Download PDF
ads:
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
Busca de Tetranychus evansi e seus inimigos naturais
no Peru e no norte da Argentina
Alberto Daniel Guanilo Alvarado
Dissertação apresentada para obtenção do título de
Mestre em Ciências. Área de concentração:
Entomologia
Piracicaba
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Alberto Daniel Guanilo Alvarado
Biólogo
Busca de Tetranychus evansi e seus inimigos naturais
no Peru e no norte da Argentina
Orientador:
Prof. Dr. GILBERTO JOSÉ DE MORAES
Dissertação apresentada para obtenção do título de
Mestre em Ciências. Área de concentração:
Entomologia
Piracicaba
2007
ads:
3
A Deus e a meus pais Victor Guanilo del Rio e Pola Alvarado Milla, os que foram minha
energia em cada momento, sendo meus suportes apesar das dificuldades...
A meus irmãos Rocio, Armando, Carlos, Pola e Eduardo por seu incentivo e apoio a cada
momento...
DEDICO
4
AGRADECIMENTOS
Ao Prof Dr. Gilberto José de Moraes, pela orientação, apoio, oportunidade e aprendizagem
durante o mestrado;
Ao Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da ESALQ/USP pela
oportunidade de realizar este curso;
Ao Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), administrado pelo
Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pelo Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da bolsa de estudos;
Ao German Federal Ministry for Economic Cooperation and Development pelo apoio
financeiro ao projeto;
A Claudia e Renzo Sotomayor Ugarte pelo incentivo e ajuda durante o Mestrado;
À Eng. Agr. Me. Marisol Giraldo Jaramillo, pela amizade e ajuda incondicional durante o
mestrado;
Ao casal Edmilson S. Silva e Jurema R. Q. Silva pela amizade e preocupação constate por
meu bem estar desde minha chegada ao Brasil;
Ao Dr. Markus Knapp do “African Insect Science for Food and Health” (ICIPE), Nairobi,
Quênia, pelo valioso apoio na realização do trabalho;
À Bióloga Nesly Ortega do Laboratório de Botânica do Museo de Historia Natural “Javier
Prado” (Lima, Peru), pela valiosa ajuda nas coletas e nas identificações das plantas no Peru;
5
À Dra. Silvana Norma Toledo e o Dr. Eduardo Willink da Estación Experimental
Agroindustrial Obispo Colombres (Tucumán, Argentina), pela disposição em contribuir na
realização das coletas pela Argentina;
Os seguintes pesquisadores foram elementos essenciais nas identificações e/ou confirmações
das amostras coletadas: Angélico Asenjo (Coccinellidae), Aníbal R. Oliveira (Oribatida), Carlos
H. W. Flechtmann (Tetranychidae), Gilberto J. de Moraes e Ignace D. Zannou (Phytoseiidae),
Guilherme B. do Amaral (Ascidae), Jacob Den Heyer e Tatiane M. M. G. Castro (Cunaxidae),
Sheila Spongoski (Stigmaeidae) e Vitalis W. Wekesa (Neozygitaceae);
Ao Dr. Gerardo Lamas, do Laboratório de Entomologia do Museo de Historia Natural
“Javier Prado”, pela ajuda nas permissões de empréstimo do material coletado no Peru;
À professora Norberta Martinez, do Laboratório de Entomologia da Universidad Nacional
Mayor de San Marcos (Lima, Peru), pelo apoio na logística da coleta no Peru;
Aos PhD. Antonio Carlos Lofego, Carlos H. W. Flechtmann, Italo Delalibera Júnior e
Mário Sato por aceitar formar parte da minha banca;
Aos meus amigos da minha república e ex-república: Fernando R. da Silva, Geraldo J. N.
Vasconcelos, Joel Kalkmann, Marcelo P. Miranda, Renato G. Pecchio, Rodolfo Mendonça,
Rodrigo N. Marques, pela convivência enriquecedora;
Ao meus amigos da Entomologia e da Zoología Agrícola: Aníbal R. Oliveira, Claudia F.
Marinho, Daiane H. Nunes, Eveline Calderan, Fabio A. Albuquerque, Guilherme B. do Amaral,
Guilherme Oliveira, Ignace D. Zannou, Imelda P. Furtado, Jhon J.S. Ausique, Katherine Girón,
Lásaro V. F. da Silva, Luciana O. Silva, Marcelo G. Ruiz, Marcos R. Bellini, Paula C. Lopes,
Ralf V. Araújo, Raphael C. Castillo, Renata A. Simões, Samuel Roggia, Sheila Spongoski,
Tatiane M. M. G. Castro, Thiago R. Castro e Vitalis W. Wekesa, pela ajuda e apoio durante
estes dois anos de trabalho.
6
SUMÁRIO
RESUMO........................................................................................................................................9
ABSTRACT...................................................................................................................................10
RESUMEN.....................................................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................12
Referências.....................................................................................................................................18
2 BUSCA DE Tetranychus evansi E SEUS INIMIGOS NATURAIS NO PERU........................24
Resumo...........................................................................................................................................24
Abstract...........................................................................................................................................24
2.1 Introdução.................................................................................................................................25
2.2 Desenvolvimento......................................................................................................................26
2.2.1 Material e métodos................................................................................................................26
2.2.1.1 Coleta, triagem e identificação das amostras......................................................................26
2.2.2 Resultados..............................................................................................................................30
2.2.2.1 Análise faunística................................................................................................................30
2.2.2.1.1 Ácaros preponderantemente fitófagos.............................................................................36
2.2.2.1.2 Ácaros preponderantemente predadores..........................................................................37
2.2.2.1.3 Ácaros com hábitos alimentares diversos........................................................................38
2.2.2.1.4 Insetos predadores...........................................................................................................38
2.2.2.2 Análise taxonômica das espécies de Phytoseiidae..............................................................38
7
2.2.2.2.1 Amblyseiinae Muma........................................................................................................39
2.2.2.2.2 Phytoseiinae Berlese......................................................................................................105
2.2.2.2.3 Typhlodrominae Scheuten.............................................................................................110
2.2.2.3 Chave taxonômica............................................................................................................120
2.2.2.4 Ácaros tetraniquídeos mais comumente encontrados e suas associações........................132
2.2.3 Discussão de resultados.......................................................................................................137
2.2.3.1 Análise faunística..............................................................................................................137
2.2.3.2 Seria possível que T. evansi se estabelecesse no Peru?....................................................138
2.2.3.3 É importante buscar T. evansi e seus inimigos naturais no local de origem do tomateiro?
......................................................................................................................................................140
2.3. Conclusões.............................................................................................................................141
Referências...................................................................................................................................142
3 BUSCA DE INIMIGOS NATURAIS DE Tetranychus evansi NO NORTE DA ARGENTINA
......................................................................................................................................................155
Resumo.........................................................................................................................................155
Abstract.........................................................................................................................................155
3.1 Introdução...............................................................................................................................156
3.2 Desenvolvimento....................................................................................................................157
3.2.1 Material e métodos..............................................................................................................157
3.2.1.1 Coleta, triagem e identificação do material......................................................................157
3.2.2 Resultados...........................................................................................................................159
3.2.2.1 Análise faunística..............................................................................................................159
3.2.2.1.1 Ácaros preponderantemente fitófagos...........................................................................159
3.2.2.1.2 Ácaros preponderantemente predadores........................................................................160
8
3.2.2.2 Tetranychus evansi e suas Associações Interespecíficas..................................................161
3.2.3 Discussão de resultados ......................................................................................................167
3.2.3.1 Análise faunística............................................................................................................. 167
3.2.3.2 A presença de T. evansi na Argentina e países limítrofes................................................168
3.2.3.3 Associações interespecíficos de T. evansi com seus inimigos naturais............................169
3.3 Conclusões..............................................................................................................................171
Referências...................................................................................................................................171
ANEXO .......................................................................................................................................175
9
RESUMO
Busca de Tetranychus evansi e seus inimigos naturais no Peru e no norte
da Argentina
O ácaro Tetranychus evansi Baker e Pritchard é conhecido em diversos países atacando
plantas da família Solanaceae. Este ácaro tem chamado a atenção de pesquisadores, por atingir a
condição de praga do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) na África e por sua recente
dispersão a diversos países na região Mediterrânea e na Ásia. Considera-se a América do Sul
como a possível região de origem deste ácaro. No contexto de um projeto de controle biológico
clássico, buscas de inimigos de T. evansi têm sido realizadas na América do Sul, para sua
introdução na África. O presente trabalho relata os resultados de buscas conduzidas no Peru e no
norte da Argentina em lugares climaticamente semelhantes a regiões africanas onde T. evansi
ocorre. As coletas foram realizadas em 10 Departamentos no Peru e em 6 Províncias da
Argentina. Dos ácaros encontrados neste estudo, Phytoseiidae e Tetranychidae foram os mais
diversos em ambos os países. T. evansi não foi encontrado no Peru, mas foi o tetraniquídeo mais
frequentemente encontrado na Argentina. No Peru Tetranychus desertorum Banks foi o
tetraniquídeo mais freqüente Os fitoseídeos mais frequentemente encontrados nos campos
amostrados foram Euseius emanus (El-Banhawy), Neoseiulus californicus (McGregor) e
Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster) no Peru e Euseius concordis (Chant) na
Argentina. O fungo patogênico Neozygites floridana Weiser e Muma, Entomophthrales, foi o
inimigo natural mais encontrado em associação com T. evansi na Argentina. Este fungo parece
ser um agente de controle promissor daquela praga, tendo sido encontrado causando epizootias
em um campo de tomateiro e outro de berinjela durante este estudo. Foram escassos os ácaros
predadores associados a T. evansi na Argentina; N. californicus, Neoseiulus idaeus Denmark e
Muma e Phytoseiulus macropilis (Banks) foram as espécies encontradas ocasionalmente
associadas a T. evansi. Phytoseiulus longipes Evans, considerado um agente promissor de
controle de T. evansi previamente detectado por outros autores no sul do Brasil, não foi
encontrado na Argentina nem no Peru no presente estudo. Estudos complementares dos inimigos
naturais encontrados neste estudo em associação com T. evansi devem ser conduzidos.
Palavras-chave: Controle biológico; Tetranychus evansi;, Peru; Argentina; Neozygites
floridana; Phytoseiidae
10
ABSTRACT
Search for Tetranychus evansi and its natural enemies in Peru and northern Argentina
The mite Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Tetranychidae) in known from several
countries attacking plants of the family Solanaceae. It has been calling the attention of
researchers for its pest status on tomatoes (Lycopersicon esculentum Mill.) in Africa and for its
recent dispersal to countries in the Mediterranean region and in Asia. South America has been
considered the possible region of origin of this mite. In the context of a classical biological
control project, searches for efficient natural enemies of T. evansi have been conducted in South
America, for introduction in Africa. The present work reports results of searches conducted in
Peru and northern Argentina, in places climatically similarities to regions in Africa where T.
evansi is found. The searches were conducted in 10 Departments in Peru and in 6 Provinces in
Argentina. Of the mites found in those surveys, Phytoseiidae and Tetranychidae were the most
diverse in both countries. T. evansi was not found in Peru, but it was the tetranychid most
frequently found in Argentina. In the former country, Tetranychus desertorum Banks was the
most frequent tetranychid. The phytoseiids most frequently found were Euseius emanus (El-
Banhawy), Neoseiulus californicus (McGregor) e Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster)
in Peru and Euseius concordis (Chant) in Argentina. The pathogenic fungus Neozygites floridana
Weiser and Muma, Entomophthorales, was the natural enemy most commonly found in
association with T. evansi in Argentina. This fungus seems a promising control agent of T.
evansi; it was found causing epizooties in a tomato and in an egg plant (Solanum melongena L.)
plantation during this study. Predaceous mites were rarely found associated with T. evansi in
Argentina; N. californicus, Neoseiulus idaeus Denmark & Muma and Phytoseiulus macropilis
(Banks) were the phtoseiids occasionally found in association with it. Phytoseilus longipes
Evans, considered a promising control agent of T. evansi, found previously by other authors in
southern Brazil, was neither found in Argentina nor Peru. Complementary studies on the
performance of the natural enemies found in this study in association with T. evansi
are
warranted.
Keywords: Biological control; Tetranychus evansi; Peru; Argentina; Neozygites floridana;
Phytoseiidae
11
RESUMEN
Búsqueda de Tetranychus evansi y sus controladores biológicos en Perú y en el Norte de
Argentina
El ácaro Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Tetranychidae) es conocido por los daños
que causa en plantas de la familia Solanaceae en diversos países. Muchos investigadores están
preocupados debido a los daños observados en el cultivo de tomate (Lycopersicon esculentum
Mill.) por este ácaro en África, y por su reciente dispersión en Asia y el Mediterráneo. América
del Sur es considerada como la posible región de origen de T. evansi. A partir de un proyecto de
control biológico clásico, se han realizado búsquedas de controladores biológicos de T. evansi en
América del Sur, con la finalidad de introducirlos en África. El presente estudio expone los
resultados de las búsquedas llevadas a cabo en Perú y en el norte de Argentina en lugares con
semejanzas climáticas con regiones africanas donde T. evansi ha sido encontrado. Las colectas
fueron realizadas en 10 Departamentos de Perú y en 6 Provincias de Argentina. Ácaros de la
familia Phytoseiidae y Tetranychidae fueron los más diversos en ambos países. T. evansi no fue
encontrado en Perú, no obstante, este ácaro fue el más frecuente en Argentina. En Perú,
Tetranychus desertorum Banks fue el ácaro de la familia Tetranychidae más frecuente. Los
ácaros de la familia Phytoseiidae más frecuentes fueron Euseius emanus (El-Banhawy),
Neoseiulus californicus (McGregor) y Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster) en Perú, y
Euseius concordis (Chant) en Argentina. El hongo patogénico Neozygites floridana Weiser e
Muma, Entomophthrales, fue el controlador biológico encontrado más veces en asociación con T.
evansi en Argentina. Este hongo posiblemente sea un controlador biológico prometedor de esa
plaga, habiendo sido encontrado causando epizootias en un campo de tomate e otro de berenjena
durante el estudio. Los ácaros predadores N. californicus, Neoseiulus idaeus Denmark e Muma e
Phytoseiulus macropilis (Banks) fueron escasamente encontrados asociados a T. evansi en
Argentina. Phytoseiulus longipes Evans, un controlador prometedor como controlador biológico
de T. evansi encontrado en el Sur de Brasil por otros autores, no fue encontrado ni en Argentina,
ni Perú en el presente estudio. Se recomienda investigar los controladores biológicos asociados a
T. evansi encontrados en este estudio.
Palabras claves: Control biológico; Tetranychus evansi; Peru; Argentina; Neozygites floridana;
Phytoseiidae
12
1 INTRODUÇÃO
O controle biológico pode ser definido do ponto de vista ecológico e do ponto de vista
aplicado. Do ponto de vista ecológico, o controle biológico é um fenômeno natural, que consiste
na regulação do número de plantas e animais. Plantas e animais são geralmente afetados por
inimigos naturais em diferentes estágios de sua vida. Dentre tais inimigos naturais, existem
grupos bastante diversificados, como vírus, fungos, bactérias, nematóides, protozoários,
rickéttsias, micoplasmas, ácaros, insetos, aranhas e vertebrados. Van den Bosch; Messenger e
Gutierrez (1982) consideraram o controle biológico como um fenômeno dinâmico afetado por
fatores climáticos, disponibilidade de alimentos e competição. O controle biológico tem assumido
importância cada vez maior em programas de manejo integrado de pragas (MIP), principalmente
em um momento em que se discute muito a produção integrada orientada a uma agricultura
sustentável (PARRA et al., 2002).
O controle biológico aplicado envolve a adoção de estratégias que fazem uso de inimigos
naturais, nativos ou introduzidos, para se controlar uma dada praga. Estas estratégias são
conhecidas como controle biológico clássico, por conservação e por incremento de inimigos
naturais (De BACH, 1964).
O controle biológico clássico é a importação e colonização de inimigos naturais, geralmente
visando ao controle de pragas exóticas. O controle biológico por incremento refere-se às ações
desenvolvidas para aumentar as populações ou os efeitos benéficos dos inimigos naturais numa
dada área. Controle biológico por conservação refere-se às ações premeditadas para proteger e
manter os inimigos naturais na área considerada.
Normalmente, são considerados como mais promissores os agentes de controle encontrados
na região de origem da praga. Dentro dessa região, buscam-se os inimigos naturais presentes em
locais cujas condições climáticas mais se aproximam daquelas em que o agente de controle vai
ser introduzido, baseando-se na comparação dos parâmetros climáticos da área de liberação do
agente de controle e das áreas fornecedoras potenciais (MORAES, 2000; YANINEK; BELLOTI,
13
1987.). Quando o predador potencial é encontrado, deve-se avaliar seu efeito sobre a espécie que
se quer controlar, ou seja, sua capacidade de manter a praga sob controle. Embora teoricamente
essa avaliação seja indispensável, na prática trata-se de algo difícil de ser realizado. O que se faz
nesse sentido é normalmente uma série de testes de laboratório com o objetivo de verificar a
preferência alimentar do predador, sua capacidade de tolerar níveis extremos de temperatura e
umidade, sua orientação à presa etc. Essas atividades fornecem uma indicação do potencial da
população do agente de controle considerado, permitindo a seleção das espécies supostamente
mais promissoras. Entretanto, apenas as experiências no campo onde a praga está presente
poderão indicar exatamente o que se pode esperar de uma determinada espécie (MORAES,
2000).
O controle biológico clássico é a estratégia que envolve maior perícia e conhecimento técnico
por parte das pessoas envolvidas em sua implantação. Não corresponde a uma ação rotineira e
envolve desde a decisão sobre onde buscar os inimigos naturais a serem introduzidos, como
selecionar os inimigos mais promissores dentre aqueles encontrados, como conseguir número
suficiente para sua liberação, onde e como liberá-lo (MORAES, 2000).
Os principais grupos de ácaros de interesse agrícola são os fitófagos, pelo potencial de
causarem danos às plantas, e os predadores, pela possibilidade de uso como agentes de controle
biológico. Porém, pode-se dizer que, o número de projetos que têm como objetivo o controle
biológico de ácaros pragas com o uso de ácaros predadores é ainda reduzido em todo o mundo
(MORAES, 2002). Assim, o conhecimento a respeito do potencial de deferentes grupos de
organismos como agentes de controle biológico de ácaros pragas ainda é restrito.
O controle biológico de ácaros fitófagos é comumente feito mediante o uso de ácaros da
família Phytoseiidae, à qual pertencem a maioria dos ácaros predadores encontrados sobre plantas
cultivadas e silvestres (MORAES, 1991). Os fitoseídeos têm sido empregados no controle
biológico de ácaros em plantas ornamentais, hortaliças, pomares, culturas anuais e em especial
em cultivos protegidos (McMURTRY; SCRIVEN, 1965; MESA; BELLOTI, 1987; MORAES;
GASTALDO Jr., 1992).
14
O tomateiro
A família Solanaceae possui distribuição cosmopolita, com maior abundancia e diversidade
na região neotropical, incluindo cerca de 150 gêneros e 3000 espécies. Pertencem a esta família
diversas plantas de interesse econômico, utilizadas na alimentação e indústria, como o tomate
(Lycopersicon esculentum), a batata (Solanum tuberosum), o tabaco (Nicotiana tabacum), as
pimentas (Capsicum spp.), a berinjela (Solanum melogena), assim como o manacá-de-cheiro
(Brunfelsia uniflora) e a petúnia (Petunia hybrida). Existem outras que acumulam alcalóides
como a beladona (Atropa belladona), a saia-branca ou trombeteira (Brugmansia spp.) e o
estramônio (Datura stramonium) (LORENZI; SOUZA, 2000).
Solanum é o maior gênero de Solanaceae contendo mais de 1500 espécies. Este gênero ocorre
nas regiões tropicais e subtropicais de América do Sul, sendo esta região o centro de diversidade
a partir do qual estas plantas colonizaram outras regiões do Mundo (AGRA, 2001).
O tomateiro é originário do continente americano, provavelmente da região Andina, de onde
foi levado para o México e posteriormente introduzido na Europa, após do descobrimento da
América (FILGUEIRA, 2000). Segundo alguns estudos moleculares de restrição de ADN
cloroplasmática (SPOONER; ANDERSON; KANSEN, 1993; BOHS; OLMSTEAD, 1997, 1999;
OLMSTEAD ; PALMER, 1997; OLMSTEAD et al., 1999) e de seqüências nucleares GBSSI
(PERALTA; SPOONER 2001), Lycopersicon é considerado por alguns pesquisadores como
próximo de Solanum e forma um clado irmão com as batatas (PERALTA; SPOONER, 2001;
SPOONER; PERALTA; KNAPP, 2005). Como esta mudança ainda não está considerada entre
todos os especialistas deste grupo de plantas neste trabalho será mantido o conceito tradicional de
se considerar Lycopersicon como um gênero válido.
Mundialmente, o tomateiro figura como a principal hortaliça em volume industrializado,
sendo também a segunda atividade hortícola em relação à área cultivada e à importância
econômica, superada apenas pela batata (CAMARGO; MAZZEI, 1996). Segundo FAO (2007), a
produção mundial desta cultura em 2005 foi de 124,8 milhões de toneladas, em uma área
15
cultivada de 4,5 milhões de hectares. Os principais paises produtores são China, Estados Unidos,
Turquia, Índia, Egito, Itália, Espanha e Brasil. O tomate é atualmente cultivado em regiões
tropicais, subtropicais, bem como em regiões mais frias, em estufas.
Ácaros fitófagos em tomateiro
A cultura do tomateiro é uma atividade de alto risco, devido aos diversos problemas
fitossanitários. Dentre as principais pragas do tomateiro encontram-se os ácaros das famílias
Tetranychidae (Tetranychus evansi Baker & Pritchard e Tetranychus urticae Koch), Eriophyidae
[Aculops lycopersici (Massee)] e Tarsonemidae [Polyphagotarsonemus latus (Banks)]
(FLECHTMANN, 1985). As duas espécies de tetraniquídeos ocasionam danos similares,
iniciando por clorose foliar seguida de secamento e queda prematura de folhas, podendo levar a
planta à morte. Esta seqüência de danos ocorre mais rápido quando as plantas são infestadas com
T. evansi, devido à sua alta capacidade reprodutiva, o que leva a esta espécie a atingir altas
populações em curto tempo.
Tetranychus evansi foi relatado pela primeira vez no Brasil, no Estado da Bahia, como
Tetranychus marinae McGregor (QURESHI; OATMAN; FLESCHNER,1969; SILVA, 1954).
Em 1960, T. evansi foi descrito de espécimes provenientes das Ilhas de Mauritius.
Posteriormente, T. evansi foi reportado nos Estados Unidos (DENMARK, 1973), Zimbawe
(BLAIR, 1983), Porto Rico (MORAES; McMURTRY; BAKER, 1987), Marrocos (El-
JAOUANI, 1988), Portugal (FERREIRA; CARMONA, 1995), Moçambique (MEYER, 1996),
Tunísia (BOLLAND; GUTIERREZ; FLECHTMANN, 1998), Congo (BONATO, 1999),
Espanha (FERRAGUT; ESCUDERO, 1999), Quênia (KNAPP; WAGENER; NAVAJAS, 2003),
Taiwan (HO; WANG; CHIEN, 2004), Nigéria (AUGER
1
, 2005), Senegal (DUVERNEY;
KADE; NGUEYE-NDIAYE, 2005), França (MIGEON, 2005), Itália (CASTAGNOLI;
NANNELLI; SIMONI, 2006) e Argentina (FURTADO et al, 2007).
16
Controle biológico de T. evansi
Dentre os agentes de controle de T. evansi tem se relatado fungos acaropatogênicos, ácaros e
insetos predadores. Dentre os patógenos, fungos Entomophtorales pertencentes ao gênero
Neozygites tem sido encontrados em associação com T. evansi em Petrolina, Estado de
Pernambuco. Desde o final dos anos 70 (HUMBER; MORAES; SANTOS, 1981), mais
recentemente, este fungo tem sido encontrado repetidas vezes em outras partes do país (M. G. C.
GONDIM Jr.; I. DELALIBERA Jr.; G. J. DE MORAES, não publicado). Existem alguns
registros que estes ácaros ocasionam epizootias, dizimando populações de T.evansi. Estudos
recentes estão sendo realizados com a finalidade de poder utilizar esses patógenos como agentes
de controle na África (WEKESA et al., 2007). Outros fungos como Metarhyzium anisopliae
(Metschnikoff) e Bauveria bassiana (Balsamo), também têm se mostrado como potenciais
inimigos naturais de T. evansi, causando alta mortalidade de fêmeas adultas de T. evansi no
laboratório (WEKESA et al., 2005), embora estes não tenham sido encontrados infetando T.
evansi naturalmente no campo.
A busca de predadores eficientes de T. evansi na América do Sul tem sido baseada de acordo
com as áreas prioritárias determinadas por Fiaboe; Fonseca e Moraes (2006). Estas áreas foram
selecionadas fazendo uma comparação das semelhanças climáticas das regiões da América do Sul
com as de alguns países africanos onde T. evansi ocorre.
No nordeste do Brasil, Britto et al. (2005) encontrou a T. evansi em S. americanum associado
com 3 espécies ácaros predadores (todos Phytoseiidae) e 4 espécies de insetos predadores de 4
famílias diferentes (Coccinellidae, Thripidae, Cecidomyiidae e Staphylinidae). Dentre os
predadores citados apenas Stethorus tridens Gordon (Coccinellidae) foi freqüente e
abundantemente encontrado quando T. evansi estava em densidade alta. Em S. esculentum, os
predadores encontrados foram 4 espécies ácaros predadores (2 espécies de Phytoseiidae, uma de
Tydeidae, 1 uma de Ascidae) e 3 espécies de insetos (Coccinellidae, Cecidomyiidae e
Staphylinidae). Rosa et al. (2005) encontraram 4 espécies ácaros predadores (3 de Phytoseiidae e
1
Informação verbal
17
uma de Tydeidae,) associados a T. evansi em plantas Solanáceas da costa de Pernambuco. Porém,
os autores afirmaram que esse predadores apresentaram muito baixa sobrevivência e fecundidade
quando alimentados com T. evansi no laboratório. Fiaboe et al. (2007) realizaram buscas de
inimigos naturais associados com T. evansi em várias localidades do nordeste e sudeste brasileiro.
Seus resultados mostraram uma alta diversidade de ácaros predadores, porém nenhum associado
a T. evansi. No entanto, encontraram S. tridens associado a populações elevadas daquele ácaro
fitófago.
Furtado et al. (2006) no sul e sudeste do Brasil encontrou 6 espécies ácaros predadores (todos
Phytoseiidae) associados com T. evansi. Phytoseiulus longipes Evans foi o predador encontrado
associado a T. evansi mais promissório, sendo encontrado na localidade de Uruguaiana, no
Estado de Rio Grande do Sul, em duas espécies de plantas. Estudos posteriores de estudos da
biologia desse ácaro predador demonstraram a maior preferência alimentar por T. evansi que por
T. urticae (FURTADO et al., 2007a). Estudos em casa de vegetação realizada por Silva (2007)
têm mostrado também resultados promissórios. Atualmente esta espécie tem sido introduzida na
África, sem resultados ainda publicados.
Furtado (2006) realizou uma busca dos inimigos naturais de T. evansi no centro-oeste do
Brasil foram encontrados 7 espécies de ácaros Phytoseiidae associados a T. evansi, em duas
espécies de solanácea.
Furtado et al. (2007b) encontraram 7 espécies ácaros predadores (todos Phytoseiidae)
associados a T. evansi no noroeste da Argentina (na Província de Tucumán). Euseius concordis
De Leon foi a espécie mais freqüente mais abundante.
O objetivo do presente trabalho foi completar os levantamentos de Furtado et al., (2006), para
se determinar outros possíveis locais de ocorrência de Phytoseiulus longipes assim como verificar
a possível existência de outros inimigos naturais promissores em associação com T. evansi no
Peru e no norte da Argentina.
18
Referências
AGRA, M.F. Diversity and biogeography of Solanum sect. Erythrotrichum Child. In: VAN DEN
BERG, G.W.; BARENDESE, M.; VAN DER WEERDEN, C.; MARIANI, C. Solanaceae:
advances in taxonomy and utilization. Nijmegen: Nimegen University Press, 2001. v. 5, p. 53-60.
BLAIR, B.W. Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari : Tetranychidae): a new pest of
tobacco in Zimbabwe. Coresia Phtytophatology and Agronomy Study Groups, Bergerac,
p.1-6, 1983.
______. Laboratory screening of acaricides against Tetranychus evansi Baker & Pritchard. Crop
Protection, Lincoln, v. 8, n. 3, p. 1-6, 1989.
BOHS, A.; OLMSTEAD, R.G. Phylogenetic relationships in Solanum (Solanaceae) based on
ndhf sequence. Systematic Botany, Laramie, v. 22, p. 5-17, 1997.
______. Solanum phylogeny inferred from chroloplast DNA sequence data. In: NEE, M.;
SYMON, D.E.; LESTER, R.N.; JESSOP, J.P. (Ed.). Solanaceae IV: advances in biology and
Utilization. London: Kew Royal Botanic Gardens, 1999. p. 97-110.
BOLLAND, H.R.; GUTIERREZ, J.; FLECHTMANN, C.H.W. World catalogue of the spider
mite family (Acari: Tetranychidae). Leiden: Brill Academic Publishers, 1998. 392 p.
BONATO, O. The effect of temperature on life history parameters of Tetranychus evansi (Acari:
Tetranychidae). Experimental and Applied Acarology, Auckland, v. 23, n. 1, p 11-19, 1999.
BOSCH, R. van den; MESSENGER, P.S; GUTIERREZ, A.P. Naturally occurring biological
control and integrated control. In BOSCH, R. van den (Ed.). An introduction to biological
control. New York: Plenum Press,1982. p. 165-184.
BRITTO, E.P.J.; SILVA, F.R.; FIABOE, K.K.M.; GONDIM Jr., M.G.; MORAES, G.J. de;
DELALIBERA Jr., I.; KNAPP, M. Flutuação populacional dos predadores associados a
Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) em solanáceas em Recife. In:
SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLOGICO, 9., 2005, Recife. Anais … Recife: Ed. ISBN, 2005.
p. 169.
CAMARGO-FILHO, W.P.; MAZZEI, A.R. Necessidade de reconversão da produção de tomate
em São Paulo: ações na cadeia produtiva. Informações Econômicas, São Paulo, v. 26, n. 6,
p. 105-115, 1996.
CASTAGNOLI, M.; NANNELLI, R.; SIMONI, S. Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari:
Tetranychidae): a new pest for Italy. Informatore Fitopatológico, Milano, v. 5, p. 50-52, 2006.
De BACH, P. Biological control of insect pests and weeds. New York: Reinhold, 1964.
19
844 p.
DENMARK, H.A. Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) in Florida.
Tallahassee: Florida Department of Agriculture and Consumer Services, Division of Plant
Industry, 1973. 2 p. (Entomology Circular, 134).
DUVERNEY, C.; KADE, N.; NGUEYE-NDIAYE, A. Essais preliminaries pour limiter les
degats de Tetranychidae sur les cultures maraicheres dans le Sine-Saloum (Senegal).
In: COLLOQUE INTERNATIONAL SUR LES ACARIENS DES CULTURES DE l’AFPP, 10.,
2005, Montpellier. Comptes rendus … Montepellier: AFPP, 2005. p. 80.
EL-JAOUANI, N. Contribution à la connaissance des acariens phytophages au Maroc et
etude bioécologique de Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae).
Rabat: Maroc Institut Agronomique et Vétérinaire Hassan, 1988. 60 p.
ESCUDERO, L.A.; FERRAGUT, F. Life-history of predatory mites Neoseiulus californicus and
Phytoseiulus persimilis (Acari: Phytoseiidae) on four spider mite species as prey, with special
reference to Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae). Biological Control,
Amsterdam, v. 2, p. 378-384, 2005.
FERRAGUT, F.; ESCUDERO, L.A. Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari:
Tetranychidae), una nueva arena roja en los cultivos hortícolas españoles. Boletín de Sanidad
Vegetal: Plagas, Valencia, v. 25, n. 2, p. 157-164, 1999.
FERREIRA, M.A.; CARMONA, M.M. Acarofauna do tomateiro em Portugal. In: ______.
Avances en entomologia ibérica. Madrid: Universidad de Madrid, Museo Nacional Ciencias
Naturales, 1995. p. 385-392.
FIABOE, K.K.M.; FONSECA, R.L.; MORAES, G.J. de. Identification of priority areas in South
America for exploration of natural enemies for classical biological control of Tetranychus evansi
Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) in Africa. Biological Control, Amsterdam, v. 38,
p. 373-379, 2006.
FIABOE, K.K.M.; GONDIM Jr., M.G.; MORAES, G.J. de; OGOL, C.K.P.O.; KNAPP, M.
Surveys for natural enemies of the tomato red spider mite Tetranychus evansi Baker & Pritchard
(Acari: Tetranychidae) in northeastern and southeastern Brazil. Zootaxa, Auckland, v. 1395, p.
33-58, 2007.
FILGUEIRA, F.A.R. Novo manual de oleticultura: agrotecnologia moderna na produção e
comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402 p.
FLECHTMANN, C.H.W. Ácaros de importância agrícola. São Paulo: Nobel, 1985. 189 p.
20
FAO. Datos agrícolas de FAOSTAT. Disponível em:
http://faostat.org/faostat/collections?version=ext&hasbulk=0&subset=agriculture&langague=ES.
Acesso em: 08 mar. 2007.
FURTADO, I.P. Sélection d'ennemis naturels pour la lutte biologique contr Tetranychus
evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae), en Afrique. 2006.185 p. Thèse (Doctorale
Biologie de l'Evolution et Ecologie)- L'Universite de Montpellier II, Montpellier, 2006.
FURTADO, I.P.; KREITER, S.; MORAES, G.J. de; TIXIER, M.S.; FLECHTMANN, C.H.W.;
KNAPP, M. Plant mites (Acari) from northeastern Brazil, with descriptions of two new species of
the family Phytoseiidae (Mesostigmata). Acarologia, Montpellier, v. 45, n. 3, p. 131-143, 2005.
FURTADO, I.P.; MORAES, G.J. de; KREITER, S.; KNAPP, S. Search for effective natural
enemies of Tetranychus evansi in south and southeast Brazil. Experimental and Applied
Acarology, Aukcland, v. 40, p. 157-174, 2006.
FURTADO, I.P.; MORAES, G.J. de; KREITER, S.; TIXIER, M.S.; KNAPP, M. Potencial of a
Brazilian population of the predatory mite Phytoseiulus longipes as a biological control agent of
Tetranychus evansi (Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae). Biological Control, Amsterdam, v. 42,
p. 139-147, 2007a.
FURTADO, I.P.; TOLEDO, S. E.; MORAES, G.J. de; KREITER, E.S.; KNAPP, M. Search for
effective natural enemies of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) in northwest Argentina.
Experimental and Applied Acarology, Aukcland, v. 43, p. 121-127, 2007b.
HO, C.C.; WANG, S.C.; CHIEN, Y.L. Field observation on 2 newly recorded spider mites in
Taiwan. Plant Protection Bulletin, Taiwan, v. 47, p. 391-402, 2004.
HUMBER, R.A.; MORAES, G.J. de; SANTOS, J.M. Natural infection of Tetranychus evansi
Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) by a Triplosporium sp. (Zygomycetes:
Entomophthorales) in the northeastern Brazil. Entomophaga, Paris, v. 26, p. 421-425, 1981.
KNAPP, M.; WAGENER, B.; NAVAJAS M. Molecular discrimination between the spider mite
Tetranychus evansi Baker & Prichard, an important pest of tomatoes in southern Africa, and the
closely related species T. urticae Koch (Acarina: Tetranychidae). African Entomology, Pretoria,
v. 11, p. 300-304, 2003.
KNAPP, M.; SAUNYAMA, I.G.M.; SARR, I.; MORAES, G.J. de. Tetranychus evansi in
Africa: Status, distribution, damage and control options. In: DEUTSCHER TROPENTAG, 2003,
Göttingen. Göttingen, 2003. Disponível em: <http://tropentag.de/proceedings/node105.html
>.
Acceso em: 15 ago. 2007.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e
tóxicas. Nova Odessa: Plantarum, 2000. 349 p.
21
McMURTRY, J.A.; SCRIVEN, G.T. Insectary production of phytoseiid mites. Journal of
Economic Entomology, College Park, v. 58, p. 282-285, 1965.
MESA, N.C.; BELLOTI, A.C. Control biológico com Phytoseiidae de los ácaros daniños de la
yuca. Yuca boletín informativo, Cali, v.11, p.4-7, 1987.
MEYER, M.K.P.S. On some spider mites (Acari: Tetranychidae) of Yemen. Fauna of Saudi
Arabia, Riyadh, v. 15, p. 5-19, 1996.
MIGEON, A. Un nouvel acarien ravageur en France: Tetranychus evansi Baker et Pritchard. La
Defense des Végétaux, Paris, n. 579, p. 38-42, 2005.
MORAES, G.J. de. Controle biológico de ácaros fitófagos. Informe Agropecuário, Belo
Horizonte, v. 15, p. 55-62, 1991.
______. Controle de qualidade de ácaros Phytoseiidae (Acari) para uso em controle biológico de
ácaros praga. In: PAES, V.H. Controle biológico de pragas: produção massal e controle de
qualidade.Lavras: Editora UFLA, 2000. p. 57-67.
MORAES, G.J. de; GASTALDO Jr, I. Uso de inimigos naturais para o controle de ácaros pragas
dos citros. In: SIMPOSIO DE CONTROLE BIOLOGICO, n.3, 1992, Águas de Lindóia. Anais ...
Águas de Lindóia:EMBRAPA CNPDA. 1992. p. 111-115.
MORAES, G.J. de; LIMA, H.C. Biology of Amblyseius citrifolius (Denmark & Muma) (Acarina:
Phytoseiidae). Hilgardia, Berkeley, v. 49, p. 1-29, 1983.
MORAES, G.J. de; McMURTRY, J.A. Phytoseiid mites (Acarina) of northeastern Brazil with
descriptions of tour new species. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 9, p. 131-
148, 1983.
______. Comparison of Tetranychus evansi and T. urticae (Acari: Tetranychidae) as prey for
eight species of phytoseiid mites. Entomophaga, Paris, v. 30, n. 4, p. 393-397, 1985a.
______. Chemically mediated arrestment of the predaceous mite Phytoseiulus persimilis by
extracts of Tetranychus evansi and Tetranychus urticae. Experimental and Applied Acarology,
Auckland, v. 1, n. 2, p. 127-138, 1985b.
MORAES, G.J. de; McMURTRY, J.A.; BAKER, E.W. Redescription and distribution of the
spider mites Tetranychus evansi and T. marianae. Acarologia, Montpellier, v. 28, n. 4, p. 333-
343, 1987.
22
MORAES, G.J. de; SANTOS, J.M. dos; HUMBER, R.A. Natural infection of Tetranychus
evansi (Acari: Tetranychidae) by Triplosporium sp. (Zygomycetes: Entomophthorales) in
the North-easoftern of Brazil. Petrolina: EMBRAPA CPATSA,1980. 62 p. (Pesquisa em
Andamento).
OLMSTEAD, R.G.; PALMER, J.D. Implications for phylogeny, classification and biogeography
of Solanum from cpDNA restriction site variation. Systematic Botany, Laramie, v. 22, p. 19-29,
1997.
OLMESTEAD, R.G.; SWEERE, J.A.; SPANGLER, R.E.; BOHS, L.; PALMER, J.D. Phylogeny
and provisional classification of the Solanaceae based on chloroplast DNA. In: NEE, M.;
SYMON, D.E.; LESTER, R.N.; JESSOP, J.P. (Ed). Solanaceae IV: advances in biology and
utilization. London: Kew Royal Botanic Gardens, 1999. p. 111-137.
PARRA, J.R.P.; BOTELHO, P.S.M.; CORRÊA-FERREIRA, B.S.; BENTO, J.M.S. Controle
biológico: uma visão inter e multidisciplinar. In: PARRA, J.R.P.; BOTELHO, P.S.; CORRÊA-
FERREIRA, B.S.; BENTO, J.M.S. (Ed.).Controle biológico no Brasil: parasitoides e
predadores. Barueri: Manole., 2002. cap. 8, p. 125-142.
PERALTA, I.E.; SPOONER, D.M. GBSSI gene phylogeny of wild .tomatoes (Solanum L.
section Lycopersicon [MilL] Wettst. subsection Lycopersicon). American Journal of Botany,
St. Louis, v. 88, p. 1888-1902, 2001.
QURESHI, A.H.; OATMAN, C.A.; FLESCHNER, C.A.. Biology of the spider mite
Tetranychus evansi. Annals of Entomological Society of America, College Park, v. 62,
p. 898-903, 1969.
ROSA, A.A.; GONDIM Jr., M.G.C.; FIABOE, K.K.M.; MORAES, G.J. de; KNAPP, M.
Predatory mites associated with Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) on
native solanaceous plants of coastal Pernambuco State, Brazil. Neotropical Entomology,
Londrina,
v. 34, p. 689-692, 2005.
SARR, I.; KNAPP, M.; OGOL, C.K.P.O. Impact of predators on Tetranychus evansi Baker &
Pritchard, populations and damage on tomatoes (Lycopersicum esculentum Mill) in Kenya. In:
CONGRESS INTERNATIONAL OF ACAROLOGY, 2002, Merida. Abstracts ... Merida, 2002.
p. 271.
SILVA, F.R. Phytoseiulus longipes: um eficiente agente de controle de Tetranychus evansi
(Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae) na cultura do tomateiro. 2007. 59 p. Dissertação
(Mestrado em Entomologia) – Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade
de São Paulo, Piracicaba, 2007.
SILVA, P. Um novo acaro nocivo ao tomateiro na Bahia (Tetranychus marinae McGregor., 1950
– Acarina). Boletin Instituto Biológico de Bahia, Salvador, v. 1, p. 18-37, 1954.
23
SPOONER, D.M.G.; ANDERSON, G.J.; KANSEN, R.K. Choroplast DNA evidence for the
interrelationships of tomatoes, potatoes and pepinos (Solanaceae). American Journal of Botany,
St. Louis, v. 80, p. 676-688, 1993.
SPOONER, D.M.; PERALTA, I.; KNAPP, S. Comparison of AFLPs with other markers for
phylogenetic inference in wild tomatoes Solanum L. section Lycopersicon (Mill.) Wettst. Taxon ,
Wien, v. 54, p. 43-61, 2005.
VASCONCELOS, G.J.N. Eficiência dos ácaros predadores Phytoseiulus fragariae e
Neoseiulus californicus (Acari: Phytoseiidae) no controle de Tetranycus evansi e T. urticae
(Acari: Tetranychidae) em Lycopersicum esculentum e Solanum americanum. 2006. 83 p.
Dissertação (Mestrado em Entomologia)- Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz",
Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.
WEKESA, V.W.; MANIANIA, N.K.; KNAPP, M.; BOGA, I. Pathogenicity of Beauveria
bassiana and Metharrhizium anisopliae to thr tobacco spider mite Tetranychus evansi.
Experimental and Applied Acarology, Auckland, v. 36, p. 41-50, 2005.
WEKESA, V.W.; MORAES, G.J. de; KNAPP, M;. DELALIBERA Jr, I. Interactions of two
natural enemies of Tetranychus evansi, th fungal pathogen Neozygites floridana (Zygomycetes:
Entomophthorales) and the predatory mite Phytoseiulus longipes (Acari: Phytoseiidae).
Biological control, Amsterdam, v. 41, p. 408-414, 2007.
YANINEK, J.S.; BELLOTI, A.C. Exploration for natural enemies of cassava green mite based on
agrometeorological critera. In: RIJKS, D.; MATHYS (Ed.). Seminary on agrometeorology and
crop protection in the lowland humid and subhumid tropics. Benin: World Meteorological
Organization, 1986. p. 69-75.
24
2 BUSCA DE Tetranychus evansi E SEUS INIMIGOS NATURAIS NO PERU
Resumo
Tetranychus evansi Baker e Pritchard é um ácaro praga da cultura do tomate e outras
solanáceas. As espécies de tomate (Lycopersicon spp.) são originárias do ocidente da América do
Sul, sendo o Peru o mais provável centro de origem, onde ocorre a maioria das espécies de
tomate. Considera-se a América do Sul também como a possível região de origem de T. evansi.
Num contexto de controle biológico clássico, esta se realizando buscas de inimigos naturais
eficientes nas possíveis regiões de origem da praga. O presente trabalho reporta os resultados da
busca de inimigos naturais de T. evansi no Peru, de julho a agosto de 2006, nos Departamentos de
Cuzco, Tacna, Moquegua, Ica, Lima, San Martín, Amazonas, Cajamarca, Lambayeque e La
Libertad. Estes locais foram escolhidos devido à sua similaridade climática com regiões africanas
onde este ácaro praga ocorre e/ou por serem regiões com produção de tomate cultivado.
Apresenta-se neste trabalho a caracterização morfológica de cada umadas espécies de fitoseídeos
encontrados. Foi encontrado um total de 119 espécies de ácaros pertencentes a 26 famílias e 4
espécies de insetos associados a ácaros. Phytoseiidae (48 espécies) e Tetranychidae (16 espécies)
foram as famílias de ácaros de maior riqueza de espécies. Os fitoseídeos mais freqüentes nos
campos amostrados foram Euseius emanus (El-Banhawy), Neoseiulus californicus (McGregor) e
Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster). O tetraniquídeo mais freqüente nos campos
amostrados foi Tetranychus desertorum. T. evansi não foi encontrado em nenhum dos campos de
coleta. É possível que a ausência de T. evansi possa se dever à presença da Cordilheira dos
Andes, a qual age como uma barreira geográfica à dispersão deste ácaro a partir do oeste da
América do Sul. Porém, apesar da ausência, T. evansi, tem o potencial de se estabelecer nas
regiões em que o trabalho foi realizado, dada as semelhanças climáticas com os lugares onde este
ácaro praga tem sido constatado na África e dada existência naquelas regiões de hospedeiros
favoráveis a seu desenvolvimento.
