social.
IV.1. Representações coletivas
Marková faz um brilhante estudo histórico dos significados e empregos da noção de
representação tanto pelas artes, ciência e filosofia, como pelo senso comum, a partir do
surgimento dessa palavra na língua francesa ainda no século XIII. Segundo essa autora, foi
Durkheim quem “colocou o conceito de representação coletiva no centro da teoria do
conhecimento sociológico” (p. 169). Porém, ela explica que o conceito de representação coletiva
“explicitamente proposto por Durkheim, (...) esteve implícito na filosofia moral de Charles
Renouvier. E Renouvier fundamentou este conceito nos ombros de Immanuel Kant. E Kant...
bem, podíamos voltar ao início do mundo!” (idem). Deixaremos que o leitor interessado nesse
histórico se remeta à obra dessa autora e vamos nos concentrar aqui na transformação do conceito
da representação coletiva de Durkheim no conceito de representação social proposto por
Moscovici.
Segundo Marková, Durkheim buscava construir uma sociologia do conhecimento, tendo
como preocupação o modo como adquirimos conhecimento do mundo externo. Ela comenta que
Durkheim “adotou o ponto de vista de que o mundo pode ser entendido, não através de
representações a priori de mentes, mas sim através de experiência social” (p. 175). Marková
62
argumenta que a sociologia do conhecimento de Durkheim possui características específicas,
dentre as quais ela destaca: dualidade da natureza humana, natureza institucional e repressora das
representações, estabilidade das representações coletivas e gênese contínua das representações
coletivas, desde a religião até a ciência.
A dualidade da natureza humana em Durkheim pode ser vista de duas formas. A primeira
considerava o dualismo tradicional, semelhante ao dos filósofos que o antecederam, entre
corpo/mente. Porém, Durkheim estendeu esse dualismo tradicional para um segundo tipo de
dualismo, entre sociedade/indivíduo. Assim, ele fez uma distinção entre representações
individuais e representações coletivas. Mais que isso, enquanto ele “degradava o status
epistemológico das representações individuais, Durkheim, ao mesmo tempo, elevou o status
epistemológico das representações coletivas. Ele fez delas a base da teoria sociológica do
conhecimento” (Marková, 2006, p. 177).
Apesar de considerar as representações coletivas como a base da sua teoria do
conhecimento, Durkheim outorgou à psicologia o estudo das mesmas. Conforme argumenta
Marková, baseando-se nos dois tipos de dualismos, ele postulou que as representações
individuais deveriam ser estudadas pela psicologia individual e as representações sociais pela
psicologia social:
E quanto às leis da ideação coletiva, elas são ainda mais completamente ignoradas. A Psicologia
Social, que deveria ter como tarefa determiná-las, não é mais que uma palavra que designa toda
sorte de generalidades, variadas e imprecisas, sem objeto definido. O que seria preciso é buscar,
pela comparação dos temas míticos, das lendas e das tradições populares, das nguas, de que
modo as representações sociais se atraem e se excluem, se fundem umas nas outras ou se
diferenciam etc. (Durkheim, 1963, p. XIX)
O que Durkheim pede, exatamente, a essa ciência? Registrar e explicar as regularidades
observadas pelo sociólogo a respeito das representações. Mas por que se limitar apenas às da
tradição? Em todo caso, vê-se o vasto projeto que ele concebe para essa Psicologia, então em
gestação, e cujo objeto parece ainda mal definido. Sua observação designa as representações
como esse objeto que deveria atiçar a curiosidade do psicólogo social. (Moscovici, 2001, p. 60)
A característica da natureza institucional e repressora das representações coletivas de
Durkheim se deve ao fato de que, para ele, “as representações são consideradas externas para os
indivíduos que não contribuem para a sua formação” (Marková, 2006, p. 177). Assim, as
representações coletivas se impõem aos indivíduos que cedem à sua pressão, internalizando tais
formas de pensamento.
Durkheim utilizou os termos representações coletivas e representações sociais sem
diferenciá-los. Para Durkheim, a noção de representação designava uma ampla classe de formas
63
mentais, culturais e sociais (como os mitos, a religião, os costumes, entre outros), de opiniões e
de saberes sem distingui-los entre si (Moscovici, 2001). Marková (2006) observa que Durkheim
via os fenômenos culturais e sociais como entrelaçados e, assim, a idéia de representação
proposta por ele, formava uma interface entre a cultura e a sociedade.
Durkheim desenvolveu essa idéia integrando os sistemas culturais de representações e a estrutura
da sociedade através do estudo das sociedades primitivas, nas quais a diferença entre a sociedade
e a cultura é menos acentuada (...) do que nas sociedades modernas. Ele usou o termo “social”
para ambos, os sistemas sociais e os culturais, e o fez distinção entre eles. (...) Em outras
palavras, através das representações coletivas nas sociedades pré-modernas, Durkheim foi capaz
de estudar as representações coletivas nas formas que eram mais transparentes à sua observação.
Nestas sociedades, as relações interpessoais e institucionais pareciam menos complexas do que na
época do próprio Durkheim (p. 178).
O estudo das representações nas sociedades pré-modernas explica a característica da
estabilidade das representações coletivas de Durkheim. Marková argumenta que outra explicação
para esse fato é a pouca importância que Durkheim deu à linguagem em seus trabalhos. Segundo
essa autora, “Durkheim sabia que nem as representações coletivas e nem a linguagem são
totalmente estáveis. Ele supôs que elas mudam lentamente com o tempo. Na sua análise
sociológica, no entanto, ele ignorou essas mudanças” (p. 180).
Como foi dito, as relações interpessoais e institucionais nas sociedades pré-modernas
eram menos complexas do que na época em que Durkheim viveu, na metade do século XIX.
Marková também comenta que, nessa mesma época, a ciência começava a passar por uma
mudança, transformando-se de uma ciência mecanicista para uma ciência relativista. Desse
modo, a ciência começava a deixar de se basear na idéia do progresso científico como um
processo contínuo e passava a apresentar idéias de descontinuidade e instabilidade. Porém, a
teoria do conhecimento sociológico de Durkheim “permaneceu sem ser afetada por essas novas
idéias da ciência. Apesar de estar muito interessado em ciência, Durkheim continuou com a
perspectiva da continuidade no progresso científico” (p. 184). O fato de ter estudado as
representações coletivas no contexto religioso ao invés do contexto científico também contribuiu
para essa característica estável das representações coletivas de Durkheim.
Segundo Marková, Durkheim ainda tem uma posição intelectual na sociologia na maioria
das áreas que examinou. Entretanto, a autora diz ser “significante que a sociologia, como um
todo, tenha permanecido intocada pela teoria do conhecimento de Durkheim, de maneira geral, e
pelo seu conceito de representação coletiva e social, de forma específica” (p. 185). Ela argumenta
que depois da primeira guerra mundial, novas tendências como o marxismo e o estruturalismo
64
surgiram, e seu conceito de representação coletiva quase desapareceu da sociologia. Segundo
essa autora, a sociologia moderna se preocupa justamente com a mudança da sociedade. As
características específicas da sociologia do conhecimento proposta por Durkheim e o fato de que
ele tenha se limitado às sociedades pré-modernas para compreender as representações coletivas
“explicam em parte, por que, depois de uma partida fulgurante, a noção tenha permanecido tanto
tempo no abandono”. (Moscovici, 2001, p. 62).
A noção de representações coletivas teve um impacto em outras ciências como na
antropologia, nos trabalhos de Lévy-Bruhl; na psicologia do desenvolvimento, nos trabalhos de
Piaget assim como para Vygotsky e Luria; e na psicopatologia do desenvolvimento, nos trabalhos
de Janet (Marková, 2006). Apesar disso, pelo fato de que o conceito de representações coletivas
ter desaparecido da sociologia, Moscovici (1978) inicia sua obra, A psicanálise, sua imagem e
seu público, fazendo referência ao conceito como “um conceito perdido”. Porém, ele destaca que
“entre esses dois momentos o do nascimento e o do ressurgimento o conceito de
representação coletiva passou por muitas metamorfoses que lhe conferiram outra forma, uma
coloração diferente” (Moscovici, 2001, p. 46).
IV.2. Das representações coletivas às representações sociais
Segundo Moscovici (2001), a noção de representação coletiva de Durkheim era
“equivalente à de idéia ou à de sistema, não estando suas características cognitivas especificadas”
(p. 47). Assim, ele argumenta que “na medida em que ele não aborda frontalmente nem explica a
pluralidade de modos de organização do pensamento, mesmo que sejam todos sociais, a noção de
representação perde, nesse caso, boa parte de sua nitidez(Moscovici, 1978, p. 42). Moscovici
propõe então ver como um fenômeno o que antes era visto como um conceito.
Moscovici, ao contrário de Durkheim, viveu em uma época na qual a ciência é marcada
pela descontinuidade, instabilidade e relatividade. Além disso, as ciências sociais dessa época
também foram marcadas pelas duas guerras mundiais e regimes totalitários como o nazismo e o
comunismo soviético (Marková, 2006). Segundo Farr (1995), “a ciência é uma das forças que
distinguem o mundo moderno do mundo medieval” (p. 45). Moscovici estava interessado no
estudo das representações no mundo moderno, especificamente na gênese das representações
através da ciência. Assim, Marková argumenta que quando Moscovici se preocupa com a gênese
65
do conhecimento comum, ou mais especificamente, das representações sociais, “os significados
destas questões são bem diferentes das preocupações epistemológicas de Durkheim” (p. 190).
O conceito de representação social proposto por Moscovici se afasta do conceito de
representação coletiva de Durkheim em muitos sentidos, mas dois dele merecem ser destacados.
Para Moscovici (2001), as representações não são externas, nem impostas aos indivíduos, mas
são socialmente construídas. E, ao mudar o enfoque do estudo das representações nas sociedades
tradicionais para as sociedades modernas, Moscovici destaca que “trata-se de compreender não
mais a tradição, mas a inovação; não mais uma vida social feita, mas uma vida social em via
de se fazer” (p. 62). Além disso, na modernidade as sociedades são caracterizadas por um
pluralismo e rapidez das mudanças econômicas, políticas e culturais. Isso implica também que,
para ele, as representações não são estáticas, como ele comenta:
Quando eu me refiro às representações sociais, eu não tenho em mente aquelas das sociedades
primitivas ou aquelas das eras remotas. Eu estou pensando nas representações sociais da nossa
sociedade presente, nosso terreno político, científico e humano, no qual o tempo é muito
curto para permitir uma sedimentação apropriada, para criar tradições imutáveis. As
representações sociais se tornam cada vez mais importantes quando os sistemas
unificadores que temos (ciência, religião, ideologia, o estado) se tornam mais e mais
mutuamente incompatíveis. A comunicação de massa tem acelerado essa tendência, e
aumentado a necessidade de uma sutura entre o status abstrato de nossas ciências e nossas crenças
gerais por um lado, e nossas atividades concretas enquanto indivíduos sociais por outro. Em
outras palavras, existe uma grande necessidade de continuar reconstituindo o “senso comum”,
essa soma de conhecimento que constitui o substrato de imagens e significados sem os quais
nenhuma coletividade pode operar* [grifo nosso] (Moscovici, 1981, p. 185).
Como foi dito, Moscovici elegeu o senso comum como matéria-prima da psicologia
social. De fato, Marková (2006) afirma que para o psicólogo social, o senso comum é uma grande
fonte de idéias e de pesquisa científica. Entretanto, essa autora frisa que as relações entre o senso
comum e as representações sociais precisam ser bem caracterizadas, uma vez que “nem ‘todas as
coisas’ são uma representação social” (p. 203). Ela explica que, embora se possa representar
qualquer fenômeno, seja ele físico, interpessoal, imaginário ou sóciopolítico, as representações
sociais dizem respeito aos fenômenos sociais que se tornam alvo da preocupação pública,
fenômenos que causam tensão e provocam ações. Mais uma vez aqui, a ciência moderna tem um
papel fundamental.
Segundo Marková, a ciência do século XIX passava por uma grande mudança, “as
descobertas científicas dos séculos dezenove e vinte debilitaram a concepção realista do ‘mundo
fora’, que poderia ser alcançada, de maneira adequada, com o acúmulo do conhecimento
66
existente” (p. 188). Desse modo, a imagem de continuidade e equilíbrio que a ciência tradicional
passava, estava sendo substituída por imagens de descontinuidades, desequilíbrios e relatividades
da ciência moderna.
Além disso, devido ao crescente número de instituições educacionais e à preocupação
com a educação pública, a ciência deixava de ser uma propriedade privada para tornar-se pública.
Assim, Marková conta que “as descobertas de novos fenômenos como os raios X, a
radioatividade, a telegrafia sem fios e a teoria da evolução não eram segredos ocultos em
laboratórios, mas sim publicamente discutidos. Eles estavam produzindo imagens que não eram
imagináveis anteriormente” (p. 188). A autora como exemplo a descoberta dos raios-X que
teve uma influência não apenas na ciência em si, mas nas artes e na população.
A ciência moderna não só revolucionou os laboratórios e as artes, mas também teve uma
influência profunda na literatura, na educação pública e no bom senso público, a arte popular, as
canções, os desenhos animados e os anúncios apresentavam uma abundância de imagens das
possibilidades invisíveis do mundo, que existe além dos sentidos e que os sentidos não podem
capturar: o mundo extra-sensorial. A ciência do século 20 tem se transformado na maior fonte de
idéias ocultas. Ela forneceu imagens à imortalidade, como também imagens da morte iminente do
universo (p. 189).
De fato, Irwin (1995) afirma que a nossa cultura é enquadrada pelo desenvolvimento
científico-tecnológico, uma vez que a ciência e a tecnologia são as fontes da maioria das
condições da vida moderna. Moscovici (1978) concorda nesse sentido, dizendo que a ciência e a
tecnologia “inventam e propõem a maior parte dos objetos, conceitos, analogias e formas lógicas
a que recorremos para fazer face às nossas tarefas econômicas, políticas ou intelectuais” (p. 20-
21). Mais que isso, Moscovici argumenta que o que entendemos, percebemos e representamos
como dado imediato de nossos sentidos, é um produto re-elaborado das pesquisas científicas.
Nesse sentido, Moscovici atribui uma grande importância à atividade da divulgação
científica para a formação das representações sociais. Mais que isso, ele afirma que existe uma
categoria de pessoas que têm por ofício criar tais representações. E ele inclui nessa categoria uma
gama de profissionais que se dedicam à difusão dos conhecimentos científicos e artísticos:
médicos, trabalhadores sociais, especialistas da mídia e do marketing político etc.
Que outra coisa são os “divulgadores científicos”, os “animadores culturais”, os “formadores de
adultos”, etc., se não representantes da ciência, da cultura, da técnica, junto ao público, e
representantes do público, na medida do possível, junto aos criadores de ciência, de cultura e de
técnica? Que outra coisa fazem, lamentavelmente sem que o queiram nem o saibam, na maioria
das vezes, se não participar na constituição de representações sociais? (p. 43).
67
Mas, apesar de haver uma crescente preocupação com a educação pública, formalmente,
com o aumento de instituições educacionais, e informalmente, através de atividades como a
divulgação científica, seria possível afirmar que o fato da ciência moderna se tornar pública
implica torná-la também uma preocupação pública, condição que, como vimos, é necessária para
a formação das representações sociais? Nesse sentido, Moscovici dá uma grande ênfase em como
o surgimento de uma ciência ou de uma inovação científica muda o mundo das pessoas e gera
polêmicas e conflitos ligados aos valores e crenças, tornando-se então um objeto de preocupação
pública, conforme esses dois exemplos:
A bomba atômica, pelas opções políticas que acarreta e pelos temores que alimenta, foi uma
formidável escola de Física para a maioria das pessoas. O surgimento de uma ciência ou de uma
técnica desconhecida tem sempre um impacto semelhante. A relação com o real, a hierarquia de
valores, o peso relativo dos comportamentos, tudo isso é perturbado. As normas são
simultaneamente mudadas: o que era permitido revela-se agora proibido, o que era irrevogável
parece revogável e vice-versa (Moscovici, 1978, p. 22).
(...) quando uma nova idéia, ou conhecimento científico, penetra na esfera pública, a vida cultural
de uma sociedade, então você tem uma verdadeira Kulturkampf, lutas culturais, polêmicas
intelectuais e oposição entre diferentes modos de pensar. Esse foi também o caso com a
relatividade, a termodinâmica e o darwinismo. um drama implicado no processo de
transformação do conhecimento, o nascimento de uma nova representação social (Moscovici &
Marková, 2003, p. 312).
Assim, Moscovici (1978) afirma que, no mundo moderno, marcado pela ciência e pela
tecnologia, as representações sociais sofrem suas influências e, desse modo, são constituídas em
seu prolongamento ou mesmo em oposição a elas.
IV.3. Universos consensual e reificado
Ainda preocupado com a relação entre as representações sociais e a ciência, Moscovici
(2000) se pergunta que lugar estas ocupam na nossa sociedade. Segundo ele, antigamente, esse
lugar era determinado pela distinção entre as esferas sagrada e profana. A primeira era afastada
de todas as atividades humanas e a segunda se preocupava justamente com tais atividades
utilitárias e triviais. Porém ele fala que, na modernidade, tais categorias foram abandonadas e
substituídas por outras duas. Segundo Moscovici (1981), “a divisão entre as categorias
consensual e reificada é um traço distintivo da nossa cultura”* (p. 186).
No universo reificado, a sociedade é vista como um sistema que comporta diferentes
papéis e categorias, na qual um indivíduo não pode falar igualmente no lugar dos outros, uma vez
que sua participação depende exclusivamente do seu nível de qualificação. Assim, um indivíduo
68
deve falar sobre determinado assunto como um médico, um engenheiro, etc e reter-se enquanto
não-especialista em outros assuntos. Já no universo consensual, a sociedade é vista como:
Um grupo de indivíduos que são iguais e livres, cada um capaz de falar em nome do grupo e sob
sua égide. Assim, pressupõe-se que nenhum membro possui uma competência exclusiva, mas
cada um pode adquirir qualquer competência que possa ser requerida pelas circunstâncias. Nesse
sentido, todos agem como um ‘amador’ responsável ou um ‘observador curioso’ (...). Na maioria
dos lugares de encontro públicos esses políticos, doutores, educadores, sociólogos, astrônomos
etc amadores podem ser encontrados expressando suas opiniões, tornando públicas suas visões e
colocando-as como leis. Tal situação requer uma certa complexidade, isto é, convenções
lingüísticas, perguntas que não devem ser feitas, tópicos que podem ser ou não ignorados. Esses
mundos são institucionalizados nos clubes, associações e cafés de hoje em dia como eram nos
‘salões’ e academias do passado* (Moscovici, 2000, p. 21).
Desse modo, para Moscovici (1981), “obviamente, a ciência é o modo de conhecimento
correspondente ao universo reificado e as representações sociais são aquele correspondente ao
universo consensual”* (p. 187). Isto é, ao primeiro universo corresponde a produção das ciências
“com sua objetividade, seu rigor lógico e metodológico, sua teorização abstrata, sua
compartimentalização em especialidades e sua estratificação hierárquica” (Sá, 1993, p. 28). Ao
segundo, corresponde a produção intelectual das interações sociais quotidianas, que são as
representações sociais.
Esses dois universos formam dois tipos distintos de realidade, com diferentes gicas,
limites e atributos. Eles possuem diferentes formas de conhecer o mundo que requerem diferentes
formas de investigação, particularmente, diferentes formas de causalidade e explicação. No
universo reificado, para a causalidade científica, o efeito é explicado com a atribuição de uma
causa. A causalidade científica “provê uma análise causal objetiva dos eventos mundiais,
independente de fenômenos sociais, culturais e históricos”* (Purkhardt, 1993, p. 85). para o
universo consensual, a causalidade social depende de nossas representações sociais, através
destas nós percebemos eventos e designamos efeitos e causas.
Alguns autores (Bangerter, 1995; Purkhardt, 1993) apresentam críticas a essa divisão
entre universo reificado e consensual. Bangerter (1995) propõe que repensemos a relação entre
ciência e senso comum, especificamente no que diz respeito à correspondência direta: universo
reificado/ciência e universo consensual/representações sociais. Para o autor, “essa oposição pode
ter sido justificada em algum estado anterior do desenvolvimento da teoria das representações
sociais, mas (...) deve ser reexaminada”* (p. 63).
De acordo com Bangerter, pode-se falar em aspectos reificados e consensuais da ciência.
Para isso, é necessário se fazer uma distinção entre conhecimento científico e ciência. Quando
69
nos referimos ao primeiro, geralmente pensamos em um conhecimento desligado do viés
subjetivo ou das idiossincrasias locais do grupo de cientistas que o produziu, falamos de um
conhecimento objetivo. Nesse caso, uma correspondência com o universo reificado do qual
tratava Moscovici. Porém, quando nos referimos à ciência, falamos de um grupo de
pesquisadores que não é homogêneo, mas sim heterogêneo, dividido também em subgrupos e que
sofrem pressões ecológicas similares às dos não-cientistas. Assim, se as representações sociais
operam onde o conhecimento circula entre diferentes culturas ou subgrupos e os cientistas se
dividem em tais grupos, esse autor conclui que “parece trivial pressupor que a representação
social não funcione na interface entre a ciência e o público geral, mas também dentro da
própria ciência”* (p. 72). Nesse caso, então, pode-se falar em aspectos consensuais da ciência.
Desse modo, Bangerter afirma que seria um ganho para a teoria das representações sociais
rever essa relação entre senso comum e ciência, e poder examinar aspectos do conhecimento
científico “sem a pressuposição de que ele seja fundamentalmente diferente dos outros tipos de
conhecimento. então seremos capazes de descobrir as reais diferenças entre ciência e senso
comum. Poderemos até nos surpreender”* (p. 75).
Para Purkhardt (1993), a teoria das representações sociais abarca duas epistemologias
antagônicas e contraditórias: o empirismo positivista do universo reificado e o construtivismo
social do universo consensual. Segundo essa autora, Moscovici leva até o fim sua tese de que
todo conhecimento é socialmente construído e, assim, “não somente cria um número substancial
de problemas teóricos e metodológicos, mas também exclui as representações do campo da
ciência”* (p. 83). Para ela, a abordagem construtivista deveria ser aplicada a ambos, senso
comum e ciência.
Purkhardt explica que a relação entre ciência e senso comum não é tão simples como
Moscovici sugere. Não uma direção dominante de influência (ciência sobre o senso comum),
ao contrário, existe uma interação de ambos os lados entre os universos reificado e consensual.
Levando isso em consideração, a autora conclui que a distinção que Moscovici fez entre universo
consensual e universo reificado pode ser questionada, uma vez que “ao invés de prover uma
estrutura coerente para a teoria das representações sociais, ela gera confusão e cria problemas
para a tese dinâmica, socialmente construtivista da teoria”* (p. 92). Desse modo, essa autora
argumenta que a noção de universo reificado não é um componente essencial nem útil à teoria.
70
A ciência é um esforço humano e, por isso, será melhor concebida dentro da dinâmica das
representações sociais do que do universo reificado. Segundo Purkhardt, “longe de ser exclusiva
ao senso comum, a teoria das representações sociais pode ser utilmente aplicada para a
transformação e evolução da própria ciência”* (p. 83). Para a autora, a influência das instituições,
o processo de socialização e os processos de transformação e difusão das ciências testemunham a
construção social do conhecimento científico. Isso nos leva à conclusão de que a teoria das
representações sociais constitui uma psicologia social do conhecimento que não é aplicável
para a transformação do senso comum, mas também para a própria ciência”* (p. 111).
Essa dicotomização entre universo consensual e reificado tem sido explorada e mesmo
superada por pesquisas que buscam estudar as representações sociais da ciência, assim como
objetos sociais gerados pela ciência, entre grupos de especialistas e a população em geral. Alguns
dos resultados mostram que entre os especialistas também se pode encontrar uma representação
da ciência enquanto construção social (Nascimento-Schulze et al., 2003a, 2003b).
Até aqui, nós nos preocupamos em caracterizar a noção de representação, traçando um
histórico desde a idéia de representações coletivas de Durkheim até o conceito de representações
sociais proposto por Moscovici, buscando evidenciar as diferentes preocupações epistemológicas
desses dois autores. A partir de agora vamos nos concentrar em definir o conceito e as funções
das representações sociais, analisar seus processos geradores, assim como algumas abordagens
complementares à teoria das representações sociais.
IV.4. Conceito de representações sociais
Segundo Moscovici (1981), as representações sociais são “um conjunto de conceitos,
afirmações e explicações originadas no quotidiano, no curso de comunicações inter-individuais”*
(p. 181). Para Jodelet (1986), as representações sociais estão na fronteira entre o social e o
psicológico, sendo um conhecimento socialmente construído e partilhado. Elas são uma maneira
de interpretar e pensar a nossa realidade cotidiana. O conceito de representação social “designa
uma forma específica de conhecimento, o saber do senso comum, cujos conteúdos manifestam a
operação de processos gerativos e funcionais socialmente caracterizados. Em um sentido mais
amplo, designa uma forma de pensamento social”* (p. 474).
Como foi dito, Moscovici em sua obra um grande destaque às representações como
socialmente construídas e não como algo feito que se impõe aos indivíduos. Desse modo, ele
71
enfatiza a importância da gênese das representações. Mais que isso, ele coloca como essencial
“estudá-las na sua construção, do ponto de vista de sua história e desenvolvimento” (Moscovici
& Marková, 2003, p. 331).
IV.5. Gênese das representações sociais
Muito foi falado sobre como Moscovici considera que a ciência seja uma fonte
importante de formação das representações sociais, destacando o papel da atividade da
divulgação científica nesse processo. Desse modo, ele enfatiza a importância da comunicação na
gênese das representações. Para ele, as representações são elaboradas durante as comunicações. E
assim, no processo de comunicação, é possível acompanhar “passo a passo a gênese das imagens
e dos vocabulários sociais, seu conúbio com as regras e os valores dominantes, antes que
componham uma linguagem definida, a fala da sociedade” (Moscovici, 1978, p. 28-29).
Moscovici acentua o papel específico da comunicação tanto na gênese como na partilha
das representações. Assim, ele conta que desde o início da formulação de sua teoria foi
fundamental estabelecer a relação entre comunicação e representações sociais. “Uma condiciona
a outra, porque nós não podemos comunicar, sem que partilhemos determinadas representações e
uma representação é compartilhada e entra na nossa herança social, quando ela se torna um
objeto de interesse e de comunicação” (Moscovici & Marková, 2003, p. 371).
Conforme Jodelet (2001), a incidência da comunicação pode ser examinada nos trabalhos
de Moscovici em três níveis: 1) ao nível da emergência das representações; 2) ao nível dos
processos de formação das representações (objetivação e ancoragem); 3) ao nível das dimensões
das representações relacionadas à edificação da conduta (opinião, atitude e estereótipo).
Considerando que o processo de comunicação implica não a gênese, mas também a partilha
das representações, incluímos um quarto nível: o da função das representações. Tendo examinado
o primeiro nível, vamos tentar agora discutir os outros três, começando por este último.
IV.6. Funções das representações sociais
Sendo um conhecimento socialmente construído e partilhado, pode-se pensar que é
importante descobrir quais os grupos que produzem determinadas representações. Porém,
Moscovici (1978) adverte que:
Para qualificar uma representação de social o basta definir o agente que a produz. (...) Saber
“quem” produz esses sistemas é menos instrutivo do que saber “por que” se produzem. Em outras
72
palavras, para se poder apreender o sentido do qualificativo social é preferível enfatizar a função
a que ele corresponde do que as circunstâncias e as entidades que reflete (p. 76-77).
Tendo vivido em uma época na qual a ciência é marcada pela descontinuidade,
instabilidade e relatividade, Moscovici (1981) argumenta que “o princípio da ciência é tornar o
familiar em não-familiar em seus laboratórios assim como por suas equações”* (p. 191). Para ele,
esse fato demonstra a contrario”, uma primeira função das representações sociais, a saber:
transformar o não-familiar em algo familiar.
Moscovici (2000) nos adverte do “drama” implicado no processo do nascimento de uma
nova representação social a partir do surgimento de uma ciência ou uma técnica desconhecida.
Para ele, sempre que ocorre uma fratura ou uma fissura no que percebemos como normal, nossas
mentes tentam “curar” essa ferida e transformam o que ficou faltando. “Tal processo nos
reconforta e tranqüiliza; devolve um sentido de continuidade para o grupo ou indivíduo ameaçado
com a descontinuidade e falta de sentido”* (p. 28).
Assim, para Moscovici (1981), o ato de representar transfere o que é ameaçador no nosso
mundo de fora para dentro. E nesse processo de transferência, conceitos e percepções que nos são
comuns são associados ao que é estranho e, desse modo, o que era ameaçador se torna familiar.
(...) as representações que fabricamos de uma teoria científica, uma nação, um artefato, etc.
sempre são o resultado de um esforço constante para tornar comum e real algo que é não-familiar
ou que nos um sentimento de não-familiaridade. E através delas nós superamos e integramos
isso em nossos mundos mental e físico que é então enriquecido e transformado. Depois de uma
série de ajustamentos, aquilo que estava longe parece ao alcance da mão; aquilo que parecia
abstrato se torna concreto e quase normal* (Moscovici, 2000, p. 27).
Essa série de ajustes é feita colocando o que não reconhecemos em uma categoria
conhecida (Moscovici, 1981). Moscovici explica que a maneira como um grupo vai tentar lidar
com o não familiar será determinado pelas imagens, conceitos e linguagem partilhados por ele.
Falaremos mais sobre isso quando apresentarmos os processos de formação das representações
sociais.
É por causa dessa função que, ao se estudar uma determinada representação, deve-se
sempre procurar o elemento de não-familiaridade que motivou a gênese de tal representação e
que foi absorvido (Moscovici, 1981, 2000; Duveen, 2003). Mais que isso, Moscovici (2000)
insiste no fato de que “é particularmente importante que o desenvolvimento de tal traço seja
observado desde o momento em que ele emerge na esfera social”* [grifo nosso] (p. 28).
73
Uma vez que o ameaçador se transforma em algo familiar, pode-se dizer que as
representações formadas têm também como função entender nossa realidade. Conforme Jodelet
(1986), as representações sociais se referem à maneira como os sujeitos sociais apreendem os
acontecimentos da vida diária, as características do meio ambiente, as informações que nele
circulam e até as pessoas do seu entorno próximo.
Para Moscovici (1978), “a representação social é um corpus organizado de conhecimentos
e uma das atividades psíquicas graças às quais os homens tornam inteligível a realidade física e
social” (p. 28). Segundo Duveen (2003), as representações sociais constituem as realidades de
nossas vidas cotidianas (p. 08). Por isso, o estudo das representações sociais se interessa em
investigar como os homens tentam entender seu universo e resolver os mais variados enigmas,
como “seus nascimentos, seus corpos, suas humilhações, o céu que vêem, o humor dos seus
vizinhos e o poder ao qual eles se submetem: enigmas que os tem preocupado e provido tópicos
para conversação”* (Moscovici, 1981, p. 182).
Assim, uma terceira função das representações seria a de permitir a comunicação entre os
indivíduos e os grupos. Moscovici (1978) afirma que as representações se tornam “instrumentos
de comunicação” (p. 78). Associada a essa função, Abric (1998) atribui também uma função
identitária às representações, ou seja, elas definem a identidade e protegem a especificidade dos
grupos. Ainda em relação a isso, Bauer (2003) propõe uma função de resistência para as
representações que permitem aos diferentes grupos sociais “resistir a conceitos, conhecimentos e
atividades que ameaçam destruir sua identidade” (p. 229). Desse modo, a resistência “é um fator
criativo, que introduz e mantém heterogeneidade no mundo simbólico de contextos inter-grupais”
(idem).
Por último, Moscovici (1978) confere às representações a função de formação de
condutas. E a essa função, Abric (1998) associa a função de orientação – as representações guiam
os comportamentos e as práticas sociais; e a função justificadora as representações permitem
uma justificativa a posteriori das tomadas de posição e dos comportamentos.
IV.7. Processos de formação das representações sociais
Segundo Moscovici (1981), “não há nada de automático sobre o processo de dominar uma
palavra, idéia ou ser não-familiar e convertê-los em algo tão habitual, próximo e tangível”*. Dois
processos são fundamentais nessa transformação: a objetivação e a ancoragem.
74
A objetivação corresponde ao social na representação e a ancoragem à representação no
social. Isto é, esses processos dão conta da forma pela qual o social transforma um conhecimento
em representação e da forma pela qual essa representação transforma o social. O primeiro diz
respeito ao processo de transformação do objeto da representação em algo objetivo, ou seja, passa
do abstrato para o concreto. o segundo se refere à inserção da representação e do seu objeto no
social (Jodelet, 1986).
A objetivação “satura o conceito não-familiar com a realidade, tornando-o ele mesmo em
um bloco de construção de realidade”. Desse modo, o que antes foi “percebido em um universo
puramente intelectual e remoto, emerge na frente de nossos olhos”* (Moscovici, 1981, p. 198).
O processo de objetivação tem duas fases. Na primeira, objetificar “é descobrir a
qualidade icônica de uma idéia ou ser imprecisos, reproduzir um conceito em uma imagem”*
(Moscovici, 2000, p. 38). Assim, a representação fornece material real para uma entidade abstrata
e casa um conceito com uma imagem. Esse modelo figurativo icônico reproduz de modo
quase visual um conceito abstrato. Porém, essa transformação depende da memória do grupo que
a processa, assim, Moscovici (1981) destaca que nem todos os conceitos de uma teoria científica
passam igualmente por tal transformação. “Parece que o grupo seleciona tudo que possui uma
capacidade figurativa, de acordo com as crenças passadas e estoque de imagens do grupo”* (p.
199).
A segunda fase naturaliza o conceito abstrato. Nessa fase, “em vez de serem elementos do
pensamento, as figuras são transpostas em elementos da realidade”* (Moscovici, 1981, p. 200).
Assim, a imagem é totalmente assimilada e o que é percebido substitui o que é concebido,
eliminando a diferença entre a representação e aquilo que ela representa. Para o grupo, ela se
tornou uma categoria da linguagem e, assim, é identificada como realidade objetiva. Desse modo,
uma vez “lançada no ambiente social, a imagem associada com uma palavra ou idéia passa a ser
tratada como realidade: uma realidade convencional, mas ainda assim realidade”* (idem).
Jodelet (1986) caracteriza esse processo de objetivação como uma operação imaginante e
estruturante, em que é possível se materializar a palavra. Pode-se concluir que a objetivação leva
um conceito à sua imagem e essa imagem a uma elaboração social da realidade.
o processo de ancoragem permite que “algo não-familiar e perturbador, que incita
nossa curiosidade, seja incorporado à nossa rede de categorias e nos permite compará-lo com o
que consideramos ser um membro típico dessa categoria”* (Moscovici, 1981, p. 193) A
75
categorização permite que o objeto social seja nomeado de acordo com a rede de categorias da
sociedade. Uma vez que o objeto é nomeado, ele pode ser descrito e certas qualidades e intenções
podem lhe ser atribuídos, distinguindo-o de outros objetos. Esse sistema de nomeação e
categorização ajuda na interpretação e entendimento do objeto social, uma vez que comparamos e
enquadramos, ou seja, escolhemos um protótipo e estabelecemos uma relação positiva ou
negativa com tal objeto (Moscovici, 2000).
Para Jodelet (1986), o processo de ancoragem diz respeito ao enraizamento social da
representação e do seu objeto, ou seja, refere-se à forma pela qual um conhecimento se insere no
pensamento pré-existente. “Nesse caso, a intervenção do social se traduz no significado e
utilidade que lhe são conferidos”* (p. 486). Para esta autora, a ancoragem permite entender:
como a significação é conferida ao objeto representado, como a representação é utilizada como
sistema de interpretação do mundo social e como se opera a integração do objeto em um sistema
de acolhida.
Segundo Moscovici (1981), o produto final dos processos de objetivação e categorização
é que o objeto não-identificado adquire uma identidade social e, além disso, “o conceito
científico penetra na linguagem diária”* (p. 197).
IV.8. Dimensões das representações sociais
Segundo Moscovici (1978), as representações sociais são um conjunto de proposições,
reações e avaliações em relação a determinado objeto. Essas proposições “estão organizadas de
maneira muito diversa segundo as classes, as culturas ou os grupos” (p. 67) e constituem
universos de opinião. Cada universo possui três dimensões: a informação, a atitude e o campo ou
imagem da representação, que fornecem uma “panorâmica do seu conteúdo e do seu sentido” (p.
71).
A informação diz respeito à organização dos conhecimentos que um grupo possui a
respeito de determinado objeto social. Pode-se falar da inexistência dessa dimensão, ou então de
níveis de informação, uma vez que alguns grupos podem não possuir informação coerente a
respeito do objeto e outros que possuem uma informação mais consistente, diferenciando-se por
níveis de conhecimento, correspondendo a certa quantidade de informação.
A atitude “é considerada unicamente do lado da resposta e enquanto ‘preparação para
ação’, comportamento em miniatura” (Moscovici, 1978, p. 46). Moscovici lhe atribui uma função
76
preditiva, podendo-se deduzir seu comportamento de um indivíduo de acordo com o que ele diz.
Mas Moscovici adverte que se uma representação social é uma “‘preparação para a ação’, ela não
o é somente na medida em que guia o comportamento, mas sobretudo na medida em que
remodela e reconstitui os elementos do meio ambiente em que o comportamento deve ter lugar”
(p. 49). Assim, a representação dá um sentido ao comportamento. Moscovici admite que a
atitude:
(...) é mais freqüente das três dimensões e, talvez, geneticamente primordial. Por conseguinte, é
razoável concluir que uma pessoa se informa e se representa alguma coisa unicamente depois de
ter adotado uma posição, e em função da posição tomada. Pesquisas recentes sobre a percepção e
a capacidade de julgamento concordam plenamente com essa conclusão (p. 74).
O campo da representação remete à idéia de imagem do conteúdo concreto da
representação, desse modo, o campo da representação diz respeito a uma unidade hierarquizada
de elementos que constituem a representação.
Para Moscovici, admitindo-se que uma representação social possui essas três dimensões,
pode-se determinar e comparar o grau de estruturação das representações dos diferentes grupos
sociais. Conforme esse autor, a tridimensionalidade não se manifesta em todos os grupos. Em seu
estudo sobre as representações sociais da psicanálise, a tridimensionalidade se manifestou apenas
em quatro populações, enquanto outras tinham uma atitude estruturada, mas uma informação e
um campo de representação algo difusos. Assim, ele conclui que:
a representação também traduz a relação de um grupo com um objeto socialmente valorizado,
notadamente pelo número de suas dimensões, mas, sobretudo, na medida em que ela diferencia
um grupo de outro, seja por sua orientação, seja pelo fato de sua presença ou de sua ausência
(Moscovici, 1978, p. 75).
IV.9. Teoria do núcleo central
(1996), ao falar do desenvolvimento da teoria das representações sociais, divide esse
campo em: a grande teoria das representações sociais e as abordagens complementares. A teoria
do núcleo central se encaixa como uma abordagem complementar à grande teoria propondo uma
abordagem estrutural das representações sociais. Essa teoria, desenvolvida por Abric (1998),
possui uma característica experimental, ela prioriza a relação entre as representações e os
comportamentos, levando em consideração as práticas sociais.
A teoria do núcleo central tem como pressuposto que os elementos de uma representação
(informações, crenças, opiniões e atitudes, organizados em um sistema sóciocognitivo) são
hierarquizados e se organizam em torno de um núcleo central. Esse núcleo é o que significado
77
à representação, e em torno dele se organizam os elementos periféricos que constituem o
essencial do conteúdo da representação.
O núcleo central de uma representação é determinado pela natureza do objeto
representado, pelo tipo de relações que o grupo mantém com esse objeto e pelo sistema de
valores e normas sociais do grupo. Ele possui duas funções: uma geradora, ele cria e transforma
os significados dos outros elementos da representação; e outra organizadora, ele determina os
elos entre os elementos da representação. O núcleo central é o elemento (ou elementos) mais
estável da representação, ele resiste mais às mudanças, uma vez que a modificação do núcleo
central significa em uma mudança da representação. Abric (1998) ressalta que a centralidade de
um elemento não é determinada pela importância quantitativa, mas sim qualitativa. “Não é a
presença maciça de um elemento que define a sua centralidade, mas sim o fato que ele
significado à representação” (p.31). Segundo esse autor, a ausência de um ou alguns elementos
do núcleo central desestrutura a representação ou lhe confere uma significação completamente
diferente.
Abric afirma que é a identificação do núcleo central que permite o estudo comparativo das
representações. “Para que duas representações sejam diferentes, elas devem ser organizadas em
torno de dois núcleos centrais diferentes”. Isso não significa que o conteúdo dessas
representações deva ser diferente, mas sim que “duas representações definidas por um mesmo
conteúdo podem ser radicalmente diferentes, caso a organização desses elementos, portanto sua
centralidade, seja diferente” (p. 31).
Em torno do núcleo central encontram-se os elementos periféricos que são os elementos
mais acessíveis da representação. Flament (2001) considera que os elementos periféricos sejam
esquemas, o que significa considerar que eles são organizados pelo núcleo central da
representação. Os elementos periféricos enquanto esquemas permitem o funcionamento da
representação como uma grade de decodificação, indicando o que é normal e o que não é. “Esses
esquemas normais permitem à representação funcionar economicamente, sem que seja
necessário, a cada instante, analisar a situação em relação ao princípio organizador, que é o
núcleo central” (p. 177).
A determinação do núcleo central é essencialmente social, enquanto que a dos elementos
periféricos é mais individualizada e contextualizada. Com isso, pode-se ver que as representações
sociais “são, ao mesmo tempo, consensuais e marcadas por fortes diferenças individuais e
78
também são, simultaneamente, estáveis e móveis, rígidas e flexíveis” (Abric, 1998, p. 34). Assim,
a teoria do núcleo central propõe que a representação social é regida por um sistema interno
duplo composto pelo sistema central e o sistema periférico. O sistema central é constituído pelo
núcleo central e sua determinação é essencialmente social. O sistema periférico é constituído
pelos elementos periféricos da representação que realizam a “interface entre a realidade concreta
e o sistema central” (Abric, 1994b, p. 79, apud Sá, 1996), esse sistema é mais associado às
características individuais e ao contexto imediato.
Os elementos periféricos possuem três funções: concretização, pois resultam da
ancoragem da representação na realidade; regulação, uma vez que permitem a adaptação da
representação às evoluções do contexto; e defesa. Os elementos periféricos funcionam como um
pára-choque da representação: as transformações da representação se dão mais ao nível dos
elementos periféricos, já que a modificação do núcleo central implicaria a transformação da
representação.
Segundo Flament (2001), os esquemas normais (elementos periféricos), quando sob
influência de elementos estranhos à representação, transformam-se em esquemas estranhos que
são caracterizados por quatro componentes: lembrança do anormal, designação do elemento
estrangeiro, afirmação de uma contradição entre esses dois componentes, proposição de uma
racionalização permitindo (temporariamente) a contradição. Esses esquemas estranhos surgem
como mecanismo de defesa da representação. Porém, “quando muitos elementos contraditórios
vêm transformar vários esquemas normais em esquemas estranhos (...), constata-se um grande
número de tipos de racionalizações freqüentemente contraditórias entre si” (p. 181). Flament
acredita que o acúmulo dessas racionalizações pode levar a uma reestruturação, ou
transformação, do campo de representação.
Para falarmos de transformações das representações, faz-se necessário explicar a noção de
reversibilidade da situação introduzida por Flament. Segundo essa noção, os indivíduos
engajados em uma situação, e nela desempenhando certas práticas, podem considerar tal situação
como irreversível, sendo o retorno às práticas impossível. Ou eles podem considerar tal situação
como reversível, sendo o retorno às práticas anteriores possível, percebendo a situação atual
como temporária.
Dependendo da percepção da situação pelos sujeitos (como reversível ou irreversível), as
transformações serão diferentes. Se a situação é percebida como reversível, as novas práticas
79
desencadeiam mudanças através de novos elementos que se integram aos elementos periféricos e
o núcleo central se mantém estável, sendo uma modificação superficial da representação. No
entanto, se a situação é percebida como irreversível, as novas práticas, contraditórias com a
situação anterior, desencadearão uma mudança significativa nas representações, podendo ocorrer
três tipos de transformação (Abric, 2001):
1) Transformação resistente – quando o sistema periférico pode gerenciar as práticas
novas e contraditórias através de mecanismos de defesa, tais como: interpretação e justificação ad
hoc, racionalizações, referências a normas externas à representação. Nesse caso, a transformação
da representação se caracterizará pelo aparecimento de esquemas estranhos no sistema periférico.
2) Transformação progressiva da representação - quando as práticas novas não são
completamente contraditórias com o núcleo central. Nesse caso, a transformação da
representação se sem ruptura do núcleo central, uma vez que os esquemas ativados pelas
práticas novas se integram aos esquemas do núcleo central construindo uma nova representação.
3) Transformação brutal - quando o sistema periférico não pode gerenciar as novas
práticas através dos mecanismos de defesa, uma vez que elas atacam diretamente o significado
central da representação e têm caráter irreversível. Nesse caso, uma ruptura do núcleo central
provocando uma transformação completa da representação.
Como foi discutido ao longo deste capítulo, as representações sociais o formadas na e
circulam pela esfera blica quando um objeto se torna um assunto de preocupação pública.
Muitos autores reconhecem a importância da comunicação, especialmente dos meios de
comunicação de massa para a modernidade em específico como condição para a reflexividade
(Moscovici, 1978, Beck, 1999, Giddens, 2002) e de como eles mudaram a concepção de esfera
pública (Habermas, 1989, Bauer & Gaskell, 2002). Na próxima seção, tenta-se fazer uma relação
entre esfera pública e comunicação de massa, bem como apresentar algumas teorias sobre efeitos
da comunicação.
IV.10. Esfera pública, opinião pública e comunicação de massa
Habermas (1989, apud Rheingold, 2000) faz uma análise da transformação estrutural da
esfera pública com o crescimento e as mudanças tecnológicas, desde o espaço aberto para
discussão pública, para o advento dos jornais, o começo da mídia de massa e quando o telefone, o
rádio e a televisão se tornaram veículos para o discurso público. Conforme esse autor, a esfera
80
pública abrange todos os domínios da vida social em que a opinião pública se forma. O termo
opinião pública se refere às funções de crítica e controle que o público exerce informalmente,
bem como formalmente durante as eleições periódicas. Uma posição da esfera pública é
constituída em cada conversa, quando pessoas privadas se juntam para formar um público.
uma conexão entre essa rede de comunicação livre, informal e pessoal e as fundações
da sociedade democrática. Assim, o conceito de esfera pública requer quesitos característicos das
sociedades democráticas: acesso aberto, participação voluntária, participação fora dos papéis
institucionais, geração de uma opinião pública através de assembléias de cidadãos engajados em
argumentar racionalmente sobre determinado assunto, liberdade para expressar opiniões e
liberdade para discutir assuntos do estado e criticar a maneira como o poder do estado está
organizado (Rheingold, 2000).
Como a esfera pública depende da comunicação livre e discussão de idéias, assim que um
fórum de cidadãos ultrapassa o número de pessoas que podem freqüentar um espaço público, esse
espaço para idéias políticas pode ser influenciado pelas mudanças na tecnologia. Quando o
público é grande, a comunicação requer certos modos de disseminação e influência. Segundo
Habermas, revistas e jornais, rádio e televisão são a mídia da esfera pública da atualidade.
Outra função da opinião pública está nas regulamentações que concernem a publicidade
(no sentido de tornar público) das atividades relativas ao estado, como por exemplo, a
acessibilidade aos procedimentos legais. Porém, se a esfera pública for considerada enquanto
espaço mediado entre o estado e a sociedade, os veículos de publicidade precisam de liberdade
para que haja um controle democrático da atividade estatal. Existem duas maneiras de se tirar
essa liberdade e conseqüentemente a possibilidade dos cidadãos se comunicarem livremente:
através de uma censura estatal, ou alterar a natureza do discurso sobre algo, veiculando um
discurso falso. Desse modo, a idéia de que a opinião pública pode ser manufaturada prejudicou as
fundações da democracia (Rheingold, 2000). Mostraremos agora algumas das teorias que ajudam
a entender essas relações entre mídia e cidadãos.
IV.10.1. Comunicação de massa
Camargo (1997) faz uma revisão de alguns modelos teóricos das ciências sociais que
guiaram pesquisas sobre a relação entre os diferentes tipos de mídia e seu público. Esses modelos
abarcam diferentes concepções do fenômeno da comunicação, bem como do papel das mídias na
81
sociedade. Assim, Camargo apresenta três paradigmas da comunicação midiática e alguns
modelos teóricos sobre o efeito das mídias.
Os três paradigmas da comunicação, analisados a partir de seu aspecto metafórico,
enquanto objeto científico, são: comunicação como uma máquina, como um organismo e como
um Frankenstein. A metáfora da máquina, ou paradigma mecanicista da comunicação, trata as
mídias como uma ferramenta tradutora de um mundo objetivo que pode ser duplicado. Os
indivíduos são vistos como seres passíveis e nem a técnica de transmissão, nem o contexto social-
econômico em que esta ocorre são considerados nesse modelo. Na metáfora do organismo, a
comunicação é concebida como o meio em que os indivíduos atuam. Nesse paradigma os
indivíduos são vistos como receptores ativos que decodificam e interpretam as mensagens a partir
do seu contexto sócio-cultural específico. A terceira metáfora, da comunicação como um
Frankenstein, faz referência à criatura (tipos de mídia) que se tornam contra o criador (o homem),
substituindo-o. Esse paradigma mostra uma confusão entre o emissor e o receptor. A
comunicação não mais duplica a realidade, a sua representação cria uma hiper realidade (a
criação de uma outra realidade), ela também permite que o emissor tenha as reações dos
destinatários durante a transmissão da mensagem.
uma divergência importante entre os modelos teóricos empregados nos estudos dos
efeitos das mídias sobre o público. Essa divergência diz respeito a conseqüências metodológicas
das correntes (teoria crítica e ciências sociais) de estudo sobre esse assunto. A teoria crítica
concebe o efeito das mídias enquanto difusão de modelos que levam a consumação de bens
(objetos ou idéias). Esses modelos teóricos podem ser divididos em dois grupos: um de efeitos
diretos e um de efeitos indiretos sobre o público.
Entre o grupo dos efeitos diretos, encontram-se três modelos: os estudos de
agendamento
18
, as teorias tecnológicas e a teoria dos efeitos ideológicos. O modelo de
agendamento concebe as mídias como um quadro no qual são colocados os assuntos sobre os
quais os indivíduos devem pensar e aqueles que devem ser descartados. Nesse campo, observa-se
o estudo das atitudes, comportamentos e ações políticas dos cidadãos, supondo que estes são
estruturados pelas mídias; bem como o estudo dos processos pelos quais a agenda política é
influenciada pelas agendas da mídia e dos cidadãos. As teorias tecnológicas se situam na
intersecção de três campos: possibilidades tecnológicas, formas de controle exercidas pela elite,
18
Agenda setting.
82
modo de utilização pelo público. Para a teoria dos efeitos ideológicos, o poder da mídia está na
legitimização e naturalização de uma realidade oficial, ou seja, uma visão hegemônica da
realidade (que interessa aqueles que possuem poder político e econômico).
Segundo Camargo, a maioria desses modelos de efeitos diretos apresenta problemas
devidos tanto à fraqueza metodológica apontada, quanto ao fato de se proporem a desenvolver
uma teoria da comunicação muito geral que reduz toda sociedade ao fenômeno da comunicação.
Para esse autor, os modelos desenvolvidos pela idéia de efeito indireto são mais apropriados para
o estudo dos efeitos das mídias.
Em relação ao grupo dos efeitos indiretos, encontram-se cinco modelos: dos efeitos
limitados, de satisfação dos usuários, da difusão de informação, das disparidades de
conhecimento, e de socialização ou efeitos em longo prazo. O modelo dos efeitos limitados
questiona a atribuição da onipotência das mídias, assim, a comunicação midiática não é em si
causa dos efeitos, mas age como um estímulo co-operante em uma determinada situação. O
modelo de satisfação dos usuários está associado à noção de seletividade de mensagens pelo
público. Já o modelo da difusão de informação está associado à noção de redes de relações
interpessoais como contexto de recepção de informação. Essas redes filtram as informações e têm
um papel importante na interpretação e avaliação dessas informações. O modelo de disparidades
de conhecimento aponta que as mídias, enquanto difusores de conhecimento, aumentam as
diferenças existentes entre as classes sociais. Por último, o modelo de socialização considera as
relações das mídias e seus agentes de socialização longitudinalmente (considerando os efeitos das
mídias em longo prazo).
IV.10.2. Comunicação da ciência
Especificamente em relação à comunicação da ciência, um modelo que dominou por
muito tempo (e ainda é utilizado) foi o modelo de déficit de informação (Bauer, 2003). Nesse
modelo, “os leigos tendem a ser identificados como receptores passivos de estímulos
independentes, percebendo os riscos de forma não científica, pobremente informada e irracional”
(Guivant, 2006a, p. 97). Assim, o papel da comunicação seria prover informações de forma
neutra e objetiva – uma comunicação ligada à visão Iluminista (Irwin, 1995).
A área de pesquisa sobre comunicação de risco esteve ligada por muito tempo a esse
modelo de comunicação. A hipótese inicial desse tipo de pesquisa era de que mais informação
83
levaria automaticamente a uma posição mais favorável ou a uma maior aceitabilidade de
determinada inovação científico-tecnológica. Porém, como foi discutido no segundo capítulo,
diversas pesquisas demonstram que a simples passagem de informações científicas para o público
não garante posições mais favoráveis (Irwin, 1995). Guivant (2006a) argumenta que essas
pesquisas comprovam que “não um vínculo direto entre conhecimento e atitudes” (p. 97) e
assim, “as correlações podem se dar nas duas direções” (idem). Nesse sentido, muitas vezes o
aumento do conhecimento de público sobre um assunto científico ou tecnológico leva a uma
atitude ainda mais desfavorável frente aos mesmos. Esse é o caso das estratégias tradicionais de
comunicação de risco sobre comida geneticamente modificada (Bredahl, Grunert & Frewer,
1998; Frewer, Howard, Hedderley & Schepherd, 1999; Frewer, Scholderer & Bredahl, 2003;
Scholderer & Frewer, 2003).
O campo de pesquisa sobre comunicação de risco tem se desenvolvido, passando a
considerar outras variáveis, tais como: estrutura da mensagem, confiança, credibilidade e
persuasão da fonte de informação, entre outros. Frewer et al. (1999) reconhecem que mais
conhecimento científico não leva automaticamente ao aumento da aceitação de inovações.
Entretanto, esses autores argumentam que “esse conhecimento é essencial se o público deve fazer
decisões informadas em relação a um desenvolvimento estratégico”* (p. 35). Assim, esses
autores defendem que a comunicação deve enfatizar tanto os benefícios como os riscos de
determinada inovação para que o público possa tomar uma decisão bem informada sobre a
aceitação ou rejeição de tal inovação. Mais que isso, eles afirmam que “é importante construir
comunicações que levam em conta as reais preocupações do público, reconhecer que o público
geral não é unitário em suas atitudes, e evitar presumir que a comunicação (...) esteja associada
com um modelo de ciência e tecnologia instrumentalista e politicamente neutro”* (p. 46).
Como já foi dito ao longo desse capítulo, Moscovici (1978) dá um grande destaque para o
papel da comunicação (em específico à divulgação científica) na construção das representações
sociais e da penetração de conceitos científicos na linguagem diária dos indivíduos e grupos.
Contudo, ele impõe uma observação sobre a concepção de comunicação da ciência ligada à visão
Iluminista:
Concebeu-se muitas vezes essa difusão dos conhecimentos como uma disseminação” de cima
para baixo ou como uma “imitação” da elite dos que sabem pela massa dos que ignoram. Estamos
mais perto da verdade quando enxergamos uma troca, graças à qual experiências e teorias se
modificam qualitativamente, tanto em seu alcance como em seu conteúdo. Essas modificações
são determinadas tanto pelos meios de comunicação (...) como pela organização social dos
84
que comunicam (...). A comunicação jamais se reduz à transmissão das mensagens de
origem ou ao transporte de informações inalteradas. Ela diferencia, traduz, interpreta e
combina, assim como os grupos inventam, diferenciam ou interpretam os objetos sociais ou
as representações de outros grupos. O estilo rígido e, quanto ao fundo, autoritário das trocas
científicas sofre os mesmos acasos e varia de um núcleo a outro da rede de comunicações. As
normas e os símbolos coletivos aí se abastecem para efetuarem, depois, a filtragem necessária das
informações e dos estilos. As palavras mudam de sentido, de uso e de freqüência de uso, as regras
mudam de gramática e os conteúdos adotam outra forma [grifo nosso] (p. 28-29).
Para Moscovici (1961), ao se examinar a presença de um objeto nos canais de
comunicação, busca-se não abstrair sua representação social, mas também compreender as
trocas que se passam em torno dele. Conforme a citação acima, essas trocas dependem do meio
de comunicação, assim como do grupo que detém esse meio, uma vez que as representações
sociais estão ligadas às crenças e valores de tal grupo.
IV.10.3. Comunicação da ciência e representações sociais
Ao estudar como a psicanálise se espalhava e era difundida na sociedade francesa na
década de 50, Moscovici (1961) analisou os meios de comunicação de três segmentações
culturais (o meio liberal urbano, o meio católico e a subcultura do partido comunista) que ele
considerou como relevantes a esse assunto. Para tanto, Moscovici empregou em sua análise três
sistemas de comunicação, que determinam o conteúdo e a forma das mensagens: a difusão, a
propagação e a propaganda. Esses sistemas são caracterizados de acordo com a fonte, a lógica e a
função das mensagens (Marková, 2006).
Antes de descrever esses três sistemas, vamos nos deter um instante na questão da função
das mensagens. Moscovici (1961) apresenta duas funções da comunicação: uma função
consumatória (consummatoire) e uma função de instrumentalidade. A característica consumatória
“supõe uma comunicação que é seu próprio fim, como uma atividade que basta a si mesma. Seus
resultados, sua influência não se ligam à especificidade dos conteúdos, que o até certo ponto
acessórios”* (p. 348). a instrumentalidade de uma comunicação se define pela existência de
uma relação entre as condutas ou manifestações que se procura produzir e os objetivos do
emissor. Mais tarde veremos a relação entre essas funções e os diferentes sistemas de
comunicação.
Segundo Moscovici (1961), a difusão é uma forma de comunicação que concerne um
grupo que não é muito definido, freqüentemente nomeado de massa, que ele define como “o
agregado de uma grande parte da população de um país ou de uma cidade, tendo uma composição
85
heterogênea, distribuída em grandes espaços, cuja organização, num certo sentido, é bastante
solta”* (p. 323). A heterogeneidade do público diz respeito tanto aos seus diferentes interesses,
quanto à sua variada formação intelectual. Moscovici também destaca que um mesmo indivíduo
pode pertencer a diversos públicos. Desse modo, o jornal deve reproduzir as oscilações desses
indivíduos e descobrir um denominador comum entre eles.
Além disso, cada seção do jornal possui um leitor diferente: o leitor da seção política não
é o mesmo dos esportes ou dos quadrinhos e, no entanto, o jornal é feito para todos. Isso explica
que as pessoas que formam a equipe de um jornal tenham uma certa autonomia entre elas, mas
explica também a relativa interdependência dos conteúdos publicados (Moscovici, 1961).
Na difusão, o emissor procura estabelecer uma relação de igualdade entre ele e seu
público e, como conseqüência disso, adaptar-se a ele, mantendo uma diferenciação de papéis.
“Assim, na difusão, a fonte de comunicação é sempre obrigada a se definir como agente de
transmissão de mensagens, para responder à sua função, e como expressão de seus leitores a fim
de atrair e suscitar identificações”* (Moscovici, 1961, p. 317). Desse modo, uma das
características da difusão que a diferencia dos outros dois sistemas é o problema da adaptação
entre emissor e receptor, no qual a dependência do primeiro em relação ao segundo é
fundamental. para a propagação e a propaganda, a fonte de informação tem uma autonomia
relativamente grande.
Nesse sentido, na difusão, um objeto socialmente pertinente é difundido de uma maneira
diversificada e repetitiva, por uma multiplicidade não coordenada tanto de fontes de informação,
como de centros de referência (profissionais, religiosos, políticos e culturais), além disso, tal
objeto não precisa aparecer sempre diretamente. Muitas vezes o emissor faz um apelo à
autoridade do especialista, permitindo aparecer como simples agente de ligação das opiniões das
autoridades com às do público. “O jornalista se faz ao mesmo tempo público, porque ele parece
se limitar a coletar opiniões sobre um dado problema”* (p. 322).
Moscovici argumenta que essa questão de adaptação entre emissor e receptor, no caso da
difusão, se reflete no estilo das comunicações. E ele define o estilo na difusão como concreto,
atraente e rápido, sempre buscando se aproximar do gosto e do vocabulário que se supõe ser o do
leitor.
Para lidar com diferentes públicos, o emissor procura não se comprometer e passa uma
aparência de não-implicação. Isso resulta no “florescimento de direções díspares e
86
descontínuas”* das mensagens (p. 326) e assim tenta se evitar o choque entre as facções do
público que poderiam ter posições diferentes, por razões particulares. Mais que isso, “busca-se
caminhos extremamente divididos, suscetíveis de mudar a representação do mundo dos leitores
sem que essa transformação seja visível ou produza conflitos que afastem o público do jornal” (p.
364).
Desse modo, numa mesma fonte de comunicação, argumentos positivos e negativos
coexistem. “O público não pode elaborar uma reação clara porque o por e o contra, o abuso e o
respeito de seus princípios são reunidos na mesma fonte de comunicação”* (p. 333). O jornal
evita a adesão a um ponto de vista claro ou uma regra de comportamento aparente e unitária
sobre os assuntos, não se aconselha uma conduta precisa, definida, deixando ao público certa
liberdade de orientação. Moscovici afirma que a oscilação entre as funções consumatória e
instrumental da difusão é freqüente, e essa bi-funcionalidade caracteriza esse sistema de
comunicação.
No sistema de comunicação da difusão, um modelo social “se edifica como uma
resultante (...) e não como um ponto de partida, regulador de conteúdos transmitidos do emissor
ao receptor, assim como é na propagação ou na propaganda”* (p. 336). Mais que isso, Moscovici
destaca que “no limite, a difusão (...) pode se dar sem que se possa detectar um esquema de
organização de mensagens, sem que um modelo social esteja presente” (idem).
Qual seria então a relação desse sistema com a formação das representações sociais de
determinado objeto? Segundo Moscovici, a difusão procura familiarizar, enraizar e mergulhar o
objeto difundido na realidade social. Assim, para ele, “mais que a elaboração de uma
representação fragmentada ou de uma conduta, essa forma de comunicação contribui para
reforçar a concretização de uma mensagem valorizando-a socialmente”* (p. 356). A comunicação
sobre tal objeto se torna uma necessidade, “e a realidade social de sua representação exerce uma
pressão em vista dessa comunicação. Assim ela é percebida como um fenômeno social, uma
crença, uma parte do ambiente costumeiro da vida”* (p. 356-357).
Buscando se assimilar o mais possível ao público, a difusão tenta se aproximar de uma forma de
comunicação não formal que é o rumor, a transmissão de boca à orelha. A função das notícias
“não verificadas”, de “posições”, de seção humorísticas é justamente criar uma atmosfera
relaxada, de contato íntimo (...). A representação do objeto ou do universo transparece através
desse folclore de histórias verdadeiras ou falsas* (p. 340).
Passemos agora para a caracterização do sistema da propagação. Esse sistema de
comunicação concerne um grupo bastante definido, entretanto dividido quanto à atitude em
87
relação ao objeto social. Em seu estudo sobre a psicanálise, Moscovici (1961) liga a propagação
como sistema de comunicação característico do grupo católico que, como ele destaca, era
dividido quanto à atitude em relação a esse tema. Entretanto, Moscovici explica que esse conflito
de idéias não pode ultrapassar uma certa intensidade na medida em que certos postulados e uma
autoridade comum se impõem a todos os membros do grupo. Ao contrário da difusão, a
“existência de divergências não produz comunicações descontínuas e contraditórias” (p. 373).
Desse modo, os meios de comunicação “exercem uma pressão em direção à uniformidade
buscando encontrar um dominador comum” (idem) entre os membros do grupo e também entre
suas bases doutrinais e as do objeto em questão. Essa pressão diferencia a propagação da
propaganda, uma vez que a última exige uniformidade.
Nesse sistema de comunicação, como já foi dito, a relação entre a fonte de comunicação e
o receptor, o grupo, não se caracteriza por uma reciprocidade como na difusão. Na propagação, a
fonte tem uma autonomia relativa e uma autoridade inegável. A comunicação se em um
contexto que supõe a existência de normas cognitivas e sociais comuns. Assim, a comunicação é
estruturada, hierarquizada, autoritária e é fundamentada em um quadro de referência que fica
explícito na mensagem.
Moscovici aponta que a função da propagação é, sobretudo, buscar uma mediação entre
um objeto socialmente valorizado e um grupo definido. A comunicação busca criar normas,
através de “uma convergência em torno de uma doutrina que seja aceitável. Essa convergência
implica uma mudança do objeto social que permite integrá-lo a um quadro de referência
estabelecido”* (p. 373). Em seu estudo, por exemplo, ele relata que é na imprensa católica
francesa que se encontra a proporção mais importante de artigos nos quais a educação é indicada
como domínio de ação da psicanálise. Para ele, isso testemunha “uma orientação muito
característica de interesses!”* (p. 381).
Nesse sentido, a função desse sistema de comunicação é puramente instrumental, tendo
por objetivo atingir uma concepção e uma atitude comuns, e orientar os membros do grupo em
relação a essa concepção e a essa atitude. “A pertença ao grupo e a cristalização afetiva de seus
valores constituem as alavancas de uma pressão em direção à uniformidade de opiniões de seus
membros”* (p. 394). Porém, a função instrumental não se propõe a produzir uma conduta, como
na propaganda. Segundo Moscovici, a propagação “edifica atitudes suscetíveis de marcar
também as representações e as condutas”* (p. 401).
88
Conforme Moscovici (1961) a propaganda se aproxima mais da propagação pelo mesmo
uso de modelos sistemáticos, mesma implicação e mesma relação com os leitores. Entretanto,
esses dois modelos se diferenciam quanto à função: “a propaganda é mais concreta, ela não se
contenta em renovar a significação de um comportamento, ela tende a criá-lo ou reforçá-lo”* (p.
402). Passemos agora à descrição do modelo da propaganda.
Moscovici destaca que esse sistema é empregado quando existe um conflito entre grupos,
no qual o objeto do conflito é capaz de ameaçar a identidade do grupo. Assim, a
instrumentalidade da propaganda é caracterizada por uma dupla função: reguladora e
organizadora. A função reguladora busca a afirmação e o restabelecimento da identidade do
grupo eliminando as contradições que ameaçam seu equilíbrio e sua ação. A função organizadora
“implica uma elaboração adequada do conteúdo de comunicações, a transformação do campo
social – de sua representação – em uma situação definida”* (p. 439).
Para Moscovici, a situação conflituosa se traduz por uma polaridade dos grupos que é
constitutiva de novos pólos a cada vez que novos objetos sociais aparecem no campo social. Tais
pólos são as representações sociais comunicadas. Desse modo, a organização dos temas e
princípios nesse sistema de comunicação é sempre sistemática e dicotômica. Moscovici um
exemplo de seu estudo:
Se a ligação entre marxismo e ciência é positiva, aquela entre a psicanálise e ciência é negativa.
Nós vemos aqui como a situação polarizada se reflete em um esquema dicotômico que busca
fixar a representação do objeto de conflito, e como o caráter dicotômico conta dos aspectos
concretos da propaganda. As simplificações são conseqüências dessa estrutura binária, a mais
simples, da representação. Sendo o objetivo da propaganda produzir uma ação, a simplicidade de
uma representação do real que oferece somente duas soluções, ao mesmo tempo destaca a relação
entre os pólos que os propõem e sublinha o contraste entre as duas respostas possíveis. A astúcia
na propaganda consiste em apresentar, na verdade, somente uma solução, somente um tópico,
uma só ação possível, o pólo complementar estando lá somente para reafirmá-la, reforçar o
primeiro* (p. 446).
Para Moscovici, um dos objetivos fundamentais da propaganda é a formação de uma
representação social. Isso porque a situação conflituosa ameaça a identidade do grupo e, para
afirmá-la há a necessidade de se elaborar uma representação do objeto que provoca tal conflito.
Para resumir esses três sistemas, pode-se dizer que a comunicação na difusão visa à
transmissão de assuntos gerais a um grande público que não é organizado. A mensagem não é
estruturada como nas outras duas modalidades, contendo informações e opiniões que são
contraditórias sem uma articulação entre as mesmas. Seu objetivo é garantir ao grande público o
acesso às informações. Na propagação, a mensagem é estruturada de forma a controlar a ameaça
89
de novos conhecimentos sobre o sistema de crença de um determinado grupo. Desse modo, essas
novidades são sempre interpretadas à luz dos sistemas que devem ser preservados. A propaganda
visa incidir sobre o comportamento do receptor, a mensagem é estruturada de forma
dicotomizada entre o que é certo e o que é errado e a comunicação contém e exprime os
interesses de um grupo específico. Em relação aos elementos constituintes de uma representação,
a difusão está relacionada com a formação das opiniões; a propagação com a formação das
atitudes e a propaganda com a dos estereótipos (Moscovici, 1978; Jodelet, 2001).
É preciso lembrar que Moscovici caracterizou esses três sistemas de comunicação
analisando a grande impressa e os meios de comunicação dos católicos e do partido comunista
em relação à Psicanálise. Desse modo, ele mesmo afirma que não se pode generalizar a
correspondência difusão/imprensa, propagação/catolicismo e propaganda/partido comunista.
Como ele coloca, um mesmo jornal pode utilizar a difusão como sistema de comunicação para
determinado objeto social e fazer propaganda em relação a outro.
IV.11. Um diálogo entre a teoria das representações sociais e o conceito de
modernização reflexiva
Beck, Giddens e Lash (1997) divergem em alguns pontos sobre a questão da
modernização reflexiva, mas também concordam em muitos outros, como foi discutido no
primeiro capítulo. Nesse item, tenta-se fazer um diálogo entre a teoria das representações sociais
proposta por Moscovici e esses pontos comuns aos teóricos da modernização reflexiva,
especificamente: o papel da destradicionalização; da ciência – principalmente dos desastres
naturais e sociais em decorrência dela –; e da mídia, na formação de uma sociedade crítica,
reflexiva, capaz de questionar as fundações da modernidade e de se organizar para mudá-la.
Beck, Giddens, Lash e também Moscovici chamam a atenção para o fato de que a
sociedade atual é uma sociedade de mudanças rápidas e constantes, na qual os sistemas
unificadores (ciência, religião, estado, família, classe) perderam sua autoridade e se tornaram,
cada vez mais, mutuamente incompatíveis. Assim, esses autores concordam que a sociedade é
uma rede mais ou menos estruturada, na qual as relações não são mais vistas como já construídas,
mas em processo de construção. Moscovici admite que há relações entre o modelo que ele propõe
e o modelo de estruturação de Giddens (Moscovici & Marcová, 2006, p. 369).
90
Esses autores também concordam que a ciência moderna cria um sentimento de não-
familiarização através dos produtos e inovações que se tornam objetos consumidos no nosso dia a
dia. Além disso, ela tem contribuído para uma série de desastres naturais, econômicos e sociais.
A ciência também passa da esfera privada para a pública, e assim não é mais um segredo de
laboratório, passando a influenciar diretamente o estilo de vida dos indivíduos (Moscovici, 1978;
Bauman, 2001; Giddens, 2002; Marková, 2006).
Para eles, a mídia ocupa um papel de destaque, enquanto mediadora tanto dos riscos
que são geralmente imperceptíveis, assim como dos grandes desastres. A leitura dos jornais se
torna “uma necessidade profunda e um ritual social” (Moscovici, 1961, p. 363), e mesmo “um
exercício na crítica da tecnologia” (Beck, 1999, p. 68). Mas para esses autores, o papel da mídia
não é prover informações científicas com o intuito de aumentar o conhecimento científico da
população, nem mesmo torná-la consciente de todos os eventos de todas as partes do mundo. Seu
objetivo é dar uma extensão global às instituições da modernidade (Giddens, 1991) e deixar as
pessoas ao corrente e dentro do circuito coletivo, transformando-as em “uma espécie de ‘sábios
amadores’” (Moscovici, 1978, p. 55) Principalmente, esses autores concordam no papel da
informação como condição de reflexividade da população.
Assim como para os teóricos da modernização reflexiva, para Moscovici (2000), a
sociedade é uma “sociedade pensante”, na qual “os indivíduos e grupos, longe de serem
receptores passivos, pensam por eles mesmos, produzem e comunicam continuamente suas
próprias representações e soluções específicas para as perguntas que eles mesmos se fazem”* (p.
16). Essa sociedade pensante se encontra nos lugares públicos, como as ruas, clubes ou cafés, e
Quem quer que tenha seus ouvidos abertos nesses lugares em que as pessoas conversam, quem
quer que leia entrevistas com atenção, vai perceber que a maioria das conversas são sobre
problemas altamente ‘metafísicos’ – nascimento, morte, injustiça, etc. – e sobre as leis éticas da
sociedade. Assim, elas provêm um permanente comentário sobre os principais eventos e
características nacionais científicos ou urbanos e o, portanto, o equivalente moderno do coro
grego que, embora não esteja mais no palco histórico, permanece nas alas* (p. 21).
Para Beck (1999) com a modernização reflexiva, um aumento da consciência
(awareness) dos problemas da modernidade e assim, a sociedade se torna crítica, questionando as
fundações da mesma. Essa crítica pode se tornar também “uma importante força de mobilização
política”* (p. 04). A própria história de vida de Moscovici testemunha esse processo, e esse é o
papel que ele outorga às representações sociais:
91
Marx disse, em algum lugar, que ser radical significa ir às raízes, ser crítico e transformar sua
crítica em arma política. Você leu minha história autobiográfica e você sabe que foi isso que eu
fiz. E mais tarde na vida, minha crítica com respeito à ciência, à natureza e à desigualdade das
mulheres fez com que eu me tornasse um dos pioneiros da ecologia política, participando
ativamente em demonstrações contra as usinas nucleares e colocando-me como candidato à
eleição. Creio que as representações sociais implicam uma posição crítica e não uma posição
irônica, que pode levar a um engajamento prático [grifo nosso] (Moscovici & Marková, 2006,
p. 378)
Beck postula sua teoria da sociedade do risco como “uma teoria política do conhecimento
da modernidade se tornando auto-crítica”* (Beck, 1999, p. 81). Apesar disso, ele não analisa
como esse conhecimento é construído ou transformado, nem como ele pode vir a se tornar uma
ação. Moscovici (2000) estava preocupado justamente com essa questão quando retoma e
transforma a noção de representação. Em sua teoria psicossocial do conhecimento, ele propôs que
as representações sociais “restauram a consciência (awareness) coletiva e dão forma a ela,
explicando objetos e eventos que se tornam acessíveis a todos e coincidem com nossos interesses
imediatos”* (p. 22-23). Mais ainda, as representações “têm um impacto decisivo em suas
relações sociais, suas escolhas, na maneira como se (...) planeja adiante etc” (idem). Moscovici se
esforça em estudar e descrever como, por que e por quais grupos as representações são formadas,
transformadas e podem levar a uma ação, como foi discutido ao longo desse capítulo.
Os teóricos da modernização reflexiva, assim como Moscovici, chamam a atenção para o
fato de que a ciência moderna muda constantemente o conhecimento, os valores e os
comportamentos dos indivíduos que tentam se orientar no meio dessas mudanças rápidas. “O que
ontem era considerado normal e, portanto, satisfatório, pode hoje ser considerado preocupante,
ou mesmo patológico” comenta Bauman (2001, p. 93). O desenvolvimento científico perturba “a
relação com o real, a hierarquia de valores, o peso relativo dos comportamentos (...). As normas
são simultaneamente mudadas: o que era permitido revela-se agora proibido, o que era
irrevogável parece revogável e vice-versa”, argumenta Moscovici (1978, p. 22).
Porém, um dos aspectos mais importantes do trabalho desses autores é o reconhecimento
de diferentes tipos de reflexões e valores ligados ao surgimento ou desenvolvimento de uma
inovação científico-tecnológica. Beck (1999) indica um conflito de conhecimento e
racionalidade. “As reivindicações de diferentes grupos colidem umas com as outras, assim como
as reivindicações do conhecimento comum e do conhecimento dos movimentos sociais. (...) O
efeito colateral do conhecimento abre então um campo de batalha de reivindicações de
racionalidades variadas”* (p. 119). Para Moscovici, o desenvolvimento científico desperta
92
“lutas culturais, polêmicas intelectuais e oposição entre diferentes modos de pensar” (Moscovici
& Marková, 2003, p. 312).
A nossa sociedade é então caracterizada por uma pluralidade de visões sobre o
desenvolvimento científico e tecnológico que divide, confunde e, muitas vezes, entra em conflito
com as diversas visões da própria população:
Agora mesmo, por exemplo, vários grupos políticos e sociais (indústria, governo, ambientalistas,
organizações científicas, grupos de campanha) estão tentando educar, fazer propaganda ou
convencer o público geral para aceitar sua própria avaliação sobre uma série de questões técnicas
– ou ao menos relacionadas à técnica – (sobre os melhores meios de resolver assuntos ambientais,
a desejabilidade de novos produtos para consumidores, os perigos da AIDS, os méritos de várias
políticas de energia e a gama sem fim de questões sociais como seleção genética, segurança no
transporte e a implementação de novas tecnologias). Nesse sentido, somos todos inundados com
nova ‘informação’ sobre os desenvolvimentos da ciência e tecnologia que podem afetar
nossas vidas e também, é claro, com conselhos sobre o que os diferentes grupos sociais
gostariam que fizéssemos sobre esses desenvolvimentos* [grifo nosso] (Irwin, 1995, p. 9).
Segundo Beck (1997) “a questão de risco divide as famílias, grupos de profissionais de
trabalhadores químicos especializados em todos os níveis até a gerência, e com muita freqüência
até os próprios indivíduos” (p. 22). Por outro lado, Beck argumenta que as constantes
contradições entre os especialistas e entre estes e outros grupos sociais leva à crítica social e esta
leva à resistência. “Políticos encontram resistência de grupos de cidadãos, e a gerencia industrial
encontra boicotes de consumidores organizados e politicamente motivados. As administrações
são criticadas pelos grupos de auto-ajuda” (idem). Uma das funções das representações sociais
proposta por Moscovici é justamente a função de resistência a conceitos, conhecimentos e
atividades que ameaçam destruir a identidade dos grupos (Bauer, 2003).
Beck afirma que foram os grupos sociais organizados “que colocaram em debate a
questão de um mundo em perigo, contra a resistência dos partidos estabelecidos” (p. 30). Assim,
“os temas do futuro, que agora estão na boca de todos, não se originaram da previsão dos
governantes ou das brigas no poder do mundo dos negócios, da ciência e do Estado” (p. 31), mas
foram os grupos sociais quem os colocou na agencia social. Através da sua proposta de
subpolítica, Beck afirma que “há oportunidades crescentes de se ter uma voz e uma participação
no arranjo da sociedade para grupos que até então não estavam envolvidos na tecnificação
essencial e no processo de industrialização” (p. 35). Porém, como foi apontado no primeiro
capítulo, Beck não desenvolve essa proposta e não apresenta evidência empírica sobre a mesma.
Moscovici (1978) também se interessou em como os grupos sociais podem se organizar,
tornarem-se ativos e se fazerem ouvir. Sua preocupação em construir uma teoria psicossocial do
93
conhecimento o levou a se interessar nos mecanismos que possibilitam tal fato. Nesse sentido, as
representações sociais ocupam aí um papel importante, uma vez que “uma representação é
sempre uma representação de alguém, tanto quanto de alguma coisa. As funções respectivas dos
grupos sociais a esse respeito encontram seu eco” (p. 27). Em seu estudo sobre a psicanálise,
Moscovici mostrou como diferentes grupos sociais combinam conceitos de uma determinada
ciência com outros conceitos científicos e com a visão do mundo ou da história e atitudes
políticas de cada grupo. Assim, representar significa “edificar uma doutrina que facilite a tarefa
de decifrar, predizer ou antecipar os (...) atos” (idem) de determinado grupo. Pensando no
processo de gênese de um novo movimento social em relação a um tópico específico, Moscovici
argumenta que:
Se uma minoria quer criar um movimento, mudar sua posição na sociedade e tornar-se
ativa, ela tem de propor uma representação social alternativa. Subseqüentemente, ela tem de
se comunicar, implementar uma estratégia de persuasão a fim de recrutar novos membros e
influenciar a maneira de pensar e agir da maioria [grifo nosso] (Moscovici & Marková, 2003, p.
365).
Desse modo, tentamos fazer aqui uma aproximação entre os conceitos de representação
social e reflexividade. Como foi visto, a sociedade se torna reflexiva quando esta se torna um
problema para ela mesma (Beck, 1997). Assim também, as representações sociais surgem quando
um determinado objeto se torna um problema, uma preocupação pública (Marková, 2006) e, a
partir disso, elas podem gerar determinadas práticas sociais (Moscovici, 1978). Argumentamos
aqui que os processos de formação e transformação das representações sociais são fundamentais
para o processo reflexivo do eu e da sociedade, bem como para a adoção de práticas reflexivas.
O crescimento de movimentos sociais, como o ambiental e o feminismo, pode
exemplificar essa relação. Esses movimentos surgiram em resposta a determinados fatos que se
tornaram problemas para tais grupos sociais (problemas ambientais, desigualdade entre mulheres
e homens etc). A construção de argumentos alternativos (representações sociais) para esses fatos
e as estratégias de comunicação dessas representações por esses grupos foram fundamentais para
o início de uma reflexão, e para a proposta de práticas reflexivas, em relação a tais fatos.
Podemos pensar o caso da aids como um outro exemplo da relação entre representações
sociais e reflexividade. Com o surgimento da doença no início da década de 80, junto com um
desconhecimento científico sobre a mesma e a contaminação de grupos cujos comportamentos de
seus membros estavam fora dos padrões sociais de moralidade, surgem representações sociais da
aids como uma “doença do outro”, “dos ‘grupos de risco’ (gays, prostitutas, drogados etc)”. Entre
94
esses grupos, surgem representações da aids como uma “conspiração do governo” (Moscovici,
2001).
As descobertas da ciência acerca da doença (principalmente em relação a suas formas de
transmissão) e o intenso interesse da mídia a aids é a primeira doença cujas histórias, médica e
social, se desenvolveram juntas (Jodelet, 2001) deu lugar a duas novas representações: uma
moral (a doença punição) e outra biológica (além do sangue e do esperma, a doença também
poderia ser contraída por outros líquidos corporais, como a saliva e o suor).
Mas é quando a doença se torna um problema para um grupo (como aconteceu, por
exemplo, com a morte de milhares de gays e prostitutas), que ocorre a formação, ou a
transformação, de representações sociais que permitam ao grupo a adoção de práticas de
prevenção e proteção.
Nesse sentido, um dos desafios atuais para as ciências humanas, e para a psicologia social
em particular, é o estudo das representações sociais de grupos como as mulheres casadas e a
população negra – entre os quais essa doença se espalha cada vez mais
19
. O estudo dessas
representações em conjunto com a atuação de grupos educativos e de apoio, pode contribuir para
a transformação de tais representações e para a adoção de práticas mais reflexivas por esses
grupos sociais e por outros, antes que se tornem, também, novos grupos de risco.
A seguir, nos dois últimos capítulos teóricos, tenta-se, a partir da análise de um campo
específico o da alimentação evidenciar alguns dos argumentos dos autores apresentados até
agora, bem como explorar a relação que propomos entre representações e reflexividade. No
próximo capítulo, as mudanças que ocorreram na modernidade serão analisadas através das
mudanças na alimentação moderna. Por exemplo: como os processos de destradicionalização e
individualização se refletem no consumo alimentar moderno? Tais mudanças, reforçadas pelas
recentes crises alimentares também são discutidas através das reações de diferentes sociedades
– como condição de transformação da representação social de alimentação e segurança alimentar,
bem como de um processo de reflexividade (ou não!) que preparou o terreno para a chegada dos
alimentos geneticamente modificados.
19
Nesse sentido, o LACCOS tem contribuído para o estudo das representações da aids por tais grupos (ver, por
exemplo, Giacomozzi & Camargo, 2004).
95
V. Alimentação na modernidade reflexiva
Um debate sobre a alimentação é também um
debate sobre a organização da sociedade.
Jean-Pierre Poulain
A questão da alimentação é freqüentemente discutida e retomada como exemplo nos
debates contemporâneos sobre globalização, comércio internacional, direitos humanos e
destruição ambiental (Silva, 2006). Desse modo, nos debates sobre a alimentação, pode-se ver
que são as questões da sociedade que estão em jogo (Poulain, 2004). Como a sociedade reage
frente a questões como: fome e desigualdade social, novos riscos alimentares, pressões
econômicas, políticas e segurança alimentar? Como ela se organiza frente a isso? Quais são as
representações sociais dos diferentes grupos envolvidos nessa questão? Como essas
representações mudam e o que isso significa na prática social e alimentar?
Tomemos o exemplo do alimento e as representações que ele implica, ou que estão associadas a
ele. Os sistemas de oposições que podem ser discernidos ali são normalmente acordos entre o
biológico e o social, entre preocupações sobre saúde ou sobrevivência (imagens do corpo e do self
em relação a outros) e memórias ou culinárias culturais que fundamentam e posicionam os grupos
uns em relação aos outros. E nesse trio “alimento/corpo, saúde/cozinha, gosto” constata-se
regularmente o reaparecimento de tais temas como o “tradicional”, o “natural” e o “sofisticado
ancorados nas “noções-imagemcorrespondentes “terra”, “saúde ou beleza”, “distinção” onde
se pode facilmente ver os campos semânticos que eles geram tão abundantemente entre nossos
contemporâneos. E diferentes tipos de “leis” (médicas, patrimoniais, etc) serão aplicáveis de
acordo com cada um desses temas, desde as “regras” de consumo que são delas derivadas, até a
multiplicidade de imagens e sentidos que isso produz. Desse ponto de vista, o interessante é
medir como representações alimentares, índices de novas categorizações do social, são
constantemente recompostas; como limites nas apresentações sócio-históricas são
subvertidos; e, finalmente, como algumas representações possuem um impacto direto nas
mudanças em prática [grifo nosso] (Moscovici, 2003, p. 249).
Assim, ao se analisar as mudanças ocorridas na alimentação na modernidade, pode-se
evidenciar nesse campo alguns dos tópicos discutidos nos capítulos anteriores, tais como:
destradicionalização, quebra das normas e mudança de representações, multiplicação e
contradição dos especialistas, individualização e ansiedade dos consumidores, novas formas de
organização social e política, entre outros.
96
V.1. Modernidade e mudanças na alimentação
Com a modernidade alimentar surgiu a
crise moderna do regime.*
Claude Fischler
Segundo Fischler (1979), nos países desenvolvidos, a modernidade alimentar,
caracterizada por uma situação de superalimentação, obesidade e desregulamentação do apetite
(bulimia, anorexia), leva a crer que, no universo urbano, desenvolveu-se uma “psicopatologia da
alimentação quotidiana”* (p. 189). De acordo com esse autor, fisiologistas demonstraram que
existe uma “sabedoria do corpo” em relação à alimentação, ou seja, um mecanismo de regulação
que mantém os estados de equilíbrio entre fome/saciedade. Porém, esse autor se questiona sobre
se, uma vez que existe tal sabedoria do corpo, como explicar que cada vez mais o homem come
mais do que ele precisa. Fischler aponta que uma das explicações mais freqüentes é que, na
sociedade moderna, a proliferação de estímulos externos que solicitam sem parar nosso apetite
faz com que os sinais internos de satisfação não sejam reconhecidos, causando um curto-circuito
no sistema de regulação. Assim, “a ‘sabedoria do corpo’ é enganada pela ‘loucura da cultura’”*
(p. 191).
Nesse tipo de explicação, a cultura encobre a natureza humana. Contudo, Fischler
argumenta que não é a penas a cultura em si que contribui para perturbar os mecanismos de
regulação, mas sim a crise da cultura que atravessa os países desenvolvidos, principalmente a
desagregação ou a destruição dos sistemas normativos e de controle social que regiam
tradicionalmente as práticas e as representações alimentares”* (p. 191).
Além disso, esse autor também considera o lado biológico e alega que, ao invés de haver
uma sobreposição da cultura sobre a natureza, a alimentação moderna leva ao retorno de alguns
mecanismos biológicos que são ativados pelo desenvolvimento da modernidade. Uma hipótese
que Fischler lança é que talvez os dispositivos reguladores do apetite sejam mais eficazes para
enfrentar uma falta de alimentos do que para refrear os excessos, ou seja, que o homem é
biologicamente mais apto para afrontar a situação de insegurança alimentar do que a abundância
permanente, característica de algumas sociedades na modernidade.
Assim, para explicar quais são os processos que contribuíram para perturbar os
mecanismos de regulação, esse autor faz uma análise das mudanças, de ordem social, cultural e
‘natural’, que ocorreram na produção dos alimentos ao longo do tempo.
97
Conforme Fischler, durante mais de 99% do tempo desde seu surgimento, o homo sapiens
viveu da caça e da coleta, um regime caracterizado pela alternância entre períodos de abundância
e escassez alimentar. Esse autor hipotetiza, então, que pode ter sido durante esse período da
evolução humana que um número de características filogenéticas foi selecionado, incluindo as
referentes à alimentação. Porém, ele argumenta que frente à situação alimentar da modernidade,
já descritas:
Nós estamos então na presença de um tipo de paradoxo crítico da evolução biocultural: uma
‘demanda’ biológica selecionada em um período antigo da filogênese teve um papel motor, ao
que tudo indica, em certos desenvolvimentos econômico-sício-históricos que tendiam a satisfazê-
la. Mas esses desenvolvimentos tomaram uma tal amplitude que o dispositivo biológico passa a
ameaçar o que antes ele protegia* (p. 195).
Fischler explica que o homem precisa de uma ampla variedade de alimentos para
conseguir todos os nutrientes necessários para a sua sobrevivência. No entanto, enquanto animal
onívoro, o homem se encontra num paradoxo entre a neofilia e a neofobia. Por um lado, ele
precisa experimentar novos alimentos para satisfazer suas necessidades metabólicas e se adaptar
às mudanças do seu meio ambiente. Por outro lado, ele deve desconfiar de alimentos
desconhecidos para evitar riscos como alimentos que são tóxicos para ele. Esse paradoxo gera
uma ansiedade nos homens que é característica da alimentação humana e que, conforme Fischler,
é reativada na modernidade alimentar.
Com o surgimento da agricultura, a quantidade de fontes alimentares aumentou e a
estocagem de alimentos também se tornou possível. Porém, a agricultura diminuiu
consideravelmente a diversidade de alimentos consumidos, introduzindo uma monotonia na
alimentação humana. Este processo fez com que a alimentação se pautasse em um produto de
base (cereais, pão, batata...), sendo complementado por uma carne. Fischler coloca que a “crise
da produção do produto de base tem conseqüências catastróficas: a desnutrição pura e simples de
populações inteiras, a fome”* (p. 197). Entretanto, geralmente são os complementos do produto
de base que faltam e a conseqüência disso é a desnutrição. Os sistemas baseados na produção
agrícola também são marcados pela alternância de períodos fartos e escassos de comida, mas
outra característica que aparece é a flutuação das espécies consumidas, introduzindo a
característica cíclica da alimentação.
Fischler afirma que a revolução industrial, os rendimentos crescentes da produção
agrícola e o desenvolvimento das cidades, criaram “uma modernidade alimentar que vai
transformar, ou mesmo inverter, a relação do homem com sua comida”* (p. 199). Nos países
98
ricos, a modernização da agricultura e a industrialização agro-alimentar eliminaram, em grande
parte, a fome. Nas sociedades ditas desenvolvidas, o consumo dos alimentos de exceção
aumentou consideravelmente, enquanto que o de produtos de necessidade baixou. As novas
técnicas de conservação da indústria agro-alimentar conservam os alimentos por um tempo muito
maior e a modernização do sistema de distribuição permitiu o consumo dos produtos mais
diversos, sem restrição de origem, estação ou clima. Porém, com a modernização do sistema
agro-alimentar, o homem perdeu progressivamente todo contato com o ciclo produtivo dos
alimentos. Essa situação moderna de alargar o repertório alimentar “provoca igualmente uma
homogeneização dos alimentos: os produtos que agora encontramos nos supermercados são cada
vez mais freqüentemente os mesmos de uma região à outra, se não de um continente a outro”* (p.
200). Por outro lado, se o surgimento da agricultura reduziu a diversidade de alimentos
consumidos a algumas espécies, a modernização alimentar reduziu também as variedades de cada
espécie (cereais, frutas, legumes e verduras).
Fischler argumenta que a alimentação moderna aboliu a alternância entre os períodos de
abundância e escassez, tornando a fartura o “normal”, ou seja, substituiu-se a alternância pela
alternativa. Mas junto com a segurança e a liberdade que a alternativa proporciona, surgem
também sentimentos de angústia e insegurança de ter que escolher.
Outra questão que esse autor destaca é que os progressos tecnológicos e industriais
levaram à substituição dos produtos artesanais por outros industriais e também a uma baixa das
qualidades gustativas dos alimentos. Além disso, a partir dos anos 60, começa uma obsessão com
a higiene e a pureza, que na esfera alimentar se traduz por uma consumação massiva de sinais da
pureza, tais como: a cor branca nos alimentos e nos lugares de venda, a utilização do filme
plástico, utensílios plásticos, processos de conservação e higiene, esterilização etc. Fischler
também aponta que com a obsessão de pureza biológica aparece uma obsessão de pureza
química. “De fato, a tecnologia alimentar consegue manipular e controlar todas as características
sobre as quais se funda nosso reconhecimento dos alimentos: forma e aparência, textura, cor,
cheiro, gosto”* (p. 201). Assim, esse autor afirma que a população descobre com angústia que a
modernização alimentar, ao mesmo tempo em que protege a população de perigos como a falta e
o perecimento dos alimentos, também impõe novos riscos. A população descobre a existência de
aditivos, corantes, aromatizantes, conservantes, herbicidas nos alimentos etc. Junto com uma
“tomada de consciência”, surge a “crise de confiança”* (p. 200).
99
Além dessas mudanças na produção dos alimentos, a modernidade produz mudanças nas
regras sociais da alimentação. Com os processos de destradicionalização/indiviualização, “o
regime alimentar se torna o objeto de uma decisão individual”* (p. 205). A escolha dos alimentos
que então era ditada pelas fontes, pelo grupo, a tradição, os rituais e as representações as
normas –, passa a ser somente da responsabilidade do indivíduo. “No coração da crise do regime,
passa-se da gastro-nomia à gastro-anomia”* (p. 206).
Poulain (2004) lembra que a gastro-anomia, conseqüência da modernidade alimentar, é
caracterizada, segundo Fischler, por três fenômenos concomitantes: uma situação de
superabundância alimentar e a diminuição dos controles sociais, descritas, mas também por
uma multiplicação dos discursos sobre a alimentação.
É na brecha da anomia que proliferam as pressões múltiplas e contraditórias que se exercem sobre
o comedor moderno: publicidade, sugestões e prescrições diversas, e, sobretudo, cada vez mais,
advertências médicas. A liberdade anômica é também um conflito ansioso* (Fischler, 1979, p.
206).
Por exemplo, qual é a dieta mais saudável, que alimentos estimulam o câncer, as doenças do
coração etc.? O consumidor deve navegar num mar de informações difundidas nos meios de
comunicação e transmitidas pelos médicos que podem ser altamente contraditórias e também
desmentidas em tempo acelerado (Guivant, 2002b, p. 91).
Fischler conclui seu artigo mostrando que a outra face da anomia alimentar moderna se
traduz em uma busca constante por um equilíbrio alimentar. De fato, Guivant (2002b) afirma que
a reflexividade dos consumidores “sobre a saúde e a qualidade de vida tem emergido não
apesar da falta de acordo científico sobre os riscos, mas justamente por causa destes” (p. 90).
V.2. Consumo alimentar, reflexividade e representações sociais
[Os cidadãos] estão usando a informação para fazer
escolhas conscientes para a ecologização de seus
estilos de vida individuais e para padrões mais
sustentáveis de moradia, alimentação e mobilidade?*
Gert Saargaren
O reconhecimento da importância de lidar com os riscos produzidos pela humanidade,
incluindo os riscos alimentares, ampliaram a questão da responsabilidade ambiental da esfera da
produção também para a esfera do consumo (Silva, 2006). Alguns autores trabalham com a
questão do consumo na segunda modernidade (Bauman, 2000, 2001), com a hibridização do
100
papel de consumidor e cidadão, e com o consumo político
20
(Spaargaren, 2005). Porém, Guivant
(2006a) chama a atenção para o fato de que o consumo alimentar é um “tipo de consumo
específico, que demanda decisões diferentes de outras áreas do consumo” (p. 76). Nesse sentido,
alguns autores têm trabalhado especificamente a questão da reflexividade no consumo alimentar
(Spaargaren, 2005; Guivant, 2001, 2002b, 2004; Silva, 2006).
Guivant (2004), por exemplo, faz uma análise do papel do setor supermercadista na
comercialização de produtos orgânicos, dos tipos de consumidores e das diferentes estratégias
envolvidas na comercialização e no consumo desses produtos. Segundo essa autora, desde a
década de 90, os supermercados têm assumido um papel importante no abastecimento de
alimentos, incluindo aí o setor de frutas, legumes e verduras (FLV). E, atualmente, há um
crescimento considerável do setor de produtos alimentícios considerados “saudáveis”, como o
setor de FLV e o setor de produtos diet/light. É dentro desse nicho que os supermercados estão
cada vez mais dando importância aos alimentos orgânicos.
Assim, para Guivant, “o consumo crescente de orgânicos nos supermercados é parte de
uma demanda mais ampla por alimentos saudáveis” (p. 64). Porém, essa autora argumenta que tal
demanda “faz parte de um estilo de vida que tem sido caracterizado como ego-trip, em contraste
com o ecológico-trip” (idem). Segundo a autora, o estilo de vida denominado ecológico-trip é
caracterizado pela reflexividade sobre a relação entre o consumo e o meio ambiente. O consumo
de produtos bio (incluindo os orgânicos) leva em conta não apenas os benefícios para a saúde do
consumidor, mas também as responsabilidades sociais do cidadão que procura consumir produtos
que tenham um impacto reduzido no meio ambiente e social – os orgânicos, por exemplo, são em
grande parte produzidos pela agricultura familiar ou pequenos agricultores. Esses consumidores
compram alimentos orgânicos em feiras especializadas ou através de cestas entregues a
domicílio. O estilo de vida ecológico-trip ultrapassa a esfera alimentar e a preocupação ambiental
e social se reflete também em outras esferas do consumo (habitação, mobilidade, vestuário, lazer
etc). Entretanto, Guivant enfatiza que “mesmo neste caso, devemos ter cuidado de não idealizar
este consumidor” (p. 78).
o consumidor de produtos orgânicos dos supermercados, identificado com o estilo de
vida ego-trip, procura benefícios para a saúde. Isso é realizado não apenas através do consumo de
orgânicos que não exclui o consumo de outros produtos mas de diferentes maneiras, “tendo
20
Polítical consumerism, no original.
101
atualmente a disposição uma oferta especializada da agricultura e da indústria, que tem
desenvolvido, num processo acelerado, uma ampla gama de produtos para demandas
segmentadas: prevenção de doenças, melhoria da performance intelectual, sexual, esportiva,
dentre outras” (Guivant, 2004, p. 78). Desse modo, “não se trata de consumidores ativistas
sociais ou identificados com os pontos de vista filosóficos dos novos movimentos sociais
ambientalistas ou movimentos de agricultura orgânica” (p. 77).
Silva (2006) pesquisou as razões que levam os consumidores a comprar alimentos
convencionais, orgânicos ou geneticamente modificados nos supermercados da cidade de
Curitiba. Sobre os fatores que os consumidores levam em consideração para sua compra, o mais
importante foi o preço (76,2%), seguido dos benefícios à saúde (54,2%), a marca (36%), a
apresentação do produto (28,3%), e outros motivos, como a qualidade e sabor (12,3%) e os
impactos ambientais (12,2%). Nesse sentido, apesar da saúde ser um fator importante, a compra
de produtos orgânicos muitas vezes fica em segundo plano, uma vez que o preço desses produtos
é mais caro e a aparência não é tão atrativa quando comparados com os produtos convencionais.
Menasche (2004) pesquisou as representações sociais sobre alimentação e os hábitos
alimentares de consumidores da cidade de Porto Alegre e também constatou que esses
consumidores buscavam uma alimentação saudável. Eles desqualificavam os produtos
industrializados, apresentavam ansiedade frente aos possíveis riscos alimentares e valorizavam os
produtos percebidos como “naturais” ou vindo diretamente do campo. Por outro lado,
corroborando as pesquisas anteriores, as práticas alimentares desses consumidores muitas vezes
contradiziam suas representações de uma alimentação saudável. Muitos entrevistados relatavam
procurar “basear a alimentação só em produtos orgânicos”, ou “fazer o próprio molho de tomate”
para escapar dos produtos industrializados, mas não dispensavam, por exemplo, uma coca-cola
para acompanhar as refeições.
Essas pesquisas mostram que “os consumidores reflexivos podem estar filtrando
informações transmitidas pela mídia, pelos sistemas peritos diversos na área de saúde, pelos
familiares e amigos, mas nem sempre seguem fielmente estas orientações” (Guivant, 2004, p.
77). Desse modo, o consumo de produtos como os orgânicos pode ser ocasional, e apenas um
entre outras práticas consideradas saudáveis” (idem).
A questão da reflexividade dos consumidores/cidadãos em relação à alimentação pode ser
analisada em uma esfera mais ampla que inclui não o consumo, mas toda a cadeia alimentar
102
que diz respeito à crise das normas e instituições responsáveis pelo sistema de segurança
alimentar frente aos riscos alimentares. A reflexividade, nesse caso, não se traduz apenas no ato
de comprar, mas no questionamento e transformação de tais normas e instituições.
As freqüentes marchas e contramarchas da pesquisa científica sobre a relação entre alimentos e
saúde acabam não estimulando as incertezas entre o público consumidor como também
provocando dúvidas em relação à confiabilidade das próprias informações científicas e das
instituições que as emitem, acirrando os conflitos entre o conhecimento leigo e o perito (Guivant,
2002b, p. 90-91).
No próximo item, analisamos as transformações ocorridas na concepção, regulamentação
e representação de segurança alimentar, o papel das recentes crises alimentares e a mudança na
relação entre leigos e especialistas decorrentes dessa transformação.
V.3. Crises alimentares e segurança alimentar
De hoje em diante, o mundo divide-se, pois, entre
os que comem ou temem faltar alimento e os que
têm medo de seus alimentos.
Jean-Pierre Poulain
Segundo Poulain (2004), até os anos 90, a noção de segurança alimentar se referia a um
conjunto de dispositivos empregados na luta contra o risco de fome em algumas regiões do
mundo. Porém, nas sociedades desenvolvidas, a situação de superabundância alimentar e as
recentes crises alimentares pelas quais estas passaram, fizeram com que esta expressão assumisse
um sentido novo. Nessas sociedades, o risco não se refere mais à falta ou à escassez de alimento,
mas à qualidade deste, tratando de questões como: intoxicações químicas ou microbiológicas,
conseqüências do uso de novas tecnologias aplicadas à produção e à transformação alimentar ou
ainda patologias recentemente descobertas.
Conforme Guivant (2002b), a segurança alimentar abrange a produção primária dos
alimentos; os processos industriais, de estocagem, distribuição e comercialização; o controle dos
elementos patogênicos, químicos e tóxicos; além de temas como nutrição, qualidade dos
alimentos, rotulação e educação.
Essa autora aponta que, a partir dos anos 60, “os estudos técnico-quantitativos sobre os
riscos alimentícios passaram a ser realizados com a contribuição de rias disciplinas:
toxicologia, epidemiologia, saúde pública, estatística, ciências dos alimentos, microbiologia,
agronomia, medicina veterinária, tecnologia dos alimentos, engenharias” (p. 91). Essa abordagem
técnico-quantitativa busca estimar os riscos através de cálculos quantitativos, estabelecendo
103
standards ou níveis de aceitabilidade. Já nos anos 70 e 80 surgiram diversas críticas a tais
métodos como a “falta de dados científicos e quantitativos para relacionar a exposição a
substâncias químicas e os riscos à saúde; divergências dentro da comunidade científica sobre
como interpretar as evidências e as incertezas dos resultados” (p. 92). Em resposta a essas
críticas, os métodos foram cada vez mais sofisticados e se iniciou uma discriminação das
percepções dos leigos. A partir do fim dos anos 90, busca-se um sistema de segurança alimentar
que possibilita a prevenção em todas as etapas do processo alimentar e reconhece-se a existência
de áreas de incerteza na avaliação dos riscos alimentares (como no caso de produtos químicos nos
alimentos, doenças como a vaca louca e os transgênicos). A partir de então,
1) a própria definição de segurança alimentar passa a ser entendida como um valor social; 2)
reconhece-se a importância de fatores sociais influenciando o papel e o uso das gestões de risco e
3) recomenda-se que a percepção dos consumidores seja incorporada, não só no plano da
comunicação, mas permeando os outros processos da análise dos riscos (Guivant, 2002b, p. 92).
Silva e Amaral (2004) argumentam que até início dos anos 90, “a segurança sanitária dos
alimentos esteve presente no comércio internacional com finalidade corretiva e, em alguns casos,
protecionista, de acordo com a estratégia adotada pelos países desenvolvidos de se tornarem auto-
suficientes na produção alimentar” (p. 43). Porém, as crises alimentares ocorridas no final da
década de 90, em particular a doença da “vaca louca”, deram um destaque importante para a
questão da segurança alimentar porque os problemas nessa área geram reflexos, imediatos e
graves, de ordem econômica (Silva & Amaral, 2004) e política (Fischler, 2000).
Segundo Silva e Amaral, essa importância pode ser comprovada pelos altos gastos que
alguns países como o Reino Unido e os países asiáticos tiveram para enfrentar a perda de
credibilidade por parte de seus cidadãos e do comércio internacional, no consumo interno e nas
exportações de carne bovina e de frango, a partir das crises da “vaca louca” e da gripe aviária.
Conforme esses autores, essas crises também se refletem em documentos dos órgãos
internacionais responsáveis pela segurança alimentar, “primeiramente com atitudes isoladas,
como as adotadas pela CEE, e depois defendidas por organismos internacionais que se dedicam à
questão da alimentação, da segurança alimentar e da defesa da saúde do homem, como a FAO e a
OMS
21
” (p. 43).
21
Comunidade Econômica Européia (CCE), Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
(FAO) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
104
Em 2003, a FAO elaborou um documento “que apresenta uma nova estratégia de
abordagem da segurança sanitária e da qualidade dos alimentos, em conformidade com o
princípio da visão do conjunto da cadeia alimentar” (Silva & Amaral, 2004, p. 40). Assim,
assume-se “que a responsabilidade de uma alimentação sadia e nutritiva é de todos os integrantes
da cadeia alimentar, isto é, de todos aqueles que produzem, transformam, comercializam ou
consomem os alimentos” (idem).
Esses autores colocam que a implementação de tal proposta a ser estendida a todos os
países participantes do comércio internacional exige: políticas favoráveis; regulação
internacional, nacional e local; programas de controle dos alimentos ao longo de todo o processo
de produção, comércio e consumo alimentar; e informação, educação e formação de todas as
partes envolvidas no circuito.
Assim, a FAO propõe a passagem do modelo estritamente repressivo para um preventivo. No
modelo tradicional repressivo, as atividades de segurança sanitária se resumiam à aplicação de
regras com o objetivo de suprimir a posteriori os alimentos contaminados dos mercados. Na nova
orientação, preventiva, os sistemas de segurança sanitária deverão ser baseados em estratégias
integradas de redução dos riscos mais graves ao longo da cadeia alimentar, por meio de análise
que compreende a avaliação, a gestão e a comunicação de riscos. Pela estratégia apresentada,
desempenhará papel importante a rastreabilidade na cadeia alimentar e caberá aos Estados fixar,
impor e controlar as normas de segurança sanitária, enquanto outras normas de qualidade (dos
tipos sabor e aparência) poderão ser confiadas ao setor privado (p. 40).
Silva e Amaral observam que essa nova abordagem preventiva já está alterando o quadro
de forças no comércio internacional de alimentos, e que os países que atendem tais exigências de
segurança alimentar têm mais poder. Nesse sentido, eles afirmam que os países desenvolvidos se
encontram em uma posição privilegiada, uma vez que com as recentes crises, eles reviram seus
sistemas de segurança alimentar, adaptando-os a um modelo mais próximo ao proposto pela
FAO.
Os países em desenvolvimento, por outro lado, se encontram em desvantagem, já que
“enfrentam problemas de crescimento demográfico galopante, de urbanização descontrolada, de
importância do setor informal na produção e da distribuição de produtos frescos e transformados
e de natureza ambiental, que expõem os consumidores a um grande número de riscos potenciais”
(p. 41). Esses autores também chamam a atenção para o fato de que mesmo quando as normas de
segurança alimentar desses países são compatíveis com as normas internacionais, eles ainda
enfrentam outros problemas, como a falta de capacidade técnica e institucional de controle e de
aplicação. Além disso, esses autores argumentam que a maioria da população desses países se
105
encontra em uma situação na qual segurança alimentar ainda significa ter acesso aos alimentos.
Os cidadãos são mal informados e menos sensíveis às questões ligadas à segurança
sanitária, o que pode dificultar a implementação de políticas nesse sentido” [grifo nosso] (idem).
Esses autores tomam o Brasil como exemplo de país em desenvolvimento, cujo objetivo
principal da segurança alimentar ainda é erradicar a fome. A estratégia empregada até hoje á a
implementação de programas assistencialistas que não conseguem resolver este problema “que é
muito mais de acesso do que de disponibilidade de alimentos e exige uma política efetiva de
redistribuição de renda” (p. 42).
Guivant (2006b) concorda com esses autores nesse sentido. Segundo ela, o sistema de
segurança alimentar no Brasil não é confiável em nenhuma de suas etapas (produção, estocagem,
distribuição, comercialização, fiscalização etc.). Isso porque a própria estrutura governamental
envolve conflitos de interesses dentro do sistema de controle da segurança alimentar, gerando
fragmentação das políticas nas ações locais e federais. Também não transparência de
informações aos consumidores, uma vez que não se sabe quem toma as decisões, além de
faltarem dados oficiais sobre, por exemplo, contaminações alimentares.
Guivant (2001) coloca que, nos países desenvolvidos, quando as crises alimentares
expõem as deficiências do sistema de controle de riscos, surgem casos de pânicos e medos
alimentares e uma crise de confiança nos sistemas peritos, no governo e nas instituições
responsáveis pela segurança alimentar. Por outro lado, aumenta também a reflexividade da
população que passa a exigir uma revisão do sistema de produção e controle alimentar, buscando
uma participação nos processos decisórios. No caso do Brasil, essa autora afirma que:
muito menos denúncias destes riscos e, portanto, menos casos de pânicos na população. Mas,
obviamente, isto não implica afirmar que os riscos não existam porque os sistemas que procuram
garantir a segurança alimentar sejam mais eficientes, e sim que não existem recursos técnicos
nem funcionários suficientes para analisá-los e detectá-los. Diante desta generalizada
precariedade de controle e fiscalização dos alimentos, o público consumidor está diante de uma
expectativa de controle zero dos riscos. mais uma atitude de resignação ou indiferença
frente aos possíveis riscos junto com o desconhecimento de sua dimensão. Estas atitudes dos
consumidores devem ser avaliadas sem se desconsiderar as desigualdades sociais e a ameaça de
muitos outros graves riscos à saúde pública (remédios falsificados, situação precária de
atendimento hospitalar etc.), assim como os avanços significativos nos direitos dos consumidores
a partir da vigência do Código do Consumidor [grifo nosso] (Guivant, 2001, p. 107-108).
A noção de reflexividade no sentido de reflexo pode ser introduzida aqui, com os riscos da
modernidade sendo gerados, mas sem se tornar um assunto público ou o centro de conflitos
políticos. Ainda seria válido, nesse caso, falar de sociedade industrial’ que produz e legitima
simultaneamente os riscos como residual* (Guivant, 2002a, p. 240).
106
Guivant (2006b) reconhece que o Código de Defesa do Consumidor brasileiro é bastante
avançado, porém, ainda é pouco usado pelos consumidores no campo do consumo alimentar. A
ineficiência do sistema de segurança alimentar no Brasil se estende a todas as classes sociais.
Segundo essa autora, os consumidores que possuem um poder aquisitivo maior e que estão mais
preocupados com os riscos alimentares, ainda podem tentar “buscar segurança amparando-se nos
sistemas de controle do setor privado (supermercados, grandes empresas do setor de alimentos e
crescente oferta de produtos orgânicos)” (s/p), mas afirma que esse setor também apresenta
limitações. Nesse sentido, essa autora explica que:
O tipo de reflexividade que pode predominar nas classes média e alta não é uma que
necessariamente nega ou ignora os riscos, mas uma que percebe um certo avanço no controle do
risco alimentar, a situação atual pode ser avaliada como positiva, em conjunção com um
sentimento de impotência em relação a uma ainda área cinza de riscos desconhecidos* (Guivant,
2002a, p. 241).
Contudo, Guivant argumenta que são os setores mais carentes que têm menos opções e
enfrentam mais riscos, “sobretudo por viver em condições precárias, que facilitam a
contaminação dos alimentos, além de estar à mercê de produtos adulterados ou de origem
clandestina” (2006, s/p).
A crise da “vaca louca”, discutida no primeiro capítulo, gerou diferentes reações por
parte das sociedades atingidas. Em muitos países europeus, essa crise contribuiu não apenas para
mostrar as falhas da ciência no controle dos sistemas segurança alimentar, mas levou também a
uma discussão sobre e revisão das normas que regulam tais sistemas, incluindo a participação da
sociedade nos processos decisórios sobre os riscos.
Os reflexos dessa crise foram sentidos no Brasil em fevereiro de 2001 quando o Canadá e
depois o North America Free Trade Agreement (NAFTA) embargaram a carne brasileira devido a
uma suspeita de contaminação com EEB. Criadores de gado haviam comprado gado da
Inglaterra, Alemanha e França depois que a infecção do gado na Inglaterra tinha sido confirmada.
O embargo destacou a ineficiência do sistema de controle sanitário animal do Brasil, uma vez que
não foi possível identificar imediatamente o destino do gado importado (Guivant, 2002a).
Guivant explica que o embargo levou a uma aliança no país que integrava atores com
diferentes posicionamentos políticos e mesmo posições opostas em relação a assuntos como os
transgênicos. Segundo essa autora, o discurso dessa coalizão não concordou com as queixas
contra a falta de controle do sistema de segurança alimentar, e interpretou o embargo como tendo
razões econômicas e políticas devido à disputa comercial na Organização Mundial do Comércio
107
(OMC) entre o Canadá e o Brasil por causa de subsídios à fabricação de aviões. Assim, a crise
nacional da EEB “em vez de provocar uma reflexão crítica sobre o sistema de segurança
alimentar do Brasil, gerou uma resposta nacionalista, e não levou a uma discussão sobre a
vulnerabilidade da saúde dos consumidores e a sustentabilidade do ambiente rural”* (Guivant,
2002a, p. 242).
Allain e Camargo (2007) partem dos argumentos dos autores supracitados sobre
segurança alimentar no cenário mundial e nacional, para hipotetizar que, atualmente, co-existem
duas representações sociais de segurança alimentar que podem levar a práticas diferentes. Uma
representação de segurança alimentar como expectativa de controle sobre a qualidade dos
alimentos que leva a práticas mais reflexivas, como a exigência de mais controle e de
participação social; e outra representação de segurança alimentar como simples direito à
alimentação que leva atitudes de resignação frente aos riscos alimentares. Levando em conta a
importância da mídia na formação das representações sociais (Moscovici, 1978) e da
reflexividade (Beck, 1997), assim como o pressuposto de que a mídia teve um papel fundamental
na “amplificação social” dos riscos alimentares em determinadas sociedades (Gaskell, Bauer,
Durant & Allum, 1999; Fischler, 2000; Frewer, Miles & Marsh, 2002), Allain e Camargo
conduziram uma pesquisa documental sobre o que a mídia impressa brasileira divulga para a
população sobre a questão da segurança alimentar, buscando investigar que representações
sociais são divulgadas.
Nessa pesquisa, foram analisados todos os artigos publicados sobre “segurança alimentar”
em dois jornais nacionais de grande circulação (A Folha de SP e O Estado de SP) no período
entre 2000 e 2005. Apesar do número alto de publicações (674 artigos), com exceção do ano de
2003, esse tema não recebeu muita atenção da mídia brasileira. Os anos de 2000, 2001 e 2002
possuem uma média de 51 artigos publicados por ano. O ano de 2003, caracterizado por um
número muito elevado de publicações (403 artigos), foi o ano da implementação do projeto social
“Fome Zero”, considerado como carro-chefe da campanha e do início da administração do
governo Lula, que assumiu o poder nesse mesmo ano. No entanto, a maioria dos artigos
publicados nesse ano se limita a discutir os problemas da implementação desse programa sem um
questionamento sobre as razões do problema da fome no Brasil, nem sobre a questão da
segurança sanitária alimentar. Os anos de 2004 e 2005 voltam a apresentar um número baixo de
publicações sobre esse assunto.
108
Os resultados dessa pesquisa documental mostram que o tema da segurança alimentar no
Brasil ainda é retratado como uma luta contra a fome. 76,84% do total do conteúdo dos artigos
fazia referência à segurança alimentar nesse sentido. Esses artigos mostram iniciativas e esforços
no combate à situação de insegurança alimentar (fome e subnutrição) de uma grande parcela da
população brasileira e mundial através de programas assistencialistas, como o “Fome Zero”, ou
de programas de cooperação internacional.
Somente 15% do total do conteúdo dos artigos relacionava a segurança alimentar a
questões que, normalmente, estariam associadas a riscos alimentares, como: qualidade dos
alimentos, doenças (vaca louca, gripe aviária) e o caso dos transgênicos. No entanto, a maioria
desses artigos discute a questão dos riscos no cenário internacional, explorando a diferença entre
a aceitação dos produtos geneticamente modificados por mercados como o dos Estados Unidos e
da Argentina e a não aceitação pela Europa, marcada pela crise da vaca louca que aumentou o
medo desses países em relação aos riscos alimentares. Os artigos que discutem essa questão no
cenário nacional se restringem aos aspectos jurídicos e econômicos, sem considerar os riscos que
essa tecnologia pode trazer para a saúde humana, o meio ambiente nem os impactos para a
sociedade como um todo.
Esses autores também analisaram a evolução de como o assunto foi tratado ao longo dos
seis anos considerados, relacionando os diferentes conteúdos com os anos de publicação. Nesse
sentido, nota-se que o conteúdo que trata (mesmo que superficialmente) da questão dos riscos
está associado aos anos 2000 e 2001. A partir de 2002 (ano de eleição presidencial) e,
principalmente, a partir de 2003 (ano da posse do governo Lula), o conteúdo dos artigos
representa a segurança alimentar como uma luta contra a fome. Assim, a mídia impressa
brasileira pode ter contribuído para reforçar a representação social de segurança alimentar dos
brasileiros no sentido de ter acesso aos alimentos e não para um processo de reflexividade (tanto
no sentido de refletir mostrar –, como de reflexão) sobre os riscos alimentares e o sistema de
controle alimentar brasileiros, o que pode contribuir para atitudes de resignação, indiferença ou
impotência pela população apontadas por Guivant (2001, 2002a).
Os argumentos apresentados nesse capítulo mostram que a situação de segurança
alimentar (tanto no sentido básico de direito e acesso ao alimento, como referente às normas e
instituições de controle) dos países mais desenvolvidos, especialmente os europeus, é muito
109
diferente da situação do Brasil. Nesses países, a maioria dos cidadãos não precisa se preocupar
com o acesso à comida, passando a se preocupar com a qualidade dos alimentos. A confrontação
com os recentes riscos alimentares levou, na maioria desses países, a atitudes reflexivas de
questionamento e revisão dos sistemas de controle, buscando uma participação pública em todas
as etapas do gerenciamento de riscos e não penas na comunicação dos mesmos.
A situação do Brasil pode ser resumida nos seguintes pontos:
1 Uma grande parcela da população brasileira ainda vive em situação de fome ou
subnutrição;
2 O sistema de segurança alimentar no Brasil é ineficiente tanto na questão da solução
do problema de distribuição de alimentos o problema da fome é combatido com programas
assistencialistas paliativos (Silva & Amaral, 2004), quanto na questão de segurança sanitária dos
alimentos (Guivant, 2001);
3 Não um conhecimento público dessa situação de ineficiência, o que gera atitudes
de indiferença frente aos riscos (Silva & Amaral, 2004, Guivant, 2001); as representações sociais
divulgadas sobre segurança alimentar na mídia brasileira enfatizam o combate à fome, deixando
pouco espaço para uma reflexividade sobre riscos alimentares (Allain & Camargo, 2007);
5 Dessa maneira, o sistema de controle de segurança alimentar não é uma preocupação
pública no Brasil. Mesmo entre as classes média e alta, a percepção desse sistema, muitas vezes,
pode ser vista como um avanço no controle sanitário dos alimentos (Guivant, 2002a);
6 A reflexividade dos consumidores em relação à alimentação se restringe à questão da
saúde. Mesmo assim, muitas vezes, isso não implica práticas sociais coerentes por parte dos
consumidores (Guivant, 2004);
7 O Brasil, em muitos sentidos, ainda pode ser visto como uma sociedade de risco
residual, na qual argumentos econômicos prevalecem sobre a saúde do consumidor e o impacto
sobre o meio ambiente. Um exemplo disso foi a reação do governo e da sociedade frente aos
reflexos da crise da vaca louca no Brasil, que gerou uma resposta nacionalista, sem um
questionamento do sistema de controle de segurança alimentar (Guivant, 2002a).
É nesse cenário de contrastes que chegam os transgênicos. Se por um lado, em alguns
países, num contexto “de saturação de riscos alimentares, os transgênicos não constituem apenas
mais um exemplo de problemas que podem ser ocasionados por visões reducionistas tanto do
110
conhecimento leigo quanto do conhecimento perito” (Guivant, 2001, p. 107), e assim, eles se
tornam “a gota d’água que transbordou a confiança dos consumidores nos sistemas peritos”
(idem). Por outro lado, no Brasil, desde a sua chegada de forma clandestina os transgênicos
têm levado a uma forte discussão, muito mais sobre os aspectos econômicos do que dos riscos
que essa inovação tecnológica pode trazer.
No último capítulo teórico, tomando o caso dos transgênicos como exemplo, busca-se
analisar temas como: o impacto do surgimento de uma inovação científica; os limites da ciência
no controle de sistemas técnicos complexos; as contradições e incertezas científicas; os interesses
econômicos e políticos no desenvolvimento e implementação de uma tecnologia, bem como a
questão da soberania e dos limites dos governos em relação ao poder financeiro global; a
organização de diferentes coalizões contra e a favor a essa nova tecnologia; as diferentes
pesquisas sobre percepção pública; a necessidade de se levar em conta as diferentes visões e
valores dos vários grupos sociais no processo de formulação de políticas, a importância das
representações sociais nesse processo e o que tem sido feito até agora nesse sentido nos diferentes
países, incluindo o Brasil nesse debate.
111
VI. A biotecnologia moderna na agricultura: um exemplo de risco(s)
A questão da utilização de OGMs não deve ser mais
colocada em termos de aceitação, mas em termos
de co-construção*
Pierre-Benoit Joly
Biotecnologia é um termo bastante amplo, aplicado a todo tipo de uso de organismos
vivos, cobrindo uma gama de aplicações que podem ser divididas em duas categorias de
atividade: uma se refere a atividades consideradas mais tradicionais e familiares, e a outra a
atividades que são relativamente novas. Ambas as categorias abrangem tecnologias classificadas
como genéticas (que envolvem a modificação de traços passados de uma geração para a próxima)
e tecnologias que não são genéticas. (Union of Concerned Scientists).
Como exemplo de uma biotecnologia tradicional não genética, pode-se citar a
fermentação de microorganismos para a produção de vinho, cerveja e queijo. Um exemplo de
uma biotecnologia tradicional genética é a seleção de plantas e animais com traços desejados.
Essas tecnologias têm sido utilizadas com sucesso bastante tempo e são responsáveis pela alta
produtividade da agricultura contemporânea. (Union of Concerned Scientists).
Dentre as novas biotecnologias não genéticas, encontram-se técnicas que podem ser
consideradas controversas ou não-controversas. Um exemplo de técnica não-controversa é a
utilização de anticorpos monoclonais com aplicação diagnóstica (em testes de gravidez, por
exemplo). A clonagem também é uma nova biotecnologia não genética. Essa técnica não
modifica traços específicos, uma vez que ela transfere o núcleo inteiro que contém o conjunto
total de informação genética de um indivíduo. Entretanto, a clonagem de mamíferos, por
exemplo, é considerada altamente controversa. (Union of Concerned Scientists).
Em 1973, os cientistas Stanley Cohen e Herbet Boyer moveram um gene de um
organismo para outro, criando o primeiro organismo geneticamente modificado (OGM), surgindo
assim a “biotecnologia moderna”, também chamada de engenharia genética.
A engenharia genética é o exemplo de nova biotecnologia genética. Ela é baseada na
manipulação e transferência artificial de material genético, podendo mover genes e traços
ultrapassando os limites naturais, ou seja, de uma espécie para outra. (Union of Concerned
Scientists).
112
VI.1. Colapso de categorias
Eu queria cumprimentar os gays, as lésbicas e os
transgênicos.
Gastão Wagner, secretário executivo do
Ministério da Saúde. Folha de SP, 26/05/2004.
Como foi discutido no capítulo 4, Moscovici (1981) argumenta que a ciência, em seus
laboratórios, torna o familiar em não-familiar. Assim, ele postula como função primordial das
representações sociais transformar o não-familiar em algo familiar. Para tanto, Moscovici diz ser
preciso procurar o elemento de não-familiaridade que motivou a gênese de tal representação e
que foi absorvido. Essa transformação do não-familiar em algo familiar se através de uma
série de ajustes, colocando o que não é reconhecido em uma categoria conhecida.
A biotecnologia moderna – engenharia genética é tomada por muitos autores como uma
das inovações tecnológicas que mais contribuem para desfamiliarizar o nosso mundo. Giddens
(2002) argumenta que a engenharia genética representa uma dissolução adicional da reprodução
como processo natural. Mas essa tecnologia interfere em muitas outras áreas de nossas vidas:
Como a biotecnologia moderna intervém em assuntos existenciais tais como reprodução, comida,
vida, morte e destino, ela não só desafia nosso dia a dia, mas também toca e interfere em nossas
idéias culturais profundamente sedimentadas sobre como o mundo é organizado e por que isso
deve ser assim. Tanto na forma de inovação tecnológica, quanto na forma de cenários mais ou
menos fantásticos, a biotecnologia coloca em questão as categorias culturais de ontem e desafia
nossa habilidade de imaginar uma ordem no mundo de amanhã. Para a sociedade contemporânea,
a biotecnologia provê novas respostas para perguntas antigas tais como o que é o ser humano, o
que é natureza e o que é cultura. Em particular, a biotecnologia moderna desafia nossas idéias
sobre o que é de ordem natural e o que é de ordem o-natural* (Wagner, Kronberger, Berg &
Torgersen, 2006, p. 150).
Ao inserir um gene de uma espécie em outra, mais do que provocar uma sensação de não-
familiaridade, a engenharia genética contribui para uma “crise de categorias”, uma vez que viola
o que é considerado como a própria essência do ser vivo (Wagner, Kronberger, Nagata & Sen,
2006).
Beck (1999) também comenta que a biotecnologia moderna é responsável por abolir os
limites de outras categorias: entre o laboratório e a sociedade. Isso se dá tanto no sentido de que a
sociedade vira um laboratório, quanto no sentido da ampla divulgação científica sobre esse
assunto. Desse modo:
O “experimento da vida real” da engenharia genética e a popularização do conhecimento relativo
a ela nos permitem então investigar coisas que teriam sido impossíveis de se investigar algumas
décadas atrás. Ela revela o entendimento das pessoas tanto sobre o que os seres vivos são e como
eles devem ser, tocando no tópico de seres naturais, categorias de coisas vivas, e como as pessoas
113
lidam cognitivamente e afetivamente com as violações dos limites do ser vivo e da essência do
ser* (Wagner, Kronberger, Nagata & Sen, 2006, p. 04).
Segundo Wagner, Kronberger, Berg e Torgersen (2006), a biotecnologia moderna propõe
novas maneiras de categorizar o mundo. Baseados em análises documentais da mídia e em
experimentos de percepção com populações de diferentes culturas, esses autores argumentam
que, na tentativa de se pensar sobre a violação dos limites entre as espécies naturais ou sobre os
produtos não-familiares da engenharia genética, surge uma representação social de monstros ou
de monstruosidade. Conforme esses autores, desde tempos antigos, “monstros e monstruosidade
podem ser encontrados sempre que categorias e limites dos seres naturais são desafiados”* (p.
152), e isso também ocorre com a biotecnologia moderna.
Segundo esses autores, ambas as representações sociais de monstruosidade são produtos
culturais, desafiam nossa maneira tradicional de ver o mundo e são tomadas como presságios de
um mau futuro. Entretanto, a representação social de monstruosidade tradicional e a resultante
dessa biotecnologia também diferem em outros sentidos. A monstruosidade tradicional é visível,
enquanto que a monstruosidade genética é invisível
22
. Além disso, “monstros tradicionais eram
raramente encontrados no dia a dia, enquanto que a ‘monstruosidade’ biotecnológica pode
eventualmente estar onipresente no mundo pós-biotecnologia”* (p. 162).
VI.2. Uma ciência reflexiva?
Quando as ciências (...) examinam suas fundações,
conseqüências e erros em relações recíprocas, o mesmo
ocorre com a racionalidade especialista com o que
aconteceu com a racionalidade leiga no triunfo da ciência:
seus defeitos se tornam reconhecíveis, questionáveis e
capazes de arranjos e re-arranjos*
Ulrich Beck
Em 1973 foi criado o primeiro OGM. Ainda nesse ano, Boyer descreveu a sua técnica de
manipulação genética em uma conferência anual nos Estados Unidos, provocando preocupação
sobre as implicações dessa técnica. Alguns cientistas sugeriram o envio de uma carta à Academia
Nacional de Ciência Americana para que esta nomeasse um comitê para avaliar os riscos da
manipulação genética (Matte, 1999).
22
Segundo Beck (1999), um número significativo de riscos tecnológicos, como os associados aos OGMs, são
caracterizados por uma inacessibilidade à percepção humana. Para ele, tanto os danos potenciais, quanto a
‘expropriação dos sentidos’ pelos riscos globais tornam a vida insegura.
114
Em 1974, as revistas Science (EUA) e Nature (Inglaterra) publicaram uma carta de um
grupo de cientistas propondo uma moratória das pesquisas que envolvessem manipulação
genética. Pouco depois da publicação desta carta foi criado um comitê assessor para DNA
recombinante (RAC). A moratória foi implantada em abril do mesmo ano em uma reunião
científica no Massachusetts Institute of Technology (MIT) (Goldim, 1997).
Em fevereiro de 1975 ocorreu a Conferência de Asilomar que reuniu 140 cientistas
americanos e estrangeiros para regulamentar, do ponto vista de segurança, os experimentos com
DNA recombinante. Nesta ocasião ficou decidido que o RAC ficaria responsável pela elaboração
das diretrizes da Conferência de Asilomar. Este documento ficou pronto em 23 de junho de 1976.
As exigências propostas pelo documento eram muito rígidas e foram sendo modificadas com o
decorrer do tempo. (Goldim, 1997; Matte, 1999).
Para Goldim (1997), a Conferência de Asilomar representa “um marco na história da ética
aplicada à pesquisa” (s/p.). Porém, segundo esse autor, foram discutidos na conferência “os
aspectos de proteção aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se
realiza o projeto de pesquisa” (s/p.). O documento final elaborado pelo RAC em 1976, “prevê
níveis de segurança física e biológica para todos os tipos de experimentos” (Matte, 1999, s/p.).
De fato, o debate inicial sobre essa nova tecnologia centrou-se na questão da segurança
principalmente dos trabalhadores e, em segundo plano, da sociedade (Einsiedel e Kamara, 2006).
Entretanto, Beck (1999) chama a atenção para o fato de que os experimentos genéticos
alteram a lógica tradicional de pesquisa: “primeiro laboratório e depois aplicação. Em vez disso,
testes vêm depois da aplicação e a produção precede a pesquisa”* (p. 60). Os produtos precisam
ser produzidos ou liberados no meio ambiente para que, posteriormente, sejam estudadas suas
propriedades e riscos. “A questão da segurança, então, deve ser respondida afirmativamente antes
mesmo que ela possa ser levantada”* (idem). E assim:
Pela antecipação da aplicação antes que se tenha explorado completamente, a ciência aboliu a
fronteira entre laboratório e sociedade. (...) Isso torna a tecnologia capaz de conduzir uma
política de fait accompli, que coloca políticos e o público não sob uma pressão constante
para reagir, mas também os coloca a mercê do julgamento dos engenheiros para a avaliação
e evitação de desastre. Esse poder cresce com a velocidade das inovações, a falta de claridade
concernentes a suas conseqüências e riscos, e ele cresce mesmo embora a credibilidade das
promessas tecnológicas
de segurança
sejam por isso desacreditadas* [grifo nosso] (p. 61).
Como se pode ver, pela abolição dos limites entre laboratório e sociedade, a segurança em
relação à engenharia genética, mesmo em fase de teste, diz respeito também à sociedade e não
115
apenas àqueles que trabalham nos laboratórios. Desse modo, seria possível pensar que a
engenharia genética teria despertado um movimento reflexivo da ciência no sentido proposto por
Beck?
Nos anos seguintes à descoberta da engenharia genética, surgiram vários conselhos, bem
como manifestações do sistema especialista considerando o impacto dessa nova tecnologia para o
meio ambiente, a saúde humana e também incluindo questões éticas, como o patenteamento de
seqüências de DNA ou de organismos vivos. Em 1992, por exemplo, o comitê nacional de
bioética da Itália publicou um documento sobre o patenteamento dos organismos vivos,
ressaltando o risco do empobrecimento da biodiversidade. Também nesse ano, na 44ª Assembléia
da Associação Médica Mundial, especialistas redigem a Declaração de Marbella sobre o Projeto
Genoma Humano, contra o patenteamento do genoma humano e estabelecendo diretrizes básicas
para prevenir a estigmatização de populações em risco de doenças genéticas (Matte, 1999).
Porém, as questões relativas à regulamentação do uso, pesquisa, produção, transporte,
comércio de OGMs foram elaboradas por outros sistemas, com grande destaque para a influência
do sistema econômico. Em 1992, a Comunidade Econômica Européia (CEE) aconselhou os
estados membros a regulamentarem a Engenharia Genética e, em 1983, a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) formou um grupo com o objetivo de
normatizar seus estados membros em relação a essa nova tecnologia (Matte, 1999).
Em 1992, durante a Convenção da Biodiversidade (ECO 92), no Rio de Janeiro, foram
realizados os primeiros movimentos na direção de um protocolo internacional que se referisse à
segurança para o meio ambiente dos produtos da biotecnologia moderna. Nessa conferência, foi
proposto formalmente o princípio da precaução, o qual postula que quando houver ausência de
certeza científica sobre ameaças ou danos irreversíveis, deve haver cautela na utilização de uma
nova tecnologia (Lewanika, 2003).
Entretanto, nessa época ainda, não se tinha ainda no mercado qualquer produto agrícola
derivado da biotecnologia moderna, os quais foram introduzidos a partir de 1995. A introdução
de produtos agrícolas geneticamente modificados no mercado e seu grande potencial
econômico tornou necessária a criação de um protocolo internacional que buscasse assegurar o
nível adequado de proteção do meio ambiente e da saúde humana quando do movimento entre
fronteiras de organismos vivos modificados obtidos pela biotecnologia moderna (Oda, 2001).
116
Em 1999, diversos países se reuniram em Cartagena para estabelecer um Protocolo de
Biossegurança que regulasse as questões supracitadas. Porém, um grupo de seis países produtores
de transgênicos, liderado pelos Estados Unidos e apelidado de “grupo de Miami” (Estados
Unidos, Canadá, Austrália, Argentina, Chile e Uruguai), impediu um acordo reivindicando
subordinar o protocolo a normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) que determinam
que nenhum produto pode ter a importação banida sem evidência científica em apoio.
Em 2000, mais de 100 países assinaram em Montreal o Protocolo de Biossegurança,
segundo o qual a documentação da carga internacional deve ser marcada com a expressão "pode
conter" alimento transgênico. Assim, a segregação que permitiria afirmar com certeza se um lote
contém ou não OGMs não foi incluída no protocolo. No entanto, com base no princípio de
precaução, ficou estabelecido que países que impeçam a importação de OGMs não podem ser
punidos.
Para Oda (2001), trata-se de uma discussão comercial e não de segurança. Segundo essa
autora, a introdução de produtos modificados geneticamente na área agrícola se encaixa dentro do
sistema de commodities, que tem como objetivo diminuir os custos de produção, produzindo em
larga escala e envolvendo procedimentos normatizados na esfera do comércio internacional.
Dentro do sistema de commodities, é impossível de se obter produtos com especificações
diferenciadas daquelas estabelecidas para o sistema, uma vez que isso exige um sistema
produtivo diferenciado, com procedimentos de segregação e rastreabilidade, que asseguram tais
características diferenciadas, mas que aumentam consideravelmente o custo de produção. Um
exemplo de sistema de produção diferenciada são os produtos orgânicos, que têm um preço muito
superior ao dos produtos agrícolas equivalentes produzidos pelo sistema de commodities, sendo
estabelecido pelo produtor e não mais universalizado.
A introdução de variedades geneticamente modificadas como: soja, milho, algodão e a
canola pelos países produtores das principais commodities agrícolas (Estados Unidos, Argentina,
Canadá e China) se encaixava na lógica de competição no mercado internacional com um menor
custo de produção (Oda, 2001). A lógica do sistema de commodities não permitiria então agregar
qualquer custo adicional. Nesse sentido, o Protocolo de Biossegurança foi uma vitória para o
grupo de Miami (Leite, 2000). A expressão “pode conter” implica que, quando um país aplica
esta tecnologia para uma cultura dentro do sistema de commodities, “sua produção ‘poderia
117
conter’ o organismo geneticamente modificado, mesmo que estivesse sendo produzido em apenas
algumas fazendas” (Oda, 2001, s/p).
O artigo 23 do Protocolo de Biossegurança requer a promoção de uma sensibilização e
participação do público dos países signatários quando estes implementarem suas leis nacionais de
biossegurança (Einsiedel & Kamara, 2006). Entretanto, a sensibilização e a participação se deram
de formas bem variadas nesses diferentes países, como será discutido adiante.
VI.3. Início da subpolítica?
Mas de repente, a subpolitização começou. Em fevereiro de
1999, o consumidor britânico, ainda terrificado pela crise
EEB, ficou chocado com as manchetes proclamando
‘Comida Frankenstein’ *
Ulrich Beck
Conforme Guivant (2005), o debate em torno dos transgênicos tem contribuído para “um
questionamento público do sistema alimentar” (p. 48). Porém, esse debate extrapola as fronteiras
desse sistema, gerando “conflitos sociais, políticos, econômicos e científicos, descrédito de
cientistas, ameaça de relações de comércio internacional”, bem como uma “demanda por mais
debates sobre que tipo de risco as sociedades querem correr e sobre como e quem deve decidir
sobre isto” (idem).
De fato, o debate sobre os OGMs levou à reivindicação de uma maior abertura na
regulamentação das inovações científicas. Assim, o que está em jogo na controvérsia sobre os
OGMs é “a definição do quadro da política pública para a regulamentação dessa inovação”*
(Joly, 2000, p. iii).
Segundo Fischler (2000), com as crises alimentares, a questão da segurança alimentar se
tornou um assunto político. A “politização” desse debate permitiu, de fato, explorar um dos
temas que Beck (1999) propõe em sua teoria do risco:
Muitos teóricos não reconhecem as oportunidades da sociedade de risco, as oportunidades dos
bads’. Eu argumento pelo exame minucioso democrático das áreas de decisão previamente
despolitizadas e pela necessidade de se reconhecer os modos pelos quais os debates
contemporâneos desse tipo estão restritos pelos sistemas epistemológicos e legais em que eles são
construídos. Esse, então, é um dos temas que eu gostaria de ver ser mais explorado,
preferivelmente em um nível comparativo transnacional, transcultural, potencialmente
global* (p. 152).
Segundo Einsiedel e Kamara (2006), as reflexões da sociedade sobre a biotecnologia não
acompanharam o crescimento desse conhecimento, ocorrendo muitas vezes apenas quando os
118
produtos dele decorrentes já se encontravam em comercialização, sendo reativas e não pró-ativas.
Essas reflexões ocorreram de formas variadas: desde cartas para os meios de comunicação de
massa, demonstrações nas ruas, criação de redes entre grupos, pressão aos políticos e órgãos
oficiais. Esses autores propõem que o exame do desenvolvimento e da trajetória da participação
pública nas decisões sobre a biotecnologia pode dar uma idéia de se as decisões sobre inovações
científicas e tecnológicas estão se abrindo ao público e quais mecanismos estão sendo
desenvolvidos para promover o um maior envolvimento deste.
Eles analisaram as diferentes práticas de participação pública na regulamentação da
biotecnologia moderna em seis países (Canadá, Dinamarca, França, Portugal, Suíça e Reino
Unido), levando em conta as diferentes culturas políticas desses países. Mais que isso, eles se
perguntam se houve um processo de institucionalização da participação pública nos diferentes
países. Para tanto, eles buscam analisar: sob que formas a participação blica aconteceu e em
que arenas, que atores têm influenciado e participado e quais foram excluídos, que mecanismos
foram desenvolvidos para interessar o público em participar, que fatores podem ter levado para a
institucionalização e a que ponto a participação foi reconhecida no processo de formulação de
políticas? Esses autores consideram a participação pública como um escopo de abordagens,
formais e informais, nas quais os membros do público fornecem dados que pesariam na
formulação de políticas. Por institucionalização, esses autores se referem à rotinização de práticas
de participação.
Eles identificam três fases no desenvolvimento da participação pública. A primeira fase,
considerada mais informal, caracteriza-se por uma participação blica comandada por
organizações ambientais e de consumidores. Essas organizações tiveram sucesso em colocar os
assuntos sobre biotecnologia na agenda pública através de demonstrações e ações diretas,
campanhas da mídia e campanhas de informação e educação para o público. Embora essas
organizações tenham trabalhado sozinhas ou em colaboração com outras organizações também
ambientais e de consumidores, em alguns casos, tais organizações tiveram suporte de assessores
de assuntos tecnológicos do meio.
A segunda fase se caracteriza por um reconhecimento formal da importância da
participação pública através de dois mecanismos: legislações, declarações e políticas para obrigar
legalmente a participação; e a experimentação informal de diferentes mecanismos para o
engajamento do público. O primeiro mecanismo diz respeito a atos do governo para envolver
119
diretamente o público ou organizações ambientais, de consumidores, ou quaisquer organizações
não-governamentais interessadas. Além das estipulações para obrigar legalmente a participação,
surge uma série de declarações políticas reconhecendo os limites do conhecimento científico,
assinalando a necessidade de uma política mais inclusiva, aberta e precavida para a biotecnologia.
Essas declarações reconheciam também a importância das considerações éticas e valores do
público sobre esses assuntos. Isso pode ser visto no estabelecimento de comitês éticos. O segundo
mecanismo inclui métodos deliberativos de engajamento do público (tais como referendo,
consulta do público, surveys da opinião pública, negociação na deliberação de leis, conferências
de consenso, júris populares, comitês de aconselhamento público, grupos focais e outras
atividades nas quais os membros do público fornecem dados) e atividades de informação e
educação para o público. Esses métodos, em especial as conferências de consenso, foram cada
vez mais implantados nesses países, tendo muitas vezes como tópico de discussão os transgênicos
na agricultura (Einsiedel & Kamara, 2006).
A terceira fase se caracteriza por: 1) um aumento do número de grupos de interesse que
buscam influenciar as decisões políticas (por exemplo, no caso da tecnologia envolvendo
pesquisa com células-tronco, observa-se um aumento de organizações de pacientes que são a
favor e o surgimento de organizações religiosas que são contra o desenvolvimento de tais
estudos), o que leva a um espectro mais complexo de opiniões e pontos de vista; 2) um
crescimento de instituições para incentivar a participação pública através de mais informação,
transparência e disponibilização dos orçamentos como conseqüência dos atos do governo; 3) a
participação formal e informal do público em eventos promovidos pelo governo e por
organizações ambientais e de consumidores (como os fóruns mundiais sobre globalização que se
tornam arenas onde o público expressava suas opiniões sobre a biotecnologia) (Einsiedel &
Kamara, 2006).
Embora os mecanismos formais para engajamento do público ocorram de forma efetiva na
Dinamarca, nos outros países analisados, a participação pública se dá, principalmente, através dos
mecanismos informais. Os autores concluem que ocorreram diferentes níveis e formas de
participação pública nos países estudados. De um lado, encontram-se extremos como o caso de
Portugal, onde as práticas de participação ainda começam a surgir. De outro, encontram-se casos
como a Dinamarca, onde a participação pública já se encontra claramente institucionalizada.
120
O mais importante dessa análise é que a evolução dessas fases mostra o processo de
subpolitização proposto por Beck (1999). Movimentos sociais (ambientais, de consumidores e de
agricultores) começaram a se organizar. Tais movimentos possuíam experiência em promover
visões alternativas para outras tecnologias (nuclear, pesticidas, etc). Assim, essas organizações
utilizaram o seu conhecimento do uso da informação para disseminar na dia mensagens que
focavam na incerteza da avaliação de risco, a importância de se considerar aspectos éticos,
ambientais e sociais nas decisões sobre novas tecnologias, além dos interesses por trás da
pesquisa científica (confirmando a proposta de Moscovici para uma minoria se tornar ativa, como
foi visto no capítulo 4 e na proposta de Beck da mídia como instrumento político da sociedade de
risco). O sucesso dessas mensagens levou a uma ambivalência do público e também a impasses
políticos. Em resposta a isso, tais organizações começaram a se unir, uma vez que reconheciam
que seus esforços podiam retardar a aplicação de tal tecnologia e garantir maior participação
pública. De fato, esses esforços foram reconhecidos pelas autoridades que passaram a estabelecer
dispositivos legais (leis), comitês e orçamento para atividades que promovessem a participação
pública no processo decisório sobre a biotecnologia moderna (Einsiedel & Kamara, 2006). Nesse
sentido, pode-se pensar que: “ao devolver um papel central ao político, o debate público conduziu
à definição de um novo referencial de políticas públicas”* (Joly, 2000, p. iii).
Einsiedel e Kamara também chamam a atenção para o fato de que as diferentes aplicações
da biotecnologia moderna levaram a diferentes reações dos grupos envolvidos, e que os processos
de debate e de participação pública se concentraram, em sua maioria, nas aplicações dessa
tecnologia no campo agro-alimentar.
VI.4. Diferenças nas aplicações da biotecnologia moderna
Quem aqui é cobaia humana e quem é alimento
transgênico?
Quadrinhos Laerte. A Folha de SP, 1999.
A biotecnologia moderna é utilizada em diversas áreas que podem ser classificadas dentro
de dois campos: o da saúde e o da agricultura. Exemplos de aplicação no campo da saúde são: a
fabricação de remédios geneticamente modificados, teste genético, terapia genética e
xenotransplantation.
A primeira utilização prática de um OGM foi o desenvolvimento de uma bactéria
geneticamente modificada para a produção de insulina humana. Os genes responsáveis pela
121
síntese de insulina em seres humanos foram isolados e transformados na bactéria Ecoli, com
maior capacidade de produção e que substituiu a insulina de origem animal e começou a ser
comercializada em 1982. O hormônio de crescimento humano utilizado hoje também provém de
bactérias geneticamente alteradas (Leite, 2000).
Testes genéticos são testes feitos através de sangue ou outro tecido para pesquisar doenças
genéticas. Atualmente cerca de 900 testes já se encontram disponíveis no mundo. Entre as
finalidades desses testes, encontram-se as pesquisas de possíveis doenças genéticas em: pessoas
que possam passá-las para seus filhos, em fetos durante a gestação, em pessoas adultas antes que
a doença cause sintomas ou para confirmar o diagnóstico de pessoas que já possuem os sintomas,
etc (National Human Genome Research Institute, 2007).
A terapia gênica utiliza a técnica de transferência de material genético para modificar o
genoma da célula-alvo "in vivo", permitindo a expressão do gene transferido no tratamento de
doenças genéticas. A técnica da Xenotransplantation utiliza animais geneticamente modificados
para a utilização em transplantes humanos e permanece altamente controversa devido às questões
de segurança e éticas que ela levanta (Wikipedia, 2007).
Como foi dito anteriormente, a introdução de variedades geneticamente modificadas na
agricultura se encaixava no sistema de commodities, ou seja, na lógica de competição no mercado
internacional com um menor custo de produção. Essas ficaram conhecidas como transgênicos de
primeira geração. Nesta geração, os transgênicos foram engenheirados para interferir diretamente
no rendimento da produção, com alterações genéticas que buscavam a tolerância do grão a
herbicidas, insetos e doenças, focando nos benefícios econômicos dos produtores e das próprias
companhias de biotecnologia.
Os transgênicos de segunda geração possuem alterações genéticas que alteram as
características nutricionais dos alimentos, otimizando aminoácidos essenciais e outros
componentes benéficos à nutrição humana e animal. Os exemplos mais conhecidos são a soja
com maior teor de óleo, o arroz enriquecido com betacaroteno e o milho com elevado conteúdo
de proteína.
A terceira geração das plantas transgênicas está sendo desenvolvida para oferecer
produtos de efeito medicinal direto. Essas plantas funcionam como bioreatores, produzindo alta
quantidade de anticorpos e vacinas contra doenças. Exemplos de plantas dessa terceira geração
são: alface como vacina contra a leishmaniose, soja que sintetiza genes do hormônio de
122
crescimento humano e insulina e milho que sintetizam genes do hormônio do crescimento
humano. (Zanella & Silveira, 2003).
Muitos autores têm demonstrado que uma diferença nas representações e percepções
de risco das diferentes aplicações da biotecnologia (Bauer, 2002; Gaskell, Bauer, Durant &
Allum, 1999; Einsiedel e Kamara, 2006; Frewer, Miles & Marsh, 2002; Leite, 2000; Tanaka,
2004; Siegrist, 2000).
De acordo com Bauer (2002), um contraste entre duas representações da biotecnologia
que ele chama de: vermelho e verde. A cor vermelha é a cor do sangue e se tornou uma
metonímia da biotecnologia aplicada à área da saúde. Já a cor verde é a cor das plantas e se
tornou uma metonímia da biotecnologia aplicada ao sistema agro-alimentar. Segundo esse autor,
a imprensa britânica “cultivou” uma representação da biotecnologia, contrastando a biotecnologia
vermelha e a biotecnologia verde. Bauer argumenta que tal distinção regulou o debate público,
uma vez que focou na controvérsia da biotecnologia verde e resguardou a biotecnologia vermelha
da atenção do público.
Segundo Einsiedel e Kamara (2006), a mídia (impressa e, cada vez mais, a internet)
constitui um fórum para a formação de redes e a disseminação de informação dos vários atores
envolvidos na questão da biotecnologia moderna (governo, indústria, ONGs, etc). Esses autores
também chamam a atenção para o fato de que a maioria da informação envolvendo essa
tecnologia se concentra na discussão de sua aplicação na área agro-alimentar. As controvérsias
desse tipo de aplicação foram divulgadas principalmente pela mídia dos países europeus, mas
também pela de outros países como Canadá e Estados Unidos. O contraste entre as
representações da biotecnologia vermelha e a biotecnologia verde também é confirmado por
análises documentais em outros países (ver: Gutteling et al, 2002 para uma revisão completa
sobre esse assunto).
Frewer, Miles e Marsh (2002) demonstraram, através de uma coleta de atitudes antes,
durante e depois do aumento do volume de reportagens sobre o risco da comida geneticamente
modificada no Reino Unido, que a percepção do risco associada à comida transgênica aumentou
durante o período de maior número de reportagens, caracterizando uma amplificação social dos
riscos. a percepção dos benefícios se mantém baixa mesmo depois da diminuição do volume
de reportagens.
123
Nesse sentido, muitas pesquisas procuram explicar a divergência entre a aceitação e a
rejeição da biotecnologia quando aplicada ao campo da saúde ou da agricultura. Essas pesquisas
focalizam na percepção do risco e percepção do benefício dessa tecnologia pela população
(Tanaka, 2004; Siegrist, 2000). A aplicação da biotecnologia moderna na área da saúde é
percebida como tendo benefícios claros para o sujeito, e tais benefícios podem superar os riscos
considerados. Entretanto, é preciso ressaltar que nem todas as aplicações da biotecnologia
moderna seguem o mesmo padrão. Enquanto os remédios geneticamente modificados e a terapia
gênica são vistos como algo positivo, o teste genético e a xenotransplantation recebem fortes
oposições (Gaskell, Bauer, Durant & Allum, 1999).
a engenharia genética aplicada à agricultura é percebida como trazendo benefícios
somente para os grandes produtores e companhias de biotecnologia, acarretando riscos para a
saúde do consumidor, para o meio ambiente e para os pequenos produtores. Uma explicação para
isso pode ser a grande presença de alimentos transgênicos da primeira geração. Talvez a
produção de alimentos transgênicos da segunda e terceira gerações, engenheirados não para trazer
mais produtividade, mas para aumentar o valor nutritivo dos alimentos, ou produzir remédios
para a população, possa mudar essa percepção negativa dos consumidores.
Por enquanto, vale destacar que mais de 95% dos transgênicos encontrados no mercado
atualmente são da primeira geração. Na presente pesquisa, vamos focar nossa discussão na
aplicação da biotecnologia moderna apenas na agricultura, principalmente no uso de alimentos
transgênicos da primeira geração.
VI.5. Transgênicos na agricultura
Em 2006, a área mundial plantada com transgênicos chegou a 102 milhões de hectares
(ISAAA, 2007). São muitos os argumentos a favor e contra a aplicação dessa tecnologia na
agricultura.
Para os setores favoráveis a essa tecnologia, os transgênicos são tomados freqüentemente
como a nova revolução verde: The gen revolution X the green revolution
23
. Entre os argumentos a
favor, pode-se citar que: os transgênicos são naturais e o homem apenas copiou um mecanismo
que ocorre na natureza; os transgênicos diminuem a quantidade de herbicida utilizado na
plantação, diminuindo o custo de produção; a produção em larga escala é menos onerosa, o que a
23
Trata-se de um paralelo entre a “revolução do gene” e a revolução verde.
124
torna mais acessível à população; o menor custo, associado ao maior potencial nutritivo,
resolveria o problema da fome no mundo.
Os argumentos contra os transgênicos podem ser divididos em três categorias:
- danos para a saúde humana: surgimento de substâncias tóxicas, alergias, resistência a
antibióticos, aumento de resíduos de agrotóxicos nos alimentos e nas águas de abastecimento
etc.;
- danos para o meio ambiente: resistência de insetos a pesticidas, surgimento de super
ervas-daninhas, perda da biodiversidade e erosão genética etc.;
- problemas sociais: desemprego e dominação dos pequenos agricultores e da agricultura
familiar pelos grandes produtores (royalties), falta de acesso da tecnologia pelos países em
desenvolvimento (alto custo com a lei de patentes e de cultivares), domínio da tecnologia por
poucas multinacionais etc.
Segundo Porto (2005), os argumentos a favor dos transgênicos se fundamentam no
“paradigma preventivo clássico
24
, com muitos especialistas insistindo que ainda não existem
evidências acerca dos possíveis riscos, ao mesmo tempo que desqualificam as percepções e os
temores do público em geral como irracionais e não científicos(p. 95). Em contrapartida, os
argumentos contra se fundamentam “na aplicação do princípio da precaução e na inexistência de
evidências que demonstrariam, de forma mais consistente, a ausência de perigos” (idem).
Com todos esses argumentos, não é a toa que essa nova tecnologia tenha gerado tanta
controvérsia e debate público. Além disso, segundo Einsiedel e Kamara (2006):
A evolução da biotecnologia obviamente não estava ocorrendo em um vácuo. As controvérsias
científicas históricas, particularmente em torno do desenvolvimento da indústria nuclear,
proveram algumas das lições iniciais em termos de questionamento da sociedade sobre
tecnologias controversas, conflitos sobre aplicações da ciência em áreas como a militar (armas
atômicas) e agricultura (pesticidas). O crescimento dos movimentos sociais, como o movimento
ambiental, foi em resposta direta a questões levantadas por essas aplicações científicas. Esse
processo proveu uma base para desafiar aplicações científicas através de uma variedade de
perspectivas incluindo segurança e igualdade (levantadas, por exemplo, por movimentos de
consumidores e de mulheres, respectivamente). O questionamento da ciência também foi
levantado pela escrita acadêmica sobre risco (Beck, 1992), a natureza da expertise, os limites do
conhecimento científico e os interesses que conduzem a produção de conhecimento (Wynne,
2000), assim como um crescente reconhecimento da incerteza* (p. 97).
Entretanto, a Europa e os Estados Unidos tiveram trajetórias muito diferentes no processo
de regulamentação da biotecnologia moderna. Nos Estados Unidos, um breve debate público
24
O paradigma preventivo clássico pode ser entendido dentro da lógica da sociedade do risco residual Beck (1999).
125
levou à conclusão desse processo no final dos anos 80. Essa nova tecnologia não foi vista como
podendo trazer riscos potenciais e, assim, a regulamentação da biotecnologia foi incluída dentro
das leis existentes sobre riscos de novos produtos. Por outro lado, na Europa, o debate público
está longe de chegar a um consenso, atrasando o processo de regulamentação. A biotecnologia é
vista como um novo processo que requer uma regulamentação própria, incluindo previsões para
riscos ainda desconhecidos (principalmente para a saúde humana e o meio ambiente).
Nesse sentido, muitos estudos demonstram uma diferença na percepção dessa tecnologia
aplicada à agricultura entre países da Europa e os Estados Unidos (Gaskell, Bauer, Durant &
Allum, 1999). Enquanto na maioria dos países europeus, a biotecnologia aplicada ao campo agro-
alimentar continua um assunto controverso, que gera resistência dos consumidores, tendo como
conseqüência a lentidão no processo de regulamentação, nos Estados Unidos essa tecnologia não
gerou um debate intenso e já vem sendo legalmente utilizada em escala comercial há anos.
Alguns autores têm se dedicado a tentar explicar essa diferença na aceitação/rejeição da
biotecnologia aplicada à agricultura entre a Europa e os Estados Unidos, abordando diferentes
fatores (Gaskell, Bauer, Durant & Allum, 1999; Joly, 2001; Fischler e Raude, 2005).
Gaskell et al (1999) estudaram a hipótese da cobertura da mídia ter influenciado na
construção dessa diferença de percepção. Porém, os resultados não confirmaram que a percepção
do público reflete o conteúdo divulgado pela mídia. Embora a cobertura da mídia sobre
transgênicos na agricultura tenha sido mais positiva na Europa que nos Estados Unidos, a
percepção pública foi mais negativa na Europa. Segundo os autores, esses resultados corroboram
a hipótese de que é o aumento da quantidade da cobertura e não o conteúdo propriamente dito
que está associado a uma percepção pública negativa
25
.
Um fator freqüentemente destacado são as crises alimentares pelas quais os países da
Europa passaram e que foram comentadas no capítulo anterior. Tais crises teriam contribuído
para um questionamento do sistema agro-alimentar e serviram como pano de fundo para a
chegada dos transgênicos na agricultura, gerando forte resistência aos mesmos. Porém, os
Estados Unidos também possuem um histórico de episódios de falha no sistema de controle”,
inclusive envolvendo a utilização de transgênicos. Em 1989, uma epidemia da síndrome de
eosinofilia-mialgia, caracterizada por dor muscular e pelo aumento de leucócitos no sangue
alarmou os Estados Unidos. Mais de cinco mil casos foram registrados, sem que se identificasse
25
Como proposto pela teoria da amplificação social dos riscos (ver: Frewer, Miles & Marsh, 2002).
126
de imediato sua origem. Trinta e sete pessoas morreram e 1.500 ficaram com seqüelas
permanentes, antes que o órgão de controle (a Food and Drug Administration FDA)
descobrisse uma associação estatística da síndrome com um complemento alimentar, o triptofano
L. A investigação revelou mais: 95% dos casos podiam ser seguramente atribuídos ao triptofano
fabricado por bactérias geneticamente modificadas, produzido por uma empresa japonesa (Leite,
2000; Lazzarini, 2000).
