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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
ESTUDO DA BIOLOGIA REPRODUTIVA, DIVERSIDADE
GENÉTICA E QUÍMICA DE POPULAÇÕES DE
Ocimum selloi Benth.
ROSELAINE FACANALI
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Câmpus de
Botucatu, para obtenção do título de Doutor
em Agronomia (Horticultura).
BOTUCATU - SP
Janeiro/2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CÂMPUS DE BOTUCATU
ESTUDO DA BIOLOGIA REPRODUTIVA, DIVERSIDADE
GENÉTICA E QUÍMICA DE POPULAÇÕES DE
Ocimum selloi Benth.
ROSELAINE FACANALI
Orientador: Profa. Dra. Marcia Ortiz Mayo Marques
Co-orientador: Prof. Dr. Carlos Augusto Colombo
Tese apresentada à Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP - Câmpus de
Botucatu, para obtenção do título de Doutor
em Agronomia (Horticultura).
BOTUCATU - SP
Janeiro/2008
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO
DA INFORMAÇÃO – SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO – UNESP - FCA
LAGEADO - BOTUCATU (SP)
Facanali, Roselaine, 1975-
F137e Estudo da biologia reprodutiva, diversidade genética e
química de populações de Ocimum selloi Benth / Roselaine
Facanali. - Botucatu : [s.n.], 2008.
xiv, 129 f. : il. color., gráfs., tabs.
Tese (Doutorado)-Universidade Estadual Paulista, Facul-
dade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2008
Orientador: Márcia Ortiz Mayo Marques
Co-orientador: Carlos Augusto Colombo
Inclui bibliografia
1. Essência e óleos essencias. 2. Diversidade genética.
3. Plantas - Reprodução. 4. Biologia molecular. 5. Marca-
dores biológicos. I. Marques, Márcia Ortiz Mayo. II. Co-
lombo, Carlos Augusto. III. Universidade Estadual Paulis-
ta “Júlio de Mesquita Filho” (Campus de Botucatu). Facul-
dade de Ciências Agronômicas. IV. Título.
III
A Deus
A DeusA Deus
A Deus,
Por se fazer presente em minha vida em todos os momentos, de modo especial naqueles em que as
dificuldades surgiram em meu caminho, permitindo-me superá-las.
A Amiga e Orientadora
A Amiga e Orientadora A Amiga e Orientadora
A Amiga e Orientadora
Dra. Marcia Ortiz Mayo Marques
Dra. Marcia Ortiz Mayo MarquesDra. Marcia Ortiz Mayo Marques
Dra. Marcia Ortiz Mayo Marques
Que trilhou o meu caminho científico
Agradeço pela orientação e conhecimentos transmitidos,
Que muito contribuíram para o meu amadurecimento profissional.
Muito Obrigado !!!
IV
As pessoas fundamentais em minha vida, que sempre acreditaram em mim, sonharam comigo e me
ajudaram a transformar meus objetivos em realidade, em especial...
Meu esposo
Meu esposoMeu esposo
Meu esposo
Loriney Costa Fuini
Loriney Costa FuiniLoriney Costa Fuini
Loriney Costa Fuini
Que me apoiou incondicionalmente
com seu amor.
Dedico
DedicoDedico
Dedico
Meus pais, Dourival e Marina
Dourival e MarinaDourival e Marina
Dourival e Marina,
Meus maiores exemplo de vida,
Tudo que tenho e sou, devo a vocês...
A meu irmão, Rodrigo e sua esposa Tatiane. A minha irmã Débora, seu esposo Carlos, minhas sobrinhas
Anne Caroline, Ana Luiza e Hayana. A Odete, Lazaro, Loreane e Rogério pela confiança, incentivo e
carinho,
Em especial a todas estas pessoas que tenho carinho e afeto,
Ofereço.
Ofereço.Ofereço.
Ofereço.
V
AGRADECIMENTOS
Definitivamente, um trabalho como este não é algo que se pode realizar
sozinha. Durante o tempo em que estive nesta jornada, muitas foram as
pessoas que me ajudaram de alguma forma, por isso agradeço:
- A Dra. Márcia Ortiz Mayo Marques, pela orientação e também pela dedicação,
disponibilidade e apoio sincero, e mais propriamente, pelos atributos próprios de
sua pessoa, que transformam esse trabalho numa fonte inigualável de aprendizados.
- Ao Dr. Carlos Augusto Colombo, do Centro de P&D de Recursos Genéticos
Vegetais do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), pela co-orientação,
sugestões e amizade, bem como pelo auxílio na caracterização molecular, na
realização das análises e pela utilização de seu laboratório de Biologia Molecular.
- A Dra. Maria Imaculada Zucchi, do Centro de P&D de Recursos Genéticos
Vegetais do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), pela ajuda inestimável nas
análises moleculares, pela amizade e pelos ensinamentos preciosos.
- A Dra. Marta Dias Soares Scott, do Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais
do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), pela amizade e pelas contribuições
fornecidas durante o desenvolvimento do estudo da biologia reprodutiva.
- Ao Prof. Dr. Lin Chau Ming, do Departamento de Produção Vegetal Horticultura
da FCA/UNESP/Botucatu, pela amizade, pela disponibilidade em ajudar sempre,
pela companhia e apoio nas viagens de coleta.
VI
- A Dra. Cássia Regina Limonta Carvalho, do Centro de P&D de Recursos Genéticos
Vegetais do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), pelo auxílio na realização
das análises de componentes principais.
- As amigas Lenita Habber e Maria Aparecida Vieira Ribeiro, pelas sugestões, pela
disponibilidade, pelo apoio e amizade, e pelo auxílio na realização das análises
estatísticas.
- Ao amigo Anderson de Jesus Bonon, pelo auxílio com os desenhos das estruturas
químicas.
- Aos amigos do laboratório de Produtos Naturais, com os quais compartilhei cada
etapa deste trabalho: Felipe, Carolina, Marina, Solange, Regia, Cássia e Sueli.
- As amigas do laboratório de Genética Molecular Paula Lima, Regina, Milene,
Rafaele e Nataly com os quais compartilhei etapas de realização deste trabalho.
- Aos funcionários do Departamento de Horticultura da FCA/UNESP/Botucatu, pela
colaboração e atenção.
- Ao programa de Pós-graduação em Horticultura da Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP de Botucatu-SP, pela oportunidade concedida.
- Ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) pela estrutura fornecida possibilitando
a realização deste trabalho.
- A CAPES pela concessão da bolsa de Doutorado e a FAPESP pelo auxílio
financiamento do projeto.
- A todos que por um ou vários momentos contribuíram para esta caminhada.
VII
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS.....................................................................................
X
LISTA DE FIGURAS......................................................................................
XIII
1. RESUMO.....................................................................................................
1
2. ABSTRACT................................................................................................
3
3. INTRODUÇÃO...........................................................................................
5
4.OBJETIVOS.................................................................................................
8
5. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................
9
5.1. Aspectos Gerais..................................................................................
9
5.2. A espécie Ocimum selloi Benth..........................................................
11
5.3. Aspectos da Biologia Reprodutiva.....................................................
15
5.4. Marcadores Moleculares RAPD (Polimorfismo de fragmentos de
DNA amplificado ao acaso).............................................................................
17
6. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................
21
6.1. Coleta do material vegetal.................................................................
21
6.2. Análise de solo dos locais de coleta..................................................
24
6.3. Cultivo das Populações de O. selloi...................................................
25
6.4. Caracterização da composição química dos óleos essenciais.............
25
6.4.1. Colheita e extração dos óleos essenciais.....................................
25
6.4.2. Análise da composição química dos óleos essenciais.................
26
6.5. Avaliação dos aspectos da biologia reprodutiva de O. selloi.............
27
6.5.1. Morfologia floral.........................................................................
27
6.5.1.1. Floração e frutificação..........................................................
27
6.5.2. Testes de autopolinização e auto-incompatibilidade e
compatibilidade................................................................................................
28
6.5.3. Produção de frutos e sementes em situação de polinização livre
e autopolinização espontânea..........................................................................
29
6.5.4. Produção e estimativa da viabilidade dos grãos de pólen............
29
VIII
6.5.5. Avaliação da taxa de germinação das sementes..........................
30
6.6. Caracterização molecular por RAPD..................................................
31
6.2.1. Extração e Quantificação do DNA..............................................
31
6.6.2. Reações de RAPD (Polimorfismo de fragmentos de DNA
amplificado ao acaso)......................................................................................
31
6.6.3. Análise Estatística dos Dados......................................................
32
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................
34
7.1. Análise do solo das regiões de coleta.................................................
34
7.2. Ocorrência de pragas e doenças nas populações de O. selloi
mantidas em Campinas/SP..............................................................................
35
7.3. Avaliação dos aspectos da Biologia Reprodutiva...............................
37
7.3.1. Morfologia floral.........................................................................
37
7.3.1.1. Floração................................................................................
39
7.3.2.Testes de autopolinização e auto-incompatibilidade e
compatibilidade................................................................................................
43
7.3.3. Produção de frutos e sementes em situação de polinização livre
e autopolinização espontânea..........................................................................
43
7.3.3.1. Estudo da influência da manipulação experimental
(ensacamento) e da população sobre a produção de frutos e sementes por
infrutescência..................................................................................................
43
7.3.3.2.-Estudo da influência da manipulação experimental
(ensacamento) e da população sobre a distribuição do número de sementes
por fruto, para cada uma das populações.........................................................
49
7.3.4. Produção e viabilidade dos grãos de pólen..................................
52
7.3.5.Germinação das sementes.............................................................
53
7.3.5.1.Experimento I........................................................................
53
7.3.5.2.Experimento II.......................................................................
54
7.3.5.3. Teste de independência entre freqüência de germinação
por população...................................................................................................
55
7.4. Caracterização molecular por RAPD..................................................
56
7.5. Caracterização química dos óleos essenciais......................................
64
IX
7.5.1. Resultados....................................................................................
64
7.5.1.1. Populações Nativas das Quatro Regiões de coleta...................
64
7.5.1.2. População de Apiaí/SP (Nativa e Cultivada)............................
67
7.5.1.3. População de Piquete/SP (Nativa e Cultivada).....................
68
7.5.1.4. População de Colombo/PR (Nativa e Cultivada).................
70
7.5.1.5. População de Camanducaia/MG (Nativa e Cultivada).........
71
7.5.2 Discussão......................................................................................
73
8. CONCLUSÕES...........................................................................................
78
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................
80
APÊNDICE 1...................................................................................................
94
APÊNDICE 2...................................................................................................
97
APÊNDICE 3...................................................................................................
100
APÊNDICE 4...................................................................................................
101
APÊNDICE 5...................................................................................................
102
APÊNDICE 6...................................................................................................
108
APÊNDICE 7...................................................................................................
117
APÊNDICE 8...................................................................................................
125
X
LISTA DE TABELAS
Tabela
Página
1
Coordenadas geográficas das áreas de coleta de Ocimum selloi
Benth...........................................................................................................
23
2
Garantia e Composição Química do fertilizante foliar Yogen 2.................
25
3
Época de colheita dos acessos de Ocimum selloi cultivadas em
Campinas/SP...............................................................................................
25
4
Análise dos solos coletados em Apiaí/SP, Piquete/SP, Colombo/PR e
Camanducaia/MG profundidade 20 cm......................................................
35
5
Número médio de flores de Ocimun selloi em antese por hora..................
39
6
Média do total de frutos e de sementes de Ocimum selloi Benth...............
44
7
Comparações múltiplas das médias dos frutos e sementes entre os
grupos de populações de Ocimum selloi utilizando testes t........................
46
8
Teste de qui-quadrado e porcentagem de ocorrência em cada uma das
classes de frutos..........................................................................................
50
9
Viabilidade polínica de populações de Ocimum selloi...............................
52
10
Germinação de sementes de populações de O. selloi.................................
54
11
Seqüência dos primers selecionados para Ocimum selloi e padrões de
polimorfismo...............................................................................................
56
12
Resultado da Análise de Variância Molecular (AMOVA) para Ocimum
selloi............................................................................................................
62
13
Teste de comparação de média (%) das substâncias dos óleos essenciais
presentes em comum nas quatro regiões de coleta – população Nativa
(Apiaí/SP, Colombo/PR, Camanducaia/MG e Piquete/SP)........................
65
14
Composição química (% proporcional relativa) do óleo essencial de
acessos da população nativa de Ocimum selloi Benth. provenientes de
Apiaí/SP......................................................................................................
102
15
Composição química (% proporcional relativa) do óleo essencial de
acessos das população cultivada de Ocimum selloi Benth. provenientes
de Apiaí/SP.................................................................................................
104
XI
16
Teste de comparação de média (%) dos componentes majoritários dos
óleos essenciais dos acessos da população de O.selloi provenientes de
Apiaí/SP e cultivadas em Campinas/SP.......................................................
68
17
Composição química (% proporcional relativa) do óleo essencial de
acessos da população nativa de Ocimum selloi Benth. provenientes de
Piquete/SP...................................................................................................
108
18
Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de
Ocimum selloi Benth, provenientes de Piquete/SP e cultivadas em
Campinas/SP (1º, 2º, 3° e 4° Colheita).......................................................
110
19
Teste de comparação de média (%) dos componentes majoritários dos
óleos essenciais dos acessos da população de O.selloi provenientes de
Piquete/SP e cultivadas em Campinas/SP..............................................
69
20
Composição Química (% média relativa) do óleo essencial de acessos da
população nativa de Ocimum selloi Benth, provenientes de
Colombo/PR................................................................................................
117
21
Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de
Ocimum selloi Benth, provenientes de Colombo/PR e cultivadas em
Campinas/SP (1º, 2º, 3º e 4° Colheita)........................................................
119
22
Teste de comparação de média (%) dos componentes majoritários dos
óleos essenciais dos acessos da população de O.selloi provenientes de
Colombo/PR e cultivadas em Campinas/SP...............................................
71
23
Composição Química (% média relativa) do óleo essencial de acessos da
população nativa de Ocimum selloi Benth, provenientes de
Camanducaia/MG.......................................................................................
125
24
Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de
Ocimum selloi Benth, provenientes de Camanducaia/MG e cultivadas
em Campinas/SP (1º, 2º, 3º e 4º Colheita)..................................................
126
25
Teste de comparação de média (%) dos componentes majoritários dos
óleos essenciais dos acessos da população de O.selloi provenientes de
Camanducaia/MG e cultivadas em Campinas/SP.......................................
73
XII
LISTA DE FIGURAS
Figura
Página
1
Foto do Vaso de Ocimum selloi Benth..........................................................
12
2
Foto detalhe das folhas de O.selloi Benth.....................................................
12
3
Foto das Inflorescências de Ocimum selloi...................................................
12
4
Mapa dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná indicando os
locais de coleta dos acessos de Ocimum selloi Benth...................................
24
5
Foto das Inflorescências de Ocimum selloi identificadas com fitas
coloridas........................................................................................................
28
6
Foto das lesões observadas (devido ao crescimento fúngico) e contorno
anguloso, delimitado pelas nervuras em O.selloi..........................................
36
7
Foto – Flor de Ocimum selloi........................................................................
37
8
Foto - Flor de Ocimum selloi aberta e botão floral......................................
38
9
Foto - Flor de Ocimum selloi aberta com parte feminina à mostra...............
38
10
Número de flores abertas por hora nas três populações avaliadas de
Ocimum selloi................................................................................................
39
11
Boxplot para os valores de temperatura em graus celsius (TEMP) por hora
(HOR) para cada uma das três populações (API = Apiaí/SP, COL =
Colombo/PR e PIQ = Piquete/SP).................................................................
40
12
Gráfico do Total do número de flores de Ocimum selloi abertas por
hora................................................................................................................
41
13
Gráfico do Total do número de flores abertas por
população......................................................................................................
41
14
Boxplot indicando NFLOR por HOR nas populações API = Apiaí/SP,
COL = Colombo/PR e PIQ = Piquete/SP......................................................
42
15
Produção de Frutos e Sementes em situação de polinização livre e
autopolinização espontânea...........................................................................
44
XIII
16
Boxplot para o número total de frutos (TOTFR) por infrutescência, para
cada grupo experimental: Piquete/Ensacado PIQ1, Piquete/Não Ensacado
PIQ0, Colombo/Ensacado COL1, Colombo/Não Ensacado COL0,
Camanducaia/Ensacado CAM1, Camanducaia/Não Ensacado CAM0,
Apiaí/Ensacado API1 e Apiaí/Não Ensacado API0......................................
47
17
Boxplot para o número total de sementes (TOTSEM) por por
infrutescência, para cada grupo experimental: Piquete/Ensacado PIQ1,
Piquete/Não Ensacado PIQ0, Colombo/Ensacado COL1, Colombo/Não
Ensacado COL0, Camanducaia/Ensacado CAM1, Camanducaia/Não
Ensacado CAM0, Apiaí/Ensacado API1 e Apiaí/Não Ensacado API0........
48
18
Porcentagem de frutos sem semente (FR0), com 1 semente (FR1), com 2
sementes (FR2), com 3 sementes (FR3) e com 4 sementes (FR4) para
inflorescências ensacadas (EXP1) e não ensacadas (EXP0) nas
populações: API-Apiaí/SP, CAM-Camanducaia/MG, COL-Colombo/PR e
PIQ-Piquete/SP.............................................................................................
51
19
Número total de grãos de pólen viáveis (NVIV) para cada uma das quatro
populações.....................................................................................................
53
20
Número de sementes (NSEM) germinadas (GER) e não germinadas
(NGER) no Experimento I (EXP 1) e no Experimento II (EXP 2) para
cada população de O. selloi (POPUL): API- Apiaí/SP, CAM-
Camanducaia/MG, COL- Colombo/PR e PIQ- Piquete/SP..........................
55
21
Perfil de um gel de RAPD utilizando o primer OPX18 em 47 acessos de
Ocimum selloi Benth. provenientes de quatro regiões de coleta; à esquerda
está o padrão de peso molecular (Ladder 250 pb).........................................
57
22
Gráfico mostrando a relação entre o coeficiente de variação e o número de
bandas obtidas para a espécie Ocimum selloi...............................................
58
23
Dendrograma de similaridade entre os 47 acessos de Ocimum selloi
obtido a partir da matriz de similaridade genética Jaccard e agrupados
pelo método de UPGMA...............................................................................
60
XIV
24
Dendrograma de similaridade média entre as 4 populações de Ocimum
selloi obtido a partir da matriz de similaridade genética Jaccard e
agrupados pelo método de UPGMA.............................................................
61
25
Análise de componentes principais (ACP) aplicados à composição
química do óleo essencial para os compostos majoritários representando a
distribuição das populações nativas de Ocimum selloi Benth.......................
66
1
1. RESUMO
O presente trabalho teve por objetivo geral o estudo de populações de
Ocimum selloi Benth. sob o ponto de vista da biologia reprodutiva, da variabilidade genética e
química dos óleos essenciais, visando fornecer informações para seu uso inequívoco como
planta medicinal e aromática em estudos futuros de melhoramento genético vegetal, cultivo e
preservação da espécie. O material vegetal utilizado foi coletado na região de Piquete e Apiaí,
estado de São Paulo, em Colombo, estado do Paraná e em Camanducaia, estado de Minas
Gerais. O estudo da variabilidade populacional foi realizado pela análise de polimorfismo do
DNA do tipo RAPD e a química por meio da análise da composição química dos óleos
essenciais das folhas das populações naturais e cultivadas por cromatografia gasosa acoplada a
espectrometria de massas. Os resultados revelaram uma forte estrutura genética entre as
populações avaliadas, que também pôde ser verificada pelas diferenças observadas nos perfis
químicos das plantas. O estudo da biologia reprodutiva revelou a existência predominante de
autopolinização explicando o fato das análises da variabilidade genética das quatro populações
(Apiaí/SP; Piquete/SP; Colombo/SP e Camanducaia/MG), demonstrarem que a diversidade está
localizada entre as populações (variabilidade interpopulacional). A composição química dos
óleos essenciais revelou divergências na proporção relativa das substâncias mais abundantes,
onde para a população nativa de Piquete/SP, a substância mais abundante foi o germacreno D
(26,22%), enquanto que plantas da mesma região cultivadas em Campinas/SP apresentaram
elemicina (38,70%, 35,46% e 26,22%) na 1ª, 3ª e 4ª colheita, respectivamente, e trans-α-
2
bergamoteno (21,13%) na colheita como principal composto. Para a população nativa de
Apiaí/SP e para as plantas cultivadas em Campinas/SP da e colheita a substância mais
abundante foi a elemicina (22,68%, 28,70% e 32,90%, respectivamente), enquanto o β-selineno
foi o principal componente na e colheitas (17,08% e 14,37%, respectivamente).
Colombo/PR apresentou a elemicina na população nativa e nas cultivadas da 2ª, e colheita
(33,23%, 18,72%, 34,46% e 31,06%, respectivamente) enquanto que a cultivada da colheita,
o germacreno D (19,60%). Ao contrario das demais, a população de Camanducaia/MG
apresentou, tanto para a população nativa como cultivada (1ª, 2ª, e colheitas), a elemicina
(39,88%, 60,08%, 54,32%, 69,99% e 37,40%, respectivamente) como a substância mais
abundante, mostrando assim, concordância entre o estudo reprodutivo, a caracterização química
e molecular dos acessos de Ocimum selloi Benth. das quatro diferentes regiões.
3
STUDY OF THE REPRODUCTIVE BIOLOGY, GENETIC AND CHEMICAL
DIVERSITY OF Ocimum selloi Benth. POPULATIONS. Botucatu, 2007. 129p. Tese
(Doutorado em Agronomia/Horticultura) Faculdade de Ciências Agronômicas,
Universidade Estadual Paulista.
Author: ROSELAINE FACANALI
Adviser: MARCIA ORTIZ MAYO MARQUES
Co-adviser: CARLOS AUGUSTO COLOMBO
2. SUMMARY
The general goal of the present study was to investigate Ocimum selloi
Benth. populations from the standpoints of reproductive biology, genetic and essential oil
chemical variability; in order to provide information for its safe use as medicinal and aromatic
plant, for future breeding studies, the species cultivation and its preservation. Plant material
was collected from the regions of Piquete and Apiaí, in the state of São Paulo; Colombo, state
of Paraná and Camanducaia, state of Minas Gerais. The population variabiliy was studied by
DNA polymorphism analysis using RAPD markers and the chemical diversity was
investigated through composition analyses of the essential oils from leaves of natural and theis
corresponding cultivated populations, using gas chromatography-mass spectrometry. The
results revealed a strong genetic structure among the populations, so that it agrees with the
differences in the chemical profile of the plants. Reproductive biology studies revealed the
predominance of self-pollination, in accordance to the genetic variation data from the four
populations (Apiaí/SP; Piquete/SP; Colombo/SP e Camanducaia/MG); therefore
demonstrating that the diversity is among the populations (interpopulation variability). The
chemical composition of the essential oils was divergent in the relative proportion of the major
compounds; the native population in Piquete/SP exhibited germacrene D (26.22%) as the most
abundant component, whereas its corresponding individuals grown in Campinas/SP presented
elemicine (38.70%, 35.46% and 26.22%) at the 1
st
, 3
rd
and 4
th
harvesting season and trans-α-
bergamotene (21.13%) at the 2
nd
harvesting season as main compounds. The native population
from Apiaí/SP and its corresponding cultivated plants in Campinas/SP presented elemicine
4
(22.68%, 28.70% and 32.90%, respectively) as the most abundant substance at the 3
rd
and 4
th
harvest season; whereas β-selinene was the major component at the 1
st
and 2
nd
harvesting
seasons (17.08% and 14.37%, respectively). Plants from Colombo/PR had elemicine as the
major component from the native and cultivated populations at the 2
nd
, 3
rd
and 4
th
harvesting
season (33.23%, 18.72%, 34.46% and 31.06%, respectively); whereas the most abundant
component of the 1
st
harvesting season of the cultivated plants was germacrene D (19.60%). In
contrast with the other populations, the individuals from Camanducaia/MG exhibited the
major component elemicine (39.88%, 60.08%, 54.32%, 69.99% and 37.40%) at the 1
th
, 2
nd
, 3
rd
e 4
th
harvesting seasons, respectively. Taken together, our results demonstrate that the
reproductive biology, the chemical and molecular characterization of Ocimum selloi Benth.
accessions from the four sampled regions are in agreement.
_______________________________
Keywords: Ocimum selloi Benth., reproductive biology, genetic diversity, essential oil.
5
3. INTRODUÇÃO
O Brasil está incluído no grupo dos países com elevados níveis de
diversidade biológica ou megadiversidade, uma decorrência dos diferentes biomas e
ecossistemas que caracterizam o país. Estima-se a existência de mais de dois milhões de
espécies distintas de plantas, animais e microorganismos. As regiões tropicais não mantêm
a maior diversidade, mas também o grande número de interações ecológicas entre os
organismos, provocando adaptações, muitas das quais, nas plantas, na forma de compostos
bioquímicos (Nodari & Guerra, 1999a).
Estima-se que existam 10.000 espécies de plantas Medicinais e
Aromáticas, no Brasil, do total de 55.000 espécies de plantas superiores que compõem os
diversos biomas da nossa flora (Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, etc.), consistindo em
importante fonte de recursos para o país (Nodari & Guerra, 1999a).
Diante da riqueza da sua diversidade vegetal, o Brasil assume extrema
responsabilidade na sua preservação e exploração sustentável, especialmente em relação às
plantas medicinais e aromáticas, onde o extrativismo configura fato potencialmente
comprometedor da manutenção da população da flora nativa.
A preservação in situe ex situ”, bem como, a exploração sustentável
das espécies prescinde de informações sobre a sua distribuição geográfica, estudos
demográficos, fisiológicos de biologia reprodutiva e diversidade genética. O conjunto dessas
informações permite, além do manejo sustentável, a domesticação e o cultivo das espécies,
diminuindo o impacto negativo do extrativismo predatório.
6
O conhecimento da biologia reprodutiva (biologia floral e mecanismos
reprodutivos da espécie) é essencial para o desenvolvimento de programas de melhoramento
genético e compreensão do processo de domesticação (Silva et al., 2001). E ainda determina
como os genes são recombinados e mantidos pela espécie para a perpetuação de sua
variabilidade genética natural, base do seu contínuo potencial evolutivo (Sebbenn et al., 1999).
Em termos de melhoramento genético, o conhecimento da diversidade
genética de uma espécie facilita a escolha de progenitores para os cruzamentos, os estudos de
herança, a definição de estratégias adequadas de seleção, o mapeamento genético e a seleção
assistida por marcadores. Todas as ações relacionadas com a conservação genética também
dependem do conhecimento da diversidade genética, onde os marcadores moleculares são
ferramentas importantes para sua caracterização e monitoramento (Nodari e Guerra, 1999b).
A utilização conjunta da química (quimiotaxonomia ou
quimiossistemática) e da bioquímica (sistemática ou taxonomia molecular) tem-se mostrado
uma ferramenta complementar e eficiente em sistemática vegetal, para programas de
melhoramento genético de espécies de interesse econômico, em especial as medicinais.
No Brasil, na última cada, esforços têm sido feitos no sentido de
coletar e preservar a variabilidade genética de plantas medicinais e aromáticas. No entanto, os
estudos da variabilidade genética existentes, vinculados aos estudos da biologia reprodutiva e
fitoquímicos ainda são incipientes.
A espécie Ocimum selloi Benth., conhecida como elixir paregórico,
anis, alfavaquinha e atroveran, é utilizada popularmente como antidiarréico, antiespasmódico e
antiinflamatório, propriedades comprovadas por testes pré-clínicos por Vanderline et al. (1994),
sendo obtida por extrativismo.
Assim como outras espécies do gênero, O. selloi é rica em óleos
essenciais. Estudos recentes com os óleos essenciais da espécie, realizados por Cola et al.
(2003), comprovaram sua atividade antiulcerogênica.
A caracterização de acessos de O. selloi provenientes de diferentes
regiões geográficas do Brasil tem evidenciado a presença de diferenças nas características
morfológicas (fenotípicas) e de quimiotipos.
Os óleos essenciais das inflorescências e caules com folhas dos acessos
de Ocimum selloi, provenientes de Viçosa/MG e Tiradentes/MG, apresentaram como
7
componente majoritário o estragol (metilchavicol) e metileugenol, respectivamente
(Martins,1998). Por outro lado, os óleos essenciais das inflorescências (flores e sementes) e
folhas coletadas em duas épocas do ano, oriundas de Botucatu/SP, apresentaram como
componente majoritário, o trans-anetol (Morais et al., 2002).
Estudos desenvolvidos por Facanali (2004) de caracterização da
diversidade genética e da composição química dos óleos essenciais de três populações naturais
de Ocimum selloi Benth., revelaram uma forte diversidade química e genética dentro das
populações, separando as populações em 4 grupos: grupo (1): metilchavicol e trans-anetol,
formado por acessos de Iporanga/SP e Adrianópolis/PR; grupo (2): metileugenol, formado por
acessos de Iporanga/SP e Piquete/SP; grupo (3): germacreno D, trans-α-bergamoteno,
biciclogermacreno e (E,E)-α-farneseno, formado por acessos de Piquete/SP; e, grupo (4):
elimicina, β-selineno, β-copaen-4-α-ol e trans-cariofileno, formado por acessos de
Iporanga/SP e Adrianópolis/PR.
Apesar do potencial uso de Ocimum selloi como aromatizante e
medicinal e dos estudos relatados acima, pouco se sabe do ponto de vista de diversidade
genética, biologia da reprodução e perfil fitoquímico desta espécie.
Esse estudo, portanto, fornecera subsídios para a exploração sustentada
da espécie, para seu uso inequívoco como medicinal, bem como, do desenvolvimento de
tecnologia de produção e programas futuros de melhoramento genético, visando a produção de
compostos bioativos de interesse comercial.
Por se tratar de uma planta de uso com fins medicinais e aromáticos é
imprescindível que sejam efetuados estudos de monitoramento da sua composição química em
condições diferentes daquelas de seu habitat natural, uma vez que, os metabólitos secundários
podem ser alterados qualitativamente e/ou quantitativamente em função de diferentes condições
edafoclimáticas, estádio fisiológico da planta, ontogenia, fatores bióticos e abióticos.
8
4. OBJETIVOS
O presente estudo teve por objetivo geral avaliar populações de Ocimum
selloi Benth. sob o ponto de vista da reprodução, da variabilidade genética e química dos óleos
essenciais, visando fornecer informações para seu uso inequívoco como planta medicinal e
aromática, para estudos futuros de melhoramento genético vegetal, cultivo e preservação da
espécie. Tem por objetivos específicos:
Avaliar os aspectos da biologia reprodutiva de Ocimum selloi, por
meio de estudos de autopolinização, para verificação da existência de sistemas reprodutivos
autocompatíveis e auto-incompatíveis e a produção de sementes em situação de polinização
livre e autopolinização manual e espontânea, incluindo a avaliação da taxa de germinação das
sementes;
Avaliar a variabilidade genética de quatro populações de Ocimum
selloi, por meio de marcadores RAPD;
Avaliar a composição química dos óleos essenciais das folhas de
Ocimum selloi de quatro populações naturais;
Avaliar a composição química dos óleos essenciais das folhas de
Ocimum selloi das quatro populações cultivadas.
9
5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5.1. Aspectos Gerais
Acredita-se que a utilização de plantas medicinais como terapia
preventiva e curativa seja tão antiga quanto o próprio ser humano (Martins et al., 1994). Dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que aproximadamente 80% da população
dos países em desenvolvimento utilizam a medicina tradicional (popular) para atendimento
primário de saúde, da qual a maior parte envolve o uso de extratos vegetais ou de seus
princípios ativos (Ministério da Saúde, 2006).
Planta medicinal é toda espécie vegetal que contém em um ou mais de
seus órgãos, substâncias, ou seja, princípios ativos, que possam ser usadas com propósitos
terapêuticos ou que sejam precursoras de semi-síntese químico-farmacêutica. Os princípios
ativos não se distribuem de maneira homogênea e podem estar concentrados nas raízes,
rizomas, caules, folhas, sementes ou flores e o teor varia de acordo com a idade da planta,
época do ano, solo e clima onde a planta vive (Mentz, 1996).
Os produtos naturais oriundos de plantas, como assim foram chamados
inicialmente pelos fitoquímicos, são metabólitos secundários e até a década de 50 eram
considerados substâncias sem nenhuma função para as mesmas (Saito & Lucchini, 1998).
Estes metabólitos eram atribuídos a erros genéticos ou subprodutos não aproveitáveis do
metabolismo primário (Alonso, 1997). Este conceito começou a mudar a partir de 1959,
10
graças às pesquisas na área de fitoquímica e fisiologia vegetal e dos estudos da interação dos
compostos químicos com microrganismos fitopatogênicos e insetos predadores (Alonso, 1997;
Saito & Lucchini, 1998).
Hoje, sabe-se que os metabólitos secundários podem ter papel
importante na defesa contra ataque de fungos, bactérias e insetos, ou podem conferir maior
vantagem competitiva à espécie produtora, por impedir ou retardar a germinação de sementes
de outras espécies de plantas, por favorecer a penetração em novos nichos ecológicos e, por
possibilitar, de forma geral, os mecanismos de sobrevivência da espécie (Alonso, 1997).
A produção de metabólitos secundários é o resultado de complexas
interações entre biossíntese, transporte, estocagem e degradação (Wink, 1990). Cada um desses
processos, por sua vez, é governado por genes, cuja regulação é dependente de três fatores
principais: hereditariedade, ontogenia (estágio de desenvolvimento) e ambiente (Roberts et al.,
1996).
As influências ambientais externas resultam muitas vezes na formação
de diversos constituintes químicos em diferentes proporções ou em reduzido rendimento dos
princípios ativos. Durante a ontogenia, o Ocimum basilicum passa pôr mudanças no conteúdo
de óleos voláteis, flavonóides, taninos e polifenol, sendo que o máximo se antes do
florescimento, assim o corte deve ser feito em outubro, quando as plantas estão com o conteúdo
máximo de óleo essencial (Lemberkovics et al., 1996).
Portanto, como metabólito secundário, o nível da produção dos óleos
essenciais é controlado geneticamente; entretanto a quantidade e a concentração desses
compostos podem ser influenciadas, dentre outros, por fatores genéticos, climáticos
(temperatura, intensidade de luz, efeito sazonal, etc.) e edáficos (Harborne, 1977).
11
5.2. A Espécie Ocimum selloi Benth.
Segundo Vidal & Vidal (2000) a classificação botânica da espécie
Ocimum selloi Benth., e:
Divisão: Angiospermae
Classe: Dycotyledoneae
Subclasse: Asteridae
Ordem: Lamiales
Família: Labiatae (Labiaceae)
Gênero: Ocimum
Espécie: Ocimum selloi Benth.
Ocimum selloi Benth. (Figura 1), é uma espécie herbácea, perene, de
até 1,20 m de altura, com florescimento ao longo de todo o ano. Apresenta caule quadrangular
característico, folhas pecioladas, opostas, ovada, com margem serrilhada, ápice acuminado e
base atenuada, medindo até 5 cm de comprimento por até 2,5 cm de largura (Figura 2). A
inflorescência é uma espiga terminal com flores roxas (Figura 3) (Mohry, 1973).
12
Figura 2.
Detalhe das Folhas de O. selloi Benth.
Fonte: Paula, 2002.
Figura 1.
Ocimum selloi Benth. cultivado em
vaso.
Figura 3.
Inflorescências de Ocimum selloi Benth.
Fonte: Paula, 2002.
13
Trata-se de uma espécie nativa, de ocorrência nas regiões Sudeste e Sul
do Brasil (Schmidt, 1858, citado por Martins, 1998), pouco conhecida do ponto de vista
químico e com potencial de uso medicinal.
Tem largo uso na medicina popular, sendo vulgarmente conhecida
como elixir paregórico nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, como anis e
alfavaquinha em Minas Gerais e atroveran em São Paulo (Martins et al., 1997). Também é
conhecida como anis-do-campo, erva-doce-silvestre, alfavaca-do-mato e hortelã-brava
(Marquesini 1995). Estes termos populares estão relacionados às suas propriedades
farmacológicas (por ter uso semelhante ao medicamento comercialmente conhecido como
elixir paregórico), químicas (anis, pela semelhança de odor com os aquênios de Pimpinella
anisum ou Foeniculum vulgare, erva doce e funcho, respectivamente) e à semelhança com
outras espécies do gênero Ocimum (Martins, 1998).
Estudos etnobotânicos realizados com O. selloi revelaram que esta
planta é utilizada na medicina popular com várias finalidades. Por via oral, é usada como
digestivo, e para tratar gastrite, vômitos, tosse e bronquite. É empregado também topicamente
para aliviar dores nas pernas (Paneesa, 1997). Tem sido utilizada também como antidiarréico,
antiespasmódico e antiinflamatório, propriedades observadas em testes pré-clínicos
(Vanderline et al., 1994).
Assim como outras espécies do gênero, O. selloi é rica em óleos
essenciais. Estudos recentes com os óleos essenciais da espécie, realizados por Cola et al.
(2003), comprovaram sua atividade antiulcerogênica.
A caracterização da composição química dos óleos essenciais de plantas
O. selloi, de acessos provenientes de diferentes regiões geográficas do Brasil, tem demonstrado
diferenças nas características morfológicas (fenotípicas) e de quimiotipos.
A composição química dos óleos essenciais das inflorescências e folhas
de Ocimum selloi, cultivada na Estação Biológica da Universidade de Brasília, a partir de
mudas provenientes de São Paulo, apresentou como principais componentes o metilchavicol
(51,1%) e trans-anetol (46,5%) (Morhy,1973).
Martins (1998) realizou a caracterização isoenzimática, morfologica e a
análise da composição química dos óleos essenciais das inflorescências e caules jovens com
14
folhas de O. selloi oriundas de duas populações diferentes (A Viçosa/MG e B
Tiradentes/MG), sendo estas submetidas às mesmas condições de cultivo. O autor comprovou
ser o estragol ou metilchavicol o principal componente do óleo essencial da população A
(81,81%: inflorescência; 80,70%: caule+folha) e o metileugenol na população B (63,00% e
63,08%), notando-se a ausência do estragol neste último acesso. No óleo essencial da
população A, foi detectada a presença de metileugenol, porém em pequenas concentrações
(0,79% e 1,13%). Além dessas diferenças na composição química, os autores observaram
diferenças morfológicas e bioquímicas entre as populações, estabelecendo duas variedades
taxonômicas para a espécie.
Os óleos essenciais das inflorescências, coletadas em junho/00, e folhas
de O. selloi, coletadas em duas épocas do ano (junho/00 e janeiro 2001), oriundas de Botucatu,
estado de São Paulo, apresentaram como componentes majoritários o trans-anetol (41.34%;
45.42 %; 58.59 %) e metilchavicol (27.10%; 24.14%; 29.96%). Foram identificados ainda o
cis-anetol (4,54%; 3,95%; 2.96%) e vários sesquiterpenos, sendo os mais abundantes o t-
cariofileno (3.47%; 1,83%; 080%), germacreno D (1,81%; 4,21%; 0,94) β–selineno (3.3.4%;
4.14%; 0.93%). Excluindo-se o trans-anetol e metilchavicol, observou-se diferença na
proporção relativa das substâncias nos óleos essenciais das folhas em função da sazonalidade,
sendo menor para a coleta efetuada no mês de janeiro de 2001, conclui-se assim que o acesso
de Botucatu consiste em um outro quimiotipo de Ocimum selloi (Morais et al., 2002).
Morais (2003) realizou estudos para avaliar a influência das adubações
orgânica e mineral na produção de fitomassa aérea, no rendimento e composição química dos
óleos essenciais de folhas de Ocimum selloi, de plantas cultivadas em Botucatu (São Paulo), a
partir de sementes oriundas de duas populações (Botucatu/ SP e Adrianópolis/PR), em várias
épocas do ano. O óleo essencial da população de SP apresentou como substâncias majoritárias o
metilchavicol, trans-anetol, trans-cariofileno, germacreno D, β-selineno e o biciclogermacreno;
enquanto que para a população do PR foram identificados: a elimicina, o β-selineno, o trans-β-
ocimeno, o trans-cariofileno, o germacreno D e o biciclogermacreno, conclui-se assim, que os
óleos essenciais das populações PR e SP correspondem a diferentes quimiotipos.
Facanali (2004) realizou a caracterização da diversidade genética e
química dos óleos essenciais de três populações naturais de Ocimum selloi Benth.,
provenientes de Iporanga e Piquete, estado de São Paulo e Adrianópolis, estado do Paraná. Os
15
óleos essenciais dos acessos de Adrianópolis/PR apresentaram composição química média
semelhante, apresentando como substâncias majoritárias: elemicina (36%), β-selineno (12%),
β-copaen-4-α-ol (9%) e trans-cariofileno (6%). Os acessos provenientes de Iporanga/SP
apresentaram composição heterogênea, compondo dois subgrupos: o primeiro representado
pelas mesmas substâncias majoritárias dos acessos de Adrianópolis/PR, e o segundo,
correspondendo a 15% dos acessos, apresentando, majoritariamente o metilchavicol (23%),
trans-anetol (10%) e o metileugenol (9%). Os acessos provenientes de Piquete/SP, também
apresentaram composição química semelhante entre os acessos, porém substâncias
majoritárias diferentes das duas outros populações: germacreno D (26%), trans-β-
bergamoteno (15%), biciclogermacreno (12%) e (E,E)-α-farneseno (4%). Concluindo assim,
os estudos revelaram uma forte divergência genética e química entre e dentre as populações.
5.3. Aspectos da Biologia Reprodutiva
O sistema de reprodução é o modo como às espécies transferem suas
informações genéticas de uma geração para outra (Wright, 1921). Assim, a reprodução
constitui-se numa das características fundamentais dos seres vivos. Dentre as finalidades, pode-
se mencionar a perpetuação dos sistemas vivos, a reprodução de tipos semelhantes aos
ascendentes e a produção de variação suficiente para que novos indivíduos possam ser
adequadamente aptos a se reproduzir e propagar seus genes (Paterniani, 1974).
O conhecimento da biologia reprodutiva de uma espécie (biologia floral
e mecanismos reprodutivos) é de fundamental importância para a condução adequada de
programas de melhoramento e conservação genética, que os métodos aplicados para esse fim
são diferentes e específicos, em função do sistema de reprodução prevalecente na população e
também ser essencial para a compreensão do processo de domesticação (Silva et al., 2001;
Ferreira et al., 2004).
A partir do estudo da biologia floral e dos mecanismos reprodutivos,
pode-se ainda, determinar como os genes são recombinados e mantidos pela espécie para a
perpetuação de sua variabilidade genética natural, base do seu contínuo potencial evolutivo
16
(Sebbenn, 1999) e fazer inferências sobre os mecanismos de herança, estimar a expressão e a
determinação genética do sexo, estudar os padrões de herança, a fisiologia e os mecanismos
envolvidos na auto-incompatibilidade e na macho-esterilidade e, finalmente, determinar a taxa
de cruzamento natural (Frankel e Galun, 1977).
Diversos fatores ecológicos e genéticos podem afetar os padrões de
reprodução, resultando na ocorrência de endogamia nas populações e na variação temporal e
espacial das taxas de cruzamento: mecanismos de incompatibilidade (Murawski & Hamrick,
1992); densidade de indivíduos (Hall et al., 1994; Hamrick & Murawski, 1990); grau de
isolamento geográfico das populações (Murawski & Bawa, 1994); padrões de florescimento,
tais como duração do período de florescimento, sincronia e densidade de indivíduos com flores
(Fuchs et al., 2003; Hall et al., 1996, Murawski & Hamrick, 1991).
Existem três tipos de sistemas de reprodução: a autogamia, a alogamia,
e o sistema misto ou intermediário. Nas espécies autógamas a reprodução ocorre,
preferencialmente, por autofecundações naturais, podendo, no entanto, ocorrer até 5% de
cruzamentos naturais. Ao contrário, as espécies alógamas reproduzem-se via cruzamentos
naturais e eventualmente por autofecundações naturais. Já as espécies mistas ou intermediárias
reproduzem-se tanto por autofecundações quanto por cruzamentos naturais, sendo que estas
taxas variam de 5% a 95% (Ferreira et al., 2004).
Segundo Nation et al. (1992) as espécies do gênero Ocimum são, no
geral, de fecundação cruzada, podendo apresentar autofecundação, ou seja, são alógamas.
Ehlert et al. (2004) em estudo sobre propagação vegetativa de Ocimum gratissimum também
relatam que a espécie é alógama. Almeida et al. (2004) estudando a biologia floral e os
mecanismos reprodutivos de Ocimum officinalis L., observaram que a espécie, apesar de se
reproduzir predominantemente por autofecundação, pode também apresentar fecundação
cruzada, caracterizando-a assim como autógama. Amaral (1998) estudando a biologia floral e
os mecanismos de reprodução de Ocimum selloi encontrou resultados semelhantes aos de
Almeida et al. (2004), relatando que o processo reprodutivo é predominantemente autogâmico.
De modo geral, as plantas exibem diversidade de sistemas
reprodutivos e para compreensão, além das analises habituais de polinização controlada e
natural, também é importante a investigação minuciosa de aspectos como: número de grãos de
17
pólen por antera, viabilidade dos grãos de pólen, crescimento do tubo polínico, razão de
produção de grãos de pólen por óvulo, dimensões do ovário, determinação do período de
receptividade do estigma, dentre outros (Cruden & Miller-Ward, 1981), uma vez que o
sucesso de programas de melhoramento genético e de conservação das espécies dependem do
completo conhecimento do processo reprodutivo.
5.4. Marcadores Moleculares RAPD (Polimorfismo de fragmentos de DNA
amplificado ao acaso)
Os marcadores moleculares são ferramentas biotecnológicas utilizadas
em estudos de divergência genética, pois excluem os efeitos de ambiente que influenciam as
análises baseadas apenas em polimorfismos fenotípicos.
Os marcadores moleculares introduzidos na década de 80 nas análises
genéticas de plantas vêm sendo apontados como importantes recurso de apoio a programas de
conservação e exploração de germoplasma, pois além de permitir a avaliação da variabilidade
genética, permitem também a localização de regiões de genes economicamente desejáveis,
bem como a detecção de acessos duplicados existentes no material conservado em coleções de
germoplasma (Kochert et al., 1991; Halward et al., 1992; Harvey & Fraleigh, 1995). Além
disso, fornecem dados sobre as relações de afinidade dentro e entre as amostras armazenadas,
auxiliando na obtenção de genótipos melhorados a partir de cruzamentos e da introgressão
genética (Harvey & Fraleigh, 1995).
Atualmente, muitos métodos estão disponíveis para analisar a
diversidade genética de plantas. Essas metodologias diferenciam-se pela técnica utilizada para
revelar a variabilidade ao nível de DNA e, assim, variam quanto à habilidade em detectar
diferenças entre indivíduos, custo, facilidade de uso, consistência e reprodutibilidade (Milach,
1998).
Dentre as técnicas atualmente disponíveis, os marcadores RAPD (sigla
em inglês para polimorfismo de DNA amplificado ao acaso) (Williams et al., 1990) é a mais
18
rápida e barata (Huff et al., 1993), sendo utilizada com sucesso em estudos de diversidade com
espécies medicinais (Wagner et al., 2005; Gaia et al., 2004; Skoula et al., 1999).
Os marcadores RAPD (“Random Amplifield Polymorphic DNA”) são
fragmentos randômicos de DNA, amplificados pela reação de polimerização em cadeia (PCR
“Polymerase Chain Rection”) (Williams et al., 1990). PCR é uma técnica poderosa usada
para amplificar pequenas seqüências especificas de nucleotídeos em quantidades acessíveis à
análise, a partir de ínfima presença da enzima DNA polimerase e de primers específicos ou
não. Tais primers delimitam a seqüência de DNA de fita dupla a ser amplificado, cujos
resultados são milhões de copias idênticas (Mullis & Faloona, 1987; White et al., 1989).
Os marcadores do tipo RAPD são herdáveis e de caráter dominante,
em sua maioria. Os polimorfismos resultam de mudanças na molécula de DNA a partir de
alterações de uma única base causadas por mutações pontuais, deleções ou inserções, que
alteram os sítios de ligações do primer, diminuindo ou aumentando a distância entre eles.
Essas mudanças podem alterar o comprimento do fragmento compreendido entre dois sítios ou
mesmo impedir que a amplificação ocorra. Os polimorfismos geralmente são reconhecidos
pela presença de um fragmento amplificado em um dos genótipos em relação à ausência deste
mesmo fragmento em outro genótipo. A reação de amplificação é repetida com vários primers
diferentes em condições que resultem na produção de várias bandas para cada primer. Um
único primer pode identificar várias marcas, cada uma representando um loco (Williams et al.,
1990).
A grande vantagem da técnica de marcadores RAPD está na sua
capacidade de detectar polimorfismo de modo simples e rápido, permitindo assim que possam
ser usados como fingerprinting, distinguindo divergências mínimas entre espécies ou clones
ou dentro destes. Além disso, os RAPDs são muito eficientes em gerar marcadores mais
proximamente ligados, assim como podem mapear regiões constituídas por sequências
repetitivas (Williams et al., 1990).
Análise dos marcadores RAPD tem fornecido informações sobre a
variabilidade genética de populações, níveis de similaridade entre e dentro das mesmas,
permitindo que se façam inferências sobre a proximidade entre populações naturais e as
mantidas em instituições como fonte de germoplasma (Gunter et al., 1996).
19
Atualmente, tem aumentado o interesse pelos marcadores RAPD na
análise da variabilidade de populações (Haig et al., 1994; Crochemore et al., 1996; Viana et
al., 2003; Pinheiro et al., 2003; Zucchi et al., 2005; Estopa et al., 2006 e Syamkumar &
Sasikuma, 2007). Em estudos com plantas medicinais destacam-se os de Gauer e Cavalli-
Molina (2000), com erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil, Aquilifoliaceae), Bittencourt
(2000) com espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss, Celastraceae), Ciampi (2001)
com jatobá (Hymnaea spp., Leguminosae), Mendes (2001) com Lippia alba, Vieira et al.
(2001) com Ocimum gratissimum e Facanali (2004) com Ocimum selloi.
Ciampi (2001) desenvolveu estudos com jatobá (Hymnaea spp.,
Leguminosae) de três diferentes biomas: cerrado, mata atlântica e floresta amazônica. A
análise de similaridade genética agrupou os indivíduos em três grupos distintos de acordo com
os diferentes biomas. A análise de variância nesse caso mostrou que a maior parte (54%) da
variabilidade está dentro dos biomas, embora exista também significativa variabilidade entre
os biomas (46%).
O trabalho realizado por Gauer e Cavalli-Molina (2000) com quatro
populações de Ilex paraguariensis coletadas no Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul, mostrou baixa variabilidade intrapopulacional e baixa divergência entre
populações.
Em outro estudo Vieira et al. 2001, por meio dos estudos
morfológicos, químicos e genéticos de doze acessos de Ocimum gratissimum, verificaram que
entre os 18 primers testados, seis geraram 32 fragmentos polimórficos nos três quimiotipos
comparados (timol, eugenol e geraniol) mostrando que os três grupos eram distintos
geneticamente.
Mendes (2001), em estudos de caracterização morfo-anatômica,
molecular e fitoquímica de 8 formas de Lippia alba provenientes de diferentes locais do
Brasil, obteve concordância entre a caracterização molecular e fitoquímica na separação das
oito formas, revelando uma forte estruturação genética e mostrando-se o uso de RAPD ser
uma ferramenta adequada para caracterizar a espécie.
Facanali (2004), por meio do estudo da caracterização da diversidade
genética por RAPD e da composição química dos óleos essenciais de três populações naturais
de Ocimum selloi Benth., provenientes de Iporanga e Piquete, estado de São Paulo e
20
Adrianópolis, estado do Paraná, verificou que das 175 bandas geradas a partir dos 22 primers
utilizados, 76% mostraram-se polimórficos para a população de Iporanga/SP, 75% mostraram-
se polimórficas para a população de Adrianópolis/PR e 49% mostraram-se polimórficas para a
população de Piquete/SP, revelando assim uma alta diversidade genética.
21
6. MATERIAL E MÉTODOS
As atividades referentes ao estudo da Biologia Reprodutiva,
Caracterização Molecular e Química dos Óleos Essenciais foram desenvolvidos nos
Laboratórios de Citogenética, Biologia Molecular e Produtos Naturais do Centro de P&D de
Recursos Genéticos Vegetais do Instituto Agronômico de Campinas.
6.1. Coleta do Material Vegetal
O material vegetal utilizado para este estudo foi coletado nas regiões
de Apiaí e Piquete, estado de São Paulo, em Colombo, estado do Paraná e em Camanducaia,
estado de Minas Gerais (Figura 4), e posteriormente os mesmos ecotipos foram propagados
por estaquia e cultivados na cidade de Campinas (SP) em telado com sombreamento de 70%.
O município de Piquete está localizado no Vale do Paraíba (SP), vale
médio do rio Paraíba do Sul. Está assentado nas encostas da serra da Mantiqueira a 650 metros
de altitude e coordenadas 22º36’49"S e 45º10’43"WO. Possui vegetação característica de
Floresta Atlântica, também conhecida por floresta latifoliada tropical úmida de encosta. Trata-
se de uma vegetação densa exuberante, cuja existência está ligada ao relevo e à umidade, a
temperatura média da região fica em torno de 2C com chuvas concentradas em janeiro e
fevereiro. A precipitação de chuvas está por volta de 1500 mm/ano.
22
Apiaí está situada no Vale do Ribeira (SP), possui coordenadas
24º30’37”S e 48º50’23”WO, a uma altitude de 1050 metros. De topografia acidentada, o relevo
dominante é montanhoso com declives curtos e vales em “V”. Devido à formação vegetal da
Serra do Mar, ramificação do Paranapiacaba, o clima é frio e úmido, com temperaturas que
variam em torno de 14ºC no inverno (podendo atingir 4ºC negativos quando ocorrem geadas) e
28ºC no verão. Os elementos que mais se destacam na paisagem fitogeográfica de Apiaí são as
florestas latifoliadas tropicais úmidas, de encostas, acicolifoliadas (ou matas de araucária),
mistas de araucária e pedocarpus, subtropicais de altitudes e finalmente campos.
Com 950 metros acima do nível do mar situada nas coordenadas de
25º17’00”S e 49º15’00”WO, Colombo (PR) possui clima subtropical úmido mesotérmico, de
verões frescos (temperatura média inferior a 22°C) e inverno com ocorrência de geadas severas
e freqüentes (temperatura inferior a 18°C), o apresentando estação seca, a vegetação
predominante é de mata de araucária.
Município serrano, da Região Sul/Sudeste do estado de Minas Gerais,
Camanducaia esta localizada no alto da Serra da Mantiqueira a 1.048 metros de altitude e
coordenadas 22º45’30’’S e 56º09’00’’WO. Possui um relevo tipicamente acidentado, com
florestas remanescentes da mata atlântica, picos de até 2100 m de altitude e uma vegetação
típica de araucárias e pinheiros. Apresenta clima seco e ameno com temperatura variando
entre 28°C no verão e -10°C no inverno, com um recorde de -14°C.
Foram feitas no total quatro coletas, uma em cada região, sendo no
período de julho de 2003 (Piquete/SP), janeiro de 2004 (Apiaí/SP e Colombo/PR) e agosto de
2004 (Camanducaia/MG). Nas coletas foram levantadas informações de localização
geográfica (altitude, latitude e longitude) através de GPS (Global Positioning System),
apresentados detalhadamente no Apêndice 1 e de forma resumida na Tabela 1. O receptor
portátil de sinal de satélite usado foi o GPS (Garmin Modelo Legendado 79728002) com
unidade de recepção e antena embutida. O equipamento sintoniza satélites simultaneamente
com capacidade de medição instantânea em coordenadas geográficas (latitude/longitude e
UTM).
23
Tabela 1. Coordenadas geográficas das áreas de coleta de Ocimum selloi Benth.
População Latitude Longitude Altitude (m)
Piquete/SP S 22º 36' 22,0' a
S 22º 36' 44,2'
WO 45º 13' 50,4'' a
WO 45º 14' 14,8''
869 a 959
Apiaí/SP S 24º 32' 19,8'' a
S 24º 32' 20,7''
WO 48º 48' 27,8'' a
WO 48º 48' 30,9''
821 a 843
Colombo/PR S 25º 17' 52,8'' a
S 25º 17' 60,6''
WO 49º 11' 65,3'' a
WO 49º 11' 72,2''
992 a 1017
Camanducaia/MG S 22º 75' 53'' WO 46º 14' 47'' 1048
O número de indivíduos por população foi variável em função de sua
disponibilidade, coletando-se 20 indivíduos adultos em Piquete/SP, 21 em Apiaí/SP, 26 em
Colombo/PR e 10 em Camanducaia (MG). Para cada ponto de coleta teve-se também o
cuidado de coletar material de plantas não muito próximas.
O material botânico coletado foi depositado no herbário do Instituto
Agronômico de Campinas IAC, cadastrados sob os números IAC 44394, IAC 44524, IAC
49328 e IAC 49329.
Foram coletadas aproximadamente 10 folhas jovens de cada planta
para a extração de DNA, que foram limpas com gaze úmida e acondicionas em tubos plásticos
do tipo Falcon (50 mL) com lica gel, devidamente identificados e transportados ao
laboratório. As amostras dos tecidos coletados foram trituradas em almofariz de porcelana na
presença de nitrogênio liquido (N
2
) e acondicionadas em frascos de vidro âmbar, e
conservadas em freezer –80ºC até a realização da extração dos DNAs.
24
6.2. Análise de solo dos locais de coleta
A caracterização quanto à fertilidade dos solos dos quatro locais de
coleta foi realizada com base na análise química de macronutrientes. Amostras de solo de cada
indivíduo foram coletadas com trado a 20 cm de profundidade de forma aleatória. Foram
encaminhadas 5 amostras de cada região de coleta para o Laboratório de Solos do IAC.
MG
SP
PR
MG
SP
PR
Figura 4.
Mapa dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraindicando os locais de
coleta dos acessos de Ocimum selloi Benth.
25
6.3. Cultivo das Populações de O. selloi
As mudas de Ocimum selloi foram propagadas por estaquia e
mantidas em vasos de 5 litros em telado no Instituto Agronômico de Campinas com
sombreamento de 70%. As plantas foram irrigadas diariamente (1 vez ao dia) e adubadas
quinzenalmente com fertilizante foliar (Yogen 2 Mitsui S.A.), cuja composição química
encontra-se na Tabela 2.
Tabela 2. Garantia e Composição química do fertilizante foliar YOGEN 2.
Garantia ( % )
Nutrientes totalmente solúveis em água
YOGEN N P
2
0
5
K
2
0 Mg S
B Cu Mn Mo Zn
2 30 10 10 0,50 - 0,02 0,05 0,10 0,02 0,10
6.4. Caracterização da composição química dos óleos essenciais
6.4.1. Colheita e extração dos óleos essenciais
As épocas de colheita dos acessos das populações de O. selloi
cultivadas em Campinas/SP, amostrados por um período de três anos, encontram-se descritas
na Tabela 3. É importante ressaltar que no momento das colheitas todos os acessos
encontravam-se no estágio de pleno florescimento.
Tabela 3. Época de colheita dos acessos de Ocimum selloi cultivadas em Campinas/SP.
População 1ª Colheita
Época
2ª Colheita
Época
3ª Colheita
Época
4ª Colheita
Época
Apiaí/SP Ago./2004 Jan./2005 Mar./2006 Set./2006
Piquete/SP Fev./2004 Jan./2005 Mar./2006 Set./2006
Colombo/PR Ago./2004 Jan./2005 Mar./2006 Set./2006
Camanducaia/MG Jan./2005 Nov./2005 Mar./2006 Set./2006
26
Após as colheitas as folhas foram separadas dos ramos e
inflorescências, colocadas para secar em estufa com circulação de ar e temperatura controlada
de 40ºC, por um período de 48 horas, e os óleos essenciais extraídos através da destilação por
arraste a vapor em aparelho tipo Clevenger modificado (Craveiro, 1981), por um período de 1
hora e 30 minutos. Em alguns casos, devido à pequena quantidade de massa foliar de alguns
acessos, a separação do óleo essencial da fase aquosa foi efetuada com solvente orgânico (0,4
mL/diclorometano) e armazenados em frascos âmbar e mantidos no freezer até a análise da
composição química.
6.4.2. Análise da composição química dos óleos essenciais
As análises da composição química dos óleos essenciais foram
conduzidas em cromatografo a gás acoplado a espectrômetro de massas (Shimadzu, QP-5000),
em triplicata, operando a 70 eV, injetor split 1/30, dotado de coluna capilar de sílica fundida
DB-5 (30 m x 0,25 mm x 0,25 um), hélio como gás de arraste (1,7 mL/min.), injetor a 240ºC,
detector a 230ºC e o seguinte programa de temperatura: 50ºC (5 minutos) 180ºC,
5ºC/minuto; 180ºC – 280ºC, 10ºC/minuto e injetado 1 µL da solução.
A identificação dos constituintes químicos foi efetuada pela análise
comparativa dos espectros de massas das substâncias com o banco de dados do sistema CG-
EM ( Nist 62.lib) e literatura (McLafferty e Stauffer, 1989) e índice de retenção (Adams,
1995).
Os índices de retenção (IR) das substâncias foram obtidos pela co-
injeção da amostra com uma série homologa de n-alcanos (C
9
H
20
C
25
H
52
Sigma Aldrich,
99%), aplicando-se a equação de Van den Dool e Kratz (Van Del Dool & Kratz, 1963).
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo
programa SANEST Sistema de Análise Estatística e MINITAB
TM
Statistical Software
Release 13.0 Demo e a análise multivariada, utilizando-se a Analise de Componentes
Principais (ACP) descritas por Sharaf et al. (1986), Beebe et al. (1998) e por Morgano et al.
(1999), fazendo uso do software PIROUETTE 3.02 (Infometrix, Seatle, WA, 2001).
27
6.5. Avaliação dos aspectos da biologia reprodutiva de Ocimum selloi
6.5.1. Morfologia floral
A descrição da morfologia externa de Ocimum selloi Benth. foi
realizada com material vivo utilizando microscópio estereoscópico (lupa) segundo a chave
analítica proposta por Bentham (1832) para identificação das espécies do gênero Ocimum.
6.5.1.1. Floração e frutificação
Observações diárias referentes à floração e frutificação de Ocimum
selloi, foram realizadas durante quatro meses consecutivos de agosto a novembro de 2005.
Verificou-se o horário de antese, duração, pico de floração e término e frutificação para as
populações de Apiaí/SP, Colombo/PR e Piquete/SP. A população de Camanducaia/MG não
foi avaliada para determinação do horário de antese, pois durante o período em que estas
avaliações foram feitas, os indivíduos desta população encontravam-se atacadas por fungos e
cochonilhas, tendo sido prejudicado o desenvolvimento vegetativo e conseqüentemente seu
florescimento. Foi realizada uma poda drástica e pulverizações buscando a recuperação deste
germoplasma. Após dois meses o material foi recuperado podendo ser utilizado em análises
posteriores.
O período de antese foi determinado por meio de observação e
contagem do número de flores abertas por hora, em intervalos de 1 hora, amostrados ao longo
do dia, das 10:00 às 17:00 horas, para 4 inflorescências, determinadas aleatoriamente,
identificadas com fita colorida para os grupos populacionais (Figura 5).
A temperatura referente a cada horário foi observada e registrada.
Para a análise dos resultados foi utilizada a análise de variância (Anova).
28
Figura 5. Inflorescências de Ocimum selloi identificadas
com fitas coloridas.
6.5.2. Testes de autopolinização e auto-incompatibilidade/compatibilidade
Para o estudo do sistema reprodutivo de Ocimum selloi, botões florais
foram ensacados, antes da antese.
Para verificar a ocorrência de autopolinização e autocompatibilidade
os botões foram mantidos ensacados por três semanas, para verificação de formação de frutos
e sementes. Para cada população (Piquete/SP, Apiaí/SP, Colombo/PR e Camanducaia/MG)
foram ensacadas 10 inflorescências, tomadas ao acaso, com botões imaturos. Após três
semanas as inflorescências foram desensacadas.
A polinização livre foi avaliada em inflorescências que não foram
ensacadas, pela produtividade observada de frutos e sementes nas diferentes populações.
29
6.5.3. Produção de frutos e sementes em situação de polinização livre e
autopolinização espontânea.
Para a avaliação do número total de frutos e sementes (produção)
utilizou-se um total de 10 inflorescências por população, agrupados como: Piquete/Ensacado,
Piquete/Não Ensacado, Colombo/Ensacado, Colombo/Não Ensacado, Camanducaia/Ensacado,
Camanducaia/Não Ensacado, Apiaí/Ensacado e Apiaí/Não Ensacado.
Para a análise de produção de frutos e sementes nas populações
(Apiaí/SP, Colombo/PR, Piquete/SP e Camanducaia/MG) foram descriminadas as seguintes
variáveis: total de frutos produzidos, total de sementes produzidas e quantidade de frutos sem
semente, com 1 semente, com 2, 3 e 4 sementes. A análise estatística de Pearson, para qui-
quadrado (Zar,1996) foi realizada para verificar influências da manipulação experimental
(ensacamento) e variações populacionais sobre a distribuição do número de sementes por
fruto.
6.5.4. Produção e estimativa da viabilidade dos grãos de pólen
A viabilidade dos grãos de pólen foi determinada utilizando a técnica
de coloração segundo Alexander (1980).
A análise para viabilidade polínica foi realizada em botões florais em
pré-antese. Foram coletados 10 botões florais em cada população, selecionados
aleatoriamente. As anteras (quatro por botão) foram retiradas com auxílio de microscópio
estereoscópico devido a sua anatomia e tamanho reduzido. As anteras foram transferidas para
lâminas de microscopia e levemente comprimidas sobre a lâmina com auxílio de bastão de
metal, em duas gotas de corante Alexander (A3), para liberação dos grãos de pólen frescos. As
lâminas (10 por população) foram cobertas com lamínulas e seladas com esmalte. Foram
preparadas, cerca de trinta lâminas para cada uma das populações (Apiaí/SP, Colombo/PR,
Piquete/SP e Camanducaia/MG).
Foram analisados 300 (trezentos) grãos de pólen em cada lâmina.
Após a coloração foi determinado o número de grãos de pólen viáveis. São considerados
30
viáveis os grãos que apresentam-se intensamente corados de rosa, enquanto os inviáveis tem
tamanho e capacidade de absorção do corante pelo citoplasma reduzidos, mostrando ausência
de cor e/ou coloração esverdeada.
A análise de produção de pólen foi realizada pela contagem do
número total de grãos de pólen presentes em 10 lâminas.
Para a análise dos resultados foi utilizada a análise de variância
(Anova).
6.5.5. Avaliação da taxa de germinação das sementes
Para os testes de germinação uma amostra de 200 sementes de cada
população (Apiaí/SP, Colombo/PR, Piquete/SP e Camanducaia/MG) sem qualquer tratamento
ou desinfecção foi utilizada em cada experimento.
- Experimento I: Germinação em gerbox usando como substrato
Plantimax, mantido em estufa de sombrite (70%), com temperatura e umidade ambiente, não
controlada.
- Experimento II: Germinação em placa de Petri em câmara de
crescimento com temperatura controlada 27º C). O experimento foi feito com uma
repetição.
A análise estatística de Pearson qui-quadrado (Zar,1996), foi
realizada para verificação de independência entre freqüência de germinação e grupo
populacional.
31
6.6. Caracterização molecular por RAPD
6.6.1. Extração e quantificação do DNA genômico de todos os acessos de
Ocimum selloi Benth.
Os DNAs de todos os acessos de O.selloi foram extraídos de acordo
com o protocolo de Ky et al., (2000) - Extração Nuclear de Larga escala (Apêndice 2).
A quantificação da concentração de DNA existente em cada amostra
foi realizada por análise comparativa em géis de agarose 0,8% (p/v). O tamanho e intensidade
das bandas produzidas pelas amostras de DNA dos indivíduos foram comparados com o
tamanho e intensidade das bandas produzidas por amostras de concentração conhecidas de
DNA do fago λ (20, 60 e 200 ng).
Alíquotas de 2 µL da suspensão final de DNA em TE (10 mM Tris-
HCl 1M pH 8,0; 1mM EDTA 0,5M pH 8,0) acrescidos de 10% do volume de azul de
bromofenol, foram submetidas à eletroforese em gel de agarose 0,8% (feitas em cubas
horizontais de acrílico, a temperatura ambiente, durante 1 hora, a 3 volts/cm). Em seguida o
gel foi imerso em solução de brometo de etídeo (10µg/µl) por 15 minutos, e a seguir lavado
em água corrente para retirar o seu excesso no gel.
Após a quantificação, todos as amostras foram padronizadas a 10
ng/µL em solução TE para as reações de RAPD.
6.6.2. Reações de RAPD (Polimorfismo de fragmentos de DNA amplificado ao
acaso)
As reações de amplificação foram realizadas em termociclador
modelo PT-100 da MJ Research, num volume final de 15µl contendo: 5ρmols de cada primer
(Operon Tecnology), 0,2 µl de Taq-polimerase (1 U), 1,5µl de tampão 10X , 0,9µl de dNTP
2,5 mM, 0,75µl de MgCl
2
(2,5mM final) e 3,0µl de DNA (aproximadamente 60ηg), além de
água Milli-Q para completar o volume (q.s.p.).
32
As reações de PCR foram realizadas segundo as condições
estabelecidas por Williams et al. (1990) e Welsh & McClelland (1990): uma desnaturação
inicial do DNA a 95ºC por 5 minutos; esta etapa foi seguida por 42 ciclos de amplificação:
94ºC (1 min) desnaturação; 37ºC (1 min) anelamento; 72ºC (1,5 min) extensão. Ao
término dos 42 ciclos, seguiu-se um passo final de extensão (72ºC 7 min). Para as reações
foram utilizados tubos de polipropileno tipo eppendorf com capacidade para 0,2 mL.
Os produtos de amplificação foram submetidos à eletroforese em gel
de agarose a 1,2% (p/v) para separação dos fragmentos segundo seu peso molecular. A
eletroforese foi feita em cubas horizontais de acrílico, a temperatura ambiente, por duas horas
a 3 volts/cm. Como padrão de peso molecular das bandas, foi usado o marcador ladder de 250
pb. Os géis foram corados com brometo de etídeo e fotografados sobre luz UV (câmara digital
FUJI FILM – Thermal Imaging System FTI-500).
6.6.3. Análise Estatística dos Dados
A partir da leitura dos géis gerou-se uma matriz binária em que os
indivíduos foram genotipados quanto à presença (1) e ausência (0) de bandas. Através do
programa computacional NTSYS (Numerical Taxonomy and Multivariate Analyses Program)
(Rohlf, 1989) gerou-se uma matriz de similaridade de Jaccard entre todos os indivíduos
conforme a expressão abaixo:
S
ij
= a / a + b + c
Onde:
a = número de casos em que ocorre a presença da banda em ambos
indivíduos, simultaneamente;
b = número de casos em que ocorre a presença da banda somente no
individuo i;
c = número de casos em que ocorre a presença da banda somente no
individuo j.
33
Os dendrogramas foram feitos baseados no método de agrupamento
UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic Averages). A estabilidade ou
consistência destes agrupamentos foi testada através do procedimento de reamostragem
aleatórias, com 10.000 bootstraps, através dos programas BooD e BoodP (Coelho, 2003). A
partir da matriz de similaridade de Jaccard, foi possível calcular a dissimilaridade (D) entre
pares de observação, através de D = 1 – S.
O padrão de variação espacial foi estimado através do coeficiente de
correlação de Pearson (r) entre a matriz de dissimilaridade genética e de distância geográfica,
utilizando o software NTSYS (Numerical Taxonomy and Multivariate Analyses Program). A
significância dessa correlação foi verificada pela estatística Z de Mantel (1967), por meio de
9999 permutações aleatórias.
A análise da variância de dados moleculares (AMOVA) foi realizada
através da decomposição total nos seus componentes entre e dentro de populações utilizando-
se as distâncias ao quadrado, conforme descrito por Excoffier et al. (1992) com o auxilio do
programa Arlequin (Schneider et al., 2000). As distâncias genéticas foram obtidas conforme a
equação de Huff et al. (1993):
E = n [1-2n
xy
/ 2n],
Onde:
n = número total de bandas polimórficas;
2n
xy
= número de bandas observadas nos indivíduos x e y
simultaneamente.
De acordo com Huff et al. (1993), esta equação é análoga à equação
para o cálculo de distâncias genéticas entre haplótipos apresentada por Excoffier et al. (1992).
34
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
7.1. Análise de solo dos locais de coleta
Os solos de cinco amostras de cada região foram analisados
quimicamente e os resultados encontram-se na Tabela 4.
Com exceção do pH, ácido para todos os solos coletados, verificou-
se que os solos apresentam características diferenciadas, principalmente em relação aos
teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Os solos de Apiaí e Camanducaia
mostraram-se mais pobre em relação aos três últimos nutrientes do que os de Piquete e
Colombo. Os teores de fósforo, cálcio e magnésio da região de Colombo foram superiores
aos encontrados nas três outras regiões, sendo considerado de melhor fertilidade que os
demais (41,8 mg/dm
3
, 55,0 e 17,2 mmol/dm
3
, respectivamente). Quanto à matéria orgânica
(M.O.) o solo de Colombo, Paraná, mostrou-se mais rico (44,0 g/dm
3
) e o de Camanducaia,
Minas Gerais, mais pobre (8,8 g/dm
3
).
Pelos dados apresentados na Tabela 4 e avaliados à luz do boletim
100 (Raij et al., 1997) não há limitações de fertilidade nos solos amostrados, quanto ao teor
de nutrientes. Embora algumas diferenças ocorram entre os solos, os teores encontrados
para os principais nutrientes, de maneira geral, são considerados de teor elevado.
35
Tabela 4. Análise dos solos coletados em Piquete/ SP, Apiaí/SP, Camanducaia/MG e
Colombo /PR, profundidade de 20 cm.
Amostras
pH
CaCl
2
M.O
g/dm
3
P resina
mg/dm
3
H+Al
mmol/ dm
3
K Ca Mg S.B CTC V%
mmol/ dm
3
PQ 1
4,7 30 9 34 3,0 15 9 27 63 43
PQ 2
4,8 24 5 36 5,7 43 11 60 102 59
PQ 3
4,9 66 14 42 1,5 15 3 20 78 26
PQ 4
4,2 23 6 58 3,9 18 5 27 74 36
PQ 5
4,4 39 14 47 3,9 18 5 27 74 36
Média
4,6 36,4 9,6 43,4 3,6 21,8
6,6 32,2 78,2 40,0
AP 3
4,2 13 2 80 1,5 10 3 15 94,0 15
AP 6
4,2 22 8 58 1,1 11 4 14,5 74,1 22
AP 12
4,3 29 26 58 1,7 15 4 16,1 78,7 26
AP 15
4,3 24 7 52 1,1 12 5 18,1 70,3 26
AP 16
4,0 20 20 80 0,8 5 2 7,8 87,3 9
Média
4,2 21,6 12,6 65,4 1,25 10,6
3,6 14,3 80,9 19,6
CL 3
6,7 55 138 15 6,5 137 20 163,5
178,3
92
CL 7
5,3 48 25 47 1,6 52 28 81,6 128,6
63
CL 10
5,0 48 35 58 4,7 45 20 69,7 127,7
55
CL 15
4,7 26 2 72 3,1 21 14 38,1 109,7
35
CL 18
4,2 43 9 150 1,7 20 4 25,7 175,3
15
Média
5,2 44,0 41,8 68,4 3,5 55,0
17,2
75,7 144,0
52,0
CM 1
4,3 8 64 11,5 0,4 3,4 1,3 5,1 16,6 31
CM 2
4,6 12 87 10,4 0,5 7,0 2,0 9,5 19,9 48
CM 4
4,4 9 45 12,8 0,5 4,3 1,5 6,3 19,1 33
CM 8
4,5 7 42 10,9 0,6 3,0 1,3 4,7 15,6 30
CM 9
4,5 8 59 11,5 0,6 4,0 2,1 6,9 18,3 37
Média
4,5 8,8 59,4 11,4 0,5 4,3 1,7 6,5 17,9 36,0
* PQ: Piquete; AP: Apiaí; CL: Colombo; CM: Camanducaia; CTC: Capacidade Troca; S.B:
Soma Bases; H+Al: Hidrogênio+Alumínio; V: Saturação Bases; M.O.: Matéria orgânica;
7.2. Ocorrência de pragas e doenças nas populações de O. selloi mantidas em
Campinas/SP
As mudas de Ocimum selloi propagadas por estaquia apresentaram
lento desenvolvimento, devido à infestação constante de pulgões, cochonilhas e Cercospora
sp, em todas as populações, sendo que os acessos de Colombo (PR) e Apiaí (SP)
36
apresentaram uma maior infestação, comprometendo assim a sanidade das plantas, levando
muitas a morte e colocando em risco o banco de germoplasma.
Os sintomas da Cercospora caracterizaram-se pela presença de
lesões foliares castanho-claras isoladas ou coalescentes, dispersas, subcirculares, de bordos
irregulares com dimensões variando de 3 a 5 mm de diâmetro ocorrendo, principalmente,
em folhas maduras da planta (Figura 6).
Estas características conferem com May et al. (2007) que relatam a
presença de cercosporiose em duas cultivares de Ocimum basilicum L. (Maria Bonita e
Manjericão Doce) cultivadas no Centro de Horticultura do IAC, em Campinas, SP, durante
o ano de 2005, onde foram observadas manchas foliares escuras e necróticas, geralmente de
contornos angulares, delimitados pelas nervuras causando desfolhamento precoce nos
cultivares suscetíveis. Os autores alertam que a doença em condições adequadas evolui
rapidamente, causando a perda quase completa das folhas das plantas; e, Costa et al. (2006)
que também relatam à presença do fungo Pseudocercospora ocimicola, causador da
cercosporiose, em plantas de Ocimum selloi cultivadas no Horto de Plantas Medicinais da
Universidade Federal de Lavras. Os autores descrevem os sintomas como Folhas amarelas
com manchas foliares e lesões castanho-claras isoladas, sendo este o primeiro relato de P.
ocimicola na espécie.
Figura 6.
Lesões observadas devido ao
crescimento fúngico de P. ocimicola causador
da Cercosporiose.
37
7.3. Avaliação dos aspectos da Biologia Reprodutiva
7.3.1. Morfologia floral
Ocimun selloi possui flores bilabiadas, agrupadas três a três;
nectário na base de cada grupo de três flores. Mostra coloração entre roxo ao róseo. As
flores são completas, hermafroditas, cíclicas e hipóginas (Figura 7). O cálice é persistente,
gamossépalo e pentâmero. O tubo do cálice encobre o tubo da corola protegendo-o. A
corola é gamopétala, pentâmera, zigomorfa de coloração do roxo ao róseo. O androceu é
epipétalo, com quatro estames; anteras livres dorsifixas, com deiscência rimosa ou
longitudinal (Figura 8). O gineceu é gamocapelar, com estigma bífido e estilete ginobásico.
O ovário é súpero, tetralobado, com disco nectarífero na base (Figura 9). Os frutos são
tetraquênios, podendo produzir um número máximo de quatro sementes pequenas,
amarronzadas e ligeiramente alongadas por fruto.
Figura 7: Flor de Ocimum selloi.
38
Figura 8: Flor de Ocimum selloi aberta e
botão floral.
Figura 9: Flor de Ocimum selloi aberta
com parte feminina à mostra.
Estilete
Estigma
Ovário
Antera
Estame
Cálice
8 mm
6 mm
39
7.3.1.1. Floração
De acordo com os resultados demonstrados na Tabela 5 e Figura
10, o processo de antese tem início às 11 horas, com aumento no intervalo das 12 horas às
13 horas, pico às 13 horas, decaindo no intervalo das 13 horas às 14 horas e cessando a
partir das 14 horas.
Tabela 5: Número de flores de Ocimun selloi em antese por hora.
Horário 10 11 12 13 14 15 16 17
n°flores* 20 718 2711 4630 2942 297 58 0
*Valor para as três populações avaliadas: Apiaí/SP; Piquete/SP e Colombo/PR
0
1000
2000
3000
4000
5000
10 11 12 13 14 15 16 17
hora
Figura 10. Número de flores abertas por hora nas populações avaliadas de O. selloi.
n°. flores
40
Durante o estudo (08 a 11/2005) a temperatura variou de 18ºC a
40ºC. A Figura 11, abaixo, corresponde à representação esquemática indicando a
temperatura (TEMP) registrada por hora (HOR) para cada uma das três populações (API =
Apiaí/SP, COL = Colombo/PR e PIQ = Piquete/SP) avaliadas.
HOR
TEMP
1716151413121110
40
35
30
25
20
1716151413121110
40
35
30
25
20
API COL
PIQ
Figura 11. Boxplot para os valores de temperatura em graus celsius (TEMP) por hora
(HOR) para cada uma das três populações (API = Apiaí/SP, COL = Colombo/PR e PIQ =
Piquete/SP).
A análise de variância (ANOVA) realizada com os dados de
abertura de flor indica o horário como o fator mais importante relacionado ao processo de
antese (p= 0,000), seguido do fator população (p=0,020) conforme observado nas Figuras
12 e 13, não sendo a temperatura e a interação (população x hora) fatores significativos.
41
1 1
1 2
1 3
1 4
H o rá rio
0 .0
3 .4
6 .8
1 0 .2
1 3 .6
1 7 .0
Número de flores abertas
Figura 12: Total do número de flores de Ocimum selloi
abertas por hora.
API
COL
PIQ
População
4
6
8
10
12
Número de flores abertas
Figura 13: Total do número de flores abertas por população
(API= Apiaí/SP, COL= Colombo/PR e PIQ= Piquete/SP).
42
A Figura 14 corresponde à representação esquemática do número
de flores (NFLOR) abertas por hora (HOR) para cada uma das três populações (API =
Apiaí/SP, COL = Colombo/PR e PIQ = Piquete/SP), onde se pode observar que a abertura
das flores tem inicio às 11:00 horas, finalizando às 14:00 horas, independe da população de
origem.
HOR
NFLOR
1716151413121110
80
60
40
20
0
1716151413121110
80
60
40
20
0
API COL
PIQ
Figura 14: Boxplot indicando NFLOR (número de flor) por HOR (hora)
nas populações. API = Apiaí/SP, COL = Colombo/PR e PIQ = Piquete/SP.
Os resultados obtidos no presente trabalho são discordantes do
sugerido anteriormente por Amaral et al., 1999. Segundo os autores o processo de antese
estaria intimamente relacionado com as condições de temperatura. Ele observou que em
dias de temperatura acima de 25ºC esse processo tem início entre as 12:45 e 14:30 horas,
continuando durante todo o período luminoso. O clímax de floração por ele observado
ocorre entre 13:30 e 14:30 horas coincidindo com períodos de temperaturas elevadas. Nos
43
dias de temperaturas inferiores a 25ºC o horário do início de antese é alterado, podendo
começar após as 15:30 horas.
As observações e análises estatísticas realizadas no presente
trabalho mostraram que o horário de antese não ultrapassa as 14:00 horas, independente da
temperatura (que durante o estudo variou de 18ºC a 40ºC). O clímax de antese
independentemente da temperatura acontece às 13:00 horas.
7.3.2. Produção de frutos e sementes em situação de polinização livre e
autopolinização espontânea
7.3.2.1. Estudo da influência da manipulação experimental (ensacamento) e
da população sobre a produção de frutos e sementes por infrutescência.
Na Tabela 6 encontram-se os dados do número de frutos e
sementes obtidos para cada população, onde se observa que para todas as populações há um
aumento na produção de frutos quando as inflorescências são ensacadas, sendo este
aumento mais acentuado nas populações de Apiaí/SP e Camanducaia/MG (Figura 15 - I). A
produção de sementes também aumenta para estas duas populações quando as
inflorescências são ensacadas, porém de forma menos acentuada que o aumento na
produção de frutos. Para as outras populações, Colombo/PR e Piquete/SP, a produção de
sementes diminui quando as inflorescências são ensacadas (Figura 15 - II).
44
Tabela 6. Média do total de frutos e de sementes de Ocimum selloi Benth.
População Média do total de frutos n
API0 40,20 10
API1 109,40 10
CAM0 51,50 10
CAM1 101,70 10
COL0 45,50 10
COL1 61,90 10
PIQ0 59,90 10
PIQ1 61,50 10
População Média do total de sementes
n
API0 132,60 10
API1 181,60 10
CAM0 110,60 10
CAM1 140,40 10
COL0 119,60 10
COL1 80,40 10
PIQ0 167,20 10
PIQ1 137,20 10
* n= número de indivíduos; (1) = ensacada; (0) = Não ensacada;
API = Apiaí/SP; CAM = Camanducaia/MG; COL = Colombo/PR;
PIQ = Piquete/SP.
Figura 15. Produção de Frutos e Sementes em situação de polinização livre e
autopolinização espontânea. Onde: PIQ - Piquete/SP, COL - Colombo/PR, CAM -
Camanducaia/MG, API - Apiaí/SP, (1) – ensacado e (0) – não ensacado.
0
40
80
120
AP 0 AP 1 CM 0 CM 1 CL 0 CL 1 PQ 0 PQ 1
Produção de Frutos
0
50
100
150
200
AP 0 AP 1 CM 0 CM 1 CL 0 CL 1 PQ 0 PQ 1
Produção de Sementes
. Frutos
. sementes
I II
45
Destes grupos, somente o grupo API1 (Apiaí/Ensacado) apresentou
distribuição de freqüência dos valores de total de frutos (TOTFR) significativamente
diversa da normal de acordo com o teste Anderson-Darling (p < 0,05).
Os outros grupos apresentaram uma distribuição normal. Uma
hipótese para explicar esta anormalidade do grupo API1 (Apiaí /Ensacado) é que o número
de amostras (10 inflorescências) possa ter sido pequeno, provavelmente aumentando a
quantidade de amostras a TOTFR deve tender a normalidade.
Comparações múltiplas entre os grupos experimentais foram
realizadas utilizando testes t (observações independentes). A Tabela 7 mostra os resultados
destas comparações.
46
Tabela 7. Comparações múltiplas das médias dos frutos e sementes entre os grupos de
populações de Ocimum selloi utilizando testes t.
TOTFR
TOTSEM
VAR =
DIF T p VAR =
DIF T p
API0 API1 < 0,05
-69,2 -3,47
0,007
API0 API1 > 0,05
-49 -1,61
0,124
CAM0
CAM1
> 0,05
-50,2 -5,28
0,000
CAM0 CAM1
> 0,05
-29,8 -1,8
0,089
COL0
COL1
> 0,05
-20 -1,98
0,071
COL0 COL1
> 0,05
39,2 1,66
0,115
PIQ0 PIQ1
> 0,05
-1,6 -0,04
0,702
PIQ0 PIQ1 > 0,05
30 1,31
0,205
API0 CAM0
> 0,05
-11,3 -2,59
0,018
API0 CAM0
> 0,05
22 1,2 0,247
API0 COL0
> 0,05
-5,3 -1,25
0,220
API0 COL0
> 0,05
13 0,54
0,596
API0 PIQ0
> 0,05
-19,7 -5,16
0,000
API0 PIQ0 > 0,05
-34,6 -1,94
0,068
CAM0
COLO
> 0,05
6 1,26
0,224
CAM0 COLO
> 0,05
-9 -0,38
0,71
CAM0
PIQ0
> 0,05
-8,4 -1,92
0,070
CAM0 PIQ0 > 0,05
-56,6 -3,24
0,005
COL0
PIQ0
> 0,05
-14,4 -3,37
0,003
COL0 PIQ0 > 0,05
-47,6 -2,04
0,057
API1 CAM1
< 0,05
7,7 0,36
0,726
API1 CAM1
< 0,05
41,2 1,4 0,188
API1 COL1
< 0,05
47,5 2,24
0,046
API1 COL1
< 0,05
101,2
3,36
0,006
API1 PIQ1
< 0,05
47,9 2,39
0,040
API1 PIQ1 > 0,05
44,4 1,32
0,203
CAM1
COL1
> 0,05
39,8 3,41
0,003
CAM1 COL1
> 0,05
60 3,67
0,002
CAM1
PIQ1
< 0,05
40,2 4,28
0,001
CAM1 PIQ1 > 0,05
3,2 0,14
0,887
COL1
PIQ1
< 0,05
0,4 0,05
0,962
COL1 PIQ1 > 0,05
-56,8 -2,46
0,024
* (TOTFR)-total de frutos, (TOTSEM)-total de sementes, (VAR=)- igualdade de variância, (DIF)-
diferença entre as médias. Grupos: (PIQ1)-Piquete/Ensacado, (PIQ0)-Piquete/Não Ensacado,
(COL1)-Colombo/Ensacado, (COL0)-Colombo/Não Ensacado, (CAM1)-Camanducaia/Ensacado,
(CAM0)-Camanducaia/Não Ensacado, (API1)-Apiaí/Ensacado e (API0)-Apiaí/Não Ensacado.
47
Estes resultados nos permitem observar que somente dois grupos
populacionais: Apiaí/SP e Camanducaia/MG apresentaram diferenças significativas entre as
médias de total de frutos (TOTFR) para o grupo ensacado e não ensacado (API p= 0,007 e
CAM p=0,000). Para estes grupos o número total de frutos (TOTFR) aumenta quando as
inflorescências são ensacadas, enquanto para os outros dois grupos populacionais
Colombo/PR (COL) e Piquete/SP (PIQ) este aumento não é acentuado, conforme
demonstrado na Figura 16.
Para inflorescências não ensacadas, o total de frutos (TOTFR)
apresenta diferenças significativas entre as médias para os seguintes pares de grupos
populacionais: API0/CAM0 (p=0,018), API0/PIQ0 (p=0,000) e COL0/PIQ0 (p=0,003).
Para inflorescências ensacadas, o total de frutos (TOTFR)
apresenta diferenças significativas entre as médias para os seguintes pares de grupos
populacionais: API1/COL1 (p=0,046), API1/PIQ1 (p=0,040), CAM1/COL1 (p=0,003) e
CAM1/PIQ1 (p=0,001).
TOTFR
POPUL
ENSAC
PIQCOLCAMAPI
10101010
250
200
150
100
50
0
Figura 16. Boxplot para o número total de frutos (TOTFR) por infrutescência, para cada
grupo experimental: Piquete/Ensacado PIQ1, Piquete/Não Ensacado PIQ0,
Colombo/Ensacado COL1, Colombo/Não Ensacado COL0, Camanducaia/Ensacado
CAM1, Camanducaia/Não Ensacado CAM0, Apiaí/Ensacado API1 e Apiaí/Não Ensacado
API0.
48
Para os valores de total de sementes (TOTSEM), nenhum grupo
populacional apresentou diferença significativa entre o grupo ensacado e não ensacado,
como podemos observar na Figura 17.
TOTSEM
POPUL
ENSAC
PIQCOLCAMAPI
10101010
350
300
250
200
150
100
50
0
Figura 17. Boxplot para o número total de sementes (TOTSEM) por por infrutescência,
para cada grupo experimental: Piquete/Ensacado PIQ1, Piquete/Não Ensacado PIQ0,
Colombo/Ensacado COL1, Colombo/Não Ensacado COL0, Camanducaia/Ensacado
CAM1, Camanducaia/Não Ensacado CAM0, Apiaí/Ensacado API1 e Apiaí/Não Ensacado
API0.
Para inflorescências não ensacadas, o total de sementes (TOTSEM)
apresenta diferenças significativas entre as médias para os seguintes pares de grupos
populacionais: CAM0/PIQ0 (p=0,005).
Para inflorescências ensacadas, o total de sementes (TOTSEM)
apresenta diferenças significativas entre as médias para os seguintes pares de grupos
populacionais: API1/COL1 (p=0,006) e CAM1/COL1 (p=0,002).
Além das comparações múltiplas entre os grupos experimentais
utilizando testes t (observações independentes) foram realizadas também análises de
variância multidimensional (Anova), onde os resultados mostram que:
49
Os fatores população, ensacamento, bem como as interações
(população x ensacamento) mostraram efeito significativo (p=0,022; p=0,000 e p=0,001,
respectivamente) em relação aos valores de total de frutos.
Nas observações com sementes, não houve evidência de efeito
significativo do efeito de ensacamento. No entanto, os fatores população e a interação
(população x ensacamento) apresentam efeito significativo (p=0,004 e p=0,024,
respectivamente) em relação aos valores de total de sementes.
Estes resultados mostram um maior efeito do fator população e da
interação (população x ensacamento) sobre o total de produção de semente, bem como um
maior efeito do fator ensacamento sobre o total de produção de frutos.
7.3.2.2. Estudo da influência da manipulação experimental (ensacamento) e
da população sobre a distribuição do número de sementes por fruto, para cada
população.
A Tabela 8 mostra os resultados da análise de Pearson qui-quadrado
(Zar, 1996), teste da independência entre tipo de tratamento experimental e freqüência de
ocorrência de frutos sem semente (FR0), com 1 semente (FR1), com 2 sementes (FR2),
com 3 sementes (FR3) e com 4 sementes (FR4), mostrando porcentagem de ocorrência em
cada uma das classes de frutos para inflorescências ensacadas e não ensacadas e para cada
uma das populações.
50
Tabela 8: Teste de qui-quadrado e porcentagem de ocorrência em cada uma das classes de
frutos.
FR0 FR1 FR2 FR3 FR4 p
EXP
%
QUI
2
%
QUI
2
%
QUI
2
%
QUI
2
%
QUI
2
QUITOT
0
5,3 85,4
6,2 10,8
14,3 0,4 26,0 27,1
48,2 48,3
240,24
API
1
38,9 33,9
13,7 4,3 12,7 0,2 12,1 10,7
22,7 19,2
p = 0,000
0
17,9 51,1
20,4 9,8 18,8 4,9 15,0 0,4 28,0 21,8
132,06
CAM
1
46,6 25,6
12,4 4,9 13,2 2,5 13,3 0,2 14,5 10,9
p = 0,000
0
14,6 60,0
11,6 0,1 15,3 7,9 18,9 7,1 39,6 25,5
177,08
COL
1
50,2 38,7
11,0 0,0 8,2 5,1 11,2 4,6 19,4 16,5
p = 0,000
0
9,6 50,5
12,1 0,7 20,2 6,7 24,6 1,7 33,4 8,2 126,50
PIQ
1
34,8 43,8
10,1 0,6 12,6 5,8 20,1 1,4 22,4 7,1 p = 0,000
*Inflorescências ensacadas: EXP1 e não ensacadas: EXP0. Frutos sem semente (FR0), Frutos com 1
semente (FR1), com 2 sementes (FR2), com 3 sementes (FR3) e com 4 sementes (FR4);
Populações: API-Apiaí/SP, CAM-Camanducaia/MG, COL-Colombo/PR e PIQ-Piquete/SP). QUI2:
contribuição da célula para o valor do qui-quadrado, QUITOT: qui-quadrado total e valor de (p)
para o teste ensacado x não ensacado.
Estes resultados permitem as seguintes conclusões:
A distribuição de freqüência para as classes de frutos (FR0, FR1,
FR2, FR3 e FR4) apresenta dependência significativa (qui-quadrado = 28,66; p = 0,005)
em relação ao tipo de população de origem das inflorescências analisadas em condições
naturais (inflorescências não ensacadas: 0).
Em condições experimentais de ensacamento (1) o mesmo não
ocorre (qui-quadrado = 11,49; p = 0,487) e a hipótese nula é aceita: independência entre
população e distribuição de freqüências de classes de frutos, ou seja, quando as
inflorescências são ensacadas a distribuição de freqüências entre as classes de frutos em
relação ao tipo de população é mais homogênea. Aumenta a freqüência de frutos sem
semente (FR0) e diminui a freqüência de frutos com 4 sementes (FR4), para todas as
populações como demonstrado na Figura 18.
51
Figura 18. Porcentagem de frutos sem semente (FR0), com 1 semente (FR1), com 2
sementes (FR2), com 3 sementes (FR3) e com 4 sementes (FR4) para inflorescências
ensacadas (1) e não ensacadas (0) nas populações: API-Apiaí/SP, CAM-Camanducaia/MG,
COL-Colombo/PR e PIQ-Piquete/SP.
Estes resultados podem justificar o fato de que dentro de uma
mesma população, por exemplo, Apiaí/SP (API) e Camanducaia/MG (CAM), mesmo
quando do ensacamento de suas inflorescências, um aumento significativo no número
total de frutos sem diferença significativa no número total de sementes (produção),
conforme discutido no item 7.3.3.1. Ou seja, apesar de produzirem um número maior de
frutos estes não tem produção máxima de sementes (quatro), sugerindo que esta possa ser
uma estratégia reprodutiva da planta investindo em maior produção de frutos para
compensar a diminuição na produção de sementes, que quando as inflorescências são
ensacadas o número de frutos com 4 sementes (produção máxima por fruto) diminui
drasticamente. Desta maneira a perpetuação da prole estaria garantida.
Provavelmente o que ocorre nestas populações é uma mistura de
cruzamento e autofertilização, visto o ensacamento ter resultado em frutos e sementes,
%
%
%
%
0
10
20
30
40
50
FR0 FR1 FR2 FR3 FR4
AP 0 AP 1
0
10
20
30
40
50
FR0 FR1 FR2 FR3 FR4
CM 0 CM 1
0
10
20
30
40
50
FR0 FR1 FR2 FR3 FR4
CL 0 CL 1
0
10
20
30
40
50
FR0 FR1 FR2 FR3 FR4
PQ 0 PQ 1
%
%
%
%
52
evidenciando mecanismos que facilitam a autopolinização e restringem a polinização
cruzada, em um sistema reprodutivo denominado cleistogamia, mecanismo este em que as
flores são autopolinizadas antes da sua abertura.
Estas observações são concordantes com Amaral et al, 1999, que
observaram em Ocimum selloi Benth. alta compatibilidade, autopolinização e
autofecundação para uma população oriunda de Viçosa/MG.
7.3.3. Produção e viabilidade dos grãos de pólen
A produtividade polínica média nas quatro populações em uma
mesma flor (quatro anteras) foi de 641 para Colombo/PR, 666 para Apiaí/SP, 579 para
Piquete/SP e 628 para Camanducaia/MG. A Tabela 9 apresenta a média do número de
grãos de pólen viáveis.
Tabela 9. Viabilidade polínica de populações de Ocimum selloi.
População
NVIV
(Média)
Desvio Padrão
Variância
Mediana Assimetria
curtoses
n
API 262,90 13,56 183,88 261 0,15 -0,04 10
CAM 240,10 26,77 716,77 237 0,16 -1,44 10
COL 249,60 19,13 366,04 257 -0,91 -0,49 10
PIQ 238,40 25,77 664,04 239 -0,18 -1,71 10
*média do número total de grãos de pólen viáveis-NVIV, população: API- Apiaí/SP,
CAM- Camanducaia/MG, COL- Colombo/PR e PIQ- Piquete/SP.
A análise de variância indica que as médias provêm da mesma
população estatística, não havendo diferença significativa (p=0,066) entre os valores
médios de grãos de pólen viáveis entre os grupos populacionais, ou seja, a população de
origem dos grãos de pólen não apresenta efeito significativo em relação aos valores de
viabilidade, apesar do número de pólens viáveis na população de Apiaí ser maior conforme
observado na Figura 19.
53
7.3.4.Germinação das sementes
Os resultados referentes ao número total de sementes germinadas e
não germinadas e a freqüência de germinação nos Experimentos I e II estão representados
na Tabela 10 e Figura 20.
7.3.4.1.Experimento I:
A germinação das sementes em gerbox utilizando como substrato
Plantmax, ocorreu após quatro dias da semeadura. O número de sementes que geminaram
neste período foi menor que 10%, com significativo aumento após uma semana,
apresentando índice de germinação de 50%.
O teste estatístico para verificação de independência entre
freqüência de germinação (germinado x não germinado) e grupo populacional realizado
mostra que existe evidência significativa de diferença na taxa de germinação entre as
populações (qui-quadrado = 15,310; p = 0,002).
220
230
240
250
260
270
API CAM COL PIQ
Figura
19
.
Número total de grãos de pólen viáveis (NVIV) para
cada uma das quatro populações. Onde: API- Apiaí/SP, CAM-
Camanducaia/MG, COL- Colombo/PR e PIQ- Piquete/SP.
NVIV
Número de Grãos de Pólen Viáveis (NVIV)
54
7.3.4.2.Experimento II:
Para o teste em placa de Petri e temperatura controlada (± 27
0
C) as
sementes apresentaram 90% de germinação, em 3 dias, e no quarto dia todas as (quatro)
populações indicaram mais de 98% de germinação.
O teste estatístico para verificação de independência entre
freqüência de germinação (germinado x não germinado) e grupo populacional realizado
mostra que não existe evidência significativa de diferença na taxa de germinação entre as
populações (qui-quadrado = 4,738; p = 0,192).
Tabela 10. Total de sementes germinadas e freqüência de germinação das populações de O.
selloi.
População
*
Experimento
Total de
sementes (n)
Total de
sementes
germinadas
Freqüência de
germinação
CAM I 200 192 0,96
CAM II 200 194 0,97
PIQ I 200 177 0,88
PIQ II 200 198 0,99
COL I 200 173 0,86
COL II 200 197 0,98
API I 200 169 0,84
API II 200 199 0,99
*população, API- Apiaí/SP, CAM- Camanducaia/MG, COL- Colombo/PR e PIQ- Piquete/SP.
55
Figura 20: Número de sementes (NSEM) germinadas (GER) e não germinadas (NGER) no
Experimento I e II para cada população de O. selloi. Populações: API- Apiaí/SP, CAM-
Camanducaia/MG, COL- Colombo/PR e PIQ- Piquete/SP.
7.3.4.3. Teste de independência entre freqüência de germinação (germinado
x não germinado) e condição experimental de germinação (Experimento I e
Experimento II) por população
Para três das populações estudadas observa-se dependência entre o
tipo de experimento e a freqüência de germinação: Colombo/PR (qui-quadrado = 20,757;
p= 0,000), Apiaí/SP (qui-quadrado = 30,571; p= 0,000) e Piquete/SP (qui-quadrado =
18,816; p= 0,000). Nestas populações o tipo de substrato e o local de germinação têm
efeito significativo em relação à freqüência de germinação, sendo esta maior quando as
sementes são colocadas para germinar em placas de Petri, sob papel de filtro e água
destilada, em estufa com temperatura controlada (± 27º C).
A população de Camanducaia/MG não apresenta esta dependência,
mostrando uma freqüência de germinação semelhante em ambos os experimentos.
0
50
100
150
200
CAM PIQ COL API
Experimento I
GER NGER
0
50
100
150
200
CAM PIQ COL API
Experimento II
GER NGER
NSEM
NSEM
56
7.4. Caracterização Molecular por RAPD
Entre os 42 primers testados, 21 mostraram-se adequados,
produzindo bandas de boa qualidade com melhor perfil de amplificação. Conforme a
Tabela 11 pode-se verificar a seqüência dos primers selecionados e o padrão de
polimorfismo de cada um deles. Na caracterização molecular dos quarenta e sete acessos de
Ocimum selloi, via RAPD, foram produzidas um total de 193 bandas, onde deste total, 173
(89,3%) mostraram-se polimórficas. A Figura 21 mostra o perfil do primer OPX18, no
qual se observa os fragmentos RAPD amplificados dos 47 acessos e o ladder (Ld –
marcador de peso molecular de 250 pb que auxilia na indicação do tamanho de bandas).
Tabela 11. Seqüência dos primers selecionados para Ocimum selloi e padrões de
polimorfismo.
Primer
Seqüência
5’- 3’
Número de
locos obtidos
Número de
locos
polimórficas
Porcentagem de
polimorfismo
(%)
OPA-18
AGGTGACCGT
09 07 77,8
OPAB-03
TGGCGCACAC
08 08 100,0
OPAL-09
CAGCGAGTAG
11 11 100,0
OPB-03
CATCCCCCTG
09 08 90,0
OPC-08
TGGACCGGTG
07 07 100,0
OPF-12
ACGGTACCAG
09 08 90,0
OPG-05
CTGAGACGGA
05 04 90,0
OPH-18
GAATCGGCCA
09 09 100,0
OPK-11
AATGCCCCAG
09 07 77,8
OPK-14
CCCGCTACAC
12 12 100,0
OPK-15
CTCCTGCCAA
14 14 100,0
OPL-04
GACTGCACAC
09 06 66,7
OPX-01
CTGGGCACGA
08 07 90,0
OPX-03
TGGCGCAGTG
11 08 72,7
OPX-04
CCGCTACCGA
05 03 60,0
OPX-08
CAGGGGTGGA
08 07 90,0
OPX-17
GACACGGACC
10 09 90,0
OPX-18
GACTAGGTGG
10 10 100,0
OPX-20
CCCAGCTAGA
10 10 100,0
OPY-20
AGCCGTGGAA
11 10 90,0
OPZ-09
CACCCCAGTC
09 08 90,0
TOTAL
193 173 89,3
57
Análises de bootstrap, realizadas pelo programa Dboot (Coelho,
2000), foram utilizadas para estimar o número de bandas necessárias para obter associações
estáveis entre todos os acessos da espécie. A curva representativa da função ajustada
Y=111,21x
-0,4588
do coeficiente de variação (CV) em função do número de locos
marcadores, bem como os pontos referentes aos valores observados do coeficiente de
variação para cada número de locos marcadores estão apresentados na Figura 22. O
coeficiente de determinação da função estimada (r
2
), para a matriz de dissimilaridade foi de
0,9851 mostrando um bom ajuste dos valores observados na curva. O ponto de curvatura
máxima da função ajustada foi xc = 13,63 locos, correspondendo a um CV de 33,55%.
CM
CL
AP
1500 bp
600 bp
1500 bp
600 pb
FIGURA 2
1
.
Perfil de um gel de RAPD utilizando o primer OPX18 em 47 acessos de
Ocimum selloi Benth. provenientes de quatro regiões de coleta; à esquerda está o
padrão de peso molecular (Ladder 250 pb). Onde: PQ = Pop. Piquete/SP; CM = Pop.
Camanducaia/MG; CL = Pop. Colombo/PR; AP = Pop. Apiaí/SP; Ld = Ladder. Botucatu
SP, 2007.
PQ
Ld
Ld
58
Os resultados obtidos indicam uma tendência clara de diminuição
do coeficiente de variação na medida em que se aumenta o número de marcadores. A partir
do ponto de curvatura máxima da função a declividade se torna decrescente. Este ponto
significa o número mínimo de locos marcadores necessários para uma amostragem
adequada do genoma, ou seja, 13,63 locos marcadores, no presente estudo. A partir de 100
locos o CV estabiliza em 10% e não adianta aumentar o número de locos que o ganho é
desprezível. Com isso foi demonstrado que o mero de locos utilizados para este estudo
(173 locos) foram suficientes e os resultados consistentes. Portanto, estes resultados
sugerem que os primers utilizados foram suficientes para a análise.
A partir da matriz de similaridade genética entre os acessos e da
matriz de similaridade média entre as quatro populações, foram obtidos respectivos
dendrogramas pelo método de agrupamento hierárquico por pares de médias aritméticas
(UPGMA) (Sneath & Sokal, 1973).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 50 100 150 200
Número de bandas
CV%
y = 111,21x
-
0,4588
r
2
= 0,9851
xc=13,63
Figura 2
2
.
Gráfico mostrando a relação entre o coeficiente de
variação e o número de bandas obtidas para a espécie Ocimum
selloi.
59
As similaridades genéticas obtidas a partir dos coeficientes de
Jaccard para os 47 acessos de Ocimum selloi variaram de 0,15 a 0,96, e a similaridade
genética média dos quatro locais amostrados variam de 0,36 a 0,62. Os respectivos
dendrogramas estão apresentados nas Figuras 23 e 24.
A análise de agrupamento revela que a diversidade está localizada
entre as populações e que ocorreu a formação de dois grupos. O grupo 1 formado pela
população proveniente de Piquete/SP e o outro, formado pelas demais localidades
(Apiaí/SP, Colombo/PR e Camanducaia/MG).
A análise permitiu verificar ainda que no grupo 2 as populações 2 e
3 (Apiaí/SP e Colombo/PR, respectivamente) apresentam maior similaridade. Isso poderia
ser explicado pelo fato das populações se encontrarem próximas geograficamente,
ocorrendo assim fluxo gênico entre as mesmas. Segundo Almeida et al. (1998) populações
que se encontram geograficamente próximas normalmente apresentam baixa diversidade
genética devido à possibilidade de fluxo gênico entre as mesmas. Quanto a população de
Camanducaia/MG uma hipótese que poderia explicar o fato desta população estar agrupada
no dendrograma com as populações Colombo/PR e Apiaí/SP, pode ser devido à população
ter sido fundada por indivíduo vindo destas populações, fato que pode ressaltar sua
semelhança. Segundo Hamrick et al. (1979) populações de plantas perenes com um período
de vida longo são representantes de muitas gerações, de tal modo que diferentes alelos ou
genótipos foram mantidos e ou selecionados durante a fase de estabelecimento de várias
gerações, plantas que sobreviveram até a maturidade mantêm um registro genético destes
eventos evolutivos passados, preservando assim, uma maior variabilidade genética.
60
* CM = População proveniente de Camanducaia/MG; CL = População proveniente de
Colombo/PR;
_________________________________________________________________________
Figura 23. Dendrograma de similaridade entre os 47 acessos de Ocimum selloi obtido a
partir da matriz de similaridade genética Jaccard e agrupados pelo método de UPGMA.
Onde: CM = População proveniente de Camanducaia/MG; CL = População proveniente de
Colombo/PR; AP = População proveniente de Apiaí/SP; PQ = População proveniente de
Piquete/SP.
Coefficient
0.34 0.50 0.65 0.81 0.96
1
2
7
3
5
6
4
8
11
9
10
12
14
13
15
16
19
17
18
20
21
23
22
24
25
26
27
28
29
33
32
34
38
35
43
46
44
47
42
41
45
30
37
31
39
40
36
CM
CL
AP
PQ
100%
99,9%
69,5%
69,3%
46,6%
48%
50,5%
75,1%
64,8%
82,6%
61
_________________________________________________________________________
Figura 24. Dendrograma de similaridade média entre as 4 populações de Ocimum selloi
obtido a partir da matriz de similaridade genética Jaccard e agrupados pelo método de
UPGMA. Onde: CM = População proveniente de Camanducaia/MG; CL = População
proveniente de Colombo/PR; AP = População proveniente de Apiaí/SP; PQ = População
proveniente de Piquete/SP.
Contudo, o teste de Mantel não mostrou correlação significativa
entre as distâncias genéticas e geográficas. O coeficiente de correlação de Pearson (r) foi
de -0,191, significando assim que ele é igual a zero, ou seja, não apresenta correlação das
freqüências alélicas com o espaço geográfico, isso significa que plantas de populações mais
próximas não são necessariamente as mais semelhantes, sugerindo assim ausência de
associação entre a distância genética e a distância geográfica. Talvez se retirarmos a
população de Camanducaia da análise esta correlação seria elevada e significativa. Se um
maior número de populações tivessem sido testadas esta correlação seria mais robusta e
conclusiva.
Bertoni (2003) estudando populações de Zeyheria montana, não
obteve correlação significativa entre as distâncias genéticas e geográficas, portanto, um
padrão espacial para a espécie. Resultados semelhantes foram obtidos por Allphin et al.
Coefficient
0.36 0.43 0.51 0.58 0.66
1
2
3
4
100%
98,8%
56,6%
CM
CL
AP
PQ
62
(1998) para a espécie Artomecon humilis, que também não obtiveram correlação
significativa entre estas distâncias e concluíram que a distribuição da diversidade genética e
dificuldade de fluxo gênico na espécie deve ter sido causada por fatores históricos e
geológicos ainda não conhecidos, mais do que por uma simples fragmentação do ambiente.
Através da análise de variância molecular (AMOVA), pode-se
detectar diversidade genética altamente significativa (P<0,001) tanto entre populações
como dentro de populações. Do total da variância genética molecular encontrada para a
espécie, 66,2% se deve às divergências entre populações e 33,8% dentro de populações. O
valor de φ
ST
observado para Ocimum selloi foi igual a 0,662, conforme a Tabela 12.
Tabela 12. Resultado da Análise de Variância Molecular (AMOVA) para Ocimum selloi.
FV GL SQ Porcentagem total
da variação
P
Estatística
φ
φφ
φ
Entre
populações
03 788,522 66,20% (<0,001)
φ
ST
=0,66197
Dentro de
populações
43 498,627 33,80% (<0,001)
1-φ
ST
=0,33803
TOTAL
46 1287,149
Segundo a análise AMOVA, praticamente toda variabilidade da
espécie Ocimum selloi é representada pela variabilidade interpopulacional. Segundo
Sobierajski (2004) a distribuição da diversidade genética entre e dentro de populações pode
ser influenciada por fatores tais como sistema reprodutivo, distribuição geográfica,
mecanismos de dispersão de sementes e pólen, seleção natural, deriva genética, mutação e
característica de historia de vida, tais como efeito fundador, efeito gargalo e intervenções
antrópicas.
Uma primeira interpretação que poderia ser feita para estes
resultados é que houve uma indicação de restrição de fluxo gênico entre os acessos das
diferentes localidades. Assim, essa possível restrição ao fluxo gênico poderia ser devida a
algum mecanismo de cruzamento preferencial entre as plantas. Uma outra explicação para
esses resultados pode estar relacionada com o sistema reprodutivo desta espécie. Segundo
63
os autores Hamrick (1983) e Hamrick & Godt (1989) espécies de fecundação cruzada
mantêm a maior parte de sua variabilidade genética distribuída dentro de populações,
diferentes das espécies de autofecundação, onde a maior parte está entre populações. Nass
et al. (2001) ressaltam que normalmente, em termos de sistema reprodutivo, as plantas que
se reproduzem sexuadamente podem ser classificadas em alógamas ou autógamas, a
depender da taxa de autofecundação ou de fecundação cruzada. Essas taxas, no entanto,
podem variar de 0 a 100%. As populações que apresentam grau intermediário de
autofecundação, ou seja, entre 5 a 95%, são denominadas de mistas. Atualmente sabe-se
que muitas espécies nativas e economicamente importantes possuem cruzamento misto de
reprodução, como por exemplo, a melância, o eucalipto, o algodão, a abóbora, a nativa
cagaiteira entre outras.
De acordo com os resultados apresentados no item 7.3.3.2 da
biologia reprodutiva de Ocimum selloi, o sistema reprodutivo desta espécie é do tipo misto
com predomínio de autogamia. Sendo assim, pode-se afirmar que a autopolinização de
Ocimum selloi explica o fato de toda diversidade estar localizada entre as populações
(variabilidade interpopulacional).
Uma outra explicação ainda para esses resultados, poderia ser que
apesar dessa variabilidade significativa captada por marcadores RAPD, essas plantas
poderiam estar em desequilíbrio de ligação devido a um possível efeito fundador. Segundo
Futuyma (1992), se ocorre a colonização, por poucos indivíduos, de uma ilha ou fragmento
de um novo habitat não ocupado anteriormente por uma espécie, todos os genes da
população originada derivarão dos poucos fundadores e de mutações e imigrantes
subseqüentes. Assim, o efeito de fundador pode ser descrito como a alteração inicial nas
freqüências alélicas por deriva genética, que promovem uma cadeia de mudanças genéticas
em outros locos. Ou seja, partindo da hipótese que estas populações tenham sido fundadas
um tempo relativamente curto, ou tenham sofrido imigração de indivíduos com
características fenotípicas diferentes, possibilidade de que ainda não tenha havido tempo
necessário para alguns locos entrarem em equilíbrio de ligação.
64
7.5. Caracterização Química dos Óleos Essenciais
Para a análise da comparação da composição química dos óleos
essenciais dentro das populações (nativa e cultivadas) considerou-se os compostos cuja
proporção relativa entre os acessos era superior a 2%, e para a analise comparativa entre as
populações nativas considerou-se apenas as substâncias comuns nas quatro populações
estudadas que apresentavam a proporção relativa superior a 2%.
7.5.1. Resultados
7.5.1.1. Populações nativas das quatro regiões de coleta
Os óleos essenciais dos acessos de Ocimum selloi provenientes da
população nativa de Apiaí e Piquete, estado de São Paulo, Colombo, estado do Paraná, e
Camanducaia, estado de Minas Gerais, apresentaram divergências em relação à proporção
relativa das substâncias, cujas estruturas estão representadas no Apêndice 3.
De acordo com os resultados demonstrados na Tabela 13 da análise de
variância das substâncias dos óleos essenciais em comum nas quatro populações nativas das
regiões de Piquete/SP, Apiaí/SP, Colombo/PR e Camanducaia/MG, observou-se que:
As populações de Apiaí/SP, Colombo/PR e Camanducaia/MG
apresentaram a elemicina como substância majoritária, um fenilpropanóide, possuindo como
precursor o ácido chiquímico, enquanto a população de Piquete/SP apresentou o germacreno
D, composto sesquiterpênico, resultante do acoplamento de isopentenil-PP e dimetilalil-PP
(Apêndice 4).
A substância trans-α-bergamotemo apresentou diferença estatística
significativa entre as populações nativas, mostrando que ocorreu uma redução de 97%, 89% e
22% na proporção relativa média das populações de Apiaí/SP, Colombo/PR e
Camanducaia/MG (0,39; 1,72 e 11,88%, respectivamente) com relação a população de
Piquete/SP (15,19%).
Outra substância que merece destaque é o metileugenol, encontrado
em proporção relativa média 99%, 97% e 77% inferior nas populações de Camanducaia/MG,
Apiaí/SP e Piquete/SP (0,04; 0,46 e 3,35%, respectivamente), quando comparado com a
população de Colombo/PR (17,22%).
65
A substância elemicina apresentou um maior teor para a população de
Camanducaia/MG. As demais substâncias apresentaram diferenças significativas para uma ou
outra população.
Tabela 13. Teste de comparação de médias (%) das substâncias dos óleos essenciais em
comum nas quatro regiões de coleta população Nativa (Apiaí/SP, Colombo/PR,
Camanducaia/MG e Piquete/SP).
Substância População Nativa
Piquete/SP Apiaí/SP Colombo/PR
Camanducaia/MG
α
αα
α-copaeno
1,90b 3,82a 2,49b 0,95c
metileugenol
3,35b 0,46b 17,22a 0,04b
trans-cariofileno
3,92c 5,17b 7,92a 4,56bc
trans-α
αα
α-bergamotemo
15,19a 0,39d 1,72c 11,88b
germacreno D
26,13a 9,35c 9,17c 15,64b
β
ββ
β-selineno
1,95bc 13,50a 4,16b 1,10c
biciclogermacreno
11,62a 9,27b 6,53c 11,48a
(E,E)-α
αα
α-farneseno
3,07b 4,12b 6,42a 4,00b
δ
δδ
δ-cadineno
2,25bc 4,12a 2,77b 1,28c
elemicina
18,24c 23,12bc 25,67b 36,99a
espatulenol
0,23c 3,88a 3,14b 1,05c
óxido de cariofileno
0,08c 8,74a 4,89b 0,44c
* Letras diferentes numa mesma linha mostram diferenças significativas entre si a 5% de probabilidade pelo
teste Tukey.
A análise de Componentes Principais (ACP) aplicada à composição
química do óleo essencial para os compostos mais abundantes em comum nas quatro regiões
de coleta dos acessos de Ocimum selloi das populações nativas, exprimiu 99% da variância
total e reproduziu a separação das populações das quatro localidades, em quatro grupos: A:
população de Apiaí/SP; B: população de Colombo/PR; C: população de Piquete/SP e D:
população de Camanducaia/MG. As variáveis fornecidas pelo círculo de correlação de
variáveis (CPA) permitiram identificar quais substâncias foram responsáveis pela
discriminação das quatro diferentes regiões. A separação das populações nesses grupos foi
estabelecida a partir dos seguintes componentes: grupo A: α-copaeno, β-selineno,
biciclogermacreno e óxido de cariofileno, grupo B: metileugenol; grupo C: germacreno D, e
grupo D: elemicina (Figura 25).
66
Figura 25. Análise de componentes principais (ACP) aplicados à composição química do óleo
essencial para os compostos majoritários representando a distribuição das populações nativas
de Ocimum selloi Benth.
Figura 1
(80%)
(19%)
Onde : CLNAT = pop. Colombo/PR nativa; CMNAT = pop. Camanducaia/MG nativa;
PQNAT = pop. Piquete/SP nativa; APNAT = pop. Apiaí/SP nativa; elem = elemicina;
biciclo = biciclogermacreno; ox cariof = óxido de cariofileno; germ = germacreno D;
metileug = metileugenol; cariof = cariofileno; copaeno = α-copaeno; selineno = β-
selineno; t-ocimeno = trans-β-ocimeno.
As letras A, B, C e D representam os grupos formados e quais compostos discriminaram
as populações.
D
C
A
B
D
A
C
(80%)
(19%)
B
(80%)
(19%)
67
7.5.1.2. População de Apiaí/SP (Nativa e Cultivada)
Os óleos essenciais dos acessos de Ocimum selloi oriundos da
população nativa de Apiaí, estado de São Paulo, apresentaram divergências em relação à
proporção relativa das substâncias. Foram identificadas 19 substâncias dos óleos essenciais
dos acessos de Ocimum selloi das populações nativa e cultivadas da 1ª, 2ª, e colheita,
conforme demonstrado nas Tabelas 14 e 15 (Apêndice 5).
De acordo com a Tabela 16 observa-se divergência na proporção
relativa das substâncias das plantas cultivadas (1ª a colheitas) em relação à população
nativa. Para a população nativa e para os acessos cultivados em Campinas/SP da e
colheita, a elemicina (22,68%, 28,70% e 32,90%, respectivamente) foi à substância mais
abundante no óleo essencial, reduzindo significativamente nos acessos cultivados da e
colheita (17,08% e 14,37%). O β-selineno foi a substância mais abundante no óleo essencial
dos acessos cultivados da 1ª e 2ª colheita (18,91% e 18,28%, respectivamente).
Entre as colheitas pode-se observar um aumento significativo da
substância metileugenol (22,06% e 18,71%) nos acessos cultivados em Campinas da e
colheita, quando comparadas com os demais, que apresentou uma baixa proporção relativa
(0,31%) para a nativa ou mesmo sua ausência, como é o caso dos acessos das populações
cultivadas da 1ª e 2ª colheita.
A análise de variância dos componentes acima de 2% de proporção
relativa dos óleos essenciais (Tabela 16) apresentou diferença estatística significativa entre as
populações nativa e cultivadas (1ª, 2ª, e colheita) para a substância elemicina, sendo o
maior teor encontrado na primavera (4ª colheita).
A substância trans-cariofileno apresentou diferença estatística para as
plantas colhidas na colheita, quando comparada com a nativa, mostrando que ocorreu um
acréscimo de 4 vezes na proporção relativa da substância quando colhida no verão.
Na colheita, período correspondente ao inverno, houve um aumento
significativo no teor dio do espatulenol e do óxido de cariofileno em relação as plantas
nativas, enquanto as demais substâncias apresentaram diferença para uma ou outra época de
colheita.
68
Tabela 16. Teste de comparação de médias (%) dos óleos essenciais dos acessos da população
de O. selloi provenientes de Apiaí/SP e cultivadas em Campinas/SP.
Substâncias
Pop. Apiaí/SP **
Nativa Cultivada
Cultivada
Cultivada
Cultivada
1ª Colh. 2ª Colh. 3ª Colh. 4ª Colh.
Verão Inverno Verão Outono Primavera
α
αα
α-copaeno
3,42b 3,73ab 3,98a 1,63d 2,52c
metileugenol
0,31c - - 22,06a 18,71b
trans-cariofileno
5,69b 6,26b 9,45a 5,74b 5,11b
germacreno D
8,73b 5,26c 11,80a 8,46b 5,35c
β
ββ
β-selineno
17,13b 18,91a 18,28ab 8,11c 7,33c
biciclogermacreno
10,13b 8,49bc 13,37a 7,68c 5,18d
(E,E)-α
αα
α-farneseno
3,98a 2,14bc 3,23ab 4,43a 1,60c
δ
δδ
δ-cadineno
3,61b 2,08c 4,82a 3,40b 1,81c
elemicina
22,68c 17,08d 14,37e 28,70b 32,90a
espatulenol
2,92bc 9,96a 3,40b 1,14c 4,60b
óxido de cariofileno
8,30b 12,77a 6,84bc 2,55d 4,42cd
* Letras diferentes numa mesma linha mostram diferenças significativas entre si a 5% de
probabilidade pelo teste Tukey; **Médias; (-) = ausência da substância;
7.5.1.3. População de Piquete/SP (Nativa e Cultivada)
Foram identificadas 22 substâncias dos óleos essenciais dos acessos de
Ocimum selloi das populações nativa e cultivada em Campinas/SP da , 2ª, e colheita,
oriundos da população de Piquete, estado de São Paulo, conforme demonstra as Tabelas 17 e
18 (Apêndice 6).
De acordo com a Tabela 19 a população nativa apresentou como
substância mais abundante o germacreno D (26,22%), enquanto para as cultivadas, 1ª, e
colheita, a elemicina (38,70%, 35,46% e 26,22%). Já os acessos cultivados em Campinas da 2ª
colheita apresentaram como substância mais abundante o trans-α-bergamotemo (21,13%).
A análise de variância (Tabela 19) dos componentes acima de 2% da
proporção relativa dos óleos essenciais mostrou efeito significativo entre as populações nativa
69
e cultivadas (1ª, 2ª, e colheita) para as substâncias α-copaeno, δ-cadineno, elemicina e
óxido de cariofileno.
As substâncias germacreno D, biciclogermacreno, (E,E)-α-farneseno e
δ-cadineno apresentaram redução na proporção relativa média quando comparada com a
população nativa. A melhor época de colheita para essas substâncias foi o inverno.
Para a substância trans-cariofileno, a colheita que proporcionou seu
maior teor foi a colheita (verão), diferindo das demais e apresentando proporção relativa
média menor para a população nativa.
Outra substância que teve sua porcentagem relativa média aumentada
em mais de 50%, foi o metileugenol, que apresentou maior teor (9,99 e 10,34%,
respectivamente) no outono e primavera (3ª e colheita), com relação a população nativa
(4,76%). As demais substâncias apresentaram diferença para uma ou outra época de colheita.
Tabela 19. Teste de comparação de médias (%) dos óleos essenciais dos acessos da população
de O. selloi provenientes de Piquete/SP e cultivadas em Campinas/SP.
Substância
Pop. Piquete/SP **
Nativa Cultivada
Cultivada
Cultivada
Cultivada
1ª Colh. 2ª Colh. 3ª Colh. 4ª Colh.
Inverno
Verão Verão Outono Primavera
α
αα
α-copaeno
1,91b 0,72d 0,99c 0,38e 2,08a
β
ββ
β-elemeno
1,77b 1,24c 2,28a 0,38d 1,12c
metileugenol
4,76d 4,93d 5,45c 9,99b 10,34a
trans-cariofileno
3,89d 4,56b 7,13a 4,36c 4,49b
trans-α
αα
α-bergamotemo
15,49c 17,71b 21,13a 17,39b 8,22d
germacreno D
26,22a 12,31cd 19,11b 12,85c 11,79d
β
ββ
β-selineno
1,77bc 1,56c 2,52a 2,02b 1,44c
biciclogermacreno
10,81a 6,45d 9,21b 7,51c 6,35d
(E,E)-α
αα
α-farneseno
3,49a 1,91cd 2,50b 1,81d 2,10c
δ
δδ
δ-cadineno
2,25a 0,62e 0,81d 1,23b 1,07c
elemicina
17,39d 38,70a 14,24e 35,46b 26,22c
espatulenol
0,20d 0,55c 1,80b 0,27d 6,82a
óxido de cariofileno
0,09e 0,28c 1,83b 0,17d 3,17a
* Letras diferentes numa mesma linha mostram diferenças significativas entre si a 5% de
probabilidade pelo teste Tukey; **Médias;
70
7.5.1.4. População de Colombo/PR (Nativa e Cultivada)
Os óleos essenciais dos acessos de Ocimum selloi oriundos das
populações nativa e cultivada de Colombo, estado do Paraná, assim como as populações do
estado de São Paulo, apresentaram divergências em relação à proporção relativa das
substâncias. Foram identificadas 19 componentes para os acessos de O.selloi das populações
nativa, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª colheita, conforme mostram as Tabelas 20 e 21 (Apêndice 7).
Conforme demonstrado na Tabela 22, a população nativa e as
cultivadas em Campinas/SP da 2ª, 3ª e 4ª colheita, apresentaram como substâncias mais
abundantes a elemicina (33,23%, 18,72%, 34,46% e 31,06%), o metileugenol (12,10%,
11,66%, 18,57% e 12,34%) e o germacreno D (8,75%, 11,39%, 10,01% e 12,31%,
respectivamente), enquanto que a cultivada da colheita apresentou as mesmas substâncias
mas em proporções diferentes, sendo a mais abundante o germacreno D com 19,60%, seguida
pela elemicina com 15,67% e pelo metileugenol com 10,65%.
A análise de variância (Tabela 22) dos componentes acima de 2% da
proporção relativa dos óleos essenciais apresentou diferença estatística significativa entre as
populações cultivadas (1ª, 2ª, e colheita) com relação a população nativa para uma ou
outra época de colheita.
A substância biciclogermacreno apresentou diferença estatística para
as plantas colhidas na 1ª colheita, quando comparada com a nativa, mostrando que ocorreu um
acréscimo na proporção relativa da substância quando colhida no inverno.
Outras substâncias que também apresentaram um aumento
na proporção relativa média foram o metileugenol e elemicina (18,57 e 34,46%,
respectivamente) quando comparada com a população nativa (12,10 e 33,23%), mostrando que
neste caso o outono (3ª colheita) foi a melhor época de colheita para essas substâncias.
O β-selineno e o óxido de cariofileno tiveram suas porcentagens
relativas médias superiores à da população nativa, na colheita, com redução significativa
nas demais colheitas. Para o β-selineno a época referente ao outono, 3ª colheita, foi a que mais
se aproximou das plantas nativas, enquanto que no inverno e na primavera a porcentagem
média foi inferior. Para essas substâncias, a melhor época de colheita foi, portanto, o verão.
71
Tabela 22. Teste de comparação de médias (%) dos óleos essenciais dos acessos da população
de O.selloi provenientes de Colombo/PR e cultivadas em Campinas/SP.
Substância
Pop. Colombo/PR **
Nativa Cultivada
Cultivada
Cultivada
Cultivada
1ºColh. 2ºColh. 3ºColh. 4ºColh.
Verão Inverno Verão Outono Primavera
α
αα
α-copaeno
2,65b 3,10a 2,95a 1,74c 2,92a
metileugenol
12,10bc
10,65d 11,66c 18,57a 12,34b
trans-cariofileno
6,34ab 6,10ab 6,57a 5,69bc 5,08c
trans-α
αα
α-bergamotemo
1,55b 0,43d 1,18c 2,32a 2,23a
germacreno D
8,75d 19,60a 11,39bc 10,01cd 12,31b
β
ββ
β-selineno
5,29b 3,57c 8,77a 5,96b 4,31c
biciclogermacreno
6,59b 9,82a 6,88b 6,27b 6,69b
(E,E)-α
αα
α-farneseno
6,04a 6,61a 2,98b 3,95b 2,49b
δ
δδ
δ-cadineno
2,59b 3,30a 3,04ab 2,83ab 2,75b
elemicina
33,23ab
15,67d 18,72c 34,46a 31,06b
espatulenol
3,24b 5,17a 4,42ab 1,23c 4,41ab
óxido de cariofileno
4,26b 3,50bc 10,11a 1,84d 2,71cd
* Letras diferentes numa mesma linha mostram diferenças significativas entre si a 5% de
probabilidade pelo teste Tukey; **Médias;
7.5.1.5. População de Camanducaia/MG (Nativa e Cultivada)
Foram identificadas 20 substâncias para os acessos de O. selloi das
populações nativa, 1ª, 2ª, e colheita. A composição química dos óleos essenciais das
populações nativa e cultivadas, assim como as populações das outras regiões (Apiaí e
Piquete/SP e Colombo/PR), apresentaram divergências, entre si, em relação à proporção
relativa das substâncias, conforme mostram as Tabelas 23 e 24 (Apêndice 8).
De acordo com a Tabela 25, os acessos da população nativa de
Camanducaia, estado de Minas Gerais, apresentou como substâncias majoritárias a elemicina
(39,88%), o germacreno D (14,66%), o trans-α-bergamotemo (11,75%) e o biciclogermacreno
(11,07%). Já os acessos da população cultivada (1ª, 2ª e 3ª colheita) as substâncias majoritárias
72
foram a elemicina (60,08%, 54,32% e 69,99%), o trans-α-bergamotemo (11,19%, 11,98% e
9,76%), o germacreno D (7,96%, 9,83% e 6,75%) e o biciclogermacreno (4,84%, 6,24% e
3,16%, respectivamente), enquanto na colheita apresentou a elemicina (37,40%), o
germacreno D (18,46%), o biciclogermacreno (9,28%) e o trans-α-bergamotemo (5,78%).
Ao contrário das demais populações (Apiaí, Piquete e Colombo) a
população de Camanducaia, apresentou como principal componente, tanto para a população
nativa como para cultivada (1ª, 2ª, 3ª e 4ª colheita) a elemicina.
Entre as colheitas pode-se observar um aumento significativo da
substância metileugenol (3,00%) nos acessos cultivados em Campinas da colheita, quando
comparadas com os demais, que apresentaram um descréscimo na proporção relativa (1,17%,
0,77% e 0,04%) para as plantas da 2ª, colheita e nativa, respectivamente, ou mesmo sua
ausência, como é o caso dos acessos da população cultivada da 1ª colheita.
A análise de variância (Tabela 25) dos componentes acima de 2% da
proporção relativa dos óleos essenciais apresentou diferença estatística significativa entre as
populações nativa e cultivada (1ª, 2ª, e colheita) para as substâncias trans-β-ocimeno,
trans-cariofileno, α-guaieno, germacreno D, biciclogermacreno, (E,E)-α-farneseno e
elemicina.
O trans-cariofileno e o biciclogermacreno apresentaram uma redução
na proporção relativa média quando comparada com a população nativa.
Para a elemicina, a época de colheita que proporcionou seu maior teor
foi a 3ª Colheita, mostrando ser o outono a melhor época de colheita para essa substância.
73
Tabela 25. Teste de comparação de médias (%) dos óleos essenciais dos acessos da população
de O.selloi provenientes de Camanducaia/MG e cultivadas em Campinas/SP.
Substâncias
Pop. Camanducaia/MG **
Nativa Cultivada
Cultivada
Cultivada
Cultivada
1ª Colh. 2ª Colh. 3ª Colh. 4ª Colh.
Inverno
Verão Primavera
Outono Primavera
trans-β
ββ
β-ocimeno
2,02d 3,64b 4,71a 1,61e 2,51c
metileugenol
0,04d - 1,17b 0,77c 3,00a
trans-cariofileno
4,39a 2,82d 2,96c 1,71e 4,22b
trans-α
αα
α-bergamotemo
11,75a 11,19b 11,98a 9,76c 5,78d
α
αα
α-guaieno
1,69b 1,23d 1,35c 0,86e 2,11a
germacreno D
14,66b 7,96d 9,83c 6,75e 18,46a
biciclogermacreno
11,07a 4,84d 6,24c 3,16e 9,28b
(E,E)-α
αα
α-farneseno
3,79b 2,05d 2,61c 1,87e 4,43a
elemicina
39,88d 60,08b 54,32c 69,99a 37,40e
* Letras diferentes numa mesma linha mostram diferenças significativas entre si a 5% de
probabilidade pelo teste Tukey; **Médias; (-) = ausência da substância;
7.5.2. Discussão
Por meio dos resultados da composição química do óleo essencial de
Ocimum selloi de cada população, pode-se afirmar que as divergências observadas neste
estudo, podem estar relacionadas, principalmente, ao genótipo de cada acesso, ou mesmo, da
interação da sua constituição genética com o ambiente (fenótipo), que o ambiente contribui
na regulação da expressão de diferentes genes.
Porém, estas variações podem não estar unicamente associadas a
diferenças genéticas, outros fatores de grande relevância, devem ser levados em consideração
devido às divergências observadas da espécie estudada, dentre eles o estádio fisiológico dos
acessos, pois os acessos cultivados em Campinas/SP estavam em estádio reprodutivo (com
flor) quando colhidos, enquanto que as nativas no habitat natural se encontravam em estádio
74
vegetativo (sem flor); a ontogenia (idade das plantas); e, os fatores edafo-climáticos
(temperatura, umidade relativa, solo, luminosidade) em relação à região de origem ou época
de colheita (primavera, verão, outono e inverno).
Existem relatos na literatura que permitem constatar variações,
qualitativa e quantitativa, nos constituintes químicos do óleo essencial e suas concentrações
em diversas espécies medicinais, inclusive na espécie Ocimum selloi, devido à influência de
diversos fatores.
Martins (1998) realizou a caracterização isoenzimática, morfologia e a
análise da composição química dos óleos essenciais das inflorescências e caules jovens com
folhas de O. selloi oriundas de dois acessos diferentes (A e B), sendo acesso A proveniente de
Viçosa/MG e acesso B proveniente de Tiradentes/MG, e submetidas às mesmas condições de
cultivo. O autor comprovou ser o estragol ou metilchavicol o principal componente do óleo
essencial do acesso A (81,81%: inflorescência; 80,70%: caule+folha) e o metileugenol no
acesso B (63,00% e 63,08%), notando-se a ausência do estragol neste último acesso. No óleo
essencial do acesso A, foi detectada a presença de metileugenol, em pequenas concentrações
(0,79% e 1,13%). Além dessas diferenças na composição química, os autores observaram
diferenças morfológicas e bioquímicas entre os acessos, estabelecendo duas variedades
taxonômicas para a espécie.
Vieira & Simon (2000), estudando duas variedades de O. selloi
provenientes de Botucatu, São Paulo e Campos, Rio de Janeiro, encontraram 38,9% e 30,6%,
respectivamente, de estragol. Outros componetes importantes detectados por estes
pesquisadores nas duas variedades foram, respectivamente, o α-cariofileno (7,3% e 9,5%), o
bisaboleno (10% e 6,1%) e o timol (4,3 % e 7,9%).
Morais et al. (2002), em estudos sobre a composição química do óleo
essencial de folhas de duas amostras de Ocimum selloi, sendo a primeira oriunda de população
espontânea, coletada no Parae a segunda, oriunda do mesmo acesso, porém, cultivada em
Botucatu/SP, observaram a ausência de anetol em ambas as amostras. O óleo essencial da
amostra um apresentou como substância majoritária, a elemicina (43,66%). A amostra dois
também apresentou a elemicina, porém, em concentração inferior (15,28%) à amostra um,
tendo como composto majoritário o germacreno-D (19,32%). Segundo os autores, a diferença
75
no teor de elemicina pode ser devida ao fato da planta cultivada, não estar ainda adaptada as
condições edafo-climáticas do novo ambiente no qual se encontra.
Em um outro estudo também realizado por Morais et al. (2002) da
análise dos óleos essenciais das inflorescências (coletadas no inverno) e folhas de O. selloi
(coletadas em duas épocas inverno e verão), oriundas de Botucatu, estado de São Paulo, os
óleos essenciais apresentaram como componentes majoritários o trans-anetol (41.34%; 45.42
%; 58.59 %) e metilchavicol (27.10%; 24.14%; 29.96%). Foram identificados ainda o cis-anetol
(4,54%; 3,95%; 2.96%) e vários sesquiterpenos, sendo os mais abundantes o trans-cariofileno
(3.47%; 1,83%; 080%), o germacreno D (1,81%; 4,21%; 0,94) e o β–selineno (3.3.4%; 4.14%;
0.93%). Excluindo-se o trans-anetol e metilchavicol, observou-se diferença na proporção
relativa das substâncias em função da sazonalidade, sendo menor para a coleta efetuada no mês
de janeiro de 2001. Através desses dados, os autores, concluíram que o acesso de Botucatu/SP
consiste em um outro quimiotipo de Ocimum selloi.
Paula et al. (2003) em estudo sobre a composição quimica, perfil
toxicológico e ação repelente do óleo essencial de O. selloi coletado em Ponta Grossa/PR
mostram que os principais constituintes do óleo volátil analisado por cromatografia capilar de
alta resolução acoplada ao detector de massa (GC-MS/MSD) foram o metilchavicol ou
estragol (55,3%), o trans-anetol (34,2%), o cis-anetol (3,9%) e o trans-cariofileno (2,1%).
Estudos realizados com outras espécies do gênero Ocimum mostraram
diferenças marcantes entre espécies quanto à composição química dos óleos essenciais. No
caso do óleo volátil de O. basilicum, Vieira & Simon (2000) encontraram diferenças na
composição química entre duas variedades estudadas, tendo encontrado, em uma das
variedades, 46,3% de metil-cinamato, e na outra, 50% de linalol e 40% de metil-chavicol.
Cimanga et al. (2002) observaram que, nos óleos essenciais extraídos das folhas de O.
americanum L. e de O. gratissimum L., o timol constitui o componente principal,
correspondendo a 43,4% e 53,2% dos óleos, respectivamente. Fernandes et al. (2004)
avaliaram a produtividade de duas espécies de manjericão, de folha estreita (Ocimum
minimum L.) e de folha larga (Ocimum basilicum L.) em ambiente protegido. Os autores
relatam que o linalol foi a substância mais abundante nas espécies estudadas, tanto de folha
estreita (44,3% a 59,8%) quanto no de folha larga (22,7% a 37,4%) e o trans-α-bergamoteno
76
a segunda substância mais abundante nas duas espécies, atingindo teores mais elevados no
manjericão de folha larga (19,7% a 13,1%).
Outro fator que se deve levar em consideração, é a origem dos acessos
de Ocimum selloi das diferentes localidades do presente estudo.
Os materiais vegetais, considerados acessos, foram coletados em
diferentes regiões, em diferentes condições edafo-climáticas das plantas cultivadas em telado
na unidade de Fitoquímica do Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do Instituto
Agronômico (IAC), podendo estes acessos em resposta adaptativa às condições ambientais em
que estiveram expostas, sofrerem divergências químicas devido a modulação do metabolismo
das plantas pelo ambiente em que foram inseridas (plasticidade fenotípica).
Kamada et al. (2000) realizaram um estudo sobre a plasticidade
fenotípica da composição química do óleo essencial de Ocimum basilicum e por meio deste
comprovaram que a plasticidade fenotípica é uma característica marcante da espécie, e que os
óleos essenciais são extremamente variáveis, sendo que dentro de uma mesma população as
composições podem não ser homogêneas. Silva (2003) realizou um estudo sobre a
variabilidade genética e fitoquímica de Casearia sylvestris de populações do cerrado e mata
atlântica do estado de São Paulo e a partir das variações observadas para a espécie, em
especial o teor de rutina, que há existência de plasticidade fenotípica.
Através da análise de coordenadas principais, pode-se ainda constatar,
que os acessos analisados das quatro populações (localidades diferentes) apresentaram maior
diversidade química entre as populações, ou seja, variabilidade interespecífica. Esses resultados
são concordantes com o relatado no item 7.4, onde observou-se que a diversidade genética
também esta localizada entre as populações (variabilidade interpopulacional).
Esses resultados divergem dos obtidos por Facanali (2004) que realizou
a caracterização da diversidade genética por RAPD e da composição química dos óleos
essenciais de três populações naturais de Ocimum selloi Benth., provenientes de Iporanga e
Piquete, estado de São Paulo e Adrianópolis, estado do Paraná, onde os resultados revelaram
forte diversidade genética e química dentro das populações (variabilidade intraespecifica)
separando os acessos em 4 grupos (quimiotipos): (1) quimiotipo metilchavicol: trans-anetol,
formado por acessos de Iporanga e Adrianópolis; (2) quimiotipo metileugenol, formado por
acessos de Iporanga e Piquete; (3) quimiotipo germacreno D: trans-α-bergamoteno:
77
biciclogermacreno: (E,E)-α-farneseno, formado por acessos de Piquete; e (4) quimiotipo
elemicina: β-selineno: β-copaen-4-α-ol: trans-cariofileno, formado por acessos de Adrianópolis
e Iporanga.
78
8. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos neste trabalho permitem concluir que:
- Sob o ponto de vista químico e genético as populações mais
próximas são Colombo/PR, Apiaí/SP e Camanducaia/MG e a mais distante Piquete/SP.
- As populações (nativas e cultivadas) apresentaram os mesmos
constituintes químicos, porém com diferentes proporções relativas.
- Houve separação das populações nativas em dois grupos, um
formado por Apiaí/SP, Colombo/PR e Camanducaia/MG tendo como constituinte
majoritário a elemicina, e o outro formado pela população de Piquete/SP apresentando o
germacreno D como composto majoritário.
- Para as plantas cultivadas em Campinas/SP a composição
química dos acessos da população de Camanducaia/MG foi mais estável que as demais
populações: Colombo/PR, Apiaí/SP e Piquete/SP.
- Em relação à diversidade genética observou-se uma maior
variabilidade genética interpopulacional (entre populações) do que intrapopulacional
(dentro de populações).
79
- De acordo com os estudos da biologia reprodutiva de Ocimum
selloi conclui-se que a espécie apresenta um sistema reprodutivo misto com predominância
de autogamia, com sistema reprodutivo denominado cleistogamia, sendo este um fato que
justifica a maior diversidade genética entre as populações.
- Houve concordância entre o estudo reprodutivo, a caracterização
molecular e química dos acessos de Ocimum selloi Benth. das quatro diferentes regiões.
80
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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93
APÊNDICE
94
Apêndice 1. Relação das coordenadas geográficas e altitude de todos os acessos de
Ocimum selloi Benth. das quatro diferentes regiões de coleta.
População Acesso Latitude Longitude Altitude (M)
PQ 01 S 22º 36' 26,9'' WO 45º 14' 03,6'' 875
Piquete/SP
PQ 02 S 22º 36' 25,5'' WO 45º 14' 09,0'' 875
PQ 03 S 22º 36' 25,5'' WO 45º 14' 09,0'' 875
PQ 04 S 22º 36' 25,5'' WO 45º 14' 09,0'' 875
PQ 05 S 22º 36' 25,2'' WO 45º 14' 09,0'' 887
PQ 06 S 22º 36' 25,5'' WO 45º 14' 09,8'' 887
PQ 07 S 22º 36' 22,0'' WO 45º 14' 14,0'' 890
PQ 08 S 22º 36' 23,5'' WO 45º 14' 14,6'' 959
PQ 09 S 22º 36' 23,3'' WO 45º 14' 14,8'' 956
PQ 10 S 22º 36' 23,3'' WO 45º 14' 14,7'' 958
PQ 11 S 22º 36' 23,3'' WO 45º 14' 14,7'' 958
PQ 12 S 22º 36' 26,1'' WO 45º 14' 09,1'' 938
PQ 13 S 22º 36' 26,3'' WO 45º 14' 08,8'' 948
PQ 14 S 22º 36' 29,9'' WO 45º 13' 59,1'' 918
PQ 15 S 22º 36' 29,9'' WO 45º 13' 59,1'' 918
PQ 16 S 22º 36' 30,2'' WO 45º 13' 57,4'' 901
PQ 17 S 22º 36' 30,5'' WO 45º 13' 56,9'' 912
PQ 18 S 22º 36' 30,8'' WO 45º 13' 57,5'' 873
PQ 19 S 22º 36' 37,3'' WO 45º 13' 53,9'' 891
PQ 20 S 22º 36' 44,2'' WO 45º 13' 50,4'' 869
CL 01 S 25º 17' 52,8'' WO 49º 11' 72,2'' 1003
Colombo/PR
CL 02 S 25º 17' 53,2'' WO 49º 11' 71,8'' 1005
CL 03 S 25º 17' 53,5'' WO 49º 11' 71,4'' 1004
CL 04 S 25º 17' 54,9'' WO 49º 11' 70,3'' 1005
CL 05 S 25º 17' 55,7'' WO 49º 11' 69,9'' 1001
CL 06 S 25º 17' 57,7'' WO 49º 11' 69,9'' 1001
CL 07 S 25º 17' 56,2'' WO 49º 11' 68,7'' 1009
CL 08 S 25º 17' 57,1'' WO 49º 11' 68,1'' 1009
CL 09 S 25º 17' 57,2'' WO 49º 11' 67,4'' 1012
CL 10 S 25º 17' 57,1'' WO 49º 11' 67,1'' 1015
CL 11 S 25º 17' 57,6'' WO 49º 11' 66,6'' 1015
CL 12 S 25º 17' 57,7'' WO 49º 11' 65,9'' 1012
CL 13 S 25º 17' 58,4'' WO 49º 11' 65,4'' 1015
CL 14 S 25º 17' 59,2'' WO 49º 11' 65,3'' 1016
95
Continuação do Apêndice 1.
População Acesso Latitude Longitude Altitude (m)
CL 15 S 25º 17' 59,4'' WO 49º 11' 65,4'' 1017
Colombo/PR
CL 16 S 25º 17' 59,0'' WO 49º 11' 65,7'' 1017
CL 17 S 25º 17' 59,4'' WO 49º 11' 65,6'' 1014
CL 18 S 25º 17' 59,4'' WO 49º 11' 65,9'' 1013
CL 19 S 25º 17' 59,7'' WO 49º 11' 65,9'' 1010
CL 20 S 25º 17' 60,5'' WO 49º 11' 66,0'' 1008
CL 21 S 25º 17' 60,6'' WO 49º 11' 66,8'' 1004
CL 22 S 25º 17' 60,3'' WO 49º 11' 66,6'' 999
CL 23 S 25º 17' 60,4'' WO 49º 11' 68,6'' 998
CL 24 S 25º 17' 59,0'' WO 49º 11' 69,8'' 992
CL 25 S 25º 17' 57,5'' WO 49º 11' 71,0'' 992
AP 01 S 24º 32' 20,0'' WO 48º 48' 30,1'' 822
Apiaí/SP
AP 02 S 24º 32' 20,1'' WO 48º 48' 30,2'' 828
AP 03 S 24º 32' 20,3'' WO 48º 48' 30,3'' 826
AP 04 S 24º 32' 20,5'' WO 48º 48' 30,5'' 830
AP 05 S 24º 32' 20,4'' WO 48º 48' 30,9'' 833
AP 06 S 24º 32' 20,2'' WO 48º 48' 30,2'' 830
AP 07 S 24º 32' 20,1'' WO 48º 48' 30,2'' 827
AP 08 S 24º 32' 20,2'' WO 48º 48' 30,3'' 833
AP 09 S 24º 32' 20,5'' WO 48º 48' 30,3'' 826
AP 10 S 24º 32' 20,6'' WO 48º 48' 29,8'' 822
AP 11 S 24º 32' 20,7'' WO 48º 48' 30,0'' 821
AP 12 S 24º 32' 20,5'' WO 48º 48' 30,1'' 822
AP 13 S 24º 32' 20,6'' WO 48º 48' 30,2'' 823
AP 14 S 24º 32' 20,7'' WO 48º 48' 30,0'' 823
AP 15 S 24º 32' 20,6'' WO 48º 48' 30,3'' 824
AP 16 S 24º 32' 19,9'' WO 48º 48' 28,1'' 843
AP 17 S 24º 32' 20,1'' WO 48º 48' 27,9'' 841
AP 18 S 24º 32' 19,8'' WO 48º 48' 27,8'' 838
AP 19 S 24º 32' 19,9'' WO 48º 48' 28,3'' 839
AP 20 S 24º 32' 20,1'' WO 48º 48' 28,4'' 836
AP 21 S 24º 32' 20,3'' WO 48º 48' 27,8'' 842
AP 22 S 24º 32' 20,0'' WO 48º 48' 27,9'' 843
96
Continuação do Apêndice 1.
População Acesso Latitude Longitude Altitude (m)
CM 01 S 22º 75' 53'' WO 46º 14' 47'' 1048
Camanducaia/MG
CM 02 - - -
CM 03 - - -
CM 04 - - -
CM 05 - - -
CM 06 - - -
CM 07 - - -
CM 08 - - -
CM 09 - - -
CM 10 - - -
Obs.: (-) ausência de dados por problemas técnicos no GPS;
97
Apêndice 2.
Protocolo de Extração Nuclear – Larga escala.
Passo I: Extração Nuclear
1. Pesar 500 mg de tecido macerado e adicionar 50 ml de tampão de Extração Nuclear
e 50 ml de mercaptoetanol em cada tubo.
2. Incubar a 65ºC com agitação a 125 rpm durante 2 horas.
3. Transferir todo o material para tubos falcon de 50 ml.
4. Centrifugar por 20 min. a 2800 rpm.
5. Descartar o conteúdo superior deixando apenas o tecido depositado ao fundo do
tubo.
6. Adicionar 10 ml de tampão de Extração de DNA.
7. Manter a -20ºC até o dia seguinte.
Passo II: Extração DNA
1. Incubar por 4 horas a 65
o
C.
2. Centrifugar a por 10 min. a 2800 rpm
3. Transferir a fase superior para outro tubo falcon de 50 ml
4. Adicionar 10 ml de clorofórmio álcool isoamílico 24:1 e agitar durante 5 min.
5. Centrifugar por 10 min à 12.000 rpm
6. Repetir as etapas 3, 4 e 5 novamente.
7. Adicionar 0,7 volume (~ 400µl ) de isopropanol (gelado). Misturar gentilmente até
formar um precipitado.
8. Centrifugar por 10 min à 12.000 rpm
9. Gentilmente descarte o máximo de sobrenadante invertendo o tubo sem perder o
pellet.
10. Suspender o pellet em 200µl de tampão TE.
11. Adicionar 1µl de RNAse e deixar overnight na bancada.
98
12. Transferir o conteúdo para tubos de 2 ml
13. Adicionar 600µl de isopropanol e 70µl de NaAc 3M pH 5,2.
14. Centrifugar por 10 min. a 12000 rpm.
15. Gentilmente descarte o máximo de sobrenadante e adicionar 250µl de etanol 70%
para lavar o precipitado, invertendo-o gentilmente.
16. Centrifugar por 10 min. a 12000 rpm.
17. Retire o máximo do etanol sem perder o pellet e deixe secar in air.
18. Suspender o precipitado em 100µl de tampão TE.
Tampão de Extração NUCLEAR
Estoque Concentração Final p/ preparar 100 mL
NaCL 5M 0,02M 0,4 mL
EDTA 0,5M 2mM 0,4 mL
Tris HCL 1M pH 8,0 15mM 1,5 mL
KCL 1M 80mM 8,0 mL
β-mercaptoetanol
0,1% 100 µl
Triton X-100 0,5% 0,5 mL
H
2
O MilliQ qsp 89,1 mL
Clorofórmio álcool isoamílico 24:1
Para preparar 100 mL de solução: 24 partes de clorofórmio + 1 parte de álcool isoamílico,
ou seja, 96 mL de clorofórmio + 4 mL de álcool isoamílico.
TE (10mM Tris HCL 1M pH 8,0/ 1mM EDTA 0,5M pH 8,0)
Para preparar 50 mL : 500µl Tris HCl 1M pH 8,0 + 100µ EDTA 0,5M e H
2
O MilliQ qsp
para completar o volume.
EDTA 0,5M pH 8,0
Para preparar 100 mL: 18,61g de EDTA + 80 mL de água ultra pura. Ajustar o pH=8,0
(NaOH) e H
2
O MilliQ qsp para completar o volume.
99
Tris HCL 1M pH 8,0
Para preparar 1L.: 60,5g de Tris base + 800 mL de água ultra pura. Ajustar o pH=8,0
(HCL) e H
2
O MilliQ qsp para completar o volume.
NaCL 5,6M
Para preparar 500 mL: 146,1g de NaCL e H
2
O MilliQ qsp para completar o volume.
100
Apêndice 3. Fórmulas estruturais das principais substâncias presentes no óleo essencial
de Ocimum selloi Benth.
101
Apêndice 4. Rota biossintética dos metabólitos secundários de Ocimum selloi Benth.
Fonte: Dewick (2002).
102
Apêndice 5.
Tabela 14. Composição Química (% média relativa) do óleo essencial de acessos da população nativa de Ocimum selloi Benth.,
provenientes de Apiaí/SP.
Substâncias
Acessos
AP 01
AP 02 AP 03
AP 04
AP 05
AP 06
AP 07 AP 08 AP 09 AP 10 AP 11
trans-β-ocimeno
tr 0,87 tr tr tr tr tr tr 0,23 tr tr
δ
δδ
δ-elemeno
tr 0,98 tr tr tr tr tr 0,31 0,99 0,20 tr
α-copaeno
1,36 3,92 4,38 2,81 2,22 3,02 3,75 3,82 4,13 1,08 1,40
β-bourboneno
tr 1,19 tr tr 0,42 0,90 1,19 1,33 1,66 0,37 0,25
β-elemeno
0,68 1,75 tr tr tr 0,64 0,88 1,12 1,75 0,35 tr
metileugenol
3,32 1,11 1,69 tr 0,61 0,59 nc tr tr tr tr
trans-cariofileno
4,92 5,70 6,67 4,32 5,81 5,57 6,40 9,61 6,47 5,23 3,53
trans-α-bergamotemo
7,27 0,09 tr tr tr tr tr tr 0,11 tr tr
α-humuleno
tr 0,43 tr tr tr tr tr tr 0,40 0,23 tr
germacreno D
11,61 11,13 9,93 6,44 9,56 7,21 6,24 12,04 10,81 6,79 5,42
β-selineno
16,10 18,22 18,86 21,66 20,11 22,71 21,35 23,26 16,57 13,62 18,30
biciclogermacreno
12,87 13,26 11,36 9,23 9,41 10,34 10,10 14,23 10,64 9,03 8,24
(E,E)-α-farneseno
2,98 8,55 4,03 3,41 1,67 3,37 2,30 4,06 4,07 4,75 1,07
δ
δδ
δ-cadineno
0,88 4,21 3,84 2,45 4,41 2,96 2,79 5,13 3,09 2,96 2,29
elemicina
21,05 16,72 6,56 11,49 5,80 10,41 19,83 7,32 18,66 24,13 26,03
espatulenol
2,07 3,76 3,11 7,00 1,45 4,41 4,30 2,05 6,20 4,13 6,27
óxido de cariofileno
6,52 5,35 8,89 21,87 10,34 14,40 12,98 7,48 8,12 10,93 14,92
* AP = população proveniente de Apiaí/SP; tr = traços ( 0,09); nc = ausência da substância;
103
Continuação da Tabela 14.
Componentes
AP 12 AP 13 AP 14 AP 15 AP 16 AP 17 AP 18 AP 19 AP 20 AP 21
trans-β-ocimeno
0,70 0,30 tr 0,34 tr 0,12 tr tr 0,24 0,34
δ
δδ
δ-elemeno
0,64 0,42 0,14 0,36 1,69 1,22 1,45 0,47 0,63 0,85
α-copaeno
3,27 3,38 2,65 3,97 7,40 4,55 5,84 3,18 5,07 9,04
β-bourboneno
0,95 0,45 0,28 0,81 0,50 0,71 1,03 0,52 1,12 0,72
β-elemeno
1,33 1,01 0,16 1,21 1,42 1,85 1,48 tr 1,19 1,38
metileugenol
tr tr tr tr tr 1,72 tr tr tr tr
trans-cariofileno
6,10 5,55 3,19 4,56 5,26 3,71 4,30 3,31 5,29 3,10
trans-α-bergamotemo
0,07 tr tr tr tr tr tr tr tr tr
α-humuleno
0,42 0,19 tr 0,22 tr 0,08 0,11 tr 0,16 0,24
germacreno D
9,21 10,64 5,26 8,12 14,41 13,52 11,34 8,14 9,83 8,80
β-selineno
13,99 17,13 16,45 16,95 tr tr tr tr 8,02 tr
biciclogermacreno
9,56 11,64 7,56 9,43 8,11 7,41 6,36 2,73 7,56 5,53
(E,E)-α-farneseno
4,30 6,02 1,64 3,76 6,45 6,73 6,54 2,50 4,24 4,17
δ
δδ
δ-cadineno
3,11 4,56 2,18 2,76 7,80 9,17 6,37 5,36 4,62 5,50
elemicina
32,90 29,02 26,63 35,16 26,60 23,55 39,62 24,03 42,28 37,78
espatulenol
3,08 1,77 3,38 2,91 3,15 4,66 3,62 4,82 1,65 7,78
óxido de cariofileno
6,12 4,86 7,77 6,83 4,33 4,81 4,47 7,98 5,17 9,46
* AP = população proveniente de Apiaí/SP; tr = traços ( 0,09); nc = ausência da substância;
104
Tabela 15. Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de Ocimum selloi Benth, provenientes de Apiaí /SP e
cultivadas em Campinas/SP (1ª, 2ª, 3ª e 4ª colheita).
Acessos
Substâncias AP 03
AP 06
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita Colheita Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,32 0,54 1,12 0,50 1,68 tr 0,48 2,13
δ
δδ
δ-elemeno
0,15 1,10 0,14 0,28 tr 1,30 tr tr
α-copaeno
3,44 3,79 1,64 2,83 3,81 3,10 2,39 3,22
β-bourboneno
0,79 0,88 0,25 0,31 1,64 1,27 0,61 0,55
β-elemeno
0,53 2,11 0,38 tr 1,58 2,00 0,59 0,53
metileugenol
nc tr 4,86 nc nc nc 2,31 nc
trans-cariofileno
6,31 11,14 5,91 4,17 8,59 10,86 6,73 7,47
β-gurjuneno
tr tr tr 0,19 tr tr 0,51 tr
α-humuleno
0,33 0,78 0,33 tr 0,67 0,71 0,34 tr
seychelleno
tr tr tr tr tr 0,16 tr tr
germacreno D
5,58 12,42 7,72 0,67 5,76 12,85 9,64 6,42
β-selineno
18,02 15,62 6,74 11,26 21,11 18,74 6,46 9,13
biciclogermacreno
9,12 13,62 7,52 4,62 10,56 15,67 7,06 6,89
(E,E)-α-farneseno
1,33 3,69 4,54 tr 3,00 2,45 6,29 1,70
δ
δδ
δ-cadineno
1,73 4,77 3,17 0,89 3,58 5,28 3,70 2,74
elemicina
24,47 18,57 51,99 56,84 11,16 10,52 46,23 45,99
germacreno B
0,47 0,75 0,60 0,44 0,44 0,93 0,95 0,79
espatulenol
8,53 2,79 0,66 4,16 8,95 2,41 1,44 3,88
óxido de cariofileno
12,55 5,44 1,24 5,69 12,60 8,24 2,66 3,17
* AP - população proveniente de Apiaí/SP; tr = traços ( 0,05); nc = ausência da substância;
105
Continuação da Tabela 15.
Acessos
Substâncias AP 08
AP 10
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,31 0,37 0,68 0,55 0,27 0,46 tr 2,82
δ
δδ
δ-elemeno
tr 1,15 tr tr tr 1,18 tr 0,16
α-copaeno
3,52 3,49 1,88 2,22 3,40 3,47 1,68 1,90
β-bourboneno
2,28 1,08 tr 0,55 2,39 1,27 0,35 0,24
β-elemeno
1,22 2,23 0,64 0,48 1,14 2,41 0,35 0,44
metileugenol
nc nc tr tr nc nc 42,71 48,38
trans-cariofileno
6,71 10,36 9,36 6,30 7,29 11,42 5,68 4,55
β-gurjuneno
tr tr tr 0,60 tr tr 0,10 tr
α-humuleno
tr 0,72 tr 0,42 0,55 0,77 0,22 0,29
seychelleno
tr tr tr tr tr tr tr tr
germacreno D
5,04 12,27 11,61 1,65 4,08 13,11 7,93 6,89
β-selineno
19,30 17,07 21,01 12,01 18,67 16,59 7,31 4,19
biciclogermacreno
7,88 13,07 15,23 4,53 8,71 13,83 7,02 4,98
(E,E)-α-farneseno
1,49 2,17 4,52 0,37 1,76 2,97 4,86 2,95
δ
δδ
δ-cadineno
1,86 4,69 6,77 0,55 1,58 4,40 3,13 2,33
elemicina
17,31 16,47 7,51 26,42 15,21 14,81 12,09 12,68
germacreno B
0,53 0,77 1,89 tr 0,44 0,68 0,55 0,39
espatulenol
7,99 2,68 2,04 11,66 10,72 3,28 0,92 2,06
óxido de cariofileno
14,41 8,60 5,49 15,55 12,77 6,45 2,22 1,62
* AP - população proveniente de Apiaí/SP; tr = traços ( 0,05); nc = ausência da substância;
106
Continuação da Tabela 15.
Acessos
Substâncias AP 13
AP 14
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
0,67 tr 2,64 2,10 0,65 tr tr 0,52
δ
δδ
δ-elemeno
tr 1,04 tr 0,14 tr 1,04 tr tr
α-copaeno
4,03 3,58 0,71 2,39 3,47 4,64 2,06 2,69
β-bourboneno
1,44 1,32 0,29 0,54 1,46 2,06 0,39 0,48
β-elemeno
0,70 2,23 0,33 1,00 0,56 2,24 0,38 0,63
metileugenol
nc nc 0,26 tr nc nc tr tr
trans-cariofileno
5,72 7,83 2,57 3,84 4,65 8,29 8,16 5,26
β-gurjuneno
tr tr 4,87 2,96 tr 0,21 0,19 tr
α-humuleno
0,17 0,60 0,23 0,43 0,22 0,59 0,32 0,41
seychelleno
0,20 tr tr 0,38 tr tr tr 0,26
germacreno D
5,67 11,07 6,17 10,25 5,02 10,50 10,87 2,37
β-selineno
20,39 19,49 3,63 5,25 22,00 23,19 12,86 8,12
biciclogermacreno
8,81 12,97 5,11 6,81 7,43 13,74 10,61 4,14
(E,E)-α-farneseno
3,23 3,40 2,51 2,40 1,93 3,49 4,81 0,59
δ
δδ
δ-cadineno
1,97 4,18 1,30 1,68 1,98 4,82 4,42 1,49
elemicina
22,05 16,96 65,98 48,60 11,46 14,25 34,65 59,44
germacreno B
0,50 0,70 0,47 0,54 0,48 0,73 0,85 0,36
espatulenol
6,94 3,69 0,74 3,49 11,69 2,17 1,75 3,85
óxido de cariofileno
10,87 7,58 0,80 0,89 13,84 3,55 4,67 3,93
* AP - população proveniente de Apiaí/SP; tr = traços ( 0,05); nc = ausência da substância;
107
Continuação da Tabela 15.
Acessos
Substâncias AP 15 AP 20
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
0,92 tr 0,64 4,68 0,46 tr 0,09 0,64
δ
δδ
δ-elemeno
tr 0,91 0,11 0,21 0,30 1,44 0,15 0,14
α-copaeno
3,81 4,31 0,97 1,50 4,39 5,49 1,72 3,43
β-bourboneno
1,65 1,88 0,15 0,21 2,58 1,19 0,34 0,80
β-elemeno
1,11 2,10 0,17 0,39 1,54 2,40 0,37 0,80
metileugenol
nc nc 75,07 63,04 nc nc 51,18 38,13
trans-cariofileno
5,06 7,31 3,25 3,86 5,79 8,43 4,23 5,45
β-gurjuneno
tr tr 0,27 0,07 tr tr 0,44 0,15
α-humuleno
tr 0,34 0,13 0,23 tr 0,55 0,18 tr
seychelleno
tr tr tr 0,06 tr tr tr 0,42
germacreno D
4,87 9,96 5,24 7,17 6,05 12,21 8,48 7,36
β-selineno
20,23 22,67 2,12 2,19 11,57 12,91 4,76 6,50
biciclogermacreno
8,08 13,12 2,95 4,01 7,32 10,91 5,93 5,47
(E,E)-α-farneseno
2,06 3,41 3,49 3,60 2,28 4,28 4,40 1,12
δ
δδ
δ-cadineno
1,77 4,69 1,78 2,21 2,16 5,70 2,97 2,55
elemicina
14,74 10,64 1,21 2,13 20,25 12,78 9,93 11,10
germacreno B
0,54 0,73 0,26 0,34 0,68 0,93 0,53 0,40
espatulenol
10,60 4,25 0,40 1,34 14,29 5,95 1,19 6,35
óxido de cariofileno
13,28 5,90 1,14 1,01 11,84 8,99 2,19 3,47
* AP - população proveniente de Apiaí/SP; tr = traços ( 0,05); nc = ausência da substância;
108
Apêndice 6.
Tabela 17. Composição Química (% média relativa) do óleo essencial de acessos da população nativa de Ocimum selloi Benth,
provenientes de Piquete/SP.
Substâncias
Acessos
PQ 01 PQ 02
PQ 03
PQ 04
PQ 05 PQ 06
PQ 07
PQ 08
PQ 09
PQ 10
trans-β-ocimeno
3,18 0,32 1,51 0,89 0,58 0,41 0,32 nc 1,09 8,88
δ
δδ
δ-elemeno
0,48 2,10 1,64 1,95 2,47 0,27 0,21 0,94 1,42 1,00
α-copaeno
0,77 2,97 1,66 2,16 1,83 2,31 2,03 2,15 1,24 2,09
β-bourboneno
0,94 2,08 1,54 2,33 1,73 1,78 1,23 1,48 1,16 1,51
β-cubebeno
0,76 0,56 0,60 0,77 0,74 0,75 0,64 0,70 tr tr
β-elemeno
0,83 2,75 1,52 2,92 2,05 0,99 1,49 1,52 1,69 2,08
metileugenol
nc nc tr nc 0,11 tr nc nc tr tr
trans-cariofileno
2,46 4,50 3,02 4,09 3,08 4,01 5,51 4,96 3,78 4,95
trans-α
αα
α-bergamotemo
14,08 16,38 15,51 21,30 17,17 17,38 16,50 14,09 11,05 16,85
α-guaieno
tr 2,33 1,31 1,93 1,60 0,25 2,04 0,92 1,01 2,20
α-humuleno
0,52 0,58 0,61 0,61 0,80 0,88 1,15 0,80 tr 0,70
seychelleno
0,62 0,48 0,28 0,40 0,36 0,48 0,46 0,77 tr 0,65
allo-aromadendreno
0,67 0,73 0,35 0,49 0,47 0,45 0,45 0,81 tr 0,71
germacreno D
24,96 31,98 19,50 29,72 24,63 25,47 26,65 36,63 35,92 34,36
β-selineno
2,88 1,47 1,06 1,55 1,27 3,02 1,25 3,19 3,05 1,54
biciclogermacreno
17,03 12,04 4,59 8,11 6,67 10,92 10,86 16,91 19,58 13,46
(E,E)-α-farneseno
0,93 4,81 2,90 4,92 3,90 0,78 6,03 1,75 2,25 5,99
7-epi-α-selineno
3,18 0,82 nc nc nc 3,18 nc 2,94 2,85 tr
δ
δδ
δ-cadineno
2,67 2,17 1,59 2,62 2,16 2,31 2,24 2,75 3,37 2,52
elemicina
23,31 12,85 42,42 12,91 28,57 19,29 15,87 6,41 9,80 2,89
espatulenol
tr 0,33 0,35 0,45 0,44 0,39 0,20 0,14 1,20 tr
óxido de cariofileno
tr 0,26 0,25 0,35 0,17 0,26 0,16 tr tr tr
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços (<= 0,09 ); nc = ausência da substância;
109
Continuação da Tabela 17.
Componentes
Acessos
PQ 11 PQ 12
PQ 13
PQ 14
PQ 15 PQ 16
PQ 17
PQ 18
PQ 19
PQ 20
trans-β-ocimeno
tr 0,32 0,55 0,29 0,23 0,18 0,22 0,68 nc nc
δ
δδ
δ-elemeno
0,64 2,95 2,34 0,31 0,36 0,28 0,84 1,29 0,74 1,25
α-copaeno
1,68 2,01 1,79 2,13 2,05 2,63 1,81 1,15 1,43 2,04
β-bourboneno
1,20 1,76 1,79 1,32 2,18 1,68 1,75 0,96 0,98 1,01
β-cubebeno
0,54 0,64 0,60 0,68 0,72 0,83 0,57 0,27 0,49 0,63
β-elemeno
1,39 2,66 2,30 1,25 1,18 1,08 1,19 1,52 1,34 2,03
metileugenol
nc tr tr 5,10 3,32 0,11 0,16 52,00 6,09 0,27
trans-cariofileno
3,06 3,69 3,13 4,01 4,54 4,68 4,78 1,73 4,50 3,92
trans-α
αα
α-bergamotemo
14,38 11,07 13,21 14,17 13,21 16,79 15,38 11,44 20,40 13,47
α-guaieno
1,72 2,82 2,30 0,16 0,23 0,17 0,15 1,16 0,36 1,06
α-humuleno
0,51 0,57 0,51 0,78 0,59 0,75 0,50 0,42 0,89 0,91
seychelleno
0,40 0,38 0,28 0,49 0,68 0,63 0,63 0,18 0,58 0,58
allo-aromadendreno
0,46 0,47 0,33 0,57 0,83 0,69 0,67 0,21 0,60 0,76
germacreno D
25,25 25,69 19,72 24,05 25,91 25,70 18,26 11,71 26,28 30,12
β-selineno
0,92 0,70 1,02 2,96 2,86 2,95 1,69 0,37 3,29 2,51
biciclogermacreno
8,07 9,49 6,88 11,48 16,73 12,50 12,74 4,64 14,75 15,04
(E,E)-α-farneseno
5,10 5,37 4,30 0,72 1,04 0,71 0,69 2,40 1,56 2,91
7-epi-α-selineno
tr tr nc 3,15 2,94 3,37 1,72 nc 3,02 2,17
δ
δδ
δ-cadineno
2,01 1,80 1,52 2,12 2,13 2,50 1,57 1,25 3,17 2,45
elemicina
28,70 25,27 34,39 21,30 14,44 18,01 33,49 5,76 3,38 5,82
espatulenol
0,24 0,43 0,32 0,22 0,28 0,34 0,43 0,23 0,60 0,51
óxido de cariofileno
0,12 0,48 0,19 0,10 0,16 0,14 0,11 tr tr 0,18
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços (<= 0,09); nc = ausência da substância;
110
Tabela 18. Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de Ocimum selloi Benth, provenientes de Piquete/SP
e cultivadas em Campinas/SP (1ª, 2ª, 3ª e 4ª colheita).
Acessos
Substâncias PQ 02 PQ 03
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
2,59 2,03 2,39 5,13 2,47 2,72 3,23 8,32
δ
δδ
δ-elemeno
1,14 1,23 0,29 0,81 0,79 1,05 0,17 0,30
α-copaeno
0,80 1,17 0,39 1,90 0,65 1,21 0,40 1,37
β-bourboneno
1,49 1,25 0,36 1,23 1,37 1,56 0,33 0,39
α-cubebeno
0,14 tr tr tr tr tr tr tr
β-elemeno
1,80 2,35 0,57 1,67 1,51 2,22 0,43 0,88
metileugenol
0,03 12,95 nc 0,28 0,03 2,69 nc tr
trans-cariofileno
4,81 5,98 3,58 5,05 4,04 5,94 3,41 3,92
trans-α-bergamoteno
19,98 18,08 17,35 7,97 21,00 20,92 9,94 5,39
α
αα
α-guaieno
2,08 1,85 1,80 3,18 1,54 1,61 0,76 0,92
α-humuleno
0,76 0,76 0,54 0,67 0,25 0,72 0,38 0,44
seychelleno
tr tr 0,14 0,40 tr tr tr 0,14
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,52 tr tr tr 0,19
germacreno D
11,52 13,76 11,27 20,91 9,86 13,79 7,31 11,19
β-selineno
1,40 1,25 1,54 0,17 1,14 1,48 2,79 2,89
biciclogermacreno
5,20 5,61 4,98 10,71 3,58 4,82 4,84 7,41
(E,E)-α-farneseno
3,23 3,52 3,29 4,76 2,53 3,02 2,61 2,58
7-epi-α-selineno
1,34 1,65 nc tr 1,30 1,46 nc tr
δ
δδ
δ-cadineno
tr tr 1,09 1,29 tr tr 1,05 1,22
elemicina
40,37 23,53 49,04 26,55 46,80 31,00 60,10 43,20
espatulenol
0,57 0,96 0,27 1,97 0,60 1,35 0,56 2,78
óxido de cariofileno
0,38 1,02 0,15 0,54 0,17 1,63 0,65 1,46
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
111
Continuação da Tabela 18.
Acessos
Substâncias PQ 04 PQ 05
1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita 1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
3,05 tr 2,29 tr 2,67 0,76 2,80 0,83
δ
δδ
δ-elemeno
0,83 1,55 0,13 tr 0,98 1,60 0,28 0,93
α-copaeno
0,67 1,19 0,27 2,01 0,56 0,90 0,28 1,72
β-bourboneno
1,26 2,18 0,46 2,99 0,89 1,24 0,41 0,86
α-cubebeno
tr tr tr tr tr tr tr tr
β-elemeno
1,41 3,19 0,48 1,63 1,09 2,69 0,49 0,91
metileugenol
nc nc nc 1,17 tr 1,32 1,13 39,30
trans-cariofileno
3,36 6,73 2,59 1,95 2,93 4,86 2,69 3,45
trans-α-bergamoteno
18,95 28,56 14,41 9,60 18,61 22,05 18,56 2,29
α
αα
α-guaieno
1,51 2,39 1,24 0,76 1,51 2,10 1,32 0,74
α-humuleno
0,60 1,03 0,37 tr 0,68 0,84 0,31 0,37
seychelleno
tr tr 0,06 tr tr tr 0,06 tr
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,51 tr tr tr tr
germacreno D
9,39 19,72 7,85 0,73 8,64 15,91 8,26 16,32
β-selineno
1,00 2,12 1,23 tr 1,06 1,69 1,44 0,27
biciclogermacreno
3,77 6,27 3,13 1,31 3,79 6,71 3,58 8,14
(E,E)-α-farneseno
2,50 4,40 2,21 tr 2,44 3,91 2,53 4,95
7-epi-α-selineno
1,12 1,99 nc tr 1,19 1,56 nc tr
δ
δδ
δ-cadineno
tr 0,38 0,77 0,52 tr tr 1,03 2,98
elemicina
48,85 12,78 60,43 24,07 50,70 28,08 53,38 6,05
espatulenol
0,70 1,85 0,56 17,46 0,51 1,45 0,12 3,04
óxido de cariofileno
0,58 1,92 0,54 11,96 0,23 0,98 0,07 1,60
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
112
Continuação da Tabela 18.
Acessos
Substâncias PQ 06 PQ 07
1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita 1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
0,65 tr tr 2,74 1,19 0,09 0,20 0,28
δ
δδ
δ-elemeno
0,18 0,14 tr tr 0,20 0,14 tr tr
α-copaeno
0,85 1,25 0,07 1,74 0,85 1,04 0,43 2,14
β-bourboneno
1,71 1,81 0,13 0,85 1,35 1,64 0,32 1,07
α-cubebeno
0,16 tr tr tr tr tr tr tr
β-elemeno
0,96 2,04 tr 0,99 1,07 2,16 0,47 1,27
metileugenol
nc nc nc 0,92 nc nc nc 0,34
trans-cariofileno
4,81 7,24 4,28 4,08 6,40 10,09 5,91 5,48
trans-α-bergamoteno
19,48 27,23 26,59 10,94 19,95 27,93 27,54 14,15
α
αα
α-guaieno
0,75 0,34 tr 0,07 1,66 1,89 1,54 2,23
α-humuleno
0,79 1,16 0,74 0,63 0,91 1,27 1,36 0,88
seychelleno
tr tr tr 0,38 0,19 tr 0,16 0,44
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,50 0,19 tr tr 0,62
germacreno D
13,63 19,14 18,35 19,51 11,48 16,81 12,41 10,53
β-selineno
1,66 2,99 4,38 1,74 3,42 2,38 2,44 tr
biciclogermacreno
7,54 9,20 12,00 10,02 5,43 7,08 4,91 4,60
(E,E)-α-farneseno
0,50 0,99 tr 0,53 2,93 3,23 3,72 3,95
7-epi-α-selineno
1,32 1,81 1,64 1,60 1,45 2,09 1,71 tr
δ
δδ
δ-cadineno
1,53 2,04 1,32 1,23 tr tr 2,50 0,78
elemicina
40,62 14,60 24,63 36,82 38,92 13,46 30,62 41,09
espatulenol
0,56 2,25 0,42 2,20 0,43 1,60 0,13 4,32
óxido de cariofileno
0,22 1,51 0,15 0,55 0,26 2,01 tr 1,47
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
113
Continuação da Tabela 18.
Acessos
Substâncias PQ 09 PQ 10
1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita 1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
0,37 tr tr tr 1,03 tr 0,96 0,20
δ
δδ
δ-elemeno
0,26 tr tr tr 1,16 1,72 0,25 0,23
α-copaeno
0,60 tr 0,74 3,17 0,74 1,06 0,37 2,57
β-bourboneno
0,50 0,44 0,22 2,29 1,04 1,82 0,38 1,27
α-cubebeno
tr tr tr tr 0,13 tr tr 0,94
β-elemeno
0,92 1,87 0,12 1,60 1,40 3,08 0,53 1,08
metileugenol
tr nc nc 0,19 nc nc 0,37 0,49
trans-cariofileno
7,52 7,28 11,48 4,79 5,19 10,05 4,07 6,79
trans-α-bergamoteno
17,96 9,98 19,39 2,78 18,40 27,48 16,79 14,85
α
αα
α-guaieno
tr tr tr tr 1,69 3,03 1,49 2,38
α-humuleno
0,45 0,39 0,46 0,55 0,60 1,16 0,55 0,97
seychelleno
0,12 tr tr 0,42 0,19 0,38 0,17 0,50
allo-aromadendreno
0,19 tr tr 1,35 0,19 0,34 0,16 0,81
germacreno D
17,37 30,84 32,30 1,67 10,98 20,86 9,85 9,43
β-selineno
1,89 4,59 2,41 5,21 1,60 2,54 1,38 tr
biciclogermacreno
10,49 14,69 17,75 1,48 7,45 12,39 5,81 3,23
(E,E)-α-farneseno
0,21 0,73 0,77 tr 2,98 4,12 2,70 4,51
7-epi-α-selineno
1,31 3,51 3,02 tr 1,52 2,42 nc 0,63
δ
δδ
δ-cadineno
1,22 2,84 1,50 2,46 0,31 tr 1,22 tr
elemicina
36,07 3,21 2,73 14,26 41,10 2,62 51,60 27,24
espatulenol
0,63 2,98 0,13 23,93 0,52 1,54 0,27 9,58
óxido de cariofileno
0,40 4,65 tr 14,51 0,17 1,38 0,23 3,19
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
114
Continuação da Tabela 18.
Acessos
Substâncias PQ 11 PQ 12
1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita 1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,46 tr 1,13 1,17 4,02 tr 1,22 tr
δ
δδ
δ-elemeno
0,68 1,07 0,07 0,15 1,22 1,24 0,12 tr
α-copaeno
0,67 0,97 0,38 2,06 0,73 1,09 0,44 2,83
β-bourboneno
1,00 1,18 0,52 1,32 1,29 1,46 0,40 1,90
α-cubebeno
0,13 tr tr 0,71 tr tr tr 0,96
β-elemeno
1,24 2,57 0,53 0,72 1,70 2,74 0,47 0,77
metileugenol
nc nc tr 0,54 nc tr nc 1,40
trans-cariofileno
3,44 6,79 3,49 4,25 4,09 8,25 3,96 5,20
trans-α-bergamoteno
18,64 26,56 18,31 9,90 18,65 25,83 15,87 7,35
α
αα
α-guaieno
1,46 2,31 1,15 1,57 1,67 1,83 0,52 0,66
α-humuleno
0,83 1,19 0,63 0,61 0,68 1,04 0,50 0,65
seychelleno
0,13 tr 0,10 0,40 tr 0,14 0,21 0,50
allo-aromadendreno
0,13 tr 0,11 0,58 tr 0,57 0,17 0,96
germacreno D
10,13 19,49 10,43 12,62 10,40 21,38 11,91 5,24
β-selineno
1,50 2,30 1,75 0,67 1,07 2,84 1,73 1,59
biciclogermacreno
5,06 8,16 5,79 6,10 4,32 13,00 8,14 3,11
(E,E)-α-farneseno
2,67 4,62 2,33 2,79 2,69 3,43 1,66 1,40
7-epi-α-selineno
1,32 2,08 0,17 0,40 1,39 2,18 0,70 1,95
δ
δδ
δ-cadineno
0,65 tr 1,12 0,70 tr 0,33 1,10 0,36
elemicina
46,87 13,81 50,07 41,15 38,84 5,96 49,22 36,49
espatulenol
0,23 1,47 0,32 5,01 0,73 1,95 0,18 9,27
óxido de cariofileno
0,17 1,15 0,13 1,60 0,46 1,71 0,07 2,91
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
115
Continuação da Tabela 18.
Acessos
Substâncias PQ 14 PQ 15
1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita 1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
0,56 tr 0,49 1,90 tr 0,26 tr 0,43
δ
δδ
δ-elemeno
0,28 0,25 tr 0,07 0,39 0,54 tr tr
α-copaeno
1,17 1,11 0,31 1,79 0,45 1,18 0,68 2,66
β-bourboneno
0,88 3,26 0,24 0,77 0,64 2,59 0,76 1,99
α-cubebeno
0,16 tr tr 0,23 tr tr tr tr
β-elemeno
1,31 2,41 0,20 0,75 1,04 1,83 0,56 1,51
metileugenol
4,87 nc 66,68 41,00 8,32 nc nc tr
trans-cariofileno
6,57 8,35 2,57 3,44 3,38 7,93 7,32 6,47
trans-α-bergamoteno
16,55 12,64 8,07 3,74 8,11 15,87 23,16 11,03
α
αα
α-guaieno
tr tr tr tr tr tr tr tr
α-humuleno
0,79 0,98 0,30 0,41 0,46 0,83 0,51 0,80
seychelleno
0,18 tr 0,12 0,39 0,17 0,45 tr 0,61
allo-aromadendreno
0,18 tr 0,10 0,54 0,27 0,42 0,17 0,96
germacreno D
21,26 29,80 9,25 21,78 14,80 18,98 23,67 14,13
β-selineno
2,36 4,90 1,09 1,31 1,15 2,43 3,09 3,16
biciclogermacreno
9,73 12,88 5,60 12,82 11,83 14,67 19,10 9,16
(E,E)-α-farneseno
0,50 0,19 0,36 0,45 0,79 tr 0,87 0,60
7-epi-α-selineno
2,37 3,50 0,65 1,21 1,72 2,18 1,98 2,72
δ
δδ
δ-cadineno
1,69 2,12 0,73 1,06 1,20 1,31 1,59 0,69
elemicina
24,82 1,75 1,39 2,29 42,04 22,03 11,54 26,63
espatulenol
0,77 3,51 0,28 1,79 0,78 1,99 0,30 6,60
óxido de cariofileno
0,52 4,77 0,24 0,62 0,19 1,32 tr 1,53
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
116
Continuação da Tabela 18.
Acessos
Substâncias PQ 18 PQ 19
1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita 1ª Colheita
2ª Colheita
3ª Colheita
4ª Colheita
Verão Verão Outono Primavera Verão Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
0,66 0,21 0,41 2,94 1,04 0,45 0,73 0,98
δ
δδ
δ-elemeno
0,91 0,72 0,16 0,60 0,23 0,34 tr tr
α-copaeno
0,66 0,55 0,19 1,08 0,65 1,06 0,34 2,13
β-bourboneno
0,55 0,61 0,13 0,36 0,56 1,26 0,24 1,17
α-cubebeno
tr tr tr tr tr tr tr tr
β-elemeno
1,24 1,37 0,27 0,80 0,66 1,41 0,19 1,11
metileugenol
55,41 59,28 71,59 58,66 0,27 nc nc 0,40
trans-cariofileno
1,95 2,36 1,27 1,44 5,42 7,96 4,44 6,52
trans-α-bergamoteno
14,38 13,20 10,36 4,50 17,22 19,53 17,13 10,64
α
αα
α-guaieno
1,32 1,23 0,83 1,13 tr tr 0,12 0,11
α-humuleno
0,50 0,45 0,21 0,32 0,61 1,15 0,60 0,79
seychelleno
tr tr 0,07 0,22 0,18 tr 0,18 0,50
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,29 0,18 0,44 0,12 0,78
germacreno D
10,41 10,11 6,28 12,52 12,54 16,92 10,74 8,47
β-selineno
0,81 1,20 0,92 0,28 1,84 2,52 2,14 2,70
biciclogermacreno
3,98 3,73 2,75 5,55 8,15 9,75 6,73 5,33
(E,E)-α-farneseno
2,25 2,19 1,66 2,00 0,57 0,59 0,54 0,85
7-epi-α-selineno
1,23 1,13 nc tr 1,16 1,70 0,94 2,27
δ
δδ
δ-cadineno
tr tr 0,71 0,82 1,76 2,12 1,43 0,80
elemicina
2,68 0,63 1,44 3,24 43,06 25,89 50,21 38,00
espatulenol
0,09 0,39 tr 0,70 0,57 1,97 0,18 6,79
óxido de cariofileno
tr 0,22 tr 0,21 0,19 1,41 0,07 2,27
* PQ - população proveniente de Piquete/SP; tr = traços ( 0,02); nc = ausência da substância;
117
Apêndice 7.
Tabela 20. Composição Química (% média relativa) do óleo essencial de acessos da população nativa de Ocimum selloi Benth,
provenientes de Colombo/PR.
Substâncias
Acessos
CL 1 CL 2
CL 3
CL 4
CL 5 CL 6
CL 7 CL 8
CL 9 CL 10
CL 11
CL 12
CL 13
trans-β-ocimeno
0,80 2,10 0,49 1,18 0,61 0,69 3,48 tr 3,02 0,60 tr tr tr
δ
δδ
δ-elemeno
0,15 tr 1,36 tr 1,90 2,91 tr 1,23 0,75 tr 0,87 0,37 tr
α-cubebeno
2,05 2,13 1,67 2,56 2,57 3,68 2,78 2,30 4,59 2,88 5,49 3,16 4,15
β-bourboneno
0,84 0,70 0,74 1,35 1,08 1,54 1,83 1,22 2,49 1,23 tr 0,71 1,12
β-elemeno
1,51 0,66 1,02 1,81 1,61 2,31 0,60 1,66 2,72 0,86 0,89 1,06 0,70
metileugenol
0,37 5,98 45,88 tr 0,29 0,40 tr 14,68 0,68 tr tr 0,24 0,38
trans-cariofileno
5,88 5,50 11,45 6,51 8,09 12,56 3,36 9,27 7,54 6,14 13,28 7,93 5,41
trans-α-bergamoteno
1,37 1,39 1,30 1,81 2,33 3,02 1,54 2,23 1,92 1,50 1,73 2,02 2,37
α-humuleno
0,47 0,38 0,58 tr 0,35 0,54 tr tr 0,53 0,48 1,67 0,59 0,44
germacreno D
8,52 4,44 8,00 18,27 8,86 12,31 4,80 10,48 17,54 5,20 4,97 14,60 6,86
β-selineno
9,35 9,33 tr 10,20 tr tr 6,64 tr 9,44 14,58 2,28 14,73 17,69
biciclogermacreno
9,25 6,27 5,94 9,63 6,18 8,63 2,84 6,59 8,72 8,27 4,96 14,29 11,00
(E,E)-α-farneseno
7,92 16,08 7,81 12,50 6,38 8,08 4,82 9,27 8,58 3,97 7,57 12,10 6,03
δ
δδ
δ-cadineno
8,99 1,57 3,01 1,54 3,23 4,24 0,88 4,41 1,50 2,31 1,83 4,91 3,55
elemicina
43,06 47,49 6,22 25,53 45,56 28,79 57,99 17,51 18,39 40,63 28,24 13,41 36,73
espatulenol
1,65 2,84 1,36 2,37 3,20 2,41 5,35 4,96 3,90 4,08 5,29 2,69 8,63
óxido de cariofileno
2,50 2,86 3,39 3,38 4,35 4,05 5,12 9,97 5,32 4,47 10,33 4,25 14,13
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (<= 0,14); nc = ausência da substância;
118
Continuação da Tabela 20.
Substâncias
Acessos
CL 14
CL 15
CL 16
CL 17
CL 18
CL 19
CL 20
CL 21
CL 22
CL 23
CL 24
CL 25
CL 26
trans-β-ocimeno
0,85 1,13 tr tr 0,99 0,89 tr 0,53 0,73 tr 0,73 0,93 0,86
δ
δδ
δ-elemeno
0,95 4,27 2,14 0,28 0,58 tr 1,40 0,78 0,70 1,54 1,41 tr 1,14
α-cubebeno
2,05 4,24 3,79 1,60 1,72 2,74 2,16 2,17 2,09 1,90 1,25 2,38 1,69
β-bourboneno
0,86 2,11 2,02 0,86 0,86 1,51 1,08 0,72 0,76 0,56 0,62 0,98 1,06
β-elemeno
1,19 3,14 2,63 1,22 0,94 0,74 1,32 1,26 0,77 1,25 1,28 0,78 0,54
metileugenol
50,31 2,06 19,25 56,78 63,38 2,11 tr 58,91 63,85 44,68 1,57 0,31 66,51
trans-cariofileno
8,40 9,93 18,18 8,66 8,07 2,45 5,20 8,42 5,68 3,41 14,72 5,50 3,44
trans-α-bergamoteno
1,02 1,96 7,23 1,12 1,01 1,23 1,34 1,04 0,90 1,29 1,30 1,10 0,59
α-humuleno
0,41 0,48 5,98 0,45 0,38 tr 0,25 0,43 0,30 tr 1,58 0,33 tr
germacreno D
8,47 23,54 12,25 5,49 6,45 5,17 7,53 6,70 5,48 10,08 6,98 6,28 7,15
β-selineno
tr tr 6,22 0,34 tr 8,72 tr tr tr 0,71 0,80 8,68 0,39
biciclogermacreno
4,06 12,06 7,56 3,53 3,80 3,47 2,78 4,03 3,16 5,19 4,30 6,72 4,49
(E,E)-α-farneseno
5,48 10,45 7,25 4,10 4,10 2,54 4,16 3,48 3,63 9,11 6,86 4,43 4,23
δ
δδ
δ-cadineno
2,85 6,40 5,53 2,00 2,05 0,31 1,94 2,31 1,83 2,70 2,10 2,12 2,42
elemicina
2,97 8,80 2,66 2,92 0,33 57,23 56,72 0,84 0,59 10,54 36,55 52,95 2,18
espatulenol
2,84 2,59 2,43 2,75 1,40 4,76 4,22 1,84 2,29 2,20 1,66 2,46 1,15
óxido de cariofileno
2,68 3,62 5,79 6,38 1,68 4,58 5,02 4,85 4,37 2,63 5,79 2,67 0,66
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (<= 0,14); nc = ausência da substância;
119
Tabela 21. Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de Ocimum selloi Benth, provenientes de
Colombo/PR e cultivadas em Campinas/SP (1ª, 2ª, 3ª e 4ª colheita).
Acessos
Substâncias CL 01 CL 02
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,26 tr 0,68 tr 0,22 tr tr 0,14
δ
δδ
δ-elemeno
0,29 tr tr tr 0,34 tr tr tr
α-copaeno
4,18 4,35 1,64 4,28 3,60 3,51 3,00 1,70
β-bourboneno
2,45 2,02 0,26 1,23 1,85 1,16 0,55 0,87
β-elemeno
1,81 1,84 0,26 0,43 1,26 1,44 tr 0,67
metileugenol
tr tr nc 0,64 tr tr nc 0,71
trans-cariofileno
7,76 8,97 4,82 5,30 9,57 8,66 9,93 2,87
β-gurjuneno
0,28 0,29 nc tr 0,38 tr nc tr
trans-α-bergamoteno
0,41 1,68 0,93 0,45 0,39 1,54 1,27 5,69
α-humuleno
0,60 0,67 0,23 0,51 0,63 0,63 tr 0,37
seychelleno
tr tr tr tr tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr tr tr tr tr 0,18
germacreno D
2tr 16,51 11,30 4,07 25,39 13,52 6,75 1,53
β-selineno
10,62 18,42 6,79 14,68 10,13 17,30 22,09 5,92
biciclogermacreno
14,60 12,96 7,96 6,52 18,18 12,17 12,23 2,64
(E,E)-α-farneseno
6,59 4,87 6,40 0,37 13,38 3,91 tr 0,24
δ
δδ
δ-cadineno
4,94 4,64 3,54 1,41 6,62 3,84 3,46 0,59
elemicina
20,48 8,06 53,10 35,30 5,78 18,66 19,63 61,26
germacreno B
nc tr 0,12 nc nc tr tr nc
espatulenol
2,45 3,63 0,55 7,63 0,71 3,19 2,74 4,73
óxido de cariofileno
0,56 8,40 0,77 5,49 0,09 6,31 4,12 2,58
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (0,08); nc = ausência da substância;
120
Continuação da Tabela 21.
Acessos
Substâncias CL 06 CL 07
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
2,84 0,13 0,68 2,66 tr 2,40 0,46 tr
δ
δδ
δ-elemeno
1,30 3,29 0,29 0,47 1,81 tr tr tr
α-copaeno
4,17 3,19 0,88 3,12 3,01 1,87 2,51 5,21
β-bourboneno
1,48 1,07 0,22 0,94 1,52 1,46 0,74 1,63
β-elemeno
2,88 2,79 0,30 1,06 2,26 0,38 0,56 1,26
metileugenol
tr tr 11,98 10,23 tr nc nc 1,93
trans-cariofileno
8,23 8,55 3,63 5,38 7,07 2,45 4,71 6,63
β-gurjuneno
0,27 0,23 nc 0,15 0,25 tr nc tr
trans-α-bergamoteno
0,45 1,15 1,31 0,59 0,76 0,78 1,05 0,56
α-humuleno
0,43 0,47 0,12 0,33 0,18 tr 0,16 tr
seychelleno
tr tr tr tr tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr tr tr tr tr tr
germacreno D
18,73 20,10 8,38 17,17 35,57 4,17 7,93 4,36
β-selineno
tr tr tr nc 9,69 10,64 tr tr
biciclogermacreno
6,67 7,26 2,74 6,75 19,29 4,23 2,57 1,39
(E,E)-α-farneseno
3,06 3,50 2,96 2,37 10,72 1,39 4,44 0,55
δ
δδ
δ-cadineno
4,67 5,05 2,06 3,87 2,07 1,18 2,66 2,57
elemicina
32,16 35,59 61,75 34,72 2,52 13,55 62,11 44,43
germacreno B
0,80 0,65 0,58 0,50 1,12 0,92 0,54 0,56
espatulenol
4,91 1,93 0,41 3,19 0,24 9,06 2,78 10,51
óxido de cariofileno
1,58 2,49 0,62 1,92 0,36 22,68 3,59 5,78
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (0,08); nc = ausência da substância;
121
Continuação da Tabela 21.
Acessos
Substâncias CL 08 CL 10
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,81 tr 1,19 2,23 2,31 0,14 tr 2,44
δ
δδ
δ-elemeno
0,51 1,00 tr 0,03 tr 0,08 tr tr
α-copaeno
1,68 2,39 0,82 1,71 3,56 3,44 2,98 3,54
β-bourboneno
0,53 1,26 0,33 0,87 1,28 1,03 tr 1,06
β-elemeno
0,48 1,07 0,26 0,83 0,27 1,55 tr 0,67
metileugenol
4,67 nc nc 0,10 0,64 tr nc tr
trans-cariofileno
2,97 2,92 3,13 2,75 3,95 9,13 9,02 6,30
β-gurjuneno
0,11 0,12 nc 0,17 tr 0,11 nc 0,21
trans-α-bergamoteno
0,18 0,90 10,10 11,04 0,10 1,43 0,70 0,43
α-humuleno
0,16 tr 0,33 0,49 0,20 0,66 tr 0,58
seychelleno
tr tr tr 0,29 tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,39 tr tr tr 0,09
germacreno D
7,47 5,34 8,26 12,73 19,82 15,82 14,90 19,04
β-selineno
tr 0,55 1,32 1,33 3,42 16,49 14,57 12,28
biciclogermacreno
3,76 2,21 3,27 5,61 7,97 12,40 13,15 14,99
(E,E)-α-farneseno
4,91 1,18 2,99 0,53 3,46 5,07 2,84 6,82
δ
δδ
δ-cadineno
1,69 1,55 1,58 0,99 1,73 4,24 5,43 5,74
elemicina
31,28 66,94 62,74 51,90 26,85 19,30 29,20 11,38
germacreno B
0,30 0,32 tr nc nc tr tr nc
espatulenol
13,95 2,95 0,47 2,23 9,21 2,08 1,59 4,55
óxido de cariofileno
10,19 6,68 0,50 0,47 7,46 4,70 0,95 2,92
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (0,08); nc = ausência da substância;
122
Continuação da Tabela 21.
Acessos
Substâncias CL 15 CL 19
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,31 tr 0,60 2,98 6,79 tr tr 2,85
δ
δδ
δ-elemeno
4,17 1,73 0,16 0,27 0,20 tr tr 0,74
α-copaeno
4,43 4,97 0,62 2,83 3,63 2,51 2,95 2,49
β-bourboneno
2,48 1,96 0,25 0,86 2,25 4,33 0,57 1,20
β-elemeno
3,17 3,90 0,25 0,78 1,42 1,53 0,74 1,36
metileugenol
tr nc 32,04 15,45 tr nc nc 2,32
trans-cariofileno
9,72 10,21 3,09 4,57 3,08 3,16 9,03 5,98
β-gurjuneno
0,46 0,34 nc 0,14 0,11 tr nc 0,22
trans-α-bergamoteno
0,94 1,77 6,06 3,74 0,71 0,51 1,54 0,94
α-humuleno
0,40 0,60 0,20 0,36 0,14 tr 0,43 0,45
seychelleno
tr tr tr tr tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,19 tr tr tr tr
germacreno D
28,19 18,11 8,23 14,59 16,38 1,80 23,34 24,17
β-selineno
tr tr 0,60 1,07 1,98 15,29 8,40 4,16
biciclogermacreno
13,62 5,62 3,66 5,65 5,18 3,44 10,96 10,25
(E,E)-α-farneseno
11,49 3,28 3,15 1,72 2,53 tr 10,53 5,63
δ
δδ
δ-cadineno
7,11 5,04 1,74 2,46 0,43 0,12 3,39 2,46
elemicina
7,04 19,37 36,21 32,51 24,22 11,32 15,43 20,39
germacreno B
0,99 0,73 0,34 0,32 0,49 1,50 1,46 1,06
espatulenol
1,62 6,54 0,40 3,57 11,46 10,39 1,71 5,08
óxido de cariofileno
0,62 9,82 0,53 1,50 7,60 29,44 2,98 2,89
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (0,08); nc = ausência da substância;
123
Continuação da Tabela 21.
Acessos
Substâncias CL 22 CL 23
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
5,07 0,15 0,25 1,56 3,70 tr 0,38 3,49
δ
δδ
δ-elemeno
1,33 1,19 0,29 1,03 1,39 1,20 0,21 0,47
α-copaeno
1,88 1,79 0,90 3,04 1,45 1,47 0,78 1,25
β-bourboneno
0,66 0,56 0,16 1,41 0,35 0,44 0,19 0,24
β-elemeno
1,21 1,17 0,21 0,88 1,18 1,17 0,21 0,40
metileugenol
53,53 61,85 74,78 36,29 57,98 66,21 79,33 67,59
trans-cariofileno
7,61 5,64 5,46 8,86 3,28 4,10 2,42 1,93
β-gurjuneno
0,06 tr nc 0,22 tr tr nc 0,06
trans-α-bergamoteno
0,25 0,62 0,45 0,45 0,39 0,89 0,75 0,29
α-humuleno
0,37 0,31 0,21 0,44 0,08 0,25 tr 0,14
seychelleno
tr tr tr tr tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr tr tr tr tr tr
germacreno D
11,38 7,95 7,14 18,84 11,94 9,15 6,38 9,01
β-selineno
tr tr tr tr tr 1,16 tr tr
biciclogermacreno
5,74 2,83 2,44 7,69 5,65 3,45 2,06 4,06
(E,E)-α-farneseno
5,05 2,31 3,35 2,63 7,14 2,98 3,08 3,20
δ
δδ
δ-cadineno
2,88 2,10 2,12 4,68 2,50 2,30 1,76 2,25
elemicina
tr 4,62 tr 1,55 1,35 0,63 0,56 1,56
germacreno B
0,26 0,22 0,13 0,49 0,32 0,20 0,17 0,29
espatulenol
0,86 1,65 0,23 2,49 0,51 1,20 0,33 1,26
óxido de cariofileno
0,73 3,88 1,12 3,89 tr 2,03 0,64 0,64
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (0,08); nc = ausência da substância;
124
Continuação da Tabela 21.
Acessos
Substâncias CL 25
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Inverno Verão Outono Primavera
trans-β-ocimeno
1,69 tr tr 2,66
δ
δδ
δ-elemeno
tr tr tr tr
α-copaeno
2,54 2,99 2,04 2,97
β-bourboneno
1,24 1,91 0,38 0,53
β-elemeno
0,20 1,30 0,30 0,40
metileugenol
0,10 nc 6,05 0,44
trans-cariofileno
3,88 8,48 7,32 5,35
β-gurjuneno
0,09 tr nc 0,10
trans-α-bergamoteno
0,12 1,70 1,40 0,32
α-humuleno
0,21 0,19 0,30 0,45
seychelleno
tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr tr
germacreno D
20,71 12,82 7,56 9,94
β-selineno
3,22 16,51 11,65 7,87
biciclogermacreno
7,39 9,12 7,94 8,00
(E,E)-α-farneseno
4,33 4,29 3,62 3,33
δ
δδ
δ-cadineno
1,70 3,39 3,40 3,18
elemicina
20,65 7,85 38,32 46,66
germacreno B
tr 0,84 0,13 nc
espatulenol
10,98 5,99 2,34 3,27
óxido de cariofileno
9,24 14,74 4,47 1,78
* CL - população proveniente de Colombo/PR; tr = traços (0,08);
nc = ausência da substância;
125
Apêndice 8.
Tabela 23. Composição Química (% média relativa) do óleo essencial de acessos da população nativa de Ocimum selloi Benth,
provenientes de Camanducaia/MG.
Substâncias
Acessos
CM 01 CM 02 CM 03 CM 04 CM 05 CM 06 CM 07 CM 08 CM 09 CM 10
trans-β-ocimeno
1,12 tr 1,72 3,40 1,65 3,63 0,64 2,86 1,42 0,34
δ
δδ
δ-elemeno
1,15 2,24 1,03 tr tr 0,67 1,47 tr 1,30 tr
α-copaeno
0,88 0,74 0,82 0,72 0,67 0,84 1,13 1,45 1,11 0,83
β-bourboneno
0,55 0,67 0,53 0,34 0,23 0,50 0,93 1,09 0,75 0,50
β-elemeno
1,16 2,02 1,05 0,53 0,54 0,67 1,62 0,50 1,26 0,90
metileugenol
tr tr tr tr tr tr tr tr tr tr
trans-cariofileno
4,40 4,65 4,51 5,08 3,80 3,59 5,97 2,94 5,28 5,54
t-α-bergamotemo
7,69 12,06 12,89 11,63 19,05 8,12 13,10 9,91 11,37 13,36
α-guaieno
1,90 1,75 1,77 1,49 1,49 1,45 2,07 1,99 1,98 1,43
α-humuleno
0,39 0,37 0,46 0,52 0,33 0,32 0,61 0,39 0,53 0,69
seychelleno
0,34 tr tr 0,24 0,27 0,31 0,41 0,50 tr 0,34
allo-aromadendreno
0,33 tr 0,33 0,26 0,25 0,27 0,41 0,67 0,47 0,50
germacreno D
15,04 18,76 15,08 12,84 12,56 10,31 19,93 15,03 14,54 21,87
β
ββ
β-selineno
0,78 1,13 1,14 0,95 1,49 0,71 1,31 0,85 1,13 1,55
biciclogermacreno
11,17 12,42 9,85 9,03 9,97 7,86 14,09 13,29 11,67 15,73
(E,E)-α-farneseno
3,97 4,66 3,86 3,14 3,19 2,95 5,23 3,64 4,46 5,13
δ
δδ
δ-cadineno
1,04 1,85 1,18 0,92 1,24 0,83 1,74 1,15 1,25 1,74
elemicina
44,88 26,80 41,24 48,04 42,36 37,94 22,95 41,80 37,28 25,47
espatulenol
1,03 3,11 0,59 0,46 0,29 0,52 1,63 1,08 1,16 1,45
óxido de cariofileno
0,35 1,63 tr tr tr tr 1,08 0,24 tr 0,82
* CM - população proveniente de Camanducaia/MG; tr = traços (< = 0,22);
126
Tabela 24. Composição Química (% relativa media) do óleo essencial de acessos de Ocimum selloi Benth, provenientes de
Camanducaia/MG e cultivadas em Campinas/SP (1º, 2º, 3º e 4º Colheita).
Substâncias
Acessos
CM 01 CM 03
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Verão Primavera Outono Primavera Verão Primavera Outono Primavera
trans-β-ocimeno
4,31 6,26 1,11 4,65 4,34 5,35 2,56 tr
δ
δδ
δ-elemeno
0,96 0,97 0,09 1,10 1,58 0,59 0,19 2,13
α-copaeno
0,33 0,61 0,15 1,01 0,49 0,46 0,24 2,20
β-bourboneno
0,67 0,38 0,09 0,54 0,68 0,28 0,26 1,83
β-elemeno
1,28 0,42 0,27 0,74 1,82 0,41 0,43 1,74
metileugenol
nc tr nc tr nc nc nc tr
trans-cariofileno
1,94 2,98 1,70 3,06 2,90 2,48 1,96 4,80
trans-α-bergamotemo
6,47 8,20 7,58 4,35 10,54 9,80 10,80 4,29
α-guaieno
0,93 1,50 0,82 1,61 1,36 1,12 0,90 2,60
α-humuleno
tr tr 0,08 tr tr tr 0,22 0,13
seychelleno
tr tr tr tr tr tr tr tr
allo-aromadendreno
tr tr tr tr tr tr tr 0,33
germacreno D
5,97 10,48 6,77 15,48 8,91 7,92 7,80 28,86
β-selineno
0,42 0,66 0,59 0,27 0,79 0,67 0,87 0,77
biciclogermacreno
3,85 5,85 2,57 7,63 4,98 4,37 2,94 11,50
(E,E)-α-farneseno
1,40 2,73 1,91 3,66 2,34 1,95 2,18 5,85
δ
δδ
δ-cadineno
0,40 0,79 0,42 0,71 0,67 0,65 0,67 1,49
elemicina
69,85 56,36 74,10 50,70 56,83 63,31 66,15 23,05
espatulenol
0,69 tr tr 0,67 0,73 tr 0,16 1,67
óxido de cariofileno
0,10 tr tr 0,13 tr tr 0,31 0,96
* CM - população proveniente de Camanducaia/MG; tr = traços ( 0,07); nc = ausência da substância;
127
Continuação da Tabela 24.
Substâncias
Acessos
CM 04 CM 05
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Verão Primavera Outono Primavera Verão Primavera Outono Primavera
trans-β-ocimeno
3,08 5,62 1,38 5,10 2,96 1,34 1,35 1,84
δ
δδ
δ-elemeno
0,11 tr tr tr 0,22 tr tr tr
α-copaeno
0,52 0,55 tr 1,44 0,58 0,72 0,16 1,75
β-bourboneno
0,67 0,55 tr 0,67 0,60 0,28 0,20 0,73
β-elemeno
1,17 tr 0,08 0,63 1,34 0,42 0,09 0,58
metileugenol
nc nc nc 0,23 nc nc nc 0,77
trans-cariofileno
3,77 3,57 1,86 4,86 3,28 2,85 1,69 3,61
trans-α-bergamotemo
11,89 9,71 7,14 3,83 16,95 20,71 15,32 9,50
α-guaieno
1,45 1,24 0,62 2,15 1,44 1,52 0,84 1,85
α-humuleno
0,44 0,15 tr 0,28 0,47 0,27 0,42 0,26
seychelleno
tr tr tr 0,13 tr tr tr 0,18
allo-aromadendreno
tr tr 0,14 0,36 tr tr tr 0,44
germacreno D
9,12 9,21 6,66 18,66 10,02 11,24 7,23 21,37
β-selineno
0,89 0,76 0,56 tr 1,34 1,62 1,34 0,83
biciclogermacreno
4,99 5,57 2,65 10,15 6,97 8,59 4,07 12,87
(E,E)-α-farneseno
2,53 2,29 1,62 4,26 2,53 3,00 1,71 3,92
δ
δδ
δ-cadineno
0,76 0,59 0,32 0,68 1,05 1,14 0,83 1,27
elemicina
57,49 59,05 75,25 42,00 48,45 45,15 63,41 35,09
espatulenol
0,37 tr tr 0,91 0,70 0,80 0,18 0,89
óxido de cariofileno
0,10 tr 0,09 0,55 0,19 tr 0,22 0,19
* CM - população proveniente de Camanducaia/MG; tr = traços ( 0,07); nc = ausência da substância;
128
Continuação da Tabela 24.
Substâncias
Acessos
CM 06 CM 08
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Verão Primavera Outono Primavera Verão Primavera Outono Primavera
trans-β-ocimeno
5,01 7,18 2,35 3,20 3,57 3,03 0,77 1,35
δ
δδ
δ-elemeno
1,11 0,67 0,14 1,25 0,21 tr tr tr
α-copaeno
0,39 0,53 0,08 1,41 0,36 0,40 0,11 1,72
β-bourboneno
0,50 0,45 0,08 0,71 0,42 0,27 0,14 0,84
β-elemeno
1,36 0,51 0,21 1,11 0,92 0,17 0,15 0,59
metileugenol
tr nc nc 0,72 nc nc nc nc
trans-cariofileno
2,49 3,07 1,64 3,62 1,83 1,67 1,07 2,71
trans-α-bergamotemo
8,95 11,28 7,88 4,44 10,46 13,51 9,89 7,57
α-guaieno
1,15 1,35 0,90 1,80 1,04 1,01 0,91 2,06
α-humuleno
0,08 0,18 0,20 0,19 0,25 0,26 0,20 0,43
seychelleno
tr 0,07 tr tr tr tr tr 0,12
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,24 0,08 tr tr 0,43
germacreno D
6,98 9,91 6,37 17,13 7,15 7,62 6,29 17,15
β-selineno
0,70 0,85 0,64 0,21 0,84 1,01 0,79 0,59
biciclogermacreno
4,49 6,07 3,26 8,36 4,70 4,35 3,42 8,43
(E,E)-α-farneseno
1,94 2,76 2,01 4,09 1,84 2,03 1,73 4,18
δ
δδ
δ-cadineno
0,59 0,82 0,43 0,88 0,68 0,72 0,53 0,73
elemicina
62,21 53,37 72,27 45,50 64,08 62,87 72,63 45,14
espatulenol
0,52 tr 0,12 0,99 0,54 tr 0,20 1,43
óxido de cariofileno
0,09 tr tr 0,38 tr tr 0,11 0,19
* CM - população proveniente de Camanducaia/MG; tr = traços ( 0,07); nc = ausência da substância;
129
Continuação da Tabela 24.
Substâncias
Acessos
CM 09 CM 10
1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita 1ª Colheita 2ª Colheita 3ª Colheita 4ª Colheita
Verão Primavera Outono Primavera Verão Primavera Outono Primavera
trans-β-ocimeno
3,63 5,78 2,38 3,18 2,22 3,11 0,96 0,72
δ
δδ
δ-elemeno
0,20 0,83 0,18 0,57 0,13 tr tr tr
α-copaeno
0,40 0,53 0,14 1,19 0,47 0,63 0,23 3,00
β-bourboneno
1,00 0,33 0,13 0,65 0,55 0,60 0,18 2,23
β-elemeno
1,04 0,48 0,33 0,83 1,15 0,66 0,19 1,15
metileugenol
nc 9,21 6,07 22,16 nc tr nc tr
trans-cariofileno
3,19 3,52 2,02 4,16 3,13 3,56 1,77 6,97
trans-α-bergamotemo
11,71 11,12 9,25 5,15 12,57 11,48 10,27 7,10
α-guaieno
1,00 1,43 0,85 1,31 1,46 1,61 1,04 3,49
α-humuleno
tr 0,16 0,14 0,14 0,46 0,57 0,19 0,46
seychelleno
tr tr tr tr 0,10 0,19 tr 0,42
allo-aromadendreno
tr tr tr 0,25 0,16 0,14 tr 0,93
germacreno D
6,87 9,84 6,06 15,79 8,69 12,40 6,85 13,25
β-selineno
0,75 0,92 0,83 0,41 0,99 0,94 0,78 0,34
biciclogermacreno
3,62 6,17 3,05 7,69 5,13 8,94 3,33 7,65
(E,E)-α-farneseno
1,36 2,98 1,82 2,91 2,46 3,13 1,98 6,57
δ
δδ
δ-cadineno
0,44 0,95 0,55 0,84 0,80 0,84 0,54 0,63
elemicina
63,50 44,42 65,28 27,19 58,22 50,03 70,85 30,50
espatulenol
0,21 tr 0,35 1,29 0,50 0,57 tr 8,53
óxido de cariofileno
0,17 tr 0,09 0,60 0,25 tr 0,07 2,64
* CM - população proveniente de Camanducaia/MG; tr = traços ( 0,07); nc = ausência da substância;
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