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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
PALINOLOGIA DE ASTERACEAE: MORFOLOGIA POLÍNICA E SUAS
IMPLICAÇÕES NOS REGISTROS DO QUATERNÁRIO DO RIO GRANDE
DO SUL
RODRIGO RODRIGUES CANCELLI
ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Alves de Souza
CO-ORIENTADORA: Profa. Dra. Soraia Girardi Bauermann
BANCA EXAMINADORA:
Profa. Dra. Ortrud Monika Barth
Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil
Prof. Dr. Hermann Behling
University of Göttingen, Alemanha
Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira
Universidade Guarulhos, São Paulo, Brasil
Dissertação de Mestrado apresentada
como requisito parcial para obtenção
do Título de Mestre em Geociências.
Porto Alegre, 2008
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Cancelli, Rodrigo Rodrigues
PALINOLOGIA DE ASTERACEAE: MORFOLOGIA POLÍNICA E SUAS
IMPLICAÇÕES NOS REGISTROS DO QUATERNÁRIO DO RIO GRANDE
DO SUL
Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geociências,
Porto Alegre, RS – BR, 2008.
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Cancelli, Rodrigo Rodrigues
Palinologia de asteraceae: morfologia polínica e suas
implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul. /
Rodrigo Rodrigues Cancelli. - Porto Alegre : IGEO/UFRGS, 2008.
[173f.] 54 il.
Dissertação (Mestrado). - Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em
Geociências. Porto Alegre, RS - BR, 2008.
1. Asteraceae. 2. Morfologia polínica. 3. Palinologia do
Quaternário. 4. Rio Grande do Sul. I. Título.
_____________________________
Catalogação na Publicação
Biblioteca Geociências - UFRGS
Renata Cristina Grun CRB 10/1113
¨A mente que se abre para uma nova idéia
jamais voltará ao seu tamanho original.¨
(Albert Einstein)
i
Sumário
APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................vii
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................................viii
RESUMO................ .......................................................................................................................................ix
ABSTRACT....................................................................................................................... ................xi
LISTA DE FIGURAS................................................................................................................................xiii
Capítulo I. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS.........................................................................................1
I. 1. Introdução...........................................................................................................................................1
I. 2. Objetivos.............................................................................................................................................2
I. 3. Justificativas........................................................................................................................................2
I. 4. Materiais e métodos............................................................................................................................3
I. 4. a.
Coleta de material botânico e polínico.............................................................................3
I. 4. b. Processamento físico-químico.................................................................................................4
I. 4. c. Análise polínica ........................................................................................................................4
I. 5. Descrições polínicas e informações botânicas ..........................................................................4
Capítulo II. DESCRIÇÕES POLÍNICAS...............................................................................................6
II. 1. Subfamília Barnadesioideae - Tribo Barnadesioideae.........................................................6
Dasyphyllum spinescens..........................................................................................................6
D. synacanthum ........................................................................................................................6
D. tomentosum..........................................................................................................................7
Schlechtendalia luzulaefolia...................................................................................................7
II. 2. Subfamília Cichorioideae - Tribo Mutisieae.........................................................................11
Chaptalia intergerrima..........................................................................................................11
Gochnatia cordata..................................................................................................................11
Holocheilus brasiliensis ........................................................................................................12
H. ilustris.................................................................................................................................12
H. monocephalus....................................................................................................................13
Jungia floribunda...................................................................................................................13
J. sellowii................................................................................................................................14
Mutisia coccinea.....................................................................................................................14
M. speciosa.... .........................................................................................................................15
Pamphalea araucariophila ...................................................................................................15
Perezia cubatensis..................................................................................................................16
Trichocline catharinensis......................................................................................................16
T. macrocephala.....................................................................................................................17
Trixis lessingii.........................................................................................................................17
ii
T. praestans.............................................................................................................................18
T. stricta..........................................................................................................................18
T. verbaciformis......................................................................................................................19
II. 3. Subfamília Cichorioideae - Tribo Cardueae.........................................................................20
Centaurea melitensis..............................................................................................................20
C. tweediei...............................................................................................................................20
II. 4. Subfamília Cichorioideae - Tribo Lactuceae........................................................................28
Hieracium commersonii ........................................................................................................28
Hypochaeris albiflora............................................................................................................28
H. catharinensis......................................................................................................................29
H. glabra.................................................................................................................................29
H. radiata................................................................................................................................30
H. rosengurttii.........................................................................................................................30
H. variegata.. ..........................................................................................................................30
II. 5. Subfamília Cichorioideae - Tribo Vernonieae
.....................................................................35
Elephantopus mollis...............................................................................................................35
Vernonia brevifolia ................................................................................................................35
V. constricta............................................................................................................................36
V.discolor................................................................................................................................36
V. echioides.............................................................................................................................37
V. flexuosa...............................................................................................................................37
V. hypochaeris.........................................................................................................................38
V. incana...... ...........................................................................................................................38
V. megapotamica....................................................................................................................38
V. nitidula................................................................................................................................39
V. nudiflora.. ...........................................................................................................................39
V. polyphylla ...........................................................................................................................40
V. tweedieana..........................................................................................................................40
II. 6. Subfamília Asteroideae - Tribo Plucheeae............................................................................46
Pluchea laxiflora....................................................................................................................46
P. oblongifolia ........................................................................................................................46
P. sagittalis..............................................................................................................................47
Pterocaulon alopecuroides ...................................................................................................47
P. angustifolium......................................................................................................................48
P. cordobense..........................................................................................................................48
P. lorentzii...............................................................................................................................48
P. polypterum..........................................................................................................................49
P. polystachyum......................................................................................................................49
P. rugosum..............................................................................................................................50
Stenachaenium adenanthum .................................................................................................50
S. campestre............................................................................................................................51
S. macrocephalum..................................................................................................................51
iii
S. megapotamicum .................................................................................................................52
S. riedelii.................................................................................................................................52
Tessaria absinthioides...........................................................................................................53
II. 7. Subfamília Asteroideae - Tribo Gnaphalieae.......................................................................60
Achyrocline satureioides.......................................................................................................60
A. vauthieriana. ......................................................................................................................60
Chevreulia acuminata............................................................................................................61
Facelis retusa..........................................................................................................................61
II. 8. Subfamília Asteroideae - Tribo Astereae ..............................................................................62
Aster squamatus......................................................................................................................62
Baccharis articulata...............................................................................................................62
B. dentata................................................................................................................................63
B. megapotamica....................................................................................................................63
B. patens……...........................................................................................................................64
B. sagittalis.............................................................................................................................64
B. spicata.................................................................................................................................64
B. stenocephala.......................................................................................................................65
B. trimera................................................................................................................................65
B. usterii..................................................................................................................................65
Conyza blakei..........................................................................................................................66
C. floribunda...........................................................................................................................66
C. primulifolia.........................................................................................................................67
Grindelia discoidea................................................................................................................67
G. pulchella.............................................................................................................................67
Heterothalamus alienus.........................................................................................................68
H. psiadioides .........................................................................................................................68
Hysterionica filiformis...........................................................................................................69
Noticastrum gnaphalioides ...................................................................................................69
N. marginatum........................................................................................................................70
Solidago chilensis...................................................................................................................70
Sommerfeltia spinulosa..........................................................................................................71
II. 9. Subfamília Asteroideae - Tribo Anthemideae
......................................................................72
Soliva pterosperma.................................................................................................................72
II. 10. Subfamília Asteroideae - Tribo Senecioneae......................................................................80
Erechtites hieracifolia............................................................................................................80
E. valerianifolia......................................................................................................................80
Senecio bonariensis................................................................................................................81
S. brasiliensis..........................................................................................................................81
S. cisplatinus ...........................................................................................................................82
S. conyzoides...........................................................................................................................82
S. heterotrichius......................................................................................................................82
S. madagascariensis...............................................................................................................83
iv
S. ombrophilus........................................................................................................................83
S. oxyphyllus............................................................................................................................83
S. pinnatus...............................................................................................................................84
S. platensis.... ..........................................................................................................................84
S. promatensis.........................................................................................................................84
S. pulcher...... ..........................................................................................................................85
S. selloi....................................................................................................................................85
II. 11. Subfamília Asteroideae - Tribo Helenieae..........................................................................90
Porophyllum ruderale............................................................................................................90
Tagetes minuta........................................................................................................................90
II. 12. Subfamília Asteroideae - Tribo Heliantheae......................................................................91
Acanthospermum australes...................................................................................................91
Acmella bellidioides...............................................................................................................91
A. decumbens ..........................................................................................................................92
A. psilocarpa...........................................................................................................................92
A. serratifolia..........................................................................................................................93
Ambrosia tenuifolia................................................................................................................93
Angelphytum grisebachii.......................................................................................................94
A. oppositifolium.....................................................................................................................94
Aspilia montevidensis.............................................................................................................95
Bidens alba.............................................................................................................................95
B. laevis...................................................................................................................................96
B. pilosa...................................................................................................................................96
Blainvillea biaristata .............................................................................................................96
Calea clematidea....................................................................................................................97
C. kristiniae.............................................................................................................................97
C. pinnatifida ..........................................................................................................................98
C. serrata.................................................................................................................................98
Eclipta elliptica.......................................................................................................................99
E. megapotamica....................................................................................................................99
Enydra anagalis....................................................................................................................100
Galinsoga parviflora............................................................................................................100
Isostigma peucedanifolium..................................................................................................101
Jaegeria hirta........................................................................................................................101
Sphagneticola trilobata .......................................................................................................102
Verbesina glabrata...............................................................................................................102
V. sordescens.........................................................................................................................103
Viguiera anchusaefolia........................................................................................................103
Wedelia trilobata..................................................................................................................104
Xanthium strumarium..........................................................................................................104
II. 13. Subfamília Asteroideae - Tribo Eupatorieae....................................................................115
Adenostemma brasilianum..................................................................................................115
Eupatorium bupleurifolium.................................................................................................115
v
E. clematideum......................................................................................................................116
E. inulaefolium......................................................................................................................116
E. laevigatum ........................................................................................................................117
E. ligulifolium .......................................................................................................................117
E. pedunculosum...................................................................................................................117
E. rufenses.............................................................................................................................118
E. tweedieana........................................................................................................................118
Gymnocoronis spilanthoides...............................................................................................119
Mikania cordifolia................................................................................................................119
M. micrantha.........................................................................................................................120
M. viminea.............................................................................................................................120
Capítulo III. DETERMINAÇÃO DOS TIPO POLÍNICOS...........................................................124
Grupo 1.
tipo Dasyplhyllum.................................................................................................................127
tipo Schlechtendalia.............................................................................................................127
tipo Chaptalia.......................................................................................................................127
tipo Holocheilus....................................................................................................................128
tipo Mutisia...........................................................................................................................128
tipo Pamphalea.....................................................................................................................128
tipo Perezia...........................................................................................................................129
tipo Trixis..............................................................................................................................129
tipo Centaurea melitensis....................................................................................................129
Grupo 2.
tipo Centaurea tweediei.......................................................................................................130
Grupo 3.
tipo Hypochaeris...................................................................................................................130
tipo Elephantopus.................................................................................................................130
tipo Vernonia brevifolia.......................................................................................................131
tipo Vernonia nudiflora.......................................................................................................131
tipo Vernonia flexuosa.........................................................................................................132
Grupo 4.
tipo Plucheae laxiflora .......................................................................................................132
tipo Pluclea oblongifolia.....................................................................................................132
tipo Pterocaulon...................................................................................................................133
tipo Ambrosia........................................................................................................................133
tipo Chevreulia .....................................................................................................................133
tipo Eupatorium....................................................................................................................134
tipo Heliantheae ...................................................................................................................134
vi
tipo Baccharis.......................................................................................................................134
tipo Senecio...........................................................................................................................135
tipo Soliva..... ........................................................................................................................135
tipo Calea..............................................................................................................................136
tipo Eclipta elliptica.............................................................................................................136
Capítulo IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
IV. 1. O uso dos tipos propostos na palinologia do Quaternário.....................................140
IV. 2. Conclusões................................................................................................................. ..144
Capítulo V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................150
vii
APRESENTAÇÃO
Esta dissertação de mestrado, intitulada ¨ Palinologia de asteraceae: morfologia polínica
e suas implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul¨, foi desenvolvida entre
março de 2006 e janeiro de 2008 no Laboratório de Palinologia do Departamento de
Paleontologia e Estratigrafia, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (DPE/IG/UFRGS), em colaboração com o Laboratório de Palinologia da Universidade do
Luterana do Brasil (ULBRA), tendo sido elaborada na forma monográfica, sendo composta por
quatro capítulos:
Capítulo I. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS: aborda aspectos fundamentais da família
Asteraceae, sua importância e representatividade no registro polínico do Quaternário,
além dos objetivos gerais e justificativas;
Capítulo II. DESCRIÇÕES POLÍNICAS: apresenta as descrições polínicas das 144
espécies estudadas, contemplando todas as tribos ocorrentes no Rio Grande do Sul,
juntamente com a documentação fotomicrográfica e/ou eletromicrográfica;
Capítulo III. DETERMINAÇÃO DOS TIPOS POLÍNICOS: trata da descrição de 27
tipos polínicos, com respectivas representações gráficas, tendo por base as características
diagnósticas apresentadas no capítulo anterior;
Capítulo IV. CONSIDERAÇÕES FINÁIS: apresenta-se uma breve análise dos dados
obtidos e suas aplicações em estudos polínicos, como forma de subsidiar a identificação
da palinoflora asterológica contida em sedimentos quaternários e suas relações
paleovegetacionais.
viii
AGRADECIMENTOS
Ao Programa de Pós-graduação em Geociências do IG/UFRGS, pela oportunidade e
infraestrutura para a realização deste trabalho.
Á CAPES pelo apoio financeiro através da concessão de bolsa.
Á grande família do Laboratório de Palinologia do DPE/IG/UFRGS.
Ao Herbário do Instituto de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(ICN).
A grande família do Laboratório de Palinologia da ULBRA.
Ao Herbário do Museu de Ciências Naturais na Universidade Luterana do Brasil (HERULBRA).
Ao Centro de Microscopia Eletrônica e Microanálise da ULBRA.
Em especial:
Ao Prof. Dr. Nelson Ivo Matzenbacher, pelo auxílio nas identificações botânicas.
Ao Prof. Dr. Michael Holz, pelo auxílio na reprodução das estampas, através do projeto Bacia de
Pelotas.
Aos meu colega e amigo Renato Backes Macedo.
Ao amigo Prof. Dr. Sérgio Augusto de Loretto Bordingnon, pelas inúmeras saídas a campo.
Á bióloga e amiga Andréia Evaldt, pela paciência e companheirismo.
A todos os professores e colegas do curso de Pós-graduação em Geociências do IG/UFRGS.
Ao meu amigo e orientador, incansável Paulo Alves de Souza, pela orientação, por fazer parte
dessa caminhada e sempre compartilhar todo o seu conhecimento com simplicidade.
Á minha amiga e co-orientadora, Soraia Girard Bauermann, por tudo que aprendi em
palinologia, na base do meu conhecimento, como professora, como colega e orientadora.
Ao amigo Prof. Dr. Paulo Pereira das Neves, por compartilhar seu conhecimento.
Aos examinadores desta dissertação, pelo trabalho de revisão e avaliação, Profa. Dra. Ortrud
Monika Barth, Prof. Dr. Hermann Behling, Prof. Dr. Paulo Eduardo de Oliveira, Prof. Dra.
Maria Judite Garcia, Prof. Dr. Paulo Cesar Pereira das Neves.
A todos os amigos e amigas, base da minha vida.
Ao meu amigo e padrinho Wenceslau dos Santos (in memorian), meu incentivador.
A minha irmã Roberta Cancelli, pela paciência e amor.
Aos meus pais, Olmar Cancelli e Leila Rodrigues Cancelli, por tudo, mas principalmente pelo
amor recíproco de todos os dias.
ix
RESUMO
A família Asteraceae é constituída de ervas perenes, subarbustos e arbustos, ocorrendo
também ervas anuais, lianas e árvores. Pode ser encontrada nos mais diversos habitates,
preferencialmente em ambientes campestres, e em condições climáticas variadas, em regiões
tropicais, subtropicais e até temperadas. Asteraceae está bem representada na América do Sul,
sendo que no Brasil ocorrem 14 tribos, das quais 13 estão presentes no Estado do Rio Grande do
Sul (RS). Contudo, embora numerosa, a família apresenta baixa diversidade morfológica do
ponto de vista palinológico (estenopolínica). Em trabalhos de palinologia do Quaternário, grãos
de pólen da família Asteraceae são geralmente vinculados aos padrões morfológicos
pioneiramente descritos com base em material do hemisfério norte, ou ainda, mais
generalizadamente, tratados como categorias de hierarquia taxonômica superiores, como
“Asteraceae subf. Asteroideae” ou “Asteraceae subf. Cichoroideae”. Como conseqüência,
embora com expressiva importância quantitativa, o registro palinológico não expressa a real
diversidade da família nos sedimentos. Quanto maior a fidelidade na comparação entre os grãos
de pólen da vegetação atual e os registrados nos sítios deposicionais pretéritos, mais seguras
serão as reconstituições paleovegetacionais, que embasam, por conseguinte, as interpretações de
caráter paleoambiental e paleoclimático.
A carência de estudos de caracterização polínica para a flora asterológica do Estado do
RS motivou o presente trabalho, a fim de refinar as identificações dos palinomorfos contidos em
sedimentos quaternários. Para a palinoflora asterológica brasileira, somente dois tipos foram
propostos (tipo Aspilia e tipo Orthopappus angustifolium), descritos para o cerrado, os quais
também são utilizados em trabalhos de palinologia do Quaternário. Nesse contexto, este trabalho
constitui-se da análise polínica da flora asterológica ocorrente no Estado, através: (i) da
descrição polínica, de acordo com os grupos naturais, a partir da coleta e preparação de espécies
selecionadas; (ii) do reconhecimento e proposição de tipos morfológicos para a família; (iii) da
identificação dos tipos propostos em depósitos sedimentares quaternários, a fim de confirmar a
diversidade da família em tempos pretéritos.
Dessa forma, o trabalho abrange todas as tribos citadas para a flora asterológica do RS,
constituindo o levantamento mais numeroso e completo para qualquer família de angiospermas
para a região sul do Brasil, contribuindo para o conhecimento detalhado da morfologia polínica
atual dos táxos viventes da família, ocorrente em todas as regiões fisiográficas, principalmente
na região da Campanha, Campos de Cima da Serra, Litoral e Serra do Sudeste e, principalmente
nos dois primeiros. Um total de 144 espécies, distribuídas em 59 gêneros, são palinologicamente
x
descritas e ilustradas, a partir de coletas de material botânico (em campo e em herbários),
relativas às tribos Barnadesioideae, Mutisieae, Cardueae, Lactuceae, Vernonieae, Plucheeae,
Gnaphalieae, Astereae, Anthemideae, Senecioneae, Helenieae, Heliantheae e Eupatorieae. O
detalhamento da morfologia polínica dessas espécies permitiu sua divisão em grupos, utilizando-
se, como característica principal, a estrutura da exina, feição menos variável dentro das tribos ou
gêneros desta família. Considerando-se outros critérios distintivos (e.g., dimensões,
espessamento da sexina, natureza das aberturas, tipo e forma da ornamentação), as espécies
alocadas em cada grupo foram subdividas em “tipos’, quais sejam: Grupo 1: tipos Dasyplhyllum,
Schlechtendalia, Chaptalia, Holocheilus, Mutisia, Pamphalea, Perezia, Trixis, Centaurea
melitensis; Grupo 2: tipo Centaurea tweediei; Grupo 3: tipos Hypochaeris, Elephantopus,
Vernonia brevifolia, Vernonia nudiflora, Vernonia flexuosa; e Grupo 4: tipos Pluchea laxiflora,
Pluchea oblongifolia, Pterocaulon, Ambrosia, Chevreulia, Eupatorium, Heliantheae, Baccharis,
Senecio, Soliva, Calea, e Eclipta elliptica. Os 27 tipos polínicos reconhecidos são referentes a
oito conhecidos previamente da literatura, 10 correspondem a morfologias similares a tipos já
descritos em outras regiões, mas cujos gêneros não ocorrem no RS, sendo aqui renomeados com
base na flora local e nove tipos são propostos como novos.
Além disso, níveis selecionados de perfurações em depósitos quaternários, referentes a
localidades já conhecidas da literatura, foram reanalisados, na tentativa de reconhecer os tipos
propostos, com base em observações diretas do autor, com atenção somente aos grãos da família
Asteraceae, bem como abordados os grãos atribuídos à família, ilustrados em trabalhos. Em
todos os casos, observou-se que a diversidade polínica é relativamente maior que aquela
expressa por outros autores, tendo sido possível o refinamento taxonômico e a identificação de
tipos polínicos adicionais. Os tipos reconhecidos neste trabalho deverão contribuir na
identificação da família em depósitos sedimentares, fornecendo subsídios para trabalhos futuros
de abordagem paleobiogeográfica e em trabalhos de actuopalinologia com relação ao modo de
dispersão em chuvas polínicas e sedimentos mais superficiais.
Palavras-chave: Asteraceae, morfologia polínica, palinologia de Quaternário, Rio Grande do
Sul.
xi
ABSTRACT
The family Asteraceae comprises perennial herbs to shrubs, and includes also annual
herbs, lianas and trees. This family occurs in several habitats, especially in grassland
(“campos”), under various climate conditions, in tropical, subtropical, and temperate areas.
Asteraceae is well represented in South America, and in Brazil encompasses 14 tribes. Among
them, 13 are present in the Rio Grande do Sul State (RS). Although the family bears numerous
taxa, it has low palynologic morphology patterns (stenopolinic). In Quaternary palynology
works, pollen grains of Asteraceae are generally assigned to the morphologic types previously
described to the North Hemisphere, or linked to higher taxonomic categories, such as
“Asteraceae subf. Asteroideae” or “Asteraceae subf. Cichoroideae”. Then, the fossil record of
this family is not true expressed, although Asteraceae be generally well represented in
sedimentary deposits. Accuracy in the identification of fossil pollen grains and comparisons
between them and the ones from modern flora supports and gives refinement to paleofloristic
reconstructions, allowing improvements on paleoenvironmental and paleoclimate
interpretations.
Studies on pollen morphology of this family in the RS are needed, inducing this work,
which intends improve the refinement on the identification of this family in Quaternary deposits.
Only two types were proposed for the Brazilian Asterologic flora (type Aspilia and type
Orthopappus angustifolium), which were described from the “Cerrado”, and are commonly used
in Quaternary palynological works. In this context, this work constitutes an analysis of the
Asterologic flora living in RS, and comprising: (i) pollinic morphology descriptions, according
to the natural tribes (genera and species), from collecting and preparation of selected species,
(ii) recognition and proposition of morphologic palynologic types to the family, (iii)
identification of these types in sedimentary deposits, to know the diversity of this family in past
times. This work embraces all tribes noticed of this family to the RS, constituting the more
complete and numerous kind of analysis to the Angiosperm in the South of Brazil. Then, it
contributes to the improvement on pollinic morphology of the living taxa of Asteraceae, which
occurs in all physiographic regions of the RS, mainly in “Campanha”, “Campos de Cima da
Serra”, “Litoral” and “Serra do Sudeste”, especially in the two formers.
Hundred forty-four species, related to 59 genera, are palynologically described and
illustrated, retrieved from collecting of botanic material (in field works and herbarium). These
taxa comprise the tribes Barnadesioideae, Mutisieae, Cardueae, Lactuceae, Vernonieae,
xii
Plucheeae, Gnaphalieae, Astereae, Anthemideae, Senecioneae, Helenieae, Heliantheae and
Eupatorieae.
The analysis and the detailing of the pollinic morphology allow the arranging of these
species in groups, based on the exine structure, interpreted as the major feature, due it is less
variable in the tribes of this family. Furthermore, other features such as dimensions, sexine
thickness, apertures and ornamentation patterns, allowed subdivide the species of each group in
pollen “types”, as following: Group 1: types Dasyplhyllum, Schlechtendalia, Chaptalia,
Holocheilus, Mutisia, Pamphalea, Perezia, Trixis, Centaurea melitensis; Group 2: type
Centaurea tweediei; Group 3: types Hypochaeris, Elephantopus, Vernonia brevifolia, Vernonia
nudiflora, Vernonia flexuosa; and Group 4: types Plucheae laxiflora, Pluclea oblongifolia,
Pterocaulon, Ambrosia, Chevreulia, Eupatorium, Heliantheae, Baccharis, Senecio, Soliva,
Calea, and Eclipta elliptica. Among these 27 pollen types, eight are related to ones previously
described in the literature, and ten correspond to similar and well known morphologies, but are
renamed herein, once the original names referred to them are not living in RS. Besides, nine
types are proposed as new.
Furthermore, slides of selected core samples, previously studied, were reanalyzed,
aiming the identification of these 27 recognized types, based on the direct observation of the
present author, regarding only the Asteraceae pollen grains. Other records of this family were
also analyzed, based on descriptions and illustrations from available works. These analyses
showed the pollen diversity of the family Asteraceae is more significant than expressed by the
selected previous reports, due the taxonomic refinement and the record of additional pollen
types to each level studied. These pollen types can be used for taxonomic works of sedimentary
deposits, furnishing more data to future paleobiogeographic interpretations, as well as for
actuopalynology, to the dispersion understanding, helping palynological works of pollen rain
and from superficial sediments.