Palavras-chave: Controle biológico; Tetranychus evansi; Solanáceas; Peru
Abstract
Tetranychus evansi Baker e Pritchard is a pest mite of tomato and other solanaceous
crops. On the other hand, tomato species (Lycopersicon spp.) originated in the Western part of
South America, with Peru being the most probable centre of origin where most of the species are
found. In adition, South America is considered also as a possible region of origin for
T. evansi. In
classical biological control context, search for efficient natural enemies are normally done in the
possible regions of origin of the pest. The present work reports the results for the search of
natural enemies of Tetranychus evansi in Peru during the months of July and August, 2006 in the
Departments of Cuzco, Tacna, Moquegua, Ica, Lima, San Martín, Amazonas, Cajamarca,
Lambayeque and La Libertad. These locations were chosen based on their climatic similarities
with some regions in Africa where this mite occurs or regions where cultivated tomato was in
production. In this work, morphological characterization of each phytoseiid species found during
25
the surveys are presented. In total, 119 species of mites from 26 families and 4 species of insects
associated with mites were sampled. Phytoseiidae (48 species) and Tetranychidae (16 species)
were families with high species richness. The most frequent phytoseiids from the sampled fields
were Euseius emanus (El-Banhawy), Neoseiulus californicus (McGregor) and Typhlodromus
(Anthoseius) evectus (Schuster). The most frequently sampled tetranychid mites was Tetranychus
desertorum. T. evansi was not found in any of the samples collected from all the fields. It is
possible that the absence of T. evansi could be due to the presence of the Andes Mountains, that
act as a geographical barrier for dispersion of this mite from the Eastern South America. Despite
its absence in the sampled regions, T. evansi has the potential to establish in these regions
because of climatic similarities with African regions where this mite is also present and existence
of favorable host plants for its development.
Keywords: Biological control; Tetranychus evansi; Solanaceae; Peru
2.1 Introdução
As espécies de tomate (Lycopersicon spp.) são hortaliças pertencentes à família Solanaceae
originárias do ocidente da América do Sul (PERALTA; KNAPP; SPOONER, 2006), sua
distribuição natural abrange do centro do Equador ao norte do Chile, além das Ilhas Galápagos. O
Peru é o mais provável centro de origem deste grupo de plantas; são encontradas neste país 11
das 13 espécies conhecidas de tomate (DARWIN; KNAPP; PERALTA, 2003; PERALTA;
KNAPP; SPOONER, 2006). Lycopersicon esculentum Mill é a espécie de maior importância,
sendo esta hoje consumida em todos os continentes. O ácaro vermelho Tetranychus evansi Baker
& Pritchard (Tetranychidae) é uma praga importante do tomateiro e outras solanáceas cultivadas
(KNAPP; WAGENER; NAVAJAS, 2003; MIGEON, 2005; SAUNYAMA). Os danos causados
por este ácaro são semelhantes aos causados por outros tetraniquídeos, ou seja, causam
perfurações e pontuações amarelas nas células superficiais dos diferentes órgãos vegetais
atacados, podendo estes danos resultar na queda de folhas ou até morte da planta (EPPO, 2006).
Gutierrez e Etienne (1986) sugeriram que a possível região de origem de T. evansi seja
América do Sul. Este ácaro tem sido relatado em vários países ao redor do mundo (AUGER
2
,
2005; BLAIR, 1983; BOLLAND; VALA, 2000; BOLLAND; GUTIERREZ; FLECHTMANN,
2
Informação verbal
26
1998; BRITTO et al., 2005; CASTAGNOLI; NANNELLI; SIMONI, 2006; DENMARK, 1973;
DUVERNEY; KADE; NGUYE-NDIAYE, 2005; EL-JAOANI, 1988; FERRAGUT;
ESCUDERO, 1999; FERREIRA; CARMONA, 1995; FIABOE et al., 2007; FURTADO, 2006;
FURTADO et al., 2005, 2006, 2007a; HO; WANG; CHIEN, 2004; KNAPP; WANEBER;
NAVAJAS, 2003; MEYER, 1996; MIGEON, 2005; MORAES; McMURTRY; BAKER, 1987;
QURESHI; OATMAN; FLESCHNER, 1969; ROSA et al., 2005; SILVA, 1954).
O presente estudo corresponde a uma parte de um projeto internacional de controle biológico
clássico de T. evansi, que vem sendo conduzido sob a coordenação do “African Insect Science for
Food and Health (ICIPE), Nairobi, Quênia. O objetivo deste projeto é o estabelecimento de
inimigos naturais deste ácaro na África, com o uso de agentes de controle encontrados na
América do Sul. Já foram realizados levantamentos para a determinação de inimigos naturais de
T. evansi na Argentina (noroeste), Brasil (nordeste, sudeste, sul e centro-este) (BRITTO et
al.,2005; FIABOE et al., 2007; FURTADO, 2006; FURTADO et al., 2005, 2006, 2007a; ROSA
et al., 2005). Estas regiões foram selecionadas com base no estudo conduzido por Fiaboe et al.
(2006), que determinou as regiões da América do Sul climaticamente mais similares as regiões
em que T. evansi tem sido encontrado na África. Dentro destas áreas prioritárias, encontram-se
algumas regiões do Peru.
O objetivo deste estudo foi realizar uma busca de T. evansi e seus inimigos naturais no Peru,
em áreas determinadas por Fiaboe et al. (2006) como climaticamente semelhantes às regiões da
África em que T. evansi tem sido encontrado e/ou em áreas onde o tomateiro é extensivamente
cultivado.
2.2 Desenvolvimento
2.2.1 Material e métodos
2.2.1.1 Coleta, Triagem e Identificação das amostras.
As coletas foram realizadas entre julho e agosto de 2006, nos seguintes Departamentos
(Figura 1): Cuzco (Municípios de Quillabamba e Urubamba-Ollantaytambo), Lima (Cañete), Ica
27
(Chincha, Ica e Nazca), Arequipa (Aplao e Camaná), Moquegua (Moquegua) e Tacna (Tacna),
San Martín (Tarapoto, Moyobamba-Soritor-Nueva Cajamarca), Amazonas (Chachapoyas-Pedro
Ruiz e Bagua Grande-Moye), Cajamarca (Jaén e San Ignacio), Lambayeque (Chiclayo) e La
Libertad (Trujillo). Dentro de cada uma daquelas localidades, foram selecionados para
amostragem campos localizados de preferência em ambientes degradados (áreas próximas às
cidades, ao longo de estradas e ao redor de culturas comerciais). Foram examinadas
principalmente solanáceas, mas também plantas de outras famílias que se encontravam próximas
das solanáceas. Foram amostrados 196 campos, dispendendo-se 20-30 minutos para a coleta das
amostras de plantas em cada campo. O número de amostras coletadas em cada campo foi
proporcional à diversidade de plantas encontradas.
Em cada campo, amostras de folhas e/ou ramos de plantas foram colocadas em sacos
plásticos, que por sua vez foram depositados em sacos maiores de papel. Ao final de cada dia, as
amostras foram examinadas sob microscópio estereoscópico para a coleta dos artrópodes, que
foram transferidos para recipientes com álcool a 70% (no caso dos Eriophyoidea, estes ácaros
foram transferidos para o meio conhecido como “licor de Keifer”.
Amostras das plantas que não puderam ser identificadas no campo foram herborizadas para a
identificação posterior, no Museu de Historia Natural “Javier Prado” (Lima – Peru). No total
foram examinadas, 485 amostras de plantas, pertencentes a 83 espécies distribuídas em 26
famílias; 41 das espécies coletadas pertenciam à família Solanaceae. As solanáceas de maior
freqüência nas coletas foram: Lycopersicon esculentum (42 amostras), Nicandra physaloides (37
amostras), Datura stramonium (28 amostras), Solanum caricaefolium (28 amostras), Physalis
pubescens (23 amostras), Brugmansia arborea (24 amostras), Solanum americanum (23
amostras) e Solanum albidum (22 amostras). Além do tomateiro cultivado (L. esculentum) as
seguintes plantas selecionadas, localmente conhecidas como “tomatillo” foram amostradas:
Lycopersicon esculentum var. cerasiforme (10 amostras), Lycopersicon hirsutum (6 amostras),
Lycopersicon parviflorum (10 amostras), Lycopersicon peruvianum (13 amostras) e Lycopersicon
pimpinellifolium (13 amostras).
28
O processamento posterior dos artrópodes coletados foi realizado no Laboratório de
Acarologia do Setor de Zoologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/
Universidade de São Paulo. A montagem dos ácaros foi feita em meio de Hoyer, exceto pelos
Eriophyoidea, que foram montados no meio de Berlese modificado (AMRINE; MANSON,
1996). No caso dos insetos, foram clareados com hidróxido de sódio 15%, lavados com água
destilada e montados em meio de Hoyer.
Os ácaros da família Phytoseiidae foram identificados com base em Chant e McMurtry (1994;
2003; 2004ab; 2005abc; 2007a) e Moraes et al. (2004). Neste processo os exemplares coletados
foram também comparados com as descrições originais de cada espécie e/ou com exemplares do
Museu de Zoologia da ESALQ/USP. As redescrições e descrições de espécies novas foram feitas
utilizando a nomenclatura dada por Rowell e Chant (1978) para setas dorsais e Chant e Yoshida-
Shaul (1991) para setas ventrais, sendo as medições são apresentadas em micrômetros (µm). Para
simplificar a apresentação dos dados, em cada espécie, os exemplares examinados, especifica-se
o lugar de coleta da seguinte maneira: Departamento (em negrito e itálico), município, localidade
(campo amostrado), coordenadas geográficas, data de coleta e planta hospedeira. Com as
identificações obtidas das coletas realizadas neste trabalho e aquelas disponíveis na literatura para
o Peru (CHANT; YOSHIDA-SHAUL, 1983; EL-BANHAWY, 1979; McMURTRY, 1977;
MORAES; McMURTRY, 1983; MORAES et al., 2004; MURPHY, 1984; YASSEN; BENNET,
1976), elaborou-se uma chave taxonômica das espécies de fitoseídeos do país.
Na identificação dos demais grupos de ácaros dos insetos, foram utilizadas as seguintes
publicações: Ascidae (HALLIDAY; WALTER; LINDQUIST, 1998), Cunaxidae (SMILEY,
1992.), Diptilomiopidae (AMRINE; STASNY, 1994; BAKER et al., 1996), Oribatida
(BALOGH; BALOGH, 1990), Stigmaeidae (GONZALEZ, 1965), Tarsonemidae (LINDQUIST,
1986), Tenuipalpidae (MESA, 2005, Tetranychidae (BOLLAND; GUTIERREZ;
FLECHTMANN, 1998; FLECHTMANN; KNIHINICKI, 2002; MEYER, 1974; PRITCHARD;
BAKER, 1955), Ameroseiidae, Cheyletidae e Tydaeidae foram identificados com chaves
dicotômicas utilizadas no Curso de Verão de Acarologia Agrícola da “Ohio State University”. Os
Coccinellidae foram tentativamente identificados com base em Gordon (1982). Parte dos
29
exemplares de cada espécie de ácaros foi depositada no Museu de Acarologia Agrícola
(ESALQ/USP) e o restante, no Museo de Historia Natural “Javier Prado” (Lima, Peru).
Figura 1- Localização dos campos da coleta de amostras para a determinação dos ácaros no Peru. Os
campos amostrados estão representados como pontos pretos; cada ponto pode corresponder a
mais de um campo, devido à precisão permitida na escala utilizada. As regiões sombreadas
correspondem às áreas prioritárias para a busca de inimigos naturais de Tetranychus evansi no
Peru, segundo Fiaboe et al. (2006)
30
2.2.2 Resultados
2.2.2.1 Análise Faunística
Foi coletado um total de 3. 713 ácaros e 113 insetos a eles associados (Tabela 1). Os ácaros
correspondem a 119 espécies pertencentes a 21 famílias. Destas, Phytoseiidae foi a família com
maior riqueza de espécies (48 espécies), seguida por Tetranychidae (16 espécies); cada uma das
demais famílias foi representada por no máximo 5 espécies. Os insetos encontrados pertencem às
famílias Coccinellidae (2 espécies) e Staphylinidae (2 espécies).
O número de espécies de ácaros encontrados, nas distintas espécies de solanáceas foi bastante
variável. Observou-se, entretanto, uma correlação linear positiva e significativa (R
2
=0,561,
p<0,001) entre o número de campos em que cada espécie de solanácea foi encontrada o número
de espécies de ácaros sobre aquela mesma espécies de solanácea. Porém, o valor do coeficiente
de determinação foi baixo, o que indica que algumas das espécies de solanácea não seguiram o
padrão geral; Brugmansia suaveolus, Brugmansia arborea, Solanum caricaefolium e
Lycopersicon esculentum foram na análise consideradas como “não usuais” (outliers). Enquanto
as 3 primeiras espécies apresentaram números significativamente maiores de ácaros do que seria
esperado pela equação de regressão correspondente. L. esculentum (a espécie de solanácea mais
encontrada nos diferentes campos amostrados) apresentou um número significativamente menor
de ácaros do que seria esperado pela mesma equação.
O número de espécies de ácaros encontrados, nos distintos municípios considerados no estudo
também foi bastante variável, não sendo significativa a correlação linear entre os números de
campos avaliados em cada município e os respectivos números de espécies de ácaros (R
2
=0,490,
p=0,380). Em alguns municípios, os números de espécies de ácaros encontrados foram
desproporcionalmente grandes em relação ao número de campos em que as coletas foram
realizadas naqueles mesmos municípios; este fato correspondeu de maneira especial aos
municípios de Moyobamba e Tarapoto, localizados no norte do Peru, na ecorregião designada
como “Floresta Tropical Amazônica” (BRACK, 1986).
31
Tabela 1 - Ácaros e insetos coletados em solanáceas e plantas associadas no Peru entre julho e agosto de 2007
(continua)
Espécies de Artrópodes
Número de
espécimes
Campos amostrados
Número de espécies
vegetais
Ácaros Preponderantemente Fitófagos
*Eriophyidae (Prostigmata)
Aceria lantanae Cook
40 2 1
Aculops lycopersici (Massee)
66 4 2
Aculops sp.
7 1 1
aff. Aequsomatus sp.
21 1 1
*Diptilomiopidae (Prostigmata)
Rhynacus sp.
22 1 1
*Tarsonemidae (Prostigmata)
Polyphagotarsonemus latus (Banks)
77 10 7
Tarsonemidae sp1.
13 1 1
Tarsonemidae sp2.
1 1 1
Tarsonemidae sp3.
1 1 1
*Tenuipalpidae (Prostigmata)
Brevipalpus californicus (Banks)
164 35 19
Brevipalpus phoenicis (Geijskes)
17 5 5
*Tetranychidae (Prostigmata)
Bryobia sp.
1 1 1
Eotetranychus lewisi (McGregor)
21 3 3
Eotetranychus sexmaculatus (Riley)
32 1 1
Eotetranychus sp1.
3 2 2
Eotetranychus sp2.
10 2 2
Eutetranychus banksi (McGregor)
142 10 4
Oligonychus sp1.
1 1 1
Oligonychus sp2.
9 1 1
Oligonychus yothersi (McGregor)
21 4 4
Tetranychus desertorum Banks
610 48 25
Tetranychus nsp. 1
317 20 15
Tetranychus ludeni Zacher
189 9 7
Tetranychus mexicanus (McGregor)
30 2 2
Tetranychus sp.
39 10 8
Tetranychus urticae Koch
315 37 14
Tetranychus nsp.2
48 4 2
32
Ácaros Preponderantemente
Predadores
*Bdellidae (Prostigmata)
Spinibdella sp.
1 1 1
*Cheyletidae (Prostigmata)
Chelogenes sp1. 1 1 1
Chelogenes sp2. 1 1 1
Mexecheles sp1. 9 5 4
Mexecheles sp2. 2 2 2
*Cunaxidae (Prostigmata)
Armascirus sp.1 1 1 1
Armascirus sp.2 2 1 1
Armascirus sp.3 1 1 1
Armascirus sp.4 1 1 1
Riscus sp. 4 3 3
*Phytoseiidae (Mesostigmata)
Amblydromalus manihoti (Moraes)
21 4 2
Amblydromalus nsp.
1 1 1
Amblydromalus rapax (DeLeon)
70 12 5
Amblyseius aerialis (Muma)
9 7 6
Amblyseius chiapensis De Leon
7 3 2
Amblyseius chungas Denmark and
Muma
64 11 6
Amblyseius herbicolus (Chant)
15 2 2
Amblyseius perditus Chant and Baker
1 1 1
Amblyseius vasiformis Moraes and Mesa
2 1 1
Arrenoseius urquharti (Yoshida-Shaul
and Chant) 17 6 3
Euseius alatus De Leon
38 8 7
Euseius caseariae De Leon
7 2 2
Euseius citrifolius
Denmark and Muma
38 8 7
Euseius concordis (Chant)
63 13 10
Euseius emanus (El-Banhawy)
120 23 17
Tabela 1 - Ácaros e insetos coletados em solanáceas e plantas associadas no Peru entre julho e agosto de 2007
(continuação)
Espécies de Artrópodes
Número de
espécimes
Campos amostrados
Número de espécies
vegetais
33
Tabela 1 - Ácaros e insetos coletados em solanáceas e plantas associadas no Peru entre julho e agosto de 2007
(continuação)
Espécies de Artrópodes
Número de
espécimes
Campos
amostrados
Número de espécies
vegetais
Euseius ho De Leon
14 3 3
Euseius naindaimei (Chant and Baker)
1 1 1
Euseius sibelius (De Leon)
1 1 1
Galendromus (Galendromus) annectens (De Leon)
5 1 1
Iphiseiodes zuluagai Denmark and Muma
79 17 12
Neoseiulus californicus (McGregor)
145 21 11
Neoseiulus idaeus Denmark and Muma
40 9 8
Neoseiulus peruanas (El-Banhawy) 1 1 1
Neoseiulus californicus (McGregor) 145 21 11
Neoseiulus idaeus Denmark and Muma 40 9 8
Neoseiulus peruanas (El-Banhawy) 1 1 1
Neoseiulus tunus (De Leon) 1 1 1
Phytoseiulus fragariae Denmark and Schicha 18 3 3
Phytoseiulus macropilis (Banks) 28 3 2
Phytoseiulus persimilis Athias-Henriot 100 5 5
Phytoseius averrhoae De Leon 1 1 1
Phytoseius guianensis De Leon 1 1 1
Phytoseius nsp1. 5 2 1
Phytoseius nsp2. 6 2 1
Proprioseiopsis aff. neotropicus 7 1 1
Proprioseiopsis belizensis (Yoshida-Shaul and Chant) 8 1 1
Proprioseiopsis dominigos (El-Banhawy) 4 3 2
Proprioseiopsis mexicanus (Garman) 45 14 13
Proprioseiopsis neotropicus (Ehara) 1 1 1
Proprioseiopsis nsp. (2007) 9 1 1
Proprioseiopsis ovatus (Garman) 7 4 4
Typhlodromalus aripo De Leon
29 14 10
Typhlodromalus peregrinus (Muma) 7 3 2
Typhlodromina conspicua (Garman) 4 1 1
Typhlodromina subtropica (Chant) 12 11 6
Typhlodromina tropica (Chant) 8 5 5
34
Tabela 1 - Ácaros e insetos coletados em solanáceas e plantas associadas no Peru entre julho e agosto de 2007
(continuação)
Espécies de Artrópodes
Número de
espécimes
Campos
amostrados
Número de espécies
vegetais
Typhlodromips mangleae De Leon 1 1 1
Typhlodromips nsp1. 10 5 5
Typhlodromips nsp2. 3 1 1
Typhlodromips nsp3. 2 2 2
Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster) 103 22 12
Typhlodromus (Anthoseius) transvaalensis (Nesbitt) 2 2 2
*Stigmaeidae (Prostigmata)
Agistemus ecuadoriensis Gonzalez 30 4 3
Agistemus longisetus Gonzalez 14 5 3
Ácaros com hábitos alimentares diversos
*Acaridae (Astigmata)
Acaridae sp1. 3 2 2
Acaridae sp2. 12 1 1
Acaridae sp3. 4 1 1
Acaridae sp4. 5 1 1
Acaridae sp5. 1 1 1
*Ascidae (Mesostigmata)
Asca sp. 5 3 1
Lasioseius dentatus (Fox) 3 3 3
Proctolaelaps sp. 1 1 1
*Ameroseiidae (Mesostigmata)
Ameroseius sp. 8 1 1
Epicriopsis sp. 6 2 2
*Galumnidae (Oribatida)
Galumna sp.1 23 3 3
Galumna sp.2 3 1 1
*Hemileiidae (Oribatida)
Hemileius sp. 2 1 1
*Licneremaeidae (Oribatida)
aff. Licneremaeus sp. 1 1 1
*Mochlozetidae (Oribatida)
Mochloribatula sp. 1 1 1
*Oripodidae (Oribatida)
Oripoda sp. 1 1 1
35
Tabela 1 - Ácaros e insetos coletados em solanáceas e plantas associadas no Peru entre julho e agosto de 2007
(conclusão)
Espécies de Artrópodes
Número de
espécimes
Campos
amostrados
Número de espécies
vegetais
*Scheloribatidae (Oribatida)
Scheloribates sp. 1 1 1
*Tydeidae (Prostigmata)
Lorryia formosa Cooreman 35 9 6
Lorryia sp2. 5 2 2
Tydeus sp1. 59 14 9
Tydeus sp2. 6 1 1
Tydeus sp3. 18 5 4
Tydeus sp4. 25 4 4
*Winterschmidtiidae (Astigmata)
Czenspinskia sp. 2 1 1
Winterschmidtiidae sp1. 2 1 1
Winterschmidtiidae sp2. 4 1 1
Winterschmidtiidae sp3. 2 1 1
Winterschmiitiidae sp4. 1 1 1
Winterschmidtiidae sp5. 1 1 1
Winterschmidtiidae sp6. 4 2 2
Winterschmidtiidae sp7. 4 1 1
Insetos Predadores
*Coccinellidae (Coleoptera)
Stethorus aff. histrio Chazeau 33 2 2
Stethorus aff. tridens Gordon 70 11 7
*Staphylinidae (Coleóptera)
Oligota sp1. 3 3 3
Oligota sp2. 7 3 2
36
2.2.2.1.1 Ácaros Preponderantemente Fitófagos
Tetranychidae foi a família de ácaros fitófagos de maior riqueza de espécies. Dentro desta
família, Tetranychus foi o gênero de maior diversidade (7 espécies), incluindo 2 espécies novas
para a ciência.
Tetranychus evansi não foi encontrado. Tetranychus desertorum Banks foi o tetraniquídeo
encontrado mais freqüente, tendo sido encontrado em 48 campos, sendo seguido por Tetranychus
urticae Koch, encontrado em 37 campos e Tetranychus nsp1. em 20 campos.
Os tetraniquídeos Eutetranychus banksi (McGregor), T. desertorum, T. ludeni e T. urticae
foram encontrados em ambos lados da Cordilheira dos Andes, sendo os ácaros fitófagos de maior
abrangência nas coletas. Eotetranychus lewisi (McGregor) e Tetranychus nsp1. foram
encontrados apenas a oeste, enquanto Eotetranychus sexmaculatus (Riley), Oligonychus yothersi
(McGregor), Tetranychus mexicanus (McGregor) e Tetranychus nsp2. foram encontrados apenas
a leste da Cordilheira dos Andes.
Observou-se uma correlação linear positiva e altamente significativa (R
2
=0,918, p<0,001)
entre o número de campos em que cada espécie de tetraniquídeo foi encontrada e o respectivo
número de espécies de plantas hospedeiras. Embora algumas espécies de tetraniquídios tenham
sido encontradas em um número reduzido de hospedeiros, estes eram sempre pertencentes a
grupos muito distintos de plantas, o que sugere que nenhum daqueles ácaros seja muito específico
[embora T. sexmaculatus tenha sido encontrado em apenas uma espécie de plantas, sabe-se que
este ácaro ocorre em diversos hospedeiros como sumarizado por Bolland, Gutierrez e Flechtmann
(1998) Assim, a correlação observada entre o número de campos amostrados e o respectivo
número de hospedeiros sugere que embora generalistas, os tetraniquídios encontrados tiveram sua
distribuição limitada em maior ou menor grau pelos fatores climáticos dominantes em cada
região, sendo portanto detectados respectivamente em números maiores ou menores números de
campos amostrados nas diferentes regiões do Peru.
Tenuipalpidae foi a segunda família de maior freqüência nos campos amostrados, sendo
Brevipalpus californicus a espécie mais comum, encontrada em 19 espécies de plantas, sendo
muito comum em solanáceas.
37
Dentre os ácaros pertencentes à superfamília Eriophyoidea, Aculops lycopersici (Massee), da
família Eriophyidae, foi encontrado em tomateiros silvestres e cultivados neste trabalho, tendo
sido verificado apenas a leste da Cordilheira dos Andes .
Polyphagotarsonemus latus foi o tarsonemídeo mais comum, tendo sido encontrado tanto em
solanáceas (5 espécies) como em plantas não solanáceas (2 espécies).
2.2.2.1.2 Ácaros Preponderantemente Predadores
Phytoseiidae foi a família de predadores mais freqüente nos campos amostrados. Nesta
família, Amblyseiinae foi a subfamília de maior riqueza de espécies (38 espécies), seguida por
Typhlodrominae (6) e Phytoseiinae (4). Os gêneros de fitoseídeos de maior diversidade foram
Euseius (8 espécies), Amblyseius (6), Proprioseiopsis (6), Neoseiulus (4), Phytoseius (4) e
Typhlodromips (4).
Euseius emanus (El-Banhawy), Neoseiulus californicus (McGregor) e Typhlodromus
(Anthoseius) evectus (Schuster) foram os fitoseídeos mais freqüentes (21 e 23 campos).
Amblydromalus rapax (DeLeon), Amblyseius chungas Denmark and Muma, Euseius concordis
(Chant), Iphiseiodes zuluagai Denmark e Muma, Proprioseiopsis mexicanus (Garman)
Typhlodromalus aripo De Leon e Typhlodromina subtropica (Chant) foram encontrados em 11 a
17 campos. As demais espécies foram encontradas no máximo em 9 campos. Os fitoseídeos
encontrados em maior diversidade de plantas hospedeiras foram Euseius emanus (17 espécies),
Proprioseiopsis mexicanus (13 espécies), Iphiseiodes zuluagai (12 espécies), Typhlodromus
evectus (12 espécies), Neoseiulus californicus (11 espécies), Typhlodromalus aripo (10 espécies)
e Euseius concordis (10 espécies). As outras espécies de fitoseídeos, foram encontradas em 1 a 8
espécies de plantas. A distribuição das espécies de fitoseídeos não foi uniforme, sendo algumas
espécies encontradas somente a oeste (25% do total de espécies), somente a leste (54%) ou em
ambos os lados da Cordilheira dos Andes (21%).
O coeficiente de determinação da correlação entre o número de campos em que cada espécie
de fitoseídeo foi encontrada e o respectivo número de plantas hospedeiras foi positivo e altamente
significativo (R
2
=0,911, p<0,001). Da mesma forma que mencionado para os tetraniquídios, este
resultado sugere que os fitoseídeos encontrados tiveram sua distribuição limitada em maior ou
38
menor grau pelos fatores climáticos dominantes em cada região, sendo portanto detectados
respectivamente em números maiores ou menores números de campos amostrados nas diferentes
regiões do Peru. Algumas das espécies fugiram a este padrão geral, sendo na análise
determinadas como “não usuais”. Assim, E. emanus e P. mexicanus foram encontrados em um
número maior de plantas do que seria esperado pela equação de regressão correspondente, o
contrário ocorrendo com Amblydromalus rapax, Neoseiulus californicus e Typhlodromus evectus.
A segunda família de ácaros predadores mais comuns nas coletas foi Stigmaeidae, sendo
Agistemus longisetus a espécie de maior freqüência nas coletas.
Espécimes de Bdellidae, Cheyletidae e Cunaxidae foram escassos.
2.2.2.1.3 Ácaros com hábitos alimentares diversos
A maioria das famílias colocadas neste grupo pertencem à ordem Oribatida (6 famílias),
embora estes ácaros tenham sido pouco freqüentes e encontradas em poucas espécies de plantas.
A família Tydeidae, da ordem Prostigmata, foi muito mais freqüente e encontrada em um maior
número de espécies de plantas. As espécies mais freqüentes de Tydeidae foram Tydeus sp1. (14
campos) e Lorryia formosa Cooreman (9 campos).
2.2.1.4. Insetos Predadores
Stethorus aff. tridens foi o inseto predador de maior freqüência nas coletas, em relação aos
campos amostrados.
2.2.2.2 Análise Taxonômica das Espécies de Phytoseiidae
Apresenta-se a seguir uma análise taxonômica dos ácaros fitoseídeos encontrados neste
estudo, assim como uma chave taxonômica para auxiliar a separação destas espécies.
39
2.2.2.2.1 Amblyseiinae Muma
Amblydromalus manihoti (Moraes)
Amblyseius manihoti Moraes, apud Moraes et al., 1994: 211.
Typhlodromalus manihoti, Moraes et al., 2004: 200.
Amblydromalus manihoti, Chant e McMurtry, 2005a: 207; 2007: 117.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 313 (305-320) de comprimento e 204 (200-210) de largura. Setas j1 24
(24-25), j3 32 (32-33), j4 8 (7-8), j5 8 (7-8), j6 8 (8-9), J2 11 (10-12), J5 7 (7-8), z2 11 (10-12),
z4 11 (10-12), z5 7, Z1 11 (10-12), Z4 11 (10-13), Z5 64 (61-66), s4 45 (45-46), S2 13 (12-14),
S4 12 (11-12), S5 10, r3 13 (13-14), R1 8 (7-9).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 54 (53-56), ST2-ST2 63 (61-65) e ST5-ST5 73 (73-75).
Placa ventrianal, 98 (95-100) de comprimento, 53 (53-55) de largura ao nível da ZV2 e 59 (58-
60) de largura ao nível do ânus; JV5 35 (34-36).
Quelíceras. Dígito móvel 29 (28-30) de comprimento, com 4 dentes; dígito fixo 30 de
comprimento, com 8 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 19 (17-23) de comprimento, mais estreito próximo ao átrio.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 35 (32-36), Sge II 35 (33-36), Sge III 38 (37-40), Sti III 27
(26-30), St III 26 (24-30), Sge IV 64 (62-66), Sti IV 43 (40-45), St IV 81 (80-82). Quetotaxia.
Genu II: 1, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 235 de comprimento, 164 de largura. Setas j1 18, j3 33, j4 6, j5 7, j6 8,
J2 10, J5 6, z2 8, z4 7, z5 9, Z1 10, Z4 10, Z5 48, s4 39, S2 10, S4 8, S5 7, r3 13, R1 9.
40
Ventre. Placa ventrianal, 98 de comprimento, 150 de largura nos extremos anteriores e 54 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 28, Sge II 25, Sge III 27, Sti III 25, St III 23, Sge IV 45,
Sti IV 35, St IV 60.
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto - Bello Horizonte, 6° 31' 55" S, 76° 18' 7” W, 27-VII-2006, em
Solanum caricaefolium (13, 2); Tarapoto - Las Flores, 6° 31' 16" S, 76° 16' 49” W, 27-VII-
2006, em S. caricaefolium (1, 2i); Moyobamba, 6° 2' 38" S, 76° 57' 30” W, 28-VII-2006, em
Brugmansia suaveolus (3); Soritor – Rioja, 6° 7' 34" S, 77° 7' 36” W, 29-VII-2006, em S.
caricaefolium (1, 1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Junín e Pucallpa (MORAES et al., 1994).
Observações.
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Moraes et
al. (1994) para exemplares da Colômbia. Porém, diferem por apresentarem setas s4 e Z5 16 e
22% mais longas, respectivamente. Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Amblydromalus rapax (DeLeon)
Amblyseius (Typhlodromalus) rapax De Leon, 1965a: 125.
Typhlodromalus rapax, De Leon, 1967: 22; Moraes et al., 2004: 200.
Amblyseius rapax, Moraes et al., 1994: 213.
Amblydromalus rapax, Chant e McMurtry, 2005a: 207; 2007: 117.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 325 (315-335) de comprimento e 203 (190-213) de largura. Setas j1 30
(26-32), j3 39 (37-42), j4 9 (8-10), j5 8 (7-9), j6 10 (10-11), J2 11 (10-12), J5 7 (6-8), z2 15 (13-
41
17), z4 22 (20-23), z5 9 (7-11), Z1 13 (12-15), Z4 12 (10-14), Z5 72 (71-74), s4 62 (58-66), S2
12, S4 12 (10-14), S5 11 (10-11), r3 19 (14-23), R1 9 (7-10).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 58 (55-60), ST2-ST2 64 (63-65) e ST5-St5 77 (68-88).
Placa ventrianal, 103 (100-105) de comprimento, 58 (50-63) de largura ao nível da ZV2 e 62 (60-
63) de largura ao nível do ânus; JV5 40 (39-41) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 28 (25-30) de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 34 (33-35) de
comprimento, com 9 dentes.
Espermateca. Cálice em forma tubular, 17 de comprimento; átrio com os dois terços distais
levemente esclerotizados.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 35 (32-37), Sge II 31 (29-33), Sge III 31 (29-33), Sti III 28
(25-30), St III 28 (25-30), Sge IV 55 (55-56), Sti IV 38 (36-39), St IV 81 (81-82). Quetotaxia.
Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 268 de comprimento, 183 de largura. Setas j1 18, j3 28, j4 8, j5 8, j6 8,
J2 10, J5 5, z2 14, z4 14, z5 8, Z1 11, Z4 11, Z5 51, s4 42, S2 11, S4 9, S5 8, r3 14, R1 7 .
Ventre. Placa ventrianal, 113 de comprimento, 150 de largura nos extremos anteriores e 50 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 26, Sge II 24, Sge III 22, Sti III 23, St III 20, Sge IV 40,
Sti IV 25, St IV 64.
Espécimes examinados
Arequipa: Camaná - El Cardo, 16° 36' 34" S, 72° 43' 45” W, 16-VII-2006, em Ricinus
communis (13, 1). Ica: Chincha Baja- San Agustín, 13° 27' 1" S, 76° 9' 19” W, 20-VII-2006,
42
em Datura stramonium (1); Chincha Baja -Tambo de Mora Chincha Baja, 13° 28' S, 76° 10'
24” W, 20-VII-2006, em Nicandra physaloides (1); Chincha Baja -Santa Rosa de Salas, 13° 28'
21" S, 76° 10' 48” W, 20-VII-2006, em R. communis (4) ; Chincha Alta - Puente Chamorro, 13°
28' 34" S, 76° 3' 11” W, 20-VII-2006, em D. stramonium (1) ; Chincha-Viña La Vieja, 13° 28'
34" S, 76° 3' 11” W, 20-VII-2006, em N. physaloides (12, 1). Lima: Cañete-Playa Hermosa,
13° 5' 50" S, 76° 25' 38” W, 21-VII-2006, em R. communis (19, 1); Cañete-Incahuasi, 13° 0'
52" S, 76° 10' 1” W, 21-VII-2006, em Inga feuellei (5). Lambayeque: Chiclayo-Pacora, 6° 26'
42" S, 79° 51' 12” W, 6-VIII-2006, em Lycopersicon parviflorum (1), La Libertad: Trujillo-
UNT, 8° 6' 48" S, 79° 2' 23” W, 7-VIII-2006, em N. physaloides (2) ; Trujillo-Viru, 8° 24' 32"
S, 78° 48' 50” W, 7-VIII-2006, em N. physaloides (1, 1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Lima (MORAES et al., 1994).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Moraes et
al. (1994) para exemplares do Peru. Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos Andes.
Amblydromalus villacarmelensis (Moraes)
Amblyseius villacarmelensis Moraes, apud Moraes et al., 1994: 214.
Typhlodromalus villacarmelensis, Zacarias e Moraes 2001: 582; Moraes et al., 2004: 205.
Amblydromalus villacarmelensis, Chant e McMurtry, 2005a: 207.
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Ucayali (MORAES et al., 1994).
Observações
Esta espécie foi descrita de Villacarmelo, Cali, Valle del Cauca, Colômbia, em Manihot
esculenta. No Peru, foi relatada em Campo Verde, Departamento de Ucayali., em Pueraria
phaseloides. Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime
adicional foi coletado neste estudo.
43
Amblydromalus nsp.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal quase totalmente reticulada com estrias
anterolaterais; setas lisas, exceto Z5, levemente serreada; placas esternal, genital e ventrianal
lisas; dígito móvel com 3 dentes; dígito fixo com 6 dentes; cálice da espermateca 20 de
comprimento, tubular; macrosetas afiladas.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal quase totalmente reticulada com estrias anterolaterais, 343 de
comprimento e 210 de largura. Setas j1 26, j3 43, j4 13, j5 11, j6 13, J2 14, J5 7, z2 28, z4 31, z5
13, Z1 18, Z4 25, Z5 81, s4 71, S2 26, S4 18, S5 15, r3 23, R1 13. Setas lisas, exceto Z5,
levemente serreada.
Ventre. Placa esternal lisa; distâncias entre ST1-ST3 58 e ST2-ST2 68. Placa genital lisa;
distância entre ST5-ST5 75. Placa ventrianal lisa, em forma de vaso, margem anterior reta, 108
de comprimento, 63 de largura ao nível da ZV2 e 68 de largura ao nível do ânus; com 3 pares de
setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2); JV4, JV5, Zv1 e ZV3 na cutícula mole; JV5 48 (47-49) de
comprimento; poros pré-anais posteromedianos à JV2. Com 1 par de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até a região entre j1 e j3.
Quelíceras. Dígito móvel 30 (29-31) de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 33 (32-34) de
comprimento, com 6 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 20 de comprimento, com terço distal levemente esclerotizado.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 31, Sge II 30, Sge III 31, Sti III 30, St III 26, Sge IV 61,
Sti IV 42, St IV 87. Quetotaxia Genu II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
44
Localidade e Material Tipo. Holótipo fêmea, em Nicandra physaloides, Callanca (6° 50' 51"
S, 79° 48' 57” W), Chiclayo, Lambayeque, Peru, 6-VIII-2006, A. D. Guanilo, depositado na
ESALQ-USP, Sao Paulo, Brasil.
Observações
Esta espécie nova é semelhante a Amblydromalus julus (Denmark e Evans) e Amblydromalus
villacarmelensis (Moraes). A. julus difere por apresentar setas muito mais curtas e macroseta com
pontas dilatadas. Esta espécie nova difere de A. villacarmelensis por apresentar a placa dorsal
reticulada e a seta Z5 mais longa. Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos Andes.
Amblyseius aerialis (Muma)
Amblyseiopsis aerialis Muma, 1955: 264; Garman, 1958: 75.
Typhlodromus (Amblyseius) aerialis, Chant, 1959: 88.
Amblyseius aerialis, Athias-Henriot, 1957: 338; De Leon, 1966: 91; Moraes e Mesa, 1988: 71;
Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 6; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 117; Moraes et al.,
2004: 13; Denmark e Muma, 1989: 15; Kreiter e Moraes, 1997: 377; Feres e Moraes, 1998: 126;
Gondim Jr. e Moraes, 2001: 67; Moraes, Kreiter e Lofego, 2000: 238; Moraes et al., 2004: 13;
Chant e McMurtry, 2007: 75.
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 415 (380-433) de comprimento e 291 (283-300) de largura. Setas j1 33
(30-35), j3 53 (50-55), j4 5, j5 4 (3-4), j6 5, J2 6 (5-8), J5 9 (8-10), z2 9 (8-10), z4 8 (7-10), z5 4
(3-5), Z1 9 (8-10), Z4 145 (135-150), Z5 268 (253-300), s4 108 (105-115), S2 10 (8-12), S4 10
(8-11), S5 11 (10-13), r3 19 (18-20), R1 10 (5-15).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 65 (63-68), ST2-ST2 79 (78-83) e ST5-ST5 95 (93-98).
Placa ventrianal, 136 (125-150) de comprimento, 94 (88-98) de largura ao nível da ZV2 e 93 (90-
95) de largura ao nível do ânus; JV5 82 (80-83) de comprimento.
45
Quelíceras. Dígito móvel 40 (39-41) de comprimento, com 5 dentes; dígito fixo 45 (44-46) de
comprimento, com 12 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, parte mais esclerotizada do cálice 15 (13-18) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 40 (38-43), St I 41 (40-41), Sge II 42 (40-43), Sge III 53
(35-68), Sti III 38 (38-40), St III 33 (33-35), Sge IV 127 (115-138), Sti IV 94 (80-110), St IV 82
(78-85). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
Lima: Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4' 33" S, 76° 21' 12” W, 21-VII-2006, em Lippia
nodiflora (1). San Martín: Tarapoto – Morales, 6° 28' 57" S, 76° 23' 36” W, 27-VII-2006, em
Solanum caricaefolium (2); Moyobamba, 6° 2' 55" S, 76° 58' 14” W, 28-VII-2006, em S.
caricaefolium (1); Nueva Cajamarca – Rioja, 5° 56' 26" S, 77° 16' 50” W, 29-VII-2006, em
Solanum albidum (1) ; Nueva Cajamarca – Rioja, 5° 56' 26" S, 77° 16' 50” W, 29-VII-2006, em
planta desconhecida (1). Amazonas: Pedro Ruiz – Donce, 5° 59' 34" S, 77° 58' 16” W, 1-VIII-
2006, em Cestrum sp. (2). Lambayeque: Chiclayo – Pacora, 6° 26' 42" S, 79° 51' 12” W, 6-
VIII-2006, em Lycopersicon parviflorum (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Schuster
(1966) para exemplares das Galápagos. Esta espécie foi encontrada a oeste e a leste da
Cordilheira dos Andes.
Amblyseius chiapensis De Leon
Amblyseius chiapensis De Leon, 1961: 85; 1962: 175; McMurtry, 1983: 250; Moraes e Mesa,
1988: 72; Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 10; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 118; Moraes
et al., 2004: 19; Denmark e Muma, 1989: 94; McMurtry e Moraes, 1989: 185; Gondim Jr. e
46
Moraes, 2001: 67; Ferla e Moraes, 2002: 1 013; Lofego, Moraes e Castro, 2004: 3; Moraes et al.,
2004: 18; Chant e McMurtry, 2007: 78.
Amblyseius triplaris De Leon, 1967: 25 (sinonímia, de acordo com DENMARK; MUMA, 1989:
94).
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 344 (338-360) de comprimento e 208 (203-213) de largura. Setas j1 28
(28-30), j3 48 (45-55), j4 6, j5 3, j6 6, J2 5, J5 7, z2 10, z4 9 (8-10), z5 3, Z1 6 (6-7), Z4 111
(108-118), Z5 215 (198-248), s4 100 (98-105), S2 8 (8-10), S4 6 (5-8), S5 7 (5-8), r3 18 (15-20),
R1 6.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 58 (58-60), ST2-ST2 72 (70-75) e ST5-ST5 80 (73-88).
Placa ventrianal, 120 (115-130) de comprimento, 72 (63-80) de largura ao nível da ZV2 e 72 (70-
75) de largura ao nível do ânus; JV5 63 (58-68) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 38 (37-39) de comprimento; dígito fixo 40 (39-41) de comprimento.
Espermateca: Cálice em forma de taça, 6 (5-6) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 42 (40-45), Sge II 39 (33-45), Sti II 34 (33-35), St II 27
(25-28), Sge III 46 (43-50), Sti III 33 (33-35), St III 28 (28-30), Sge IV 75 (73-78), Sti IV 57 (48-
70), St IV 69 (60-78). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Soritor – Indochi, 6° 7' 34" S, 77° 7' 36” W, 29-VII-2006, em Solanum
americanum (1). Amazonas: Aramango, 5° 43' 52" S, 78° 26' 24” W, 2-VIII-2006, em
Capsicum frutescens (3, 2); Bagua Grande, 2-VIII-2006, em C. frutescens (1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cuzco (McMURTRY; MORAES, 1989).
47
Observações
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Amblyseius chungas Denmark e Muma
Amblyseius chungas Denmark e Muma, 1989: 67; Guanilo, 2006: 27; Moraes et al., 2004: 20;
Chant e McMurtry, 2007: 78.
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 361 (350-370) de comprimento e 217 (195-230) de largura. Setas j1 33
(30-35), j3 58 (53-63), j4 6 (5-8), j5 5, j6 6 (5-8), J2 6 (5-8), J5 8 (8-10), z2 11 (10-13), z4 13 (10-
15), z5 5, Z1 8, Z4 134 (130-140), Z5 259 (253-268), s4 122 (115-125), S2 8 (5-10), S4 6 (5-8),
S5 7 (5-8), r3 19 (18-20), R1 8 (8-10).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 62 (60-63), ST2-ST2 73 (70-75) e ST5-ST5 81 (80-83).
Placa ventrianal, 118 (113-122) de comprimento, 85 (78-90) de largura ao nível da ZV2 e 83 (75-
88) de largura ao nível do ânus; JV5 75 (74-76) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 38 (37-39) de comprimento, com 9 dentes; dígito fixo 33 (32-34) de
comprimento, com 12 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de funil, 13 (13-15) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 45 (43-48), St I 45 (40-48), Sge II 37 (33-40), Sti II 33
(30-35), St II 32 (30-35), Sge III 51 (48-53), Sti III, 39 (35-43), St III 32 (30-35), Sge IV 111
(100-120), Sti IV 84 (83-88), St IV 64 (63-65). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,
2/1,2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 283 de comprimento, 175 de largura. Setas j1 25, j3 50, j4 5, j5 3, j6 8,
J2 5, J5 8, z2 13, z4 8, z5 5, Z1 5, Z4 88, Z5 195, s4 85, S2 5, S4 5, S5 5, r3 15, R1 10.
48
Ventre. Placa ventrianal; 113 de comprimento, 150 de largura nos extremos anteriores e 50 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 35, St I 40, Sge II 30, Sti II 23, St II 25, Sge III 35, Sti III
33, St III 13, Sge IV 73, Sti IV 55, St IV 55.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Huarpipata, 12º 52' 44.4'' S, 72º 41' 33.1” W, 4-VII-2006, em
Capsicum annum (1). Ica: Chincha - El Palmar, 13° 28' 41" S, 76° 10' 26” W, 20-VII-2006, em
Cestrum auriculatum (6, 1i) ; Chincha-Viña La Vieja, 13° 28' 34" S, 76° 3' 11” W, 20-VII-
2006, em C. auriculatum (3). Lima: Cañete - Agua Dulce, 13° 5' 37" S, 76° 25' 8” W, 21-VII-
2006, em Brugmansia arborea (8, 4, 1i); Cañete - Playa Hermosa, 13° 5' 50" S, 76° 25' 38”
W, 21-VII-2006, em Ricinus communis (7, 2). San Martín: Soritor – Indochi, 6° 7' 34" S, 77°
7' 36” W, 29-VII-2006, em Solanum americanum (1). Lambayeque: Chiclayo – Callanca, 6°
50' 51" S, 79° 48' 57” W, 6-VIII-2006, em Nicandra physaloides (4, 1); Chiclayo – Callanca,
6° 50' 51" S, 79° 48' 57” W, 6-VIII-2006, em C. auriculatum (5, 1). La Libertad: Trujillo –
UNT, 8° 6' 48" S, 79° 2' 23” W, 7-VIII-2006, em R. communis (1,1,1i); Trujillo – Viru, 8° 24'
32" S, 78° 48' 50” W, 7-VIII-2006, em C. auriculatum (9, 4).
Relatos prévios no Peru.
Departamentos de Lima e Ica (GUANILO, 2006), e Lambayeque (DENMARK; MUMA,
1989).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie. Porém, o comprimento do cálice da espermateca é três vezes mais comprido.
