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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Caracterização da Caatinga, consumo e desempenho de novilhas das raças
Guzerá e Girolando, suplementadas durante o período chuvoso, em Serra
Talhada-PE.
Daniel Fernando Ydoyaga
Recife
Fevereiro 2006
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Daniel Fernando Ydoyaga
Caracterização da Caatinga, consumo e desempenho de novilhas das raças
Guzerá e Girolando, suplementadas durante o período chuvoso, em Serra
Talhada-PE.
UFRPE
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA
Caracterização da Caatinga, consumo e desempenho de novilhas das raças
Guzerá e Girolando, suplementadas durante o período chuvoso, em Serra
Talhada-PE.
Tese apresentada ao programa de Doutorado Integrado
/UFRPE em Zootecnia, do qual participam a Universi
dade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Fe
deral do Ceará e Universidade Federal da Paraíba, co
como parte dos requisitos para a obtenção do grau de
Doutor em Zootencia.
Aluno : Daniel Fernando Ydoyaga
Orientador : Prof. Mário de Andrade Lira, PhD
Co-orientadores: Prof. Mércia Virginia Ferreira dos Santos, DSc
Prof. Marcelo de Andrade Ferreira, DSc
Fevereiro 2006
Recife – Pernambuco
Ficha catalográfica
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central – UFRPE
Y36c Ydoyaga, Daniel Fernando
Caracterização da caatinga, consumo e desempenho de
novilhas das raças Guzerá e Girolando, suplementadas durante o período
chuvoso, em Serra Talhada – PE / Daniel Fernando Ydoyaga.
-- 2006.
90 f. : il.
Orientador: Mário de Andrade Lira.
Tese (Doutorado em Zootecnia) – Universidade Federal
Rural de Pernambuco. Departamento de Zootecnia.
Inclui bibliografia e apêndice.
CDD 633.2
1. Caatinga
2. Desempenho
3. Extrusa
4. Suplementação
5. Botanal
6. Fitomassa
7. Gramínea
8. Palma forrageira
9. Óxido cromo
I. Lira, Mário de Andrade
II. Título
Caracterização da Caatinga, consumo e desempenho de
novilhas das raças Guzerá e Girolando, suplementadas durante
o período chuvoso, em Serra Talhada-PE.
DANIEL FERNANDO YDOYAGA
Tese defendida e aprovada em 23/02/2006, pela banca examinadora
Orientador: ________________________________________________________________
MÁRIO DE ANDRADE LIRA, PhD.
IPA
Examinadores: _______________________________________________________________
ALEXANDRE CARNEIRO LEÃO DE MELLO, DSc.
UFAL
_______________________________________________________________
GHERMAN GARCIA LEAL DE ARAUJO, DSc.
EMBRAPA
_______________________________________________________________
JOSÈ CARLOS BATISTA DUBEUX JUNIOR, PhD.
UFRPE
________________________________________________________________
MARCELO DE ANDRADE FERREIRA, DSc.
UFRPE
________________________________________________________________
MÉRCIA VIRGÌNIA FERREIRA DOS SANTOS, DSc.
UFRPE
“Os grandes antigos, quando queriam revelar e propagar as mais altas virtudes,
punham seus estados em ordem.
Antes de porem seus Estados em ordem, punham em ordem suas famílias,
antes de porem suas famílias em ordem, punham em ordem a si própios,
antes de porem a si própios em ordem, aperfeiçoavam suas alma,
antes de aperfeiçoarem suas almas, procuravam ser sinceros em seus pensamentos e
ampliavam ao máximo os seus conhecimentos.
Essa ampliação dos conhecimentos decorre da investigação das coisas, ou de vê-las
como são.
Quando as coisas são assim investigadas, o conhecimento se torna completo,
quando os pensamentos são sinceros, a alma se torna perfeita,
quando a alma se torna perfeita, o homem está em ordem,
quando o homem está em ordem, sua família também fica em ordem,
quando sua família está em ordem, o Estado que ele dirige também pode alcançar a ordem.
E quando os Estados alcançarem a ordem, o mundo inteiro goza de paz e felicidade”
Confúcio, 552 a.c.
Este sueño, hoy hecho realidad, lo debo a una persona que el Señor quiso que juntos
compartiéramos las alegrías y dificultades que la vida nos depara, sin ella mi vida no
encuentra sentido y siempre faltaran palabras para agradecer al destino por haberla
colocado en mi camino.
Mi amada esposa Elen
Sin duda alguna, la riqueza mas grande que el hombre puede tener es el amor de su familia.
Amanda, Daniel Andres y Elen, mi vida sin ustedes jamas tendra sentido.
Muchísimas gracias por todo
Aprendí con
Papá, que con disiplina, dedicacion, pasos firmes y desididos, se pueden enfrentar los duros
caminos de esta vida y que no existem objetivos que no puedan ser alcanzados.
Mamá, que la prudencia, pasiencia y el dialogo son las mejores herramientas para convivir.
Mis queridas hermanas, que con apoyo mutuo y unidad todo se torna mas facil y superable.
“Cosecharás lo que sembraste”; papá y mamá, les ha llegado el tiempo de cosechar, espero
sinceramente no haberles defraudado.
A ustedes
BIOGRAFIA
DANIEL FERNANDO YDOYAGA, filho de Daniel Guzmán Ydoyaga Mendoza e
Grécia Argentina del Carmen Santana Bello, natural de San Juan Bautista – Paraguay, nasceu
em 04 de maio de 1968.
Em 1985 concluiu o curso de segundo grau no Colégio Santa Clara em Asunción –
Paraguay.
Ingressou no curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de Santa
Catarina – UFSC, em Florianópolis – SC em 1988, colando grau como Engenheiro Agrônomo
em janeiro de 1994.
Em maio de 1997 foi contratado pelo Ministério de Agricultura e Ganadería do
Paraguay exercendo a função de pesquisador no departamento de produção animal da Estação
Experimental Chaco Central em Cruce de Los Pioneros – Chaco – Paraguay.
Em março de 2000 iniciou o curso de Mestrado em Zootecnia na Universidade
Federal Rural de Pernambuco – UFRPE , concentrando seus estudos na área de Forragicultura,
concluindo em fevereiro de 2002.
Em março de 2002 iniciou o curso de Doutorado em Zootecnia na Universidade
Federal Rural de Pernambuco – UFRPE , concentrando seus estudos na área de Forragicultura.
AGRADECIMIENTOS
Sou e serei extremamente agradecido:
Ao Ministério de Agricultura y Ganadería de la Republica del Paraguay (MAG), pela
oportunidade concedida;
À Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e em especial ao
Departamento de Zootecnia, pelo curso oferecido e pelo apoio na realização deste trabalho;
À Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA), pelo aporte financeiro,
técnico e estrutura do campo experimental de Serra Talhada cedido para a realização do
experimento e especialmente aos trabalhadores de campo Givanildo, João, Tião, Doca, Lunga,
Paulo e Tonho, pelos ótimos momentos de trabalho;
À Empresa Basileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), pela parceria, parte do
financiamento para a execução do projeto;
À Universidade Federal Rural de Pernambuco – Campus avançado de Serra Talhada-
PE, por disponibilizar o alojamento duarante o período de pesquisa, fundamental para a
realização deste trabalho e pelo apoio, especialmente nas pessoas de Jeová, Marinalva, Mário,
Aluizo, Zé Maria, seu João, seu Raimundo e Arlindo;
A CAPES, pela concessão da bolsa de estudo;
Ao laboratório de Nutrição Animal da UFRPE e em especial aos estagiários Kleyton e
Lara, pelo apoio na realização das análises químicas;
Ao meu ilustre orientador, Dr. Mario de Andrade Lira, pesquisador da Empresa
Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA), pelos ensinamentos, pela eficiente orientação
prestada e especialmente pelo bem mais preciado que todo homem pode receber, a sincera
amizade;
Aos co-orientadores, professores Doutores Mércia Virginia Ferreira dos Santos,
Marcelo de Andrade Ferreira e Alexandre Carneiro Leão de Mello, pela valorosa orientação,
ensinamento e contribuição na minha formação profissional;
Aos professores do programa de pós-graduação em Zootecnia da UFRPE, Dubeux Jr,
Francisco, Rinaldo, Sherlânea, Eunice, pelas valiosas sugestões, ensinamentos, criticas e
amizade;
Ao colega e amigo José Nilton Moreira, pela amizade e apoio recebido durante a
realização do experimento;
Aos colegas e amigos de pós-graduação Conceição, Tatania, Glesser, Olímpia, Robson,
Rosângela, Emerson, Ricardinho, Liz, Karla, Márcio, Renata, Karlinha, Geovergues, Solom,
Veronaldo, Dilza, Dani, Laine, Alcilene, pela ajuda e amizade;
Ao pesquisador Ivan S. Oliveira Júnior, pelo apoio e atenção recibidos durante a
implantação do experimento;
Ao laboratorista Sr. Antonio José e a Sra. Helena auxiliar de laboratório do
Departamento de Zootecnia da UFRPE, pela constante ajuda durante a realização das análises
laboratoriais;
Ao Sr. Nicássio, secretário do Programa de Pós-Graduação, pelo apoio, amizade e pela
valiosa ajuda e predisposição em resolver os inconvenientes do curso;
Ao pesquisador Venezio, responsável pelo Departamento de Estatística do IPA, sempre
disponível e que com paciência contribuiu enormemente na realização das analises estatísticas;
Aos pesquisadores do IPA, Iderval Farias, Djalma Cordeiro e Valderedes, pela valiosa
contribuição na elaboração deste trabalho;
A Maria do Carmo, pesquisadora e responsável pelo Laboratório de Nutrição Animal
do IPA, aos senhores Francisco e Galindo, pesquisadores e responsáveis pelo Laboratório de
Fertilidade do Solo do IPA, pela valiosa colaboração na realização deste trabalho;
Aos bibliotecários do IPA Paulo, Sônia e Almira, pela paciência e predisposição;
Ao pessoal de campo, motoristas e auxiliares, ilustres anônimos, sempre precisados e
poucas vezes lembrados, pela extraordinária colaboração;
Especialmente, a esta hermosa terra que me acolheu como filho, a qual devo toda
minha formação acadêmica e que em várias oportunidades presenciou as lágrimas de nostalgia
de um guarani que levará sempre na sua memória as lembranças vividas por estes lares e em
seu coração sua adorada pátria.
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
CAPITULO 2
FIGURA 1
Precipitações pluviométricas do primeiro semestre do ano, Serra Talhada,
2003................................................................................................................ 68
FIGURA 2
Evolução da participação das principais espécies, em percentagem, na
dieta dos bovinos fistulados, no período de avaliação, Serra Talhada-PE..... 69
TABELA 1
Nome vulgar, nome científico, família e estrato das espécies encontradas
na área de caatinga secundária, no período chuvoso, Serra Talhada –
PE................................................................................................................... 63
TABELA 2
Disponibilidade e composição botânica da pastagem dos componentes
herbáceo e arbustivo, antes da entrada dos animais (fevereiro) na área
experimental e após a retirada (julho), no período chuvoso, em Serra
Talhada, em 2003...........................................................................................
64
TABELA 3
Teores médios de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em
detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), extrato etéreo
(EE), material mineral (MM), proteína insolúvel em detergente neutro
(PIDN), proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA), carboidratos totais
(CHOT), carboidratos não fibrosos (CNF), nutrientes digestíveis totais
(NDT), digestibilidade “in situ” MS (DISMS) da pastagem, período
chuvoso, sertão de Pernambuco - 2003..........................................................
65
TABELA 4
Composição bromatológica e digestibilidade “in situ” da extrusa de
bovinos fistulados, em função da época de amostragem, período chuvoso,
Sertão de Pernambuco-2003...........................................................................
65
TABELA 5
Família, nome científico, nome vulgar e freqüência absoluta das espécies
índice arbóreo-arbustivas e herbáceas na caatinga, abril 2003, Serra
Talhada – PE...................................................................................................
66
TABELA 6
Participação das espécies na dieta de
b
ovinos fistulados,conforme o
período estudado, época chuvosa, Serra Talhada-PE....................................
67
TABELA 7
Frações da planta na dieta, conforme período de avaliação, época chuvosa,
Serra Talhada-PE ...........................................................................................
67
TABELA 8
Espécies desejáveis e indesejáveis selecionadas no pasto, conforme sua
participação na dieta, freqüência absoluta e disponibilidade de MS inicial,
época chuvosa, Serra Talhada-PE.................................................................. 68
CAPITULO 3
FIGURA 1
Precipitações pluviométricas do primeiro semestre do ano, Serra Talhada,
2003................................................................................................................
89
TABELA 1
Composição bromatológica e digestibilidade "in situ" do pasto e dos
suplementos oferecidos, período chuvoso, sertão de Pernambuco - 2003..... 87
TABELA 2
Consumo total, de pasto, dos suplementos em kg de MS/dia, em
percentagem de peso vivo (PV) e média do peso vivo (kg), em função dos
tratamentos: sem suplementação (T); suplementação com 1,0kg de torta de
algodão (TA); 10kg de palma forrageira (PF) e 0,5kg de torta de algodão +
5,0kg de palma forrageira (TA + PF) e das raças utilizadas, período
chuvoso, sertão de Pernambuco - 2003...........................................................
87
TABELA 3
Consumo de proteína e de NDT do pasto, do suplemento e total em
g/cabeça/dia em função dos tratamentos: sem suplementação (T);
suplementação com 1,0kg de torta de algodão (TA); 10kg de palma
forrageira (PF) e 0,5kg de torta de algodão + 5,0kg de palma forrageira (TA
+ PF) e das raças utilizadas, período chuvoso, sertão de Pernambuco –
2003.................................................................................................................
88
TABELA 4.
Ganho médio diário (GMD) e peso vivo inicial e final (PV), em função dos
tratamentos: sem suplementação (T); suplementação com 1,0kg de torta de
algodão (TA); 10kg de palma forrageira (PF) e 0,5kg de torta de algodão +
5,0kg de palma forrageira (TA + PF) e das raças utilizadas, período
chuvoso, sertão de Pernambuco - 2003..........................................................
88
RESUMO
Foram conduzidos dois experimentos no período chuvoso, compreendido entre março e julho
de 2003, na Estação Experimental Lauro Bezerra Ramos, pertencente à Empresa
Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA), em Serra Talhada-PE. O primeiro
experimento objetivou caracterizar uma caatinga manipulada e estimar a composição botânica
da dieta de novilhos fistulados. Foram utilizados 24 novilhas das raças Guzerá e Girolando e
dois novilhos esôfago-fistulados. A estimativa da disponibilidade da fitomassa total foi obtida
através do método do rendimento comparativo enquanto que a composição botânica, por meio
do peso seco por posto. Foi determinada a freqüência absoluta das espécies e a composição
botânica da dieta selecionada. Foram identificados 24 famílias, 38 gêneros e 41 espécies, nos
dois estratos estudados, sendo que destas, 10 escies foram encontradas na dieta dos animais.
As disponibilidades de fitomassa dos componentes herbáceo e arbóreo-arbustivo variaram de
6454 e 3495kg MS/ha no início do experimento, para 782 e 378kg MS/ha no final,
repectivamente, destacando-se a presença de gramíneas. Constatou-se uma elevada presença
das gramineas na dieta, com participação de 55,0% no início e de 41,8 % no final. Verificou-
se uma maior seleção de folhas em relação a caules e frutos. No estrato arbóreo-arbustivo, as
espécies classificadas dentro de “Outras leguminosas” tiveram uma maior distribuição dentro
da área experimental, com uma participação de 65,7%. No componente herbáceo, o
componente “Outras não leguminosas” teve maior distribuição, com uma participação de
70,1%, seguido pelo capim Buffel (Cenchrus ciliaris L.) com 68,6%. A caatinga manteve
elevada participação de gramíneas na composição botânica, após anos de sua manipulação
inicial. Na caatinga, parte expressiva da PB da forragem, encontra-se indisponível devido a
ligação ao FDA. O estrato arbóreo-arbustivo da área estudada é formado, principalmente, por
leguminosas, sendo que, o estrato herbáceo pelo componente não leguminosas. A leguminosa
Mororó (Bauhinia cheillantha Staud.) e a gramínea Buffel tiveram elevadas freqüências
absolutas, indicando participações expressivas na vegetação. Os componentes gramíneas,
Mororó e Orelha de Onça (Macroptilium martii Benth) apresentaram elevada participação na
dieta de bovinos fistulados, sendo, as folhas mais selecionadas. O segundo experimento
objetivou estimar o consumo de matéria seca e avaliar a variação do peso vivo de garrotas
suplementadas e pastejando uma caatinga manipulada. O delineamento experimental utilizado
foi o de blocos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 4 (duas raças e quatro tipos de suplementos),
com três repetições. Os tratamentos utilizados consistiram no fornecimento de quatro níveis de
suplementos (0; 1,0kg de torta de algodão; 10,0kg de palma forrageira e 0,5kg de torta de
algodão + 5,0kg de palma forrageira). O consumo de matéria seca (CMS) foi determinado pela
relação entre a quantidade de matéria seca fecal excretada, medida pelo uso de um indicador
externo, o oxido crômico (Cr
2
O
3
), e de um indicador interno, a fibra em detergente ácido
indigestível. O CMS do pasto não foi influenciado (P>0,05) pelo fornecimento dos
suplementos, mas sim (P<0,05) o consumo de matéria seca total (CMST). Constatou-se
diferença significativa (P<0,05) para a variável raça, não assim, para as interações, sendo que,
as novilhas Guzerá e Girolando apresentaram um CMST de 5,4 e 6,7kg/dia, respectivamente.
Os animais suplementados com torta de algodão mostraram um CMST superior (P<0,05) aos
da testemunha, mas semelhante (P>0,05) aos suplementados com palma forrageira e torta de
algodão mais palma forrageira. Os ganhos de peso vivo médio diário (GPVMD) não
mostraram diferença significativa (P>0,05) para a variável raça, nem para as interações. As
novilhas Girolando e Guzerá apresentaram um GPVMD de 517 e 434 g/animal,
respectivamente, obtendo-se uma média entre ambas de 475 g/animal/dia. Constatou-se
diferença significativa (P<0,05) no GPVMD para os tratamentos sem suplementação, protéico,
energético e energético/protéico, obtendo-se valores de 412, 620, 371 e 498g/animal/dia,
respectivamente. O CMS do pasto não foi influenciado pelo fornecimento dos suplementos,
mas sim o CMST. A caatinga, quando com lotação adequada, propiciou ganhos de peso vivo
de 412 g/animal/dia durante a estação chuvosa. Na época chuvosa do ano em Serra Talhada-
PE., a suplementação protéica propiciou melhores GPVMD nas raças Guzerá e Girolando.
ABSTRACT
Two experiments were conducted in Serra Talhada, Pernambuco, Brazil, during the rainig
season, from March to July, of 2003. The experiments were carried out at the Lauro Bezerra
Ramos Experimental Station belonging to the Pernambuco Agricultural Research Authority
(IPA). The first experiment aimed to describe a manipulated caatinga and estimate the botanic
composition of the diet of the fistulated steers. Tuenty four Guzerá and Gyrholstein heifers
and two esophageous-fistulated steers were used. The total available phytomass estimate was
obtained through the comparative yield method while the botanical composition was obtained
through the dry weight per post. The absolute frequency of the species and the botanical
composition of the selected diet were determined. Results showed the presen of 24 families,
38 genera and 41 species in both strata studied, and of these, 10 species were found in the
animals´ diet. The phytomass availability of the herbaceous and woody components varied
from 6454 and 3495 kg DM/ha in the beginning of the experiment to 782 and 378 kg DM/ha
at the end, with the presence of grasses being notable. An elevated presence of grasses was
demonstrated in the diet, with 55,0% participation at the beginning and 41,8% at the end.
Animals selected more leaves than stems and fruits. The species classified as “other legumes”
had a higher distribution in the woody/shrub stratum in the experimental area, with 65,7%
participation. Meanwhile in the herbaceous stratum, the “other non-legumes” component had a
larger distribution, with 70,1% participation followed by Buffel (Cenchrus ciliaris L.) grass
with 68,6%. Caatinga maintained elevated participation of grasses in the botanic composition,
years after its original manipulation. In the caatinga, an expressive part of the crude protein
(CP) of the forage was unavailable because it was bound to FDA. The woody/shrub stratum of
the studied area is formed mainly by legumes, while the herbaceous stratum is formed mostly
by non-legume plants. The legume Mororó (Bauhinia cheillantha Staud.) and the Buffel grass
had elevated absolute frequencies, indicating expressive participation in the vegetation. The
grasses, Mororó and Orelha da onça (Macroptilium martii Benth) presented high participation
in the diet of the fistulated bovines with the leaves being more selected. The second
experiment aimed to estimate dry matter intake and evaluating the live weight variation in
calves receiving supplements and grazing manipulated caatinga. The experimental desing used
was of complete randomized blocks in a 2 x 4 factorial arrangement (2 breeds and 4
supplement levels), with three replicatons. The treatments consisted of 4 supplement levels
(0; 1,0 kg of cotton meat; 10,0 kg of forage cactus and 0,5 kg of cotton meat with forage
cactus). The dry matter intake (DMI) was determined through the relation between total fecal
output, measured by use of an external indicator, chromic oxide (Cr
2
O
3
), and an internal
indicator, indijestible ADF. The forage DMI was not influenced (P > 0,05) by the
supplementation, but the total dry matter intake (TDMI) was (P < 0,05). A significant
difference (P < 0,05) was formed between the two breeds, but no interactions, were found
since the Guzerá and Gyrholstein heifers presented a TDMI of 5,4 and 6,7 kg/day,
respectively. The animals receiving supplements of cotton meat showed a higher TDMI (P <
0,05) to those of the control but equal (P > 0,05) to those supplemented with forage cactus and
cotton meat with forage cactus. The average daily live weight gain (ADLWG) did not show
significant difference (P > 0,05) between breeds, nor in the interactions. The Gyrholstein and
Guzerá heifers presented a ADLWG of 517 and 434 g/animal, respectively, averaging 475
g/animal/day. A significant difference (P < 0.05) in the ADLWG for the controls, protein,
energy or energy/protein supplementation was shown, obtaining values of 412, 620, 371 and
498 g/animal/day respectively. The forage DMI was not influenced by supplementation, but
the TDMI was. Caatinga, when properly stocked promoted heiffer live weight gains of 412
g/animal/day during the rainy season. In the rainy season of the year in Serra Talhada,
Pernambuco, Brazil, protein supplementation offered better ADLWG in the Guzerá and
Gyrholstein breeds.
SUMÁRIO
BIOGRAFIA DO AUTOR
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS e TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO GERAL 01
CAPITULO I
REVISÃO DE LITERATURA 05
1.1
Caracterização da caatinga....................................................................................... 05
1.2 Metodologia de avaliação de pastagem.................................................................... 07
1.3 Potencial de produção da Caatinga.......................................................................... 10
1.4 Exigências nutricionais de animais em crescimento................................................ 13
1.5 Consumo................................................................................................................... 14
1.6 Suplementação animal.............................................................................................. 18
1.6.1 Suplementação animal durante o período das águas............................................. 20
2. REFERÊNCIAS......................................................................................................... 29
CAPÍTULO II
CARACTERIZAÇÃO DA CAATINGA MANIPULADA E DA DIETA DE
NOVILHOS FISTULADOS, NA ÉPOCA CHUVOSA, EM PERNAMBUCO...........
40
Resumo........................................................................................................................... 40
Abstract........................................................................................................................... 41
Introdução....................................................................................................................... 42
Material e Métodos......................................................................................................... 43
Resultados e Discussão.................................................................................................. 48
Conclusões..................................................................................................................... 56
Referências...................................................................................................................... 58
CAPÍTULO III
CONSUMO E DESEMPENHO DE NOVILHAS DAS RAÇAS GIROLANDO E
GUZERÁ SUPLEMENTADAS NA CAATINGA, ÉPOCA CHUVOSA, EM
PERNAMBUCO............................................................................................................
70
Resumo........................................................................................................................... 70
Abstract........................................................................................................................... 71
Introdução....................................................................................................................... 72
Material e Métodos......................................................................................................... 74
Resultados e Discussão.................................................................................................. 77
Conclusões...................................................................................................................... 82
Referências .................................................................................................................... 83
INTRODUÇÃO GERAL
1
INTRODUÇÃO GERAL
A região nordestina brasileira ocupa uma área aproximada de 1.646.500 km
2
,
correspondendo a 19,3% do território nacional e estendendo-se por nove estados da federação.
Sua localização geográfica vai de 1
o
a 18
o
latitude sul e de 34
o
30’ a 48
o
20’ longitude oeste
(Araújo Filho e Crispim, 2002). De uma maneira geral, a região se divide em três zonas
distintas: litorânea, agreste e sertão, estas duas últimas, constituem a região semi-árida,
abrangendo 70% da área do Nordeste, ou seja, 1.152.550km
2
e 13,5% do Brasil (Sá et al.,
2004). Segundo Araújo et al. (2004), a região apresenta uma diversidade agroecológica e
sócio-econômica expressa na existência de áreas úmidas, sub-úmidas, semi-áridas e áridas,
cujas precipitações anual mínima e máxima variam, respectivamente, de 286 mm, em
Cabaceiras (PB), a 4.253 mm, em Cândido Mendes (MA).
Em relação ao semi-árido, Guimarães Filho et al. (2000) mencionaram que a região é
caracterizada pela ocorrência da caatinga, sendo que, um dos problemas básicos são a escassez
e a irregularidade de chuvas, ocorrendo ciclicamente estiagens prolongadas, com reflexos
danosos no âmbito da economia e com custos sociais elevados.
De acordo com Ferreira (2004), as características do meio ambiente condicionam
fortemente a sociedade regional a sobreviver principalmente de atividades econômicas ligadas
basicamente à agricultura e a pecuária. Estas se realizam sempre buscando o melhor
2
aproveitamento possível das condições naturais desfavoráveis, ainda que apoiadas em base
técnica frágil e utilizando na maior parte dos casos, tecnologias tradicionais.
Um levantamento sobre a aptidão agroecológica do estado de Pernambuco, revelou
uma fração muito reduzida de áreas com boa aptidão para a agricultura nas regiões do Agreste
e Sertão, além de ocorrer uma alta concentração demográfica (ZAPE, 2001).
Segundo Araújo et al. (2004), as lavouras têm sido consideradas apenas como um sub-
componente na maioria dos sistemas de produção predominantes, em face de sua maior
vulnerabilidade às limitações ambientais. Lira et al. (1987) mencionaram que a agricultura
predominante é do tipo itinerante sendo, anualmente, formados pequenos roçados de milho,
feijão macassar e feijão de arranca.
A estrutura fundiária predominante agrava esse quadro, ao lhe propiciar uma superfície
agrícola bastante limitada para um sistema extensivo, pois a maior parte das propriedades
apresentam áreas variando entre 20 e 200 hectares (Rodal & Sampaio, 2002).
O rebanho nordestino, composto por 23,89 milhões de bovinos, 8,79 milhões de caprinos e
8,01 milhões de ovinos (IBGE, 2004), embora expressivo, apresenta baixos
índices zootécnicos sob sistema tradicional de manejo.
Guimarães Filho et al. (2000) mencionaram que a produção pecuária é condicionada pela
conjugação de uma série de fatores tais como o suprimento irregular de água,
resultante do precário aproveitamento das águas pluviais e subterrâneas, e ao
uso de tecnologias inapropriadas, geralmente associadas ao manejo inadequado
do solo e da planta. Segundo Araújo et. al. (2004), as conseqüências das
prolongadas estiagens são nefastas, destacando-se a diminuição acentuada no
consumo de pasto como conseqüência da queda na disponibilidade e qualidade
das forrageiras, a perda de peso dos animais, atraso na idade de abate, redução
3
da taxa de fertilidade, longo período para o início do ciclo reprodutivo das
novilhas, entre outros.
De acordo com Lira et al. (2004), a produção pecuária tem se baseado na utilização de
pastagens nativas e cultivadas, destacando-se nesse contexto a utilização da caatinga e da
palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill. e Nopalea cochenillifera Salm Dyck) como base
da alimentação dos animais, sendo que, a necessidade de se obterem ganhos em produtividade
e melhorar os índices zootécnicos, tem levado produtores da região a considerar a
suplementação estratégica no período considerado mais crítico.
Segundo Alves (2003), no intuito de melhorar o desempenho, explorando o potencial
genético dos animais e das forrageiras durante o período favorável de crescimento,
maximizando o consumo e a digestibilidade da forragem disponível, nos últimos anos se
desenvolveu uma tecnologia que aposta no uso de suplementos concentrados no período das
águas. A tecnologia se baseia na utilização de suplementos protéicos com teor médio de
proteína verdadeira de 20 a 25%, objetivando aumento de até 20% no ganho de peso, em
relação ao animal não suplementado. A finalidade é fornecer nutrientes em quantidades
adequadas para suprir as demandas minerais, protéicas e/ou energéticas dos animais e auxiliar
o pasto a suprir essas exigências (Alves, 2003).
De acordo com Castro (2002), se deve ter em mente que o suplemento não deve
fornecer nutrientes além das exigências dos animais. Este objetivo pode ser atingido através do
fornecimento de todos, ou de alguns nutrientes específicos, os quais permitirão ao animal
consumir maior quantidade de matéria seca disponível e digerir a forragem de maneira mais
eficiente.
Sendo assim, este trabalho teve como objetivo, caracterizar a caatinga manipulada e
avaliar o desempenho de novilhas das raças Girolando e Guzerá, suplementadas com rações
4
protéica, energética e energético-protéica, no semi-árido de Pernambuco. Essa tese foi dividida
em três capítulos, conforme apresentados a seguir: Revisão de literatura, Caracterização da
caatinga manipulada e desempenho de novilhas Guzerá e Girolando, suplementadas no
período chuvoso, em Serra Talhada-PE, e Consumo e desempenho de novilhas das raças
Girolando e Guzerá suplementadas na caatinga, época chuvosa, em Pernambuco.
5
CAPITULO 1
1. Revisão de literatura
1.1 Caracterização da caatinga
A caatinga é o tipo de vegetação que cobre a maior parte da área com clima semi-árido
da região Nordeste, sendo que, a área de domínio compreende 925.043 km
2
, ou seja, 80,3% do
semi-árido nordestino. Com base na interação entre vegetação e solo, a região pode ser
dividida nas seguintes zonas: domínio da vegetação hiperxerófila, domínio da vegetação
hipoxerófila, ilhas úmidas e, agreste e área de transição, abarcando superfícies de 34,3; 43,2;
9,0 e 13,4% do total da região, respectivamente (Rodal e Sampaio, 2002).
Pereira et al. (1990) afirmam que levantamentos florísticos são importantes na medida que
contribuem para evidenciar a riqueza biológica da área levantada, além de fornecer
informações sobre potencialidades de uso, facilitando tomadas de decisões. Por outro lado, de
acordo com Giulietti et al. (2002), dos biomas brasileiros, a caatinga é, provavelmente, o mais
desvalorizado e mal conhecido botanicamente. Esta situação é decorrente de uma propaganda
injustificada de que a mesma é o resultado da modificação de outra formação vegetal,
associada a uma diversidade muito baixa de plantas, sem espécies endêmicas e altamente
antropizada.
Segundo Tabarelli e Vicente (2002), de modo geral, a biota caatinga tem sido descrita
na literatura como pobre, abrigando poucas espécies endêmicas e, portanto, de baixo valor
para fins de conservação. Tal descrição contrasta com a diversidade de tipos vegetacionais
observada neste ecossistema, sendo que, a mesma está longe de ser homogênea do ponto de
vista fisionômico. Oliveira e Silva (1988) e Silva (2001) mencionam que a caatinga é
constituída de espécies arbustivas e arbóreas de pequeno e mediano porte, geralmente dotadas
de espinhos, sendo, caducifólias, em sua maioria, perdendo suas folhas no início da estação
6
seca, apresentando número elevado de espécies botânicas, muitas das quais citadas como
importantes forrageiras. Araújo Filho e Araújo (2002) acrescentam que o substrato pode ser
composto de cactáceas, bromeliáceas, entre outros, havendo ainda um componente herbáceo,
formado por gramíneas e dicotiledôneas herbáceas, predominantemente anuais.
Fitossociologicamente, a densidade, freqüência e dominância das espécies são determinadas
pelas variações topográficas, tipo de solo e pluviosidade.
Segundo Coser et al. (1991), a contribuição das espécies e as variações das respectivas
produções de seus componentes dentro das pastagens devem ser conhecidas, de modo a
preservar as espécies desejáveis mantendo a mais favorável e produtiva composição botânica
nestes sistemas naturais. Nascimento Júnior (1991) afirma que medir a vegetação consiste em
avaliar uma ou mais propriedades, possibilitando a interpretação da resposta animal,
verificação dos efeitos de manejo, obtenção das estimativas da capacidade de suporte, entre
outras.
Na região de Serra Talhada-PE, Moreira (2005) encontrou que a estimativa da disponibilidade
de fitomassa do componente herbáceo diminuiu de 1.369 a 452,1 kg/MS/ha entre o início e o
final do período chuvoso. Em relação à composição botânica da pastagem no componente
herbáceo, foram encontradas espécies como o capim buffel (Cenchrus ciliaris L.), capim
corrente (Urochloa mosambicensis (Hackel.) Dandy), Malva branca (Herissantia crispa (L.)
Briz.), Engana bobo (Diodia teres Walt.), Cipó (Ipomea sp.), Malva rasteira (Pavonia
cancelata Cav.), Orelha de onça (Macroptilium martii Benth.) e outras ervas, com
participações de 5,9; 28,7; 11,4; 11,7; 17,9; 1,6; 4,4 e 16,0%, respectivamente.
1.2 Metodologia de avaliação de pastagem
Um dos fatores limitantes ao avanço dos estudos quantitativos em pastagens naturais ou nativas
do semi-árido é a inexistência de uma metodologia definida ou apropriada para avaliar a
7
produção e a composição botânica, merecendo esta problemática, a atenção de alguns
pesquisadores (Nascimento Júnior et al., 1982; Lima, 1984). Neste sentido, segundo Coser et
al. (1991), vem-se trabalhando no desenvolvimento de métodos para obter estimativas dentro
de limites de confiabilidade e precisão com um mínimo de tempo e trabalho.
Nascimento Junior et al. (1982) mencionam que as metodologias podem ser divididas
em duas categorias; uma se baseia no estudo de forma direta da pastagem, e outra em
estimativa visual, devendo lembrar que ambas requerem alguma forma de corte.
t´Mannetje (2000) relaciona alguns critérios que devem ser levados em consideração
para escolha do método de avaliação como: uniformidade, densidade, altura, composição
botânica, forma de crescimento das espécies forrageiras, tamanho e forma da área, tempo
necessário para a realização das avaliações, infra-estrutura e mão-de-obra disponíveis,
precisão requerida, e as particularidades específicas da pastagem que está sendo avaliada
.
Os métodos de amostragem direta, que envolvem cortes e separação manual, são os
mais precisos e usados como padrão, no entanto, apresentam inconvenientes na aplicação em
extensas áreas, por serem muito trabalhosos e pelos altos custos que envolvem. Por serem
destrutivos, não são recomendados em locais onde o total de forragem cortada seria muito
grande em relação ao total de forragem disponível (Coser et al., 1998).
Segundo Barioni (2000a), visando contornar as limitações da amostragem direta,
métodos indiretos têm sido desenvolvidos. Os mais comuns atualmente são a altura da
forragem, o medidor de prato ascendente, o medidor de capacitância e a estimativa visual,
entre outros.
De acordo com Barioni (2000b), a maioria dos métodos não destrutivos estão baseados
na técnica de dupla amostragem, ou seja, envolve dois métodos na mesma população.
Sanderson et al. (2001) explicaram que algumas vezes as correlações obtidas são baixas entre
8
as amostragens diretas e indiretas, e entre as razões, estão o pisoteio e acamamento da
vegetação, a variabilidade na composição botânica e, principalmente, os efeitos do observador.
Dentro dos métodos não destrutivos podemos destacar o do rendimento comparativo.
Nascimento Júnior et al. (1982) mencionam que a precisão deste método vai depender da
prática e conhecimento das espécies, e muitas vezes da própria área observada, ano após ano.
Este método requer que o observador seja treinada e que a "calibração do olho" seja feita
freqüentemente para evitar tendências, pois, estimadores não treinados podem cometer erros
comprometedores.
Por outro lado, t´Mannejte e Haydock (1963) desenvolveram o método do peso seco
por posto para estimativa da composição botânica. O método se baseia no fato de que, quando
três ou mais espécies estão presentes, tendem a se distribuir na proporção de 70,19; 21,08 e
8,73%, respectivamente e utiliza determinações visuais para a estimativa da composição
botânica.
Com o intuito de minimizar problemas, os estudiosos têm adotado a combinação de
dois métodos de amostragem para obter uma estimativa mais confiável. O método do
rendimento comparativo, rápido, não destrutivo, menos trabalhoso e com custo reduzido,
combinado com o método direto de corte e peso da forragem, obtendo-se assim, uma
metodologia que reúna a exatidão do método de corte e o grande número de amostragens
obtidos pelo método visual (Nascimento Junior et al., 1982).
Conjugando os métodos de corte direto e rendimento comparativo, com o do peso seco
escalonado, Hargreaves e Kerr (1978) desenvolveram um programa computacional conhecido
comumente como Botanal “botanic analysis”, que processa os dados combinando o número de
procedimentos usados para calibrar estimativas visuais de produção e composição botânica.
Segundo Diogo et al. (1988), este método além de fornecer a composição botânica e a
9
produção de matéria seca total e por componente, o programa possibilita a obtenção de
estimativas de outros atributos, como freqüência e cobertura, com grande eficiência.
Outro aspecto bastante discutido na avaliação de pastagens se refere à maneira de se
amostrar uma área de pastagem. Segundo Guzman et al. (1992), alguns insistem na
casualização das estações de amostragem, outros argumentam que o mais correto seria a
escolha de locais na pastagem onde a massa de forragem seria representativa da média. Os
argumentos em favor de um ou outro método, estão associados com a. heterogeneidade da
vegetação e à dispersão dos valores pontuais de massa de forragem na área a ser amostrada.
De acordo com t´Mannetje (2000), dependendo do objetivo do estudo deve ser feita a escolha
da estratégia de distribuição de amostras, podendo ser casualizada, sistemática ou estratificada.
Na amostragem casualizada, cada unidade tem a mesma chance de ser incluída na amostra e
cada unidade é escolhida independentemente da outra. A distribuição sistemática é objetiva e
dá uma representação para cada seção do campo e, para um dado número de amostras,
fornecerá maior acurácia do que aquelas alocadas ao acaso, sendo vantajosa quando a
vegetação é uniforme ou em estudos da vegetação em função de um determinado gradiente
ambiental. A amostragem estratificada permite reduzir o erro sem aumentar o trabalho, e é
mais apropriado quando a área pode ser dividida em estratos, cada um diferente do outro, com
maior uniformidade possível dentro deles. Esta distribuição apresenta maior acurácia, em
relação às amostragens casualizadas e sistemáticas.
Coser et al. (1991), comparando os métodos indireto do rendimento comparativo com o direto
do peso seco real, concluíram que os métodos não apresentaram diferenças na estimativa da
disponibilidade de matéria seca, sendo que, o método indireto mostrou uma tendência a
superestimar os componentes avaliados.
10
O tamanho, formato e número das áreas a serem cortadas na amostragem, também têm
sido objeto de debate. Segundo Pedreira (2002), do ponto de vista operacional, fica claro que
amostras menores são cortadas mais rapidamente, são mais facilmente processadas, e secam
mais depressa do que grandes quantidades de forragem. Aqui também, no entanto, parece que
a heterogeneidade espacial da vegetação irá determinar o tamanho da área da amostra, que
deverá ser representativa também da estrutura da área total sendo amostrada. Em outras
palavras, todos os componentes estruturais e a variabilidade do pasto deveriam, idealmente,
estar representados, na mesma proporção, na área da amostra
1.3 Potencial de produção da Caatinga
De acordo com Evangelista e Lima (1994), as forrageiras nativas têm um período
relativamente curto de crescimento, que ocorre apenas no período chuvoso, época em que é
capaz de suprir as exigências de algumas categorias de animais. Thiago et al. (2001)
mencionam que nesta época, além da maior produtividade, as plantas forrageiras poderiam ser
consideradas como dietas completas, desde que suplementadas com água e mistura mineral.
Neste sentido, Araújo Filho et al. (2000) estudaram a composição química de folhas de árvores
em diferentes estádios vegetativos e constataram que, em termos de proteína bruta, os valores
encontrados foram superiores ao mínimo de 7% necessário à dieta dos ruminantes. Na seca,
com a parada de crescimento e senescência das partes vegetativas, ocorre uma queda na
produção e qualidade da forragem pela redução de PB e da digestibilidade. Segundo Garcia
(1977), o declínio em valor nutritivo é significativo, na medida que a seca se acentua,
especialmente no caso das plantas herbáceas. Por outro lado, os arbustos apresentam uma
maior duração de crescimento anual e mantêm o seu valor nutritivo por período mais
prolongado.
11
Sampaio et al. (2002) mencionam que a folhagem das lenhosas tem grande
importância, pois já se constatou, que uma significativa proporção da forragem removida pelos
animais em pastejo, é proveniente de arbustos e em certas regiões ela representa a maior parte
do material disponível, quando as condições ambientais são desfavoráveis. De acordo com
Araújo Filho e Crispim (2002), durante a estação das chuvas, a maior parte da forragem é
proporcionada pelo estrato herbáceo, com baixa participação da folhagem de árvores e
arbustos. No entanto, à medida que a estação seca se pronuncia, a folhagem das espécies
lenhosas, passa a constituir a principal fonte de forragem para os animais.
De acordo com Leite e Vasconcelos (2000), a produção total de fitomassa da folhagem
das espécies lenhosas e da parte aérea das herbáceas na caatinga atinge, em média, 4000 kg
MS/ha ano. A produção de fitomassa pelo estrato herbáceo responde diretamente às variações
dos parâmetros fitossociológicos da vegetação lenhosa, assim, nos tabuleiros são obtidos em
torno de 2500 kg MS/ha ano, enquanto nas caatingas sucessionais a produção é de apenas 600
kg MS/ha ano, em média. Moreira (2005), utilizando a metodologia do Botanal na caatinga,
estimou uma disponibilidade de fitomassa total de 2.781 kg MS/ha, no período chuvoso da
região de Serra Talhada.
Sampaio et al. (2002) mencionam que as áreas das caatingas suportam grandes
populações de animais domésticos, principalmente bovinos, caprinos e ovinos, criados com
maior ou menor sucesso, com pouco ou nenhum uso de práticas zootécnicas ou sanitárias.
Estas pastagens têm capacidade de suporte variáveis, mas decrescente com a diminuição da
disponibilidade hídrica do solo e, em quase todas elas, a capacidade de suporte recomendada
tende a ser ultrapassada, havendo uma sobrecarga animal constante. Em grande parte da área,
os animais se alimentam não só nas pastagens, mas também dos restos de cultura e, em muitos
12
casos, de rações adquiridas fora das propriedades, principalmente na época seca. Isto justifica,
mas só em parte, as altas lotações encontradas na região.
Segundo Moreira (2005), apesar da disponibilidade de fitomassa da caatinga ser
relativamente alta no período chuvoso, o percentual de plantas utilizado pelos animais e que
pode ser considerado como forragem, representa menos de um terço do material encontrado.
Além disso, Lopes et al. (2000) mencionam que, variações no valor nutritivo da forragem
também ocorrem nesta época, influenciando a produção animal.
Pesquisas realizadas comprovam que à medida que a estação das chuvas vai
avançando, principalmente no seu terço final, o teor de proteína bruta e alguns nutrientes vão
decrescendo (Tomich et al., 2002) e aumentando o teor de lignina (Araújo Filho e Silva,
1994). Neste sentido, estudos realizados por Moreira (2005) na época chuvosa, em Serra
Talhada, concluíram que na dieta de bovinos pastejando na caatinga, existe uma alta
percentagem de proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA), tornando parte deste
componente, indisponível para os animais. Batista e Mattos (2004) também relatam a queda
nos valores de DIVMO, que nos períodos mais críticos encontram-se sempre num patamar
inferior a 60%, valor considerado limitante para o consumo voluntário alto.
1.4 Exigências nutricionais de animais em crescimento
Nutrientes essenciais são necessários para o atendimento dos requerimentos de
mantença e produção dos animais de criação. Destes nutrientes, alguns são requeridos em
maior quantidade, outros em menor, mas todos têm funções importantes e essenciais. Os
nutrientes podem ser divididos basicamente em: energéticos, proteícos, vitaminas, minerais e
água (Marques, 1988).
13
Segundo Jardim (1976), a alimentação nada mais é do que o atendimento dos
requerimentos nutricionais dos animais por meio de combinações de alimentos, a fim de que
seja obtida, o mais economicamente possível, a maior eficiência produtiva permitida pela
capacidade genética dos mesmos e pelas condições de criação.
A quantidade exigida de nutrientes varia entre os
indivíduos, apresentando cada animal um tipo de exigência de
acordo com o nível de produção; manutenção, crescimento,
reprodução, engorda, lactação, sexo, raça e condição
fisiológica (Nicodemo, 2001).
Os nutrientes normalmente são usados numa ordem
hierárquica para mantença, reprodução e ganho de peso. A
mantença tem prioridade sobre as outras funções, desde que a
vida deve ser preservada. Ela é seguida pela reprodução para
garantir a perpetuação da espécie e finalmente, se os nutrientes
estiverem presentes em quantidade superiores aos
requerimentos, eles podem ser armazenados como gordura ou
usados para o ganho de peso e lactação (Noller et al., 1996).
As categorias animais mais exigentes são fêmeas em
produção, especialmente as novilhas, que somam as exigências
da gestação e de crescimento (Valle et al., 1994). A nutrição é
um dos fatores que mais influenciam o desempenho
reprodutivo desta categoria, sendo que, o crescimento do feto
pode ocorrer à custa do desenvolvimento dos tecidos ósseo e
muscular da novilha. Assim, durante as diversas fases
reprodutivas há necessidade de que os níveis de proteína,
energia, minerais e vitaminas sejam suficientes para atender às
exigências nutricionais das matrizes (Frizzo et al., 2000).
De acordo com as tabelas de exigências nutricionais elaboradas pelo National Research
Council (1996), em novilhas de primeira cria com pesos aproximados de 273 kg de PV, no
14
terço inicial de gestação ao terço final (384 kg de PV), a demanda pelos minerais Ca e P
aumentam de 15 e 9 para 25 e 15 g/dia, respectivamente, ou seja, em média 60%. A
necessidade de energia e proteína bruta também aumentam de 6,53 Mcal/d e 352 g/d para
10,12 e 505, ou seja, em torno de 55 e 43%, respectivamente.
De acordo com Paulino et al. (2002), a nutrição inadequada durante o terço final de gestação
produz bezerros fracos e atrasa o retorno do cio pós-parto, e após o parto reduz a produção do
leite, atrasa o retorno da atividade reprodutiva e diminui os índices de concepção. Portanto, as
novilhas precisam apresentar, ao parto, condições corporais de moderadas a boa, para a
obtenção de altos índices de concepção ao início do período de monta. A perda acentuada de
peso e da condição corporal antes e após o parto reduzem substancialmente as taxas de prenhez
e o peso dos bezerros à desmama.
1.5 Consumo de matéria seca
Quando a forragem é o único alimento disponível para os animais em pastejo, esta
deve fornecer energia, proteína, vitaminas e minerais necessários para o atendimento dos
requerimentos de mantença e de produção (Minson, 1990). Considerando que os teores destes
compostos estão em níveis adequados, a produção animal será função do consumo de energia
digestível (ED), uma vez que é alta a correlação entre o consumo de forragem e o ganho de
peso. Assim, a quantidade de alimento que um bovino consome é o fator mais importante a
controlar na produção de animais mantidos em pastagens (Lima et al., 2001).
De acordo com Bargo et al. (2003), as espécies forrageiras que compõem uma
pastagem, geralmente, diferem entre si em termos de quantidade ofertada, acessibilidade,
palatabilidade e valor nutricional. Assim, diante de várias espécies com características
peculiares, os animais, influenciados por inúmeros fatores, escolhem algumas plantas, ou
15
partes específicas, para compor sua dieta. Os fatores que regem esta escolha são dinâmicos,
sendo necessária uma avaliação sistêmica, visto que uma visão compartimentalizada dos
fatores não fornece subsídios a conclusões precisas.
Entre os componentes envolvidos se incluem os inerentes ao próprio animal, como:
capacidade de seleção, idade, tamanho da arcada dentária, capacidade do aparelho digestivo,
entre outros. Vasquez & Smith (2000) revisaram 27 estudos realizados em vários países com
vacas de leite e publicados num período de 13 anos, e relataram que as características peso
corporal, mudanças no peso corporal e produção de leite foram responsáveis por 71% das
variações no consumo de matéria seca do pasto; e os relativos à estrutura do relvado, tais
como: espécie botânica, altura do pasto, densidade de biomassa vegetal (kg/ha/cm), relação
folha/caule, material senescente, composição bromatológica; além do manejo adotado, taxa de
lotação e pressão de pastejo, exercem grande influência quanto ao nível de consumo. Hodgson
et al. (1991) citados por Lira et al. (1998) avaliaram o efeito da maturidade das plantas sobre o
consumo voluntário mostrando valores de 21,6; 20,0 e 16,9 gMO/kgPV/dia, para as fases de
crescimento, maturidade e senescência da forragem, respectivamente.
De acordo com Alves (2003), o consumo de matéria seca (MS) por animais em pastejo
está relacionado com a disponibilidade e valor nutritivo da forragem. Quando a
disponibilidade de forragem está abaixo de 2,0 ton de MS/ha, ocorre uma redução na ingestão
de MS, principalmente devido a uma diminuição do tamanho dos bocados e,
conseqüentemente, aumento no tempo de pastejo. Com a maturidade, o consumo de nutrientes
também fica comprometido, visto que as folhas são as estruturas que possuem a maior
concentração de nutrientes digestíveis na MS e sofrem decréscimo no valor nutritivo com a
senescência.
16
Normalmente, a ingestão de suplementos altera a quantidade de forragem consumida,
sendo a extensão da mudança dependente da qualidade da forragem e do tipo de suplemento.
Em geral, suplementos ricos em proteínas vão aumentar o consumo e digestibilidade de
forragem de baixa qualidade. Por outro lado, suplementos com altos níveis de energia
geralmente diminuem o consumo de forragem e podem reduzir também a sua digestibilidade.
A depressão no consumo de forragem é mais pronunciada com forragem mais madura e menos
palatável, mas também depende da quantidade de suplemento fornecido e de sua concentração
energética (Cardoso, 1997).
A ingestão voluntária é estimada para o balanceamento de rações e para o
estabelecimento de estratégias de alimentação que permitam maior desempenho de bovinos
(Van Soest, 1994). Vários são os fatores envolvidos no controle da ingestão de alimentos em
bovinos. De acordo com Mertens (1994), podem dividir-se em três mecanismos: o
psicogênico, que envolve a resposta animal a fatores inibidores ou estimuladores relacionados
ao alimento e ao ambiente; o fisiológico, no qual, o controle é feito pelo balanço nutricional da
ração, relacionado à manutenção de equilíbrio energético; e o físico, associado à capacidade
de distenção do rúmen e ao teor de digestibilidade do FDN da ração.
O consumo das forrageiras é positivamente influenciado pelo teor de nutrientes como
proteína, fósforo, cobalto, enxofre dentre outros e pela digestibilidade de sua matéria seca ou
matéria orgânica. Por outro lado, é negativamente correlacionado com constituintes da parede
celular, quando os níveis de FDN alcancem patamares superiores a 55-60% (Paulino et al.,
2001).
Quando o animal consome forragens de baixa qualidade, até o limite físico do rúmen, o
consumo pode ser limitado pela deficiência em proteína da ração (Dove, 1996). Em rações
desbalanceadas, com baixa disponibilidade de compostos nitrogenados (N), ricos em FDN, e
17
onde o suprimento de proteínas degradadas no rúmen (PDR) é limitante para o crescimento
microbiano, a digestão da parede celular fica comprometida e a ingestão de alimentos é
reduzida. Basicamente, em rações formuladas com elevado teor de fibra, ou baixa densidade
energética em relação às exigências, o consumo será limitado pelo efeito de enchimento do
rúmen – retículo. Se a densidade energética for elevada, ou a concentração da fibra for baixa
em relação às exigências, a ingestão passa a ser limitada pela demanda fisiológica de energia.
A correlação existente entre ingestão de FDN, ruminação e salivação é indispensável para
manter a atividade ruminal e o consumo de alimentos (Van Soest e Mertens, 1984; Mertens,
2001).
O consumo e a digestibilidade de nutrientes podem estar correlacionados entre si,
dependendo da qualidade da ração. Para rações de alta digestibilidade, acima de 66%, ricas em
concentrados, acima de 75%, e com baixo teor de FDN, abaixo de 25%, o consumo é menor
quanto mais digestivo for o alimento e, em rações de baixa qualidade o consumo será maior
quanto melhor a digestibilidade do alimento (Van Soest, 1994; Mertens, 1994).
O conteúdo de matéria seca indigestível é o fator que mais limita o consumo, sendo
que até aproximadamente 67% de digestibilidade, o mesmo se incrementa a medida que
aumenta a digestibilidade da dieta. A digestibilidade da matéria orgânica depende
essencialmente do grau de lignificação da parede celular, diminuindo a medida que aumenta a
lignificação. Diferenças na quantidade e nas propriedades físicas da fibra podem afetar a
utilização da dieta e o desempenho animal, principalmente em razão do efeito sob o consumo
e sobre alteração na fermentação ruminal (Pedreira, 2002).
Moore et al. (1999), revisando 144 publicações, estimaram os efeitos da suplementação
protéica e energética no consumo de animais a pasto e concluíram que o animal apresenta
redução do consumo quando o NDT suplementado é maior que 0,7% do peso vivo (PV),
18
quando a forragem apresenta relação energia:proteína (NDT:PB) menor que 7,0 e quando o
consumo voluntário de forragem sem suplementação é maior que 1,75% PV.
Dados de consumo de novilhas ou animais em crescimento na caatinga não foram
encontrados na literatura. Por outro lado, Moreira (2005) suplementando vacas Guzerá e
Girolando com produções estimadas de leite de 4,8kg/vaca/dia para as primeiras e
7,0kg/vaca/dia para as segundas, encontrou diferença significativa no consumo do pasto,
obtendo 7,3 e 8,4kg/MS/dia, representando 1,9 e 1,9%PV, respectivamente.
1.6 Suplementação alimentar
A adequação do suprimento e da demanda por alimentos é a única maneira de
maximizar a produção animal. Essa adequação só pode ser alcançada conhecendo-se as
exigências dos animais à pasto, em condições tropicais, e as necessidades das forrageiras para
a sua plena produção, em qualidade e quantidade (Sheath et al., 1987).
Silva e Pedreira (1996) preconizam que o balanço anual entre suprimento e demanda
deve ser utilizado para estabelecer taxas de lotação potenciais e balancear a demanda
estacional de alimento com o padrão esperado de suprimento. Em conseqüência, devem ser
tomadas decisões como épocas de parição, desmama, secagem e venda de animais e provável
necessidade de conservação de forragem e uso de alimentação volumosa suplementar.
A produção dos animais em pastejo é influenciada pela disponibilidade e qualidade das
forrageiras. Apesar das gramíneas de clima tropical apresentarem uma composição química
extremamente variável, apresentando em algumas situações deficiências em certos nutrientes
(N, P, S, e Co) e excessos em outros, elas constituem uma das principais fontes de nutrientes
para os animais em pastejo (Castro, 2002).
19
A suplementação é uma estratégia que pode proporcionar os níveis de nutrientes necessários ou
adequados para os animais. Noller et al. (1996) mencionam que comumente não se verifica a
deficiência em um único nutriente, e sim, uma combinação de deficiências, de modo que
nutrientes dietéticos não podem ser considerados isoladamente. Estudos têm mostrado que
atendendo-se as exigências nutricionais dos animais, freqüentemente resulta em aumento no
consumo voluntário de alimentos e, conseqüentemente, na produção animal.
A suplementação dos animais em pastejo é realizada com os objetivos de corrigir a
deficiência de nutrientes da forragem; aumentar a capacidade de suporte das pastagens;
fornecer aditivos ou promotores de crescimento; fornecer medicamentos; auxiliar no manejo
das pastagens, aumentar o ganho de peso, entre outros (Reis et al., 1997).
Segundo Dixon & Stockdale (1999), os efeitos da suplementação sobre o consumo
podem ser divididos em: aditivos, substitutivos, aditivos/substitutivos, aditivos com estímulo e
substitutivos com diminuição.
Jardim (1988) define suplementos como fontes concentradas de proteína, energia, de
algum mineral, de alguma vitamina ou de um conjunto deles. Uma mistura protéica
suplementar é uma combinação de alimentos com mais de 30 % de proteínas. Todavia,
alimentos simples com 20% ou mais de proteínas são considerados concentrados, assim como
os ricos em qualquer mineral ou vitamina, quando juntados a ração para equilibrá-la.
Em relação à suplementação de novilhas, o manejo desta categoria durante a recria,
deve ter como principal objetivo incrementar a performance reprodutiva proporcionando
melhores condições corporais a primeira monta e ao primeiro parto, beneficiando o aumento
do índice de repetição de cria e o peso ao desmame. Havendo potencial genético, à medida que
o peso e o ganho de peso assegurem a maturidade sexual, as fêmeas apresentam melhores
condições fisiológicas para manifestarem cio (Restle et al., 1999). Para alcançar estes
20
objetivos, a suplementação, desde que não promova a substituição do pasto, é uma opção a ser
considerada (Kunkle et al., 1994). Em geral, o princípio básico na suplementação a pasto é
evitar o efeito substitutivo, e sim, promover o aditivo, aumentando a ingestão e a
digestibilidade das forragens (Paulino et al., 2001). O efeito aditivo é maior quando a
disponibilidade de forragem é baixa, enquanto a taxa de substituição é elevada assim que a
disponibilidade de forragem aumenta (Wales et al., 1999). Em situações de disponibilidade de
forragem restrita, o suplemento concentrado pode aumentar a quantidade de matéria orgânica
digestível consumida e, conseqüentemente, o desempenho animal (Prache et al., 1990).
1.6.1 Suplementação alimentar durante o período das águas
Estudos realizados em Ceará e Pernambuco, constataram produções de peso vivo
anual em bovinos na caatinga, variando de 5,6 a 9,0 kg/ha dependendo da taxa de lotação.
Silva et al. (2001), medindo o desempenho de bovinos em diferentes níveis de manipulação da
caatinga associados ao capim-buffel, constataram incremento acentuado no ganho de peso
vivo diário a medida que a caatinga era substituída pelo capim-buffel. Os valores extremos
foram 0,090 e 0,460 kg/animal/dia, respectivamente, na caatinga nativa e 100% manipulada.
Em termos de época do ano, os ganhos de peso vivo médio diário foram maiores (P < 0,05)
nos meses mais úmidos dos que nos de seca, havendo perda de peso (0,053 kg/dia) no mês de
dezembro e maior ganho de peso (0,808 kg/dia) no mês de fevereiro. Os autores mencionam
que estes níveis de produção animal estão relacionados com as flutuações na disponibilidade e
valor nutricional das forragens. O peso vivo animal sofre profundas variações, sendo positivos
durante os períodos chuvosos e negativos nas épocas secas.
Euclides (2001a) menciona que, quando as pastagens são manejadas durante a época
das águas nas suas capacidades de suporte, as gramíneas tropicais são capazes de promover
21
ganhos de peso entre 600 e 800 g/cab/dia. Por outro lado, ganhos acima de 1.000 g/cabeça/dia
podem ser obtidos quando as pastagens são utilizadas com baixa pressão de pastejo (Almeida
et al., 2000; Paulino et al., 2000b). Assim, a pressão de pastejo passa a ter efeito sobre o
consumo de nutrientes a partir do ponto em que a disponibilidade de forragem limita
diretamente o consumo de matéria seca (Paulino et al., 2002).
De acordo com Barbosa e Graça (2003), estes fatos evidenciam que, de modo geral,
em sistemas baseados no uso exclusivo de pasto, não são explorados totalmente o potencial
genético do animal. Tendo como fundamento este aspecto, Barbosa e Graça (2003), Alves
(2003) e Paulino et al. (2000b) mencionam que tentando otimizar o potencial forrageiro e
genético do animal, maximizando o consumo e a digestibilidade da forragem disponível, assim
como, para solucionar o impasse criado por essa dicotomia entre a produção/animal e a
produção/área, desenvolveu-se uma tecnologia que aposta no uso de suplementos
concentrados no período das águas.
O objetivo é fornecer nutrientes em quantidades adequadas para suprir as demandas minerais,
protéicas e/ou energéticas dos animais e auxiliar o pasto a suprir essas exigências, tendo como
principio básico evitar o efeito substitutivo e buscando sempre o aditivo, promovendo o
aumento no consumo e da digestibilidade das forragens (Thiago, 2001). Deste modo, segundo
Ferreira (2005), a suplementação na época das águas ajudaria a tornar mais eficiente o sistema
de recria, principalmente de fêmeas, sendo este, um desafio para a maioria dos produtores. De
acordo com Souza (2004), um dos grandes responsáveis pela baixa taxa de desfrute e,
conseqüentemente, menor rentabilidade da pecuária de corte, é a elevada idade de entrada em
reprodução das fêmeas, e as baixas taxas de prenhez e natalidade.
De acordo com Beretta & Lobato (1998), o início da atividade reprodutiva em fêmeas
bovinas é de extrema importância para um satisfatório desempenho do rebanho de cria. A
22
redução do início da vida reprodutiva tem como conseqüência direta a diminuição do ciclo da
pecuária, assim, a idade à primeira cria aos dois anos e taxas de desmame superiores a 85%,
teriam incrementos importantes nos índices zootécnicos do rebanho, ensejando elevação na
taxa de desfrute do rebanho para níveis próximos a 40%.
Quanto à suplementação protéica, segundo Paulino et al. (2002), animais
freqüentemente respondem a essa tecnologia durante a estação das águas, período em que a
qualidade em termos de digestibilidade e conteúdo de proteína, é alta, ensejando ganhos
adicionais de 200 a 300g. Barbosa e Graça (2003) mencionam que resultados de pesquisas
mostram ganhos de pesos médios diários de bovinos, na fase de recria, variando de 0,543 a
1,380 kg /cabeça/dia, para consumos de suplementos de 0,2 a 0,5% do peso vivo,
respectivamente. Paulino et al. (2001) mostram ganhos de pesos médios diários, na fase de
engorda, variando de 0,671 a 1,240 kg/cabeça/dia para consumos de suplementos de 0,6 e
1,2% do peso vivo, respectivamente.
Poppi e Mc Lennan (1995) afirmam que a habilidade de se alterar a composição
corporal dos animais mantidos a pasto depende da obtenção de uma alta relação
energia/proteína, em relação aos nutrientes absorvidos. Peruchena (1999) e Frizzo et al. (2003)
mencionam que o simples aumento dos teores protéicos do material ingerido, não é uma
garantia de maior suprimento intestinal de proteína por unidade de matéria seca ingerida, ou
maior quantidade de proteína absorvida. Tal eficiência no aproveitamento da fração protéica
dependeria da disponibilidade de energia para os microorganismos ruminais utilizarem a
amônia oriunda da proteína degradada.
Segundo Santos et al. (1998), as características de degradação e a qualidade da fonte protéica
fornecida aos animais são de extrema importância. De acordo com Boranga (2001), a utilização
de suplementos com fontes de proteína de alta degradabilidade, objetiva atender diretamente
23
aos microorganismos ruminais. A utilização de proteína verdadeira, por exemplo, supre a
deficiência de nitrogênio das bactérias ruminais, permitindo aumento de consumo da forragem
e, conseqüentemente, maior ingestão de proteína e energia.
De acordo com Rodrigues et al. (2003), a utilização de fontes protéicas de menor degradação
ruminal, vai proporcionar maior quantidade de proteína no intestino, aumentando a quantidade
de matéria seca total nessa parte do trato digestivo, sem afetar a digestão no rúmen. Isto
aumenta o consumo, que fornece mais proteína degradável no rúmen, podendo assim,
maximizar a performance de animais em crescimento. Volden et al. (2002) também
mencionam que para animais em crescimento e vacas em lactação, o suprimento de proteína
microbiana pode ser insuficiente para atender à demanda de produção. Nestes, as necessidades
elevadas de aminoácidos devem ser supridas pelo incremento da proteína de origem dietética
que escape da degradação no rúmen e passe para o trato digestivo posterior, onde será
submetida aos processos de digestão e absorção.
. Santos et al. (1998) mencionam que a simples substituição na dieta de proteína
degradável no rúmen (PDR) pela proteína não degradável no rúmen (PNDR), não assegura
melhora no desempenho, pois, poderá causar uma deficiência de PDR, afetando os
microorganismos ruminais e diminuindo a degradabilidade da porção fibrosa da dieta, assim,
tudo dependerá do valor biológico da fonte protéica utilizada.
Moreira et al. (2003), em estudos realizados no sertão de Pernambuco encontraram que a
forragem produzida na caatinga no período chuvoso, o teor de proteína bruta, muito citado
como fator de qualidade da forragem pelos níveis relativamente elevados, apresentaram uma
parte significativa desta proteína ligada à FDA, conseqüentemente, indisponível para os
animais.
24
Ruas et al. (2000) avaliaram a suplementação protéica (40,8% PB) para vacas de corte durante
o período das águas, e observaram aumento na ingestão diária de matéria seca e nos ganhos de
peso das fêmeas recebendo suplementação em relação às não suplementadas.
Moraes et al. (2002), ensejando ganhos de peso na faixa de 1,0kg/animal/dia no
período de outubro a dezembro, testaram suplementos com níveis protéicos de 0, 8, 16 e 24%
utilizando diferentes fontes de proteína verdadeira. Os autores observaram resposta positiva a
suplementação, com incremento de cerca de 200g/animal/dia para o suplemento com 24% de
proteína.
Zervoudakis et al. (2002) suplementaram novilhas Holandês/Zebu com 14 meses de
idade e 245 kg/PV, em pastagens de Brachiaria brizantha com taxa de lotação de 1,5 UA/ha e
uma disponibilidade de 14,2 tonMS/ha, com suplementos protéicos com 40% de PB, na base
de 0,2% do peso vivo. Foi observado diferença significativa entre os tratamentos,
apresentando GMD de 0,708kg; 0,883kg e 0,920kg, para os tratamentos Sal Mineral, Milho +
Farelo de Glutem e Milho + Farelo de soja, respectivamente.
Zervoudakis et al. (2001), utilizando novilhos cruzados e suplementações
energético/protéico (20% PB) à base de milho e farelo de soja ou farelo de trigo e farelo de
soja, não observaram diferenças no desempenho dos animais suplementados e não
suplementados mantidos em pastagens de Brachiaria decumbens. Os autores concluíram que a
falta de resposta à suplementação provavelmente se deve às altas disponibilidades de forragem
e níveis de PB, que foram de 7000kg/ha e 9 % PB, respectivamente. Isso permitiu que os
animais selecionassem uma dieta com níveis adequados de nutrientes.
O farelo do algodão representa a segunda fonte mais importante de proteína disponível para
alimentação animal (Teixera, 1998). É um subproduto resultante da extração do óleo contido
no grão que, ao ser esmagado, é denominado de torta.
25
Lanna (2000) menciona que a torta de algodão possui de 30 a 38% de PB, boa palatabilidade e
pode substituir totalmente o farelo de soja, sendo rico em fósforo e pobre em lisina, triptofano,
vitamina D e pró-vitamina A. Teixeira (1997) acrescenta que o teor de umidade é em torno de
10,5%, a gordura de 1,4% e a matéria mineral de 9,8%.
Cavaguti et al. (2002) avaliaram o efeito da suplementação protéica em pastagem de
Brachiaria decumbens com valor médio de 4,91% de PB e taxa de lotação de 2,8UA/ha.
Foram utilizadas novilhas com 269kgPV e o suplemento testado foi o farelo de algodão (25%
PB), fornecendo 0,13% PV aos animais. Os resultados mostraram diferença significativa para
o GMD, sendo 0,410kg para o tratamento com sal mineral e 0,480kg para o farelo de algodão.
Quanto a suplementação energética, conforme Barbosa e Graça (2003), na época das
águas, tem sido usado o argumento de que no período chuvoso, em função do aumento das
concentrações protéicas das gramíneas e da alta taxa de degradabilidade ruminal desta fração,
haveria um excesso de nitrogênio em relação à disponibilidade de energia. Deste modo, parte
do nitrogênio, além de não estar sendo utilizado, estaria consumindo energia para excreção
urinária na forma de uréia.
A suplementação energética de fêmeas em recria pode proporcionar efeitos aditivos ou
substitutivos, dependendo da quantidade utilizada. Este tipo de suplementação melhora a
relação entre proteína e energia da dieta, podendo provocar mudanças na composição do
ganho de peso e, conseqüentemente, no escore de condição corporal (Lemenager et al., 1980).
Novilhas que consomem maior quantidade de energia e apresentam maior taxa de ganho de
peso diário atingem a puberdade com menor idade (Ferrel, 1991). Os maiores efeitos do
suplemento são observados no final do período chuvoso, devido à queda na qualidade da
forragem observada com o aumento do estágio de maturação da planta (Frizzo et al., 2003).
26
Suplementos energéticos parecem ter sua importância destacada quando existe
potencial para alta produção de NH
3
e perda de proteína a nível ruminal. Isto certamente
ocorre com forrageiras temperadas, especialmente na primavera, com algumas leguminosas
tropicais e com gramíneas tropicais imediatamente após o início do período chuvoso
(Grandini, 2001).
Segundo Poppi & Mclennan (1995), os tipos de suplementos energéticos para forragens são
divididos em três categorias: amido; açúcares e fibras, sendo que este último é eficiente em
captação de amônia, além de apresentarem fibras de alta digestibilidade e baixa proteína,
entretanto seu conteúdo de fibra pode ter efeito substitutivo, e preferencialmente deve ser
usado em dietas com baixos conteúdos de fibra. Portanto, de acordo com Balsalobre (2001) a
suplementação com carboidratos de alta digestão ruminal, pode ser vantajosa em dietas de alto
nível de proteína, em sistemas com suplementações protéicas, ou em forragens de alto nível
protéico.
Karn (2000) avaliou o desempenho de novilhos de corte durante cinco anos consecutivos e
observou melhores respostas para suplementação energética em relação à suplementação
protéica, durante o período das águas. O autor citou que, a resposta à suplementação está
diretamente relacionada à disponibilidade e qualidade da forragem, e que provavelmente, neste
caso, a quantidade de proteína das forrageiras na pastagem atingiram os níveis exigidos pelos
animais.
Marcondes et al. (2001) encontraram diferenças estatísticas no ganho de peso de novilhas
Guzerá, com idades entre 12 e 15 meses e peso médio de 237kg. As mesmas foram
suplementadas com diferentes fontes protéicas e energéticas, em pastagens de Brachiaria
decumbens, com disponibilidade media de 2,6 ton MS/ha e uma oferta de 0,5% do peso vivo.
Os tratamentos consistiram em: sal mineral; milho; suplemento com proteína degradada no
27
rúmen; suplemento com proteína não degradada no rúmen e as variações no GMD em gramas
foram de 0,500; 0,621; 0,730; 0,765, respectivamente.
Uma importante fonte energética utilizada como suplemento animal nas regiões semi-
áridas do Nordeste brasileiro é a palma forrageira (Opunthia fícus-indica. Mill. e Napalea
cochinillifera Salm-Dick). A composição química dessa forrageira é variável segundo a
espécie, idade do artículo e época do ano (Santos et al., 1997), possuindo, em termos de
nutrientes digestíveis totais (NDT), valor próximo aos de silagens de milho e sorgo (Farias et
al., 1984), chegando a valores em torno de 60 - 65% de NDT na matéria seca. Os níveis de
carboidratos solúveis são considerados altos, bem como os teores de cinza na matéria seca,
com destaque para o Ca, 2,25 - 2,88%; K, 1,5 - 2,45%; e P, 0,10 - 0,14% (Santos et al., 1997).
Contudo, baixos teores de MS, 10 a 14%; fibra em detergente neutro, 26,8%; fibra em
detergente ácido, 21,5% e proteína bruta, 4,0 a 5,3%, precisam ser considerados no momento
em que se utiliza essa forrageira como principal ingrediente na dieta do gado, em função de
serem observados, nesta circunstância, baixo consumo de MS pelo animal com conseqüente
perda de peso, baixo desempenho, distúrbios metabólicos, especialmente diarréias, e redução
no teor de gordura do leite (Santos et al., 1990; Santos et al., 1997).
28
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38
CAPITULO I
REVISÃO DE LITERATURA
39
CAPITULO II
CARACTERIZAÇÃO DA CAATINGA MANIPULADA E DA DIETA DE NOVILHOS
FISTULADOS, NA ÉPOCA CHUVOSA, NO SERTÃO DE PERNAMBUCO
40
CAPITULO III
CONSUMO E DESEMPENHO DE NOVILHAS DAS RAÇAS GIROLANDO E GUZERÁ
SUPLEMENTADAS NA CAATINGA, ÉPOCA CHUVOSA, NO SERTÃO DE
PERNAMBUCO
41
CAPÍTULO III
Consumo e desempenho de novilhas das raças Girolando e Guzerá suplementadas na
caatinga, época chuvosa, no Sertão de Pernambuco
1
.
I
Daniel Fernando Ydoyaga,
II
Mário de Andrade Lira,
II
Mércia Virginia Ferreira dos Santos,
II
Marcelo de Andrade Ferreira,
III
Alexandre Carneiro Leão de Mello,
II
José Carlos B. Dubeux
Junior,
IV
Djalma Cordeiro dos Santos,
II
Lara Valadares.
Resumo
Objetivando estimar o consumo de matéria seca e avaliar a variação do peso vivo de garrotas,
conduziu-se um experimento no período compreendido entre março e julho de 2003, em Serra
Talhada-PE. Os tratamentos testados foram: sem suplementação (T); 1kg de torta de algodão
(TA), 10kg de palma forrageira (PF) e 5,0kg de palma + 0,5kg de torta de algodão (TA+PF).
O consumo de matéria seca (CMS) do pasto não foi influenciado (P>0,05) pelo fornecimento
dos suplementos, mas sim (P<0,05) o consumo de matéria seca total (CMST). Constatou-se
diferença significativa (P<0,05) para a variável raça, tendo as novilhas Guzerá e Girolando
apresentados CMST de 5,44 e 6,75 kg/dia, respectivamente. Os animais suplementados com
TA mostraram um CMST superior (P<0,05) aos da T, mas semelhante (P>0,05) aos
suplementados com PF e TA + PF. Os ganhos de peso vivo médio diário (GPVMD) não
mostraram diferença significativa (P>0,05) para o fator raça, nem para as interações. As
novilhas Girolando e Guzerá apresentaram um GPVMD de 517 e 434 g/animal,
respectivamente. Constatou-se diferença significativa (P<0,05) no GPVMD para os
tratamentos T; TA; PF e TA + PF, obtendo-se valores de 412, 620, 371 e 498g/animal/dia,
respectivamente. Na época chuvosa do ano em Serra Talhada-PE., a suplementação com TA
propiciou melhores GPVMD, independente da raça.
Termos para indexação: óxido crômo, palma forrageira, suplementação, torta de algodão.
I
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Depto de Zootecnia (DZ), Rua Dom Manuel de Medeiros
s/n, Dois Irmãos, CEP 52171-900, Recife, PE. E-mail: [email protected]
;
II
III
Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus A. C. Simões, BR 104 - Norte,
Km 97, Cidade Universitária, CEP 57072-970, Maceió, AL. E-mail: me[email protected]
IV
Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA), Av. General San Martin, 1371, Bonji, Recife - PE -
CEP 50761-000, Recife, PE
42
Intake and performance of Girolando and Guzerá heifers, during the rainy season, in
Pernambuco
Abstrac
The objetive of this study was to evaluate the dry matter intake and the live weight gain of
heiffers. The experiment was conducted between March and July of 2003, in Serra Talhada-
PE. The treatments ware: with out suplementation (T); 1kg of cotton meat (TA), 10kg of
spaineless cactus (PF) and 5,0kg of spineless cactus + 0,5kg of cotton meat (TA+PF). The
forage dry matter intake (DMI) was not influenced (P>0,05) by the supplementation, however
(P<0,05), the total DMI was. Guzerá heiffers presented greater (5,44 kg/d) total DMI (P<0,05)
than Gyr/holstein heiffers (6,75 kg/d). The animals supplemented with cotton meat (TA)
showed greater total DMI (P<0,05) compared to the non-suplemented ones, but similar
(P>0,05) to the ones supplemented with PF and TA+PF. The average daily live weight gain
(ADLWG) did not show significant difference (P>0,05) for the genetic group, nor for the
interactions. The Gyr/holstein and Guzerá heifers presented a ADLWG of 517 and 434
g/animal, respectively. Significant difference (P<0,05) in the ADLWG for treatments T, TA;
PF and TA+PF was found, with values of 412, 620, 371 and 498g/animal/day, respectively.
The forage DMI was not influenced by the supplements, but the total DMI was. At the rainy
season of the year in Serra Talhada-PE, the suplementation with TA promoted better
ADLWG, independent of the racial group.
Keywords: cromic oxid, spineless cactus, suplementation, cotton meat.
43
Introdução
Grande parte dos rebanhos do semi-árido brasileiro são criados extensivamente na
caatinga, com índices de produção animal geralmente muito baixos, estando relacionados às
flutuações nas disponibilidades e valores nutricionais das forragens (Silva et al., 2001).
Segundo Lopes et al. (1998), as variações no valor nutritivo dos pastos também
ocorrem na época das chuvas e são capazes de influenciar a produção animal. Tomich et al.
(2002) mencionaram que à medida que a estação das chuvas vai avançando, principalmente no
seu terço final, o teor de proteína bruta e alguns nutrientes das forragens vão decrescendo,
justificando, assim, a suplementação.
De acordo com Paulino et al. (2000b,c) e Alves (2003), tentando otimizar o potencial
forrageiro e genético do animal, maximizando o consumo e a digestibilidade da forragem
disponível, desenvolveu-se uma tecnologia que aposta no uso de suplementos concentrados no
período das águas. Segundo Thiago e Costa (2004), o objetivo é fornecer nutrientes em
quantidades adequadas para suprir as demandas minerais, protéicas e/ou energéticas dos
animais e auxiliar o pasto a suprir essas exigências, tendo como princípio básico evitar o efeito
substitutivo.
De acordo com Castro (2002), qualquer tentativa de suplementação deve ser
exaustivamente analisada, pois apesar do alto custo do ganho adicional a ser obtido, de 100 a
200 gramas a mais por animal/dia, isto pode resultar em uma redução considerável no período
de engorda do animal, e em caso da recria de fêmeas, no incremento do desempenho
reprodutivo, proporcionando melhores condições corporais à primeira monta e ao primeiro
parto.
Euclides (2002) mencionou que se faz necessário conhecer as exigências nutricionais
dos animais, tendo em mente que os suplementos não devem fornecer nutrientes além das
44
necessidades, pois, por exemplo, o consumo excessivo de proteína sem quantidade adequada
de energia, resulta em perda de nitrogênio na excreta.
De acordo com Kunkle et al. (1999), a concentração de nutrientes consumida pelos
animais é freqüentemente desconhecida, devido a seletividade que resulta na ingestão
diferenciada de nutrientes. Além disso, geralmente o consumo não é uniforme entre os
animais.
O consumo de matéria seca constitui o ponto determinante do ingresso de nutrientes
necessários ao atendimento das exigências de mantença e produção dos animais, sendo,
portanto, considerado o parâmetro mais importante na avaliação das pastagens, em face da alta
correlação que apresenta com o desempenho dos animais a pasto (Lima et al., 2001).
Segundo Cosgrove (1997), o desempenho animal apresenta dependência direta do
consumo diário de forragem e indireta dos efeitos do processo de pastejo sobre a composição
da forragem, estrutura do relvado e produtividade da pastagem. O consumo voluntário
principalmente em condições de pastejo, é influenciado por uma integração de muitos fatores,
inerentes ao animal, à planta, ao ambiente e ao manejo adotado. Santos (1997) mencionou que
fatores como quantidade de forragem disponível, morfologia, valor nutritivo, palatabilidade
sazonal, estado fisiológico e sanitário do animal, topografia e temperatura ambiente, entre
outros, exercem influência sobre o consumo animal a pasto.
Experimentos medindo o consumo de MS de bovinos em crescimento na caatinga
não foram encontrados na literatura, no entanto, Moreira (2005) avaliando a produção de leite
de vacas das raças Guzerá e Girolando, tendo como base da alimentação a vegetação da
caatinga e recebendo suplementação energética e protéica, em época chuvosa do ano, não
verificou efeito substitutivo, enquanto que, os animais suplementados com milho e algodão,
tiveram um consumo total superior aos animais não suplementados e aos que receberam
45
somente suplementação protéica, não se diferenciando dos animais suplementados apenas com
milho.
Sendo assim, os objetivos deste trabalho foram estimar o consumo de matéria seca e
avaliar a variação do peso vivo de garrotas pastejando uma caatinga manipulada,
suplementadas na época chuvosa do ano, no sertão de Pernambuco.
Material e métodos
O trabalho foi conduzido no período de março a julho de 2003 na Estação
Experimental Lauro Ramos Bezerra, pertencente à Empresa Pernambucana de Pesquisa
Agropecuária (IPA), localizada no município de Serra Talhada - PE. A precipitação
pluviométrica no período de janeiro a junho de 2003 foi de 605,1 mm (Figura 1). A
temperatura média anual é de 25.7°C (Encarnação, 1980) e a cobertura florística da região é
do tipo Caatinga, bastante complexa e irregular, com predominância de espécies arboreo-
arbustivas e herbáceas (Lira, 1981). A topografia da área experimental é de relevo plano a
montanhoso. A predominância de solo é do tipo Bruno não-Cálcico, considerado típico e
representativo da região, apresentando também manchas de Podzólico vermelho-amarelo
medianamente profundo e Regossolo (IPA, 1986).
A área experimental contou de, aproximadamente, 96 ha de caatinga. Parte da área foi
modificada pela introdução nos anos 80 do capim-buffel (Cenchrus ciliaris L.) e do capim-
corrente (Urochloa mosambicensis (Hack) Dandy).
Para as avaliações do consumo e desempenho animal foram utilizadas 24 novilhas,
sendo 12 da raça Guzerá e 12 da raça Girolando (5/8H – 3/8Z) com pesos e idades médias
iniciais de 187 e 198 kg e 18 e 20 meses, respectivamente. A taxa de lotação adotada foi de
0,6 UA/ha, considerando também dois animais fistulados no esôfago. Adotou-se o
46
delineamento experimental blocos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 4 (duas raças e quatro tipos
de suplementos), com três repetições.
Os tratamentos utilizados consistiram de quatro níveis de suplementação: sem
suplementação (T); 1,0kg de torta de algodão novilha/dia (TA); 10,0 kg de palma forrageira
novilha/dia (PF) e 0,5 kg de torta de algodão + 5,0 kg de palma forrageira novilha/dia
(TA+PF). A composição bromatológica do pasto e dos suplementos estudados estão descritas
na Tabela 1.
Em baias individuais, os animais recebiam suplementação às 10:30h conforme os
tratamentos experimentais. Em torno das 13:30h os animais retornavam à caatinga
permanecendo até o dia seguinte às 10:30h. Diariamente, sobras dos suplementos eram
pesadas e descartadas, exceto nos dias de coleta.
A quantidade de suplementos oferecido foi calculada de maneira a propiciar um
ganho na produção adicional de 0,2 kg de peso vivo/novilha/dia, supondo-se que a caatinga,
na época das águas, tem potencial para fornecimento de nutrientes para mantença e produção
de 0,2 kg de peso vivo/novilha/dia ( Silva, 2001).
O manejo sanitário foi o mesmo empregado na Estação do IPA, sendo também
fornecido sal mineralizado e água à vontade.
As médias dos pesos vivos (kg) das novilhas Guzará e Girolanda no início e final do
período experimental, são apresentados na tabela 2.
As pesagens dos animais foram realizadas no início do experimento e a cada 28 dias,
senda as mesmas realizadas em torno das 07:00h, com os animais em jejum por um período de
aproximadamente 16 horas de água e alimento.
47
A variação do peso vivo médio diário por animal foi calculada pela seguinte fórmula:
GPVMD = (PF – PI) x 1000 / DE, em que: GPVMD = ganho de peso vivo médio diário
(g/dia); PF = peso final (kg); PI = peso inicial (kg); DE = dias do experimento.
O consumo voluntário foi determinado pela relação entre a quantidade de matéria seca
fecal excretada, estimada através do indicador externo, oxido crômico (Cr
2
O
3
), e a MS
indigestível com um indicador interno, a fibra em detergente acido indigestível (Ruas et al.,
2000). A fase de adaptação ao indicador externo foi de sete dias, sendo que, no oitavo e nono
foram realizadas as coletas (Itavo et al., 2002). As 9:00h eram fornecidos a cada animal, 10 g
de óxido crômico acondicionado em cartuchos de papel e introduzidos via oral (Detmann et
al., 2001) em dose única. As amostras fecais foram coletadas por animal, diretamente no reto,
durante o período da manhã, em quantidades aproximadas de 300 g. Os materiais coletados
foram acondicionados em pratos de alumínio, identificados por tratamento e por período, e
colocados em estufa com circulação forçada de ar, a uma temperatura de 55°C e por espaço de
tempo de 72 horas. Para a realização das análises, as amostras foram processadas em moinho
tipo Willey com peneira de 1 mm.
Os teores de cromo (Cr) foram analisados por espectrofotometria de absorção atômica,
conforme metodologia descrita por Willians et al. (1962).
Para a determinação da produção fecal, foi utilizada a fórmula proposta por Burns et al.
(1994): PMSF = OF/%OF, em que: PMSF = produção de MS fecal (g/dia); OF = Cr
2
O
3
fornecido (g/dia); %OF = concentração de oxido cromo nas fezes (g/gMS).
A fibra em detergente ácido indigestível (FDAi) foi determinada conforme descrito por
Itavo et al. (2002), com base na digestibilidade “in situ”, por um período de 144 horas.
A estimativa do consumo de matéria seca foi calculada pela equação proposta por
Detmann et al. (2001): CMS = {[(MSFE x %FDAiF) – FDAiS] / %FDAiForr} + CMSS, em
que: CMS = Consumo de MS (kg/dia); MSFE = MS fecal excretada (kg/dia); FDAiF =
concentração do indicador nas fezes (kg/kg); FDAiS = indicador presente no suplemento
(kg/dia); FDAiForr = concentração do indicador na forragem (kg/kg) e CMSS = consumo de
matéria seca do suplemento (kg/dia).
Os carboidratos totais (CHOT) foram obtidos por intermédio da equação: 100 - (%PB
+ %EE + %Cinzas) (Sniffen et al., 1992), enquanto os carboidratos não-fibrosos (CNF), pela
48
diferença entre CHOT e FDN. Os teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) foram obtidos
conforme Sniffen et al. (1992).
Os suplementos fornecidos e as sobras foram pesados diariamente e, posteriormente, as sobras
descartadas. No final de cada período experimental foram coletadas amostras das sobras e dos
suplementos fornecidos, as mesmas foram pesadas, identificadas e colocadas em estufa com
circulação forçada de ar, a uma temperatura de 55ºC e por espaço de tempo de 48 horas, para
posteriores análises bromatológicas (MS, PB, MM, EE), segundo a metodologia descrita por
Silva e Queiroz (2002), e FDN e FDA, segundo metodologia proposta por Van Soest et al.
(1991).
Os dados foram analisados através do programa estatístico Swntia (EMBRAPA, 1996),
sendo avaliados por meio da análise de variância e as diferenças entre as médias comparadas
pelo teste Duncan, ao nível de 5% de probabilidade
.
Resultados e discussão
O consumo total de pasto e dos suplementos, em kg de MS/dia e em percentagem de peso vivo
(PV), bem como, a média do peso vivo (kg), em função dos tratamentos e das raças utilizadas
durante o período experimental são apresentados na Tabela 3. Constatou-se diferença
significativa (P<0,05) para o consumo de matéria seca dos suplementos (CMSS), consumo de
matéria seca total (CMST) e para as raças, sendo as interações não significativas. As novilhas
das raças Guzerá e Girolando apresentaram um consumo total de 5,44 e 6,75 kg/MS/dia,
respectivamente. O maior consumo de MS (kg/d) obtido com os animais da raça Girolando
possivelmente deveu-se, ao maior PV desses animais em relação aos Guzerá, uma vez que o
CMS (% PV) não diferiu entre eles (Tabela 3).
49
O consumo de matéria seca do pasto não foi influenciado (P>0,05) pelo fornecimento dos
suplementos, mas sim (P<0,05) o consumo de matéria seca total. Os animais suplementados
com torta de algodão mostraram um consumo de matéria seca total superior (P<0,05) aos da
testemunha, e semelhante (P>0,05) aos suplementados com palma forrageira e torta de algodão
mais palma forrageira. Observou-se a ocorrência do efeito aditivo da suplementação, uma vez
que, além do aumento do ganho de peso (Tabela 4), não houve diferença significativa (P>0,05)
no consumo de pasto. Horn & McCollun (1987) mencionaram que a suplementação de animais
em pastejo pode ser feita em até 0,5% do PV sem provocar redução no consumo de forragem.
O consumo dos suplementos foi até 0,3% do PV e, segundo Herd (1997), consumos nesse nível
de suplemento são totalmente adicionados à pastagem, sem que ocorra substituição. Em geral,
o princípio básico na suplementação a pasto é evitar o efeito substitutivo, e sim, promover o
efeito aditivo, aumentando a ingestão e a digestibilidade das forragens (Paulino, 2001).
O maior consumo dos animais suplementados com torta de algodão pode estar
associado a um conjunto de características encontradas na pastagem, que influenciam
negativamente a disponibilidade de proteína para o animal, tais como: alta percentagem de
proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA), baixa digestibilidade “in situ” da MS, alto teor
de fibras (Tabela 5 e 4, capítulo 2) e, provavelmente, altos teores de lignina (Moreira, 2005) e
taninos (Araújo Filho et al., 2002).
A vegetação da caatinga compreende forrageiras com teores de proteína superiores a
200 g/kg MS, porém a digestibilidade normalmente é baixa. De acordo com Longland et al.
(1994) isso poderia estar associado ao fato de que estas forrageiras muitas vezes possuem altos
teores de taninos que podem reduzir a digestibilidade de fibras, dos nutrientes e especialmente
das proteínas, e segundo Rooney, (2005) reduzindo em 5 a 10% a eficiência na alimentação
dependendo da espécie animal. Araújo Filho et al. (2002), estudando a fenologia e valor
50
nutritivo de espécies arbórea-arbustivas na caatinga, concluíram que o teor de taninos totais
poderia não ser um fator que diminua o consumo de espécies da caatinga, mas as altas
percentagens de lignina reduzem a digestibilidade. Estudos realizados por Moreira (2005), no
período chuvoso, na caatinga, evidenciaram teores de PIDA na extrusa de 49,53% em média, e
sempre superior a 47,22%, além de teores de lignina, variando de 14,63 a 16,35,
respectivamente, estrutura esta, que está associada à baixa digestibilidade da forragem.
A média dos consumos de matéria seca total (% PV) observado, de 2,55%, foi inferior
aos encontrados por Ferreira et al. (2005), de 2,98%, em animais de 15 meses de idade e
suplementados com ração constituída com 50% de palma forrageira. Segundo Romney & Gill
(2000), o consumo em relação ao PV por animais jovens tende a ser maior, em decorrência da
maior exigência nutricional.
O consumo de proteína bruta e de NDT do pasto, do suplemento e total em
g/cabeça/dia em função dos tratamentos e das raças utilizadas, se encontram na Tabela 4.
De acordo com o NRC (2001), os requerimentos de proteína metabolizavel para
mantença e ganho de peso médio de 475 g para novilhas em crescimento com peso vivo médio
de 226 kg são de 202,1 e 98,3 g, respectivamente, o que corresponde a um total de 446 g/dia
de PB. Já para os requerimentos de NDT, o mesmo comitê sugere para mantença e ganho 2540
e 643 g, respectivamente.
Os requerimentos de mantença da categoria animal utilizada foram atingidas. O maior
(P<0,05) consumo total de proteína (TA) e simultâneo de proteína e energia (TA+PF)
influenciaram significativamente o ganho de peso. Provavelmente, deveu-se a que o pasto
pode apresentar limitação de proteína. Embora, o teor de PB da testemunha, estimado pela
extrusa de 15,2% em média (Tabela 4, capítulo 2), sempre superior a 13,2%, indica que este
nutriente não foi limitante na pastagem. O resultado é decorrente, provavelmente, da baixa
digestibilidade da PB no pasto, de 34,8%, em média, sempre inferior a 38,53%; e dos altos
teores de proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA) da extrusa, sendo, em média, de
40,62% (Tabela 3, capitulo 2).
Mesmo havendo diferença significativa (P>0,05) no consumo total de NDT da
suplementação energética (PF), não foi observado diferença significativa (P<0,05) no ganho
em peso dos animais (% PV). Este resultado, deveu-se, provavelmente, a relação
proteína:energia, uma vez que, parte da proteína desta dieta é oriunda do pasto, que por sua
51
vez apresentou baixa digestibilidade. Constata-se também no tratamento PF, que o consumo
total de proteína foi semelhante (P<0,05) a T e TA+PF, e inferior (P>0,05) ao tratamento TA.
A diferença (P<0,05) no consumo total de proteína e NDT, não propiciou diferença
(P>0,05) no ganho do PV entre as raças.
A suplementação dos animais em pastejo é realizada com objetivos de corrigir a
deficiência de nutrientes da forragem; aumentar a capacidade de suporte das pastagens;
auxiliar na desmama precoce, reduzir a idade do primeiro parto, diminuir a idade de abate,
auxiliar no manejo das pastagens, aumentar o ganho de peso, entre outros (Reis et al., 1997;
Restle et al., 1997). Os valores obtidos para ganhos de peso vivo médio diário (GPVMD) são
apresentados na Tabela 5. Não houve diferença significativa (P>0,05) para o fator raça, nem
para as interações. As novilhas Girolando e Guzerá apresentaram um GPVMD de 517 e 434
g/animal, respectivamente, obtendo-se uma média entre ambas de 475 g/animal/dia.
Foi observado diferença significativa (P<0,05) no ganho de peso vivo médio diário em
função dos tratamentos (Tabela 5). O tratamento com torta de algodão mostrou-se superior
(P<0,05) aos demais, exceto ao tratamento torta de algodão + palma forrageira (P>0,05). Os
tratamentos sem suplementação, palma forrageira e torta de algodão + palma forrageira, não
apresentaram diferenças significativas entre si. A maior resposta do tratamento torta de
algodão presume-se que seja devido a um maior consumo de matéria seca total pelos animais,
o que elevou o aporte de nutrientes (Tabela 3). Estudos têm mostrado que é alta a correlação
entre o consumo de forragem e o ganho de peso (Paulino, 2001; Lima et al. 2001; Prache et
al., 1990). A média do desempenho observado nos animais a pasto sem suplementação deveu-
se, provavelmente, a taxa de lotação, de 0,6 UA/ha, permitindo aos animais melhor
seletividade da forragem na dieta, além da presença expressiva das gramíneas capim-buffel
52
(Cenchrus ciliaris L.) e capim-corrente (Urochloa mosambicensis (Hack) Dandy) na pastagem
(Tabela 2, capítulo 2), que constituem a dieta (Tabela 6, capitulo 2) por parte dos bovinos
(Silva et al., 1997). Moura (1987) e Silva (2001), trabalhando com garrotas ¾ Zebu, tendo
como pastagem a caatinga nativa e, considerando a época chuvosa do ano, em Serra Talhada,
constataram GPVMD de 348g e 365g, respectivamente. Araújo Filho et al. (2000), em
trabalho conduzido no Ceará em pastejo com lotação contínua na vegetação do tipo caatinga,
sem qualquer melhoramento, constataram ganhos de peso de 263 g/animal/dia. Em caso de
raleamento e/ou rebaixamento da mesma, em base anual os animais ganharam 376 e 227
g/animal/dia, respectivamente.
Verifica-se ganhos de 208 e 86 g/animal/dia em relação à testemunha, para os
tratamentos torta de algodão e torta de algodão + palma forrageira, respectivamente. Segundo
Paulino et al. (2002), animais freqüentemente respondem a suplementação protéica durante a
estação das águas, período em que a qualidade em termos de digestibilidade e conteúdo de
proteína, é alta, ensejando ganhos adicionais de 200 a 300 g.
Embora se tenha constatado efeitos aditivos na suplementação com 1 kg de torta de
algodão/animal/dia, relacionando os custos correntes de R$0,7/kg do suplemento e do preço de
dois reais/kg/PV do animal, com os ganhos em PV obtidos com a suplementação, não
justificam o uso de este concentrado na época chuvosa. Por outro lado, do ponto de vista da
reprodução, o ganho de 200g/novilha/dia com a suplementação protéica no período chuvoso,
resultaria numa redução na idade de entrada em serviço de novilhas de reposição; sendo este o
objetivo, a suplementação protéica é uma estratégia a ser considerada.
Conclusões
Na época chuvosa em Serra Talhada-PE, a caatinga quando manejada com lotação
adequada, propiciou um consumo de matéria seca capaz de atender os requerimentos de
53
mantença e proporcionar ganho de peso em novilhas Guzerá e Girolando, sendo que, a
suplementação protéica propiciou melhores GPVMD, independente das raças.
A suplementação na época chuvosa, na caatinga, teve efeito aditivo no ganho de peso
animal.
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58
Tabela 1. Composição bromatológica e digestibilidade "in situ" do pasto e dos suplementos
oferecidos, período chuvoso, sertão de Pernambuco - 2003.
Alimento MS PB NDT FDN FDA EE MM DISMS
Torta de algodão 88,1 34,5 66,0* 58,9 44,8 2,6 8,2 66,8
Palma forrageira 9,0 6,9 64,0** 26,9 22,3 2,1 14,5 73,6
Torta + Palma 48,5 20,7 65,0 42,9 33,5 2,3 11,2 70,2
Pasto (caatinga) 55,7 12,6 56,0 57,0 45,0 1,7 8,8 31,8
Matéria seca (MS), proteína bruta (PB), nutrientes digestíveis totais (NDT), fibra em detergente neutro
(FDN), fibra em deter- tergente ácido (FDA), extrato etéreo (EE), material mineral (MM),
digestibilidade “in situ” da MS (DISMS).
*Dados obtidos da tabela Valadares Filho et al. (2002); Mendes Neto et al. (2003).
Tabela 2. Média do peso vivo (kg) inicial e final das novilhas Guzerá e Girolanda em função
dos tratamentos, período chuvoso, sertão de Pernambuco – 2003.
Trata mentos
PV, kg T TA. PF TA + PF Média
Guzerá (inicial) 193 188 181 185 187
Guzerá (final) 248 260 230 251 248
Girolando (inicial) 193 210 190 201 198
Girolando (final) 253 312 244 274 271
Sem suplementação (T); Torta de algodão (TA); Palma forrageira (PF); Torta de algodão +
palma forrageira (TA +PF)
Tabela 3. Consumo total, de pasto, dos suplementos em kg de MS/dia, em percentagem de
peso vivo (PV) e media do peso vivo (kg), em função dos tratamentos: sem
suplementação (T); suplementação com 1,0kg de torta de algodão (TA); 10kg de
palma forrageira (PF) e 0,5kg de torta de algodão + 5,0kg de palma forrageira (TA
+ PF) e das raças utilizadas, período chuvoso, sertão de Pernambuco - 2003.
Consumo de matéria seca (kg/dia)
Tratamentos Pasto Suplemento Total Média PV
(kg)
PV (%)
Sem suplementação (T)* 4,83
a
- 4,83
b
221 2,1
b
Torta de algodão (TA) 6,58
a
0,73
a
7,31
a
242 3,0
a
Palma forrageira (PF) 4,72
a
0,60
ab
5,32
ab
211 2,5
ab
Torta de algodão + palma
forrageira (TA +PF)
5,67
a
0,39
b
6,06
ab
228 2,6
ab
Raças
Guzerá 4,87
a
0,57
a
5,44
a
217 2,5
a
Girolando 6,16
b
0,59
a
6,75
b
234 2,8
a
CV ( % ) 38,91 30,02 26,48 0 14,93
Médias seguidas por igual letra, no sentido da coluna, para cada parâmetro avaliado, não diferem entre
si (P>0,05) pelo teste de Duncan.
* Pasto “ad libitum”
59
Tabela 4. Consumo de proteína e de NDT do pasto, do suplemento e total em g/cabeça/dia em
função dos tratamentos: sem suplementação (T); suplementação com 1,0kg de torta
de algodão (TA); 10kg de palma forrageira (PF) e 0,5kg de torta de algodão +
5,0kg de palma forrageira (TA + PF) e das raças utilizadas, período chuvoso, sertão
de Pernambuco - 2003.
Consumo
Proteína NDT
Tratamentos
Pasto Suplemento Total Pasto Suplemento Total
T* 608,58
b
0
608,58
c
2704,80
b
0 2704,80
c
TA 829,08
a
251,85
a
1080,93
a
3684,80
a
482,31
a
4167,11
a
PF 594,72
c
41,40
c
636,12
bc
2643,20
b
384,80
ab
3027,20
b
TA + PF
714,42
ab
80,73
b
795,15
b
3175,20
ab
253,50
b
3428,70
ab
Raças
Guzerá
613,62
a
135,43
a
749,05
a
2727,20
a
370,50
a
3097,70
a
Girolando
776,16
b
140,18
a
916,34
b
3449,60
b
383,50
a
3833,10
b
CV (%) 27,09 13,88 15,18 29,92 16,65 14,79
Médias seguidas por igual letra, no sentido da coluna, para cada parâmetro avaliado, não diferem entre
si (P>0,05) pelo teste de Duncan.
*Pasto “ad libitum”
Tabela 5. Ganho médio diário (GMD) e peso vivo inicial e final (PV), em função dos
tratamentos: sem suplementação (T); suplementação com 1,0kg de torta de algodão
(TA); 10kg de palma forrageira (PF) e 0,5kg de torta de algodão + 5,0kg de palma
forrageira (TA + PF) e das raças utilizadas, período chuvoso, sertão de Pernambuco
- 2003.
Suplemento
s
Parâmetros/raças T* TA. PF TA + PF Média CV (%)
GMD, gr
Guzerá 393 514 353 472 434
a
48,9
Girolando 431 726 388 521 517
a
42,9
Média 412
b
620
a
371
b
498
ab
475
Médias seguidas por igual letra, no sentido da coluna, para cada parâmetro avaliado, não diferem entre
si (P>0,05) pelo teste de Duncan.
* Pasto “ad libitum”
60
162,3
143,0
140,5
93,5
65,8
0,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Figura 1. Precipitações pluviométricas do primeiro semestre do ano, Serra Talhada-PE,
2003.
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