Ainda em relação com as crises alimentares, outro fator investigado por Gaskell et al foi a
confiança nos sistemas regulamentares. Esse fator é considerado como muito importante e vem
sendo estudado por diversos autores (Poortinga & Pidgeon, 2005; Siegrist, 2000; Tanaka, 2004).
De fato, Gaskell et al verificaram que a confiança nas autoridades responsáveis pelo processo de
regulamentação é consideravelmente maior nos Estados Unidos do que na Europa. A população
da Europa deposita muito mais confiança em ONGs (ambientais, de consumidores e de
agricultores) do que nos comitês públicos ou na indústria. Também nesse sentido, Joly (2001
apud Guivant, 2005) também argumenta que as diferenças entre a Europa e os Estados Unidos
“não podem ser atribuídas à defesa de interesses comerciais a curto ou médio prazo, mas sim a
concepções divergentes sobre a gestão da inovação e dos riscos” (p. 48-49).
Gaskell et al concluem que não é apenas um desses fatores que pode explicar a maior
resistência à aplicação da biotecnologia moderna na agricultura pelos países europeus, mas que
tais fatores estão inter-relacionados. “Diferentes histórias de cobertura midiática e de
regulamentação acompanham diferentes padrões de percepção pública, e estas refletem
preocupações culturais mais profundas, não somente em relação à comida e novas tecnologias
alimentares, mas também em relação à agricultura e ao meio ambiente”* (p. 387).
Até agora foi discutido como se deu o debate público sobre transgênicos nos países
desenvolvidos e os argumentos envolvidos em tal debate. Mas como ficam os países em
desenvolvimento frente a esta questão global? Quais são os fatores (econômicos, riscos) que
pesam na decisão de plantar ou não transgênicos nesses países?
127
VI.6. Transgênicos e os países em desenvolvimento
Será que, por conta de um suposto e improvável risco de
uma borboleta, milhões de seres humanos devem
permanecer na subnutrição? (...) A solução não é difícil: que
sejam rotulados os produtos. As populações abastadas
podem e devem ter escolha. Os miseráveis não têm essa
escolha e precisam de mais alimentos, melhores e mais
baratos.
Luiz Marcos Suplicy Hafers, presidente da
Sociedade Rural Brasileira. Folha de SP, 22/08/2000.
Como foi visto, um dos argumentos de maior peso do setor a favor dos transgênicos é que
eles resolveriam o problema da fome no mundo. Na safra de 2000/2001, alguns países da África
do Sul enfrentaram falta de alimento e fome extrema, devido à colheita reduzida por causa da
falta de chuva. O United Nations World Food Programme ofereceu ajuda doando milho, do qual
uma parte foi declarada como transgênica (especialmente aquela procedente dos Estados Unidos).
Ainda que alguns países da África do Sul, como o Moçambique e o Zimbábue tenham aceitado a
ajuda, o Zâmbia, baseado em uma consulta nacional, rejeitou a ajuda (Mwale, 2006).
A consulta nacional envolveu reuniões, programas interativos de rádio e televisão, artigos
e cartas escritas para jornais. O Instituto Nacional para Pesquisa científica e Industrial, o Comitê
Nacional de Ciência e Tecnologia e o Instituto de Pesquisa de Solos e Colheita do Ministério da
Agricultura aconselharam seus respectivos Ministros contra a aceitação de ajuda com alimentos
geneticamente modificados. A consulta nacional culminou em um debate público do qual
participaram vários atores sociais, desde políticos, ONGs, cientistas e o próprio público leigo. A
grande maioria dos participantes também aconselhou a não aceitar a ajuda, como foi
recomendado no relatório final da consulta (Lewanika, 2003).
Baseado nesse relatório, o governo do Zâmbia rejeitou a ajuda “temendo danos à saúde
humana e ao meio ambiente, assim como as conseqüências desfavoráveis no comércio
internacional do País” (Mwale, 2006, p. 91). Além disso, nessa época, o Zâmbia, como a maioria
dos países da África do Sul, não possuíam legislação nem infra-estrutura requeridos para liberar a
introdução de produtos geneticamente modificados (Lewanika, 2003).
Porém, o Ministro deixou claro que essa decisão não indicava uma falta de
reconhecimento pela ajuda e convocou ajuda a todos que pudessem oferecer alimentos não-
transgênicos. O governo tomou essa decisão em agosto de 2002 e o impacto da crise alimentar
seria sentido como crítico em março e abril de 2003, o que daria tempo suficiente para receber
ajuda alimentar de fontes não-transgênicas (Lewanika, 2003).
128
A decisão de não aceitar a ajuda foi fortemente criticada, principalmente pelos Estados
Unidos, chegando a se tornar um incidente diplomático. Para Lewanika (2003), a forte reação
sobre essa decisão expôs a ignorância sobre a natureza do fenômeno da fome de comunidades em
situações de perigo. Segundo esse autor, havia um excedente de milho não-transgênico em um
número de países da África, inclusive no norte do Zâmbia, e do mundo, mesmo nos Estados
Unidos. Assim, era preciso somente ajuda para o transporte do milho dessas regiões para àquelas
em deficiência. Embora essa decisão, assim como o próprio mecanismo envolvido na consulta
nacional, tenha recebido muitas críticas, esse exemplo serve para mostrar que a fome não é
pretexto para se aceitar passivamente tecnologias cujo risco ainda é incerto.
Ainda que riscos para a saúde humana e o meio ambiente tenham sido ressaltados na
decisão pela recusa da ajuda em forma de alimentos geneticamente modificados, o fator
“conseqüências desfavoráveis no comércio internacional” tem um peso muito grande. As razões
econômicas são fundamentais para se entender porque alguns países em desenvolvimento ainda
não plantam alimentos transgênicos.
Paalberg (2002) examinou o caso de países da África e da Ásia, e verificou que o fator
mais importante para o atraso da plantação de transgênicos tem sido a blocagem do processo de
aprovação da plantação. Em alguns casos, como no Quênia, esse atraso se pela fraca
capacidade científica e administrativa. Em outros casos, como na Índia, as aprovações foram
suspensas por processos jurídicos, campanhas e ações políticas por parte de ONGs. Porém, o
autor conclui que a principal razão por esse atraso é o medo desses países de perder mercados
importantes como a Europa e o Japão, caso o plantio de transgênicos seja permitido. Segundo
esse autor, a capacidade de rotulagem nos países em desenvolvimento é muito fraca, e o preço do
processo de segregação de transgênicos e não-transgênicos é muito alto. Assim, o modo mais
barato de entrar na competição pelo mercado de comida não-transgênica é permanecer um
território livre de transgênicos.
Segundo Paalberg, o fato de que alguns países em desenvolvimento, como a China, a
Indonésia e a Índia estejam plantando algodão transgênico e atrasando a plantação de alimentos
transgênicos evidencia o peso do fator econômico (exportação) nessa decisão. O algodão é
matéria prima para a indústria têxtil que não encontra oposição dos mercados, o que explica a
lógica de se investir na aplicação dessa tecnologia para competir de forma mais lucrativa no
129
mercado. os alimentos transgênicos enfrentam forte oposição por alguns mercados devido à
resistência de seus consumidores.
Entretanto, o crescimento do cultivo de alimentos transgênicos nos países em
desenvolvimento (principalmente da América do Sul) é um fato. A área plantada com alimentos
geneticamente modificados aumentou quase um quarto entre 2004 e 2005. O Brasil lidera o maior
crescimento entre os países em desenvolvimento e, atualmente, é responsável por 10% da
produção mundial de transgênicos (ISAAA, 2006).
Na maioria dos países da América do Sul (com exceção, por algum tempo, do Brasil), a
introdução de plantações de alimentos transgênicos não sofreu nenhuma resistência. A introdução
dessa técnica foi feita, como foi dito anteriormente, dentro da lógica do sistema de
commodities, buscando vantagens na competição no mercado internacional através de um menor
custo e maior produção. Parece que o mercado internacional, representado pela OMC, tem um
papel importante nas decisões sobre os transgênicos nos países em desenvolvimento (Farias,
2006).
Tanto o argumento contrário quanto o a favor da plantação de alimentos transgênicos
adotados pelos diferentes países parecem se pautar no fator econômico (com exceção dos países
Europeus que, aparentemente, levam em conta as incertezas e riscos para a saúde humana e o
meio ambiente). Isso confirma o argumento de Beck (1999), apresentado no primeiro capítulo, de
que os alimentos geneticamente modificados são um assunto global, baseado no sistema
econômico e que questiona a soberania da política de um país.
Dentro das diferentes espécies de commodities geneticamente modificadas que foram
introduzidas, uma em particular, tem um papel de destaque: a soja.
VI.7. O império da soja
A soja possui características (20% de óleo e 40% de proteína) que fazem dela um
componente essencial para a alimentação de animais criados para industrialização e
comercialização de carne. Porém, o que a torna tão interessante comercialmente é o fato de que,
se durante algum tempo essa leguminosa teve concorrência das farinhas animais, depois do
episódio da “vaca louca” e o banimento desse tipo de ração, a soja passou a ocupar um papel
primordial na fabricação de ração animal a partir do final dos anos 90 (Piro, 2006).
130
O consumo mundial de carne cresce consideravelmente a cada ano, principalmente nos
países desenvolvidos (mas também nos países em desenvolvimento o consumo de carne na
China quadruplicou entre 1983 e 1999). A área mundial cultivada com soja acompanhou esse
crescimento, aumentando mais de 60% nos últimos dez anos (Piro, 2006).
A Europa não possui uma produção de soja significativa. No início dos anos 60, os
Estados Unidos aceitaram as medidas protecionistas da política agrícola européia em troca da
isenção da taxa de alfândega para a sua produção de soja no mercado europeu. Isso desincentivou
a produção local, tornando-a num grande importador de soja (Piro, 2006).
Dentro do crescimento da área mundial cultivada com soja, os países da América Latina
têm um papel importante, com mais de 17% de aumento da área cultivada nos últimos cinco
anos. “Com pressa para conquistar um lugar na economia mundializada, certos países, o Brasil na
frente agora primeiro exportador mundial seguido do Paraguai, da Argentina e da Bolívia,
foram compelidos a se engajar nessa produção, com uma explosão de área cultivada”* (Piro,
2006, p. 15).
VI.8. A soja no contexto brasileiro: o “ouro verde”
A expansão da produção da soja no Brasil foi facilitada por três fatores primordiais: o
mercado mundial favorável, uma tecnologia facilmente disponível e uma política governamental
favorável (Farias, 2006). A história da soja no Brasil começou nos estados do sul (Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Paraná). Com a “revolução verde” no final dos anos 50, o governo dava
incentivos para a plantação de trigo. Essa cultura se beneficia do sistema de rotação com a
plantação de uma leguminosa. A soja se beneficiaria do clima e do solo da região sul, iniciando o
cultivo dessa cultura no Brasil (Piro, 2006).
No início dos anos 70, os Estados Unidos tiveram dificuldades na sua produção,
interrompendo as exportações para a Europa, abrindo brecha para a América do sul e o Brasil. No
início dos anos 80 começa a expansão da soja em direção ao norte (Mato Grosso). Entre 1990 e
2002, o estado do Mato Grosso passa a ser o primeiro produtor de soja do país, seguido do Rio
Grande do Sul e do Paraná (Piro, 2006).
A crise da vaca louca na Europa que ocorreu no final dos anos 90, como foi visto,
provocou um aumento da demanda de soja para ração animal, o que também incentivou a
expansão da área cultivada no Brasil. Atualmente, a progressão da soja é mais forte nos estados
131
do Tocantins, Piauí, Maranhão, Rondônia, Roraima e Pará – e está presente em 18 dos 27 estados
do país (Piro, 2006).
Na colheita de 2004/2005, o Brasil plantou 23 milhões de hectares de soja, colheu 51
milhões de toneladas do grão, exportou 70% de sua produção, sendo 37% do chamado
“complexo soja” (grão, farinha e óleo de soja), o que corresponde a um terço do mercado
internacional. Com isso, o Brasil obteve um lucro de 10 bilhões de dólares em 2004,
correspondendo a 12% do total de exportação do país. “‘A soja paga a dívida’, traduzem, numa
expressão simples na qual ecoa um patriotismo inatacável, os defensores do modelo ‘soja’”*
(Piro, 2006, p. 18). Além disso, segundo esse defensores, o Brasil ainda possui uma reserva
potencial de terras cultiváveis para soja estimada em 100 milhões de hectares, enquanto os países
concorrentes já exploram a maioria de suas terras produtivas.
VI.8.1. Conseqüências da expansão da soja
[Lula] tem uma visão de muito curto prazo. Estão sendo tomadas
decisões que são muito conjunturais, que não levam em conta
efeitos de médio e longo prazos, tanto do ponto de vista
ambiental quanto de sustentabilidade. Ao abrir a Amazônia para
cultivo de soja, transgênica ou não, num ecossistema bastante
frágil, você vai ter dois, três, quatro anos de produção crescente,
mas depois deixará uma situação calamitosa para trás.
Jean Marc von der Weid , presidente da campanha
“Por um Brasil livre de transgênicos”.
A Folha de SP, 22/10/2003
No Brasil, a rápida expansão do cultivo de soja transgênica ou não –, fez com que já
possam ser vistas algumas das conseqüências ambientais e sociais freqüentemente apontadas pelo
setor contrário aos transgênicos.
VI.8.2 Desemprego e fim do pequeno agricultor
Como foi visto, a soja surgiu na região sul, uma região estruturada pela agricultura
familiar. Em 1994, a produção de soja empregava 710.000 pessoas, sendo 96% na agricultura
familiar. A expansão da soja para o norte se dá na lógica da produção industrial. Em 2004, o
número de empregados na produção de soja caiu para 350.000, sendo 77% na agricultura
familiar. No Mato Grosso, nas zonas de produção industrial, estima-se que sejam precisos 200
hectares para um empregado fixo. Na agricultura familiar no sul do país são precisos apenas 15
hectares para a criação de um emprego (Piro, 2006).
132
Segundo Nodari e Destro (2002), o cultivo da soja em pequenas áreas “não é
economicamente viável ou de economicidade vulnerável” (s/p.). Com o aumento da demanda de
soja, os pequenos agricultores, sem poder de negociação ou máquinas para a produção, acabam
arrendando ou vendendo suas terras para os grandes produtores.
VI.8.3. Desmatamento
Os contornos da chamada “Amazônia Legal” foram definidos em 1953 e representam
cinco milhões de Km², perto de 60% da superfície do Brasil (incluindo o estado do Mato Grosso),
dos quais quatro milhões de Km² seriam cobertos de floresta (de diferentes tipos). A maior parte
das atividades econômicas dessa região implica a destruição da floresta para liberação do solo
para o cultivo. O ritmo de destruição da floresta nos últimos dez anos tem sido de 20.000 km² por
ano (Le Tourneau, 2004). Hoje, o principal motivo de desmatamento da Amazônia é a produção
de soja para exportação (Piro, 2006).
O desmatamento da Amazônia tem sua origem na ação do governo que, nos anos 50,
começou a propor uma política de integração das regiões periféricas do país, investindo em infra-
estrutura (estradas), dando vantagens fiscais às empresas que se instalassem nessa região, e
lançando um programa de colonização agrícola (que visava também amenizar as tensões rurais de
outras partes do país) (Le Tourneau, 2004).
A partir dos anos 70 o desmatamento deixa de ser uma atividade transitória e passa a ser
uma questão de ocupação do solo, atraindo vários atores sociais: desde grande proprietários (que,
em sua maioria, escolhiam a criação de gado, primeiramente visando a especulação imobiliária,
mas que, a partir dos anos 90, se tornou uma atividade muito rentável), pequenos agricultores
(ligados à reforma agrária), e as próprias pessoas que se ocupavam do desflorestamento. Nos
últimos anos um novo grupo aparece como um dos grandes atores responsáveis pelo
desmatamento: os produtores de soja. Como já foi visto, entre 1990 e 2002 o estado do Mato
Grosso (que faz parte da ‘Amazônia Legal’) passou a ser o primeiro produtor de soja do Brasil,
quadruplicando sua produção que representa cerca de 7% da produção mundial. (Le Tourneau,
2004).
A partir de 1985, viu-se o surgimento de muitas estratégias de proteção à floresta
Amazônica. Entretanto, as políticas implantadas pelos diferentes governos (Sarney, Collor,
Cardoso, Lula) não visavam a redução do ritmo do desmatamento propriamente dito, mas sim a
133
criação de áreas específicas de proteção. Desse modo, a partir dos anos 90, o ritmo de
desmatamento aumenta consideravelmente (Le Tourneau, 2004).
Recentemente eleito (2002), com o apoio da maior parte das ONGs ‘verdes’, o governo do
presidente Lula parece não poder resolver a dicotomia que marca a posição oficial: por um lado,
ele faz entrar os representantes dos movimentos ecológicos no ministério do Meio Ambiente e
prega uma política centrada no desenvolvimento sustentável’ na Amazônia e, por outro lado, ele
dá plenamente seu apoio à cultura da soja, grande provedora de capital do qual o Brasil necessita.
O desmatamento revela-se um indicador da posição do governo federal sobre a exploração
econômica a curto prazo dos recursos naturais ou do manejo a longo prazo dos mesmos. Sendo
assim, o lugar de destaque dado à questão econômica pelo atual governo Lula deixa pensar que a
taxa de desmatamento aumentará nos próximos anos* (Le Tourneau, 2004, s/p).
A progressão da comercialização da carne bovina e da soja (ambas atividades que têm um
custo muito baixo de produção) mostra que o desmatamento, que começou com incentivos
políticos, tornou-se fruto de uma rentabilidade econômica.
VI.8.4. Outras conseqüências sociais e ambientais
Além da destruição da floresta, outras conseqüências graves são adicionadas:
empobrecimento de regiões com espécies nobres, aumento do risco de incêndios, grande
quantidade de agrotóxicos por parte das regiões de monocultura, empobrecimento do solo.
O desmatamento e a cultura da soja no estado do Mato Grosso também têm um impacto
na vida dos índios, alterando a água e o habitat da fauna das quais eles dependem. Além disso,
sem recursos para investir na produção em suas próprias terras, eles acabam por trabalhar para os
grandes produtores ou arrendar suas terras para eles (Le Tourneau, 2004; Piro, 2006).
O crescimento da produção da soja também depende de infra-estrutura de transporte e
portos para a exportação. O porto de Paranaguá, no estado do Paraná, estava estrategicamente
localizado para o escoamento da produção de soja do sul do país. Com o avanço do cultivo da
soja em direção ao norte do país, e sem uma rede ferroviária, os caminhões tinham que percorrer
distâncias que chegavam a 2.200 Km, comprometendo a competitividade de exportação brasileira
por causa o alto preço do combustível. A alternativa encontrada foi escoar a soja pelo rio
Amazonas, pelo qual os navios a levam até o porto de Santarém no estado do Pará. O acesso por
terra ao porto de Santarém representa uma economia de mais de 1.000 km para os produtores de
soja do Mato Grosso. Esse acesso é feito pela estrada BR 163, que foi feita no início dos anos 70
para a colonização da Amazônia. Entretanto, essa estrada só está asfaltada em um pequeno
134
trecho, e o transito fica impraticável na parte de terra durante a época de chuva. O asfaltamento
dessa estrada é uma prioridade do governo Lula (Piro, 2006).
Porém, o desenvolvimento de infra-estrutura traz fortes impactos sociais e ecológicos. O
asfaltamento da estrada facilita a abertura de estradas secundárias que facilitam a exploração
ilegal de madeira, o desmatamento para criação de áreas de pasto ou de cultura por grandes
produtores, excluindo a agricultura familiar, tem um impacto nas comunidades indígenas e outras
conseqüências sociais e ecológicas que as outras estradas amazônicas mostraram ser catastróficas
(Piro, 2006).
Como grande setor exportador num mercado de commodities, a soja tem sido fundamental para o
equilíbrio da balança comercial brasileira e a manutenção dos compromissos com os credores
externos e agências internacionais, mas os efeitos concentradores de renda e de degradação
ambiental somente poderão ser revertidos através da implementação de mecanismos claros de
indução via políticas públicas, que até agora não se encontram presentes (Porto, 2005, p. 97).
Essas conseqüências ambientais e sociais, no entanto, parecem perder espaço para as
vantagens econômicas que a soja trás para o país. A introdução de transgênicos no Brasil segue a
mesma lógica.
VI.9. Transgênicos no Brasil
A soja transgênica começou a ser plantada ilegalmente no Brasil mais de oito anos e
desde então teve um crescimento consistente. A área plantada com transgênicos no Brasil quase
dobrou em 2006, chegando a 9,4 milhões de hectares (ISAAA, 2006).
VI.9.1 Investimento em biotecnologia
A maior parte do investimento feito em biotecnologia no Brasil se através da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada em 1973, como uma empresa pública de
direito privado, com o objetivo de apoiar a modernização da agricultura do país. Segundo Flores
(2005), a relação histórica dessa empresa com a sociedade, reflete o caso de grande parte dos
sistemas de pesquisa agropecuária dos países menos desenvolvidos” (p. 239).
De fato, a atuação da Embrapa, baseada nas propostas da revolução verde, foi
fundamental para a modernização da agricultura no país, possibilitando “incrementar a
produtividade em áreas tradicionais, acrescentar novos produtos na pauta de produção brasileira e
incorporar áreas anteriormente não acessíveis à agricultura” (idem). Entretanto, esse processo de
modernização da agricultura veio acompanhado de outros fatores relevantes.
135
Conforme Flores, até o fim dos anos 80, a Embrapa foi orientada pelo modelo circular de
pesquisa, segundo o qual as pesquisas devem começar e terminar no produtor rural, refletindo a
demanda por tecnologia vinda diretamente do produtor. Porém, a linearidade da demanda por
pesquisa restringia os benefícios a determinados grupos de agricultores, excluindo o acesso à
tecnologia por outros grupos, tais como: os pequenos agricultores (maioria dos agricultores
brasileiros), tanto pela falta de acesso ao crédito, como pela falta de identificação da demanda da
agricultura familiar; e outros setores da sociedade como os consumidores e os ambientalistas que
começavam a fazer pressão para uma pesquisa agropecuária com geração de tecnologias bastante
diferentes daquelas propostas pela revolução verde. Além disso, o próprio modelo circular
começou a falhar e a participação dos produtores na definição das pesquisas diminui
consideravelmente, crescendo o número de projetos que tinham como demanda os interesses dos
próprios pesquisadores.
No início dos anos 90, o modelo circular foi substituído por outro sistema de
planejamento de pesquisa, que buscava justamente incluir a demanda dos grupos de agricultores e
outros setores da sociedade que tinham sido excluídos no modelo anterior. Porém, Flores
comenta que, apesar dessas demandas, e mesmo da criação efetiva de programas de pesquisa
voltados para esses grupos, a implementação de tais programas continuou limitada pela cultura
interna da empresa, assim como pela imposição dos grupos dominantes da agricultura brasileira.
Desse modo, “a distribuição da aplicação dos recursos para os programas e centros de pesquisa
pouco se modificou em relação a seus dados históricos” (p. 242).
Além disso, também nesse período, começava na Embrapa um forte investimento na
pesquisa na área de biotecnologia, seguindo a tendência internacional. Os investimentos foram
feitos tanto em infra-estrutura como em recursos humanos para atender esse novo espaço de
pesquisa. Recentemente, intensificaram-se as relações internacionais com grandes empresas
multinacionais deres na área de biotecnologia (Flores, 2005). Um exemplo disso foi a parceria
feita entre a Embrapa e a Monsanto, em 1997, para comercialização de soja transgênica.
Além do forte investimento em pesquisa, também houve um grande esforço para a
legalização da comercialização de transgênicos no país. Segundo Neves (2005), a introdução e a
legalização da soja transgênica no Brasil foi possível graças a três fatores: uma “colonização” dos
países periféricos, principalmente Argentina e Paraguai, para atacar o Brasil pela sua vertente
mais produtiva, a saber, os três estados da região sul; a tática de incentivar o plantio experimental
136
de culturas de soja transgênica; e a aprovação via congresso nacional da proposta de uma lei
única para liberação de pesquisa com células-tronco e transgênicos.
Para Neves, a junção desses dois tópicos, que deveriam ser regulamentados
separadamente, serviu para tirar o peso do tema controverso dos transgênicos, dando destaque
para a pesquisa com células-tronco. Segundo Porto (2005), a não diferenciação entre as diversas
aplicações da biotecnologia moderna camufla aspectos importantes para o debate, como os tipos
de complexidade e de incerteza que estão em jogo.
A introdução, bem como a legalização do plantio de transgênicos no Brasil, teve uma
história controversa, marcada pelo conflito entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
VI.9.2 O processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil
O processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil não se deu num vazio, uma vez
que existiam um conjunto de regras internacionais e nacionais que estão diretamente
relacionadas e que têm implicações referentes à biossegurança (Labarrère, 2000). O Brasil é
signatário de acordos internacionais como o Trade Related Aspects of Intellectual Property
Rights (1995), a Declaração de Estocolmo sobre Meio Ambiente Humano (1972), a Convenção
de Biodiversidade (Rio92) e o Protocolo de Biossegurança (2003), o Acordo Sanitário e
Fitossanitário e o Codex Alimentarius da FAO. A lei brasileira também possui mecanismos
específicos para tratar de produtos que possam causar impactos: ambientais, agronômicos e para
a saúde humana, que estão sujeitos ao controle de três ministérios diferentes (Meio Ambiente,
Agricultura e Saúde), e outras leis que se relacionam com a biotecnologia como a Lei de Patentes
e a Lei de Proteção de Cultivares. A isso, somam-se acordos comerciais estabelecidos pela OMC,
a OCDE e mesmo por acordos multilaterais como o da Área de Livre Comércio das Américas
(Alca).
O processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil rendeu muita discussão,
confusão e ações na justiça. A polêmica continua mesmo após a aprovação da atual Lei de
Biossegurança, em março de 2005. Para não nos externdermos demasiadamente, serão
apresentados apenas alguns dos principais fatos que envolveram esse processo.
No dia 5 de janeiro de 1995, o governo Fernando Henrique Cardoso aprovou a Lei de
Biossegurança (lei 8.974) que estabeleceu as normas de segurança do uso da engenharia genética
na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte
137
de OGMs no meio ambiente. Entretanto, foram vetados dois artigos: o que criava a Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e o que definia a sua composição. Isso gerou uma
série de controvérsias que o governo tentou remediar editando, em dezembro do mesmo ano, o
decreto 1.752, que regulamentava a lei de Biossegurança, definia a composição e disciplinava o
funcionamento da comissão.
A CTNBio, responsável pela emissão de parecer técnico sobre qualquer liberação de
transgênicos, era um órgão constituído por 36 membros: oito especialistas do segmento da
biotecnologia; um representante dos ministérios: da Ciência e Tecnologia, da Saúde, do Meio
Ambiente, da Educação, das Relações Externas, dois da Agricultura; um representante do órgão
de defesa do consumidor; um de associações do setor empresarial de biotecnologia; e um
representante de órgão de proteção à saúde do trabalhador. A presença de um representante do
órgão de defesa do consumidor garantia a representatividade da sociedade civil. Porém o Idec se
retirou da comissão em 1997 por discordar do funcionamento da mesma.
Apesar desse decreto, o estatuto legal e a autoridade da comissão continuaram difusos, o
que dava abertura para controvérsias na interpretação da lei. A confusão dizia respeito a dois
tópicos: o caráter consultivo ou deliberativo da comissão e a obrigatoriedade ou não do Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente (Eia/Rima).
Em setembro de 1998, a CTNBio deu parecer técnico favorável para o cultivo com fins
comerciais da soja Roundup Ready (RR) produzida pela Monsanto, julgando desnecessário
solicitar o Eia/Rima. O Idec moveu uma ação judicial contra essa decisão, invocando o artigo 225
da Constituição Federal, o qual determina que cabe ao Poder Público exigir o Eia/Rima para
atividade potencialmente causadora de degradação do meio ambiente. Meses depois, o
Greenpeace se juntou ao Idec. Esse processo chegou a ter uma ação judicial do governo contra o
próprio governo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) se posicionou ao lado do Idec e do Greenpeace contra a União que estava ao lado da
Monsanto. Porém, teve que se retirar do processo por ser vinculado à União e esta não podia se
posicionar nos dois lados da ação. Uma liminar da 6ª Vara da Justiça Federal suspendeu o parecer
favorável da CTNBio.
Ainda em 1998, o Idec moveu outra ação civil requerendo a proibição da CTNBio de
conceder qualquer autorização para o plantio e a comercialização de OGMs sem a realização do
Eia/Rima, a elaboração de normas acerca da segurança alimentar de tais organismos e a
138
rotulagem adequada dos produtos que contenham transgênicos que viessem a ser
comercializados. O juiz da Vara, Antônio Souza Prudente, também julgou essa ação em favor
do Idec e determinou à União exigir da CTNBio a elaboração de normas de segurança alimentar,
comercialização e consumo de alimentos transgênicos, em conformidade com a Constituição, o
código de defesa do consumidor e a legislação ambiental.
Esse foi o início de uma batalha judicial que durou mais de seis anos. Ambas as partes
envolvidas pediram recursos das decisões dos diferentes juízes que julgaram as ações. O
posicionamento da União ao lado da Monsanto indicava uma posição favorável do governo em
relação à introdução dos transgênicos no Brasil. Por outro lado, essa batalha Judicial também
implicou uma “moratória judicial” dos transgênicos, uma vez que a CTNBio estava proibida de
emitir novos pareceres enquanto não elaborasse as normas de segurança alimentar,
comercialização e consumo de alimentos transgênicos.
Mas apesar dessa moratória, a soja transgênica vinha sendo plantada anos no país.
As lavouras, principalmente no sul, eram semeadas com sementes contrabandeadas da Argentina.
Em 2002, os professores de Genética e Melhoramento Rubens Nodari, da Universidade Federal
de Santa Catarina, e Deonisio Destro, da Universidade Estadual de Londrina, atenderam a um
convite do Movimento dos Pequenos Agricultores, apoiados pela organização Action Aid, para
examinarem lavouras da região de Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul. Os agricultores
verificaram muitos problemas nas lavouras semeadas com semente de soja transgênica.
Frente aos problemas encontrados, os pesquisadores recomendaram a realização de
estudos rigorosos dos efeitos da soja transgênica RR e para avaliar os demais impactos
ambientais e sócio-econômicos do cultivo sucessivo dessa variedade antes da sua liberação. O
relatório desses professores também chama a atenção para o fato de que as lavouras eram de
pequenos proprietários, o que não é recomendável para o cultivo da soja, e que se essa situação
persistisse os agricultores teriam que vender suas terras por falta de lucratividade. Assim, os
pesquisadores sugeriram alternativas, buscando proporcionar sustentabilidade às pequenas
propriedades. Entre elas, os professores destacaram a produção de grãos de forma agroecológica
que contribuem para a melhoria da saúde do ambiente e saúde humana e possibilitam retorno
econômico aos agricultores (Nodari & Destro, 2002).
A presença evidente de plantios ilegais de soja transgênica, a repercussão da batalha
judicial envolvendo os transgênicos, as freqüentes demonstrações contra os mesmos, além da
139
proximidade das eleições presidencial e para governador estadual, tornaram os transgênicos em
uma questão política, fazendo com que partidos e políticos se posicionassem contra ou a favor
dessa nova tecnologia (Bauer, 2006).
Em fevereiro de 2002, havia 19 projetos de lei que abordavam a questão da
regulamentação dos transgênicos, propostos por parlamentares, em tramitação na Câmara e no
Senado. Além da legislação federal sobre o assunto, os próprios Estados também estavam
definindo as leis que regulamentavam as atividades envolvendo OGMs no território estadual. Em
outubro de 2002, o o candidato Luiz Inácio Lula da Silva venceu a eleição presidencial. Durante
o governo anterior, Lula criticou a posição do governo FHC de apoio aos transgênicos e se dizia
contra o plantio dos mesmos.
Em março de 2003, o novo governo começou a se pronunciar em relação à situação do
plantio ilegal de soja transgênica no sul do país. O assunto era emergencial porque os
agricultores, principalmente gaúchos, começavam a colher a soja transgênica neste mesmo mês e
não podiam vendê-la no Brasil. Estimativas do Ministério da Agricultura indicavam que a soja
transgênica no sul corresponderia a uma receita de um bilhão de reais. A bancada do Rio Grande
do Sul no Congresso fazia forte pressão no governo para resolver os problemas dos agricultores.
O novo governo acusava que a negligência da fiscalização do governo anterior permitiu o plantio
ilegal e dizia que o novo governo se encontrava diante de um problema social.
Em reunião com os ministros, o presidente pediu para se chegar a uma fórmula jurídica
que permitisse o escoamento da safra de soja transgênica. Até aquele momento, o novo governo
mantinha a posição de preservar o vigor da lei. Uma das soluções propostas era exportar o
máximo possível da soja transgênica plantada irregularmente para não prejudicar os produtores.
Mas a permissão para a exportação estaria condicionada à assinatura de um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), em que o agricultor se comprometia a voltar a plantar soja
convencional, a partir da safra 2003/2004. Porém, o novo governo sustentava que essa decisão
não implicaria em incentivar novos plantios irregulares de transgênicos e que ele ia reforçar a
fiscalização.
Foi formada uma comissão interministerial para se chegar a uma solução. Nesse momento
começaram a aparecer divergências em relação à questão dos transgênicos dentro do próprio
governo, principalmente entre os ministros da agricultura, que se posicionava a favor da pida
introdução dessa tecnologia, e a do meio ambiente, que defendia o princípio da precaução.
140
Terminado o prazo de 30 dias, a comissão ainda não havia chegado a um consenso.
Entretanto, os agricultores do Rio Grande do Sul não esperaram a decisão do governo e
começaram a colher e comercializar a soja transgênica. As cooperativas recebiam o produto
alegando não ter como separar o grão convencional do geneticamente modificado e afirmavam
que a indefinição do governo não tinha atrapalhado os negócios até o momento. Assim, tanto os
agricultores quanto as indústrias lidavam com a “política do fato consumado”, expressão que
passou a representar o episódio.
Em de março de 2003, o presidente Lula assinou uma medida provisória (mp 113)
autorizando a comercialização da safra de 2003 de soja transgênica. O argumento de que a
exportação integral implicaria um desabastecimento no país levou à autorização para a
comercialização da soja tanto no mercado interno como para exportação. A mp garantia a venda
da soja transgênica até 31 de janeiro de 2004. Os grãos e sementes que sobrassem depois disso
deveriam ser incinerados. O plantio de sementes transgênicas para a safra de 2003/2004 ficou
proibido.
O ponto mais importante do acordo que tornou possível a aprovação da mp na Câmara
dos Deputados foi a promessa do governo de enviar ao Congresso, em 30 dias, um projeto de lei
abrangente sobre o cultivo e o comércio de produtos que contenham OGMs. Porém, a maior
polêmica dessa mp é que ela criou contradições entre os Poderes Executivo e Judiciário. A
liberação da soja transgênica para comercialização foi tomada como um atestado de segurança à
soja transgênica, o que ia ao encontro do parecer técnico emitido pela CTNBio em 1998. Por
outro lado, essa decisão passou por cima da decisão do Poder Judiciário, no qual o processo
contra a liberação da soja ainda corria no TRF.
Reinava uma confusão quanto ao poder da CTNBio e a obrigatoriedade do Eia/Rima. O
conteúdo do novo projeto de lei sobre transgênicos prometido pelo governo também estava
incerto. A competência da CTNBio era justamente um dos pontos de maior desentendimento
entre os ministérios, principalmente entre os da Agricultura e do Meio Ambiente. A comissão
interministerial não conseguia chegar a um acordo quanto ao papel consultivo ou conclusivo da
CTNBio. Enquanto isso, o governo sofria pressão dos setores contra e a favor dos OGMs.
A indefinição legal e a lentidão da apresentação do novo projeto de lei começavam a
incomodar os agricultores. Dados divulgados na feira Expointer em setembro de 2003 indicavam
que mais de 80% da soja produzida em terras gaúchas era transgênica, envolvendo grandes e
141
pequenos produtores. O plantio da safra começaria no dia de outubro e os produtores
cobravam a edição de outra mp.
No dia 25 de setembro de 2003, o presidente Lula assinou a segunda mp, 131, autorizando
o plantio e a comercialização da safra de 2003/2004 de soja transgênica. O plantio também estava
condicionado à assinatura do TAC. A mp anterior (113) determinava a destruição total das
sementes e grãos transgênicos até 31 de janeiro de 2004, mas na nova mp, foi determinando
apenas a proibição da comercialização do grão de soja como semente, bem como a sua utilização
como semente em propriedade situada em Estado distinto daquele em que foi produzido.
No dia 30 de outubro de 2003, após nove meses de discussão, o presidente Lula assinou o
projeto de lei de biossegurança que foi remetido ao Congresso. O projeto seguia o princípio da
precaução, defendido pelo Protocolo de Cartagena. O projeto previa a criação do Conselho
Nacional de Biossegurança (CNBS), formado por 11 ministros, que ficaria encarregado de traçar
a política estratégica para os transgênicos. Para se obter uma autorização, os interessados teriam
que apresentar um pedido à CTNBio. Esta, porém, seria reformulada, passando a ter 26
integrantes, oito deles representantes da sociedade civil. Quando o parecer da CTNBio fosse
negativo, o processo era encerrado, sem direito a se recorrer da decisão. Quando o parecer fosse
favorável, o assunto passaria pelo aval da CNBS.
Porém, o dito “consenso” no projeto de lei do governo foi uma maneira de transferir a
discussão entre os ministros da Agricultura e do Meio Ambiente para o Congresso onde os dois
ministros tentariam influenciar nas bancadas dos ruralistas e dos ambientalistas. A bancada
ambientalista tinha reservas em relação a alguns pontos do projeto, como a fiscalização, mas
queria deixá-lo como o governo havia apresentado. A bancada ruralista se preparava para
reformular o projeto, principalmente em relação à reestruturação da CTNBio.
Em janeiro de 2004, o relator do projeto de Lei na Câmara, Aldo Rebelo, apresentou seu
substitutivo que introduzia uma série de modificações no projeto apresentado pelo governo:
centralizava na CTNBio a decisão de autorização sobre atividades – pesquisa e comercialização –
com OGMs (e também estipulava que os representantes da sociedade na comissão teriam que ser
especialistas com doutorado); o CNBS passaria a ser composto por 14 e não mais 11 ministros.
Os novos integrantes do conselho seriam os ministros da Fazenda, do Planejamento e da Defesa
que se mostravam menos resistentes aos transgênicos do que a ministra do Meio Ambiente.
142
No final de janeiro, Aldo Rebelo saiu da relatoria do projeto para assumir o ministério da
Articulação Política. Em seu lugar, ficou o deputado Renildo Calheiros que fez mudanças no
substitutivo: tornava obrigatório o aval de órgãos de fiscalização, como o Ibama e a Anvisa, para
a comercialização de transgênicos. No início de fevereiro, um acordo garantiu a aprovação no
plenário da Câmara, em votação simbólica, desse substitutivo.
O projeto precisava ainda ser votado pelo Senado. Se este fosse aprovado sem
modificações, isso também traria implicações na esfera jurídica. A exigência do aval de órgãos de
fiscalização para a comercialização de transgênicos daria autoridade para o Ibama de exigir o
EIA/Rima mesmo quando a CTNBio considerasse o estudo desnecessário. Nesse contexto,
Greenpeace e Idec sairiam vitoriosos na ação judicial, que ainda corria no TRF.
Em junho de 2004, duas decisões do TRF aumentaram a confusão em relação à autoridade
da CTNBio. Por 2 votos a 1, o TRF decidiu que a CTNBio tinha competência constitucional para
decidir sobre os transgênicos - podendo, inclusive, dispensar o Eia/Rima quando o considerar
desnecessário. Porém, também por 2 votos a 1, o TRF manteve a medida cautelar que impedia,
especificamente, a liberação da soja Roundup Ready. O Idec entrou com um recurso em relação à
primeira decisão e a Monsanto em relação à segunda.
No dia 6 de outubro de 2004, com uma margem ampla de votos, 53 a favor e 2 contra, o
Senado aprovou o substitutivo do senador Ney Suassuna que modificou o texto aprovado pela
Câmara. A CTNBio passou novamente por reformulações, passando a ter 27 integrantes e
responderia pelos pedidos de pesquisas e de comercialização de transgênicos, podendo decidir se
um produto geneticamente modificado precisa ou não do licenciamento ambiental do Ibama ou
da autorização da Anvisa. As decisões da CTNBio poderiam ser contestadas, em grau de recurso,
no CNBS. Porém, a decisão do CNBS deve ser tomada com o consenso de pelo menos seis
membros, o que significa que os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde não teriam poder para
vetar decisões da CTNBio, como no projeto aprovado pela Câmara. Como o projeto aprovado
pelo Senado modificou o texto, ele teve que voltar para a Câmara para ser votado novamente.
Devido à lentidão da aprovação da nova lei de Biossegurança, no dia 15 de outubro de
2004, o presidente Lula assinou a terceira mp (223) que autorizava o plantio e a comercialização
da safra de 2004/2005 de soja transgênica. A aprovação do substitutivo por uma maioria de 23 a
2 votos no Senado poderia ter dado ao Planalto o respaldo necessário para editar uma mp que
exprimisse o conteúdo do projeto. Porém, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, contrária à
143
edição da mp, como nas duas vezes anteriores, fez pressão para incluir alguns itens na mp. Mais
uma vez, o plantio ficou condicionado à assinatura do TAC, sem o qual, entre outras coisas, os
produtores não teriam acesso ao crédito rural. A mp limitou a venda da soja transgênica até 31 de
janeiro de 2006, o excedente deveria ser destruído após esta data. Novamente, ficou proibida a
comercialização de grãos da safra de soja geneticamente modificada de 2005 como sementes,
bem como a sua utilização como semente em propriedade situada em Estado distinto daquele em
que foi produzido.
Em novembro de 2004, o relator do projeto de lei na Câmara, Renildo Calheiros, foi
destituído da função e substituído pelo deputado Darcísio Perondi, integrante da bancada
ruralista. Com isso, essa bancada garantiu a aprovação, numa comissão especial da Câmara, do
substitutivo de Perondi, cujo texto era idêntico ao do projeto aprovado pelo Senado. Em março de
2005, depois de mais de um ano e dois meses de tramitação no Congresso, o projeto de lei foi
votado na Câmara. Com 352 votos a favor, 60 contra e 1 uma abstenção, a Câmara aprovou o
substitutivo de Perondi.
A Lei 11.105, de 24 de Março de 2005, estabelece as novas normas de segurança e os
mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o
transporte, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o
consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de OGMs. Essa lei criou o CNBS, por 11
ministros: da Casa Civil; da Ciência e Tecnologia; do Desenvolvimento Agrário; da Agricultura;
da Justiça; da Saúde; do Meio Ambiente; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
das Relações Exteriores; da Defesa; e o Secretário Especial de Aqüicultura e Pesca. As decisões
do conselho devem ser tomadas com votos favoráveis da maioria absoluta.
A lei também reestruturou a CTNBio que passou a ser constituída por 27 cidadãos
brasileiros com grau acadêmico de doutor, sendo: 12 especialistas; um representante dos
ministérios: da Ciência e Tecnologia, da Agricultura, da Saúde, do Meio Ambiente, do
Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Defesa, da
Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca e das Relações Exteriores; um especialista em defesa
do consumidor; um especialista na área de saúde; um especialista em meio ambiente; um
especialista em biotecnologia; um especialista em agricultura familiar; um especialista em saúde
do trabalhador. Cabe à CTNBio emitir parecer técnico, caso a caso, sobre a biossegurança de
144
OGMs e seus derivados no âmbito das atividades de pesquisa e de uso comercial, com base na
avaliação de seu risco zoofitossanitário à saúde humana e ao meio ambiente.
Esse relato se focou na discussão acerca da aplicação dos transgênicos na agricultura.
Porém, a lei de Biossegurança também trata de outros temas como a utilização de céluas-tronco,
que passou a receber uma atenção maior no período final da aprovação da lei. Muitos
pesquisadores concordaram que a discussão acerca das células-tronco deu mais visibilidade à Lei
de Biossegurança, aumentando o lobby em favor da lei com a inclusão de outros grupos de
interesse, tais como: representantes de deficientes físicos e portadores de doenças degenerativas.
Apesar de não terem sido relatados muitos outros eventos importantes, é necessário
ressaltar que tais eventos tiveram implicações e causaram conflitos entre e mesmo dentro – dos
poderes jurídico, executivo e legislativo. Decisões de uma esfera afetavam diretamente nas
decisões dos outros. Porém, talvez o fato mais marcante desse processo tenha sido a completa
exclusão da população nesse debate.
VI.9.3. Os atores envolvidos no debate e a exclusão da população
O Estado de SP: Você comeria alimentos
transgênicos?
Bussunda: Depende. Engorda? 17/10/2004.
O processo de regulamentação dos transgênicos despertou reações de diferentes atores
envolvidos nesse debate. Esses atores também foram mudando e crescendo ao longo de tal
debate. Guivant (2001, 2002a, 2002b, 2005) faz uma análise das coalizões contra e a favor dos
transgênicos no Brasil.
De acordo com Guivant (2005), o evento que ocorreu em 1998
26
trouxe os transgênicos
para o centro da polêmica nacional, “envolvendo ONGs, partidos políticos, movimentos sociais,
cientistas, setores industriais, entidades representativas de setores produtivos rurais, entre outros”
(p. 58). Assim, a autora argumenta que nesse período, caracterizado por uma “proliferação do
social”,
Os setores a favor e os contrários aos produtos transgênicos começam a se organizar de forma
intensa, englobando tanto leigos – aqui incluindo setores de produtores rurais quanto peritos, mas
sem aparentemente sensibilizar significativamente aos consumidores. Cada uma destas alianças
apresenta um caráter heterogêneo não só por articular leigos e peritos, mas, sobretudo, por
aglutinar atores sociais com agendas políticas diversas. Por sua vez, estas alianças articulam-se
26
Trata-se da autorização para o plantio comercial da soja Roundup Ready pela CTNBio e a contestação desse fato
na justiça pelo Idec e Greenpeace, como foi descrito anteriormente.
145
com outras no plano internacional, mas sem por isto envolver necessariamente identificações
sobre outros temas que os transgênicos nem as mesmas interpretações sobre os riscos (p. 58-59).
Além da batalha jurídica de 1998, Guivant cita mais dois momentos importantes que
fortaleceram as duas coalizões: o surgimento das medidas provisórias para legalizar a plantação
de soja transgênica ilegal, e a tramitação do projeto de Lei de Biossegurança no Congresso.
A Coalizão contra os transgênicos é formada por ONGs ambientais como o Greenpeace,
partidos políticos como o Partido dos Trabalhadores (PT), o Movimento dos Trabalhadores sem
Terra (MST), representantes de grupos indígenas e órgãos que assumem a representação dos
consumidores como o Idec. O discurso dessa aliança é bastante variado. Os atores sociais
convencionais como o PT e o MST “incorporam o tema dos transgênicos dentro do seu discurso
classista, contra a globalização, o imperialismo, as multinacionais, os Estados Unidos, o Fundo
Monetário Internacional, etc. As denúncias contra os transgênicos são justificadas em argumentos
econômicos e políticos: quem se beneficia e quem se prejudica?” (Guivant, 2005, p. 62). Os
argumentos das ONGs ambientais, dos órgãos de defesa do consumidor, dos promotores públicos
e mesmo de cientistas, estão voltados para os riscos ambientais e para com a saúde e defesa dos
consumidores. Desse modo esse grupo busca redefinir as decisões e a constituição da CTNbio,
além de reivindicar a rotulagem e a aplicação do princípio da precaução.
O movimento a favor é formado por cientistas que defendem as decisões da CTNbio,
representantes de empresas de biotecnologia e associações de agricultores. Guivant argumenta
que, a partir de 2002, alguns representantes do governo Lula também passaram a integrar essa
coalizão. O argumento apresentado por esse grupo “é de caráter científico convencional,
identificando aos setores contrários como irracionais, desinformados, catastrofistas e contra o
progresso” (p. 72).
Como Guivant aponta, dentro do debate sobre transgênicos e da formação das coalizões,
parece que não houve uma sensibilização do público nem uma tentativa de engajamento do
mesmo no processo de regulamentação dos transgênicos. Se no cenário internacional observa-se
um esforço para incentivar a participação pública através de mais informação, transparência e
disponibilização de orçamento como conseqüência dos atos do governo, no Brasil prevalece “um
estilo não transparente e não participativo de formulação de políticas públicas” (p. 67). Além
disso, o reconhecimento da necessidade de um debate público sobre os transgênicos não vem
acompanhado de questões referentes a como devem ser estes debates, como legitimar os
146
possíveis espaços de participação, como avaliar as melhores estratégias para que isso possa ser
realizado” (idem).
Foram realizados no Brasil três júris populares sobre transgênicos: dois em 2001, em
Fortaleza e Belém, e um em 2004, em Porto Alegre. Em todos os casos foram convocados
representantes dos grupos de interesse, sendo que os representantes da Monsanto não
compareceram. Segundo Guivant, enquanto em vários países da Europa, esses eventos servem
“para tornar público o debate sobre temas polêmicos, mas que estejam sendo debatidos apenas
em círculos fechados” (p.68), os movimentos feitos aqui no Brasil “mostram uma distância
abismal com tais casos. Trata-se de eventos nos quais se assume uma teatralização da justiça,
onde se atua com roteiros e diálogos pré-definidos. Acaba desvirtuando-se um potencial espaço
para a construção de um debate público sobre os riscos” (idem).
Guivant conclui que no Brasil, as estratégias buscam uma mobilização e não
necessariamente uma participação pública efetiva no debate e na formulação de políticas
públicas. As práticas de participação (embora com sérias restrições) ainda começam a surgir e
não uma institucionalização das mesmas. Também é marcante a ausência de pesquisas sobre
compreensão e percepção do público sobre transgênicos que possam fornecer dados que pesem
no processo de formulação de políticas, como ocorre em outros países.
VI.10. Pesquisas
O campo de estudos internacional sobre percepção pública da biotecnologia em geral (e
aplicada à agricultura, em específico) é muito vasto, como se pôde ver ao longo desse capítulo.
Em 2002, a revista Public Understanding of Science publicou uma edição especial sobre
percepção pública de biotecnologia, envolvendo pesquisas de vários países. Em 2005, a Revista
d’etnologia de Catalunya também publicou uma edição dedicada à percepção da biotecnologia
aplicada à alimentação. Além dos artigos apresentados, uma seleção bibliográfica publicada nesta
revista apontou mais de 200 pesquisas sobre esse tema no cenário internacional. Mas, além
dessas edições especiais, muitas pesquisas vêm sendo publicadas nas revistas das mais diversas
áreas psicologia, sociologia, economia, política mostrando a complexidade e pluralidade de
pontos de vista sobre o assunto. Essa pluralidade também resulta em uma diversidade de
métodos, enfoques e abordagens.
Essas pesquisas utilizam métodos como:
147
Surveys quantitativos: (Gaskell, Allum & Stares, 2002; Gutteling, 2002; Torgesen &
Seifert, 1997; Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest, Jackson & Olsthoorn, 2005);
Escalas: (Fisher, Small, Roth, Mallon & Jerebine, 2005; Hall & Moran, 2006);
Questionários com perguntas abertas: (Parales-Quenza, 2004);
Grupos focais: (Bates, 2005; Shaw, 2002);
Análises documentais da mídia impressa: (Gutteling et al, 2002; Bonfadelli, Dahinden &
Leonarz, 2002; Bauer, 2002; Parales-Quenza, 2004; Görke & Ruhrmann, 2003);
Experimentos sobre efeitos de comunicação: (Frewer, Howard, Hedderley D. &
Schepherd, 1999; Scholderer & Frewer, 2003; Frewer, Scholderer & Bredahl, 2003;
Byrne, Namuth, Harrington, Ward, Lee & Hain, 2002; Schibeci, Barns, Kennealy &
Davison, 1997).
Além disso, as pesquisas levam em conta uma rie de variáveis associadas à percepção
do público sobre a ciência, dentre elas:
Variáveis sócio-demográficas (idade, sexo, renda mensal, nível de instrução, ocupação,
região de moradia);
Religião;
Afiliação a partidos políticos e a organizações não-governamentais: (Gutteling, 2002);
Valores ambientais: (Hall & Moran, 2006);
Nível de interesse: (Gaskell, Allum & Stares, 2002; Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest,
Jackson & Olsthoorn, 2005);
Nível de envolvimento (leigos verus especialistas; membros de entidades contra versus a
favor): (Hall & Moran, 2006; Fisher, Small, Roth, Mallon & Jerebine, 2005);
Nível de informação, nível de conhecimento: (Torgesen & Seifert, 1997; Gaskell, Allum
& Stares, 2002; Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest, Jackson & Olsthoorn, 2005);
Otimismo versus pessimismo em relação a inovações científicas: (Torgesen & Seifert,
1997, Gaskell, Allum & Stares, 2002; Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest, Jackson &
Olsthoorn, 2005);
Percepção de riscos versus benefícios: (Hall & Moran, 2006; Fisher, Small, Roth, Mallon
& Jerebine, 2005; Gaskell, Allum & Stares, 2002, Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest,
Jackson & Olsthoorn, 2005);
148
Confiança nas autoridades e formuladores de políticas: (Gaskell, Allum & Stares, 2002;
Frewer, Scholderer & Bredahl, 2003; Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest, Jackson &
Olsthoorn, 2005);
Tipo de aplicação da biotecnologia (saúde versus agro-alimentar): (Shaw, 2002; Lujan &
Todt, 2000; Gaskell, Allum & Stares, 2002, Gaskell, Einsiedel, Hallman, Priest, Jackson
& Olsthoorn, 2005);
Percepção de intervenção na natureza e nos limites da vida (Shaw, 2002; Wagner,
Kronberger, Berg & Torgersen, 2006; Wagner, Kronberger, Nagata & Sen, 2006).
VI.10.1. Um modelo de pesquisa
Bauer e Gaskell (2002) propõem um modelo para a análise das representações e
mudanças das relações entre ciência, tecnologia e público, que pode ser aplicada ao que eles
chamam de “movimento da biotecnologia”. Eles utilizam a esfera pública como lugar de análise,
constituída por três partes: processo de regulamentação, cobertura midiática e percepções
públicas. “Com nossa descrição do movimento da biotecnologia, nós esperamos encontrar
múltiplas representações de biotecnologia na esfera pública isto é, uma variedade de
representações nas percepções públicas, na cobertura da mídia e na regulamentação”* (p. 398).
Segundo esses autores, cada parte pode ser tomada separadamente como uma perspectiva
da esfera pública. Mas também é possível investigar como a percepção pública está relacionada
com o processo regulatório e com a cobertura da mídia; ou como a mídia está relacionada com o
processo regulatório e a percepção pública; ou, finalmente, como o processo regulatório está
relacionado com a percepção pública e a cobertura da mídia. Assim,
Cada uma dessas perspectivas na esfera pública chama a atenção para uma variedade de modelos
de “médio alcance” das ciências sociais, da formação da opinião pública, teorias da produção da
mídia, e modelos de formulação de política. O ‘enquadramento ideal’ mantém o debate em um
certo nível de complexidade e convida a uma síntese de perspectivas. Entretanto, atualmente, isso
pode estar além da capacidade da teoria da ciência social atual. O modelo triangular também
funciona como uma proteção contra a redução simplista da ‘esfera pública’ a pesquisas de
percepção pública, ou a análise da cobertura da mídia, ou a análise de documentos sobre a
formulação de política. Cada arena deve ser entendida no contexto das atividades do movimento
da biotecnologia* (p. 393).
VI.10.2. A pesquisa no Brasil
Nos últimos anos, os transgênicos começaram a despertar a atenção dos pesquisadores
brasileiros. No entanto, grande parte das pesquisas envolvendo essa questão está limitada à
149
análise do processo de regulamentação (Labarrère, 2000; Lazzarini, 2000; Guivant, 2005; Porto,
2005; Farias, 2006) e dos atores envolvidos nesse processo (Guivant, 2001, 2002a, 2002b, 2005).
A maioria desses estudos mostra que o processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil foi
feito sem considerar a participação do público e buscando os ganhos econômicos em detrimento
dos possíveis riscos sociais e para o meio ambiente e a saúde do consumidor.
Porém, o cenário de pesquisas sobre a percepção pública de transgênicos no Brasil é
muito limitado, contrastando com o cenário internacional. No ano de 1999 marcado por ações
judiciais envolvendo a soja transgênica foram feitas pesquisas de opinião sobre a aceitação ou
rejeição dos transgênicos encomendadas por grupos de interesse específicos (produtores,
empresas, supermercados).
De acordo com uma pesquisa realizada nesse ano pela Confederação Nacional da
Agricultura (CNA) sobre o uso comercial de plantas transgênicas na agricultura brasileira,
76,15% dos produtores brasileiros eram favoráveis ao cultivo de sementes geneticamente
modificadas. O Rio Grande do Sul se destacou entre os estados de maior aprovação do cultivo.
Outra pesquisa feita pelas organizações norte-americanas Research International e Foward
Research somente nos estados do Rio grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Goiás, com proprietários (52%), arrendatários (14%), engenheiros agrônomos (9%),
administradores de empresas (4%) e técnicos agrícolas (1%), mostrou que 89% da amostra não
tinha dúvida sobre como funciona a tecnologia e 90% afirmaram que a usariam, dos quais 27,5%
com certeza. Apenas 0,2% dos agricultores foram enfáticos na recusa; 1,2% disseram que não
usariam e 8,7% não tinham certeza (Gazeta Mercantil, 1999).
Em uma enquete feita também nesse ano, o Idec perguntou a 23 empresas nacionais (seis
não quiseram ser identificadas) se elas abasteceriam o mercado brasileiro apenas com produtos
não transgênicos, 10 empresas responderam que sim, com rótulo obrigatório; três responderam
que sim, com rótulo opcional; uma respondeu que não; três responderam que depende do que for
determinado pela lei nacional e sete disseram que não sabem e aguardam mais informações sobre
o assunto. Segundo o Idec, nesse ano, as companhias locais de alimentos possuíam uma
posição sobre os organismos geneticamente modificados, porém parte delas não queria declarar
publicamente suas opiniões sobre o tema (Gazeta Mercantil, 1999).
Porém, foram poucas as pesquisas que investigaram a percepção da população geral sobre
transgênicos. Guivant (2006) faz uma revisão dessas no país e conclui que:
150
(...) no Brasil, uma significativa carência de dados sobre a opinião pública. Mas esta falta de
pesquisas, ou seu número limitadíssimo, é aqui considerada uma evidência para caracterizar os
termos do debate no Brasil, onde uma desconsideração sobre a participação pública nos
debates sobre transgênicos. Estes giram em torno de atores sociais organizados, que atuam sem
representatividade ou sem procurar construí-la. Também o número limitado de pesquisas expõe
os limites da área de marketing, ainda assumindo uma perspectiva positivista sobre o consumidor.
E, por último, podemos relacionar a falta de informação com a falta de problematização, no
espaço acadêmico, sobre os conflitos ou consensos entre conhecimentos peritos e leigos, quando
estão em questão inovações tecnológicas que envolvem riscos incertos (p. 81-82).
Entre as poucas pesquisas nacionais sobre o conhecimento e opiniões a respeito dos
transgênicos, podemos citar três pesquisas (2001, 2002 e 2003) realizadas pelo Instituto
Brasileiro Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) sob encomenda de Greenpeace,
todas com um conteúdo muito superficial.
Em dezembro de 2003, todos os estados brasileiros participaram dessa pesquisa, sendo
realizadas 2000 entrevistas. As variáveis consideradas no estudo foram: sexo; grupo de idade;
grau de instrução; região; condição do município; porte do município; critério econômico Brasil;
conhecimento sobre transgênicos (já ouviu falar, nunca ouviu falar).
Os resultados mostram que os homens ouviram falar mais sobre o assunto do que as
mulheres. A faixa de idade parece não diferenciar a proporção do conhecimento da população. O
grau de instrução pesa bastante, aumentando o conhecimento junto com o grau de instrução. A
população da região sul é a que mais ouviu falar sobre transgênicos, sendo que mais da metade da
população da região nordeste nunca ouviu falar sobre o assunto. A condição do município
também não diferencia na proporção do conhecimento. E o critério econômico foi o que mais
influenciou, sendo que quase a totalidade das classes A e B ouviram falar sobre transgênicos e
quase metade das classes D e E nunca ouviram falar sobre o assunto.
Após a pergunta sobre conhecimento, o participante era informado sobre o que é um
organismo transgênico. Em seguida era perguntado se caso ele pudesse escolher entre um
alimento transgênico e um alimento não-transgênico, qual ele escolheria. As variáveis estudadas
não influenciaram nas escolhas, sendo que esta ficava em torno de 70-80% para os alimentos
não-transgênicos e entre 10-15% para os alimentos transgênicos. Depois disso, era perguntado se
os alimentos com ingredientes transgênicos deveriam ou não conter essas informações no seu
rótulo. Novamente variáveis estudadas não influenciaram nas respostas, sendo que 90-95% da
população respondeu que sim.
151
Em uma última etapa, os participantes eram informados que existem divergências entre os
cientistas quanto aos riscos ao meio ambiente e à saúde com relação aos organismos transgênicos.
Logo em seguida era perguntado o que eles achavam que deveria ser feito enquanto essas dúvidas
não fossem esclarecidas. Mais uma vez variáveis estudadas não influenciaram nas respostas,
sendo que 70-80% respondeu que eles deveriam ser proibidos e 10-20% respondeu que eles
deveriam ser liberados.
Segundo Guivant (2006), a empresa Monsanto também encomendou uma pesquisa ao
IBOPE. Essa pesquisa utilizou uma metodologia diferente e:
Comparando as pesquisas do Ibope para a Monsanto e para o Greenpeace, observam-se
diferenças significativas nas respostas, fundamentalmente no que se refere à aceitabilidade dos
transgênicos a partir da informação oferecida (...). Portanto, a informação, entendida da forma
pouco precisa em que é utilizada nestas pesquisas, leva a posicionamentos e conclusões
diferentes. Mas isto não tem sido visto como um problema nem pela Monsanto nem pelo
Greenpeace, que passaram a utilizar os resultados das pesquisas para apoiar suas posições prévias
(p. 86).
Desse modo, Guivant observa que, na verdade, essas pesquisas confirmam os argumentos
que determinados grupos sociais, políticos ou econômicos, que encomendam as pesquisas,
querem legitimar.
Outra parte das pesquisas sobre transgênicos no Brasil tem se concentrado na análise da
cobertura desse tema pela mídia impressa brasileira (Bueno, 1999; Massarani, Magalhães &
Moreira, 2003; Marcolino & Franco, 2004). Porém, esses estudos se restringem mais à forma do
que ao conteúdo que foi divulgado.
Bueno (1999) pesquisou a cobertura do tema em seis jornais de São Paulo e do Rio de
Janeiro (classificados em duas modalidades: grande imprensa e jornal de negócios) no período de
janeiro a setembro de 1999. Os parâmetros utilizados para o estudo foram: angulação, fontes
prioritárias, foco principal, procedência das informações e sub-temas relevantes.
A cobertura da mídia sobre o assunto nesse período foi considerável, com um total de 340
reportagens. O foco predominante nas matérias foi o político (70,4% do total das matérias). O
foco econômico não prevaleceu nem mesmo nos jornais de negócios e o foco técnico, que tem
uma função pedagógica para o esclarecimento do leitor, foi o menos visível (13,3%). O principal
sub-tema foi “problemas no Brasil” (aprovação de cultivo e comercialização da soja transgênica
da Monsanto, arroz transgênico no Brasil, critérios da CTNbio, ataques de entidades
ambientalistas e de defesa do consumidor, manifestação de representantes do governo) que
152
respondeu por 38,7% do total das matérias, vindo a seguir o sub-tema “problemas na Europa”
(15,5%). O número de divulgação de pesquisas/estudos foi bastante reduzido (5,6%). É preciso
destacar que essa distribuição de matérias foi consideravelmente diferente entre os jornais
paulistas e cariocas, assim como entre os jornais de grande imprensa e os jornais de negócios.
Os representantes do governo foram as principais fontes ouvidas pelos jornais sobre esse
tema (17,8% do total das fontes), sendo a principal fonte de governo o secretário de agricultura
do Rio Grande do Sul, estado amplamente envolvido na questão, devido à rejeição explícita do
Executivo aos transgênicos no ano considerado nessa pesquisa
27
. As empresas fabricantes
responderam por 12,8% das fontes, porém na maioria das matérias elas se encontravam em
posição de defesa, reagindo aos ataques. A CTNbio, comissão diretamente envolvida na questão,
também respondeu por 12,8% das fontes. Os pesquisadores brasileiros tiveram participação
importante (8,6%), bem como duas fontes de oposição: o Greenpeace (5,7%) e o Idec (4,2%). A
Embrapa, considerada isoladamente por estar diretamente envolvida na questão, foi responsável
por 3,4% das fontes. O autor conclui que o tema teve ampla cobertura durante o período
examinado, com predominância do foco político e com um teor negativo no que diz respeito aos
transgênicos.
Marcolino e Franco (2004) também analisaram a cobertura sobre os transgênicos em
jornais, revistas semanais, revistas de divulgação científica e em revistas especializadas, nos
períodos de agosto e setembro de 2001 e de dezembro de 2003 e janeiro de 2004. Os parâmetros
utilizados foram os mesmos do estudo anterior. É preciso ressaltar que apesar das especialidades
de mídia utilizadas, as autoras não fizeram uma análise diferenciada para cada tipo de fonte.
Foram coletadas 20 matérias no primeiro período e 32 no segundo.
Do total de matérias, apenas duas explicam o que são os transgênicos. Das matérias
coletadas no primeiro período, 42 adotavam uma postura de neutralidade, 08 eram a favor dos
transgênicos e 02 contra. No segundo período, 31 das matérias foram consideradas neutras, 11
favoráveis e 05 contra. Quanto ao foco, na primeira amostra, em 26 das matérias foi identificado
o foco econômico, em 22 o foco ético e de valores e em 04 um foco cognitivo. na segunda
amostra, 16 das matérias tiveram foco econômico, 15 cognitivo, 12 político e 08 ético e valores.
27
Para uma revisão da trajetória do “movimento dos transgênicos” no estado do Rio Grande do Sul, ver: Bauer
(2006).
153
Os temas predominantes foram: a “descoberta científica” na primeira fase e a
“regulamentação dos produtos transgênicos no Brasil” na segunda. As autoras não verificaram as
fontes ouvidas como no estudo anterior, mas relataram os atores sociais aos quais as reportagens
fazem referência: na primeira etapa 13 das publicações fazia referência a pesquisadores, 10 a
consumidores, 08 a empresários, legisladores e ONGs, e 06 a produtores. Na segunda etapa 16
das reportagens fazia referência a legisladores, 11 a pesquisadores e 09 a produtores.
Massarani, Magalhães e Moreira (2003) analisaram a cobertura da mídia brasileira (dois
jornais de São Paulo e três do Rio de Janeiro) em relação à biotecnologia moderna, no período de
junho de 2000 a maio de 2001, num total de 751 artigos. Os artigos foram divididos de acordo
com os seguintes temas: mapeamento genético (77,9%), associação de genes com doenças ou
comportamento (30,0%), transgênicos (23,7%), clonagem (13,7%), terapia genética (6,6%),
propriedade intelectual (4,8%), reprodução assistida (4,1%), manipulação genética em embriões
(3,6%) e outros (13,0%). Apesar da questão dos transgênicos ter ficado em terceiro lugar na
cobertura sobre biotecnologia, os autores ressaltam que a aplicação da biotecnologia no campo
agro-alimentar foi tratada de forma mais crítica pela mídia do que as demais aplicações, cujas
matérias a elas referentes ressaltavam fundamentalmente seus aspectos positivos. Segundo esses
autores;
Isso pode favorecer uma distorção na apreciação do público sobre o estado dos conhecimentos
científicos nessa área e sobre o funcionamento do aparato científico e tecnológico, além de
evidenciar uma perspectiva jornalística que minimiza riscos e limitações da atividade científica.
(...) Riscos relacionados às novas tecnologias e aplicações mal sucedidas, quando mencionados,
geralmente o o apenas de forma superficial e sem uma reflexão mais aprofundada sobre a
questão (p. 146).
Uma contribuição importante do estudo feito por esses autores é a constatação de que a
genética não se restringe mais à editoria de ciência, sendo encontrada nos mais diversos espaços
dos jornais, inclusive nas seções economia e política. Isso reforça os argumentos de Beck (1999)
de que: há outros interesses no desenvolvimento da ciência, que áreas anteriormente
“despolitizadas” estão se “politizando”, e que é preciso procurar o político fora da seção
“política” nos jornais.
Essas pesquisas documentais utilizaram processos de coleta (fontes e períodos) bastante
distintos, o que dificulta uma comparação. Porém, pode-se dizer que esses estudos apontam para
a influência dos acontecimentos de determinado período envolvendo o assunto e o enfoque dos
diferentes jornais ou revistas na forma como o assunto é tratado.
154
Em um estudo exploratório para essa pesquisa, buscamos levantar dados relativos às
informações que alunos universitários têm sobre os transgênicos (Mezzomo & Nascimento-
Schulze, 2005). Participaram desse estudo 120 alunos de dois cursos (direito e biologia) de uma
universidade particular da cidade de Joinville. Esses alunos já possuíam conhecimento prévio seja
sobre as questões técnicas ou legais relativas aos transgênicos.
Quando perguntados sobre as fontes pelas quais obtinham informação científica acerca do
assunto, os alunos de biologia listaram nove fontes: revistas, televisão, Internet, sala de aula,
jornais, artigos científicos, livros, rádio e relatórios de laboratórios como EMBRAPA e
Monsanto. A maioria dos alunos citou mais de uma fonte. 16,0% dos alunos desse curso disseram
não obter informação nenhuma sobre o assunto. Os alunos de direito listaram os mesmos itens e
acrescentaram os formadores de opinião, sem especificar a fonte. Porém, 30,95% dos alunos
desse curso disseram não obter informação nenhuma sobre o assunto.
Sobre o que deve ser informado para a população, os alunos de biologia listaram oito
tópicos: prós e contras (ou benefícios e malefícios), informações científicas, danos à saúde,
modificações no entorno, conseqüências desconhecidas a longo prazo, produtos que já existem no
mercado, riscos e economia. Os alunos de direito listaram os mesmo itens e acrescentaram um
novo: legislação regente sobre o assunto.
Os resultados desse estudo mostram que, apesar do grande número de fontes de
informação, muitos alunos ainda não obtêm informações sobre o assunto, ou dizem não ser
suficiente para opinarem sobre, ou ainda, relatam não compreender o que é divulgado.
Como se pode ver, levando em conta o modelo de pesquisa proposto por Bauer e Gaskell
(2002) para se estudar as relações entre ciência, tecnologia e público, os resultados das pesquisas
nacionais sobre transgênicos apresentadas aqui mostram que:
1 A maioria das pesquisas se concentra no estudo do processo de regulamentação e dos
atores nele envolvidos;
2 As pesquisas sobre opinião pública acerca dos transgênicos apresentam sérias
restrições metodológicas, além de serem, em sua maioria, encomendadas por grupos de interesse
específicos que buscam apenas legitimar seus próprios argumentos;
3 As análises documentais da cobertura da mídia brasileira sobre esse tema também
apresentam limitações, uma vez que consideram períodos muito curtos (entre um mês e um ano
155
apenas) e priorizam a forma frente ao conteúdo divulgado. Não é possível saber o que é
divulgado para a população e que tipo de reflexão acerca desse assunto é proposta. Igualmente, os
curtos períodos de análise não permitem ver como esse assunto foi socialmente construído no
país.
4 Além disso, o fato dos alunos universitários do estudo exploratório relatarem que,
apesar do grande número de fontes de informação, muitos dizem não ser suficiente para opinarem
sobre o assunto, ou relatam não compreender o que é divulgado, nos leva a pensar na necessidade
de estudos que proponham meios alternativos de divulgação
28
sobre transgênicos.
5 Principalmente, o campo de estudo nacional indica uma falta de pesquisas sobre as
representações sociais de transgênicos (divulgadas pela mídia e construídas por diferentes grupos
sociais) que permita delinear a construção social desse objeto, bem como as reflexões acerca do
mesmo.
Desse modo, levantamos a seguinte questão: qual a importância da mídia, do
pertencimento grupal e da divulgação científica no processo de formação/transformação das
representações sociais de transgênicos?
Objetivo geral
Essa pesquisa teve como objetivo analisar a importância da mídia, do pertencimento
grupal e da divulgação científica no processo de formação/transformação das representações
sociais de transgênicos.
Objetivos específicos
Identificar e comparar as representações sociais de transgênicos divulgadas em jornais
brasileiros;
Identificar e comparar as representações sociais de transgênicos de diferentes grupos
sociais;
Verificar o impacto de uma exposição científica sobre transgênicos no processo de
formação/transformação das representações sociais de alunos do ensino médio.
28
Entre esses meios, a exposição científica se destaca como lugar para reflexão como foi visto no capítulo II.
156
VII. Método:
Essa pesquisa se divide em 3 estudos:
1. Um estudo documental que analisou o que a mídia impressa divulgou sobre os
transgênicos durante um período de 6 anos;
2. Um mapeamento da estrutura das representações sociais de transgênicos de diferentes
grupos sociais;
3. Um estudo experimental que investigou o impacto de uma exposição científica sobre
transgênicos no processo de formação/transformação das representações sociais.
VII.1. Primeiro estudo: análise documental
VII.1.1. Caracterização do estudo
Trata-se de uma pesquisa documental de caráter descritivo que buscou analisar as
diferentes representações sociais sobre transgênicos que circularam na mídia impressa (jornais)
brasileira. Como foi discutido na revisão teórica, a informação e, particularmente, a mídia como
fonte de informação, têm um papel fundamental na edificação das representações sociais e no
processo de reflexividade da sociedade.
VII.1.2. Caracterização das mídias
Segundo Gutteling et al (2002), a imprensa opinion-leadingpode ser considerada como
um expoente da “arena midiática” de um país. Assim, certos jornais, por exemplo, são
identificados como fontes de informação “opinion-leading”, tanto para os formadores de políticas
(políticos, cientistas, indústria etc), como para o público em geral. Foram considerados nesse
estudo dois jornais nacionais de grande circulação que se encaixam nessa categoria: A Folha de
SP e O Estado de SP.
VII.1.3. Procedimentos
Moscovici chama a atenção para o fato de que é essencial estudar as representações
sociais “na sua construção, do ponto de vista de sua história e desenvolvimento” (Moscovici &
Marková, 2003, p. 331). Além disso, ele argumenta que é importante que tal desenvolvimento
seja observado desde o momento em que ele emerge na esfera social (Moscovici, 2000).
157
Pensando nisso, o ano de 1995 seria um bom marco inicial para uma análise documental
sobre os transgênicos, visto que esse foi o ano em que o governo aprovou a primeira lei de
Biossegurança e criou a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), introduzindo
esse assunto no Brasil. Outro marco importante foi o ano de 1998, que, como foi visto na revisão,
é caracterizado como “proliferação do social” (Guivant, 2005). Nesse ano, a CTNBio deu seu
primeiro parecer favorável para a comercialização de um OGM,o que iniciou a batalha jurídica
no Brasil, e marcou a formação das coalizões contra e a favor dos transgênicos.
Assim, foi feito um levantamento inicial dos artigos sobre transgênicos publicados pelos
dois jornais considerados. Esses dois anos (1995 e 1998) não obtiveram um número considerável
de publicações sobre esse assunto. No jornal A Folha de SP, por exemplo, foram publicados
apenas 52 artigos no período entre 1995 e 1998 (1995 = 02 artigos; 1996 = 05; 1997 = 19; 1998 =
26). Além disso, no momento da coleta, o jornal O Estado de SP disponibilizava em seu site
os artigos publicados a partir do ano de 1999, o que dificultava a coleta em um período anterior.
O ano de 1999 foi o primeiro ano com um número alto de publicações (A folha de SP =
189 artigos), porém, como foi exposto no capítulo VI, outras pesquisas documentais, ainda que
com um enfoque bastante divergente da presente pesquisa, mostram que nesse ano a cobertura da
mídia sobre transgênicos ficou bastante restrita aos acontecimentos no Rio Grande do Sul e que
em 2000 a cobertura já passa a ser de âmbito nacional (Bueno, 1999; Bauer, 2006).
Desse modo, optou-se por estudar o período entre janeiro de 2000 a junho de 2005.
Considera-se que este seja um período importante para o estudo da construção e do
desenvolvimento das representações sociais de transgênicos no Brasil, uma vez que esse período
abrange uma parte importante do período de regulamentação desse tema, incluindo aos diferentes
arenas pelos quais ele passou (Executivo, Legislativo e Jurídico), bem como os diferentes atores
que passaram a se envolver nessa questão.
VII.1.4. Técnicas de coleta de dados
Os artigos foram coletados através dos sites de cada editora, entre os meses de maio a
julho de 2005. A palavra de busca para os artigos foi “transgênicos”, de modo que todos os
artigos coletados eram relacionados a tal assunto, podendo ser o tema principal ou não
(reportagens, editoriais, notas, cartas de leitores, etc).
158
VII.1.5. Técnicas de análise de dados
Os artigos foram organizados em um corpus denominado “Jornal”. Os dados foram
analisados com ajuda do programa ALCESTE (Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de
Segments de Texte) (Reinert, 1998). O corpus analisado era constituído de unidades de contexto
iniciais (UCI) que correspondiam a cada um dos artigos coletados. Essas UCIs eram separadas
por linhas de comando que informavam o número do artigo, bem como as variáveis pertinentes
ao estudo. O corpus foi dividido em classes de palavras e de unidades de contexto elementar
(UCE), segmentos que constituem o ambiente da palavra.
O programa ALCESTE executa quatro etapas. Na primeira etapa, o programa prepara o
corpus, reconhece as UCIs, faz uma primeira segmentação de texto, agrupa as ocorrências das
palavras em função de suas raízes e procede ao cálculo da freqüência destas formas reduzidas. Na
segunda etapa, através da classificação hierárquica descendente (CHD), obtém-se classes de
UCEs que apresentam um vocabulário semelhante entre si e diferente das UCEs das demais
classes. A terceira etapa apresenta o dendograma da CHD que ilustra as relações entre as classes,
além disso, essa etapa fornece material que permite a descrição de cada uma das classes através
de seu vocabulário específico e suas variáveis. Finalmente, a quarta etapa fornece as UCEs mais
características de cada classe, o que permite contextualizar o vocabulário específico dessas
classes obtido na etapa anterior (Camargo, 2005).
Desse modo, esse programa permite uma análise lexicográfica do material textual e
oferece contextos textuais que são caracterizados pelo seu vocabulário, e também por segmentos
de textos que compartilham esse vocabulário. O corpus coletado é dividido em classes de
palavras que podem indicar representações sociais ou campos de imagens sobre um dado objeto
(Nascimento-Schulze & Camargo, 2000).
159
VII.2. Um recorte da análise documental
Moscovici (2003) destaca que quando um grupo propõe uma representação social
alternativa, ele precisa se comunicar, ou seja, adotar uma estratégia de persuasão. Segundo Beck
(1999), a mídia de massa é o instrumento da política direta da sociedade de risco. De fato,
Einsiedel e Kamara (2006) mostram que as reflexões e respostas de diferentes grupos em relação
à biotecnologia se deram de formas variadas, entre as quais as cartas para os meios de
comunicação de massa ocuparam um papel importante no uso da informação desses grupos para
disseminar suas representações desse tema na mídia.
De acordo com Bonfadelli, Dahinden e Leonarz (2002), é preciso considerar que cartas
endereçadas a um jornal passam por um processo de filtragem e precisam preencher o critério
estabelecido pelo editor. Assim, cartas cujo conteúdo não coincida com o proposto pelo jornal,
muitas vezes, não são publicadas. Mesmo assim, esses autores reconhecem que as cartas enviadas
a um jornal são fontes ricas de argumentação, refletindo como o publico percebe e se posiciona
frente a um objeto social, destacando principalmente seus argumentos morais e éticos.
Desse modo, ainda como parte do primeiro estudo, foi feito um recorte da análise
documental maior, considerando apenas os artigos publicados na seção “opinião” dos dois
jornais. Trata-se também de uma pesquisa documental de caráter descritivo que buscou analisar
as representações sociais sobre transgênicos de diferentes grupos sociais que circularam na mídia
impressa brasileira.
VII.2.1 Técnicas de coleta de dados
Os artigos coletados para o primeiro estudo foram categorizados de acordo com a seção
em que os mesmos foram publicados (ver anexos 01, 02 e 03). Assim, nesse recorte, foram
analisados, separadamente, todos os artigos publicados na seção correspondente à categoria
“opinião” dos dois jornais considerados no estudo anterior.
VII.2.2 Técnicas de análise de dados
Os artigos foram organizados em um corpus denominado “Opinião”. Os dados também
foram analisados com ajuda do programa ALCESTE.
160
VII.3. Segundo estudo: mapeamento da estrutura das representações sociais
Como foi visto na revisão teórica, o campo de pesquisa sobre percepção pública de
transgênicos no Brasil é muito limitado. Essa pesquisa buscou ampliar esse campo, porém sem a
pretensão de ser um estudo exaustivo ou representativo da sociedade brasileira.
VII.3.1. Caracterização do estudo
Trata-se da análise estrutural das representações sociais de transgênicos de diferentes
grupos sociais. A abordagem estrutural permite um estudo comparativo de diferentes
representações (Abric, 1998).
VII.3.2 Participantes
Participaram desse estudo 360 pessoas divididas em 03 grupos.
Grupo 1: 120 alunos do ensino médio de uma escola pública de Florianópolis;
Grupo 2: 120 consumidores abordados em um supermercado de Florianópolis;
Grupo 3: 120 participantes de um congresso de agroecologia realizado na Universidade Federal
de Santa Catarina.
VII.3.3 Procedimentos
Em um primeiro momento foi feito contato com as respectivas instituições para a
apresentação do projeto e discutir a possibilidade de realizar a pesquisa. Após a autorização, os
questionários foram aplicados em cada instituição.
VII.3.4 Técnicas de coleta de dados
Foi utilizado nessa pesquisa um questionário estruturado e auto-administrado. As questões
que compõem o questionário se dividem em dois grupos. O primeiro identifica as características
individuais dos participantes: sexo, idade, curso ou profissão. O segundo grupo identifica as
representações sociais sobre transgênicos e foi composto por uma questão: uma técnica de
evocação, na qual era pedido aos participantes que escrevessem as cinco primeiras palavras que
lhes viessem à mente a partir do termo indutor: TRANSGÊNICOS.
Segundo Abric (1994, apud Sá, 1996), essa técnica permite um acesso mais fácil e rápido
dos elementos que constituem o universo semântico do objeto estudado do que, por exemplo, em
161
uma entrevista. Além disso, a associação livre “permite a atualização de elementos implícitos ou
latentes que seriam perdidos ou mascarados nas produções discursivas” (p. 66).
VII.3.5 Técnicas de análise de dados
Os dados foram analisados com a ajuda do programa EVOC (Ensemble de Programmes
Permettant l’Analyse des Évocations) (Vergès, 1999). Tal programa faz uma análise lexicográfica
que permite a análise da estrutura das representações sociais, levantando seus elementos centrais
e periféricos através da hierarquização dos itens evocados, considerando tanto a freqüência como
a ordem de evocação das palavras (Nascimento-Schulze & Camargo, 2000). A combinação
desses dois critérios possibilita o levantamento daquelas palavras que mais provavelmente
pertencem ao núcleo central da representação, por seu caráter prototípico, ou ainda por sua
saliência (Sá, 1996).
Esse programa permite a distribuição das palavras evocadas em quatro quadrantes que
ajudam a visualizar os elementos centrais e os periféricos associados ao termo indutor. O
quadrante superior esquerdo engloba os elementos mais suscetíveis na constituição do núcleo
central da representação. Esses são os elementos mais freqüentes e prontamente evocados pelos
sujeitos. Os outros três quadrantes constituem o sistema periférico da representação que se
relaciona com o contexto social imediato. Os quadrantes superior direito e inferior esquerdo são
um espaço de transição entre a realidade concreta e as representações mais arraigadas. O
quadrante inferior direito engloba os elementos de menor freqüência e que são menos
prontamente evocados pelos sujeitos. Esses são os elementos mais individuais e menos
socialmente partilhados. Pode-se dizer que este é o nível mais próximo das práticas sociais e se
caracteriza pela tomada de posições frente aos objetos.
162
VII.4. Terceiro estudo: quase-experimento
VII.4.1. Caracterização do estudo
Trata-se de um estudo quase-experimental que buscou verificar o impacto de uma
exposição científica sobre transgênicos nos processos de formação/transformação das
representações sociais de alunos do ensino médio.
A Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos, adotada pela
Conferência Geral da UNESCO em sua 29° sessão em 1997, estabeleceu diretrizes para se
enriquecer o debate público sobre temas como: manipulação do genoma humano, a clonagem
humana e os transgênicos, envolvendo todos os membros da sociedade. Estas diretrizes
identificavam as tarefas que caberiam a diferentes atores na implementação da Declaração e
também as modalidades de ações para se efetivar sua concretização. Entre estas modalidades,
destacava-se: “realizar exibições multimídia especialmente para jovens”.
Moscovici uma grande relevância à atividade da divulgação científica na formação das
representações sociais. De fato, a teoria das representações sociais pertence a uma tradição que
estuda a divulgação da ciência desde os anos 60 (Bauer, 2003). Essa atividade foi bastante
discutida na revisão teórica. O objetivo do presente estudo não é a simples passagem de
informações científicas, nem uma estratégia de informação e comunicação sobre risco para
convencer o público quanto aos méritos dos avanços da ciência e tecnologia, como é muito
comum nas pesquisas sobre comunicação dentro de uma visão Iluminista. O objetivo proposto
por esse estudo é permitir um lugar de reflexão
29
sobre os transgênicos que possa levar à
construção de uma representação social desse objeto.
Como foi discutido no segundo capítulo, o LACCOS vem consolidando uma linha de
pesquisa que envolve o estudo de interações, representações sociais e atitudes num contexto de
exposições científicas sobre o meio ambiente (Nascimento-Schulze, 2007). Os resultados dessas
pesquisas mostram que, mais do que contribuir para a aquisição de informações científicas, as
exposições científicas sobre meio ambiente têm contribuído para dar lugar a reflexões que
incluam estas informações, bem como para uma maior adesão a crenças presentes no Novo
Paradigma Ambiental.
29
Reflexão no sentido proposto por Beck (1999): quando o problema aparece é refletido e, a partir de então a
possibilidade de uma reflexão sobre o mesmo.
163
Nos estudos anteriores sobre meio ambiente, podia-se trabalhar com a hipótese de
transformação da representação social porque se sabia que os grupos estudados possuíam uma
representação social formada sobre meio ambiente. No presente estudo, não se sabe se o mesmo
ocorre com os transgênicos. A falta de pesquisa acerca das representações sociais de transgênicos
no Brasil, bem como alguns argumentos apresentados na discussão teórica, como: o
desconhecimento, a indiferença ou resignação da população frente aos riscos alimentares
(Guivant, 2002b, Silva & Amaral, 2004), nos leva a um questionamento sobre a existência de
uma representação social formada sobre os transgênicos.
Salesses (2005) destaca que, geralmente, as pesquisas sobre representações sociais
trabalham com representações constituídas e que é raro encontrar estudos que se interessem ao
que precede a elaboração da representação. Essa autora argumenta que a abordagem estrutural
permite evidenciar a estrutura tanto de uma representação constituída, como a de uma em vias
de construção. Assim, nesse estudo, trabalha-se com as hipóteses de formação/transformação da
estrutura das representações sociais de transgênicos a partir de uma exposição científica.
VII.4.2. Caracterização da exposição científica
A exposição científica sobre transgênicos, utilizada como setting de estudos para essa
pesquisa, foi desenvolvida pela OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)
NewWeb para as comemorações da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2005,
organizada pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia. A exposição foi criada de modo a que o
público recebesse “informação relativa às técnicas científicas que permitem crirar transgênicos,
mas igualmente aos diferentes pontos de vista políticos que concernem essa questão. Ela continha
explicações sobre o princípio de precaução e sobre as futuras iniciativas da comissão mundial
para a ética das ciências e das tecnologias (COMEST)” (Nascimento-Schulze, 2007, p. 175).
Como foi discutido no segundo capítulo, Irwin (1995) defende que, nos estudos sobre
comunicação da ciência, ao invés de se assumir uma abordagem centrada na ciência, seria
necessário começar pelo que a população entende como risco. Nesse sentido, a exposição
científica sobre transgênicos contemplou o conteúdo que os alunos do estudo exploratório
julgaram como essencial ser de conhecimento público (ver capítulo 6). A exposição era composta
por 12 banners que traziam informações balanceadas sobre esse assunto (considerando os
164
aspectos científicos, econômicos, ambientais, sociais e jurídicos), bem como indicações de como
buscar mais informação (ver anexo 14).
VII.4.3. Participantes
Participaram desse estudo 120 alunos do ensino médio de uma escola pública de
Florianópolis.
VII.4.4. Procedimentos
Em um primeiro momento foi feito contato com a escola para a apresentação do projeto e
discutir a possibilidade de realizar a pesquisa. Após a autorização, foi feita uma primeira coleta
de dados na qual foram aplicados os questionários na própria escola. Em um segundo momento,
os participantes visitaram a exposição científica sobre transgênicos e em seguida responderam ao
mesmo questionário. Por último, foi feita uma terceira coleta de dados, na qual foi aplicado
novamente o mesmo questionário na escola, um mês depois da visita à exposição. A tabela 1
demonstra o delineamento utilizado nesta pesquisa.
Tabela 1 – Design da pesquisa
Turno Classe Antes Depois Um mês depois
Fem Masc Fem Masc Fem Masc
Tarde 1 (n = 30) 19 11 19 11 19 11
2 (n = 30) 21 09 21 09 21 09
Manhã
3 (n = 20) 12 08 12 08 12 08
4 (n = 20) 11 09 11 09 11 09
5 (n = 20) 14 06 14 06 14 06
subtotal 77 43 77 43 77 43
total 120 120 120
VII.4.5. Técnicas de coleta de dados
Foi utilizado nessa pesquisa um questionário estruturado e auto-administrado. As questões
que compõe o questionário se dividem em dois grupos. O primeiro identifica as características
individuais dos participantes: iniciais, sexo, idade e classe. As iniciais foram pedidas para manter
o anonimato dos participantes e, ao mesmo tempo, garantir a participação dos mesmos sujeitos
nas três situações do estudo. O segundo grupo identifica as representações sociais sobre
transgênicos e foi composto por uma questão: uma técnica de evocação, na qual era pedido aos
165
participantes que escrevessem as cinco primeiras palavras que lhes viessem à mente a partir do
termo indutor: TRANSGÊNICOS.
Essa técnica foi escolhida para trabalharmos com a abordagem estrutural das
representações sociais, uma vez que ela permite um estudo comparativo das representações
(Abric, 1998) e que a identificação dos possíveis elementos centrais e periféricos, antes e depois,
permite ver as transformações pelas quais a representação passou.
VII.4.6. Técnicas de análise de dados
A questão (técnica de associação livre) será analisada com a ajuda do programa EVOC
conforme explicado no segundo estudo.
166
VIII. Resultados
A descrição dos resultados de cada estudo será apresentada separadamente.
VIII.1. Primeiro estudo: análise documental:
Trata-se da análise de todos os artigos publicados sobre transgênicos, em dois jornais
diários de grande circulação (A Folha de SP e O Estado de SP), no período de janeiro de 2000 a
junho de 2005.
Os resultados desse estudo serão apresentados em duas partes. A primeira parte se refere
aos aspectos descritivos da pesquisa. São considerados: 1) os perfis de cada jornal analisado; 2) o
número de artigos publicados por jornal e por ano; e 3) o número de artigos publicados por seção
e por ano. A segunda parte se refere à análise do material textual e descreve como esses dois
jornais divulgaram a questão dos transgênicos.
VIII.1.1. Caracterização dos jornais analisados
1) Perfis dos jornais estudados:
A análise dos perfis dos jornais estudados foi feita a partir do que era divulgado pelos
próprios jornais em seus respectivos sites
30
. É preciso destacar que as informações apresentadas
pelos dois jornais são bastante diferentes, o que impede uma comparação aprofundada.
O jornal A Folha de SP, fundado em 1921, tem como princípios editoriais: pluralismo,
apartidarismo, jornalismo crítico e independência. Esse jornal é organizado em cadernos
temáticos diários e suplementos. Entre os cadernos diários, o caderno Folha Brasil “se dedica à
vida política, institucional e aos movimentos sociais. Procura oferecer ao leitor informações
pluralistas e apartidárias, para que ele exerça sua cidadania. É, ao mesmo tempo, um instrumento
fundamental para os formadores de opinião, que nele encontram análises sobre os últimos
acontecimentos”. Foi o primeiro jornal do Brasil a adotar a figura do ombudsman (palavra sueca
que significa representante do cidadão, adotada pela imprensa nos Estados Unidos nos anos 60),
começando a publicar uma coluna semanal de seu representante dos leitores em setembro de
1989. Nesse jornal, as funções do ombudsman são receber, investigar e encaminhar as queixas
30
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/conheca/> e <http://site.estadao.com.br/historico/index.htm>, acesso em
21/08/2007.
167
dos leitores; realizar a crítica interna do jornal e, uma vez por semana, aos domingos, produzir
uma coluna de comentários críticos sobre os meios de comunicação”. Também foi o primeiro
jornal brasileiro a oferecer conteúdo online. Em relação à edição impressa do jornal, segundo
informações do site, A folha de SP em 2007, é o jornal brasileiro de maior tiragem e circulação
(segundo o Instituto Verificador de Circulação) e tem uma distribuição nacional de 299.249
exemplares em dias úteis e 370.185 aos domingos.
O Jornal O Estado de SP foi fundado em 1875, baseado no ideal republicano, nos
princípios de defesa intransigente da liberdade política e econômica, e do apoio à cultura
(responsável pela proposta de criação da USP). Esse jornal também é organizado em cadernos
temáticos diários e suplementos, mas não disponibiliza nenhuma informação sobre o perfil dos
mesmos em seu site. O Estado de SP também oferece conteúdo online. Em relação à tiragem da
edição impressa, o jornal não disponibiliza dados atualizados, mas cita em seu site que “pesquisas
de mercado, décadas, apontam o jornal como aquele que desfruta da maior credibilidade
dentre todas as empresas jornalísticas brasileiras. E por várias vezes foi indicado por associações
internacionais como sendo um dos diários mais completos do mundo, ao lado dos grandes jornais
europeus e norte-americanos”.
2) Espaço dedicado pelos jornais à questão dos transgênicos:
A tabela 2 mostra o número de artigos publicados sobre transgênicos por cada um dos
jornais e por ano considerados na pesquisa.
Tabela 2: Número de artigos publicados sobre transgênicos por jornal e por ano
Mídia / Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total
A Folha de SP 289 229 153 497 257 106* 1540
O Estado de SP 170 193 131 512 250 73 1329
Total 468 422 284 1.009 507 179 2.869
*170 no ano inteiro
Como mostra a tabela 2, a questão dos transgênicos teve uma cobertura intensa pelos dois
jornais durante o período considerado, com 2.869 artigos publicados sobre esse tema. O número
de artigos publicados por ano pelos dois jornais foi bastante próximo, porém, o jornal A Folha de
168
SP publicou mais artigos sobre transgênicos em quase todos os anos, com exceção de 2003,
quando o jornal O Estado de SP teve um número maior de publicação.
Levando em conta o número total de artigos publicados por ano, nota-se que em 2000
um número alto de publicação (n = 468). Esse número diminuiu um pouco em 2001 (n = 422) e
bastante em 2002 (n = 284). Em 2003, o número de artigos publicados foi maior do que o total
dos dois anos anteriores (n = 1.009). Em 2004, esse número diminuiu novamente pela metade (n
= 507) e em 2005, o número de artigos publicados sobre transgênicos reduziu consideravelmente
(n = 179). É importante lembrar que no ano de 2005, foram considerados apenas os artigos
publicados até o mês de junho. Entretanto, uma pesquisa posterior verificou que o primeiro
semestre desse ano apresentou um número muito maior de publicação do que o segundo
semestre. No jornal A Folha de SP, por exemplo, foram publicados 106 artigos de janeiro a junho
e 170 artigos no ano inteiro.
O gráfico 1 mostra de forma mais clara o movimento do espaço dedicado à questão dos
transgênicos pelos dois jornais.
Gráfico 1: Número de artigos publicados sobre transgênicos por mídia e por ano
0
100
200
300
400
500
600
2000 2001 2002 2003 2004 2005
A FOLHA
ESTADO
O ano de 2000 foi marcado por: várias decisões e conflitos na Justiça Federal em relação
às liberações da CTNBio (ainda em relação à ação de 1998 sobre a liberação para plantio de soja
transgênica e também em relação à liberação para importação de milho transgênico); uma ação
coordenada do governo para enfrentar a onda de ações judiciais contra transgênicos; bem como a
edição de uma medida provisória que reestruturava a CTNBio.
Em 2001, o governo publicou o primeiro decreto que disciplinava a rotulagem de
produtos que continham OGMs. O ano de 2002 se caracterizou, mais uma vez, por conflitos
dentro do poder judiciário (em relação à ação de 1998) e pela “politização” dos transgênicos pela
proximidade das eleições presidenciais e para governadores.
169
Em 2003, ano de maior número de publicações, o novo governo assumiu o poder. Esse
ano foi marcado por rias tentativas mal-sucedidas de unificar um discurso dentro do governo
em relação aos transgênicos; pelo reconhecimento oficial do plantio ilegal de transgênicos no
país; pela edição de duas medidas provisórias que liberavam o plantio e a comercialização de soja
transgênica; por um grande conflito entre os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo; e pela
apresentação do novo projeto de Lei de Biossegurança.
O ano de 2004 se caracteriza pela tramitação do projeto de Lei de Biossegurança no
Congresso e pela edição de mais uma medida provisória que liberava o plantio e a
comercialização de soja transgênica. No início do primeiro semestre de 2005 foi aprovado a nova
Lei de Biossegurança no país. Na segunda parte dos resultados, veremos como esses fatos
aparecem no conteúdo divulgado pelos jornais.
3) Espaço dedicado pelas seções dos jornais à questão dos transgênicos:
Foi feita uma categorização das seções dos dois jornais considerados, com base em uma
comparação dos assuntos tratados pelos cadernos e suplementos dos jornais, conforme mostra a
tabela 3.
Tabela 3: Categorias das seções dos jornais
Categorias / Seções
A Folha de SP O Estado de SP
Internacional
Mundo Internacional
Nacional
Brasil Nacional
Cidades
-----------
Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
Ciência
Ciência -----------
Agrícola
Agrofolha Agrícola
Economia
Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
Economia
Painel de negócios
Opinião
Opinião
Painel do leitor
Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
Outros
Mais!
Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno 2
Informática
Estadinho
Vida&
170
Outros
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
Aliás
Feminino
OBS: O anexo 3 mostra a quantidade de artigos publicados em todas as seções dos dois jornais por cada ano
considerado na pesquisa.
Porém, é preciso lembrar que os artigos foram coletados nos sites e não nas versões
impressas de cada jornal. Todos os artigos coletados no jornal A Folha de SP apresentavam a
seção de origem em que foi publicado. Apesar da grande maioria dos artigos coletados no jornal
O Estado de SP seguir o mesmo padrão, uma parte significativa dos artigos (N = 686) indicava a
palavra GERAL como origem, sem indicar a seção em que o artigo havia sido publicado.
Desse modo, a análise do espaço dedicado pelas seções dos jornais à questão dos
transgênicos desconsiderou uma grande parte dos artigos publicados e não pode ser tomada como
representativa do mesmo. Ainda assim, consideramos que esse seja um exercício interessante
para uma posterior comparação com o conteúdo das classes obtidas pela análise ALCESTE. O
gráfico 2 mostra o número de artigos publicados pelas diferentes seções por cada ano considerado
na pesquisa.
Gráfico 2: Número de artigos publicados por seção e por ano
0
50
100
150
200
250
300
2000 2001 2002 2003 2004 2005
internacional nacional ciência agricultura
economia opinião outros
O gráfico 2 mostra que a discussão em torno dos transgênicos está razoavelmente
distribuída entre todas as seções dos jornais nos três primeiros anos considerados nesse estudo
(embora a seção ciência” ocupe um lugar de destaque nos dois primeiros anos). A partir de
2003, essa discussão passou a se concentrar em apenas algumas das seções.
171
Em 2000, os jornais deram mais destaque aos acontecimentos envolvendo transgênicos ao
nível internacional do que nacional. A partir de 2001, os acontecimentos em território nacional
começaram a ter uma importância maior, culminando em 2003, mas mantendo-se relativamente
alta até 2005.
Ainda em 2000, pode-se ver que a questão dos transgênicos era discutida
predominantemente na seção “ciência”
31
, e esse padrão se manteve em 2001. Porém, essa seção
foi perdendo cada vez mais espaço na discussão a partir de 2002. Em 2002, a seção predominante
na discussão desse assunto passou a ser “economia” e esse padrão se manteve até 2005, tendo um
destaque muito grande nos anos de 2003 e 2004.
Pode-se dizer que o número de artigos publicados por ano na seção “opinião”
acompanhou o movimento do espaço dedicado à questão dos transgênicos pelos dois jornais
representado anteriormente no gráfico 1.
VIII.1.2. Resultados da análise do conteúdo dos artigos dos jornais
Os dados coletados nos dois jornais foram organizados em um corpus denominado
“Jornal”, no qual cada artigo (considerado como uma unidade de contexto inicial UCI) era
antecedido por uma linha de comando que continha três variáveis, a saber: artigo (n = 2.862), ano
(2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005), e mídia (A Folha de SP e O Estado de SP).
O corpus “Jornal” era composto de 2.862 unidades de contexto iniciais (UCIs),
representando os 2.862 artigos coletados
32
. Foram encontradas 45.749 palavras diferentes no
corpus, composto de 1.190.673 palavras. A freqüência média por palavras diferentes foi 26 e o
número de palavras com freqüência 1 foi 19.166, número alto que indica heterogeneidade do
vocabulário que compõe o corpus.
Após a redução das palavras às suas raízes, obteve-se 1.397 palavras analisáveis (com
freqüência igual ou superior a 4), 267 palavras instrumentos e 9 palavras variáveis (que compõem
a linha de comando, referente às variáveis do estudo). As palavras analisáveis ocorreram 453.928
vezes. Este corpus foi dividido em 6.171 unidades de contexto elementares (UCEs). A análise
considerou 4.555 UCEs, ou seja, 73,81% do total de UCEs que o corpus possuía.
31
Vale destacar que a seção “ciência” pertence apenas ao jornal A Folha de SP.
32
O número de artigos coletados foi 2.869, mas, para a análise, foram excluídos os artigos repetidos, sendo
considerados, então, 2.862 artigos.
172
A seguir, apresentaremos as classes de segmentos de textos obtidas pela classificação
hierárquica descendente.
Dendograma 1: Classificação hierárquica descendente do conteúdo dos artigos sobre
transgênicos publicados pelos jornais
Conforme o dendograma 1, a análise hierárquica descendente dividiu o conjunto de
conteúdos dos artigos sobre transgênicos publicados pelos jornais em 7 classes, formadas a partir
da proximidade lexical e semântica dos textos dos artigos.
Classe 6: C,T&S
1.036 UCEs - 22,74 %
2000 / 2001 / 2002 /
2005 / A Folha de SP
Classe 1: A soja no
vaivém das commodities
796 UCEs – 17,48 %
2002 / O Estado se SP
Classe 2: Divulgação
Científica
807 UCEs – 17,72 %
2000/2001/2002 / A Folha
Classe 7: Lei de
Biossegurança
802 UCEs – 17,61 %
2003/2004/2005 / O Estado
Classe 5: A polêmica
das mps
325 UCEs – 7,14 %
2003
Classe 3: A batalha
judicial
457 UCEs – 10,03 %
2000 / O Estado de SP
Classe 4: FSM/MST
332 UCEs – 7,29 %
2001
O Estado de SP
40,46
%
57,94%
34,78%
42,07%
173
Lendo o dendograma da direita para a esquerda, observa-se em um primeiro momento, a
divisão do corpus em dois subcorpus. O primeiro subcorpus corresponde a 57,94% do total de
UCEs selecionadas e abrange as classes: “A soja no vaivém das commodities”, “Divulgação
Científica” e “Ciência, Tecnologia e Sociedade C,T&S”. O segundo subcorpus corresponde a
42,07% do total de UCEs selecionadas e contém as classes: “A batalha judicial”, “A polêmica das
medidas provisórias”, “Lei de Biossegurança” e “Fórum Social Mundial – FSM / Movimento dos
trabalhadores rurais sem terra – MST”. Cada subcorpus passou ainda por outras divisões.
O primeiro subcorpus sofreu uma segunda divisão que resultou, de um lado, na classe “A
soja no vaivém das commodities” e, do outro, nas classes “Divulgação Científica” e “C,T&S”.
Em um terceiro momento, houve outra divisão que resultou nas classes “Divulgação Científica” e
“C,T&S”.
O segundo subcorpus também sofreu uma segunda divisão que resultou, de um lado, na
classe “FSM/MST” e, do outro, nas classes “A batalha judicial”, “A polêmica das mps” e “Lei de
Biossegurança”. Em um terceiro momento, houve outra divisão que resultou, de um lado, na
classe “Lei de Biossegurança” e, do outro, nas classes “A batalha judicial” e “A polêmica das
mps”. Em um último momento, houve uma quarta divisão que resultou nas classes “A batalha
judicial” e “A polêmica das mps”.
A análise hierárquica descendente parou nesse momento, pois as 7 classes apresentavam-
se estáveis, ou seja, cada uma composta por UCEs que compartilhavam um vocabulário
semelhante.
Cada classe foi nomeada de acordo com seu conteúdo específico. As classes serão
descritas através do seu vocabulário mais significativo. Geralmente, a delimitação desse
vocabulário é feita a partir de 2 critérios: 1) freqüência de ocorrência das palavras (palavras com
freqüência superior à freqüência média das ocorrências por palavras no corpus = 26), e 2) prova
de associação do χ² em relação à classe (χ² 3,84). Como o volume de artigos (e palavras) que
compunham o corpus era muito grande e esses dois critérios não delimitavam um número
pequeno de palavras, optou-se então por um terceiro: que mais de 50% das ocorrências da palavra
tenham sido naquela determinada classe. Também serão apresentadas algumas UCEs para cada
classe, contextualizando as palavras mais significativas nos segmentos de texto mais
representativos da classe.
174
Classe 1: A soja no vaivém das commodities:
Nessa classe, foram selecionadas 796 UCEs, ou seja, 17,48% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 59,71 palavras por UCE, de um total de 251 palavras diferentes.
Destas, 57 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 4.
Tabela 4: Palavras associadas significativamente à classe “A soja no vaivém das
commodities”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1¹ F2²
Commodities 85.71 229.55 60 70
$ (dólar) 79.60 856.37 238 299
Recorde 77.33 189.46 58 75
Expansão 77.19 142.74 44 57
Queda 76.47 294.90 91 119
Preço 76.25 663.08 199 261
Subir 76.12 162.16 51 67
Sacas 75.95 190.61 60 79
Quilo 74.55 125.73 41 55
Oferta 74.32 168.57 55 74
Alta 73.55 271.06 89 121
Bilhões 71.81 401.41 135 188
Exportar 71.28 192.65 67 94
Dólar 70.77 129.87 46 65
Exportação 69.04 552.13 194 281
Hectare 66.09 396.92 152 230
Ásia 65.75 119.90 48 73
Exportador 64.94 122.33 50 77
Toneladas 64.36 470.34 186 289
China 62.38 295.50 126 202
Trigo 61.90 117.14 52 84
Subsídios 61.05 127.76 58 95
Somar 60.81 97.95 45 74
Redução 60.34 230.54 105 174
Café 60.27 94.23 44 73
Estimativa 59.79 251.63 116 194
Algodão 59.78 231.19 107 179
Taxa 59.74 97.02 46 77
Concorrente 59.65 71.19 34 57
Volume 59.65 144.21 68 114
Milhões 59.04 737.01 320 542
Produtividade 58.59 242.59 116 198
Média 58.62 139.73 68 116
Agronegócio 58.33 142.67 70 120
Frango 58.11 86.12 43 74
Negócio 58.00 116.43 58 100
Carne 56.69 139.33 72 127
Cair 56.63 183.11 94 166
Elevar 56.12 103.73 55 98
Cooperativas 55.42 84.41 46 83
Estoques 54.55 63.82 36 66
Cálculo 55.29 85.90 47 85
Açúcar 55.17 57.89 32 58
Japão 54.22 79.14 45 83
Custo 54.13 302.33 164 303
Argentina 53.80 366.38 198 368
Total 53.26 170.27 98 184
Compra 52.88 257.31 147 278
Demanda 51.75 95.27 59 114
Não-
transgênico
52.73 97.13 58 110
Abastecer 52.63 66.24 40 76
Certificar 51.92 132.91 81 156
Mercado 51.51 658.78 358 695
Grão 51.43 336.18 198 385
Gastos 50.88 50.68 58 114
Cenário 50.77 90.46 33 65
1 Freqüência na Classe
2 Freqüência no Corpus
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados, predominantemente, no ano de 2002, pelo jornal O Estado de SP. Através da análise
das palavras associadas a essa classe, bem como da leitura dos extratos mais representativos da
175
mesma
33
, pôde-se ver que o conteúdo dessa classe trata de dois aspectos diferentes. O primeiro
aspecto se refere, de forma geral, à movimentação (alta e queda dos preços) das principais
commodities do mercado agropecuário nacional e internacional. No cenário nacional, discute-se a
expansão e os problemas enfrentados pela exportação e importação de algumas commodities,
com destaque para o café, o açúcar, a carne bovina e o frango. O segundo aspecto do conteúdo
dessa classe se refere, exclusivamente, à questão da soja na discussão do agronegócio. Aqui, os
transgênicos foram tratados junto com a discussão da importância da soja no mercado nacional e
internacional, sendo que essa discussão não levou em conta aspectos científicos, políticos ou
éticos, mas apenas aspectos econômicos.
Provavelmente, essa divisão se deu pelo fato de, como foi explicado no método, terem
sido coletados todos os artigos que possuíam a palavra “transgênicos” em seu conteúdo, podendo
ser o tema principal do artigo, ou não. A maioria das UCEs que contribuíram significativamente
para essa classe provêm de artigos que foram publicados nas seções “agrícola” e “economia” dos
dois jornais, as quais tratam de vários assuntos ao mesmo tempo. A coluna “O vaivém das
commodities”, publicada na seção “agrícola” do jornal A Folha de SP, por exemplo, relata a
movimentação de vários produtos do agronegócio em um mesmo artigo. Porém, no momento da
coleta de dados, os artigos foram coletados na íntegra, não sendo feito um recorte das partes que
tratavam apenas da questão referente aos transgênicos.
Entretanto, na análise dessa classe, será considerado apenas o segundo aspecto
mencionado (que trata, especificamente, da questão da soja). Desse modo, quando forem
utilizadas expressões como “essa classe” ou “o conteúdo dessa classe”, estas se referem ao
segundo aspecto do conteúdo. Note-se que algumas palavras associadas a essa classe são
exclusivas do primeiro aspecto (por exemplo: café, açúcar, trigo, carne, frango). Porém, a
maioria das palavras associadas faz referência ao segundo aspecto, como será mostrado a seguir.
Nos capítulos 5 e 6, foi discutido que a crise da “vaca louca”, pela qual alguns países
europeus passaram, levou a duas conseqüências: um aumento da demanda pela soja, como
substituto das rações animais para o gado (o que levou à expansão da área plantada com soja em
muitos países); e uma grande desconfiança dos consumidores desses países em relação aos
alimentos geneticamente modificados (tendo conseqüências na formulação de políticas sobre os
33
Ver: anexo 04.
176
transgênicos). O conteúdo dessa classe discute esses fatos e mostra a importância da soja para o
mercado e a economia do Brasil.
Como já foi dito, a maioria das UCEs que contribuíram significativamente para essa
classe foram publicadas em 2002. Nesse ano, pelo menos legalmente, o plantio de transgênicos
ainda estava proibido no país. Essa classe acompanhou a discussão, nesse período, sobre a adoção
ou a rejeição de transgênicos por diferentes países e como isso se refletia no mercado brasileiro.
Foram apresentados diferentes argumentos para a adoção ou não dos transgênicos. Porém, tais
argumentos se restringiam apenas à lógica do mercado, enfatizando os possíveis ganhos
econômicos que essa decisão poderia trazer para o produtor e para o país. Essa discussão
contextualiza a maioria das palavras associadas, tais como: mercado, commodities, demanda,
grão, compra, alta, queda, dólar ($), milhões, bilhões, toneladas, hectare, expansão,
estimativa, não-transgênicos, certificado, Ásia, China, Argentina etc.
Alguns artigos dessa classe mostravam a expansão do plantio de transgênicos nos Estados
Unidos. Esses artigos comentavam que os produtores norte-americanos não se preocupam com as
resistências dos consumidores europeus e asiáticos em relação aos alimentos geneticamente
modificados e que a área plantada com transgênicos nesse país deve continuar a aumentar. Por
outro lado, tais artigos afirmavam que o Brasil poderia se beneficiar desse fato para conquistar os
mercados europeu e asiático, uma vez que, oficialmente, ainda não plantava transgênicos.
Outros artigos mostravam dados de que, nesse período, o Brasil se beneficiava
economicamente dessa situação e que o grande aumento da demanda mundial pela soja fez com
que produtores brasileiros que plantavam outros grãos começassem a investir na soja, que foi o
grão com o maior aumento da área plantada em todo o país.
Porém, alguns artigos chamavam atenção para o fato de que o Brasil ainda não produzir
“legalmente” soja transgênica, não era garantia suficiente para conquistar os mercados europeu e
asiático, uma vez que era tido como um fato que havia plantios ilegais de transgênicos em
território nacional.
Essa classe relata que a Europa e a Ásia começavam a impor legislações que
determinavam a segregação e rotulagem dos produtos a serem importados, sendo isso
responsabilidade do país exportador. Era o caso da China, que no início de 2002, anunciou sua
nova legislação sobre transgênicos, segundo a qual, se fosse constatada a presença de produto
transgênico, o cereal seria destruído ou devolvido, e as responsabilidades recairiam sobre o
177
exportador. Os artigos também mostravam que a China vinha aumentando a cada ano suas
importações de soja e que o Brasil poderia elevar as exportações para esse país. Nesse caso, os
artigos recomendavam ao produtor brasileiro “agir rápido” para obter certificados.
Em fevereiro desse ano, o governo norte-americano negociou com a China o adiamento
da lei de importação de transgênicos. Mais uma vez, os artigos dessa classe “davam a entender”
que é o mercado quem dita a decisão do produtor, como mostra o extrato a seguir:
Tempo para análise. A decisão da China em relaxar temporariamente suas restrições à importação
de alimentos geneticamente modificados, que deveriam vigorar a partir do dia 20 deste mês,
uma folga para o exportador brasileiro pensar em como essa decisão pode afetar suas vendas, na
opinião de analistas do mercado. (“O vaivém das commodities”. Artigo 650, A Folha de SP,
seção: dinheiro, 13/03/2002).
Ainda em relação à lógica do mercado e aos motivos econômicos para a adoção ou não de
transgênicos, alguns artigos dessa classe apresentavam argumentos contrários aos expostos pelos
artigos que foram discutidos anteriormente, dessa vez, favoráveis ao plantio de soja transgênica.
Nesse sentido, os transgênicos eram retratados como sendo mais produtivos e tendo um menor
custo de produção do que os grãos convencionais, o que gera mais lucro para os produtores.
Alguns artigos também argumentavam que, apesar dos consumidores europeus rejeitarem
alimentos geneticamente modificados, a Europa era o mercado que mais comprava transgênicos.
Os artigos afirmavam que a Argentina, desde que começou a plantar transgênicos, aumentou sua
produtividade e começou a conquistar mercados que eram do Brasil. Esses fatos poderiam ser
tomados como um argumento forte para adotar essa tecnologia.
Uma característica dos artigos dessa classe é que muitos deles apresentavam argumentos
de especialistas de mercado para dar força aos seus pontos de vista (contra ou a favor da
introdução dos transgênicos). Também são muito utilizados os argumentos de representantes de
produtores brasileiros. Nesse sentido, muitos deles afirmavam que, mesmo ilegalmente,
plantam transgênicos e pretendiam ampliar a plantação, sem considerar a rejeição por parte do
mercado externo e pressionando a legalização do plantio de transgênicos no Brasil.
Uma contradição freente entre os artigos característicos dessa classe diz respeito à
estimativa da percentagem da área plantada e da produção de transgênicos no Brasil. Em 2002, o
país ainda não tinha dados oficiais sobre essa área, porque o plantio era ilegal. Oficializar esses
dados seria admitir tal fato.
178
Apesar da maioria dos artigos associados a essa classe ter sido publicada em 2002, alguns
artigos significativamente associados a essa classe foram publicados em 2003 e 2004 e também
discutem a questão da soja para a economia brasileira nesses dois anos.
No início de 2003, os artigos confirmavam que o ano de 2002 se caracterizou por uma
intensificação na discussão sobre os transgênicos na esfera econômica. Os artigos também
mostravam dados confirmando as estimativas feitas no início de 2002 sobre: o lucro para os
produtores de soja, a migração de produtores de outros grãos para o cultivo da soja, a expansão
da área plantada e os ganhos para a economia brasileira com a exportação da soja. Além disso, os
artigos faziam estimativas ainda mais otimistas para o ano de 2003.
Em 2003, como foi visto, curvando-se à lógica do fato consumado, o novo governo
editou no mês de março uma medida-provisória que liberava a venda da safra de soja transgênica
de 2002/2003. A assinatura dessa mp foi condicionada à promessa da apresentação do projeto de
uma Lei de Biossegurança que regulamentasse definitivamente a questão dos transgênicos no
Brasil. Porém, as discordâncias dentro do governo levaram a uma demora nessa negociação da
construção do projeto de lei. Alguns artigos exploram a questão de como a decisão do governo
em relação aos transgênicos poderia afetar a expansão da economia brasileira, como mostra o
extrato a seguir:
Com produtores capitalizados, manter a soja tem sido a opção da maioria, em vez de convertê-a
rapidamente em dinheiro. Isso é reflexo dos ótimos negócios feitos nas safras anteriores. Tão
positivos que seduziram produtores, que optaram pela soja em vez de outros grãos. Isso garantiu o
aumento da área plantada na safra atual que, junto com os ganhos de produtividade, garantirá um
novo recorde de produção. [...] As grandes questões agora são, portanto, como manter esses
números, o que esbarra em questões muito mais complexas que as condições climáticas. As
decisões sobre os transgênicos e as discussões em torno de barreiras comerciais decidirão a
manutenção do clima favorável para a soja brasileira. (“Produtor, capitalizado, aguarda momento
da venda”. Artigo 2346, O Estado de SP, seção: agrícola, 02/07/2003).
Além das decisões do próprio governo, o artigo também se refere às negociações
internacionais sobre a comercialização de transgênicos, como as negociações em torno do
Protocolo de Biossegurança. Mais uma vez, a idéia passada é a de que o mercado “dita as regras”
sobre a aceitação dessa tecnologia. Porém, esse artigo não deixa muito claro que decisões sobre
os transgênicos beneficiariam os produtores brasileiros: a liberação pelo governo do plantio de
transgênicos aumentaria a produção? A introdução de barreiras comerciais favoreceria os
produtores de grãos convencionais ou impulsionaria a exportação baseada na lógica do sistema de
commodities?
179
Em setembro de 2003, o governo editou uma nova mp que liberava o plantio e o comércio
de soja transgênica para a safra de 2003/2004. Essa nova mp gerou uma grande discussão sobre a
questão dos royalties a serem pagos sobre a soja transgênica. Alguns artigos dessa classe
acompanharam essa discussão, sem entrar nos aspectos legais, considerando apenas as
conseqüências econômicas desse fato para a produção brasileira:
O peso da lei. A adoção da soja transgênica nos Estados Unidos é mais lenta do que na
Argentina. 81% dos norte-americanos optaram pelos transgênicos até agora, contra 99% dos
argentinos. O cumprimento rigoroso da lei de royalties nos EUA, que gera custos maiores para os
produtores, é responsável por esse crescimento menor. Um mix. Analistas dizem que a cobrança
de royalties pela soja transgênica no Brasil se o plantio for permitido nos próximos anos terá de
ser mais flexível do que nos EUA. A fiscalização por aqui não é tão intensiva e os custos
elevados podem afugentar os produtores. (“O vaivém das commodities”. Artigo 887, A Folha de
SP, seção: dinheiro, 30/09/2003).
Em 2004, os artigos mostravam que as previsões do mercado para a soja não eram tão
encorajadoras como nos anos anteriores, com baixa nos preços (devido a um grande estoque
internacional) e aumento do custo de produção (em decorrência da alta do preço dos insumos
para a produção). Apesar disso, esses artigos trazem dados que mostram que a soja continuava
em expansão no território nacional, ocupando espaços de outras culturas.
Os artigos publicados nesse ano também discutiam o clima de incerteza em relação ao
futuro dos transgênicos no Brasil devido à demora da tramitação do projeto de Lei de
Biossegurança no Congresso Nacional. Porém, um dos fatos mais importantes divulgados por
esses artigos é o fato de que, mesmo sem uma posição do governo definida
34
, os produtores
brasileiros continuariam a aderir à técnica dos transgênicos e a aumentar a área plantada com soja
geneticamente modificada. Mesmo quando havia uma posição contrária definida, como no caso
do governo do estado do Paraná, a estimativa era de que muitos dos produtores iam apostar nessa
tecnologia.
Resumindo o conteúdo dessa classe, pode-se dizer que os artigos significativamente
associados a essa classe trataram da importância que a soja adquiriu no mercado internacional e,
principalmente da sua importância para o mercado e a economia nacional, sendo tratada como a
“principal commodity brasileira”. A classe também mostra que o ano de 2002 foi caracterizado
pelo fortalecimento da discussão sobre os transgênicos na esfera econômica. São apresentados
34
Nesse período, o governo havia editado uma terceira mp que liberava o plantio e a comercialização da safra de soja
transgênica de 2004/2005, mas que não definia a situação para os anos seguintes.
180
argumentos contra e a favor da utilização dessa nova tecnologia na agricultura. Porém, esses
argumentos não levam em consideração aspectos como os riscos para a saúde dos consumidores,
o meio ambiente ou ainda as possíveis conseqüências sociais, considerando apenas os ganhos ou
perdas econômicas que a adoção ou não dos transgênicos pode trazer para os produtores e para o
país. Alguns artigos exploram os argumentos contrários, outros exploram os argumentos a favor.
Outros ainda trazem ambos argumentos, mas não há uma tentativa de se chegar a uma conclusão.
A idéia principal é a de que “o mercado dita as regras da produção”. A demanda pelo
produto passa por cima até da lei do país, mostrando a expansão área cultivada com
transgênicos, mesmo quando estes ainda eram legalmente proibidos. Mesmo quando havia uma
posição definida (como no Paraná), os artigos indicavam que os produtores deveriam “seguir a
tendência natural dos estados do sul”. Os artigos também trazem dados contraditórios sobre a
área plantada com transgênicos no Brasil, indicando a falta de dados oficiais. Ainda na lógica do
mercado, os artigos dessa classe sugeriam que seriam os acordos internacionais sobre a
comercialização de alimentos geneticamente modificados que, mais uma vez, “definiriam as
regras”, incluindo a “pressa”, ou não, do produtor em “buscar certificados”.
181
Classe 2 : Divulgação Científica
Nessa classe, foram selecionadas 807 UCEs, ou seja, 17,72% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 58,62 palavras por UCE, de um total de 325 palavras diferentes.
Destas, 67 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 5.
Tabela 5: Palavras associadas significativamente à classe “Divulgação Científica”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1 F2
Mosquito 100.00 154.38 33 33
Camundongo 96.10 330.13 74 77
Alergia 90.91 287.83 70 77
Ratos 88.68 185.23 47 53
Malária 87.50 134.80 35 40
Bactéria 85.55 567.70 148 173
Proteína 84.83 683.68 179 211
Seqüências 84.62 202.44 55 65
Gene 80.57 1608.13 423 525
Dna 80.17 668.88 190 237
Moléculas 78.95 300.71 90 114
Pólen 77.19 140.07 44 57
Substâncias 76.72 284.30 89 116
Vacina 76.54 195.76 62 81
Inserir 76.07 280.48 89 117
Células 75.68 537.77 168 222
Vírus 75.42 276.72 89 118
Tomate 72.22 111.37 39 54
Dourado 71.43 98.02 35 49
Transmitir 69.84 119.06 44 63
Tecidos 69.49 109.91 41 59
Vitamina 69.23 95.75 36 52
Genoma 69.06 340.86 125 181
Terapia 67.86 97.78 38 56
Britânica 68.82 170.06 64 93
Câncer 67.47 143.55 56 83
Insetos 67.32 267.21 103 153
Cruzamento 66.38 193.35 77 116
Org 66.13 101.05 41 62
Introduzir 64.91 178.66 74 114
Bt 64.86 114.70 48 74
Normal 63.27 142.54 62 98
Seres 63.09 217.51 94 149
Método 62.24 136.22 61 98
Revista 60.45 230.71 107 177
Pragas 60.43 179.45 84 139
Doenças 60.25 429.96 194 322
Drogas 60.00 87.19 42 70
Capazes 59.74 94.88 46 77
Nutricional 59.62 63.34 31 52
Daninha 58.54 95.44 48 82
Transferência 57.76 183.61 93 161
Espécies 57.54 380.69 187 325
Plantas 57.08 570.37 274 480
Vegetais 56.44 173.90 92 163
Genética 55.71 724.11 351 630
Detectar 55.66 107.18 59 106
Vivos 55.14 105.27 59 107
Testes 55.13 409.50 215 390
Corpo 55.07 67.06 38 69
Natureza /
nature
54.85 236.50 130 237
Características 54.24 168.49 96 177
Animal 53.92 388.94 213 395
www 52.89 105.50 64 121
Nascimento 52.89 105.50 64 121
Descoberta 52.44 140.70 86 164
New 52.24 55.59 35 67
Resistência 51.82 184.40 114 220
Canola 51.72 46.61 30 58
Estranhos 51.72 46.61 30 58
Farmacêuticos 51.39 56.90 37 72
Reino 51.35 58.37 38 74
Engenharia 51.02 155.83 100 196
Medicina 50.98 162.10 104 204
Pesticida 50.77 49.42 33 65
Inseticida 50.82 46.48 31 61
Biologia 50.23 165.23 109 207
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados, predominantemente, nos anos 2000, 2001 e 2002, pelo jornal A Folha de SP, sendo
que, muitos destes foram publicados no caderno ciência desse jornal. A maioria dos outros
182
artigos também foi publicada em cadernos especiais ou nos suplementos dos jornais (Mais!,
Ilustrada, Equilíbrio, etc).
Grande parte destes artigos apresenta resultados de pesquisas sobre biotecnologia
moderna que foram publicadas em revistas científicas, principalmente no cenário internacional, o
que contextualiza algumas palavras associadas a essa classe (revista, nature, new, www, org
etc). Desse modo, essa classe se caracteriza pela divulgação científica dos transgênicos.
O conteúdo dessa classe abrange três aspectos: 1 – a divulgação científica, de forma geral,
sobre transgênicos; 2 a aplicação da técnica da transgenia na medicina; e 3 a aplicação dos
transgênicos na agricultura.
Divulgação científica
Alguns artigos apresentam um breve histórico da descoberta da técnica do DNA
recombinante e definem conceitos ligados à biotecnologia moderna, contextualizando outras
palavras associadas a essa classe como, por exemplo: gene, seqüência, DNA, molécula,
transferência, inserir, espécies, seres vivos, organismos geneticamente modificados,
características, etc. Os dois extratos a seguir exemplificam isso:
A descrição da molécula de dna, nos anos 1950, rapidamente levou as conclusões que criaram as
bases da transgenia: 1) das bactérias ao homo sapiens, os genes estão localizados entre as duas
hélices da molécula de dna. 2) os genes de todos os seres vivos têm estruturas químicas
semelhantes. A constatação de que os genes possuem estruturas quimicamente idênticas em todos
os seres criou a possibilidade de transplantá-los de uma espécie para outra, tecnologia batizada
com o nome de dna recombinante. (“Reflexões transgênicas”. DRAUZIO VARELLA. Artigo
1448, A Folha de SP, seção: ilustrada, 30/04/2005).
Cromossomos contêm o código genético (dna) dos organismos. Neles estão os genes, que têm as
instruções para a construção dos elementos estruturais e funcionais necessários para a vida. Nos
organismos geneticamente modificados, genes de alguma espécie como bactérias são
artificialmente inseridas em outras plantas, por exemplo. Isso é feito para que o organismo
receptor tenha uma característica ausente em sua espécie. (“O que são alimentos geneticamente
modificados”. Artigo 411, A Folha de SP, seção: caderno especial, 13/05/2001).
Esses dois artigos tocam em três pontos que aparecem com freqüência no conteúdo dessa
classe: 1 – a idéia de que todos os seres vivos possuem um código genético formado por
estruturas químicas semelhantes (genes); 2 – que o homem pode, artificialmente, remover e
inserir genes entre seres vivos; 3 – mesmo que de uma espécie para outra diferente.
Alguns artigos exploram a idéia de que a descoberta que o código genético de todos os
seres vivos é formado por genes, que possuem estruturas químicas semelhantes, rompe com a
183
noção de “superioridade do homem que, muitas vezes, é comparado a uma “reles bactéria”.
Estas também adquirem um status superior por se tornarem “fábricas de remédios” para ajudar no
tratamento da saúde do homem, como será discutido mais adiante.
A idéia de que o homem pode mudar artificialmente o código genético dos seres vivos
também é muito presente. A transgenia não implica, necessariamente, na introdução de genes de
uma espécie em outra diferente, podendo ser entre a mesma espécie. Apesar disso, a maioria dos
artigos enfatiza a alteração do código genético de uma espécie com a introdução do gene de outra
espécie. As imagens de romper com “a ordem naturale “a barreira entre as espécies” também
são exploradas, como mostra o extrato a seguir:
Como funciona a ciência do cortar e colar. Para obter novas características ou acentuar algumas
já existentes, como resistência a insetos ou melhorias nutricionais, a estrutura genética da
planta é modificada em laboratório de uma maneira que não ocorreria naturalmente. Até entre
espécies diferentes, a engenharia genética possibilita a transferência de genes presentes no
núcleo da célula de um organismo para outro. O genoma ou coleção de genes é responsável por
que uma espécie continue se reproduzindo com as mesmas características estruturais. Por essa
razão, todos os 6 bilhões de seres humanos do planeta, mesmo com tantas variações de estatura ou
de cor, por exemplo, continuam pertencendo a espécie homo sapiens. Desde a década de 70, com
a descoberta da recombinação de trechos do genoma, é possível cortar um pedaço de dna e colá-
lo em outra molécula de dna de qualquer organismo, permitindo ao intruso produzir substâncias
antes impossíveis de serem fabricadas pelo hospedeiro. Daí o conceito de organismos
geneticamente modificados. (“Como funciona a ciência do ‘cortar’ e ‘colar’”. Artigo 955, A Folha
de SP, seção: equilíbrio, 11/09/2003).
Esse extrato também mostra que os artigos significativamente associados a essa classe
recorrem a uma linguagem mais “acessível” que tenta traduzir o código científico para o cidadão
comum. O emprego de expressões, como “cortar e colar”, mostra uma tentativa de interessar e se
aproximar mais dos leitores. Porém, a utilização de outras expressões como “intruso” e
“hospedeiro”, podem contribuir para se criar uma imagem de monstruosidade dos organismos
transgênicos.
Outro fato importante é que muitos artigos dessa classe misturam temas diferentes sem
aprofundá-los ou diferenciá-los. Os autores aproveitam o interesse causado pela discussão dos
transgênicos para tratar de outros assuntos da biotecnologia moderna. Para captar a atenção do
leitor, são empregadas expressões como “bebês transgênicos” para falar de crianças nascidas por
técnicas como a transferência citoplasmática. A técnica da transgenia é apenas uma das técnicas
de modificação genética de organismos, entre outras, como a transferência citoplasmática. Todo
organismo transgênico é um organismo geneticamente modificado, mas os OGMs podem resultar
também de outras técnicas. Porém, os artigos dessa classe utilizam, com freqüência, essas duas
184
expressões como sinônimos. Esse tipo de vulgarização da ciência leva à divulgação de
informações errôneas, que podem confundir o leitor.
Alguns artigos exploram a questão da atividade científica em si e, particularmente, o que
motiva os cientistas em suas pesquisas. Nesse sentido, são apresentados diferentes motivos que
impulsionam os avanços científicos como mostram os extratos a seguir:
Cientista consegue criar um mosquito resistente à malaria. Motivados por mais de 1 milhão de
mortos por malaria no mundo, a cada ano, cientistas têm fantasiado um método definitivo para
erradicar essa doença: substituir populações atuais de mosquitos por outras que sejam incapazes
de espalhar a doença. (“Cientista consegue criar um mosquito resistente à malária”. MARTIN
ENSERINK. Artigo 330, A Folha de SP, seção: ciência, 25/09/2001).
Cientistas brasileiros e alemães desenvolveram um novo método de modificação genética de
alimentos que, além de mais eficiente e prático, elimina um dos principais medos dos
ambientalistas com relação aos transgênicos tradicionais. Em vez de alterar o dna do núcleo
celular, os pesquisadores conseguiram pela primeira vez inserir um gene de outra espécie no
cloroplasto organela responsável pela fotossíntese nas células vegetais de um fruto comestível: o
tomate. Como o pólen não contém cloroplastos, não risco de os genes contaminarem outros
vegetais. “Pesquisa cria nova técnica de transgenia”. HERTON ESCOBAR. Artigo 1734, O
Estado de SP, seção: geral, 31/08/2001).
O primeiro extrato retrata o avanço científico como uma “tentativa de salvar a
humanidade”. O que motiva os pesquisadores é o “sonho” de erradicar doenças que podem afetar
populações inteiras. Outras vezes, a motivação dos cientistas é encontrar soluções para os medos
e críticas em relação ao próprio desenvolvimento científico, como no caso dos transgênicos.
Nesse sentido, o segundo extrato retrata a evolução da pesquisa como uma resposta aos medos
dos ambientalistas em relação aos transgênicos.
Os dois extratos citados acima relatam pesquisas feitas por cientistas ligados a
universidades ou centros de pesquisa ligados a instituições de ensino. Outros artigos discutem o
avanço das pesquisas fora destas instituições e dentro das próprias empresas de biotecnologia.
Nesse caso, é a rejeição dos transgênicos pelos consumidores que aparece como motivação das
empresas em desenvolver novos produtos que não provoquem medos e tentem conquistar os
consumidores.
Poucos artigos dessa classe exploram a questão dos interesses que existem por trás da
pesquisa científica. O extrato a seguir é um exemplo dessa discussão:
Se microrganismos são usados como pontes genéticas, transmitindo material de uma planta a
outra ou de um animal a outro, como podemos nos certificar de que esse material não se
espalhará para outras plantas ou animais? Para responder a essa questão, virologistas dos
institutos nacionais de saúde (nih) dos EUA desenvolveram experiência em que um gene causador
de câncer em ratos foi transplantado para uma bactéria, que foi então implantada em outros
185
animais, para observar se estes também desenvolveriam câncer. Em caso afirmativo, a
experiência provaria que o câncer pode se tornar uma doença contagiosa por meio da
manipulação genética. Os cientistas começaram errando, escolhendo uma bactéria frágil. Por
quê? Porque eles não tinham nenhum interesse em comprovar os perigos da manipulação
genética; existiam outros interesses em jogo políticos, econômicos e tamm de controle da
pesquisa cientifica. Mesmo assim, a bactéria infectou alguns animais com câncer, segundo os
nih. Esses resultados não foram publicados em jornais científicos, e o jornal the New York Times
anunciou, citando depoimento oficial dos nih de 1979, que os riscos são menores do que o temido.
Caso encerrado! Experiências recentes realizadas na universidade Cornell, nos EUA, mostraram
que larvas da borboleta monarca que se alimentam de plantas impregnadas com o pólen de um
tipo de milho transgênico morrem em grandes quantidades. Ainda é cedo para saber como os
resultados se manifestarão fora do laboratório, mas o perigo existe. (“Os perigos das manipulações
genéticas”. MARCELO GLEISER. Artigo 85, A Folha de SP, seção: Mais! 03/09/2000).
Esse extrato mostra que existem interesses políticos e econômicos por trás do
desenvolvimento da pesquisa científica e que tais interesses podem, muitas vezes, determinar não
como os estudos são feitos, mas também a divulgação de resultados que sirvam para
comprovar os propósitos das empresas e a não-divulgação daqueles resultados que vão de
encontro com os seus interesses.
Red biotechnology – a aplicação da biotecnologia moderna na medicina
Alguns artigos dessa classe discutem a aplicação da tecnologia da transgenia
exclusivamente na área médica. Nota-se que uma conotação predominantemente positiva em
relação à aplicação dessa tecnologia nessa área.
São apresentados os produtos e remédios que são produzidos por organismos
transgênicos, contextualizando algumas das palavras associadas a essa classe, tais como:
bactéria, vírus, doenças, vacinas, drogas, farmacêuticos, medicina etc., como mostra o extrato
a seguir:
[...] na década de 1980, essas descobertas levaram a produção de proteínas humanas em
bactérias escravas: o gene do interferon humano, transplantado para escherichia coli, permitiu
que uma reles bactéria presente nas fezes produzisse interferon recombinante para tratamento de
hepatites, câncer e outras doenças. Pela mesma tecnologia, hoje, são produzidas proteínas
preciosas como a insulina, a interleucina 2 e muitas outras. Da mesma forma, as técnicas para
introduzir genes humanos no gado leiteiro com a finalidade de obter proteínas de interesse
médico, excretadas no leite, chegam à fase de implantação comercial. (“Reflexões transgênicas.
DRAUZIO VARELLA. Artigo 1448, A Folha de SP, seção: ilustrada, 30/04/2005).
O emprego de adjetivos como proteínas “preciosas” confirmam a importância dada à
questão dos transgênicos aplicados na área da saúde. Outra questão bastante explorada por alguns
artigos dessa classe diz respeito à utilização de animais transgênicos como cobaias para a
186
pesquisa na área médica. Essa parte do conteúdo contextualiza outras palavras associadas à
classe, tais como: camundongo, ratos, tecidos, terapia, corpo, animal, nascimento, testes,
método etc.
Alguns artigos apresentam um histórico e a contribuição da utilização de animais
transgênicos desde a descoberta da técnica do DNA recombinante. A utilização de cobaias é
freqüentemente retratada como vetor do avanço científico. São apresentadas pesquisas com
animais geneticamente modificados para a produção de remédios e para a terapia gênica. Outro
ponto bastante discutido pelos artigos sobre a utilização de cobaias, diz respeito ao uso de
animais transgênicos para o transplante de órgãos para humanos:
A empresa escocesa que ajudou a criar a ovelha dolly anunciou ontem que clonou dois cordeiros a
partir de células geneticamente modificadas, usando uma técnica que pode representar um passo
importante nos transplantes de órgãos de animais para seres humanos. A ppl therapeutics, de
Edimburgo, inseriu um novo dna num ponto especifico em lulas de ovelhas, fundiu essas
células modificadas a óvulos de ovelhas dos quais o núcleo havia sido retirado e produziu dois
cordeiros, Cupido e Diana, com a alteração genética. [...] O sucesso da técnica em ovelhas abre
novas possibilidades para a elaboração de mudanças genéticas especificas em mamíferos. [...]
Driblar a rejeição a técnica criada pela ppl também representa um avanço considerável nos
esforços da empresa a fim de produzir porcos para transplantes de órgãos humanos, ou
xenotransplantes. (“Empresa escocesa utiliza nova tecnologia para clonar ovelhas”. Artigo 1654,
O Estado de SP, seção: geral. 29/06/2000).
Mais uma vez, o emprego expressões como “um passo importante” é utilizado para
ressaltar os avanços das pesquisas. Esse extrato também traz uma informação errada. O
xenotransplante diz respeito à utilização de animais para a produção de órgãos que possam ser
utilizados para transplante em humanos, mas não se restringe à utilização de porcos. Outros
artigos apresentam pesquisas recentes nessa área que testam a utilização de animais com um
sistema de defesa mais semelhante ao do homem, como os mios, para evitar uma série de
problemas ligados ao xenotransplante, como a rejeição e a contaminação por vírus.
Green technology – a aplicação da biotecnologia moderna na agricultura
Outros artigos dessa classe discutem a aplicação dos transgênicos na agricultura, o que
contextualiza o restante das palavras associadas, tais como: alergia, tomate, dourado, vitamina,
insetos, pragas, nutricional, daninha, plantas, vegetais, natureza, resistência, canola,
pesticida, inseticida etc.
Ao contrário do que foi visto na seção anterior, apesar de uma grande parte dos artigos
retratar essa aplicação como algo muito positivo, outros artigos assumem uma posição neutra,
187
sem um julgamento sobre os transgênicos ou apresentando ambos os benefícios e riscos dessa
tecnologia.
Alguns artigos definem o que são alimentos transgênicos, com destaque para a soja.
Assim, muitos artigos apresentam os alimentos transgênicos da chamada “primeira geração”, que
sofrem modificações para se tornarem resistentes a doenças ou herbicidas. Outros apresentam os
alimentos da “segunda geração”, que sofrem modificações para melhorar o potencial nutricional
do alimento. Muitas vezes, esses artigos são neutros, limitando-se a explicar o que são esses
alimentos, sem fazer um julgamento positivo ou negativo em relação aos mesmos. Esses artigos
são, em sua maioria, escritos por jornalistas que se limitam a explicar o que são os alimentos
transgênicos, sem se posicionar frente aos mesmos.
No entanto, muitos artigos dessa classe se posicionam favoravelmente ao uso dos
transgênicos na agricultura. Esses artigos são, freqüentemente, escritos por colunistas em
editoriais. Alguns artigos chegam a sugerir que é nessa área que a biotecnologia moderna alcança
seu maior potencial. A descoberta e evolução das pesquisas nessa área o retratadas como um
grande avanço científico, que pode melhorar a qualidade de vida dos homens, como mostra o
extrato a seguir:
Os alimentos transgênicos poderão representar, para a saúde pública dos próximos cem anos,
avanço semelhante ao do saneamento básico no século 20. [...] nenhuma aplicação da
biotecnologia tem a abrangência da produção de alimentos transgênicos. Inserir genes novos nos
vegetais cria possibilidades concretas de obter plantas resistentes às pragas e às intempéries da
natureza, capazes de produzir com mais eficiência e de fabricar compostos de interesse médico,
como vitaminas, proteínas ou vacinas contra várias enfermidades. (“Reflexões transgênicas”.
DRAUZIO VARELLA. Artigo 1448, A Folha de SP, seção: ilustrada, 30/04/2005).
Muitos artigos argumentam que a rejeição dos alimentos transgênicos é resultado da falta
de conhecimento sobre os mesmos e das imagens estereotipadas que são passadas para a
população. Assim, esses artigos sustentam que o medo dos alimentos geneticamente modificados
não teria fundamento.
Esses artigos também atacam a idéia de que os transgênicos são antinaturais e que
“rompem com a ordem natural”, explorada por muitos artigos dessa classe, como foi discutido
anteriormente. Segundo esses artigos, a transgenia acontece na própria natureza e os cientistas
apenas copiaram e aperfeiçoaram esse mecanismo.
É feita também uma menção aos progressos na agricultura conquistados pela revolução
verde e de como a transgenia poderia contribuir nesse sentido. Não são mencionados os danos
188
conhecidos que foram causados por tal revolução, nem os possíveis danos que os transgênicos
podem trazer. Assim como no extrato apresentado anteriormente (que comparava os benefícios
dos alimentos transgênicos para a saúde pública aos avanços que o saneamento básico trouxe no
século 20), muitos artigos comparam os transgênicos a uma revolução científica, como, por
exemplo, a que Einstein provocou na física.
Nesse sentido, ao se falar dos transgênicos, aparecem novamente expressões como “um
passo fundamental” para o avanço da ciência. Por outro lado, as metáforas e expressões utilizadas
por esses artigos também são empregadas no sentido de que ser contra os transgênicos é ser
contra o desenvolvimento da ciência e o progresso da humanidade, “uma cópia da idade média”.
São poucos os artigos que discutem os possíveis riscos que a introdução dessa nova
tecnologia podem trazer. No extrato a seguir, são discutidas as possíveis conseqüências dos
transgênicos, principalmente para a saúde humana e para o meio ambiente. O aspecto social é
citado rapidamente sem ser desenvolvido. São apresentados os argumentos de ambos os grupos,
defensores e contrários à aplicação dessa tecnologia na agricultura:
Não existe um corpo de estudos publicados em revistas cientificas auditadas demonstrando que
essas variedades façam mal a saúde humana. Testes para identificação de substâncias
alergênicas conhecidas, por exemplo, deram resultados negativos. Para os defensores dos
transgênicos, isso é prova bastante de que seus adversários não se curvam às evidências
científicas, às próprias crenças fundamentalistas. Os adversários dos transgênicos, por seu
turno, alegam que os testes não são confiáveis porque não têm como detectar substâncias
alergênicas desconhecidas e a engenharia genética, efetivamente, está introduzindo novas
substâncias na cadeia alimentar. Devolvem a acusação de fundamentalismo, dizendo que os
biotecnólogos têm cega na própria capacidade de consertar tecnologias que se revelem
perniciosas. A questão ambiental. Não existem estudos e testes com escala temporal e espacial
adequados para verificar os efeitos de todas essas variedades sobre o solo e seus microrganismos,
sobre populações de insetos que não são pragas, sobre pássaros que se alimentam de sementes
das ervas daninhas exterminadas. Essa é uma discussão mais ampla, que não diz respeito às
lavouras transgênicas, mas sim à agricultura como ela é conduzida hoje, ultra-intensivamente. Há
quem diga que ela está a caminho de esgotar recursos naturais, como solos e reservas de água. Por
isso, quando você ouvir que os transgênicos vão acabar com a fome no mundo, ou então que essa
tecnologia pode por si causar a ruína de milhões de camponeses no mundo, desconfie. A
biotecnologia pode ser um recurso para aumentar a produtividade agrícola, mas não é uma bala de
prata nem está isenta de efeitos colaterais, ora difíceis de avaliar. Por outro lado, a concentração
da propriedade intelectual sobre as sementes mais rentáveis do planeta em meia dúzia de empresas
não chega a ser tranquilizadora. Transgênicos ainda darão muito pano para manga. O problema é
que os lados envolvidos na discussão aceitam conduzi-la na base da frente única.
(“Complexidade dos transgênicos turva debate que nasceu confuso”. MARCELO LEITE. Artigo
489, A Folha de SP, seção: Brasil, 31/01/2001).
Esse extrato aponta, mais uma vez, para as falhas e os interesses que existem por trás da
pesquisa científica, que, muitas vezes, é guiada de maneira a confirmar os argumentos dos
189
diferentes grupos envolvidos no debate. O artigo também mostra que a discussão em torno dos
transgênicos é conduzida sem um diálogo das partes envolvidas, que acusam uma as outras de
fundamentalismo. O extrato argumenta que existem benefícios, mas que é preciso cautela e muita
discussão sobre a adoção de uma nova tecnologia. Porém, talvez o ponto mais importante desse
extrato seja a necessidade de se ampliar a discussão sobre os transgênicos para a forma com que a
agricultura é conduzida atualmente. Essa discussão mais ampla pode levar a uma reflexão sobre o
futuro da natureza.
Por fim, alguns artigos anunciam a chegada dos alimentos transgênicos da chamada
“terceira geração”, modificados para serem usados como remédios ou vacinas. O artigo a seguir
explica o que é a agricultura molecular:
Pesquisadores fabricam vegetais medicinais com o uso de genes extraídos do homem. Plantas
humanas. Que muito os cientistas vêm produzindo plantas mais resistentes a insetos,
herbicidas e doenças não é novidade para aqueles que acompanham a batalha dos transgênicos.
Mas que tal pensar agora em plantas que produzem pedaços do corpo humano? Não razão
para alarme. A idéia não é obter nenhum dos monstros que povoam as visões dos ambientalistas
mais extremados quando falam nos possíveis malefícios do cultivo de transgênicos. Nada de
tomates misturados com bois. [...] vários grupos de pesquisa já estão produzindo proteínas e
hormônios humanos em plantas. Bem-vindo ao mundo da agricultura molecular ou molecular
farming, como é conhecido em inglês o segmento da biotecnologia que usa plantas para produzir
uma lista de moléculas que resultam em enzimas, vitaminas e até mesmo em vacinas, várias
delas de origem humana. (“Plantas humanas”. ISABEL GERHARDT. Artigo 246, A Folha de SP,
seção: Mais!, 09/04/2001).
O artigo citado acima retoma a idéia de que os ambientalistas propagam, sem fundamento,
estereótipos de monstros e seres mutantes para atacar os transgênicos. Os alimentos
geneticamente modificados da terceira geração são apresentados de forma positiva, ressaltando
apenas os benefícios para a população.
Resumindo o conteúdo dessa classe, pode-se dizer que os artigos significativamente
associados a essa classe tratam da divulgação científica dos transgênicos de forma geral, e
especificamente, na medicina e na agricultura.
Os artigos apresentam um histórico da descoberta da técnica de DNA recombinante e
definem alguns conceitos da biotecnologia moderna. A idéia de que o homem interfere na
natureza e na “ordem natural” está bastante presente. A divulgação é feita, muitas vezes, através
da apresentação de pesquisas publicadas em revistas científicas. Nota-se o emprego de uma
linguagem que tenta se aproximar à linguagem do cidadão comum. São utilizadas expressões
190
para chamar a atenção, mas que também podem acabar criando uma imagem de mostruosidade
dos transgênicos. Além disso, a menção aos transgênicos para tratar de outros assuntos da
biotecnologia moderna acaba levando a divulgação de informações erradas ou que podem
confundir o leitor.
A atividade científica em si também é discutida, tratando-se especificamente, da
motivação por trás das pesquisas. Quando são relatadas pesquisas feitas em instituições de
ensino, como universidades, os motivos podem ser considerados mais “nobres”, como encontrar
soluções para “salvar a humanidade” ou aperfeiçoar produtos que possam trazer riscos para o
meio ambiente. Quando são relatadas pesquisas, as motivações já passam a ter algum “interesse”,
como conquistar os consumidores que temem os transgênicos. Também é feita uma reflexão
sobre os interesses políticos e econômicos que se encontram por trás do desenvolvimento da
pesquisa científica.
Na discussão sobre a aplicação da tecnologia da transgenia na área médica, são
apresentados os produtos, remédios, terapias e a utilização de cobaias transgênicas para o
tratamento de doenças. Os artigos referentes a esse aspecto empregam uma conotação
predominantemente positiva em relação à aplicação dessa tecnologia nessa área e,
freqüentemente, destacam os “importantes passos para o avanço científico”. Assim, não são
apresentados os possíveis riscos que essa tecnologia pode trazer (nem mesmo para a saúde), e
tampouco são discutidos os aspectos éticos e morais da aplicação dessa tecnologia.
Na discussão da aplicação dos transgênicos na agricultura, são apresentados os alimentos
das chamadas “primeira, segunda e terceira gerações” de transgênicos. Uma grande parte dos
artigos referente a esse aspecto também se posiciona favoravelmente à aplicação dessa tecnologia
na agricultura, principalmente em relação aos alimentos das segunda e terceira gerações.
Novamente são destacados os grandes “avanços científicos” feitos para melhorar a qualidade de
vida dos homens. Esses artigos também argumentam que ser contra os transgênicos significa ser
contra o desenvolvimento da ciência e o progresso da humanidade.
Porém, ao contrário da aplicação dos transgênicos na medicina, alguns artigos referentes à
aplicação dessa técnica na agricultura discutem os possíveis riscos que a introdução dessa nova
tecnologia pode trazer, principalmente para a saúde humana e para o meio ambiente, sem tocar
nas possíveis conseqüências sociais. Esses artigos mostram que a discussão em torno dos
transgênicos é conduzida de forma extremada pelas partes envolvidas no debate, que não se
191
empenham em um diálogo e acusam uma as outras de fundamentalismo. Embora esses artigos
correspondam a uma pequena parte do conteúdo, eles chamam a atenção para o fato de que são
necessários um diálogo aberto e muita discussão sobre a adoção de uma nova tecnologia, além da
necessidade de se ampliar a discussão sobre os transgênicos para a forma com que a agricultura é
conduzida atualmente.
Classe 6 :Ciência, tecnologia e sociedade (C,T&S)
Nessa classe, foram selecionadas 1.036 UCEs, ou seja, 22,74% do total de UCEs
classificadas, sendo a maior classe do corpus. Foram analisadas 57 palavras por UCE, de um
total de 367 palavras diferentes. Destas, 55 palavras são associadas significativamente à classe,
como mostra a tabela 6.
Tabela 6: Palavras associadas significativamente à classe “C,T&S”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1 F2
Arte 87.14 167.79 61 70
Livro 78.11 306.15 132 169
Ensinar 77.59 100.56 45 58
Filosofia 77.19 97.39 44 57
Século 75.86 191.13 88 116
Profissional 73.33 111.07 55 75
Jovens 70.69 76.86 41 58
Escola 69.23 130.89 72 104
Velho 69.12 84.48 47 68
Aprender 69.01 87.88 49 71
Obra 68.75 98.09 55 80
Internet 68.75 98.09 55 80
Perceber 66.22 80.90 49 74
Site 65.28 75.32 47 72
Conceito 65.08 65.16 41 63
Fome 64.80 206.12 127 196
Mulher 64.47 76.60 49 76
Escrever 63.92 95.62 62 97
Bush 63.64 52.98 35 55
Educação 62.81 113.56 76 121
Saber 62.75 46.97 32 51
Povo 62.35 77.34 53 85
Humanidade 62.34 69.88 48 77
Br 61.67 52.42 37 60
Festa 61.40 49.10 35 57
Amazônia 61.39 87.78 62 101
Pensar 60.91 212.74 148 243
Modo 60.90 113.52 81 133
Viver 58.39 120.66 94 161
Revolução 57.78 64.13 52 90
Vida 57.45 206.03 162 282
Floresta 57.32 56.80 47 82
Planeta 56.82 59.29 50 88
Modernidade 56.82 89.82 75 132
Consciência 55.71 43.98 39 70
Física 55.95 53.71 47 84
Antigo 55.71 43.98 39 70
Exploração 55.56 39.14 35 63
Visão 55.43 57.11 51 92
Imaginar 55.36 69.50 62 112
Nações 54.95 67.18 61 111
Beleza 54.90 30.35 28 51
Intelectual 54.43 45.94 43 79
Ecologia 54.17 83.56 78 144
Verdadeira 53.66 45.42 44 82
Pobres 53.14 95.71 93 175
Itália 52.83 27.62 28 53
Sustentável 52.46 31.07 32 61
Professor 52.32 124.46 124 237
Forma 51.90 38.89 41 79
História 51.59 77.01 81 157
Ética 51.46 49.44 53 103
Energia 51.32 35.91 39 76
Máquina 50.94 24.27 27 53
Simples 50.51 44.39 50 99
192
Essa classe se relaciona diretamente com a classe “Divulgação Científica”, descrita acima.
Assim como na classe anterior, as UCEs que contribuíram significativamente para esta classe,
também são provenientes, dos artigos publicados, predominantemente, em 2000, 2001 e 2002,
pelo jornal A Folha de SP. Em contraste com a classe anterior, também contribuíram
significativamente para esta classe, as UCEs provenientes dos artigos publicados em 2005.
A maioria dos artigos característicos da classe anterior foi publicada na seção “ciência” ou
nos suplementos dos jornais. Já na presente classe, seus artigos mais característicos foram
publicados, predominantemente, na seção “opinião” e também nos suplementos dos jornais. O
que difere esta classe da anterior é que, se na classe “Divulgação Científica”, a discussão sobre
ciência e tecnologia se restringia apenas aos transgênicos (com pouco espaço para discussão
sobre os impactos dessa tecnologia, limitando-se aos riscos para a saúde e o meio ambiente), na
classe “C,T&S”, essa gica se inverte e os transgênicos são agora tomados como um exemplo,
entre outros, para uma discussão maior sobre a relação entre ciência, tecnologia e sociedade.
Assim, o conteúdo desta classe se caracteriza por uma discussão acerca desse trinômio.
São consideradas as conseqüências, sociais e econômicas, que o desenvolvimento e aplicação da
ciência e a tecnologia (de forma geral) podem trazer. Tais conseqüências são consideradas dentro
da lógica da globalização, mas também no contexto brasileiro em particular. Esse exercício de
discussão contextualiza os principais verbos dessa classe, tais como: ensinar, aprender,
perceber, escrever, saber e pensar. Ao discutir o desenvolvimento da ciência e tecnologia na
modernidade, o conteúdo dessa classe toca em muitos dos pontos discutidos no primeiro capítulo.
Porém, são poucos os artigos dessa classe que argumentam por uma revisão da forma
como o desenvolvimento da ciência e tecnologia é conduzido atualmente e que propõem uma
reflexividade acerca das conseqüências sociais trazidas por tal desenvolvimento.
Alguns artigos chamam a atenção, embora não com essas palavras, para a co-existência de
várias modernidades no mundo globalizado. A discussão em torno do desenvolvimento da
ciência e tecnologia – principalmente em relação a dois aspectos: a produção (intelectual e física)
e o acesso à tecnologia marca a divisão entre a primeira e segunda modernidade. Esses artigos
mostram que a diferença de rigor dos diferentes países em relação aos direitos e controle, da mão-
de-obra, da poluição ambiental etc. levou à organização espacial da produção de tecnologia no
mundo globalizado. Enquanto alguns países detêm a tecnologia e gozam desse direito, outros
193
servem como mero local de produção, sujeitando-se às conseqüências sanitárias, ambientais e
sociais da chamada “sociedade de risco residual”.
Um grande destaque é dado à Internet como fonte de acesso à informação globalizada.
Mas, novamente, ela é tomada como paradigma dessa divisão da modernidade. Enquanto os
cidadãos de alguns países se apropriam dos conhecimentos globais, tantos outros de outros países
continuam na exclusão e ignorância (unawareness). Esses artigos também discutem a presença da
tecnologia no dia a dia, e até na intimidade, do cidadão comum que, entre as mudanças rápidas e
constantes e os apelos da mídia, rende-se à sedução da sociedade de consumo (considerando aqui,
novamente, uma desigualdade de acesso). Finalmente, argumenta-se que o desenvolvimento
tecnológico traz benefícios, mas que também é preciso se considerar as conseqüências que este
pode causar.
Entretanto, a grande maioria dos artigos dessa classe ainda assume uma postura de apoio
cego ao desenvolvimento científico e tecnológico, retratando-o como sinônimo de progresso.
Alguns artigos argumentam que o investimento nesse desenvolvimento seria, justamente, a
solução para acabar com a exclusão social de um país (principalmente o Brasil) e para se atingir a
modernidade. Esses artigos também argumentam que o Brasil está atrasado em relação a esse
desenvolvimento, uma vez que o país “entrega seu potencial a outros países”. Além disso, o
desenvolvimento tecnológico é um “desafio” que deve ser enfrentado pelos governantes do país,
sem considerar a participação da população nesse processo. A população brasileira é retratada
como sendo educada para manter tal situação de atraso. Nesse sentido, os artigos argumentam
que mesmo os meios de comunicação brasileiros não dão atenção para os grandes feitos e
cientistas por trás do desenvolvimento da ciência.
Esses artigos não consideram (ou mesmo descreditam) as reflexões e críticas feitas quanto
ao rumo e as conseqüências de tal desenvolvimento. A revolução verde, por exemplo, é retratada
como tendo solucionado o problema da fome em muitos países e não são citados os danos
sanitários, ambientais ou sociais causados pela mesma. A fome é retratada não como um
problema social, mas como um problema a ser solucionado pelo desenvolvimento científico-
tecnológico. Os transgênicos também são apresentados como mais uma grande revolução
científica. Adotar uma posição contrária aos mesmos significa adotar a postura de atraso em
relação ao progresso do país e do bem-estar da sociedade.
194
Outros artigos dessa classe apresentam diferentes interpretações para esse “atraso”, no
mundo e no Brasil. Esses artigos discutem que a modernização e globalização implicaram em
mudanças rápidas e drásticas, ou mesmo na destruição das formas tradicionais de vida da
sociedade, produzindo reações em todas as partes do mundo. Assim, começaram a aparecem
movimentos de resistência ao desenvolvimento científico, tecnológico e econômico. Tais
movimentos de resistência representam uma resposta às mudanças e uma alternativa para o
caminho do desenvolvimento para a sociedade. Porém, esses artigos acabam por retratar tal
caminho alternativo como um “retrocesso”, reforçando a idéia de que o desenvolvimento
científico e tecnológico é a chave para o progresso.
Alguns artigos contextualizam esse movimento “alternativo” no Brasil, citando como
exemplo as reivindicações do MST. Nesses artigos, as propostas desse grupo são apresentadas
como uma contradição à “revolução produtiva do agronegócio”.
Outros artigos exploram a divisão entre os “progressistas” e os “conservadores” no
cenário político mundial, que se reflete na divisão entre esquerda e direita. Esses artigos discutem
as mudanças pelas quais ambos os lados passaram na atualidade. Eles mostram que a esquerda
era progressista e a direita conservadora, o que implicava em posições bastante opostas em
relação ao desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social. Na modernidade atual,
esse padrão se inverteu e a direita se tornou progressista enquanto a esquerda adotou uma posição
conservadora. A direita agora defende o liberalismo econômico e político, a globalização, a
destradicionalização, o investimento pesado no desenvolvimento científico e tecnológico. a
esquerda luta contra esses processos.
Essa mudança também é discutida no cenário nacional. Por um lado, alguns artigos
assumem um tom crítico quanto à nova posição conservadora da esquerda no Brasil. Mais uma
vez, argumenta-se que as reivindicações da nova esquerda em relação ao modelo da agricultura
no Brasil contradizem a revolução produtiva do agronegócio. Novamente, o posicionamento a
favor ou contra os transgênicos aparece como divisor entre os progressistas e os conservadores,
entre os que “defendem o desenvolvimento do país” e os que “o mantêm no atraso”. Nesse caso,
a esquerda se posiciona contra a modernização não só da agricultura, mas do próprio país.
A esquerda no Brasil está ligada, politicamente, ao PT. A resistência aos transgênicos a
qual esses artigos fazem alusão, diz respeito ao posicionamento da ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, integrante desse partido e contrária a liberação dos mesmos. Na época em que
195
muitos artigos foram escritos, o projeto de Lei de Biossegurança tramitava no Congresso
Nacional e a ministra trabalhava para a modificação do projeto de lei no Congresso, defendendo
um projeto que levasse em conta o princípio de precaução. Esse princípio também é
freqüentemente retratado por esses artigos como um “empecilho” ao desenvolvimento científico-
tecnológico-econômico. Nesse caso, esses artigos reduziam a resistência da esquerda brasileira
aos transgênicos à figura da ministra Marina Silva, acusando-a de defender o atraso do país.
Por outro lado, outros artigos relacionavam a esquerda à figura do presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, também integrante do PT. Este, por sua vez, era retratado
como representante do governo e dos posicionamentos do mesmo. Neste caso, o posicionamento
explícito em favor da liberação dos transgênicos por alguns integrantes do governo refletia na
figura do presidente e também do partido. A esquerda brasileira, então, era igualada à direita e
acusada de apoiar o liberalismo econômico e político, a globalização e o investimento pesado no
desenvolvimento científico e tecnológico.
Voltando à questão da educação da população brasileira, essa classe também retrata o fato
de que o povo brasileiro, freqüentemente, não tem opinião sobre temas polêmicos como, por
exemplo, os transgênicos. Além disso, o conteúdo dessa classe mostra que o governo do país
também não tem uma preocupação em considerar as possíveis preocupações da população no
processo de formulação de políticas sobre temas importantes para se decidir o rumo do
desenvolvimento do país.
Ainda em relação à educação, outros artigos discutem a questão da divulgação científica,
como mostra o extrato a seguir:
Qual é a contribuição da divulgação científica e da ficção científica para a ciência? Dyson: O
grande ponto é a educação do público. Deixar o público saber o que esta acontecendo. A ficção
científica também tem ajudado a trazer os jovens para a ciência. Eu lia ficção cientifica quando
era criança e isso me despertou interesse em ciência. Folha: Nós temos visto uma reação forte do
publico sobre temas científicos, como a clonagem e os transgênicos. Como o sr. isso, como
comunicador de ciência? Dyson: É obviamente um problema o fato de o público ter medo da
engenharia genética. Nós precisamos nos contrapor a isso, olhar para as coisas de um jeito
razoável. É parte de meu trabalho. Folha: Mas o sr. acha que é só medo ou que isso resulta de uma
maior compreensão da ciência? Dyson: Não, não, definitivamente, é só medo. É difícil dizer como
essas coisas acontecem, mas tem havido um monte de histórias assustadoras sobre engenharia
genética sem consistência. (“Conferência debate a física do culo 21”. CLAUDIO ANGELO.
Artigo 647, A Folha de SP, seção: ciência, 15/03/2002).
No extrato acima, a atividade da divulgação científica é retratada dentro do modelo de
déficit de conhecimento científico, como foi discutido no segundo capítulo. Segundo esse
196
modelo, o medo ou a resistência do público frente a uma nova tecnologia é visto como irracional
ou sem fundamento. Assim, o papel dos divulgadores da ciência é esclarecer o público que é
visto como homogêneo e ignorante.
Como se pode ver, a grande maioria dos extratos dessa classe discute a relação entre
ciência, tecnologia e sociedade ainda dentro da lógica da primeira modernidade, baseada na visão
de mundo denominada “iluminista”, discutida no primeiro capítulo. Tal lógica, como foi visto,
leva a crenças de controle da natureza, abundância e progresso, crescimento e prosperidade, fé na
ciência e tecnologia e confiança nas instituições sociais, retratadas no conteúdo desses artigos.
Desse modo, o conteúdo dessa classe prioriza a idéia de que o desenvolvimento do país se
através do forte investimento no desenvolvimento linear da ciência e tecnologia. Esse é o
desafio dos governantes dos países. A população não é considerada nesse processo e deve ser
somente educada para poder se adaptar aos avanços proporcionados por tal desenvolvimento. São
poucos os artigos que defendem uma revisão dessa relação e propõem um exercício de
reflexividade (tanto de refletir mostrar as conseqüências; como de reflexão questionamento,
propostas alternativas) sobre os rumos do desenvolvimento científico e tecnológico.
Classe 3: A batalha judicial
Nessa classe, foram selecionadas 457 UCEs, ou seja, 10,03% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 60,68 palavras por UCE, de um total de 180 palavras diferentes.
Destas, 20 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 7.
Tabela 7: Palavras associadas significativamente à classe “A batalha judicial”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1 F2
TRF 95.65 569.00 66 69
Eia/Rima 87.80 277.23 36 41
Sentença 77.27 449.47 68 88
Liminar 75.44 554.16 86 114
Idec 72.77 869.44 139 191
Procurador 69.70 264.12 46 66
Juiz 66.89 547.89 99 148
Prévia 64.81 367.80 70 108
Portaria 63.64 141.43 28 44
Regional 58.49 428.59 93 159
Julgar / mento 58.39 399.05 86 149
Tribunal 56.34 530.79 120 213
Judicial 55.29 494.53 115 208
Emitir 55.14 247.00 59 107
Solicitar 53.52 151.12 38 71
Almeida 53.52 151.12 38 71
Suspender 52.15 332.17 85 163
Ready 52.03 298.86 77 148
Mover 51.76 167.12 44 85
Instância 51.35 142.27 38 74
197
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados, predominantemente, em 2000, pelo jornal O Estado de SP. Esse ano foi marcado pela
continuação do julgamento de uma série de ações na justiça, em relação aos transgênicos, que se
iniciaram em 1998.
Como foi visto no capítulo seis, em 1998, a CTNBio deu um parecer técnico favorável
para o cultivo com fins comerciais da soja Roundup Ready, resistente ao herbicida glifosato,
ambos produzidos pela empresa Monsanto. A CTNBio julgou desnecessário solicitar o Eia/Rima.
O Idec moveu uma ação judicial contra essa decisão, invocando o artigo 225 da Constituição
Federal que determina ao poder público exigir, na forma de lei, o Eia/Rima para a aprovação uma
atividade que possa trazer riscos ao meio ambiente. Meses depois, o Greenpeace se juntou ao
Idec. Ainda nesse ano, o Idec moveu outra ação civil requerendo: a proibição da CTNBio de
conceder qualquer autorização para o plantio e a comercialização de OGMs sem a realização do
Eia/Rima, a elaboração de normas acerca da segurança alimentar de tais organismos e a
rotulagem adequada dos produtos que contenham transgênicos que vierem a ser comercializados.
Apesar de uma liminar concedida pela Vara da Justiça Federal, suspendendo o parecer
favorável, os anos seguintes foram marcados por uma série de apelações das partes envolvidas,
além de novas ações judiciais.
O conteúdo dessa classe resgata, desde o início, o que muitos artigos chamaram de
“batalha judicial”, “guerra”, ou mesmo, “novela” dos transgênicos. Essa classe relata o desenrolar
dos julgamentos, principalmente no ano de 2000, mencionando com menos intensidade os
resultados de julgamentos ocorridos nos anos seguintes. Porém, a discussão mais importante feita
pelo conteúdo dessa classe diz respeito ao papel da justiça no processo de liberação dos
transgênicos, o questionamento do poder da CTNBio, a confusão das leis que regiam os
organismos geneticamente no Brasil, o conflito entre os poderes executivo, legislativo e
judiciário, e os riscos dessa tecnologia para a saúde do consumidor e para o meio ambiente.
Entre as palavras significativamente associadas a essa classe, um grande número de
verbos: julgar, emitir, solicitar, suspender e mover. Também aparecem os atores envolvidos
nos processos: Idec, procurador, juiz. Como se vê, o Idec tem um papel essencial nessa classe.
Outros atores, também importantes, envolvidos nessas ações, tais como: o Greenpeace, a
CTNBio, a União e a Monsanto, não aparecem como significativamente associados a essa classe
específica. Uma possível explicação para isso é que esses atores também estão envolvidos em
198
outras questões referentes às demais classes. É preciso lembrar que um dos três critérios de
seleção das palavras significativamente associadas às classes foi o de que mais de 50% das
ocorrências da palavra tenham sido naquela determinada classe. Desse modo, palavras que
tiveram uma freqüência muito alta no corpus podem ter sido bem distribuídas pelas sete classes,
não adquirindo o status de uma palavra significativa. Foi o que aconteceu em relação aos demais
atores envolvidos no processo. Mesmo assim, é preciso destacar que atores como o Greenpeace e
a CTNBio tiveram uma percentagem de ocorrência alta nessa classe (42,60% e 46,60%,
respectivamente). a União e a Monsanto tiveram uma baixa percentagem de ocorrência nessa
classe (33,13% e 29,63%, respectivamente)
35
.
Como foi dito, alguns artigos dessa classe, ao comentar os desdobramentos dos
julgamentos do ano de 2000, reconstroem o início da batalha judicial, remetendo-se ao ano da
aprovação da primeira lei de biossegurança. Uma parte desses artigos se limita simplesmente a
passar alguns fatos que antecederam a primeira ação judicial para que os leitores possam
compreender os resultados dos julgamentos, mas sem aprofundar ou comentar tais fatos.
Porém, outra parte dos artigos característicos dessa classe propõe justamente o contrário.
Esses artigos se preocupam em explicar quais foram os motivos dos diferentes atores envolvidos
que permitiram e que levaram ao início da batalha judicial. Entre esses motivos, os artigos
destacam: o caráter confuso da lei de biossegurança vigente na época, o poder da CTNBio e a
necessidade ou não do Eia/Rima.
Esses artigos argumentavam que, desde o início, a lei de biossegurança aprovada em 1995
trouxe dúvidas quanto ao papel e autoridade da CTNBio. O decreto que foi editado
posteriormente para regulamentá-la também não resolveu a confusão quanto ao seu poder. Além
disso, esse decreto entrava em conflito com a constituição federal porque dispensava a CTNBio
de pedir o Eia/Rima quando esta o julgasse desnecessário. Mas, como foi visto, a constituição
torna o mesmo obrigatório. Segundo esses artigos, essas contradições da dentro do próprio
sistema legislativo brasileiro permitiram que o Idec questionasse não só a liberação da soja
transgênica, mas que também demandasse um processo de avaliação dos transgênicos em geral
mais cauteloso por parte da CTNBio.
Essa confusão em torno da lei que regulamentava os transgênicos no Brasil foi bastante
explorada pelos artigos dessa classe, como mostram os dois extratos a seguir:
35
Para ver o relatório completo das diferentes palavras, suas freqüências no corpus e em cada classe, ver anexo 04.
199
A legislação brasileira que trata dos transgênicos, organismos de uma espécie com genes de outra,
inseridos em laboratório é também um produto de transgenia. No caso, transgenia legal. Ela é
composta por pedaços de lei, decreto e medida-provisória, além da constituição, que é quem
legisla sobre a questão. Assim, não é à toa que o arcabouço legal que trata dos organismos
geneticamente modificados, o outro nome dos transgênicos, venha originando ações na justiça,
muita polêmica e confusão. (“O futuro da agricultura”. EVANILDO DA SILVEIRA. Artigo
1.780, O Estado de SP, 08/07/2001).
Faltam leis no país, mas sobra discussão. O único produto liberado, a soja da Monsanto, foi
barrado por uma ação judicial. Não nenhuma lei no Brasil que proíba o plantio ou a
comercialização de alimentos transgênicos. O debate não gira em torno de liberar ou proibir, mas
em regulamentar a introdução desses cultivos no país de modo a garantir a segurança das pessoas
e do meio ambiente. (“Faltam leis no país, mas sobra discussão”. HERTON ESCOBAR. Artigo
2.009, O Estado de SP, seção: geral, 17/02/2002).
O conteúdo do primeiro artigo compara a legislação brasileira dos organismos
geneticamente modificados aos próprios organismos transgênicos, uma vez que ela é composta de
vários pedaços de lei diferentes. O extrato mostra que o excesso de leis que tratam desse assunto
acaba por criar contradições, uma anulando o poder da outra. Já o segundo extrato argumenta que
faltam leis que regulamentem os transgênicos. Embora possam parecer um pouco contraditórios,
os dois extratos citados acima mostram que a legislação relativa aos transgênicos, vigente na
época, em vez de regulamentar, gerava confusão e abria brechas para ser contestada na justiça.
O final do segundo extrato aponta outro ponto importante discutido nessa classe: a
necessidade de se considerar a segurança dos consumidores e do meio ambiente no processo de
regulamentação dessa nova tecnologia. O extrato a seguir exemplifica essa discussão:
Segundo a coordenadora executiva do Idec, Marilena Lazzarini, a legislação brasileira requer
avaliação de impacto ambiental e rotulagem de produtos geneticamente modificados, mas faltam
normas especificas para regulamentar o processo. Ela argumenta que, apesar da soja transgênica
ser comercializada em diversos países, não existem estudos conclusivos sobre o impacto de
alimentos transgênicos no meio ambiente e na saúde dos consumidores. “Para que introduzir um
produto no mercado que só traz riscos?” questiona. A Monsanto não quis pronunciar-se sobre o
tema. (“TRF julga plantio de soja transgênica”. HERTON ESCOBAR. Artigo 1.657, O Estado de
SP, seção: geral, 28/06/2000).
O Idec teve um papel fundamental na contestação da liberação dos transgênicos em
relação à segurança da saúde do consumidor. Embora o Greenpeace não apareça nesse extrato,
nem seja significativamente associado a essa classe, essa organização também teve um papel
importante na discussão sobre os possíveis riscos dos transgênicos para o meio ambiente. Esses
dois grupos defendiam o princípio de precaução. A declaração da integrante do Idec mostrada
pelo extrato alegava que a introdução dessa tecnologia não traria benefícios nem para o
200
consumidor, nem para o meio ambiente. O extrato também mostra que a empresa Monsanto não
se posicionou nesse debate.
Enquanto reinava essa “confusão legal”, muitos artigos dessa classe divulgavam a idéia de
que o futuro da liberação ou não dos transgênicos no país dependia somente do sistema judiciário
brasileiro. As decisões da justiça em 1998 e 1999 favoreceram o Idec e o Greenpeace. Alguns
Juizes fizeram declarações a favor do princípio de precaução, exigiram o Eia/Rima e normas de
regulamentação e rotulagem dos produtos transgênicos, o que era tomado pelos artigos como uma
posição, se não contra, também não a favor dessa tecnologia. Os títulos de muitos artigos
publicados até a metade de 2000 também confirmavam essa tendência: “justiça federal veta teste
de transgênicos”, “justiça federal veta desembarque de transgênicos”, “justiça proíbe plantio de
transgênicos”, “justiça anula parecer da CTNBio”, “juristas discordam sobre a decisão do
governo”.
Como já foi dito, o ano de 2000 foi marcado por uma série de decisões da justiça
brasileira em relação à liberação da soja transgênica e também sobre o papel e deveres da
CTNBio. Em junho deste ano, o
juiz da vara da justiça federal em Brasília, Antonio Souza
Prudente, proferiu uma sentença que obrigava o governo a exigir a realização do Eia/Rima antes
de liberar o plantio de alimentos geneticamente modificados no país. O Juiz determinou também
que a União exigisse da CTNBio a elaboração de normas de segurança alimentar,
comercialização e consumo de alimentos transgênicos em 90 dias. Durante esse período, a
comissão não poderia emitir parecer técnico conclusivo sobre nenhum pedido de liberação de
plantio transgênico no país. Alguns artigos dessa classe mostraram as reações das partes
envolvidas na ação em relação a essa sentença:
O procurador regional da União na 1ª região, José Diogo Cyrillo da silva, afirmou que o
governo vai recorrer da sentença em toda instância que for necessário. Silva disse que ainda
precisa analisar o caso para definir a linha de ação, mas que irá pedir uma liminar que permita a
continuidade do plantio e a emissão de novas autorizações pela CTNBio. [...] A Monsanto
declarou que se esforçará para atender os requisitos que permitam a comercialização da soja
roundup ready no Brasil. Para o Idec, a justiça reconheceu que a saúde da população e o
equilíbrio do meio ambiente estavam em risco. (“Justiça proíbe plantio de soja transgênica”.
Artigo 197, A Folha de SP, seção: ciência, 29/06/2000).
Como mostra o extrato acima, a reação da União indicava o esforço de grande parte do
governo para liberar os transgênicos no Brasil. A Monsanto declarou que pretendia cumprir os
requisitos para a comercialização da soja roundup ready. E a justiça havia determinado que a
201
realização do Eia/Rima era um dos requisitos fundamentais. Apesar disso, a Monsanto, ao lado
da União, pediu recurso dessa decisão judicial.
A proibição feita pela justiça à CTNBio de emitir pareceres enquanto não tivesse
elaborado as normas de segurança dos transgênicos também não foi respeitada. A comissão
emitiu um parecer favorável à importação de milho transgênico da Argentina destinado à
alimentação animal, desobedecendo a exigência feita pela justiça federal. A justiça concedeu uma
liminar que vetou a autorização da CTNBio em relação ao milho transgênico, mais uma vez,
argumentando em favor da saúde dos consumidores. Porém, outra decisão judicial suspendeu
essa liminar.
Nesse momento, os artigos dessa classe começaram a discutir um dos pontos mais
importantes do conteúdo dessa classe: o conflito dentro e entre os poderes. Nesse caso, trata-se do
choque entre as decisões dentro do próprio poder judiciário. A partir do atrito causado pelas duas
decisões contraditórias da justiça e também pela demora do Tribunal Regional Federal para
chegar a um consenso em relação ao recurso da União e da Monsanto sobre a comercialização da
soja roudup ready, os artigos publicados a partir da segunda metade do ano 2000 não
retratavam a justiça federal como unanimemente contra a liberação dos transgênicos no Brasil.
Outros artigos dessa classe argumentavam que a decisão de liberar os transgênicos no país
não dependia apenas da justiça, estando sujeita também a três ministérios do governo: o da
agricultura, da saúde e do meio ambiente. Nesse sentido, esses artigos mostravam que havia
divergências quanto aos transgênicos dentro do próprio governo FHC. Os artigos mostravam que
uma parte do governo (o ministro da agricultura) se posicionava fortemente a favor da liberação e
o ministério do meio ambiente apresentava resistência em relação a esse assunto.
Apesar da maioria dos artigos associados a essa classe ter sido publicada em 2000, com a
posse do novo governo em 2003 e novos episódios de divergências dentro do governo e de
conflitos entre os poderes, alguns artigos dessa classe voltaram a dar atenção aos fatos que
ocorriam em relação aos transgênicos dentro do sistema judicial, como mostra o extrato a seguir:
A política ideológica contra os transgênicos. Antes de assumir o ministério do meio ambiente, a
senadora Marina Silva disse ao Estado que o novo governo não terá uma política ideológica contra
os transgênicos. Na semana passada, porém, a ministra solicitou à Advocacia Geral da União
(AGU) que desistisse do recurso impetrado pelo governo anterior contra uma liminar obtida em
1998 pelo instituto de defesa do consumidor (Idec) e o Greenpeace. [...] Ao que parece, diante de
recusa da AGU, que teria considerado a desistência uma decisão política, de alçada do planalto, a
ministra pediu ao órgão que solicitasse a 5ª turma do tribunal regional federal (TRF) que adiasse
202
o julgamento da matéria. (“A política ideológica contra os transgênicos”. Artigo 2.501, O Estado
de SP, seção: editoriais. 09/02/2003).
O extrato acima começa a discutir o posicionamento da nova ministra do meio ambiente,
Marina Silva, contra a liberação dos transgênicos no país. O conteúdo desse artigo critica esse
posicionamento, classificando-o como “política ideológica”. A União não aceitou o pedido da
ministra, mostrando que o novo governo também se posicionava a favor da introdução dessa
tecnologia no Brasil.
Como foi visto no capítulo seis, em março de 2003, o governo Lula editou uma medida
provisória que liberava a comercialização da soja transgênica da safra desse ano que havia sido
plantada ilegalmente. Apesar de parecer uma contradição, uma vez que a mp tinha liberado a
comercialização da soja geneticamente modificada, o plantio desta ainda estava proibido no país.
A mp não autorizava o plantio da soja roundup ready para a safra de 2003/2004. Os artigos
destacavam que começava a crescer uma expectativa em relação ao desfeche da ação judicial
envolvendo a liberação da soja transgênica da Monsanto, isso porque se aproximava o período de
plantio da soja. Mas, ao mesmo tempo, os artigos mostravam que essa “batalha”, que durava
cinco anos, poderia se estender ainda por um longo tempo, uma vez que as partes envolvidas
poderiam apelar em relação à decisão do TRF em uma corte superior.
Em agosto de 2003, porém, a demora na sentença de dois juizes do TRF levou a juíza
Selene Maria a suspender a sentença do juiz Antonio Prudente que proibia a liberação comercial
de transgênicos sem a realização prévia do Eia/Rima. Um dos argumentos para a sentença da
juíza foi o artigo 14 da Lei 7.347 de 1985, que permite a um juiz suspender recurso de uma ação
civil pública para evitar dano irreparável à parte. A juíza alegou que a proibição prejudicava não
só a Monsanto, mas todo o desenvolvimento agrícola e biotecnológico do País.
Mais uma vez, os artigos dessa classe destacavam os conflitos dentro do poder judiciário e
entre este e os poderes legislativo e executivo em relação aos transgênicos. Primeiro, uma juíza
anulou a decisão de outro juiz baseada em uma lei brasileira. Porém, a própria decisão dessa juíza
também foi contestada e anulada por outra lei vigente no Brasil. Tratava-se da a resolução 305,
editada em 2002 pelo conselho nacional do meio ambiente, e que exigia o Eia/Rima para a
autorização de atividades com transgênicos. O extrato a seguir explora essas contradições:
Sentença favorável a Monsanto divide pastas do ambiente e da agricultura. A batalha sobre a
aprovação dos transgênicos está longe de acabar, apesar da decisão da juíza Selene Maria de
Almeida, do Tribunal Regional Federal de Brasília, de suspender a sentença que impedia a
aprovação comercial da soja roundup ready rr no país. A ministra do meio ambiente, Marina
203
Silva, disse ontem que não aceita a liberação e continuará exigindo o estudo e relatório de
impacto ambiental Eia/Rima para o produto, apesar de a avaliação ter sido dispensada pela
comissão técnica nacional de biossegurança (CTNBio). Politicamente, portanto, a decisão
dificilmente terá algum efeito prático. Na avaliação de Marina, a decisão não isenta as empresas
de realizar o Eia/Rima. Ela aponta para a resolução 305 do conselho nacional do meio ambiente
(Conama), que exige o licenciamento ambiental para atividades com organismos geneticamente
modificados (ogms). [...] A avaliação de que a sentença é inócua, contudo, não é unânime.
Defensor da liberação dos transgênicos, o ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, informou
que o departamento jurídico da pasta, em estudos prévios, concluiu que a medida libera a
plantação de cinco sementes geneticamente modificadas da empresa multinacional Monsanto.
(“Ministra diz que não libera soja transgênica”. LÍGIA FORMENTI e MARIANGELA
GALLUCCI. Artigo 2.312, O Estado de SP, 14/08/2003).
O extrato acima mostra, mais uma vez que as diferentes leis do sistema legislativo
brasileiro que tinham relação com atividades envolvendo organismos geneticamente modificados
eram usadas nas decisões judiciais. Porém essas próprias leis serviam como argumento para
anular uma a outra. O conteúdo do artigo também discute que essa decisão judicial serviu para
aumentar as divergências dentro do próprio governo em relação à liberação dos transgênicos no
Brasil, especificamente entre os ministros do meio ambiente e da agricultura.
Resumindo, o conteúdo dessa classe discute o processo de liberação dos transgênicos
dentro do sistema judiciário. A classe mostra que a legislação de 1995 referente aos transgênicos
era confusa e deu oportunidade aos grupos de oposição para contestar a decisão da CTNBio de
liberar a soja transgênica da empresa Monsanto. Essa classe mostra que essa contestação estava
baseada na preocupação com a segurança da saúde do consumidor e do meio ambiente. As
divergências dentro dos governos (FHC e Lula) em relação à introdução dessa tecnologia no
Brasil também são discutidas. Porém, a discussão mais importante trazida pelo conteúdo dessa
classe diz respeito à co-existência de diferentes leis dentro do sistema legislativo brasileiro que
contribuíram para dar respaldo às diferentes decisões judiciais e também para alimentar o conflito
entre os poderes legislativo e judiciário do país.
Classe 5: A polêmica das medidas provisórias
Nessa classe, foram selecionadas 325 UCEs, ou seja, 7,14% do total de UCEs
classificadas, sendo a menor classe do corpus. Foram analisadas 58,05 palavras por UCE, de um
total de 154 palavras diferentes. Destas, 8 palavras são associadas significativamente à classe,
como mostra a tabela 8.
204
Tabela 8: Palavras associadas significativamente à classe “A polêmica das mps”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1 F2
Requião 86.14 972.99 87 101
Paranaguá 71.83 455.61 51 71
Conduta 73.68 385.82 42 57
Paranaense 68.83 449.95 53 77
Ajustamento 62.69 316.71 42 67
Pmdb 57.76 460.38 67 116
Paraná 56.06 627.14 122 270
Governador 50.25 583.83 100 199
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados, principalmente, em 2003, sem predominância de nenhum dos dois jornais. Essa
classe se relaciona diretamente com a classe “A batalha judicial”, descrita anteriormente. A
proximidade entre as duas classes se pelo fato desta continuar a explorar o processo da
legalização dos transgênicos no Brasil, mostrando conflitos dentro e entre os poderes executivo,
legislativo e judiciário. Por outro lado, o que diferencia a presente classe da anterior é o fato de
que, se o foco de discussão da classe “A batalha judicial” era a liberação da soja transgênica pelo
sistema judiciário, essa classe explora a liberação da soja geneticamente modificada através do
sistema legislativo.
O conteúdo dessa classe faz referência à medida provisória 131, editada em 25 de
setembro de 2003, que liberou o plantio e o comércio de soja transgênica para a safra de
2003/2004. Especificamente, são discutidos nessa classe dois problemas decorrentes de um artigo
dessa medida, o qual obrigava os produtores que pretendiam plantar soja transgênica a assinarem
o TAC (Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta): 1 a
preocupação dos produtores brasileiros; e, principalmente, 2 o conflito entre a decisão do
governo federal e o governo do Paraná que buscava declarar o estado “área livre de
transgênicos”. Essa discussão contextualiza as oito palavras significativamente associadas à
classe, mostradas na tabela acima.
O TAC foi um instrumento criado logo após aprovação de Lei de Crimes Ambientais.
Pelo termo, o infrator reconhece a infração e escapa de punições porque se compromete a
cumprir a legislação dali em diante. De acordo com a mp 131, sem a assinatura do TAC, o
produtor de soja transgênica não poderia fazer empréstimos oficiais e poderia ter a safra
destruída, além de pagar multas de no mínimo R$ 16 mil, mais 10% para cada tonelada de
produção.
Alguns artigos dessa classe exploram a preocupação do produtor brasileiro em assinar
esse termo e a pressão dos mesmos para modificá-lo no Congresso, quando a medida-provisória
205
seria votada para ser transformada em Lei. Esses artigos retratavam o clima de insegurança
causado pelo conflito entre os poderes legislativo e judiciário explorado na classe anterior. O
medo dos produtores era de que a medida provisória fosse anulada pela justiça e eles tivessem
que pagar pela infração cometida e confessada.
O conteúdo dessa classe mostra que a mp 131 também introduziu mais um conflito que
aumentava a insegurança do produtor (dessa vez paranaense) que pretendia plantar soja
transgênica. O novo embate se dava entre o governo federal e o governo do estado do Paraná. O
governador do Paraná, Roberto Requião do PMdB, era um opositor ferrenho dos transgênicos e
vinha implantando fortes medidas legais e de fiscalização para garantir que o estado fosse
declarado área livre de transgênicos.
Muitos artigos dessa classe mostram as medidas tomadas pelo governador, que incluíam:
a fiscalização das estradas nas fronteiras com outros estados brasileiros e também com os países
vizinhos (para se certificar ao máximo da qualidade da soja que entrava no estado e tentar
impedir que a soja cultivada no Paraná fosse contaminada com grãos modificados), teste dos
carregamentos de soja a serem exportados no porto de Paranaguá e até a criação de uma lei
estadual que proibia o plantio, a manipulação, a comercialização e a industrialização de
transgênicos no estado.
Mas os artigos também mostram que, apesar dessas medidas, alguns agricultores
paranaenses estavam determinados a plantar soja transgênica e que buscariam na justiça esse
direito, garantido pela medida 131, editado pelo governo federal. Entretanto, esses artigos
mostravam que o governo do Paraná utilizaria amesmo a lei federal como uma estratégia na
luta contra os transgênicos. A assinatura do TAC, que servia como um identificador dos
produtores que pretendiam plantar soja transgênica, seria utilizado pelo governo paranaense para
interditar as plantações com grãos modificados. Desse modo, o TAC traria, mais uma vez,
insegurança aos produtores.
Essa classe também mostra que a lei estadual do Paraná estava em conflito com a mp 131,
que tinha status de lei federal, e que o governo federal esperava que o governador do Paraná
anulasse a lei estaudal baseado na evidência do número de agricultores paranaenses que haviam
assinado o TAC, como mostra o extrato abaixo:
O governo federal espera que o governador do Paraná, Roberto Requião pmdb, anule o decreto
que proibiu a plantação, comercialização e trânsito de soja geneticamente modificado no seu
estado. A lei no Paraná esta em conflito com as regras federais, segundo o departamento jurídico
206
do ministério da agricultura. Acredito que ele (Requião) reconsiderar a proibição, afirmou
ontem o ministro interino da agricultura, José Amauri Dimarzio, ao apresentar os dados com o
número de agricultores que assinaram o TAC [...] O ultimo levantamento da agricultura sobre
TAC mostra que o nível de adesão ainda esta baixo 1.199 produtores assinaram o termo. Revela,
no entanto, que no Paraná ha 225 agricultores que pretendem plantar ou estão plantando a
semente transgênica, a despeito da proibição no estado. Para Dimarzio, os produtores
paranaenses m o direito de plantar o transgênico, pois o governo federal, por meio de mp,
liberou o cultivo em todo o país. A lei federal é a lei maior. (“Governo pede ao Paraque recue
de proibição”. JOSÉ MASCHIO. Artigo 732, A Folha de SP, seção: dinheiro, 11/11/2003).
O extrato acima mostra, assim como foi discutido pela classe anterior, que a legislação
que rege os transgênicos é composta por uma série de leis diferentes que anulam umas as outras e
que são invocadas pelas diferentes partes envolvidas para defender seus interesses. Apesar do
apelo do governo federal, o governador Roberto Requião não anulou a lei paranaense. Porém,
esta foi questionada na justiça federal, aumentando o número de ações na justiça sobre a
liberação da soja transgênica.
Assim, os artigos dessa classe evidenciavam que a justiça brasileira estava sendo cada vez
mais solicitada no processo de liberação da soja geneticamente modificada no país, por ambas as
partes, contra e a favor. O conteúdo dessa classe mostra que, apesar das ações na justiça que
contestavam a liberação da soja transgênica (o parecer da CTNBio de 1998 e a mp 131 de 2003)
não terem chegado ao fim, mantendo o clima de insegurança para que pretendia aderir a essa
tecnologia, muitos produtores do estado do Paraná comemoraram a decisão da justiça de
suspender a lei paranaense, como mostra o extrato abaixo:
Entidades de produtores rurais paranaenses receberam com alívio a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) de suspender a lei que proibia os transgênicos no estado. Mas agora elas querem
que o governo federal reabra o prazo para que os agricultores paranaenses assinem o termo de
compromisso exigido para o plantio de soja modificada. A alegação é de que muitos produtores
temiam represálias do governo estadual e preferiram manter clandestinas suas lavouras de
transgênicos. “Tínhamos desconfiança de que, mesmo com a lei federal, o governo do estado
poderia interditar”, disse o produtor Enio Pigosso, de Chopinzinho, na região sudoeste. “Agora
podemos plantar sem medo de sermos chamados de bandidos”. Ele é um dos cerca de 300
paranaenses que firmaram o termo de compromisso, responsabilidade e ajustamento de conduta
[...] Apesar de ter assinado o TAC, Pigosso plantou apenas três alqueires de semente modificada
nos seus 52 alqueires de terra. Plantei pouco porque tinha esse problema da lei paranaense. Na
região, pelo menos outros 20 produtores assinaram o termo. Mas outro tanto que plantou
clandestinamente. Segundo ele, além do medo da reação do governo, os agricultores temiam
represálias do movimento dos sem terra (MST). A federação da agricultura do Paraná (Faep) e a
organização das cooperativas do Paraná (Ocepar) enviaram um documento ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e ao ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, pedindo a prorrogação do
prazo para a assinatura do TAC, encerrado no dia 9. (“Produtor quer legalizar soja clandestina no
PR”. EVANDRO FADEL. Artigo 2.041, O Estado de SP, 12/12/2003).
207
O extrato mostra que os produtores paranaenses que pretendiam plantar soja transgênica
temiam represália do governo estadual e também de outros grupos não governamentais, como o
MST. Esse medo fez com que a área plantada com o grão geneticamente modificado no estado
fosse, oficialmente, pequena. Mas o extrato mostra também que a decisão da justiça federal tinha
dado respaldo aos produtores que haviam plantado soja transgênica sem a assinatura do TAC
para sair da ilegalidade.
Outros artigos comentaram a reação do governo paranaense em relação a essa decisão e
mostravam que, ainda assim, o governador do Paraná pretendia utilizar a medida provisória para
impedir algumas atividades envolvendo transgênicos no estado. Dessa vez, tratava-se do
impedimento da exportação de soja modificada pelo porto de Paranaguá. O governador
argumentava que, segundo as normas da mp 131, não poderia haver no porto mistura de soja
convencional com modificada e que esse risco existia porque o porto de Paranaguá não tinha
shiploader, um equipamento para carregar a soja nos navios exclusivo para transgênicos.
Mas, os artigos da classe mostram que, apesar de todo o empenho do governo estadual, o
número de produtores paranaenses que assinaram o TAC não permitiu que o estado fosse ser
declaro área livre de transgênicos. Estes artigos apresentam dados de que a grande maioria dos
produtores que pretendiam plantar soja transgênica era do estado do Rio Grande do Sul. Mas que,
embora em proporções bem menores, o plantio de soja geneticamente modificada começava a se
espalhar para o restante dos estados brasileiros.
Apesar do conteúdo dessa classe se concentrar na discussão dos conflitos trazidos pela mp
131 de 2003, alguns artigos característicos da classe também discutiram a polêmica causada pela
mp 223, editada em setembro de 2004. Essa terceira mp também liberava o plantio e a
comercialização de soja transgênica para a safra de 2004/2005. Mais uma vez, a polêmica
envolvia o governador do Paraná:
Governador do Paraná, Roberto Requião pmdb, renovou seu apelo ontem para que os
agricultores paranaenses não plantem soja transgênica. “Espero que os agricultores do Paraná,
inteligentes, capazes de raciocinar no médio e longo prazos, não entrem nessa aventura”, disse.
“Teremos uma soja diferenciada, pura, com mercado aberto no mundo inteiro e com preço muito
melhor”. A proibição de embarque de carga transgênica no porto de Paranaguá segue em vigor.
De acordo com a avaliação do governo, a edição da medida provisória 223, que autoriza cultivo e
plantio de soja transgênica na safra 2004/2005, não terá eficácia no Paraná, em razão de ela
permitir a utilização de semente própria. Como foram poucos os agricultores que assinaram o
termo de compromisso, responsabilidade e ajustamento de conduta no ano passado,
teoricamente somente esses teriam condições de renovar o plantio. O governador também culpou
os meios de comunicação pelo barulho criado em torno da produção transgênica. “Qual é a
canalhice maior disso tudo? Ligar o rádio e a tv, olhar a manchete dos jornais: liberada a soja
208
transgênica no Brasil. É mentira, é mentira”, atacou. (“Requião apela a agricultores para que não
plantem”. Artigo 2.576, O Estado de SP, seção: geral, 16/10/2004).
O extrato acima mostra que o governador Roberto Requião usou nesse ano uma tática de
tentar convencer os produtores dos benefícios (econômicos) do plantio da soja convencional. O
governador apelou para o preço do grão convencional que era mais alto e para a garantia do
acesso irrestrito ao mercado mundial, incluindo aqueles mercados que não aceitavam
transgênicos. Mas o conteúdo do artigo mostra também que, mais uma vez, o governador do
Paraná continuaria a utilizar a lei federal para barrar as atividades que envolvessem soja
transgênica no estado. Assim como no ano anterior, o governador invocou a mp para proibir a
exportação de soja modificada pelo porto de Paranaguá. Além disso, segundo o governador, o
item da mp 223 que restringia o plantio ao uso da semente modificada que foi produzida no
próprio estado dificultaria o acesso dos produtores às sementes modificadas, uma vez que o
número pequeno de produtores que assinaram o TAC em 2003 não poderia oferecer uma
quantidade de semente suficiente para o plantio de 2004.
A parte final do extrato levanta uma discussão importante: a do papel da mídia na difusão
de informações relativas ao processo de regulamentação e liberação dos transgênicos para a
população e, em específico, para os produtores brasileiros. De fato, alguns artigos dessa classe
utilizavam títulos como “A soja transgênica está liberada no Brasil” para chamar atenção do
leitor, mesmo quando a liberação era resultado de uma decisão de uma ação judicial que ainda
poderia ser contestada por recurso, portanto não sendo definitiva ou como resultado da edição
de uma medida provisória que liberava o plantio e comercialização por um ano, mas que não
liberava, definitivamente, o plantio de transgênicos no país. A divulgação de títulos ou de artigos
que não explicassem as implicações dessas decisões poderia levar o leitor a acreditar que o
plantio de transgênicos estava legalmente liberado nessa época.
Porém, outra parte dos artigos dessa classe se preocupava em explicar quais eram os
alcances dessas medidas e, principalmente, quais eram os pontos que elas não esclareciam.
Alguns artigos apresentavam críticas quanto a real implementação das exigências feitas pelas
medidas provisórias. Esses artigos discutiam que, na prática, as exigências feitas pelas medidas
provisórias não eram cumpridas, tanto pelos produtores, como por parte do próprio governo.
Entre essas exigências, os artigos destacavam que a fiscalização, que era obrigação do governo
federal, acabava sendo feita – ou melhor, também “esquecida” – pelos governos estaduais.
209
Apenas no estado do Paraná, onde o governo estadual se opunha aos transgênicos, a fiscalização
das exigências era cumprida. Desse modo, esses artigos argumentavam que, mesmo com as mps,
assim como em relação à lei de Biossegurança de 1995, o plantio de transgênicos no Brasil
continuava a passar por cima das leis do país.
Classe 7: Lei de Biossegurança
Nessa classe, foram selecionadas 802 UCEs, ou seja, 17,61% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 60,54 palavras por UCE, de um total de 244 palavras diferentes.
Destas, 53 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 9.
Tabela 9: Palavras associadas significativamente à classe “Lei de Biossegurança”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1 F2
Substitutivo 97.37 338.95 74 76
PMDB 90.12 298.93 73 81
Aldo 93.88 401.61 92 98
PCdoB 93.55 249.88 58 62
Rebelo 92.37 466.78 109 118
Plenário 88.66 344.91 86 97
Dirceu 85.47 567.38 147 172
Gabeira 83.61 185.65 51 61
Planalto 83.49 684.98 182 218
Senado 82.40 765.48 206 250
Alencar 81.11 255.23 73 90
Bancada 80.53 316.26 91 113
Câmara 80.15 1175.93 319 398
Senadores 77.05 464.38 141 183
Palácio 76.64 339.34 105 137
Emenda 76.39 174.25 55 72
PFL 76.09 109.55 35 46
Ruralista 75.95 188.63 60 79
Marina 75.14 886.51 269 358
Deputados 73.99 1011.06 310 419
Amaral 71.79 79.62 28 39
Relator 71.52 312.95 108 151
Sarney 70.91 109.03 39 55
Votação 70.70 787.09 263 372
Inácio 69.84 501.71 176 252
Tramitação 68.97 216.43 80 116
Cargo 68.66 122.16 46 67
Parlamento 68.37 363.77 134 196
Pauta 65.77 181.89 73 111
Civil 64.77 459.16 182 281
Silva 62.75 869.74 342 545
Células-
tronco
62.68 205.22 89 142
Convocação 62.32 96.55 43 69
Urgência 62.16 102.94 46 74
Congresso 61.05 631.97 268 439
mp 60.00 107.30 51 85
Casa 59.88 458.45 206 344
Presidência 59.18 181.00 87 147
Pasta 58.21 77.27 39 67
Provisória 58.06 70.92 36 62
PT 57.96 469.45 222 383
Luiz 56.37 396.42 192 353
Conversar 55.47 130.14 71 128
Governista 55.07 67.79 38 69
Ministro 54.07 971.62 465 860
Lula 53.59 664.73 343 640
Terapêutica 52.38 53.25 33 63
Partido 51.68 200.98 123 238
Proposta 51.05 277.00 170 333
Projeto 50.90 716.87 396 778
Divergências 50.47 81.56 54 107
Petista 50.43 87.64 58 115
Rodrigues 50.18 210.80 136 271
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados, predominantemente, em 2003, 2004 e 2005, pelo jornal O Estado de SP. Essa classe
210
se relaciona com as duas classes anteriores (“A batalha judicial” e A polêmica das mps”). A
proximidade entre as três classes se pela discussão do processo de liberação dos transgênicos
no Brasil. Porém, nas duas classes anteriores, o debate girava em torno das contradições criadas
pelo caráter confuso da Lei de Biossegurança de 1995 e pela co-existência de diferentes leis
brasileiras que tinham relação com aspectos da biossegurança; além dos conflitos gerados por tais
contradições, principalmente dentro e entre os poderes judiciário e legislativo. Esse debate é feito
ainda durante o governo FHC e no período de transição para o governo Lula. na presente
classe, a discussão gira em torno da construção, pelo governo Lula, de um novo marco
regulatório que definisse, clara e definitivamente, as regras que regem os transgênicos no país.
Os anos significativamente associados a essa classe 2003, 2004 e 2005 incluem o
período em que: o governo Lula editou as três medidas provisórias que liberavam, ainda que não
definitivamente, o plantio e a comercialização da soja transgênica; apresentou o projeto de Lei de
Biossegurança; a tramitação do projeto na Câmara e no Senado; e a aprovação da nova Lei de
Biossegurança no Congresso.
Assim, o conteúdo dessa classe retrata o esforço do governo em liberar o plantio e a
comercialização da soja transgênica no Brasil, incluindo a edição das medidas-provisórias. Essa
classe também discute as negociações dentro do governo para a criação da nova Lei de
Biossegurança. Entretanto, a discussão mais importante feita por essa classe diz respeito à
divergência em relação aos transgênicos dentro do próprio governo, assim como aos conflitos
entre os poderes executivo e legislativo no processo de regulamentação dos organismos
geneticamente modificados no país.
A maior divergência em relação aos transgênicos dentro do governo Lula se dava entre o
ministro da agricultura que se posicionava publicamente a favor da rápida introdução dessa
nova tecnologia no país – e a ministra do meio ambiente – que defendia o princípio de precaução.
Alguns artigos dessa classe discutem que a edição da segunda medida provisória (131),
em 2003, significou uma derrota para a ministra Marina Silva que, para sustentar sua posição,
precisaria negociar com os outros ministros e o presidente a construção de um projeto de lei que
levasse em conta o princípio de precaução, como mostra o extrato a seguir:
A ministra do meio-ambiente, Marina Silva, aproveitou o jantar de desagravo organizado para ela
na noite de anteontem para dizer ao primeiro escalão do governo e à bancada federal do PT que
não será uma ministra da jardinagem. Ela afirmou que continua no cargo e que pretende mexer
em questões fundamentais, sem ficar na superfície. Segundo presentes ao encontro, na casa do
presidente da câmara dos deputados, João Paulo Cunha pt-sp, a ministra disse que vai tentar
211
convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a apoiar seus pontos de vista e que já
conversa com outros colegas para que a medida-provisória que trata da liberação do plantio de
soja transgênica saia do congresso com uma posição mais severa em relação às restrições de
plantio e comercialização. Contra a vontade da ministra, o governo editou uma medida-
provisória liberando o plantio. A idéia de que o governo estaria abandonando bandeiras históricas
do PT na área ambiental foi agravada pela saída da legenda do deputado Fernando Gabeira RJ.
(“Marina diz que recusa ‘jardinagem’”. RANIER BRAGON. Artigo 797, A Folha de SP, seção:
Brasil, 23/10/2003).
Esse extrato mostra que a ministra, mesmo com a edição da mp, não havia desistido de
sua posição e que tentaria defendê-la, a começar pela modificação da mp 131 no congresso
quando esta seria convertida em lei. O extrato também discute a questão de que as medidas em
relação aos transgênicos que vinham sendo tomadas pelo governo do presidente Lula, que era do
PT, levavam a crer que esse partido estivesse mudando sua postura tradicional em relação às
questões ambientais, tópico que também foi discutido pela classe “C,T&S”.
O conteúdo da classe discute que as divergências dentro do governo atrasavam a
negociação em torno da construção do texto do projeto Lei de Biossegurança que se estendia
por nove meses. Mas a crescente pressão para que o governo apresentasse o projeto fez com que
Lula tomasse uma decisão, mesmo sem os ministros terem conseguido chegar a um consenso.
Nesse momento, alguns artigos discutiam que a ministra Marina Silva estava conseguindo
defender sua posição nas negociações do conteúdo do projeto, obtendo a inclusão do princípio de
precaução no texto do mesmo. Porém, o conteúdo dessa classe mostra que muitos consideravam
que tal projeto não era representava o verdadeiro posicionamento do governo em relação aos
transgênicos, como exemplifica o extrato a seguir:
As regras que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende estabelecer para uso
de organismos geneticamente modificados passam hoje pelo primeiro teste na câmara dos
deputados, com a votação do projeto de conversão do relator Paulo Pimenta pt-rs para a
medida-provisória 131, que libera o plantio da soja transgênica este ano. Pelo menos quatro
pontos da medida-provisória foram alterados. [...] Para o ex-ministro do meio-ambiente e
deputado Sarney Filho pv-ma, a reação da bancada governista na votação do projeto de
conversão vai mostrar qual é realmente a posição do palácio do planalto nessa questão. “Vamos
saber se o governo tem restrições aos Transgênicos ou se quer apenas fazer um agrado ao pessoal
do meio-ambiente”, adiantou. (“Relatório de MP proíbe cobrança de royalties”. ROSA COSTA.
Artigo 2.090, O Estado de SP, seção: geral, 11/11/2003).
Esse extrato discute o fato de que o real posicionamento do governo seria mostrado
através da decisão tomada pela bancada governista na votação do projeto de Lei no Congresso. A
votação do projeto de conversão da mp 131 em lei daria uma prévia desse posicionamento.
212
Nesse sentido, muitos artigos dessa classe também retratavam a apresentação do projeto
de lei pelo governo apenas como uma maneira de transferir a discussão entre os ministros da
Agricultura e do Meio Ambiente para o Congresso onde os dois ministros tentariam influenciar
nas bancadas dos ruralistas e dos ambientalistas. Além disso, os artigos mostravam que a direita
recebeu o projeto do governo como um retrocesso ao desenvolvimento do país, criticando a
esquerda de fundamentalismo e tentando mudar o projeto no Congresso.
O deputado Aldo Rebelo do PCdoB, eleito relator da matéria na Câmara, apresentou um
substitutivo que modificava a proposta do projeto entregue pelo governo. O substitutivo de Aldo
Rebelo aumentava o poder da CTNBio que poderia dar pareceres conclusivos e deveria ser
constituído apenas por doutores, mesmo se tratando dos representantes da população. Nesse
momento, os artigos dessa classe confirmam que o projeto apresentado pelo governo, que
defendia o princípio de precaução, não representava unanimemente a posição do governo Lula. O
substitutivo proposto por Aldo Rebelo, o qual diminuía as restrições em relação aos transgênicos,
era considerado melhor por muitos integrantes do governo, incluindo o ministro da casa civil.
Desse modo, o conteúdo dessa classe discute que o substitutivo de Rebelo agradou o
ministro da agricultura, a bancada ruralista e a direita em geral. Por outro lado, o substitutivo
desagradou à ministra do meio ambiente, a bancada ambientalista e muitas organizações não-
governamentais ligadas à proteção do meio ambiente e do consumidor. Em janeiro de 2004, Aldo
Rebelo saiu da relatoria para assumir o ministério de coordenação política e foi substituído por
Renildo Calheiros do PCdoB.
O conteúdo dessa classe também retrata que, muitas vezes, mais do que as negociações
baseadas em argumentos sobre a segurança sanitária e ambiental, as estratégias políticas também
tinham um grande peso nas decisões sobre o futuro da Lei de Biossegurança do país, como
exemplifica o extrato abaixo:
Mesmo pressionado pela ministra do meio-ambiente, Marina Silva, e por deputados ligados a ela
na câmara, o deputado Renildo Calheiros pcdob-pe apresentará hoje o novo relatório sobre a lei
de biossegurança com alterações mínimas em relação ao parecer do ex-líder do governo na casa e
atual ministro de coordenação política, Aldo Rebelo. [...] Apesar do esforço de Marina Silva,
Calheiros não foi autorizado a ceder, porque grandes modificações significariam uma derrota para
Aldo Rebelo, que deixou o legislativo prestigiado. (“Votação deve acontecer hoje”. SILVIO
NAVARRO. Artigo 1.390, A Folha de SP, editoria: dinheiro, 03/02/2004).
Porém, os artigos dessa classe mostram que a ministra Marina Silva conseguiu defender
seu posicionamento e influenciou mudanças no substituto apresentado por Renildo Calheiros. O
213
novo substituto retomava os pontos principais do projeto apresentado pelo governo e diminuía o
poder da CTNBio proposto pelo substitutivo de Aldo Rebelo.
O substitutivo de Calheiros foi aprovado no plenário da Câmara. Alguns artigos
comentaram que a aprovação desse substitutivo representava um retrocesso” em relação ao
projeto apresentado por Rebelo, e mostravam o descontentamento do ministro da agricultura, da
bancada ruralista e da direita em geral que lutaria por modificá-lo no Senado, onde também
precisaria ser votado. Os artigos também retrataram essa aprovação como uma vitória da luta da
ministra do meio ambiente, reconhecida pelo presidente, como mostra o extrato a seguir:
Horas após votação da câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de elogiar a
paciência da ministra do meio-ambiente, Marina Silva, nem sempre compreendida, nas
negociações da lei de biossegurança. Durante cerimônia no planalto, o presidente disse que a
companheira Marina, neste caso, cumpriu a promessa de passar para a história como a ministra
que, ao invés de dizer não, discute como fazer o melhor possível para que a gente pudesse lidar
com os ecossistemas, com a biodiversidade, sem que isso pudesse causar prejuízo às futuras
gerações. (“Aprovada, lei de biossegurança recebe críticas”. ROSA COSTA. Artigo 2.765, O
Estado de SP, seção: geral, 06/02/2004).
Um ponto importante muito discutido pelo conteúdo dessa classe diz respeito à pressão
que o governo fez sobre o congresso nacional para apressar a aprovação da Lei de Biossegurança.
A pressa do governo era devida à proximidade do período de plantio de soja no Brasil. Em 2003,
o governo havia editado duas medidas-provisórias que liberavam o plantio e a comercialização
de soja transgênica no país. Entretanto, para o plantio da nova safra de 2004/2005, que começaria
em outubro, seria preciso a aprovação do projeto de lei da biossegurança, que resolveria a questão
de forma definitiva, ou a edição de uma nova medida-provisória. Os artigos dessa classe mostram
que não havia uma posição definida dentro do governo quanto a editar uma nova medida-
provisória, mas que havia um consenso em relação ao governo “ter feito a sua parte” ao
apresentar o projeto de lei e que caberia agora ao Congresso fazer a sua.
Os artigos dessa classe mostram que a demora da aprovação do projeto de lei no
Congresso tinha vários motivos. O projeto aprovado na Câmara estava sendo negociado no
Senado. Por um lado, o ministério da agricultura e a bancada ruralista queriam a modificação do
projeto, e por outro, o ministério do meio ambiente e a bancada ambientalista lutavam para
mantê-lo como foi aprovado na Câmara. Além disso, caso o projeto sofresse modificações, este
teria que retornar à Câmara para ser votado novamente, e sua pauta de votações estava obstruída
por outros projetos. Frente a essa situação, a cobrança do governo pela votação do projeto de lei
havia diminuído para, pelo menos, a aprovação no Senado, como mostra o extrato a seguir:
214
Mas os parlamentares acreditam que, se chegar a ser aprovada pelo menos no plenário do senado,
a lei poderá resolver o problema do plantio da soja. Segundo eles, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva estaria disposto a rever sua posição de não editar medida-provisória autorizando o
plantio, se a casa fizer a sua parte. Ou seja, se ele tiver apenas de formalizar, por meio de mp,
uma decisão apoiada formalmente pelo voto dos senadores. “O presidente quer dividir
responsabilidades”, sintetizou um senador. (“Lei de biossegurança será analisada hoje por três
comissões do senado”. ROSA COSTA. Artigo 2.615, O Estado de SP, seção: geral, 15/09/2004).
Esse extrato mostra que o governo não queria assumir a responsabilidade pela edição de
mais uma medida-provisória porque isso poderia ser considerado um desgaste político. A opção
de formalizar”, por meio de uma medida provisória, a decisão tomada pelo Senado, como
mostra o conteúdo do artigo, seria uma maneira de dividir essa responsabilidade.
Porém, o Senado não conseguiu votar o projeto antes do início de outubro quando
começaria o plantio da soja no país. Esse fato foi retratado pelos artigos como uma “derrota para
o governo”. Isso também inverteu a situação e agora era o governo que estava sendo pressionado
para editar uma nova medida provisória para “resolver” o problema do plantio de soja
transgênica:
Sem conseguir o quorum necessário para votação, o governo sofreu uma derrota ontem no
senado, ao não conseguir aprovar a lei de biossegurança. [...] Apesar de o governo ter negado, por
meio de nota, os aliados no senado esperam a edição de uma medida-provisória para regularizar
o plantio de soja transgênica da próxima safra [...] Como o plantio da soja começa em outubro,
incluindo as sementes transgênicas, parlamentares e interlocutores do governo no congresso
esperam para os próximos dias a edição de uma nova medida-provisória sobre o assunto.
(“Governo deve recorrer a MP para liberar transgênicos”. LUIS RENATO STRAUSS. Artigo
1.240, A Folha de SP, seção: dinheiro, 17/09/2004).
Apesar da proximidade do período do plantio da soja e da pressão que o governo vinha
sofrendo, os artigos dessa classe mostram que o presidente Lula não havia chegado a uma decisão
sobre a edição de uma nova medida provisória que autorizava o plantio de soja transgênica no
país. O presidente dava declarações contraditórias, ora dizendo que não teria problemas em editar
uma nova mp, ora mostrando-se resistente em tomar essa medida.
Os artigos mostram que a resistência do presidente em editar uma nova medida provisória
era explicada, em parte, pelas divergências dentro do governo, entre os ministros da agricultura e
do meio ambiente. Porém, esses artigos também mostram que havia uma grande parte do governo
que eram a favor da mp, incluindo ministros e governadores (como o govrnador do Rio Grande
do Sul) que estavam pressionando o presidente para a edição da medida.
Em outubro de 2004 o presidente editou uma terceira medida provisória, liberando o
plantio e comercialização de soja transgênica para a safra de 2004/2005. A edição dessa nova mp
215
foi retratada, mais uma vez, como uma “derrota política” para a ministra Marina Silva. Além
disso, o conteúdo dessa classe discutiu que isso poderia representar também uma derrota para a
ministra nas negociações para a aprovação da Lei de Biossegurança que tramitava no Senado.
Isso porque a nova mp dava respaldo para a aprovação de uma lei mais liberal em relação aos
transgênicos.
Os artigos dessa classe também discutiram a tramitação do projeto de Lei de
Biossegurança no Senado. O senador Ney Suassuna foi eleito relator da matéria. Ele apresentou
um substitutivo que reformulava novamente a CTNBio. Esta passaria a ter mais poderes e
responderia pelos pedidos de pesquisas e de comercialização de transgênicos, podendo decidir se
um produto geneticamente modificado precisa ou não do licenciamento ambiental do Ibama ou
da autorização da Anvisa. As decisões da CTNBio poderiam ser contestadas, em grau de recurso,
no CNBS, formado por 11 ministros. A decisão do CNBS deveria ser tomada com o consenso de
pelo menos seis membros, o que significava que os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde
não teriam poder para vetar decisões da CTNBio, como no projeto aprovado pela Câmara. Mais
uma vez, essas mudanças agradaram a bancada ruralista e desagradaram a bancada ambiental.
O Conteúdo dessa classe também mostra que a tramitação do projeto de lei pelo
Congresso, deu destaque para mais um grupo de interesse no debate. A questão de atividades
envolvendo lulas-tronco trouxe para a discussão sobre a aprovação da Lei de Biossegurança,
representantes de grupos de pacientes com doenças degenerativas, de religiosos e mais cientistas.
O substitutivo do senador Ney Suassuna permitia a pesquisa com células-tronco de embriões
congelados mais de três anos. Muitos artigos discutem que esses dois temas transgênicos e
células-tronco – deveriam ser regulamentados por duas leis diferentes, e que a junção do tema das
células-tronco servia para enfraquecer a discussão e a resistência sobre os transgênicos.
O substitutivo de Suassuna foi aprovado no Senado em de outubro de 2004, com uma
margem ampla de votos. Como o texto aprovado no Senado havia modificado o texto que saiu da
Câmara, este deveria retornar a casa de origem para ser votado novamente.
Essa classe também discutiu a passagem do projeto novamente pela Câmara. Nesse
momento, os artigos mostram que integrantes do PT, que vinham se mantendo na oposição,
começaram a dar declarações que levavam a entender que haviam mudado de posição. Os artigos
publicados em 2005 já retratam a mudança de posição do partido:
Polêmica a vista 1. Uma das negociações em curso para garantir o apoio dos ruralistas a Luiz
Eduardo Greenhalgh pt-sp é a manutenção do texto da lei de biossegurança na câmara tal qual
216
saiu do senado, com permissão para a pesquisa com células-tornco e o plantio de Transgênicos.
Polêmica a vista 2. O PT vai orientar a bancada a votar a favor do texto sem alterações, o que
contraria a ministra Marina Silva meio-ambiente. “Temos de desmistificar a questão dos
Transgênicos e das células-tronco, tratá-la sob o aspecto cientifico, e não ideológico”, avisa José
Genoino. (“Painel”. Artigo 1.528, A Folha de SP, seção: Brasil, 06/01/2005).
O extrato acima traz uma declaração do presidente do PT que ia de encontro com as
críticas que o partido vinha recebendo. Esse partido, como foi discutido nessa e em outras
classes, era acusado de tratar o assunto dos transgênicos de forma ideológica. Por outro lado, essa
declaração foi ao encontro de outras críticas que o partido também recebia. O conteúdo dessa
classe, assim como de outras, discutia a idéia de que a esquerda (e o PT), ao apoiar a liberação
dos transgênicos, estava se igualando à direita.
Os artigos dessa classe argumentavam que a tendência (e a pressão) era que o projeto
fosse aprovado na Câmara do jeito que saiu do Senado, o que realmente aconteceu. O conteúdo
dessa classe retratou a aprovação da nova Lei de Biossegurança como uma derrota para a ministra
Marina Silva e para os ambientalistas, e por outro lado, como uma vitória para o
desenvolvimento científico-tecnológico-econômico do país, assim como uma esperança para a
cura de várias doenças.
Classe 4: Fórum Social Mundial (FSM) / Movimento dos trabalhadores rurais sem
terra (MST)
Nessa classe, foram selecionadas 332 UCEs, ou seja, 7,29% do total de UCEs
classificadas, sendo a segunda menor classe do corpus. Foram analisadas 61,32 palavras por
UCE, de um total de 216 palavras diferentes. Destas, 23 palavras são associadas
significativamente à classe, como mostra a tabela 10.
Tabela 10: Palavras associadas significativamente à classe “FSM/MST”
Palavras
associadas
%
Classe
χ² F1 F2
Acampamento 94.83 666.21 55 58
Campesina 90.00 511.81 45 50
Sem-terra 87.26 1538.97 137 157
Stédile 86.44 554.19 51 59
MST 82.21 2487.41 231 281
Assentamento 76.54 585.32 62 81
Marcha 76.00 353.21 38 50
Camponeses 72.86 452.30 51 70
McDonalds 71.79 242.23 28 39
Fórum 71.05 946.13 108 152
Polícia 69.39 571.56 68 98
Invasão 69.06 1064.36 125 181
Alegre 64.04 883.03 114 178
Neoliberalismo 60.42 202.63 29 48
Ativista 59.55 366.90 53 89
Protesto 59.38 804.77 114 192
Militantes 59.26 442.16 64 108
Movimento 58.39 1338.73 188 322
Violência 58.33 187.05 28 48
Pedro 57.89 292.92 44 76
Ato 54.74 470.74 75 137
Agrária 53.98 590.56 95 176
Bové 50.92 476.25 83 163
217
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs referentes aos artigos
publicados, predominantemente, em 2001, pelo jornal O Estado de SP. Essa classe, apesar de
estar relacionada às três classes anteriores, é a classe que mais se opõe ao conteúdo desse
segundo subcopus. A relação entre as quatro classes se dá, porque, como foi visto, as três classes
anteriores tratavam dos atores e do processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil e essa
classe continua a tratar desse assunto. Apesar das classes “A batalha judicial” e “A polêmica das
mps” apresentarem a participação de atores que, tradicionalmente, não são considerados como
parte da esfera política (Idec, Greenpeace e agricultores), a participação destes ainda se deu
através de um sistema oficial: o judiciário. A classe “Lei de Biossegurança” retratou o processo
de regulamentação dentro dos sistemas executivo e legislativo. Portanto, o que opõe a classe
“FSM/MST” às demais, não é tanto a discussão da participação de atores não convencionais
(nesse caso o MST), mas, principalmente, a discussão sobre o processo de regulamentação em
um fórum alternativo, como o FSM, fora do que é tradicionalmente considerado como um lugar
oficial de formulação de política.
Assim, o conteúdo dessa classe apresenta e caracteriza o Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra e o Fórum Social Mundial (além de outros fóruns alternativos). Os
transgênicos aparecem como um dos temas discutidos por esse grupo ou dentro desses fóruns. A
discussão acerca dos mesmos leva a um debate maior sobre os rumos e alternativas para os
modelos de agricultura e de desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social dos
diferentes países e do mundo. São apresentados os argumentos, reivindicações e manifestações
desse grupo em parceria com outros movimentos, nacionais e internacionais. Tais manifestações
ocorreram ou foram planejadas, muitas vezes, em tais fóruns alternativos ou em datas de
comemoração específicas.
Alguns artigos dessa classe comentaram as manifestações organizadas pelo MST no dia
25 de julho de 2000, o “dia do basta”, promovido pelo Fórum Nacional de Lutas, sob a liderança
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e que propunha o fim da corrupção no país. Os
artigos mostram que os integrantes do MST se juntaram a sindicalistas, estudantes, militantes de
partidos de oposição ao governo e a outros movimentos sociais como o dos sem-teto. Os
integrantes do MST organizaram protestos contra a política agrária do governo em diversos
estados do Brasil. A maioria dos artigos retratava as manifestações do movimento como
pacíficas, embora com alguns episódios de violência e confronto com a polícia. Esses episódios
218
diziam respeito à invasão de prédios públicos, como a invasão do rum municipal de Teodoro
Sampaio, por cerca de 120 integrantes do MST. Segundo os artigos dessa classe os integrantes
invadiram, picharam as paredes externas desse prédio e gritaram palavras de ordem, muitas delas
ofensivas, ao juiz da comarca, Átis de Oliveira Araújo, que havia determinado a remoção dos
sem terra acampados na frente de uma fazenda.
A reação de algumas autoridades aos protestos, e a essa invasão em particular, também foi
comentada por alguns artigos dessa classe. Essas autoridades retratavam o MST como um
movimento subversivo, cujas manifestações podem ser classificadas como “terroristas” e “que
atentam contra a lei e a ordem, no estado e no país”. Esse movimento também era representado
como autoritário, ideológico e fanático. Além disso, ele representa uma ameaça ao direito de
propriedade dos cidadãos e à democracia do país.
Em janeiro de 2001, a cidade de Porto Alegre sediou o 1° Fórum Social Mundial,
organizado em oposição ao Fórum Econômico Mundial que acontece anualmente em Davos. O
FSM foi organizado como um fórum alternativo no qual, movimentos sociais, organizações não-
governamentais e a própria sociedade pudessem se reunir para discutir as conseqüências da
globalização e propor alternativas para o desenvolvimento dos países. Porto Alegre também
sediou o FSM em 2002, 2003 e 2005, mas o fórum recebeu uma atenção e cobertura muito
maior da mídia. Os artigos característicos dessa classe também se restringem à discussão do FSM
de 2001.
Alguns artigos dessa classe apresentam o FSM aos leitores. Este fórum foi retratado
como a “nova reunião mundial da esquerda”. Nesse sentido, alguns artigos discutiam a tentativa
feita no estado do Rio Grande do Sul em se “firmar como referência geográfica da esquerda”,
através das eleições municipais e estadual, e mostravam a importância de sediar tal evento para
confirmar essa posição
36
.
O extrato a seguir discute o FSM no contexto do Brasil e da América Latina e o diferencia
dos outros eventos antiglobalização que o antecederam em outros países:
36
Em 2000, o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, e o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, eram do
PT. O governador Olívio Dutra se posicionava fortemente contra os transgênicos, tendo feito tentativas de declarar o
estado como “zona livre de transgênicos”. Alguns artigos também chamavam atenção para o grande número de
ONGs ambientais que também lutavam contra os transgênicos e que tinham sede em Porto Alegre. Porém, é preciso
lembrar que o PT perdeu a eleição estadual em outubro de 2002 e em 2003 um governo da direita assumiu o poder. O
novo governador, Germano Rigotto (PMdB), posicionava-se declaradamente a favor dos transgênicos e pressionou o
governo em 2003/2004 durante o processo de regulamentação dos transgênicos. O Rio Grande do Sul também foi o
estado que mais aderiu à essa nova tecnologia e, mesmo durante o governo de esquerda, milhares de hectares
proliferavam com soja transgênica ilegal.
219
Porto Alegre atraiu a atenção mundial como a nova capital do movimento contra a globalização,
mas os militantes de esquerda reunidos na capital gaúcha pouco tem a ver com os ativistas que
realizaram protestos que marcaram época em Seattle, em Washington e em Praga. Nos dois
últimos anos, as ruas de Seattle e Washington foram ocupadas por milhares de jovens, vestidos
como hippies e empunhando bandeiras de luta contra o capitalismo global e em defesa do meio-
ambiente. Em Praga, o colorido movimento dos jovens ganhou também a cor negra e a violência
de anarquistas. o evento gaúcho antiglobalização tem uma cara diferente, mais parecida com a
do barbudo João Pedro Stédile, líder do movimento dos trabalhadores rurais sem terra MST, dos
bigodudos petistas Tarso Genro, prefeito de Porto Alegre, e Olívio Dutra, governador do Rio
Grande do Sul, além do discurso de intelectuais brasileiros e europeus, principalmente franceses.
O encontro que chegou a ser tratado como uma reunião mundial da nova esquerda teve, no seu
primeiro dia, um jeito latino-americano. As maiores delegações eram de movimentos sociais,
como o MST, e representantes de camponeses do México ou de paises vizinhos, como o
Equador. João Pedro Stédile quer até aproveitar a presença de 700 militantes de movimentos
sociais para propor uma agenda internacional para organizações como a dos sem terra. (“Em
Porto Alegre, saem hippies e jovens e entram bigodudo e camponês”. RICARDO GRINBAUM.
Artigo 505, A Folha de SP, seção: Brasil, 26/01/2001).
Esse extrato mostra que o FSM no Brasil se diferenciou dos outros eventos por não se
tratar apenas de uma manifestação da sociedade, mas principalmente, por se caracterizar como
um lugar de debate. A participação de políticos ligados à esquerda, de intelectuais e de
movimentos sociais nesse debate também caracterizou a particularidade do FSM. O extrato
mostra que esse evento também proporcionou uma oportunidade para os movimentos sociais,
como o MST, desenvolverem uma agenda internacional em relação a vários assuntos. A questão
dos transgênicos ganhou um grande destaque nas discussões do fórum e na agenda dos
movimentos.
Um dos resultados dessa agenda internacional para os movimentos rurais, por exemplo,
foi a organização dos protestos de 17 de Abril. Nessa data, a Via Campesina (uma entidade
internacional de pequenos agricultores) organiza manifestações para lembrar a morte de 19
integrantes do MST em um confronto com a polícia em Eldorado do Carajás. Durante o FSM, o
MST e movimentos de outros países ligados à Via Campesina decidiram que os protestos de abril
do ano de 2001 teriam como tema a luta contra os transgênicos.
Alguns artigos dessa classe
enfatizavam um dos principais argumentos desse grupo contra os transgênicos: o fim do pequeno
agricultor.
Assim, alguns artigos dessa classe mostravam a ação conjunta do MST com movimentos
de outros países, como a federação dos camponeses franceses, liderado por Bové. Este foi
freqüentemente retratado pelos artigos dessa classe como símbolo da luta contra a globalização e
os transgênicos. Alguns artigos comentaram a participação de Bové na destruição de plantios de
220
transgênicos em uma propriedade da Monsanto durante o FSM de 2001, o que gerou muita
polêmica e quase levou à sua deportação.
Bové anunciou que a federação dos camponeses franceses ia preparar protestos contra as
multinacionais de biotecnologia na França durante o 17 de abril. Alguns artigos apresentavam a
agenda dos protestos organizados pelo MST no Brasil:
O movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) vai declarar guerra contra as quatro
multinacionais que produzem transgênicos (organismos geneticamente modificados). A estratégia
anunciada ontem, no fórum social mundial, faz parte de uma operação internacional liderada pela
via campesina, entidade que representa 30 milhões de pequenos e médios agricultores em 77
paises. O plano inclui ocupações, queima de sementes, destruição de plantações e até distribuição
de panfletos em supermercados para ganhar a classe media. A idéia e fazer uma campanha
simpática à população porque as pessoas não querem consumir alimentos prejudiciais à saúde.
Pretende divulgar o conceito, segundo o qual, as sementes são patrimônio da humanidade,
afirmou Egidio Brunetto, da direção nacional do MST. [...] Brunetto disse que o MST vai
pressionar o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra PT, para que desaproprie a área da
monsanto. Os agricultores querem construir um centro de produção orgânica. (“MST promete
guerra contra os transgênicos”. VERA ROSA. Artigo 1859, O Estado de SP, seção: economia,
30/01/2001).
O extrato acima mostra que o MST tinha adotado uma estratégia de protestos que
envolvia ocupações, queima de sementes e destruição de plantios transgênicos. Porém, o extrato
mostra que o grupo também pretendia empregar uma estratégia de comunicação para a
população, seguindo a tática adotada pelos movimentos de outros países, como foi visto no
capítulo seis. A distribuição de panfletos nos supermercados pretendia apresentar uma visão
alternativa, como foi discutido no capítulo quatro, e persuadir a população contra os transgênicos.
Os argumentos empregados pelo grupo seriam que os transgênicos são prejudiciais à saúde e
ameaçam o patrimônio da humanidade.
Porém, apenas dois artigos comentaram os protestos feitos em abril daquele ano e
destacaram somente as marchas e invasões feitas nas cidades. Os artigos não comentaram nada
sobre a estratégia de comunicação para a sociedade proposta pelo grupo no FSM. Um único
artigo apresentou comentários de um dos diretores do movimento, argumentando que os atos de
protestos feitos em abril serviam para chamar atenção da sociedade e colocar a questão dos
transgênicos em discussão, como mostra o extrato a seguir:
A estratégia, que se prolonga até o final da semana, é chamar a atenção da sociedade. “Não digo
que não haver ocupações, mas nosso pessoal está orientado a buscar contato com a sociedade
para expor as dificuldades da reforma agrária”, diz Gilmar Mauro, da direção nacional do MST.
Mauro afirma que alguns atos do MST o radicais, mas atendem prontamente ao propósito de
colocar o assunto na ordem do dia. “Vou dar um exemplo. Arrancar soja transgênica no Rio
Grande do Sul (militantes do MST arrancaram mudas de soja transgênica de projeto experimental
221
da Monsanto em janeiro, durante o Fórum Social Mundial) foi importante para chamar a atenção
sobre esses alimentos”. (Planalto põe o Exército de 'prontidão'. Artigo 430, A Folha de SP, seção:
Brasil, 17/04/2001).
Segundo extrato acima, as próprias ações do MST são consideradas como a tática de
contato do grupo com a sociedade. Em vez de adotar uma estratégia de comunicação dos
argumentos do grupo em relação aos alimentos geneticamente modificados, para o grupo, os atos
de protestos servem para chamar atenção, passar uma imagem negativa dos transgênicos para a
população e iniciar uma discussão sobre os mesmos.
O conteúdo dessa classe também relatou a realização de outros eventos no Brasil,
organizados por grupos ligados à esquerda e que se caracterizavam como fóruns alternativos de
discussão sobre o desenvolvimento econômico. O extrato a seguir faz referência a dois eventos
que ocorreram em São Paulo no ano de 2004 durante a assembléia da Unctad (United Nations
Conference on Trade and Development Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento):
A assembléia da Unctad atraiu para São Paulo outros dois eventos internacionais, organizados por
grupos que se opõem as políticas neoliberais: a 4ª Conferência Internacional da Via Campesina e
o Seminário Agenda Pós-Neoliberal. O primeiro reúne representantes de movimentos sociais
rurais de quase 80 países, para a discussão de temas como reforma agrária, transgênicos,
comércio internacional e segurança alimentar. As reuniões começaram ontem, em Indaiatuba,
interior de São Paulo, na região de Campinas, e prosseguem até sábado. O francês José Bové e o
brasileiro João Pedro Stédile, do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST), figuram
entre os líderes mais conhecidos da Via Campesina. Eles também se encontrarão em São Paulo
com autoridades participantes da Unctad. O Seminário Agenda Pós-Neoliberal é organizado por
entidades ligadas ao Fórum Social Mundial, entre elas o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas (Ibase), o Instituto Rosa Luxemburgo e a Action Aid. Sua programação prevê três
debates: a reinvenção da política, desenvolvimento para a dignidade humana e repensando a
relação desenvolvimento e comércio em uma perspectiva neoliberal. (“A esquerda se manifesta
em São Paulo”. ROLDÃO ARRUDA e ARDILHES MOREIRA. Artigo 2663, O Estado de SP,
seção: economia, 15/06/2004).
O extrato acima mostra uma continuidade das ações feitas pelos movimentos sociais e
propostas nos Fóruns Sociais anteriores, bem como a continuidade da discussão sobre caminhos
alternativos para desenvolvimento dos países.
Resumindo, o conteúdo dessa classe traz para a população vários pontos discutidos no
primeiro capítulo, principalmente em relação à questão da subpolítica. A classe mostra que a
“reinvenção da política” se dá em fóruns alternativos, nos quais movimentos sociais, intelectuais,
ONGs e a própria sociedade civil se reúnem para propor caminhos alternativos em resposta ao
222
rumo atual do desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social. Esses fóruns também
permitem aos diferentes movimentos traçarem uma agenda conjunta internacional.
Assim, a “política direta” também é feita por grupos, como o MST (muitas vezes em
conjunto com outros movimentos), através de manifestações nas ruas contra a política dos
governos, em busca de chamar atenção, iniciar um debate na sociedade de temas polêmicos e
participar, de alguma maneira, do processo de regulamentação de tais assuntos. Entre esses temas
polêmicos, os transgênicos aparecem nessa classe como símbolo de luta contra a globalização e
abrem uma discussão maior sobre temas como segurança alimentar, políticas agrárias e
desenvolvimento econômico.
VIII.1.3. Resultados da análise descritiva comparados aos da análise do conteúdo dos
artigos
Como uma parte considerável dos artigos coletados (N = 686) não apresentava a seção em
que havia sido publicada, não foi possível utilizar a categoria “seção” como uma variável da
análise ALCESTE, como foi utilizada a categoria “ano”. Mesmo assim, como foi dito
anteriormente, o movimento do número de artigos publicados nas seções dos jornais pode ser
visto também no na mudança do conteúdo divulgado pelos artigos ao longo dos anos, mostrada
pela análise do conteúdo dos artigos. A tabela 11 indica, para cada ano da pesquisa: o total de
artigos publicados, as seções predominantes e as classes às quais são associadas. Esse tipo de
análise permite verificar como o tema dos transgênicos foi divulgado ao longo dos seis anos
considerados, como o discurso sobre o mesmo foi se construindo e se modificando, e quais
aspectos foram priorizados a cada ano.
223
Tabela 11: Seções e classes associadas aos anos da pesquisa
Ano N de
artigos
Seções predominantes Classes
2000
468
“Ciência”
“Internacional” maior que “Nacional”
Divulgação Científica
C,T&S
Batalha Judicial
2001
422
“Ciência”
Aumento da seção “nacional”
Divulgação Científica
C,T&S
FSM/MST
2002
284
Artigos distribuídos igualmente entre as
seções (nacional, ciência, economia,
opinião).
Grande aumento da seção “Economia”
Divulgação Científica
C,T&S
A Soja no vaivém das
commodities
2003 1009 “Economia”
“Nacional”
A polêmica das mps
Lei de Biossegurança
2004 507 “Economia”
“Nacional”
Lei de Biossegurança
2005 179 “Economia”
“Nacional”
C,T&S
Lei de Biossegurança
2000 e 2001: Nesses anos, a seção de publicação predominante é “ciência”, o que
corrobora a associação desses dois anos às classes “Divulgação Científica” e “C,T&S”. Como
foi dito, apesar dessas classes representarem os transgênicos de forma mais positiva, elas também
introduzem, mesmo que superficialmente, uma discussão sobre os riscos sanitários, ambientais e
sociais dessa tecnologia. As classes “Batalha Judicial” e “FSM/MST” associadas,
respectivamente, a 2000 e 2001, aprofundam a discussão sobre os esses riscos.
2002: Nesse ano, os artigos se encontram bem distribuídos pelas seções dos jornais, o que
ainda explica a presença das classes “Divulgação Científicae C,T&S”. Porém, o aumento de
publicações na seção “economia” é expressivo, o que vai ao encontro do conteúdo da classe “A
soja no vaivém das commodities”, também associada a esse ano. Essa classe mostrou que a
discussão sobre os transgênicos na esfera econômica ganhou força nesse ano.
2003, 2004 e 2005: Nesses anos, as seções de publicação predominantes são “economia”
e “nacional”, o que explica a associação desses dois anos às classes “A polêmica das mps”, Lei
de Biossegurança” e “C,T&S”. Os conteúdos dessas classes também discutem a importância dos
transgênicos para o desenvolvimento econômico e social do país.
224
Nota-se que, a discussão dos riscos dessa tecnologia feita no início do período
considerado é substituída nos anos seguintes pela discussão sobre os benefícios econômicos da
mesma.
Em relação à variável “jornal”, a tabela 12 faz uma comparação das classes associadas aos
dois jornais considerados nessa pesquisa. Essa análise permite verificar os conteúdos priorizados
na divulgação dos transgênicos por cada jornal.
Tabela 12: Classes associadas aos jornais da pesquisa
Jornais N de artigos Classes
A Folha de SP 1.540 “Divulgação Científica”
“C,T&S”
O Estado de SP
1.329
“A soja no vaivém das commodities”
“A batalha judicial”
“Lei de Biossegurança”
“FSM/MST”
A Folha de SP As duas classes associadas a esse jornal, apesar de discutirem os riscos
dessa tecnologia para a saúde dos consumidores, para o meio ambiente e para a sociedade,
priorizam a discussão sobre os benefícios dos mesmos para o desenvolvimento social do país.
O Estado de SP As classes “A batalha judicial” e FSM/MST” discutem os riscos
sanitários, ambientais e sociais dos transgênicos, mostrando a luta de grupos (consumidores,
ambientalistas e MST) contra os mesmos. as classes “A soja no vaivém das commodities” e
“Lei de Biossegurança” discutem os benefícios da introdução dessa tecnologia para o
desenvolvimento econômico do país. As duas primeiras classes estão associadas aos primeiros
anos da pesquisa (2000 e 2001), enquanto que as duas últimas classes estão associadas aos
últimos anos da pesquisa (2002 a 2005). Assim, nesse jornal, pode-se ver claramente uma
mudança no discurso sobre os transgênicos.
225
VIII.2. Um recorte da análise documental:
Trata-se da análise de todos os artigos sobre transgênicos, publicados na seção “opinião
dos dois jornais considerados no estudo anterior (A Folha de SP e O Estado de SP), no período
de janeiro de 2000 a junho de 2005.
Mais uma vez, os resultados serão apresentados em duas partes. A primeira parte se refere
à análise descritiva das variáveis utilizadas nesse recorte. São considerados: 1) o número de
artigos publicados por jornal e por ano; 2); o número de artigos publicados nos editoriais e o
referente às cartas enviadas por leitores; e 3) o número de artigos publicados pordiferentes atores.
A segunda parte se refere à análise do material textual e descreve quais as representações sociais
de diferentes atores sobre transgênicos foram divulgadas na seção opinião dos jornais.
VIII.2.1. Análise descritiva das variáveis da pesquisa
1) Anos considerados na pesquisa:
A tabela 13 mostra o mero de artigos publicados sobre transgênicos na seção “opinião”
por cada um dos jornais e por ano considerados na pesquisa.
Tabela 13: Número de artigos publicados na seção opinião por jornal e por ano
Mídia / Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total
A Folha de SP 35 17 19 55 24 16 166
O Estado de SP 18 23 15 70 33 07 166
Total 53 40 34 125 57 23 332
Como mostra a tabela 13, o jornal A Folha de SP teve um número de artigos muito maior
que o outro jornal em 2000 e 2005, e um pouco maior em 2002. O jornal O Estado de SP teve
mais publicações nessa seção em 2001, 2003 e 2004. Porém, o número de artigos publicados nos
seis anos considerados foi igual para cada jornal.
Levando em conta o número total de artigos publicados por ano, nota-se que em 2000
um número alto de publicação (n = 53). Esse número diminui um pouco em 2001 (n = 40) e mais
um pouco em 2002 (n = 34). Em 2003, o número de artigos publicados é maior do que o total dos
dois anos anteriores (n = 125). Em 2004, esse número diminui novamente pela metade (n = 57) e
em 2005, o número de artigos publicados sobre transgênicos reduziu consideravelmente (n = 23).
226
Porém, é importante lembrar que no ano de 2005, foram considerados apenas os artigos
publicados até o mês de junho. O gráfico 3 mostra de forma mais clara o movimento do número
de artigos publicados nessa seção pelos dois jornais.
Gráfico 3: Número de artigos publicados sobre transgênicos na seção opinião por
jornal e por ano
0
10
20
30
40
50
60
70
2000 2001 2002 2003 2004 2005
A Folha
Estado
Como foi dito na análise do estudo anterior, o número de artigos publicados por ano na
seção “opiniãoacompanhou o movimento do espaço dedicado à questão dos transgênicos pelos
dois jornais.
Embora o número total de publicação nessa seção tenha sido alto, com 332 artigos
publicados durante o período considerado, não é possível afirmar que ele representa um grande
envolvimento da população com o tema dos transgênicos, uma vez que esse número diz respeito
às cartas dos leitores enviada aos jornais, mas também aos artigos escritos por pessoas
convidadas a falarem sobre o assunto, além do posicionamento do próprio jornal. Desse modo,
efetuou-se uma divisão para separar os artigos referentes às cartas enviadas ao jornal e os artigos
publicados no editorial dos mesmos, como mostra a análise a seguir.
2) Editorial X cartas de leitores:
Os artigos publicados na seção “opinião” foram divididos em dois grupos, conforme
mostra a tabela 14. O grupo “editorial” se refere aos artigos publicados por jornalistas, colunistas
ou pessoas convidadas a escreverem sobre os transgênicos para os jornais. O grupo “cartas” se
refere às cartas e comentários enviados por leitores em resposta aos artigos publicados sobre
transgênicos pelos jornais.
227
Tabela 14: Seções dos jornais correspondentes aos grupos “editorial” e “cartas de
leitores”
A Folha de SP O Estado de SP
Editorial
Opinião Editoriais
Espaço aberto
Cartas
Painel do leitor Fórum de debates
Fórum de leitores
A tabela 15 mostra o número de artigos publicados por cada grupo em cada um dos anos
considerados na pesquisa.
Tabela 15: Número de artigos publicados por grupo e por ano
2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total
Editorial 30 23 21 84 35 17 210
Cartas 23 17 13 41 22 06 122
Total 53 40 34 125 57 23 332
Como mostra a tabela 15, o número de artigos publicados nos editoriais, por ano e no
total, foi consideravelmente maior do que o número de cartas enviadas.
3) Atores:
Os artigos publicados na seção “opinião” também foram classificados de acordo com os
atores que escreveram os artigos, sendo identificados 12 atores. O ator jornal” foi designado a
todos os artigos publicados nos editoriais, mas que não apresentavam o nome, nem dados do
autor. O ator “leitor” foi designado às cartas enviadas pelos leitores aos jornais, que não
apresentavam informações sobre a formação do autor. O ator cientistas (humanas e sociais)”
envolve doutores e professores de sociologia, filosofia e economia de universidades ou institutos
de pesquisa do país. O ator “cientistas (naturais)” envolve médicos, químicos, biólogos,
engenheiros agrônomos, doutores, professores e diretores de instituições de ensino e pesquisa
ligados a essas áreas. O ator “político” se refere aos integrantes de um partido político que
estivessem em exercício. O ator “colunista” foi designado aos autores de artigos publicados nas
colunas dos editoriais. O ator “agricultor” envolve tanto agricultores como representantes de
associações de agricultores. Os demais atores são: “Embrapa”, “ONG ambiental”, “ONG
consumidor”, “Empresa de biotecnologia” e “Representante de uma religião”. Com exceção dos
228
atores “jornal”, “leitor” e “colunista”, os artigos escritos pelos demais atores se referem tanto às
cartas enviadas como aos artigos publicados nos editoriais. O gráfico 4 mostra os atores
considerados no estudo e o número de artigos publicados por cada um deles em cada ano.
Gráfico 4: Número de artigos publicados por ator e por ano
0 20 40 60 80 100 120
representante de
religião
empresa de
biotecnologia
ONG consumidor
ONG ambiental
Embrapa
agricultor
colunista
político
cent nat
cient hum/soc
leitor
jornal
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Total
Como mostra o gráfico 4, o ator “jornal” foi responsável pela maioria dos artigos
publicados na seção “opinião”, em todos os anos e no total. Os “leitores”, não identificados,
também se manifestaram bastante sobre o assunto nos anos considerados na pesquisa. Os
colunistas aparecem em terceiro lugar na contribuição de artigos sobre o tema. Os atores
“cientistas (humanas e sociais)”, “cientistas (naturais)” e políticos, embora apresentem diferenças
229
ao longo dos anos, contribuíram de forma equilibrada no total de artigos, com uma participação
um pouco menor que a dos políticos. As “empresas de biotecnologia” e as “ONGs ambientais”
tiveram uma pequena participação. os “agricultores”, a “Embrapa”, as “ONGs de
consumidores” e os “representantes de uma religião” não tiveram uma participação muito
significativa.
Para sintetizar, o quadro 1 mostra as variáveis utilizadas na análise ALCESTE do corpus
“opinião”.
Quadro 1: Variáveis utilizadas na análise ALCESTE
Ano Jornal Grupo Ator
1 – 2000
2 – 2001
3 – 2002
4 – 2003
5 – 2004
6 – 2005
1 – A Folha
2 – O Estado
1 – Editorial
2 – Cartas
1– Jornal
2 – Leitor
3 – Cientistas (humanas e sociais)
4 – Cientistas (naturais)
5 – Políticos
6 – Colunistas
7 – Agricultores
8 – Embrapa
9 – ONG ambiental (Greenpeace)
10 – ONG consumidor (Idec)
11 – Empresa de biotecnologia (Monsanto)
12 – Representantes de uma religião
VIII.2.2. Resultados da análise do conteúdo dos artigos dos jornais publicados na
seção “opinião”
Os dados foram organizados em um corpus denominado “Opinião”, no qual cada artigo
(considerado como uma unidade de contexto inicial UCI) era antecedido por uma linha de
comando que continha cinco variáveis, a saber: artigo (N = 332), ano (2000, 2001, 2002, 2003,
2004 e 2005), mídia (A Folha de SP e O Estado de SP), grupo (editorial e cartas) e ator (jornal,
leitor, cientista da área de humanas, cientista da área biológica, político, colunista, agricultor,
representantes da Embrapa, representantes de ONGs ambientais, representantes de ONGs de
defesa do consumidor, representantes de empresas privadas e representantes de uma religião).
O corpus “Opinião é composto de 332 unidades de contexto iniciais (UCIs),
representando os 332 artigos. Foram encontradas 46.532 palavras diferentes no corpus, composto
de 160.855 palavras. A freqüência média por palavras diferentes foi 3 e o número de palavras
com freqüência 1 foi 9.717, número alto que indica heterogeneidade do vocabulário que compõe
o corpus.
230
Após a redução das palavras às suas raízes, obteve-se 1.397 palavras analisáveis (com
freqüência igual ou superior a 4), 267 palavras instrumentos e 354 palavras variáveis (que
compõem a linha de comando, referente às variáveis do estudo). As palavras analisáveis
ocorreram 453.928 vezes. Este corpus foi dividido em 4.423 unidades de contexto elementares
(UCEs). A análise considerou 3.074 UCEs, ou seja 69,50% do total de UCEs que o corpus
possuía. O dendograma 2, apresenta as classes de segmentos de textos obtidas pela classificação
hierárquica descendente.
Dendograma 2: Classificação hierárquica descendente do conteúdo dos artigos sobre
transgênicos publicados na seção “opinião” dos jornais
Classe 2: A reinvenção do
político?
357 UCEs – 11,61%
2001 / 2005
Editorial / A Folha de SP
ator 3 / 5
Classe 1: Riscos e benef.
para a economia do país
582 UCEs – 18,93%
2001 / 2002
Cartas
ato
r
2 / 6 / 7 / 8 / 1
1
Classe 6: C,T&S
851 UCEs – 27,68%
2000 / 2001
Cartas / A Folha de SP
ator 2 / 4
Classe 5: A falta de uma
lei
392 UCEs – 12,75%
2002 / 2003 / 2004
Editorial / O Estado de SP
ator 1 / 6 / 9 / 10
Classe 3: A bruxaria e a
ciência
490 UCEs – 15,94%
2003 / 2004 / 2005
Editorial / O Estado de SP
ator 1 / 5
Classe 4: O Brasil avança
– para onde?
402 UCEs – 13,08%
2002 / 2003
Editorial
ator 3 / 5 / 6 / 12
28,69%
71,30%
24,69%
46,61%
231
Conforme o dendograma 2, a análise hierárquica descendente dividiu o conjunto de
conteúdos dos artigos sobre transgênicos publicados na seção opinião em 6 classes, formadas a
partir da proximidade lexical e semântica dos textos dos artigos.
Lendo o dendograma da direita para a esquerda, observa-se em um primeiro momento, a
divisão do corpus em dois subcorpus. O primeiro corresponde a 71,30% do total de UCEs
selecionadas e abrange as classes: “Riscos e benefícios para a economia do país”, “C,T&S”, “A
reinvenção do político?” e “O Brasil avança para onde?”. O segundo subcorpus corresponde a
28,69% do total de UCEs selecionadas e abrange as classes: “A bruxaria e a ciência” e “A falta
de uma lei”.
O primeiro subcorpus sofreu ainda uma segunda divisão que resultou, de um lado, nas
classes “Riscos e benefícios para a economia do país” e “C,T&S” (46,61% do total de UCEs
selecionadas), e do outro, nas classes “A reinvenção do político?” e “O Brasil avança para
onde?” (24,69% do total de UCEs selecionadas). A análise hierárquica descendente parou nesse
momento, pois as seis classes apresentavam-se estáveis, ou seja, cada uma composta por UCEs
que compartilhavam um vocabulário semelhante.
Cada classe foi nomeada de acordo com seu conteúdo específico. As classes serão
descritas através do seu vocabulário mais significativo. Geralmente, a delimitação desse
vocabulário é feita a partir de 2 critérios: 1) freqüência de ocorrência das palavras (palavras com
freqüência superior à freqüência média das ocorrências por palavras no corpus = 03), 2) prova de
associação do ² em relação à classe (² 3,84). Como o volume de artigos (e palavras) que
compunham o corpus era muito e esses dois critérios não delimitavam um número pequeno de
palavras, optou-se então por um terceiro: que mais de 50% das ocorrências da palavra tenham
sido naquela determinada classe. Também serão apresentadas algumas UCEs para cada classe,
contextualizando as palavras mais significativas nos segmentos de texto mais representativos da
classe.
232
Classe 1: Riscos e benefícios para a economia do país
Nessa classe foram selecionadas 582 UCEs, ou seja, 18,93% do total de UCEs
classificadas, sendo a segunda maior classe do corpus. Foram analisadas 12,90 palavras por
UCE, de um total de 243 palavras diferentes. Destas, 92 palavras são associadas
significativamente à classe, como mostra a tabela 16.
Tabela 16: Palavras associadas significativamente à classe “Riscos e benefícios para a
economia do país”
Palavras
associadas
%
Classe
² F1¹ F2²
Canadá 100.00 42.96
10 10
Japão 100.00 64.54
15 15
Café 100.00 25.74
06 06
Quilos 100.00 17.15
04 04
Hectares 95.00 75.89
19 20
US 94.87 148.41
37 39
Não-transgên 93.33 54.36
14 15
Ásia 92.31 45.79 12 13
Bilhões 90.00 99.69
27 30
York 88.89 28.78 08 09
Royalties 87.50 24.57
07 08
Concorrência 85.71 40.87
12 14
Argentina 84.78 131.93
39 46
FAO 84.62 36.70
11 13
Toneladas 83.87 86.04
26 31
Exportação 83.78 102.62
31 37
New 83.33 32.55
10 12
Companhias 83.33 16.24
05 06
Dolar 81.82 28.44
09 11
Unidos 80.30 165.51
53 66
Açúcar 80.00 12.17
04 05
África 80.00 12.17
04 05
Federação 80.00 12.17
04 05
Mato 80.00 12.17
04 05
Grosso 80.00 12.17
04 05
Volume 78.57 32.59
11 14
China 77.78 103.03
35 45
Canola 77.78 20.36
07 09
Diferenciado 77.78 20.36
07 09
Metade 77.78 20.36
07 09
Times 77.78 20.36
07 09
Certificação 77.42 69.79
24 31
Estimar 76.92 28.60
10 13
Ricos 73.68 37.34
14 19
Produtividade 73.53 66.77
25 34
Glifosato 73.33 29.06
11 15
Subsidio 73.08 50.08
19 26
Renda 72.41 54.56
21 29
Exportadores 71.43 25.25
10 14
Produtores 70.33 161.40
64 91
Índia 70.00 51.48
21 30
Milhões 69.57 158.41
64 92
Exportar 69.23 21.52
09 13
Carne 69.23 21.52
09 13
Queda 69.23 21.52
09 13
Mercado 69.09 187.00
76 110
Estados 68.57 114.99
48 70
Reportagem 68.00 39.54
17 25
Grãos 67.39 71.45
31 46
Aumento 66.67 118.81
52 78
Americano 66.67 35.91
16 24
Balança 66.67 17.88
08 12
Cálculo 66.67 13.40
06 09
Edição 66.67 13.40
06 09
Preço 64.71 46.93
22 34
Bt 63.64 14.37
07 11
Redução 63.64 28.85
14 22
Oferta 63.64 14.37
07 11
SP 62.50 19.89
10 16
Herbicida 61.54 46.72
24 39
Vantagens 60.00 33.29
18 30
Registro 60.00 16.56
09 15
Contrabando 60.00 11.02
06 10
Frango 60.00 11.02
06 10
Tradicional 58.82 17.72
10 17
Plantações 58.33 24.47
14 24
Produtivo 57.89 18.91
11 19
Ajuda 57.58 32.45
19 33
Convencional 57.58 32.45
19 33
México 57.14 13.38
08 14
Padrões 57.14 13.38
08 14
Venda 56.52 42.99
26 46
Década 56.25 14.59
09 16
Europa 55.67 88.07
54 97
Norte-america 54.84 26.30
17 31
Compra 54.55 27.56
18 33
Algodão 54.55 18.31
12 22
Solo 54.55 27.56
18 33
233
Jornal 54.55 18.31
12 22
Cerca 54.29 28.83
19 35
Comparar 53.85 10.37
07 13
Agricultores 53.62 55.34
37 69
Resistente 53.13 24.63
17 32
Barreiras 52.94 12.88
09 17
Reduzir 52.78 27.19
19 36
Modificada 52.63 42.97
30 57
Produção 52.50 91.67
63 120
Produzir 52.27 65.61
46 88
Custos 52.11 52.13
37 71
Pequenos 52.00 17.96
13 25
Monsanto 50.79 42.54
32 63
Importar 50.77 43.85
33 65
1 Freqüência na Classe
2 Freqüência no Corpus
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes, principalmente,
dos artigos publicados: em 2001 e 2002; sem predominância de nenhum dos dois jornais; pelo
grupo “cartas”; e pelos atores “leitor”, “colunista”, “agricultor”, “Embrapa” e “Empresa de
biotecnologia”.
O conteúdo dessa classe discute a questão da introdução dos transgênicos na agricultura e
o que isso pode representar para a economia do país, sendo apresentados os diferentes
argumentos dos atores associados à classe. Os anos associados à classe mostram que essa
discussão foi feita durante o período em que os transgênicos estavam legalmente proibidos no
Brasil e durante o longo período de conflitos que envolveram a regulamentação dos mesmos. A
grande maioria dos artigos dessa classe discute, justamente, a demora desse processo de
regulamentação e as conseqüências disso para o país, como mostra o extrato a seguir:
Pode custar muito, para o Brasil, a indecisão quanto ao plantio de produtos geneticamente
modificados. [...] se a produção for regulamentada, o Brasil terá condições de atender a
requisitos de cada mercado, oferecendo produtos certificados e desfrutando, provavelmente, do
preço mais alto oferecido pelos produtos tradicionais. Estará pronto, também, para competir nos
mercados abertos a transgênicos, em geral produzidos a custos menores. (Artigo 291, O Estado
de SP,grupo: editorial, ator: jornal, 2003).
O extrato acima argumenta que a regulamentação dos transgênicos no Brasil possibilitaria
ao país atender às diferentes demandas do mercado mundial e que a demora desse processo
implicava perder oportunidades de negociar com tais mercados. Entre as diferentes demandas, o
conteúdo dessa classe faz, freqüentemente, uma distinção entre três mercados: aqueles que não
fazem restrição aos transgênicos (representados pelos Estados Unidos e Argentina); aqueles que
apresentam resistência aos produtos geneticamente modificados (representados pela União
Européia e Japão); e aqueles que aceitam ambos os produtos, mas exigem certificação dos
mesmos (representados pela China), como discute o extrato a seguir:
As políticas adotadas no mundo rico afetam não a entrada de produtos brasileiros em
mercados como Estados Unidos, União Européia e Japão. As distorções são mais amplas,
234
porque os governos americanos e europeus ainda subsidiam exportações, afetando, portanto, as
condições de concorrência em terceiros mercados. Enquanto se procura eliminar essas
distorções, por meio de negociações e também de processos na Organização Mundial do
Comércio, os brasileiros devem continuar ampliando os negócios com novos parceiros. O
aumento das vendas para a China, hoje o quarto maior mercado para produtos brasileiros, é um
exemplo do que se pode conseguir com um esforço bem orientado. É necessário, no entanto, que
os brasileiros não criem problemas para o próprio comércio. O irrealismo da política, no caso dos
transgênicos, poderá resultar em graves prejuízos para o comércio exterior brasileiro. A produção
regulamentada permitiria o controle dos produtos e a certificação. O resultado seria um
comércio mais eficiente com todos os tipos de parceiros: com aqueles que aceitam sem problemas
os produtos geneticamente modificados, com aqueles que os recusam e também com aqueles que
apenas pedem a certificação do que é vendido. (Artigo 284, O Estado de SP, grupo: editorial,
ator: jornal, 2003).
O conteúdo dessa classe, uma atenção especial para as relações econômicas do Brasil
com a China. Isso se reflete na argumentação pela necessidade de uma rápida regulamentação
dos transgênicos no Brasil para atender as exigências feitas por esse país quanto à certificação
dos produtos que ele importa.
Mais uma vez, esse extrato alega que a demora do processo de regulamentação pode
trazer prejuízos econômicos para o Brasil por o poder responder as exigências dos diferentes
mercados. Esse tipo de argumentação, feita na maior parte por jornalistas, não inclui julgamentos
contra ou a favor da introdução dos transgênicos no país, priorizando a discussão apenas sobre a
regulamentação dessa tecnologia.
Porém, esse argumento de que a regulamentação dos transgênicos poderia beneficiar o
comércio do país com todos os tipos de mercado aparece com menos freqüência no conteúdo
dessa classe. A maioria dos artigos, escritos pelos outros atores associados, prioriza apenas um
tipo de mercado e, assim, divide-se em dois grupos: 1) um que é contra a introdução dos
transgênicos no Brasil e alega que a produção de grãos tradicionais garantirá a grande fatia do
mercado que é resistente aos OGMs; 2) e outro que defende essa introdução, argumentando que
tal resistência não existe de fato ou que acabará no futuro.
O principal argumento apresentado pelos artigos do primeiro grupo é de que o mercado
mundial de produtores de transgênicos já apresenta excedentes com os Estados Unidos, a
Argentina e o Canadá; e que o mercado que se mostra resistente aos OGMs, como o europeu e o
asiático, não tem outros grandes produtores para atendê-los. Assim, o Brasil se beneficiaria ao
continuar a plantar grãos convencionais. Ao fazer essa discussão os artigos apresentam ainda
outros argumentos contra a introdução dos transgênicos, como mostram os dois extratos a seguir:
235
Nossa soja não-transgênica vai muito bem, obrigado, o precisamos da gm. Pergunto ainda: 1.
como vai ser feita (e por quem) a proteção contra a contaminação horizontal de plantas da lavoura
não-transgênica pela lavoura transgênica? Sabe-se que, no Canadá, onde a plantação da canola
transgênica foi autorizada, não existe praticamente nenhuma lavoura de canola convencional que
não esteja contaminada, apesar de existirem barreiras de 800m entre as duas, e que os
plantadores de não-transgênicos estão sendo processados pelo uso indevido de sementes
transgênicas decorrentes da contaminação mesmo não as tendo comprado. 2. quem vai ressarcir o
nosso produtor de não-transgênico pelo prejuízo por não poder mais garantir a pureza de sua
soja, que perde valor de mercado na Europa e na China, nossos maiores compradores? 3. o que
vai acontecer com a nossa soja orgânica, cujo preço de mercado é ainda maior, se ela for
contaminada? (Artigo 099, A Folha de SP, grupo: cartas, ator: agricultor, 2003).
Esse extrato discute os problemas que a autorização do plantio de transgênicos poderia
trazer para os agricultores de grãos convencionais do país, principalmente em relação à
contaminação das lavouras convencionais. Outros problemas também são discutidos pelos artigos
desse grupo:
Os dois argumentos mais utilizados na defesa dos transgênicos são que esses cultivares são mais
produtivos e requerem menor uso de defensivos agrícolas. A soja rr não é mais produtiva, ela
apenas é resistente ao herbicida roundup, fabricado pela própria monsanto, o que,
imediatamente, invalida o segundo argumento. O plantio desse tipo de material no Brasil é
muito bom para os Estados Unidos, que, desse modo, deixam de ter um competidor diferenciado
no mercado mundial de soja deixando esse mesmo mercado sem opção. O Brasil perde
duplamente, pois, além de não mais poder ter o seu produto com preço diferenciado, e mais
caro, ainda terá de pagar royalties a monsanto pelo uso da soja transgênica. Aliás, esses direitos
são, no mínimo, duvidosos, uma vez que a monsanto utilizou livremente o germoplasma de soja
da embrapa para desenvolver a soja rr (roundup ready). O argumento de que o setor de
agronegócios no Brasil está paralisado, utilizado pela juíza Selene Maria de Almeida para tentar
liberar, a pedido da monsanto, o plantio de soja transgênica, é de uma falsidade grosseira, pois,
além de estarmos batendo recordes de produtividade, o Brasil se tornou o maior exportador de
soja, ultrapassando os EUA e com soja convencional. O segundo argumento de ilustre juíza, de
que técnicas agrícolas que são empregadas nos EUA e na Inglaterra devem também ser
empregadas no Brasil, é triste, pois se trata apenas de pura xenolatria. Se tivéssemos feito o
mesmo que os ingleses, nossa vaca também teria ficado louca. (Artigo 102, A Folha de SP, grupo:
cartas, ator: leitor, 2003).
O extrato acima rebate o argumento de que a soja transgênica seria mais produtiva e
apresenta uma série de interesses das empresas de biotecnologia e de outros países, como os
Estados Unidos, por trás dessa tecnologia. O conteúdo do artigo também discute os possíveis
problemas que o produtor brasileiro poderia enfrentar, como o pagamento de royalties. O extrato
argumenta que o Brasil, nessa época, já estava se beneficiando, tanto em termos de produtividade
como em termos de mercado, do plantio de grãos convencionais em relação a outros países que
plantavam transgênicos (EUA).
236
Embora os argumentos contra os transgênicos apresentados pelos artigos dessa classe se
restrinjam, em sua maioria, apenas aos aspectos econômicos, o final do extrato anterior propõe
uma discussão cuidadosa sobre a adoção de novas tecnologias, rebatendo o argumento de que o
país deva adotá-las porque outros países também o fizeram ou porque prometem um grande
desenvolvimento econômico. O extrato mostra que é possível aprender com as conseqüências
causadas pela introdução de outras tecnologias, como o caso da utilização de ração para gado
feita com carcaça de animais, por ser mais barata, mas que acabou causando conseqüências
graves como a crise da “vaca louca” na Inglaterra e em outros países da Europa.
Outros artigos apresentam dados sobre a regulamentação desse assunto no cenário
internacional para defender a não introdução dos transgênicos no Brasil:
No plano internacional o panorama também é complexo. Na recente reunião de juristas de 33
países (África, Américas, Ásia, Europa e associações nacionais de direito ambiental o Brasil
representado pelo jurista Paulo Affonso Leme Machado) assinaram a declaração de Limoges II,
que entre outras coisas recomenda uma moratória mundial sobre organismos geneticamente
modificados, inclusive experimentações ao ar livre no campo. Recomenda ainda que nas
negociações da Organização Mundial de Comércio se respeite sempre o princípio da precaução,
adotado pela convenção da diversidade biológica. o grupo de trabalho do codex alimentarius,
que prepara um acordo Organização Mundial de Saúde / Organização para Alimentação e
Agricultura (FAO) da ONU, definiu-se em Yokohama, Japão, pela necessidade de avaliação
sobre a inocuidade antes da comercialização de todos os alimentos desse tipo, analisando caso por
caso. Definiu-se também pela exigência de rastreabilidade desses alimentos. (Artigo 216, O
Estado de SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2002).
O extrato acima apresenta resultados de uma série de negociações de órgãos
internacionais, como a OMC e a FAO, entre outros, que recomendam avaliação, precaução e até
uma moratória mundial sobre OGMs. Segundo esses dados, o Brasil se beneficiaria com a não
legalização dessa tecnologia no país.
Os artigos do segundo grupo, como já foi dito, defendem a rápida introdução (ou
legalização, uma vez que muitos admitem que o plantio ilegal acontecia) dos transgênicos no
Brasil. Alguns artigos exploram as vantagens do o grão transgênico em relação ao convencional,
como mostra o extrato a seguir:
A soja rr, transgênica, consagrou o esforço dos agricultores. O contrabando das sementes
argentinas provocou o mais espetacular caso de sucesso na introdução de nova variedade na
agricultura. Não foi por acaso, nem se deveu ao marketing. A vantagem do plantio da soja
resistente ao herbicida é inequívoca, principalmente devido ao anterior praguejamento dos solos
gaúchos. Sem a variedade modificada os produtores não teriam, por certo, se aproveitado da
onda favorável do mercado. Ou das chuvas. Quem mais ganhou, ninguém duvide, foram os de
menor escala. Os grandes sempre ganham. Os pequenos precisam da sorte. Assim é que eles se
referem à soja rr. Uma dádiva da tecnologia. As colheitas saem limpas de inço, reduzindo o uso
237
de venenos na roça. O plantio direto virou regra, cessando a erosão do solo. Enquanto os
ideólogos do MST, ladeados pelo obscurantismo disfarçado de verde, vociferam contra os
transgênicos, os assentados da reforma agrária gaúcha jamais duvidaram da biotecnologia. E
também partiram para o ciclo bem-aventuroso dos agronegócios. (Artigo 318, O Estado de SP,
grupo: editorial, ator: jornal, 2004).
O conteúdo desse extrato argumenta que a soja transgênica é mais produtiva, traz menos
custos porque utiliza menos agrotóxicos e até ajuda a erosão do solo. Assim, ela é retratada como
“uma dádiva da tecnologia”. O extrato sugere que a soja transgênica beneficia até mesmo os
pequenos produtores, rebatendo uma das críticas do setor contrário à adoção dessa tecnologia. O
final do extrato retrata esse setor como obscurantista e ideológicos. Descreditar os argumentos do
setor contrário é uma característica dos artigos desse segundo grupo:
A reportagem também diz que, na Europa, resistência do mercado aos transgênicos. Essa
informação não esta correta. Segundo a consultoria sparks companies inc. as exportações de soja
da Argentina para a Europa cresceram 125% nos últimos três anos. A Argentina e a segunda
maior produtora de soja transgênica do mundo e 99% do plantio de soja e transgênico. Os
produtos transgênicos hoje no mercado já receberam o aval de entidades científicas e
regulatórias de diversas partes do mundo, como a comissão técnica nacional de biossegurança
(CTNBio) no Brasil, o EPA (agência de proteção ambiental) dos EUA, a FAO (organização das
nações unidas para a alimentação) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no âmbito da ONU.
(Artigo 103, A Folha de SP, grupo: cartas, ator: empresa de biotecnologia, 2003).
O extrato acima contraria as informações dadas pelo grupo anterior de que a Europa se
mostra resistente aos OGMs, apresentando dados de que os países europeus aumentaram as
importações de produtos provenientes de países produtores de transgênicos. O conteúdo do
extrato também utiliza os órgãos internacionais para atestar a segurança dos alimentos
transgênicos, contradizendo, mais uma vez, os argumentos apresentados pelo grupo anterior.
Os artigos desse grupo também argumentam que o lucro obtido com os grãos transgênicos
é maior que com os grãos convencionais:
O prêmio pago pelo produto tradicional é menor do que o lucro proporcionado ao plantador
brasileiro pela soja GM. Os europeus devem mudar a sua política para os transgênicos, acredita o
cientista Inge Russell, da universidade de Edimburgo, ouvido pelo jornal valor. Em conseqüência,
raciocina, mesmo que o Brasil perca algum mercado no curto prazo ao liberar os transgênicos,
correrá o risco de perder um mercado ainda maior se não estiver no jogo. E quando estiver, as
opiniões são unânimes, simplesmente não haverá soja convencional para atender à demanda da
UE. A força das coisas levará os europeus a vencer as suas resistências à biotecnologia. Por todos
esses motivos, a liberação dos transgênicos, sob o controle da agência federal de biossegurança, a
CTNBio, é o que se deve esperar do governo Lula. (Artigo 274, O Estado de SP, grupo: editorial,
ator: jornal, 2003).
O extrato acima retoma a discussão sobre os mercados que apresentam resistência aos
transgênicos, como o europeu. Embora esse extrato não desminta esse fato, ele argumenta que a
238
“tendência” é que o Brasil entre no mercado dos produtores de transgênicos, fazendo com que a
Europa, sem mercado fornecedor de grãos tradicionais, aceite a introdução de OGMs em seus
países. Assim, o conteúdo desse extrato representa a posição contrária aos transgênicos no país
como uma “visão a curto prazo”.
Resumindo, o conteúdo dessa classe discute os riscos e os benefícios da introdução dos
transgênicos na agricultura para a economia do Brasil. Pode-se pensar que essa classe é uma
resposta aos artigos associados à classe “A soja no vaivém das commodities” do estudo anterior.
Os artigos dessa classe se dividem em dois grupos: um que é contra e outro que defende
tal introdução. Ambos os grupos discutem os mesmos tópicos: produtividade, garantia de
mercado, preço posicionamento dos órgãos internacionais, entre outros. Porém, cada um deles
utiliza dados provenientes de fontes diferentes para legitimar a sua posição.
Assim, o grupo contrário apresenta os transgênicos como menos produtivos e mais
perigosos que os grãos convencionais. Além disso, esse grupo defende que a produção de grãos
tradicionais garantirá a parte do mercado internacional que rejeita os transgênicos e paga mais
pelos grãos convencionais, além de se beneficiar das decisões dos órgãos internacionais que se
mostram resistentes aos OGMs. A legalização dos transgênicos no Brasil é representada como
um atraso ou uma barreira para o desenvolvimento econômico do país.
Já o grupo que defende essa introdução tenta descreditar os argumentos do grupo anterior,
apresentando dados que mostram que os transgênicos são mais produtivos, que representam mais
lucro para os produtores os quais têm menos custos com a produção e obtêm melhores preços nas
vendas, que não existem mercados que os rejeitem (ou que a falta de produtores de grãos
convencionais levaria, eventualmente, a aceitação dos mesmos), e que os órgãos internacionais
comprovaram a segurança dos OGMs. Nesse grupo, a legalização dos transgênicos no Brasil é
representada como o caminho para o desenvolvimento econômico do país.
Embora a discussão dessa classe se divida em uma discussão sobre os riscos e benefícios
da introdução dos transgênicos no país, ambos os lados da discussão se baseiam apenas em
argumentos dentro da lógica do mercado e do que possibilitaria um maior desenvolvimento
econômico para o país, sem uma reflexão maior dos efeitos desse tipo de desenvolvimento.
239
Classe 6: C,T&S
Nessa classe foram selecionadas 851 UCEs, ou seja, 27,68% do total de UCEs
classificadas, sendo a maior classe do corpus. Foram analisadas 13,06 palavras por UCE, de um
total de 255 palavras diferentes. Destas, 101 palavras são associadas significativamente à classe,
como mostra a tabela 17.
Tabela 17: Palavras associadas significativamente à classe “C,T&S”
Palavras
associadas
%
Classe
² F1 F2
Alergia 100.00 47.30 18 18
Detectar 100.00 31.47 12 12
Vivos 100.00 31.47 12 12
Bactérias 100.00 23.58 09 09
Vírus 100.00 15.70 06 06
Dourado 100.00 13.08 05 05
Vaca 94.74 42.94 18 19
Dna 92.86 29.84 13 14
Arroz 92.31 27.23 12 13
Possível 90.91 44.24 20 22
Fertilização 90.00 19.46 09 10
Introdução 88.89 16.89 08 09
Farmacêutico 87.50 14.34 07 08
Leite 87.50 14.34 07 08
Danos 86.96 81.95 40 46
Louca 86.67 26.19 13 15
Inserção 85.71 11.80 06 07
Testar / teste 85.29 57.00 29 34
Genes 85.00 66.50 34 40
Comprovar 84.38 51.91 27 32
Cruzamento 84.21 30.51 16 19
Reação 82.35 25.52 14 17
Doenças 81.82 65.34 36 44
Insetos 81.82 16.16 09 11
Clonagem 81.48 39.38 22 27
Desconhecido 80.00 27.52 16 20
Introduzir 80.00 13.72 08 10
Remédios 80.00 13.72 08 10
Medicina 78.13 41.10 25 32
Agrônomo 77.78 22.70 14 18
Seres 77.78 22.70 14 18
Morrer 77.78 11.31 07 09
Vacinas 76.92 15.81 10 13
Animais 76.60 57.04 36 47
Espécies 76.27 70.93 45 59
Evidências 76.19 24.85 16 21
Precaução 75.00 45.32 30 40
Vegetais 75.00 17.99 12 16
Genética 74.56 129.95 85 114
Organismos 74.29 117.93 78 105
Conter 73.91 24.74 17 23
Humana (o) 73.79 161.61 107 145
Humanidade 73.53 36.09 25 34
Inovação 73.33 15.69 11 15
Carga 72.73 11.19 08 11
Métodos 72.73 11.19 08 11
Totalmente 72.73 11.19 08 11
Plantas 71.88 63.76 46 64
Capazes 71.43 20.21 15 21
Células 70.83 22.50 17 24
Experimentos 70.83 22.50 17 24
Alertar 70.59 15.72 12 17
Perigos 70.37 24.79 19 27
Segura(o) 70.27 33.93 26 37
Descobertas 69.57 20.30 16 23
Provas 69.44 31.73 25 36
Provocar 69.23 34.06 27 39
Ignorar 68.97 24.92 20 29
Imaginar 68.42 15.85 13 19
Homem 67.92 43.62 36 53
Nome 66.67 23.00 20 30
Alterações 66.67 16.05 14 21
Complicações 66.67 16.05 14 21
Evolução 66.67 11.44 10 15
Manipulação 65.52 20.93 19 29
Biológica 65.00 14.00 13 20
Efeitos 64.77 62.25 57 88
Usados 64.71 11.70 11 17
Características 64.52 21.22 20 31
Biodiversidade 64.00 16.60 16 25
OGM 63.20 82.10 79 125
Riscos 63.12 92.70 89 141
Engenharia 62.00 29.90 31 50
Saúde 60.98 95.91 100 164
Utilização 60.94 36.10 39 64
Potencial 60.00 15.80 18 30
Possibilidade 59.52 21.56 25 42
Ecológicos 59.38 16.22 19 32
Embriões 59.18 24.68 29 49
Tratamento 59.09 10.92 13 22
Comida 58.54 19.76 24 41
Principio 58.33 28.71 35 60
240
Rotulagem 57.32 36.95 47 82
Laboratório 57.14 12.25 16 28
Rigor 56.67 12.71 17 30
Células-tronco 56.41 16.28 22 39
Conhecimento 56.00 30.79 42 75
Ciência 55.94 142.42 179 320
Trazer 55.56 14.13 20 36
Conter 55.56 10.57 15 27
Informação 55.36 21.82 31 56
Vida 55.00 22.81 33 60
Ocorrer 54.76 15.60 23 42
Desenvolver 52.38 12.97 22 42
Obter 52.38 12.97 22 42
Alimentos 52.27 56.38 92 176
Campo 51.52 19.13 34 66
Segurança 51.28 22.26 40 78
Demonstrar 51.22 11.50 21 41
Modificados 50.82 33.97 62 122
Direito 50.77 17.68 33 65
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes,
predominantemente, dos artigos publicados: em 2000 e 2001; pelo jornal A Folha de SP; pela
grupo “cartas”; e pelos atores “leitor” e “cientistas (naturais)”.
Essa classe se relaciona diretamente com a classe “Riscos e benefícios para a economia do
país”, descrita anteriormente. Assim como na classe anterior, a maioria dos artigos associados a
essa classe também foi publicada pelo grupo cartas, ou seja, os artigos foram enviados aos jornais
por diferentes atores, durante o período em que os transgênicos estavam proibidos no Brasil.
A proximidade entre as duas classes se dá pela discussão sobre os riscos e benefícios da
introdução dessa tecnologia no país. Porém, se na classe anterior essa discussão girava em torno
apenas de argumentos econômicos, na presente classe, esse debate leva em conta aspectos
sanitários, ambientais e sociais; discutindo também, os impactos da ciência e da tecnologia de
forma geral sobre a sociedade. O extrato a seguir é um exemplo desse debate:
Algumas tecnologias despertam maior interesse do público. Destaca-se, nesse grupo, a questão
alimentar. houve, nesse campo, uma revolução. Defensivos agrícolas, sementes melhoradas e
correções de solo, entre outras técnicas, permitiram significativo aumento da produção. É
evidente que houve um preço a pagar: florestas foram derrubadas, inseticidas aumentaram o nível
de poluição de rios e provocaram desequilíbrios em ecossistemas. A doença da vaca louca que
apavora a Europa pode ter surgido, acredita-se, em conseqüência da utilização de farinha feita a
partir de restos animais na alimentação do gado. [...] Os alimentos transgênicos que vão
ganhando as prateleiras de supermercados despertam reações apaixonadas nos consumidores. [...]
O debate, contudo, escapou à esfera da razão para tornar-se uma reação emocional. Em parte,
isso se deve a erros do passado e à precipitação com que os produtos foram introduzidos. Trazer
a discussão para a sua esfera própria é o que importa. O homem já cometeu erros e voltará a fazê-
lo. O princípio da cautela recomenda prudência, mas também pressões econômicas, algumas
legítimas, para que ela seja abandonada. Encontrar o ponto de equilíbrio é o desafio. (Artigo 051,
A Folha de SP, grupo: editorial, ator: jornal, 2001).
O extrato acima traz como exemplo outros desenvolvimentos da ciência e da tecnologia
no campo alimentar e mostra que esses desenvolvimentos, ao mesmo tempo em que
possibilitaram um aumento da produtividade, também geraram uma série de danos ao meio
241
ambiente e para a saúde humana. O conteúdo do artigo argumenta que a pressa na introdução
dessas tecnologias e os conseqüentes danos que elas trouxeram, levaram a uma atitude de
desconfiança e medo da população frente aos transgênicos, e que isso tem atrapalhado a
discussão “racional” sobre o tema. O extrato apresenta razões para se ter cautela na introdução
dessas tecnologias, mas também argumenta que é preciso levar em conta os benefícios
econômicos que estas possam trazer.
Embora esse extrato argumente que é preciso se considerar ambos os benefícios e riscos
na discussão da introdução de uma nova tecnologia, tentando achar “um ponto de equilíbrio”, a
maioria dos artigos dessa classe defende apenas um ponto de vista. Desse modo, o conteúdo
dessa classe, assim como na anterior, também se divide em dois grupos: 1) um que defende, por
motivos diferentes, a introdução dos transgênicos no Brasil; 2) e outro que é contra essa
introdução ou que discute os riscos que ela pode trazer para a saúde da população, para o meio
ambiente e para a sociedade como um todo.
O primeiro grupo de artigos apresenta diferente motivos em favor da introdução e
liberação dos transgênicos no Brasil. Entre estes, alguns artigos argumentam que os alimentos
transgênicos são tão seguros quanto o que já vem sendo consumidos há muito tempo:
É um erro achar que as plantas que estamos consumindo são seguras, enquanto as transgênicas
não são. De onde vêm as plantas que o senhor comeu no almoço? Com 99% de certeza são
plantas domesticadas e variedades que vieram de um programa de melhoramento. O que
aconteceu com essas plantas? Apesar de não serem transgênicas, sofreram modificações
genéticas profundas. Algumas, como o triticale, são espécies criadas pelo homem. Outras, como
os morangos, tiveram seu genoma duplicado. Várias outras tiveram seus genomas mutagenizados
e não temos a mínima idéia do que aconteceu. A maioria das plantas que o senhor consumiu no
almoço vem do resultado de cruzamentos com espécies silvestres. O que temos nas plantas
silvestres? Muitos genes de proteínas de defesa contra animais, inclusive mamíferos, como o
homem. (Artigo 313, O Estado de SP, grupo: cartas, ator: cientista bio, 2004).
O extrato acima mostra que alimentos que são consumidos também são resultados de
um processo de melhoramento genético. O extrato a seguir continua a explorar esse fato,
argumentando que a técnica da transgenia permite que esse melhoramento seja feito de forma
ainda mais segura:
Ao descobrirem que os genes podem ser transferidos entre as espécies, os pesquisadores
prescindem dos cruzamentos sexuados para obter descendentes favoráveis. A tecnologia torna-
se mais rápida e segura por meio da manipulação dos cromossomos. Entretanto, por razões que
ninguém sabe direito explicar, a biotecnologia chegou criando uma celeuma incrível na
sociedade. Ao contrário da evolução anterior, aceita com gosto especialmente pelas massas
urbanas, grupos mobilizados renegam os resultados da engenharia genética. Os alimentos
transgênicos quase viraram bicho-papão. Por quê? [...] pouco importa descobrir as razões. O fato
242
concreto é que, fruto da discórdia irracional, as pesquisas com biotecnologia no Brasil estão
paralisadas três anos, desde que se contestou judicialmente a liberação, pela CTNBio, da soja
rr. Politicamente, os transgênicos viraram gênios do mal. [...] Para enfrentar o receio sobre os
produtos transgênicos somente um caminho: investir fortemente no conhecimento. Os
pesquisadores querem liberdade para pesquisar, sem burocracia, visando a oferecer à sociedade
produtos simultaneamente avançados e seguros. Como fizeram, tempos, com o chester e a
nectarina, que deliciam o apetite. Ou com a insulina, transgenia pura, que salva tantas vidas. O
controle social da ciência é virtude da modernidade. Tolher seu exercício é burrice das grossas.
Uma condenação ao passado. (Artigo 229, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: cientista bio,
2000).
O extrato acima mostra que os transgênicos não foram tão bem aceitos pela população
quanto os desenvolvimentos tecnológicos anteriores ligados ao campo agro-alimentar, mas
argumenta que a causa disso é a “discórdia irracional” de grupos mobilizados que, contestando a
segurança dessa tecnologia na justiça, acabaram “atrasando” as pesquisas sobre biotecnologia no
país. A solução apresentada pelo artigo para acabar com o medo irracional da população seria o
investimento no conhecimento. O conteúdo do artigo faz um forte apelo à pesquisa nessa área,
argumentando que os avanços na tecnologia de melhoramento genético vêm apresentando
produtos que “deliciam o apetite” e “salvam tantas vidas”.
O apoio ao investimento na pesquisa também é defendido por parte da população, como
mostram os dois extratos a seguir:
Se o objetivo das forças sociais é questionar o poder transnacional sobre os alimentos, então a
melhor resposta é fortalecer a pesquisa biotecnológica no país. A embrapa provou que tem
competência para concorrer com os líderes do mercado de sementes. Apoiar novas pesquisas com
transgênicos visando objetivos sociais é a forma mais adequada de lutar. (Artigo 015, A Folha de
SP, grupo: cartas, ator: leitor, 2000).
O governo e a população brasileira precisam, com urgência, rever seu preconceito contra os
alimentos transgênicos, sob pena de, mais uma vez, o país ficar marcando passo na corrida
mundial pelo avanço científico. O Brasil corre o risco de ser ridicularizado e passar vergonha
perante a comunidade científica mundial. (Artigo 005, A Folha de SP, grupo: cartas, ator: leitor,
2000).
Esses dois extratos argumentam que a melhor maneira para criticar a tecnologia ou para
acabar com o “preconceito” da população é justamente investir no desenvolvimento do
conhecimento. O primeiro extrato defende que o país já está competindo no mercado mundial
dessa tecnologia e o segundo extrato argumenta que é preciso investir mais na pesquisa para que
o país não fique atrasado na “corrida mundial pelo avanço científico”. Outros artigos também
enviados pelos leitores defendem que é necessário o investimento no desenvolvimento do
conhecimento também por parte da população:
243
A principal questão envolvendo os ogms é a falta de conhecimento profundo sobre o assunto.
Aliás, é esse o principal problema da sociedade moderna: somos bombardeados com uma série
enorme de informações, mas nada com o devido aprofundamento. Saber é poder e queria que
pudéssemos saber mais sobre genética, tecnologia, ciência em geral, economia e política para
melhor decidirmos os rumos de nossa vida. (Artigo 233, O Estado de SP, grupo: cartas, ator:
leitor, 2003).
O extrato acima discute o tipo de informação a respeito dos transgênicos que é passada
para a população. O autor argumenta que, embora exista uma quantidade enorme de informação,
esta não apresenta o tema com profundidade suficiente para permitir ao cidadão tomar uma
posição sobre esse assunto e tantos outros ligados à ciência e tecnologia que estão presentes no
seu dia a dia.
O extrato a seguir argumenta que a veiculação de informações distorcidas pelos grupos
contra os transgênicos é responsável pelo medo irracional da população, reação que sempre
acontece em relação aos desenvolvimentos da ciência e tecnologia:
Os adversários dos transgênicos, desde os convictos até os interessados, discutem
emocionalmente, criando a dúvida e o medo. Todo o avanço tecnológico e científico tem passado
por esse tipo de reação. Apregoam o mal desconhecido ao invés do bem conhecido. Que o
digam Galileu Galilei e Oswaldo Cruz, que enfrentaram versões de inquisição à sua época, um
com a condenação de sua obra, o outro com a revolta da vacina. Somem-se a isso os eternos
ressentidos com o sucesso ou razões políticas e temos um grupo considerável relegando o racional
e pondo combustível no emocional. O que está em questão também é toda uma tradição e um
esforço da ciência na melhora das condições de vida. A desmoralização da ciência atrasa esse
avanço, inexorável. assistimos a isso no passado. Os luditas, contra os teares; os puristas,
contra os automóveis. E a biotecnologia é o maior avanço na agricultura desde a descoberta do
nitrogênio sintético, que desautorizou Malthus. Mas as demandas sobre a produção de alimentos
aumentam exponencialmente. O recente desenvolvimento de um arroz transgênico com maior
dose de betacaroteno sinaliza uma melhora na situação de penúria e falta de saúde na África. Será
que esse enorme contingente não tem direito a uma vida menos miserável? Será que, por conta
de um suposto e improvável risco de uma borboleta, milhões de seres humanos devem
permanecer na subnutrição? Será que a insulina, que é transgênica, não deveria ser usada? A
solução não é difícil: que sejam rotulados os produtos. As populações abastadas podem e devem
ter escolha. Os miseráveis não têm essa escolha e precisam de mais alimentos, melhores e mais
baratos. (Artigo 014, A Folha de SP, grupo: editorial, ator: agricultor, 2000).
Mais uma vez, os grupos adversários a essa tecnologia são retratados como representando
um atraso sem fundamento ao desenvolvimento da ciência. Esta é retratada como “um esforço na
melhora das condições de vida da população”. Os riscos apresentados por esses grupos são
tomados como improváveis. Esse artigo também apela para os benefícios desenvolvidos por
essa tecnologia, como a insulina e os alimentos mais nutritivos. O final do extrato discute que a
rotulagem seria a melhor maneira de se acabar com o debate sobre a introdução ou não dessa
tecnologia em um país. Porém, o autor argumenta que os ricos teriam o direito de escolher entre
244
consumir ou não os produtos resultantes dessa tecnologia. os pobres não teriam esse direito
porque “precisam” desses produtos.
O segundo grupo de artigos, como foi dito, é contra a introdução dessa tecnologia no
Brasil. Muitos desses artigos rebatem os argumentos apresentados pelo grupo anterior, como
mostra o extrato a seguir:
Os argumentos pró-transgênicos utilizados agora não são novos e já foram cabalmente rebatidos
pelas ONGs da campanha por um Brasil livre de transgênicos. Se insistimos nesses argumentos, é
para esclarecer à sociedade mais uma vez que os transgênicos o são solução para resolver o
problema da fome nem no Brasil, nem no mundo. Harvey Glick, diretor da monsanto, erra ao
afirmar que os transgênicos podem ajudar o Brasil e erradicar a fome, acenando com o
desenvolvimento de safras transgênicas resistentes às secas no nordeste. [...] Por trás dessa e de
outras promessas transgênicas mágicas está em jogo a pressão pela liberação de soja
geneticamente modificada resistente a herbicidas, que representaria um mercado de bilhões de
dólares. Aliás, é bom lembrar que a soja transgênica e o seu herbicida são propriedade exclusiva
da monsanto e que a soja transgênica está proibida no Brasil por ordem judicial. A pretendida
liberação, portanto, poderia até suavizar a fome de lucros dessa multinacional, mas não teria
nenhum impacto sobre o número de famintos em nosso país. Afinal, é mais do que evidente que a
fome é conseqüência da distribuição de recursos e não da de produção. Com a pregação em
favor de uma tecnologia que em nenhum lugar do mundo se comprovou segura para o consumo
humano e para o ambiente, a monsanto insiste em ignorar o princípio da precaução,
estabelecido pelo protocolo de biossegurança e referendado pela convenção sobre diversidade
biológica, ratificada pelo Brasil. (Artigo 059, A Folha de SP, grupo: editorial, ator: ONG
ambiental, 2002).
O extrato acima rebate o argumento de que os transgênicos poderiam solucionar o
problema da fome, argumentando que este é mais social do que um problema de solução
tecnológica. O conteúdo do artigo tenta mostrar para a sociedade que existem interesses
econômicos por trás das promessas de benefícios. O artigo também mostra que esses interesses
têm feito as empresas de biotecnologia ignorar os riscos sanitários e ambientais ainda
desconhecidos, bem como os acordos internacionais que defendem o princípio da precaução em
relação aos transgênicos.
O problema da fome, assim como os interesses econômicos por trás do desenvolvimento
dessa tecnologia também são discutidos pela população, como mostram os dois extratos a seguir:
A análise do prof. José Maria Alves da Silva é perfeita [...]. É uma balela o matar a fome do
mundo com soja e transgênicos. Da mesma forma que os remédios são desenvolvidos para quem
pode comprar e não se vê investimento privado para acabar com a hanseníase, por exemplo, que é
doença de pobre, a soja transgênica ou não destina-se em sua quase totalidade a virar carne para
quem tem alta renda e pode comprá-la. (Artigo 006, A Folha de SP, grupo: cartas, ator: leitor,
2000).
Em resposta ao artigo de Luiz Hafers [...]: não. Milhões de seres humanos não devem
permanecer subnutridos. Nem será o arroz com maior dose de betacaroteno que melhorará a
245
saúde dos africanos. A subnutrição não será sanada com transgênicos. O que os miseráveis
precisam é de uma política justa, que lhes possibilite uma vida digna, e não comer arroz.
Enquanto não houver nada esclarecido sobre os efeitos dos transgênicos, é melhor que eles sigam
rotulados. Ou o que se quer é testar a sua qualidade nos miseráveis para que as populações
abastadas não paguem pelas conseqüências? (Artigo 013, A Folha de SP, grupo: cartas, ator:
leitor, 2000).
O primeiro extrato argumenta que os interesses por trás do desenvolvimento dos
transgênicos não estão voltados para resolver os problemas causados pela distribuição de
renda, nem para melhorar a qualidade de vida dos pobres e defende que esse desenvolvimento
está voltado, de fato, apenas para as populações mais ricas. O segundo extrato levanta ainda outra
questão: o final do artigo pergunta se a introdução dessa tecnologia nos países mais pobres, sem
lhes dar a possibilidade de escolha, seria uma forma de testar a segurança dessa tecnologia, de
forma que os países ricos não precisem sofrer com os possíveis riscos e conseqüências. Ainda em
relação a esse tópico, o extrato a seguir discute que não como escapar dos possíveis riscos da
introdução de uma tecnologia, independente da condição econômica da população ou do país:
O senhor Luiz Hafers tamm impressionante exemplo de desafio ético. Diz ele: “Será que,
por conta de um suposto e improvável risco de uma borboleta, milhões de seres humanos devem
permanecer na subnutrição? As populações abastadas podem e devem ter escolha; os miseráveis
não têm essa escolha e precisam de mais alimentos, melhores e mais baratos”. Quando uma
tecnologia provoca perturbações ecológicas como é cada vez mais comprovado no caso dos
transgênicos, o risco não e de uma ou de outra espécie, mas de todas elas, inclusive a humana.
(Artigo 008, A Folha de SP, grupo: editorial, ator: cientista hum, 2000).
Esse extrato argumenta que as conseqüências trazidas pela introdução apressada de uma
tecnologia, como no caso dos transgênicos, são de fato globais e afetam todos os seres vivos do
planta, inclusive os homens. Esses artigos enfatizaram a discussão sobre os problemas sociais e
éticos trazidos pelos transgênicos, mas uma grande parte dos artigos desse segundo grupo
também discute os riscos dos mesmos para a saúde humana e para o meio ambiente, como mostra
o extrato a seguir:
Apesar dos enormes benefícios em termos de produtividade que possam propiciar, esses produtos
podem ter efeitos prejudiciais para a saúde humana e também para o meio ambiente. No caso da
saúde, mais especulações do que estudos fundamentados, mas, ao menos teoricamente, pode-
se temer que esses organismos provoquem alergias e, hipótese ainda mais remota,
complicações genéticas desconhecidas por efeito pliotrópico. De qualquer forma, transgênicos
estão nas mesas dos norte-americanos há cinco anos sem que se constatassem anormalidades. Para
o meio ambiente os riscos são um pouco mais concretos. Estudos, ainda inconclusivos, indicam
que transgênicos podem até ameaçar algumas espécies. Nesse tipo de questão, contudo, a simples
possibilidade de dano deve ser avaliada com toda a seriedade e, ainda que cientistas e governos
considerem a tecnologia segura, deve ser dada ao consumidor a oportunidade de decidir o que ele
vai ou não ingerir. Assim, rotular claramente os produtos transgênicos indicando que são
246
manipulados é um direito do consumidor, que, no Brasil, devido à existência de um vácuo
jurídico, não vem sendo respeitado. Algumas pessoas, justificadamente ou não, acreditam que são
o que comem. Têm todo o direito de escolher o que querem ser. (Artigo 027, A Folha de SP,
grupo: editorial, ator: jornal, 2000).
Muitos artigos dessa classe discutem que existem possíveis riscos dos transgênicos para a
saúde humana e para o meio ambiente, mas que ainda não existem provas definitivas quanto à
segurança ou perigos dos mesmos. Apesar disso, como mostra esse extrato, esses artigos também
defendem que “a simples possibilidade” de que exista algum risco exige mais estudos. O extrato
também argumenta que mesmo se for comprovada a segurança desses produtos, as pessoas ainda
têm o direito de escolher se querem ou não consumi-los. Porém, como mostra o final do artigo,
esse direito não vem sendo respeitado no Brasil. Esses dois pontos (riscos e rotulagem) também
são discutidos por muitos dos artigos enviados pela população:
Os cinco anos de cultivo de transgênicos nos EUA, sem prejuízos aparentes ao meio ambiente e à
saúde dos americanos, não nos deixam nada tranqüilos, que muitos dos efeitos nocivos dos
agrotóxicos foram constatados após 30, 40 anos de seu uso. Imaginemos, então, como podem
ser os efeitos de alimentos alterados. (Artigo 170, O Estado de SP, grupo: cartas, ator: leitor,
2000).
Esse extrato mostra que uma parte da população brasileira se mostrava preocupada com
os possíveis riscos sanitários e ambientais dos transgênicos e que a ausência de provas que
comprovassem tais riscos até o momento não os convencia, argumentando que os danos causados
por outros “avanços” tecnológicos no campo alimentar tinham demorado um longo tempo para se
manifestar. Nesse sentido, muitos leitores defendiam o direito à informação através da rotulagem
dos produtos:
Como consumidor, sou a favor do boicote aos transgênicos. Infelizmente, não encontro
informação nos rótulos dos produtos sobre sua procedência, o que considero um absurdo.
Descobri ontem na reportagem da folha que já usei produtos modificados geneticamente e estou
indignado com tal situação. Os responsáveis e donos dessas empresas deveriam ser punidos.
(Artigo 028, A Folha de SP, grupo: cartas, ator: leitor, 2000).
O ministro Pratini de Moraes diz que a rotulagem de produtos transgênicos vai causar 20% de
aumento nos produtos. A embalagem e rótulos dos produtos trazem a composição, volume, data
etc. Em 20%. Será que o senhor ministro quer tirar o nosso direito de sabermos o que vamos
comer? (Artigo 002, A Folha de SP, grupo: cartas, ator: leitor, 2000).
Os dois extratos acima mostram que uma parte da população brasileira estava indignada
com o descaso do governo em relação ao direito do consumidor à informação, argumentando que
o processo de rotulagem ia encarecer os produtos. O primeiro extrato mostra também que essa
247
política do governo impedia os cidadãos de se manifestarem e de tentarem atos diretos de
protesto contra os transgênicos, como o boicote.
Tentando resumir, pode-se dizer que os artigos dessa classe também se dividem em dois
grupos: um a favor e outro contra a introdução dos transgênicos. A discussão desses dois grupos
gira em torno das conseqüências sanitárias, ambientais e sociais dessa tecnologia. Pode-se pensar
que essa classe é uma resposta aos artigos associados às classes “Divulgação científica” e
“C,T&S” do estudo anterior.
Os argumentos dos artigos do primeiro grupo a favor dos transgênicos se encaixam dentro
da visão de mundo denominada Iluminista, como foi visto no primeiro capítulo. De acordo com
essa visão, a os avanços da ciência e da tecnologia são responsáveis pelo desenvolvimento do
país e pelo melhoramento das condições de vida da sua população. As reações de medo da
população frente a esse avanço são irracionais e fruto da divulgação de informação distorcida por
grupos adversários que agem sem fundamento. Isso deve ser corrigido através do
desenvolvimento de conhecimento científico e da passagem correta desse conhecimento para a
população. Os possíveis riscos a serem corridos são compensados pelos benefícios que a
tecnologia pode trazer.
Os artigos do segundo grupo rebatem os argumentos propostos pelos do primeiro grupo.
Esses artigos discutem os interesses econômicos por trás do desenvolvimento dessa tecnologia.
Também são discutidos os possíveis riscos sanitários, ambientais e sociais dos transgênicos. Tais
riscos são retratados como globais e, assim, podem afetar todos os seres vivos do planeta,
inclusive os homens, independente da situação econômica dos mesmos. O conteúdo desse grupo
ainda discute o direito de informação e escolha dos cidadãos. Os argumentos desse segundo
grupo propõem um exercício de reflexividade (tanto no sentido de mostrar refletir –, como de
pensar reflexão) sobre os possíveis riscos que o desenvolvimento “cego” da ciência e
tecnologia podem trazer, como também foi visto no primeiro capítulo.
248
Classe 2: A reinvenção do político?
Nessa classe foram selecionadas 357 UCEs, ou seja, 11,61% do total de UCEs
classificadas, sendo a menor classe do corpus. Foram analisadas 12,49 palavras por UCE, de um
total de 186 palavras diferentes. Destas, 32 palavras são associadas significativamente à classe,
como mostra a tabela 18.
Tabela 18: Palavras associadas significativamente à classe “A reinvenção do
político?”
Palavras
associadas
%
Classe
² F1 F2
Neoliberalismo 100.00 176.36 23 23
Internet 91.67 75.21 11 12
Fórum 83.33 121.21 20 24
Esquerda 81.25 75.98 13 16
Velho 80.00 91.72 16 20
Democracia 78.18 241.76 43 55
Cuba 75.00 47.15 09 12
Jovens 75.00 31.40 06 08
Sindicatos 75.00 62.95 12 16
Globalização 74.07 103.53 20 27
Costume 73.33 55.94 11 15
Liberdade 72.73 80.62 16 22
Evento 70.59 57.92 12 17
Movimentos 67.80 184.98 40 59
Latina 66.67 35.57 08 12
Capital 63.64 29.11 07 11
Regime 62.50 40.57 10 16
Luta 62.16 93.22 23 37
Comitê 60.00 22.88 06 10
Violência 60.00 22.88 06 10
Alca 58.33 25.62 07 12
Organizadores 58.33 25.62 07 12
Símbolo 57.89 39.89 11 19
Campanha 57.14 28.40 08 14
Alegre 56.25 31.22 09 16
ONGs 56.00 48.38 14 25
Sobreviver 55.56 16.98 05 09
Social / sociais 55.05 207.67 60 109
Marca 54.55 19.82 06 11
América 53.85 22.68 07 13
Atos 53.85 22.68 07 13
Militantes 53.85 22.68 07 13
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados em 2001 e 2005; pelo jornal A Folha de SP; nos “editoriais”; e pelos atores “cientistas
(humanas e sociais)” e “políticos”.
Nessa classe, os transgênicos aparecem como apenas um dos temas que representam o
modelo de desenvolvimento científico-tenológico-econômico do mundo globalizado e neoliberal.
Esses temas são contestados por movimentos sociais ou discutidos em fóruns alternativos, tais
como, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Fórum Social Mundial. Pode-se
pensar que essa classe é uma resposta a alguns aspectos abordados pelos artigos associados às
classes “C,T&S” e “FSM / MST” do estudo anterior.
Os artigos que compõem essa classe também se dividem em dois grupos: 1) um grupo que
apresenta as propostas de tais grupos e reuniões como uma alternativa a esse tipo de
desenvolvimento, um exercício de democracia e uma nova forma de se pensar e fazer o político; e
249
2) outro grupo que apresenta tais propostas como um atraso ou retrocesso ao desenvolvimento e
como uma saída autoritária e antidemocrática.
O primeiro grupo de artigos questiona o rumo do atual desenvolvimento científico-
tenológico-econômico. O conteúdo dos artigos desse grupo representa esse tipo de
desenvolvimento como “cego” e que, não somente não traz mais vantagens econômicas, mas
também é responsável por uma série de problemas sociais, como mostra o artigo a seguir:
As falsas promessas de retomada do desenvolvimento empurraram a América latina à estagnação
que a afeta desde 1999, enquanto a desigualdade e a exclusão social se aprofundam, as
fragilidades externas aumentam, a renúncia à afirmação das nossas identidades se estende e o
continente se transformado no mais instável do mundo em termos econômicos e sociais. Essa
instabilidade é produto do esgotamento do velho as políticas neoliberais e da força ainda
insuficiente do novo – um mundo em que a justiça e a solidariedade tenham preponderância sobre
as leis do mercado para se constituir em alternativa. Essa é a marca do momento vivido pelo
nosso continente. O velho insiste em sobreviver, por meio de governos que mantêm e
reproduzem as desumanas e antidemocráticas políticas de ajuste fiscal, priorizadas em relação às
políticas sociais. [...] O novo começou a surgir muito tempo desde o grito de chiapas, dos
zapatistas, em 1994 –, mas tomou novo impulso quando os camponeses bolivianos impediram a
privatização da água e derrubaram o presidente que a promovia, construindo uma força política
social alternativa ao governo. Surge quando os movimentos sociais latino-americanos a
começar pelo MST lutam pela reforma agrária, contra os transgênicos e pela segurança
alimentar. O novo está presente na vitoriosa reestruturação da dívida externa Argentina, realizada
por Néstor Kirchner. [...] A solução positiva da crise, a vitória do novo sobre o velho depende da
esquerda das forças políticas, dos movimentos sociais e culturais, da imprensa independente, da
intelectualidade crítica, da cidadania militante. (Artigo 153, A Folha de SP, grupo: editorial, ator:
cientista hum, 2005).
O conteúdo do extrato acima faz uma divisão entre o modelo de desenvolvimento que tem
sido adotado até hoje, caracterizado como “velho”, “desumano” e “antidemocrático”, e um outro
modelo de desenvolvimento, proposto em alternativa ao primeiro tipo, caracterizado como
“novo”, “justo e solidário” e “democrático”. O extrato mostra que o momento de crise pelo qual a
sociedade passa, diz respeito à predominância do modelo “velho” de desenvolvimento no mundo
atual e que, para que o “novo” modelo de desenvolvimento possa ganhar forças, é preciso a
participação conjunta dos cidadãos, dos cientistas, da mídia e dos movimentos sociais. Entre
esses movimentos, o extrato destaca a contribuição do MST em direção a essa proposta. Outros
artigos mostram como essas discussões foram feitas no Fórum Mundial Social, que aconteceu em
2001:
O fórum social mundial teve um saldo positivo? Sim. A realização do FSM (fórum social
mundial), em Porto Alegre, é um fato histórico, marca a retomada da busca de um mundo
solidário. Um outro mundo é possível! É preciso destacar o caráter do encontro: democrático,
pluralista e de alto grau de organização. Buscou a construção de alternativas a globalização
neoliberal com, durante todo o evento, uma liberdade total de opinião e de manifestação,
250
inclusive para aqueles que se opunham a sua realização, o que não aconteceu em Davos. O FSM
marca uma mudança radical na ação das organizações não-governamentais, as ONGs, que,
pela primeira vez, se uniram aos sindicatos, as entidades da sociedade civil, aos movimentos
populares, aos governos e aos partidos políticos de esquerda na definição de ações e de objetivos
comuns. Não é pouca coisa. Trata-se de um avanço na forma de atuar e nos objetivos daqueles
que se manifestaram em Seattle, Washington e Praga. Um avanço na realização não apenas de
protestos e de denúncias, mas na busca de alternativas e na apresentação de políticas públicas. O
FSM inaugura uma forma superior de articulação de entidades e de movimentos mais de 600,
de mais de 120 países e terá um grande impacto sobre a atuação e os objetivos desses grupos
organizados. Influenciará, ainda, a vida política, social e cultural de seus países de origem.
Assistimos, em Porto Alegre, a um importante acontecimento político: a fusão de luta social e
luta político-institucional. Vimos o início da constituição de uma plataforma comum alternativa
ao modelo de globalização neoliberal. (Artigo 050, A Folha de SP, grupo: editorial, ator:
político, 2001).
O conteúdo do extrato citado acima representa o Fórum Mundial Social como um avanço
nas formas de se propor um novo modelo de desenvolvimento. Mais uma vez, esse extrato
destaca que as alternativas propostas ao modelo de desenvolvimento atual são um exercício de
solidariedade, cidadania e democracia. O extrato argumenta que, esse evento, marcou uma
mudança na forma de atuação de certos grupos, como as ONGs, que normalmente agem
sozinhas. O artigo mostra que o Fórum proporcionou a participação conjunta desses grupos com
cidadãos, cientistas, políticos, a mídia e outros movimentos sociais, como propunha o primeiro
extrato. Esse artigo defende que a discussão feita nesse fórum pode ser considerada uma nova
forma de se pensar, apresentar e fazer política.
O segundo grupo de artigos, com já foi dito, representa os atos de tais movimentos e as
propostas discutidas em tais fóruns como uma afronta ao regime democrático e um retrocesso no
desenvolvimento do país. O extrato a seguir discute, a partir dessa perspectiva, os atos do MST:
Tem-se pretendido justificar os atos violentos perpetrados pelo movimento dos sem-terra (MST) com a
invocação da liberdade na democracia, de tal modo que seriam ilícitas e reprováveis as medidas
governamentais destinadas a manter a ordem pública, assegurando os direitos das vítimas dos atentados.
Nada mais absurdo que tal assertiva. Em verdade, no regime democrático a liberdade jamais poderia
significar a faculdade de fazer o que bem se entende, porquanto ela é um bem comum de caráter universal,
de tal modo que a ação dos cidadãos pressupõe o respeito mútuo dos direitos e prerrogativas de cada um.
[...] justificando atos de espoliação, é que se deixou de raciocinar nos termos da lei, mas, sim, em
função de motivos ideológicos, ou seja, das leis futuras que se pretende instaurar pela força, segundo
aspirações que nada tem que ver com a democracia, mas que, no fundo, visam a subvertê-la. Somente os
ingênuos ou os mal-intencionados não percebem que o MST, em vez de um movimento social
humanitário, é um partido político ou forca auxiliar de um partido político, a revelia da lei, sem a qual não
liberdade nem democracia que perdurem. (Artigo 180, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: jornal,
2000).
Esse extrato discute que a “nova forma de fazer política” do MST não respeita as leis que
garantem os direitos e a liberdade dos cidadãos. O final do extrato argumenta que esse
251
movimento, na verdade, não visa lutar por uma sociedade mais humana ou solidária, mas sim
subverter a democracia do país. Outros artigos comentam, também a partir dessa visão, as
discussões que ocorreram no FSM:
O fórum social mundial teve um saldo positivo? Não. [...] apregoou a supressão da democracia.
De repente, retrocedemos décadas. Surpreendente. O fórum, pensado inicialmente como um
evento apartidário e propositivo, tornou-se, em suas conferências centrais, um lugar de crítica
indiscriminada à globalização e ao neoliberalismo. Para além da confusão elementar de
identificar um fenômeno com um conjunto de idéias, parecia que tudo valia na aliança
estabelecida. Contanto que o neoliberalismo fosse o núcleo aglutinador. Um dos organizadores
do evento, indagado por mim num debate televisivo sobre a presença de tais personagens não-
democráticos, limitou-se a responder: Juntamos todos os críticos do neoliberalismo. Vale tudo?
Inclusive a aniquilação da democracia? O fórum deveria ter tido como linha divisória a luta
contra determinados efeitos da globalização dentro da sociedade capitalista e segundo as suas
instituições democráticas. E digo determinados efeitos, como o controle da volatilidade do capital
especulativo, e não contra o telefone celular, os computadores, a internet ou contra o debate
globalizado contra Davos, transmitido para todo o planeta. Ninguém pensa sensatamente em
voltar a um mundo pré-globalização, a não ser aqueles que deliram pela volta dos velhos tempos.
E lutar regradamente por controlar certos de seus efeitos nefastos implica reconhecer a
democracia representativa como o pilar das transformações sociais. (Artigo 049, A Folha de SP,
grupo: editorial, ator: cientista hum, 2001).
O conteúdo do extrato acima critica a organização do FSM, argumentando que, em vez de
possibilitar a discussão e a crítica dos verdadeiros “efeitos nefastos” da globalização e do
neoliberalismo, esse evento se tornou um encontro para qualquer tipo de crítica, independente da
sua fundamentação, tornando-se assim, um evento que proporcionou a “aniquilação da
democracia”.
O final do extrato inverte os argumentos do grupo anterior e caracteriza as alternativas
propostas por esse evento como uma “volta aos velhos tempos”. O extrato não reconhece as
novas formas do social e do político, e reforça que as transformações sociais, bem como os
efeitos nefastos do desenvolvimento devem ser “controlados” pela “democracia representativa”,
valorizando a forma tradicional de fazer política.
A dicotomia apresentada pelo conteúdo dessa classe, assim como na classe anterior,
reflete a divisão discutida no primeiro capítulo entre a lógica da sociedade industrial e a
reflexividade proposta pela segunda modernidade. O primeiro grupo de artigos se encaixa dentro
do movimento proposto pela modernização reflexiva e o segundo grupo opera dentro da lógica da
sociedade de risco residual.
252
Classe 4: O Brasil avança – para onde?
Nessa classe foram selecionadas 402 UCEs, ou seja, 13,08% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 12,73 palavras por UCE, de um total de 181 palavras diferentes.
Destas, 36 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 19.
Tabela 19: Palavras associadas significativamente à classe “O Brasil avança para
onde?”
Palavras
associadas
%
Classe
² F1 F2
Amazônia 86.21 137.74 25 29
Desmatamento 85.71 98.14 18 21
Agrária 79.41 133.09 27 34
Fortalecer 78.57 53.07 11 14
Marcar 77.78 33.24 07 09
Sustentável 75.00 54.25 12 16
Fiscais 75.00 40.64 09 12
Energia 73.33 48.15 11 15
Indígena 71.43 42.13 10 14
Agenda 68.75 43.85 11 16
Assentamento 66.67 45.74 12 18
Comprometer 66.67 30.44 08 12
Expansão 66.67 30.44 08 12
Montar 66.67 22.80 06 09
Cooperativas 66.67 15.19 04 06
Escolas 66.67 15.19 04 06
Investimento 63.16 84.89 24 38
Enfrentar 62.50 51.98 15 24
Famílias 61.54 54.17 16 26
Rural / rurais 60.00 78.50 24 40
Programas 60.00 58.68 18 30
Ensinar 60.00 19.43 06 10
Imediato 60.00 19.43 06 10
Floresta 57.89 33.78 11 19
Crédito 57.14 11.98 04 07
Juros 57.14 11.98 04 07
Distribuição 56.25 26.37 09 16
Externa 56.25 26.37 09 16
Belo 55.56 14.33 05 09
Financiamento 55.56 57.82 20 36
Plano 55.00 31.12 11 20
Rumos 55.00 31.12 11 20
Modelo 54.55 50.46 18 33
Retomar 54.55 16.70 06 11
Vista 53.33 43.19 16 30
formar 53.33 21.49 08 15
Contribuíram significativamente para essa classe, principalmente, as UCEs provenientes
dos artigos publicados em 2002 e 2003; sem predominância de nenhum dos dois jornais; nos
“editoriais”; e pelos atores “cientistas (humanas e sociais)”, “políticos”, “colunistas” e
“representantes de Igreja”.
Essa classe se relaciona diretamente com a classe “A reinvenção do político?”, descrita
anteriormente. Assim como na classe anterior, a maioria dos artigos associados a essa classe
também foi publicada nos editoriais e pelos autores “cientistas (humanas e sociais)” e “políticos”.
Porém, nessa classe surgem outros dois novos atores: “colunistas” e “representantes de Igreja”.
A proximidade entre as duas classes se pela continuação da discussão e do
questionamento sobre o rumo do atual desenvolvimento científico-tenológico-econômico.
Entretanto, se na classe anterior a crítica a esse modelo era feita ao nível global, nessa classe a
discussão é feita, especificamente, em relação ao modelo de desenvolvimento adotado pelo
253
Brasil. Novamente, pode-se pensar que essa classe é uma resposta a alguns aspectos abordados
pelos artigos associados às classes “C,T&S” e “FSM / MST” do estudo anterior.
Os anos associados a essa classe, 2002 e 2003, marcam o período de transição entre o
governo FHC e o governo Lula. O conteúdo dessa classe discute, em específico, o modelo de
desenvolvimento para o país proposto pelo projeto “Avança Brasil”, idealizado e implementado
durante a administração FHC e continuado pela administração Lula.
Os artigos dessa classe mostram que os danos ambientais e sociais, freqüentemente
apontados como conseqüências do modelo de desenvolvimento “cego”, podem ser vistos no
Brasil. Esses danos são discutidos também dentro do projeto “Avança Brasil”. Os artigos fazem
críticas a esse projeto e apresentam estudos de cientistas brasileiros que contra-indicavam a
implementação do mesmo. A questão da destruição da Amazônia também é tomada como
exemplo, uma vez que muitas das obras de infra-estrutura propostas por esse projeto são
destinadas à área da Amazônia Legal, para o escoamento de soja.
Desse modo, o tema dos transgênicos nessa classe gera uma discussão maior sobre o
modelo de agricultura, de desenvolvimento econômico e a política ambiental adotados pelos
governos brasileiros. Também é feito um questionamento do modelo de ciência e de formulação
de políticas públicas do país, apontando a necessidade de um debate amplo com a sociedade.
O ator “colunista” tem um papel importante no conteúdo dessa classe. Dentro dessa
categoria, o colunista Washington Novaes, dedicado ao jornalismo ambiental, ocupa um lugar de
destaque, sendo responsável por muitas das UCEs significativamente associadas a essa classe. No
extrato apresentado a seguir, esse colunista discute o desafio que a ministra do meio ambiente,
Marina Silva, terá durante a administração do novo governo, eleito em 2002, em relação à
política ambiental que permeia os planos para o desenvolvimento do país:
Como cumprir tantas obrigações com menos de meio por cento do orçamento total e ainda com a
maior parte de seus recursos para investimento contingenciada todo ano? Declara a futura
ministra que o desafio da insustentabilidade tem de ser colocado no mesmo nível das utopias da
humanidade. Tem toda a razão. Mas enfrentará graves dilemas logo de saída, já que nossos
economistas e outros estudiosos colocam todas as esperanças imediatas do país no crescimento
econômico puro e simples sem considerá-lo à luz dos estudos que apontam um consumo global,
hoje, já superior em mais de 20% à capacidade de reposição da biosfera. Como crescer, utilizando
cada vez mais recursos e serviços naturais, quando estamos além do possível (os relatórios
mostram que o Brasil também tem consumo superior à capacidade média de reposição)? Como
não pensar em crescer, se ainda temos um terço da população abaixo da linha de pobreza e
precisando aumentar seu consumo [...]? Não faltarão desafios a futura ministra a começar pelo de
conseguir que no centro da estratégia do pais esteja a escassez global de recursos e serviços
naturais. (Artigo 208, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2002).
254
O conteúdo do extrato discute que o Brasil apresenta dados que mostram que ainda existe
uma grande parte da população abaixo da linha de pobreza e que apontam para a necessidade
urgente de um plano de desenvolvimento do país. Porém, os dados também mostram que outra
parte da população é responsável pelo consumo superior à capacidade de reposição. O desafio
colocado à ministra é de conseguir encontrar soluções para um modelo de desenvolvimento que
não siga o modelo “cego”, adotado até o momento e ainda recomendado por uma parte dos
próprios cientistas e economistas brasileiros.
Outro ator associado a essa classe são os “políticos”. Entre estes, a própria ministra do
meio ambiente, Marina Silva, apresenta as diretrizes do novo governo para tratar a questão
ambiental e ligá-la aos projetos referentes ao desenvolvimento do país. Em um artigo, a ministra
argumenta que a situação ambiental do país é resultado de uma “herança problemática”, mas que
é preciso mudar essa situação, responsabilizando e penalizando os culpados. Ela reconhece que
os recursos naturais no Brasil, apesar de abundantes, não são infinitos e que é preciso planejar
com cautela a utilização dos mesmos, pensando não apenas no desenvolvimento imediato, mas
também nas conseqüências deste para as gerações futuras. Assim, ela define que a estratégia de
política ambiental do novo governo deve perpassar os vários setores ligados ao plano de
desenvolvimento do país, tais como a agricultura, indústria, saúde etc. Além disso, a ministra
argumenta que, para o sucesso dessa estratégia, é necessário o fortalecimento e a participação da
sociedade civil juntamente com o Estado. Tais “promessas” foram comentadas por alguns artigos
dessa classe, como mostra o extrato a seguir:
Parecem muito promissoras as primeiras intenções anunciadas pela futura ministra do meio
ambiente [...] Não será nada fácil e a senadora sabe disso. Conseguir que a política ambiental
permeie toda a ação do governo e conduza ao desenvolvimento sustentável implica rediscutir
praticamente todas as megapolíticas em curso. E isso exigirá não apenas criar formatos de
participação nas discussões setoriais e de superação de resistências previsíveis, como obter uma
fatia suficiente do poder decisório. Na área de transportes, por exemplo, será indispensável
questionar o rodoviarismo predominante (e até o hidroviarismo de ocasião, atado à expansão do
agribusiness), em detrimento principalmente da malha ferroviária, na prática em sucateamento
quatro décadas. E um dos setores em que isso será mais imprescindível é o dos projetos do
programa Avança Brasil, que pretendem abrir frentes de expansão da fronteira agropecuária no
vale do Araguaia e na Amazônia claramente contra-indicados por muitos estudos, que apontam a
inadequação da quase totalidade dos solos amazônicos teoricamente disponíveis para as culturas
de grãos e a pecuária, além de, nas duas áreas, haver alternativas social e ambientalmente mais
adequadas. (Artigo 209, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2002).
255
Esse extrato mostra que a proposta feita pela ministra do meio ambiente implicava mudar
toda tradição de política de desenvolvimento feita até o momento e, inclusive, já em curso pelo
novo governo. A reavaliação dos planos propostos pelo programa “Avança Brasil” e a devastação
da Amazônia são citados como exemplo do desafio que a ministra encontraria pela frente na
realização de suas promessas. Além disso, o extrato também começa a introduzir a questão da
expansão do agronegócio, prioridade de outras partes do governo, e que iam de encontro com as
propostas da ministra. A partir de 2003, os artigos passaram a discutir a não implementação das
estratégias prometidas pela ministra, como mostra o extrato a seguir:
Continuam a ser estimulados megaprojetos questionados pelos socioambientalistas. A esperança
de que novas estratégias em gestão possam mudar os rumos parece mais do que remota. Quem
consultar, por exemplo, o documento “Desenvolvimento e construção nacional: estratégia para o
crescimento econômico e inclusão social no Brasil”, produzido pelo conselho de desenvolvimento
econômico e social [...], pouco encontrará ali que possa aquietar a apreensão. Mais
especificamente na área da adequação socioambiental, embora haja uma referência genérica às
diretrizes propostas pela agenda 21 brasileira, não se caminha para confrontar as estratégias ali
incluídas com o que está sendo planejado e feito. Se se confrontasse, ver-se-ia que uma das
propostas da agenda é exatamente a de rever os projetos antes chamados de Avança Brasil e que
incluem quase tudo o que os socioambientalistas estão questionando. (Artigo 242, O Estado de
SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2003).
O extrato acima mostra que a política ambiental proposta pela ministra não estava sendo
implementada nas estratégias adotadas pelos outros ministérios que continuavam a adotar o
mesmo modelo de desenvolvimento do governo anterior, que já havia sido duramente criticado.
O andamento do projeto “Avança Brasil” é mais uma vez tomado como exemplo. Porém, não
mais como um desafio, mas como um sinal de fracasso do ministério do meio ambiente. Entre os
planos para o desenvolvimento do país, os artigos dessa classe deram uma atenção especial para a
estratégia de expansão do agronegócio, voltado para a exportação:
O país parece de novo caminhar em direção a mais uma tentativa de retomada do
desenvolvimento a qualquer preço e fundada principalmente em aumento de exportações
esquecendo as conseqüências que o modelo teve nas últimas décadas [...] Depositar todas as
esperanças ou a maior parte delas apenas em maior inserção internacional, num momento de
recessão ou algo próximo no Japão, na Europa e nos Estados Unidos, não parece boa estratégia.
Principalmente se se lembrar que a idéia repousa principalmente em exportações de produtos
primários ou de pouco valor agregado, que em geral têm apresentado tendência histórica de queda
de preços. E que essa agregação de valor hoje é feita quase toda pelos países industrializados, que
importam os produtos in natura e os transformam, antes de reexportar (caso do café solúvel, entre
muitos). Ainda deixando aqui, sem remuneração, os custos ambientais e sociais, quando não
financeiros (caso dos eletrointensivos). E mantendo altos subsídios em tudo o que lhes seja
conveniente. A angústia de encontrar saídas no curto prazo parece estar encaminhando a
administração federal para antigos e conhecidos projetos sem rediscutir os seus custos. Já há, no
governo federal, quem deposite muitas esperanças no avanço da fronteira agropecuária em
256
direção à Amazônia, até para criar um novo green belt de produção de grãos exportáveis via
pacífico ou pela hidrovia do Madeira. Ou em implantar a hidrovia do Araguaia-Tocantins,
também para expandir a produção de soja exportável. Ou ainda a fazer vista grossa ao
desmatamento favorecido pela rodovia Cuiabá-Santarém, desde que se exporte mais soja (Artigo
272, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2003).
O extrato acima discute que a estratégia do governo Lula em tentar encontrar saídas para
um crescimento em curto prazo estava fazendo com que este adotasse planos e projetos
utilizados pelos governos anteriores, ignorando as conseqüências trazidas por este modelo de
desenvolvimento. Os planos para a expansão do agronegócio voltada para a exportação de
produtos primários, sem um investimento na industrialização dos mesmos, assim como os planos
para essa expansão na Amazônia, eram freqüentemente apontados como exemplos de
investimento em curto prazo que ignoravam as conseqüências em longo prazo. Alguns artigos
dessa classe apresentam as várias conseqüências desse modelo de desenvolvimento “cego”,
adotado pelos governos anteriores e seguido pelo governo atual, que já podiam ser vistas no país,
como mostra o extrato a seguir:
O campo socioambientalista já está mais do que inquieto, mas o governo não escuta o rufar desse
tambor. Não faltaram avisos. Aqui mesmo, neste espaço, foram muitos os comentários.
Lembrando que os modelos de desenvolvimento seguidos no Brasil nas últimas décadas e que
continuam nesta atenderam prioritariamente aos interesses dos países industrializados e do
sistema financeiro. Internamente, a uma parcela reduzida da população, que se beneficia com os
processos de concentração da renda e do consumo insustentável. Contribuem, portanto, para
manter os padrões globais de produção e consumo, além da capacidade de reposição da
biosfera. Têm levado à estagnação econômica, quando não ao retrocesso. Ao desemprego. Ao
aumento das desigualdades regionais e intersetoriais de renda. À degradação dos recursos e
serviços naturais em todos os biomas que deveriam, ao contrário, ser a base de uma nova
estratégia do país, por representarem sua maior vantagem comparativa. Esses modelos
produziram e produzem a concentração populacional e a ingovernabilidade das metrópoles. A
violência e a insegurança coletiva. A desagregação social. A desarticulação do sistema público de
saúde. As mazelas do sistema educacional. A quase inviabilização do sistema de ciência e
tecnologia. O desrespeito aos direitos e possibilidades das comunidades indígenas e das
populações tradicionais. Em mais de um momento, lembrou-se nesses comentários que estava em
jogo muito mais do que uma política ambiental: está sobre a mesa é o modelo de país que se
deseja (Artigo 242, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2003).
Esse extrato mostra que a tradição nacional de modelo de desenvolvimento tem
contribuído para a grande desigualdade e problemas sociais que o país enfrenta em vários setores,
tais como: saúde, educação, segurança etc. Além disso, as conseqüências também são sentidas
em relação ao esgotamento dos recursos naturais do país. O extrato também rebate o argumento
de que esse modelo de desenvolvimento significa o “avanço” econômico e social do país,
empregado por alguns artigos das classes anteriores. Ao contrário do que esses artigos afirmavam
257
sobre esse avanço, o extrato acima argumenta que esse modelo de desenvolvimento estava
levando à “estagnação” ou mesmo ao “retrocesso” econômico e social do país. O final do extrato,
discute que, por trás da escolha do modelo de desenvolvimento de um país, o que está em jogo na
verdade é o “modelo de país que se deseja”. Nesse sentido, o extrato a seguir toma os
transgênicos como um exemplo da necessidade em se discutir com a sociedade “que riscos
podem ser aceitos ou devem ser recusados”:
Consideramos ser crucial a abertura de novos canais decisórios, com um debate efetivamente
participativo de diversos setores sociais, dando relevância ao princípio de precaução. Este
princípio não significa expectativa definitiva de risco zero nem é um entrave à contribuição e à
pesquisa cientifica e tecnológica. Ele é um complemento útil porque tempera a condição da
ciência como fundamento único da tomada de decisões sobre os riscos incertos, apoiando-a na
consulta aos cidadãos sobre que riscos podem ser aceitos ou devem ser recusados. Ademais, ao
aventar esses riscos, o processo participativo ajuda a apontar à sociedade quem são os potenciais
ganhadores e perdedores de eventuais decisões, em termos econômicos, sociais e políticos. [...] a
estratégia proposta apresenta, sem dúvida, dificuldades, como a forma de escolha dos membros
dos comitês ou fóruns e os caminhos de diálogo entre as posições dos representantes políticos e as
conclusões dessas instâncias participativas. Para sua implementação seria preciso criar
precondições adequadas, que aqui não temos espaço para detalhar. Mas se trata, do nosso ponto
de vista, de um desafio inevitável para abrir parâmetros de dialogo entre setores em conflito da
comunidade cientifica com a sociedade. Desta maneira, com o cuidado de não cair num
populismo participativo, poder-se-ia substituir a visão cientificista, segundo a qual alguns
administradores e peritos monopolizam o que se define como verdade e, conseqüentemente, o que
seria recomendável para todos. Ao não ver que a ciência também é política, o governo Lula está
perdendo a oportunidade de construir uma democracia científica e social. (Artigo 237, O Estado
de SP, grupo: editorial, ator: cientista (humana e sociais), 2003).
Esse extrato argumenta que, para a escolha do modelo de país que se deseja, é necessária
uma reformulação do processo decisório sobre temas importantes, que podem trazer diferentes
conseqüências econômicas e sociais para diferentes atores. Desse modo, o artigo defende que é
preciso “substituir a visão cientificista” e envolver também a sociedade no processo de
formulação de políticas públicas. Esse processo permitiria aos atores envolvidos no processo
decisório vislumbrar “quem são os potenciais ganhadores e perdedores de eventuais decisões”.
Porém, o final do extrato mostra que o governo não estava cumprindo a promessa de dialogar
com a sociedade como havia sido proposto no artigo de autoria da ministra do meio ambiente
apresentado anteriormente.
258
Classe 3: A bruxaria e a ciência
Nessa classe foram selecionadas 490 UCEs, ou seja, 15,94% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 12,63 palavras por UCE, de um total de 206 palavras diferentes.
Destas, 69 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 20.
Tabela 20: Palavras associadas significativamente à classe “A bruxaria e a ciência”
Palavras
associadas
%
Classe
² F1 F2
Pmdb 100.00 21.12 04 04
Aldo 95.00 93.91 19 20
Vice-
presidente
91.67 51.56 11 12
Plenário 90.00 41.07 09 10
Marina 89.55 276.99 60 67
Silva 89.19 303.62 66 74
Dirceu 88.89 108.18 24 27
Convocação 88.89 71.91 16 18
Presidência 87.50 92.44 21 24
Inácio 87.50 61.47 14 16
Cargo 87.50 30.65 07 08
Palocci 87.50 30.65 07 08
Planalto 84.91 191.43 45 53
Deputados 84.38 228.45 54 64
Alencar 83.33 40.83 10 12
Eleição 80.00 30.73 08 10
Elogios 80.00 30.73 08 10
Gabeira 80.00 15.34 04 05
Senado 78.72 140.41 37 47
Emenda 78.57 41.17 11 14
Câmara 78.08 215.50 57 73
Substitutivo 77.78 77.74 21 27
Coordenação 77.78 25.76 07 09
Viagem 77.78 25.76 07 09
Pauta 76.47 46.74 13 17
Casa 75.76 89.08 25 33
Rebelo 75.00 84.18 24 32
Corte 75.00 31.36 09 12
Núcleo 75.00 31.36 09 12
Máquina 75.00 20.88 06 08
PFL 75.00 20.88 06 08
Vitória 73.08 63.89 19 26
Senadores 71.79 91.97 28 39
Urgência 71.43 32.32 10 14
Chefe 70.59 38.10 12 17
Luiz 68.00 50.98 17 25
República 67.65 68.60 23 34
Congresso 67.07 164.39 55 82
Articulação 66.67 28.95 10 15
Pasta 66.67 11.54 04 06
Sarney 66.67 11.54 04 06
Lula 64.96 218.10 76 117
José 64.81 97.99 35 54
Votação 63.16 129.66 48 76
Henrique 62.50 26.02 10 16
Bloquear 62.50 12.98 05 08
Semana 62.07 46.49 18 29
Enviar 61.90 33.34 13 21
Tramitação 61.11 27.57 11 18
Projeto 60.93 239.85 92 151
Presidente 60.74 257.78 99 163
Ministros 58.60 268.92 109 186
Bancada 58.33 16.16 07 12
Governista 58.33 16.16 07 12
Intenção 58.33 16.16 07 12
Partido 58.11 100.62 43 74
Eleitoral 57.14 17.82 08 14
Assessor 55.56 10.57 05 09
Expectativa 55.56 10.57 05 09
Derrota 53.85 14.00 07 13
Rodrigues 53.33 15.73 08 15
Parlamento 52.17 45.76 24 46
Hora 52.00 24.46 13 25
PT 51.85 80.07 42 81
Civil 51.28 36.82 20 39
Fernando 51.72 27.98 15 29
Relator 51.61 29.74 16 31
Provisória 51.11 42.16 23 45
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados em 2003, 2004 e 2005; pelo jornal O Estado de SP; nos “editoriais”; e pelos atores
“jornal” e “políticos”.
259
Os anos associados a essa classe compreendem o período em que o governo Lula
apresentou o projeto de Lei de Biossegurança e da sua tramitação pelo Congresso Nacional até a
sua aprovação em 2005. Os artigos que compõem essa classe são respostas e comentários a
alguns dos passos e das decisões que envolveram o processo de aprovação da nova Lei de
Biossegurança. Nesse sentido, pode-se pensar que essa classe é uma resposta aos artigos
associados à classe “Lei de Biossegurança” do estudo anterior.
O conteúdo dessa classe se caracteriza, especificamente, por apresentar duras críticas à
atuação da ministra do meio Ambiente, Marina Silva, na tentativa de influenciar a construção de
um texto da Lei que incluísse os princípios defendidos por ela. Tais princípios são retratados
como um atraso para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, bem como para a economia
do país. O presidente da república também foi criticado por apoiá-la.
A ministra Marina Silva conseguiu incluir o princípio da precaução no projeto de Lei
apresentado pelo governo. A ministra também elogiava a criação do Conselho Nacional de
Biossegurança (CNBS) prevista no projeto. Alguns artigos comentaram o projeto apresentado
pelo governo, como mostra o extrato a seguir:
Se for aprovado como sair do planalto, o que não se espera, o projeto do governo sobre os
transgênicos [...] será um Frankenstein burocrático e um breve contra o uso da biotecnologia na
agricultura brasileira, tantas as barreiras que coloca no seu caminho. Não por outra razão a
ministra do meio ambiente, Marina Silva, tem elogios para a proposta, em contraste com a
calculada economia de palavras do seu adversário, o titular da agricultura, Roberto Rodrigues.
(Artigo 243, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: jornal, 2003).
Os artigos dessa classe, como mostra o extrato acima, criticaram o projeto apresentado
pelo governo, argumentando que este traria muitos obstáculos para a introdução dos transgênicos
na agricultura brasileira, caracterizando-o como “um Frankenstein burocrático”. O extrato
também mostra uma expectativa de que o projeto fosse alterado no Congresso Nacional. O final
do extrato expõe a divergência entre os ministros do meio ambiente e da agricultura em relação
ao projeto que saiu do planalto.
Como já foi dito, os artigos dessa classe criticaram duramente as ações da ministra
Marina da Silva durante o processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil. O extrato a
seguir comenta o esforço da ministra nas negociações durante a passagem do projeto pela
Câmara:
A ministra Marina da Silva, do meio ambiente que assume publicamente sua simpatia pelos
expulsos que transformaram em insulto a palavra transgênico: o PT é o partido dos transgênicos,
abriu mais uma frente de combate em sua encarniçada obstinação de impedir o desenvolvimento
260
da engenharia genética no Brasil. O seu novo alvo é o líder do governo na câmara dos
deputados, Aldo Rebelo, do PCdoB. E a razão de sua ira é que Rebelo, o relator do projeto de
biossegurança do planalto, que seguiu em novembro para o congresso, elaborou um parecer
admirável, para erradicar da proposta original o seu caráter de Frankenstein burocrático. (Artigo
226, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: jornal, 2003).
Esse extrato mostra que a luta da ministra do meio ambiente em defender a inclusão do
princípio da precaução na nova Lei de Biossegurança era freqüentemente representada pelos
artigos dessa classe como uma “encarniçada obstinação de impedir o desenvolvimento da
engenharia genética no Brasil”.
Na Câmara, o relator eleito, Aldo Rebelo, apresentou um substitutivo que modificava o
projeto apresentado pelo governo. Seu substitutivo removia os obstáculos às pesquisas com
células-tronco para fins terapêuticos; centralizava na CTNBio a decisão de autorização sobre
atividades pesquisa e comercialização com OGMs e estipulava que o CNBS passaria a ser
composto por 14 e não mais 11 ministros. Os novos integrantes do conselho seriam os ministros
da Fazenda, do Planejamento e da Defesa que se mostravam menos resistentes aos transgênicos
do que a ministra do Meio Ambiente. Porém, no final de janeiro de 2004, Aldo Rebelo saiu da
relatoria para assumir o ministério da Articulação Política. O novo relator, Renildo Calheiros, fez
mudanças no substitutivo: a pesquisa com células-tronco não permitia o uso de células extraídas
de embriões humanos e tornava obrigatório o aval de órgãos de fiscalização, como o Ibama e a
Anvisa, para a comercialização de transgênicos. Em fevereiro deste ano, um acordo fechado de
madrugada garantiu a aprovação no plenário da Câmara, em votação simbólica, do novo
substitutivo. Alguns artigos dessa classe comentaram a aprovação do substitutivo na Câmara,
como mostra o extrato a seguir:
A bruxaria venceu a ciência. O projeto da lei de biossegurança, aprovado ontem na câmara dos
deputados por acordo de lideranças, é um avanço em relação à proposta original do governo e um
retrocesso muito maior em relação ao substitutivo preparado pelo então líder da maioria Aldo
Rebelo, do PCdoB, promovido a titular da secretaria de coordenação política do planalto. O
trabalho de Rebelo, ao conciliar os cuidados no uso dos recursos da biotecnologia com a
preocupação de evitar que o Brasil perca o bonde da história, como alertou, tinha sido
amplamente elogiado por todos quantos se recusam a ter posições fundamentalistas diante da
engenharia genética. A ministra do meio ambiente, Marina Silva, de quem não se pode dizer o
mesmo, moveu céus e terras para que o novo relator da matéria, Renildo Calheiros,
reincorporasse ao texto o dispositivo que ao Ibama o poder de conceder, ou não, licença
ambiental para o cultivo comercial de transgênicos mesmo depois que a comissão técnica
nacional de biossegurança (CTNBio), do ministério de ciência e tecnologia, atestasse que as
plantas examinadas não oferecem risco. [...] Como comentou o líder do PFL na câmara, José
Carlos aleluia, a bruxaria venceu a ciência. (Artigo 325, O Estado de SP, grupo: editorial, ator:
jornal, 2004).
261
Esse extrato mostra que os artigos dessa classe retrataram a aprovação do substitutivo de
Calheiros como uma derrota para a ciência. O extrato argumenta que esse substitutivo era um
avanço em relação ao projeto apresentado pelo governo, mas um grande retrocesso em relação ao
substitutivo de Rebelo. O projeto apresentado por Rebelo era visto como uma defesa ao
desenvolvimento científico do país e as críticas a este eram retratadas como baseadas em
“posições fundamentalistas”. O final do extrato também mostra o posicionamento de uma parte
dos políticos, contrária a essa aprovação, através da fala “a bruxaria venceu a ciência”.
Além da sua participação na construção da Lei, a ministra do meio ambiente também foi
criticada por sua atuação na edição do governo das medidas provisórias que liberaram
temporariamente o plantio e a comercialização da soja transgênica no país. Em outubro de 2004,
devida à demora da aprovação do projeto de Lei pelo Congresso e à proximidade da época do
plantio da soja, o governo Lula editou uma terceira mp. Alguns artigos dessa classe comentam a
influência da ministra no texto dessa mp e o que isso significava para o governo e para o país,
como mostra o extrato a seguir:
MP dos transgênicos é vitória de Marina. A medida provisória que liberou o plantio da safra de
2005 da soja transgênica representa um retrocesso em relação ao texto que estava para ser
assinado na quinta-feira pelo presidente Lula, mas deixou de prevalecer na 25.ª hora em razão
das pressões da ministra do meio ambiente, Marina Silva. Contrária à edição da mp, como havia
sido contra as duas anteriores [...], a ministra conseguiu, diante do inevitável, criar novos
obstáculos ao desenvolvimento da moderna agricultura no Brasil. (Artigo 299, O Estado de SP,
grupo: editorial, ator: jornal, 2004).
Mais uma vez, a “vitória” da ministra em incluir os princípios que ela defendia nos textos
que regulamentavam a questão dos transgênicos no Brasil é tomada como um “retrocesso” e uma
“derrota” para o desenvolvimento da agricultura no país. O presidente Lula também recebeu
fortes críticas pelos artigos dessa classe por dar espaço à ministra nessas decisões, como mostra o
extrato a seguir:
Outra amarga ironia é que o presidente Lula, embora tenha se convencido de que as decisões
sobre os transgênicos não podem ser contaminadas por preconceitos ou ideologias, de novo
recuou diante da ideológica ministra Marina Silva, para uns por questão de querença, para
outros por temor das repercussões da sua demissão. Seja qual for a razão, o fato é que Lula
prefere ver diminuída a sua autoridade de presidente da república e prejudicar o interesse
público a contrariar a ministra a ponto de fazê-la se demitir, como ela costuma ameaçar. O que
mostra o quanto de preparo lhe falta para governar o Brasil. (Artigo 299, O Estado de SP, grupo:
editorial, ator: jornal, 2004).
262
Esse extrato discute que o espaço dado à ministra pelo presidente era tomado como um
espaço para uma discussão “ideológica” dos transgênicos. Segundo o extrato, isso também se
refletia na “diminuição da autoridade do presidente”, no seu “despreparo para governar o país” e
no prejuízo “do interesse público”.
Depois da aprovação na Câmara, o projeto de Lei foi para o Senado, onde sofreu novas
modificações. O substitutivo do novo relator, senador Ney Suassuna, permitia a pesquisa com
células-tronco de embriões congelados mais de três anos. A CTNBio passou novamente por
reformulações e responderia pelos pedidos de pesquisas e de comercialização de transgênicos,
podendo decidir se um produto geneticamente modificado precisa ou não do licenciamento
ambiental do Ibama ou da autorização da Anvisa. As suas decisões poderiam ser contestadas, em
grau de recurso, no CNBS, formado por 11 ministros. Porém, a decisão do CNBS deveria ser
tomada com o consenso de pelo menos seis membros, o que significa que os ministérios do Meio
Ambiente e da Saúde não teriam poder para vetar decisões da CTNBio, como no projeto
aprovado pela Câmara. Apesar da luta da ministra Marina Silva, em outubro de 2004, com uma
margem ampla de votos, 53 a favor e 2 contra, o Senado aprovou esse substitutivo que voltou à
Câmara para ser votado novamente. Em março de 2005, a Lei de Biossegurança foi aprovada na
Câmara como tinha saído do Senado. Alguns artigos dessa classe comentaram a aprovação da
nova Lei de Biossegurança, como mostra o extrato a seguir:
Vitória da razão. Representa um avanço para o país a liberação de pesquisas médicas com
células-tronco. Por 366 votos a favor, 59 contra e 3 abstenções, a câmara dos deputados decidiu
que embriões humanos que constituam sobra de tratamentos para fertilidade poderão ser
empregados em estudos científicos. [...] o congresso mostrou um sábio pragmatismo ao liberar o
cultivo de organismos transgênicos após avaliação técnica de segurança e ao permitir a pesquisa
com embriões humanos fadados à destruição. Com isso, o Brasil dá mais um passo para
constituir-se na república moderna, aberta, pluralista e laica que deve ser. (Artigo 162, A Folha
de SP, grupo: editorial, ator: jornal, 2005).
Esse extrato mostra que os artigos dessa classe retrataram a aprovação da nova Lei de
Biossegurança como uma “vitória da razão” e como “um passo” para o desenvolvimento do país.
O congresso também foi elogiado pelo pragmatismo” ao decidir sobre esse assunto. Tudo isso
confirma que o conteúdo dessa classe defendia a rápida introdução dos transgênicos na
agricultura e estes eram tomados como símbolo do desenvolvimento científico-tecnológico e
econômico para o país. Toda tentativa de precaução e cautela era representada como um
obstáculo a esse desenvolvimento, um ato ideológico, obscurantista e sem fundamento.
263
Classe 5: A falta de uma lei
Nessa classe foram selecionadas 392 UCEs, ou seja, 12,75% do total de UCEs
classificadas. Foram analisadas 15,09 palavras por UCE, de um total de 206 palavras diferentes.
Destas, 54 palavras são associadas significativamente à classe, como mostra a tabela 21.
Tabela 21: Palavras associadas significativamente à classe “A falta de uma lei”
Palavras
associadas
%
Classe
² F1 F2
TRF 100.00 123.88 18 18
Solicitar 100.00 75.53 11 11
Procurador 100.00 48.00 07 07
Eia/Rima 92.31 74.27 12 13
Idec 90.91 121.66 20 22
Prévio 89.47 203.56 34 38
Juiz 87.50 203.52 35 40
CTNBio 86.71 818.83 137 158
Parecer 82.35 225.80 42 51
Ibama 81.25 136.37 26 32
Liminar 81.25 67.83 13 16
Licença 78.57 54.76 11 14
Sentença 77.42 117.71 24 31
Regional 77.78 68.81 14 18
Licenciamento 76.19 76.48 16 21
Tribunal 73.08 85.77 19 26
Pedidos 72.22 115.79 26 36
Instância 71.43 43.52 10 14
Contestar 70.59 51.39 12 17
Suspender 70.37 81.28 19 27
Comissão 70.00 273.10 63 90
Julgar /
julgamento
70.00 89.24 21 30
Almeida 70.00 29.55 07 10
Técnicos 69.23 75.18 18 26
Impacto 68.42 217.06 52 76
Conselho 67.39 125.31 31 46
Código 66.67 23.58 06 09
Vigor 64.29 33.57 09 14
Autorizar 63.95 208.47 55 86
Biossegurança 63.71 301.57 79 124
Aprovada 62.50 17.84 33 90
rr 61.54 56.09 16 26
Resolução 60.71 58.42 17 28
Atribuição 60.53 78.93 23 38
Técnica 60.44 191.67 55 91
Órgão 59.65 114.80 34 57
Brasília 58.06 57.79 18 31
Critérios 57.69 47.60 15 26
Judicial 57.14 88.19 28 49
Conduta 57.14 12.43 04 07
Conteúdo 57.14 12.43 04 07
Integrar 56.25 27.35 07 15
Conceder 56.00 42.37 14 25
Representantes 56.00 42.37 14 25
Competência 55.56 59.98 20 36
Ajuste 55.56 14.86 05 09
Veto 55.56 14.86 05 09
Nacional 54.55 254.52 84 154
Maria 53.85 19.82 07 13
Greenpeace 53.57 42.32 15 28
Membros 53.57 42.32 15 28
Fins 53.33 22.31 08 15
Constitucional 52.94 24.82 09 17
Ação 52.63 55.00 20 38
Contribuíram significativamente para essa classe, as UCEs provenientes dos artigos
publicados em 2002, 2003 e 2005; pelo jornal O Estado de SP; nos “editoriais”; e pelos atores
“jornal”, “colunistas”, “ONGs ambientais” e “ONGs consumidores”.
Essa classe se relaciona diretamente com a classe “A bruxaria e a ciência”, descrita
anteriormente. A proximidade entre as duas classes se pela discussão em torno da construção
da Lei de Biossegurança. Essa classe, ao contrário da anterior, apresenta posições que defendem a
rápida introdução dos transgênicos no país, posições extremamente contrárias a essa introdução e
posições mais equilibradas, que defendem uma lei que inclua o princípio da precaução.
264
Entretanto, isso não será explorado na descrição dessa classe, uma vez que as classes anteriores já
discutiram exaustivamente tais argumentos. Além disso, o que diferencia essa classe das demais,
é o fato de que, apesar da presença de artigos com posições diversas, o que aproxima tais artigos
é a demanda por uma nova lei que acabasse com os recursos judiciais que os conflitos entre as
diferentes leis relacionadas com a biossegurança vinham possibilitando.
Assim, o conteúdo dessa classe discute o caráter confuso da primeira lei de biossegurança
do país editada em 1995 e os conseqüentes conflitos, entre e dentro, dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário que acabaram por, legalmente, “paralisar” as atividades envolvendo
transgênicos no Brasil. O conteúdo também discute a situação de ilegalidade dos produtores (com
plantios clandestinos) que começava a trazer complicações econômicas para o país. A solução
apontada pelos artigos estava na construção de uma nova lei que definisse, definitivamente, dois
aspectos: a autoridade da CTNBio e a necessidade ou não da realização do Eia/Rima.
Muitos artigos reconstituíam a batalha judicial que havia começado em 1998 quando o
Idec, depois com o apoio do Greenpeace, contestaram com uma ação na justiça a autorização
da CTNBio para o cultivo com fins comerciais da soja transgênica roundup ready da empresa
Monsanto. Essa autorização havia sido dada sem a exigência do Eia/Rima e o Idec invocou o
artigo 225, inciso IV da Constituição Federal que determinava que cabia ao Poder Público exigir
tal estudo para a instalação de obra ou de atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente. Os artigos relatam as sentenças dos juizes e os recursos utilizados
pelas partes nesse e em outros processos relativos que já duravam mais de cinco anos.
Essa classe, como já foi dito, discute que a discordância (dentro e entre) e a demora de
uma decisão pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, deixava indefinida a situação dos
transgênicos no Brasil, o que trazia conseqüências negativas para o país e toda sociedade
brasileira. O extrato a seguir exemplifica essa discussão:
Mais de uma vez se comentou neste espaço que o executivo federal estava armando um imenso
imbróglio na questão dos alimentos geneticamente modificados, tanto em sua área própria de
atuação como no legislativo sem falar no próprio âmbito da federação. Com os últimos
acontecimentos em todas essas áreas, a situação vai piorar. Na verdade, se se houvesse
concordado cinco anos quando a questão se colocou na prática que era necessário estudo de
impacto ambiental adequado antes de liberar o plantio comercial de soja transgênica, tudo
estaria definido. O estudo estaria feito, se teria visto se ou não risco para a biodiversidade e
para o consumidor. E o lapso de tempo transcorrido de para era mais que suficiente para o
país decidir sua estratégia comercial. Preferiu-se a confusão. Não se trata de ser contra ou a favor
de alimentos transgênicos. A questão é outra. Trata-se de definir em termos científicos se ou
não riscos. Com qualquer resposta, qual é a estratégia nacional, inclusive para dar segurança aos
produtores. E respeitar o direito do consumidor de saber o que está comprando e consumindo.
265
Agora, vai-se ter de esperar que o plenário da câmara dos deputados decida se acompanha ou não
o voto da comissão que aprovou o parecer do deputado Confúcio Moura, que autoriza a
comissão técnica nacional de biossegurança (CTNBio) a liberar o plantio sem exigir estudo de
impacto ambiental e isso pode levar meses ou anos. Vai-se ter de esperar que chegue ao fim da
tramitação o processo que corre no judiciário. [...] Enquanto isso, o próprio executivo não se
entende. O ministro do meio ambiente que saiu e o que assumiu continuam dizendo que é
indispensável o estudo prévio de impacto e que só esse ministério pode julgá-lo. O ministério da
saúde fica na moita, o da agricultura tem posição pelos transgênicos. [...] é preciso definir a
estratégia nacional e indicar com clareza os rumos da questão. Faria bem aos produtores, às
pessoas preocupadas com a questão, à comunidade científica, ao país todo. (Artigo 216, O Estado
de SP, grupo: editorial, ator: colunista, 2002).
Esse artigo foi publicado no final da administração do governo FHC e mostra que a falta
de posicionamento claro dentro do seu governo em relação aos transgênicos; a edição de uma lei
confusa, contestada na justiça e “remendada” por medidas-provisórias; assim como a demora dos
julgamentos em ambas essas esferas (judiciário e legislativo), trazia prejuízos econômicos para o
país que não havia adotado uma estratégia comercial em relação aos transgênicos; prejuízos para
os produtores que não ficavam protegidos por uma lei; e para os consumidores que não eram
informados e, assim, ficavam sem o direito de escolha. Os artigos dessa classe discutem o fato de
que essa situação de indecisão, conflito e demora continuou também durante o governo o
governo Lula. Porém, a partir de 2003, os artigos começam a cobrar uma solução do novo
governo.
Apesar de discutir o “imbróglio” nos três poderes, essa classe uma atenção especial
para as decisões do poder judiciário, discute inclusive como as decisões dentro dessa esfera
traziam implicações para as outras, como discute o extrato a seguir:
A controvérsia sobre o alcance prático da decisão da desembargadora Selene Maria de Almeida,
do tribunal regional federal, TRF, de Brasília, suspendendo a sentença que proibiu o plantio e
o comércio da soja transgênica roundup ready, rr, deixou ainda mais patente do que já era a
necessidade de que o prometido projeto do governo sobre o cultivo de produtos geneticamente
modificados (gm) que era para ter chegado, mas não chegou, na sexta-feira, no congresso seja de
uma clareza cristalina. O planalto tem o dever de explicitar de forma cabal os fins e os meios da
sua política para o setor, a fim de estreitar o espaço para interpretações conflitantes, manobras
administrativas especiosas e intermináveis batalhas judiciais, como a que envolve a soja rr, em
prejuízo do país. (Artigo 268, O Estado de SP, grupo: editorial, ator: jornal, 2003).
Assim, o conteúdo dessa classe mostra a expectativa de que o governo Lula apresentasse
um projeto de Lei que acabasse com os recursos dos diferentes grupos de interesse envolvidos
nessa questão e regulasse definitivamente esse assunto no país.
266
VIII.2.3. Resultados da análise descritiva comparados aos da análise do conteúdo dos
artigos da seção “opinião”
A comparação dos resultados da análise descritiva com os do conteúdo permite pensar
quais aspectos referentes aos transgênicos foram priorizados por cada ator social nos diferentes
anos da pesquisa.
Vale destacar que os resultados da análise feita pelo programa ALCESTE indicam as
variáveis significativamente associadas à determinada classe, ou seja, aquelas que mais
contribuíram (de forma estatisticamente significativa) para o seu conteúdo. Porém, o fato de
determinadas variáveis estarem associadas com determinada classe não significa que a classe
tenha sido construída exclusivamente por tais variáveis ou que estas não contribuíram também
para o conteúdo de outras classes. Tomemos um exemplo: a população está significativamente
associada às classes “Economia” e “C,T&S”. Isso quer dizer que, embora esse grupo possa ter
contribuído para o conteúdo de outras classes, ele priorizou em sua discussão, os aspectos
econômicos, sanitários e ambientais dessa tecnologia. Esse fato deve ser levado em conta na
generalização dos resultados. A tabela 22 mostra a relação das variáveis utilizadas nesse estudo
que são associadas a cada classe.
Tabela 22: Variáveis associadas às classes do estudo Opinião
Ano N de
artigos
Jornal Categoria Atores Classes
2000 53 A Folha de SP Leitor 2 / 4 C,T&S
2001
40
A Folha de SP
A Folha de SP
----------
Leitor
Editorial
Leitor
2 / 4
3 / 5
2 / 6 / 7 / 8 /
11
C,T&S
A reinvenção do político?
Riscos e benefícios p/ a
economia do país
2002
34
---------
O Estado de SP
O Estado de SP
Leitor
Editorial
Editorial
2 / 6 / 7 / 8 /
11
3 / 5 / 6 / 12
1 / 6 / 9 / 10
Riscos e benefícios p/ a
economia do país
O Brasil avança - para onde?
A falta de uma lei
2003
125
---------
O Estado de SP
O Estado de SP
Editorial
Editorial
Editorial
3 / 5 / 6 / 12
1 / 5
1 / 6 / 9 / 10
O Brasil avança - para onde?
A bruxaria e a ciência
A falta de uma lei
2004 57 O Estado de SP Editorial 1 / 5 A bruxaria e a ciência
267
O Estado de SP Editorial 1 / 6 / 9 / 10 A falta de uma lei
2005 23 A Folha de SP
O Estado de SP
Editorial
Editorial
3 / 5
1 / 5
A reinvenção do político?
A bruxaria e a ciência
Em relação aos anos considerados nesse estudo e às classes as quais estes estão
associados, nota-se que, assim como no estudo anterior, a discussão dos riscos dessa tecnologia
feita no início do período considerado é substituída nos anos seguintes pela discussão sobre os
benefícios econômicos da mesma.
Em relação aos jornais, pode-se dizer que A Folha de SP contribuiu mais para a discussão
sobre a introdução dos transgênicos e que O Estado de SP contribuiu mais para a discussão sobre
a regulamentação dos mesmos. Vale ressaltar que nessa análise foram considerados todos os
artigos escritos pelos diferentes autores. Desse modo, esse resultado pode não refletir a posição
específica do próprio jornal. Essa posição ficará mais explícita na análise dos atores a seguir.
Ator 1 Jornal: Esse ator contribuiu, principalmente, para três classes: “Riscos e
benefícios para a economia do país”, “A bruxaria e a ciência” e “A falta de uma lei”, o que
mostra que a discussão em torno dos transgênicos feita por esse ator priorizou os aspectos
econômicos e a regulamentação dessa tecnologia. Vale lembrar que “jornal” se refere a todos os
artigos publicados na seção editorial (dos dois jornais) cujo autor não era identificado, refletindo
a posição do próprio jornal. Nenhum dos dois jornais está associado à classe “Riscos e benefícios
para a economia do país”. Entretanto, somente o jornal O Estado de SP está associado às classes
“A bruxaria e a ciência” e “A falta de uma lei”. Desse modo, pode-se pensar que a posição desse
jornal é mais favorável aos transgênicos.
Ator 2 Leitor: Os leitores contribuíram, principalmente, para as classes C,T&S” e
Riscos e benefícios para a economia do país”. Desse modo, pode-se dizer que os leitores
encontram-se divididos em dois grupos. Um grupo prioriza a discussão sobre os aspectos
sanitários e ambientais, tocando superficialmente nos aspectos sociais dessa tecnologia e o outro
dá atenção ao aspecto econômico dessa tecnologia.
Ator 3 Cientistas (humanas e sociais): Esse ator contribuiu, principalmente, para as
classes A reinvenção do político? e “O Brasil avança para onde?”, o que mostra que a
268
discussão sobre transgênicos feita por esse grupo levou a uma discussão maior sobre o modelo de
desenvolvimento adotado pelo mundo e, especificamente, pelo Brasil.
Ator 4 – Cientistas (naturais): Esses cientistas contribuíram, principalmente, para a
classe C,T&S”, priorizando em sua discussão os aspectos sanitários e ambientais dos
transgênicos, assim como o próprio desenvolvimento da ciência.
Ator 5 Políticos: Os políticos contribuíram, principalmente, para as classes A
reinvenção do político?”, “O Brasil avança para onde?” e “A bruxaria e a ciência”. Assim, na
discussão sobre os transgênicos, esse grupo priorizou o modelo de desenvolvimento e o processo
de regulamentação dos mesmos. A primeira classe mostrou que esse ator estava dividido em
relação a esses dois aspectos. A divisão desse grupo se reflete na sua associação com as outras
duas classes que, de certo modo, são antagônicas.
Ator 6 – Colunistas: Esse ator contribuiu, principalmente, para as classes Riscos e
benefícios para a economia do país”, “O Brasil avança para onde?” e “A falta de uma lei”.
Assim, os colunistas priorizaram, em sua discussão sobre os transgênicos, os aspectos
econômicos, o modelo de desenvolvimento empregado pelo país e o processo de regulamentação
dos mesmos. Esse grupo também se encontra dividido em relação a esse objeto.
Ator 7, 8 e 11 Agricultores, Representantes da Embrapa e de empresas de
biotecnologia: Esses atores contribuíram para a classe Riscos e benefícios para a economia do
país”, restringindo sua discussão aos aspectos econômicos dessa tecnologia.
Ator 9 e 10 Representantes de ONGs ambientais e de consumidores: Esses dois
atores contribuíram para a classe A falta de uma lei”, priorizando a discussão dos aspectos
sanitários, ambientais e legais dos mesmos.
Ator 12 Representantes de uma religião: Esse ator contribuiu para a classe O Brasil
avança para onde?”. Poder-se ia imaginar que esse ator seria responsável por outros tipos de
questionamento, tais como a questão da intervenção na ordem natural e da essência da vida, e não
pela discussão acerca do modelo de desenvolvimento do país. Entretanto, essa contribuição se
restringe a apenas um artigo de Dom Mauro Morelli, bispo católico e membro da coordenação do
Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional, no qual ele defende que os transgênicos
não são a solução para o problema da fome que seria resolvida realmente por transformações
sociais.
269
VIII.3. Segundo estudo: análise estrutural das RS de transgênicos
Trata-se da análise das palavras evocadas a partir do termo indutor TRANSGÊNICOS,
por três grupos sociais diferentes, a saber: alunos do ensino médio, consumidores e participantes
de um congresso de agroecologia. Os dados foram coletados entre outubro e novembro de 2005,
depois da aprovação da nova Lei de Biossegurança. Os alunos responderam à pergunta de
evocação por escrito e em sala de aula, enquanto que os dois outros grupos responderam à
pergunta oralmente, em um supermercado e em um congresso de agroecologia, respectivamente.
A tabela 20 apresenta informações sobre os participantes, bem como sobre as evocações que os
mesmos produziram.
Tabela 23: Informações sobre os participantes:
Alunos Consumidores Agroecologistas
N° de sujeitos 120 120 120
N° mulheres / N° homens
77/43 98/22 45/75
Média de idade 16,23 (14 – 19) 42,53 (17 – 67) 32,76 (18 – 62)
N° total de evocações 589 416 555
N° de palavras diferentes 201 214 286
Média de evocações por
participante
4,91 3,47 4,63
Conforme mostra a tabela 23, os três grupos foram formados por um mesmo número de
participantes (N = 120), mas apresentam diferenças consideráveis, que serão analisadas a seguir.
O grupo dos alunos é formado por mais mulheres do que homens, confirmando o padrão
encontrado por outros estudos com alunos do ensino médio (Mezzomo & Nascimento-Schulze,
2004; Carboni, 2005). A média de idade desse grupo é de 16,23 anos, apresentando uma pequena
variação entre a idade mínima e a idade máxima. É importante ressaltar que esse grupo ainda se
encontra na fase de educação formal e que a pesquisa foi feita na escola em que eles estudam. O
tema dos transgênicos estava presente na grade de conteúdo do ano escolar desses alunos. Porém,
essa coleta foi feita antes que eles vissem esse tópico em sala de aula com os professores. A
pesquisa foi feita com o apoio dos professores de biologia, que trabalhariam esse tema mais tarde
com os alunos. Esse grupo foi responsável pelo maior número total de evocações (N = 589),
270
assim como a maior média do número de evocações (N = 4,91), quase cinco evocações por
participante. Isso se deve, provavelmente, pelo fato de que eles responderam o questionário em
sala de aula, na presença do professor responsável.
O grupo dos consumidores é formado por muito mais mulheres do que homens. Estudos
sobre escolhas alimentares apontam para uma presença maior da mulher nesse processo (Lahlou,
1998; Menasche, 2004; Silva, 2006). Lewin (apud Poulain, 2004) propôs a noção de gate keeper,
“cuja função é a abertura ou fechamento de uma série de ‘canais’ pelos quais os alimentos
passam para chegar até a mesa familiar, atravessando toda a organização social alimentar” (p.
204). Segundo Menasche (2004), tomando a família como unidade de consumo, a noção de gate
keeper é associada à figura da esposa/mãe/dona-de-casa. Embora a figura da dona-de-casa não se
restrinja às esposas/mães que não exercem atividade remunerada no mercado de trabalho, a
autora explica que esse é um papel social normalmente atribuído às mulheres na sociedade
brasileira, o que pode explicar a grande diferença da presença de homens e mulheres nesse grupo.
Além disso, os dados foram coletados no período entre 9 hs e 16 hs, período de trabalho para
muitas profissões, o que pode reforçar o baixo número de homens entre os participantes.
A média de idade desse grupo é de 42,53 anos, apresentando uma grande variação entre a
idade mínima e a idade máxima. Esse é um grupo heterogêneo, formado por pessoas com
diferentes graus de escolarização, desde estudantes até doutores. A maior parte dos participantes
(N = 80) exerce profissões que exigem o vel superior (médicos, advogados, nutricionistas,
psicólogos etc). Esse grupo foi responsável pelo menor número total de evocações (N = 416),
assim como a menor média do número de evocações (N = 3,47), um pouco mais de 3 evocações
por participante. Isso se deve, provavelmente, ao fato de que eles responderam o questionário
enquanto faziam suas compras. Muitos sujeitos que foram abordados não quiseram participar
porque “estavam com pressa”, ou “não tinham tempo”. Igualmente, os que aceitavam participar
respondiam rapidamente à pergunta.
O terceiro grupo é formado por mais homens do que mulheres. A média de idade desse
grupo é de 32,78 anos, apresentando também uma grande variação entre a idade mínima e a idade
máxima. A primeira vista, esse também parece ser um grupo bastante heterogêneo, formado por
integrantes do MST, agricultores, técnicos em agronomia, agrônomos, professores e alunos de
ciências biológicas (biologia, agronomia, engenharia florestal etc) e humanas e sociais
(sociologia, psicologia, história, ciências políticas, economia etc.). Porém, vale lembrar que a
271
coleta foi feita com participantes de um congresso de agroecologia. A agroecologia é uma
abordagem da agricultura que surgiu nos anos 90 e que integra diversos aspectos agronômicos,
ecológicos e socieconômicos na avaliação dos efeitos das técnicas agrícolas sobre a produção de
alimentos e na sociedade. Assim, a agroecologia busca produzir “um modelo tecnológico
abrangente, que seja socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável”;
um modelo de um novo relacionamento com a natureza, “estabelecendo uma ética ecológica que
implica no abandono de uma moral utilitarista e individualista e que postula a aceitação do
princípio do destino universal dos bens da criação e a promoção da justiça e da solidariedade
como valores indispensáveis” (www.ambientebrasil.com.br). Esse grupo também foi responsável
por um alto número total de evocações (N = 555), assim como uma média alta do número de
evocações (N = 4,63).
A partir das evocações de cada grupo, foram produzidos três conjuntos de dados que serão
apresentados nos diagramas 01, 02 e 03 envolvendo quatro quadrantes que levarão em conta dois
critérios, a saber: freqüência do item evocado e ordem média de evocação. O quadro 2 a seguir
apresenta esses três diagramas.
272
Quadro 2: Diagramas da estrutura das representações sociais de transgênicos dos três grupos:
Diagrama 1 Estrutura das
representações sociais de transgênicos
dos alunos
OME < 2,5 OME ≥ 2,5
F
11
53
22
alimentos
remédios
1,96
1,77
24
20
20
15
14
13
11
11
11
genética
saúde
soja
laboratório
modificado
genes
artificial
doença
frutas
2,96
3,10
2,60
2,80
2,57
3,53
2,73
3,36
3,09
F
<
11
7
6
transformação
lixo
2,42
2,16
10
10
10
8
8
7
7
6
6
6
6
6
5
5
5
5
5
5
mudança
ciência
produtos
modificação
transporte
clone
verduras
cópia
genéricos
comida
mistura
sementes
alimentação
DNA
drogas
gênios
prevenção
sexo
3,00
3,50
2,60
3,37
2,5
2,71
3,75
2,67
3,83
2,50
3,33
2,50
3,80
3,00
3,40
3,00
4,40
3,80
Diagrama 2 Estrutura das
representações sociais de transgênicos
dos consumidores
OME < 2,5 OME ≥ 2,5
F
8
15
12
11
10
10
8
8
8
8
falta-
informação
dúvidas
mutação
artificial
modificados
saúde
modificação
ruim
soja
2,40
2,16
1,63
2,00
1,40
2,25
1,62
1,75
1,25
8 o-natural 2,62
F
<
8
7
7
6
ruim-saúde
mudança
transformação
2,28
2,00
1,83
7
7
6
6
desconheço
tecnologia
pesquisas
qualidade
2,57
3,43
2,66
3,00
Diagrama 3 Estrutura das
representações sociais de transgênicos
dos participantes do congresso de
Agroecologia
OME < 2,5 OME ≥ 2,5
F
8
12
12
8
8
8
morte
dominação
dúvidas
insegurança
modificação
2,00
2,33
2,50
2,12
2,37
9
8
8
doenças
monopólio
dependência
2,55
4,12
2,87
F
<
8
7
7
7
6
6
6
5
pesquisa
soja
genética
incerteza
falta-
pesquisa
perigo
mutação
1,85
2,42
1,85
2,16
2,16
2,00
2,20
7
7
6
6
5
5
5
falta-
informação
medo
risco
tecnologia
agrotóxicos
desrespeito
polêmica
3,71
2,85
3,16
3,16
3,00
3,00
3,60
273
Antes de apresentarmos as estruturas encontradas para os três grupos, é importante
ressaltar que, apesar dos consumidores e os participantes do congresso de agroecologia terem
evocado um número maior de palavras diferentes do que os alunos, estes possuem um
vocabulário muito mais compartilhado por seus membros do que os outros grupos, para os quais
as evocações se encontram mais diluídas”. Assim, na análise das evocações apresentada pelos
diagramas acima, pode-se observar que os alunos apresentam um número muito maior de
evocações (com freqüência igual ou maior que cinco) do que os outros dois grupos.
VIII.3.1. Estrutura das RS de transgênicos dos alunos:
No diagrama desse grupo, das 201 palavras diferentes em um total de 589 evocações,
foram consideradas 31 expressões, as quais constituem apenas 15,42% do total de palavras
diferentes e correspondem a 58,91% do total de evocações.
No primeiro quadrante desse grupo (quadrante superior esquerdo, combinando elementos
com ordem média de evocação baixa evocados prontamente com freqüência alta),
destacaram-se dois elementos: alimentos e remédios. Trata-se dos elementos com possibilidade
de serem centrais. Ambos os elementos do primeiro quadrante desse grupo possuem freqüências
altas, contrastando com os dois outros grupos. A palavra alimentos foi evocada por quase metade
do grupo (N = 53).
O sistema periférico desse grupo é constituído por elementos que remetem às palavras do
primeiro quadrante (alimentos: soja, frutas, verduras, comida, sementes, alimentação; remédios:
saúde, doença, produtos, genéricos, drogas, prevenção). Além disso, aparecem outros elementos
referentes ao processo científico pelos quais esses alimentos e remédios são produzidos: genética,
laboratório, modificado, genes, artificial, mudança, ciência, modificação, transformação e DNA.
Esse grupo considerou a aplicação dos transgênicos principalmente no campo alimentar e,
em menor proporção, no da saúde. Porém, as evocações dos alunos se restringiram somente aos
produtos e processos pelos quais são obtidos os transgênicos, sem emitir julgamentos quanto aos
mesmos, nem considerar as possíveis conseqüências que estes podem trazer, como o fizeram os
demais grupos. Pode-se pensar que a estrutura da representação social desse grupo se traduz na
seguinte frase: Transgênicos são alimentos e remédios artificiais, que foram geneticamente
modificados pela ciência em laboratórios.
274
VIII.3.2. Estrutura das RS de transgênicos dos consumidores:
No diagrama desse grupo, das 214 palavras diferentes em um total de 416 evocações,
foram consideradas 17 expressões, as quais constituem apenas 7,94% do total de palavras
diferentes e correspondem a 34,62% do total de evocações.
O possível núcleo central desse grupo é formado por nove elementos: falta-informação,
dúvidas, mutação, artificial, modificados, saúde, modificação, ruim e soja. Esses elementos não
possuem uma freqüência alta, sendo compartilhados por poucos indivíduos.
O sistema periférico desse grupo também é constituído por elementos que remetem às
palavras do primeiro quadrante (artificial: não-natural; saúde e ruim: ruim para a saúde;
modificados e modificação: mudança, transformação, tecnologia; falta-informação e dúvidas:
desconheço, pesquisas). A única alusão que esse grupo fez aos alimentos foram as palavras soja e
qualidade. Vale destacar também o aparecimento da palavra mutação, que pode indicar uma
imagem que os consumidores fazem dos transgênicos.
Os consumidores priorizaram, em suas evocações, as conseqüências dos transgênicos para
a saúde. Ao contrário dos alunos, esse grupo emitiu julgamentos negativos em relação aos
transgênicos. Pode-se pensar que a estrutura da representação social desse grupo se traduz na
seguinte frase: Transgênicos são produtos artificiais, modificados, ruins, que podem fazer mal
para a saúde e sobre os quais falta informação.
VIII.3.3. Estrutura das RS de transgênicos dos agroecologistas:
No diagrama desse grupo, das 286 palavras diferentes em um total de 555 evocações,
foram consideradas 20 expressões, as quais constituem apenas 6,99% do total de palavras
diferentes e correspondem a 29,90% do total de evocações.
O possível núcleo central desse grupo é formado por cinco elementos: morte, dominação,
dúvidas, insegurança e modificação. Também nesse grupo, os elementos que compõem o
primeiro quadrante não apresentam freqüências altas, sendo compartilhados por poucos
indivíduos.
Mais uma vez, pode-se observar que o sistema periférico desse grupo é constituído por
elementos que remetem às palavras do primeiro quadrante (dominação: monopólio, dependência;
dúvidas: falta-informação; insegurança: pesquisa, falta-pesquisa, incerteza, perigo, medo, risco,
desrespeito). Também nesse grupo, surgem referências ao processo de produção dos
275
transgênicos: genética e tecnologia. A palavra mutação também aparece no sistema periférico
desse grupo.
Os agroecologistas consideraram, em suas evocações, os riscos que essa tecnologia pode
trazer. Mais do que os consumidores, esse grupo fez fortes julgamentos negativos em relação aos
transgênicos. Pode-se pensar que a estrutura da representação social desse grupo se traduz na
seguinte frase: Transgênicos são produtos modificados, que podem levar à morte, causam
dominação e trazem insegurança e dúvidas.
VIII.3.4. Reagrupamento das evocações:
Embora os resultados dessa análise apresentem uma pista da possível estrutura das
representações sociais de transgênicos, em todos os três grupos, foi utilizada apenas uma pequena
percentagem tanto do número de palavras diferentes assim como do total de evocações. A
presença de muitas palavras diferentes (com freqüência menor que 05), porém com um
significado próximo, pode ter levado à não consideração de aspectos importantes das
representações sociais desses grupos. Assim, foi feito um reagrupamento das evocações. É
preciso ressaltar que não se trata de uma categorização propriamente dita, mas apenas de um
reagrupamento por proximidade de significado, chegando-se a um total de 91 conjuntos de
palavras
37
. O quadro 3 apresenta a freqüência dos conjuntos de palavras considerados (com
freqüência igual ou maior que 05) para os três grupos.
37
Os conjunto de palavras e as evocações correspondentes podem ser vistos no anexo 11.
276
Quadro 3: Freqüência dos conjuntos de palavras associadas dos três grupos
Alunos
95
44
41
33
26
23
22
22
20
16
13
13
11
11
10
10
09
09
08
07
07
07
06
05
05
05
05
alimentos
modificação
remédios
sexo
biotecnologia
pesquisa
genes
artificial
saúde
agricultura
cópia
agrotóxicos
ciência
danos à saúde
produtos
limpeza
clonagem
homem
lixo
prevenção
economia
mistura
diferente/monstro
melhoramento
mutação
transplante
risco
Consumidores
46
44
34
25
24
21
17
12
12
09
08
08
08
07
07
06
06
06
06
06
05
05
modificação
pesquisa
alimentos
artificial
falta informação
danos à saúde
dúvidas
mutação
ruim
modificação genética
saúde
medo
rotulagem
tecnologia
agrotóxicos
qualidade
avanço
falta pesquisa
economia
conseqüências p/ o futuro
risco
informação
Agroecologistas
36
34
24
19
18
17
17
16
16
14
13
12
12
11
11
11
10
09
08
08
08
08
08
07
07
07
06
06
06
06
danos ao meio ambiente
problemas sociais
dominação
modificação
dúvidas
risco
destruição
alimentos
economia
engano
morte
agricultura
falta informação
polêmica
agrotóxicos
pesquisa
medo
ruim
falta pesquisa
danos à saúde
conseqüências p/ o futuro
desrespeito
contra
avanço
multinacionais
perda biodiversidade
tecnologia
biotecnologia
mutação
meio ambiente
Em relação aos alunos, os 27 conjuntos de palavras considerados representam 483
evocações, ou seja, correspondem a 82,00% do total de evocações desse grupo. Para os
consumidores, os 21 conjuntos de palavras correspondem a 316 evocações (75,96% do total de
evocações). Para os agroecologistas, os 30 conjuntos de palavras representam 385 evocações
277
(69,37% do total de evocações). Após o reagrupamento das evocações, pôde-se notar o
surgimento de outros aspectos nas representações sociais de transgênicos dos três grupos.
Para os alunos, os alimentos e remédios, assim como o processo pelos quais eles são
produzidos (modificação, biotecnologia, pesquisa, genes, ciência), continuam sendo muito
importante. Surgem outros aspectos ligados à questão alimentar, tais como: agricultura e
agrotóxicos; assim como outros referentes à aplicação dos transgênicos no campo da saúde:
danos à saúde e transplante. Porém, em relação a esse último campo, o surgimento do aspecto
danos à saúde pode ter um significado diferente daquele atribuído aos consumidores. Para estes,
os transgênicos eram produtos que poderiam causar danos à saúde. Entretanto, a explícita
referência dos alunos à aplicação dos transgênicos no campo da saúde pode indicar, nesse caso,
uma possibilidade de solução para os problemas de saúde.
Evidencia-se a ênfase dada ao elemento sexo enquanto associado ao tópico. Isso pode ser
explicado pelo fato dos alunos terem feito muitas associações da palavra TRANSgênicos com
outras como: TRANSexual, TRANSvaginal, TRAvesti, homossexual, mudança de sexo, não
gostam do seu sexo.
Também aparecem outros aspectos como: mistura, diferente/monstro e mutação, que
podem indicar a imagem que esse grupo tem dos transgênicos. Por último, nota-se o surgimento
de dois outros aspectos, embora com baixa freqüência, na possível estrutura das representações
sociais desse grupo: economia e risco.
Em relação aos consumidores, embora a palavra alimentos não tenha aparecido na análise
anterior (com a presença apenas da palavra soja), após o reagrupamento este aspecto ganha um
certo destaque, apresentando uma freqüência relativamente alta (N = 34).
Os aspectos mais importantes vistos na análise anterior, modificação, artificial, falta
informação, danos à saúde e ruim, continuam com grande ênfase na estrutura desse grupo.
um grande aumento das evocações que dizem respeito à questão da pesquisa, surgindo também
evocações que fazem referência à falta de pesquisa nesse campo. Em relação à falta de
informação, os consumidores apresentam medo e o surgimento de uma demanda pela
rotulagem dos produtos.
Nota-se também o surgimento de outros aspectos que não apareciam na análise anterior,
tais como: economia, conseqüências para o futuro e risco. É preciso ressaltar que, embora com
278
uma freqüência muito baixa, após o reagrupamento das evocações, esse grupo também passou a
considerar a questão dos transgênicos como um avanço.
Também para os agroecologistas, a dimensão alimentos, que não aparecia na análise
anterior (apenas a palavra soja), surge na estrutura desse grupo após o reagrupamento das
evocações, embora apresente uma freqüência relativamente baixa (N = 16).
A análise estrutural mostrou que a questão dos riscos é essencial para este grupo, porém,
as questões apontadas pelo mesmo priorizavam os problemas sociais. Após o reagrupamento das
evocações, nota-se que a questão ambiental também é muito importante para esse grupo, com o
surgimento de aspectos como: danos ao meio ambiente (grupo de palavras que obteve a maior
freqüência, N = 36), perda da biodiversidade e meio ambiente. Os problemas sociais também
continuam a receber um grande destaque.
A presença da palavra morte na análise anterior pode estar associada a vários aspectos.
Um deles pode ser a questão dos danos à saúde que aparecem nessa segunda análise. Com todos
esses riscos (ambientais, sociais e sanitários) – associados à falta de informação as dúvidas e o
medo continuam em evidência.
Nota-se também o surgimento de outros aspectos que não apareciam na análise anterior,
tais como: economia, agricultura, multinacionais e conseqüências para o futuro. Uma pequena
parte desse grupo (N = 08) evocou expressões que podem indicar atitudes negativas,
posicionando-se contra os transgênicos. Mas, assim como os consumidores, e com uma
freqüência muito baixa (N = 07), esse grupo também passou a considerar a questão dos
transgênicos como um avanço.
VIII.3.5. Teste qui quadrado para menção dos conjuntos de palavras
Essas duas análises mostram que cada grupo social considerou aspectos diferentes em sua
representação social dos transgênicos. As tabelas a seguir apresentam os conjuntos de palavras: 1
– comuns aos três grupos sociais; 2 – aqueles que são comuns aos alunos (A) e aos consumidores
(B); 3 aos alunos e agroecologistas (C); 4 aos consumidores e agroecologistas; e 5 aqueles
que são particulares a cada um desses grupos.
Para verificar as diferenças da freqüência dos conjuntos de palavras entre os grupos
sociais, utilizou-se o teste qui quadrado para a associação de dados, relativa a cada conjunto de
279
palavra. As estatísticas foram obtidas a partir da tabela de contingências formada pelo
cruzamento da variável “grupo social” com a menção de cada conjunto de palavras (mencionou
ou não mencionou).
Para o conjunto de palavras comuns aos três grupos sociais, foram calculadas
quatro estatísticas qui quadrado: 1 para a menção do conjunto de palavras em
relação aos três grupos sociais (tabela 2X3), designado “T”; e 2 para a menção
do conjunto de palavras em relação aos grupos sociais, dois a dois (tabela 2X2),
designados “AXB, AXC e BXC”.
Para o conjunto de palavras comuns apenas a dois grupos sociais, foi calculado o
qui quadrado para a menção do conjunto de palavras em relação aos dois grupos
sociais (tabela 2X2).
Para o conjunto de palavras particulares de cada grupo social, foi calculado,
quando possível
38
, o qui quadrado para a menção do conjunto de palavras em
relação aos três grupos sociais (tabela 2X3).
Tabela 24: Conjunto de palavras comuns aos três grupos sociais
Conjuntos de palavras A. Alunos B. Consu
midores
C. Agroeco
logistas
Χ² GL p
Alimentos
95
34
16
T. 118,78 2 <0,0001
AXB. 60,34 1 <0,0001
AXC. 101,97 1 <0,0001
BXC. 7,3 1 <0,01
Modificação
44
46
19
T. 17,87 2 <0,0001
AXB. 0,02 1 ns
AXC. 12,4 1 <0,001
BXC. 14,26 1 <0,001
Pesquisa
23
44
11
T. 24,4 2 <0,0001
AXB. 8,28 1 <0,01
AXC. 4,15 1 <0,05
BXC. 24,15 1 <0,0001
Agrotóxicos
13
07
11
T. 1,98 2 ns
AXB. 1,36 1 ns
AXC. 0,05 1 ns
BXC. 0,54 1 ns
Danos à saúde
11
21
08
T. 6,85 2 <0,05
AXB. 2,92 1 ns
AXC. 0,23 1 ns
BXC. 5,65 1 <0,05
38
O cálculo do qui quadrado não é possível quando mais de 80% das cédulas da tabela possuem uma freqüência
esperada menor que cinco.
280
Economia
07
06
16
T. 6,83 2 <0,05
AXB. 0 1 ns
AXC. 3,08 1 ns
BXC. 4,05 1 <0,05
Mutação
05
12
06
T. 3,92 2 ns
AXB. 2,28 1 ns
AXC. 0 1 ns
BXC. 1,5 1 ns
Risco
05
05
17
T. 11,53 2 <0,01
AXB. 0,1 1 ns
AXC. 6,06 1 <0,05
BXC. 6,06 1 <0,05
Dos oito conjuntos de palavras comuns aos três grupos, seis apresentam diferenças
significativas entre os três grupos: alimentos, modificação, pesquisa, danos à saúde, economia e
risco; e dois conjuntos de palavras não apresentaram diferenças significativas entre os três
grupos: agrotóxicos e mutação.
A diferença das freqüências do conjunto alimentos foi muito significativa entre os alunos
e os consumidores, e entre os alunos e os agroecologistas, confirmando que este é um conjunto
muito importante para o primeiro grupo. A diferença das freqüências deste conjunto foi menor,
embora ainda significativa, entre os consumidores e os agroecologistas, o que pode indicar que
estes últimos não consideram os transgênicos como parte da alimentação.
Em relação às freqüências do conjunto modificação, não houve diferença significativa
entre os alunos e os consumidores, mas sim entre os alunos e os agroecologistas, assim como
entre os consumidores e os agroecologistas. Esses resultados indicam que esse processo é muito
importante para os dois primeiros grupos e pouco considerado pelo último.
Para o conjunto pesquisa, houve diferenças significativas das freqüências em relação aos
três grupos, sendo muito considerado pelos consumidores e pouco considerado pelos
agroecologistas. Isso pode significar que, para os consumidores, uma necessidade de mais
pesquisas que verifiquem a segurança dos transgênicos, enquanto que para os agorecologistas, as
pesquisas existentes comprovam a não segurança dos mesmos, dispensando necessidade de
outros estudos que continuem a desenvolver essa tecnologia.
Em relação aos danos à saúde, houve diferença significativa das freqüências apenas entre
os consumidores e os agroecologistas, sendo este conjunto mais importante para os
consumidores. O mesmo aconteceu para o conjunto economia que, nesse caso, foi mais
considerado pelos agroecologistas.
281
A questão do risco foi considerada com o mesmo peso pelos alunos e consumidores.
Entretanto, houve uma diferença significativa da freqüência desse conjunto entre estes dois
grupos e os agroecologistas, para os quais esse aspecto é mais importante.
Tabela 25: Conjunto de palavras comuns aos alunos e aos consumidores
Conjuntos de palavras Alunos Consu
midores
Agroeco
logistas
Χ² GL p
Artificial 22 25 -- 0,11 1 ns
Saúde 20 08 -- 4,89 1 <0,05
Em relação aos dois conjuntos de palavras comuns aos alunos e aos consumidores
(artificial e saúde), houve diferença significativa das freqüências apenas para o conjunto saúde,
que foi mais considerado pelos alunos. Isso não quer dizer que este aspecto seja mais importante
para os alunos do que para os consumidores. Ao contrário, esse resultado pode reforçar a hipótese
levantada anteriormente de que os alunos consideraram mais a aplicação dos transgênicos no
campo da saúde do que os outros grupos. Já para os consumidores, é a questão dos danos a saúde
que está em jogo.
Tabela 26: Conjunto de palavras comuns aos alunos e aos agroecologistas
Conjuntos de palavras Alunos Consu
midores
Agroeco
logistas
Χ² GL p
Agricultura 16 -- 12 0,36 1 Ns
Biotecnologia 26 -- 06 13,02 1 <0,001
Em relação aos dois conjuntos de palavras comuns aos alunos e aos agroecologistas
(agricultura e biotecnologia), houve diferença significativa das freqüências apenas para o
conjunto biotecnologia, que foi mais considerado pelos alunos. Isso confirma a importância dada
pelos alunos ao processo científico quando pensam em transgênicos.
Tabela 27: Conjunto de palavras comuns aos consumidores e aos agroecologistas
Conjuntos de palavras Alunos Consu
midores
Agroeco
logistas
Χ² GL p
Falta informação -- 24 12 3,95 1 <0,05
Dúvidas -- 17 18 0 1 ns
Ruim -- 12 09 0,21 1 ns
282
Medo -- 08 10 0,06 1 ns
Tecnologia -- 07 06 0 1 ns
Falta pesquisa -- 06 08 0,08 1 ns
Conseqüências para o
futuro
-- 06 08 0,08 1 ns
Avanço -- 06 07 0 1 ns
Dos oito conjuntos de palavras comuns aos consumidores e aos agroecologistas (falta
informação, dúvidas, ruim, medo, tecnologia, falta pesquisa, conseqüências para o futuro e
avanço), houve diferença significativa das freqüências apenas para o conjunto falta informação,
que foi mais considerado pelos consumidores.
Tabela 28: Conjunto de palavras comuns particulares de cada grupo social
Conjuntos de palavras Alunos Consu
midores
Agroeco
logistas
Χ² GL p
Remédios 41 -- -- 92,54 2 <0,0001
Sexo 33 -- -- 72,66 2 <0,0001
Genes 22 -- -- 48,86 2 <0,0001
Cópia 13 -- --
Ciência 11 -- --
Produtos 10 -- --
Limpeza 10 -- --
Clonagem 09 -- --
Homem 09 -- --
Lixo 08 -- --
Prevenção 07 -- --
Mistura 07 -- --
Diferente/Monstro 06 -- --
Melhoramento 05 -- --
Transplante 05 -- --
Modificação genética -- 09 --
Rotulagem -- 08 --
Informação -- 05 --
Danos ao meio ambiente -- -- 36 80,00 2 <0,0001
Problemas sociais -- -- 34 75,09 2 <0,0001
Dominação -- -- 24 51,43 2 <0,0001
Destruição -- -- 17 35,69 2 <0,0001
Engano -- -- 14
Morte -- -- 13
Polêmica -- -- 11
Desrespeito -- -- 08
Contra -- -- 08
Multinacionais -- -- 07
Perda da biodiversidade -- -- 07
Meio ambiente -- -- 06
283
Em relação aos 15 conjuntos de palavras exclusivos aos alunos, foi possível calcular o
qui quadrado para os conjuntos remédios, sexo e genes, cujas freqüências são significativamente
diferentes da ausência de evocação dos outros grupos. Não foi possível calcular o qui quadrado
para as evocações exclusivas aos consumidores. Para os 12 conjuntos de palavras exclusivos aos
agroecologistas, só foi possível calcular o qui quadrado para os conjuntos danos ao meio
ambiente, problemas sociais, dominação e destruição, cujas freqüências também são
significativamente diferentes da ausência de evocação dos outros grupos.
Esses resultados confirmam alguns dos resultados encontrados nas duas análises
anteriores. Os alunos consideraram a aplicação dos transgênicos nos campos agroalimentar e da
saúde, privilegiando o processo científico pelos quais eles são produzidos. Esse grupo, apesar de
mencionar (muito pouco) alguns riscos que essa tecnologia pode trazer, não considerou quais
seriam as conseqüências concretas, nem emitiram julgamentos em relação aos transgênicos.
Os consumidores e os agroecologistas consideraram muitos aspectos em comum: a
questão da falta de informação, das dúvidas, do medo, e também emitiram julgamentos negativos
em relação aos transgênicos. Porém, enquanto os consumidores priorizaram os danos à saúde, os
agroecologistas deram prioridade aos danos ao meio ambiente e aos problemas sociais que essa
tecnologia pode causar.
284
VIII.4. Terceiro estudo: quase-experimento
Trata-se da análise do impacto de uma exposição científica sobre a estrutura das
representações sociais de transgênicos de alunos do ensino médio. Como foi dito, o tema dos
transgênicos estava presente na grade de conteúdo do ano escolar desses alunos. A primeira
coleta foi feita antes que o tópico fosse tratado em sala de aula com os professores. A segunda
coleta foi feita logo depois da visita à exposição e a terceira coleta foi realizada um mês após a
visita, quando os professores já haviam trabalhado esse tema com os alunos.
Desse modo, as respostas dadas pelos alunos na primeira coleta estavam baseadas apenas
nas informações que eles porventura tivessem previamente sobre transgênicos, sem nenhum tipo
adicional de comunicação. Na segunda coleta, os alunos haviam recebido informações através
da exposição científica, seja textual ou visual. Na última coleta, os alunos contavam com as
informações veiculadas pela exposição científica, assim como com os conteúdos vistos na aula
expositiva dada pelos professores, nos livros e na Internet (os professores haviam pedido um
trabalho de pesquisa sobre esse tema). Além disso, nessa situação, as informações também foram
elaboradas através da comunicação interpessoal e grupal.
A tabela 29 apresenta informações sobre as evocações que os alunos produziram nessas
três condições experimentais.
Tabela 29: Informações sobre as evocações dos alunos nas três condições experimentais
Antes Depois Um mês após
N° total de evocações 589 598 588
N° de palavras diferentes 201 172 166
Média de evocações por aluno 4,91 4,98 4,90
Como mostra a tabela 29, o número total de evocações produzidas pelos alunos variou
muito pouco de uma condição para outra, mantendo-se também a média de quase cinco
evocações por aluno. Porém, o número de palavras diferentes produzidas pelos mesmos diminuiu
consideravelmente na segunda condição e um pouco mais na terceira. Isso pode significar que
alguns elementos evocados pelos alunos passaram a ser mais compartilhados pelo grupo, em
detrimento de outros elementos que eram mais idiossincráticos e menos apropriados ou corretos.
285
A partir das respostas dos alunos nas três condições experimentais, foram produzidos três conjuntos de dados que serão
apresentados nos diagramas 01, 02 e 03 envolvendo quatro quadrantes que levarão em conta dois critérios, a saber: freqüência do item
evocado e ordem média de evocação. O quadro 4 a seguir apresenta os três diagramas.
Quadro 4: Diagramas da estrutura das representações sociais de transgênicos dos alunos nas três situações
experimentais:
Diagrama 1 Estrutura das
representações sociais de transgênicos
dos alunos antes da exposição científica:
OME < 2,5 OME ≥ 2,5
F
11
53
22
Alimentos
remédios
1,96
1,77
24
20
20
15
14
13
11
11
11
genética
saúde
soja
laboratório
modificados
genes
artificial
doença
frutas
2,96
3,10
2,60
2,80
2,57
3,53
2,73
3,36
3,09
F
<
11
7
6
transformação
lixo
2,42
2,16
10
10
10
8
8
7
7
6
6
6
6
6
5
5
5
5
5
5
mudança
ciência
produtos
modificação
transporte
clone
verduras
cópia
genérico
comida
mistura
sementes
alimentação
DNA
drogas
gênios
prevenção
sexo
3,00
3,50
2,60
3,37
2,5
2,71
3,75
2,67
3,83
2,50
3,33
2,50
3,80
3,00
3,40
3,00
4,40
3,80
Diagrama 2 Estrutura das
representações sociais de transgênicos dos
alunos depois da exposição científica:
OME < 2,5 OME ≥ 2,5
F
14
48
29
15
alimentos
genética
modificados
1,85
1,96
2,13
25
23
23
18
17
16
14
soja
plantas
saúde
dna
genes
modificação
meio-ambient
2,72
2,82
2,78
2,94
2,58
2,56
3,50
F
<
14
9
5
mudança
geneticamente
2,44
2,20
13
13
12
11
9
8
7
6
6
5
5
5
5
5
ciência
natureza
milho
laboratório
transformação
vida
remédios
biotecnologia
ser-humano
produtos
algodão
alimentação
doenças
clonagem
3,46
3,53
3,25
3,18
4,00
3,50
2,85
2,50
4,33
3,00
3,40
3,40
3,50
3,80
Diagrama 3 Estrutura das
representações sociais de transgênicos
dos alunos um mês após a exposição
científica:
OME < 2,5 OME ≥ 2,5
F
14
53
40
20
18
alimentos
genética
genes
dna
2,41
2,03
2,25
2,28
44
26
18
16
15
15
soja
saúde
modificação
mudança
natureza
ciência
2,64
2,96
3,11
3,13
2,80
3,20
F
<
14
10
8
6
remédios
modificados
lixo
2,20
1,87
2,33
13
12
9
8
7
6
6
6
5
5
5
5
5
5
transformação
tecnologia
vida
laboratório
biologia
meio-ambient
alimentação
clonagem
alteração
artificial
clonagem
comida
doenças
verduras
2,62
3,08
4,22
2,86
3,29
4,17
3,17
4,00
3,20
3,20
4,00
2,80
3,60
4,60
VIII.4.1. Estrutura das RS de transgênicos antes da visita à exposição:
No diagrama dessa condição, das 201 palavras diferentes em um total de 589 evocações,
foram consideradas 31 expressões, as quais constituem apenas 15,42% do total de palavras
diferentes e correspondem a 58,91% do total de evocações.
A estrutura das representações sociais de transgênicos dos alunos nessa condição foi
descrita detalhadamente no estudo anterior. Como foi visto, os alunos consideraram a aplicação
dos transgênicos principalmente no campo alimentar e, em menor proporção, no da saúde. As
evocações se restringiram somente aos produtos e processos pelos quais são obtidos os
transgênicos, sem emitir julgamentos quanto aos mesmos, nem considerar as possíveis
conseqüências que estes podem trazer.
VIII.4.2. Estrutura das RS de transgênicos depois da visita à exposição:
No diagrama dessa condição, das 172 palavras diferentes em um total de 598 evocações,
foram consideradas 26, as quais, embora constituindo apenas 15,12% do conjunto total de
palavras, correspondem a 58,86% do total de evocações, ficando muito próximo à condição
anterior.
O primeiro quadrante dos alunos depois da visita à exposição científica é composto por
três elementos: alimentos, genética e modificados. A palavra alimentos ainda apresenta uma
freqüência bastante alta, embora esta tenha diminuído um pouco em relação à situação anterior.
As palavras genética e modificados, que antes apareciam no segundo quadrante, passam nessa
situação para o primeiro quadrante. Isso pode indicar que os alunos passaram a dar mais
importância ao processo pelo qual os transgênicos são produzidos.
Pode-se notar que o sistema periférico desse grupo é constituído, em parte, por elementos
que remetem às palavras do primeiro quadrante (alimentos: soja, milho, alimentação; genética:
DNA, genes, geneticamente, biotecnologia; modificados: modificação, transformação, mudança).
Porém, observa-se, também no sistema periférico, o surgimento de uma série de palavras
que não apareciam na estrutura desse grupo na situação anterior e que fazem referência à
exposição pela qual os alunos haviam passado: plantas e meio ambiente (no segundo quadrante),
natureza, milho, vida, biotecnologia, ser humano e algodão (no quarto quadrante).
É importante destacar que a palavra remédios, que antes estava no primeiro quadrante
(com freqüência alta e baixa ordem média de evocação), passa para o quarto quadrante nessa
287
segunda situação e apresenta uma diminuição considerável da sua freqüência, bem como um
aumento da ordem média de evocação. Igualmente, a palavra doenças, que estava no segundo
quadrante, passa para o quarto quadrante, também com uma diminuição de sua freqüência.
Apesar disso, a palavra saúde se mantém no segundo quadrante, apresentando um pequeno
aumento da sua freqüência, assim como uma diminuição da ordem média de evocação. Uma
possível explicação para isso pode ser relacionada ao conteúdo da exposição científica. A
exposição trazia informações sobre os possíveis riscos que os transgênicos poderiam trazer para a
saúde humana, para o meio ambiente e para a sociedade. Por outro lado, o conteúdo da exposição
científica focalizou a aplicação dos transgênicos na agricultura e não no campo da saúde. Isso
pode explicar a manutenção da importância dada pelos alunos à questão da saúde e a diminuição
da importância dada aos remédios.
A estrutura das representações sociais de transgênicos dos alunos nessa condição mostra
que os estes continuam a considerar os transgênicos, principalmente, como alimentos
geneticamente modificados. Mas os novos elementos que surgiram no sistema periférico levam a
pensar que os alunos passaram a considerar também os possíveis riscos que estes podem trazer
para o meio ambiente, para o homem e para a vida em geral.
VIII.4.3. Estrutura das RS de transgênicos um mês após a visita à exposição:
No diagrama dessa condição, das 166 palavras diferentes em um total de 588 evocações,
foram consideradas 27, as quais, embora constituindo apenas 16,27% do conjunto total de
palavras, correspondem a 65,65% do total de evocações. Nessa condição, foram consideradas
mais palavras diferentes, assim como uma percentagem maior do total de evocações do que nas
condições anteriores. Isso pode confirmar que os alunos passaram a compartilhar mais fortemente
o vocabulário produzido por eles em relação aos transgênicos.
O primeiro quadrante dos alunos um mês após a visita à exposição científica é composto
por quatro elementos: alimentos, genética, genes e dna. A palavra alimentos volta a apresentar a
mesma freqüência em relação à primeira situação.
Comparando esse quadrante com o da segunda condição, a palavra genética também
continua no primeiro quadrante e apresenta um aumento considerável da sua freqüência. Além
disso, as palavras genes e DNA que estavam no segundo quadrante, na segunda condição,
passaram agora para o primeiro quadrante, apresentando também um pequeno aumento das suas
288
freqüências. Seguindo a tendência apontada pela condição anterior, isso pode indicar que os
alunos passaram a dar cada vez mais importância ao processo pelo qual os transgênicos são
produzidos. Outro aspecto importante relacionado a esse processo diz respeito à presença da
palavra ciência, que passa do quarto quadrante (nas duas condições anteriores) para o segundo
quadrante. Além disso, nessa última condição surge também no quarto quadrante a palavra
tecnologia, que não estava presente em nenhum quadrante nas condições anteriores, e que pode
estar igualmente relacionada ao processo de produção dos transgênicos, enfatizando a
importância dada pelos estudantes a esse aspecto.
Mais uma vez, pode-se notar que o sistema periférico desse grupo é constituído, em parte,
por elementos que remetem às palavras do primeiro quadrante (alimentos: soja, alimentação,
comida, verduras). A palavra remédios aparece, nessa condição, no terceiro quadrante e com uma
freqüência ainda muito menor do que a apresentada na primeira condição.
Observa-se também que alguns elementos que haviam surgido no sistema periférico desse
grupo depois de ter passado pela exposição, e possivelmente ativados por esta, desaparecem
nessa última condição, tais como: plantas, milho, biotecnologia, ser humano e algodão.
Entretanto, outros destes elementos continuam presentes: natureza (que se mantém no segundo
quadrante e apresenta um pequeno aumento da sua freqüência), meio ambiente (que passa do
segundo para o quarto quadrante, apresentando tanto uma diminuição considerável da sua
freqüência, quanto o aumento da ordem média de evocação) e vida (que se mantém no quarto
quadrante).
A estrutura encontrada nessa condição mostra que os alunos continuam a considerar os
transgênicos, principalmente, como alimentos geneticamente modificados. Os elementos que
surgiram no sistema periférico depois da visita e que continuaram nessa condição levam a pensar
que os alunos continuaram a considerar também os possíveis riscos que estes podem trazer para o
meio ambiente e para a vida.
Comparando as três estruturas, pode-se notar que houve um aumento do número de
palavras que compõem o primeiro quadrante. Além disso, a freqüência total dessas palavras
aumenta consideravelmente de uma condição para outra, o que significa que estas passam a ser
mais compartilhadas por este grupo. Antes da visita, o primeiro quadrante era composto por duas
palavras: alimentos e remédios, evocadas 75 vezes. Depois da visita, esse quadrante é formado
289
por três palavras: alimentos, genética e modificados, evocadas 92 vezes. Por último, o primeiro
quadrante da condição um mês após a visita é composto por quatro palavras: alimentos, genética,
genes e DNA, evocadas 131 vezes.
Ainda assim, pode-se pensar que a estrutura das representações sociais desse grupo
evoluiu na direção já apontada pela análise da primeira condição: os alunos priorizaram os
produtos (alimentos, principalmente, mas também remédios) e o processo científico (modificação
genética) pelos quais são obtidos os transgênicos. Por outro lado, os novos elementos que
surgiram no sistema periférico desse grupo nas condições posteriores podem indicar que a
passagem pela exposição científica levou os alunos a considerar também os possíveis riscos dos
transgênicos.
VIII.3.4. Reagrupamento das evocações:
Nesse estudo também se pode observar que, em todas as três condições, foi utilizada uma
pequena percentagem tanto do número de palavras diferentes, assim como do total de evocações.
Mais uma vez, a presença de muitas palavras diferentes (com freqüência menor que 05), porém
com um significado próximo, pode ter levado à não consideração de aspectos importantes da
representação social desse grupo. Assim, foi feito um reagrupamento das evocações, seguindo o
mesmo padrão do estudo anterior
39
. O quadro 5, na gina seguinte, apresenta a freqüência dos
conjuntos de palavras considerados (com freqüência igual ou maior que 05) para as três
condições.
39
Os conjuntos de palavras e as evocações correspondentes podem ser vistos no anexo 11.
290
Quadro 5: Freqüência dos conjuntos de palavras associadas às três condições
Antes
95
44
41
33
26
23
22
22
20
16
13
13
11
11
10
10
09
09
08
07
07
07
06
05
05
05
05
alimentos
modificação
remédios
sexo
biotecnologia
pesquisa/laboratório
genes
artificial
saúde
agricultura
cópia
agrotóxicos
ciência
danos à saúde
produtos
limpeza
clonagem
homem
Lixo
prevenção
economia
mistura
diferente/monstro
melhoramento
mutação
transplante
risco
Depois
103
50
49
39
36
31
23
16
15
13
11
10
09
09
08
08
08
07
06
06
06
06
05
05
05
05
05
alimentos
modificação
genes
biotecnologia
meio ambiente
agricultura
saúde
homem
danos ao meio ambiente
ciência
pesquisa/laboratório
remédios
vida
preservação do ma
modificação genética
economia
artificial
clonagem
danos à saúde
produtos
qualidade
problemas sociais
agrotóxicos
geneticamente
bom
ruim
informação
Um mês após
137
64
49
43
28
26
16
15
14
13
11
09
09
07
06
06
06
06
05
alimentos
modificação
biotecnologia
genes
meio ambiente
saúde
ciência
remédios
agricultura
tecnologia
pesquisa/laboratório
vida
modificação genética
danos à saúde
clonagem
artificial
homem
lixo
problemas sociais
Em relação à condição “antes da visita à exposição”, os 27 conjuntos de palavras
considerados representam 483 evocações, ou seja, correspondem a 82,00% do total de evocações
desse grupo. Na condição “depois da visita”, os 27 conjuntos de palavras correspondem a 488
291
evocações (80,94% do total de evocações). Finalmente, na condição “um mês após a visita”, os
19 conjuntos de palavras consideradas representam 470 evocações (80,00% do total de
evocações).
Após o reagrupamento das evocações, pôde-se notar o surgimento de outros aspectos na
representação social de transgênicos dos alunos nas três condições experimentais. Nessa seção
serão feitas comparações entre: 1 os conjuntos de evocações e a estrutura da representação
social descrita na seção anterior, correspondentes a cada condição; e 2 os conjuntos de
evocações presentes nas três condições.
A análise do reagrupamento das evocações referente à condição “antes da visita à
exposição científica” já foi descrita detalhadamente no estudo anterior (ver gina X). Como foi
visto, alimentos e remédios, assim como o processo pelos quais eles são produzidos
(modificação, biotecnologia, pesquisa, genes, ciência), continuam sendo muito importante para
os alunos. Surgem também outros aspectos ligados à questão alimentar, tais como: agricultura e
agrotóxicos, assim como outros referentes à aplicação dos transgênicos no campo da saúde:
danos à saúde e transplante.
Além disso, evidencia-se a ênfase dada ao elemento sexo enquanto associado ao tópico.
Também aparecem outros aspectos como: mistura, diferente/monstro e mutação, que podem
indicar a imagem que esse grupo tem dos transgênicos. Por último, nota-se o surgimento de dois
outros aspectos, embora com baixa freqüência, na possível estrutura das representações sociais
desse grupo: economia e risco.
Na condição “depois da visita à exposição”, a análise da estrutura mostrou uma pequena
diminuição da freqüência da palavra alimentos. Entretanto, após o reagrupamento das evocações,
nota-se que esse elemento continua sendo muito importante para os alunos, com uma freqüência
um pouco maior do que a apresentada pela análise dos conjuntos de palavras referente à condição
antes da visita.
Os conjuntos modificação, genes e biotecnologia seguem a tendência apresentada pela
análise da estrutura dessa condição e apresentam freqüências maiores do que as correspondentes
quando comparadas com a análise dos conjuntos de palavras da condição antes da visita.
292
Alguns aspectos que surgiram após o reagrupamento de palavras na primeira condição,
também surgem nessa condição, tais como: agrotóxicos, economia e danos à saúde. Este último,
no entanto, pode ter um significado diferente do apresentado pela condição antes da visita. Se na
condição antes da visita a expressão danos à saúde poderia estar associada à aplicação dos
transgênicos no campo da saúde para reduzir tais danos, na condição depois da visita essa
expressão pode estar se referindo aos danos que os transgênicos podem causar quando aplicados
ao campo agroalimentar, enfatizados pela exposição científica.
um aumento considerável da freqüência apresentada pelo conjunto agricultura, que
pode ser explicado pelo viés da exposição científica que, como já foi dito, privilegiou a aplicação
dos transgênicos nesse campo. Nesse sentido, também surgem novos aspectos, tais como: meio
ambiente, homem, danos ao meio ambiente, vida e preservação do meio ambiente, que fazem
referência à exposição científica pela qual os alunos haviam passado, confirmando a tendência
apontada pela análise estrutural dessa condição. Além desses elementos, surge um novo aspecto
que não apareceu na análise estrutural: problemas sociais. Embora esse elemento apresente uma
freqüência muito baixa, isso significa que alguns alunos passaram a considerar esse aspecto em
relação aos transgênicos após visitarem a exposição. Desse modo, o elemento risco que havia
surgido na análise do reagrupamento da condição anterior, mas que não se remetia a algum tipo
de risco específico, desaparece nessa condição, mas “reaparece” de outras formas: danos
ambientais, sanitários e sociais.
Outro aspecto que surge nessa condição é a referência à informação em relação aos
transgênicos, embora também seja pouco evocada. Nesse sentido, o desaparecimento de
elementos como mistura, diferente/monstro e mutação pode estar ligado a uma nova imagem que
os alunos construíram acerca dos transgênicos após passarem pela exposição. O mesmo pode ser
pensado para o desaparecimento do grupo sexo.
Por último, pode-se notar o surgimento de julgamentos (bom e ruim) em relação aos
transgênicos. Embora esses elementos sejam pouco evocados nessa condição, é importante
ressaltar que nas análises (estrutural e de reagrupamento) referentes à condição anterior, esse
grupo não tinha emitido nenhum julgamento em relação a esse objeto.
293
Na condição “um mês após a visita à exposição”, o elemento alimentos continua sendo
muito importante para esse grupo, apresentando um aumento considerável da sua freqüência em
relação às duas condições anteriores.
Mais uma vez, os conjuntos de palavras modificação, genes e biotecnologia seguem a
tendência apresentada pela análise da estrutura dessa condição e apresentam freqüências maiores
do que as correspondentes quando comparadas com a análise dos conjuntos de palavras das
condições anteriores. Isso também vale para o conjunto ciência e está igualmente relacionada ao
surgimento do conjunto tecnologia, já apontada na análise estrutural dessa condição.
Assim como na análise da estrutura dessa condição apresentada anteriormente, alguns
conjuntos de palavras referentes à exposição científica desaparecem (danos ao meio ambiente e
preservação do meio ambiente). Ainda assim, outros conjuntos também referentes à exposição se
mantêm nessa condição (meio ambiente, homem, vida e problemas sociais).
Também como na análise estrutural apresentada anteriormente, o conjunto remédios
apresenta um pequeno aumento da sua freqüência em comparação com a condiçã depois da visita,
mas não chega perto da freqüência apresentada pela condição antes da visita. Por outro lado, o
conjunto saúde passa a ter freqüência maior que as das duas condições anteriores. Isso pode
significar que, embora a questão da saúde se mantenha importante para os alunos, estes podem ter
diminuído a importância dada inicialmente à aplicação dos transgênicos no campo da saúde, em
detrimento da importância dada à aplicação dos transgênicos no campo agroalimentar.
Comparando as três condições experimentais, pode-se notar que, apesar da soma da
frequância dos conjuntos de palavras corresponderem a um total de evocações muito próximos
para as três condições (em torno de 80%), o número de conjuntos de palavras considerados
diminuiu na última condição. Na condição antes da visita e depois da visita foram considerados
27 conjuntos de palavras. Na última condição, um mês após a visita, foram considerados 19
conjuntos de palavras. Isso também confirma os resultados encontrados pela análise estrutural
apresentada anteriormente, de que os alunos passaram a compartilhar mais fortemente o
vocabulário que estes produziram acerca dos transgênicos.
A análise geral do agrupamento de evocações corrobora a tendência apresentada pela
análise geral da estrutura das evocações, e mostra que houve um fortalecimento do “núcleo”:
alimentos geneticamente modificados. Os novos conjuntos de palavras que surgiram nas
294
condições posteriores podem indicar que a passagem pela exposição científica levou os alunos a
considerar também os possíveis riscos dos transgênicos, dessa vez não para a saúde e para o
meio ambiente, mas também para a sociedade como um todo.
VIII.3.5. Teste qui quadrado para menção dos conjuntos de palavras
Tanto a análise estrutural como a análise do reagrupamento das palavras mostram que,
apesar de haver um “núcleo” fortemente compartilhado pelos alunos (alimentos, modificação e
genes), os mesmos também consideraram aspectos diferentes em relação aos transgênicos em
cada uma das três condições experimentais. As tabelas a seguir apresentam os conjuntos de
palavras: 1 – presentes nas três condições; 2 – nas condições antes da visita (A) e depois da visita
(B); 3 antes e um mês após da visita (C); 4 depois da visita e um mês após; e 5 e aqueles
que são particulares a cada uma dessas condições.
Para verificar as mudanças da freqüência dos conjuntos de palavras entre as condições,
utilizou-se o teste qui quadrado para a associação de dados, relativa a cada conjunto de palavra.
As estatísticas foram obtidas a partir da tabela de contingências formada pelo cruzamento da
variável “condição experimental” com a menção de cada conjunto de palavras (mencionou ou
não mencionou).
No que tange ao conjunto de palavras presentes nas três condições, foram
calculadas quatro estatísticas qui quadrado: 1 para a menção do conjunto de
palavras em relação às três condições (tabela 2X3), designado “T”; e 2 para a
menção do conjunto de palavras em relação às condições duas a duas (tabela 2X2),
designados “AXB, AXC e BXC”.
Tratando-se do conjunto de palavras presentes apenas em duas condições, foi
calculado o qui quadrado para a menção do grupo de palavras e para as duas
situações (tabela 2X2).
Finalmente, respectivo ao conjunto de palavras particulares de cada situação, foi
calculado o qui quadrado para a menção do grupo de palavras e para as três
situações (tabela 2X3).
295
Tabela 30: Conjuntos de palavras presentes nas três condições
Conjuntos de palavras A. Antes B. Depois C. Última GL p
Alimentos
95
103
137
T. 54,47 2 <0,0001
AXB. 1,41 1 ns
AXC. 29,29 1 <0,0001
BXC. 105,98 1 <0,0001
Modificação
44
50
64
T. 7,13 2 <0,05
AXB. 0,44 1 ns
AXC. 6,08 1 <0,05
BXC. 2,82 1 ns
Remédios
41
10
15
T. 30,83 2 <0,0001
AXB. 22,41 1 <0,0001
AXC. 14,56 1 <0,0001
BXC. 0,71 1 ns
Biotecnologia
26
39
49
T. 10,24 2 <0,01
AXB. 3,04 1 ns
AXC. 9,39 1 <0,01
BXC. 1,45 1 ns
Pesquisa/laboratório
23
11
11
T. 7,31 2 <0,05
AXB. 4,15 1 <0,05
AXC. 4,15 1 <0,05
BXC. 0,05 1 ns
Genes
22
49
43
T. 15,48 2 <0,001
AXB. 13,52 1 <0,001
AXC. 8,44 1 <0,01
BXC. 0,44 1 ns
Artificial
22
08
06
T. 14,07 2 <0,001
AXB. 7,86 1 <0,01
AXC. 10,72 1 <0,001
BXC. 0,08 1 ns
Saúde 20 23 26 T. 0,97 2 ns
AXB. 0,11 1 ns
AXC. 0,67 1 ns
BXC. 0,1 1 ns
Agricultura
16
31
14
T. 10,22 2 <0,01
AXB. 5,19 1 <0,05
AXC. 0,04 1 ns
BXC. 7 1 <0,01
Ciência
11
13
16
T. 1, 07 2 ns
AXB. 0,05 1 ns
AXC. 0,67 1 ns
BXC. 0,16 1 ns
Danos à saúde
11
06
07
T. 1,88 2 ns
AXB. 1,01 1 ns
AXC. 0,54 1 ns
BXC. 0 1 ns
Clonagem
09
07
06
T. 0,68 2 ns
AXB. 0,07 1 ns
AXC. 0,28 1 ns
BXC. 0 1 ns
T. 5,58 2 ns
296
Homem 09 16 06 AXB. 1,61 1 ns
AXC. 0,28 1 ns
BXC. 4,05 1 <0,05
Dos 13 grupos de palavras comuns às três condições, oito apresentam diferenças
significativas entre as três condições: alimentos, modificação, remédios, biotecnologia,
pesquisa/laboratório, genes, artificial e agricultura; e quatro grupos de palavras não
apresentaram diferenças significativas entre as três condições: ciência, danos à saúde, clonagem
e homem.
Desses elementos, confirmaram-se como suscetíveis à passagem da condição “antes” para
“depois da visita” apenas os elementos: genes e agricultura, em relação ao aumento de suas
freqüências; e os elementos: remédios, pesquisa/laboratório e artificial, em relação à diminuição
de suas freqüências.
Os elementos suscetíveis à passagem da condição “antes” para “um mês após a visita”
foram: alimentos, modificação, biotecnologia e genes, em relação ao aumento de suas
freqüências; e os elementos: remédios, pesquisa/laboratório e artificial, em relação à diminuição
de suas freqüências.
Os únicos elementos suscetíveis à passagem da condição “depois da visita” para “um mês
após a visita” foram: alimentos, em relação ao aumento de sua freqüência; e agricultura, em
relação à diminuição de sua freqüência.
Tabela 31: Conjuntos de palavras presentes em duas condições
Conjuntos de palavras Antes Depois Última GL p
Agrotóxicos 13 05 -- 2,94 1 ns
Produtos 10 06 -- 0,6 1 ns
Economia 07 08 -- 0 1 ns
Lixo 08 -- 05 0,33 1 ns
Meio ambiente -- 36 28 1,04 1 ns
Vida -- 09 09 0,06 1 ns
Modificação genética -- 08 09 0 1 ns
Problemas sociais -- 06 05 0 1 ns
Não houve diferenças significativas entre as freqüências dos conjuntos de palavras
presentes apenas em duas condições.
297
Tabela 32: Conjuntos de palavras particulares de cada condição
Conjuntos de palavras Antes Depois Última GL p
Sexo 33 -- -- 72,66 2 <0,0001
Cópia 13 -- --
Limpeza 10 -- --
Prevenção 07 -- --
Mistura 07 -- --
Diferente/monstro 06 -- --
Melhoramento 05 -- --
Mutação 05 -- --
Transplante 05 -- --
Risco 05 -- --
Danos ao meio ambiente -- 15 -- 31,3 2 <0,0001
Preservação do ma -- 09 --
Qualidade -- 06 --
Geneticamente -- 05 --
Bom -- 05 --
Ruim -- 05 --
Informação -- 05 --
Tecnologia -- -- 13
Em relação aos 10 conjuntos de palavras exclusivos da condição antes da visita, só foi
possível calcular o qui quadrado para o conjunto sexo cuja freqüência de evocação é
significativamente diferente da ausência de evocação nas condições posteriores.
Para os sete conjuntos de palavras exclusivos da condição depois da visita, foi possível
calcular o qui quadrado para o conjunto danos ao meio ambiente cuja freqüência de evocação
também é significativamente diferente da ausência de evocação nas condições anterior e
posterior. Não foi possível calcular o qui quadrado para o único grupo de palavras exclusivo da
condição um mês após a visita à exposição.
Esses resultados confirmam alguns dos resultados encontrados nas duas análises
anteriores. Logo depois da visita à exposição científica, os alunos passaram a considerar mais a
aplicação dos transgênicos na agricultura e menos no campo da saúde (remédios), passando a dar
mais importância ao processo científico (modificação, biotecnologia e genes). Por outro lado, os
alunos também passaram a considerar os possíveis riscos (para o meio ambiente, para o vida e os
problemas sociais) que essa aplicação pode trazer. Essas considerações se mantêm também um
mês após a visita à exposição.
298
IX. Discussão dos resultados:
Nessa seção, será feita a discussão dos resultados de cada estudo, tentando fazer também,
sempre que possível, correlações entre eles.
Em relação à análise do discurso midiático sobre transgênicos, pôde-se notar que a
cobertura feita pelos dois jornais considerados sobre esse tópico foi bastante intensa, confirmando
a grande atenção que esse tema recebeu por parte da mídia brasileira, como foi mostrado em
outras pesquisas no capítulo seis (Bueno, 1999; Massarani, Magalhães & Moreira, 2003;
Marcolino & Franco, 2004).
Quando se compara o número de artigos publicados no Brasil com o de outros países,
apresentados pela literatura internacional (Gutteling et al, 2002; Bonfadelli, Dahinden &
Leonarz, 2002; Bauer, 2002; Parales-Quenza, 2004; Görke & Ruhrmann, 2003), percebe-se que
esse tema teve um destaque muito maior no Brasil. Porém, a maioria dos artigos internacionais
encontrados apresenta dados relativos à cobertura até o ano de 1999, o que dificulta uma
comparação com os dados apresentados aqui. Além disso, Bauer (2002) mostra que, a partir desse
ano, a mídia mundial passou a dedicar um espaço muito maior à questão da biotecnologia
moderna. Mesmo assim, é possível dizer que o Brasil teve um número de publicação muito alto
em relação a outros países. Parales-Quenza (2004), por exemplo, mostra que em 2001 foram
publicados apenas 20 artigos sobre “alimentos transgênicos” em dois jornais diários e uma revista
semanal colombianos. Na presente pesquisa, foram publicados 422 artigos sobre transgênicos no
mesmo ano.
O ano de 2003 foi o ano de maior publicação sobre o tema pelos jornais brasileiros. Como
foi visto no capítulo seis, esse ano foi marcado pela transição do governo FHC para o governo
Lula, pela edição de duas medidas provisórias que liberaram o plantio e a comercialização, ainda
que temporariamente, da soja transgênica no país e pela apresentação do projeto da nova Lei de
Biossegurança. Esses acontecimentos foram intensamente divulgados pelos jornais, aumentando
o número de artigos publicados nesse ano.
O número de artigos publicados pelas seções dos jornais ao longo dos seis anos, embora
não seja representativo do total de artigos (ver página X), mostrou uma tendência interessante. Se
no ano de 2000 havia um destaque para os acontecimentos em torno dos transgênicos no cenário
internacional, em 2001 esse padrão se inverteu e os acontecimentos no Brasil ganham mais
importância, mantendo-se em destaque até 2005. Outra inversão importante diz respeito aos
299
artigos publicados nas seções ciência e economia. Em 2000 e 2001, a seção ciência era
predominante na publicação sobre os transgênicos. Em 2002, a seção economia ganha espaço
nessa discussão e em 2003 passa a ser a seção com o maior número de artigos, distanciando-se
significativamente das outras seções. É importante ressaltar que esse movimento se refletiu nos
resultados da análise do conteúdo divulgado pelos jornais.
Tal análise mostrou que este conteúdo foi dividido em duas partes: uma ligada aos
primeiros anos considerados na pesquisa, caracterizada pela discussão acerca da introdução dos
transgênicos no Brasil e outra parte ligada aos últimos anos considerados na pesquisa,
caracterizada pela discussão acerca do processo de regulamentação dos transgênicos no país,
conforme mostra a figura 1.
Figura 1: Esquema do conteúdo sobre transgênicos divulgado pelos jornais.
Econômico
Sanitário / Ambiental
Social
Modelo de desenvolvimento
Introdução
Regulamentação
2000, 2001, 2002 2000, 2001, 2003, 2004, 2005
Executivo
Executivo / Legislativo
Judiciário
Fóruns alternativos
A discussão sobre a possível introdução dos transgênicos no país recebeu uma atenção
maior dos dois jornais. Esse tipo de discussão considerou os aspectos (benefícios e riscos)
econômicos, sanitários, ambientais e sociais que a introdução dessa tecnologia poderia trazer para
o país. Tal discussão foi feita, principalmente, nos anos 2000, 2001 e 2002, período em que,
como foi visto no capítulo seis, os transgênicos ainda estavam legalmente proibidos no Brasil.
300
A questão da introdução dos transgênicos no campo da agricultura, baseada somente em
argumentos econômicos, teve um espaço considerável nos jornais. Isso confirma o argumento de
Paalberg (2002), apresentado no capítulo seis, de que as razões econômicas são fundamentais
para se entender a adoção ou não dessa tecnologia pelos países em desenvolvimento.
Isso também mostra que uma boa parte da discussão em torno da introdução dos
transgênicos no Brasil ainda se encaixava dentro da lógica da sociedade industrial (ou sociedade
de risco residual) discutida no primeiro capítulo. Nessa decisão pesam apenas os ganhos
econômicos. Mesmo quando eram apresentados os riscos, estes se referiam aos possíveis danos
econômicos que essa decisão pode trazer.
A lógica adotada nesse debate foi a de que “o mercado dita as regras”. Assim, é o
mercado que vai definir a introdução ou não dessa tecnologia e o tamanho da área plantada com
transgênicos. Desse modo, por um lado, alguns artigos apresentavam os benefícios dessa
tecnologia para os produtores (maior produtividade, redução do custo) e para a economia do país
(ligada à questão da exportação). Por outro lado, alguns artigos apresentavam os riscos dessa
introdução também para os produtores (rebatendo os argumentos apresentados pelos outros
artigos) e para o país (perda de mercados que são resistentes aos transgênicos, como o europeu e
o asiático). Outros artigos ainda traziam ambos os argumentos, sem apresentar uma conclusão, ou
indicando apenas a obtenção de certificados para lidar com ambas as situações. Muitos artigos
faziam um apelo à autoridade do especialista (analistas de mercado), sendo apenas um simples
agente de ligação das opiniões das autoridades com às do público.
Assim, pode-se dizer que foram empregados dois sistemas de comunicação pelos artigos
correspondentes a esse tipo de discussão. Alguns artigos utilizaram a propaganda. Nesse caso,
tanto os artigos que defendiam, quanto os que eram contra a introdução dessa tecnologia,
visavam à formação de uma conduta específica (a utilização ou não dos transgênicos) por um
grupo estruturado e orientado (o leitor / produtor). Outros artigos utilizaram o sistema da difusão,
sem manifestar intenções bem definidas, nem manter uma orientação clara em relação à adoção
dessa tecnologia, deixando as conclusões para o próprio leitor.
No que tange a discussão da aplicação dos transgênicos nos campos da saúde e da
agricultura, dessa vez, considerando aspectos sanitários e ambientais, nota-se que tal discussão
também teve um espaço considerável na mídia impressa brasileira. A lógica adotada nesse debate
foi a do “avanço científico”. Nesse sentido, os transgênicos eram freqüentemente tomados como
301
uma “revolução científica”, cada nova descoberta é retratada como “um passo fundamental” para
o desenvolvimento da ciência.
Quando essa aplicação foi considerada no campo da saúde, foram ressaltados apenas os
benefícios que os transgênicos podem trazer, sem se discutir os possíveis riscos para a saúde e o
meio ambiente, nem se tocar nos aspectos morais e éticos dessa tecnologia. Quando a aplicação
foi considerada na agricultura, começaram a ser discutidos os riscos sanitários e ambientais.
Alguns riscos sociais são apontados, mas não discutidos. Mesmo assim, isso se referia a uma
pequena parte dos artigos, a maior parte destes ainda se posicionava favoravelmente à aplicação
dessa tecnologia nesse campo, destacando os grandes “avanços científicos” feitos para melhorar a
qualidade de vida dos homens.
Esses resultados confirmam os resultados de outras pesquisas nacionais e internacionais
apresentadas no capítulo seis. Bauer (2002) mostrou que a imprensa britânica “cultivou” uma
representação da biotecnologia, contrastando a “biotecnologia vermelha” (aplicada ao campo da
saúde) e a “biotecnologia verde” (aplicada à agricultura). Essa distinção regulou o debate público
na Inglaterra, uma vez que focou na controvérsia da biotecnologia verde e resguardou a
biotecnologia vermelha da atenção do público. No Brasil, Massarani, Magalhães e Moreira
(2003) mostraram que a aplicação da biotecnologia no campo agro-alimentar foi tratada de forma
mais crítica pela mídia do que as demais aplicações, cujas matérias a elas referentes ressaltavam
fundamentalmente seus aspectos positivos.
Uma contribuição importante desse conteúdo diz respeito à possibilidade da análise da
atividade de divulgação científica, mais especificamente do jornalismo científico, em relação aos
transgênicos no Brasil. A maioria dos artigos associados a esse conteúdo foi publicada na seção
ciência ou em cadernos especiais dos jornais e trazia resultados de pesquisas publicadas em
revistas científicas. A proposta desse conteúdo também vai no sentido da divulgação científica
sobre a utilização dos transgênicos nos campos da saúde e da agricultura. No entanto, é notável
que essa atividade, aqui, ainda se encaixa dentro da lógica de “déficit de conhecimento”. A
divulgação científica exalta o “progresso científico”. Pouco espaço foi dedicado para discussão
dos riscos e interesses por trás do desenvolvimento da ciência. Esse resultado confirma o
argumento de Bueno (2005), apresentado no segundo capítulo, de que o jornalismo científico
brasileiro tem desprezado as conexões entre ciência, tecnologia e poder.
302
Os artigos correspondentes a esse conteúdo também empregaram dois sistemas de
comunicação. Pode-se pensar que os artigos que defendiam a aplicação dos transgênicos
utilizaram a propagação. Nesse caso, esses artigos visavam não a formação de uma conduta como
na classe anterior, mas de uma atitude específica (a favor) por um grupo que pode estar dividido
quanto à atitude em relação ao objeto social (os transgênicos). A utilização desse sistema de
comunicação vai ao encontro do papel da divulgação científica dentro da proposta de “fornecer
mais informação para uma maior aceitação”. Como foi visto no quarto capítulo, Moscovici
(1961) argumenta que a comunicação na propagação busca criar normas, através de uma
convergência em torno de uma doutrina que seja aceitável, o que implica uma mudança do objeto
social que permite integrá-lo a um quadro de referência estabelecido. Em seu estudo, ele relata
que é na imprensa católica francesa (caracterizada pelo emprego do sistema de propagação) que
se encontra a proporção mais importante de artigos nos quais a educação é indicada como
domínio de ação da psicanálise. Fazendo um paralelo com a presente pesquisa, a discussão sobre
a aplicação dos transgênicos no campo da saúde pode ser considerada também como uma
orientação de interesses.
O restante dos artigos (que discutiam ambos os riscos e benefícios dos transgênicos)
utilizou o sistema da difusão, novamente sem manifestar intenções bem definidas, nem manter
uma orientação clara em relação à adoção dessa tecnologia, deixando as conclusões para o
próprio leitor. Nesses artigos, o estilo empregado é atraente e rápido, sempre buscando se
aproximar do gosto e do vocabulário que se supõe ser o do leitor.
O maior espaço dedicado pelos jornais em relação aos transgênicos corresponde a uma
discussão maior sobre o papel da ciência e da tecnologia no desenvolvimento do país. A lógica
dessa discussão foi a do “progresso do país”. Nesse sentido, o forte investimento no
desenvolvimento (linear) da ciência e da tecnologia é a chave para o desenvolvimento
(econômico) do país e do bem-estar da sua população. O investimento e a introdução dos
transgênicos no Brasil segue essa lógica.
São poucos os artigos que defendiam uma revisão da equação: mais ciência e tecnologia =
mais desenvolvimento = mais bem-estar, e propõem um exercício de reflexividade (tanto de
refletir mostrar as conseqüências; como de reflexão questionamento, propostas alternativas)
sobre os rumos do desenvolvimento científico e tecnológico. Esses artigos consideravam nessa
303
discussão os possíveis riscos, dessa vez sociais, que a introdução de novas tecnologias pode
trazer.
Porém, a grande maioria dos artigos associados a esse conteúdo discutiu a relação entre
ciência, tecnologia e sociedade ainda dentro da lógica da sociedade de risco residual, vista no
primeiro capítulo, na qual os riscos são percebidos como meros efeitos colaterais do processo de
modernização e do progresso, são calculados, controlados e legislados por instituições de
segurança, sem questionamento ou participação da sociedade. Nesse sentido, esse conteúdo
retrata o medo e a resistência da população frente às inovações científicas como “irracionais” e
“sem fundamento”. Ser contra a introdução dos transgênicos é ser “contra o progresso do país”. É
preciso educar a população para que ela aceite e apóie esse desenvolvimento.
Pode-se pensar que artigos associados a esse conteúdo também empregaram dois tipos de
sistema de comunicação (a propagação e a difusão) dentro da mesma lógica da discussão anterior.
Como se pode ver, a discussão acerca da introdução dos transgênicos no Brasil, apesar de
ter considerado os possíveis riscos (econômicos, sanitários, ambientais e sociais) que essa
tecnologia pode trazer, enfatizou os benefícios da mesma. Tais benefícios foram considerados na
área da saúde e, principalmente, no desenvolvimento econômico do país. Desse modo, pode-se
dizer que esse debate representou os transgênicos, principalmente, como algo positivo para o
indivíduo, a sociedade e o país.
A questão da regulamentação dos transgênicos no país recebeu uma atenção um pouco
menor do que a questão da introdução, embora ainda considerável. Com exceção do ano de 2002,
todos os anos considerados nessa pesquisa estão associados a esse debate. Como foi visto no
capítulo seis, esse período compreende os fatos ocorridos em relação aos transgênicos durante o
governo FHC, o período de transição e o governo Lula. Igualmente, esses anos abarcam o
período de proibição dos transgênicos no país, o período de regulamentação e a liberação dos
mesmos.
O debate feito nos jornais sobre a regulamentação dos transgênicos no Brasil se
caracterizou pela discussão acerca do processo de regulamentação em diferentes fóruns: oficiais
(executivo, legislativo e judiciário) e alternativos (FSM); e por diferentes atores: convencionais
(políticos, juízes, cientistas etc) e não convencionais (ONGs ambientais e de consumidores, MST
etc).
304
A discussão acerca da polêmica gerada pelas medidas provisórias, apesar de muito
pequena, abordou dois aspectos muito importantes: a pressão dos agricultores e do próprio
governo federal para a introdução dos transgênicos no Brasil e a resistência do governo do Paraná
quanto à introdução da soja transgênica nesse estado. No entanto, a lógica adotada nesse debate
também foi a de que “o mercado dita as regras” e os argumentos utilizados por ambas as partes
foram baseados apenas em aspectos econômicos.
Essa discussão também levantou um tema importante, visto no capítulo seis, de que, com
a abolição da fronteira entre laboratório e sociedade, a tecnologia é capaz de conduzir uma
política de fait accompli, que coloca políticos e o público sob uma pressão constante para reagir
(Beck, 1999). Nesse caso, a introdução clandestina dos transgênicos no Brasil levou a uma
política de “fato consumado”, legitimada pelas medidas-provisórias editadas pelo governo Lula.
O sistema de comunicação predominantemente empregado pelos artigos correspondentes
a esse conteúdo foi a difusão, com o objetivo de garantir ao grande público o acesso às
informações, mas sem estruturar as mensagens, nem tentar uma articulação entre as informações
contraditórias que possa levar a uma orientação específica do público frente aos transgênicos.
A discussão sobre o processo de regulamentação “oficial” da atual Lei de Biossegurança
nacional teve um espaço considerável na mídia impressa brasileira. Esse conteúdo mostrou para o
público as negociações e as divergências dentro dos poderes executivo e legislativo durante o
processo de regulamentação dos transgênicos no governo Lula, que envolveu a edição de três
medidas-provisórias, a construção do projeto da nova Lei de Biossegurança e a tramitação deste
no Congresso até a sua aprovação.
Tal conteúdo mostrou que essas divergências se davam, no executivo, entre o ministro da
agricultura que defendia a rápida introdução dos transgênicos no Brasil, e a ministra do meio
ambiente que defendia um projeto que incluísse o princípio de precaução. No legislativo, a
divergência era entre a bancada ruralista e a ambientalista, que seguiam, respectivamente, os
mesmos argumentos.
A lógica adotada nessa discussão também foi a do “progresso do país”, sendo priorizados
os argumentos de que os transgênicos representam o desenvolvimento científico, tecnológico e
econômico do país. As reflexões apresentadas sobre esse tipo de desenvolvimento linear
(atribuídas freqüentemente à figura da ministra Marina Silva) eram tomadas como um empecilho
ou um retrocesso.
305
Outra contribuição importante dessa discussão é que ela mostrou que o processo de
regulamentação dos transgênicos no Brasil seguiu a lógica da formulação de política científica
tradicional discutida nos capítulos primeiro, segundo e sexto. O conteúdo mostrou que esse
processo se deu a portas fechadas, sem a preocupação de envolver o público e mesmo ignorando
as manifestações de uma pequena parcela deste.
O sistema de comunicação predominante entre os artigos correspondentes a esse conteúdo
também foi a difusão.
A discussão sobre o papel da sociedade civil no questionamento da introdução dos
transgênicos no Brasil, assim como no processo de regulamentação dos mesmos, teve um espaço
restrito. Isso pode indicar duas coisas: que o espaço dedicado pelos jornais a essa questão foi
pequeno, e que a própria participação da sociedade foi limitada.
Quando a participação da sociedade nessa questão se limitava a organizações de
consumidores (Idec) e ambientais (Greenpeace), a discussão foi feita em torno dos riscos para a
saúde da população e para o meio ambiente. Outro questionamento importante feito por esses
grupos diz respeito à autoridade e competência dos sistemas de controle da tecnologia (no caso a
CTNBio). Esses grupos mostraram que tais sistemas de controle legitimam as possíveis ameaças
em suas tomadas de decisão (por exemplo, a autorização do plantio comercial da soja transgênica
sem a realização do Eia/Rima).
Assim, ainda que a participação desses grupos tenha sido pequena, esse conteúdo tocou
em alguns pontos importantes discutidos nos capítulos teóricos. Essa participação mostrou o
início: de uma reflexividade (ainda que por uma parte da sociedade) sobre os riscos “residuais”,
de uma “política direta”, da resistência e do questionamento dos sistemas de controle pela
sociedade civil, apontados por Beck (1999) e discutidos no primeiro capítulo. Mostra,
especificamente, o papel dos grupos ambientais e de defesa do consumidor (Einsiedel & Kamara,
2002) no “movimento da biotecnologia” (Bauer & Gaskel, 2002), discutido no capítulo seis.
Além disso, esse conteúdo evidenciou a importância de um grupo propor uma representação
social alternativa para se tornar ativo, para se fazer ouvir (Moscovici & Marková, 2003) como foi
discutido no quarto capítulo.
Esse conteúdo também trouxe outras contribuições importantes. Ele mostrou para o
público que a questão do risco divide até mesmo as autoridades (Beck, 1997). Mais que isso, que
as autoridades se contradizem e se anulam mutuamente (Beck, 1999, Bauman, 2001, Giddens,
306
2002). O caso dos transgênicos mostrado por essa discussão específica exemplifica bem essa
discussão. Juízes anulavam decisões de órgãos técnicos, depois juízes anulavam as decisões dos
próprios juízes, e então as decisões dos juízes foram contestadas por governantes. Diferentes leis
e argumentos foram utilizados para dar respaldo às novas contestações, deixando o público
confuso e sem um referencial para se orientar frente a essa nova tecnologia.
O sistema de comunicação predominante empregado pelos artigos correspondentes a esse
conteúdo foi a difusão.
A discussão sobre o papel da sociedade civil também levou em conta a participação do
movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST), ligado a outros movimentos nacionais e
internacionais. Nessa discussão específica, a contestação dessa tecnologia não foi mais feita em
fóruns tradicionais (justiça). A participação se deu em fóruns alternativos (nas ruas e em fóruns
mundiais, como o Fórum Social Mundial). Além disso, são os riscos sociais e o modelo de
desenvolvimento do país que foram questionados por esse grupo.
Esse tipo de discussão continua a tocar em pontos importantes como: a organização da
sociedade, a subpolítica e a proposta de um novo modelo de desenvolvimento, como foi discutido
no primeiro capítulo. Também são debatidas as representações sociais alternativas e as estratégias
de comunicação desse grupo para se tornar ativo, como foi visto no quarto capítulo.
Porém, as alternativas propostas por esse grupo foram, muitas vezes, retratadas como um
retrocesso. Assim, se o MST apresentava os transgênicos como algo negativo, esse grupo era
representado negativamente por alguns artigos dessa classe e de outras também.
Mais uma vez, o sistema de comunicação predominante nos artigos correspondentes a
esse conteúdo foi a difusão.
Como se pode ver, a discussão acerca da regulamentação dos transgênicos no Brasil,
apesar de apresentar uma discussão acerca dos possíveis riscos dessa tecnologia, também
enfatizou, de forma geral, os benefícios da mesma, principalmente para o desenvolvimento
econômico do país. Assim, essa discussão também representa os transgênicos de forma mais
positiva. Apesar do debate sobre a participação da sociedade civil apresentar argumentos
negativos, essa participação é representada, de forma geral, como um empecilho ao, ou retrocesso
do desenvolvimento do país.
307
As representações sociais de transgênicos na mídia brasileira
Tenta-se agora responder à primeira questão de pesquisa: quais as representações sociais
de transgênicos divulgadas pelos jornais brasileiros? Conforme discutido no quarto capítulo,
Marková (2006) argumenta que, embora seja possível representar todas as coisas, nem todas as
coisas são representações. Segundo a autora, as representações sociais dizem respeito aos
fenômenos sociais que se tornam alvo da preocupação pública, fenômenos que causam tensão.
Moscovici (1978) também afirma que um objeto precisa se tornar alvo de interesse de um grupo
para que este construa uma representação social deste objeto.
Neste sentido, muitos argumentos apresentados ao longo dos capítulos teóricos (a falta de
uma reflexividade por grande parcela da sociedade brasileira, a lógica do desenvolvimento linear
adotada pelo país, a falta de interesse por assuntos científicos-tecnológicos pela população, a
tradição não-participativa de formulação de políticas, a ausência de um questionamento sobre
assuntos como: segurança alimentar, modelo de desenvolvimento agrário etc) nos fizeram
questionar se poderíamos falar de representações sociais de transgênicos no Brasil
40
.
No entanto, os resultados desse estudo nos levam a pensar que sim. Os resultados da
análise descritiva mostraram que, pela quantidade de artigos publicados, os transgênicos, durante
o período considerado, se tornaram no mínimo um assunto de interesse para o país, ainda que
restrito a certos setores da população. Resta saber quais foram as representações construídas
sobre os transgênicos e divulgadas pelos jornais.
Como foi discutido no método, Nascimento-Schulze e Camargo (2000) explicam que
classes obtidas através da análise feita pelo programa ALCESTE podem indicar representações
sociais ou, ao menos, campos de imagem de determinada representação. Os resultados da análise
do conteúdo dos artigos mostraram que, de fato, cada classe abordou aspectos diferentes em
relação aos transgênicos (econômicos, sanitários, ambientais, sociais, científicos, legais etc).
Porém, argumentamos aqui que não se trata de diferentes representações sociais, mas de
diferentes aspectos (ou campos de imagem) de uma mesma representação.
Lembramos que cada classe tratava de um tema e que a maioria delas (com exceção das
classes “A soja no vaivém das commodities” e “A polêmica das mps”) apresentava duas linhas de
argumento em relação a tal tema. Essas linhas de argumento se contradiziam e seguiam lógicas
diferentes. As duas classes citadas também apresentavam duas linhas de argumento que se
40
Esse questionamento também nos foi feito no momento da qualificação do projeto de pesquisa.
308
contradiziam, porém tais argumentos seguiam a mesma lógica (econômica). Assim, é possível
pensar que duas representações sociais de transgênicos foram divulgadas pelos jornais
considerados, conforme mostra a figura 2.
Figura 2: Esquema das representações sociais de transgênicos na mídia brasileira.
“O progresso do
país”
“Um exemplo
de risco(s)”
A lógica
do
mercado
O avanço
científico
saúde
sociedade
meio
ambiente
mundo
Essas duas representações exemplificam o argumento de Moscovici (1978), discutido no
quarto capítulo, de que no mundo moderno, marcado pela ciência e pela tecnologia, as
representações sociais sofrem suas influências e, desse modo, são constituídas em seu
prolongamento ou em oposição a elas.
Pode-se supor que uma representação foi construída em oposição aos transgênicos. Aqui,
os transgênicos se tornam um problema em relação à saúde do indivíduo, da família e da
sociedade; um problema para o meio ambiente e para o mundo que será deixado para as gerações
futuras; um problema para a sociedade que tem que lidar com questões como, desigualdade do
acesso à tecnologia, desemprego, exclusão etc. Nessa representação, os transgênicos são tomados
como “um exemplo de risco(s)”. Cada classe abrange um aspecto diferente desse risco, mas que
fazem parte da mesma representação. Nesse sentido, essa representação pode implicar uma
“posição crítica” designada por Moscovici (Moscovici & Marková, 2006), que estimula a “crítica
ativa” na modernização reflexiva (Beck, Giddens & Lash, 1997). Especificamente, essa
representação contribui para o processo de auto-reflexividade (como me posicionar frente aos
309
transgênicos para garantir a minha segurança e a da minha família?), assim como para o processo
de reflexividade estrutural (que tipo de desenvolvimento científico, tecnológico e econômico
queremos para nosso país e para o mundo?). Entretanto, como se pôde ver pelos resultados da
análise do conteúdo dos artigos, essa representação teve um espaço bastante reduzido nos jornais.
A outra representação foi construída no prolongamento da ciência e da tecnologia. Nesse
caso, os transgênicos se tornaram um objeto de extremo interesse social. Tornaram-se também
um problema, mas um problema de ordem diferente da apontada pela representação anterior.
Tornaram-se um problema de ordem econômica. Mais que isso, um problema que pode se tornar
uma solução. Nessa representação, os transgênicos são vistos como a solução para o
desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social, uma solução para o “progresso do
país”. Essa representação contribui para a manutenção do pensamento ligado à gica da
sociedade de risco residual, na qual os ganhos econômicos são priorizados em detrimentos dos
possíveis riscos que a introdução de uma tecnologia possa trazer. Os resultados da análise dos
artigos mostraram que essa representação teve uma presença predominante no conteúdo dos
jornais.
Pode-se perguntar também como essas duas representações estiveram presentes durante os
anos e nos jornais considerados na pesquisa. A comparação dos resultados da análise descritiva
com os da análise do conteúdo, levando em conta as variáveis utilizadas nesse estudo (ano e
jornal), apresentada na parte dos resultados, mostrou que, de forma geral, as duas representações
estiveram presentes em todos os anos considerados. Porém, nota-se que a discussão dos riscos
dessa tecnologia feita no início do período considerado foi substituída nos anos seguintes pela
discussão sobre os benefícios econômicos da mesma. Assim, a representação “transgênicos como
exemplo de risco(s)” perdeu espaço para a representação “transgênicos como progresso do país”.
Em relação aos meios de comunicação, pode-se dizer que ambos os jornais divulgaram
diferentes aspectos referentes aos transgênicos, mas que os dois jornais divulgaram ambas as
representações, dando maior espaço para a representação “transgênicos como progresso do país”.
Essa construção específica do discurso midiático sobre transgênicos teve implicações no
processo de formação da opinião pública sobre os mesmos. O recorte da análise documental, que
considerou apenas os artigos publicados na seção opinião, demonstrou bem essas implicações.
310
O número de artigos publicados na seção opinião foi bastante alto, sendo que os dois
jornais contribuíram igualmente para esse número. Entretanto, tal número não indica o grau de
envolvimento da população com esse assunto, uma vez que engloba tanto os artigos publicados
em editoriais como as cartas enviadas espontaneamente aos jornais. A análise desses dois
conjuntos de artigos mostrou que o número de artigos publicados em editoriais foi
consideravelmente maior do que o número de cartas enviadas. Porém, como não encontramos
nenhum estudo documental sobre outros temas que apresentasse informação sobre o número de
cartas enviadas por leitores para jornais, não nos foi possível fazer uma comparação e analisar se
o número de publicações nessa categoria indica um alto ou baixo grau de envolvimento da
população com o assunto.
Os resultados referentes aos atores que contribuíram para o número de artigos publicados
na seção opinião mostraram que os jornais foram os que mais contribuíram, seguidos dos leitores,
dos colunistas, dos políticos, dos cientistas das áreas de humanas e sociais e dos cientistas das
áreas naturais. Os outros atores considerados nesse estudo contribuíram muito pouco. Esses
resultados também mostraram que 2003 foi o ano de maior contribuição por todos os atores.
Como foi visto, o número de artigos publicados nessa seção em cada ano acompanhou o
movimento do número de artigos publicados por ano do estudo anterior. Isso pode significar que
os atores envolvidos nesse debate responderam na mesma proporção ao volume de matérias
publicadas por ano. os resultados da análise do conteúdo dos artigos mostraram que a resposta
desses atores não foi proporcional ao volume publicado sobre os diferentes aspectos referentes
aos transgênicos considerados pelos jornais. Isto é, alguns aspectos que receberam mais atenção
pelos jornais foram menos considerados pelos atores e vice-versa, conforme mostra a figura 3.
311
Figura 3: Esquema do conteúdo sobre transgênicos divulgado na seção opinião dos
jornais.
Econômico
Sanitário / Ambiental / Social
Modelo de desenvolvimento
mundial
Introdução Regulamentação
Modelo de desenvolvimento
do Brasil
Oficial
A discussão acerca dos aspectos econômicos teve um espaço maior na seção opinião do
que o espaço dedicado ao assunto nos dois jornais. O debate em torno dos benefícios e riscos
sanitários e ambientais, principalmente, mas também sociais, que os transgênicos (assim como os
desenvolvimentos da ciência e da tecnologia em geral) podem trazer teve o maior espaço tanto na
seção opinião quanto nos dois jornais.
a discussão sobre o modelo de desenvolvimento científico-tenológico-econômico,
predominante no mundo globalizado e também no Brasil, teve um espaço menor na seção opinião
do que nos dois jornais. Isso também pode ser observado em relação ao debate sobre o processo
de regulamentação “oficial” dos transgênicos no país.
Os argumentos empregados na discussão de cada um desses aspectos, embora organizados
de forma bastante diferente nos artigos da seção opinião, coincidem com os do estudo mais
amplo. Na discussão dos resultados do estudo anterior, procuramos fazer uma ponte, entre tais
argumentos e a discussão feita nos capítulos teóricos, que pudesse nos ajudar a pensar quais eram
as representações sociais de transgênicos que haviam sido divulgadas pelos jornais. Como foi
visto, chegamos a duas representações: uma representação na qual os transgênicos são tomados
como a solução para o “progresso do país” e outra na qual os transgênicos aparecem como um
“exemplo de risco(s)”. Nessa parte, para evitar nos estendermos demasiadamente, bem como nos
312
repetirmos, vamos centrar a discussão apenas nas representações sociais de transgênicos
empregadas na discussão de cada um dos aspectos citados anteriormente.
Sobre os aspectos econômicos, apesar de terem sido apresentados argumentos contra e a
favor da introdução dos transgênicos, os atores que contribuíram para essa discussão (leitores,
colunistas, agricultores, representantes da Embrapa e de empresas de biotecnologia, notavelmente
da empresa Monsanto) empregaram apenas a representação social “transgênicos como progresso
do país”.
Na discussão dos aspectos sanitários, ambientais e sociais, foram empregadas ambas as
representações. Assim, os atores que contribuíram para essa discussão (leitores e cientistas das
áreas naturais) se encontram divididos em relação aos transgênicos, representando-os de maneiras
diferentes.
No que tange a discussão sobre o modelo de desenvolvimento científico-tenológico-
econômico, pode-se dizer que quando o debate se referia ao modelo predominante no mundo
globalizado, foram empregadas as duas representações sociais e que os atores que contribuíram
para essa discussão (cientistas das áreas humanas e sociais e políticos) também se encontram
divididos. Entretanto, quando o debate levou em conta o modelo de desenvolvimento empregado
pelo Brasil, os atores que contribuíram para essa discussão (cientistas das áreas humanas e
sociais, políticos, colunistas e representantes de Igreja) empregaram apenas a representação social
“transgênicos como um exemplo de risco(s)”.
Por fim, em relação à questão do processo de regulamentação “oficial” dos transgênicos
no país, os atores que contribuíram para essa discussão (jornal e políticos) empregaram apenas a
representação social “transgênicos como o progresso do país”.
A comparação dos resultados da análise descritiva com os da análise do conteúdo,
levando em conta as variáveis utilizadas nesse estudo (ano, jornal e atores), apresentada na seção
de resultados, permite pensar como as duas representações sociais de transgênicos (e seus
diferentes aspectos) foram empregadas durante os anos e pelos jornais e atores sociais
considerados nesse estudo.
Em relação aos anos considerados nesse estudo, pode-se dizer que as duas representações
estiveram presentes durante todo o período. Entretanto, assim como no estudo anterior, nota-se
que a discussão dos riscos dessa tecnologia feita no início do período considerado foi substituída
nos anos seguintes pela discussão sobre os benefícios econômicos da mesma. Assim, também nos
313
artigos publicados na seção opinião, a representação “transgênicos como exemplo de risco(s)”
perdeu espaço para a representação “transgênicos como progresso do país”.
Em ambos os jornais, os artigos empregaram as duas representações. Porém, lembramos
que foram considerados nessa análise todos os artigos escritos pelos diferentes autores. Desse
modo, esse resultado pode não refletir a posição específica do próprio jornal.
As representações sociais de diferentes atores sociais sobre transgênicos divulgadas
na mídia brasileira
Essa análise também mostrou que cada ator foi responsável pela discussão de diferentes
aspectos em relação aos transgênicos. Mais que isso, pôde-se ver que alguns desses atores tinham
uma posição forte frente a essa tecnologia enquanto que outros estavam divididos, conforme
mostra a figura 4.
Figura 4: Esquema das representações sociais de diferentes atores sociais sobre
transgênicos divulgadas na mídia brasileira.
“O
progresso
do país”
“Um exemplo
de risco(s)”
As Representações Sociais dos diferentes atores sociais
Jornal
Leitores
Cientistas
Colunistas
Políticos
Agricultores
Rep. Embrapa
Rep. Emp de
Biotec
ONGs
Consumidores
Ambientais
O ator “jornal” contribuiu para a discussão dos aspectos econômicos e da regulamentação
dessa tecnologia, utilizando, predominantemente, a representação social “transgênicos como o
progresso do país”. Vale lembrar que o ator “jornal” se refere a todos os artigos publicados na
seção editorial (dos dois jornais) cujo autor não era identificado, refletindo a posição do próprio
jornal. Nesse sentido, nenhum dos dois jornais estava associado à classe “Riscos e benefícios
314
para a economia do país”. Entretanto, somente o jornal O Estado de SP estava associado às
classes “A bruxaria e a ciência” e “A falta de uma lei”. Desse modo, pode-se pensar que a
posição desse jornal é mais favorável aos transgênicos. Apesar da análise anterior ter mostrado
que esse jornal, como um todo, foi responsável pela veiculação das duas representações sociais
de transgênicos, o próprio jornal representou os transgênicos como o “progresso do país”.
Os leitores estavam divididos quanto à questão dos transgênicos. Uma parte dos leitores
discutiu os aspectos econômicos, empregando, predominantemente, a representação
“transgênicos como progresso do país” e a outra parte discutiu os aspectos sanitários ambientais e
sociais dessa tecnologia, empregando ambas as representações.
Os cientistas das áreas humanas e sociais realizaram uma discussão mais ampla sobre o
modelo de desenvolvimento adotado pelo mundo e, especificamente, pelo Brasil. Quando esse
debate foi feito em um nível mundial, as duas representações sociais de transgênicos foram
empregadas por esses cientistas. No entanto, a crítica feita em relação ao modelo de
desenvolvimento empregado pelo país, na qual a representação social transgênicos como “um
exemplo de risco(s)” predominou, pode indicar que, apesar de dividido, essa é a representação
predominante nesse grupo.
Os cientistas das áreas naturais contribuíram para a discussão dos aspectos sanitários e
ambientais dos transgênicos, assim como o próprio desenvolvimento da ciência, empregando
ambas as representações sociais.
Na discussão sobre os transgênicos, os políticos priorizaram o modelo de
desenvolvimento (mundial e do país) e o processo de regulamentação dos mesmos. No debate
acerca do modelo de desenvolvimento mundial, esse grupo empregou as duas representações
sociais de transgênicos. A divisão desse grupo se reflete na sua discussão sobre o modelo de
desenvolvimento empregado pelo país, na qual a representação social predominante foi
transgênicos como “um exemplo de risco(s)” e na discussão sobre o processo de regulamentação
dos transgênicos, na qual a representação predominante foi transgênicos como “o progresso do
país”.
Os colunistas contribuíram para a discussão dos aspectos econômicos e do modelo de
desenvolvimento empregado pelo país. Desse modo, pode-se dizer que esse grupo também se
encontra dividido em relação a esse objeto, uma vez que no debate sobre os aspectos econômicos
a representação empregada foi “transgênicos como o progresso do país” e na discussão sobre o
315
modelo de desenvolvimento a representação social predominante foi “transgênicos como um
exemplo de risco(s)”.
O número de artigos publicados pelos agricultores e representantes da Embrapa e de
empresas de biotecnologia foi muito pequeno, o que demonstra uma participação limitada desses
atores no debate sobre transgênicos. A limitação não se apenas no sentido do número de
artigos, mas também na própria discussão que se restringiu aos aspectos econômicos dessa
tecnologia. Assim, a representação social predominantemente empregada por tais grupos foi
“transgênicos como o progresso do país”.
Os representantes de ONGs ambientais e de consumidores priorizaram a discussão dos
aspectos sanitários, ambientais e legais dos transgênicos, empregando a representação social
“transgênicos como um exemplo de risco(s)”.
Assim, uma parte dos atores (agricultores, representantes da Embrapa, representantes de
empresas de biotecnologia, representantes de ONG ambiental e representantes de ONG de
consumidores) utilizou apenas uma das representações para tratar dos transgênicos, enquanto que
a outra metade (jornalistas, população, cientistas da área biológica, cientistas de humanas e
sociais, políticos e colunistas) utilizou as duas representações.
Entre as funções das representações sociais discutidas no capítulo quarto, Abric (1998)
destaca a função identitária, isto é, as representações definem a identidade e protegem a
especificidade dos grupos. Também em relação a essa função, Bauer (2003) propõe uma função
de resistência para as representações que permitem aos diferentes grupos sociais resistir a
conceitos que ameaçam destruir sua identidade.
Nesse sentido, é possível pensar que a primeira parte dos atores citados acima é
constituída por grupos bastante estruturados, que possuem uma posição clara e homogênea em
relação aos transgênicos, o que resulta no compartilhamento de apenas uma representação social.
Entretanto, vale lembrar o aviso feito na descrição dos resultados de que os resultados da análise
ALCESTE o implicam em afirmar que esses grupos são, de fato, homogêneos. Tomemos os
agricultores como um exemplo. Apesar desse ator ter se posicionado de forma bem específica
nesse estudo, não se pode afirmar que essa seja a posição real de todos os agricultores brasileiros,
os quais podem ser divididos em outros subgrupos.
A outra parte dos atores é constituída por grupos amplos (leitores e colunistas) que podem
ser divididos em outros subgrupos, assim como grupos que podem estar divididos quanto à
316
questão dos transgênicos (cientistas, tanto das áreas naturais quanto das humanas e sociais, e
políticos). De fato, Nascimento-Schulze et al. (2003a) encontrou duas representações sociais de
ciência diferentes entre cientistas (tanto das ciências humanas como das ciências naturais) que
podem levar a posicionamentos diferentes frente a assuntos ligados ao desenvolvimento científico
e tecnológico, como os transgênicos. Guivant (2002a), em sua análise das coalizões a favor e
contra os transgênicos, mostrou que os cientistas brasileiros se encontravam, de fato, divididos no
posicionamento frente aos transgênicos.
Ainda sobre essas coalizões, Guivant coloca que as organizações ambientais e de
consumidores tiveram um papel de destaque no debate nacional sobre os transgênicos,
particularmente na discussão dos riscos sanitários e ambientais, que culminou na campanha “Por
um Brasil livre de transgênicos”. No entanto, a participação limitada desses atores nesse estudo
(com 11 e 1 artigos, respectivamente) leva a pensar que tais atores não utilizaram as mesmas
estratégias de comunicação para alertar a população, como o fizeram as ONGs de outros países,
mostrado por Einsiedel e Kamara (2006). Desse modo, a estratégia de comunicação desses
grupos pode não ter sido suficiente para propagar para a população a representação alternativa
que eles estavam propondo.
Finalmente, esse estudo mostra que, no debate sobre transgênicos, muitos atores, ou ao
menos uma parcela destes, se posicionavam contra ou ainda tinham alguma restrição aos
organismos geneticamente modificados, principalmente em sua aplicação na agricultura. Entre
esses atores, destacaram-se os cientistas, alguns políticos e parte (ainda que restrita) da
população. Porém, o estudo revelou que tais atores não foram ouvidos no processo de
regulamentação “oficial” dos transgênicos.
Vale lembrar que esse estudo refletia a opinião de pessoas que haviam se posicionado
frente a esse objeto. Mesmo entre os leitores, tratava-se de uma parcela específica da população
brasileira para a qual os transgênicos se tornaram um objeto de interesse, levando à construção de
uma (mesmo ou duas) representação social.
Entretanto, em sua análise do debate social sobre os transgênicos, Guivant (2002a, 2005)
mostrou que a população em geral não teve uma participação. Assim, mais uma vez, esse e outros
argumentos apresentados ao longo dos capítulos teóricos nos fizeram questionar se poderíamos
falar de representações sociais de transgênicos constituídas entre a população brasileira.
317
As representações sociais sobre transgênicos de três grupos sociais
O segundo estudo dessa tese, embora sem a pretensão de ser um estudo representativo da
população brasileira, buscou analisar as estruturas das representações sociais de transgênicos de
três grupos sociais diferentes, a saber: alunos do ensino médio, consumidores e participantes de
um congresso de agroecologia.
Muitos autores têm estudado o papel das práticas sociais (Souchet & Tafani, 2004) e do
conhecimento (Salesses, 2005) ligado à construção e estruturação das representações. Embora o
presente estudo não tenha investigado, de fato (através de perguntas ou escalas), o nível de
conhecimento sobre os transgênicos, nem a relação ou as práticas sociais desses grupos em
relação a outros tópicos (como, por exemplo, alimentação, meio ambiente etc), que poderiam
ajudar a pesar as estruturas encontradas, pode-se inferir que os três grupos sociais considerados
possuem diferentes níveis de conhecimento sobre os transgênicos e práticas em relação à
alimentação e ao meio ambiente.
Atualmente, os alunos do ensino médio estudam os organismos transgênicos no conteúdo
escolar. Desse modo, a princípio, todos os membros do grupo recebem o mesmo tipo de
informação (embora, nesse estudo, a coleta tenha sido feita antes dos alunos estudarem esse
tópico em sala de aula).
Esse grupo, normalmente, ainda não está implicado nas fases de escolha, compra ou
preparação da sua alimentação dentro de casa. Isso nos faz pensar que a questão da alimentação
não tenha a mesma significação para esse grupo do que para os outros dois.
Pesquisas com alunos do ensino médio da cidade de Florianópolis (Carboni, 2005;
Mezzomo & Nascimento-Schulze, 2004) têm demonstrado que a representação social de meio
ambiente predominante entre os alunos ainda é uma representação naturalista, que pode ser
associada a uma visão de mundo fragmentado, onde as conexões e a interdependência dos seus
elementos não são devidamente considerados e o meio ambiente se torna sinônimo de natureza,
sem a inclusão de seres humanos. Porém, esses resultados também indicamam que tal
representação, nesse grupo, está passando por uma mudança em direção a uma representação
globalizante, na qual o homem se como parte integrante da natureza e sua presença é
evidenciada através de suas atividades que podem ter uma conotação evidente de interferência
negativa (poluição, desmatamento, destruição etc) ou uma conotação positiva (preservação,
conscientização, cuidado etc).
318
Em relação aos consumidores, o supermercado no qual estes foram abordados está
voltado para as classes média e alta. Assim, supõe-se que esse seja um grupo com um poder
aquisitivo que lhe permita acesso à informação (através de jornais, revistas, televisão, Internet
etc) sobre tópicos que tenham recebido grande atenção da mídia (como foi o caso dos
transgênicos). No entanto, cada membro do grupo pode ter acesso a, ou filtrar, diferentes tipos de
informação sobre os transgênicos.
Por outro lado, pode-se inferir que esse grupo é responsável por alguma etapa (escolha,
compra, preparação etc) da sua alimentação, ou mesmo da sua família. Nesse sentido, o
supermercado utilizado nesse estudo foi o primeiro estabelecimento de Florianópolis a oferecer
orgânicos e outros tipos de produtos diferenciados em prateleiras separadas, o que demonstra
uma orientação para um público preocupado com a qualidade dos alimentos que compra.
Além disso, esse supermercado também foi o primeiro a fazer uma conscientização sobre
o uso de sacolas retornáveis (de pano) em vez de sacolas de plásticos para levar as compras para
casa, mostrando uma preocupação com a conservação do meio ambiente que pode refletir a
preocupação de uma parcela de seus consumidores. No entanto, Guivant (2006) demonstrou que
a escolha de certos produtos (como os orgânicos) pode indicar uma preocupação dos
consumidores em relação à saúde, mas não necessariamente com o meio ambiente. Em um estudo
com moradores da cidade de Florianópolis, Nascimento-Schulze (2000) encontrou a
representação social naturalista do meio ambiente como representação predominante nesse grupo
social.
Em relação ao grupo dos participantes do congresso de agroecologia, pode-se pensar que
esse grupo também tem diferentes níveis de conhecimento em relação aos transgênicos (uma vez
que ele é formado por pessoas com diferentes níveis de escolaridade e áreas de formação e
atuação). Porém, o que une esse grupo tão heterogêneo é o fato de estarem participando de um
congresso de agroecologia. Nesse sentido, supõe-se que esse grupo esteja engajado, ou pelo
menos preocupado, com a questão da produção de alimentos. Como foi dito, a agroecologia
busca um modelo de produção de alimentos que seja socialmente justo e ecologicamente
sustentável. Desse modo, pode-se dizer que a questão da alimentação é vista de uma forma mais
ampla por esse grupo (ao nível social) do que pelos consumidores (que se preocupam num nível
mais individual). Igualmente, pode-se inferir que esse grupo compartilhe uma representação e
319
práticas sociais específicas em relação ao meio ambiente, que busquem a sustentabilidade do
mesmo.
Os diferentes níveis de informação e conhecimento, assim como as diferentes relações
desses três grupos com a alimentação e o meio ambiente, podem ser vistas nas três estruturas
encontradas nesse segundo estudo. Entretanto, antes de começarmos a discussão de tais
estruturas, é preciso ressaltar que, apesar desse estudo ter se pautado em uma perspectiva
estrutural de investigação das representações sociais, não indícios suficientes para afirmar
quais elementos compõem o sistema central da representação social de transgênicos dos três
grupos. Isso porque o estudo empregou apenas uma coleta de dados, com finalidade exploratória.
Assim, o estudo carece de técnicas específicas de confirmação da estrutura representacional,
como, por exemplo, o questionamento ou mise en cause (Moliner, 1994). Além disso, vale
lembrar também que se trata de um objeto social recente. Desse modo, pode-se pensar em uma
representação social não totalmente estruturada, mas ainda em vias de construção (Salesses,
2005).
Os resultados da análise das palavras evocadas mostraram que os alunos consideraram a
aplicação dos transgênicos principalmente no campo alimentar e, em menor proporção, no da
saúde. Porém, as evocações dos alunos se restringiram somente aos produtos e processos pelos
quais são obtidos os transgênicos, sem emitir julgamentos quanto aos mesmos, nem considerar as
possíveis conseqüências que estes podem trazer, como o fizeram os demais grupos. Como foi dito
na descrição dos resultados, a estrutura encontrada para esse grupo foi: Transgênicos são
alimentos e remédios artificiais, que foram geneticamente modificados pela ciência em
laboratórios. Após o reagrupamento destas palavras, apesar de surgirem novos aspectos
relacionados aos transgênicos, a estrutura se mantém nesse sentido.
Em relação aos consumidores, os resultados da análise de palavras evocadas mostraram
que esse grupo priorizou as conseqüências dos transgênicos para a saúde. Ao contrário dos
alunos, esse grupo emitiu julgamentos negativos em relação aos transgênicos. A estrutura
encontrada para esse grupo foi: Transgênicos são produtos artificiais, modificados, ruins, que
podem fazer mal para a saúde e sobre os quais falta informação. Após o reagrupamento das
evocações desse grupo, apesar de também surgirem novos aspectos relacionados aos
transgênicos, a estrutura se mantém nesse sentido.
320
A questão da falta de informação chama bastante atenção nesse grupo e é reforçada por
outros elementos como: dúvidas, medo, pesquisas, falta pesquisa, rotulagem etc. Esses elementos
sugerem uma divisão: por um lado, falta informação para o grupo e, por outro, mesmo entre os
cientistas não informação suficiente sobre esse objeto social ainda recente. A demanda pela
rotulagem também pode indicar outro tipo de falta de informação.
Esse resultado pode parecer contratar com os resultados do estudo documental e, ao
mesmo tempo, pode ser explicado pelo mesmo. O número considerável de artigos publicados
sobre transgênicos nos jornais brasileiros (e, embora essa pesquisa não tenha se preocupado com
outros tipos de mídias, sabe-se que esse assunto também ocupou um espaço importante nestas)
contrasta com a denunciada falta de informação. Por outro lado, o estudo documental mostrou
que vários tipos de informação foram divulgados. Talvez o leitor esteja se referindo a falta de
informação científica, que ficou mais restrita aos primeiros anos da pesquisa e foi sendo
substituída pelo debate econômico sobre os transgênicos. Além disso, esse estudo também
mostrou que o sistema de comunicação predominante empregado pelos jornais foi a difusão, na
qual, como foi visto, um objeto socialmente pertinente é difundido de uma maneira
diversificada e repetitiva, por uma multiplicidade não coordenada tanto de fontes de informação,
como de centros de referência (profissionais, religiosos, políticos e culturais). Assim, nesse
sistema de comunicação, informações contraditórias são apresentadas ao leitor sem a
preocupação de passar para este uma conclusão.
A preocupação desse grupo com a questão dos danos à saúde vai ao encontro dos
resultados encontrados para uma parcela dos leitores no estudo sobre os artigos da seção opinião.
Além disso, a fixação desse grupo nessa questão, sem estendê-la para outras questões, como os
danos ao meio ambiente e os problemas sociais, vai também ao encontro da análise feita por
Guivant (2006) sobre os consumidores de produtos orgânicos em supermercados, apresentada no
capítulo cinco. Tais consumidores, identificados com o estilo de vida ego-trip, procuram
benefícios para a saúde, sem se identificar com os pontos de vista filosóficos dos novos
movimentos sociais ambientalistas.
Em relação aos participantes do congresso de agroecologia, os resultados da análise de
palavras evocadas mostraram que esse grupo priorizou os riscos sociais que essa tecnologia pode
trazer. Mais do que os consumidores, esse grupo fez fortes julgamentos negativos em relação aos
transgênicos. A estrutura encontrada para esse grupo foi: Transgênicos são produtos modificados,
321
que podem levar à morte, causam dominação e trazem insegurança e dúvidas. Após o
reagrupamento das evocações desse grupo, nota-se que a questão dos danos ao meio ambiente
também foi fortemente considerada. Além disso, pode-se observar uma preocupação, ainda que
não tão grande quanto a do grupo anterior, com os danos à saúde.
Esses resultados estão de acordo com a própria definição de agroecologia, apresentada
anteriormente, que avalia os riscos sanitários, ambientais e sociais na produção agro-alimentar.
Embora não tenha sido feita uma investigação quanto à representação social desse grupo sobre o
meio ambiente, pode-se inferir que a representação predominante entre esses participantes é uma
representação globalizante, explicada anteriormente. Alguns estudos dentro da área de
representações sociais de meio ambiente (Nascimento-Schulze, Fragnani, Carboni & Maliska,
2002; Carboni, 2005) têm mostrado que grupos sociais que possuem esse tipo de representação
aderem mais fortemente às crenças do Novo Paradigma Ambiental, explicado no primeiro
capítulo. Hall e Moran (2006), em um estudo sobre atitudes frente aos transgênicos, utilizaram
como uma das variáveis dependentes a atitude frente ao Novo Paradigma Ambiental, medida por
uma escala (Dunlap & Van Liére, 978). Esse estudo mostrou que grupos que apresentavam uma
atitude favorável ao Novo Paradigma Ambiental, apresentavam uma atitude desfavorável frente
aos transgênicos, o que vai ao encontro dos resultados encontrados no presente estudo.
Um aspecto interessante desse segundo estudo é que, para os três grupos, os elementos
evocados que fazem parte do segundo e do terceiro quadrante (sucetíveis de constituir o sistema
periférico) são elementos que fazem referência aos elementos do primeiro quadrante (mais
prováveis de compor o núcleo central). Isso corrobora o argumento de Abric (1994b, apud Sá,
1996) de que o sistema periférico é constituído pelos elementos que realizam a interface entre a
realidade concreta e o sistema central.
Moscovici (1978) diz que as representações sociais são um conjunto de proposições,
reações e avaliações em relação a determinado objeto e que tais proposições estão organizadas de
maneira muito diversa segundo os diferentes grupos sociais. Ele também argumenta que as
representações constituem universos de opinião que possuem três dimensões: a informação, a
atitude e o campo ou imagem da representação, que foram discutidas no quarto capítulo. Além
disso, admitindo-se que uma representação social possui essas três dimensões, Moscovici diz que
é possível determinar e comparar o grau de estruturação das representações dos diferentes grupos
sociais, lembrando que a tridimensionalidade não se manifesta em todos os grupos.
322
Os resultados discutidos anteriormente levam a pensar que a estrutura dos alunos é
marcada pela forte presença da dimensão informação (ao menos científica) e pela ausência da
atitude. O campo de imagem desse grupo está ancorado no campo agro-alimentar e da medicina.
Moscovici (1978) lembra que a atitude é mais freqüente das três dimensões e que esta
talvez seja a dimensão “geneticamente primordial”. Nesse sentido, pode-se pensar que o
conteúdo produzido pelos alunos se refere à informação que estes têm sobre os transgênicos e não
a uma representação social propriamente dita.
Lembramos que esse foi o grupo que tinha o vocabulário mais compartilhado entre seus
membros. As duas palavras que compunham o primeiro quadrante desse grupo (alimentos e
remédios) foram os elementos que obtiveram as maiores freqüências quando comparados aos dos
outros grupos. Isso poderia levar a pensar que essas palavras são fortes candidatos a elementos
centrais da representação social de transgênicos desse grupo. No entanto, como já foi dito
anteriormente, seria necessária a utilização de outras técnicas que confirmassem essa hipótese.
Além disso, o fato de se pensar que esse grupo ainda não possui uma representação social
constituída pode invalidar tal hipótese, uma vez que a constituição de um núcleo central implica a
própria constituição da representação.
Ao pensar o processo de construção de uma representação social referente a um objeto
social recente, Moscovici (1961, apud Salesses, 2005) propôs que “a gênese de uma
representação social se por etapas sucessivas ao curso das quais a informação selecionada e
descontextualizada vai dar lugar ao núcleo imageante, base estável em torno da qual a
representação vai continuar a se construir” (p. 25). Esse núcleo imageante, chamado de cleo
figurativo, ainda não é o núcleo central, uma vez que a representação ainda não está constituída.
Selesses aponta que em alguns casos, esse núcleo figurativo se transforma em núcleo central,
dando fim ao processo de estruturação da representação. No caso dos alunos, pode-se pensar que
alimentos e remédios constituem o núcleo figurativo que permite aos elementos produzidos por
esse grupo se organizarem em torno de um núcleo coerente e que sugere um futuro de uma
representação social constituída.
Em relação aos consumidores e aos participantes do congresso de agroecologia, os
resultados discutidos anteriormente mostram que para esses dois grupos, a dimensão informação
se encontra ausente ou difusa. Por outro lado, esses grupos apresentaram uma atitude bastante
desfavorável aos transgênicos. Em relação à dimensão campo de imagem, os consumidores
323
ancoraram sua representação nos efeitos dos transgênicos para a saúde e os participantes do
congresso de agroecologia nos efeitos para o meio ambiente e a sociedade. No caso desses dois
grupos, a tridimensionalidade, com ênfase na dimensão atitude, permite pensar que existe uma
representação social constituída, apesar de não podermos afirmar que os elementos presentes nos
quatro quadrantes constituem, de fato, o núcleo central e o sistema periférico.
Ainda em relação às dimensões que compõem as representações sociais, Moscovici
(1978) afirma que o número de dimensões traduz a relação de um grupo com um objeto
socialmente valorizado, e diferencia um grupo de outro, seja pela orientação dessas dimensões,
seja pela presença ou ausência destas. Nesse sentido, pode-se perguntar se as estruturas
encontradas para esses dois grupos correspondem à mesma representação ou a duas
representações distintas. A mesma orientação da dimensão atitude para os dois grupos nos leva a
pensar que se trata de apenas uma representação. A presença de diferentes campos de imagem
pode refletir a ênfase dos grupos em diferentes aspectos da mesma representação.
Porém, voltamos a repetir, a carência de técnicas de confirmação do núcleo central nos
impede de fazer a afirmação acima com segurança. O possível núcleo central dos dois grupos
compartilha elementos como modificação e dúvidas. Pode-se pensar que outros elementos,
exclusivos de um grupo ou do outro, são ampliações desses elementos (falta informação e
modificados para os consumidores e insegurança para os participantes do congresso de
agroecologia). O que diferencia o possível núcleo central desses dois grupos é a ênfase dos
consumidores nos danos para a saúde e a ênfase dos participantes nos danos para o meio
ambiente e os problemas sociais.
Nesse sentido, a utilização de técnicas de confirmação do núcleo central pode levar a dois
resultados diferentes: a confirmação de que tais elementos são centrais para cada um dos grupos
levaria à conclusão de que se trata de duas representações diferentes, embora se possa dizer que
estas sejam “simbolicamente bastante próximas” (Sá, 1993). A não confirmação de tais
elementos levaria à conclusão de que se trata de uma mesma representação. Nesse caso,
Wachelke (2007) estudou o efeito da variável saliência grupal em pesquisas sobre representações
sociais. O autor aponta que é possível que os participantes de um estudo selecionem, mesmo que
inconscientemente, dentre os aspectos de uma mesma representação, aquele que guiará suas
respostas, ou então, dentre diversas representações, aquela representação que se mostra mais
pertinente para a situação. A não confirmação dos elementos como centrais nesse estudo levaria a
324
pensar que ocorreu o primeiro caso. Ou seja, os participantes, dada a situação de coleta de dados
(que ativou a saliência grupal), escolheram, dentre os aspectos de uma mesma representação,
aqueles que pareciam mais apropriados para a situação.
Apesar de não podermos afirmar se existe uma ou duas representações diferentes para
esses dois grupos, em ambos os casos, a ou as representações se encaixam na lógica dos
“transgênicos como um exemplo de risco(s)”, encontrada no estudo anterior.
A formação de uma representação social de transgênicos: a importância da
exposição científica
Os resultados encontrados em relação aos alunos, discutidos anteriormente, confirmam a
hipótese levantada no método de que não se tratava de uma representação constituída, mas
ainda em vias de construção. Portanto, o terceiro estudo tratou de verificar o impacto de uma
exposição científica sobre transgênicos no processo de formação da representação social deste
objeto entre alunos do ensino médio.
Os resultados obtidos após a visita dos alunos à exposição científica mostraram que
ocorreram mudanças na estrutura desse grupo. Observa-se que os alunos passaram a dar menos
importância aos produtos que haviam citado (principalmente em relação aos remédios) e mais
importância ao processo pelo qual estes são obtidos (genética e modificados). Observa-se
igualmente o surgimento de novos elementos no possível sistema periférico desse grupo. Tais
elementos faziam referência ao conteúdo da exposição pela qual eles haviam passado.
Um primeiro aspecto a ser discutido em relação a esses resultados diz respeito aos
elementos que estão presentes no primeiro quadrante desse grupo. Após a visita, pode-se observar
três movimentos no primeiro quadrante: o aumento da freqüência da palavra alimentos; o
desaparecimento da palavra remédios; e o surgimento das palavras modificados e genética.
Em relação aos dois primeiros movimentos, pode-se pensar que a exposição científica
atuou como uma espécie (guardando as devidas diferenças) de técnica de confirmação do núcleo
central. Como já foi explicado, a exposição enfocou a aplicação da engenharia genética no campo
da agricultura e não discutiu essa aplicação no campo da medicina. Moliner e Vidal (2003)
comentam que, sob certas condições, os elementos centrais de uma representação podem ser
sensíveis a informações que os contradizem, principalmente quando a informação contraditória é
atribuída a uma fonte de alto status epistêmico, como especialistas, por exemplo. Nesse caso, a
325
exposição científica, tomada como uma fonte de informação especialista, confirmava o elemento
alimento e contradizia o elemento remédios. Os resultados dessa confirmação (o aumento da
freqüência de alimentos) e dessa contradição (o desaparecimento da palavra remédios) reforçam a
nossa suposição, descrita na seção anterior, de que alimentos e remédios não constituíam de fato
o núcleo central da representação social de transgênicos desse grupo, a qual ainda está em
processo de formação. Esses resultados também mostram que a palavra alimentos tem grande
possibilidade de ser um elemento central (embora a “técnica” utilizada não tenha sido de
questionar a centralidade desse elemento) e que a palavra remédios, provavelmente, não será um
elemento central quando a representação social de transgênicos desse grupo estiver constituída.
O terceiro movimento que ocorreu no primeiro quadrante, o surgimento dos elementos
modificados e genética, também mostra um impacto da visita à exposição e confirma o processo
de formação dessa representação ainda em curso. Resta saber se esses elementos têm
probabilidade de se tornarem centrais.
Um segundo aspecto a ser discutido em relação a esses resultados diz respeito aos outros
três quadrantes que formam o possível sistema periférico dessa representação. Nota-se o
surgimento de uma série de palavras que não apareciam na estrutura desse grupo antes da visita e
que fazem referência à exposição pela qual os alunos haviam passado: plantas e meio ambiente,
(no segundo quadrante), natureza, milho, vida, biotecnologia, ser humano e algodão (no quarto
quadrante). Algumas dessas palavras são extensões dos elementos que formam o primeiro
quadrante nessa segunda situação (alimentos plantas e milho; genética e modificados
biotecnologia). Porém, o surgimento das outras palavras (meio ambiente, natureza, vida, ser
humano) acrescenta outra dimensão ao processo de formação da representação social desses
alunos. A questão da intervenção do homem no meio ambiente, na natureza e na própria vida, não
aparecia na situação antes da visita, que privilegiava os produtos e processos científicos, sem uma
reflexão sobre os mesmos.
Como foi visto no quarto capítulo, Abric (1996) propõe, para o estudo experimental das
representações sociais, três tipos de transformação da estrutura das representações: 1
transformação resistente, na qual ocorrem mudanças apenas no sistema periférico (integrando
novos elementos que fazem referência à nova situação); 2 transformação progressiva, na qual o
núcleo central sofre mudanças ao integrar novos elementos, mas sem romper com os elementos
centrais existentes; e 3 transformação brutal, caracterizada pela transformação completa do
326
núcleo central, uma vez que os mecanismos de defesa da representação não foram capazes de
cumprir seu papel.
Apesar dessa tipologia ser empregada para a transformação de representações
constituídas (que possuem um núcleo central e uma estrutura definida), pode-se tentar traçar um
paralelo em relação ao processo de (trans)formação da representação social de transgênicos dos
alunos. Nesse caso, notou-se a integração de elementos no sistema periférico que faziam
referência à nova situação, assim como o núcleo central passou a integrar novos elementos sem
romper (totalmente) com os elementos centrais existentes.
Esses resultados confirmam e acrescentam novos dados aos resultados achados pelos
estudos anteriores sobre o impacto de uma exposição científica nas representações sociais
(Mezzomo & Nascimento-Schulze, 2004; Carboni, 2005; Martinelli, Nascimento-Schulze &
Mezzomo, 2005). Os resultados anteriores mostravam que a exposição científica tem um papel
importante na transformação de representações sociais referentes a objetos de destaque, como o
meio ambiente, no sentido de permitir uma maior reflexividade sobre os mesmos. Os resultados
desse estudo mostram que a exposição tem um papel igualmente importante na própria formação
de representações sociais referentes a objetos recentes, mas que são de extrema importância para
a sociedade.
Além dos resultados obtidos com a análise das palavras evocadas, a análise do
reagrupamento dessas evocações também mostrou que os alunos, além de considerarem os danos
ao meio ambiente, passaram a discutir, ainda que em uma proporção menor, os aspectos
econômicos, bem como os possíveis problemas sociais que essa tecnologia pode trazer.
(1996), em um estudo que procurava articular a exposição a atividades de divulgação
científica pelos meios de comunicação de massa (jornais, revistas e programas de TV) com a
estrutura das representações sociais de ciência, verificou que a representação social de ciência
dos não consumidores da divulgação científica “se ramifica desde a idealização de um saber
acadêmico puro em direção a preocupações cada vez mais concretas” (p. 162). a representação
dos consumidores da divulgação científica “integra em seu núcleo central, em um nível
razoavelmente elevado de abstração e generalidade, a operação em si de construção da ciência
(...), seus requisitos éticos (...) e sua relação com a sociedade (...)” (idem).
Se tentarmos fazer um paralelo com o estudo descrito acima, tomando os transgênicos
como um exemplo da discussão sobre o trinômio “ciência, tecnologia e sociedade”, pode-se dizer
327
que os alunos na primeira coleta, ao destacarem os produtos da engenharia genética (alimentos e
remédios), privilegiaram os objetos mais concretos das práticas científicas, valorizando a
dimensão mais utilitária da ciência (Sá, 1996).
Após a visita à exposição, os alunos passaram a dar mais destaque à operação em si de
construção da ciência (genética, modificados e biotecnologia) e começaram a considerar as
conseqüências sociais esperadas dessa tecnologia (danos ao meio ambiente, danos à saúde,
problemas sociais).
Como já foi dito, o objetivo desse estudo foi verificar o impacto da visita a uma exposição
científica na formação das representações sociais dos alunos. Nesse sentido, a terceira coleta de
dados visou verificar a permanência, em um espaço de tempo (um mês), das mudanças ocorridas
após a visita. Entretanto, nesse período, os alunos estudaram os transgênicos em sala de aula com
os professores, que também pediram um trabalho de pesquisa sobre o assunto em outras fontes de
informação (livros, jornais, revistas, Internet etc). Desse modo, não se pode dizer de fato se a
permanência das mudanças se deu apenas pelo impacto da exposição científica. Além disso, os
resultados dessa terceira coleta mostraram que surgiram novas mudanças na estrutura produzida
pelos alunos.
Se, por um lado, não foi possível verificar o impacto (ou a permanência deste) da
exposição científica em um prazo maior, por outro lado, essa terceira coleta possibilitou verificar
o papel da comunicação (em geral) no processo de formação das representações sociais. Além de
novas fontes de comunicação, os alunos começaram a discutir sobre esse tema entre eles e com os
professores. Lembramos que Moscovici sempre ressalta a importância da comunicação (em seus
diferentes níveis) para a construção das representações.
Os resultados da terceira coleta mostram que a palavra alimentos passou a receber ainda
mais atenção do que nas duas situações anteriores, o que confirma a hipótese de que este seja
realmente um elemento com grande probabilidade de se tornar um elemento central da
representação. Nota-se um aumento da freqüência da palavra remédios em relação à segunda
situação, mas ela ainda está muito baixa quando comparada com a primeira situação. Isso
também pode reforçar a hipótese de que esse elemento não será um elemento central da
representação constituída.
Apesar de uma diminuição da palavra modificados em relação à segunda situação, o
aumento da freqüência de genética e o deslocamento dos elementos genes e DNA para o primeiro
328
quadrante mostram que os alunos passaram a dar cada vez mais importância à operação de
construção da ciência. Apesar da diminuição da freqüência, ou mesmo do desaparecimento, de
algumas palavras que faziam referência ao conteúdo da exposição científica, os elementos que
surgiram na segunda situação, e que se mantêm nessa terceira, mostram que os alunos continuam
a considerar as esperadas conseqüências dessa tecnologia, principalmente em relação ao meio
ambiente.
No entanto, é preciso fazer uma consideração em relação a esses resultados. Apesar de
terem sido tomados os resultados produzidos pelo grupo como um todo (para uma comparação
com os resultados das situações anteriores), sabe-se que, nessa situação em particular, esse grupo
não era mais tão homogêneo. No momento da terceira coleta de dados, uma das professoras de
biologia (responsável pela metade dos alunos, N = 60) fez questão de mostrar os trabalhos
produzidos pelos alunos sobre o tópico, enfatizando que a visita à exposição tinha ajudado a
despertar o interesse dos alunos. Desde o início da pesquisa, essa professora tinha sido o nosso
contato e recebeu a proposta com muito entusiasmo, ressaltando a importância de eventos como
esse para a escola e para os alunos. Do mesmo modo, essa professora ressaltava a importância do
seu papel na formação dos alunos e mostrava ter uma boa relação com os mesmos.
Por outro lado, a outra professora (responsável pela outra metade dos alunos), recebeu a
proposta da pesquisa como algo que foi imposto a ela pela direção da escola. Ela não mantinha
um bom relacionamento com os alunos e, freqüentemente, dizia que era inútil tentar ensinar algo
a eles. No momento da terceira coleta ela disse que, apesar da proximidade do fim do ano letivo,
não havia conseguido ver em sala de aula esse pico com os alunos. Também não foi pedido a
estes um trabalho extraclasse sobre os transgênicos.
Uma análise separada das evocações de cada metade dos alunos – que não foi apresentada
para não tornar o trabalho muito extenso mostrou que houve diferenças dentro desse grupo. A
primeira metade dos alunos passou a considerar mais a construção da ciência e as conseqüências
do desenvolvimento desta. Os elementos que formam o primeiro quadrante deste subgrupo são
(natureza, DNA e genética). Esse subgrupo também passa a dar menos atenção para a dimensão
utilitária da ciência (a palavra alimentos aparece no segundo quadrante). A segunda metade dos
alunos também continua a considerar a construção da ciência, mas enfatiza os produtos destas (a
palavra alimentos aparece no primeiro quadrante, com a maior freqüência entre as evocações
produzidas por esse subgrupo). A questão da interferência do homem, seja na natureza, seja na
329
própria vida, aparece apenas no quarto quadrante, o que indica as produções mais individuais do
subgrupo. Esses resultados diferentes confirmam a importância do processo de comunicação,
bem como do objeto social se tornar alvo de interesse do grupo, na formação das representações
sociais. Mais que isso, tais resultados podem levar a uma reflexão maior sobre o papel do ensino
formal na formação de representações sociais de assuntos polêmicos, bem como para a formação
de cidadãos reflexivos, que possam contribuir para um debate crítico sobre os assuntos que são de
interesse da sociedade.
Em relação a uma análise geral desse estudo, pode-se perguntar, assim como foi feito em
relação aos consumidores e aos participantes do congresso de agroecologia no segundo estudo, se
também houve um efeito da saliência grupal também para os alunos. Como foi visto na discussão
do estudo anterior, pode-se pensar que, para os consumidores e participantes do congresso de
agroecologia, a situação da coleta de dados ativou a saliência grupal, o que levou os dois grupos a
selecionar, dentre os aspectos de uma mesma representação, aqueles que guiaram suas respostas.
Porém, em relação aos alunos, parece que a situação da coleta de dados levou esse grupo a
escolher – uma vez que ainda não possuía uma representação de transgênicos construída –, dentre
diversas representações, aquela que se mostrou mais pertinente para a situação social. Nesse caso,
é possível supor que uma série de fatores, tais como: a coleta em sala de aula com a presença do
professor de biologia, a nossa apresentação como doutorandos da Universidade Federal de Santa
Catarina, o convite para visitarem uma exposição científica, entre outros, pode ter feito com que
os alunos escolhessem a representação social da própria ciência como mais pertinente para a
situação.
Nesse sentido, pode-se inferir (uma vez que não foi feita uma investigação acerca da
representação social de ciência desse grupo) que, além de um processo de formação da
representação de transgênicos, a própria representação social de ciência desse grupo também
passou por uma transformação, que vai ao encontro das representações encontradas para os não
consumidores e os consumidores de divulgação científica encontradas por (1996). Assim, os
alunos passam de um “entendimento acadêmico básico e tradicional da ciência” para um
“entendimento acadêmico moderno da ciência, mais processual, autocrítico e socialmente
condicionado” (p. 162).
Consideramos que a exposição científica desempenhou um papel importante na promoção
de uma reflexividade acerca dos transgênicos por parte dos alunos. Nesse sentido, discordamos
330
em parte da afirmação feita por Joly (2000) de que “não se deve procurar educar o público, mas
organizar a participação”* (p. iii) no processo de formulação de políticas científicas.
Concordamos que a participação do público é essencial, como coloca Guivant (2005), “não
para delinear cenários futuros no referente ao desenvolvimento de determinadas inovações
tecnológicas, mas também para definir as políticas públicas necessárias para atingir os objetivos
que se consideram positivos para a sociedade” (p. 71). Porém, consideramos também que a
educação é um passo fundamental para garantir essa participação pública.
Argumentamos sim que devemos repensar a educação. Nesse sentido, discordamos dos
programas que buscam passar para o público apenas as “maravilhas” da ciência, buscando de fato
o apoio deste ao modelo de desenvolvimento linear já discutido. Pensamos que a educação
(formal e/ou informal) tem um papel importante na construção de representações sociais que
podem ser usadas como “armas críticas” (Moscovici & Marková, 2006) e, assim, no despertar da
“crítica ativa” da sociedade (Beck, Giddens & Lash, 1997). Somente desse modo, o cidadão
“iluminado”, não apenas dos saberes científicos, mas, principalmente, dos impactos e riscos que
envolvem o seu desenvolvimento e aplicação, poderá participar e decidir os rumos “positivos
para a sociedade”. Seria esse então o papel da divulgação científica. Conforme (1996), a
prática do consumo da divulgação científica desempenha um papel fundamental na “elevação das
dimensões operacionais, éticas e sociais da ciência ao status de cognições centrais” (p. 162).
Por fim, é preciso fazer uma consideração sobre os resultados gerais encontrados nos três
estudos dessa pesquisa. Esses resultados confirmam um cenário preocupante levantado na
discussão teórica. Os resultados do estudo documental podem ser interpretados em dois sentidos:
por um lado, eles mostraram o processo real de introdução e regulamentação dos transgênicos no
país, por outro lado, eles também mostraram a construção de um discurso social, ou de uma
opinião pública sobre os transgênicos no Brasil.
Em relação ao processo real de introdução e regulamentação dos transgênicos, os
resultados dessa pesquisa indicaram que o governo brasileiro levou em conta apenas o aspecto
econômico, tomando os transgênicos como uma solução para o desenvolvimento do país. Além
disso, o processo de regulamentação foi feito sem considerar as preocupações de uma parcela da
sociedade. Não foram levados em conta os questionamentos sobre os possíveis riscos sanitários,
ambientais e sociais que essa tecnologia pode trazer. Esses resultados convergem com outros
estudos sobre o processo de regulamentação dos transgênicos no Brasil (ver: Farias, 2006).
331
No que tange a construção do discurso social sobre transgênicos, os resultados da
pesquisa documental mostraram que os jornais estudados contribuíram muito pouco para a
reflexão sobre os riscos e colaboraram para legitimar a lógica do desenvolvimento linear adotado
pela sociedade de risco residual. Isso teve conseqüências na formação da opinião pública sobre
transgênicos, que pôde ser vista no recorte feito do estudo documental.
O estudo dos artigos publicados na seção opinião dos jornais mostrou que os aspectos
privilegiados por muitos atores na discussão dos transgênicos foram, de fato, os benefícios
econômicos para o desenvolvimento do país. Isso pôde ser visto claramente no próprio
posicionamento dos leitores. Uma grande parcela destes defendia a introdução dos transgênicos
visando o desenvolvimento científico-tecnológico-econômico-social do Brasil. Apenas uma
pequena parte destes propunha uma reflexão sobre os impactos dessa tecnologia. A participação
limitada de muitos atores considerados nesse estudo também corrobora dados de outras pesquisas
sobre a participação de diferentes atores sociais no debate sobre transgênicos no Brasil (Guivant,
2002a, 2005).
Os resultados do segundo estudo também mostram um cenário alarmante. Dos três grupos
sociais estudados, apenas um (com interesses bem específicos) propôs uma reflexão acerca dos
impactos ambientais e sociais que essa tecnologia pode trazer. Os consumidores, apesar de
considerarem os possíveis riscos, ainda se restringem a um processo reflexivo do eu
(preocupando-se, principalmente, com sua saúde e da sua família), não alcançando uma
reflexividade estrutural, ignorando os possíveis danos aos níveis societal e planetário.
A constante queixa de falta de informação” por parte dos consumidores pode revelar
tanto o caráter enviesado do discurso midiático (mais acessível, como os jornais) mostrado no
primeiro estudo, como a própria exclusão de uma parte significativa da população brasileira à
informação, principalmente em relação aos meios de comunicação eletrônicos nos quais os
cidadãos poderiam ter acesso a um número maior de fontes diferentes de informação (diferentes
atores, diferentes aspectos tratados, diferentes interesses).
A última parte do terceiro estudo também levanta questões sobre a educação formal e o
ensino sobre ciências no Brasil. A desmotivação dos professores, especialmente no ensino
público, pode trazer conseqüências na formação da cidadania tecnológica desses alunos. De fato,
algumas conseqüências podem ser sentidas. Nascimento-Schulze (2006), em um estudo feito
com jovens catarinenses, mostrou que, entre os 754 alunos que participaram do estudo, somente
332
36,5% podia ser considerado como cientificamente alfabetizado, sendo que os alunos de escolas
particulares obtinham melhores índices de alfabetização científica do que os de escolas públicas.
Em relação às condições necessárias para que uma sociedade atinja uma reflexão sobre os
riscos por trás do desenvolvimento científico e tecnológico, Beck (1999) adverte que:
O poder de oposição da revelação não-intencional dos riscos depende é claro das condições
sociais gerais, as quais têm sido alcançadas até agora apenas por alguns países: democracia
parlamentar, (relativa) independência da imprensa, e produção avançada de riqueza na qual a
ameaça invisível do câncer não é ofuscada para a maioria da população pela subnutrição e fome
agudas (p. 68).
Nesse sentido, constata-se que o Brasil ainda está longe de atingir tais condições. Essa
pesquisa aponta para: uma tradição de formulação de política antidemocrática que atua ainda
dentro da gica da sociedade de risco residual, uma imprensa que não cumpre seu papel na
revelação (intencional) dos riscos acompanhada da participação limitada de outros grupos sociais
nesse processo, a exclusão da população ao acesso à informação, entre outros fatores.
No entanto, os resultados do terceiro estudo trazem também uma certa esperança. Tais
resultados mostraram que algumas iniciativas podem ajudar a criar uma reflexividade acerca do
desenvolvimento da ciência e da tecnologia, mesmo em grupos que inicialmente pareciam não se
interessar pela questão.
Como foi discutido no segundo capítulo, o governo brasileiro tem dado uma atenção
especial para a questão da divulgação científica. Dento dessa perspectiva, Nascimento-Schulze
(2007) argumenta que, no Brasil, as exposições itinerantes podem completar as iniciativas
institucionais formais. Essa autora coloca que, “dada a própria natureza das sociedades
democráticas contemporâneas, a instalação de um fórum aberto sobre o conhecimento e as
tecnologias científicas parece mais apropriado” para a discussão da relação entre ciência,
tecnologia e sociedade. Assim, ela afirma que a exposição itinerante pode contribuir “para o
sucesso de tal fórum” (p. 175).
Essa discussão tem um papel fundamental em um país marcado pela exclusão da
população ao acesso à informação, principalmente científica e tecnológica. No terceiro capítulo,
os resultados apresentados de uma pesquisa acerca da percepção pública brasileira sobre ciência e
tecnologia mostraram que a maioria da população não visita instituições como centros e museus
de ciência simplesmente por não haver nenhum em sua região. Tais centros se concentram nas
grandes capitais. Mas a exclusão à informação pode ser pensada em um nível mais básico, como
o dos meios de comunicação de massa, principalmente em relação à Internet.
333
Nesse sentido, Nascimento-Schulze acredita que uma solução para esse problema seja a
“utilização de computadores nas exposições itinerantes, de maneira a incluir os participantes no
universo informático, através de uma abordagem ao mesmo tempo artística e científica ou através
de uma articulação de diferentes níveis de conhecimento científico. A exposição itinerante pode
ser considerada ao mesmo tempo como um suporte típico da popularização científica e como um
contexto favorável no qual poderão se encontrar um grande número de públicos diferentes. O
acesso a esse suporte é uma oportunidade, aberta a todos para acessar a Internet e consultar sites
especializados especialmente concebidos. Cria-se assim uma situação particular permitindo ir
além das desigualdades existentes no plano social, étnico, sexual ou geracional” (p. 174).
Esse poderia ser um primeiro passo para uma verdadeira relação democrática entre
ciência, tecnologia e sociedade.
334
X. Considerações Finais:
Pode-se pensar que a conclusão é também um momento de abertura para novos trabalhos.
Nesse sentido, gostaríamos de indicar novas possibilidades de investigação que possam ampliar
os resultados encontrados aqui.
Em relação ao primeiro estudo a pesquisa documental, mas principalmente em relação
ao recorte –, algumas análises complementares podem ser realizadas. Uma análise quantitativa
(número efetivo de artigos ou UCEs associadas a cada classe e a cada ator) poderia ajudar a
entender como o conteúdo encontrado está, de fato, distribuído entre os diferentes atores sociais.
Outra sugestão seria a realização de uma análise de argumentação para identificar a tipologia de
argumentos usados pelos diferentes atores na construção de seus textos.
Além disso, a participação de alguns desses atores (agricultores, representantes de
empresas de biotecnologia, representantes de ONGs ambientais e de consumidores, entre outros)
nos artigos publicados na seção opinião dos jornais foi muito limitada, sendo mais restrita ainda
do que a participação destes no debate social mais amplo. Esses resultados indicam que tais
grupos (principalmente os representantes de ONGs ambientais e de consumidores) não utilizaram
estratégias de comunicação em meios mais acessíveis a uma parcela maior da população (como
os jornais), como aconteceu em outros países. No entanto, sugerimos o estudo das dias
utilizadas por tais grupos (seus sites na Internet, material de campanhas confeccionado pelos
mesmos etc) para uma comparação do conteúdo divulgado e do encontrado nessa pesquisa. Um
estudo sobre o acesso dos diferentes tipos de mídia pela população também seria útil para se
verificar o alcance dessas informações e suas influências na construção das representações.
Poderíamos pensar também em ampliar o segundo estudo para diferentes grupos sociais.
Além disso, uma coleta com um número maior de participantes e/ou um processo de
categorização das evocações mais delimitado permitiria efetuar uma análise de similitude
(Degenne & Vergès, 1973) para ver a relação entre as evocações
41
, assim como a utilização de
técnicas de confirmação do núcleo central para confirmar a estrutura encontrada. A utilização de
grupos focais também seria útil para explicar como os elementos dessa estrutura se organizam.
Quanto ao terceiro estudo, sugere-se a sua replicação com a utilização de outras técnicas
de coleta de dados, como a técnica do grupo focal. Consideramos também que a replicação desse
41
No projeto de pesquisa, estava prevista uma análise de similitude, mas a baixa freqüência das evocações não
permitiu ver as relações entre os elementos evocados pelos grupos.
335
estudo com outros grupos sociais, para os quais a questão dos transgênicos seja mais relevante do
que para os alunos, e que apresentem uma representação social de transgênicos constituída, é
importante para verificar o alcance da influência dessa exposição não no processo de
formação, mas também no de transformação das representações.
Acreditamos que os resultados dessa pesquisa trazem algumas contribuições importantes
para se entender a relação da sociedade brasileira com as inovações e o desenvolvimento da
ciência e da tecnologia. No Livro Verde sobre Ciência, Tecnologia e Inovação (Silva & Melo,
2001), citado no segundo capítulo, o governo brasileiro apresenta alguns desafios para a
sociedade, tais como:
(...) as mudanças nos modos de organização do trabalho e o desemprego ‘tecnológico’; a
exploração sustentável da biodiversidade; as mudanças climáticas globais; a poluição atmosférica
e as contaminações industriais do solo urbano; novos organismos transgênicos, entre tantos
outros, para os quais a sociedade brasileira precisa buscar soluções, algumas no curto prazo,
outras para assegurar maior qualidade de vida para as gerações futuras e que dependem, cada vez
mais, de Ciência, Tecnologia e Inovação (p. 4)
Os resultados da análise documental mostraram que a construção do discurso social sobre
os transgênicos e, pode-se dizer que mesmo em relação ao desenvolvimento científico e
tecnológico, contemplou inicialmente uma pequena discussão sobre seus possíveis riscos, mas foi
sendo constituído em direção dos benefícios econômicos que tal desenvolvimento pode trazer.
Muitos dos teóricos apresentados nesse trabalho falam sobre a importância da informação,
seja na construção das representações sociais, seja na ativação de uma reflexividade da sociedade.
Nesse sentido, esses resultados levam a uma reflexão sobre o papel da mídia brasileira na
construção da opinião pública a respeito dos rumos do desenvolvimento do país. Pode-se pensar
que a mídia nacional ainda contribui mais para uma legitimação do modelo da sociedade de risco
residual do que para a construção de representações sociais que possam ser usadas como armas
críticas e que levem a um processo de reflexividade da sociedade sobre o melhor modelo de
desenvolvimento e suas conseqüências para as gerações futuras.
Os resultados do recorte feito da análise documental corroboram os resultados acima ao
mostrar que uma grande parcela da população (englobando diferentes atores sociais) toma os
transgênicos como uma solução para o desenvolvimento científico, mas, principalmente,
econômico e social do país. Por outro lado, os resultados desse recorte, assim como os do
segundo estudo, mostraram que também uma parcela, mesmo que não tão numerosa, que se
mostra resistente aos mesmos e que propõe um modelo de desenvolvimento alternativo para o
336
país. No entanto, a pesquisa também mostrou que, apesar dos ideais sobre “um diálogo com a
sociedade”, presentes nos documentos oficiais do governo brasileiro, este ignorou as
preocupações de uma parte da população no processo de regulamentação dos transgênicos.
Os resultados gerais dessa pesquisa mostram que o Brasil ainda está longe, em todos os
sentidos, de alcançar as condições necessárias para uma reflexividade sobre os riscos do modelo
de desenvolvimento linear adotado pelo país. A importância dada à comunicação e à informação
pelos teóricos apresentados nesse trabalho vem junto com uma reflexão sobre a exclusão da
sociedade ao acesso das mesmas. Nesse sentido, não é o conteúdo divulgado sobre
transgênicos, mas a própria exclusão do acesso a tal conteúdo que também contribui para uma
não reflexão de grande parcela da população brasileira.
Entretanto, os resultados do terceiro estudo, como foi argumentado na discussão,
apresentam um panorama esperançoso. É possível se pensar na exposição científica como um
apoio à educação (tanto formal, como informal), constituindo-se em um lugar de reflexão no
sentido proposto por Beck, a saber, o de mostrar (refletir) os interesses, os ganhadores e os
perdedores com o desenvolvimento e as inovações científicas, e o de pensar sobre (reflexão) tal
desenvolvimento. Mas, reiteramos que a educação não deve ser um objetivo final. Programas de
educação que visem a formação de uma “cultura científica” da sociedade, na qual a “crítica ativa”
estimula a reflexão sobre o tipo de mundo em que queremos viver e deixar para as gerações
futuras, podem contribuir muito para a concretização do ideal de participação pública apontado
pelos documentos oficiais do governo brasileiro.
Por fim, esperamos que essa pesquisa tenha trazido contribuições tanto para o campo de
estudos das representações sociais, como para o campo de estudos no Brasil sobre transgênicos,
em específico, e sobre a relação C,T&S, em geral.
337
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348
XII. Lista de Tabelas
Tabela 1 - Design da pesquisa...................................................................................... 164
Tabela 2 - Número de artigos publicados sobre transgênicos por jornal e por ano..... 167
Tabela 3 - Categorias das seções dos jornais............................................................... 169
Tabela 4 - Palavras associadas significativamente à classe “A soja no vaivém das
commodities”...............................................................................................................
174
Tabela 5 - Palavras associadas significativamente à classe “Divulgação Científica”.. 181
Tabela 6 - Palavras associadas significativamente à classe “C,T&S”......................... 191
Tabela 7 - Palavras associadas significativamente à classe “A batalha judicial”........ 196
Tabela 8 - Palavras associadas significativamente à classe “A polêmica das mps”.... 203
Tabela 9 - Palavras associadas significativamente à classe “Lei de Biossegurança”.. 209
Tabela 10 - Palavras associadas significativamente à classe “FSM/MST”................. 216
Tabela 11 - Seções e classes associadas aos anos da pesquisa.................................... 223
Tabela 12 - Classes associadas aos jornais da pesquisa............................................... 224
Tabela 13 - Número de artigos publicados na seção opinião por jornal e por ano...... 225
Tabela 14 - Seções dos jornais correspondentes aos grupos “editorial” e “cartas de
leitores”........................................................................................................................
227
Tabela 15 - Número de artigos publicados por grupo e por ano.................................. 227
Tabela 16 - Palavras associadas significativamente à classe “Riscos e benefícios
para a economia do país”.............................................................................................
232
Tabela 17 - Palavras associadas significativamente à classe “C,T&S”....................... 239
Tabela 18 - Palavras associadas significativamente à classe “A reinvenção do
político?”......................................................................................................................
248
Tabela 19 - Palavras associadas significativamente à classe “O Brasil avança para
onde?”..........................................................................................................................
252
Tabela 20 - Palavras associadas significativamente à classe “A bruxaria e a ciência” 258
Tabela 21 - Palavras associadas significativamente à classe “A falta de uma lei”...... 263
Tabela 22 - Variáveis associadas às classes do estudo Opinião................................... 266
Tabela 23 - Informações sobre os participantes........................................................... 269
Tabela 24 - Conjunto de palavras comuns aos três grupos sociais.............................. 279
Tabela 25 - Conjunto de palavras comuns aos alunos e aos consumidores................. 281
Tabela 26 - Conjunto de palavras comuns aos alunos e aos agroecologistas.............. 281
Tabela 27 - Conjunto de palavras comuns aos consumidores e aos agroecologistas... 281
Tabela 28 - Conjunto de palavras comuns particulares de cada grupo social.............. 282
Tabela 29 - Informações sobre as evocações dos alunos............................................. 284
Tabela 30 - Conjuntos de palavras presentes nas três condições................................. 295
Tabela 31 - Conjuntos de palavras presentes em duas condições................................ 296
Tabela 32 - Conjuntos de palavras particulares de cada condição............................... 297
349
XIII. Lista de Gráficos
Gráfico 1 - Número de artigos publicados sobre transgênicos por mídia e por
ano..................................................................................................................................
168
Gráfico 2 - Número de artigos publicados por seção e por ano..................................... 170
Gráfico 3 - Número de artigos publicados sobre transgênicos na seção opinião por
jornal e por ano..............................................................................................................
226
Gráfico 4 - Gráfico 4: Número de artigos publicados por ator e por ano...................... 228
XIV. Lista de Quadros
Quadro 1 - Variáveis utilizadas na análise ALCESTE.................................................. 229
Quadro 2 - Diagramas da estrutura das representações sociais de transgênicos dos
três grupos......................................................................................................................
272
Quadro 3 - Freqüência dos conjuntos de palavras associadas aos três
grupos.............................................................................................................................
276
Quadro 4 - Diagramas da estrutura das representações sociais de transgênicos dos
alunos nas três condições experimentais........................................................................
285
Quadro 5 - Freqüência dos conjuntos de palavras associadas às três condições
experimentais.................................................................................................................
290
XV. Lista de Dendogramas:
Dendograma 1 - Classificação hierárquica descendente do conteúdo dos artigos
sobre transgênicos publicados pelos jornais..................................................................
172
Dendograma 2 - Classificação hierárquica descendente do conteúdo dos artigos
sobre transgênicos publicados na seção “opinião” dos jornais......................................
230
XVI. Lista de Figuras:
Figura 1 - Esquema do conteúdo sobre transgênicos divulgado pelos jornais...............
299
Figura 2 - Esquema das representações sociais de transgênicos na mídia brasileira..... 308
Figura 3 - Esquema do conteúdo sobre transgênicos divulgado na seção opinião dos
jornais.............................................................................................................................
311
Figura 4 - Esquema das representações sociais de diferentes atores sociais sobre
transgênicos divulgadas na mídia brasileira...................................................................
313
350
ANEXOS
351
ANEXO 1: Artigos sobre transgênicos publicados no Jornal A Folha de SP no período de
Janeiro de 2000 a Junho de 2005
A FOLHA 2000
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
31/12 BRASIL RS ABRIGA FÓRUM CONTRA GLOBALIZAÇÃO EM
JANEIRO
30/12 BRASIL CTNBIO GANHA PODER PARA REGULAR OGMS
23/12 ILUSTRADA O INCONSCIENTE ANALISADO NO CAPITALISMO
PSICOATIVO
21/12 CIÊNCIA VACINA CONTRA ALZHEIMER PROTEGE MEMÓRIA
19/12 BRASIL UM ASSUNTO TÓXICO
19/12 CIÊNCIA PAINEL QUER ESTRÓGENO NA LISTA DE CANCERÍGENOS;
COMITÊ PEDE AOS EUA MAIS RIGOR COM OS
TRANSGÊNICOS; ASTERÓIDE ERA PEQUENO PARA
MATAR DINOSSAUROS
18/12 COTIDIANO UNESP TEM 10,5% DE ABSTENÇÃO NO 1º DIA
16/12 OPINIÃO MAIS COMPLICADO
15/12 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS SÃO PROIBIDOS EM FLORIANÓPOLIS
14/12 CIÊNCIA FALTAM MAIS ESTUDOS SOBRE OS TRANSGÊNICOS
10/12 MUNDO GRUPO FARÁ PROTESTO NO BRASIL EM JANEIRO
09/12 CADERNO ESPECIAL RISCOS POSSÍVEIS
08/12 CIÊNCIA PROCURADOR QUER ABRIR AÇÃO CONTRA A CTNBIO
08/12 CIÊNCIA INTESTINO DE ROEDOR PRODUZ INSULINA
06/12 CIÊNCIA PAINEL DOS EUA É CONTRA AUTORIZAR MILHO
MODIFICADO PARA ALIMENTOS
04/12 CIÊNCIA INSTITUTO ESCOCÊS PREPARA GERAÇÃO DE
TRANSGALINHAS
03/12 DINHEIRO PAINEL S/A
26/11 REVISTA DA FOLHA O PRÍNCIPE DOS TAMPÕES E A NATUREZA BURRA
25/11 CIÊNCIA EMPRESA DOS EUA DIZ QUE LEVARÁ SEMANAS PARA
EXPLICAR MILHO CONTAMINADO
25/11 ILUSTRADA O QUE VEM POR AÍ; LIVROS JÁ LANÇADOS
24/11 CIÊNCIA PARA GOVERNO FEDERAL, ROTULAGEM DE
TRANSGÊNICOS NÃO É PRIORIDADE
23/11 CIÊNCIA EMPRESA ACHA MILHO PROIBIDO NOS EUA
14/11 AGROFOLHA AVENTIS PODE TER PREJUÍZO DE US$ 1 BILHÃO
12/11 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
12/11 REVISTA DA FOLHA A NATUREZA DOS PERNILONGOS
07/11 CIÊNCIA CTNBIO CONVIDA IDEC A RETOMAR O DIÁLOGO
07/11 CIÊNCIA PRESIDENTE RECUSA CONVITE PARA VOLTAR
07/11 AGROFOLHA PAINEL RURAL
07/11 FOVEST PROVAS DEVERÃO PRIORIZAR TEMAS LIGADOS A
ATUALIDADES
07/11 FOVEST FIQUE DE OLHO
04/11 CIÊNCIA UM TERÇO DOS AMERICANOS É CONTRA O PLANTIO
02/11 CIÊNCIA LEITE DE ROEDOR TRANSGÊNICO ATACA MALÁRIA
02/11 CIÊNCIA COMO É A PESQUISA
02/11 CIÊNCIA JUSTIÇA SUSPENDE LIMINAR QUE PROIBIA MILHO NO RS
31/10 CIÊNCIA EUA FARÃO CONSULTA PÚBLICA PARA LIBERAR MILHO
ALTERADO
31/10 FOVEST ONDE FOI PARAR A EMBRIOLOGIA?
29/10 CIÊNCIA MOSQUITO QUE AGUENTA INSETICIDAS TAMBÉM PODE
352
RESISTIR A PARASITAS
24/10 CIÊNCIA KELLOGG FECHA FÁBRICA DE CEREAIS COM MILHO
ALTERADO
22/10 MAIS! TRANSGÊNICOS ESTÃO À VENDA NO BRASIL
22/10 MAIS!
21/10 CIÊNCIA OTIMISMO CRÊ NA TECNOLOGIA COMO RÉPLICA A
MALTHUS
20/10 OPINIÃO O RÓTULO E O MINISTRO
20/10 CIÊNCIA PARANÁ APREENDE SEIS TONELADAS DE SEMENTES DE
SOJA GENETICAMENTE ALTERADA
19/10 CIÊNCIA MINISTRO ATACA ROTULAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
17/10 FOVEST PROJETO GENOMA CRIA NOVAS POSSIBILIDADES EM
PESQUISA
14/10 DINHEIRO PAINEL S/A
12/10 CIÊNCIA ONGS QUEREM CONTER CTNBIO; EQUIPE DECIFRA GENES
DE MAIS UMA BACTÉRIA
10/10 AGROFOLHA MAMÃO TRANSGÊNICO FAVORECE AGRICULTOR
10/10 AGROFOLHA FRUTA ALTERADA É MAIS ACEITA DO QUE A SOJA
10/10 AGROFOLHA PAINEL RURAL
09/10 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
07/10 CIÊNCIA CRIADOR E ARTISTA JÁ DISPUTAM 'TRANSCOELHA'
07/10 CIÊNCIA KAC AFIRMA QUE ACORDO FOI ROMPIDO
05/10 CIÊNCIA GREENPEACE PUBLICA LISTA DE COMIDA "SEGURA"
03/10 AGROFOLHA PAINEL RURAL
03/10 AGROFOLHA ONDA DOS ORGÂNICOS DEVERÁ AUMENTAR VENDA DE
HÚMUS
02/10 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
26/09 AGROFOLHA FOLHA EXPLICA - OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
23/09 CIÊNCIA MILHO ALTERADO TEM RISCO LOCAL, DIZ AGÊNCIA
23/09 COTIDIANO CAMPANHA
23/09 ILUSTRADA CONHEÇA ALGUNS TÍTULOS
21/09 CIÊNCIA PESQUISA QUER USAR IOGURTE COMO VACINA
21/09 CIÊNCIA ONG DIVULGA LISTA COM TRANSGÊNICOS
21/09 CIÊNCIA EMPRESA DIZ QUE FARÁ UM ESTUDO INDEPENDENTE
21/09 CIÊNCIA PRODUTOS COM INGREDIENTES TRANSGÊNICOS
IDENTIFICADOS PELO GREENPEACE
20/09 CIÊNCIA CASA BRANCA QUER MODIFICAR REGULAMENTAÇÃO
20/09 CIÊNCIA GREENPEACE FAZ NOVA LISTA DE TRANSGÊNICOS
19/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
19/09 CIÊNCIA IBAMA PARTICIPA DA LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
19/09 AGROFOLHA CLIENTE REJEITA TRANSGÊNICOS
19/09 AGROFOLHA PAINEL RURAL
18/09 OPINIÃO FOME NA ABUNDÂNCIA
18/09 OPINIÃO OS TRANSGÊNICOS E A SOCIEDADE RURAL
17/09 REVISTA DA FOLHA NÓS CREMOS, LOGO EXISTIMOS
16/09 CIÊNCIA ADVOGADO CRITICA 'IRRESPONSABILIDADE' DOS EUA
NA LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
14/09 BRASIL PROTESTO DO MST CONTRA O GOVERNO É O 3º DO ANO
14/09 MUNDO LÍDER ANTIGLOBALIZAÇÃO PEGA 3 MESES DE PRISÃO
14/09 CIÊNCIA TRANSGÊNICO É TEMA DE DOIS SEMINÁRIOS
12/09 AGROFOLHA PAINEL RURAL
09/09 OPINIÃO TRANSGÊNICOS: SOBERANIA EM XEQUE
09/09 OPINIÃO OS TRANSGÊNICOS E O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
08/09 CIÊNCIA GOVERNO LOCALIZA SOJA TRANSGÊNICA NO PARANÁ
353
08/09 DINHEIRO A PORTA-VOZ DA CIÊNCIA
05/09 FOVEST GENÉTICA É A BOLA DA VEZ NAS REDAÇÕES?
03/09 MUNDO COLÔMBIA GARANTE QUE NÃO VAI USAR FUNGICIDA
03/09 MAIS! OS PERIGOS DAS MANIPULAÇÕES GENÉTICAS
01/09 CIÊNCIA COTOVIA REABRE DEBATE SOBRE OS TRANSGÊNICOS
01/09 COTIDIANO PROTESTO
31/08 OPINIÃO MARKETING DOS GENES
29/08 CIÊNCIA CAI OTIMISMO COM BIOTECNOLOGIA NOS EUA
29/08 CIÊNCIA ROTULAGEM DEVE SAIR ESTA SEMANA
27/08 OPINIÃO OS ADVERSÁRIOS DA CIÊNCIA
25/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
22/08 OPINIÃO O RISCO DOS VÍRUS EMERGENTES
22/08 OPINIÃO A DISCUSSÃO SOBRE TRANSGÊNICOS
22/08 CIÊNCIA MILHO ALTERADO PODE MATAR BORBOLETAS
22/08 AGROFOLHA CONTRABANDO TRANSGÊNICO DERRUBA VENDA DE
SEMENTES
16/08 CIÊNCIA GOVERNO REVÊ DECRETO SOBRE OS TRANSGÊNICOS
15/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
15/08 CIÊNCIA PRODUTORES DE VINHO RECUSAM TRANSGÊNICOS
13/08 CIÊNCIA PRÓXIMO PASSO É A LICENÇA DE BIOSSEGURANÇA
12/08 BRASIL REUNIÃO DO MST PREGA INVASÃO E QUEIMADA
12/08 CIÊNCIA DEBATE QUESTIONA TRANSPARÊNCIA DE COMISSÃO DE
BIOSSEGURANÇA
11/08 BRASIL MST QUEIMA BANDEIRA DOS EUA EM BRASÍLIA
10/08 CIÊNCIA COMITÊ ADIA PROPOSTA PARA DEFINIR RÓTULOS
09/08 CIÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL NEGA RECURSO PARA LIBERAR SOJA
09/08 CIÊNCIA ATIBAIA INTERDITA ALIMENTOS COM TRANSGÊNICOS
08/08 CIÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL DEVE DECIDIR HOJE SOBRE EMBARGO
À SOJA DA MONSANTO
08/08 CIÊNCIA ESGOTAM-SE AS VAGAS PARA DEBATE
08/08 CIÊNCIA GRÉCIA DESTRÓI ALGODÃO ALTERADO
07/08 OPINIÃO DISPUTA INFÉRTIL
07/08 CIÊNCIA FOLHA DISCUTE AMANHÃ ALIMENTO TRANSGÊNICO
07/08 ILUSTRADA EVENTOS DA SEMANA
06/08 COTIDIANO NOVA TÉCNICA PERMITIRIA DIAGNÓSTICO
05/08 CIÊNCIA MONSANTO VAI LIBERAR USO DE ARROZ 'DOURADO'
04/08 CIÊNCIA PLANTAS TRANSGÊNICAS SERÃO TEMA DE DEBATE
04/08 CADERNO ESPECIAL EX-EXECUTIVO SUÍÇO CRITICA ESTRATÉGIAS DE
COMUNICAÇÃO DE MULTINACIONAIS
04/08 CADERNO ESPECIAL OS BENEFÍCIOS DA BIOTECNOLOGIA
04/08 CADERNO ESPECIAL TRANSGÊNICOS: UM RISCO DESNECESSÁRIO
04/08 CADERNO ESPECIAL PESQUISA BIOTECNOLÓGICA BRASILEIRA CHEGA À
SEGUNDA GERAÇÃO DE PLANTAS ALTERADAS
04/08 CADERNO ESPECIAL A CIÊNCIA DAS PLANTAS ALTERADAS
04/08 CADERNO ESPECIAL COMIDA MODIFICADA INVADE O CARDÁPIO
04/08 CADERNO ESPECIAL SAIBA RECONHECER ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
04/08 CADERNO ESPECIAL OS RISCOS DOS TRANSGÊNICOS; CRONOLOGIA DOS
TRANSGÊNICOS
04/08 CADERNO ESPECIAL NOBEL DA PAZ DEFENDE ENGENHARIA GENÉTICA
04/08 CADERNO ESPECIAL CIENTISTAS SÃO MAIORIA NA CTNBIO
04/08 CADERNO ESPECIAL PRODUTORES GANHAM COM PLANTIO DE SOJA
TRADICIONAL, MAS QUEREM A TRANSGÊNICA
04/08 CADERNO ESPECIAL REDUÇÃO DE CUSTOS CHEGA A 17%
04/08 CADERNO ESPECIAL OS GIGANTES DA SOJA; EXPORTAÇÕES PARA A EUROPA
354
04/08 CADERNO ESPECIAL RAIO-X DAS MAIORES EMPRESAS DE BIOTECNOLOGIA
04/08 CADERNO ESPECIAL ROTULAGEM DE ALIMENTOS CAUSA OPOSIÇÃO ENTRE
ESTADOS UNIDOS E UNIÃO EUROPÉIA
04/08 CADERNO ESPECIAL PLANTIO E CONSUMO DIVIDEM SOCIEDADE
04/08 CADERNO ESPECIAL ARGENTINA TEM VENDA REGULAMENTADA
04/08 CADERNO ESPECIAL BRASIL POSSUI LEI PRÓPRIA DE BIOSSEGURANÇA
04/08 CADERNO ESPECIAL BRASIL CONTRABANDEIA GRÃO, E POPULAÇÃO
CONSOME TRANSGÊNICOS SEM SABER
04/08 CADERNO ESPECIAL GOVERNO NÃO CONSEGUE CONTER PLANTIO
03/08 CIÊNCIA NOVARTIS PEDE LIBERAÇÃO DE MILHO BT NO PAÍS
03/08 COTIDIANO TRANSGÊNICOS SERÃO RETIRADOS DO COMÉRCIO
02/08 CIÊNCIA SÃO PAULO PROÍBE TRANSGÊNICOS SEM RÓTULO
01/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
01/08 AGROFOLHA INSETOS DEVORAM US$ 2,2 BI DA AGRICULTURA
BRASILEIRA
31/07 COTIDIANO TRANSGÊNICOS TÊM DE SER IDENTIFICADOS
31/07 COTIDIANO ENTENDA A POLÊMICA
31/07 COTIDIANO NOS EUA, CIENTISTAS PROCESSAM O FDA
29/07 CIÊNCIA MILHO ARGENTINO PARA PIPOCA SERÁ DEVOLVIDO
27/07 CIÊNCIA EQUIPE FAZ CAMUNDONGO PERDER PESO COMENDO
MAIS
27/07 CADERNO ESPECIAL GRÃOS DA ESPERANÇA
27/07 CADERNO ESPECIAL O DEBATE PELO MUNDO
26/07 BRASIL TREINAMENTO
26/07 BRASIL DOIS MORREM NO PRIMEIRO DIA DE PROTESTO
26/07 NACIONAL RAÇÃO ANIMAL COM MATERIAL ALTERADO DEVE SER
ROTULADA
24/07 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
24/07 CIÊNCIA CÚPULA DO G-8 TERMINA SEM OBTER CONSENSO
24/07 DINHEIRO ECOLOGISTAS COMBATEMTRANSGÊNICOS
24/07 DINHEIRO G-8 PROMETE COMBATER POBREZA MUNDIAL
23/07 CIÊNCIA AGRICULTOR PODE FICAR DEPENDENTE DAS EMPRESAS
DE BIOTECNOLOGIA
21/07 ILUSTRADA LONGA É MAIS UM PRODUTO DA FEBRE DOS
MONSTRINHOS
18/07 COTIDIANO MURAL DA DOR VIRA PALCO DE PEDIDOS E
RECLAMAÇÕES
18/07 AGROFOLHA PESQUISA DA EMBRAPA FAVORECE MONSANTO
18/07 AGROFOLHA OPOSIÇÃO QUER ABRIR CPI DOS TRANSGÊNICOS
18/07 AGROFOLHA EMPRESAS ELOGIAM ACORDO
15/07 OPINIÃO FRASES
15/07 OPINIÃO O QUE ESTÁ EM JOGO
15/07 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
14/07 CIÊNCIA MINISTRO APÓIA PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS
14/07 CIÊNCIA ROTULAGEM DEVE SAIR EM 20 DIAS
14/07 COTIDIANO NACIONALISMO, COMO INVEJA, COMEÇA COM M
13/07 OPINIÃO TRANSGÊNICOS: QUEREMOS SER OUVIDOS
13/07 CIÊNCIA SBPC QUER LEGISLAÇÃO PARA REGULAR O ACESSO AOS
RECURSOS GENÉTICOS
13/07 CIÊNCIA CTNBIO SUSPENDE PESQUISAS COM TRANSGÊNICOS DA
MONSANTO NO PAÍS
12/07 OPINIÃO POLÊMICA MODIFICADA
12/07 CIÊNCIA GOVERNO PREPARA RÓTULO PARA TRANSGÊNICOS
12/07 COTIDIANO LIVRO FAZ TESTE DE DNA SER DIVISOR DE ÁGUAS
355
11/07 OPINIÃO TRANSGÊNICOS GOELA ABAIXO
11/07 CIÊNCIA MANIFESTO DE CIENTISTAS APÓIA TRANSGÊNICOS
11/07 AGROFOLHA PAINEL
10/07 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS E PROJETO GENOMA ATRAEM ATENÇÃO
10/07 CIÊNCIA SBPC LOTA TEATRO NACIONAL EM CERIMÔNIA DE
ABERTURA
09/07 BRASIL A FOLHA DA SEMANA PASSADA SEGUNDO O LEITOR
08/07 OPINIÃO PRECAUÇÃO E ÁGUA BENTA
08/07 CIÊNCIA STJ LIBERA A CARGA DE MILHO RETIDA NO PORTO DE
RECIFE
08/07 CIÊNCIA ONG FRANCESA CRITICA ATOS DO GOVERNO FEDERAL
08/07 CIÊNCIA JURISTAS DISCORDAM SOBRE A DECISÃO DO GOVERNO
08/07 CIÊNCIA STJ LIBERA A CARGA DE MILHO RETIDA NO PORTO DE
RECIFE
07/07 CIÊNCIA GOVERNO DEFENDE O USO DE TRANSGÊNICOS
07/07 CIÊNCIA OPOSITORES INVERTEM O ÔNUS DA PROVA
07/07 CIÊNCIA ENTENDA A QUESTÃO DA BIOTECNOLOGIA
06/07 BRASIL GOVERNO TRANSGÊNICO
06/07 CIÊNCIA PLANTAS TAMBÉM SOFREM DE INSOLAÇÃO;
TRANSGÊNICOS SE MANTÊM NOS EUA
05/07 CIÊNCIA JUSTIÇA ANULA PARECER DA CTNBIO PARA MILHO
04/07 CIÊNCIA INSTITUTO PEDE MEDIDA JUDICIAL CONTRA CTNBIO
04/07 AGROFOLHA PAINEL RURAL
03/07 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
02/07 MAIS! ESPAÇO; TRANSGÊNICOS; PALEONTOLOGIA;
LANÇAMENTO
01/07 MUNDO CIDADE VIRA 'CAPITAL DA ANTIGLOBALIZAÇÃO'
01/07 CIÊNCIA CTNBIO LIBERA MILHO TRANSGÊNICO EM RAÇÃO
01/07 ILUSTRADA SÉRIE MOSTRA COMO SER CLARO E AINDA MANTER O
ESTILO
30/06 CIÊNCIA DEPUTADOS QUEREM AÇÃO CONTRA VENDA
29/06 CIÊNCIA JUSTIÇA PROÍBE PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
27/06 AGROFOLHA O DIA D DAS PLANTAS TRANSGÊNICAS
27/06 AGROFOLHA ENTENDA
27/06 AGROFOLHA POTENCIAL DO MERCADO CHEGA A R$ 1 BILHÃO
27/06 AGROFOLHA PAINEL
27/06 AGROFOLHA TESTES INDICAM QUE BRASIL JÁ PLANTA SOJA
TRANSGÊNICA
27/06 CADERNO ESPECIAL PRIVACIDADE, EUGENIA E PRECONCEITO ALIMENTAM
DESCONFIANÇA GENÉTICA
27/06 CADERNO ESPECIAL FICÇÃO EXPLORA O LADO NEGATIVO
26/06 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
24/06 CIÊNCIA MILHO ARGENTINO É MODIFICADO GENETICAMENTE
23/06 OPINIÃO ELES CHEGARAM
22/06 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
22/06 CIÊNCIA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA ESTUDA MEDIDAS
22/06 CIÊNCIA EQUIPE INSERE GENE EM INSETO DA MALÁRIA
21/06 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS JÁ SÃO CONSUMIDOS NO BRASIL
21/06 CIÊNCIA INDÚSTRIA LANÇA DÚVIDAS SOBRE OS TESTES
REALIZADOS
21/06 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS NO MERCADO BRASILEIRO
21/06 CIÊNCIA O QUE É PCR
21/06 CIÊNCIA QUESTÃO LEGAL AINDA ESTÁ INDEFINIDA
21/06 CIÊNCIA TESTE É MAIS CONFIÁVEL QUANDO POSITIVO
356
20/06 CIÊNCIA JUSTIÇA FEDERAL VETA DESEMBARQUE DE 38 MIL T DE
MILHO ARGENTINO EM PE
20/06 AGROFOLHA CTNBIO AVALIA GRÃOS TRANSGÊNICOS VINDOS DOS
EUA E DA ARGENTINA
20/06 AGROFOLHA PAINEL RURAL
17/06 CIÊNCIA COMISSÃO INVESTIGA EFEITOS DE MILHO TRANSGÊNICO
PRODUZIDO NO EXTERIOR
16/06 CIÊNCIA AQUECIMENTO DO PLANETA AMEAÇA POPULAÇÕES DE
PÁSSAROS CANOROS
13/06 AGROFOLHA CTNBIO AVALIA MILHO TRANSGÊNICO
13/06 AGROFOHA QUEM PLANTA TRANSGÊNICOS NO PAÍS
13/06 AGROFOLHA GREENPEACE E IDEC TESTAM 'ALIMENTOS SUSPEITOS'
08/06 OPINIÃO BOM SENSO MODIFICADO
06/06 CIÊNCIA BORBOLETA SOBREVIVE A PÓLEN TRANSGÊNICO
30/05 CIÊNCIA TOMATE PODERÁ PREVENIR CEGUEIRA
30/05 CIÊNCIA VERBAS DEVEM REPOR PERDAS NA EUROPA;
COLESTEROL AFETA VÁLVULAS CARDÍACAS
30/05 AGROFOLHA PAINEL RURAL
27/05 CIÊNCIA EUROPA PODE TER 15% DA COLHEITA CONTAMINADA
26/05 CIÊNCIA EMPRESA DOS EUA DETECTA TRANSGÊNICOS EM
SEMENTES CONVENCIONAIS
24/05 CIÊNCIA ATIVISTAS QUEREM DESTRUIR TRANSGÊNICOS; CAFÉ
PODE COMBATER MAL DE PARKINSON; EUA QUEREM
MULTA PARA TERAPIA GENÉTICA
19/05 CIÊNCIA IBAMA APREENDE CARGA DE MADEIRA DA AMAZÔNIA;
INPE VENDERÁ FOTOS DE SATÉLITE PELA INTERNET;
MINISTRO FRANCÊS PEDE QUEIMA DE TRANSGÊNICOS
17/05 CIÊNCIA BRASIL INFLUENCIA FUTURO DE TRANSGÊNICOS
15/05 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS ATINGEM SOCIEDADES CIENTÍFICAS
14/05 MAIS SALMÕES TRANSGÊNICOS NO JANTAR
09/05 ILUSTRADA COLEÇÃO EXPLICA TEMAS DE 40 ÁREAS
04/05 MUNDO HPV TAMBÉM PODE CAUSAR CÂNCER ORAL; EUA CRIAM
PLANO PARA TRANSGÊNICOS
28/04 MUNDO EUROPEUS REJEITAM COMIDA TRANSGÊNICA
21/04 DINHEIRO SOJA PRIMITIVA FAZ SAMBA NA FRANÇA
18/04 MUNDO GRUPO MUNDIAL PODE REGULAR TRANSGÊNICOS
14/04 OPINIÃO UM QUARTO DE SÉCULO
09/04 DINHEIRO CIÊNCIAS DA VIDA NADA TÊM DE EXATAS; MERCADO
DEVE FICAR ATENTO
09/04 MAIS PLANTAS HUMANAS
07/04 MUNDO JUSTIÇA CONFIRMA PODER DA CTNBIO
06/04 MUNDO ASSOCIAÇÃO DESCARTA RISCO DE TRANSGÊNICOS;
SONDA CAPTA CAUDA MAIS LONGA DE COMETA; IDOSAS
TÊM CÂNCER MENOS AGRESSIVO; CIENTISTAS MAPEIAM
GENOMA DO ARROZ
05/04 MUNDO AÇÚCAR PODE 'ETIQUETAR' PLANTAS GENETICAMENTE
MODIFICADAS
01/04 MUNDO EUA REDUZEM CULTIVO DOS TRANSGÊNICOS
31/03 MUNDO BRASILEIROS ESTUDAM EUCALIPTO GENETICAMENTE
MODIFICADO
29/03 DINHEIRO JUSTIÇA VETA TESTE NO RS DE ARROZ TRANSGÊNICO
28/03 MUNDO MANIFESTAÇÃO EM BOSTON REÚNE 2.500 CONTRA OS
TRANSGÊNICOS
24/03 MUNDO TESTE QUESTIONA RISCO DE TRANSGÊNICO
357
21/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
21/03 AGROFOLHA SECA AMEAÇA PLANTIO NOS EUA
19/03 MAIS A ANSIEDADE DA OPULÊNCIA
16/03 BRASIL STEDILE AMEAÇA TRANSGÊNICOS
15/03 BRASIL MST QUER TOCAR FOGO EM TRANSGÊNICOS
15/03 INFORMÁTICA ACONTECE NA INTERNET
04/03 DINHEIRO SOJA 'PRIMITIVA' DÁ LUCRO A PRODUTORES
04/03 DINHEIRO POLÊMICA DIVIDE ATÉ OS CIENTISTAS
03/03 OPINIÃO GENÉTICA NAS PRATELEIRAS
02/03 MUNDO ENCONTRO PEDE MAIS TESTES COM TRANSGÊNICOS
29/02 MUNDO TRANSGÊNICOS DEVEM AJUDAR 3º MUNDO; TERAPIA
CONTRA CÂNCER PODE USAR MACONHA
27/02 MAIS! CONSUMIDOR VERSUS INDÚSTRIA
26/02 MUNDO ENCONTRO DISCUTIRÁ TRANSGÊNICOS
24/02 OPINIÃO A PERIGOSA SEDUÇÃO DAS TECNOLOGIAS
22/02 MUNDO CÉREBRO REFAZ CONEXÕES, DIZ ESTUDO
22/02 AGROFOLHA PAINEL RURAL
21/02 MUNDO BIRD QUER USO DE TRANSGÊNICOS CONTRA A FOME
21/02 MUNDO POSSÍVEIS RISCOS SÃO POLÊMICOS
18/02 MUNDO EUA COMEÇAM ENCONTRO PARA DISCUTIR AVANÇOS
CIENTÍFICOS
16/02 MUNDO ONG FAZ ACORDO SOBRE TRANSGÊNICOS
15/02 MUNDO ONG TESTA ALIMENTOS EM BUSCA DE INGREDIENTES
TRANSGÊNICO
15/02 AGROFOLHA A SANIDADE DOS ALIMENTOS NO BRASIL
14/02 MUNDO DOIS PRÊMIOS NOBEL APÓIAM TRANSGÊNICOS
02/02 MUNDO CAMPANHA PEDE MAIS RIGOR SOBRE TRANSGÊNICOS
02/02 MUNDO INICIATIVA É UM EXAGERO, DIZ GOVERNO
31/01 OPINIÃO A CIÊNCIA NA PAUTA
31/01 MUNDO EXPORTAÇÕES DE TRANSGÊNICOS TERÃO RÓTULOS
31/01 MUNDO BIOTECNOLOGIA AGORA ESTÁ NA DEFENSIVA
30/01 MUNDO FECHADO ACORDO PARA TRANSGÊNICOS
29/01 MUNDO VACINA COMESTÍVEL PODE PREVENIR O SARAMPO
29/01 MUNDO IMPASSE ATRASA TEXTO FINAL DE REUNIÃO SOBRE
TRANSGÊNICOS
27/01 MUNDO CIÊNCIA GANHA MAIS ESPAÇO NA POLÍTICA
27/01 MUNDO OS TEMAS QUE VÃO ENTRAR EM PAUTA
26/01 MUNDO ONG APONTA DESCONTROLE DE TRANSGÊNICOS
25/01 MUNDO PROTESTOS MARCAM REUNIÃO EM MONTREAL
22/01 MUNDO REUNIÃO DISCUTIRÁ TRANSGÊNICOS; ENCONTRADA
ESPÉCIE NOVA DE DINOSSAURO
20/01 MUNDO PLANTIO DE TRANSGÊNICOS CRESCE 44%
19/01 DINHEIRO O PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA
18/01 MUNDO EUA ANUNCIAM NORMAS PARA PLANTAÇÃO DE MILHO
TRANSGÊNICO
18/01 AGROFOLHA MÁQUINA "CONCORRE" COM TRANSGÊNICO
14/01 MUNDO ESTUDO CRIA ARROZ TRANSGÊNICO PARA SUPRIR
FALTA DE VITAMINA
12/01 DINHEIRO A BIODIVERSIDADE E O BRASIL
07/01 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
04/01 MUNDO MONSANTO CRIA ÓLEO TRANSGÊNICO VITAMINADO
358
A FOLHA 2001
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
23/12 DINHEIRO O COLAPSO DA ARGENTINA E A ALÇA
23/12 DINHEIRO APÓS TRÊS ANOS, AGRICULTURA CRESCE DE NOVO
19/12 DINHEIRO EXPORTAÇÃO DE PRODUTO BÁSICO GARANTE SALDO
18/12 CIÊNCIA ROEDOR ALTERADO PRODUZ VACINA NO LEITE
15/12 DINHEIRO MONSANTO ABRE FÁBRICA DE US$ 550 MI NA BAHIA
11/12 CIÊNCIA PRATO CHEIO
10/12 CIÊNCIA REJEIÇÃO A TRANSGÊNICO ATINGE 71% NA EUROPA
07/12 CIÊNCIA ENZIMA QUE FAVORECE OBESIDADE DE TIPO PERIGOSO
VIRA ALVO DE REMÉDIO
29/11 CIÊNCIA NOVO ESTUDO ACHA OGM EM MILHOS MEXICANOS
29/11 FOVEST AS PROVAS DE DOMINGO
27/11 CIÊNCIA CONGRESSO BRASILEIRO QUER REFORÇO A PROIBIÇÃO
27/11 CIÊNCIA GOLPISTAS NO LABORATÓRIO
23/11 DINHEIRO PAINEL S.A.
21/11 CIÊNCIA ENZIMA DENUNCIA TENDÊNCIA À HIPERTENSÃO
16/11 DINHEIRO UM FEITO DIPLOMÁTICO HISTÓRICO
04/11 MAIS! A CRIÔNICA E O DESTINO DO INDIVIDUALISMO
01/11 CIÊNCIA USP LANÇA ANIMAL TRANSGÊNICO NO BRASIL
01/11 FOVEST ALGUNS DOS LIVROS PARADIDÁTICOS MAIS USADOS
NAS ESCOLAS
31/10 CIÊNCIA NOVA ZELÂNDIA MANTÉM VETO POR DOIS ANOS
18/10 COTIDIANO SEDE DA ECO-92, PAÍS NÃO TEM DIRETRIZ DEFINIDA
PARA NOVA REUNIÃO MUNDIAL
17/10 ILUSTRADA NOVAS FORMAS DE AMEAÇA PRODUZEM A PARANÓIA
PÓS-GUERRA FRIA
16/10 AGROFOLHA EMPRESÁRIOS DO REINO UNIDO VISITAM GRANJAS
BRASILEIRAS
13/10 CIÊNCIA CARA DE UM, FOCINHO DO OUTRO
12/10 DINHEIRO RS VAI ROTULAR TODOS OS PRODUTOS COM
TRANSGÊNICOS
11/10 EQUILÍBRIO CORREIO
10/10 CIÊNCIA JUSTIÇA REJEITA RECURSO A FAVOR DE SOJA ALTERADA
10/10 CIÊNCIA EUROPA COGITA DERRUBAR EMBARGO
07/10 COTIDIANO ESTUDO NOS EUA PROCURA CURA DE SÍNDROME
07/10 MAIS! GENES PELA GOELA
28/09 CIÊNCIA ÁREA DE CULTIVOS TRANSGÊNICOS CRESCE 13%
27/09 FOVEST ESTADUAIS DE SP QUEREM CRIAR SEQÜENCIAIS
25/09 CIÊNCIA CIENTISTA CONSEGUE CRIAR UM MOSQUITO
RESISTENTE À MALÁRIA
25/09 CIÊNCIA CRIADORES DE DOLLY MUDAM ENFOQUE DE SUAS
PESQUISAS
23/09 MAIS! ADMIRÁVEL NANOMUNDO NOVO
16/09 MAIS! O DILEMA GENÉTICO
16/09 CADERNO ESPECIAL QUESTÕES DE VIDA E DE MORTE
16/09 CADERNO ESPECIAL ENTENDA
16/09 CADERNO ESPECIAL UMA LIDERANÇA INCÔMODA
11/09 CIÊNCIA BATATA ALTERADA PROTEGE CONTRA HEPATITE B
11/09 CIÊNCIA BRASILEIRO TENTA OBTER RESULTADO COM DE
ALFACE
11/09 CIÊNCIA COMISSÃO CRITICA REGRA BRITÂNICA
10/09 CIÊNCIA BORBOLETA VOLTA A AMEAÇAR TRANSGÊNICOS
359
10/09 CIÊNCIA AGÊNCIA DOS EUA ESTÁ SOB ATAQUE DE ONGS
08/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
08/09 BRASIL 'GRITO' DA CNBB LEVA 90 MIL A APARECIDA
05/09 CIÊNCIA AGÊNCIA JÁ SABIA DA CONTAMINAÇÃO DE MILHO
02/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
01/09 OPINIÃO O GRITO DOS EXCLUÍDOS
01/09 CIÊNCIA PESQUISA REFUTA DANO DE PÓLEN PARA BORBOLETAS
31/08 CIÊNCIA GREENPEACE DIVULGA NOVA LISTA DE TRANSGÊNICOS
VENDIDOS NO BRASIL
31/08 CIÊNCIA A NOVA RELAÇÃO
27/08 CIÊNCIA COMO FOI FEITO O EXPERIMENTO
24/08 CIÊNCIA EUCALIPTO RECEBE DNA DE ERVILHA PARA RENDER
MAIS
24/08 CIÊNCIA SARDENBERG INAUGURA EXPOSIÇÃO DE CIÊNCIA
23/08 DINHEIRO JUIZ MANTÉM LIMINAR CONTRA MILHO GUARDIAN
22/08 CIÊNCIA NOVA ZELÂNDIA RECOMENDA USO DE TRANSGÊNICOS
22/08 DINHEIRO MULTIDÃO SILENTE
22/08 INFORMÁTICA GRUPOS CIENTÍFICOS TÊM MELHORES SITES
17/08 CIÊNCIA PESQUISA BELGA ACHA TRECHO DE DNA
DESCONHECIDO NA SOJA ROUNDUP READY
15/08 MUNDO MCDONALD'S PROMETE MAIS DADOS SOBRE
INGREDIENTES
12/08 MAIS! REBOBINANDO A EVOLUÇÃO
10/08 DINHEIRO NO RJ, ESTUDANTES PROTESTAM CONTRA CORTE DE
ENERGIA
09/08 BRASIL PROTESTO BLOQUEIA ESTRADAS PELO PAÍS
07/08 BRASIL ESQUERDA DIZ QUE GOVERNO TEME DEMOCRACIA
03/08 CIÊNCIA PESQUISA EXPLICA COMO AS PRAGAS GANHAM
RESISTÊNCIA À BACTÉRIA BT
03/08 CIÊNCIA EVENTO DISCUTE ÉTICA NA MANIPULAÇÃO DE GENES
31/07 BRASIL LULA VOLTA A CRITICAR LIBERAÇÃO DE
TRANSGÊNICOS
31/07 CIÊNCIA TOMATE ALTERADO VIVE COM ÁGUA SALGADA
31/07 AGROFOLHA AGRICULTURA ECOLÓGICA - PRESERVAÇÃO DO
PEQUENO AGRICULTOR E DO MEIO AMBIENTE
28/07 CIÊNCIA PAINEL É CONTRA LIBERAÇÃO DE MILHO ALTERADO
26/07 ILHUSTRADA LUZES, CÂMERA, AÇÃO
26/07 ILUSTRADA ALGUMAS PERIPÉCIAS DE BOVÉ
25/07 CIÊNCIA UNIÃO LIBERARÁ VENDA DE SOJA MODIFICADA
25/07 DINHEIRO PAINEL S.A.
24/07 BRASIL OS TRÊS CAVALEIROS
22/07 OPINIÃO A PRIMEIRA DE MUITAS VÍTIMAS
21/07 OPINIÃO RÓTULO TRANSGÊNICO
21/07 CIÊNCIA IDEC QUESTIONA O DECRETO DA ROTULAGEM
20/07 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS SERÃO ROTULADOS EM 2002
20/07 DINHEIRO MEMBRO DO MST PARTICIPA DE MANIFESTAÇÕES
15/07 OPINIÃO ONGS: UM NOVO PODER?
07/07 CIÊNCIA JUSTIÇA USA LEI DE AGROTÓXICOS CONTRA OGMS
07/07 CIÊNCIA AÇÃO CIVIL PEDE ROTULAGEM EM SP
05/07 BRASIL "O PARTIDO SE ESVAZIOU", DIZ DEPUTADO
05/07 CIÊNCIA GREENPEACE PINTA PLANTAÇÃO EM SANTA CRUZ
02/07 CIÊNCIA TRANSGÊNICOS SÃO PAUTA DE CODEX ALIMENTARIUS
02/07 FOLHAINVEST PAINEL S/A
29/06 CIÊNCIA CTNBIO QUER O APOIO DA SOCIEDADE
360
28/06 CIÊNCIA EMPRESA QUER PRODUZIR GATOS 'ANTIALÉRGICOS'
27/06 OPINIÃO FOME E CONSTITUINTE
26/06 CIÊNCIA PRÍNCIPE ANDREW QUER INVESTIMENTO NO SETOR
26/06 AGROFOLHA PAINEL RURAL
23/06 CIÊNCIA GENÉTICA NACIONAL ATRAI CAPITAL DE RISCO
17/06 MAIS! PEIXES TRANSGÊNICOS
14/06 CIÊNCIA STARLINK NÃO CAUSOU ALERGIA, AFIRMA CDC
13/06 CIÊNCIA GENOMA DO EUCALIPTO TERÁ CAPITAL PRIVADO
12/06 CIÊNCIA SOJA TRANSGÊNICA GANHA ESTUDO AMBIENTAL
12/06 AGROFOLHA BRASIL TEM EXPORTAÇÃO RECORDE DE MILHO
09/06 CIÊNCIA CIENTISTAS QUEREM MAIS DEBATE SOBRE OGMS
09/06 CIÊNCIA GRUPO DOS EUA ASSUME DEFESA DE TRANSGÊNICOS
05/06 AGROFOLHA TRADIÇÃO UNE O NOVO E O ANTIGO NA ESCOLA
01/06 CIÊNCIA ALTERAR ÓVULO NÃO É ENGENHARIA, DIZ MÉDICO
31/05 CIÊNCIA EMBRAPA JÁ TEM CÉLULA ANIMAL TRANSGÊNICA
31/05 CIÊNCIA COMO TRANSFORMAR UM ANIMAL NUMA FÁBRICA DE
PROTEÍNAS
31/05 CIÊNCIA ACEITAÇÃO PODE SER FAVORÁVEL
30/05 CIÊNCIA MAIS UM
25/05 CIÊNCIA CTNBIO VAI DEFINIR ÁREA PARA PLANTIO
22/05 CIÊNCIA PESQUISA MÉDICA PEDE ANIMAIS TRANSGÊNICOS
21/05 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
19/05 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
18/05 CIÊNCIA HÁ POUCOS GENES DE BACTÉRIAS NO HOMEM
18/05 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
13/05 COTIDIANO A AMAZÔNIA MERECE
13/05 CADERNO ESPECIAL MEDO DE COMIDA
13/05 CADERNO ESPECIAL TECNOLOGIA E EPIDEMIAS PROVOCAM O MEDO DE
COMER
13/05 CADERNO ESPECIAL O QUE SÃO ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
13/05 CADERNO ESPECIAL PESQUISADOR PREVÊ EMBATE POR ALIMENTOS
MELHORES
13/05 CADERNO ESPECIAL CRONOLOGIA
13/05 CAERNO ESPECIAL PILHAS DE PANFLETOS EM AÇOUGUES
13/05 CADERNO ESPECIAL SLOW FOOD PREGA O PRAZER
13/05 CADERNO ESPECIAL BIOPIRATARIA É COLONIALISMO ATUAL, DIZ VANDANA
SHIVA
13/05 CADERNO ESPECIAL PENSADOR QUER CIÊNCIA DA FESTIVIDADE
12/05 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
10/05 OPINIÃO OS TAIS BEBÊS "TRANSGÊNICOS"
09/05 CIÊNCIA CIENTISTAS TESTAM BARBEIRO COM BACTÉRIA
MODIFICADA
06/05 REVISTA DA FOLHA CURTAS CARTAS
05/05 CIÊNCIA EUA TÊM BEBÊS 'GENETICAMENTE ALTERADOS'
05/05 CIÊNCIA AGRICULTURA TERÁ COMITÊ PARA ANALISAR
ALIMENTOS
04/05 CIÊNCIA EUA DEBATEM 'REFORMA' DE ÓVULO HUMANO
04/05 CIÊNCIA ONU PEDE CAUTELA COM PLANTIOS TRANSGÊNICOS
26/04 CIÊNCIA VACINA NÃO DISSEMINOU O HIV, DIZ ESTUDO
25/04 CIÊNCIA EMPRESA PEDE TOLERÂNCIA MAIOR PARA MILHO
ALTERADO
24/04 AGROFOLHA SECRETÁRIO DIZ QUE BRASIL SÓ TEM A PERDER
20/04 CIÊNCIA MOSQUITO TRANSGÊNICO COMBATE MALÁRIA
18/04 CIÊNCIA EUROPEUS DIZEM NÃO AO PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
361
17/04 BRASIL PLANALTO PÕE O EXÉRCITO DE 'PRONTIDÃO'
17/04 CIÊNCIA EMPRESAS DOS EUA CONFIRMAM CONTAMINAÇÃO
16/04 BRASIL MST VAI INVADIR CAPITAIS A PARTIR DE HOJE
13/04 CIÊNCIA TAILÂNDIA PROÍBE TESTES DE CAMPO COM OGMS
12/04 CIÊNCIA EMPRESA QUE CRIOU DOLLY COPIA PORCOS
TRANSGÊNICOS
12/04 CIÊNCIA PARASITA ATINGE 35 MILHÕES DE PESSOAS POR ANO
11/04 CIÊNCIA OGMS SÃO 'CONDENADOS' POR JÚRI
07/04 CIÊNCIA CTNBIO AGORA DIZ QUE RÓTULOS SÃO PRIORIDADE
06/04 CIÊNCIA IDEC CORRIGE LISTA DIVULGADA ANTEONTEM
05/04 CIÊNCIA IDEC DIVULGA LISTA DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
05/04 CIÊNCIA INDÚSTRIAS NÃO RECONHECEM TESTE DO IDEC
05/04 CIÊNCIA PRODUTOS COM INGREDIENTES TRANSGÊNICOS
31/03 BRASIL SEM-TERRA PREPARAM 'DIA DE LUTAS'
31/03 CIÊNCIA EUA AUMENTAM PLANTAÇÕES DE SOJA E ALGODÃO
ALTERADOS
30/03 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
27/03 AGROFOLHA EUA DEVEM CORTAR ÁREA DE TRANSGÊNICOS
24/03 CIÊNCIA MINISTÉRIO PÚBLICO ATACA DECISÃO DA CTNBIO
SOBRE MILHO IMPORTADO
23/03 MUNDO TRIBUNAL CONDENA BOVÉ A 3 MESES DE PRISÃO POR
DESTRUIR MCDONALD'S
23/03 CIÊNCIA PARANÁ DESENVOLVE LARANJA TRANSGÊNICA
22/03 CIÊNCIA NASCE O PRIMEIRO CLONE ANIMAL BRASILEIRO
20/03 CIÊNCIA NOVO PRESIDENTE DEVE SAIR NA PRÓXIMA SEMANA
16/03 MUNDO BOVÉ É CONDENADO A 10 MESES DE PRISÃO
11/03 MAIS! EM BREVE
10/03 CIÊNCIA HISTÓRIA DOS CLONES
09/03 COTIDIANO PROTESTO ACABA EM TUMULTO EM 3 CAPITAIS
08/03 CIÊNCIA GENÔMICA INVADE MELHORAMENTO CLÁSSICO
04/03 BRASIL CAMPONESAS FAZEM MANIFESTAÇÃO EM 23 CAPITAIS
01/03 CIÊNCIA ASSOCIAÇÃO NEOZELANDESA ACUSA BIÓLOGA
AMERICANA DE MÁ CONDUTA
25/02 MAIS! GENOMA SEM ALMA
20/02 AGROFOLHA "SAÚDE VALE MAIS QUE O DINHEIRO"
19/02 CIÊNCIA CÉLULA-TRONCO PODE COMBATER PARKINSON
19/02 CIÊNCIA EUA RECONHECEM NECESSIDADE DE MAIS CONTROLE
PARA TRANSGÊNICOS
16/02 OPINIÃO UE E TRANSGÊNICOS
16/02 CIÊNCIA PAÍSES TENTAM BARRAR OGMS NA EUROPA
15/02 BRASIL MARKETING DO GREENPEACE INSPIRA MST
15/02 BRASIL ONG SE TORNOU CONHECIDA POR GRANDES AÇÕES
15/02 BRASIL SEM-TERRA PREPARAM MANIFESTAÇÕES PARA ABRIL
15/02 CIÊNCIA ARROZ DOURADO JÁ ESTÁ SOB ATAQUE DE ONGS
15/02 CIÊNCIA PARLAMENTO EUROPEU REVISA LEIS
15/02 ILUSTRADA MST SE PREPARA PARA INVADIR OS PALCOS
15/02 CIÊNCIA PRÊMIOS NOBEL ITALIANOS PEDEM PESQUISA LIVRE
13/02 AGROFOLHA PAINEL RURAL
10/02 BRASIL GOVERNO GAÚCHO PAGOU VIAGEM DE PETISTA
10/02 BRASIL GASTO SERÁ RESSARCIDO, DIZ RS
10/02 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
09/02 BRASIL COMISSÃO SUGERE ELIMINAR SOJA QUE SOBROU DE
AÇÃO
09/02 BRASIL ATIVISTA DIZ QUE COMBATE PELO 'FUTURO'
362
08/02 BRASIL FAZENDEIRO DIZ QUE SOJA DESTRUÍDA PELO MST NÃO
ERA TRANSGÊNICA 'COM CERTEZA'
08/02 CIÊNCIA TRANSGÊNICO NÃO É MAIS FORTE, INDICA ESTUDO
07/02 BRASIL SEM-TERRA DESTROEM PLANTAÇÃO DE SOJA EM SC
06/02 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
06/02 ILUSTRADA FIM DAS FÉRIAS COM BUSH, CANADÁ E BARBALHO
06/02 AGROFOLHA CRISE DEVERÁ AFETAR A PAUTA AGRÍCOLA DA OMC
05/02 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
05/02 TURISMO PORTO ALEGRE FAZ DA POLÍTICA UMA ATRAÇÃO
TURÍSTICA
03/02 OPINIÃO CHAVÕES REVOLUCIONÁRIOS NOS PAMPAS
03/02 OPINIÃO OS CONSENSOS DE PORTO ALEGRE
01/02 BRASIL ATIVISTA FRANCÊS FAZ CRÍTICAS À PF AO DEIXAR RS
31/01 BRASIL COMPLEXIDADE DOS TRANSGÊNICOS TURVA DEBATE
QUE NASCEU CONFUSO
31/01 CIÊNCIA ALHOS POR BUGALHOS
30/01 BRASIL "CLIMA IDEOLÓGICO DAQUI ASFIXIA", DIZ FILÓSOFO
30/01 AGROFOLHA PAINEL RURAL
29/01 BRASIL MONSANTO DEVE PROCESSAR BOVÉ E STEDILE
29/01 BRASIL "GOSTARIA MUITO DE SER PROCESSADO"
28/01 BRASIL MST ARTICULA "INTERNACIONAL CAMPONESA"
28/01 BRASIL PARA BIÓLOGO, BUSCA PELO NOVO TRANSPÕE ÉTICA
28/01 REVISTA DA FOLHA UM GAIATO NO NAVIO DO GREENPEACE
27/01 BRASIL MST QUEIMA SOJA TRANSGÊNICA DA MONSANTO
27/01 CIÊNCIA SYNGENTA CEDEU DIREITOS PARA CEREAL 'DOURADO'
27/01 ILUSTRADA ANDI, O MACAQUINHO TRANSGÊNICO
26/01 BRASIL MST ENCABULA ESQUERDA ANTI-DAVOS
26/01 BRASIL MST FAZ PROTESTO CONTRA TRANSGÊNICOS
26/01 BRASIL FRASE
26/01 BRASIL ANTI-DAVOS FESTEJA CUBA; MST GANHA O DIA
26/01 BRASIL CÚPULA ANTI-DAVOS TENTA DOBRAR POLÍTICA DOS
SEM-TERRA
26/01 BRASIL EM PORTO ALEGRE, SAEM HIPPIES E JOVENS E ENTRAM
BIGODUDO E CAMPONÊS
26/01 BRASIL SEATTLE FALTA A FÓRUM ANTI-DAVOS
25/01 BRASIL ORGANIZAÇÃO CAMPONESA PEDE AÇÃO DA ONU
25/01 BRASIL FÓRUM SOCIAL CRITICA IDÉIAS DE DAVOS
25/01 BRASIL ANTI-DAVOS SEGURA MST E EVITA ATO CONTRA
BANCOS
25/01 BRASIL FÓRUM SOCIAL QUER MAIS QUE "CONTRAPONTO"
25/01 BRASIL ORGANIZAÇÃO PEDE PARA ONU APOIAR NÃO-
TRANSGÊNICO
21/01 OPINIÃO SEGURANÇA ALIMENTAR
21/01 MAIS! DNA NA ESTANTE
19/01 CIÊNCIA AVENTIS PEDE CANCELAMENTO DE REGISTRO DO
STARLINK
19/01 CIÊNCIA HORÁRIO DAS REFEIÇÕES PODE ATENUAR 'JET LAG'
18/01 CIÊNCIA EMPRESAS TERÃO DE AVISAR FDA SOBRE COMÉRCIO
16/01 OPINIÃO A REVANCHE VERDE
12/01 CIÊNCIA CRIADO O PRIMEIRO PRIMATA TRANSGÊNICO
11/01 CIÊNCIA FAZENDEIROS DOS EUA SÓ REDUZEM PLANTIO EM 4%
06/01 CIÊNCIA PT E IDEC RECHAÇAM MP DO GOVERNO,
REGULARIZANDO PODERES DA CTNBIO
02/01 CIÊNCIA ANIMAL TRANSGÊNICO É RESISTENTE À MASTITE
363
02/01 CIÊNCIA LEITE É 'FÁBRICA CELULAR' DE VÁRIAS SUBSTÂNCIAS
02/01 AGROFOLHA SUPERSAFRA OBRIGA O BRASIL A BUSCAR CLIENTE
PARA MILHO
01/01 CIÊNCIA BACTÉRIA 'PENETRANTE' MATA VERME NO SOLO
A FOLHA 2002
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
30/12 OPINIÃO CONTRA A CORRENTE
28/12 CIÊNCIA SAIBA COMO "EVA" TERIA SIDO CRIADA
27/12 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
26/12 BRASIL PAINEL
23/12 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
22/12 OPINIÃO UM EXEMPLO PARA QUEM ACREDITA NO BRASIL
20/12 CIÊNCIA OS DEZ MAIORES AVANÇOS DA PESQUISA
19/12 BRASIL BANCADA RECLAMA DA ESCOLHA DE EQUIPE
19/12 CIÊNCIA GRUPO ENXERGA NEURÔNIOS EM TRANSFORMAÇÃO
19/12 FOVEST CONCORRENTE DEVE MANTER-SE ATUALIZADO PARA
ENFRENTAR PROVAS DA SEGUNDA FASE
16/12 CIÊNCIA BICHO-DA-SEDA VIRA 'BIOFÁBRICA' NO JAPÃO
16/12 TURISMO OS TROPEÇOS DE UM APRENDIZ DE TRANSGÊNICOS
15/12 BRASIL COMBATER A FOME É VITAL, DIZ DIRETOR DA FAO
14/12 BRASIL AMORIM DIZ QUE FARÁ POLÍTICA LIGADA AO SOCIAL
12/12 BRASIL PAINEL
12/12 FOVEST O PROJETO FOME ZERO E OS TRANSGÊNICOS
11/12 BRASIL 'SINTO-ME HONRADA', DIZ SENADORA
11/12 BRASIL SENADORA DIZ QUE PREFERE ESPERAR ANÚNCIO
OFICIAL
11/12 BRASIL SENADORA É REFERÊNCIA NA DEFESA DO AMBIENTE
11/12 DINHEIRO UE PODE VOLTAR A ACEITAR TRANSGÊNICOS
11/12 DINHEIRO GOVERNO ESTIMA SAFRA RECORDE EM 2002/03
10/12 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
09/12 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
07/12 OPINIÃO O NOVO GOVERNO DEVE LIBERAR OS TRANSGÊNICOS?
07/12 OPINIÃO TRANSGÊNICOS, A FALSA SALVAÇÃO
06/12 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
05/12 CIÊNCIA CIENTISTA QUER DISCUTIR TRANSGÊNICO COM PT
03/12 CIÊNCIA CANOLA TRANSGÊNICA PRODUZ HÍBRIDO TÓXICO
01/12 BRASIL PT OPTOU POR EMPRESAS AGROQUÍMICAS, DIZ
PESQUISADOR
29/11 BRASIL PAINEL
28/11 BRASIL PAINEL
28/11 BRASIL PARA RS, LOBBY DOS TRANSGÊNICOS VISA DEFENDER
MERCADO AMERICANO
26/11 OPINIÃO TRANSGÊNICOS E A FOME
26/11 OPINIÃO FRASES
26/11 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
26/11 BRASIL PAINEL
25/11 OPINIÃO FRASES
25/11 BRASIL PT E MST CONDENAM LOBBY DOS EUA POR
TRANSGÊNICOS
24/11 BRASIL MÚLTIS USAM FOME PARA LOBBY TRANSGÊNICO
24/11 BRASIL A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL
364
24/11 BRASIL MONSANTO REDUZ ATUAÇÃO NA REGIÃO SUL
24/11 BRASIL JUSTIÇA PARALISOU O USO COMERCIAL DE
TRANSGÊNICOS
24/11 BRASIL SACHS SUGERE QUE LULA PROCURE EMPRESAS
21/11 CIÊNCIA COBAIAS SOB ENCOMENDA
21/11 CIÊNCIA TÉCNICA REDUZ CUSTO DE COBAIA TRANSGÊNICA
17/11 BRASIL COMO FUNCIONA O MST
11/11 CIÊNCIA GRUPOS DE CARIDADE FAZEM APELO CONTRA
TRANSGÊNICOS
06/11 CIÊNCIA DNA VIRA PERSONAGEM DE COMÉDIA
05/11 ILUSTRADA MOSTRA REÚNE 70 PROGRAMAS SOBRE CIÊNCIA
03/11 MAIS! MOSQUITOS TRANSGÊNICOS EM 'JURASSIC PARK'
01/11 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
31/10 FOVEST GENÉTICA AGRÍCOLA É ÁREA DE TRABALHO EM
EXPANSÃO
23/10 DINHEIRO CHINA IMPÕE RESTRIÇÃO A TRANSGÊNICOS
17/10 CIÊNCIA DIA DA ALIMENTAÇÃO
03/10 CIÊNCIA GENOMA CONFIRMA 'ESPERTEZA' DA MALÁRIA
03/10 CIÊNCIA UTILIDADE DE SEQUÊNCIAS É QUESTIONADA
02/10 DINHEIRO UE TERÁ QUE PAGAR PRÊMIO SE QUISER PRODUTO NÃO-
TRANSGÊNICO, DIZ PRATINI
24/09 DINHEIRO PRODUTO ORGÂNICO BRASILEIRO ATRAI ALEMÃES E
JAPONESES
22/09 MAIS! SÉRIE MAIS CIÊNCIA
12/09 FOVEST OBRA INTERPRETA FATOS ATUAIS
10/09 DINHEIRO IBAMA LIBERA TESTE COM TRANSGÊNICOS
08/09 MAIS! BARBARIDADES TRANSGÊNICAS
04/09 CIÊNCIA PAINEL BRITÂNICO PEDE CAUTELA COM OGMS
02/09 BRASIL CIENTISTA ALERTA PARA RISCO DE POLITIZAÇÃO DO
CLIMA
31/08 CIÊNCIA RECUSA DE OGMS
31/08 CIÊNCIA ONGS VÊEM RISCO DE RETROCESSO NA REUNIÃO
31/08 CADERNO ESPECIAL SERRA DEFENDE PRODUTORES DE FUMO NO RS
30/08 CIÊNCIA OGMS NA MIRA
27/08 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
25/08 MAIS! LANÇAMENTOS
24/08 FOLHINHA APRENDA A CUIDAR DO PLANETA TERRA
04/08 MUNDO EXPERIÊNCIA BRASILEIRA AJUDA MOÇAMBIQUE, DIZ
PRESIDENTE
04/08 MAIS! O FIM DA NATUREZA HUMANA E NÃO-HUMANA
03/08 OPINIÃO POLÍTICAS SOCIAIS E ELEIÇÕES
02/08 CIÊNCIA ONG DIVULGA LISTA DE PRODUTOS MODIFICADOS
02/08 CIÊNCIA GOVERNO DO RIO PEDIRÁ PROIBIÇÃO DE OGMS
02/08 CIÊNCIA LANÇAMENTO DE TRIGO NÃO FOI ADIADO, DIZ
MONSANTO
01/08 CIÊNCIA EMPRESA ADIA LANÇAMENTO DE TRIGO MODIFICADO
30/07 DINHEIRO REUNIÃO VAI DISCUTIR ALGODÃO TRANSGÊNICO
30/07 DINHEIRO ESTUDO FAZ ANÁLISE DE PLANTA DA MONSANTO
28/07 EMPREGOS ÁREA ANALISADA: PROFESSORA DE BIOLOGIA
25/07 CIÊNCIA EUROPA EXCLUI CÓPIA HUMANA DE PATENTE
17/07 CIÊNCIA O QUE PROPÕE O DOCUMENTO
13/07 ILUSTRADA VEJA A PROGRAMAÇÃO HARDCORE
10/07 CIÊNCIA BIOTECNOLOGIA PODE CONSERVAR BIODIVERSIDADE
04/07 DINHEIRO EUROPA IDENTIFICA ALIMENTO COM MENOS
365
TRANSGÊNICOS
04/07 DINHEIRO UE LIMITA USO DE TRANSGÊNICOS EM ALIMENTOS
04/07 ILUSTRADA ESTÉTICA TRANSGÊNICA
04/07 ILUSTRADA O NATURAL E O ARTIFICIAL
04/07 FOVEST TRANSGÊNICOS: ÉTICA E BIOSSEGURANÇA
03/07 CIÊNCIA PARLAMENTO DA EUROPA DECIDE FUTURO DE OGMS
30/06 REVISTA DA FOLHA LIÇÕES DE UM CHEF TRÊS ESTRELAS
28/06 CIÊNCIA TRANSGÊNICO PODE AFETAR PLANTIOS A 3 KM
23/06 OPINIÃO PAIXÃO E TRANSGÊNICOS
20/06 FOVEST A BIOTECNOLOGIA E OS ALIMENTOS NO SÉCULO 21
19/06 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
14/06 MUNDO DECEPÇÃO MARCA FIM DA CÚPULA CONTRA FOME
13/06 CIÊNCIA APROVADA OBRIGATORIEDADE DE LICENÇA
AMBIENTAL
11/06 DINHEIRO GREENPEACE VÊ GANHO COM SOJA NÃO-TRANSGÊNICA
09/06 MUNDO SÓ FALTA VONTADE POLÍTICA, DIZ DIRETOR DA FAO
08/06 CADERNO ESPECIAL PÓS-NACIONAL
06/06 BRASIL PT PEDE MORATÓRIA DE TRANSGÊNICO E DESCARTA
TRANSPOR SÃO FRANCISCO
06/06 BRASIL NO BRASIL, LEI PROÍBE PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS
05/06 COTIDIANO RELATÓRIO DIZ QUE O DDT É AINDA IDENTIFICADO NO
BRASIL
05/06 INFORMÁTICA SAIBA COMO PARTICIPAR PELA REDE
30/05 CIÊNCIA GREENPEACE CRIA GUIA DE PRODUTOS COM OGMS
29/05 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
14/05 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA SE ESPALHA PELO BRASIL
14/05 DINHEIRO PRÓS E CONTRAS DOS TRANSGÊNICOS
14/05 DINHEIRO ESPÉCIE NASCE COM MISTURA GENÉTICA
29/04 CADERNO ESPECIAL TRANSGÊNICO AGRADA HOMEM DO CAMPO
24/04 CIÊNCIA CIENTISTAS DERROTAM ALZHEIMER EM RATOS
22/04 TURISMO O QUE CONTAM OS PASSARINHOS
17/04 DINHEIRO SUSPEITA DE SOJA TRANSGÊNICA INTERDITA QUATRO
LAVOURAS EM SANTA CATARINA
12/04 CIÊNCIA SOJA ALTERADA RENDE MENOS, DIZ RELATÓRIO
11/04 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
31/03 BRASIL A TRAJETÓRIA DO MST
26/03 CIÊNCIA TESTE QUESTIONA POTENCIAL DE BIOFÁBRICAS
26/03 CIÊNCIA PESQUISADORES APRESENTAM CAMUNDONGO
TRANSGÊNICO
24/03 COTIDIANO CAMUNDONGO AJUDA PESQUISA MÉDICA
16/03 OPINIÃO ALIMENTO E SAÚDE
16/03 CIÊNCIA ANÁLISE DETECTA SOJA MODIFICADA EM 5 ALIMENTOS
16/03 CIÊNCIA PLANTAS ALTERADAS OFERECEM RISCO A CULTURAS
ORGÂNICAS
15/03 CIÊNCIA CONFERÊNCIA DEBATE A FÍSICA DO SÉCULO 21
13/03 DINHEIRO LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICO CAUSA BRIGA
13/03 DINHEIRO TUMULTO MARCA SESSÃO QUE LIBERA TRANSGÊNICOS
13/03 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
12/03 DINHEIRO CHINA RELAXA RESTRIÇÕES AOS TRANSGÊNICOS
12/03 DINHEIRO "TRATORAÇO" DEFENDE CULTIVO DE MODIFICADOS
12/03 DINHEIRO CHINA INVESTE EM BIOTECNOLOGIA
08/03 COTIDIANO AS BASES DA "AGENDA 21" DA INDÚSTRIA PAULISTA
27/02 OPINIÃO TENDÊNCIAS/DEBATES
27/02 DINHEIRO MONTESANTO CONSEGUE PERMISSÃO PARA PLANTIO
366
24/02 BRASIL PAINEL
23/02 CIÊNCIA VIZINHOS COOPERAM CONTRA FUGA DE CÉREBROS
16/02 CIÊNCIA GOVERNO QUER REFORÇAR CTNBIO
10/02 MAIS! LANÇAMENTOS
09/02 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
06/02 CIÊNCIA RELATÓRIO APONTA SUPERERVAS DANINHAS
05/02 BRASIL PROTESTO 1
05/02 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
04/02 BRASIL ATIVISTAS-BORBOLETAS
04/02 BRASIL FORA DO CASULO
29/01 BRASIL EVENTOS ESPELHAM DISPUTA NO PT
29/01 BRASIL BOVÉ DIZ NÃO TER PLANEJADO PROTESTO
27/01 MAIS! DE SEATTLE A GÊNOVA
25/01 CIÊNCIA CHINA LIDERA BIOTECNOLOGIA NO 3º MUNDO
25/01 CIÊNCIA JAPONÊS PRODUZ PORCO COM GENE DE ESPINAFRE
25/01 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
22/01 AGROFOLHA EFEITO ESTUFA VAI REDUZIR MAPA DO CAFÉ
12/01 CIÊNCIA CALTECH JÁ FABRICA ROEDORES TRANSGÊNICOS COM
RETROVÍRUS
11/01 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
09/01 CIÊNCIA ATIVISTA VIRA CONSULTOR DE RELAÇÕES PÚBLICAS
A FOLHA 2003
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
27/12 DINHEIRO RODRIGUES PEDE MAIS VERBAS PARA FAZER O
CONTROLE SANITÁRIO NO PAÍS
27/12 DINHEIRO ROTULAGEM PARA TRANSGÊNICOS SERÁ OBRIGATÓRIA
A PARTIR DE FEVEREIRO
27/12 DINHEIRO TRANSGÊNICOS TERÃO SÍMBOLO
22/12 CIÊNCIA DEBATE QUESTIONA COMPOSIÇÃO DA CTNBIO
21/12 MAIS! O DIREITO DE QUERER MENOS
21/12 REVISTA DA FOLHA DO JEITINHO QUE ELA É
20/12 DINHEIRO NOTA TRÊS PARA O PILOTO GARCEZ
19/12 BRASIL CNBB ATENUA CRÍTICAS AO PRESIDENTE
18/12 BRASIL PAINEL
17/12 CIÊNCIA MARACUJÁ TRANSGÊNICO TEM DNA DE INSETO
17/12 DINHEIRO LULA SANCIONA LEI DA SOJA TRANSGÊNICA
15/12 BRASIL O TRIBUNAL PETISTA
15/12 BRASIL RADICAIS USAM REUNIÃO PARA ÚLTIMO ATAQUE
15/12 BRASIL PROJETO PERMITE A PESQUISA DE CLONAGEM
TERAPÊUTICA
14/12 DINHEIRO MINISTRA PERDE COM ALTERAÇÃO DO PROJETO DE
BIOSSEGURANÇA
14/12 DINHEIRO PARA RELATOR, MUDANÇA AJUDA NA APROVAÇÃO
11/12 DINHEIRO STF LIBERA TRANSGÊNICOS NO PARANÁ
10/12 DINHEIRO MAIORIA DOS PRODUTORES DE SOJA DO RS NÃO ASSINA
TERMO DE COMPROMISSO
09/12 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
09/12 DINHEIRO VOTAÇÃO DA LEI DE TRANSGÊNICOS FICA PARA 2004
09/12 DINHEIRO UE NÃO CHEGA A CONCLUSÃO SOBRE LIBERAR
ENTRADA
08/12 ILUSTRADA COLUNA MÔNICA BERGAMO
367
07/12 MAIS! GENES E GERMES DA ESPERTEZA
05/12 DINHEIRO ATIVISTAS PROTESTAM CONTRA TRANSGÊNICO
04/12 DINHEIRO NO RS, 75 MIL ASSINAM TERMO DE COMPROMISSO
03/12 DINHEIRO JUSTIÇA PEDE ANÁLISE EM RAÇÃO PARA CÃES
03/12 INFORMÁTICA EVENTOS ON-LINE
02/12 CIÊNCIA BAYER OBTÉM PATENTE AMPLA DE TRANSGÊNICOS
30/11 OPINIÃO MENTINDO OU ESCONDENDO A VERDADE
30/11 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
30/11 BRASIL FALTA DE PROJETO DE GOVERNO CAUSA DESCONFORTO
30/11 REVISTA DA FOLHA VERDE E BARRO ONDE A CIDADE ACABA
29/11 BRASIL LULA REAGE A AMBIENTALISTAS E VOLTA A ATACAR
GESTÃO FHC
28/11 BRASIL PAINEL
27/11 BRASIL PAINEL
26/11 BRASIL PAINEL
25/11 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
25/11 BRASIL PAINEL
25/11 FOLHA SINAPSE BRASIL
25/11 FOLHA SINAPSE A VERDADE NÃO É TÃO CLARA ASSIM
25/11 FOLHA SINAPSE VOCÊ PRESTOU ATENÇÃO ÀS NOTÍCIAS?
23/11 OPINIÃO FRASES
23/11 MAIS! PLANOS DEMAIS PARA A AMAZÔNIA
22/11 BRASIL STEDILE ELOGIA PRESIDENTE E PROVOCA PALOCCI
20/11 DINHEIRO TRANSGÊNICOS
20/11 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
19/11 BRASIL PAINEL
19/11 DINHEIRO JUSTIÇA DE SC ORDENA RETIRADA DE PRODUTOS SEM
ROTULAGEM
18/11 ILUSTRADA 'WE BELONG' EXPÕE MÚLTIPLAS VISÕES DE FÓRUM
16/11 BRASIL PAINEL
15/11 MUNDO LULA É CRITICADO EM FÓRUM SOCIAL
15/11 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
14/11 DINHEIRO BANCADA RURALISTA DEFINE OFENSIVA NO CONGRESSO
13/11 BRASIL GOVERNO ESTÁ LONGE DA REALIDADE, DIZ PETISTA
13/11 DINHEIRO CÂMARA DIFICULTA A COBRANÇA DE ROYALTIES
13/11 DINHEIRO PRODUTORES DO RS E MONSANTO NÃO CHEGAM A
ACORDO
12/11 BRASIL PAINEL
12/11 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
11/11 BRASIL PAINEL
11/11 DINHEIRO GOVERNO PEDE AO PARANÁ QUE RECUE DE PROIBIÇÃO
10/11 BTASIL PAINEL
10/11 BRASIL PROTESTO
10/11 DINHEIRO MP MUDA PARA DIFICULTAR COBRANÇA DE ROYALTIES
10/11 DINHEIRO FRASE
10/11 DINHEIRO SAIBA MAIS SOBRE TRANSGÊNICOS
08/11 BRASIL PAINEL
07/11 DINHEIRO ME ENGANA QUE EU GOSTO
06/11 OPINIÃO A CLONAGEM EM QUESTÃO
06/11 BRASIL PAINEL
06/11 ILUSTRADA FAMÍLIA TRANSGÊNICA
06/11 FOVEST A GUERRA POLÍTICA DOS TRANSGÊNICOS
04/11 BRASIL PAINEL
368
03/11 BRASIL NA ÁFRICA, LULA CRITICA FALTA DE 'AMBIÇÃO' DA
PETROBRAS
02/11 OPINIÃO UM GRANDE DESAFIO À CIÊNCIA!
01/11 BRASIL PETISTA SE DIZ 'HUMILDE' POR PEDIR DESCULPA A FHC E
ADMITIR 'EXCESSO'
01/11 DINHEIRO LULA PEDE URGÊNCIA, MAS LEI DOS TRANSGÊNICOS
DEVE FICAR PARA ABRIL
01/11 DINHEIRO PORTO DE PARANAGUÁ RECUA E LIBERA EMBARQUE DE
SOJA TRANSGÊNICA
31/10 OPINIÃO A LEI DOS TRANSGÊNICOS
31/10 BRASIL PAINEL
31/10 DINHEIRO PAINEL S.A.
31/10 DINHEIRO PARAGUAI DEIXA DE EXPORTAR SOJA PELO BRASIL
31/10 DINHEIRO RIGOTTO ELOGIA E PRODUTOR CRITICA PROJETO
31/10 DINHEIRO GABEIRA DIZ DESCONFIAR DO GOVERNO
30/10 OPINIÃO UM DIA ATRÁS DO OUTRO
30/10 BRASIL LULA JÁ NÃO É ÍDOLO DA ESQUERDA FRANCESA
30/10 DINHEIRO PROJETO RESTRINGE APROVAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
30/10 DINHEIRO O QUE DIZ O PROJETO DE LEI DE BIOSSEGURANÇA
30/10 DINHEIRO PLANALTO JÁ PREVÊ QUE BANCADA RURALISTA
MODIFICARÁ PROPOSTA
30/10 DINHEIRO PODER DA CTNBIO DIVIDE ESPECIALISTAS
30/10 DINHEIRO MT AFIRMA QUE DESTRUIRÁ LAVOURAS
30/10 DINHEIRO PARAGUAI FAZ QUEIXA POR APREENSÃO DE SOJA
29/10 BRASIL PAINEL
29/10 CIÊNCIA CÂMARA DISCUTE EXPERIÊNCIAS COM ANIMAIS
29/10 DINHEIRO PORTO DO PR BARRA SOJA PARAGUAIA E PAÍS REAGE
29/10 DINHEIRO MARINA SILVA GANHA COM NOVO PROJETO
29/10 DINHEIRO PR BARRA SOJA PARAGUAIA EM PARANAGUÁ
28/10 OPINIÃO FRASES
28/10 OPINIÃO OS CIENTISTAS E OS TRANSGÊNICOS
28/10 BRASIL PAINEL
28/10 DINHEIRO REQUIÃO FECHA PARANAGUÁ PARA TRANSGÊNICO
28/10 DINHEIRO COMISSÃO VAI PRESERVAR PRINCÍPIOS DE MARINA
SILVA, AFIRMA RODRIGUES
28/10 DINHEIRO DIRETRIZES PARA A AÇÃO DA CTNBIO ESTÃO
DEFINIDAS, DIZ RODRIGUES
27/10 BRASIL MINISTRA DIZ QUE NÃO VAI ENGOLIR PRINCÍPIOS E
DESCARTA PIROTECNIA
26/10 OPINIÃO FELIZ ANO NOVO
26/10 OPINIÃO DIRCEU, O BONZINHO
26/10 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
26/10 DINHEIRO EUROPA ACENA COM A REDUÇÃO DE SUBSÍDIOS
25/10 DINHEIRO PAINEL S.A.
25/10 DINHEIRO TRANSGÊNICO CRIA ATRITO ENTRE GOVERNADORES
25/10 DINHEIRO A GUERRA DOS TRANSGÊNICOS NOS ESTADOS
25/10 DINHEIRO PIAUÍ QUER SER DECLARADO ZONA LIVRE
25/10 DINHEIRO TERMO DE COMPROMISSO TEM NOVO PRAZO
24/10 BRASIL PAINEL
24/10 BRASIL CRISE NA ESPLANADA
24/10 DINHEIRO PRÓXIMA SAFRA DEVE BATER NOVO RECORDE
24/10 DINHEIRO AGRICULTOR GAÚCHO IGNORA EXIGÊNCIA DE TERMO
LEGAL
24/10 DINHEIRO GOVERNO FEDERAL AUTORIZA PLANTIO NO PR
369
24/10 DINHEIRO "FALTA LEGALIZAR A MACONHA", AFIRMA ROBERTO
REQUIÃO
24/10 DINHEIRO GOVERNO FEDERAL AUTORIZA PLANTIO NO PR
23/10 OPINIÃO FRASES
23/10 BRASIL CRISES NO 1º ESCALÃO AFETAM IMAGEM DE LULA
23/10 BRASIL CRISES NO 1º ESCALÃO AFETAM IMAGEM DE LULA
23/10 BRASIL MARINA DIZ QUE RECUSA 'JARDINAGEM'
23/10 DINHEIRO DIRCEU PODE TER SUPERPODER SOBRE TRANSGÊNICO
23/10 DINHEIRO REUNIÃO SOBRE TRANSGÊNICO NÃO DEFINE PROJETO
22/10 OPINIÃO O ARQUÉTIPO DA INFANTARIA
22/10 BRASIL PAINEL
22/10 BRASIL INSATISFEITA, MARINA TENTA DEIXAR ISOLAMENTO
22/10 BRASIL OS VERDES CONTRA O GOVERNO
22/10 BRASIL GOVERNO ESTÁ RACHADO, DIZ AMBIENTALISTA
22/10 BRASIL VIANA DIZ QUE AMBIENTE PRECISA DE 'AJUSTE FINO'
22/10 DINHEIRO MERCADO DEFINIRÁ TRANSGÊNICO, DIZ RODRIGUES
22/10 DINHEIRO PR BARRA 800 CAMINHÕES COM SOJA
22/10 DINHEIRO SOLUÇÃO PARA TRANSGÊNICO DEVE TER 'FILTRO
AMBIENTAL'
21/10 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
21/10 BRASIL PAINEL
21/10 CIÊNCIA PORCOS TRANSGÊNICOS GANHAM EFICIÊNCIA
21/10 CIÊNCIA USP REALIZA SEMINÁRIO SOBRE OGMS NO BRASIL
21/10 DINHEIRO PR BARRA 79 CAMINHÕES COM SOJA SUSPEITA
20/10 OPINIÃO NA ROTA DO CAPITALISMO
20/10 OPINIÃO FRASES
20/10 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
20/10 BRASIL ONGS TEMEM SER CERCEADAS PELO GOVERNO
20/10 BRASIL DIRIGENTE DO INCRA NÃO VAI REVER LOTEAMENTO
20/10 BRASIL PARA GABEIRA, LULA ACHA QUE PODE MAIS QUE A LEI
20/10 DINHEIRO MP INTENSIFICA COMÉRCIO DE SEMENTES
TRANSGÊNICAS
20/10 DINHEIRO ENTENDA O CASO
20/10 DINHEIRO USO COMERCIAL DE TRANSGÊNICOS SERÁ REGULADO
20/10 DINHEIRO PARANÁ PROÍBE OS TRANSGÊNICOS
19/10 BRASIL LULA ACHAVA 'BURRICE' LIBERAR TRANSGÊNICOS
19/10 BRASIL CONGRESSO DECIDIRÁ TEMA DA TRANSGENIA, DIZ
SINGER
19/10 MAIS! É ISSO AÍ, COMPANHEIRO
17/10 BRASIL PAINEL
17/10 DINHEIRO TRANSGÊNICO PREJUDICA AMBIENTE, DIZ ESTUDO
17/10 DINHEIRO FISCAIS
17/10 DINHEIRO ÍNDIOS DESCUMPREM LEI E PLANTAM SOJA
16/10 BRASIL PAINEL
16/10 BRASIL PARA SECRETÁRIO GABEIRA REATIVA TEMA AMBIENTAL
16/10 DINHEIRO LULA TEM PRESSA EM LEI DE TRANSGÊNICO
15/10 BRASIL "SONHEI O SONHO ERRADO", AFIRMA GABEIRA
15/10 BRASIL A TRAJETÓRIA DE GABEIRA
15/10 DINHEIRO MONSANTO E BAYER FAZEM ACORDO DE PATENTES
15/10 DINHEIRO AGORA, RS PRESSIONA POR USO DE AGROTÓXICO
15/10 ILUSTRADA CAPITAL ABRIU MÃO DE IDEOLOGIA, DIZ FILÓSOFO
15/10 INFORMÁTICA SITES ENSINAM CRIANÇAS A UTILIZAR A REDE
14/10 DINHEIRO STEDILE ENVIA APOIO À POLÍTICA DO ITAMARATY
14/10 DINHEIRO DECISÃO TERÁ DE SER POLÍTICA, AFIRMA GIL
370
13/10 BRASIL PAINEL
12/10 BRASIL PAINEL
12/10 BRASIL GABEIRA DEU UMA AULA AO COMISSARIADO PETISTA
12/10 DINHEIRO PARA EMBRAPA, TRANSGÊNICO CARECE DE ESTUDO
12/10 DINHEIRO USO DE APENAS UM HERBICIDA REDUZ CUSTO DE
PRODUÇÃO
11/10 BRASIL PAINEL
11/10 BRASIL DESENCONTRO HISTÓRICO
11/10 BRASIL 'ME DEIXARAM FALANDO COM ALENCAR'
11/10 DINHEIRO MINISTROS PODERÃO DECIDIR SOBRE TRANSGÊNICO
11/10 DINHEIRO PLANTAÇÃO MACABRA
10/10 BRASIL PAINEL
10/10 BRASIL DIRCEU DIZ QUE GOVERNO ESTÁ 'ABERTO' PARA FALAR
COM GABEIRA, SEM MUDAR POLÍTICA
10/10 DINHEIRO GENOINO CONDENA 'ARROUBO' SOBRE O TEMA
10/10 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
09/10 OPINIÃO FRASES
09/10 BRASIL GABEIRA RECEBE ABAIXO-ASSINADO PARA FICAR NO PT
09/10 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
09/10 DINHEIRO TRANSGÊNICO NÃO CONSEGUE SEGURO NO REINO
UNIDO
09/10 DINHEIRO LIBERAÇÃO NÃO PODE SER TABU, AFIRMA MARINA
08/10 BRASIL GABEIRA DIZ QUE SAI PORQUE PT É 'INCOERENTE'
08/10 DINHEIRO REUNIÃO TENTARÁ ELIMINAR FALHAS SOBRE
TRANSGÊNICOS
07/10 DINHEIRO MÚLTIS DOMINAM MERCADO DE SEMENTES
07/10 DINHEIRO PESQUISA MOSTRA CONGRESSO E BASE DE APOIO A
LULA DIVIDIDOS SOBRE TEMA
07/10 DINHEIRO TRANSGÊNICO VIOLA DIREITO HUMANO, DIZ MEMBRO
DE ÓRGÃO LIGADO À ONU
06/10 DINHEIRO LIBERAR TRANSGÊNICO FOI BURRICE, DIZ STEDILE
05/10 BRASIL AS VACAS NÃO ANIMAM
05/10 BRASIL EM CAMPANHA, LULA FAZ PROMESSAS NO SUL
05/10 DINHEIRO DIREITO SOBRE TRANSGÊNICO CHEGA A US$ 100 MI
05/10 DINHEIRO COM TRANSGÊNICO, CAI PRODUTIVIDADE DOS EUA
05/10 DINHEIRO NA ARGENTINA, EXPORTAÇÃO AUMENTOU
05/10 DINHEIRO NORUEGA TEM EMPRESA NO BRASIL PARA COMPRAR
APENAS GRÃO CONVENCIONAL
05/10 MAIS! NO PAÍS DOS MARADONAS
04/10 BRASIL PAINEL
04/10 DINHEIRO PROCURADOR VAI AO STF CONTRA TRANSGÊNICOS
03/10 BRASIL 'DEMOS UMA TRUCADA' NOS RICOS, DIZ LULA
03/10 DINHEIRO TRANSGÊNICO AFETA O AMBIENTE, DIZ JORNAL
03/10 DINHEIRO DEBATE SOBRE MP CHEGA AO CONGRESSO
03/10 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
02/10 DINHEIRO A SOJA NO SUL DO BRASIL
02/10 DINHEIRO PR E SC DISCUTEM CRIAR "ZONA LIVRE"; RS REAGE
01/10 DINHEIRO PRESSÃO TENTA MUDAR MP DOS TRANSGÊNICOS
01/10 DINHEIRO MINISTRA FAZ ELOGIOS A PONTOS DA MEDIDA
01/10 DINHEIRO FRASES
30/09 BRASIL PAINEL
30/09 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
30/09 DINHEIRO GOVERNO TROCA SOJA TRANSGÊNICA POR 'NORMAL'
30/09 DINHEIRO LULA INDICA QUE MANTERÁ RESTRIÇÕES
371
30/09 DINHEIRO ESPECIALISTAS VÊEM CONFIRMAÇÃO DE MONOPÓLIO
30/09 DINHEIRO PRESIDENTE TENTA PRESTIGIAR MARINA
29/09 BRASIL PAINEL
28/09 OPINIÃO A VITÓRIA DO BOM SENSO
28/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
28/09 BRASIL OS MODIFICADOS
28/09 BRASIL COERÊNCIA DO PT É GENETICAMENTE MODIFICADA
27/09 OPINIÃO A (IN)UTILIDADE DO VICE
27/09 BRASIL PAINEL
27/09 DINHEIRO PARA MARINA, BATALHA AINDA NÃO TERMINOU
27/09 DINHEIRO MP ERRADA EXPÕE DIVISÃO SOBRE TRANSGÊNICOS
27/09 DINHEIRO PAÍS TEM SÓ 2.700 FISCAIS PARA PLANTAÇÕES
27/09 DINHEIRO BRASIL PODE PERDER VANTAGEM COMERCIAL
27/09 DINHEIRO O QUE DÁ MAIS
27/09 DINHEIRO PV VAI ENTRAR COM AÇÃO NO SUPREMO
27/09 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
26/09 OPINIÃO FAZER O QUE FIDEL SEMPRE FEZ
26/09 OPINIÃO MST E TRANSGÊNICOS
26/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
26/09 BRASIL PAINEL
26/09 DINHEIRO ALENCAR ASSINA MP E LIBERA SOJA TRANSGÊNICA
26/09 DINHEIRO TRANSGÊNICOS LIBERADOS EM 2004
26/09 DINHEIRO INTERINO ESTAVA CONSTRANGIDO, DIZ DEPUTADO
26/09 DINHEIRO ESPECIALISTAS DIVERGEM SOBRE GANHOS
26/09 DINHEIRO CIENTISTAS ENCAMINHAM CARTA A LULA
26/09 DINHEIRO PROCURADOR-GERAL COGITA AÇÃO NO STF
26/09 DINHEIRO MP QUER IDENTIFICAR QUEM PLANTA TRANSGÊNICO
26/09 DINNHEIRO PROCURADOR-GERAL COGITA AÇÃO NO STF
26/09 DINHEIRO DOCUMENTO NÃO ESTÁ PRONTO, DIZ VICE
26/09 DINHEIRO CUSTOS CAIRÃO, DIZEM PRODUTORES
26/09 DINHEIRO SOLIDARIEDADE
26/09 DINHEIRO CIENTISTAS DÃO RESPALDO À CTNBIO
25/09 CIÊNCIA REINO UNIDO REJEITA TRANSGÊNICOS
25/09 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA ESTÁ LIBERADA, DIZ MINISTRO
25/09 DINHEIRO O QUE ELES DISSERAM
25/09 DINHEIRO MP PROVOCA MAL-ESTAR ENTRE LULA E ALENCAR
25/09 DINHEIRO O EMBATE SOBRE OS TRANSGÊNICOS
25/09 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA É LIBERADA PARA ESTA SAFRA
25/09 DINHEIRO ALENCAR EXIBE CONTRARIEDADE COM MP
25/09 DINHEIRO 'MARINA NÃO SAI DA MINHA CABEÇA', DIZ VICE-
PRESIDENTE
25/09 DINHEIRO DEPUTADOS CONTRÁRIOS JÁ DÃO LIBERAÇÃO COMO
CERTA
25/09 DINHEIRO PARA JUÍZES, TRANSGÊNICO É INCONSTITUCIONAL
25/09 DINHEIRO LOBBY ATUOU ANTES MESMO DA POSSE DE LULA
24/09 OPINIÃO FATO CONSUMADO
24/09 BRASIL PAINEL
24/09 DINHEIRO PARA RS, PLANTIO DE TRANSGÊNICOS SERÁ LIBERADO
24/09 DINHEIRO PARA RS, TRANSGÊNICO SERÁ LIBERADO
23/09 BRASIL PAINEL
23/09 DINHEIRO DECISÃO SOBRE TRANSGÊNICOS DEVE SAIR AMANHÃ
23/09 DINHEIRO POSIÇÕES ANTAGÔNICAS
22/09 CIÊNCIA BANANAS TRANSGÊNICAS BRASILEIRAS PODEM SER
TESTADAS EM HONDURAS
372
22/09 DINHEIRO LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS OPÕE MINISTÉRIOS DE
LULA
22/09 FOLHATEEN CARTAS
20/09 BRASIL ARMAS E BANDEIRAS
20/09 DINHEIRO LULA DEVE LIBERAR PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
20/09 DINHEIRO A GUERRA DOS TRANSGÊNICOS
20/09 DINHEIRO '99% NO RS VÃO PLANTAR', DIZ FEDERAÇÃO
20/09 DINHEIRO LULA DEVE LIBERAR PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
19/09 DINHEIRO TRANSGÊNICO É TEMA DE REUNIÃO EMERGENCIAL
18/09 EQUILÍBRIO CORREIO
17/09 BRASIL PAINEL
17/09 BRASIL PASSEATA
17/09 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
15/09 BRASIL PAINEL
15/09 BRASIL EDITOR DA FOLHA FALA DE FLORESTA AMAZÔNICA
HOJE
14/09 MAIS! PATACOADAS TRANSGÊNICAS
14/09 CADERNO ESPECIAL CONHECER MECANISMOS QUE REGULAM A VIDA
AUMENTA VERSATILIDADE
14/09 CADERNO ESPECIAL CIÊNCIA PODE REVERTER EQUAÇÃO EM PROL DA
SOCIEDADE
13/09 BRASIL PAINEL
11/09 EQUILÍBRIO O QUE SÃO OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS?
11/09 EQUILÍBRIO CIÊNCIA ABSOLVE OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
11/09 EQUILÍBRIO COMO FUNCIONA A CIÊNCIA DO "CORTAR E "COLAR"
11/09 EQUILÍBRIO ESTADOS UNIDOS SÃO PRODUTOR CAMPEÃO
11/09 EQUILÍBRIO TRANSGÊNICOS DISPONÍVEIS NO EXTERIOR
09/09 DINHEIRO PERSONALIZADO
09/09 DINHEIRO TRIBUNAL CASSA DECISÃO JUDICIAL QUE FAVORECIA
LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICO
07/09 OPINIÃO TRANSGÊNICOS E A BRILHANTE SENTENÇA
07/09 REVISTA DA FOLHA BICHO-PAPÃO DO VESTIBULAR
07/09 REVISTA DA FOLHA SINAL VERDE; SINAL VERMELHO
06/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
06/09 DINHEIRO ESTADOS PEDEM TRANSGÊNICOS LIVRES
02/09 BRASIL PAINEL
02/09 DINHEIRO EXPOINTER LEVARÁ LULA E POLÊMICAS RURAIS AO RS
30/08 DINHEIRO OMC ABRE PROCESSO CONTRA UE POR PROIBIÇÃO NA
IMPORTAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
28/08 FOVEST ENTENDA A BASE DO ESTUDO DA GENÉTICA
27/08 DINHEIRO LEI DE TRANSGÊNICOS DÁ PODER A MEIO AMBIENTE
26/08 BRASIL PAINEL
26/08 DINEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
25/08 OPINIÃO ALCA, UMA QUESTÃO NACIONAL
25/08 BRASIL PAINEL
23/08 DINHEIRO GOVERNO IGNORA DESTINO DA SOJA TRANSGÊNICA
23/08 DINHEIRO FISCALIZAÇÃO SERÁ INTENSIFICADA, DIZ MINISTÉRIO
23/08 DINHEIRO CONSULTORA VÊ ERRO EM ROTULAGEM
23/08 DINHEIRO ENTENDA A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS
23/08 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA É PLANTADA NO RS HÁ CINCO ANOS
22/08 DINHEIRO SEIS MINISTÉRIOS QUEREM RETIRAR PODER DA CTNBIO
21/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
20/08 BRASIL PAINEL
20/08 DINHEIRO GOVERNO NÃO VAI PERMITIR PLANTIO, DIZEM PETISTAS
373
19/08 BRASIL EM MÁ HORA
19/08 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
19/08 DINHEIRO LULA DARÁ PALAVRA FINAL SOBRE OS TRANSGÊNICOS
17/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
16/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
16/08 DINHEIRO TRANSGÊNICOS DEVEM TER NOVAS REGRAS
15/08 OPINIÃO PIOR DOS MUNDOS
15/08 DINHEIRO POLÊMICA ATRASA ENVIO DE PROJETO DOS
TRANSGÊNICOS
14/08 DINHEIRO GOVERNO DIZ QUE TRANSGÊNICO SEGUE PROIBIDO
13/08 BRASIL REUNIDOS COM MINISTRA, ATIVISTAS PEDEM MUDANÇA
NA AGRICULTURA
13/08 DINHEIRO JUSTIÇA LIBERA SOJA TRANSGÊNICA NO BRASIL
13/08 DINHEIRO ENTENDA A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS
12/08 DINHEIRO GOVERNO QUER URGÊNCIA PARA TRANSGÊNICOS
12/08 DINHEIRO A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS
31/07 BRASIL 'TERROR PSICOLÓGICO' LEMBRA 64, DIZ PETISTA
24/07 BRASIL PAINEL
23/07 OPINIÃO LAVOURA DA SALVAÇÃO
23/07 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
16/07 DINHEIRO RIGOTTO RECLAMA DE DATA PARA TRANSGÊNICOS
15/07 DINHEIRO CACAU CLONADO CRIA 55 MIL VAGAS NA BAHIA
13/07 MAIS! GEORGE, CHARLES E OS TRANSGÊNICOS GEORGE,
CHARLES E OS TRANSGÊNICOS
08/07 DINHEIRO CIÊNCIA CRIA TRANSGÊNICO DESCAFEINADO
05/07 CIÊNCIA BRASIL GANHA NOVO CENTRO DE GENETERAPIA
03/07 DINHEIRO UNIÃO EUROPÉIA FICA A UM PASSO DA LIBERALIZAÇÃO
DOS TRANSGÊNICOS
03/07 DINHEIRO CONFLITO SOBRE TRANSGÊNICOS
01/07 DINHEIRO CRIADOR 'CORRE' PARA RASTREAR BOIS NO PRAZO
01/07 DINHEIRO EX-GREENPEACE DEFENDE TRANSGÊNICOS
01/07 DINHEIRO ONG BRASILEIRA REBATE CRÍTICAS DE FUNDADOR
29/06 OPINIÃO PREOCUPAÇÕES E FALSAS EXPECTATIVAS
29/06 MAIS! CINQUENTA ANOS DE "VIDA" NO LABORATÓRIO
28/06 OPINIÃO O RISCO DOS TRANSGÊNICOS
26/06 OPINIÃO SOJA FORA-DA-LEI
26/06 BRASIL PAINEL
26/06 DINHEIRO LULA SINALIZA QUE PODE LIBERAR TRANSGÊNICOS
26/06 FOVEST NEM O CUPUAÇU CONSEGUIU ESCAPAR!
25/06 BRASIL VIRAR O DISCO
25/06 DINHEIRO DIRCEU AMEAÇA PRODUTOR DE SOJA TRANSGÊNICA
25/06 DINHEIRO NEM CRISTO PODE EVITAR O PLANTIO, AFIRMA
PRODUTOR
25/06 DINHEIRO UE AGRAVA FOME AFRICANA, DIZ BUSH
24/06 FOLHA SINAPSE APREDIZES DE RPG
22/06 BRASIL PAINEL
19/06 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
16/06 BRASIL DEPUTADO DIZ QUE FURLAN E RODRIGUES QUEREM
'CONTINUAÇÃO PIORADA' DE FHC
14/06 BRASIL LOBBY TRANSGÊNICO LEVA DEPUTADOS AOS EUA
14/06 BRASIL EMBAIXADA DIZ QUE O OBJETIVO É "INFORMAR"
11/06 CIÊNCIA BRITÂNICOS DEFENDEM 'TRANSGÊNICO DE POBRE'
08/06 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
06/06 BRASIL PETISTA ADERE A 'HAPPENING' ECOLÓGICO
374
06/06 DINHEIRO MST ABANDONA INVASÃO DE ÁREA DA MONSANTO
05/06 OPINIÃO MEIO AMBIENTE: PREPARANDO A MUDANÇA
04/06 CIÊNCIA NOVAS REGRAS EXIGEM REGISTRO NO IBAMA PARA
FAZER PESQUISAS COM TRANSGÊNICOS
04/06 DINHEIRO JUSTIÇA DÁ LIMINAR DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE PARA
A MONSANTO EM GO
03/06 DINHEIRO MST INVADE CENTRO DA MONSANTO EM GOIÁS
01/06 BRASIL EUA DEFENDEM DÓLAR FORTE E LIVRE COMÉRCIO
31/05 BRASIL 700 SEM-TERRA ENGROSSAM INVASÃO NO PR
30/05 DINHEIRO SETOR AINDA TEM MUITOS GARGALOS
29/05 OPINIÃO OS TRANSGÊNICOS E A SAÚDE
24/05 DINHEIRO PROMOTORIA DO PR PEDE VISTORIA NA MONSANTO
21/05 BRASIL PAINEL
21/05 BRASIL "PACIÊNCIA E FÉ TÊM LIMITES", DIZ LÍDER DO MST
20/05 DINHEIRO JUSTIÇA MANDA SEM-TERRA SAIR DA MONSANTO
18/05 MAIS! A COMÉDIA DOS TRANSGÊNICOS 2
17/05 CIÊNCIA CERQUEIRA LEITE DIZ QUE VEIO PARA RENOVAR
17/05 DINHEIRO MST INVADE MONSANTO PELA 2ª VEZ
17/05 DINHEIRO PARA EMPRESA, ATO PREJUDICA PAÍS
15/05 DINHEIRO SAFRA ATUAL DE SOJA TRANSGÊNICA DEVE TER PRAZO
MAIOR PARA COMERCIALIZAÇÃO
14/05 BRASIL PAINEL
11/05 CADERNO ESPECIAL PARA PROFESSORES, AINDA É POSSÍVEL PREPARAÇÃO
10/05 DINHEIRO PROTESTO QUEIMA MILHO TRANSGÊNICO NO PR
09/05 MUNDO PARA ARGENTINO, DISCUTIR LIDERANÇA DE BLOCO SUL-
AMERICANO É 'FRIVOLIDADE'
09/05 CIÊNCIA ROYAL SOCIETY DIZ QUE NÃO EVIDÊNCIA DE DANOS
CAUSADOS POR TRANSGÊNICOS
08/05 DINHEIRO ASSEMBLÉIA DE PE 'LIBERA' TRANSGÊNICOS
06/05 DINHEIRO MILHO TRANSGÊNICO É DISTRIBUÍDO EM PE
04/05 EMPREGOS CARREIRA OFERECE SALÁRIO ATRAENTE
02/05 ILUSTRADA COLUNA MÔNICA BERGAMO
01/05 BRASIL PAINEL
01/05 DINHEIRO MST RADICALIZA DISCURSO CONTRA OS TRANSGÊNICOS
01/05 FOVEST POR QUE A SOJA TRANSGÊNICA É TÃO POLÊMICA?
29/04 DINHEIRO COMISSÃO SOBRE TRANSGÊNICOS PERDE PODER
29/04 DINHEIRO ENTENDA A MUDANÇA NA CONCESSÃO DE PARECER
SOBRE TRANSGÊNICOS
29/04 DINHEIRO SEM MUDANÇA, CAOS LEGISLATIVO, AFIRMA
MINISTRO
29/04 DINHEIRO MODIFICAÇÃO GENÉTICA PROVOCA RECORDE NO RS
29/04 FOLHA SINAPSE RISCO (E GANHO) DE ABREVIAR A EVOLUÇÃO
29/04 FOLHA SINAPSE O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO... O MERCADO CRESCER?
28/04 CADERNO ESPECIAL TRANSGÊNICO DEVE MONOPOLIZAR DEBATE
28/04 CADERNO ESPECIAL SOJA MODIFICADA OCUPA 50% DO CULTIVO
28/04 CADERNO ESPECIAL FALÁCIAS TRANSGÊNICAS
28/04 CADERNO ESPECIAL TRANSGÊNICOS E BIOSSEGURANÇA
26/04 BRASIL GLOBALIZAÇÃO EXIGE ESTADO FORTE, DIZ AMARAL
26/04 DINHEIRO ROTULAGEM PARA PRODUTOS COM 1% OU MAIS DE
TRANSGÊNICOS É OBRIGATÓRIA
26/04 FOLHINHA ESTES SITES ABAIXO EXPLICAM SOBRE AS LEIS DA
GENÉTICA COM FIGURAS E CONTAM A HISTÓRIA DA
PESQUISA DO GENOMA
26/04 FOLHINHA PARA QUE SERVE O DNA?
375
26/04 FOLHINHA ANIMAIS E PLANTAS GENETICAMENTE ALTERADOS
25/04 CIÊNCIA FEIRA DE GENÉTICA TERÁ 4 LANÇAMENTOS DE LIVROS
24/04 FOVEST VENDA DE SOJA TRANSGÊNICA
22/04 BRASIL SEM RESPALDO, AMARAL VIRA PESO NO GOVERNO
20/04 OPINIÃO O CONGRESSO E OS TRANSGÊNICOS
20/04 FOLHA NEGÓCIOS FUTURO PARCEIRO É SUBMETIDO A SABATINA
15/04 CIÊNCIA SOJA TRANSGÊNICA PODE SER FONTE PARA BIODIESEL
15/04 DINHEIRO SANTA CATARINA DISCUTE A CRIAÇÃO DE BARREIRA
CONTRA TRANSGÊNICOS
15/04 DINHEIRO 35 LABORATÓRIOS SÃO CREDENCIADOS PARA
CERTIFICAÇÃO
15/04 DINHEIRO SANTA CATARINA DISCUTE A CRIAÇÃO DE BARREIRA
CONTRA TRANSGÊNICOS
09/04 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
06/04 MAIS! A COMÉDIA DOS TRANSGÊNICOS
05/04 DINHEIRO GOVERNO REDUZ EXIGÊNCIA PARA ROTULAR
TRANSGÊNICO
02/04 DINHEIRO 1º DE ABRIL
02/04 DINHEIRO MINISTÉRIO DEBATE TEMA INDÚSTRIA 'NÃO ENTENDE'
MP DOS TRANSGÊNICOS
01/04 DINHEIRO MP NÃO DIZ QUEM ROTULARÁ SOJA TRANSGÊNICA
01/04 DINHEIRO PRINCIPAIS PONTOS DA MP QUE LIBERA VENDA DE
TRANSGÊNICOS
01/04 DINHEIRO 'LIMPEZA' DE CAMPO PODE LEVAR 4 ANOS
01/04 DINHEIRO EMBRAPA FARÁ NESTE MÊS TESTES DE CAMPO COM
MAMÃO MODIFICADO
31/03 OPINIÃO AS FACETAS DO MST
31/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
31/03 BRASIL SEM-TERRA INVADEM MAIS 6 FAZENDAS EM PE
30/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
29/03 OPINIÃO SOJA E BOM SENSO
29/03 BRASIL PAINEL
28/03 BRASIL PAINEL
28/03 DINHEIRO A SOJA E A CTNBIOS
28/03 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA TEM DE "SUMIR" ATÉ JANEIRO
28/03 DINHEIRO GOVERNO ADMITE 'FATO CONSUMADO'
28/03 DINHEIRO FRASES
28/03 DINHEIRO MARINA PODE FICAR COM 'LIBERAÇÃO' DE PLANTIO
28/03 DINHEIRO PAÍS 'VAI TER DE ENGOLIR' GRÃO ILEGAL, CRITICA IDEC
27/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
27/03 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA VAI TER VENDA LIBERADA
26/03 ILUSTRADA COLUNA MÔNICA BERGAMO
23/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
23/03 BRASIL LULA ESTUDA SUBMETER TODA POLÍTICA SOCIAL AO
MODELO DO FOME ZERO
23/03 BRASIL REVOGAR MP É 'TIRO NO PÉ', DIZ ESPECIALISTA
21/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
20/03 DINHEIRO MUTAÇÕES
20/03 DINHEIRO PEQUENOS AGRICULTORES PROTESTAM CONTRA
PLANTAÇÃO DE TRANSGÊNICOS NO RS
19/03 OPINIÃO DECISÃO TRANSGÊNICA
19/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
18/03 OPINIÃO O DURO APRENDIZADO DA ESQUERDA
18/03 DINHEIRO GOVERNO ADMITE VENDER TRANSGÊNICOS NO PAÍS
376
15/03 DINHEIRO MINISTRA NÃO 'JULGA' MST COM TRANSGÊNICO
13/03 DINHEIRO AGRICULTORES LIGADOS AO MST NO RS M LAVOURAS
COM SOJA TRANSGÊNICA
12/03 DINHEIRO MAU DESEMPENHO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS
12/03 DINHEIRO USINEIROS QUE DESCUMPREM ACORDO SÃO
'MALANDROS', AFIRMA MINISTRO
11/03 DINHEIRO ENCONTRO ESQUENTA DEBATE SOBRE TRANSGÊNICO
11/03 DINHEIRO A GUERRA DOS TRANSGÊNICOS
08/03 BRASIL PAINEL
08/03 DINHEIRO MINISTRA DESCARTA SOJA TRANSGÊNICA NO BRASIL
08/03 DINHEIRO PARTE DA ATUAL SAFRA GAÚCHA JÁ FOI VENDIDA
07/03 DINHEIRO GOVERNO JÁ ADMITE NEGOCIAR TRANSGÊNICOS
07/03 CADERNO ESPECIAL REVANCHE DO RNA
06/03 DINHEIRO LULA FAZ REUNIÃO PARA DISCUTIR TRANSGÊNICOS
05/03 BRASIL PT REAGE AO PPS; FREIRE DIZ VER 'MESMO FILME'
28/02 DINHEIRO BRASIL DEVE VENDER MAIS SOJA QUE EUA
27/02 CIÊNCIA ESTADOS UNIDOS APROVAM MILHO QUE RESISTE A
LARVA
23/02 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
23/02 MAIS! MORATÓRIA PARA A NANOTECNOLOGIA
21/02 CIÊNCIA MOSQUITO TRANSGÊNICO PERDE COMPETIÇÃO
20/02 BRASIL PAINEL
19/02 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA PODE SER 'PERDOADA'
19/02 DINHEIRO SOJA TRANSGÊNICA TERÁ COMPENSAÇÃO
18/02 BRASIL "JOGADORA DE TORTA" VÊ PATRULHA PETISTA"
18/02 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
18/02 DINHEIRO BRASIL VAI TER DE IMPORTAR ALGODÃO
16/02 BRASIL PAINEL
13/02 OPINIÃO A BIOTECNOLOGIA E A AGRICULTURA BRASILEIRA
13/02 CIÊNCIA REINO UNIDO QUER 'CÓDIGO DE BARRAS' EM
TRANSGÊNICOS
11/02 OPINIÃO A HERANÇA ENVENENADA DE FHC
11/02 DINHEIRO PEQUENO PRODUTOR SERÁ O FOCO DA EMBRAPA
10/02 FOLHATEEN A MOSCA
05/02 DINHEIRO MARINA SILVA PEDE A SUSPENSÃO DE AÇÃO QUE
'LIBERA' O PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
02/02 BRASIL LULA ABANDONA METAS DO FOME ZERO ORIGINAL
02/02 MAIS! LANÇAMENTOS
28/01 FOLHA SINAPSE RAÇAS, GENES E HOMENS
27/01 BRASIL PAINEL
22/01 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
21/01 DINHEIRO RS QUER REGRA POR ESTADO PARA TRANSGÊNICOS
19/01 DINHEIRO BRASIL ADMITE NÃO CONTROLAR TRANSGÊNICOS
19/01 DINHEIRO ESPECIALISTAS SE DIVIDEM SOBRE O MERCADO PARA A
SOJA MODIFICADA
19/01 DINHEIRO PRODUTOR DO RS DEFENDE LEGALIZAÇÃO
19/01 MAIS! C&T DE LULA COMEÇA MAL
16/01 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
15/01 CIÊNCIA GOVERNO LULA DEFENDE MAIS ESTUDOS NA ÁREA
10/01 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
09/01 CIÊNCIA FUNGO SUICIDA REDUZ RISCO DE TRANSGÊNICO
07/01 CIÊNCIA AMARAL DEFENDE TECNOLOGIA NUCLEAR
01/01 DINHEIRO MINISTRO 'APARTIDÁRIO' QUER LUTAR POR PEQUENO
PRODUTOR
377
A FOLHA 2004
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
23/12 DINHEIRO EMBRAPA PESQUISARA TRANSGENICOS, COMBUSTIVEIS
E CREDITO DE CARBONO
22/12 DINHEIRO SENADO LIBERA O COMERCIO DE SEMENTES
MODIFICADAS
22/12 DINHEIRO PAIS E O QUARTO MAIOR EM PRODUÇÃO DE
TRANSGENICOS
18/12 DINHEIRO PAINEL S.A.
13/12 BRASIL CIRO ENTREGA O CARGO, MAS LULA NÃO ACEITA
10/12 BRASIL ALGODÃO QUER LIBERAÇÃO DA CTNBIO
30/11 DINHEIRO ALGODÃO TRANSGENICO E ILEGAL, DIZ MINISTERIO
28/11 MAIS! MARINA SILVA E O DESMATAMENTO
27/11 ILUSTRADA SAMIR YAZBEK E MARCELO LEITE PARTICIPAM DE
DEBATE
26/11 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
24/11 DINHEIRO STEDILE PEDE VETO A NOVA LEI
23/11 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
23/11 DINHEIRO USO DE TRANSGENICOS NO PR DIVIDE PRODUTORES
20/11 DINHEIRO SEMENTE DE ALGODÃO TRANSGENICO E LIBERADA
20/11 DINHEIRO USO PODE GERAR MULTA, MESMO COM AUTORIZAÇÃO
14/11 MAIS! GRÃOS DE MILHO E GRÃOS DE LUZ
12/11 DINHEIRO MINISTERIO INTERDITA SEMENTEIRAS
11/11 DINHEIRO COMISSÃO APROVA TEXTO SOBRE OS TRANSGENICOS
07/11 MAIS! O CORPO CONTRA O ESTADO
02/11 DINHEIRO SOJA TRANSGENICA SERA 20% DA SAFRA
29/10 BRASIL CNBB APROVA DIFUSÃO DE DOCUMENTOS SECRETOS
28/10 DINHEIRO NOVA SAFRA DEVE SER RECORDE; LUCRO TENDE A CAIR
26/10 DINHEIRO PARA REQUIÃO, MINISTERIO MENTE SOBRE SOJA
TRANSGENICA NO PARANA
24/10 DINHEIRO BRASIL CORRE PARA PEGAR O "TREM VERDE"
22/10 DINHEIRO PARAGUAI RECLAMA DE VETO A TRANSGENICO NO PR
19/10 DINHEIRO INCERTEZAS NÃO AFASTAM PRODUTOR DA SOJA
19/10 DINHEIRO OFICIAL X REAL
16/10 CIÊNCIA EVOLUÇÃO TEM GENES PROPRIOS, AFIRMA NOBEL
16/10 DINHEIRO PAINEL S.A.
16/10 DINHEIRO NOVA MP REPETE REGRAS NÃO-CUMPRIDAS
16/10 DINHEIRO REQUIÃO VAI FECHAR PORTO PARA A SOJA
15/10 DINHEIRO MP VAI LIBERAR TRANSGENICO "PELA METADE"
12/10 DINHEIRO MEDIDA PROVISORIA DOS TRANSGENICOS JA TEM
TEXTO PRONTO PARA ASSINATURA
10/10 MAIS! VIOXX E A QUESTÃO DA CONFIANÇA
09/10 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
09/10 DINHEIRO PRODUTOS PASSAM EM TESTE DE TRANSGENICO
09/10 DINHEIRO MP QUE LIBERA PLANTIO DEVE SER EDITADA NA 2ª
07/10 DINHEIRO SENADO APROVA AUTORIZAÇÃO PARA TRANSGENICOS
07/10 DINHEIRO ENTENDA A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS
07/10 DINHEIRO A LIBERAÇÃO DOS TRANSGÊNICOS
07/10 DINHEIRO UMA NO CRAVO, OUTRAS NA FERRADURA
07/10 DINHEIRO AMBIENTALISTA VE PRECEDENTE PARA TRANSGENIA
07/10 DINHEIRO PRODUTORES DIZEM QUE MP E INEVITAVEL
07/10 DINHEIRO A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS
05/10 CIÊNCIA EMBRAPA AGORA ANUNCIA A FILHA DO CLONE
378
05/10 DINHEIRO PRODUTOR DO PR COMPRA SEMENTE TRANSGENICA
05/10 DINHEIRO AGRICULTOR DO RS COMEÇA PLANTIO MESMO SEM LEI
04/10 CIÊNCIA CONSENTIMENTO E RELATIVO, DIZ GENETICISTA
03/10 CADERNO ESPECIAL PROFISSIONAIS DE OUTROS SETORES SÃO BEM-VINDOS
29/09 DINHEIRO GOVERNO DESCARTA MP PARA TRANSGENICO
28/09 DINHEIRO A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL
28/09 DINHEIRO MONSANTO QUER OBTER ATE R$ 400 MI
28/09 DINHEIRO A MINISTROS, LULA NEGA MP PARA TRANSGENICOS
25/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
24/09 BRASIL LULA SE DESCULPA POR PEDIR VOTOS PARA REELEGER
MARTA
24/09 DINHEIRO MARINA SILVA FAZ CRITICA VELADA A EDIÇÃO DE MP
SOBRE TRANSGENICOS
24/09 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
23/09 FOVEST TRANSGENICOS
22/09 DINHEIRO MARINA QUER DERRUBAR TEXTO SOBRE TRANSGENICO
21/09 CIÊNCIA PAIXÃO EMPERRA DEBATE, AFIRMA CIENTISTA
21/09 DINHEIRO VENDAS DA BASF AUMENTAM 117% NO SEMESTRE NA
AMERICA DO SUL
19/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
19/09 DINHEIRO DEBATE DO TRANSGENICO CHEGA AO ALGODÃO
19/09 DINHEIRO ARGUMENTOS SOBRE OS TRANSGÊNICOS
19/09 DINHEIRO COMISSÃO VOLTA A DECIDIR LIBERAÇÃO DE PRODUTOS
19/09 MAIS! O XEQUE-MATE CIBERNÉTICO
18/09 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
18/09 DINHEIRO LULA PODE LIBERAR TRANSGENICO POR MEIO DE MP
18/09 DINHEIRO TRANSGÊNICOS NO BRASIL
18/09 DINHEIRO LULA PODE LIBERAR TRANSGENICO POR MEIO DE MP
17/09 OPINIÃO EM FAVOR DA RAZÃO
17/09 MUNDO CHAVISTAS JA ABREM 'DEBATE' SOBRE REELEIÇÃO
17/09 DINHEIRO GOVERNO DEVE RECORRER A MP PARA LIBERAR
TRANSGENICOS
16/09 DINHEIRO A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL
16/09 DINHEIRO EMPRESA VE EMBALAGENS SEM AVISO
16/09 DINHEIRO INDUSTRIA PEDE 'COMPREENSÃO' DA POPULAÇÃO
15/09 BRASIL SEM CARA DEFINIDA
15/09 DINHEIRO GOVERNO TENTA APROVAR, DE VEZ, PLANTIO DE SOJA
TRANSGENICA
15/09 DINHEIRO TRANSGÊNICOS NO BRASIL
15/09 DINHEIRO PRODUTOR DE SEMENTES PODE OBTER ATE R$ 2,1 BI
15/09 DINHEIRO AGRICULTORES DO RS PRESSIONAM GOVERNO POR MP
15/09 DINHEIRO FRASE
14/09 DINHEIRO BANCO DO BRASIL REDUZ TAXA DE LINHA AGRICOLA
13/09 BRASIL LULA VAI SE REUNIR COM ALIADOS DO PFL
13/09 BRASIL PRESIDENTE SE REUNE HOJE COM ALIADOS DO PFL
12/09 MAIS! MELHORES VERDADES
12/09 MAIS! OS TRANSGENICOS E OS UNIVERSOS INCOMUNICAVEIS
09/09 DINHEIRO GOVERNO ESTUDA VOTAR SEPARADAMENTE
PERMISSÃO PARA PLANTIO DE TRANSGENICOS
09/09 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
05/09 BRASIL AINDA O POVO DE RUA
05/09 MAIS! POR QUE A PESQUISA PRECISA DA RETORICA
04/09 DINHEIRO MINISTROS PODEM VOLTAR A TER PODER SOBRE
TRANSGENICO
379
04/09 DINHEIRO LEI DEVOLVERA A MINISTROS PODER DE DECISÃO
SOBRE LIBERAR TRANSGENICOS
02/09 DINHEIRO JUSTIÇA PUBLICA DECISÃO QUE RECONHECE
COMPETENCIA DA CTNBIO SOBRE TRANSGENICO
31/08 FOLHA SINAPSE A LEI, ORA, A BIOLEI
30/08 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
28/08 DINHEIRO GOVERNO RESISTE A EDITAR MP DOS TRANSGENICOS
28/08 DINHEIRO EMBATE DOS TRANGÊNICOS NO GOVERNO LULA
26/08 DINHEIRO ACORRENTADA
26/08 DINHEIRO GOVERNO FISCALIZA SE ROTULAGEM DE TRANSGENICO
ESTA SENDO RESPEITADA
22/08 DINHEIRO PAINEL S.A.
19/08 ILUSTRADA COLUNA MONICA BERGAMO
15/08 MAIS! REVISIONISMOS INSTANTANEOS
10/08 CIÊNCIA SENADOR EMENDA A LEI DE BIOSSEGURANÇA
08/08 MAIS! ATLETAS TRANSGÊNICOS
02/08 ILUSTRADA A AUTOBIOGRAFIA DA VIDA
01/08 MUNDO PESQUISA NOS EUA TRANSFORMA TUMOR EM
CAMUNDONGO
31/07 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
30/07 CIÊNCIA ENTRE OS HEROIS DA CIENCIA
28/07 DINHEIRO FISCAIS FLAGRAM SOJA TRANSGENICA IRREGULAR
27/07 ILUSTRADA ARTISTA DOS EUA ENFRENTA ACUSAÇÃO DE
BIOTERRORISMO
26/07 DINHEIRO 'COLHEITA'
25/07 BRASIL MST IMPROVISA RADIO PARA 'EDUCAR' SEM-TERRA
25/07 DINHEIRO PRODUTOR PREPARA NOVA SAFRA DE TRANSGENICO
25/07 DINHEIRO LULA E OS TRANSGÊNICOS
20/07 CIÊNCIA MINISTRO DEFENDE PESQUISAS COM EMBRIÃO
18/07 BRASIL AMAZONIA E MOTE DE REUNIÃO DA SBPC
15/07 DINHEIRO PAINEL S.A.
15/07 DINHEIRO ALDO REBELO DIZ QUE MP NÃO SERA NECESSARIA
13/07 DINHEIRO GOVERNO PREPARA NOVA MP DOS TRANSGENICOS
13/07 DINHEIRO PR FAZ CAMPANHA CONTRA O PRODUTO
13/07 DINHEIRO MP AUTORIZA SOJA MODIFICADA DESDE 2003
10/07 OPINIÃO EVOLUÇÃO RESPONSAVEL
09/07 BRASIL PRODUÇÃO DO CONGRESSO NO SEMESTRE FRUSTRA O
PLANALTO
05/07 OPINIÃO SAFRA SEM LEI
05/07 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
04/07 BRASIL OS CONSELHOS CRIADOS POR LULA
02/07 BRASIL CAMARA E SENADO FAZEM MUTIRÃO DE VOTAÇÃO
30/06 CIÊNCIA EMBRAPA PREVE BOI TRANSGENICO PARA 2006
29/06 BRASIL COBRADO, LULA DIZ QUE MST DEVE REIVINDICAR
29/06 BRASIL SARNEY AFIRMA QUE NÃO VAI HAVER CONVOCAÇÃO
29/06 DINHEIRO KIRCHNER VAI A CHINA ATRAS DE INVESTIMENTOS
28/06 BRASIL CONVOCAÇÃO EXTRAORDINARIA VOLTA A PAUTA
26/06 DINHEIRO TRANSGENICOS CHEGAM A 8,2% DA SAFRA DE SOJA
24/06 BRASIL STEDILE CRITICA 'LENTIDÃO' DO GOVERNO LULA
24/06 DINHEIRO INVESTIDORES APONTAM 'FRAGILIDADES' DO PAIS
22/06 DINHEIRO PRODUTORES MISTURAM SEMENTE AO GRÃO
22/06 DINHEIRO BRASIL CULPA MISTURA COM TRANSGENICO
22/06 DINHEIRO PARANA REJEITA PADRÃO DE TOLERANCIA
22/06 DINHEIRO GOVERNO ESTUDA ISOLAR AREA SEM TRANSGENICOS
380
06/06 DINHEIRO SAFRA RECENTE TEVE MAIOR RISCO DE
CONTAMINAÇÃO
06/06 MAIS! A CHAVE DA MEMÓRIA
03/06 CIÊNCIA SENADO SINALIZA AVANÇO EM CELULAS-TRONCO
03/06 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
29/05 ILUSTRADA BUEMBA! BRAD PITT TA A CARA DA CARLA PEREZ!
27/05 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
27/05 EQUILÍBRIO ALIMENTO EM VERSÃO FUNCIONAL GANHA ESPAÇO
26/05 BRASIL GANANCIA
26/05 DINHEIRO RECUSA DA CHINA AFETOU PREÇO, DIZ SOJICULTOR
26/05 COTIDIANO GOVERNO LANÇA PROGRAMA CONTRA HOMOFOBIA
26/05 COTIDIANO FRASE
23/05 REVISTA DA FOLHA ADEUS AS ESTANTES
22/05 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
22/05 DINHEIRO RUMOS DO GOVERNO LULA
20/05 CIÊNCIA CIENCIA REVELA SELEÇÃO SEXUAL EM PLANTAS
20/05 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
18/05 AGROFOLHA ONU DEFENDE USO DE TRANSGENICOS
18/05 DINHEIRO FAO DEFENDE USO DE BIOTECNOLOGIA
16/05 BRASIL GABEIRA VE CASO ROHTER COMO SINAL DE
"REGRESSÃO INTELECTUAL" DO PT
12/05 DINHEIRO FAST FOOD
11/05 CIÊNCIA TECNICA DE ANALISE METABOLICA APERFEIÇOA A
GENETICA DE PLANTAS
11/05 CIÊNCIA ALEMANHA TESTA TRANSGENICOS EM SEGREDO
09/05 BRASIL PAINEL
09/05 BRASIL A SUÍÇA E O FULANO
05/05 BRASIL "GO WEST"
01/05 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
30/04 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
29/04 DINHEIRO VERDE ORGÂNICO
27/04 DINHEIRO ANVISA NÃO FISCALIZA TRANSGENICOS
27/04 DINHEIRO FRASE
26/04 OPINIÃO VISÃO DE ISLANDES
22/04 BRASIL PRIMAVERA
20/04 OPINIÃO PRESIDENTE, ONDE FICA A SAIDA?
20/04 OPINIÃO A QUEM INTERESSA?
20/04 BRASIL REFENS DO MEDO
18/04 MAIS! OS TRANSGENICOS, O JUIZ E O EX-MINISTRO
17/04 DINHEIRO ESTIAGEM JA COMPROMETE 37% DA SAFRA DE SOJA NO
RIO GRANDE DO SUL
11/04 OPINIÃO A TRAJETORIA (E A TRAGEDIA) DO PT
11/04 BRASIL BRIGA DE MINISTRO COM JUIZ FERE O SEU BOLSO
08/04 CIÊNCIA PARA SECRETARIO, SALDO E POSITIVO E AJUDA MARINA
06/04 DINHEIRO FISCALIZAÇÃO DA ROTULAGEM SERA PARCIAL
26/03 DINHEIRO GOVERNO VAI PEDIR AOS ESTADOS QUE REDUZAM O
ICMS COBRADO NO ALCOOL
25/03 DINHEIRO GOVERNO DO PR PROCESSA MINISTRO
25/03 COTIDIANO VIGILANCIA INTERDITA 11 PRODUTOS TRANSGENICOS
POR EMBALAGEM SEM ADEQUAÇÃO
22/03 CIÊNCIA ACADEMIA TERA 1ª DISPUTA EM UMA DECADA
21/03 DINHEIRO QUEBRA DA SAFRA DA SOJA JA E DE 20% NO RS
19/03 BRASIL MINISTRO APONTA PARALISIA E COBRA PLANALTO
14/03 MAIS! FALSOS TRANSGENICOS E GENES SECRETOS
381
13/03 BRASIL LIDER SEM TERRA FAZ DEFESA DE DIRCEU E PALOCCI
13/03 CIÊNCIA EMBRAPA TESTA FEIJÃO TRANSGENICO
09/03 BRASIL EM PE, SEM-TERRA FAZEM 200 REFENS
09/03 DINHEIRO ESTIAGEM NO SUL DANIFICA LAVOURAS
07/03 DINHEIRO EMBRAPA CONGELA PROJETOS POR FALTA DE LEI
07/03 DINHEIRO PESQUISAS COM TRANSGÊNICOS PARADAS
05/03 CIÊNCIA ENTIDADE DIZ QUE TEVE APOIO A CARTA
04/03 CIÊNCIA CARTA DE CIENTISTAS TEVE ASSINATURAS FORJADAS
04/03 DINHEIRO AMERICANO PROPÕE CAMPANHA DE CREDIBILIDADE
03/03 DINHEIRO ROTULAGEM DE TRANSGENICOS TEM NOVO PRAZO
03/03 DINHEIRO MEDIDA PROVISORIA DIVIDE OPINIÃO DE
ESPECIALISTAS
29/02 MUNDO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDUSTRIAS DA
ALIMENTAÇÃO – ABIA
20/02 CIÊNCIA GRUPO PEDE ALTERAÇÕES NA LEI DE BIOSSEGURANÇA
18/02 DINHEIRO JURI POPULAR QUER 'JULGAR' TRANSGENICO
15/02 MAIS! GRÃO DE SAL PARA CELULAS-TRONCO
13/02 BRASIL EM CONVOCAÇÃO EXTRA, SENADO IGNORA PROJETOS
DO EXECUTIVO
12/02 BRASIL PAINEL
11/02 BRASIL PAINEL
08/02 OPINIÃO BIOSSEGURANÇA
08/02 BRASIL PAINEL
08/02 BRASIL ESTADOS UNIDOS FINANCIAM PF, PMS E ONGS
BRASILEIRAS
07/02 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
07/02 BRASIL PAINEL
07/02 DINHEIRO GOVERNO DIVERGE SOBRE TRANSGENICO
07/02 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
06/02 BRASIL MST AMPLIA INVASÕES A PRAÇAS DE PEDAGIO
06/02 DINHEIRO MARINA TERA PODER DE VETO A TRANSGENICO
06/02 DINHEIRO ENTENDA O PROJETO DE BIOSSEGURANÇA
06/02 DINHEIRO OPINIÕES EXTREMAS EMPERRAM DEBATE
06/02 DINHEIRO CNA IRA PROPOR LTERAÇÕES NA LEI
06/02 DINHEIRO A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL
05/02 BRASIL PAINEL
05/02 CIÊNCIA ROEDOR TRANSGENICO PRODUZ GORDURA 'BOA'
05/02 DINHEIRO MARINA CONSEGUE MUDAR PROJETO
05/02 DINHEIRO ACORDO LIBERA NOVA SAFRA DE TRANSGENICOS
03/02 OPINIÃO A CRUZ E A ESPADA
03/02 DINHEIRO RÓTULO
03/02 DINHEIRO TEXTO DE BIOSSEGURANÇA TRAZ POUCAS MUDANÇAS
02/02 ILUSTRADA COLUNA MONICA BERGAMO
01/02 BRASIL GESTÃO LULA NO CAMPO E ALVO DE CRITICA
31/01 DINHEIRO DEBATE DE TRANSGENICOS E REABERTO
29/01 DINHEIRO MONSANTO DIZ TER ACORDO COM PRODUTOR DO RS
27/01 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
25/01 MAIS! 25/01/2004
23/01 BRASIL NOVO MINISTRO DO PSB PREGA CONTINUIDADE
23/01 BRASIL CAMPOS DEFENDEU TRANSGENICOS E O DIA DO FREVO
22/01 DINHEIRO IMPORTAÇÃO DE SEMENTES DEVE SER TRIBUTADA POR
LEI
20/01 DINHEIRO MONSANTO PARARA DE VENDER NA ARGENTINA SOJA
TRANSGENICA
382
20/01 DINHEIRO LEI DE BIOSSEGURANÇA DEVE PERMITIR QUE SE
ARMAZENE EMBRIÃO HUMANO
20/01 DINHEIRO CLONAGEM TERAPEUTICA SERA PERMITIDA
16/01 BRASIL DIRCEU ARTICULA APOIO AO FILHO NO PR
16/01 BRASIL LULA HESITA ENTRE REFORMA POLITICA OU
ADMINISTRATIVA
14/01 DINHEIRO BRASIL E 4º PRODUTOR DE TRANSGENICOS
13/01 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
13/01 BRASIL VOTAÇÃO SOBRE O JUDICIARIO SERA 'AS SOMBRAS', DIZ
FAUSTO
13/01 BRASIL A CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
13/01 BRASIL PEC, TRIBUTARIA E JUDICIARIO ESTÃO NA PAUTA
EXTRAORDINARIA
13/01 DINHEIRO SOB A LEI
11/01 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
10/01 BRASIL PAINEL
10/01 BRASIL REQUIÃO TEVE 1º ANO DE GESTÃO CONFLITUOSO
10/01 DINHEIRO MP RECOMENDA QUE BANCO DO BRASIL FISCALIZE
PRODUTOR
09/01 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
08/01 OPINIÃO OGMS E A SINDROME DO COLONIZADO
08/01 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
07/01 CIÊNCIA UNIDOS DA TIJUCA LEVA CIENCIA PARA AVENIDA
06/01 CIÊNCIA AEDES TRANSGENICOS TEM MENOS FILHOTES
04/01 REVISTA DA FOLHA A INSONIA DO SENADOR LAMARCA
01/01 BRASIL A MESA DA CÂMARA E OS ATOS EM BENEFÍCIO PRÓPRIO
A FOLHA 2005
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
24/06 DINHEIRO GREENPEACE LANÇA CAMPANHA PARA QUE
CONSUMIDOR PRESSIONE BUNGE
22/06 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
19/06 OPINIÃO CONSPIRAÇÃO DO RISO
16/06 CIÊNCIA 'DNA-CANGURU' AJUDA A CONFIGURAR CÉREBRO
12/06 MAIS! OS DEZ +
12/06 MAIS! GUERRA DAS CÉLULAS: O RETORNO DOS XIITAS
02/06 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
31/05 CIÊNCIA FONTELES CONTESTA PESQUISA COM EMBRIÃO
29/05 MAIS! CONFIANÇA E CONTROLE
28/05 DINHEIRO IMPORTAÇÃO DE MILHO É SUSPENSA
27/05 OPINIÃO RISCO TRANSGÊNICO
25/05 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
23/05 ENTREVISTA DA 2ª DESMATAMENTO ESTÁ SENDO FREADO, REAFIRMA
MINISTRA
23/05 ENTREVISTA DA 2ª FRASE
21/05 ILUSTRADA 'SEM FRESCURA' TEM CONVERSA DE BAR
20/05 BRASIL PV DEIXA BASE ALIADA E DIZ QUE GOVERNO É
RETROCESSO
18/05 BRASIL SEM-TERRA E POLÍCIA SE ENFRENTAM NA ESPLANADA
18/05 BRASIL NA AGRICULTURA
15/05 BRASIL SEM-TERRA CRIAM 'CIDADE AMBULANTE'
08/05 BRASIL PAINEL
383
08/05 DINHEIRO PRODUTORES DA REGIÃO SE PREPARAM PARA O
PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
08/05 COTIDIANO A EPIDEMIA DA BELEZA
07/05 DINHEIRO CONAR SUSPENDE ANÚNCIOS CONTRA MONSANTO NO PR
07/05 CADERNO ESPECIAL LEI APROVA SEMENTE GENETICAMENTE MODIFICADA
06/05 CIÊNCIA ROEDOR QUE PRODUZ MUITO ANTIOXIDANTE VIVE MAIS
04/05 DINHEIRO CONTRA OS TRANSGÊNICOS
02/05 BRASIL MARCHA PELA REFORMA AGRÁRIA
30/04 ILUSTRADA REFLEXÕES TRANSGÊNICAS
25/04 BRASIL PAINEL
23/04 BRASIL EM 2003, VIAGEM DE 7 DEPUTADOS CAUSOU POLÊMICA
23/04 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
16/04 DINHEIRO EUA REAGEM A NOVA REGRA DA UE PARA MILHO
15/04 OPINIÃO A AMÉRICA LATINA ENTRE O VELHO E O NOVO
08/04 MUNDO D. CLÁUDIO É A ABERTURA, DIZ RICUPERO
03/04 ILUSTRADA NOVATA DESBANCA AUTOR VETERANO NA GLOBO
03/04 CADERNO ESPECIAL O VATICANO E O MUNDO EM 26 ANOS DE PONTIFICADO
01/04 OPINIÃO A PRÓXIMA DESILUSÃO
01/04 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
29/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
25/03 DINHEIRO PLANALTO FAZ CONCESSÕES A AMBIENTALISTAS
24/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
23/03 BRASIL GREENPEACE LEVA CARRO À CALÇADA DO PLANALTO
23/03 DINHEIRO PAÍS IMPORTARÁ MILHO TRANSGÊNICO PAÍS IMPORTARÁ
MILHO TRANSGÊNICO
22/03 DINEHIRO SOJA TRAZ RIQUEZA E PROBLEMA À AMÉRICA DO SUL
18/03 DINHEIRO COMISSÃO LIBERA VENDA DE ALGODÃO TRANSGÊNICO
17/03 EQUILÍBRIO EM DOSES HOMEOPÁTICAS
14/03 BRASIL PAINEL
13/03 OPINIÃO O BRASIL E O PRIMEIRO MUNDO
13/03 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
13/03 BRASIL PAINEL
11/03 OPINIÃO RÓTULO EM TRANSGÊNICOS
11/03 BRASIL CONDI E OS ESQUERDISTAS
10/03 DINHEIRO INDÚSTRIA RESISTE À ROTULAGEM DE TRANSGÊNICO
10/03 DINHEIRO A POLÊMICA SOBRE O RÓTULO DE TRANSGÊNICOS
10/03 DINHEIRO CTNBIO PODE LIBERAR TRÊS TIPOS DE ALGODÃO
MODIFICADO
10/03 DINHEIRO ARGUMENTOS PRÓ E CONTRA TRANSGÊNICOS
10/03 DINHEIRO DERIVADO DE SOJA ESTÁ NA MAIORIA DOS
INDUSTRIALIZADOS
09/03 DINHEIRO EMBRAPA DEVE LANÇAR NOVA SOJA TRANSGÊNICA
08/03 DINHEIRO SECA REDUZ ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DO PAÍS CRISE
06/03 MAIS! PROMESSAS E DÍVIDAS DA BIOTECNOLOGIA
06/03 REVISTA DA FOLHA FILOSOFIA DE BICÃO
05/03 OPINIÃO PESQUISA CIENTÍFICA E CÉLULAS-TRONCO
05/03 CIÊNCIA FONTELES ATACA CONSTITUCIONALIDADE
04/03 OPINIÃO VITÓRIA DA RAZÃO
04/03 DINHEIRO SOJA TRADICIONAL SERÁ LUXO, AFIRMA CNA
04/03 DINHEIRO A LIBERAÇÃO DOS TRANSGÊNICOS
04/03 DINHEIRO MARINA SILVA CRITICA LEGISLAÇÃO E FALA EM
DESEQUILÍBRIO DE PODERES
04/03 DINHEIRO O VAIVÉM DAS COMMODITIES
03/03 CIÊNCIA CÂMARA AUTORIZA PESQUISAS COM EMBRIÃO
384
03/03 CIÊNCIA APROVAÇÃO TAMBÉM VALE PARA TRANSGÊNICO
03/03 COTIDIANO PESQUISA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA MAPEIA
ALIMENTOS DE RISCO EM SP
03/03 COTIDIANO CONDIÇÃO DE ALIMENTOS À VENDA NO ESTADO DE SÃO
PAULO
02/03 CIÊNCIA CÂMARA DECIDE SOBRE CÉLULAS DE EMBRIÃO
01/03 BRASIL CONGRESSO TEM SEMANA DE VOTAÇÃO DE TEMAS
POLÊMICOS
01/03 BRASIL A SEMANA DE FOGO DE LULA NO CONGRESSO
01/03 BRASIL GOVERNO TEME QUE DISCURSO DE LULA ATRAPALHE
CÂMARA
25/02 BRASIL SEVERINO RECEBE STEDILE E DIZ QUE NÃO TEM "IDÉIA
FIXA" CONTRA MST
25/02 DINHEIRO EMPRESAS E GOVERNO TRAVAM 'GUERRA' NO PR
22/02 BRASIL PAINEL
19/02 DINHEIRO NOVO DIRETOR DA EMBRAPA APÓIA AGRONEGÓCIO
18/02 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
15/02 BRASIL CANDIDATO OFICIAL DO PT ELOGIA AGRONEGÓCIO
15/02 CIÊNCIA BATATA ALTERADA PROTEGE CONTRA HEPATITE
12/02 OPINIÃO RÉQUIEM AO PT
04/02 COTIDIANO CRIATIVIDADE É A APOSTA DAS ESCOLAS DE SP
03/02 EQUILÍBRIO SANDUÍCHE OU SALADINHA?
27/01 BRASIL PAINEL
26/01 DINHEIRO AGRONEGÓCIO FAZ ELOGIOS A MUDANÇA
24/01 BRASIL SEM UMA AGENDA DEFINIDA, GOVERNO NEGOCIA
REFORMAS
24/01 BRASIL A AGENDA LEGISLATIVA EM 2005
23/01 OPINIÃO PAINEL DO LEITOR
23/01 DINHEIRO LULA ESTÁ ANGUSTIADO, AFIRMA BLAIRO MAGGI
23/01 DINHEIRO SOJA
22/01 OPINIÃO CONVESCOTE
20/01 BRASIL CHÁVEZ DEVE GRAVAR PROGRAMA DE UM
ACAMPAMENTO DO MST
20/01 MUNDO CHÁVEZ VEM AO BRASIL PARTICIPAR DO FÓRUM SOCIAL
20/01 DINHEIRO JUIZ MANTÉM DECISÃO QUE SUSPENDEU ROYALTIES
20/01 DINHEIRO SOJA CAI NO MERCADO E TAMBÉM NO SAMBA COM
ENREDO DA TRADIÇÃO
18/01 DINHEIRO PAINEL S.A.
16/01 MAIS! LANÇAMENTOS
15/01 DINHEIRO EUA PEDIRAM VETO EM MP DOS TRANSGÊNICOS
13/01 DINHEIRO CULTIVO DE SOJA TRANSGÊNICA AUMENTA 66%
13/01 DINHEIRO PRODUÇÃO NO PAÍS AVANÇA AINDA SEM
REGULAMENTAÇÃO
11/01 DINHEIRO SOJA BRASILEIRA É BARRADA NA CHINA
08/01 DINHEIRO MONSANTO VAI PAGAR MULTA DE US$ 1,5 MILHÃO
06/01 BRASIL PAINEL
385
ANEXO 2: Artigos sobre transgênicos publicados no Jornal O Estado de SP no
período de Janeiro de 2000 a Junho de 2005
O ESTADO DE SP 2000
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
30/12 GERAL CIÊNCIA E SAÚDE - TRANSGÊNICO NA MESA DO
BRASILEIRO
29/12 ECONOMIA UE PODE PAGAR MAIS PELA SOJA BRASILEIRA
25/12 FÓRUM DOS LEITORES O NATAL E O NOVO SÉCULO
25/12 GERAL EFEITO DE TRANSGÊNICO NA NATUREZA CONTINUA
IGNORADO
17/12 INTERNACIONAL ALÉM DA SOCIEDADE DE MASSA
08/12 GERAL STJ REALIZA DEBATE SOBRE PRODUTOS TRANSGÊNICOS
07/12 GERAL MINISTRA FRANCESA É FAVORÁVEL A PROJETO
BRASILEIRO
06/12 GERAL EMBRAPA DEFENDE LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
29/11 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
27/11 CIDADES ENTIDADE CONTRA-ATACA MCDONALD'S. COM SABOR
27/11 GERAL CIÊNCIA VIRA ASSUNTO DO DIA-A-DIA
27/11 GERAL JORNALISMO CIENTÍFICO GANHA ESPAÇO NO NOTICIÁRIO
27/11 GERAL PARA PROFESSORES, QUESTÕES FORAM ATUAIS E
PRÁTICAS
26/11 GERAL GREENPEACE FAZ NO DF CAMPANHA CONTRA
TRANSGÊNICO
24/11 GERAL BOM DESEMPENHO NA UNICAMP PASSA PELA PROVA DE
REDAÇÃO
22/11 AGRÍCOLA SOJA
15/11 GERAL MCDONALD'S ANUNCIA QUE NÃO USARÁ TRANSGÊNICOS
15/11 AGRÍCOLA MILHO
12/11 GERAL PREFEITO DE BH PROÍBE VENDA DE TRANSGÊNICOS
07/11 GERAL PLANTIO DE GRÃOS TRANSGÊNICOS CONTINUA PROIBIDO
06/11 GERAL MILHO TRANSGÊNICO É ACHADO NA INGLATERRA
27/10 GERAL TRANSGÊNICOS CRIAM TENSÃO ENTRE EUA E JAPÃO
23/10 GERAL ONGS SÃO CONTRA A MP DOS TRANSGÊNICOS
20/10 GERAL EUA BUSCAM MILHO MODIFICADO QUE DESAPARECEU
17/10 GERAL MANIFESTAÇÃO NA SÉ
16/10 NACIONAL JOGO RÁPIDO
14/10 ESTADINHO TECNOLOGIA NA MESA
12/10 GERAL ATIVISTAS DO GREENPEACE OCUPAM SUPERMERCADO
06/10 GERAL MINISTRO DA AGRICULTURA TEME ADOÇÃO DE RÓTULO
04/10 AGRÍCOLA MILHO
02/10 INFORMÁTICA PÁGINA DO GREENPEACE É CONTRA OS TRANSGÊNICOS
29/09 GERAL NORMAS DE ROTULAGEM PARA TRANSGÊNICOS SAEM NA
TERÇA-FEIRA
27/09 GERAL AMERICANOS VOLTAM A DISCUTIR ROTULAGEM
25/09 GERAL AGÊNCIA DO GOVERNO AMERICANO ANUNCIA APOIO A
TRANSGÊNICOS
21/09 GERAL GREENPEACE DENUNCIA USO DE TRANSGÊNICOS
14/09 GERAL AGÊNCIA CRIARÁ CADASTRO DE PRODUTOS
TRANSGÊNICOS
08/09 CIDADES TRANSGÊNICOS
08/09 ECONOMIA TRANSGÊNICOS, SEM SOLUÇÃO
07/09 GERAL RÓTULOS DE TRANSGÊNICOS ALERTARÃO SOBRE EFEITOS
386
EM CONSUMIDORES
01/09 GERAL CONTRA A MANIPULAÇÃO
31/08 GERAL CIÊNCIA PODE CRIAR PÉS DE CAFÉ E CHÁ SEM CAFEÍNA
30/08 ECONOMIA SOJA DEVERÁ TER NOVO CICLO DE ALTA DOS PREÇOS
22/08 GERAL MILHO TRANSGÊNICO PODE MATAR BORBOLETAS
19/08 GERAL COMISSÃO DEVE CONCLUIR NORMAS SOBRE
TRANSGÊNICOS EM SETEMBRO
17/08 GERAL JAPONESES CLONAM PORCA A PARTIR DE FETO
16/08 FÓRUM DE DEBATES AO GOSTO DO FREGUÊS
16/08 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
16/08 NACIONAL ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO CONDENA
`TOTALITARISMO' DO MINISTÉRIO PÚBLICO
15/08 GERAL DECRETO DE TRANSGÊNICO DEVE SER ALTERADO
13/08 CADERNO 2 H.L. MENCKEN, O CAÇADOR DE CLICHÊS
12/08 GERAL MST AMEAÇA INVASÕES E PLANEJA NOVAS ALIANÇAS
11/08 FÓRUM DE DEBATES COMO AS BORBOLETAS?
11/08 ECONOMIA OLVEBRA INVESTE US$ 1 MILHÃO EM SELO
11/08 GERAL MST E CONTAG FAZEM PROTESTOS EM BRASÍLIA
10/08 GERAL FAZENDEIRO DISPENSA CULTIVO TRANSGÊNICO
09/08 GERAL JUSTIÇA MANTÉM PROIBIÇÃO À SOJA TRANSGÊNICA
08/08 GERAL MST PREPARA MANIFESTAÇÃO EM BRASÍLIA
06/08 GERAL GREENPEACE PERDE SÓCIOS E ENTRA EM CRISE
05/08 FÓRUM DE DEBATES COISAS DIFERENTES
05/08 GERAL LEI PODE TORNAR OBRIGATÓRIO USO DE RÓTULO NO PAÍS
05/08 GERAL NOVARTIS ELIMINA TRANSGÊNICOS DE ALIMENTOS
05/08 GERAL EMPRESA ABRE MÃO DE PATENTE DE ARROZ DOURADO
03/08 GERAL VIGILÂNCIA PROÍBE VENDA DE LOTES DE TRANSGÊNICOS
03/08 GERAL IDEC NÃO CONVENCE DEPUTADOS A PROPOR CPI SOBRE
TRANSGÊNICOS
03/08 GERAL BLITZ APREENDE PRODUTOS COM TRANSGÊNICOS
02/08 GERAL TRANSGÊNICOS NÃO ROTULADOS SERÃO RECOLHIDOS EM
SP
02/08 GERAL PESQUISA ABRE CAMINHO PARA TRANSPLANTE SEM RISCO
DE REJEIÇÃO
31/07 ECONOMIA DU PONT APOSTA NA BIOTECNOLOGIA PARA CRESCER
30/07 FÓRUM DE DEBATES COMUNISTA COME CRIANÇA
28/07 GERAL PRESIDENTE DO TJ REPUDIA INVASÃO DE FÓRUM DO
INTERIOR PELO MST
27/07 EDITORIAIS ECOTERRORISMO À EUROPÉIA
27/07 GERAL GENE LEVA RATOS A PERDEREM PESO COMENDO MAIS
26/07 GERAL SEM-TERRA MORRE EM DIA DE PROTESTOS DO MST
26/07 GERAL PARA TOURINHO, INTERRUPÇÃO COMPROMETE PRODUÇÃO
NACIONAL
26/07 GERAL STEDILE CRITICA POLÍTICA AGRÍCOLA E ECONÔMICA
26/07 GERAL DIA DE PROTESTOS DO MST DEIXA DOIS MORTOS
25/07 GERAL MINISTRO EXIGE ANÁLISE AMBIENTAL DE TRANSGÊNICOS
25/07 GERAL TRANSGÊNICO É O GRANDE DEBATE NO MUNDO
24/07 INTERNACIONAL G-8 TENTARÁ ACELERAR REDUÇÃO DE DÍVIDAS
22/07 GERAL TERROR ECOLÓGICO ATACA TRANSGÊNICOS NOS EUA
21/07 ESPAÇO ABERTO O TERRENO PERIGOSO DOS TRANSGÊNICOS
20/07 GERAL COALIZÃO FAZ CAMPANHA CONTRA TRANSGÊNICOS
19/07 FÓRUM DE DEBATES COBAIAS HUMANAS?
19/07 AGRÍCOLA AGROTÓXICOS E DEFENSIVOS
18/07 EDITORIAIS O OVO, A VAIA E O ENTULHO TOTALITÁRIO
387
16/07 CADERNO 2 TRÊS EXEMPLOS DO "TEATRO TERRÍVEL" DE CANETTI
16/07 GERAL MINISTROS ALERTAM PARA RISCOS DE TRANSGÊNICOS
16/07 GERAL TRANSGÊNICOS DEVEM CHEGAR À SUA MESA EM 2001
16/07 GERAL MUDAS CLONADAS JÁ SÃO REALIDADE NO PAÍS
15/07 GERAL REUNIÃO DEIXA DE TER CARÁTER POLÍTICO PARA SE
FIXAR NA CIÊNCIA
14/07 GERAL ADIADA DECISÃO SOBRE ROTULAGEM DE CULTURAS
GENETICAMENTE ALTERADAS
14/07 GERAL EUROPA PODE LIBERAR PRODUTOS MODIFICADOS ATÉ O
FIM DO ANO
14/07 GERAL EMBRAPA DESENVOLVE MAMÃO TRANSGÊNICO
13/07 GERAL MINISTRO ANUNCIA ÚLTIMA SAFRA NÃO-TRANSGÊNICA
13/07 GERAL GOVERNO VETA PESQUISA DA MONSANTO COM ATRASO
13/07 GERAL RÓTULO PODE AUMENTAR REJEIÇÃO
13/07 GERAL PARA PRESIDENTE DA SBPC, QUESTÃO NÃO DIVIDE
PESQUISADORES DO PAÍS
12/07 FÓRUM DOS LEITORES TRANSGÊNICOS
12/07 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
12/07 ECONOMIA ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO
12/07 GERAL CULTIVO DE PLANTAS TRANSGÊNICAS DIVIDE SBPC
12/07 GERAL PARA PRODUTORES, DECISÃO É DO CONSUMIDOR
11/07 EDITORIAIS POR QUE PERMITIR OS TRANSGÊNICOS
11/07 GERAL VACINAS DO FUTURO PODEM SER FEITAS COM
TRANSGÊNICOS
11/07 GERAL RÓTULO DEVE DIZER QUE PRODUTO É ALTERADO
11/07 GERAL CIENTISTAS DEFENDEM ADOÇÃO DE TRANSGÊNICOS
10/07 GERAL MILHO TRANSGÊNICO COMEÇA A SER DESCARREGADO NO
PORTO DO RECIFE
09/07 GERAL RECIFE DÁ INÍCIO A DESEMBARQUE DE TRANSGÊNICO
08/07 GERAL PROCURADOR IMPEDE ENTRADA DE MILHO
08/07 GERAL1 STJ AUTORIZA ENTRADA DE MILHO NO RECIFE
08/07 GERAL IDEC PEDE A DEPUTADOS CPI DOS TRANSGÊNICOS
07/07 GERAL JUSTIÇA AUTORIZA DESEMBARQUE DE MILHO
TRANSGÊNICO NO RECIFE
07/07 GERAL GOVERNO DEFENDE PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS
07/07 GERAL DECISÃO CONTRÁRIA EM BRASÍLIA DEIXA SOLUÇÃO COM
STJ
06/07 GERAL UNIÃO ACIONA A JUSTIÇA EM AÇÃO PRÓ-TRANSGÊNICOS
06/07 GERAL AVICULTORES CANCELAM IMPORTAÇÃO DE MILHO
05/07 GERAL PARECER SOBRE MILHO TRANSGÊNICO É ANULADO POR
JUIZ
05/07 GERAL UNIÃO PODE TENTAR REVERTER PROIBIÇÃO DE
TRANSGÊNICOS
04/07 GERAL MPF RECORRE DE PARECER SOBRE MILHO TRANSGÊNICO
04/07 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
04/07 ECONOMIA OS LUCROS DA VIDA
02/07 CADERNO 2 FANTASIA 2000
01/07 GERAL COMISSÃO APROVA ENTRADA DE MILHO TRANSGÊNICO
30/06 GERAL PT PROPÕE PROIBIÇÃO DE TRANSGÊNICOS
29/06 GERAL PORTARIA OBRIGA IDENTIFICAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
29/06 GERAL EMPRESA ESCOCESA UTILIZA NOVA TECNOLOGIA PARA
CLONAR OVELHAS
29/06 GERAL DECISÃO SOBRE TRANSGÊNICOS É ADIADA PARA AGOSTO
28/06 AGRÍCOLA O FUTURO DOS TRANSGÊNICOS
388
28/06 GERAL TRF JULGA PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
28/06 FÓRUM DE DEBATES DOENÇA LUCRATIVA
28/06 OESTE VÁRIAS CAMPANHAS, UMA SÓ MOTIVAÇÃO
28/06 OESTE DEFESA DA ECOLOGIA TEM SEDE EM PINHEIROS
28/06 AGRÍCOLA MILHO
28/06 AGRÍCOLA CLASSIFICAÇÃO VEGETAL SERÁ REGULAMENTADA
27/06 GERAL OS PRINCIPAIS PASSOS DA GENÉTICA
27/06 GERAL TRANSGÊNICOS SEGUEM A LEI, DIZ ASSOCIAÇÃO
27/06 GERAL CRIAÇÕES MUDAM O COTIDIANO DA HUMANIDADE
24/06 ECONOMIA MCDONALD'S E CAMPONÊS FRANCÊS INICIAM BATALHA
23/06 EDITORIAIS SEMEANDO O PÂNICO DOS TRANSGÊNICOS
21/06 AGRÍCOLA MILHO TRANSGÊNICO
21/06 GERAL CONSUMIDOR INGERE TRANSGÊNICOS SEM SABER, DE
ACORDO COM O IDEC
20/06 GERAL JUSTIÇA BARRA ENTRADA DE MILHO NO RECIFE
17/06 GERAL BRASILEIRO PREOCUPA-SE POUCO COM TRANSGÊNICO
14/06 AGRÍCOLA MILHO
10/06 ESPAÇO ABERTO LIBERDADE E DEMOCRACIA
09/06 GERAL COMISSÃO AVALIARÁ MILHO IMPORTADO PELO BRASIL
09/06 ESPAÇO ABERTO A REVOLUÇÃO DAS VACAS
07/06 GERAL TRANSGÊNICOS NÃO SÃO PERIGOSOS, DIZ PRÍNCIPE PHILIP
06/06 GERAL ITALIANOS CRIAM RATO COM SINTOMA DE ALZHEIMER
06/06 GERAL MST VAI À JUSTIÇA CONTRA TRANSGÊNICOS
05/06 NACIONAL CAMPANHA CONTRA
01/06 GERAL STEDILE AMEAÇA DESTRUIR CULTURAS DE
TRANSGÊNICOS
01/06 GERAL MONSANTO ADMITE PROBLEMAS COM SOJA MODIFICADA
29/05 GERAL TRANSGÊNICOS PODEM CRIAR BACTÉRIAS MUTANTES
27/05 GERAL FRANÇA VAI DESTRUIR PLANTAÇÃO DE ESPÉCIE DE COUVE
TRANSGÊNICA
25/05 CADERNO 2 GRUPO DÁ VIDA AO MONSTRO GÓTICO "FRANKENSTEIN"
07/05 ECONOMIA MCDONALD'S LANÇA PIZZA E QUER DOBRAR O NÚMERO
DE LOJAS NA ITÁLIA
28/04 GERAL PESQUISA MOSTRA REJEIÇÃO DOS EUROPEUS A PRODUTOS
TRANSGÊNICOS
26/04 ECONOMIA DOW QUER PARCEIROS PARA ADQUIRIR COPENE
25/04 GERAL CIENTISTAS USAM TÉCNICA GENÉTICA PARA CRIAR
ANIMAIS GIGANTESCOS
18/04 GERAL CONAMA QUER DEFINIR ESTUDOS DE IMPACTO
AMBIENTAL DE TRANSGÊNICOS
13/04 GERAL ASSEMBLÉIA DO RS REJEITA VETO SOBRE TRANSGÊNICOS
11/04 GERAL UE ALTERA NORMAS PARA ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
08/04 EDITORIAIS A LÓGICA DOS "TRIBUNAIS POPULARES"
07/04 GERAL EMBRAPA VAI PESQUISAR SOJA TRANSGÊNICA
06/04 GERAL ESTUDO ADVERTE SOBRE VEGETAL MODIFICADO
06/04 FÓRUM DOS LEITORES ROBERTO FREIRE
04/04 GERAL CAMPANHA TENTA AMPLIAR APOIO A TRANSGÊNICOS
01/04 GERAL CULTIVO DE TRANSGÊNICOS DEVE DIMINUIR NOS EUA
27/03 ESPAÇO ABERTO O FOGO DO ATRASO
O ESTADO DE SP 2001
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
27/12 NACIONAL CONVIDADOS
389
15/12 GERAL PRATINI DE OLHO NA VOTAÇÃO DE TERÇA, DEFENDE
CULTIVO DE TRANSGÊNICOS
14/12 ESPAÇO ABERTO NO MEIO DO CAMINHO
13/12 GERAL PRÊMIO DESTACA MELHORES PROJETOS DE
CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EM 2001
13/12 GERAL VOTAÇÃO DO SUBSTITUTIVO DOS TRANSGÊNICOS FICA
PARA TERÇA
11/12 GERAL GREENPEACE PROTESTA CONTRA TRANSGÊNICOS
06/12 EDITORIAIS A NOVA ALIANÇA DE LULA
05/12 AGRPICOLA AGRONEGÓCIO É TEMA DE LIVRO
29/11 GERAL TRANSGÊNICOS CONTAMINARAM MILHO NO MÉXICO
25/11 GERAL INVESTIDORES BRASILEIROS APOSTAM NO GENOMA
19/11 GERAL CRESCE A VARIEDADE DE ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS
19/11 GERAL TECNOLOGIA VAI POSSIBILITAR CULTIVO DE FRUTAS
PERSONALIZADAS
15/11 FÓRUM DOS LEITORES HISTÓRIA DA BATATA
11/11 ECONOMIA REGRAS DE COMÉRCIO FAVORECEM RICOS, DIZ LAFER
11/11 ECONOMIA RUMO À HUMANIZAÇÃO DAS MÁQUINAS
10/11 ECONOMIA ECONOMIA
09/11 ECONOMIA TRAUMA DA 'VACA LOUCA' PESA NAS NEGOCIAÇÕES
07/11 ESPAÇO ABERTO O BÊ-A-BÁ DA FOME
06/11 GERAL TODO ENSINA A USAR BEM A INTERNET NA ESCOLA
02/11 GERAL SEM TRANSGÊNICOS, O BRASIL GANHA MERCADO
AGRÍCOLA
01/11 ECONOMIA MEIO AMBIENTE TERÁ ALIANÇA BRASIL-EUA
01/11 GERAL USP DESENVOLVE CAMUNDONGOS TRANSGÊNICOS
31/10 AGRÍCOLA FALTA DE INFORMAÇÃO CAUSA DESCONFIANÇA E
RESISTÊNCIA
31/10 AGRÍCOLA CONTINUA A POLÊMICA DOS TRANSGÊNICOS
28/10 GERAL ITÁLIA: PROTESTO CONTRA TRANSGÊNICOS
23/10 GERAL TRANSGÊNICOS: EMPRESAS CONTRA-ATACAM
10/10 FÓRUM DOS LEITORES LULA, PT & CIA.
09/10 GERAL SEM-TERRA INVADEM EMPRESA DO GOVERNO
07/10 CADERNO 2 APOCALIPSE NÃO
05/10 GERAL DESCOBERTO GENE QUE INDICA PROPENSÃO A DOENÇAS
CARDÍACAS
03/10 GERAL CONGRESSO VAI DISCUTIR GENÉTICA NESTE SÉCULO
29/09 GERAL TRANSGÊNICOS: DISPUTA PELA ROTULAGEM
12/09 GERAL TRANSGÊNICO: INDÚSTRIA IMPEDE DISCUSSÃO
04/09 GERAL CIENTISTAS DISCUTEM TRANSGENIA COMO OPÇÃO
CONTRA A MALÁRIA
04/09 GERAL AMBIENTALISTAS PROTESTAM EM CONFERÊNCIA SOBRE
TRANSGÊNICOS
31/08 GERAL PESQUISA CRIA NOVA TÉCNICA DE TRANSGENIA
31/08 GERAL GREENPEACE FAZ NOVA OFENSIVA CONTRA SOJA RR
29/08 OESTE ENTIDADES DÃO PRIORIDADE AO MEIO AMBIENTE
29/08 AGRÍCOLA AVANÇA A CERTIFICAÇÃO DE ORGÂNICOS
25/08 FEMININO EDÉLCIO VIGNA À MESA
20/08 GERAL DIREITO E CIÊNCIA SE DESENTENDEM AO AVALIAR O QUE
É CERTO OU ERRADO
18/08 GERAL UM DEBATE EM QUE O MEDO E O DESCONHECIMENTO
DOMINAM
18/08 GERAL CIENTISTA GARANTE QUE SOJA TRANSGÊNICA É SEGURA
09/08 GERAL AGRICULTORES BLOQUEIAM RODOVIAS PELO PAÍS
390
08/08 GERAL AGÊNCIA QUESTIONA VANTAGENS DE ORGÂNICOS
08/08 GERAL DEBATE SOBRE TRANSGÊNICOS EXPÕE FALTA DE
INFORMAÇÃO
07/08 GERAL MINISTÉRIO PÚBLICO QUER IMPEDIR MODELO DE RÓTULOS
DE TRANSGÊNICOS
03/08 GERAL CIENTISTAS DESCOBREM GENES DE RESISTÊNCIA A
PESTICIDAS BT
03/08 GERAL IDEC PODE IR AO STF PARA CASSAR REGISTRO DE SOJA
TRANSGÊNICA
01/08 FÓRUM DE DEBATES SOJA NÃO TRANSGÊNICA
01/08 AGRÍCOLA CUMPRIMENTO DA LEI DEPENDERÁ DA ATUAÇÃO DE
CONSUMIDOR E EMPRESAS
01/08 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS SERÃO IDENTIFICADOS COM RÓTULO
31/07 GERAL CONSTITUIÇÃO ENGESSADA
31/07 GERAL TOMATE TRANSGÊNICO CRESCE EM SOLO SALGADO
31/07 NACIONAL LULA DEFENDE PROIBIÇÃO DE GRÃOS TRANSGÊNICOS
30/07 FÓRUM DOS LEITORES TRANSGÊNICOS
29/07 GERAL MILHO TRANSGÊNICO É DESTRUÍDO NA FRANÇA
29/07 NACIONAL LULA DIZ QUE POLÍTICOS DEVEM CONHECER O PAÍS
27/07 ESPAÇO ABERTO O CHÃO FUGINDO SOB OS PÉS
27/07 GERAL BRASIL VAI INVESTIR PESADO EM TRANSGÊNICOS
26/07 ECONOMIA XEROX TEM PREJUÍZO, MAS BALANÇO DA MAIORIA DAS
EMPRESAS É POSITIVO
26/07 GERAL CIENTISTAS DESENVOLVEM MOLÉCULAS PARA SUPERAR
RESISTÊNCIA BACTERIANA
26/07 GERAL EUROPA REVÊ NORMA DE RÓTULOS PARA LIBERAÇÃO DE
TRANSGÊNICOS
22/07 FÓRUM DE DEBATES TEMA: MEIO AMBIENTE
22/07 ECONOMIA SIM, OS COMPUTADORES NOS ALIMENTAM
21/07 GERAL POR ENQUANTO, A JUSTIÇA NÃO PERMITE NENHUM TIPO
DE PRODUÇÃO
21/07 GERAL POPULAÇÃO POUCO SABE SOBRE ESSES ALIMENTOS
21/07 GERAL PARA GENETICISTA DA EMBRAPA, PRECAUÇÕES JÁ FORAM
TOMADAS
21/07 GERAL PRATINI DIZ QUE VAI LIBERAR SOJA TRANSGÊNICA
21/07 ECONOMIA PANELA DO MEDO
20/07 GERAL DECRETO IMPÕE ROTULAGEM PARA TRANSGÊNICOS
18/07 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
16/07 ECONOMIA LATINOS SUPERAM EUA NO TRANSPORTE DE SOJA
12/07 FÓRUM DOS LEITORES TRANSGÊNICOS
11/07 CADERNO 2 QUEM PAGA?
11/07 GERAL APOIO A TRANSGÊNICOS PODE ALTERAR POLÍTICA
10/07 EDITORIAIS QUEM PERDE NA GUERRA AOS TRANSGÊNICOS
10/07 GERAL BRIGA NA JUSTIÇA ATRASA PROJETOS COM
TRANSGÊNICOS E CAUSA PREJUÍZO
09/07 GERAL ONU DECLARA APOIO A TRANSGÊNICOS PARA COMBATER
A FOME
08/07 GERAL A CONFUSÃO NO GOVERNO
08/07 GERAL A EVOLUÇÃO DAS PESQUISAS
08/07 GERAL O FUTURO DA AGRICULTURA
08/07 GERAL A TRANSGÊNICA LEI DOS TRANSGÊNICOS
07/07 GERAL TRANSGÊNICOS: AÇÃO PEDE INDICAÇÃO EM EMBALAGEM
04/07 AGRÍCOLA MILHO
27/06 AGRÍCOLA PERIGO PARA A PESQUISA PÚBLICA
391
16/06 EDITORIAIS UMA VISÃO LÚCIDA DOS TRANSGÊNICOS
15/06 EDITORIAIS O PROGRESSO EMPACA EM BRASÍLIA
15/06 GERAL PESQUISA MOSTRA QUE MILHO TRANSGÊNICO O
PROVOCA ALERGIA
13/06 GERAL IDEC E GREENPEACE CRITICAM IBAMA POR DEFINIR
REGRAS SOBRE TRANSGÊNICO NO PAÍS
12/06 ECONOMIA TRANSGÊNICOS AVANÇAM COM RAPIDEZ
11/06 GERAL PESQUISADORES BRASILEIROS CRIAM NOVAS ARMAS
CONTRA A MALÁRIA
09/06 GERAL IMAGEM NEGATIVA PREJUDICA TRANSGÊNICOS
08/06 GERAL RIO GRANDE DO SUL MUDA DE POSIÇÃO E ACEITA
TRANSGÊNICOS
07/06 GERAL TRANSGÊNICOS: CIENTISTA ACUSA ONGS
06/06 ECONOMIA TRANSGÊNICOS
06/06 GERAL CIENTISTAS QUEREM OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
05/06 GERAL ENCONTRO INTERNACIONAL DISCUTE TRANSGÊNICOS
04/06 GERAL NASA VAI PLANTAR TRANSGÊNICOS EM MARTE
02/06 CADERNO 2 "ÉTICA AMBIENTAL" É UM GUIA PARA ECOLOGISTAS
25/05 GERAL CENTRO PARA PRODUÇÃO DE GENÉRICOS É INAUGURADO
23/05 GERAL CÂMARA VAI FISCALIZAR TRANSGÊNICOS
21/05 GERAL EMBRAPA QUER DESENVOLVER VACAS TRANSGÊNICAS
14/05 INFORMÁTICA ETS VOLTAM COM A FORÇA TOTAL EM JOGO DA BRASOFT
13/05 GERAL EMPRESAS PAGAM PARA EXAMINAR PRODUTOS
05/05 GERAL NASCEM 1.OS BEBÊS GENETICAMENTE MODIFICADOS
04/05 GERAL TRANSGÊNICOS GANHAM COMISSÃO FISCALIZADORA
18/04 GERAL CONTRA TRANSGÊNICOS
12/04 GERAL PORCOS CLONADOS
08/04 FÓRUM DE DEBATES BOM NEGÓCIO?
07/04 GERAL COMISSÃO VAI REVISAR CRITÉRIOS PARA TRANSGÊNICO
06/04 GERAL MST PROMETE REALIZAR AÇÕES TAMBÉM NAS CAPITAIS
05/04 GERAL CAI ÍNDICE DE SOJA TRANSGÊNICA EM ALIMENTOS DO
PAÍS
04/04 ESPAÇO ABERTO A MESA GLOBAL
19/03 ECONOMIA QUEM VEIO
18/03 CIDADES TRANSGÊNICOS
11/03 ECONOMIA OS TECNÓFOBOS E SUA GUERRA SANTA
09/03 ECONOMIA SAFRA DE GRÃOS DEVERÁ SER MAIOR QUE A ESTIMADA
09/03 GERAL UNIÃO EUROPÉIA PODE DERRUBAR VETO A ALIMENTOS
TRANSGÊNICOS
06/03 SUDESTE CURSO COM ÊNFASE EM PLANTAS MEDICINAIS É
DESTAQUE
01/03 GERAL BRITÂNICOS VÃO AMPLIAR TESTES DE TRANSGÊNICOS
28/02 GERAL MONSANTO ANUNCIA PRIMEIRA VARIEDADE DE TRIGO
TRANSGÊNICO
26/02 FÓRUM DOS LEITORES TRANSGÊNICOS
26/02 ESPAÇO ABERTO ONDE BOVÉ PISOU NA BOLA
26/02 ECONOMIA O SUFOCO DA TECNOLOGIA
19/02 EDITORIAIS TRANSGÊNICOS E BOM SENSO
19/02 ECONOMIA PROTEÍNA ANIMAL VIRÁ DE PAÍSES MAIS POBRES
17/02 GERAL LEI EUROPÉIA SOBRE TRANSGÊNICOS É A MAIS RÍGIDA
16/02 GERAL EUROPA APROVA LEI MAIS RÍGIDA PARA PRODUTOS
GENETICAMENTE ALTERADOS
15/02 GRANDE SP / OESTE UNIVERSIDADE ABRE VAGAS PARA A TERCEIRA IDADE
13/02 FÓRUM DOS LEITORES USOS DO SABER
392
13/02 GERAL CADA UM VAI CONTROLAR SUA EVOLUÇÃO
12/02 ECONOMIA SOJA
11/02 CADERNO 2 COMER O QUÊ?
10/02 ECONOMIA UMA GRANDE TRAPALHADA
10/02 ECONOMIA NOVAS REGRAS VÃO AMPLIAR CONTROLE DO COMÉRCIO
09/02 ESPAÇO ABERTO O QUE O SR. STEDILE NÃO SABE
09/02 ECONOMIA BOVÉ PODE PEGAR 5 ANOS DE PRISÃO NA FRANÇA
08/02 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
08/02 GERAL TRANSGÊNICO NÃO ALTERA PLANTA NORMAL, DIZ
ESTUDO
07/02 AGRÍCOLA ANÁLISE GENÉTICA
06/02 FÓRUM DOS LEITORES DADOS SOBRE TRANSGÊNICOS
05/02 ECONOMIA ESPECIALISTA PEDE DEFINIÇÃO PARA TRANSGÊNICOS
05/02 ECONOMIA SAFRA RECORDE NÃO GARANTE RENDA MAIOR NO CAMPO
04/02 EDITORIAIS QUE A CIÊNCIA SIGA O SEU CURSO
04/02 ESPORTES A ETERNA INCÓGNITA HUMANA
04/02 ECONOMIA SÓ FALTA UM BIGODUDO CONTRA O CELULAR
01/02 ECONOMIA ATIVISTA DEIXA PORTO ALEGRE DE VOLTA À FRANÇA
01/02 CADERNO 2 OBELIX É A MÃE!
01/02 ECONOMIA PAI DO ATIVISTA COLABORA COM CIENTISTAS
BRASILEIROS
31/01 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
31/01 ECONOMIA OLÍVIO DUTRA QUER TRANSFORMAR RS EM ÁREA LIVRE
DE TRANSGÊNICOS
31/01 ECONOMIA QUEIMAR PESQUISA É REACIONÁRIO, AFIRMA FREIRE
31/01 ECONOMIA COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA VAI VISITAR LAVOURA DA
MONSANTO
31/01 ECONOMIA BOVÉ TERMINA COMO A ESTRELA DO FÓRUM SOCIAL
31/01 ECONOMIA ATIVISTA PROMETE VOLTAR AO BRASIL EM JUNHO PARA
LANÇAR UM LIVRO
31/01 ECONOMIA `AFFAIRE BOVÉ' DIVIDE GOVERNO DA FRANÇA
31/01 ECONOMIA AÇÃO DA POLÍCIA AJUDOU MOVIMENTO, DIZ MST
30/01 ECONOMIA PF DÁ 24 HORAS PARA BOVÉ DEIXAR O PAÍS
30/01 ECONOMIA PROPOR OU `FESTEJAR', O DILEMA DO FÓRUM
30/01 ECONOMIA MST PROMETE `GUERRA' CONTRA OS TRANSGÊNICOS
30/01 ECONOMIA ATIVISTAS AGRÍCOLAS INTERNACIONAIS SE UNEM
CONTRA TRANSGÊNICOS
29/01 ECONOMIA MST ANUNCIA NOVAS OCUPAÇÕES NA REGIÃO SUL
28/01 ECONOMIA OMC FARÁ NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES
28/01 ECONOMIA DAVOS E A SUA "ALTERNATIVA"
28/01 ECONOMIA TRANSGÊNICOS SÃO ALVO DO VAREJO INGLÊS E DE
AMBIENTALISTAS NO RS
28/01 ECONOMIA LÍDER FRANCÊS, JOSÉ BOVÉ, VISITA HOJE ASSENTAMENTO
DO MOVIMENTO SEM TERRA
28/01 ECONOMIA ESQUERDA FRANCESA MARCA PRESENÇA NO FÓRUM
28/01 ECONOMIA OMC QUER NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES
28/01 GERAL SOJA TRANSGÊNICA CAUSA PROTESTO NA DINAMARCA
28/01 NACIONAL COLUNA DO ESTADÃO
27/01 ESTADINHO COMO SURGIU A ORGANIZAÇÃO
27/01 ECONOMIA PARA O FÓRUM, ERA ATUAL É DA `GLOBOCOLONIZAÇÃO'
27/01 ECONOMIA TRANSGÊNICOS FORAM TEMA DE PAINEL
27/01 ECONOMIA LULA DEFENDE O MUNDO GLOBALIZADO
27/01 ECONOMIA AGRICULTORES DESTROEM PLANTAÇÃO DA MONSANTO
27/01 ECONOMIA VIA CAMPESINA QUER UNIÃO CONTRA TRANSGÊNICOS
393
27/01 GERAL LOBBY FORÇOU LIBERAÇÃO PRECOCE DOS TRANSGÊNICOS
26/01 GERAL MST PROTESTA CONTRA TRANSGÊNICOS NO RECIFE
25/01 GERAL MERENDA DAS ESCOLAS ESTADUAIS NÃO PODERÁ CONTER
TRANSGÊNICOS
24/01 ECONOMIA ATIVISTA FRANCÊS ENCONTRA LULA E CRITICA DAVOS
23/01 ECONOMIA FÓRUM SOCIAL GAÚCHO TERÁ 408 WORKSHOPS
18/01 GERAL EUA CRIAM REGRAS PARA PRODUTOS TRANSGÊNICOS
14/01 FÓRUM DOS LEITORES PRIMATAS
14/01 GERAL ANIMAIS ALTERADOS SÃO USADOS DESDE ANOS 70
12/01 GERAL CLONAGEM HUMANA ESTÁ A CAMINHO, DIZ CIENTISTA
12/01 GERAL CIENTISTAS CRIAM PRIMEIRO MACACO TRANSGÊNICO
12/01 GERAL SISTEMA DE DEFESA É SEMELHANTE AO HUMANO
12/01 GERAL UMA TRILHA DIFERENTE DA TÉCNICA DE CLONAGEM
08/01 ECONOMIA GLOBALIZAÇÃO CRESCE E TORNA-SE POLÍTICA
06/01 ECONOMIA NATURAL
05/01 GERAL EMPRESAS VÃO FINANCIAR 50% DO GENOMA CANA
03/01 AGRÍCOLA MILHO
O ESTADO DE SP 2002
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
27/12 ESPAÇO ABERTO MEIO AMBIENTE E UTOPIA
27/12 GERAL "VACINA COMESTÍVEL" PÕE OS EUA EM ALERTA
26/12 NCIONAL GENOINO NEGA QUE RELATÓRIOS APONTEM 'CATÁSTROFE'
23/12 CADERNO 2 O ENGAJAMENTO ARTÍSTICO DO FURACÃO ÍTALA NANDI
20/12 ESPAÇO ABERTO O FUTURO DO MEIO AMBIENTE
20/12 GERAL UE APROVA DOIS ÓLEOS DE ALGODÃO TRANSGÊNICO
18/12 GERAL TRANSGÊNICOS: ESTUDO AMBIENTAL É OBRIGATÓRIO
17/12 GERAL CLONAGEM E CÉLULAS-TRONCO, TEMAS DE NOVO CÓDIGO
DE ÉTICA
17/12 GERAL POSIÇÃO DO BRASIL SOBRE TRANSGÊNICOS: CAUTELA
17/12 GERAL PLANTIO DE SEMENTES PARA FINS COMERCIAIS DEPENDE
DA JUSTIÇA
17/12 NACIONAL 'PELA 1.ª VEZ, AGRICULTURA É REALMENTE PRIORIDADE'
16/12 ECONOMIA TRANSGÊNICOS
12/12 NACIONAL 'POLÍTICA AMBIENTAL ESTARÁ NO CORAÇÃO DO GOVERNO'
11/12 AGRÍCOLA BRASIL PRECISA TER REGRAS CLARAS PARA TRANSGÊNICOS
11/12 AGRÍCOLA SOJA CONTINUA AVANÇANDO NO PAÍS
06/12 EDITORIAIS UMA POLÍTICA PARA TRANSGÊNICOS
06/12 ESPAÇO ABERTO OS CUSTOS DA AMBIGÜIDADE
05/12 GERAL GENOMA DO CAMUNDONGO, NOVO ALIADO DO HOMEM
02/12 ECONOMIA O PT E A RESISTÊNCIA AOS TRANSGÊNICOS
29/11 GERAL MONSANTO INICIA OFENSIVA PELA SOJA TRANSGÊNICA
28/11 ECONOMIA CAMEX APROVA INCLUSÃO DO MILHO EM EXCEÇÕES DA
TEC
13/11 GERAL GRUPO DISCUTE CÓDIGO DE ÉTICA PARA GENÉTICA
04/11 CADERNO 2 ITTALA NANDI LEVA GENÉTICA AO PALCO
31/10 NACIONAL MST COBRARÁ ASSENTAMENTO DE 100 MIL FAMÍLIAS
30/10 AGRÍCOLA INDEFINIÇÃO SOBRE O TEMA É NOCIVA PARA O BRASIL
30/10 AGRÍCOLA OMS DIVULGA DOCUMENTO SOBRE TRANSGÊNICOS
17/10 GERAL PROTESTO CONTRA A LIBERAÇÃO DOS TRANSGÊNICOS EM
SP
15/10 ECONOMIA CHINA CONCEDE MAIS PRAZO PARA EXPORTADORES
CERTIFICAREM SOJA
394
02/10 GERAL PRODUTORES PEDEM DEFINIÇÃO SOBRE TRANSGÊNICOS
27/09 NORTE MOVIMENTO AMBIENTAL ABRE SUA PRIMEIRA SEDE
23/09 GERAL BRASIL TERÁ CÓDIGO DE MANIPULAÇÃO GENÉTICA
19/09 GERAL CHEFES DE COZINHA EM GUERRA CONTRA O SALMÃO
TRANSGÊNICO
14/09 GERAL CIENTISTAS CRIAM SOJA QUE NÃO CAUSA REAÇÃO
ALÉRGICA
11/09 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
10/09 GERAL NOVA LEGISLAÇÃO VAI FAVORECER PESQUISAS DE
BIOINSETICIDAS
08/09 CADERNO 2 COMO ERA VERDE MEU VALE
05/09 GERAL VAIAS, PROTESTOS. E COLIN POWELL TENTANDO FALAR
04/09 AGRÍCOLA SOJA
31/08 NACIONAL SERRA DEFENDE AUMENTO DA EXPORTAÇÃO DE FUMO
29/08 ECONOMIA DUPONT PÕE À VENDA DIVISÃO DE FIBRAS TÊXTEIS
14/08 AGRÍCOLA ALGODÃO
13/08 GERAL VACAS TRANSGÊNICAS PODEM SER FONTE DE ANTICORPOS
HUMANOS
09/08 GERAL ONGS CONDENAM PARECER DE TRANSGÊNICOS
08/08 GERAL EMBRAPA TEME PARALISAÇÃO DA PESQUISA DE
TRANSGÊNICOS NO PAÍS
07/08 GERAL SUL DA ÁFRICA, ENTRE FOME E TRANSGÊNICOS
06/08 GERAL PARECER DA AGU SOBRE TRANSGÊNICOS É CONTESTADO
03/08 GERAL BRILHO TRANSGÊNICO
02/08 GERAL PARANÁ JÁ FAZ ANÁLISES EM SOJA
02/08 GERAL GOVERNO DO RIO PLANEJA PROIBIR TRANSGÊNICOS
01/08 GERAL MONSANTO VAI SOLICITAR APROVAÇÃO DE TRIGO
TRANSGÊNICO AINDA ESTE ANO
25/07 FÓRUM DE DEBATES NEOBOBOS BIODEGRADÁVEIS
24/07 AGRÍCOLA TECNOLOGIA EM XEQUE
19/07 GERAL PROTEÍNA FAZ CAMUNDONGOS TER CÉREBRO MAIOR E
MAIS COMPLEXO
12/07 ESPAÇO ABERTO OS VAIVÉNS NOS TRANSGÊNICOS
10/07 AGRÍCOLA PANORAMA
28/06 ESPAÇO ABERTO O BURACO NAS CONTAS
26/06 AGRÍCOLA PANORAMA
19/06 AGRÍCOLA POSIÇÃO MAL DEFINIDA IMPLICA PERDA DE MERCADO
19/06 AGRÍCOLA PAÍS DEVE DEFINIR REGRA PARA TRANSGÊNICO
19/06 AGRÍCOLA SEGURANÇA DOS TRANSGÊNICOS
13/06 GERAL TRANSGÊNICOS VÃO PRECISAR DE LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
12/06 AGRÍCOLA SOJA
12/06 GERAL OIT DENUNCIA TRABALHO INFANTIL NA AGRICULTURA
12/06 GERAL TRANSGÊNICOS: RESOLUÇÃO EXIGIRÁ LICENÇA AMBIENTAL
11/06 GERAL BRASIL ADERE A TRATADO SOBRE RECURSOS
06/06 NACIONAL PT QUER REVERTER PRIVATIZAÇÃO NO SANEAMENTO
01/06 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
01/06 ECONOMIA NOS RASTROS DA SOJA
01/06 GERAL ESTUDO AVALIA NÍVEL DE IMPACTO DOS TRANSGÊNICOS
30/05 GERAL GREENPEACE LANÇA GUIA DE TRANSGÊNICOS
29/05 AGRÍCOLA PANORAMA
23/05 GERAL TRANSGÊNICO, AGORA CONTRA A MALÁRIA
22/05 AGRÍCOLA MILHO
22/05 AGRÍCOLA PREÇOS BAIXOS RESULTARAM EM SAFRA MENOR
395
09/05 GERAL1 GRUPO COBRA MAIOR ATUAÇÃO DO GOVERNO
26/04 ECONOMIA MAIOR PRODUTOR DE ALGODÃO DO PAÍS, GRUPO MAEDA
PROFISSIONALIZA GESTÃO
24/04 NACIONAL GAROTINHO QUER SEM-TERRA DENTRO DA LEI
17/04 GERAL EMPRESA TENTA EVITAR RECALL DE CANOLA NOS EUA
16/04 ECONOMIA CHINA ADIA PARA DEZEMBRO A CERTIFICAÇÃO DA SOJA
BRASILEIRA
03/04 AGRÍCOLA EUA VÃO CULTIVAR ÁREA RECORDE DE MILHO E SOJA
TRANSGÊNICOS
01/04 INTERNACIONAL INTEGRANTE DO MST LEVA APOIO A LÍDER EM SEU QG
31/03 NACIONAL CONGRESSO TEM MAIS DE 100 IDÉIAS PARA O CAMPO
29/03 EDITORIAIS TOLERÂNCIA ZERO COM O MST
27/03 AGRÍCOLA SOJA NÃO-TRANSGÊNICA JÁ É DIFERENCIADA
27/03 AGRÍCOLA PRODUÇÃO DE OMG É TENDÊNCIA FORTE NO SUL
26/03 GERAL UNIFESP APRESENTA VITOR, SEU PRIMEIRO CAMUNDONGO
TRANSGÊNICO
26/03 NACIONAL FREIRE CRITICA 'AMBIGÜIDADE' DE PETISTAS SOBRE MST
22/03 GERAL CONAMA ADIA DECISÃO SOBRE TRANSGÊNICOS
15/03 GERAL PROJETO QUE AUTORIZA TRANSGÊNICO DEVERÁ SER
VOTADO APÓS AS ELEIÇÕES
15/03 ESPAÇO ABERTO O CALDEIRÃO DOS TRANSGÊNICOS
15/03 FÓRUM DOS LEITORES GREENPEACE ESCLARECE
14/03 GERAL UM CONTRATO DE RISCO PARA LUCRAR COM O GENOMA
13/03 AGRÍCOLA SOJA
13/03 GERAL COMISSÃO APROVA TRANSGÊNICOS, COM TUMULTO
12/03 FÓRUM DOS LEITORES GOSTO DO FREGUÊS
12/03 GERAL PRODUTORES FAZEM PROTESTO EM FAVOR DOS
TRANSGÊNICOS NO RS
11/03 FÓRUM DE DEBATES SOJA TRANSGÊNICA
10/03 GERAL 'GENES SÃO FEITOS DE DNA E DNA É NATURAL'
10/03 GERAL COM A PALAVRA, OS PRÓ-TRANSGÊNICOS
07/03 GERAL TRANSGÊNICOS: VOTAÇÃO É ADIADA MAIS UMA VEZ
06/03 GERAL NOVO MINISTRO QUER ESTRATÉGIA DE "NEGÓCIO"
06/03 AGRÍCOLA SOJA
06/03 AGRÍCOLA CONGRESSO DISCUTIRÁ MARKETING RURAL
04/03 NACIONAL CRISE FAZ SARNEY FILHO ANTECIPAR SAÍDA DO GOVERNO
04/03 EDITORIAIS A LIBERAÇÃO DOS TRANSGÊNICOS
01/03 GERAL PF QUEIMA 21 T DE SOJA TRANSGÊNICA NO SUL
01/03 GERAL TRANSGÊNICOS: MINISTRO VÊ ‘DIVERGÊNCIAS’
28/02 GERAL TRANSGÊNICOS: VOTAÇÃO É ADIADA PARA O DIA 6
27/02 GERAL PESQUISA QUER PRODUZIR 'AEDES' TRANSGÊNICO
27/02 GERAL TRANSGÊNICOS: PROCURADOR DA UNIÃO VÊ VITÓRIA
26/02 GERAL JUIZ PEDE VISTAS E SUSPENDE JULGAMENTO DE SOJA
MODIFICADA
26/02 GERAL UMA INVASÃO CONTRA O PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
23/02 GERAL CAUTELA COM NOVAS PLANTAS TRANSGÊNICAS
21/02 GERAL SESSÃO PARA TRATAR DE TRANSGÊNICOS É ADIADA
20/02 GERAL TRANSGÊNICOS: CÂMARA RECEBE NOVO PROJETO
19/02 GERAL TRANSGÊNICO: NOVA VERSÃO AMANHÃ NA CÂMARA
17/02 GERAL 25% DA SOJA NO PAÍS É MODIFICADA, SEGUNDO PRODUTOR
17/02 GERAL FALTAM LEIS NO PAÍS, MAS SOBRA DISCUSSÃO
17/02 GERAL TRANSGÊNICOS: BONS OU RUINS PARA CONSUMO?
07/02 GERAL MINISTRO PODE REVER DECISÃO SOBRE TRANSGÊNICOS
02/02 ECONOMIA FÓRUM COMEÇA SEM CONTRAPONTO DE IDÉIAS
396
01/02 EDITORIAIS AVERSÃO AO DEBATE DE IDÉIAS
31/01 FÓRUM DOS LEITORES PETULÂNCIA DO "ZÉ"
30/01 GERAL DIVERGÊNCIAS INTERNAS NO GOVERNO ATRASAM
LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
30/01 GERAL PARA EMPRESAS, PÚBLICO PRECISA SER EDUCADO SOBRE A
BIOTECNOLOGIA
29/01 GERAL GOVERNO ESPERA LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
28/01 ECONOMIA BOVÉ VEM AO FÓRUM SOCIAL DISPOSTO AO PROTESTO
20/01 ECONOMIA PROGRAMAÇÃO REPETE LINHA DO ANO ANTERIOR
16/01 AGRÍCOLA ÍNDICE DE GERMINAÇÃO CHEGA A 90%
12/01 GERAL NOVA CNICA PODE FACILITAR CRIAÇÃO DE COBAIAS
TRANSGÊNICAS
06/01 GERAL APESAR DE MAIS ATENTA, POPULAÇÃO AINDA SABE POUCO
02/01 AGRÍCOLA SOJA
O ESTADO DE SP 2003
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
31/12 GERAL NO RS, 77 MIL ASSINARAM TERMO DE TRANSGÊNICOS
30/12 ECONOMIA UVA SEM CAROÇO GENUINAMENTE BRASILEIRA
29/12 ESPAÇO ABERTO PESQUISA E INTOLERÂNCIA
24/12 ECONOMIA NOEL E O GOVERNO PT
23/12 FÓRUM DE DEBATES TEMA: TRANSGÊNICOS
23/12 ESPAÇO ABERTO LUZES NO CAMPO
21/12 GERAL UM PONTO DE DISCÓRDIA: OS TRANSGÊNICOS
20/12 GERAL SOJA TRANSGÊNICA: 73.247 ASSINAM TERMO DE PLANTIO
19/12 GERAL UNIVERSIDADE SOFRE AMEAÇA NO SUL
19/12 GERAL MPF VAI À JUSTIÇA CONTRA CAMPANHA DA MONSANTO
19/12 GERAL UNIVERSIDADE REFORÇA SEGURANÇA DEPOIS DE AMEAÇA
DE ATENTADO
17/12 EDITORIAIS A HELOÍSA HELENA DO MINISTÉRIO
17/12 GERAL INCÊNDIO NA UFRS FOI CRIMINOSO
17/12 GERAL REQUIÃO VAI À JUSTIÇA PEDIR QUE SE INVESTIGUE
MINISTRO RODRIGUES
17/12 ESPAÇO ABERTO LIXO DO PT SOB OS TAPETES DO PODER
13/12 EDITORIAIS MODELO GEISEL
13/12 GERAL CASA CIVIL VAI DECIDIR PRAZO PARA TRANSGÊNICO
12/12 GERAL PRODUTOR QUER LEGALIZAR SOJA CLANDESTINA NO PR
12/12 GERAL GAÚCHOS CULPAM UNIÃO POR BAIXA NOTIFICAÇÃO DE
TRANSGÊNICOS
11/12 GERAL REQUIÃO VOLTA A CRITICAR GOVERNO
11/12 GERAL STF SUSPENDE VETO DO PARANÁ A TRANSGÊNICOS
09/12 ESPAÇO ABERTO ROTA DA BIOTECNOLOGIA
09/12 GERAL UE CONTINUA DIVIDIDA SOBRE TRANSGÊNICOS
09/12 GERAL MINISTÉRIO NEGA PEDIDO DO PARANÁ
09/12 GERAL BIOSSEGURANÇA: GOVERNO TIRA URGÊNCIA DE PROJETO
09/12 GERAL MONSANTO LANÇA CAMPANHA NA TV
08/12 GERAL PESQUISADORES VÃO A BRASÍLIA EM MOBILIZAÇÃO
INÉDITA
08/12 GERAL SEMANA VAI SER DECISIVA PARA BIOTECNOLOGIA
07/12 ESPAÇO ABERTO UTOPIAS E HISTÓRIA
05/12 GERAL EM CAMPANHA
04/12 ECONOMIA AGRICULTURA: NOVOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES
04/12 NACIONAL REFORMA AGRÁRIA DE LULA É 'UMA VERGONHA', ACUSA
397
STÉDILE
03/12 GERAL CIENTISTAS VÃO A BRASÍLIA DEFENDER PODER DA CTNBIO
/12 FÓRUM DE LEITORES ESCLARECIMENTO
02/12 NACIONAL PLANALTO FAZ CARTILHA PARA 'VENDER' CRESCIMENTO
01/12 ESPAÇO ABERTO ALIANÇA MST E MONSANTO
01/12 EDITORIAIS A PESQUISA NO PROJETO DOS TRANSGÊNICOS
01/12 GERAL CONFERÊNCIA PEDE PROIBIÇÃO DE TRANSGÊNICOS
01/12 GERAL REBELO DEFENDE MAIS PESQUISAS E MENOS BUROCRACIA
30/11 GERAL EVENTO PARALELO A CONFERÊNCIA TRAZ ALTERNATIVAS
29/11 FÓRUM DE DEBATES TEMA: TRANSGÊNICOS
29/11 GERAL RELATOR QUER DAR A CTNBIO PODER DE APROVAR
PESQUISAS
29/11 NACIONAL NA PLATÉIA, SURGEM FAIXAS DE PROTESTO E PRESIDENTE
REAGE
28/11 ECONOMIA PARA RODRIGUES, QUEDA DO PIB SERÁ AMENIZADA
26/11 GERAL BRASILEIRO IGNORA INFORMAÇÕES DE RÓTULOS NA HORA
DA COMPRA
25/11 ESPAÇO ABERTO O 'SONHO ERRADO' OU A BATALHA ERRADA?
25/11 GERAL PESQUISADORES APÓIAM EMENDA QUE DÁ AUTONOMIA À
CTNBIO
24/11 GERAL COMISSÃO INICIA DEBATES SOBRE TRANSGÊNICOS
22/11 NACIONAL 'REFORMA AGRÁRIA É JEITO BARATO DE GERAR EMPREGOS,
VIU PALOCCI?'
22/11 GERAL AMEAÇA DE BOMBA FAZ MARINA DESPACHAR NA RUA
21/11 GERAL TRANSGÊNICOS: PR FAZ NOVO PEDIDO A MINISTÉRIO
16/11 ESPAÇO ABERTO OS TRANSGÊNICOS NA ENCRUZILHADA...
16/11 ECONOMIA CASO ÚNICO NO MUNDO
14/11 ECONOMIA JÁ TOMOU SEU ESPESSANTE?
14/11 GERAL MARINA VAI PEDIR VETO EM MP DA SOJA TRANSGÊNICA
14/11 GERAL TEXTO NÃO RESOLVE A POLÊMICA DOS ROYALTIES
14/11 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
13/11 EDITORIAIS BUROCRACIA HIPERTROFIADA
13/11 GERAL REQUIÃO CRITICA MINISTÉRIO EM CARTA A LULA
13/11 CADERNO 2 'NOSSA CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ESTÁ ATRASADA'
12/11 ESPAÇO ABERTO TRANSGÊNICOS, CIÊNCIA E POLÍTICA
12/11 GERAL PRESIDENTE DA CTNBIO PEDE DEMISSÃO
12/11 GERAL GRAZIANO CRITICA LEI DE TRANSGÊNICOS E DIZ QUE
IBAMA É 'ÓRGÃO CORRUPTO'
11/11 ESPAÇO ABERTO CILADA NOS TRANSGÊNICOS
11/11 ECONOMIA REGULAMENTAÇÃO EQUIVOCADA
11/11 NACIONAL FAMA DE PRIMEIRO-MINISTRO CRESCE
11/11 GERAL RELATÓRIO DE MP PROÍBE COBRANÇA DE ROYALTIES
11/11 GERAL PARANÁ É O SEGUNDO ESTADO EM REGISTRO DE PLANTIO
DE TRANSGÊNICOS
11/11 GERAL IGREJA ORGANIZA SEMINÁRIO SOBRE TRANSGÊNICOS
10/11 GERAL ECÓLOGO DEFENDE USO CAUTELOSO DOS TRANSGÊNICOS
10/11 ECONOMIA IMPASSE AMBIENTAL COMO NO BRASIL O CRESCIMENTO
SUSTENTÁVEL FICOU, NA PRÁTICA, INSUSTENTÁVEL?
08/11 ESPAÇO ABERTO APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA
08/11 GERAL SUPREMO RECEBE MAIS 2 AÇÕES SOBRE TRANSGÊNICOS
07/11 ESPAÇO ABERTO TRANSGÊNICOS NO REINO DA CONFUSÃO
07/11 GERAL ENTIDADES VÃO À COMISSÃO DE ÉTICA CONTRA MINISTRO
RODRIGUES
07/11 GERAL CHINA GARANTE QUE COMPRA SOJA TRANSGÊNICA
398
05/11 GERAL TRANSGÊNICO: RELATOR QUER 'MARGEM DE SEGURANÇA'
05/11 NACIONAL DIRCEU DIZ QUE É HUMILDE E QUER MANDAR MENOS
04/11 GERAL AMBIENTALISTAS DO GOVERNO PREPARAM OFENSIVA
04/11 GERAL BIOSSEGURANÇA: PT E PC DO B DISPUTAM RELATORIA
03/11 NACIONAL PT RETARDA SAÍDA DE RADICAIS E DEBATE INTERNO
AUMENTA
03/11 NACIONAL GENOINO PROMETE 'AZEITAR' RELAÇÕES INTERNAS DA
LEGENDA
02/11 FÓRUM DE DEBATES TEMA: TRANSGÊNICOS
02/11 NACIONAL 'GOVERNO LULA É A ESTRADA ANTIPOPULISTA PARA A AL'
01/11 GERAL PARANAGUÁ LIBERA EMBARQUE DA SOJA TRANSGÊNICA
01/11 GERAL CIENTISTAS NÃO SÃO NEUTROS, AFIRMA ASSESSOR DE
MARINA
01/11 GERAL MINISTRO ALEMÃO TEME PREJUÍZO
31/10 ESPAÇO ABERTO AMANSAR O BRASIL
31/10 EDITORIAIS O 'PROJETO FRANKENSTEIN' DOS TRANSGÊNICOS
31/10 GERAL PESQUISADORES E DEPUTADOS CRITICAM PROJETO
31/10 GERAL PARA MINISTRO, PROPOSTA DEVE SER APERFEIÇOADA NO
CONGRESSO
30/10 GERAL PROJETO PREVÊ PENA DE 3 ANOS PARA PLANTIO ILEGAL
30/10 EDITORIAIS IBAMA VAI DECIDIR SOBRE EXIGÊNCIA DE ESTUDO DE
IMPACTO AMBIENTAL
30/10 GERAL PARAGUAI PROTESTA, MAS GOVERNO FEDERAL VÊ
‘PROBLEMA COMERCIAL’
30/10 GERAL MAGGI, QUE PROIBIU PLANTIO, DIZ SER FAVORÁVEL A
SEMENTE MODIFICADA
30/10 GERAL ‘SÓ SOU O TODO-PODEROSO EM PASSA QUATRO’
29/10 GERAL MATO GROSSO TAMBÉM PROÍBE SOJA TRANSGÊNICA
29/10 GERAL SECRETÁRIO DIZ QUE SEMENTE DO MT NÃO É A PRODUZIDA
PELA MONSANTO
29/10 GERAL MEDIDA FERE A CONSTITUIÇÃO, AFIRMAM JURISTAS
29/10 GERAL TESTE DETECTA SOJA MODIFICADA EM PORTO
29/10 GERAL MATO GROSSO TAMBÉM PROÍBE SOJA TRANSGÊNICA
29/10 GERAL PARA JURISTAS, LEI SANCIONADA NO PARANÁ É
INCONSTITUCIONAL
29/10 EDITORIAIS TRANSGÊNICOS E DEMAGOGIA
28/10 ECONOMIA REGULAMENTAÇÃO 'TRANSGÊNICA'
28/10 GERAL GIL PEDE DEBATE MAIS APROFUNDADO
28/10 GERAL CIENTISTAS TEMEM VIÉS IDEOLÓGICO
28/10 GERAL SUSPENSA EXPORTAÇÃO DE SOJA EM PARANAGUÁ
28/10 GERAL CTNBIO, NEM DELIBERATIVA NEM CONSULTIVA
27/10 ECONOMIA PEQUENOS(?) OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO
27/10 EDITORIAIS A TUMULTUADA POLÍTICA AMBIENTAL
27/10 GERAL TRANSGÊNICOS: MARINA SILVA GANHA FORÇA POLÍTICA
26/10 GERAL USP REALIZA SIMPÓSIO SOBRE TRANSGÊNICOS
25/10 GERAL PARANÁ PÁRA 14 CAMINHÕES COM SOJA TRANSGÊNICA
25/10 GERAL TRANSGÊNICOS: PRORROGADO PRAZO PARA AGRICULTOR
25/10 ECONOMIA LINHA DIRETA
25/10 GERAL TRANSGÊNICOS: PRORROGADO PRAZO PARA AGRICULTOR
25/10 GERAL PARANÁ PÁRA 14 CAMINHÕES COM SOJA TRANSGÊNICA
25/10 FÓRUM DE LEITORES BOM ALUNO
24/10 GERAL LULA BATE MARTELO SOBRE BIOSSEGURANÇA
24/10 GERAL NA DIVISA, UMA LONGA ESPERA E MUITOS PREJUÍZOS
24/10 GERAL DEMORA CINCO MINUTOS O TESTE DE TRANSGENIA
399
24/10 GERAL MESMO COM SANÇÃO DE LEI, PARANÁ VAI BARRAR
PRODUTOS IN NATURA
24/10 NACIONAL CHANCE PARA PEDIDOS A BORDO DO SUCATÃO
/10 GERAL LEI AINDA NÃO DEFINE PAPEL DA CTNBIO
/10 ECONOMIA SAFRA DE GRÃOS VAI BATER OUTRO RECORDE
24/10 GERAL 'FALTA SÓ LIBERAR A MACONHA', DIZ REQUIÃO
24/10 EDITORIAIS A LÓGICA DO PROJETO DOS TRANSGÊNICOS
23/10 GERAL MARINA: 'NÃO SOU MINISTRA DA JARDINAGEM'
23/10 GERAL VEREADORES DE RIBEIRÃO APROVAM LEI CONTRA OGMS
23/10 GERAL MINISTRA CONSEGUE IMPOR SUAS TESES EM REUNIÃO COM
PRESIDENTE
23/10 FÓRUM DE DEBATES DUDA E OS TRANSGÊNICOS
22/10 GERAL PARANÁ BARRA CAMINHÕES DE SOJA NA FRONTEIRA
22/10 GERAL GOVERNADOR PETISTA PEDE LIBERDADE PARA MARINA
21/10 FÓRUM DE DEBATES TEMA: PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
21/10 GERAL VERDES ASSUMEM CRÍTICAS EM CARTA AO GOVERNO
21/10 GERAL 500 ONGS CRITICAM GOVERNO EM CARTA ABERTA
21/10 GERAL IBAMA CONCEDE LICENÇA PARA PESQUISA COM MAMÃO
TRANSGÊNICO
20/10 GERAL ACABA HOJE PRAZO PARA SUGERIR SÍMBOLO DE OGM
20/10 ESPAÇO ABERTO VIVA O CHE!
19/10 EDITORIAIS SOLUÇÃO CIRÚRGICA
19/10 EDITORIAIS IMINÊNCIA DE UMA TRAGÉDIA
18/10 GERAL PR FARÁ PEDIDO PARA SER ÁREA SEM TRANSGÊNICOS
18/10 GERAL MINISTÉRIO ACHA DIFÍCIL LIBERAR PR DE TRANSGÊNICOS
18/10 NACIONAL MARINA DIZ QUE SE SENTE 'ADEQUADA E COERENTE' NO
CARGO
17/10 GERAL PESQUISA INGLESA AVALIA IMPACTO DOS TRANSGÊNICOS
17/10 GERAL NORMA PARA ÁREA ‘LIVRE’ DEVE SAIR HOJE
17/10 GERAL MARINA QUER MANTER PROIBIÇÃO AO USO DO GLIFOSATO
NA SOJA
16/10 GERAL TRANSGÊNICOS: DECISÃO NA SEMANA QUE VEM
15/10 NACIONAL NO SUL, SEM-TERRA INVADEM RECEITA E AGÊNCIAS DO BB
15/10 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
15/10 GERAL PARANÁ FICA "LIVRE DE TRANSGÊNICOS" ATÉ 2006
15/10 GERAL GATES INVESTE EM PESQUISA ALIMENTAR
15/10 GERAL DEPUTADOS CRITICAM MINISTRO
15/10 NACIONAL 'GOVERNO LULA NÃO ROUBA E NÃO DEIXA ROUBAR'
15/10 NACIONAL GABEIRA SE DESPEDE DO PT COM ATAQUE A LULA
14/10 ECONOMIA CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL: OTIMISMO OU EUFORIA?
14/10 GERAL ‘NYT’ ELOGIA LIBERAÇÃO DO PLANTIO NO BRASIL
14/10 GERAL TRANSGÊNICOS TÊM DERROTA COM VETO A GLIFOSATO
14/10 NACIONAL FOME ZERO CHEGA AOS CENTROS URBANOS EM 2004
14/10 GERAL TRANSGÊNICOS: 'NYT' ELOGIA DECISÃO DO BRASIL
13/10 ECONOMIA GOVERNO EM DISPUTA PERMANENTE
13/10 GERAL GILBERTO GIL CRITICA LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS
12/10 CADERNO 2 POR QUE NÃO ME UFANO
12/10 NACIONAL PLANALTO TEME QUE CRÍTICAS AFETEM DECISÕES
JUDICIAIS
11/10 GERAL GREENPEACE REALIZA PROTESTO NA ALEMANHA
11/10 NACIONAL GABEIRA REAGE A 'DESELEGÂNCIA' E SAI DO PT
11/10 NACIONAL ONGS VÊEM SAÍDA COMO SINAL DA CRISE NA ÁREA
AMBIENTAL
10/10 GERAL TRANSGÊNICOS: ESTUDOS AVALIAM PERIGO DE
400
‘CONTAMINAÇÃO’
10/10 GERAL PESQUISAS AVALIAM RISCO DE TRANSGÊNICOS
10/10 NACIONAL CÚPULA PETISTA FAZ ÚLTIMO APELO A GABEIRA
09/10 NACIONAL NO CALCANHAR DO PLANALTO
09/10 NACIONAL SAÍDA DE GABEIRA REACENDE INSATISFAÇÕES DO PT
09/10 EDITORIAIS A LEI, A CIÊNCIA E OS TRANSGÊNICOS
08/10 NACIONAL 'NÃO QUERO COMPENSAÇÃO NEM CARINHOS'
05/10 CADERNO 2 QUEM LIGA PARA OS TRANSGÊNICOS?
04/10 GERAL PARLAMENTARES APRESENTAM 106 EMENDAS AO TEXTO
04/10 GERAL É ILEGAL ESTADO VETAR TRANSGÊNICO, DIZEM
ADVOGADOS
04/10 GERAL PROCURADOR VAI AO SUPREMO CONTRA MP DA SOJA
03/10 ESPAÇO ABERTO ATÉ A PRÓXIMA BATALHA
03/10 GERAL PRODUTOS TERÃO SÍMBOLO PRÓPRIO
03/10 GERAL PR PODERÁ SER 'ÁREA LIVRE' DE OGMS
03/10 NACIONAL LULA RESPONDE A CONSEA E FALA EM COLAPSO DO
SISTEMA
02/10 GERAL REQUIÃO AMEAÇA CRIAR BLOQUEIO A PRODUTOS
TRANSGÊNICOS NO PR
02/10 GERAL PV CONTESTA MEDIDA PROVISÓRIA
02/10 GERAL APÓS TRANSGÊNICOS, DESENCONTRO VIRA ROTINA NO
PRIMEIRO ESCALÃO
02/10 NACIONAL DEPUTADA CULPA ASSESSORES POR REAÇÃO A E-MAIL
02/10 NACIONAL CONSELHO DE LULA CRITICA 'LENTIDÃO' NO PLANO DE
SAFRA
01/10 FÓRUM DE LEITORES O CUSTO DO APRENDIZADO
01/10 FÓRUM DE DEBATES TRANSGÊNICOS
01/10 ECONOMIA MERCADO DA SOJA TRANSGÊNICA
01/10 GERAL MARINA SILVA RECUSA RÓTULO DE 'FUNDAMENTALISTA'
01/10 GERAL PARLAMENTARES MOBILIZAM-SE PARA MUDAR MP
01/10 NACIONAL MP TEME PERDA DE IMPORTÂNCIA
30/09 GERAL GOVERNO ADMITE OUTRO ERRO EM MP
30/09 GERAL BIOTECNOLOGIA: LEI SERÁ ENVIADA EM UMA SEMANA
30/09 ESPAÇO ABERTO A DISCÓRDIA DOS TRANSGÊNICOS
29/09 GERAL PARLAMENTARES QUEREM MUDANÇAS NA MP DOS
TRANSGÊNICOS
29/09 ECONOMIA FIDEL PODERIA AJUDAR LULA
29/09 ECONOMIA ALIMENTO ORGÂNICO GANHA ESPAÇO NO MERCADO
29/09 NACIONAL PROGRESSISTAS DA IGREJA JÁ DÃO SINAIS DE IMPACIÊNCIA
28/09 CADERNO 2 POR QUE NÃO ME UFANO (2)
28/09 GERAL MARINA AINDA NÃO SE DÁ POR VENCIDA
28/09 EDITORIAIS CARGO INÚTIL
27/09 GERAL PRODUTORES GAÚCHOS ANTECIPAM PLANTIO EM
COMEMORAÇÃO À MP
27/09 GERAL PROCURADORIA DEVE ENVIAR LOGO AO SFT ÃO CONTRA
LIBERAÇÃO
27/09 GERAL ÚLTIMO ATO: GOVERNO PUBLICA VERSÃO ERRADA DE MP
27/09 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
27/09 GERAL TESTES MOSTRAM TRANSGÊNICOS EM VÁRIOS PRODUTOS
27/09 GERAL ALENCAR DIZ QUE VAI COMPRAR E EXPERIMENTAR SOJA
TRANSGÊNICA
27/09 GERAL GOVERNO PREVÊ MAIS POLÊMICA COM PROJETO DE
BIOTECNOLOGIA
27/09 GERAL EXPORTAÇÃO DE CARNE PODE TER PERDAS
401
27/09 GERAL GABEIRA QUER INQUÉRITO PARA O CASO
27/09 GERAL PROCURADORIA DEVE ENVIAR LOGO AO SFT ÃO CONTRA
LIBERAÇÃO
27/09 GERAL MONSANTO AFIRMA ESPERAR POR UMA SOLUÇÃO
DEFINITIVA
27/09 GERAL DE 'LUTO', MARINA RECEBE APOIO DE ATIVISTAS
27/09 GERAL ATÉ AGRICULTURA CRITICA MEDIDA
27/09 GERAL INFORMAÇÃO DEVE ESTAR NO RÓTULO
26/09 FÓRUM DOS LEITORES POBRE COITADO, NÃO
26/09 EDITORIAIS QUEM 'TEM DE FAZER' É LULA
26/09 GERAL POLÊMICA
26/09 GERAL AVALIAÇÃO DEVE PRECEDER LIBERAÇÃO, DIZ OAB
26/09 NACIONAL MST REAGE A LULA E COBRA RESULTADOS
26/09 GERAL MEDIDA VAI EXIGIR ESTUDO DE IMPACTO SOBRE O
AMBIENTE
26/09 GERAL PROTESTO
26/09 GERAL SUPREMO TENDE A CONSIDERAR MEDIDA LEGAL
26/09 GERAL CIENTISTA DIZ QUE REGRAS NÃO EVITAM CONTRABANDO
26/09 GERAL MAS, AFINAL, PLANTAR ESSA SOJA DÁ DINHEIRO?
26/09 GERAL CNBB DEFENDE MISSA, SEM-TERRA E GOVERNO LULA
25/09 ECONOMIA AFINAL, PLANTAR TRANSGÊNICO É BOM NEGÓCIO?
25/09 GERAL VICE, 'POBRE COITADO', PASSA O DIA LAMENTANDO A
RESPONSABILIDADE
25/09 GERAL PROCURADOR-GERAL EXIGE ESTUDO AMBIENTAL
25/09 GERAL ALENCAR DECIDE ASSINAR MP DA SOJA TRANSGÊNICA
25/09 NACIONAL FORA DE HORA E DE LUGAR
25/09 NACIONAL EM NY, LULA REPREENDE MST POR ATOS VIOLENTOS
25/09 NACIONAL "ESSE SUPERÁVIT É DECISÃO DE GOVERNO. PROBLEMA
NOSSO"
24/09 GERAL MANIFESTANTES QUEBRAM PORTA DE MINISTÉRIO
24/09 GERAL TRANSGÊNICOS: MPF PROMETE CONTESTAR LIBERAÇÃO
23/09 GERAL SOJA TRANSGÊNICA SERÁ LIBERADA, DIZ MINISTRO
23/09 GERAL DIRCEU E MARINA SE REÚNEM. DEVE SAIR ATÉ AMANHÃ
DECISÃO SOBRE SOJA
22/09 ECONOMIA MUDANDO EM PLENO VÔO
22/09 GERAL UMA POLÊMICA ALIMENTADA POR ESPECULAÇÕES,
EXAGEROS E FACTÓIDES
22/09 GERAL GOVERNO, DIVIDIDO, DEFINE HOJE A SOJA TRANSGÊNICA
20/09 GERAL TRANSGÊNICOS: DECISÃO DE LULA SAI ATÉ 2.ª FEIRA
19/09 GERAL GOVERNADOR PEDE A LULA DEFINIÇÃO SOBRE
TRANSGÊNICO
18/09 GERAL GREENPEACE FAZ PROTESTO NO SUL
17/09 NACIONAL GOVERNO GARANTE DRU E PERDE IMPOSTO SOBRE
HERANÇA
17/09 NACIONAL IMPASSE DO ICMS DEVE SER RESOLVIDO SÓ NO SENADO
17/09 AGRÍCOLA TESTES GEHAKA
16/09 FÓRUM DE DEBATES SAÚDE E TRANSGÊNICOS
14/09 GERAL AGRICULTORES PROTESTAM CONTRA TRANSGÊNICOS
13/09 GERAL EM BRASÍLIA, ACAMPAMENTO ANTITRANSGÊNICO
13/09 GERAL MANIFESTAÇÃO POR TRANSGÊNICOS FECHA ESTRADA NO
SUL
13/09 NACIONAL MST DE RIBEIRÃO PROMOVE MARCHA DE PROTESTO HOJE
12/09 GERAL TRANSGÊNICOS: ONGS EXIGEM ESTUDO AMBIENTAL
11/09 GERAL ENTRA EM VIGOR 1.º ACORDO DE CONTROLE DE OGMS
402
11/09 GERAL IMPASSE SOBRE TRANSGÊNICOS IRRITA DEPUTADOS
10/09 GERAL PROJETO SOBRE BIOTECNOLOGIA NÃO CHEGARÁ AO
CONGRESSO ESTA SEMANA
10/09 AGRÍCOLA ESTUDOS SOBRE ALGODÃO TRANSGÊNICO ESTÃO
ADIANTADOS NO BRASIL
09/09 ECONOMIA PROIBIDO DE IR A CANCÚN, BOVÉ VAI A CANCON
09/09 GERAL JUSTIÇA CASSA LIMINAR QUE FAVORECIA TRANSGÊNICOS
09/09 ECONOMIA GREENPEACE PREPARA-SE PARA ENTRAR NO VAREJO
09/09 GERAL BRASIL ENTRA NA BRIGA MUNDIAL POR TRANSGÊNICOS
07/09 NACIONAL RODRIGUES TRABALHA POR MINISTÉRIO DE RESULTADOS
06/09 GERAL TRANSGENIA É SOLUÇÃO PARA A ÁFRICA, DIZ CARTER
06/09 GERAL TRANSGÊNICOS: LULA PROMETE DECISÃO 'CIENTÍFICA'
05/09 FÓRUM DE DEBATES DOGMATISMO É A QUESTÃO
05/09 GERAL JUÍZES DISCUTIRÃO SOJA TRANSGÊNICA NA SEGUNDA-
FEIRA
04/09 GERAL LULA REÚNE NOVE MINISTROS PARA DISCUTIR PROJETO
SOBRE TRANSGÊNICOS
04/09 FÓRUM DOS LEITORES À MARGEM DO PROGRESSO
04/09 GERAL LULA DEFINIRÁ SE LIBERA TRANSGÊNICO NA TERÇA-FEIRA
03/09 NACIONAL DEPUTADOS PETISTAS RECORREM CONTRA SUSPENSÃO
01/09 GERAL "CINCO ANOS DE OBSCURANTISMO"
25/08 ECONOMIA FAZENDO CABEÇAS... E LEIS
24/08 NACIOANAL CAMPANHA QUER MOSTRAR QUE QUEM MANDA É LULA
22/08 GERAL LUTA SOBRE TRANSGÊNICOS FICARÁ PARA O CONGRESSO
21/08 GERAL PROJETO LIBERA TRANSGÊNICOS, MAS CRIA RESTRIÇÕES
21/08 GERAL AGRICULTORES CRITICAM TRANSFERÊNCIA DAS DECISÕES
PARA 'ESFERA POLÍTICA'
20/08 GERAL RURALISTAS DENUNCIAM ‘TRAIÇÃO’ A DEPUTADOS QUE
APROVARAM MP
20/08 GERAL SOJA TRANSGÊNICA FICARÁ PROIBIDA NA ATUAL SAFRA
19/08 GERAL LULA VAI ‘BATER MARTELO’ SOBRE TRANSGÊNICOS
18/08 FÓRUM DOS LEITORES REVOLUÇÃO VERDE
18/08 ECONOMIA TRANSTORNO GOVERNAMENTAL BIPOLAR
16/08 GERAL LIBERAÇÃO DE TRANSGÊNICOS SERIA 'DESASTRE', DIZ
FÍSICO
16/08 EDITORIAIS O PRESIDENTE E OS TRANSGÊNICOS
15/08 ESPAÇO ABERTO OS TRANSGÊNICOS E A FOME ZERO
15/08 GERAL MPF RECORRE CONTRA TRANSGÊNICOS
14/08 EDITORIAIS DECISÃO A FAVOR DO BRASIL
14/08 GERAL MINISTRA DIZ QUE NÃO LIBERA SOJA TRANSGÊNICA
14/08 GERAL MONSANTO PODERÁ ABASTECER MERCADO BRASILEIRO
A MÉDIO PRAZO
14/08 GERAL MINISTRA DIZ QUE NÃO LIBERA SOJA TRANSGÊNICA
13/08 GERAL MARINA CONSIDERA LEGÍTIMAS CRÍTICAS DE
AMBIENTALISTAS
13/08 GERAL JUÍZA LIBERA COMÉRCIO DE SOJA TRANSGÊNICA NO PAÍS
13/08 GERAL MINISTÉRIO ‘LAMENTA’ DECISÃO
12/08 GERAL ECOLOGISTAS ROMPEM SILÊNCIO E CRITICAM GOVERNO
12/08 GERAL CONGRESSO DEVE RECEBER NA 6.ª LEI DOS TRANSGÊNICOS
09/08 GERAL TRANSGÊNICOS
08/08 GERAL EUROPA NÃO DEVE BARRAR IMPORTAÇÃO DE SOJA
BRASILEIRA
06/08 GERAL FOME É QUESTÃO POLÍTICA, AFIRMA GREENPEACE
05/08 GERAL CNBB SEGUIRÁ TEXTO DO VATICANO SOBRE TRANSGÊNICOS
403
04/08 GERAL VATICANO ASSUME DEFESA DOS TRANSGÊNICOS
03/08 GERAL PRODUÇÃO DE OGMS É MOTIVO DE DISCUSSÃO DESDE OS
ANOS 70
03/08 GERAL OS TRANSGÊNICOS ESTÃO NA SUA MESA. HÁ 20 ANOS
03/08 GERAL ROTULAGEM É A SOLUÇÃO INICIAL PARA A POLÊMICA
30/07 AGRÍCOLA PANORAMA
29/07 GERAL EMPRESA DE TAIWAN EXPÕE PEIXES ORNAMENTAIS
TRANSGÊNICOS
27/07 EDITORIAIS CAEM OS MITOS DOS TRANSGÊNICOS
24/07 GERAL LULA PROMETE DECISÃO TÉCNICA SOBRE TRANSGÊNICOS
24/07 GERAL SECRETÁRIA-EXECUTIVA DA CTNBIO PEDE DEMISSÃO APÓS
QUATRO MESES
22/07 GERAL RELATÓRIO: RISCO DE TRANSGÊNICOS É BAIXO
18/07 ESPAÇO ABERTO MAIS DO MESMO?
16/07 GERAL SBPC PROTESTA CONTRA TRANSFERÊNCIA DE FUNDOS
SETORIAIS PARA MINISTÉRIOS
15/07 GERAL SBPC PROTESTA CONTRA TRANSFERÊNCIA DE FUNDOS
SETORIAIS PARA MINISTÉRIOS
15/07 GERAL OGMS
10/07 GERAL BIOTECNOLOGIA GASTA US$ 140 MI EM LOBBY NOS EUA
10/07 CIDADES BIOTECNOLOGIA GASTA US$ 140 MI EM LOBBY NOS EUA
06/07 CADERNO 2 POR QUE NÃO ME UFANO
06/07 NACIONAL TODA A REPÚBLICA QUER 'UM MINUTO' COM ELE
06/07 EDITORIAIS A EUROPA SE ABRE AOS TRANSGÊNICOS
03/07 GERAL GUERRA COMERCIAL DEVE AUMENTAR RESISTÊNCIA A
ALIMENTO MODIFICADO
03/07 GERAL INDÚSTRIA DOS EUA TAMBÉM SOFRE PRESSÃO
03/07 GERAL EUROPA AUTORIZA OS TRANSGÊNICOS, COM ROTULAGEM
02/07 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
02/07 AGRÍCOLA PRODUTOR, CAPITALIZADO, AGUARDA MOMENTO DA
VENDA
02/07 GERAL EUROPA DEVE PÔR FIM À MORATÓRIA AOS TRANSGÊNICOS
01/07 GERAL ESTADOS QUEREM LEIS MAIS SIMPLES PARA TRANSGÊNICOS
27/06 GERAL LEI DOS TRANSGÊNICOS DEVE ATRASAR
26/06 GERAL POLÊMICA SOBRE OS TRANSGÊNICOS NÃO AFETA VENDA DA
SAFRA GAÚCHA
26/06 NACIONAL STÉDILE ANUNCIA MAIS INVASÕES E CRITICA GOVERNO
26/06 GERAL GOVERNO VAI AUMENTAR LINHA DE CRÉDITO PARA SOJA
CONVENCIONAL
25/06 GERAL DIRCEU: PROIBIÇÃO A TRANSGÊNICO SERÁ CUMPRIDA
25/06 GERAL AGRICULTORES DO SUL VÃO CONTINUAR COM O PLANTIO
25/06 NACIONAL PROTESTO DO MST FECHA PEDÁGIOS NO PARANÁ
24/06 ECONOMIA DESAFIOS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL
21/06 GERAL EUA AUMENTAM PRESSÃO EM FAVOR DOS PRODUTOS
TRANSGÊNICOS
17/06 GERAL TRANSGÊNICOS
16/06 ECONOMIA MERCOSUL TRAÇA PLANOS PARA OS PRÓXIMOS 4 ANOS
14/06 GERAL CIENTISTAS DEFENDEM BIOTECNOLOGIA NACIONAL
13/06 CIDADES LULA E MARISA LETÍCIA PASSAM A DATA SEM TROCAR
PRESENTES
11/06 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
10/06 GERAL GAÚCHOS ATRIBUEM A TRANSGÊNICOS SAFRA RECORDE
COM MENOS AGROTÓXICO
10/06 EDITORIAIS EM DEFESA DOS TRANSGÊNICOS
404
06/06 GERAL 'SOMOS TODOS LADRÕES', DIZ ATIVISTA, SURPRENDENDO
PLATÉIA
04/06 GERAL MINISTRA CRITICA PRESSÃO DOS EUA PELOS
TRANSGÊNICOS
03/06 GERAL IBAMA REGULAMENTA PESQUISA COM TRANSGÊNICO
01/06 NACIONAL MINISTRO CONDENA MST POR INVADIR ÁREA DA EMBRAPA
31/05 ECONOMIA AS VANTAGENS COMPETITIVAS DA CARNE BRASILEIRA
31/05 NACIONAL MST INVADE FAZENDA DA EMBRAPA NO PARANÁ
21/05 AGRÍCOLA PANORAMA
21/05 ESPAÇO ABERTO UMA OPORTUNIDADE PARA LULA
19/05 NACIONAL PARA PPS, DIVISÃO DO PT LIMITA AÇÃO DO GOVERNO
19/05 FÓRUM DOS LEITORES VISTA GROSSA
19/05 EDITORIAIS UM PROJETO PARA OS TRANSGÊNICOS
18/05 GERAL PARECER TÉCNICO PRECISA SER ACATADO POR TODOS, DIZ
PRESIDENTE DA CTNBIO
18/05 GERAL CIENTISTAS SAEM EM DEFESA DOS TRANSGÊNICOS
15/05 GERAL MEDIDA PROVISÓRIA DOS TRANSGÊNICOS PASSA NA
CÂMARA
14/05 ECONOMIA EUA VÃO À OMC CONTRA PROIBIÇÃO DA UE AOS PRODUTOS
TRANSGÊNICOS
14/05 GERAL COMISSÃO DECIDE APROVAR EMENDA A MP DE
TRANSGÊNICO
11/05 NACIONAL DIRCEU, PALOCCI E GUSHIKEN, O TRIPÉ DO PODER
09/05 GERAL TRANSGÊNICOS SÃO SEGUROS, CONCLUI RELATÓRIO
BRITÂNICO
08/05 GERAL ASSEMBLÉIA PERNAMBUCANA APROVA TRANSGÊNICOS
07/05 GERAL AMERICANOS ACUSAM BRASIL DE BIOPIRATARIA
06/05 INTERNACIONAL KIRCHNER JÁ FAZ POSE DE PRESIDENTE ELEITO
05/05 GERAL UNIÃO EUROPÉIA ORDENA ADOÇÃO DE NORMAS COLETIVAS
05/05 GERAL ÍNDIA ADOTA ALGODÃO TRANSGÊNICO E AMPLIA DEBATE
02/05 ECONOMIA MINISTRO CRITICA CAFEICULTORES E USINEIROS
02/05 ECONOMIA CNI APÓIA ARTICULAÇÃO DE MINISTÉRIOS
01/05 GERAL MILHO TRANSGÊNICO É SEGURO PARA CONSUMO ANIMAL,
DIZ A CTNBIO
30/04 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
30/04 AGRÍCOLA PANORAMA
30/04 GERAL MCT ADIA PLANOS DE REFORMULAÇÃO PARA A CTNBIO
27/04 ECONOMIA GOVERNO DEFINE NOVO MODELO PARA EXPORTAÇÕES
26/04 GERAL TRANSGÊNICOS: SAEM REGRAS PARA A ROTULAGEM
26/04 ECONOMIA LINHA DIRETA
26/04 GERAL GOVERNO DEVE DEIXAR PARA O CONGRESSO DECISÃO
SOBRE OGMS
25/04 GERAL IBAMA MANDA APREENDER MILHO TRANSGÊNICO
24/04 GERAL AVICULTORES PERNAMBUCANOS COMPRAM MILHO
TRANSGÊNICO
23/04 AGRÍCOLA PANORAMA
23/04 AGRÍCOLA UM KI PARA DETECTAR GRÃOS TRANSGÊNICOS.
23/04 AGRÍCOLA SOJA
20/04 FÓRUM DOS LEITORES MELHORAR A PRODUÇÃO
13/04 GERAL MINISTRO QUER CIÊNCIA AO LADO DO SER HUMANO
10/04 FÓRUM DE DEBATES TEMA: AMBIENTE E TRANSGÊNICOS
09/04 GERAL TRANSGÊNICOS: CÂMARA APRESENTA 72 EMENDAS
09/04 GERAL DICO ASSUME PRESIDÊNCIA DA CTNBIO
08/04 ESPAÇO ABERTO A GLOBALIZAÇÃO E SEUS TROPEÇOS
405
07/04 ECONOMIA CEM DIAS ENCORAJADORES
06/04 CADERNO 2 POR QUE NÃO ME UFANO
06/04 ECONOMIA A AGRICULTURA EM PERIGO
05/04 FÓRUM DOS LEITORES TRANSGÊNICOS
05/04 GERAL RELATOR DE MP DOS TRANSGÊNICOS NÃO QUER EMENDA
05/04 GERAL GOVERNO COMEÇA A DEFINIR FUTURO DA CTNBIO
04/04 ESPAÇO ABERTO TRANSVERSALIDADE EM RISCO
04/04 GERAL TRANSGÊNICOS: NOVO DECRETO SAI SEGUNDA-FEIRA
04/04 GERAL ORGANIZAÇÕES LATINO-AMERICANAS AMEAÇAM
BOICOTAR O BRASIL
04/04 GERAL TRANSGÊNICOS: RÓTULOS CUSTARÃO US$ 483 MILHÕES
¾ GERAL SOJA TRANSGÊNICA: COMISSÃO ANALISA EMENDAS À MP
02/04 GERAL ESTADOS TERÃO DE PROVAR QUE SOJA É CONVENCIONAL
02/04 GERAL TRANSGÊNICOS: GAÚCHOS PROMETEM 'NÃO RECUAR'
02/04 GERAL LIVRO DEFENDE SEGURANÇA DO PRODUTO
02/04 GERAL RAÇÃO MODIFICADA
02/04 AGRÍCOLA PANORAMA
02/04 AGRÍCOLA SOJA
01/04 ECONOMIA FRANGO SEM MILHO
01/04 GERAL PARA MINISTRO, LEI DOS TRANSGÊNICOS SAI ESTE ANO
01/04 CADERNO 2 O PODER DÁ SENTIMENTO DE CULPA NO PT
31/03 ECONOMIA TRANSITORIEDADE DO TRANSGÊNICO
31/03 EDITORIAIS A MP DA SOJA TRANSGÊNICA
29/03 GERAL GOVERNO NÃO TEM LABORATÓRIOS PARA CERTIFICAÇÃO
29/03 GERAL MINISTÉRIO ESTUDA NORMAS PARA CUMPRIR MP 113
29/03 NACIONAL ‘CORREMOS RISCO DE CONDENAR O BRASIL AO ATRASO’
29/03 GERAL GAÚCHOS VÃO MANTER PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS
28/03 GERAL CONSUMIDORES AINDA TEMEM QUE PRODUTOS FAÇAM MAL
À SAÚDE
28/03 GERAL PARA ESPECIALISTAS, CONTRADIÇÕES E FALTA UMA
SOLUÇÃO DEFINITIVA
28/03 GERAL LULA LIBERA SOJA TRANSGÊNICA PARA EVITAR CRISE
27/03 GERAL MEDIDA PROVISÓRIA VAI LIBERAR SOJA TRANSGÊNICA
27/03 FÓRUM DOS LEITORES MINISTRO CONTESTA
27/03 GERAL PRESIDENTE DA CTNBIO DEIXA O CARGO CRITICANDO NOVO
GOVERNO
27/03 GERAL BRASIL DEVE SEGUIR MODELO EUROPEU
26/03 GERAL SOJA TRANSGÊNICA: PRAZO ACABOU E NADA DEFINIDO
25/03 GERAL ROBERTO FREIRE ACUSA GOVERNO DE ADOTAR POLÍTICA
'ANTITRANSGÊNICOS'
24/03 FÓRUM DE DEBATES TEMA: TRANSGÊNICOS
24/03 EDITORIAIS A ESTERILIZAÇÃO DA CTNBIO
23/03 EDITORIAIS O DINAMISMO COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO
21/03 ESPAÇO ABERTO A HERANÇA PESADA DOS TRANSGÊNICOS
21/03 GERAL MONSANTO DIZ QUE JÁ FEZ ACORDO
21/03 GERAL GOVERNO BUSCA SOLUÇÃO DURADOURA PARA PROBLEMA
DOS TRANSGÊNICOS
20/03 GERAL SEM LUCRO, AGRICULTOR DOS EUA DESISTIU DA SOJA
MODIFICADA
20/03 GERAL PROJETO DOS TRANSGÊNICOS PODE SER APRESSADO
19/03 GERAL TRANSGÊNICOS: VOTAÇÃO PODE OCORRER SÓ EM ABRIL
19/03 NACIONAL CONTAG PROMETE ONDA NACIONAL DE PROTESTOS
19/03 AGRÍCOLA AS INDEFINIÇÕES SOBRE O ASSUNTO PROSSEGUEM
19/03 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS, DESAFIO PARA O GOVERNO
406
18/03 ECONOMIA BIOTECNOLOGIA MODERNA E TRANSGÊNICOS
18/03 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
16/03 GERAL PARA CIENTISTA, SOJA MODIFICADA "É SEGURA"
16/03 GERAL TRANSGÊNICOS: DECISÃO SERÁ DOS MINISTÉRIOS
16/03 GERAL A BATALHA DOS TRANSGÊNICOS
16/03 GERAL PARA GREENPEACE, TECNOLOGIA USADA "É IMPREVISÍVEL"
14/03 GERAL TRANSGÊNICO: INDEFINIÇÃO AMEAÇA PESQUISA
CIENTÍFICA
14/03 NACIONAL MST DESTRUÍA SOJA TRANSGÊNICA. AGORA PLANTA
14/03 NACIONAL GOVERNO ARMA OPERAÇÃO PARA APAZIGUAR PMDB
13/03 GERAL COMISSÃO RECEBE HOJE PROPOSTA PARA A SAFRA DE SOJA
TRANSGÊNICA
12/03 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
12/03 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
12/03 ECONOMIA SEMENTES DA DISCÓRDIA
12/03 GERAL PRODUTORES PREPARAM DOCUMENTO DE APOIO À
ATUAÇÃO DA CTNBIO
12/03 GERAL TRANSGÊNICOS: PRECAUÇÃO OU OBSTRUÇÃO?
12/03 ESPAÇO ABERTO AS PRAGAS DA IDEOLOGIA
11/03 FÓRUM DOS LEITORES PARTIDÁRIOS DO ATRASO
10/03 GERAL DEFENSORA DOS TRANSGÊNICOS PERDE CARGO NA CTNBIO
09/03 EDITORIAIS TRANSGÊNICOS E SURREALISMO
09/03 ECONOMIA O DILEMA DO SÉCULO
09/03 ECONOMIA SECOS & MOLHADOS
08/03 GERAL BRASIL AINDA NÃO TEM LEI ESPECÍFICA PARA O SETOR
08/03 GERAL SOJA TRANSGÊNICA: ÚNICA SAÍDA É A EXPORTAÇÃO
08/03 GERAL EUA IMPÕEM RESTRIÇÕES PARA ALIMENTOS MODIFICADOS
07/03 GERAL MAIOR POLÊMICA DIZ RESPEITO AO IMPACTO AMBIENTAL
DA PLANTAÇÃO
07/03 GERAL AINDA NÃO HÁ REGISTRO DE DANOS PROVOCADOS POR
ESSES ALIMENTOS
07/03 GERAL MINISTRO JÁ DEFENDE PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS
07/03 ECONOMIA DESTAQUE
07/03 GERAL GOVERNO MANTÉM PROIBIÇÃO AOS TRANSGÊNICOS
06/03 GERAL GRUPO DE ESTUDOS DEFINE HOJE SITUAÇÃO DA SOJA
TRANSGÊNICA
06/03 EDITORIAIS A VAGAROSA MONTAGEM DO GOVERNO
03/03 ECONOMIA PRODUTOS PODEM CONTER SUBSTÂNCIAS NOCIVAS
26/02 AGRÍCOAL PANORAMA
25/02 FÓRUM DOS LEITORES TRANSGÊNICOS
24/02 ECONOMIA 'IPEA VAI RETOMAR ESPAÇO NO PLANEJAMENTO'
23/02 EDITORIAIS UM CIRCO PARA OS TRANSGÊNICOS
23/02 GERAL REVIRAVOLTA NA AGRICULTURA E NA PECUÁRIA
22/02 GERAL ASIÁTICOS INVESTEM NO ESTUDO DE TRANSGÊNICOS
21/02 GERAL PRODUTORES QUEREM LIBERAR SOJA TRANSGÊNICA
20/02 GERAL TRANSGÊNICOS: PROJETOS ESTÃO PARADOS
19/02 GERAL NOVE MINISTÉRIOS VÃO DECIDIR SOBRE TRANSGÊNICOS
19/02 GERAL MAIS DE 50% DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE SOJA É
GENETICAMENTE MODIFICADA
15/02 GERAL TRANSGÊNICOS: SEM DECISÃO NOS PRÓXIMOS 2 MESES
14/02 GERAL TRANSGÊNICOS: JUSTIÇA NEGA PEDIDO DA UNIÃO
13/02 GERAL TRANSGÊNICOS: UNIÃO QUER RECURSO SUSPENSO
09/02 EDITORIAIS A 'POLÍTICA IDEOLÓGICA' CONTRA OS TRANSGÊNICOS
07/02 ECONOMIA AGRICULTURA BRASILEIRA PODE EQUIPARAR-SE À DOS EUA
407
07/02 GERAL MINISTRO DA AGRICULTURA AGUARDA DECISÃO JUDICIAL
PARA SE MANIFESTAR
07/02 GERAL DISPUTA SOBRE TRANSGÊNICOS AINDA ESTÁ LONGE DE
ACABAR
06/02 GERAL SOJA TRANSGÊNICA: MINISTRA RECEBE PEDIDO DE ONGS
05/02 GERAL MINISTÉRIO INSISTE EM ESTUDO AMBIENTAL PARA
TRANSGÊNICOS
04/02 ECONOMIA TRANSGÊNICOS E COMPETITIVIDADE DO AGRONEGÓCIO
02/02 ECONOMIA ALCA: 'BUSH NÃO PODE DAR O QUE INTERESSA AO BRASIL'
31/01 ESPAÇO ABERTO NOVOS RUMOS NA AGRICULTURA
29/01 AGRÍCOLA TRANSGÊNICOS
29/01 AGRÍCOLA SOJA
29/01 AGRÍCOLA PLANTIOS CLANDESTINOS NO PAÍS PODEM ATRAPALHAR
VENDAS
28/01 NACIONAL ATIVISTAS ROUBAM A CENA EM PORTO ALEGRE
28/01 NACIONAL RELATOR DA ONU ELOGIA FUNDO CONTRA MISÉRIA
28/01 ECONOMIA CHINA ACEITA SOJA BRASILEIRA, POR ENQUANTO
28/01 GERAL VACA MODIFICADA PRODUZ LATICÍNIO MELHOR
27/01 GERAL UM GRANDE DEFENSOR DOS TRANSGÊNICOS
27/01 GERAL INVESTIMENTO DE R$ 1,5 MILHÃO PERMITIU AO RIO SAIR NA
FRENTE
26/01 ECONOMIA NA REGIÃO, SOJA TRANSGÊNICA JÁ É REALIDADE
26/01 NACIONAL ORGANIZADOR PREGA INSURGÊNCIA PACÍFICA CONTRA
ORDEM GLOBAL
26/01 NACIONAL REJEITADO POR LULA, BOVÉ MUDA DE TOM
24/01 GERAL EMBRAPA QUER FIRMAR PARCERIAS COM O EXTERIOR
23/01 GERAL PROJETOS DEPENDEM DAS NOVAS REGRAS
23/01 NACIONAL STÉDILE REFORÇA CORO DE BOVÉ CONTRA A ALCA
23/01 NACIONAL ATIVISTAS LANÇAM CAMPANHA MUNDIAL CONTRA
TRANSGÊNICOS
23/01 EDITORIAIS ACUSAÇÃO ABSURDA
23/01 GERAL DESAFIO DA EMBRAPA É CRIAR RENDA NO CAMPO
22/01 GERAL PARA EUA, 60% DA SOJA BRASILEIRA É TRANSGÊNICA
20/01 NACIONAL NA 3.ª EDIÇÃO, FÓRUM SOCIAL QUER SER PROPOSITIVO
11/01 GERAL ALIMENTOS MODIFICADOS: BRIGA ESQUENTA
08/01 AGRÍCOLA SOJA
07/01 ECONOMIA BIOTECNOLOGIA UNE DUPONT E BUNGE
05/01 ECONOMIA TRANSGÊNICOS
02/01 GERAL DINHEIRO EUROPEU É FEITO COM ALGODÃO TRANSGÊNICO
01/01 NACIONAL É HORA DE REVER A POLÍTICA AMBIENTAL
01/01 NACIONAL PECUÁRIA EXIGE ATENÇÃO ESPECIAL DO NOVO GOVERNO
O ESTADO DE SP 2004
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
31/12 ESPAÇO ABERTO SONHAR NÃO CUSTA
27/12 NACIONAL MARINA:'FIZ AS TRANSIGÊNCIAS QUE PODIA'
22/12 NACIONAL MP DA SOJA TRANSGÊNICA É APROVADA
12/12 CADERNO 2 PT REVISÕES
10/12 NACIONAL TRAPALHADA NO DECRETO SOBRE ARQUIVOS
10/12 NACIONAL CÂMARA APROVA MP DA SOJA TRANSGÊNICA
02/12 VIDA& O QUE É TRANSGÊNICO
01/12 AGRÍCOLA ALIMENTOS GMS: SAUDÁVEIS COMO OS CONVENCIONAIS
30/11 NACIONAL MARINA RECORRE CONTRA ALGODÃO TRANSGÊNICO
408
28/11 CADERNO 2 INTELECTUAIS PÕEM A SOCIEDADE EM XEQUE
28/11 VIDA& O BRASIL TEM CANA TRANSGÊNICA
28/11 NACIONAL 'ESTADO, COMO ESTÁ, NÃO AJUDA O POBRE'
26/11 NACIONAL NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, UMA ONDA DE
PROTESTOS CONTRA O GOVERNO
25/11 NACIONAL REQUIÃO VAI À JUSTIÇA PARA BARRAR TRANSGÊNICOS
25/11 NACIONAL PAÍS VOLTA A ENRIQUECER URÂNIO, DIZ MINISTRO
14/11 NACIONAL BASE ATROPELA MARINA E DEVE APROVAR TRANSGÊNICOS
23/11 ECONOMIA AGRODUREZA
21/11 NACIONAL JUSTIÇA LIBERA PLANTIO DE TRANSGÊNICOS NO PARANÁ
21/11 NACIONAL RECURSOS PARA SAÚDE NÃO SÃO LIBERADOS
18/11 VIDA& EVENTO DISCUTIRÁ TRANSGÊNICOS EM BRASÍLIA
18/11 ECONOMIA ADVOGADO SUGERE AO BC OLHAR EMPRESAS NÃO-
FINANCEIRAS DO GRUPO SANTOS
16/11 EDITORIAIS O ATRASO CONTRA-ATACA
15/11 EDITORIAIS NOVEMBRO VERMELHO
12/11 NACIONAL PT SE ALIA A MINISTRA PARA DERROTAR GOVERNO
12/11 CADERNO 2 ITTALA NANDI, 45 ANOS DE CARREIRA
11/11 NACIONAL PLANALTO INTERVÉM E BIOSSEGURANÇA É APROVADA
11/11 NACIONAL PERONDI É INIMIGO DOS AMBIENTALISTAS E DEFENDE
TRANSGÊNICOS
10/11 ECONOMIA CESTA BÁSICA FICA MAIS BARATA EM 15 DE 16 CAPITAIS
10/11 ECONOMIA A NOVELA DOS TRANSGÊNICOS
05/11 ECONOMIA ANISTIA FISCAL PODE SAIR POR MEIO DE TÍTULOS AO
PORTADOR
30/10 CADERNO 2 SEU INOPINADO
28/10 VIDA& EM 2007, GATO ANTIALÉRGICO!
22/10 EDITORIAIS INTROMISSÃO DEVIDA
22/10 NACIONAL RURALISTAS QUEREM MAIS PRAZO PARA COMERCIALIZAR
SOJA
20/10 AGRÍCOLA BATATA RESISTENTE AO VÍRUS DO MOSAICO: TESTES EM
CAMPO DÃO OS PRIMEIROS RESULTADOS
19/10 NACIONAL PV RECORRERÁ CONTRA TRANSGÊNICOS
17/10 ALIÁS UM MANIFESTO EXTRAVAGANTE PARA DAR VOZ ÀS
MINORIAS
17/10 ALIÁS VOCÊ COMERIA ALIMENTOS TRANSGÊNICOS?
16/10 GERAL LULA PODE MUDAR LEI DE BIOSSEGURANÇA
16/10 GERAL REQUIÃO APELA A AGRICULTORES PARA QUE NÃO
PLANTEM
16/10 EDITORIAIS MP DOS TRANSGÊNICOS É VITÓRIA DE MARINA
15/10 GERAL ESTÁ LIBERADO O PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
15/10 GERAL NO SUL, AGRICULTORES DEMONSTRAM ALÍVIO
14/10 GERAL MULTINACIONAL ADOTA ESTRATÉGIA DE ONGS
14/10 GERAL MP SAIRÁ MESMO. E MARINA TEM CRISE DE CHORO
13/11 GERAL PARAGUAI VAI PAGAR POR TRANSGÊNICOS
12/10 GERAL GAÚCHOS AGUARDAM SINAL DE CHUVA PARA PLANTAR
12/10 GERAL LULA VAI AUTORIZAR O PLANTIO DE SOJA TRANSGÊNICA
11/10 GERAL LULA NEGOCIA COM MARINA LIBERAÇÃO DE
TRANSGÊNICOS
11/10 GERAL ALHEIO AO DEBATE, SETOR CONTINUA SUAS ATIVIDADES
09/10 GERAL RELATOR ADMITE INCLUIR TRANSGÊNICOS NA MP 192
09/10 GERAL FISCALIZAÇÃO DESCARTA PRESENÇA DE TRANSGÊNICO EM
34 PRODUTOS
08/10 ECONOMIA SOJA TRANSGÊNICA: OS RISCOS DA INDEFINIÇÃO
409
08/10 ECONOMIA JURO MAIS BAIXO PARA AGRICULTURA
08/10 GERAL PROMESSA: SOLUÇÃO PARA SOJA SAI 'EM HORAS'
08/10 GERAL CÂMARA DEVE APROVAR O TEXTO QUE VEM DO SENADO
08/10 GERAL TEXTO APROVADO GANHA APLAUSOS E FORTES CRÍTICAS
08/10 GERAL HELOÍSA HELENA: 'HÁ MUITA MENTIRA SOBRE OS
TRANSGÊNICOS'
08/10 GERAL JONAS PINHEIRO: 'VAMOS TRATAR MILHÕES DE DOENTES'
07/10 GERAL SENADO APROVA A LEI DE BIOSSEGURANÇA
07/10 GERAL PRODUTORES DE SOJA DO SUL AINDA ESPERAM PELA MP
01/10 ECONOMIA VIVA O CRESCIMENTO, ABAIXO A DÍVIDA!
01/10 GERAL GOVERNO PODE EDITAR MP SÓ PARA TRANSGÊNICOS
30/09 GERAL PRODUTORES DE MT PLANTARAM SOJA E ALGODÃO
MODIFICADOS
30/09 GERAL PAI DAS LEIS AMBIENTAIS RECEBE PRÊMIO
30/09 GERAL PRODUTORES DE MT PLANTARAM SOJA E ALGODÃO
MODIFICADOS
29/09 GERAL AGRICULTORES NÃO VÃO ESPERAR LEI DOS TRANSGÊNICOS
29/09 EDITORIAIS O VAIVÉM DA MP DA SOJA
24/09 GERAL LULA AFIRMA QUE NÃO TERÁ PROBLEMAS EM EDITAR MP
22/09 GERAL MARINA DIZ QUE NÃO FOI CONSULTADA SOBRE MP DA SOJA
21/09 GERAL LULA DEVE ENFRENTAR DIVERGÊNCIAS PARA EDITAR A MP
21/09 PAINEL DE NEGÓCIOS FEIRA PARA QUEM PRETENDE VIVER ZEN EM SP
19/09 EDITORIAIS VITÓRIA DA FRONDA DO ATRASO
18/09 GERAL LULA PODE EDITAR MP DA LEI DE BIOSSEGURANÇA
18/09 GERAL SUASSUNA PEDE AO PRESIDENTE QUE ADOTE MEDIDA
17/09 GERAL "SÓ TEMOS ESSA SEMENTE PARA PLANTAR"
17/09 ESPAÇO ABERTO EU NÃO ENTENDO MAIS NADA
15/09 GERAL RS PLANTARÁ SOJA TRANSGÊNICA MESMO SEM PERMISSÃO
15/09 GERAL LEI DE BIOSSEGURANÇA SERÁ ANALISADA HOJE POR TRÊS
COMISSÕES DO SENADO
14/09 GERAL LULA DIZ QUE NÃO EDITARÁ MP PARA PLANTIO DA SOJA
14/09 EDITORIAIS A FARSA DO ESFORÇO CONCENTRADO
10/09 GERAL MINISTRO DESCARTA 'FATIAMENTO' DA LEI
09/09 GERAL GOVERNO ADMITE MP PARA SOJA TRANSGÊNICA
05/09 ECONOMIA O FUTURO DO AGRONEGÓCIO
04/09 ECONOMIA EMBARGO CHINÊS DEU PREJUÍZO DE US$ 747 MILHÕES
02/09 GERAL CTNBIO PODE LIBERAR 11 PRODUTOS TRANSGÊNICOS
01/09 GERAL DECISÃO SOBRE A CTNBIO PODE SER PUBLICADA HOJE
31/08 ECONOMIA O SENADO E A MARATONA DA SOJA
31/08 EDITORIAIS NOVA MP PARA A SOJA SE IMPÕE
28/08 GERAL GOVERNO DESCARTA NOVA MP PARA A SOJA TRANSGÊNICA
27/08 GERAL OMC PEDE PARECER DE CIENTISTAS SOBRE OS
TRANSGÊNICOS
26/08 GERAL ROTULAGEM DE OGMS É FISCALIZADA
23/08 ECONOMIA MERCADO BRASILEIRO É PRIORIDADE PARA A DUPONT
20/08 GERAL SECRETARIA VAI FISCALIZAR RÓTULOS DE TRANSGÊNICOS
14/08 EDITORIAIS TRANSGÊNICOS EM BANHO-MARIA
12/08 GERAL GOVERNO NÃO SE ENTENDE SOBRE TEXTO DA
BIOSSEGURANÇA
11/08 GERAL COMISSÃO APROVA USO DE CÉLULAS-TRONCO EM PESQUISA
04/08 ECONOMIA "DESTRAVOU"
01/08 CADERNO 2 POR QUE O GOVERNO LULA É CONSERVADOR
30/07 NACIONAL MEGAINVASÃO DO MST MOBILIZA 1.200 NO PONTAL
30/07 FÓRUM DE DEBATES TEMA: BIOSSEGURANÇA
410
29/07 GERAL COBRANÇA DE ROYALTIES CAUSA POLÊMICA
29/07 GERAL FEDERAÇÃO DO RS QUER PRORROGAR LEI SOBRE PLANTIO
28/07 GERAL FISCALIZAÇÃO DETECTA POUCA SOJA TRANSGÊNICA
27/07 EDITORIAIS 'GUERRA SANTA' CONTRA OS TRANSGÊNICOS
26/07 GERAL SÃO PAULO USA LEI ESTADUAL PARA FISCALIZAR
26/07 GERAL UM ANO DEPOIS, ROTULAGEM DE TRANSGÊNICO FICA NO
PAPEL
26/07 EDITORIAIS O AVANÇO INEXORÁVEL DOS TRANSGÊNICOS
19/07 GERAL FAO ANIMA RURALISTAS A MUDAR BIOSSEGURANÇA
19/07 GERAL GOVERNO VAI AUTORIZAR ESTUDO COM BATATA
18/07 GERAL NOS PALCOS, UMA DISCUSSÃO SOBRE DESCOBERTAS
14/07 AGRÍCOLA TRIGO TRANSGÊNICO PODE FLORESCER ATÉ 42 DIAS ANTES
DO CONVENCIONAL
11/07 GERAL O 'TRATOR' BRENTANI, UM CRIADOR DE CIENTISTAS
08/07 NACIONAL UM LANCE DE PURO TEATRO
04/07 EDITORIAIS A ABSURDA VOTAÇÃO SOBRE TRANSGÊNICOS NO TRF
02/07 EDITORIAIS A SOCIEDADE VENCE NO SENADO
30/06 GERAL TRANSGÊNICOS: DECISÃO SERÁ AVALIADA
29/06 ECONOMIA VACILAÇÃO
29/06 GERAL TRANSGÊNICOS: DECISÃO DO TRF MANTÉM POLÊMICA
29/06 GERAL ITALIANOS: BIOTECNOLOGIA SIM, INTERESSES NÃO
27/06 GERAL EUROPA AVALIA LIBERAÇÃO DE OUTRO MILHO GM
26/06 FÓRUM DE DEBATES TEMA: ECONOMIA E POLÍTICA
25/06 FÓRUM DE LEITORES DE NOVA YORK
18/06 ECONOMIA SOJA QUE IRIA PARA CHINA PODE IR PARA A EUROPA
18/06 NACIONAL LOBBY DE RURALISTAS É 'ESCANDALOSO', DIZ BOVÉ
17/06 NACIONAL MEIO AMBIENTE PERDE DIRETORA DE QUALIDADE
15/06 ECONOMIA A ESQUERDA SE MANIFESTA EM SÃO PAULO
14/06 ECONOMIA ATRAPALHANDO O BRASIL QUE DÁ CERTO
13/06 NACIONAL GRUPO SE DESDOBRA NAS COMISSÕES DA CÂMARA
09/06 GERAL LEI DE BIOSSEGURANÇA: VOTAÇÃO TERÁ DE SER RÁPIDA
09/06 FÓRUM DE DEBATES TEMA: TRANSGÊNICOS E AMBIENTE
02/06 AGRÍCOLA PICANHA LIGHT
01/06 ECONOMIA PREJUÍZO COM DEVOLUÇÃO DE CARGAS ULTRAPASSA OS
US$ 250 MILHÕES
01/06 EDITORIAIS A CIÊNCIA PRECISA PREVALECER
28/06 ESPAÇO ABERTO OS TRANSGÊNICOS E A SEMÂNTICA
26/05 GERAL ONG PROTESTA NA OMC CONTRA TRANSGÊNICOS
25/05 ECONOMIA BIOTECNOLOGIA E FOME
23/05 GERAL O QUE LEVOU A FAO A APOIAR OS TRANSGÊNICOS
23/05 GERAL UMA ANÁLISE CAUTELOSA DE DADOS CIENTÍFICOS
23/05 GERAL A ENGENHARIA GENÉTICA NÃO RESOLVE A FOME
22/05 GERAL SENADO VOTA LEI DE BIOSSEGURANÇA SEMANA QUE VEM
21/05 ECONOMIA REVOLUÇÃO BIOGENÉTICA
21/05 GERAL EMPRESAS CRIAM GENE PARA BRIGAR COM MONSANTO
21/05 GERAL LIBERADA PESQUISA DE CAMPO COM MILHO TRANSGÊNICO
20/05 GERAL AUTORIZADA PESQUISA COM BATATA TRANSGÊNICA
20/05 GERAL TRANSGÊNICOS: UNIÃO EUROPÉIA APROVA IMPORTAÇÃO
20/05 GERAL MILHO PERMITIDO PELA UE AGUARDA ANÁLISE NO BRASIL
20/05 GERAL CRONOLOGIA
19/05 GERAL FAO ANIMA RURALISTAS A MUDAR BIOSSEGURANÇA
19/05 GERAL GOVERNO VAI AUTORIZAR ESTUDO COM BATATA
19/05 AGRÍCOLA A IMPORTÂNCIA DAS PESQUISAS COM O MAMÃO
TRANSGÊNICO
411
18/05 GERAL NAVIO CONSEGUE EMBARCAR COM SOJA TRANSGÊNICA
18/05 GERAL TRANSGÊNICOS SÃO BONS, MAS BENEFICIAM POUCOS, DIZ
FAO
16/05 GERAL GREENPEACE NO BRASIL
12/05 GERAL PARANÁ DESAUTORIZA CARTA CONTRA ANVISA
12/05 GERAL CONTRA OS TRANSGÊNICOS
12/05 AGRÍCOLA CURTAS
10/05 GERAL GREENPEACE VENCE QUEDA-DE-BRAÇO E NAVIO DEIXA
PARANAGUÁ SEM SOJA
08/05 ECONOMIA O CUSTOSO MALOGRO DOS ALIMENTOS ORGÂNICOS
07/05 ECONOMIA É PIOR QUE BEBEDEIRA
07/05 GERAL PROCURADOR INSISTE EM AÇÃO NO STF CONTRA
TRANSGÊNICO
06/05 GERAL COMEÇA ESTUDO DE IMPACTO DO FEIJÃO TRANSGÊNICO NO
AMBIENTE
02/05 ECONOMIA ROTULAGEM DE OGMS: QUEM PAGARÁ POR ISSO?
NORMATIZAÇÃO CONFUSA PARA TRANSGÊNICOS EM NADA
VAI AJUDAR O CONSUMIDOR A FAZER SUA ESCOLHA
01/05 ECONOMIA DUPONT VENDE UNIDADE DE TÊXTEIS
28/04 AGRÍCOLA SANTOS E PARANAGUÁ
21/04 AGRICOLA EMBRAPA DESENVOLVE BATATA TRANSGÊNICA
21/04 GERAL INSPEÇÃO A BORDO
18/04 ECONOMIA O MERCADO, O PT E O MST
17/04 GERAL UE APLICA NOVAS REGRAS SOBRE TRANSGÊNICOS
14/04 FÓRUM DE DEBATES TEMA: REFORMA AGRÁRIA
11/04 ECONOMIA PERIGO MARCADO COM T
10/04 ESPAÇO ABERTO AS CRÍTICAS DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
03/04 ECONOMIA ENTIDADES EXIGEM DRAGAGEM NO PORTO DE PARANAGUÁ
01/04 GERAL ROTULAGEM JÁ É OBRIGATÓRIA, MAS AINDA TERÁ REGRAS
31/03 AGRÍCOLA NOTAS
30/03 ESPAÇO ABERTO PORTAS DO FUTURO
30/03 GERAL MINISTRO DIZ PODER FISCALIZAR TULO EM
TRANSGÊNICOS
27/03 ECONOMIA OS TRANSGÊNICOS E O PREÇO DO ATRASO
27/03 NACIONAL PARA FREIRE, LULA NÃO TEM PROGRAMA DE GOVERNO
24/03 AGRÍCOLA AGRISHOW COMIGO COMEÇA DIA 30 EM GOIÁS
23/03 CADERNO 2 BRASIL E O MUNDO PODEM PREJUDICAR A SUA SAÚDE
23/03 GERAL CENTRO DA FIOCRUZ VAI CRIAR ROEDORES TRANSGÊNICOS
22/03 ECONOMIA GREVE NO PORTO DE PARANAGUÁ ENTRA NO 4.º DIA
22/03 NACIONAL CONSEA PROPÕE FIM DA MP ANTIINVASÃO
19/03 GERAL MINISTRA GANHA DESTAQUE EM JORNAL INGLÊS
18/03 GERAL SITE DO IBAMA VAI REGISTRAR PESQUISA COM
TRANSGÊNICOS
17/03 GERAL EMBRAPA INICIA HOJE PLANTIO DE FEIJÃO TRANSGÊNICO
17/03 AGRÍCOLA ARGENTINOS INIBEM VENDA DE SOJA TRANSGÊNICA
12/03 GERAL IBAMA AUTORIZA PLANTIO DE FEIJÃO TRANSGÊNICO
11/03 GERAL CARGA DE SOJA TRANSGÊNICA É APREENDIDA NO PR
10/03 GERAL ADIADA EXIGÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO PARA
TRANSGÊNICOS
09/03 ECONOMIA BRASIL NÃO ESTAVA PREPARADO PARA A SAFRA, DIZ
FURLAN
07/03 GERAL AMBIENTALISTAS LEVAM CAMPANHA PARA DENTRO DO
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
07/03 GERAL EMPRESAS AGUARDAM POR LIBERAÇÃO PARA EXPLORAR O
412
LUCRATIVO MERCADO BRASILEIRO
06/03 GERAL TRANSGÊNICOS: BRITÂNICOS PEDEM MAIS EXPERIÊNCIAS
05/03 ECONOMIA PROTOCOLO SOBRE BIOSSEGURANÇA PODE AFETAR
EXPORTAÇÕES
05/03 GERAL COMO A CIÊNCIA PODE SALVAR OS POBRES DO MUNDO
02/03 GERAL "LEI NÃO PODE SER FEITA PARA ATRAPALHAR"
02/03 ECONOMIA MONSANTO CERTIFICARÁ EXPORTAÇÃO DE SOJA
01/03 FÓRUM DE DEBATES TEMA: BIOSSEGURANÇA E SAÚDE
01/03 GERAL UMA SEMANA DECISIVA PARA OS TRANSGÊNICOS NO
SENADO
29/02 ECONOMIA PAÍS PLANTA SEMENTES DE SUPERPOTÊNCIA
28/02 GERAL TRANSGÊNICOS: 1.º DIA DE RÓTULO SEM FISCALIZAÇÃO
28/02 GERAL ACORDO FIXA NORMAS RÍGIDAS PARA OGMS
24/02 ECONOMIA PREFERÊNCIA E PREÇOS DIFERENCIADOS POR
TRANSGÊNICOS
24/02 GERAL TRANSGÊNICOS POLARIZAM EVENTO NA MALÁSIA
24/02 GERAL TRANSGÊNICOS POLARIZAM EVENTO NA MALÁSIA
22/02 ECONOMIA PROTEÇÃO DE CULTIVOS IMPULSIONA MERCADO
20/02 GERAL GRÃ-BRETANHA VAI LIBERAR MILHO TRANSGÊNICO
18/02 EDITORIAIS EMERGÊNCIA NA EMBRAPA
17/02 GERAL ONGS DÃO A LULA O PRÊMIO CAPITÃO GANCHO
15/02 NACIONAL POLITIZAÇÃO DA EMBRAPA ASSUSTA CIENTISTAS
15/02 NACIONAL 'NÃO ATROPELAMOS NADA', DIZ PRESIDENTE
15/02 NACIONAL NADA SUPERA IMPACTO POSITIVO DA PESQUISA NO
AGRONEGÓCIO
/02 FÓRUM DOS LEITORES CONSERVAÇÃO DO SOLO
13/02 NACIONAL 'CUMPRIMOS NOSSO PAPEL', DIZ JOÃO PAULO
13/02 ESPAÇO ABERTO O CIPOAL DOS TRANSGÊNICOS
13/02 ESPAÇO ABERTO FOME, IDEOLOGIA E TECNOLOGIA
13/02 NACIONAL NO PERÍODO EXTRA, MENOS DE 1 PROJETO APROVADO POR
DIA
11/02 GERAL "TRANSGÊNICOS SÃO OUTRA REVOLUÇÃO"
10/02 GERAL GRÃ-BRETANHA ADIA A LIBERAÇÃO DO PLANTIO DE
TRANSGÊNICOS
10/02 GERAL CONAR SUSPENDE CAMPANHA DA MONSANTO
09/02 ECONOMIA TEMPO PERDIDO
09/02 NACIONAL CONVOCAÇÃO DESGASTOU CONGRESSO, DIZ LÍDER DO PT
08/02 FÓRUM DOS LEITORES BRUXARIA E CIÊNCIA
08/02 GERAL 'PESQUISAR E NÃO VENDER É RASGAR DINHEIRO PÚBLICO'
07/02 GERAL BIOSSEGURANÇA: OPOSIÇÃO NO SENADO QUER MUDAR LEI
06/02 EDITORIAIS 'A BRUXARIA VENCEU A CIÊNCIA'
06/02 GERAL APROVADA, LEI DE BIOSSEGURANÇA RECEBE CRÍTICAS
06/02 GERAL COMPOSIÇÃO DA CTNBIO É MAIOR PROBLEMA
05/02 NACIONAL MST FECHA 8 PEDÁGIOS NO PARANÁ
05/02 GERAL CAMUNDONGO TRANSGÊNICO PRODUZ GORDURA QUE FAZ
BEM AO CORAÇÃO
05/02 GERAL BIOSSEGURANÇA: TEXTO VAI DIRETO A PLENÁRIO
04/02 GERAL BIOSSEGURANÇA: VOTAÇÃO ADIADA E TEXTO MODIFICADO
04/02 GERAL LULA DIZ QUE GOVERNO NEGOCIOU, MAS SEM
DESCARACTERIZAR PROJETO
03/02 GERAL PROTESTO
02/02 NACIONAL CONGRESSO DEBATE PPP E CASSAÇÃO DE CALIXTO
01/02 GERAL CARGILL ENFRENTA A OPOSIÇÃO DE AMBIENTALISTAS
01/02 GERAL GRUPO CARAMURU, NOS TRILHOS DA SOJA E DO MILHO
413
31/01 GERAL MARINA MANTÉM PRESSÃO CONTRA PARECER DE REBELO
29/01 NACIONAL NA POSSE, O COMUNISTA REBELO CITA ATÉ DEUS
24/01 EDITORIAIS MELHOR DO QUE SE ESPERAVA
23/01 GERAL BIOSSEGURANÇA: MARINA QUER MUDAR TEXTO
21/01 GERAL BIOSSEGURANÇA: DISCUSSÃO ADIADA
20/01 GERAL REBELO APRESENTA MODIFICAÇÕES AO PROJETO DA LEI DE
BIOSSEGURANÇA
18/01 ECONOMIA EM MARÇO, DUPONT PASSA LYCRA À FRENTE
16/01 GERAL DIRCEU DIZ QUE PR DECIDE SOBRE TRANSGÊNICOS
14/01 EDITORIAIS CONVOCAÇÃO ESCANDALOSA
14/01 GERAL TRANSGÊNICOS: CULTIVO CRESCE 15% NO MUNDO
09/01 NACIONAL REQUIÃO INICIA REESTATIZAÇÃO DE ESTRADAS
07/01 GERAL TRANSGÊNICOS: PREÇOS FORAM MANIPULADOS?
ESTADO DE SP 2005
DATA EDITORIA NOME DO ARTIGO
30/06 ECONOMIA PARA UDR, FALTOU ABORDAR AS QUESTÕES POLÍTICAS
25/06 VIDA& EU MANTÉM PROIBIÇÃO A PLANTIO DE TRANSGÊNICOS
10/06 OPINIÃO
OS MUITOS DRAMAS QUE VÊM DE FO
RA
23/05 EDITORIAIS DESMATAMENTO ASSUSTA.
04/05 AGRÍCOLA SP JÁ PRODUZ SEMENTE E PREPARA PLANTIO DA SOJA
TRANSGÊNICA
04/05 AGRÍCOLA CAFÉ E LEITE SEM QUÍMICA E AGROTÓXICO
04/05 AGRÍCOLA GANHO MAIOR COM GRÃO CONVENCIONAL.
04/05 AGRÍCOLA LEGISLAÇÃO FEDERAL DEFINE REGRAS PARA PLANTIO
03/05 ECONOMIA TRANSGÊNICO PAGARÁ ROYALTY PELA PRODUÇÃO
03/05 ECONOMIA MERCOSUL VAI PAGAR ROYALTIES À MONSANTO
17/04 VIDA& EM FOCO, O DESCOMPASSO ENTRE IGREJA E CIÊNCIA
30/03 AGRÍCOLA CLIMA OTIMISTA MARCA AGRISHOW
30/03 AGRÍCOLA CAROL CERTIFICA SUA SOJA NÃO-TRANSGÊNICA
24/03 EDITORIAIS GOL DE PLACA
23/03 ECONOMIA MILHO TRANSGÊNICO VIRÁ DA ARGENTINA
20/03 NACIONAL PÂNICO PRÉ-REFORMA PASSA LONGE DO GRUPO DOS
ESTÁVEIS
20/03 ECONOMIA QUEBRA DE SAFRA BRUTAL FAZ PAÍS IMPORTAR MILHO
19/03 VIDA& DECISÃO IMPÕE OUTRA DERROTA A MARINA SILVA
18/03 VIDA& AQUECIMENTO AMEAÇA AGRICULTURA
13/03 ECONOMIA 'SE O GOVERNO QUISER INTERVIR, EU NÃO ME INCOMODO'
13/03 ECONOMIA SOJA TRANSGÊNICA AVANÇA NO PARANÁ
13/03 ECONOMIA EFEITO REQUIÃO AMEAÇA AGRONEGÓCIO
12/03 ESTADINHO DE ONDE VÊM CÉLULA-TRONCO E TRANSGÊNICO?
11/03 ESPAÇO ABERTO O QUE FALTA NA MESA
08/03 ECONOMIA PREJUÍZO COM ESTIAGEM INIBE INVESTIMENTOS
08/03 NACIONAL BERZOINI TEME EMBATE NO CONGRESSO
07/03 ECONOMIA NOVOS GARGALOS AMEAÇAM MEGASSAFRA
07/03 NACIONAL CANSADOS DE ESPERAR, MINISTROS PEDEM QUE LULA FAÇA
LOGO A REFORMA
06/03 CADERNO 2 POR QUE NÃO ME UFANO
06/03 VIDA& NOVA LEI DEVE DESTRAVAR PESQUISAS DE PLANTAS
IMUNES A PRAGAS
05/03 NACIONAL FONTELES QUER IR AO STF CONTRA A LEI
05/03 NACIONAL UM SEVERINO SÓ NÃO FAZ VERÃO
04/03 VIDA& ALGODÃO DO TIPO BT SERÁ O GRANDE TESTE
414
04/03 VIDA& EM NOTA, MARINA ATACA NOVAS REGRAS
04/03 ECONOMIA A DERROTA DOS ECOXIITAS
04/03 EDITORIAIS VITÓRIAS DA DEMOCRACIA
03/03 NACIONAL CÂMARA APROVA TRANSGÊNICOS E PESQUISA COM
CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS
03/03 NACIONAL CIENTISTAS CRITICAM MISTURA DE TEMAS
03/03 NACIONAL NA HORA DO VOTO, SEVERINO DEIXA O COMANDO
03/03 NACIONAL MARINA SILVA SOFRE SUA MAIOR DERROTA NO GOVERNO
02/03 AGRÍCOLA PRODUTORES DE LEITE VOLTAM A INVESTIR
01/03 ECONOMIA BIOINDÚSTRIA, NEGÓCIO DO FUTURO PARA HOJE
27/02 VIDA& 'TEMOS DIFICULDADES COM A LEGISLAÇÃO'
25/02 ECONOMIA ECOLOGISTA CRITICA BRASIL POR PERMITIR TRANSGÊNICOS
23/02 EDITORIAIS SOB NOVA DIREÇÃO
22/02 NACIONAL PETISTA ULTRALIGHT DÁ O NORTE NO SENADO
22/02 ECONOMIA UM ATAQUE AO CÂMBIO E AO JURO ALTO
19/02 ECONOMIA 'VAMOS ATENDER A TODOS', DIZ DIRETOR DA EMBRAPA
17/02 EDITORIAIS O GRANDE DERROTADO
17/02 NACIONAL BEM PIOR QUE A ENCOMENDA
10/02 NACIONAL ' MST GERA INSEGURANÇA'
09/02 NACIONAL PARA GRUPO, CHÁVEZ SUPERA LULA
09/02 NACIONAL SEM-TERRA E AMBIENTALISTAS PREPARAM AÇÃO
CONJUNTA CONTRA O AGRONEGÓCIO
½ VIDA& RISCOS DE CONTÁGIO NO DENTISTA
28/01 ESTADÃO OESTE MANCHA VAI ABRIR OS DESFILES COM O VERDE DE MATO
GROSSO
26/01 VIDA& AUTOFAGIA É UM MECANISMO NATURAL
25/01 ECONOMIA ESCOLHA DE CRESTANA É BEM RECEBIDA POR
PESQUISADORES
25/01 ECONOMIA MONSANTO PAGA US$ 1 BI POR PRODUTORA DE SEMENTE
25/01 ECONOMIA 'NÓS PLANTAMOS E OS OUTROS É QUE VÃO COLHER'
21/01 ECONOMIA AGRENCO FECHA CONTRATO COM CHINA
21/01 ECONOMIA DEMITIDOS OS REBELDES DA EMBRAPA
21/01 ECONOMIA COM AS MUDANÇAS, RODRIGUES ASSUME AS RÉDEAS DA
AGRICULTURA
20/01 VIDA& A PRESSA DO ATRASO. MARCOS SÁ CORRÊA
19/01 ECONOMIA ONGS USAM INTERNET E PALESTRAS PARA DIFUNDIR
INFORMAÇÃO
19/01 ECONOMIA DESAFIO DOS TRANSGÊNICOS É A TRANSPARÊNCIA NA
COMUNICAÇÃO
18/01 CADERNO 2 BENEDITO VAI FALAR SOBRE TRANSGÊNICOS EM NOVELA
14/01 ECONOMIA ISOLAR SOJA TRANSGÊNICA VIRA DESAFIO
14/01 ESTADÃO OESTE ENSAIOS NAS QUADRAS AGITAM A REGIÃO
13/01 ECONOMIA DUPLICIDADE NO CÂMBIO
12/01 NACIONAL SAÚDE PROPÕE CONSELHO NACIONAL DE BIOÉTICA
08/01 ESPAÇO ABERTO PARA ONDE NOS LEVA O PROGRESSO?
03/01 NACIONAL REFORMA POLÍTICA É PRIORIDADE DO GOVERNO NO
CONGRESSO EM 2005
02/01 LULA E O FÓRUM SOCIAL
415
ANEXO 3: Tabelas das categorias das seções dos jornais
A FOLHA 2000 N = 298 ESTADO 2000 N = 170
Categorias n % n %
Internacional Mundo 40 13,4 Internacional 02 1,2
Nacional Brasil 13 4,4 Nacional 03 1,8
Cidades Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
02
02
2,4
Ciência Ciência 103 34,6
Agrícola Agrofolha 33 11,1 Agrícola 11 6,5
Economia Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
12
05
5,7 Economia
Painel de
negócios
12 7,1
Opinião Opinião 37 12,4 Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
05
04
06
03
10,6
Caderno B Mais! 08 2,7 Caderno 2 04 2,4
Outros Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
01
25
03
11
07
8,1 Geral (67,1)
Informática
Estadinho
Vida&
Aliás
Feminino
114
01
01
1,2
416
A FOLHA 2001 N = 229 ESTADO 2001 N = 193
Categorias n % n %
Internacional Mundo 03 1,3 Internacional
Nacional Brasil 39 17,0 Nacional 04 2,1
Cidades Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
01
01
01
01
2,1
Ciência Ciência 103 45,0
Agrícola Agrofolha 12 5,2 Agrícola 12 6,2
Economia Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
16
01
03
8,7 Economia
Painel de
negócios
53 27,5
Opinião Opinião 17 7,4 Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
06
06
03
08
11,9
Caderno B Mais! 09 3,9 Caderno 2 05 2,6
Outros Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
01
12
02
04
06
01
01
11,8 Geral (45,6)
Informática
Estadinho
Vida&
Aliás
Feminino
Esportes
88
01
01
01
01
2,1
417
A FOLHA 2002 N = 153 ESTADO 2002 N = 131
Categorias n % n %
Internacional Mundo 03 2.0 Internacional 01 0.8
Nacional Brasil 30 19.6 Nacional 10 6.5
Cidades Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
01
0.8
Ciência Ciência 42 27.5
Agrícola Agrofolha 01 0.7 Agrícola 25 19.1
Economia Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
29
06
22.9 Economia
Painel de
negócios
12 9.2
Opinião Opinião 19 12.4 Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
04
06
02
03
11.5
Caderno B Mais! 07 4.6 Caderno 2 03 2.3
Outros Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
01
01
03
01
03
04
01
02
10.5 Geral (49.6)
Informática
Estadinho
Vida&
Aliás
Feminino
65
418
A FOLHA 2003 N = 497 ESTADO 2003 N = 512
Categorias n % n %
Internacional Mundo 02 0.4 Internacional 01 0.2
Nacional Brasil 113 22.7 Nacional 57 11.1
Cidades Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
02 0.4
Ciência Ciência 21 4.2
Agrícola Agrofolha Agrícola 23 4.5
Economia Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
247
05
01
50.9 Economia
Painel de
negócios
53 10.4
Opinião Opinião 56 11.3 Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
28
24
10
12
14.5
Caderno B Mais! 13 2.6 Caderno 2 07 1.4
Outros Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
02
03
02
08
04
06
06
07
01
7.8 Geral (57.8)
Informática
Estadinho
Vida&
Aliás
Feminino
296
419
A FOLHA 2004 N = 257 ESTADO 2004 N = 250
Categorias n % n %
Internacional Mundo 03 1.2 Internacional
Nacional Brasil 47 18.3 Nacional 34 13.6
Cidades Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
Ciência Ciência 21 8.2
Agrícola Agrofolha 01 0.4 Agrícola 11 4.4
Economia Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
131
01
51.4 Economia
Painel de
negócios
37
01
15.2
Opinião Opinião 24 9.3 Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
18
07
05
03
13.2
Caderno B Mais! 15 5.8 Caderno 2 06 2.4
Outros Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
01
02
03
06
01
01
5.4 Geral (49.2)
Informática
Estadinho
Vida&
Aliás
Feminino
123
04
02
2.4
420
A FOLHA 2005 N = 106 ESTADO 2005 N = 73
Categorias n % n %
Internacional Mundo 01 0,94 Internacional
Nacional Brasil 23 21,7 Nacional 16 21,9
Cidades Cidades
Grande SP
Norte
Sudeste
Oeste
02 2,7
Ciência Ciência 08 7,55
Agrícola Agrofolha Agrícola 07 9,6
Economia Dinheiro
Folhainvest
Fovest
Folhanegócios
37 34,9 Economia
Painel de
negócios
25 34,2
Opinião Opinião 17 16,0 Editoriais
Espaço aberto
Fórum de debates
Fórum de leitores
08 10,9
Caderno B Mais! 5 4,71 Caderno 2 02 2,7
Outros Informática
Folhinha
Folhateen
Caderno especial
Revista da Folha
Cotidiano
Ilustrada
Equilíbrio
Folha sinapse
Empregos
Turismo
14 13,2 Geral 00
Informática
Estadinho
Vida&
Aliás
Feminino
12 11,3
421
ANEXO 4: Relatório resumido da análise ALCESTE do corpus jornal
-------------------------------------
* Logiciel ALCESTE (4.5 - 01/10/99) *
-------------------------------------
Plan de l'analyse :tranj.pl ; Date : 27/ 7/**; Heure : 15:48:23
---------------------
A1: Lecture du corpus
---------------------
A12 : Traitement des fins de ligne du corpus :
N° marque de la fin de ligne :
Nombre de lignes étoilées : 2862
--------------------------
A2: Calcul du dictionnaire
--------------------------
### Utilisation du dictionnaire initial DICIN ###
Nombre de formes dans DICIN : 45733
Nombre de formes distinctes : 45749
Nombre d'occurrences : 1190673
Fréquence moyenne par forme : 26
Nombre de hapax : 19166
Fréquence maximum d'une forme : 55983
86.97% des formes de fréq. < 16 recouvrent 10.16% des occur.;
95.27% des formes de fréq. < 60 recouvrent 20.07% des occur.;
97.99% des formes de fréq. < 156 recouvrent 30.07% des occur.;
99.11% des formes de fréq. < 355 recouvrent 40.02% des occur.;
99.62% des formes de fréq. < 831 recouvrent 50.09% des occur.;
99.83% des formes de fréq. < 1926 recouvrent 60.14% des occur.;
99.91% des formes de fréq. < 7672 recouvrent 70.57% des occur.;
99.93% des formes de fréq. < 22706 recouvrent 80.85% des occur.;
99.94% des formes de fréq. < 37360 recouvrent 91.13% des occur.;
----------------------------------------------------
A3 : Liste des clés et valeurs d'analyse (ALC_CLE) :
----------------------------------------------------
K 0 Nombres en chiffre
M 2 Mots en majuscules
U 0 Mots non trouvés dans DICIN (si existe)
X 1 formes non reconnues et fréquentes
0 2 Auxiliaire ESTAR
1 2 Auxiliaire TER
2 2 Auxiliaire HAVER
3 2 Auxiliaire SER
4 2 Prépositions simples et locutions prépositives
5 2 Conjonctions et locutions conjonctives
422
6 2 Interjections
7 2 Pronoms
8 2 Numéraux
9 2 Adverbes
1 Formes non reconnues
A34 : Fréquence maximale d'un mot analysé : 3000
Nombre de mots analysés : 8456
Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 511
Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 9
Nombre d'occurrences retenues : 1153862
Moyenne par mot : 128.678700
Nombre d'occurrences analysables (fréq.> 3) : 577088 soit 50.013610%
Nombre d'occurrences supplémentaires : 576774
Nombre d'occurrences hors fenêtre fréquence : 0
-------------------------------------------
B1: Sélection des uce et calcul des données
-------------------------------------------
B11: Le nom du dossier des résultats est &&_0
B12: Fréquence minimum d'un "mot" analysé : 4
B13: Fréquence maximum d'un "mot" retenu : 9999
B14: Fréquence minimum d'un "mot étoilé" : 1
B15: Code de fin d'U.C.E. : 1
B16: Nombre d'occurrences par U.C.E. : 119
B17: Elimination des U.C.E. de longueur < 0
Fréquence minimum finale d'un "mot" analysé : 82
Fréquence minimum finale d'un "mot étoilé" : 1
Nombre de mots analysés : 1397
Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 267
Nombre total de mots : 1664
Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 9
Nombre de lignes de B1_DICB : 1673
Nombre d'occurrences analysées : 453928
-------------------------------------------
B1: Sélection des uce et calcul des données
-------------------------------------------
B11: Le nom du dossier des résultats est &&_0
B12: Fréquence minimum d'un "mot" analysé : 4
B13: Fréquence maximum d'un "mot" retenu : 9999
B14: Fréquence minimum d'un "mot étoilé" : 1
B15: Code de fin d'U.C.E. : 1
B16: Nombre d'occurrences par U.C.E. : 238
B17: Elimination des U.C.E. de longueur < 0
Fréquence minimum finale d'un "mot" analysé : 82
423
Fréquence minimum finale d'un "mot étoilé" : 1
Nombre de mots analysés : 1397
Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 267
Nombre total de mots : 1664
Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 9
Nombre de lignes de B1_DICB : 1673
Nombre d'occurrences analysées : 453928
Nombre d'u.c.i. : 2862
Nombre moyen de "mots" analysés / u.c.e. : 73.553560
Nombre d'u.c.e. : 6171
Nombre d'u.c.e. sélectionnées : 6171
100.00% des u.c.e. sont sélectionnées
Nombre de couples : 870088
--------------------
B2: Calcul de DONN.1
--------------------
Nombre de mots par unité de contexte : 66
Nombre d'unités de contexte : 6064
--------------------
B2: Calcul de DONN.2
--------------------
Nombre de mots par unité de contexte : 74
Nombre d'unités de contexte : 5964
-----------------------------------------------------
B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.1
-----------------------------------------------------
Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4
0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre
Elimination des mots de fréquence > 2400 et < 8
334 mots éliminés au hasard soit 23.98 % de la fenêtre
Nombre d'items analysables : 1058
Nombre d'unités de contexte : 6056
Nombre de "1" : 268572
-----------------------------------------------------
B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.2
-----------------------------------------------------
Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4
0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre
Elimination des mots de fréquence > 2400 et < 8
332 mots éliminés au hasard soit 23.83 % de la fenêtre
Nombre d'items analysables : 1060
Nombre d'unités de contexte : 5947
Nombre de "1" : 258226
424
----------------------------
C1: intersection des classes
----------------------------
Nom du dossier traité C:\Arquivos de programas\Alceste\&&_0\
Suffixe de l'analyse :121
Date de l'analyse :27/ 7/**
Intersection des classes RCDH1 et RCDH2
Nombre minimum d'uce par classe : 309
DONN.1 Nombre de mots par uc : 66
Nombre d'uc : 6064
DONN.2 Nombre de mots par uc : 74
Nombre d'uc : 5964
4555 u.c.e classées sur 6171 soit 73.81 %
Nombre d'u.c.e. distribuées: 5980
Tableau croisant les deux partitions :
RCDH1 * RCDH2
classe * 1 2 3 4 5 6 7
poids * 971 1044 562 605 453 1223 1122
1 970 * 796 35 28 14 37 40 20
2 915 * 45 807 15 0 2 42 4
3 697 * 4 15 457 15 38 2 166
4 451 * 19 6 1 332 2 89 2
5 419 * 7 2 20 14 325 1 50
6 1493 * 92 172 21 71 23 1036 78
7 1035 * 8 7 20 159 26 13 802
Tableau des chi2 (signés) :
RCDH1 * RCDH2
classe * 1 2 3 4 5 6 7
poids * 971 1044 562 605 453 1223 1122
1 970 * 3688 -154 -57 -95 -23 -189 -211
2 915 * -101 3751 -76 -121 -83 -167 -238
3 697 * -142 -128 2923 -55 -5 -197 13
4 451 * -51 -88 -48 2162 -35 0 -107
5 419 * -70 -90 -11 -22 3152 -113 -13
6 1493 * -148 -48 -149 -62 -103 2929 -239
7 1035 * -220 -244 -81 37 -45 -283 2831
425
Classification Descendante Hiérarchique...
Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh1) :
----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|
Cl. 1 ( 796uce) |---------------------------+
17 |--+
Cl. 2 ( 807uce) |------------------+ | |
16 |--------+ |
18 | |----------------+
Cl. 6 (1036uce) |------------------+ | |
Cl. 4 ( 332uce) |------------------------------+ |
19 |+
Cl. 3 ( 457uce) |-------+ |
13 |--------+ |
Cl. 5 ( 325uce) |-------+ | |
15 |------------------------------+
Cl. 7 ( 802uce) |----------------+
Classification Descendante Hiérarchique...
Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh2) :
----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|
Cl. 1 ( 796uce) |---------------------------+
18 |-------------------+
Cl. 2 ( 807uce) |------------------+ | |
15 |--------+ |
Cl. 6 (1036uce) |------------------+ |
19 |+
Cl. 3 ( 457uce) |-------+ |
11 |--------+ |
Cl. 5 ( 325uce) |-------+ | |
16 |--+ |
Cl. 7 ( 802uce) |----------------+ | |
17 |---------------------------+
Cl. 4 ( 332uce) |-------------------+
----------------------
C2: profil des classes
----------------------
Chi2 minimum pour la sélection d'un mot : 15.18
Nombre de mots (formes réduites) : 1664
Nombre de mots analysés : 1397
Nombre de mots "hors-corpus" : 9
Nombre de classes : 7
4555 u.c.e. classées soit 73.813000%
Nombre de "1" analysés : 269399
Nombre de "1" suppl. ("r") : 178819
426
Distribution des u.c.e. par classe...
1eme classe : 796. u.c.e.47531. "1" analysés ;31183. "1" suppl..
2eme classe : 807. u.c.e.47310. "1" analysés ;32236. "1" suppl..
3eme classe : 457. u.c.e.27731. "1" analysés ;16228. "1" suppl..
4eme classe : 332. u.c.e.20359. "1" analysés ;13055. "1" suppl..
5eme classe : 325. u.c.e.18865. "1" analysés ;11922. "1" suppl..
6eme classe : 1036. u.c.e.59047. "1" analysés ;43760. "1" suppl..
7eme classe : 802. u.c.e.48556. "1" analysés ;30435. "1" suppl..
--------------------------
Classe n° 1 => Contexte A
--------------------------
Nombre d'u.c.e. : 796. soit : 17.48 %
Nombre de "uns" (a+r) : 78714. soit : 17.56 %
Nombre de mots analysés par uce : 59.71
num effectifs pourc. chi2 identification
2 40. 76. 52.63 66.24 abastec+
22 32. 58. 55.17 57.89 acucar+
29 21. 54. 38.89 17.38 adocao
33 49. 159. 30.82 20.34 afeta+
40 186. 415. 44.82 236.73 agricola+
41 129. 534. 24.16 18.73 agricultor+
42 230.1073. 21.44 15.26 agricultur+
43 70. 120. 58.33 142.67 agronegoc+
44 38. 113. 33.63 20.96 agronom+
45 65. 168. 38.69 54.44 agropecuar+
60 107. 179. 59.78 231.19 algodao
63 89. 121. 73.55 271.06 alta
73 45. 137. 32.85 23.14 american+
74 67. 182. 36.81 49.16 americ+
82 69. 201. 34.33 41.41 anterior+
90 67. 238. 28.15 19.85 aplic+
92 47. 154. 30.52 18.81 apont+
99 241. 748. 32.22 134.90 area+
100 198. 368. 53.80 366.38 argent+
104 45. 132. 34.09 26.02 arroz+
108 48. 73. 65.75 119.90 asia+
115 95. 331. 28.70 31.19 associ+
122 77. 161. 47.83 106.61 ating+
132 219. 477. 45.91 298.75 aument+
141 93. 203. 45.81 118.31 baix+
142 25. 60. 41.67 24.67 balanc+
152 135. 188. 71.81 401.41 bilhoes
158 60. 210. 28.57 18.80 boa+
163 363.1106. 32.82 238.51 brasil+
170 31. 81. 38.27 24.73 cadeia+
171 44. 73. 60.27 94.23 cafe+
172 94. 166. 56.63 183.11 cai+
173 47. 85. 55.29 85.90 calcul+
183 47. 94. 50.00 70.40 canada
186 23. 58. 39.66 20.04 canola
197 72. 127. 56.69 139.33 carne+
207 33. 65. 50.77 50.68 cenario+
427
210 132. 403. 32.75 71.57 cerc+
212 81. 156. 51.92 132.91 certific+
216 132. 542. 24.35 20.19 cheg+
217 126. 202. 62.38 295.50 chin+
227 60. 144. 41.67 60.34 clima+
234 89. 223. 39.91 81.84 colh+
239 254.1087. 23.37 34.37 comerci+
242 60. 70. 85.71 229.55 commodit+
243 42. 115. 36.52 29.68 compan+
246 71. 146. 48.63 101.52 compet+
255 147. 278. 52.88 257.31 compr+
265 34. 57. 59.65 71.19 concorr+
299 27. 63. 42.86 28.54 contrat+
304 109. 271. 40.22 103.37 convenciona+
309 46. 83. 55.42 84.41 cooperativ+
319 172. 385. 44.68 215.75 cresc+
331 143. 563. 25.40 27.97 cultiv+
332 78. 295. 26.44 17.58 cultura+
335 164. 303. 54.13 302.33 custo+
336 38. 81. 46.91 49.56 cust+
337 97. 285. 34.04 57.81 dado+
339 30. 82. 36.59 21.15 daninha+
355 59. 114. 51.75 95.27 demand+
371 23. 56. 41.07 21.89 desempenh+
380 79. 227. 34.80 49.73 deste+
381 54. 185. 29.19 18.35 destin+
386 60. 147. 40.82 57.38 devid+
387 275.1293. 21.27 18.01 dev+
398 47. 128. 36.72 33.82 diminu+
426 46. 65. 70.77 129.87 dolar+
435 90. 246. 36.59 65.85 economia+
447 55. 98. 56.12 103.73 elev+
451 84. 252. 33.33 46.52 embrapa
457 218. 776. 28.09 73.12 empresa+
477 30. 72. 41.67 29.69 equival+
480 30. 83. 36.14 20.43 erva+
497 165. 475. 34.74 109.57 estado+
500 116. 194. 59.79 251.63 estima+
503 36. 66. 54.55 63.82 estoqu+
511 185. 500. 37.00 148.47 eua
512 101. 204. 49.51 151.97 europe+
513 172. 355. 48.45 256.15 europ+
525 44. 57. 77.19 142.74 expans+
531 194. 281. 69.04 552.13 exportac+
532 50. 77. 64.94 122.33 exportador+
533 67. 94. 71.28 192.65 export+
535 54. 140. 38.57 44.57 exterior+
536 64. 137. 46.72 83.74 extern+
552 31. 73. 42.47 32.13 feijao
566 26. 73. 35.62 16.93 firm+
580 54. 122. 44.26 62.37 fornec+
582 66. 190. 34.74 40.96 fort+
588 43. 74. 58.11 86.12 frango+
590 29. 74. 39.19 24.59 front+
603 87. 265. 32.83 46.00 ganh+
604 92. 323. 28.48 29.21 garant+
605 58. 114. 50.88 90.46 gast+
428
618 40. 115. 34.78 24.50 glob+
623 234. 997. 23.47 31.81 grand+
624 198. 385. 51.43 336.18 grao+
627 53. 128. 41.41 52.30 grosso
631 152. 230. 66.09 396.92 hectare+
633 87. 232. 37.50 67.97 herbicida+
657 174. 385. 45.19 224.07 importa+
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1557 * 57. 147. 38.78 22.22 * 7 la
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Classe n° 7 => Contexte G
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1298 98. 324. 30.25 38.41 tent+
1299 33. 63. 52.38 53.25 terapeut+
1309 192. 386. 49.74 300.19 texto+
1316 103. 320. 32.19 50.44 tom+
1324 80. 116. 68.97 216.43 tramit+
1332 101. 379. 26.65 23.30 trat+
1345 46. 74. 62.16 102.94 urgencia
1354 172. 740. 23.24 19.35 vai
1371 28. 75. 37.33 20.45 vet+
1373 33. 68. 48.53 45.50 viage+
1375 30. 75. 40.00 26.36 vice_presid+
1379 27. 66. 40.91 25.07 vincul+
457
1392 263. 372. 70.70 787.09 vot+
1400 * 472.2326. 20.29 23.63 * ao
1407 * 423.2051. 20.62 23.41 * di+
1408 * 743.4104. 18.10 7.07 * do
1411 * 525.1633. 32.15 371.10 * governo+
1412 * 779.4361. 17.86 4.62 * o
1419 * 588.3116. 18.87 10.85 * transgenic+
1425 * 18. 63. 28.57 5.29 * 0 estara
1426 * 19. 70. 27.14 4.46 * 0 estaria
1427 * 50. 206. 24.27 6.61 * 0 estava
1429 * 20. 72. 27.78 5.22 * 0 estou
1433 * 177. 787. 22.49 15.64 * 1 ter
1434 * 83. 253. 32.81 42.66 * 1 tera
1435 * 32. 140. 22.86 2.74 * 1 terao
1436 * 47. 180. 26.11 9.34 * 1 teria
1438 * 45. 168. 26.79 10.13 * 1 tinha
1444 * 61. 290. 21.03 2.51 * 2 havia
1445 * 41. 179. 22.91 3.61 * 2 houve
1448 * 334.1654. 20.19 11.98 * 3 foi
1453 * 180. 668. 26.95 47.06 * 3 sera
1455 * 95. 435. 21.84 5.94 * 3 seria
1459 * 16. 65. 24.62 2.23 * 3 sou
1461 * 55. 185. 29.73 19.53 * 4 antes-de
1463 * 74. 306. 24.18 9.78 * 4 apos
1470 * 67. 238. 28.15 19.25 * 4 depois-de
1473 * 74. 306. 24.18 9.78 * 4 durante
1480 * 340.1598. 21.28 22.85 * 4 pelo
1485 * 384.1669. 23.01 52.96 * 4 sobre
1494 * 27. 107. 25.23 4.39 * 5 desde-que
1499 * 26. 103. 25.24 4.24 * 5 logo
1504 * 59. 251. 23.51 6.37 * 5 no-entanto
1506 * 92. 383. 24.02 11.86 * 5 para-que
1508 * 56. 262. 21.37 2.72 * 5 porem
1509 * 124. 584. 21.23 6.07 * 5 porque
1524 * 31. 109. 28.44 9.03 * 6 legal
1526 * 46. 200. 23.00 4.19 * 6 vamos
1541 * 18. 69. 26.09 3.47 * 7 dele
1543 * 163. 771. 21.14 7.99 * 7 de-que
1546 * 254.1107. 22.94 28.72 * 7 ele
1555 * 64. 281. 22.78 5.52 * 7 eu
1558 * 17. 70. 24.29 2.19 * 7 lhe
1559 * 33. 135. 24.44 4.48 * 7 me
1562 * 23. 94. 24.47 3.11 * 7 minha
1565 * 595.3159. 18.84 10.72 * 7 na
1591 * 173. 892. 19.39 2.44 * 7 seu
1594 * 211.1108. 19.04 2.08 * 7 sua
1611 * 26. 67. 38.81 21.07 * 8 nove
1626 * 42. 115. 36.52 29.10 * 9 amanha
1627 * 47. 140. 33.57 25.38 * 9 anteontem
1628 * 75. 285. 26.32 15.89 * 9 antes
1636 * 27. 117. 23.08 2.48 * 9 demais
1637 * 54. 166. 32.53 26.45 * 9 dentro
1638 * 66. 313. 21.09 2.80 * 9 depois
1640 * 59. 256. 23.05 5.53 * 9 entao
1643 * 268.1417. 18.91 2.42 * 9 ja
1649 * 601.3286. 18.29 3.79 * 9 nao
1651 * 294. 914. 32.17 167.08 * 9 ontem
458
1664 * 23. 79. 29.11 7.34 * 9 tarde
1668 * 398.1546. 25.74 106.81 * *ano_4
1669 * 282. 884. 31.90 154.47 * *ano_5
1670 * 70. 325. 21.54 3.73 * *ano_6
1673 * 435.2188. 19.88 15.01 * *jor_2
Nombre de mots sélectionnés : 244
Nombre de mots marqués : 1662 sur 1664 soit 99.88%
-----------------------------------------
D1: Sélection de quelques mots par classe
-----------------------------------------
Valeur de clé minimum pour la sélection : 0
Vocabulaire spécifique de la classe 1 :
abastec+(40), acucar+(32), agricola+(186), agronegoc+(70), agropecuar+(65),
algodao(107), alta(89), area+(241), argent+(198), asia+(48), ating+(77),
aument+(219), baix+(93), bilhoes(135), brasil+(363), cafe+(44), cai+(94),
calcul+(47), canada(47), carne+(72), cenario+(33), certific+(81), chin+(126),
clima+(60), commodit+(60), compet+(71), compr+(147), concorr+(34),
convenciona+(109), cooperativ+(46), cresc+(172), custo+(164), dado+(97),
demand+(59), devid+(60), dolar+(46), economia+(90), elev+(55), empresa+(218),
estado+(165), estima+(116), estoqu+(36), eua(185), europe+(101), europ+(172),
expans+(44), exportac+(194), exportador+(50), export+(67), extern+(64),
fornec+(54), frango+(43), gast+(58), grao+(198), hectare+(152),
herbicida+(87), importa+(174), internacional+(157), intern+(79), invest+(115),
japao(45), lavoura+(73), lucr+(41), maior(260), maiores(67), medio+(40),
med+(68), menor(57), mercado+(358), milhoes(320), milh+(199),
nao_transgen+(58), negocio+(58);
Vocabulaire spécifique de la classe 2 :
alerg+(70), alia+(245), aliment+(188), altera+(64), alter+(97), animal+(213),
aplic+(84), atac+(62), bacteria+(148), biolog+(109), biotecnolog+(181),
britan+(64), bt(48), camundongo+(74), cancer+(56), capaz(47), capazes(46),
caracteri+(96), caus+(180), celul+(168), cerebr+(30), cien+(402), clon+(63),
codigo+(45), contamin+(68), control+(51), corpo(38), cruz+(77), daninha+(48),
descob+(86), desenvolv+(168), detect+(59), diferente+(82), dna+(190),
doenca+(194), dourado+(35), drog+(42), efeito+(107), eficien+(46), embri+(74),
engenharia(100), erva+(47), especie+(187), estud+(266), experiment+(112),
fabric+(64), farmac+(37), funcion+(86), genetic+(351), genom+(125), gen+(423),
human+(292), incorpor+(36), inser+(89), inseto+(103), introduz+(74),
laboratori+(111), leite(85), malaria+(35), manipul+(81), materi+(62),
mat+(35), medic+(104), metodo+(61), molecul+(90), mosquito+(33), nasc+(64),
natura+(88), natur+(130), new(35), norm+(62), nutricion+(31), obt+(104);
Vocabulaire spécifique de la classe 3 :
acao+(113), advog+(42), ambient+(211), autoridade+(41), autoriz+(137),
avali+(86), cabe+(41), comerci+(212), comiss+(203), competen+(54),
conced+(56), conclu+(62), consumidor+(182), contest+(36), cont+(45),
ctnbio+(247), decis+(219), decret+(38), defesa+(145), determin+(78),
dispens+(43), eia_rima(36), emit+(59), exig+(118), favor+(96), federa+(208),
genetica+(230), greenpeace+(95), ibama(45), idec(139), impact+(132),
instancia+(38), institut+(127), judici+(115), juiz+(99), julg+(87), junho(35),
juridic+(45), just+(190), liber+(239), licenci+(41), licenc+(24),
liminar+(86), maria(37), ministeri+(208), modificado+(196), monsanto(152),
mov+(44), naciona+(197), norma+(61), nota+(32), ogm+(63), orgao+(101),
459
parecer+(133), pedido+(92), pe+(72), portaria+(28), previ+(70), process+(100),
procurador+(46), racao(29), ready(77), realiz+(84), recife(25), recorr+(40),
recurso+(79), region+(93), regulament+(66), renov+(23), resoluc+(21),
rotul+(104), roundup(81), rr(46);
Vocabulaire spécifique de la classe 4 :
acamp+(55), acoes(38), agenci+(59), agrari+(95), alca(21), alegr+(114),
alvo+(23), assent+(62), ativis+(53), ato+(75), banco+(33), bov+(83),
campesina(45), campones+(51), capital(35), centr+(30), cerc+(82), cidade+(52),
confederacao(22), coordenador+(43), cuba+(15), democra+(36), destr+(55),
direcao(24), dirig+(32), entidade+(53), esquerd+(22), evento+(49),
famili+(54), fazend+(68), fmi(15), forum(108), franc+(89), globaliz+(33),
grupo+(74), integrante+(52), interior+(23), inva+(125), joao(60), lider+(131),
lut+(66), manifest+(99), march+(38), mcdonald+(28), milit+(64), mobiliz+(24),
movimento+(188), mst(231), multinacion+(49), mundia+(85), municip+(33),
neoliber+(29), ocup+(65), ordem(33), organizac+(83), organiz+(61),
particip+(89), pedro(44), pequen+(66), pernambuc+(27), polici+(68),
porto+(120), propriedade+(54), protest+(114), queim+(20), reform+(88),
reivindic+(29), reun+(45), rura+(117), sant+(41), sede(25), sem_terra(137),
simbol+(29), sindic+(32);
Vocabulaire spécifique de la classe 5 :
agricultor+(143), agricultur+(177), ajust+(42), assin+(111), caminhoes(27),
carga+(26), catarina(19), colh+(55), compromisso+(55), conduta(42),
contraband+(41), cultiv+(88), declar+(52), document+(40), estadu+(41),
fabiola(28), feder+(28), fiscaliz+(75), gauch+(53), governador+(100),
grosso(38), ilega+(48), legisl+(71), livre+(47), mato+(39),
medida_provisoria(156), modific+(136), mult+(21), ofici+(38), paragua+(21),
parana(122), paranaense+(53), paranagua(51), plantio+(189), plant+(131),
pmdb(67), pr(37), proib+(136), requiao(87), responsabilidade+(54), rio+(104),
roberto(101), royalties(29), rs(28), safr+(153), salvador(30), secretar+(65),
segunda_feira+(24), sement+(169), stf(21), sul(115), suprem+(27), termo+(83),
transport+(39), legaliz+(19), territori+(17), comprov+(30), prev+(51),
admit+(23), afirm+(105), aleg+(23), cobra+(24), descart+(17), dezembro(21),
direit+(36), glifosat+(19), obrig+(23), permit+(60), transgenia(23), vet+(17),
armazen+(14), eduardo(16);
Vocabulaire spécifique de la classe 6 :
acha+(114), amazon+(62), aprend+(49), art+(61), autor+(76), br(37), bush(35),
coisa+(119), com+(109), conceit+(41), conhec+(176), curso(44), ecolog+(78),
economic+(141), educ+(76), ensin+(45), escola+(72), escrev+(62), fal+(138),
filosof+(44), fisic+(47), floresta+(47), fome(127), f+(431), gente(69),
guerra+(63), historia+(81), home+(97), humanidade+(48), ideia+(115),
imagin+(62), instituic+(73), internet(55), jorna+(70), jove+(41), lado+(93),
livro+(132), modern+(75), mod+(81), mud+(91), mulher+(49), mundo(293),
nac+(61), obra+(55), parec+(106), pens+(148), perceb+(49), pessoa+(247),
planeta+(50), pobr+(93), populac+(116), povo+(53), professor+(124),
profiss+(55), revoluc+(52), seculo+(88), site+(47), sociedade+(160), sr(42),
tema+(136), tempo+(182), velh+(47), vida+(162), visao(51), viv+(94),
antig+(39), claro(79), consci+(39), desafi+(52), etc(36), etic+(53),
fest+(35), forma(157), intelectual+(43), interess+(159), nessa(72),
oferec+(72), opin+(97), pergunt+(58);
Vocabulaire spécifique de la classe 7 :
acord+(83), aldo(92), alencar(73), amaral(28), aprov+(252), articul+(43),
assunto+(174), bancada(91), biosseg+(328), brasilia(278), camara(319),
cargo(46), casa+(206), celulas_tronco+(89), civil(182), congress+(268),
460
conselh+(104), constituciona+(32), contrari+(122), convers+(71), convoc+(43),
coorden+(74), decid+(116), defend+(157), deputad+(310), derrot+(44),
dirceu(147), discut+(105), diverg+(54), d+(167), edit+(80), edi+(69),
emend+(55), envi+(96), fernando(83), fina+(111), gabeira+(51), gestao(37),
govern+(38), inacio(176), jose(217), lei+(333), luiz(199), lula(343),
marina(269), materia+(64), medid+(113), meio_ambiente(309), ministr+(465),
mp(51), oposic+(55), palaci+(105), palavr+(76), palocci(26), parlament+(134),
partid+(123), past+(39), pauta+(73), pcdob+(58), petista+(58), pfl+(35),
planalt+(182), plenar+(86), pmdb+(73), poder+(143), politica+(226),
posic+(137), presidencia+(87), presidente+(435), projeto+(396),
proposta+(170), provisor+(36), pt+(222);
Mots outils spécifiques de la classe 1 :
estao(183), haver(28), havera(35), conforme(29), de(789), em(685), para(700),
segundo(300), apenas(147), enquanto(91), mais-do-que(35), no-entanto(59),
alto(33), ue(30), alem-disso(43), este(71), no(663), nos(350), nossos(31),
poucos(27), bilhao(45), milhao(53), quatro(44), acima(29), atras(16), ja(281),
a(782), ano+(445), brasil(424), dos(556), os(650), pais+(409), produto+(419),
r(128);
Mots outils spécifiques de la classe 2 :
tiveram(21), ha(278), sao(404), sendo(86), ser(365), seria(99), seriam(36),
sido(74), com(628), dentro-de(16), em-vez-de(23), por(521), assim-como(29),
embora(56), entretanto(30), por-isso(33), que(753), algum(46), alguma(35),
algumas(68), alguns(88), aqueles(19), com-que(35), cujo(21), delas(27),
elas(65), eles(150), essas(91), esse(179), esses(124), nenhum(53),
nenhuma(42), outra(102), outras(119), outros(143), quais(45), tais(22),
todas(70), varios(61), primeiro(91), tres(88), ainda(219), bastante(28), em-
geral(23), exatamente(28), mal(55), provavelmente(14), c(23);
Mots outils spécifiques de la classe 3 :
estava(36), havia(55), apesar-de(25), apos(48), desde(52), ainda-que(24),
ate-que(17), caso(110), qualquer(52), cinco(36), seis(24), anteontem(35), ate-
a(13), da(434), pela+(223), transgenic+(419);
Mots outils spécifiques de la classe 4 :
estavam(15), houve(24), eram(16), foi(167), foram(81), alem-de(27),
contra(160), durante(59), sem(100), sob(23), vamos(32), onde(56), proprio(21),
varias(24), dez(20), dois(58), mil(66), oito(14), alem(27), tarde(20);
Mots outils spécifiques de la classe 5 :
estado(142), estara(14), terao(25), teriam(9), tinham(14), serao(31),
ate(73), de-acordo-com(32), desde-que(15), mesmo-que(9), legal(20), ate-o(32),
soja+(272);
Mots outils spécifiques de la classe 6 :
estamos(66), estar(59), estou(28), tem(415), temos(103), tendo(20), era(148),
somos(25), sou(31), entre(290), fora(38), menos(156), assim(125), como(646),
como-se(53), ja-que(31), mas(538), nem(111), ou(463), pois(102), portanto(56),
quando(226), quanto(121), se(657), tal(49), tanto(90), tao(106), ai(63),
basta(33), bom(84), certo(50), algo(72), alguem(28), a-que(30), cada(122),
certa(20), dele(28), deles(48), ela(169), em-que(133), essa(236), esta(377),
eu(140), isso(266), la(57), lhe(22), me(73), mesmo(215), meu(52), minha(48),
muitas(60), muitos(85), nada(107), ninguem(66), nossa(70), nosso(85),
outro(150), o-que(298), o-que-e(37), por-que(56), pouco(102), qual(88),
quem(135), que-se(142), seu(262), seus(199), si(33), sua(306), suas(134),
toda(86), todo(133), todos(184), tudo(121), voce(87), sete(25), terceiro(39),
461
um(789), afinal(39), agora(147), ali(31), ao-contrario(29), aqui(71),
bem(136), entao(92), hoje(228), longe(25), mais(614), melhor(103), muito(239);
Mots outils spécifiques de la classe 7 :
estaria(19), ter(177), tera(83), teria(47), tinha(45), sera(180), antes-
de(55), depois-de(67), pelo(340), sobre(384), logo(26), para-que(92),
porem(56), porque(124), de-que(163), ele(254), na(595), nove(26), amanha(42),
antes(75), demais(27), dentro(54), depois(66), ontem(294), pior(13), ao(472),
di+(423), do(743), governo+(525), o(779);
Mots étoilés spécifiques de la classe 1 :
*ano_3(113);
Mots étoilés spécifiques de la classe 2 :
*ano_2(239), *art_0074(2), *jor_1(500);
Mots étoilés spécifiques de la classe 3 :
*ano_1(136);
Mots étoilés spécifiques de la classe 5 :
*ano_4(220);
Mots étoilés spécifiques de la classe 6 :
*ano_6(98);
Mots étoilés spécifiques de la classe 7 :
*ano_5(282), *jor_2(435);
--------------------------
D1: Tri des uce par classe
--------------------------
Clé sélectionnée : A
1306 161 mas o #exportador #brasileiro tem de agir rapido na busca de
#certificados, diz galvao. saldo #paulista. as #exportacoes do #agronegocio
#paulista #somaram #us 6, 20 #bilhoes no ano #passado, com #aumento de 13, 6
#porcento em #relacao ao #periodo #anterior. as #importacoes #atingiram #us 3,
55 #bilhoes, com #queda de 7, 6 #porcento. o saldo #total foi de #us 2, 65
#bilhoes, com #alta de 64 #porcento. participacao no #total. os #dados sao do
instituto de #economia #agricola iea e mostram que a participacao do
#agronegocio #nas #exportacoes #totais do estado #subiu de 28 #porcento, em
2000, para 30 #porcento em 2001. #nas/ #importacoes, houve #queda de 15
#porcento para 14 #porcento no #periodo. agregacao de #valor. as #exportacoes
#paulistas do #agronegocio mostram uma #alta #taxa de #valor agregado. #pelos
menos 82 #porcento do #valor #total das #receitas obtidas no ano #passado #nas
#vendas #externas veio de produtos #industrializados. #mercado #externo.
#baixas em nova york e altas em chicago. assim operou ontem o #mercado de
#commodities #agricolas nos #eua. em nova york, os #destaques foram as
#reducoes de #precos do #acucar 4, 65 #porcento e cacau 2, 21 #porcento. em
chicago, a soja #subiu 0, 87 #porcento, e o farelo, 1, 19 #porcento.
1152 133 o vaivem das #commodities. #valor da #producao. o #total da
#producao #agropecuaria do parana ficou em r 14, 7 #bilhoes no ano #passado,
com #crescimento de 23, 3 #porcento em #relacao #aos r 11, 9 #bilhoes de 2000.
o #crescimento e o #maior nos #ultimos quatro anos e ocorre #devido a
diversificacao de #producao no estado e #aos bons #precos dos produtos
#agricolas no ano #passado. #destaque para soja e #milho. os #dados foram
462
anunciados por gilka cardoso andretta, do deral. os #destaques do #periodo
ficaram para soja e #milho, que, juntos, #somaram r 4, 5 #bilhoes, o
correspondente a 31, 5 #porcento do #valor #total da #producao do estado. o
#frango veio a #seguir, com r 1, 2 bilhao. boas perspectivas. o #valor da
#producao volta a ter #forte #crescimento #neste ano. a previsao e que a
#producao do estado atinja r 17, 9 #bilhoes, com avanco de 22 #porcento sobre
os #valores do ano #passado. a soja #devera participar com r 4, 1 #bilhoes; o
#milho, com r 2 #bilhoes; e o #frango, com r 1, 3 bilhao. o #trigo entra na
lista dos #destaques #neste ano, com r 856 #milhoes. #mercado #externo. as
#exportacoes do #agronegocio #mantiveram a mesma #tendencia das semanas
#anteriores. as #receitas com soja #cairam 4 #porcento #neste #mes sobre
agosto de 2001, e as de #carne #subiram 2, 3 #porcento no #periodo.
#importacoes #crescem. os #gastos com #importacoes estao #crescendo #neste
#mes em #relacao ao mesmo #periodo de 2001.
1444 126 o vaivem das #commodities. apetite chileno. o chile #mantem a
lideranca #nas #importacoes de #carne bovina in natura do brasil. ate outubro,
foram 91 mil #toneladas, 31 #porcento mais-do-que no mesmo #periodo de 2002.
ja a lideranca #nas #importacoes de #carne #industrializada fica com o reino
#unido 56 mil #toneladas, #seguido dos #eua 47 mil. bom #mes. os #dados sao da
abiec, que mostra que outubro foi um #periodo muito-bom para as #vendas
#externas #brasileiras. o #valor do #mes #passado #atingiu #us 144 #milhoes e
#superou em 73 #porcento o de outubro de 2002. nos dez primeiros #meses #deste
ano, as #exportacoes #totais de #carne #somaram 653 mil #toneladas, no #valor
de #us 1, 19 bilhao. participacao no #cafe. a grande safra de #cafe sustenta a
participacao #brasileira em 31, 5 #porcento no #mercado #externo. nos 12
#meses ate outubro, as #exportacoes #somaram 26, 7 #milhoes de #sacas, com
#receitas de #us 1, 5 bilhao. colombia e vietna nao tem grandes avancos no
#mercado #externo, diz guilherme braga, do cecafe. #precos em #alta. os
#precos dos produtos #agricolas #pagos #aos #produtores #subiram 0, 91
#porcento nos #ultimos 30 dias terminados em 7 #deste #mes, segundo #dados do
instituto de #economia #agricola. nelson martin, coordenador da pesquisa, diz
que batata, cebola e tomate lideram as altas. #exportacoes vencem. o ritmo das
#exportacoes esta bem mais acentuado do que o das #importacoes. o siscomex
mostra que as #exportacoes de soja e de #carnes #subiram 60 #porcento #neste
#mes sobre 2002. as #importacoes de #trigo, apenas 9 #porcento.
4921 125 #produtor, capitalizado, aguarda momento da #venda. com #produtores
capitalizados, #manter a soja tem sido a opcao da maioria, em-vez-de
converte_la rapidamente em dinheiro. isso e reflexo dos otimos #negocios
feitos #nas safras #anteriores. tao positivos que seduziram #produtores, que
#optaram pela soja em-vez-de outros #graos. isso #garantiu o #aumento da #area
plantada na safra atual que, junto com os #ganhos de #produtividade,
#garantira um novo #recorde de #producao. segundo a #companhia nacional de
#abastecimento, em 1994/ 95 a #produtividade da soja #brasileira foi de 2. 221
#quilos/ #hectare. em 2001/ 2002 esse #valor foi de 2. 679 kg/ ha, um #aumento
de 21 #porcento. segundo #estimativas do instituto #brasileiro de geografia e
estatistica, a #producao de soja #devera #crescer 20, 30 #porcento com
#relacao a safra passada, com um #recorde de 50, 56 #milhoes de #toneladas. a
previsao e a de-que, #neste ano, as #exportacoes #brasileiras de soja
totalizem 21 #milhoes de #toneladas, um #crescimento de 30 #porcento. #receita
cambial segundo #dados da secretaria de comercio #exterior, divulgados pela
#associacao #brasileira das #industrias de #oleos vegetais, a #receita cambial
#gerada pelo complexo soja entre janeiro e #maio #somou #us 2, 87 #bilhoes, ou
10, 6 #porcento das #exportacoes #totais #brasileiras no #periodo. em #maio do
ano #passado, o complexo soja foi responsavel por 8, 2 #porcento das
#exportacoes #totais do brasil. as grandes questoes agora sao, portanto, como
#manter esses #numeros, o-que esbarra em questoes muito mais complexas que as
condicoes #climaticas.
463
4173 123 quem mais reclama e a franca e a inglaterra, por sua vez os paises
que mais #importam transgenicos dos #eua, disse miyamoto. a #argentina comecou
a plantar transgenicos ha cinco anos e #aumentou sua #produtividade em mais de
50 #porcento. agora esta #exportando para o #mercado #europeu, que era do
brasil. a #exportacao #brasileira, entretanto, so #cresceu nos #ultimos anos.
o pais #exportou em 2001 o #volume #recorde de #us 5, 296 #bilhoes em complexo
de soja #grao, farelo e #oleo, ante #us 4, 197 #bilhoes no ano #anterior e #us
3, 732 #bilhoes, em 1999. um #crescimento de 11 #porcento ainda e #esperado
para 2002. entre os dez #principais #compradores, oito sao paises #europeus,
o-que favorece a tese de nicho de #mercado. o pais ainda e o segundo #maior
#produtor mundial de soja, atras dos #eua e a frente da #argentina. mais de 5
#milhoes de agricultores, em 13 paises, plantaram 52, 6 #milhoes de #hectares
de transgenicos no ano #passado um #crescimento de 19 #porcento em #relacao a
2000, segundo #dados do #servico #internacional para a aquisicao de aplicacoes
de agrobiotecnologia. os #maiores #produtores sao #eua, #argentina, #canada e
#china. h. e.
1764 121 em algumas #regioes, como em cuiaba, o #preco do #milho teve #queda
acumulada de 46 #porcento no #periodo. o #peso da lei. a #adocao da soja
transgenica nos #estados #unidos e mais lenta do que na #argentina. so 81
#porcento dos #norte_americanos #optaram #pelos transgenicos ate agora, contra
99 #porcento dos #argentinos. o cumprimento rigoroso da lei de royalties nos
#eua, que #gera #custos #maiores para os #produtores, e responsavel por esse
#crescimento #menor. um mix. analistas dizem que a cobranca de royalties pela
soja transgenica no brasil se o plantio for permitido nos proximos anos tera
de ser mais flexivel do que nos #eua. a fiscalizacao por-aqui nao e tao
intensiva e os #custos elevados podem afugentar os #produtores. caminho de-
fora. as #receitas com #carnes continuam boas. #dados da secex mostram que
#neste #mes o #setor arrecadou 13 #porcento mais-do-que no mesmo #periodo do
ano #passado. ja as #exportacoes de soja #perderam ritmo, e as #receitas
#deste #mes ficaram 39 #porcento abaixo das de setembro de 2002. #importacoes
aquecidas. os #dados de ontem da secex mostraram tambem que as #importacoes de
adubos e de fertilizantes #atingiram #media diaria de #us 12, 6 #milhoes
#neste #mes, 61 #porcento mais-do-que no mesmo #mes de 2002. ja os #gastos com
#trigo #atingiram #us 6 #milhoes, com #alta de 50 #porcento sobre o ano
#passado. em #alta. o primeiro #contrato de soja #subiu 4, 1 #porcento na/
bolsa de chicago ontem, para 683, 25 centavos de #dolar por bushel 27, 2
#quilos.
5347 120 soja. novamente a soja voltou a se #destacar na pauta de
#exportacoes do brasil. #precos em #alta nos #mercados #interno e #externo,
boa safra e a desvalorizacao do real frente ao #dolar impulsionaram as
#exportacoes do complexo de soja em 2002. de #novembro de 2001 a #novembro de
2002 o complexo soja totalizou #us 5, 946 #bilhoes de #receita, quase 14
#porcento acima do #valor #registrado nos 12 #meses #anteriores. de olho nos
#ganhos, #produtores de outras culturas migraram para soja, com #destaque para
o #milho. com isso, as #estimativas de #producao da oleaginosa foram
surpreendentes. de-acordo-com o segundo #levantamento de intencao de plantio
para a safra 2002/ 2003 da conab, a safra de #graos #brasileira podera
#atingir 106, 1 #milhoes de #toneladas, um #numero #recorde e quase 10
#porcento acima da #producao da safra #anterior. a #area plantada podera
#aumentar 4, 3 #porcento, para 41, 9 #milhoes de #hectares. os #principais
ajustes com #relacao ao #levantamento #anterior se deram em soja e #milho. a
oleaginosa #seguiu como #destaque da safra, com uma #area cultivada #estimada
em 17, 93 #milhoes de #hectares, #numero #superior ao intervalo indicado no
primeiro #levantamento, entre 17, 51 #milhoes e 17, 79 #milhoes de #hectares.
a #producao #deve ficar em 47, 60 #milhoes de #toneladas, dentro do intervalo
do #ultimo relatorio e 13, 6 #porcento acima da safra 2001/ 2002, que foi de
41, 9 #milhoes de #toneladas. segundo o usda, os #estados #unidos #deverao
464
produzir 73, 20 #milhoes de #toneladas de soja em 2002/ 2003. tambem #ganharam
forca em 2002 as discussoes em torno dos transgenicos e sobre os #subsidios/
#americanos concedidos #aos seus #produtores de soja.
1313 112 ritmo #menor. os #precos #pagos #aos #produtores #paulistas sobem em
ritmo #menor #nas #ultimas semanas, conforme pesquisa do instituto de
#economia #agricola. na primeira quadrissemana #ultimos 30 dias ate dia 7, a
#alta foi de 1, 55 #porcento. no mesmo #periodo de dezembro, os #precos
apresentaram #alta de 3, 67 #porcento. #feijao lidera. o #feijao, #apesar da
safra, liderou as altas de #precos do #periodo. segundo nelson batista martin,
coordenador da pesquisa do iea, a #alta do produto foi de 34 #porcento. ja o
arroz, mesmo com a entressafra, teve #queda de 5 #porcento nos #precos #pagos
#aos agricultores. #quebra de safra. martin diz que a #alta do #feijao se
#deve as #quebras de safra #devido as chuvas #fortes em algumas #regioes
#produtoras. o #feijao e o arroz foram os alimentos de #maior pressao sobre a
inflacao de 2001. com o #aumento da safra, #espera_se uma pressao #menor
#neste ano. #trigo em #alta. os #precos do #trigo estao 10 #porcento acima dos
de ha um #mes em chicago. a previsao de uma #area #menor de cultivo nos #eua e
a retencao do produto na #argentina #pelos #produtores sao os #motivos da
#alta. safra #recorde. o #mercado #espera que o usda divulgue hoje uma safra
#recorde de 79, 6 #milhoes de #toneladas de soja para 2001/ 2. a safra
#anterior tinha sido de 75, 1 #milhoes. ja a #producao de #milho #deve ficar
em 243 #milhoes de #toneladas, contra 253 #milhoes na safra #anterior.
1928 106 o vaivem das #commodities. bom para o brasil. a #quebra de safra de
#graos na #europa vai favorecer as #exportacoes #brasileiras de #carne para o
oriente #medio. esse #mercado e disputado com a franca, que tera #custos
#maiores de #producao #devido a #quebra na safra de #milho, diz deives faria
da silva, da fnp consultoria e agroinformativos. seca na franca. o ministro da
agricultura da franca #reduziu a #estimativa de #producao de #milho para
apenas 12, 2 #milhoes de #toneladas, 25 #porcento abaixo do #volume de 2002. a
safra de #trigo #cai para 29, 9 #milhoes de #toneladas, contra a #estimativa
#anterior de 31 #milhoes. ruim para os menores. alem das oscilacoes de
#precos, as pequenas #industrias de arroz vivem um novo problema. as grandes
#industrias forcam a #alta do arroz em casca para #vender os #estoques ja
#industrializados por #precos abaixo do que os que estao sendo #pagos. as
#industrias menores nao conseguem acompanhar esse movimento e #perdem
participacao no #mercado. para cima. os #precos #pagos #aos produtos
#agricolas #ganharam forca #nas #ultimas semanas no estado de sao paulo. nos
#ultimos 30 dias, a #alta #media de #precos foi de 2, 65 #porcento, segundo
#dados do instituto de #economia #agricola. o-que sobe. nelson martin,
coordenador da pesquisa do iea, #destaca que as altas ocorrem #principalmente
nos #setores de #carnes e de #graos. a #carne de #frango ficou 13 #porcento
mais cara nos #ultimos 30 dias, enquanto #milho e soja #subiram 4 #porcento,
em #media. batata e cebola lideram as #quedas.
2364 104 335 posicoes, tambem obteve #recorde. de-novo em #alta. o #quilo do
#frango vivo voltou a #subir ontem #nas granjas do interior de sao paulo. a
#reducao na #oferta de aves para abate explica o #aumento. o #quilo da ave foi
negociado a r 1, 90, com altas de 5, 6 #porcento ontem e de 26, 7 #porcento no
#mes. safra 2005. a safra de #graos #devera #atingir 134 #milhoes de
#toneladas no proximo ano, conforme #estimativas do ibge. se #confirmado, esse
#volume #supera em 12, 3 #porcento os 119, 3 #milhoes #deste ano. em 2003, a
#producao nacional tinha sido de 123, 6 #milhoes de #toneladas. quanto sobe.
os dois lideres soja e #milho vao continuar #crescendo em #producao no proximo
ano. a safra de soja #devera #atingir 63 #milhoes de #toneladas, 28 #porcento
a mais-do-que #neste ano, quando a #producao #registrou #forte #quebra. a
#producao de #milho da safra de verao sobe para 32, 6 #milhoes de #toneladas,
com #alta de 5 #porcento. #area #maior. nos #calculos do ibge, a #area de
465
plantio #destinada #aos #graos sobre para 48, 4 #milhoes de #hectares na safra
2004/ 5, 2, 3 #porcento a mais-do-que na #anterior.
1416 103 #demanda #maior. a #demanda #maior de #milho, #devido ao #aumento de
alojamento de aves e ao incremento das #exportacoes, provocou #alta de r 3, 50
por #saca nos #ultimos 30 dias. a partir da #segunda quinzena de dezembro,
quando o #setor avicola intensifica o abate, a pressao sobre os #precos
#diminuira. alento a planta. as chuvas #registradas #nas #regioes de #milho
deram novo alento a plantacao de #milho, que vinha sofrendo com os reflexos da
seca. jose pitoli diz que essas chuvas podem #garantir #produtividade #maior,
o-que ja era descartado se o #clima continuasse seco. suino em #queda. a
#forte #concorrencia dos #produtores do rio grande do sul e o #baixo consumo
de #carne suina forcaram os frigorificos #paulistas a #baixar os #precos
ontem. a arroba da #carne #chegou a ser negociada a r 41. a #queda em #relacao
ao dia #anterior foi de 1, 48 #porcento. arroz em #alta. o #preco do arroz
voltou a #subir ontem #nas #cooperativas do sul do pais. a #saca de 50 kg do
produto em casca foi negociada a r 38, em #media. os #baixos #estoques e a
falta do #grao para o consumidor final explicam o #aumento. #neste #mes, a
#alta #media e de 9, 8 #porcento. #agronegocio #paulista. o saldo da
#agronegocio #paulista na #balanca comercial do estado foi de #us 3, 75
#bilhoes de janeiro a outubro #deste ano, com #aumento de 31 #porcento em
#relacao #aos #valores do ano #passado.
1697 103 ate agosto, o brasil #importou 93 #porcento menos leite longa vida e
63 #porcento menos leite em po, diz fernando ponchio, do cepea. com isso, o
pais economizou #us 85 #milhoes. ja as #exportacoes estao aquecidas. as
#vendas #externas de queijo #subiram 56 #porcento, e as de leite em po, 10
#porcento. menos com mais #receitas. o brasil #exportou 2, 37 #milhoes de
#sacas de #cafe em setembro, 17 #porcento menos-do-que em 2002. ja as
#receitas #subiram para #us 147 #milhoes, com #aumento de 10 #porcento sobre o
ano #passado. o #aumento das #receitas se #deve a #recuperacao dos #precos,
diz guilherme braga, do cecafe. dentro do previsto. as #exportacoes de #cafe
#deste ano #somam 18 #milhoes de #sacas, o-que #deve #garantir de 24 #milhoes
a 25 #milhoes de #sacas de janeiro a dezembro, diz braga. ja as #receitas
acumuladas ate setembro #atingem #us 1, 1 bilhao, 17, 5 #porcento mais-do-que
as do mesmo #periodo de 2002. #numeros bons. as #exportacoes de #frango em
setembro #registraram o segundo melhor #desempenho da historia. com isso, as
#vendas #deste ano ja #somam 1, 43 milhao de #toneladas, com #receita de #us
1, 3 bilhao, diz a abef. #barreira russa. por pressao dos #eua, a russia quer
estipular cota de #importacoes de #carne suina com base nos #dados dos
#ultimos cinco anos. o brasil seria #prejudicado. a abipecs ja #manteve
contato com autoridades russas sobre o assunto.
1288 101 #quebra na safra. a #china anunciou mais uma #quebra de safra. no
ano #passado, a #producao do pais ficou em 450 #milhoes de #toneladas, com
#reducao de 1, 9 #porcento. esse foi o #menor #volume desde 1995. o ministro
da agricultura do pais disse, no-entanto, que a #china continua em busca dos
500 #milhoes de #toneladas. plano de #qualidade. a organizacao #internacional
do #cafe quer desenvolver um plano global de #aumento de #qualidade do
produto. a #dificuldade, no-entanto, sera convencer a maioria dos #produtores
em #reduzir a #producao de #cafe de #baixa #qualidade, dizem os criticos do
programa. #feijao no atacado. o #feijao comeca a recuar no atacado. ontem, a
bolsa de cereais de sao paulo cotou a #saca do tipo carioquinha a r 61, em
#media, com #reducao de 7, 6 #porcento em #relacao #aos r 66 do final de
janeiro. em 30 dias, no-entanto, o produto ainda acumula #alta de 24
#porcento. ritmo #menor. as #exportacoes do #agronegocio #brasileiro estao em
ritmo #menor #neste ano. os #dados da secex de janeiro mostraram #reducao de
31 #porcento #nas #receitas com soja, 35 #porcento #nas com #acucar e 18
#porcento #nas com #cafe. as #carnes #aumentaram 32 #porcento em #relacao a
2001. #importacoes caem. as despesas com #importacoes do #agronegocio #cairam
466
mais-do-que as #receitas com #vendas. em janeiro, o brasil #gastou 23
#porcento menos-do-que em 2001 com #trigo e adubos/ e 60 #porcento menos com
#algodao.
1268 97 o vaivem das #commodities. direitos compensatorios. o parecer
provisorio do decom #departamento de defesa comercial da secex secretaria do
comercio #exterior sobre o pedido de taxacao do #algodao #importado dos #eua
por parte da abrapa #associacao #brasileira dos #produtores de #algodao,
encaminhado ontem, #deve sair em tres semanas. aliquota de #importacao. os
pedidos sao de direitos compensatorios, para corrigir a distorcao de #preco
provocada #pelos #subsidios dos #eua ao produto, e antidumping, #devido a
comercializacao da materia_prima #norte_americana no brasil com cotacoes
inferiores as praticadas internamente nos #eua. a acao inclui uma aliquota de
#importacao de 115 #porcento para o #algodao #norte_americano. #prejuizos.
segundo a abrapa, as #perdas #deste ano para o #setor podem #chegar a r 1
bilhao no brasil. como os #estados #unidos sao o segundo #maior #produtor
mundial de #algodao, #superado apenas pela #china, e nao sao grandes
consumidores, boa parte da #demanda #internacional e atendida por eles. ruim
para o #mercado #interno. o #preco do #algodao no #mercado de nova york
acumula #alta de 5, 18 #porcento #neste #mes. ja no #mercado #interno, a
cotacao do produto acumula #queda de 2, 11 #porcento no mesmo #periodo. poucas
#vendas. a #media diaria da #exportacao #brasileira de #acucar acumula #queda
de 73, 2 #porcento ate-o dia 10 #deste #mes. na mesma #tendencia de #queda
esta a #venda #externa de #cafe, com retracao de 16, 5 #porcento no #periodo,
segundo a secex. tempo para analise. a decisao da #china em relaxar
temporariamente suas #restricoes a #importacao de alimentos geneticamente
modificados, que #deveriam vigorar a partir do dia 20 #deste #mes,
4204 97 com #relacao a #receita, o #crescimento foi de 21, 2 #porcento. a
crise da vaca louca favoreceu duplamente a #ampliacao dos embarques
#brasileiros de farelo de soja, pelo #aumento da #demanda pelo produto, dada a
#preferencia pelo uso de racao de origem vegetal, e tambem pela #preferencia
#europeia em consumir o farelo #brasileiro, pelo fato de o brasil nao utilizar
#graos transgenicos. vale dizer que o incremento no #volume exportado foi
muito mais expressivo que o incremento #nas #receitas, por conta dos #baixos
#precos #internacionais dos #ultimos #meses. o #valor #medio da primeira
posicao em chicago para soja em #grao, de 3 a 20 de dezembro, comparado com
igual #periodo de 2000, teve #queda de 14 #porcento. ja os #precos #internos,
motivados #principalmente pela #demanda #externa aquecida, tiveram incrementos
com #relacao ao ano #anterior. comparando_se a #media do #preco nacional da
soja #calculado pela fipe, de 14 de #novembro a 14 de dezembro de 2000 e 2001,
houve #aumento de 37, 4 #porcento. esse #cenario favoravel atraiu #produtores
de #milho e #algodao, #ampliando a #area plantada com soja para a proxima
safra. as #estimativas da conab #apontam para uma #area plantada com soja de
15, 5 #milhoes #hectares em 2001/ 2002. soja foi o produto com #maior
#crescimento de #area. mato grosso #devera #aumentar em 13 #porcento sua #area
plantada com soja. parana e mato grosso do sul #aumentarao em 13 #porcento,
enquanto goias e bahia #devem #aumentar 20 #porcento e 32 #porcento a #area
plantada, respectivamente.
1153 94 os #dados da secex mostraram evolucao de 13 #porcento nos #gastos
com cereais; 99 #porcento nos com leite e 21 #porcento nos com #algodao. os
#gastos com adubo #cairam 20 #porcento no #periodo. #precos #paulistas. os
#precos #pagos #aos #produtores #paulistas #mantiveram #tendencia de #alta na
terceira quadrissemana #deste #mes. foi a 14 #alta consecutiva, conforme
pesquisa de #precos feita pelo instituto de #economia #agricola. a #alta
acumulada nos #ultimos 30 dias foi de 3, 37 #porcento, segundo o iea. #trigo
lidera. nelson batista martin, coordenador da pesquisa, diz que o #trigo teve
a #maior #alta do #periodo, ao ficar 24, 3 #porcento mais caro. o iea inclui
ainda entre as #maiores altas as do #frango 20 #porcento, do #milho 14
467
#porcento e do boi gordo 14 #porcento. #feijao 21 #porcento, cebola 38
#porcento e batata 40 #porcento lideraram as #baixas. safra pode ser #maior.
apos as chuvas das #ultimas semanas, as novas #estimativas de safra indicam
#producao de ate 73 #milhoes de #toneladas de soja para os #estados #unidos. a
#estimativa mais #recente do usda indica 1, 5 #milhoes de #toneladas.
comercializacao #interna. pelo menos 32 #porcento da nova safra de soja, a-que
comecara a ser plantada em outubro, ja foi comercializada, segundo a
consultoria mprado. ja a comercializacao da safra velha, a #deste ano, esta em
92 #porcento. ou seja, restam 3, 5 #milhoes de #toneladas para serem
comercializadas, segundo a consultoria. #china no #mercado. a #reducao de
#importacao de soja no primeiro semestre, #devido a indefinicao das #compras
de produtos transgenicos, fez a #china voltar ao #mercado para a #compra de
#oleos vegetais, diz a mprado.
2278 94 o vaivem das #commodities. reflexo do puxao de orelhas. comecam a
aparecer os primeiros sinais do puxao de orelhas que o governo deu nos
#produtores de alcool, ha duas semanas. pesquisa do cepea mostra que o #preco
do litro do alcool anidro #caiu 9, 14 #porcento #nas usinas na semana passada,
para r 1, 00651. ja o hidratado #caiu 2, 33 #porcento, para r 0, 86205. acima
do brasil. o vietna #superou o brasil #nas #exportacoes de castanha de caju no
ano #passado, segundo ho ngoc cam, presidente da #associacao dos #produtores
vietnamitas. o vietna #exportou 63 mil #toneladas, no #valor de #us 214
#milhoes, #perdendo apenas para a #india, que colocou 100 mil #toneladas no
#mercado mundial, diz cam. #cresce mais. segundo as autoridades vietnamitas, a
participacao do pais no #mercado mundial #crescera ainda mais. a #area
cultivada no vietna #devera #subir dos atuais 300 mil para 350 mil #hectares
em tres anos. o #principal #mercado vietnamita para as castanhas sao os
#estados #unidos 40 #porcento da safra, #seguidos de #china 20 #porcento e
#europa 20 #porcento. nova explosao. os #precos #medios recebidos #pelos
agricultores #paulistas #subiram 6, 15 #porcento na #segunda quadrissemana
#deste #mes, conforme pesquisa do instituto de #economia #agricola. e a #maior
#taxa #deste ano. verduras 49 #porcento e frutas 15 #porcento lideraram as
altas no #periodo. o-que sobe. a lideranca entre as altas ficou com o tomate,
que teve #aumento de 67 #porcento no #periodo.
2403 92 entre os fatores que #apontam para #baixos #precos do produto, alem
das anunciadas supersafras dos #estados #unidos e da #argentina, esta o
#estoque #internacional da soja, que gira hoje em-torno-de 59 #milhoes de
#toneladas #praticamente uma safra #brasileira, contra #estoques de 38
#milhoes e 30 #milhoes nos dois anos #anteriores. o parana, segundo #maior
#produtor, e um exemplo de-que os #produtores irao apostar mais uma vez na
soja. com o plantio da safra iniciado na #ultima semana, a projecao do deral e
que o estado #aumente em 4 #porcento a #area de plantio, avancando sobre
#lavouras de #milho, que terao uma #reducao de #area de 7, 3 #porcento no
estado #neste ano. o parana #devera produzir 12, 4 #milhoes de #toneladas, em
uma #area de 4, 095 #milhoes de #hectares. o #custo de #producao da soja
paranaense, de-acordo-com #numeros da ocepar organizacao das #cooperativas do
parana, sera, #neste ano, 17, 45 #porcento #superior, em #media, ao ano
#passado. esse #aumento no #custo de #producao se #deve, basicamente, a
#elevacao de insumos basicos que dependem das oscilacoes do #preco do
petroleo, cujo #valor esta em niveis #recordes acima-de #us 50 o barril.
transgenicos. oficialmente, o governo do parana admite, no maximo, 1 #porcento
de soja modificada geneticamente para a safra 2004/ 2005 e diz que havera
rigor na fiscalizacao do plantio ou comercializacao de transgenicos no estado.
#cooperativistas e #produtores, no-entanto, #estimam que entre 20 #porcento e
22 #porcento da soja paranaense nesta safra sera de sementes geneticamente
modificadas.
1358 91 o vaivem das #commodities. #vendas #externas. o #agronegocio
#brasileiro #exportou #us 28 #bilhoes ate #novembro, #us 3 #bilhoes a mais-do-
468
que em todo o ano #passado. com isso, o superavit comercial #subiu para #us
23, 5 #bilhoes, 25 #porcento maior-do-que o do mesmo #periodo de 2002. esse
saldo #supera o de #us 22, 1 #bilhoes #registrado em 1989. os #destaques. a
#balanca comercial do #agronegocio teve boas #vendas em todos os #setores:
#carnes, produtos florestais, frutas, #algodao e complexo soja. este #ultimo
ja rendeu o #recorde de #us 7, 6 #bilhoes #neste ano #devido #aos bons #precos
#internacionais do produto. os #dados sao da secretaria de #producao e
comercializacao do mapa. agricultura puxa. o bom #desempenho da agricultura
#gerou necessidade de #maiores #importacoes no #setor. segundo a consultoria
global, as #importacoes #agricolas da primeira semana #deste #mes #superaram
em 14, 7 #porcento as do mesmo #periodo de 2002, #somando #us 188 #milhoes por
dia. adubos e fertilizantes estiveram entre as altas. transgenicos.
valorizacao das pesquisas, mais cientistas na ctnbio e produtos voltados ao
#exterior sao os #principais aspectos do relatorio que regulamentara a
biotecnologia, diz o presidente da comissao de agricultura da camara, deputado
waldemir moka pmdb/ ms. por #areas. o mapa quer que o parana #adote o criterio
de #areas para declarar o estado livre de transgenicos. o termo de compromisso
de plantio de soja foi assinado por 225 #produtores, diz o mapa. mais soja. o-
mais #recente #levantamento de intencao de plantio de soja da celeres, de
uberlandia mg, mostra que a #area plantada sera ainda maior-do-que-se/ previa
em pesquisas #anteriores.
Clé sélectionnée : B
936 122 a soja da monsanto ganhou um #gene de #bacteria para #tornar_se
#resistente ao herbicida roundup, da propria empresa. a #proteina que a
#planta passa a #produzir, antes inexistente na #especie, #funciona como um
antidoto contra o veneno. ou #seja, a soja modificada #pode ser aspergida com
o herbicida. #morrem so as #ervas #daninhas. o milho da aventis recebeu outro
#gene, de outra #bacteria, para #resistir a #insetos. neste caso, a #proteina
#incorporada ao repertorio bioquimico do #vegetal e ela #mesma um veneno,
#capaz de #matar #insetos. o alvo sao as lagartas brocas de mariposas ou de
borboletas que penetram no caule. nao #existe um #corpo de #estudos
#publicados em #revistas #cientificas auditadas demonstrando que essas
#variedades facam mal a saude #humana. #testes para #identificacao de
#substancias #alergenicas conhecidas, por #exemplo, deram #resultados
negativos. para os #defensores dos transgenicos, isso e prova bastante de-que
seus adversarios nao se curvam as #evidencias #cientificas, so as proprias
crencas fundamentalistas. os adversarios dos transgenicos, por seu turno,
alegam que os #testes nao sao confiaveis porque nao tem como #detectar
#substancias #alergenicas #desconhecidas e a #engenharia #genetica,
efetivamente, esta #introduzindo #novas #substancias na cadeia #alimentar.
devolvem a acusacao de fundamentalismo, dizendo que os #biotecnologos tem fe
cega na propria #capacidade de consertar tecnologias que-se #revelem
perniciosas. a questao ambiental. nao #existem #estudos e #testes com #escala
temporal e espacial adequados para #verificar os #efeitos de todas essas
#variedades sobre o #solo e seus microrganismos, sobre populacoes de #insetos
que nao sao #pragas,
1901 113 como #funciona a #ciencia do cortar e colar. para #obter #novas
#caracteristicas ou acentuar algumas ja #existentes, como #resistencia a
#insetos ou #melhorias #nutricionais, a #estrutura #genetica da #planta e
modificada em #laboratorio de uma maneira que nao ocorreria naturalmente. ate
entre #especies #diferentes, a #engenharia #genetica possibilita a
#transferencia de #genes #presentes no nucleo da #celula de um #organismo para
outro. o #genoma ou colecao de #genes e #responsavel por-que uma #especie
continue se reproduzindo com as #mesmas #caracteristicas #estruturais. por
essa razao, todos os 6 bilhoes de #seres #humanos do planeta, mesmo com tantas
variacoes de estatura ou de-cor, por #exemplo, continuam pertencendo a
469
#especie homo sapiens. desde a #decada de 70, com a #descoberta da
recombinacao de trechos do #genoma, e #possivel cortar um pedaco de #dna e
cola_lo em outra #molecula de #dna de qualquer #organismo, permitindo ao
intruso #produzir #substancias antes #impossiveis de #serem #fabricadas pelo
hospedeiro. dai o conceito de #organismos geneticamente modificados. se
imaginarmos que o #dna e uma #molecula com a forma de uma escada em caracol ou
helice dupla, os degraus sao os #chamados pares de bases. em cada degrau, ha
duas bases adenina a e timina t e citosina c e guanina g, as-quais so se
combinam entre si. para #completar a #transferencia de #genes, ou transgenia,
um trecho da helice e rompido, e as bases sao desligadas. #transfere_se entao
uma #sequencia de outro #organismo que #seja compativel com a combinacao, ja-
que somente a se #liga com t, e c com g.
665 107 #gene do microbio e #usado em transgenicos. #pesquisa #explica como
as #pragas ganham #resistencia a #bacteria #bt. isabel gerhardt. da
#reportagem #local. a #evolucao dos #organismos e uma guerra sem fim. para
cada estrategia de ataque #desenvolvida por um, ha um #mecanismo de defesa
#criado por outro. #cientistas agora deram um #passo importante na compreensao
de como os #insetos #podem se #tornar #resistentes a toxina da #bacteria
bacillus thuringiensis popularmente conhecida como #bt, #usada tanto pela
industria #biotecnologica na producao de #plantas transgenicas #resistentes a
#insetos quanto pela agricultura #organica, como #inseticida #natural. em dois
#estudos que estao hoje na science, #pesquisadores #identificaram, num #inseto
e no verme caenorhabditis elegans, #genes que os #tornam #resistentes a acao
das toxinas do #bt. as toxinas do #bt sao, na verdade, #proteinas codificadas
pelos #genes da familia cry. #existem varias #proteinas cry, com #capacidade
de #causar #danos a #diferentes #tipos de #inseto. essas #proteinas se #ligam
a membrana do trato digestivo dos #insetos, abrindo um poro nas #celulas e
levando_as a morte. o primeiro #estudo, #feito por #cientistas dos eua e da
australia, analisou uma linhagem da lagarta_da_maca_do_algodoeiro, que-se
mostrou #resistente ao #bt em #experimentos de #laboratorio. ao #investigar
#genes de uma classe de #proteinas as caderinas localizadas na superficie das
#celulas e #envolvidas nos #mecanismos de adesao #celular, os #pesquisadores
#descobriram que, na linhagem #resistente, o #gene da caderina havia sido
interrompido por um retrotransposon #sequencia de #dna que pula de um lugar
para o outro no #genoma.
3904 100 #animais #alterados sao #usados desde anos 70. eles ja sintetizam
hormonio de crescimento e deram #origem a #novas #terapias. o #nascimento do
primeiro primata transgenico o macaco rhesus representa mais um #passo na
longa trajetoria de aprimoramento das cobaias, que ja possibilitou importantes
avancos #cientificos. #exemplo disso e a #primeira #terapia #disponivel para o
#tratamento da fibrose cistica, uma #doenca #genetica incuravel que #ataca os
pulmoes e #pode #matar. o primeiro #tratamento #eficiente so surgiu quando os
#cientistas #conseguiram #introduzir em cobaias o #gene defeituoso #causador
do problema. isso permitiu #desenvolver e #testar varias #terapias #genicas.
uma delas, ja #usada nos estados unidos, e um spray inalavel por #meio do-qual
se #introduz, periodicamente, o #gene correto nas #celulas do pulmao do
paciente. a #primeira cobaia transgenica foi #desenvolvida no inicio dos anos
70. foi um #rato com o #gene #humano para a producao de globina, #proteina
basica das hemacias, os globulos vermelhos do sangue. isso permitiu avancos no
#estudo de varias anemias. em 1978, os #cientistas #introduziram em uma cobaia
um numero maior de copias do #gene que codifica o hormonio do crescimento,
#obtendo um #camundongo duas #vezes maior que o #normal. foi o primeiro #passo
para a producao, em #escala industrial, #desse hormonio em #animais para #uso
em #seres #humanos. a maior contribuicao das cobaias transgenicas foi para o
proprio #estudo da #funcao dos #genes. isso foi #possivel com o
aperfeicoamento da tecnica do nocaute #genico, que consiste em #introduzir um
470
#gene que #substitui ou modifica um #gene da cobaia, #produzindo uma mutacao
que permite #descobrir para-que serve o #gene.
2976 93 reflexoes transgenicas. os #alimentos transgenicos poderao
representar, para a saude publica dos proximos cem anos, avanco #semelhante ao
do saneamento basico no seculo 20. a descricao da #molecula de #dna, nos anos
1950, rapidamente levou as conclusoes que #criaram as bases da transgenia: 1
das #bacterias ao homo sapiens, os #genes estao localizados entre as duas
helices da #molecula de #dna. 2 os #genes de todos os #seres #vivos tem
#estruturas #quimicas #semelhantes. a #constatacao de-que os #genes #possuem
#estruturas quimicamente identicas em todos os #seres #criou a #possibilidade
de transplanta_los de uma #especie para outra, tecnologia batizada com o nome
de #dna recombinante. ja na #decada de 1980, essas #descobertas levaram a
producao de #proteinas #humanas em #bacterias escravas: o #gene do interferon
#humano, transplantado para escherichia coli, permitiu que uma reles #bacteria
#presente nas fezes #produzisse interferon recombinante para #tratamento de
hepatites, #cancer e outras #doencas. pela #mesma tecnologia, hoje, sao
#produzidas #proteinas preciosas como a insulina, a interleucina 2 e muitas
outras. da #mesma forma, as tecnicas para #introduzir #genes #humanos no gado
leiteiro com a finalidade de #obter #proteinas de interesse #medico,
excretadas no #leite, chegam a #fase de #implantacao comercial. mas nenhuma
#aplicacao da #biotecnologia tem a abrangencia da producao de #alimentos
transgenicos. #inserir #genes #novos nos #vegetais #cria #possibilidades
concretas de #obter #plantas #resistentes as #pragas e as intemperies da
#natureza, #capazes de #produzir com mais #eficiencia e de #fabricar compostos
de interesse #medico, como #vitaminas,
796 90 #equipe #relata #nascimento de #criancas que receberam #dna de tres
individuos; tecnica tambem e #usada no brasil. eua tem bebes geneticamente
#alterados. da redacao. os #primeiros bebes geneticamente modificados ja
#existem: #nasceram no instituto de #medicina reprodutiva e #ciencias de
sa_int barnabas, #nova jersey eua. segundo #estudo #publicado na edicao de
marco da #revista #cientifica #human reproduction, 15 #criancas saudaveis
#nasceram como #resultado de um programa #experimental de #fertilizacao,
#desenvolvido nos #laboratorios do instituto norte_americano. segundo os
#cientistas, os bebes #nasceram por #meio da tecnica conhecida como
#transferencia citoplasmatica, que consiste em injetar partes do ovulo de uma
mulher doadora no ovulo de uma mulher que tenha problemas de infertilidade.
algumas mulheres sao inferteis devido ao mau #funcionamento do citoplasma do
ovulo. para combater o problema, os #medicos injetam no ovulo infertil o
citoplasma do ovulo sadio de uma outra mulher. com o citoplasma, sao injetadas
suas organelas, entre elas a mitocondria, que tem #material #genetico proprio.
#chamar os bebes de transgenicos seria, a rigor, um exagero. sao apenas 13
#genes #inseridos contra mais de 30 mil #presentes nos cromossomos do nucleo,
e eles nao #correspondem a #caracteristicas fisicas do individuo. alem do
mais, nao #existe uma outra #especie #envolvida, como na maior parte dos
#organismos considerados transgenicos. de qualquer forma, as #criancas
apresentam nao so #genes herdados de seus pais, mas tambem uma pequena
#quantidade de caracteres #geneticos procedentes da mulher doadora. segundo os
#pesquisadores, esses #genes #alteraram as #celulas que dao #origem a gametas,
ou #celulas sexuais, #podendo ser #transmitidos para outras geracoes na
linguagem tecnica, #alterou_se a linhagem germinativa.
605 89 #estudo #feito nos estados unidos #introduziu no #inseto um #gene
com #codigo de #proteina que mata plasmodio. #cientista #consegue #criar um
#mosquito #resistente a #malaria. martin enserink. da science now. motivados
por mais de 1 milhao de mortos por #malaria no mundo, a cada ano, #cientistas
tem fantasiado um #metodo definitivo para erradicar essa #doenca: #substituir
populacoes atuais de #mosquitos por outras que #sejam incapazes de #espalhar a
#doenca. dois avancos relatados num congresso em barcelona espanha #podem
471
contribuir para aproximar esse sonho da realidade. as apresentacoes foram
#feitas no terceiro congresso internacional de ecologia de vetores #organismos
que #transmitem parasitas para outros #seres #vivos. o encontro terminou no
dia 20. #inserir qualquer #gene #novo em #mosquitos tem_se mostrado dificil,
pois a tecnica empregada com moscas_das_frutas drosofilas nao #funciona. mas,
no ano passado, #pesquisadores do #laboratorio europeu de #biologia
#molecular, em heidelberg #alemanha, ja haviam anunciado a modificacao
#genetica do anopheles stephensi, uma #especie de #mosquito que #transmite a
#malaria na india no brasil, ha 12 #especies conhecidas de #mosquitos
anofelinos. a #equipe #introduziu no #genoma colecao de #genes do #mosquito um
#gene que #contem o #codigo da #proteina fluorescente #verde gfp, como e
conhecida na abreviacao em #ingles. ele e #usado apenas como marcador, ou
#seja, para comprovar que o #material #genetico #inserido de fato
#incorporou_se ao do organismo_alvo. nao tem, portanto, a #capacidade de
induzir #resistencia ao plasmodio, o parasita que #causa a #malaria. agora,
uma #equipe liderada por #marcelo jacobs_lorena, especialista em #biologia
#molecular de #insetos da case western reserve university, em cleveland ohio,
eua, #introduziu na #mesma #especie um #gene #capaz de #provocar tal
#resistencia.
3914 89 #sistema de defesa e #semelhante ao #humano. #animais modificados
#podem acelerar #pesquisas e #testes de #vacinas e #remedios. simone biehler
mateos. o rhesus ja e #usado em diversas #pesquisas. embora mais caro e
dificil de #manipular que as cobaias tradicionais, como #ratos e coelhos, esse
simio tem um #sistema imunologico muito mais proximo do #humano, sendo
suscetivel a #doencas que nao #afetam ou #afetam de forma #diferente os
roedores. e o caso da leishmaniose, sarampo, febre amarela e hepatite c. e com
#animais dessa #especie que o #medico #marcelo alves pinto, #pesquisador da
fundacao oswaldo cruz fiocruz, #estuda a #evolucao da hepatite c. os
#cientistas pretendem infectar oito rhesus adultos para #estudar como a
#doenca #evolui nos simios. se #evoluir como nos #seres #humanos, poderemos
#usa_los para #testar #vacinas e #terapias, #explica pinto. a #manipulacao
#genetica do rhesus abre a perspectiva de #transferir #genes #humanos para
esse #animal, levando_o a #desenvolver #doencas que sao exclusivas do homem.
isso ja e #feito com outras cobaias ha decadas, mas as distancias #geneticas
impoem limitacoes, que sao menores no caso dos primatas. isso #melhoraria a
eficacia dos #testes de #drogas e #vacinas contra aids. o hiv, que #causa a
aids nos #seres #humanos, embora infecte os simios, nao #provoca a sua morte.
com a #manipulacao #genetica, seria #possivel #criar rhesus com linfocitos
identicos aos do homem e que #desenvolveriam a #doenca como ele. colesterol
tambem se poderia #transferir para o rhesus o #gene #responsavel pelo
metabolismo do colesterol bom e ruim que e exclusivo do homem.
137 87 o dilema comeca ao examinarmos os #possiveis #efeitos ambientais dos
#alimentos transgenicos. se microrganismos sao #usados como pontes #geneticas,
#transmitindo #material de uma #planta a outra ou de um #animal a outro, como
#podemos nos certificar de-que esse #material nao se #espalhara para outras
#plantas ou #animais? para responder a essa questao, virologistas dos
institutos nacionais de saude nih dos eua #desenvolveram experiencia em-que um
#gene #causador de #cancer em #ratos foi transplantado para uma #bacteria, que
foi entao #implantada em outros #animais, para #observar se estes tambem
#desenvolveriam #cancer. em caso afirmativo, a experiencia provaria que o
#cancer #pode se #tornar uma #doenca contagiosa por #meio da #manipulacao
#genetica. os #cientistas comecaram errando, escolhendo uma #bacteria fragil.
por-que? porque eles nao tinham nenhum interesse em comprovar os #perigos da
#manipulacao #genetica; #existiam outros interesses em jogo politicos,
economicos e tambem de #controle da #pesquisa #cientifica. mesmo assim, a
#bacteria/ infectou alguns #animais com #cancer, segundo os nih. esses
#resultados nao foram #publicados/ em jornais #cientificos, e o jornal #the
472
#new #york #times anunciou, citando depoimento oficial/ dos nih de 1979, que
os #riscos sao menores do que o #temido. caso encerrado! experiencias/
recentes realizadas na #universidade cornell, nos eua, mostraram que larvas da
borboleta/ monarca que-se #alimentam de #plantas impregnadas com o #polen de
um #tipo de milho/ transgenico #morrem em grandes #quantidades. ainda e cedo
para saber como os #resultados se/ manifestarao fora do #laboratorio, mas o
#perigo #existe.
440 86 tecnica afasta #temor sobre #uso de antibioticos. acucar #pode
etiquetar #plantas geneticamente modificadas. isabel gerhardt. da #reportagem
#local. um dos mais fortes argumentos dos que sao contra o plantio de
transgenicos e a presenca, nos #vegetais, de #genes que conferem #resistencia
a antibioticos. preocupadas em reverter a situacao de baixa popularidade dos
#alimentos transgenicos, empresas #desenvolveram um #novo #sistema para
#substituir os antibioticos: o #uso de #moleculas de acucar. #genes de
antibioticos #funcionam como marcadores para selecao. eles servem de etiqueta
para o #gene que-se quer #introduzir na #planta, ou #seja, sao #usados para
diferenciar as #plantas transformadas das nao_transformadas. para isso,
antibioticos sao adicionados a cultura de #celulas #manipuladas, #matando as
nao_modificadas que nao #incorporaram o #gene de #resistencia ao antibiotico.
#sobrevivem somente as que foram transformadas com os #genes de interesse e de
#resistencia ao antibiotico. grupos de consumidores alegam que #testes teriam
mostrado que o #dna #genes sao #feitos de #dna #pode permanecer intacto no
intestino por alguns minutos, #sugerindo que o #gene de #resistencia ao
antibiotico poderia #transferir_se para as #bacterias do intestino. com isso,
o problema de #bacterias #resistentes a antibioticos seria cada #vez mais
agravado. #existe tambem a #possibilidade de #plantas transgenicas
#transferirem esse #gene para outras #plantas, inclusive #ervas #daninhas, por
#meio de polinizacao #cruzada troca de #polen entre #plantas de #especies
#semelhantes. colher de acucar. o-que esta sendo #testado #atualmente para
#substituir o antibiotico como agente de selecao e um #tipo especial de
acucar, #chamado de manose_6_fosfato.
3573 85 #pesquisa #cria #nova tecnica de transgenia. #estudo de #cientistas
brasileiros e #alemaes impede contagio de #plantas #naturais. herton escobar.
#cientistas brasileiros e #alemaes #desenvolveram um #novo #metodo de
modificacao #genetica de #alimentos que, alem-de mais #eficiente e pratico,
#elimina um dos principais medos dos ambientalistas com relacao aos
transgenicos tradicionais. em-vez-de #alterar o #dna do nucleo #celular, os
#pesquisadores #conseguiram pela #primeira #vez #inserir um #gene de outra
#especie no cloroplasto organela #responsavel pela fotossintese nas #celulas
#vegetais de um #fruto comestivel: o #tomate. como o #polen nao #contem
cloroplastos, nao ha #risco de os #genes #contaminarem outros #vegetais. o
#dna modificado e passado apenas da planta_mae para seus descendentes. as
#plantas carregam suas informacoes #geneticas em tres compartimentos
celulares: nucleo, mitocondria e plastidios cloroplastos. o #genoma do
cloroplasto e mais dificil de ser #manipulado, mas oferece uma maquinaria
#genetica muito mais #eficiente para a producao de #proteinas. cada #celula
#vegetal #pode ter ate cem cloroplastos, com ate cem copias do mesmo #genoma
em cada-um. uma #unica #celula de folha #pode conter ate 10 mil copias de #dna
plastidial, enquanto o nucleo tem apenas uma copia. por-isso #conseguimos
#produzir ate 50 #vezes mais #proteina pelo cloroplasto do que pelo nucleo,
#explica a #pesquisadora helaine carrer, do centro de #biotecnologia agricola
da escola superior de agricultura luiz de queiroz esalq, da #universidade de
sao paulo #usp em piracicaba. ela e o aluno de pos_graduacao irving berger
assinam com #cientistas do instituto de #biologia da #universidade de friburgo
o trabalho #publicado hoje na #revista #nature biotechnology.
382 84 #equipe #insere #gene em #inseto da #malaria. #mosquitos
transgenicos que brilham sob #luz ultravioleta abrem caminho para a
473
erradicacao da #malaria do planeta. uma #equipe de #pesquisadores no #reino
unido #conseguiu, pela #primeira #vez, #alterar por #engenharia #genetica um
#mosquito do genero anopheles, portador do parasita #causador da #malaria, um
#animal unicelular #chamado plasmodio. a #descoberta podera permitir que
#sejam #feitas outras modificacoes #geneticas no #mosquito, #criando
populacoes do #inseto incapazes de abrigar o parasita que #ataca o homem. os
sete #cientistas do #reino unido, #alemanha e grecia, liderados por andrea
crisanti, #introduziram #material #genetico #dna, acido desoxirribonucleico
#diretamente nos ovos dos #mosquitos. os #genes #inseridos deram ao #mosquito
a propriedade de brilhar debaixo-de #luz ultravioleta. os #pesquisadores
acreditam que-nem todos os #tipos de anopheles #transmitem o parasita. ao se
conhecer melhor o #material #genetico dos #mosquitos, seria #possivel enxertar
os #genes que #tornam o #inseto refratario ao plasmodio. muitos #experimentos
teriam de ser #feitos ainda antes-que-se soltasse no ambiente um #mosquito
transgenico #desse #tipo. ricardo bonalume neto, especial para a folha.
769 82 o-que sao #alimentos geneticamente modificados. cromossomos #contem
o #codigo #genetico #dna dos #organismos. neles estao os #genes, que tem as
instrucoes para a construcao dos elementos #estruturais e #funcionais
#necessarios para a vida. nos #organismos geneticamente modificados, #genes de
alguma #especie como #bacterias sao artificialmente #inseridas em outra
#plantas, por #exemplo. isso e #feito para-que o #organismo receptor tenha uma
#caracteristica ausente em sua #especie. entre os #alimentos transgenicos, o
#exemplo mais #comum e o do milho que recebe o #gene de uma #bacteria para
#produzir uma #substancia que destroi o #sistema digestivo de sua #praga,
evitando o #uso de #agrotoxicos. o #arroz #dourado e outro #tipo de #organismo
modificado geneticamente, em-que sao acrescentadas #caracteristicas para
#tornar o #alimento mais nutritivo no caso, o betacaroteno.
431 81 #pesquisadores #fabricam #vegetais #medicinais com o #uso de #genes
extraidos do homem. #plantas #humanas. isabel gerhardt. da #reportagem #local.
que ha muito os #cientistas vem #produzindo #plantas mais #resistentes a
#insetos, herbicidas e #doencas nao e novidade para aqueles que acompanham a
batalha dos transgenicos. mas que tal pensar agora em #plantas que #produzem
pedacos do #corpo #humano? nao ha razao para alarme. a ideia nao e #obter
nenhum dos monstros que povoam as visoes dos ambientalistas mais extremados
quando falam nos #possiveis maleficios do cultivo de transgenicos. nada de
#tomates #misturados com bois. o #corpo #humano e formado por uma #serie de
#substancias #proteinas, hormonios, anticorpos, enzimas #necessarias para o
seu #funcionamento. so que, algumas #vezes, #existem pessoas que nao sao
#capazes de #produzir essas #substancias na forma ou #quantidade adequadas.
normalmente, elas precisam receber essas #substancias, que sao #produzidas a
um custo muito elevado pelas industrias #farmaceuticas, na forma de
comprimidos, #remedios, injecoes. em-vez-de toma_las dessa maneira, alguem
poderia come_las #diretamente na salada, por #exemplo. talvez esse dia nao
#esteja muito distante. e que varios grupos de #pesquisa ja estao #produzindo
#proteinas e hormonios #humanos em #plantas. bem_vindo ao mundo da agricultura
#molecular ou #molecular farming, como e conhecido em #ingles o segmento da
#biotecnologia que usa #plantas para #produzir uma lista de #moleculas que
#resultam em enzimas, #vitaminas e ate mesmo em #vacinas varias delas de
#origem #humana. as companhias #farmaceuticas tradicionalmente #usam um dos
tres #metodos para #produzir essas #moleculas: fermentacao, cultura de
#celulas #humanas ou cultura de #celulas de #insetos.
1604 81 pfeifer e seus colegas decidiram repetir o #teste, acoplando entao
ao #virus um promotor uma #sequencia de #dna que #regula o #funcionamento de
outras #especifico para #celulas da pele. novamente, o #experimento deu certo:
os porquinhos exibiam o brilho #verde na pele e no focinho, mas nao no resto
do #organismo. a #equipe repetiu o #experimento em #embrioes bovinos, dos
quais 45 porcento #incorporaram o #gene da gfp ao seu #dna. nesse caso, os
474
#embrioes nao chegaram a ser #implantados numa mae de aluguel. o sucesso bem
maior-do-que o #obtido com outras tecnicas deixa pfeifer esperancoso quanto a
#possibilidade de #aplicar a tecnica a #criacao de #animais cujos orgaos
poderiam ser transplantados para #seres #humanos, ou mesmo com/ carne e #leite
mais nutritivos leia o texto abaixo, a-esquerda. outra #aplicacao importante
do/ #feito seria o desenvolvimento de bichos cujo #organismo simulasse
#doencas #humanas, numa/ #escala fisica parecida com a de #seres #humanos,
#explica o #pesquisador #alemao. porcos/ diabeticos seriam muito mais
relevantes que #camundongos, por #exemplo, #explica pfeifer. uma das
consequencias mais serias da diabetes e o aparecimento de cegueira em pessoas
de meia_idade. mas os #camundongos diabeticos nao tem nada nos olhos, afirma.
apesar dos #potenciais problemas no #uso de #virus para #transferir #genes a
#insercao num #local indesejavel poderia #causar #cancer, por #exemplo,
pfeifer diz que seus leitoes nao #sofrem #efeitos colaterais. sao saudaveis e
comem um bocado, como os porcos costumam fazer, brinca. o trabalho dos
#alemaes esta na #revista #cientifica embo reports #www.
3915 78 seria o #animal perfeito para o #estudo das #doencas
cardiovasculares. essas #pesquisas poderiam acelerar bastante o
desenvolvimento de #novas #drogas e #terapias. alem-disso, a #manipulacao
#genetica dessa #especie reabre a discussao sobre a #possibilidade de
transplantes de orgaos de #animais geneticamente modificados para #seres
#humanos. no caso do #uso de rhesus ou quaisquer outros #animais transgenicos
em transplantes, o #risco de rejeicao seria #eliminado porque se #implantaria
no #dna #desse macaco, ainda na etapa #embrionaria, um #gene #especifico do
candidato ao transplante. trata_se do #gene que codifica o #complexo de
histocompatibilidade hla. #unico em cada ser #humano exceto em gemeos
identicos, esse #gene e o encarregado de #identificar os #tecidos,
qualificando_os como proprio da pessoa ou alienigena. mas o transplante de
orgaos de #animais nao resolve todos os problemas. segundo pinto, ha o #risco
dos orgaos #estarem #contaminados por #virus que, embora inocuos nos #animais,
#podem ser letais para os #humanos. a #descoberta de um #desses #virus em
porcos com #gene #humano #funcionou como balde de agua fria nas #pesquisas com
vistas a transplantes entre #especies.
3107 77 #vegetal cru #produz #substancia do #virus da #doenca e serve de
#vacina de reforco; #teste e o primeiro em #humanos. #batata #alterada
#protege contra hepatite. #marcelo #leite. colunista da folha. esqueca as
bananas que imunizam. charles arntzen, o americano cuja ideia de #usar
#alimentos baratos para #vacinar pobres do terceiro mundo colheu carradas de
manchetes pro_transgenicos em 1998, agora so trabalha com #tomates e #batatas.
e #conseguiu, com o tuberculo, incentivar a producao de anticorpos contra o
#virus da hepatite b em pessoas. o #novo trabalho esta na #revista da academia
nacional de #ciencias dos eua, a pnas #www. pnas. #org. arntzen e seus
colaboradores do instituto de #pesquisa #vegetal boyce thompson e do instituto
de #cancer roswell park #introduziram #sequencias de #dna numa #variedade de
#batata para-que o #vegetal comecasse a #produzir pedacos de #substancias da/
capa do #virus da hepatite b hbv. deram entao porcoes de 100 g de #batata crua
para 33 voluntarios, e 19 deles passaram a #produzir mais anticorpos contra o
#virus. em 1998, arntzen e outros #pesquisadores ja haviam #obtido #resultados
similares com #batatas #capazes de induzir #reacao imunologica contra um #tipo
de diarreia #causada pela #bacteria escherichia coli e contra o colera. agora
ele mostrou que #pode #atacar um #virus carregado por 400 milhoes de pessoas
no mundo, muitas das quais nem chegam a #desenvolver os sintomas da hepatite
b. estima_se que ela #mate 1 milhao de pessoas por ano, apesar da #existencia
de uma #vacina. tumor colateral. o problema e que as pessoas infectadas
continuam a #espalhar o #virus por ai.
3409 77 empresa escocesa #utiliza #nova tecnologia para #clonar ovelhas.
#metodo e avanco na producao de #animais fornecedores de orgaos para
475
transplante. londres a empresa escocesa que ajudou a #criar a ovelha dolly
anunciou ontem que #clonou dois cordeiros a partir de #celulas geneticamente
modificadas, #usando uma tecnica que #pode representar um #passo importante
nos transplantes de orgaos de #animais para #seres #humanos. a ppl
therapeutics, de edimburgo, #inseriu um #novo #dna num ponto #especifico em
#celulas de ovelhas, fundiu essas #celulas modificadas a ovulos de ovelhas dos
quais o nucleo havia sido retirado e #produziu dois cordeiros, cupido e diana,
com a #alteracao #genetica. ate agora, os #cientistas haviam #conseguido
#criar #camundongos transgenicos por esse #metodo. o sucesso da tecnica em
ovelhas abre #novas #possibilidades para a elaboracao de mudancas #geneticas
#especificas em mamiferos. esta e a #primeira #vez, excetuando_se os
#camundongos, que o transgene foi #inserido num #local pre_selecionado no
#genoma do #animal, disse ron james, diretor_administrativo da ppl. o #feito e
notavel porque permite aos #cientistas desativar #genes indesejados em
#animais ou #introduzir #alteracoes as-quais poderiam ter importantes
#aplicacoes #nutricionais ou terapeuticas. a #nova tecnica possibilitaria aos
#pesquisadores, por #exemplo, desligar a #proteina do #leite da #vaca que
#provoca #alergia em 10 porcento das #criancas ou outros #genes #causadores de
molestias. driblar a rejeicao a tecnica #criada pela ppl tambem representa um
avanco consideravel nos esforcos da empresa a-fim-de #produzir porcos para
transplantes de orgaos #humanos, ou xenotransplantes.
4645 77 os transgenicos seriam antinaturais e, portanto, piamente
detestaveis. #seres mutantes, #perigosos, que poderao dominar o mundo: esse e
o estereotipo terrivel construido pelo medo do #desconhecido. o #alimento
frankenstein. nao e bem assim. por incrivel que pareca, o #mecanismo da
transgenia foi copiado da propria #natureza. em 1972, os #cientistas
#descobriram que #bacterias do genero agrobacterium deslocavam parte de seu
#genoma para #plantas hospedeiras, induzindo estas a #produzir acucares para
seu crescimento. esse evento mostrava a #possibilidade real da #transferencia
de carga #genetica interespecies. uma #decada depois, na belgica, os
#cientistas #conseguiram efetuar a transgenese com interesses agronomicos. a
#ciencia tinha dado um #passo fundamental. a #biotecnologia vinha modificando
geneticamente os #organismos #vivos havia decadas, pela selecao #genetica. com
a #chamada revolucao #verde, na #decada de 70, o #melhoramento #genetico
#evoluiu, a partir dos #novos conhecimentos sobre a #estrutura do #dna. os
#cruzamentos #controlados entre #variedades da #mesma #especie #misturaram as
cargas #geneticas dos #seres #vivos, #desenvolvendo racas hibridas, que-se
#revelaram altamente produtivas. com a tecnica da transgenia, o processo
#tornou_se mais certeiro, #seguro e rapido. ela permite selecionar e
#transferir para outra #planta, ou #animal, apenas uma determinada
#caracteristica #positiva, #eliminando os graus de incerteza comuns no
#melhoramento #genetico classico. uma verdadeira revolucao #cientifica,
#semelhante a #provocada na fisica por einstein. e descabido, em sa
consciencia, opor_se a tecnica da transgenia. ser contra ela significa estar a
favor do atraso #cientifico, na defesa do obscurantismo #humano. uma copia da
idade media.
Clé sélectionnée : C
3411 184 #decisao sobre transgenicos e adiada para agosto. #justica pode
obrigar governo a #exigir estudo de #impacto #ambiental para #liberar plantio.
demetrio weber. brasilia o #juiz da 6. vara da #justica #federal em brasilia,
#antonio #souza prudente, proferiu #sentenca na segunda_feira que obriga o
governo a #exigir a #realizacao de estudo de #impacto #ambiental eia antes-de
#liberar o plantio de alimentos #geneticamente #modificados no pais. a
#decisao favoreceu o #instituto brasileiro de #defesa do #consumidor #idec,
que havia ajuizado #acao civil #publica contra a #uniao e a empresa #monsanto,
produtora da soja transgenica #roundup #ready. como o #tribunal #federal
476
#regional de 2. #instancia de brasilia #entrou ontem em recesso, sem chegar a
uma #decisao sobre o #recurso interposto pelo governo e a empresa, a #monsanto
continua #impedida de lancar #comercialmente o produto no brasil ate agosto. o
plantio da soja #roundup #ready foi #autorizado no brasil, sob o ponto de
vista #tecnico, pela #comissao #tecnica #nacional de biosseguranca #ctnbio sem
a #realizacao de estudo de #impacto #ambiental. o #juiz #considerou
inconstitucional parte de #decreto do presidente fernando #henrique cardoso
que permite a #ctnbio #dispensar a #exigencia de eia. foi #determinado tambem
que a #uniao #exija da #ctnbio #comissao ligada ao #ministerio da ciencia e
tecnologia a #elaboracao de #normas de #seguranca alimentar, #comercializacao
e #consumo de alimentos transgenicos em 90 dias. a #comissao nao podera
#emitir #parecer #tecnico #conclusivo sobre nenhum #pedido de #liberacao/ de
plantio de alimento transgenico enquanto nao #cumprir a #exigencia.
3634 177 por enquanto, a #justica nao permite nenhum tipo de producao.
demetrio weber. brasilia a #autorizacao para #consumo e plantio #comercial de
alimentos transgenicos no brasil #depende da #justica, que ate agora tem
vetado a nova tecnologia. a proxima #decisao #cabera ao #tribunal #regional
#federal da 1. regiao, em brasilia, onde serao #julgados dois #recursos do
governo #federal contra determinacoes que #impedem a #liberacao da soja
#roundup #ready, da empresa #monsanto. em 1998, a #comissao #tecnica #nacional
de biosseguranca #ctnbio, #orgao encarregado de #analisar eventuais riscos da
nova tecnologia ao #ambiente e a #saude, deu #parecer #favoravel ao cultivo
#comercial da #roundup #ready. mas uma #liminar #concedida pela #justica
#federal a #pedido do #instituto brasileiro de #defesa do #consumidor #idec
#suspendeu o #parecer. a partir disso, teve inicio uma #batalha #juridica em-
que o governo e a #monsanto vem perdendo. em #junho do ano passado, em outra
#acao #movida pelo #idec, a #justica #concedeu #sentenca, com #julgamento de
merito, proibindo o plantio da soja da #monsanto e de qualquer outro alimento
transgenico no pais. a #sentenca do #juiz #antonio #souza prudente, da 6. vara
da #justica #federal em brasilia, condicionava a #liberacao a existencia de
#normas de #rotulagem e para #avaliar eventuais riscos #ambientais e a #saude.
a advocacia_geral da #uniao agu #recorreu ao #trf e o #processo foi
encaminhado para #analise da #procuradoria #regional da republica. a relatora
sera a #juiza assusete magalhaes. assusete foi tambem a relatora do #recurso
#movido/ pela agu contra a #liminar que #impediu, em 1998, a #liberacao da
soja #roundup #ready.
2238 158 a novela dos transgenicos no brasil. 1995. fernando #henrique
cardoso sanciona em 5 de janeiro a lei de biosseguranca lei n 8. 974/ 95, que
#regulamenta a a construcao, cultivo, manipulacao, transporte,
#comercializacao, #consumo, #liberacao e descarte de #ogms organismos
#geneticamente #modificados. 1996. em #junho e criada a #ctnbio #comissao
#tecnica #nacional de biosseguranca, #orgao do #ministerio da ciencia e
tecnologia com a funcao de examinar a #seguranca dos #ogms. #cabe a #ctnbio
#emitir #pareceres. 1998. em #junho, a #monsanto #pede a #ctnbio a #liberacao
do cultivo #comercial da soja transgenica #roundup #ready. em #setembro, a 11
vara da #justica #federal #concede #liminar proibindo a #uniao de #autorizar o
plantio #comercial de soja transgenica enquanto nao #regulamentar a
#comercializacao de produtos #geneticamente #modificados e #realizar estudo
#previo de #impacto #ambiental. a #ctnbio #emite #parecer #favoravel a
#monsanto. a #liminar cai em novembro, mas outra #decisao #exige segregacao
dos transgenicos. 1999. em fevereiro, o #ibama ingressa na #acao civil
#publica #movida por #idec e #greenpeace pela necessidade de #realizacao de
estudo de #impacto #ambiental antes da #liberacao #comercial de transgenicos
no meio_ambiente. subsidiaria da #monsanto #pede registro de cinco variedades
de soja. o #idec e o #greenpeace #entram com #pedido para #impedir o registro.
#decisao #judicial susta o plantio da soja transgenica ate-que seja feito
estudo de #impacto #ambiental. 2000. o brasil aprova o #protocolo de
477
biosseguranca da onu. 2002. em 12 de #junho, o conselho #nacional do
meio_ambiente aprova a obrigatoriedade de #licenciamento #ambiental para o
plantio #comercial de transgenicos.
4862 146 #juiza #libera #comercio de soja transgenica no pais. fica #suspensa
#decisao que #impedia plantio e venda sem estudo de #impacto #ambiental.
herton escobar. a soja transgenica esta #liberada no brasil. pelo menos por
enquanto. o #tribunal #regional #federal da 1. regiao, em brasilia, #divulgou
ontem #decisao da #juiza selene #maria de #almeida #suspendendo a #sentenca de
primeira #instancia do #juiz #antonio prudente, da 6. vara do distrito
#federal, que proibia a #liberacao #comercial de variedades transgenicas sem
#previa #realizacao de um estudo e relatorio de #impacto #ambiental #eia_rima.
motivado pela #avaliacao da #comissao #tecnica #nacional de biosseguranca
#ctnbio de-que a soja transgenica era segura, em 1998, o #processo pos em
questao a #competencia do #orgao para #dispensar o #eia_rima segundo
#ambientalistas, atribuicao exclusiva do #ministerio do meio_ambiente mma.
#movida pelo #instituto de #defesa do #consumidor #idec e pelo #greenpeace, a
#acao #impediu a #liberacao da soja e paralisou em grande parte as pesquisas
com transgenicos no pais. a #monsanto, fabricante das sementes transgenicas, e
a #uniao apelaram. selene #argumentou que a #decisao de primeira #instancia,
de 1999, foi proferida antes da publicacao da medida_provisoria 2191 9, de
agosto de 2001, que #definiu as #competencias da #ctnbio e atribuiu a
#comissao #autoridade maxima para #julgar, caso a caso, a biosseguranca de
produtos transgenicos. a #sentenca inicial do #juiz prudente, portanto, teria
perdido seu objetivo. com isso, volta a valer o #parecer da #ctnbio, que
#considerou a soja segura. o #eia_rima, nesse caso, foi #dispensado pelo fato
de-que a soja nao possui parentes silvestres no brasil. o produto em questao e
a soja #roundup #ready #rr, da #monsanto, #geneticamente modificada para ser
resistente ao herbicida glifosate.
353 143 #uniao deve apresentar #normas para cultivo de alimentos
#modificados #geneticamente no #prazo de 90 dias. #justica proibe plantio de
soja transgenica. da sucursal de brasilia a #justica #federal proibiu a
empresa #monsanto de produzir soja transgenica e o governo #federal de
#autorizar novos casos de plantio e #comercializacao de alimentos #modificados
#geneticamente pelo #prazo de 90 dias. a #decisao foi tomada anteontem pela 6
vara da #justica #federal em brasilia. alem da proibicao, o #juiz #antonio
#souza prudente deu um #prazo de 90 dias para a #uniao #exigir da #ctnbio
#comissao #tecnica #nacional de biosseguranca uma nova legislacao sobre
alimentos transgenicos. a advocacia #geral da #uniao e a #monsanto ainda nao
foram notificadas oficialmente, mas ja anteciparam que pretendem #recorrer. a
primeira providencia deve ser um #pedido de #liminar que permita o plantio da
soja enquanto os #recursos nao forem #julgados. o #processo contra a #monsanto
e a #uniao e #movido pelo #greenpeace e pelo #idec #instituto de #defesa do
#consumidor. ambos #contestam a #liberacao de especies modificadas
#geneticamente pela #ctnbio em prol da #monsanto. o #juiz prudente condenou a
#uniao a #exigir a #realizacao #previa de estudo de #impacto #ambiental eia/
rima da #monsanto do brasil para a #liberacao de plantio e venda de especies
modificadas. prudente ainda #considerou inconstitucionais duas #decisoes da
#ctnbio que possibilitavam a #dispensa do eia/ rima nos casos envolvendo
alimentos transgenicos. na mesma #sentenca, o #juiz condenou a #uniao a
#exigir da #ctnbio a #elaboracao de novas #normas #relativas a #seguranca/
alimentar, #comercializacao e #consumo dos alimentos transgenicos dentro-de 90
dias.
355 143 #uniao deve apresentar #normas para cultivo de alimentos
#modificados #geneticamente no #prazo de 90 dias. #justica proibe plantio de
soja transgenica. da sucursal de brasilia. a #justica #federal proibiu a
empresa #monsanto de produzir soja transgenica e o governo #federal de
#autorizar novos casos de plantio e #comercializacao de alimentos #modificados
478
#geneticamente pelo #prazo de 90 dias. a #decisao foi tomada anteontem pela 6
vara da #justica #federal em brasilia. alem da proibicao, o #juiz #antonio
#souza prudente deu um #prazo de 90 dias para a #uniao #exigir da #ctnbio
#comissao #tecnica #nacional de biosseguranca uma nova legislacao sobre
alimentos transgenicos. a advocacia #geral da #uniao e a #monsanto ainda nao
foram notificadas oficialmente, mas ja anteciparam que pretendem #recorrer. a
primeira providencia deve ser um #pedido de #liminar que permita o plantio da
soja enquanto os #recursos nao forem #julgados. o #processo contra a #monsanto
e a #uniao e #movido pelo #greenpeace e pelo #idec #instituto de #defesa do
#consumidor. ambos #contestam a #liberacao de especies modificadas
#geneticamente pela #ctnbio em prol da #monsanto. o #juiz prudente condenou a
#uniao a #exigir a #realizacao #previa de estudo de #impacto #ambiental eia/
rima da #monsanto do brasil para a #liberacao de plantio e venda de especies
modificadas. prudente ainda #considerou inconstitucionais duas #decisoes da
#ctnbio que possibilitavam a #dispensa do eia/ rima nos casos envolvendo
alimentos transgenicos. na mesma #sentenca, o #juiz condenou a #uniao a
#exigir da #ctnbio a #elaboracao de novas #normas #relativas a #seguranca/
alimentar, #comercializacao e #consumo dos alimentos transgenicos dentro-de 90
dias.
5578 140 #decisao sobre a #ctnbio pode ser publicada hoje. com isso, passa a
vigorar o voto do #trf que #reconheceu #autoridade da #comissao. herton
escobar. estava prevista para hoje a publicacao no #diario da #justica do
acordao do #tribunal #regional #federal #trf de brasilia que #reconhece a
#autoridade da #comissao #tecnica #nacional de biosseguranca #ctnbio para
decidir sobre a #liberacao de produtos transgenicos. a #decisao, proferida no
fim de #junho, permite que a #ctnbio retome a #avaliacao de #processos para
#liberacao #comercial de produtos #geneticamente #modificados. porem a soja
transgenica #roundup #ready #rr, da #monsanto, continua proibida, aguardando o
#julgamento de #liminar. a #ctnbio esta #impedida de #analisar #processos
#comerciais desde 1998, quando o #parecer #tecnico que #autorizava a
#comercializacao da soja #rr foi #contestado na #justica por organizacoes
#nao_governamentais #ongs. desde entao, alem da polemica sobre a soja, o
#processo passou a tratar da #competencia da #comissao para #analisar
transgenicos como um todo. uma interpretacao e de-que a atual lei de
biosseguranca, que assegura essa #autoridade a #ctnbio, estaria em conflito
com a legislacao #ambiental, que garante ao #ministerio do meio_ambiente mma o
direito de #regulamentar #atividades #consideradas #impactantes. em #junho, o
#trf decidiu por 2 votos a 1 que esse conflito nao existe e que a #ctnbio tem
#competencia constitucional para decidir sobre os transgenicos podendo,
inclusive, #dispensar o estudo de #impacto #ambiental #eia_rima quando o
#considerar desnecessario, como no caso da soja. com isso, a #ctnbio esta
livre para #emitir novos #pareceres quanto a #liberacao #comercial de
transgenicos, disse o #advogado reginaldo minare, ex_assessor #juridico da
#comissao.
2574 133 #justica #publica #decisao que #reconhece #competencia da #ctnbio
sobre transgenico. a #justica #federal publicou ontem a #decisao do #trf
#tribunal #regional #federal de brasilia que #reconhece a #competencia da
#ctnbio #comissao #tecnica #nacional de biosseguranca para decidir sobre a
necessidade de estudos de #impacto #ambiental para a/ #liberacao #comercial de
produtos transgenicos. a #decisao foi resultado da apelacao da #monsanto e da
#uniao a uma #acao #movida em 1998 pelas organizacoes #nao_governamentais
#idec #instituto brasileiro de #defesa do #consumidor e #greenpeace que
#questionava a #autoridade da #ctnbio no caso da/ #liberacao da soja
transgenica #roundup #ready, da #monsanto. o #idec afirmou que vai #recorrer
da #decisao. o #trf decidiu tambem que e necessaria a #realizacao de estudo de
#impacto #ambiental no caso da soja da #monsanto. da reportagem local.
479
4174 133 faltam leis no pais, mas sobra discussao. o unico produto #liberado,
a soja da #monsanto, foi barrado por uma #acao #judicial. nao ha nenhuma lei
no brasil que proiba o plantio ou a #comercializacao de alimentos
transgenicos. o debate nao gira em-torno-de #liberar ou proibir, mas em
#regulamentar a introducao desses cultivos no pais de modo a garantir a
#seguranca das pessoas e do meio_ambiente. essa #determinacao #cabe
exclusivamente a #ctnbio, uma #comissao multidisciplinar e interministerial
#composta por 36 cientistas. uma vez aprovada, a fiscalizacao da #atividade
seria responsabilidade dos #ministerios da #saude, da agricultura e do
meio_ambiente. desde-que foi formada, em 1995, a #ctnbio #autorizou o plantio
e a #comercializacao inclusive para #consumo humano de um unico #ogm, a soja
#roundup #ready #rr da #monsanto. a #liberacao foi barrada na #justica por
#acao do #instituto brasileiro de #defesa do #consumidor #idec e do
#greenpeace, #movida contra o governo #federal. e o unico obstaculo que barra
a introducao da soja transgenica no pais. o #processo sera #julgado em segunda
#instancia no dia 25 pelo #tribunal #regional #federal da 1. regiao, em
brasilia. a #acao condiciona a #liberacao de qualquer #ogm a #realizacao de
estudo de #impacto #ambiental #eia_rima e a #elaboracao de #normas para a
#avaliacao de riscos a #saude e a #rotulagem desses produtos, o-que ja esta
sendo feito. a #ctnbio pode ou nao #pedir o #eia_rima. o conselho #nacional do
meio_ambiente conama deve votar ate-o fim de #marco #resolucao com #regras
especificas para o #licenciamento #ambiental de plantacoes transgenicas, que
tambem pode ou nao #exigir o #eia_rima.
358 131 #justica #julga amanha a #liberacao da soja; #ctnbio #analisa
importacao de milho. o dia d das plantas transgenicas. fabio eduardo murakawa.
da reportagem local. sergio ripardo. free_lance para a folha. dois eventos,
marcados para esta semana, em brasilia, podem #definir o rumo que o brasil
seguira em relacao ao plantio e ao #comercio dos transgenicos. amanha a-tarde,
o #tribunal #regional #federal #trf #julgara, em segunda #instancia, o
#recurso da empresa #monsanto contra a #sentenca que proibe a #liberacao
#comercial da soja #roundup #ready. ate-a proxima sexta_feira, a #ctnbio
#comissao #tecnica #nacional de biosseguranca #emitira um #parecer sobre a
importacao de milho transgenico. uma vez #liberada pela #justica, a soja
#roundup #ready tera ainda-que receber a aprovacao dos #ministerios da
agricultura, da #saude e do meio_ambiente. tudo #indica que nao enfrentara
obstaculos no #ministerio da agricultura, que-se mostra #favoravel aos
produtos transgenicos. ha dois anos, a #ctnbio #emitiu um #parecer #favoravel
a #liberacao da soja da #monsanto. o #idec #instituto brasileiro de #defesa do
#consumidor e o #greenpeace #entraram, entao, com #acao #cautelar no #trf, em
sao paulo, contra a #decisao. tiveram o apoio do #ibama #instituto brasileiro
do meio_ambiente e dos #recursos naturais #renovaveis, #orgao ligado ao
#ministerio do meio_ambiente. o #tribunal #emitiu #sentenca proibindo o
plantio #comercial da soja #roundup #ready ate-que #houvesse uma #definicao
sobre as #normas de #rotulagem e um estudo #previo de #impacto #ambiental do
produto. a #monsanto #recorreu da #decisao, que sera #julgada novamente
amanha, em brasilia, em sessao presidida pela #juiza assusete magalhaes,
relatora do #processo.
174 129 mantida proibicao, #caberia #recurso ao stj. #justica #federal deve
decidir hoje sobre embargo a soja da #monsanto. da reportagem local. a guerra
#juridica dos transgenicos tera mais uma #batalha hoje a-tarde. em sessao
marcada para as 14h, dois #juizes do #tribunal #regional #federal de brasilia
deverao #julgar uma #acao #cautelar #movida pelo #idec #instituto brasileiro
de #defesa do #consumidor #pedindo a proibicao do plantio e #comercializacao
da soja transgenica #roundup #ready, da #monsanto. a #acao #cautelar e um
#instrumento #juridico para garantir a eficacia de uma #acao principal. no
caso, uma #acao civil #publica #movida pelo #idec em 1998, com o mesmo
objetivo proibir a soja transgenica da #monsanto. a #acao #movida pelo #idec
480
foi iniciada no dia 15 de #setembro de 1998, na 6 vara #federal do distrito
#federal. a #acao #solicitava que a soja modificada fosse #suspensa no brasil
ate-que o pais tivesse uma legislacao especifica sobre organismos
transgenicos. naquele mes, a #ctnbio #comissao #tecnica #nacional de
biosseguranca havia #emitido um #parecer #favoravel a soja da #monsanto. o
#idec #entrou na #justica contra o #parecer na 6 vara e ganhou, sob
#argumentacao de-que nao havia estudo de #impacto #ambiental que fundamentasse
a #liberacao. a #ctnbio e a #monsanto #recorreram. o #processo foi parar no
#trf #tribunal #regional #federal, em brasilia. no dia 28 de #junho deste ano,
a #juiza relatora do #processo, assussete magalhaes, votou a #favor de manter
a #decisao contra a soja transgenica. na sessao de hoje do #tribunal, os dois
outros #juizes do #processo, jirair meguerian e carlos fernando de #souza,
decidirao se acompanham ou nao o voto da relatora.
5269 129 disputa sobre transgenicos ainda esta longe de acabar. mesmo-que
#recurso da #uniao seja retirado, #processo continua correndo pela #monsanto.
herton escobar. apesar da expectativa crescente de uma #resolucao #judicial
para a questao dos transgenicos, a #batalha em torno da legalizacao dos
organismos #geneticamente #modificados #ogms no pais esta longe de terminar.
mesmo-que o #ministerio do meio_ambiente mma consiga #suspender o #julgamento
do #recurso iniciado pela #uniao, que tenta #derrubar a obrigatoriedade do
estudo de #impacto #ambiental #eia_rima para #ogms, outro #recurso, da empresa
#monsanto, corre em paralelo no #tribunal #regional #federal #trf. ou seja, o
#processo continuara em andamento, mesmo com a saida da #uniao. alem-disso,
mesmo no caso de uma #decisao unanime no #trf, ainda #cabera #recurso ao
supremo #tribunal #federal. o #eia_rima serve de pivo para uma disputa de
cinco anos entre a #uniao e a #monsanto, de um lado, e o #instituto de #defesa
do #consumidor #idec e o #greenpeace, do outro. ao #emitir #parecer #favoravel
a soja transgenica #roundup #ready, da #monsanto, em 1998, a #comissao
#tecnica #nacional de biosseguranca #ctnbio #considerou desnecessaria a
#realizacao do estudo, que, como o proprio nome diz, #avalia os efeitos do
produto sobre o meio_ambiente. a #avaliacao, nesse caso, foi feita por meio de
uma #analise de risco, com #base em #informacoes fornecidas pela #monsanto. a
#ctnbio #concluiu que ja havia estudos suficientes para comprovar a #seguranca
da soja, que, por ser uma planta exotica e de autopolinizacao, nao apresentava
riscos para a biodiversidade #nacional.
3416 126 #trf #julga plantio de soja transgenica. disputa #judicial envolve
#liberacao de produto da #monsanto, resistente a herbicida da empresa. herton
escobar. o #tribunal #regional #federal #julga hoje, em brasilia, o #recurso
da #monsanto e da #uniao contra a #decisao #judicial que proibe o plantio e a
#comercializacao da soja transgenica #roundup #ready, desenvolvida pela
empresa, sem a #realizacao de estudo de #impacto #ambiental. a #sentenca em
primeira #instancia, #emitida em agosto de 99, tambem condiciona a #liberacao
de transgenicos para #consumo a #regulamentacao de #normas de biosseguranca e
#rotulagem de alimentos #geneticamente #modificados. a #acao foi #movida com o
#ministerio publico pelo #instituto brasileiro de #defesa do #consumidor #idec
e pelo #greenpeace, com apoio do #instituto brasileiro do meio_ambiente e dos
#recursos naturais #renovaveis #ibama. a soja transgenica em questao e
resistente ao herbicida #roundup, tambem produzido pela #monsanto. segundo a
coordenadora executiva do #idec, marilena lazzarini, a legislacao brasileira
ja requer #avaliacao de #impacto #ambiental e #rotulagem de produtos
#geneticamente #modificados, mas faltam #normas especificas para #regulamentar
o #processo. ela #argumenta que, apesar da soja transgenica ser
#comercializada em diversos paises, nao existem estudos #conclusivos sobre o
#impacto de alimentos transgenicos no meio_ambiente e na #saude dos
#consumidores. para-que introduzir um produto no mercado que so traz riscos?
#questiona. a #monsanto nao quis pronunciar_se sobre o tema. a soja #roundup
ja foi aprovada pela #comissao #tecnica #nacional/ de biosseguranca #ctnbio e
481
pelo #ministerio da agricultura, mas, se #liberada, ainda precisa de/
aprovacao dos #ministerios da #saude e meio_ambiente.
1090 117 a novela dos transgenicos no brasil. 1995. fernando #henrique
cardoso sanciona em 5 de janeiro a lei de biosseguranca lei n 8. 974/ 95, que
#regulamenta a construcao, cultivo, manipulacao, transporte, #comercializacao,
#consumo, #liberacao e descarte de #ogms organismos #geneticamente
#modificados. 1996. em #junho e criada a #ctnbio #comissao #tecnica #nacional
de biosseguranca, #orgao do #ministerio da ciencia e tecnologia com a funcao
de examinar a #seguranca dos #ogms. #cabe a #ctnbio #emitir #pareceres. 1997.
em dezembro, uma equipe de ativistas do #greenpeace bloqueia, no porto de sao
francisco do sul, em santa catarina, o desembarque de um carregamento de soja
#geneticamente modificada, o primeiro a ter sido #autorizado pela #ctnbio,
vindo dos eua. 1998. em #junho, a #monsanto #pede a #ctnbio a #liberacao do
cultivo #comercial da soja transgenica #roundup #ready. em #setembro, a 11
vara da #justica #federal #concede #liminar proibindo a #uniao de #autorizar o
plantio #comercial de soja transgenica enquanto nao #regulamentar a
#comercializacao de produtos #geneticamente #modificados e #realizar estudo
#previo de #impacto #ambiental. a #ctnbio #emite #parecer #favoravel a
#monsanto. a #liminar cai em novembro, mas em dezembro outro #liminar, da 6
vara da #justica #federal, de brasilia, #exige segregacao dos plantios
transgenicos. 1999. em fevereiro, o #ibama ingressa na #acao civil #publica
#movida por #idec e #greenpeace pela necessidade de #realizacao de estudo de
#impacto #ambiental antes da #liberacao #comercial de transgenicos no
meio_ambiente. subsidiaria da #monsanto #pede registro de cinco variedades de
soja transgenica. o #idec e o #greenpeace #entram com #pedido para #impedir o
registro.
3669 117 o estatuto legal e a propria existencia dessa #comissao, no-entanto,
continuaram difusos. foi nesse clima de nebulosidade legal que a #ctnbio
aprovou, em #junho de 1998, o plantio #comercial da soja #roundup #ready,
#dispensando a #monsanto de #realizar o estudo de #impacto #ambiental
relatorio de #impacto #ambiental #eia_rima. foi o bastante para-que o
#instituto de #defesa do #consumidor #idec, aproveitando_se do nevoeiro legal
e #baseando_se na hierarquia #juridica pela qual um #decreto nao pode
sobrepujar uma lei e, muito menos, a #constituicao, impetrasse na #justica uma
#acao civil contra a #decisao da #ctnbio. invocamos o artigo que #estabelece
que, antes-de os #orgaos governamentais #liberarem qualquer produto, #processo
ou #atividade causador de danos ao meio_ambiente, e obrigatorio a #realizacao
do #eia_rima. e os organismos transgenicos tem potencial para causar esses
danos, explica a #advogada andrea salazar, coordenadora de campanhas do #idec.
governo nesse #processo se chegou a uma #acao #judicial do governo contra o
governo. na #acao em-que o #idec #questionou #judicialmente a #liberacao, pela
#ctnbio, do cultivo da soja transgenica, o #instituto brasileiro do
meio_ambiente e dos #recursos naturais #renovaveis #ibama, a #principio,
posicionou_se ao-lado do #idec e do #greenpeace contra a #uniao, ao-lado da
qual estava uma empresa privada, a #monsanto. depois, obrigado pela advocacia
#geral da #uniao, o #ibama teve que-se retirar do #processo. o #juiz #antonio
#souza prudente, da 6. vara #federal, acatou o #argumento do #idec. esse
#argumento tem tambem a aprovacao do especialista em direito #ambiental paulo
affonso leme machado,
4853 117 ministra diz que nao #libera soja transgenica. #sentenca #favoravel
a #monsanto divide pastas do #ambiente e da agricultura. ligia formenti e
mariangela gallucci. brasilia a #batalha sobre a aprovacao dos transgenicos
esta longe de acabar, apesar da #decisao da #juiza selene #maria de #almeida,
do #tribunal #regional #federal de brasilia, de #suspender a #sentenca que
#impedia a aprovacao #comercial da soja #roundup #ready #rr no pais. a
ministra do meio_ambiente, marina silva, disse ontem que nao aceita a
#liberacao e continuara #exigindo o estudo e relatorio de #impacto #ambiental
482
#eia_rima para o produto, apesar-de a #avaliacao ter sido #dispensada pela
#comissao #tecnica #nacional de biosseguranca #ctnbio. politicamente,
portanto, a #decisao dificilmente tera algum efeito pratico. na #avaliacao de
marina, a #decisao nao isenta as empresas de #realizar o #eia_rima. ela aponta
para a #resolucao 305 do conselho #nacional do meio_ambiente conama, que
#exige o #licenciamento #ambiental para #atividades com organismos
#geneticamente #modificados #ogms. a compreensao de-que essa #liminar iria
isentar as empresas dos estudos de #impacto #ambiental e completamente
equivocada, disse a ministra, em discurso no senado. opiniao que e
compartilhada pelo #advogado_geral da #uniao, alvaro augusto ribeiro da costa.
a #decisao nao altera a lei, disse. a advocacia_geral da #uniao, segundo ele,
esta estudando o despacho da #juiza para decidir se #recorrera da #decisao. a
#avaliacao de-que a #sentenca e inocua, contudo, nao e unanime. defensor da
#liberacao dos transgenicos, o ministro da agricultura, roberto rodrigues,
#informou que o departamento #juridico da pasta, em estudos #previos,
356 115 as/ #normas devem seguir o codigo de #defesa do #consumidor e as
legislacoes #ambientais. durante esse #prazo, a #ctnbio fica #impedida de
#emitir #pareceres sobre quaisquer #pedidos de #liberacao de plantio de
alimentos #modificados. o governo e a #monsanto tem 30 dias para #recorrer. o
#procurador #regional da #uniao na 1 regiao, jose diogo cyrillo da silva,
afirmou que o governo vai #recorrer da #sentenca em toda #instancia que for
necessario. silva disse que ainda precisa #analisar o caso para #definir a
linha de #acao, mas que ira #pedir uma #liminar que permita a continuidade do
plantio e a emissao de novas #autorizacoes pela cntbio. outro #processo do
mesmo caso foi #analisado ontem pelo #tribunal #regional #federal da 1 regiao,
em brasilia, que #julga a cassacao de uma #liminar #concedida ao #greenpeace e
ao #idec. a #liminar #impedia o plantio de soja transgenica pela #monsanto
enquanto a #acao na 6 vara #federal era #julgada. como a #decisao da 6 vara ja
saiu, a #liminar perdeu o sentido. mesmo assim, o #julgamento no #trf foi
interrompido e sera #analisado novamente em agosto. a #monsanto declarou que-
se esforcara para atender os requisitos que permitam a #comercializacao da
soja #roundup #ready no brasil. para o #idec, a #justica #reconheceu que a a
#saude da populacao e o equilibrio do meio_ambiente estavam em risco. belo
horizonte. a #vigilancia municipal da secretaria da #saude de belo horizonte
#determinou aos #supermercados da cidade que coloquem placas com o aviso
produto com componentes transgenicos nas prateleiras com alimentos
#geneticamente #modificados.
330 111 duas #decisoes da #ctnbio foram/ #derrubadas pela #justica #federal
de brasilia: a #autorizacao para a empresa #monsanto plantar/ soja transgenica
e a #liberacao do uso de milho transgenico como componente de #racao/ animal.
#acao #movida pela #ong #greenpeace e pelo #idec #instituto brasileiro de
#defesa do/ #consumidor resultou tambem na #exigencia de-que a #ctnbio
#realize estudo de #impacto/ #ambiental antes-de tomar qualquer #decisao sobre
alimentos transgenicos. o presidente do/ #tribunal #regional #federal da 1
regiao, tourinho #neto, negou #recurso da #uniao contra essas/ #decisoes com o
#argumento de-que a #liberacao dos transgenicos podera causar grave dano a/
#saude #publica. tourinho #neto #contestou o #argumento da #uniao de-que a
retencao de 38 mil/ toneladas de milho transgenico em #recife representa um
grave dano a ordem economica. avicultores do nordeste dizem #depender do milho
transgenico. nao vislumbro tal dano e sim prejuizos aos importadores, diz o
#juiz em seu despacho. mas ontem, o presidente do #tribunal #regional #federal
da 5 regiao sede em pernambuco, jose #maria lucena, #suspendeu a medida
#liminar que #impedia o desembarque do milho em #recife. lucena cita #parecer
da #ctnbio que #libera #racao de milho transgenico e diz que nao se pode
permitir ao poder #judiciario alterar criterios e #avaliacoes #tecnicas
adotadas por #orgaos do executivo, posto-que e vedado ao #julgador fazer as
vezes de administrador. #pratini, tambem. antes da #divulgacao da #nota e da
483
#suspensao da #liminar, o ministro da agricultura, marcus #pratini de #moraes,
deu entrevista defendendo o uso de produtos agricolas transgenicos no brasil.
5261 105 a politica ideologica contra os transgenicos. antes-de assumir o
#ministerio do meio_ambiente, a senadora marina silva disse ao estado que o
novo governo nao tera uma politica ideologica contra os transgenicos. na
semana passada, porem, a ministra #solicitou a advocacia_geral da #uniao agu
que desistisse do #recurso impetrado pelo governo anterior contra uma #liminar
obtida em 1998 pelo #instituto de #defesa do #consumidor #idec e o
#greenpeace. estes #contestam a #autoridade da #comissao #tecnica #nacional de
biosseguranca #ctnbio para dar a ultima palavra sobre os #pedidos de #licenca
para a formacao de lavouras transgenicas. medida_provisoria assinada pelo
entao presidente fernando #henrique estipula que a #ctnbio pode, ou nao, a seu
exclusivo criterio, condicionar as #licencas a #realizacao de estudos #previos
de #impacto #ambiental #eia_rima. ao que parece, diante-de recusa da agu, que
teria #considerado a desistencia uma #decisao politica, de alcada do planalto,
a ministra #pediu ao #orgao que #solicitasse a 5. turma do #tribunal #regional
#federal #trf que adiasse o #julgamento da materia. #solicitacoes desse genero
sao de praxe, mas informais. o #processo, do-qual #depende o futuro dos
transgenicos no pais, gira em torno da #autorizacao #dada pela #ctnbio a
empresa #monsanto para #comercializar a soja #roundup #ready #rr, #liberada ja
em 17 paises. obtidas por engenharia genetica, as sementes #rr aumentam a
resistencia da planta aos pesticidas mais usados na sojicultura. ha um ano, a
#juiza_relatora deu ganho de causa a #uniao, #reconhecendo a #competencia da
#ctnbio. o veredicto dos outros dois #juizes e esperado para a proxima semana.
Clé sélectionnée : D
4102 146 #integrante do #mst leva apoio a #lider em seu qg. gaucho consegue
entrar na area sitiada e entregar bandeira do #movimento a arafat. conrado
corsalette. o agricultor mario lill conseguiu levar o nome do #movimento dos
#trabalhadores #rurais #sem_terra #mst, do-qual e um dos #coordenadores, ao
#centro das atencoes da midia #mundial. ha duas semanas nos territorios
palestinos #acompanhando uma comitiva da #via #campesina uma articulacao
#mundial de #movimentos do #campo, lill entregou ao #lider palestino yasser
arafat uma bandeira do #mst, na #visita da comitiva ao seu qg em ramallah,
ontem. mostrando simpatia, arafat estendeu a bandeira, posando para
fotografos. gaucho, mario lill tem 36 anos, e casado e tem um filho de 1 ano.
foi um dos fundadores do #mst e #participou de uma das primeiras #grandes
#ocupacoes do #movimento, #ocorrida na #fazenda anoni, em 1984, no rio #grande
do sul. por-la mesmo, na regiao da #cidade de pontao, a 350 quilometros de
#porto #alegre, ele foi #assentado pelo governo. em #janeiro do ano passado,
ao-lado do #ativista #frances jose #bove, ele #destruiu dois hectares de
#plantacoes de milho e soja transgenicos do #grupo #multinacional monsanto,
durante o #forum #social #mundial de #porto #alegre. lill juntou_se a #via
#campesina para #representar o #mst na #visita #simbolica a ramallah, para
fazer contatos com #organizacoes locais. com os #ataques de israel ao qg de
arafat, o #grupo decidiu ir ate-o local para dar_lhe apoio. a reportagem do
estado entrou em contato, por telefone, com #bove, um dos #integrantes da
comitiva.
3300 139 #sem_terra morre em #dia de #protestos do #mst. #conflito #ocorre em
#fazenda no ceara, na maioria dos locais, #atos sao pacificos. dois #sem_terra
foram #mortos ontem, durante durante as #manifestacoes do #dia nacional do
#trabalhador #rural, #organizado pelo #movimento dos #sem_terra #mst contra a
politica agricola federal, e do #dia do basta, #promovido pelo #forum nacional
de #lutas, que, sob a #lideranca da #central unica dos #trabalhadores cut,
propoe o fim da corrupcao no pais. os #protestos, em sua maioria pacificos,
incluiram #marchas, #atos #publicos, #acampamentos, #invasoes, #bloqueios de
ponte e da entrada de empresas em varios estados, muitas vezes em #acoes
484
conjuntas de #entidades e partidos de oposicao ao governo. os dois #sem_terra
#mortos sao francisco aldenir de mesquita, de 23 anos, baleado durante
tentativa de desocupacao de #fazenda no ceara veja texto ao-lado, e jose
marlucio da silva, de 47 anos, atingido por disparos feitos por #policiais
militares quando #manifestantes tentaram #invadir a superintendencia do #banco
do brasil, no bairro de boa viagem. outros #integrantes da acao na #capital
#pernambucana foram levementes feridos. os #sem_terra e membros de outras
#entidades #pretendiam cobrar a liberacao de r 4, 5 milhoes retidos para
projetos agricolas. pela-manha, os mesmos #manifestantes #cerca de 2 mil,
segundo os #organizadores do #protesto #ocuparam o #navio liberiano antilanca,
carregado de milho transgenico, no #porto da #cidade. eles jogaram tres
coqueteis molotov e pedras contra a embarcacao, danificaram luminarias,
janelas e #portas, jogaram #bancos e boias do #navio em #direcao ao cais e
picharam com spray a frase fora #fhc.
270 134 #inicio do levante do #campo #teve saldo de duas #mortes e nove
feridos em #atos realizados em 19 estados. dois morrem no primeiro #dia de
#protesto. da #agencia #folha. o #protesto levante do #campo, coordenado pelo
#mst #movimento dos #trabalhadores #rurais sem #terra em pelo menos 19 estados
para #protestar contra a politica #agraria do governo, #teve um saldo de dois
#sem_terra #mortos e nove feridos. #diversamente do que #ocorreu no #protesto
de maio, #desta vez nao foram registradas #invasoes macicas de predios
#publicos. o levante deve continuar ate-o #dia 28. a primeira #morte #ocorreu
no #interior do ceara, onde um #grupo de #acampados foi atacado por supostos
pistoleiros. francisco aldemir mesquita, 28, morreu com dois tiros. oito
pessoas ficaram feridas. o foco da #violencia, porem, foi #pernambuco, onde
anteontem sete #sem_terra haviam sido feridos a bala durante uma #invasao no
sertao. em recife, o #dia comecou com um #ataque inusitado: um #navio
carregado com milho transgenico foi #invadido, com o emprego de coqueteis
molotov. a-tarde, dois #sem_terra foram baleados durante a tentativa de
#invasao de uma #agencia do #banco do brasil. um deles, jose marlucio da
silva, 47, morreu a-noite. os transgenicos, #acusados pelos #sem_terra de
facilitarem culturas extensivas que acabariam com o #pequeno agricultor, foram
#alvo de #protesto no rio #grande do sul. houve #bloqueios de estradas em
alguns estados e tensao no pontal do paranapanema sp, onde o #lider jose
rainha junior convenceu #manifestantes a deixarem o #forum #invadido.
3848 130 #mst #promete guerra contra os transgenicos. #plano inclui
#ocupacoes, #queima de sementes e #destruicao de #plantacoes. vera rosa.
enviada especial. #porto #alegre o #movimento dos #trabalhadores #rurais
#sem_terra #mst vai declarar guerra contra as quatro #multinacionais que
produzem transgenicos organismos geneticamente modificados. a estrategia
anunciada ontem, no #forum #social #mundial, faz parte de uma operacao
internacional #liderada pela #via #campesina, #entidade que #representa 30
milhoes de #pequenos e medios agricultores em 77 paises. o #plano inclui
#ocupacoes, #queima de sementes, #destruicao de #plantacoes e ate distribuicao
de panfletos em supermercados para ganhar a classe media. a ideia e fazer uma
#campanha simpatica a populacao porque as pessoas nao #querem consumir
alimentos prejudiciais a saude. #pretende divulgar o conceito, segundo o-qual,
as sementes sao patrimonio da humanidade, afirmou egidio brunetto, da #direcao
nacional do #mst. vamos #ocupar, arrancar, #queimar, declarou rafael #alegria,
secretario de operacoes internacionais da #via #campesina. a #entidade tem
entre seus filiados o #mst e a #confederacao de agricultores da #franca,
comandada por jose #bove conhecido por depredar uma loja do #mcdonald, em
1999. brunetto disse que o #mst vai #pressionar o governador do rio #grande do
sul, olivio dutra pt, para-que desaproprie a area da monsanto. os agricultores
#querem #construir um #centro de producao organica. na #sexta_feira, #bove e
#joao #pedro #stedile, um dos #lideres #nacionais do #mst, #participaram da
485
#destruicao de dois hectares de soja transgenica na #fazenda da monsanto, na
#cidade gaucha de nao_me_toque.
843 129 luaia disse ainda-que #bove #participara da jornada de #mobilizacao
contra os ogms organismos geneticamente modificados, que devera acontecer no
proximo 17 de #abril. sera um #dia de #luta, que devera #reunir #forcas de
#camponeses do mundo todo, inclusive do brasil, disse o porta_voz. tambem
conhecidos como transgenicos, os ogms tem sido o principal #alvo de criticas
de #bove e de seus pares. em #janeiro, o #sindicalista quase foi deportado do
brasil, onde #participava do #forum #social #mundial, em #porto #alegre. ele
virou uma celebridade do #encontro depois-de #participar, com um #grupo de
#militantes do #movimento dos #trabalhadores #rurais sem #terra #mst, da
#destruicao de uma #plantacao de soja e milho transgenicos da #multinacional
monsanto. na ocasiao, a #policia federal chegou a ordenar que ele deixasse o
pais no mesmo #dia, mas a #ordem foi derrubada por um habeas corpus que
permitiu sua permanencia na #cidade ate-o final do #encontro.
831 124 #sem_terra preparam #dia de #lutas. eliane silva. da #agencia #folha
em ribeirao preto. o #mst #movimento dos #trabalhadores #rurais sem #terra
esta preparando seu #dia de #lutas para o proximo #dia 17, quando o massacre
de 19 #sem_terra em eldorado do carajas pa completa cinco anos. o #plano e
#promover vigilias, #marchas e #atos de #protesto nas 23 capitais dos estados
em-que o #movimento esta #organizado. o 17 de #abril, uma #terca_feira, deve
#marcar o apice da jornada #iniciada este mes com #invasoes de #fazendas em
alagoas, rio #grande do sul e mato grosso, #cerco a #propriedades em
#pernambuco e vigilia perto da #fazenda do embaixador paulo tarso flecha de
lima em minas gerais. em maio do ano passado, a jornada de #protesto do #mst
resultou em #invasoes de predios #publicos nas capitais, de #fazendas no
#interior, duas #mortes de #sem_terra e o enquadramento de #lideres do
#movimento na lei de seguranca nacional fato revisto depois pelo governo.
itelvina masioli, #dirigente nacional que atua no mato grosso, diz que todos
os estados estao convocados para realizar #mobilizacoes crescentes a partir
deste mes a-fim-de exercer pressao para-que o governo mude sua politica
#agraria. cada estado define o tipo de #protesto que vai realizar. no para,
alem-de belem, havera #manifestacoes em maraba, #cidade proxima a eldorado.
vamos passar um bom tempo na #cidade. a tendencia aqui e pipocar muitas
#ocupacoes de #terras e predios #publicos para #denunciar os cinco anos de
impunidade e essa politica #agraria nefasta do governo, diz nonato de souza,
da #direcao estadual do #movimento.
817 123 #marchas dos #sem_terra devem chegar a 23 capitais ate amanha; mlst
#invade #propriedade em #franca. #mst vai #invadir capitais a partir de hoje.
eliane silva. da #agencia #folha, em ribeirao preto. #milhares de #sem_terra
devem #invadir as capitais de 23 estados a partir de hoje em #protestos
#organizados pelo #mst #movimento dos #trabalhadores #rurais sem #terra contra
a politica #agraria do governo federal. estao previstas #marchas, vigilias e
concentracoes. a #invasao de predios #publicos nao esta descartada. cada
estado vai #construir o #modelo de #luta conforme a sua realidade e
necessidade, diz roberto baggio, da #direcao nacional do #movimento. a jornada
de #lutas do #mst tem como pano de fundo a data de 17 de #abril amanha, que
marca os cinco anos do massacre de eldorado do carajas pa. na ocasiao, 19
#sem_terra morreram em confronto com a #policia #militar. ate agora, ninguem
foi #condenado pelo episodio. neste final de semana, os #militantes
#promoveram #invasoes em #fazendas no para e em sao paulo. na semana passada,
eles #invadiram e depredaram um engenho em #pernambuco e #bloquearam uma
rodovia em alagoas. a tendencia e pipocar muitas #ocupacoes para #denunciar os
cinco anos de impunidade de eldorado do carajas e essa politica do governo que
so privilegia os ricos do #campo, diz nonato de souza, da coordenacao estadual
do #mst no para. o caldo certamente vai engrossar esta semana, diz itelvina
masioli, da #direcao nacional. entre hoje e amanha devem estar chegando as
486
capitais #marchas de #sem_terra que partiram do #interior do #pernambuco, mato
grosso, alagoas e/ bahia.
887 123 #bove. durante o #forum #social #mundial em #porto #alegre,
#liderancas do #mst combinaram que os #protestos de #abril tambem #ocorrerao
em outros 25 paises #ligados a #via #campesina, #organizacao internacional de
#pequenos agricultores. na #franca, os agricultores #ligados ao #ativista jose
#bove preparam #protestos contra as #multinacionais de biotecnologia.
974 123 em #porto #alegre, saem hippies e jovens e entram bigodudo e
#campones. ricardo grinbaum. enviado especial a #porto #alegre. #porto #alegre
atraiu a atencao #mundial como a nova #capital do #movimento contra a
#globalizacao, mas os #militantes de #esquerda reunidos na #capital gaucha
pouco tem a ver com os #ativistas que realizaram #protestos que #marcaram
epoca em seattle, em washington e em praga. nos dois ultimos anos, as ruas de
seattle e washington foram #ocupadas por #milhares de jovens, vestidos como
hippies e empunhando bandeiras de #luta contra o capitalismo global e em
defesa do meio_ambiente. em praga, o colorido #movimento dos jovens ganhou
tambem a cor negra e a #violencia de anarquistas. ja o #evento gaucho
antiglobalizacao tem uma cara diferente, mais parecida com a do barbudo #joao
#pedro #stedile, #lider do #movimento dos #trabalhadores #rurais sem #terra
#mst, dos bigodudos petistas tarso genro, prefeito de #porto #alegre, e olivio
dutra, governador do rio #grande do sul, alem do discurso de intelectuais
brasileiros e europeus, principalmente #franceses. o #encontro que chegou a
ser tratado como uma reuniao #mundial da nova #esquerda #teve, no seu primeiro
#dia, um jeito latino_americano. as maiores delegacoes eram de #movimentos
#sociais, como o #mst, e representantes de #camponeses do mexico ou de paises
vizinhos, como o equador. #joao #pedro #stedile #quer ate aproveitar a
#presenca de 700 #militantes de #movimentos #sociais para propor uma #agenda
internacional para #organizacoes como a dos #sem_terra.
3854 122 segundo marcon, que #acompanhou a #visita de #bove com o deputado
federal adao pretto pt_rs e o secretario estadual da agricultura, jose hermeto
hoffmann, o objetivo #desta ofensiva do #mst e #protestar contra a/ demora no
andamento da #reforma #agraria e no cadastramento de #familias pelo correio,
lancado no ano passado. o #movimento nao concorda com o metodo de
cadastramento. #dia de #luta a #mobilizacao dos agricultores contra os
transgenicos foi intensa durante o #forum #social #mundial, tanto em #acoes
quanto em discursos durante as palestras. no #dia 26, #bove #participou de um
#ato em #propriedade da #multinacional monsanto, que desenvolve alimentos
geneticamente modificados, em nao_me_toque rs, onde foram #destruidos dois
hectares cultivados com soja e milho. #bove confirmou, apos conhecer a lavoura
experimental de arroz com piscicultura do #assentamento capela, que a
#confederacao #camponesa ira #participar da #mobilizacao do #dia 17 de #abril
#organizada pela #via #campesina, #entidade internacional que #reune 100
associacoes de agricultores contra os transgenicos. esta data, explicou o
#ativista #frances, foi escolhida como #dia #mundial de #luta pela #terra,
pois #representa o aniversario do massacre de eldorado do carajas. o
#movimento decidiu que o tema do proximo 17 de #abril sera dedicado aos
transgenicos. apos a #visita ao #assentamento capela, o #lider #frances
declarou que nao ha nenhuma diferenca entre seus metodos e os do #mst no
brasil. a #luta e a mesma, os metodos sao os mesmos, e a #legitimidade contra
a #violencia institucional, disse.
3292 118 presidente do tj repudia #invasao de #forum do #interior pelo #mst.
o chefe do judiciario paulista classificou #ato de acao terrorista contra a
lei e a #ordem. o presidente do tribunal de justica do estado, marcio martins
bonilha, enviou ontem oficio de solidariedade ao juiz atis de araujo oliveira,
diretor do #forum de teodoro sampaio, #invadido na #terca_feira pelo
#movimento dos #sem_terra #mst. o chefe do judiciario paulista classificou o
episodio como insolita agressao que traduz #manifestacao terrorista de
487
componentes de #movimentos subversivos, que atenta contra a lei e a #ordem, no
estado e no pais. bonilha afirma ainda-que e #hora de reacao das #forcas
#democraticas do pais, contra a #luta de guerrilha #iniciada ha algum tempo,
sob apatia oficial, pelos autoritarios condutores de bandeira ideologica,
cegados pelo fanatismo. ele disse que as autoridades pagarao caro pela
omissao, porque nao ha como falar em estado de direito, quando #ocorre por
todo o pais, em escala continua, a acao nefasta de #grupos #organizados. em
manobras atentatorias a #liberdade do #cidadao e ao direito de #propriedade.
#manifestacoes #cerca de 2 mil #trabalhadores #rurais #reuniram_se em
fortaleza e 3 mil em ji_parana, rondonia, em #atos #publicos de #protesto pela
#morte de tres #trabalhadores sem #terra em confrontos #ocorridos nos ultimos
#dias em #pernambuco, ceara e para. no rio #grande do sul, os #cerca de 3 mil
agricultores que #bloquearam o transito em duas rodovias e duas fabricas
suspenderam ontem os #bloqueios.
661 116 #protesto #bloqueia estradas pelo pais. da #agencia #folha.
#trabalhadores #rurais #ligados a diversos #movimentos #sociais #bloquearam
rodovias federais ontem em pelo menos nove estados #reivindicando mais verbas
para o custeio da agricultura #familiar. a #policia #acompanhou de-perto os
#protestos, mas nao houve #violencia, feridos ou prisoes. as #acoes foram
#organizadas pelo #mst #movimento dos #trabalhadores #rurais sem #terra, mpa
#movimento dos #pequenos agricultores, mab #movimento dos atingidos por
barragens e por federacoes de #trabalhadores #rurais. segundo a #direcao do
#mst, #cerca de 12 mil pessoas #participaram dos #bloqueios no pais. foi a
segunda ofensiva nacional dos #sem_terra neste ano. na primeira, em #julho,
houve alguns confrontos com a #policia, mas sem a gravidade registrada no ano
passado, quando predios #publicos foram #invadidos e dois #trabalhadores foram
#mortos. o diferencial #desta vez foi a maior #participacao, principalmente no
nordeste, de #integrantes do mpa, #movimento nascido no sul do pais. os
#manifestantes #protestavam, preventivamente, contra o suposto corte de 56
porcento dos recursos do pronaf programa nacional de fortalecimento da
agricultura #familiar. pediam tambem a proibicao do plantio e da
comercializacao de transgenicos e o perdao das #dividas contraidas por eles em
emprestimos anteriores. segundo o superintendente do incra instituto nacional
de colonizacao e #reforma #agraria em recife, jose geraldo eugenio de #franca,
o suposto corte de 56 porcento nos recursos do pronaf nao devera acontecer.
3307 116 #dia de #protestos do #mst deixa dois #mortos. um foi #morto em
#conflito numa #fazenda no ceara e outro em #frente do bb no recife. dois
#sem_terra foram #mortos ontem, durante as #manifestacoes do #dia nacional do
#trabalhador #rural, #organizado pelo #movimento dos #sem_terra #mst contra a
politica agricola federal, e do #dia do basta, #promovido pelo #forum nacional
de #lutas, que, sob a #lideranca da #central unica dos #trabalhadores cut,
propoe o fim da corrupcao no pais. os #protestos, geralmente sem incidentes,
incluiram #marchas, #acampamentos, #invasoes e #bloqueios em varios estados,
muitas vezes em #acoes conjuntas de #entidades e partidos de oposicao ao
governo. o ministro interino do desenvolvimento #agrario, jose abrao, informou
a-noite que as #manifestacoes foram pacificas na maioria dos estados. mas
lamentou fatos isolados de #violencia, que nada contribuem para o dialogo, a
#democracia e para melhorar a vida do #campo. os dois #sem_terra #mortos sao
francisco aldenir de mesquita, de 23 anos, baleado durante tentativa de
desocupacao de #fazenda no ceara veja nesta pagina, e jose marlucio da silva,
de 47 anos, atingido por disparos feitos por #policiais militares quando
#manifestantes tentaram #invadir a superintendencia do #banco do brasil, no
bairro de boa viagem, no recife. outros #integrantes da acao na #capital
#pernambucana foram levementes feridos. os #sem_terra e membros de outras
#entidades #pretendiam cobrar a liberacao de r 4, 5 milhoes para projetos
agricolas. pela-manha, os mesmos #manifestantes #cerca de 2 mil, segundo os
488
#organizadores do #protesto #ocuparam o #navio liberiano antilanca, carregado
de milho transgenico, no #porto da #cidade.
976 115 seattle falta a #forum anti_davos. ricardo grinbaum. enviado
especial a #porto #alegre. #porto #alegre atraiu a atencao #mundial como a
nova #capital do #movimento contra a #globalizacao, mas os #militantes de
#esquerda reunidos na #capital gaucha pouco tem a ver com os #ativistas que
realizaram #protestos que #marcaram epoca em seattle, em washington e em
praga. nos dois ultimos anos, as ruas de seattle e washington foram #ocupadas
por #milhares de jovens, vestidos como hippies e empunhando bandeiras de #luta
contra o capitalismo global e em defesa do meio_ambiente. em praga, o colorido
#movimento dos jovens ganhou tambem a cor negra e a #violencia de anarquistas.
ja o #evento gaucho antiglobalizacao tem uma cara diferente, mais parecida com
a do barbudo #joao #pedro #stedile, #lider do #movimento dos #trabalhadores
#rurais sem #terra #mst, dos bigodudos petistas tarso genro, prefeito de
#porto #alegre, e olivio dutra, governador do rio #grande do sul, alem do
discurso de intelectuais brasileiros e europeus. o #encontro que chega a ser
tratado como uma reuniao #mundial da nova #esquerda #teve, no seu primeiro
#dia, um jeito latino_americano. as maiores delegacoes eram de #movimentos
#sociais, como o #mst, e representantes de #camponeses do mexico ou de paises
vizinhos, como o equador. #joao #pedro #stedile #quer ate aproveitar a
#presenca de 700 #militantes de #movimentos #sociais para propor uma #agenda
internacional para #organizacoes como a dos #sem_terra. durante o #encontro de
#porto #alegre, sera realizado uma reuniao entre #organizacoes de #camponeses
de varios paises, principalmente latino_americanos, para definir uma #agenda
politica comum.
855 114 lojas do #mcdonalds foram #ocupadas em #porto #alegre e #alvo de
pedras em belem; em recife, houve #conflito com pm. #protesto acaba em tumulto
em 3 capitais. da #agencia #folha. mulheres sem #terra, #pequenas agricultoras
e representantes de outros #movimentos do #campo #ocuparam ontem lojas do
#mcdonalds em #porto #alegre, atiraram pedras e ovos na franquia da lanchonete
em belem e trocaram empurroes com a tropa de choque da #policia #militar em
recife. as #acoes, no #dia internacional da mulher, integraram #protesto em 21
capitais da anmtr articulacao nacional das mulheres #trabalhadoras #rurais,
que #teve de #cerca de 19 mil #camponesas. o #grupo #quer agilidade na
#reforma #agraria, mais #credito para #assentamentos e melhoria nas areas de
saude, previdencia e educacao. em recife, um #grupo de mulheres tentou entrar,
por volta das 11h, no palacio #campo das princesas, para entregar uma carta de
#reivindicacoes ao governador jarbas vasconcelos pmdb. #policiais militares
#bloquearam o acesso. houve empurroes, insultos e correria na rua. ninguem se
feriu e nao houve prisoes. depois do #conflito, uma comissao foi recebida pelo
governador. em #porto #alegre, 200 mulheres #ocuparam a loja do #mcdonalds das
11h as 12h. #manifestantes cantaram hinos contra a politica economica e
alimentos transgenicos. em belem, segundo a pm, um #grupo de #cerca de 400
pessoas jogou pedras e pichou uma #unidade da rede. um seguranca deu tiros ao
alto. ninguem ficou ferido. em cuiaba e em florianopolis, #cerca de 3. 000
mulheres fizeram #atos de #protesto em-frente-a lojas da rede, mas nao houve
#invasao ou outro tipo de #violencia.
3303 113 houve empurra_empurra e algumas das pessoas foram afastadas a golpes
de cassetete. em teodoro sampaio, no pontal do paranapanema, #cerca de 120
#integrantes do #mst #invadiram o #forum muncipal, picharam as paredes
externas do predio e #permaneceram das 8 #horas 10h30 gritando palavras de
#ordem, muitas delas ofensivas ao juiz da comarca, atis de oliveira araujo. o
juiz havia determinado a remocao dos #sem_terra #acampados na #frente da
#fazenda #santa ida. houve ainda #protestos conjuntos do #mst e do #forum
nacional de #luta em #diversas #cidades de mato grosso, com a #participacao
total de 3 mil pessoas. bonecos simbolizando o banqueiro salvatore cacciola e
o juiz nicolau dos santos neto foram #queimados em cuiaba. em #santa catarina,
489
#cerca de 4 mil pessoas #participaram de #atos #publicos em cinco #municipios.
houve paralisacao da alfandega na fronteira argentina em dionisio cerqueira,
das 8 as 14 #horas, e retencao de caminhoes em alguns #municipios. em
rondonia, aproximadamente de 3 mil #manifestantes #participaram de um #ato nas
proximidades do rio machado, no #municipio de ji_parana, onde #pretendem
#permanecer #acampados ate amanha. no espirito #santo, as #manifestacoes
concentraram_se nos #municipios de sao matheus e nova venecia. em #joao
pessoa, #capital da paraiba, os #cerca de 2. 200 #trabalhadores #rurais que
#acamparam anteontem #diante da assembleia legislativa levantaram #acampamento
no fim da tarde. em aracaju, sergipe, #cerca de 8 mil pessoas #participaram de
um #ato #publico no #centro. angela lacerda, ayrtoon centeno, cristina charao,
nelson francisco, biaggio talento, simone biehler mateos, luiz carlos lopes e
walmaro paz.
818 110 na #capital paulista, o #protesto do #mst sera conduzido por #cerca
de mil #camponesas/ #ligadas a articulacao nacional das mulheres
#trabalhadoras #rurais. elas devem ficar/ #acampadas na #cidade dos #dias 17 a
19. na pauta de #reivindicacoes, alem-de mais verbas para/ #assentados e mais
#terras para #reforma #agraria, estao as #lutas contra os transgenicos e a
#alca. #franca. um #grupo de #cerca de 700 pessoas de 250 #familias #ligadas
ao mlst #movimento de libertacao dos #sem_terra #invadiu na madrugada de
anteontem a #fazenda santana do guaraciaba, em #franca. foi a primeira
#invasao #organizada pelo #movimento no estado. os #invasores, que comecaram a
chegar ao local a 1h, estao convocando todos os interessados da regiao a se
#dirigirem ao local. ja temos umas 200 #familias e #queremos chegar a 400,
afirmou vilmar da silva, um dos #coordenadores da #invasao. a pm confirmou
ontem a #presenca de 250 #familias. silva disse ainda-que a #fazenda e
improdutiva e que eles nao #vao sair do local. so tem 70 cabecas de gado aqui
e o resto esta #abandonado ha mais de dois anos. se o proprietario quiser
negociar com o incra, tudo-bem. caso contrario, nao vamos desistir. o dono da
area, milton jacinto guimaraes, disse que vai pedir hoje a reintegracao de
posse da area. ele disse que a #fazenda e produtiva e que nao ha chance de
negociacao com os #invasores. jacarei. o advogado da #fazenda santana do rio
abaixo, #invadida na ultima #sexta_feira por 180 #sem_terra, jairo dos santos
rocha, vai entrar com o pedido de reintegracao de posse hoje pela-manha.
5683 110 a-esquerda se #manifesta em sao paulo. conferencia da #via
#campesina e seminario #agenda pos_neoliberal entram no roteiro. roldao arruda
e ardilhes moreira. a assembleia da unctad atraiu para sao paulo outros dois
#eventos internacionais, #organizados por #grupos que-se opoem as politicas
#neoliberais a 4. conferencia internacional da #via #campesina e o 3.
seminario #agenda pos_neoliberal. o primeiro #reune representantes de
#movimentos #sociais #rurais de quase 80 paises, para a discussao de temas
como #reforma #agraria, transgenicos, comercio internacional e seguranca
alimentar. as reunioes comecaram ontem, em indaiatuba, #interior de sao paulo,
na regiao de campinas, e prosseguem ate sabado. o #frances jose #bove e o
brasileiro #joao #pedro #stedile, do #movimento dos #trabalhadores #rurais sem
#terra #mst, figuram entre os #lideres mais conhecidos da #via #campesina.
eles tambem se #encontrarao em sao paulo com autoridades #participantes da
unctad. o seminario #agenda pos_ #neoliberal e #organizado por #entidades
#ligadas ao #forum #social #mundial, entre elas o instituto brasileiro de
analises #sociais e economicas ibase, o instituto rosa luxemburgo e a action
aid. sua programacao preve tres debates: a reinvencao da politica,
desenvolvimento para a dignidade humana e repensando a relacao desenvolvimento
e comercio em uma perspectiva #neoliberal. o sociologo francisco de oliveira,
professor aposentado da usp, que #participou da fundacao do pt e se tornou um
dos criticos mais acidos do atual governo, foi um dos #convidados do primeiro
debate, no #inicio a-noite de ontem. #protesto no primeiro #dia dos #trabalhos
oficiais da unctad, #cerca de 500 #integrantes de diferentes #movimentos
490
#sociais #participaram de uma #manifestacao contra o livre comercio e pelo
direito ao #trabalho.
1 109 personalidades internacionais estarao no #forum #social #mundial. rs
abriga #forum contra #globalizacao em #janeiro. leo gerchmann. da #agencia
#folha, em #porto #alegre. o rio #grande do sul prepara um #evento que o
transformara em #centro #mundial do combate a #globalizacao e ao
#neoliberalismo entre os #dias 25 e 30 de #janeiro. trata_se do que esta sendo
chamado de #forum anti_davos. o #forum #social #mundial 2001 se contrapoe ao
#forum economico #mundial, que-se realiza anualmente na #cidade suica de
davos, #reunindo #representacoes dos paises mais ricos do mundo. sua origem se
deu a partir das #grandes #manifestacoes publicas #ocorridas em seattle,
durante o #encontro da oms #organizacao #mundial do comercio, em novembro de
1999. no #inicio de 2000, tais #manifestacoes se #repetiram em washington, em
#protesto contra as politicas aplicadas pelo #fmi fundo monetario
internacional em todo o mundo. do alto das quatro #eleicoes seguidas que o pt
#teve na #capital, #porto #alegre, e da vitoria petista na #disputa pelo
proprio governo do estado, o rio #grande do sul #pretende se firmar como
#referencia geografica da #esquerda, e o #evento #reforca esta posicao.
centenas de ongs gauchas estarao entre as 3. 000 #entidades #participantes. a
#agencia #folha apurou que, apenas em relacao ao meio_ambiente, ha pelo menos
125 ongs no estado. nao ha estatisticas sobre o total de ongs gauchas, mas o
rio #grande do sul esta se tornando #referencia para varias #entidades
internacionais. nao e por-acaso que as mais conhecidas no mundo possuem
#representacao em #porto #alegre. o greenpeace e um exemplo. outro e o sea
shepperd.
Clé sélectionnée : E
4386 141 a data coincidira com o fim do ano #legislativo. #termos de #conduta
apesar da #insistencia do #governador #roberto #requiao #pmdb em #declarar o
#parana area de #livre de transgenicos, o estado tera dificuldades em
conseguir esse status no ministerio da #agricultura. nao ha/ #comprovacao de-
que as lavouras do #parana sao convencionais, #afirmou o #secretario de/
defesa agropecuaria, macao tadano. so a superintendencia da caixa economica
federal no/ #parana repassou ao ministerio da #agricultura cerca de cem
#termos de #ajustamento de/ #conduta, disse tadano. ao #assinar o #termo,
criado pela #medida_provisoria 131, que liberou o/ #plantio da soja
transgenica, os #agricultores #admitem que tem #sementes #modificadas e/
#legalizam uma producao que sem a #assinatura e considerada #ilegal. a
#medida_provisoria/ 131 #permite que o ministerio exclua das suas regras areas
onde #comprovadamente nao se/ verificou a presenca de transgenicos. o
#secretario da #agricultura do #parana, orlando pessuti, disse ontem
desconhecer a informacao de-que #agricultores do estado estejam #assinando o
#termo. pessuti disse que na ultima #safra as lavouras identificadas como
transgenicas foram interditadas e os graos, confinados em #armazens. se houver
#plantio de transgenico, vamos fazer vistoria e ver a #documentacao sobre a
origem da #semente, #afirmou. certamente, as lavouras serao interditadas e a
producao, segregada.
1608 128 o objetivo e manter o estado como area #livre de produtos
transgenicos. de-acordo-com informacoes da #secretaria da #agricultura do
#parana, foram instalados 29 postos de #fiscalizacao. e a soja de outras
regioes so #podera entrar no estado com #comprovacao de origem e teste
negativo de #transgenia. ontem pela-manha, o #governador #roberto #requiao
#pmdb recebeu, para sancao, projeto aprovado na terca_feira pela assembleia
#legislativa do #parana, que #proibe o #plantio, a manipulacao, a
comercializacao e a industrializacao de transgenicos no estado. #requiao
#afirmou que #ira sancionar o projeto de lei ainda #nesta semana, sem #vetos,
e disse esperar que o governo federal #declare o #parana como area #livre de
491
#transgenia. o #governador disse que o estado nao tera dificuldades para
#fiscalizar e coibir a presenca de transgenicos em seu #territorio. a decisao
do governo #paranaense em intensificar a #fiscalizacao para impedir o #plantio
de soja transgenica vai contra a decisao de #agricultores que #insistem em
#plantar soja geneticamente #modificada no estado. vilmar #francisco dal bo,
45, que #anunciou o #plantio de 500 hectares com #sementes transgenicas em
pranchita sudoeste do #pr, disse que o #governador deve cuidar de melhorar as
rodovias e deixar a questao de #plantar ou nao transgenicos para os
#agricultores, que entendem do assunto. em chopinzinho, tambem no sudoeste do
#parana, o sindicato rural do municipio informou que iria a justica para
garantir aos seus filiados o #direito de #plantar soja transgenica.
4227 128 soja transgenica: 73. 247 #assinam #termo de #plantio. brasilia em
todo o pais, 73. 247 #agricultores #admitiram o #plantio de #sementes de soja
transgenica na #safra 2003/ 04, informou ontem o ministro da #agricultura,
#roberto rodrigues. o levantamento leva em conta os produtores que #assinaram
o #termo de #compromisso, #responsabilidade e #ajustamento de #conduta tac,
#previsto na #medida_provisoria 131 que virou a lei n. 10. 814. o prazo para
#assinatura #terminou no dia 9. o balanco e preliminar, ja-que considera dados
reunidos ate-o dia 16. ainda tem alguma coisa pendente, mas o numero final vai
mudar pouco, avaliou o ministro. o numero ficou dentro da expectativa: o
ministerio esperava que entre 50 mil e 100 mil #agricultores #assinassem o
#termo, como estimou, em novembro, seu #secretario_executivo, jose amauri
dimarzio. a #assinatura e obrigatoria para #legalizar as lavouras
geneticamente #modificadas. caso se constate #transgenia sem a #assinatura do
#termo, as lavouras serao destruidas por #fiscais do ministerio. dos 73. 247
#termos, a maioria foi #assinada no #rio grande do #sul, com 72. 111 tacs. o
#parana esta na segunda posicao, com 464 #assinaturas. depois vem: #mato
#grosso do #sul 173, maranhao 152, #mato #grosso 112, minas 69, sao paulo 52,
piaui 47, santa #catarina 43, bahia 18 e goias 6. diante dos numeros do
#parana, rodrigues praticamente #descartou a possibilidade de reconhecer o
estado como area #livre de transgenicos, status solicitado tres vezes pelo
#governador #roberto #requiao #pmdb. #fabiola #salvador.
4361 103 #parana e o segundo estado em registro de #plantio de transgenicos.
para ministerio, #termos assinados impedem #classificar estado de area #livre
de #transgenia. renato andrade. o fato de 225 produtores #paranaenses terem
#assinado o #termo de #ajustamento de #conduta tac, assumindo que #plantaram
soja #modificada na #atual #safra, impede que o #parana seja #declarado area
#livre de transgenicos, como pretende o #governador #roberto #requiao #pmdb. a
avaliacao foi feita ontem em brasilia pelo ministro interino da #agricultura,
jose amauri dimarzio. esperamos que o #governador entenda que estamos
cumprindo nosso dever e acredito que teremos sua colaboracao depois dessa
realidade. criado pela #medida_provisoria 131, o #termo de #conduta funciona
como um mecanismo de identificacao do #plantio de soja transgenica no pais.
dos 11. 199 tacs registrados em todo o brasil, a maioria foi #assinada por
produtores do #rio grande do #sul 10. 790. a seguir vem #parana, #mato #grosso
108, minas gerais 28, piaui 22, bahia 16, santa #catarina, sao paulo e goias 3
cada-um e #mato #grosso do #sul 1. a expectativa inicial do governo era
recolher 100 mil tacs. apesar do baixo numero de documentos entregues, o
ministro interino #descartou a #hipotese de mudar a data limite para-que os
produtores #assinem o tac, que e 9 de #dezembro. #requiao vem procurando
tornar o #parana area #livre de transgenicos desde a edicao da
#medida_provisoria 131. a #declaracao de area #livre esta #prevista na
#medida_provisoria e pode ser feita pelo ministerio da #agricultura, desde-que
a ausencia de #transgenia na lavoura seja atestada por instituicoes tecnicas.
2385 97 so 574 produtores/ do #parana para o #plantio de soja #modificada.
na #safra passada, apenas 574 produtores/ #assinaram #termo de
#responsabilidade. o governo do #parana, por meio da #secretaria de/
492
#agricultura e abastecimento, reagiu a decisao da entidade de classe
aumentando o #rigor na/ #fiscalizacao. no ultimo dia 28, 2. 000 sacas de soja
transgenica foram apreendidas em um/ armazem em #francisco beltrao sudoeste do
#pr. nos ultimos dez dias, o governo #paranaense/ apreendeu outras 58
toneladas se soja geneticamente #modificadas no sudoeste. o governo/ #requiao
tem ainda lacrado todos os carregamentos com soja transgenica que transitam
pelo/ estado para outras unidades da #federacao. a maior parte da soja lacrada
e formada por sacas/ de #semente geneticamente #modificada #transportadas do
#rio grande do #sul para #mato #grosso/ e #mato #grosso do #sul. #royalties.
os #agricultores que #plantaram soja transgenica deverao/ pagar cerca de r 240
milhoes para a monsanto em #royalties pelo emprego das #sementes de/ soja
round_up a #semente geneticamente #modificada mais comercializada no pais. a/
empresa, que desenvolveu a tecnologia das #sementes #modificadas para serem
mais/ resistentes, deve #cobrar dos #agricultores neste ano r 1, 20 por saca
de 60 kg. o valor e/ contestado pelos produtores, que o consideram muito alto.
o preco dos #royalties por saca ja/ teria sido negociado entre a empresa e os
#agricultores que compraram as #sementes de soja/ da multinacional ha dois
anos. o calculo nao leva em consideracao os #agricultores que nao/ compraram
as #sementes da monsanto e estao utilizando #sementes resistentes #plantadas/
irregularmente sem ser #declaradas.
4472 96 transgenicos: prorrogado prazo para #agricultor. agora, ele tera ate
#dezembro para informar o governo sobre o uso de #sementes #modificadas.
#fabiola #salvador. brasilia atendendo a pedido dos produtores de soja, o
governo prorrogou o prazo de #assinatura do #termo de #compromisso,
#responsabilidade e #ajustamento de #conduta para os #agricultores que tem
#sementes transgenicas. eles terao agora ate 9 de #dezembro para #assinar o
#documento, que #permite o #plantio da soja geneticamente #modificada na
#safra 2003/ 2004. sem o #termo, os produtores nao terao #direito a
financiamento #oficial e #poderao ter as lavouras destruidas, caso a
#fiscalizacao do ministerio da #agricultura #comprove #transgenia nas
plantacoes. a prorrogacao do prazo foi incluida no #artigo 6. da
#medida_provisoria 133, que cria o programa especial de habitacao popular
pehp, publicada na edicao de ontem do diario #oficial da uniao. inicialmente,
o prazo para a #assinatura do #termo acabaria hoje, 30 dias apos a publicacao
da #medida_provisoria 131, em 25 de setembro. a #medida_provisoria 131 liberou
o #plantio de #sementes de soja geneticamente #modificada na #atual #safra. a
dilatacao do prazo vinha sendo negociada com a casa civil pelo ministro da
#agricultura, #roberto rodrigues. segundo ele, havia um descompasso entre o
prazo final para a #assinatura do #documento e o periodo de #plantio da
#safra, que vai ate-o fim do ano. ontem, a assessoria de rodrigues explicou
que a maioria dos produtores esta, #nesta epoca, envolvida com as atividades
de #plantio e vinha tendo dificuldade para se deslocar ate as cidades e
#assinar o #documento no prazo exigido.
4475 96 transgenicos: prorrogado prazo para #agricultor. agora, ele tera ate
#dezembro para informar o governo sobre o uso de #sementes #modificadas.
#fabiola #salvador. brasilia atendendo a pedido dos produtores de soja, o
governo prorrogou o prazo de #assinatura do #termo de #compromisso,
#responsabilidade e #ajustamento de #conduta para os #agricultores que tem
#sementes transgenicas. eles terao agora ate 9 de #dezembro para #assinar o
#documento, que #permite o #plantio da soja geneticamente #modificada na
#safra 2003/ 2004. sem o #termo, os produtores nao terao #direito a
financiamento #oficial e #poderao ter as lavouras destruidas, caso a
#fiscalizacao do ministerio da #agricultura #comprove #transgenia nas
plantacoes. a prorrogacao do prazo foi incluida no #artigo 6. da
#medida_provisoria 133, que cria o programa especial de habitacao popular
pehp, publicada na edicao de ontem do diario #oficial da uniao. inicialmente,
o prazo para a #assinatura do #termo acabaria hoje, 30 dias apos a publicacao
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da #medida_provisoria 131, em 25 de setembro. a #medida_provisoria 131 liberou
o #plantio de #sementes de soja geneticamente #modificada na #atual #safra. a
dilatacao do prazo vinha sendo negociada com a casa civil pelo ministro da
#agricultura, #roberto rodrigues. segundo ele, havia um descompasso entre o
prazo final para a #assinatura do #documento e o periodo de #plantio da
#safra, que vai ate-o fim do ano. ontem, a assessoria de rodrigues explicou
que a maioria dos produtores esta, #nesta epoca, envolvida com as atividades
de #plantio e vinha tendo dificuldade para se deslocar ate as cidades e
#assinar o #documento no prazo exigido.
4250 95 #stf suspende #veto do #parana a transgenicos. para ministros,
estado invadiu a esfera de competencia da uniao ao #legislar sobre o assunto.
mariangela gallucci e #fabiola #salvador. brasilia os ministros do #supremo
tribunal federal #stf suspenderam ontem, por unanimidade, a lei #paranaense
que #proibia atividades com transgenicos no estado. a norma, editada em
outubro, impedia o #cultivo, manipulacao, importacao, exportacao,
industrializacao e comercializacao de transgenicos e o financiamento de sua
producao. o pfl e o #governador do #mato #grosso do #sul, jose orcirio miranda
dos santos, o zeca do pt, questionaram a lei #paranaense no #stf. para os
ministros, o #parana invadiu a competencia da uniao ao #legislar sobre o
assunto. segundo eles, o estado #poderia ter #legislado se nao existissem
normas federais sobre a materia. marco aurelio a republica ainda e federativa
e nao confederativa, disse o ministro marco aurelio mello, ressaltando que,
apesar-de votar pela suspensao da lei, nao estava se comprometendo com uma
avaliacao sobre se os transgenicos devem ser liberados ou nao. na proxima
semana, os ministros do #stf deverao julgar acoes diretas de
inconstitucionalidade adins que questionam a #medida_provisoria editada pelo
governo federal que liberou #nesta #safra o #plantio de #sementes de soja
transgenica. as acoes sustentam que, sem a realizacao de estudos de impacto
ambiental, nao e possivel liberar a soja #modificada. #termo de-acordo-com a
mp, os #agricultores precisam #assinar um #termo de #compromisso,
#responsabilidade e #ajustamento de #conduta para ter #direito ao #plantio de
transgenicos.
4245 92 produtor quer #legalizar soja clandestina no #pr. apos decisao do
#stf, entidades pedem a lula que reabra prazo para adesao a transgenicos.
evandro fadel. curitiba entidades de produtores rurais #paranaenses receberam
com alivio a decisao do #supremo tribunal federal #stf de suspender a lei que
#proibia os transgenicos no estado. mas agora elas querem que o governo
federal reabra o prazo para-que os #agricultores #paranaenses #assinem o
#termo de #compromisso exigido para o #plantio de soja #modificada. a
#alegacao e de-que muitos produtores temiam represalias do governo #estadual e
preferiram manter clandestinas suas lavouras de transgenicos. tinhamos
desconfianca de-que, mesmo com a lei federal, o governo do estado #poderia
interditar, disse o produtor enio pigosso, de chopinzinho, na regiao sudoeste.
agora podemos #plantar sem medo de sermos chamados de bandidos. ele e um dos
cerca de 300 #paranaenses que firmaram o #termo de #compromisso,
#responsabilidade e #ajustamento de #conduta tac. a #assinatura do #termo era
a precondicao fixada na #medida_provisoria 131 para #agricultores dispostos a
#plantar soja #modificada. mst apesar-de ter #assinado a tac, pigosso #plantou
apenas 3 alqueires de #semente #modificada nos seus 52 alqueires de terra.
#plantei pouco porque tinha esse problema da lei #paranaense. na regiao, pelo
menos outros 20 produtores #assinaram o #termo. mas ha outro tanto que
#plantou clandestinamente. segundo ele, alem do medo da reacao do governo, os
#agricultores temiam represalias do movimento dos sem_terra mst. a #federacao
da #agricultura do #parana faep e a organizacao das cooperativas do #parana
ocepar enviaram um #documento ao presidente luiz inacio lula da silva e ao
ministro da #agricultura, #roberto rodrigues,
494
1600 90 #parana barra #caminhoes carregados de soja suspeita. a #secretaria
da #agricultura e abastecimento do #parana impediu 79 #caminhoes que
#transportavam soja de origem nao #comprovada de entrar no estado. foram
barrados 29 #caminhoes na divisa com sao paulo e 50 na ponte que liga o
#parana a #mato #grosso do #sul. o governo #paranaense quer #evitar que soja
transgenica seja desviada para lavouras do estado. o #governador #roberto
#requiao #pmdb vai sancionar projeto que #proibe #plantio, manipulacao,
comercializacao e industrializacao de transgenicos no #parana.
4246 90 pedindo a prorrogacao do prazo para a #assinatura da tac, encerrado
no dia 9. os produtores do #parana que #plantaram soja transgenica estavam
temerosos de #assinar o #termo, em face das ameacas do governo do estado de
intervir em suas lavouras, diz o #documento. segundo as entidades, a decisao
do #supremo #permite que os produtores saiam da #ilegalidade. estimativa cerca
de 90 porcento da #safra #paranaense de soja ja esta #plantada. a faep
acredita que 15 porcento do total seja de #sementes #modificadas. o
#secretario da #agricultura, orlando pessuti, #declarou que a #fiscalizacao e
os testes de #transgenia continuarao sendo feitos no estado, mas sem
interdicao das lavouras. ele disse que o estado continua esperando que o
ministerio da #agricultura atenda ao seu pedido para ser #declarado area
#livre de transgenicos. apesar da decisao do #stf, o porto de #paranagua nao
vai embarcar soja transgenica. a garantia foi dada anteontem pelo #governador
#roberto #requiao #pmdb. segundo ele, pelas normas da #medida_provisoria 131
nao pode haver no porto mistura de soja convencional com #modificada. o
#governador #afirmou que esse risco existe porque #paranagua nao tem/
shiploader equipamento para carregar a soja nos navios exclusivo para
transgenicos. se/ dizem que a lei nao vale, vale entao a #medida_provisoria. e
ela garante que nao haja essa/ mistura de soja transgenica com o produto puro.
5463 89 #requiao apela a #agricultores para-que nao #plantem. ele tambem
culpou a midia pela grande discussao em torno dos transgenicos. curitiba o
#governador do #parana, #roberto #requiao #pmdb, renovou seu apelo ontem para-
que os #agricultores #paranaenses nao #plantem soja transgenica. espero que os
#agricultores do #parana, inteligentes, capazes de raciocinar no medio e longo
prazos, nao entrem nessa aventura, disse. teremos uma soja diferenciada, pura,
com mercado #aberto no mundo inteiro e com preco muito melhor. a #proibicao de
embarque de #carga transgenica no porto de #paranagua segue em vigor. de-
acordo-com a avaliacao do governo, a edicao da #medida_provisoria 223, que
autoriza #cultivo e #plantio de soja transgenica na #safra 2004/ 2005, nao
tera eficacia no #parana, em razao de ela so #permitir a utilizacao de
#semente propria. como la foram poucos os #agricultores que #assinaram o
#termo de #compromisso, #responsabilidade e #ajustamento de #conduta no ano
passado, teoricamente somente esses teriam condicoes de renovar o #plantio. o
#governador tambem culpou os meios de comunicacao pelo barulho criado em torno
da producao transgenica. qual e a canalhice maior disso tudo? ligar o radio e
a tv, olhar a manchete dos jornais: liberada a soja transgenica no brasil. e
mentira, e mentira, atacou. e. f.
1607 86 #secretaria da #agricultura #estadual impede a entrada de veiculos
com produto de origem desconhecida. #pr barra 79 #caminhoes com soja suspeita.
jose maschio. da agencia folha, em londrina. a #secretaria da #agricultura e
abastecimento do #parana comecou ontem a barrar a entrada de soja sem
#comprovacao de origem no estado. em ourinhos sp, na divisa com o #parana, e
guaira oeste do estado, #caminhoes #transportando soja em graos foram barrados
pela #fiscalizacao. na divisa entre sao paulo e #parana, 29 #caminhoes foram
impedidos de entrar em #territorio #paranaense porque nao tinham #comprovacao
de-que a soja #transportada era convencional, e nao geneticamente #modificada.
os #caminhoes, que vinham de #mato #grosso do #sul, estavam ontem estacionados
em ourinhos 370 km a oeste de sao paulo. na ponte que liga o #parana a #mato
#grosso do #sul, pelo #rio #parana, em guaira, outros 50 #caminhoes foram
495
impedidos de entrar no estado pelo mesmo motivo. com origem em #mato #grosso
do #sul, a soja seria #transportada para o porto de #paranagua. a preocupacao
do governo #paranaense e que a soja seja desviada para #plantio por
#agricultores. ontem, reportagem da agencia folha mostrou que #agricultores
#paranaenses estao #plantando soja geneticamente #modificada, comprando graos
transgenicos do #rio grande do #sul, da argentina e do #paraguai. depois da
publicacao da reportagem, o governo do #parana reagiu montando ontem barreiras
de #fiscalizacao nas divisas com santa #catarina, sao paulo e #mato #grosso do
#sul e nas fronteiras com a argentina e o #paraguai.
4458 86 pessuti disse ainda-que os #agricultores que #assinaram o #termo de
#compromisso para #plantar soja transgenica, #previsto na #medida_provisoria
131, serao #fiscalizados. as lavouras que #forem identificadas como
transgenicas serao interditadas.
1757 85 produtores #gauchos da soja geneticamente #modificada pretendem
alterar #artigo sobre #termo de #responsabilidade. pressao tenta mudar
#medida_provisoria dos transgenicos. andre soliani. da sucursal de brasilia.
preocupado com as implicacoes juridicas do #termo de #responsabilidade que os
#agricultores que decidirem #plantar soja transgenica terao de firmar, o
presidente da farsul #federacao da #agricultura do #rio grande do #sul, carlos
sperotto, aconselhou os produtores a postergarem ao maximo a #assinatura do
#documento. o prazo legal para firmar o #termo #termina em 25 de outubro, o
mesmo dia em-que os #fiscais do ministerio da #agricultura passarao a
#fiscalizar no campo as plantacoes de soja no #rio grande do #sul e,
provavelmente, nos outros 13 estados produtores do oleaginoso no brasil. a
principal preocupacao da farsul, que trabalha para #modificar a
#medida_provisoria e o tac #termo de #compromisso, #responsabilidade e
#ajustamento de #conduta no congresso, e o #artigo no qual o produtor confessa
que cometeu um crime ao guardar #sementes transgenicas para #cultivar neste
ano. o compromissado #agricultor #declara ciencia de-que o #plantio de
#sementes de soja geneticamente #modificada sem o cumprimento das exigencias
dispostas na lei 8. 794, de 5 de janeiro de 1995, lei de biosseguranca
constitui ilicito administrativo, sujeito as cominacoes da lei, diz o tac. se
a #medida_provisoria que autoriza o #plantio de soja geneticamente #modificada
neste ano #for cassada pelo #supremo tribunal federal, os fazendeiros serao
reus confessos e, alem-de pagar #multas e perder a #safra, podem pegar ate
tres anos de prisao.
1442 84 governo pede ao #parana que recue de #proibicao. da sucursal de
brasilia. o governo federal espera que o #governador do #parana, #roberto
#requiao #pmdb, anule o decreto que #proibiu a plantacao, comercializacao e
transito de soja geneticamente modificado no seu estado. a lei no #parana esta
em conflito com as regras federais, segundo o departamento juridico do
ministerio da #agricultura. acredito que ele #requiao va reconsiderar a
#proibicao, #afirmou ontem o ministro interino da #agricultura, jose amauri
dimarzio, ao apresentar os dados com o numero de #agricultores que #assinaram
o tac #termo de #compromisso, #responsabilidade e #ajustamento de #conduta,
#documento necessario para quem decidir #plantar #sementes de soja transgenica
legalmente para a proxima #safra. o ultimo levantamento da #agricultura sobre
tac mostra que o nivel de adesao ainda esta baixo 1. 199 produtores #assinaram
o #termo. revela, no-entanto, que no #parana ha 225 #agricultores que
pretendem #plantar ou estao #plantando a #semente transgenica, a despeito da
#proibicao no estado. para dimarzio, os produtores #paranaenses tem o #direito
de #plantar o transgenico, pois o governo federal, por meio de mp, liberou o
#cultivo em todo o pais. a lei federal e a lei maior. o #governador do #parana
ja havia pedido ao ministerio da #agricultura que decretasse o estado #livre
de transgenicos. a #medida_provisoria que liberou o #plantio da soja
geneticamente #modificada #preve que o ministerio pode decretar determinadas
areas #livre do produto. o pedido de #requiao, no-entanto, foi inicialmente
496
negado, pois faltavam informacoes necessarias. com a adesao de #agricultores
#paranaenses ao tac, sera praticamente impossivel o #governador conseguir o
certificado.
4206 79 no #rs, 77 mil #assinaram #termo de transgenicos. dados preliminares
contabilizados pelo ministerio da #agricultura ate-o dia 23 indicam que so no
#rio grande do #sul 77. 415 produtores #assinaram o #termo de #compromisso,
#responsabilidade e #ajustamento de #conduta exigido para o #plantio de soja
transgenica na #safra 2003/ 2004. o numero supera o balanco parcial anterior
para todo o pais, divulgado pelo ministerio no dia 16, segundo o-qual 73. 247
#agricultores 72. 111 deles do #rio grande do #sul tinham #assinado o
#documento.
2405 77 #oficial x real. pontos que a #medida_provisoria nao esclarece.
legalidade. o produtor que esta #plantando #semente geneticamente #modificada
esta #ilegal? a #medida_provisoria veda o uso de #semente transgenica para
#plantio em 2005 #safra 2005/ 2006 fora de seu estado de origem. os produtores
que hoje estao #plantando soja transgenica compraram #sementes clandestinas.
no #parana, apenas 578 produtores #assinaram #termo de #responsabilidade
determinado pela #medida_provisoria anterior, mas a estimativa e que mais de
20 porcento da soja a ser #plantada no estado #nesta #safra sera transgenica.
logo, toda soja #plantada sem #comprovacao de-que era #semente produzida pelo
produtor na #safra 2003/ 2004 esta fora da legalidade. financiamento. o
produtor conseguira financiar o #plantio de soja #modificada sem o #termo de
#responsabilidade? a #medida_provisoria foi editada depois-que a maioria dos
produtores ja tinha feito seus financiamentos. o ministerio da #agricultura
teria que colocar tecnicos para #fiscalizar, se os financiamentos foram para
soja convencional ou transgenica. destruicao de graos. a #medida_provisoria
determina que a soja #modificada nao comercializada seja destruida a partir de
31 de janeiro de 2005 podendo esse prazo ser prorrogado em 60 dias. mas na
#medida_provisoria anterior tambem existia tal determinacao, que nao foi
cumprida. #fiscalizacao. quem #fiscaliza o cumprimento das determinacoes da
mp? em tese, seria o ministerio da #agricultura. mas, na #pratica, acaba sendo
feita pelas #secretarias #estaduais de #agricultura. apenas um estado, o
#parana, promete #rigor na #fiscalizacao. isso devido a posicao do #governador
#roberto #requiao #pmdb, que quer o estado como area #livre de transgenicos.
1371 76 no #rs, 75 mil #assinam #termo de #compromisso. da sucursal de
brasilia. o numero de #agricultores #gauchos que #assinaram o tac #termo de
#compromisso, #responsabilidade e #ajustamento de #conduta, necessario para o
#plantio #legalizado de soja transgenica, passou de-pouco menos de mil para
cerca de 75 mil no ultimo mes, disse o delegado do ministerio da #agricultura
no #rio grande do #sul, #francisco signor. ontem, segundo signor, o ministerio
tinha em maos cerca de 25 mil #termos, e 50 mil estavam com a fetag_rs
#federacao dos trabalhadores da #agricultura, que encaminhara ao governo.
segundo ele, a expectativa e que mais de 100 mil #termos sejam entregues ate-o
dia 9, quando #termina o prazo para a #assinatura. signor disse que cerca de
10 mil toneladas de graos transgenicos foram apreendidas no estado, pois
seriam eles vendidos como #sementes, o-que-e #proibido por lei.
Clé sélectionnée : F
711 54 verga, mas nao quebra. convoque_se o #povo para #fazer o pacto
social que jamais foi feito. indios e negros, #mulheres e #homens, #jovens ou
safenados, operarios e empresarios, bancarios e banqueiros, latifundiarios e
sem_terra, mansoes e favelas, #fome e desperdicio, herdeiros e deserdados:
venham todos tomar assento a #mesa. o pacto social e feito pelas #diferencas
#comprometidas com o #combate as desigualdades entre #pessoas e regioes. como
integrar os #excluidos, saciar os famintos e atingir a #modernidade? ou
melhor, atingir a democracia? integracao social e #tecnologia #avancada sao
dois #desafios para qualquer governante #consciente de seus deveres e de seu
497
mandato. o oposto do que sofremos e toleramos. o patrimonio nacional, doado
aos alienigenas. empresas brasileiras, sucateadas e inviabilizadas. nao temos
uma proposta de #desenvolvimento, apenas uma moeda cuja realeza #comeca a
#ficar desmoralizada. #num pais #rico em solo, em #agua e ensolarado reinam as
trevas e a #fome! gigante pela #propria natureza, nao e de hoje que o brasil
permanece dormindo em berco inglorio. nosso #povo e #educado para exaltar e
agradecer a-quem nao #merece e a #sonhar com muito pouco. se assim nao #fosse,
os governantes nao sairiam vivos de seus palacios e de seus mandatos. nao se
#sabe bem a #razao, depois do grande feito do ex_senador acm propondo a
criacao de um #fundo de #combate a #pobreza, o #jornal nacional #colocou
novamente a #fome como questao prioritaria da agenda politica, #abrindo
#espaco em seu #noticiario para a humilhacao dos famintos no cenario tetrico
#dessas noites de apagao.
4267 53 ele e #parte do presente, pois o presente se #faz tanto do passado
quanto da #visao que-se tem do #futuro. a questao e, portanto, #saber se essas
utopias passadistas indicam um #rumo viavel de #transformacao e uma
#alternativa melhor de #sociedade. tudo #leva a crer que e #dificil que este
seja um bom #caminho. nao havera no brasil algo parecido? quantas vezes, ao
#lidar com o mst, se tem a impressao de estar diante-de um movimento ambiguo,
que combina uma reivindicacao justa, a #distribuicao mais equitativa da terra,
do credito e da #assistencia/ tecnica, com uma proposta regressiva: a
generalizacao das #antigas #formas familiares de/ organizacao da producao
agricola, na contramao da #revolucao #produtiva do agronegocio, baseada na
#moderna empresa capitalista. transparece ai o #sonho de uma outra #sociedade,
diferente de tudo o-que existe hoje, fruto de uma #transformacao #radical. e
sintomatico que a #revolucao que-se almeja nao #possa sequer ser nomeada
#abertamente como tal, pois, de um #lado, habita o terreno do impensavel e, de
outro, se reivindicada, despertaria reacao #negativa da #maioria a-que o
movimento pretende #servir. voltemos, para concluir, as reivindicacoes do
representante indigena referido no inicio. em varias #sociedades da #america
#latina ressoa o mesmo cantochao de #fundo #religioso em-que as questoes
comerciais do #mundo globalizado sao embaladas como-se #implicassem anexacoes
territoriais. #velha #ideia, anterior ao imperialismo e #propria do
colonialismo, quando, entao, sim, a #dominacao #economica requeria
subordinacao formal dos #povos e a anexacao politica dos territorios.
2960 51 depois, #aparecem o consumismo, o individualismo e o comodismo. por-
que esta ocorrendo essa epidemia da #beleza? a #resposta e #obvia e nos, da
midia, somos, em #parte, responsaveis por-isso. ha uma supervalorizacao da
aparencia. seres anorexicos e futeis, #quase inumanos, como gisele bundchen,
sao apresentados como #padrao de #beleza e de #sucesso. a midia, por sua vez,
nao se limita a fotografa_los, mas frequentemente #busca suas #opinioes sobre
os mais #diversos #temas, de politica a transgenicos. dissemina_se um culto a
celebridade, que da #lugar ao #surgimento de uma especie de casta na
#sociedade, a casta dos famosos. e, para ser famoso, nao e #preciso
necessariamente #fazer algo de relevante basta #aparecer. e o #dominio da
fugacidade. a #internet, na sua extraordinaria velocidade em #tempo #real, e a
sintese #tecnologica da voracidade do presente, do agora. a pesquisa #mostra,
de um #lado, o narcisismo entre #jovens e, de outro, um ceticismo. sao as duas
faces de uma mesma moeda. #politicos sao sempre ruins, independentemente dos
partidos. logo os governos sao iguais. na #opiniao de 64 porcento dos
#entrevistados, o governo lula esta igual ou pior do que o de seu antecessor.
o jeito, portanto, e o salve_se quem #puder. se nao existem utopias e toda
utopia e um pacto com o #futuro nem se #acredita na politica, sobra apenas a
saida individual. ate porque a mensagem predominante e a do consumismo como
fonte de prazer e de realizacao. #vale #perguntar se esse imediatismo nao e um
estimulo ao consumo de drogas.
498
5550 50 eu nao #entendo mais nada. joao mellao neto. nos dois #seculos
passados, nao era #dificil distinguir, no espectro #ideologico, o-que era
esquerda e o-que era direita, o-que era progressista e o-que era conservador.
a-esquerda era progressista, isto-e, seus militantes #acreditavam que a
#humanidade #avancava nas trilhas do #progresso, material ou social. as
ciencias iam #abrindo novos caminhos, a #tecnologia revolucionava os meios de
producao e cabia a #sociedade abandonar seus #conceitos e preconceitos
consolidados atraves dos #seculos e se adaptar as mudancas. o novo era
necessariamente melhor do que o #antigo. o #progresso era sempre para melhor.
a-direita, por sua vez, era nitidamente conservadora. seus argumentos tambem
eram fortes. #mudar por #mudar, #entendiam os conservadores, era uma #atitude
inconsequente, uma-vez-que a mudanca em si nao #implica necessariamente
melhoria. a melhor bussola para a #humanidade, #entendiam eles, era o teste do
#tempo. #faz #sentido. novidades #surgem a todo #momento. so a passagem do
#tempo pode definir o-que-e bom e o-que-e ruim, separar as #ideias uteis das
nocivas, adotar os bons #costumes e descartar os maus. as #revolucoes
politicas, sociais ou cientificas, por #implicarem mudancas #rapidas,
#radicais e nao amadurecidas, segundo essa #linha de #pensamento, resultariam
sempre em #graves reveses para o #mundo e as #sociedades. as #boas mudancas
seriam apenas aquelas que o #tempo haveria de, naturalmente, consagrar. os
usos e #costumes representavam a #experiencia acumulada ao #longo de inumeras
geracoes e, portanto, nao podiam ser abandonados, de um #momento para o outro,
em funcao de novas e nao testadas #ideias.
2962 46 #tenho visto tambem #escolas e #educadores #colocarem na pratica
#escolar o estimulo a #colaboracao. esse deveria ser o #padrao de
#comportamento, nao a excecao, #numa #comunidade civilizada. podem me chamar
de nostalgico, mas, se ser #jovem e #ficar obcecado pela #beleza e #viver em
regime alimentar ou #achar que-se #comunicar e #ficar na frente de um
computador, prefiro ser #velho. sou dos que #acham que um dos bons prazeres da
#vida e #ouvir, pessoalmente, sem tela nem terminais, conversa de #gente
#falando das dores, delicias e encantamentos das #experiencias.
5424 46 alguma identificacao com a personagem? sou a favor da ciencia e da
pesquisa. mas a peca #mostra, sobretudo, que #pensamentos diferentes podem e
devem conviver em harmonia. alem da estreia teatral, ittalla #lanca o #livro
de sua #autoria teatro #comeco ate. editora hucitec cujo #objetivo e
compartilhar #experiencias e #conhecimentos adquiridos em nove anos como
#professora e diretora do #curso de teatro da faculdade da cidade, tambem no
rio. #nesse #livro #faco uma especie de sumula com o #objetivo de dar
instrumentos para as #pessoas que trabalham com #educacao, em qualquer area,
diz ittala, que #falou ao estado, por #telefone, de seu apartamento em
copacabana. afastada da direcao da #escola ha dois anos, arrisca_se a tracar
um perfil dos #jovens do #seculo 21. e impressionante a incidencia de
depressao. #parece #coisa de idoso? pois atualmente e doenca de #jovem. qual o
motivo? o defeito da #educacao, nos dias de hoje, e querer #ensinar a ganhar
#dinheiro e nao a ser feliz. o-que da #respostas as grandes indagacoes do
#homem e a #filosofia. #dinheiro nao da felicidade e ditado muito #antigo, mas
desaprendido. os #jovens estao perdidos. nao leem, recebem tudo atraves da
televisao e, por-isso, #falta_lhes #imaginacao e concentracao. para a atriz,
as tecnicas teatrais e o #conhecimento da mitologia que toma a primeira #parte
do #livro podem #ajudar #educadores e alunos a serem mais criativos, integros
e felizes. no #livro, ela conta muito de sua #propria #experiencia de #vida.
nascida em 4 de junho de 1942 em caxias do sul, ittala #formou_se em ciencias
contabeis, chegou a trabalhar #num banco, mas foi #vista no teatro amador por
fernando peixoto.
5895 46 ele logrou #conquistar o premio nobel da paz, em 1970, mas e so.
embora venerado na #comunidade cientifica, #continua sendo um desconhecido
para a maior #parte da #opiniao publica. tanto isto-e verdade que norman
499
borlaug, o pai da #revolucao verde, esta no #momento visitando o nosso pais e,
com excecao do estado, nenhum #jornal que eu #tenha #lido se deu ao trabalho
de sequer registrar a sua presenca. salvar #vidas e algo que nao rende
manchetes. se facinoras como hitler, stalin ou #mao que mataram aos milhoes
tivessem vindo ao brasil, a repercussao, com-certeza, teria sido outra. poucas
#pessoas, atualmente, #conhecem tao a #fundo a agricultura e seus #problemas,
#especialmente nos paises #pobres. se os #jornais nao estao dispostos a
publicar as suas #opinioes, paciencia. o estadao o #fez. e elas nao estao
plenamente de-acordo-com o-que a #nacao petista considera como politicamente
correto. o ministro rossetto, por exemplo, #ficaria mais vermelho do que suas
ceroulas ao #ouvir a experiente #opiniao de borlaug sobre a reforma agraria.
segundo ele: se voce #distribui terras para #combater a #pobreza, o-que voce
tera sao agricultores #pobres! tampouco a clorofilica ministra marina da silva
#gostaria de #saber o-que borlaug #pensa a respeito dos #ecologistas: essa
#gente #vive nas nuvens. #ficam #falando na #academia, teorizando, mas nada
#entendem de como as #coisas funcionam na pratica. e quanto aos mal amados
transgenicos? borlaug e categorico: com eles e possivel transferir
caracteristicas #desejaveis de uma planta para outra, algo que nao seria
possivel de outra #forma.
5370 45 tem muito partido #politico, muito coronel, #muita barganha. e
#muita corrupcao, ne? o pt. quem #imaginou que o pt #fosse se meter com #gente
como esse waldomiro diniz? e sair negociando cargos e apoios com acm, sarney,
maluf, quercia? o pt e o pmdb do #seculo 21! isso para nao #falar das
tentativas de censura, das regulamentacoes, da ancinav. e, diogo, eu. eu #sei
que algumas #pessoas disseram que o pt nao era o partido #ideologico e
#moderno que dizia ser. mas o pt vendeu a alma para ganhar a eleicao e #ficar
no poder o maximo de #tempo possivel. e isso e que derruba. mas o-que voce
queria? calote na divida? fim dos latifundios? salario minimo de r 500 apenas
no #papel? estatizacao? nem o #povo quer isso. eu #sei, eu #sei. mas se ponha
no meu #lugar. eu #acreditava no lula. #achava que um operario chegar ao poder
iria corrigir 500 anos de injustica. que nao ia mais #ver #gente catando
#comida no lixo, assaltando nas esquinas, parindo oito filhos. diogo esvazia a
caneca. #pega leve, amigo. #acho que vou #levar voce para casa. e #pensar que
nao #tenho mais inimigos. isso doi tambem, #sabia? eu #achava que os eua eram
causadores da nossa #pobreza, que a elite brasileira era a mesma desde dom
joao vi, que a globalizacao ia #acabar com nossa #cultura. agora #comeco a
#achar que a #coisa e bem mais embaixo. os #problemas #continuam; as #solucoes
e que sao mais complicadas do que a #gente #sonhava na juventude.
5441 43 como #opcao de fe. #posso nao ter #opinioes, mas me sobraram as
#opcoes. eu nao #sei como #continuar esta #entrevista. sera que voce esta
#ficando sem #opinioes como eu? estou contraindo a sua decisao pela indecisao,
ironiza o locutor. #maquina de risadas em acao. pode ser contagioso. voce
tambem e espirituoso. eu #tenho uma #opiniao: #acho voce uma farsa. pode ser.
voce #acha? eu nao #acho. #claro, voce nao #acha nada. e o-que andam dizendo
por ai. voce #acha mais #facil #viver sem #opinioes? nao #sei. nao #tenho
#opiniao sobre isso. o-que voce #acha dos transgenicos? nao #sei. e de briga
de galos? #sei la. e da politica #economica do governo atual? #sei nao. mas,
neste caso, nem eles #sabem. imitam o governo anterior. imitam? que #coisa.
estes caras estao confusos. ou estao como eu: nao #acham nada. ou sao como
nos: espirituosos. #mao erguida, dedo girando: risos. depois dos comerciais,
#ouviremos voce que esta em casa #perguntando ao seu inopinado. ate ja.
1197 42 em sao #paulo, na semana passada, robuchon #falou a revista da
folha: como e #ficar fora da cozinha? nao houve a ruptura que eu #imaginava.
#comecei a #fazer #livros, #programas de tv, consultorias, e nao deixei a
cozinha, trabalho agora em meu laboratorio. a #diferenca e que no restaurante
e #preciso #fazer tudo muito #rapido. #fica_se estressado! agora #faco as
#coisas com mais calma. voce admira a espanha, nao? adoro. #sabe, eu trabalho
500
todos os dias, sabados e domingos, nunca descanso, mas no #verao #paro tres
meses e #fico na espanha, onde #tenho um apartamento a beira_mar. adoro a
#vida, a mentalidade, a #cultura espanholas; gosto de #viver a-noite, da
#gente calorosa, e da cozinha: onde eu #fico ha muitos peixes, e a 20 km ja e
montanha, com seus pequenos coelhos assados na brasa, os cordeiros #quase sem
gordura. ha produtos excepcionais, legumes, presunto, porco; so o boi nao e
tao bom. o azeite de oliva e duas vezes mais barato que o #italiano, e melhor.
naquele famoso manifesto, dez anos atras, em-que voce, alain ducasse e outros
defendiam a cozinha regional. aquilo foi uma manipulacao, um #jornalista
#escreveu e #colocou nosso #nome. mas havia algo de #verdadeiro: e #preciso
#fazer uma cozinha regional, mas revista e corrigida para o gosto de hoje. sou
contra a cozinha fusion, mistura que a #gente nao #sabe o-que esta #comendo;
nao quer dizer que nao se deva usar ingredientes que vem de-fora.
2586 41 revisionismo instantaneo e uma #expressao que vem a minha cabeca
quando #vejo com-que facilidade crencas, #instituicoes, #acontecimentos,
decisoes sao questionadas por #pessoas que #obviamente compreendem melhor e
mais #rapido que os outros aquilo sobre o-que estao #falando. a teoria critica
tornou_se agora uma especie de teoria conspiratoria instantanea e irrestrita.
um bom exemplo #disso, na franca, esta no le monde diplomatique, um #jornal
que todo mes #faz a revisao de tudo o-que #aconteceu no #mundo, mas sem nunca
prestar #atencao a descricoes e contradicoes, e tudo em #nome da critica e da
certeza da sua #propria correcao politica. ha portanto uma #maneira
contemporanea de #pensar que pode ser definida como um barateamento da critica
ou uma trivializacao do espirito critico. a critica tornou_se uma especie de
fundamentalismo semi_religioso que proclama #ver atraves-de tudo e descobrir,
por tras do direito, da ciencia, da #religiao, da politica, as #verdadeiras
forcas que trabalham escondidas e que so sao reveladas pelos #olhos dela
mesma. e um sociologismo enlouquecido, a invencao de um alem_mundo que explica
tudo o-que-se passa neste #mundo por revelar as forcas ocultas, enquanto o
#resto de nos, coitado, #vive na ilusao. o #sr. #fala da #necessidade de um
retorno a #atitude realista, de nao mais desconstruir, mas sim proteger e
#cuidar. por-que as #coisas #precisam de mais #cuidado agora? a critica perdeu
o gas. tornou_se contraprodutiva. e um veneno que deveria ser #administrado na
dose certa. e benefico em pequenas quantidades, mas mata em altas doses.
477 40 ao manejo de substancias toxicas e a evasao fiscal. o
#desenvolvimento vertiginoso dos softwares, a difusao macica da #tecnologia de
informatica, o computador #pessoal e os #programas empacotados #acabaram se
convertendo em instrumentos decisivos na determinacao de como-se organiza e
comanda a producao #global. esse poder, derivado da nova lideranca
#tecnologica, consolidou a hegemonia #economica norte_americana #nessa nova
etapa do capitalismo. finalmente, a conexao por #redes #globais e a lideranca
na #internet constituiram_se no elo final desse novo paradigma. a quantidade e
a qualidade das #ideias que circulam pela #internet capturam instantaneamente
o #amplo espectro do estado da #arte nos diferentes campos e viabiliza a
apropriacao dos #conhecimentos #globais. as novas #tecnologias geram produtos
#radicalmente novos. ondas de entusiasmo, apoiadas e #lancadas por todos os
meios de #comunicacao, propagam_se em #tempo #real. o #telefone movel e a
#internet, simbolos da interconectividade, passam a ser #condicao de
felicidade. o #homem/ volta a #sentir_se rei exibindo seu controle sobre a
natureza e a sua intimidade com a/ mercadoria. essa relacao atinge #momentos
de excitacao fervorosa, de transe #religioso e/ submissao, como no observar
encantado das propriedades magicas de um celular. #tecnologia da informacao e
automacao estao hoje presentes em todos os #lugares. compoem as cenas da #vida
cotidiana, instaladas em nossa intimidade. sao filhas do #desejo, muito mais
que um #simples instrumento dele. tornaram_se aliadas ambiguas e
desconcertantes, exceto para quem delas #tira seus #objetivos de lucro e
#dominio. as novas tecnicas operam com #enorme autonomia, #trazem #importantes
501
vantagens, mas podem facilmente se perverter, tornando_se nefastas e agredindo
o proprio #homem.
3332 40 tres exemplos do teatro terrivel de canetti. editora #perspectiva
junta #num mesmo volume as pecas o casamento, comedia da vaidade e os que tem
a hora marcada, em-que reflete sobre os prenuncios do terror. sergio coelho.
#especial para o estado. em #massa e poder, um ensaio obrigatorio para a
compreensao do #seculo 20, elias canetti postula o teatro nao como um meio de
#comunicacao de #massa, mas como um local para a exposicao do individuo.
#prova #disso e que para esse #lugar, em-geral #amplo, ha uma unica entrada,
por-onde passam poucas #pessoas de cada vez, em #busca de uma cadeira
rigidamente pre_determinada no ato de compra do ingresso. houvesse um incendio
no teatro, a debandada em direcao a saida revelaria o panico pela perda da
individualidade. cada toque do outro seria #sentido como uma extensao do
incendio. esse e um #tema caro a canetti. em 1927, em viena, testemunhou o
incendio do palacio da justica por uma multidao revoltada com um julgamento
arbitrario. nem sua #formacao cientifica de doutorando em quimica, nem sua
#condicao de ladino #errante atenuaram o impacto #dessa #experiencia. um ano
depois estava em berlim, dividindo com grosz, babel e brecht que tinha #olhos
de dono de casa de penhores a responsabilidade de #entender o caos de sua
#epoca. a #obra que #dai resultou lhe valeu o nobel em 1981. alem-de suas
memorias e de #massa e poder, seu romance auto_de_fe que narra o #medo
obsessivo de um #intelectual de #ver sua biblioteca incendiada consta na
#maioria das listas de #livros mais #influentes do #seculo.
3937 40 o engajamento #artistico do furacao itala nandi. a atriz, escritora,
produtora e cineasta tem muito trabalho pela frente em 2003. beatriz coelho
silva. rio a atriz itala nandi mal tera #tempo de respirar em 2003, tal e sua
agenda. e esta feliz da #vida por-isso. aos 60 anos e #quase 50 sob os
refletores, #planeja realizar uma peca de teatro, #escrever outro #livro,
#fazer um filme e, se der #tempo, montar um #curso de #artes cenicas, em
#nivel de graduacao, em-que os alunos #aprenderao tecnicas de seu oficio em
pouco mais de um ano. sempre #vivi assim, #fazendo mil #coisas ao mesmo
#tempo, cheia de #gente em volta, e so nao tive #tempo de estudar, #fazer um
#curso superior, conta. mas agora, a uni_rio me deu o titulo de notorio
#saber. #sabe que, como as #escolas de teatro sao recentes no brasil, a
#maioria dos grandes #profissionais nao pode #ensinar nas faculdades por-que
nao tem terceiro grau? esse e um dos #temas do #livro teatro e #educacao, que
#acaba de #escrever para sair no primeiro semestre de 2003. #faco um
#historico do #ensino de teatro no pais, da relacao teatro/ #escola e parto
para questoes da relacao discipulo/ #professor. ela passou dez anos refletindo
sobre o #tema e criando o #curso de teatro da univercidade, #instituicao
particular do rio e #levou tres meses para #escrever. na segunda #parte,
#abordo a postura do #aprendiz, descrevo exercicios teatrais e #faco uma
apologia a obrigatoriedade do teatro na #escola.
1329 39 o-que estou pregando entao? uma #comunidade hippie globalizada? uma
nova #revolucao #cultural maoista? pretinhos #basicos e nada mais para todas
as mocas? nada #disso #parece ter dado muito certo, nao e? porque todo #mundo
esta #ficando cada vez mais #louco ao consumir e nao ha ate segunda ordem
plano de fuga no shopping center planetario fugir para-onde? ate em cuba as
#pessoas se #jogam no mar revolto so para #fazer compras em miami e mesmo no
butao, que nao tinha tv ate os anos 90, agora ja tem #internet. entao essa e
minha unica #maneira de terminar este texto com um elegante otimismo: quero
apenas menos, um pouquinho menos. voces que sao brancos e #precisam realmente
comprar isso tudo, que-se #entendam. nao vou nem concluir dizendo que tudo
isso me #parece um pouco cafona o-que seria muito #obvio ate porque eu gosto
de brega! nao vou nem insinuar que nao e mais nem um espetaculo #interessante
contemplar o barulho produzido por tanta insatisfacao e #acho que mesmo
estrategias situacionistas de desconstrucao desses #desejos apenas aumentam o
502
barulho, e a quantidade de #coisas e acoes que atravancam o #mundo. como diz o
wado, #numa cancao que adoro: eu vou #ficar quietinho, eu vou #ficar no meu
canto. talvez essa seja a #atitude mais #radical de todas. ou/ nao? hermano
vianna e antropologo, #autor de o #mundo funk carioca e o misterio do samba/
ed. jorge zahar. ele #escreve mensalmente na serie brasil 504 d. c. do mais.
5440 39 entao, vieram os convites para palestras em departamentos de
marketing de grandes corporacoes. querem #saber se ha falhas no sistema, ja-
que eu nao sou #influenciado pela propaganda. do #resto, #sabemos: vieram as
manifestacoes de apoio do movimento antiglobalizacao, #arte contra barbaria,
punks, pstu. e voce realmente nao #sabe em quem votar? voce #sabe? e,
#escolher esta #dificil. eu nao #tenho mais #opiniao. me #parece tudo igual. e
como #escolher entre polvo e lula. #maquina de risadas acionada. ja vi que
voce e espirituoso. #posso #fazer algumas provocacoes? #claro. por exemplo.
quem era melhor, senna ou piquet? voce deve ter uma #opiniao sobre isso. mas
entra o componente equipamento. nunca #saberemos. selecao de 1970, 1982 ou
2002? #jogaram em #epocas diferentes. mas seguramente foram melhores do que a
de 1990. #maquina de risadas em acao. gisele bundchen. e a #mulher mais bonita
do #mundo? nao para os indios do xingu, que a #acharam uma magrela sem sal
incapaz de preparar uma #boa fogueira. voce #parece ter #opinioes e
#transforma um raciocinio #num dilema. eu nao #acho. eu nao #acho nada. kerry
ou #bush? em quem voce votaria? nao votaria. nao sou eleitor americano. mas
caso #fosse? nao #sei. esta frio aqui dentro do estudio? nao #sei. esta? esta
com sede? quer #agua? nao #sei. tem #agua nesta caneca? #acho que sim. voce
#acredita em deus? sim. ah, te #peguei. entao, voce #acha que deus existe. nao
#acho nada, nem #sei se ele existe. mas #acredito.
1265 38 deixar o publico #saber o-que esta #acontecendo. a #ficcao
cientifica tambem tem #ajudado a #trazer os #jovens para a ciencia. eu #lia
#ficcao cientifica quando era crianca e isso me despertou #interesse em
ciencia. folha nos temos visto uma reacao forte do publico sobre #temas
cientificos, como a clonagem e os transgenicos. como o #sr. #ve isso, como
#comunicador de ciencia? dyson e #obviamente um #problema o #fato de o publico
ter #medo da engenharia genetica. nos #precisamos nos contrapor a isso, olhar
para as #coisas de um jeito razoavel. e #parte de meu trabalho. folha mas o
#sr. #acha que e so #medo ou que isso resulta de uma maior compreensao da
ciencia? dyson nao, nao, definitivamente, e so #medo e #dificil dizer como
essas #coisas #acontecem, mas tem havido um monte de #historias assustadoras
sobre engenharia genetica sem consistencia. folha a #conferencia desta semana
homenageia um ex_membro do projeto manhattan e o co_inventor da bomba h. em o
sol, o genoma e a #internet o #sr. aponta a segunda #guerra como a grande
pressao para as #inovacoes cientificas do #seculo 20. quais sao as pressoes
externas que movem a #fisica no #seculo 21? dyson hoje nao ha #muita ciencia
envolvida nas #guerras. hoje e mais uma questao de engenharia, porque a
ciencia ja foi feita. a #maioria das pressoes vem de-dentro, da competicao.
sempre foi assim. a segunda #guerra mundial foi uma excecao.
2600 38 e #nessa lingua, a mais #antiga que existe, tao estranha quanto
elegante, que a #vida #fala sobre si. crick e seus colegas a decifraram,
dando_nos #acesso #consciente a seus #quase infinitos documentos. muito da
ciencia #futura consistira em #le_los e #interpreta_los. tampouco e acidental,
portanto, que, #mudando novamente de ramo, um dos pais da biologia molecular
se tornou um pioneiro da neurociencia e dedicou o #restante de seus dias a
tentar compreender o-que-e a #consciencia. ateu convicto, ele lhe #procurava a
base biologica e observou: que pode ser mais tolo do que fundamentar toda a
#visao da #vida em #ideias que, por mais plausiveis que #tenham sido outrora,
#parecem agora totalmente equivocadas? e o-que pode ser mais #importante do
que #achar nosso #verdadeiro #lugar no universo removendo um a um esses
vestigios infelizes de crencas ancestrais.
503
2908 38 #continua dizendo: voces, dos anos 60. #perguntou pela exumacao da
iara, se foi suicidio ou homicidio. quando respondi que, para mim, ela
#continuaria a #mulher mais cheia de #vida que #conheci, ele desandou a
chorar. fiquei sem jeito para #falar o-que estou #pensando do governo: ainda e
#tempo de #mudar, nao foi para isso que chegamos ate aqui. passei aquela noite
em #claro. mario magalhaes, 39, e #jornalista e prepara um #livro biografico
sobre o guerrilheiro #carlos marighella.
Clé sélectionnée : G
2550 114 #presidente se reune hoje com aliados do #pfl. da #sucursal de
#brasilia. como parte do #esforco para romper a paralisia do #congresso e
ampliar sua base de sustentacao no #senado, o #presidente #luiz #inacio #lula
da #silva janta hoje com #senadores da ala do #pfl mais alinhada ao governo no
primeiro dia da ultima #semana de #esforco #concentrado antes das eleicoes. o
#ministro #aldo #rebelo #coordenacao #politica tambem participa do encontro,
na #casa do #ministro #jose #dirceu #casa #civil. os #senadores pefelistas
antonio carlos magalhaes ba e roseana #sarney ma sao os dois grandes aliados
do governo e #articuladores do encontro entre #lula e #senadores pefelistas,
como cesar borges ba e edison lobao ma. nao fomos informados dessa #reuniao.
primeiro, vamos ver se ela ocorrera mesmo. depois, quem #vai participar. e, a
partir dai, vamos ver o #assunto que foi tratado. vamos #conversar. #trata_se
de companheiros, disse o lider do #pfl no #senado, #jose agripino maia,
#critico do governo #lula. nos bastidores do #planalto, estimula_se ate-a
movimentacao de setores do #pfl alinhados ao governo para formar novo
#partido. a partir de amanha, havera 11 #medidas #provisorias trancando a
#pauta da #camara e uma outra no #senado. em primeiro lugar, vamos #tentar
#votar as mps, depois pensamos em #projetos prioritarios, com a #lei de
falencias, disse o #deputado paulo bernardo #pt_pr, #presidente da comissao
mista de orcamento do #congresso. amanha, em sessao ja #convocada pelo
#presidente do #senado, #jose #sarney #pmdb_ap, o governo espera #aprovar o
aditivo orcamentario que preve reajuste salarial de 10 porcento aos militares.
2548 108 #presidente #tenta ampliar base de sustentacao no #senado para
#votacoes. #lula #vai se reunir com aliados do #pfl. da #sucursal de
#brasilia. como parte do #esforco para romper a paralisia do #congresso e
ampliar sua base de sustentacao no #senado, o #presidente #luiz #inacio #lula
da #silva janta hoje com #senadores da ala do #pfl mais alinhada ao governo no
primeiro dia da ultima #semana de #esforco #concentrado do #congresso antes
das eleicoes municipais. o #ministro #aldo #rebelo #coordenacao #politica
tambem participa do encontro, na #casa do #ministro #jose #dirceu #casa
#civil. os #senadores pefelistas antonio carlos magalhaes ba e roseana #sarney
ma sao #articuladores do encontro entre #lula e outros #senadores pefelistas,
como cesar borges ba e edison lobao ma. nao fomos informados dessa #reuniao.
primeiro, vamos ver se ela ocorrera mesmo. depois, quem #vai participar. e, a
partir dai, vamos ver o #assunto que foi tratado na #reuniao. vamos
#conversar. #trata_se de companheiros, disse o lider do #pfl no #senado, #jose
agripino maia, #critico do governo #lula. nos bastidores do #palacio do
#planalto, estimula_se ate-a movimentacao de setores do #pfl alinhados ao
governo para formar um novo #partido. a partir de amanha, quando os trabalhos
no #congresso se iniciam de fato, havera 11 #medidas #provisorias trancando a
#pauta da #camara e uma outra no #senado. em primeiro lugar, vamos #tentar
#votar as mps, depois pensamos em #projetos prioritarios, com a #lei de
falencias, disse o #deputado paulo bernardo #pt_pr, #presidente da comissao
mista de orcamento do #congresso.
2579 108 apesar-de nao estar #disposto a #tomar #medida, #planalto ja tem
pronto o #texto caso nao #haja #acordo no #senado. governo resiste a #editar
medida_provisoria dos transgenicos. eduardo scolese. da #sucursal de
#brasilia. na tentativa de pressionar o #congresso nacional a #aprovar a #lei
504
de #biosseguranca, o governo federal anunciou ontem que nao esta #disposto a
#editar uma nova medida_provisoria que libere a comercializacao de
transgenicos na safra 2004/ 5. a realidade, porem, e que o #palacio do
#planalto ja tem pronto o #texto para #editar outra #mp, caso nao #haja
#acordo no #senado e, depois, na #camara. ontem, em entrevista no #planalto, o
#ministro #aldo #rebelo #coordenacao #politica lavou as maos sobre o tema e
jogou o problema para o #congresso. disse que o governo tem consciencia de-que
ja cumpriu sua parte e cobrou um elevado espirito publico do #senado, para-que
#aprove o #projeto e o devolva a #camara. #rebelo #tratou do tema ontem no
#planalto com o #presidente #luiz #inacio #lula da #silva, o governador
germano #rigotto #pmdb_rs e o #ministro #jose #dirceu #casa #civil. na #semana
que vem, #rebelo promete #conversar com lideres da base aliada e da #oposicao
no #congresso para #articular a #votacao do #projeto de #lei no chamado
#esforco #concentrado entre 14 e 16 de setembro. no ano passado, o governo ja
havia #editado uma medida_provisoria sobre o tema. para o plantio de uma nova
safra, a partir de #outubro, e preciso a #aprovacao do #projeto de #lei da
#biosseguranca, que #resolveria a #questao de forma definitiva, ou a #edicao
de uma nova medida_provisoria.
5953 98 #biosseguranca: #marina quer mudar #texto. #brasilia o ministerio do
#meio_ambiente ainda #vai #tentar alterar o #substitutivo do #projeto da #lei
de #biosseguranca que #tramita no #congresso e espera chegar a um #acordo
sobre o #assunto ate-a #proxima #semana. o parecer #apresentado na terca_feira
pelo entao #relator da #materia, #deputado #aldo #rebelo #pcdob_sp, desagradou
ao ministerio. o #relatorio aumenta os #poderes da comissao tecnica nacional
de #biosseguranca ctnbio para autorizar pesquisas com transgenicos e diminui
uma serie de restricoes estabelecidas pelo #projeto orginal do governo, feito
com forte participacao da #ministra #marina #silva. em #reuniao, anteontem, na
#casa #civil, #assessores do ministerio #tentaram reverter a ampliacao do
#poder concedido a ctnbio, que, pelo #texto de #rebelo, #passaria a ter
#poderes definitivos para autorizar pesquisas. no #projeto do governo, o papel
da ctnbio era apenas consultivo. ontem, porem, as #negociacoes foram
tumultuadas com a #saida de #rebelo da #relatoria do #projeto para #assumir o
ministerio da #articulacao #politica. em seu lugar, ficara o #deputado renildo
calheiros #pcdob_pe. o #substitutivo de #rebelo, que #voltou a #tramitar em
#regime de #urgencia, aumenta ainda a influencia da comunidade cientifica na
ctnbio ao exigir que os #representantes de ongs na comissao terao de ser
especialistas com grau de doutor. a #casa #civil devera #discutir o
#substitutivo tambem com #representantes de outros ministerios que tem
interesses no #projeto, mas, segundo o ex_ministro do #meio_ambiente/
#deputado #jose #sarney #filho pv_ma, na avaliacao do #ministro_chefe da #casa
#civil,
4480 94 #lula bate martelo sobre #biosseguranca. governo nao divulga teor do
#projeto, que ja seguiu para redacao na #casa #civil. demetrio weber e vera
rosa. #brasilia o #presidente #luiz #inacio #lula da #silva #passou por cima
das #polemicas que dividem o governo internamente quanto a regulamentacao do
cultivo de alimentos transgenicos no pais e definiu o teor do #projeto de #lei
sobre o #assunto, que devera ser #encaminhado ao #congresso na #semana que
vem. #lula #tomou a decisao apos reunir_se anteontem com 11 #ministros e o
#vice_presidente, #jose #alencar, no #palacio do #planalto. as diretrizes
definidas pelo #presidente, nao divulgadas pelo governo, foram repassadas a
#casa #civil, encarregada de #dar a redacao juridica, em forma de #projeto de
#lei, para-que a #proposta va para o #congresso. de-acordo-com a #casa #civil,
o #texto #final sera #submetido a #lula, provavelmente na #quarta_feira,
quando ele #voltar a #brasilia, apos #viagem a espanha e sao paulo. ontem, a
#ministra do #meio_ambiente, #marina #silva, disse que o #chefe da #casa
#civil, #jose #dirceu, nao tera excesso de #poder no #debate sobre a liberacao
de transgenicos no pais. quando se tem um marco regulatorio adequado, que da
505
seguranca para a sociedade, as pessoas nao se importam. isso #independe de
#poder na #casa #civil, no #meio_ambiente ou no ministerio da ciencia e
tecnologia. para #marina, a #reuniao de 11 #ministros com o #presidente #lula,
na #quarta_feira, #deu novo impulso a #discussao. avancamos de forma
consistente na definicao da #lei de #biosseguranca, observou.
5920 92 #aprovada, #lei de #biosseguranca #recebe #criticas. alteracoes no
#projeto foram costuradas em #reunioes durante a madrugada. rosa #costa.
#brasilia um #acordo fechado na madrugada de ontem garantiu a #aprovacao no
#plenario da #camara, em #votacao simbolica, do #substitutivo ao #projeto de
#lei do governo que, entre outros, atenua substancialmente as exigencias para
pesquisas com organismos geneticamente modificados ogms e cria normas de
fiscalizacao e comercializacao desses produtos. o #texto tera ainda se ser
#votado no #senado e so deve entrar em vigor no #fim de marco. entre as
inovacoes acatadas pelo #relator renildo calheiros #pcdob_pe, esta a-que #opoe
ministerio do #meio_ambiente mma e produtores rurais. e a-que torna
obrigatorio o aval de orgaos de fiscalizacao, como o ibama e a #anvisa, para a
comercializacao de transgenicos. o #substitutivo feito pelo ex_relator #aldo
#rebelo #pcdob_sp, que #assumiu o recem_criado #cargo de #ministro_chefe da
#articulacao #politica, #dava autonomia a comissao tecnica nacional de
#biosseguranca ctnbio para #decidir nao apenas sobre as pesquisas, mas sobre a
venda de transgenicos. ao #sair da rodada #final de #negociacao, o #ministro
#rebelo disse que o governo concorda com a #medida. paciencia horas apos
#votacao da #camara, o #presidente #luiz #inacio #lula da #silva fez #questao
de #elogiar a paciencia da #ministra do #meio_ambiente, #marina #silva, nem
sempre compreendida, nas #negociacoes da #lei de #biosseguranca. durante
cerimonia no #planalto, o #presidente disse que a companheira #marina, neste
caso, cumpriu a promessa de #passar para a historia como a #ministra que, ao
inves de dizer nao,
2848 90 #meio_ambiente tambem emitira parecer sobre os transgenicos. #marina
consegue mudar #projeto. #andre soliani. silvio navarro. da #sucursal de
#brasilia. a #ministra do #meio_ambiente, #marina #silva, conseguiu fazer
#mudancas de ultima hora no #projeto de #lei de #biosseguranca, que poderia
ser #votado na noite de ontem, no #plenario da #camara. #marina, depois-de
muita #articulacao #politica, obteve a #inclusao no #texto do #projeto de
mecanismos que impedem que a ctnbio comissao tecnica nacional de
#biosseguranca, orgao subordinado ao ministerio de ciencia e tecnologia, tenha
a ultima #palavra sobre o licenciamento ambiental para cultivo em escala
comercial de produtos transgenicos. os orgaos da area ministerios do
#meio_ambiente, da saude e da agricultura tambem emitirao o seu parecer e cabe
ao cnbs #conselho nacional de #biosseguranca a #tomada de decisao, afirmou o
#relator do #projeto, #deputado renildo calheiros #pcdob_pe. o cnbs sera um
colegiado de #ministros, #vinculado a #presidencia da #republica, que tera o
#poder de dirimir eventuais conflitos entre a ctnbio e os orgaos de registro e
fiscalizacao que sao subordinados aos ministerios, segundo o #relatorio de
calheiros. na noite de anteontem havia a #expectativa de-que o #relatorio
feito pelo atual #ministro de #coordenacao #politica, #aldo #rebelo #pcdob_sp,
antigo #relator, fosse mantido por calheiros. a versao de #rebelo havia mudado
radicalmente o #projeto #original #enviado pela #casa #civil. #dava a ctnbio o
#poder de dispensar o licenciamento ambiental. inconformada, #marina procurou
o #presidente #luiz #inacio #lula da #silva para #tentar evitar uma #derrota.
a versao do atual #ministro #atendia aos interesses da #bancada #ruralista no
#congresso e desagradava aos ambientalistas.
5531 90 #lula afirma que nao tera problemas em #editar medida_provisoria.
#presidente nao sabe se #incluira pesquisas com #celulas_tronco no mesmo
#texto da soja transgenica. leonencio nossa e tania monteiro. #brasilia o
#presidente #luiz #inacio #lula da #silva disse ontem, em entrevista a
radialistas no #palacio do #planalto, que nao tera problema em #editar uma
506
medida_provisoria autorizando mais uma vez o plantio de soja transgenica. num
momento em-que os microfones estavam desligados, ele teria admitido que ha
profundas #divergencias na #questao dos transgenicos entre a #ministra do
#meio_ambiente, #marina #silva, e o da agricultura, roberto #rodrigues. ao
citar a disputa, #lula checou se a #conversa nao estava mesmo indo ao ar. ele
salientou que ainda nao #decidiu se #incluira na medida_provisoria #questoes
como pesquisa com #celulas_tronco. se for importante e #tiver #acordo no
#senado, eu posso assinar, disse. o #ministro_chefe da #casa #civil, #jose
#dirceu, informou ao estado que #discutira hoje com o #presidente a #edicao da
medida_provisoria. estamos dependendo da decisao do #presidente, disse. vou
levar essa #questao a ele, acrescentou. ainda com os microfones desligados,
#lula reclamou do #atraso dos #senadores na #votacao da #lei de
#biosseguranca. o #presidente disse que nao #vai fugir da responsabilidade de
assinar a #mp, possivelmente no inicio da #proxima #semana, depois-de se
inteirar de todos os fatos, aproveitando os #acordos feito entre os #senadores
na #discussao do #projeto de #lei. ao abordar a #questao das pesquisas com
#celulas_tronco, ele #comentou que, como pai de cinco #filhos tem de #defender
este tipo de estudo porque eles podem levar a cura de doencas, com resultados
que beneficiariam a todos.
1571 89 #marina diz que recusa jardinagem. ranier bragon. da #sucursal de
#brasilia. a #ministra do #meio_ambiente, #marina #silva, aproveitou o jantar
de desagravo organizado para ela na noite de anteontem para dizer ao primeiro
escalao do governo e a #bancada federal do #pt que nao sera uma #ministra da
jardinagem. ela afirmou que continua no #cargo e que pretende mexer em
#questoes fundamentais, sem ficar so na superficie. segundo presentes ao
encontro, na #casa do #presidente da #camara dos #deputados, joao paulo cunha
#pt_sp, a #ministra disse que #vai #tentar #convencer o #presidente #luiz
#inacio #lula da #silva a #apoiar seus #pontos de vista e que ja #conversa com
outros #colegas para-que a medida_provisoria que #trata da liberacao do
plantio de soja transgenica #saia do/ #congresso com uma #posicao mais severa
em relacao as restricoes de plantio e comercializacao. contra a-vontade da
#ministra, o governo #editou uma medida_provisoria liberando o plantio. a
ideia de-que o governo estaria abandonando bandeiras historicas do #pt na area
ambiental foi agravada pela #saida da legenda do #deputado #fernando #gabeira
rj. o encontro foi organizado por joao paulo e pelo lider da #bancada #petista
na #camara, nelson pellegrino #pt_ba. participaram #parlamentares e a maioria
dos #ministros #petistas, como #jose #dirceu #casa #civil e antonio #palocci
#filho fazenda. o governo acusou o golpe da #saida do #gabeira e da liberacao
dos transgenicos e #resolveu patrocinar uma inflexao, afirmou o #deputado
chico #alencar rj. em #discurso, #dirceu disse que falava em/ nome de #lula e
que a #ministra e considerada peca essencial para o sucesso do governo.
4489 89 #lei ainda nao define papel da ctnbio. legislacao estaria pronta,
restando ainda a #questao do papel da comissao. demetrio weber e vera rosa.
#brasilia o #presidente #luiz #inacio #lula da #silva #passou por cima das
#polemicas que dividem o governo internamente quanto a regulamentacao do
cultivo de alimentos transgenicos no pais e definiu o teor do #projeto de #lei
sobre o #assunto, que devera ser #encaminhado ao #congresso na #semana que
vem. #lula #tomou a decisao apos reunir_se anteontem com 11 #ministros e o
#vice_presidente, #jose #alencar, no #palacio do #planalto. as diretrizes
definidas pelo #presidente foram repassadas a #casa #civil, que agora esta
encarregada de #dar a redacao juridica, em forma de #projeto de #lei, para-que
a #proposta va para o #congresso. de-acordo-com a #casa #civil, o #texto
#final sera #submetido a #lula, provavelmente na #quarta_feira, quando ele
#voltar a #brasilia, apos #viagem a espanha e sao paulo. ontem, a #ministra do
#meio_ambiente, #marina #silva, disse que o #chefe da #casa #civil, #jose
#dirceu, nao tera excesso de #poder no #debate sobre a liberacao ou nao de
transgenicos no pais. quando se tem um marco regulatorio adequado, que da
507
seguranca para a sociedade, as pessoas nao se importam. isso #independe de
#poder na #casa #civil, no #meio_ambiente ou no ministerio da ciencia e
tecnologia, afirmou. para #marina, a #reuniao de 11 #ministros com o
#presidente #lula, na #quarta_feira, #deu novo impulso a #discussao. avancamos
de forma consistente na definicao da #lei de #biosseguranca, observou.
2522 85 tentativa de #aprovacao da #lei de #biosseguranca fracassa no
#senado. governo deve recorrer a medida_provisoria para liberar transgenicos.
luis renato strauss. da #sucursal de #brasilia. sem conseguir o quorum
necessario para #votacao, o governo sofreu uma #derrota ontem no #senado, ao
nao conseguir #aprovar a #lei de #biosseguranca. o #texto #voltara a #plenario
somente em 5 de #outubro. apesar-de o governo ter #negado, por meio de nota,
os aliados no #senado esperam a #edicao de uma medida_provisoria para
regularizar o plantio de soja transgenica da #proxima safra, segundo a folha
apurou. o governo mantem a confianca de-que o #congresso #votara o #projeto e
nao tem a #intencao de #editar medida_provisoria em substituicao ao #texto que
#tramita no #parlamento, informa a nota divulgada pelo ministerio da
#coordenacao #politica. o #texto do #relator ney suassuna #pmdb_pb tinha sido
#aprovado na #quarta_feira nas tres comissoes que analisavam o tema. para
ontem, ja estava acertado um #acordo entre #pt, psdb, pmdb e #pfl para a
#votacao no #plenario. alem-disso, o governo tambem tinha conseguido limpar a
#pauta do #senado para #votar a #lei. com o adiamento, a situacao #deixa
praticamente certa a #edicao de medida_provisoria. o governo ja havia acertado
a #medida caso a #lei #passasse no #senado, pois o #texto tem de #voltar a
#camara por ter sofrido alteracoes. la, onde a #pauta esta trancada por 16
#medidas #provisorias, a #votacao #demoraria muito. como o plantio da soja
comeca em #agosto, #incluindo as sementes transgenicas, #parlamentares e
interlocutores do governo no #congresso esperam para os #proximos dias a
#edicao de uma nova medida_provisoria sobre o #assunto, apurou a folha.
2463 84 #presidente sinalizara o #contrario. a #ministros, #lula #nega
medida_provisoria para transgenicos. da #sucursal de #brasilia. em #reuniao
com os #ministros da #coordenacao #politica ontem, o #presidente #luiz #inacio
#lula da #silva afirmou que nao pretende assinar uma medida_provisoria para
autorizar o plantio de soja transgenica no brasil. a #ministra #marina #silva
#meio_ambiente #deixou a #reuniao com declaracoes nesse sentido: o #presidente
me disse que nao #vai #editar uma medida_provisoria e que pretende esperar a
#votacao no #congresso, depois das eleicoes. #assessores de #lula informaram
ontem que, apesar das sinalizacoes na #semana #passada de-que poderia assinar
uma #mp, o #presidente esta resistente a ideia. no #planalto, avalia_se que,
com a proximidade de #outubro, epoca de plantio, os produtores do sul do pais
ja estariam usando a soja transgenica. o desgaste politico de #editar outra
medida_provisoria seria, portanto, em-vao. #lula tem ouvido #parlamentares,
governadores, como germano #rigotto #pmdb_rs, e ate #ministros, como roberto
#rodrigues, a favor da #edicao de uma medida_provisoria. na #semana #passada,
ele disse que poderia assinar uma medida_provisoria: se for importante e
#tiver #acordo, posso fazer isso, assinar. #lula dizia que, se nao houvesse
outra #saida, poderia assinar a #mp, desde-que ficasse claro que o faria
devido a impossibilidade de #aprovar o #projeto na #camara a tempo de ser
realizado o plantio. ha cerca de dez dias, o #porta_voz da #presidencia,
#andre singer, disse que #lula estava considerando a possibilidade de #editar
uma medida_provisoria que contemplasse o-que ja foi #acordado no #senado em
torno da #lei de #biosseguranca.
2855 82 #votacao deve acontecer hoje. #texto de #biosseguranca traz poucas
#mudancas. da #sucursal de #brasilia. mesmo pressionado pela #ministra do
#meio_ambiente, #marina #silva, e por #deputados ligados a ela na #camara, o
#deputado renildo calheiros #pcdob_pe #apresentara hoje o novo #relatorio
sobre a #lei de #biosseguranca com alteracoes minimas em relacao ao parecer do
ex_lider do governo na #casa e atual #ministro de #coordenacao #politica,
508
#aldo #rebelo. a #intencao do governo e #votar hoje mesmo o parecer de
calheiros na comissao especial para leva_lo a #plenario na #proxima #semana, a
ultima da #convocacao extraordinaria do #congresso. ontem, calheiros #passou
a-tarde #tentando encontrar uma #saida para a #questao do licenciamento de
pesquisas com transgenicos, um dos #pontos que geraram #polemica entre
cientistas e ambientalistas. ele afirmou que so concluiria o #texto a-noite.
apesar do #esforco de #marina #silva, calheiros nao foi autorizado a ceder,
porque grandes modificacoes significariam uma #derrota para #aldo #rebelo, que
#deixou o legislativo prestigiado. silvio navarro.
1686 80 a #expectativa da #casa #civil e que o #presidente #luiz #inacio
#lula da #silva #decida na #proxima #semana a redacao #final do #projeto de
#lei a ser #encaminhado ao #congresso. nova #reuniao de #ministros deve ser
marcada para #quarta_feira.
4360 79 o #deputado informou que #aceitou parcialmente ou na #integra cerca
de 15 das 109 #emendas #propostas a medida_provisoria. para o ex_ministro do
#meio_ambiente e #deputado #sarney #filho pv_ma, a reacao da #bancada
#governista na #votacao do #projeto de #conversao #vai mostrar qual e
realmente a #posicao do #palacio do #planalto nessa #questao. vamos saber se o
governo tem restricoes aos transgenicos ou se quer apenas fazer um agrado ao
pessoal do #meio_ambiente, #adiantou. #biosseguranca tambem hoje sera
instalada a comissao especial encarregada de examinar o #projeto da #lei de
#biosseguranca. com 31 #membros, a comissao trabalhara em #regime de #urgencia
para-que o #projeto seja #votado antes-de 14 de dezembro. o lider do #pcdob e
do governo na #camara, #deputado #aldo #rebelo sp, sera o #relator dos
trabalhos, que serao presididos pelo peemedebista silas brasileiro mg. as
#articulacoes para alterar o #projeto #enviado ao #congresso pelo governo ja
comecaram. o #presidente do pps, #deputado roberto freire #pe, ja elaborou uma
#proposta alternativa, que ele garante contar com o #apoio do pmdb, psdb,
#pfl, pp e pdt. o #substitutivo de freire, entre outras #mudancas, reduz a
#burocracia na obtencao de licenca para produtos modificados geneticamente. o
#projeto e um retrocesso e me chama a atencao o fato de um governo de esquerda
#dar lugar ao fundamentalismo, #criticou freire.
5500 79 #camara deve #aprovar o #texto que vem do #senado. essa e a
tendencia. mas #governistas apostam num racha entre evangelicos. gilse guedes.
#brasilia a tendencia e que a #camara #aprove o #substitutivo do #senador ney
suassuna #pmdb_pe ao #projeto de #lei de #biosseguranca, disseram ontem
lideres do governo e da #oposicao. a #proposta que #saiu do #senado autoriza
neste ano o plantio e a comercializacao da soja geneticamente modificada, da
#poderes a comissao tecnica nacional de #biosseguranca ctnbio para #decidir
sobre transgenicos e permite a pesquisa com #celulas_tronco de embrioes
congelados ha mais de tres anos. olhando o quadro de hoje, acho que o #texto
tem maioria na #camara, disse o lider do governo na #casa, professor luizinho
#pt_sp. esse #assunto ja foi exaustivamente #debatido no #congresso, disse o
lider do #pt, #jose mucio monteiro #pe. o lider do #pfl, #jose carlos aleluia
ba, explicou que seu #partido sempre #apoiou os #pontos #aprovados no #senado.
mas ele acha que a #proposta so sera #votada em novembro, por causa das
#medidas #provisorias que estao trancando a #pauta da #camara. tanto o governo
quanto a #oposicao terao de vencer resistencias entre #deputados ligados a
ambientalistas e ao meio religioso. os #governistas apostam num racha entre os
evangelicos, #cuja maioria e #contraria ao #texto do #senado. #deputados da
igreja universal do reino de deus estariam #dispostos a #aprovar o
#substitutivo, segundo um #parlamentar da base aliada. a conferencia nacional
dos bispos do brasil cnbb mantem a #posicao #contraria ao #projeto. a
entidade, que tem influencia entre #parlamentares, #defende que #questoes como
#celulas_tronco e transgenicos sejam #discutidos separadamente.
5556 79 #lei de #biosseguranca sera analisada hoje por tres comissoes do
#senado. com a #bancada #governista rachada, nao sera facil #votar
509
#substitutivo ao #projeto. rosa #costa. #brasilia embora tenha o #apoio do
#palacio do #planalto, o #substitutivo do #senador ney suassuna #pmdb_pb ao
#projeto da #lei de #biosseguranca sera examinado hoje em tres comissoes do
#senado com a #bancada #governista rachada. a #discordancia de #senadores como
tiao viana #pt_ac e magno malta pl_es pode dificultar a #aprovacao da #materia
e a solucao para o plantio das 200 mil sacas da soja transgenica estocadas
pela embrapa e por produtores. a #votacao nas comissoes de #assuntos
economicos cae, #assuntos sociais cas e constituicao e justica ccj e o
primeiro de uma serie de obstaculos que a #materia tera de superar no
#congresso. o #proximo sera a #votacao no #plenario do #senado, o-que depende
da desobstrucao da #pauta. ja o ultimo e mais dificil teste de ser #aprovado
ainda nesta #semana na #camara, e de viabilidade tao remota que-nem mesmo
mobilizou os #deputados. mas os #parlamentares acreditam que, se chegar a ser
#aprovada pelo menos no #plenario do #senado, a #lei podera #resolver o
problema do plantio da soja. segundo eles, o #presidente #luiz #inacio #lula
da #silva estaria #disposto a rever sua #posicao de nao #editar
medida_provisoria autorizando o plantio, se a #casa fizer a sua parte. ou
seja, se ele #tiver apenas de formalizar, por meio de #mp, uma decisao
#apoiada formalmente pelo #voto dos #senadores. o #presidente quer dividir
responsabilidades, sintetizou um #senador.
3156 77 #polemica a vista 1. uma das #negociacoes em curso para garantir o
#apoio dos #ruralistas a #luiz eduardo greenhalgh #pt_sp e a manutencao do
#texto da #lei de #biosseguranca na #camara tal qual #saiu do #senado, com
permissao para a pesquisa com #celulas_tronco e o plantio de transgenicos.
#polemica a vista 2. o #pt #vai orientar a #bancada a #votar a favor do #texto
sem alteracoes, o-que #contraria a #ministra #marina #silva #meio_ambiente.
temos de desmistificar a #questao dos transgenicos e das #celulas_tronco,
#trata_la sob o aspecto cientifico, e nao ideologico, #avisa #jose genoino.
5481 77 #lula #vai autorizar o plantio de soja transgenica. #aviso foi dado
pelo #presidente a #ministra #marina #silva; liberacao #sai ate-o #fim da
#semana. leonencio nossa. #brasilia o #presidente #luiz #inacio #lula da
#silva #avisou ontem a #ministra do #meio_ambiente, #marina #silva, em
encontro de mais de #duas horas no #palacio do #planalto, que pretende liberar
nesta #semana o plantio de soja transgenica. enquanto os produtores comecam o
plantio, o governo ainda nao sabe se #vai #editar uma nova medida_provisoria
ou #incluir a autorizacao em uma medida_provisoria que ja esta na #pauta da
#camara. e certo entre os #assessores, no-entanto, que a decisao so #vai
#valer para a safra deste ano. a autorizacao para o plantio representa uma
#derrota #politica para a #ministra, que #defende a adocao de uma legislacao
mais rigida sobre o #assunto. diferentemente do ultimo encontro com #lula, em
setembro, a #ministra #deixou o #planalto sem falar com a imprensa e se
recolheu em seu gabinete, com ordens para-que os #assessores nao #dessem
detalhes da audiencia com o #presidente. ela conseguiu, no-entanto, que #lula
nao assinasse ontem a medida_provisoria. ate as 19h30, a secretaria de
imprensa do #planalto informava que a tendencia era a de o #presidente nao
assinar hoje ontem a medida_provisoria. na #semana #passada, a #bancada
#ruralista na #camara #propos ao governo #incluir na medida_provisoria 192,
que #trata de titulos da reforma agraria, um #ponto liberando o plantio de
soja transgenica. o #ministro da #coordenacao #politica, #aldo #rebelo,
#apresentou a sugestao ao #presidente #lula, que a #aceitou. no-entanto, os
proprios lideres #ruralistas acabaram reclamando da parte da medida_provisoria
que #tratava dos titulos agrarios.
--------------------
* Fin de l'analyse *
--------------------
Date : 27/ 7/05; Heure : 16:26:22
510
ANEXO 5: Tabelas do o número de artigos do corpus opinião por ano e por
variáveis do estudo
Ano 2000
Jornal A folha de SP = 35 O Estado de SP = 18 Total = 53
Grupo
(Editorial
e cartas)
1 = 21
2 = 14
1 = 09
2 = 09
1 = 30
2 = 23
Ator 1 = 13
2 = 10
3 = 03
4 = 01
5 = 03
6 = 01
7 = 01
8 = 01
9 = 02
10 = 01
11 = 00
12 = 00
1 = 10
2 = 08
3 = 00
4 = 00
5 = 00
6 = 00
7 = 00
8 = 00
9 = 00
10 = 00
11 = 00
12 = 00
1 = 23
2 = 18
3 = 03
4 = 01
5 = 03
6 = 01
7 = 01
8 = 01
9 = 02
10 = 01
11 = 00
12 = 00
Ano 2001
Jornal A folha de SP = 17 O Estado de SP = 23 Total = 40
Grupo
(Editorial
e cartas)
1 = 11
2 = 16
1 = 12
2 = 11
1 = 23
2 = 17
Ator 1 = 06
2 = 03
3 = 02
4 = 00
5 = 02
6 = 02
7 = 00
8 = 00
9 = 00
10 = 00
11 = 01
12 = 01
1 = 10
2 = 09
3 = 00
4 = 00
5 = 00
6 = 02
7 = 00
8 = 00
9 = 02
10 = 00
11 = 00
12 = 00
1 = 16
2 = 12
3 = 02
4 = 00
5 = 02
6 = 04
7 = 00
8 = 00
9 = 02
10 = 00
11 = 01
12 = 01
511
Ano 2002
Jornal A folha de SP = 19 O Estado de SP = 15 Total = 34
Grupo
(Editorial
e cartas)
1 = 11
2 = 08
1 = 10
2 = 05
1 = 21
2 = 13
Ator 1 = 02
2 = 04
3 = 00
4 = 02
5 = 04
6 = 04
7 = 00
8 = 00
9 = 01
10 = 00
11 = 02
12 = 00
1 = 04
2 = 04
3 = 00
4 = 00
5 = 00
6 = 06
7 = 00
8 = 00
9 = 01
10 = 00
11 = 00
12 = 00
1 = 06
2 = 08
3 = 00
4 = 02
5 = 04
6 = 10
7 = 00
8 = 00
9 = 02
10 = 00
11 = 02
12 = 00
Ano 2003
Jornal A folha de SP = 55 O Estado de SP = 70 Total = 125
Grupo
(Editorial
e cartas)
1 = 35
2 = 20
1 = 49
2 = 21
1 = 84
2 = 41
Ator 1 = 10
2 = 10
3 = 06
4 = 07
5 = 06
6 = 10
7 = 01
8 = 00
9 = 03
10 = 00
11 = 02
12 = 00
1 = 34
2 = 15
3 = 04
4 = 05
5 = 02
6 = 07
7 = 00
8 = 00
9 = 00
10 = 00
11 = 03
12 = 00
1 = 44
2 = 25
3 = 10
4 = 12
5 = 08
6 = 17
7 = 01
8 = 00
9 = 03
10 = 00
11 = 05
11 = 00
512
Ano 2004
Jornal A folha de SP = 24 O Estado de SP = 33 Total = 57
Grupo
(Editorial
e cartas)
1 = 10
2 = 14
1 = 25
2 = 08
1 = 35
2 = 22
Ator 1 = 04
2 = 08
3 = 01
4 = 02
5 = 04
6 = 01
7 = 00
8 = 00
9 = 00
10 = 00
11 = 04
12 = 00
1 = 21
2 = 05
3 = 01
4 = 01
5 = 01
6 = 03
7 = 00
8 = 00
9 = 01
10 = 00
11 = 00
12 = 00
1 = 25
2 = 13
3 = 02
4 = 03
5 = 05
6 = 04
7 = 00
8 = 00
9 = 01
10 = 00
11 = 04
12 = 00
Ano 2005
Jornal A folha de SP = 16 O Estado de SP = 07 Total = 23
Grupo
(Editorial
e cartas)
1 = 10
2 = 06
1 = 07
2 = 00
1 = 17
2 = 06
Ator 1 = 04
2 = 02
3 = 03
4 = 02
5 = 01
6 = 02
7 = 00
8 = 00
9 = 01
10 = 00
11 = 01
12 = 00
1 = 05
2 = 00
3 = 01
4 = 00
5 = 00
6 = 01
7 = 00
8 = 00
9 = 00
10 = 00
11 = 00
12 = 00
1 = 09
2 = 02
3 = 04
4 = 02
5 = 01
6 = 03
7 = 00
8 = 00
9 = 01
10 = 00
11 = 01
12 = 00
513
ANEXO 6: Gráficos do número de artigos do corpus opinião publicados por ano e
por ator
2000
0 5 10 15 20 25
igreja
empresa
ONG cons
ONG amb
Embrapa
agricultor
colunista
político
cient bio
cient hum
leitor
jornal
A Folha
Estado
Total
2001
0 4 8 12 16
igreja
empresa
ONG cons
ONG amb
Embrapa
agricultor
colunista
político
cient bio
cient hum
leitor
jornal
A Folha
Estado
Total
514
2002
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
igreja
empresa
ONG cons
ONG amb
Embrapa
agricultor
colunista
político
cient bio
cient hum
leitor
jornal
A Folha
Estado
Total
2003
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
igreja
empresa
ONG cons
ONG amb
Embrapa
agricultor
colunista
político
cient bio
cient hum
leitor
jornal
A Folha
Estado
Total
515
2004
0 5 10 15 20 25
igreja
empresa
ONG cons
ONG amb
Embrapa
agricultor
colunista
político
cient bio
cient hum
leitor
jornal
A Folha
Estado
Total
2005
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
igreja
empresa
ONG cons
ONG amb
Embrapa
agricultor
colunista
político
cient bio
cient hum
leitor
jornal
A Folha
Estado
Total
516
ANEXO 7: Relatório resumido da análise ALCESTE do corpus opinião
-------------------------------------
* Logiciel ALCESTE (4.5 - 01/10/99) *
-------------------------------------
Plan de l'analyse :opn.pl ; Date : 27/ 6/**; Heure : 15:47:19
---------------------
A1: Lecture du corpus
---------------------
A12 : Traitement des fins de ligne du corpus :
N° marque de la fin de ligne :
Nombre de lignes étoilées : 332
--------------------------
A2: Calcul du dictionnaire
--------------------------
### Utilisation du dictionnaire initial DICIN ###
Nombre de formes dans DICIN : 45733
Nombre de formes distinctes : 46532
Nombre d'occurrences : 160855
Fréquence moyenne par forme : 3
Nombre de hapax : 9717
Fréquence maximum d'une forme : 7167
30.09% des formes de fréq. < 3 recouvrent 12.22% des occur.;
35.06% des formes de fréq. < 8 recouvrent 20.00% des occur.;
37.75% des formes de fréq. < 20 recouvrent 30.10% des occur.;
38.91% des formes de fréq. < 46 recouvrent 40.11% des occur.;
39.42% des formes de fréq. < 103 recouvrent 50.10% des occur.;
39.64% des formes de fréq. < 252 recouvrent 60.02% des occur.;
39.71% des formes de fréq. < 1086 recouvrent 70.47% des occur.;
39.73% des formes de fréq. < 3005 recouvrent 80.64% des occur.;
39.74% des formes de fréq. < 5742 recouvrent 91.15% des occur.;
39.74% des formes de fréq. < 7167 recouvrent100.00% des occur.;
----------------------------------------------------
A3 : Liste des clés et valeurs d'analyse (ALC_CLE) :
----------------------------------------------------
K 0 Nombres en chiffre
M 2 Mots en majuscules
U 0 Mots non trouvés dans DICIN (si existe)
X 1 formes non reconnues et fréquentes
0 2 Auxiliaire ESTAR
1 2 Auxiliaire TER
2 2 Auxiliaire HAVER
3 2 Auxiliaire SER
4 2 Prépositions simples et locutions prépositives
5 2 Conjonctions et locutions conjonctives
517
6 2 Interjections
7 2 Pronoms
8 2 Numéraux
9 2 Adverbes
1 Formes non reconnues
A34 : Fréquence maximale d'un mot analysé : 3000
Nombre de mots analysés : 8456
Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 511
Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 354
Nombre d'occurrences retenues : 1153862
Moyenne par mot : 128.678700
Nombre d'occurrences analysables (fréq.> 3) : 577088 soit
50.013610%
Nombre d'occurrences supplémentaires : 576774
Nombre d'occurrences hors fenêtre fréquence : 0
-------------------------------------------
B1: Sélection des uce et calcul des données
-------------------------------------------
B11: Le nom du dossier des résultats est &&_0
B12: Fréquence minimum d'un "mot" analysé : 4
B13: Fréquence maximum d'un "mot" retenu : 9999
B14: Fréquence minimum d'un "mot étoilé" : 1
B15: Code de fin d'U.C.E. : 1
B16: Nombre d'occurrences par U.C.E. : 25
B17: Elimination des U.C.E. de longueur < 0
Fréquence minimum finale d'un "mot" analysé : 82
Fréquence minimum finale d'un "mot étoilé" : 1
Nombre de mots analysés : 1397
Nombre de mots supplémentaires de type "r" : 267
Nombre total de mots : 1664
Nombre de mots supplémentaires de type "s" : 354
Nombre de lignes de B1_DICB : 2018
Nombre d'occurrences analysées : 453928
Nombre d'u.c.i. : 332
Nombre moyen de "mots" analysés / u.c.e. : 13.256160
Nombre d'u.c.e. : 4423
Nombre d'u.c.e. sélectionnées : 4423
100.00% des u.c.e. sont sélectionnées
Nombre de couples : 115183
--------------------
B2: Calcul de DONN.1
--------------------
Nombre de mots par unité de contexte : 12
Nombre d'unités de contexte : 3357
518
--------------------
B2: Calcul de DONN.2
--------------------
Nombre de mots par unité de contexte : 14
Nombre d'unités de contexte : 2976
-----------------------------------------------------
B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.1
-----------------------------------------------------
Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4
0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre
Nombre d'items analysables : 1349
Nombre d'unités de contexte : 3357
Nombre de "1" : 55809
-----------------------------------------------------
B3: Classification descendante hiérarchique de DONN.2
-----------------------------------------------------
Elimination des mots de fréquence > 3000 et < 4
0 mots éliminés au hasard soit .00 % de la fenêtre
Nombre d'items analysables : 1349
Nombre d'unités de contexte : 2976
Nombre de "1" : 55448
_
----------------------------
C1: intersection des classes
----------------------------
Nom du dossier traité C:\Arquivos de programas\Alceste\&&_0\
Suffixe de l'analyse :121
Date de l'analyse :27/ 6/**
Intersection des classes RCDH1 et RCDH2
Nombre minimum d'uce par classe : 222
DONN.1 Nombre de mots par uc : 12
Nombre d'uc : 3357
DONN.2 Nombre de mots par uc : 14
Nombre d'uc : 2976
3074 u.c.e classées sur 4423 soit 69.50 %
Nombre d'u.c.e. distribuées: 3897
Tableau croisant les deux partitions :
RCDH1 * RCDH2
classe * 1 2 3 4 5 6
poids * 717 440 540 657 528 1015
519
1 688 * 582 12 4 19 8 63
2 634 * 13 357 16 181 13 54
3 617 * 5 14 490 30 72 6
4 513 * 26 38 9 402 5 33
5 423 * 7 0 10 6 392 8
6 1022 * 84 19 11 19 38 851
Tableau des chi2 (signés) :
RCDH1 * RCDH2
classe * 1 2 3 4 5 6
poids * 717 440 540 657 528 1015
1 688 * 2438 -76 -123 -118 -109 -123
2 634 * -134 1532 -81 73 -85 -120
3 617 * -151 -59 2639 -75 -2 -239
4 513 * -69 -8 -72 1594 -79 -117
5 423 * -88 -60 -52 -80 2536 -143
6 1022 * -95 -123 -189 -222 -114 2354
Classification Descendante Hiérarchique...
Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh1) :
----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|
Cl. 1 ( 582uce) |---------------------+
17 |-----------+
Cl. 6 ( 851uce) |---------------------+ |
18 |-------------+
Cl. 2 ( 357uce) |-----------+ | |
15 |---------------------+ |
Cl. 4 ( 402uce) |-----------+ |
19 |+
Cl. 3 ( 490uce) |-------------+ |
13 |---------------------------------+
Cl. 5 ( 392uce) |-------------+
Classification Descendante Hiérarchique...
Dendrogramme des classes stables (à partir de B3_rcdh2) :
----|----|----|----|----|----|----|----|----|----|
Cl. 1 ( 582uce) |---------------------+
17 |-----------+
Cl. 6 ( 851uce) |---------------------+ |
18 |-------------+
Cl. 2 ( 357uce) |-----------+ | |
13 |---------------------+ |
520
Cl. 4 ( 402uce) |-----------+ |
19 |+
Cl. 3 ( 490uce) |-------------+ |
14 |---------------------------------+
Cl. 5 ( 392uce) |-------------+
----------------------
C2: profil des classes
----------------------
Chi2 minimum pour la sélection d'un mot : 10.25
Nombre de mots (formes réduites) : 1664
Nombre de mots analysés : 1397
Nombre de mots "hors-corpus" : 354
Nombre de classes : 6
3074 u.c.e. classées soit 69.500340%
Nombre de "1" analysés : 40301
Nombre de "1" suppl. ("r") : 41680
Distribution des u.c.e. par classe...
1eme classe : 582. u.c.e. 7510. "1" analysés ; 7847. "1" suppl..
2eme classe : 357. u.c.e. 4458. "1" analysés ; 4634. "1" suppl..
3eme classe : 490. u.c.e. 6189. "1" analysés ; 6714. "1" suppl..
4eme classe : 402. u.c.e. 5117. "1" analysés ; 5406. "1" suppl..
5eme classe : 392. u.c.e. 5915. "1" analysés ; 5348. "1" suppl..
6eme classe : 851. u.c.e.11112. "1" analysés ;11731. "1" suppl..
--------------------------
Classe n° 1 => Contexte A
--------------------------
Nombre d'u.c.e. : 582. soit : 18.93 %
Nombre de "uns" (a+r) : 15357. soit : 18.73 %
Nombre de mots analysés par uce : 12.90
num effectifs pourc. chi2 identification
22 4. 5. 80.00 12.17 acucar+
35 4. 5. 80.00 12.17 africa
40 35. 73. 47.95 41.01 agricola+
41 37. 69. 53.62 55.34 agricultor+
42 53. 163. 32.52 20.69 agricultur+
46 13. 29. 44.83 12.79 agrotox+
49 19. 33. 57.58 32.45 ajuda+
60 12. 22. 54.55 18.31 algodao
61 63. 176. 35.80 34.59 alia+
62 35. 102. 34.31 16.26 aliment+
74 16. 24. 66.67 35.91 americ+
96 11. 22. 50.00 13.93 aproveit+
100 39. 46. 84.78 131.93 argent+
108 12. 13. 92.31 45.79 asia+
115 16. 37. 43.24 14.42 associ+
132 52. 78. 66.67 118.81 aument+
142 8. 12. 66.67 17.88 balanc+
521
145 9. 17. 52.94 12.88 barra+
152 27. 30. 90.00 99.69 bilhoes
163 92. 207. 44.44 94.11 brasil+
165 7. 11. 63.64 14.37 bt
171 6. 6. 100.00 25.74 cafe+
173 6. 9. 66.67 13.40 calcul+
183 10. 10. 100.00 42.96 canada
186 7. 9. 77.78 20.36 canola
197 9. 13. 69.23 21.52 carne+
210 19. 35. 54.29 28.83 cerc+
212 24. 31. 77.42 69.79 certific+
217 35. 45. 77.78 103.03 chin+
239 51. 165. 30.91 16.29 comerci+
243 5. 6. 83.33 16.24 compan+
244 7. 13. 53.85 10.37 compar+
255 18. 33. 54.55 27.56 compr+
265 12. 14. 85.71 40.87 concorr+
291 29. 84. 34.52 13.68 consum+
297 6. 10. 60.00 11.02 contraband+
304 19. 33. 57.58 32.45 convenciona+
319 35. 81. 43.21 31.95 cresc+
335 37. 71. 52.11 52.13 custo+
344 9. 16. 56.25 14.59 decada
394 7. 9. 77.78 20.36 diferenci+
405 10. 20. 50.00 12.66 diretor+
426 9. 11. 81.82 28.44 dolar+
438 6. 9. 66.67 13.40 edi+
457 27. 79. 34.18 12.28 empresa+
481 12. 25. 48.00 13.87 escala+
497 48. 70. 68.57 114.99 estado+
500 10. 13. 76.92 28.60 estima+
511 23. 52. 44.23 22.06 eua
512 17. 39. 43.59 15.65 europe+
513 54. 97. 55.67 88.07 europ+
531 31. 37. 83.78 102.62 exportac+
532 10. 14. 71.43 25.25 exportador+
533 9. 13. 69.23 21.52 export+
543 11. 13. 84.62 36.70 fao
551 4. 5. 80.00 12.17 feder+
574 32. 64. 50.00 41.10 fome
588 6. 10. 60.00 11.02 frango+
616 11. 15. 73.33 29.06 glifosat+
623 40. 129. 31.01 12.79 grand+
624 31. 46. 67.39 71.45 grao+
627 4. 5. 80.00 12.17 grosso
631 19. 20. 95.00 75.89 hectare+
633 24. 39. 61.54 46.72 herbicida+
657 33. 65. 50.77 43.85 importa+
668 21. 30. 70.00 51.48 india+
671 26. 60. 43.33 23.74 industri+
709 15. 15. 100.00 64.54 japao
714 12. 22. 54.55 18.31 jorna+
758 3. 3. 100.00 12.86 lote+
767 43. 102. 42.16 37.07 maior
768 12. 28. 42.86 10.54 maiores
789 4. 5. 80.00 12.17 mato+
798 9. 18. 50.00 11.39 med+
522
803 13. 26. 50.00 16.49 menor
804 76. 110. 69.09 187.00 mercado+
809 7. 9. 77.78 20.36 metade
812 8. 14. 57.14 13.38 mexic+
814 64. 92. 69.57 158.41 milhoes
815 25. 51. 49.02 30.59 milh+
826 30. 57. 52.63 42.97 modific+
830 32. 63. 50.79 42.54 monsanto
850 34. 75. 45.33 34.91 mundia+
851 61. 136. 44.85 62.29 mundo
857 14. 15. 93.33 54.36 nao_transgen+
875 10. 12. 83.33 32.55 new
881 17. 31. 54.84 26.30 norte_american+
899 7. 11. 63.64 14.37 ofert+
926 8. 14. 57.14 13.38 padr+
928 18. 40. 45.00 17.94 pag+
951 22. 46. 47.83 25.40 paulo
962 13. 25. 52.00 17.96 pequen+
971 23. 54. 42.59 20.05 per+
984 14. 24. 58.33 24.47 plantac+
987 29. 60. 48.33 34.46 plant+
991 25. 53. 47.17 28.02 pobr+
1026 22. 34. 64.71 46.93 preco+
1027 11. 24. 45.83 11.40 prefer+
1029 10. 20. 50.00 12.66 prejuizo+
1054 63. 120. 52.50 91.67 produc+
1055 25. 34. 73.53 66.77 produtividade
1056 11. 19. 57.89 18.91 produtiv+
1057 64. 91. 70.33 161.40 produtor+
1058 46. 88. 52.27 65.61 produz+
1059 9. 18. 50.00 11.39 professor+
1092 9. 13. 69.23 21.52 queda+
1097 4. 4. 100.00 17.15 quilo+
1126 14. 22. 63.64 28.85 reduc+
1127 19. 36. 52.78 27.19 reduz+
1133 9. 15. 60.00 16.56 registr+
1150 21. 29. 72.41 54.56 renda+
1153 17. 25. 68.00 39.54 reportage+
1159 17. 32. 53.13 24.63 resistente+
1181 14. 19. 73.68 37.34 ric+
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Nombre de mots sélectionnés : 186
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Classe n° 3 => Contexte C
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1412 * 372.2005. 18.55 29.39 * o
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1448 * 46. 195. 23.59 9.09 * 3 foi
1457 * 15. 56. 26.79 5.01 * 3 sido
1459 * 2. 4. 50.00 3.47 * 3 sou
1465 * 137. 771. 17.77 2.57 * 4 com
1467 * 29. 141. 20.57 2.36 * 4 contra
1473 * 6. 21. 28.57 2.52 * 4 durante
1480 * 78. 277. 28.16 33.92 * 4 pelo
1491 * 27. 127. 21.26 2.80 * 5 caso
1493 * 12. 46. 26.09 3.59 * 5 como-se
1504 * 8. 25. 32.00 4.85 * 5 no-entanto
1512 * 34. 133. 25.56 9.61 * 5 quando
1520 * 5. 14. 35.71 4.10 * 6 alto
1523 * 6. 19. 31.58 3.49 * 6 certo
1528 * 4. 13. 30.77 2.14 * 7 algo
1535 * 5. 16. 31.25 2.81 * 7 a-que
1538 * 7. 19. 36.84 6.23 * 7 com-que
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1546 * 33. 103. 32.04 20.61 * 7 ele
1553 * 43. 216. 19.91 2.73 * 7 esta
531
1554 * 13. 37. 35.14 10.30 * 7 este
1557 * 6. 22. 27.27 2.12 * 7 la
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538
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1480 * 47. 277. 16.97 4.86 * 4 pelo
1483 * 32. 161. 19.88 7.75 * 4 sem
1485 * 50. 273. 18.32 8.33 * 4 sobre
1491 * 28. 127. 22.05 10.29 * 5 caso
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1502 * 5. 17. 29.41 4.26 * 5 mesmo-que
1524 * 6. 18. 33.33 6.89 * 6 legal
1527 * 7. 26. 26.92 4.73 * 7 alem-disso
1542 * 5. 18. 27.78 3.67 * 7 deles
1549 * 23. 135. 17.04 2.33 * 7 essa
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539
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Nombre de mots sélectionnés : 206
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Classe n° 6 => Contexte F
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542
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1514 * 503.1653. 30.43 13.47 * 5 que
1518 * 21. 48. 43.75 6.29 * 5 tao
1522 * 16. 36. 44.44 5.11 * 6 bom
1529 * 6. 9. 66.67 6.85 * 7 alguem
1530 * 6. 13. 46.15 2.22 * 7 algum
1532 * 14. 23. 60.87 12.75 * 7 algumas
1533 * 25. 61. 40.98 5.50 * 7 alguns
1534 * 9. 20. 45.00 3.02 * 7 aqueles
1536 * 28. 73. 38.36 4.25 * 7 cada
1543 * 52. 140. 37.14 6.56 * 7 de-que
1545 * 16. 29. 55.17 11.05 * 7 elas
1547 * 26. 59. 44.07 8.07 * 7 eles
1552 * 33. 68. 48.53 15.09 * 7 esses
1563 * 14. 25. 56.00 10.09 * 7 muitas
1567 * 19. 38. 50.00 9.57 * 7 nenhum
1577 * 29. 77. 37.66 3.93 * 7 outras
1579 * 42. 115. 36.52 4.66 * 7 outros
1580 * 66. 180. 36.67 7.71 * 7 o-que
1581 * 7. 12. 58.33 5.65 * 7 o-que-e
1588 * 30. 86. 34.88 2.29 * 7 qualquer
1596 * 13. 27. 48.15 5.70 * 7 tais
1598 * 25. 58. 43.10 7.02 * 7 todas
1602 * 9. 20. 45.00 3.02 * 7 varias
1603 * 12. 28. 42.86 3.25 * 7 varios
1634 * 6. 10. 60.00 5.23 * 9 bastante
1635 * 26. 53. 49.06 12.31 * 9 bem
1639 * 10. 21. 47.62 4.20 * 9 em-geral
1645 * 163. 500. 32.60 7.21 * 9 mais
1646 * 32. 53. 60.38 28.79 * 9 mal
1649 * 366.1044. 35.06 42.94 * 9 nao
1650 * 14. 26. 53.85 8.97 * 9 nunca
1660 * 8. 13. 61.54 7.47 * 9 somente
1665 * 189. 356. 53.09 129.81 * *ano_1
1666 * 129. 341. 37.83 19.72 * *ano_2
1671 * 7. 7. 100.00 18.33 * *art_001
1673 * 3. 4. 75.00 4.48 * *art_003
1676 * 2. 3. 66.67 2.28 * *art_006
1677 * 3. 5. 60.00 2.61 * *art_007
1680 * 16. 18. 88.89 33.88 * *art_010
1681 * 5. 7. 71.43 6.71 * *art_011
1682 * 6. 6. 100.00 15.70 * *art_012
1683 * 3. 3. 100.00 7.84 * *art_013
1684 * 5. 6. 83.33 9.30 * *art_014
1686 * 6. 7. 85.71 11.80 * *art_016
1689 * 4. 7. 57.14 3.04 * *art_019
1693 * 9. 10. 90.00 19.46 * *art_023
1694 * 6. 8. 75.00 8.97 * *art_024
1697 * 8. 8. 100.00 20.95 * *art_027
1699 * 7. 7. 100.00 18.33 * *art_029
1702 * 8. 9. 88.89 16.89 * *art_032
1710 * 6. 6. 100.00 15.70 * *art_040
543
1713 * 2. 3. 66.67 2.28 * *art_043
1714 * 2. 3. 66.67 2.28 * *art_044
1715 * 8. 9. 88.89 16.89 * *art_045
1716 * 7. 8. 87.50 14.34 * *art_046
1721 * 8. 9. 88.89 16.89 * *art_051
1728 * 2. 3. 66.67 2.28 * *art_058
1730 * 4. 5. 80.00 6.85 * *art_060
1731 * 6. 6. 100.00 15.70 * *art_061
1737 * 11. 11. 100.00 28.84 * *art_067
1741 * 8. 14. 57.14 6.10 * *art_071
1744 * 8. 8. 100.00 20.95 * *art_074
1749 * 14. 17. 82.35 25.52 * *art_079
1761 * 4. 5. 80.00 6.85 * *art_091
1766 * 6. 7. 85.71 11.80 * *art_097
1770 * 2. 3. 66.67 2.28 * *art_101
1773 * 5. 7. 71.43 6.71 * *art_104
1776 * 7. 10. 70.00 8.97 * *art_107
1777 * 4. 6. 66.67 4.56 * *art_108
1780 * 14. 16. 87.50 28.75 * *art_111
1784 * 3. 3. 100.00 7.84 * *art_115
1786 * 5. 5. 100.00 13.08 * *art_117
1789 * 5. 5. 100.00 13.08 * *art_120
1790 * 4. 5. 80.00 6.85 * *art_121
1807 * 4. 7. 57.14 3.04 * *art_138
1816 * 2. 3. 66.67 2.28 * *art_147
1818 * 4. 4. 100.00 10.46 * *art_149
1820 * 6. 7. 85.71 11.80 * *art_151
1821 * 3. 4. 75.00 4.48 * *art_152
1829 * 4. 5. 80.00 6.85 * *art_160
1830 * 5. 8. 62.50 4.86 * *art_161
1842 * 7. 9. 77.78 11.31 * *art_174
1845 * 8. 12. 66.67 9.14 * *art_177
1847 * 9. 16. 56.25 6.56 * *art_179
1848 * 3. 3. 100.00 7.84 * *art_17o
1850 * 15. 21. 71.43 20.21 * *art_181
1863 * 12. 14. 85.71 23.66 * *art_194
1864 * 10. 17. 58.82 8.28 * *art_195
1865 * 14. 14. 100.00 36.74 * *art_196
1869 * 9. 9. 100.00 23.58 * *art_200
1871 * 8. 13. 61.54 7.47 * *art_202
1873 * 6. 10. 60.00 5.23 * *art_204
1875 * 7. 10. 70.00 8.97 * *art_206
1876 * 4. 5. 80.00 6.85 * *art_207
1881 * 3. 3. 100.00 7.84 * *art_212
1893 * 8. 10. 80.00 13.72 * *art_224
1898 * 9. 14. 64.29 9.41 * *art_229
1907 * 11. 17. 64.71 11.70 * *art_238
1910 * 4. 6. 66.67 4.56 * *art_241
1914 * 3. 5. 60.00 2.61 * *art_245
1919 * 11. 19. 57.89 8.72 * *art_252
1927 * 17. 20. 85.00 33.03 * *art_260
1931 * 12. 20. 60.00 10.50 * *art_264
1938 * 9. 12. 75.00 13.47 * *art_271
1940 * 11. 17. 64.71 11.70 * *art_273
1943 * 12. 15. 80.00 20.61 * *art_276
1972 * 14. 20. 70.00 18.01 * *art_306
1979 * 13. 20. 65.00 14.00 * *art_313
544
1980 * 12. 15. 80.00 20.61 * *art_314
1981 * 9. 21. 42.86 2.43 * *art_315
1985 * 7. 11. 63.64 7.13 * *art_319
1989 * 6. 12. 50.00 3.00 * *art_323
1990 * 3. 4. 75.00 4.48 * *art_324
2006 * 157. 324. 48.46 78.06 * *ato_2
2008 * 108. 161. 67.08 131.72 * *ato_4
2016 * 237. 540. 43.89 85.93 * *cat_2
2017 * 400.1144. 34.97 48.25 * *jor_1
Nombre de mots sélectionnés : 255
Nombre de mots marqués : 1629 sur 1664 soit 97.90%
-----------------------------------------
D1: Sélection de quelques mots par classe
-----------------------------------------
Valeur de clé minimum pour la sélection : 0
Vocabulaire spécifique de la classe 1 :
agricultor+(37), argent+(39), aument+(52), bilhoes(27), brasil+(92),
certific+(24), chin+(35), custo+(37), estado+(48), europ+(54), exportac+(31),
grao+(31), hectare+(19), india+(21), japao(15), mercado+(76), milhoes(64),
mundo(61), nao_transgen+(14), produc+(63), produtividade(25), produtor+(64),
produz+(46), renda+(21), sement+(51), subsidi+(19), tonelada+(26), unid+(53),
us(37), agricola+(35), asia+(12), canada(10), concorr+(12), fome(32),
herbicida+(24), importa+(33), modific+(30), monsanto(32), preco+(22),
vend+(26), ajuda+(19), americ+(16), convenciona+(19), cresc+(35), fao(11),
maior(43), milh+(25), mundia+(34), new(10), plant+(29), reportage+(17),
ric+(14), vantage+(18), volum+(11), agricultur+(53), cafe+(6), canola(7),
carne+(9), cerc+(19), compr+(18), diferenci+(7), dolar+(9), estima+(10),
eua(23), exportador+(10), export+(9), glifosat+(11), industri+(26),
metade(7), norte_american+(17), paulo(22), per+(23), plantac+(14), pobr+(25),
queda+(9), reduc+(14);
Vocabulaire spécifique de la classe 2 :
costum+(11), democra+(43), esquerd+(13), evento+(12), forc+(20), forum(20),
globaliz+(20), internet(11), liberdade+(16), lut+(23), movimento+(40),
neoliber+(23), politica+(55), politico+(25), sindic+(12), socia+(60),
transform+(22), velh+(16), cuba+(9), ong+(14), publica+(21), regim+(10),
sociedade+(33), abril(7), alegr+(9), busc+(13), crise+(11), direitos(14),
instituic+(11), jove+(6), latin+(8), mst(18), organizac+(21), particip+(13),
porto+(13), radica+(13), seculo+(14), simbol+(11), viv+(14), alca(7),
america(7), ato+(7), campanh+(8), capital(7), comite+(6), comunidade+(11),
constru+(14), entidade+(13), legitim+(9), milit+(7), num+(23), organiz+(7),
pens+(14), povo+(10), realiz+(17), religi+(9), signific+(14), vida+(19),
violencia+(6), aberta+(6), acess+(8), ampl+(8), antig+(6), aparec+(4),
art+(3), ataqu+(3), atu+(7), coloc+(11), consens+(7), debat+(14), demand+(5),
empresari+(6), entend+(14), entr+(8), etic+(11), express+(9), fmi(2),
forma+(5), fundo(5);
Vocabulaire spécifique de la classe 3 :
aldo(19), aprov+(40), camara(57), casa+(25), congress+(55), convoc+(16),
deputad+(54), dirceu(24), inacio(14), jose(35), luiz(17), lula(76),
marina(60), ministr+(109), partid+(43), planalt+(45), presidencia+(21),
presidente+(99), projeto+(92), pt+(42), rebelo(24), republica+(23),
senado(37), senador+(28), silva(66), substitutiv+(21), vice_presid+(11),
545
vitori+(19), vot+(48), alencar(10), emend+(11), parlament+(24), pauta+(13),
plenar+(9), provisor+(23), semana+(18), cargo(7), chef+(12), civil(20),
cort+(9), eleic+(8), elogi+(8), envi+(13), materia+(19), medid+(30), mp(19),
nucleo+(9), palocci(7), proposta+(24), reform+(23), urgencia(10),
articul+(10), coorden+(7), dia+(30), educ+(12), fernando(15), henrique(10),
hora+(13), lider+(19), maquin+(6), petista+(13), pfl+(6), pmdb(4),
quarta_feira+(7), quinta_feira+(5), roberto(12), tramit+(11), viage+(7),
agosto(6), assum+(11), bancada(7), bloque+(5), concentr+(8), critic+(13),
deix+(27), derrot+(7), eleitora+(8);
Vocabulaire spécifique de la classe 4 :
agrari+(27), amazon+(25), desenvolvimento+(50), desmatamento+(18),
economic+(45), enfrent+(15), famili+(16), financ+(20), fortalec+(11),
invest+(24), modelo+(18), programa+(18), rura+(24), sustentave+(12),
terra+(27), agend+(11), area+(40), assent+(12), energ+(11), fisca+(9),
indigen+(10), setor+(30), vista+(16), agropecuar+(15), compromet+(8),
expans+(8), falt+(23), floresta+(11), inva+(13), marc+(7), modern+(16),
plano+(11), recurso+(28), rumo+(11), acoes(12), administra+(16), ameac+(12),
atividade+(13), avanc+(21), distribu+(9), extern+(9), form+(8), intern+(11),
mont+(6), ocup+(13), regi+(11), zero(8), atua+(16), bel+(5), cidade+(7),
colabor+(3), consci+(7), constat+(7), cooperativ+(4), credit+(4), desafi+(8),
discut+(8), economia+(16), ensin+(6), escola+(4), estimul+(6), exclu+(6),
front+(5), geracao(5), gestao(9), imediat+(6), implant+(8), incorpor+(8),
juros(4), mud+(10), nas(28), natura+(13), objetivo+(13), part+(29),
passo+(7), precis+(32), prioridade+(6);
Vocabulaire spécifique de la classe 5 :
acao+(20), ambient+(124), atribu+(23), autoriz+(55), biosseg+(79),
brasilia(18), comerci+(55), comiss+(63), competen+(20), conselh+(31),
contest+(12), ctnbio+(137), decis+(67), d+(43), eia_rima(12), estud+(68),
exig+(52), favor+(31), federa+(44), ibama(26), idec(20), impact+(52),
judici+(28), juiz+(35), julg+(21), liber+(76), licenci+(16), licenc+(11),
liminar+(13), meio(58), ministeri+(58), naciona+(84), orgao+(34),
parecer+(42), pedido+(26), plantio+(69), previ+(34), region+(14),
resoluc+(17), rr(16), sentenca+(24), solicit+(11), suspen+(19), tecnica+(55),
tecn+(18), trf(18), tribun+(19), uniao(23), cabe+(19), conced+(14),
criterio+(15), greenpeace+(15), instancia+(10), just+(24), lei+(45),
membro+(15), palavr+(21), procurador+(7), representante+(14), executiv+(13),
poder+(31), relator+(15), vigor(9), codigo+(6), colh+(10), conclu+(15),
constituciona+(9), cultiv+(27), defesa+(17), dezembro(4), dispens+(11),
fins(8), fiscaliz+(13), institut+(12), integr+(9);
Vocabulaire spécifique de la classe 6 :
alia+(92), animal+(36), cien+(179), comprov+(27), dano+(40), doenca+(36),
efeito+(57), especie+(45), genetic+(85), gen+(34), human+(107), ogm+(79),
organismo+(78), planta+(46), pod+(130), risco+(89), saude(100), test+(29),
alerg+(18), home+(36), medic+(25), possiveis(20), precauc+(30), vaca+(18),
clon+(22), conhec+(42), cruz+(16), detect+(12), dev+(96), genetica+(73),
humanidade+(25), modificado+(62), provoc+(27), prov+(25), rotul+(47),
segur+(26), utiliz+(39), vivo+(12), agronom+(14), arroz+(12), bacteria+(9),
capazes(15), caracteri+(20), celul+(17), consumidor+(56), cont+(17),
descob+(16), desconhec+(16), dna+(13), embri+(29), engenharia(31),
evidenci+(16), experiment+(17), ignor+(20), inform+(31), louc+(13),
manipul+(19), nome+(20), perig+(19), pesquis+(92), possibilidade+(25),
principio+(35), reac+(14), seguranca+(40), seres(14), tecnolog+(70),
alert+(12), aliment+(47), altera+(14), biodiversidade(16), biolog+(13),
biotecnolog+(47), campo+(34), carga+(8);
546
Mots outils spécifiques de la classe 1 :
estao(24), tem(56), tera(15), terao(5), teriam(7), havera(5), houve(4),
serao(9), em(211), entre(34), menos(28), segundo(21), desde-que(5), ja-
que(8), tanto(14), ue(7), ela(15), me(3), no(168), nos(59), onde(15),
poucos(7), bilhao(9), dez(5), mil(11), milhao(4), quatro(7), seis(4),
sete(4), terceiro(7), acima(3), alem(8), hoje(24), ja(62), muito(30),
suficiente(4), tambem(40), tarde(3), ano+(77), brasil(119), pais+(106),
produto+(96), r(10), soja+(145);
Mots outils spécifiques de la classe 2 :
estado(13), era(12), seria(10), somos(5), conforme(3), contra(26), em-vez-
de(3), por(71), sob(11), tal(6), ai(5), basta(2), dele(3), essas(9),
esse(23), meu(3), minha(2), nossa(11), seus(27), sua(40), suas(19), todo(13),
todos(25), um(101), ao-contrario(8), sempre(14), sim(9), as(93), das(62),
e(293), uma(79);
Mots outils spécifiques de la classe 3 :
estaria(3), estava(5), ter(27), teria(10), tinham(2), foi(46), sido(15),
sou(2), durante(6), pelo(78), como-se(12), no-entanto(8), quando(34),
se(114), alto(5), certo(6), algo(4), a-que(5), com-que(7), cujo(4), ele(33),
esta(43), este(13), na(137), nada(15), proprio(13), seu(45), si(4), dois(14),
nove(2), tres(9), afinal(7), agora(20), amanha(2), ate-a(6), demais(8),
dentro(6), entao(14), ontem(5), pior(7), provavelmente(3), so(31), ao(103),
do(287), dos(128), governo+(123), o(372);
Mots outils spécifiques de la classe 4 :
estamos(4), estara(4), temos(10), tinha(4), tiveram(2), eram(5), com(127),
de-acordo-com(3), para(147), apenas(18), assim-como(4), como(76), embora(10),
entretanto(4), mais-do-que(7), vamos(3), em-que(18), isso(30), la(7), lhe(5),
mesmo(29), muitos(8), nosso(14), nossos(8), quem(11), que-se(20), toda(9),
tudo(19), oito(2), primeiro(12), ali(6), aqui(7), melhor(9), realmente(4),
talvez(7);
Mots outils spécifiques de la classe 5 :
havia(5), apesar-de(3), ate(20), de(350), depois-de(9), desde(9), sem(32),
sobre(50), caso(28), mesmo-que(5), porque(16), legal(6), alem-disso(7),
delas(3), deles(5), essa(23), pouco(6), quais(4), qualquer(17), voce(1),
cinco(7), anteontem(1), antes(6), ate-o(3), atras(5), exatamente(3), a(342),
da(232), pela+(46);
Mots outils spécifiques de la classe 6 :
estar(13), estavam(4), estou(3), ha(83), haver(6), foram(32), sao(113),
sendo(25), ser(132), seriam(9), alem-de(10), antes-de(18), apos(9), fora(6),
ainda-que(6), ate-que(6), logo(6), mas(116), nem(34), ou(135), pois(25), por-
isso(13), quanto(36), que(503), tao(21), bom(16), alguem(6), algum(6),
algumas(14), alguns(25), aqueles(9), cada(28), certa(5), de-que(52),
elas(16), eles(26), esses(33), eu(5), muitas(14), nenhum(19), nenhuma(10),
ninguem(12), outra(16), outras(29), outro(24), outros(42), o-que(66), o-que-
e(7), tais(13), todas(25), varias(9), varios(12), bastante(6), bem(26),
depois(12), em-geral(10), longe(6), mais(163), mal(32), nao(366), nunca(14),
o-mais(7), rapidamente(4), somente(8), c(2), d(1), di+(42), os(343),
transgenic+(315);
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D1: Tri des uce par classe
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547
Clé sélectionnée : A
1204 66 #diretor_executivo da #associacao #brasileira dos #produtores de
#algodao que foi #publicada no #jornal da tarde de 29/ 7/ 2003. lucio #pedro
mocsanyi, #diretor de #comunicacao da #monsanto do brasil, sao #paulo, #sp.
2022 59 os #estados #unidos e a #argentina responsaveis por #cerca de
90porcento das #exportacoes #mundiais de #milho e sojapredominantemente
transgenicos, naqueles paises. se o brasil #legalizar a #producao
biotecnologica, preve a #reportagem, #europa e #asia, os #maiores
#importadores de soja, nao terao praticamente a-quem recorrer para #comprar
soja #nao_transgenica.
3570 48 em #reportagem do #new #york #times, que transcrevemos na #edicao
de ontem, descreve_se o fantastico alastramento de culturas transgenicas nos
#maiores paises #asiaticos, como #china, #india, indonesia, #japao e muitos
outros.
878 44 e que os #plantadores de #nao_transgenicos estao sendo processados
pelo #uso indevido de #sementes transgenicas decorrentes da contaminacao
mesmo nao as tendo #comprado. 2. quem vai ressarcir o nosso #produtor de
#nao_transgenico pelo #prejuizo por nao poder mais garantir a pureza de sua
soja, que #perde #valor de #mercado na #europa e na #china, nossos #maiores
#compradores? 3.
3645 43 550 #milhoes em soja #brasileira. a #china #admite a soja
transgenica, do mesmo #tipo da #produzida na #argentina, mas quer ter certeza
sobre o #tipo de produto que #importa, exigindo #certificado de #origem
emitido pelo pais #produtor.
4317 39 que lugar queremos no #mercado #mundial? #produtores de
transgenicos, disputando um #mercado global oligopolizadoque ja tem
excedentescom os #eua, a #argentina e o #canada? ou #preferimos atender #aos
#mercados #europeus e #asiaticos que querem produtos sem #modificacao e nao
tem outros #grandes #produtores para atende_los?
4093 38 sem a #variedade #modificada os #produtores nao teriam, por-certo,
se #aproveitado da onda favoravel do #mercado. ou das chuvas. quem mais
#ganhou, ninguem #duvide, foram os de #menor #escala. os #grandes sempre
#ganham. os #pequenos precisam da sorte. assim e que eles se referem a soja
rr.
3295 37 a ue #importa mais de 41 #milhoes de #toneladas anuais de soja, em
#grao ou como farelo. de qualquer forma, o premio #pago pelo produto
#tradicional e menor-do-que o #lucro proporcionado ao #plantador #brasileiro
pela soja gm.
3473 37 alem-disso, as politicas #adotadas no #mundo #rico afetam nao so a/
entrada de produtos #brasileiros em #mercados como #estados #unidos, uniao
#europeia/ e #japao. as/ distorcoes sao mais amplas, porque os governos
#americanos e #europeus ainda/ #subsidiam/ #exportacoes, afetando, portanto,
as condicoes de #concorrencia em terceiros/ #mercados.
924 35 a #reportagem tambem diz que, na #europa, ha resistencia do
#mercado #aos transgenicos. essa informacao nao esta correta. segundo a
consultoria sparks #companies inc. as #exportacoes de soja da #argentina para
a #europa #cresceram 125porcento nos ultimos tres anos. a #argentina e a
segunda #maior #produtora de soja transgenica do #mundo e 99porcento do
plantio de soja e transgenico.
543 34 10 #bilhoes por ano so para compensar as #perdas dos #produtores de
transgenicos nos #eua? por-que os #eua estao chantageando paises em crise
alimentar, com #milhoes de famintos, como a zambia, para-que aceitem seus
#estoques de transgenicos que nao encontram mais #mercado na #europa, no
#japao e na #china?
548
926 34 a #fao, organizacao das #nacoes #unidas para a alimentacao, e a
organizacao #mundial da saude, oms, no ambito da onu. lucio #pedro mocsanyi,
#diretor de #comunicacao da #monsanto, sao #paulo, #sp.
2353 34 estudo do departamento de #agricultura #norte_americano #mostra_se
alarmado com o panorama, estado, 7/ 2: em uma #decada, a #exportacao
#brasileira #cresceu 100porcento e pode #aumentar 4porcento ao ano, quatro
vezes acima da #media #mundial.
3463 33 a #eficiencia comercial tem #aumentado #significativamente, embora
haja ainda um #grande espaco para melhora em alguns segmentos, como o do
#cafe. os #numeros de #fevereiro, divulgados ha poucos dias pelo ministerio
da #agricultura, foram particularmente expressivos. a #receita da #exportacao
de soja e #derivados, #us$
518 32 600 #quilos por #hectare; no #parana, 3. 000 #quilos e em #mato
#grosso, 3. 100 #quilos! isso reflete a criatividade dos pesquisadores e a
garra dos #produtores #brasileiros.
915 32 o brasil #perde duplamente, pois, alem-de nao mais poder ter o seu
produto com #preco #diferenciado, e mais caro, ainda tera de #pagar
#royalties a #monsanto pelo #uso da soja transgenica.
1506 32 no ano passado, #produzimos 66 #milhoes de #toneladas de soja e
#exportamos 44 #milhoes de #toneladas, in natura e #industrializada,
ultrapassando as #vendas dos #estados #unidos, que ficaram em 33 #milhoes de
#toneladas.
4159 32 ou ser apenas mais um dos #produtores de alimentos transgenicos,
#concorrendo com os #grandes que ja estao no mercadoestados #unidos,
#argentina e #canada _, mas que parecem estar #perdendo #mercado rapidamente?
1958 31 para o leitor menos familiarizado com o assunto parece_me oportuno
#esclarecer: 1, o novo sistema de #subsidio nos #eua, sem limitacao de area
como o anterior, veio a #incentivar a #producao com consequente #baixa das
cotacoes no #mercado #mundial e #prejuizo dos #produtores #brasileiros,
Clé sélectionnée : B
2391 66 aversao ao #debate de #ideias. #comecou com o pe #esquerdo, antes
mesmo da abertura oficial, ontem, o 2. #forum #social de #porto #alegre. os
#organizadores do #evento conseguiram a proeza de #colocar no mesmo
compartimento a #organizacao #separatista patria basca e #liberdade, eta, o
#banco mundial, bird, e um primeiro_ministro europeu, o belga guy
verhofstadt.
1453 58 a solucao #positiva da #crise, a vitoria do #novo sobre o #velho
depende da #esquerda das #forcas #politicas, dos #movimentos #sociais e
#culturais, da imprensa #independente, da #intelectualidade critica, da
cidadania #militante.
1699 48 uma das #organizacoes #sociais que mais se empenharam no combate ao
#regime #militar e cujas #reunioes anuais se #transformaram em foros de
#denuncias e #protestos contra o autoritarismo, a #sbpc continuou a conviver
anos a fio com a politizacao,
1752 48 #assegurando os #direitos das vitimas dos atentados. nada mais
absurdo que tal assertiva. em verdade, no #regime #democratico a #liberdade
jamais poderia #significar a faculdade de fazer o-que bem se #entende,
porquanto ela e um bem #comum de #carater universal,
444 46 o fsm #marca uma #mudanca #radical na acao das #organizacoes
#nao_governamentais, as #ongs, que, pela primeira vez, se uniram aos
#sindicatos, as #entidades da #sociedade civil, aos #movimentos #populares,
443 43 um outro mundo e possivel! e preciso destacar o #carater do
#encontro: #democratico, pluralista e de alto grau de #organizacao. #buscou a
#construcao de #alternativas a #globalizacao #neoliberal com, durante todo o
#evento, uma #liberdade total de opiniao e de manifestacao, inclusive para
aqueles que-se #opunham a sua #realizacao, o-que nao aconteceu em davos.
549
428 42 apregoou a supressao da #democracia. de repente, retrocedemos
decadas. surpreendente. o #forum, #pensado #inicialmente como um #evento
apartidario e propositivo, #tornou_se, em suas conferencias #centrais, um
lugar de critica indiscriminada a #globalizacao e ao #neoliberalismo.
3786 42 as revolucoespoliticas, #sociais ou cientificas _, por #implicarem
#mudancas rapidas, #radicais e nao amadurecidas, segundo essa #linha de
#pensamento, #resultariam sempre em #graves reveses para o mundo e as
#sociedades.
2400 41 os dirigentes do #forum #social punem o primeiro_ministro da
belgica, barrando_lhe o #acesso ao #evento, pelo delito de #pensar de #modo
#diferente dos seus promotores:
1077 40 e tudo isso tendo como pano de #fundo a #transformacao, a #mudanca
#radical da #sociedade brasileira. #demandas que #aparecem sob facetas sempre
distintas, #imposicoes inexequiveis e exigencias que #expressam um #movimento
incessante, fazendo saltar quaisquer pontos de #referencia,
432 38 ninguem #pensa sensatamente em voltar a um mundo pre_globalizacao,
a nao ser aqueles que deliram pela volta dos #velhos #tempos. e #lutar
regradamente por #controlar certos de seus efeitos nefastos #implica
#reconhecer a #democracia representativa como o pilar das #transformacoes
#sociais.
447 38 #influenciara, ainda, a #vida #politica, #social e #cultural de
seus paises de origem. assistimos, em #porto #alegre, a um importante
acontecimento #politico: a fusao de #luta #social e #luta
politico_institucional.
449 38 na #capital gaucha, a #politica predominou, mas a #cultura se
#impos desde o #inicio. o #discurso #politico foi e preciso reiterar
pluralista e #democratico, #respeitando diferencas e contrarios.
1445 38 #construindo uma #forca #politica #social #alternativa ao governo.
#surge quando os #movimentos #sociais latino_americanos _a #comecar pelo mst_
#lutam pela reforma agraria, contra os transgenicos e pela seguranca
alimentar.
1761 38 segundo aspiracoes que nada tem que #ver com a #democracia, mas
que, no #fundo, visam a subverte_la. somente os ingenuos ou os
mal_intencionadas nao percebem que o #mst, em-vez-de um #movimento #social
humanitario, e um partido #politico ou #forca auxiliar de um partido
#politico, a revelia da lei, sem a-qual nao ha #liberdade nem #democracia que
perdurem.
1449 36 mas essa #forca acumulada pelo #novo ainda #encontra muitas
dificuldades para se firmar, para se constituir em #alternativa a #crise
hegemonica que #vive a #america #latina.
1589 35 personagens propriamente #alternativos e nao dogmaticos foram
relegados a #mesas e seminarios secundarios, de pouca visibilidade #publica.
os #politicos nao foram considerados #centrais na #politica do #forum.
2083 35 afinal, os celtas estao na #moda, e sempre foram #radicais. como
todos nos que preferimos #entrar #num bistro, em-vez-de sentar no #mcdonalds,
e saborear uma baguete recheada de camembert ou de roquefort, em-vez-de
morder um hamburguer, lapouge nao esconde sua simpatia pela #tese sustentada
por #bove,
3788 35 a-esquerda era igualitaria, #defendia uma #sociedade sem classes,
distincoes ou privilegios para ninguem. a-direita, por sua vez, #entendia que
a #sociedade, sob qualquer #regime #politico, sempre teria distincoes, em
#funcao da capacidade desigual das #pessoas.
Clé sélectionnée : C
4205 66 a bruxaria venceu a ciencia. o #projeto da lei de biosseguranca,
#aprovado ontem na #camara dos #deputados por acordo de #liderancas, e um
avanco em relacao a #proposta #original do governo e um retrocesso muito
550
maior em relacao ao #substitutivo #preparado pelo entao #lider da #maioria
#aldo #rebelo, do pc do b, #promovido a titular da #secretaria de
#coordenacao politica do #planalto.
3734 62 havia, por sinal, a #expectativa de-que a #medida #provisoria que
viria com toda a certeza, #apesar da relutancia de #lula, encamparia aqueles
artigos. o #lider do #pt no #senado, aloizio mercadante, chegou a dizer que a
#aprovacao do #substitutivo, por 77 #votos a 2, dava ao #planalto o respaldo
necessario para #editar uma #mp que exprimisse esse consenso.
2587 57 a pesquisa no #projeto dos transgenicos. pelo menos 210 #emendas ja
foram #apresentadas ao #projeto do governo sobre os transgenicos, que
#tramita em regime de #urgencia na #camara dos #deputados, se nao #for
#votado em 45 #dias, tranca a #pauta de deliberacoes da #casa.
3093 57 como a de um #presidente da #camara dos #deputados que, nos poucos/
#dias em-que/ #virou #presidente da #republica em exercicio, lotou o aviao
#presidencial de/ parentes e #amigos/ intimos,
3716 57 afinal, o #planalto nao #impediu que a #camara dos #deputados
#aprovasse um relatorio que desfigurou o #substitutivo ao #projeto da lei de
biosseguranca #preparado pelo seu entao #lider #aldo #rebelo.
3761 57 foi o-que #fez #segunda_feira, #horas depois-de o titular da
agricultura, #roberto #rodrigues, haver #anunciado que a #medida deve ser
#assinada ainda esta #semana. alem dele, defendem a iniciativa o #ministro da
#coordenacao politica, #aldo #rebelo, e o #governador gaucho, germano
#rigotto.
3686 56 no #dia #seguinte, decerto apanhando o governo de surpresa, a
#ministra #marina #silva contra_atacou e #conseguiu que a #bancada #petista
na #camara #fechasse questao contra o parecer, ate entao,
2480 54 o seu novo alvo e o #lider do governo na #camara dos #deputados,
#aldo #rebelo, do pc do b. e a #razao de sua #ira e que #rebelo, o relator do
#projeto de biosseguranca do #planalto, que #seguiu em novembro para o
#congresso, elaborou um parecer admiravel, para erradicar da #proposta
#original o seu carater de frankenstein #burocratico.
3843 54 o #presidente sucumbiu exatamente as pressoes de-quem mais encarna
uma #coisa e outra no seu governoa #ministra do meio ambiente, #marina
#silva. por-isso, nao moveu uma palha em defesa do iluminado #substitutivo do
entao #lider do #planalto na #camara, #aldo #rebelo, relator da #materia, ao
#projeto #original do governo da lei de biosseguranca,
2826 50 o #projeto frankenstein dos transgenicos. se #for #aprovado como
sair do #planalto, o-que nao se #espera, o #projeto do governo sobre os
transgenicos, cujas linhas gerais foram antecipadas pelo #ministro da #casa
#civil, #jose #dirceu,
3994 49 a ciencia precisa prevalecer. quando a #camara #aprovou, em
fevereiro, uma versao retrograda do #projeto da lei de biosseguranca,
desfigurando o #equilibrado #substitutivo do entao #lider do governo naquela
#casa do #congresso, #aldo #rebelo, outro #lider de #bancada, #jose #carlos
aleluia,
3726 47 #mp dos transgenicos e #vitoria de #marina. a #medida #provisoria
que liberou o plantio da safra de 2005 da soja transgenica representa um
retrocesso em relacao ao #texto que estava para ser #assinado na
#quinta_feira pelo #presidente #lula, mas #deixou de prevalecer na 25.
3746 45 o vaivem da #mp da soja. desde-que, em 10 de #agosto, a comissao de
#educacao do #senado #aprovou o #substitutivo do relator osmar #dias ao
#projeto da lei de biosseguranca vindo da #camara dos #deputados,
3096 44 o #vice_presidente da #republica atual, #senador #mineiro #jose
#alencar, pl, com sua monocordica obsessao contra os juros altos, nao que
nisso #deixe de ter #razao, ja #fez declaracoes constrangedoras para o
governo e, desde a posse,
551
1891 43 seus #governantes precisam dos #votos dos agricultores para
continuar no poder ou la chegar. o-que nao da para entender e a #posicao de
#luiz #inacio #lula da #silva, #candidato do #pt a #presidencia de nossa
#republica.
3810 42 #nesta #semana, por exemplo, a #camara dos #deputados precisaria
desvencilhar_se entre hoje e amanha das 11 mps que #bloqueiam a #pauta para
examinar em #plenario outras #materias.
4246 42 se #for vencida essa etapa, outras oito #medidas #provisorias
#bloquearao sucessivamente a #pauta. no total, havera 26 #medidas
#provisorias a #espera de #votacao, o-que, por si so, garante que a #camara
estara amarrada.
3683 41 a #intencao inequivoca era ganhar tempo ate-que #fosse destravada a
#pauta de #votacoes, obstruida pelas duas dezenas de #medidas #provisorias a
#espera de exame, para entao o #esperado #substitutivo ao gosto dos xiitas
mais uma vez escapar ao crivo da comissao e #seguir para apreciacao em
#plenario.
4293 41 impos ao #planalto #derrotas em/ #votacoes cruciais/ para o
tesouro. salvo pelo gongo severino, #lula ainda #conseguiu #fazer do limao/
uma limonada, ao ampliar a ilha de excelencia do governo, centrada na figura
do #ministro da fazenda, #antonio #palocci, com a nomeacao para o
planejamento do #deputado paulo bernardo,
Clé sélectionnée : D
1924 44 e a elas poderiam ser #acrescentados mais 18, 7porcento de
propostas na #area de #gestao de #recursos #naturais, tambem #relacionadas
com a #agropecuaria. portanto, dois tercos das propostas #tratavam dessa
tematica #conflituosa. ha uma cisao #clara. o empresariado #rural nao admite
sequer #discutir a #incorporacao de custos ambientais gerados por suas
#atividades.
2192 41 nao #faltarao #desafios a #futura ministraa comecar pelo de
conseguir que no #centro da #estrategia do pais #esteja a escassez #global
de/ #recursos e #servicos/ #naturais.
2199 40 na #area de #transportes, por #exemplo, sera indispensavel
#questionar o rodoviarismo predominante, e ate-o hidroviarismo de ocasiao,
atado a #expansao do agribusiness, em detrimento #principalmente da malha
ferroviaria,
2649 40 incertezas regulatorias #comprometem o #desenvolvimento de
segmentos do agribusiness, relevantes para a #competitividade do pais, com
#destaque para a soja. ha tambem um #ponto de #vista tecnico_cientifico.
2804 39 #principalmente com os #rumos previstos para a #amazonia, #expansao
da #fronteira da soja em 80 mil km2, com a #implantacao de hidrovias e
pavimentacao de rodovia que favorecem o #desmatamento;
757 35 #dados divulgados recentemente #indicam um novo pico #historico da
devastacao, com tendencia para #avancar sobre o #atual mandato presidencial.
tambem #indicam que o arco do #desmatamento se expande para novas #regioes,
como o eixo da br_163, cuiaba_santarem, #ameacando em definitivo a
contiguidade da #floresta #amazonica.
4360 30 a #embrapa ja tem alguma #experiencia de #colaboracao com empresas
e #cooperativas e a nova #administracao, portanto, nao #partira do #zero para
a #exploracao desse #caminho.
957 29 e o caso, por #exemplo, dos #assentamentos #rurais. estes tem um
#papel #importante a #cumprir em termos de reducao da pobreza, #geracao de
renda #familiar decente, melhor #distribuicao de renda e manutencao da
#ocupacao na #area #rural.
3243 29 na #falta dele, o pais #parece de-novo #caminhar em #direcao a mais
uma tentativa de #retomada do #desenvolvimento a qualquer preco e fundada
552
#principalmente em aumento de exportacoesesquecendo as consequencias que o
#modelo teve #nas ultimas decadas:
1013 27 alem-de aprimorar os conselhos, #trata_se de #fortalecer o #sistema
nacional de meio ambiente, para-que seja um #instrumento de #gestao
compartilhada com estados e #municipios. na esfera #internacional, e evidente
a #importancia do brasil para as #questoes ambientais. se queremos uma
#agenda que unifique a america latina #rumo ao #desenvolvimento #sustentavel,
temos de mostrar aqui o-que podemos fazer.
2200 27 na pratica em sucateamento ha quatro decadas. e um dos #setores em-
que isso sera mais imprescindivel e o dos projetos do #programa #avanca
brasil, que #pretendem abrir #frentes de #expansao da #fronteira
#agropecuaria no vale do araguaia e na amazoniaclaramente contra_indicados
por muitos estudos,
2817 27 ao mesmo tempo em-que continuam a ser #estimulados megaprojetos
#questionados pelos socioambientalistas. a #esperanca de-que novas
#estrategias em #gestao possam #mudar os #rumos #parece mais-do-que remota.
4135 27 o #fortalecimento da pesquisa #voltada para a #expansao do
#agronegocio e para o aumento da #competitividade virou segunda vertente
prioritaria. o presidente campagnola negou, em entrevista publicada domingo
no estado, que a #distribuicao de #recursos tenha #mudado no primeiro ano de
sua #gestao ou que #haja intencao de abandonar os #programas em andamento.
2707 26 para sua implementacao seria #preciso criar precondicoes
#adequadas, que aqui nao temos #espaco para detalhar. mas se #trata, do nosso
#ponto de #vista, de um #desafio inevitavel para abrir parametros de #dialogo
entre #setores em #conflito da comunidade cientifica com a sociedade.
2750 26 mas a #direcao partidaria #pretende recolocar estes #pontos num
#lugar prioritario da #agenda do proximo #periodo. o proprio debate #interno
sobre os #rumos do governo #precisa ser intensificado para-que o partido
possa #contribuir de forma mais decisiva na busca de solucoes para os
#problemas do pais.
2648 25 e que-se #trata de um topico intrinsecamente polivalente. e como
tal deve ser #tratado. ha um #ponto de #vista #economico, pois a #questao
afeta as #condicoes de crescimento #sustentavel.
1326 24 um movimento claramente orquestrado de #invasoes na #area #rural
por #grupos #indigenas e uma posicao unilateral dos orgaos #publicos, que
#dialogam apenas com uma das #partes, a dos #invasores, sem levar em conta a
situacao dos legitimos proprietarios.
2520 24 desatino #economico porque o #principal #objetivo desse #modelo e
atrair capitais #privados, #estrangeiros e nacionais. que #investidor
#privado se sentira atraido por um #modelo que, por definicao, pode #mudar
com cada mudanca de governo?
3663 24 permitiria realocar #recursos para #programas de #energias das
biomassas, da #energia eolica. juntamente com o repensar da #questao
energetica na #amazonia, poderiamos fazer um estudo competente sobre os
custos do #avanco da #agropecuaria naquela #regiao.
Clé sélectionnée : E
3206 91 do #tribunal #regional #federal, #trf, de #brasilia, #tomou uma
#decisao cujas consequencias deverao ultrapassar o objeto #especifico da
pendencia que a motivou: se a #comissao #tecnica #nacional de #biosseguranca,
#ctnbio, tem ou nao #autoridade para #dispensar, em #pedidos de #liberacao de
culturas transgenicas, a realizacao de #estudos #previos sobre o seu possivel
#impacto #ambiental.
2372 87 #confirmando a #decisao do #executivo que desobriga a #comissao
#tecnica #nacional de #biosseguranca, #ctnbio, de #exigir #estudo #previo de
#impacto #ambiental, #eia_rima, para o #plantio de transgenicos.
553
3171 79 esse texto e invocado arbitrariamente para sujeitar a #liberacao de
transgenicos a #estudos #previos de #impacto #ambiental, os-quais a #ctnbio
nao #poderia #dispensar. pouco importa a autonomia de-que foi dotada. sempre
havera um #juiz propenso a #substituir o #poder discricionario #atribuido em
#lei a um #orgao publico pelo seu proprioo que #deu andamento a #acao civil
contra a #uniao que paralisou as #decisoes da #ctnbio.
3164 74 o presidente e os transgenicos. a controversia sobre o alcance
pratico da #decisao da desembargadora selene #maria de #almeida, do #tribunal
#regional #federal, #trf, de #brasilia, #suspendendo a #sentenca que #proibiu
o #plantio e o #comercio da soja transgenica #roundup #ready, #rr,
1745 68 o brasil permite a venda de transgenicos importados, sujeita a
#autorizacao de #orgao de #fiscalizacao competenteainda indefinido. ja o
#plantio #comercial, #autorizado pela #comissao #tecnica #nacional de
#biosseguranca, #ctnbio, no caso da soja #roundup #ready, foi #suspenso por
#decisao da #justica.
3114 68 os inimigos da transgenia acantonados no #ministerio do #meio
#ambiente empreenderam eficazes acoes de retaguarda para neutralizar a
#atribuicao #concedida a #comissao #tecnica #nacional de #biosseguranca,
#ctnbio, de #dar #pareceres #tecnicos #conclusivos,
3914 65 a absurda votacao sobre transgenicos no #trf. o #noticiario sobre a
#decisao da 5. turma do #tribunal #regional #federal, #trf, de #brasilia, que
reconheceu dias atras a #competencia da #comissao #tecnica #nacional de
#biosseguranca, #ctnbio, para #autorizar o #cultivo #comercial de variedades
transgenicas, podendo #dispensar, a seu #criterio,
2773 63 o projeto nao diz o-que acontecera se a #ctnbio #mantiver seu
#parecer. supoe_senao esta escritoque o #orgao #discordante possa #recorrer
ao #conselho #nacional de #biosseguranca, #criado pelo mesmo projeto de #lei,
a-quem #cabera em #ultima e definitiva #instancia #decidir.
3845 63 o novo texto subtraiu da #comissao #tecnica #nacional de
#biosseguranca, #ctnbio, a #atribuicao que detinha desde a sua #criacao, em
1995, de #dar a #ultima #palavra sobre os efeitos dos transgenicos na saude e
no #meio #ambiente, em #pedidos de #plantio #comercial.
2248 62 mas, nao. prevaleceu a ambiguidade, com o #ministerio do #meio
#ambiente, mma, #tomando posicao pela #exigencia, mas seu #representante na
#comissao #tecnica #nacional de #biosseguranca, #ctnbio, #substituido as
vesperas da #decisao a esse respeito, em 1998,
2997 62 esse e tambem o ponto a-que-se aferram o #greenpeace e o #idec, na
#acao por eles movida, que-se arrasta desde 1998, contra a #decisao da
#comissao #tecnica #nacional de #biosseguranca, #ctnbio, de #dispensar o
#eia_rima quando #autorizou o #cultivo da soja transgenica,
1714 61 a #autorizacao foi #suspensa por um #juiz #federal de #brasilia.
ele entendeu que a #ctnbio devia ter #exigido um #estudo #previo de #impacto
#ambiental e #deu prazo de 90 dias para o governo #elaborar um conjunto de
#normas #relativas aos transgenicos, sem as-quais nenhuma #autorizacao de
#plantio #podera ser #concedida.
2339 57 que #autoriza a #comissao #tecnica #nacional de #biosseguranca,
#ctnbio, a #liberar o #plantio sem #exigir #estudo de #impacto ambientale
isso pode levar #meses ou anos.
3439 57 a esterilizacao da #ctnbio. para neutralizar os efeitos de uma
eventual #sentenca #favoravel a #comissao #tecnica #nacional de
#biosseguranca, #ctnbio, na batalha #judicial que-se arrasta desde 1998 sobre
o seu #poder de #dar a #ultima #palavra em #pedidos de #plantio de lavouras
transgenicas,
3490 57 o desfecho acabou confinado na #comissao #tecnica #nacional de
#biosseguranca, #ctnbio, que #liberou o #plantio com #base em #estudos feitos
em outro paises, depois-de #substituido, a #ultima hora, o #representante do
#ministerio do #meio #ambiente na #comissao.
554
3588 57 estes #contestam a #autoridade da #comissao #tecnica #nacional de
#biosseguranca, #ctnbio, para #dar a #ultima #palavra sobre os #pedidos de
#licenca para a formacao de lavouras transgenicas.
3413 56 a #autoridade da #ctnbio foi #estabelecida pela #lei de
#biosseguranca, de 1995, e por medida provisoria, de 2000, exatamente como
consta no editorial. em #ultima analise, essa mesma #autoridade, que inclui o
#poder de #exigir ou #dispensar, a seu #exclusivo #criterio, a realizacao de
#estudos de #impacto #ambiental para #avaliar a seguranca de transgenicos que
venham a ser #cultivados,
2765 53 mas pode acontecer tambem de ate la ser #julgada na #justica
#federal a #acao movida pelo #instituto de #defesa do consumidor, #idec, e
outros contra a #liberacao do #plantio dada ha anos pela #comissao #tecnica
#nacional de #biosseguranca, #ctnbio.
3532 53 a #liminar foi acolhida, depois cassada, depois #confirmada em
#sentenca de merito. recurso da #uniao, sem efeito #suspensivo dessa
#decisao, obteve #parecer #favoravel da #juiza incumbida de relatar o
#processo, no #tribunal #regional #federal, #trf.
Clé sélectionnée : F
469 41 em #termos estritamente #cientificos, sua #utilizacao #permanece
polemica. de um #lado, e logicamente #impossivel #demonstrar que o uso de
transgenicos e completamente #seguro. nao se #pode #provar que uma #causa nao
provoque um #efeito #desconhecido. de outro #lado, nao ha #evidencias
conclusivas de-que a #tecnologia #deva ser abandonada.
534 35 glick #deveria #saber que nao ha, nem tao cedo sera #desenvolvida,
#tecnologia de #transferencia de #genes que #permita isso, independentemente
dos #riscos que a #mesma #possa #conter.
3973 35 #principio de #precaucao. caro #sr. washington novaes, em seu
#artigo os transgenicos e a semantica, 28/ 5, a2, o #senhor #alerta para o
#fato de-que a dicotomia pro e contra #ogm carece de #fundamento e o
#principio da #precaucao #deve ser #observado.
234 31 no caso da #saude, ha mais especulacoes do que estudos
fundamentados, mas, ao menos teoricamente, #pode_se #temer que esses
#organismos provoquem #alergias e, #hipotese ainda mais remota, #complicacoes
#geneticas #desconhecidas por #efeito pliotropico.
670 31 o #assunto e estritamente #cientifico. o-que-se #quer #saber,
afinal, e se os produtos #geneticamente #modificados #prejudicam ou nao a
natureza e os #seres #humanos. #milhares de #pesquisas foram #feitas para
decifrar esse enigma.
3986 31 a maioria das #plantas que o #senhor #consumiu no almoco #vem do
#resultado de #cruzamentos com #especies silvestres. o-que temos nas #plantas
silvestres? muitos #genes de #proteinas de defesa contra #animais, #inclusive
mamiferos, como o #homem.
597 29 um outro #risco teorico no #consumo de #ogms e que ele leve a
#complicacoes #desconhecidas por conta do que os #cientistas #chamam de
#efeito pliotropico.
136 28 embora nao #existam indicios fortes de-que os #alimentos
transgenicos facam mal ao #homem, essa #hipotese nao #pode ser #descartada. o
#temor maior #envolve, principalmente, novas #alergias. no caso do ambiente,
pelas inumeras interacoes entre #especies, #inclusive #desconhecidas, a
#possibilidade de #ocorrerem surpresas e ainda mais plausivel.
51 27 diz ele: sera que, por conta de um suposto e improvavel #risco de
uma borboleta, milhoes de #seres #humanos #devem #permanecer na subnutricao?
as #populacoes abastadas #podem e #devem ter #escolha; os miseraveis nao tem
essa #escolha e precisam de mais #alimentos, #melhores e mais baratos.
555
80 27 as industrias alardeiam que os #alimentos #alterados #geneticamente
sao #seguros e que nao ha o-que #temer, pois passam por #rigorosos #testes e,
em cinco anos de uso, nao houve #dano #detectado a #saude do #consumidor.
128 27 sera que a insulina, que e transgenica, nao #deveria ser #usada? a
#solucao nao e #dificil: que #sejam #rotulados os produtos. as #populacoes
abastadas #podem e #devem ter #escolha. os miseraveis nao tem essa #escolha e
precisam de mais #alimentos, #melhores e mais baratos.
262 27 a posicao mais equilibrada esta no meio. embora nao se #tenha
#detectado nenhum #efeito adverso de #ogms para a #saude #humana ate-o
momento, e #impossivel #afirmar, em #termos #cientificos, que esses produtos
sao #totalmente #seguros.
1739 27 e o #arroz e o cereal mais #consumido pelo #homem. argumenta_se que
a adicao de #genes de #bacterias ao #dna de #especies #vegetais
comestiveisque e o-que lhes confere as #caracteristicas valorizadas #pelos
agricultores e o-que talvez #permita criar outros generos como o #arroz
carotenadopode #afetar/
2605 27 outros #campos. muito se tem #falado sobre transgenicos, produtos
resultantes da producao de #organismos #geneticamente #modificados, mas pouco
se tem dito sobre os #beneficios que tal #biotecnologia tem #trazido e #pode
vir a #trazer para a area #medica #humana.
2544 26 ao #descobrirem que os #genes #podem ser #transferidos entre as
#especies, os #pesquisadores prescindem dos #cruzamentos sexuados para #obter
descendentes favoraveis. a #tecnologia torna_se mais #rapida e #segura por
meio da #manipulacao dos cromossomos. entretanto, por razoes que ninguem
#sabe #direito explicar, a #biotecnologia chegou criando uma celeuma incrivel
na sociedade.
52 24 quando uma #tecnologia #provoca perturbacoes #ecologicas como e
cada vez mais #comprovado no caso dos transgenicos, o #risco nao e de uma ou
de outra #especie, mas de todas elas, #inclusive a #humana.
339 24 na europa, o #limite e de 1porcento. em #termos #cientificos, nao
se estabeleceu que #alimentos transgenicos facam mal a #saude. essa
#permanece apenas uma #possibilidade teorica. mas a definicao dos 4porcento
como margem de #seguranca #alimentar, aquem da qual #ogms nao #ofereceriam
#risco, nao encontra respaldo em nenhuma teoria #cientifica.
398 24 o maior obstaculo a disseminacao dos transgenicos na ue ainda e a
#resistencia do #consumidor. #pesquisa do instituto europeu #sofres
#divulgada ontem #revela que 82porcento dos #franceses consideram que #ogms
#trazem #risco para a #saude.
468 24 e #possivel que o scrapie, mal analogo que atinge ovinos, agora
identificado no brasil, esteja na origem da #doenca da #vaca #louca. mas o
scrapie, ate onde se #sabe, nao #afeta #humanos. os #alimentos transgenicos
que #vao ganhando as prateleiras de #supermercados despertam #reacoes
apaixonadas nos #consumidores.
--------------------
* Fin de l'analyse *
--------------------
Date : 27/ 6/07; Heure : 15:57:10
Temps d'execution : 0 h 9 mn 51 s
556
ANEXO 8: Relatório da análise EVOC do corpus alunos
Les 3 colonnes correspondent respectivement :
au Mot
à sa Fréquence
à son Rang Moyen
Le Fréquence minimale des mots est 5
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen < 2,5
alimentos 53 1,962
remédios 22 1,773
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
artificial 11 2,727
ciência 10 3,500
doença 11 3,364
frutas 11 3,091
genes 13 3,538
genética 24 2,958
laboratório 15 2,800
modificado 14 2,571
modificação 8 3,375
mudança 10 3,000
produtos 10 2,600
saúde 20 3,100
soja 20 2,600
transporte 8 2,500
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen < 2,5
lixo 6 2,167
transformação 7 2,429
557
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
alimentação 5 3,800
clone 7 2,714
comida 6 2,500
cópia 6 2,667
dna 5 3,000
drogas 5 3,400
genérico 6 3,833
mistura 6 3,333
prevenção 5 4,400
sementes 6 2,500
sexo 5 3,800
verduras 7 3,571
558
ANEXO 9: Relatório da análise EVOC do corpus consumidores
Les 3 colonnes correspondent respectivement :
au Mot
à sa Fréquence
à son Rang Moyen
Le Fréquence minimale des mots est 5
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen < 2,5
artificial 10 2,000
dúvidas 12 2,167
falta-informação 15 2,400
modificados 10 1,400
modificação 8 1,625
mutação 11 1,636
ruim 8 1,750
saúde 8 2,250
soja 8 1,250
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
não-natural 8 2,625
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen < 2,5
mudança 7 2,000
ruim-saúde 7 2,286
transformação 6 1,833
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
559
le Rang Moyen >= 2,5
desconheço 7 2,571
pesquisas 6 2,667
qualidade 6 3,000
tecnologia 7 3,429
560
ANEXO 10: Relatório da análise EVOC do corpus agroecologistas
Les 3 colonnes correspondent respectivement :
au Mot
à sa Fréquence
à son Rang Moyen
Le Fréquence minimale des mots est 5
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen < 2,5
dominação 12 2,333
dúvidas 8 2,250
insegurança 8 2,125
modificação 8 2,375
morte 12 2,000
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
dependência 8 2,875
doenças 9 2,556
monopólio 8 4,125
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen < 2,5
falta-pesquisa 6 2,167
genética 7 1,857
incerteza 6 2,167
mutação 5 2,200
perigo 6 2,000
pesquisa 7 1,857
soja 7 2,429
**********************************
561
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
agrotóxicos 5 3,000
desrespeito 5 3,000
falta-informação 7 3,714
medo 7 2,857
polêmica 5 3,600
risco 6 3,167
tecnologia 6 3,167
562
ANEXO 11:
Grupo de
palavras
Evocações associadas ao grupo
Ciência Ciência, cientistas
Tecnologia Tecnologia
Biotecnologia Biotecnologia, biologia, genética, engenharia genética
Genes Genes, DNA, alelos, cromossomo, células
Modificação
genética
Modificação genética, alteração genética, geneticamente modificado, manipulação
genética, mudança nos genes, transformação genética, variação genética, alteração orgânica
Modificação Modificação, alteração, manipulação, transformação, modificados, adicionado, adulterado,
alterado, manipulado, transformado, mudança
Geneticamente Geneticamente
Melhoramento Melhoramento, aperfeiçoamento, melhorado, melhoria, melhor aparência, bonito, cor,
perfeito, melhoria-ar, melhoria-solo
Avanço Avanço, desenvolvimento, evolução, inovação, sinal dos tempos
Clonagem Clonagem, clone
Cópia Cópia, igual, imitação, pirata, semelhante
Mutação Mutação, mutante, produto mutável, transmutação
Pesquisa /
laboratório
Pesquisa, análises, cobaia, estudo, experimento, experiência, investigação, laboratório,
novas descobertas, resultado, testes
Falta-pesquisa Falta-pesquisa, faltam-dados, despreparo, falta-controle-genético
Saúde Saúde
Bom para a saúde Saudável, mais saudável
Danos à saúde Doenças, alergias, altera metabolismo, alterar saúde, comprometer saúde, câncer,
intoxicação, mal para o organismo, não-saudável, prejudicial à saúde, problemas-saúde,
risco para saúde, ruim para saúde, saúde em último lugar
Prevenção Prevenção, cura
Remédios Remédios, medicamentos, genéricos, drogas, anabolizante, farmácia, fármacos, injeção,
médico, pílulas
Transplante cirurgia, transplantado, transplante
Morte Morte, extinção da vida, fim, final dos tempos, finalização, mal sem saída, sem futuro
Vida Vida
↑ vida vida melhor, bem estar, comodidade
↓ vida má qualidade de vida
Sexo Sexo, heterossexual, homossexualismo, mudança de sexo, não gostam do seu sexo,
transexual, transvaginal, tavesti
Alimentos Alimentação, alimentos, alimento-modificado, consumo, comida (cereais, chips, creme,
feijão, ovos, pringles, óleo), frutas (laranja, mamão, melancia, melão, tomate, baga), grãos
(arroz, milho, soja, trigo), verdura, vegetais, legumes, carne (aves, suínos), bebida (chá,
leite, leite em pó, suco em pó).
Soberania alim soberania, soberania alimentar
Seg alim segurança alimentar
Inseg alim insegurança-alimentar, alimentação não adequada
Produtos Produtos, objetos
Qualidade Qualidade
↑ qualidade boa qualidade, melhor-qualidade
↓ qualidade qualidade ruim, deficiência, sem sabor
Agricultura Agricultura, agrônomo, colheita, lavoura, pecuária, sementes, semente modificada, plantas,
plantação, plantio, terra
Produção Produção, produção alternativa
↑ produção mais produção, produção em larga escala, produtividade
↓ produção
Agrotóxicos Agrotóxicos, veneno, produtos químicos, produtos tóxicos, química, toxina, tóxico, anti-
563
parasitas
↑ agrotóxicos Dependência de agrotóxicos, uso indiscriminado de agrotóxicos
↓ agrotóxicos Menos agrotóxicos, menos veneno, sem agrotóxicos, sem veneno, mais resistente à pragas,
não-poluído
Economia Economia, capital, capitalismo, comercialização, concorrência, dinheiro, exportação, feira,
lucro-multinacionais, mateiralismo, mercado, negócios, preço, rentabilidade, royalt
↑ custos aumento de custos, caro, descapitalização, mais caro
↓ custos Barato, custo viável, mais lucrativo, redução de custos, curto prazo
Interesses Interesses, interesse-comercial, interesse-econômico
Estrangeiro EUA, americanização, estrangeiro
Multinacionais Monsanto, multinacional, transnacionais
Grandes
produtores
Grandes produtores, grandes propriedades, agroindústria, agronegócio, fazendas, latifúndio
revolução verde, aprofundamento-modelo-agrícola
Problemas na
agricultura
deficiência de tecnologia, dependência de tecnologias, tecnologia de poucos, cultura,
invasão-de-culturas, menosprezo da cultura local, monocultura, perda de cultura,
massificação
Meio ambiente Meio ambiente, ambiente, natureza
Seres vivos seres vivos
Danos ao meio
ambiente
Agressão-meio-ambiente, agressão-natureza, anti-ecológico, chuva-ácida, crime ambiental,
danos-meio-ambiente, degradação ambiental, degradação-meio-ambiente, desequilíbrio
ambiental, desequilíbrio do ecossistema, desequilibro natural, desmatamento, destruição do
meio ambiente, destruição da natureza, devastação, erosão, extinção, impacto no solo,
insustentabilidade, modificação-fauna-flora, muda a natureza, perigo ambiental, poluição,
prejudicial ao meio ambiente, problemas ambientais, risco ambiental, violação da natureza,
água com veneno
Preservação do
meio ambiente
Degradável, sustentabilidade
Perda da
biodiversidade
Agressão-biodiversidade, desequilíbrio da biodiversidade, perda da biodiversidade,
problema-biodiversidade, eliminação dos insetos, perda de sementes
Destruição adversidade, agressão, contaminação, descontrole, desequilíbrio, destruição
Natural Natural, já-tem-na-natureza
Artificial Artificial, artificialmente, artifício, anti-natural, contra a natureza, extranatural, falso,
ajudado pelo homem, invenção humana, manipulado pelo homem, não-natural, industrial,
industrializados, sintetizado, sintético, força para a natureza, não-normal
Mistura Mistura, elementos diferentes, heterogêneo, reconbinação
Homem Homem, antropocentrismo, humanidade, humanos, pessoas, ser humano, sociedade,
amigos, família
Conseqüências
para o futuro
Conseqüências, conseqüência-vida, conseqüências-duvidosas, amanhã, efeitos, futuro,
futuro-humanidade, prejudicial para novas gerações, problemas no futuro próximo
Precaução / Ética Precaução, ética, cautela, cuidados, pensar na população, responsabilidade
Bom Bom, benefícios, eficiente, não-negativo, sem problema, importante
Limpeza higiene, higiênicos, limpeza, papel higiênico, sabão, shampoo, silicone
Solução Solução, esperança, alternativa
Engano Engano, enganação, equivocado, farsa, ilusão, incorreto, mentira, picaretagem,
propaganda-enganosa, erro
Dominação Dominação, domínio, domínio-semente, controle, monopólio, poder, injustiça
Imposição forçado, imposição, pressa
Arrogância, anti-ético, desrespeito, esperteza, ganância, idiotice, imoralidade, irresponsável
Ruim Ruim, mal, malefícios, negativo, ofensivo, prejudicial, prejuízo
Medo Medo, assustador, confusão, desgosto, desânimo, infelicidade, raiva, susto
Dúvidas duvidoso, dúvidas, incerteza, questionamentos, desconfiança, insegurança, preocupação,
interrogação
Necessidade Necessidade
564
Desnecessário Desnecessário, não-necessário, sem necessidade
Risco Risco, arriscado, ameaça, incerto, irreversível, perigo, problemas, problemático
Lixo Lixo, estragado, insalubre, sujeira
Problemas sociais Problemas sociais, dependência, desemprego, desgraça, desigualdade, desperdício,
escravização, exclusão, exploração, fome, miséria, não-soberania, pobreza, reducionismo
da humanidade, sacrifício
Novidade Coisa nova, muito recente, novidade, novo
Informação Informação, educação, conscientização, escola, revista, televisão
Falta informação Falta informação, alienação, desconhecido, desconhecimento, desconheço, incógnita, o-
entendo, não-sei, segredo
Diferente/Monstro Diferente, diferença, esquisito, desfiguração, Frankenstein
Polêmica Polêmica, conflito, conflito político, controvérsia, discussão, discussão sem razão,
radicalismo das partes
Leis Leis, demora da liberação, políticos, estado
Faltam-leis faltam-leis
Liberado liberado, diariamente, item do dia a dia, comum, disponibilidade, Brasil aceita
Proibido ilegal, proibido
Patente leis-de-patentes, patentes, roubo do conhecimento
Rotulagem Rótulo, rotulagem, caixas, embalagem, gostaria de saber que produtos, não-rótulo, onde
encontrar, liberdade, opção
Contra Contra, desfavorável, deve ser proibido, evito, não-acredito, não-comer, não-comprar, não-
concordo, não-confio, não-consumir, não-devo-comer, não-gosto, não-pode, não-usaria,
procuro-não-consumir, anti, proibição, prisão
A favor A favor, nada contra, não-sou-contra, posso-usar, uso
Indiferença indiferença, contra-nem-favor, não-me-afeta, não-me-preocupa, não-presto-atenção
Atores contra Greenpeace, MST
565
ANEXO 12: Relatório da análise EVOC do corpus alunos depois da exposição
Les 3 colonnes correspondent respectivement :
au Mot
à sa Fréquence
à son Rang Moyen
Le Fréquence minimale des mots est 5
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen < 2,5
alimentos 48 1,854
genética 29 1,966
modificados 15 2,133
mudança 9 2,444
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
ciência 13 3,462
dna 18 2,944
genes 17 2,588
laboratório 11 3,182
meio-ambiente 14 3,500
milho 12 3,250
modificação 16 2,563
natureza 13 3,538
plantas 23 2,826
saúde 23 2,783
soja 25 2,720
transformação 9 4,000
vida 8 3,500
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen < 2,5
geneticamente 5 2,200
566
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
algodão 5 3,400
alimentação 5 3,400
biotecnologia 6 2,500
clonagem 5 3,800
doença 5 2,600
produtos 5 3,000
remédios 7 2,857
ser-humano 6 4,333
567
ANEXO 13: Relatório da análise EVOC do corpus alunos um mês depois da
exposição
Les 3 colonnes correspondent respectivement :
au Mot
à sa Fréquence
à son Rang Moyen
Le Fréquence minimale des mots est 5
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen < 2,5
alimentos 53 2,415
dna 18 2,278
genes 20 2,250
genética 40 2,025
modificados 8 1,875
remédios 10 2,200
**********************************
Cas ou la Fréquence >= 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
ciência 15 3,200
laboratório 8 2,875
modificação 18 3,111
mudança 16 3,125
natureza 15 2,800
saúde 26 2,962
soja 44 2,636
tecnologia 12 3,083
transformação 13 2,615
vida 9 4,222
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen < 2,5
lixo 6 2,333
568
**********************************
Cas ou la Fréquence < 8
et
le Rang Moyen >= 2,5
alimentação 6 3,167
alteração 5 3,200
artificial 5 3,200
biologia 7 3,286
clonagem 5 4,000
comida 5 2,800
doenças 5 3,600
meio-ambiente 6 4,167
verduras 5 4,600
569
ANEXO 14: Baners da exposição
570
571
572
573
574
575
576
577
578
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