Download PDF
ads:
PEDRO MARCELO TONDELLI
Avaliação do nível de conhecimento de um grupo de
ortodontistas
sobre o traumatismo dentoalveolar e a
movimentação ortodôntica em dentes traumatizados
ARAÇATUBA – SP
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
PEDRO MARCELO TONDELLI
Avaliação do nível de conhecimento de um grupo de
ortodontistas
sobre o traumatismo dentoalveolar e a
movimentação ortodôntica em dentes traumatizados
ARAÇATUBA – SP
2007
Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade
de Odontologia de Araçatuba da Universidade
Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”
UNESP, como parte dos requisitos para obtenção
do título de Mestre em Odontologia, área de
concentração Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça
ads:
PEDRO MARCELO TONDELLI
14-07-1973
Jandaia do Sul - PR
Nascimento
1991-1995
Curso de Odontologia na Universidade
Estadual de Londrina - UEL
1998-2001
Curso de Especialização em Ortodontia e
Ortopedia Facial na Universidade Estadual
de Londrina - UEL
2003-2007
Auxiliar de Pesquisa do Curso de
Especialização em Ortodontia e Ortopedia
Facial da Universidade Estadual de
Londrina - UEL
2006-2007
Curso de s-Graduação em nível de
Mestrado em Ortodontia, na Faculdade de
Odontologia de Araçatuba - Universidade
Estadual Paulista - UNESP
Associações
Sociedade Paranaense de Ortodontia
Dedicatória
A Deus
Por Tua misericórdia que se renova a cada manhã, nos permite caminhar
conforme a Tua palavra, na esperança de alcançar a glória eterna. Reconheço a Ti
em todos os meus caminhos e dedico este trabalho, como tudo em minha vida a Ti
Senhor.
Se fizermos algo da melhor forma para agradar a Deus, certamente
agradaremos aos homens.
Pedro Marcelo Tondelli
À minha esposa Fabiana Kay
Com amor, admiração e gratidão por toda sua dedicação, compreensão e
companheirismo durante este curso. Agradeço pelo seu empenho em conduzir
nossa casa e nossos negócios na minha ausência, dando-me condições para a
realização deste curso, deste trabalho e deste sonho. Que Deus a abençoe e a faça
mais feliz e próspera, a cada dia, em todas as áreas, em nome de Jesus.
Aos meus pais Pedro Tondelli e Nilza Adelaide Triana Tondelli
Que dedicaram suas vidas para que seus filhos tivessem as oportunidades
que eles não puderam ter, e ensinaram-me respeito, honra e dignidade, fazendo-me
um cidadão melhor a cada dia. Que Deus os abençoe e habite em seus corações
para todo o sempre, em nome de Jesus.
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça, por me receber com carinho e
respeito, por compartilhar seu conhecimento e experiência, contribuindo para meu
aprimoramento científico e intelectual. Agradeço pela oportunidade e confiança
conferida a mim, e por todos os momentos em que estivemos juntos. Que Deus
abençoe a você e a toda sua família, e que o senhor continue sendo este exemplo
de pessoa e professor que cativa a todos com seu modo simples e natural de
ensinar.
Ao Prof. Dr. Claudenir Rossato, por compartilhar seu conhecimento desde
minha graduação, por contribuir, marcantemente, em minha formação ortodôntica e
pelo seu incentivo constante em meu aprimoramento profissional e pessoal. O
senhor foi e sempre será um exemplo na vida de muitos, assim como é para mim.
Que Deus o abençoe e a toda sua família.
Aos Professores da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba UNESP, Prof. Dr. Eduardo César Almada Santos, Prof. Dr. Francisco
Antônio Bertoz, Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça e Prof. Dr. Osmar Aparecido
Cuoghi, pelos preciosos ensinamentos transmitidos neste curso, contribuindo para
meu enriquecimento profissional.
Aos Professores do Curso de Especialização em Ortodontia da Universidade
Estadual de Londrina, Prof. Carlos Eduardo de Oliveira Lima, Prof. Dr. Claudenir
Rossato, Prof. Emília Kobayashi, Prof. Felix Hoette, Prof. João Tadeu Amim
Graciano, Prof. Dr. Luiz Sérgio Carreiro, Prof. Dr. Paulo Eduardo Bággio, Prof.
Ricardo Fernando Zampieri e Prof. Dr. Ricardo Takahashi, pelo incentivo e
oportunidade para realização deste curso.
Ao Prof. Dr. Tieo Takahashi, por participar de minha formação ortodôntica, por
sua incansável dedicação à nossa especialidade, e por suas lições de vida. Todo o
meu respeito e admiração.
Ao amigo Alex Luiz Pozzobon Pereira, pela recepção nesta cidade, pelo
companheirismo, pela atenção dispensada e pelos ensinamentos prestados durante
todo o curso sem jamais esperar retribuição.
Ao amigo Mauro Carlos Agner Busatto, pelas experiências e trabalhos
compartilhados, pelos ensinamentos, brincadeiras e carinho com que sempre tratou
a todos.
Ao amigo Geraldo Francisco Kasbergen, por ser meu grande companheiro
neste curso, pela sua bondade e disposição constante em ajudar a todos e pelo
exemplo em nunca desistir e nem deixar de lutar por um sonho.
À minha família, que muito me apoiou, Valéria, Karoline, Maria Dirce, José
Nogueira, Toninho, Arthur, Kay, Teresinha, Janaína, Bruno, Valmir, Regina e todos
os outros familiares e amigos que torceram por mim, meu muito obrigado.
Aos amigos do curso de Mestrado, Carlos Shimabucoro, Leila Murad, Bruna
Meireles e Flavia de Moraes Arantes, pela convivência, experiência e aprendizado
compartilhado entre todos, meus mais sinceros agradecimentos.
Ao Prof. Dr. Wilson Roberto Poi e Prof
a
. Dra. Sônia Regina Panzarini Barioni,
por contribuir na minha formação e por participar na realização deste trabalho.
Aos colegas da turma anterior de Mestrado Fernanda Azambuja Macedo,
Lílian Pignata, Ronan Alcântara Machado, Túlio Silva Lara, e ao amigo do Doutorado
Rodrigo Castellazzi Sella, pelas experiências e ensinamentos compartilhados.
Ao secretário do curso de Especialização da Universidade Estadual de
Londrina, Jeverson Bueno de Oliveira, por sua amizade e seu auxílio durante toda
minha formação ortodôntica.
Ao funcionário da Disciplina de Ortodontia, Ilídio Teodoro Filho, por sua
amizade e incansável prontidão em atender a todos.
Aos funcionários da Disciplina de Ortodontia, Maria Bertolina Mesquita
Oliveira e Aparecida Fátima Cristófano de Carvalho, pelo auxílio no decorrer do
curso.
Aos funcionários da Pós-Graduação, Marina, Valéria e Diogo pela atenção e
eficiência com que atendem a todos.
Aos funcionários da biblioteca, Ana Cláudia, Ana Paula, Claudia, Cláudio,
Fernando, Ivone, Izamar, Junior, Luzia, pelo auxílio prestado.
Ao Prof. Ass. Dr. Idelmo Garcia Rangel, coordenador do Programa de Pós-
Graduação em Odontologia desta instituição, agradeço a oportunidade, o convívio e
os ensinamentos.
À Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, nas pessoas do seu
Diretor, Prof. Tit. Pedro Felício Estrada Bernabé e Vice-Diretor, Prof
a
. Adj. Ana Maria
Pires Soubhia, pela oportunidade em realizar o curso de Pós-Graduação.
Tondelli PM. Avaliação do nível de conhecimento de um grupo de ortodontistas
sobre o traumatismo dentoalveolar e a movimentação ortodôntica em dentes
traumatizados [dissertação] Araçatuba: Faculdade de Odontologia da Universidade
Estadual Paulista; 2007.
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de conhecimento de um grupo de
ortodontistas, em regiões específicas do Brasil, sobre o traumatismo dentoalveolar e
a movimentação ortodôntica em dentes traumatizados. Para este propósito, foram
distribuídos 166 questionários com 25 perguntas objetivas sobre o assunto, dos
quais 105 questionários foram devidamente preenchidos e recolhidos após 30 dias.
Concluiu-se que, para 37% dos profissionais entrevistados, o nível de conhecimento
para os traumatismos considerados não foi satisfatório, e quanto à movimentação
ortodôntica, em dentes traumatizados, aproximadamente, 40% dos entrevistados
não responderam satisfatoriamente as questões formuladas.
Palavras-chave: Movimentação dentária. Traumatismos dentários
Tondelli PM. Knowledge level assessment of an Orthodontists’ group about dental
trauma and orthodontic movement in traumatized teeth [theses] Araçatuba: School of
Dentistry of Araçatuba, São Paulo State University; 2007.
ABSTRACT
The objective of this work was to assess the knowledge level of an orthodontists’
group in specific areas of Brazil, about dental trauma and orthodontic movement in
traumatized teeth. For this purpose, 166 questionnaires with 25 objective questions
about this subject were distributed, of which 105 questionnaires were correctly filled
and collected after 30 days. Concluding, all of the questions that the orthodontists
were answered, to 37%, the level of knowledge for the others traumatism questions
was considered not satisfactory and about orthodontic movement in traumatized
teeth approximately 40% of the interviewed professionals not answered correctly.
Keywords: Tooth movement. Teeth injuries
Lista de figuras
Figura 1 - Parte 1 do questionário sobre o perfil do profissional
Figura 2 - Parte 2 do questionário sobre o traumatismo dentoalveolar
Figura 3 - Parte 3 do questionário sobre o traumatismo dentoalveolar
e a movimentação dentária induzida em dentes
traumatizados
55
55
56
Lista de quadros
Quadro 1 - Distribuição percentual e numérica da idade dos profissionais
Quadro 2 - Distribuição percentual e numérica do gênero dos
profissionais
Quadro 3 - Distribuição percentual e numérica do nível de formação dos
profissionais
Quadro 4 - Distribuição percentual e numérica dos profissionais que
fazem apenas Ortodontia em seus consultórios
Quadro 5 - Distribuição percentual e numérica dos profissionais que
participaram de cursos de atualização em Ortodontia após
sua formação
Quadro 6 - Distribuição percentual e numérica do número de horas do
curso de atualização
Quadro 7 - Distribuição percentual e numérica dos profissionais que
possuem um campo específico sobre traumatismo em suas
fichas clínicas
Quadro 8 - Distribuição percentual e numérica dos profissionais que
perguntam sobre história prévia de dentes traumatizados
Quadro 9 - Distribuição percentual e numérica de qual o primeiro aspecto
clínico que chama a atenção dos profissionais para o
traumatismo
Quadro 10 - Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a
definição de luxação
61
62
62
63
64
65
66
66
67
69
Quadro 11 - Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a
definição de subluxação
Quadro 12 - Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a
definição de concussão
Quadro 13 - Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a
definição de avulsão
Quadro 14 - Distribuição percentual e numérica se os profissionais
receberam pacientes com traumatismo dentoalveolar
Quadro 15 - Distribuição percentual e numérica sobre a opinião dos
profissionais se o prognóstico do dente está relacionado ao
tipo de traumatismo
Quadro 16 - Distribuição percentual e numérica sobre qual a conduta dos
profissionais para iniciar o tratamento sabendo que os dentes
sofreram um traumatismo dentoalveolar
Quadro 17 - Distribuição percentual e numérica se os profissionais
receberam ensino específico sobre movimentação
ortodôntica em dentes traumatizados
Quadro 18 - Distribuição percentual e numérica sobre qual seria o
movimento menos prejudicial em incisivos superiores que
sofreram uma luxação lateral
Quadro 19 - Distribuição percentual e numérica se os profissionais
alteram o plano de tratamento após ocorrer uma luxação
lateral grave nos incisivos superiores em um caso de
extração de primeiros pré-molares
70
71
71
72
73
74
75
76
69
Quadro 20 - Distribuição percentual e numérica sobre qual é a alteração
no plano de tratamento
Quadro 21 - Distribuição percentual e numérica sobre qual a conduta dos
profissionais em pacientes que sofreram um traumatismo
dentoalveolar leve durante o tratamento ortodôntico
Quadro 22 - Distribuição percentual e numérica sobre qual a conduta dos
profissionais em pacientes que sofreram um traumatismo
dentoalveolar grave durante o tratamento ortodôntico
Quadro 23 - Distribuição percentual e numérica se os profissionais
continuam fazendo radiografias dos dentes traumatizados
durante o tratamento
Quadro 24 - Distribuição percentual e numérica sobre qual seria a
magnitude de força ideal para movimentação de um canino
superior anquilosado
Quadro 25 - Distribuição percentual e numérica sobre a opinião dos
profissionais, se um dente que teve uma fratura no terço
apical da raiz pode ser movimentado
Quadro 26 - Distribuição percentual e numérica se os dentes
traumatizados podem sofrer maior reabsorção radicular com
a movimentação dentária induzida
Quadro 27 - Distribuição percentual e numérica se a intensidade do
traumatismo pode influenciar no prognóstico da
movimentação dentária induzida
Quadro 28 - Distribuição percentual e numérica se os profissionais
consideram estas informações necessárias e importantes
79
80
81
82
83
84
84
85
77
Quadro 29 - Distribuição percentual das respostas certas e erradas das
questões 4, 5, 6 e 7 da segunda parte do questionário
Quadro 30 - Distribuição percentual das respostas certas e erradas das
questões 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10 e 11 da terceira parte do
questionário
Quadro 31 - Protocolo de condutas sobre movimentação ortodôntica em
dentes traumatizados.
86
86
99
Lista de gráficos
Gráfico 1 - Distribuição numérica da idade dos profissionais
Gráfico 2 - Distribuição numérica do gênero dos profissionais
Gráfico 3 - Distribuição numérica do nível de formação dos profissionais
Gráfico 4 - Distribuição numérica dos profissionais que fazem apenas
Ortodontia em seus consultórios
Gráfico 5 - Distribuição numérica dos profissionais que participaram de
cursos de atualização em Ortodontia após sua formação
Gráfico 6 - Distribuição numérica do número de horas do curso de
atualização
Gráfico 7 - Distribuição numérica dos profissionais que possuem um
campo específico sobre traumatismo em suas fichas clínicas
Gráfico 8 - Distribuição numérica dos profissionais que perguntam sobre
história prévia de dentes traumatizados
Gráfico 9 - Distribuição numérica de qual o primeiro aspecto clínico que
chama a atenção dos profissionais para o traumatismo
Gráfico 10 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de
luxação
Gráfico 11 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de
subluxação
Gráfico 12 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de
concussão
Gráfico 13 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de
avulsão
61
62
63
64
64
65
66
67
68
69
70
70
71
Gráfico 14 - Distribuição numérica se os profissionais receberam
pacientes com traumatismo dentoalveolar
Gráfico 15 - Distribuição numérica sobre a opinião dos profissionais se o
prognóstico do dente está relacionado ao tipo de
traumatismo
Gráfico 16 - Distribuição numérica sobre qual a conduta dos profissionais
para iniciarem o tratamento sabendo que os dentes sofreram
um traumatismo dentoalveolar
Gráfico 17 - Distribuição numérica se os profissionais receberam ensino
específico sobre movimentação ortodôntica em dentes
traumatizados
Gráfico 18 - Distribuição numérica sobre qual seria o movimento menos
prejudicial em incisivos superiores que sofreram uma luxação
lateral
Gráfico 19 - Distribuição numérica se os profissionais alteram o plano de
tratamento após ocorrer uma luxação lateral grave nos
incisivos superiores em um caso de extração de primeiros
pré-molares
Gráfico 20 - Distribuição numérica sobre qual é a alteração no plano de
tratamento
Gráfico 21 - Distribuição numérica sobre qual a conduta dos profissionais
em pacientes que sofreram um traumatismo dentoalveolar
leve durante o tratamento ortodôntico
72
72
74
75
76
77
78
79
Gráfico 22 - Distribuição numérica qual a conduta dos profissionais em
pacientes que sofreram um traumatismo dentoalveolar grave
durante o tratamento ortodôntico
Gráfico 23 - Distribuição numérica se os profissionais continuam fazendo
radiografias dos dentes traumatizados durante o tratamento
ortodôntico
Gráfico 24 - Distribuição numérica sobre qual seria a magnitude de força
ideal para movimentação de um canino superior anquilosado
Gráfico 25 - Distribuição numérica sobre a opinião dos profissionais, se
um dente que teve uma fratura no terço apical da raiz pode
ser movimentado
Gráfico 26 - Distribuição numérica se os dentes traumatizados podem
sofrer maior reabsorção radicular com a movimentação
dentária induzida
Gráfico 27 - Distribuição numérica se a intensidade do traumatismo pode
influenciar no prognóstico da movimentação dentária
induzida
Gráfico 28 - Distribuição numérica se os profissionais consideram estas
informações necessárias e importantes
80
81
82
83
84
85
85
Sumário
1 Introdução
2 Revisão da literatura
2.1 Traumatismo dentoalveolar e a movimentação dentária induzida
2.2 A utilização de questionários
3 Proposição
4 Material e métodos
4.1 Material
4.2 Métodos
4.2.1 Elaboração do questionário
4.2.2 Validação do questionário
4.2.3 Aplicação dos questionários
4.2.4 Obtenção dos dados
4.2.5 Avaliação dos dados obtidos
4.2.6 Validação das respostas
5 Resultados
6 Discussão
7 Conclusões
Referências
Anexos
24
29
30
46
51
53
54
54
57
57
58
58
58
58
60
87
101
103
107
Introdução
Introdução
25
1 Introdução
A Odontologia passa por uma evolução contínua a cada ano e da mesma
forma a Ortodontia, que por meio de pesquisas clínicas e laboratoriais, desenvolve
novidades tecnológicas para auxiliar o diagnóstico, plano de tratamento e a correção
das mais diversas más oclusões. No entanto, quando um ou mais dentes são
submetidos a um traumatismo dentoalveolar, o tratamento de uma oclusão pode
ser alterado completamente, e as condutas sobre estes dentes permanecem ainda
inseguras. Um traumatismo provoca alterações nos dentes, ligamento periodontal e
osso alveolar, aumentando os riscos decorrentes da movimentação ortodôntica
sobre os dentes traumatizados e influenciando diretamente no prognóstico.
O traumatismo dentoalveolar consiste em uma injúria aos dentes, periodonto
de proteção e sustentação, podendo levar ao rompimento do ligamento periodontal,
fratura dentária, óssea e alterações pulpares, promovendo um desconforto físico,
emocional, dor e comprometimento estético
1
.
Os traumatismos dentoalveolares têm demonstrado uma expressão
epidemiológica como um problema de saúde pública emergente, à medida em que
aumentam as taxas de violência pelo mundo, bem como a dos esportes radicais e de
contato físico
2
. O trauma na região bucal ocorre em 5% das pessoas que procuram
por atendimento médico emergencial, e aumenta para 18% em crianças e pré-
adolescentes
2
.
Andreasen e Andreasen
2
definiram alguns tipos de traumatismos
dentoalveolares de acordo com a severidade: a concussão é um traumatismo às
estruturas de suporte do dente, sem aumento da mobilidade ou deslocamento deste,
mas com uma marcante sensibilidade à percussão; a subluxação é um traumatismo
às estruturas de suporte do dente com aumento da mobilidade, sem ocorrer o seu
Introdução
26
deslocamento; o deslocamento do dente em uma direção diferente da axial,
acompanhado por cominuição ou fratura da cavidade alveolar é descrito como
luxação, que pode ser intrusiva, extrusiva ou lateral; na luxação intrusiva há o
deslocamento do dente em seu longo eixo para o interior do alvéolo, enquanto na
extrusiva o dente é deslocado para fora do seu alvéolo e, na luxação lateral, é
deslocado em direção às tábuas ósseas vestibular, lingual ou septo interdental; e a
avulsão é descrita como o deslocamento completo do dente para fora do seu
alvéolo.
As fraturas coronárias e as luxações dentoalveolares são os traumatismos
mais freqüentes na região oral, seguidos pela avulsão dentária. Os indivíduos
envolvidos com o traumatismo dentoalveolar devem receber uma conduta
terapêutica apropriada para que estes dentes tenham um bom prognóstico, e desta
forma, o conhecimento dos profissionais envolvidos torna-se de suma importância.
Devido à relevância do assunto, na prática odontológica, a International
Association of Dental Traumatology, contando com a participação de diversos
pesquisadores e clínicos das várias especialidades, desenvolveu um protocolo após
uma detalhada revisão da literatura e discussão em grupo, sobre os cuidados e
procedimentos a serem realizados em dentes traumatizados. Este guia,
recentemente publicado por Flores et al.
3-5
, fornece condutas seguras para o
tratamento dos diversos traumatismos, possibilitando uma recuperação mais
favorável dos dentes e tecidos de suporte, e desta forma, qualquer outro tratamento
odontológico, assim como o tratamento ortodôntico, torna-se viável e seguro.
O traumatismo dentoalveolar pode acometer pessoas de todas as idades e
tipos de más oclusões, no entanto, sua freqüência é maior nas crianças e pré-
adolescentes. Este índice é aumentado em crianças com trespasse horizontal de 0 a
Introdução
27
3mm, duplicando a insidência da injúria traumática com o trespasse horizontal de 3 a
6mm, e triplicada quando este trepasse encontra-se acima de 6mm
6
. A exposição
dos incisivos superiores e a falta de selamento labial são fatores que predispõem ao
traumatismo e as crianças do gênero masculino são duas vezes mais acometidas
por este problema. Estas características estão presentes em grande parte dos
pacientes que procuram por um tratamento ortodôntico, sendo a anamnese, os
exames clínico e radiográfico instrumentos de grande valor para o diagnóstico dos
traumatismos que podem não ser relatados pelos pais ou pacientes, transformando
em dissabores como reabsorções radiculares ou anquiloses, que podem alterar
completamente o plano de tratamento ou até comprometê-lo, além de originar litígios
jurídicos e pessoais.
