diferenciação tais como pre-B II e células B imaturas (Medina, Smithson & Kincade,
1993). Os hormônios sexuais estrona, estriol e ß-estradiol medeiam essa supressão por
atuarem no microambiente das células estromais, as quais expressam receptores para
estrogênios (Medina & Kincade, 1994; Smithson et. al., 1995). A progesterona em si
não tem efeito próprio, mas sensibiliza o organismo à ação dos estrogênios. As fêmeas
que possuem uma deleção no gene produtor das gonadotrofinas (HPG/Bm-hpg/hpg)
apresentam uma deficiência secundária na produção de esteróides e tem uma alta
produção de linfócitos B na medula óssea que pode ser revertida com administração de
estrogênio (Smithson et. al., 1994). Então, os hormônios sexuais podem influenciar na
linfopoese de células B em condições normais e enquanto os andrógenos utilizam para
isso apenas um receptor, os estrogênios podem utilizar mais de um (Kincade, Medina &
Smithson, 1994; Smithson et. al, 1998). Além de suprimir a diferenciação, o estrogênio
também atua na proliferação reduzindo a atividade mitótica e a sobrevivência dos
precursores da linhagem B (Medina, Strasser & Kincade, 2000).
Além da supressão da linfopoese mediada pelos glicocorticóides e
estrogênios, as prostaglandinas, especialmente a prostaglandina E (PGE2) tem sido
estudada no que diz respeito à sua atuação no sistema imune. A PGE2 é conhecida por
regular negativamente a produção de interleucina-2 (IL-2) por células Th1 (Betz & Fox,
1991). Em algumas cincunstâncias, a PGE2, produzida pelas células epiteliais no timo
(McCormack et. al., 1991), osteoblastos e macrófagos da medula óssea (Shibata,
1995), pode induzir a apoptose de timócitos (McConkey, Orrenius & Jondal, 1990;
Suzuki &Tadakuma & Kizaki, 1991), assim como suprimir a proliferação de linfomas de
células B imaturas (Phipps et. al., 1989). A apoptose de clones de linfócitos B
dependentes de IL-7 induzida por PGE2, está diretamente relacionada à elevação do
AMPc intracelular, uma vez que os receptores da PGE2 são associados à via da
adenilato ciclase que estimula a formação de AMPc (Fedyk et. al., 1996; Shimozato &
Kincade, 1999), o qual por sua vez, está envolvido na indução de apoptose em
linfócitos B humanos e de camundongo (Lomo et. al., 1995).
Citocinas como o TNF-α e o IFN-tipo I e receptores Toll like como o TLR2
e TLR4 (Kincade, 1994) também já foram descritos como sendo agentes supressores
da linfopoese. Já foi demonstrado que o tratamento com IFN tipo I leva à supressão do
desenvolvimento das linhagens B e T (Lin, Dong & Cooper, 1998; Ueda et. al., 2004). O