Key words: Asteraceae, pollinic morphology, Quaternary palynology, Rio Grande do Sul.
xiii
Lista de figuras
Capítulo II. DESCRIÇÕES POLÍNICAS
Figura 1. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Barnadesioideae:....................................8
Figura 2. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Barnadesioideae:...............................9
Figura 3. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Barnadesioideae/Mutisieae: ...........10
Figura 4. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Mutisieae: ............................................21
Figura 5. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Mutisieae: ............................................22
Figura 6. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Mutisieae: ............................................23
Figura 7. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Mutisieae: ............................................24
Figura 8. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Mutisieae: ............................................25
Figura 9. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Mutisieae: .......................................26
Figura 10. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Mutisieae: .....................................27
Figura 11. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Lactuceae:..........................................32
Figura 12. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Lactuceae:.....................................33
Figura 13. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Lactuceae:.....................................34
Figura 14. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Vernonieae:........................................41
Figura 15. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Vernonieae:........................................42
Figura 16. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Vernonieae:...................................43
Figura 17. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Vernonieae:...................................44
Figura 18. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Vernonieae:...................................45
Figura 19. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Plucheeae:..........................................54
Figura 20. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Plucheeae:..........................................55
Figura 21. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Plucheeae:.....................................56
Figura 22. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Plucheeae:.....................................57
Figura 23. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Plucheeae:.....................................58
Figura 24. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Plucheeae:.....................................59
Figura 25. Fotomicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Gnaphalineae/Astereae: ..................73
Figura 26. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Astereae:............................................74
Figura 27. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Astereae:............................................75
Figura 28. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Astereae/Amthemideae:.....................76
Figura 29. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Gnaphalineae/Astereae:................77
Figura 30. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Astereae:.......................................78
Figura 31. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Astereae:.......................................79
Figura 32. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Senecioneae:......................................86
Figura 33. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Senecioneae:......................................87
Figura 34. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Anthemideae/Senecioneae:...........88
Figura 35. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Senecioneae:.................................89
xiv
Figura 36. Fotomicrografias (MO) grão de pólen da tribo Helenieae/Heliantheae:.........................105
Figura 37. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Heliantheae:.....................................106
Figura 38. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Heliantheae:.....................................107
Figura 39. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Heliantheae:.....................................108
Figura 40. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Heliantheae/Euparotieae:.................109
Figura 41. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Helenieae:...................................110
Figura 42. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Heliantheae:................................111
Figura 43. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Heliantheae:................................112
Figura 44. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Heliantheae:................................113
Figura 45. Eletromicrografias (MEV) de grão de pólen da tribo Heliantheae:................................114
Figura 46. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Euparotieae:.....................................121
Figura 47. Fotomicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Euparotieae:.....................................122
Figura 48. Eletromicrografias (MO) de grão de pólen da tribo Euparotieae:...................................123
Capítulo III. DETERMINAÇÃO DOS TIPO POLÍNICOS
Figura 49. Representações gráficas dos tipos:..................................................................................137
Figura 50. Representações gráficas dos tipos:..................................................................................138
Figura 51. Representações gráficas dos tipos:..................................................................................139
Capítulo IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Figura 52. Grãos de pólen de Asteraceae em sedimentos de Cambará do Sul.................................147
Figura 53. Grãos de pólen de Asteraceae em sedimentos de Cambará do Sul.................................148
Figura 54. Grãos de pólen de Asteraceae em sedimentos de Águas Claras.....................................149
Palinologia de Asteraceae: morfologia polínica e suas implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul 1
Capítulo I. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
I. 1. Introdução
As Asterales (Asteraceae, Campanulaceae, Goodneniaceae e Menyanthaceae) têm sua
origem geográfica relacionada ao Gondwana Ocidental e seu registro polínico fóssil mais antigo
data do Cretáceo. O isolamento da América do Sul, ocorrido a partir do Eoceno, confinou parte
das Asterales a este continente (Bremer & Gustafsson, 1997), que possui, atualmente, cerca de
30 % da diversidade genérica e 50 % da diversidade específica da família Asteracaeae (Hind,
1993; Bremer, 1994).
A família Asteraceae é constituída de ervas perenes, subarbustos e arbustos, mas ocorrem
também ervas anuais, lianas e árvores (Mondin, 1996). Devido ao seu extraordinário poder de
adaptação ambiental, pode ser encontrada nos mais diversos habitates, preferencialmente em
ambientes campestres, e em condições climáticas variadas, em regiões tropicais, subtropicais e
até temperadas. Asteraceae está bem representada na América do Sul, onde constitui cerca de
20% da flora de algumas regiões andinas e da Patagônia, embora na região Amazônica ocorra
com baixa diversidade (Barroso et al.,1984).
Segundo Bremer (1994), a família está dividida em 17 tribos: Barnadesieae Bremer &
Jansen, Mutisieae Cass., Cardueae Cass., Lactuceae Cass., Vernonieae Cass., Liabeae (Cass.)
Rybd., Arctoteae Cass., Inuleae Cass., Plucheeae Andreb., Gnaphaliinae Benth., Calenduleae
Cass., Asteraeae Cass., Anthemideae Cass., Senecioneae Cass., Helenieae Benth, Heliantheae
Cass. e Eupatorieae Cass.
No Brasil, Eupatorieae é a tribo com maior riqueza genérica, com 85 gêneros, seguida de
Vernonieae (54 gêneros), Heliantheae (41), Mutisieae (25), Astereae (18), Gnaphalieae (10),
Helenieae (8), Senecioneae (7), Plucheeae (5), Barnadesieae (3), Lactuceae (2), Anthemideae
(2), Cardueae(1) e Liabeae (1) (Mondin, 1996).
A flora asterológica do sul do Brasil é considerada bastante densa, de alta diversidade
específica e com melhor representatividade das tribos Astereae, Inuleae, Helenieae e Mutiseae,
predominando espécies microtérmicas (Matzenbacher, 2003). Essa alta densidade é devida,
provavelmente, ao fato da área ancestral da família estar vinculada à porção meridional da
América do Sul, ao sul do paralelo de 30°, incluindo o Estado do Rio Grande do Sul (Mondin,
2006).
Palinologia de Asteraceae: morfologia polínica e suas implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul 2
No Rio Grande do Sul, a família Asteraceae está presente em todas as regiões
fisiográficas, principalmente na região da Campanha, Litoral, Serra do Sudeste e Campos de
Cima da Serra, com representantes de 13 das 14 tribos que ocorrem no Brasil (com ausência de
da tribo Liabeae).
Considerando a quantidade e a diversidade de espécies no Brasil, ainda há, relativamente,
poucos trabalhos descritivos sobre morfologia polínica de Asteraceae, destacando-se os de
Melhem et al. (1979), Moreira (1981), Gonçalves-Esteves (1986, 1988, 1989), Mendonça &
Gonçalves-Esteves (2000), Peçanha et al. (2001), Mendonça et al. (2002), Melhem et al. (2003)
e Mendonça et al. (2007). Para o Rio Grande do Sul, as descrições polínicas restringem-se aos
trabalhos de Cancelli et al. (2005, 2006, 2007).
Nos diagramas polínicos os grãos atribuídos à Asteraceae são identificados como tipo
Senecio, tipo Baccharis e tipo Vernonia, como mais comuns, e tipo Trixis, tipo Mutisia, tipo
Pamphalea, como mais raros, ou ainda atribuídos a um nível taxonômico mais elevado
(Asteraceae subf. Asteroideae e Asteracaeae subf. Cichoroideae).
I. 2. Objetivos
Nesse contexto, este trabalho objetiva a análise polínica da flora asterológica ocorrente
no Estado do Rio Grande do Sul, através:
(i) da descrição polínica, de acordo com os grupos naturais, a partir da coleta e
preparação de espécies selecionadas, buscando contemplar a máxima representatividade
da família no Estado;
(ii) do reconhecimento e proposição de tipos morfológicos para a família;
(iii) do reconhecimento dos tipos propostos em depósitos sedimentares quaternários, a
fim de confirmar a diversidade da família em tempos pretéritos.
I. 3. Justificativas
Embora numerosa, a família apresenta baixa diversidade morfológica (estenopolínica),
constituindo, relativamente, poucas morfologias polínicas. Em trabalhos de palinologia do
Quaternário, grãos de pólen da família Asteraceae são geralmente vinculados aos padrões
Palinologia de Asteraceae: morfologia polínica e suas implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul 3
morfológicos pioneiramente descritos por Stix (1960) com base, essencialmente, em material do
hemisfério norte, relativos a 43 tipos.
Para a palinoflora asterológica brasileira, somente dois novos tipos foram propostos, tipo
Aspilia e tipo Orthopappus angustifolium, descritos para o cerrado por Salgado-Labouriau
(1973), os quais são utilizados em trabalhos de palinologia do Quaternário, juntamente com
aqueles descritos por Stix (1960).
A carência de estudos de caracterização polínica para a flora asterológica do Estado
motivou o presente trabalho, a fim de refinar as identificações dos palinomorfos contidos em
sedimentos quaternários.
Quanto maior a fidelidade na comparação entre os grãos de pólen da vegetação atual e os
registrados nos sítios deposicionais pretéritos, mais seguras serão as reconstituições
paleovegetacionais, que embasam, por conseguinte, as interpretações de caráter paleoambiental e
paleoclimático.
I. 4. Materiais e Métodos
I. 4. a. Coleta de material botânico e polínico
Inicialmente, foram feitas excursões a campo para observar as espécies e verificar o
hábito, o habitates e coletar material florido. Todas as espécies foram herborizadas, devidamente
identificadas e depositadas em herbários. Em seguida, foram retiradas algumas anteras, para o
processamento químico e, destas, extraídos os grãos de pólen. Para cada espécie, retirou-se pólen
de pelo menos cinco flores de capítulos diferentes a fim de homogeneizar as variações no
tamanho dos grãos (Salgado-Labouriau, 1973). Todas as espécies coletadas (entre 2004 e 2007)
foram depositadas no Herbário do Museu de Ciências Naturais na Universidade Luterana do
Brasil (HERULBRA). Adicionalmente, entre 2006 e 2007, completou-se a amostragem com
material adquirido do Herbário do Instituto de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (ICN) dos quais foram retirados materiais para preparações polínicas.
Palinologia de Asteraceae: morfologia polínica e suas implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul 4
I. 4. b. Processamento físico-químico
A preparação das lâminas palinológicas foi realizada no Laboratório de Palinologia da
Ulbra, utilizando-se o método de acetólise de Erdtman (1952). Foram montadas cinco lâminas
permanentes, por espécie estudada, em gelatina glicerinada segundo Erdtman (1952).
I. 4. c. Análise polínica
A análise polínica, incluindo as medidas (tomadas em até sete dias após a acetólise), foi
realizada no microscópio óptico Leica DMLB do Laboratório de Palinologia da ULBRA, sendo
medidos aleatoriamente 25 grãos de pólen, para a determinação do diâmetro polar (P), diâmetro
equatorial (E), espessura da exina e ornamentação. Os grãos foram fotografados em microscopia
óptica sob aumento de 1.000 x, com máquina digital Olympus C-3040, acoplado ao microscópio
Olympus BX-51 do Laboratório de Palinologia do DPE/IG/UFRGS, sendo apresentados em vista
polar (VP) e equatorial (VE).
As amostras para microscopia eletrônica de varredura (MEV) foram metalizadas em
ouro/paládio em um evaporador de metais após acetólise, obtidas no Centro de Microscopia
Eletrônica e Microanálise da ULBRA. Todas as imagens de microscopia óptica e eletrônica
foram tratadas no programa Corel Draw-12 e Corel Photopaint-12 (tratamento de cor, limpeza
das fotomicrografias em MO, preenchimento do campo de fundo das eletromicrografias em
MEV, montagem das figuras).
As lâminas utilizadas no estudo encontram-se depositadas na Palinoteca da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS (Laboratório de Palinologia do Departamento de
Paleontologia e Estratigrafia) sob a codificação de prefixo ¨MP-P¨ e Palinoteca da ULBRA sob a
codificação ¨P¨.
I. 5. Descrições polínicas e informações botânicas
As descrições polínicas apresentadas seguem a organização sistemática proposta por
Bremer (1994). Os nomes botânicos e suas autoridades correspondentes estão de acordo com as
bases de dados internacionais (The International Plant Name Index, 2007; Missouri Botanical
Garden, 2007. Para cada espécie foram abordados os itens abaixo relacionados.
Palinologia de Asteraceae: morfologia polínica e suas implicações nos registros do Quaternário do Rio Grande do Sul 5
Descrição polínica: Classe de tamanho, âmbito, descrição das aberturas: número,
posição e caráter, estrutura da exina, tipo de ornamentação, característica dos espinhos);
Medidas: P, E, exina e ornamentação quando presente, representado pelas médias aritméticas
seguidos da menor e maior medida; Material examinado: Material fonte para a retirada dos
grãos de pólen; Lâmina de referência; Referências prévias: Descrições anteriores; tipo
morfológico proposto neste trabalho; são oferecidas também informações adicionais sobre a
ecologia e distribuição geográfica, com base na literatura disponível, com intuito de subsidiar os
critérios para escolha dos nomes dos tipos polínicos.
A terminologia descritiva segue Barth & Melhem (1988) e Punt et al. (2007). Os
critérios para a confecção dos ¨tipos¨ polínicos apresentados são descritos no capítulo
correspondente, bem como o método de análise de correspondência dos ¨tipos¨ propostos em
trabalhos selecionados.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Barnadesioideae 6
Capítulo II. DESCRIÇÕES POLÍNICAS
II. 1. Subfamília Barnadesioideae - Tribo Barnadesioideae
Espécies estudadas: Dasyphyllum spinescens, D. synacanthum, D. tomentosum,
Schlechtendalia luzulaefolia.
Gênero: Dasyphyllum Kunth
Observação ecológica: Subarbustos e geralmente árvores (Mondin, 1996).
Distribuição geográfica: Sul da América especialmente no sul do Brasil, ao longo dos Andes e
sul do Chile, com aproximadamente 40 espécies (Bremer, 1994). No Rio Grande do Sul o
gênero é representado por quatro espécies (Mondin, 1996).
Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabr.
Fig. 1 a-d e 2 a-c
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados com espículos esparsamente distribuídos sobre a
superfície da exina, colpos longos, cólporos visíveis, pseudoporos presentes na região do
mesocolpo limitando-se a sexina, exina biestratificada, não cavada e columelas de difícil
visualização.
Medidas: P: 32 µm (27-38), E: 30 µm (27-34), exina: 2,5 µm (1,5-3), ornamentação: < 1 µm.
tipo Dasyphyllum
Material examinado: ICN-123418.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0454a-d), UFRGS-(MP-P-5200).
Referências prévias: Urtubey & Tellaria (1998) e Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Árvores de até 10 m de altura, que habitam preferencialmente
solos úmidos e rochosos onde a vegetação não é muito densa. É bastante freqüente nos capões e
submatas (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (RJ, SP, PR, SC e RS), Paraguai e Argentina (Cabrera
& Klein, 1973). No Rio Grande do Sul ocorrem na Serra do Sudeste, Planalto Médio e Campos
de Cima da Serra (Mondin, 1996).
D. synacanthum (Baker) Cabr.
Fig. 1 e-h e 2 d-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, sub-prolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos longos, cólporos visíveis, pseudoporos
presentes na região do mesocolpo limitando-se a sexina, exina em três estratos sendo a camada
interna com exina granular e não cavada Fig. 2 f.
Medidas: P: 41 µm (35-50), E: 32 µm (28-42), exina: 5,5 µm (5-6), ornamentação: < 1 µm.
tipo Schlechtendalia
Material examinado: HERULBRA- 4140.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0473a-d), UFRGS-(MP-P-5201).
Referências prévias: Urtubey & Tellaria (1998).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Barnadesioideae 7
Informações adicionais
Observação ecológica: Arbustos sarmentosos (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, SP, SC e RS), (Cabrera & Klein, 1973). No Rio
Grande do Sul coletados nos Campos de Cima da Serra (Mondin, 1996).
D. tomentosum (Spreng.) Cabr.
Fig. 1 i-l
Descrição polínica: Idem a D. spinescens, porém com exina mais espessa.
Medidas: P: 38 µm (29-45), E: 33 µm (26-40), exina: 4,5 µm (4-5), ornamentação: < 1 µm.
tipo Dasyphyllum
Material examinado: ICN-123472 e 124373.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0472a-d), UFRGS-(MP-P-5202).
Referências prévias: Urtubey & Tellaria (1998).
Informações adicionais
Observação ecológica: Árvores de 7 a 15 m de altura, característica e exclusiva da Mata
com Araucária e do Planalto Meridional, ocorrem freqüentemente nas submatas dos pinhais,
interior e orla dos capões, preferencialmente em solos úmidos e rochosos (Cabrera & Klein,
1973).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, RJ, SC e RS) e Argentina (Cabrera & Klein,
1973). No Rio Grande do Sul ocorrem na Depressão Central, Serra do Sudeste, Alto Uruguai,
Planalto Médio, Encosta do Nordeste e Campos de Cima da Serra (Mondin, 1996).
Gênero: Schlechtendalia Less.
Observação ecológica: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Ocorre no Brasil, Uruguai, Argentina com apenas uma representante
para o gênero (Bremer, 1994).
Schlechtendalia luzulaefolia Less.
Fig. 1 m-p e 2 a-b
Descrição polínica: Idem a D. synacanthum, porém com exina mais espessa.
Medidas: P: 40 µm (27-41), E: 40 µm (33-46), exina: 6,5 µm (6-8), ornamentação: < 1µm.
tipo Schlechtendalia
Material examinado: ICN-128052, 124687 e 133838.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0487a-d), UFRGS-(MP-P-5203).
Referências prévias: Urtubey & Tellaria (1998).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes com 0,3-1 m de altura, habitam solos arenosos e
rochosos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Brasil (RS), Uruguai e Argentina (nordeste da Argentina),
(Burkart, 1974). No Rio Grande do Sul, ocorrem na Campanha e Serra do Sudeste (Mondin,
1996).
Figura 1: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Barnadesioideae: a-d. D. spinescens: a-b. VP, c-d. VE; e-h. D.
synacanthum: e-f. VP, g-h. VE; i-l. D. tomentosum: i-j. VP, k-l. VE; m-p. Schlechtendalia luzulaefolia: m-n. VP,
o-p. VE.
0
50 µm
a
b
c
d
e
f
g
i
j
k
l
m
n
o
h
p
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Barnadesioideae 8
Figura 2: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Barnadesioideae sob MEV: a-c. Dasyphyllum
spinescens: a. VP; b. Vista lateral evidenciando detalhes das aberturas; c. Detalhe do pseudoporo na região do
mesocolpo; d-f. D. synacanthum: d. VP, e. Vista lateral evidenciando detalhes das aberturas; f. Corte da exina
evidenciando os estratos da exina, mostrando a camada central com exina granular e detalhe do pseudoporo
limitando-se a sexina.
f
B
c
a
d
e
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Barnadesioideae 9
b
e
a
d
f
Figura 3: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Barnadesioideae sob MEV: a-b.
Schlechtendalia luzulaefolia: a. VP; b. Vista lateral evidenciando detalhes das aberturas e dos pseudoporos.
Eletronmicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Mutisieae sob MEV: c-e. Chaptalia intergerrima: c. VP;
d. VP; e. Vista lateral evidenciando detalhe da abertura e escultura da exina; f. Gochnatia cordata: f. VP.
c
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Barnadesioideae/Mutisieae 10
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 11
II. 2. Subfamília Cichorioideae - Tribo Mutisieae
Espécies estudadas: Chaptalia intergerrima, Gochnatia cordata, Holocheilus brasiliensis, H.
ilustris, H. monocephalus, Jungia floribunda, J. sellowii, Mutisia coccinea, M. speciosa,
Pamphalea araucariophila, Perezia cubatensis, Trichocline catharinensis, T. macrocephala,
Trixis lessingii, T. praestans, T. stricta, T. verbaciformis.
Gênero: Chaptalia Vent.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Sudeste dos Estados Unidos, Oeste da Índia, América Central e
América do Sul com ca. 60 espécies (Bremer, 1994). Algumas espécies distribuídas desde as
Antilhas e México, até o centro da Argentina e Chile (Cabrera & Klein, 1973). Segundo Mondin
(1996), ocorrem nove espécies para o Estado do Rio Grande do Sul.
Chaptalia integerrima (Vell.) Burkart
Fig. 4 a-d e 3 c-e
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolatos, subtriangular, 3-colporados, endoabertura
lalongada, microequinados com espículos esparsamente distribuídos sobre a superfície da exina
o que a torna levemente ondulada, colpos longos, cólporos visíveis, exina biestratificada e não
cavada.
Medidas: P: 39 µm (35-43), E: 31 µm (26-33), exina: 4,5 µm (4-5), ornamentação: < 1µm.
tipo Chaptalia
Material examinado: MCN/HERULBRA-3799.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0589a-d), UFRGS-(MP-P-5204).
Referências prévias: Melhem et al. (2003).
Informações adicionais:
Observações ecológicas: Ervas perenes, que ocorrem principalmente em campos enxutos
ou pedregosos, também como elemento raro e estranho; podem ocorrer nos campos arenosos da
restinga litorânea (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia e norte da
Argentina (Burkart, 1974).
Gênero: Gochnatia Kunth
Observações ecológicas: Ervas e árvores, algumas espécies como subarbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Sudeste dos Estados Unidos, Oeste da Índia, América Central e
América do Sul com ca. 68 espécies (Bremer, 1994). Segundo Mondin (1996), ocorrem sete
espécies para o Estado do Rio Grande do Sul.
Gochnatia cordata Less.
Fig. 4 e-h e 3 f
Descrição polínica: Idem a Chaptalia intergerrima.
Medidas: P: 39 µm (35-50), E: 31 µm (28-40), exina: 4,5 µm (3,5-6), ornamentação: < 1 µm.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 12
tipo Chaptalia
Material examinado: ICN-098427.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0457a-d), UFRGS-(MP-P-5205).
Informações adicionais:
Observação ecológica: Arbustos eretos de 0,04-0,15 m de altura, habitam
preferencialmente solos arenosos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: No Brasil (RS), Paraguai, Uruguai e Argentina (nordeste da
Argentina até Entre Rios), (Burkart, 1974).
Gênero: Holocheilus Cass.
Observações ecológicas: Ervas perenes, que ocorrem em regiões subtropicais de ambientes
abertos secos ou úmidos, desde planícies baixas até ambientes montanhosos (Bremer, 1994;
Mondin & Vasques, 2004).
Distribuição geográfica: Ocorrem exclusivamente na América do Sul, no Brasil, Paraguai e
Argentina, com seis espécies (Bremer, 1994). No Rio Grande do Sul, ocorrem quatro espécies
deste gênero (Mondin & Vasques, 2004).
Holocheilus brasiliensis (L.) Cabr.
Fig. 4 i-l
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos grandes de extremidades arredondadas, área
polar pequena e saliente, cólporos visíveis, exina biestratificada e não cavada.
Medidas: P: 34 µm (31-36), E: 28 µm (24-30), exina: 4 µm (3-5), ornamentação: < 1 µm.
tipo Holocheilus
Material examinado: ICN-123478 e 127194.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0526a-d), UFRGS-(MP-P-5206).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, encontradas principalmente em campos secos e
pedregosos, podendo também ocorrer em baixadas úmidas (Mondin & Vasques, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, SP, PR, SC e RS), Uruguai e nordeste da
Argentina (Mondin & Vasques, 2004).
H. illustris (Vell.) Cabr.
Fig. 4 m-n e 8 a-c
Descrição polínica: Idem a Holocheilus brasiliensis.
Medidas: P: 30 µm (26-35), E: 26 µm (24-29), exina: 4 µm (3-5), ornamentação: < 1 µm.
tipo Holocheilus
Material examinado: ICN-130871 e 126369.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0522a-d), UFRGS-(MP-P-5207).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 13
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, exclusivas dos banhados, campos úmidos
(Cabrera & Klein, 1973), mas também ocorrem como ervas em turfeiras (Mondin & Vasques,
2004).
Distribuição geográfica: Região Sul do Brasil, Argentina (Missiones) e Uruguai. No Rio
Grande do Sul ocorrem no Alto Uruguai, Campos de Cima da Serra, Planalto Médio, Depressão
Central e Litoral (Mondin & Vasques, 2004).
H. monocephalus Mondin
Fig. 4 o-p
Descrição polínica: Idem a Holocheilus brasiliensis.
Medidas: P: 32 µm (29-37), E: 27 µm (24-32), exina: 4 µm (3-5), ornamentação: < 1 µm.
tipo Holocheilus
Material examinado: ICN-106298, 106505 e 137541.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0523a-d), UFRGS-(MP-P-5208).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, que ocorrem em campos úmidos e turfosos
situados nos Aparados da Serra Geral, em altitudes superiores a 1000 m (Mondin & Vasques,
2004).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS). No Rio Grande do Sul ocorrem somente nos
Campos de Cima da Serra (Mondin & Vasques, 2004).
Gênero: Jungia L.
Observações ecológicas: Ervas perenes e arbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América Central e América do Sul, ocorrendo ca. 30 espécies
(Bremer, 1994). No Rio Grande do Sul ocorrem somente duas espécies (Mondin, 1996).
Jungia floribunda Less.
Fig. 5 a-d
Descrição polínica: Idem a Holocheilus brasiliensis.
Medidas: P: 37 µm (33-40), E: 32 µm (28-36), exina: 4,5 µm (4-5), ornamentação: < 1 µm.
tipo Holocheilus
Material examinado: ICN-119909.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0463a-d), UFRGS-(MP-P-5209).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos com 2 m de altura, bastante comum nas orlas das
matas de pinhais e das matas latifoliadas, clareiras ou matas abertas, nos solos alterados, não
apresenta preferências por condições físicas especiais de solo, podendo ser encontrada em vários
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 14
habitates, solos muito úmidos, bem como em locais bastante enxutos, inclusive sobre solos
rochosos (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), (Mondin, 1996).
J. sellowii Less.
Fig. 5 e-f
Descrição polínica: Idem a Holocheilus brasiliensis.
Medidas: P: 40 µm (31-48), E: 32 µm (26-38), exina: 4,2 µm (4-5), ornamentação: < 1µm.
tipo Holocheilus
Material examinado: ICN-63289 e 146009.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0464a-d), UFRGS-(MP-P-5210).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos, ecologicamente muito parecido com Jungia
floribunda.
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), (Mondin, 1996).
Gênero: Mutisia L.
Observações ecológicas: Subarbustos e lianas (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Ocorrem exclusivamente no Sul da América do Sul, com ca. 60
espécies (Bremer, 1994). Segundo Mondin (1996), ocorrem três espécies para o Estado do Rio
Grande do Sul.
Mutisia coccinea Cabr.
Fig. 5 g-h
Descrição polínica: Grãos de pólen grandes, prolatos, subtriangular, 3-colporados, endoabertura
lalongada, microequinados, colpos longos, cólporos visíveis, área polar pequena e saliente, exina
biestratificada e não cavada, sexina levemente ondulada, ectosexina com o dobro da espessura na
região polar e endosexina mais espessa na região equatorial.
Medidas: P: 72 µm (61-80), E: 53 µm (41-64), exina P: 5 µm (4-7), exina E: 5 µm (4-7),
ornamentação: <1 µm.
tipo Mutisia
Material examinado: MCN/HERULBRA-3511 e ICN-129550.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0219a-d), UFRGS-(MP-P-5211).
Referêcias prévias: Melhem et al. (2003); Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Liana exclusiva do Planalto, das zonas dos pinhais, ocorrendo
principalmente na orla dos capões e capoeiras (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), Paraguai, Uruguai e Argentina (Cabrera &
Klein, 1973).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 15
M. speciosa Ait. ex Hook.
Fig. 5 i-j e 8 d-f
Descrição polínica: Idem a Mutisia coccinea, porém com ectosexina de mesma espessura da
endosexina na região polar.
Medidas: P: 68 µm (62-75), E: 49 µm (42-60), exina P: 6,5 µm (5-8) exina E: 9 µm (7-12),
ornamentação: <1 µm.
tipo Mutisia
Material examinado: ICN-127468 e 131228.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0521a-d), UFRGS-(MP-P-5212).
Referências prévias: Erdtmam (1952).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Liana característica da mata arbustiva da restinga litorânea,
zona dos Pinhais e campos do Planalto Meridional (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS), Paraguai e Argentina
(Cabrera & Klein, 1973).
Gênero: Pamphalea Lag.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina (Bremer, 1994). Segundo
Mondin (1996), ocorrem nove espécies para o Estado do Rio Grande do Sul.
Pamphalea araucariophila Cabr.
Fig. 5 k-n e 9 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen pequenos, esféricos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, densamente microequinado, colpos grandes de extremidades
arredondadas, área polar pequena, exina biestratificada e não cavada, sexina com columelas
evidentes e ‘robustas’.
Medidas: P: 20 µm (18-23), E: 19 µm (18-22), exina: 3 µm (3-3), ornamentação: <1 µm.
tipo Pamphalea
Material examinado: MCN/HERULBRA-3800.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0587a-d), UFRGS-(MP-P-5213).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, exclusiva da Zona de Matinha Nebular, ocorrendo
principalmente nas submatas dos pinhais (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), (Cabrera e Klein, 1973).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 16
Gênero: Perezia Lag.
Observação ecológica: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul com ca. 32 espécies (Bremer, 1994). Segundo Mondin
(1996), ocorrem três espécies e uma variedade para o Estado do Rio Grande do Sul.
Perezia cubataensis Less.
Fig. 6 a-d e 9 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, triangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, vestíbulo presente limitado pela nexina e sexina, microequinados,
colpos muito grandes quase unindo-se na região do apocolpo, área polar muito pequena, cólporos
visíveis, exina biestratificada e não cavada.
Medidas: P: 40 µm (36-47), E: 38 µm (36-42), exina: 5,4 µm (4-6), ornamentação: <1 µm.
tipo Perezia
Material examinado: ICN-123639 e 130870.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0306a-d), UFRGS-(MP-P-5214).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes características das zonas de campo do Planalto,
ocorrem principalmente nos banhados nas regiões de campos úmidos (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: No Brasil (MG, SP, RJ, SC e RS) e Paraguai (Cabrera & Klein,
1973).
Gênero: Trichocline Cass.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e sudeste da
Austrália (uma espécie), (Bremer, 1994). Segundo Mondin (1996), ocorrem quatro espécies e
uma variedade para o Estado do Rio Grande do Sul.
Trichocline catharinensis Cabr.
Fig. 6 e-f e 9 e-f
Descrição polínica: Idem a Mutisia speciosa.
Medidas: P: 77 µm (62-89), E: 55 µm (43-65), exina P: 9 µm (9-12), exina E: 12 µm (10-15),
ornamentação: < 1µm.
tipo Mutisia
Material examinado: ICN-123640 e 121063.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0384a-d), UFRGS-(MP-P-5215).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ocorrem em campos secos (Cabrera & Klein
1973).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 17
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), (Cabrera & Klein, 1973).
T. macrocephala Less.
Fig. 6 g-h
Descrição polínica: Idem a Mutisia coccinea, porém com ectosexina de mesma espessura da
endosexina na região polar.
Medidas: P: 69 µm (62-80), E: 52 µm (48-57), exina P: 6,5 µm (5-8), exina E: 10 µm (9-11),
ornamentação: < 1µm.
tipo Mutisia
Material examinado: ICN-031611 e 133835.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0460a-d), UFRGS-(MP-P-5216).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes com rizoma lenhoso e grosso. Ocorrem em
campos secos (Cabrera & Klein 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), Argentina (Cabrera & Klein 1973).
Gênero: Trixis P. Browne
Observações ecológicas: Ervas perenes ou arbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Sudoeste dos Estados Unidos, América Central e Sul e Índia
Ocidental, com ca. 50 espécies (Bremer, 1994). Segundo Mondin (1996), ocorrem seis espécies
para o Estado do Rio Grande do Sul.
Trixis lessingii DC.
Fig. 6 i-l
Descrição polínica: Grãos de pólen grandes, prolatos, subtriangular, 3-colporados, endoabertura
lalongada, microequinados, colpos longos, área polar pequena e saliente, exina biestratificada e
não cavada, ectosexina com o dobro da espessura na região polar e endosexina mais espessa na
região equatorial.
Medidas: P: 46 µm (42-51), E: 36 µm (32-40), exina P: 5 µm (4-6), exina E: 4,5 µm (4-6),
ornamentação: < 1µm.
tipo Trixis
Material examinado: ICN-3792.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0134a-e), UFRGS-(MP-P-5217).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes muito freqüentes nos banhados (Cabrera & Klein
1973).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 18
Distribuição geográfica: Brasil (MG, RJ, SP, PR, SC e RS), Paraguai, Uruguai e
Argentina (Cabrera & Klein 1973).
T. praestans (Vell.) Cabr.
Fig. 7 a-d
Descrição polínica: Idem a Trixis lessingii.
Medidas: P: 46 µm (41-50), E: 33 µm (29-42), exina P: 5 µm (4-6), exina E: 4,5 µm (4-6),
ornamentação: < 1µm.
tipo Trixis
Material examinado: ICN-140982.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0290a-e), UFRGS-(MP-P-5218).
Referências prévias: Melhem et al. (2003), Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observação ecológica: Arbustos ramosos de 2-3 m de altura, bastante freqüente nas
bordas das matas e capoeiras (Cabrera & Klein, 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, SP, SC e RS), (Cabrera & Klein, 1973).
T. stricta (Spreng)Less.
Fig. 7 e-g e 10 a-b
Descrição polínica: Idem a Trixis lessingii.
Medidas: P: 56 µm (55-58), E: 33 µm (31-37), exina P: 5,5 µm (4-6), exina E: 5 µm (4-6),
ornamentação: < 1 µm.
tipo Trixis
Material examinado: ICN-135269 e 119292.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0474a-d), UFRGS-(MP-P-5219).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, 0,3-0,7 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina (do nordeste até as
serras do centro da Província de Buenos Aires), (Burkart, 1974).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 19
T. verbasciformis Less.
Fig. 7 h-j
Descrição polínica: Idem a Trixis lessingii.
Medidas: P: 47 µm (44-51), E: 28 µm (26-31), exina P: 5 µm (4-6), exina E: 3,5 µm (3-4),
ornamentação: < 1 µm.
tipo Trixis
Material examinado: ICN-146026 e 99664.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0562a-d), UFRGS-(MP-P-5220).
Referêcias prévias: Salgado-Labouriau (1973).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de talos alados, 1-1,5 m de altura. Ocorrem em
formações campestres (Cabrera & Klein 1973).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, RJ, SP, PR, SC e RS), Paraguai, Uruguai e
Argentina (Cabrera & Klein 1973).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Cardueae 20
III. 3 Subfamília Cichorioideae - Tribo Cardueae
Espécies estudadas: Centaurea melitensis, C. tweediei.
Gênero: Centaurea L.
Observações ecológicas: Ervas ou subarbustos, anuais ou perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Difundido na Eurásia, Norte e Leste da África, América do Norte e
poucas espécies na América do Sul, com ca. 500 espécies (Bremer, 1994).
Centaurea melitensis L.
Fig. 7 k-m e 10 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, exina psilada, colpos grandes, área polar pequena, cólporos visíveis,
exina biestratificada e não cavada, columelas pouco evidentes.
Medidas: P: 34 µm (30-39), E: 27 µm (23-33), exina: 3,5 µm (3-4).
tipo Centaurea melitensis
Material examinado: ICN-115634.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0483a-d), UFRGS-(MP-P-5221).
Registros prévios: Villodre & Garcia-Jacas (2000).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Erva anual de 0,4-0,8 m de altura. (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Originária do sul da Europa e norte da África, adventícia nas
Américas, introduzida no Brasil (Burkart, 1974).
C. tweediei L.
Fig. 7 n-p e 10 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos curtos e estreitos, exina biestratificada não cavada.
Espinhos pequenos, esparsamente distribuídos, columelados, ápices arredondados, duas
cavidades e com ca. 18 espinhos em VP.
Medidas: P: 47 µm (42-56), E: 47 µm (42-55), exina: 4 µm (3-5), ornamentação: 2 µm (1,5-3).
tipo Centaurea tweediei
Material examinado: ICN-133866.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0485a-d), UFRGS-(MP-P-5222).
Registros prévios: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Erva anual de 0,5-1 m de altura. Única espécie nativa do gênero,
bem rara e não invasora (Burkart, 1974). Vive em solos arenosos (Cabrera et al. 1973).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e Argentina (nordeste da Argentina até
o Delta do Paraná), (Burkart 1974).
Figura 4: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Mutisieae: a-d. Chaptalia intergerrima: a-b. VP, c-d. VE; e-h.
Gochnatia cordata: e-f. VP, g-h. VE; i-l. Holocheilus brasiliensis: i-j. VP, k-l. VE; m-n. H. ilustris: m. VP, n. VE; o-p.
H. monocephalus: o. VP, p. VE.
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 21
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Figura 5: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Mutisieae: a-d. Jungia floribunda: a-b. VP, c-d. VE ; e-f. J.
sellowii: e. VP, f. VE; g-h. Mutisia coccinea: g. VP, h. VE; i-j. M. speciosa: i. VP, j. VE; k-n. Pamphalea
araucariophila: k-l. VP, m-n. VE.
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50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 22
Figura 6: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Mutisieae: a-d. Perezia cubatensis: a-b. VP, c-d. VE; e-f.
Triclocline catharinensis: e. VP, f. VE; g-h. T. macrocephala: g. VP, h. VE; i-l. Trixis lessingii : i-j. VP, k-l. VE.
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50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 23
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Figura 7: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Mutisieae: a-d. Trixis praestans: a-b. VP, c-d. VE ; e-g. T.
stricta: e. VP, f-g. VE; h-j. T. verbaciformis: h. VP, i-j. VE; Grãos de pólen da tribo Cardueae: k-m. Centaurea
melitensis: k. VP, l-m. VE; n-p. C. tweeediei: n-o. VP, p. VE.
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae/Cardueae
f
c
b
e
Figura 8: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Mutisieae sob MEV: a-c. Holocheilus illustris:
a. VP; b. VE; c. Detalhe da abertura evidenciando a esculturapresente na região do colpo; d-f. Mutisia speciosa: d.
VP; e. VE; f. Corte da exina evidenciando o interior do grão com detalhe na endoabertura.
a
d
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 25
c
f
b
d
Figura 9: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Mutisieae sob MEV: a-b. Pamphalea
araucariophila: a. VP; b. VE; c-d. Perezia cubatensis: c. VP; d. VE; e-f. Trichocline catharinensis: e. VP; f. VE.
a
e
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 26
a
c
e
Figura 10: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Mutisieae sob MEV: a-b. Trixis stricta: a. VP;
b. VE. Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Cardueae sob MEV: c-d. Centaurea melitensis: c.
VP; d. VE; e-f. C. twediei: e. VP; f. VE.
b
d
f
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Mutisieae 27
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 28
III. 4 Subfamília Cichorioideae - Tribo Lactuceae
Espécies estudadas: Hieracium commersonii, Hypochaeris albiflora, H. catharinensis, H.
glabra, H. radiata, H. rosengurttii, H. variegata.
Gênero: Hieracium L.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Europa, Ásia, América do Norte e Sul e continente Africano (Bremer,
1994).
Hieracium commersonii Monnier
Fig. 11 a-b e 12 a-c
Descrição polínica: Grãos de pólen médio, esféricos, subtriangular, 3-colporados,
equinolofados, poros pouco visíveis, exina não cavada com teto perfurado, compostos por 6
lacunas paraporais, 6 lacunas abporais e 3 lacunas porais. Espinhos médios, de ápices agudos,
columelados, distribuídos sobre muros, 20 a 30 espinhos em VP.
Medidas: P: 34 µm (29-39), E: 34 µm (29-39), exina: 3,5 µm (3-5), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-127269.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0597a-d), UFRGS-(MP-P-5223).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, 0,2-0,8 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e Argentina (Burkart, 1974).
Gênero: Hypochaeris L.
Observações ecológicas: Ervas anuais e perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul, Europa, Ásia, especialmente na zona temperada da
América do Sul, ocorrem ca. 60 espécies (Bremer, 1994).
Hypocharis albiflora (Kuntze) Azevedo- Gonç. & Matzenb.
Fig. 11 c-d
Descrição polínica: Idem a Hieracium commersonii.
Medidas: P: 32 µm (25-38), E: 30 µm (25-40), exina: 5 µm (4-6), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-125822, 125747 e 125527.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0605a-d), UFRGS-(MP-P-5224).
Informações adicionais
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 29
Observação ecológica: Ervas perenes 0,06-0,4 m de altura, ocorrentes em ambientes
antropizados, cultivos de lavoura, terrenos baldios, barrancos e em beira de estrada (Azevedo-
Gonçalves, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), Paraguai e Argentina. No Rio Grande do Sul
foi encontrado em todas as regiões fisiográficas, exceto nos Campos de Cima da Serra (Azevedo-
Gonçalves, 2004).
H. catharinensis Cabr.
Fig. 11 e-f e 12 d-f
Descrição polínica Idem a Hieracium commersonii.
Medidas: P: 42 µm (36-46), E: 42 µm (36-46), exina: 4 µm (3-4), ornamentação: 3,8 µm (3-4).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-125672, 125699 e 048985.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0303a-d), UFRGS-(MP-P-5225).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, 0,15-0,33 m de altura, ocorrentes em campos
limpos, barrancos de beira de estrada e ambientes úmidos (Azevedo-Gonçalves, 2004).
Distribuição geográfica: Espécie endêmica do Brasil (PR, SC e RS). No Rio Grande do
Sul foram encontradas na Encosta Superior do Nordeste e Campos de Cima da Serra (Cabrera,
1963).
H. glabra L.
Fig. 11 g-h e 13 a-b
Descrição polínica: Idem a Hieracium commersonii, porém com espinhos menores.
Medidas: P: 32 µm (28-37), E: 31 µm (27-37), exina 3,5 µm (2-5), ornamentação: 2,5 µm (2-4).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-125522, 125531 e 125574.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0458a-d), UFRGS-(MP-P-5226).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais ou perenes, 0,09-064 m de altura, ocorrentes em
campos sujos, barrancos e beira de estrada (Azevedo-Gonçalves, 2004).
Distribuição geográfica: Na Europa e no Norte da África ocorrem na região
mediterrânea. Brasil (SC e RS), Chile, Uruguai e Argentina. No Rio Grande do Sul a espécie é
encontrada em todas as regiões fisiográficas, exceto no Alto Uruguai (Azevedo-Gonçalves,
2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 30
H. radiata Falk
Fig. 11 i-j
Descrição polínica: Idem a Hieracium commersonii, porém com espinhos menores.
Medidas: P: 30 µm (28-36), E: 30 µm (27-36), exina: 5 µm (4-7), ornamentação: 3 µm (2-4).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-675020.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0604a-d), UFRGS-(MP-P-5227).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, 0,2-0,9 m de altura, ocorrentes em ambientes
antropizados, em cultivos de lavouras, beira de estradas e em terrenos pedregosos (Azevedo-
Gonçalves, 2004).
Distribuição geográfica: Na Europa e no Norte da África ocorrem na região
mediterrânea. É planta adventícia na América do Sul. Brasil (SP, PR, SC e RS) Chile, Uruguai e
Argentina. No Rio Grande do Sul a espécie é encontrada em todas as regiões fisiográficas,
exceto no Alto Uruguai (Azevedo-Gonçalves, 2004).
H. rosengurttii Cabr.
Fig. 11 k-l e 13 c-f
Descrição polínica: Idem a Hieracium commersonii.
Medidas: P: 37 µm (33-42), E: 37 µm (33-45), exina: 4,5 µm (4-7), ornamentação: 3,5 µm (3-4).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-151039, 151040 e 7648.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0381a-d), UFRGS-(MP-P-5228).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, 0,2-0,7 m de altura, ocorrentes em ambientes
úmidos como banhados e brejos (Azevedo-Gonçalves, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, RJ, SP, PR, SC e RS), (Azevedo-Gonçalves,
2004).
H. variegata Baker
Fig. 11 m-p
Descrição polínica: Idem a Hieracium commersonii.
Medidas: P: 38 µm (34-44), E: 38 µm (34-44), exina: 4,5 µm (3-5), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
tipo Hypochaeris
Material examinado: ICN-125753.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0595a-d), UFRGS-(MP-P-5229).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 31
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, 0,16-0,4 m de altura, ocorrentes em campos
pedregosos (Azevedo-Gonçalves, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. No Rio Grande do Sul
esta espécie é encontrada nas Missões, Campos de Cima da Serra e Depressão Central (Azevedo-
Gonçalves, 2004).
Figura 11: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Lactuceae: a-b. Hieracium commersonii: a. VP, b. VE; c-d.
Hypochaeris albiflora: c. VP, d. VE; e-f. H. catharinensis: e. VP, f. VE; g-h. H. glabra:g. VP, h. VE; i-j. H. radiata i.
VP, j. VE; k-l. H. rosengurttii: k. VP, l. VE; m-p. H. variegata: m-n. VP, o-p. VE.
a
b
c
d
e
f
g
h
i
j
k
l
m
n
o
p
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 32
c
e
f
b
d
Figura 12: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Lactuceae sob MEV: a-c. Hieracium
commersonii: a. VP; b. VE; c.Detalhe da exina evidenciando as perfurações maiores na base dos espinhos; d-f.
Hypochaeris catharinensis: d. VP; e. VE; f. Detalhe da abertura evidenciando a lacuna poral.
c
a
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 33
a
b
c
e
f
d
Figura 13:Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Lactuceae sob MEV : a-b. H. glabra: a. VP; b.
VE; c-f. H. rosengurttii: c. VP; d. VE; e. Detalhe da abertura evidenciando a lacuna poral; f. Detalhe da exina
evidenciando as perfurações na exina e um detalhe do espinho.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Lactuceae 34
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 35
III. 5 Subfamília Cichorioideae - Tribo Vernonieae
Espécies estudadas: Elephantopus mollis, Vernonia brevifolia, V. constricta, V.discolor, V.
echioides, V. flexuosa, V. hypochaeris, V. incana, V. megapotamica, V. nitidula, V. nudiflora, V.
polyphylla, V. tweedieana.
Gênero: Elephantopus L.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Pantropical, ocorrendo principalmente na América do Sul, com ca. 30
espécies (Bremer, 1994).
Elephantopus mollis H.B. & K.
Fig. 14 a-b e 16 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, esféricos, circular, triporados, poros circulares,
equinolofados, exina reticulada de forma poligonal. Espinhos pequenos, sólidos, ápice
arredondado em fila única sobre os muros com ca. 30 espinhos em VP.
Medidas: P: 35 µm (32-45), E: 35 µm (32-41), exina: 1 µm, ornamentação: 2,5 µm (2-3).
tipo Elephantopus
Material examinado: ICN-116616, 125531 e 125574.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0520a-d), UFRGS-(MP-P-5230).
Referências prévias: Stix, (1960), Salgado-Labouriau (1973) e Melhem et al. (2003).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 0,4-0,9 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: América tropical (Burkart, 1974).
Gênero: Vernonia Schred.
Observações ecológicas: Ervas, arbustos ou árvores, muito variável quanto ao hábito (Bremer,
1994).
Distribuição geográfica: América do Norte e Sul, região tropical da África e Ásia, Madagascar
com ca. 500 espécies (Bremer, 1994).
Vernonia brevifolia Less.
Fig. 14 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, esféricos, circular, 3-porados, equinolofados, poros
visíveis, exina reticulada de forma poligonal, compostos por 12 lacunas paraporais localizadas na
região equatorial (4 em cada mesocolpo), 6 lacunas abporais, 6 lacunas interporais e 3 lacunas
porais, área polar muito pequena o que ocasiona a formação de um¨Y¨ sinuoso, formado pela
união dos muros (cristas) das lacunas interporais. Espinhos pequenos, distribuídos sobre muros,
columelados, levemente arredondados, e com 20 a 30 espinhos em VP.
Medidas: P: 50 µm (43-60), E: 50 µm (43-60), exina: 5,5 µm (5-7), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 36
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: ICN-83053 e 88536.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0560a-d), UFRGS-(MP-P-5231).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, ocorrentes em formações campestres e em
dunas (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e nordeste da Argentina (Burkart,
1974).
V. constricta Matzenb. & Mafiol.
Fig. 14 e-g e 16 c-d
Descrição polínica: Idem a Vernonia brevifolia, porém oblato-esferoidais.
Medidas: P: 54 µm (52-60), E: 63 µm (60-69), exina: 5,5 µm (5-8), ornamentação: 3 µm (2-3,5).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: ICN-93515.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0564a-d), UFRGS-(MP-P-5232).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Erva, ocorrentes em locais arenosos e úmidos, integrando a
vegetação psamófila (Matzenbacher & Mafioleti, 1994a).
Distribuição geográfica: Coletada até o momento somente no litoral do Rio Grande do
Sul (Matzenbacher & Mafioleti, 1994a).
V. discolor (Spreng.) Less.
Fig. 14 h-j
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, esféricos subtriangular, 3-porados,
subequinolofados, poros pouco visíveis, exina reticulada não apresentando formas poligonais.
Espinhos grandes, columelados, com ápices afilados distribuídos sobre muros sinuosos, e com
ca. 30 espinhos em VP.
Medidas: P: 42 µm (35-49), E: 42 µm (35-50), exina: 4,5 µm (3-5), ornamentação: 5 µm (3-6).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: ICN-141017 e 115259.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0397a-d), UFRGS-(MP-P-5233).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Árvores de 10-15 m de altura. Ocorrem preferencialmente nas
matas semidevastadas (Cabrera & Klein, 1980).
Distribuição geográfica: Brasil (MG ao RS) (Cabrera & Klein, 1980).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 37
V. echioides Less.
Fig. 14 k-l e 16 e 17 a
Descrição polínica: Idem a Vernonia discolor.
Medidas: P: 50 µm (43-54), E: 50 µm (45-54), exina: 5 µm (4-6), ornamentação: 6 µm (4-7).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: ICN-146957 e 120126.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0561a-d), UFRGS-(MP-P-5234).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 0,4-1 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (nordeste da
Argentina até Entre Rios), (Burkart, 1974).
V. flexuosa Sims var. flexuosa
Fig. 14 m-n e 17 b-c
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, circular, 3-porados,
equinolofados, poros pouco visíveis, exina reticulada de forma poligonal, muros sustentados por
columelas que separam a sexina da nexina, compostos por 12 lacunas paraporais localizadas na
região equatorial (4 em cada mesocolpo), 6 lacunas abporais, 6 lacunas interporais, 2 lacunas
polares (uma em cada pólo) e 3 lacunas porais. Espinhos pequenos, columelados, levemente
arredondados,distribuídos sobre muros, e com ca. 30 espinhos em VP.
Medidas: P: 47 µm (39-59), E: 42 µm (39-50), exina: 6 µm (5-8), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
tipo Vernonia flexuosa
Material examinado: ICN-123103.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0461a-d), UFRGS-(MP-P-5235).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, 0,4 a 0,8 m de altura (Burkart 1974), ocorrentes
em ambiente campestre, em solos litólicos, arenosos e argilosos (Matzenbacher & Mafioleti,
1994b).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (nordeste da
Argentina até Buenos Aires), (Burkart, 1974). No Rio Grande do Sul ocorrem no Litoral,
Depressão Central, Missões, Campanha, Encosta Superior do Sudeste, Campos de Cima da
Serra, Planalto Médio e Encosta Inferior do Nordeste (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 38
V. hypochaeris DC.
Fig. 14 o-p
Descrição polínica: Idem a Vernonia brevifolia, com forma oblato-esferoidais.
Medidas: P: 47 µm (39-55), E: 48 µm (39-55), exina: 7 µm (5-8), ornamentação: 2,5 µm (1-3).
tipo Vernonia brevifolia
Material examinado: MCN/HERULBRA-3739.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0372a-e), UFRGS-(MP-P-5236).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ocorrentes em campos secos e pedregosos (Matzenbacher
& Mafioleti, 1994b).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS). No Rio Grande do Sul ocorrem na Depressão
Central e Encosta Inferior do Sudeste (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
V. incana Less.
Fig. 15 a-b
Descrição polínica: Idem a Vernonia discolor, porém prolato-esferoidais
Medidas: P: 56 µm (53-60), E: 50 µm (40-61), exina: 5,5 µm (4-7), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: MCN/HERULBRA-3733, 3734 e 3735.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0336a-d), UFRGS-(MP-P-5237).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbutos, ocorrentes em campos úmidos (Matzenbacher &
Mafioleti, 1994b).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (norte da
Argentina até a província de Buenos Aires). No Rio Grande do Sul na Depressão Central e
Campanha (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
V. megapotamica Spreng.
Fig. 15 c-d e 17 d-f
Descrição polínica: Idem a Vernonia flexuosa, porém esférico e com espinhos médios.
Medidas: P: 40 µm (38-45), E: 40 µm (35-44), exina: 5 µm (4-7), ornamentação: 3 µm (2-4).
tipo Vernonia flexuosa
Material examinado: ICN-86127.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0486a-d), UFRGS-(MP-P-5238).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 39
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos perenes, indiferentes quanto às condições físicas do
solo, sendo de pouca freqüência (Cabrera & Klein, 1980).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina (nordeste da
Argentina até Entre Rios), (Cabrera & Klein, 1980). No Rio Grande do Sul em todas as regiões
fisiográficas (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
V. nitidula Less.
Fig. 15 e-g e 18 a-b
Descrição polínica: Idem a Vernonia discolor.
Medidas: P: 47 µm (45-50), E: 56 µm (45-52), exina: 5 µm (5-7), ornamentação: 6 µm (5-7).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: ICN-35962, 41223 e 51237.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0563a-d), UFRGS-(MP-P-5239).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbusto ereto, ocorrentes nas mais variadas condições de
solo, principalmente em solos secos e pedregosos, nas formações campestres (Matzenbacher &
Mafioleti, 1994b).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e Centro da Argentina. No Rio Grande
do Sul em todas as regiões fisiográficas (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
V. nudiflora Less.
Fig. 15 h-i
Descrição polínica: Idem a Vernonia incana.
Medidas: P: 56 µm (51-68), E: 53 µm (46-64), exina: 4 µm (3-6), ornamentação: 5 µm (4,5-7).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: MCN/HERULBRA-3539.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0039a-d), UFRGS-(MP-P-5240).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas de 0,6-0,9 m de altura, ocorrentes em campos de solos
rasos ou rochosos (Cabrera & Klein, 1980).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e centro da Argentina (Cabrera & Klein,
1980).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 40
V. polyphylla Sch. Bip. ex Baker
Fig. 15 j-m e 18 e-f
Descrição polínica: Idem a Vernonia brevifolia.
Medidas: P: 55 µm (51-63), E: 55 µm (51-63), exina: 6 µm (4-9), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
tipo Vernonia brevifolia
Material examinado: ICN-143088.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0389a-e), UFRGS-(MP-P-5241).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos eretos, de 0,6-1 m de altura, ocorrentes em ambiente
campestre (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Argentina e Paraguai. No Rio Grande
do Sul ocorrem na Depressão Central, Campanha e Serra do Sudeste (Matzenbacher & Mafioleti,
1994b).
V. tweedieana Baker.
Fig. 15 n-p
Descrição polínica: Idem a Vernonia incana.
Medidas: P: 51 µm (45-59), E: 55 µm (47-64), exina: 3,3 µm (2,5-4), ornamentação: 6,5 µm (5-
9).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: MCN/HERULBRA-3538.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0236a-d), UFRGS-(MP-P-5242).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos perenes, ocorrentes em solos úmidos formando
densas colônias nos ambientes campestres (Cabrera & Klein, 1980). No Rio Grande do Sul em
todas as regiões fisiográficas (Matzenbacher & Mafioleti, 1994b).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai e Argentina (Cabrera & Klein, 1980).
Figura 14: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Vernonieae: a-b. Elephantopus mollis: a. VP, b. VE; c-d.