A avaliação detalhada da morfologia radicular prévia, ao início do tratamento
ortodôntico, consiste em um requisito destacado por Levander e Malmgren
7
, que
aconselham uma análise das reabsorções radiculares, verificando o contorno
radicular, concavidades na superfície e má formações, pois dentes com estas
características podem ser severamente reabsorvidos durante o tratamento.
Malmgren et al.
8
afirmaram que, diante de reabsorções radiculares marcantes, os
objetivos do tratamento devem ser revistos.
A respeito da movimentação dentária induzida em dentes traumatizados,
verifica-se que ainda é um assunto de pouco destaque na literatura especializada,
pois em uma avaliação da literatura, encontram-se publicações muito diversificadas
sobre o tema, que não colaboram para a formação de um protocolo seguro para
condutas clínicas.
A utilização de questionários específicos e direcionados para diversos grupos
da sociedade (Cirurgiões-Dentistas, profissionais da Odontologia, professores do
Introdução
28
ensino básico, médicos, leigos, etc)
9-17
é um método de rotina relacionado ao tema,
com o objetivo de obter informações sobre o nível de conhecimento destes grupos a
respeito de um determinado assunto, e assim, possibilitar a instituição de programas
de prevenção e conduta. Alguns trabalhos
9-15,17
procuraram avaliar o grau de
conhecimento a respeito da conduta a ser realizada frente ao traumatismo
dentoalveolar, porém, em relação aos procedimentos ortodônticos em dentes
traumatizados, ainda são restritos na literatura especializada.
Uma vez que existe escassez de questionários direcionados aos
ortodontistas, o objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de conhecimento dos
Cirurgiões-Dentistas especialistas em Ortodontia, em regiões específicas do Brasil,
sobre o traumatismo dentoalveolar e a movimentação ortodôntica em dentes
traumatizados e, desta forma, obter informações que possam auxiliar na elaboração
de pesquisas específicas sobre o tema, e que permitam estabelecer um protocolo de
condutas clínicas.
Revisão da literatura
Revisão da literatura
30
2 Revisão da literatura
Esta revisão foi organizada em duas partes. A primeira parte corresponde a
trabalhos científicos relacionados com a movimentação dentária em dentes
submetidos ao traumatismo dentoalveolar prévio. A segunda destaca o uso de
questionários como um instrumento válido na linha de pesquisa sobre traumatismo
dentoalveolar.
2.1 Traumatismo dentoalveolar e a movimentação dentária induzida
Na procura de fatores etiológicos para a reabsorção radicular, Phillips
18
, em
1955, analisou radiografias periapicais de 69 pacientes tratados com aparelho
Edgewise, e constatou que, dos 1745 dentes analisados, 39% tiveram reabsorção
radicular, provavelmente pela força ortodôntica, havendo uma prevalência maior de
reabsorção nos incisivos centrais e laterais superiores. O autor não encontrou
correlação com o gênero, idade e tempo de tratamento, no entanto, afirmou que os
dentes que sofreram um traumatismo prévio, evidenciado pela fratura na coroa ou
deformidade radicular, demonstraram uma maior predileção para reabsorção
radicular do que os dentes não traumatizados, apresentando uma reabsorção maior
que ¼ do comprimento radicular.
Em 1974, Wickwire et al.
19
estudaram, em 45 casos tratados
ortodonticamente, os efeitos da movimentação dentária, em 53 dentes submetidos
ao tratamento endodôntico, causados por cárie (15) e traumatismo dentoalveolar
(38). Os dentes com tratamento endodôntico apresentaram índices de reabsorções
maiores do que os vitais, mas puderam ser movimentados normalmente. Para os
autores, os dentes que sofrem um traumatismo podem alterar a cor da coroa devido
à hemorragia, podendo coincidir com o tratamento ortodôntico e a ele ser creditado.
A possibilidade da ocorrência deste fato deveria ser discutida com os pais e
Revisão da literatura
31
pacientes antes de iniciar o tratamento ortodôntico. Concluíram que os dentes que
sofreram um traumatismo severo ou avulsão, seguidos de reimplantação, possuem
um prognóstico menos favorável para a movimentação dentária induzida. Relataram
ainda que quanto maior a magnitude do traumatismo, maior a possibilidade de
reabsorção radicular.
Em 1979, Hines
20
avaliou, em radiografias periapicais, a resposta dos dentes
avulsionados ou parcialmente avulsionados de pacientes submetidos ao tratamento
ortodôntico. A amostra consistiu de 23 pacientes de sua clínica particular e 19 de
outros colegas, totalizando 42 pacientes com 81 dentes traumatizados, sendo 21
avulsões e 60 avulsões parciais ou luxações extrusivas. Os pacientes possuíam más
oclusões diversas e foram tratados pela mecânica Edgewise e de Begg. O período
anterior à reimplantação variou de 5 minutos a 12 horas para os dentes
avulsionados e de 1 hora a 24 horas para os dentes parcialmente avulsionados. O
intervalo entre a data do traumatismo e o início do tratamento ortodôntico variou de 1
mês a 4 anos para os dentes avulsionados e 1 mês a 6 anos para os parcialmente
avulsionados e a idade dos pacientes na época do trauma variou de 7 a 19 anos. Os
resultados mostraram que os dentes avulsionados tiveram um aumento dio de
28,3% na velocidade de reabsorção radicular além de 6 dentes serem perdidos pela
reabsorção completa da raiz, e os parcialmente avulsionados tiveram um aumento
de 8,9%. Os autores concluíram que os dentes que sofrem traumatismos destas
magnitudes respondem normalmente ao tratamento ortodôntico, porém, com maior
nível de reabsorção radicular ocorrendo antes, durante e após o tratamento.
Avaliando o risco de reabsorção radicular, após o tratamento ortodôntico em
incisivos traumatizados, Malmgren et al.
8
, em 1982, analisaram radiografias
periapicais de 27 pacientes, totalizando 55 dentes com traumatismos leve ou
Revisão da literatura
32
moderadado. Os traumatismos foram divididos em fraturas de coroa sem
comprometimento periodontal, em que 17 fraturas não eram complicadas, ou seja,
não tinham envolvimento pulpar e apenas 1 dente com envolvimento pulpar. Das
injúrias periodontais, com ou sem fratura coronária, 17 eram concussões, 19
subluxações e 1 luxação, caracterizando traumatismos leves e moderados. O
período entre o traumatismo e o início do tratamento variou de 5 meses a 2 anos,
todos os dentes apresentavam mobilidade e espaço periodontal normais, e os
pacientes foram tratados pela mecânica de Begg e Edgewise. O risco de reabsorção
radicular foi comparado entre os dentes traumatizados e os dentes adjacentes sem
traumatismo prévio, e também a um grupo-controle com 55 pacientes sem história
prévia de traumatismo dentoalveolar. Os resultados mostraram que não houve
diferença estatisticamente significante entre os dentes traumatizados ou não, no
mesmo indivíduo, e quando comparado ao grupo-controle sem traumatismo prévio.
No entanto, os dentes que apresentavam reabsorção anterior ao tratamento
ortodôntico, apresentaram maiores sinais de reabsorção durante o tratamento do
que os dentes sem reabsorção prévia. Os autores concluíram que os dentes com
traumatismo leve ou moderado e com ligamento periodontal intacto, após um
período de observação de 4 a 5 meses, podem ser movimentados com um
prognóstico comparado aos dentes não traumatizados.
Em 1984, Turley, Joiner e Hellstrom
21
avaliaram os efeitos da extrusão
ortodôntica em dentes traumaticamente intruídos de 3 cães. Os registros iniciais
foram compostos por fotos e modelos, marcadores de amálgama e tântalo foram
inseridos nos dentes e corticais ósseas para futuras medições, e cursores foram
confeccionados para tomadas radiográficas periapicais precisas. Os cães foram
anestesiados e os quatro primeiros pré-molares foram intruídos por meio de um
Revisão da literatura
33
martelo em diferentes níveis. Bandas com acessórios foram cimentadas nos caninos
e segundos pré-molares e, por meio de arcos segmentados e elásticos, 250 a 300cN
de magnitude força foram aplicados para extrusão dos primeiros pré-molares 6 dias
após o traumatismo. Percorrido 12 a 13 semanas após o traumatismo, novos
registros foram feitos e os animais foram sacrificados para análise histológica. No
animal 1, a intrusão variou de 2,5 a 4,1mm; no animal 2, de 1,0 a 2,2mm e, no
animal 3, a intrusão foi em torno 0,5mm. A extrusão ortodôntica facilitou o
reposicionamento dos dentes intruídos no grupo 3, onde o traumatismo foi menos
severo, apesar de a erupção também ocorrer sem reposicionamento ortodôntico no
lado controle. Os autores detectaram que, nos grupos 1 e 2, houve anquilose dos
dentes traumatizados e intrusão das unidades de ancoragem, e concluíram que, nas
luxações intrusivas severas, a extrusão ortodôntica tem pouco efeito sobre o
reposicionamento dos dentes, e que as seqüelas comuns são anquilose, reabsorção
radicular externa e necrose pulpar.
Spalding et al.
22
, em 1985, observaram por meio de uma revisão da literatura,
uma mudança de paradigma na abordagem de incisivos permanentes
traumaticamente intruídos. Os autores notaram que, no passado, o tratamento aceito
era aguardar a erupção do dente espontaneamente por 6 a 8 semanas, e que, caso
isto não ocorresse, o tracionamento ortodôntico era instituído. O estado pulpar era
monitorado e tanto a terapia com hidróxido de cálcio como a Endodontia
convencional eram aplicadas após detectada a necrose pulpar, dependendo da
maturidade do ápice radicular. A pulpectomia e um preenchimento com material à
base de hidróxido de cálcio também poderiam ser usados se houvesse evidências
de reabsorção radicular interna e externa. As evidências clínicas vigentes, na época
da publicação deste artigo, fizeram com que os autores sugerissem que o
Revisão da literatura
34
reposicionamento ortodôntico deveria ser iniciado tão logo fosse possível, após o
traumatismo, independente do estágio de desenvolvimento radicular. Dentes com
ápice aberto poderiam ser monitorados e com raiz completa deveriam ser abertos, a
polpa extirpada e o canal radicular preenchido com material à base de hidróxido de
cálcio. Isto reduziria a chance de reabsorção radicular e permitiria um período de
monitoramento antes da obturação definitiva do canal radicular.
Turley, Crawford e Carrington
23
, em 1987, estudaram, em cães, a intrusão
traumática dos primeiros pré-molares, submetidos a forças ortodônticas de extrusão.
Foram realizados modelos iniciais, fotos, cursores para tomadas radiográficas
precisas, marcações de amálgama foram inseridas nas coroas dos caninos e pré-
molares e marcadores de tântalo foram posicionados, nas corticais ósseas
vestibulares, servindo como referências para medições das movimentações. Os
dentes intruídos que não apresentavam mobilidade foram luxados e a magnitude de
força empregada foi de 300cN, iniciando em 2 até 14 dias. Citaram como seqüelas
do traumatismo a necrose pulpar, obliteração pulpar, reabsorção radicular, anquilose
e perda óssea marginal. Concluíram que os dentes que apresentam anquilose, após
o trauma, devem ser luxados para que a movimentação possa ocorrer.
Em 1991, Linge e Linge
24
estudaram as características de 485 pacientes com
idade variando de 11,5 a 25 anos, e correlacionaram com a reabsorção radicular no
tratamento ortodôntico. Documentações ortodônticas foram realizadas, incluindo
radiografias periapicais padronizadas e anamnese, contendo inclusive informações
sobre traumatismo dentoalveolar. O período médio de observação foi de 3,3 anos e
os pacientes foram tratados com aparelhos fixos, móveis, elásticos intermaxilares e
aparelhos extrabucais. Os resultados mostraram que, dentre as variáveis
relacionadas com a reabsorção radicular, estavam o trespasse horizontal
Revisão da literatura
35
aumentado, tempo de tratamento com arco retangular, tempo de tratamento com o
uso de elásticos de Classe II, disfunção de lábios e língua, sucção de dedo e
também dentes traumatizados antes do tratamento ortodôntico.
Avaliando a influência do tratamento ortodôntico sobre dentes previamente
traumatizados, Brin et al.
25
, em 1991, analisaram, por meio de exames clínicos e
radiográficos, 139 jovens com idade média de 13,7 anos. Os jovens foram inseridos
em 4 grupos: grupo “T”, com 56 jovens que apenas sofreram traumatismos sobre os
incisivos superiores; grupo “O”, em que 29 jovens receberam apenas o tratamento
ortodôntico; grupo “TO”, com 28 jovens que sofreram traumatismo e foram
submetidas ao tratamento ortodôntico e o grupo “C”, com 26 jovens utilizados como
controle, pois o possuíam história de traumatismo e não receberam o tratamento
ortodôntico. O tratamento ortodôntico ocorreu por meio de aparelhos móveis que
promoveram apenas movimentos de inclinação sobre os incisivos superiores, na
maioria dos casos, para redução do trespasse horizontal, e apenas em 7 casos o
movimento dos incisivos foi para vestibular. Os dentes que sofreram reabsorções
radiculares apresentaram grau 1 ou 2 de acordo com Malmgrem et al.
8
, ou seja, uma
discreta alteração no contorno do ápice ou uma reabsorção de até 2mm. Este
fenômeno teve uma maior prevalência no grupo “TO” com 27,8% dos dentes
traumatizados com reabsorção radicular, especialmente, em 8 casos em que houve
um traumatismo recorrente; o grupo “Tapresentou 6,7%; o grupo “O” apresentou
7,8% e o grupo “C” não apresentou reabsorções radiculares. Os dentes adjacentes
aos que foram diretamente traumatizados sofreram uma reabsorção radicular menor,
porém, maior do que nos dentes do grupo “O” que receberam apenas o movimento
ortodôntico.
Revisão da literatura
36
Em um relato editorial de 1992 sobre a função do ortodontista na condução de
injúrias traumáticas, Turpin
26
relatou que o ortodontista deveria fazer parte da equipe
de traumatismo pela facilidade na imobilização dos dentes com braquetes e fios de
uso rotineiro, e que o tratamento das más oclusões de Classe II severas pode
diminuir os riscos de traumatismos dentoalveolares.
Brezniak e Wasserstein
27,28
,
em 1993, realizaram uma extensa revisão da
literatura e descreveram os fatores mecânicos e biológicos que contribuem para o
aumento das reabsorções radiculares. Dentre eles, encontram-se a inflamação
periodontal ou periapical, reimplantação dentária, trauma oclusal contínuo e o
tratamento ortodôntico. Os autores afirmaram que os dentes previamente
traumatizados podem exibir reabsorção radicular sem o tratamento ortodôntico e,
quando apresentam sinais de reabsorção antes do tratamento, são mais
susceptíveis às reabsorções radiculares, ao passo que os dentes sem estes sinais
prévios de reabsorção teriam os mesmos riscos que os dentes não traumatizados.
Sugeriram que, durante o tratamento ortodôntico, se faça um controle radiográfico
trimestral nos dentes traumatizados, e quando detectada uma reabsorção radicular
mínima, tal como um contorno irregular no ápice, o tratamento ortodôntico pode ser
mantido devido ao baixo risco de reabsorção severa nestes dentes. Quando
detectada uma reabsorção moderada, de a 2mm, o tratamento deveria ser
suspenso por 2 a 3 meses. O mesmo tempo deveria ser aguardado, nos casos de
reabsorção severa, com até 1/3 da raiz comprometida, no entanto, deveria ser
considerada a possibilidade de não continuar o tratamento ortodôntico ou limitar
seus objetivos. Com reabsorções extremas, acima de 1/3 da raiz, os autores
sugeriram simplificar o tratamento ou terminá-lo, evitando perdas maiores de
material radicular.
Revisão da literatura
37
Em 1994, Malmgren, Malmgren e Goldson
6
descreveram os procedimentos
ortodônticos a serem realizados em dentes traumatizados, visto que os
traumatismos podem alterar completamente o plano de tratamento ortodôntico,
dependendo do prognóstico do dente afetado. Os autores relataram que os
traumatismos ocorrem mais na dentição mista e permanente, envolvendo os
incisivos e ocorrendo 2 vezes mais no gênero masculino. O trespasse horizontal
aumentado é um fator de risco para traumatismos dentoalveolares, e este risco
dobra com o trespasse horizontal de 3 a 6mm e triplica quando for maior que 6mm.
O período de observação prévio ao tratamento ortodôntico em dentes com fraturas
de coroa ou coroa e raiz sem o envolvimento pulpar deveria ser de 3 meses, com
acompanhamento radiográfico. Caso exista o envolvimento pulpar, o tratamento
endodôntico deve ser conduzido e o tratamento ortodôntico iniciado somente após a
evidência de saúde periodontal e pulpar, detectado radiograficamente em 3 meses.
Em fraturas radiculares, o período de observação deve se extender de 1 a 2 anos,
pois grande parte das complicações, tais como necrose pulpar e reabsorções
severas ocorrem no primeiro ano após o traumatismo. O processo de reparo da
fratura radicular pode ocorrer com uma fusão entre os fragmentos, formando um calo
de dentina no local e o dente poderia ser movimentado naturalmente após o período
de observação. Caso o ocorra a fusão, a interposição de um tecido conjuntivo é
estabelecida entre os fragmentos, a porção coronária do dente pode ser
movimentada como se fosse um dente com raiz encurtada e a porção apical
geralmente é reabsorvida. Nos casos de traumatismos leves como concussão e
subluxação, um período mínimo de 3 meses é suficiente para o controle clínico e
radiográfico. No entanto, em traumatismos graves como luxação lateral, intrusiva ou
extrusiva, o período de 6 meses a 1 ano deve ser aguardado. Os autores
Revisão da literatura
38
descreveram 3 tipos de reabsorção radicular externa que podem ocorrer, a
reabsorção superficial que é um processo auto-limitante com um reparo de novo
cemento, caracterizada radiograficamente como uma discreta alteração do contorno
radicular. A reabsorção inflamatória implica em uma rápida reabsorção de cemento e
dentina com inflamação do periodonto adjacente e está relacionada ao tecido pulpar
afetado ou necrótico, podendo ser detectada em radiografias num período de 3 a 6
semanas após a injúria. Assim, o tratamento ortodôntico deveria ser aguardado até
ser constatado radiograficamente o completo reparo, que pode levar até 1 ano. A
reabsorção por substituição ou anquilose implica na fusão do osso alveolar e a raiz,
concomitante com o desaparecimento do espaço do ligamento periodontal. Este tipo
de reabsorção é progressiva e freqüentemente envolve toda a raiz, podendo ser
diagnosticada nos primeiros 2 meses e com maior frequência dentro de 1 ano após o
traumatismo. Os dentes anquilosados não podem ser movimentados, não
acompanham o processo eruptivo dos dentes e freqüentemente ficam em infra-
oclusão, e se ocorrer em um período de crescimento a extração destes dentes deve
ser avaliada. O período mínimo de 1 ano deve ser aguardado para os dentes
reimplantados, e se não ocorrer reabsorções severas ou anquiloses durante este
tempo, podem ser movimentados. Após diagnosticada a reabsorção radicular
durante o tratamento ortodôntico, recomendam uma pausa de 3 meses para o
reparo tecidual, com o intuito de reduzir o risco de reabsorção futura. Nos casos de
reabsorções severas, os objetivos do tratamento devem ser reavaliados. No
tratamento ortodôntico em pacientes que sofreram traumatismo dentoalveolar, é
importante a utilização de forças suaves, preferencialmente intermitentes, evitar
movimentos prolongados e limitar os objetivos para serem atingidos em um curto
período de tempo. Os autores afirmaram que não existe uma simples explicação dos
Revisão da literatura
39
motivos pelos quais os dentes sofrem a reabsorção radicular, mas um fator que está
sempre mencionado na literatura é o traumatismo dentoalveolar.
Em 1995, Paulsen, Andreasen e Schwartz
29
avaliaram os efeitos da rotação
ortodôntica em pré-molares autoautotransplantados. Em 11 pacientes, houve o
autotransplante bilateral (segundos pré-molares superiores no local dos primeiros
pré-molares inferiores), os dentes autoautotransplantados foram inseridos com um
giro de 45
o
no ato da cirurgia. Por meio de aparelhos fixos e cadeias elásticas no
primeiro molar e pré-molares, um binário de força foi instalado para a correção da
giroversão em um dos pré-molares autotransplantados, e o outro serviu de controle.
O início da movimentação ocorreu após a cicatrização periodontal e antes da
obliteração pulpar, ou seja, 3 a 9 meses após a cirurgia, e o tempo de tratamento foi
de 4 a 6 semanas. Os autores encontraram uma discreta reabsorção radicular
destes dentes com um encurtamento significante das raízes, em média 1,2mm
quando comparado com os dentes controle. No entanto, afirmaram que esta
reabsorção foi similar a de dentes não traumatizados que são submetidos ao
tratamento ortodôntico.
Steiner e West
30
, em 1997, descreveram algumas informações clínicas sobre
o tratamento de dentes reimplantados que sofreram anquilose e apecificação
durante o tratamento ortodôntico. Os problemas gerados por um dente anquilosado
dependem da idade do indivíduo e da época do traumatismo, pois, se acontecer na
infância durante a fase de dentição mista, o dente anquilosado entrará em infra-
oclusão, aumentando a cada ano até completar o seu crescimento e
desenvolvimento alveolar. Caso aconteça em uma fase mais tardia, a diferença pode
ocorrer em menor grau e as conseqüências serão menores. Relataram que o
procedimento de apecificação é comum em dentes traumatizados com o ápice
Revisão da literatura
40
aberto que perdem a vitalidade pulpar, e a movimentação dentária não interfere
neste processo, podendo ser realizado durante o tratamento ortodôntico. Afirmaram
que estes dentes não são mais susceptíveis à reabsorção radicular durante o
tratamento ortodôntico, mas correm maior risco de fratura radicular pelo fato de o
canal permanecer amplo e as paredes finas.
Baseado na opinião consensual de clínicos e na revisão da literatura,
Kinirons
31
, em 1998, descreveu um guia sobre os procedimentos em incisivos
permanentes intruídos por traumatismo. A conduta deve começar pela anamnese,
exame clínico e radiográfico para o correto diagnóstico. As lesões extra e intrabucais
devem ser sanadas com cobertura de antibióticos e vacina antitétano devido à
possível contaminação externa. O movimento ortodôntico pode ser útil para o
reposicionamento de incisivos intruídos pelo traumatismo, fazendo a colagem e a
extrusão em 2 semanas. Quando intruídos moderadamente, entre 3 e 6mm, estão
indicados para este procedimento. Para intrusões leves com até 3mm, os incisivos
com ápices abertos devem ser deixados para erupção espontânea devido ao
potencial eruptivo ainda presente, enquanto que os com ápices fechados, a extrusão
ortodôntica está indicada. Acima de 6mm, os dentes devem ser reposicionados
cirurgicamente e fios flexíveis devem ser utilizados para imobilização por 2 semanas,
e quando necessário, o tratamento endodôntico com pastas de hidróxido de cálcio
pode contribuir para apecificações e prevenção de reabsorções.
Em 1999, Ritter et al.
32
publicaram uma revisão sobre o traumatismo
dentoalveolar e a reabsorção radicular externa relacionados ao tratamento
ortodôntico. Os autores afirmaram que todos os dentes a serem movimentados
ortodonticamente sofrerão algum tipo de reabsorção radicular, detectado em
radiografias ou não, e o traumatismo pode acentuar esta condição. O sucesso da
Revisão da literatura
41
movimentação dentária, em dentes traumatizados, depende da severidade da
injúria, sendo a reabsorção radicular e a anquilose, seqüelas possíveis de ocorrer
antes, durante e após o tratamento ortodôntico. Os pacientes que sofreram
traumatismo mais de 6 meses e não possuem indícios radiográficos de
reabsorção radicular nos dentes, o risco de reabsorção é semelhante aos dentes
não traumatizados. Com indícios de reabsorção a2mm, existe uma chance maior
de reabsorção radicular durante o tratamento, sendo sugerido forças suaves, pouca
movimentação e controle radiográfico trimestral. Se a reabsorção atinge 1/3 ou mais
da raiz, a chance de continuar este processo é grande e os objetivos do tratamento
devem ser limitados. Os casos de avulsão seguidos de reimplantação, quase
sempre levam à anquilose, impossibilitando a movimentação dentária. A gravidade
do traumatismo pode ser avaliada com maior precisão se ocorrer durante o
tratamento ortodôntico. Se o traumatismo for suave, como uma concussão ou
subluxação, as chances de reabsorção radicular são pequenas, mas é prudente
aguardar um período de reparo de 4 a 5 meses. Em casos mais graves como a
luxação, o tempo de controle deve ser aumentado para 6 meses, pois o risco de
reabsorção radicular após o traumatismo aumenta. Os autores concluíram que o
risco de reabsorção radicular, durante o tratamento ortodôntico e o seu grau de
extensão são proporcionais à gravidade do traumatismo sofrido, sendo importante
estabelecer uma conduta preventiva nos tratamentos ortodônticos, principalmente
em dentes traumatizados.
Al-Badri et al.
33
, em 2002, estudaram, por meio de radiografias periapicais
padronizadas pela técnica do paralelismo, dentes permanentes traumaticamente
intruídos, com o objetivo de avaliar a prevalência de reabsorção radicular. Foram
analisados 61 incisivos e a idade dos componentes da amosrta variou de 7 a 14
Revisão da literatura
42
anos. Os resultados indicaram uma relação direta entre a severidade da intrusão e a
reabsorção radicular, e que os dentes com raízes desenvolvidas e ápices fechados
são mais propensos às reabsorções. Concluíram que a reabsorção radicular está
relacionada à severidade do traumatismo inicial e não ao procedimento cirúrgico ou
ortodôntico de reposicionamento.
Também em 2002, Consolaro
34
escreveu um livro sobre as reabsorções
dentárias, nas especialidades clínicas da Odontologia, e afirmou que o traumatismo
dentoalveolar pode lesar a camada de cementoblastos da superfície radicular que
não têm receptores para os mediadores da reabsorção óssea, e que servem de
proteção frente às reabsorções. Se a área for pequena, os cementoblastos vizinhos
e pré-cementoblastos recobrem a área, no entanto, em uma área maior, células
clásticas, macrófagos e osteoblastos podem colonizar a região e exercer suas
atividades. Os osteoblastos que ocupam a região assumem o fenótipo e a função
dos cementoblastos, passando a chamar cementoblastos-like que possuem
receptores para os mediadores da reabsorção óssea. Desta forma, os dentes
traumatizados podem estar propensos à reabsorção dentária frente a uma nova
causa, como por exemplo, o movimento ortodôntico. Porém, o traumatismo
dentoalveolar não contra-indica o tratamento ortodôntico desde que os tecidos
periodontais voltem a apresentar-se organizados radiograficamente. O autor
aconselha aguardar de 3 a 4 meses de observação, em casos de traumatismos
leves (concussão e subluxação), 1 ano em graves (luxação e avulsão) e 2 anos
quando existir fraturas radiculares. Afirma que a reabsorção radicular inflamatória
pode ser vista radiograficamente em 3 semanas e a reabsorção dentária por
substituição, precedida pela anquilose, em 3 meses.
Revisão da literatura
43
Bauss, Rohling e Schwestka-Polly
35
avaliaram, em 2004, as documentações
de 1367 pacientes consecutivos que receberam tratamento ortodôntico, para
descobrir a prevalência do traumatismo nos incisivos permanentes. Os resultados
mostraram que 10,3% dos pacientes sofreram um traumatismo, sendo 79,6% sobre
os incisivos centrais. Os tipos mais comuns de traumatismos foram fraturas de
esmalte (33,8%) ou fraturas de esmalte–dentina (42,7%) sem o envolvimento pulpar,
e a maior incidência ocorreu nos pacientes com trespasse horizontal aumentado e
incompetência labial. Os autores sugerem que o tratamento ortodôntico preventivo
deveria terminar aos 11 anos de idade, que a prevalência dos traumatismos
ocorreu entre os 11 e 15 anos.
Na busca de evidência científica para o reposicionamento ortodôntico de
dentes traumaticamente intruídos, Chaushu et al.
36
, em 2004, apresentaram 3 casos
clínicos e realizaram uma meta-análise sobre o assunto, totalizando uma amostra de
17 casos. Diferentes dispositivos foram utilizados para a extrusão dos dentes, tais
como aparelhos móveis com placas de Hawley modificadas; fixos, com fio rígido
colado nos dentes suportes mais elásticos; ou ainda, bráquetes ou fios de aço
rígidos soldados nas bandas dos primeiros molares. O início da extrusão ortodôntica
variou de 1 a 90 dias após o traumatismo e o tempo de movimentação variou de 21
a 150 dias. A magnitude de força e o tempo de contenção não foram citados. O
sucesso do procedimento ocorreu em 90,3% dos casos e apenas 3 dentes foram
perdidos por reabsorção radicular inflamatória ou raiz fraturada e não diagnosticada
previamente. Os resultados mostraram que houve a perda de vitalidade em 100%
dos dentes com ápice aberto (raiz em formação) nos casos de intrusão severa
(maior que 6mm) e 55% na intrusão moderada (3 a 6mm), e que todos os dentes
com ápice fechado perderam a vitalidade, independente do grau de intrusão. A
Revisão da literatura
44
reabsorção radicular ocorreu em 54,8% dos casos e a obliteração do canal pulpar
ocorreu nos casos em que houve manutenção da vitalidade.
Kugel, Zeh e Mussig
37
, em 2006, descreveram o plano de tratamento para
incisivos traumatizados, onde mostraram exemplos de traumatismos e como estes
dentes podem afetar o plano de tratamento ortodôntico. Os autores afirmaram que
um trauma em um dente decíduo ocorre em 30 a 45% de todos os casos, e pode
provocar, nos dentes permanentes, a hipoplasia de esmalte, dilacerações, desvios
de erupção e impacção. A hipoplasia dificulta a colagem do acessório ortodôntico, as
dilacerações podem comprometer o alinhamento dos dentes e os desvios de
erupção e a impacção pioram a oclusão, dificultando o tratamento ortodôntico.
Afirmam que antes de iniciar o tratamento, os dentes permanentes que sofreram
luxação deveriam ficar em observação de 6 meses a 1 ano, pois de 1 a 11% podem
desenvolver a anquilose. A avulsão ocorre de 0,5% a 16% dos traumas e, após a
reinserção no alvéolo, de 74 a 96% desenvolvem a anquilose, que teria como
opções de tratamento a distração osteogênica, luxação cirúrgica seguida de
movimentação ortodôntica e luxação com reposicionamento cirúrgico.
Flores et al.
3-5
, em 2007, publicaram 3 artigos com guias da International
Association of Dental Traumatology sobre os procedimentos frente a traumatismos
dentoalveolares para dentição decídua e permanente, fornecendo condutas seguras
para o apropriado tratamento e prognóstico pós-trauma. O guia contém
recomendações para o diagnóstico e tratamento, tais como exames clínico,
radiográfico, teste de vitalidade pulpar e recomendações de higiene bucal ao
paciente. Nos casos com fratura de esmalte, esmalte-dentina, fratura de coroa com
envolvimento pulpar e fratura de coroa-raiz, o exame radiográfico em 3 posições faz-
se necessário para avaliação de possível fratura radicular e também das condições
Revisão da literatura
45
periodontais. A colagem do fragmento coronário ou restauração é recomendada nos
casos sem envolvimento pulpar, enquanto nos casos com envolvimento pulpar
indicam a pulpotomia nos dentes com raízes incompletas para o término do seu
desenvolvimento, e a pulpectomia pode ser a escolha quando as raízes estão
completas. Nos casos de fratura radicular, os dentes devem ser reposicionados, se
necessário, e imobilizados por 4 semanas com fio flexível, se a fratura for próximo ao
nível cervical a imobilização deverá ser mantida acima de 4 semanas. Em fraturas
alveolares, os dentes devem ser reposicionados e imobilizados por 4 semanas. O
acompanhamento clínico e radiográfico deve ser feito até 1 ano nas fraturas
coronárias e até 5 anos em fraturas envolvendo raiz. A concussão não necessita de
tratamento, mas deve ser acompanhada com exame clínico, radiográfico e de
vitalidade pulpar por 1 ano. As mesmas recomendações servem para a subluxação e
o dente traumatizado deve ser imobilizado por 2 semanas. Na luxação extrusiva, o
dente deve ser reposicionado, imobilizado por 2 semanas, deve-se realizar o teste
de vitalidade pulpar e, se necessário, o adequado tratamento endodôntico, pois pode
haver revascularização em raízes com ápices abertos. O mesmo procedimento
serve para luxação lateral, apenas aumentando a imobilização para 4 semanas. Na
luxação intrusiva, deve ser aguardada a erupção espontânea por 3 semanas em
dentes com raízes incompletas, e se não acontecer, o reposicionamento ortodôntico
está indicado, acompanhando a vitalidade pulpar. Nos dentes com raízes completas,
a reposição cirúrgica ou ortodôntica deve ser feita o quanto antes, assim como o
tratamento endodôntico com hidróxido de cálcio, pois a polpa tornar-se-á necrótica.
O acompanhamento clínico e radiográfico deverá ser feito por 1 ano na concussão e
subluxação e 5 anos nas luxações. A avulsão dos dentes permanentes é a mais
séria das injúrias e o prognóstico depende do procedimento realizado no dente,
Revisão da literatura
46
alvéolo e do tempo pós-trauma. O reimplante é o tratamento de escolha que deve
ser feito imediatamente, segurando o dente pela coroa, lavando em água fria
corrente por 10 segundos e encorajando o paciente para inserção no alvéolo,
encaminhando-o para o Cirurgião-Dentista fazer a imobilização com fio flexível,
permanecendo pelo menos 2 semanas. Caso não seja possível, estocá-lo em
solução salina, leite ou saliva e encaminhar para emergência odontológica. Os
procedimentos dependem se o dente possui raiz com ápice aberto ou fechado, como
foi estocado e se o tempo fora do alvéolo foi menor ou maior que 60 minutos.
Recomendações são feitas sobre higiene, alimentação, prescrição de antibióticos e
vacina antitétano. O maior problema dos traumatismos nos dentes decíduos está na
relação do ápice com os sucessores permanentes, pois podem causar má formação,
impacção e desvios de erupção. Em casos de luxação grave com grande
deslocamento do dente decíduo, luxação intrusiva sobre o germe do permanente e
fratura de coroa e raiz, a extração está indicada. Em traumas menos severos e
fraturas de coroa, os dentes decíduos devem ser deixados em posição ou levemente
reposicionados, seguido de acompanhamento clínico e radiográfico por 1 ano ou até
sua esfoliação.
2.2 A utilização de questionários
Um método muito explorado para estudar o nível de conhecimento de um
determinado assunto, em uma determinada população, é o emprego de
questionários. Em relação ao traumatismo dentoalveolar, Pacheco et al.
9
, em 2003,
entrevistaram 60 professores de escolas do ensino fundamental no Rio de Janeiro,
Brasil, e avaliaram o conhecimento sobre a avulsão dentária. Pelo uso de um
questionário simples com 7 questões, os autores constataram que 11,7% dos
Revisão da literatura
47
professores haviam tido contato com a avulsão dentária e apenas 14,3% dos
respondentes colocariam o dente de volta no alvéolo. Constataram que o primeiro
profissional a ser procurado pelos professores, nestes casos, seria o Cirurgião-
Dentista, no entanto, existe uma falta de informação dos professores sobre o
assunto e que eles procederiam inadequadamente diante deste tipo de traumatismo,
diminuindo o sucesso do reimplante. Os autores sugeriram que deveria haver uma
relação mais estreita entre os estudantes de Odontologia e Cirurgiões-Dentistas com
os professores do ensino fundamental para habilitá-los na constatação e atuação
frente a este problema.
Canakci et al.
10
, em 2003, investigaram a relação entre a habilidade manual e
o traumatismo dentoalveolar em 2180 indivíduos com idades entre 13 e 17 anos,
submetidos a anamnese, exame clínico e radiográfico. Foi aplicado um questionário
sobre algumas atividades manuais e informações a respeito de traumatismos
dentoalveolares, as causas, número de dentes injuriados, tipo de dente, tipo de
traumatismo e história prévia de traumatismo. Um total de 292 (13,4%) indivíduos
possuíam um ou mais incisivos traumatizados, com uma prevalência no gênero
masculino de 17,41%, no feminino de 7,97% e nos indivíduos canhotos de 28,3%
comparados com os destros (11,7%). Os autores concluíram que os adolescentes
canhotos parecem ter uma predisposição maior para as injúrias traumáticas.
Çaglar, Ferreira e Kargul
11
avaliaram um grupo de professores do ensino
fundamental do sul da Europa sobre o conhecimento e conduta frente ao
traumatismo dentatoalveolar. Um total de 78 professores foram selecionados
aleatoriamente e entregue a eles, pessoalmente, um questionário contendo
perguntas sobre dados pessoais, experiências com traumatismos, treinamento
prévio e questões específicas sobre o assunto. Os autores relataram que 52,5% (41)
Revisão da literatura
48
dos professores tiveram contato com avulsão e 74,3% (58) não tiveram treinamento
prévio de primeiros socorros. Concluíram que os professores não tinham
conhecimento básico sobre o traumatismo dentoalveolar e desconheciam a
importância de vacina antitetânica em casos de avulsão, parecendo ser necessário
programas de educação a respeito do assunto.
Investigando o conhecimento de um grupo de graduandos em Educação
Física, na cidade de Araçatuba, São Paulo, Brasil, Panzarini et al.
12
avaliaram o
manejo emergencial quando da avulsão dentária. Os questionários foram
distribuídos a 257 alunos, que responderam nas salas de aula questões sobre
terminologias e conduta frente à avulsão dentária. Os resultados mostraram que
95% não sabiam o que é avulsão dentária, 73,5% disseram que sabiam definir o
reimplante dentário, entretanto, somente 26% sabiam fazê-lo corretamente. Quando
perguntados sobre as medidas de primeiros socorros após avulsão, 50% disseram
saber o que deveriam fazer e a conduta mais citada foi a de procurar um Cirurgião-
Dentista. Mais de 90% dos entrevistados disseram não ter recebido nenhuma
informação sobre os procedimentos frente ao traumatismo dentoalveolar e
concordam sobre a importância do assunto.
Andersson, Al-Asfour e Al-Jame
13
, em 2006, entrevistaram 221 escolares
kuwaitianos por meio de um questionário adaptado à linguagem destas crianças,
para descobrir o nível de conhecimento sobre as medidas corretas de primeiros
socorros, o conhecimento sobre o traumatismo dentoalveolar e a conduta frente à
avulsão dentária. A idade das crianças variou de 7 a 15 anos e 30,3% tiveram
contato com algum tipo de traumatismo dentoalveolar. Nas crianças abaixo de 10
anos, 75% não tinham informações básicas sobre o traumatismo e a conduta frente
a avulsão. Os autores constataram que, nas crianças acima dos 10 anos, existe um
Revisão da literatura
49
alto conhecimento sobre os procedimentos frente às injúrias corporais e um baixo
conhecimento sobre avulsão e reimplante dentário. Concluíram que o conhecimento
sobre o traumatismo e a avulsão deveria ser melhorado, aumentando as
informações sobre este assunto nos programas de primeiros socorros para os
escolares.
Ainda em 2006, Hu, Prisco e Bombana
14
avaliaram o conhecimento de
Cirurgiões-Dentistas clínicos gerais e endodontistas de São Paulo sobre o manejo
emergencial do traumatismo dentoalveolar. Enviaram pelo serviço postal um
questionário com 10 perguntas a 230 clínicos gerais e 70 endodontistas
selecionados aleatoriamente na cidade de São Paulo, Brasil. A primeira parte do
questionário foi destinada a dados pessoais e profissionais, incluindo idade e gênero
do Cirurgião-Dentista, experiência prática com pacientes traumatizados e histórico
educacional. A segunda parte coletou dados a respeito do conhecimento dos
profissionais para lidar com 6 casos diferentes de traumatismo. A pesquisa foi
realizada em um período de 5 meses e os questionários foram respondidos por
42,3% (98) dos clínicos gerais e 62,8% (44) dos endodontistas. Os autores
constataram que os endodontistas e os profissionais que freqüentaram cursos sobre
traumatismo dentoalveolar possuíam conhecimento superior em relação aos clínicos
gerais e, da mesma forma, os profissionais com prática em traumatismos
dentoalveolares em relação aos que não atendiam traumatismos.
Avaliando o conhecimento de 70 médicos e técnicos da emergência médica
do exército de Israel, Lin et al.
15
, em 2006, investigaram acerca do primeiro
atendimento ao traumatismo dentoalveolar e que experiência eles tinham no
tratamento de injúrias dentárias. Responderam ao questionário 68 (97,1%)
profissionais, sendo 24 (35,3%) médicos e 44 (64,7%) técnicos. Somente 4 (5,9%)
Revisão da literatura
50
médicos relataram ter recebido educação sobre traumatismo dentoalveolar e 42
(61,8%) respondentes presenciaram injúrias dentárias durante seu serviço. Do total
de médicos e técnicos, 85,3% afirmaram a importância de receber preparo para
diagnosticar e tratar o traumatismo dentoalveolar.
Klages et al.
16
, ainda em 2006, entrevistaram 194 jovens por meio de um
questionário com 23 itens sobre o impacto psicológico dos dentes antiestéticos e a
influência na qualidade de vida. A idade variou de 18 a 30 anos e foram abordados
fatores como autoconfiança, impacto psicológico, social e conceito de antiestético.
Uma seção de higiene oral foi oferecida como incentivo para os respondentes.
Concluíram que existe um forte impacto da estética dos dentes sobre o estado
emocional dos indivíduos e as más oclusões podem influir desfavoravelmente na
personalidade. Os autores afirmam que o formato de avaliação por meio de um
questionário pode ser uma ferramenta para favorecer a pesquisa e a aplicação
clínica na Ortodontia.
Em 2007, Manfrin et al.
17
descreveram o uso de questionários para analisar
os procedimentos realizados por 100 Cirurgiões-Dentistas frente a avulsão dentária.
Os autores distribuíram 150 questionários, na cidade de São Bernardo do Campo,
São Paulo, Brasil, durante um período de 6 meses, e recolheram 66,7% dos
questionários corretamente preenchidos. Os autores constataram que 47,5% dos
procedimentos relatados pelos profissionais respondentes estavam corretos, e a
educação dos pacientes em como atuar na ocorrência de uma avulsão dentária foi
favorável em 87,7%, o que de fato interfere positivamente no prognóstico da
reimplantação dentária.
Proposição
Proposição
52
3 Proposição
O objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de conhecimento de um grupo de
ortodontistas sobre o traumatismo dentoalveolar e a movimentação ortodôntica em
dentes traumatizados.
Material e métodos
Material e métodos
54
4 Material e métodos
4.1 Material
A amostra analisada foi composta por 105 especialistas em Ortodontia com
títulos reconhecidos pelo Conselho Federal de Odontologia - CFO ou, no mínimo,
terminado o curso de Pós-Graduação estricto sensu e lato sensu, reconhecidos pela
Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior - Capes. Portanto,
não fez parte desta amostra os profissionais que apenas atuam na área de
Ortodontia ou que apenas possuem algum curso de aperfeiçoamento em Ortodontia.
De um total de 166 questionários distribuídos, o número de profissionais
respondentes foi 105 (63,25%), sendo 66 do gênero masculino e 39 do gênero
feminino, com a faixa etária variando de 24 a 76 anos de idade. Participaram desta
amostra 74 profissionais com curso de especialização, 6 com mestrado
profissionalizante, 11 com mestrado acadêmico e 14 com doutorado. O ano de
conclusão dos respectivos cursos variou de 1970 a 2007, caracterizando a
diversidade da amostra. Esta pesquisa recebeu a aprovação do Comitê de Ética de
pesquisa em humanos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP (anexo
A).
4.2 Métodos
Foi desenvolvido um questionário (anexo B) com 25 questões, que foram
divididas em 3 partes específicas. A parte 1 continha questões sobre o perfil do
profissional, a parte 2, perguntas a respeito do traumatismo dentoalveolar e, na parte
3, os profissionais responderam sobre a relação entre dentes traumatizados e
Ortodontia (Figuras 1, 2 e 3).
Material e métodos
55
FIGURA 1 – Questionário sobre o perfil do profissional
PARTE 1
– PERFIL DO PROFISSIONAL
1.Qual a sua idade?....................... Gênero: ( ) masculino ( ) feminino
2.Qual curso você fez:
( ) Especialização Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
( ) Mestrado acadêmico Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
( ) Mestrado profissionalizante Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
( ) Doutorado Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
Caso não saiba o número de horas, cite o local:...........................................................
3.Você faz exclusivamente Ortodontia em seu consultório?
( )sim ( )não
4.Após a especialização, você freqüentou algum outro curso de atualização em Ortodontia?
( )sim ( )não
Caso sim, quantas horas?
( )Curso de 4 – 8 horas ( )Curso de 8 – 32 horas
( )Curso de 32 – 64 horas ( )Curso de 64 – 128 horas
( )Curso de 128 – 256 horas ( )Curso com mais de 256 horas
FIGURA 2 – Questionário sobre o traumatismo dentoalveolar
PARTE 2
– DADOS SOBRE TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR
1.Você tem um campo específico em sua ficha clínica sobre traumatismo dentoalveolar?
( )sim ( )não
2.Você pergunta sobre história prévia de dentes traumatizados?
( )sim ( )não
3.Em seu exame clínico, qual o primeiro fator que o faz suspeitar de um traumatismo
dentoalveolar? (cite a alternativa que você julga mais importante)
( )quando existe alteração na cor do dente
( )quando existe mobilidade excessiva
( )quando existe fratura na coroa
( )não sei
As questões 4, 5, 6 e 7 estão de acordo com Andreasen; Andreasen (2001):
4.Deslocamento do dente em uma direção diferente da direção axial. Este é acompanhado por
cominuição (esmagamento) ou fratura da cavidade alveolar, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
5.Um traumatismo às estruturas de suporte do dente com aumento da mobilidade, mas sem
deslocamento do dente, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
6.Um traumatismo às estruturas de suporte do dente, sem aumento de mobilidade ou
deslocamento do dente, mas com uma marcante sensibilidade a percussão, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
7.Deslocamento completo do dente para fora do seu alvéolo, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
8.Você já recebeu pacientes com algum traumatismo dentoalveolar?
( )sim ( )não
9.Em sua opinião, o prognóstico da recuperação dentoalveolar está relacionado ao tipo de
traumatismo sofrido?
( )sim ( )não
Material e métodos
56
F
IGURA
3
Questionário sobre o traumatismo dentoalveolar e a movimentação
dentária induzida
PARTE 3
– TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR x ORTODONTIA
1.Qual sua conduta para iniciar o tratamento ortodôntico frente a dentes traumatizados? (cite a
alternativa que você julga mais importante)
( )não considera o trauma e inicia o tratamento normalmente
( )apenas analisa radiografias
( )encaminha para um especialista (Cirurgia, Periodontia ou Endodontia)
( )analisa radiografias e comunica o paciente sobre os riscos
( )não sei
( )outros. Por favor, cite...............................................................................
2.Você recebeu ensino específico sobre movimentação ortodôntica em dentes traumatizados?
( )sim ( )não
3.Em sua opinião, qual seria o movimento menos prejudicial sobre incisivos superiores que
sofreram uma luxação lateral? (cite apenas um)
( )intrusão ( )extrusão ( )torque ( )rotação ( )translação
( )inclinação ( )nenhum ( )não sei
4.Em um caso de extração de primeiros pré-molares para retração ântero-superior, você muda
sua conduta ou plano de tratamento após ter constatado um trauma de luxação lateral grave nos
incisivos superiores?
( )sim ( )não
Caso sim, como? (cite a alternativa que você julga mais adequada)
( )perde ancoragem e faz retração anterior
( )perde ancoragem sem fazer retração anterior
( )interrompe o tratamento e deixa perder ancoragem naturalmente
( )interrompe o tratamento e fecha os espaços com dentística ou implantes
( )interrompe o tratamento por um período de reparo e o retoma, podendo aceitar
limitações nos objetivos do tratamento
5.Em sua opinião, qual deve ser a conduta em pacientes que receberam um traumatismo
dentoalveolar leve durante o tratamento ortodôntico?
( )continuar o tratamento normalmente
( )aguardar um período de 30 dias
( )aguardar um período de 3 meses
( )aguardar um período de 6 meses
( )aguardar um período de 1 ano
( )não sei
( )outros. Por favor, cite...................................................................................
6.Em sua opinião, qual deve ser a conduta em pacientes que receberam um traumatismo
dentoalveolar grave durante o tratamento ortodôntico?
( )continuar o tratamento normalmente
( )aguardar um período de 30 dias
( )aguardar um período de 3 meses
( )aguardar um período de 6 meses
( )aguardar um período de 1 ano
( )não sei
( )outros. Por favor, cite...................................................................................
7.Você continua fazendo radiografias destes dentes traumatizados durante o tratamento?
( )sim ( )não
8.Em sua opinião, qual seria a magnitude de força ideal para movimentação ortodôntica em um
canino superior anquilosado? (1cN = 1g)
( )250cN ( )200cN ( )150cN ( )100cN ( )50cN ( )0cN
9.Em sua opinião, um dente com uma fratura radicular no terço apical pode ser movimentado
normalmente?
( )sim ( )não
10.Em sua opinião, os dentes traumatizados podem sofrer maior reabsorção radicular com a
movimentação dentária induzida?
( )sim ( )não
11.Em sua opinião, a intensidade do trauma pode influenciar no prognóstico da movimentação
dentária induzida?
( )sim ( )não
12. Você considera estas informações importantes e necessárias?
( )sim ( )não
Material e métodos
57
4.2.1 Elaboração do questionário
Para a elaboração do questionário, foi necessária uma revisão da literatura
especializada
2-17,27-28,34,38-40
sobre traumatismo dentoalveolar e a movimentação
dentária induzida em dentes traumatizados.
4.2.2 Validação do questionário
A confecção do questionário seguiu regras para sua elaboração
38
e iniciou
com 23 questões formuladas pelos autores, sendo submetidas para avaliação e
sugestão de 2 mestres em Ortodontia. Este primeiro questionário foi então exposto,
na disciplina de Linhas de Pesquisa - (FOA-UNESP), e avaliado por uma banca
examinadora composta por 3 professores doutores da Faculdade de Odontologia de
Araçatuba. As sugestões foram aceitas e incorporadas ao questionário. Este
segundo questionário foi submetido a um estudo piloto para avaliação do método,
em que 53 especialistas em Ortodontia responderam e opinaram sobre as questões.
Os resultados foram analisados e, junto com as sugestões dos colegas
respondentes, algumas modificações foram feitas para um terceiro questionário, que
foi submetido a avaliação de 2 professores doutores com experiência na utilização
de questionários sobre traumatismo dentoalveolar. Desta forma, pôde-se obter um
quarto modelo, com 25 questões, que foi utilizado para realização desta pesquisa.
Estes passos foram necessários para a validação do método, com o objetivo
de tornar as perguntas compreensíveis para o entrevistado, diminuindo as chances
de erros e falsas interpretações que poderiam comprometer o estudo
39
.
Material e métodos
58
4.2.3 Aplicação dos questionários
Os questionários foram entregues pessoalmente pelo autor para 166
especialistas em Ortodontia, no endereço de seus respectivos consultórios ou
clínicas nas quais trabalham. Do total, 105 questionários foram respondidos e
devolvidos, sendo que 42 foram respondidos, imediatamente, no ato da entrega, e
63 coletados pelo autor após um período que variou de 10 a 30 dias.
4.3 Obtenção dos dados
Os questionários foram recolhidos dentro do prazo limite de 30 dias
previamente estipulado. Os dados obtidos dos 105 questionários respondidos foram
digitados no programa estatístico Epi Info 2000, software específico para pesquisas
de campo, que forneceu valores com apenas uma casa decimal após a vírgula.
4.4 Avaliação dos dados obtidos
Todas as questões foram processadas pelo programa Epi Info 2000, e a partir
das respostas obtidas para cada pergunta, obteve-se uma tabela de porcentagem
para as respostas corretas e erradas.
Os dados subjetivos como opiniões, dúvidas e confusões foram agrupadas e
consideradas posteriormente na discussão.
4.5 Validação das respostas
A parte 1 do questionário visou caracteriza a amostra por meio de perguntas
pessoais, portanto, o conhecimento dos profissionais foi avaliado pelas respostas
obtidas nas partes 2 e 3 do questionário. Com o objetivo de validar as questões
apresentadas, buscou-se a elaboração de um gabarito para as respostas, embasado
Material e métodos
59
em textos amplamente utilizados no ensino odontológico. Neste aspecto, Andreasen
e Andreasen
2
representaram uma fonte considerável para a elaboração do referido
gabarito. Foram consideradas apenas as questões com respostas objetivas
alicerçadas pela literatura. As demais questões objetivaram conhecer as condutas e
observações pessoais dos profissionais, necessárias para aquisição de detalhes
com o intuito de alcançar a proposta final da pesquisa.
Na parte 2 do questionário, as questões 4, 5, 6, e 7 sobre as definições de
traumatismo dentoalveolar serviram como referência do conhecimento dos
respondentes, e estão descritas no livro de Andreasen e Andreasen
2
. Na parte 3, as
questões que serviram de referência para avaliação do conhecimento dos
respondentes foram as 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10 e 11, embasadas pela literatura e mais
especificamente, no capítulo escrito por Malmgren, Malmgren e Goldson
6
a respeito
da movimentação ortodôntica em dentes traumatizados.
Resultados
Resultados
61
5 Resultados
5.1 O perfil da amostra
A amostra analisada foi composta, em sua maioria, por indivíduos na faixa
etária de 31 a 40 anos (40,9%), seguidos, em ordem decrescente, por indivíduos
entre 41 a 50 anos (24,7%), menores do que 30 anos (21,9%), entre 51 e 60 anos
(8,5%) e maiores de 60 anos (3,8%) (Quadro 1 e Gráfico 1). Houve a prevalência do
gênero masculino com 62,9% da amostra e 37,1% do gênero feminino (Quadro 2 e
Gráfico 2).
GRÁFICO 1 - Distribuição numérica da idade dos profissionais
23
43
26
9
4
0
10
20
30
40
50
n
<ou=30
31-40
41-50
51-60
>60
Quadro 1 – Distribuição percentual e numérica da idade dos profissionais
Idade n %
< ou =30 23 21,9%
31-40 43 40,9%
41-50 26 24,7%
51-60 9 8,5%
>60 4 3,8%
Total 105 100,0%
Resultados
62
Em relação ao nível de formação, 70,5% dos indivíduos fizeram curso de
especialização, 13,3% doutorado, 10,5% mestrado acadêmico e 5,7% cursaram o
mestrado profissionalizante. As instituições de ensino estão sediadas nos estados
de SP, PR, RJ, RS e no Japão, tendo o ano de conclusão dos respectivos cursos
variando de 1970 a 2007 (Quadro 3 e Gráfico 3).
39
66
0
10
20
30
40
50
60
70
n
feminino
masculino
GRÁFICO 2 - Distribuição numérica do gênero dos profissionais
Gênero n %
masculino 66 62,9%
feminino 39 37,1%
Total 105 100,0%
Quadro 2 – Distribuição percentual e numérica do gênero dos profissionais
Quadro 3 - Distribuição percentual e numérica do nível de formação dos profissionais
Qual curso você fez? n %
Doutorado 14 13,3%
Especialização 74 70,5%
Mestrado acadêmico 11 10,5%
Mestrado profissionalizante 6 5,7%
Total 105 100,0%
Resultados
63
Dos participantes, 66,7% fazem exclusivamente Ortodontia, em seus
consultórios, enquanto 33,3% executam outras áreas da Odontologia, além da
Ortodontia (Quadro 4 e Gráfico 4). Quanto ao interesse pela educação continuada,
59% dos respondentes fizeram cursos de Ortodontia após completada sua formação
na área, 37,1% não se interessaram pela educação continuada e 3,8% não
responderam (Quadro 5 e Gráfico 5). De todos os respondentes, 42,9% o
relataram a quantidade de horas dos cursos após sua formação ortodôntica; 21,9%
fizeram cursos com mais de 256 horas; 14,3% entre 8-32 horas; 6,7% freqüentaram
cursos entre 32-64 horas e 4-8 horas; 5,7% entre 64-128 horas e 1,9% fizeram
cursos entre 128-256 horas (Quadro 6 e Gráfico 6).
14
74
11
6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
n
Doutorado
Especialização
Mestrado
acadêmico
Mestrado
profissionalizante
GRÁFICO 3 - Distribuição numérica do nível de formação dos profissionais
Quadro 4
-
Distribuição percentual e numérica dos
profissionais que fazem apenas
Ortodontia em seus consultórios
Você faz exclusivamente
Ortodontia em seu consultório?
n %
não 35 33,3%
sim 70 66,7%
Total 105 100,0%
Resultados
64
G
RÁFICO
4
-
Distribuição numérica dos profissionais que fazem apenas
Ortodontia em seus consultórios
35
70
0
10
20
30
40
50
60
70
80
n
não
sim
GRÁFICO 5 - Distribuição numérica dos profissionais que participaram de cursos de
atualização em O
rtodontia após sua formação
4
39
62
0
10
20
30
40
50
60
70
n
branco
não
sim
Quadro 5
-
Distribuição percentual e numérica dos
profissionais que participaram de
cursos de atualização em Ortodontia após sua formação
Após a especialização, você
frequentou algum outro curso em
Ortodontia?
n %
branco 4 3,8%
não 39 37,1%
sim 62 59,0%
Total 105 100,0%
Resultados
65
5.2 Conhecimento sobre traumatismo dentoalveolar
Ao ser avaliado a presença ou não de um campo específico em suas fichas
de anamnese a respeito de traumatismo dentoalveolar, verificou-se que 73,3%
relataram não possuir e 26,7% possuem. Quanto à presença de questionamentos
sobre história prévia de dentes traumatizados durante a anamnese, 81% sim, 18,1%
não perguntam e 0,9% não relataram (Quadros 7, 8 e Gráficos 7, 8).
GRÁFICO 6 - Distribuição numérica do número de horas do curso de atualização
45
23
2
6
7
15
7
0
10
20
30
40
50
n
branco
Curso com mais de
256 horas
Curso de 128-256
horas
Curso de 64-128
horas
Curso de 32-64
horas
Curso de 8-32 horas
Curso de 4-8 horas
Quadro 6
-
Distribuição percentual e numérica do
número de horas do curso de
atualização
Caso sim, quantas horas? n %
branco 45 42,9%
Curso com mais de 256 horas 23 21,9%
Curso de 128-256 horas 2 1,9%
Curso de 32-64 horas 7 6,7%
Curso de 4-8 horas 7 6,7%
Curso de 64-128 horas 6 5,7%
Curso de 8-32 horas 15 14,3%
Total 105 100,0%
Resultados
66
G
RÁFI
CO
7
-
Distribuição numérica dos profissionais que possuem um campo
específico sobre traumatismo em suas fichas clínicas
77
28
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n
não
sim
Quadro 7
-
Distribuição percentual e numérica dos profissionais que possuem um campo
específico sobre traumatismo em suas fichas clínicas
Você tem um campo específico em sua ficha
clínica sobre traumatismo dentoalveolar?
n %
não 77 73,3%
sim 28 26,7%
Total 105 100,0%
Quadro 8
-
Distribuição percentual e numérica dos profissionais que perguntam sobre
história prévia de dentes traumatizados
Você pergunta sobre história prévia de
dentes traumatizados?
n %
branco 1 0,9%
não 19 18,1%
sim 85 81,0%
Total 105 100,0%
Resultados
67
Ao examinar o paciente, o primeiro sinal que chama a atenção dos
respondentes desta pesquisa se um dente foi traumatizado anteriormente, ou seja, o
primeiro fator que o faz suspeitar de um traumatismo dentoalveolar é a alteração de
cor com 45,7% das respostas. A fratura da coroa aparece em seguida com 23,8%. A
mobilidade excessiva foi apontada por 14,3%; 0,9% deixaram em branco e 15,2%
anularam a questão, respondendo mais de uma alternativa (Quadro 9 e Gráfico 9).
GRÁFICO 8 - Distribuição numérica dos profissionais que perguntam sobre história prévia
de dentes traumatizados
1
19
85
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n
branco
não
sim
Quadro 9
-
Distribuição percentual e numérica de
qual o primeiro aspecto clínico que
chama a atenção dos profissionais para o traumatismo
Em seu exame clínico, qual o primeiro fator que o faz
suspeitar de um traumatismo dentoalveolar?
n %
anulada 16 15,2%
branco 1 0,9%
quando existe alteração na cor do dente 48 45,7%
quando existe fratura na coroa 25 23,8%
quando existe mobilidade excessiva 15 14,3%
Total 105 100,0%
Resultados
68
Algumas definições sobre traumatismo dentoalveolar descritas por Andreasen
e Andreasen
2
foram inseridas em 4 questões. A questão que definiu a luxação foi
apontada corretamente por 45,7%; 18,1% marcaram concussão; 8,6% subluxação;
0,9% avulsão; 3,8% assinalaram nenhum; 5,7% deixaram a questão em branco e
17,1% afirmaram não saber a resposta correta (Quadro 10 e Gráfico 10).
A definição correta de subluxação foi assinalada por 56,2% dos respondentes,
28,6% marcaram luxação; 6,7% concussão; 0,9% marcaram avulsão; 3,8% deixaram
a questão em branco e 3,8% afirmaram não saber a resposta correta (Quadro 11 e
Gráfico 11).
A definição de concussão obteve 53,3% de acerto dos respondentes; 21%
marcaram subluxação; 4,8% luxação; 0,9% avulsão; 4,8% deixaram em branco a
questão; 2,9% marcaram nenhum e 12,4% afirmaram não saber a resposta correta
(Quadro 12 e Gráfico 12).
G
RÁFICO
9
-
Distribuição numérica de
qual o primeiro aspecto clínico que chama a
atenção dos profissionais para o traumatismo
16
1
48
25
15
0
10
20
30
40
50
60
n
anulada
branco
quando existe
alteração na cor do
dente
quando existe fratura
na coroa
quando existe
mobilidade excessiva
Resultados
69
A maioria, 96,2%, acertou a definição de avulsão; 2,9% deixaram em branco e
0,9% afirmaram não saber a resposta (Quadro 13 e Gráfico 13).
GRÁFICO 10 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de luxação
1
6
19
48
18
4
9
0
10
20
30
40
50
60
n
avulsão
branco
concussão
luxação
não sei
nenhum
subluxação
Quadro 10
-
Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a
definição de
luxação
Definição de luxação n %
avulsão 1 0,9%
branco 6 5,7%
concussão 19 18,1%
luxação 48 45,7%
não sei 18 17,1%
nenhum 4 3,8%
subluxação 9 8,6%
Total 105 100,0%
Quadro 11
-
Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a definição de
subluxação
Definição de subluxação n %
avulsão 1 0,9%
branco 4 3,8%
concussão 7 6,7%
luxação 30 28,6%
não sei 4 3,8%
subluxação 59 56,2%
Total 105 100,0%
Resultados
70
GRÁFICO 11 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de subluxação
1
4
7
30
4
59
0
10
20
30
40
50
60
70
n
avulsão
branco
concussão
luxação
não sei
subluxação
1
5
56
5
13
3
22
0
10
20
30
40
50
60
n
avulsão
branco
concussão
luxação
não sei
nenhum
subluxação
GRÁFICO 12 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de concussão
Quadro 12
-
Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a definição de
concussão
Definição de concussão n %
avulsão 1 0,9%
branco 5 4,8%
concussão 56 53,3%
luxação 5 4,8%
não sei 13 12,4%
nenhum 3 2,9%
subluxação 22 21,0%
Total 105 100,0%
Resultados
71
Quando questionados se receberam pacientes com algum traumatismo,
92,4% responderam sim, e 88,6% dos respondentes acreditam que o prognóstico da
recuperação dentoalveolar está relacionado ao tipo de traumatismo sofrido (Quadros
14, 15 e Gráficos 14, 15).
GRÁFICO 13 - Distribuição numérica das respostas sobre a definição de avulsão
101
3
1
0
20
40
60
80
100
120
n
avulsão
branco
não sei
Quadro 13
-
Distribuição percentual e numérica das respostas sobre a definição de
avulsão
Deslocamento completo do dente para fora do seu
alvéolo, é classificado como:
n %
avulsão 101 96,2%
branco 3 2,9%
não sei 1 0,9%
Total 105 100,0%
Quadro 14
Distribuição percentual e numérica se
os profissionais receberam
pacientes com traumatismo dentoalveolar
Você já recebeu pacientes com algum traumatismo
dentoalveolar?
n %
branco 1 0,9%
não 7 6,7%
sim 97 92,4%
Total 105 100,0%
Resultados
72
G
RÁFICO
14
Distribuição numérica se
os profissionais já receberam pacientes
com traumatismo dentoalveolar
1
7
97
0
20
40
60
80
100
120
n
branco
não
sim
G
RÁFICO
15
Distribuição numérica
sobre a opinião dos profissionais se o
prognóstico do dente está relacionado ao tipo de traumatismo
3
9
93
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
n
branco
não
sim
Quadro 15
Distribuição percentual e numérica sobre
a opinião dos profissionais
se o prognóstico do dente está relacionado ao tipo de traumatismo
Em sua opinião, o prognóstico da recuperação
dentoalveolar está relacionado ao tipo de
traumatismo sofrido?
n %
branco 3 2,9%
não 9 8,6%
sim 93 88,6%
Total 105 100,0%
Resultados
73
5.3 Conhecimento sobre traumatismo e movimentação dentária induzida
Quando questionados sobre suas condutas ao depararem com destes
traumatizados, 52,4% dos respondentes analisam radiografias e comunicam os
pacientes sobre os riscos do tratamento ortodôntico; 29,5% encaminham para um
especialista; 11,4% assinalaram mais de uma alternativa anulando a questão; 2,9%
deixaram a questão em branco e 3,8% afirmaram ter outra conduta, como avaliar as
radiografias e encaminhar o paciente para um especialista (Quadro 16 e Gráfico 16).
Quadro 16
Distribuição percentual e numérica sobre qual a conduta dos profissionais
para iniciar o tratamento sabendo que os dentes sofreram um traumatismo
dentoalveolar
Qual sua conduta para iniciar o tratamento ortodôntico
frente a dentes traumatizados?
n %
analisa radiografias e comunica o paciente sobre os
riscos
55 52,4%
anulada 12 11,4%
branco 3 2,9%
encaminha para um especialista (Cirurgia, Periodontia
ou Endodontia)
31 29,5%
outros 4 3,8%
Total 105 100,0%
Resultados
74
Quando perguntados se receberam ensino específico sobre movimentação
ortodôntica em dentes traumatizados, 66,7% afirmaram não ter recebido ensino
específico; 30,5% receberam e 2,9% deixaram a questão em branco (Quadro 17 e
Gráfico 17).
G
RÁFICO
16
Distribuição numérica sobre qual a conduta dos profissionais para
iniciarem o tratamento sabendo que os dentes sofreram um
traum
atismo dentoalveolar
55
12
3
31
4
0
10
20
30
40
50
60
n
analisa radiografias e
comunica o paciente sobre
os riscos
anulada
branco
encaminha para um
especialista (Cirurgia,
Periodontia ou Endodontia)
outros
Quadro 17
Distribuição percentual e numérica se os profissionais receberam ensino
específico sobre movimentação ortodôntica em dentes traumatizados
Você recebeu ensino específico sobre movimentação
ortodôntica em dentes traumatizados?
n %
branco 3 2,9%
não 70 66,7%
sim 32 30,5%
Total 105 100,0%
Resultados
75
Na opinião de 20% dos respondentes, o movimento menos prejudicial para
incisivos superiores que receberam um trauma de luxação lateral foi a extrusão; 19%
citaram a inclinação; 6,7% torque; 6,7% translação; 1,9% intrusão e 15,2%
assinalaram nenhum. Afirmaram não saber a resposta 24,8% dos profissionais e
5,7% deixaram a questão em branco (Quadro 18 e Gráfico 18).
3
70
32
0
10
20
30
40
50
60
70
80
n
branco
não
sim
G
RÁFICO
17
Distribuição numérica se os profissionais receberam ensino específico
sobre movimentação ortodôntica em dentes traumatizados
Quadro 18
Distribuição percentual e numérica sobre qual seria o movimento menos
prejudicial em incisivos superiores que sofreram uma luxação lateral
Em sua opinião, qual seria o movimento menos prejudicial
sobre incisivos superiores que sofreram uma luxação lateral?
n %
branco 6 5,7%
extrusão 21 20,0%
inclinação 20 19,0%
intrusão 2 1,9%
não sei 26 24,8%
nenhum 16 15,2%
torque 7 6,7%
translação 7 6,7%
Total 105 100,0%
Resultados
76
Em um outro exemplo citado, foi perguntado se os profissionais alteram a
conduta ou plano de tratamento após ter constatado um trauma de luxação lateral
grave, em um caso onde foram extraídos os primeiros pré-molares para retração
ântero-superior. Nesta amostra, 81,9% responderam que alteram a conduta; 15,2%
não alteram e 2,9% deixaram em branco (Quadro 19 e Gráfico 19).
GRÁFICO 18 Distribuição numérica sobre qual seria o movimento menos
prejudicial em incisivos superiores que sofreram uma luxação
lateral
6
21
20
2
26
16
7 7
0
5
10
15
20
25
30
n
branco
extrusão
inclinação
intrusão
não sei
nenhum
torque
translação
Quadro 19
Distribuição percentual e numérica se os profissionais alteram o plano de
tratamento após ocorrer uma luxação lateral grave nos incisivos superiores
em um caso de extração de primeiros pré-molares
Em um caso de extração de primeiros pré-molares para
retração ântero-superior, você muda sua conduta ou plano de
tratamento após ter constatado um trauma de luxação lateral
grave nos incisivos superiores?
n %
branco 3 2,9%
não 16 15,2%
sim 86 81,9%
Total 105 100,0%
Resultados
77
Dos participantes que responderam sim, 94,18% interrompem o tratamento
por um período de reparo e o retomam aceitando limitações para nos objetivos. A
perda de ancoragem, sem fazer a retração anterior, foi citada por 4,65% e 1,16%
perdem ancoragem, fazendo retração anterior. (Quadro 20 e Gráfico 20).
G
RÁFICO
19
Distribuição numérica se os profissionais alteram o plano de
tratamento após ocorrer uma luxação lateral grave nos incisivos
superiores em um caso de extração de primeiros pré-molares
3
16
86
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
n
branco
não
sim
Quadro 20
Distribuição percentual e numérica sobre qual é a alteração no plano de
tratamento
Caso sim, como? n %
interrompe o tratamento por um período de reparo e o retoma,
podendo aceitar limitações nos objetivos do tratamento
81 94,18%
perde ancoragem e faz retração anterior 1 1,16%
perde ancoragem sem fazer retração anterior 4 4,65%
Total 86 100,0%
Resultados
78
Sobre a conduta frente a traumatismos leves, 38,1% afirmaram aguardar 30
dias; 36,2% aguardam 3 meses; 13,3% continuam o tratamento normalmente; 2,9%
aguardam 6 meses; 0,9% aguarda 1 ano; 1,9% afirmam não saber a conduta
correta; 0,9% deixaram em branco e 5,7% afirmaram ter outra conduta como
controle radiográfico, encaminhar para especialista, orientar sobre os riscos e
continuar o tratamento (Quadro 21 e Gráfico 21).
G
RÁFICO
20
Distribuição numérica sobre qual é a alteração no plano de
tratamento
81
1
4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n
interrompe o tratamento por um
período de reparo e o retoma,
podendo aceitar limitações nos
objetivos do tratamento
perde ancoragem e faz retração
anterior
perde ancoragem sem fazer
retração anterior
Resultados
79
Quando se deparam com um traumatismo grave, 41% aguardam 3 meses;
31,4% esperam 6 meses; 9,5% 3 meses; 4,8% aguardam 1 ano e 0,9% continuam o
tratamento normalmente. Afirmaram não saber a conduta 2,9% dos respondentes,
GRÁFICO 21 Distribuição numérica sobre qual a conduta dos profissionais em
pacientes que sofreram um traumatismo dentoalveolar leve
durante o tratamento ortodôntico
Quadro 21
Distribuição percentual e numérica sobre qual a conduta dos profissionais
em pacientes que sofreram um traumatismo dentoalveolar leve durante o
tratamento ortodôntico
Em sua opinião, qual deve ser a conduta em pacientes
que receberam um traumatismo dentoalveolar leve
durante o tratamento ortodôntico?
n %
aguardar um período de 30 dias 40 38,1%
aguardar um período de 3 meses 38 36,2%
aguardar um período de 6 meses 3 2,9%
aguardar um período de 1 ano 1 0,9%
branco 1 0,9%
continuar o tratamento normalmente 14 13,3%
não sei 2 1,9%
outros 6 5,7%
Total 105 100,0%
40
38
3
1 1
14
2
6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
n
aguardar um período de 30 dias
aguardar um período de 3 meses
aguardar um período de 6 meses
aguardar um período de 1 ano
branco
continuar o tratamento normalmente
não sei
outros
Resultados
80
0,9% deixaram em branco e 8,6% realizam outra conduta como aguardar a a
recuperação ou encaminhar para um especialista (Quadro 22 e Gráfico 22).
G
RÁFICO
22
Distribuição numérica sobre qual é a conduta dos profissionais em
pacientes que sofreram um traumatismo dentoalveolar grave
durante o tratamento ortodôntico
Quadro 22
Distribuição percentual e numérica sobre qual a conduta dos profissionais
em pacientes que sofreram um traumatismo dentoalveolar grave durante o
tratamento ortodôntico
Em sua opinião, qual deve ser a conduta em pacientes que
receberam um traumatismo dentoalveolar grave durante o
tratamento ortodôntico?
n %
aguardar um período de 30 dias 10 9,5%
aguardar um período de 3 meses 43 41,0%
aguardar um período de 6 meses 33 31,4%
aguardar um período de 1 ano 5 4,8%
branco 1 0,9%
continuar o tratamento normalmente 1 0,9%
não sei 3 2,9%
outros 9 8,6%
Total 105 100,0%
10
43
33
5
1 1
3
9
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
n
aguardar um período de 30
dias
aguardar um período de 3
meses
aguardar um período de 6
meses
aguardar um período de 1 ano
branco
continuar o tratamento
normalmente
não sei
outros
Resultados
81
O controle dos dentes traumatizados durante o tratamento ortodôntico é uma
preocupação dos profissionais, que 97,1% responderam que fazem o controle
radiográfico destes dentes durante o tratamento, enquanto 1,9% não realizam as
radiografias e 0,9% deixaram a questão em branco (Quadro 23 e Gráfico 23).
Com o intuito de avaliar a atenção dispensada pelos respondentes ao
trabalho, verificando se estavam concentrados nas questões, foi perguntado qual
seria a magnitude ideal para a movimentação de um canino anquilosado. Diferentes
magnitudes de força foram recomendadas, mas 67,6% responderam corretamente
GRÁFICO 23 Distribuição numérica se os profissionais continuam fazendo
radiografias dos dentes traumatizados durante o tratamento
ortodôntico
1
2
102
0
20
40
60
80
100
120
n
branco
não
sim
Quadro 23
Distribuição percentual e numérica se os profissionais continuam fazendo
radiografias dos dentes traumatizados durante o tratamento
Você continua fazendo radiografias destes dentes
traumatizados durante o tratamento?
n %
branco 1 0,9%
não 2 1,9%
sim 102 97,1%
Total 105 100,0%
Resultados
82
0cN, pois um dente anquilosado não pode ser movimentado ortodonticamente.
Deixaram a questão em branco 12,4%; assinalaram 50cN 7,6% dos profissionais;
3,8% marcaram 100cN; 5,7% apontaram 150cN; 1,9% 200cN e 0,9% 250cN (Quadro
24 e Gráfico 24).
GRÁFICO 24 Distribuição numérica sobre qual seria a magnitude de força ideal
para movimentação de um canino superior anquilosado
71
4
6
2
1
8
13
0
10
20
30
40
50
60
70
80
n
0 cN
100 cN
150 cN
200 cN
250 cN
50 cN
branco
Quadro 24
Distribuição percentual e numérica sobre qual seria a magnitude de força
ideal para movimentação de um canino superior anquilosado
Em sua opinião, qual seria a magnitude de força ideal para
movimentação ortodôntica em um canino superior anquilosado?
(1cN = 1g)
n %
0 cN 71 67,6%
100 cN 4 3,8%
150 cN 6 5,7%
200 cN 2 1,9%
250 cN 1 0,9%
50 cN 8 7,6%
branco 13 12,4%
Total 105 100,0%
Resultados
83
A respeito da movimentação de dentes com fraturas radiculares no terço
apical, 36,2% dos participantes responderam corretamente que podem ser
movimentados. Deixaram a questão em branco 2,9% e 61% afirmaram que um
dente com este tipo de fratura não pode ser movimentado (Quadro 25 e Gráfico 25).
Quando perguntados se os dentes traumatizados podem sofrer maior
reabsorção radicular com a movimentação dentária induzida, 80% assinalaram sim;
18,1% não e 1,9% deixaram a questão em branco (Quadro 26 e Gráfico 26).
3
64
38
0
10
20
30
40
50
60
70
n
branco
não
sim
G
RÁFICO
25
Distribuição numérica sobre a opinião dos profissionais, se um
dente que teve uma fratura no terço apical da raiz pode ser
movimentado
Quadro 25
Distribuição percentual e numérica sobre a opinião dos profissionais, se um
dente que teve uma fratura no terço apical da raiz pode ser movimentado
Em sua opinião, um dente com uma fratura radicular no terço
apical pode ser movimentado normalmente?
n %
branco 3 2,9%
não 64 61,0%
sim 38 36,2%
Total 105 100,0%
Resultados
84
A maioria dos respondentes, 95,2%, afirmou que a intensidade do trauma
pode influenciar o prognóstico da movimentação dentária induzida; 1,9%
assinalaram não e 2,9% deixaram em branco (Quadro 27 e Gráfico 27).
Quadro 26
Distribuição percentual e numérica se os dentes traumatizados podem sofrer
maior reabsorção radicular com a movimentação dentária induzida
Em sua opinião, os dentes traumatizados podem sofrer maior
reabsorção radicular com a movimentação dentária induzida?
n %
branco 2 1,9%
não 19 18,1%
sim 84 80,0%
Total 105 100,0%
Quadro 27
Distribuição percentual e numérica se a intensidade do traumatismo pode
influenciar no prognóstico da movimentação dentária induzida
Em sua opinião, a intensidade do trauma pode influenciar no
prognóstico da movimentação dentária induzida?
n %
branco 3 2,9%
não 2 1,9%
sim 100 95,2%
Total 105 100,0%
G
RÁFICO
26
Distribuição numérica se os dentes traumatizados podem sofrer
maior reabsorção radicular com a movimentação dentária induzida
2
19
84
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
n
branco
não
sim
Resultados
85
A última questão apresentada foi se os profissionais consideram estas
informações importantes e necessárias, 97,1% responderam sim e 2,9% deixaram a
questão em branco (Quadro 28 e Gráfico 28).
GRÁFICO 27 Distribuição numérica se a intensidade do traumatismo pode
influenciar no prognóstico da movimentação dentária induzida
3
2
100
0
20
40
60
80
100
120
n
branco
não
sim
GRÁFICO 28 Distribuição numérica se os profissionais consideram estas
informações necessárias e importantes
3
102
0
20
40
60
80
100
120
n
branco
sim
Quadro 28
Distribuição percentual e numérica
se os profissionais consideram estas
informações necessárias e importantes
Você considera estas informações importantes e necessárias?
n %
branco 3 2,9%
sim 102 97,1%
Total 105 100,0%
Resultados
86
Para estabelecer a média final do conhecimento dos profissionais sobre o
traumatismo dentoalveolar, as respostas das questões 4, 5, 6, e 7, da parte 2 do
questionário, foram utilizadas por serem objetivas sobre o assunto. Deste modo,
62,85% dos profissionais acertaram as respostas e 37,15% erraram. Na parte 3 do
questionário, foram utilizadas as questões 3, 4, 5, 6, 7, 9, 10 e 11 pelo mesmo
motivo, 59,75% dos profissionais acertaram as respostas e 40,25% erraram
(Quadros 29 e 30).
Quadro 2
9
Distribuição percentual das respostas certas e erradas das questões 4, 5, 6 e
7 da parte 2 do questionário, e as médias finais.
Questão certas % erradas %
4 - luxação 45,7 54,3
5 - subluxação 56,2 43,8
6 - concussão 53,3 46,7
7 - avulsão 96,2 3,8
Total 62,85% 37,15%
Quadro
30
Distribuição percentual das respostas certas e erradas das questões 3, 4, 5, 6,
7, 9, 10 e 11 da parte 3 do questionário, e as médias finais.
Questão certas % erradas %
3 - extrusão 20 80
4 - sim, altera a conduta 81,9 18,1
5 - aguarda 3 meses 36,2 63,8
6 - aguarda 6 meses 31,4 68,6
7 - sim, faz radiografias 97,1 2,9
9 - sim, dentes com fratura podem ser movimentados 36,2 63,8
10 - podem sofrer maior reabsorção 80 20
11 - severidade do traumatismo influi no prognóstico 95,2 4,8
Total 59,75% 40,25%
Discussão
Discussão
88
6 Discussão
Embora a literatura seja repleta de trabalhos que utilizam questionários como
um instrumento de pesquisa, com o objetivo de avaliar o conhecimento de um
determinado grupo
9-17
, e assim instituir programas de prevenção, não foi encontrado
algo semelhante para um grupo de especialistas em Ortodontia para comparar e
discutir os dados sobre o traumatismo dentoalveolar e a movimentação ortodôntica
em dentes traumatizados. Klages et al.
16
afirmaram que o formato de avaliação, por
meio de questionários, pode ser uma ferramenta para favorecer a pesquisa e a
aplicação clínica na Ortodontia. Desta forma, a confecção do questionário deve ser
cuidadosa para estabelecer uma melhor compreensão
38,39
.
A amostra analisada foi composta por 105 respondentes de 166
questionários entregues, o que parece próximo de outros trabalhos com grupos
específicos de indivíduos
9,11-15,17
que enviaram questionários e recolheram ou
receberam por serviço postal após um determinado período. Um número em torno
de 2180 respondentes, como Canakci et al.
10
conseguiram, foi possível pelo fato de
entrevistarem pessoas leigas. Em grupos de Cirurgiões-Dentistas, Manfrin et al.
17
conseguiram o número de 100 respondentes dos 150 questionários aplicados e Hu,
Prisco e Bombana
14
obtiveram 142 dos 300 enviados, sendo o número de
especialistas em Endodontia que responderam, apenas 44. Não dúvida de que a
aplicação dos questionários em escolas
12,13
ou dentro de alguma instituição, como
Lin et al.
15
realizaram no serviço médico do exército de Israel, facilita a aplicação e
efetividade na devolução dos questionários e, mesmo assim, 2 militares não
responderam. Parece que oferecer algum incentivo para os respondentes pode ser
um meio de se obter as respostas requeridas como fizeram Klages et al.
16
Discussão
89
retribuindo com uma seção de higiene bucal, procedimento este, não utilizado neste
trabalho.
Nesta amostra, 65,6% dos indivíduos possuíam idade entre 31 a 50 anos,
demonstrando aparentemente possuir maturidade suficiente para analisar o que
conhecem e o que sentem de deficiência, apesar de não ter sido critério de inclusão
desta amostra a idade cronológica ou o gênero, que teve a predominância masculina
(62,9%). A maior parte dos respondentes tem a formação de especialista em
Ortodontia 70,5%; 29,5% são mestres ou doutores e 59% do total teve interesse
pela educação continuada, fazendo cursos de atualização na área e enriquecendo o
conhecimento, conforme relataram Hu, Prisco e Bombana
14
, que os profissionais
que participaram de cursos após a graduação ou com uma maior experiência na
área, tinham um conhecimento maior sobre os assuntos abordados.
A qualidade da ficha clínica, usualmente empregada na anamnese e consulta
clínica, representa o conjunto de informações que cada profissional deseja obter em
sua área de trabalho. Tal ficha pode conter muitas informações sem uma aplicação
clínica, enquanto podem omitir outras consideradas essenciais. Neste aspecto,
verificou-se que a maior parte dos respondentes (73,3%) não possui um campo
específico para o traumatismo dentoalveolar, no entanto, 81% questionam os
pacientes ou os responsáveis sobre o tema. Isto demonstra que o assunto é
abordado durante a anamnese, mas não existe uma grande preocupação para que
haja perguntas específicas em suas fichas clínicas para os pacientes ou pais
responderem sobre traumatismos dentoalveolares prévios, que poderiam influir
diretamente no planejamento ortodôntico. Esta falha pode gerar fichas de
consentimento com negligência de informações importantes.
Discussão
90
O escurecimento ou a alteração da cor de um dente pode ocorrer por fatores
intrínsecos ou extrínsecos como cáries dentárias, restaurações, impregnações do
amálgama, alterações pulpares, não sendo fator determinante para a relação com o
traumatismo. Mesmo não sendo um fator definitivo para o traumatismo, foi
assinalado por 45,7% dos respondentes; porém, julgou-se lícito destacar que foram
omitidos os tipos de manchas na questão. A doença periodontal compromete a
inserção do dente ao osso alveolar, promovendo um aumento de sua mobilidade. A
mobilidade dos dentes recebeu, por parte dos respondentes, 14,3% de importância,
e esta também não é causa exclusiva do traumatismo. No entanto, uma fratura na
coroa de um dente é um sinal clínico evidente de que ele passou por algum grau de
traumatismo dentoalveolar, mas apenas 23,8% dos respondentes assinalaram esta
alternativa quando questionados sobre qual o primeiro aspecto que os faz suspeitar
de traumatismos.
As definições de traumatismos dentoalveolares e suas características clínicas
apresentadas por Andreasen e Andreasen
2
são amplamente aceitas no ensino
odontológico. Utilizando tais conceitos como referência, ficou evidente que, no caso
de um traumatismo extremo como a avulsão, quase todos os respondentes sabem
definir corretamente (96,2%). No entanto, em torno de 3,8% demonstraram incerteza
ou desinteresse, deixando a questão em branco ou sem saber a resposta. Da
mesma forma, as definições de concussão, subluxação e luxação foram respondidas
corretamente somente por cerca de metade dos respondentes. Ou seja, verificou-se
que muitos profissionais têm dificuldade em diagnosticar os diferentes tipos de
traumatismos dentoalveolares, que são tratados de diferentes formas e exercem
influências diferentes sobre o tratamento ortodôntico. Em relação à concussão, o
índice de acerto foi de 53,3%, para subluxação 56,2% e luxação 45,7%. Uma vez
Discussão
91
que os diferentes traumatismos promovem efeitos diferentes sobre os dentes e
tecidos de suporte, conseqüentemente, merecem diferentes cuidados, e a
porcentagem de erro encontrada parece expor os pacientes a procedimentos
empíricos ou sem fundamentação científica. A vulnerabilidade dos pacientes é um
fator preocupante frente ao despreparo dos profissionais. De acordo com Flores et
al.
3
, a concussão não necessita de intervenção, apenas de acompanhamento clínico
e radiográfico. Além destes cuidados, a fixação semi-rígida por 2 semanas é
recomendada para a subluxação e luxação extrusiva após o reposicionamento. Este
tempo é aumentado para 4 semanas nos casos de luxação lateral. Deste modo, pela
ausência de precisão dos profissionais em reconhecer os diferentes traumatismos,
seria prudente uma conduta mais abrangente, visando ao excesso de cuidado frente
à escassez, ou seja, em caso de dúvida no diagnóstico, é melhor utilizar os
procedimentos recomendados para um traumatismo mais grave.
Apesar de a maioria dos profissionais perguntar sobre traumatismo
dentoalveolar em suas anamneses, eles não possuem questões específicas em
suas fichas clínicas e apresentam dificuldades no diagnóstico dos diferentes
traumatismos. No entanto, 92,4% dos respondentes receberam pacientes que
sofreram um traumatismo dentoalveolar e 88,6% acreditam que a recuperação está
relacionada ao tipo de traumatismo. Era esperado que muitos profissionais tivessem
deparado com pacientes que sofreram algum tipo de traumatismo, que o
Cirurgião-Dentista é o profissional de referência nestes casos
9
. Entretanto,
profissionais de outras áreas também se deparam com este problema, pois 61,8%
dos profissionais da saúde presenciaram o traumatismo
15
, profissionais que lidam
com crianças ou adolescentes como professores do ensino fundamental; 11,7%
tiveram contato com a avulsão
9
; 52,5% entraram em contato com traumatismos
Discussão
92
diversos
11
, e entre os próprios escolares de 7 a 15 anos, 30% são expostos ao
traumatismo dentoalveolar
13
. Portanto, a educação destes grupos com informações
ou programas de prevenção sobre o assunto pode contribuir para o prognóstico das
lesões, visto que elas dependem da conduta prestada logo após a ocorrência
9,11-
13,15,17
. Desta forma, o enriquecimento dos especialistas em Ortodontia a respeito do
tema traumatismo dentoalveolar poderia contribuir para o planejamento e tratamento
seguros, visto que os dentes a serem movimentados ortodonticamente sofrerão
algum tipo de reabsorção radicular, detectado em radiografias ou o, e o
traumatismo pode acentuar esta condição patológica
32
. Os autores Ritter et al.
32
ainda afirmaram que o risco de reabsorção radicular, durante o tratamento
ortodôntico, e o seu grau de extensão são proporcionais à gravidade do traumatismo
sofrido, sendo importante estabelecer uma conduta preventiva nos tratamentos
ortodônticos, principalmente em dentes traumatizados. Ainda, uma relação direta
entre a severidade da luxação intrusiva e a reabsorção radicular foi relatada por Al-
Badri et al.
33
, que não atribuíram aos procedimentos de reposicionamento, cirúrgico
ou ortodôntico, como causas de reabsorções.
A importância em conhecer a conduta dos profissionais, frente ao
traumatismo, foi tentar descobrir pontos falhos que poderão ser temas de aulas e
cursos para capacitação dos profissionais da área, ou até, estimular pesquisas
científicas que possam definir condutas seguras aos ortodontistas. Quando se
deparam com dentes traumatizados, 52,4% dos respondentes analisam as
radiografias, comunicam os pacientes sobre os riscos e iniciam o tratamento
ortodôntico. No entanto, apenas 30,5% afirmaram ter recebido ensino específico
sobre movimentação ortodôntica em dentes traumatizados. Malmgren, Malmgren e
Goldson
6
afirmaram que o existe uma simples explicação dos motivos que levam
Discussão
93
à reabsorção radicular, mas um fator etiológico que está sempre relacionado na
literatura é o traumatismo dentoalveolar. Assim, vários autores
18-25,27,28,33,36
citam o
traumatismo dentoalveolar como um fator que predispõe os dentes a reabsorções
radiculares. Quanto maior a magnitude do traumatismo, maior a possibilidade de
reabsorção radicular
19
. Esta afirmação foi corroborada por Hines
20
que detectou um
aumento de 28,3% de reabsorção radicular, nos dentes previamente avulsionados, e
8,9% nos parcialmente avulsionados, ou seja, que sofreram luxação extrusiva.
Consolaro
34
afirmou que o traumatismo dentoalveolar pode lesar a camada de
cementoblastos da superfície radicular que não têm receptores para os mediadores
da reabsorção óssea, e serve de proteção frente às reabsorções. Brin et al.
25
também afirmaram que os dentes adjacentes aos que foram diretamente
traumatizados sofrem um grau de reabsorção radicular menor do que os
traumatizados, porém, maior do que nos dentes submetidos apenas ao movimento
ortodôntico, sem traumatismo prévio. Por outro lado, Malmgren et al.
8
não
encontraram diferença entre os dentes traumatizados ou não e afirmaram que os
dentes traumatizados o são mais susceptíveis à reabsorção radicular. No entanto,
os dentes que apresentam uma reabsorção radicular previamente à movimentação
ortodôntica, certamente terão maiores reabsorções durante o tratamento. Os autores
Steiner e West
30
afirmaram que os dentes traumatizados, que passam pelo processo
de apecificação durante o tratamento ortodôntico, não são mais susceptíveis à
reabsorção radicular, mas correm maior risco de fratura da raiz pelo fato do conduto
pulpar permanecer amplo e as paredes delgadas.
Uma diversidade de opiniões foi registrada quando os profissionais
responderam sobre qual seria o movimento menos prejudicial em incisivos
superiores que foram traumatizados. Do total de respondentes, 24,8% afirmaram
Discussão
94
não saber a resposta e ainda 5,7% deixaram a questão em branco, ou seja, foi
registrado um percentual de 30,5% de incerteza associada ao desconhecimento. O
movimento de extrusão é o que produz menor agressão, com ausência ou mínimas
áreas de compressão do ligamento periodontal
34,40
. Um dos protocolos para o
tratamento da luxação intrusiva inclui o movimento ortodôntico extrusivo para o
reposicionamento do dente afetado
4,21-23,31,36,37
. Quando os dentes traumaticamente
intruídos não apresentarem mobilidade, a luxação cirúrgica, previamente à extrusão
ortodôntica, seria benéfica para possibilitar o movimento sem comprometer as
unidades de ancoragem e promover a intrusão delas
21,23
. Nos casos de luxações
intrusivas de até 3mm e os dentes apresentarem os ápices abertos, pode-se
aguardar a erupção espontânea
4,31
, caso isto não ocorra, o reposicionamento
ortodôntico está indicado, acompanhando a vitalidade pulpar
4
. Nos dentes com
raízes completas, a reposição cirúrgica ou ortodôntica deve ser feita o quanto antes,
juntamente com o tratamento endodôntico com hidróxido de cálcio, pois a polpa
tornar-se-á necrótica
4
. O movimento de rotação foi utilizado por Paulsen, Andreasen
e Schwartz
29
em pré-molares autotransplantados, que de certa forma sofreram um
traumatismo, e a reabsorção radicular sobre estes dentes foi em média 1,2mm.
Apesar de afirmarem
29
que esta reabsorção assemelha-se à encontrada em dentes
não traumatizados, o tempo de movimentação neste estudo foi de somente 4 a 6
semanas.
A importância deste tema torna-se maior quando o profissional depara-se com
um dente traumatizado durante o tratamento ortodôntico, podendo alterar
completamente o seu plano de tratamento inicial. Nesta amostra, 81,9% dos
profissionais alteram sua conduta em um caso de extração de pré-molares em que
houve um traumatismo grave nos incisivos, e destes, 94,18% interrompem o
Discussão
95
tratamento por um período de reparo e o retomam aceitando limitações nos objetivos
iniciais.
Frente a traumatismos leves, 38,1% dos profissionais relataram que
aguardam um período de 30 dias, e 36,2% aguardam 3 meses para continuar com o
tratamento. Com base nos dados da literatura, o período de reparo recomendado
nos casos de traumatismos leves como concussão e subluxação é de 3 a 5
meses
6,8,32,34
antes de realizar o movimento ortodôntico. O menor período
recomendado pela maioria da amostra (30 dias) está muito aquém do que está
consolidado na literatura, e o maior período (3 meses) assinalado por outra grande
parte da amostra, espróximo do menor período recomendado pela literatura. Em
resumo, o profissional que aguarda muito tempo, espera o mínimo recomendado
pela literatura.
Em um traumatismo grave como a luxação, é recomendado 6 meses a 1
ano
6,32,34
. em dentes com fratura radicular, o período recomendado é de 1 a 2
anos
6,34
e em dentes reimplantados pelo menos 1 ano
6
. Nesta amostra, após terem
constatado traumatismos graves, 41% aguardariam 3 meses e 31,4% aguardariam 6
meses. Além da falta de consenso, o período afirmado pela maioria dos
respondentes para os respectivos traumatismos foi menor do que o recomendado na
literatura, o que poderia aumentar as chances de reabsorções radiculares.
Ao ser detectada a fratura radicular, Flores et al.
3
recomendaram a
imobilização semi-rígida por 4 semanas e um controle radiográfico por até 5 anos.
Nestes casos, o reparo pode ser por uma fusão do segmento fraturado e o dente
permanece com seu tamanho original ou por interposição de tecido conjuntivo entre
os fragmentos. Em ambos os casos, os dentes poderiam ser movimentados após o
período de reparo de 1 a 2 anos
6
, no entanto, com a separação do fragmento, a
Discussão
96
movimentação ocorreria sobre um dente com raiz mais curta. Entretanto, apenas
36,2% dos participantes responderam corretamente e 61% afirmaram que um dente
com este tipo de fratura não pode ser movimentado. Após terem sido respondidas
várias questões sobre condutas e tempo de observação pós-trauma, era esperado
que os respondentes tivessem o entendimento de que a movimentação sobre os
dentes com fratura radicular seria realizada após o tempo para o reparo, e não
imediatamente após o traumatismo. Caso contrário, a questão pode ter confundido o
respondente.
Parece existir uma preocupação dos profissionais com os riscos inerentes aos
dentes traumatizados durante o tratamento ortodôntico, que 97,1% responderam
que fazem o controle radiográfico destes dentes durante o tratamento, 95,2%
acreditam que a gravidade do trauma pode influenciar no prognóstico da
movimentação dentária induzida e 97,1% consideram estas informações importantes
e necessárias.
Avaliando a conduta dos profissionais, constata-se que o receio de uma
seqüela (reabsorção) orienta os procedimentos. Se o conhecimento científico
estivesse presente, a porcentagem de acerto seria uma constante entre os
profissionais. Um controle radiográfico trimestral foi sugerido nos dentes
traumatizados
27,28
, e Flores et al.
3-5
recomendaram um controle de a1 ano nas
concussões e de 5 anos nos traumatismos mais graves. Quando detectada uma
reabsorção radicular mínima durante o tratamento ortodôntico, existe um baixo risco
de reabsorção severa nestes dentes. No entanto, em reabsorções maiores, o
tratamento deveria ser suspenso e considerada a possibilidade de não continuá-lo
ou limitar seus objetivos
27,28
. A reabsorção radicular inflamatória pode ser detectada
radiograficamente, em 3 semanas
6,34
após seu início, e a anquilose de 2 meses a 1
Discussão
97
ano
6
. Em nosso estudo, 80% dos profissionais acreditam que os dentes
traumatizados podem sofrer maior reabsorção radicular com a movimentação
dentária induzida.
Se o ortodontista estiver preparado para proceder frente ao traumatismo
dentoalveolar, seja reconhecendo antecipadamente e norteando seu plano de
tratamento ou atuando em uma emergência, certamente o prognóstico será mais
favorável para o dente afetado, minimizando o desconforto físico, emocional e
estético
1
. Turpin
26
relatou que o ortodontista deveria fazer parte da equipe de
traumatismo pela facilidade na imobilização dos dentes com braquetes e fios de uso
rotineiro, e que o tratamento das más oclusões severas de Classe II pode diminuir os
riscos de traumatismos dentoalveolares. A incidência de traumatismo nos incisivos
superiores está relacionada com o aumento do trespasse horizontal
6,24,35
, duplicando
a incidência com o trespasse horizontal de 3 a 6mm e triplicando quando for maior
do que 6mm
6
. Algumas seqüelas que podem ocorrer pelo traumatismo dentoalveolar
são anquilose, reabsorção radicular externa, necrose pulpar
21-23
, obliteração pulpar,
perda óssea marginal
23
, fratura alveolar
3,6
, fratura coronária, fratura radicular,
concussão, subluxação, luxação, avulsão
3,4,6
. Relevância também deve ser dada ao
traumatismo sobre os dentes decíduos, devido às conseqüências geradas nos
dentes permanentes como desvios de erupção, má formação e impacção
6,37
.
Neste trabalho, verificou-se, pela média de acertos e erros das respostas
objetivas, que 62,85% dos respondentes estão devidamente informados sobre o
traumatismo dentoalveolar, mas esta porcentagem diminui por volta de 50% quando
a avulsão não é computada. Quanto à movimentação ortodôntica em dentes
traumatizados, 40,25% erraram nas respostas, demonstrando que estes
Discussão
98
profissionais poderiam ter condutas erradas, gerando conseqüências indesejáveis
para seus pacientes.
Como um critério desta pesquisa, correto ou não, houve a necessidade de
considerar apenas uma resposta como a correta. Isto, por sua vez, nos induz a
supervalorizar o erro, chamando a atenção para ajustes em novas pesquisas com
este instrumento.
Um estudo desta natureza provoca reflexões quando os resultados são
associados ao fator ensino. Um grupo específico de ortodontistas pode não
representar a totalidade destes especialistas em nosso país, mas demonstra, de
forma aleatória, que um conteúdo importante como o traumatismo dentoalveolar na
Ortodontia merece mais atenção. O objetivo o foi expor a fraqueza, aqui
representada pela margem de erros, mas sim, elaborar, a partir dos dados obtidos,
um guia de ações frente aos traumatismos, que certamente será elaborado. Porém,
a deficiência nos acertos deve servir como norteadora de conteúdos programáticos
dos cursos de Pós-Graduação estricto sensu e lato sensu.
Assim como Flores et al.
3-5
elaboraram um guia de procedimentos frente a
dentes traumatizados, direcionado ao clínico geral, após uma revisão e leitura
criteriosa de artigos científicos, elaborou-se um quadro com o protocolo clínico,
considerando os traumatismos dentoalveolares e as condutas a serem tomadas
pelos ortodontistas (Quadro 31). Em tempos vindouros, muitas condutas que
atualmente têm embasamento na literatura serão testadas, com o objetivo de
fortalecer, com evidência científica, sua veracidade, sendo este o escopo desta linha
de pesquisa.
Discussão
99
Tipo de
traumatismo
Conduta clìnica Conduta ortodôntica Fonte da
informação
Concussão
Sensibilidade aumentada com a
percussão, sem aumento de
mobilidade ou deslocamento.
Não apresenta anormalidades
em radiografias.
Monitoramento pulpar.
Aguardar 3 a 5 meses para
iniciar a movimentação e
controle radiográfico por 1
ano.
Utilizar forças suaves e
intermitentes.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Subluxação
Sensibilidade aumentada com a
percussão e aumento de
mobilidade. Pode ser notado
sangramento no fluido gengival.
Não apresenta anormalidades
em radiografias.
Estabilização dos dentes por 2
semanas e monitoramento
pulpar.
Aguardar 3 a 5 meses para
iniciar a movimentação e
controle radiográfico por 1
ano.
Utilizar forças suaves e
intermitentes.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Luxação
extrusiva
Dente aparentemente alongado
e com excesso de mobilidade.
Radiografia apresenta espaço
periodontal aumentado no
ápice.
Pode ocorrer a revascularização
pulpar, principalmente nos
dentes em desenvolvimento.
Reposição delicada,
imobilização por 2 semanas,
monitoramento pulpar e controle
radiográfico por 5 anos.
Aguardar no mínimo 6
meses para iniciar a
movimentação e controle
radiográfico trimestral.
Utilizar forças suaves e
intermitentes, se necessário,
simplificar o tratamento.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Luxação
lateral
O dente é deslocado para
lingual ou vestibular, torna-se
imóvel e com som metálico à
percussão.
Pode ocorrer a revascularização
pulpar, principalmente nos
dentes em desenvolvimento.
Espaço periodontal aumentado
visto na radiografia por oclusal.
Reposição delicada,
imobilização por 4 semanas,
monitoramento pulpar e controle
radiográfico por 5 anos.
Aguardar no mínimo 6
meses para iniciar a
movimentação e controle
radiográfico trimestral.
Utilizar forças suaves e
intermitentes, se necessário,
simplificar o tratamento.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Luxação
intrusiva
O dente é deslocado axialmente
dentro do osso alveolar, torna-
se imóvel e com som metálico à
percussão.
Pode ocorrer a revascularização
pulpar em dentes com ápice
aberto. Em dentes com raízes
completas ocorrerá necrose
pulpar.
Após o reposicinamento
espontâneo, ortodôntico ou
cirúrgico, aguardar no
mínimo 6 meses para iniciar
a movimentação e controle
radiográfico trimestral.
Utilizar forças suaves e
intermitentes, se necessário,
simplificar o tratamento.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Kinirons 1998
Quadro
3
1
Protocolo de condutas sobre movimentação ortodôntica em dentes
traumatizados.
Discussão
100
Espaço periodontal ausente ou
parcialmente ausente nas
radiografias.
Apenas dentes com ápices
abertos e com intrusão de até
3mm, podem ser deixados para
extrusão expontânea por 3
semanas. Nos casos de
intrusões de até 6mm, pode-se
utilizar o reposicionamento
ortodôntico e acima de 6mm, o
reposicionamento cirúrgico está
indicado.
Monitoramento pulpar e controle
radiográfico por 5 anos.
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Chaushu et al.
2004
Fratura
radicular
Teste de vitalidade e
monitoramento pulpar.
Radiografias periapicais em 3
angulações.
Controle radiográfico por 5
anos.
Se ocorrer necrose pulpar, o
tratamento endodôntico está
indicado no terço coronario até
a linha de fratura.
Reposição do fragmento
coronal e imobilização semi-
rígida por 4 semanas. Fratura
próxima ao terço cervical, a
imobilização aumenta para 4
meses.
Aguardar de 1 a 2 anos para
iniciar a movimentação e
controle radiográfico
trimestral.
Reparo com a fusão dos
fragmentos (calo de dentina),
ocorre o estreitamento da luz
do conduto pulpar de toda a
raiz, e a vitalidade pulpar é
mantida. Poderá ser
movimentado com seu
tamanho original.
Reparo com interposição de
tecido conjuntivo entre os
fragmentos, ocorre a perda
da vitalidade pulpar,
calcificação do conduto no
fragmento apical e
reabsorção nas bordas da
fratura (arredondamento).
Poderá ser movimentado
como um dente de raiz curta.
Utilizar forças suaves e
intermitentes, se necessário,
simplificar o tratamento.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Avulsão
Deslocamento completo do
dente para fora do seu alvéolo.
O reimplante é o tratamento de
escolha e o prognóstico
depende do procedimento
realizado no dente, alvéolo e do
tempo decorrido após o
traumatismo.
Imobilização por 2 semanas,
monitoramento pulpar e controle
radiográfico por 5 anos.
Prescrição de antibióticos e
vacina antitétano.
Se apresentar condições
periodontais normais,
aguardar no mínimo 1 ano
para iniciar a movimentação
e controle radiográfico
trimestral.
Utilizar forças suaves e
intermitentes, se necessário,
simplificar o tratamento.
Flores et al.
2007
Brezniak e
Wasserstein
1993
Malmgren,
Malmgren e
Goldson 1994
Ritter et al. 1999
Consolaro 2002
Conclusões
Conclusões
102
7 Conclusões
Após a análise dos resultados, foi possível concluir que:
1. Dos profissionais entrevistados, 37,15% apresentaram um nível de
conhecimento insatisfatório para os diversos tipos de traumatismos
dentoalveolares.
2. Dos profissionais entrevistados, 40,25% o sabem sobre a
movimentação dentária em dentes traumatizados.
.
Referências
Referências
104
Referências
*
1. Pereira ALP. Apresentação de um método experimental de traumatismo
dentoalveolar em ratos para a realização de experimentos de movimentação
dentária induzida [Dissertação]. Araçatuba: Faculdade de Odontologia da
Universidade Estadual Paulista; 2005.
2. Andreasen JO, Andreasen FM. Texto e atlas colorido de traumatismo dental. 3
rd
ed. Porto Alegre: Artmed; 2001.
3. Flores MT, Andersson L, Andreasen JO, Bakland LK, Malmgren B, Barnett F,
Bourguignon C, DiAngelis A, Hicks L, Sigurdsson A, Trope M, Tsukiboshi M, von Arx
T. Guidelines for the manegement of traumatic dental injuries. I. Fractures and
luxations of permanent teeth. Dental Traumatol 2007;23:66-71.
4. Flores MT, Andersson L, Andreasen JO, Bakland LK, Malmgren B, Barnett F,
Bourguignon C, DiAngelis A, Hicks L, Sigurdsson A, Trope M, Tsukiboshi M, von Arx
T. Guidelines for the manegement of traumatic dental injuries. II. Avulsion of
permanent teeth. Dental Traumatol 2007;23:130-6.
5. Flores MT, Malmgren B, Anderson L, Andreasen JO, Bakland LK, Barnett F,
Bourguignon C, DiAngelis A, Hicks L, Sigurdsson A, Trope M, Tsukiboshi M, von Arx
T.. Guidelines for the manegement of traumatic dental injuries. III. Primary teeth.
Dental Traumatol 2007;23:196-202.
6. Malmgren O, Malmgren B, Goldson L. Orthodontic manegement of the traumatized
teeth. In: Andreasen JO, Andreasen FM. Textbook and color atlas of traumatic
injuries to the teeth. 3
rd
ed. Copenhagen: Munksgaard; 1994. p.587-630
.
7. Levander E, Malmgren O. Evaluation of the risk of root resorption during
orthodontic treatment. Eur J Orthod 1988;10:30-8.
8. Malmgren O, Goldson L, Hill C, Orwin A, Petrini L, Lundberg M. Root resorption
after orthodontic treatment of traumatized teeth. Am J Orthod 1982;82:487-91.
9. Pacheco LF, Filho PFG, Letra A, Menezes R, Villoria GEM, Ferreira SM.
Evaluation of the knowledge of the treatment of avultions in elementary school
teachers in Rio de Janeiro, Brazil. Dent Traumatol 2003;19:76-8.
10. Canakci V, Akgul HM, Akgul N, Canacki CF. Prevalence and handedness
correlates of traumatic injuries to the permanent incisors in 13-17-year-old
adolescents in Erzurum, Turkey. Dent Traumatol 2003;19:248-54.
11. Çaglar E, Ferreira LP, Kargul B. Dental trauma management knowledge among a
group of teachers in two south european cities. Dent Traumatol 2005;21:258-62.
*
Norma Vancouver
Referências
105
12. Panzarini SR, Pedrini D, Brandini DA, Poi WR, Santos MF, Correa JPT, Silva FF.
Physical education undergraduates and dental trauma knowledge. Dent Traumatol
2005;21:324-8.
13. Andersson L, Al-Asfour A, Al-Jame Q. Knowledge of first-aid measures of
avulsion and replantation of teeth: an interview of 221 Kuwaiti schoolchildren. Dent
Traumatol 2006;22:57-65.
14. Hu L W, Prisco CRD, Bombana AC. Knowledeg of brazilian general dentists and
endodontists about the emergency management of dento-alveolar trauma. Dent
Traumatol 2006;22:113-7.
15. Lin S, Levin L, Emodi O, Fuss Z, Peled M. Physician and emergency medical
technicians’ knowledge and regarding dental trauma. Dent Traumatol 2006;22:124-6.
16. Klages U, Claus N, Wehrbein H, Zentner A. Development of a questionnaire for
assessment of the psychosocial impact of dental aesthetics in young adults. Eur J
Orthod 2006;28:103-11.
17. Manfrin TM, Boaventura RS, Poi WR, Panzarini SR, Sonoda CK, Sundefeld
MLMM. Analisys of procedures used in tooth avulsion by 100 dental surgeons. Dent
Traumatol 2007;23:203-10.
18. Phillips JR. Apical root resorption under orthodontic terapy. Angle Orthod
1955;25:1-22.
19. Wickwire NA, McNeil MH, Norton LA, Duell RC. The effects of tooth movement
upon endodontically treated teeth. Angle Orthod 1974;44:235-42.
20. Hines FB. A radiographic evaluation of the response of previously avulsed teeth
and partially avulsed teeth to orthodontic movement. Am J Orthod 1979;75:1-19.
21. Turley PK, Joiner MW, Hellstrom S. The effect of orthodontic extrusion on
traumatically intruded teeth. Am J Orthod 1984;85:47-56.
22. Spalding PM, Fields Jr HW, Torney D, Cobb HB, Johnson J. The changing role of
endodontics and orthodontics in the management of traumatically intruded
permanent incisors. Pediatr Dent 1985;7:104-10.
23. Turley PK, Crawford LB, Carrington KW. Traumatically intruded teeth. Angle
Orthod 1987;57:234-244.
24. Linge L, Linge OB. Patient characteristics and treatment variables associated
with apical root resorption during orthodontic treatment. Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1991;99:35-43.
25. Brin I, Ben-Bassat Y, Heling I, Engelberg A. The influence of orthodontic
treatment on previously traumatized permanent incisors. Eur J Orthod 1991;13:372-7.
Referências
106
26. Turpin DL. The orthodontist’s role in managing traumatic dental injuries. Angle
Orthod 1992;62:83-4.
27. Brezniak N, Wasserstein A. Root resorption after orthodontic treatment: Part 1.
Literature review. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1993;103:62-6.
28. Brezniak N, Wasserstein A. Root resorption after orthodontic treatment: Part 2.
Literature review. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1993;103:138-46.
29. Paulsen HU, Andreasen JO, Schwartz O. Pulp and periodontal healing, root
development and root resorption subsequent to transplantation and orthodontic
rotation: a long-term study of autotransplanted premolars. Am J Orthod Dentofacial
Orthop 1995;108:630-40.
30. Steiner DR, West JD. Orthodontic-endodontic treatment planning of traumatized
teeth. Semin Orthod 1997;3:39-44.
31. Kinirons MJ. Treatment of traumatically intruded permanent incisor teeth in
children. Int J Paediat Dent 1998;8:165-168.
32. Ritter DE, Menezes LM, Locks A, Ribeiro, GLU, Rocha R. Trauma e reabsorção
radicular externa relacionados ao tratamento ortodôntico. Ortodont Gaúch
1999;3:97-108.
33. Al-Badri S, Kirinons M, Cole BOI, Welbury RR. Factors affecting resorption in
traumatically intruded permanent incisors in children. Dent Traumatol 2002;18:73-6.
34. Consolaro A. Reabsorções dentárias nas especialidades clínicas. Maringá:
Dental Press; 2002.
35. Bauss O, Rohling J, Schwestka-Polly R. Prevalence of traumatic injuties to the
permanent incisors in candidates for orthodontic treatment. Dent Traumatol
2004;20:61-6.
36. Chaushu S, Shapira J, Heling I, Becker A. Emergency orthodontic treatment
after the traumatic intrusive luxation of maxillary incisors. Am J Orthod Dentofacial
Orthop 2004;126:162-72.
37. Kugel B, Zeh D, Mussig E. Incisor trauma and the planninig of orthodontic
treatment. J Orofac Orthop 2006;67:48-57.
38. Gunther H. Como elaborar um questionário Brasília: UnB: Laboratório de
Psicologia Ambiental; 2003.
39. Costa LOP, SamulskI DM. Processo de validação do questionário de estresse e
recuperação para atletas na língua portuguesa. Rev Bras Cienc Mov 2005;13:79-86.
40. Proffit WR, Fields Jr HW. Ortodontia contemporânea. 3
rd
ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2002.
Anexos
Anexos
108
Anexo A
Anexos
109
Anexo B
PARTE 1 – PERFIL DO PROFISSIONAL
1.Qual a sua idade?....................... Gênero: ( ) masculino ( ) feminino
2.Qual curso você fez:
( ) Especialização Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
( ) Mestrado acadêmico Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
( ) Mestrado profissionalizante Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
( ) Doutorado Horas:............ Meses:....... Ano de conclusão..........
Caso não saiba o número de horas, cite o local:...........................................................
3.Você faz exclusivamente Ortodontia em seu consultório?
( )sim ( )não
4.Após a especialização, você freqüentou algum outro curso de atualização em Ortodontia?
( )sim ( )não
Caso sim, quantas horas?
( )Curso de 4 – 8 horas ( )Curso de 8 – 32 horas
( )Curso de 32 – 64 horas ( )Curso de 64 – 128 horas
( )Curso de 128 – 256 horas ( )Curso com mais de 256 horas
PARTE 2 – DADOS SOBRE TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR
1.Você tem um campo específico em sua ficha clínica sobre traumatismo dentoalveolar?
( )sim ( )não
2.Você pergunta sobre história prévia de dentes traumatizados?
( )sim ( )não
3.Em seu exame clínico, qual o primeiro fator que o faz suspeitar de um traumatismo dentoalveolar?
(cite a alternativa que você julga mais importante)
( )quando existe alteração na cor do dente
( )quando existe mobilidade excessiva
( )quando existe fratura na coroa
( )não sei
As questões 4, 5, 6 e 7 estão de acordo com Andreasen; Andreasen (2001):
4.Deslocamento do dente em uma direção diferente da direção axial. Este é acompanhado por
cominuição (esmagamento) ou fratura da cavidade alveolar, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
5.Um traumatismo às estruturas de suporte do dente com aumento da mobilidade, mas sem
deslocamento do dente, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
6.Um traumatismo às estruturas de suporte do dente, sem aumento de mobilidade ou deslocamento
do dente, mas com uma marcante sensibilidade a percussão, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
7.Deslocamento completo do dente para fora do seu alvéolo, é classificado como:
( )concussão ( )subluxação ( )luxação ( )avulsão
( )nenhum ( )não sei
8.Você já recebeu pacientes com algum traumatismo dentoalveolar?
( )sim ( )não
9.Em sua opinião, o prognóstico da recuperação dentoalveolar está relacionado ao tipo de
traumatismo sofrido?
( )sim ( )não
PARTE 3 – TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR x ORTODONTIA
1.Qual sua conduta para iniciar o tratamento ortodôntico frente a dentes traumatizados? (cite a
alternativa que você julga mais importante)
( )não considera o trauma e inicia o tratamento normalmente
( )apenas analisa radiografias
( )encaminha para um especialista (Cirurgia, Periodontia ou Endodontia)
Anexos
110
( )analisa radiografias e comunica o paciente sobre os riscos
( )não sei
( )outros. Por favor, cite...............................................................................
2.Você recebeu ensino específico sobre movimentação ortodôntica em dentes traumatizados?
( )sim ( )não
3.Em sua opinião, qual seria o movimento menos prejudicial sobre incisivos superiores que sofreram
uma luxação lateral? (cite apenas um)
( )intrusão ( )extrusão ( )torque ( )rotação ( )translação
( )inclinação ( )nenhum ( )não sei
4.Em um caso de extração de primeiros pré-molares para retração ântero-superior, você muda sua
conduta ou plano de tratamento após ter constatado um trauma de luxação lateral grave nos incisivos
superiores?
( )sim ( )não
Caso sim, como? (cite a alternativa que você julga mais adequada)
( )perde ancoragem e faz retração anterior
( )perde ancoragem sem fazer retração anterior
( )interrompe o tratamento e deixa perder ancoragem naturalmente
( )interrompe o tratamento e fecha os espaços com dentística ou implantes
( )interrompe o tratamento por um período de reparo e o retoma, podendo aceitar limitações
nos objetivos do tratamento
5.Em sua opinião, qual deve ser a conduta em pacientes que receberam um traumatismo
dentoalveolar leve durante o tratamento ortodôntico?
( )continuar o tratamento normalmente
( )aguardar um período de 30 dias
( )aguardar um período de 3 meses
( )aguardar um período de 6 meses
( )aguardar um período de 1 ano
( )não sei
( )outros. Por favor, cite...................................................................................
6.Em sua opinião, qual deve ser a conduta em pacientes que receberam um traumatismo
dentoalveolar grave durante o tratamento ortodôntico?
( )continuar o tratamento normalmente
( )aguardar um período de 30 dias
( )aguardar um período de 3 meses
( )aguardar um período de 6 meses
( )aguardar um período de 1 ano
( )não sei
( )outros. Por favor, cite...................................................................................
7.Você continua fazendo radiografias destes dentes traumatizados durante o tratamento?
( )sim ( )não
8.Em sua opinião, qual seria a magnitude de força ideal para movimentação ortodôntica em um
canino superior anquilosado? (1cN = 1g)
( )250 cN ( )200 cN ( )150 cN ( )100 cN ( )50 cN ( )0 cN
9.Em sua opinião, um dente com uma fratura radicular no terço apical pode ser movimentado
normalmente?
( )sim ( )não
10.Em sua opinião, os dentes traumatizados podem sofrer maior reabsorção radicular com a
movimentação dentária induzida?
( )sim ( )não
11.Em sua opinião, a intensidade do trauma pode influenciar no prognóstico da movimentação
dentária induzida?
( )sim ( )não
12. Você considera estas informações importantes e necessárias?
( )sim ( )não
Anexos
111
Anexo C
Quadro relacionando o número de cada profissional com sua resposta na parte
1 do questionário.
n
1.
Idade
2. Curso Sexo Conclusão
3. Faz apenas
Ortodontia
4. Fez outro
curso
1 71 Doutorado Masculino 1972 sim sim
2 35 Doutorado Masculino branco sim sim
3 33 Doutorado Masculino 2007 sim sim
4 28 Mestrado acadêmico Masculino 2005 sim sim
5 57 Especialização Masculino 1998 não sim
6 37 Doutorado Feminino branco sim sim
7 43 Mestrado acadêmico Masculino 2003 sim sim
8 28 Especialização Feminino branco não sim
9 45 Especialização Masculino 1989 sim sim
10 37 Especialização Feminino 1997 sim sim
11 37 Especialização Feminino 2001 não sim
12 42 Especialização Masculino 1995 sim sim
13 34 Especialização Feminino 2001 não sim
14 40 Especialização Masculino 1998 sim não
15 41 Especialização Feminino 1995 não sim
16 40 Especialização Masculino 1991 não sim
17 49 Especialização Feminino 1990 sim sim
18 53 Doutorado Masculino 1990 sim sim
19 51 Doutorado Masculino 1997 sim sim
20 42 Doutorado Masculino 2002 sim sim
21 38 Especialização Feminino 1999 sim não
22 42 Doutorado Masculino 1997 sim sim
23 58 Doutorado Masculino 1982 sim sim
24 43 Mestrado acadêmico Masculino 2004 não não
25 38 Especialização Masculino 2005 sim sim
26 31 Especialização Masculino 2004 sim sim
27 38 Especialização Feminino branco não branco
28 33 Especialização Feminino 2002 sim sim
29 33 Especialização Masculino 2005 sim sim
30 32 Especialização Masculino 2002 sim sim
31 37 Especialização Masculino 1999 sim sim
32 32 Mestrado acadêmico Feminino 2006 sim não
33 59 Especialização Masculino 1987 sim sim
34 43 Especialização Feminino 1984 sim sim
35 31 Especialização Feminino 2006 não não
36 27 Especialização Feminino 2006 sim não
37 30 Especialização Masculino branco sim não
38 28 Especialização Feminino 2006 sim não
Anexos
112
39 27 Especialização Feminino 2007 sim sim
40 32 Especialização Masculino 2006 sim não
41 27 Especialização Feminino branco sim não
42 26 Especialização Feminino 2006 sim não
43 29 Especialização Masculino 2006 não não
44 63 Mestrado acadêmico Masculino branco sim sim
45 35 Especialização Feminino 2005 sim não
46 45 Especialização Masculino 1992 sim não
47 37 Especialização Masculino 2004 sim sim
48 35 Especialização Feminino 2004 não não
49 34 Mestrado profis. Masculino 2005 sim sim
50 32 Doutorado Feminino 2007 sim sim
51 41 Especialização Masculino 1990 não sim
52 43 Especialização Masculino 2000 sim sim
53 34 Mestrado acadêmico Masculino 2000 sim sim
54 45 Mestrado acadêmico Masculino 1988 sim sim
55 51 Mestrado profis. Masculino 1989 sim sim
56 35 Especialização Masculino 2001 sim não
57 37 Especialização Feminino 2001 sim sim
58 43 Especialização Masculino 2001 não sim
59 46 Especialização Feminino branco não sim
60 28 Mestrado acadêmico Masculino 2006 não não
61 58 Especialização Masculino branco sim sim
62 29 Especialização Feminino 2007 não não
63 26 Especialização Feminino 2007 não não
64 24 Especialização Masculino 2007 sim não
65 36 Especialização Masculino 2007 não branco
66 31 Especialização Masculino 2007 sim não
67 28 Especialização Masculino 2007 sim não
68 37 Especialização Masculino 2007 não não
69 25 Especialização Feminino branco não sim
70 29 Especialização Feminino branco não não
71 41 Especialização Masculino 2007 não não
72 28 Especialização Masculino branco sim não
73 40 Especialização Masculino 2007 sim sim
74 31 Mestrado profis. Masculino 2003 sim branco
75 42 Mestrado profis. Feminino branco sim sim
76 54 Especialização Masculino branco não sim
77 40 Especialização Masculino 1995 sim sim
78 30 Especialização Masculino 2006 não sim
79 40 Especialização Masculino 1999 não sim
80 27 Especialização Feminino 2006 não não
81 42 Especialização Masculino 1990 não sim
Anexos
113
82 36 Doutorado Masculino 2002 sim não
83 52 Especialização Masculino 2007 não não
84 30 Doutorado Masculino 2007 sim sim
85 31 Especialização Feminino 2004 sim não
86 43 Especialização Masculino 2001 não sim
87 43 Especialização Masculino 1992 sim sim
88 28 Mestrado acadêmico Feminino branco sim não
89 34 Especialização Feminino 2007 não não
90 31 Especialização Feminino 2007 sim não
91 30 Especialização Masculino 2006 sim não
92 31 Especialização Masculino 2007 não não
93 42 Doutorado Masculino branco sim branco
94 33 Mestrado profis. Masculino 2005 sim não
95 42 Mestrado acadêmico Masculino 2002 sim não
96 76 Doutorado Masculino branco sim sim
97 44 Especialização Feminino 1990 sim sim
98 47 Especialização Masculino 2003 não sim
99 28 Mestrado profis. Feminino 2002 não não
100
50 Mestrado acadêmico Masculino branco não não
101
38 Especialização Feminino 1991 sim sim
102
40 Especialização Feminino 1996 sim sim
103
65 Especialização Masculino 1970 sim sim
104
32 Especialização Feminino 2002 não sim
105
46 Especialização Feminino branco sim sim
Quadro relacionando o número de cada profissional com sua resposta na parte
2 do questionário.
n 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1 sim
sim alteração na cor Subluxação
luxação Concussão
Avulsão
sim sim
2 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
3 não
não alteração na cor não sei Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
4 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
5 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
6 não
sim alteração na cor não sei não sei Subluxação
Avulsão
não sim
7 não
não alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
8 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
9 não
sim alteração na cor Subluxação
Concussão Subluxação
Avulsão
sim sim
10 sim
sim fratura na coroa Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
11 não
sim mobilidade exces.
Avulsão Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
12 não
sim anulada Luxação Concussão Subluxação
Avulsão
sim sim
13 não
sim alteração na cor nenhum luxação Concussão
Avulsão
sim sim
14 não
não fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
15 não
sim anulada Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
Anexos
114
16 não
sim alteração na cor não sei Subluxação nenhum Avulsão
sim sim
17 não
sim anulada Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
18 não
sim alteração na cor Concussão Subluxação Luxação Avulsão
sim sim
19 não
não fratura na coroa não sei luxação não sei Avulsão
sim sim
20 não
sim mobilidade exces.
Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
21 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim não
22 não
sim fratura na coroa não sei luxação não sei Avulsão
sim sim
23 não
não anulada Luxação Subluxação Luxação Avulsão
sim sim
24 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
25 sim
sim anulada não sei branco não sei Avulsão
não sim
26 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
27 sim
não fratura na coroa Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
28 não
não alteração na cor branco branco branco branco sim sim
29 não
sim fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
não sim
30 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
31 não
não anulada Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
32 não
sim alteração na cor não sei não sei não sei Avulsão
sim sim
33 não
sim anulada branco branco branco branco branco
branco
34 sim
sim fratura na coroa Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
35 não
sim fratura na coroa nenhum Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
36 sim
sim fratura na coroa Subluxação
Concussão Concussão
Avulsão
sim sim
37 não
sim fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
38 não
sim fratura na coroa Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
39 não
sim alteração na cor Concussão Subluxação não sei Avulsão
sim sim
40 sim
sim alteração na cor Concussão Subluxação Luxação Avulsão
sim sim
41 sim
sim fratura na coroa Subluxação
luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
42 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
43 não
branco
alteração na cor não sei luxação não sei Avulsão
sim sim
44 não
sim alteração na cor não sei não sei não sei não sei sim sim
45 não
sim alteração na cor Luxação Concussão não sei Avulsão
sim sim
46 não
sim alteração na cor não sei luxação não sei Avulsão
sim sim
47 não
sim alteração na cor não sei Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
48 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
49 sim
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
50 não
sim alteração na cor Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim não
51 sim
sim fratura na coroa não sei luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
52 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
53 sim
sim fratura na coroa não sei não sei não sei Avulsão
sim sim
54 não
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
55 sim
sim fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
56 não
sim alteração na cor branco Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
57 não
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
não sim
58 não
não alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
Anexos
115
59 sim
sim fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
60 não
não alteração na cor Concussão Subluxação nenhum Avulsão
não sim
61 não
não alteração na cor branco luxação Subluxação
Avulsão
sim não
62 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
63 sim
sim fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
64 não
sim branco não sei Subluxação Concussão
Avulsão
não sim
65 não
sim anulada Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
66 não
não alteração na cor Luxação Subluxação não sei Avulsão
sim sim
67 sim
sim fratura na coroa não sei Subluxação Luxação Avulsão
sim sim
68 não
sim fratura na coroa não sei Subluxação Luxação Avulsão
sim sim
69 não
sim anulada Luxação Concussão Subluxação
Avulsão
sim sim
70 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
71 não
sim anulada Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
72 sim
sim mobilidade exces.
nenhum Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
73 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
74 não
sim alteração na cor Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim não
75 não
não fratura na coroa Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim não
76 não
sim mobilidade exces.
branco branco branco branco sim sim
77 não
não fratura na coroa Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
78 não
não alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
79 não
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
80 não
sim mobilidade exces.
Subluxação
luxação Concussão
Avulsão
sim sim
81 não
não fratura na coroa Luxação Subluxação branco Avulsão
sim sim
82 não
sim fratura na coroa Luxação luxação Concussão
Avulsão
sim sim
83 não
sim alteração na cor branco luxação branco Avulsão
sim branco
84 não
sim anulada Subluxação
luxação Avulsão Avulsão
sim sim
85 não
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
86 não
não alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
87 não
sim mobilidade exces.
não sei Avulsão não sei Avulsão
sim sim
88 não
sim mobilidade exces.
Subluxação
luxação Concussão
Avulsão
sim não
89 não
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
90 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
não sim
91 não
não fratura na coroa Luxação Concussão Subluxação
Avulsão
sim sim
92 não
sim fratura na coroa Subluxação
Concussão nenhum Avulsão
sim sim
93 sim
sim alteração na cor Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim não
94 não
sim alteração na cor nenhum Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
95 sim
sim alteração na cor Concussão Subluxação não sei Avulsão
sim sim
96 sim
sim anulada Concussão Subluxação Concussão
Avulsão
sim branco
97 sim
sim anulada Concussão luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
98 não
não alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim não
99 não
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
100 não
sim anulada não sei luxação Subluxação
Avulsão
sim sim
101 não
sim anulada Luxação luxação Concussão
Avulsão
sim sim
Anexos
116
102 sim
sim alteração na cor Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
103 não
sim mobilidade exces.
Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
104 não
sim anulada Luxação Subluxação Concussão
Avulsão
sim sim
105 não
sim mobilidade exces.
Subluxação
luxação Concussão
Avulsão
sim não
Quadro relacionando o número de cada profissional com sua resposta na parte
3 do questionário.
n 1 2 3 4 5 6
1 analisa radiografias e comunica o paciente
não branco não continuar 30 dias
2 branco sim Inclinação sim continuar 3 meses
3 encaminha para um especialista sim Extrusão sim 30 dias outros
4 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Extrusão sim 30 dias 3 meses
5 anulada não não sei sim 3 meses 6 meses
6 anulada sim não sei sim continuar 30 dias
7 encaminha para um especialista não Extrusão sim continuar 30 dias
8 encaminha para um especialista o Extrusão sim outros 3 meses
9 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim continuar 3 meses
10 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Inclinação sim 30 dias outros
11 encaminha para um especialista sim Inclinação sim 3 meses 6 meses
12 encaminha para um especialista sim Inclinação sim 6 meses 1 ano
13 encaminha para um especialista não não sei não 30 dias não sei
14 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Inclinação sim 3 meses 3 meses
15 anulada não branco sim outros 6 meses
16 analisa radiografias e comunica o paciente
não Extrusão sim 30 dias 3 meses
17 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei não continuar 30 dias
18 encaminha para um especialista não não sei sim 30 dias 3 meses
19 analisa radiografias e comunica o paciente
não nenhum sim 3 meses 3 meses
20 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 3 meses 6 meses
21 encaminha para um especialista não Extrusão sim 3 meses 6 meses
22 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei não 30 dias 3 meses
23 encaminha para um especialista não nenhum não outros outros
24 outros sim Extrusão sim 3 meses 1 ano
25 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 1 ano 3 meses
26 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Torque sim 30 dias 3 meses
27 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim não sei não sei
28 encaminha para um especialista não branco branco 3 meses 3 meses
29 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 3 meses 1 ano
30 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 30 dias 3 meses
31 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 3 meses 6 meses
32 encaminha para um especialista sim Extrusão sim 30 dias 3 meses
33 branco branco branco branco branco branco
34 encaminha para um especialista não Extrusão sim 3 meses 1 ano
35 analisa radiografias e comunica o paciente
não Translação sim 3 meses 6 meses
Anexos
117
36 outros sim não sei sim 30 dias 3 meses
37 analisa radiografias e comunica o paciente
sim nenhum sim 3 meses 6 meses
38 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 30 dias 3 meses
39 analisa radiografias e comunica o paciente
não Intrusão sim 30 dias 6 meses
40 analisa radiografias e comunica o paciente
não Translação sim 30 dias 3 meses
41 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Extrusão sim 30 dias 30 dias
42 encaminha para um especialista não nenhum sim 3 meses 6 meses
43 encaminha para um especialista não Translação sim 30 dias outros
44 encaminha para um especialista não nenhum sim 30 dias 3 meses
45 encaminha para um especialista não nenhum sim não sei não sei
46 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 30 dias 3 meses
47 encaminha para um especialista não nenhum sim 3 meses 6 meses
48 analisa radiografias e comunica o paciente
não nenhum sim 3 meses 3 meses
49 encaminha para um especialista não não sei sim 3 meses 6 meses
50 anulada não não sei sim 30 dias 3 meses
51 encaminha para um especialista não nenhum não continuar 30 dias
52 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Extrusão sim 3 meses 6 meses
53 analisa radiografias e comunica o paciente
sim não sei sim 3 meses 6 meses
54 encaminha para um especialista não Inclinação sim 3 meses 6 meses
55 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 30 dias 3 meses
56 analisa radiografias e comunica o paciente
não Torque sim 3 meses 3 meses
57 anulada não não sei não 3 meses 3 meses
58 analisa radiografias e comunica o paciente
não Translação não 30 dias 6 meses
59 encaminha para um especialista não Translação sim 30 dias outros
60 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 30 dias 3 meses
61 encaminha para um especialista não não sei sim 30 dias outros
62 analisa radiografias e comunica o paciente
não Extrusão sim 3 meses 6 meses
63 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei não 30 dias 3 meses
64 encaminha para um especialista sim Intrusão sim 30 dias 6 meses
65 outros não nenhum não continuar 3 meses
66 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Extrusão não outros 3 meses
67 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 3 meses 6 meses
68 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 3 meses 6 meses
69 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim 30 dias 6 meses
70 analisa radiografias e comunica o paciente
não Extrusão sim 3 meses 3 meses
71 anulada não não sei sim 3 meses 6 meses
72 encaminha para um especialista sim Inclinação sim 30 dias 6 meses
73 analisa radiografias e comunica o paciente
branco Extrusão não 3 meses 3 meses
74 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação não continuar 30 dias
75 encaminha para um especialista não não sei sim continuar 3 meses
76 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 30 dias 3 meses
77 encaminha para um especialista não nenhum sim 30 dias 30 dias
78 analisa radiografias e comunica o paciente
não Torque sim 3 meses outros
Anexos
118
79 encaminha para um especialista não Extrusão sim 3 meses 3 meses
80 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 30 dias 6 meses
81 branco não Extrusão sim 3 meses 3 meses
82 analisa radiografias e comunica o paciente
não não sei sim outros 3 meses
83 analisa radiografias e comunica o paciente
branco Torque sim 3 meses 3 meses
84 encaminha para um especialista sim Torque sim 30 dias outros
85 outros sim nenhum sim 30 dias 3 meses
86 analisa radiografias e comunica o paciente
não Translação não continuar 3 meses
87 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Torque sim 6 meses 1 ano
88 encaminha para um especialista sim branco sim 30 dias 3 meses
89 anulada sim nenhum sim 3 meses 6 meses
90 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 30 dias 3 meses
91 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Extrusão branco 3 meses 6 meses
92 analisa radiografias e comunica o paciente
não Extrusão sim continuar continuar
93 analisa radiografias e comunica o paciente
sim nenhum sim 3 meses 6 meses
94 encaminha para um especialista sim nenhum sim continuar 30 dias
95 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação sim 3 meses 6 meses
96 anulada sim branco não 6 meses 6 meses
97 anulada não Torque sim 3 meses 6 meses
98 analisa radiografias e comunica o paciente
não Inclinação não outros 30 dias
99 anulada sim Extrusão sim 30 dias outros
100 analisa radiografias e comunica o paciente
sim não sei sim 3 meses 3 meses
101 anulada não Inclinação sim continuar 6 meses
102 analisa radiografias e comunica o paciente
sim Translação sim 30 dias 6 meses
103 analisa radiografias e comunica o paciente
não nenhum sim 30 dias 3 meses
104 encaminha para um especialista sim não sei sim 30 dias 6 meses
105 anulada não Extrusão sim 30 dias 3 meses
Continuação do quadro relacionando o número de cada profissional com sua
resposta na parte 3 do questionário.
n 7 8 9 10 11 12
1 sim 0 cN sim não sim sim
2 sim 0 cN sim sim sim sim
3 sim 0 cN não sim sim sim
4 sim 0 cN sim sim sim sim
5 sim 0 cN não sim sim sim
6 sim 0 cN sim sim sim sim
7 sim 0 cN sim sim sim sim
8 sim branco
não sim sim sim
9 sim 0 cN não sim sim sim
10 sim 0 cN não sim sim sim
11 sim 0 cN sim não sim sim
12 sim 0 cN não sim sim sim
Anexos
119
13 não branco
não não sim sim
14 sim 0 cN não sim sim sim
15 sim 0 cN não sim sim sim
16 sim 0 cN não sim sim sim
17 sim 0 cN não sim sim sim
18 sim 0 cN sim não sim sim
19 sim 200 cN
não sim sim sim
20 sim 0 cN não sim sim sim
21 sim 100 cN
sim sim sim sim
22 sim 0 cN não não sim sim
23 sim branco
não não sim sim
24 sim 0 cN sim não sim sim
25 sim 0 cN não sim sim sim
26 sim 0 cN não sim sim sim
27 sim 50 cN sim sim sim sim
28 sim branco
branco
branco
branco
branco
29 sim 0 cN não sim sim sim
30 sim 150 cN
sim sim sim sim
31 sim 0 cN não sim sim sim
32 sim 0 cN sim não sim sim
33 branco
branco
branco
branco
branco
branco
34 sim branco
não sim sim sim
35 sim 150 cN
sim não sim sim
36 sim 0 cN sim sim sim sim
37 sim 0 cN não sim sim sim
38 não 0 cN não não sim sim
39 sim 0 cN sim sim sim sim
40 sim branco
não sim sim sim
41 sim 0 cN não sim sim sim
42 sim 0 cN não sim sim sim
43 sim 100 cN
sim sim sim sim
44 sim 0 cN sim sim sim sim
45 sim 0 cN sim sim sim sim
46 sim 150 cN
sim não não sim
47 sim 0 cN não sim sim sim
48 sim 0 cN não sim sim sim
49 sim 0 cN não sim sim sim
50 sim 0 cN não sim não sim
51 sim 250 cN
sim sim sim sim
52 sim 0 cN sim sim sim sim
53 sim 0 cN não sim sim sim
54 sim 0 cN não sim sim sim
55 sim 50 cN sim sim sim sim
Anexos
120
56 sim 0 cN não sim sim sim
57 sim 0 cN não sim sim sim
58 sim 0 cN sim sim sim sim
59 sim 0 cN não sim sim sim
60 sim 200 cN
sim sim sim sim
61 sim branco
sim sim sim sim
62 sim 50 cN sim sim sim sim
63 sim 150 cN
sim sim sim sim
64 sim 100 cN
não sim sim sim
65 sim branco
não sim sim branco
66 sim 50 cN sim sim sim sim
67 sim 0 cN não sim sim sim
68 sim 0 cN não sim sim sim
69 sim branco
sim sim sim sim
70 sim 0 cN não sim sim sim
71 sim 50 cN não sim sim sim
72 sim 150 cN
não sim sim sim
73 sim 0 cN sim não sim sim
74 sim 0 cN não não sim sim
75 sim 0 cN não não sim sim
76 sim 100 cN
não não sim sim
77 sim 0 cN não sim sim sim
78 sim 150 cN
sim sim sim sim
79 sim 0 cN não sim sim sim
80 sim 0 cN não sim sim sim
81 sim 0 cN não não sim sim
82 sim 0 cN não sim sim sim
83 sim branco
não sim sim sim
84 sim 50 cN não não sim sim
85 sim 0 cN não sim sim sim
86 sim 0 cN sim sim sim sim
87 sim 50 cN não sim sim sim
88 sim branco
branco
sim branco
sim
89 sim branco
sim não sim sim
90 sim 0 cN não sim sim sim
91 sim 0 cN não sim sim sim
92 sim 0 cN sim sim sim sim
93 sim 0 cN sim sim sim sim
94 sim 0 cN não sim sim sim
95 sim 0 cN não sim sim sim
96 sim 0 cN sim sim sim sim
97 sim 0 cN não sim sim sim
98 sim 0 cN sim não sim sim
Anexos
121
99 sim 0 cN não sim sim sim
100
sim 0 cN não sim sim sim
101
sim 0 cN não sim sim sim
102
sim 0 cN não sim sim sim
103
sim 0 cN não sim sim sim
104
sim 50 cN não sim sim sim
105
sim 0 cN sim sim sim sim
Anexos
122
Anexo D
Normas para publicação de acordo com o periódico Dental Traumatology
Os manuscritos devem ser enviados para:
Professor Martin Trope, DMD
Department of Endodontics
School of Dentistry
University of North Carolina
Chapel Hill, NC 27599-7450
USA
Fax: +1 919 966 6344
Os autores que estão enviando o artigo devem estar cientes que o mesmo
não pode ter sido publicado anteriormente, e que não esteja sendo avaliado para
publicação em outro local e que tenha sido lido e aprovado por todos os autores.
Quando o manuscrito for aceito para publicação, o autor receberá dos editores do
periódico um documento sobre os direitos autorais que deverá ser assinado por
todos os co-autores envolvidos.
O trabalho não deverá ser publicado em outro local e em outro idioma sem
o consentimento do publicador. Os artigos publicados neste periódico são protegidos
por direitos autorais, os quais abrangem os direitos de tradução e o direito exclusivo
de reproduzir e distribuir todos os artigos impressos deste periódico. Nenhum
material publicado nesta revista deve ser armazenado sob a forma de microfilmes ou
Anexos
123
vídeo-cassetes, arquivos eletrônicos ou reproduzidos fotograficamente sem o
consentimento por escrito do publicador.
Manuscritos: Os manuscritos devem ser submetidos em inglês correto.
Providencie um disquete contendo uma cópia exata do manuscrito contendo tabelas
e gráficos em um arquivo separado (TIFF, EPS or JPEG). Três cópias, em espaço
duplo incluindo os gráficos e tabelas deverão estar no disquete. Identifique
claramente o disquete com o nome do periódico, autor e título, conteúdo do arquivo,
sistema do computador (DOS, Windows ou Macintosh), processador de texto (Word,
Wordperfect, etc). Inclua apenas os arquivos referentes ao artigo.
Como o periódico segue as normas Vancouver para textos biomédicos, o
autor é referido na publicação através do International Committee of Medical Journal
Editors: Uniform requeriments for manuscripts submitted to biomedical journals. Ann
Int Méd 1997;126:36-47.
Página do Título: A página do título deve conter as seguintes informações
na ordem que segue: 1) Título completo do artigo. 2) Nomes completos dos autores.
3) Instituição afiliada dos autores, incluindo cidade e país. 4) Um título corrente que
não exceda 60 letras e espaços. 6) Nome e endereço do autor responsável pela
correspondência referente ao artigo.
Página do Resumo: Uma gina separada com o resumo deve conter: 1)
Sobrenomes dos autores e as iniciais dos nomes. 2) Título do artigo. 3) Título do
periódico, abreviado como na lista de referências. 4) A palavra Resumo seguida pelo
Anexos
124
sumário completo do artigo. 5) Palavras-chave de acordo com o Index Medicus. 6)
Nome e endereço do autor para quem deve ser enviado os pedidos das separatas.
Referências: Referências numeradas consecutivamente na ordem em
que primeiramente aparecem no texto. Identificar referências no texto, tabelas e
legendas através de algarismos arábicos (em parênteses). Usar o estilo dos
exemplos abaixo, que são baseados no formato usado pela US National Library of
Medicine do Index Medicus. Para abreviação dos periódicos, consultar “Lista dos
Periódicos Indexados” impressos anualmente em Janeiro no Index Médicus.
Tente não usar resumos de artigos como referências. “Observações não
publicadas”, “Comunicações pessoais” e “Trabalhos não-aceitos”o devem ser
usados como referências, embora referências não-verbais podem ser inseridas (em
parênteses) no texto. Exemplos de formas corretas de referências são dadas abaixo:
Revistas:
Exemplos:
Andreasen JO. Hjorting-Hasen E. Replation of teeth. I. Radiographic and
clinical study of 100 humam teeth. Acta Odontol Scand 1996;24:263-86.
Autor incorporado
American Association of Endodontics. Recommended guidelines for
treatment of the avulsed tooth. J Endod 1083;9:571.
Anexos
125
Livros e outras monografias
Exemplos:
Grossman LI. Endodontic pratice. 10th edn. Philadelphia: Lea & Febiger;
1981. p. 176-9.
Capítulo de livro
Exemplos:
Sanders B, Brady FA, Johnson R. Injures. In: Sanders B, editor Pediatric
oral and maxilofacial surgery. St Louis: Mosby; 1979. p. 330-400.
Ilustrações: Todos os gráficos, desenhos e fotografias são consideradas
figuras e devem ser numeradas na seqüência com algarismos arábicos e
abreviadas Fig (s). Cada figura deve conter uma legenda e todas as legendas
devem estar digitadas conjuntamente em uma folha separada e numeradas
correspondentemente. Os textos das figuras devem estar em letra maiúscula.
Figuras devem ser planejadas para se enquadrarem às proporções da página. A
inserção de figuras coloridas está à discrição do editor. O autor deve pagar pelo
custo das ilustrações coloridas adicionais. O publicador irá citar as taxas atuais.
Transparências coloridas originais, bem como das impressões coloridas devem ser
enviadas.
Tabelas: Devem ser utilizadas para esclarecer pontos importantes.
Devem, dentro do possível, ser auto-explicativas. As tabelas devem ser numeradas
consecutivamente em algarismos arábicos. Cada tabela deve ser digitada em folha
separada, considerando-se devidamente as proporções da página.
Anexos
126
Abreviações, símbolos e nomenclatura: Consultar as seguintes fontes para
abreviações adicionais: CBE Style Manual Committee. Scientific style and format: the
CBE manual for authors, editors, and publishers. 6
th
edn, Cambridge: Cambridge
University Press; 1994; and 2) O’Connor M, Woodford FP, Writing scientific papers in
English: an ElSE-Ciba Foudation guide for authors. Amsterdam: Elsevier-Excerpa
Medica; 1975.
Casos clínicos e comunicações curtas de 1 a 2 páginas são aceitas para
publicação rapidamente. Estes manuscritos não precisam seguir o usual Material e
Método etc..., mas deve conter um resumo.
Reuniões: Informações avançadas e relatos de encontros internacionais
são bem-vindos.
Assuntos extras: Monografias podem ser publicadas como assuntos
adicionais (numeradas como assuntos ordinários), com todos os gastos pagos pelo
autor. Mais informações devem ser obtidas com o editor.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo