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Carlos Haruo Arasaki
FATORES PROGNÓSTICOS DE REGURGITAÇÃO
CRÔNICA E DE PERDA DE PESO APÓS BYPASS
STRICO EM Y-DE-ROUX COM ANEL DE
SILICONE PARA TRATAMENTO DE OBESIDADE
Tese apresentada à Universidade
Federal de São Paulo Escola
Paulista de Medicina, para
obtenção do Título de Doutor em
Ciências
Orientador:
Prof. Dr. José Carlos Del Grande
São Paulo
2005
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ii
Ficha Catalográfica
Arasaki, Carlos Haruo
Fatores prognósticos de regurgitação crônica e de perda de peso
após bypass gástrico em Y-de-Roux com anel de silicone para
tratamento de obesidade/Carlos Haruo Arasaki.-- São Paulo, 2005.
xix, 111f.
Tese (Doutorado) Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista
de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Gastroenterologia Cirúrgica.
Título em inglês: Predictive factors of chronicle regurgitation and weight
loss after silicon ring Roux-en-Y gastric bypass for obesity treatment.
1. Obesidade Mórbida. 2. Manometria. 3. Refluxo Gastroesofágico. 4.
Derivação Gástrica. 5. Elastômeros de Silicone.
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iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE CIRURGIA
Chefe do Departamento: Prof. Dr. Tarcísio Triviño
Coordenador do Curso de Pós-Graduação: Prof. Dr. Delcio Matos
iv
Carlos Haruo Arasaki
FATORES PROGNÓSTICOS DE REGURGITAÇÃO
CRÔNICA E DE PERDA DE PESO APÓS BYPASS
GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX COM ANEL DE
SILICONE PARA TRATAMENTO DE OBESIDADE
Presidente da Banca: Prof. Dr. José Carlos Del Grande
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr.
Prof. Dr.
Prof. Dr.
Prof. Dr.
Prof. Dr.
Aprovada em: ___ / ___/ _____
v
Dedicatória
Ao Professor Chibly Michel Haddad,
grande mestre, incentivador e amigo
vi
Agradecimentos
Pelo inestimável apoio dado em todos os momentos importantes,
Ao Prof. Dr. José Carlos Del Grande, Professor Adjunto da Disciplina de
Gastroenterologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Pela grata receptividade com que nos permitiu iniciar no campo da cirurgia bariátrica,
Ao Prof. Dr. Artur Belarmino Garrido Júnior, Professor Associado da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo
Pelos ensinamentos trazidos ao Curso de Pós-Graduação,
Ao Prof. Dr. Delcio Matos, Coordenador do Curso de Pós-Graduação da Disciplina de
Gastroenterologia Cirúrgica da UNIFESP
Pela gentil permissão de utilizar as instalações e facilidades da UNIFESP,
Ao Prof. Dr. Tarcísio Triviño, Diretor do Hospital São Paulo
Ao Prof. Dr. Edson José Lobo, Chefe da Disciplina de Gastroenterologia Cirúrgica
Ao Prof. Dr. Cvis M. Kobata, Responsável pelo Setor de Fisiologia Digestiva (SEFIDI)
Ao Prof. Dr. lio César Martinez, Co-Responsável pelo SEFIDI
À Profª. Drª. Maria Teresa Zanella, Titular da Disciplina de Endocrinologia da UNIFESP
Pela amizade, bom humor e solidariedade sempre presentes,
Ao Prof. Dr. Laércio G. Lourenço
vii
Pela estreita colaboração, sem a qual a tese não seria possível,
Ao Dr. Edison Takehiko Yanagita, Médico Examinador do SEFIDI
À Dr
a
. Ana Karina S. Alves, Médica Cirurgiã
Ao Dr. Daniel Riccioppo C. F. Oliveira, Médico Cirurgião
À Drª. Cristina de Miranda Kohmann, Médica Cirurgiã
À Dr
a
. Alessandra Nunes Faria, Médica Endocrinologista
Ao Dr. Fernando Flexa Ribeiro Filho, Médico Endocrinologista
À Dr
a
. Luciana Silveira Aranha, Médica Clínica Geral
À Sr
a
. Maria Isabel Rodrigues de Matos, Psicóloga
À Prof
a
. Kênia Mara Baiocchi de Carvalho, Nutricionista
À Prof
a
. Maria Alice de Gouveia Pereira, Nutricionista
À Prof
a
. Luciana Dias Chiavegato, Fisioterapeuta
Pelo estudo estatístico da presente tese,
Ao Prof. Dr. Cvis de Araújo Peres, Titular da Disciplina de Bioestatística da UNIFESP
À Srª. Adriana Sañudo, Consultora da empresa PGS Medical Statistics
viii
Epígrafe
“Com otimismo, em futuro não muito
distante, a necessidade de abordagem
cirúrgica para obesidade será obsoleta.
Mas, no momento atual, o bypass gástrico
oferece ao obeso mórbido controle
cirúrgico efetivo” (Mathias Fobi, 1998).
ix
Sumário
Dedicatória..................................................................................................................
v
Agradecimentos...........................................................................................................
vi
Epígrafe.......................................................................................................................
viii
Lista de Abreviaturas e Símbolos................................................................................
xi
Lista de Figuras...........................................................................................................
xiii
Lista de Tabelas..........................................................................................................
xiv
Lista de Quadros.........................................................................................................
xv
Lista de Anexos...........................................................................................................
xvi
Resumo.......................................................................................................................
xviii
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................
1
1. 1 Objetivos.............................................................................................................
5
2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................................
6
2. 1 Histórico do Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Anel de Silicone.................. 6
2. 2 Mecanismo de Restrição com Anel de Silicone.................................................
7
2. 3 Tamanho do Estreitamento e do Anel de Silicone.............................................
8
2. 4 Motilidade Gástrica na Obesidade e após Cirurgia Bariátrica............................
9
2. 5 Refluxo Gastroesofágico na Obesidade e após Cirurgia Bariátrica...................
11
2. 6 Vômito Crônico após Cirurgia Bariátrica............................................................
12
2. 7 Estudos Comparativos com Anel de Silicone e Estoma.................................... 14
3 MÉTODOS.............................................................................................................
16
3. 1 Delineamento de Pesquisa................................................................................ 16
3. 2 Casuística...........................................................................................................
17
3. 3 Tamanho da Amostra.........................................................................................
17
3. 4 Amostragem Aleatória........................................................................................
18
3. 5 Tamanho do Anel de Silicone............................................................................ 18
3. 6 Avaliação Pré-Operatória...................................................................................
19
3. 7 Manometria Esofágica........................................................................................
19
3. 8 Ética Médica e Consentimento Informado do Paciente..................................... 20
3. 9 Hospitalização....................................................................................................
21
3. 10 Anestesia..........................................................................................................
21
3. 11 Técnica Operatória...........................................................................................
21
x
3. 12 Rotina de Pós-Operatório.................................................................................
23
3. 13 Dieta no Pós-Operatório...................................................................................
23
3. 14 Controle Clínico Pós-Operatório...................................................................... 24
3. 15 Dados Analisados............................................................................................ 24
3. 16 Análise Estatística............................................................................................
26
4 RESULTADOS.......................................................................................................
28
4. 1 Apresentação dos Resultados........................................................................... 28
4. 2 Homogeneidade dos Grupos............................................................................. 28
4. 3 Efeito do Tamanho do Anel de Silicone.............................................................
32
4. 4 Comparação entre Categorias de Regurgitação Crônica.................................. 34
4. 5 Prognóstico de Regurgitação Crônica................................................................
36
5 DISCUSSÃO..........................................................................................................
39
5. 1 Caracterizando Vômito e Regurgitação............................................................. 39
5. 2 Vômito e Regurgitação após Cirurgia Bariátrica................................................
41
5. 3 Definição de Regurgitador Crônico....................................................................
42
5. 4 Incidência de Regurgitação Crônica.................................................................. 43
5. 5 Papel do Anel de Silicone na Regurgitação Crônica..........................................
44
5. 6 Outras Complicações relacionadas ao Anel de Silicone....................................
45
5. 7 Relação entre Perda de Peso, Anel de Silicone e Regurgitação Crônica..........
46
5. 8 Remoção do Anel de Silicone por Regurgitação Crônica..................................
47
5. 9 Refluxo Gastroesofágico e Obesidade...............................................................
48
5. 10 Esfíncter Esofágico Inferior como Mecanismo Anti-Refluxo............................ 49
5. 11 Esfíncter Esofágico Inferior e Obesidade.........................................................
51
5. 12 Esfíncter Esofágico Inferior após Cirurgia Bariátrica....................................... 51
5. 13 Crura Diafragmática e outros Mecanismos Anti-Refluxo................................. 52
5. 14 Doenças Associadas e Regurgitação Crônica.................................................
54
5. 15 Benefícios Potenciais do Estudo e Perspectivas Futuras................................
54
6 CONCLUSÕES......................................................................................................
56
7 ANEXOS.................................................................................................................
57
8 REFERÊNCIAS......................................................................................................
72
Abstract
Glossário
Bibliografia Consultada
xi
Lista de Abreviaturas e Símbolos
CA
EEI
Comprimento da porção abdominal da parte interna do esfíncter esofágico
inferior
C
CD
Comprimento total do esôfago sob ação da crura diafragmática
CD Crura diafragmática, ou seja, os dois pilares do diafragma
CE Corpo esofágico
C
EES
Comprimento total do esfíncter esofágico superior
cm centímetro
CT
EEI
Comprimento total da parte interna do esfíncter esofágico inferior
EEI Esfíncter esofágico inferior (parte interna)
EES Esfíncter esofágico superior
EUA Estados Unidos da América
Fr French Gauge ou Charrière (unidade francesa para medida de diâmetro
externo de cateteres, equivalente a cerca de 0,33 mm)
IMC Índice de massa corpórea
kg Quilograma
kg/m
2
Quilograma por metro quadrado (unidade de medida do IMC)
m Metro
mm Milímetro
mmHg Milímetro de mercúrio (unidade de medida de pressão)
N mero de pacientes
P
atual
Peso depois da cirurgia
P
CD
Pressão média do componente fásico do esfíncter esofágico inferior sob
ação da crura diafragmática
P
CE
Pressão ou amplitude média de contração do corpo esofágico distal
P
EES
Pressão de repouso do esfíncter esofágico superior
PEM
EEI
Pressão expiratória máxima do esfíncter esofágico inferior
P
ideal
Peso ideal
P
inicial
Peso antes da cirurgia
PO Pós-operatório
PPE
%
Percentagem de perda do peso em excesso
PR
EEI
Pressão residual do esfíncter esofágico inferior
xii
PRM
EEI
Pressão respiratória média do esfíncter esofágico inferior
RGE Refluxo gastroesofágico
SEFIDI Setor de Fisiologia Digestiva da UNIFESP
UNIFESP Universidade Federal de São Paulo
xiii
Lista de Figuras
Figura 1 – Fluxograma do delineamento de pesquisa.................................................
16
Figura 2 – Representação esquemática sem escala do estreitamento da bolsa
gástrica, ao nível do anel de silicone, segundo o grupo.............................
18
Figura 3 – Representação esquemática sem escala do bypass gástrico em Y-de-
Roux com anel de silicone..........................................................................
22
Figura 4 – Gráfico box-plot do comprimento de esôfago sob ação da crura
diafragmática (C
CD
) segundo o grupo.........................................................
30
Figura 5 – Perfil médio da percentagem de perda do peso em excesso no pós-
operatório segundo o grupo........................................................................
33
Figura 6 – Perfil médio da freqüência de regurgitação nos dois trimestres segundo
o grupo........................................................................................................
33
Figura 7 – Perfil médio da percentagem de perda do peso em excesso segundo
categorias de regurgitação crônica.............................................................
34
Figura 8 – Perfil médio da percentagem de perda do peso em excesso segundo
categorias de regurgitação crônica e o grupo.............................................
35
Figura 9 – Estruturas anatômicas da região do hiato esofágico (modificado de
Mittal, Balaban, 1997).................................................................................
50
xiv
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Dados demográficos e história clínica segundo o grupo............................
28
Tabela 2 – Número (%) de pacientes segundo o grupo e doenças associadas,
tabagismo e etilismo...................................................................................
29
Tabela 3 – Número (%) de pacientes segundo o grupo e doenças específicas do
aparelho digestório.....................................................................................
29
Tabela 4 – Média ± desvio padrão de medidas manométricas pré-operatórias
segundo o grupo.........................................................................................
30
Tabela 5 – Média ± desvio padrão de dados antropométricos, duração de cirurgia e
tempo de hospitalização segundo o grupo.................................................
31
Tabela 6 – Parâmetros manométricos pré-operatórios segundo categorias de
regurgitação crônica...................................................................................
37
Tabela 7 – Distribuição de pacientes segundo categorias de pressão do esfíncter
esofágico inferior e de regurgitação crônica...............................................
37
Tabela 8 – Resultados da regressão logística.............................................................
38
xv
Lista de Quadros
Quadro 1 – Estudos de esvaziamento gástrico na obesidade e após cirurgia
bariátrica..................................................................................................
10
Quadro 2 – Classificação segundo a freqüência de vômitos e/ou regurgitações.......
42
Quadro 3 – Incidência de vômito e/ou regurgitação crônica após cirurgia bariátrica.
43
Quadro 4 – Prevalência de hipotonia de esfíncter esofágico inferior em obesos......
51
Quadro 5 – Pressão do esfíncter esofágico inferior após cirurgia bariátrica..............
52
xvi
Lista de Anexos
Anexo 1 – Vazão através da luz gástrica, na porção circunscrita pelo anel de
silicone, segundo o tamanho do mesmo.....................................................
57
Anexo 2 – Carta de informação ao paciente................................................................
58
Anexo 3 – Termo de consentimento livre e esclarecido...............................................
59
Anexo 4 – Ficha de história clínica, exames físico e complementar do paciente........
60
Anexo 5 – Ficha de controle de regurgitação do paciente...........................................
61
Anexo 6 – Formulário de acompanhamento ambulatorial do paciente........................
62
Anexo 7 – Quadro de identificação e dados gerais dos participantes do estudo.........
63
Anexo 8 – História clínica, doenças associadas e antecedentes dos pacientes.........
64
Anexo 9 – Parâmetros da manometria esofágica pré-operatória, tempo de operão
e de internação............................................................................................
65
Anexo 10 – Freqüência mensal de regurgitação, percentagem de perda do peso em
excesso e endoscopia pós-operatória.......................................................
66
Anexo 11 – Outros achados da manometria esofágica pré-operatória segundo o
grupo..........................................................................................................
67
Anexo 12 – Procedimentos concomitantes e complicações pós-operatórias
precoces segundo o grupo........................................................................
67
Anexo 13 – Complicações e eventos pós-operatórios tardios segundo o grupo.........
67
Anexo 14 – Freqüência mensal de regurgitação, segundo o grupo, utilizada para
definição de regurgitador crônico(*)...........................................................
68
Anexo 15 – Perfil médio da perda do peso em excesso no pós-operatório tardio
segundo o grupo........................................................................................
68
Anexo 16 – Perfil médio da percentagem de regurgitadores crônicos no pós-
operatório tardio segundo o grupo............................................................
68
Anexo 17 – Pacientes reoperados para remoção do anel de silicone e ampliação de
gastroenteroanastomose...........................................................................
69
Anexo 18 – Achados da endoscopia digestiva alta pós-operatória segundo o grupo..
69
Anexo 19 – Achados da endoscopia digestiva alta pós-operatória segundo
categorias de regurgitação crônica............................................................
69
xvii
Anexo 20 – Comprimento abdominal do esfíncter esofágico inferior segundo o
grupo e regurgitação crônica.....................................................................
70
Anexo 21 – Dispersão de valores de IMC, ou índice de massa corpórea, e PRM
EEI
,
ou pressão respiratória média do esfíncter esofágico inferior (r=0,102;
p=0,371; Coeficiente de Correlação).........................................................
70
Anexo 22 – Perfil médio da percentagem de perda do peso em excesso segundo
categorias de função do esfíncter esofágico inferior (no 6º mês:
p=0,522; Teste t de Student).....................................................................
70
Anexo 23 – Influência de condições pré-existentes no aparecimento de
regurgitação crônica após bypass gástrico em Y-de-Roux.......................
71
xviii
Resumo
Introdução: Regurgitação freqüente após bypass gástrico em Y-de-Roux, para
tratamento da obesidade mórbida, pode ser decorrente de diâmetro estreito do anel de
silicone e, tamm, de hipotonia do esfíncter esofágico inferior. Objetivos: Medir o
risco de se tornar regurgitador crônico depois de cirurgia bariátrica, considerando-se
fatores técnicos e fisiológicos, e avaliar a relação entre regurgitação crônica e perda de
peso. Métodos: 80 pacientes, obesos mórbidos segundo critério de índice de massa
corpórea (IMC), foram selecionados aleatoriamente para serem submetidos a bypass
gástrico em Y-de-Roux com anel padrão (62 mm de comprimento grupo A) ou largo
(77 mm grupo B), e acompanhados durante os primeiros 6 meses de pós-operatório.
Parâmetros de manometria esofágica pré-operatória foram relacionados à ocorrência
de regurgitação crônica pós-operatória nos dois grupos formados por 40 pacientes
cada. Foram considerados regurgitadores crônicos os que apresentavam o evento
durante mais de 10 dias por mês. Resultados: Os dois grupos eram homogêneos
quanto a idade (38,4 ± 10,9 vs. 39,3 ± 10,5 anos), gênero (1:4,0 vs. 1:4,7 na proporção
masculino/feminino), raça (90,0% vs. 87,5% de brancos), peso (128,1 ± 21,4 vs. 134,0
± 25,7 kg), IMC (47,8 ± 6,1 vs. 50,2 ± 6,4 kg/m
2
) e doenças associadas à obesidade.
No grupo B, contudo, haviam mais fumantes (p=0,043), e os pacientes tinham
comprimento de esôfago, sob ação da crura diafragmática, maior (p=0,019) no pré-
operatório. Após cirurgia, houve um caso de embolia pulmonar, dois casos de fístula
gástrica, e nenhum óbito. O grupo A teve perda do peso em excesso 3,15% ± 1,45%
maior que o grupo B (p=0,033). Observou-se 15% a mais de pacientes regurgitadores
crônicos no grupo A quando comparado ao grupo B. Ao todo, regurgitadores crônicos
tiveram 4,55% ± 2,08% de perda do peso em excesso a mais que os não-
regurgitadores crônicos (p=0,032). Já os regurgitadores crônicos do grupo A perderam,
em média, 9,6% ± 4,2% a mais do peso em excesso quando comparados aos
regurgitadores crônicos do grupo B (p=0,026), e 6,1% ± 2,5% a mais do peso em
excesso quando comparados aos o-regurgitadores crônicos do grupo A (p=0,016).
Houve maior proporção de regurgitadores crônicos com hipotonia do esfíncter
esofágico inferior (pressão respiratória média <14 mmHg) quando comparados com
não-regurgitadores crônicos (p=0,008). Em média, o-regurgitadores crônicos
apresentaram pressão do componente fásico do esfíncter esofágico inferior,
xix
correspondente à ação da crura diafragmática, 14,2 ± 6,6 mmHg maior do que
regurgitadores crônicos (p=0,001). A regressão logística demonstrou que a chance de
ser regurgitador crônico no grupo A é 4,5 vezes maior que no grupo B (p=0,046), e,
tamm, que a chance de ser regurgitador crônico tendo hipotonia do esfíncter
esofágico inferior é 7 vezes maior do que tendo pressão normal nesse esfíncter
(p=0,006). Conclusões: Tamanho do anel de silicone e hipotonia do esfíncter
esofágico inferior são fatores prognósticos independentes para regurgitação crônica
após bypass gástrico em Y-de-Roux. Tamanho do anel e regurgitação crônica
contribuem significantemente para perda de peso, nos primeiros seis meses de pós-
operatório.
1 INTRODUÇÃO
Obesidade é fator de risco para doenças como hipertensão arterial, diabetes
melito, artrite degenerativa e infarto do miocárdio. Causa significante morbidade e
mortalidade, e gera grande custo social e financeiro (Berke, Morden, 2000). A doença
vem adquirindo caráter epidêmico global, sendo reconhecida a necessidade de
prevenção e tratamento adequados. A cirurgia pode ser alternativa a considerar nos
portadores de Obesidade Severa, ou Mórbida, em caso de falha dos métodos
convencionais. De fato, a abordagem cirúrgica possibilita emagrecimento duradouro e
remissão do diabetes e da hipertensão, entre outros benefícios (World Health
Organization, 1998).
A Cirurgia de Obesidade, ou Bariátrica, reúne diversos procedimentos
operatórios, ainda que funcionem por mecanismos distintos. Assim, temos a Banda
Gástrica Ajustável que restringe a ingestão alimentar, a Derivação Bílio-Pancreática
que provoca malabsorção, ou disabsorção, de nutrientes da dieta, e a Derivação
Gástrica que combina restrição com malabsorção (Pareja, Pilla, 2002; Miller, 2004).
Também conhecida como Bypass Gástrico em Y-de-Roux, o termo Derivação
Gástrica engloba um grupo de operações que tem, em comum, o desvio intestinal que
evita a passagem duodenal e, assim, diminui a absorção de gordura e carboidrato
(Fobi, Lee, 1994). As principais variações da Derivação Gástrica resultam de diferenças
no tamanho e forma do reservatório proximal do estômago, no tipo de estreitamento da
saída gástrica, e nos diferentes comprimentos do intestino delgado com prejuízo da
função absortiva. Por ser eficaz, o Bypass Gástrico em Y-de-Roux é tido como padrão-
ouro no tratamento cirúrgico da obesidade mórbida (Fobi et al, 1998b; Garrido Jr,
2000).
O reservatório proximal do estômago, também chamado de pouch ou bolsa
gástrica proximal, causa restrição por ter pequena capacidade volumétrica (Näslund et
al, 1986), de 20 a 25 ml (Talieh et al, 1997), produzindo sensação de saciedade
precoce (Villar et al, 1981; Horowitz et al, 1984; Flanagan, 2000). Inicialmente era
obtido pela partição horizontal do estômago (Mason, Ito, 1967), criando-se uma bolsa
2
com a porção fúndica do mesmo, mas, posteriormente, preferiu-se dividir esse órgão
ao longo da pequena curvatura, diminuindo-se, assim, o risco de dilatação da bolsa
gástrica (Torres et al, 1983).
A presença de constrição na saída strica dificulta o esvaziamento da bolsa
gástrica proximal, contribuindo para a restrição alimentar (Backman, Rosenborg, 1984).
A constrição pode ser intrínseca, quando o estreitamento resulta de anastomose
gastrojejunal ou estoma de pequeno diâmetro, em geral, de 12 mm (Talieh et al, 1997),
ou pode ser extrínseca, quando a parte distal da bolsa gástrica é envolta por material
protético como Anel de Silicone (Fobi et al, 1989; Capella et al, 1991) ou Bandagem de
Tela de Polipropileno (Capella, Capella, 2002).
Embora tenha surgido com a pretensão de melhorar os resultados do Bypass
Gástrico em Y-de-Roux, quanto ao emagrecimento a ser obtido (Fobi et al, 1989), o uso
de prótese pode resultar em efeitos adversos, tais como, intolerância alimentar, mito
(Crampton et al, 1997b) e bezoar strico (Fobi et al, 1998b). Além destas, outras
complicações podem ocorrer, como por exemplo, obstrução do anel de silicone
(Garrido Jr et al, 2004), erosão da parede gástrica por bandagem apertada demais
(Capella, Capella, 2002), penetração intraluminal do anel (Fobi et al, 2001) e
deslocamento do mesmo (Fobi et al, 1998b). Excetuando-se episódios recorrentes de
intolerância alimentar, muito comuns após cirurgias restritivas (Carbajo Caballero et al,
1998), as outras complicações ocorrem raramente.
De fato, grandes séries de pacientes têm mostrado taxas de vômito, como
complicação do Bypass Gástrico em Y-de-Roux, tão baixas quanto 2,6% (Monteforte,
Turkelson, 2000), mas, em casuísticas menores, foram citadas taxas de até 68,8%
(Mitchell et al, 2001). Ainda que muitos encarem o vômito como sendo inerente às
cirurgias restritivas, ele pode se tornar nitidamente patológico quando ocorre com
freqüência praticamente diária e persiste dessa maneira por meses, causando inclusive
desnutrição severa (Faintuch et al, 2004). Obstruções mecânicas, como a causada por
estenose da saída gástrica (Fobi et al, 1998b; Higa et al, 2000), ou por angulão do
estoma (Knol, 1994), devem ser investigadas, assim como causas psiquiátricas como,
por exemplo, transtorno da compulsão alimentar periódica (Busetto et al, 1996; Powers
et al, 1999), bulimia (Viens, Hranchuk, 1992; Kalarchian et al, 2002), anorexia nervosa
3
(Atchison et al, 1998; Guisado et al, 2002) e transtorno pós-cirúrgico de aversão à
comida (Segal et al, 2004). Entretanto, restam alguns casos em que a busca pelo
diagnóstico etiológico constitui-se verdadeiro desafio.
Poderíamos atribuir etiologia “funcional” aos vomitadores crônicos, depois de
cirurgia de Bypass Gástrico em Y-de-Roux, uma vez excluídas as causas
anteriormente referidas. Nessa modalidade operatória cria-se um reservatório pequeno
e pouco distensível, limitado distalmente por um estoma ou Anel de Silicone, e
proximalmente pelo Esfíncter Esofágico Inferior (EEI). se aventou a possibilidade de
que tal esfíncter, quando hipotônico, poderia favorecer o retorno imediato do alimento à
boca, caracterizando a regurgitação, posto que a bolsa gástrica é pouco continente e
o estreitamento da saída gástrica oferece resistência à passagem do alimento (Øvrebø
et al, 1998). Essa hipótese foi formulada para explicar a regurgitação após
Gastroplastia Vertical com Bandagem de Tela de Polipropileno, mas pode ser
generalizada visto que a técnica assemelha-se ao componente restritivo do Bypass
Gástrico em Y-de-Roux com prótese. Portanto, alguns pacientes com EEI incompetente
seriam propensos à regurgitação freqüente quando submetidos às cirurgias restritivas
e, também, às operações mistas que combinam restrição com malabsorção.
Infelizmente, o problema da regurgitação crônica tem tido pouco destaque, sendo
escassos os estudos investigativos sobre o assunto. Dessa forma, ainda não há
consenso quanto à real etiopatogenia, muito menos quanto ao tratamento. As
providências sugeridas variam desde dieta líquida e pastosa fracionadas (Kral, 2001),
hidratação, uso de medicamento antiemético, reposição de nutrientes (Fobi et al,
1998b), substituição do Anel de Silicone por Banda strica Ajustável (Dargent, 1997),
e até remoção do Anel (Crampton et al, 1997a) com dilatação da anastomose
gastrojejunal (Fobi, Lee, 1994). Pacientes regurgitadores necessitam de mais cuidados
médicos e nutricionais, podendo ser candidatos a reoperação, o que justifica nosso
interesse pelo assunto.
Estudo prévio mostrou que uso de Anel de Silicone com diâmetro maior resultou
em menor freqüência de regurgitação, sem prejuízo ao emagrecimento (Crampton et al,
1997b), mas não avançou na investigação causal. Podemos imaginar que anel mais
largo melhorou o esvaziamento da bolsa gástrica, mesmo em eventuais portadores de
4
Esfíncter Esofágico Inferior insuficiente, diminuindo, assim, a chance de ter ocorrido
regurgitação. Além disso, parece razoável supor que o alargamento da passagem
gástrica ainda conseguiu produzir saciedade garantindo, assim, a perda de peso.
Em suma, a Regurgitação Crônica, de origem funcional, é capaz de interferir na
evolução clínica após Cirurgia Bariátrica, nas técnicas com restrição. Pode ser causada
por hipotonia do Esfíncter Esofágico Inferior e pode ser evitada com uso de Anéis de
Silicone de maior diâmetro, sem comprometer o emagrecimento. Partindo dessas
premissas, e tendo em conta que o tema ainda é controverso, propusemos o presente
estudo.
5
1. 1 Objetivos
1. Medir o risco de ocorrer regurgitação crônica depois de cirurgia de Bypass strico
em Y-de-Roux, para tratamento de obesidade mórbida, considerando-se:
a. Tamanho do Anel de Silicone
b. Pressão pré-operatória de Esfíncter Esofágico Inferior
2. Analisar a relação entre regurgitação crônica e perda de peso depois dessa
operação, num período de até seis meses
6
2 REVISÃO DA LITERATURA
2. 1 Histórico do Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Anel de Silicone
Inspirado na gastrectomia a Billroth II, para tratamento da úlcera duodenal, o
Bypass Gástrico surgiu como método de controle da obesidade, baseando-se na
limitação da capacidade de comer em excesso, embora permitisse nutrição normal,
segundo Mason, Ito (1967). Desde seu formato original, como derivação entre fundo
gástrico e alça jejunal, até o Bypass Gástrico em Y-de-Roux, muitos aperfeiçoamentos
técnicos foram empreendidos. A bolsa gástrica proximal, formada pela porção ndica
do estômago, teve seu volume reduzido de 100 ml para menos de 50 ml, acentuando a
perda de peso e reduzindo a ocorrência de úlcera de boca anastomótica (Mason et al,
1975).
Segundo Buchwald, Buchwald (2002), a introdução da sutura mecânica por Alden
(1977) mudou a cirurgia bariátrica e contribuiu para que o Bypass Gástrico se tornasse
dominante nesse campo. Outro marco foi a construção de alça em Y-de-Roux (Griffen
et al, 1977), em vez da alça a Billroth II, diminuindo a tensão sobre a anastomose e
prevenindo o refluxo biliar (McCarthy et al, 1985). Torres et al (1983) substituíram o
fundo strico pela curvatura menor do estômago, na confecção do reservatório
proximal, resultando numa bolsa gástrica vertical.
Anel de silicone em torno da anastomose gastrojejunal foi aplicado, pela primeira
vez, por Linner, Drew (1986), mas acabou sendo substituído por bandagem fascial,
obtido da linha alba, devido à ocorrência de erosão da anastomose (Linner, Drew,
1991). Coube a Fobi et al (1989) a primazia pelo uso do Anel de Silicone no Bypass
Gástrico, aplicado proximalmente à anastomose gastrojejunal. Posteriormente, Fobi
(1991) definiu o aspecto atual do procedimento pela transecção gástrica, separando o
reservatório proximal do distal. Esse procedimento ficou conhecido como Bolsa de Fobi
ou Bypassstrico Vertical Transeccionado com Anel de Silicone (Fobi, Lee, 1998a).
Capella et al (1991) propuseram, tamm, uma técnica de Bypass Gástrico em Y-
de-Roux com Anel de Silicone, modificando a bolsa triangular de Fobi por um formato
7
trapezoidal, entre outras diferenças. Em nosso meio, essa modalidade cirúrgica foi
amplamente difundida por Garrido Jr (2000) e ficou conhecida como Operação de
Capella. Mais tarde, com substituição do material protético, a técnica recebeu o nome
de Bypass strico em Y-de-Roux Gastroplastia Vertical com Bandagem (Capella,
Capella, 2002), pois seu desenho lembrava, em parte, um tipo de operação puramente
restritiva conhecida como Gastroplastia.
A Gastroplastia Vertical surgiu primeiro como tratamento cirúrgico darnia hiatal
associada a esôfago curto (Collis, 1957). Laws (1981) foi precursor do uso de Anel de
Silicone para produzir constrição na porção distal do reservatório gástrico proximal.
Substituindo o anel por Tela de Polipropileno, Mason (1982) deu forma definitiva ao
procedimento, o qual chamou de Gastroplastia Vertical com Bandagem, suplantando
diversas técnicas variantes, as quais diferiam basicamente na posição do reservatório,
tipo de reforço e posição do estoma. As gastroplastias, tamm conhecidas como
septações gástricas (Garrido Jr, 1989), aos poucos cederam espaço para outro método
restritivo, a Banda Gástrica Ajustável (Kuzmak, 1991; Miller, 2004).
O Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Anel de Silicone, na visão de Fobi (1991),
combina e maximiza as vantagens da Gastroplastia Vertical com Bandagem e as do
Bypass Gástrico, permitindo alcançar estabilização do peso a longo prazo (Fobi et al,
1989), com emagrecimento superior àquela alcançada com Gastroplastia isolada (Fobi,
Lee, 1994). Entretanto, o procedimento de Bypass pode ser responsável por alguns
efeitos adversos, tamm presentes nas cirurgias puramente restritivas, em particular a
regurgitação, sendo importante compreender como se dá a restrição com Anel de
Silicone.
2. 2 Mecanismo de Restrição com Anel de Silicone
São fundamentos das técnicas operatórias restritivas, a criação de bolsa gástrica
proximal de capacidade limitada e o estreitamento da parte distal dessa bolsa, de modo
a controlar a taxa de esvaziamento dela e, portanto, a taxa de ingestão de alimentos,
particularmente os calóricos (Fobi et al, 1998b). O referido estreitamento é conseguido
de duas maneiras: (1) por anastomose ou estoma, de pequeno diâmetro, definido por
8
grampeador circular (Wittgrove et al, 1994) ou moldado ao redor de um tubo
orogástrico (Higa et al, 2000); (2) por constrição externa mediante uso de materiais
protéticos, tais como, Anel de Silicone (Laws, 1981), Tela de Polipropileno (Mason,
1982), Banda Inflável (Kuzmak, 1991), Fáscia (Linner, Drew, 1991),
Politetrafluoroetileno (Hoekstra et al,1993), Polietileno-tereftalato (van Gemert et al,
1997), Polidioxanona (Vassallo et al, 1997), etc. Entre diversos materiais
biocompatíveis, o silicone parece ser ideal para bandagem porque tem boa adaptação
tecidual e não causa resposta inflamatória (Bozbora et al, 2004).
2. 3 Tamanho do Estreitamento e do Anel de Silicone
Emagrecimento apropriado sem efeitos colaterais é o que se espera dos
elementos de constrição, e isto define o tamanho ideal do estreitamento da saída
gástrica. Se for largo demais, ocorre menor perda de peso e, ao contrário, se
demasiado estreito, temos regurgitação e intolerância alimentar. Flanagan (2000)
chama de “falha da saída gástrica”, o reganho de peso verificado quando o diâmetro do
estoma é maior que 18 a 20 mm, e de “síndrome da caloria mole”, o reganho de peso
observado quando o diâmetro do estoma é menor que 7 a 8 mm, o que leva a mito
persistente para alimentos sólidos, com substituição por líquidos hipercalóricos.
Quando o estreitamento é produzido por um estoma, mede-se o diâmetro interno
da luz gástrica. Assim, na Gastroplastia executada pela técnica de Gomez (1981), o
estoma gastrogástrico reforçado tinha 12 mm. No caso do Bypass strico em Y-de-
Roux com estoma, a maioria dos cirurgiões norte-americanos constrói anastomose
gastrojejunal com diâmetro médio de 12,3 mm, por meio de sutura manual ou com
auxílio de grampeadores (Talieh et al, 1997). Contudo, existe risco de alargamento
espontâneo e progressivo desse estoma, levando a perda de peso insuficiente, fato
esse observado por MacArthur et al (1980) em 8,4% dos pacientes submetidos a
Bypass strico. Além disso, o estoma pode ficar obstruído precocemente, por falha
técnica, edema ou por hematoma, e, em conseqüência disso, resultar em distensão da
linha de grampeamento com risco de fistulização (Capella, Capella, 1997).
9
Quando o estreitamento é obtido com Tela de Polipropileno, declara-se o
comprimento total da bandagem, com excedente provocado pela sobreposição das
extremidades, capaz de envolver a bolsa gástrica proximal, justo sobre uma sonda
orogástrica de calibre padronizado. Mason (2003) propôs um comprimento ideal de 50
mm para a tela usada na Gastroplastia Vertical com Bandagem e afirmou que o
emagrecimento é prejudicado pelo simples acréscimo de 5 mm no tamanho da
bandagem. Tamm observou que tela de 45 mm era capaz de produzir estenose
sintomática.
em relação ao Anel de Silicone, assume-se que seu comprimento enlaça, com
folga, a bolsa gástrica proximal contendo uma sonda orogástrica. O anel deve limitar a
luz gástrica a um diâmetro de 12 mm, o que permite ingerir alimentos variados com
mínima incidência de vômito e, também, atenuar a ocorrência de síndrome de dumping
(Fobi, Lee, 1994; Fobi et al, 1998b). O anel não é tão popular quanto o estoma, visto
que é usado por cerca de 25% dos cirurgiões norte-americanos no Bypass Gástrico
(Talieh et al, 1997). Apesar disso, Fobi et al (1998b) ainda defendem o uso de Anel de
Silicone, pois este teria a vantagem de não sofrer dilatação espontânea, o que poderia
ocorrer com estomas suturados.
Estoma calibrado e anel restritivo devem ter dimensões adequadas para não
trazer prejuízo ao paciente. Entretanto, outros fatores podem estar concorrendo para
que esses elementos de contenção funcionem mal. Distúrbios motores do estômago ou
da junção esôfago-gástrica, presentes antes da cirurgia ou decorrentes da própria
operação, seriam as causas mais óbvias. Knol (1994) sugeriu que retardo do
esvaziamento gástrico e dismotilidade gástrica intrínseca pudessem causar vômito
depois de cirurgia de obesidade.
2. 4 Motilidade Gástrica na Obesidade e as Cirurgia Bariátrica
Estudos acerca da fisiologia motora gástrica na obesidade tornaram-se comuns
em toda a década de 1980 e início da década de 1990, mas apresentaram resultados
discrepantes motivados, talvez, por falta de padronização dos métodos. Cinco
trabalhos mostraram que o esvaziamento gástrico do obeso é igual ao do indivíduo
10
normal, enquanto que outros três afirmaram que era mais lento no obeso, e apenas um
estudo encontrou esvaziamento mais rápido para alimentos sólidos (Quadro 1).
Portanto, é razoável aceitar que a motilidade gástrica não sofre importante alteração
por causa da obesidade.
Quanto à Cirurgia Bariátrica, não parece possível estabelecer relação entre
velocidade de esvaziamento e Gastroplastia, pois cinco estudos encontraram maior
retenção de alimento lido na bolsa gástrica proximal e, por outro lado, quatro
referiram escoamento rápido para o segmento strico distal (Quadro 1). A análise fica
ainda mais prejudicada porque não haver uniformidade na posição da bolsa e do
estoma nas Gastroplastias. No caso do Bypass Gástrico, é lento o esvaziamento de
sólidos e rápido o de líquidos, mas os estudos disponíveis são escassos (Quadro 1).
Ausência de relação entre esvaziamento e perda de peso foi o único fator de
concordância entre os estudos analisados (Quadro 1).
Quadro 1 – ESTUDOS DE ESVAZIAMENTO GÁSTRICO NA OBESIDADE E APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
Relação
Referências N Método
Esvaziamento Gástrico
c/ Perda
Sólidos Líquidos de Peso
Horowitz et al (1983) 27 Obeso × Normal* Lento em obeso Normal
Wright et al (1983) 77 Obeso × Normal* Rápido em obeso
Sasaki et al (1984) 26 Obeso × Normal** Igual
Horowitz et al (1986b) 18 Obeso × Normal* Lento em obeso
Zahorska-Markiewicz et al (1986) 52 Obeso × Normal* Igual
Maddox et al (1989) 62 Obeso × Normal* Lento em obeso
Wisén, Johansson (1992) 16 Obeso × Normal*** Igual
Glasbrenner et al (1993) 32 Obeso × Normal* Igual Não
Hutson, Wald (1993) 53 Obeso × Normal* Igual Não
Backman, Rosenborg (1984) 15 Gastroplastia**** Lento Sim
Horowitz et al (1984) 33 Gastroplastia* Lento Lento Não
Andersen et al (1985) 27 Gastroplastia* pido (6
o
mês),
Inalterado (24
o
mês)
Não
Arnstein et al (1985) 50 Gastroplastia* pido Não
Gannon et al (1985) 24 Gastroplastia* Lento Normal Sim
Miskowiak et al (1985) 16 Gastroplastia* Lento (3
o
mês),
Rápido (12
o
mês)
Não
Christian et al (1986) 33 Gastroplastia* pido
Vezina et al (1986) 33 Gastroplastia* Variável (3
o
mês),
Normal (12
o
mês)
Não
Deitel et al (1988) 31 Gastroplastia**** Lento
Behrns et al (1989) 11 Gastroplastia* Rápido no início Não
Villar et al (1981) 26 Gastroplastia ×
Bypass Gástrico*
Lento na Gastroplastia
Horowitz et al (1982) 23 Bypass Gástrico* Lento (12
o
mês) Rápido Não
Horowitz et al (1986a) 18 Bypass Gástrico* Lento (12
o
mês) Rápido
Legenda:
* Cintilografia
** Diluição de corante vermelho fenol
*** Diluição de múltiplos marcadores
**** Bário
N nº de pacientes
11
Assim, ao que tudo indica, procedimentos puramente restritivos não parecem,
necessariamente, causar estase na porção strica proximal e, dessa forma,
regurgitação. em relação ao Bypass Gástrico, o lento escoamento de alimentos
consistentes para o jejuno pode ter participação na gênese desse sintoma. Os estudos
citados não respondem, no entanto, se o estoma apertado dificultou o esvaziamento
gástrico.
2. 5 Refluxo Gastroesofágico na Obesidade e após Cirurgia Bariátrica
No final da década de 1990, o interesse pelo estudo da motilidade gástrica em
obesos desvaneceu-se e foi substituído pela crescente preocupação com o Refluxo
Gastroesofágico (RGE) na obesidade. As duas patologias foram consideradas
independentes (O’Brien, 1980; Backman et al, 1983; Kjellin et al, 1996), mas surgiram
evidências correlacionando ambas (Zacchi et al, 1991; Fisher et al, 1999; Locke et al,
1999; Ruhl, Everhart, 1999; Suter et al, 2004), devido ao aumento do gradiente
gastroesofágico no obeso (Mercer et al, 1985, 1987), maior prevalência de hérnia hiatal
entre obesos, e conteúdo refluído mais lesivo ao esôfago (Barak et al, 2002). Assim,
quando se passou a estudar candidatos à cirurgia bariátrica, notou-se elevada
prevalência de Doença do Refluxo Gastroesofágico e anormalidades manométricas em
obesos mórbidos, muitos dos quais eram assintomáticos (Jaffin et al, 1999; Hong et al,
2004).
Tendo em vista que a Gastroplastia não causa prejuízo aos mecanismos anti-
refluxo (Näslund et al, 1996), e o Bypass Gástrico não altera a função motora esofágica
(Korenkov et al, 2002), esperava-se que a cirurgia de obesidade não fosse fator de
piora de refluxo gastroesofágico pré-existente. Acreditou-se, a mesmo, que a
Gastroplastia era benéfica para portadores de RGE (Deitel et al, 1988; Yamazaki et al,
1990; Kadirkamanathan et al, 1999), todavia, Øvreet al (1998) discordavam dessa
opinião. Para eles, Esfíncter Esofágico Inferior incompetente era uma contra-indicação
para cirurgia restritiva, devido ao risco de regurgitação.
Pode-se admitir, então, que obeso mórbido tenha propensão ao refluxo e que os
portadores de hipotonia do Esfíncter Esofágico Inferior estariam inclinados a regurgitar
12
e, portanto, seriam candidatos ruins à cirurgia restritiva. Embora a regurgitação seja
uma das manifestações do RGE, o sintoma tem sido confundido, ao longo do tempo,
com o vômito. Dessa forma, tem-se dado explicações e tratamentos variados ao vômito
crônico pós-operatório.
2. 6 Vômito Crônico após Cirurgia Bariátrica
Vômito freqüente é uma complicação da cirurgia bariátrica, que ocorre após
métodos puramente restritivos e, menos comumente, depois de cnicas mistas,
combinando restrição com malabsorção, tal como o Bypass Gástrico em Y-de-Roux
(Fobi, 1991). Tanto cirurgias restritivas como as mistas funcionam pelo
desencadeamento de saciedade precoce (Flanagan, 2000), mas, certos autores
acreditam mais em modificação forçada do comportamento, gerando aversão à comida
(Kral, 1992; Fobi et al, 1998b). Greenstein et al (1994) notaram que 53% dos pacientes
ingeriam menos alimentos para evitar vômito, 35% porque se sentiam saciados e 12%
porque queriam melhorar a aparência física.
Ingestão excessiva de alimento tem sido apontada como principal causa de
vômito depois de cirurgia bariátrica (Horowitz et al, 1982; Gannon et al, 1985; Kriwanek
et al, 2000), mas outras causas têm sido também atribuídas, tais como, mastigação
insuficiente, deglutição pida, e beber líquidos durante a refeição (Halverson, Koehler,
1981; Carey et al, 1984; Capella et al, 1991; Kral, 1992; Papakonstantinou et al, 1998).
Backman, Rosenborg (1984) acreditavam que a lenta passagem através do estoma
e a bolsa gástrica muito pequena podiam ser causa de vômito. Relação diretamente
proporcional entre diâmetro do estoma e capacidade de ingerir sólidos foi apontada por
Andersen et al (1988). Por outro lado, Mason (1982) achava que a causa do vômito
seria a construção de bolsa gástrica maior que o padronizado.
Segundo Broadbent (1994), a ingestão excessiva de alimento levava à dilatação
da porção strica proximal, estase alimentar e vômito em pacientes submetidos a
Banda Gástrica não-inflável. Diferentemente, Näslund et al (1996) explicavam que um
erro técnico, ao incluir parte do fundo gástrico na Gastroplastia Vertical, resultaria em
13
reservatório dilatado, aumento do ângulo de His e, conseqüentemente, refluxo. Temos,
assim, um problema com diversas explicações, nenhuma delas totalmente satisfatória.
Para evitar o vômito, Kral (2001) recomendava sete regras: (1) comer lentamente
em ambiente calmo, (2) progredir dieta de líquidos para purês e daí para sólidos, (3)
definir pequenas porções, (4) mastigar bem antes de deglutir, (5) parar de comer
imediatamente quando sentir estômago cheio, (6) nunca beber junto com comida, e (7)
beber depois de uma hora da refeição. Essas regras de prevenção do vômito são
amplamente aceitas, mas falta unanimidade em relação ao tratamento.
Uma vez ocorrido o problema, vomitadores podem ser beneficiados com
medicação antiemética, alteração na consistência e no volume da comida (Gomez,
1981), medicamentos pró-cinéticos (Knol, 1994), além de suporte psicológico
(Papakonstantinou et al, 1998). Os que referem regurgitação exclusiva de muco podem
ser tratados com xarope de anti-histamínico, dieta pastosa, suco de limão e amaciante
de carne diluído em água morna. Além disso, em caso de espasmo esofágico doloroso,
concomitante à mucorréia, pode-se usar adesivo cutâneo de nitroglicerina (Martin et al,
1983; Carey et al, 1984).
Falha do tratamento clínico e emagrecimento excessivo podem exigir reoperação
para eliminar o vômito crônico. A idéia de se alargar a saída gástrica decorre da
constatação de que, desinsuflando-se parcialmente a Banda strica Ajustável,
consegue-se controlar o vômito (Busetto et al, 1997; Fried et al, 1998). Assim, na
Gastroplastia, a substituição do Anel de Silicone por Banda Gástrica Ajustável
(Dargent, 1997) ou por Bandagem de Tela de Polipropileno (Stoner et al, 1997)
conseguiu amenizar aquele sintoma. O mesmo resultado foi obtido com a remoção do
Anel de Silicone, após Bypass Gástrico em Y-de-Roux, por Fobi, Lee (1994) e
Crampton et al (1997a).
A ausência de tratamento, em momento oportuno, pode levar a complicações
nutricionais sérias. Assim, o vômito crônico, quando associado a fraqueza muscular e
hiporreflexia, caracteriza um condição denominada Neuropatia Aguda após Cirurgia de
Redução Gástrica, uma doença rara que acomete, especialmente, aqueles que se
submeteram a Bypass Gástrico. A moléstia tem aspectos em comum com a deficiência
14
de vitamina B
12
, deficiência de tiamina, beribéri, encefalopatia de Wernicke e
síndromes de Korsakoff e de Guillain-Barré, sendo que o tratamento pode ser feito com
reposição de vitaminas, suporte nutricional, além de imunoterapia (Chang et al, 2004).
Em razão da existência de incertezas quanto à etiologia do vômito e/ou da
regurgitação crônica, além de risco potencial de complicações nutricionais, com
eventual necessidade de reoperação, achamos importante investigar melhor essa
questão.
2. 7 Estudos Comparativos com Anel de Silicone e Estoma
Apenas três estudos possuíam temática, objetivo e metodologia, pelo menos em
parte, similares aos do nosso estudo. No primeiro, Zimmerman et al (1992)
compararam Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Gastroplastia Vertical, operações
essas realizadas em 35 pacientes. Eles encontraram maior freqüência de intolerância a
alimentos sólidos depois de Gastroplastia, com incidência 69% maior de vômito aos 12
meses de pós-operatório. Diferenças cnicas à parte, o Bypass era efetuado com
estoma de a12 mm de diâmetro, enquanto que na Gastroplastia usavam Anel de
Silicone com 44 mm de comprimento, o qual resultaria em diâmetro interno de 7 mm,
se considerarmos que o diâmetro da luz gástrica é 7 mm menor que o diâmetro externo
(Fobi et al, 2001). Percebe-se, então, certa relação entre luz strica estreita e
aumento da ocorrência de vômito.
Crampton et al (1997a) estudaram, inicialmente, um grupo de pacientes
submetidos a Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Anel de Silicone e constataram
dificuldades na ingestão de alimentos em 28% dos casos no s-operatório.
Interessados em averigüar o impacto de um anel mais largo, eles realizaram um estudo
comparativo entre anéis de diferentes comprimentos, um de 55 mm e outro de 60 mm,
em 88 pacientes, e observaram diferença de 15% na incidência de vômitos, após 12
meses da cirurgia, sugerindo que anel estreito foi a causa deste problema (Crampton et
al, 1997b). Se considerarmos que o diâmetro da luz gástrica é 7 mm menor que o
diâmetro externo (Fobi et al, 2001), temos que Crampton et al (1997b) fizeram
comparações entre anéis de 10 e 12 mm de diâmetro interno.
15
No terceiro estudo, Stahl et al (2000) compararam, de maneira retrospectiva e
não-randomizada, cirurgia Bypass strico em Y-de-Roux com anastomose mecânica
de 21 e 25 mm de diâmetro externo, e não observaram diferença de emagrecimento
nem de incidência de vômitos nos 50 casos estudados. Eles concluíram que a
mudança no diâmetro do estoma não altera o sucesso da cirurgia, sendo que a escolha
de um ou de outro depende apenas de preferência pessoal. Considerando que o
diâmetro interno é 7 mm menor que o diâmetro externo do grampeador circular (Knol,
1994), pode-se inferir que Stahl et al (2000) estudaram estomas relativamente largos,
medindo 14 e 18 mm, o que pode ter evitado, talvez, a ocorrência de vômitos.
Com base na hipótese da regurgitação favorecida por Esfíncter Esofágico Inferior
incompetente, de Øvrebø et al (1998), e seguindo o modelo experimental com dois
Anéis de Silicone de diferentes diâmetros, de Crampton et al (1997b), buscamos
relacionar tamanho do anel e pressão do EEI com a regurgitação crônica.
Adicionalmente, procuramos averigüar se esses fatores influenciam o emagrecimento
pós-operatório.
16
3 MÉTODOS
3. 1 Delineamento de Pesquisa
O modelo de estudo utilizado foi experimental, prospectivo, monocego para o
paciente, aleatoriamente distribuído em dois grupos, sendo que um deles era controle,
isto é, uma técnica reconhecida como padrão em Cirurgia Bariátrica (Figura 1).
Figura 1 – Fluxograma do Delineamento de Pesquisa
17
3. 2 Casuística
Foram incluídos, no presente estudo, indivíduos adultos, de ambos os sexos,
obesos pelo menos dois anos e em acompanhamento ambulatorial pela Disciplina
de Gastroenterologia Cirúrgica e pela Disciplina de Endocrinologia da UNIFESP
Escola Paulista de Medicina. Todos preenchiam os critérios de indicação para
Gastroplastia, recomendados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e pelo
Ministério da Saúde, através da Portaria 196 de 29/02/2000, segundo os quais a
operação pode ser realizado quando o Índice de Massa Corpórea (IMC) é igual ou
superior a 40 kg/m
2
e, tamm, quando o obeso com IMC entre 35 e 39,9 kg/m
2
apresenta hipertensão arterial, diabetes melito, síndrome da apnéia obstrutiva do sono,
artrose ou outra patologia agravada pela obesidade.
Excluiu-se da seleção portadores de doenças psiquiátricas severas, inclusive
depressão grave, bulimia, dependência de álcool e drogas. Da mesma forma,
indivíduos com megaesôfago, acalásia, esclerodermia e outras colagenoses, esôfago
de Barrett, estenose da cárdia, divertículo esofágico e neoplasia do esôfago não foram
aceitos.
3. 3 Tamanho da Amostra
Com auxílio do software Statistica for Windows (StatSoft
, EUA), calculamos o
tamanho da amostra considerando que o estudo proposto procurava encontrar
diferença estatística entre duas médias independentes. Nesse caso, a taxa assumida
para o grupo controle foi de 28%, conforme descrito por Crampton et al (1997a), os
quais encontraram esse percentual de dificuldade maior para comer, devido a vômito e
restrição alimentar. Esperava-se que taxa do grupo teste fosse menor que a do grupo
controle, de tal forma que a menor diferença entre casos e controles atingisse os 28%,
o que valia dizer que o alargamento do anel de silicone eliminou completamente o
sintoma indesejável. O poder do teste assumido foi de 80% (erro beta de 20%) e a
confiança do teste foi de 95% (erro alfa monocaudal de 5%). O número de controles e
casos, na proporção de 1:1, resultou, então, numa amostra calculada total de 80
pacientes.
18
3. 4 Amostragem Aleatória
A distribuição aleatória foi obtida através de tabela de números randômicos
fornecida pelo software True Epistat for DOS
(Epistat Services
, EUA). Quarenta
pacientes foram alocados em cada grupo, numa seqüência previamente estabelecida,
mas que permaneceu sob sigilo, o qual foi quebrado no dia da operação de cada
paciente. Cada paciente foi, então, designado para um dos seguintes grupos:
Grupo A: Cirurgia com Anel de Silicone de tamanho padrão (62 mm);
Grupo B: Cirurgia com Anel de Silicone aumentado (77 mm).
3. 5 Tamanho do Anel de Silicone
Considerando-se que a parede gástrica tem 3 mm de espessura e que deve haver
1 mm de folga entre o anel e a serosa gástrica (Fobi et al, 2001), o Anel de Silicone de
62 mm de circunferência resulta em estreitamento fixo na bolsa gástrica proximal com
diâmetro externo de 19 mm e diâmetro interno de 12 mm, e área de escoamento pela
luz gástrica de 113 mm
2
. Aumentando-se o anel para 77 mm de circunferência, o
diâmetro externo da bolsa gástrica teria 24 mm e o interno passaria para 17 mm, sendo
que a área de escoamento pela luz gástrica aumentaria 100%, passando a ter 226 mm
2
(Figura 2).
Figura 2 – Representação esquemática sem escala do
estreitamento da bolsa gástrica, ao nível do
Anel de Silicone, segundo o Grupo
19
Portanto, a modificação proposta na técnica duplicaria a vazão de alimentos
ingeridos pela saída gástrica, ao nível do Anel de Silicone (Anexo 1).
3. 6 Avaliação Pré-Operatória
Todos os candidatos foram examinados quanto à história clínica, doenças
associadas à obesidade e parâmetros antropométricos. Exames bioquímicos, inclusive
hematológico, glicemia de jejum, função hepática e hormônios tireiodianos, foram
solicitados. Também constituíam rotina o exame radiológico de tórax, o
eletrocardiograma, a espirometria, a endoscopia digestiva alta com pesquisa de H.
pylori, e a ultrassonografia de abdômen superior.
Aqueles que se enquadravam dentro dos critérios de inclusão foram entrevistados
por uma psicóloga e receberam orientação dietética de uma nutricionista. Portadores
de síndrome metabólica e doenças correlatas foram assistidos pelos médicos
endocrinologistas do Ambulatório de Obesidade da Disciplina de Endocrinologia da
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina.
Os pacientes realizaram exame de Manometria Esofágica preferencialmente nas
dependências do Setor de Fisiologia Digestiva (SEFIDI) da Disciplina de
Gastroenterologia Cirúrgica da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina, onde os dados
foram interpretados por um mesmo médico.
3. 7 Manometria Esofágica
Após jejum oral de 8 horas e sob anestesia tópica, o exame foi realizado em
decúbito lateral direito, em seguida à introdução por via nasal de cateter de oito canais
(Synetics Gastro
®
, EUA), sendo quatro deles radiais a nível zero e outros quatro
longitudinais, um a cada 5 cm em direção proximal. Seis canais do cateter estavam
conectados a um sistema composto por: (a) bomba de infusão pneumo-hidráulica (JS
Biomedical
®
, EUA), utilizando nitrogênio de alta pureza, e com seis canais de infusão
de água; (b) polígrafo de oito canais (Synetics
®
, EUA) com seis canais de pressão, um
20
canal respiratório termossensível (Thermistor
®
, EUA) e um de deglutição com sensor
cutâneo para pressão faríngea. Usando técnica de infusão com fluxo padronizado e
remoção retrógrada, os dados foram registrados e analisados por meio do software
Esophagram for DOS
®
(Synetics Medical AB
®
, EUA).
Os parâmetros manométricos considerados mais importantes foram:
C
CD
:
Comprimento total, em cm, do esôfago sob ação da crura diafragmática;
P
CD
:
Pressão média, em mmHg, do componente fásico do esfíncter esofágico
inferior sob ação da crura diafragmática;
CT
EEI
:
Comprimento total do esfíncter esofágico inferior, em cm, medido nos limites
da zona de alta pressão tônica;
CA
EEI
:
Comprimento da porção abdominal do esfíncter esofágico inferior, em cm,
medido desde o limite distal da zona de alta pressão tônica ao ponto de
inversão de pressão;
PRM
EEI
:
Pressão respiratória média do esfíncter esofágico inferior, em mmHg, sendo
normal entre 14 e 34 mmHg;
PEM
EEI
:
Pressão expiratória máxima do esfíncter esofágico inferior, em mmHg,
sendo normal entre 10 e 25 mmHg;
PR
EEI
:
Pressão residual do esfíncter esofágico inferior, em mmHg;
P
CE
:
Amplitude média de contração do corpo esofágico, em mmHg, a 3 cm do
bordo superior do esfíncter esofágico inferior, sendo normal entre 64 e 154
mmHg;
C
EES
:
Comprimento total do esfíncter esofágico superior, em cm;
P
EES
:
Pressão de repouso do esfíncter esofágico superior, em mmHg, sendo
normal entre 60 e 94 mmHg.
3. 8 Ética Médica e Consentimento Informado do Paciente
O protocolo do presente estudo foi registrado sob o 865/00 e aprovado, em
15/08/2000, pela Comissão de Ética em Pesquisa da UNIFESP/Hospital São Paulo, na
época, presidida pelo Prof. Dr. José Osmar Medina Pestana. Em obediência às normas
desse comitê, os candidatos à cirurgia que concordassem com os termos da Carta de
21
Informação ao Paciente (Anexo 2), explicando a natureza do estudo, deveriam
confirmar participação assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(Anexo 3).
3. 9 Hospitalização
Os pacientes permaneceram na Unidade de Internação da Disciplina de
Gastroenterologia Cirúrgica do Hospital São Paulo, o qual é hospital universitário da
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina, e Centro de Referência em Cirurgia Bariátrica
reconhecido pelo Ministério da Saúde. Antes da operação, foram coletadas
informações para preenchimento da Ficha de História Clínica, Exames sico e
Complementar do Paciente (Anexo 4), e realizadas medições de peso e altura no dia
anterior ao da cirurgia. As operações foram realizadas, no período de Outubro de 2000
a Dezembro de 2003, por um único cirurgião, auxiliado por Médicos Assistentes e
Residentes de Cirurgia.
3. 10 Anestesia
Realizou-se anestesia geral combinada, quando possível, com analgesia peridural
contínua. Intubação difícil poderia ser assistida por endoscopia, se necessário.
Profilaxia antimicrobiana com 2 g de cefalotina, por via endovenosa, era iniciada na
indução anestésica.
3. 11 Técnica Operatória
A técnica adotada era, fundamentalmente, a mesma descrita por Capella et al
(1991), ou seja, uma Gastroplastia Vertical com Anel de Silicone e Derivação
Gastrojejunal em Y-de-Roux (Figura 3). Abaixo, são citadas as principais etapas da
operação:
1) Realização, em posição supina e horizontal, de laparotomia mediana supra-
umbilical com abertura por planos até o peritônio parietal;
22
Figura 3 – Representação esquemática sem escala do
Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Anel de
Silicone
2) Feitura de alça jejunal em Y-de-Roux, com ramo que seanastomosado ao
estômago medindo 100 cm, e enteroenteroanastomose a 40 cm do ligamento
de Treitz, com sutura sero-muscular contínua de polipropileno 4/0;
3) Instalação de afastadores de fígado e de parede abdominal, e passagem de
sonda orogástrica de Fouchet-Ewald 11 (Rüsch
®
) para moldagem da bolsa
gástrica proximal;
4) Secção strica, perpendicular à curvatura strica menor, com grampeador
linear cortante (TLC-75 Ethicon
®
, EUA, ou GIA-80 Multifire Auto Suture
®
, EUA),
a partir de um ponto situado a 2 cm da incisura angular, em direção proximal, e
numa distância de 4 cm; continuação da secção gástrica, seguindo uma linha
paralela à curvatura gástrica menor, em direção à incisura cárdica,
completando a bolsa gástrica proximal;
5) Sutura contínua invaginante da linha de grampeamento, com polipropileno 4/0,
tanto da bolsa gástrica como do estômago remanescente excluído;
6) Colocação de Anel de Silicone radiopaco 8.4 Fr (Port-A-Cath
®
) circundando
a parte distal da bolsa gástrica, cerca de 1,5 cm da margem distal da mesma, e
fechamento com fio de polipropileno 0 passado através da luz do anel;
23
7) Prova de contenção da sutura da bolsa gástrica com 50 ml de azul de metileno
diluído a 1:100 em solução salina a 0,9%;
8) Passagem de alça jejunal por via transmesocólica e posterior ao estômago
excluído;
9) Pontos simples de algodão 3/0 para imobilização do Anel de Silicone, entre a
alça jejunal e a bolsa gástrica;
10) Anastomose término-lateral entre a bolsa gástrica e a alça jejunal, com sutura
sero-muscular contínua de polipropileno 4/0;
11) Pontos simples de algodão 3/0 para imobilização da alça jejunal, junto ao
estômago excluído;
12) Oclusão da brecha mesocólica e mesenterial;
13) Fechamento da parede abdominal por planos com colocação de dreno de
sucção no subcutâneo.
3. 12 Rotina de Pós-Operatório
Logo após a operação, os pacientes foram conduzidos à Unidade de Terapia
Intensiva e retornavam à enfermaria após 24 horas, em geral. A prevenção para
tromboembolismo consistia de deambulação precoce, uso de meia elástica anti-
embolia por 10 dias e medicação com 40 mg de enoxaparina por via subcutânea
durante 14 dias. Fisioterapia respiratória e motora era estimulada durante a internação.
Uma vez removido o dreno de sucção, a alta hospitalar ocorria, usualmente, no 5º dia
de s-operatório. Recomendava-se uso de faixa elástica com velcro no abdômen por
30 dias e, também, uso de inibidor de secreção ácida gástrica pelo mesmo período.
Depois do 30º dia, iniciava-se medicação com multivitamínico e oligoelementos, em
tomada única diária e contínua.
3. 13 Dieta no Pós-Operatório
Dieta Líquida Restrita era oferecida a partir do 3º dia de pós-operatório e consistia
de chá, suco, água de coco, Gatorade
®
, gelatina e caldo coado no pano. Entre a 2ª e a
semana de pós-operatório, passava-se para Dieta Líquida Completa, com acréscimo
24
de leite desnatado e sopa liquidificada. Na semana, iniciava-se a Dieta Líquida-
Pastosa de transição, contendo sopa com pedaços, bolacha água-e-sal, e caldo de
feijão. Da 4ª à 6ª semana, orientava-se Dieta Pastosa, passando para Dieta Branda até
o final do segundo mês de pós-operatório. Do terceiro mês em diante era permitido
Dieta Geral, com exceção de doces e líquidos hipercalóricos.
3. 14 Controle Clínico Pós-Operatório
Para fins de anotação precisa do histórico de regurgitação no s-operatório, os
pacientes deveriam preencher uma Ficha de Controle de Regurgitação na qual
anotariam o mero total de episódios por dia, durante 6 meses. Com a finalidade de
facilitar a compreensão por parte do paciente, usou-se o termo vômito” em lugar de
regurgitação, no momento de ensinar como preencher a ficha (Anexo 5).
Nas consultas pós-operatórias, agendadas para o primeiro, terceiro e sexto
meses, os pacientes confirmariam os episódios de regurgitação, para corrigir eventuais
falhas no preenchimento da ficha apresentada no Anexo 5. Nessas ocasiões, o peso
pós-operatório era anotado para se averigüar o sucesso do tratamento. Além disso,
exame de Endoscopia Digestiva Alta era solicitado a partir do 6º mês, rotineiramente,
ou antes disso, quando houvesse suspeita de afecções do esôfago, estômago e jejuno
proximal.
As informações colhidas no acompanhamento ambulatorial foram inseridas no
Formulário de Acompanhamento Ambulatorial do Paciente (Anexo 6) por meio do
software de base de dados JFile
®
(Land-J Technologies, EUA) para Assistente Digital
Pessoal Palm
®
.
3. 15 Dados Analisados
Foram computados, para fins de estudo estatístico, dados demográficos e
antropométricos que constam do Quadro de Identificação e Dados Gerais dos
Participantes do Estudo (Anexo 7). Tamm se considerou dados a cerca da história
25
clínica, doenças associadas e antecedentes dos pacientes, inclusive aqueles
relacionados aos exames subsidiários pré-operatórios (Anexo 8), além de dados sobre
duração da operação, em horas, desde a incisão na pele até o curativo, e sobre tempo
de internação hospitalar, em dias, desde a operação até a alta hospitalar (Anexo 9).
Selecionou-se dez parâmetros da Manometria Esofágica pré-operatória (Anexo 9)
para os cálculos estatísticos. Além disso, a amostra de pacientes foi dividida em duas
Categorias de Função do Esfíncter Esofágico Inferior (Anexo 7), conforme descrito
abaixo, com a finalidade de se criar uma variável dicotômica exigida pelo estudo
estatístico:
Pressão Normal de EEI: PRM
EEI
14 mmHg;
Hipotonia de EEI: PRM
EEI
<14 mmHg.
As fichas preenchidos pelos pacientes (Anexo 5) foram tabuladas de acordo com
a Freqüência Mensal de Regurgitação Crônica, ou seja, o mero de dias em que
tiveram regurgitações, num período de 30 dias (Anexo 10). Esses dados foram
convertidos em duas Categorias de Regurgitação Crônica (Anexo 7), não importando
se num mesmo dia regurgitasse uma ou mais vezes:
Regurgitador Crônico: apresentou regurgitação mais de 10 dias por mês;
Não-Regurgitador Crônico: não regurgitou ou apresentou regurgitação até, no
máximo, 10 dias por mês.
Efeito sobre o emagrecimento, particular a grupamento específico de pacientes,
foi pesquisado através de quatro subgrupos formados pela combinação de Grupos de
tamanho de Anel de Silicone e Categorias de Regurgitação Crônica:
Regurgitador Crônico do Grupo A;
Não-Regurgitador Crônico do Grupo A;
Regurgitador Crônico do Grupo B;
Não-Regurgitador Crônico do Grupo B.
26
Para fins de estudo estatístico, também foram considerados dados relativos à
Endoscopia Digestiva Alta Pós-Operatória e, ainda, do peso perdido durante o
seguimento de seis meses (Anexo 10). A percentagem de Perda do Peso em Excesso
(PPE
%
) foi calculada, no pós-operatório, através da fórmula:
( )
100
%
×
=
idealinicial
atualinicial
PP
PP
PPE
,
onde P
inicial
é o peso em kg antes da cirurgia, P
atual
é o peso depois da cirurgia, e P
ideal
é
o peso ideal. Este último parâmetro, ou seja, o peso ideal, foi calculado por meio do
software MedCalc
®
(Mathias Tschopp, EUA), a partir de tabelas da Metropolitan Life
Insurance Co., EUA, conforme descrito por Robinson et al (1983).
3. 16 Análise Estatística
O método estatístico foi avalizado pela Disciplina de Bioestatística do
Departamento de Medicina Preventiva da UNIFESP Escola Paulista de Medicina, e
os cálculos matemáticos, assim como a plotagem de gráficos, foram elaborados pela
empresa PGS Medical Statistics, de São Paulo, com uso do software SPSS
®
(SPSS
Inc., EUA), sendo assumido Risco Alfa de 5% para significância estatística.
Dados mensurados em escalas qualitativas, sejam nominais ou dicotômicas, por
exemplo, gênero, doenças associadas à obesidade e tempo de internação, foram
analisados em Tabelas 2×2, mediante testes de Qui-Quadrado de Pearson. Quando
houvesse casela com valor esperado muito pequeno, aplicou-se o Teste Exato de
Fisher como, por exemplo, para raça, hipotireoidismo, hipertireoidismo e hiperuricemia.
Dados mensurados em escalas quantitativas como, por exemplo, idade, tempo de
doença e tratamento, peso, IMC, medidas manométricas, duração de cirurgia, e
freqüência mensal de regurgitações, foram analisados por meio do Teste t de Student
para Amostras Independentes.
Um gráfico box-plot, do tipo caixa, foi empregado para demonstrar diferença nas
médias de Comprimento esofágico sob ação da Crura Diafragmática (C
CD
), entre
27
Grupos, quando excluídos valores outliers e extremos, ou seja, fora dos limites de
variação da maioria dos valores. Outros quatro gráficos ilustraram resultados da
Análise de Variância na comparação, ao longo de 6 meses, da percentagem de Perda
do Peso em Excesso entre os Grupos e entre as Categorias de Regurgitação, e na
comparação da Freqüência Mensal de Regurgitação entre os Grupos.
A partir de Análise Univariada, relacionando quatro tipos de dados (1)
Categorias de Regurgitação Crônica, (2) Grupos, (3) Medidas Manométricas e (4)
Categorias de Função do Esfíncter Esofágico Inferior –, selecionou-se as variáveis
mais significantes para a Análise Multivariada, através da técnica de Regressão
Logística para variáveis dicotômicas, com intuito de definir os valores de odds ratio, ou
razão de chances, dessas variáveis. Assim, poderíamos ter uma aproximação dos
riscos relativos das variáveis para desencadeamento da Regurgitação Crônica.
Adicionalmente, mediu-se o grau de associação entre dois parâmetros, o IMC e a
PRM
EEI
, através do Coeficiente de Correlação, sendo que valores de r denotariam
relação linear perfeita quanto mais próximos estivessem de +1 ou de -1.
28
4 RESULTADOS
4. 1 Apresentação dos Resultados
Os dados obtidos foram analisados em quatro etapas: (1) analisando se os
Grupos eram comparáveis entre si; (2) comparando o efeito do tamanho do Anel de
Silicone; (3) comparando Regurgitadores e o-Regurgitadores Crônicos, depois da
cirurgia; e (4) definindo variáveis significantes, capazes de predizer a ocorrência de
regurgitação crônica.
4. 2 Homogeneidade dos Grupos
De acordo com a Tabela 1, observa-se que os Grupos eram homogêneos com
relação a idade, gênero, raça, tempo de existência da obesidade e de tratamento
clínico desta doença (p>0,05).
Tabela 1 – DADOS DEMOGRÁFICOS E HISTÓRIA CLÍNICA SEGUNDO O
GRUPO
Grupo
A
B
p-valor
Idade (anos)
38,4 ± 10,9
39,3 ± 10,5
>0,708
+
Gênero
>0,775
++
Masculino
8 (20,0%)
7 (17,5%)
Feminino
32 (80,0%)
33 (82,5%)
Raça
>0,999
+++
Branca
36 (90,0%)
35 (87,5%)
Não-Branca
4 (10,0%)
5 (12,5%)
Obesidade (anos)
27,5 ± 11,2
24,9 ± 9,4
>0,264
+
Tratamento (anos)
14,6 ± 11,3
17,0 ± 10,6
>0,374
+
Legenda:
+ Teste t de Student
++ Qui-Quadrado de Pearson
+++ Teste Exato de Fisher
Das principais doenças associadas e hábitos relativos ao fumo e ao álcool,
observa-se, através da Tabela 2, que os Grupos diferiam apenas com relação ao
tabagismo (p=0,043), posto que tal vício, em média, estava presente em 15,0% ± 7,0%
a mais de indivíduos do Grupo B do que do outro grupo.
29
Tabela 2 – NÚMERO (%) DE PACIENTES SEGUNDO O GRUPO E
DOENÇAS ASSOCIADAS, TABAGISMO E ETILISMO
Grupo
A
B
p-valor
Hipertensão Arterial
22 (55,0%)
22 (55,0%)
>0,999
+
Diabetes Melito
8 (20,0%)
6 (15,0%)
>0,556
+
Apnéia do Sono
13 (32,5%)
11 (27,5%)
>0,626
+
Artropatia
32 (80,0%)
32 (80,0%)
>0,999
+
Dislipidemia
23 (57,5%)
20 (50,0%)
>0,501
+
Hipotireoidismo 3 (7,5%) 6 (15,0%) 0,318
++
Hipertireoidismo 2 (5,0%) 1 (2,5%) 0,620
++
Anemia
9 (22,5%)
8 (20,0%)
>0,785
+
Hiperuricemia
4 (10,0%)
5 (12,5%)
>0,999
++
Ansiedade
14 (35,0%)
17 (42,5%)
>0,491
+
Depressão
12 (30,0%)
17 (42,5%)
>0,352
+
Tabagismo
2 (5,0%)
8 (20,0%)
>0,043
+
Etilismo
4 (10,0%)
7 (17,5%)
>0,330
+
Legenda:
+ Qui-Quadrado de Pearson
++ Teste Exato de Fisher
De acordo com a Tabela 3, observa-se que os Grupos eram homogêneos com
relação aos sintomas sugestivos de refluxo gastroesofágico, e quanto aos achados
endoscópicos e ultrassonográficos relacionados ao aparelho digestório (p>0,05).
Tabela 3 – NÚMERO (%) DE PACIENTES SEGUNDO O GRUPO E DOENÇAS
ESPECÍFICAS DO APARELHO DIGESTÓRIO
Grupo
A
B
p-valor
Refluxo Gastroesofágico
17 (42,5%)
16 (40,0%)
0,820
+
Hérnia de Hiato
6 (15,0%)
4 (10,0%)
0,499
+
Esofagite Edematosa
3 (7,5%)
1 (2,5%)
0,615
++
Esofagite Erosiva
6 (15,0%)
4 (10,0%)
0,499
+
Gastrite
24 (60,0%)
26 (65,0%)
0,644
+
Bulboduodenite
8 (20,0%) 4 (10,0%) 0,210
+
Úlcera Péptica
1 (2,5%)
3 (7,5%)
0,615
++
Helicobacter pylori
15 (37,5%)
16 (40,0%)
0,818
+
Litíase Biliar
9 (22,5%) 6 (15,0%)
0,390
+
Colecistectomia prévia
1 (2,5%) 4 (10,0%) 0,359
++
Esteatose Hepática
21 (52,5%)
20 (50,0%)
0,823
+
Legenda:
+ Qui-Quadrado de Pearson
++ Teste Exato de Fisher
De acordo com a Tabela 4, observa-se que, com exceção do Comprimento
esofágico sob ação da Crura Diafragmática (C
CD
), os Grupos eram homogêneos com
relação aos parâmetros manométricos pré-operatórios (p>0,05). Em média, pacientes
30
do Grupo B apresentaram C
CD
0,3 ± 0,2 cm maior que o apresentado pelo Grupo A,
porém, esse resultado mostrou-se apenas marginalmente significante (p=0,097).
Tabela 4 – MÉDIA ± DESVIO PADRÃO DE MEDIDAS MANOMÉTRICAS
PRÉ-OPERATÓRIAS SEGUNDO O GRUPO
Grupo
A B p-valor
+
C
CD
(cm)
2,1 ± 0,9 2,5 ± 0,9
0,097
P
CD
(mmHg)
41,8 ± 22,5 40,8 ± 16,7
0,841
CT
EEI
(cm)
3,6 ± 1,2 3,8 ± 1,1
0,558
CA
EEI
(cm)
1,9 ± 1,3 2,2 ± 0,9
0,316
PRM
EEI
(mmHg)
19,4 ± 8,7 18,5 ± 9,7
0,670
PEM
EEI
(mmHg)
7,7 ± 5,4 7,3 ± 7,4
0,821
PR
EEI
(mmHg)
-2,0 ± 3,8 -4,2 ± 6,7
0,309
P
CE
(mmHg)
131,5 ± 63,7 134,1 ± 54,8
0,849
C
EES
(cm)
2,8 ± 1,1 2,8 ± 1,1
0,906
P
EES
(mmHg)
81,8 ± 37,3 75,5 ± 36,5
0,463
Legenda:
+ Teste t de Student
Observando-se o gráfico box-plot apresentado na Figura 4, nota-se que o Grupo
A possui um valor extremo muito diferente das demais observações desse grupo;
excluindo-se esse indivíduo da análise da variável C
CD
, observa-se que o resultado, o
qual anteriormente era apenas marginalmente significante, passa a ser significante do
ponto de vista estatístico, ou seja, pacientes do Grupo B apresentaram C
CD
0,5 ± 0,2
cm maior que o apresentado pelo Grupo A (p=0,019).
Máximo - Mínimo
25º - 75º Percentil
Mediana
Valor "outlier"
Valor extremo
Grupo
(cm)
0
1
2
3
4
5
6
7
A B
6
63
N= 34 34
C
CD
Figura 4 – Gráfico box-plot do Comprimento de Esôfago
sob ação da Crura Diafragmática (C
CD
)
segundo o Grupo
31
Apenas 13% dos diagnósticos da manometria esofágica pré-operatória resultaram
em normalidade, contudo, as alterações manométricas estavam igualmente distribuídas
em ambos os Grupos (Anexo 11). Houve uma falha na inclusão de paciente (Caso 70
do Grupo A, Anexo 9) que teve o laudo de exame manométrico extraviado, mas foi
mantido no estudo porque o sorteio já tinha sido efetuado.
De acordo com a Tabela 5, observa-se que, com exceção do IMC, os Grupos
foram homogêneos em relação aos parâmetros antropométricos, duração da operação
e tempo de permanência hospitalar (p>0,05). Em média, pacientes do Grupo B
apresentaram IMC de 2,4 ± 1,4 kg/m
2
maior que o apresentado pelo Grupo A, porém
esse resultado foi apenas marginalmente significante (p=0,086).
Tabela 5 – MÉDIA ± DESVIO PADRÃO DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS,
DURAÇÃO DE CIRURGIA E TEMPO DE HOSPITALIZAÇÃO
SEGUNDO O GRUPO
Grupo
A B p-valor
Peso (kg)
128,1 ± 21,4 134,0 ± 25,7
0,265
+
Altura (m)
1,64 ± 0,08 1,63 ± 0,09
0,747
+
IMC (kg/m
2
)
47,8 ± 6,1 50,2 ± 6,4
0,086
+
Tempo de cirurgia (horas)
5,1 ± 0,8 5,2 ± 0,9
0,716
+
Tempo de hospitalização 0,531
++
5 dias 35 (87,5%) 33 (82,5%)
> 5 dias 5 (12,5%) 7 (17,5%)
Legenda:
+ Teste t de Student
++ Qui-Quadrado de Pearson
Não houve óbito na casuística estudada e os dois Grupos não diferiram quanto às
complicações cirúrgicas de maior gravidade (Anexo 12). Uma paciente do Grupo A
apresentou perfuração na porção fúndica do estômago excluído, diagnosticada no
dia de pós-operatório, e foi tratada com gastrectomia parcial associada a gastrostomia
no segmento excluído remanescente, recebendo alta após 30 dias (Caso 54). Um
paciente do Grupo B foi reoperado, no 12º dia de pós-operatório, por deiscência de
sutura da bolsa gástrica, próxima à incisura cárdica, sendo submetido a nova sutura do
estômago, remoção do anel de silicone e gastrostomia no segmento excluído (Caso
61). Este último paciente, após evoluir com choque séptico, insuficiência renal aguda e
fístula gastro-cutânea persistente, recebeu alta depois de 99 dias, mas foi mantido no
estudo, com base no princípio da intenção de tratar. Uma paciente do Grupo B teve
embolia pulmonar e recebeu alta após 17 dias de tratamento clínico (Caso 32).
32
Das complicações pós-operatórias precoces de menor gravidade, as mais
comuns estavam relacionadas com a parede abdominal, incluindo seroma, deiscência
de pele e subcutâneo, e infecção local, sendo observadas em cerca de 67% dos casos,
mas ocorreram igualmente em ambos os grupos (Anexo 12). A complicação tardia mais
freqüente foi anemia, observada em cerca de 18% dos casos. Hérnia incisional foi
diagnosticada em 5,0% e sangramento gastrointestinal, geralmente sem repercussão
hemodinâmica, ocorreu em 10,0% dos casos. Impacção de alimento na bolsa gástrica
foi mais freqüente no Grupo A, mas não houve diferença estatística (Anexo 13).
Dois pacientes não retornaram para consulta nos primeiros seis meses, de modo
que as informações sobre evolução clínica foram coletadas posteriormente (Casos 25 e
60, do Grupo A). Em duas pacientes do Grupo A, diagnosticou-se gravidez no pós-
operatório, sendo uma aos 5 meses da cirurgia, resultando em parto prematuro no
sexto mês de gestação, e óbito neonatal do concepto (Caso 44), e uma aos 6 meses,
evoluindo com abortamento espontâneo após 2 meses de gestação (Caso 70).
Também nesses casos não se computou diferença estatística entre os Grupos (Anexo
13).
4. 3 Efeito do Tamanho do Anel de Silicone
O papel do Anel de Silicone foi avaliado quanto ao seu reflexo no emagrecimento
pós-operatório, ao longo de seis meses, assim como no aparecimento de regurgitação
nos dois trimestres seguintes à cirurgia.
Dessa forma, através de Análise de Variância com Medida Repetida verificou-se
que não efeito de interação (p=0,109), ou seja, a percentagem de Perda do Peso
em Excesso cresce de forma similar nos dois Grupos, ao longo do tempo. Contudo,
houve diferença entre os Grupos (p=0,033), ou seja, o Grupo A teve uma Perda do
Peso em Excesso de 3,2% ± 1,5% maior que o Grupo B. Tamm verificou-se efeito do
tempo (p<0,001), sendo que a diferença da PPE
%
entre os tempos 3 meses e 1 mês
pôde ser estimada em 14,8% ± 0,6% (p<0,001) e a diferença entre os tempos 6 meses
e 1 mês em 29,0% ± 0,9%, demonstrando nítido emagrecimento ao longo de seis
meses, em ambos os Grupos (Figura 5).
33
0
10
20
30
40
50
60
0 1 2 3 4 5 6 7
Meses
Perda do Peso em Excesso (%)
Grupo A
Grupo B
Figura 5 – Perfil médio da percentagem de Perda do Peso
em Excesso no pós-operatório segundo o Grupo
Quanto à regurgitação, através de Análise de Variância com Medida Repetida
verificou-se que não efeito de interação (p=0,467), ou seja, a freqüência média do
sintoma cresce de forma similar nos dois Grupos, ao longo do tempo. Como se pode
depreender da Figura 6, o Grupo A apresentou, em média, 2,1 ± 1,2 dias de
regurgitação a mais que o Grupo B, porém esse resultado foi apenas marginalmente
significante (p=0,080). Nos dois Grupos, o segundo Trimestre apresentou, em média,
1,0 ± 0,5 dia de regurgitação a mais do que o primeiro Trimestre, porém, esse resultado
tamm mostrou-se apenas marginalmente significante (p=0,062).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
1º Trimestre 2º Trimestre
(média)
Freqüência de Regurgitação (dias)
Grupo A
Grupo B
Figura 6 – Perfil médio da freqüência de regurgitação nos
dois Trimestres segundo o Grupo
34
4. 4 Comparação entre Categorias de Regurgitação Crônica
Do total de 80 pacientes, 15,0% deles foram classificados como Regurgitadores
Crônicos. Entre os 40 pacientes do Grupo A, cerca de 23% deles tornaram-se
Regurgitadores Crônicos enquanto que, para os do Grupo B, apenas 8% deles,
aproximadamente, entraram nessa categoria. Resumindo, o Grupo A apresentou
15,0% a mais de Regurgitadores Crônicos do que o Grupo B, porém essa diferença
mostrou-se apenas marginalmente significante uma vez que o p-valor, obtido através
do teste de Qui-Quadrado, foi de 0,060.
Para avaliar se a regurgitação freqüente altera a taxa de emagrecimento foi
realizada uma análise da percentagem de Perda do Peso em Excesso ao longo de 6
meses que pode ser vista através da Figura 7.
0
10
20
30
40
50
60
0 1 2 3 4 5 6 7
Meses
Perda do Peso em Excesso (%)
Sim
Não
Regurgitador
Crônico
Figura 7 – Perfil médio da percentagem de Perda do Peso
em Excesso segundo Categorias de
Regurgitação Crônica
Através de Análise de Variância com Medida Repetida verificou-se que não
efeito de interação (p=0,204), ou seja, a PPE
%
cresce de forma similar entre
Regurgitadores e Não-Regurgitadores Crônicos, ao longo do tempo. Contudo, entre
essas duas categorias, houve diferença (p=0,032), isto é, os Regurgitadores Crônicos
tiveram Perda do Peso em Excesso de 4,6% ± 2,1% maior que os Não-Regurgitadores.
Também verificou-se efeito de tempo (p<0,001), sendo que a diferença da PPE
%
entre
35
os tempos 3 meses e 1 mês pôde ser estimada em 15,6% ± 0,8% (p<0,001) e a
diferença entre os tempos 6 meses e 1 mês em 30,7% ± 1,3%, em ambas as
categorias.
Para avaliar se a regurgitação freqüente e o tamanho do Anel de Silicone afetam
a taxa de emagrecimento num conjunto particular de indivíduos, criou-se quatro
subgrupos a partir da amostra, combinando Grupos e Categorias de Regurgitação
Crônica (Figura 8). Através de Análise de Variância com Medida Repetida verificou-se
que não efeito de interação (p=0,092), ou seja, a PPE
%
cresce de forma similar
entre os subgrupos, ao longo do tempo. Entretanto, diferença entre os subgrupos
(p=0,014) e, também, verificou-se efeito de tempo (p<0,001) nos quatro subgrupos.
0
10
20
30
40
50
60
0 1 2 3 4 5 6 7
Meses
Perda do Peso em Excesso (%)
Sim (A)
Sim (B)
Não (A)
Não (B)
Regurgitador
Crônico
(Grupo)
Figura 8 – Perfil médio da percentagem de Perda do Peso
em Excesso segundo Categorias de
Regurgitação Crônica e o Grupo
Com o objetivo de se detectar onde se encontravam as diferenças entre os
subgrupos, prosseguiu-se a análise através da Construção de Contrastes, e se
verificou que os Regurgitadores Crônicos do Grupo A perderam, em média, 9,6% ±
4,2% a mais de Peso em Excesso quando comparados aos Regurgitadores do Grupo B
(p=0,026). Os Regurgitadores Crônicos do Grupo A quando comparados aos Não-
Regurgitadores do Grupo A perderam, em média, 6,1% ± 2,5% a mais de Peso em
Excesso (p=0,016). Esses resultados mostram claramente que o subgrupo
Regurgitador Crônico do Grupo A emagreceu significantemente mais que outros
subgrupos.
36
A diferença de Perda do Peso em Excesso entre os Não-Regurgitadores Crônicos
do Grupo A e os Não-Regurgitadores do Grupo B foi de 1,8% ± 1,5%, porém, essa
diferença não foi estatisticamente significante (p=0,252). Comparando-se os Não-
Regurgitadores Crônicos do Grupo B com os Regurgitadores do Grupo B observou-se
uma diferença da PPE
%
entre eles de 1,7% ± 3,8%, porém, essa diferença também
mostrou-se estatisticamente não significante (p=0,648). Esses resultados confirmam
que todos os subgrupos, exceto o Regurgitador Crônico do Grupo A, alcançaram perda
de peso semelhante.
Ainda em relação ao gráfico anterior (Figura 8), a diferença percentual média de
Perda do Peso em Excesso do mês para o mês foi de 15,2% ± 0,9% (p<0,001),
enquanto que a do mês comparada à do mês foi de 29,0% ± 1,5% (p<0,001),
confirmando o efeito do tempo nos quatro subgrupos.
4. 5 Prognóstico de Regurgitação Crônica
Com o objetivo de buscar elementos capazes de predizer a chance de um
paciente tornar-se Regurgitador Crônico, foram avaliados parâmetros da Manometria
Esofágica pré-operatória, e, de acordo com a Tabela 6, observa-se que, em média,
indivíduos Não-Regurgitadores Crônicos apresentaram Pressão do EEI sob ação da
Crura Diafragmática (P
CD
) 14,2 ± 6,6 mmHg maior do que os Regurgitadores Crônicos
(p=0,001). Pacientes Não-Regurgitadores Crônicos apresentaram, em média, Pressão
Respiratória Média do Esfíncter Esofágico Inferior (PRM
EIE
) de 7,4 ± 2,8 mmHg maior
que pacientes Regurgitadores Crônicos (p=0,009).
Na divisão em duas Categorias de Função do Esfíncter Esofágico Inferior,
detectou-se três casos de Hipertonia do EEI (Caso 26 do Grupo A, e Casos 72 e 73 do
Grupo B, Anexo 9), os quais foram considerados como pertencentes à categoria de
Pressão Normal do EEI, para efeito estatístico. Assim sendo, entre os que tinham
PRM
EIE
14 mmHg, observou-se maior proporção de pacientes Não-Regurgitadores do
que Regurgitadores Crônicos (p=0,008), como se pode ver na Tabela 7.
37
Tabela 6 – PAMETROS MANOMÉTRICOS PRÉ-OPERATÓRIOS SEGUNDO
CATEGORIAS DE REGURGITAÇÃO CRÔNICA
Regurgitador Não Regurgitador
p-valor
CT
CD
(cm)
2,4 ± 0,7
(N=10)
2,3 ± 0,9
(N=58)
0,635
+
P
CD
(mmHg)
29,3 ± 9,0
(N=10)
43,4 ± 20,4
(N=56)
0,001
++
CT
EEI
(cm)
3,7 ± 0,9
(N=10)
3,7 ± 1,2
(N=65)
0,868
+
CA
EEI
(cm)
2,4 ± 0,9
(N=10)
2,0 ± 1,1
(N=57)
0,342
+
PRM
EEI
(mmHg)
12,7 ± 6,7
(N=12)
20,0 ± 9,1
(N=67)
0,009
+
PEM
EEI
(mmHg)
3,8 ± 5,9
(N=7)
8,0 ± 6,3
(N=49)
0,102
+
PR
EEI
(mmHg)
-6,1 ± 5,9
(N=2)
-3,0 ± 5,7
(N=27)
P
CE
(mmHg)
145,4 ± 36,6
(N=10)
130,9 ± 61,5
(N=64)
0,470
+
CT
EES
(cm)
2,6 ± 0,7
(N=10)
2,8 ± 1,1
(N=64)
0,524
+
P
EES
(mmHg)
84,2 ± 37,9
(N=10)
77,7 ± 36,8
(N=65)
0,608
+
Legenda:
+ Teste t de Student
++ Teste t para Variâncias Desiguais
N Número de pacientes
Tabela 7 – DISTRIBUIÇÃO DE PACIENTES SEGUNDO CATEGORIAS DE PRESSÃO DO
ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR E DE REGURGITAÇÃO CRÔNICA
PRM
EEI
Regurgitadores Não-Regurgitadores
Total p-valor
+
Hipotônico (<14 mmHg)
8 (66,7%) 17 (25,4%) 25 (31,6%) 0,008
Normal ( 14 mmHg) 4 (33,3%) 50 (74,6%) 54 (68,4%)
Legenda:
+ Teste Exato de Fisher
As análises feitas até aqui têm o inconveniente de representar o efeito de cada
variável, isoladamente, sem considerar a influência das demais variáveis. Seguindo o
método de Análise Multivariada, o efeito calculado para cada variável é corrigido pela
influência das outras. Para tanto, foram selecionadas aquelas que se mostraram
significantes ou com tendência à significância estatística na Análise Univariada, ou
seja, selecionou-se Grupo (A e B), P
CD
e PRM
EEI
. Avaliando-se as variáveis P
CD
e
PRM
EEI
, observou-se que elas eram correlacionadas positivamente o que prejudicaria o
ajuste do modelo, sendo assim, foi necessário optar pela entrada de apenas uma
dessas duas variáveis no modelo. Optou-se pela variável PRM
EIE
uma vez que esta
apresentou maior número de pacientes avaliados e tem maior significância clínica.
38
Contudo, por se tratar de técnica de Regressão Logística, que exige variáveis
dicotômicas, utilizou-se Categorias de Função do Esfíncter Esofágico Inferior em vez
de PRM
EEI
, nesse modelo de Análise Multivariada.
De acordo com a Tabela 8, observa-se que Grupo e Categoria de Função do
Esfíncter Esofágico Inferior são fatores prognósticos independentes para regurgitação
crônica, sendo que a chance de um paciente do Grupo A ser Regurgitador Crônico é
4,5 vezes maior do que a observada entre os pacientes do Grupo B (p=0,046). Com
relação às Categorias de Função do Esfíncter Esofágico Inferior, nota-se que a chance
de um paciente com PRM
EEI
<14 mmHg ser Regurgitador Crônico é, aproximadamente,
7 vezes maior do que a observada entre pacientes com PRM
EEI
14 mmHg (p=0,006).
Tabela 8 – RESULTADOS DA REGRESSÃO LOGÍSTICA
Odds Ratio I. C. a 95% p-valor
Grupo
(A / B)
4,5 [1,0 – 20,0] 0,046
PRM
EIE
(<14 / 14 mmHg)
6,9 [1,7 – 27,6] 0,006
Legenda:
I.C. Intervalo de Confiança
39
5 DISCUSSÃO
5. 1 Caracterizando Vômito e Regurgitação
O fenômeno emético é constituído de três sintomas seqüenciais, mas que podem
ocorrer isoladamente: náusea, ânsia e vômito. Náusea é a sensação desagradável de
iminente necessidade de vomitar, geralmente referida na garganta ou no epigástrio, e
que pode ou não se seguir de vômito. Ânsia de vômito é caracterizada por movimentos
respiratórios espasmódicos contra uma glote fechada, com contrações da musculatura
abdominal, mas sem expulsão de conteúdo gástrico, sendo referida como “esforço
seco”. Vômito é definido como expulsão oral forçosa de conteúdo strico associada à
contração da musculatura da parede abdominal e torácica (Kumar, Christensen, 1997;
Bates, 1998; Quigley et al, 2001). Diferentemente do vômito, a regurgitação é definida
como sendo o ato pelo qual o alimento é trazido de volta à boca, sem atividade
muscular abdominal e diafragmática, ou seja, de maneira passiva (Quigley et al, 2001),
além de não ser precedida de náusea (López, Laurentys-Medeiros, 1999; Kahrilas,
2003).
O mito pode ser desencadeado por estimulação de nociceptores viscerais
gastrointestinais que, através do nervo vago, ativam o centro do mito na medula, o
qual, por sua vez estimula a contração do diafragma, dos músculos da parede
abdominal e dos intercostais. A resposta vagal é responsável pelo refluxo do conteúdo
intestinal para o estômago, imediatamente antes do vômito e, além disso, a ativação
dos núcleos do VII e do XI nervo craniano é responsável pelo aumento da salivação
(Kumar, Christensen, 1997). Se por um lado, o mito resulta de atividade motora
desordenada do trato digestivo superior (López, Laurentys-Medeiros, 1999), por outro
lado, a fisiopatologia da regurgitação é mais simples, pois o aparecimento de conteúdo
gástrico na boca ocorre sem esforço, e está associado à incompetência do esfíncter
esofágico inferior (Braunwald et al, 1988; Porto, 1997; Bates, 1998), aumento da
pressão intragástrica ou intra-abdominal, mudanças posturais (Porto, 1997) e
relaxamento do esfíncter esofágico superior (Bouchier et al, 2002). Regurgitação ocorre
quase sempre após refeições (Porto, 1997) enquanto o vômito não guarda essa
relação temporal.
40
Náusea e vômito são sintomas com inúmeras causas, tais como, uso de anti-
inflamatórios não-esteroidais, medicamentos anti-gota, anti-hipertensivos, beta-
bloqueadores, antagonistas do canal de lcio, diuréticos, anti-diabéticos orais,
anticoncepcionais orais, excesso de ingestão de vitamina A, gastroenterite aguda,
obstrução mecânica da saída gástrica ou do intestino delgado, gastroparesia, disritmia
gástrica, síndrome do Y-de-Roux, pseudo-obstrução intestinal crônica, dispepsia
funcional o-ulcerosa, síndrome do intestino irritável, doença ulcerosa péptica,
colecistite, pseudo-tumor cerebral, vômito psicogênico, resposta emocional a odor ou
paladar desagradável, transtornos de ansiedade, depressão, anorexia nervosa, bulimia
nervosa, cetoacidose diabética, hipertireoidismo e fome prolongada. Quando a causa
dos sintomas é inexplicável, costuma-se usar o termo naúsea e vômito funcionais e,
quando os sintomas persistem por mais que um mês, são chamados de crônicos
(Quigley et al, 2001). Permanece ainda obscuro o papel da dismotilidade
gastrointestinal na nese da náusea e do vômito funcional crônico, assim como a
possível inter-relão com o mito psicogênico e com a dispepsia funcional (American
Gastroenterological Association, 2001). em relação à regurgitação, as causas mais
comuns são obstrução funcional ou mecânica do esôfago e refluxo gastroesofágico
(Kumar, Christensen, 1997).
A síndrome do Y-de-Roux, ou síndrome de estase de Roux, é uma causa possível
de vômito depois de Bypass Gástrico. Ela ocorre em cerca de 30% dos pacientes
submetidos a gastrectomia com gastroenteroanastomose em Y-de-Roux e vagotomia
(Tu , Kelly , 1994), sendo caracterizada por dor epigástrica crônica pós-prandial,
acompanhada de sensação de plenitude, náusea e vômito (Schirmer, 1994). A etiologia
é controvertida, podendo ser secundária ao esvaziamento gástrico retardado e à estase
da alça de Roux (Schirmer, 1994). A vagotomia é responsável pela alteração no
esvaziamento gástrico (Vogel et al, 1983), mas o afeta a motilidade do jejuno (van
der Mijle et al, 1993), pois a estase instestinal é causada pela propagação retrógrada
da atividade elétrica jejunal (Vantrappen et al, 1991; Woodward et al, 1993) criando
uma área de obstrução funcional na alça jejunal de Roux (Mathias et al, 1985).
Entretanto, não encontramos dados na literatura médica sobre a prevalência e a
importância dessa síndrome após cirurgia bariátrica. Além disso, os sintomas dessa
síndrome não se ajustam à queixa de regurgitação crônica que temos investigado.
41
Dada a dificuldade que o paciente teria em definir precisamente como ocorreram
as golfadas, não se pretendeu distingüir episódios de vômito e de regurgitação, em
nosso estudo. No preenchimento da Ficha de Controle de Regurgitação do Paciente
(Anexo 4) solicitamos que fossem quantificados todos os episódios de “vômito”,
independentemente da qualidade do material expelido, da velocidade da golfada, e da
concomitância de náusea, ânsia ou sialorréia. Dessa forma, é possível que episódios
de vômito verdadeiro fossem erroneamente designados como regurgitação.
5. 2 Vômito e Regurgitação após Cirurgia Bariátrica
Vômito é um risco comum associado ao Bypass Gástrico em Y-de-Roux
(Steinbrook, 2004). Quando adquire caráter crônico e funcional, constitui um desafio ao
raciocínio médico devido à enorme quantidade de diagnósticos etiológicos diferenciais,
anteriormente referidos. O presente estudo se propõe a testar uma hipótese que
conjuga aspectos funcionais do esôfago e uso de Anel de Silicone, para explicar a
fisiopatologia dessa complicação, após operação de Obesidade Mórbida pela técnica
de Capella et al (1991).
Fobi et al (1998b) definiram como obstrução funcional da saída da bolsa
gástrica uma condição manifestada por vômito, desidratação, perda de peso excessiva
e, às vezes, com desequilíbrio eletrolítico ou com desnutrição protéica, e cujos exames
radiológico e endoscópico resultaram normais. Nossos resultados mostram, no entanto,
que o problema aflige particularmente portadores de hipotonia do Esfíncter Esofágico
Inferior, sugerindo mais uma incapacidade funcional de reter alimentos na bolsa
gástrica do que um fenômeno obstrutivo. Assim, em razão da semelhança com a
fisiopatologia do Refluxo Gastroesofágico, temos usado o termo regurgitação em lugar
de vômito para expressar o sintoma. É interessante notar ainda que tanto Crampton et
al (1997a) como Fobi et al (1998b) consideraram mito e regurgitação indistingüíveis
entre si, o que explica a dificuldade que tivemos em separar os episódios de vômito
verdadeiro daqueles decorrentes de regurgitação.
42
5. 3 Definição de Regurgitador Crônico
Episódios isolados de regurgitação não deveriam alterar a qualidade de vida do
doente, mas a cronicidade, ao contrário, poderia repercutir negativamente nesse
aspecto. Entretanto, foi difícil definir quem era regurgitador crônico, com base na
literatura médica, devido ao uso comum de termos vagos como, por exemplo, vômito
raro, esporádico, ocasional, infreqüente, freqüente, semanal e diário. Artigos publicados
com classificação, fundada em meros, evidenciam a arbitrariedade de cada autor
(Quadro 2).
Quadro 2 – CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A FREQÜÊNCIA DE VÔMITOS
E/OU REGURGITAÇÕES
Freqüência
Referências
Baixa Média Alta
Busetto et al (1996, 1997) < 6×/mês 6 a 20×/mês > 20×/mês
Crampton et al (1997a) > 3×/semana
Carbajo Caballero et al (1998) < 5×/mês 5-10×/mês > 3×/semana
Fried et al (1998) < 1×/semana
Øvrebø et al (1998) < 1×/semana > 1×/semana > 1×/dia
Kriwanek et al (2000) < 2×/mês 1×/semana 1×/dia
Nosso estudo 10×/mês > 10×/mês
Em estudo semelhante ao nosso, Crampton et al (1997a) consideraram vomitador
aquele que tinha o sintoma mais de três vezes por semana, ou seja, mais de 12 vezes
por mês. Carbajo Caballero et al (1998) consideraram freqüência média até 10
vezes por mês, e alta mais de 12 vezes por mês. Em nosso trabalho, consideramos
Regurgitador Crônico aquele que se queixava do sintoma mais de dez dias por mês,
pois com esse “ponto de corte” conseguiríamos maximizar as chances de encontrar
diferença estatística entre os Grupos (Anexo 14), embora fosse ideal, do ponto de vista
clínico, que o Não-Regurgitador Crônico tivesse freqüência mensal igual a zero.
Crampton et al (1997a, b) usaram questionário de qualidade de alimentação, no
qual avaliavam a variedade de alimentos que podiam ser ingeridos, e consideravam,
tamm, a ocorrência de Síndrome de Dumping e de vômitos. Em nosso estudo,
centramos o objetivo na freqüência mensal de regurgitação, a qual era anotada num
impresso (Anexo 5), pelo próprio paciente, de maneira semelhante àquela usada por
Busetto et al (1997).
43
5. 4 Incidência de Regurgitação Crônica
Vômitos ocorrem, depois de cirurgia bartrica, a taxas que variam de 2,6 a 86,0%
(Quadro 3). Provavelmente, a falta de uniformidade na definição de Vomitador ou
Regurgitador explica, pelo menos em parte, porque as incidências citadas diferem de
autor para autor. O tipo de técnica, se puramente restritiva ou se Bypassstrico, deve
ser outro fator que explica as diferenças encontradas, haja visto que Monteforte,
Turkelson (2000), em estudo de meta-análise, encontraram maior freqüência nos
procedimentos exclusivamente restritivos. Nossos números são compatíveis com os
encontrados por outros autores que realizaram Bypass Gástrico, particularmente entre
aqueles que usaram Anel de Silicone (Crampton et al, 1997b; Fobi et al, 1998b), mas
não condizem com a afirmação vaga de Capella et al (1991), os quais falavam apenas
em baixa incidência de vômito depois de Bypass.
Quadro 3 – INCIDÊNCIA DE VÔMITO E/OU REGURGITAÇÃO CRÔNICA APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
Referência N Método Incidência Tempo
Mason, Ito (1967) 8 Gastroplastia 12,5%
Gomez (1981) 300 Gastroplastia 15,3
Halverson, Koehler (1981) 69 Gastroplastia 16,0% Após 3
o
mês
Mason (1982) 42 Gastroplastia 4,8% Até 3
o
mês
Näslund et al (1986) 57 Gastroplastia 37,9% No 12
o
mês
Wyss et al (1995) 100 Gastroplastia 49,4% Após 5 anos
Stoner et al (1997) 165 Gastroplastia* 4,9%
Carbajo Caballero et al (1998) 50 Gastroplastia* 84,0%
Doldi (1998) 102 Gastroplastia 6,8%
Papakonstantinou et al (1998) 260 Gastroplastia 8,9%
Kriwanek et al (2000) 70 Gastroplastia 18,0% Após 3 anos
Busetto et al (1996) 80 Banda Gástrica** 12,5%, 21,7%, 11,5% No 3
o
, 6
o
e 12
o
mês
Busetto et al (1997) 30 Banda Gástrica** 16,6%, 13,3% e 6,6% No 3
o
, 6
o
e 12
o
mês
Griffen et al (1977) 32
Bypass Gástrico
34,4%
Crampton et al (1997b) 88
Bypass Gástrico (55 × 60 mm)*
27,0%×12,0% Após 12
o
mês
Fobi et al (1998b) 944
Bypass Gástrico*
7,6%
Stahl et al (2000) 50
Bypass Gástrico (21 × 25 mm)***
Igual Até 18
o
mês
Mitchell et al (2001) 78
Bypass Gástrico
68,8% 13 a 15 anos
Nosso Estudo 80
Bypass Gástrico (62 × 77 mm)*
22,5%×7,5% Até 6
o
mês
Zimmerman et al (1992) 35
Gastroplastia* × Bypass Gástrico
86,0%×14,0%; 76,0%×7,0% Após 3
o
e 12
o
mês
Øvrebø et al (1998) 43 Banda Gástrica**** × Gastroplastia 47,0%×10,0%
Monteforte, Turkelson (2000) 7194
Técnica Restritiva × Bypass Gástrico
8,5%×2,6%
Korenkov et al (2002) 50
Banda Gástrica** × Bypass Gástrico
10,0%×10,0% Até 12
o
mês
Legenda:
* Anel de silicone
** Ajustável
*** Grampeador circular
**** Não-Ajustável
N nº de pacientes
Vômito freqüente implica em menor tolerância para alimentos sólidos (Busetto et
al, 1996) levando o paciente a procurar alimentos menos consistentes e, às vezes,
mais calóricos. Øvre et al (1998) chamaram de intolerância alimentar grave quando
44
os pacientes ingeriam líquidos, de moderada quando aceitavam purês, e de leve
quando apenas alguns alimentos eram excluídos do cardápio. Grande restrição aos
alimentos foi constatada em 20% dos casos operados com anel de 55 mm, contra 13%
naqueles com anel de 60 mm, no estudo realizado por Crampton et al (1997b). Isso
significa que a cirurgia bariátrica impõe um “dano colateral” a uma parcela dos
operados, manifestado por dificuldade constante em comer, e que o anel de silicone
tem participação causal.
Não obstante a freqüência elevada de desconforto ao se alimentar, pacientes
operados por métodos restritivos não costumam se declarar descontentes com a
escolha. Para Kriwanek et al (2000), 71% ficaram satisfeitos com a operação e 96%
dispuseram-se a fazer operação novamente, se necessário. Carbajo Caballero et al
(1998) também encontraram alto índice de satisfação entre os pacientes. Para Fobi et
al (1998b), a maioria dos pacientes regurgitadores, com ou sem aconselhamento,
aprende a superar esse efeito colateral.
5. 5 Papel do Anel de Silicone na Regurgitação Crônica
O Anel de Silicone é construído a partir de um pedaço de tubo flexível radiopaco
com calibre de 8.4 Fr, cerca de 2,8 mm, originalmente empregado como cateter
intravenoso de uso prolongado (Capella et al, 1991; Fobi, Lee, 1998a). Internamente,
pode ser amarrado com fio simples de polipropileno 2/0 (Capella et al, 1991) ou
polipropileno 0 (Capella, Capella, 1997) ou fio duplo de polipropileno 2/0 (Fobi, Lee,
1998a). Ainda que se possa padronizar o tamanho do anel, é certo que o diâmetro
interno da luz strica dependa da quantidade e espessura dos tecidos circunscritos,
além da força aplicada ao nó que prende o anel (Capella, Capella, 1996b).
No início, Capella et al (1991) efetuavam o Bypass Gástrico com Bandagem de
Tela de Polipropileno, de 15 por 55 mm, mas, logo, passaram a usar Anel de Silicone
com 55 mm de comprimento porque este facilitava a transposição do ligamento
hepatogástrico. Posteriormente, sem mencionar o motivo, mudaram para anel de 60
mm, que resultava em diâmetro de luz gástrica de 13 mm (Capella, Capella, 1996a;
Capella, Capella, 1997) e, no final, haviam abandonado o anel, voltando a usar
45
Bandagem de Polipropileno, com 13 por 55 mm (Capella, Capella, 2002). Fobi, Lee
(1998a) usam Anel de Silicone de comprimento variando entre 55 e 65 mm. Garrido Jr
et al (2004) usam anel de 63mm, o qual resulta em luz gástrica de 14 mm, enquanto
que s adotamos, como padrão do serviço e no Grupo A, anel com 62 mm, obtendo
assim diâmetro interno de luz gástrica de 12 mm, aproximadamente.
Pequenas variações no comprimento do Anel de Silicone produzem notável
diferença clínica. Crampton et al (1997b) aumentaram o tamanho do anel em 5mm,
ampliando em 33% a área de secção ao nível do Anel de Silicone e obtiveram 15% de
redução na incidência de regurgitação. Em nosso estudo, aumentamos em 100% a
área de secção para obter a mesma redução do sintoma obtida por Crampton et al
(1997b). Contudo, Stahl et al (2000) aumentaram em 42% a área de secção ao nível do
estoma, feito com sutura mecânica, e não observaram diferença na taxa de
regurgitação. Como o estoma é passível de dilatação espontânea (MacArthur et al,
1980), ao contrário do anel de silicone, talvez isso explique a aparente incongruência
entre os resultados, admitindo-se que o alargamento melhore o esvaziamento gástrico.
Zimmerman et al (1992) notaram que Anel de Silicone, resultando em luz gástrica
com 7 mm de diâmetro, aumentava em 69% a incidência de mito, quando
comparado com estoma de 12 mm. Embora a diferença nos diâmetros de luz gástrica
possa explicar a disparidade na ocorrência do sintoma, não causaria surpresa se,
tamm nesse caso, o estoma tivesse sofrido dilatação espontânea (MacArthur et al,
1980), resultando numa incidência de apenas 7% de vômito. Essa conjectura justifica
por que motivo não fizemos um estudo comparando Bypass Gástrico com e sem Anel
de Silicone, visto que, nessas condições, não teríamos controle sobre o diâmetro final
da luz na porção distal da bolsa gástrica.
5. 6 Outras Complicações relacionadas ao Anel de Silicone
Crampton et al (1997b) observaram maior taxa de ocorrência da Síndrome de
Dumping com uso de anel mais largo, fato que não foi por nós confirmado, pois a
síndrome acometeu 15% dos pacientes com anel estreito e 10% daqueles com anel
largo, sem significância estatística (Anexo 13). Em relação a bezoar, Fobi et al (1998b)
46
diagnosticaram impacção de alimentos na bolsa gástrica em 1,8% dos casos. Em
nosso estudo, corpo estranho foi removido da bolsa gástrica em 10% dos pacientes
com anel de 62 mm e em 2,5% daqueles com anel de 77 mm, sem diferença estatística
(Anexo 13).
5. 7 Relação entre Perda de Peso, Anel de Silicone e Regurgitação Crônica
Análise de perda de peso no pós-operatório deve ser efetuada a longo prazo. No
caso do Bypass Gástrico em Y-de Roux com Anel de Silicone, a Perda do Peso em
Excesso esperada é de 75% depois de quatro anos (Fobi et al, 1998b). Mas, Capella,
Capella (1996b) m relatado 62% de Perda do Peso em Excesso depois de 5 anos.
Esses autores acreditam que a bandagem restritiva tem papel importante na perda de
peso, principalmente depois do terceiro ano de pós-operatório, quando a Síndrome de
Dumping tende a desaparecer (Capella, Capella, 2002).
Apenas 26% da nossa casuística atingiu dois anos de pós-operatório, mas
pudemos constatar que os pacientes que tinham anel de 62 mm obtiveram 67% de
Perda do Peso em Excesso, e os que possuíam anel de 77 mm alcançaram 60% nesse
período, ou seja, anel mais largo emagreceu menos (Anexo 15). Esse fato preocupa-
nos porque o anel mais largo tinha 17 mm de diâmetro interno e, segundo Fobi et al
(1998b), uma das causas de falha em perder peso é o estoma com diâmetro interno
maior que 14 mm, embora Flanagan (2000) afirme que reganho de peso está
associado a estoma maior que 18 mm.
Para Crampton et al (1997b), o emagrecimento o é afetado pelo aumento no
tamanho do anel, nem pelo surgimento de mitos, pois a Perda do Peso em Excesso
observado por eles foi de 70% e 75%, respectivamente, para anel de 55 e de 60 mm.
Stahl et al (2000) tamm encontraram Perda do Peso em Excesso equivalente para
os estomas de 19 e 25 mm, que foram, respectivamente de 64% e 69%. Em nosso
estudo, ao contrário, houve diferença significante na Perda do Peso em Excesso entre
os grupos com anel de 62 e de 77 mm (Figura 5), sendo que Regurgitadores Crônicos
com anel estreito tiveram maior perda ponderal (Figura 8). Isso nos leva a refletir sobre
47
a necessidade de se colocar anel restritivo estreito para garantir emagrecimento às
custas de pior qualidade de alimentação.
Zimmerman et al (1992) e Crampton et al (1997b) realizaram estudos
comparativos depois de 12 meses da operação, enquanto que Stahl et al (2000)
chegaram até o 18º mês de pós-operatório, mas nosso estudo teve duração mais curta,
de apenas 6 meses. Para Flanagan (2000), mitos seriam admissíveis no momento
da introdução de alimentos lidos, contudo, deveriam desaparecer depois do mês.
Dessa maneira, achamos que sintomas persistentes além do 3º mês caracterizariam a
condição de Regurgitador Crônico. É possível que análise de longo prazo consiga
demonstrar que pacientes do Grupo B, com anel largo, tornem-se assintomáticos a
partir do segundo ano de pós-operatório, mas, se os do Grupo A também conseguirão
eliminar o sintoma, ainda é uma incógnita (Anexo 16).
5. 8 Remoção do Anel de Silicone por Regurgitação Crônica
Remover o Anel de Silicone na ausência de estenose, mas motivado por
intolerância alimentar e regurgitação crônica, é discutível porque permite reganhar
peso. Crampton et al (1997a) reoperaram 14% dos pacientes com anel de 55 mm, mas
estes reganharam 10 kg de peso, em média. Por outro lado, apenas 4,2% dos que
tinham anel de 60 mm necessitaram de revisão cirúrgica (Crampton et al, 1997b), o que
mostra estreita relação do problema com o tamanho do anel. Pelo mesmo motivo, Fobi
et al (1998b) removeram o anel e dilataram a anastomose gastrojejunal em 0,4% dos
seus pacientes.
Em nossa casuística, quatro pacientes (5,0%) com regurgitação crônica foram
tratados dessa maneira (Anexo 17), sendo que três deles pertenciam ao Grupo A. Dos
quatro casos citados, apenas um deles não apresentava hipotonia do EEI, mas
pertencia ao grupo com anel estreito. O procedimento conseguiu restaurar a qualidade
da alimentação, mas, em contrapartida, observamos até 16% de reganho de peso após
remoção do anel. Diante desse inconveniente, é necessário pensar em alternativas
como, por exemplo, remover o Anel de Silicone e, depois, converter para bypass
48
gástrico em Y-de-Roux distal, com alça ileal comum de 150 cm (Fobi, Lee, 1998a) ou
para derivação bílio-pancreática do tipo Duodenal Switch (Hess, Hess, 1998).
5. 9 Refluxo Gastroesofágico e Obesidade
A prevalência de Refluxo Gastroesofágico sintomático em obeso mórbido, com
índice de DeMeester patológico, segundo definição de Johnson, DeMeester (1974), foi
calculada em 16% por Korenkov et al (2002), 38% por Hong et al (2004), 57% por Di
Francesco et al (2004), e 52% por Suter et al (2004). Em nossa casuística, o RGE foi
relatado por 41% dos pacientes, com base em sintomas, mas não foi confirmado por
pHmetria de 24 horas porque não dispúnhamos do método no momento da proposição
deste trabalho. Em estimativas populacionais, essa taxa é mais baixa, por exemplo,
20% segundo Locke et al (1999) e 16% segundo Lagergren et al (2000), o que
reforçaria a tese de que a obesidade favorece o refluxo. Todavia, os resultados são
contraditórios porque num estudo houve correlação entre IMC e sintoma de RGE
(Locke et al, 1999), enquanto que noutro não se viu tal relação (Lagergren et al, 2000).
Embora Näslund et al (1996) acreditassem que a perda de peso melhoraria o
Refluxo Gastroesofágico, isto foi contestado por estudo clínico de Kjellin et al (1996) e
de Di Francesco et al (2004). Dessa forma, não existe razão para esperar que os
regurgitadores crônicos livrem-se do problema criado pela cirurgia bariátrica,
simplesmente emagrecendo. De fato, no Grupo A, a percentagem de Regurgitadores
Crônicos no pós-operatório tardio (Anexo 16), apesar do pequeno tamanho da amostra,
permanece estável a longo prazo.
Pacientes submetidos a Gastroplastia Vertical com Bandagem melhoraram do
refluxo, segundo Deitel et al (1988), provavelmente porque a alta pressão dentro da
bolsa gástrica havia inibido o refluxo ácido para o esôfago. Por outro lado, Øvrebø et al
(1998) e Di Francesco et al (2004) não confirmaram tais resultados e constataram,
inclusive, que o refluxo ácido aumentara significantemente depois da mesma cnica
operatória. O Bypass strico, ao contrário da gastroplastia, não apresenta risco de
refluxo ácido porque a bolsa gástrica proximal produz pouca secreção ácida e, além
disso, a alça em Y-de-Roux dificulta o refluxo biliar. A respeito disso, Frezza et al
49
(2002) relataram melhora significante dos sintomas de doença do RGE depois de
Bypass Gástrico em Y-de-Roux com estoma grampeado.
Após Banda Gástrica Não-Ajustável, Fried et al (1998) encontraram cerca de 12%
de esofagite de refluxo, e depois de Bypass Gástrico, Korenkov et al (2002) relataram
apenas um caso de esofagite de refluxo. No período pós-operatório do nosso estudo,
foram diagnosticadas cerca de 16% de esofagites endoscópicas, embora não houvesse
relação entre esofagite e tamanho do anel (Anexo 18), nem entre esofagite e
regurgitação crônica (Anexo 19).
5. 10 Esfíncter Esofágico Inferior como Mecanismo Anti-Refluxo
O Esfíncter Esofágico Inferior o é um músculo especializado, mas aparece
como ligeiro espessamento da musculatura circular do esôfago distal, e constitui o fator
mais importante na prevenção do refluxo (Castell, 1978; Skandalakis, Ellis, 2000). Esse
espessamento muscular tem a forma de um anel oblíquo assimétrico com largura
média de 31 mm, localizado cerca de 9 mm acima do ângulo de His (Liebermann-
Meffert et al, 1979). Anatomicamente, outras estruturas auxiliam o mecanismo de
oclusão da cárdia, agindo em sinergia com o EEI (Figura 9): a crura diafragmática, a
localização intra-abdominal do EEI, o ângulo agudo de His, a roseta de mucosa
esofágica, a membrana frenoesofágica, as fibras oblíquas suspensórias da musculatura
gástrica e as fibras musculares semicirculares curtas originadas do EEI (Skandalakis,
Ellis, 2000). Tendo sido reconhecida a importância da ação anti-refluxo da crura
diafragmática, como se fosse um verdadeiro esfíncter, essa porção do diafragma é
considerada o componente externo do EEI (Martinez, Del Grande, 2004). O termo
Esfíncter Esofágico Inferior, usado no presente estudo, em geral, refere-se à parte
interna do mesmo.
Baixas pressões de Esfíncter Esofágico Inferior podem estar associadas à doença
do refluxo gastroesofágico. A manometria esofágica permite mensurar a pressão basal
desse esfíncter através de dois parâmetros, a pressão expiratória máxima (PEM
EEI
) e a
pressão respiratória média (PRM
EEI
). O primeiro deles fornece uma avaliação livre de
influência do diafragma, mas como a pressão gerada por esse músculo, durante a
50
respiração, deve contribuir para a contenção do refluxo exercida pelo EEI, muitos
consideram o segundo parâmetro, a PRM
EEI
, como o mais adequado para avaliação do
RGE (Corsi, Gagliardi, 2001). Em nosso estudo, o esfíncter avaliado pela pressão
respiratória média teve melhor correlação com a regurgitação crônica após Bypass
Gástrico, sugerindo que a função do diafragma participa da gênese desse sintoma
(Tabela 6).
Figura 9 – Estruturas anatômicas da região do hiato
esofágico (modificado de Mittal, Balaban, 1997)
Segundo Zaninotto et al (1988), o Esfíncter Esofágico Inferior incompetente tem
uma ou mais das seguintes características: (1) pressão média menor que 6 mmHg na
zona de alta pressão, a qual corresponde anatomicamente ao EEI, (2) comprimento
total do EEI menor ou igual a 2 cm, e (3) comprimento intra-abdominal do EEI de 1 cm
ou menos. A pressão e o comprimento do EEI guardam relação inversa, assim,
esfíncter curto necessita de alta pressão para se manter continente e, ao contrário,
esfíncter longo pode ser continente mesmo com pressão baixa (DeMeester et al, 1999).
Em nosso estudo, haviam mais pacientes com Comprimento Abdominal do EEI 1 cm
no Grupo A do que no B, todavia, o esfíncter intra-abdominal curto não parece ter
colaborado para a Regurgitação Crônica (Anexo 20). Observamos, tamm, três casos
de esfíncter intra-abdominal curto e hipotônico, mas nenhum deles se tornou
regurgitador crônico (Casos 66, 75 e 77 do Grupo A, Anexo 9).
51
5. 11 Esfíncter Esofágico Inferior e Obesidade
De uma forma geral, a pressão do Esfíncter Esofágico Inferior não sofre influência
com a obesidade (Backman et al, 1983; Mercer et al, 1987; Zacchi et al, 1991; Kjellin et
al, 1996; Jaffin et al, 1999; Di Francesco et al, 2004). Esfíncter hipotensivo tem sido
observado nos obesos em percentuais que variam de 9,5 a 31% (Quadro 4). Nossos
resultados confirmam dados da literatura médica, posto que encontramos hipotonia de
EEI em cerca de 31% dos casos (Tabela 7) e, além disso, não vimos correlação entre
IMC e PRM
EEI
(Anexo 21).
Quadro 4 – PREVALÊNCIA DE HIPOTONIA DE ESFÍNCTER
ESOFÁGICO INFERIOR EM OBESOS
Referência N Prevalência Pressão de EEI
O’Brien (1980) 25 12,0% < 15 mmHg
Backman et al (1983) 40 15,0% < 10 mmHg
Näslund et al (1996) 21 9,5% < 10 mmHg
Jaffin et al (1999) 111 31,0% < 10 mmHg
Di Francesco et al (2004)
14 14,3% < 10 mmHg
Hong et al (2004) 61 16,4% < 10 mmHg
Suter et al (2004) 247 17,7% < 10 mmHg
Nosso estudo 79 31,6% < 14 mmHg+
Legenda:
N de pacientes
EEI Esfíncter Esofágico Inferior
+ Pressão Respiratória Média do Esfíncter Esofágico Inferior
5. 12 Esfíncter Esofágico Inferior após Cirurgia Bariátrica
Nos poucos estudos existentes, parece provável que a cirurgia não afete a função
do Esfíncter Esofágico Inferior, embora seja admissível que Banda Gástrica Ajustável,
quando posicionada muito próxima ao esôfago, contribua para aumentar a pressão do
referido esfíncter (Quadro 5). Deitel et al (1988) notaram que a pressão do esfíncter
havia aumentado de 14 para 20 mmHg, após gastroplastia, mas não deram explicação
para o fato. Em nosso estudo, não avaliamos a função do EEI no período pós-
operatório em razão de dificuldades técnicas para posicionamento do cateter dentro do
estômago reduzido, mas acreditamos que esse aspecto ainda deva ser investigado.
Korenkov et al (2002) acham que a perda de peso esperada é menor quando o
EEI é incompetente, pois a bolsa gástrica o se distende e, assim, não causa
saciedade. o concordamos com esses autores porque a Perda do Peso em Excesso
52
foi similar entre os portadores de pressão normal ou de hipotonia de EEI, em nossa
casuística (Anexo 22).
Quadro 5 – PRESSÃO DO ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR APÓS CIRURGIA
BARIÁTRICA
Referência N Técnica Pressão de EEI
Tempo
Backman et al (1983) 14
Bypass Gástrico sem Anel
Gastroplastia
Inalterada
Inalterada
15 meses
Deitel et al (1988) 31
Gastroplastia Aumentada 13 semanas
Näslund et al (1996) 12
Gastroplastia Inalterada 38 meses
Korenkov et al (2002) 50
Banda Gástrica Ajustável
Bypass Gástrico sem Anel
Aumentada
Inalterada
22 meses
Di Francesco et al (2004) 14
Gastroplastia
Gastroplastia + Nissen
Diminuída
Aumentada
6-12 meses
Legenda:
N de pacientes
EEI Pressão do Esfíncter Esofágico Inferior
5. 13 Crura Diafragmática e outros Mecanismos Anti-Refluxo
A idéia de que o EEI sozinho não oferece proteção contra o refluxo é antiga
(Collis, 1968) e, portanto, sua disfunção não pode ser a única causa de regurgitação. A
barreira anti-refluxo, formada por estruturas da junção esôfago-gástrica, torna-se
incompetente à medida que mais mecanismos anti-refluxo estão comprometidos
(Kahrilas, 1997). O Bypass Gástrico em Y-de-Roux poderia comprometer também
esses mecanismos complementares, explicando a ocorrência de regurgitação crônica.
Crura ou, segundo a Nomina Anatomica, pilares diafragmáticos direto e esquerdo,
é o par de fibras musculares que se origina dos corpos vertebrais lombares, e contribui
para formar a parte do músculo diafragma que delimita o hiato esofágico. Segundo
Delattre et al (2000), parte da contenção do refluxo decorre de mecanismo de “laço”
que o diafragma crural, em movimento, cria sobre a transição esôfago-gástrica
impedindo o refluxo. Dessa forma, a reduzida pressão da crura denotaria incapacidade
de conter o refluxo gastroesofágico, correlacionando-se positivamente com a
ocorrência de esofagite (Yanagita, 2003). Em nosso estudo, não constatamos essa
relação, mas observamos que os indivíduos Regurgitadores Crônicos tinham Pressão
de EEI, sob ação da Crura Diafragmática, significantemente mais baixa que os Não-
Regurgitadores (Tabela 6).
53
Mittal, Balaban (1997) acreditam que a contenção do refluxo gastroesofágico é
realizada por dois esfíncteres de igual importância, o EEI e a Crura diafragmática, e
que o relaxamento transitório, simultâneo e prolongado, dessas duas estruturas
anatômicas, resulte em refluxo. Nossos resultados apóiam essa visão, posto que
regurgitadores crônicos tinham medidas significantemente mais baixas de PRM
EEI
e
P
CD
, e, além disso, notamos que PEM
EEI
, um parâmetro de função isolada do EEI, não
mantinha essa relação em nível de significância (Tabela 6). Entretanto, nossa
metodologia não permitiu averigüar o papel do relaxamento transitório na regurgitação
crônica.
O relaxamento transitório do EEI é induzido pela distensão da porção rdica do
estômago e, assim, pode levar ao refluxo (Kahrilas et al, 2000; Pouderoux et al, 2003).
É possível, então, que uma bolsa gástrica pequena distenda-se precocemente
favorecendo esse relaxamento e, conseqüentemente, a regurgitação. Essa explicação
ajuda a entender porque pacientes com pressão normal do EEI tamm podem
apresentar regurgitação crônica.
O ângulo agudo de His, um dos mecanismos de contenção do refluxo
(Skandalakis, Ellis, 2000), desaparece após a construção da bolsa gástrica proximal,
ao longo da curvatura gástrica menor, no Bypass strico. Entretanto, Delattre et al
(2000) não acreditam na existência desse ângulo e acham que o mesmo teria 90 graus,
sendo a impressão errônea decorrente de superposição de dois planos diferentes, ou
seja, o plano do fundo gástrico e o do esôfago.
Outro mecanismo anti-refluxo perdido é o relaxamento receptivo do estômago,
que manteria a pressão intragástrica constante enquanto o alimento chega ao órgão
(Delattre et al, 2000). É possível que, no paciente operado, a pequena bolsa strica
proximal, por não ser tão dilatável quanto o fundo strico, torne-se incapaz de relaxar
e acabe favorecendo o refluxo, posto que o anel de silicone, aplicado distalmente à
bolsa gástrica, dificulta a rápida passagem do alimento para o intestino. Todavia, como
a regurgitação crônica aflige apenas parcela dos indivíduos operados, a perda de tal
mecanismo não deve ter tanta importância.
54
5. 14 Doenças Associadas e Regurgitação Crônica
Jaffin et al (1999) excluíram de seu estudo casos de diabetes e de hipotireoidismo
porque essas doenças poderiam afetar a motilidade esofágica e gástrica. Nós
mantivemos tais pacientes na casuística porque eles estavam igualmente distribuídos
nos dois grupos (Tabela 2), sem afetar as comparações efetuadas.
Regurgitação crônica não pôde ser prevista com base em doenças associadas,
diagnosticadas antes da operação, nem a partir de alterações endoscópicas,
ultrassonográficas, laboratoriais, transtornos psicológicos, vícios, idade ou IMC,
avaliados no período pré-operatório dos nossos pacientes (Anexo 23). Por exemplo, a
presença de hérnia hiatal, no exame endoscópico, não permite distinguir categorias de
regurgitação, fato esse apoiado pelo estudo de Cuomo et al (2001) os quais notaram
que, embora a hérnia hiatal predisponha à doença do RGE, apenas o prejuízo
associado da pressão do EEI e da crura diafragmática representa condição de alto
risco para refluxo.
5. 15 Benefícios Potenciais do Estudo e Perspectivas Futuras
Prevendo quais pacientes estão em risco de desenvolver regurgitação crônica,
após Bypass Gástrico em Y-de-Roux com Anel de Silicone, baseado em exame pré-
operatório de manometria esofágica, seremos capazes de adequar esta operação para
cada um deles, ou seja, estaremos fazendo cirurgia sob medida”. Dessa forma,
acreditamos que a Manometria Esofágica deveria ser rotineiramente realizada, para
fins de planejamento operatório, tal como foi sugerido para a cirurgia do refluxo
gastroesofágico (Kauer et al, 1995). Na falta de informação acerca da função do EEI,
nem a história clínica de refluxo, nem o diagnóstico prévio de esofagite endoscópica
serão capazes de predizer o risco de regurgitação crônica pós-operatória.
Os resultados obtidos neste estudo autorizam o uso de Anel de Silicone, com
tamanho padrão de 62 mm, nos pacientes com função normal do Esfíncter Esofágico
Inferior, mas sugere que se tome precaução naqueles com hipotonia do referido
esfíncter. Nesse último caso, as alternativas seriam o uso de anel mais largo de 77 mm
55
ou a construção de anastomose gastrojejunal de tamanho habitual, mas sem anel de
silicone, tendo o cuidado de alertar o paciente para o risco de perda de peso inferior ao
esperado.
Outra solução, para os portadores de hipotonia do EEI, seria a hiatoplastia como
complemento da cirurgia bariátrica, a fim de fortalecer a ação da crura diafragmática.
Embora Smith et al (1997) não tivessem demonstrado melhores resultados com a
associação entre Crurorrafia e Bypass Gástrico, para tratamento do RGE em obeso
mórbido, a carência de estudo similares justificaria testar essa hipótese no futuro.
Finalmente, devemos considerar um procedimento de derivação bílio-pancreática,
especificamente, o Duodenal Switch (Hess, Hess, 1998), nos portadores de esfíncter
incompetente e super-obesidade, isto é, que tenham IMC igual ou superior a 50 kg/m
2
.
Essa proposta tem atrativos porque permite perder peso adequadamente, e evita o
risco de refluxo ácido, mas precisaria ser igualmente testada.
56
6 CONCLUSÕES
O estudo de indivíduos portadores de obesidade mórbida, submetidos a Bypass
Gástrico em Y-de-Roux, e acompanhados durante os primeiros seis meses de pós-
operatório, permite-nos concluir que:
1. O tamanho do anel de silicone e a hipotonia do esfíncter esofágico inferior são
fatores prognósticos independentes para regurgitação crônica, e apresentam risco:
a) 4,5 vezes maior com anel de 62 mm do que com anel de 77 mm, e
b) 7 vezes maior com esfíncter hipotônico do que com função normal;
2. Tamanho do anel de silicone e regurgitação crônica contribuem significantemente
para perda de peso no período especificado
57
7 ANEXOS
Anexo 1 – VAZÃO ATRAVÉS DA LUZ GÁSTRICA, NA PORÇÃO CIRCUNSCRITA PELO ANEL DE
SILICONE, SEGUNDO O TAMANHO DO MESMO
Considerando que:
(a) Anel de silicone de 62 mm resulte em luz gástrica de 12 mm de diâmetro,
(b) Anel de 77 mm resulte em luz de 17 mm;
Temos que o diâmetro interno (D) de cada anel mede:
(a) D
1
= 12 mm,
(b) D
2
= 17 mm;
Assim, calculamos a área (A) da luz gástrica da seguinte forma:
(a) A
1
= π · (r
1
)
2
= π · (D
1
÷ 2)
2
= π · (12 ÷ 2)
2
= 113 mm
2
,
(b) A
2
= π · (r
2
)
2
= π · (D
2
÷ 2)
2
= π · (17 ÷ 2)
2
= 226 mm
2
= 2 · 113 mm
2
;
E encontramos a relação entre áreas: A
2
= 2 · A
1
O escoamento de alimento pela luz gástrica, ao nível do anel de silicone pode ser representada como se
segue:
onde: D = diâmetro da luz gástrica; E = espessura; Q = vazão; t = tempo.
Definindo vazão com sendo o volume de um fluido que, numa unidade de tempo, se escoa através de
determinada seção transversal de um conduto, podemos calculá-la para cada tamanho de anel:
(a) Q
1
= volume
1
÷ tempo = (A
1
· E) ÷ t,
(b) Q
2
= volume
2
÷ tempo = (A
2
· E) ÷ t;
Como A
2
= 2 · A
1
, a relação entre Q
1
e Q
2
pode ser demonstrada:
Q
2
= (2 · A
1
· E) ÷ t = 2 · [(A
1
· E) ÷ t] = 2 · Q
1
Q
2
= 2 · Q
1
Portanto, temos que a vazão através do anel de 77 mm é duas vezes maior que a vazão através do anel
de 62 mm.
58
Anexo 2 – CARTA DE INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Nome do estudo: “Gastroplastia vertical com anel de silicone sob medida associado a bypass
gastrojejunal no tratamento da obesidade mórbida”.
Prezado Sr(a).,
A cirurgia para tratamento da obesidade mórbida é reconhecida mundialmente pelas vantagens que
traz ao paciente, porém com risco de ocorrer algumas complicações. Uma delas é o vômito
persistente que parece ser inerente ao tipo de operação escolhido.
O Hospital São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo, ou Escola Paulista de Medicina,
prestam assistência médica assim como realizam pesquisa no campo da saúde.
Temos o interesse de pesquisar o melhor tratamento da obesidade e com a menor chance de
ocorrer vômito persistente depois da operação. Para tanto, estamos convidando você para
participar de um estudo em que a cirurgia será feita com uma modificação que possa reduzir o risco
de vômito através do uso de um anel de silicone maior que o habitual.
Ao aderir ao estudo, você deveria estar ciente de que precisará realizar um exame de manometria
esofágica antes da operação, o qual dura em média uma hora e implica na introdução de uma
sonda através do nariz, podendo causar eventualmente náuseas.
Além disso, você podeperder menos peso que o esperado principalmente se não for capaz de
seguir a dieta proposta depois da operação. Somente no final do estudo poderemos concluir a
presença de algum benefício decorrente do uso de anel mais largo nessa operação.
Você pode optar pela cirurgia tradicional sem que haja qualquer inconveniente, porém, nesse caso
estará excluído(a) do estudo.
Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para
esclarecimento de eventuais vidas. O principal investigador é o Dr. Carlos Haruo Arasaki, que
pode ser encontrado no Ambulatório de Gastroenterologia Cirúrgica, situado à Rua Pedro de
Toledo, 650 – 2
o
andar, através do telefone 5576-4051.
Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), situado à Rua Pedro de Toledo, 715 – 1
o
andar, cujo
presidente é o Prof. Dr. José Osmar Medina Pestana e o telefone de contato, 5576-4564.
É garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de participar do
estudo, sem qualquer prejuízo à continuidade de seu tratamento na Instituição.
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros pacientes, não sendo divulgado a
identificação de nenhum paciente. Você tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados
parciais ou finais da pesquisa.
Não despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo, incluindo exames e
consultas. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir
qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa.
Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos ou tratamentos propostos
neste estudo, com nexo causal comprovado, o participante tem direito a tratamento médico na
Instituição, bem como às indenizações legalmente estabelecidas.
59
Anexo 3 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou
que foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Gastroplastia vertical com
anel de silicone sob medida associado a bypass gastrojejunal no tratamento
da obesidade mórbida.”
Eu discuti com o Dr. CARLOS HARUO ARASAKI sobre a minha decisão em
participar desse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do
estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as
garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro
também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do
acesso a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em
participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer
momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de
qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste
Serviço.
_____________________ Data / /
Assinatura do paciente ou
do representante legal
_____________________ Data / /
Assinatura da testemunha
(Somente para o responsável do projeto)
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e
Esclarecido deste paciente ou representante legal para a participação neste
estudo.
_____________________ Data / /
Carlos Haruo Arasaki
60
Anexo 4 – FICHA DE HISTÓRIA CLÍNICA, EXAMES FÍSICO E COMPLEMENTAR DO
PACIENTE
61
Anexo 5 – FICHA DE CONTROLE DE REGURGITAÇÃO DO PACIENTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA CIRÚRGICA – CIRURGIA DE OBESIDADE MÓRBIDA
DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
1 1 1 Dom 1 1 1 Sáb 1
2 2 2 2 2 2 Dom 2
3 3 Sáb 3 3 3 Sáb 3 3
4 4 Dom 4 4 4 Dom 4 4
5 5 5 5 5 5 5 Sáb
6 Sáb 6 6 6 Sáb 6 6 6 Dom
7 Dom 7 7 Sáb 7 Dom 7 7 7
8 8 8 Dom 8 8 8 Sáb 8
9 OPERAÇÃO 9 9 9 9 9 Dom 9
10 10 Sáb 10 10 10 Sáb 10 10
11 11 Dom 11 11 11 Dom 11 11
12 12 12 12 12 12 12 Sáb
13 Sáb 13 13 13 Sáb 13 13 13 Dom
14 Dom 14 14 Sáb 14 Dom 14 14 14 DEVOLVER
15 15 15 Dom 15 15 15 Sáb 15
16 16 16 16 16 16 Dom 16
17 17 Sáb 17 17 17 Sáb 17 17
18 18 Dom 18 18 18 Dom 18 18
19 19 19 19 19 19 19 Sáb
20 Sáb 20 20 20 Sáb 20 20 20 Dom
21 Dom 21 21 Sáb 21 Dom 21 21 21
22 22 22 Dom 22 22 22 Sáb 22
23 23 23 23 23 23 Dom 23
24 24 Sáb 24 24 24 Sáb 24 24
25 25 Dom 25 25 25 Dom 25 25
26 26 26 26 26 26 26 Sáb
27 Sáb 27 27 27 Sáb 27 27 27 Dom
28 Dom 28 28 Sáb 28 Dom 28 28 28
29 29 29 Dom 29 29 29 Sáb 29
30 30 30 30 30 Dom 30
31 31 Sáb 31 31
Paciente: VAAHS (Caso 80) Orientação: Favor anotar o número de episódios de VÔMITOS em cada dia.
62
Anexo 6 – FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL DO PACIENTE
Formulário
Descrição dos Itens: Itens Campo de Preenchimento
Número seqüencial na base de dados Nº:
Nome do paciente Nome:
Idade, sexo, cor, profissão Dados:
do registro hospitalar RH:
Telefone Fone:
Tempo de tratamento clínico e medicamentos usados TtoClín:
Doenças associadas à obesidade CoMorb:
Medicações em uso Medic:
Peso pré-operatório Peso:
Altura Altura:
IMC pré-operatório IMC:
Peso máximo e ideal PmáxId:
Data de cirurgia DCir:
Tempo de operação e internação, complicações precoces TC/Int:
Equipe cirúrgica e multi-disciplinar Eq MD:
Peso no 1° mês do PO e peso perdido (%) 1m PO:
Peso no 3° mês do PO e peso perdido (%) 3m PO:
Peso no 6° mês do PO e peso perdido (%) 6m PO:
Peso no 9° mês do PO e peso perdido (%) 9m PO:
Peso no 12° mês do PO e peso perdido (%) 12m PO:
Peso no 18° mês do PO e peso perdido (%) 18m PO:
Peso no 24° mês do PO e peso perdido (%) 24m PO:
Peso a partir do 3° ano do PO e peso perdido (%) >3 a PO:
Complicações tardias Complic:
Freqüência mensal de regurgitação Vômito:
Exames bioquímicos alterados no PO Bioquím:
Endoscopia e exame contrastado no PO EDA/EED:
Ultrassonografia e tomografia no PO US/TC:
Laudo de biópsia hepática intra-operatória BxHep:
Manometria esofágica pré-operatória ME:
Evolução no PO (melhora de doenças associadas) Evol PO:
Reoperações Reop:
Reinternações clínicas Reint:
Observações e itens a verificar Checar:
Legenda:
PO: pós-operatório
63
Anexo 7 – QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO E DADOS GERAIS DOS PARTICIPANTES DO ESTUDO
Paciente
Idade
Sexo
Raça
Estado
Civil
Profissão
Registro
Hospitalar
Peso
(kg)
Altura
(m)
IMC
(kg/m
2
)
Hipotonia
de EEI
Data da
Cirurgia
Grupo
Regurgitador
Crônico
1 FARA 38 fem branco
casado do lar 1055023
126,0
1,63 47,4 Sim 03/10/00
B Não
2 MGS 51 fem branco
casado cozinheira 1041847
116,5
1,57 47,3 Sim 12/12/00
B Sim
3 JGB 43 masc
branco
casado vendedor 1036128
205,0
1,77 65,4 Não 09/01/01
B Não
4 ASL 17 fem branco
solteiro estudante 1059788
114,3
1,63 43,0 Não 16/01/01
B Sim
5 MALF 35 masc
branco
casado func público 1055878
173,0
1,90 47,9 Sim 30/01/01
A Sim
6 NNS 30 fem pardo solteiro desempregado 994924
132,0
1,65 48,5 Não 03/04/01
A Não
7 IC 57 fem branco
vvo aposentado 786278
115,0
1,56 47,3 Sim 10/04/01
B Sim
8 RSCM 38 fem branco
divorciado escriturário 1054717
122,0
1,55 50,8 Sim 17/04/01
A Não
9 VPD 46 masc
pardo divorciado comerciário 820759
145,0
1,70 50,2 Não 24/04/01
B Não
10 CHG 47 fem branco
vvo do lar 1054396
124,2
1,64 46,2 Sim 29/05/01
A Sim
11 ACT 46 masc
branco
casado vereador 1042099
168,0
1,73 56,1 Não 26/06/01
A Sim
12 CP 50 fem branco
divorciado psicólogo 1035426
116,4
1,57 47,2 Não 17/07/01
A Não
13 ASD 57 fem branco
casado do lar 1066597
112,0
1,58 44,9 Sim 31/07/01
B Sim
14 MSS 58 fem branco
casado do lar 1052220
144,0
1,58 57,7 Não 07/08/01
A Sim
15 NEM 51 fem branco
casado do lar 1053666
123,3
1,55 51,3 Sim 14/08/01
B Sim
16 SS 32 fem branco
solteiro faturista 1136504
117,7
1,60 46,0 Sim 06/09/01
B Não
17 ARMM 27 fem branco
casado comerciante 1145485
108,0
1,62 41,2 Não 11/09/01
A Sim
18 VGC 47 fem branco
divorciado cabelereira 1064371
125,5
1,62 47,8 Não 02/10/01
A Não
19 AJRLS 57 fem branco
casado do lar 1054465
144,0
1,63 54,2 Não 27/10/01
B Não
20 AMF 44 fem branco
divorciado artesão 1033511
122,0
1,55 50,8 Sim 08/11/01
B Sim
21 AAO 31 fem branco
solteiro professor 1064677
131,0
1,68 46,4 Não 27/11/01
B Não
22 CRNF 26 fem branco
casado func público 994623
137,0
1,67 49,1 Não 07/01/02
B Não
23 LFS 40 fem branco
solteiro desempregado 1022466
139,8
1,61 53,9 Não 08/01/02
B Não
24 PAB 24 fem branco
solteiro professor 931497
127,9
1,70 44,3 Não 02/02/02
B Não
25 GAL 25 masc
branco
solteiro comerciante 1126124
157,5
1,75 51,4 Não 02/02/02
A Sim
26 HLF 48 fem pardo casado do lar 1039806
109,0
1,53 46,6 Não 05/02/02
A Não
27 ALR 28 masc
branco
solteiro comerciante 1141443
147,6
1,76 47,6 Sim 16/02/02
A Sim
28 CSP 35 fem pardo casado do lar 992827
118,3
1,60 46,2 Não 19/02/02
B Não
29 JLM 24 masc
pardo solteiro estudante 1052420
181,0
1,72 61,2 Sim 02/03/02
A Sim
30 OFBQ 42 fem branco
casado costureira 1064192
113,0
1,53 48,3 Não 05/03/02
A Não
31 LAA 33 fem branco
solteiro secretária 1058555
110,8
1,65 40,7 Não 14/03/02
A Não
32 HABS 39 fem branco
solteiro advogado 1068004
148,0
1,58 59,3 Não 19/03/02
B Sim
33 VSP 21 fem branco
solteiro auxiliar escritório 10014152
116,0
1,63 43,7 Não 22/03/02
B Não
34 SMS 46 fem branco
casado professor 1057226
126,0
1,57 51,1 Não 06/04/02
A Não
35 RP 27 masc
branco
solteiro comerciante 629946
176,0
1,72 59,5 Sim 09/04/02
B Não
36 NMR 44 masc
branco
casado comerciante 1037744
215,0
1,80 66,4 Sim 16/04/02
B Não
37 MF 38 fem branco
solteiro func público 352478
170,8
1,68 60,5 Não 18/06/02
A Não
38 JAR 48 masc
branco
casado comerciante 1064857
135,0
1,68 47,8 Não 17/09/02
A Sim
39 MMA 62 fem branco
solteiro do lar 1055874
126,0
1,58 50,5 Sim 15/10/02
A Não
40 VBC 36 fem branco
casado advogado 10026355
113,0
1,69 39,6 Não 19/10/02
A Não
41 AS 32 fem branco
solteiro professor 10030836
158,6
1,61 61,2 Não 22/10/02
B Não
42 FHS 33 masc
branco
casado bancário 1055697
176,3
1,85 51,5 Não 29/10/02
B Não
43 PRCB 35 masc
branco
solteiro taxista 10013956
145,0
1,79 45,3 Não 05/11/02
B Sim
44 LB 27 fem branco
casado do lar 1073137
109,1
1,60 42,6 Sim 12/11/02
A Sim
45 VSS 52 fem branco
divorciado escriturário 1054501
109,0
1,48 49,8 Sim 30/11/02
B Não
46 VLR 41 fem branco
solteiro do lar 1055125
132,8
1,58 53,2 Não 03/12/02
B Não
47 DANS 23 fem branco
solteiro estudante 10044219
100,7
1,72 34,0 Não 07/12/02
A Não
48 TMJP 22 fem branco
casado estudante 977081
129,2
1,65 47,5 Não 10/12/02
A Sim
49 VMS 42 fem branco
divorciado do lar 947871
141,0
1,74 46,6 Sim 17/12/02
B Sim
50 VS 39 fem branco
solteiro assistente adm 477411
131,4
1,58 52,6 Não 04/01/03
A Não
51 PSG 25 fem branco
solteiro estudante 489088
120,0
1,67 43,0 Não 07/01/03
B Não
52 METS 40 fem branco
divorciado industrial 10025793
114,6
1,55 47,7 Sim 11/01/03
A Sim
53 YFA 47 fem branco
casado advogado 1048470
168,6
1,65 61,9 Não 18/01/03
A Não
54 EPA 25 fem branco
casado recepcionista 10016796
111,5
1,59 44,4 Não 21/01/03
A Não
55 MRC 47 fem branco
casado do lar 1006020
112,0
1,48 51,1 Não 18/02/03
B Não
56 ML 29 fem branco
divorciado do lar 10024401
137,9
1,66 50,0 Não 25/02/03
B Sim
57 NSPS 58 fem branco
casado do lar 928395
96,0
1,49 43,2 Não 11/03/03
A Não
58 IFS 34 fem branco
solteiro auxiliar adm 1065318
147,0
1,57 59,6 Não 18/03/03
B Não
59 ACPGB 24 fem branco
casado balconista 10040753
113,0
1,64 42,0 Não 29/03/03
A Não
60 DMG 42 fem branco
divorciado comerciante 1072143
118,0
1,54 49,8 Não 12/04/03
A Não
61 ACPA 47 masc
pardo casado motorista 10021687
132,6
1,68 47,0 Não 15/04/03
B Não
62 CEAV 37 masc
branco
solteiro dentista 10025795
132,4
1,74 43,7 Não 29/04/03
A Sim
63 WDV 49 fem negro divorciado aux técnico saúde 1055126
101,9
1,58 40,8 Não 06/05/03
B Sim
64 AVNG 38 fem branco
solteiro secretária 830486
99,8
1,57 40,5 Não 20/05/03
B Não
65 VOL 28 fem branco
casado supervisor 10058770
108,9
1,66 39,8 Não 08/07/03
A Não
66 GRPS 35 fem branco
casado do lar 10025779
129,5
1,62 49,3 Sim 22/07/03
A Não
67 DSH 58 fem branco
solteiro aux técnico saúde 313462
110,0
1,52 47,6 Não 29/07/03
B Não
68 MAM 40 fem branco
casado do lar 1206411
132,0
1,63 49,7 Sim 05/08/03
B Não
69 ANC 20 fem branco
solteiro do lar 666106
110,0
1,60 43,0 Não 19/08/03
A Não
70 DRLGS 33 fem branco
casado instrumentador 10061005
125,6
1,67 45,0 13/09/03
A Não
71 IMBR 39 fem branco
casado balconista 1179680
128,5
1,57 52,1 Sim 20/09/03
A Não
72 RJN 40 fem negro divorciado aux técnico saúde 714913
147,4
1,63 55,5 Não 23/09/03
B Não
73 LC 48 fem branco
solteiro aux técnico saúde 997573
147,0
1,58 58,9 Não 30/09/03
B Sim
74 NRP 52 fem branco
casado aux técnico saúde 993360
110,5
1,59 43,7 Não 07/10/03
A Não
75 JSC 49 masc
branco
casado zelador 877150
149,0
1,70 51,6 Sim 21/10/03
A Não
76 DMOR 41 fem branco
casado inspetor alunos 10057958
112,0
1,65 41,1 Não 04/11/03
A Não
77 VCVF 48 fem negro casado do lar 1065004
123,0
1,62 46,9 Sim 18/11/03
A Não
78 AP 31 fem branco
solteiro assistente geral 10051920
97,5
1,49 43,9 Sim 25/11/03
B Não
79 CTM 30 fem branco
solteiro secretária 1057249
149,0
1,72 50,4 Não 02/12/03
B Não
80 VAAHS 42 fem branco
casado do lar 10027629
115,0
1,59 45,5 Não 09/12/03
B Não
64
Anexo 8 – HISTÓRIA CLÍNICA, DOENÇAS ASSOCIADAS E ANTECEDENTES DOS PACIENTES
Paciente
Obesidade
(anos)
Tratamento
(anos)
Hipertensão
Arterial
Diabetes
melito
Apnéia
do Sono
Artropatia
Dislipidemia
RGE
Hérnia Hiatal
Hiperuricemia
Ansiedade
Depressão
Anemia
Esteatose
Hepática
Litíase
Biliar
Esofagite
Edematosa
Esofagite
Erosiva
Úlcera
Péptica
Gastrite
H. pylori
Fumante
Etilista
1 FARA 29 10 x x x x x x x
2 MGS 20 4 x x x x x x x x
3 JGB 35 25 x x x x x x x x
4 ASL 17 8 x x x x
5 MALF 5 5 x x x x x x x
6 NNS 30 1 x x x x x x x x
7 IC 26 x x x x x x x x
8 RSCM 11 4 x x x x x x x x x x
9 VPD 18 x x x x x
10 CHG 47 2 x x x x x x
11 ACT 46 2 x x x x x
12 CP 28 x x x x x
13 ASD 20 20 x x x x x x
14 MSS 38 x x x x x x
15 NEM 30 30 x x x x x x x x x x
16 SS 20 20 x x
17 ARMM 27 7 x x x x x
18 VGC 47 4 x x x x x x
19 AJRLS
10 2 x x x x x x x x x x
20 AMF 12 12 x x x x x x x x
21 AAO 27 15 x x x x x
22 CRNF 26 14 x x x
23 LFS 40 33 x x x x x x
24 PAB 24 x x x x
25 GAL x x
26 HLF 18 2 x x x x x
27 ALR 28 x x x x x
28 CSP x x x x x
29 JLM 24 9 x
30 OFBQ 18 x x x x x x x x
31 LAA 25 21 x x x x x x x
32 HABS 35 30 x x x x x x x x x
33 VSP 21 x
34 SMS 37 34 x x x x x x x x x x
35 RP 25 11 x x x x
36 NMR 20 20 x x x x
37 MF 38 1 x x x x x x x x
38 JAR 48 31 x x x x
39 MMA 30 30 x x x x x x x x x
40 VBC 25 23 x x x x x x x x
41 AS 20 20 x x x x x x x
42 FHS 17 15 x x x x x x x
43 PRCB 20 10 x x x x x x x x
44 LB 17 14 x x x
45 VSS 23 x x x x x x x
46 VLR 22 22 x x x x x x
47 DANS 23 8 x x x
48 TMJP 22 5 x x x x x x
49 VMS 20 1,5 x x x x
50 VS 30 2 x x x x x
51 PSG 14 6 x x x x x
52 METS 15 14 x x x x x x x
53 YFA 42 36 x x x x x x x x x x
54 EPA 18 18 x x x x x
55 MRC 30 30 x x x x x x x x x x
56 ML 20 1 x x x x x x x
57 NSPS 40 17 x x x x x x x x
58 IFS 12 12 x x x x x
59 ACPGB
8 8 x x x x x x x x x
60 DMG 34 27 x x x x x x x x
61 ACPA 27 x x x x x
62 CEAV 28 22 x x x x x x x x x x
63 WDV 28 28 x x x x x
64 AVNG 28 3 x x x x x x x x
65 VOL 28 16 x x x x
66 GRPS 35 13 x x x x x x x x
67 DSH 58 38 x x x x x x x x
68 MAM 10 x x x x x x x x x x
69 ANC 16 14 x x x x
70 DRLGS
14
71 IMBR 18 18 x x x
72 RJN 40 3 x x x x
73 LC 35 33 x x x x x x x x
74 NRP 18 18 x x x x x x
75 JSC 29 x x x x x x x x x x
76 DMOR 26 x x x x
77 VCVF 42 40 x x x x x x x
78 AP 26 24 x x x x
79 CTM 30 22 x x x x x
80 VAAHS
35 22 x x x x x x x x x
65
Anexo 9 – PARÂMETROS DA MANOMETRIA ESOFÁGICA PRÉ-OPERATÓRIA, TEMPO DE OPERAÇÃO E DE
INTERNAÇÃO
Paciente
P
CD
(mmHg)
CT
CD
(cm)
CT
EEI
(cm)
CA
EEI
(cm)
PRM
EEI
(mmHg)
PEM
EEI
(mmHg)
PR
EEI
(mmHg)
P
CE
(mmHg)
CT
EES
(cm)
P
EES
(mmHg)
Operação
(horas)
Internação
(dias)
1 FARA 19,1 2,5 5,0 2,5 0,3 -12,4 68,5 2,5 93,8 5,00 4
2 MGS 33,4 2,0 2,5 2 7,1 -10,3 136,5 2,5 68,0 4,67 4
3 JGB 64,4 2,0 3,5 2 19,5 -10,0 61,7 2,5 41,2 5,00 5
4 ASL 82,4 2,5 5,0 2,5 20,3 -4,1 184,7 2,5 38,7 6,00 4
5 MALF 27,7 2,0 2,5 2 4,6 87,7 2,0 164,8 4,00 4
6 NNS 49,0 3,0 5,5 5 18,2 85,3 2,0 136,4 4,08 5
7 IC 23,5 3,0 4,5 3 6,0 1,4 92,8 1,0 77,6 4,42 5
8 RSCM 18,1 1,5 3,0 3 12,5 4,4 80,2 3,0 51,2 5,67 4
9 VPD 52,3 2,5 5,0 2,5 25,8 7,8 130,6 1,5 47,1 4,33 4
10 CHG 32,1 1,5 4,0 1,5 10,9 0,1 125,7 3,0 34,7 3,83 4
11 ACT 62,0 1,0 28,6 18,0 125,6 2,5 51,1 5,00 5
12 CP 13,8 5,5 7,0 5,5 14,9 8,2 69,6 2,0 194,7 4,92 5
13 ASD 44,3 4,0 5,0 4 12,7 -1,9 215,8 3,0 37,9 3,67 5
14 MSS 59,3 1,0 2,5 1 24,9 83,6 1,0 19,8 5,33 5
15 NEM 49,6 2,0 4,5 2 5,8 258,1 3,5 22,4 5,00 5
16 SS 14,2 2,0 3,0 2 13,0 8,6 148,1 2,0 153,7 5,33 5
17 ARMM 25,7 2,5 4,0 2,5 14,5 3,2 152,6 4,0 121,2 4,25 5
18 VGC 49,0 2,0 4,0 2 21,9 8,2 142,7 2,0 57,4 5,42 5
19 AJRLS 47,7 1,5 3,5 2,5 24,3 12,2 200,2 1,5 117,4 5,42 5
20 AMF 33,8 1,5 4,5 1,5 5,6 -14,5 77,5 4,5 80,0 3,67 6
21 AAO 3,0 2,0 22,0 -12,5 193,5 2,0 65,8 4,83 5
22 CRNF 36,7 2,0 3,0 1 21,1 6,6 197,0 3,5 190,1 3,25 4
23 LFS 57,0 2,0 3,5 2 27,7 -0,9 134,1 3,0 46,7 4,83 5
24 PAB 47,3 2,0 2,5 1,5 31,0 13,9 29,3 5,0 90,9 4,50 4
25 GAL 36,0 2,5 4,0 2,5 30,0 15,5 138,0 1,5 91,9 4,00 4
26 HLF 103,5 1,5 4,0 1,5 52,7 9,5 156,3 2,0 50,8 7,50 4
27 ALR 27,2 2,0 3,0 2 11,1 -1,4 190,8 2,5 73,5 5,17 4
28 CSP 35,0 3,5 5,0 3,5 16,1 6,1 134,6 3,5 137,0 4,08 4
29 JLM 15,7 2,0 3,0 2 11,5 7,3 130,3 2,5 83,3 5,00 5
30 OFBQ 35,7 1,0 2,0 2 17,7 12,3 116,5 51,9 5,50 5
31 LAA 79,6 3,5 5,0 3,5 23,2 15,8 163,9 2,5 66,0 5,83 5
32 HABS 5,0 15,5 -11,2 4,0 63,5 5,33 18
33 VSP 30,4 4,0 5,0 3,5 24,0 15,0 118,9 5,5 81,8 5,83 4
34 SMS 102,9 2,5 5,5 2,5 20,9 4,3 140,7 2,0 71,4 5,42 7
35 RP 37,8 1,5 6,0 1,5 6,0 92,9 3,0 102,5 5,42 6
36 NMR 38,8 1,5 4,0 1,5 13,9 73,7 4,0 135,1 5,50 5
37 MF 50,0 1,5 5,0 1,5 27,8 13,2 115,1 2,0 37,1 5,25 5
38 JAR 48,3 2,0 3,0 2 26,3 7,9 202,9 4,5 94,4 4,50 5
39 MMA 4,5 9,3 -0,2 4,0 151,8 5,33 6
40 VBC 18,7 3,5 3,5 2 24,2 16,8 1,4 96,8 2,0 84,4 4,58 5
41 AS 52,3 2,0 4,0 1,5 25,4 5,2 -4,7 89,8 1,5 78,4 5,25 5
42 FHS 39,6 2,5 3,5 2,5 20,2 4,5 128,1 3,5 40,5 7,25 5
43 PRCB 20,4 5,0 5,5 4,5 22,1 15,3 193,2 3,0 63,4 6,00 8
44 LB 16,6 2,0 2,5 1 13,4 7,3 112,7 3,0 81,4 3,75 5
45 VSS 1,0 6,0 103,4 3,0 48,3 5,17 5
46 VLR 43,9 2,0 3,0 2 24,7 5,2 114,8 1,5 116,6 5,33 5
47 DANS 32,9 1,0 2,5 0,5 19,3 7,7 5,4 95,2 3,0 69,9 4,25 4
48 TMJP 35,2 3,0 4,5 3,5 17,0 2,9 154,0 2,0 79,5 5,33 4
49 VMS 14,6 2,5 4,5 2,5 4,7 -0,7 140,7 2,5 88,9 6,08 5
50 VS 38,5 1,5 2,5 1 24,0 9,0 84,9 6,0 76,0 5,33 4
51 PSG 34,2 2,0 4,5 2 19,0 6,7 179,0 2,5 63,1 5,00 5
52 METS 12,0 5,33 4
53 YFA 65,9 1,0 4,0 1 33,3 15,0 107,0 2,5 99,6 5,33 4
54 EPA 3,0 20,6 0,0 3,0 56,6 4,50 5
55 MRC 18,7 2,5 3,0 0,5 18,2 2,2 125,4 3,0 69,4 6,58 5
56 ML 3,0 18,0 80,0 6,33 6
57 NSPS 59,5 2,0 3,5 2 25,3 14,3 88,5 3,0 127,4 6,50 6
58 IFS 40,3 2,0 3,5 2 16,4 1,0 178,8 2,5 60,4 4,25 5
59 ACPGB 4,0 3 18,8 190,1 3,0 26,1 5,75 7
60 DMG 32,7 2,0 5,0 2,5 22,3 4,2 -6,2 316,7 2,0 77,6 5,33 5
61 ACPA 34,2 3,5 4,5 3,5 25,3 10,7 8,4 167,7 2,5 56,3 5,92 4
62 CEAV 14,0 6,58 5
63 WDV 3,0 2 17,1 15,3 117,8 5,0 28,0 4,83 5
64 AVNG 35,5 3,5 2,0 1,5 22,9 12,2 -1,2 176,4 1,5 74,5 4,58 5
65 VOL 52,3 2,5 2,5 1 26,6 3,8 0,0 74,2 2,0 107,3 5,50 5
66 GRPS 11,6 1,0 3,0 0 9,8 5,7 -8,6 144,4 3,0 94,5 4,33 5
67 DSH 42,7 2,0 3,0 1,5 20,7 4,9 -1,0 236,0 2,5 44,4 5,50 5
68 MAM 11,0 -2,0 202,0 3,0 63,0 6,50 6
69 ANC 38,4 2,0 3,5 0,5 16,2 4,4 -4,4 92,6 5,0 68,3 6,00 5
70 DRLGS 3,75 4
71 IMBR 31,6 2,5 3,5 1,5 10,8 0,4 -1,2 152,0 5,0 85,2 5,25 5
72 RJN 73,1 3,0 4,5 2 47,0 23,6 -10,8 91,0 1,5 79,6 5,83 5
73 LC 73,2 3,0 5,0 2,5 41,3 12,7 2,2 106,8 2,0 29,0 6,58 15
74 NRP 37,2 1,0 1,5 0 22,4 6,9 -2,2 357,3 4,5 64,3 4,58 5
75 JSC 23,2 2,0 2,0 0,5 10,5 1,5 -6,7 38,3 2,0 72,6 5,50 5
76 DMOR 34,6 3,0 4,5 2,5 19,9 11,8 -3,2 92,8 2,0 72,3 5,17 5
77 VCVF 55,5 2,5 3,5 0,5 13,9 0,2 0,1 96,1 3,5 78,7 5,00 6
78 AP 3,0 12,0 42,0 2,0 98,0 4,83 5
79 CTM 1,0 2,0 30,0 8,0 130,0 4,25 5
80 VAAHS 34,7 2,0 3,0 0,5 19,9 7,4 -3,1 78,5 2,5 74,9 4,25 5
66
Anexo 10 – FREQÜÊNCIA MENSAL DE REGURGITAÇÃO, PERCENTAGEM DE PERDA DO PESO EM EXCESSO E
ENDOSCOPIA PÓS-OPERATÓRIA
Regurgitação (Dias por Mês)
Perda do Peso em
Excesso (%)
Endoscopia Digestiva Alta no Pós-Operatório
Paciente
mês
mês
mês
mês
mês
mês
Média
mês
mês
mês
Normal
Hérnia
Hiatal
Esofagite
Gastrite
Úlcera
Gástrica
Úlcera
Jejunal
1 FARA 8 3 3 0 0 0 2,3 14,3 31,4 42,9 x x x
2 MGS 8 20 20 20 20 20 18,0 17,8 31,8 39,5 x
3 JGB 3 3 3 3 3 3 3,0 12,6 20,0 28,7
4 ASL 8 8 8 8 8 8 8,0 16,0 32,4 45,1
5 MALF 8 8 8 20 20 20 14,0 18,1 35,1 58,5 x x
6 NNS 3 3 3 3 3 3 3,0 13,9 28,0 36,8 x
7 IC 8 8 8 3 3 3 5,5 43,1 53,1 x
8 RSCM 0 0 0 3 3 3 1,5 3,3 25,0 33,1
9 VPD 0 0 0 0 0 0 0,0 9,1 27,2 32,6
10 CHG 20 20 20 20 20 20 20,0 22,9 35,5 53,1 x x
11 ACT 8 3 3 8 8 8 6,3 14,9 29,7 38,3 x
12 CP 0 1 0 1 0 0 0,3 21,1 32,3 41,8 x
13 ASD 8 0 0 20 20 20 11,3 18,3 29,7 40,0
14 MSS 0 9 8 5 8 0 5,0 24,8 30,2 45,2 x
15 NEM 1 13 11 4 8 7 7,3 16,5 26,9 37,2 x
16 SS 0 0 0 0 0 0 0,0 19,6 35,3 45,1
17 ARMM 0 20 8 12 15 10 10,8 17,2 38,1 58,9
18 VGC 1 0 0 0 0 0 0,2 17,4 29,1 39,0 x
19 AJRLS 0 3 3 3 3 3 2,5 15,9 24,8 35,5
20 AMF 0 5 5 6 4 3 3,8 11,4 28,1 41,7 x
21 AAO 7 4 0 2 1 3 2,8 14,2 40,0 x
22 CRNF 1 0 0 0 0 0 0,2 18,6 30,4 41,8 x
23 LFS 1 5 2 2 5 1 2,7 12,6 22,6 34,5 x x
24 PAB 0 0 0 0 0 0 0,0 11,3
25 GAL 0 30 30 30 30 30 25,0 x x x
26 HLF 1 2 2 0 0 0 0,8 14,3 21,3 34,7 x
27 ALR 8 30 30 0 0 0 11,3 20,1 38,7 55,5 x
28 CSP 1 1 2 0 0 1 0,8 14,5 26,0 44,3 x
29 JLM 1 10 11 9 10 7 8,0 11,4 22,6 35,7
30 OFBQ 0 0 0 0 4 2 1,0 13,0 28,1 41,3 x
31 LAA 1 0 0 10 0 2 2,2 24,5 50,2 56,1
32 HABS 0 0 1 7 12 12 5,3 15,2 26,0 40,6 x
33 VSP 3 3 0 0 0 0 1,0 15,3 30,7 57,7 x x
34 SMS 0 0 0 2 2 3 1,2 19,2 32,4 46,5 x x
35 RP 0 1 1 2 1 1 1,0 16,4 37,7 60,5 x x
36 NMR 0 0 0 0 1 1 0,3 12,9 29,4 39,6 x
37 MF 0 2 0 1 3 1 1,2 23,1 37,4 50,1 x x
38 JAR 0 7 6 8 13 11 7,5 17,4 35,3 51,1 x
39 MMA 0 1 1 1 0 0 0,5 7,8 22,6 36,4 x
40 VBC 0 3 4 1 1 2 1,8 22,6 41,1 56,2 x
41 AS 0 3 3 3 3 3 2,5 15,0 29,2 42,7
42 FHS 0 0 1 0 1 2 0,7 20,8 33,5 45,7 x x
43 PRCB 1 11 12 14 11 8 9,5 19,1 57,4 x x
44 LB 1 9 27 28 29 21 19,2 17,4 35,8 60,4 x
45 VSS 0 2 0 2 1 0 0,8 11,9 20,3 x
46 VLR 7 6 1 2 1 1 3,0 16,1 27,2 33,7 x
47 DANS 0 0 0 0 0 0 0,0 25,7 51,4 74,1 x
48 TMJP 5 10 9 12 12 22 11,7 12,7 35,2 x
49 VMS 3 20 20 20 20 20 17,2 9,9 26,3 x
50 VS 2 3 3 2 2 1 2,2 18,3 33,0 45,1 x
51 PSG 0 0 0 0 0 0 0,0 27,7 43,4 x
52 METS 15 17 10 11 10 8 11,8 26,5 38,2 x x
53 YFA 0 3 0 2 10 1 2,7 7,3 13,6 25,8 x
54 EPA 3 3 3 3 3 3 3,0 14,7 24,1 38,6 x
55 MRC 1 1 1 0 3 2 1,3 13,2 23,8 33,5
56 ML 0 13 3 2 0 3 3,5 26,3 50,2 x
57 NSPS 0 1 6 1 1 1 1,7 15,3 31,8 49,4 x x x
58 IFS 0 0 0 1 0 0 0,2 20,3 28,8 43,9 x
59 ACPGB 3 3 3 3 3 3 3,0 14,9
60 DMG 0 0 0 0 0 0 0,0
61 ACPA 0 0 0 0 0 0 0,0 38,2 62,6
62 CEAV 0 9 5 17 15 15 10,2 17,3 38,4 47,6 x
63 WDV 0 8 8 8 8 8 6,7 24,0 36,5 55,7 x
64 AVNG 0 0 0 0 0 0 0,0 17,4 36,0 61,7 x x
65 VOL 1 2 2 1 2 2 1,7 22,4 49,9 61,5 x
66 GRPS 0 3 3 4 5 5 3,3 14,6 30,3 48,1 x x x
67 DSH 1 2 0 0 0 0 0,5 7,7 26,1 41,5 x
68 MAM 0 0 0 0 0 0 0,0 12,0
69 ANC 0 1 1 2 0 1 0,8 18,4 28,2 41,4
70 DRLGS 0 0 0 0 0 0 0,0 18,2
71 IMBR 1 0 2 1 0 0 0,7 16,9 25,5 45,9
72 RJN 1 0 0 0 0 0 0,2 13,1 30,4 37,0 x
73 LC 1 1 1 0 1 1 0,8 9,8 18,0 26,3 x
74 NRP 0 0 3 3 3 3 2,0 14,4 36,7 54,8
75 JSC 0 2 2 4 3 3 2,3 19,8 36,9 50,2 x
76 DMOR 0 0 1 3 4 5 2,2 9,5 21,6 44,2 x
77 VCVF 8 14 13 10 7 7 9,8 11,8 32,8
78 AP 0 0 0 0 0 0 0,0 13,9 29,1 48,5 x
79 CTM 0 2 1 2 1 2 1,3 19,3 45,9 x
80 VAAHS 0 0 2 2 1 0 0,8 19,8 28,4 37,6
67
Anexo 11 – OUTROS ACHADOS DA MANOMETRIA ESOFÁGICA PRÉ-
OPERATÓRIA SEGUNDO O GRUPO
Grupo A Grupo B p-valor
Normal 5 (12,8%)
5 (12,5%)
>0,999
+
Hipocontratilidade do CE 1 (2,6%)
2 (5,0%)
>0,999
+
Hipercontratilidade do CE 6 (15,4%)
13 (32,5%)
0,075
++
Aperistalse do CE 1 (2,6%)
1 (2,5%)
>0,999
+
Hipertonia do EES 5 (12,8%)
6 (15,0%)
>0,999
+
Hipotonia do EES 9 (23,1%)
8 (20,0%)
0,790
+
Legenda:
++
Teste Exato de Fisher
++
Qui-quadrado
Anexo 12 – PROCEDIMENTOS CONCOMITANTES E COMPLICAÇÕES PÓS-
OPERATÓRIAS PRECOCES
SEGUNDO O GRUPO
Grupo A Grupo B p-valor
Colecistectomia 8 (20,0%)
6 (15,0%)
0,556
+
Hernioplastia Umbilical 1 (2,5%)
1 (2,5%)
>0,999
++
Esplenectomia por Lesão Inadvertida 0 (0,0%)
1 (2,5%)
0,500
++
Enterectomia por Divertículo Jejunal 0 (0,0%)
1 (2,5%)
0,500
++
Febre no Pós-Operatório Imediato 7 (17,5%)
6 (15,0%)
0,762
+
Atelectasia Pulmonar 3 (7,5%)
7 (17,5%)
0,176
+
Seroma de Parede Abdominal 15 (37,5%)
22 (55,0%)
0,116
+
Deiscência de Pele e Subcutâneo 22 (55,0%)
19 (47,5%)
0,502
+
Infeão de Ferida Operatória 10 (25,0%)
9 (22,5%)
0,793
+
Fístula Digestiva 1 (2,5%)
1 (2,5%)
>0,999
++
Embolia Pulmonar 0 (0,0%)
1 (2,5%)
0,500
++
Legenda:
++
Qui-quadrado
++
Teste Exato de Fisher
Anexo 13 – COMPLICAÇÕES E EVENTOS PÓS-OPERATÓRIOS
TARDIOS
SEGUNDO O GRUPO
Grupo A Grupo B p-valor
Anemia 7 (17,5%)
8 (20,0%)
0,775
+
Hérnia Incisional 2 (5,0%)
2 (5,0%)
>0,999
++
Litíase Biliar 1 (2,5%)
1 (2,5%)
>0,999
++
Hemorragia Digestiva Alta 3 (7,5%)
5 (12,5%)
0,712
++
Corpo Estranho na Bolsa Gástrica 4 (10,0%)
1 (2,5%)
0,207
++
Síndrome de Dumping
6 (15,0%)
4 (10,0%)
0,499
+
Gravidez 2 (5,0%)
0 (0,0%)
0,247
++
Legenda:
++
Qui-quadrado
++
Teste Exato de Fisher
68
Anexo 14 – Freqüência mensal de regurgitação, segundo o Grupo, utilizada
para definição de Regurgitador Crônico (*)
Anexo 15 – Perfil médio da Perda do Peso em Excesso no pós-operatório
tardio segundo o Grupo
Anexo 16 – Perfil médio da percentagem de Regurgitadores Crônicos no
pós-operatório tardio segundo o Grupo
0
5
10
15
20
25
30
35
40
>0 >5 >10 >15 >20
Freqüência de Regurgitação (dias por mês)
Nº de Pacientes
Grupo A
Grupo B
*
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 6 12 18 24 30 36 42
Meses
Perda do Peso em Excesso (%)
Grupo A
Grupo B
N= 80 51 35 21 15 7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0 6 12 18 24 30 36 42
Meses
Regurgitador Crônico (%)
Grupo A
Grupo B
N= 80 55 43 26 9
69
Anexo 17 – PACIENTES REOPERADOS PARA REMOÇÃO DO ANEL DE SILICONE E
AMPLIAÇÃO DE GASTROENTEROANASTOMOSE
Características e CASO
Evolução dos Pacientes 7 25 27 44
Grupo B A A A
Hipotonia de EEI
+
Sim Não Sim Sim
Dilatação de Bolsa Gástrica
++
Não Sim Não Não
Esofagite
++
Não Não Não Sim
Refluxo Gastroesofágico
++
Não Não Não Sim
Tempo até Reoperação (meses) 23 26 17 14
IMC antes da Reoperação (kg/m
2
) 24,4 23,1 20,6 24,6
PPE antes da Reoperão (%) 86,7 98,9 106,6 83,7
Tempo após Reoperação (meses) 13 3 3 6
Reganho de Peso em kg 3,2 (5,1%) 4,1 (5,6%) 12,5 (16,4%) 10,0 (13,7%)
Legenda:
++
Manometria esofágica antes do bypass gástrico
++
Endoscopia e exame contrastado antes da reoperação
Anexo 18 – ACHADOS DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA PÓS-
OPERATÓRIA SEGUNDO O GRUPO
Grupo A* Grupo B** p-valor
Exame Normal 13 (44,8%)
17 (60,7%)
0,230
+
Hérnia de Hiato 7 (24,1%)
4 (14,3%)
0,346
+
Esofagite 5 (17,2%)
4 (14,3%)
>0,999
++
Gastrite da Bolsa Gástrica 6 (20,7%)
5 (17,9%)
0,786
+
Úlcera de Boca Anastomótica 4 (13,8%)
2 (7,1%)
0,670
++
Úlcera Jejunal 5 (17,2%)
4 (14,3%)
>0,999
++
Legenda:
+
Qui-quadrado
++
Teste Exato de Fisher
* Grupo A com 29 casos
** Grupo B com 28 casos
Anexo 19 – ACHADOS DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA PÓS-OPERATÓRIA
SEGUNDO CATEGORIAS DE REGURGITAÇÃO CRÔNICA
Regurgitador*
Não-Regurgitador** p-valor
Exame Normal 3 (30,0%)
27 (57,4%)
0,114
+
Hérnia de Hiato 3 (30,0%)
8 (17,0%)
0,387
++
Esofagite 2 (20,0%)
7 (14,9%)
0,650
++
Gastrite da Bolsa Gástrica 3 (30,0%)
8 (17,0%)
0,387
++
Úlcera de Boca Anastomótica 1 (10,0%)
5 (10,6%)
>0,999
++
Úlcera Jejunal 3 (30,0%)
6 (12,8%)
0,184
++
Legenda:
+
Qui-quadrado
++
Teste Exato de Fisher
* Categoria Regurgitador com 10 casos
** Categoria Não-Regurgitador com 47 casos
70
Anexo 20 – COMPRIMENTO ABDOMINAL DO ESFÍNCTER ESOFÁGICO
INFERIOR SEGUNDO O GRUPO E REGURGITAÇÃO CRÔNICA
CA
EEI
1cm >1cm Total p-valor
+
Grupo 0,033
A 11 (32,4%)
23 (67,6%)
34 (100,0%)
B 3 (9,1%)
30 (90,9%)
33 (100,0%)
Regurgitação Crônica
0,675
Sim 13 (22,8%)
44 (77,2%)
57 (100,0%)
Não 1 (10,0%)
9 (90,0%)
10 (100,0%)
Legenda:
CA
EEI
Comprimento abdominal do esfíncter esofágico inferior
+
Teste Exato de Fisher
Anexo 21 – Dispersão de valores de IMC, ou Índice de Massa Corpórea, e
PRM
EEI
, ou Pressão Respiratória Média do Esfíncter
Esofágico Inferior (r=0,102; p=0,371; Coeficiente de
Correlação)
Anexo 22 – Perfil médio da percentagem de Perda do Peso em Excesso
segundo Categorias de Função do Esfíncter Esofágico
Inferior (no 6º mês: p=0,522; Teste t de Student)
30
35
40
45
50
55
60
65
70
0 10 20 30 40 50 60
PRM (mmHg)
IMC (kg/m )
Casos
Linha de
Regressão
EEI
2
0
10
20
30
40
50
60
0 1 2 3 4 5 6 7
Meses
Perda do Peso em Excesso (%)
Hipotônico
Normal
EEI
71
Anexo 23 – INFLUÊNCIA DE CONDIÇÕES PRÉ-EXISTENTES NO
APARECIMENTO DE REGURGITAÇÃO CRÔNICA APÓS
BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX
Regurgitador
Não-Regurgitador
p-valor
Hipertensão Arterial 6 (50,0%)
38 (55,9%)
0,706
+
Diabetes melito 1 (8,3%)
13 (19,1%)
0,681
++
Apnéia do Sono 2 (16,7%)
22 (32,4%)
0,331
++
Artropatia 9 (75,0%)
55 (80,9%)
0,697
++
Dislipidemia 7 (58,3%)
36 (52,9%)
0,730
+
Refluxo Gastroesofágico 6 (50,0%)
27 (39,7%)
0,504
+
Hérnia de Hiato 1 (8,3%)
9 (13,2%)
>0,999
++
Esofagite edematosa 1 (8,3%)
3 (4,4%)
0,475
++
Esofagite erosiva 2 (16,7%)
8 (11,8%)
0,635
++
Gastrite 7 (58,3%)
43 (63,2%)
0,756
++
Úlcera Péptica 0 (0,0%)
4 (5,9%)
>0,999
++
Helicobacter pylori
2 (16,7%)
29 (42,6%)
0,115
++
Litíase Biliar 3 (25,0%)
12 (17,6%)
0,687
++
Esteatose Hepática 6 (50,0%)
35 (51,5%)
0,925
+
Anemia 2 (16,7%)
15 (22,1%)
>0,999
++
Ansiedade 4 (33,3%)
27 (39,7%)
0,758
++
Depressão 2 (16,7%)
27 (39,7%)
0,194
++
Tabagismo 2 (16,7%)
8 (11,8%)
0,635
++
Etilismo 2 (16,7%)
9 (13,2%)
0,658
++
Idade (anos)
36,5 ± 11,2
39,3 ± 10,6
0,405
+++
Peso (kg)
130,4 ± 20,8
131,2 ± 24,3
0,919
+++
IMC (kg/m
2
)
46,2 ± 2,7
49,5 ± 6,6
0,101
+++
Legenda:
+
Qui-quadrado
++
Teste Exato de Fisher
+++
Teste t de Student
72
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Abstract
PREDICTIVE FACTORS OF CHRONICLE REGURGITATION AND WEIGHT LOSS
AFTER SILICON RING ROUX-EN-Y GASTRIC BYPASS FOR OBESITY TREATMENT
Introduction: Frequent regurgitation after Roux-en-Y gastric bypass, performed in
order to treat morbidly obese patients, may be due to a narrow diameter of silicon ring
and to a defective lower esophageal sphincter. Purpose: To estimate the risk of having
chronicle regurgitation after bariatric surgery, regarding technical and physiological
factors, and to evaluate the relationship between regurgitation and weight loss.
Methods: Eighty patients suffering from morbid obesity, based on body mass index
(BMI) criterion, were randomly selected to be submitted to a Roux-en-Y gastric bypass
with either a standard or a large ring (62 or 77 mm in length, respectively, group A and
B), with a six month follow-up evaluation. Pre-operative esophageal manometric data
were compared to occurrence of post-operative chronicle regurgitation within two
groups of 40 patients each one. Individuals presenting complaint of that symptom for
more than 10 days in a month were named chronicle regurgitant. Results: The groups
were comparable regarding age (38.4 ± 10.9 vs. 39.3 ± 10.5 years old), gender (1:4.0
vs. 1:4.7 of male/female ratio), ethnic group (90.0% vs. 87.5% of white race), weight
(128.1 ± 21.4 vs. 134.0 ± 25.7 kg), BMI (47.8 ± 6.1 vs. 50.2 ± 6.4 kg/m
2
) and co-
morbidities. However, there were more smokers in group B (p=0.043), and esophageal
length under crural diaphragm action was larger (p=0.019) in the same group,
preoperatively. Complications consisted of one case of pulmonary thromboembolism,
two cases of gastric leakage, but no deaths. Group A had lost 3.15% ± 1.45% more
excess weight than the other group (p=0.033). There were 15% more chronicle
regurgitant patients in group A than in group B. In all, chronicle regurgitant patients had
lost 4.55% ± 2.08% more excess weight than nonchronicle regurgitant ones (p=0.032).
Nevertheless, chronicle regurgitant patients in group A lost 9.6% ± 4.2% more excess
weight than chronicle regurgitant ones in group B (p=0.026), and 6.1% ± 2.5% more
excess weight than nonchronicle regurgitant patients in group A (p=0.016). There were
more chronicle regurgitant patients with lower esophageal sphincter hypotonia (mean
respiratory pressure <14 mmHg) than nonchronicle regurgitant ones (p=0.008). Phasic
component pressure of lower esophageal sphincter, corresponding to crural diaphragm
action, was 14.2 ± 6.6 mmHg higher in nonchronicle regurgitant patients than in
chronicle regurgitant ones (p=0.001). Logistic regression indicated that the odds ratio to
be a chronicle regurgitant individual in group A was 4.5 times greater than in group B
(p=0.046), and as well that odds ratio to be a chronicle regurgitant having lower
esophageal sphincter hypotonia was 7 times greater than having normal pressure of
this sphincter (p=0.006). Conclusions: Silicon ring size and lower esophageal
sphincter hypotonia are independent predicting factors for chronicle regurgitation after
Roux-en-Y gastric bypass. Ring size and chronicle regurgitation contribute significantly
to weight loss, during the first six months.
Glossário
Banda: Faixa larga. Qualquer aplicação ou parte de um aparelho que circunda o corpo.
Na tese, termo usado para designar um dispositivo restritivo, inflável ou não.
Bandagem: Faixa. Pedaço de tecido ou outro material, de forma e tamanho variáveis,
aplicado a uma parte do corpo a fim de fazer compressão. Na tese, refere-se a
material sintético ou autólogo usado em procedimentos restritivos.
Bolsa: Cavidade que contém secreção ou outro fluido. Na tese, foi usada como
tradução de “pouch” para designar o reservatório gástrico proximal, incluso no trânsito
alimentar.
Bypass: Derivação. Etapa de intervenção cirúrgica pela qual, para recompor a
continuidade de via natural, possibilita-se o trânsito do conteúdo do tubo digestivo pelo
interior do próprio corpo. Na tese, preferiu-se usar o termo em língua inglesa.
Co-Morbidades: Doenças associadas à obesidade, tais como, diabetes, hipertensão
arterial e apnéia do sono, entre outras. Adaptada a partir da palavra inglesa “co-
morbidities”.
Crura: Termo em latim que designa um par de fibras divergentes ou massas
alongadas. Embora a Nomina recomende o uso da palavra “pilares”, preferimos o
vocábulo mais antigo.
Esfíncter: Músculo que envolve um tubo de tal maneira que sua contração constringe
a luz. É o componente interno de fechamento de um piloro (o componente externo é o
músculo dilatador). Na tese, preferiu-se o termo “esfíncter” em lugar de “músculo
esfíncter”.
Estoma: Abertura artificial entre duas cavidades. Na tese, o termo foi usado para
designar a porção mais estreita e distal da bolsa gástrica, determinada por uma
anastomose gastrojejunal apertada.
Índice de Massa Corpórea: Medida oficial para obesidade, válida para indivíduos
adultos, e definida através da fórmula: IMC=P/A
2
, onde IMC é o índice de massa
corpórea, em kg/m
2
, P é o peso em kg, e A é a altura em metros. Tamm conhecido
como Índice de Quetelet, em homenagem ao seu inventor, Lambert Adolphe Quetelet,
matemático belga que viveu entre 1796 e 1874.
Operação de Billroth II: Originalmente, uma técnica operatória para tratamento de
câncer strico, com ressecção do piloro e do estômago distal, fechamento das
extremidades seccionadas do duodeno e do estômago, seguido de gastrojejunostomia.
Realizada, pela primeira vez, por Christian Albert Theodor Billroth de Bergen, Prússia,
em 1885. Na tese, refere-se à construção de gastroenteroanastomose término-lateral
com alça de jejuno.
Operação com Alça em Y-de-Roux: Técnica operatória em que a extremidade distal
do jejuno seccionado é anastomosada ao estômago e a extremidade proximal é
implantada no lado do jejuno, a certa distância da primeira anastomose. Realizada,
pela primeira vez em humanos, por César Roux de Lausanne, Suíça, em 1892.
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