Vernonia brevifolia: c. VP; d. VE; e-g. V. constricta: e-f. Gr VP, g. VE; h-j. V. discolor: h-i. VP, j. VE; k-l. V.
echioides: k. VP, l. VE; m-n. V. flexuosa: m. VP, n. VE; o-p. V. hypochaeris: o. VP, p. VE.
a
b
c
d
e
f
g
h
m
n
o
p
0
50 µm
i
j
k
l
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 41
Figura 15: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Vernonieae: a-b. V. incana: a. VP, b. VE; c-d. V.
megapotamica: c. VP; d. VE; e-g. V. nitidula: e-f. VP; f. VE; h-i. V. nudiflora: h. VP; i. VE; j-m. V. polyphylla: j-k.
VP; m. VE; n-o. V. tweedieana : n-o. VP; p. VE.
a
b
c
d
e
f
g
h
i
j
k
l
m
n
o
p
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 42
a
b
e
f
Figura 16: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Vernonieae sob MEV: a-b. Elephantopus
mollis: a.VP; b. Detalhe da exina evindeciando os espinhos em fila única sob os muros; c-d. Vernonia constricta: c.
VP; d. VE; e-f. V. echioides: e. VP; f. VE.
c
d
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 43
a
b
f
c
d
e
Figura 17: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Vernonieae sob MEV: a. V. echioides: a.
Detalhe da exina evidenciando as perfurações na exina e um detalhe dos espinhos; b-c. V. flexuosa: b. vVP; c. VE; d-f.
V. megapotamica: d. VP; e. VE; f. Detalhe da lacuna poral evidenciando o poro.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 44
a
b
e
f
Figura 18: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a triboVernonieae sob MEV: a-b. V. nitidula: a. VP;
b.VE; c-f. V. polyphylla: c. VP; d. VE; e. Detalhe da parte superior da abertura poral; f. Detalhe da lacuna interporal e
escultura da exina evidenciando as perfurações e espinhos.
d
c
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 45
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 46
III. 6 Subfamília Asteroideae - Tribo Plucheeae
Espécies estudadas: Pluchea laxiflora, P. oblongifolia, P. sagittalis, Pterocaulon
alopecuroides, P. angustifolium, P. cordobense, P. lorentzii, P. polypterum, P. polystachyum, P.
rugosum, Stenachaenium adenathum, S. campestre, S. macrocephalum, S. megapotamicum, S.
riedelii, Tessaria absinthioides.
Gênero: Pluchea Cass.
Observações ecológicas: Ervas, subarbustos a arbustos (Bremer, 1994)
Distribuição geográfica: Ásia, Norte e América do Sul, África, Austrália, ca. 80 espécies
(Bremer, 1994)
Pluchea laxiflora Hook. & Arn. ex Baker
Fig. 19 a-b e 21 a-c
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina
cavada aumentando na região mediana do mesocolpo. Espinhos grandes e robustos, ápices
arredondados com uma cavidade, columelas mais altas na base dos espinhos, e com ca. 9 a 12
espinhos em VP.
Medidas: P: 44 µm (33-60), E: 43 µm (32-59), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 7,5 µm (5-
9).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-106390 e 133893.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0160a-d), UFRGS-(MP-P-5243).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos eretos, com até 2 m de altura, habitam
preferencialmente campos úmidos próximos a várzeas e beira de estradas (Dalpiaz & Ritter,
1998).
Distribuição geográfica: Brasil (SP, SC e RS). No Rio Grande do Sul aparece com
maior freqüência no litoral, na encosta sul da Serra do Sudeste, Depressão Central e Campos de
Cima da Serra (Dalpiaz & Ritter, 1998).
P. oblongifolia DC.
Fig. 19 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, circular a subtriangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização,
exina cavada pouco visivel. Espinhos grandes e robustos, columelas mais altas na base dos
espinhos, bases largas, ápices arredondados e com 9 espinhos em VP.
Medidas: P: 35 µm (31-41), E: 34 µm (32-41), exina: 2 µm (2-2,5), ornamentação: 6 µm (5-7).
tipo Pluchea oblongifolia
Material examinado: ICN-106391 e 106422.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0159a-d), UFRGS-(MP-P-5244).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 47
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos eretos com até 1,5 m de altura, habitam
preferencialmente locais úmidos (Dalpiaz & Ritter, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, RJ, SP e RS). No Rio Grande do Sul, ocorrem
com maior freqüência no Litoral e na Depressão Central, mas também nos Campos de Cima da
Serra e na Encosta Superior do Nordeste (Dalpiaz & Ritter, 1998).
P. sagittalis (Lam.) Cabr.
Fig. 19 e-f e 21 d-f
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 33 µm (28-37), E: 31 µm (27-35), exina: 1 µm (1-2), ornamentação: 5 µm (4-7).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-106425 e 94855.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0161a-d), UFRGS-(MP-P-5245).
Referências prévias: Mendonça et al. (2002), Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas ou arbustos de 0,3-2 m de altura, habitam
preferencialmente campo úmidos e banhados, podendo ainda ocorrer em locais arenosos ou
comportar-se como ruderal (Dalpiaz & Ritter, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil, em todas as regiões. No Rio Grande do Sul em todas as
regiões fisiográficas, sendo mais freqüente na Depressão Central (Dalpiaz & Ritter, 1998).
Gênero: Pterocaulon Elliot
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Norte e Sul da América, Austrália e áreas adjacentes, ca. 18 espécies
(Bremer, 1994).
Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC.
Fig. 19 g-h e 22 a-b
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 37 µm (30-40), E: 34 µm (29-44), exina: 2,5 µm (1-4), ornamentação: 4,5 µm (3-
7).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-140004.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0260a-d), UFRGS-(MP-P-5246).
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 48
Observações ecológicas: Ervas perenes, com 0,4-0,8 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e norte da
Argentina também nas Antilhas e Guiana (Burkart, 1974).
P. angustifolium DC.
Fig. 19 i-j e 22 c
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 34 µm (28-42), E: 31 µm (26-40), exina: 3 µm (2-3), ornamentação: 3 µm (2-4).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-140009.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0266a-d), UFRGS-(MP-P-5247).
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, 0,4-0,6 m de altura, ocorrentes em pradarias e
savanas (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (nordeste da
Argentina até Entre Rios), (Burkart, 1974).
P. cordobense Kuntze
Fig. 19 k-l e 22 d
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 30 µm (25-35), E: 28 µm (25-32), exina: 1,5 µm (1-2), ornamentação: 4,5 µm (4-
5).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-140001.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0311a-d), UFRGS-(MP-P-5248).
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 0,4-0,8 m de altura. Ocorrem em campos e
pradarias (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Brasil, Uruguai e Argentina (centro e nordeste), (Burkart,
1974).
P. lorentzii Malme
Fig. 19 m-n e 22 e
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 34 µm (30-38), E: 31 µm (28-36), exina: 2,2 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (4-
5).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 49
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-140005.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0300a-d), UFRGS-(MP-P-5249).
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, 0,4-0,8 m de altura, ocorrem em solos arenosos
e secos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e nordeste da Argentina (Burkart,
1974).
P. polypterum (DC.) Cabr.
Fig. 19 o-p
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, circular a subtriangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização,
exina cavada e aumenta na região mediana do mesocolpo. Espinhos cônicos, grandes e robustos,
columelas mais altas na base dos espinhos, bases 2x maior que a altura, ápices arredondados e
ca. 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 34 µm (30-37), E: 34 µm (31-38), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (3-
5).
tipo Pterocaulon
Material examinado: ICN-140006.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0267a-d), UFRGS-(MP-P-5250).
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos, raramente formam agrupamentos, na maioria das
vezes encontrando-se indivíduos isolados, associados a solos pedregosos, ocorrendo nas
encostas dos morros graníticos (Lima, 2006).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (SC e RS), Uruguai e Argentina. No Rio Grande
do Sul ocorrem na Campanha, Serra do Sudeste, Encosta Superior do Nordeste, Depressão
Central, Planalto Médio e Litoral (Lima, 2006).
P. polystachyum DC.
Fig. 20 a-b e 22 f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolatos, circular a subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina não
cavada. Espinhos pequenos e robustos, columelados, de bases largas, ápices arredondados e com
ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 25 µm (20-29), E: 18 µm (14-23), exina: 1,5 µm (1-2), ornamentação: 2 µm (1-3).
tipo Pluchea oblongifolia
Material examinado: ICN-140011.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0265a-d), UFRGS-(MP-P-5251).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 50
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 0,5-1 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (nordeste da
Argentina até Entre Rios), (Burkart, 1974).
P. rugosum (Vahl.) Malme
Fig. 20 c-d
Descrição polínica: Idem a P. polypterum.
Medidas: P: 34 µm (30-37), E: 34 µm (30-40), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (4-
5).
tipo Pterocaulon
Material examinado: ICN-140012.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0317a-d), UFRGS-(MP-P-5252).
Referências prévias: Lima (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 0,4-0,7 m de altura. Preferem solos arenosos
(Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (nordeste e
centro da Argentina, até o norte de Entre Rios), (Burkart, 1974).
Gênero: Stenachaenium Benth.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina, com ca. 5 espécies (Bremer,
1994)
Stenachaenium adenanthum Krasch.
Fig. 20 e-f e 23 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, circular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos grandes, cólporos de difícil visualização, exina
cavada. Espinhos médios e robustos, columelados, de bases largas, ápices arredondados e ca. 15
espinhos em VP.
Medidas: P: 41 µm (38-48), E: 44 µm (36-49), exina: 2,2 µm (2-2,5), ornamentação: 4,5 µm (4-
5).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-141085.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0419a-d), UFRGS-(MP-P-5253).
Referências prévias: Erdtmam (1952).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 51
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, ocorrentes em campos com afloramentos
rochosos, campos secos com gramíneas baixas e campos com vassoural.
S. campestre Baker
Fig. 20 g-h e 23 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina
cavada aumentando na região do mesocolpo. Espinhos médios, columelados, de bases largas,
ápices arredondados e ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 42 µm (38-46), E: 36 µm (33-41), exina: 2,2 µm (2-2,5), ornamentação: 4,5 µm (3-
5).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-49013.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0296a-d), UFRGS-(MP-P-5254).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, de 0,2-0,6 m de altura, ocorrem em campos
com afloramentos rochosos, secos com gramíneas baixas e campos com vassoural (Marodin &
Ritter, 1997).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Argentina. No Rio Grande do Sul no Alto
Uruguai, Campanha, Campos de Cima da Serra, Depressão Central, Encosta Inferior do
Nordeste, Missões e Serra do Sudeste (Marodin & Ritter, 1997).
S. macrocephalum Griseb.
Fig. 20 i-j e 23 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos grandes, cólporos de difícil visualização, exina
cavada e aumenta na região mediana do mesocolpo. Espinhos médios, columelados, de bases
largas, ápices arredondados e ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 52 µm (44-65), E: 44 µm (38-50), exina: 2,4 µm (2-3), ornamentação: 7,5 µm (6-
10).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-127312 e 110436.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0297a-d), UFRGS-(MP-P-5255).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de pequeno porte, de 0,2-0,4 m de altura,
ocorrem em afloramentos rochosos, campos secos com gramíneas (Marodin & Ritter, 1997).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), Argentina, Paraguai e Uruguai. No Rio
Grande do Sul ocorrem nos Campos de Cima da Serra, Depressão Central, Encosta Superior e
Inferior do Nordeste (Marodin & Ritter, 1997).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 52
S. megapotamicum Baker
Fig. 20 k-l e 24 a-c
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 51 µm (45-58), E: 45 µm (40-50), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 6 µm (5-7).
Tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-59581.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0298a-d), UFRGS-(MP-P-5256).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, de 0,3-1,75 m de altura, ocorrem em campos
com afloramentos rochosos, secos com gramíneas baixas e campos com vassoural (Marodin &
Ritter, 1997).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), Paraguai e Uruguai. No Rio Grande do
Sul ocorrem nas regiões fisiográficas do Alto Uruguai, Campanha, Campos de Cima da Serra,
Depressão Central, Encosta Superior e Inferior do Nordeste, Missões, Planalto Médio e Serra do
Sudeste (Marodin & Ritter, 1997).
S. riedelii Baker
Fig. 20 m-n e 24 d-f
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 50 µm (47-59), E: 42 µm (40-50), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 6 µm (5-7).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-51014.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0299a-d), UFRGS-(MP-P-5257).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, de 0,2-1,2 m de altura, ocorrem em campos
com afloramentos rochosos, campos secos com gramíneas baixas e campos secos com vassoural
(Marodin & Ritter, 1997).
Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. No Rio Grande do Sul
ocorrem nas regiões fisiográficas do Alto Uruguai, Campanha, Campos de Cima da Serra,
Depressão Central, Encosta Inferior do Nordeste, Encosta do Sudeste, Missões, Planalto Médio
e Serra do Sudeste (Marodin & Ritter, 1997).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 53
Gênero: Tessaria Ruiz & Pav.
Observações ecológicas: Árvores (Bremer, 1994)
Distribuição geográfica: Sul da América com apenas uma espécie (Bremer, 1994)
Tessaria absinthioides DC.
Fig. 20 o-p
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 36 µm (28-43), E: 34 µm (26-42), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 4,5 µm (3-
7).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-19180.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0418a-d), UFRGS-(MP-P-5258).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos que ocorrem em campos secos de solos bem
drenados.
Distribuição geográfica: Coletada na região fisiográfica do litoral.
Figura 19: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Plucheeae: a-b. Pluchea laxiflora: a. VP, b. VE; c-d. P.
omblogifolia: c. VP, d. VE; e-f. P. sagittalis: e. VP, f. VE; g-h. Pterocaulon alopecuroides: g. VP, h. VE; i-j. P.
angustifolium: i.VP, j. VE; k-l. P. cordobense: k. VP, l. VE; m-n. P. lorenzii: m. VP, n. VE; o-p. P. polypterum: o. VP,
p. VE.
a
b
c
d
e
f
g
h
k
l
m
n
o
p
j
i
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Plucheeae 54
Figura 20: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Plucheeae: a-b. Pterocaulon polystachyum: a. VP, b. VE; c-
d. P. rugosun: c. VP, d. VE; e-f. Stenachaenium adenanthum: e. VP, f. VE; g-h. S.campestre: g. VP, h. VE; i-j. S.
macrocephalum: i. VP, j. VE; k-l. S. megopotamicum: k. VP, l. VE; m-n. S. riedelii: m. VP, n. VE; o-p. Tessaria
absinthioides: o. VP, p. VE.
a
b
c
d
e
f
g
h
k
l
m
n
o
p
j
i
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 55
a
c
e
f
b
d
Figura 21: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Plucheeae sob MEV: a-c. Pluchea laxiflora: a.
VP; b. Vista lateral evidenciando detalhes das aberturas; c. Detalhe da exina evidenciando a escultura com
perfurações na base dos espinhos ; d-f. P. sagittalis: d. VP; e. VE; f. Detalhe da exina evidenciando a escultura da
exina e um detalhe dos espinhos.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 56
b
c
d
e
a
f
Figura 22: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Plucheeae sob MEV: a-b. Pterocaulon
alopercuroides: a. VP; b. Detalhe da exina evidenciando um detalhe da escultura da exina e espinhos; c. P.
angustifolium: c. VE; d. P. cordobense: d. Detalhe da exina evidenciando um detalhe da escultura da exina e
espinhos; e. P. Lorentzii: Detalhe da exina evidenciando um detalhe da escultura da exina e espinhos; f. P.
polystachyum: f. VE.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 57
Figura 23: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Plucheeae sob MEV: a-b. Stenachaenium
adenantum: a. VP; b. VE; c-d. S. campestre: c. VP; d. VE; e-f. S. macrocephalum: e. VP; f. VE.
Stenachaenium campestreStenachaenium campestre Stenachaenium campestreStenachaenium campestre
Stenachaenium macrocephalumStenachaenium macrocephalum Stenachaenium macrocephalumStenachaenium macrocephalum
a
b
c
d
f
e
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 58
c
d
f
e
Figura 24: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Plucheeae sob MEV: a-c. S. megapotamicum:
a. VPl; b. VE; c. Detalhe da exina evidenciando as perfuração na base dos espinhos; d-f. S. riedelii: d. Vista
lateralevidenciando detalhe da abertura; e. VP; f. Detalhe da exina evidenciando a escultura da exina e os espinhos.
b
a
Stenachaenium megapotamicumStenachaenium megapotamicum Stenachaenium megapotamicumStenachaenium megapotamicum
Stenachaenium megapotamicumStenachaenium megapotamicum
Stenachaenium riedelliStenachaenium riedelli
Stenachaenium riedelliStenachaenium riedelli Stenachaenium riedelliStenachaenium riedelliStenachaenium riedelli
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Vernonieae 59
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Gnaphalieae 60
III. 7 Subfamília Asteroideae - Tribo Gnaphalieae
Espécies estudadas: Achyrocline satureioides, A. vauthieriana, Chevreulia acuminata, Facelis
retusa.
Gênero: Achyrocline (Less.) DC.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Principalmente América do Sul e Central, também algumas espécies
na África e em Madagascar, ca. 30 espécies (Bremer, 1994).
Achyrocline satureioides DC.
Fig. 25 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidal, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina cavada
aumentando na região do mesocolpo. Espinhos médios, columelados, de bases largas, ápices
arredondados e ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 27 µm (24-30), E: 26 µm (24-30), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 2,5 µm (1-3).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3547.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0246a-d), UFRGS-(MP-P-5259).
Referências prévias: Melhem et al. (2003); Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Sufrútices de 0,3-0,4 de altura, ocorrem em solos arenosos e
secos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sudeste da América do Sul (Burkart, 1974).
A. vauthieriana DC.
Fig. 25 c-d
Descrição polínica: Idem a Achyrocline satureioides.
Medidas: P: 36 µm (32-40), E: 30 µm (27-33), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (3-
4,5).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3540.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0041a-e), UFRGS-(MP-P-5260).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Sufrútices de 0,5-0,8 de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil e nordeste da Argentina (Burkart, 1974).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Gnaphalieae 61
Gênero: Chevreulia Cass.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul, cinco espécies (Bremer, 1994).
Chevreulia acuminata Less.
Fig. 25 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen pequenos, esferoidais, circular, 3-colporados, endoabertura
de difícil visualização, equinados, colpos curtos e de extremidades afiladas, cólporos pouco
visíveis, exina não cavada. Espinhos pequenos, cônicos, ápices afilados, densamente distribuídos
sobre a superfície da exina com ca. 30 espinhos em VP.
Medidas: P: 22 µm (18-25), E: 22 µm (18-32), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 1,5 µm (1-2).
tipo Chevreulia
Material examinado: ICN-51426.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0346a-e), UFRGS-(MP-P-5260).
Referências prévias: Salgado-Labouriau (1983); Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de tamanho pequeno (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Regiões quentes da América do Sul (Burkart, 1974).
Gênero: Facelis Cass.
Observações ecológicas: Ervas anuais (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul, introduzida na África do Sul e Austrália com três
espécies (Bremer, 1994).
Facelis retusa (Lam.) Sch. Bip.
Fig. 25 g-i e 29 a-b
Descrição polínica: Idem a Achyrocline satureioides.
Medidas: P: 30 µm (25-36), E: 28 µm (26-30), exina: 2 µm (2-3), ornamentação: 3 µm (3-4).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3789.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0502a-d), UFRGS-(MP-P-5261).
Referências prévias Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas anuais de 0,05-0,3 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Ocorrem na América austral (Burkart, 1974).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 62
III. 8 Subfamília Asteroideae - Tribo Astereae
Espécies estudadas: Aster squamatus, Baccharis articulata, B. dentata, B. megapotamica, B.
patens, B. sagittalis, B. spicata, B. stenocephala, B. trimera, B. usterii, Conyza blakei, C.
floribunda, C. primulifolia, Grindelia discoidea, G. pulchella, Heterothalamus alienus, H.
psiadioides, Hysterionica filiformis, Noticastrum gnaphalioides, N. marginatum, Solidago
chilensis, Sommerfeltia spinulosa.
Gênero: Aster L.
Observações ecológicas: Ervas perenes em sua maioria, subarbustos e árvores (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América com ca. 200 espécies (Bremer, 1994).
Aster squamatus Hieron.
Fig. 25 j-l
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina cavada
aumentando na região do mesocolpo. Espinhos médios, columelados, de bases largas, ápices
arredondados e ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 29 µm (26-32), E: 28 µm (26-32), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (2-4).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3536.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0234a-e), UFRGS-(MP-P-5262).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 0,3-0,15 m de altura, ocorrem especialmente
em solos modificados (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul da América (Burkart, 1974).
Gênero: Baccharis L.
Observações ecológicas: Arbustos, subarbustos e pequenas árvores (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul e do Norte, ca. 400 espécies (Bremer, 1994), o gênero
corresponde a cerca de 350 espécies, todas americanas, das quais aproximadamente 80 a 90
espécies, ocorrem no Brasil em maior concentração nos estados de São Paulo até o Rio Grande
do Sul.
Baccharis articulata Pers.
Fig. 25 m-o e 29 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada. Espinhos médios, columelados,
de forma cônica onde base e altura são equivalentes, com uma cavidade e ca. 12 espinhos em
VP.
Medidas: P: 21 µm (18-24), E: 22 µm (20-27), exina: 2 µm, ornamentação: 2,5 µm (2-3).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 63
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3548.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0288a-d), UFRGS-(MP-P-5263).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos de 0,5-1 m de altura muito ramosos e bastante
comuns nas formações campestres (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (norte e centro),
(Burkart, 1974).
B. dentata (Vell.) Barroso
Fig. 25 p-s
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata.
Medidas: P: 26 µm (24-30), E: 28 µm (25-31), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
tipo Baccharis
Material examinado: ICN-126412, 123641 e 87869.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0398a-d), UFRGS-(MP-P-5264).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos (Barroso & Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Com distribuição geográfica no Brasil (ES, MG, RJ. SP PR,
SC e RS) sendo mais raramente encontrada no sul do Brasil (Barroso & Bueno, 2002).
B. megapotamica Spreng.
Fig. 25 t-u
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata, porém incluindo algumas formas
tetracolporadas.
Medidas: P: 35 µm (33-38), E: 32 µm (29-34), exina: 2 µm (1-3), ornamentação: 6 µm (5-7).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3711.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0040a-d), UFRGS-(MP-P-5265).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos, ocorrem em campos úmidos, banhados e capões
(Barroso & Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Planta com ampla distribuição geográfica Brasil (MG, SP, PR,
SC e RS), (Barroso & Bueno, 2002).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 64
B. patens Baker
Fig. 26 a-b
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata.
Medidas: P: 33 µm (32-35), E: 34 µm (32-26), exina: 2,8 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3741 e 3742.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0335a-e), UFRGS-(MP-P-5266).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
B. sagittalis DC.
Fig. 26 c-d e 29 e-f
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata.
Medidas: P: 32 µm (25-42), E: 33 µm (26-42), exina: 2,5 µm (1-4), ornamentação: 5,5 µm (4-6).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3757.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0295a-d), UFRGS-(MP-P-5267).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos, seu habitate está associado a região dos Campos
Meridionais ou nas restingas, ou banhados de campos (Barroso & Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Com distribuição ampla, ocorrem desde o Chile, Argentina,
Uruguai, no Brasil sua distribuição restringe-se ao sul (PR, SC e RS), (Barroso & Bueno, 2002).
B. spicata Hieron
Fig. 26 e-f
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata, diferindo somente pela presença de cava
aumentando na região do mesocolpo.
Medidas: P: 27 µm (24-31), E: 27 µm (24-30), exina: 2 µm (1,5-2), ornamentação: 3,7 µm (3-5).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3535.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0233a-d), UFRGS-(MP-P-5268).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos de 0,4-1,5 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (norte e centro da
Argentina), (Burkart, 1974).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 65
B. stenocephala Baker
Fig. 26 g-j e 30 a-b
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata.
Medidas: P: 19 µm (18-21), E: 19 µm (17-21), exina: 1,8 µm (1-2), ornamentação: 2 µm (1-2).
tipo Baccharis
Material examinado: ICN-15492.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0291a-e), UFRGS-(MP-P-5269).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos, ocorrem nos campos de altitude do sul do Brasil
onde preferem solos úmidos, banhados ou bordas de rios (Barroso & Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Ocorrem apenas no Brasil (SP, PR, SC e RS), (Barroso &
Bueno, 2002).
B. trimera (Less.) DC.
Fig. 26 k-l
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata.
Medidas: P: 28 µm (24-31), E: 26 µm (23-31), exina 1,5 µm (1-2), ornamentação: 4 µm (3-5).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3546.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0038a-d), UFRGS-(MP-P-5270).
Referências prévias: Melhem et al. (2003), Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Sufrútices com ca. 0,5 m de altura, ocorrem principalmente em
formações campestres (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina
(Burkart, 1974).
B. usterii Heering.
Fig. 26 m-p
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata, diferindo somente pela presença de cava
aumentando na região do mesocolpo.
Medidas: P: 25 µm (22-29), E: 26 µm (23-31), exina: 1,5 µm (1-2), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3549.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0249a-d), UFRGS-(MP-P-5271).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 66
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos, seu habitate pode variar, ocorrendo,
principalmente, em restingas arbustivas em campos de altitude do Planalto Meridional,
eventualmente podem ocorrer em borda de matas secundárias ou roças abandonadas (Barroso &
Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Sudeste e sul do Brasil. Sem registro em outros países (Barroso
& Bueno, 2002).
Gênero: Conyza Hill
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes, raramente subarbustos ou pequenas árvores
(Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Regiões tropicais e subtropicais, com ca. 60 espécies (Bremer, 1994).
Conyza blakei (Cabr.) Cabr.
Fig. 27 a-b
Descrição polínica: Idem a Baccharis articulata.
Medidas: P: 27 µm (23-32), E: 28 µm (23-33), exina: 2,5 µm (1-3), ornamentação: 3,5 µm (3-4).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3534.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0211a-d), UFRGS-(MP-P-5272).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas, ocorrem em solos secos e arenosos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Ocorrem do sul do Brasil, Uruguai e Argentina (norte e centro)
(Burkart, 1974).
C. floribunda Kunth
Fig. 27 c-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada aumentando na região do
mesocolpo. Espinhos médios, esparsamente distribuídos sobre a superfície da exina, cônicos,
columelados, ápices aguçados, com ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 26 µm (24-31), E: 25 µm (23-29), exina: 2 µm, (1-3), ornamentação: 3,5 µm (2-4).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3537.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0235a-d), UFRGS-(MP-P-5273).
Referências prévias: Melhem et al. (2003); Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 67
Observações ecológicas: Ervas, freqüentes em solos úmidos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Ocorrem no sul da América (Burkart, 1974).
C. primulifolia (Lam.) Cuatrec. & Lourteig
Fig. 27 e-f
Descrição polínica: Idem a Conyza floribunda porém com forma prolato-esferoidal.
Medidas: P: 36 µm (34-41), E: 33 µm (30-38), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5,5 µm (5-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3513.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0221a-d), UFRGS-(MP-P-5274).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, ocorrem em beira de estradas e solos rochosos e
é pouco abundante.
Distribuição geográfica: Argentina, Uruguai e Brasil (Burkart, 1974).
Gênero: Grindelia Willd.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Norte e do Sul, com ca. 55 espécies (Bremer, 1994).
Grindelia discoidea Hook. & Arn.
Fig. 27 g-j e 30 c-e
Descrição polínica: Idem a Vernonia discolor.
Medidas: P: 41 µm (34-50), E: 41 µm (34-50), exina: 3,5 µm (2-5), ornamentação: 4 µm (3-6).
tipo Vernonia nudiflora
Material examinado: ICN-1364478.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0524a-d), UFRGS-(MP-P-5275).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos, ocorrem em solos pedregosos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Ocorrem do centro-sul da Argentina até o sul do Brasil
(Burkart, 1974).
G. pulchella Dunal
Fig. 27 k-l, 30 f e 31 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, exina não cavada, ectosexina perfurada, e com columelas
maiores nas bases dos espinhos. Espinhos grandes densamente distribuídos sobre a superfície da
exina, columelados, de bases largas, ápices aguçados e sólidos, com ca. 21 espinhos em VP.
Medidas: P: 35 µm (30-41), E: 30 µm (25-35), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4 µm (3-5).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 68
tipo Heliantheae
Material examinado: ICN-085085 e 136475.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0525a-d), UFRGS-(MP-P-5276).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Argentina, Uruguai e sul do Brasil (Burkart, 1974).
Gênero: Heterothalamus Less.
Observações ecológicas: Arbustos e subarbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Guiana, Brasil, Chile e Argentina, com ca. oito espécies (Bremer,
1994).
Heterothalamus alienus (Spreng.) Kuntze
Fig. 27 m-n e 31 c
Descrição polínica: Idem a Aster squamatus.
Medidas: P: 21 µm (20-25), E: 22 µm (23-26), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3 µm (2-4).
Material examinado: MCN/HERULBRA-3801.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0286a-e), UFRGS-(MP-P-5277).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
tipo Senecio
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos, sua ocorrência está associada com solos rasos em
campos naturais e ou em margens de rios e eventualmente em áreas de restinga, caracterizando-
se como uma planta típica de ecossistemas abertos com forte influência de condições edáficas
xéricas (Barroso & Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Ocorrem no Uruguai e Argentina. No Brasil nos estados de SC
e RS (Barroso & Bueno, 2002).
H. psiadioides Less.
Fig. 27 o-p e 31 d
Descrição polínica: Idem a Aster squamatus.
Medidas: P: 22 µm (20-25), E: 23 µm (21-26), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (3-4).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-4616.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0289a-e), UFRGS-(MP-P-5278).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 69
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos, distribuição restrita as regiões de restinga ou com
característica de estar se tornando uma pioneira antrópica formando associações densas,
principalmente em locais devastados (Barroso & Bueno, 2002).
Distribuição geográfica: Planta com registros apenas nos estados de SC e RS (Barroso
& Bueno, 2002).
Gênero: Hysterionica Willd.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes, subarbustos ou pequenos arbustos (Bremer,
1994).
Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, com ca. 12 espécies (Bremer,
1994).
Hysterionica filiformis (Spreng.) Cabr.
Fig. 28 a-d
Descrição polínica: Idem a Conyza floribunda, porém com forma prolato-esferoidal.
Medidas: P: 30 µm (34-37), DE: 30 µm (26-34), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3743.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0370a-e), UFRGS-(MP-P-5279).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Surfrútices 0,2-0,3 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Uruguai e nordeste da Argentina (Burkart,
1974).
Gênero: Noticastrum DC.
Observações ecológicas: Ervas perenes ou subarbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul, com ca. 20 espécies (Bremer, 1994).
Noticastrum gnaphalioides (Baker) Cuatrec
Fig. 28 e-h e 31 e-f
Descrição polínica: Idem a Aster squamatus
Medidas: P: 35 µm (30-41), E: 31 µm (27-38), exina: 2,5 µm (1-3), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3792.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0462a-d), UFRGS-(MP-P-5280).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 70
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, de 0,2-0,8 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai e Argentina (nordeste e centro)
(Burkart, 1974).
N. marginatum (Kunth) Cuatrec
Fig. 28 i-j
Descrição polínica: Idem a Aster squamatus.
Medidas: P: 30 µm (26-32), E: 28 µm (28-30), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 3 µm (2,5-4).
Material examinado: MCN/HERULBRA-3764.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0459a-d), UFRGS-(MP-P-5281).
Referências prévias: Salgado-Labouriau (1983).
tipo Senecio
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, de 0,2-0,5 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Brasil, região Andina, desde a Colômbia até o Chile e centro da
Argentina (Burkart, 1974).
Gênero: Solidago L.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Norte, com poucas espécies na Eurásia e América do Sul,
com ca. 150 espécies (Bremer, 1994).
Solidago chilensis Meyen
Fig. 28 k-l
Descrição polínica: Idem a Aster squamatus.
Medidas: P: 28 µm (24-33), E: 28 µm (24-34), exina: 2,8 µm (2-3), ornamentação: 3,4 µm (3-4).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3736.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0338a-d), UFRGS-(MP-P-5282).
Referências prévias: Melhem et al. (2003).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, ocorrem em campos nativos e alterados (Ritter
& Baptista, 2005).
Distribuição geográfica: Sul da América do Sul (Carneiro & Irgang, 2005).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 71
Gênero: Sommerfeltia Less.
Observações ecológicas: Pequenos arbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Brasil, Uruguai e Argentina, duas espécies (Bremer, 1994).
Sommerfeltia spinulosa Less.
Fig. 28 m-n
Descrição polínica: Idem a Aster squamatus.
Medidas: P: 38 µm (32-42), E: 36 µm (30-43), exina: 2 µm (1-3), ornamentação: 5,5 µm (3-6).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3797 e 3798.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0310a-d), UFRGS-(MP-P-5283).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Arbustos eretos, ocorrem em beira de estradas, campos com
afloramentos rochosos e sobre rochas (Ritter & Baptista, 2005).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínica, tribo Anthemideae 72
III. 9 Subfamília Asteroideae - Tribo Anthemideae
Espécie estudada: Soliva pterosperma.
Gênero: Soliva Ruiz & Pav.
Observação ecológica: Ervas anuais (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul e do Norte, Austrália, oito espécies (Bremer, 1994).
Soliva pterosperma (Juss.) Less.
Fig. 28 o-p e 34 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, esféricos, subtriangular, 3-colporados, endoabertura
lalongada, equinados, colpos longos e estreitos, cólporos pouco visíveis, exina perfurada, com
columelas robustas e não cavada. Espinhos pequenos, cônicos, columelados, de bases largas,
ápices afilados e com ca. 21 espinhos em VP.
Medidas: P: 26 µm (24-29), E: 26 µm (21-29), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 1,5 µm (1-2).
tipo Soliva
Material examinado: ICN-145368, 142572 2 e 143376.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0482a-d), UFRGS-(MP-P-5284).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas anuais, rasteiras, ramificadas dicotomicamente,
ocorrentes nas formações campestres (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina (norte e centro) e
do Chile ocorrem como adventícias nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália (Burkart,
1974).
Figura 25: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Gnaphalineae: a-b. Achyrocline satureioides: a. VP, b. VE; c-
d. A. vauthieriana: c. VP, d. VE; e-f. Chevreulia acuminata : e. VP, f. VE; g-i. Facelis retusa: g-h. VP, i. VE. Grãos de
pólen da tribo Astereae: j-l. Aster squamatus: j-k. VP, l. VE; m-o. Baccharis articulata: m-n. VP, o. VE; p-s. B.
dentata: p-q. VP, r-s. VE; t-u. B. megapotamica: t. VP, u. VE.
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Gnaphalieae/Astereae 73
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Figura 26: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Astereae: a-b. Baccharis patens: a.VP, b.VE; c-d. B.
sagittalis: c. VP, d. VE; e-f. B. spicata: e. VP, f. VE; g-j. B. stenocephala: g-h. Grãos de pólen em VP, i-j. Grãos de
pólen em VE; k-l. B. trimera : k. VP, l. VE; m-o. B. usterii: m-n. VP, o-p. VE.
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 74
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Figura 27: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Astereae: a-b. Conyza blakei: a. VP, b. VE; c-d. C. floribunda:
c. VP, d. VE; e-f. C. primulifolia : e. VP, f. VE; g-j. Grindelia discoidea: g-h. VP, i-j. VE; k-l. G. pulchella: k. VP, l.
VE; m-n. Heterothalamus alienus: m. VP, n. VE; o-p. H. psiadioides: o. VP, p. VE.
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 75
Figura 28: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Astereae: a-d. Hysterionica filiformis: a-b. Grãos de pólen
em VP, c-d. VE; e-h. Noticastrum gnaphalioides: e-f. VP, g-h. VE; i-j. Noticastrum marginatum: i. VP, j. VE; k-l.
Solidago chilensis: k. VP, l. VE; m-n. Sommerfeltia spinulosa : m. VP, n. VE. Grãos de pólen da tribo Anthemideae:
o-p. Soliva pterosperma: o. VP, p. VE.
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50 µm
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 76
e
f
Figura 29: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Gnaphalieae sob MEV: a-b. Facelis retusa: a.
VP; b. VE. Elétron-micrografias de grãos de pólen representanto a tribo Astereae: c-d. Baccharis articulata: c. VP;
d.VE; e-f. B. sagittalis: e. VP; f. VE.
b
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d
c
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 77
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f
Figura 30: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Astereae sob MEV: a-b. B. stenocephala:
a.VP; b.VE; c-e. Grindelia discoidea: c.VP; d.VE; e. Detalhe da exina evidenciando a escultura da exina mostrando
as perfurações e espinhos sob os mudos; f. G. Pulchella: f. VP.
c
d
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 78
b
a
c
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Figura 31: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Astereae sob MEV: a-b. G. pulchella: a. VP b.
Detalhe da abertura evidenciando a escultura da exina e os espinhos na margem do colpo; c. Heterotalamus alienus:
c. VE, evidenciando detalhe do mesocolpo; H. psidioides: d. VP; e-f. Noticastrum gnaphalioides: e. VP; f. Detalhe da
escultura da exina evidenciando os espinhos.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Astereae 79
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecioneae 80
III. 10 Subfamília Asteroideae - Tribo Senecioneae
Espécies estudadas: Erechtites hieracifolia, E. valerianifolia, Senecio bonariensis, S.
brasiliensis, S. cisplatinus, S. conyzoides, S. heterotrichius, S. madagascariensis, S.
ombrophilus, S. oxyphyllus, S. pinnatus, S. platensis, S. promatensis, S. pulcher, S. selloi.
Gênero: Erechtites Raf.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes (Cabrera & Klein, 1975).
Distribuição geográfica: Cinco espécies da América tropical, duas das mesmas dispersadas em
outras regiões quentes do globo (Cabrera & Klein, 1975).
Erechtites hieracifolia DC.
Fig. 32 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada aumentando na região do
mesocolpo. Espinhos pequenos, columelados, cônicos, bases afastadas ca. 3µm, com ca. 15
espinhos em VP.
Medidas: P: 42 µm (39-48), E: 40 µm (37-42), exina: 3,5 µm (3-4), ornamentação: 2,5 µm (2-
3).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3512.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0220a-d), UFRGS-(MP-P-5285).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais, de vasta e por vezes expressiva dispersão.
Preferem solos úmidos e férteis (Cabrera & Klein, 1975).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), (Cabrera & Klein, 1975).
E. valerianifolia (Link ex Spreng.) DC.
Fig. 32 c-d
Descrição polínica: Idem a Erechtites hieracifolia, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 41 µm (37-48), E: 36 µm (34-40), exina: 2,5 µm (1,8-3), ornamentação: 3,5 µm
(2,5-4).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3510.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0217a-d), UFRGS-(MP-P-5286).
Referências prévias: Melhem et al. (2003), Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais de vasta e expressiva dispersão por sobre quase
todas as áreas de formação secundárias inicial ou em solos recentemente alterados (Cabrera &
Klein, 1975).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), (Cabrera & Klein, 1975).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecioneae 81
Gênero: Senecio L.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes, subarbustos, arbustos ou arvoretas de porte
variado (Cabrera & Klein, 1975).
Distribuição geográfica: Mais de 2000 espécies distribuídas por todo mundo, com exceção das
regiões polares e da Amazônia (Cabrera & Klein, 1975).
Senecio bonariensis Hook. & Arn.
Fig. 32 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina
cavada de difícil visualização. Espinhos médios, columelados, de bases largas, ápices
arredondados e ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 47 µm (45-51), E: 42 µm (39-44), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-61710.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0042a-e), UFRGS-(MP-P-5287).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, macrófitas aquáticas emergentes ou anfíbias, em
banhados, beira de lagoas, de córregos e de rios, muitas vezes também em valas inundadas à
margem de rodovia (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), Uruguai e Argentina (Cabrera & Klein,
1975).
S. brasiliensis (Spreng.) Less. var. tripartite Baker
Fig. 32 g-h
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 42 µm (36-46), E: 39 µm (34-43), exina: 3,5 µm (2-5), ornamentação: 4,5 µm (3-
5).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3754 e 3791.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0003a-d), UFRGS-(MP-P-5288).
Referências prévias: Melhem et al. (2003).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos, plantas higrófilas em campos úmidos, margem de
rios, córregos, várzeas, ruderal, beira de estradas e lavoura (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, SP e RS), Paraguai, Uruguai e nordeste da
Argentina (Matzenbacher, 1998).
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S. cisplatinus Cabr.
Fig. 32 i-j e 34 d-f
Descrição polínica: Idem a Pluchea laxiflora.
Medidas: P: 40 µm (35-48), E: 47 µm (35-44), exina: 3,5 µm (2-4), ornamentação: 4 µm (3-5).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: HERULBRA-3765 e 3766
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0415a-e), UFRGS-(MP-P-5289).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos anuais, eretos, 0,3 a 0,5 m de altura. Plantas
psamófilas encontradas nos areais interioranos ocidentais do Estado (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Extremo sul do Brasil, Uruguai até a Província de Entre Rios
na Argentina (Burkart 1974). No Rio Grande do Sul ocorrem na Depressão Central, Missões,
Campanha e Planalto Médio (Matzenbacher, 1998).
S. conyzoides DC.
Fig. 32 k-l e 35 a-b
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 42 µm (38-51), E: 39 µm (33-44), exina: 3 µm (2-5), ornamentação: 4 µm (3-6).
tipo Senecio
Material examinado: HERULBRA-3765 e 3766.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0416a-e), UFRGS-(MP-P-5290).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas eretas, bianuais, 0,3-0,6 m de altura. Vivem nos campos
pedregosos, em solos enxutos (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), (Cabrera & Klein 1975). No Rio Grande do
Sul ocorrem nas Missões, Campos de Cima da Serra, Planalto Médio e Encosta Superior do
Nordeste (Matzenbacher, 1998).
S. heterotrichius DC.
Fig. 32 m-n
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 43 µm (35-49), E: 40 µm (34-45), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 4,5 µm (3-5).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-85253, 106222 e 67026.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0285a-d), UFRGS-(MP-P-5291).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecioneae 83
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, de 0,3-0,5 m de altura. Ocorrem principalmente
nos campos sujos situados em solos secos ou rochosos (Cabrera & Klein, 1975).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS), Uruguai e nordeste da Argentina (Cabrera &
Klein, 1975).
S. madagascariensis Poir.
Fig. 32 o-p
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 27 µm (24-31), E: 25 µm (21-29), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 1,5 µm (2-
3).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3714, 3729 e 3787.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0411a-d), UFRGS-(MP-P-5292).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos anuais ou bianuais, 0,3-0,6 m de altura, ocorrendo
como ruderal em margens de estradas e lavouras (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Espécie originária da África do Sul, adventícia no Brasil (RS),
Argentina e Uruguai (Matzenbacher, 1998).
S. ombrophyllus Skottsb.
Fig. 33 a-b
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 40 µm (37-45), E: 35 µm (33-39), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (3-
5).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-61710.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0282a-e), UFRGS-(MP-P-5293).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
S. oxyphyllus DC.
Fig. 33 c-d
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 46 µm (43-51), E: 36 µm (31-42), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 3,5 µm (2-4).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3751.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0215a-d), UFRGS-(MP-P-5294).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecioneae 84
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais, 0,4-0,6 m de altura, vivem em campos secos ou
úmidos de várzeas (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (RS) e Argentina (Matzenbacher, 1998).
S. pinnatus Poir.
Fig. 33 e-f
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 31 µm (28-34), E: 31 µm (28-35), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 3 µm (2-5).
tipo Senecio
Material examinado:
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0596a-d), UFRGS-(MP-P-5295).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos perenes 0,2-0,5 m de altura, ocorrem em solos
humosos dos campos (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), Uruguai e Argentina, (Matzenbacher,
1998).
S. platensis Arechav.
Fig. 33 g-j e 35 e-f
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 42 µm (36-49), DE: 40 µm (34-46), exina: 3 µm (2-5), ornamentação: 4 µm (3-5).
tipo Senecio
Material examinado: HERULBRA-3825.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0417a-e), UFRGS-(MP-P-5296).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos anuais, halófitas, em solo arenoso, ocorrem nas
dunas semifixas litorâneas, afastadas das marés (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (SC e RS) e Uruguai (Cabrera & Klein 1975). No Rio
Grande do Sul ocorrem no Litoral e Depressão Central (Matzenbacher, 1998).
S. promatensis Matzenb.
Fig. 33 k-l
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 39 µm (34-45), E: 38 µm (30-42), exina: 3,5 µm (3-5), ornamentação: 4 µm (2-5).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3523.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0281a-d), UFRGS-(MP-P-5297).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecioneae 85
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos anuais, 0,3-0,5 m de altura. Plantas aquáticas
emergentes associadas com Sphagnum sp. Ocasionalmente ocorrem em solos úmidos à margem
das turfeiras (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (RS). No Rio Grande do Sul ocorrem nos Campos de
Cima da Serra (Matzenbacher, 1998).
S. pulcher Hook. & Arn. f. albiflorus Matzenb.
Fig. 33 m-n
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 30 µm (27-32), E: 30 µm (26-32), exina: 2,5 µm (2-5), ornamentação: 3 µm (3-4).
tipo Senecio
Material examinado: ICN-2045.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0598a-d), UFRGS-(MP-P-5298).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, habitam em turfeiras e solos pantanosos
(Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (RS), (Matzenbacher, 1998).
S. selloi (Spreng.) DC.
Fig. 33 o-p
Descrição polínica: Idem a Senecio bonariensis.
Medidas: P: 46 µm (40-52), E: 41 µm (39-47), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 5,5 µm (4-6).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3519, 3783 e 3784.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0165a-d), UFRGS-(MP-P-5299).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbustos anuais, 0,6-0,8 m de altura, ocorrem em solos
secos e rochosos ou arenosos, também em solos úmidos (Matzenbacher, 1998).
Distribuição geográfica: Brasil (PR e RS), Uruguai e Argentina (Matzenbacher, 1998).
Figura 32: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Senecioneae: a-b. Erechtites hieracifolia: a. VP, b. VE; c-d.
E. valerianifolia: c. VP, d. VE; e-f. Senecio bonariensis: e. VP, f. VE; g-h. S. brasiliensis: g. VP, h. VE; i-j. S.
cisplatinus: i. VP, j. VE; k-l. S. conyzoides: k. VP, l. VE; m-n. S. heterotrichius: m. VP, n. VE; o-p. S.
madagascariensis: o. VP, p. VE.
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50 µm
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Figura 33: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Senecioneae: a-b. Senecio ombrophilus: a. VP, b. VE; c-d. S.
oxyphyllus: c. VP, d. VE; e-f. S. pinnatus: e. VP, f. VE; g-j. S. platensis : g-h. VP, i-j. VE; k-l. S. promatensis: k. VP, l.
VE; m-n. S. pulcher: m. VP, n. VE; o-p. S. selloi: o. VP, p. VE.
0
50 µm
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Figura 34: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Anthemideae sob MEV: a-c. Soliva
pterosperma: a. VPl; b. VE; c. Detalhe da escultura da exina evidenciando as perfurações e arranjo dos espinhos.
Eletronmicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Senecioneae: d-f Senecio cisplatinus: d. VE; e. VP; f.
Detalhe da abertura e escultura da exina.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecionieae 88
c
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d
e
Figura 35: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Senecioneae: a-b. S. conyzaefolius: a.VP; b.
VE; c-d. S. ombrophilus: c. VP; d. VE; e-f. S. platensis: e. VP; f. VE.
a
b
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Senecionieae 89
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Helenieae 90
III. 11 Subfamília Asteroideae - Tribo Helenieae
Espécies estudadas: Porophyllum ruderale, Tagetes minuta.
Gênero: Porophyllum Guett.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes ou pequenos arbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul e do Norte, ca. 28 espécies (Bremer, 1994).
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass.
Fig. 36 a-b e 41 a-d
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização, exina cavada
aumentando na região mediana do mesocolpo. Espinhos grandes e robustos, ápices arredondados
com uma cavidade, columelas mais altas na base dos espinhos, e com ca. 9 a 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 45 µm (37-51), E: 50 µm (40-53), exina: 3 µm (2-5), ornamentação: 5,5 µm (5-7).
tipo Pluchea laxiflora
Material examinado: ICN-136472.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0392a-e), UFRGS-(MP-P-5300).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas anuais eretas, de 0,4-1 m de altura (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: América Tropical (Burkart, 1974).
Gênero: Tagetes L.
Observações ecológicas: Ervas anuais e perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América do Sul e do Norte, com ca. 50 espécies (Bremer, 1994).
Tagetes minuta L.
Fig. 36 c-d e 41 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada aumentando na região do
mesocolpo. Espinhos médios, esparsamente distribuídos, cônicos, columelados, ápices aguçados,
com ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 39 µm (36-45), E: 40 µm (36-46), exina: 3,5 µm (3-4), ornamentação: 5 µm (5-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3715.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0583a-d), UFRGS-(MP-P-5301).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes, ocorrem em terrenos secos (Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Originária no México e introduzida no Brasil (Burkart, 1974).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 91
III. 12 Subfamília Asteroideae - Tribo Heliantheae
Espécies estudadas: Acanthospermum australes, Acmella bellidioides, A. decumbens, A.
psilocarpa, A. serratifolia, Ambrosia tenuifolia, Angelphytum grisebachii, A. oppositifolium,
Aspilia montevidensis, Bidens alba, B. laevis, B. pilosa, Blainvillea biaristata, Calea clematidea,
C. kristiniae, C. pinnatifida, C. serrata, Eclipta elliptica, E. megapotamica, Enydra anagalis,
Galinsoga parviflora, Isostigma peucedanifolium, Jaegeria hirta, Sphagneticola trilobata,
Verbesina glabrata, V. sordescens, Viguiera anchusaefolia, Wedelia trilobata, Xanthium
strumarium.
Gênero: Acanthospermum Schrank
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Constituído de seis espécies originárias da América do Central e Sul,
com espécies invasoras na América do Norte e nos Paleotrópicos. No Rio Grande do Sul
ocorrem duas espécies (Mondin, 2004).
Acanthospermum australes (Loefl.) Kuntze
Fig. 36 e-h e 42 a-c
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada aumentando na região do
mesocolpo. Espinhos médios, esparsamente distribuídos sobre a superfície da exina, cônicos,
columelados, ápices aguçados, com ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 29 µm (27-36), E: 30 µm (26-37), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação 4 µm (3-5).
tipo Heliantheae
Material examinado: HERULBRA-3776.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0429a-d), UFRGS-(MP-P-5302).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais ou perenes, habitam áreas secas ou úmidas em
campos sujos, locais pedregosos, terrenos arenosos, ruderal em áreas degradadas e solos
alterados (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: América do Sul exceto no Equador e Chile, introduzida nas
Antilhas, Estados Unidos e Índia. No Rio Grande do Sul ocorrem em todas as regiões
fisiográficas (Mondin, 2004).
Gênero: Acmella Rich.
Observações ecológicas: Ervas anuais e perenes (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Consiste de 30 espécies com distribuição pantropical. No Rio Grande
do Sul foram coletadas seis espécies (Mondin, 2004).
Acmella bellidioides (Sm.) R. K. Jansen
Fig. 36 i-j
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 30 µm (26-33), E: 31 µm (27-35), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 5 µm (4-6).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 92
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3717.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0383a-d), UFRGS-(MP-P-5303).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes eretas ou ascendentes (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Centro-sul do Brasil (GO, MT, MG, SP, PR, SC e RS),
Paraguai, Uruguai e Argentina. Ocorrem em todas as regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul
exceto no Alto Uruguai e Missões (Mondin, 2004).
A. decumbens (Sm.) R. K. Jansen
Fig. 36 k-l
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
Medidas: P: 25 µm (22-31), E: 26 µm (24-30), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3708.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0593a-d), UFRGS-(MP-P-5304).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ocorrem em locais úmidos e sobre dunas do
litoral, desde o nível do mar até 200 m de altitude (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (RS), Argentina e Uruguai (Mondin, 2004).
A. psilocarpa R. K. Jansen
Fig. 36 m-n
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
Medidas: P: 29 µm (25-32), E: 30 µm (25-33), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3705.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0579a-d), UFRGS-(MP-P-5305).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ocorrem em áreas úmidas e beira de rios (Mondin,
2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (RS) e Argentina. No Rio Grande do Sul,
ocorrem apenas na região fisiográfica da Campanha (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 93
A. serratifolia R. K. Jansen
Fig. 36 o-p
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
tipo Heliantheae
Medidas: P: 35 µm (30-37), E: 34 µm (28-36), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (4-6).
Material examinado: MCN/HERULBRA-3704.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0319a-d), UFRGS-(MP-P-5306).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas anuais e perenes (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Argentina, Uruguai e Brasil (Mondin, 2004).
Gênero: Ambrosia L.
Observações ecológicas: Arbustos, subarbustos ou ervas anuais e perenes (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: O gênero é constituído de 43 espécies da América do Norte e do Sul,
com muitas espécies disseminadas no mundo como invasoras de culturas e ruderais (Karis &
Ryding, 1994). No Rio Grande do Sul ocorrem quatro espécies (Mondin, 2004).
Ambrosia tenuifolia Spreng.
Fig. 37 a-d e 42 d-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidal, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos muito curtos, cólporos bem visíveis em VE,
exina simples e cavada aumentando na região do mesocolpo. Espículos distribuídos
uniformemente por toda a superfície da exina.
Medidas: P: 25 µm (21-27), E: 25 µm (22-28), exina: 4,5 µm (4-5,5), ornamentação: <1 µm.
tipo Ambrosia
Material examinado: MCN/HERULBRA-3720.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0425a-d), UFRGS-(MP-P-5307).
Referências prévias: Gonçalves-Esteves (1986).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ruderal em solos secos e arenosos, capoeiras e
dunas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. No Rio Grande
do Sul ocorrem nas Missões, Litoral, Depressão Central, Encosta do Sudeste, Serra do Sudeste e
Campanha (Mondin, 2004).
Gênero: Angelphytum G. M. Barroso
Observações ecológicas: Ervas de pequeno porte (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Brasil, Paraguai e Argentina, com ca. 14 espécies (Bremer, 1994).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 94
Angelphytum grisebachii (Baker) H. Rob.
Fig. 37 e-g
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico, cava de difícil
visualização e 18 espinhos em VP.
Medidas: P: 34 µm (30-38), E: 35 µm (30-38), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 4,5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3702.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0581a-d), UFRGS-(MP-P-5308).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ereta ou ascendente, ocorrem em formações
campestres (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (RS), Paraguai, Uruguai e Argentina, No Rio
Grande do Sul, ocorrem na Campanha e Depressão Central (Mondin, 2004).
A. oppositifolium (Saenz) H. Rob.
Fig. 37 h-j e 43 a-b
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico, cava de difícil
visualização e 18 espinhos em VP.
Medidas: P: 36 µm (32-40), E: 38 µm (34-43), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 4,5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3703.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-580a-d), UFRGS-(MP-P-5309).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes eretas, ocorrem em solos secos e pedregosos
(Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (RS) e Argentina. No Rio Grande do Sul,
coletada nos Campos de Cima da Serra, Encosta Superior do Nordeste, Planalto Médio, Missões,
Depressão Central, Serra do Sudeste e Campanha (Mondin, 2004).
Gênero: Aspilia Thourars
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes, subarbustos ou arbustos eretos ou
decunbentes (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Consiste segundo Santos (2001), em ca. 15 espécies onde cinco
espécies com distribuição pantropical (América, África, inclusive Madagascar). No Rio Grande
do Sul foram coletadas três espécies (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 95
Aspilia montevidensis Spreng.
Fig. 37 k-l
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
Medidas: P: 34 µm (34-37), E: 34 µm (33-37), exina: 2 µm (1,5-3), ornamentação: 5 µm (4,5-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3516, 3719 e 3777.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0212a-d), UFRGS-(MP-P-5310).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, abundantes nas formações campestre, ambientes
rupestres, barrancos, banhados, margem de rios, beira de matas, capoeiras e áreas de
reflorestamento (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (BA, MS, MG, SP, PR, SC e RS), Paraguai, Uruguai e
Argentina (Santos, 2001). Coletada em todas as regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul
(Mondin, 2004).
Gênero: Bidens L.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes, raramente arbustos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Subcosmopolita, com ca. 240 espécies, especialmente na América do
Norte e Sul (Magenta, 1998). No Rio Grande do Sul foram coletadas cinco espécies (Mondin,
2004).
Bidens alba (L.) DC. var. radiata (Sch. Bip.) R. E. Ballard
Fig. 37 m-n e 43 c-d
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
Medidas: P: 34 µm (30-42), E: 34 µm (30-41), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 5 µm (4,5-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3780.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0428a-d), UFRGS-(MP-P-5311).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas anuais, ocorrem como ruderal e invasoras em plantações
agrícolas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: México, América Central e América do Sul. No Rio Grande do
Sul, ocorrem nas regiões fisiográficas da Encosta Inferior do Nordeste e Depressão Central
(Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 96
Bidens laevis (L.) Britton, Sterns & Poggenb.
Fig. 37 o-p
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
Medidas: P: 36 µm (28-47), E: 36 µm (29-45), exina: 3,7 µm (2-5), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3713.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0424a-d), UFRGS-(MP-P-5312).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais ou perene, caracterizam-se por ocorrer em
ambientes aquáticos, de baixadas úmidas, banhados, córregos e canais (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Neotropical, dos Estados Unidos até a Argentina (Sherff,
1937). No Rio Grande do Sul, coletadas nas regiões fisiográficas do Litoral, Encosta do Sudeste,
Depressão Central e Campanha (Mondin, 2004).
B. pilosa L.
Fig. 38 a-b
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico, cava de difícil
visualização e 18 espinhos em VP.
Medidas: P: 42 µm (37-46), E: 42 µm (37-46), exina: 2 µm (2-2,5), ornamentação: 5,5 µm (4-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3521.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0210a-d), UFRGS-(MP-P-5313).
Referências prévias: Salgado-Labouriau, (1983); Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais, ocorrem nos campos e capoeiras (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Trópicos e subtrópicos do mundo, ocorrem em todas as regiões
fisiográficas do Rio Grande do Sul (Mondin, 2004).
Gênero: Blainvillea Cass.
Observação ecológica: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Pantropical com ca. 10 espécies (Bremer, 1994).
Blainvillea biaristata DC.
Fig. 38 c-d
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém com 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 31 µm (28-34), E: 31 µm (28-34), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-4137.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 97
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0213a-d), UFRGS-(MP-P-5314).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Pantropical (Bremer, 1994).
Gênero: Calea L.
Observações ecológicas: Ervas perenes a subarbustos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Distribuição neotropical com ca. 120 espécies do México á Argentina
(Pruski & Urbatsch, 1988). No Rio Grande do Sul foram coletadas seis espécies (Mondin, 2004).
Calea clematidea Baker
Fig. 38 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, esféricos, subtriangular, 3-colporados, colpos
médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada de difícil visualização. Espinhos
grandes, ápices levemente arredondados, com uma cavidade, columelas mais altas na base dos
espinhos, e ca. 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 35 µm (30-38), E: 36 µm (28-39), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-7).
tipo Calea
Material examinado: MCN/HERULBRA-3723.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0594a-d), UFRGS-(MP-P-5315).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos eretos, ocorrem em ambientes abertos, em solos
secos e pedregosos, de encostas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (RS), Paraguai, Uruguai e Argentina. No Rio
Grande do Sul, coletados nas Missões, Depressão Central e Campanha (Mondin, 2004).
C. kristiniae Pruski
Fig. 38 g-h
Descrição polínica: Idem a C. clematidea.
Medidas: P: 41 µm (39-43), E: 42 µm (39-45), exina: 3,5 µm (2-4), ornamentação: 6 µm (5-8).
tipo Calea
Material examinado: MCN/HERULBRA-3701.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0582a-d), UFRGS-(MP-P-5316).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 98
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes a subarbustos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Distribuição neotropical, com ca. 120 espécies do México á
Argentina (Pruski & Urbatsch, 1988).
C. pinnatifida Banks ex Steud.
Fig. 38 i-j
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes.
Medidas: P: 42 µm (37-52), E: 38 µm (30-44), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 5 µm (4-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3724.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0391a-d), UFRGS-(MP-P-5317).
Referências prévias: Melhem et al. (2003).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos escandentes, ocorrem em bordas e interior de
florestas e capoeiras (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Centro-sul do Brasil (DF, ES, MG, RJ, SP, PR, SC e RS),
Paraguai, Uruguai e Argentina. No Rio Grande do Sul, ocorrem em todas as regiões fisiográficas
(Mondin, 2004).
C. serrata Less.
Fig. 38 k-l
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico, e 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 37 µm (30-42), E: 33 µm (29-38), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3785.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA- (P-0284a-e), UFRGS-(MP-P-5318).
Referências prévias: Cancelli et al. (2006).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes a subarbustos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Distribuição neotropical, com ca. 120 espécies do México á
Argentina (Pruski & Urbatsch, 1988).
Gênero: Eclipta L.
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Ocorrem quatro espécies de distribuição pantropical (Karis & Ryding,
1994). No Rio Grande do Sul foram coletadas três espécies (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 99
Eclipta elliptica DC.
Fig. 38 m-n e 43 e-f
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, esféricos, subtriangular, 3-colporados, colpos
médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada de difícil visualização. Espinhos
médios, arredondados, columelas pouco evidentes, com ca. 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 28 µm (25-30), E: 28 µm (26-31), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
tipo Eclipta
Material examinado: MCN/HERULBRA-3721.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0577a-d), UFRGS-(MP-P-5319).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes decumbentes, ocorrem em áreas abertas,
geralmente em terrenos úmidos, mas também em solos secos, dunas e afloramentos rochosos,
campos pedregosos e arenosos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (SC e RS), Argentina e Uruguai. No Rio Grande
do Sul, coletadas no Litoral, Encosta do Sudeste, Serra do Sudeste e Campanha (Mondin, 2004).
E. megapotamica (Spreng.) Sch. Bip. Ex S. F. Blake
Fig. 38 o-p e 44 a-b
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico, e 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 30 µm (27-39), E: 30 µm (26-35), exina: 2,0 µm (1-3), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3775.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0455a-d), UFRGS-(MP-P-5320).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, eretas, ocorrem em terrenos úmidos, em áreas
campestres, margens de banhados e cursos d´agua (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (RS), Uruguai e Argentina. No Rio Grande do
Sul, coletadas na Encosta Superior do Sudeste, Serra do Sudeste e Campanha (Mondin, 2004).
Gênero: Enydra Lour.
Observações ecológicas: Ervas aquáticas ou de solos pantanosos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Distribuição pantropical, ca. 10 espécies (Lack, 1980). No Rio Grande
do Sul ocorre apenas uma espécie (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 100
Enydra anagalis Gardner
Fig. 39 a-b
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém com 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 40 µm (36-44), E: 40 µm (36-47), exina: 3,5 µm (3-4), ornamentação: 6,5 µm (5-8).
tipo Heliantheae
Material examinado: ICN-119426, 83004 e 137631.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0332 a-d), UFRGS-(MP-P-5321).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas aquáticas, perenes, flutuantes, decumbentes ou
ascendentes, ocorrem em baixadas úmidas, banhados, córregos e canais (Mondin, 2004)
Distribuição geográfica: Centro-sul do Brasil, Paraguai e Argentina (nordeste da
Argentina). No Rio Grande do Sul, ocorrem na Encosta Inferior do Nordeste, Litoral, Depressão
Central, Encosta do Sudeste e Campanha (Mondin, 2004).
Gênero: Galinsoga Rui & Pav.
Observações ecológicas: Ervas anuais, eretas ou decumbentes, (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Apresenta 13 espécies de origem Americana, em áreas subtropicais e
temperadas desde o México até a Argentina, destacando-se o México como o centro de riqueza,
sendo que as duas espécies ocorrentes no Rio Grande do Sul são adventícias em todos os
continentes (Mondin, 2004).
Galinsoga parviflora Cav
Fig. 39 c-d e 44 c-d
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém cólporo de difícil visualização e
18 espinhos em VP.
Medidas: P: 30 µm (23-40), E: 29 µm (22-37), exina: 2,7 µm (2-4), ornamentação: 4,5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3756.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0390a-d), UFRGS-(MP-P-5322).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas, ocorrem em ambientes perturbados e áreas agrícolas
(Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Originária dos neotropicos, adventícia em vários paises do
mundo com clima subtropical ou temperado. No Rio Grande do Sul coletadas no Alto Uruguai,
Planalto Médio, Encosta Inferior do Nordeste, Encosta Superior e Inferior do Nordeste, Missões,
Litoral e Depressão Central (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 101
Gênero: Isostigma Less.
Observações ecológicas: Ervas perenes ou subarbustos, homóicos ou ginomonóicos.
Distribuição geográfica: apresenta ca. 13 espécies segundo Nakajima (2000), o gênero ocorre
no centro-sul do Brasil (GO, MT, MG, SP, PR, SC e RS), Bolívia, Paraguai, Uruguai e
Argentina. No Rio Grande do Sul foram coletadas duas espécies (Mondin, 2004).
Isostigma peucedanifolium (Spreng.) Less.
Fig. 39 e-h
Descrição polínica: Idem a Calea clematidea.
Medidas: P: 40 µm (35-43), E: 40 µm (36-47), exina: 3 µm (2-3), ornamentação: 6,5 µm (6-8).
tipo Calea
Material examinado: MCN/HERULBRA-3718.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0578a-d), UFRGS-(MP-P-5323).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas, ocorrem em formações campestre, em solos secos
(Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Centro-sul do Brasil (MT, MG, SP, PR, SC e RS), Paraguai,
Uruguai e Argentina. No Rio Grande do Sul, coletadas nas Missões, Depressão Central, Encosta
do Sudeste, Serra do Sudeste e Campanha (Mondin, 2004).
Gênero: Jaegeria Kunth
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes de locais úmidos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Apresenta oito espécies distribuídas em locais úmidos, desde o
México até Argentina e Ilhas Galápagos. No Rio Grande do Sul foi coletada somente uma
espécie (Mondin, 2004).
Jaegeria hirta Less.
Fig. 39 i-j
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico e 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 31 µm (28-35), E: 31 µm (36-46), exina: 3 µm (3-4), ornamentação: 4,5 µm (3-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3722.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0334a-d), UFRGS-(MP-P-5324).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais, ascendentes ou eretas, apresentam preferência por
locais úmidos e semi-sombreados das margens e interior de florestas, ruderal em beiras de
estradas, capoeiras e áreas agrícolas (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 102
Distribuição geográfica: Neotropical, do México à Argentina, em elevações segundo
Torres (1968), de até 3.300 m. Coletadas em todas as regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul,
exceto Missões (Mondin, 2004).
Gênero: Sphagneticola O. Hoffm.
Observações ecológicas: Ervas perenes (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Apresenta quatro espécies de distribuição pantropical, sobretudo
próximos a cursos d´agua e regiões costeiras (Pruski & Urbatsch, 1988). No Rio Grande do Sul
foi coletada somente uma espécie (Mondin, 2004).
Sphagneticola trilobata (L.) Pruski
Fig. 39 k-m
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico e 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 33 µm (32-35), E: 33 µm (32-35), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-5,5).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3744.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0245a-d), UFRGS-(MP-P-5325).
Referências prévias: Mendonça et al. (2002), Melhem et al. (2003) e Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes, ocorrem em locais alterados (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Neotropical, do México à Argentina, sendo cultivada e
naturalizada na Austrália, Malásia, Ilhas do Pacífico e regiões tropicais do Novo Mundo (Pruski
& Urbatsch, 1988). No Rio Grande do Sul, coletadas no Litoral e Depressão Central (Mondin,
2004).
Gênero: Verbesina L.
Observações ecológicas: Ervas, arbustos ou pequenas árvores, ocorrem em margens e interior
de florestas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Apresenta ca. 300 espécies de distribuição neotropical (Pruski &
Urbatsch, 1988), dos EUA à Argentina. No Rio Grande do Sul foram coletadas duas espécies
(Mondin, 2004).
Verbesina glabrata Hook. & Arn.
Fig. 39 n-p
Descrição polínica: Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico e
12 espinhos em VP.
Medidas: P: 31 µm (27-36), E: 31 µm (28-36), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (4-5).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3709.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0527a-d), UFRGS-(MP-P-5326).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 103
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos ou arbustos, eretos ou ascendentes, ocorrem em
margens e interior de florestas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (BA, MG, RJ, SP, PR, SC e RS). No Rio Grande do Sul,
coletados no Alto Uruguai e Campos de Cima da Serra (Mondin, 2004).
V. sordescens DC.
Fig. 40 a-d e 44 e-f
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico e 12 espinhos em VP.
Medidas: P: 33 µm (27-38), E: 34 µm (29-38), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-6).
tipo Heliantheae
Material examinado: ICN-137857.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0484a-d), UFRGS-(MP-P-5327).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos eretos, ocorrem em solos secos em campos,
capoeiras, ambientes rochosos, ruderal em beiras de estradas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (MT, SC e RS), Paraguai, Uruguai e Argentina. No Rio
Grande do Sul coletados em todas as regiões fisiográficas (Mondin, 2004).
Gênero: Viguiera Kunth
Observações ecológicas: Ervas anuais ou perenes, às vezes, arbustos (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Apresenta ca. 180 espécies, distribuídas do oeste dos EUA até o centro
da Argentina (Nakajima, 2000). No Rio Grande do Sul foram coletadas oito espécies (Mondin,
2004).
Viguiera anchusaefolia Baker
Fig. 40 e-h
Descrição polínica: Idem a Acanthospermum australes, porém esférico, cava de difícil
visualização e 18 espinhos em VP.
Medidas: P: 44 µm (38-52), E: 45 µm (37-52), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 5,5 µm (5-7).
tipo Heliantheae
Material examinado: ICN-151074, 128795 e 143806.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0435a-d), UFRGS-(MP-P-5328).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos eretos, ocorrem em solos secos e formações
campestres ou arbustivas e margens de estradas (Mondin, 2004).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 104
Distribuição geográfica: Sul do Brasil (SC e RS), Paraguai, Uruguai e Argentina
(Burkart, 1974). Ocorrem em todas as regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul (Mondin,
2004).
Gênero: Wedelia Jacq.
Observação ecológica: Ervas ou subarbustos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Pantropical, com ca. 100 espécies (Bremer, 1994).
Wedelia trilobata Hitchc
Fig. 40 i-j
Descrição polínica: Idem Acanthospermum australes.
Medidas: P: 34 µm (32-35), E: 34 µm (32-35), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (4-5).
tipo Heliantheae
Material examinado: MCN/HERULBRA-3545.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0245a-d), UFRGS-(MP-P-5329).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas ou subarbustos (Bremer, 1994).
Gênero: Xanthium L.
Observações ecológicas: Ervas anuais com caules eretos (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: Consiste em duas espécies com provável origem na América Central e
América do Sul, tendo se dispersado no sentido norte e sul, apresentando atualmente,
distribuição subcosmopolita. No Rio Grande do Sul ocorrem as duas espécies (Mondin, 2004).
Xanthium strumarium subsp. Cavanillesii sp (Schouw) D. Löve & Dans
Fig. 40 k-n
Descrição polínica: Idem a Ambrosia tenuifolia.
Medidas: P: 28 µm (25-32), E: 29 µm (26-32), exina: 3,5 µm (3-5), ornamentação: 1 µm.
tipo Ambrosia
Material examinado: HASU-5592.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0434a-d), UFRGS-(MP-P-5330).
Referências prévias: Gonçalves-Esteves (1986).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas, ocorrem como ruderais em formações campestres,
também em terrenos baldios, beiras de estradas e áreas agrícolas (Mondin, 2004).
Distribuição geográfica: Subcosmopolita, ocorrem em todas as regiões fisiográficas do
Rio Grande do Sul, exceto Missões (Mondin, 2004).
Figura 36: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Helenieae: a-b. Porophyllum ruderale: a. VP, b. VE; c-d.
Tagetes minuta: c. VP, d. VE. Grãos de pólen da tribo Heliantheae: e-h. Acanthospermum australes: e-f. VP, g-h.
VE; i-j. Acmella bellidioides : i. VP, j. VE; k-l. A. decumbens: k. VP, l. VE; m-n. A. psilocarpa: m. VP, n. VE; o-p. A.
serratifolia : o. VP, p. VE.
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Helenieae/Heliantheae 105
Figura 37: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Heliantheae: a-d. Ambrosia tenuifolia: a-b. VP, c-d. VE; e-g.
Angelphytum grisebachii: e-f. VP, g. VE; h-j.A. oppositifolium : h-i. VP, j. VE; k-l. Aspilia montevidensis: k. VP, l.
VE; m-n. : m.VP, n. VE; o-p. : o.VP, p. VE.Bidens alba B. laevis
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 106
Figura 38: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Heliantheae: a-d. idens : a. VP, b. VE; c-d.
: c. VP, d.VE; e-f. : e. VP, f. VE; g-h. : g. VP, h. VE; i-j. : i. VP,
j. VE; k-l. : k. VP, l. VE; m-n. : m. VP, n. VE; o-p. E. megapotamica: o. VP, p. VE.
B pilosa Blainvillea
biaristata Calea clematidea C. kristiniae C. pinnatifida
C. serrata Eclipta elliptica
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 107
Figura 39: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Heliantheae: a-b. Enydra anagalis: a. VP, b. VE; c-
d. : c. VP, d. VE; e-h. : e. VP, f. VE; i-j. : i. VP, j. VE;
k-m. : k-l. VP, l. VE; n-p. : n-o. VP, p. VE.
Galinsoga parviflora Isostigma peucedanifolium Jaegeria hirta
Sphagneticola trilobata Verbesina glabrata
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 108
Figura 40: Fotomicrografias de grãos de pólen da tribo Heliantheae: a-b. : a. VP, b. VE; e-h.
: e-f. VP, g-h.VE; i-j. : e. VP, f. VE; k-l. cavaniellesii: k. VP, l. VE. Grãos
de pólen da tribo Eupatorieae: o-p. : o-p. VP.
V. sordescens Viguiera
anchusaefolia Wedelia trilobata Xanthium
Adenostemma brasilianum
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae/Eupatorium 109
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Figura 41: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Helenieae sob MEV: a-d. Porophyllum
ruderale: a. VP; b. VE; c. Detalhe da abertura; d. Detalhe da escultura da exina evidenciando os espinhos; e-f.
Tagetes minuta: e. VE; f. Detalhe da escultura da exina evidenciando os espinhos.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Helenieae/Heliantheae 110
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Figura 42: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Heliantheae sob MEV: a-c. Acanthospermum
australe: a. VP; b. VE; c. Detalhe da escultura da exina evidenciando os espinhos; d-f. Ambrosia tenuifolia: d. VP;
e. VE; f. Detalhe da escultura da exina evidenciando os espinhos.
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Helenieae/Heliantheae 111
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Figura 43: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Heliantheae sob MEV: a-b. Angelphytum
oppositifolium: a. VP; b. VE; c-d. Bidens alba: c. VP; d. VE; e-f. Eclipta elliptica: e. VP; f. VE.
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 112
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Figura 44: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Heliantheae sob MEV: a-b. E.
megapotamica: a. VP; b. VE; c-d. Galinsoga parviflora: c. VP; d. VE; e-f. Verbesina sordescens: e. VP; f. VE.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Heliantheae 113
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Figura 45: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Heliantheae sob MEV: a-b. E.
megapotamica: a. VP; b. VE; c-d. Galinsoga parviflora: c. VP; d. VE; e-f. Verbesina sordescens: e. VP; f. VE.
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Palinologia de Asteraceae: morfologia polínica, tribo Heliantheae 114
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 115
III. 13 Subfamília Asteroideae - Tribo Eupatorieae
Espécies estudadas: Adenostemma brasilianum, Eupatorium bupleurifolium, E. clematideum, E.
inulaefolium, E. laevigatum, E. pedunculosum, E. rufenses, E. tweedieana, Gymnocoronis
spilanthoides, Mikania cordifolia, M. micrantha, M. viminea.
Gênero: Adenostemma Forst.
Observação ecológica: Ervas anuais ou perenes (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Ocorrem cinco espécies tropicais (Cabrera & Klein, 1989).
Adenostemma brasilianum (Persoon) Cass.
Fig. 40 o-p e 46 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada aumentando na região do
mesocolpo. Espinhos pequenos, columelados, cônicos, bases afastadas ca. 3µm, com ca. 15
espinhos em VP.
Medidas: P: 22 µm (19-23), E: 22 µm (19-23), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 1,5 µm (1-2).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-4029a, 4029b e 4029c.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-586a-d), UFRGS-(MP-P-5331).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas anuais eretas, características e preferencialmente da região
de Floresta Ombrófila Densa, da costa atlântica no Sul do Brasil, podendo esporadicamente
estender-se pelo Planalto (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil. América tropical e Subtropical (Cabrera &
Klein, 1989).
Gênero: Eupatorium L.
Observação ecológica: Plantas de todo o porte, desde ervas anuais, até árvores de grande porte e
altura (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Distribuídas pelas regiões quentes ou temperado-quentes do globo, ca.
600 espécies, principalmente na América tropical e subtropical. No Brasil existem ca. 250
espécies (Cabrera & Klein, 1989).
Eupatorium bupleurifolium DC.
Fig. 46 c-f e 48 a-b
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada. Espinhos médios, columelados,
de forma cônica onde base e altura são equivalentes, com uma cavidade e ca. 12 espinhos em
VP.
Medidas: P: 27 µm (24-31), E: 26 µm (20-30), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 3 µm (2-4).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 116
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3772.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0456a-d), UFRGS-(MP-P-5332).
Referências prévias: Cancelli et al. (2007).
Informações adicionais
Observação ecológica: Arbustos, espécie heliófita seletiva hidrófila, abundante da região
da Floresta Atlântica, em capoeiras, em terrenos úmidos e banhados nos campos entre a
formação herbácea alta e outros arbustos, ao longo dos rios e orla de florestas (Cabrera & Klein,
1989).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil. Bolívia, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina
(Cabrera & Klein, 1989).
E. clematideum Sch. Bip.
Fig. 46 g-h
Descrição polínica: Idem a Adenostemma brasilianum, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 23 µm (20-27), E: 22 µm (19-27), exina: 1,2 µm (1-2), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3517.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0216a-d), UFRGS-(MP-P-5333).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas.
Distribuição geográfica: ocorre em formações campestres.
E. inulaefolium Kunth.
Fig. 46 i-j
Descrição polínica: Idem a Adenostemma brasilianum, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 28 µm (27-32), E: 27 µm (23-30), exina: 2 µm (1,5-3), ornamentação: 2 µm (1-2,5).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3515.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0224a-d), UFRGS-(MP-P-5334).
Referências prévias: Melhem et al. (2003); Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Arbustos ou ervas, espécie heliófita, sem pronunciadas
afinidades por condições físicas do solo, trata-se de uma das plantas freqüentes dos primeiros
estágios da capoeira (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: América quente, desde as Antilhas até o centro da Argentina
(Cabrera & Klein, 1989).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 117
E. laevigatum Torr.
Fig. 46 k-l
Descrição polínica: Idem a Adenostemma brasilianum, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 33 µm (28-41), E: 31 µm (28-40), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3 µm (2-4).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3737, 3738.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0371a-d), UFRGS-(MP-P-5335).
Informações adicionais
Observação ecológica: Arbustos glabros (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Ocorrem em todo o Brasil. Esparsamente disperso na América
quente, desde o México até o Norte da Argentina (Cabrera & Klein, 1989).
E. ligulaefolium Hook et Arn.
Fig. 46 m-n
Descrição polínica: Idem a Eupatorium bupleurifolium..
Medidas: P: 30 µm (27-32), E: 29 µm (26-31), exina: 2 µm (2-2,5), ornamentação: 4,5 µm (4-5).
tipo Senecio
Material examinado: MCN/HERULBRA-3550
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0250 a-d), UFRGS-(MP-P-5336).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos característico de campos, espécie heliófita (Cabrera
& Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), (Cabrera & Klein, 1989).
E. pedunculosum Hooker et Arnott
Fig. 46 o-p
Descrição polínica: Idem a Adenostema brasilianum, porém prolato-esferoidal, algumas formas
tetracolporadas.
Medidas: P: 29 µm (26-32), E: 27 µm (26-31), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3740
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0373a-d), UFRGS-(MP-P-5337).
Referências prévias: Melhem et al. (2003).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 118
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos de vasta e expressiva dispersão, espécie heliófita e
sem pronunciadas afinidades por condições físicas especiais de solos, encontra-se desde o nível
do mar até 1000 m de altitude (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Brasil (PR, SC e RS), Paraguai e Argentina (nordeste),
(Cabrera & Klein, 1989).
E. rufenses Lund ex DC.
Fig. 47 a-c
Descrição polínica: Idem a Adenostemma brasilianum.
Medidas: P: 25 µm (23-26), E: 30 µm (24-32), exina: 3,5 µm (3-4), ornamentação: 1 µm.
tipo Eupatorium
Material examinado: 128411 e 147006.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0277a-d), UFRGS-(MP-P-5338).
Informações adicionais
Observação ecológica: Arbustos ou arvoretas, planta heliófita e sem pronunciadas
afinidades por condições físicas do solo (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Brasil (MG, RJ, PR, SC e RS) e Sul da Bolívia (Cabrera &
Klein, 1989).
E. tweedieana Hook & Arn.
Fig. 47 d-e
Descrição polínica: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada. Espinhos pequenos a médios,
columelados, cônicos, com ca. 15 espinhos em VP.
Medidas: P: 27 µm (26-30), E: 25 µm (24-28), exina: 2,2 µm (1,8-3), ornamentação: 3 µm (2,5-
4).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3543
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0247a-d), UFRGS-(MP-P-5339).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Subarbustos característicos e exclusivos dos campos, indiferente
quanto as condições físicas do solo (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina (Cabrera
& Klein, 1989).
Gênero: Gymnocoronis DC.
Observação ecológica: Ervas anuais e perenes ou subaquáticas (Bremer, 1994).
Distribuição geográfica: América tropical, cinco espécies (Bremer, 1994).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 119
Gymnocoronis spilanthoides DC.
Fig. 47 f-h
Descrição polínica: Idem a Adenostemma brasilianum.
Medidas: P: 26µm (25-28), E: 26 µm (24-28), exina: 3 µm (2-3,5), ornamentação: 2 µm (1-2,5).
tipo Eupatorium
Material examinado: ICN-88995.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-584a-d), UFRGS-(MP-P-5340).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Ervas perenes de 1-1,5 m de altura, ocorrem em locais alagados
(Burkart, 1974).
Distribuição geográfica: Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina (Burkart,
1974).
Gênero: Mikania F. W. Schimidt
Observação ecológica: Predominantemente trepadeiras volúveis, sublenhosas a lenhosas,
ocorrem ainda alguns subarbustos (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Pantropical, com ca. 430 espécies (Bremer, 1994).
M. cordifolia (L.) Wild.
Fig. 47 i-k e 48 e-f
Descrição polínica: Idem a Eupatorium bupleurifolium.
Medidas: P: 16 µm (13-19), E: 17 µm (14-20), exina: 2,7 µm (2-4), ornamentação: 3,5 µm (3-4).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3542.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0292a-d), UFRGS-(MP-P-5341).
Referências prévias: Mendonça & Gonçalves-Esteves (2000), Melhem et al. (2003) e Cancelli
et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes volúveis, de 0,5 a 1 m de altura, espécie esciófita
até heliófita e seletiva hidrófila, desenvolvem-se no interior das florestas primárias, borda de
matas e sobre a vegetação arbustiva (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Espécie esparsamente distribuída por toda América tropical e
subtropical (Cabrera & Klein, 1989).
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 120
M. micrantha Kunth.
Fig. 47 l-m
Descrição polínica: Idem a Eupatorium bupleurifolium.
Medidas: P: 29 µm (28-32), E: 29 µm (28-31), exina: 1,8 µm (1-2), ornamentação: 3,5 µm (3-4).
tipo Baccharis
Material examinado: MCN/HERULBRA-3544.
Lâminas de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0248a-d), UFRGS-(MP-P-5342).
Referências prévias: Mendonça & Gonçalves-Esteves (2000); Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observação ecológica: Ervas perenes volúveis, espécie heliófita, indiferente quanto às
condições físicas do solo (Cabrera & Klein, 1989).
Distribuição geográfica: Freqüente em toda a América tropical e subtropical (Cabrera &
Klein, 1989).
M. viminea DC.
Fig. 47 n-p
Descrição polínica: Idem a Adenostemma brasilianum, porém prolato-esferoidal.
Medidas: P: 43 µm (37-48), E: 38 µm (32-46), exina: 2,9 µm (2-4), ornamentação: 4,2 µm (2-6).
tipo Eupatorium
Material examinado: MCN/HERULBRA-3514.
Lâminass de referência: Palinoteca ULBRA-(P-0214a-d), UFRGS-(MP-P-5343).
Referências prévias: Cancelli et al. (2005).
Informações adicionais
Observações ecológicas: Subarbusto com ca. 0,8 m de altura, ocorre em banhados e
campos alagados (Ritter e Waechter, 2004).
Distribuição geográfica: Brasil (RS). No Rio Grande do Sul ocorrem na Depressão
Central, Encosta Inferior do Nordeste e Encosta do Sudeste (Ritter e Waechter, 2004).
Figura 46: Fotomicrograficas de grãos de pólen da tribo Eupatorieae: a-d. : a. VE; c-
d. : c. VP, d. VE; g-h. : g. VP, h. VE; i-j. : i. VP, j. VE; k-
l. : k. VP, l. VE; m-n. : m. VP, n. VE; o-p. p : o. VP, p. VE.
Adenostemma brasilianum
Eupatorium bupleurifolium E. clematideum E. inulaefolium
E. laevigatum E. ligulaefolium E. edunculosum
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 121
Figura 47: Fotomicrograficas de grãos de pólen da tribo Eupatorieae: a-c. r : a-b. VP, c. VE; d-e.
t : d. VP, e. VE; f-h. : f-g. VP, h. VE; i-k. : i-j. VP, k. VE; l-m.
: l. VP, m. VE; n-p. : o. VP, p. VE.
E. ufenses E.
weedieana Gymnocoronis spilanthoides M. cordifolia M.
micrantha M. viminea
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Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 122
b
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Figura 48: Eletromicrografias de grãos de pólen representanto a tribo Eupatorieae sob MEV: a-b. Eupatorium
bupleurifolium: a. VP; b. VE; c-d. E. macrocephalum: c. VP; d. VE; e-f. Mikania cordifolia: e. VP; f. VE.
Palinologia de Asteraceae: descrições polínicas, tribo Eupatorieae 123
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 124
Capítulo IV. DETERMINAÇÃO DOS TIPOS POLÍNICOS
O conhecimento botânico da área estudada é uma tarefa obrigatória nos trabalhos de
palinologia do Quaternário, visando a mais adequada identificação dos palinomorfos presentes
nos depósitos sedimentares, por comparação com a flora local (Salgado-Labouriau, 2007).
Assim, a descrição polínica detalhada da flora local, que permite a confecção de coleções de
referência, irá auxiliar a identificação dos elementos recuperados no registro fóssil.
A leitura do capítulo anterior revela que diversas espécies de Asteraceae apresentam a
mesma morfologia, o que é uma característica presente também em outras famílias. Nesses
casos, a identificação taxonômica é vinculada ao táxon de menor nível hierárquico ou através de
“tipos polínicos”.
O reconhecimento dos grãos de pólen em trabalhos de palinologia do Quaternário
constitui uma forma de parataxonomia, pois muitos grãos de pólen, de distintas
espécies/gêneros/tribos comportam a mesma morfologia polínica, neste caso não sendo possível
uma atribuição direta aos possíveis representantes modernos, mesmo que estejam presentes nas
áreas estudadas.
Ampliando a conceituação de Punt et al. (2007), para Salgado-Laboriau (2007) o tipo
polínicoé uma categoria morfológica de pólen que inclui os grãos de pólen de táxons com a
mesma morfologia e que podem ser distinguidos por um ou mais caracteres de outros grãos de
pólen” (p. 302). Sua proposição é baseada na descrição do pólen de uma ou mais espécies, que
reúnem em si caracteres distintivos e que configura um modelo para comparação e vinculação
taxonômica. Essa conceituação é adotada nesse trabalho, cuja terminologia de organização
hierárquica em grupos segue a proposta de Punt et al. (2007).
A partir do levantamento polínico atual das 144 espécies da família Asteraceae, foram
estabelecidos quatro grupos com base na estrutura (número de estratos) e escultura da exina
(presença/ausência e tipo de ornamentação).
A análise das demais características (e.g., dimensões do tamanho, espessamento da
sexina, natureza das aberturas, tipo e forma da ornamentação) permitiu a proposição de nove
novos tipos polínicos, divididos nos quatro grupos (destacados abaixo com dois asteriscos),
renomeação de 10 tipos, e o reconhecimento de oito tipos dentre aqueles já descritos na
literatura.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 125
Quando houve similaridade entre o nome dos táxons em nível de gênero e,
simultaneamente, correspondência com outras descrições já propostas e as do material estudado,
a nomenclatura dos termos clássicos foi mantida: tipo Baccharis, tipo Senecio, tipo Eupatorium,
tipo Mutisia, tipo Trixis, tipo Elephantopus, tipo Ambrosia e tipo Helianthus.
Algumas descrições são claramente equivalentes às de outros tipos já descritos na
literatura, porém, estas são vinculadas nominalmente a táxons exóticos à área de abrangência
deste trabalho. Nesses casos, adotou-se, para o nome de cada tipo, um táxon da flora local: tipo
Dasyplhyllum, tipo Chaptalia, tipo Centaurea melitensis, tipo Centaurea tweediei, tipo Vernonia
brevifolia, tipo Vernonia nudiflora, tipo Vernonia flexuosa, tipo Hypochaeris, tipo Chevreulia e
tipo Soliva, (destacados com um asterisco). Dessa forma, objetivou-se oferecer subsídios para a
correlação entre as morfologias polínicas e os elementos da flora local atual, para embasar
melhores interpretações paleoecológicas em trabalhos de palinologia do Quaternário.
Grupo 1: grãos de pólen com dois a três estratos na sexina e variando de psilado a
microequinado, são inseridos neste grupo:
tipo Dasyplhyllum*
tipo Schlechtendalia**
tipo Chaptalia*
tipo Holocheilus**
tipo Mutisia
tipo Pamphalea**
tipo Perezia**
tipo Trixis
tipo Centaurea melitensis*
Grupo 2: grãos de pólen com dois estratos na sexina e ornamentação equinada, são inseridos
neste grupo:
tipo Centaurea tweediei*
Grupo 3: grãos de pólen com sexina uniestratificada e ornamentação de tipo equinolofada, são
inseridos neste grupo:
tipo Hypochaeris*
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 126
tipo Elephantopus
tipo Vernonia brevifolia*
tipo Vernonia nudiflora*
tipo Vernonia flexuosa*
Grupo 4: grãos de pólen com sexina uniestratificada e ornamentação de tipo equinada, são
inseridos neste grupo:
tipo Plucheae laxiflora **
tipo Pluclea oblongifolia**
tipo Pterocaulon* *
tipo Ambrosia
tipo Chevreulia*
tipo Eupatorium
tipo Heliantheae
tipo Baccharis
tipo Senecio
tipo Soliva*
tipo Calea**
tipo Eclipta elliptica**
A descrição polínica dos tipos é realizada separadamente, seguida das espécies incluídas.
As medidas de P, E, exina e ornamentação (quando presente) foram estabelecidas através das
médias aritméticas e amplitudes de todas as espécies incluídas no tipo polínico. Segue-se uma
breve discussão quanto à semelhança entre o tipo proposto e outros já descritos previamente.
As representações gráficas, com as principais características, foram realizadas a mão
livre, com caneta nanquim 0,1 e 0,4 mm, compondo figuras.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 127
Grupo 1
tipo Dasyphyllum
Fig. 49 a-b
Espécies incluídas: Dasyphyllum spinescens, D. tomentosum.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, microequinados com espículos esparsamente distribuídos
sobre a superfície da exina, colpos longos, cólporos visíveis, pseudoporos presentes na região do
mesocolpo, exina biestratificado, não cavada e columelas de difícil visualização.
Medidas: P: 36 µm (28-45), E: 33 µm (26-40), exina P: 5 µm (4-6), exina E: 4,8 µm (4-6).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo 2, subtipo II de Urtubey & Tellaria (1998). Optou-se por sua
renomeação para facilitar a sua vinculação taxonômica a táxons restritos ao RS.
tipo Schlechtendalia
Fig. 49 c-e
Espécies incluídas: Dasyphyllum synacanthum, Schlechtendalia luzulaefolia.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, sub-prolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos longos, cólporos visíveis, pseudoporos
presentes na região do mesocolpo limitando-se a sexina, exina em três estratos sendo a interna
granular e não cavada.
Medidas: P: 46 µm (41-50), E: 33 µm (29-42), exina P: 5 µm (4-6), exina E: 4,8 µm (4-6).
Obs: As espécies incluídas no tipo Schlechtendalia deste trabalho, foram descritas e
classificadas no tipo 2, subtipo II de Urtubey & Tellaria (1998). Entretanto o caráter da exina
verificado nas espécies incluídas no tipo Schlechtendalia, difere do proposto pela autora.
tipo Chaptalia
Fig. 49 f-h
Espécies incluídas: Chaptalia intergerrima, Gochnatia cordata.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, espículos esparsamente distribuídos sobre a superfície
da exina, colpos longos, cólporos visíveis, exina biestratificada e não cavada, sexina levemente
ondulada.
Medidas: P: 40 µm (35-50), E: 30 µm (31-40), exina: 4,5 µm (3,5-6).
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 128
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Chaptalia meridensis descrito por Salgado-Labouriau (1983) para o
norte dos Andes.
tipo Holocheilus
Fig. 49 i-j
Espécies incluídas: Holocheilus brasiliensis, H. illustris, H. monocephalus, Jungia floribunda,
J. sellowii.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos grandes de extremidades arredondadas, área
polar pequena e saliente, cólporos visíveis, exina biestratificada e não cavada.
Medidas: P: 35 µm (26-40), E: 30 µm (24-38), exina: 4 µm (3-5).
tipo Mutisia
Fig. 49 k-l
Espécies incluídas: Mutisia coccinea, M. speciosa, Triclocline catharinensis, T. macrocephala.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen grandes, prolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos longos, cólporos visíveis, área polar pequena e
saliente, exina biestratificada e não cavada, sexina levemente ondulada, ectosexina com o dobro
da espessura na região polar e endosexina mais espessa na região equatorial.
Medidas: P: 71 µm (61-89), E: 52 µm (41-65), exina P: 8 µm (4-12), exina E: 9 µm (4-15),
ornamentação: < 1µm.
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Mutisia descrita por Stix (1960).
tipo Pamphalea
Fig. 49 m-n
Espécies incluídas: Pamphalea araucariophila.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen pequenos, esférico, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, microequinados, colpos grandes com extremidades arredondadas, área
polar pequena, exina uniestratificada e não cavada, sexina com columelas evidentes e ‘robustas’.
Medidas: P: 20 µm (18-23), E: 19 µm (18-22), exina: 3 µm, ornamentação: <1 µm.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 129
tipo Perezia
Fig. 49 o
Espécies incluídas: Perezia cubatensis.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, triangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, microequinados, vestíbulo presente limitado pela nexina e
sexina, microequinados, colpos muito grandes, área polar muito pequena, cólporos visíveis,
exina biestratificada e não cavada, ectosexina e endosexina de mesma espessura.
Medidas: P: 40 µm (36-47), E: 38 µm (36-42), exina: 5,4 µm (4-6), ornamentação: <1 µm.
tipo Trixis
Fig. 50 a-b
Espécies incluídas: Trixis lessingii, T. praestans, T. stricta T. verbaciformis.
Descrição: Grãos de pólen médios, prolatos, subtriangular, 3-colporados, endoabertura
lalongada, microequinados, colpos longos, área polar pequena e saliente em VE, exina
biestratificada e não cavada, ectosexina com o dobro da espessura na região polar e endosexina
mais espessa na região equatorial.
Medidas: P: 48 µm (41-58), E: 32 µm (29-40), exina P: 5 µm (4-6), exina E: 4,5 µm (3-6),
ornamentação: < 1µm.
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Trixis descrita por Stix (1960).
tipo Centaurea melitensis
Fig. 50 c
Espécies incluídas: Centaurea melitensis.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, subprolatos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, exina psilada, colpos grandes, área polar pequena, cólporos visíveis,
exina biestratificada e não cavada, columelas pouco evidentes.
Medidas: P: 34 µm (30-39), E: 27 µm (23-33), exina: 3,5 µm (3-4).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Scabiosa descrita por Wagenitz (1955), entretanto, optou-se por sua
renomeação tendo como base táxons ocorrentes no RS.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 130
Grupo 2
tipo Centaurea tweediei
Fig. 50 d
Espécies incluídas: Centaurea tweediei.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, equinados, colpos curtos e estreitos, cólporos de difícil
visualização, exina biestratificada não cavada. Espinhos pequenos, esparsamente distribuídos
sobre a superfície da exina, columelados, ápices arredondados, duas cavidades e com ca. 18
espinhos em V.P.
Medidas: P: 47 µm (42-56), E: 47 µm (42-55), exina: 4 µm (3-5), ornamentação: 2 µm (1,5-3).
Obs: A morfologia diagnóstica para a espécies incluída neste tipo permite sua comparação e
correspondência com tipo Serratula descrita por Wagenitz (1955), entretanto, optou-se por sua
renomeação tendo como base táxons ocorrentes no RS.
Grupo 3
tipo Hypochaeris
Fig. 50 e
Espécies incluídas: Hieracium commersonii, Hypochaeris albiflora, H. catharinensis, H.
glabra, H. radiata, H. rosengurttii, H. variegata.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médio, esféricos, subtriangulares, 3-colporados,
equinolofados, poros pouco visíveis, exina não cavada, compostos por 6 lacunas paraporais, 6
lacunas abporais e 3 lacunas porais. Espinhos médios, distribuídos sobre muros, columelados, de
ápices levemente agudo, e com 20 a 35 espinhos em VP.
Medidas: P: 35 µm (25-46), E: 34 µm (27-46), exina: 4 µm (3-7), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
Obs: A morfologia diagnóstica para este tipo permite sua comparação ou correspondência com o
tipo Taraxacum descrita por Woodhouse (1928). Salgado-Labouriau (1983) descreveu o tipo
Hypochaeris para o norte dos Andes
tipo Elephantopus
Fig. 50 f
Espécie incluída: Elephantopus mollis.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, esféricos, circulares, triporados, poros
circulares, equinolofados, exina reticulada de forma poligonal. Espinhos pequenos, sólidos, ápice
arredondado em série única sobre os muros com ca. 30 espinhos em V.P.
Medidas: P: 35 µm (32-45), E: 35 µm (32-41), exina: 1 µm, ornamentação: 2,5 µm (5-7).
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 131
Obs: A morfologia diagnóstica para esta espécie permite sua comparação e correspondência com
o tipo Elephantopus descrita por Stix (1960). A espécie foi descrita para o Cerrado brasileiro por
Salgado-Labouriau (1973) como tipo Elephantopus mollis.
tipo Vernonia brevifolia
Fig. 50 g
Espécies incluídas: Vernonia brevifolia, V. constricta, V. hypochaeris, V. poliphylla.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, subtriangular, 3-
porados, equinolofados, poros pouco visíveis, exina reticulada de forma poligonal, compostos
por 12 lacunas paraporais localizadas na região equatorial (4 em cada mesocolpo), 6 lacunas
abporais, 6 lacunas interporais e 3 lacunas porais, área polar muito pequena o que ocasiona a
formação de um¨Y¨ podendo ser sinuoso ou não sinuoso, formado pela união dos muros (cristas)
das lacunas interporais. Espinhos pequenos, distribuídos sobre muros, columelados, levemente
arredondados, e com 20 a 30 espinhos em V.P.
Medidas: P: 48,5 µm (39-60), E: 49 µm (39-60), exina: 6 µm (5-8), ornamentação: 2,5 µm (1-3).
Obs: Stix (1960) classificou essa forma morfológica como tipo Vernonia arenaria, Salgado-
Labouriau (1973) classificou como subtipo de Vernonia. Posteriormente Keelley & Jones (1979)
classificaram-na como tipo B (equinolofado sem lacuna polar). Optou-se por sua renomeação
para facilitar a sua vinculação taxonômica com táxons do RS.
tipo Vernonia nudiflora
Fig. 50 h-i
Espécies incluídas: Vernonia discolor, V. echioides, V. incana, V. nitidula, V. nudiflora, V.
tweedieana, Grindelia discoidea.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, esféricos a prolato-esferoidais,
subtriangular, 3-colporados, subequinolofados, poros pouco visíveis, exina reticulada não
apresentando formas poligonais. Espinhos grandes, distribuídos sobre muros sinuosos,
columelados, com ápices arredondados, e com ca. 30 espinhos em V.P.
Medidas: P: 52 µm (43-68), E: 52 µm (40-64), exina: 5 µm (3-7), ornamentação: 5,5 µm (4-9).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo A (subequinolofados) descrita por Keelley & Jones (1979). Optou-se
por sua renomeação para facilitar a vinculação taxonômica.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 132
tipo Vernonia flexuosa
Fig. 50 j
Espécies estudadas: V. flexuosa, V. megapotamica.
Descrição morfológica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais a esféricos, circular,
3-porados, equinolofados, poros pouco visíveis, exina reticulada de forma poligonal, muros
sustentados por báculas que separam a sexina da nexina, compostos por 12 lacunas paraporais
localizadas na região equatorial (4 em cada mesocolpo), 6 lacunas abporais, 6 lacunas
interporais, 2 lacunas polares (uma em cada pólo) e 3 lacunas porais. Espinhos pequenos a
médios, distribuídos sobre muros, columelados, levemente arredondados, e com ca. 30 espinhos
em V.P.
Medidas: P: 47 µm (39-59), E: 42 µm (39-50), exina: 6 µm (5-8), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
Obs: Stix (1960) classificou essa forma como tipo Vernonia cognata (tratado na categoria de
subtipo por Salgado-Labouriau, 1973), Keelley & Jones (1979) classificaram essa morfologia
como tipo C (equinolofado com lacuna polar). Nesse trabalho, optou-se por sua nomeação
relativa à um elemento da flora do Estado, ocorrente em todas as regiões, para facilitar a sua
vinculação taxonômica.
Grupo 4
tipo Plucheae laxiflora
Fig. 50 k-l
Espécies incluídas: Pluchea laxiflora, P. sagittalis, Pterocaulon alopercuroides, P.
angustifolium, P. cordobense, P. lorentzii, S. macrocephalum, Stenachaenium megapotamicum,
S. riedelli, Tessaria absinthioides, Porophyllum ruderale, Sphagneticola trilobata.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, subtriangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil visualização,
exina cavada aumentando na região mediana do mesocolpo. Espinhos grandes e robustos,
columelas mais altas na base dos espinhos, ápices arredondados com uma cavidade e 9 a 12
espinhos em V.P.
Medidas: P: 35 µm (25-50), E: 30 µm (25-50), exina: 2,3 µm (2-4), ornamentação: 4,5 µm (4-7).
tipo Pluchea oblongifolia
Fig. 50 m-n
Especies incluidas: Pluchea oblongifolia, P. polystachyum.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais, circular a subtriangular,
3-colporados, endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil
visualização, exina cavada pouco visível. Espinhos grandes e robustos, columelas mais altas na
base dos espinhos, bases largas, ápices arredondados com uma cavidade e 9 espinhos em V.P.
Medidas: P: 35 µm (31-41), E: 34 µm (32-41), exina: 2 µm (2-2,5), ornamentação: 6 µm (5-7).
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 133
tipo Pterocaulon
Fig. 50 o-p
Espécies incluidas: Pterocaulon polypterum, P. rugosum.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidais, circular a subtriangular,
3-colporados, endoabertura lalongada, equinados, colpos médios, cólporos de difícil
visualização, exina cavada e aumentando na região mediana do mesocolpo. Espinhos grandes e
robustos, columelas mais altas na base dos espinhos cônicos e de bases 2x maior que a altura
com ápices arredondados e ca. 12 espinhos em V.P.
Medidas: P: 34 µm (30-37), E: 33 µm (30-40), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 4,5 µm (3-5).
tipo Ambrosia
Fig. 51 a-b
Espécies incluídas: Ambrosia tenuifolia, Xanthium strumarium.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, oblato-esferoidal, subtriangular, 3-
colporados, endoabertura lalongada, microequinados, colpos muito curtos, cólporos bem visíveis
em VE, exina simples e cavada aumentando na região do mesocolpo. Espículas distribuídas
uniformemente por toda a superfície da exina.
Medidas: P: 25 µm (21-27), E: 25 µm (22-28), exina: 4,5 µm (4-5,5), ornamentação: <1 µm.
tipo Chevreulia
Fig. 51 c-d
Especies incluidas: Chevreulia acuminata.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen pequenos, esferoidais, circular, 3-colporados,
endoabertura de difícil visualização, endoabertura lalongada, equinados, colpos curtos e de
extremidades afiladas, cólporos pouco visíveis, exina não cavada. Espinhos pequenos, cônicos,
ápices afilados, densamente distribuídos por toda a superfície da exina e ca. 30 espinhos em V.P.
Medidas: P: 22 µm (18-25), E: 22 µm (18-32), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 1,5 µm (1-2).
Obs: A morfologia diagnóstica para a espécie incluída neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Chevreulia acuminata descrito por Salgado-Labouriau (1983), para
a flora do norte dos Andes.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 134
tipo Eupatorium
Fig. 51 e-f
Espécies incluídas: Erechtites hieracifolia, E. valerianifolia, Adenostemma brasilianum,
Eupatorium clematideum, E. inulaefolium, E. laevigatum, E. pedunculosum, E. rufenses,
Gymnocoris spilanthoides, Mikania viminea.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, subprolatos a suboblatos, subtriangular, 3-
colporados, colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada aumentando na
região do mesocolpo. Espinhos pequenos, columelados, cônicos, de bases esparsas ca. 3µm de
distância entre os ápices, com ca. 15 espinhos em V.P.
Medidas: P: 35 µm (25-50), E: 35 µm (25-50), exina: 2,5 µm (2-4), ornamentação: 2,5 µm (2-3).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Eupatorium descrito por Stix (1960).
tipo Heliantheae
Fig. 51 g-h
Espécies incluídas: Acanthospermum australes, Acmella bellidioides, A. decumbens, A.
psilocarpa, A. serratifolia, Angelphytum grisebachii, A. oppositifolium, Aspilia montevidensis,
Bidens alba, B. laevis, B. pilosa, Blainvillea biaristata, Calea pinnatifida, C. serrata, Conyza
floribunda, C. primulifolia, E. megapotamica, Enydra anagalis, Galinsoga parviflora, Grindelia
pulchella, Hysterionica filiformis, Jaegeria hirta, Tagetes minuta, Verbesina glabrata, V.
sordescens, Viguiera anchusaefolia, Wedelia trilobata.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, prolato-esferoidais a oblato-esferoidais,
subtriangular, 3-colporados, colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada
aumentando na região do mesocolpo. Espinhos médios a grandes, columelados, a base é menor
que a altura, ápice muito aguçado, com uma cavidade e ca. 15 a 18 espinhos em V.P.
Medidas: P: 35 µm (25-50), E: 35 µm (25-50), exina: 2,5 µm (3-4), ornamentação: 5 µm (4-7).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação ou
correspondência com o tipo Helianthus de Stix (1960).
tipo Baccharis
Fig. 51 i
Espécies incluídas: Baccharis articulata, B. dentata, B. megapotamica, B. patens, B. sagittalis,
B. spicata, B. stenocephala, B. trimera, B. usterii, Conyza blakei, Eupatorium tweedieana,
Mikania corfolia, M. micrantha.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen pequenos a médios, prolato-esferoidais a oblato-
esferoidais, subtriangular, 3-colporados, colpos médios, endoabertura lalongada, equinados,
exina cavada aumentando na região do mesocolpo. Espinhos grandes, columelados, forma cônica
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 135
onde base e altura são equivalentes, ápice muito aguçado, com uma cavidade e ca. 12 a 15
espinhos em V.P.
Medidas: P: 30 µm (18-40), E: µm (18-40), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 2,5 µm (2-4).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação e
correspondência com o tipo Baccharis de Stix (1960), também registrado no Cerrado brasileiro
(Salgado-Labouriau, 1973).
tipo Senecio
Fig. 51 j-k
Espécies incluídas: Achyrocline satureioides, A. vauthieriana, Aster squamatus, Eupatorium
bupleurifolium, Facelis retusa, Heterothalamus alienus, H. Psiadioides, Noticastrum
gnaphalioides, N. marginatum, Senecio bonariensis, S. brasiliensis, S. conyzoides, S.
heterotrichius, S. madagascariensis, S. ombrophilus, S. oxyphyllus, S. pinnatus, S. platensis, S.
promatensis, S. pulcher, S. selloi, Stenachaenium adenanthum, Stenachaenium campestre,
Solidago chilensis, Sommerfeltia spinulosa.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, oblato a prolato-esferoidais, subtriangular,
3-colporados, colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada de difícil
visualização ou aumentando na região do mesocolpo. Espinhos médios, columelados, de forma
cônica onde base e altura são equivalentes, com uma cavidade e ca. 12 a 18 espinhos em V.P.
Medidas: P: 35µm (25-50), E: 35 µm (25-50), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3 µm (2,5-5).
Obs: A morfologia diagnóstica para as espécies incluídas neste tipo permite sua comparação ou
correspondência com o tipo Senecio proposto por Stix (1960), tamm registrado no Cerrado
brasileiro (Salgado-Labouriau, 1973).
tipo Soliva
Fig. 51 l
Espécies incluídas: Soliva pterosperma
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, esféricos, subtriangular, 3-colporados,
endoabertura lalongada, equinados, colpos longos e estreitos, cólporos pouco visíveis, exina
punctada com columelas robustas e não cavada. Espinhos pequenos, cônicos, columelados, de
bases largas, ápices afilados e com ca. 21 espinhos em V.P.
Medidas: P: 26 µm (24-29), E: 26 µm (21-29), exina: 3 µm (2-4), ornamentação: 1,5 µm (1-2).
Obs: O grão de pólen desta espécie enquadra-se no tipo Gnaphalium descrito por Stix (1960),
nenhuma espécie de Gnaphalium foi estudada neste trabalho.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos 136
tipo Calea
Fig. 51 m-n
Espécies incluídas: Calea clematidea, C. kristiniae, Isostigma peucedanifolium.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, esféricos, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada de difícil visualização.
Espinhos grandes, columelas mais altas na base dos espinhos, ápices levemente arredondados,
com uma cavidade e ca. 12 espinhos em V.P.
Medidas: P: 35 µm (30-38), E: 36 µm (28-39), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 5 µm (4-7).
tipo Eclipta elliptica
Fig. 51 o-p
Espécies incluídas: Eclipta elliptica.
Descrição polínica do tipo: Grãos de pólen médios, esféricos, subtriangular, 3-colporados,
colpos médios, endoabertura lalongada, equinados, exina cavada de difícil visualização.
Espinhos médios, a largura da base estende-se até o ápice que é nitidamente arredondado,
columelas pouco evidentes, com ca. 12 espinhos em V.P.
Medidas: P: 28 µm (25-30), E: 28 µm (26-31), exina: 2,5 µm (2-3), ornamentação: 3,5 µm (3-5).
Figura 49: Representações gráficas dos tipos polínicos: a-b. tipo Dasyphyllum: a. VP, b. Corte óptico em VP; c-e.
tipo Schlechtendalia: c. VP, d. Corte óptico em VP, e. Corte óptico em VE; f-h. tipo Chaptalia: f. VP, g. Corte
óptico em VP, h. Corte óptico em VE; i-j. tipo Holocheilus: i. VP, j. Corte óptico em VE; k-l. tipo Mutisia: k. Corte
óptico em VP, l. Corte óptico em VE; m-n. tipo Pamphalea: m. Corte óptico em VP, n. VP; o. tipo Perezia: o. Corte
óptico em VP.
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50 µm
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Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos, representações gráficas 137
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Figura 50: Representações gráficas dos tipos polínicos: a-b. tipo Trixis: a. Corte óptico em VP, b. Corte óptico em
VE; c.tipo Centaurea melitensis: c. Corte óptico em VP; d. tipo Centaurea tweediei: d. Corte óptico em VP; e. tipo
Hypochaeris: e. Corte óptico em VP; f. tipo Elephantopus: f. VP; g. tipo Vernonia brevifolia: g. VP; h-i. tipo
Vernonia nudiflora: h. VP, i. VE; j. tipo Vernonia flexuosa: j. VP; k-l. tipo Pluchea laxiflora: k. VP, l. VE; m-n. tipo
Pluchea oblongifolia: m. VP, n. Corte óptico em VP; o-p. tipo Pterocaulon: o.VP, p. VE.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos, representações gráficas 138
o
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50 µm
a
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c
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Figura 51: Representações gráficas dos tipos polínicos: a-b. tipo Ambrosia: a. VP, b. VE; c-d. tipo Chevreulia: c.
VP, d. VE; e-f. tipo Eupatorium: e. Corte óptico em VP, f. VP; g-h. tipo Heliantheae: g. VP, h. VE; i. tipo Baccharis:
i. VP; j-k. tipo Senecio: j. VP, k. VE; l. tipo Soliva: l. Corte óptico em VP; m-n. tipo Calea: m. Corte óptico em VP, n.
VE; o-p. tipo Eclipta elliptica: o. VP, p. VE.
Palinologia de Asteraceae: determinação dos tipos polínicos, representações gráficas 139
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
140
Capítulo IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
IV. 1. O uso dos tipos propostos na palinologia do Quaternário
Em termos botânicos, todas as tribos descritas para a família no Rio Grande do Sul
foram estudadas do ponto de vista palinológico, o que garante certa abrangência sobre o
conhecimento da variedade polínica da família no Estado.
A validade com relação ao uso dos tipos propostos só será verificada a partir da
identificação de conjuntos palinológicos em sedimentos quaternários, que é a finalidade dessa
categoria parataxonômica.
A motivação de um levantamento mais detalhado para esta família no Rio Grande do Sul
parte do princípio que grãos de pólen fósseis vinculados à família Asteraceae, embora de
morfologias com visíveis variações (na estrutura da exina, diferença significativa de tamanho,
tipo de ornamentação da exina entre outros), são vinculadas a poucos “tipos polínicos¨. Ou
ainda, mais generalizadamente, como o alocamento de grãos da família em níveis de hierarquia
taxonômica superiores, como “Asteraceae subf. Asteroideae” ou “Asteraceae subf.
Cichoroideae”. Como conseqüência, embora com expressiva importância quantitativa, o registro
palinológico fóssil não tem expressado a real diversidade da família.
Nesse contexto, muitas morfologias desconhecidas e de grande importância do ponto de
vista paleobiogeográfico eram atribuídas a estes ¨grupos¨ ou como não identificadas
(indeterminados), por não serem conhecidos como pertencentes à flora polínica atual, como é o
caso do tipo Schelechtendalia (fig. 54b), descrito pela primeira vez neste trabalho, conforme
discutido mais adiante.
Além disso, a maioria dos trabalhos publicados não traz descrições e/ou ilustrações,
impedindo assim uma comparação direta dos tipos e o material citado na literatura, com exceção
de alguns trabalhos monográficos (dissertações e teses de doutoramento), o que agrava mais
ainda a análise do ponto de vista do reconhecimento de outras formas morfológicas.
As identificações são relativamente limitadas, conforme discutido no capítulo
precedente, pela falta de informações palinológicas detalhadas das espécies viventes na flora do
Estado, dentre as quais as estudadas neste trabalho.
Embora alguns autores tenham estudado táxons de Asteraceae de forma detalhada como
por exemplo: ¨Key to the Compositae Pollen of Northern Andes¨, trabalho descritivo realizado
no norte dos Andes (Salgado-Labouriau, 1983) onde foram propostos tipos polínicos para a
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
141
região, Urtubey & Tellaria (1998) que descreve a tribo Barnadesioideae para a América, os
trabalhos realizados na região sudeste do Brasil, Gonçalves-Esteves (1986, 1988, 1989),
Mendonça & Gonçalves-Esteves (2000), Peçanha et al. (2001), Mendonça et al. (2002),
Melhem et al. (2003) e Mendonça et al. (2007), as descrições não podem ser utilizadas
indistintamente fora da região de ocorrência dos respectivos táxons, com exceção de espécies
que tenham sua distribuição mais abrangente. Isso é decorrente de que os grãos fossilizados
podem corresponder à mesma morfologia, mas podem ser relativos a diferentes entidades, com
hábito e habitates não necessariamente iguais, ainda que não esteja descartada a ocorrência de
formas comuns em várias regiões.
Como exemplo, podem ser comparados os tipos propostos neste trabalho e as descrições
de algumas espécies da família realizadas por Salgado-Labouriau (1973 e 1983) com base em
material do Cerrado brasileiro e norte dos Andes, que vincula várias espécies adaptando as
mesmas às descrições de Stix (1960) e descrevendo novas formas, e os realizados por
Gonçalves-Esteves (1986, 1988, 1989), Mendonça & Gonçalves-Esteves (2000), Peçanha et al.
(2001), Mendonça et al. (2002), Melhem et al. (2003) e Mendonça et al. (2007), verificando-se
que várias espécies têm correspondência morfológica aos tipos aqui propostos, porém grande
número não ocorrendo no Rio Grande do Sul, não sendo possível a comparação com esses
táxons.
Essas constatações motivaram a análise de alguns níveis amostrados em trabalhos
prévios sobre palinologia do Quaternário do Rio Grande do Sul, na tentativa de “testar” os tipos
propostos, com base em observações diretas deste autor.
Dessa forma, foram selecionadas duas localidades conhecidas com ocorrência de grãos
de pólen de Asteraceae em sedimentos quaternários no Estado do Rio Grande do Sul: Cambará
do Sul (Behling et al. 2003) e Águas Claras (Bauermann, 2003), que correspondem a duas
distintas regiões fisiográficas do estado, quais sejam, Campos de Cima da Serra e Litoral,
respectivamente.
De cada localidade, foram analisadas duas lâminas previamente estudadas e fornecidas
pelos autores correspondentes, sendo delas identificados somente os grãos de pólen relativos às
Asteraceae, conforme taxonomia proposta neste trabalho. Para facilitar a compreensão e análise,
os grãos de Asteraceae identificados em cada nível estudado foram ilustrados, compondo as
figuras 52, 53 e 54.
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
142
O estudo de Behling et al. (2003) em Cambará do Sul é baseado em uma perfuração de
212 cm, com datação em sua base de 42.840
14
C AP, constituindo a datação quaternária mais
antiga para o Estado, atingindo a época peniglacial.
Nesse trabalho, os táxons relativos à família Asteraceae são denominados como:
Asteraceae subf. Asteroideae, “tipo Baccharis, tipo Senecio, tipo Jungia, tipo Triclocline e
Pamphalea¨. Deste trabalho, foram selecionadas duas lâminas relativas aos níveis basais de 200
cm e 160 cm, estes níveis correspondem a idades pleistocênicas datando aproximadamente de
41.000 A.P e 31.000 A.P respectivamente. A releitura dessas lâminas permitiu a identificação e
ilustração de outros tipos polínicos, além dos constatados originalmente no trabalho citado.
Na lâmina correspondente à profundidade de 200 cm, foi registrada a presença de 10
tipos polínicos: tipo Baccharis (Fig. 52a e 52c), tipo Vernonia nudiflora (Fig. 52b), tipo
Vernonia fluxuosa (Fig. 52d), tipo Hypochaeris (Fig. 52e), tipo Mutisia (Fig. 52f), tipo
Pamphalea (Fig. 52g), tipo Trixis (Fig. 52h), tipo Eupatorium (Fig. 52i), tipo Heliantheae (Fig.
52j) e tipo Senecio (Fig. 52k).
Na lâmina correspondente à profundidade de 160 cm, nove tipos foram registrados: tipo
Hypochaeris (Fig. 53a), tipo Vernonia flexuosa (Fig. 53b), tipo Mutisia (Fig. 53c), tipo
Heliantheae (Fig. 53d), tipo Pamphalea (Fig. 53e, h e i), tipo Baccharis (Fig. 53f), tipo Senecio
(Fig. 53g), tipo Eupatorium (Fig. 53j) e tipo Ambrosia (Fig. 53k).
Destes, provavelmente grãos originalmente atribuídos ao tipo Vernonia pelos autores,
foram aqui separados e enquadrados em três novos tipos: tipo Vernonia nudiflora (Fig. 52b),
tipo Hypochaeris (Fig. 53a) e tipo Vernonia flexuosa (Fig. 52d, 53b). O tipo Pamphalea (Fig.
52g e 53e, h e i) e o tipo Trixis (Fig. 52h) e o tipo Mutisieae foram confirmados. Contudo, o tipo
Heliantheae (Fig. 52j e 52d), tipo Eupatorium (Fig. 52i e 53j) e tipo Ambrosia (Fig. 53k) devem
ter sido considerados pelos autores como “Asteraceae subf. Asteroideae”. Por outro lado, o tipo
Jungia
não foi observado na análise do presente trabalho.
O estudo de Bauermann (2003) em Águas Claras é baseado em uma perfuração de 275
cm, cuja base tem datação de 10.974
14
C AP, que corresponde, aproximadamente, ao limite
Pleistoceno/Holoceno. Nesse trabalho, os táxons relativos à família Asteraceae são
denominados de Asteroideae, tipo Baccharis, tipo Gnaphalium, tipo Jungia/Holocheilus, tipo
Senecio, Vernonia sp. e gênero Trixis sp. Desta localidade, foram selecionadas duas lâminas
relativas aos níveis de 260 cm e 58 cm, que correspondem à idade entre o limite
Pleistoceno/Holoceno c.a 10.500 A.P e 1.500 A.P respectivamente.
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
143
Na lâmina correspondente à profundidade de 260 cm, registrou-se a presença de seis
tipos polínicos: tipo Ambrosia (fig. 54a), tipo Schelchtendalia (Fig. 54b), tipo Baccharis (Fig.
54c), tipo Holocheilus (Fig. 54d), tipo Eupatorium (Fig. 54e) e tipo Heliantheae (Fig. 54f).
Na lâmina correspondente à profundidade de 58 cm, também foram registrados seis tipos
polínicos: tipo Baccharis (Fig. 54g), tipo Senecio (Fig. 54h), tipo Vernonia flexuosa (Fig. 54i),
tipo Heliantheae (Fig. 54j), tipo Eupatorium (Fig. 54k) e tipo Hypochaeris (Fig. 54l).
Destes, provavelmente os grãos originalmente atribuídos a Vernonia sp. foram separados
e enquadrados em dois tipos: tipo Vernonia flexuosa (Fig. 54i) e tipo Hypochaeris (Fig. 54l).
Comparando-se os tipos descritos nesse trabalho e a ilustração de Vernonia sp. apresentada pela
autora (Bauermann, 2003, estampa VI, fig. P), os tipos mais próximos seriam o tipo V.
brevifolia e tipo V. flexuosa; contudo, não é possível fazer uma atribuição mais refinada do
espécime ilustrado tendo em vista que o último tipo só é identificável com base na presença de
lacuna polar.
Os tipos Eupatorium (Fig. 54e e 54k) e o tipo Heliantheae (Fig.54f e 54j) devem ter sido
atribuído pela autora como “Asteraceae subf. Asteroideae”. No entanto o tipo
Jungia/Holocheillus, encontrado pela autora, deve corresponder ao tipo Holocheillus deste
trabalho. O tipo Trixis não foi evidenciado, tal como apontado pela autora especificamente no
nível.
O tipo Schelchtendalia (Fig. 54b), proposto neste trabalho, constitui forma inédita para o
Quaternário do Rio Grande do Sul, sendo vinculado à tribo Barnadesioideae, mais basal na
evolução desta família. Sua posição cronológica é de suma importância para estudos de
paleobiogeografia do grupo.
Para exemplificar a validade dos resultados obtidos no levantamento asterológico do Rio
Grande do Sul, ainda foi possível refinar alguns dados existentes considerando as ilustrações e
as descrições de Leonhardt (2007) em estudo de palinologia do Quaternário em material do
Planalto do Rio Grande do Sul (São Francisco de Paula), as espécies designadas como “tipo
Vernonia” (est. XI, fig. 30 e 31) parecem se enquadrar no tipo tal como descrito por Stix (1960).
Contudo, é possível uma atribuição mais detalhada ao tipo Vernonia flexuosa, proposto nesse
trabalho, que inclui V. flexuosa e V. megapotamica, ambas ocorrentes em todas as regiões
fisiográficas do Estado, considerando a presença de lacuna polar (visível na ilustração). Além
disso, algumas das espécies alocadas como Mutisiae poderiam ser mais refinadas dentro da
tribo. Mutisiae 1 e Mutiseae 3 devem corresponder ao tipo Trixis, e Mutisiae 2, ao tipo Perezia,
ambos descritos neste trabalho.
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
144
Essas comparações confirmam a carência de levantamento de dados para a família
Asteraceae no Estado. Por outro lado, constata-se que a apresentação em forma de ilustrações e
descrições de diversos espécimes para o mesmo táxon, seja qual for o nível hierárquico, permite
melhor avaliação posterior.
IV. 2. Conclusões
Este trabalho abrange todas as tribos citadas para a flora asterológica do Rio Grande do
Sul, constituindo o levantamento mais numeroso e completo para qualquer família de
angiospermas para a região sul do Brasil, contribuindo para o conhecimento detalhado da
morfologia polínica atual dos táxos viventes da família.
Das 14 tribos existentes no Brasil, 13 ocorrem no Estado (ausência da tribo Liabeae). A
família é representada em todas as regiões fisiográficas, principalmente na região da Campanha,
Campos de Cima da Serra, Serra do Sudeste e Litoral, principalmente nas formações
campestres.
Um total de 144 espécies de grãos da família foi descrito: Tribo Barnadesioideae
(Dasyphyllum spinescens, D. synacanthum, D. tomentosum, Schlechtendalia luzulaefolia),
Mutisieae (Chaptalia intergerrima, Gochnatia cordata, Holocheilus brasiliensis, H. ilustris, H.
monocephalus, Jungia floribunda, J. sellowii, Mutisia coccinea, M. speciosa, Pamphalea
araucariophila, Perezia cubatensis, Trichocline catharinensis, T. macrocephala, Trixis
lessingii, T. praestans, T. stricta, T. verbaciformis), Cardueae (Centaurea melitensis, C.
tweediei), Lactuceae (Hieracium commersonii, Hypochaeris albiflora, H. catharinensis, H.
glabra, H. radiata, H. rosengurttii, H. variegata), Vernonieae (Elephantopus mollis, Vernonia
brevifolia, V. constricta, V.discolor, V. echioides, V. flexuosa, V. hypochaeris, V. incana, V.
megapotamica, V. nitidula, V. nudiflora, V. polyphylla, V. tweedieana), Plucheeae (Pluchea
laxiflora, P. oblongifolia, P. sagittalis, Pterocaulon alopecuroides, P. angustifolium, P.
cordobense, P. lorentzii, P. polypterum, P. polystachyum, P. rugosum, Stenachaenium
adenathum, S. campestre, S. macrocephalum, S. megapotamicum, S. riedelii, Tessaria
absinthioides), Gnaphalieae (Achyrocline satureioides, A. vauthieriana, Chevreulia acuminata,
Facelis retusa), Astereae (Aster squamatus, Baccharis articulata, B. dentata, B. megapotamica,
B. patens, B. sagittalis, B. spicata, B. stenocephala, B. trimera, B. usterii, Conyza blakei, C.
floribunda, C. primulifolia, Grindelia discoidea, G. pulchella, Heterothalamus alienus, H.
psiadioides, Hysterionica filiformis, Noticastrum gnaphalioides, N. marginatum, Solidago
chilensis, Sommerfeltia spinulosa), Anthemideae (Soliva pterosperma), Senecioneae
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
145
(Erechtites hieracifolia, E. valerianifolia, Senecio bonariensis, S. brasiliensis, S. cisplatinus, S.
conyzoides, S. heterotrichius, S. madagascariensis, S. ombrophilus, S. oxyphyllus, S. pinnatus,
S. platensis, S. promatensis, S. pulcher, S. selloi), Helenieae (Porophyllum ruderale, Tagetes
minuta), Heliantheae (Acanthospermum australes, Acmella bellidioides, A. decumbens, A.
psilocarpa, A. serratifolia, Ambrosia tenuifolia, Angelphytum grisebachii, A. oppositifolium,
Aspilia montevidensis, Bidens alba, B. laevis, B. pilosa, Blainvillea biaristata, Calea
clematidea, C. kristiniae, C. pinnatifida, C. serrata, Eclipta elliptica, E. megapotamica, Enydra
anagalis, Galinsoga parviflora, Isostigma peucedanifolium, Jaegeria hirta, Sphagneticola
trilobata, Verbesina glabrata, V. sordescens,
Viguiera anchusaefolia, Wedelia trilobata,
Xanthium strumarium), e Eupatorieae (Adenostemma brasilianum, Eupatorium bupleurifolium,
E. clematideum, E. inulaefolium, E. laevigatum, E. pedunculosum, E. rufenses, E. tweedieana,
Gymnocoronis spilanthoides, Mikania cordifolia, M. micrantha, M. viminea).
O detalhamento da morfologia polínica dessas espécies permitiu sua divisão em grupos,
utilizando-se, como característica principal, a estrutura da exina, feição menos variável dentro
das tribos ou gêneros desta família. Considerando-se outros critérios distintivos (e.g., dimensões
do tamanho, espessamento da sexina, natureza das aberturas, tipo e forma da ornamentação), as
espécies alocadas em cada grupo foram subdividas em “tipos’, quais sejam:
Grupo 1: grãos de pólen com dois a três estratos na sexina, variando de psilados a
microequinados. São inseridos neste grupo: tipo Dasyplhyllum, tipo Schlechtendalia, tipo
Chaptalia, tipo Holocheilus, tipo Mutisia, tipo Pamphalea, tipo Perezia, tipo Trixis, tipo
Centaurea melitensis;
Grupo 2: grãos de pólen com dois estratos na sexina e ornamentação equinada. O tipo
Centaurea tweediei é o único definido para o grupo;
Grupo 3: grãos de pólen com sexina uniestratificada e ornamentação de tipo
equinolofada. São inseridos neste grupo: tipo Hypochaeris, tipo Elephantopus, tipo Vernonia
brevifolia, tipo Vernonia nudiflora, tipo Vernonia flexuosa;
Grupo 4: grãos de pólen com sexina uniestratificada e ornamentação de tipo equinada.
São inseridos neste grupo: tipo Plucheae laxiflora, tipo
Pluclea oblongifolia, tipo
Pterocaulon, tipo Ambrosia, tipo Chevreulia, tipo Eupatorium, tipo Heliantheae, tipo
Baccharis, tipo Senecio, tipo Soliva, tipo Calea, e tipo Eclipta elliptica.
Das 144 espécies estudadas, os 27 tipos polínicos reconhecidos são referentes a oito
conhecidos previamente da literatura (tipos clássicos: tipo Baccharis, tipo Senecio, tipo
Eupatorium, tipo Mutisia, tipo Trixis, tipo Elephantopus, tipo Ambrosia e tipo Helianthus) e 10
correspondem a morfologias similares a tipos já descritos em outras regiões do planeta, mas
Palinologia de Asteraceae: considerações finais
146
cujos gêneros não ocorrem no Estado do Rio Grande do Sul, sendo aqui renomeados com base
na flora local (tipo Dasyphyllum, tipo Chaptalia, tipo Centaurea melitensis, tipo Centaurea
tweediei, tipo Vernonia brevifolia, tipo Vernonia nudiflora, tipo Vernonia flexuosa, tipo
Hypochaeris, tipo Chevreulia e tipo Soliva). Nove tipos são propostos como novos (tipo
Schlechtendalia, tipo Holocheilus, tipo Pamphalea, tipo Perezia, tipo Plucheae laxiflora, tipo
Pluclea oblongifolia, tipo Pterocaulon, tipo Calea, tipo Eclipta elliptica.
Os trabalhos de palinologia de Quaternário têm como finalidade maior a interpretação
dos paleoclimas e, por isso, são de certa forma limitados em termos taxonômicos. A análise de
alguns níveis selecionados serviu como modelo, sendo possível mostrar refinamento
taxonômico. Em todos os materiais reanalisados diretamente pelo autor, constatou-se maior
diversidade da família Asteraceae, proporcionando uma maior aproximação botânica das formas
fósseis com os gêneros e espécies atuais. Os tipos reconhecidos deverão contribuir na
identificação da família em depósitos sedimentares, fornecendo subsídios para trabalhos futuros
de abordagem paleobiogeográfica e em trabalhos de actuopalinologia com relação ao modo de
dispersão em chuvas polínicas e sedimentos mais superficiais.
a
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c
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Palinologia de Asteraceae: discussão dos resultados, Cambará do Sul 147
j
Figura 52: Fotomicrografias de grãos de pólen de Asteraceae em sedimentos de Cambará do Sul : amostra 1: a. tipo
Baccharis (P-203, England Finder P462); b. tipo Vernonia nudiflora (P-203, EF. H264); c.tipo Baccharis (P-203, EF.
C274); d. tipo Vernonia flexusa (P-203, EF. K423); e. tipo Hypochaeris (P-203, EF. F324);f. tipo Mutisia (P-203, EF.
F 234); g. tipo Pamphalea (P-203, EF. L350); h. tipo Trixis (P-203, EF. M412); i. tipo Eupatorium (P-203, EF.
P401); j. tipo Heliantheae (P-203, EF. R333); tipo Senecio (P-203, EF. R373).
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: discussão dos resultados, Cambará do Sul 148
Figura 53: Fotomicrografias de grãos de pólen de Asteraceae em sedimentos de Cambará do Sul: amostra 2: a. tipo
Hypochaeris (P-160, England Finder R374); b. tipo Vernonia flexuosa (P-160, EF. H264); c. tipo Mutisia (P-160,
EF. P394); d. tipo Heliantheae (P-160, EF. S412); e. tipo Pamphalea (P-160, EF. D470); f. tipo Baccharis (P-160,
EF. G414); g. tipo Senecio (P-160, EF. G414); h-i. tipo Pamphalea (P-160, EF. P213); j. tipo Eupatorium (P-160,
EF. M354); k. tipo Ambrosia (P-160, EF. F264).
a
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i j k
0
50 µm
Palinologia de Asteraceae: discussão dos resultados, Águas Claras 149
0
50 µm
Figura 54: Fotomicrografias de grãos de pólen de Asteraceae em sedimentos de Águas Claras: amostra 1: tipo
Ambrosia (P-260, England Finder C437); b. tipo Schlechtendalia (P-260, EF J202); c. tipo Baccharis (P-260, EF
D122); d. tipo Holocheillus (P-260, EF C253); e. tipo Eupatorium (P-260, EF C254); f. tipo Heliantheae (P-260, EF
G414); amostra 2: g. tipo Baccharis (P-58, EF G414); h. tipo Senecio (P-58, EF G194); i f. tipo Vernonia flexuosa
(P-58, EF H144); j. tipo Heliantheae (P-58, EF U242); k. tipo Eupatorium (P-58, EF E251); l. tipo Hypochaeris (P-
58, EF E252).
a
b
c
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f
h
k
g
d
j
L
i
150
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