De acordo com Chan; McMurtry (2004a), A. chungas pertence ao subgrupo de espécies aerialis
pela forma tubular do cálice da espermateca mostrada na descrição original, mas observou-se
49
neste trabalho que o cálice da espermateca é em forma de funil. Esta espécie foi encontrada a
oeste e a leste da Cordilheirados Andes.
Amblyseius franzellus Athias-Henriot
Amblyseius franzellus Athias-Henriot, 1967: 535; Denmark e Muma, 1989: 117; McMurtry e
Moraes, 1989: 185; Moraes et al., 2004: 24; Chant e McMurtry, 2007: 78.
Observações
Esta espécie foi descrita de Bahia Blanca, Buenos Aires, Argentina, de solo. No Peru, foi
relatada em Quillabamba, Departamento de Cuzco, em “chá” (McMURTRY; MORAES, 1989).
Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime foi coletado neste
estudo.
Amblyseius herbicolus (Chant)
Typhlodromus (Amblyseius) herbicolus Chant, 1959: 84.
Amblyseius herbicolus, Daneshvar e Denmark, 1982: 5; McMurtry e Moraes, 1984: 34; Denmark
e Muma, 1989: 59; Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 14, Moraes, Mesa e Braun, 1991:
118; Moraes et al., 2004: 27; Gondim Jr. e Moraes, 2001: 70; Zacarias e Moraes, 2001: 580;
Ferla e Moraes, 2002: 1013; Moraes et al., 2004: 27; Chant e McMurtry, 2007: 78.
Amblyseius (Amblyseius) herbicolus, Muma, 1961: 287.
Amblyseius deleoni Muma e Denmark, apud Muma, Denmark e De Leon, 1970: 68 (sinonímia
de acordo com DANESHVAR; DENMARK, 1982: 5).
Amblyseius impactus Chaudhri, 1968: 553 (sinonímia de acordo com DANESHVAR;
DENMARK, 1982: 5).
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 379 (375-383) de comprimento e 257 (255-258) de largura. Setas j1 39
(38-40) j3 43 (43-45), j4 5, j5 5, j6 7 (6-8), J2 8 (8-10), J5 9 (8-10), z2 16 (15-18), z4 12 (10-13),
50
z5 6 (5-8), Z1 10, Z4 110 (105-113), Z5 273 (273-275), s4 103 (100-105), S2 11 (10-12), S4 11
(10-12), S5 9 (8-10), r3 12 (10-13), R1 8 (8-10).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 67 (65-70), ST2-ST2 73 (70-75) e ST5-ST5 78 (78-80).
Placa ventrianal, 122 (120-123) de comprimento, 54 (53-55) de largura ao nível da ZV2 e 75 (73-
78) de largura ao nível do ânus; JV5 64 (60 -68) de comprimento.
Espermateca. Cálice tubular, 25 (25-26) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 45, St I 48 (45-50), Sge II 42 (40-45), Sti II 33 (30-38), St
II 32 (30-33), Sge III 47 (45-48), Sti III 41 (38-43), St III, 34 (33-35), Sge IV 123 (123-125), Sti
IV 91 (90-93), St IV 77 (75-80). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
Cuzco: Urubamba – Chinchubamba, 13º 18' 18.8'' S, 72º 6' 20.6” W, 7-VII-2006, em
Lycopersicon esculentum (5). Cajamarca: San Ignacio - Barrio Nuevo, 5° 8' 9" S, 79° 3' 8” W,
4-VIII-2006, em Solanum americanum (10).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Chant
(1959) e Schicha (1987) para exemplares da Inglaterra e Austrália, respectivamente. Esta espécie
foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Amblyseius invictus Schuster
Amblyseius invictus Schuster, 1966: 331; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 118; Moraes et al., 2004:
31; Chant e McMurtry, 2007: 78.
Amblyseius (Amblyseius) invictus, Denmark e Muma, 1989: 66.
51
Observações
Esta espécie foi descrita da Isla Santa Cruz, Galápagos, em “mangue”. No Peru, foi
encontrado no Vale de Cañete, Departamento de Lima, em Citrus (MORAES; MESA; BRAUN,
1991). Esta espécie foi relatada a oeste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime adicional foi
coletado neste estudo.
Amblyseius leonardi McMurtry e Moraes
Amblyseius leonardi McMurtry e Moraes, 1989: 182; Moraes et al., 2004: 35; Chant e McMurtry,
2007: 78.
Observações
Esta espécie foi descrita de espécimes de Quillabamba, Departamento de Cuzco, em “chá”
(McMURTRY; MORAES, 1989). Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes.
Nenhum espécime adicional foi coletado neste estudo.
Amblyseius lynnae McMurtry e Moraes
Amblyseius lynnae McMurtry e Moraes, 1989: 183; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 123; Moraes
et al., 1993: 80; 2004: 36; Chant e McMurtry, 2007: 78.
Observações
Esta espécie foi descrita de uma região próxima de Mollepata, Departamento de Cuzco, em
Capsicum sp. (McMURTRY; MORAES, 1989). Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira
dos Andes. Nenhum espécime foi coletado neste estudo.
Amblyseius perditus (Chant e Baker)
Iphiseius perditus Chant e Baker, 1965: 16.
Amblyseius perditus, Denmark e Muma, 1989: 105; Moraes et al., 2004: 47; Chant e McMurtry,
2007: 80.
52
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 345 de comprimento e 210 de largura. Setas j1 27, j3 33, j4 5, j5 4, j6 5,
J2 7, J5 8, z2 7, z4 8, z5 7, Z1 15, Z4 60, Z5 178, s4 58, S2 10, S4 10, S5 10, r3 15, R1 10.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 58, ST2-ST2 63 e ST5-ST5 73. Placa ventral, 40 de
comprimento e 65 de largura ao nível da ZV2. Placa anal, 38 de comprimento e 68 de largura ao
nível do ânus; JV5 32 (30-33) de comprimento.
Espermateca. Cálice tubular, 15 de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 45, St I 50, Sge II 38, Sti II 25, St II 28, Sge III 43, Sti III
35, St III 25, Sge IV 73, Sti IV 55, St IV 60. Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Moyobamba, 6° 2' 55" S, 76° 58' 14” W, 28-VII-2006, em Solanum
caricaefolium (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Amblyseius vasiformis Moraes e Mesa
Amblyseius vasiformis Moraes e Mesa, apud Moraes, Mesa e Braun, 1991: 119; Moraes et al.,
2004: 54; Chant e McMurtry, 2007: 81.
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 408 (400-415) de comprimento e 264 (263-265) de largura. Setas j1 34
(33-35), j3 40, j4 5, j5 4, j6 4, J2 6, J5 5, z2 9 (8-9), z4 11 (9-12), z5 4, Z1 8, Z4 186 (183-190),
Z5 444 (430-458), s4 170, S2 8, S4 10 (9-11), S5 8, r3 13, R1 11 (10-12).
53
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 62 (60-63), ST2-ST2 73 (70-75) e ST5-ST5 84 (80-87).
Placa ventrianal, 131 (128-135) de comprimento, 58 (58-58) de largura ao nível da ZV2 e 86 (85-
88) de largura ao nível do ânus; JV5 108 (106-110) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 52 (51-53) de comprimento; dígito fixo 50 (49-51) de comprimento.
Espermateca. Cálice em forma de sino, 12 (10-13) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 76 (75-78), St I 91 (90-93), Sge II 51 (50-53), Sti II 38, St
II 44 (43-45), Sge III 78, Sti III 65, St III 35, Sge IV 181 (180-183), Sti IV 134 (130-138), St IV
99 (98-100). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2-2/1,1.
Espécimes examinados
San Martín: Moyobamba, 6° 2' 55" S, 76° 58' 14” W, 28-VII-2006, em Solanum
caricaefolium (2).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Ucayali (MORAES; MESA; BRAUN, 1991).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original para exemplares da Colômbia, Equador e Peru. Porém as setas s4 e z4 são 10-15% mais
longas. Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Arrenoseius urquharti (Yoshida-Shaul e Chant)
Amblyseius urquharti Yoshida-Shaul e Chant, 1988: 2055.
Fundiseius urquharti, Kreiter e Moraes, 1997: 378; Moraes, Kreiter e Lofego, 2000: 244;
Moraes et al., 2004: 89.
Arrenosius urquharti, Chant e McMurtry, 2004b: 299; 2007: 98.
54
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 403 (365-430) de comprimento e 302 (280-325) de largura. Setas j1 21
(19-23), j3 33 (32-35), j4 3 (3-4), j5 3 (2-4), j6 4 (4-5), J2 4 (4-5), J5 8 (7-10), z2 10 (8-11), z4 16
(15-18), z5 4 (3-5), Z1 5, Z4 109 (104-114), Z5 111 (110-114), s4 92 (86-97), S2 12 (10-15), S4
10 (9-10), S5 10 (9-10), r3 17 (16-18), R1 9 (6-13).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 47 (45-48), ST2-ST2 69 (68-72) e ST5-ST5 144 (143-145).
Placa ventrianal, 141 (138-145) de comprimento, 210 (208-213) de largura ao nível da ZV2 e 125
de largura ao nível do ânus; JV5 46 (45-47) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 39 (38-40) de comprimento, com 2 dentes; dígito fixo 39 (38-40) de
comprimento, com 11 dentes.
Espermateca. Cálice de forma sacular, 20 (19-22) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 22 (20-23), Sti IV 20 (19-20), St IV 35 (31-40).
Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 275 de comprimento, 208 de largura. Setas j1 18, j3 30, j4 2, j5 4, j6 5,
J2 4, J5 5, z2 14, z4 18, z5 3, Z1 6, Z4 83, Z5 72, s4 59, S2 12, S4 10, S5 10, r3 15, R1 10.
Ventre. Placa ventrianal, 125 de comprimento, 183 de largura nos extremos anteriores e 100
de largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 17, Sti IV 16, St IV 30.
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto - Marginal Este, 6° 27' 47" S, 76° 18' 16” W, 27-VII-2006, em
Solanum caricaefolium (6, 2); Nueva Cajamarca – Rioja, 5° 56' 26" S, 77° 16' 50” W, 29-
55
VII-2006, em Solanum americanum (1). Amazonas: Aramango, 5° 43' 52" S, 78° 26' 24” W,
2-VIII-2006, em Capsicum frutescens (1, 1); Bagua Grande, 2-VIII-2006, em C. frutescens
(2). Cajamarca: San Ignacio - La Villa, 5° 8' 34" S, 78° 59' 40” W, 4-VIII-2006,em S.
americanum (2); San Ignacio - Barrio Nuevo, 5° 8' 9" S, 79° 3' 8” W, 4-VIII-2006, em S.
americanum (2).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Yoshida-
Shaul e Chant (1988) e Kreiter e Moraes (1997) para exemplares de Antigua e Guadalupe,
respectivamente. Porém, as setas s4, Z4 e Z5 dos espécimes coletados neste estudo são cerca de
20, 40 e 30% mais longos do que a descrição original, respectivamente. Os espécimes coletados
neste estudo são mais semelhantes aqueles relatados por Kreiter e Moraes (1997) de Guadalupe.
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Euseius alatus De Leon
Euseius alatus De Leon, 1966: 87, Denmark e Muma, 1973: 262; Moraes e McMurtry, 1983:
137: Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 36; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 131; Moraes et al.,
2004: 60; Feres e Moraes, 1998: 127; Gondim Jr. e Moraes, 2001: 73; Zacarias e Moraes, 2001:
581; Ferla e Moraes, 2002: 1015; Moraes et al., 2004: 60; Chant e McMurtry, 2007: 120.
Euseius paraguayensis Denmark e Muma, 1970, apud Denmark e Muma, 1970: 224
(sinonímia de acordo com MORAES; McMURTRY, 1983: 137).
Fêmea (5 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 325 (310-343) de comprimento e 234 (210-253) de largura. Setas j1 28
(25-30), j3 26 (24-26), j4 16 (14-17), j5 15 (12-16), j6 17 (14-18), J2 19 (16-20), J5 7 (6-8), z2 20
(18-22), z4 22 (20-24), z5 16 (13-19), Z1 17 (15-18), Z4 22 (20-23), Z5 59 (56-65), s4 32 (30-
56
34), S2 21 (15-24), S4 25 (20-27), S5 24 (20-27), r3 16 (15-17), R1 15 (13-18) (dentro/fora da
placa dorsal).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 72 (68-78), ST2-ST2 67 (63-71) e ST5-ST5 87 (83-96).
Placa ventrianal, 97 (93-100) de comprimento, 52 (48-55) de largura ao nível da ZV2 e 72 (68-
78) de largura ao nível do ânus; JV5 15 de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 25 (24-26) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 25 (23-26) de
comprimento, com 3 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 18 (16-21) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas nas pernas I-III, macrosetas com pontas dilatadas na perna IV;
Sge I 23 (20-27), Sge II 24 (20-27), Sge III 32 (29-35), Sge IV 45 (42-50), Sti III 23 (22-23), Sti
IV 29 (28-30), St IV 53 (48-57). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 270 de comprimento, 208 de largura. Setas j1 27, j3 26, j4 16, j5 14, j6
15, J2 16, J5 6, z2 19, z4 20, z5 15, Z1 15, Z4 17, Z5 46, s4 29, S2 20, S4 23, S5 22, r3 15, R1
13.
Ventre. Placa ventrianal; 113 de comprimento, 145 de largura nos extremos anteriores e 55
de largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas nas pernas I-III, macrosetas com pontas dilatadas na perna IV;
Sge I 23, Sge II 20, Sge III 25, Sge IV 35, Sti IV 25, St IV 45.
Espécimes examinados
Cuzco: Estrada Quillabamba, 13º 3' 41.7'' S, 72º24' 46.3” W, 5-VII-2006, em Miconia sp.
(1); Urubamba – Huayanbanca, 13º 17' 24.9'' S, 72º 7' 53.2” W, 6-VII-2006, em Capsicum
57
pubescens (1); Estrada Quillabamba, 13º 3' 41.7'' S, 72º24' 46.3” W, 5-VII-2006, em Cecropia
peltata (2). San Martín: Soritor – Rioja, 6° 8' 11" S, 77° 8' 13” W, 29-VII-2006, em
Brugmansia suaveolus (1, 2). Amazonas: Chachapoyas - Lucuma Ureo, 6° 14' 25" S, 77° 52'
6” W, 31-VII-2006, em Solanum albidum (22, 1) ; Chachapoyas - Chachapoyas Road, 6° 14'
48" S, 77° 51' 55” W, 31-VII-2006, em Erythrina edulis (1). Cajamarca: San Ignacio –
Mandinga, 5° 7' 46" S, 79° 0' 22” W, 4-VIII-2006, em Cestrum tomentosum (7).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cuzco (MORAES; McMURTRY, 1989)
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Moraes e
McMurtry (1983) e De Leon (1967) para exemplares do Brasil e Trinidad. Porém, que nos
espécimes de Cuzco, a seta R1 está inserida fora da placa dorsal, enquanto que fora da placa
dorsal, que nos espécimes de Amazonas, Cajamarca e San Martín esta seta está inserida na placa
dorsal. Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Euseius caseariae De Leon
Euseius caseariae De Leon, 1967: 21; Moraes e Mesa, 1988: 80; Moraes et al., 2004: 63; Chant e
McMurtry, 2007: 120.
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 322 (313-338) de comprimento e 218 (200-240) de largura. Setas j1 29
(27-30), j3 35 (33-37), j4 9 (8-10), j5 9 (7-10), j6 12 (12- 13), J2 11 (10-12), J5 4 (4-5), z2 14
(12-15), z4 21 (18-23), z5 9 (8-10), Z1 11 (10-12), Z4 11 (10-11), Z5 64 (60-65), s4 46 (44-48),
S2 14 (13-15), S4 16 (14-20), S5 17 (15-19), r3 16 (15-17), R1 11 (10-12).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 54 (53-55), ST2-ST2 66 (65-66) e ST5-ST5 84 (82- 85).
Placa ventrianal, 97 (83-120) de comprimento, 45 (41-48) de largura ao nível da ZV2 e 68 (66-
70) de largura ao nível do ânus; JV5 33 (32-34) de comprimento.
58
Espermateca. Cálice tubular, 21 (20- 22) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas Sge I, Sge II, Sti III e St III; macrosetas com pontas dilatadas Sge
III, Sge IV, Sti IV e St IV; Sge I 28 (26-28), Sge II 29 (28-30), Sge III 32 (30-33), Sge IV 45
(43-45), Sti III 24 (22-25), St III 25 (22-26), Sti IV 31 (30-32), St IV 52 (50-53). Quetotaxia.
Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0, 1.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Macamango, 12º 5' 19.6'' S, 72º 42' 13.5” W, 4-VII-2006, em Ricinus
communis (3); Quillabamba – Amayabamba, 13º 0' 8.3'' S, 72º 31' 5” W, 5-VII-2006, em
Brugmansia arborea (5, 2) .
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cuzco (MORAES; McMURTRY, 1989).
Observações
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Euseius citrifolius Denmark e Muma
Euseius citrifolius Denmark e Muma, 1970, apud Denmark e Muma, 1970: 222; Moraes e
McMurtry, 1983: 138; Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 38; Moraes, Mesa e Braun, 1991:
131; Moraes et al., 2004: 64; Feres e Moraes, 1998: 127; Feres, 2000: 161; Feres e Nunes, 2001:
74; Zacarias e Moraes, 2001: 581; Ferla e Moraes, 2002; Lofego, Moraes e Castro, 2004: 4;
Moraes et al., 2004: 64; Chant e McMurtry, 2007: 120.
Fêmea (6 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 345 (330-363) de comprimento e 243 (225-263) de largura. Setas j1 31
(27-35), j3 34 (29-37), j4 16 (14-18), j5 16 (13-18), j6 17 (15-18), J2 17 (15-20), J5 6 (6-7), z2 27
(22-30), z4 29 (26-30), z5 15 (13-16), Z1 18 (15-20), Z4 19 (17-22), Z5 65 (62-68), s4 38 (33-
43), S2 22 (20-26), S4 25 (21-30), S5 29 (28-30), r3 20 (17-21), R1 15 (13-17).
59
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 57 (53-63), ST2-ST2 65 (55-74) e ST5-ST5 90 (87-95).
Placa ventrianal, 107 (98-118) de comprimento, 53 (50-63) de largura ao nível da ZV2 e 76 (70-
85) de largura ao nível do ânus; JV5 38 (37-39) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 25 (24-26) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 28 (27-29) de
comprimento, com 3 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 18 (15-21) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas, macrosetas Sge IV, Sti IV e St IV com pontas hialinas; St IV
curvada; Sge I 26 (20-31), Sge II 25 (20-30), Sge III 29 (24-35), Sge IV 47 (40-53), Sti III 26
(23-29), St III 27 (24-30), Sti IV 33 (30-36), St IV 60 (57-64). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1;
genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 285 de comprimento, 150 de largura. Setas j1 28, j3 35, j4 16, j5 16, j6
12, J2 16, J5 7, z2 26, z4 27, z5 13, Z1 15, Z4 19, Z5 53, s4 38, S2 24, S4 28, S5 28, r3 19, R1
15.
Ventre. Placa ventrianal, 125 de comprimento, 180 de largura nos extremos anteriores e 70 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas, macrosetas Sge IV, Sti IV e St IV com pontas hialinas; St IV
curvada; Sge I 27, Sge II 24, Sge III 25, Sge IV 39, Sti III 25, St III 25, Sti IV 30, St IV 53.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Ipac, 12º 53' 56.5'' S, 72º 45' 21. 4” W, 4-VII-2006, em Xanthosoma
sagittifolium (1); Urubamba – Huayanbanca, 13º 17' 24.9'' S, 72º 7' 53.2” W, 6-VII-2006, em
Capsicum pubescens (1), em Cyphomandra befacea (8, 1, 2i); Urubamba – Chinchubamba,
13º 18' 15.3'' S, 72º 6' 2” W, 7-VII-2006, em C. pubescens (1,1); Ollantaytambo – Rio, 13º
15' 37.6'' S, 72º 16' 0.5” W, 7-VII-2006, em Lycopersicon esculentum (11), em Nicandra
60
physaloides (1), em Solanum nigrum (1). Moquegua: Moquegua - El Rayo, 17° 10' 45" S,
70° 56' 35” W, 13-VII-2006, em Cestrum auriculatum (5).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cuzco (McMURTRY; MORAES, 1989).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Denmark;
Muma (1970) e Moraes e McMurtry (1983) para exemplares do Paraguai e Brasil. Difere da
descrição original por apresentar uma seta a mais no genu III. Esta espécie foi encontrada a oeste
e a leste da Cordilheirados Andes.
Euseius concordis (Chant)
Typhlodromus (Amblyseius) concordis Chant, 1959: 69.
Amblyseius (Iphiseius) concordis, Muma, 1961: 288.
Amblyseius concordis, Chant e Baker, 1965: 22.
Euseius concordis, Denmark e Muma, 1973: 264; Moraes e Oliveira, 1982: 317; Moraes e
McMurtry, 1983: 138; Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 39; Feres e Moraes, 1998: 127;
Feres, 2000: 161; Feres e Nunes, 2001: 1255; Feres et al., 2002: 140; Gondim Jr. e Moraes, 2001:
74: Ferla e Moraes, 2002: 1016; Lofego, Moraes e Castro, 2004: 5; Moraes et al., 2004: 64;
Chant e McMurtry, 2007: 120.
Euseius flechtmanni Denmark e Muma, apud Denmark e Muma, 1970: 223, 1973: 261 (sinonímia
de acordo a MORAES; DENMARK; GUERRERO, 1982: 18).
Fêmea (8 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 323 (315-340) de comprimento e 224 (218-235) de largura. Setas j1 28
(25-30), j3 37 (34-40), j4 10 (8-11), j5 9 (9-10), j6 12 (10-15), J2 11 (10-12), J5 6 (5-6), z2 16
(15-18), z4 27 (25-31), z5 9 (8-10), Z1 12 (10-13), Z4 11 (10-12), Z5 60 (56-62), s4 43 (36-48),
S2 14 (12-16), S4 15 (13-17), S5 18 (15-20), r3 16 (15-18), R1 10 (10-12).
61
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 54 (50-57), ST2-ST2 66 (63-73) e ST5-ST5 82 (75-85).
Placa ventrianal, 102 (95- 110) de comprimento, 48 (43- 53) de largura ao nível da ZV2 e 67 (56-
73) de largura ao nível do ânus; JV5 30 de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 23 (22-24) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 25 (24-26) de
comprimento, com 3 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 21 (17-28) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas exceto pelas macrosetas com pontas dilatadas nas Sge I (em
alguns casos), Sge IV, Sti IV e St IV; Sge I 26 (24-28), Sge II 26 (25-27), Sge III 31 (29-32), Sti
III 24 (21-25), St III 25 (23-26), Sge IV 41 (39-43), Sti IV 31 (29-35), St IV 50 (46-53).
Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 235 de comprimento, 150 de largura. Setas j1 25, j3 31, j4 12, j5 11, j6
20, J2 11, J5 4, z2 20, z4 27, z5 10, Z1 12, Z4 13, Z5 49, s4 37, S2 17, S4 20, S5 17, r3 13, R1
10.
Ventre. Placa ventrianal; 90 de comprimento, 118 de largura nos extremos anteriores e 56 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas exceto pelas macrosetas com pontas dilatadas e arredondadas nas
Sge III, Sge IV, Sti IV e St IV; Sge I 24, Sge II 23, Sge III 24, Sge IV 32, Sti III 23, St III 22, Sti
IV 23, St IV 36.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Macamango, 12º 5' 19.6'' S, 72º 42' 13.5” W, 4-VII-2006, em Coffea
arabica (3), em Sapindus saponaria (2); Quillabamba – Ipac, 12º 53' 56.5'' S, 72º 45' 21.4”
W, 4-VII-2006, em Xanthosoma sagittifolium (1); Quillabamba – Maranura, 12º 58' 43.3'' S
72º 39' 36.1” W, 5-VII-2006, em R. communis (2), em Nicotiana tomentosa (1); Quillabamba
62
– Paccha, 12º 48' 2.5'' S, 72º 40' 42.3” W, 5-VII-2006, em R. communis (1,1), em C. arabica
(7, 1). San Martín: Tarapoto – Cacatache, 6° 27' 57" S, 76° 25' 9” W, 27-VII-2006, em
Solanum caricaefolium (20, 1); Soritor – Rioja, 6° 8' 11" S, 77° 8' 13” W, 29-VII-2006, em
B. suaveolus (1), em Physalis pubescens (10); Pedro Ruiz – Jazan, 5° 57' 34" S, 77° 58' 19”
W, 31-VII-2006, em Capsicum chinense (4).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas eso em geral de acordo com aquelas citadas por
Moraes e McMurtry (1983) e McMurtry (1983) para exemplares do Brasil e Paraguai,
respectivamente. Alguns espécimes de Quillabamba (Cuzco) e Tarapoto (San Martín) têm a
macroseta Sge IV com ponta dilatada. Estas mesmas variações também foram observadas por
McMurtry (1983) em populações da Costa Rica e Guatemala. Esta espécie foi encontrada a leste
da Cordilheira dos Andes.
Euseius emanus (El-Banhawy)
Amblyseius emanus El-Banhawy, 1979: 111.
Euseius emanus, Moraes et al., 2004: 48; Chant e McMurtry, 2007: 120.
Fêmea (8 espécimes medidos; apresentam-se também as medições de dois parátipos, um
deles em Carica papaia de San Rosa (12/IV/1976) e outro em Acalypha sp. de Lima
(16/IV/1976), respectivamente em colchetes).
Dorso. Placa dorsal quse totalmente lisa com estrias anterolaterais, 317 (303-338) [315-290]
de comprimento e 227 (218-235) [225-200] de largura. Setas j1 27 (26-28) [27-30], j3 36 (30-40)
[35- 32], j4 10 (9-11) [10-10], j5 10 (8-10) [10-10], j6 12 (9-14) [11-quebrada], J2 11 (10-13)
[10-11], J5 6 (4-9) [7-6], z2 17 (14-20) [14-12], z4 22 (18-25) [20-16], z5 10 (9-11) [9-8], Z1 11
(9-13) [10-10], Z4 12 (11-13) [13-11], Z5 57 (53-61) [50-53], s4 37 (31-42) [34-27], S2 14 (12-
63
16) [15-13], S4 17 (15-19) [17-15], S5 16 (15-18) [16-16], r3 16 (12-18) [15-13], R1 12 (10-13)
[13-13] (dentro/fora da placa dorsal). Todas as setas lisas.
Ventre. Placa esternal lisa; distâncias entre ST1-ST3 57 (54-68) [65- não visível], ST2-ST2
62 (55-68) [55- não visível]. Placa genital lisa; distância entre ST5-ST5 83 (78-85) [75- não
visível]. Placa ventrianal lisa, em forma de vaso, 103 (95-110) [105-105] de comprimento, 55
(45-68) [58-56] de largura ao nível da ZV2 e 72 (68-75) [74-71] de largura ao nível do ânus; com
3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2); JV5 37 (35-38) [28] de comprimento; poros pré-
anais posteromedianos à JV2. Com 2 pares de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até a região entre j3 e z2.
Quelíceras. Dígito móvel 23 (22-24) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 28 (27-29) de
comprimento, com 3 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 19 (17-22) [20-20] de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas nas pernas I-III, macrosetas com pontas dilatadas na perna IV;
Sge I 21 (20-22) [20-20], Sge II 22 (21-23) [18-18], Sge III 23 (20-25) [22-21], Sge IV 33 (30-
36) [32-32], Sti III 22 (20-24) [20-20], St III 22 (20-25) [22-22], Sti IV 25 (21-28) [22-22], St IV
41 (36-50) [37-37]. Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (2 espécimes medidos)
Dorso. Padrão da placa dorsal assim como nas fêmeas, 246 (238-255) de comprimento,
148(145-150) de largura. Setas j1 28 (28-28), j3 33, j4 10, j5 10, j612 (10-13), J2 11 (10-11), J5 6
(5-6), z2 19 (17-20), z4 23 (21-25), z5 10 (9-10), Z1 10 (10-10), Z4 11 (10-11), Z5 44 (40-47), s4
30, S2 16 (15-17), S4 19 (17-20), S5 18 (16-19), r3 15 (12-17) (na placa dorsal), R1 12 (12-12)
(na placa dorsal). Todas as setas lisas.
64
Ventre. Placa ventrianal subtriangular, reticulada com margens irregulares; 91(90-93) de
comprimento, 135(128-143) de largura nos extremos anteriores e 55(53-58) de largura ao nível
do ânus; com 3 pares de setas pré-anais, sem lirifissuras visíveis, poros pré-anais elípticos
posteromedianos à JV2.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de z4.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV, Sti IV e St IV com pontas hialinas; Sge I 20, Sge II 20,
Sge III 21 (19-23), Sge IV 30, Sti III 20(18-22), St III 21(18-23), Sti IV 23 (20-26), St IV 39 (35-
43).
Espécimes examinados
Tacna: Tacna – Magollo, 18° 5' 20" S, 70° 19' 24” W, 12-VII-2006, em Datura stramonium
(1, 1i); Tacna – La 5 y 6, 18° 11' 36" S, 70 ° 24' 39” W, 12-VII-2006, em Capsicum annum
(2,1). Moquegua, Moquegua - Los Angeles (Tombolombo), 17° 10' 41" S, 70° 54' 48” W,
13-VII-2006, em Zea mais (1); Moquegua El Pedregal, 17° 10' 21" S, 70° 54' 48” W, 13-VII-
2006, em Inga feuellei (3). Arequipa: Camana - La Calderona, 16° 37' 37" S, 72° 43' 19” W,
16-VII-2006, em Brugmansia arborea (5,2) ; Camana - Ladesa, 16° 38' 45" S, 72° 43' 1” W,
16-VII-2006, em Achira sp. (3). Ica: Nazca - Ingenio (Vista Alegre, Setor Pangaravi), 14° 51'
1" S, 74° 57' 52” W, 18-VII-2006, em Solanum nigrum (4, 4), em Ricinus communis (1),
Lycopersicon esculentum (8). Amazonas: Chachapoyas - Lucuma Ureo, 6° 14' 25" S, 77° 52'
6” W, 31-VII-2006, em Solanum albidum (1); Pedro Ruiz – Jazan, 5° 57' 34" S, 77° 58' 19”
W, 31-VII-2006, em Capsicum chinense (1). Cajamarca: San Ignacio - La Villa, 5° 8' 34" S,
78° 59' 40” W, 3-VIII-2006, em Solanum americanum (3) ; San Ignacio, 3-VIII-2006, em C.
annum (11); San Ignacio - A Estrada Nambaye, 5° 9' 2" S, 78° 59' 59” W, 4-VIII-2006, em
Brugmansia suaveoleus (4) ; San Ignacio - Barrio Nuevo, 5° 8' 9" S, 79° 3' 8” W, 4-VIII-2006,
em Solanum americanum (3) ; San Ignacio – Mandinga, 5° 7' 46" S, 79° 0' 22” W, 4-VIII-
2006, em Cestrum tomentosum (12, 1); Jaen - Tila Alta 2da Etapa, 5° 43' 57" S, 78° 57' 13”
W, 5-VIII-2006, em D. stramonium (2). Lambayeque: Chiclayo – Callanca, 6° 50' 51" S, 79°
48' 57” W, 6-VIII-2006, em Cestrum auriculatum (2, 2i), em Vallesia glabra (5), em
65
Solanum melongena (2), em C. auriculatum (3); Chiclayo – Mochumi, 6° 32' 23" S, 79° 51'
29” W, 6-VIII-2006, em R. communis (10, 5).
Observações
Esta espécie é caracterizada por ter grandes variações na posição da seta R1. Em 34% dos
exemplares esta seta está sempre inserida na placa dorsal; em 41%, está inserida na placa dorsal
em apenas um dos lados e em 25% sempre inserida está fora da placa dorsal. Esta espécie
semelhante a Euseius concordis, mas difere por apresentar a macroseta St IV mais curta e por
apresentar R1 de pelo menos um dos lados inserida na placa dorsal na maioria dos ácaros. Esta
espécie tem uma ampla distribuição no Peru, foi encontrada a oeste e a leste da Cordilheirados
Andes.
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Lima (EL-BANHAWY, 1979)
Euseius errabundus De Leon
Euseius errabundus De Leon, 1967: 19; 1989:186; 1993: 151; Moraes et al., 2004: 66; Chant e
McMurtry, 2007: 120.
Observações
Esta espécie foi descrita de Manzanilla Bay, Trinidad, em Tournefortia hirsutissima. No
Peru, foi relatada em Mollepata, Departamento de Cuzco, em Capsicum sp. (MORAES;
McMURTRY, 1989). Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum
espécime foi coletado neste estudo.
Euseius ho (De Leon)
Amblyseius (Euseius) ho De Leon, 1965a: 125.
Euseius ho, Denmark e Muma, 1973: 262; Moraes e McMurtry, 1983: 139; Moraes, Mesa e
Braun, 1991: 132; Moraes et al., 2004:71; Chant e McMurtry, 2007: 121.
66
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 316 (313-318) de comprimento e 215 (210-220) de largura. Setas j1 27
(26-29), j3 27 (25-29), j4 8 (7-10), j5 8 (7-10), j6 10 (9-11), J2 10 (9-10), J5 5 (5-6), ), z2 13 (12-
15), z4 17 (14-19), z5 8 (6-9), Z1 9 (7-10), Z4 11 (10-11), Z5 59 (54-66), s4 35 (29-40), S2 12
(11- 12), S4 13 (11-14), S5 13 (11-14 r3 14 (12- 17), R1 9 (7-10).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 58 (53- 68), ST2-ST2 62 (58- 65) e ST5-ST5 77 (70-81).
Placa ventrianal, 99 (98-100) de comprimento, 48 (45-50) de largura ao nível da ZV2 e 66 (63-
70) de largura ao nível do ânus; JV5 30 (29-31) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 25 (24-26) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 23 (22-23) de
comprimento, com 2 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 16 (15-17) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macrosetas afiladas exceto pelas macrosetas com pontas dilatadas e arredondadas nas
Sge III, Sge IV, Sti IV e St IV; Sge I 22 (19-26), Sge II 23 (20-28), Sge III 26 (22-30), Sge IV 33
(24-45), Sti III 22 (20-24), St III 22 (20-26), Sti IV 34 (30-37), St IV 48 (44-52). Quetotaxia.
Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0, 1.
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto – Cacatache, 6° 27' 55" S, 76° 26' 49” W, 27-VII-2006, em Fabaceae
desconhecida (5); Cajamarca: San Ignacio – Tomaque, 5° 7' 35" S, 78° 58' 41” W, 4-VIII-
2006, em Capsicum annum (7). Jaen - Urb. Guayacan, 5° 43' 21" S, 78° 58' 41” W, 5-VIII-
2006, em Ricinus communis (3); Jaen – Linderos, 5° 41' 38" S, 78° 48' 10” W, 5-VIII-2006, em
Capsicum frutescens (3,3).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Junín e Ucayali (MORAES; MESA; BRAUN, 1991).
67
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie, exceto por terem a seta s4 cerca de 15% mais longa. Esta espécie foi
encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Euseius naindaimei (Chant e Baker)
Amblyseius naindaimei Chant e Baker, 1965: 22.
Euseius naindaimei, Denmark e Muma, 1972: 21; McMurtry, 1983: 258; Moraes e Mesa, 1988:
81; Moraes, Kreiter e Lofego, 2000: 242; Moraes et al., 2004: 74; Chant e McMurtry, 2007: 121.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 343 de comprimento e 245 de largura. Setas j1 30, j3 27, j4 8, j5 7, j6 9,
J2 11, J5 5, z2 12, z4 14, z5 8, Z1 10, Z4 10, Z5 57, s4 22, S2 15, S4 15, S5 15, r3 18, R1 14.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 58, ST2-ST2 75 e ST5-ST5 90. Placa ventrianal, 103 de
comprimento, 48 de largura ao nível da ZV2 e 78 de largura ao nível do ânus; JV5 38 de
comprimento.
Espermateca. Cálice tubular com 20 de comprimento. Espermateca estreita distalmente.
Pernas. Macrosetas afiladas; aquelas da perna IV também com pontas hialinas; Sge I 37, Sge
II 24, Sge III 34, Sge IV 45, Sti IV 35, St IV 68. Quetotaxia. Genu II: 1, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1,
2/0, 1.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba–Ipac, 12º 53' 56.5'' S, 72º 45' 21.4” W, 4-VII-2006, em Xanthosoma
sagittifolium (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
68
Observações
As características da fêmea examinada estão de acordo com aquelas citadas por Denmark e
Muma (1972), e McMurtry (1983) para exemplares da Colômbia e Paraguai, respectivamente.
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Euseius sibelius (De Leon)
Amblyseius (Typhlodromalus) sibelius De Leon, 1962: 21.
Euseius sibelius, Muma, Denmark e De Leon, 1970: 98; Moraes e McMurtry 1983: 140; Moraes
e Mesa 1988: 81; Moraes, Kreiter e Lofego, 2000: 243; Moraes, McMurtry e Denmark, 1986:
54; Moraes et al., 2004: 83; Chant e McMurtry, 2007: 123.
Euseius subalatus De Leon 1965a: 127, (sinonímia de acordo com MUMA; DENMARK; DE
LEON, 1970).
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 290 de comprimento e 175 de largura. Setas j1 25, j3 23, j4 19, j5 20, j6
23, J2 21, J5 7, z2 23, z4 28, z5 23, Z1 21, Z4 26, Z5 54, s4 32, S2 25, S4 21, S5 24, r3 26, R1
16.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 50, ST2-ST2 58 e ST5-ST5 75. Placa ventrianal, 90 de
comprimento, 45 de largura ao nível da ZV2 e 63 de largura ao nível do ânus; JV5 28 de
comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 23 (22-24) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 25 (24-26) de
comprimento, com 3 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 20 de comprimento; átrio do mesmo largo do que o cálice.
Pernas. Macrosetas com pontas levemente dilatadas; Sge IV 30, Sti IV 21, St IV 35.
Quetotaxia. Genu II: 1, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
69
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Macamango, 12º 5' 19.6'' S, 72º 42' 13.5” W, 4-VII-2006, em
Lycopersicon esculentum var. cerasiforme (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Iphiseiodes zuluagai Denmark e Muma
Iphiseiodes zuluagai Denmark e Muma, 1972: 23; Denmark e Muma, 1973: 251; Denmark e
Muma, 1975: 287; Moraes, McMurtry e Denmark, 1986; Aponte e McMurtry, 1995: 165; Kreiter
e Moraes, 1997: 377; Feres e Moraes, 1998: 127; Gondim Jr. e Moraes, 2001: 76; Moraes et al.,
2004: 91; Chant e McMurtry, 2007: 98.
Amblyseius zuluagai, Moraes e Mesa, 1988: 79; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 125.
Fêmea(3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal quase totalmente lisa com estrias anterolaterais, 363 (40-393) de
comprimento e 315 (310-325) de largura. Setas j1 21 (21-22), j3 33 (31-37), j4 2, j5 2, j6 2, J2 2,
J5 4 (4-5), z2 2, z4 2, z5 2, Z1 3 (2-3), Z4 2 (2-3), Z5 132 (125-137), s4 113 (110-115), S2 2 (2-
3), S4 3 (2-3), S5 2 (2-3), r3 5 (4-6), R1 3 (2-3).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 49 (48-50), ST2-ST2 79 (78-80) e ST5-ST5 135. Placa
ventrianal, 100 (93-108) de comprimento, 129 (125-138) de largura ao nível da ZV2 e 75 de
largura ao nível do ânus; JV5 30 (29-31) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 30 (29-31) de comprimento, com 2 dentes; dígito fixo 35 (34-36) de
comprimento, com 9 dentes.
70
Espermateca. Cálice tubular, 14 (12-15) de comprimento; átrio não diferenciado.
Pernas. Macrosetas afiladas, exceto pelas macrosetas Sge III, Sti III e Sti IV com pontas
hialinas, e pelas macrosetas Sge IV e St IV com pontas dilatadas; Sge I 47 (44-49), Sge II 33 (29-
35), Sge III 52 (48-54), Sti III 29 (27-30), St III 25 (23-26); Sge IV 100 (96-103), Sti IV 64 (61-
67), St IV 38 (37-40). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 283 de comprimento, 230 de largura. Setas j1 21, j3 36, j4 2, j5 2, j6 2,
J2 2, J5 3, z2 2, z4 2, z5 3, Z1 2, Z4 4, Z5 90, s4 75, S2 3, S4 3, S5 5, r3 5 , R1 5 .
Ventre. Placa ventrianal; 113 de comprimento, 168 de largura nos extremos anteriores e 75 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas, exceto Sge III, Sti III, Sge IV, Sti IV (com pontas hialinas) e St
IV; Sge I 38, Sge II 28, Sge III 39, Sti III 22, St III 22, Sge IV 64, Sti IV 49, St IV 34.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Macamango, 12º 5' 19.6'' S, 72º 42' 13.5” W, 4-VII-2006, em Citrus
reticulata (2), em Sapindus saponaria (5), em Lycopersicon. esculentum var. cerasiforme
(1); Quillabamba – Echarate, 12º 46' 9.7'' S, 72º 37' 55.3” W, 5-VII-2006, em L. esculentum
var. cerasiforme (5). San Martín: Tarapoto - Bello Horizonte, 6° 31' 22" S, 76° 18' 22” W, 27-
VII-2006, em Bixa orellana (1); Tarapoto - Alto Polish, 6° 32' 18" S, 76° 16' 49” W, 27-VII-
2006, em Capsicum annum (7); Moyobamba, 6° 2' 55" S, 76° 58' 14” W, 28-VII-2006, em
Solanum caricaefolium (8, 1) ; Soritor – Rioja (El Aguaje), 6° 8' 11" S, 77° 8' 13” W, 29-VII-
2006, em Brugmansia suaveolus (9, 5) ; Soritor – Rioja (Indochi), 6° 7' 34" S, 77° 7' 36” W,
29-VII-2006, em S. caricaefolium (1). Amazonas: Chachapoyas - San Isidro, 6° 15' 48" S, 77°
56' 48” W, 31-VII-2006, em Solanum albidum (11, 2); Chachapoyas - Limon Punta, 6° 13'
27" S, 77° 54' 13” W, 31-VII-2006, em Citrus sinensis (5, 1); Pedro Ruiz – Jazan, 5° 57' 34"
S, 77° 58' 19” W, 31-VII-2006, em S. albidum (1) ; Pedro Ruiz – Donce, 5° 59' 34"S, 77° 58'
71
16” W, 1-VIII-2006, em Cestrum sp. (2) ; Bagua Grande, 2-VIII-2006, em Capsicum
frutescens (1, 1). Cajamarca: San Ignacio - La Villa, 5° 8' 34" S, 78° 59' 40” W, 3-VIII-
2006, em Solanum americanum (3) ; San Ignacio – Chilique, 5° 9' 6" S, 79° 0' 2” W, 3-VIII-
2006, em S. caricaefolium (5,1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie. Porém, na descrição original a quetotaxia do genu III é apresentada com 2, 2-
2/1, 1 enquanto nos exemplares examinados neste estudo, a quetotaxia é claramente 1, 2/1, 2/0, 1.
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Neoseiulus anonymus (Chant e Baker)
Amblyseius anonymus Chant e Baker, 1965: 21; McMurtry, 1983: 254; Schicha e Elshafie, 1980:
32; Moraes e Mesa, 1988:76; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 126; Moraes et al., 2004:102.
Neoseiulus anonymus, Denmark e Muma, 1973: 265; Kreiter e Moraes, 1997: 378; Chant e
McMurtry, 2007: 25.
Observações
Esta espécie foi descrita de Tacamiche, La Lima, Honduras, em banana. No Peru, foi relatada
no Departamento de Junín, em Manihot esculenta (MORAES; MESA; BRAUN, 1991). Esta
espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime adicional foi coletado
neste estudo.
Neoseiulus californicus (McGregor)
Typhlodromus californicus McGregor, 1954: 89.
Typhlodromus chilenensis Dosse, 1958: 55.
Amblyseius chilenensis, González e Schuster, 1962: 10.
72
Cydnodromus californicus, Athias-Henriot, 1977: 62.
Neoseiulus californicus, Moraes, McMurtry e Denmark, 1986: 73; Chant e McMurtry, 2003: 21;
2007: 25; Moraes et al., 2004: 109.
Amblyseius (Neoseiulus) californicus, Ehara e Amano, 1998: 33.
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 378 (360-398) de comprimento e 176 (160-185) de largura. Setas j1 23
(21-25), j3 34 (31-38), j4 24 (22-26), j5 25 (22-26), j6 30 (25-36), J2 36 (31-40), J5 13 (10-15),
z2 34 (32-35), z4 34 (32-37), z5 26 (23-27), Z1 37 (34-40), Z4 53 (51-55), Z5 70 (65-75), s4 41
(36-45), S2 46 (45-47), S4 39 (36-42), S5 32 (29-35), r3 28 (25-30), R1 26 (23-27).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 62 (59-65), ST2-ST2 63 (59-65) e ST5-ST5 60 (58-62).
Placa ventrianal, 130 (117-135) de comprimento, 102 (95-105) de largura ao nível da ZV2 e 66
(65-67) de largura ao nível do ânus; JV5 49 (48-50) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 25 (24-26) de comprimento, com 2 diminutos dentes; dígito fixo 30
(29-31) de comprimento, com 2 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de taça, 11 (10-13) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Macroseta afilada; St IV 54 (51-60). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0, 1 ; genu III: 1,2-
2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 288 de comprimento, 160 de largura. Setas j1 18, j3 25, j4 18, j5 18, j6
25, J2 28, J5 10, z2 20, z4 25, z5 20, Z1 28, Z4 50, Z5 53, s4 35, S2 35, S4 33, S5 28, r3 23, R1
23.
Ventre. Placa ventrianal; 113 de comprimento, 163 de largura nos extremos anteriores e 63 de
largura ao nível do ânus.
73
Pernas. Macrosetas afiladas; St IV 43.
Espécimes examinados
Cuzco: Ollantaytambo – Rio, 13º 15' 37.6'' S, 72º 16' 0.5” W, 7-VII-2006, em Nicandra
physaloides (1). Tacna: Tacna – Pocollay, 17° 59' 27" S, 70° 13' 6” W, 12-VII-2006, em
Datura stramonium (16); Tacna – Pocollay, 18° 0' 16" S, 70° 12' 37” W, 12-VII-2006, em D.
stramonium (16); Tacna – Magollo, 18° 5' 20" S, 70° 19' 24” W, 12-VII-2006, em N.
physaloides (1). Arequipa: Aplao – Parte baja, 15-VII-2006, em D. stramonium (1) ; Aplao –
Huancarqui, 16° 5' 32" S, 72° 28' 57” W, 15-VII-2006, em Brugmansia arborea (5, 1, 3i) ;
Aplao – Corire, 16° 11' 1" S, 72° 27' 3” W, 15-VII-2006, em Solanum nigrum (1, 1i); Camaná –
El Monte, 16° 36' 37" S, 72° 42' 27” W, 16-VII-2006, em S. nigrum (3), em Phaseolus
vulgaris (6). Ica: Nazca - Ingenio (Vista Alegre, Setor Pangaravi), 14° 51' 1" S, 74° 57' 52” W,
18-VII-2006, em Ricinus communis (1), em Lycopersicon esculentum (3); Nazca - Puquial
(Urbe), 14° 49' 14" S, 74° 57' 36” W, 18-VII-2006, em D. stramonium (11, 2, 1i), em
Physalis pubescens (1); Ica - San Juan, 13° 59' 31" S, 75° 44' 12” W, 19-VII-2006, em B.
arborea (3, 1); Ica - Pachacutec - Cacerio San Pedro, 14° 10' 51" S, 75° 41' 5” W, 19-VII-
2006, em R. communis (1), em N. physaloides (22). Lima: Cañete - Agua Dulce, 13° 5' 37" S,
76° 25' 8” W, 21-VII-2006, em B. arborea (4,1i); Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4' 27" S, 76°
19' 18” W, 21-VII-2006, em Capsicum annum (4). Lambayeque: Chiclayo- Callanca, 6° 50'
51" S, 79° 48' 57” W, 6-VIII-2006, em Solanum melongena (6). La Libertad: Trujillo – Viru,
8° 24' 32" S, 78° 48' 50” W, 7-VIII-2006, em Cestrum auriculatum (2) ; Trujillo – Calunga, 8°
25' 24" S, 78° 48' 50” W, 7-VIII-2006, em C. auriculatum (25,2).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Lima (EL-BANHAWY,1979; GUANILO, 2006) e Ica (GUANILO, 2006).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por El-
Banhawy (1979) e Schuster e Pritchard (1963) para exemplares do Peru e os Estados Unidos.
Porém, os exemplares examinados neste estudo apresentam a seta S2 cerca de 15% mais longa
74
que os exemplares medidos por El-Banhawy (1979). Espécimes da Califórnia medidos por
Schuster e Pritchard (1963) diferem por terem somente um dente no dígito móvel, ao invés de 2,
observados no presente estudo. Esta espécie foi encontrada a oeste e a leste da Cordilheirados
Andes.
Neoseiulus idaeus Denmark e Muma
Neoseiulus idaeus Denmark e Muma, 1973: 266; Moraes et al., 2004: 124; Chant e McMurtry,
2007: 29.
Amblyseius idaeus, Moraes e McMurtry, 1983: 134.
Neoseiulus tridenticus Ueckermann, Moraes e Zannou, 2006: 271 (Nova sinonímia).
Fêmea (12 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 353 (325-383) de comprimento, 169 (155-183) de largura. Setas j1 22
(20-24), j3 49 (46-53), j4 42 (37-45), j5 44 (40-47), j6 50 (46-54), J2 52 (48-57), J5 10 (9-12), z2
46 (42-51), z4 50 (45-55), z5 37 (33-41), Z1 53 (48-57), Z4 67 (62-75), Z5 69 (61-77), s4 61 (57-
65), S2 58 (52-68), S4 39 (33-45), S5 32 (25-37), r3 30 (24-36), R1 36 (28-43).
Ventre. Placa esternal reticulada; a margem posterior pouco esclerotizada, fazendo difícil
determinar se a seta ST3 esta dentro ou fora da placa esternal; distâncias entre ST1-ST3 60 (55-
68), ST2-ST2 60 (58-65). Placa genital pouco reticulada; distância entre ST5-ST5 71 (60-80).
Placa ventrianal reticulada, pentagonal com um estreitamento, margem anterior reta, 121 (108-
132) de comprimento, 93 (85-99) de largura ao nível da ZV2 e 77 (75-80) de largura ao nível do
ânus; com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2); JV5 52 (48-56) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 26 de comprimento, com 2 dentes diminutos; dígito fixo 25 de
comprimento, com 5 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de taça, 10 (10-12) de comprimento; átrio nodular.
75
Pernas. Macrosetas afiladas; Sti IV 23 (20-25), St IV 44 (40-50). Quetotaxia. Genu II: 2,2-
2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 290 (288-293) de comprimento, 163 (150-175) de largura. Setas j1 20, j3
43 (40-45), j4 33, j5 38 (35-40), j6 40, J2 41 (40-41), J5 8 (5-10), z2 40 (38-43), z4 45 (44-45), z5
30 (27-33), Z1 44 (38-50), Z4 46 (45-47), Z5 48 (45-51), s4 48 (45-50), S2 45, S4 26 (25-28), S5
26 (25-28), r3 28 (28-29), R1 25.
Ventre. Placa ventrianal; 118 (110-125) de comprimento, 140 (105-175) de largura nos
extremos anteriores e 75 de largura ao nível do ânus; com 3 pares de setas pré-anais.
Pernas. Macroseta com ponta fina; Sti IV 20, St IV 36 (35-38).
Espécimes examinados
Cuzco: Ollantaytambo – Rio, 13º 15' 37.6'' S, 72º 16' 0.5” W, 7-VII-2006, em Tecoma sp.
(3, 2i), em N. physaloides (4, 1, 1i), em S. nigrum (2). Tacna: Tacna – Pachia, 17° 53' 26"
S, 70 ° 8' 43” W, 12-VII-2006, em Brugmansia candida (4, 1). Arequipa: Aplao –
Huancarqui, 16° 4' 50" S, 72° 29' 2” W, 15-VII-2006, em Brugmansia arborea (1). Amazonas:
Bagua Grande - Esperanza Baja, 5° 45' 22" S, 78° 25' 59” W, 1-VIII-2006, em Solanum albidum
(3, 1); Bagua Grande – Cajaruro, 5° 50' 14" S, 78° 23' 46” W, 1-VIII-2006, em Ricinus
communis (5). Cajamarca: Jaen - Tila Alta, 5° 43' 57" S, 78° 57' 13” W, 5-VIII-2006, em
Datura stramonium (4, 2). La Libertad: Trujillo – UNT, 8° 6' 48" S, 79° 2' 23” W, 7-VIII-
2006, em Nicandra physaloides (6).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
76
Observações
Esta espécie tem uma ampla distribuição no Peru, tendo sido encontrada a oeste e a leste da
Cordilheirados Andes. As fêmeas coletadas estão geralmente de acordo com aquelas da descrição
original da espécie. Observou-se entanto que a margem posterior da placa esternal é pouco
esclerotizada, tornando difícil verificar se ST3 esta inserida na placa esternal ou fora desta. Um
exame de 3 parátipos desta espécie mostrou que estes também apresentam a placa esternal pouco
esclerotizada, sendo entanto possível verificar que ST3 está fora da placa esternal. Esse fato foi
omitido na descrição original (DENMARK; MUMA, 1973), para exemplares do Brasil. A
inserção fora da placa esternal levou Ueckermann, Moraes e Zannou (apud ZANNOU et al.,
2006) a considerar Neoseiulus tridenticus como espécie distinta de Neoseiulus idaeus. Estas são
aqui consideradas como uma mesma espécie, sendo N. tridenticus sinonímia júnior de N. idaeus.
Neoseiulus peruanas (El-Banhawy)
Amblyseius peruanas El-Banhawy, 1979: 113.
Neoseiulus peruanas, Moraes et al., 2004: 138; Chant e McMurtry, 2003: 29; 2007: 29.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 320 de comprimento, 168 de largura. Setas j1 20, j3 30, j4 20, j5 19, j6
23, J2 28, J5 7, z2 30, z4 29, z5 22, Z1 30, Z4 47, Z5 55, s4 36, S2 38, S4 24, S5 17, r3 30.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 50, ST2-ST2 50 e ST5-ST5 60. Placa ventrianal, 95 de
comprimento, 63 de largura ao nível da ZV2 e 53 de largura ao nível do ânus; JV5 89 (88-90) de
comprimento.
Espermateca. Cálice com forma de trompete, 15 de comprimento, muito estreito próximo ao
átrio.
Pernas. Macroseta com ponta fina; St IV 25. Quetotaxia. Genu II: 1, 2/0, 2/1,1; genu III:
1,2/1,2/0,1.
77
Espécimes examinados
Lambayeque: Chiclayo – Monsefú, 6° 32' 19" S, 79° 52' 45” W, 6-VIII-2006, em
Brugmansia arborea (1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Lima (EL-BANHAWY, 1979).
Observações
As características da única fêmea examinada estão geralmente de acordo com aquelas citadas
na descrição original. Porém, setas S2, S4, e R1 desta fêmea são cerca de 25% mais longas e
apresentam o genu III com 2 setas anterolaterais, ao invés de nenhuma, como também relatada na
descrição original.
Chant e McMurtry (2003) criaram o grupo peruanas em Neoseiulus, contando apenas esta
espécie, pelo fato desta apresentar a placa ventrianal 2 vezes mais longa que larga. No único
exemplar examinado neste estudo, a placa ventrianal é 1,5 vezes mais longa que larga. Esta
espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos Andes.
Neoseiulus tunus (De Leon)
Typhlodromips tunus De Leon, 1967: 29.
Amblyseius tunus, McMurtry e Moraes, 1989: 181.
Neoseiulus tunus, Moraes, Kreiter e Lofego, 2000: 248; Moraes et al., 2004: 135; Chant e
McMurtry, 2007: 31.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 283 (280-285) de comprimento e 174 (170-178) de largura. Setas j1 22
(21-23), j3 27 (25-29), j4 14 (13-15), j5 16 (15-18), j6 20 (20-21), J2 22, J5 7, z2 20 (20-21), z4
27 (25-30), z5 15 (15-16), Z1 26 (25-27), Z4 41 (40-41), Z5 67 (65-68), s4 37 (36-37), S2 32 (31-
33), S4 20 (18-21), S5 13, r3 23 (20-25), R1 16 (15-17).
78
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 57 (55-58), ST2-ST2 63 (61-65) e ST5-ST5 61 (58 – 63).
Placa ventrianal, 99 (98-100) de comprimento, 70 (65-75) de largura ao nível da ZV2 e 56 (55-
58) de largura ao nível do ânus; JV5 42 (40-43) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 30 de comprimento, com 3 dentes ; dígito fixo 34 (33-35) de
comprimento, com 7 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de taça, 10 (8-11) de comprimento; átrio pouco diferenciado.
Pernas. Macrosetas com pequenas dilatações na ponta; Sge IV 22 (21-22), Sti IV 18 (17-19),
St IV basitarsos 32 (31-32), St IV telotarsos 29 (28-30). Quetotaxia. Genu II: 2,2/0,2/1,1; genu
III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto - Marginal Este, 6° 27' 47" S, 76° 18' 16” W, 27-VII-2006, em planta
desconhecida (9).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cuzco (McMURTRY; MORAES, 1989).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie, exceto por apresentar a seta j5 cerca de 30% mais curta. Esta espécie foi
encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Phytoseiulus fragariae Denmark e Schicha
Phytoseiulus fragariae Denmark e Schicha, 1983: 34; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 132; Moraes
et al., 2004: 167; Chant e McMurtry, 2007: 55.
79
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 333 (318-343) de comprimento e 247 (240-253) de largura. Setas j1 22
(21-23), j3 31 (27-35), j4 19 (18-21), j5 16 (16-17), j6 62 (60-67), J5 5 (5-6), z2 11 (10-13), z4 52
(43-59), z5 9 (8-10), Z1 120 (116-125), Z4 123 (117-131), Z5 142 (136-145), s4 157 (152-164),
S5 31 (30-31), r3 18 (16-20), R1 23 (22-25).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 61 (58-63), ST2-ST2 68 (63-75) e ST5-ST5 79 (75-83).
Placa ventrianal, 114 (110-120) de comprimento e 76 (75-78) de largura ao nível do ânus; JV5 52
de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 25 de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 28 de comprimento,
com 6 dentes.
Espermateca. Cálice com forma de trompete, 19 (18-20); átrio não diferenciado.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 59 (57-60), Sti IV 34 (31-35), St IV 75 (74-75).
Quetotaxia. Genu II: 2,2/1,2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 295 de comprimento, 255 de largura. Setas j1 18, j3 22, j4 12, j5 15, j6
52, J5 4, z2 11, z4 54, z5 10, Z1 110, Z4 110, Z5 105, s4 95, S5 29, r3 11, R1 23.
Ventre. Placa ventrianal; 120 de comprimento, 180 de largura nos extremos anteriores e 73 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 41, Sti IV 25, St IV 58.
Espécimes examinados
San Martín: Nueva Cajamarca – Rioja, 5° 56' 29" S, 77° 18' 17” W, 29-VII-2006, em
Physalis pubescens (1); Nueva Cajamarca – Rioja (Los Olivos), 5° 56' 13" S, 77° 19' 7” W,
80
29-VII-2006, em Solanum caricaefolium (1, 2, 1i) ; Soritor – Rioja (Indochi), 6° 7' 34" S, 77°
7' 36” W, 29-VII-2006, em Brugmansia suaveolus (12, 1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Phytoseiulus macropilis (Banks)
Laelaps macropilis Banks, 1905: 139.
Phytoseiulus speyeri Evans, 1952: 398 (sinonímia de acordo com KENNET, 1958: 477).
Phytoseiulus chanti Ehara, 1966: 135 (sinonímia de acordo com DENMARK; MUMA, 1973:
236).
Phytoseiulus macropilis, Schuster e Pritchard, 1963: 279; Muma, Denmark e De Leon, 1970: 30;
McMurtry, 1983: 259; Denmark e Schicha, 1983: 31: Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 :
108: Takahashi e Chant, 1993: 28; Kreiter e Moraes, 1997: 378; Moraes, Kreiter e Lofego, 2000:
249: Gondim Jr. e Moraes, 2001: 81, Moraes et al., 2004: 167; Chant e McMurtry, 2007: 55.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 347 (330-363) de comprimento e 208 (205-213) de largura. Setas j1 25
(23-27), j3 40 (39-42), j4 53 (50-55), j5 68 (65-70), j6 155 (150-161), J5 5, z2 13 (11-15), z4 55
(52-58), z5 11 (9-13), Z1 95 (95-96), Z4 119 (115-123), Z5 110 (103-122),s4 154 (140-170), S5
35 (33-40), r3 26 (25-27), R1 23 (20-26).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 73 (70-75), ST2-ST2 71 (68-75) e ST5-ST5 77 (75-78).
Placa ventrianal, 93 (88-100) de comprimento e 77 (75-78) de largura ao nível do ânus; JV5 38
de comprimento.
81
Quelíceras. Dígito móvel 22 de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 25 de comprimento,
com 8 dentes.
Espermateca. Cálice alargado basalmente e estreito distalmente, 31 (30-33); átrio alongado.
Pernas. Macrosetas serreadas e afiladas; Sge IV 77 (73-83), Sti IV 38 (36-40), St IV 110
(107-113). Quetotaxia. Genu II: 2,2/1,2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
Lima: Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4' 33" S, 76° 21' 12” W, 21-VII-2006, em Lippia
nodiflora (18,1); La Libertad: Trujillo – UNT, 8° 6' 48" S, 79° 2' 23” W, 7-VIII-2006, em
Nicandra physaloides (5, 4i).
Distribuição
Peru-Departamento de Lima (YASSEN; BENNET, 1976).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com a redescrição do holótipo
citadas por Denmark e Schicha (1983). Porém, embora na maioria dos exemplares ambas as setas
JV2 estiveram inseridas na placa ventrianal (como no holótipo), em alguns casos, uma destas
setas estava inserida fora desta placa. Este tipo de variações também foi observado por McMurtry
(1983) em populações do Guatemala. Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos
Andes.
Phytoseiulus persimilis Athias-Henriot
Phytoseiulus persimilis Athias-Henriot, 1957: 347; Moraes et al., 2004: 169; Chant e McMurtry,
2007: 55.
Phytoseiulus viegeli Dosse, 1958: 48.
Phytoseiulus tardi Lombardini, 1959: 1.
82
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 364 (363-365) de comprimento e 211 (200-218) de largura. Setas j1 28
(26-31), j3 47 (42-55), j4 58 (53-65), j5 75 (62-86), j6 155 (153-158), J5 5 (5-6), z2 18 (16-20),
z4 66 (65-67), z5 7 (6-8), Z1 119 (116-124), Z4 137 (134-139), Z5 135 , s4 174 (173-175), S5 31
(27-36), r3 29 (28-30), R1 35 (31-38).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 71 (68-75), ST2-ST2 77 (75-78) e ST5-ST5 92 (85-95).
Placa ventrianal, 94 (93-98) de comprimento e 80 (78-83) ao nível do ânus; JV5 50 de
comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 25 de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 24 de comprimento,
com 7 dentes.
Espermateca. Cálice alargado basalmente e estreito distalmente, 32 (30-35) de comprimento;
átrio alongado.
Pernas. Macrosetas afiladas; exceto pelas macrosetas levemente serreadas de Sge IV e da Sti
IV; Sge IV 87 (83-91), Sti IV 46 (43-50), St IV 127 (123-130). Quetotaxia. Genu II: 2,2/1,2/0,1;
genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 290 de comprimento, 175 de largura. Setas j1 19, j3 39, j4 49, j5 66, j6
105, J5 4, z2 20, z4 65, z5 6, Z1 80, Z4 100, Z5 101, s4 125, S5 27, r3 27, R1 40.
Ventre. Placa ventrianal; 133 de comprimento, 148 de largura nos extremos anteriores e 75 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 55, Sti IV 35, St IV 85 lisas; Sge IV e Sti IV serradas.
Espécimes examinados
Tacna: Tacna – Pocollay, 17° 59' 27" S, 70° 13' 6” W, 12-VII-2006, em Datura stramonium
(2,2) ; Tacna - 5 y 6, 18° 11' 13" S, 70° 25' 35” W, 12-VII-2006, em Brugmansia arborea
83
(2, 1, 6i). Lambayeque: Chiclayo – Callanca, 6° 50' 51" S, 79° 48' 57” W, 6-VIII-2006, em
Cestrum auriculatum (1). La Libertad: Trujillo – UNT, 8° 6' 48" S, 79° 2' 23” W, 18-I-2006,
em Nicandra physaloides (45, 7); em Lycopersicon peruvianum (26, 8).
Distribuição
Departamento de Lima (EL-BANHAWY,1979) e Ica (GUANILO, 2006).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com a redescrição do holótipo
citadas por Denmark e Schicha (1983). Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos
Andes.
Proprioseiopsis belizensis (Yoshida-Shaul e Chant)
Amblyseius belizensis Yoshida-Shaul e Chant, 1991: 101.
Proprioseiopsis belizensis, Denmark et al., 1999: 14; Moraes et al., 2004: 172; Chant e McMurtry,
2007: 89.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 426 (413-440) de comprimento e 348 (325-375) de largura. j1 30, j3 101
(95-108), j4 4 (3-6), j5 5 (5-6), j6 9 (8-10), J5 4 (3-5), z2 72 (70-75), z4 54 (53-55), z5 7 (6-7), Z1
15 (13-16), Z4 116 (113-118), Z5 98 (95-102), s4 119 (112-130), S2 10 (8-12), S4 10 (8-11), S5
8 (6-9), r3 25 (22-30), R1 6 (5-6).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 57 (55-58), ST2-ST2 78 (75-83) e ST5-ST5 118 (113-123).
Placa ventrianal, 113 (108-120) de comprimento, 123 (115-128) de largura ao nível da ZV2 e 78
(75-85) de largura ao nível do ânus; JV5 51 (50-52) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 37 de comprimento, sem dentes; dígito fixo 36 de comprimento,
com 2 dentes.
84
Espermateca. Cálice em forma de sino, 17 (15-20) de comprimento; átrio bifurcado.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 23, Sge II 21 (20-21), Sge III 30 (29-30), Sge IV 54 (52-
57), Sti IV 35 (33-38), St IV 74 (67-78). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
Lima: Cañete - La Victoria (Quilmana), 12° 59' 28" S, 76° 24' 1” W, 21-VII-2006, em
Brugmansia arborea (4, 4i).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie, exceto por ter as setas z2 e z4 cerca de 30-40% mais longas. Esta espécie foi
encontrada a oeste da Cordilheira dos Andes.
Proprioseiopsis dominigos (El-Banhawy)
Amblyseius dominigos El-Banhawy, 1984: 130; McMurtry e Moraes, 1989: 185; Moraes, Mesa e
Braun, 1991: 126; Feres e Moraes, 1998: 126.
Proprioseiopsis dominigos, Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 114; Gondim Jr. e Moraes,
2001: 81; Zacarias e Moraes, 2001: 582; Moraes et al., 2004: 175; Chant e McMurtry, 2007: 89.
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 423 (415-430) de comprimento e 315 de largura. Setas j1 29 (27-30), j3
95, j4 6 (5-6), j5 3, j6 6, J5 4 (3-5), z2 45 (44-46), z4 44 (38-50), z5 5, Z1 10 (9-11), Z4 116 (115-
116), Z5 115 (107-123), s4 113 (110-116), S2 9 (8-10), S4 9 (8-9), S5 7, r3 24, R1 11 (10-12).
85
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 52 (51-53), ST2-ST2 77 (76-77) e ST5-ST5 150 (148-151).
Placa ventrianal, 101 (98-104) de comprimento, 122 (120-124) de largura ao nível da ZV2 e 74
(72-75) de largura ao nível do ânus; JV5 53 (52-54) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 34 de comprimento, não foi possível observar os dentes; dígito fixo
30 de comprimento, com 5 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de sino, 16 (13-18) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge II 20, Sge III 27, Sti III 24 (23-25), St III 27, Sge IV 47 (46-
48), Sti IV 32 (30-34), St IV 64 (63-65).
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto - Juan Guerra, 6° 32' 51" S, 76° 20' 41” W, 27-VII-2006, em Solanum
caricaefolium (1, 1); Tarapoto – Cacatache, 6° 27' 57" S, 76° 25' 9” W, 27-VII-2006, em S.
caricaefolium (1); Nueva Cajamarca – Rioja, 5° 56' 26" S, 77° 16' 50” W, 29-VII-2006, em
Physalis pubescens (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original e por Moraes, Mesa e Braun (1991), para exemplares da Colômbia. Porém, a placa
dorsal é cerca de 10% mais curta e a seta s4 cerca de 20% mais curta. As setas j3, s4 e Z4 são
cerca de 30%, 40% e 20% mais curtas do que os espécimes medidos por Moraes, Mesa e Braun
(1991). Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Proprioseiopsis mexicanus (Garman)
Amblyseiopsis mexicanus Garman, 1958: 75.
86
Amblyseiulus mexicanus, Muma, 1961: 278.
Proprioseiopsis mexicanus, Moraes et al., 2004: 181; Chant e McMurtry, 2005b: 13; 2007: 89;
Moraes et al., 2007: 17.
Proprioseiopsis (Patinoseius) mexicanus, Karg, 1989: 209.
Typhlodromus mexicanus, Hirschmann, 1962: 5.
Typhlodromus (Amblyseius) mexicanus, Chant, 1959: 92.
Fêmea (6 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 375 (372-380) de comprimento e 243 (220-258) de largura. Setas j1 25,
j3 38 (35-40), j4 5 (5-6), j5 5 (3-7), j6 8, J5 9, z2 19 (18-20), z4 12 (10-12), z5 5, Z1 8 (8-9), Z4
82 (76-85), Z5 99 (90-105), s4 65 (60-68), S2 10, S4 10 (10-11), S5 9 (8-10), r3 21 (19-23), R1
11 (10-13).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 60 (58-63), ST2-ST2 66 (63-68) e ST5-ST5 83 (78-88).
Placa ventrianal, 118 (115-123) de comprimento, 100 (93-105) de largura ao nível da ZV2 e 91
(90-93) de largura ao nível do ânus; JV5 72 (68-75) de comprimento..
Quelíceras. Dígito móvel 37 (35-38) de comprimento; dígito fixo 37 (33-40) de comprimento.
Espermateca. Cálice em forma de taça, 8 (7-10) de comprimento; átrio pequeno e
subdividido.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 17 (16-18), Sge II 29 (28-30); Sge III 28; Sge IV 55 (53-
58), Sti IV 32 (30-33), St IV 57 (55-58). Quetotaxia. Genu II: 2, 2/1,2/0,1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 288 de comprimento, 193 de largura. Setas j1 20, j3 35, j4 5, j5 5, j6 8,
J5 8, z2 18, z4 18, z5 5, Z1 5, Z4 68, Z5 89, s4 50, S2 7, S4 10, S5 10, r3 18, R1 10.
87
Ventre. Placa ventrianal, 127 de comprimento, 144 de largura nos extremos anteriores e 57 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 18 (15-22), Sge II 25 (20-30), Sge III 23 (20-28), Sge IV
38, Sti IV 21, St IV 51.
Espécimes examinados
Tacna: Tacna – Pocollay, 17° 59' 27" S, 70° 13' 6” W, 12-VII-2006, 16-VII-2006, em Datura
stramonium (1). Arequipa: Camaná - La Calderona, 16° 37' 37" S, 72° 43' 19” W, 16-VII-
2006, em Brugmansia arborea (1); Camaná - La Calderona, 16° 38' 1" S, 72° 43' 31” W em
Lycopersicon esculentum (4), em Physalis pubescens (4); Camaná - El Cardo, 16° 36' 34" S,
72° 43' 45” W, 16-VII-2006, em Nicandra physaloides (2). Ica: Nazca - Ingenio (Vista Alegre,
Sector Pangaravi), 14° 51' 1"S, 74° 57' 52” W, 18-VII-2006, em Solanum nigrum (1); Ica –
Orongo, 14° 3' 52" S, 75° 42' 9” W, 19-VII-2006, em Datura ferox (1); Chincha - Tambo de
Mora, 13° 28' 0" S, 76° 10' 24” W, 20-VII-2006, em N. physaloides (1, 1); Chincha - Santa
Rosa de Salas, 13° 28' 21" S, 76° 10' 48” W, 20-VII-2006, em planta de Poaceae (4, 1), em
Ricinus communis (1, 3); Chincha - Viña La Vieja, 13° 28' 34" S, 76° 3' 11” W, 20-VII-2006,
em N. physaloides (2). Lima: Cañete - Agua Dulce, 13° 4' 40" S, 76° 23' 45” W, 21-VII-2006,
em Vicia faba (1); Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4' 27" S, 76° 19' 18” W, 21-VII-2006, em
Capsicum annum (2, 1); Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4' 33" S, 76° 21' 12” W, 21-VII-2006,
em Lippia nodiflora (1). San Martín: Tarapoto – Cacatache, 6° 27' 55" S, 76° 26' 49” W, 27-
VII-2006, em R. communis (1). La Libertad: Trujillo- Viru, 8° 24' 32" S, 78° 48' 50” W, 7-
VIII-2006, em Datura ferox (1, 1i); Trujillo – La Campiña de Moche, 8° 8' 18" S, 78° 59' 39”
W, 7-VIII-2006, em Capsicum baccatum (4).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie e Moraes e McMurtry (1983) para exemplares do Brasil, exceto por
88
apresentarem placa dorsal e setas dorsais mais longas. Esta espécie foi encontrada a oeste e a
leste da Cordilheirados Andes.
Proprioseiopsis neotropicus (Ehara)
Amblyseius neotropicus Ehara, 1966: 133; Moraes e Mesa, 1988: 79; Moraes, Mesa e Braun
1991: 126.
Proprioseiopsis neotropicus, Moraes, McMurtry e Denmark, 1986 : 119; Moraes et al., 2004:
183; Gondim Jr. e Moraes, 2001: 81; Zacarias e Moraes, 2001: 582; Ferla e Moraes, 2002: 1019;
Lofego, Moraes e Castro, 2004: 9; Moraes et al., 2004: 183; Chant e McMurtry, 2007: 89.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 433 de comprimento e 350 de largura. Setas j1 35, j3 42, j4 5, j5 2, j6 6,
J5 5, z2 28, z4 20, z5 5, Z1 7, Z4 110, Z5 98, s4 113, S2 8, S4 6, S5 7, r3 28, R1 (quebrada).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 65, ST2-ST2 77 e ST5-ST5 125. Placa ventrianal, 115 de
comprimento, 110 de largura ao nível da ZV2 e 90 de largura ao nível do ânus; JV5 73 de
comprimento.
Espermateca. Cálice sacular, 17 de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 30, Sge II 31, Sge III 31, Sge IV 65, Sti IV 58, St IV 64.
Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1,2/1,2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Soritor – Rioja (Indochi), 6° 7' 34" S, 77° 7' 36” W, 29-VII-2006, em Solanum
americanum (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
89
Observações
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Proprioseiopsis aff. neotropicus
Fêmea (4 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 401 (395-405) de comprimento e 309 (300-318) de largura. Setas j1 31
(30-31), j3 46 (44-47), j4 5, j5 5 (5-6), j6 5 (5-6), J5 5 (4-5), z2 23 (21-25), z4 25 (22-27), z5 5,
Z1 5 (5-6), Z4 106 (103-110), Z5 104 (101-106), s4 112 (105-116), S2 6 (5-7), S4 5 (5-6), S5 6
(5-6), r3 13 (10-15), R1 8 (7-8).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 65 (64-65), ST2-ST2 88 (87-88) e ST5-ST5 124 (124-125).
Placa ventrianal, 117 (113-123) de comprimento, 118 (115-123) de largura ao nível da ZV2 e 100
de largura ao nível do ânus; JV5 78 de comprimento.
Espermateca. Cálice aparentemente com forma de sino, 15 (14-15) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 29 (28-30), Sge II 33 (32-34), Sge III 38, Sge IV 66 (65-
66), Sti IV 57 (56-58), St IV 62 (62-63). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0,1; genu III: 1,2-2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 289 de comprimento, 200 de largura. Setas j1 25, j3 45, j4 5, j5 5, j6 5,
J5 3, z2 14, z4 26, z5 6, Z1 5, Z4 59, Z5 57, s4 75, S2 5, S4 5, S5 6, r3 5, R1 6.
Ventre. Placa ventrianal; 120 de comprimento, 140 de largura nos extremos anteriores e 50 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 18, Sge II 23, Sge III 18, Sge IV 30, Sti IV 35 e St IV 50.
90
Espécimes examinados
Cajamarca: San Ignacio- Barrio Nuevo, 5° 8' 9" S, 79° 3' 8” W, 4-VIII-2006, em S. americanum
(7).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie e Lofego (1998) para exemplares do Brasil, exceto pelo fato do cálice da
espermateca não se apresentar tipicamente sacular. Uma conclusão sobre a possibilidade de se
tratar de uma espécie nova depende de coletas adicionais destes ácaros.
Proprioseiopsis nsp.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal quase totalmente lisa, com algumas
estrias anterolaterais; todas as setas lisas; j3 ultrapassa a base de z4; seta Z1 longa; placa esternal
reticulada; placa ventrianal pentagonal e reticulada. Dígito fixo da quelícera com 7 dentes; dígito
móvel com 2 dentes; cálice da espermateca em forma de sino.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal quase totalmente lisa, com estrias anterolaterais, 411 (370-438) de
comprimento e 297 (275-325) de largura. Setas j1 32 (30-34), j3 89 (85-92), j4 6 (5-6), j5 3 (3-4),
j6 10 (8-11), J5 7, z2 57 (52-62), z4 41 (37-45), z5 6, Z1 22 (20-24), Z4 119 (113-130), Z5 101
(100-102), s4 123 (115-135), S2 11 (10-12), S4 8 (7-9), S5 7 (6-9), r3 25 (23-27), R1 8 (6-10).
Setas lisas.
Ventre. Placa esternal reticulada, com margem posterior côncava; distâncias entre ST1-ST3
54 (48-62) e ST2-ST2 79 (78-80). Placa genital reticulada; distância entre ST5-ST5 114 (113-
115). Placa ventrianal reticulada, pentagonal e com margem anterior reta, 120 (113-133) de
comprimento, 123 (120-126) de largura ao nível da ZV2 e 71 (63-84) de largura ao nível do ânus;
com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2); JV4, JV5, ZV1 e ZV3 na cutícula mole; JV5 82
(75-87) de comprimento; poros pré-anais arredondados posteromedianos à JV2. Dois pares de
placas metapodais.
91
Peritrema. Estendendo-se até o nível de j1.
Quelíceras. Dígito móvel 37 (36-38) de comprimento, com 2 dentes; dígito fixo 35 (34-36) de
comprimento, com 7 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de sino, 20 (18-22) de comprimento; átrio dividido.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 25, Sge II 25, Sge III 27(25-30), Sge IV 64 (60-71), Sti IV
46 (44-50), St IV 89 (83-100). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Macho: Desconhecido.
Holótipo fêmea e 4 parátipos fêmeas, em Ricinus communis, El Cardo (16° 36' 34" S, 72° 43'
45” W), Camaná, Arequipa, Peru, 16-VII-2006, A. D. Guanilo, depositado na ESALQ-USP, Sao
Paulo, Brasil; 4 parátipos fêmeas, em Ricinus communis, El Cardo (16° 36' 34" S, 72° 43' 45”
W), Camaná, Arequipa, Peru, 16-VII-2006, A. D. Guanilo, depositado no MHN, Lima, Peru.
Observações.
Esta espécie é mais semelhante a Proprioseiopsis belizensis, Proprioseiopsis ovatus e
Proprioseiopsis dominigos. Porém, P. belizensis apresenta placa dorsal rugosa, P. ovatus
apresenta o comprimento das setas j3, z2 e z4 cerca de 0.70, 0.70 e 0.53 vezes que a espécie
nova, respectivamente. P. dominigos apresenta o comprimento das setas j3, Z1 e a macroseta St
IV cerca de 1.30, 0.22 e 0.60 vezes que a espécie nova.
A quetotaxia do P. dominigos difere por apresentar genu II: 1, 2/1, 2/0, 1. Esta espécie nova
pertence ao grupo de espécies belizensis, segundo a classificação de Chant e McMurtry (2005b).
Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos Andes.
Proprioseiopsis ovatus (Garman)
Amblyseiopsis ovatus Garman, 1958: 78.
92
Amblyseiulus ovatus, Muma, 1961: 278.
Proprioseiopsis ovatus, Moraes et al., 2004: 184; Chant e McMurtry, 2005b: 15; 2007: 89;
Moraes et al., 2007:19.
Proprioseiopsis (Proprioseiopsis) ovatus, Karg, 1989: 208.
Typhlodromus ovatus, Hirschmann, 1962: 19.
Typhlodromus (Amblyseius) ovatus, Chant, 1959: 90.
Amblyseius (Amblyseius) peltatus Van der Merwe, 1968: 119 (sinonímia de acordo com TSENG,
1983).
Amblyseius parapeltatus Wu e Chou, 1981: 274 (sinonímia de acordo com TSENG, 1983).
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 358 (325-383) de comprimento e 277 (245-310) de largura. Setas j1 28
(26-30), j3 64 (62-65), j4 5 (4-5), j5 5 (4-5), j6 7 (5-8), J5 8 (7-9), z2 35 (30-40), z4 21 (19-23),
z5 6 (5-6), Z1 21 (20-23), Z4 116 (110-124), Z5 98 (96-102), s4 101 (100-102), S2 21 (20-, 22),
S4 12 (10-13), S5 10, r3 22 (20-23), R1 11 (10-12).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 58 (56-60), ST2-ST2 72 (70-75) e ST5-ST5 115 (112-117).
Placa ventrianal, 98 (95-105) de comprimento, 114 (112-115) de largura ao nível da ZV2 e 73
(70-75) de largura ao nível do ânus; JV5 81 (80-82) de comprimento.
Espermateca. Cálice em forma de sacular, 20 (17-23) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge I 25 (24-26), Sge II 18 (14-20), Sge III 28 (26-30), Sge IV
59 (58-60), Sti IV 38 (35-39), St IV 87 (82-90). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0,1, genu III: 1,2-
2/0,1
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto – Cacatache, 6° 27' 55" S, 76° 26' 49” W, 27-VII-2006, em Ricinus
communis, (1); Moyobamba, 6° 2' 38" S, 76° 57' 30” W, 28-VII-2006, em Brurgmansia
suaveolus (1); Nueva Cajamarca – Rioja, 5° 56' 26" S, 77° 16' 50” W, 29-VII-2006, em
93
Solanum americanum (2). Cajamarca: San Ignacio – Chilique, 5° 9' 6" S, 79° 00' 2” W, 3-VIII-
2006, em Solanum caricaefolium (3).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Schuster e
Pritchard (1963) e Moraes e McMurtry (1983) para exemplares dos Estados Unidos e Brasil. Esta
espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Proprioseiopsis peruvianus (Moraes e Mesa)
Amblyseius peruvianus Moraes e Mesa, apud Moraes, Mesa e Braun 1991: 127.
Proprioseiopsis peruvianus, Moraes et al., 2004: 186; Chant e McMurtry, 2007:89.
Observações
Esta espécie foi descrita de Callerias, Departamento de Ucayali, Peru, em Pueraria
phaseoloides (MORAES; MESA; BRAUN, 1991) Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira
dos Andes. Nenhum espécime adicional foi coletado neste estudo.
Transeius quichua (McMurtry e Moraes)
Amblyseius quichua McMurtry e Moraes, 1989: 181; Moraes et al., 2004: 48.
Transeius quichua, Chant & McMurtry 2004: 187; Chan e McMurtry, 2007: 71.
Observações
Esta espécie foi descrita de Pisac, Departamento de Cuzco, em Baccharis sp. (McMURTRY;
MORAES, 1989). Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime
adicional foi coletado neste estudo.
94
Typhlodromalus aripo De Leon
Typhlodromalus aripo De Leon, 1967: 21; Denmark e Muma, 1973: 257; Moraes, McMurtry e
Denmark, 1986: 128; Moraes, Kreiter e Lofego, 2000: 252; Moraes et al., 2004: 195; Feres e
Nunes, 2001: 1255; Lofego, Moraes e Castro, 2004: 10; Chan e McMurtry, 2007: 71.
Amblyseius aripo, Moraes e McMurtry, 1983: 132; Moraes e Mesa, 1988: 73; Feres e Moraes,
1998: 126.
Fêmea (7 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 338 (325-365) de comprimento e 200 (190-215) de largura. Setas j1 29
(28-34), j3 40 (37-42), j4 13 (11-15), j5 13 (11-14), j6 17 (15-20), J2 16 (15-18), J5 8 (7-9), z2 18
(16-20), z4 34 (31-40), z5 11 (10-12), Z1 23 (19-28), Z4 56 (50-66), Z5 74 (67-82), s4 49 (45-
53), S2 32 (26-37), S4 25 (19-33), S5 11 (9-14), r3 21 (19-25), R1 17 (15-18).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 62 (58-70), ST2-ST2 64 (60-70) e ST5-ST5 73 (68-78).
Placa ventrianal, 110 (103-120) de comprimento, 64 (58-73) de largura ao nível da ZV2 e 69 (65-
75) de largura ao nível do ânus; JV5 55 (52-57) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 30 (29-31) de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 30 (29-31) de
comprimento, com 8-10 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 16 (15-18) de comprimento.
Pernas. Macrosetas afiladas e robustas; Sge I 20 (18-22), Sge II 19 (17-21), Sge III 25 (23-
26), Sti III 18 (17-21), St III 19 (17-20), Sge IV 50 (46-58), Sti IV 24 (23-28), St IV 69 (62-75).
Quetotaxia. Genu II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 260 de comprimento, 165 de largura. Setas j1 23, j3 30, j4 11, j5 11, j6
13, J2 11, J5 6, z2 18, z4 24, z5 10, Z1 17, Z4 35, Z5 42, s4 36, S2 21, S4 16, S5 10, r3 20, R1
13.
Ventre. Placa ventrianal; 100 de comprimento, 145 de largura nos extremos anteriores e 70 de
largura ao nível do ânus.
95
Pernas. Macrosetas afiladas e robustas, exceto por Sge IV e St IV com pequenas dilatações na
ponta; Sge I 18, Sge II, 18, Sge III 17, Sti III 16, St III 18, Sge IV 30, Sti IV 18, St IV 57.
Espécimes examinados
Cuzco: Quillabamba – Macamango, 12º 5' 19.6'' S, 72º 42' 13.5” W, 4-VII-2006, em Solanum
nigrum (1); Quillabamba – Ipac, 12º 53' 22.3'' S, 72º 46' 9.7” W, 4-VII-2006, em Nicotiana
tabacum (1); Quillabamba – Maranura, 12º 58' 43.3'' S, 72º 39' 36.1” W, 5-VII-2006, em
Nicotiana tomentosa (1). Ica: Chincha - El Palmar, 13° 28' 41" S, 76° 10' 26” W, 20-VII-2006,
em Cestrum auriculatum (1, 1i). San Martín: Tarapoto – Las Flores, 6° 31' 16" S, 76° 16' 49”
W, 27-VII-2006, em Solanum caricaefolium (2, 1), Tarapoto - Juan Guerra, 6° 32' 51" S, 76°
20' 41” W, 27-VII-2006, em S. caricaefolium (1), Tarapoto – Cacatache, 6° 27' 55" S, 76° 26'
49” W, 27-VII-2006, em S. caricaefolium (1), em Fabaceae desconhecida (4,1); Soritor –
Rioja, 6° 8' 11" S, 77° 8' 13” W, 29-VII-2006, em Brugmansia suaveolus (2). Amazonas:
Bagua Grande –Aramango, 5° 43' 52" S, 78° 26' 24” W, 2-VIII-2006, em Capsicum frutescens
(4, 1i). Cajamarca: San Ignacio - Barrio Nuevo, 5° 8' 9" S, 79° 3' 8” W, 4-VIII-2006, em
Physalis peruviana (1, 1), em Lycopersicon peruvianum (2); San Ignacio - La Villa, 5° 8'
34" S, 78° 59' 40” W, 3-VIII-2006, em Solanum americanum (4).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie e Moraes e McMurtry (1983) para exemplares do Brasil, respectivamente.
Esta espécie foi encontrada a oeste e a leste da Cordilheirados Andes.
Typhlodromalus peregrinus (Muma)
Typhlodromus peregrinus Muma, 1955: 270.
96
Typhlodromalus peregrinus, Muma, Denmark e De Leon, 1970: 88 ; Moraes, McMurtry e
Denmark, 1986 : 132 ; Moraes et al., 2004: 202; Zacarias e Moraes, 2001: 582; Chant e
McMurtry, 2007: 11.
Typhlodromus (Amblyseius) peregrinus, Chant, 1959: 97.
Amblyseius peregrinus, McMurtry, 1983 : 255; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 130.
Typhlodromus (Amblyseius) robineae Chant, 1959: 98. Sinonímia de acordo a Muma (1964).
Typhlodromus (Amblyseius) evansi Chant, 1959: 99. Sinonímia de acordo a Muma (1964).
Typhlodromus (Amblyseius) primulae Chant, 1959: 99. Sinonímia de acordo a Muma (1964).
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 329 (320-343) de comprimento e 203 (190-218) de largura. Setas j1 23
(23-24), j3 28 (23-33), j4 11 (9-14), j5 13 (12-14), j6 16 (13-21), J2 17 (16-19), J5 10 (8-11), 21
(19-25), z4 29 (25-33), z5 12 (11-14), Z1 20 (17-24), Z4 45 (41-53), Z5 68 (65-71), s4 38 (32-
45), S2 31 (29-35), S4 23 (22-25), S5 16 (15-17), z2 r3 21 (19-23), R1 18 (17-19).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 59 (58-60), ST2-ST2 57 (55-58) e ST5-ST5 71 (60-88).
Placa ventrianal, 110 (100-115) de comprimento, 71 (68-73) de largura ao nível da ZV2 e 70 (68-
73) de largura ao nível do ânus; JV5 41 (40-42) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 29 (28-30) de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 30 de
comprimento, com 8 dentes.
Espermateca. Cálice tubular, 13 (10-15) de comprimento.
Pernas. Macrosetas do genu e do tarso IV com pequena dilatação na ponta; outras macrosetas
afiladas; Sge IV e St IV; Sge I 13 (12-13), Sge II 13 (13-14), Sge III 18 (16-20), Sti III 14 (13-
15), St III 15 (14-16), Sge IV 34 (30-38), Sti IV 16 (13-20), St IV 54 (53-55). Quetotaxia. Genu
II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
97
Espécimes examinados
Lima: Cañete - Agua Dulce, 13° 5' 37" S, 76° 25' 8” W, 21-VII-2006, em Brugmansia
arborea (1). Cajamarca: San Ignacio – Nambaye, 5° 9' 2" S, 78° 59' 59” W, 4-VIII-2006, em
Brugmansia suaveoleus (3). Lambayeque: Chiclayo – Callanca, 6° 50' 51" S, 79° 48' 57” W, 6-
VIII-2006, em Cestrum auriculatum (1, 1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cuzco (McMURTRY; MORAES, 1989).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas por McMurtry (1983)
da redescrição do holótipo e para espécimes da Guatemala, exceto por apresentar seta j3 cerca de
40% mais longa; além disso apresenta Sge I, Sge II, Sge III, Sge IV, Sti IV e St IV cerca de 40-
60% mais curta do que a população do Guatemala. A variação no comprimento das macrosetas
também foi reportada por Muma e Denmark (1962). Esta espécie foi encontrada a oeste e a leste
da Cordilheirados Andes.
Typhlodromips nsp1.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal reticulada marcadamente na área
posterior; setas lisas, exceto pelas Z4 e Z5, serreadas; placas esternal, genital e ventrianal lisas;
dígito móvel com 3 dentes e dígito fixo com 7 dentes; cálice da espermateca tubular e átrio
bifurcado; macrosetas do genu IV e tíbia IV com pequenas dilatações na ponta; outras macrosetas
afiladas.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal reticulada com estrias anterolaterais, 285 (278-293) de comprimento e
172 (170-175) de largura. Setas j1 19 (18-20), j3 23 (22-23), j4 14, j5 13 (12-15), j6 15, J2 16
(15-16), J5 10, z2 15 (15-16), z4 21 (20-23), z5 14 (13-15), Z1 22 (20-24), Z4 52 (50-56), Z5 72
(70-74), s4 35 (35-36), S2 24 (23-25), S4 16 (15-17), S5 14 (13-15), r3 14 (12-15), R1 13 (13-
14). Setas lisas, exceto Z4 e Z5, serreadas.
98
Ventre. Placa esternal quase totalmente lisa com a algumas estrias laterais, margem posterior
levemente côncava; distâncias entre ST1-ST3 52 (52-53) e ST2-ST2 55 (53-56). Placa genital
lisa; distância entre ST5-ST5 69 (66-70). Placa ventrianal lisa, pentagonal, margem anterior reta,
107 (105-108) de comprimento, 89 (88-90) de largura ao nível da ZV2 e 61 (60-62) de largura ao
nível do ânus; com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2); JV4, JV5, ZV1 e ZV3 na
cutícula mole; JV5 43 (40-45) de comprimento; poros pré-anais elípticos entre e em linha com a
JV2. Dois pares de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de j1.
Quelíceras. Dígito móvel 27 (25-28) de comprimento, com 3 diminutos dentes; dígito fixo 28
(25-30) de comprimento, com 7 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de funil, 41 (40-42) de comprimento.
Pernas. Macrosetas nas pernas I-IV robustas e com pequenas dilatações nas pontas; Sge I 21
(20-22), Sge II 16 (15-17), Sge III 19 (18-20), Sge IV 32 (31-33), Sti IV 13 (12-14), St IV 54 (52-
56). Quetotaxia. Genu II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Padrão da placa dorsal como nas fêmeas, 225 de comprimento, 133 de largura. Setas
j1 17, j3 25, j4 12, j5 12, j6 13, J2 12, J5 9, z2 15, z4 20, z5 12, Z1 16, Z4 38, Z5 52, s4 27, S2
18, S4 18, S5 10, r3 9 (na placa dorsal), R1 12 (na placa dorsal). Setas lisas, exceto Z4 e Z5,
levemente serreadas.
Ventre. Placa ventrianal larga, subtriangular, reticulada; 88 de comprimento, 138 de largura
nos extremos anteriores e 56 de largura ao nível do ânus; com 3 pares de setas pré-anais,
lirifissuras não visíveis, poros pré-anais elípticos posteromedianos à JV2.
99
Pernas. Macrosetas robustas; nas pernas I-II afiladas; nas pernas III-IV com pequenas
dilatações nas pontas; Sge I 19, Sge II 13, Sge III 16, Sge IV 28, Sti IV 9, St IV 42.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de j1.
Localidade e Material Tipo. Holótipo fêmea e alótipo, em Lycopersicon esculentum var.
cerasiforme, Juan Guerra (6° 32' 51" S, 76° 20' 41” W), Tarapoto, San Martín, Peru, 27-VII-
2006, A. D. Guanilo, 2 parátipos fêmeas, em Solanum caricaefolium, Moyobamba (6° 2' 55" S,
76° 58' 14” W), Moyobamba, San Martín, Peru, 28-VII-2006, A. D. Guanilo; 1 parátipo fêmea,
em Brugmansia suaveolus, Indochi -Rioja (6° 7' 34" S, 77° 7' 36” W), Soritor, San Martín, Peru,
29-VII-2006, A. D. Guanilo; 3 parátipos fêmeas, em Physalis pubescens, Soritor, San Martín,
Peru, 29-VII-2006, A. D. Guanilo; todos depositados na ESALQ-USP`, São Paulo, Brasil. Dois
parátipos fêmeas, em Capsicum frutescens, Aramango (5° 43' 52" S, 78° 26' 24” W), Bagua
Grande, Amazonas, Peru, 2-VIII-2006, A. D. Guanilo, depositados no MHN, Lima, Peru.
Observações
Esta espécie nova é semelhante a Typhlodromips dentilis (De Leon), Typhlodromips sessor
(De Leon ) e Typhlodromips dimidiatus (De Leon). T. dentilis difere por apresentar cálice da
espermateca tubular. T. sessor difere por apresentar uma marcada reticulação posterior e a
macroseta Sti IV é cerca de 1.60 vezes o comprimento da espécie nova. T. dimidiatus difere por
apresentar o comprimento das setas s4 e Z4 cerca de 0.65 vezes que a espécie nova. Esta espécie
foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Typhlodromips nsp2.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal distintamente reticulada, setas dorsais
lisas, exceto Z4 e Z5, serreadas. Placas esternal, genital e ventrianal lisas. Dígito móvel com 3
dentes, dígito fixo com 8 dentes; cálice da espermateca em forma de funil; átrio bifurcado e
pouco esclerotizado; macrosetas do genu III e tíbia IV com pequenas dilatações na ponta; outras
macrosetas com pontas finas.
100
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal reticulada, 314 (310-318) de comprimento e 208 (203-213) de largura.
Setas j1 18 (16-20), j3 20 (18-21), j4 11 (10-11), j5 12 (11-13), j6 12 (11-13), J2 14 (13-14), J5 8,
z2 14 (13-15), z4 14, z5 12, Z1 15 (14-15), Z4 30 (27-32), Z5 63 (61-64), s4 20 (18-21), S2 19
(18-19), S4 16 (15-17), S5 13 (12-13), r3 13, R1 11. Setas lisas, exceto Z4 e Z5, serreadas.
Ventre. Placa esternal lisa, com margem posterior côncava; distâncias entre ST1-ST3 58 (57-
58) e ST2-ST2 66 (64-67). Placa genital lisa; distância entre ST5-ST5 73. Placa ventrianal lisa,
pentagonal, com margem anterior reta, 109 (108-110) de comprimento, 91 (90-93) de largura ao
nível da ZV2 e 65 de largura ao nível do ânus; com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2);
JV4, JV5, ZV1 e ZV3 na cutícula mole; JV5 26 (23-29) de comprimento; poros pré-anais entre e
em linha à JV2. Dois pares de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de j1.
Quelíceras. Dígito móvel 28 (27-28) de comprimento, com 3 dentes; dígito fixo 26 (25-27) de
comprimento, com 8 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de funil, 13 de comprimento; átrio bifurcado e pouco
esclerotizado.
Pernas. Macrosetas afiladas e robustas, Sge III e Sti IV com pequenas dilatações na ponta;
Sge I 10, Sge II 10, Sge III 12 (10-13), Sti III 13 (12-13), St III 14 (13-15), Sge IV 19 (18-19), Sti
IV 9 (8-10), St IV 33 (31-35). Quetotaxia. Genu II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Macho: Desconhecido.
Localidade e Material Tipo. Holótipo fêmea, em Cestrum sp., Donce (5° 59' 34" S, 77° 58'
16” W), Pedro Ruiz, Amazonas, Peru, 1-VIII-2006, A. D. Guanilo, depositado na ESALQ-USP,
101
São Paulo, Brasil. Um parátipo fêmea, em Cestrum sp., Donce (5° 59' 34" S, 77° 58' 16” W),
Pedro Ruiz, Amazonas, Peru, 1-VIII-2006, depositado no MHN, Lima, Peru.
Observações
Esta espécie é semelhante a Typhlodromips digitilus (Denmark), Typhlodromips sinensis
Denmark & Muma, Typhlodromips hellougreus Denmark & Muma e Typhlodromips confertus
(De Leon). T. digitilus, apresenta as macrosetas da perna IV com pontas dilatadas e de menor
comprimento. T. sinensis apresenta a placa dorsal rugosa e macrosetas mais curtas. T. hellougreus
apresenta a seta j1 de maior comprimento do que a j3. T. confertus apresenta a macroseta do tarso
IV mais curta, com a ponta dilatada e a seta j3 mais longa. Esta espécie nova pertence ao grupo
de espécies lugubris do gênero Typhlodromips de acordo com Chant e McMurtry (2005c). Foi
encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Typhlodromips nsp3.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal distintamente reticulada, com algumas
estrias anterolaterais; seta Z5 mais longa do que as setas z4, Z4 e s4; setas lisas, exceto Z5,
levemente serreada; seta z2 tão longa quanto a distância entre sua base e a base de z4; placa
ventrianal em forma de vaso, lisa, mais longa do que larga ao nível da ZV2; dígito fixo da
quelícera apenas com 4 dentes; cálice da espermateca em forma de taça; átrio profundamente
bifurcado; macrosetas Sge I-III e St IV com pequena dilatação na ponta.
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal reticulada, 330 (328-333) de comprimento e 185 (183-188) de largura.
Setas j1 28 (25-30), j3 41 (40-42), j4 22 (20-23), j5 21 (20-22), j6 23 (21-24), J2 21 (20-22), J5 8
(6-9), z2 32 (30-33), z4 36 (34-37), z5 21 (20-22), Z1 26 (25-27), Z4 48 (44-51), Z5 62 (58-65),
s4 48 (46-50), S2 40, S4 27 (26-27), S5 21 (20-21), r3 30, R1 32 (31-33). Setas lisas, exceto Z5,
levemente serreada.
Ventre. Placa esternal quase totalmente lisa com algumas estrias anterolaterais e com margem
posterior reta; distâncias entre ST1-ST3 64 e ST2-ST2 64 (62-65). Placa genital lisa; distância
102
entre ST5-ST5 77. Placa ventrianal lisa, em forma de vaso, margem anterior reta, 103 (100-105)
de comprimento 84 (83-85) de largura ao nível da ZV2 e 69 (68-70) de largura ao nível do ânus;
com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e ZV2); JV4, JV5, ZV1 e ZV3 na cutícula mole, JV5 51
de comprimento; poros pré-anais posteromedianos à JV2. Dois pares de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de j1.
Quelíceras. Dígito móvel 40 de comprimento, 3 dentes; dígito fixo 41 de comprimento, com 4
dentes.
Espermateca. Cálice em forma de taça, 6 (5-7) de comprimento; átrio não diferenciado.
Pernas. Macrosetas Sge I, Sge II, Sge III, St IV (basitarso) com pontas levemente dilatadas;
outras macrosetas afiladas. Sge I 20, Sge II 18, Sge III 25, Sge IV 45 (42-48), Sti IV 31(28-33),
St IV basitarso 68 (67-68), St IV telotarso 40 (37-43). Quetotaxia. Genu II: 2,2/1,2/0,1; genu III:
1,2-2/0,1.
Macho: Desconhecido.
Localidade e Material Tipo. Holótipo fêmea, em Vallesia glabra, Callanca (6° 50' 51" S, 79°
48' 57” W), Chiclayo, Lambayeque, Peru, 6-VIII-2006, A. D. Guanilo, depositado na ESALQ-
USP, São Paulo, Brasil. Um parátipo fêmea, em Solanum melongena, Callanca (6° 50' 51" S, 79°
48' 57” W), Chiclayo, Lambayeque, Peru, 6-VIII-2006, depositado no MHN, Lima, Peru.
Observações
A presença de macrosetas em todas as pernas e a diferença considerável entre os
comprimentos das setas dorsais indica que esta espécie deva ser considerada como pertencente à
tribo Typhlodromipsini e não a tribo Neuseulini, ambas caracterizadas por Chant e McMurtry
(2003; 2005c). Entanto difiere de outros Typhlodromipsini pelo reduzido número de dentes no
dígito fixo. Esta espécie apresenta características intermediárias entre os gêneros Aristadromips e
103
Typhlodromips; a seta z2 atinge a base de z4, esta não ultrapassa a base de s4. Typhlodromips
hamiltoni e Typhlodromips ojibwa, diferem por apresentar a seta z2 curta, não atingindo a base de
z4. Apesar de pertencer a outro gênero, Aristadromips quercicolus (De Leon) é uma espécie
próxima da espécie aqui descrita, diferindo pelo fato de ter seta z2 mais longo que a distancia
entre sua base e a base de s4. Neste trabalho, é incluída no grupo de espécies ariri do gênero
Typhlodromips proposto por Chant e McMurtry (2005c). Esta espécie foi encontrada a oeste da
Cordilheira dos Andes.
Typhlodromips mangleae De Leon
Typhlodromips mangleae De Leon, 1967: 28; Moraes et al., 2004: 217; Chant e McMurtry, 2007:
63.
Amblyseius mangleae, Moraes, Mesa e Braun, 1991: 124.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 325 de comprimento e 215 de largura. Setas j1 11, j3 21, j4 9, j5 9, j6 11,
J2 12, J5 10, z2 12, z4 11, z5 9, Z1 13, Z4 33, Z5 72, s4 26, S2 10, S4 9, S5 7, r3 20, R1 14.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 54, ST2-ST2 59 e ST5-ST5 85. Placa ventrianal, 108 de
comprimento, 88 de largura ao nível da ZV2, 80 de largura ao nível do ânus; JV5 38 de
comprimento.
Espermateca. Cálice em foma de disco.
Pernas. Macrosetas afiladas. Sge I 30, Sge II 27, Sge III 30, Sge IV 47, Sti III 28, Sti IV 34,
St IV 59. Quetotaxia. Genu II: 1, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto - Juan Guerra, 6° 32' 51" S, 76° 20' 41” W, 27/VII/2006, em Solanum
caricaefolium (1).
104
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações.
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Typhlodromips sinensis Denmark e Muma
Typhlodromips sinensis Denmark e Muma, 1972: 24; Moraes et al., 2004: 226; Chant e
McMurtry, 2005c: 327; 2007: 63.
Amblyseius sinensis, Moraes, Mesa e Braun, 1991: 124.
Observações
Esta espécie foi descrita de Villa Carmelo, “Valle del Cauca”, Colômbia, em Citrus sinensis.
No Peru, foi relatada em Callerias, Departamento de Ucayali, em Pueraria phaseoloides, assim
como em San Ramon, Departamento de Junín em uma malvácea silvestre (MORAES; MESA;
BRAUN, 1991). Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime
adicional foi coletado neste estudo.
Ueckermannseius tenuiscutus (McMurtry e Moraes)
Typhlodromalus tenuiscutus McMurtry e Moraes, 1989: 185; Moraes et al., 2004: 204.
Amblyseius tenuiscutus, Moraes et al., 1994: 213.
Ueckermannia tenuiscutus, Chant e McMurtry, 2005b: 201.
Ueckermannseius tenuiscutus, Chant e McMurtry, 2005c: 337; 2007: 115.
Observações
Esta espécie foi descrita de Quillabamba, Departamento de Cuzco, Peru, em banana
(McMURTRY E MORAES, 1989). Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes.
Nenhum espécime adicional foi coletado neste estudo.
105
2.2.2.2.2 Phytoseiinae Berlese
Phytoseius averrhoae De Leon
Phytoseius (Pennaseius) averrhoae De Leon, 1965b: 16.
Phytoseius (Phytoseius) averrohoae, Denmark, 1966: 38.
Phytoseius averrohoae, Moraes, Mesa e Braun, 1991: 133; Moraes et al., 2004: 232; Chant e
McMurtry 2007:129.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 263 de comprimento e 110 de largura. Setas j1 15, j3 28, j4 7, j5 7, j6 9,
J2 6, J5 6, z2 10, z3 35, z4 12, z5 5, Z4 42, Z5 48, s4 38, s6 53, r3 30, R1 10.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 55, ST2-ST2 55 e ST5-ST5 50. Placa ventrianal, 85 de
comprimento, 45 de largura ao nível da ZV2, 50 de largura ao nível do ânus; JV5 37 de
comprimento.
Espermateca. Cálice em forma de taça, 7 de comprimento.
Pernas. Macrosetas com pontas dilatadas, Sge IV 14, Sti IV 12, St IV basitarsos 20, St IV
telotarsos 22. Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2-2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Tarapoto - Morales (Sector Pólvora), 6° 28' 57" S, 76° 23' 36” W, 27-VII-2006,
em Sapindus saponaria (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações.
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
106
Phytoseius nsp1.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal reticulada anterolateralmente com estrias
anterolaterais; setas R1 e J2 presentes; setas j1, j3, z3, r3, s4, s6, Z4. Z5 and JV5 dilatadas, todas
as outras setas afiladas; placa ventrianal lisa, em forma de vaso, tão longa quanto larga ao nível
da ZV2; dígito móvel com 2 dentes; dígito fixo com 5 dentes; cálice da espermateca em forma de
disco, com uma curta seção tubular próxima ao átrio. Com um par de poros grandes, cada um em
linha longitudinal com z5.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal reticulada anterolateralmente com estrias anterolaterais, 261 (255-268) de
comprimento e 124 (123-125) de largura. Setas j1 15, j3 20 (19-21), j4 9 (8-9), j5 8 (8-9), j6 10
(9-11), J2 10 (9-10), J5 7 (6-7), z2 12 (12-13), z3 24 (20-27), z4 19 (17-20), z5 7 (6-8), Z4 31
(30-32), Z5 39 (39-40), s4 36 (35-38), s6 44 (42-45), r3 23 (22-24) (na placa dorsal), R1 13 (12-
14). Seta Z5, serreada; todas as outras setas lisas. Setas j1, j3, z3, r3, s4, s6, Z4, Z5 e JV5
levemente dilatadas. Com um par de poros grandes, cada um em linha longitudinal com z5.
Ventre. Placa esternal lisa; a margem posterior reta; distâncias entre ST1-ST3 56 (55-58) e
ST2-ST2 58 (55-60). Placa genital lisa; distância entre ST5-ST5 44 (43-45). Placa ventrianal lisa,
em forma de vaso, margem anterior reta, 85 (83-88) de comprimento, 43 (43-45) de largura ao
nível da ZV2 e 43 (43-44) de largura ao nível do ânus; com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e
ZV2); ZV1 e JV5 na cutícula mole; JV5 30 de comprimento e serreada; poros pré-anais
diminutos posteriores e em linha longitudinal com JV2. Um par de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de j1.
Quelíceras. Dígito móvel 23 de comprimento, com 2 dentes; dígito fixo 25 de comprimento,
com 5 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de disco, com uma curta seção tubular próxima ao átrio, 5 de
comprimento.
107
Pernas. Macrosetas dilatadas e arredondadas; Sge IV 18, Sti IV 21, St IV basitarso 21 (20-
22), St IV telotarso 23 (22-24). Quetotaxia. Genu II: 2,2-2/0,1; genu III: 1,2-2/0,1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal com maior número de estrias anterolaterais e ornamentações
dorsocentrais do que as fêmeas, 223 de comprimento, 120 de largura. Setas 1 13, j3 20, j4 9, j5 8,
j6 10, J2 6, J5 5, z2 11, z3 22, z4 19, z5 7, Z4 19, Z5 20, s4 32, s6 32, r3 19 (na placa dorsal), R1
7 (na placa dorsal). Com um par de poros grandes, cada um em linha longitudinal com z5.
Ventre. Placa ventrianal subtriangular, com algumas estrias anterolaterais; 90 de
comprimento, 130 de largura nos extremos anteriores e 43 de largura ao nível do ânus; com 3
pares de setas pré-anais, 3 pares de lirifissuras (anterior e em linha com ZV1, posterolateral a
ZV1, posterolateral a ZV3), poros pré-anais diminutos, arredondados, posteriores e em linha
longitudinal com JV2.
Pernas. Macrosetas com pontas levemente dilatadas; Sge IV 14, Sti IV 11, St IV basitarsos
17, St IV telotarsos 20.
Peritrema. Estendendo-se até a região entre j1 e j3.
Localidade e Material Tipo. Holótipo fêmea, alótipo macho e 3 parátipos fêmeas, em
Solanum caricaefolium, Quebrada Seca (5° 43' 6" S, 78° 28' 38" W), Bagua Grande, Amazonas,
Peru, 2-VIII-2006, A. D. Guanilo, depositado na ESALQ-USP, São Paulo, Brasil. Dois parátipos
fêmeas, em Solanum caricaefolium, Quebrada Seca (5° 43' 06" S, 78° 28' 38" W), Bagua Grande,
Amazonas, Peru, 2-VIII-2006, A. D. Guanilo, depositado no MHN, Lima, Peru.
Observações
Esta espécie nova pertence ao grupo de espécies plumifer de Chant e Yoshida-Shaul (1983).
Phytoseius guianensis difere por apresentar o comprimento de Sge IV e Sti IV cerca de 0.60 e
0.50 vezes que a espécie nova, respectivamente. De outro lado, P. guianensis não apresenta poro
108
distinto posterior e em linha longitudinal com z5. Esta espécie foi encontrada a leste da
Cordilheira dos Andes.
Phytoseius nsp2.
Diagnose. Caracterizada por apresentar placa dorsal quase totalmente lisa com estrias
anterolaterais; setas R1 e J2 presentes; setas j3, j4, s4, s6, z2, z3, z4, Z4, Z5 e r3 serreadas e
robustas e as outras setas lisas e afiladas; peritrema estendendo-se até o nível de z4; cálice da
espermateca em forma de funil, com porção tubular longa e bastante estreita.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal quase totalmente lisa com estrias anterolaterais, 262 (260-265) de
comprimento e 123 (120-125) de largura. Setas j1 15 (13-16), j3 35 (34-36), j4 17 (16-20), j5 15
(14-17), j6 20 (18-23), J2 17 (16-18), J5 7, z2 18 (16-22), z3 42 (39-45), z4 18(15-22), z5 16 (15-
19), Z4 43 (40-48), Z5 54 (51-57), s4 54 (50-58), s6 69 (67-73), r3 34 (32-37) (na placa dorsal),
R1 17 (15-20). Setas j3, j4, s4, s6, z2, z3, z4, Z4, Z5 e r3 serreadas e robustas; todas as outras
setas são lisas e afiladas.
Ventre. Placa esternal lisa, margem posterior levemente côncava; distâncias entre ST1-ST3
58 (55-60) e ST2-ST2 55. Placa genital lisa; distância entre ST5-ST5 47 (45-48). Placa ventrianal
lisa, em forma de vaso, margem anterior reta, 88 (85-90) de comprimento, 43 de largura ao nível
da ZV2 e 48 (48-50) de largura ao nível do ânus; com 3 pares de setas pré-anais (JV1, JV2 e
ZV2); ZV1 e JV5 na cutícula mole; JV5 45 de comprimento, serreada e robusta; poros pré-anais
posteriores e em linha longitudinal com JV2. Dois pares de placas metapodais.
Peritrema. Estendendo-se até o nível de z4.
Quelíceras. Dígito móvel 22 de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 27 de comprimento,
com 2 dentes.
Espermateca. Cálice em forma de cálice, com porção tubular longa e bastante estrita, 35 (30-
40) de comprimento.
109
Pernas. Macroseta afilada; presente apenas no basitarso IV, 26 (24-28).Quetotaxia. Genu II:
2,2-2/0,1; genu III: 1,2-2/0,1.
Macho: Desconhecido.
Localidade e Material Tipo. Holótipo fêmea e 1 parátipo fêmea, em Brugmansia arborea,
Monsefú (6° 32' 19" S, 79° 52' 45" W), Chiclayo, Lambayeque, Peru, 6-VIII-2006, A. D.
Guanilo, depositado na ESALQ-USP, São Paulo, Brasil. Dois parátipos fêmeas em Brugmansia
arborea, La Victoria – Quilmaná (12° 59' 28" S, 76° 24' 1" W), Cañete, Lima, Peru, 21-VII-
2006, A. D. Guanilo. Depositado no MHN, Lima, Peru.
Observações
Esta espécie nova é semelhante a Phytoseius leonmexicanus (Hirschmann), o qual difere por
apresentar peritrema estendendo-se até a seta j1 e por ter o comprimento das setas j4, j5 e j6 cerca
de 0.65, 0.50 e 0.40 que a espécie nova. Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos
Andes.
Phytoseius guianensis De Leon
Phytoseius guianensis De Leon, 1965b: 18; Denmark e Muma, 1973: 269; Moraes e McMurtry,
1983: 144; Moraes et al., 2004: 239; Chant e McMurtry, 2007: 129.
Phytoseius (Phytoseius) guianensis, Denmark, 1966: 23.
Fêmea (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 300 de comprimento e 155 de largura. Setas j1 17, j3 18, j4 15, j5 15, j6
16, J2 16, J5 7, z2 16, z3 22, z4 20, z5 15, Z4 26, Z5 42, s4 29, s6 32, r3 28, R1 17.
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 60, ST2-ST2 65 e ST5-ST5 55. Placa ventrianal, 103 de
comprimento, 48 de largura ao nível da ZV2 e 50 de largura ao nível do ânus; JV5 30 de
comprimento.
110
Espermateca. Cálice em forma de cálice, 10 de comprimento, estreito distalmente.
Pernas. Macroseta com ponta dilatada, presente apenas no basitarso IV, 23. Quetotaxia do
genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2-2/0,1.
Espécimes examinados
San Martín: Soritor – Rioja (Indochi), 6° 7' 34" S, 77° 7' 36” W, 29-VII-2006, em
Brugmansia suaveolus (1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações.
Esta espécie foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
2.2.2.2.3 Typhlodrominae Scheuten
Galendromus (Galendromus) annectens (De Leon)
Typhlodromus annectens De Leon; 1958: 78; Moraes e McMurtry; 1983: 142; Moraes, Mesa e
Braun, 1991: 134.
Galendromus annectens, Muma, 1961: 298.
Galendromus (Galendromus) annectens, Muma, 1963: 30; Denmark e Muma, 1973: 274;
Denmark, 1982: 142; Moraes, Denmark e Guerrero, 1982: 21; Moraes, McMurtry e Denmark,
1986: 186; Moraes et al., 2004: 265; Chant e McMurtry, 2007: 167.
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 314 (313-315) de comprimento e 161 (160-163) de largura. Setas j1 21
(20-22), j3 49 (48-50), j4 38 (37-38), j5 44 (42-45), j6 54 (53-55), J2 55 (54-56), J5 8 (7-9), z2 49
(48-49), z3 44 (42-45), z4 47 (45-49), z5 45 (42-47), Z4 58 (57-58), Z5 51 (50-51), s4 57 (56-57),
s6 60, S2 63 (61-65), S5 54 (52-56), r3 41 (40-42).
111
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 60, ST2-ST2 53 e ST5-ST5 69 (66-70). Placa ventrianal,
104 (103-105) de comprimento, 64 (63-65) de largura ao nível da ZV2 e 66 (65-68) de largura ao
nível do ânus, JV5 42 (41-43) de comprimento.
Espermateca. Cálice alongado e tubular, 30 (29-30) de comprimento; átrio nodular.
Pernas. Sem macrosetas. Quetotaxia. Genu II: 2, 2/1, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Espécimes examinados
Cajamarca: San Ignacio - Camino a Nambaye, 5° 9' 2" S, 78° 59' 59” W, 4-VIII-2006, em
Brugmansia suaveoleus (2).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Schuster
(1966) e Chant e Yoshida-Shaul (1984) para exemplares das Galápagos e os Estados Unidos,
sendo mais semelhantes com as de Schuster (1966). Espécimes medidos por Chant e Yoshida-
Shaul (1984) apresentam as setas s4, S5, z2, z4, Z4 e Z5 cerca de 30-40% mais curtas,
correspondendo neste sentido ao fato de ser a placa dorsal cerca de 25% mais curta. Esta espécie
foi encontrada a leste da Cordilheira dos Andes.
Metaseiulus (Metaseiulus) adjacentis (De Leon)
Typhlodromus adjacentis De Leon, 1959:124; 1962: 175; Chant e Baker, 1965: 7; Chant e
Yoshida-Shaul, 1983: 1052; Moraes, Mesa e Braun, 1991: 136.
Typhlodromina adjacentis, Muma, 1961: 297: De Leon, 1967: 16.
Paraseiulella adjacentis, Denmark, 1994: 18.
Metaseiulus (Metaseiulus) adjacentis, Moraes et al., 2004: 276; Chant e McMurtry, 2007: 173.
112
Observações
Esta espécie foi descrita de Aticama, Nayarit, México, em Randia sp. No Peru, foi relatada
em San Ramón, Departamento de Junín, numa Malvácea (MORAES; MESA; BRAUN, 1991).
Esta espécie foi relatada a leste da Cordilheira dos Andes. Nenhum espécime adicional foi
coletado neste estudo.
Typhlodromina conspicua (Garman)
Iphidulus conpicuus Garman, 1948: 14.
Typhlodromus conspicuous, Nesbit, 1951: 22; Muma, 1955: 268; De Leon, 1959: 125;
Hirschmann, 1962:17; Specht, 1968: 674; Chant, Hansell e Yoshida-Shaul, 1974: 1270; Chant e
Yoshida-Shaul, 1983: 1044-1045.
Typhlodromus (Typhlodromus) conpicuus, Cunliffe e Baker, 1953: 11; Chant, 1959: 55.
Typhlodromina conspicua, Muma, 1961: 297; 1964:37-38; De Leon, 1967: 16; Muma e
Denmark, 1969: 407-408; Zack, 1969: 78; Denmark e Muma, 1975: 298; Moraes et al., 2004:
304; Chant e McMurtry, 2007: 169.
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 369 (363-375) de comprimento e 281 (278-285) de largura. Setas j1 29
(28-29), j3 37, j4 28 (26-29), j5 31 (30-31), j6 35, J2 39, J5 9, (8-10), z2 22, z3 43 (41-44), z4 45
(44-45), z5 34 (33-34), Z4 70, Z5 67 (66- 68), s4 53 (51-54), s6 59 (57-60), S5 50 (48-52), r3 24
(23-25), R1 16 (15- 16).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 59 (58-61), ST2-ST2 64 (63-65) e ST5-ST5 73. Placa
ventrianal, 114 (113-115) de comprimento, 76 (75-78) de largura ao nível da ZV2 e 63 de largura
ao nível do ânus; JV5 53 (52-54) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 29 (28-30) de comprimento com 1 dente; dígito fixo 24 (23-25) de
comprimento com 3 dentes.
Espermateca. Cálice sacular, 29 (28-30) de comprimento; átrio mais estreito do que o cálice.
113
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 29 (28-30), Sti IV 26, St IV 44 (43-44). Quetotaxia.
Genu II: 2, 2/1, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1. Um dos exemplares apresenta quetotaxia do genu
II: 2, 2-2/0, 1 em um lado e 2, 2/1, 2/0, 1 em outro lado.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 245 de comprimento, 180 de largura. Setas j1 (quebrada), j3 28, j4 19, j5
(quebrada), j6 19, J2 (quebrada), J5 5, z2 18, z3 30, z4 33, z5 (quebrada), Z4 53, Z5 47, s4 34, s6
40, S5 28, r3 19, R1 10.
Ventre. Placa ventrianal, 105 de comprimento, 144 de largura nos extremos anteriores e 40 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 22, Sti IV 20, St IV 40.
Espécimes examinados
Cajamarca: San Ignacio - Tomaque, 5° 7' 35" S, 78° 58' 41” W, 4-VIII-2006, em Capsicum
annum (4, 1).
Relatos prévios no Peru.
Relatado pela primeira vez neste país.
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de maneira geral de acordo com aquelas
citadas por Chant e Yoshida-Shaul (1983) para espécimes de Ontário, Canadá. Porém as setas j3,
J2, z2, s4, r3 e R1 são cerca de 15% mais curtas. Esta espécie foi encontrada a leste da
Cordilheira dos Andes.
Typhlodromina subtropica Muma e Denmark
Typhlodromina subtropica Muma e Denmark, 1969: 412; Muma, Denmark e De Leon, 1970:
132; Denmark e Muma, 1978: 16; Moraes et al., 2004: 305; Chant e McMurtry, 2007: 169.
114
Typhlodromus subtropicus, Chant e Yoshida-Shaul, 1983: 1046.
Fêmea (8 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 364 (340-380) de comprimento e 258 (245-265) de largura. Setas j1 28
(26-30), j3 45 (42-48), j4 38 (34-40), j5 42 (35-45), j6 53 (41-59), J2 62 (46-69), J5 13 (12-13),
z2 41 (34-47), z3 47 (33-55), z4 53 (41-61), z5 45 (37-50), Z4 70 (55-77), Z5 58 (48-62), s4 56
(49-62), s6 70 (60-77), S5 67 (55-71), r3 34 (30-37), R1 28 (17-34).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 56 (52-58), ST2-ST2 61 (60-65) e ST5-ST5 74 (70-78).
Placa ventrianal, 118 (115-123) de comprimento, 81 (75-88) de largura ao nível da ZV2 e 79 (75-
83) de largura ao nível do ânus; JV5 66 (60-72) de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 27 (26-28) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 25 (24-26) de
comprimento, com 3 dentes.
Espermateca. Cálice sacular, 21 (20-25) de comprimento; átrio mais estreito do que o cálice.
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 22 (20-24), Sti IV 26 (20-29), St IV 42 (36-45).
Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Espécimes examinados
Ica: Ica - San Juan, 13° 59' 31" S, 75° 44' 12” W, 19-VII-2006, em Brugmansia arborea
(1); Chincha - La Calera (Alto Laran), 13° 27' 30" S, 76° 3' 30” W, 20-VII-2006, em B. arborea
(1); Chincha – Sunampe, 19-V-2006, em Vitis vinifera (1). Lima: Cañete - San Luis, 13° 2'
34" S, 76° 25' 41” W, 21-VII-2006, em Ricinus communis (1); Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4'
33" S, 76° 21' 12” W, 21-VII-2006, em Lippia nodiflora (1). Cajamarca: Jaen – Linderos, 5°
41' 38"S, 78° 48' 10” W, 5-VIII-2006, em Capsicum frutescens (1). Lambayeque: Chiclayo –
Callanca, 6° 50' 51" S, 79° 48' 57” W, 6-VIII-2006, em Nicandra physaloides (1); Chiclayo –
Monsefu, 6° 32' 19" S, 79° 52' 45” W, 6-VIII-2006, em B. arborea (1); Chiclayo – Jayanca, 6°
23' 4" S, 79° 48' 5” W, 6-VIII-2006, em Cestrum auriculatum (1). La Libertad: Trujillo –
115
Chanquina, 8° 25' 24" S, 78° 48' 50” W, em 7-VIII-2006, B. arborea (3); Trujillo - Viru
(Huancaco), 8° 26' 3" S, 78° 46' 46” W, 7-VIII-2006, em B. arborea (1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Lima (GUANILO, 2006)
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com a redescrição do holótipo
citadas por Chant e Yoshida-Shaul (1983). Porém, uma das fêmeas coletadas em Sunampe,
Chincha, Ica, apresentou quetotaxia do genu II 2, 2-2/0,1 (citada para o holótipo) em uma lado e
2, 2/1, 2/0, 1 em outro lado. Esta espécie foi encontrada a oeste e a leste da Cordilheirados
Andes.
Typhlodromina tropica (Chant)
Typhlodromus tropicus Chant, 1959: 54.
Typhlodromina tropica, Muma e Denmark, 1969: 412; Moraes et al., 2004: 306; Chant e
McMurtry, 2007: 169.
Typhlodromus tropicus aristidesi, Chant e Yoshida-Shaul, 1983: 1048.
Typhlodromus aristidesi El-Banhawy, 1976: 532. (Sinonímia de acordo com CHANT E
YOSHIDA-SHAUL, 1983)
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 353 (333-388) de comprimento e 263 (255-275) de largura. Setas j1 27
(25-29), j3 41 (38-44), j4 28 (26-32), j5 29 (24-33), j6 38 (35-41), J2 38 (34-42), J5 9 (9-10), z2
25 (20-30), z3 41 (38-43), z4 52 (49-58), z5 34 (31-40), Z4 68 (63-72), Z5 68 (64-70), s4 50 (47-
56), s6 58 (52-66), S5 51 (50-52), r3 23 (22-23), R1 16 (15-18).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 56 (55-58), ST2-ST2 64 (63-65) e ST5-ST5 73 (70-75).
Placa ventrianal, 107 (100-120) de comprimento, 68 (65-70) de largura ao nível da ZV2 e 59 (55-
63) de largura ao nível do ânus; JV5 50 de comprimento.
Espermateca. Cálice sacular, 26 (23-28) de comprimento; átrio mais estreito do que o cálice.
116
Pernas. Macrosetas afiladas; Sge IV 27 (25-29), Sti IV 24 (20-27), St IV 46 (45-47).
Quetotaxia. Genu II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Espécimes examinados
Ica : Chincha – Sunampe, 17-V-2006, Vitis vinifera (1). San Martín: Moyobamba, 6° 2'
55" S, 76° 58' 14” W, 28-VII-2006, em Solanum caricaefolium (1). Amazonas: Chachapoyas -
Limon Punta, 6° 13' 27" S, 77° 54' 13” W, 31-VII-2006, em Citrus sinensis (1). Cajamarca:
Jaen - Tila Alta (2da Etapa), 5° 43' 57" S, 78° 57' 13” W, 5-VIII-2006, em Datura stramonium
(3,1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Cusco (McMURTRY; MORAES, 1989).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com a redescrição do holótipo
citadas por Chant e Yoshida-Shaul (1983), sendo mais semelhantes à subespécie aristidesi. Esta
espécie foi encontrada a oeste e a leste da Cordilheirados Andes.
Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster)
Mumaseius evectus Schuster, 1966: 321.
Typhlodromus (Anthoseius) evectus, Moraes et al., 2004: 323; Guanilo, 2006: 30; Chant e
McMurtry, 2007: 152.
Fêmea (3 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 311 (283-350) de comprimento e 179 (165-198) de largura. Setas j1 21
(20-24), j3 28 (27-30), j4 20 (18-22), j5 20 (18-23), j6 26 (25-27), J2 30 (28-31), J5 11 (10-12),
z2 24 (21-27), z3 27 (27-28), z4 28 (27-30), z5 22 (21-22), Z4 41 (38-42), Z5 46 (43-48), s4 30
(28-31), s6 32 (31-33), S2 35 (32-37), S4 34 (31-35), S5 19 (17-20), r3 27 (26-30), R1 26 (23-
30).
117
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 61 (55-65), ST2-ST2 48 (48-50) e ST5-ST5 52 (48-55).
Placa ventrianal pentagonal (alguns espécimes com margens irregulares), 100 de comprimento,
68 de largura ao nível da ZV2 e 64 (58-73) de largura ao nível do ânus; JV5 35 (32-37) de
comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 27 (26-28) de comprimento, com 3 diminutos dentes; dígito fixo 25
(24-26) de comprimento, com 4 dentes.
Espermateca. Cálice sacular, 15 (12-18) de comprimento; átrio subapical e em forma de C, 7
(6-8) de comprimento.
Pernas. Macroseta afilada; St IV 26 (24-30). Quetotaxia. Genu II: 2, 2/0, 2/0, 1; genu III: 1,
2/1, 2/0, 1.
Macho (1 espécime medido)
Dorso. Placa dorsal, 250 de comprimento, 138 de largura. Setas j1 17, j3 20, j4 17, j5 17, j6
21, J2 23, J5 8, s4 23, s6, 21, S2 27, S4 25, S5 18, z2 20, z3 22, z4 24, z5 18, Z4 27, Z5 29, r3 12,
R1 22. Setas lisas, exceto Z4 e Z5 serreadas.
Ventre. Placa ventrianal, 100 de comprimento, 125 de largura nos extremos anteriores e 50 de
largura ao nível do ânus.
Pernas. Macroseta afilada; St IV 23.
Espécimes examinados
Tacna: Tacna – Pachia, 17° 53' 26" S, 70 ° 8' 43” W, 12-VII-2006, em Brugmansia arborea,
(14 ); Tacna – Calientes, 17° 52' 13" S, 70° 7' 24” W, 12-VII-2006, em Gossypium hirsutum
(4, 2); Tacna – Pocollay, 18° 00' 58" S, 70° 13' 55” W, 12-VII-2006, em B. arborea (4, 1i);
Tacna - 5 Y 6, 18° 11' 13" S, 70° 25' 35” W, 12-VII-2006, em B. arborea(8); Tacna - 5 Y 6,
18° 11' 36" S, 70 ° 24' 39” W, 12-VII-2006, em C. annum (7). Arequipa: Aplao – Huancarqui,
118
16° 4' 50" S, 72° 29' 2” W, 15-VII-2006, em B. arborea (10); Aplao – Corire, 16° 11' 1" S,
72° 27' 3” W, 15-VII-2006, em B. arborea (1); Camaná - La Calderona, 16° 37' 37" S, 72° 43'
19” W, 16-VII-2006, em B. arborea (3). Ica: Nazca - Haja Baja (Achaco), 14° 49' 14" S, 74°
57' 36” W, 18-VII-2006, em Inga feuellei (2, 1i); Ica - San Juan, 13° 59' 31" S, 75° 44' 12” W,
19-VII-2006, em B. arborea (2); Ica – Huamanguilla, 14° 4' 21" S, 75° 41' 21” W, 19-VII-
2006, em Cestrum nocturnum, (2); Ica - Los Aquijes, 14° 6' 8" S, 75° 52' 54” W, 19-VII-2006,
em Lippia nodiflora (1, 1); Ica - Pueblo Nuevo, 14° 8' 6" S, 75° 42' 5” W, 19-VII-2006, em
B. arborea (14,2); Chincha - El Palmar, 13° 28' 41" S, 76° 10' 26” W, 20-VII-2006, em
Cestrum auriculatum (1). Lima: Cañete - La Victoria (Quilmana), 12° 59' 28" S, 76° 24' 1” W,
21-VII-2006, em B. arborea (4); Cañete - Nuevo Imperial, 13° 4' 27" S, 76° 19' 18” W, 21-VII-
2006, em Solanum nigrum (7). Lambayeque: Chiclayo – Callanca, 6° 50' 51" S, 79° 48' 57”
W, 6-VIII-2006, em C. auriculatum (1), em S. melongena (2); Chiclayo – Pacora, 6° 26' 42"
S, 79° 51' 12” W, 6-VIII-2006, em Lycopersicon parviflorum (1, 1i); Chiclayo – Jayanca, 6°
23' 4" S, 79° 48' 5” W, 6-VIII-2006, em C. auriculatum (2, 3i). Lima: Huaral – Donoso, 1-VIII-
2005, em Acacia huarango (1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Lima e Ica (GUANILO, 2006).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas na descrição
original da espécie e por Guanilo (2006) para espécimes do Peru, para exemplares das Galápagos
e do Peru, respectivamente. Esta espécie foi encontrada a oeste da Cordilheira dos Andes.
Typhlodromus (Anthoseius) paraevectus Moraes e McMurtry
Typhlodromus paraevectus Moraes e McMurtry, 1983: 142; 1989:179; Moraes et al., 2004: 341;
Chant e McMurtry, 2007: 155.
Observações
119
Esta espécie foi descrita de Petrolina, Pernambuco, Brasil, em Lantana camara. No Peru, foi
relatada em folhas de citros, no vale de Cañete, Departamento de Lima (MORAES E
McMURTRY, 1989). Esta espécie foi relatada a oeste da Cordilheira dos Andes. Nenhum
espécime adicional foi coletado neste estudo.
Typhlodromus (Anthoseius) transvaalensis (Nesbitt)
Kampimodromus transvaalensis Nesbitt, 1951: 55.
Neoseiulus transvaalensis, Muma, 1961: 295.
Clavidromus transvaalensis, Muma e Denmark, 1968: 238; Muma e Denmark, 1970:128.
Typhlodromus transvaalensis, Chant e Baker, 1965: 5; Schicha, 1981: 36; Moraes e Mesa, 1988:
83.
Typhlodromus (Anthoseius) transvaalensis, Moraes et al., 2004: 355; Chant e McMurtry, 1994:
252.
Typhlodromus jackmickleyi De Leon, 1958: 75 (sinonímia de acordo com MUMA E
DENMARK, 1968: 238).
Fêmea (2 espécimes medidos)
Dorso. Placa dorsal, 385 (368-403) de comprimento e 234 (225-243) de largura. Setas j1 30,
j3 42 (41-42), j4 31 (30-31), j5 34, j6 38 (37-38), J2 46, J5 11 (10-12), z2 24 (23-25), z3 41, z4
40, z5 29 (28-30), Z4 54 (50-58), Z5 64 (61-66), s4 49 (47-50), s6 48, S2 56 (55-56), S4 59 (58-
60), S5 10 (9-10), r3 37, R1 44 (43-44).
Ventre. Distâncias entre ST1-ST3 66 (65-68), ST2-ST2 65 e ST5-ST5 78 (75-80). Placa
ventrianal pentagonal (um espécime com margens irrregulares), 135 (123-148) de comprimento,
84 (83-85) de largura ao nível da ZV2 e 80 (75-85) de largura ao nível do ânus; JV5 59 (58-60)
de comprimento.
Quelíceras. Dígito móvel 30 (29-31) de comprimento, com 1 dente; dígito fixo 32 (31-33) de
comprimento, com 3 dentes (1 comprido distal e 2 diminutos).
120
Espermateca. Cálice em forma de tronco de cone, 18 (15-20) de comprimento, a parte
esclerotizada, 5 de comprimento; átrio em forma de C.
Pernas. Macrosetas com pontas dilatadas. Sge IV 25 (24-25), Sti IV 29 (27-30), St IV 46 (45-
47). Quetotaxia. Genu II: 2, 2-2/0, 1; genu III: 1, 2/1, 2/0, 1.
Espécimes examinados
Lima: Huaral – Donoso, 1-VIII-2005, em A. huarango (1); Moquegua: Omate, 27-VI-
2005, em Solanum tuberosum (1).
Relatos prévios no Peru.
Departamento de Ica (GUANILO, 2006).
Observações
As características das fêmeas examinadas estão de acordo com aquelas citadas por Schicha
(1981) e Guanilo (2006) para espécies do Peru. Esta espécie foi encontrada a oeste da
Cordilheira dos Andes.
2.2.2.3 Chave taxonômica
Apresenta-se a seguir uma chave taxonômica para auxiliar a separação dos fitoseídeos
encontrados neste estudo e/ou daquelas relatadas previamente no Peru, considerando-se as
características de fêmeas adultas.
1
Região podonotal da placa dorsal (anterior a R1) com 6 pares de setas “laterais” (j3,
z2, z3, z4 e s4 e s6 presente).
2
1’
Região podonotal da placa dorsal com 4 pares setas “laterais” (j3, z2, z4 e s4)
……..................................................................................... AMBLYSEIINAE Muma
3
121
2(1)
Setas Z1, S2, S4 e S5 ausentes; seta r3 inserida na placa dorsal
…………………..........................................................….. PHYTOSEIINAE Berlese
……………………………………………….................………… Phytoseius Ribaga
51
2’
Pelo menos uma das setas Z1, S2, S4 ou S5 presente; seta r3 na cutícula mole
próxima da placa dorsal (raramente na placa)
…........................................................................... TYPHLODROMINAE Wainstein
54
3(1)
Placa esternal com uma projeção posterior mediana; alguns com “migração” anterior
das setas pré-anais JV2 e ZV2
4
3’
Placa esternal sem projeção posterior mediana; sem “migração” anterior das setas
pré-anais JV2 e ZV2
19
4(3)
Quelíceras de tamanho e forma normal, com dentes proeminentes distribuídos ao
longo do dígito fixo; peritrema geralmente estendendo-se até o nível da seta j1
5
4’
Quelíceras reduzidas em tamanho, com um grupo de pequenos dentes agrupados na
parte distal do dígito fixo; peritrema não se estendendo além da seta j3
..........................................................................................................Euseius Wainstein
11
5(4)
Razão dos comprimentos, das setas s4:Z1 < 3.0:1.0
6
5’
Razão dos comprimentos, das setas s4:Z1 > 3.0:1.0
..........................................................................…Amblydromalus Chant & McMurtry
7
6(5)
Setas dorsais de comprimento médio; seta Z4 mais longa que a distância entre sua
base e a base de S4; placa dorsal frequentemente ornamentada
................................................................................................. Typhlodromalus Muma
10
122
6’
Setas dorsais pequenas/diminutas; seta Z4 mais curta que a distancia entre sua base e
a base de S4; placa dorsal quase totalmente lisa, exceto pelas estrias anterolaterais
………...........................................................…Ueckermannseius Chant & McMurtry
....................... ............................…Ueckermannia tenuiscutus (McMurtry e Moraes)
7 (5)
Placa dorsal quase totalmente lisa, com algumas estrias anterolaterais; seta z2
aproximadamente 10-15 µm de comprimento.
8
7’
Placa dorsal reticulada, seta z2 mais comprida, 28 µm de comprimento.
……....................................................................................…… Amblydromalus nsp.
8 (7)
Setas z2 mais comprida do que a seta z4; seta z4 20-23 µm de comprimento
9
8’
Setas z2 e z4 subigual, seta z4 10-12 µm de comprimento
…………….......................................................... Amblydromalus manihoti (Moraes)
9 (8)
Seta Z4 aproximadamente 10-14 µm de comprimento
……………………............……….....................…….Amblydromalus rapax DeLeon
9’
Seta Z4 aproximadamente 26-38 µm de comprimento
...........................…………....................... Amblydromalus villacarmelensis (Moraes)
10 (6)
Setas dorsais j3, z4 e s4 com pontas dilatadas
........................................................................……… Typhlodromalus aripo De Leon
10’
Setas dorsais j3, z4 e s4 com pontas afiladas
.........................................…….................…….. Typhlodromalus peregrinus (Muma)
11 (4)
Placa dorsal reticulada
12
123
11’
Placa dorsal lisa
15
12 (11)
Macrosetas na perna IV afiladas
13
12’
Macrosetas na perna IV com pontas dilatadas
14
13 (12)
Macrosetas presentes na perna I – IV, com pontas hialinas
…………….……………...................……...... Euseius citrifolius Denmark e Muma
13’
Macrosetas presentes somente na perna IV, sem pontas hialinas
……………….…………………………….................. Euseius errabundus De Leon
14 (12)
Com macrosetas nas pernas II e III ........................................ Euseius alatus De Leon
14’
Sem macrosetas na perna II e III ….……................……. Euseius sibelius (De Leon)
15 (11)
Cálice da espermateca, com aproximadamente o mesmo diâmetro em toda sua
extensão
16
15’
Cálice da espermateca bastante dilatado próximo ao átrio
............................................................................ Euseius naindaimei (Chant e Baker)
16 (15)
Placa dorsal não expandida; margem nesta região arredondada.
17
16’
Placa dorsal expandida posteriormente à base da seta s4, freqüentemente
ultrapassando a base da seta R1; margem nesta região com angulação proeminente
………………..............................................................Euseius emanus (El-Banhawy)
17 (16)
Seta z4 mais longa que metade da distâncias entre sua base e a base de z2; seta j1
geralmente mais curta que j3
18
124
17’
Seta z4 aproximadamente metade da distância entre sua base e a base da seta z2; seta
j1 mais longa ou subigual a j3 ……………………………….. Euseius ho De Leon
18 (17)
Seta z4 com 27 (25-31) de comprimento…....................… Euseius concordis (Chant)
18’
Seta z4 com 21 (18-23) de comprimento......................… Euseius caseariae De Leon
19 (3)
Seta S4 ausente; setas j6, 2-3 vezes mais longas que a distancia entre suas bases,
placa ventrianal da fêmea com 0-1 pares de setas pré-anais
........................................................................................................ Phytoseiulus Evans
20
19’
Seta S4 presente; setas j6 menos de 2 vezes mais longas que a distância entre suas
bases; placa ventrianal com no mínimo de 3 pares de setas pré-anais
22
20
Com um par de setas pré-anais
21
20’
Sem setas pré-anais......................................... Phytoseiulus persimilis Athias-Henriot
21
Setas dorso centrais j3, j4 e j5 lisas e não ultrapassando a base da seta dorso central
subseqüente……….…………….....…… Phytoseiulus fragariae Denmark e Schicha
21’
Setas dorso centrais j3, j4, j5 serreadas e ultrapassando a base da seta dorso central
subseqüente....................................……………… Phytoseiulus macropilis (Banks)
22 (19)
Razão dos comprimentos das setas s4: Z1 > 3.1:1.0; algumas espécies fortemente
esclerotizadas, de cor vermelho ou marrom escuro e com placa esternal larga; setas
s4, Z5 e geralmente Z4 marcadamente mais longas que outras setas dorsais; seta J2
presente/ausente
23
125
22’
Razão dos comprimentos das setas s4: Z1 < 3.0:1.0; nunca vermelhas ou marrons
escura, setas s4, Z4 e geralmente Z5 não mais longas do que as outras setas dorsais
seta; J2 sempre presente; nunca com uma placa esternal larga.
42
23(22)
Todas as placas fracamente esclerotizadas; placa esternal estreita, razão
comprimento/largura geralmente 1.0:1.0; placa ventrianal geralmente mais comprida
do que larga; razão comprimento/largura > 1.5:1.0; seta J2 presente, placa genital
aproximadamente tão larga quanto a placa ventrianal, razão da largura da placa
genital/largura da placa ventrianal em geral aproximadamente 1.0:1.0; placa esternal
lisa; placa genital lisa.
24
23’
Todas as placas mais fortemente esclerotizadas; placa esternal mais larga, razão
comprimento/largura geralmente menor do que 1.0:1.0; placa ventrianal geralmente
mais larga que comprida, razão comprimento/largura geralmente < 1.0:1.1; seta J2
presente/ausente; placa genital geralmente mais estreita que placa ventrianal, razão
da largura da placa genital e da placa ventrianal geralmente 1.0:1.1-3.9, mas alguns
apresentam a placa genital mais larga, razão < 1.0:1.0; placa esternal e genital lisas
ou reticuladas.
34
24(23)
Razão dos comprimentos das setas s4 : S2 < 2.7:1.0
.................................................................................... Transeius Chant & McMurtry
.....................................................................Transeius quichua (McMurtry e Moraes)
24’
Razão dos comprimentos das setas s4 : S2 > 3.0:1.0 ................... Amblyseius Berlese
25
25 (24)
Placa ventrianal da fêmea em forma de vaso ou dividida em duas placas separadas
(ventral e anal), mais larga ao nível do ânus que ao nível da seta ZV2
26
25’
Placa ventrianal da fêmea não em forma de vaso nem dividida em duas placas
separadas; não mais larga ao nível do ânus que ao nível da seta ZV2
28
126
26 (25)
Placa ventrianal da fêmea dividida em duas placas separadas (ventral e anal); cálice
tubular …............................................................ Amblyseius perditus Chant e Baker
26’
Placa ventrianal da fêmea inteira; cálice em forma de sino ou de funil
27
27 (26)
Seta Z4 (183-190 µm) e Z5 (430-458 µm) mais compridas, espermateca com cálice
em forma de sino............................................ Amblyseius vasiformis Moraes e Mesa
27’
Seta Z4 (105-113 µm) e Z5 (273-275 µm) mais curtas, espermateca com cálice em
forma de funil……………....................................….. Amblyseius herbicolus (Chant)
28 (25)
Espermateca com cálice em forma de disco ou taça
29
28’
Espermateca fundibular, sacular ou tubular.
31
29 (28)
Setas Z4 com aproximadamente 41 µm de comprimento; macrosetas do genu e tíbia
IV com pontas dilatadas........................... Amblyseius leonardi McMurtry e Moraes
29’
Setas Z4 > 75 µm; macrosetas do genu e tíbia com pontas afiladas
30
30 (29)
Seta Z5 cerca de 1,1 vezes tão longa quanto Z4
…................…………… ………….............. Amblyseius lynnae McMurtry e Moraes
30’
Seta Z5 cerca de 2,0 vezes tão longa quanto Z4
………………………........................……………. Amblyseius chiapensis De Leon
31 (28)
Cálice da espermateca tubular ou em forma de funil; átrio nodular
32
127
31’
Cálice de espermateca sacular; átrio em forma de C
.........…………………….................………… Amblyseius franzellus Athias-Henriot
32 (31)
Cálice da espermateca em forma de funil
33
32’
Cálice da espermateca tubular ……..................………. Amblyseius aerialis (Muma)
33 (32)
Poros pré-anais elípticos entre e em linha transversal com as setas JV2; as setas s4
(99 µm) e Z4 (106 µm) mais curtas ……....................…Amblyseius invictus Schuster
33’
Poros pré-anais arredondados em posição posteromediana a JV2; as setas s4 (118
µm) e Z4 (131 µm) mais compridas..............Amblyseius chungas Denmark e Muma
34 (23)
Seta J2 ausente …………………….......................………….. Proprioseiopsis Muma
35
34'
Seta J2 presente
41
35 (34)
Placa genital reticulada e mais larga (pelo menos 112 µm), cálice de diferentes
formas
36
35’
Placa genital lisa e menos larga (78-88 µm aproximadamente); cálice da espermateca
com forma de taça..............................................Proprioseiopsis mexicanus (Garman)
36 (35)
Placa dorsal lisa
37
36’
Placa dorsal reticulada................ Proprioseiopsis belizensis (Yoshida-Shaul e Chant)
37 (36)
Seta j3 mais comprida (85-95 µm), ultrapassando a base da seta z4
38
37’
Seta j3 mais curta (41-65 µm), não ultrapassando a base da seta z4
39
128
38 (37)
Seta Z1 (9-11 µm) mais curtas ................... Proprioseiopsis dominigos (El-Banhawy)
38’
Seta Z1 (22-24 µm) mais longas................................................... Proprioseiopsis nsp.
39 (37)
Seta j3 (41-48 µm) mais curta
40
39’
Seta j3 (62-65 µm) mais comprida .......................... Proprioseiopsis ovatus (Garman)
40 (39)
Cálice tubular, 36-43µm de comprimento
................................................................Proprioseiopsis peruvianus (Moraes e Mesa)
40’
Cálice sacular, 14-15 µm de comprimento
...............................................…....................…. Proprioseiopsis neotropicus (Ehara)
41 (34)
Setas JV2 e ZV2 inseridas no terço anterior da placa ventrianal da fêmea; Sge I com
macroseta ………………………………………………………. Iphiseiodes De Leon
……………………………......................…. Iphiseiodes zuluagai Denmark e Muma
41'
Setas JV2 e ZV2 não inseridas no terço anterior da placa ventrianal da fêmea; perna I
sem macrosetas.…………........................................………… Arrenoseius Wainstein
………….....................……………..Arrenoseius urquharti (Yoshida-Shaul e Chant)
42 (22)
Ge II e Ge III sem macrosetas; dígito fixo das quelíceras com poucos
dentes………………………………………...................................Neoseiulus Hugues
43
42'
Ge II e Ge III com macrosetas; dígito fixo das quelíceras frequentemente com mais
de 6 dentes; (exceto por Typhlodromips np3., com 4 dentes)
47
43 (42)
Setas dorsais lisas, exceto pelas setas Z4 e Z5, serreadas; macrosetas afiladas
44
129
43’
Setas dorsais serreadas; macrosetas com pontas dilatadas
………………………..………....................................... Neoseiulus tunus (De Leon)
44 (43)
Cálice da espermateca em forma de taça ou sacular
45
44’
Cálice da espermateca em forma de funil.............Neoseiulus peruanas (El-Banhawy)
45 (44)
Maioria das setas dorsais ultrapassando as bases das setas seguintes
46
45’
Setas dorsais não ultrapassando as bases das setas seguintes
………………………………..….. Neoseiulus californicus (McGregor)
46 (45)
Margem posterior da placa esternal levemente esclerotizada; seta St 3 fora da placa
esternal; macroseta da perna St IV (40-50 µm) mais curta
……………………..………….....................… Neoseiulus idaeus Denmark e Muma
46’
Margem posterior da placa esternal esclerotizada; seta St 3 na placa esternal;
macroseta St IV (54-67 µm) mais comprida Neoseiulus anonymus (Chant e Baker)
47 (42)
Setas z2 (12-16 µm) e z4 (11-23µm) mais curtas; seta z2 não ultrapassando a base da
seta z4
48
47’
Setas z2 (30-33 µm) e z4 (34-37 µm) mais compridas; seta z2 ultrapassando a seta
z4 ….........................................................................................…Typhlodromips nsp3.
48 (47)
Cálice da espermateca em forma de funil ou sacular
49
48’
Cálice da espermateca em forma de disco ........ Typhlodromips mangleae De Leon
130
49 (48)
Cálice da espermateca em forma de funil
50
49’
Cálice da espermateca sacular.................. Typhlodromips sinensis Denmark e Muma
50 (49)
Cálice da espermateca mais longa (40-42 µm) ....................... Typhlodromips nsp1.
50’
Cálice da espermateca mais curta (13 µm) ......................…….. Typhlodromips nsp2.
51 (2)
Peritrema estendendo-se até o nível da seta j1
52
51’
Peritrema estendendo-se até o nível da seta z4............….......……… Phytoseius nsp2.
52 (51)
Somente a seta Z5 serreada
53
52’
Setas j1, j3, z3, r3, s6, J5 e Z5 serreadas .................. Phytoseius averrhoae De Leon
53
Com um poro bastante distinto próximo a z5; com 3 macrosetas dilatadas (Sge IV,
Sti IV e St IV) ........................…………..............................……... Phytoseius nsp1.
53’
Sem poro distinto próximo a z5; com uma só macroseta dilatada
.....................................................................................Phytoseius guianensis De Leon
54 (2)
Setas S4 e JV4 presentes
55
54’
Setas S4 e JV4 ausentes
57
55 (54)
Seta JV3 presente; setas da placa dorsal de tamanho médio, robustas, lisas, algumas
inseridas em tubérculos; com uma única macroseta (St IV), lisa, com ponta afilada ou
com uma pequena dilatação
56
131
55’
Seta JV3 ausente; setas da placa dorsal de compridas, fortemente serreadas, não
inseridas em tubérculos; macrosetas nas Sge IV, Sti IV e St IV com pontas dilatadas
..........................................……Typhlodromus (Anthoseius) transvaalensis (Nesbitt)
56 (55)
Macroseta St IV, com ponta afilada
............................................................Typhlodromus (Anthoseius) evectus (Schuster)
56’
Macroseta St IV, com uma pequena dilatação na ponta
................................... Typhlodromus (Anthoseius) paraevectus Moraes e McMurtry
57 (54)
Seta R1 presente; S2 ausente
58
57’
Seta R1 ausente; S2 presente................................................... Galendromus Muma
……………….................…… Galendromus (Galendromus) annectens (De Leon)
58 (57)
Seta R1 muito mais curta que seta s6; setas S5 e Z5 aproximadamente do mesmo
comprimento ..………………..........................................…….Typhlodromina Muma
59
58’
Setas R1 e s6 aproximadamente do mesmo comprimento; S5 marcadamente mais
curta do que Z5 ........................................................................... Metaseiulus Muma
.................……………………..… Metaseiulus (Metaseiulus) adjacentis (De Leon)
59 (58)
A maioria dos espécimes com genu II: 2, 2-2/0, 1 (quando genu II :2, 2/1, 2/0,1 então
seta Z4 muito mais comprida que seta Z5).
60
59´
A maioria dos espécimes com genu II: 2, 2/1, 2/0, 1 (quando genu II: 2, 2/0-0,1 então
setas Z4 e Z5 subiguais)...........................…..….Typhlodromina conspicua (Garman)
60 (59)
Seta Z4 muito mais comprida que seta Z5; Seta S5 mais comprida do que seta Z5
………………………….............................……. Typhlodromina subtropica (Chant)
132
60’
Seta Z4 subigual a seta Z5; Seta S5 mais curta do que seta Z5
…………………………………………… Typhlodromina tropica (Chant)
2.2.2.4. Ácaros Tetraniquídeos mais Comumente Encontrados e suas Associações
O coeficiente de determinação de correlação (R
2
) entre a freqüência dos tetraniquídeos nos
campos amostrados e sua diversidade de fitoseídeos associada foi positiva (R
2
=0,839, P=0.000).
Isso sugere tendência que quanto mais freqüente é uma espécie de tetraniquídeo, maior será a
diversidade de fitoseídeos associados com ela. T. desertorum foi a espécie com maior associação
de fitoseídeos (29 espécies). T. urticae foi o segundo tetraniquídeo de maior associação com
fitoseídeos (13 espécies). As outras espécies de tetraniquídeos apresentaram um número bastante
menor de ácaros predadores associados (até 7 espécies de fitoseídeos associados).
Dentre os ácaros predadores de outras famílias, Agistemus ecuadoriensis foi a espécie mais
comumente encontrada em associação com Eotetranychus sp2., Tetranychus desertorum,
Tetranychus nsp2., e Tetranychus sp. Stethorus aff. tridens foi o inseto predador associado com
Eotetranychus sp2., Eutetranychus banksi, Tetranychus desertorum, Tetranychus urticae e
Tetranychus nsp1.
133
Tabela 2 - Associações dos ácaros tetraniquídeos com seus predadores em solanáceas e plantas próximas delas, no
Peru, durante julho – agosto, 2006
(continua)
ÁCARO
TETRANIQUIDEO
DEPARTAMENTO ESPÉCIES DE PLANTAS FITOSEÍDEOS ASSOCIADOS
OUTROS
PREDADORES
Bryobia sp. Arequipa Solanácea:
Lycopersicon esculentum.
- -
Eotetranychus
lewisi
Moquegua e
Tacna
Solanácea:
Brugmansia arborea.
Não solanáceas:
Gossypium hirsutum e
Ricinus communis
Neoseiulus idaeus
Typhlodromus evectus
-
Eotetranychus
sexmaculatus
Cuzco Solanácea:
Lycopersicon esculentum.
- -
Eotetranychus
sp1.
Cuzco Solanáceas:
Cyphomandra befacea e
Datura stramonium.
Euseius citrifolius
-
Eotetranychus
sp2.
Moquegua Não solanáceas:
Inga feuellei e
Zea mais.
Euseius emanus Agistemus
ecuadoriensis
Stethorus aff.
tridens,
Eutetranychus
banski
Arequipa, Ica,
San Martín,
Amazonas,
Cajamarca,
Lambayeque,
La Libertad e
Lima.
Solanáceas:
Cestrum auriculatum e
Solanum americanum.
Não solanáceas:
Ricinus communis e
Sapindus saponaria.
Amblyseius chungas,
Typhlodromina subtropica.
Euseius ho,
Neoseiulus californicus,
Neoseiulus idaeus,
Phytoseius averrhoae
Typhlodromus evectus.
Stethorus aff.
tridens.
Oligonychus
yothersi
Cuzco Não solanáceas:
Cecropia peltata,
Miconia sp.,
Ricinus communis e Tecoma
sp.
Euseius alatus
Neoseiulus idaeus
-
Oligonychus
sp1.
San Martín Solanácea:
Solanum caricaefolium.
Amblyseius aerialis,
Amblyseius perditus,
Amblyseius vasiformis,
Iphiseiodes zuluagai,
Typhlodromina tropica e
Typhlodromips nsp1.
Oligota sp.
134
Tabela 2 - Associações dos ácaros tetraniquídeos com seus predadores em solanáceas e plantas próximas delas, no
Peru, durante julho – agosto, 2006
(continuação)
ÁCARO
TETRANIQUIDEO
DEPARTAMENTO ESPÉCIES DE PLANTAS
FITOSEÍDEOS
ASSOCIADOS
OUTROS
PREDADORES
Oligonychus
sp2.
San Martín Não solanácea:
Ricinus communis.
Proprioseiopsis dominigos
Proprioseiopsis ovatus
-
Tetranychus
desertorum
Cuzco,
Ica ,
La Libertad,
Lima,
San Martín,
Amazonas,
Cajamarca
Lambayeque,
Solanáceas:
Brugmansia arborea,
Brugmansia suaveolus,
Capsicum annum, Capsicum
frutescens, Cestrum
auriculatum, Cyphomandra
befacea, Datura ferox,
Datura stramonium,
Lycopersicon esculentum v.
cerasiforme,
Lycopersicon peruvianum,
Nicandra physaloides,
Nicotiana tomentosa,
Physalis pubescens,
Solanum albidum, Solanum
americanum,Solanum
caricaefolium, Solanum
melongena e Solanum
nigrum.
Não solanáceas: Inga
feuellei, Lippia nodiflora,
Manihot esculentum,
Phaseolus lunatus, Ricinus
communis, Sapindus
saponaria e Vicia faba.
Amblydromalus manihoti,
Amblyseius aerialis,
Amblyseius chiapensis,
Amblyseius chungas,
Amblyseius perditus,
Amblyseius vasiformis,
Euseius alatus,
Euseius caseirae,
Euseius citrifolius,
Euseius concordis,
Euseius emanus,
Euseius ho,
Euseius naindaimei, Eusieus
sibelius,
Iphiseiodes
zuluagai, Neoseiulus
californicus, ,
Neoseiulus idaeus,
Phytoseiulus macropilis,
Phytoseiulus fragariae,
Phytoseiulus persimilis,
Proprioseiopsis mexicanus
Proprioseiopsis neotropicus,
Proprioseiopsis ovatus,
Typhlodromalus aripo,
Typhlodromalus peregrinus,
Typhlodromina subtropica,
Typhlodromina tropica,
Typhlodromips nsp1. e
Typhlodromus evectus.
Agistemus
ecuadoriensis,
Stethorus aff
tridens,
Armascirus
sp.2,
Armascirus
sp.3.
135
Tabela 2 - Associações dos ácaros tetraniquídeos com seus predadores em solanáceas e plantas próximas delas, no
Peru, durante julho – agosto, 2006
(continuação)
ÁCARO
TETRANIQUIDEO
DEPARTAMENTO ESPÉCIES DE PLANTAS FITOSEÍDEOS ASSOCIADOS
OUTROS
PREDADORES
Tetranychus
ludeni
Cajamarca, Ica,
La Libertad,
Moquegua, San
Martín e
Tacna
Solanáceas: Brugmansia
arborea,
Brugmansia suaveolus,
Nicandra physaloides
Solanum sessili-florum.
Não solanáceas:
Ipomoea purpurea,
Ricinus communis
uma malvácea não
identificada.
Amblydromalus rapax.
Phytoseiulus fragariae e
Typhlodromus evectus.
-
Tetranychus
mexicanus
Cuzco Não solanáceas:
Bixa orellana
uma planta não identificada
(com nome comum ¨maza
samba¨).
- -
Tetranychus
urticae
Arequipa,
Cuzco
Ica,
Lima e
Tacna
Solanáceas:
Brugmansia arborea,
Datura stramonium,
Capsicum annum, Nicandra
physaloides, Lycopersicon
esculentum,
Solanum melongena,
Solanum nigrum
Solanum americanum.
Não solanáceas:
Manihot esculentum,
Phaseolus vulgaris,
Ricinus communis,
Rosa sp.
Walthoria sp.
Amblydromalus rapax,
Amblyseius chungas,
Euseius alatus,
Euseius citrifolius, Euseius
emanus,
Galendromus annectens,
Iphiseiodes zuluagai,
Neoseiulus californicus,
Neoseiulus idaeus,
Phytoseiulus persimilis,
Proprioseiopsis mexicanus,
Typhlodromalus peregrinus
e Typhlodromus evectus.
Lasioseius
dentatus,
Epicriopsis
sp., Stethorus
aff. tridens
Riscus sp.1.
136
Tabela 2 - Associações dos ácaros tetraniquídeos com seus predadores em solanáceas e plantas próximas delas, no
Peru, durante julho – agosto, 2006
(conclusão)
ÁCARO
TETRANIQUIDEO
DEPARTAMENTO ESPÉCIES DE PLANTAS FITOSEÍDEOS ASSOCIADOS
OUTROS
PREDADORES
Tetranychus
nsp1.
Ica, Moquegua
e
Tacna
Solanáceas:
Cestrum nocturnum,
Datura stramonium,
Nicandra physaloides,
Physalis pubescens e
Solanum nigrum.
Não solanáceas:
Acacia huarango,
Bidens pilosa,
Chenopodium sp.,
Citrullus lunatus,
Cyda paniculata,
Lippia nodiflora,
Medicago sativa,
Phaseolus lunatus,
Ricinus communis
Walthoria sp.
Neoseiulus californicus
Proprioseiopsis mexicanus.
Typhlodromus evectus.
Stethorus aff.
tridens
Stethorus aff.
histrio.
Tetranychus
nsp2.
San Martín Solanáceas: Solanum
caricaefolium e
Lycopersicon esculentum.
Amblydromalus manihoti,
Euseius emanus,
Phytoseiulus fragariae
Typhlodromalus aripo
Agistemus
ecuadoriensis
Tetranychus
sp.
Amazonas,
La Libertad
Lambayeque,
Moquegua e
San Martín.
Solanáceas:
Brugmansia arborea,
Cestrum auriculatum,
Lycopersicon parviflorum,
Solanum albidum
Solanum caricaefolium,.
Não solanáceas:
Erythrina edulis,
Inga feuellei
Ricinus communis.
Amblyseius aerialis,
Amblyseius chungas,
Euseius alatus,
Euseius concordis,
Euseius emanus,
Iphiseiodes zuluagai,
Neoseiulus californicus,
Neoseiulus peruanas,
Phytoseius nsp1.,
Phytoseius nsp2.,
Proprioseiopsis dominigos,.
Agistemus
ecuadoriensis,
Lasioseius
dentatus,
Agistemus
longisetus, Asca
sp1.,
Armascirus
sp.4,
Armascirus sp.,
Mexecheles
sp1.
137
2.2.2.5 Discusão de resultados
2.2.2.5.1 Análise faunística
O maior número de ácaros encontrados em B. suaveolus, B. arbórea e S. caricaefolium do
aquilo que seria esperado tendo em conta o n´mero de campos em que estas espécies foram
amostradas parece ser pelo menos em parte devido a morfologia destas plantas. Estas três
espécies de plantas geralmente atingem tamanho maior do que outras slanáceas amostradas,
apresentam folhas pilosas e grande densidade folhar. Em outro extremo, a menor diversidade de
ácaros encontrados em L. esculentum provavelmente se deve a pelo menos dois fatores. Em
primeiro lugar, em muitos pontos de coleta, estas plantas estavam sendo cultivadas e
provavelmente estavam sendo pulverizadas com pesticidas, em segundo lugar os tricomas
glandulares desta espécie vegteal produz substâncias repelentes para artrópodes (KENNEDY,
2003). Tem sido verificado que a presenã destes tricomas afeta inclusive o desempenho de
predadores utilizados comercialmente para o controle biológico de ácaros-praga desta cultura
(DRUKKER et al., 1992).
A ausência de uma correlação significativa entre a diversidade de ácaros e número de
amostras em cada município deve ser por a localização dos campos. Estes estavam localizados
em 4 ecorregiões diferentes do pais, de acordo com a classificação de Brack (1986), sendo
conhecidas como Deserto Costeiro (incluídos aqui os municípios de Aplao, Camaná, Chincha,
Ica, Nazca, Trujillo, Lambayeque, Cañete, Moquegua e Tacna), Floresta Seca Equatorial (Bagua
e Jaén), Floresta Tropical Amazônica (Tarapoto e Moyobamba) e Yungas (Quillabamba,
Chachapollas, Urubamba e San Ignácio). Os fatores edafoclimáticos prevalentes nestas
ecorregiões são bastantes distintos, sendo notável a diferença entre a vegetação típica de cada
uma desta. Pode-se destacar que os municípios da Ecorregião Floresta Tropical Amazônica foram
os de maior diversidade de ácaros, em quanto que a maioria dos municípios localizados na
Ecorregião Deserto Costeiro foram os que apresentaram menor diversidade de ácaros.
Tivesse T. evansi sido encontrado neste trabalho, provavelmente teria sido detectado como
uma espécie "não usual" na análise em que se correlacionou o número de campos em que foi
encontrada cada espécie de tetraniquídeo e o número de espécies de plantas hospedeiras
correspondente a cada espécie. Isto seria esperado tendo em vista a grande especificidade das
138
populações deste ácaro encontradas no continente americano.(FURTADO et al., 2006, 2007a;
MORAES; McMURTRY, 1985).
A alta diversidade observada de fitoseídeos da subfamília Amblyseiinae neste estudo (79% do
total de espécies de Phytoseiidae), está de acordo com o esperado, dado que em coletas realizadas
em solanáceas em regiões neotropicais da América do Sul por Furtado et al. (2005, 2006) e Rosa
et al. (2005) mostraram também uma alta predominância de fitoseídeos pertencentes a esta
subfamília.
A baixa especificidade observada dos fitoseídeos pelas espécies de solanáceas hospedeiras no
presente estudo tem sido também observada no Brasil por Furtado et al. (2006). Gerson, Smiley e
Ochoa (2003) mencionaram que geralmente espécies de fitoseídeos distribuídas amplamente
numa região são menos específicas com relação às plantas onde estes ocorrem.
Diversas das espécies de predadores encontradas no presente trabalho também foram
relatadas no Brasil e na Argentina em solanáceas (FIABOE et al 2007a; FURTADO et al., 2005,
2006, 2007a; ROSA et al., 2005.). No entanto, as espécies citadas como predominantes naqueles
estudos (P. guianensis, G. annectens e E. concordis) foram encontradas apenas ocasionalmente
no presente estudo .Phytoseiulus longipes, o ácaro predador mais promissor como agente de
controle biológico de T. evansi até agora conhecido pelo (FURTADO et al., 2006, 2007b;
SILVA, 2007). É provável que sua distribuição na América do Sul seja restrita à Argentina
(HERRERO; FERNANDEZ; ESCUDERO, 1990; LEMME et al., 1996), Brasil (FURTADO et
al., 2006; SILVA, 2007), e o Chile (GONZALEZ; SCHUSTER, 1962).
2.3.1.1 Seria possível que T. evansi se estabelecesse no Peru?
A maioria das espécies de solanáceas encontradas neste estudo é diferente daqueles em que T.
evansi tem sido constatado em estudos anteriores na América do Sul (BRITTO et al., 2005;
FIABOE et al., 2007; FURTADO, 2006; FURTADO et al., 2005, 2006, 2007; ROSA et al.,
2005.). No entanto, Lycopersicon esculentum e Solanum americanum são encontradas tanto no
Peru quanto em outros países da América do Sul em que estudos semelhantes têm sido
conduzidos. Isto significa que a disponibilidade de hospedeiros não é um fator limitante à
ocorrência de T. evansi.
139
A não ocorrência de T. evansi nas regiões onde o estudo foi realizado no Peru não deve estar
relacionada a fatores climáticos. A determinação das áreas estudadas no presente trabalho foi
feita com base no estudo de Fiaboe et al. (2006), sendo que estas áreas correspondem
climaticamente a regiões da África onde este ácaro tem sido encontrado.
A determinação das áreas de coleta no presente estudo foi feita de forma a atender uma
demanda externa, isto é de forma a aumentar as possibilidades de se encontrar inimigos naturais
desta praga que pudessem ter melhor desempenho no combate do ácaro-praga na África,
entretanto obviamente esta estratégia a principio poderia não levar a seleção de áreas que
representassem as diferentes regiões ecológicas (ecorregiões) do Peru. Este país apresenta
condições ecológicas bastante distintas. Brack (1986), dividiu ao Peru em 9 ecorregiões terrestres
além de duas ecorregiões marinhas. O presente estudo foi conduzido em 4 destas ecorregiões, isto
é Deserto Costeiro, Floresta Equatorial Seca, Floresta Tropical Amazônica e Yungas.
Apenas as ecorregiões Floresta tropical do Pacífico Peruano, Montanha Estepária, Puna,
Paramos e Savana de Palmeiras não foram considerados no presente estudo. Seria muito pouco
provável que T. evansi pudesse estar presente na Ecorregião Puna tendo em vista as condições
climáticas extremas ali reinante, especialmente a baixa temperatura ambiental durante tudo o ano.
Estudos conduzidos por Moraes e McMurtry (1987) mostraram que esse ácaro não se desenvolve
bem em temperaturas baixas. Seriam interessantes estudos complementares nas demais
ecorregiões para determinar a possibilidade de ocorrência de T. evansi, entanto, considerando que
os campos amostrados estiveram bastante dispersos por todo o país e que alguns eram bastante
próximos destas ecorregiões não estudadas (exceto a ecorregião de Savana de Palmeiras), parece
pouco provável que T.evansi estivesse presente nas regiões não amostradas no Peru. Os
resultados do presente trabalho sugerem que T.evansi realmente não é encontrado naquele país.
O presente trabalho corresponde à primeira tentativa de se detectar a presença de T. evansi, na
região ocidental da Cordilheira dos Andes. No entanto, T. evansi também não foi constatado em
trabalhos anteriores conduzidos no Equador (McGregor, 1955), Peru (GONZALEZ;
FLECHTMANN, 1977) ou Chile (GONZALEZ, 1989), em regiões localizadas também a leste
da Cordilheira dos Andes. Há que se considerar, entretanto, que aqueles trabalhos não tinham
como objetivo principal a avaliação de ácaros em solanáceas, plantas preferidas de T. evansi;
seria interessante a condução de avaliações naqueles países para comprovar a existência de T.
evansi naquela parte da América do Sul.
140
Poderia se esperar que T. evansi ocorresse na região oriental do Peru, tendo em vista que este
ácaro tem sido extensivamente encontrado em outras partes dessa extensa região da América do
Sul. Entretanto, entre a região em que o trabalho foi conduzido no Peru e as regiões onde T.
evansi tem sido relatado a oriente da Cordilheira dos Andes, existe uma extensa floresta
amazônica, o que parece limitar sua dispersão.
Os problemas fitossanitários na cultura do tomateiro, observados atualmente no Peru, são
principalmente devido a insetos e patógenos. De acordo com as informações dos agricultores
contatados durante a realização deste trabalho, ácaros-praga são problemas esporádicos. A baixa
incidência desses organismos pode ser devida à presença de inimigos naturais eficientes. Nada se
sabe sobre a biologia de E. emanus e T. evectus, dois dos fitoseídeos mais encontrados neste
estudo, nem sobre o possível efeito destes sobre os ácaros-praga. Avaliações neste sentido são
bastante desejáveis. Muitos estudos têm sido conduzidos sobre N. californicus e P. persimilis,
que foram as outras espécies de fitoseídeos bastante encontradas neste estudo. Estes predadores
têm sido extensivamente utilizados na prática para o controle biológico de ácaros-praga
especialmente de T. urticae (GERSON; SMILEY; OCHOA, 2003), e poderiam estar
desempenhando naturalmente um importante papel no controle de espécies de ácaros
potencialmente danosas no Peru.
2.2.2.5.2 É importante buscar T. evansi e seus inimigos naturais no local de origem do
tomateiro?
O fato de T. evansi não ter sido encontrado neste estudo, realizado na região de origem do
tomateiro, sugere duas hipóteses: (1) T. evansi não tem como hospedeiro original nenhuma das
espécies de tomateiro, o que pode explicar o grande nível de dano causado por este ácaro ao
tomateiro cultivado, podendo ocasionar até a morte da planta em algumas regiões (KNAPP;
WAGENER; NAVAJAS, 2003; MIGEON, 2005; SAUNYAMA; KNAPP, 2003). Neste sentido,
o tomateiro seria uma planta alternativa, a T. evansi. (2) O tomateiro é hospedeiro original deste
ácaro. Entretanto, se esta segunda hipótese estiver correta, os resultados do presente trabalho
sugerem que este ácaro não se especiou sobre o tomateiro não região do origem desta. A
especiação teria provavelmente ocorrido em outras regiões da América do Sul, a leste da
Cordilheira dos Andes, em que esta planta teria sido introduzida em períodos remotos.
141
Considerando-se as características morfológicas e organolépticas destas plantas, é se admitir que
tenham chamado a atenção de culturas antigas que habitaram o Peru. É possível que estas
culturas tenham transportado plantas deste grupo a diferentes regiões da América do Sul em que
tenham vivido. Os Incas, a última cultura pré-hispánica a dominar o Peru, expandiram seu
território a diversas partes da América do Sul, inclusive ao oriente dos Andes (Argentina)
segundo Rostworowski (1988). Existe ainda a possibilidade de que outras culturas ainda mais
antigas, que habitaram o Peru, tenham visitado regiões sul-americanas ao oriente dos Andes ainda
muito antes dos Incas. Parece menos provável que T. evansi tenha se especiado em tomateiros em
outras partes do mundo, tendo em vista que estas plantas foram levadas para o México, e de lá a
outras partes do mundo apenas após a chegada dos espanhóis à América do Sul.
2.3 Conclusões
T. evansi não ocorre em solanáceas nos Departamentos de Cuzco, Tacna, Moquegua,
Arequipa, Ica, Lima, San Martín, Amazonas, Cajamarca, Lambayeque e La Libertad
do Peru, porém T. evansi tem o potencial de ocorrer nas regiões avaliadas no Peru por
estas apresentarem semelhanças climáticas e de espécies de plantas hospedeiras com
as regiões onde este ácaro-praga ocorre na América do Sul.
T. desertorum é a espécie de ácaro tetraniquídeo mais freqüente em solanáceas nas
regiões amostradas no Peru.
E. emanus é o ácaro predador mais freqüente em solanáceas nas regiões amostradas
no Peru.
142
Referências
AMRINE, J.W.; STASNY, T.A. Catalog of the Eriophyoidea (Acarina: Prostigmata) of the
World. Michigan: Indira Publishing House, 1994. 798 p.
APONTE, O.; McMURTRY, J.A. Revision of the genus Iphiseiodes De Leon
(Acari:Phytoseiidae). International Journal of Acarology, Oak Park, v. 21, n. 3, p. 165–183,
1995.
ATHIAS-HENRIOT, C. Phytoseiidae et Aceosejidae (Acarina, Gamasina) d'Algerie. I Genres
Blattisocius Keegan, Iphiseius Berlese, Amblyseius Berlese, Phytoseius Ribaga, Phytoseiulus
Evans. Bulletin of the Society Historia Natural Afrique d´ Nord, Alger, v. 48, p. 319-352,
1957.
______. Nouveaux Amblyseius edaphiques d' Amerique Australe (Acariens anactinotriches,
Phytoseiidae). In: DEBOUTTEVILLE, C.D.; RAPOPORT, E. (Ed.). Biologie de l'Amerique
Australe. III. Etudes sur la Faune du Sol. Documents Biogeographiques. Paris: Centre
National Recherche Scientifique, 1967. p. 525–539.
______ Nouvelles notes sur les Amblyseiini. III. Sur le genre Cydnodromus: Redefinition,
composition (Parasitiformes, Phytoseiidae). Entomophaga, Paris, v. 22, p. 61–73, 1977.
BAKER, E.W.; KONO, T.; AMRINE Jr., J.W. DELFINADO-BAKER, M.; STASNY, T.A.
Eriophyoid mites of the United States. Michigan: Indira Publisching House, 1996. 394 p.
BALOGH, J.; BALOGH, P. Oribatid mites of the Neotropical Region II. Hungraria: Elseiver,
Hungraria, 1990. 333 p.
BANKS, N. Descriptions of some new mites. Proceedings of the Entomological Society of
Washington, Washington, v. 7, p. 133–142, 1905.
BLAIR, B.W. Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari : Tetranychidae): a new pest of
tobacco in Zimbabwe. Coresia Phtytophatology and Agronomy Study Groups, Bergerac,
p.1-6, 1983.
BOLLAND, H.R.J.; GUTIERREZ, J.; FLECHTMANN, C.H.W. World catalog of the spider
mite family (Acari: Tetranychidae). Boston: Brill, 1974. 392 p.
BOLLAND, H.R.; VALA, F. First record of the spider mite Tetranychus evansi (Acari:
Tetranychidae) from Portugal. Entomologische Berichten, London, v. 60, n.9, p 180, 2000.
BRACK, E.A. Las ecorregiones del Peru. Boletín de Lima, Lima, v. 44, p. 57-70, 1986.
143
BRITTO, E.P.J.; SILVA, F.R.; FIABOE, K.K.M.; GONDIM Jr., M.G.; MORAES, G.J. de;
DELALIBERA Jr., I.; KNAPP, M. Flutuação populacional dos predadores associados a
Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) em solanáceas em Recife. In:
SIMPÓSIO DE CONTROLE BIOLOGICO, 9., 2005, Recife. Anais … Recife: Ed. ISBN, 2005.
p. 169.
CASTAGNOLI, M.; NANNELLI, R.; SIMONI, S. Tetranychus evansi (Baker and Pritchard)
(Acari: Tetranychidae), a new pest for Italy. Informatore Fitopatológico, Milano,
v. 5, p. 50-52, 2006.
CHANT, D.A. Phytoseiid mites (Acarina: Phytoseiidae): Part I, bionomics of seven species in
southeastern England, Part II. A taxonomic review of the family Phytoseiidae, with descriptions
of thirty-eight new species. The Canadian Entomologist, Ontario, v. 12, p. 166, 1959.
CHANT, D.A.; BAKER, E.W. The Phytoseiidae (Acarina) of Central America. Memoirs of the
Entomological Society of Canada, Ontario, v. 41, p. 56, 1959.
CHANT, D.A.; HANSELL, R.I.C.; YOSHIDA-SHAUL, E. The genus Typhlodromus Scheuten
(Acarina: Phytoseiidae) in Canada and Alaska. Canadian Journal of Zoology, Ontario, v. 52,
p. 1265–1291, 1974.
CHANT, D.A.; McMURTRY, J.A. A review of the subfamilies Phytoseiinae and
Typhlodrominae (Acari: Phytoseiidae). International Journal of Acarology, Oak Park, v. 20,
n. 4, p. 223-310, 1994.
______. A review of the subfamily Amblyseiinae Muma (Acari: Phytoseiidae): Part I.
Neoseiulini new tribe. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 29, n. 1, p 3–46, 2003.
______. A review of the subfamily Amblyseinae Muma (Acari: Phytoseiidae): Part III. The tribe
Amblyseiini Wainstein. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 30, p.171-228,
2004a.
______. A review of the subfamily Amblyseiini Muma (Acari: Phytoseiidae). Part IV. The tribe
Amblyseiinae Muma Wainstein, subtribe Arrenoseiina Chant and McMurtry. International
Journal of Acarology, Oak Park, v. 30, p. 291-312, 2004b.
______. A review of the subfamily Amblyseiinae Muma (Acari:Phytoseiidae): Part VI.The tribe
Euseiini n. tribe, subtribes Typhlodromalina n. subtribe, Eusiina n. subtribe, and Ricoseiina n.
subtribe. International Journal of Acarology, Oak Pak, v. 31, n. 3, p. 187–224, 2005a.
______. A review of the subfamily Amblyseiinae Muma (Acari: Phytoseiidae): Part V. Tribe
Amblyseiini, subtribe Proprioseiopsina Chant and McMurtry. International Journal of
Acarology, Oak Park, v. 31, p. 3–22, 2005b.
______. A review of the subfamily Amblyseiinae Muma. (Acari: Phytoseiidae): Part VII.
Typhlodromipsini n. tribe. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 31, n. 4,
p. 315–340, 2005c.
144
______. Ilustrated keys and diagnoses for the genera and subgenera of the Phytoseiidae of
the world (Acari: Mesostigmata). West Bloomfield: Indira Publisihing House, 2007. 219 p.
CHANT, D.A.; YOSHIDA-SHAUL, E. A world review of five similar species groups in the
genus Typhlodromus Scheuten: Part II. The conspicuus and cornus groups (Acarina:
Phytoseiidae). Canadian Journal of Zoology, Ottawa, v. 61, p. 1041–1057, 1983
______. A world review of the occidentalis species group in the genus Typhlodromus Scheuten
(Acarina: Phytoseiidae). Canadian Journal of Zoology, Ottawa, v. 62, p. 1860–1871, 1984.
______. Adult ventral setal patterns in the family Phytoseiidae (Acari: Gamasina). International
Journal of Acarology, Oak Park, v. 17, n. 3, p. 187-199. 1991.
CHAUDHRI, W.M. Six new species of mites of the genus Amblyseius (Phytoseiidae) from
Pakistan. Acarologia, Montpellier, v. 10, p. 550–562, 1968.
CUNLIFFE, F.; BAKER, E.W. A guide to the predatory phytoseiid mites of the United
States. Gainsville: Pinellas Biology Laboratory, 1953. pt. 1, 28 p.
DANESHVAR, H.; DENMARK, H.A. Phytoseiids of Iran (Acarina: Phytoseiidae).
International Journal of Acarology, Oak Park, v. 8, p. 3–14, 1982.
DARWIN, S. C., KNAPP, S.; PERALTA, I.E... Tomatoes in the Gala´pagos Islands: morphology
of native and introduced species of Solanum section Lycopersicon (Solanaceae). Systematics
and Biodiversity, Cambridge, v. 1, p. 29–54, 2003.
De LEON, D. Four new Typhlodromus from southern Florida (Acarina: Phytoseiidae). The
Florida Entomologist, Gainsville, v. 41, p. 73–76, 1958.
______. The genus Typhlodromus in Mexico (Acarina: Phytoseiidae). The Florida
Entomologist, Gainesville, v. 42, p. 123–129, 1959.
______. Eight new Amblyseius from Mexico with collection notes on two other species (Acarina:
Phytoseiidae). The Florida Entomologist, Gainsville, v. 44, n. 2, p. 85–91, 1961.
______. The cervices of some phytoseiid type specimens (Acarina: Phytoseiidae). Acarologia,
Montpellier, v. 4, p. 174-176, 1962.
______. Phytoseiid mites from Puerto Rico with descriptions of new species (Acarina:
Mesostigmata). The Florida Entomologist, Gainesville, v. 48, n. 2, p. 121–131, 1965a.
______. Ten new species of Phytoseius (Pennaseius) from Mexico, Trinidad, and British Guiana
with a key to species (Acarina: Phytoseiidae). Entomological News, Philadelphia, v. 76, n. 1,
p. 11–21, 1965b.
145
______. Phytoseiidae of British Guyana with keys to species (Acarina: Mesostigmata). Studies
on the Fauna of Suriname and other Guyanas, London, v. 8, p. 81–102, 1966.
______. Some mites of the Caribbean Area: Part I. Acarina on plants in Trinidad, West Indies.
Kansas: Allen Press, 1967. 66 p
DENMARK, H.A. Revision of the genus Phytoseius Ribaga, 1904 (Acarina: Phytoseiidae).
Florida Department of Agriculture, Tallahassee, v. 6, p. 1–105, 1966.
______. Revision of Galendromus Muma, 1961 (Acarina: Phytoseiidae). International Journal
of Acarology, Oak Park, v. 8, p. 133–167, 1982.
______. Revision of the genus Paraseiulella Muma (Acari: Phytoseiidae). International
Journal of Acarology, Oak Park, v. 20, n. 1, p. 11–24, 1994.
DENMARK, H.A; MUMA, M.H. Some phytoseiid mites of Paraguay (Phytoseiidae: Acarina).
The Florida Entomologist, Gainesville, v. 53, n. 4, p. 219–227, 1970.
______. Some Phytoseiidae of Colombia (Acarina: Phytoseiidae). The Florida Entomologist,
Gainsville, v. 55, n. 1, p. 19–29. 1972.
_______. Phytoseiid mites of Brazil (Acarina: Phytoseiidae). Revista Brasileira de Biologia.
Curitiba, v. 33, p. 235-276, 1973.
______. The Phytoseiidae (Acarina: Mesostigmata) of Puerto Rico. The Journal of Agriculture
of the University of Puerto Rico, Puerto Rico, v. 59, p. 279–304, 1975.
______. Phytoseiidae of Jamaica, an annotated list (Acari: Mesostigmata). International
Journal of Acarology, Oak Park, v. 4. n. 1, p. 1–22, 1978.
______.A revision of the genus Amblyseius Berlese, 1914 (Acari: Phytoseiidae). Occasional
Papers of the Florida State Collection of Arthropods, Gainsville, v. 4, 1989. 149 p.
DENMARK, H.A.; SCHICHA, E. Revision of the genus Phytoseiulus Evans (Acarina:
Phytoseiidae). International Journal of Acarology, Oak Park, v. 9, p. 27–35, 1983.
DENMARK, H.A.; EVANS, G.A.; AGUILAR, H.; VARGAS,C.; OCHOA, R. Phytoseiidae of
Central America (Acari: Mesostigmata). West Bloomfield: Indira Publishing House, 1999.
125 p.
DOSSE, G. Uber einige neue Raubmilbenarten (Acar.: Phytoseiidae). Pflanzenschutz Berichte,
Vienna, v. 21, p. 44–61, 1958.
DRUKKER, B.; JANSSEN, A.; RAVESBERG, W.; SABELIS, M.W. Improved control capacity
of the mite predator Phytoseiulus persimilis (Acari: Phytoseiidae) on tomato. Experimental and
Applied Acarology, Dordrecht, v. 21, p. 507-518, 1997.
146
DUVERNEY, C.; KADE, N.; NGUEYE-NDIAYE, A.. Essais preliminaries pour limiter les
degats de Tetranychidae sur les cultures maraicheres dans le Sine-Saloum (Senegal). In: DE
COLLOQUE INTERNATIONAL SUR LES ACARIENS DES CULTURES DE l’AFPP, 12.,
2005, Montpellier. Comptes rendus Montepellier: AFPP, 2005. p. 80.
El-JAOUANI N. Contribution to the knowledge of acaries phytophages in Morocco and
bio-ecological study of Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acarina: Tetranychidae).
Rabat: Morocco, 1988. 230 p.
EHARA, S. Some mites associated with plants in the state of Sao Paulo, Brazil, with a list of
plant mites of South America. Japanese Journal of Zoology, Tokyo, v. 15, n. 2, p. 129–150,
1966.
EHARA, S.; AMANO, H. A revision of the mite family Phytoseiidae in Japan (Acari:Gamasina),
with remarks on its biology. Species Diversity, Tokyo, v. 3, n. 1, p. 25–73, 1998.
EL-BANHAWY, E.M. A new predacious mite of the genus Typhlodromus Scheuten from Brazil.
Revista Brasileira de Biologia, Curitiba, v. 36, n. 2, p. 531–534, 1976.
______. Records on phytoseiid (Acari) mites of Peru. International Journal of Acarology, Oak
Park, v. 5, n. 2, p. 111–116, 1979.
______. Description of some phytoseiid mites from Brazil (Acarina: Phytoseiidae). Acarologia,
Montpellier, v. 25, p. 125–144, 1984.
EUROPEAN AND MEDITERRANEAN PLANT PROTECTION ORGANIZATION.
Tetranychus evansi. Disponível em:
<http://www.eppo.org/QUARANTINE/Alert_list/insects/TETREV.html>.Acesso em: 07 set.
2007.
EVANS, G.O. On a new predatory mite of economic importance. Bulletin of Entomological
Research, London, v. 43, p. 397–401, 1952.
FERES, R.J.F. Levantamento e observações naturalísticas da acarofauna (Acari, Arachnida) de
seringueiras cultivadas (Hevea spp., Euphorbiaceae) no Brasil. Revista Brasileira de Zoologia,
Curitiba, v. 17, n. 1, p. 157-173, 2000.
FERES, R.J.F.; MORAES, G.J. de. Phytoseiid mites (Acari: Phytoseiidae) from woody areas in
the State of Sao Paulo, Brazil. Systematic and Applied Acarology, London, v. 3, p. 125–132,
1998.
FERES, R.J.F.; NUNES, M.A. Ácaros (Acari, Arachnida) associados a euforbiáceas nativas em
áreas de cultivo de seringueiras (Hevea brasiliensis Muell. Arg., Euphorbiaceae) na região
noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 18, n. 4,
p. 1253-1264, 2001.
147
FERES, R.J.F.; ROSSA-FERES, C. de; DAUD; R.D.; SANTOS, R.S. Diversidade de ácaros
(Acari, Arachnida) em seringueiras (Hevea brasiliensis Muell. Arg., Euphorbiaceae) na região
noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v.19, n. 1,
p. 137-144, 2002.
FERLA, N.J.; MORAES, G.J. de. Ácaros predadores (Acari) em plantas nativas e cultivadas do
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 19, n. 4,
p. 1011–1031, 2002.
FERRAGUT , F.; ESCUDERO L. A. Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari,
Tetranychidae), una nueva araña roja en los cultivos hortícolas españoles. Boletin de
Sanidad Vegetal y Plagas, Madrid, v. 25, p. 157-164, 1999.
FERREIRA, M.A.; CARMONA M. M. Acarofauna do tomateiro em Portugal. Avances
em Entomologia Ibérica. Madrid, pp: 385-392, 1995
FIABOE, K.K.M.; FONSECA, R.L.; MORAES, G.J. de; OGOL, C.K.P.O.; KNAPP, M.
Identification of priority areas in South America for exploration of natural enemies for classical
biological control of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) in Africa. Biological Control ,
Amsterdam, v. 38, p. 373-379, 2006.
FIABOE, K.K.M.; GONDIM Jr, M.G.C.; MORAES, G.J. de; OGOL, C.K.P.O.; KNAPP, M.
Surveys for natural enemies of the tomato red spider mite Tetranychus evansi (Acari:
Tetranychidae) in the northeastern and southeastern Brazil. Zootaxa, Auckland, v. 1395,
p. 33-58, 2007.
FLECHTMANN, C.H.W.; KNIHINICKI, D.K. New species and new record of Tetranychus
Dufour from Australia, with a key to the major groups in this genus based on females (Acari:
Prostigmata: Tetranychidae). Australian Journal of Entomology, Camberra, v. 41, n. 2,
p. 118-127, 2002.
FURTADO, I.P. Sélection d'ennemis naturels pour la lutte biologique contr Tetranychus
evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae), en Afrique. 2006. 185 p. Thèse (Doctorale
Biologie de l’Evolution et Ecologie)- L'Universite de Montpellier II, Montpellier, 2006.
FURTADO, I.P.; MORAES, G.J. de; KREITER, S.; KNAPP, M. Search for effective natural
enemies of Tetranychus evansi in south and southeast Brazil. Experimental and Applied
Acarology, Dordrecht, v. 40, p. 157-174, 2006.
FURTADO, I.P.; TOLEDO, S. E.; MORAES, G.J. de; KREITER, E.S.; KNAPP, M. Search for
effective natural enemies of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) in northwest Argentina.
Experimental and Applied Acarology, Dordrecht, v. 43, p. 121-127, 2007a.
FURTADO, I.P.; MORAES, G.J. de; KREITER, S.; TIXIER, M.S.; KNAPP, M. Potencial of a
Brazilian population of the predatory mite Phytoseiulus longipes as a biological control agent of
148
Tetranychus evansi (Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae). Biological control, Amsterdam, v. 42,
p. 139-147, 2007b.
FURTADO, I.P.; KREITER, S.; MORAES, G.J. de; TIXIER, M.S.; FLECHTMANN, C.H.W.;
KNAPP, M. Plant mites (Acari) from northeastern Brazil, with descriptions of two new species of
the family Phytoseiidae (Mesostigmata). Acarologia, Montpellier, v. 45, n. 2/3, p. 131-143,
2005.
GARMAN, P. Mite species from apple trees in Connecticut. Connecticut Agricultural
Experiment Station Bulletin, Connecticut, v. 520. p. 14. 1948.
______. New species belonging to the genera Amblyseius and Amblyseiopsis with keys to
Amblyseius, Amblyseiopsis, and Phytoseiulus. Annals of the Entomological Society of
America, College Park, v. 51, p. 69–79, 1958.
GERSON, U.; SMILEY, R. L.; OCHOA R.. Mites (Acari) for pest control. London: Blackwell
Science, 2003. 539 p.
GONDIM Jr.; M.G.C.; MORAES, G.J. de. Phytoseiid mites (Acari: Phytoseiidae) associated with
palm trees (Arecaceae) in Brazil. Systematic and Applied Acarology, London, v. 6,
p. 65–94, 2001.
GONZALEZ, R.H. A taxonomic study of the genera Mediolata, Zetzellia and Agistemus
(Acarina: Stigmaeidae). University of California, entomology, Riverside, v. 41, p. 1-64, 1965.
______. Insectos y ácaros de importancia agricola y cuatentenaria en Chile. Santiago: Basf,
1989. 400 p.
GONZALEZ, R.H; FLECHTMANN, C.H.W, Revision de los acaros fitófagos en el Peru
y descripción de um nuevo genero de Tetranychidae (Acari). Revista Peruana de
Entomologia, Lima, v. 20, n. 1, p. 67-71, 1977.
GONZALEZ, R.H.; SCHUSTER, R.O. Especies de la familia Phytoseiidae en Chile I. (Acarina:
Mesostigmata). Boletim Tecnico. Estacion Experimental Agronomica. Universidad de Chile,
Facultad de Agronomia, Chile, v. 16, p. 1–35, 1962.
GORDON, R.D. New species and new synonymy in neotropical Stethorus Weise (Coleoptera:
Coccinellidae). Coleopterists Bulletin, Washington, v. 36, p. 121-126, 1982.
GUANILO, A.D. Controladores biologicos de "La arañita roja de los citricos" Panonychus
citri McGregor, 1916 con énfasis en Amblyseius chungas Denmark & Muma, 1989 (Acari:
Tetranychidae, Phytoseiidae) en la costa central del Perú. 2006. 120 p. Monografía (Trabalho
de Conclusão do Curso de Biologia) – Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Lima, 2006.
Disponible em: <http: //www.cybertesis.edu.pe/sisbib/2006/guanilo_aa/html/index-frames.html>.
Acesso em: 07 set. 2007.
GUTIERREZ, J.; ETIENNE, J. Les Tetranychidae de l'île de la Reunión et quelques-uns de leurs
prédateurs. Agronomie Tropicale, Paris, v. 41, n. 1, p. 84-91, 1986.
149
HALLIDAY, R.B.; WALTER, D.E.; LINDQUIST, E.E. Revision of the Australian Ascidae
(Acarina: Mesostigmata). Invertebrate Taxonomy , Camberra, v. 12, p. 1–54, 1998.
HERRERO, A. P. J.; FERNANDEZ, R. V.; ESCUDERO L. A. Mesoseiulus longipes (Evans)
(Acari-Phytoseiidae) un nuevo acaro benefico en el agroecosistema citrico de Tucuman. Revista
Agronomica del Noroeste Argentino, Tucuman, v.25, p. 49-61, 1990.
HIRSCHMANN, W. Gangystematik der Parasitiformes. Acarologie Schriftenreihe fur
Vergleichende Milbenkunde, Hirschmann-Verlag, Furth/Bay, v. 5, p. 5–6, 1962.
HO, C.C.; WANG, S.C.; CHIEN, Y.L. Field observatorio on 2 newly recorded spider mites in
Taiwan. Plant Protection Bulletin, Taiwan, v. 47, p. 391-402, 2004.
KARG, W. Neue Raubmilbenarten der Gattuig Proprioseiopsis Muma, 1961 (Acarina,
Parasitiformes) mit Bestimmungsschlusseln. Zoologische Jahrbucher Systematik, Berlin,
v. 116, n. 2, p. 199–216, 1989.
KENNEDY, G.G. Tomato, pests, parasitoids and predators: tritrophic interactions involving the
genus Lycopersicon, Annual Review of Entomology, College Park, v. 48, p. 51–72, 2003.
KENNETT, C.E. Some predacious mites of the subfamilies Phytoseiinae and Aceosejinae
(Acarina: Phytoseiidae, Aceosejidae) from central California with descriptions of new species.
Annals of the Entomological Society of America, College Park, v. 51, p. 471–479, 1958.
KNAPP, M.; WAGENER, B.; NAVAJAS M. Molecular discrimination between the spider mite
Tetranychus evansi Baker & Prichard, an important pest of tomatoes in southern Africa, and the
closely related species T. urticae Koch (Acarina: Tetranychidae). African Entomology, Pretoria,
v. 11, p. 300-304, 2003.
KNAPP, M.; SAUNYAMA, I.G.M.; SARR, I.; MORAES, G.J. de.Tetranychus evansi in Africa:
Status, distribution, damage and control options. In: DEUTSCHER TROPENTAG, 2003,
Göttingen. Göttingen, 2003. Disponível em: <http://tropentag.de/proceedings/node105.html
>.
Acceso em: 15 ago. 2007.
KREITER, S.; MORAES, G.J. de. Phytoseiidae mites (Acari: Phytoseiidae) from Guadeloupe
and Martinique. The Florida Entomologist, Gainesville, v. 80, n. 3, p. 376–382, 1997.
LEMME, M.C.; HERRERO, A.P.J.; KIRSCHBAUM, D.S.; NASCA, A.J. Artropodos
asociados al cultivo de la frutilla (Fragaria ananassa) en Tucuman. Tucuman: Vedalia, 1996.
v. 3, p. 51-52.
LINDQUIST, E.E. The word genera of Tarsonemidae (Acari: Heterostigmata): A morphological,
phylogentic, and systematic revision, with a reclassification of family-group taxa in the
Heterostigamata. Memoirs of the Entomological Society of Canada , Ottawa, v. 136, p. 1-517,
1986.
150
LOFEGO, A.C. Caracterização morfológica e distribuição geográfica das espécies de
Amblyseiinae (Acari: Phytoseiidae) no Brasil. 1998. 167 p. Dissertação (Mestrado em
Entomologia) – Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo,
Piracicaba,1998.
LOFEGO, A.C.; MORAES, G.J. de; CASTRO, L.A.S Phytoseiid mites (Acari: Phytoseiidae) on
Myrtaceae in the State of São Paulo, Brazil. Zootaxa, Aukcland, n. 516, p. 1-18, 2004.
LOMBARDINI, G. Acari Nuovi. XXXVII. Bollettino dell’Istituto di Entomologia Agraria,
della Universita di Palermo ed Osservatorio Regionale per le Malattie delle Piante, Milano,
v. 21, p. 163–167,1959.
McGREGOR, E.A. Two new mites in the genus Typhlodromus (Acarina: Phytoseiidae). Southern
California Academy of Science Bulletin, Los Angeles, v. 53, p. 89–92, 1954.
______. Notes on spider mites (Tetranychidae) of Ecuador. Revista Ecuatoriana de
Entomologia y Parasitologia, Guayaquil, v. 2, n. 2-3, p. 365-375, 1955.
MIGEON, A. Un nouvel acarien ravageur en France: Tetranychus evansi Baker et Pritchard. La
defense des Végétaux, Paris, n. 579, p. 38-42, 2005.
McMURTRY, J.A. Some predaceous mites (Phytoseiidae) on citrus in the Mediterranean region.
Entomophaga, Paris, v. 22, p. 19–30, 1977.
______. Phytoseiid mites from Guatemala, with descriptions of two new species and redefinitions
of the genera Euseius, Typhloseiopsis, and the Typhlodromus occidentalis species group (Acari:
Mesostigmata). International Journal of Entomology, Oak Park, v. 25, p. 249–272, 1983.
McMURTRY, J.A.; MORAES, G.J. de. Some phytoseiid mites from the South Pacific, with
descriptions of new species and a definition of the Amblyseius largoensis species group.
International Journal of Acarology, Oak Park, v. 10, p. 27–37, 1984.
McMURTRY, J.A.; MORAES, G.J. de.Some phytoseiid mites from Peru with descriptions of
four new species (Acari: Phytoseiidae). International Journal of Acarology, Oak Park, v. 15, n.
3, p. 179-188, 1989.
MESA, N.C. Ácaros Tenuipalpidae (Acari: Prostigmata) no Brasil, novos relatos para
América do Sul e o Caribe e variabilidade morfológica e morfométrica de Brevipalpus
phoenicis (Geijskes). 2005. 393 p. Tese (Doutorado em Entomologia) – Escola Superior de
Agriculura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2005.
MERWE, G.G. van der. A taxonomic study of the family Phytoseiidae (Acari) in South
Africawith contributions to the biology of two species. Entomology Memoirs, Pretoria, v. 18,
p. 1–198, 1968.
MEYER, M.K.P.S. A revision of the Tetranychidae of Africa (Acari) with a key to the
genera of the wolrd. Pretoria: Department of Agricultural Technical Services, 1974. 291 p.
151
(Bulletin, 36).
_______. Mite pests and their predators on cultivated plants in Southern Africa. Vegetables
and berries. Plant Protection Research Institute,1996. (Handbook, 6).
MORAES, G.J. de. Controle biológico de ácaros fitófagos. Informe Agropecuário, Belo
Horizonte, v. 15, p. 55-62, 1991
_______. Controle biológico de ácaros fitófagos com ácaros predadores. In: PARRA, J.R.P.;
BOTELHO, P.S.; CORRÊA-FERREIRA, B.S.; BENTO, J.M.S. (Ed.). Controle biológico no
Brasil: parasitoides e predadores. Barueri: Manole., 2002. cap. 14, p. 225-237.
MORAES, G.J. de. ; McMURTRY, J.A. Phytoseiid mites (Acarina) of northeastern Brazil with
descriptions of four new species. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 9, p. 131-
148, 1983.
______. Comparison of Tetranychus evansi and T.urticae (Acari : Tetranychidae) as prey for
eight species of phytoseiid mites.Entomophaga, Paris, v. 30, p. 393-397, 1985.
_______. Effect of temperature and sperm supply on the reproductive potential of Tetranychus
evansi (Acari: Tetranychidae). Experimental and Applied Acarology, Dordrecht, v. 3,
p. 95-107, 1987.
MORAES, G.J. de; MESA, N.C. Mites of the family Phytoseiidae (Acari) in Colombia, with
descriptions of three new species. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 14, n. 2,
p. 71-88, 1988.
MORAES, G.J. de; DENMARK, H.A.; GUERRERO, J.M. Phytoseiid mites of Colombia
(Acarina: Phytoseiidae). International Journal of Acarology, Oak Park, v. 8, n. 1, p. 15–22,
1982.
MORAES, G.J. de; KREITER, S.; LOFEGO, A.C. Plant mites (Acari) of the French Antilles. 3.
Phytoseiidae (Gamasida). Acarologia, Montpellier, v. 40, n. 3, p. 237–264, 2000.
MORAES, G.J. de; McMURTRY, J.A.; BAKER, E.W. Redescription and distribution of the
spider mites Tetranychus evansi and T. marianae. Acarology, Montpellier, v. 28, p. 333-343,
1987.
MORAES, G.J. de; McMURTRY, J.A.; DENMARK, H.A. A catalog of the mite family
Phytoseiidae. References to taxonomy, synonymy, distribution and habitat. Brasília:
EMBRAPA, DDT, 1986. 353 p.
MORAES, G.J. de; MESA, N.C.; BRAUN, A. Some phytoseiid mites of Latin American (Acari:
Phytoseiidae). International Journal of Acarology, Oak Park, v. 17, n. 2, p. 117-139, 1991.
MORAES, G.J. de; OLIVEIRA, A.R.; ZANNOU, I.D. New phytoseiid mites (Acari:
Phytoseiidae) from tropical Africa. Zootaxa, Auckland, v. 8, p. 1–10, 2001.
152
MORAES, G.J. de; McMURTRY, J.A.; DENMARK, H.A.; CAMPOS, C.B. A revised catalog of
the mite family Phytoseiidae. Zootaxa, Auckland, v. 434, p. 1–494, 2004.
MORAES, G.J. de; MESA, N.C.; BRAUN, A.; MELO, E.L. Definition of the Amblyseius
limonicus species group (Acari: Phytoseiidae), with descriptions of two new species and new
records. International Journal of Acarology, Oak Park, v. 20, n. 3, 209–217, 1994.
MORAES, G.J. de; ALENCAR, J.A.; LIMA, J.L.S.; YANINEK, J.S.; DELALIBERA Jr., I
Alternative plant habitats for common phytoseiid predators of the cassava green mite (Acari:
Phytoseiidae, Tetranychidae) in northeast Brazil. Experimental and Applied Acarology,
Dordrecht, v. 17, p. 77–90, 1993.
MORAES, G.J. de; ZANNOU, I.D.; UECKERMANN, E.; OLIVEIRA, A.R.; HANNA, R.;
YANINEK, J.S. Species of the subtribes Arrenoseiina and Proprioseiopsina (tribe Amblyseiini)
and the tribe Typhlodromipsini (Acari: Phytoseiidae) from sub-Saharan Africa. Zootaxa,
Auckland, v. 1448, p. 1-39, 2007.
MUMA, M.H. Phytoseiidae (Acarina) associated with citrus in Florida. Annals of the
Entomological Society of America, College Park, v. 48, p. 262-272, 1955.
_______. Subfamilies, genera and species of Phytoseiidae (Acarina: Mesostigmata). Florida
State Museum Bulletin, Florida, v. 5, n. 7, p. 267-302, 1961.
_______. The genus Galendromus Muma, 1961 (Acarina: Phytoseiidae). The Florida
Entomologist, Gainesville, Suppl. 1, p. 15–41, 1963.
_______.The population of Phytoseiidae on Florida citrus. The Florida Entomologist,
Gainesville, v. 7, p. 5–11, 1964.
MUMA, M.H.; DENMARK, H.A. Intraspecific variation in Phytoseiidae (Acarina:
Mesostigmata). The Florida Entomologist, Gainsville, v. 45, p. 57–65, 1962.
_______. Some generic descriptions and name changes in the family Phytoseiidae (Acarina:
Mesostigmata). The Florida Entomologist, Gainesville, v. 51, p. 229–240, 1968.
_______.The conspicua species-group of Typhlodromina Muma, 1961. Annals of the
Entomological Society of America, College Park, v. 62, p. 406–413, 1969.
MUMA, M.H.; DENMARK, H.A.; De LEON, D. Phytoseiidae of Florida. Arthropods of
Florida and neighboring land areas. Gainesville: Florida Departament of Agriculture and
Consumer Services, Division of Plant Industry, 1970. v. 6, 150 p.
MURPHY, S.T. Biological control of the cassava green mite (Mononychellus spp.) in east
Africa. Integrated Pest Management of Cassava Green Mite In: REGIONAL TRAINING
WORKSHOP IN EAST AFRICA, 1984, Kenya. Proceedings … Kenya: CIBC, 1984.
p. 55–61.
153
NESBIT, H.H.J. A taxonomic study of the Phytoseiidae (Family Laelaptidae) predaceous upon
Tetranychidae of economic importance. Zoologische Verhandelingen, Amsterdam, v. 12, p. 64,
1951.
PRITCHARD, A.E.; BAKER, E.W. A revision of the spider mite family Tetranychidae. San
Francisco: Pacific Coast Entomological Society, 1955. 472p.
QURESHI, A. H.; OATMAN, C. A.; FLESCHNER C. A.. Biology of the spider mite
Tetranychus evansi. Annals of Entomological Society of America, College Park, v. 62,
p. 898-903, 1969.
ROSA, A.A.; GONDIM Jr., M.G.C.; FIABOE, K.K.M.; MORAES, G.J. de; KNAPP, M.
Predatory mites associated with Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae) on
native solanaceous plants of coastal Pernambuco State, Brazil. Neotropical Entomology,
Londrina,
v. 34, p. 689-692, 2005.
ROSTWOROWSKI, M.D.C. Historia del Tahuantinsuyo. Lima: Instituto de Estudios
Peruanos, 1988. 178 p.
ROWEL, H.J.; CHANT, D.A. A quantitative comparison of morphological characters common to
both sexes in the family Phytoseiidae (Acarina: Mesostigmata). Canadian Journal of Zoology,
Ottawa, v. 56, n. 11, p. 2422-2429, 1978.
SAUNYAMA, I., KNAPP, M. The effects of pruning and trellising of tomatoes (Lycopersicon
esculentum Mill) on red spider mite (Tetranychus evansi Baker and Pritchard) incidence and crop
yield in Zimbabwe. African Crop Science Journal, Kampala, v. 11, p. 269-277, 2003.
SCHICHA, E. A new species of Amblyseius (Acari: Phytoseiidae) from Australia compared with
ten closely related species from Asia, America and Africa. International Journal of Acarology,
Oak Park, v. 7, p. 203–216, 1981.
_______. Phytoseiidae of Australia and neighboring areas. West Bloomfield:Indira Publishing
House, 1987. 187 p.
SCHICHA, E.; ELSHAFIE, M. Four new species of phytoseiid mites from Australia, and three
species from America redescribed (Acari: Phytoseiidae). Journal of the Australian
Entomological Society, Camberra, v.19, p. 27–36, 1980.
SCHUSTER, R.O. Phytoseiidae of the Galapagos Islands (Acarina: Mesostigmata). Pacific
Insects, Honolulu, v. 8, p. 319-339, 1966.
SCHUSTER, R.O.; PRITCHARD, A.E. Schuster, R.O. and Pritchard, A.E. Phytoseiid mites of
California. Hilgardia, Berkeley, v. 34, p. 191–285, 1963.
154
SILVA, F.R. Phytoseiulus longipes: um eficiente agente de controle de Tetranychus evansi
(Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae) na cultura do tomateiro. 2007. 59 p. Dissertação
(Mestrado em Entomologia) – Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade
de São Paulo, Piracicaba, 2007.
SILVA, P. Um novo acaro nocivo ao tomateiro na Bahia (Tetranychus marinae McGregor., 1950
– Acarina). Boletin Instituto Bologico de Bahia, Salvador, v. 1, p. 18-37, 1954.
SMILEY, R.L. The predator mite family Cunaxidae (Acari) of the world with a new
classification. Michigan: Indira Publishing House, 1992. 356 p.
SPECHT, H.B. pecht, H.B. Phytoseiidae (Acarina: Mesostigmata) in the New Jersey apple
orchard environment with descriptions of spermathecae and three new species. The Canadian
Entomologist, Ontario, v.100, p. 673–692, 1968.
TAKAHASHI, F.; CHANT, D.A. Phylogenetic relationships in the genus Phytoseiulus Evans
(Acari: Phytoseiidae). II. Taxonomic review. International Journal of Acarology, Oak Park,
v.19, n. 1, p. 23–37, 1993.
TSENG, Y.H. Further study on phytoseiid mites from Taiwan (Acarina: Mesostigmata). Chinese
Journal of Entomology, Taiwan, v. 3, p. 33–74, 1983.
WU, W.N.; CHOU, F.W. A new species of Amblyseius (Acarina: Phytoseiidae) from Guangdong
Province [in Chinese]. Zoological Research, Pekin, v.2, p. 273–274, 1981.
YASEEN, M.; BENNETT, F.D. Distribution, biology and population dynamics of the green
cassava mite in the neotropics. In: SYMPOSIUM OF THE INTERNATIONAL SOCIETY OF
TROPICAL ROOT CROPS, 4., 1976, Cali. Proceedings … Cali:CIAT, 1976. p. 197–202.
YOSHIDA-SHAUL, E.; CHANT, D.A. Descriptions of two unusual new species in the genus
Amblyseius Berlese (Acari: Phytoseiidae). Canadian Journal of Zoology, Ottawa, v. 66, n. 9,
p. 2053–2056, 1988.
_______. Five new species of Phytoseiidae from Central and South America (Acari: Gamasina).
International Journal of Acarology, Oak Park, v. 17, n. 2, p. 93–102, 1991.
ZACARIAS, M.S.; MORAES, G.J. de. Phytoseiid mites (Acari) associated with rubber trees and
other euphorbiaceous plants in southeastern Brazil. Neotropical Entomology, Londrina, v. 30
n. 4, p. 579–586, 2001.
ZACK, R.E. Seven new species and records of phytoseiid mites from Missouri (Acarina:
Phytoseiidae). Journal of Kansas Entomological Society, Kansas, v. 42, n. 1, p. 68–80, 1969.
155
3 BUSCA DE INIMIGOS NATURAIS Tetranychus evansi NO NORTE DA ARGENTINA
Resumo
O ácaro tetraniquídeo Tetranychus evansi Baker e Pritchard tem sido relatado em diversos
países atacando plantas da família Solanaceae, sendo considerado como uma ameaça à cultura do
tomateiro pela sua agressividade mostrada em diferentes regiões do mundo. Considera-se a
América do Sul como a possível região de origem deste ácaro praga. O presente trabalho relata os
resultados da busca de inimigos naturais de T. evansi no norte da Argentina, em maio de 2007,
nas Províncias de Entre Ríos, Corrientes, Chaco, Salta, Província de Tucumán e Santiago del
Estero. Os locais foram escolhidos tendo como referência a semelhança climática com as regiões
africanas onde este ácaro praga ocorre. Foi encontrado um total de 62 espécies de ácaros.
Phytoseiidae (24 espécies) e Tetranychidae (10 espécies) foram as famílias de ácaros de maior
riqueza de espécies. T. evansi foi o ácaro fitófago mais frequentemente encontrado nas coletas e
sempre em associação com solanáceas. As Províncias onde foi encontrado T. evansi foram: Entre
Ríos, Corrientes, Salta, Santiago del Estero e Tucumán. San Miguel de Tucumán foi o município
em que este ácaro esteve associado ao maior número de inimigos naturais. O fungo patogênico
Neozygites floridana Weiser e Muma, Entomophthorales, foi o inimigo natural mais encontrado
associado a T. evansi. Parece ser um agente de controle promissor, tendo sido encontrado
causando epizootia em um campo de tomateiro e outro de berinjela. Por outro lado, foram
escassos os ácaros predadores associados a T. evansi, sendo N. californicus, N. idaeus e P.
macropilis as espécies predominantes. Phytoseiulus longipes, um Phytoseiidae considerado como
um promissor agente de controle de T. evansi, encontrado no sul do Brasil, não foi encontrado no
presente estudo, mesmo em áreas muito próximas da fronteira com o Brasil.
Palavras-chave: Controle biológico; Tetranychus evansi; Solanáceas; Argentina
Abstract
The tetranychid mite Tetranychus evansi Baker e Pritchard has been reported attacking
plants in the family Solanaceae in several countries and is considered to be a threat to tomato
crop due to its aggressiveness in some parts of the world. South America is considered as a
possible region of origin for this pest mite. The present study reports the results of the search for
the natural enemies of T. evansi in the northern part of Argentina during in May, 2007 in the
Provinces of Entre Ríos, Corrientes, Chaco, Salta, Tucumán and Santiago del Estero. The
locations were chosen based on their climatic similarities with some regions in Africa where this
mite occurs. In total, 62 species of mites were sampled. Phytoseiidae (24 species) and
Tetranychidae (10 species) were mite families with highest species richness. T. evansi was the
most frequently sampled phytophagous mite and was always found in association with
solanaceous hosts. T. evansi was found in the Provinces of Entre Ríos, Salta, Tucumán and
Santiago del Estero. San Miguel de Tucumán was a municipality where the highest number of
natural enemies were found in association with this mite. The mite pathogenic fungus, Neozygites
floridana Weiser and Muma (Entomophthorales: Neozygitaceae) was the most common natural
enemy found associated with T. evansi. This fungus seems a promising control agent as it was
156
found causing epizootics in tomato and eggplant (Solanum melongena L.) fields. Although the
predatory mites associated with T. evansi were scarce, Neoseiulus californicus, N. idaeus and
Phytoseiulus macropilis were the most frequently sampled species. In the present study,
Phytoseiulus longipes, a phytoseiid considered to be the most promising control agent of T.
evansi, found in the southern part of Brazil, was not found in this study even in areas closer to the
border with Brazil.
Keywords: Biological control; Tetranychus evansi; Solanaceae; Argentina
3.1 Introdução
O ácaro tetraniquídeo Tetranychus evansi Baker & Pritchard tem sido relatado em diversos
países ao redor do mundo na cultura do tomateiro e em outras solanáceas. Este ácaro é uma
ameaça à cultura do tomateiro, devido a sua agressividade mostrada em diferentes regiões do
mundo, como é o caso de alguns países do continente africano (KNAPP; WAGENER;
NAVAJAS, 2003; SAUNYAMA; KNAPP, 2003). Segundo Gutierrez e Etienne (1986), a
possível região de origem deste ácaro praga é a América do Sul. Argentina e Brasil são os países
da América do Sul, onde este ácaro praga tem sido relatado (MIGEON, 2005). O presente estudo
corresponde a uma parte de um projeto internacional de controle biológico clássico de T. evansi,
que vem sendo conduzido sob a coordenação do “African Insect Science for Food and Health
(ICIPE), Nairobi, Quênia”. O objetivo daquele projeto é o estabelecimento de inimigos naturais
deste ácaro na África, sendo aqueles coletados na América do Sul. Já foram realizados
levantamentos para a determinação de inimigos naturais de T. evansi no noroeste da Argentina
(FURTADO et al., 2007a), no nordeste do Brasil (FIABOE et al., 2007; FURTADO et al., 2005;
ROSA et al., 2005),no sul e sudeste do Brasil (FURTADO et al., 2006; SILVA, 2007), no centro-
oeste do Brasil (FURTADO, 2006) e no Peru (Capítulo 2 deste documento). As regiões a serem
consideradas naqueles levantamentos foram selecionadas com base no estudo conduzido por
Fiaboe et al. (2006), que determinou as regiões da América do Sul climaticamente mais similares
as regiões em que T. evansi tem sido encontrado na África.
No decorrer dos diferentes levantamentos citados no parágrafo anterior, um predador
aparentemente muito eficiente de T. evansi (Phytoseiulus longipes Evans; Phytoseiidae) foi
encontrado nas proximidades da divisa entre Argentina, Brasil e Uruguai (FURTADO et al.,
2006; SILVA, 2007). O objetivo do presente estudo é complementar os levantamentos de Furtado
et al. (2006) e Silva (2007), para determinar outros possíveis locais de ocorrência de P. longipes
157
nas proximidades da divisa entre aqueles três países, assim como verificar a possível existência
de outros inimigos naturais promissores em associação com T. evansi, em regiões do Norte da
Argentina não exploradas por Furtado et al. (2006).
3.2 Desenvolvimento
3.2.1 Material e Métodos
3.2.1.1 Coleta, triagem e identificação do material
A busca de T. evansi e seus inimigos naturais foram realizados em maio de 2007, nas
seguintes localidades (Figura 1): Províncias de Entre Rios (Municípios de Paraná, Concórdia e
Chajarí), Corrientes (Curuzú Cuatiá e Goya), Chaco (Presidencia Roque Saenz Peña), Salta (San
Ramón de la Nueva Orán, Joaquín V. González e Metán), Província de Tucumán (San Miguel de
Tucumán) e Santiago del Estero (Santiago del Estero). A busca foi realizada de preferência em
áreas degradadas, nos arredores de cidades, ao longo de estradas e nas proximidades de plantios
comerciais. No total, o levantamento foi realizado em 60 campos de coleta, dispendendo-se 20-30
minutos para a coleta das amostras de plantas em cada campo. O número de amostras coletadas
em cada campo foi proporcional à diversidade de plantas encontradas. No total foram examinadas
250 amostras de plantas, pertencentes a 39 espécies, 24 das espécies coletadas pertenceram à
família Solanaceae. Amostras das plantas que não puderam ser identificadas no campo foram
herborizadas, para a identificação posterior no “Herbário del Instituto y Fundación Miguel Lillo”
(Tucumán-Argentina).
As partes das plantas tomadas para a coleta dos ácaros, o processamento das amostras, dos
ácaros e sua identificação seguiram os mesmos procedimentos citados no capítulo anterior. Após
a identificação dos ácaros, parte dos exemplares de cada espécie de ácaros foi depositada no
Museu de Acarologia Agrícola (ESALQ/USP) e o restante, na Fundación Miguel Lillo.
Os ácaros infectados por fungos (múmias), foram montados em azul de algodão misturado
com meio de Hoyer, para a identificação do patógeno. Adicionalmente foi determinada a
158
viabilidade dos fungos patogênicos, neste sentido os ácaros mumificados foram colocados sobre
discos de folhas de tomate. Estes discos estavam sobre espuma umedecida dentro de placas de
Petri em um ambiente escuro. Após 12 horas, foi verificada a presença de hifas e esporos em
microscopia de fase luminosa.
Figura 1 - Localização dos campos da coleta de amostras para a determinação dos ácaros no norte da
Argentina. Os campos amostrados estão representados como pontos pretos; cada ponto pode
corresponder a mais de um campo, devido à precisão permitida na escala utilizada. As regiões
sombreadas correspondem às áreas prioritárias para a busca de inimigos naturais de Tetranychus
evansi na Argentina, segundo Fiaboe et al. (2006)
159
3.2.2 Resultados
3.2.2.1 Análise Faunística
Foi encontrado um total de 1.970 ácaros pertencentes a 62 espécies (Tabela 1). Phytoseiidae
foi a família com maior riqueza de espécies (24 espécies), seguida por Tetranychidae (10
espécies); cada uma das demais famílias foram representadas por no máximo 4 espécies.
O número de espécies de ácaros nas distintas espécies de solanáceas foi bastante variável, não
havendo correlação significativa (R
2
=0,141, p=0,085) entre o número de campos em que cada
espécie de solanácea foi encontrada e o número de espécies de ácaros encontradas sobre a
mesma.. Nicotiana glauca e Vassobia breviflora foram às espécies que a análise mostrou como
solanáceas “não usuais” (outliers), apresentando diversidade desproporcionalmente maiores de
ácaros que outras espécies de solanáceas. Quando estas foram retiradas da análise, observou-se
uma regressão linear significativa e positiva entre aqueles 2 parâmetros, embora com um
coeficiente de determinação muito baixo (R
2
=0,240, p=0,028); nesta nova análise, Solanum
sisymbriifolium foi determinada como “não usual”, não tendo sido encontrada nenhum ácaro
sobre esta planta.
O número de espécies de ácaros encontrados nos distintos municípios considerados no estudo
também foi bastante variável, não sendo significativa a correlação linear entre os números de
campos avaliados em cada município e os respectivos números de espécies de ácaros (R
2
= 0,400,
p= 0,067). Em alguns dos municípios os números de espécies de ácaros encontrados foram
desproporcionalmente elevados em relação ao número de campos em que as coletas foram
realizadas; este fato correspondeu de maneira especial aos municípios de San Miguel de Tucumã
e San Ramón de la Nueva Orán, localizados do noroeste da Argentina, na ecorregião designada
como “Yungas” (Cabrera, 1976). Por outro lado Santiago del Estero foi o município de menor
diversidade de ácaros, localizado na ecorregião “Chaco Seco”.
3.2.2.1.1 Ácaros Preponderantemente Fitófagos
Tetranychidae foi a família de ácaros fitófagos de maior freqüência, em relação aos campos
amostrados (Tabela 1). Foram encontradas 10 espécies desta família, todas do gênero
Tetranychus, exceto por Aponychus spinosus (Banks).
160
Tetranychus evansi foi a espécie de maior freqüência, em relação aos campos amostrados,
seguida por Tetranychus ludeni, sendo esta última encontrada em maior diversidade de plantas
(10 espécies) . T. evansi foi a segunda espécie encontrada em maior diversidade de plantas
hospedeiras (9 espécies). Outras espécies de tetraniquídeos foram encontradas em no máximo 3
espécies. Altos níveis populacionais de T. evansi foram observadas em algumas amostras das
Províncias de Santiago Del Estero e Tutumán, sobre L. esculentum, S. elaeagnifolium, S.
melongena e S. origanifolia.
Observou-se uma correlação linear significativa e positiva (R
2
=0,871, p=0,001) entre o
número de campos em que cada espécie de tetraniquídeo foi encontrada e o respectivo número de
espécies de plantas hospedeiras No entanto, T. ludeni e T. evansi foram espécies determinadas na
análise como “não usuais”, a primeira por apresentar um número significativamente maior e a
segunda por apresentar um número siginificativamente menor de ácaros do que seria esperado
pela mesma equação de regressão correspondente. Assim, a correlação observada entre aqueles
fatores sugere que embora generealistas, os tetraniquídeos encontrados tiveram sua distribuição
limitada em maior ou menor grau pelos fatores climáticos dominantes em cada região, sendo por
tanto detectados respectivamente em números maiores ou menores de campos amostrados nas
diferentes regiões da Argentina. Essas 2 espécies de ácaros diferenciaram-se bastante de outras
espécies por terem sido encontradas com muito maior freqüência que os demais tetraniquídeos
(T. ludeni em 9 campos; T. evansi em 14 campos; demais tetraniquídeos em no máximo 2
campos).
Tenuipalpidae foi a segunda família de maior freqüência nos campos amostrados, sendo
Brevipalpus phoenicis a espécie mais comum, encontrada em 12 espécies de plantas, 9 das quais
Solanaceae. As demais famílias de ácaros preponderantemente fitófagos foram muito menos
freqüentes.
3.2.2.1.2 Ácaros Preponderantemente Predadores
Phytoseiidae foi a família de ácaros preponderantemente predadores mais freqüente nos
campos amostrados. Nesta família, Amblyseiinae foi a subfamília de maior riqueza de espécies
(20 espécies), seguida pelas subfamílias Typhlodrominae (3 espécies) e Phytoseiinae (1 espécie).
Os gêneros de ácaros fitoseídeos de maior diversidade foram Amblyseius (4 espécies), Euseius (4
161
espécies) e Neoseiulus (4 espécies). O fitoseídeo mais freqüente nos campos amostrados e
encontrado em uma maior diversidade de plantas hospedeiras foi Euseius concordis (em 26
campos e 15 espécies de plantas). As demais espécies foram encontradas no máximo em 6
campos e sobre 6 espécies de plantas.
O coeficiente de determinação de correlação entre o número de campos em que cada espécie
de fitoseídeo foi encontrada e o respectivo número de plantas hospedeiras foi altamente
significativo e positivo (R
2
= 0,891, p< 0,001). Da mesma forma que mencionado para os
tetraniquídeos, este resultado sugere que os fitoseídeos encontrados tiveram sua distribuição
influenciada em maior ou menor grau pelos fatores climáticos dominantes em cada região.
Algumas das espécies fugiram a este padrão geral, sendo na análise determinadas como “não
usuais”. Assim, Phytoseiulus macropilis (Banks) foi encontrado em um número maior de plantas
do que esperado pela equação de regresão correspondente, o contrário ocorrendo com E.
concordis e N. idaeus.
Stigmaeidae foi a segunda família de ácaros predadores mais frequente, em relação aos
campos amostrados, sendo a espécie mais comum Agistemus tucumanensis, encontrada em 11
hospedeiros diferentes de plantas. Espécies de ácaros Cheyletidae e Cunaxidae, e espécies de
insetos predadores associados com ácaros foram escassas e raramente encontradas.
Neozygites floridana Weiser e Muma foi o único fungo patogênico encontrado infectando
tetraniquídeos; foi detectado em 6 campos de coleta e em 6 espécies de plantas.
3.2.2.2. Tetranychus evansi e suas Associações Interespecíficas
T. evansi foi encontrado nas Províncias de Entre Ríos (município de Paraná), Corrientes
(Curuzú Cuatiá), Salta (San Ramón de la Nueva Orán), Santiago del Estero (Santiago del Estero)
e Tucumán (San Miguel de Tucumán) (Tabela 2). San Miguel de Tucumán foi o município em
que este ácaro esteve associado ao maior número de inimigos naturais.
As 9 espécies de plantas em que T. evansi foi constatado pertencem à família Solanaceae. A
preferência por Salpichroa origanifolia foi notória, por ser a espécie de solanácea em que T.
evansi foi mais encontrado (Anexo A). Outros hospedeiros em que este ácaro foi também muito
abundante foram Solanum nigrum, Solanum elaeagnifolium e Lycopersicon esculentum. Por
outro lado, T. evansi nunca foi encontrado em Solanum sisymbriifolium, Solanum sp 1, Solanum
162
sp2, Solanum viarum, Nicotiana glauca e Vassobia breviflora, as quais foram encontradas em
diversos campos amostrados.
Tabela 1- Artrópodes e patógenos de ácaros coletados em solanáceas e plantas associadas no Norte da Argentina em
maio de 2007
(Continua)
Espécies de Artrópodes/Patogenias
Abundancia
Relativa
Número
de campos
amostrados
Número
de espécies de
plantas
ÁCAROS
Ácaros Preponderantemente Fitófagos
*Diptilomiopidae (Prostigmata)
Diptilomiopidae sp1. 54 3 3
*Tetranychidae (Prostigmata)
Aponychus spinosus (Banks) 24 1 1
Tetranychus armipenis Flechtmann & Baker 59 2 2
Tetranychus desertorum Banks 19 1 1
Tetranychus evansi Baker & Pritchard 523 14 9
Tetranychus ludeni Zacher 236 9 10
Tetranychus mexicanus (McGregor) 33 2 2
Tetranychus sp.1 25 9 7
Tetranychus sp.2 3 3 3
Tetranychus marianae McGregor 3 1 1
Tetranychus aff. gigas Pritchard & Baker 60 2 3
*Tarsonemidae (Prostigmata)
Polyphagotarsonemus latus (Banks) 11 2 2
*Tenuipalpidae (Prostigmata)
Brevipalpus sp1. 9 3 3
Brevipalpus obovatus 80 8 4
Brevipalpus phoenicis (Geijskes) 191 21 12
Brevipalpus sp2. 4 3 3
Ácaros Preponderantemente Predadores
*Cheyletidae (Prostigmata)
Chelogenes sp. 4 2 2
*Cunaxidae (Prostigmata)
Cunaxoides sp.1 1 1 1
Pulaeus sp.1 1 1 1
Pulaues sp.2 1 1 1
*Phytoseiidae (Mesostigmata)
Amblyseius aerialis (Muma) 9 1 2
Amblyseius chiapensis De Leon 1 1 1
Amblyseius herbicolus (Chant) 19 4 4
Amblyseius neochiapensis Lofego, Moraes &
McMurtry. 4 2 2
Euseius citrifolius Denmark and Muma 13 2 2
Euseius concordis (Chant) 193 22 15
Euseius inouei (Ehara & Moraes) 19 5 6
Euseius fructicolus (Gonzalez & Schuster) 14 1 1
163
Tabela 1- Artrópodes e patogenias de ácaros coletados em solanáceas e plantas associadas no Norte da Argentina em
maio de 2007
(Continuação)
Espécies de Artrópodes/Patogenias
Abundancia
Relativa
Número
de campos
amostrados
Número
de espécies de
plantas
Metaseiulus camelliae (Chant & Yoshida-Shaul) 1 1 1
Neoseiulus californicus (McGregor) 16 6 6
Neoseiulus idaeus Denmark and Muma 24 5 7
Neoseiulus nsp. 9 1 1
Neoseiulus tunus (De Leon) 24 6 5
Paraphytoseius orientalis 1 1 1
Phytoseiulus fragariae Denmark and Schicha 2 2 2
Phytoseiulus macropilis (Banks) 18 2 5
Phytoseius guianensis De Leon 24 4 4
Proprioseiopsis neotropicus (Ehara) 6 2 2
Proprioseiopsis nsp. 1 1 1
Proprioseiopsis ovatus (Garman) 4 3 3
Silvaseius barretoae (Yoshida-Shaul & Chant) 1 1 1
Typhlodromalus aripo De Leon 19 7 7
Typhlodromalus peregrinus (Muma) 13 6 7
*Stigmaeidae (Prostigmata)
Agistemus sp. 3 1 1
Agistemus tucumanensis Gonzalez 62 12 11
Ácaros parasitos
*Erythraeidae (Prostigmata)
Erythraeidae sp1. 10 1 1
Erythraeidae sp2. 9 3 3
Erythraeidae sp3. 1 1 1
Ácaros com hábitos alimentares diversos
*Ameroseiidae (Mesostigmata)
Epicriopsis sp. 1 1 1
*Ascidae (Mesostigmata)
Asca sp. 24 6 7
Acaridae (Astigmata)
Acaridae sp. 3 2 2
Tydeidae (Prostigmata)
Lorryia formosa Cooreman 12 3 3
Tydeidae sp. 7 1 1
Tydeus sp. 11 4 4
Winterschmiitidae (Astigmata)
Winterschmiitidae sp. 23 7 5
164
Tabela 1- Artrópodes e patogenias de ácaros coletados em solanáceas e plantas associadas no Norte da Argentina em
maio de 2007
(Conclusão)
Espécies de Artrópodes/Patogenias
Abundancia
Relativa
Número
de campos
amostrados
Número
de espécies de
plantas
Insetos predadores
*Staphylinidae (Coleoptera)
Oligota sp. 1 1 1
*Coccinellidae (Coleoptera)
Stethorus sp. 6 1 1
Fungos patógenicos
*Neozygitaceae (Entomophthorales)
Neozygites floridana
Weiser e Muma
Presente 5 6
Insetos predadores
*Staphylinidae (Coleoptera)
Oligota sp. 1 1 1
Neozygites floridana foi o inimigo natural encontrado em maior número de campos
(infectando T. evansi em 4 campos e T. desertorum em um campo) e maior número de
municípios (Paraná, San Ramón de la Nueva Orán e Tucumán) em 4 espécies de solanáceas (S.
melongena, N. physaloides, L. esculentum e Solanum nigrum). Durante este trabalho, constatou-
se uma epizootia deste fungo no campo “Vipos” do município de San Miguel de Tucumán, em L.
esculentum e S. melongena.
Associações com predadores de T. evansi só foram constatadas no município de San Miguel
de Tucumán. Foram encontradas 9 espécies de ácaros predadores (7 de Phytoseiidae, 1 de
Ascidae e 1 de Stigmaeidae) associados a T. evansi.
Os predadores mais comumente encontrados em associação com T. evansi foram os
Phytoseiidae Neoseiulus californicus (McGregor) (2 campos, 3 plantas hospedeiras), Neoseiulus
idaeus Denmark and Muma (1 campo, 3 plantas hospedeiras) e P. macropilis (1 campo, 3 plantas
hospedeiras). Outros predadores encontrados em associação com T. evansi (em 1 campo e em 1
planta hospedeira cada) foram os Phytoseiidae Euseius concordis, Neoseiulus tunus, Amblyseius
herbicolus (Chant), Typhlodromalus peregrinus (Muma) e Phytoseiulus fragariae Denmark and
Schicha, o Ascidae Asca sp. e o Stigmaeidae Agistemus tucumanensis Gonzalez.
165
Tabela 2 - Associações dos ácarosTetranychidae com predadores e patógenos em solanáceas e plantas próximas delas, na Argentina, durante maio, 2007
(continua)
ÁCARO TETRANIQUIDEO
P
ROVÍNCIA ESPÉCIES DE PLANTAS FITOSEÍDEOS ASSOCIADOS OUTROS
PREDADORESPARASITOS/
FUNGOS PATOGÉNICOS
Aponychus spinosus Entre Rios Solanáceas: Brugmansia arbórea Euseius concordis, Euseius inouei,
Galendromus annectens e
Phytoseius guianensis
-
Tetranychus marianae Tucumán Solanáceas: Salpichroa origanifolia Tetranychus evansi,
Neoseiulus californicus e
Typhlodromalus peregrinus
-
Tetranychus armipenis Corrientes e
Tucumán
Solanáceas: Solanum sp2.
Não solanáceas : Espécie não identificada
Neoseiulus idaeus e
Typhlodromalus aripo
Agistemus tucumanensis
Tetranychus desertorum Chaco Solanáceas: Vassobia breviflora
Euseius concordis e
Metaseiulus camelliae
Agistemus tucumanensis e
Neozygites floridana
Tetranychus evansi Entre Rios,
Corrientes,
Salta,
Santiago del Estero e
Tucumán
Solanáceas: Cestrum parqui,
Lycopersicon esculentum,
Nicandra physaloides, Physalis angulata
Salpichroa origanifolia,
Solanum americanum, Solanum melongena
Solanum elaeagnifolium
Solanum nigrum
Euseius concordis,
Neoseiulus californicus,
Neoseiulus idaeus,
Neoseiulus tunus,
Phytoseiulus fragariae,
Phytoseiulus macropilis e
Typhlodromalus peregrinus
Agistemus tucumanensis,
Asca sp1.,
Erythraeidae sp2. e
Neozygites floridana
Tetranychus ludeni Corrientes,
Salta e
Tucumán
Solanáceas: Cestrum sp., Datura ferox,
Nicotiana glauca, Physalis angulata
Solanum melongena,
Solanum sp1.,
Solanum nigrum,
Solanum viarum e Vassobia breviflora.
Não solanácea: Glycine max
Euseius citrifolius,
Galendromus annectens,
Neoseiulus californicus,
Neoseiulus idaeus, Neoseiulus tunus,
Phytoseiulus fragariae,
Phytoseiulus macropilis,
Proprioseiopsis nsp.,
Silvaseius barretoae e
Typhlodromalus aripo
Asca sp1.,
Agistemus tucumanensis,
Oligota sp. e
Stethorus sp.
166
Tabela 2 - Associações dos ácarosTetranychidae com predadores e patógenos em solanáceas e plantas próximas delas, na Argentina, durante maio, 2007
(conclusão)
ÁCARO
TETRANIQUIDEO
PROVÍNCIA ESPÉCIES DE PLANTAS FITOSEÍDEOS ASSOCIADOS OUTROS
PREDADORESPARASITOS/
FUNGOS PATOGÉNICOS
Tetranychus mexicanus Entre Ríos e
Tucumán
Não solanáceas: Ricinus communis e Citrus
reticulata.
Euseius concordis.
-
Tetranychus sp. Entre Rios, Chaco,
Corrientes, Salta,
Santiago del Estero e
Tucumán
Solanáceas: Nicotiana glauca,
Nicotiana glauca,
Nicotiana tabacum,
Solanum americanum,
Solanum sp2 ,
Solanum elaeagnifolium e
Solanum viarum;
Não solanácea: Citrus paradise.
Amblyseius aerialis,
Euseius concordis, Euseius inouei,
Galendromus annectens,
Neoseiulus californicus,
Neoseiulus tunus,
Phytoseius guianensis,
Proprioseiopsis ovatus e
Typhlodromalus aripo.
Agistemus tucumanensis,
Pulaues sp.2 e
Erythraeidae sp3.
Tetranychus aff. Gigas Tucumán Solanácea: Vassobia breviflora;
Não solanáceas: Acacia aromo e
Malvastrum coromandelianum
Euseius inouei Asca sp.
.
Tetranychus mexicanus Entre Ríos e
Tucumán
Não solanáceas: Ricinus communis e Citrus
reticulata.
Euseius concordis.
-
167
3.2.3 Discussão de resultados
3.2.3.1. Análise Faunística
Assim como relatado no estudo feito no Peru, as solanáceas que no presente estudo
apresentaram maior diversidade de ácaros (N. glauca e V. breviflora) foram aquelas de
maior porte e de maior densidade folhar dentre as espécies amostradas. A ausência de
ácaros em S. sisymbriifolium poderia ser esperada; Lovatto, Goetze e Thomé (2004)
constataram ser esta planta repelente ao inseto.
Também no caso do trabalho realizado na Argentina, observou-se uma diferença
marcante entre os distintos municípios em relação à diversidade de ácaros encontrados,
estando isto relacionado à localização dos municípios. Estes estavam localizados em 4
ecorregiões diferentes do país, de acordo com a classificação de Cabrera (1976), sendo
conhecidas como Espinal (incluídos aqui os municípios de Corcordia, Chajarí e Curuzú
Cuatiá), Chaco Seco (Joaquín V. Gonzalez, Presidencia Roque Saenz Peña e Santiago
del Estero), Deltas e Ilhas do Paraná (Paraná e Goya) e Yungas (San Ramón de la
Nueva Orán, Metán e San Miguel de Tucumán). Os fatores edafoclimáticos prevalentes
nestas ecorregiões são bastante distintos, levando a diferenças na vegetação
característica de cada uma destas. O município de San Miguel de Tucumán, onde se
observou a maior diversidade de ácaros, localiza-se na Ecorregião Yungas, que se
distingue do restante das regiões visitadas pela maior precipitação e maior diversidade
vegetal. Por outro lado, o município de Santiago Del Estero, onde os menores níveis de
diversidade de ácaros foram observados, localizam-se na Ecorregião Chaco Seco, uma
das regiões visitadas neste trabalho que apresentavam menores precipitação e
consequetemente menores diversidades vegetal.
O fato de T. evansi ter sido detectado como uma espécie "não usual" na análise em
que se correlacionou o número de campos em que cada espécie de tetraniquídeo foi
encontrada e o respectivo número de espécies de plantas hospedeiras já era esperado,
devido à conhecida preferência deste ácaro por solanáceas (FURTADO et al., 2006,
2007a; MORAES; McMURTRY, 1985). Os resultados do presente trabalho mostraram
que nem todas as espécies de solanáceas são atacadas por T. evansi no norte da
Argentina, o que mostra sua especificidade mesmo dentro da família Solanaceae. Várias
das plantas em que T. evansi foi encontrado neste estudo já haviam sido relatadas por
Furtado et al. (2006, 2007a) como hospedeiras deste ácaro no Brasil. No entanto, pela
primeira vez Physalis angulata é citada como planta hospedeira de T. evansi.
168
Os altos níveis populacionais de T. evansi nas Províncias de Santigao Del Estero e
de Tucumán sugeriram ser este ácaro uma praga importante de L. esculentum e de S.
melongena naquelas Províncias. Altos níveis populacionais deste ácaro em Tucumán já
havia sido relatado por Furtado et al. (2007a). Parece desejável que estudos futuros
sejam dedicados a entender a razão da alta incidência de T. evansi em Tucumán.
3.2.3.2 A presença de T. evansi na Argentina e países limítrofes
Furtado et al. (2006) relatou a presença de T. evansi na região de Uruguaiana,
Estado do Rio Grande do Sul, na divisa com a Argentina e o Uruguai. Mais
recentemente, Furtado et al. (2007a) relataram a presença de T. evansi na Província de
Tucumán, em solanáceas. No presente estudo este ácaro foi novamente encontrado
naquela e em outras províncias no norte da Argentina, indicando sua distribuição
relativamente ampla naquele país. A constatação deste ácaro em diversas municípios
desta parte da Argentina indica ser possível que T. evansi também esteja presente em
algumas regiões da Bolívia, do Paraguai e do Uruguai. Essa possibilidade é suportada
pelos resultados de Fiaboe et al. (2006), que indicam serem algumas regiões daqueles
países, nas proximidades das suas divisas com a região norte da Argentina e sul do
Brasil, climaticamente muito simelhantes às regiões da África em que este ácaro tem
sido encontrado.
Parece, entretanto, que a presença de T. evansi a oeste da região visitada seja
limitada pela rápida elevação do terreno nas encostas da Cordilheira dos Andes, onde as
temperaturas médias prevalentes (baixas) não são favoráveis à biologia deste ácaro
(MORAES; McMURTRY, 1987). Os resultados do capítulo anterior, também sugerem
serem os Andes uma barreira geográfica importante à dispersão de T. evansi, de vez que
este ácaro não foi encontrado em nenhum dos 11 Departamentos do Peru em que este
ácaro foi procurado. Pela mesma razão, seria de se supor como pouco provável a
ocorrência de T. evansi no Chile, onde este ácaro não tem sido relatado (PRADO,
1991).
O fato de T. evansi ter sido encontrado em apenas um dos 7 campos amostrados no
município de Paraná, em apenas um dos 5 campos amostrados no município de Curuzú
Cuatiá e em nenhum dos 7 campos amostrados no município de Chajarí e Concórdia
sugere que possa ser próximo destas regiões o limite sul da área de ocorrência de T.
evansi na América do Sul.
169
Segundo observações no campo, foram constatados danos causados por T. evansi na
cultura de tomateiro e berinjela na Província de Tucumán. Furtado et al. (2007a), relatou
também altos níveis populacionais de T. evansi na Província de Tucumán. Em outras
províncias, entretanto os níveis populacionais de T. evansi foram menores. De maneira
geral, os agricultores das áreas visitadas parecem não considerar os ácaros fitófagos
importantes como pragas do tomateiro, exceto na região de Tucumán, onde aplicações
de pesticidas são esporadicamente realizadas.
3.2.3.3 Associações Interespecíficas de T. evansi com seus inimigos naturais
A baixa especificidade observada dos fitoseídeos pelas espécies de solanáceas
hospedeiras no presente estudo também foi observada no Brasil por Furtado et al.
(2006). Além disso, a predominância de fitoseídeos da subfamília Amblyseiinae
verificada neste estudo também foi constatada por outros autores, como sumariado no
capítulo anterior deste documento, em regiões de menores latitudes da América do Sul,
no Brasil e no Peru.
A associação do fungo patogênico N. floridana com diferentes espécies de
tetraniquídeos, inclusive com T. evansi já foi relatada repetidas vezes na literatura
(VAN DER GEEST et al., 2000; WEKESA et al., 2005), porém, esta é a primeira
constatação deste fungo na Argentina. Este pode causar severas epizootias em ácaros,
fato que também foi observado neste trabalho em Tucumán, em culturas de tomateiro e
berinjela.
Wekesa et al. (2007) constatou que as cepas brasileiras de N. floridana não
interferem no desenvolvimento de P. longipes, o ácaro predador mais promissor para o
controle de T. evansi hoje conhecido (FURTADO et al., 2007b). A não constatação de
deste predador em associação com T. evansi no presente estudo poderia a princípio ser
considerada surpreendente. Este foi encontrado por Furtado et al. (2006) e Silva (2007)
em diversas ocasiões, em associação com T. evansi, em Uruguaiana. Um dos
municípios visitados no presente estudo (Curuzú Cuatiá) localiza-se a apenas
aproximadamente 60 km de Uruguaiana; embora T. evansi tenha sido encontrado em S.
americanum em Curuzú Cuatiá, nenhum P. longipes foi encontrado a ele associado. Há
que se considerar, entretanto que também no detalhado estudo conduzido por Silva
(2007), P. longipes foi encontrado quase que exclusivamente na zona urbana de
Uruguaiana, apesar das buscas sistemáticas conduzidas ao longo 3 meses nas zonas
170
urbana e rural deste e de 5 outros municípios vizinhos. Aquele autor sugere que a
distribuição restrita de P. longipes seja devida à sua recente introdução em Uruguaiana,
ou ainda, alternativamente, que sua dispersão possa ser limitada pelo clima desfavorável
que prevalece naquela região durante o inverno, especialmente em áreas longe de
edificações e vegetação que protege aquele predador contra as intempéries. P longipes
não foi até agora relatado de nenhuma outra região do Brasil, mas foi relatado em citros
(HERRERO; FERNANDEZ; ESCUDERO, 1990) e morango (LEMME et al., 1996) na
região de Tucumán. Este ácaro também foi encontrado em alfafa e Marrubium vulgare
no Chile, na Região de Maipú (GONZÁLEZ; SCHUSTER, 1962). No entanto, em
nenhuma destas ocasiões estava este ácaro associado a T. evansi. Os resultados do
presente estudo também sugerem que a ocorrência de P. longipes em Uruguaiana
corresponda a uma introdução recente, como sugerido por Silva (2007).
Os predadores encontrados nas coletas foram escassos. A maioria das amostras
contendo T. evansi não continha predadores. Estudos conduzidos por diferentes autores
não demonstraram serem promissores os predadores mais comumente encontrados em
associação com T. evansi neste estudo (N. californicus, N. idaeus e P. macropilis).
Resultados insatisfatórios foram relatados para N. californicus de Uruguaiana
(VASCONCELOS, 2006), da Califórnia, Estados Unidos da América (MORAES;
McMURTRY, 1985) e de Valência, Espanha (ESCUDERO; FERRAGUT, 2005); para
N. idaeus do nordeste do Brasil (FURTADO et al., 2007a); e para P. macropilis do
nordeste do Brasil (ROSA et al., 2005). Ainda que em menor número durante as coletas,
também foi encontrado o fitoseídeo P. fragariae. Vasconcelos (2006) obteve resultados
insatisfatórios no laboratório para uma população de P. fragariae proveniente de
Uruguaiana.
Apesar dos resultados pouco promissores dos trabalhos conduzidos até agora com as
espécies de predadores mais comumente encontradas em associação com T. evansi na
Argentina, considera-se oportuno que as populações argentinas deste ácaro sejam
estudadas, pois existe sempre a possibilidade que apresentem comportamentos
diferentes daquelas até agora avaliadas. Como exemplo, deve-se mencionar o
comportamento diferente de distintas populações de P. longipes em relação a T. evansi
como presa; resultados altamente promissores foram encontrados por Furtado et al.
(2007b) com a população deste predador proveniente de Uruguaiana, após resultados
muito insatisfatórios terem sido relatados por Moraes e McMurtry (1985) para uma
população dessa espécie proveniente da África do Sul.
171
3.3 Conclusões
T. evansi é o ácaro fitófago mais freqüente em solanáceas do norte da Argentina.
N. floridana é o inimigo natural mais comumente associado a T. evansi no norte
da Argentina.
P. longipes não é freqüente encontrado em associação com T. evansi nas regiões
visitadas neste estudo no norte da Argentina.
Referências
BOLLAND, H.R.J.; GUTIERREZ, J.; FLECHTMANN, C.H.W. World catalog of the
spider mites family (Acari: Tetranychidae). Boston: Brill, 1974. 392 p.
CABRERA, A.L. Regiones fitogeográficas Argentinas. Buenos Aires: Enciclopédia
de Agricultura y Jardineria, 1976. v. 2.
ESCUDERO, L.A.; FERRAGUT, F. Life-history of predatory mites Neoseiulus
californicus and Phytoseiulus persimilis (Acari: Phytoseiidae) on four spider mite
species as prey, with special reference to Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari:
Tetranychidae). Biological control, Amsterdam, v. 2, p. 378-384, 2005.
FIABOE, K.K.M.; FONSECA, R.L.; MORAES, G.J. de; OGOL, C.K.P.O.; KNAPP,
M. Identification of priority areas in South America for exploration of natural enemies
for classical biological control of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) in Africa.
Biological Control, Amsterdam, v. 38, p. 373-379, 2006.
FIABOE, K.K.M.; GONDIM Jr, M.G.C.; MORAES, G.J. de; OGOL, C.K.P.O.;
KNAPP, M. Surveys for natural enemies of the tomato red spider mite Tetranychus
evansi (Acari: Tetranychidae) in the northeastern and southeastern Brazil. Zootaxa,
Auckland, v. 1395, p. 33-58, 2007.
FURTADO, I.P. Sélection d'ennemis naturels pour la lutte biologique contr
Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari: Tetranychidae), en Afrique. 2006.
185 p. Thèse (Doctorale Biologie de l’Evolution et Ecologie)- L'Universite de
Montpellier II, Montpellier, 2006.
FURTADO, I.P.; MORAES, G.J. de; KREITER, S.; KNAPP, S. Search for effective
natural enemies of Tetranychus evansi in south and southeast Brazil, Experimental and
Applied Acarology, Dordrecht, v. 40, p. 157-174, 2006.
FURTADO, I.P.; MORAES, G.J. de; KREITER, S.; TIXIER, M.S.; KNAPP, M.
Potencial of a Brazilian population of the predatory mite Phytoseiulus longipes as a
biological control agent of Tetranychus evansi (Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae).
Biological control, Amsterdam, v. 42, p. 139-147, 2007b.
172
FURTADO, I.P.; TOLEDO, S. E.; MORAES, G.J. de; KREITER, E.S.; KNAPP, M.
Search for effective natural enemies of Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) in
northwest Argentina. Experimental and Applied Acarology, Dordrecht, v. 43,
p. 121-127, 2007a.
FURTADO, I.P.; KREITER, S.; MORAES, G.J. de; TIXIER, M.S.; FLECHTMANN,
C.H.W.; KNAPP, M. Plant mites (Acari) from northeastern Brazil, with descriptions of
two new species of the family Phytoseiidae (Mesostigmata). Acarologia, Montpellier,
v. 45, n. 2/3, p. 131-143, 2005.
GONZALEZ, R.H.; SCHUSTER, R.O. Especies de la familia Phytoseiidae en Chile I.
(Acarina: Mesostigmata). Boletim Tecnico. Estacion Experimental Agronomica.
Universidad de Chile, Facultad de Agronomia, Santiago, v. 16, p. 1–35, 1962.
GUTIERREZ, J.; ETIENNE, J. Les Tetranychidae de l'île de la Reunión et quelques-
uns de leurs prédateurs. Agronomie Tropicale, Paris, v. 41, n. 1, p. 84-91, 1986.
HERRERO, A.P.J.; FERNANDEZ, R.V.; ESCUDERO, L.A. Mesoseiulus longipes
(Evans) (Acari-Phytoseiidae) un nuevo acaro benefico en el agroecosistema citrico de
Tucuman. Revista Agronomica del Noroeste Argentino, Tucuman, v. 25, p. 49-61,
1990.
KNAPP, M.; WAGENER, B.; NAVAJAS M. Molecular discrimination between the
spider mite Tetranychus evansi Baker & Prichard, an important pest of tomatoes in
southern Africa, and the closely related species T. urticae Koch (Acarina:
Tetranychidae). African Entomology, Pretoria, v. 11, p. 300-304,2003.
KNAPP, M.; SAUNYAMA, I.G.M.; SARR, I.; MORAES, G.J. de Tetranychus evansi
in Africa: Status, distribution, damage and control options. In: DEUTSCHER
TROPENTAG, 2003, Göttingen. Göttingen, 2003. Disponível em:
<http://tropentag.de/proceedings/node105.html
>. Acceso em: 15 ago. 2007.
LEMME, M.C.; HERRERO, A.P.J.; KIRSCHBAUM, D.S.; NASCA, A.J. Artropodos
asociados al cultivo de la frutilla (Fragaria ananassa) en Tucuman. Tucuman:
Vedalia, 1996. v. 3, 52 p.
LOVATTO, P.B.; GOETZE, M.; THOME, G.C.H. Efeito de extratos de plantas
silvestres da familia Solanaceae sobre o controle de Brevicoryne brassicae em couve
(Brassica oleracea var. acephala). Ciência Rural, Santa Maria, v. 34, p. 971-978,
2004.
MIGEON, A. Un nouvel acarien ravageur en France: Tetranychus evansi Baker et
Pritchard. La defense des Végétaux, Paris, n. 579, p. 38-42, 2005.
MORAES, G.J. de; FLECHTMANN, C.H.W. Acaros fitófagos do Nordeste do Brasil.
Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 16, n. 2, p. 177-186, 1981.
MORAES, G.J. de; LEITE FILHO A. S. Aspectos biológicos do ácaro vermelho do
tomateiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasilia, v. 16, p. 309-311, 1981.
173
MORAES, G.J. de; McMURTRY, J.A. Phytoseiid mites (Acarina) of northeastern
Brazil with descriptions of four new species. International Journal of Acarology, Oak
Park, v. 9, p. 131-148, 1983.
______. Comparison of Tetranychus evansi and T. urticae (Acari: Tetranychidae) as
prey for eight species of phytoseiid mites. Entomophaga, Paris, v. 30, n. 4, p. 393-397,
1985.
______.Effect of temperature and sperm supply on the reproductive potential of
Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae). Experimental and Applied Acarology,
Dordrecht, v. 3, p. 95-107, 1987.
MORAES, G.J. de; SANTOS, J.M. dos; HUMBER, R.A. Natural infection of
Tetranychus evansi (Acari: Tetranychidae) by Triplosporium sp. (Zygomycetes:
Entomophthorales) in the North-eastern of Brazil. Petrolina: EMBRAPA CPATSA,
1980. 62 p. (Pesquisa em Andamento).
PRADO, E. Artropodos y sus enemigos naturales asociados a plantas cultivadas em
Chile. Instituto de Investigaciones Agropecuárias Serie Boletín Técnico, Santiago de
Chile, n. 169, p. 1-206, 1991.
PRITCHARD, A.E.; BAKER, E.W. A revision of the spider mite family
Tetranychidae. San Francisco: Pacific Coast Entomological Society, 1955. 472 p.
ROSA, A.A.; GONDIM Jr., M.G.C.; FIABOE, K.K.M.; MORAES, G.J. de; KNAPP,
M. Predatory mites associated with Tetranychus evansi Baker & Pritchard (Acari:
Tetranychidae) on native solanaceous plants of coastal Pernambuco State, Brazil.
Neotropical Entomology, Londrina, v. 34, p. 689-692, 2005.
SAUNYAMA, I.; KNAPP, M. The effects of pruning and trellising of tomatoes
(Lycopersicon esculentum Mill) on red spider mite (Tetranychus evansi Baker and
Pritchard) incidence and crop yield in Zimbabwe. African Crop Science Journal,
Kampala, v. 11, p. 269-277, 2003.
SILVA, F.R. Phytoseiulus longipes: um eficiente agente de controle de Tetranychus
evansi (Acari: Phytoseiidae, Tetranychidae) na cultura do tomateiro. 2007.
59 p. Dissertação (Mestrado em Entomologia) – Escola Superior de Agricultura "Luiz
de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2007.
SILVA, P. Um novo acaro nocivo ao tomateiro na Bahia (Tetranychus marinae
McGregor., 1950 – Acarina). Boletin Instituto de Biologia de Bahia, Salvador, v. 1,
p. 18-37, 1954.
VAN DER GEEST, L.P.S,; ELLIOT, S.L; BREEUWER, J.A.J. Diseases of mites.
Experimental and Applied Acarology, Dordrecht, v. 24, p. 497-560, 2000.
174
VASCONCELOS, G.J.N. Eficiência dos ácaros predadores Phytoseiulus fragariae e
Neoseiulus californicus (Acari: Phytoseiidae) no controle de Tetranycus evansi e T.
urticae (Acari: Tetranychidae) em Lycopersicum esculentum e Solanum
americanum. 2006. 83 p. Dissertação (Mestrado em Entomologia) - Escola Superior de
Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.
WEKESA, V.W.; MANIANIA, N.K.; KNAPP, M.; BOGA, I. Pathogenicity of
Beauveria bassiana and Metharrhizium anisopliae to thr tobacco spider mite
Tetranychus evansi. Experimental and Applied Acarology, Dordrecht, v. 36, p. 41-50,
2005.
WEKESA, V.W.; MORAES, G.J. de; KNAPP, M;. DELALIBERA Jr, I. Interactions of
two natural enemies of Tetranychus evansi, th fungal pathogen Neozygites floridana
(Zygomycetes: Entomophthorales) and the predatory mite Phytoseiulus longipes (Acari:
Phytoseiidae). Biological control, Auckland, v. 41, p. 408-414, 2007.
175
ANEXO
176
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continua)
Lugar de Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE ENTRE RÍOS
Município de Paraná
Neoseiulus californicus 3
Neoseiulus tunus 3
Amaranthaceae
Espécie não identificada
Typhlodromalus peregrinus 1
Neoseiulus tunus 15
Phytoseius guianensis 2
Erythraeidae sp3. 1
Euseius concordis 3
Tetranychus sp. 1
Paraná
31° 44` 27.2``S
60° 31` 06.8``O
78 m
3/V/2007
Solanaceae
Nicotiana glauca
Tydeus sp. 1
Euseius inouei 4 1 1
Pulaues sp.1 1
Polyphagotarsonemus latus 3 3
Euphorbiaceae
Ricinus communis
Acaridae sp1. 1
Solanaceae Solanum nigrum Euseius inouei 2 1
Maria Luisa
31º 53` 14.8``S
60° 24` 38.4``O
67 m
3/V/2007
Chelogenes sp. 1
Neozygites floridana PRESENTE
Tetranychus evansi
30 7
Tydeus sp. 7
Escuela Granja
31° 44` 14.3``S
60° 26` 42.9``O
46 m
3/V/2007
Solanaceae
Lycopersicon esculentum
Acaridae sp. 2
Euseius concordis 1 Brugmansia sanguinea
Brevipalpus sp1. 2
Euseius inouei 1
Governador
31° 54` 57.7``S
60° 25` 25.3``O
105 m
3/V/2007
Solanaceae
Capsicum chacoense
Tydeidae sp. 7
Crespo
31° 56` 09.8``S
60° 21 16.7``O
68 m
3/V/2007
Solanaceae
Solanum sp1. Euseius inouei
4
Neoseiulus californicus 1
Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
1
Estrada Crespo
(II)
31° 57` 53.3``S
60° 20` 04.9``O
79 m
3/V/2007
Solanaceae
Solanum sp1.
Tydeus sp. 1
176
177
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família dePlanta Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
Município de Concórdia
Euseius concordis 15 5 2
Brevipalpus phoenicis 2
Chelogenes sp. 3
Euseius concordis 4 1
Quinta Aroma
31° 19` 21.4`` S
58° 07` 06.4``O
37 m
4/V/2007
Rutaceae
Citrus reticulata
Asca sp. 1
Solanum melongena Typhlodromalus peregrinus 1
Typhlodromalus peregrinus 5 1 1
Euseius concordis 1
Brevipalpus phoenicis 1
Solanum sp2.
Agistemus tucumanensis 1
Solanaceae
Physalis angulata Brevipalpus obovatus 2
San Calletano
31° 18` 57.0`` S
58° 06` 44.3``O
48 m
4/V/2007
Euphorbiaceae Ricinus communis Tetranychus mexicanus 17 2
Aponychus spinosus 17 7
Phytoseius guianensis 2
Euseius inouei 1
Euseius concordis 1
Galendromus annectens 3 1
Brugmansia arborea
Brevipalpus phoenicis 6 2
Solanum viarum Euseius concordis 8
Salto Grande
31° 15` 51.0``S
57° 58` 09.3``O
34 m
4/V/2007
Solanaceae
Solanum sp2. Lorryia formosa 1
Município de Chaja
Solanaceae Solanum sp1. Brevipalpus obovatus 23 5Chajarí
30° 45` 38.5`` S
57° 59` 41.8``O
63 m
5/V/2007
Colonia Abel
30° 49` 54.6``S
57° 59` 51.5``O
65 m 5/V/2007 Solanaceae
Solanum viarum
Tetranychus sp.
1
Euseius concordis 1
Neoseiulus nsp. 6 3
Tydeus sp. 2
Taue
30° 45` 44.3``S
58° 00` 53.0``O
62 m
5/V/2007
Solanaceae
Solanum americanum
Lorryia formosa 1
Colonia Freire 30° 48` 14.0`` S
58° 02` 18.5``O
69 m 5/V/2007 Solanaceae Solanum sp1.
Brevipalpus obovatus 10
177
178
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família dePlanta Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE CORRIENTES
Município de Curuzú Cuatiá
Curuzú Cuatiá
29° 47` 38.0``S
58° 03` 50.0``O
81 m
6/V/2007
Solanaceae
Solanum sp1. Brevipalpus obovatus 1
Tetranychus ludeni 17 7 Solanum sp1.
Brevipalpus sp2. 2
Agistemus tucumanensis 1
Winterschmiitidae sp. 11
Proprioseiopsis ovatus 1 1
Typhlodromalus peregrinus 1
Ruta14 29° 47` 57.0``S
58° 04` 42.9``O
54 m 6/V/2007 Solanaceae
Solanum sp1.
Agistemus tucumanensis 1
Brevipalpus phoenicis 4 Rutaceae Citrus limonia
Agistemus tucumanensis 1
Neoseiulus tunus 2
Brevipalpus phoenicis 1
Proprioseiopsis ovatus 1
Ex Ruta 14
29° 46` 34.6`` S
58° 04` 42.8``O
77 m 6/V/2007
Solanaceae Solanum americanum
Phytoseius guianensis 8 4 1
Tetranychus ludeni 26 9
Brevipalpus obovatus 3 2
Asca sp. 1
Solanum sp1.
Winterschmiitidae sp. 2
Tetranychus evansi 26 10
Brevipalpus phoenicis 7
Solanum americanum
Asca sp. 1
Solanum nigrumi Brevipalpus obovatus 12
Tetranychus ludeni 4 2
Proprioseiopsis nsp. 1
Brevipalpus obovatus 9 1
Asca sp. 1
Parandi 29° 45` 44.9`` S
58° 03` 36.8``O
73 m 6/V/2007 Solanaceae
Solanum viarum
Typhlodromalus aripo 1
178
179
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE CORRIENTES
Município de Goya
Solanum sp1. Agistemus tucumanensis 5
Oribatida sp1. 1
Solanum viarum Brevipalpus obovatus 10 1 1
Typhlodromalus peregrinus 1
Lavalle 28° 59` 59.9``S
59° 09` 38.3``O
36 m 7/V/2007 Solanaceae
Brugmansia sanguinea Euseius concordis 4 1
Brugmansia sanguinea Phytoseius guianensis 6 1
Lorryia formosa 10
El Progeso 29° 05` 43.4``S
59° 09` 46.7``O
55 m 7/V/2007 Solanaceae
Solanum sp1. Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
1
Solanaceae Solanum sp1. Winterschmiitidae sp. 2
Oribatida sp1. 2
Rincón 29° 06` 12.4``S
59° 11` 49.5``O
43 m 7/V/2007
Família não
identificada
Espécie não identificada
Typhlodromalus aripo 5
Lavalle (II) 29° 01` 26.8`` S
59° 10` 52.9``O
54 m 7/V/2007 Solanaceae Physalis angulata Polyphagotarsonemus latus 8
Euseius concordis 1
Typhlodromalus aripo 1
Winterschmiitidae sp. 2
Diptilomiopidae sp1 13
Myrtaceae Psidium guajava
Agistemus tucumanensis 1
Tetranychus armipenis 11 8
Neoseiulus idaeus 1
Typhlodromalus aripo
Gómez 29° 05` 36.5``S
59° 10` 13.9``O
26 m 7/V/2007
Solanaceae Solanum sp2.
Agistemus tucumanensis 1
179
180
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE CHACO
Município de Presidencia Roque Saenz Peña
Tetranychus desertorum 12 7
Brevipalpus phoenicis 8
Euseius concordis 3
4
1
Metaseiulus camelliae 1
Agistemus tucumanensis 7
Ruta 16-
5
26° 46` 31.2`` S
60° 25` 12.9``O
68 m 8/V/2
007
Solanaceae Vassobia breviflora
Neozygites floridana PRESENTE
Vassobia breviflora Winterschmiitidae sp. 2 Avenida
9 de
Julio
26° 47` 45.9`` S
60° 25` 19.8``O
74 m 8/V/2
007
Solanaceae
Solanum viarum Brevipalpus phoenicis 5
Tetranychus sp. 1
Euseius concordis 2
Brevipalpus phoenicis 4
Agistemus tucumanensis 4
Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
6
Ruta 16 26° 50` 05.7`` S
60° 21` 09.9``O
86 m 8/V/2
007
Rutaceae Citrus paradisi
Euseius concordis 1
PROVÍNCIA DE SALTA
Município de Joaquín V. Gonzalez
Tetranychus ludeni 18 2
Neoseiulus tunus 1
Typhlodromalus aripo 2 1 1
Cestrum
Brevipalpus phoenicis 30 1
Tetranychus ludeni 13 2
Neoseiulus californicus 4 1 1
Brevipalpus sp2. 1
Winterschmiitidae sp. 2
Desvio 25° 09` 51.2``S
64° 05` 10.2``O
386
m
12/V/
2007
Solanaceae
Physalis angulata
Tetranychus ludeni 4 1
180
181
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação Data de coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE CHACO
Município de Metán
Solanum nigrum Epicriopsis sp. 1
Tetranychus ludeni 40 6
Neoseiulus idaeus 11
Euseius citrifolius 10 1
Galendromus annectens 7 1
Phytoseiulus macropilis 2
Vassobia breviflora
Agistemus tucumanensis 6
Nicandra physaloides Euseius fructicolus 9 5
Phytoseiulus macropilis 1 4
Erythraeidae sp1. 1
0
Typhlodromalus peregrinus 1
Creston 25° 29` 25.3``S
64° 58` 28.10``O
507 m 12/V/2007 Solanaceae
Nicotiana glauca
Amblyseius herbicolus 3
Rio Piedras 25° 18` 56.9``S
64° 54` 47.0``O
757 m 12/V/2007 Solanaceae Cestrum parqui Euseius concordis 8 1
Município de San Ramón de la Nueva Orán
Asca sp. 1
Euseius concordis 3 3 2
Typhlodromalus aripo 1
Orán 23° 04` 15.5``S
64° 19` 38.7``O
351 m 9/V/2007 Solanaceae Solanum americanum
Diptilomiopidae sp1 33
Neozygites floridana PRESENTE Solanum nigrum
Tetranychus evansi
27 11
Brevipalpus sp2. 1
Asca sp. 2
Cestrum
Euseius concordis 3 2 1
Euseius concordis 1 1
Arroyo Zenta 23° 06` 41.0``S
64° 19` 46.3``O
351 m 10/V/2007 Solanaceae
Nicotiana glauca
Typhlodromalus aripo 1
181
182
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação Data de coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE CHACO
Municipio de San Ramón de la Nueva Orán
Solanum americanum
Tetranychus evansi
46 15
Neozygites floridana PRESENTE
Solanaceae
Solanum nigrum
Tetranychus evansi
33 2
Amblyseius aerialis 5 2 Rutaceae Citrus reticulata
Amblyseius neochiapensis 2
Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
1
Pulaues sp.2 1
Galendromus annectens 1
Proprioseiopsis ovatus 1
Nicotiana tabacum
Amblyseius aerialis 1 1
Amblyseius chiapensis 1
Rio Pescado 22° 58` 10.9``S
64° 22` 09.5``O
322 m 10/V/2007
Solanaceae
Solanum nigrum
Paraphytoseius orientalis 1
Agistemus sp2. 2 1 Rio Pescado 22° 58` 10.9``S
64° 22` 09.5`O
322 m
10/V/2007 Solanaceae Vassobia breviflora
Cunaxidae sp1. 1
Tetranychus ludeni 6 4 Solanum melongena
Oribatida sp1. 2
Solanum viarum Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
6
Solanaceae
Solanum nigrum Tetranychus ludeni 8 1
Mimosidae Inga sp. Amblyseius neochiapensis 2
Brevipalpus phoenicis 1
Asca sp. 1
Neoseiulus tunus 1
Euseius concordis 1
Ingenio
Lote Verona
23° 09` 45.9``S
56° 19` 41.6``O
356 m 10/V/2007
Família não
ideitificada
Espécie não identificada
Proprioseiopsis neotropicus 1
182
183
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação Data de coleta
Família
dePlanta
Espécie de
Planta
Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE CHACO
Município de San Ramón de la Nueva Orán
Cestrum sp. Agistemus tucumanensis 1
Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
1
Hipolito
Yrigoyan
23° 14` 42.3``S
64° 16` 55.6``O
325 m 10/V/2007 Solanaceae
Solanum
americanum
Euseius concordis 4 1
Solanum nigrum
Tetranychus evansi
24 4
Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
2
Ingenio San
Martin del
Tabacal
23° 17` 56.7``S
62° 11` 11.8``O
312 m 10/V/2007 Solanaceae
Solanum
americanum
Typhlodromalus aripo 1 2
Brevipalpus phoenicis 13
Agistemus tucumanensis 1
Solanaceae Cestrum parqui
Euseius concordis 12 1
Tetranychus ludeni 12 1
Cruce del
Pichinal -
Comunidad
Avaguaroni
23° 18` 41.6``S
62° 13` 02.7``O
319 m 10/V/2007
Fabaceae Glycine max
Agistemus tucumanensis 1
Zanja del
Tigre
23 14 12.3S
64° 07` 30.0``O
287 m 10/V/2007 Euphorbiac
eae
Ricinus
communis
Euseius concordis 12 1
PROVÍNCIA DE SANTIAGO DEL ESTERO
Município de Santiago del Estero
Solanum
elaeagnifolium
Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
6 Fernandez 27° 56` 00.9`` S
63° 52` 24.5``O
175 m 13/V/2007 Solanaceae
Vassobia
breviflora
Brevipalpus phoenicis 40 2
Euseius concordis 19 1 La Cuchilla 27° 54` 22.4``S
63° 54` 07.9``O
134 m 13/V/2007 Solanaceae Solanum
americanum
Brevipalpus phoenicis 23 1
171 m 13/V/2007 Solanaceae
Citrus reticulata Euseius concordis 7 3 5 Forret 27° 52` 29.3``S
63° 57` 13.0``O
Brevipalpus phoenicis 8
183
184
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE SANTIAGO DEL ESTERO
Município de Santiago del Estero
152 m 13/V/2007 Solanaceae Cestrum parqui Brevipalpus phoenicis 2 Beltran 27° 51` 5.0``S
64° 00` 2.0``O
Tetranychus evansi
16 5
Tetranychus evansi
35 5 27° 44` 8.8``S
64° 12` 6.3``O
188 m 13/V/2007 Solanaceae Solanum elaeagnifolium
Erytheidae sp2. 7
Tetranychus evansi
35 5
San
Carlos
de la
Banda
27° 44` 8.8``S
64° 12` 6.3``O
188 m 13/V/2007 Solanaceae Solanum elaeagnifolium
Tetranychus evansi
6 1 Avenida
Dorrego
27° 43` 7.9``S
64° 12` 6.3``O
182 m 13/V/2007 Solanaceae Solanum elaeagnifolium
Brevipalpus sp1. 5
PROVÍNCIA DE TUCUMÁN
Cidade de San Miguel de Tucumán
Tetranychus mexicanus 8 6 Estación
Experim
ental
Obispo
Colombo
14/V/2007 Rutaceae Citrus reticulata
Euseius concordis 1
Amblyseius herbicolus 12 1
Cunaxoides sp.1 1
Rutaceae Citrus reticulata
Proprioseiopsis neotropicus 3 2
Piperaceae Malvastrum
coromandelianum
Amblyseius herbicolus 1
Solanaceae Nicotiana glauca Tetranychus sp. (grupo
desertorum)
1
Horcomo
lle
26° 47`6.1``S
65° 19` 0.1``O
161 m 15/V/2007
Malvaceae Sida rombifolia Tetranychus armipenis 31 9
Tetranychus marinae 2 1
Diptilomiopidae sp1. 8
Tetranychus evansi
12 7
Neoseiulus californicus 1
Salpichroa origanifolia
Typhlodromalus peregrinus 1
Amblyseius herbicolus 2
Brevipalpus phoenicis
2 1
Zanja
Abierta
26° 48` 9.6``S
65° 20` 6.2``O
694 m 15/V/2007 Solanaceae
Nicotiana glauca
Winterschmiitidae sp. 2
184
185
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(continuação)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE TUCUMÁN
Cidade de San Miguel de Tucumán
La Florida 26° 47` 55.3``S
65° 07` 52.1``O
470 m 15/V/2007 Solanaceae Salpichroa origanifolia
Tetranychus evansi
14 6
Solanaceae Cestrum parqui Euseius concordis 7 1 Cejas 26° 53` 01.8``S
64° 54` 22.8``O
429 m 15/V/2007
Cunaxidae sp1. 1
Tetranychus aff. gigas 1 1
Asca sp. 13 3
Brevipalpus phoenicis 1
Euseius inouei 3 1
Solanaceae Vassobia breviflora
Oribatida sp1. 1
Cejas 26° 51` 55.6``S
64° 48` 47.6``O
377 m 15/V/2007
Fabaceae Acacia aromo Tetranychus aff. gigas 24 6
Erythraeidae sp2. 1 Salpichroa origanifolia
Brevipalpus sp1. 1 1
Brevipalpus phoenicis 6 Espécie não identificada
Agistemus tucumanensis 1
Tetranychus evansi
22 4
Hicayacu 27° 07` 01.6``S
64° 31` 51.0``O
259 m 15/V/2007 Solanaceae
Solanum elaeagnifolium
Brevipalpus phoenicis 1
Solanaceae Cestrum parqui Brevipalpus phoenicis 10 2 El Guapo 26° 53` 09.2``S
64° 27` 31.6``O
257 m 15/V/2007
Piperaceae Malvastrum
coromandelianum
Tetranychus aff. gigas 20 8
Tetranychus ludeni 20 6
Stethorus sp. 1 5
Neoseiulus idaeus 1
Physalis angulata
Neoseiulus californicus 1
7 de Abril 26° 34` 09.4`` S
64° 32` 16.4``O
248 m 15/V/2007 Solanaceae
Datura ferox Tetranychus ludeni 17 3
La Ramada 26° 41` 53.0``S
64° 57` 16.5``O
556 m 15/V/2007 Solanaceae Salpichroa origanifolia
Tetranychus evansi
6 5
185
186
Anexo A - Ácaros e seus predadores ou patógenos potenciais encontrados no norte da Argentina, especialmente em Solanaceae. Maio de 2007
(conclusão)
Lugar de
Coleta
Coordenadas
Geográficas
Elevação
Data de
coleta
Família
dePlanta
Espécie de Planta Artrópodes e patógenos I
PROVÍNCIA DE TUCUMÁN
Cidade de San Miguel de Tucumán
Tetranychus ludeni 4 3
Phytoseiulus fragariae 1
Neoseiulus idaeus 2 1
Oligota sp. 1
Euseius citrifolius 2
Silvaseius barretoae 1
Nicotiana glauca
Neoseiulus tunus 1
Portal La
Virginia
26° 42` 41.4``S
64° 57` 44.5``O
546 m 15/V/2007 Solanaceae
Physalis angulata
Tetranychus evansi
2 4
Tetranychus evansi
13 5
Phytoseiulus macropilis 1
Salpichroa origanifolia
Neoseiulus idaeus 1
Tetranychus evansi
19 6
Neoseiulus tunus 1
Neoseiulus idaeus 1
Neozygites floridana PRESENTE
Neoseiulus californicus 1
Phytoseiulus macropilis 1
Solanum melongena
Agistemus tucumanensis 22 1 1
Tetranychus evansi
24 5
Neoseiulus californicus 3
Neoseiulus idaeus 6
Erythraeidae sp2. 1
Euseius concordis 2
Phytoseiulus macropilis 9
Neozygites floridana PRESENTE
Nicandra physaloides
Phytoseiulus fragariae 1
Neozygites floridana PRESENTE
Vipos 26° 28` 34.2``S
65° 18` 42.3``O
736 m 15/V/2007 Solanaceae
Lycopersicon esculentum
Tetranychus evansi
19 7
186
187
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo