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Índice de iodo na maioria dos óleos que possui grande quantidade de ácido oléico na
sua composição tem índice de iodo compreendido entre 80 e 110, sendo assim insaturados e
os que possuem grande quantidade de ácido linoléico o seu índice é superior a 110.
Comparando com outras oleaginosas, as variedades de faveleira possuem valores no
índice de iodo inferior ao do óleo de soja (120-143,00g I
2
/100g), superior ao dos óleos de
dendê (50-60,00g I
2
/100g), amendoim (80-106,00g I
2
/100g) (BRASIL, 1999) e macadâmia
(73-74,00g I
2
/100g) (RIBEIRO, 2003), e, semelhante ao dos óleos de milho (103-128,00g
I
2
/100g), girassol (110-143,00g I
2
/100g), canola (110-126,00g I
2
/100g), algodão (99-119,00g
I
2
/100g) (BRASIL, 1999) e fava de morcego (113,2-113,6 g I
2
/100g) (QUEIROGA NETO,
2005).
O Índice de peróxido da faveleira está em conformidade com o índice máximo
aceitável pela legislação atual (BRASIL, 1999), concordante com a legislação do CODEX
Alimentarius (1993), que estabelece o máximo de 10,0 mEq/1000g de óleo. O índice de
peróxido apresentado pelos óleos analisados foram superior ao óleo de macadâmia (0,50-0,52
mEq/1000g) (RIBEIRO,2003) e inferior ao da fava de morcego (2,63-2,97 mEq/1000g)
(QUEIROGA NETO,2005) e aos óleos comerciais (milho, girassol, dendê, canola, soja,
algodão e amendoim) que apresentaram valor máximo de 10,0 mEq/1000g (BRASIL, 1999).
Observa-se que a composição físico-química do óleo das variações da faveleira
apresentou um baixo índice de acidez e de peróxido, revelando está em bom estado de
conservação e enquadrado dentro dos limites para óleo bruto estabelecido pelas normas de
padrões e controle de qualidade dos órgãos oficiais (legislação do CODEX Alimentarius,
1993).
O índice de saponificação da faveleira com espinho é superior ao óleo de milho
(187,00-195,00), girassol (188,00-194,00), canola (182,00-193,00), soja (189,00-195,00)
(BRASIL, 1999), fava de morcego (177,90-179,90) (QUEIROGA NETO, 2005), óleo da
semente de Garcinia mangostana (134) (AJAYI et al., 2007). Valores aproximados aos óleos
de dendê (190,00-209,00), algodão (189,00-198,00), amendoim (187,00-196,00) (BRASIL,
1999) e inferior ao óleo de macadâmia (208,10) (RIBEIRO, 2003), óleo da semente de
Brachystegia eurycoma (251,00), Tamarindus indica (221,00) e Mucuna agellipes (229,00)
(AJAYI et al., 2006).
Já o óleo da faveleira sem espinhos apresentou índice de saponificação superior ao
óleo da semente de Garcinia mangostana (134,00) (AJAYI et al., 2007), Aleppo Pine (Pinus
halepensis Mill.) (190,00) (CHEIKH-ROUHOU et al., 2006), macadâmia (208,10)
(RIBEIRO, 2003), milho, girassol, dendê, canola, soja, algodão e amendoim (BRASIL, 1999)